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Teste Fernaolopes 10a 151209202853 Lva1 App6891 PDF
Teste Fernaolopes 10a 151209202853 Lva1 App6891 PDF
Grupo 0
Partindo do teu estudo de Fernão Lopes, preenche, na tua folha de respostas, os espaços com
a informação adequada. (15 pontos)
Fernão Lopes terá nascido no séc. XIV Foi guarda-mor da Torre do Tombo e o primeiro cronista
oficial do reino. A Torre do Tombo, na altura situada no Castelo de S. Jorge mas entretanto
deslocada, continua a ser o arquivo nacional que guarda os documentos originais desde o séc. IX até
à atualidade. Foi o rei D. Duarte que encarregou Fernão Lopes de escrever as crónicas dos reis da
primeira dinastia bem como a de seu pai, o rei D.João I Esta crónica pode dividir-se em três partes,
sendo que a primeira narra a crise dinástica de 1383-1385 numa linguagem muito coloquial Os
protagonistas, personagens individuais, são, entre outros o Mestre de Avis ou D. Leonor Teles
Contudo é no dinamismo da descrição da personagem coletiva a arraia-miúda que Fernão Lopes
coloca toda a sua mestria como escritor. Terá sido o sucessor de Fernão Lopes, Gomes Eanes de
Zurara a terminar a crónica.
Grupo I
A
Lê o texto com atenção e responde às questões apresentadas.
1
du – de onde; divisar - avistar
2
fezeram-se prestes – aprontaram-se
3
carecentes de todo nojo – sem tristeza
4
trigando – esforçando-se
5
correger – enfeitar, arranjar
6
prasmados - censurados
7
guarnidas – ornamentadas, enfeitadas
Nome, nº/turma ________________________________
8
siina – bandeira, estandarte
9
reger - dirigir
10
apupos - gritos
11
ledice - alegria
12
apendoado – enfeitado com pendões
13
menagem – juramento de fidelidade
14
passo - devagar
Nome, nº/turma ________________________________
3.2 Explicita de que forma as gentes da cidade evidenciam o seu prazer e ledice naquele dia
festivo. (20 pontos)
Todos festejam… as mulheres cantam e dançam… os homens preparam jogos…todos aclamam o
rei, lançando-lhe flores… ou dirigindo-lhe palavras de apreço… algumas mulheres choram de
emoção…comprovar com citações…
5. Tendo em conta o teu estudo dos acontecimentos narrados nesta crónica, explica as razões
desta tão grande alegria sentida pelo povo por este rei. (15 pontos)
D. João foi um rei escolhido pelo povo… durante a crise dinástica, foi o povo que aclamou o
Mestre de Avis, contrariando a posição de muitos fidalgos que defendiam a posição de D. Leonor
Teles e do rei D. João de Castela….referir o exemplo do apoio popular aquando da morte do
Conde Andeiro ou de toda ajuda do povo durante o cerco a Lisboa…
6. Identifica os processos fonológicos presentes na evolução das seguintes palavras: (10 pontos)
6.1 partio> partiu sinérese
6.2 viir> vir crase
6.3 aquel> aquele paragoge
6.4 froles> flores metátese
B (30 pontos)
Partindo da tua experiência de leitura das cantigas de amor ou das cantigas de escárnio e maldizer,
desenvolve um pequeno texto, de oitenta a cento e vinte palavras, sobre essa sua importância
documental.
Cantigas de amor – o amor cortês… reproduz a relação de vassalagem entre o vassalo e o suserano,
suporte da organização social da Idade Média… a vida de corte …relações distantes e
artificiais…exemplos de textos…
Cantigas de escárnio e maldizer – a sátira caraterística de todos os tempos… a crítica a pessoas
(jograis…) … ao amor cortês…exemplos de textos…
Nome, nº/turma ________________________________
Casa de Papel
1 Chamar Casa de Papel a uma crónica em torno das coisas dos livros é já denunciar um
saudosismo romântico. Fica um tom melancólico no ar, uma poeticidade a mudar para antiga,
talvez um certo lamento. Não sou nada contra o livro digital e a maravilha que as tecnologias
oferecem. Mas sou do tempo do papel e sonhei com os livros de papel. Quando pensei ser
5 escritor, um livro assim abriu-se acima da minha cabeça imaginária como um telhado sob o
qual passei a habitar.
Guardarei sempre essa ideia, ainda que possa vir a ler em ecrãs sofisticados e frios. O
livro de papel, como o coração, é um símbolo. Habituei-me a conferir-lhe determinadas
mágicas que, por mais sofisticação que me assalte, não serão substituídas. O livro, esse de
10 folhas, pulsa. O livro pulsa.
As casas de papel são modos de pensar na tangibilidade do texto, na manualidade de
que ele dependeu para ser lido. São modos de pensar nos autores. Cada autor como um lugar e
um abrigo. Um lugar. Ler um livro é estar num autor. Preciso de pensar nos objetos para
acreditar nos lugares. Oh, nossa deslumbrante desgraça mudadora, não consigo sentir-me
15 bonito dentro de um Kindle, de um iPad ou de um Kobo. Penso em mim melhor numa coisa
entre capas. A ilustração sem pilhas. As letras sem pilhas. Eternas e sem mudanças. De
confiança.
Quantas vezes, estupefacto, abri um livro na mesma página para encontrar a mesma
frase da mesma maneira apresentada? E que prazer saber que a expectativa de que aquele
20 universo se preserve não sairia gorada, porque os livros de papel são estáveis, não pensam em
ser outra coisa senão por dentro das próprias palavras. Precisei muitas vezes de reencontrar
páginas específicas, com o seu grafismo cristalizado, o seu grafismo diamante, a
guardarem‑me o que não podia perder.
Amar um livro é pedir-lhe que seja sempre nosso, assim, como um amor que se
25 conserva para repetir ou reaprender. Como poderemos jurar fidelidade a um texto que se
desliga? É como não ter sentimentos, descansar na morte, não permanecer vivo enquanto
espera por nós. É infiel. Não o podemos sequer perfumar e eu tenho livros que me foram
oferecidos com aroma de buganvílias e canela. Gosto muito. Os leitores, sabemos bem, são
territoriais. Como os cães. Sublinhamos e não suportamos os sublinhados dos outros. Ainda que
30 toscos, mal alinhados, são a marca da nossa passagem por ali.
Valter Hugo Mãe, «Revista 2», Público,18 de novembro de 2012 (adaptado)
Nota iPad, Kindle, Kobo (linha 15) – dispositivos que permitem a leitura em formato digital.
1.1. A ideia de que o «livro pulsa» (linha 10) opõe-se à ideia expressa em
(A) «casas de papel» (linha 11).
(B) «coisa entre capas» (linhas 15/16).
(C) «ilustração sem pilhas» (linha 16).
(D) «texto que se desliga» (linhas 25/26).
1.2. Relativamente ao livro digital, Valter Hugo Mãe revela uma atitude de
(A) relutância.
(B) intransigência.
Nome, nº/turma ________________________________
(C) rebelião.
(D) indiferença.
1.3. Na opinião do autor, o prazer da leitura de um livro de papel advém, entre outros aspetos, da sua
(A) imprevisibilidade.
(B) instabilidade.
(C) imutabilidade.
(D) impessoalidade.
1.5. Os tempos verbais dos verbos sublinhados em “por mais sofisticação que me assalte, não serão
substituídas” (linha 9) são, respetivamente
(A) presente do indicativo e futuro do indicativo.
(B) presente do conjuntivo e futuro do conjuntivo.
(C) presente do indicativo e futuro do conjuntivo.
(D) presente do conjuntivo e futuro do indicativo.
1.7. Na expressão «Oh, nossa deslumbrante desgraça mudadora» (linha 14), o autor recorre à
(A) trocadilho.
(B) metáfora.
(C) perífrase.
(D) ironia.
VERSÃO 1 VERSÃO 2
1.1 D C
1.2 C A
1.3 C D
1.4 C A
1.5 A D
1.6 D C
1.7 C B
Nome, nº/turma ________________________________
A professora
Arminda Gonçalves