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Mil Poemas para Goncalves Dias PDF
Mil Poemas para Goncalves Dias PDF
Antologia
São Luís
2013
Copyright © 2013 by EDUFMA
A presente obra está sendo publicada sob a forma de coletânea de textos fornecidos
voluntariamente por seus autores, com as devidas revisões de forma e conteúdo. Estas
colaborações são de exclusiva responsabilidade dos autores sem compensação
financeira, mas mantendo seus direitos autorais, segundo a legislação em vigor.
CONSELHO EDITORIAL
Prof. Dr. André Luiz Gomes da Silva, Prof. Dr. Antônio Marcus de Andrade Paes,
Prof. Dr. Aristófanes Corrêa Silva, Prof. Dr. César Augusto Castro,
Bibliotecária Luhilda Ribeiro Silveira, Prof. Dr. Marcelo Domingos Sampaio Carneiro,
Profa. Dra. Márcia Manir Miguel Feitosa, Prof. Dr. Marcos Fábio Belo Matos
Arte da Capa
Ever Arrascue
ISBN 978-85-7862-305-0
CDD 869.808 8
CDU 821.134.3(081.1)(81)
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida, armazenada em um
sistema de recuperação ou transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico, mecânico,
fotocópia, microfilmagem, gravação ou outro, sem permissão do autor.
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO
FEDERAÇÃO DAS ACADEMIAS DE LETRAS DO MARANHÃO
SOCIEDADE DE CULTURA LATINA DO ESTADO DO MARANHÃO
Gonçalves Dias
Agradecimentos
Ninguém sobrevive sozinho, ninguém faz nada sozinho. Assim, temos muito a
agradecer a inúmeras pessoas pela realização desta grande homenagem a Gonçalves
Dias: aos autores de cada poesia e de cada texto, bem como a cada Instituição que deu
o seu aval a este Projeto.
À Profa. Maria Cícera Nogueira, por sua efetiva participação no momento da
definição do nome do poeta nacional a ser homenageado neste Projeto.
Ao Prof. Dr. Natalino Salgado Filho, Magnífico Reitor da Universidade Federal
do Maranhão - UFMA, que abraçou o Projeto Gonçalves Dias, mostrando simpatia
desde o início, o que possibilitou a continuidade da batalha para conseguirmos as de-
mais condições, necessárias ao desenvolvimento desta empreitada, com o brilhantismo
merecido pelo poeta Gonçalves Dias, que esperamos venha realçar a galhardia desta
Atenas Brasileira.
Os Organizadores
À Guisa de Apresentação
Ao prefacear “As poesias completas de Gonçalves Dias da Coleção grandes po-
etas do Brasil”, publicada pela Editora Científica, no Rio de Janeiro, em 1965, Josué
Montello afirma: “O culto a um poeta implica numa atitude mais complexa do que um sim-
ples ato de fé; exige o nosso exame, o estudo atento da mensagem que nos deixou.”
Precisamos, sim, cultuar a nossa memória coletiva... a nossa história... e os ho-
mens que mais marcaram as suas presenças, que mais dedicaram as suas inteligências,
as suas forças, as suas ousadias e potencialidades para engrandecer a imagem do nosso
Brasil.
Uma Pátria se faz com homens e feitos. Claro, que todos os brasileiros fizeram e
fazem essa história, de forma diferenciada e específica. Desde aqueles que construíram
com os seus braços e muito suor os monumentos, os casarões, as avenidas, os viadutos e
calçadões, milhões de anônimos que fizeram de São Luís Patrimônio Histórico e Cultu-
ral da Humanidade, entre outras cidades brasileiras. Mas alguns se firmam com traços
mais visíveis e terminam por representar os demais, até porque sem o aval dos demais
ninguém se firmaria.
Diz ainda Josué Montello no mesmo prefácio: E é isto que se pretende seja feito,
com esta nova publicação das Poesias de Antônio Gonçalves Dias. Elas constituem, inegà-
velmente, o primeiro documento considerável da sensibilidade brasileira traduzida em versos
duradouros.
Quarenta e oito anos depois (1965-2013), pedimos emprestadas essas palavras
para Josué Montello, objetivando continuar o culto necessário ao nosso grande poeta
Antônio Gonçalves Dias, que, neste momento, é traduzido através desta grande home-
nagem configurada em 1000 poesias de poetas renomados imortais, poetas renomados
contemporâneos, poetas neófitos, poetas e pessoas de várias pátrias, de várias idades e
diferentes escolaridades, para reavivarmos a memória, reacendermos a chama e ratifi-
carmos a importância de empreitadas desse gênero.
Desse modo, é isto que se pretende seja feito com esta nova publicação de poesias
em homenagem a Antônio Gonçalves Dias: vivificar a Fé, a memória e novos estudos
das mensagens deixadas por esse grande nome das letras brasileiras, Antônio Gonçal-
ves Dias.
Convinha [...] que nos descrevesse os seus costumes, que nos instruísse nos seus
usos e na sua religião, que nos reconstruísse todo esse mundo perdido que nos ini-
ciasse nos mistérios do passado como caminho do futuro, para que saibam donde
1 KODAMA, Kaori. Fênix – Revista de História e Estudos Culturais, Julho/ Agosto/ Setembro de 2007 Vol. 4 Ano
IV no 3, ISSN: 1807-6971. Disponível em: www.revistafenix.pro.br
e para onde vamos: convinha enfim que o poeta se lembrasse de tudo isto, porque
tudo isso é poesia; e a poesia é a vida do povo, como a política é o seu organismo.
(Dias, 1850).
[...] quem quer que for bom historiador deve ter uma destas duas coisas: ser po-
lítico ou poeta”. O primeiro [...] resume todos os indivíduos em um só indivíduo
coletivo, generaliza as idéias e os interesses de todos, conhece os erros do passado
e as esperanças do futuro, e tem por fim – a nação. O historiador poeta, [...] re-
sume as nações em uma só nação, simpatiza com todas as suas grandezas, execra
todas as suas torpitudes, e generalizando todos os sentimentos, todas as aspirações
do coração humano, tem por fim a humanidade. ( Dias, 1850)
Temos assim uma visão sintética dos interesses de Antonio Gonçalves Dias en-
trelaçados entre a História, a Literatura e a Política, de tal forma que as nuances de
certa ingenuidade romântica encontrada em seus poemas de amor, vão sendo ladeadas
por outras características afinadas com a visão de história de Humboldt, também afeita
a uma leitura romântica da história, na busca de verdades autênticas. Na dimensão
política, o que parecia estar em pauta, na visão de Dias, era o destaque dado aos povos
não-europeus que começaram a ser estudados durante o século XIX, sendo objeto de
pesquisas etnográficas já realizadas por estudiosos da Europa, a partir dos quais ele tam-
31
bém incursionou para escrever seu trabalho Brasil e Oceania, publicado na Revista do
Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro.
Por que falar dessas faces do poeta maior, apesar dos cuidados necessários, para
entendê-lo no seu tempo (século XIX), que não é o nosso tempo (século XXI)? Prin-
cipalmente para destacar seu interesse por tantas questões que podem aparecer, na
atualidade, como sendo isoladas, quando de fato, desde a sua origem estão fortemente
entrelaçadas, de modo que o literato, o historiador e o político estão diante do mun-
do com olhos que miram o seu entorno e dele retiram a sua inspiração para escrever,
refletir e, também, atuar no seu tempo-espaço, seja no Instituto Histórico Geográfico,
seja nas Academias de Letras, seja nas Universidades onde se reúnem estudiosos da
Filosofia, História, Geografia, Etnografia, Antropologia e da Literatura.
Há que se pensar, inspirando-nos em Dias, mesmo que se reconheça a sua visão
romântica, que o realismo que nos exige a história presente, pode ser interpretado com
pensamentos e sentimentos capazes de nos fazer mais sensíveis às questões do século
em que vivemos e que atingem milhões de seres humanos, considerados “invisíveis”
para a grande maioria dos dirigentes das nações, destacando-se entre esses os povos
indígenas.
Com Gonçalves Dias, destacou-se a condição original dos índios, primeiros ha-
bitantes do Brasil, hoje, praticamente dizimados e desterrados de seus territórios. A
Língua Tupi, considerada por ele como sendo a principal matriz linguística do Por-
tuguês do Brasil, tornou-se diluída no processo de evolução da língua nacional, esta
tendo sido ampliada pela importação de palavras de línguas estrangeiras nem sempre
compreendidas pelas pessoas mais simples e menos letradas do nosso país. A Amazônia,
considerada pelo poeta como a “Judéia” dos indígenas, tem sido explorada e devastada,
de modo a comprometer o território em que se encontra a mais rica biodiversidade do
Brasil, já identificada por cientistas brasileiros e de vários países.
Se era conservadora e, de certo modo ingênua, a visão mítica acerca do indígena
estudado por Dias, nos seus trabalhos etnográficos, foi a partir deles que se fortaleceu
e sobressaiu o índio por ele cantado nos seus poemas indianistas. Não desprezemos a
visão do historiador - poeta, porém não a adotemos para não reproduzirmos uma visão
ingênua do mundo atual.
O tempo presente nos pede isso sim, para deixarmos Gonçalves Dias e todos os
poetas românticos ocuparem o lugar de destaque que merecem ter na história da lite-
ratura nacional, indicando-nos, entretanto, que é preciso ir além, fazendo da memória
literária e histórica o ponto inicial de reconhecimento das origens da literatura brasi-
leira, cuja evolução poderá ser mais aprimorada por cada um de nós e por todos juntos:
historiadores, educadores, literatos e políticos dedicados à democratização das letras,
32
da cultura e da ciência.
Que essa Antologia Poética, através de todos os seus autores, possa nos permitir
vislumbrar a diversidade de estilos e temas que nos instigam, principalmente, a fazer
uma leitura contrastante entre o passado e o presente, para avançarmos em direção ao
futuro, como o próprio Gonçalves Dias dizia: “generalizando as aspirações do coração
humano, que tem por fim a humanidade”.
Essa finalidade, certamente será fortalecida com a realização do atual projeto,
que ora materializa nossa homenagem a Antônio Gonçalves Dias, que foi inspirado em
projeto similar realizado no Chile, cujo homenageado foi Pablo Neruda, e que também
se reproduziu no Peru, tendo como destaque o poeta peruano Cesar Vallejo. Atualmen-
te, está em desenvolvimento o projeto da Antologia “1000 Y UN POEMAS PARA
ANDRÉS ELOY BLANCO”.
A idéia primeira de Mil Poemas para Pablo Neruda, idealizada a princípio pelo
poeta Alfred Asís, em 2011, sensibilizou grupos de países da América do Sul, Central
e da Europa. Estão envolvidos nesse movimento: Chile, Peru, Espanha, Brasil, Vene-
zuela, Cuba, Bolívia e Honduras. A Antologia Mil Poemas para Gonçalves Dias é a 4ª
a ser organizada, com os seguintes países participantes através dos seus poetas: Brasil,
Argentina, Chile, Bolívia, Equador, Peru, Venezuela, Uruguai, Portugal, Moçambique,
México, Canadá; Panamá/USA, Espanha, França, Bélgica, Áustria, Japão.
O Brasil se faz representar através de seus poetas de diversos estados. Inicial-
mente, Maranhão, sendo que a cidade de São Luís foi representada por 89 poetas,
Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Paraíba, Goiás, Ceará, Minas Gerais, Rio Gran-
de do Sul, Pernambuco, Distrito Federal, Paraná, Piauí, Sergipe, Alagoas, San-
ta Catarina, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Espírito Santo, Rio Grande do Norte.
Ainda há outros participantes sem identificação de seu país e estados brasileiros.
Desde a primeira coletânea tem se constituído uma prática de reconhecimento
dos grandes autores que engrandeceram a literatura de seus países e também projeta-
ram suas obras além das suas fronteiras. Na realidade, esse tipo de projeto de registro
da memória literária do passado e do presente, permitiu que se instalasse um circuito
literário internacional, de elevada relevância para a valorização de escritores e leitores
dedicados ao cultivo das letras e da arte da estética literária.
Há que se destacar na Antologia ‘Mil Poemas para Gonçalves Dias’ que a par-
ticipação de representantes de diversos países e estados do Brasil, proporciona uma
tessitura singular para esse texto escrito por um grande conjunto de mentes e corações,
reunidos numa ciranda de estudantes que adentram pela primeira vez esse universo
literário, jovens poetas que vêm se destacando pelas suas produções e poetas que alcan-
çaram a maturidade de suas obras, algumas delas já consagradas internacionalmente.
Buscando estabelecer diálogos com as temáticas da obra gonçalvina, os poetas 33
desta antologia buscaram elementos de sua vertente indianista e romântica, fazendo-
nos recordar parte de sua existência, seus amores, seus temores, sua inebriante dedica-
ção à literatura e à história. Identifica-se uma produção em que ocorre a intertextuali-
dade como a forma mais primorosa de comunicação entre os seres humanos que, muito
embora não se conheçam, estabelecem forte movimento de sinergia de interesses em
torno de um personagem da história da literatura brasileira.
Por todas essas manifestações de convergência e de expansão do universo da
literatura de Antônio Gonçalves Dias, são justas e merecidas as homenagens a todas as
pessoas responsáveis pela produção da Antologia Mil Poemas a Gonçalves Dias, publi-
cada nesta segunda década do século XXI.
Que esse trabalho, sem dúvida, árduo, e ao mesmo tempo prazeroso, possa atrair
ainda mais as novas gerações de poetas para a positiva atuação, como intérpretes das
aspirações compartilhadas com outros seres humanos, em todos os continentes, pela
construção da paz, para que possamos realizar a travessia dos oceanos, disseminando
idéias poéticas como deve fazer o artista “que tem que ir aonde o povo está.” (Milton
Nascimento).
O IMORTAL MARABÁ2
2 Poema de Mário Meireles, decalcado da Canção do Piaga, de Gonçalves Dias, e inspirado no quadro da morte
do Poeta, da autoria do pintor maranhense Eduardo de Sá, existente no salão nobre do Palácio do Governo do
Maranhão.
As Artes São Irmãs3
3
“Idéias do prazer — do mal no olvido”
Enquanto a dor se torna mais presente,
Assim quando do gozo a vida ausente
Permite imaginar-se tão sofrido.
4
“Em sons cadentes, que derramam n’alma”
Encontro uma real satisfação,
Vivendo claramente uma estação,
Realidade dói? Também acalma.
3 Do Blog Cantos do Sepulcro - As Desventuras de um Dom Quixote no Terceiro Milênio, disponível em http://
valmarloumann.blogspot.com.br/2010/03/as-artes-sao-irmas-homenagem-goncalves.html, Poesia compila-
da por Leopoldo Gil Dulcio Vaz – Curitiba – PR – Brasil – 1952; Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão;
Universidade Estadual do Maranhão
Envelhecer com arte e galhardia,
Saber da mocidade com fulgor,
Matizes tão diversos de um amor,
Que a cada novo tempo, sempre guia.
5
“Ou lânguida na lira se transforma”,
Ou trágica se faz a cada passo,
O quanto muitas vezes me desfaço,
Impede que se tenha a mesma forma.
6
“Dá linguagem sublime à estátua muda,”
Cada momento aonde se entregando
Não sei se em temporal ou ar mais brando,
O tempo tão instável se transmuda.
7
“Do rosto nas feições o brilho interno,”
Diverso do que às vezes se aparenta,
Aonde se diz paz é violenta
E aonde se diz glória, pleno inferno.
8
“Guia a mão do pintor quando debuxa”
A soma de fatores mais diversos,
Assim quando eu componho tantos versos,
É como se imergisse em vária ducha.
9
“A mesma inspiração, que acende o estro,”
Por tantas vezes traça o desespero,
E quando noutra sanha me tempero,
Por vezes verdadeiro ou mais canhestro.
10
“Perante o mesmo altar, coroam-se, ardendo”
Demônios, querubins, várias figuras,
Palavras que clareiam sendo escuras,
Momento doloroso ou estupendo.
11
“Do fogo criador nas mesmas chamas,”
39
Encontram-se diversas fantasias
E quando delas novas tu recrias,
Revives do passado, luzes, dramas.
12
“As artes são irmãs, e os seus cultores”
Transformam qualquer forma num tesouro,
Das tantas emoções quando me douro,
A. J. C.
SONETO
Dias filho de Apollo, às Musas dado;
Hés do Pindo Ornamento, varonil:
Tu honras o Império do Brasil,
Como tem estro sublime; e delicado.
Canção do exílio
Porto Alegre e Genebra,
mundos diferentes.
Continentes;
4 Publicador Maranhense – Maio 1849, Edição 813, Poesias compiladas por Leopoldo Gil Dulcio Vaz.
5 Aaron Paul Arsene Pestana Torma – Genebra - Suíça - 03 de maio de 1995. Estudante do Ensino Médio do
Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Secretário Social e Membro Efetivo da Academia de Letras Machado de
Assis, Porto Alegre/RS, Cadeira 22, Patrono: Alberto de Oliveira; Associação Internacional dos Poetas del Mun-
do; Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores; Balneário Camboriú/SC, Liga dos Amigos do Portal CEN, Praia
Grande/Portugal. Coautor do Romance Interativo “Uma história de amor!”. E-mail: tormiaaron@hotmail.com
aromas;
olhares...
Belezas distintas, distantes.
Pessoas... longe;
cabeças mudadas;
cabeças conservadoras;
cabeças liberais.
América... Europa...
Aqui e Lá,
riqueza e batalha;
virtudes e atitudes;
não muito, todos somos gente.
Abilio Kac6
ANTES E DEPOIS
Minha terra tem palmeiras
onde canta o sabiá...
Poetava Gonçalves Dias.
Nos dias de hoje, se vivesse,
mudaria sua poesia:
Minha terra tinha palmeiras
onde cantava o sabiá...
41
Devido a queimadas, desmatamento,
palmeiras se vão a cada momento
e o sabiá, triste ao relento,
á não consegue mais cantar!
ETERNAS HOMENAGENS
No Maranhão, sua terra-natal,
bem como em outros estados,
Gonçalves Dias foi homenageado.
Seu nome encontra-se
em ruas, avenidas, praças
e até mesmo em navio.
Gonçalves Dias , imortal,
está no coração do povo
e na alma da Literatura Nacional!
6 Abilio Kac - Rio de Janeiro – Rio de Janeiro – Brasil - 01/09/1937. Poeta, trovador, sonetista, cronista, contista
e escritor. Possui 20 livros publicados e trabalhos literários em numerosas antologias. pertence a várias entida-
des literárias no Rio de Janeiro, sendo o atual Presidente da União Brasileira de Escritores (UBE). Oportunidade
de contribuir e agradecer por me fazer lembrar os tempos de criança, onde de calças curtas na escola pública
declamava as poesias de Gonçalves Dias, o maior Poeta Brasileiro.
Ada Barcelo7
A Brasil y a su mestiza
estirpe que siempre honró,
en sus obras se divisa
lo que el tiempo no borró.
Ha muerto un poeta,
y sus versos en solitario
son pájaros desesperados
buscando en el silencio
seguir sus pasos mutilados.
7 Ada Barcelo - San Javier – Misiones - Argentina - 15 de febrero de 1947. Radicada en Mendoza. Obras poéticas
publicadas: Canto a la ternura l, ll y lll, Paisajes Interiores, Antología Poética y Tiempo de Luz. Obras narrativas:
Agridulce, Huellas. Ha obtenido premios provinciales y ha sido jurado de concursos provinciales. Ha participa-
do en ferias bibliográficas provinciales, nacionales e internacionales. En el 2011 obtuvo el premio Mujer del
Año en Letras, Houston Texas, EE UU. Página oficial: Adabarcelo.com Facebook, Ada Barcelo Escritora.
del hombre enamorado
del canto a su Amelia
del romance truncado.
Fatal naufragio,
y sus palabras rotas
se acallan en los rincones
de un cuarto en penumbras.
Huérfanos de presentes
se han dormidos sus versos
mientras vuelven a su tierra
sus pasos lentos.
CANÇÃO DE MARTÍRIO
Minha terra tinha palmeiras
Onde cantava o sabiá
Hoje elas viraram mesa
Em uma sala de jantar.
8 Adalberto Caldas Marques - Rio de Janeiro – RJ – Brasil - 07 de março de 1979. Tem textos publicados em
alguns sites literários e participação em diversas antologias, sendo um dos ganhadores do II Prêmio Literário
Canon de Poesia 2009. Lançou seu primeiro livro solo “Brincando de Poesia” durante a Bienal Internacional do
Rio de Janeiro de 2009. e-mail: adal.rj79@gmail.com .
Nos riachos de águas claras
Aonde guri ia me banhar
Hoje parece que por milagre
Sobre suas águas posso andar.
Adélia Einsfeldt9
Gonçalves Dias
Na lira do teu
canto
encanto
da bem amada
de olhos
verdes
além-mar
o teu amor
como flor
na dor
machucada
apertada entre dedos
esquecidos
de viver.
9 Adélia Einsfeldt, Porto Alegre – RS – Brasil - 13/04/1934. Membro vitalício da IWA – International Writers and
Artists Association (USA). Lançamento do seu livro infantil “Animais se Divertem” na Feira do Livro de Porto
Alegre – RS em 2011. Sócia efetiva da Sociedade Partenon Literário. Participação em várias antologias e ven-
cedora de concursos literários. Integrante de grupos de poesia e performance.
Adelia Josephina de Castro Fonsêca10
10 Adelia Josephina de Castro Fonsêca – Salvador – BA – Brasil - 24 de Novembro de 1827 e faleceu no Rio de
Janeiro em 9 de Dezembro de 1920. Publicava poemas em periódicos e livros e foi colaboradora do “Almanach
de Lembranças Luso-Brasileiro”, lançou em 1866 o livro “Echos da minh’ alma”. Foi para Adelia que Gonçalves
Dias dedicou o poema “A uma poetisa”, publicado entre os “Cantos” de 1857. Que foi republicado pela poetisa
nos seus “Echos da minh’alma”.
11 FONSÊCA, Adelia Josephina de Castro, Echos da minh’alma, Salvador, Typ. Camillo de Lellis Masson, 1866, 43-
47.Poesias compiladas por Weberson Fernandes Grizoste - Jauru – MT – Brasil - 27 de Junho de 1984.
Esse gênio sublimado,
Que á tua mente esclarece.
12 Dilson Roberto Gonçalves - Pedreira - SP – Brasil - 5/6/1967. Residente em Lorena-SP, Brasil. Professor univer-
sitário, membro da Academia de Letras de Lorena e do Clube dos Escritores Piracicaba. Possui poemas, contos
e textos curtos publicados em antologias. Escreve uma coluna semanal no Jornal Guaypacaré de Lorena sobre
ciência, tecnologia, educação e questões ambientais.
Aglaure Corrêa Martins13
ENCANTO
Os olhos da noite deitados no mar
tão negros os teus olhos me pus a mirar
encanto terreno, de céus , os teus olhos
são negros segredos que quis desvendar.
PÁTRIA AMADA
48
É Terra de amores de campos floridos
do canto de pássaros, do sabiá canoro
do verde mais verde e do anil infinito
gorjeio tão puro que é homilia que oro.
TRAJETÓRIA
Foi no mês de agosto lá no Sítio Boa Vista
Que nasceu Gonçalves Dias o poeta indianista
Maranhense literato, advogado e professor
Renomado escritor, competente jornalista
Estudou em Portugal foi um grande romancista
Ainda participou de grupos medievistas.
13 Aglaure Corrêa Martins - João Pessoa – Pb – Brasil - 16 de agosto de 1966. Fisioterapeuta graduada pela Uni-
versidade Federal Da Paraíba – UFPB, especialista em Fisioterapia Neurológica e especialista em Educação
Infantil, atua na área de neuropediatria. Poeta de alma e coração, publicou em 2008 REVELAÇÕES seu primeiro
livro de poesias.
Mas foi por preconceito q’esse amor fracassou
A família da eleita, pedido refutou
O poeta entristeceu e por ele não lutou.
Amanajé14
A vida nos laça
meu bravo guerreiro
o tempo nos caça
como bicho feroz.
Tamoios, Aimorés
E Nação Tupí,
dança o Toré
exalta Jací.
Pesca Guarací
com seus puçás
nutri curumim
com viva angá.
Oh bravo auá
sobrevoa o mundo
com lança em punho
liberta eçá.
GONÇALVES DIAS 17
Certo que não morreu. Na realidade,
Embora o corpo seu descess ao Nada,
Vice sua alma palpitante em cada
Estrofe qie legou à humanidade.
15 Agostinho Lázaro Pimenta Filho - São Luís – MA - Brasil. Fisioterapeuta, pós-graduado em Saúde da Família,
Bombeiro Militar, etc. Amo escrever pensamentos, poemas e música, tenho algumas poesias publicadas no
Recanto das letras inclusive nos livros Antologia dos Poetas Brasileiros nº 71 e nº 73, escrevi algumas músicas,
e arranjos para instrumentos de sopro...
16 Agostinho Pereira Reis - Alcantara – MA - Brasil. Jornalista e Poeta brilhante. Foi Tipografo e Funcionario Pu-
blico. Trabalhou em O Federalista, Campanha, sendo por ultimo redator e gerente da Pacotilha. Fundou com
José de Castro e Edgar Matos a Revista Paroplia. Polemista de largos recursos, vigoror e sereno. Foi membro
da oficina dos Novos.
17 MORAIS, Clóvis. TERRA TIMBIRA. Brasília: Senado Federal, 1980, p. 67; Poesia compilada por Leopoldo Gil
Dulcio Vaz – Curitiba – PR – Brasil – 1952; Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Universidade Estadual
do Maranhão.
Como se fora terno passarinho
Que canta, que solouça espaço em fora,
E recolhe silente ao pobre ninho,
Agrario de Menezes
18 O Publicador Maranhense, agosto 1862. Poesia compilada por Leopoldo Gil Dulcio Vaz – Curitiba – PR – Brasil
– 1952; Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Universidade Estadual do Maranhão
Ah! Recebe-o Senhor!... Ou cedo ou tarde,
O genio é teu, aspira á tua glória!
Poetas, celebrai seu nome ilustre,
Erguiei-lhe um moimento, uma memória!
Efêmero gozo
Eu vi o teu desejo por mim
E soube que mentia
Na minha agonia não atinei pra nada
Desejos intensos não se demoram
Vão se desfolhando pela noite
Desfazendo o silêncio da terra
Que se esconde sem testemunhar
Este meu sonho de engano
As flores acalentam
Com cheiros delicados
A manhã que se anuncia solitária
O amor que pensei que tu sentias
Foi como o orvalho
Que se desfaz ao sol
Despejando sêmens que perecem
53
E o amor onde encontro
Talvez seja o que Gonçalves Dias tenha dito
Oiço aí pronunciar
Essa palavra de modo
Que não sei o que é amar.
Futuro de magia
19 Aidil Araújo Lima - Cachoeira – Bahia – Brasil - 17 de dezembro de 1958. Professora aposentada. Recebeu o
título de Menção Honrosa do Concurso Literário “CLEBER ONIAS GUIMARAES”. 3º lugar do concurso literário
Arti-manhas. Concurso internacional primavera – 3 contos selecionados em 3º lugar. Concurso Literário Gue-
manisse – 3 contos premiados. E-mail – aidilaraujolima@gmail.com
20 Alanna Verde Rodiguês – São Luís – MA – Brasil - 26/09/2001. Pelo prazer de viajar no mundo mágico das
poesias e o mundo conhecer! Cursando: 5º Ano – Turma: C -EPFA Profª Shirle Maklene.
Em terra de grande batalha
Caxias saía vitoriosa, mas
A maior de suas conquistas nascera
Ainda ia!
Olhos verde-amar
São verdes esses olhos
São verdes olhos de amor
Seus olhos tão verdes
Me dizem que estou
Mais que apaixonada
Pela cor esmeralda
Desse teu verde amor
21 Albaneide Bezerra da Silva. Santa Luzia – PB - Brasil – 31 anos. Quanto a literatura possui as seguintes publica-
ções :Águas que saciam e No coração de Deus literatura evangélica, Brasil , 2 0 0 9 e 2010 s o b o pseudônimo
de Albaneide S Moraes. Participação em antologias p u b l i c a das: Antologia da Adoração e Palavras Sem
Fronteiras Email : baneide@hotmail.com / neidinha.bsm@gmail.com
Ah,afoguei-me na cor desse verde mar
E ainda que o Gonçalves em seus Dias
A mim viesse falar que haveria Outros olhos
Mais verdes que o teu mar
Por certo, não me importaria
Ainda que fossem outros verdes olhos,
Não importaria, nem esperança teria
A não ser com esses teus ternos
E doces olhos, da cor verde
Do verde-amar
Última Viagem
“Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá.”
Voltaste.
Aqui estás de frente pro mar
no Largo dos Amores.
Ah! Os teus amores
em versos soubeste cantar!
22 Albertina Carneiro Arruda – Esperantinópolis –MA – Brasil - 21.05.1952. Graduada em Ciências Contábeis,
Letras e Filosofia. Poetisa, já publicou “Poesia- Canto da Alma” e Viagem a Caminho de Belém pro Círio de
Nazaré (em ritmo de cordel. É membro fundadora da Academia Esperantinopense de Letras, Presidente para
o bienio 2012-2013.
Amor à pátria, à amada,
à natureza, à raça!
Cantaste o Maranhão
em toda beleza que existe
as palmeiras, as aves,
o céu estrelado,
os bosques, as flores
e tantos amores!
Voltaste para ouvi
o canto do sabiá
lá do alto das palmeiras
com o vento a balançar!
Querias encontrar I Juca Pirama
“guerreiro bravo e forte,
filho das selvas, do Norte
da tribo Tupi”.
Voltaste
continuas presente
a nos inspirar
o poeta não morre,
vira estrela,
seu brilho jamais acabará!
56
Alda Inácio23
Canção da pátria
Minha terra tem pomares,
Tem cascata e sabiá;
O povo que aqui vive,
É feliz aqui, ou lá.
23 Alda Inácio - Senador Canedo – GO – Brasil - 05/12/1952. Tenho 60 anos, sou gaúcha residente em Goiás,
acabo de publicar meu primeiro livro solo com o título “A vida na Bélgica” consequente aos 12 anos que vivi
naquele país. Tenho publicações de crônicas e poesias em algumas antologias. A última foi a poesia “Opus
Magnum da Serra” em homenagem aos 450 anos da cidade de Mogi das Cruzes em São Paulo. Atualmente
estou com trabalhos participando em concursos literários, livros infantis e romances. Email – alda_inacio@
hotmail.com
Minha terra tem de tudo,
Pau-brasil e maricá;
Tem raça de gente boa,
Que prazer isto me dá;
Minha terra tem florestas,
Tem madeira jatobá
24 Alexander Man Fu do Patrocínio Rio de Janeiro – Brasil - 19 de maio de 1972. Pós-Graduado em Psicopeda-
gogia – Graduado em Pedagogia pela UNISUAL – Membro do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais
(InBrasCI) – Member d’Honneur da Diviné Academie Française dês Arts Lettres ET Culture.
Alexandra Galvão da Rocha 25
CANÇÃO DO EXÍLIO
Para o meu Brasil
Quero um dia voltar
Aqui nesse país, preso,
Oh! meu Deus, não quero ficar.
58
Alexandre Cezar da Silva26
Dias do povo
Querido leitor
Quero lhes apresentar
Um grande poeta brasileiro
Me dar orgulho de falar
Ele foi um dos primeiros
A encantar o Brasil inteiro
Com uma poesia sem par.
25 Alexandra Galvão da Rocha - Bebedouro – SP – Brasil. Aluna da 7ª. Serie da Profa. Silvana Morelli - http://sil-
moreli.blogspot.com.br/2009/09/cancao-do-exilio.html; Poesia compilada por Leopoldo Gil Dulcio Vaz – Curi-
tiba – PR – Brasil – 1952; Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Universidade Estadual do Maranhão
26 Alexandre Cezar da Silva - Ocara – CE - Brasil – 18 de fevereiro de 1985. Desde a infância encontrou na poesia
uma fuga do marasmo da labuta diária. E-mail: alfa-romeo@bol.com.br.
Foi estudar em Portugal
Ainda na mocidade
Nunca esqueceu o lar natal.
Isso é uma grande verdade
Canção do exílio é magistral
A pura literatura nacional
O que nos enche de vaidades.
27 Alex Feitosa - Alexandro Henrique Corrêa Feitosa - São Luís – MA – Brasil - 14. 11. 1970. Graduado em Psi-
cologia (UFMA-1997), pós-graduado (em nível de Especialização) em Gestão de Pessoas (Uniasselvi-2010).
Estudante de Direito (CEST). Classificado/premiado em concursos de poesia (Rotary Club, Aliança Francesa),
redação (Fundação Bradesco, Fundação Joaquim Nabuco), e pesquisa estudantil (FAE-Fundação de Assistência
ao Estudante). Atualmente, labora na área de RH.
São Luís...
Tu estás em mim
como eu estou em ti.
Lembras...
de quando nos conhecemos?
Estavas LINDA, bronzeada ao sol da tarde.
Corrias conosco até à Pracinha
e marulhavas no Cais... frente ao Palácio.
E assim sentindo
O calor de tua presença/ausência/saudade...
Aspiro que sejamos a um só tempo
o mesmo peito, a mesma paz e alegria...
Oh! minha terra de Gonçalves Dias.
Alfred Asís28
Naufrago
61
Naufragaste un día incierto
mas, tus letras quedaron por siempre
Fuiste a navegar entre letras y el mar
y germinaron en la montaña
en las selvas
y en el alma de la creación...
Los escenarios se abrieron
para dar paso a tu obra
Cuantos que te amamos
al conocer tus letras
hechas palabras que resuenan
en las praderas imaginarias
de nuestros sueños...
Una a una tus escenas
fueron naciendo después de tu muerte
quedando para las generaciones postreras
28 Alfred Asís – Santiago - Chile - 1951. Después de 40 años viajando por Chile, investigando y versando en las
escuelas del país, se transforma en sedentario, instalándose a vivir en Isla Negra, junto al espíritu de Neruda.
Desde ahí se comunica con los cinco continentes en la red mundial de Poetas con los cuales lleva adelante
proyectos mundiales, solidariamente para generar oportunidades a los emergentes en las letras, junto a los
niños y consagrados. Al terminar tres obras mundiales en conjunto ya trabaja en la cuarta convocatoria para
generar un libro de más de mil páginas que llevará el homenaje a MIGUEL HERNÁNDEZ, Poeta del pueblo de
España. Tiene 16 libros editados. Clama por eliminar los egos de quienes creen que el mundo es solo para
ellos, generando instancias de partición incondicionalmente por una humanidad mejor.
que hoy en día alaban tus escritos
y siguen resonando en los ámbitos estelares
para el placer de una mirada
que atiende a tu perseverancia
más allá de las distancias
más allá de las fronteras.
Llegaste a las costas del sur
después de tu travesía por Europa
Besaste las arenas del mar
en tu último suspiro
El océano dejó tus palabras
en sus olas agitadas
para albergarlas por siempre
desde el ocaso a la alborada.
Gonçalves Dias
Poeta
de verde bandera
como verde las esperanzas
y el verde de tu amazonas…
Transitaste
caminos difíciles
No cejaste
62
en tu cometido
Tus letras nacieron
y alumbraron tu sendero
mientras, elevaste plegarias
al cielo.
Poeta Gonçalves
De obra romántica
no perecible
De batallas
concebibles
Maestro
Irradiado por acústicas del tiempo
Devoción
y estudio determinado
Evidente
ante el amor, ante la muerte
Sollozado
por amantes dispersos
De semblante duro
seducido y ofrendado
Poeta, singular
universal en la palabra
de nuestras manos…
Último viaje
En Brasil
En Portugal
Estudios y un vendaval
Poeta constelado
cuanto mar, cuantas lunas
cuantos tiempos lejanos
se escondieron en la bruma
Cuantas brisas marinas
y tu lecho de muerte
Cuantas esperanzas
peregrino del amor
sucumbieron tempranas…
Cuantas ilusiones
en tu equipaje del alma
y cuantas letras
que hoy te acompañan…
VERSASÍS I
Poeta
del mar
a tu gesta
para siempre aquí estar
Siembras generosas, tus letras
63
cosechas del tiempo
como retretas
viento.
GONÇALVES DIAS
Gonçalves Dias ele era poeta
É assim que se liberta.
Gonçalves Dias é o nosso interesse
É a nossa saudade é uma paisagem.
Gonçalves é orgulho
É a nossa paixão,
Ta no coração
E no Maranhão
29 Aline Fernanda Moraes da Silva Cantanhede - São Luís – MA – Brasil - 13/11/2000. Motivo da participação: Eu
gostaria de participar da antologia para prestar uma homenagem a Gonçalves Dias que é poeta do Maranhão
que tem riquezas e belezas impressionantes
Aliquanto30
II
Eia pois – a vida! – sus!
Corra-se o tétrico véu,
e venha a nós o poeta
na luz que nos vem do céu.
……………………………
III
Ei-lo erguido na peanha
que o amor nosso lh’ergueu
contemplando o céu e sol
das terras em que nasceu!
30 Leal, Henriques, Pantheon Maranhense, São Luís, 1874, p. 564-566. Poesias compiladas por Weberson Fer-
nandes Grizoste - Jauru – MT – Brasil
Ei-lo ali no duro mármor,
que o tempo voraz não rói;
vede-o, e dizei aos evos
– não morreu; - sagrou-se herói.
IV
E vós, palmeiras da pátria,
estrelas, várzeas e flores,
bosques em que ele achava
maior vida e mais amores;
V
E tu, estátua, que mostras
D’este povo a gratidão,
vive e perdura enquanto
perdurar o Maranhão.
Foi Marabá
Lá no meio da pavuna
Que com sorte e fortuna
Encontrou a meditar
O grande chefe Itajuba
Em pé-de-guerra
Debruçado num regato
Itajuba ali parado
Pede trégua ao Gamela
Que deseja o pai vingado
31 Allan Santana Santos (DuSanto) – São Félix – BA – Brasil. Foi militar, professor, gestor e empreendedor, mas foi
nas artes, sobretudo a literatura, a linguagem que escolheu para se expressar. Livre pensador, passou a assinar
DuSanto, como forma de despersonalizar sua obra e atribuir-lhe uma opção estética que tende à reflexão e ao
intimismo.
Ainda lá
Como que num vaticínio
O sabiá canta o exílio
Em dueto com Croa
Consolando o chefe índio
Já Gurupema
Desejando guerrear
Vê na morte despertar
O fantasma de Coema
Que não cansa de esperar
Mas Itajuba
Que não perde a temperança
Tem na morte a esperança
De rever a tribo junta
Na sonhada pindorama
A Gonçalves Dias
Volta, Poeta!
A saudade falou mais forte
66
Do que tudo o mais
Em terras estranhas!
E pensavas...
E repensavas...
Teu tudo está aqui!
E vieste! Doentinho...
Quisestes deixar teus últimos suspiros
No teu Brasil querido!
32 Almerinda Abrantes Gomes Ricard - Guimarães – MA - 24 de julho de 1930, é professora aposentada e mora
em Victoriaville, na Província do Quebec, Canadá há 40 anos. Já escreveu três livros, “Fala-me de Alice”, “
Recordando Monsenhor Estrela” “ Lembranças “ além de autos de Natal, poesias, poemas e crônicas.
Embalando teus derradeiros ais
Nas águas do teu Maranhão,
Num cantinho de minha cidade –
Guimarães
É a tua memoria
67
Solidificando gerações!
Aloisio Andrade33
33 Aloisio Andrade - Ubaitaba- BA – Brasil - 10/04/1957. Autor,ator e Diretor. Participou da antologias Cacimba
I e II São Paulo.” Antologia Os novos poetas da Bahia,” Publicou: “ Cantiga de Rosa e Diário do Interior” .Atu-
almente escreve, dirige e atua em curtas.
Aluizio Rezende34
Juca Dias
De Gonçalves
não quero os dias,
quero a vida toda
que I-Juca-Pirama levou,
até que o invasor a tirou
(pra matar)
Dias terra
o poeta não pode
ser apenas sangue,
suor e lágrimas,
tem que ser terra,
de “palmeiras
onde canta o sabiá”
GONÇALVES DIAS
Tu cantaste um povo puro
68
Habitante das florestas
Generoso, sem perjuro
Na labuta, como em festas.
Se tupis, tupinambás
Pouco importa fosse a raça
Exaltaste com a graça
Dos que são de Jabotás.
Defensor intransigente
Com impávido labor
Promoveste nobre gente.
Tu notável bravo vate
Ensinaste com ardor
Que se vence com combate
34 Aluizio Rezende - Rio de Janeiro – Brasil - 14/09/1947. Cursou Letras e depois Engenharia Civil. Livros publi-
cados: Esperar Ainda Uma Vez (2005), Desejos Descalços (2006), Descaminhos (2007), Fui no Tororó... Beber
Água, o Sonho Achei (2008), EntreCantos (2009), 14 Versos (2010) e Espasmos e Espumas (2012). Publicado
em antologias de prosa e de poesia e várias vezes premiado em concursos literários. Fundou o Movimento
Cultural POVEB (Poesia, Você Está na Barra) que existe há 6 anos no Rio de Janeiro, Brasil.
35 Álvaro Urubatan Melo – São Bento – MA – Brasil - 14 de abril de abril de 1940. Autodidata, cursou o primário
no Grupo Escolar “Mota Júnior”, São Bento – MA; e o ginásio incompleto- Colégio São Luís – MA. Como ativi-
dade profissional, foi funcionário concursado do Banco do Estado do Maranhão S.A, exercendo subgerência
de São Bento, gerências de Zé Doca (instalador), Pedreiras, Timon (instalador), João Paulo e São Francisco,
aposentado na última letra.
Amâncio Ferreira Silva Júnior36
Cais da saudade
Suspiros à beira do cais
De saudades Gonçalvianas
Poeta eterno na morada do amor
No Largo do amor e da dor
Por que partir se tua alma é tudo o que existe aqui?
Poeta de verdade para sempre ser lembrado, como homem, cidadão caxien-
se e amante da vida e da sua terra!Sua vontade de criar, poesias para de-
monstrar belezas, amores, futuro e o modo certo de amar!
Morreu! Mas muitas saudades ficaram um grande poeta foi e poesia dei-
xou. Poesia verdadeira para serem lidas com carinho em nossa mente ficou!
36 Amâncio Ferreira Silva Júnior - São Luís – MA – Brasil - 15/05/1984. O autor é Bacharel em Ciências Sociais e
Licenciado em Sociologia pela Universidade Federal do Maranhão / UFMA.
37 Amanda Suely Brito de Sousa - Sãon Luís – MA – Brasil - 6/09/2001 - É o amor por criar poesias e expressar o
que sinto. Cursando: 5º Ano Turma: C – Profª Shirle Maklene
Amélia Marcionila Raposo da Luz - Amélia Luz38
38 Amélia Marcionila Raposo da Luz – Pirapetinga - MG – Brasil. Escreve contos, crônicas e poesias com premia-
ções em concursos literários em vários estados do Brasil, em Portugal, na Espanha, Itália e França. Participa de
antologias literárias e pertence a muitas entidades literárias. Trabalha na sua oficina abusando das palavras,
criando e recriando a vida. Formada em Pedagogia é professora.
Ana Claudia39
39 Ana Claudia – Nanuque – MG – Brasil - 28 de junho. Jornalista, professora, pós-graduada pela ECA/USP Mu-
lher, negra, escritora, apesar de nunca ter publicado uma única obra, escrevo por que essa é minha maior
fortuna.
40 Ana Cristina Mendes Gomes (Cris Dakinis) - São Pedro da Aldeia – Brasil - 13 de dezembro. Cris Dakinis é o
nome artístico de Ana Cristina Mendes Gomes, autora dos livros Por Arte de Magia, Aos Distraídos! e Tá
Feliz por quê?. Premiada por textos e livros no Brasil e no exterior, acadêmica correspondente da Academia
de Letras de Arraial do Cabo / RJ, escreve para sua página: www.crisdakinis.com
Viveste grande paixão
Por tua terra, tua amada,
Mas o mar corre mundos...
É água salgada, não doce,
Como se lágrima fosse
Recheio de poesia!
Parece-me, que sabias...
Poeta Gonçalves Dias,
Que constelar desilusão
Multiplica honrarias
Para além da terra-mãe
E se a Terra faz-se nação,
O mar recolhe a canção...
Em teu exílio constante,
D’alma, de poeta, de amante...
Parece-me que sabias,
Poeta Gonçalves Dias,
Que partirias no mar!
Finalmente adeus
A última carta de Ana Amélia a Gonçalves Dias
72
41 Ana Issa Oliveira - São Paulo – SP - Brasil - 12 de junho de 1963. Cientista política na primeira graduação; Gra-
duada em Letras; Pós-graduada em Teoria da Comunicação; Profissional de redação e crítica de teatro infantil
no Caderno Letras da Folha de São Paulo, 1990; Micro empresária do setor de divulgação de títulos junto à
mídia impressa, 1991; Professora de criação e redação literária até 2011; Preparadora editorial da Editora
Novo Conceito.
Cuida para escapar de propostas extravagantes e de ideias afetadas: são só delírios de mentes
esvaziadas pelos excessos e preenchidas pelo interesse.
E sempre que estiveres no meio do turbilhão (tu hás de entender o que quero dizer
com turbilhão), pois bem, sempre que tu estiveres lá, volta ao teu silêncio, aos
teus livros, às tuas lembranças e sossega.
Faz isto por ti para que não te culpes depois por traíres a ti mesmo. Faz isto
por mim que sou brasa do teu mesmo fogo: se te machucares, machucas a
mim.
Lembra-te de que nosso tempo não existe e de que nosso sentido está
na memória, então eu sou contigo, sem lugar e sem hora.
Mas, caso este falatório não te sirvas de nada, caso tua experiência
te falte, caso te deixes levar — como eu mesma fiz por ti — e caso
a dor torne-se insuportável, por favor, não te transformes num
tolo. Não fiques resmungando e criticando as gentes. Aquieta,
porque a terra a que retornaste não é a mesma que tua
fantasia criou.
Não te irrites comigo porque escrevo palavras duras e não
me pareço mais com tua doce Ana. Tu, teu amor e toda
a vida me tornaram nisso... Enfim, limito meu rancor, agora, e
acalanto teus ouvidos com um pedido se, afinal, é possível fazer de um
sonho um pedido; peço-te que, apesar de todo o adeus, não te esqueças
de mim.
Guarda-me neste canto que tomei em teu coração e me retoma, às vezes,
para espargir, com teu olhar, o brilho para meus olhos. (E quem há de
73
dizer que não vivemos um grande amor!).
Ó MARANHÃO
Naquela taba perdida no tempo
Numa terra de muitas palmeiras
Ainda vive um velho timbira
Em meio às sombras rasteiras.
42 Ana Luiza Almeida Ferro - São Luís – MA - Brasil - 23.05.1966. É Doutora e Mestre em Ciências Penais (UFMG),
licenciada em Letras (UFMA), Promotora de Justiça, Professora do UNICEUMA, Presidente da Academia Mara-
nhense de Letras Jurídicas, Membro da Academia Caxiense de Letras, Sócia do Instituto Histórico e Geográfico
do Maranhão e Membro de Honra da Sociedade Brasileira de Psicologia Jurídica. É autora de vários livros,
entre os quais Quando: poesias (2008) e Crime organizado e organizações criminosas mundiais (2009).
Naquela taba envolta em poesia
Não sei se ainda luta o moço,
Não sei se ainda canta o sabiá,
Mas lá não se abriu o fosso.
Ó Maranhão,
Tu não viste no horizonte o dejeto
Nas tuas praias inclemente aportar?
Tu não ouviste nas ruas o desvalido
Por um pouco de pão reclamar?
Ó Maranhão,
Por que dormes, terra tupi,
Por francos e lusos adotada,
Quando o sonho cabia em ti?
Não sabes o que leva o vento,
O que procura o mar encobrir,
O que se transforma em tormento?
Ó Maranhão,
Ó gigante de pedra e areia,
Que jazes no bosque a dormir
Como a presa inerte na teia,
Desperta de teu sonho distante,
74
Desce do mirante para a ceia.
Ó Maranhão,
Escuta o velho timbira na taba
Teu passado aos meninos lembrar;
Revive os dias de Gonçalves,
Teu poeta maior, sem par;
Sê brioso
Como o moço guerreiro;
Sê laborioso
Como o luso sobranceiro;
Sê garboso
Como o gaulês altaneiro,
Que um dia te quis
Possuir por inteiro.
Ó Maranhão,
Ó gigante de pedra e areia,
Desperta para o combate!
Conquista teu maior galardão!
Ouve o velho timbira
A inspirar o moço vate
Naquela taba de viva paixão.
O GIGANTE DO LARGO DOS AMORES
O que contemplas, ó vate divino?
o que procuras em cada sol poente?
nosso céu mais uma estrela ganhou
nossa vida, mais beleza,
nossa prosa, mais poesia
o coreto mais cobiçado ficou
a baía já se rende a teus pés
mas a tarde não traz refrigério
a noite sua mudez revelou
os sinos ainda dobram por ti
a marabá mais sozinha está
e o mar penitente se agitou
ao naufrágio de certo navio
nos baixios dos Atins.
Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras
e, também, muitas estrelas
que, em outras cidades não há.
Minha linda Porto Alegre
não nos permite compará-la
com outra cidade qualquer.
Ela, além de ser charmosa, é maravilhosa,
pois exibe-nos um pôr do sol inigualável.
Na capital gaúcha,
muitos sabiás cantam e encantam.
Como aqui, não há nenhum lugar!
43 Ana Luiza Fernández Alves - Santa do Livramento – RS – Brasil - 12 de fevereiro de 1993; reside em Porto Ale-
gre/RS. Filha de Rossana Fernández Rosa e Edson Ferreira Alves. Estudante. Membro Efetivo da Academia de
Letras Machado de Assis, Porto Alegre/RS, Cadeira 47, Patronesse: Dinah Silveira de Queiroz; Academia Virtual
Sala de Poetas e Escritores, Balneário Camboriú/SC; Associação Internacional dos Poetas del Mundo; e, Liga
dos Amigos do Portal CEN. E-mail: aninha_loka_93@hotmail.com
44 Ana Luiza Nazareno Ferreira – Sambaiba – MA – Brasil - 1º/02/1949. Professora Licenciada em Letras pela
Universidade Federal do Maranhão; Especialização em Semiologia Aplicada ao ensino da Língua e Literatura;
Professora de Português, Inglês e Francês em diversas escolas e cursinhos. Professora do PROCAD (Projeto de
Capacitação Docente) e PQD/UEMA –Curso de Letras. Professora do Curso de Especialização em Literatura
Infanto-Juvenil – UEMA
as belezas do teu tempo.
Aquela terra querida
que te enchia de orgulho,
cheia de palmeiras
onde cantava o sabiá,
ficou num passado bem longe.
Só nos restou o amor
por tudo que existiu,
e a esperança de um dia
encontrar novas palmeiras
onde cante o sabiá.
Meus amigos, eu vi
os sonhos do poeta
virarem poeira,
zanzando perdidos
em nossas ladeiras,
soterrados no asfalto,
quebrando azulejos,
cavando nos mangues
pra achar caranguejos,
que o mar escondeu
em uma triste canção.
Meus amigos eu vi
seu nome virar praça,
cidade e rua;
praça sem trato,
palmeiras e lua;
cidade sem brilho,
pequena e sofrida;
só o nome do poeta
lhe dá um pouco de vida,
a enche de graça
em doce canção.
Meus amigos eu vi,
os sonhos do poeta
que veio de Caxias,
na certidão marcada
como Gonçalves Dias,
virarem cantigas,
histórias de guerra,
poesias, romances,
saudades de sua terra,
cantando os amores
em grandes canções.
ENTRELAÇOS
Saudade,
exílio,
amores,
favores;
índios guerreiros,
Tupã
Piaga
timbiras
79
tamoios.
Ainda uma vez
adeus e paixão,
amor solitário
não se morre
de amor.
Y Juca Pirama
guerreiros ouvi
o canto de morte,
meninos, eu vi.
Lágrimas,
vida,
luta,
combate,
abate
o fraco,
exalta
o forte,
o bravo.
Poeta,
índio,
romance,
teatro,
hinos,
cantos de amor.
O belo,
o grande,
filho do pensamento,
meditação.
Ana Amélia,
amor perdido,
ainda uma vez
adeus
Gonçalves
salve
Dias,
poeta primeiro
verdadeiramente
maranhense.
Não me deixaste, não!
PORTO DE LÁGRIMAS
Naquela noite escura, naquele ‘Porto de Lágrimas’
O poeta Gonçalves Dias já muito doente ainda sonhava:
No horizonte desejava avistar sua amada terra natal
E sentia sua alma esvaindo-se em lágrimas de saudade.
Era imensa sua solidão, era grande seu amor, sua paixão.
45 Ana Maria Felix Garjan - Caxias – MA – Brasil - Membro da Academia Caxiense de Letras – ACL, ocupante da
cadeira de número 15, tendo como patrono Antônio Gonçalves Dias.
Sua visão do paraíso foi construída em verso e prosa
Destacava as belezas naturais elevadas pelos patriotas
Em símbolo da identidade nacional, e do índio escravizado
Ampliando como grandes ondas, em mar aberto e em portos
As notícias do patrimônio da bela terra dos gentios e degredados
Como forma de sedução e curiosidade para os europeus.
Nossos bosques estão desmatados, nada pode ser feito, não há lei, não há paz;
As leis não impedem queimadas das florestas, e os homens maltratam os animais;
Eu também fico a cismar, até onde o homem destruirá nossa natureza, teus Sabiás...
Ainda há várzeas, rios, palmeiras onde cantavam as aves que gorjeavam aqui, e lá;
Nossas vidas, nossos amores estão na corrida contra o tempo das contradições, Dias!
Os prazeres dos homens são perigosos para os inocentes, há muita violência no mundo;
Os governos, as religiões, pessoas, grupos e instituições sofrem perturbações
O mundo está confiante na renovação, não queremos guerras, pedimos paz às nações;
Em nossa terra ainda buscamos ‘primores’, desejamos ouvir o canto dos teus Sabiás,
Queremos que mil poemas corram o mundo, que haja tempo de renovar tua memória!
O teu ‘Canto do Exílio’ é uma declaração de amor e respeito à
natureza daqui e de lá.
Tua vida, nossas vidas estão escritas neste livro, onde poetas
cantam versos para ti!
Que Deus permita que possamos viver nossos amores e artes,
ao som de ventos e brisas
E que possamos renascer e contribuir com a natureza,
para salvarmos nosso planeta!
São Luís em seus 400 anos de história, cultura e arte te homenageou, em 2012-2013
E de forma delicada e silenciosa foram surgindo ‘mil poemas para ti’, meu poeta maior!
Escrevi poesia, agora escrevo essa carta de louvor à tua infinitude de poeta
Desenho alguns dos teus versos em telas, com cores vivas da tua natureza e dos sabiás.
Na trajetória da vida sou poeta, escrevo sonhos, amo a natureza, trabalho pela paz
Desenho sonhos nas nuvens, obedeço a arte da vida e suas leis fundamentais:
Defendo os seres vivos da Terra, defendo os direitos humanos e os dos animais.
Assim, meu patrono, na Academia Caxiense de Letras, tento honrar teu nome
E nunca será em vão essa grande oportunidade cultural onde minha vida floresce
Desde o nascer do dia às noites onde aparecesse inspiração para sonhar e criar.
Como não nos lembrarmos de Y Juca Pirama? De tuas viagens à nossa Amazônia?
Da expressão social de tua poesia, de teus laços de afeto à família e aos amigos?
Olympia tua esposa, e Joana tua única filha foram herdeiras de dedicação amorosa
Foram muitas as cartas escritas de diversos países à Olympia, que o compreendia.
Dias, teu destino nem estava escrito nas estrelas... Ou sempre esteve? Mas por quê?
Será que o naufrágio do navio “Ville de Boulogne” ceifou mesmo teu último sonho?
Após tua morte, nas águas da tua amada terra, sobraram pági-
nas de tristeza e solidão
Restaram pequenos objetos que representaram teu último
desejo e sonho na vida:
Chegar à tua terra maranhense e morrer nos braços de
um amor possível...
GONÇALVES DIAS
Minha terra tem escolas
Para o cidadão estudar
Mas o autor Gonçalves Dias
Não quis a elas adentrar
Resolveu ir para a Europa
Em Coimbra estudar.
Nosso estado tem estrelas
Na literatura secular
Uma delas é Gonçalves Dias
Que fez a academia brilhar.
Em cismar, sozinho à noite
Mais prazer encontro eu cá
Minha terra ainda tem palmeiras
Aos 400 anos completar.
Em pensamentos reais
Sobressai tua imagem
Numa moldura de cores ...
ANA AMÉLIA
Aqui sem você
86 Vejo um céu diferente
Vontade de andar em busca de ti .
O POETA INDIANISTA
Antônio Gonçalves Dias
Cantou sua pátria em Canção de Exílio
Majestoso país em terra de Tupã
47 Ana Maria Marques - Recife – PE – Brasil - 21 de Novembro de 1958 . É licenciada em Pedagogia e Pós –Gra-
duada em Educação Especial Inclusiva . A poesia esteve presente em sua vida desde criança , mas só em 2009
começou a divulgar parte de seus escritos numa comunidade do Orkut “ Brincando com as Letras “, hoje “ NOP
“ . Por admirar as obras de Antônio Gonçalves Dias – gostaria de fazer parte da Antologia 1000 poemas em sua
homenagem . hana-mary@hotmail.com
SAUDADES
Oh ! que saudades
Do meu céu azulado
Mesclado de luzes reluzentes .
Lembranças
Das palmeiras , mangueiras , pitangueiras , açucenas
Mares , rios , fontes , cachoeiras ...
MELANCOLIA
Na rua a caminhar
Paira uma melancolia em mim
Uma saudade sem fim .
Na imaginação
Um cenário do meu Brasil
Terra bela – verde amarelo azul anil .
Sina
Se o amor sufoca costumes
Pra depois se deixar sufocado
Se o orgulho pesa a entrega
E o sofrer tem por fiel o seu fardo
Se o protesto é criar asas
Buscar além do oceano um fado
Enraizar sem os coqueiros das matas
Mas sem que o papel permaneça calado
48 Ana Néres Pessoa Lima Góis - Esperantinópolis – MA – Brasil - 30 de junho de 1974. Licenciada em Letras,
especialista em docência, educadora, poeta e cronista. Ocupa a cadeira nº 9 como membro fundador na Aca-
demia Esperantinopense de Letras.
Se o amor não se concretizou
Se venceu a sina de não o ser
Que se concretize a poesia do amor
Nas ruas dos séculos do querer
Na praça a despedida que ficou
Tatuada nos azulejos a viver
E hoje nem se sente que foi dor
O amor que a poesia fez permanecer
Profecia
Amas a Ana que te laçou além do olhar
Ama, e sonha com o dia em que a terás
E que não seja anátema a tua maneira de amar
Homenagem
O vento sopra em tom de cantoria
Com notas de cantos magistrais
Por entre as folhas harpas sabedoria
De nossas florestas nichos tropicais
O som do vento canta uma saudade
Que vaga expressa entre os coqueirais
De um tempo em que canta a vaidade
De versos ontem e nem nunca banais
Da pena que o mar não calou
E hoje repousa entre corais
Faz poemas de um outrora amor
Tesouros sem par de nossos anais
De legítimo sangue brasileiro
Levou sua verve a outros cais
Poeta maior de oficio primeiro
Cantou nosso ninho como outro jamais
89
Berço
Não há no mundo
Paisagem mais vistosa
Que da palmeira o vulto
Rumo ao infinito
Nem lugar no mundo
Mais emocionante
Pra deitar meus olhos
E espalhar meu grito
Minha terra berço
Meu principio e fim
Melhor só o céu
Para viver sem fim
Minha raiz finquei
De agora e para sempre
Pois já flori de amor
E já me fiz semente.
Anderson Braga Horta49
NO CAMPO DA GLÓRIA
Preito juvenil a Gonçalves Dias
Sobre a taba de bravos guerreiros
Anhangá fez-se um dia sentir:
inimigo cruel, de outros mares,
cai-lhe em cima, raivoso tapir.
49 Anderson Braga Horta – Carangola – MG – Brasil - 17/11/1934. Sua poesia publicada entre 1971 e 2000 está
reunida em Fragmentos da Paixão; também de 2000 são Pulso e Quarteto Arcaico; Antologia Pessoal, Brasília,
50 Poemas Escolhidos pelo Autor, Rio de Janeiro, e Soneto Antigo, Brasília, saem entre 2003 e 2009; Elegia de
Varna (bilíngue), trad. Rumen Stoyanov, em Sófia, 2009; Signo: Antologia Metapoética e De Viva Voz, com o
selo da Thesaurus, em Brasília, 2010 e 2012.
Exclamavam: “Morrer é mais belo
que viver vida torpe e servil!”
E tombaram no campo da glória.
E Tupã no infinito sorriu.
A GONÇALVES DIAS
Canta, sabiá, a tua canção triste,
com a melancolia e o ardor da raça.
O painel sonoríssimo que abriste,
não o apaga do tempo o vício e a traça.
E, com a força das ânsias que sentiste,
dos sonhos que tiveste (embora a massa
do olvido hoje te roube a claridade),
teu canto emergirá numa outra idade.
A noite desce. O céu é limpo e claro,
com a cadência lânguida de um verso
que tu gemesses. Só, de raro em raro,
toldam algumas nuvens o olhar terso
de uma estrela que fita o oceano amaro,
– debruçada em seu canto de universo –,
como se fosse o rosto desse velho
a face impessoal de um grande espelho.
O mar, entanto, em ânsias estremece, 91
com saudade de tua voz maviosa,
e ergue espumas ao céu em rude prece
pela volta da flauta melodiosa
com que pascias suas vagas. Cresce
da natureza a fala dolorosa.
E tudo clama, do oceano aos sóis,
pela ressurreição de teus heróis.
Canto Índio
Sou índio.
Sou bravo, sou forte,
sou filho das matas
que vão sendo destruídas
com seus bichos, seus frutos,
suas fontes, seus aromas,
seu mistério.
Sou índio.
Sou íntimo da Lua e do Sol
e das águas.
Sou amigo de todos os seres da Terra.
Sou um com a natureza.
92 Sou índio.
Tenho a pele vermelha.
Canto e danço,
sinto e penso,
amo e poemo.
Venero os meus mortos,
reverencio os espíritos,
adoro o Grande Deus.
Que mais querem saber
para concluir que sou homem?
Já estava aqui
quando os outros vieram.
Mas não é isso o que importa.
A natureza tem todas as cores.
E a terra é de todos os homens.
Sou índio.
Sou um com a natureza.
Conclamo o Saci, a Iara,
o Boitatá, o Curupira,
todos os espíritos, Tupã
e os homens de qualquer cor
para velar por estas matas
e por estes rios.
A Terra é de todos.
Anderson Caum50
50 Anderson Caum - Vinhedo – SP – Brasil - 36 anos. Residente em Jundiaí/SP. Trabalho - Jornal Correio Polular
de Campinas/SP
Eu sei quem sou
Quem leu os seus poemas?
Quem pode entender seus pensamentos?
Quantos homens se passaram?
E quantos vivem este momento?
Lembranças de um poeta
Que nos leva a indagar
94 Se precisamos de um futuro
Então é preciso imaginar
Que para hoje ser história
Todos temos que sonhar
Ninguém se da conta
Que ali já vivera um rei
Comandava homens com honra
E por isso era rei
Canção do Exílio
Minha terra tem mais cantos,
mais lugares a visitar.
As músicas que aqui se cantam,
não se cantam lá.
Nosso horizonte tem mais luzes;
nossos parques têm mais flores;
96
nossa vida, mais amores.
Em jogar - sozinho, à noite,
mais prazer encontro eu la;
Minha terra tem Net,
onde pega 3G Max.
Minha terra tem primores,
que não encontro cá,
Em jogar - sozinho, à noite,
mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem Net,
onde pega 3G Max.
Não permita que eu morra,
sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores,
Que não encontro cá;
Sem qu’inda viste as barrinhas
de a wireless soar.
51 Anderson Henrique Klein - Porto Alegre – RS – Brasil - 17 de dezembro de 1993; Filho de Glicéria Celita Klein
e Sinécio Jacobus Klein. Estudante do Ensino Médio do Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Integrante dos
Projetos Literários “Tabuleiro de xadrez lírico”, 2011; e “Porta copos poéticos”, 2012. Toca teclado e guitarra;
curte computador e gameplayer. E-mail: imperior.imperor.lordis@hotmail.com
André Anlub®52
O poeta recitava
tão doce e bela obra
um soneto de Gonçalves Dias
das estirpes de outrora.
52 André Anlub® – Rio de Janeiro – RJ – Brasil - (Jan/1971) – Site: poeteideser.blogspot.com – Paixões: escrever,
artes plásticas, fotografia, música e boxe – Artista Plástico e Protético Dentário formado pela SPDERJ – Tem
uma obra (tela) no Acervo Permanente do Museu de Arte Contemporânea (MAC) da Bahia.
Eram novos Toninhos e Joãos
Zés, Fernandos e Pessoas
envernizando o coreto
abrilhantando a alma.
Grande Toninho
Grande poeta Toninho
permita-me chama-lo assim?
Trovador das palmeiras
dos pássaros, as aves, as letras
dos sentimentos e afins.
Poeta do Maranhão
bumba meu boi e babaçu
amor evidenciado na carne
no cerne e linhas dos versos
que habitam entre o céu e o mar.
53 André da Costa Nogueira - Aracati – CE – Brasil – 14 de fevereiro de 1981. Escreve desde os onze anos quando,
pela primeira vez leu um livro, Vinte Mil Léguas Submarinas, por Júlio Verne. Leitor onívoro, de lá para cá, tem
se aprofundado nas mais diversas esferas do Conhecimento, nomeadamente, Literatura, História, Filosofia,
Teologia, Física e Matemática. Casado, atualmente é funcionário público municipal na cidade de Fortim.
Resistiu aos encantos da deusa Europa,
Para compor os hinos de seu Édem,
E de seus primitivos habitantes.
O guerreiro de Ásia, de Europa, de África e da Índia,
Agora acrescentam a seus exércitos o cântico de guerra,
Do guerreiro tupi,
E do panteão, Virgílio e Homero estendem a mão para enaltecer a lira de
Gonçalves Dias.
André Foltran54
POEMINHO
Reparei
que todo sabiá
que é de gaiola
pela manhã
antes de tudo
canta a Canção
do exílio.
100
André Gómez Giuliano55
CANÇÃO DO EXÍLIO
Aqui, no Rio de Janeiro tem praias
e muitos locais bonitos;
no meu Rio Grande do Sul também.
As mulheres de lá são bem mais bonitas
que as daqui.
As curvas que vemos nas montanhas do Rio,
vemos nas mulheres do Sul.
Comida tropical...
Tudo aqui é mineral,
mas nada é melhor que um bom churrasco,
churrasco de gaudério
com espetos no chão.
Praias, qualquer lugar tem;
verdes campos e chimarrão numa velha cuia,
só no Rio Grande do Sul.
54 André Foltran - São José do Rio Preto – SP – Brasil - 8 de janeiro de 1996. Escreve contos, mas não é contista;
escreve crônicas, mas não é cronista; escreve poemas, mas não é poeta - ainda. Não tem livros publicados, só
coisas espalhadas pela internet, e em talvez uma ou duas antologias. Atualmente mantém um caderno virtual
onde, as vezes, publica algum poema. É estudante e sonha, um dia, poder se dizer escritor e viver de literatura.
55 André Gómez Giuliano - Porto Alegre/RS – Brasil - 16 de março de 1998. Estudante do Ensino Médio do Colé-
gio Conhecer, Porto Alegre/RS. Integrante do Projeto “Imagens e Textos construindo Histórias e Versos”. Curte
jogos eletrônicos. E-mail: dedegiuliano@hotmail.com
No Rio, o calor é de matar
e o frio não existe;
no Rio Grande do Sul, o calor é ameno
e o frio é intenso;
por isso gosto muito do meu estado.
Frio no Rio Grande do Sul...
café pela manhã; chimarrão à tarde;
vinho tinto à noite; e, a companhia
de uma magnífica gaúcha, às 24 horas do dia.
André L. Soares56
Semper Brasilis
O que ele pensaria,
Sobre hoje?
Seu país, de certo,
Não é mais este lugar
56 André L. Soares - Brasília - DF – Brasil - (1964). Mora em Guarapari (ES). 2004: monta a peça Livre Negociação.
2006: os textos O Bárbaro e Dinheiro são inseridos na peça Ritual dos Sete. 2007: o texto O Menino de Beirute
vence concurso Navegante nas Estrelas. 2008: o texto Mulher Carioca vence concurso da grife Branca Maria.
2008: é eleito Cônsul de Guarapari, pelos Poetas Del Mundo. 2011: livro Gritos Verticais. 2012: Torna-se mem-
bro da Academia de Artes, Cultura e Letras de Marataízes (ES). É grande estudioso da obra de Gonçalves Dias
57 André LUIZ Greboge - Curitiba – Pr – Brasil - 26 de julho de 1993. licenciando em música pela UFPR. É leitor
por paixão e vocação.
Salve Antonio,
Do direito e do teatro
Sentimos tua falta
Mas somos-lhe gratos
Degustamos,
Por tuas palavras,
A fadiga da guerra
E o amor sem amar
Com 41 anos,
Partiu ao exílio final,
De onde mais nenhuma canção,
Nos pode chegar
André Mascarenhas58
AUTO-ELEGIA
Com salves dias, guias e maresias
Mergulhou-se nos oceanos da poesia
Nadou na margem, da sociedade
Como qualquer artista
Fundou paisagens, da nacionalidade
Sob o foco de sua vista,
E ondulado em seu próprios dias
Versado no mar do poetar
58 André Mascarenhas – Sorocaba – SP – Brasil - 05/02/1986. Autor de poesias, contos, poemas, peças de teatro,
escritos técnicos na área de artes em geral, estudante e/ou tradutor de Espanhol, Francês, Inglês e Italiano.
Com dois livros publicados: “Stop!”, sobre a História de Literatura Infantil e “G”, com contos de temáticas po-
lêmicas. Experiência em artes plásticas, música, teatro, em artes em geral.
Tornou-se personagem de própria elegia
Elegendo um naufrágio para seu epílogo
A vida real tornou-se fantasia
Em sua densa e ritmada biografia
Canção do exílio
Minha terra tem teatro,
onde cantam quero-queros.
De minha terra, vejo
um dos principais símbolo
de Porto Alegre, o Laçador,
Monumento localizado próximo
ao Aeroporto Salgado Filho.
Em minha terra, voam
aviões da Base Aérea
tal qual voam na capital gaúcha.
Dentre as suas muitas belezas,
temos a Igreja Matriz São Luiz Gonzaga,
Padroeiro da Cidade,
onde, quando bebê, fui batizado.
Minha terra tem teatro,
103
onde cantam quero-queros.
CANÇÃO DO EXÍLIO
Na minha terra tem muitas árvores,
onde ficam os passarinhos.
Às vezes, o tempo não está bom;
noutras, temos um doce ventinho.
Na minha terra, o sol nasce num céu azul.
Nela há muita beleza
e, também, graciosa natureza,
a qual pode ser vista, sentado à mesa,
lendo uma boa revista.
59 André Roczniak Azevedo - Porto Alegre – RS – Brasil - 26 de novembro de 1991. Reside em Canoas/RS. Estu-
dante do Ensino Médio do Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Membro Efetivo da Academia de Letras Macha-
do de Assis, Porto Alegre/RS, Cadeira 41, Patrono: Vianna Moog; Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores,
Balneário Camboriú/SC; Associação Internacional dos Poetas del Mundo; e, Liga dos Amigos do Portal CEN,
Portugal. Coautor do Romance Interativo “Uma história de amor!”. E-mail: aroczniakazevedo@ig.com.br
60 André Schwambach Almeida - Porto Alegre – RS – Brasil - 17 de junho de 1992. Secretário Cultural e Membro
Fundador da Academia de Letras Machado de Assis, de Porto Alegre/RS, Cadeira 25, Patrono Eduardo Guima-
rães; Membro Efetivo da Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores, Balneário Camboriú/SC; da Liga dos
Amigos do Portal CEN, de Portugal; e da Associação Internacional dos Poetas del Mundo. Coautor dos Roman-
ces Interativos: “Fantástica história de um mundo além da imaginação” e “Um Enigma”. É músico e gosta de
tocar cavaquinho. E-mail: andrealmeida_poa@hotmail.com
No entanto, onde, hoje, encontro-me,
não tenho certeza do que vejo,
pois o céu é escuro e cinzento.
E assim, diante deste cenário triste,
encho-me de desejo
de a minha querida terra voltar.
Não consigo ver aqui, os encantos de lá.
Nesta terra há muita poluição
e ruas descuidadas e sujas,
pois seu povo tem por hábito
jogar lixo no chão.
Qual é a tua irmão?
Assim, os turistas de tua terra
não mais aqui pisaram
e para lá irão.
Minha terra tem belezas que aqui não há.
Cartão de biblioteca
Percorro estantes de horizontes verticais,
Cruzo fronteiras por prateleiras demarcadas,
Vejo paisagens de livros em relevo.
104
E em enciclopédicos países:
Viajo!
O cartão da biblioteca é o passaporte,
Para um mundo de possibilidades infinitas...
Com ele,
Viajo ao centro da terra e a mil léguas submarinas
Na sexta-feira, velejo e visito Crusoé
Vou pescar, com o velho e o mar.
Fumo cachimbo em Baker Street
Caminho com o tempo e o vento
Passeio pela terra de palmeiras onde canta o sabiá
Aventuro-me nas veredas de um grande sertão
Com Quixote, luto até contra moinhos.
E viajo a tal ponto, que já não sei se sou ou não sou.
Na dúvida a esta questão
Encomendo ao Bruxo do Cosme Velho uma poção
Para me fazer ser, muito mais do que turista!
Pois daqui não quero ir.
Mas se tiver que partir,
Como espuma flutuante,
61 André Teluscazu Kondo - Santo André - SP – Brasil - 07 de Maio de 1975. filho de imigrantes japoneses, nasceu
no Brasil Autor dos livros Além do Horizonte, Amor sem Fronteiras (Prêmio UBE-RJ), “Contos do Sol Nascente”
(Prêmio Bunkyo) e “Cem pequenas poesias do dia-a-dia (Prêmio UNIFOR). Morou no Japão e na Austrália,
sendo pós-graduado pela University of Sydney. Viajou por 60 países. www.andrekondo.blogspot.com kondo-
andre@gmail.com
Vou-me embora pra Pasárgada
Farei dela minha morada,
Porque lá
– sou amigo do bibliotecário –
E para sempre posso, viajar...
Terra do poeta
O poeta enterra o dia
e faz brotar luas
em um chão de estrelas
Terra do poeta,
que a realidade lavra – no colo da noite –
e infinitos sonhos colhe
Falsos poemas
Não quero que meu grito caia
Em ouvidos moucos
105
Prefiro o silêncio
Dos loucos
Se eu morrer
Não permita que o relógio pare em mim
Mas que os ponteiros sempre apontem
Para a felicidade que vivi
Quando eu partir
Não diga adeus pra mim
Deseje-me sim
Uma boa viagem como fim
E se hoje morri
Foi apenas mais um erro
Do qual não tenho medo
Andrew Veloso62
OS DIAS DO DIAS
O Dias que nasceu em Caxias
Os dias em que o Dias
escrevia suas poesias
O dia em que o Dias
deixou de escrever as suas poesias
Foi o dia em que o Dias
deixou de viver
62 Andrew Veloso - Balsas – MA – Brasil. URE – Balsas - Centro de Ensino Médio Dom Daniel Comboni. Professo-
ra: Marcia Meurer Sandri
Ane Braga63
II
Advogado de formação
Foi poeta de coração
E com muita devoção
Entregou-se à paixão
III
Sua musa era tão bela
Não havia mais etérea
Abalava-lhe os sonhos
O seu nome era Ana Amélia
IV
Tão sublime e tão singela
Suspirava só por ela
107
Com o espírito ardente
O amor era-lhe correspondente
V
Com aval e proteção
Foi pedir-lhe a mão
Encantado de emoção
Suspirando de paixão
VI
Mas a vida nem sempre é justa
Preconceito humilha, insulta
Só por causa de sua raça
Foi tachado de inferior casta
VII
Com orgulho e honradez
Foi embora de uma vez
Renunciou ao amor
Conservou a altivez
63 Ane Braga - São Paulo – Brasil - 02.08.1973. Descendente de árabes e portugueses herdou da família o gosto
por livros e literatura. Formada em Administração de empresas e Pós Graduanda em Gestão Pública, parti-
cipou em diversas antologias e já publicou livros infantis e juvenis. Em 2011 recebeu menção honrosa pelo
conto Folha Seca, Folha Afogada do Concurso Novo Milênio de Literatura.
VIII
Dona Ana por capricho
Casou-se com outro, igual ao quisto
Dilacerado em sua dor
Dias escreveu versos de amor
IX
Mas dor de amor não sara
Versos tristes são inclementes
Uma vez tocado pela paixão
Nunca mais retoma o coração
X
Fatigado de emoção
A doença foi sua amiga
Quem diz que mal de amor não dói
Jamais amou nessa vida
XI
Acamado e deprimente
Num naufrágio foi descansar
Sua alma foi para Ana Amélia
Seu corpo, para o mar
108
Ville de Boulogne
Que dor era aquela lhe oprimia o peito
Arrancava-lhe a alma
De um jeito contrafeito?
Que poderia ele em sua dor amarga
Esperar da amada
Que um dia tanto lhe quis?
Teria sido a dor a inimiga
Ou derradeira amiga
Que lhe ficara ao partir?
Teria sido diferente
Se ele de repente
Vestisse-se de coragem
Em sua simplicidade
Em seu grande esplendor?
Teria encontrado a felicidade
A eterna liberdade
Nos braços de seu amor?
Ou seu destino já estaria selado
A morte teria mesmo lhe abraçado
Num veleiro movido a vapor?
Talvez jamais saibamos a resposta
Mais dói a dor da derrota
De estar nos braços de outro amor.
O coração de Dias
Morte, aflição, espaço, tempo
Qual o peso de um pensamento?
Raio de luz percorre o luar
Perturba o vento
Espera o humilde
Nem sempre alcança
Nem tudo que se quer
Se pode ter
Por amor partiu Dias, sem coração
E fez Ana Amélia sofrer
Da dor de amor também Dias padeceu
Partiu sem coração e deixou outro partido
Soubesse ele o quanto iria padecer
Teria o oponente combatido
Nem tudo são honras e glórias
Quanto pesa um coração sofrido?
O pesar é mais o cair da agulha
A espera de um grito
Se for eterna a dor é terna a lembrança
Nenhum clamor supera o lamento
Mais vale morrer de amor e sofrer
Do que viver uma ilusão sem ter vivido
109
Angela Guerra 64
64 Angela Guerra - Rio de Janeiro – RJ - Brasil – 12/05/44. Prof.-Mestra (inglês): Michigan, FCE, CPE, Higher Ox-
ford. Kleines Sprachdiplom (alemão). Poeta, trovadora, desenhista. Academias: ACLERJ, ANLA, Académie de
Mérite et Dévouement Français; UBT, APPERJ, Literarte; Artilheiro da Cultura; Centro Expressões Culturais Mu-
seu Militar Conde Linhares. Livros: Vinho e Rosas e Meu Jardim de Trovas (ilustrações da autora). Participação:
Revistas, Periódicos, Antologias (tb, bilíngues)e Anuário literários. Premiações. angela_gdeandrade@yahoo.
co.uk
Acorda o teu irmão!
Acorda, tu, também!
Há tempo de salvar
essa terra, que é o bem
que Deus nos entregou,
em confiança!...
Amém.
65 Angela Maria Chagas Araújo - Rio de Janeiro – RJ - Brasil. Funcionária Pública, a vontade de escrever veio à
tona, com o incentivo do Professor de Língua Portuguesa e Literaturas num curso de Contabilidade. Hoje apo-
sentada, decidiu realizar o seu desejo, ou seja, estudar Letras e Literaturas. Por intermédio de comunidades
da internet, começou a observar outros poetas, foi aos pouquinhos aumentando o seu circulo de amizades,
inclusive participando de “Saraus”.
Meu Brasil Brasileirinho
Terra abençoada, patrimônio de todos.
Muitas saudades dos seus fulgores!
Terra sem igual, que plantando tudo dá.
Tem o amarelo do ouro
Flores, frutos, louros, futebol, e carnaval.
E nesta terra abençoada, tem ainda o azul do Céu,
O branco da sabedoria da busca pela Paz!
O quebrador de Sonhos
Na terra das palmeiras,
Onde não cantam as quebradeiras,
As crianças não plantam bananeiras,
Nem pensam em brincadeiras,
Esta que vi, tem apenas cinco anos,
112
E já não pode mais brincar,
Só muita casca tem a quebrar,
Que bom que pode cedo começar,
Para quando adulto muito sonho realizar,
Mas que sonhos seriam esses, se a cocos rachar,
Não pode nem piscar, que dirá sonhar,
Nunca sonhos terá,
Pois faz hoje, aos cinco,
O que muitos, aos cinquenta, não querem fazer;
Sentar, e em vez de brincar de viver,
A casca quebrar,
E expor as sementes que devemos em solo fértil plantar,
Não quero com isso mensagem de revolta passar,
A verdadeira mensagem eu tento esconder;
É um tesouro precioso,
Que meu egoísmo, estupendo, monstruoso,
Com ninguém repartirá,
Pois dessa casca grossa, não consegui ainda me livrar,
Ou não estaria vendo uma criança como adulto viver e falar,
Eu, que mil livros já li, filmes assiti,
Peças teatrais, danças e musicais,
De repente percebo que nada aprendi,
66 Angela Maria Gomes Pereira - Caxias – MA – Brasil - 7/07/1963. Iniciei minhas aventuras poéticas em 2004, ao
cursar pela sengunda vez o ensino médio, o primeiro havia sido técnico, e nada pude estudar sobre literatura,
pelo menos não no colégio. Hoje sou aluna de letras, mas tarde talvez serei interpréte ou crítica literária.
Que de nada adiantou
Pois essa criança de brincar já deixou,
Para quebrar os cocos que das palmeiras arrancou,
Das palmeiras que o poeta tanto falou e exaltou,
È pena, mas o canto do sabiá,
Ela nunca escutou,
Apenas o canto do machado,
Que os cocos quebrou.
No canto do sabiá
Grande poeta Gonçalves Dias
que sabe “onde canta o sabiá”.
Nasceu na bela cidade de Caxias,
em agosto, nas terras de Jatobá.
67 Anna Cristina r. Oliveira Ramos - Rio de Janeiro – RJ - Brasil – 7 de dezembro de 1962. Livro recentemente
publicado pela Biblioteca 24 horas intitulado Sentimentos (ISBN 978-85-4160-109-2) onde coloquei em poe-
sias meus sentimentos durante 30 anos, participação em duas Antologias poéticas pela Câmara Brasileira de
Jovens escritores.
Anônimo68
Gonçalves Dias
Oferecido à digna comissão encarregada da inauguração da estátua
114
Antonia Epifania Martins Bezerra69
68 Leal, Henriques, Pantheon Maranhense, São Luís, 1874, p Leal, Henriques, Pantheon Maranhense, São Luís,
1874, p 575. Poesias compiladas por Weberson Fernandes Grizoste - Jauru – MT – Brasil
69 Antonia Epifania Martins Bezerra - Palmeirândia - MA - Brasil. Resíduo em Pinheiro desde 07 de setembro
de 1979. Licenciada em Geografia pela UEMA e Ensino Religioso pela FASSEM. Professora concursada da rede
Municipal e Estadual. Pós graduação em Educação Ambiental pela AVANTIS
Casado com Olímpia da Costa
Sofreu preconceito e humilhação
Por ter origem brasileira
Resultante da miscigenação
Preconceito maldito
Encravado na alma de nossa nação
Destruiu vida amorosa de poeta
Ainda arraigado em nossa população
Tão sensível aos sentimentos que foi capaz de perceber que a sua musa
116
Amava a solidão, o silêncio, o sussurro das águas.
Poeta que sentiu seu amor não ser concretizado e chorou os dias
Tão sentidos, tão longos, tão amargos.
De tanto, tanto sofrer pensava em Deus, na morte, e como seria a sua vida
Se fosse querido de um rosto formoso.
70 Miramar Silva - Antonia Miramar Alves Silva - Caxias – MA – Brasil - 09 de agosto de 1970. Graduada em Le-
tras pelo CESC/UEMA, especializou-se em Língua Portuguesa pela Universidade Estadual do Piauí – UESPI. Pu-
blicou artigos em jornais e livros, dentre eles: Língua e Literatura: Interfaces da Linguagem (2008) e O Jogo do
Texto: Perspectivas Linguísticas e Literárias (2010), publicados pelo Departamento de Letras do CESC/UEMA,
tendo organizado o último.
Poeta do amor, do povo indígena, dos caxienses, dos brasileiros,
Que suplicava aos Guerreiros da Taba Sagrada, da Tribo Tupi,
Que ouvissem seus cantos e as suas divindades
Reclamava de grande pudor e medo, percebidos no comportamento
De sua amada, revelados nos versos - É belo o pudor, mas choro,
E deploro que assim sejas tão medrosa.
Antonieta Araújo71
71 Antonieta Araújo - Minas Gerais - Brasil. “Licenciada em Letras no Centro pedagógico de Três Lagos, hoje,
UFMS/Campus de Três Lagoas e Pós-graduada em Administração Escolar nas Faculdades Integradas Rui Bar-
bosa, Andradina/SP. publicou cinco livros É autora do Hino Oficial da Cidade de Três Lagoas e publicou o conto
“La Aurora” no anuário de escritores 2000 da Litteris Editora e Casa do Novo Autor”.
O pai era lusitano
Que viera ao Brasil
Em busca do sonho ufano
De ouro sob o céu de anil.
Emociona saber
Por seu ”I Juca Pirama”
Que o herói deve morrer
Pela pessoa a quem ama...
118
No exílio
Minha terra tem muita alegria, e há um sorriso indescritível no
povo
Saudades de minha terra, meu Brasil rebento
Do calor da mulata, da ginga do malandro e do suingue das crianças.
Terra de malícia e de samba.
Minha terra tem carimbó, xaxado e forró
119
E as dançarinas daqui não são tão belas como as de lá
Deus sabe que morro de saudades
E não permita que eu morra
Sem que eu volte para lá.
72 Antonio Ageu de Lima Neto - Recife – PE – Brasil - 26 de Dezembro de 1988. Autor de Escrito Com O Próprio
Sangue e O Código.
LIRISMO CONFESSO
Na turva, no obscuro, no rompante silencioso da madrugada
Eis que surge um lirismo confesso
De quem usa do ritmo e da rima.
E no silêncio turbante da alvorada
O autor brinca e se diz espesso
E recria um galante típico clima
De mistério e sovina
Onde apenas os corajosos têm voz e verso
E aqueles que não despojam de coragem
São aqueles que jamais desistem
Porque hão de encontrá-la bem dentro de si.
E coragem não falta,
Porque o autor é um guerreiro confesso.
Legítimo guerreiro tupi.
Gonçalves Dias
Dizem que Gonçalves
Dias morreu.
Mas,
Isso não é verdade,
120
Não é verdade, meu Deus !...
Gonçalves Dias
Com as cigarras voou !...
Asas de ouro,
Voz de mel,
Gonçalves voou !...
73 Antônio Baracat Habib Neto - Itabuna – BA – Brasil - 13/02/1987. Tenho 25 anos, e a mais de 10 anos comecei
a escrever..., sem nenhuma pretensão, no começo não mostrava a ninguém, tinha vergonha, até que um dia
resolvi enviar um dos meus poemas para um concurso em minha cidade e ganhei em primeiro lugar, daí em
diante, comecei a participar de concursos literários, já tive poema premiado em Portugal, e agora espero que
gostem deste Poema que envio.
Para ver lá do alto
Soberba e viril,
A terra morena do imenso Brasil !..
Asas de ouro,
Voz de mel,
Gonçalves voou !...
E foi
De alpercata,
Chapéu de couro e gibão,
Na sarabanda dos astros,
Pra vaquejar lá no céu.
Gonçalves Dias
Com as cigarras voou !...
Antonio C. de Berredo74
74 Leal, Henriques, Pantheon Maranhense, São Luís, 1874, p 553-556. Poesias compiladas por Weberson Fer-
nandes Grizoste - Jauru – MT – Brasil
Cisne do vale ameno, ah! quem me desse
As tuas asas nítidas, pujantes
Para soltar galhardo um voo altivo,
Que chamasse a atenção por longas eras!
Oh! quem me dera um estro onipotente!
Si escutado n’est’hora o meu desejo,
O poder ao querer igual me fosse,
À profusão total meu preito unindo
Em carmes de um encanto inexaurível,
Suaves, como as auras matutinas,
Tristes, como a saudade enternecida;
Que partindo do mundo nos deixaste
E no entanto brilhantes, qual no estio
Do nosso sol a luz resplandecente,
Das tuas mesmas flores apanhadas
Aqui, ai no teu jardim mimoso,
Uma formosa c’roa entretecera,
Que o teu martírio e glória recordasse!
Da corte que te cerca pressurosa
N’essa oração ardente a proclamar-te,
Espontânea e sincera, um benemérito,
O animado sussurro ouvindo atônitos,
De eterno, frio gelo repassados
Perguntarão, quem sabe?! os que não sentem
122
Da mágica poesia o doce enlevo: –
Em tão curta viagem esvoaçando,
Que fez o rouxinol americano
Para atrair, que fez, tamanho afeto?!
O que fez?! eu direi – Cantor: seu fado
Era cantar até perder o alento!
E cantou como o anjo nas alturas;
De harpa divina, acompanhando as vozes:
Bom disse da virtude; a palinódia
Proferiu contra o vício desprezível;
As dores adoçou com sons sublimes,
E alegrias criou também com eles.
Si a ventura real do bem procede,
Quem mais que o vate amor e simpatia,
E gratidão merece sobre a terra?!
O eleito do Céu por um mistério
Não é seu, não, pertence à mão que o rege,
Que a inspiração nos lábios lhe derrama,
Que na vontade a devoção lhe acende!
Da humanidade a marcha é uma epopeia
Pelo punho de Deus em leis escrita
Com caracteres vivos, indeléveis,
Do coração nas fibras melindrosas,
E na essência subtil, que não perece;
Tão vasta como o mundo em que passa,
Tao bela como a origem d’onde emana,
Começou com a existência do universo,
E há de acabar… Quem pode achar um termo?
E o limite assinar do indefinido!
Com as baixas turbas que não tem um nome
Varões ai notáveis aparecem
E da obra imensa o pessoal completa.
O rei segue orgulhoso o seu destino
A si quanto conhece referindo:
O guerreiro o poder da força exerce,
Com os triunfos se apraz apregoados,
Que em sangue a seus irmãos nadar obrigam,
E de espólio, e conquistas se enriquece:
D’ouro o seu cofre o explorador repleta,
E nos prazeres ao depois se embebe,
Como em líquido a esponja a saciar-se
Os poros todos repassando ansiosa:
Até o folião que nada ocupa,
Que corre inútil procurando gozos
Lucra da vida que ao sabor lhe volve!...
Mas ao triste poeta, em seu proveito,
No geral movimento, o que pertence?!
123
Ao fanatismo apenas escapando,
Porque audaz a verdade proclamava,
Orfeu instrui a Grécia, e acaba mísero
Em mãos que só amor reger devera;
Vem ao depois Homero memora-la
Que cego esmola o pão de cada dia,
Como um proscrito, peregrino, errante
Dante exilado inda condena o arbítrio
De Florença a favor que ingrata o enjeita;
Camões se sacrifica pela Pátria,
E indigente sucumbe n’um hospício
So do seu Jau fiel acompanhado;
E tu, Dias, também do lar ausente,
Das mil belezas suas na colheita,
Morres servindo o teu país querido,
E lhe legas ainda as harmonias
Que o mar roubar não quis venerabundo!...
Assim a fonte límpida não brota
Para si o licor que a sede aplaca!
Assim o evablo dá seu doce néctar!
Assim a flor entorna o seu perfume!...
Antonio Cabral Filho75
Jogos Florais I 77
Minha terra tem palmeiras
onde canta o tico-tico
124
Enquanto isso o sabiá
vive comendo o meu fubá
Jogos Florais II 78
Minha terra tem palmares
memória cala-te já
Peço licença poética
Belém capital Pará
75 Antonio Cabral Filho, Frei Inocêncio – Brasil - 13 de Agosto de 1953. Moro no Rio desde a passeata dos cem
mil, Email letrastaquarenses@yahoo.com.br - Blog http://letrastaquarenses.blogspot.com.
76 Antônio Carlos Ferreira de Brito - Cacaso – Uberaba – MG – Brasil - 13 de março de 1944. Seu primeiro livro, “A
palavra cerzida”, foi lançado em 1967. Seguiram-se “Grupo escolar” (1974), “Beijo na boca” (1975), “Segunda
classe” (1975), “Na corda bamba” (1978) e “Mar de mineiro (1982). Em 1985 veio a antologia publicada pela
Editora Brasiliense, “Beijo na boca e outros poemas”. Em 1987, no dia 27 de dezembro, o Cacaso é que foi
embora. Um jornal escreveu: “Poesia rápida como a vida”.
77 http://www.moinhoamarelo.com/2011/07/serie-cancoes-do-exilio-cacaso.html por Gilberto Araujo | Twitter:
@gilbert_araujo, Poesia compilada por Leopoldo Gil Dulcio Vaz – Curitiba – PR – Brasil – 1952; Instituto Histó-
rico e Geográfico do Maranhão; Universidade Estadual do Maranhão
78 http://www.moinhoamarelo.com/2011/07/serie-cancoes-do-exilio-cacaso.html por Gilberto Araujo | Twitter:
@gilbert_araujo; Poesia compilada por Leopoldo Gil Dulcio Vaz – Curitiba – PR – Brasil – 1952; Instituto Histó-
rico e Geográfico do Maranhão; Universidade Estadual do Maranhão
Bem, meus prezados senhores
dado o avanço da hora
errata e efeitos do vinho
o poeta sai de fininho.
SEM TITULO
Foram tantos os tropeços que viveste,
Sobraram desventuras no caminho,
E, talvez, sirvam de estímulo como este
O relembrar-te a vida, o torvelinho
Que foi o teu passar, vivendo neste
Mundo atroz de amor em desalinho:
Ana Amélia te negaram, e tu viveste
Com a Olímpia, um amor diminutinho.
Foste grande demais, subiste o Olimpo,
De coroa de louros foi tua rama,
125
Pode haver maior assim algum idílio?
Se mais procuro, cato, se garimpo:
Herculano exalçou a tua fama,
Tu te confundes com CANÇÃO DO EXÍLIO.
SEM TITULO
“Não me deixes!”, “Delírio”. “Lira”, “O mar”
São um pouco do muito do seu estro,
Da sua rima, do seu versejar,
Que igual regia qual fosse um maestro.
79 Antonio Carlos Pinheiro - 10 de janeiro de 1946. Brasil. Bancário, advogado, poeta, ensaísta e articulista.
Como é que em tantos versos, grande jogo
De palavras, sua “Canção do Exílio”
Não possui – um sequer – adjetivo?
O ANJO DA GLÓRIA
Quem és, que buscas da memória o templo,
Só destinado aos eleitos meus?
Quem és, que vens ao Panteão sublime
Onde colheste os divinais troféos?
O POETA
Quem quer que és, aparição ou encanto,
Venhas do céu, ou a um rancor profundo
126
Princípio sejas condenado e ao pranto
Consente que do mundo
Rompa minh’alma esta prisão sombria,
E como o fogo presto s’irradia.
Nos seios do tufão, do lodo imundo
Livre, se remonte a imensidade,
Que dos gênios habita a potestade!
80 Leal, Henriques, Pantheon Maranhense, São Luís, 1874, p 562-564. Poesias compiladas por Weberson Fer-
nandes Grizoste - Jauru – MT – Brasil
Si ele no cabos modelou a ordem,
Si ante a sua feitura se extasia,
Do belo eterno a substância, a força
O meu gênio exprimiu na poesia.
O ANJO DA GLÓRIA
Criatura rebelde, tu revelas
N’este arrojo de orgulho irreverente
D’alma o desvario, o desatino
Do pensamento teu soberbo, ingente!
A PÁTRIA
Para ti, ó anjo, o poeta,
Para ele a eternidade.
A mim somente o que fica?...
O ANJO DA GLÓRIA
Os seus cantos e a saudade.
81 Antonio Fernando Sodré Júnior - São Luís – MA – Brasil - 1982, onde vive atualmente com a família. Incentiva-
do por professores e amigos, começou a escrever na adolescência, mas apenas em 2011, decidiu compartilhar
seus textos. Tem contos, crônicas e poemas publicados em antologias.
O poeta cantou o sonho,
A natureza, o amor ingrato
Fez rimas para dos índios, a bravura
E da terra natal, a saudade...
82 Antônio Joaquim Pereira Filho – Aracoiaba – CE – Brasil - 14 Setembro/1944. Fortaleza/CE: Dirigente (Mem-
bro-Conselheiro) Sócio/Cultural das seguintes Agremiações: Em S.J de Ribamar: ACREQ e INCULCAAR (Clube
do Cordel). Em São Luís: AFCEAG (SEBRAE/MA), AAA (Associação Atlética Alumar), AMC Associação dos Mora-
dores do COHATRAC), PROCONTÁBIL (CRC/MA) e AMCC (Academia Maranhense de Ciência Contábeis).
Teve a infância atribulada,
Tristonha, por ser marcada,
No verdor de sua inocência;
Já que tal golpe ocorreu,
Quando, precoce, perdeu,
Sua mãe, Dona VICÊNCIA!...
E, em CAXIAS-MARANHÃO,
Escreveu “MEDITAÇÃO”,
Neste ano, iluminado;
Mas, sua peça livre-sonsa,
Fo i“LEONOR DE MENDONÇA”,
Que escreveu no RIO, amado!...
METASTÁSIO apareceu,
Porque ele mereceu,
Estar na obra “DESEJO”;
E, em “SEUS OLHOS” e “O MAR”,
Quiz o POETA saudar,
O TURQUETY, neste ensejo!...
Entretanto, em “A TARDE”,
Elogio: -Quanto alarde!
ODORICO, em igual TEMA;
Semelhante ao texto seu,
E, porisso, agradeceu,
Ao POETA e seu POEMA!...
Se ao POETA, ligações,
E estreitas relações,
Nos unissem, no existir:
-Pediria ao ODORICO,
Seu POEMA, bem mais rico,
Permitindo-me imprimir!...
Na vida, constantemente,
Ele, ESTILISTICAMENTE,
Fez versos PARNASIANOS;
Escandindo RÍTIMO e RIMA,
Que criou no TEMA, um CLIMA,
Emotivo, a nós, humanos!...
E em setenta, eu escrevi:
“MEU SERTÃO” e conseguí,
Editar ao lado dele;
Porisso, eu quero saudar,
Este POETA exemplar,
137
Com um CORDEL sobre ele!
GONÇALVES DIAS
Terra pavimentada
e sem palmeira
ainda distante
calaram o sabiá
lembrança
exílio
sem sair do País
uma saudade
e um poema
na memória
o romantismo de
Gonçalves Dias
a poesia
sobrevive.
83 Almandrade - (Antônio Luiz M. Andrade) – São Felipe – BA – Brasil - 1953. Artista plástico, arquiteto, mestre
em desenho urbano, poeta e professor de teoria da arte das oficinas de arte do Museu de Arte Moderna da
Bahia e Palacete das Artes.
84 Antonio Maria Santiago Cabral – São Luís – MA - Brasil – 26/04/2013. Professor e bancário aposentado, poeta,
escritor e ensaísta. Já publicou 8 livros impressos e mais de 1.300 textos em sites literários. E-mail: amscabral.
ma@gmail.com
Que as musas digam a Gonçalves Dias - eis o meu apelo -
que, se foi por sua inspiração que me tornei poeta,
é certo que jamais deixarei de sê-lo!
Dias de glória
Pelos Primeiros Cantos,
pelos Segundos Cantos,
e pelos Últimos Cantos...
Salve Gonçalves!
Tem coisas que não entendo,
ou, não me entendem estas.
Das coisas que entendo,
só entendem os Poetas.
Dias e noites
Dias de exílio,
noites a fio...
Alma cativa
139
se segurando
a um fio de vida,
que se multiplica
em versos
– diversos! –
sobre a velha
escrivaninha.
Dias de exílio...
E, de repente,
o que era triste,
ganha vida
com o verde
das palmeiras
e o brilho das estrelas.
Sob o pincelar mágico
da inspiração
tudo é mais belo.
Dias de exílio,
noites a fio...
85 Aparecida Gianello dos Santos - Guaíra – PR – Brasil - 24 de janeiro de 1973. Sua formação escolar é o Ensino
Fundamental (incompleto). Autodidata, descobriu-se nesse mundo maravilhoso das palavras depois de vencer
um concurso de frases, o que resultou em seu primeiro livro, “Pensando Bem... Mil pensamentos para inspirar
seu dia a dia”; e a partir deste, reforçada pela seleção de duas de suas Crônicas para o V CLIPP, dá início a uma
árdua dedicação em outros gêneros.
Dias e noites
a tecer um poeta
que jamais
será esquecido;
inda que voe o tempo
e por mais efêmeros
que sejam
os dias.
Da Imortalidade Gonçalviana
Em meio
ao gorjeio das aves,
às flores das várzeas
e ao verde das palmeiras,
– nos primores de cá! –
Deus lançou sementes...
E nasceu Gonçalves!
E morreu...? Não.
Apenas disse adeus
– para sempre! –
ao seu exílio.
Está agora livre!
Eis que agora vive
no brilho das estrelas...
140
– outra vez! –
...pois, dos Poetas,
só se vão os dias,
nunca a poesia.
Aparecido Bi de Oliveira 86
POEMA EM HOMENAGEM AO POETA ANTONIO GONÇALVES DIAS
Baseado e inspirado em seu poema “Canção do Exílio”
86 Aparecido Bi de Oliveira – Indaiatuba – SP – Brasil - 08 de março de 1952. Participou das antologias a saber:
Mogi das Cruzes 450 anos, Eu amo Vinhedo, Descubra um poeta dentro de Você/Associação dos Aposentados
de Jundiaí, Antologia dos Clube dos Escritores de Vinhedo e do Livro o “Galo de Rocinha”
As aves que aqui gorjeiam,
não gorjeiam como lá;
Gonçalves Dias como jornalista,
foi um dos melhores por cá
Arão Filho87
87 Arão Filho - Teresina – PI – Brasil - 11.01.1965. Veio para são Luís aos dez anos de idade. Casado com Sílvia
Maria e pai de Vinícius Aarão e Abel Aarão.Atualmente é professor adjunto IV do Departamento de Tecnologia
Química e Coordenador do Curso de Química Industrial da UFMA. Em 2012 publicou dois livros de sonetos na
64ª SBPC, “Efúgios” e “Nos Quintais de São Luís” além de outro livro de poesias em parceria com o autor João
Gomes, intitulado “Enlace”, todos pela editora Clube de Autores. Publicou nos anos anteriores em algumas
coletâneas nacionais de Editoras de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Ao poeta do Brasil, Gonçalves Dias.
Poeta! Ó poeta encantado,
De versos tão líricos, lindos,
Sonhando um Brasil tão amado,
Com índios, crianças sorrindo!...
Arlindo Nóbrega
88 Arlete Trentini dos Santos – Dona Emma – SC – Brasil - 16/05/1952. Um poeta que marcou a minha vida. Tudo
começou na infancia e olhe que já se passaram muitos anos. E em nossa terra, os sabias cantam alegremente,
assim como antigamente.Assim como lembrava o poeta quando estava no exilio.
de segunda a sexta-feira,
e isso quase me arras.,
Mas no meu pouco entender,
era tudo para eu crescer,
hoje meu peito extravasa.
89 Armando Azcuña Niño de Guzmán - Puno – Perú - 27 de abril de 1948. Es Profesor.músico y bailarín, fundador
de la Asociación Cultural Brisas del Titicaca en 1962, en Lima la Capital de La República del Perú, hoy recono-
cido socio Honorario; es miembro del colectivo cultural Capuli Vallejo y su Tierra, de la Sociedad Universal de
Artistas y Literatos (S.U.A.L.).Está dedicado al estudio, investigación y difusión de la poesía en el Idioma de los
Incas, el RUNA SIMI mal denominado quechua. Ha participado en innumerables Encuentros Literarios Nacio-
nales e Internacionales, en los que ha sido distinguido con sendas certificaciones
90 Arquimedes Viegas Vale - São Bento – MA – Brasil - 22 de julho de 1949. É Médico e Professor Universitário.
Membro da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores – MA e ex-presidente e atual vice-presidente da Aca-
demia São-bentuense de Letras. Poeta e contista é autor do livro de poesias “Resíduos Cartesianos”.
Meu pai,
diante de adversidades,
suas ou de outrem,
dizia:
“a vida é combate”
Sofrimento no peito.
Distância nos olhos.
Mares de Atins
espuma branca
sufocante
sepultante.
Arthur rabut91
GONÇALVES DIAS
Teu gênio feculdo a irradiar fulgores
Na belezxa invulgar do teu estro divino,
Deui-nos “Canção do Exílio”, a gema de ouro fino,
A sítese real dos teus grandes primores!
91 MORAIS, Clóvis. TERRA TIMBIRA. Brasília: Senado Federal, 1980, p. 65, Poesia compilada por Leopoldo Gil
Dulcio Vaz – Curitiba – PR – Brasil – 1952; Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Universidade Estadual
do Maranhão
E desse pedestal onde soberbo estás,
Esperas com fervor, com majestoso rito,
Este teu sabiá que não vem nunca mais!.
CANÇÃO DO EXÍLIO
Minha Terra tem riqueza,
Onde encantou o sabiá
Lá eu conheço todo lugar.
Augusto de Miranda93
149
Português, autor dos Primeiros Cantos.
92 Aryane Ribeiro Pereira - São Luís – MA - Brasil - 10/07/2001. Motivo da participação: Eu gostaria de participar
da antologia para ser reconhecida pela poesia que fiz.
93 MIRANDA, Augusto, Primeiros Cantos, Coimbra, Imprensa de Coimbra, 1866, 17-20. Compilador: Weberson
Fernandes Grizoste. Poesias compiladas por Weberson Fernandes Grizoste - Jauru – MT – Brasil
No Amazonas soltaste… e o Tejo ainda
Corre ouvi-los à campa – a dor infinda
Do teu triste destino…
Versos na memória
Tanta emoção!
Transborda meu coração
Quando estou a escutar.
“minha terra tem palmeiras
“Onde canta o sabia”!
Os poemas!
Alguns de amor
Que para compôr
Com tanta magia!
Apenas ele
O poeta seria!
Gonçalves dias!
Paixões
O mestiço!
Como feitiço
Segue o destino!
Ainda menino
Pelas letras
Se apaixonou!
O pai!
Depressa notou,
Na escola em seguida
O matriculou!
94 Aurineide Alencar de Freitas Oliveira - Catolé do Rocha – PB – Brasil – 27/08/1965. Professora do Ensino
Fundamental, séries iniciais, concursada no estado de Mato Grosso do Sul, cordelista, formada em Letras na
UNOESTE e Especialização em Metodologia do Ensino Superior na FIFASUL.
Menino crescido
Bem pouco vivido
Se apaixonou!
É Olímpia da costa
Que dele assim gosta.
Casa-se e pronto!
Dando-lhe alento!
Apoio!
Sustento!
Até um rebento!
Para alegria
De Gonçalves Dias!
Último suspiro
Como um pássaro
A voar o mundo!
152
No último segundo
Suspirou!
As palavras! Juntou
Emocionado!
Para sempre ficou
O vento espalhou
Por todos os lados!
A morte!
Que veio tão cedo
Desfez o enredo!
Momento de angustia
Ao padecer!
Sentia a dor
No adoecer!
Provou o destino
Que não vai mudar
E quis do menino
A vida podar!
O mundo escurece
Como noite sem estrelas!
Gonçalves Dias?
Sozinho falece
No fundo do mar!
Saindo a matéria
Fica a memória
Ou ler ou declama!
Resta-lhe a fama
Que ficou para sempre
Guardada na historia!
Origens
Mãe cafuza,
Pai português,
Unindo-se três raças
Um garoto fez!
Orgulho?
Talvez!
Levando consigo
O sangue contido
Que forma o Brasil!
153
Coincidência ou não
Foi nesta nação
Que ele surgiu!
Sua origem!
Nunca negou!
O indígena
Idealizou
Tornando poesia!
Formado em direito
Professor perfeito
Também foi um dia!
Redator!
Escritor!
Entre tantos
Ser poeta escolhia!
No seu sentimento
Às vezes lamento!
Naquele momento
Sentia alegria!
Refletindo sua alma
Mostrando a calma!
Até o fim de seus “Dias”!
Bartyra Soares96
95 Aymoré de Castro Alvim - Pinheiro – MA – Brasil - 13 de maio de 1940. Aos 12 anos de idade, em São Luís –
Ma., estudou no Seminário de Santo Antônio onde participou, ativamente, da Academia Literária D. Francisco
de Paula e Silva. Aí começou a escrever seus primeiros versos e suas primeiras crônicas que eram publicadas
no Semanário da sua terra natal: “O Cidade de Pinheiro”.
96 Bartyra Soares - Catende – PE – Brasil - 7 de junho de 1949. Atualmente reside no Recife. Publicou 10 livros
entre poesia e contos. É detentora de 14 prêmios literários. Participou de dezenas de antologias, inclusive no
exterior. Pertence à Academia de Letras e Artes do Nordeste - ALANE.
Águas que palpitam, gemem, choram
ao recitar teus versos de amor,
de saudade, de súplica, até hoje implorando:
“Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá...”
Para o Brasil, vindo do distante Portugal.
Beatrice Palma97
Solidão
Um homem... um dia a uma mulher se apaixonou.
mas não podiam ficar juntos.
Esse mesmo homem, um dia então... ficou doente.
Uma doença de tristeza na qual a cura estava bem longe.
Foi pra lá e encontrou a mulher que um dia tinha se apaixonado.
Este homem voltou de navio, mas sofreu um naufrágio...
e teve que partir...
o único esquecido, doente, sozinho...
97 Beatrice Palma – Curitiba – PR – Brasil - 25 de julho de 2002. Tem 10 anos, é estudante do 6º ano do Ensino
Fundamental e foi vice-campeã do Projeto de Soletramento do Governo Municipal de Guarapuava/Pr. Adora
literatura e escreve textos poéticos.
Beatriz Branco da Cruz98
Dias de Saudades
Foste tão cedo!
Partiste pelas águas do Maranhão
E agora o Brasil sente saudades
Daquele em cujas veias corria paixão!
Belmiro Ferreira99
MINHA TERRA
Parodiando tema de “Canção do Exílio”de Gonçalves Dias
98 Beatriz Branco da Cruz - Teresópolis – RJ - Brasil - 25/10/1997. Poetaluna do 9.º Ano da E. M. Alcino Francisco
da Silva, em Teresópolis/RJ, e, há tempos, destaca-se nas produções textuais feitas dentro e fora da escola.
Professor orientador: Carlos Brunno S. Barbosa.
99 Belmiro Ferreira da Silva - Japuíba - Cachoeiras de Macacu – RJ. Diplomado pela Faculdade de Ciências Políti-
cas e Econômicas do Rio de Janeiro; Universidade de Michigan; produtor-apresentador de programas culturais
na Rádio Imprensa; membro da Assoc. dos Diplomados da ABL Dez livros publicados, dentre os quais: Juiz ou
Papagaio?- Minhas Essências - Ao Sabor da Malucuras - Cidadania, uma Conquista Solidária - Fragmentos do
Amor Maior - No País do Vale Tudo - Tempo de mor. Produtor do CD Caminhadas e autor desta música.
Nosso céu se poluiu,
Nossas várzeas se queimaram.
O governo bom sumiu;
Só vigaristas ficaram.
LONGA SOMBRA
100 Maia de Melo Lopo - Benvinda da Conceicao Maia de Melo Lopo - Lisboa – Portugal - 25 de Janeiro de 1954.
Artista Plástica e está representada em Museus Nacionais e Internacionais, Como poetisa publicou poemas
em Coletâneas no Brasil e ainda em Chile em Mil poemas a Pablo Neruda de Alfred Asís. Condecorada pela
FALASP- S. Paulo e Academia de Ciencias de Lisboa. Autora em Portal CEN. Poetisa do Movimento Internacio-
nal Poetas del Mundo. Embaixadora Universal da Paz-Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix-France &
Genève Suisse. E-mail: lmb2425@gmail.com
Penso em ti a perguntares ao céu, porque parou teu leve sono na imensidão da noite,
afinal na insónia todas ilusões perdidas, aventuras de prazeres, só na solidão do leito,
devoram-nos os fingidores do amor, envergonhado fingiste ser amado e aí sofreste,
sem esqueceres onde nasceste, a paixão alucinada e mortal, sem dó te deu um
açoite.
101 Bernardo Guimarães – Bernardo Joaquim da Silva Guimarães - Ouro Preto – MG – Brasil - 15 de Agosto de
1825 e faleceu em 10 de Março de 1884. Foi romancista e poeta brasileiro. Sua obra prima é A escrava Isaura
(1875).
102 Guimarães, 19--. Neste poema Guimarães critica a Assembleia Constituinte que se recusou a prestigiar uma
homenagem ao poeta Gonçalves Dias. O poema foi escrito em 1869. Poesias compiladas por Weberson Fer-
nandes Grizoste - Jauru – MT – Brasil
E canta o sabiá!
Ei-la, a formosa terra dos amores,
Ninho viçoso de verdura e flores.
II
Mas da borrasca as núncias temerosas,
Densas nuvens, se estendem pelos céus,
E o mar levanta em vagas alterosas
Medonhos escarcéus.
160
Das ondas e dos ventos embatido,
Qual bravio corcel,
Que as rédeas arrebenta de insofrido,
O trépido batel,
Ora do firmamento segue o rumo,
Ora aos abismos quase desce a prumo.
III
E tão perto, - na extrema do horizonte -
A pátria lhe sorria;
E para lhe adornar a ínclita fronte
Novos lauréis tecia.
IV
Ele entreouvia estas doridas vozes
No meio das borrascas,
Nalma e corpo a sofrer dores atrozes
Da agonia nas vascas.
E ao rebentar de vagalhão medonho,
Aos solavancos doidos da procela,
Entre escarcéus de espuma,
Como em miragem de afrontoso sonho
Da pátria lhe sorria a imagem bela
Envolta em negra bruma.
Ele a escutava, nesse transe extremo,
A mãe, que em ais rompendo o seio terno
Mal pode soluçar o adeus supremo
Ao filho que se vai a exílio eterno.
E o bardo ilustre... ó Deus! que fatal sorte!
Que sina desastrada!
Dentro de si e fora via a morte
Erguer-se para ele duplicada;
Uma o mirrado coração gelava,
A outra a fronte augusta lhe esmagava.
V
Nem uma cruz à beira do caminho,
164 Nem uma cova em pobre cemitério,
Lhe permitiu o fado seu mesquinho
Por esse vasto império,
Cujas glórias cantou na lira d’ouro,
E a quem legou de glórias um tesouro.
O céu e o oceano,
Imagens do infinito, reclamaram
E para si guardaram
Os despojos do vate americano.
Do firmamento aos páramos formosos
Um nos roubou sua alma para Deus,
Outro lá nos abismos temerosos
Esconde os restos seus.
Mas se a terra seus ossos não consome
Teve em partilha a glória de seu nome.”
Mas ó vergonha! ó crime!
Glória, gênio, infortúnio, nada vale
Ao poeta sublime!
Beto Acioli103
Outros Dias
Salve Gonçalves Dias!
Meus dias não são os mesmos
que tu viveste outrora
Muitas palmeiras secaram
E os sabiás foram embora
As aves que gorjeavam
Muitas nem existem mais
Nosso céu está mais cinzento
Nem sombras dos sabiás
103 Beto Acioli - Olinda – PE – Brasil - 18/09/1965. Poeta , blogueiro e artista plástico autodidata, residente em
Recife/PE, participa de algumas Antologias pelo Grupo Editorial Beco dos Poetas ( À Deriva, Dois corações e
ums só batida, Nos meus tempos de criança era assim..., Por detrás da cortina e Folhas em Branco) e Editora
Literacidade (Versos Enamorados e Cidades - vol 9). http://betoacioli.blogspot.com.br/
Finaram-se as verdes várzeas
Bosques desapareceram
Por falta de amor, o homem
destruiu as verdes matas
Tangeu os sabiás pra longe
II
Nosso céu sem mais estrelas,
Nossas várzeas sem mais flores,
166
Nossos bosques temem a vida,
Nessa vida sem amores.
III
Em lamentar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
mas onde canta o Sabiá?
IV
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em lamentar - sozinho, à noite
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
mas onde canta o Sabiá?
104 Bianca Braga de Carvalho - Lady Viana - São Paulo – SP – Brasil - 30 de março de 1996, a escritora de 16 anos
é louca por livros sobrenaturais, paranormais, fantásticos e poesias. Grande conhecedora da área de design,
ela mesma cria as capas de seus livros e ilustrações. Além de escrever, o que faz desde os 12 anos, tem como
hobby fotografar.
V
Não permita Deus q’eu morra,
Sem q’eu volte para lá;
Para visitar Alcântara,
Passagem Franca,
Jatobá.
VI
Sem que desfrute os primores
As frutas doces,
O guaraná.
Coisas essas de louvor
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste uma vez,
Dona Amélia,
o Sabiá.
II
Perdoa-me pela carta em teus dedos,
Pelas flores,
Pelo metro de belarte,
Presentes para esconder tuas dores,
Por nunca ter sido amada de verdade.
III
Minha querida Olívia,
Perdoa-me por não estar em teus braços,
Mas tropecei em teus passos
E não pude me levantar.
IV
Finalmente, Olívia, entenderei perfeitamente se
Rasgares esse maldito papel em maço
Quero mais que siga com tua vida
Sem enfados, sem percalços
E que um dia tires da memória
Tudo que houve de ruim
Quero que esqueças, Olívia
Que um dia esqueças de mim.
Bianca Melo105
GONÇALVES DIAS
Homem dos nossos dias
Com pureza e amor
Que encanta a natureza
Onde beija o beija-flor
No cantar dos pássaros
No raiar da esperança
Vem contar em seus contos
Que o sabiá cantou
Gonçalves Dias poeta
Valente, carente e contente
Que incendeia seus versos
Com contos estrelados
Que busca no rosto cansado
A alegria dos enamorados
Gonçalves Dias nasceu em Caxias
Na sua terra querida
Se formou na universidade
Para mostrar sua qualidade
Com amor no coração
168 Onde busca a paixão
Na terra onde tem palmeiras
Vem dizendo bela natureza
Com alegria e pureza
Escreveu poesia
Falando da beleza do Maranhão
Com orgulho no coração.
105 Bianca Melo - São Luís – MA - Brasil – 04/06/2002. Motivo da Participação: Em mostrar minha poesia a todos,
além de homenagear o nosso Poeta.
106 Bruno Fossari de Souza - Porto Alegre – RS – Brasil - 29 de novembro de 1997. Estudante do Ensino Funda-
mental do Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Integrante do Projeto “Imagens e Textos construindo Histórias
e Versos”: “Banners Poéticos”, 2012. Curte música e jogos eletrônicos. E-mail: brunofossari@hotmail.com
pois guardo comigo,
também, as lembranças
de meus pais.
Lá ou cá,
doces recordações!
C. AMELIA
Á MEMORIA DE ANTONIO GONÇALVES DIAS107
Morreo! Não existe
O bardo, o tocante
Poeta gigante
Do nosso Brasil, -
Aquelle que a pátria
Do CEO aos altares
Nos longos cantares
Levou tãso febril.
Vagando distante,
No lar estrangeiro,
Soltava fagueiro
Seu doce trinar,
Sonhava, ferido
Dos males da vida,
A terra querida 169
Que o vio embalar.
Transido de dores,
De taes soffrimentos,
Nos dias cruentos,
Do exílio cantava;
E tal como a rola,
Carpindo o esposo,
O pátrio repouso
Tristonho chorava.
Agora pungente,
Lamenta oh! Brasil
O astro gentil
Que viste sofrer...
Por entre agonias
No mar... esquecido,
Cahindo exhaurido
Só pode morrer!
Ceará – 16 de Novembro de 1864
C. Amela. (Pedro II)
107 Jornal O Paiz, 1864, Poesia compilada por Leopoldo Gil Dulcio Vaz – Curitiba – PR – Brasil – 1952; Instituto
Histórico e Geográfico do Maranhão; Universidade Estadual do Maranhão
Caio Henrique Solla108
Já cantou o sabiá
E que saudade nos dá
Do nosso Gonçalves Dias!
Gonçalves Dias,
Maranhense sim senhor!
Muito mais que um poeta
um servo da natureza e do amor.
108 Caio Henrique Solla - Sorocaba – SP – Brasil - 7 de maio de 1993. Está no 4° semestre do curso de Letras: Por-
tuguês e Inglês da Universidade de Sorocaba (UNISO). Ganhou seu primeiro concurso de contos em novembro
de 2011. Participou em 2012 da antologia Arabescos do movimento VirArte e ganhou também o primeiro
lugar e mais uma menção honrosa no I Concurso de Contos Machado de Assis, realizado pelo grupo Coesão
Poética, de Sorocaba.
109 Cairo José Gama Bezerra – Balsas – MA – Brasil. URE – Balsas - Centro de Ensino Médio Dom Daniel Comboni.
Professora: Marcia Meurer Sandri
Camila Nascimento110
O POETA DE SONHOS
Conheci um cara, li um cara
Que não era a minha cara,
Mas da sua terra, a das palmeiras!
Suas dores, seus amores de mulheres
Ceci, Lucíola e Senhora, não sei do quê.
Conheci sua vida, sua praça, seus índios,
A Iracema dos lábios de mel.
Da América, ameríndia, sol e lua
Das terras de onde eu vim
Do português, da tribo e do pajé
Da lenda nasceu, viveu e morreu
E Moacir, o filho seu, também é meu
É teu, é nosso, porque fruto da terra
Terra que o poeta sabia
O Maranhão, o Ceará, o Brasil...
Seria terra de todos ou terra de ninguém?
110 Camila Maria Silva Nascimento. Milagres-CE. É doutoranda em Ciência da Literatura. É Professora do Curso
de Letras da universidade Estadual do Maranhão-UEMA. Publicou Dilercy Adler: a tecelã de Eros nos trópicos
maranhenses em 2011.
111 Carla Isabel Baldez- São Bento –MA – Brasil- 17 de junho de 1997. Estudante do Centro de Ensino Médio e
Profissionalizante “Newton Bello Filho” CEMP. Membro fundadora da Academia da Cultural da Juventude
Sambentuense “ACJS”. Participante do projeto “A HORA DAS LETRAS”, tendo texto selecionado para laçamento
de um livro promovido pelo Viva-Cidadão Unidade São Bento-MA.
Hoje é o Maranhão que guarda a tua história, eterno Literário,
que se foi e nos deixou um exemplo eterno
Nos passos de nossos habitantes, no riso de uma criança, no olhar de orgulho,
na nossa Cultura e em nossa Literatura, deixamos gotas de agradecimentos,
tornastes o nosso Maranhão um espaço rico,
onde plantamos esperanças e colhemos histórias fabulosas
assim como esta.
Carla Ribeiro113
172
Ville de Boulogne
Quando todos se salvaram, menos tu
Por não ter forças já o corpo agonizante
E porque as almas em volta do abismo
Não pensavam senão na própria salvação…
Quando as ondas rasgaram a veste do navio
Em que a doença já te consumia
E o próprio tempo esquecia,
Poeta, a agonia
Da tua presença no meio dos homens.
Do tempo em que o presente te esqueceu
Fica o fantasma
Da tragédia pairando sobre as águas
Mas fica, para o futuro das memórias,
A obra e o nome e as musas do teu mundo
Para narrar aos deuses a tua vida.
112 Carla Ludimila Oliveira Araujo – São Luís – MA – Brasil - 30/08/2011; Eu gosto muito das poesias de Gonçalves
Dias. E adoro poesias e gostaria de lançar a minha.
113 Carla Ribeiro - S. Martinho de Mouros – Portugal - 20 de Julho de 1986. Licenciada em Medicina Veterinária
Colaboradora ocasional em algumas antologias e outras publicações literárias, e com alguns livros publicados
em géneros tão diferentes como a poesia e o romance fantástico, sendo os mais recentes Pela Sombra Morre-
rão (Antagonista Editora) e Senhores da Noite (Fronteira do Caos). Email: carianmoonlight@gmail.com
Amélia
E renunciarás à musa
Mesmo que o coração te sangre em amor e versos
E a memória da mulher nunca desfaleça
Nos confins do coração.
Retrato de Gonçalves
Falas de raças, de terras, de amor,
Da pátria de um romance universal
E amas, a cada verso, a cada mal
De amar num coração cheio de dor.
Louvas as glórias de um país maior
E a graça do coração magistral
Que assombra as ânsias da escolha final
E que te veste de honra sem temor.
Leal
Eles te recusavam. Bem sabias
Que era romper com vida e liberdade
Seguir, por todo o resto de teus dias,
A paixão que te apelava à vontade.
114 Carlos Arturo Llanos Solis - Río Hablador, en Lima - Perú - 21 de Marzo de 1949. Mi niñez y juventud transcur-
rió a orillas del Océano Pacifico, en el hermoso balneario de Barranco, un hermoso Distrito al Sur de Lima. A la
fecha tengo publicados los siguiente libros: “Un Poema de Amor” (1995) - “Anhelo, Amor y Pasión” (1998) y
“Un Poema Para el Mundo” (2011). Y ya me encuentro trabajando en mi nuevo libro titulado: “Mi Vida En Un
Poema”.
Con el tiempo, volviste a la patria
y al Brasil le diste tu credo:
poesía, literatura y amor por la crianza.
115 Carlos Bancayán Llontop – Chiclayo - Perú. Tiene seis libros publiados, entre poesía, ensayo y narrativa. Prac-
tica también el periodismo cultural e integra diferentes instituciones literarias, peruanas e internacionales.
Antonio, naciste vestido de verde,
del verde follaje de tus selvas,
donde levantan tus indios timbiras
sus limpias miradas cuando pasas
regando con la savia de tu sangre
tu cálido follaje, tu fronda caudalosa…
O céu cintila
sobre flores úmidas.
Vozes na mata,
e o maior amor.
Só, na noite,
seria feliz:
um sabiá,
na palmeira, longe.
116 Carlos Cintra - Recife PE – Brasil - 02/10/1967. Atualmente mora em Petrolina PE; Participar desta antologia é
marcar com a poesia uma grande homenagem a Gonçalves Dias.
117 Carlos Drummond de Andrade - Itabira do Mato Dentro – Minas Gerais – Brasil - 31 de outubro de 1902.
De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio
Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por “insubordinação mental”. De novo em Belo Horizonte,
começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do
incipiente movimento modernista mineiro. http://www.releituras.com/drummond_bio.asp
118 http://www.moinhoamarelo.com/2011/07/serie-cancoes-do-exilio-carlos-drummond.html; Poesia compila-
da por Leopoldo Gil Dulcio Vaz – Curitiba – PR – Brasil – 1952; Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão;
Universidade Estadual do Maranhão
Onde tudo é belo
e fantástico,
só, na noite,
seria feliz.
(Um sabiá,
na palmeira, longe.)
Chega!
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos.
Minha boca procura a “Canção do Exílio”.
Como era mesmo a “Canção do Exílio”?
Eu tão esquecido de minha terra...
Ai terra que tem palmeiras
onde canta o sabiá!
Um grande poeta
Gonçalves Dias um grande escritor.
Homem de muitas riquezas nos deixou.
Poeta que desperta saudades dos versos de amor.
119 Carlos Eduardo Pinto Leitão – São Luís – MA – Brasil - 21/02/2002 - Motivo da Participação: Homenagear um
homem que hoje esta sendo reconhecido através de suas poesias é gratificante. Cursando: 5º Ano Turma: C –
Profª Shirle Maklene.
120 Carlos Eugênio Costa da Silva - Vacaria – RS – Brasil - 11 de dezembro de 1968. Graduado em Letras pela Uni-
versidade Católica de Pelotas. Leciona Literatura em Cursos Pré-Vestibular em Pelotas e Canguçu. No ano de
2010 recebeu o Título de “Cidadão Pelotense” outorgado pela Câmara de Vereadores por sua divulgação do
Município através da arte poética. Campeão Gaúcho em Poesia Inédita 2003 possui quatro livros publicados e
mais de duzentas premiações em concursos literários.
Consolidou o Romantismo
com sua lírica inspirada,
e em Portugal fez estada
a fim de cursar Direito,
saudade apertando o peito
não ofuscou o seu brilho
e a nostalgia e tristeza
foram temas pra beleza
de sua “Canção do Exílio”.
Carlos Gomes
Gonçalves Dias
O sabiá esvoaçante onde canta?
Aonde chega o alto-falante de seu canto?
Manto flamejante em forma de som
Que aos ouvidos somente encanta
Numa promessa de constante tempo bom
Sem a dor lacrimejante da solidão que espanta
182
Tornam-se afeitas as esperanças mais arredias
E vivo se nos apresenta o poeta Gonçalves Dias!
121 Carlos Lúcio Gontijo - Santo Antônio do Monte – MG – Brasil - 27 de abrill de 1952. Secretário de Cultura
(2013/2017). Jornalista, foi revisor e editor de Opinião do jornal Diário da Tarde, em Belo Horizonte, além de
ter trabalhado nos jornais Tribuna de Mariana, Diário de Minas, Jornal de Minas e Hoje em Dia. Autor de 15
livros, Desde o ano de 2005, mantém no ar um site de livre acesso (www.carlosluciogontijo.jor.br), no qual
disponibiliza toda a sua obra literária.
122 Carmen Lezcano Aranda - Lambayeque - Perú. 6 de febrero de 1952. De profesión especialista dental, adhe-
rente a la poesía y autodidacta de pintura y escultura.
linial palabra, vuelo de gaviotas,
lecho de espuma bajo el cielo azul,
y tus pies desnudos frente a los traidores
en la prosapia busqueda, fuiste salvador.
Con el germen conciente de ser Nacionalista,
con valentía y sin demora esparces al redíl
Abanican las palmeras y el retorno del exilio
en un tronar mestizo que el “sabiá” en su cantar
acrecienta el trueno al “alba de rejas”
ruje el Pacifico, en “osa mayor”
y aquel destierro de cíclico sino
ni en tierra, ni en mar , callará tú voz.
Carollini Assis123
123 Carollini Assis - Velença – BA – Brasil. Jornalista formada pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
(UESB), pós-graduada em Roteiros para Tv e Vídeo pela Unijorge. Sua formação audiovisual também deriva da
Escuela de Cine Y Tvde San Antônio de Los Baños, em Cuba, onde cursou Realização Cinematográfica. Atual-
mente é Diretora Institucional da Associação Baiana de Cinema e Vídeo (ABCV).
Definida está a vida
Nunca seria ao seu lado
Embora carregue o fardo
Do amor jamais consumado.
Canção do Exílio125
Eu nasci além dos mares:
Os meus lares,
Meus amores ficam lá!
– Onde canta nos retiros
Seus suspiros,
Suspiros o sabiá!
124 Casimiro José Marques de Abreu – Brasil. Silva Jardim, 4 de janeiro de 1839 - Nova Friburgo, 18 de outubro de
1860); foi um poeta brasileiro da segunda geração romântica.
125 Poesia compilada por Leopoldo Gil Dulcio Vaz – Curitiba – PR – Brasil – 1952; Instituto Histórico e Geográfico
do Maranhão; Universidade Estadual do Maranhão
Eu vivo longe do ninho;
Sem carinho
Sem carinho e sem amor!
126 Cecy Barbosa Campos - Juiz de Fora – MG – Brasil - 26/06/1938. Bacharel em Direito e licenciada em Letras-
Ingles Mestre em Letras pela UFJF onde lecionou Lingua Inglesa e Literaturas de Lingua Inglesa. Tem trabalhos
publicados em revistas especializadas, anais de congressos, antologias literárias e os livros The iceman co-
meth: a carnavalização na tragedia; O reverso do mito e outros ensaios; Recortes de vida(contos e criticas ) e
Cenas(poemas).
e riam, com satisfação.
Ao relembrar com saudade
a casa da minha avó,
sinto cheiros, tenho sonhos,
com aquilo que eu tinha lá.
Queria voltar no tempo,
a tudo poder retornar,
chupar as jaboticabas
e os pássaros escutar.
Foi-se tudo, só lembranças
trazem de volta os primores
que não mais encontro eu cá.
Capitán de naufragios
Tal vez sea ése el destino de los poetas:
morir solo y hundido,
abandonado a su suerte.
En tus retinas, en tu memoria
te habrás llevado
el cielo con sus estrellas
las mujeres hermosas e inocentes
186
de ojos negros,
el amor abismo
encendido en tu corazón,
el parpadeo verde del ecuador
los sublimes perfumes
de la dicha y del dolor
las palabras trabajadas con esmero
los versos cincelados con fervor
la amargura, el misterio, el perdón.
Para mí que no has muerto, Antonio Goncalvez:
Tal vez seas el único sobreviviente
de aquel navío…
tus poemas y tus libros
te han traído a esta orilla
de tierra firme y luz.
Vivir no es sólo respirar.
127 Ceferino Daniel Lazcano - Bolívar, provincia de Buenos Aires, Argentina - 05 de Marzo de 1967. Licenciado en
Comunicación Social por la UNICEN (Universidad Nacional del Centro de la provincia de Buenos Aires). Escritor,
corrector literario y coordinador de talleres literarios.
Célio Jota Betini Junior128
GONÇALVES DIAS
Primeiras poesias
Cantou Sabia seu canto
Absorvendo cultura
Enriquece sua alma brasileira
Em Coimbra
Sua solidão desperta sentimentos
187
Doloroso exílio
Retorna para suas palmeiras
Sofrendo preconceitos
Eterniza seu adeus, perece!
No mar.
128 Célio Jota Betini Junior - Teixeira de Freitas – BA – Brasil - 15/09/1988. Casado, estudante de Direito e escritor.
Residiu na Europa durante quatro anos, hoje mora em sua cidade natal.
129 Celso Correa de Freitas – Itaperuna – RJ – Brasil - 26 de Agosto de 1954. Atual Presidente da Casa do Poeta
Brasileiro de Praia Grande-SP, gestão 2007/2013. Membro de diversas entidades culturais brasileira. Colabo-
rador ativo nos jornais e demais meios de comunicação (Blogs e Sites). Participante, prefaciante e Organizador
de Antologias. Criador do OVERTRIP (Celso.correadefreitas@gmail.com;
Cesar Augusto Marques130
Vem correndo
Lançar-te nos braços nossos.
Mais veloz que o ligeiro pensamento,
Vem depressa, urge o tempo, vem dar calor
………………..aos membros gelados,
Talhados a golpe de hábil buril,
Vem dar movimento
Aos braços no peito cruzados,
130 César Augusto Marques - Caxias – MA – Brasil –12 de dezembro de 1826 — falceu em Rio de Janeiro, 5 de de-
zembro de 1900); foi um médico, professor, escritor, tradutor e historiador. Estudou, em Coimbra, Matemática
e Filosofia (1844-8). Ingressou no Corpo de Saúde do Exército. Arquivista da Câmara Municipal, secretário da
Inspetoria Geral de Instrução Pública e Secundária da capital federal. Sócio da Academia Real das Ciências de
Lisboa, Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1888), Academia Imperial de Medicina (1874), Conservató-
rio Dramático da Bahia (1866), Instituto Arqueológico e Geográfico Pernambucano (1864).
131 Leal, Henriques, Pantheon Maranhense, São Luís, 1874, p 524-527.
132 Serve de título. Os versos foram declamados entremeados entre cada estrofe com um discurso em nome dos
caxienses. A autoria não é especificada, senão o nome do orador. Não foi apurado se se tratam de versos feitos
para entremear a exposição, ou se foram recolhidos doutros autores, ou se se trata de uma miscelânea de
poesias do orador ou de outrem. Poesias compiladas por Weberson Fernandes Grizoste - Jauru – MT – Brasil
Cuja voz o encantava,
Cujo silêncio lhe falava n’alma,
Essa mulher – tão terna – e amante e pura;
………………… o afeto
Que se gera e se nutre em almas grandes,
Que não acaba e nem muda, antes cresce
Em gélido sudário
De neve alvi-nitente
Rainha veneranda
Trajando sedas e veludos,
189
Vive com Deus na glória
E no nosso coração tua memória.
César William133
133 César William - São Luís – MA – Brasil - 22/05/1967. Autor do livro de poemas, “O Errante” (1988) e “Oficina
das Palavras – Dicas Imprescindíveis da Língua Portuguesa” (3ª edição,2013). Tem participação em antologias
locais e nacionais e colaboração em vários jornais. É graduado em Letras pela Uema e pós-graduando em Lín-
gua Portuguesa e Literatura pelo Iesf. Atua na rede pública de ensino de Paço do Lumiar e em pré-vestibulares
de São Luís.
Amélia vive
em milhões de corações
sob teu canto
“eterno alvo à população”
de gerações e gerações que entoam tuas canções.
O Outro lado
Sabia que viria o dia,
A minha querida partia
e restava-nos que então
citar o exílio e sua canção.
190
Auxílio aos filhos deixados,
trancados nesta terra
enquanto minha mulher exilada
era forçada a abandonar-nos.
Arrancar-nos corações,
lamentações, roucos implorando
seu pouco permanecer e
nos lembrarão sem brilho no outro lado
dessa “Canção do Exílio”.
As Palmeiras
Gonçalves sonhava nestes Dias
sadios saciava esses
vazios que agora
arrasados nessa zorra atual.
134 Christian Keniti Asamura Hukai-Christian K. A. Hukai – São Paulo – SP – Brasil - 02 de Abril de 1996 Email:
christian.hukai@gmail.com
este governo imoral?
Deixando a corrupção
dentre as muitas, seja a qual?
,Amor e saudades
sempre terei onde for.
“Brasil na veia”
doesn’t matter onde esteja.
Mas nunca esquecerei
dos meninos sem meias,
aqueles sonhos inspiradores
que ninguém almeja,
ou também dos ladrões:
desde de rua à barões de cerveja.
Ó Brasil...
Com barril do petróleo caro,
olho as riquezas e pobrezas ao lado 191
desigualdade, este nosso fardo.
Acabando com o verde,
agora já que o ouro,
no bolso dos poucos já fora roubado.
135 Christiano Ferreira Nunes. Sou formado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Paraná. O pri-
meiro poema que li foi Canção do Exílio e me empolguei. Escrevo romances, contos,crônicas, poesias e outros.
POETA GONÇALVES DIAS
Quero falar desse poeta
Que nos deu tantas poesias
Antonio Gonçalves dias
As suas obras seletas.
Seu poema me maravilho
Coisa mais linda não há
Cá onde canta o sabiá
Sua bela canção do exílio.
Nossas várzeas inda há flores
E ele vivo continua
Inspirando pela rua
Nas poesias tem mais amores.
Esse herói por aqui passou
Exemplo de inspiração
Nascido no Maranhão
Mas um naufrágio o ceifou.
Gonçalves Dias
Você que fez o mundo aplaudir seus encantos
Fascinando os lugares por onde passava
192
Sela o tempo com suas historias
Observando tudo com seu olhar puro e brilhante
Rabiscava em um papel sem saber que depois tornaria imortal
Transformando o simples em poesia
Com sua mente indianista exaltava a natureza
Valorizado a essência do homem
Independente da sua raça ou crença
Sabia o significado da palavra amor
Que não se resumia apenas em quatro letras
Crescia em seu coração de poeta para voar, nos campos infinitos da
imaginação
Podia ver além dos olhos dos ignorantes
Enxergava no brilho dos olhos alheios o espelho que refletia a alma e
suas emoções
Formando assim um compromisso com o universo literário
Que não significava obrigação era apenas afeto um ato de amor completo
Existia verdade em seus sentimentos
Desligou-se da terra que todos chamavam de mãe
Foi para o céu deixando saudade
Um pensador silencioso doava a todos que desejasse seus conhecimentos
Sua essência exala a sabedoria
136 Cintia Cirino da Silva Santa - Aracaju - SE – Brasil - 21/05/1981. Sou apaixonada por livros de boa qualidade,
nas minhas horas vagas eu escrevo no meu blog é uma coisa que faço sem obrigação só por amor. Fala so-
bre Gonçalves Dias para mim é um grande privilegio seus poemas mim encantam. MSN: escritoresdealma@
hotmail.com – Site: http://www.escritoresdealma.com/
Hoje se procuro não mais encontro
Procuro parte de te... Não sei se perdi ao nascer ou depois que vivi
O que procuro não tem forma
É apenas lembranças tão grandes quanto o universo
Não daria para carrega nas mãos
É uma aurora reluzente causa-me cegueira
Essa poesia que só existia em você
Induz-me a voar, escreve com a alma ate hoje mim faz chora
Quando imagino o exílio minha terra quase não mais tem palmeiras
muitos menos sabiá
Ás aves que aqui deixou a civilização moderna matou
Pois são poucas as pessoas que amam essa terra como você amou.
SINFONIA INACABADA138
Quem hoje no Maranhão venha romeiro,
W repre o seu ar tristonho e pensativo,
Terá de lhe auscultar o coração cativo
Da grandeza passada, o seu tesouro inteiro.
137 Clarindo Santiago - São Luís – MA – Brasil - 12 de agosto de 1893. Foi membro efetivo do IHGM, onde fundou a
cadeira 4, tendo como Patrono Simão Estácio da Silveira; na AML ocupou a cadeira 13, patroneada pelo jorna-
lista José Candido de Moraes e Silva, proprietário e redator principal do “Farol Maranhense”, o primeiro jornal
liberal de nosso Estado. Graduou-se em Medicina, exercendo a profissão com sucesso, optando também pelo
Magistério, literatura, jornalismo e poesia. Tinha forte inclinação de ensaísta, sentindo prazer em elevar o
nome daqueles de sua terra que se destacavam culturalmente. Escreveu O Solitário da Vitória. Ensaio critico.
In Revista da ABL, Rio de janeiro, 1932; e Comemorações do 1º Centenario do nascimento do poeta Sousa
Andrade. Grafica Renascença, Paraíba, 1937; O poeta nacional. A escola mineira e suas fases; Rumo ao sertão;
João Lisboa; Neto Guterres – o medico dos pobres. No Magisterio, além de professor, foi diretor do tradicional
Liceu Marenhense e da Instrução Publica. Faleceu ainda novo, de morte trágica, em novembro de 1941, nas
águas to Tocantins.
138 MORAIS, Clóvis. TERRA TIMBIRA. Brasília: Senado Federal, 1980, p. 66, Poesia compilada por Leopoldo Gil
Dulcio Vaz – Curitiba – PR – Brasil – 1952; Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Universidade Estadual
do Maranhão
Clauber Pereira Lima139
139 Clauber Pereira Lima - Pedreiras – MA – Brasil - 26 de dezembro de 1962. Sacerdote E Pesquisador. Licenciado
em Teologia pelo CENTRO TEOLÓGICO DO MARANHÃO e Licenciado em Filosofia pela turma de 1998.2 na Uni-
versidade Federal do Maranhão – UFMA. Mestrado em Antropologia Social e Cultural pela Université Catho-
lique de Louvain Bélgica; Mestrado em Teologia pela Université Catholique de Louvain – Bélgica. Membro da
Discernment of Spirit Commission junto ao bispo de Calgary, Alberta, Canadá. Colaborador junto ao Tribunal
Diocesano de Calgary, Alberta, Canadá. LIVROS PUBLICADOS = Sartre e a questão da Transcendência, Recife,
Editora Livrorapido, 107 p. 2003. Skype: clauberl E.mail: clauberlima@gmail.com
Fica apenas a sentir,
A dar valor à vida, a sorrir de tudo.
Aquele que ela tanto ama
Escreveu e pensa em regressar;
Não deu prazos e nem hora.
Resta apenas contar os dias,
Um a um com alegria e acreditar que o reencontro mesmo inusitado é
possível de acontecer.
De manhãzinha a passarada
Acorda feliz e a cantar;
Correm sobreiros por sobre as nuvens,
Como se fossem caminhos no ar.
O nascer e o pôr-do-sol,
Lá no Maranhão, terra querida,
É mais belo que no Canadá;
É emocionante!
É o começar e o terminar de atividades.
O trabalho é cansativo;
Não há prá onde escapar;
Ou se trabalha com toda força
Ou vai-se embora a terras outras.
Ao fim de cada dia a família se reúne;
Fala-se sobre o roçado até à hora do jantar.
Depois do mesmo, a conversa se prolonga
E ouve-se de lendas e costumes; de lobisomens e boi tatá.
Dorme-se tarde e bem cedo se acorda.
No Maranhão tem aquela paz...
Como se o mundo fosse só ali.
Não há discórdias e quando as há
Firma-se a voz e se discute.
Tem folguedos...cantorias,
enfeitando nossas ruas.
São crianças brasileiras,
soltando pipa na lua.
PROEZAS DE UM POETA
Gonçalves Dias com teus dons mágicos
Abriu carinhosamente as nuvens
Colheu imagens moldadas pela luz
E delas fez versos iluminados
Encantando com amor quem passeia
De mãos dadas com a poesia.
MENINOS DA LITERATURA
Meninos tímidos descansam suas faces
Pelas veias, circulam um conjunto de letras
Sentimentos inéditos no coração iluminado
Um corpo saudável, sensível e inteligente
140 Cláudio da Cruz Francisco - Belo Horizonte – MG – Brasil - 08/06/1980. É graduado em Ciência da Informação
(Puc Minas). Escreve artigos e crônicas para jornais. Trabalha no Jornal Estado de Minas no setor de Docu-
mentação e Informação. Trabalha com fotografia de eventos e tratamento de imagens. Está finalizando os
primeiros livros de romance e poesia.
141 Cláudio Gonçalves da Silva - Itumbiara - GO – Brasil - 12 de Julho de 1973. Publicou em março de 2010 o
livro de poesias intitulado: Poesias de Minha Alma pela Câmara Brasileira dos Jovens escritores. Tem poesias
publicadas no Livro de Ouro da Poesia Brasileira Contemporânea (2009); Poemas Dedicados (2009); Poesia de
corpo & Alma (2009) e Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos, 55 e 57 (2009); 87; 88; 89; 90; 91; 92;
93; 94 e 95 (2012).
Entre tantos caminhos, o dom de escrever
Um anjo, mago na transformação de palavras
Cujas poesias me encantam e pacificam meu coração
Em um tempo dito moderno, mas sem amor, sem paixão
142 Cleberson Filadelfo Maria - Paranaguá – PR – Brasil - 26 de fevereiro de 1977. Coordenador de Projetos e
escritor amador, atualmente trabalha e reside em Joinville, SC. Como autor iniciante, iniciou recentemente
participações em concursos literários com o seu livro de contos “Trufas de Chocolate”, além de enviá-lo as
mais diversas editoras para análise. Atualmente está escrevendo um novo livro, de poesias, tendo como foco
o amor. E-MAIL: cleberson.maria@gmail.com
Foi mestiço, de origem simples,
Homem de sentimento e paixão,
Foi sujeito aos preconceitos da sua época,
Amando sua musa, mas sem poder concretizar a união.
Foi em frente, e sua vida de estudos continuou,
Homem de coragem e inquietação,
Foi sujeito às mazelas da saúde do seu tempo,
Morreu esquecido, doente, afogado em seu colchão.
Gonçalves Dias, poeta tão estudado
Memorável é tua contribuição, a este país tão injustiçado.
Serás sempre referência e fonte de inspiração
Pois escreveste coisas notáveis, vindas do coração.
Aqui deixo a minha homenagem
Por tudo que fostes e representou
Pois para escrever estes versos, estudei a sua vida e obra,
E isso sobremaneira me deslumbrou
143 Cleiton Reis Felix – Caxias – MA – Brasil - 09/05/1988. Estudou o ensino fundamental na UI. Pres. Costa e Silva
e o ensino médio no CE. Aluísio Azevedo, ambas na cidade de Caxias-MA. Atualmente é aluno do curso de
Licenciatura Plena em Geografia, no Centro de Estudos Superiores de Caxias – CESC da Universidade Estadual
do Maranhão – UEMA. Reside em Caxias-MA no Bairro Campo de Belém, é também cantor e compositor.
TERRA ‘GONÇALVIANA’
Aqui eu canto aqui eu danço
Eu vejo o grilo pular, o sapo canta no açude
Não vejo mais o sabiá.
144 Clélia Aparecida Souto e Couto - Santo Antônio do Monte – MG – Brasil - Junho de 1936. Atuou como pro-
fessora até 1969. Graduou-se em Letras pelo INESP de Divinópolis em 1979. Até 1983 foi vice-diretora da E.E.
“Dr. Álvaro Brandão”. Autora de A Casa Grande & Clareiras de Clélia - relatos e poemas. Pertence à ACADSAL(
Academia Santantoniense de Letras) e se orgulha muito desta honra.
A natureza encobrindo a imensidão
deixa pássaros revoltos rasgarem o céu
em bailados leves e soltos
no espaço vazio do solo brasileiro.
A Gonçalves
Poeta -saudoso, agônico, voltas à terra natal
Frágil, trêmulo, febricitante,
Mas com relembranças fortes
203
A plenificar-te a alma de energia
Embora estejam enfraquecidas as esperanças...
Queres chegar a São Luiz do Maranhão,
Chegar e andar pelas ruas estreitas,
Pelas calçadas de pedras,
Da ilha de praias singulares
Cujo areal extenso
É lambido pelo mar cor de rio,
Cuja extensão vai dar nas terras de Portugal...
Queres rever pessoas, ouvir os sons
Dos sinos das igrejas, da siringe dos sabiás festivos
Que não esqueceste em teu exílio.
A mulher amada acode-te em teu delírio,
a rememória faz-se musa e te inspira versos
que não mais escreverás...
Um piedoso anjo de cristal,que parece orvalho,
Cheirando a rosas e à maresia,
Faz com que olvides as razões de teu martírio
Pela separação cruel e indevida
Da mulher amada...
145 Clevane Pessoa de Araújo Lopes - Brasil. Psicóloga,riograndensedonorte, radicada em MG.Escreve e desenha
desde a infância.Cadeira O5, Cecília Meireles, na AFEMIL(BH-MG) eCad. 11 Laís Corrêa de Araújo,na ALACIB,
entre outras.Membro da IWA(EstUnidos) e da Academia PreAndina de Artes, Cultuta y Heráldica..Nasceu em
16 de julho de 1947. Y Heráldica.Morou em S.Luiz, MA,nos Anos 80.10 livros solo e mais de cem participações
em antologias.
Que culpa tens por teu sangue a correr nas veias
Brasileiras, é mestiço,a gerar tantos preconceito .
Súbito, a vida se esvai, a breve vida
As águas em movimento, frias ao teu corpo ardente
Sereias de prata conduzem-te ao Absoluto,
O desconhecido –assustador, por ignoto,
Até que se chegue aos portais dessa outra dimensão.
Teu anjo estelas, que tantas vezes desceu à Terra
para consolar-te e enxugar-te as lágrimas,
ampara-te, e tomando-te pela mão,
leva-te ao gênese de tua essência,,
pelo túnel pleno de magnífica luminescência...
As asas angelicais, energia em movimento,
Criam mil arco-iris deslumbrantes, o que te encanta na
passagem...
Percebes que enfim, estás livre
De qualquer sofrimento e provação
Não tens cor-de pele que te torne um rechaçado,
Carne alguma, cuja carnação de mulato
Marque tua destinação!
Nada que te faça um auto-exilado...
204
Súbito, ouves risos e canções.
Outros poetas estão à tua espera, Gonçalves Dias.
Ajudam-te, dizem-te teus próprios versos e os deles,
Convincentes de que todos os bardos são iguais de alma
Abraçam-te, cordifraternalmente.
Nem em todas as tuas fantasias,
Te imaginaste assim, igual entre iguais,
diferente entre diferentes,
quais o são todas as criaturas de um mesmo Criador...
Percebes que nesse mundo , não há preconceitos
E que aqui, experenciarás um espaço de estar para ser...
Leve, em pianíssimo, , sentindo uma felicidade inusitada
À tua vida antes tribulada, tributada
de preços que não podias pagar,
deixas-te conduzir ,em agonia agora.
Seria o fim, mas é um recomeço
Afinal, poetas não devem morrer
-não se sua Poesia permanecer
Após sua délivrance ao contrário.
Para sempre, teus versos serão lembrados,
Enquanto houver sabiás, enquanto a serpente dormitar
Enroscada no contorno da Ilha .
Teus poemas são o retrato de teu talento,
De teu perfil, de tua história...
O mar foi o derradeiro abrigo de teu corpo.
A alma...continua em expansão!
Cleyton Domingos dos Santos Campos146
146 Cleyton Domingos dos Santos Campos - São Vicente Ferrer – MA- Brasil estudante, morando atualmente na
cidade de São Bento, aluno do C.E Dom Francisco; incentivado a participar deste ilustre projeto pela professo-
ra Maria Auxiliadora e tendo consciência da importância deste homem para a literatura maranhense,brasileira
e mundial, dedica estas poucas e insuficientes palavras a este grande vulto da História.
Procuro uma estrofe que me torne eterno
Primo, alteio,limo,enfim;colho espinhos...
Procuro a poesia,não quero ser achado(estou errado)
Gasto as horas criando falácias (mais inúteis ainda)
Faz 189 anos. Não fostes esquecido.
Um daqueles que nos fazem pensar e acreditar
Que a imortalidade existe ou possa existir
E nos faz dizer: deixa disso moço;é Deus em cada gota de orvalho
E nos olhos de quem ver
Talvez as coisas não sejam tão inúteis
E o tempo tão tirano e implacável assim
Se depois de um século ainda falamos de ti
É por que vale a pena.Tudo vale a pena quando se tem uma alma.
Para Gonçalves
GOTHE
BYRON
HONORÉ
EÇA
LAMARTINE
FLAUBERT
206
VICTOR HUGO
POE
SHAKESPEARE
DANTE
ORACIO
CAMÕES
ASSIS
Conceição Santos147
O sonho...
Quando eu enxerguei o mundo
foi através de você, das belas
palavras “simples”, carregadas
de ternura, de sentimentos profundos
Oriundos do seu ser.
147 Conceição Santos - Sergipana – Brasil. Graduada e pós-graduada em Letras: Português/Italiano pela UFRJ.
Atualmente é professora de Língua Portuguesa na FAETEC em Quintino Bocaiúva. É Acadêmica Efetiva da ALAP
–Academia de Letras e Artes de Paranapuã e Acadêmica Correspondente da ALAB, ALAV e ALAF. Como escri-
tora já lançou dois livros solo e como coautora participou de várias antologias Contatos: Conceicaosantos37@
yahoo.com.br www.conceicaosantos.recantodasletras.com.br
Cresci ouvindo e também recitando
a linda canção do exílio que tanto
fez-me sofrer, pensando em alguém
distante e dele só restou o semblante
envolto em tramas de névoas
Tecidas ao amanhecer.
Ao poeta
Um dia na mata
ouvi um cantar
no galho da palmeira
avistei a sabiá
que cantava feliz
para seu par encantar.
Naquele momento
voltei ao passado
lembrei-me do poeta
que muito inspirado
cantou a sua Pátria
e seu povo amado.
Exaltou as florestas
e riquezas naturais
seu índio era o bravo
homem varonil
Gonçalves foi poeta
do Romantismo brasileiro
para defender suas ideias
usou de muito esmero.
208
Saudades...
Um dia o grande poeta,
estando só a pensar a
quilômetros de distância
do seu imenso Brasil
a saudade apertando,
em seu peito gritando
e ele “chorando” cantou
exaltando a pátria querida,
a mãe amável e gentil.
Lá conheceu escritores
com idéias arrojadas que
cultuavam a Idade média
com a qual ele simpatizava
daí veio o interesse pelo índio
brasileiro, representante vivo
do nosso “medieval” passado
que o poeta desenvolveu com
o brilhantismo que recebeu do
supremo Deus para ele enviado
Bons tempos...
(poema inspirado na Canção do exílio, de Gonçalves Dias)
Um grande amor
Antônio Gonçalves Dias
nascido no Maranhão,
após os primeiros estudos
Direito foi estudar, na
Universidade de Coimbra
do outro lado do mar
para cumprir seu destino
e seu país exaltar.
148 Diário de São Luís, 23 de março de 1921, Poesia compilada por Leopoldo Gil Dulcio Vaz – Curitiba – PR – Brasil
– 1952; Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Universidade Estadual do Maranhão
Cristiane Branco da Cruz149
CANÇÃO DO EXÍLIO
Porto Alegre é uma cidade alegre,
onde há muito que fazer.
212
Lá, há dois times famosos
e, em dia de GRENAL,
o Rio Grande do Sul
é todo vermelho e azul.
Aqui, tudo foi projetado;
e há pouco calor humano.
POETA DA VIDA
Alegria, beleza e cor
Gonçalves Dias escritor
conta a história do Brasil
com todas as coisas que descobriu.
149 Cristiane Branco da Cruz – Teresópolis – RJ – Brasil - 26/01/1996. poetaluna do 9.º Ano da E. M. Alcino Fran-
cisco da Silva, em Teresópolis/RJ, e apaixonada por poesia. Professor orientador: Carlos Brunno S. Barbosa
150 Cristiano Mendes Prunes da Cruz - Porto Alegre/RS – Brasil - 20 de abril de 1997 -. Estudante do Ensino Médio
do Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Integrante do Projeto “Imagens e Textos construindo Histórias e Ver-
sos”. Curte futebol, pescar e jogos eletrônicos. E-mail: cristianoprunes2012@hotmail.com
151 CRISTY ELEN ROCHA PEREIRA – Balsas – MA – Brasil. URE – Balsas - Centro de Ensino Médio Dom Daniel Com-
boni; Professora: Marcia Meurer Sandri
Gonçalves Dias é poeta
da nossa querida terra
que com amor contou
as culturas que lhe inspirou.
152 Cynthia Theodoro Porto - São Paulo SP – Brasil. Cursou Letras na USP (Português/Inglês e Hebraico) e Direito
nas Faculdades Metropolitanas Unidas, sem contar os cursos de línguas e os profisisonalizantes. Escreveu e
publicou em 2005 o seu primeiro livro chamado “A LIRA DE AQUÁRIO”, uma antologia de sonetos e outros
versos. Para contatos, o seu endereço eletrônico é: cynthiatheporto@gmail.com
D. da Silva153 - 7 de Setembro de 1873
Gonçalves Dias
Por ocasião de inaugurar-se a sua estátua
(Ao dr. Antonio Henriques Leal)
153 Leal, Henriques, Pantheon Maranhense, São Luís, 1874, p 566-567. Poesias compiladas por Weberson Fer-
nandes Grizoste - Jauru – MT – Brasil
D. Freitas154 - São Luís, 6 de Setembro de 1873
154 Leal, Henriques, Pantheon Maranhense, São Luís, 1874, p 576-578. Poesias compiladas por Weberson Fer-
nandes Grizoste - Jauru – MT – Brasil
Da vida a luz apagou-se
Voltando ao seio de Deus.
Dos céus a terra ilumina
Esse astro tão brilhante,
Poisou na terra um instante
Deixou luz p’ra toda idade;
Essa luz não se limita,
Ela por Deus foi predita,
A rival da divindade!
Doente e debilitado
217
A vida se esvaindo
Mas não era pra ser o mar
Seu algoz, se assassino
155 Daisy Maria dos Santos Melo – Maceió – AL – Brasil - 02/06/1983. Formada em gastronomia, atualmente
estuda crítica literária na UFPE. Ilustradora, venceu o prêmio “Mágica Especial” em 2010. Possui um artigo
publicado com o título: “O cordel como instrumento de interesse nas escolas”. Além de poesia, adora escrever
prosa ficcional, contos, crônicas...
Por muitos rejeitado
Falta de compreensão
Tido como abusado
Onde sobrava presunção.
CANÇÃO AO MARANHÃO
Meu Maranhão tem palmeiras
Tem também terras vermelhas
As aves são das mais belas
Você há de concordar
GONÇALVES DIAS
Filho de Português com cafuzo
Nasceu de uma união não oficializada
Por isso sua mãe foi abandonada por seu pai que foi morar
Com outra amada.
Gonçalves Dias
219
Tinha alegria tinha amor o dom que Deus criou
Escreveu poesias
Com muitas sabedorias
Para nossa alegria.
Poeta do Maranhão
Despertava muita emoção
Para o povo desta nação com sua dedicação.
156 Dalciene Santos Dutra - São Luís – MA - Brasil – 12/03/ 2002. Motivo da Participação: Reconhecer a importân-
cia da poesia na vida dos seres humanos como ferramenta de divulgação dos sentimentos e comportamento
da sociedade onde está inserido
Daniel Ely Oscar Noé157
CANÇÃO DO EXÍLIO
Estados Unidos
e Brasil contrastam
quanto ao físico
de seus habitantes.
Lá, muitos gordos;
aqui, muitos magrelas.
As comidas de lá
são bem mais gordurosas
que as daqui.
Lá, durante o dia,
ouvi-se o ruído
dos carros;
aqui, ouvimos o canto
dos pássaros.
Pois é:
Choramos hoje a sua partida
Mas nos alegramos por tê-lo tido entre nós!!!
Obrigado Gonçalves
Por ter deixado milhares de emoções
Com seus poemas e Canções...
157 Daniel Ely Oscar Noé - Capão da Canoa – RS – Brasil - 13 de maio de 2000. Estudante do Ensino Fundamental
do Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Integrante do Projeto “Imagens e Textos construindo Histórias e Ver-
sos”: “Banners Poéticos”, 2012. Integra a equipe de velejadores, Categoria Infantil, do Clube dos Jangadeiros,
de Porto Alegre/RS. E-mail: dandan.oscar@gmail.com
158 Daniel Victor Adler Normando Romanholo. São Luís-MA – Brasil - 23/10/1998. Mora em São Carlos-São Paulo
e cursa o 9º ano no Colégio Interativo. Tem participação em “ASAS DE UM SONHO por um mundo melhor”,
obra coletiva dos alunos da EMEB Angelina D. de Melo e EMEB Ermantina C. Tarpani, São Carlos-SP, 2008. É
co-autor (juntamente com João Marcelo Adler Normando Costa e Dilercy Aragão Adler), do livro Infantil, “Uma
história de Céu e Estrelas, São Luís-MA, 2011.
Daniela Wainberg159
CANÇÃO DO EXÍLIO
Minha terra tem mais vida,
nossa vida mais amores.
Nela há pássaros, montanhas,
vales de flores e caminhos nos jardins.
Em minha terra, vejo bosques,
onde a natureza tem beleza,
borboletas e gaivotas.
Não permita Deus que eu morra
sem a certeza de que voltarei;
nem que seja por momentos;
pois, se não lá voltar,
sequer, um instante,
não estarei voltando ao meu mundo,
mundo este onde canta lindos pássaros.
Ah como o esperaste!...
159 Daniela Wainberg - Porto Alegre – RS – Brasil - 30 de janeiro de 1991. 1ª Bibliotecária e Membro Fundador da
Academia de Letras Machado de Assis, Porto Alegre/RS, Cadeira 9, Patronesse Lila Ripoll; Membro Efetivo do
Clube Infanto-Juvenil “Erico Verissimo”, da Academia de Artes, Ciências e Letras Castro Alves, Porto Alegre/
RS; Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores, Balneário Camboriú/SC; Liga dos Amigos do Portal CEN, de
Portugal; e Associação Internacional dos Poetas del Mundo. Coautora dos livros “Olhares - Crônicas Escola-
res” e “Palavras, A Linguagem da Vida”. Cursa Pedagogia, no Centro Universitário Metodista IPA-RS. E-mail:
danielawainberg@hotmail.com
160 Daniielle Adler Normando - São Luís – MA – Brasil - 10 de março de 1974. Reside em São Carlos/São Paulo
desde 2001. É graduada em Pedagogia (1996). Autora de várias poesias inéditas e tem participação nas Anto-
logias: Oficina Cadernos de Poesia (21), Rio de Janeiro-RJ, 1993 e I Coletânea Poética da Sociedade de Cultura
Latina do Maranhão- LATINIDADE, São Luís-MA, 1998
Danielle Granjeira de Moura161
GONÇALVES DIAS
Em 10 de agosto de 1823
No esplendoroso dia
Nascia Gonçalves Dias
Na pequena cidade de Caxias.
Um grande escritor
Com saudades escrevia
Do Brasil que sempre descrevia
A natureza e a pátria.
Canção de Exílio
222
Minha Terra tem palmeiras derrubadas,
onde escondem-se os últimos sábias;
as aves, que aqui gorjeavam,
cá não vejo mais cantar.
161 Danielle Granjeira de Moura – Balsas MA – Brasil. URE – Balsas - Centro de Ensino Médio Dom Daniel Combo-
ni. Professora: Marcia Meurer Sandri
162 Dimythryus –Darlan Alberto T. A. Padilha, Licenciado em Letras pela Faculdade UNIESP-SP, Embaixador da
Paz, título que lhe fora atribuído pelo “CERCLE UNIVERSEL DES AMBASSADEURS DE LA PAIX – SUISSE
– FRANCE (Genebra – Suíça). Entre suas premiações destacam-se o “Prix Francophonie” a Menção Honrosa
(Diplôme d’honneur) no 10é Concours International de Litterature Regards 2009 (Nevers – France) e 6º Con-
curso Poético O Cancioneiro Infanto-Juvenil para Língua Portuguesa na Prática Educativa (Almada – Portu-
gal). Além de colaborar com os Sites: Blocos OnLine, Garganta da Serpente e Meio Tom, pratica a divulgação
cultural através de e-mail’s de pouco mais de 1000 contatos.
Minha Terra de políticos,
marolinha e mensalão
não bastasse Rosimary
as barbas do deus cego,
vem o legado de uma estrela,
enrubescida e humilhada.
I-Juca-Cafuche
No meio das ruas de grandes senhores,
Rodeados por grades — e por roedores,
Veem-se os sem-teto, deitados no chão;
Alguns andarilhos, culpando suas sortes,
Outros cansados, aguardando suas mortes
Vivem do lixo, cobertos por papelão.
223
163 Débora Luciene Porto – Gravataí – RS – Brasil - 21 de outubro de 1987. professora de Língua Portuguesa, gra-
duada em Letras pela UFRGS.
Quem são? — ninguém sabe: mas querem seus votos,
Dizendo que a culpa é de um governo remoto:
Indecentes e espertos — num povo servil;
Só assim esses homens fazem parte do plano,
Tornando distinto o feitor do engano,
Fazendo sua fortuna multiplicar-se por mil.
A VISÃO DO EXPLORADO
Para Gonçalves Dias
Ó mar salgado
Quantos índios não viram
De tristes praias
Em apocalípticos dias
Seus irmãos serem levados pelos caris?
164 Deidimar Alves Brissi - Cosmorama – SP - Brasil - 20/08/1972. Casado, 3 filhos, professor; Licenciado em Física
pela UNESP/Campus Rio Claro; Mestre em Física e Astronomia pela UNIVAP/Campus de São José dos Campos.
Professor de Ensino Médio na Rede Estadual do Estado de São Paulo; Professor de Ensino Médio de escolas
particulares de São José dos Campos; Professor Titular do Instituto Federal de Educação de São Paulo/Campus
Birigui
Para quê?
Para serem exibidos como bichos,
Trabalharem como bestas,
E as belas e puras moças,
Serem abusadas por bestiais marujos
E “respeitados” ricos!
Valeu a pena?
Nada valeu a pena
Pois quem explora seu irmão
Quem destrói um povo
Tem a alma pequena!
Ó mar salgado
A maior parte de teu sal
São das lágrimas
Dos Goytacazes e Tupinambás,
Dos Tamoios e Aimorés,
225
Dos Charruas e Potiguáras,
Dos Carijós e Tremembés
Dos Tupiniquins e Tabajáras,
Dos Temiminós e Caetés
Não são, não são...
Não são lágrimas de Portugal!
O SABIÁ
Para Gonçalves Dias
Brasil saudade
Sabiá Timbiras povo Caxias
Amor saudade sofrimento naufrágio Coimbra morte
América Navio doença Índio Juca-Pirama Teatro fé
Escravo justiça amor terra sabiá natureza
Flores poesia poemas timbiras terra
Brasil palmeiras gorjeiam pássaros amor
Pátria preconceito amor terra canção
exilo piaga canto honra bravura
vida guerreiro musa índio tupi guarani
teatro poesia DEUS hino despedia morte fé Maranhão terra
Tupã taba Marabá saudade tempestade adeus morte amor
Bosques natureza Ana Amélia hipocrisia exílio honra taba mata
Vida soneto justiça Injustiça negro índio povo gente
Fé Tupã Ana taba mata floresta estrelas Tejo noite
Cacique tribo Ana Amélia casamento
Tristeza terra viajem guerreiro
Grito triste boré Anhangá deuses
Coruja cipó filho
227
Sertão treva dor
TERRA
chão
228
HOMENAGEM A GONÇALVES DIAS166
No seu exílio muito cantastes,
Com lindas e carregadas epifanias
Grande poeta Gonçalves Dias,
As belezas saudosas de sua terra,
Que o enchia de alegrias.
Lembravas então das frutas do campo
Mas também de suas amadas serras
Das lindas palmeiras que aqui há
Onde as verdes colinas encerra.
Abrigando constantemente em galhos
O lindo e tão cantante sabiá...
Que orgulha o homem do campo
Enchendo os olhos de orvalho.
Seu doce idílio, de muita paixão
Saudades dessa terra morena,
Onde sua cabocla enfeitada
Com lindas róseas flores de verbena,
Faz bater forte o seu saudoso coração...
165 Dely Thadeu Damaceno - Patrocínio MG – Brasil - 12 de Outubro de 1953. Professor de Sociologia na Rede
Estadual de Ensino do Estado de São Paulo. Sou amante da Literatura e das letras em geral. Faço parte de
portais como: Poetas Del Mundo do Chile, do Portal CEN “Cá Estamos Nós” de Portugal.
http://www.encontrodepoetaseamigos.ning.com
166 Publicado no Blog Recanto das Letras, Shimon Goldwyn Piracicaba/SP – Brasil. Enviado por Shimon
Goldwyn em 12/02/2013 Código do texto: T4136107 disponivel em http://www.recantodasletras.com.br/
homenagens/4136107, Poesia compilada por Leopoldo Gil Dulcio Vaz – Curitiba – PR – Brasil – 1952; Instituto
Histórico e Geográfico do Maranhão; Universidade Estadual do Maranhão
Dena Guimarães167
Amarguras estreitaram
Teus sentimentos machucados
Por esta vida que a ti causou
Tanta dor por tanto amor
167 Dena Guimarães - Dionísio – MG – Brasil - 02/03/69. atualmente é artista, cantora, poeta, compositora e pro-
fessora. Começou a compor suas músicas e escrever poesias aos 15 anos, onde seu talento resplandeceu sua
vida artística. Em 2011 foi classificada entre os 20 colocados no Festival Cristo Redentor - RJ, em 2012 entrou
para a coletânea: Música Minas e foi chancelada no concurso literário da Editora Litteris, livro-antologia “Lâm-
pada do coração” a ser publicado no final de 2013.
Aqui no âmago do meu ser
Fisguei a luz do meu querer
“Gonçalves Dias” sinto agora
Tua essência a me envolver
HOMENAGEM AO POETA
À Antonio Gonçalves Dias
Poeta, romancista e escritor
Que sua obra literária
Escreveu com muito amor.
168 Denise Alves de Paula - Barra de São Francisco – ES – Brasil - 23 de Fevereiro de 1957. Atualmente mora em
Vitória, Capital do Espírito Santo. Gosta de ler, escrever e pintar. 2012 - Participou da “Antologia Café com
Verso” e “Antologia Mulheres Fascinantes”; 2013 - Participando da “Antologia Café com Verso II” e “Antologia
Voar na Poesia”
Dércia Sara Feleciana Tinguisse - Deusa d’Africa169
Ora vejamos:
Dias, tinha o sangue americanamente primitivo,
Tendo descoberto o fogo,
Nos olhos da Don’Ana
Enquanto os friccionava com os seus.
Seu nome, consta na lista dos vivos,
Porque dizem que é também gente.
169 Deusa d’Africa - Dércia Sara Feleciana Tinguisse - Xai-Xai - Gaza – Moçambique - 05 de Julho de 1988. Licencia-
da em Contabilidade e Auditoria, e exerceu a profissão de contabilista na UDEBA-LAB (Unidade de Desenvol-
vimento do Ensino Básico e Laboratório), Docente de Contabilidade no Instituto Médio de Comercio gestão e
finanças.
A Antônio Gonçalves Dias
Enquanto a vida me vituperava
Minhas palavras erguiam mares
Eu me tornava um homem honrado
Ou apenas uma ponte entre as tribos.
Vivência
Oh! Vivência, que vivas e aos teus sempre salves,
Sem que te apartes
Da graça genuína do Gonçalves
Cure a sua alma, que as artes
Se desalentam com toda a anfetamina
Que seu organismo injuriara perante a sua alma.
Não come, mas bebe a sua sina
Anémica, melancólica e vivalma,
Com seus os olhos de sangue,
Que colorem o mar vermelho.
Nem que o homem me zangue,
Tenho que te falar do teu fedelho,
Pois, nenhuma palavra, nem prece o poupa
Dessa acerba enfermidade
Que afecta ate a sua roupa
Destruindo a sua própria personalidade
Onde a medicina alega
Que a sua cura
Seja apenas um beijo que nega
à Don’Ana de casta pura.
Mar Maranhão
Mar Maranhão
Vampiro das letras
Choupana dos carnívoros e canibais
Destruidores das empreitadas dos seus amores.
Eternamente Dias
Muito obrigado, Gonçalves dias!
As suas obras são recheadas de ideias e informações,
Literatura, arte e expressão,
Uma arte expressivamente arte.
Um trabalho transformador e ricamente literário.
Poemas, versos e livros...
170 Deuzimar Costa Serra - São João Batista – MA – Brasil - Graduada em Pedagogia pelo CESC/UEMA, Especialista
em Orientação Educacional (PUC/MG), Avaliação Educacional (UnB), Educação de Jovens e Adultos (UnB) e
Docência do Ensino Superior (UFRJ); Mestrado em Educação pelo Instituto Pedagógico Latinoamericano Y
Caribeno, IPLAC/CUBA, reconhecido pela UFC (Universidade Federal do Ceará); Doutora em Educação pela
Universidade Federal do Ceará. Professora assistente II, lotada no Centro de Estudos Superiores de Codó (CES-
CD) da Universidade Estadual do Maranhão; Autora e Coordenadora do Projeto Intergeracional; Atualmente,
Secretária de Educação de Caxias-Maranhão.
171 Dhiogo José Caetano – Uruana – GO – Brasil - 24/11/1988. Artista revelação 2011 prêmio organizado pela In-
terarte juntamente com Academia de Letras de Goiás, ganhador do prêmio cultural Interarte 2012, correspon-
dente da ACLAC, membro da AVSPE Academia Virtual Sala dos Poetas, Escritores, membro do Instituto Histórico,
Geográfico e Genealógico do Grande ABC e Senador da FEBLACA. E-mail: dhiogocaetano@hotmail.com
Hoje meditando um pouco...
Resolvi escrever estes versos para agradecer a sua contribuição,
As suas publicações, seus versos, prosas, trova, poema de arrepiar.
Que o tempo não esqueceu!
Momento Dias
Um homem ou um gênio?
Um ser que transparece a permanência na fantasia de um
mundo quase perfeito.
Conhecer você é romper com os conceitos e padrões...
É vivenciar a plenitude do nada, concretizando a plenitude
da existência.
Tornando vivo a espiritualidade da escrita e dos versos
eternos
Um ser iluminado pelo saber.
Uma criatura de “outro” mundo.
Eternamente Dias...
Diana Menasché172
DE QUE ADIANTA?173
Como o pássaro perdido
que não espera mais rever o bando,
abandonado eu mesmo de mim,
tendo cruzado por fastio o oceano
De repente
com uma dor esmagadora
No ventre da aurora
237
Vejo-te.
172 Diana Menasché - Rio de Janeiro – RJ – Brasil - 16/04/1983. Nascida na cidade do Rio de Janeiro, é formada em
Comunicação Social (Jornalismo e Cinema) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, e é mestre
em Letras Hispânicas pela University of Massachusetts at Amherst.” (www.dianamenasche.blogspot.com)”
(www.poetrybydiana.weebly.com).
173 O poema “De que adianta?” dialoga com “Ainda Uma Vez Adeus”, de Gonçalves Dias. Apesar de eu (Diana) não
ser um homem, tentei imaginar-me naquela situação que Gonçalves Dias tão francamente retratou: a de um
homem revendo uma mulher amada no passado, mas então já casada com outro:
Por que vejo-te e revejo-te na memória
se tua imagem não pode inspirar-me ao futuro
e apenas me leva a lamentar
uma história
que não se repetirá?
174 O poema “Antes eu não a visse!” dialoga com “Ainda Uma Vez Adeus”, de Gonçalves Dias. Apesar de eu (Diana)
não ser um homem, tentei imaginar-me naquela situação que Gonçalves Dias tão francamente retratou: rever
a mulher amada no passado, mas então já casada com outro:
Ai, de que me adianta ainda lembrar-me de ti,
donzela de ontem que nunca minha será…
O espetáculo se esvazia…
Resta-me o silêncio de uma sala fria
o descobrir-me desiludido, estando como se estivesse contigo,
mas sabendo-me tão completamente sem ti…
175 O poema “Olhas para outro lado…” é inspirado no poema “O desengano”, de Gonçalves Dias.
Diana Paim de Oliveira176
Descolorida
Minha vida tinha cores,
mesmo que eu não pudesse ter você.
Eu até possuía mais amores,
mas, sem você, ando até descolorida.
Em você me inspirei,
mas, quando você se foi, eu apenas errei.
Em você eu acreditei,
pois sabia como eu me sinto.
E agora meus poemas vivem sem sentido...
Ah, Gonçalves Dias!
Não sei mais em que me inspirar...
Canção do expatriado
Intertexto com o poema de Gonçalves Dias, “Canção do Exílio”.
176 D iana Paim de Oliveira – Teresópolis – RJ – Brasil - 12/12/1997. poetaluna do 9.º Ano da E. M. Alcino
Francisco da Silva, em Teresópolis/RJ, e vem se dedicando aos diversos gêneros da arte escrita (da crônica
a poesia). Tem diversos textos publicados nos blogs “Palavras do coração” e “Diários de Solidões Coletivas”.
Professor orientador: Carlos Brunno S. Barbosa
177 Diego C. Soares Ribeiro - Bom Jesus do Itabapoana – RJ – Brasil - 17 de junho de 1992. vive na Terra dos Es-
critores, São José do Calçado, desde tenra idade. Concluiu o Ensino Médio no Centro Educacional Santa Rita
de Cássia, lá se enamorou da Literatura na 7ª série. Converteu-se ao catolicismo em 2009 e procura viver os
preceitos cristãos a partir de então. Recebeu “Menção Honrosa na Maratona Escolar Joaquim Nabuco – 2009,
para alunos do Ensino Médico das redes pública e particular com abrangência no território nacional”. Em
2010, sua redação ficou entre as dez melhores do Estado do Rio pela Fundação CECIERJ (PVS).
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as almas santas,
Que louvam melhor que o sabiá.
178 Diego Sant’anna - São José dos Campos – SP – Brasil - 07 de Janeiro de 1988. Diego de Souza Santana (Diego
Sant’anna) jé teve seu trabalho literário reconhecido em vários concursos como: Mostra Joseense de Cultura
e Mapa Cultural Paulista. Aos 25 anos, poliglota, estudante de Letras, faz parte de Movimento dos Poetas do
Vale. No ano de 2012, participou do Festival Literário da Mantiqueira, ganhou os concursos de poesia das
universidades: UNIVAP (Universidade do Vale do Paraíba) e UNITAU (Universidade de Taubaté).
Vivo com a paixão à flor da pele em tudo o que faço,
Entre estrofes encontrarás meu lar.
Desafio o tempo e o espaço,
Numa incrível ânsia por desbravar.
Naquele tempo
Os sonhos se realizavam.
O vento soprava forte.
Os caminhos se cruzavam.
Os dias se foram.
Jardins ficaram desertos.
As estrelas não brilham mais.
Desejos tão ocos.
Seguindo em caminhos incertos.
Meu amor agora
Descansa em paz.
Dilercy Adler179
179 Dilercy (Aragão) Adler - São Vicente Férrer – MA – Brasil - 07/07/50. É Psicóloga-CEUB/DF, Doutora em Ci-
ências Pedagógicas-ICCP/CUBA, Mestre em Educação, Especialista em Pesquisa em Psicologia e Especialista
em Sociologia. Publicou nove livros de Poesia. Três livros acadêmicos, um biográfico e um de história infantil.
Titular da Cadeira Nº 1 do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão - IHGM. Presidente fundadora da
Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão_SCL-MA e Senadora da Cultura do Congresso da SCL do
Brasil. -mail: dilercy@hotmail.com
do tempo
da doença
dos dissabores
de uma vida amarga...
Nem só amargura
se vislumbra nessa vida
vida tão pródiga
cheia de carinhos plenos
que são entregues
às águas inquietas
de um oceano que o abraça
em sua última agonia....
Ville de Boulogne
entrega-o precocemente
ao balanço das ondas do mar pátrio
revolto e acinzentado
que assim talvez o embale com carinho
no sono eterno de poeta apaixonado...
GONÇALVES DIAS
Gonçalves Dias
te imagino
milhas e milhas distante
da terra querida
da mulher amada
de toda uma vida!
um Gonçalves Dias
sem fé
sem guarida
–que vida!-
Gonçalves Dias
te imagino também
ensimesmado
dias e dias
curtindo insólita solidão
em dias de pleno verão
sol e calor
mar e luar...
a ruminar saudades
sem nenhuma ilusão1
oh! –afrodisíaca ilha-
só tu tens poder
de enfeitiçar a dor
embelezar o adeus
materializar
o mais doce e dorido poema
da mais pura e lírica
despedida de amor!
a glória do índio
a força do negro
a tradição do europeu
são por ti decantadas
em versos e versos
de Brasil brasileiro
como crente ou ateu!
AMOR E AGONIA
Paz
amor
agonia
na vida de Gonçalves Dias
paz no amor
correspondido
agonia no amor
proibido
devoção à terra querida
amargor na distância
por alheias razões
impingidas...
alegria no reencontro
em Lisboa
agonia do último adeus
nessa hora!
paz
amor
e agonia
na vida profícua
do nosso tão amado e inesquecível
poeta maior entre os mortais
imortal Gonçalves Dias!
D ias e dias
I maginando e desejando intensamente
A amar sem medo ou fronteira
S emeaste -com certeza- muito amor nesta terra!
246
(EN)CANTO GONÇALVINO
Meu poeta das palmeiras
Mavioso sabiá
Quisera em teus gorjeios
Meu estro cadenciar...
180 Dinacy Mendonça Corrêa - arariense-vitoriense – Brasil. Licenciada em Letras (UFMA) e Mestre em Teoria Li-
terária (UFRJ). Professora estadual (SEEDUC/UEMA) em plena militância. Ensaísta, pesquisadora da literatura
e cultura maranhense, com alguns trabalhos premiados e publicados na área. Atualmente, cursa doutorado
em Ciência da Literatura (UFRJ). Membro da Academia Arariense-Vitoriense de Letras (AVL).
Como o nosso Gonçalves Dias
Na sua Canção do Exílio
Quero voltar para ti!
E a humilde chanana
Alegre, viva, rasteira
A florir, mesmo entre pedras,
Sorrindo em verde-amarelo
Num constante renascer...
A nutritiva Jussara...
Como anoitecer, doce Ilha,
Sem teu bordado de estrelas
Teu luar emoldurado
Na sacada, na janela...
Refletido em azulejos
Nos soberbos casarões
247
Teus coloniais telhados
Com seus beirais em jardim...
E sempre a te contemplar
Em tuas tardes macias
Noites de idílio e magia
Céu junino constelado
Em “hora de guarnicê”...
E sempre a me alegrar
Por teu folclore bonito
Tua Capoeira de Angola
Tambor de São Benedito
Tuas caixas do Divino...
Te amo, cidade-vida
Por meu pão, por minha estrada
Meus afetos, nossa história
Nossas glórias do passado
Esperanças do porvir...
181 Dionnatan Pereira Sousa - São Luís – MA – Brasil - 01/07/2002. Motivo da Participação: Eu gostaria de partici-
par da antologia porque eu quero ser conhecido pela escola e outros lugares.
Domingos Tortato182
Saudoso Antônio
Foi enlaçado em primores
só forçado em timidez
e excessiva honradez
entre outros pormenores.
És poeta honorário
e de estória aventureira,
monumento literário
da história brasileira.
Dora Oliveira183
O EXÍLIO DA POESIA
Nestes dias acinzentados,
De almas opacas.
Nossas florestas quase raras.
Já não ouvimos os pássaros
Que gorjeim por cá
E nem sabemos
Se ainda canta o sabiá.
182 Domingos Tortato - Londrina - PR - Brasil – 03/02/1986. Estudou os cursos de História e Jornalismo na Univer-
sidade Estadual de Londrina e, atualmente, é aluno do Curso de Direito na mesma universidade.
183 Dora Oliveira - Ipatinga – MG – Brasil. É autora do romance “No canto escuro do coração”. Possui traba-
lhos publicados em várias antologias, sendo as mais recentes: contos de caminhoneiros; contos Luís Jardim,
2007/2008; poesias da Universidade Federal de S João Del-Rei, 2007; contos da Academia de Letras de Niterói;
“Poesias”, vol 3 e 5, organizada por Valdeck A. de Jesus; Contos Vol 1 e 2 Gráfica Belacop; poesias de Colatina/
ES. Bog: www.doraoliveira.blogspot.com .
Nestes dias
De câmeras voltadas
Para o norte da América
E a Europa distante,
Precisamos nos redescobrir,
Pisar o nosso chão
E falar a mesma língua.
Douglas Mateus184
NOVELO TE EU???...
Bordais o calcitramento do poético-osso
Despossuintes agulhares, rendas ou cosentes,
Senão passadelas e talentices-crentes,
Senão imerções do vosso genialíssimo todo...!
Possuíais do dadival seu autárquico infindo
Pecaminoso ao distribuinte e mentor do apregoado,
Sabido o valoroso quando outrora o palato:-
Gonçalves terás conosco o que nunca teu parido!!!
Dantes poder-vos-ia versejo o encalcado
Amiúde vossos caracteres fenecidos no arbitrário,
O que dera aos imortais seus esquecidos (...)
184 Douglas Mateus – Fraiburgo – SC – Brasil - 22/12/1987. Brasileiro nato é autor de doze livros, além dos cinco
organizados Comendador pela Ordem Nobiliárquica de Kastoria, Embaixador da Paz e Doutor Honoris Causa
em Literatura; medalhas Carlos Scliar, Ordem Zumbi dos Palmares e Comenda Palma Dourada; Imortal à Aca-
demia de Letras do Brasil, da Academia de Artes de Cabo Frio, da Academia de Letras e Artes de Fortaleza,
da Academia de Artes e Letras de Iguaba Grande e da Academia de Letras do Brasil, Seccional Suíça, além da
União brasileira de Escritores, da Academia Virtual Salão de Poetas e Escritores e da Associação Internacional
(LITERARTE).
Vagastes ao torpe dos vossos vinhos
E n’oje encantos distribuíeis nos degustáveis
Quando adegas as vossas obras vêm meus citáveis...!
ANTÔNIO...
Calado sou a tumba fria das tuas vísceras
Que aspergem o sanguinolento devasso...
Nelas, vermes sendo, as sacio sem pecado,
Intransponível também as tuas crias...!
Calado sou teu ataúde, que friamente estando
Recebe-te condizente e que mórbido sacode,
Inimplorável tuas concessões, avais ou sorte,
Senão gélida a tua família : Nela quando???
Calado sou o teu sorriso inexistido, inacontecido,
Incalculado (...) jazes co’a promiscuidade espirada,
A mesma que na Gonçalvina tua o subalterno...
Calado não me forjes, se que ‘inda vivalidade o supremo,
Se que ‘inda zelador da tua afrodisíaca fragranciada,
Se que ‘inda amares-te por me só sadiamente deixado...!
Edinaldo Reis
GONÇALVES DIAS
Em mil oitocentos e vinte três
Provavelmente no dia dez de agosto
Deus presenteava a nossa cultura
Com um dos maiores astros talentosos
Nascia nas terras de Jatobá
O nosso grande poeta Gonçalves Dias
Isto no estado do Maranhão
No esplendido município de Caxias
Não imaginaria ele que o destino
Preparava surpresas na sua história
E suas imensas inspirações literárias
Tornariam-se uma estrela notória
Descendente de um pai português
185 Dyonatan Fonseca Silva - Caxias –MA – Brasil - 1º de Julho de 1997. Tenho 14 anos. Sou filho de Maria Vera
Lúcia Fonseca Silva e de Francisco Alves Silva. Fiz curso de computação na Compumaster em Caxias. Estudei
na U.E. João Lisboa desde o 3º período do primário até o 9º ano. Atualmente estudo no C. E. Thales Ribeiro
Gonçalves e faço o 1º ano do Ensino Médio.
E de uma brasileira cafuza
Genuinamente ele era mestiço
Decorrente desta linda mistura
Orgulhava-se o poeta brasileiro
Em ter o sangue das três raças
Que formava a nossa sociedade
E os traços de toda essa massa
Trabalhava na loja de seu pai
Apenas como um simples caixeiro
E depois passou a estudar
Outros idiomas estrangeiros
Em mil oitocentos e trinta oito
O jovem embarcou para Portugal
Levando consigo a saudade
Da sua amada terra natal
Estudou na universidade de Coimbra
E se formou em Bacharel
Sempre se dedicou em arte literária
Conquista que lhe rendeu laurel
Exilado da pátria querida
Fez o poema Canção do exilio
Que em todo território brasileiro
Notabilizou-se em grande prestigio
Mil oitocentos e quarenta e cinco
253
Retornou ao colosso Brasil
Seu coração palpitava de desejo
Pela amada terra gentil
E logo conheceu Ana Amélia
A musa de sua grande paixão
Para algumas de suas obras românticas
Ela foi motivo de muita inspiração
Mas não casou-se com ela
Devido a preconceito familiar
Por ser um mestiço brasileiro
Ele precisou o seu amor renunciar
Apaixonado foi-se ao Rio de janeiro
Onde conheceu Olímpia da costa
E movidos pela força do destino
Entrelaçaram união amorosa
Era e é admirado por todos
Em todas áreas fora bem sucedido
Lendo os seus poemas parece
Que a sua voz ainda estamos ouvindo
Conhecedor da cultura europeia
Obteve ali reconhecimento
Os nobres da sociedade portuguesa
Aplaudiram seu brilhante talento
Fez um excelente trabalho
Num pouco espaço de tempo
Aproveitando os ensejos da vida
Na mola do desenvolvimento
Destacou-se em negócios políticos
Ocupando alguns cargos influentes
Na comissão cientifica de exploração
Destacou sua habilidade competente
Escreveu muitas peças românticas
Poemas, poesias e cantos.
Relíquias deixadas pelo poeta
Que nos enche de ternura e encanto
Fez sua ultima viagem a Europa
Quando estava seriamente doente
Em busca de restaurar sua saúde
E não obteve êxito lamentavelmente
Após dois anos retornou ao Brasil
Em estado ainda mais deplorável
Sua jornada estava perto do fim
A sorte malvada era imperdoável
Embarcou no navio Ville Boulogne
E pelas ondas vinha ele rompendo
Mil oitocentos e sessenta e quatro
No dia três de novembro
Na costa brasileira maranhense
O navio acabou naufragando
254
Perto da vila Guimaraes no Maranhão
Quando a rota já estava findando
Todos tripulantes conseguiram se salvar
Exceto o poeta que ficou esquecido
No seu pobre leito ali agonizando
Pelas águas do mar fora então acolhido
Mas sua inspiração e talento
Virou literatura nacional
Suas obras foram eternizadas
Pra sempre gravadas no nosso mural
Sua obra canção do exilio
Foi sua deslumbrante poesia
Lida e relida por todos brasileiros
Que amam e lembram dele todos os dias
O poeta Gonçalves Dias
É diamante da nossa cultura
Realçando os valores da nossa historia
Monumento importante desta literatura
Salve, Salve, Gonçalves Dias
Astro, Astro, que sempre irradia
Brilhas, Brilhas, no nosso céu
Tuas poesias, é o nosso troféu.
Terra das palmeiras
Sou da terra
Das palmeiras
Dos vales e ladeiras,
Das matas dos cocais
De riquezas naturais,
Dessa terra enluarada
Dos riachos e cascatas
Dessas dunas de areia
Dessa amada cultura
Que o ambiente e pessoas
Fazem a desenvoltura
Sou da terra
Das palmeiras,
Da cultura brasileira
Sou; Eu sou;
Aqui do Maranhão
Amante dessa terra
De vales e serras,
Esses lençóis maranhenses
Atração para toda a gente
Sertanejo na strada
Vai tocando a boiada,
255
O vento soprando
Nas tuas palmeiras
Sou dessa terra
Da mulata reggaeira.
NOSSO MARANHÃO!
Região de palmáceas
Onde está nossa história
Houve tempo de lutas
De conquistas e glórias
Quando pingou no chão
Suor dos nossos heróis
Desbravando o caminho
Dando vida pra nós
Ter título maranhense
É a nossa pujança
Ter uma estrela no céu
Da cor da esperança
Maranhão é tradição
Cultura e denotação
Vivenda feliz!
De quem sabe viver
Maranhão é alegria
É o nosso aprazer
Oásis brasileiro
Difusão de coqueiro
Maranhão; maranhão.
O negro, o branco, e o índio
Destes traços de raça
Formou nossa massa
Bumba meu boi
Pra tua gente dançar
No toque do tambor
O povo vai balançar.
Quem vem de fora
Pode ver tua beleza
O mar maranhense
E suas correntezas
Teus lençóis de areia
Que a vida permeia
Tuas vastas palmeiras
São típicas da região
Só tem mesmo aqui
Em nosso maranhão!
186 Edna Lima de Mendonça - Espírito Santo – Brasil. Poeta e Escritora, formada em Pedagogia, com licenciatura
em Administração Escolar e Magistério. Possui curso de Jornalismo, e estudou Desenho Artístico, possuindo
outros cursos como: Português e Redação Oficial, Marketing em Biblioteca e Contador de Histórias.
MINHA TERRA TEM PALMEIRAS
(Ode a Gonçalves Dias)
MINHA PÁTRIA
(Homenagem a Gonçalves Dias)
Eduardo Bechi187
FUNESTA VISÃO
Da tribo Tupi que ali havia;
No seio da antiga floresta:
O guerreiro Piaga vivia
Empunhando seu arco e flecha.
187 Eduardo Bechi - Videira, SC – Brasil - 10 de março de 1984. É autor de cinco livros de poesias e sonetos, tais:
“A toda velocidade na contramão” de 2004/2009, “As folhas que não caíram no inverno” de 2007, “Imortal”
de 2009, “Reticências e Et Cetera” de 2009, “Sonetos de Eduardo Bechi” de 2010
Roubando suas mulheres,
Seus guerreiros e seus filhos,
À tribo Tupi arruinar.
CANÇÃO DE TRANSIÇÃO
Minha terra tem histórias
E pessoas que vou citar:
Preto Cosme, João do Vale,
Gonçalves Dias e Ferreira Gullar.
Minha terra tem palmeiras:
Tucum, babaçu, buriti,
Tem também macaúba, marajá e açaí.
188 Eduardo de Almeida Cunha – Caxias – MA – Brasil - 30/05/1975 . Professor com Geografias vivenciadas,
especialista em Metodologias do Ensino de Geografia. Atuou em todos os níveis de ensino desde a Educação
Infantil (execução do projeto: Quintal Ambiental) à universidade (nos anos de 2011 e 2012 no CESC/UEMA).
Atua na rede Municipal de Caxias-MA desde 2000. dudumaranhensedm2@gmail.com
Eduardo Silva Bordignon189
CANÇÃO DO EXÍLIO
No Brasil,
temos maravilhosas
paisagens
como na Espanha.
Aqui, falta-me o carinho
da família
e dos amigos;
pois esses
lá se encontram.
Todo dia... toda noite...
penso na hora
de para lá voltar
e nos braços
de minha mãe cair.
Aqui, há música
e mulheres bonitas
mas não como as dela.
Orgulhoso brasileiro
Logo moço é bem estudado
Vai aprender filosofia
Em francês e latim é letrado
Por Coimbra é bacharel
Homem de caráter fiel
Em Direito é graduado
189 Eduardo Silva Bordignon - Porto Alegre – RS – Brasil - 25 de outubro de 1994. Estudante do Ensino Médio do
Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Integrante do Projeto “Imagens e Textos construindo Histórias e Versos”:
2011 - “Canecas e Camisetas Poéticas”; 2012 - “Caixas Poéticas”. Curte natação e basquete. Curte futebol e
festas. E-mail: dudu.bordi@gmail.com
190 Edvaldo Fernando Costa - Fernando Nicarágua – São Paulo – SP – Brasil - 19/05/1970. Trabalha como bancário
e escreve cordéis como hobbie, após ter ajudado o filho nas atividades escolares. Passou então a inscrever-se
nos concursos literários, divulgando seus trabalhos.
Gonçalves Dias eu trovo
Neste cordel inocente
Homem culto e educado
Criativo em sua mente
Da inspiração, o amor
Deste jovem trovador
Surge o verso expoente
Edweine Loureiro191
O INDIANISTA
É festa na tribo
dos Tupinambás:
celebra a Nação
à conquista da paz.
No centro da aldeia,
guerreiros e curumins
fazem uma dança
e cantam assim:
Dança o Cacique,
dança o Pajé:
Agradecem a Tupã
nesse Rito de Fé.
E a tudo isso
observa o escritor,
enquanto faz versos
da Aldeia em Louvor.
Salve o Literato
Antônio Gonçalves Dias:
O Filho das Três Raças
fez do Índio sua Poesia.
191 Edweine Loureiro - Saitama – Japão - 20/09/1975. nasceu em Manaus. É advogado, professor de Literatura
e Idiomas, e reside no Japão desde 2001. Em 2005, obteve o Mestrado na Universidade de Osaka (Japão).
Premiado em diversos concursos literários, é autor dos livros: Sonhador Sim Senhor! (Ed. Litteris, 2000), Clan-
destinos [e outras crônicas] (Clube de Autores, 2011) e Em Curto Espaço (Ed. Multifoco, Selo 3x4, 2012). É
membro-correspondente da Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências (RJ).
Elaine Cristina P. de Araujo192
MINHA TERRA
Minha terra precisa de preservação
O homem tem destruído
Sem nenhuma compaixão.
Gonçalves Dias
Poeta inteligente
Pena que morreu
Antes de ver sua gente
Mais deixou suas poesias
Para nos ver feliz e contentes.
263
192 Elaine Cristina P. de Araujo - São Luís – MA – Brasil - 04/07/2001. Escola Paroquial Frei Alberto. Motivo da par-
ticipação: Eu quis participar dessa homenagem porque Gonçalves Dias é Maranhense como eu. Ele falou todos
os seus sentimentos nas suas poesias e morreu deixando tudo isso para nós por isso quero homenageá-lo
193 Elenice de Souza Lodron Zuin - Belo Horizonte – MG – Brasil. Professora da PUC Minas, doutora em Educação
Matemática, integrante do Coral Agbára - Vozes D’Africa e do Grupo Vocabilis. Atua também como musicista;
é autora de diversas músicas e poesias.
Minha terra teve Antonio Gonçalves Dias
Lembrado sempre aqui e além-mar.
Das estrelas, com seu maracá, sorri e se alegra
Aquele que, em estrofes, cantou como o sabiá.
Eliane Silvestre194
194 Eliane Silvestre –Rio de Janeiro/RJ Brasil - 23/03/1969. Atriz, Publicitária, Poetisa, Membro da Academia de
Letras de Taguatinga/DF, eliane_silvestre@uol.com.br http://elianesilvestreatriz.blogspot.com/
Sua poesia nunca foi exilada,
Desde sua morte, circula alardeada.
“- Poeta, pode seguir em paz
Que sua poesia não jaz!
Jamais! Jamais!”
Também veio de lá
com uma timidez discreta
um diploma de Advogado
e uma alma de poeta
do naufrágio,
o único que não se salvou
195 Elias Daher Junior - Brasília – DF – Brasil - 16 de setembro de 1964 Professor Universitário, de Marketing e Eco-
nomia. É o atual Presidente do Sindicato dos Escritores do Distrito Federal, em segundo mandato e membro
da Academia de Letras do Brasil,
Eliete Costa196
GONÇALVES DIAS
Nascido de Dona Vicência,
Criado por Dona Adelaide
Tornou-se das letras alcaide,
E poeta por excelência.
Trazendo mestiço no sangue,
No nome, na inspiração,
Fez do indianismo paixão
Pela qual viveu, langue.
Para Amália teceu versos
Dotados de pura emoção,
Mas os desejos do coração
Platonicamente imersos.
Pelos humores de então
Teve seu amor rechaçado.
Sentindo-se o rejeitado,
Desposa Olímpia – consolação.
De flerte com a depressão,
266
Com Olímpia não foi feliz;
À Amália eternamente quis,
E fez sua amante a solidão.
DEPRECAÇÃO DO GUERREIRO
Meu anjo, escuta!
A canção do mar,
A canção da noite,
A canção da tarde,
A canção do amor.
Espera!
Meu anjo, escuta!
A minha Rosa,
Minha Terra,
Minha vida e meus amores.
Se sofri já, não mo perguntes;
Se se morre de amor, não mo perguntes;
Como eu te amo e se te amo,
Não sei!
Como! És tu? Sempre ela:
A concha e a virgem,
A rosa no mar,
196 Eliete Costa – Rio de Janeriro – RJ – Brasil – 21/04/19... autora do livro de contos “A Intimidade Deles” e do
livro de poesias “Poesia do Amor Bandido”.
A escrava Zulmira dos olhos verdes -
Seus olhos desejo
Sobre o túmulo de um menino no leito
De folhas verdes no jardim.
Então,
Meu anjo, escuta!
A deprecação do soldado espanhol,
A retratação do gigante de pedra -
Palinódia de amor! Delírio – engano,
No canto do guerreiro em delalento.
Canto a canção do exílio,
Soneto da lira quebrada,
Ainda uma vez –
Adeus!
É o que mais dói na vida,
Porque sei amar.
Mas se te amo, não sei!
Meu anjo, escuta!
Espera!
Não me deixes!
O NAUFRÁGIO
Prepara-te, filho!
Que o mar, soberano,
267
Te veio buscar.
Desata o grilho
Do branco, profano,
Tu és marabá.
Que creiam ateus!
E tu, daí, travoso,
Escutam o roncar.
O ronco de Deus,
Tupã, poderoso,
Te veio buscar.
Não sou a vingança,
Clamou Deus Tupã,
Não sou punição.
O guerreiro não cansa.
É útil e não vã
Tua determinação.
És nativo no jeito
De índio, negrilho,
De corpo inteiro.
Tu trazes no peito
Orgulho, meu filho,
De ser brasileiro.
Ergue a cabeça
De índio, de preto,
Nagô, tupinambá.
Tua veia é espessa;
Teu objetivo, correto;
E te ri do Anhangá.
Não fora Anhangá que tomou da mãe seu filho?
Não fora Anhangá que tomou da amante o amado?
Não fora Anhangá que tomou do corpo são a saúde?
Apenas o mal tornaria versos empecilho
A atormentar a mente do poeta acamado.
Anhangá tornou a cama do poeta ataúde.
Cantaste do sol o brilho,
O rubro resplandecente –
Ora, se faz rubro maracá.
Logo, prepara-te, filho!
A cor do sangue teu
Te veio buscar.
Deus não permitiu
Que tu morresses,
Sem que voltasses pra cá.
268
A palmeira já te viu,
Tal qual pássaros esses:
Sanhaço, saíra, sabiá.
Te veem, ansioso,
No tombadilho,
Ouvem teu cantar.
Tupã, misericordioso,
Diz: “Prepara-te, filho!
Te venho buscar,
Tu és marabá”.
ITINERÁRIO
Deus, natureza, índio, amor,
temas recorrentes do vate imortalizado
exalta um Deus “que vai do abismo aos céus”
em versos de louvor à criação:
tarde, brisa, tempestade, céu
aurora cor-de-rosa, raios, estrelas.
Cadê Timbiras? Tamoios? I-Juca-Pirama?
falam os deuses nos cantos do Piaga,
troam guerreiros da tribo Tupi
E morrendo de amor em cada esquina
ergue versos de amor a sua amada,
197 Elisabeth Rosa Soares. São Luís – MA – Brasil - 10.06.1950. Licenciada em Letras pela UFMA. Professora de
Língua Portuguesa e Literatura Brasileira. E-mail: elisabeth.rosa@hotmail.com
à mimosa e bela Ana Amélia,
de belos olhos negros, “meigos infantes”,
amor definhado em mar de preconceitos.
Saudosismo no cruel exílio, duras penas,
lembrança das “palmeiras onde canta o Sabiá”.
Tentativa frustrada de voltar à pátria:
morre o homem; renasce o poeta.
Arte densa que os séculos atravessa
e hoje alcança os quatrocentos anos
da capital da Terra das Palmeiras
que ele tanto exaltara nos seus versos.
Elísio Miambo198
198 Elísio Miambo - Xai-Xai - Província de Gaza – Moçambique - 17 de Julho de 1992. Filho de pai ma-chope e
de mãe ma-changana, ele considera-se fruto da mistura destas duas etnias, embora tenha nascido numa
sociedade patrilinear, e que nessa perspectiva, tenha que ser considerado ma-chope., é estudante (do curso
de Licenciatura em Ensino de Português na Universidade Pedagógica __ Delegação de Gaza) e, colabora como
colunista literário, em blogues relativos à literatura (tais como: Rectasletras.blogspot.com onde é autor e ad-
ministrador; xitende.blogspot.com do Grupo cultural Xitende, do qual faz parte.
199 Nome pelo qual é conhecida em Moçambique a espécie de ave canora Sirinus mozambicus.
Aos braços da Floresta dos Guarás.
Tupã, Orixá e Febo sugerem-me
Gonçalves Dias e a sua canção de exílio:
É com Ele que eu vou navegar até ao Maranhão.
Nesta viagem que faço pelo Índico
Numa canoa de 1000 de gigabytes!
Gonçalveando Dias
O tempo vestiu-se de genuína poesia,
O sol um afinado coro de sabiás acordou,
O povo encheu-se de inebriante alegria,
A vida mais romântica e faceira ficou.
Exaltar o poeta das palmeiras virou mania.
Essas novidades o afoito vento espalhou.
Transformações para um caxiense homenagear.
Amante e amigo fidelíssimo da literatura,
Seu fazer poético conseguiu se imortalizar,
Seu papel social em legado se configura.
Os Dias nunca deixarão de Gonçalves se lembrar
E na união do pensamento com o sentimento seu nome perdura.
271
200 Elizeu Arruda de Sousa – Teresina – PI – Brasil – 22 dee novembro de 1970 - é Professor Assistente III do
Departamento de Letras do CESC/UEMA, Técnico-Pedagógico da Unidade Regional de Educação de Caxias,
Especialista em Língua Portuguesa- FIA/SP, Mestre em Estudos Literários-UFPI. Na vertente das produções
literárias, é coautor da obra Sociedade das Letras: prosa, poesia & Cia (2002), autor dos livros infanto-juvenis
Contrarecer (2008) e Riso adotado, viver transformado (2011; escreveu peças teatrais, como A casa maluca,
Porliticaria, A princesinha cega, A morte quer que eu viva.
201 Ellen dos Santos Oliveira - Ferraz de Vasconcelos – SP – Brasil - 07 de Abril de 1984. Aos quatro anos idade
vem morar em Aracaju/SE. É funcionária pública do estado de Sergipe desde outubro de 2008. É graduanda
em Letras Português e suas respectivas Literaturas da Faculdade São Luiz de França, onde foi militante e fun-
dadora do Centro Acadêmico de Letras Vinícius de Moraes. Foi executiva sergipana dos Estudantes de Letras/
ExNEL (Gestão 2011-2012).
Ele cantou como sabiá,
Exilado e sozinho,
Triste como um passarinho
Que só queria voltar pro ninho...
Só queria voltar pra cá.
Viva!
Se o índio era selvagem, isso eu não sei
Só sei que ele era herói
quando próximo ao Português.
ACROSTICO
G randeza que te envuelve mas allá de los tiempos
O rgullo de tu Patria, que en un poema pintaste
N íveo y dolido sentir, … a la posteridad dejaste.
C atarsis de un grande desnudando sentimientos.
A urora en la noche tu palabra alumbra
L uz en tus desires, de tu breve viaje
V ivencias nos traen de amor y coraje
E ternas cadencias ,que cada día te encumbran
S eñor, poeta enamorado, que corta fue tu vida,…
que pronto, tu partida
202 Elva González García - Córdoba- Argentina - 29 de Octubre de 1942. Escritora y Poeta. Presentadora de Libros
y Conferencias. Miembro de la SOCIEDAD VENEZOLANA DE ARTE INTERNACIONAL –SVAI. Actual Secretaria
Nacional de la SOCIEDAD ARGENTINA DE LETRAS ARTES Y CIENCIAS NACIONAL – SALAC NACIONAL
D uro y acelerado anduviste tu camino
I Juca-Pirama, un Himno más que poema
A brazaste las letras como la más preciada gema
S enda que has marcado eternamente,…
a pesar de tu sino.
Elvandro burity203
POT POURRI
Como és tu?
Não me deixes
Zulmira
Como eu te amo
O canto do guerreiro
O canto do Piaga
Se muito sofri...
Espera!
273
Amanhã
Recordação
Oh! Que acordar
Canção Rosa
A minha Rosa
Rosa do mar
Minha Terra!
Minha vida meus amores
Se se morre de amor!
O mar
Leito de folhas verdes
Ainda uma vez – Adeus
203 Elvandro Burity - Rio de Janeiro – Brasil – 26 de setembro de 1940. Membro Efetivo da Academia de Letras do
Estado do Rio de Janeiro (ACLERJ) - Cadeira no 3 patronímica de Carlos de Laet. Medalha de Ouro e Prata em
Concursos Literários. Teve o primeiro livro lançado em 1987. Detentor várias condecorações Civis, Militares,
Acadêmicas no Brasil e no Exterior. Atual 2ovice-presidente do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais
(InBrasCI). Mantém um blog em http://elvandroburity.blogspot.com.br
Emerson Thiago Sousa de Araújo - Emerson Araújo204
ALMAR
(Á Gonçalves Dias)
204 Emerson Thiago Sousa de Araújo - São Luís – MA – Brasil - 15 de fevereiro de 1985. Formado em Comunicação
Social pela Universidade Federal do Maranhão. Comunicólogo, ator e poeta. Atualmente compõe o quadro de
pesquisadores da Fundação José Sarney, trabalhando na catalogação e organização do acervo do Museu da
Memória Republicana do Brasil.
205 Emmanuel Soares de Almeida - Juiz de Fora – MG – Brasil - 05/dezembro/1958. Na minha inspiração sempre
aquela canção que me comove. Desde criança essas mensagens me vêm com carinho e sinto a necessidade de
colocar tudo isso no papel e poder assim falar ao mundo do que sinto, do que sei.
Cantar bem alto
Inspirado no teu exílio
O exemplo da tua criação, da tua obra
Teatro, Jornalismo, Poeta e o orgulho de ser Brasileiro
Lisonjeiro
A estimada saudade
Do país da criatividade
E a Poesia cantada e assobiada
Na tua anistia
O grande Poeta Brasileiro
Gonçalves Dias
206 Eric Tirado Viegas (Ponty) – São João del-Rei – MG - Brasil – 1968. Escritor. A Voz do Poeta. 50 Poemas Esco-
lhidos pelo Autor Galo Branco n45 (RJ). Antologia Mineira do Século XX Poesia Sempre; Órion – Revista de
P. do Mundo de Língua Portuguesa (Brasil/Portugal),Poesia Para Todos (RJ).As Vozes na Paisagem 2 (RJ)Trad.
Cemitério marinho de Paul Valéry e Música de Câmara, Poemas Maças de James Joyce. - Baleia Azul (Cortez
Ed.2011) Projeto prosa da língua portuguesa 4 ano da editora Saraiva. ericponty@bol.com.br
Por certo — ninguém diz: pavor lhe é ignoto,
Seu chefe não diz: — que de um mar que revolto
Precinte por certo — da tábua tão frágil;
Assim lá na terra do extrato mundano
formavam distinto do vil mais humano
que formas perfeitas do nobre de ardil.
Acaso da terra padeceu parceiro,
Nos vãos dos carneiros: — na extensa palmeira
Assola-se é certo, tiveram missão;
Convidam a gente dos nautas credores,
Silentes se incumbem do acaso das flores,
são vários apreços da honrosa punção.
Adagio
A Gonçalves Dias
Não permita Deus que eu morra
Sem que discorra do poeta
Que exilado em seus dias
Tão só como uma ilha
Inventou uma maneira
De descrever uma palmeira
De encurtar cada milha
Com palavras de poesia
Encantar com maravilha
Nossas vidas de tristeza
Com a sua alegria
209 Erick Gonçalves Cavalcante - Tubarão – SC – Brasil – residente em Capivari de Baixo. Graduado em Redes
de Computadores, Pós-Graduando em Segurança da Informação pela Universidade do Sul de Santa Catarina
(UNISUL). Escritor, roteirista, músico, amante de histórias em quadrinhos e livros. E-mail: erickgcavalcante@
gmail.com / erickgcavalcante@hotmail.com
Erlinda Maria Bittencourt210
Eu diria que:
281
É um poeta que cantou a mais profunda saudade de seu povo, de seus
amigos, dos céus e da terra caxiense, do seu lar;
Que muito amou e foi correspondido, mas com o seu verdadeiro amor não
pôde ficar.
Sobre a ousadia do oceano, falaria que: o poeta do exílio no fundo do mar é
poesia eternizada;
Frequentava a côrte era amigo do imperador, mas sempre voltava para cá;
Um verdadeiro poeta que não só produzia textos, mas sentia-os ao
escrevê-los.
Para alguns, poeta do exílio, para outros, cantor dos Palmares, para muitos,
cantor dos Timbiras e cantor de marabá.
Eu o defino apenas como: poeta terra, poeta povo, poeta raça, poeta saudade,
Gonçalves dias: o poeta do amor.
210 Erlinda Maria Bittencourt - Caxias – MA - Brasil – 07/05/1958. Professora do Departamento de Letras – CESC/
UEMA. Especialista em Língua Portuguesa pela PUC/MG e em LIBRAS pela Athenas - MA; Mestre em Ciências
da Educação UEMA/IPLAC-UFC. Membro Fundador do Instituto Histórico e Geográfico de Caxias – IHGC, Di-
retora de Cultura da Academia Sertaneja de Letras, Educação e Artes do Maranhão – ASLEAMA, Diretora de
Relações Públicas do Rotary Club de Caxias.E-mail: erlindabittencourt@yahoo.com.br
PÁTRIA GONÇALVINA
De origem Brasileira,
Do Estado do Maranhão,
Gonçalves Dias é filho de Caxias,
Da denominada “Princesa do Sertão.
Que estudou a linhagem literária,
De clássicos portugueses,
À românticos franceses,
Um advogado,
Um teatrólogo,
Um historiador,
Ousado nacionalista,
Um crítico inovador.
Mestre da língua e da fonética indígena,
GD buscou uma nova dicção poética,
Doce, rítmica, idílica, apaixonante,
Poeta de fase efervescente, criativa
E de sangue tricolor.
Se fez refém da fidelidade,
Porém algoz e vítima do próprio amor,
Pois recusou viver sua romântica aventura
282
E platonicamente, nela se encarcerou.
Foi elegante, foi guerreiro,
Foi de raça,
Com o branco, o índio e o negro
Nas veias, bebeu apaixonado
e solitário sua taça,
tal qual ourives, lapidou a escrita,
feito escultor, delineou poemas,
feito poeta, sentimentos vários
suspirou,
Regados a goles etílicos e lágrimas
em lugar chamado” Roncador,”
Sua história fez de muitos contadores,
De seus romances, vários prosadores,
De sua paixão, vasta literatura,
De seus conhecimentos, nosso orgulho
Com Ana Amélia e a Nação no coração
A terra das palmeiras e o amor ele os exaltou.
Ernestina Ramírez Escobar211
211 Ernestina Ramírez Escobar – Hermosillo – Sonora - México - 07 de Noviembre de 1963. Poeta y Escritora,
Mediadora de Sala de Lectura, Coordinadora de Tertulias Culturales semanales (Tertulias Criollas
Euclides José Maciel Marques212
Ó Mar
Ó mar caudaloso de forte furor
Dá-me de volta o GIGANTE DE PEDRA,
Pois o tempo não se encarrega
De extirpar, parar a dor.
Que será do lençol de água cristalina
NO SEU LEITO DE FOLHAS VERDES,
Sem o acalanto do filho ilustre
Tragado com triste sina.
II
Constatou – em horror – não existir colheita.
Foi feito prisioneiro de algum traficante.
212 Euclides José Maciel Marques – Juazeiro – BA – Brasil – 31 de Março de 1972. Poeta Amador. Dedica-se prin-
cipalmente à “matemáticas das letras” compondo poesias na sua maioria formada por anagramas, palíndro-
mos, acrósticos entre outros.
213 Eugênio Palma Avelar – Montes Claros – MG – Brasil - 04 de janeiro de 1958 . Uma rústica cidade brasileira
encravada no semiárido mineiro. Como escritor acadêmico, possuo uns poucos trabalhos registrados em meu
Currículo Lattes, onde destaco o artigo “Diversidade Cultural e Escola”. Mas há anos, brinco de escrever poesia
e prosa em comunidades virtuais ou não.
Jugo, fardo e ameaça aquele pobre aceita.
Ao chorar sua sorte, o destino infamante:
III
ser jogado no asfalto em trajes de mulher -
que de um bravo guerreiro, o choro não se quer -;
desprezível cordeiro para o sacrifício.
IV
Vilipêndio sem gala, retorna ao seu lar.
Ganha da mãe, consolo: viver é lutar.
Que ela seja renhida; teu bem, teu suplício.
SABIÁ DESTERRADO
Minha casa tem telhado,
que observo do sofá.
Às vezes sou visitado -
buliçoso sabiá,
II
que não encontra palmeira
onde possa gorjear:
reino d’árida sequeira -
não há por onde escapar.
285
III
E por isso, o passarinho -
não encontrando lugar -,
fez do telhado seu ninho;
não se cansa de cantar.
IV
Não permita Deus que eu morra,
nas garras do latifúndio.
Sem qu’eu debele a camorra:
quero morrer no gerúndio.
IV
Em cismar – sozinho, à noite –
só enxergo madeireira.
Meu tacape, meu açoite;
acabo com a bandalheira.
V
Planto na terra, palmeira -
onde canta o sabiá-;
até que o bichinho queira
seu silvestre cafuá.
Não permita Deus que eu morra,
quietinho em meu sofá.
AS BODAS DE ERNST LANZER E LEONOR DE MENDONÇA
I
Nas bodas sem amor; o militar e a dama.
Há consciência de si no eu antagonista.
A linhagem do homem, herdeiro reclama;
A família da outra; social reconquista.
II
Marido inapetente - à procura da guerra,
suplicando a terceiro, lúbrico favor:
- retira, o amigo Antônio, da noiva o pudor!
- Toma teu rijo falo e colha aquela flor!
III
Logo adiante, mais tarde, fingindo estupor;
Exagera o flagrante; exagera o negror:
assassina sem dó o ser angelical.
IV
Foge em raio o comparsa: aguarda o desenlace.
Súbito, chega o amigo após sinistro impasse.
Dão-se: infreme prazer; oblação bestial.
Um grito de um poeta
Um canto ecoa ao longe, é para despertar
É o combate da vida
Que aos fracos abate,
Que aos fortes, os bravos conseguem exaltar!
214 Eulália Cristina Costa e Costa - São Bento – ma – Brasil - 04/09/1981. Graduada em Enfermagem e Obstetrícia
pela UEMA, pós-graduada em Saúde da Família, Funcionária Pública Federal e Escritora.. Possui alguns artigos
científicos publicados.
Na canção do exílio
Um poeta saudosista,
Com muitas histórias, lutas e amores
Tornou um simples grito em defesa de uma ideologia
Em primeiros cantos ao longe ecoar
Resistindo ao tempo,
Permeando aos amantes da escrita,
O convite ao chamado para o combate da vida
POETA SONHADOR
Se se morre de amor,
Ou se ficamos mais inteligentes com a dor
Pensativo Gonçalves Dias ficava,
Pois sendo poeta sonhador
Defendia a bandeira do amor e do seu lugar
Seja aqui ou acolá
287
Sempre estava a poetizar!
Desvendando a essência da imensidão de um ser
E os mistérios da arte de amar,
Cada vez que elevava o seu olhar
Para as maravilhas que este sentimento o fez capaz de criar
Nós, laços, correntes
Tudo que queria por vontade própria.
Aprofundar-se em teu mar, ilha do amor,
Pois só assim sabia que poderia alcançar:
Um intenso e verdadeiro amor
Digno de um poeta sonhador!
Eulàlia Jordà-Poblet215
215 Eulàlia Jordà-Poblet - Belo Horizonte – MG – Brasil - maio de 1958. Sou médica otorrinolaringologista. Perten-
ço ao círculo dos médicos escritores da Sobrames. Escrevo ensaios para jornais como “O Tempo”. Participo de
encontros e saraus para leituras de poemas próprios e de outros escritores em vários locais da cidade de Belo
Horizonte.
me entendo.
Nas noites,
nos dias,
tua leitura
me enobrece:
és Gonçalves
quanto Dias,
e nunca a tarde
entardece.
Nos dias outros
que se sucedem,
os olhos de quem dizes,
amam o amor
mais romântico...
oh Poeta,
depois de ti,
nada será como antes!
E o teu século
a mim
me vem,
amo também,
Poeta eterno
Gonçalves Dias
Em terras de Jatobá, dia 10 de agosto de 1832, nasci!
Talvez nasci do amor de um branco com uma mestiça.
Vinha em meu sangue a força e a vontade de lutar.
Via que nos estudos estava o meu futuro.
Fui crescendo e alimentando-me do saber.
Latim,
Francês,
Filosofia.
No amor minha pele gritou mais alto, o preconceito me apunhalou.
289
Sai, deixei o meu Brasil,
Um dia volto!
Em terras estranhas não fraquejei, segui minha luta pelo saber.
”Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sábia... ’’
Eu disse que voltaria, voltei, para onde fui não sei!
216 Eva Maria de Cougo Souto – Florianópolis – SC – Brasil - Do lar E-mail: soutoeva@gmail.com
217 Evelin Katiane Izauro – Joinville – SC – Brasil - 25/04/1989. Escritora (Poeta) e Professora de Artes. Único livro
publicado “Viva Poesia!... com todas as suas rimas” em 13/01/2012.
Quantas árvores ao meu redor
Com raízes profundas e ricas
Com galhos avantajados
NOSSOS BOSQUES TÊM MAIS VIDA
218 Evilene Soares de Araújo - Teresina-PI – Brasil - 28 de abril de 1997, é brasileira, filha de João de Deus da Silva
Araújo e Eva Soares Borges de Araújo, tem dois irmãos João Victor Soares de Araújo e Matheus Vinícius Soares
de Araújo é estudante do 1º ano C do Centro de Ensino Thales Ribeiro Gonçalves
Durante uma viagem
O inesperado aconteceu
Após um grande naufrágio
O nosso poeta morreu
Porém deixou conosco
Um pouco do seu sentimento
Sensações e desilusões
Que invadiram seu pensamento
Com a canção do exílio
Caxias homenageou
E como é bom ser caxiense
Em nossas lembranças deixou
Não se abateu pelas decepções
Que a vida pode lhe dar
Em vez disso as transformou
Em poesias de emocionar.
Com talento inigualável
Teve por inspiração
O amor de Ana Mélia
E da boa imaginação.
219 Fabiana da Costa Ferraz Patueli - Rio de Janeiro –RJ – Brasil - 07/02/1983. Mestre em Letras (Universidade
Federal Fluminense-UFF). Colaboradora do Laboratório de Ecdótica da UFF.
Fabiula Fernanda de Abreu220
Pensando bem
Pensando bem em tudo
Que vemos,
Vivemos,
Ouvimos
E pensamos,
Não existe a pessoa certa...
Existe talvez,
Se você parar para pensar,
A pessoa errada...
Perante a estátua
Maranhenses, esta estátua
É tributo muito honroso,
Porém ele merecia
Tributo mais grandioso.
220 Fabiula Fernanda de Abreu - Jd. Ubirajara – São Paulo – SP – Brasil - 27/09/1999. ESCOLA: EMEF Antenor Nas-
centes; DIRETORA: Denise Ribeiro de Carvalho; PROFESSORA RESPONSÁVEL: Adenilza Almeida Lira. E-MAIL DA
ESCOLA: emefanascentes@prefeitura.sp.gov.b
221 Leal, Henriques, Pantheon Maranhense, São Luís, 1874, p 534-537. Poesias compiladas por Weberson Fer-
nandes Grizoste - Jauru – MT – Brasil
Não consultado as províncias,
Sabei-o: fizeste mal;
Que esta glória brasileira
Não é glória maranhense,
É glória nacional…
E sobretudo, no ápice,
Já quase as nuvens tocando,
A figura do poeta
A doce lira empunhando.
II
Sim, maranhenses, muita glória mente;
Há muita glória de falaz origem,
Glórias criadas por um vão presente,
Vultos que engendra a popular vertigem.
III
Perdão, senhores, se na alheia festa
Estranho ousei me apresentar intruso;
Se impertinente já vos vai molesta
Minha palavra que tanto abuso.
Feliciano Mejía222
295
CARTA AL HERMANO BRASILERO
DESDE LOS PIES DEL HUASCARÁN
Gonçalves, pasan los minutos y los años
y la patria queda
rota con el rostro ensombrecido. Aún.
Rayas de odio y avidez
trozaron y aún dilaceran nuestro Continente,
haciendo extraño y aún un Otro desvaído
al hermano; y al amor
entre todos, un fruto rancio.
Gonçalves, dime:
¡qué hora es del día!, dime:
¡¿llegó el instante del grito?!, dime:
¿Cuándo le diremos al Hombre
que la noche entre nosotros
es una tahalí enmohecido
y que ya no se soportan
las correosas fronteras
que cuadriculan nuestros rostros?
222 Feliciano Mejía Hidalgo – Abancay – Apurímac – Perú - 1948. Escritor de nacionalidad peruano-francesa
E-mail:feliciano.mejia@gmail.com – www. iespana.es/felicianomejia E-mail: feliciano.mejia@gmail.com
Gonçalves de Maranhao
¡dime si aún debemos aprender de nuevo
a pronunciar nuestros nombres!
Gonçalves Días de Maranhao,
¡dime: debo dejar
de afilar el machete!
Gran Hermano Gonçalves Días de Maranhao del siglo XXI,
¿llegó ya el momento
de sacar nuestros corazones de la Sombra
y lanzarlo en un alarido lenitivo,
como un pañuelo, para todo el Orbe?
Gonçalves,
Gonçalves Días,
Gonçalves Días de Maranhao,
Gonçalves Días de Maranhao del Brasil,
ahora sólo sé que ha llegado la hora de encender la pira
y de abrasarte para siempre, hermano…
CANÇÃO DO EXÍLIO
Minha terra é cheia de glória
como jamais vi aqui.
Onde estou, os cavalos
andam preguiçosamente;
enquanto lá, eles galopam
com muita energia.
A GONÇALVES DIAS
As selvas mudaram, as matas caíram
Os urros de guerra não são mais ouvidos
O sangue guerreiro desfez diluído
Às marcas da História o thymus morreu
Brasil brasileiro de pele vermelha
223 Felipe Cardoso Wilasco - Porto Alegre – RS – Brasil - 23 de setembro de 1995. Estudante do Ensino Médio do
Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Integrante do Projeto Literário “Caixas Poéticas”, 2012. Curte esportes e, há
alguns anos, estuda teoria musical e guitarra na ASES – Escola de Música. E-mail: felipelpwilasco@hotmail.com
224 Felipe Hack de Moura - Porto Alegre – RS – Brasil - 01/06/1993. Participei da oficina literária com o professor
e escritor Charles Kiefer. Nessa mesma oficina, em um concurso interno de contos, fiquei em primeiro lugar.
Estudo Letras na UFRGS.
Morreu pela cruz do brasil europeu
Banal é louvar os guerreiros do Norte
De estirpe tão nobre, de braço tão forte
Não feitos de carne, mas feitos de tinta
A raça pensada, tão bem acabada
Perfeita, inumana, jamais existiu
Na sombra da honra notável e magna
Cresceu tal nação descendente do fraco
Que falha ao manter tal orgulho intacto
Não fossem teus versos de forma sublime
Ao povo restasse sonhar em ser bravo
CANÇÃO DO EXÍLIO
Aqui, em Florianópolis,
vejo muita beleza;
mas prefiro as de Porto Alegre.
Lá, no ar, há um divino
perfume de flores;
o céu é muito azul
e o pôr do sol muito especial.
299
Tanto lá como aqui,
tem-se boa qualidade de vida
e altos índices de desenvolvimentos
social e cultual.
No entanto, é lá
que o meu coração bate mais forte
e com um estilo bem colorido.
225 Felipe Yonamine Costa - Porto Alegre –RS – Brasil - 28 de maio de 1995. Estudante do Ensino Médio do Colégio
Conhecer, Porto Alegre/RS. Integrante do Projeto “Imagens e Textos construindo Histórias e Versos”: 2011 -
“Canecas e Camisetas Poéticas”; 2012 - “Caixas Poéticas”. Curte jogos eletrônicos e cursa inglês no Uptime.
E-mail: felipeyonaminecosta@hotmail.com
Fernanda Azevedo Morais226
Poesias
Não sou poeta com O CANTO DO GUERREIRO,
Faço A CANÇÃO DO EXILIO,
Canto O AMOR maior do mundo inteiro.
MINHA VIDA MEUS AMORES,
Que O MAR leve as minhas dores,
Para um fim eterno que deixe apenas a RECORDAÇÃO,
Faça as belas palavras escritas numa CANÇÃO.
SE TE AMO, NÃO SEI! Sei que esse sentimento é forte,
Apenas espero que a vida me traga sorte.
Não sei escrever SONETO,
Mas meus sentimentos são sinceros,
Que esse amor é o meu amuleto.
Antes não tinha certeza,
Hoje sei COMO EU TE AMO,
Porque nas noites fria pelo o seu corpo que eu chamo.
Mas seus OLHOS VERDES não corresponderam aos meus
olhos de paixão,
O QUE MAIS DOI NA VIDA é a desilusão,
Morrerei com a imensa decepção.
E no leito de minha morte
SE MUITO SOFRI JÁ, NÃO ME PERGUNTES.
300
SOBRE O TUMULO DE UM MENINO apaixonado,
Diante as suas lagrimas de dor,
Terá certeza que SE MORRE DE AMOR!
SEUS OLHOS foram que levou ao sofrimento,
Ao um sofrimento insuportável até para o tempo.
AINDA UMA VEZ- ADEUS,
E quando for me visitar não esqueça A MINHA ROSA,
Para demostrar o teu carinho enquanto chora.
O meu nome estará cravado,
Junto com O GIGANTE DE PEDRA,
Um gigante do romantismo,
Que as poesias de GONÇALVES DIAS expirem e simbolizem um
homem apaixonado.
226 Fernanda Azevedo de Morais – Itaituba – PA – Brasil - 31 de janeiro de 1989. Trabalha na Biblioteca Publica
Municipal de Porteirão Santa Genoveva. Mora em Porteirão. Formou-se em Letras pela Universidade de Rio
Verde ( Fesurv).
Nascendo um sentimento dolente.
Não bastou amor verdadeiro,
Porque não tinha casta,
Do seu imenso amor se afasta.
Deixou a sua musa triste por respeito
Um intenso amor que não tinha como acontecer
Aos olhos do injusto preconceito
Por respeito foi sacrificado
A felicidade do casal apaixonado,
Porém a vida o trouxe um arrependimento amargo,
Por sua amada não ter lutado.
Ah, poeta covarde,
Que o peito de sua musa arde,
A saudade de um amor não concretizado,
Que ficou preso no passado,
Por não ter sido enfatizado.
O reencontro estava marcado,
Pelo destino dos eternos enamorados.
A rejeição de sua musa inspiradora,
Despedaçou a alma do poeta apaixonado.
Através de versos eternizou,
Esse forte amor que a sociedade da época castigou,
Que o ultimo verso e ainda uma vez,
Sua musa tenha compaixão
301
Da covardia do poeta que um dia despedaçou seu coração,
O amor nos versos tem aclamação e adoração,
Mas na realidade busca de sua musa compaixão e compreensão.
A renuncia do poeta apaixonado não foi porque o amor revogou,
Sofreu também por perder a mulher que tanto amou.
Os teus corpos nunca ficaram unidos,
Mas em alma esse amor prevaleceu
O que em vida foi oprimido.
Um amor feroz e idealizado
Que na história foi eternizado.
Fernanda Resende227
227 Fernanda Resende – Coromandel – MG – Brasil - 20 de abril de 1987. Escritora, jornalista e pós-graduada em
Docência. Atualmente mora em Uberlândia/MG. A escritora tem poesias publicadas nos livros “Emoção Re-
pentina” e “Sensações da Alma”. Ela já ganhou vários prêmios de nível nacional com suas escritas. Fernanda
Resende possui uma menção honrosa no 5º Concurso Crônica e Literatura.
O amor foi além do sentimento
Ganhando forma
Modificando o intocável
Superando as rimas presentes
Os sentimentos se uniram
Fizeram um pacto poético
Herdando um pouco ‘dele’
E repassando muito para ‘nós’
Deixou legado
De mocinho da poesia
Bandido da rotina
Herói das escritas
Ele é o poeta!
É Gonçalves Dias...
Brasileiro de alma e coração
Poeta que encanta com emoção
Fernando Braga228
228 Fernando Braga (dos Santos) São Luís – MA – Brasil - 29 de maio de 1944, é um poeta e ensaísta brasileiro,
tendo também a nacionalidade portuguesa pelo princípio do juris sanguinis. Publicou estes livros de poesias:
Escreveu, ensaios na área jurídica e político - cientifica: Fernando Braga é advogado com banca montada e
servidor aposentado do Senado Federal.
serenas a te esperar,
eriçadas aos ritmos e métricas
do teu derradeiro canto...
SEXTILHAS
Dos baixios das praias
Em rimances antigas,
303
Os teus versos do exílio
Revividos em Portugal,
Sextilharam o Antão
Em cismadas cantigas.
NO VILLE DE BOULOGNE
Eu, Gonçalves Dias, balouço com esta nau,
à deriva, rastro prova de jungidos mundos
Quem dera não mais que um presságio mau,
mas dor rói vísceras não só de vis imundos!
229 Fernando Catelan - Catelan das Letras. Há 15 anos é articulista do jornal O Diário. é membro, entre outras
agremiações de respeito, da Academia de Letras do Estado do Rio de Janeiro, da Academia Brasileira de Es-
tudos e Pesquisas Literárias (Rio de Janeiro-RJ), da Academia de Letras de Teófilo Otoni (Teófilo Otoni-MG),
da Real Academia de Letras (Porto Alegre-RS) e do Clube dos Escritores Piracicaba (Piracicaba-SP)., integra a
International Writers and Artists Association (IWA) com sede em Toledo, Ohio. Também musicista, é membro
de várias fraternidades e maçom. Engenhario Mecânic, com MBA em Marketing Empresarial e de Serviços
e-mail: catelandasletras@ig.com.br
Mas Ana Amélia, se quase me prendeu no laço,
a vi vez mais em São Luís, realçada a formosura
Esse singular frêmito só deterei eu se lhe abraço,
mas ensejo os votos e dos pais vem repulsa dura!
Fernando Paganatto230
Ressuscitar
O filho eminente do Maranhão,
Que o orgulho em seu povo fez brotar,
Esquecido, épico, na imensidão,
Tornou-se irônica Rosa no mar.
Gonçalves Dias
A emoção e o encanto do olhar,
pois quando eu te vi pela primeira vez logo percebi que
Você era meu grande amor,
Que com clamor se declarou e me irradiou.
230 Fernando Paganatto - São Paulo – Brasil - 13 de fevereiro de 1985. escritor e redator freelancer. Poeta com pu-
blicação em vários sites e antologias. Primeiro colocado no Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus, edição
2008. Editor do blog Poesia e Escrita
231 Flávia Costa do Carmo - Fortaleza-CE – Brasil - 26/03/1977. Sou formada em Análise e desenvolvimento de
sistemas. Atualmente sou professora de informática do Centec..
Assim como Gonçalves Dias que era um poeta romântico e
Idêntico que nos inspira e nos apaixona com os seus poemas,
dessa forma somos inspirados pelo
romantismo meu amou, pois você me encantou no primeiro instante que te vi.
Você talvez meio sem jeito, mas que bom sem defeito,
Com beleza e pureza me deixando boba e
naquela canção que era pura emoção,
Estava me fazendo se sentir a mais bela, e você sem perceber meu amou
nem notou,
Que tocou e encantou mais uma vez com toda emoção o meu coração.
E com aquela paisagem bonita do nosso Ceará, toda a beleza do lugar,
com o mar mais lindo a
brilhar, e a poesia de Gonçalves Dias a nos encantar, e eu ali estava
sem ir, nem querendo partir,
mas por dentro era um tormento,
E dizendo que tola porque não conversar e encarar,
Mas algo dizia que não seria o momento,
E naquele instante como não sendo o bastante, eu ia
justificando e me afastando,
E por mim jamais sairia de perto de ti.
Olhe que sim, ficaria ao seu lado, pois era irado,
E o seu olhar a me devorar, e eu a apreciar,
Ficávamos um olhando pro outro, e sem perceber íamos pode crer nos
devorando,
306
Era mesmo irado, eu a sentar do seu lado, sem muito falar só nos olhávamos.
Era mesmo uma tentação mas com muita emoção,
Nos aproximávamos e ficávamos a nos embalar
Sem mesmo foçar nos amávamos.
Franciane Cristyne232
GONÇALVES DIAS
Vamos lá minha gente
Vamos todos escutar
As poesias deste homem que
Eu vou apresentar
Estudou em Portugal
Passou por necessidade
Mas nunca desistiu
Por seu grande ideal.
232 Franciane Cristyne - São Luís – MA - Brasil – 09/ 11/2001. Motivo da Participação: Divulgar a importância das
obras de Gonçalves Dias como meio de divulgação e valorização da cultura brasileira
Voltou para o Brasil
Trabalhou em um jornal
Escreveu cantos e teatros
De forma nunca igual.
Denunciava as injustiças
Na poesia falava
Do navio negreiro
Quando a gente chorava.
Falava do amor
Da sua terra natal
Onde canta o sabiá
E as pessoas sabem amar.
REENCARNAÇÃO
307
Já que aqui me encontro agora
Na herança de meu tempo,
Não deixo de perceber
O trabalho e seu alento
Desse povo livre e solto
Senhor das próprias terras
Que produz ainda revolto
Sobre o pouco que os encerra
A eles os prometeram
Liberdade e independência
Mas só trocaram o senhor
Fora falta de prudência?
Entretanto ainda convivem
Com mazelas do passado
Qualquer um que se disponha
Já as tinha solucionado
233 Floriano – PI – Brasil - 08/03/1960 - Graduação Universidade Federal do Piauí e Pos- Graduação Universidade
Federal de Viçosa - Minas Gerais. Professora da Universidade Estadual do Maranhão; Membro do Conselho
Municipal de Meio Ambiente de Caxias - MA ; Membro Efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Caxias -
MA ; Membro da Academia de Letras Educação e Artes do Estado do Maranhão.
Pois com ela se fizera
Grandes reinos e palácios
Por vocês também fará
Meu coração convosco bate
E some toda a minha esfera
Pois minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá.
A GONÇALVES DIAS
“Não permita Deus que eu morra
Sem que eu volte para lá;
...
...
Sem q’uinda aviste as palmeiras
Onde canta o Sabia”
I
Vou ao Cais da Sagração
Pegar um barco encantado
Para encontrar em alto mar
Nossos poetas do passado.
308
II
Foi distante daqui e cantou
Como o sabiá das palmeiras;
Versejou a luta dos nativos
Destas plagas brasileiras.
234 Francisco Antônio Vale - Caxias – MA – Brasil - 22/02/1944. Formado em economia, aposentou-se pela Fun-
dação IBGE. Em 1912 publicou o livro NA LINHA DO HORIZONTE, no qual reuniu suas primeiras poesias.
Quando ansioso ele voltava
Para sua terra querida
Foi envolto pelas águas
Que lhe encerraram a vida.
“Selva de Pedra”
Tenho saudades da minha cidade,
repleta de palmeiras;
O canto das aves de outrora,
não soa mais tão belo na aurora,
pois, as palmeiras foram alimentar as caldeiras,
309
para o homem saciar a sua ambição cheia de ferocidade.
235 Francisco Carlos Soares Magalhães - São Luís - MA – Brasil - 11/10/1968. Obra: Livro Renovemo-nos
Francisco de Assis Carvalho da Silva Junior -
Carvalho Junior236
236 Francisco de Assis Carvalho da Silva Junior - Carvalho Junior - Caxias – MA– Brasil. Educador e literato. É autor
das obras Linguichistes: poemas em portuglês (2008) e Mulheres de Carvalho (2011). É membro efetivo da
Academia Sertaneja de Letras, Educação e Artes do Maranhão (ASLEAMA), onde conquistou o título de “O Sol
da Sabedoria”.
que nesse poema não posso contar
não permita Deus que eu morra
que eu morra noutro lugar
se tenho que tornar ao pó
que seja nesse pedaço de chão
quero morrer à sombra dessas palmeiras
cantando e fazendo versos com a majestade:
o sábio e sibilante sabiá.
237 Francisco Gaudêncio Sabbas da Costa - São Luís – MA – Brasil - 25 de novembro de 1829, e aqui falecido, em
outubro de 1874, o escritor não teve vida longa, tendo perecido ainda jovem, aos 45 anos. Obras, tidas como
as principais de sua lavra: (1)Francisco II ou a Liberdade na Itália, drama em 5 atos, 1861(1881); (2)Pedro V ou
o Moço Velho, drama em 5 atos, 1862; (3)A Buena-Dicha, comédia em 2 atos, prólogo e epílogo, 1862; (4)O
Escritor Público, comédia em 1 ato, 1862; (5)Garibaldi ou o seu Primeiro Amor(6)O Barão de Oyapock, drama
em 3 atos e prólogo, 1863; (7)Beckman, drama histórico em 7 atos, 1866; (8)Anjo do Mal, drama, 1867; (9)Os
Bacharéis, comédia em 3 atos, 1870; (10)O Amor Fatal, (11)Rosina, romance; (12)Revolta, romance histórico;
(13)Os Amigos, romance, em 25 capítulos; (14)Jovita, novela, em 3 capítulos; (15)Jacy A Lenda Maranhense,
esboço de romance, em 14 capítulos. Outras obras publicadas em jornais da época também podem ser des-
tacadas: (a)O Encontro; (b)Teatro de São Luís; (c)Como Nasce o Amor; (d)Simão Oceano; (e)A Madrugada; (f)
Maria do Coração de Jesus; (g)O Baile; (h)O Dote; (i)O Adeus; (j)Não Brinques; (k)Sinfrônio; (l)O Homem do
Mal; e (m)Encontro de Ronda com a Justiça; entre as que foram possível mapear.
238 Leal, Henriques, Pantheon Maranhense, São Luís, 1874, p Leal, Henriques, Pantheon Maranhense, São Luís,
1874, p 576. Poesias compiladas por Weberson Fernandes Grizoste - Jauru – MT – Brasil
Francisco Gomes de Amorim239.240
I
Amigo : na viagem que fazemos
Por este encapelado mar da vida,
Bom é que de conserva naveguemos
Até ao ponto extremo: à despedida.
II
Tudo mudou em dez anos!
E que profunda mudança!
Fé, mocidade, esperança,
Prazeres, tudo acabou!
Menos a triste doença,
A velhice prematura,
A saudade e a amargura,
Porque a morte as rejeitou.
III
Lembra-lhe aquele quarto, onde, a quinze anos,
Em volta à minha banca de estudante
Se reuniam ás noites tantos homens,
Tão ilustres nas artes ou nas letras ?
Oh! que saudades d’esse belo tempo!
D’esses serões alegres e instrutivos,
De que o Garrett, o mestre de nós todos,
Foi sempre o laço, a inspiração, a alma!
313
Que joviais conversas! que bons ditos!
Que verdadeira graça portuguesa
Naquelas reuniões! Eu, tão humilde,
Ver ali agrupados no meu quarto
Esses grandes da imprensa e da tribuna,
Das letras e das artes! nesse tempo,
Todos afetuosos, tão amáveis,
Descendo complacentes das alturas
Em que os pusera a merecida fama
Até aos mais modestos, que tratavam,
Como simples mortais, por tu e amigo!...
IV
Oh! bons tempos!... e, até na maior parte,
Bons amigos também!... Mas em dez anos
Foram-se todos!... Todos? não, amigo;
Que nós, e mais uns três, vivemos inda
Dos vinte que então eramos. Os outros
Morreram todos, ou, pior do que isso,
Fizeram-se ministros e viscondes,
Pares, embaixadores, e até bispos!
V
Foram onde os levava seu destino,
Sua ambição, seu gênio, sua audácia…
Ou seu descaramento! Não se lembra
D’um, que foi lá republicano austero,
Declamador feroz contra a nobreza;
E que hoje pelas ruas de Lisboa
Passeia a sua estulta nulidade
Em ricas equipagens, onde brilham
Os brasões do vilão enobrecido?
Pois esse é um, dos tais, dos que se foram,
D’esses que a minha vã credulidade
Julgou outr’ora amigos! Quando o vejo
Passar, levado em rápidos cavalos,
Salpicando de lama as mãos que d’antes
Foram algumas vezes valedoras,
Ele, menos cortês que os seus lacaios,
Nem me tira o chapéu! não me conhece!...
VI
E esse outro democrata façanhudo
Que, depois de correr por vários mares
Em busca da fortuna, alfim pescou-a;
E hoje quando me encontra (ó asco! ó nojo!)
Trata-me por senhor, dá-me excelência!
Oh! como a posição transforma os homens!
Como o dinheiro e os títulos descobrem
314
Essas almas vilãs que vão subindo
Na escada social! Que importa, amigo?
Como dizia o nosso grande mestre:
«Deus e a virtude restam; consolai-vos.››
VII
Ai do que nasce neste mundo infame A
Despido d’ambições, modesto, humilde,
Bico de coração, amando a todos,
A amizade fiel, honrado, e crente!
Ai! sobre esse infeliz com mão de ferro
Há-de pesar um bárbaro destino!
Que importa que seu ânimo esforçado
Afronte, sem queixar-se, a desventura
Da mais cruel doença? Há-de vence-lo
A ingratidão que desconsola e mata.
Para tais corações, para essas almas,
Não há dor que mais trave, não h’a perda
Que se compare a perda d’um amigo.
VIII
Amigo?!.... os que perdi, os que se foram
Levados pelos ventos da vaidade,
Da ambição, do poder, que me esqueceram
Apenas a fortuna os bafejara,
Eram acaso amigos? Não; fingiam
A amizade sincera, como agora
Fingem ser grandes homens. Felizmente,
Quando esses tais as máscaras tiraram,
Os que me eram fiéis, os que não tinham
Usurpado esses títulos, vieram
Rodear-me nas horas de infortúnio;
E mandou-me a divina Providência
Outros, inesperados, numerosos,
Verdadeiros amigos na desgraça,
Que ainda os há por bem da humanidade!
IX
Mas eu não choro dois ou três ingratos
Que os acasos da vida engrandeceram,
E que lá das alturas não enxergam
Quem também ajudou a levanta-los.
Eu choro, meu amigo, os que morreram
Nos últimos dez anos. Ai! por estes
É justíssimo o pranto da saudade!
X
Mil oitocentos e cinquenta e quatro,
No seu mês derradeiro,
315
Arrebatou-nos o imortal Garrett,
O amigo verdadeiro,
O mestre glorioso de nós todos,
O meu primeiro guia!
O seu talento iluminou minh’alma
Como os meus olhos ilumina o dia.
Grande espirito foi! Por mais que o tempo
Devore a eternidade,
Jamais outro verá maior no gênio,
Mais fiel na amizade.
Não era d’esses astros de luz tíbia
Que passam nas alturas:
O sulco luminoso de seus passos
Há-de guiar as gerações futuras.
XI
Foi o primeiro golpe aquela morte
Dado em meu coração.
Hás depois, como as chuvas copiosas
Sucede a inundação,
Após aquelas lágrimas primeiras
Outras muitas recordo.
Siga-me neste rumo, que eu vou lendo
O meu livro de bordo:
XII
Extinta jaz a luminosa chama
Que a cena enchia de vivaz fulgor!
Um leve sopro dissipou a flama;
A voz da morte emudeceu o ator!
XIII
Seguiu-se a este o jovial Gonçalves,
Espírito engraçado, culto, e fino,
Que nas mais negras horas que passávamos
Nos ensinava a rir do mau destino.
XIV
Após este, o Metrass, outra alma nobre;
Pela paixão da arte devorada,
Que numa rola triste e solitária
Deixou sua existência debuxada!
XV
Outro, que a «sorte assinalou no berço,
Inspirado cantor, rei da harmonia»
Enquanto o mundo o proclamava eterno,
Ele esgotava o cálix da agonia!
XVI
Depois, Passos Manoel, alma romana,
Que na tribuna demonstrou cem vezes
Como a eloquência e a virtude antigas,
São adornos também dos portugueses!
VII
E quasi sempre a minha dor e luto
Eram a dor e o luto da nação;
Ela perdia do porvir o fruto;
Eu, a consolação.
XVIII
Depois, como a torrente
Que desce da montanha,
E tudo quanto apanha
No curso espedaçou,
Como a revolta vaga
Pelo areal extenso
Leva, no rolo imenso,
O que ao subir topou,
Assim eu vi a morte,
Rugindo furiosa,
Na onda lutuosa
Levando os que eu amei!
Arrasta, confundidos,
Poetas, jornalistas,
Os sábios, os artistas.
Dois príncipes, e um rei!
Antonio de Cabedo,
Passos José, Lousada,
E D. José D’Almada,
Todos na onda vão!
Depois, Gonçalves Braga,
Bordallo, e Paganino,
Envolve-os o destino
No mesmo turbilhão!
E Marcellino Mattos,
Com Evaristo Bastos,
Nestes funéreos fastos
Inscrevem-se também!
Até José Estevão,
Esse orador sublime,
Caiu, quebrado vime
Que já raiz não tem!
E Lopes de Mendonça,
De quantos hei citado
O mais desventurado,
De mais pesada cruz!
Ó Deus! que sorte a d’ele!
Pobre alma adormecida
319
No torvo mar da vida,
Como farol sem luz!
E só eu fico vivo
Ante o furor da morte!
Escapo à dura sorte
De vinte amigos meus!
Em menos de dez anos!...
Eu, que padeço tanto,
A todos, com espanto,
Escuto o extremo adeus!...
XIX
É tempo de parar co’a fúnebre escritura;
Tenho chorado assaz, não posso agora mais.
Enxergo atrás de mim tão vasta sepultura,
Que um mosaico direis de pedras sepulcrais!
242 Francisco Grácio Gonçalves - Francisco Kablianis - Lisboa – Portugal - 21 de Outubro de 1971; iniciou a sua ati-
vidade profissional em 1994, tendo ainda sido e ao longo do seu percurso, responsável por vários projetos no
âmbito dos serviços educativos e de extensão cultural de Museus, bem como pela coordenação e organização
de diversas atividades de dinamização cultural. Desempenhou funções docentes no ensino básico, secundário
e no ensino superior e funções técnicas nas áreas da educação e da cultura. É autor e colaborador em obras e
artigos de carácter científico, pedagógico e literário.
Desenleado na tal carta
Do ilustre sábio.
As pombas brancas,
Que correm ágeis
Na ria fresca
Que também é anil,
Voltam ao sopro
De mais um dia.
Os quadros despidos
De cor e lhaneza,
Já não se asseveram,
No rubor da cividade,
Coberta de laivos
De pobreza e luxúria.
O perfume característico
Destas fragrâncias isentas
Que não se transmutaram,
Arreiam à terra orvalhada,
Cotejando-nos a sensação
Da erudição conhecida.
O SONHO ACORDADO
Ainda que os ventos fortes
Experimentem que durmas
Neste sonho inerente,
Perdurarão na tua essência
As tais rememorações
Daqueles enleios,
De comunhão violenta e exclusiva,
Dos corações elementares e puros,
De simplicidade extrema,
Que te ensinaram…
A conhecer o hálito
E a transformar…
Todos os instantes
Em notáveis sentimentos
Minha amada Ana Amélia.
TEMPOS DE ENTÃO
Quando, por fim,
A janela se fechou,
Ana Amélia
Deixando para trás
Toda esta água,
Este mar cerúleo,
Assomou-se a chaga
Da melifluidade eterna,
Que perdurou
E estremeceu,
Incessantemente.
A despedida,
O adeus,
A ferida,
A dor,
A mágoa,
Será sempre
322
Recordada
Neste novo amanhecer,
Nesta luta
De manter aberta
A tal janela,
Que teimou
Em se encerrar.
O silêncio permanece
Na água plena.
E a voz salgada
Voltará somente
Ao seu cântico,
À sua pigmentação,
Ao seu rubor,
Ao seu mestre,
Quando,
Depois de muita faina,
Tudo tiver acontecido.
Os vestidos rede
E toda a vestimenta,
Inerente e enxuta,
Para a labuta quotidiana,
De que se ensoberbecem,
Desde a puerícia,
É traçada ao detalhe,
Sem uma única omissão.
Os sorrisos encarnados,
Trajados de encanto,
Daquela gentil-mulher
Que harmoniza toscamente,
Convoca a sua realeza,
Com o seu timbre ligeiro.
E da volta,
Faz sempre parte
O tal devaneio
Do êxito desejado,
O acertar do passo,
Na cadência da dança,
Da água espinhada,
No sucesso da chegada.
Deste amor,
Que é meu
Mas também seu.
O Poeta Maior
Um homem de fino trato:
Graduou-se em Portugal
Apesar do estrelato
Regressou à Terra Natal
O espírito solidário
Tocou-lhe o coração
E fez deste emissário
Guerreiro da abolição
Pátria Amada
Jamais em tempo algum
Houve igual brasilidade
Gonçalves Dias é mais um
Brasileiro de verdade.
243 Francisco José da Silva - Bom Jesus do Galho – MG – Brasil - 19/01/55. Publicações: Ecos do Coração (pen-
samentos e poesias); S.O.S Sacramento: a agonia de um rio documentátio histórico-científico). Ocupante da
Cadeira nº 6 da ABLA (Academia Bonjesuense de Letras e Artes); Membro Correspondente da ALTO (Academia
de Letras de Teófilo Otoni)
Sentiu-se enclausurado.
De volta à Pátria amada
Assim quizera o destino
Ofertar como morada
O manso mar nordestino.
Amor Platônico
Ainda convalescente da saudade
Que o fizera refém em Portugal
Gonçalves Dias conhece esta beldade:
Jeito de mulher; rosto angelical.
Ana Amélia, o nome desta fada
Seu primeiro e único amor
325
Paixão intensa, louca e desvairada
Que não floresceu; foi só espinho e dor.
244 Francisco Junior Xavier - Ibaiti – PR – Brasil - 22 de maio de 1991. Graduando dos cursos de Filosofia, pelo Se-
minário de Filosofia Rainha da Paz e Letras Literatura pela Universidade Estadual do Norte do Paraná, ambos
em Jacarezinho. PR. E-mail: fcojrxavier@hotmail.com
245 Francisco Nelson Filho - Chico da Mata - Alto Longá PI – Brasil - 17.03.1917; faleceu em São Luís-2000. Filho
de lavradores, alfabetizado em casa pelo padrinho, ele mesmo diz: “minha escolaridade vai só mesmo até
o paleógrafo que li dois livros”. Sanfoneiro, por 20 anos, no Piauí, muda-se com a família para o Maranhão
(1968), fixando residência em São Luís (Cruzeiro do Anil – Rua Boca da Onça, casa 25), onde passa a atuar
como vendedor de bilhetes de loteria pelo centro comercial da Cidade, sempre a recitar, nas horas vagas,
seus “verços” (escritos, em geral, a noite), por entre os companheiros de trabalho, merecendo destes toda a
admiração e respeito. Amante da leitura, também recitava, de cor, poemas de Gonçalves Dias, Camões, Olavo
Bilac, Raimundo Corrêa...
Era tarde, as istrelas fassinantis
Rebrilhavam os seus raios no Oriente
Minha musa ordenou-me a discrever
Imagens e emoções desse momento.
330
Frederico Ferreira de Souza 246
CANÇÃO DO EXÍLIO
Minha terra tem amor
como não existe noutro lugar.
Sua comida tem sabor,
levando-nos a sonhar.
Um dia teve lagos e cachoeiras;
Hoje, prédios e asfaltos.
As crianças brincam com máquinas;
não há sequer um pequeno mato.
Em minha terra, temos prazer em desafios.
Não tememos qualquer problema,
Embora digam que estamos por um fio
e ser tudo muito difícil.
Eu, graças aos desafios,
trago no peito um emblema
que comprova, não ter caído, no desvio
e ter aprendido que, com persistência, tudo fica mais fácil.
246 Frederico Ferreira de Souza - Porto Alegre-RS - Brasil - 1º de junho de 1994. Membro Fundador da Academia
de Letras Machado de Assis, de Porto Alegre/RS, Cadeira 32, Patrono Álvaro Moreira; Membro Efetivo da
Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores, Balneário Camboriú/SC; da Liga dos Amigos do Portal CEN, de
Portugal; e, da Associação Internacional dos Poetas del Mundo. Coautor do Romance Interativo: “Fantástica
história de um mundo além da imaginação”. Atualmente, está estuda na Inglaterra.
E-mail: fredericoferreiradesouza@hotmail.com
Frederico Guimarães247 -
247 Leal, Henriques, Pantheon Maranhense, São Luís, 1874, p 573-575. Poesias compiladas por Weberson Fer-
nandes Grizoste - Jauru – MT – Brasil
Dai vida ao grande Sotero,
Vulto de fundo saber;
Nobre, caráter austero,
Onde há muito que aprender;
Dai vida a Gomes na Sousa,
Sol, que raiou no Brasil
Inda em anos, juvenil:
Dai vida a tantos luzeiros!
Frutuoso Ferreira248
248 RAMOS, Clovis. ROTEIRO LITERÁRIO DO MARANHÃO – Neoclássicos e Romanticos. Niteroi: Clovis Ramos,
2001, p.309-311, Poesia compilada por Leopoldo Gil Dulcio Vaz – Curitiba – PR – Brasil – 1952; Instituto Histó-
rico e Geográfico do Maranhão; Universidade Estadual do Maranhão
Espirito do Mar... Oh Êxtase infinito,
Tu que acordas o Azul e que meu entro expandre
Na tumba do Cantor por etas noites grandes,
II
III
Canção do exílio
Brasileiro e Palestino,
duas nacionalidades bem diferentes.
De um lado, um país muito liberal;
do outro, um bastante conservador.
Aqui, temos mais amor;
Lá, as pessoas são super discretas.
Aqui, a vida tem mais sentindo;
Lá, temos que viver
a rotina de nossos ancestrais.
Aqui, a vida é vivida;
não nos deixamos reger
pela cultura, raça ou cor; corremos
atrás de um objetivo maior, a felicidade.
G. dos Reis
249 Fuad Bakri - Porto Alegre-RS – Brasil - 24 de dezembro de 1994. Estudante do Ensino Médio do Colégio Co-
nhecer, Porto Alegre/RS. Secretário de Edição e Publicação e Membro Efetivo da Academia de Letras Machado
de Assis, Porto Alegre/RS, Cadeira 31, Patrono: Castro Alves; Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores,
Balneário Camboriú/SC; Associação Internacional dos Poetas del Mundo; e, Liga dos Amigos do Portal CEN,
Portugal. E-mail: fuad.bakri@hotmail.com
250 Diário de São Luiz, 10 de agosto de 1923, Poesia compilada por Leopoldo Gil Dulcio Vaz – Curitiba – PR – Brasil
– 1952; Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Universidade Estadual do Maranhão
G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira (RJ)251
Autor(es): Comprido, Leléo e Zagaia
251 Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira - Rio de Janeiro – RJ – Brasil – Fundada
em 28 e abril de 1928 é uma das mais tradicionais escolas de samba do Rio de Janeiro e uma das mais popu-
lares do mundo. Foi fundada em 28 de abril de 1928, no Morro da Mangueira, próximo a região do Maracanã
por Carlos Cachaça, Cartola, Zé Espinguela, entre outros. Atualmente sua quadra está sediada na Rua Visconde
de Niterói, no bairro do mesmo nome. A Mangueira foi a escola que criou a ala de compositores e a primeira a
manter, desde a sua fundação, uma única marcação do surdo de primeira na sua bateria. No símbolo da esco-
la, o surdo representa o samba; os louros, as vitórias; a coroa, o bairro imperial de São Cristóvão; e as estrelas,
os títulos http://pt.wikipedia.org/wiki/GRES_Esta%C3%A7%C3%A3o_Primeira_de_Mangueirav
Gabriel Azevedo Scholze252
CANÇÃO DO EXÍLIO
Minha vida é Porto Alegre,
onde temos um pôr do sol
que não para de brilhar.
Aqui, somos diretos,
lá, não param de enrolar.
Lá, o sabiá canta;
aqui, o quero-quero
não para de gritar.
Aqui, o suculento churrasco;
lá, a peixada que não mais
conseguimos aguentar.
Aqui, orgulhamo-nos do Laçador;
lá, eles, do elevador.
Aqui, fandango a noite inteira;
lá, a capoeira não para de rolar.
Aqui, o Guaíba; lá, o marzão.
Aqui, temos orgulho da Terra;
lá, dá Festa de Nosso Senhor do Bom Fim,
ocasião em que ocorre
a lavagem das escadarias,
336 com participação do povo.
Aqui, apreciamos o chimarrão;
Lá, a água de coco é bebida de galão.
Aqui, Erico Verissimo é o Grande Escritor;
Lá, Jorge Amado é o Redentor.
Aqui, Porto Alegre/Rio Grande do Sul;
lá, Salvador/Bahia!
CANÇÃO DO EXÍLIO
A minha terra
é bem mais linda
que a terra onde estou.
Lá, o céu
é de um azul envolvente
tal qual o azul mar.
As diferenças, talvez,
tenham a ver
252 Gabriel Azevedo Scholze - Porto Alegre-RS – Brasil - 29 de janeiro de 1999. Estudante do Ensino Fundamental
do Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Integrante do Projeto “Imagens e Textos construindo Histórias e Ver-
sos”: “Banners Poéticos”, 2012. Curte natação e jogos eletrônicos. E-mail: simonescholze@hotmail.com
253 Gabriel Rocha da Silva - Porto Alegre/RS – Brasil - 25 de abril de 1997. Estudante do Ensino Médio do Colégio
Conhecer, Porto Alegre/RS. Integrante do Projeto “Imagens e Textos construindo Histórias e Versos”: “Caixas
Poéticas”, 2012. Cursa inglês no Wizard e curte esportes. E-mail: gabirs97@hotmail.com
com a saudade
que invadiu meu coração.
A dor que nele habita,
não me permite enxergar
as belezas que aqui existem,
apenas as de lá.
254 GABRIEL RUBIM DA SILVA - São Luís – MA : Brasil – 15/07/2001. Motivo da participação: Eu gostaria de parti-
cipar da antologia porque gosto muito e acho interessantes as poesias de Gonçalves Dias e me interesso muito
por poesia e tenho certeza que minhapoesia é muito bonita e que a população brasileira vai achar bonita.
Nunca largou a poesia,
Lutou pelos Índios até o fim de sua vida
O Poeta da minha Terra me trás muita alegria,
Ele é Gonçalves Dias Que me fez fã da poesia.
GONÇALVES DIAS
Gonçalves Dias foi um professor de Latim,
Ele escrevia suas poesias com muito amor,
Ele foi um exemplo de cidadão
Que iluminou o Maranhão.
CANÇÃO DO EXÍLIO
No Brasil, embora a paisagem natural,
em alguns pontos, já tenha sido
modificada pelo homem,
o cenário continua belíssimo,
havendo pontos louváveis
de admiração e encantamento.
Nos Estados Unidos,
boa parte da paisagem
foi substituída por imensas construções
e os seus costumes
são bem diferentes dos nossos.
No Brasil, orgulhamo-nos
de nosso pais;
255 Gabriel Wendermuller P. Amaral - São Luís – MA : Brasil – 08/01/2002. Motivo da participação: Eu gostaria de
participar da antologia porque eu quero ser reconhecido pelo meu trabalho que fala sobre minha capital.
256 Gabriela Fernandes de Freitas - Porto Alegre/RS – Brasil - 20 de março de 1995. Estudante do Ensino Médio do
Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Membro Efetivo do Projeto “Vida, Amor e Paz”, do “Cercle Universel des
Ambassadeurs de la Paix, Suisse/France”. Integrante dos Projetos Literários “Tabuleiro de xadrez lírico”, 2011;
e “Porta copos poéticos”, 2012. Curte música e festas. E-mail: gabrielafernandesfreitas@hotmail.com
aqui, o povo parece desprovido
de emoções.
O Brasil, com suas cachoeiras,
montanhas, lagos, praias
e campos repletos de árvores e flores,
é lindo, maravilhoso!
Canção do Exílio
Em Porto Alegre tem pouca poluição;
Aqui, há em grande quantidade.
Nesta metrópole há muitos carros;
Lá, nem tantos.
Aqui, tem muitos pontos turísticos
e comerciais;
Lá, poucos.
No litoral sul-riograndense,
há belas praias
tais quais no paulistano.
Lá, encontro amigos;
Aqui, desconhecidos.
Nas ruas de Porto Alegre
339
não circulam muitos turistas;
Aqui, deparo-me com milhões deles.
No entanto, no troco, de jeito algum,
minha cidade por outra qualquer.
Lá, há pontos negativos e positivos
que fazem de nós um povo diferente.
CANÇÃO DO EXÍLIO
No Brasil não há conflitos
religiosos, sociais e políticos;
em Israel tem em abundância.
Aqui, homens e mulheres
257 Gabriela Mendes Prunes da Cruz - Porto Alegre/RS – Brasil - 14 de fevereiro de 1995. Estudante do Ensino
Médio do Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Vice-Presidente do Centro Estudantil do Colégio Conhecer, de
Porto Alegre/RS. Membro Efetivo do Projeto “Vida, Amor e Paz”, do “Cercle Universel des Ambassadeurs de
la Paix, Suisse/France”. Integrante dos Projetos Literários “Tabuleiro de xadrez lírico”, 2011; e “Porta copos
poéticos”, 2012. Coautora do E-book “Haikais”, postado no site Teia dos Amigos, de Sonia Orsiolli, Sorocaba/
SP. Cursa inglês no Uptime. E-mail: gaba.prunes@gmail.com
258 Gabriele Loureiro Bruschi - Porto Alegre/RS – Brasil - 18 de maio de 1998. Estudante do Ensino Fundamen-
tal do Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Integrante do Projeto “Imagens e Textos construindo Histórias e
Versos”: “Banners Poéticos”, 2012. Membro Efetivo do Projeto “Vida, Amor e Paz”, do “Cercle Universel des
Ambassadeurs de la Paix, Suisse/France”. Poetisa Idealizadora e Coordenadora do Projeto Poesia Inclusiva.
E-mail: gabrielebruschi@hotmail.com
têm direito a palavra;
lá, a mulher é bastante submissa.
Em alguns lugares,
elas não podem estudar
e são forçadas
a fazer trabalhos escravos.
No Brasil, as mulheres,
a cada dia, conquistam
mais e mais espaços
importantes na sociedade
CANÇÃO DO EXÍLIO
Sou muito mais da minha terra.
De onde vim, quero ficar.
Quando sai de Lá, percebi
que foi Lá que aprendi a amar.
Esta terra onde me encontro;
não é tão bela,
calorosa, nem tão minha
quanto aquela de Lá.
340
Na minha terra,
a grama é mais verde;
o sol traz mais calor;
o céu é mais azul;
e há muito mais amor.
É bom partir,
viajar,
mas nada se iguala
a sensação de para casa voltar.
259 Gabrielle Souza Marchisio - Porto Alegre/RS – Brasil - 19 de julho de 1996. Estudante do Ensino Médio do Co-
légio Conhecer, de Porto Alegre/RS. Presidente do Centro Estudantil do Colégio Conhecer, de Porto Alegre/RS.
Coautora do E-book “Haikais”, postado no site Teia dos Amigos, de Sonia Orsiolli, de Sorocaba/SP. Integrante
dos Projetos Literários “Tabuleiro de xadrez lírico”, 2011; e “Porta copos poéticos”, 2012. E-mail: gabriellemar-
chisio@hotmail.com
Gentil Homem de Almeida Braga – Flavio Reimar 260
Gonçalves Dias261
«O hálito de Deus tocou-lhe a fronte,
E lhe formou em torno uma coroa:
Arco de luz no cimo de alto monte,
Beijo do gênio dado em uma alma boa.
Feitura humilde, ao Criador defronte
Logo se pôs, e um cântico ressoa...
Era o poeta feito em um momento,
Grande no verbo e grande em pensamento.
260 Gentil Homem de Almeida Braga - Flávio Reimar - (São Luís – MA – Brasil - 1834 — faleceu em São Luís em
1876). Promotor Público (entre 1855 e 1858) de Codó, Caxias e Alto Mearim (São Luís Gonzaga. foi um jurista,
poeta e escritor. Trabalhou com folhetins o que o tornou bastante popular. Entre eles destaca-se o poema
conhecido como Clara Verbana. É um dos patronos da Academia Maranhense de Letras
261 Extraído de Clara Verbena, pg. 9. In ROMERO, Silvio, História da Literatura Brasileira, Rio de Janeiro, B. L.
Garnier, 1888, 1126-1128. Compilador: Weberson Fernandes Grizoste. Poesias compiladas por Weberson
Fernandes Grizoste - Jauru – MT – Brasil
Trouxe consolação por benefício
Aos que sofrem no amor e na descrença.
Rasgando o peito, e, novo pelicano,
Dando vida em seu sangue ao lábio humano!
Geraldo Trombin263
262 Geovane Alves dos Reis - Teresópolis/RJ Brasil - 25/02/1998. Poetaluno do 9.º Ano da E. M. Alcino Francisco
da Silva, em Teresópolis/RJ, e já traz um vasto currículo literário, incluindo a Medalha de Bronze no XXII Con-
curso de Poesias da ALAP, no Rio de Janeiro/RJ. Criou, em 2012, o blog “Palavras do coração”, onde posta poe-
mas de sua autoria e de outros amigos poetas que ele admira. Professor orientador: Carlos Brunno S. Barbosa
263 Geraldo Trombin – Americana – SP - Brasil – 01.04.1959. É publicitário, membro do “Espaço Literário Nelly
Rocha Galassi” (Americana, SP - 2004/2012) e colunista da revista eletrônica ContemporArtes (desde 2010).
Lançou em 1981 “Transparecer a Escuridão”, produção independente de poesias e crônicas, e em 2010 “Só
Concursados - diVersos poemas, crônicas e contos premiados”. Tem mais de 350 classificações conquistadas
em inúmeros concursos realizados em várias partes do país e trabalhos editados em mais de 105 publicações.
Nossa terra tem Brasília,
Capital do mau exemplo.
É da falcatrua a ilha,
Da política o seu templo.
II
Nao permita Deus que eu morra,
sem que eu volta para lá,
enfermo, solo, tan lejos,
se oía su voz clamar.
III
Olha-e bem que sou eu!...
Nao te esqueci, eu to juro:
sacrifiquei meu futuro
345
vida e gloria por te amar.
IV
Vivir e lutar, a vida é combate.
Todo lo diste como buen hidalgo
y a tu Ana Amélia, trémulo, ofreciste
tu corazón, tu verso enamorado.
V
Comprender o infinito, a inmensidade,
e a naturaleza e Deus; gostar dos campos,
ser capaz de aventuras imposibles
y ante su ara morir crucificado.
264 Geraldo de Molina - Los Cerrillos, Canelones - Uruguay - 19 de octubre de1938. Profesor de Idioma Español.
Ex Director del Liceo de Las Piedras No.2 y del Liceo de Santa Lucía. Poeta y ensayista, ha sido laureado en cer-
támenes nacionales e internacionales. Ha dictado conferencias y ofrecido recitales de su poesía en Uruguay,
Argentina, Chile, Perú, Brasil, Francia, España e Italia. gerardomolina@adinet.com.uy
Dar la vida y el alma a un sentimiento,
encenderse en ternuras y fervores,
ser gentil, apasionado, bueno:
isso é amor, e desse amor se more!
Germain Droogenbroodt265
A UMA ROSA266
Recordando el poema “A minha rosa” de
Antonio Gonçalves Dias
APELO
Não venhas como luz
que potente demais
ofusca o olhar
Vem, sim
346
como o espinho
que anuncia
a rosa
está ao alcance.
265 Germain Droogenbroodt - Belga, residente en España. Ha publicado 10 libros de poesía propia, la última obra
poesía filosófica. Su poemario “el Camino” (leer TAO) ha sido publicado ya en 22 países.
E-mail:elpoeta@point-editions.com
266 Tradução de Ivo Korytowski e Flora Ferreira.
267 Emaday Luz - Gerson Augusto Gastaldi – São Paulo – SP – Brasil - 09/02/1949. Fez os 2 primeiros ciclos de
estudos em S. José dos Campos, SP., de 1965 a 1974. Cursou Filosofia, Ciências e Letras na Faculdade de
Comunicação e Letras de Araras, SP. (78 a 82). De 83 a 2010, atuou em S. Paulo nas áreas didática, editorial,
gráfica, jornais e revistas; militando em diversas empresas da Capital. Já publicou 2 livros de Contos e aprecia
a Literatura Nacional de estilo ficcionista. E-mail: gagcid2011@hotmail.com
Grado caxiense das matas do jatobá; sangue timbiras e gamelas, espírito valente.
Ousado filho das Aldeias Altas, este indianista de nobre estipe e afamada fibra,
Nunca abdicou doseu talento, os Primeiros Cantosdesta alegre lira, potente,
iÇaramolaurel no Pavilhão das Letras. Em Caxias das Aldeias Altas, vibra
Acentelha do sonhador naCanção do Tamoio enoCanto do Guerreiro.
Laços de amor por Ana Amélia: Seus Olhos, Mimosa e Bela, Leviana,
Viram sua paixão cair por terra. Mas adignamissão de cancioneiro,
Embeleceuem versos oíndio: o Canto do Piaga e I-Juca-Pirama,
Se se Morre de Amor o poeta,seja O Homem Forte,o brasileiro.
Gilmar Campos268
CONFIDÊNCIAS DE UM TIMBIRA
Por alguns Dias conheci Os Timbiras
Especialmente nasci um timbira
Por isso trago as mãos frias
347
De todos os dias dos meus verdes anos.
268 Gilmar Campos – João Pessoa – PB – Brasil - 13/09/63, Gama-DF – Brasil. Ainda criança “regressei” com meus
pais à sua terra natal, no Sertão de Piancó-Pb, onde conheci as primeiras letras, sonhos e poemas. Já na ca-
pital, peregrinei pelo deserto universitário, mas foi na Mística que encontrei “sombra e água fresca” para mi-
nh’alma sedenta. Contudo, a veia poética pulsa em mim e já participei de 3 coletâneas de autores paraibanos,
sendo premiado com a crônica: O sorriso da serpente.
Por isso sou guerreiro
Orgulhoso do verde, da verdade
10% de verde nas florestas
90% de verde nas almas timbiras
1% de almas sinceras
99% de mentiras.........................
...............................................................
E a dor de ver o verde que havia,
A vida errante que levaram os timbiras
Só me leva a cantar com Gonçalves Dias:
“Ó guerreiros, meus cantos ouvi...”
Antes nos perseguiam o ‘ilustre peito lusitano’
Hoje a FUNAI negocia com aos americanos,
Tocai os tambores, guerreiros resisti,
Estudai o Dicionário da Língua Tupi
Falai a língua dos anjos que viviam aqui...
CANÇÃO DO NATIVO
(O Regresso)
Minha terra tem Zéu Palmeira
Pra julgar ou conciliar
Os patrões que aqui gorjetam
348 Não pagam como os de lá.
Em nossos parques,
crianças jogam felizes,
assim como nas calçadas,
as quais nos deram boas cicatrizes.
349
Lá, aprecio floridos jardins;
gloriosos palmares;
todos, lugares lindíssimos,
que mais parecem nossos lares.
269 Giovanni Brunet Alencar e Silva - Porto Alegre/RS – Brasil - 11 de maio de 1994. Estudante do Ensino Médio
do Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Faz trabalho voluntário, duas vezes na semana, com crianças, dando
aulas de xadrez. Integrante dos Projetos Literários “Tabuleiro de xadrez lírico”, 2011; e “Porta copos poéticos”,
2012. Coautor do E-book “Haikais”, postado no site Teia dos Amigos, de Sonia Orsiolli, Sorocaba/SP. E-mail:
giovanni.basic@hotmail.com
270 Girlene Monteiro Porto - Vitória – ES – Brasil - 06/08/1980. Formada no curso técnico em Administração pelo
colégio secundário Estadual do Espírito Santo, formada também no curso Técnico em Segurança do trabalho
pelo colégio São Gonçalo de Vitória, profissão na qual atua, e acadêmica do curso de direito, escritora e
poetisa. Participou do projeto de incentivo a leitura o Um poema em cada árvore, além de ter seus poemas
publicados também na revista eletrônica Varal do Brasil.
Do amor que sinto e que me dá forças
Para lutar contra tempestades em alto mar.
Mar que me leva a viajar
Para distantes terras, mas mesmo cansado do caminho,
Sempre volto louco para o seu amor, meu amor.
E quando de ti me aproximo
Eis que tenho minha nau engolida pelas ondas incessantes.
Cerram-se meus olhos para sempre meu amor,
Mas, meus poemas, estes viverão eternamente.
Jamais eu ei de te esquecer
O meu sonhar de poeta é seu
Oh! Formosa rosa do meu jardim
Este dom que desde sempre é meu
Porém, se as rimas sem fim,
Graça Graúna271
FEITURA DE TUPÃ
ao poeta Gonçalves Dias
Quem há de querer
351
de Marabá as penas?
ESQUINA TROPICAL
(Dedicado ao poeta maranhense – Gonçalves Dias)
Esquina tropical
Verdadeira aquarela,
Em tons abundantes, variações
Serpenteados,
Ao farfalhar dos coqueiros,
Transformando-se em alegria
Cantando como as sereias
Um som que já não se ouvia...
Mãos suaves, acariciantes
Cheiros do mar,
Maresias, manguezais
Parecendo as Marias
271 Graça Graúna - Recife – PE – Brasil. Indígena do povo potiguara (RN); radicada em Recife, onde atua como
professora Adjunta de literatura, na Universidade de Pernambuco (UPE). Membro do grupo de escritores indí-
genas.. Pós-doutorado em Literatura, educação e Direitos Indígenas, pela UMESP. Vários livros publicados em
poesia e prosa. O mais recente é a narrativa indígena “Criaturas de Ñanderu”, Ed. Amarilys/SP. http://ggrauna.
blogspot.com/
272 Graziela Costa Fonseca - 20 - 02- 1935.
Rezando em romarias.
Enfeitiçadas, talvez,
Pelo litoral que inebria
Por tudo que é sagrado
Todas essas iguarias,
Tudo veio como um sonho
Liberdade e sabedoria,
Desejo de expressar
O que via e sentia
Em telas, prosa e poesia.
De uma esquina tropical.
Guilherme de Almeida273
“Canção do expedicionário”274
Você sabe de onde eu venho ?
Venho do morro, do Engenho,
Das selvas, dos cafezais,
Da boa terra do coco,
Da choupana onde um é pouco,
Dois é bom, três é demais,
Venho das praias sedosas,
Das montanhas alterosas,
352
Dos pampas, do seringal,
Das margens crespas dos rios,
Dos verdes mares bravios
Da minha terra natal.
Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse “V” que simboliza
A vitória que virá:
Nossa vitória final,
273 Guilherme de Almeida (G. de Andrade e A.) – Campinas – SP – Brasil - 24 de julho de 1890, e faleceu em São
Paulo, SP, em 11 de julho de 1969. Terceiro ocupante da Cadeira 15 da ABL, eleito em 6 de março de 1930, na
sucessão de Amadeu Amaral e recebido pelo Acadêmico Olegário Mariano em 21 de junho de 1930. Recebeu
o Acadêmico Cassiano Ricardo. Filho do jurista e professor de Direito Estevam de Almeida, estudou nos giná-
sios Culto à Ciência, de Campinas, e São Bento e N. Sra. do Carmo, de São Paulo. Cursou a Faculdade de Direito
de São Paulo, onde colou grau de bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, em 1912. Dedicou-se à advocacia e
à imprensa em São Paulo e no Rio de Janeiro. Foi redator de O Estado de São Paulo, diretor da Folha da Manhã
e da Folha da Noite, fundador do Jornal de São Paulo e redator do Diário de São Paulo
274 O Hino Nacional Brasileiro consta entre as poesias a Gonçalves Dias. Queria saber se o mesmo consta em virtu-
de das frases da “Canção do Exílio”, porque se for assim, então temos de agregar a “Canção do Expedicionário”
do Exército Brasileiro, porque alguns dos versos foram tirados da mesma canção, vejam quais:
“Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;”
A autoria é de Guilherme de Almeida, abaixo envio o hino completo.
Um abraço, Poesias compiladas por Weberson Fernandes Grizoste - Jauru – MT – Brasil
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.
Eu venho da minha terra,
Da casa branca da serra
E do luar do meu sertão;
Venho da minha Maria
Cujo nome principia
Na palma da minha mão,
Braços mornos de Moema,
Lábios de mel de Iracema
Estendidos para mim.
Ó minha terra querida
Da Senhora Aparecida
E do Senhor do Bonfim!
Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse “V” que simboliza
A vitória que virá:
Nossa vitória final,
353
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.
Você sabe de onde eu venho ?
E de uma Pátria que eu tenho
No bôjo do meu violão;
Que de viver em meu peito
Foi até tomando jeito
De um enorme coração.
Deixei lá atrás meu terreno,
Meu limão, meu limoeiro,
Meu pé de jacaranda,
Minha casa pequenina
Lá no alto da colina,
Onde canta o sabiá.
Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse “V” que simboliza
A vitória que virá:
Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.
Venho do além desse monte
Que ainda azula o horizonte,
Onde o nosso amor nasceu;
Do rancho que tinha ao lado
Um coqueiro que, coitado,
De saudade já morreu.
Venho do verde mais belo,
Do mais dourado amarelo,
Do azul mais cheio de luz,
Cheio de estrelas prateadas
Que se ajoelham deslumbradas,
Fazendo o sinal da Cruz !
Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse “V” que simboliza
A vitória que virá:
Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
354
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.
MONÓLOGO AO POETA
Em uma data qualquer em pleno mês de novembro,
caminhando pensativo pela praia, ainda me lembro,
olhando para o mar sereno e de espumas brancas,
senti que as portas da procela liberaram as trancas.
Quantos mistérios envolvidos no leito deste gigante
a inquietar-me os sentidos da imaginação itinerante.
Com passos lentos e compassados à beira do oceano,
pés molhados na água quente e a brisa do mar ufano
sentia a sensação de ouvir nas entrelinhas, sussurros,
lamentos enigmáticos e oriundos de acalantos puros.
No idioma dos poetas, ouvia no meu linguajar aprendiz,
textos poéticos, primores de rimas que jamais fiz.
Versos românticos e apaixonados para um grande amor
275 Haroldo Augusto Moreira - Minduri – MG – Brasil - 07/12/144. Natural de. Diretor Geral do Universidade Es-
tadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) – Campus de Francisco Beltrão – PR Embora com dezenas de poemas
escritos, sendo alguns publicados na mídia local, me considero ainda neófito.
mal compreendido e com ressentimentos da futura dor,
mensagens indígenas sofridas pelas críticas e obsessões
de homens incrédulos na paz e decididos nas separações.
Onde está Dias nas alucinantes magias destas noites?
O assédio das marés nos meus pés fere-me como açoites!
Incendeia-me a mente sensível pelos seus anseios,
há muito, lidos em versos e considerados como alheios.
Lá na linha do horizonte onde a água encontra-se com o mar,
contemplo a sua filosofia que necessita de tanto amar,
como se fosse à canção do exílio a afundada no naufrágio
e tantas obras-primas reais, longe de qualquer presságio
que possa nos equivocar na relevância da sua contribuição
cultural, intelectual e social para a grandeza da nossa nação.
Estou retornando imediatamente aos textos de sua autoria.
Quero revê-los e reaprender o que não aprendi com euforia.
Deliciar estas pérolas que a sua arte as tornou em lavras
nas mãos de quem sensibiliza e acredita no poder das palavras.
Quando alguém agonizante sucumbe no mar revolto,
no abandono do sobrevivente apressado que se julga solto,
diante da tragédia impiedosa e de sobressalto,
é porque o temor da mortalidade própria falou mais alto.
Tudo isto é natural diante da necessidade da sobrevivência,
Mas a nossa memória é imortal e depende da evidência
Que a mente preserva e cultiva pelo valor do que se acredita.
355
É por isto que a história de muitos célebres se precipita.
Os tempos mudam e para tudo, novas tendências chegam
mas o bom gosto, o bom senso e as tradições continuam.
Helena Amaral276
GONÇALVES DIAS
Gonçalves Dias! No Maranhão, nasceu.
Destinado a ser gigante entre seus pares,
E, amado e lembrado
Como o mais brasileiro dos poetas!
276 Helena Amaral - Rio de Janeiro – Brasil – 22 de Março de 1962. Poeta, tradutora de francês, com curso de
especialização de tradução de francês de Daniel Brilhante de Brito e, traduziu “As Flores do mal”, de Charles
Baudelaire.
Mas, bem cedo, a água levou o poeta
Nos baixios de Atins,
Como a donzela que corria atrás da rosa e por fim,
Perdeu-a e perdeu-se no mar.
Vate Imortal
Gonçalves Dias, que fez do povo seu herdeiro,
Ao contar suas histórias
Em versos guardados de memória
Por gerações de brasileiros.
CANÇÃO DO EXÍLIO
Apesar de Santa Catarina
ser um estado muito bonito,
cheio de praias gostosas
e bonitas;
lá, no Rio Grande do Sul,
as praias são mais alegres
e charmosas.
O clima daqui é tão quente
quanto ao de lá.
Aqui, as mulheres gostam
de tomar banho de sol
tais quais as de lá,
mas para lá quero voltar.
277 Helena Fernandes Machado - Porto Alegre/RS – Brasil - 06 de setembro de 1997, Estudante do Ensino Funda-
mental do Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Integrante do Projeto “Imagens e Textos construindo Histórias
e Versos”: “Banners Poéticos”, 2012. Gosta de festas e de passear em shoppings.
E-mail: le_fmachado@hotmail.com
Helena Schons Lotti278
Canção do exílio
No Rio Grande do Sul
há muitos elementos
que fazem a sua essência.
Aqui, não há tal essência,
pois os elementos
não são tão belos e naturais.
Cada estado tem suas características
que iluminam a sua cultura.
Aqui, as características não são tão luminosas
como as do meu estado.
Aqui, as pessoas transpassam sofrimento e tristeza;
Lá, felicidade e alegria.
Cada estado tem seu nodo de vida
e vários pontos turísticos.
Aqui, a poluição ofusca a natureza;
Lá, a natureza saúda seu turista.
357
Helenice Maria Reis Rocha279
O Exílio Sambado
Esta flor que vos fala
já sambou todos os rítmos
batizou todos os ritos
desfolhou todas as pétalas
Onde anda Mariazinha!!!!Que já nasceu exilada!!!
por falta de bom marido!!!!por falta de vida casada!!!!!!
O sabiá que sobrou
come na mesa do Rei
um alpiste duvidoso
por muito que foi traído
por muito ter sido enganado!!!!
Brincadeirinhas a parte
278 Helena Schons Lotti - Porto Alegre – RS – Brasil - 1º de maio de 1993. Filha de Regina Cézar Schons e Humberto
Giacomo Lotti. Estudante do Ensino Médio do Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Membro Efetivo da Acade-
mia de Letras Machado de Assis, Porto Alegre/RS, Cadeira 40, Patrono: José Joaquim de Campos Leão (Qorpo
Santo); e da Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores, Balneário Camboriú/SC; e, Liga dos Amigos do Portal
CEN, Portugal. E-mail: leninha_lotti@hotmail.com
279 Helenice Maria Reis Rocha - Belo Horizonte – MG – Brasil- 1955. Estudei música de sete anos até vinte e sete,-
vinte oito anos Comecei estudando acordeon,dos sete aos onze anos.Prossegui estudando violão clássico com
os professores Nelson Piló e Walter Alves O professor Nelson Piló foi compositor e assistente de Villa Lobos
e Radamés.Trabalhei também a vida toda com meu pai, o concertista de Harmônica de Boca (Gaita) Aluísio
Rocha Graduei-me em Letras (licenciatura plena) pela Universidade Federal de Minas Gerais Fiz Mestrado na
mesma universidade
longe da mesa do Rei
Hei de comemorar entre irmãos
a volta aos meus quintais
à epifania de irmãos
à linda memória dos pais
Ao aguardado retorno da filha
Minha Terra
Minha terra tem batuques
cantigas de roda e calundus
Tem Gonçalves,tem Dias também
Um certo Oswald de Andrade
Um jeito de querer bem
Minha terra tem feitiços
que nenhuma outra terra tem
tem ,tem,tem
um jeito de querer bem
que vem lá da Bahia
e vem de Minas também
Vem da Avenida Brasil
do sol a pino na praça
da raça que o povo tem
tem,tem,tem
Um certo Gonçalves Dias
358
E uma certa Maria
Que muito lhe quer bem
bem,bem,bem,
num dia de sol a pino
e assovio de trem
O Sentido do Exílio
O navio negreiro
exilou o samba
alegrou os tristes
fez chorar a África
Eu,mama lelê
de udigrudi e subúrbio
Canto meu próprio exílio
Com todo o respeito que tenho
a todos os exilados
De Gonçalves a Zumbi
Passando por Nossa Senhora
Senhora nossa do Rosário
Divina mãe do terço cantado
Cantando nas avenidas
as ladainhas das praças
a antena de todas as raças
Do Guarani ao Maculelê
POEMA A GONÇALVES DIAS
Tão exilada de mim
mais não podia
assim em terra firme
com todos os sabiás
bem te vis
e até as palmeiras da Avenida Brasil
e que Brasil,me perdoe amigo Gonçalvez
o exílio é aqui,onde o preço de um poema
é o nó górdico entre a vida,a morte e este entrelugar
solo pátrio de estangeiros de nós mesmos
que somos
vítimas inocentes de crimes alheios
reféns de custos que não geramos
À luz silenciosa de nossas estrelas
O exílio é aqui,querido
Doce fim de mundo que nos expulsa
a cada dia
A Canção de Exílio
soa em nossos quintais
SAMBALELÊ E GONÇALVEZ
Samba lelê ta doente
tem a cabeça quebrada
359
por falta de sabiás
comprou ben te vis na estrada
bem te vi,bichinho esperto
fugiu,que fugiu da gaiola
Sambalelê pôs se a chorar
mas não parou de sambar
mesmo sem barra de saia
Cantou o canto do Exílio
chorado,sozinha
no meio da sala
e o dia amanheceu
claro e alto
Em pleno exílio chorado
Sem Marias,sem Josés
apenas passarinhos,passarada
Helenice Priedols280
Xavante Guarani
Kayapó Canela Kaiabi
Waiwai Kuikuro Yanomami
Timbira Guajajara Karajá
Avá-Canoeiro Tupi Makuxi
meninos, eu vi
o homem da cidade
matar e excluir
desmatar e destruir
os rios e os homens das florestas
eu vi o homem da cidade
com o brilho da cobiça no olhar
“Tupã, ó Deus grande! descobre o teu rosto”
eu te peço e imploro
“por este sol que me aclara”
pela pátria que mora em meu peito
pelos irmãos pelas matas pelos rios
abre os olhos dos homens vazios
homem napëpë
escuta as vozes das árvores
que choram o assovio da morte
protege a riqueza do chão da água do ar
respeita a floresta e os animais
280 Helenice Priedols – São Paulo-SP, Brasil - 24-07-1957. Tradutora de formação, poeta por imposição da alma.
Vive atualmente no interior paulista, onde trabalha como funcionária pública do Judiciário. Em 2010 publicou
seu primeiro livro de poemas: Poeticalmamente. Em 2012 participou da Antologia do Clube dos Escritores de
Vinhedo. Selecionada no 12° Prêmio Escriba de Poesia, participando da Antologia organizada pela Biblioteca
Pública de Piracicaba/SP.
homem branco
deixa o rio fluir
deixa o índio em paz
Heleno Cardoso281
281 Heleno Cardoso - Santos/SP – Brasil- 19 de junho de 1949. membro de: “ Poetas Del Mundo” - Indicação San-
dra Galante.
Deixa a vida terrena
Para poetizar em céu de estrelas
Na terra natal ficaram saudades
E permanente silêncio...
Maranhense que não deixou vazio,
Apesar das tristezas...
Deixou sim,
Um Brasil de primores
Com seus versos de amores
E o cantar do sabiá
A ESCRAVA PÁTRIA
Hoje te escrevo meu brilhante poeta
e ouso perturbar a tua paz infinita.
Naquela velha e tua canção, bendita,
viajo no pesadelo que me inquieta.
282 Hélio Ricardo Fonseca Cerreia - Rio de Janeiro – Brasil – 02 de outubro de 1958. Poeta amador por convicção,
amante de Castro Alves, Olavo Bilac, Gonçalves Dias, Mário Quintana, Cecília Meireles, Henriqueta Lisboa e
Vinícius de Morais entre outros. “Fiz o meu poema em homenagem a Gonçalves a partir da “Canção do Exílio”
que tenho como um dos mais belos poemas produzidos até hoje”. E-mail: albathross@msn.com
Hélio Sena283
lá é só cantá
em parceria com o sabiá
já cá é só chorá
cá, cá, cá
No Cais do Porto
No cais do porto
recebo a brisa no rosto
363
Abraço as ondas revoltas
sem medo de me afogar
No cais do porto
me lembro ainda
como o poeta dizia
-Minha terra tem palmeiras
onde canta o sabiá
No cais do porto
mora o desgosto
que causou esse mar
- o grande poeta
não pôde desembarcar
283 Hélio Sena - Massapê-Ceará – Brasil - 12/09/1975. Figura em dezenas de coletâneas de contos e poemas. Cola-
bora no site Concursos Literários. Expõe seus trabalhos nos blogs Entre Palavras e Minicontos. Recebeu, entre
outras distinções, o Troféu Macunaíma no XIV Festival Literário de Imperatriz (MA) e o 1º. lugar em concurso
de crônicas promovido pelo programa Papo Literário, da TV Ceará (Fortaleza). E-mail: heliosena@rocketmail.
com / Twitter: @helyosena
284 Hélio Soares Pereira - Teresina – PI – Brasil - professor pelo UNICEUB, DF. Duas pós-graduações: Fundador
da Academia de Letras de Taguatinga, Sindicato dos Escritores do DF e UBE(SP/DF). Prêmios em antologias e
verbete em dicionários de escritores (PI/DF). Bibliografia (poesias): Onde o Horizonte vem Esconder-se (1982);
Poesia com Chantilly (1993); Carícias que as mãos e os lábios tecem (1993); No Laço da Opressão (1998); Eclip-
se das Mentes (1998); Para que não reste o silêncio (2007).
Todos correram
Ninguém se lembrou
tirar Gonçalves Dias
daquele leito de dor
De Volta ao Tempo
Vi
Gonçalves Dias
ainda criança
nas ruas de Caxias
De manhã
escola
lancheira
sua tia
Menino franzino
olhos castanhos
timidez
sem tamanho
Depois do dever
brincadeira de peteca
364
com o filho da vizinha
Na adolescência
o parque
festejos da igreja
canoinhas
carrossel
algodão doce
caldo de cana
pastel
Um dia
a viagem...
Aceno...
Embarque
rumo ao navio
Na praça
o romântico indigenista
me auxilia
nesta dor
Fonte de inspiração
para meus poemas
de amor
Na praça
Gonçalves Dias
os dias não passam
simplesmente
Os dias
nos abraçam
365
Alguém...
Alguém
no cais
de São Luís
faz poemas
de amor
Alguém
recebe
no rosto
o vento
- lamento
de dor
Inspira-se
no poeta
que nas águas
do mar
se afogou
Na Praça Gonçalves Dias
Amei
Jurei amor eterno
Veio o inverno
e afogou
meu coração
na dor
desta paixão
A dor da separação
dilacerou
366
teu coração
285 Hélio Soares Pereira Junior, BrasilIA – DF- - Brasil. cursando História no UNICEUB (DF). É poeta, letrista, com-
positor e autor de histórias infantis. Tem alguns livros inéditos. E-mail: helioperry@hotmail.com
286 Hemeterio José dos Santos – Codó – MA – Brasil. Professor e Filologo.Bibliografia: Gramatica da Lingua Portu-
guesa para o Curso Superior
287 Leal, Henriques, Pantheon Maranhense, São Luís, 1874, p 541-542. Poesias compiladas por Weberson Fer-
nandes Grizoste - Jauru – MT – Brasil
Ergueu a Homero — um vulto imortal;
O Império Romano por altas conquistas,
Trazendo a ciência dos homens nas vistas
Ao monte Piério — fiel colossal.
ANTENA DO TEMPO
O menino maroto da época
Fez-se advogado e professor
Gonçalves Dias, poeta latente
Vislumbrou a elevação de sua gente
Tentando humanizar o amor.
Numa tríade vertente, vivia
Se de um lado a injustiça atiçava
Do outro era humanizado o Amor
Embora em alguns brotasse o ódio
288 Herotildes de Souza Milhomem - Paraibano - MA – Brasil – 06/10/48. Professora Aposentada. Infância e ado-
lescência em Barra do Corda -Maranhão. Passou a residir em Brasília desde 1968. onde formou-se professora
e administradora de Escola - Possui um grande acervo de trabalhos literários. . E-mail: xheromil@hotmail.com
Em “Antena do tempo” se tornou.
Em mil oitocentos e cinquenta e um
Para uma” Missão “ em São Luís
O governador da época o escolheu
E a “instrução Pública”, ora um problema
Após seus estudos, ele resolveu.
RASTROS DE UM POETA
De uma união não oficial
Com uma mestiça, cafuza brasileira
Mistura das três lindas raças
Nasce uma criança brejeira.
A MUSA
Gonçalves Dias dedicou
Seus folhetins e peças teatrais
À sua” Musa” inspiradora
Publicados até em Jornais.
Ana Amélia era seu nome
A sua grande inspiração
Descrevia seus Cantos e devaneios
Tendo por ela uma paixão.
A BUSCA
A tua vasta e gentil sabedoria
Contrastam com o desafio constante
Nacionalista e defensor dos povos
Da vida foi verdadeiro amante.
Terra querida
Em terras longínquas,
Um sabiá sem palmeira,
Gorjeia a procurar,
Léguas...
Léguas...
Muitas léguas...
Um poeta sensível,
Em missão quase impossível
Estava a imaginar,
Bosques,
Flores,
289 Hilda Maria Vieira Lacerda – Alagoas – Brasil. Pedagoga, Fotográfa, Poetisa.
Vidas...
Noites frias,
Céu estrelado.
Ao seu lado papel e pena,
Lágrimas serenas,
O coração a palpitar,
Sua terra querida!
Com sabiás e palmeiras,
De braços abertos
Estava a lhe esperar.
AMADA MINHA...
Sua doce lembrança
Açoita meu mundo
Ancorando-se num adeus profundo,
Saudade sufocada
Coração dilacerado
Onde estão teus beijos?
Quase enlouqueci de tanto desejo.
Não me queres?
Sou eu, seu poeta apaixonado,
Que faz versos para te encantar,
Meu peito em chamas clama por ti,
Saudade
370
Saudade
No transe das minhas emoções
Minha alegria esvaiu-se sorrateiramente...
Partirei sem ti,
Na bagagem só saudade.
Hilton Fortuna290
GONÇALVES DIAS
Melhor que a pedra e o bronze eterno,
Do que tudo melhor:
Há de os sec´los vencer grande e superno,
O teu canto de amor!
Não pode o tempo a glória aniquilar-te
Nem teu nome olviar!
A terra em que nasceste há de te adorar-te,
Ouvindo o teu cantar!
Da raça de guerreiros descendeste,
Tão forte e tão viril,
Tu vives, grande mestre, inteiramente,
No sabngue do Brasil!
290 MORAIS, Clóvis. TERRA TIMBIRA. Brasília: Senado Federal, 1980, p. 66, Poesia compilada por Leopoldo Gil
Dulcio Vaz – Curitiba – PR – Brasil – 1952; Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Universidade Estadual
do Maranhão
Hino do Sabiá Futebol Clube291
Sou Sabiá
O time mais popular.
Sou campeão
Da princesa do sertão.
Fundado em 2007
Por um grupo de amigos
Para ser campeão!
Saiu da poesia
Das palmeiras;
Do poeta Gonçalves dias
Pra vencer nos gramados
Com brilho e muita raça
Eu sou é Sabiá
Sou Sabiá
O time mais popular.
371
Sou campeão
Da princesa do sertão
Vamos lá Sabiá
Conquistar o céu de anil
Do meu Brasil.
Tua bandeira
E um manto sagrado
Que tremula,
Quando pisa no gramado
Cada gol, cada jogada
Faz a galera gritar;
Eu sou é Sabiá.
292 Horacio Anizton - Mendoza – Argentina - 23 de febrero del año 1978, Novelista, guionista y actor.. Creador del
estilo “novel-movie” (fusión entre literatura y cine
293 Horacio Daniel Sequeira - Buenos Aires, Argentina - 20/ 09/ 1959. Atualmente residindo em Ilhéus, Bahia.
Formado como Tecnólogo em Processos Gerencias. Professor de Idioma Espanhol do ensino Fundamental,
Curso Médio e cursos de idiomas. Escritor de contos e eventualmente poesias. Obra publicada: Conto “Os
Vizinhos da Rua Lago”, Antologia Concurso Literário Bahia de todas as letras, 4ª edição. Editoras: Editus e Via
Litterarum. 2009. ISBN: 978-85-98493-59-6
Por amizade ao amor renunciou,
Sua escolha até o fim foi seu estigma,
Cicatriz que o tempo não apagou.
Fatal naufragio,
y sus palabras rotas
se acallan en los rincones
de un cuarto en penumbras.
Huérfanos de presentes
se han dormidos sus versos
mientras vuelven a su tierra
sus pasos lentos.
294 Hugo Omar Torres - Maipú Mendoza – Argentina - Presidente de S.A.D.E (2008 – 2011). Fundador del Grupo
Maipú Letras; Publicaciones en distintas revistas literarias, en distintas Provincias. Participación en Antología
Provinciales, Nacionales e Internacionales hugoomartorres@yahoo.com.ar
Tal vez en su entrega,
prendidos de una estrella
entre palmeras dormidas,
los duendes aquietados de la noche
alimente en sus versos silvestres
la sal de su existencia
vuelva el verbo a crecer
en la piel de otros poetas
reflejo de su destino.
Gonçalves Dias
Brilhante poeta,
Dos índios nos contou;
Das terras do Brasil as histórias,
Informou.
Nasceu no Maranhão.
E o guardou no coração,
Viajou por muitos lugares,
O Brasil ficou na recordação.
374
Relatou sobre o mar,
Falou também do amor,
Não se esqueceu do cantar.
Morreu no mar,
Mas deixou a saudades.
E o eterno contar.
295 Iane Giselda de Cougo Souto - Florianópolis SC – Brasil - 18-10-1962. Professora. Poemas no site http://ca-
marabrasileira.com. Obras com participação: Antologia de Poemas volume noventa e nove: Caminhos contos;
Brasilidades volume sete. O motivo que me fez participar é o desejo de perpetuar a memória de tão ilustre
poeta no Brasil e no mundo.
296 Iara Almansa Carvalho - Cachoeira do Sul/RS – Brasil - 01/11/1944, professora universitária, Bacharel em Di-
reito, membro da Academia Criciumense de Letras- ACLe, de Criciúma/SC. e da Academia de Artes, Ciências e
Letras Castro Alves, de Porto Alegre/RS.. Tem quatro livros publicados, participações em antologias e prêmios
literários. Rua XV de Novembro n° 260, apart. 601, Criciúma/SC. CEP: 88 801 140 - e-mail: iac1944@hotmail.
com
dominada pelos sentimentos à flor da pele
que explodem na sua criação literária.
Como jornalista fez ouvir seus lamentos
frente aos grilhões das minorias humilhadas
pela servidão e pelo descaso.
Na advocacia entoou sua voz
num clamor por justiça
que atravessou os oceanos.
Frustrado no amor
cantou seu afeto proibido
onde o preconceito de raça falou mais alto.
Pela segunda vez abre mão do amor
extravasando as lágrimas
no poema “Ainda Uma Vez – Adeus”
ressuscitando na pele “A Canção do Exílio”,
a Europa o deprimiu demais!
Com o coração ferido, o filho volta ao berço natal,
em viajem pelos mares turbulentos
deixa-se levar para sempre
respirando a última seiva de ar
da costa do seu Maranhão,
a morte sossega o seu espírito contrariado,
finalmente, reencontra a paz
ouvindo o canto dos sabiás e
375
sentindo a brisa das folhas das palmeiras
embaladas pelo vento do seu Estado
junto a tudo que amara na sua terra
e que por direito de nascimento levou consigo.
O Brasil venera seu filho de braços abertos
acolhendo-o na galeria de seus imortais.
CANÇÃO DO EXÍLIO
Sou natural do melhor estado do Brasil
e do mundo.
Lá, temos excelentes praias
e várias paisagens naturais.
No seu interior, há muitos fazendeiros;
no litoral, alguns portos,
donde são exportados vários produtos;
no oeste, a fronteira com o Uruguai;
mais para o sul,
a minha cidade natal, Porto Alegre,
a qual tem muitos shoppings,
297 Igor Chiappetta Fogliatto - Porto Alegre/RS – Brasil - 27 de março de 1996. Estudante do Ensino Médio do
Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Integrante do Projeto “Imagens e Textos construindo Histórias e Versos”.
Curte skate, música e jogos eletrônicos. E-mail: igor_fogliatto@hotmail.com
monumentos, museus e acesso
à Lagoa dos Patos pelo Guaíba.
Aqui, há belezas e lazeres,
mas nada se compara com as dela.
Gonçalves Dias
Poeta indianista que deu um tom nacional à nossa literatura.
Sua história, da infância a vida adulta, foi difícil e dura.
Seu pai era de origem portuguesa; sua mãe, mestiça.
Quando garoto, estudou francês, língua, para ele, postiça.
Tinha, no aprendizado da Filosofia, uma verdadeira premissa.
Latim, para alguns, caminhos obscuros; para ele, doce
aventura.
Fixado em Coimbra, produziu poesia nacionalista pura.
É considerado um dos nomes mais expressivo da lírica brasileira.
Em Portugal, poemas escreveu ao observar uma jovem fagueira,
que trazia no rosto um intenso brilho e sempre estava faceira.
Por ser mestiço, foi impedido de desposar Ana Amélia; triste desventura.
376
Anos depois, apaixonado, casou-se com Olímpia, jovem graciosa e segura.
“Seu nome, sua voz — ouvia-os
Sempre no gemer da parda rola,
No trepido correr da veia argêntea...
Que da noite o silêncio realçavam,
Os ares e a amplidão divinizando...”*
Minha CANÇÃO DO EXÍLIO
Minha terra tem dunas,
onde circulam restinguenses e turistas.
As aves, que aqui gorjeiam,
não gorjeiam como lá.
298 Ilda Maria Costa Brasil - Restinga Sêca - RS - Brasil - 04 de março de 1949. Presidente da Academia Virtual
Sala de Poetas e Escritores, Balneário Camboriú/SC, e Academia Regional de Artes e Letras Condorcet Aranha,
Restinga Sêca/RS; Embaixadora do Cercle Universel de la Paix, Genève-Suisse/France; Membre Bienfaiteur
da Societe Academique d’Education et d’Encouragement, Paris/França; Vice-governadora pela Governadoria
do Estado do Rio Grande do Sul para a Associação Internacional dos Poetas Del Mundo”. E-mail: ildamaria.
brasil@gmail.com
Em cismar, sozinha, à noite,
mais desencantos encontro na capital gaúcha.
Em minha terra, tenho amigos
que tais não encontro eu cá.
Em cismar, sozinha, à noite,
mais alegria encontro eu lá.
Minha terra tem inúmeras pessoas
que ajudaram a fazer a sua história.
Dentre elas, a Sra. Marieta Mostardeiro,
por quem tenho grande apreço.
Minha terra tem indústrias
onde operários dedicam horas de suas vidas,
buscando ganhar o alimento
que sustentará a si e a seus familiares.
As aves, que aqui gorjeiam,
não gorjeiam como lá.
Não permita Deus que eu morra,
sem que eu volte para lá,
sem que eu veja minha terra ter seu núcleo cultural,
transformada numa fonte
de desenvolvimento artístico e literário.
377
Ima Feitosa299
299 Ima Feitosa - Sherbrooke/Québec – Canadá. Não tenho nenhum livro publicado, apenas sou membro da co-
munidade de escritores e poetas amadores e profissionais ‘’Recanto das Letras’’. Alguns registros que possuo
estão impressos em pequenos livros e, ao regressar ao Brasil (próximo ano), tenho planos de publicá-los.
Irandi Marques Leite300
Dialética Indianista
I
Tua vida principia
Gonçalves Dias
De noite e de dia
Dias e noites
Rumo à poesia
II
Flutuou no espaço sideral
Na busca da poesia universal
Cantou nosso Índio
Na terra, no mar, no ar
No espaço tridimensional
III
Vagou por longas terras
Navegou além mares
Voou nos espaços infinitos
Encontrou o ponto de interseção
Do material com o espiritual
Da razão com a emoção
378
IV
Teus versos têm primores
Que não encontro em outros,
nem cá, nem lá
Tua mensagem teus amores
Que não vejo em outros,
Nem aqui, nem ali, nem acolá
V
Tua paixão por Ana Amélia
Atravessou os tempos
E espaços infinitos
Pureza de amor
Que melancolicamente brota
Da alegria e da dor
VI
Rimas ricas
Rimas melodiosas
Palavras puras
Mensagens saudosas
300 Irandi Marques Leite - São Luís - MA – Brasil - 30/11/1955. AUTOR DE: Retas da Vida (1977); O que é Interact?
(1974); Dialéitica Cultural (2012); Sapo Folia (2013); Musa Caemeira e o Sapo Folião (2013); Odisséia do Coti-
diano (1977). : irandimleite@gmail.com
VII
Emoção e percepção
Comunicação
Elementos intangíveis
Relação ser humano e natureza
VIII
Dialética
Forma objetiva
Retoques subjetivos
Concretiza conexões
Rocha suporte
Índio, história
Poeta indianista
IX
Busco a tua poesia integral
A tua mensagem derivada
- Simbolismo, modernismo, sinfonia
O último sopro da agonia
Pensando na mulher amada!
II
Terra, água, ar
Mistura heterogênea
Com tendência a homogênea
Índio, português, africano
Miscigenação, riqueza cultural
III
Empatia aos olhos
Do menino caxiense
Relação cultural prodígia
Com marcas profundas
Na sua trajetória poética
IV
O poeta fugidio
Do maranhão para portugal
Navegou na literatura mundial
Buscou livros e histórias
Voltou para os braços
Da sua terra natal
V
Navegou no sentido da vida
Até o infinito do mar
Bscou a musa querida
Com canto indígena
Cantou a terra guerrida
301 Irismarqueks Alves Pereira - Parazinho/RN – Brasil - 01/02/1983. É professor, poeta, pedagogo e conselheiro
tutelar da criança e do adolescente. Mestrando pela SAPIENS - Faculdade de Ciências Humanas - Campina
Grande/PB. Primeiro livro lançado em 2013 com o título: A poesia como incentivo a escrita e a formação do
leitor poeta. Mas tem poemas publicados em várias antologias no Brasil. Membro Vitalício da International
Writers and Artists Association – IWA.
Irsemes Wiezel Benedick
AUTO-RETRATO
Lembro-me de uma criança
com a altura dos seus sete anos e
que queria crescer sempre mais.
Tempos difíceis...
Tempos felizes...
E em resposta, escrevo:
Choro sim, amigo Gonçalves
Porque viver é penar.
E o tempo é breve e a memória é curta.
DEIXE-ME IR
“A flor dizia em vão
À corrente, onde bela se mirava:
Ai, não me deixes, não!”
Ao contrário do que diz o poeta.
Eu imploro:
Deixe-me ir...
302 Isabela Brandt - Afonso Cláudio – ES – Brasil - 28/02/1985. Filha de agricultores mora com os pais no pequeno
sítio da família no interior. Concluiu a faculdade de Pedagogia no ano de 2008 e trabalha na Educação infantil.
Email:belabra@bol.com.br
Deixe-me ir...
Porque o presente deixa suas marcas,
Indo e vindo, sem parar.
O trem da vida está partindo...
... Bosques frutíferos...
...Desertos áridos...
...Campos floridos...
Deixe-me ir...
As pedras ficaram estáticas,
E foram vencidas pelo tempo;
Consumidas pela espera...
...Contornos perfeitos...
...Detalhes imperceptíveis...
...Seres inanimados...
Deixe-me ir...
383
Tantas direções...
Tantos corações...
AO PARTIRES
Ao partires, não peça para sermos amigos.
Ao partires, não leve nada, nem lembranças.
Ao partires, não leve os sonhos, nem esperanças.
Ao partires, não leve os beijos, nem abraços.
Ao partires, não leve os sorrisos, nem as lágrimas.
Ao partires, deixe-me apenas a sensação de nunca ter te conhecido.
Ao partires, deixe-me só.
É a única coisa que podes fazer por mim.
SE TE AMO
Nessa teia de emoções que é a vida,
Roubo as palavras do poeta Gonçalves Dias:
“Para dizer que te amei:
Amo; porém se te amo
Como oiço dizer, — não sei.”
Não sei se é pressa ou vazio,
Escuridão ou meio-dia.
Não sei se é brisa leve ou ventania,
Não sei se é orgulho ou brio.
Hoje.
Se te amo?
Não sei.
CANÇÂO DO EXÍLIO DE CÁ
Minha serra tem laranjeiras
Mataram o Sabiá.
Os pássaros que aqui trinam,
Não trinam acolá.
384
Regressa ao Maranhão
Nem pensava em morrer de amor
E encontrou sua paixão
Ana Amélia, sua flor.
303 Isabela Moraes de Faria - Rio de Janeiro/ Brasil - 27/08/1995, Ensino Médio Completo com Técnico em Agro-
ecologia, e-mail: isabela_moraes27@hotmail.com
E foi no Maranhão
Perto do farol de Itacolomi
O poeta falecera
E vem, para sempre, a dormir.
Isabella Gonçalves304
A Gonçalves Dias
Não mais vejo a nossa terra
Sei lá onde foi parar
A ave já gorjeou
Cá Deus sabe, onde está!
Sinto falta
Sei que sinto
Dessa terra de poesia
Das lendas do velho índio
386
Já não vejo a esperança
Da dança de nossa música
Só enxergo é a ausência
A carência dessa musa
304 Isabella Gonçalves - Juiz de Fora/MG – Brasil - 1995. Desenvolveu sua paixão pela escrita desde pequena, mas
foi a partir dos catorze anos que passou a exercê-la com maior intensidade. Atualmente, cursa o Ensino Médio
no Rio de Janeiro e pretende graduar-se em Comunicação Social e Letras em sua cidade natal.
Isabelle Palma305
Póstumos
No desterro do naufrágio vil, morre o poeta.
Naqueles dias em que se foram tantos amores,
esperava talvez rever de mais perto a terra dos sabiás.
Sua pele cinzenta de antigas histórias, lhe proibiu Amélia.
Mas a ela, dedicou-lhe todo o seu Adeus...
Guerreiro de si, das selvas atlânticas num Maranhão esquecido...
Perdeu-se nas florestas das suas rimas,
alçou voos de longas esperanças.
Sem ter podido ousar, resignou-se no abatimento cruel de um
amor esquecido.
E abandonado no leito inquieto da nau claudicante,
reverberou seu soneto pelo grande mar-oceano...
Ismari Marcano306
AL ILUSTRE POETA
Del cristal ensueño
nacieron tus versos
Lanzados al tiempo
entre Brasil y Europa
en las alas de glorias 387
del sublime romance
El esplendor de tus jardines
de penas y alegrías…
rechazos y conquistas
¡Enamoraron la vida!
Caxias fue privilegiada
con tu excelso sentimiento
Desde el Ville de Boulogne
Voló tu Alma
para posarse en la eternidad
de tus versos
ofrecidos a la luz
Desde entonces…
has encontrado consuelo
redención y… paz
En el siempre Amor
de Ana Amélia
¡La Musa inaccesible!
305 Isabelle Palma – Paraná – Brasil - 13 de setembro de 1977. Historiadora, professora de rede estadual de ensino
no Paraná/Brasil, desde 2003. Mestre em história comparada das religiões antigas, pela Universidade Federal
do Paraná (2003).
306 Ismari Marcano - Tucupita, Delta Amacuro, Venezuela 07 de Diciembre de 1963 Docente Universitaria, Poeta
y Escritora. Su afición por la Poesía, es desde siempre y para… siempre. Cree en el Don divino que poseen los
Versos y la Prosa como medio de expresión y comunicación… del sentimiento humano. Ha participado en mu-
chos encuentros poéticos, talleres de formación literaria y recibido reconocimientos por su trayectoria. Posee
varias Obras publicadas y otras aún inéditas.
Iva da Silva307
DE ORIGEN LETRADO
Antônio Gonçalves Dias
de Maranhão, tu cuna y tierra.
Un ser humano lleno de sueños,
luz que hizo de la literatura vida.
307 Iva da Silva - São Francisco de Paula – RS – Brasil - 14 de dezembro de 1952. Professora, poeta e pesquisadora.
Diretora da Escola Estadual do distrito de Tainhas por dezessete anos, hoje aposentada. é Cônsul Honorífica
da Real Academia de Letras Ordem da Confraria dos Poetas Porto Alegre/RS.
308 Ivan Carrasco Akiyama - La Paz- Bolivia - Embaixador da Cultura Universal G.H.
Un sentir nacionalista en tus letras vibraba,
entre asuntos del pueblo y paisajes brasileños.
Gonçalves Días dejaste una idea de Brasil,
como legado nacional de sus raíces .
COMO ESCRIBIAS
Los Primeiros Cantos,
de la uniformidad fueron privadas.
Las estrofas tenían la fuerza
que dimanan del desprecio por las reglas
TU INSPIRACION SERENA
El placer de haber compuesto,
era la frase favorita de tus letras.
Tu espíritu caliente remeció la historia,
Y hoy estas en el mañana de la gloria.
309 Izabel Eri Camargo – Soledad – RS – Brasil - 06 de maio de 1934. Professora/ pedagoga (aposentada), escritora
e poeta, Autora de vários livros de poesia, haicais, contos e ensaio. Integra o Cercle Universel des Ambassa-
deurs de La Paix Genève-Suisse/France, o Movimento Mundial dos “Poetas del Mundo”, a Academia Brasileira
de Estudos e Pesquisas Literárias do Rio de Janeiro/RJ, a Academia de Artes, Ciências e Letras Castro Alves, de
Porto Alegre/RS, o Portal CEN de Portugal...
Izabella Muraro de Freitas310
CANÇÃO DO EXÍLIO
Na região, onde estou
realizando trabalho voluntário,
atividade que muito gosto,
mais parece terra de ninguém.
Terra nossa por direito,
constantemente ameaçada
sem pudor e respeito;
terra que de seu povo,
por várias vezes, quase foi tomada.
Defendida a balas e a facadas;
morreram um, dez, mais de cem.
Mesmo com estruturas abaladas,
há donos da terra de ninguém.
Na região sul, donde vim,
preservamos paz, solidariedade,
amor e fraternidade.
391
J. Auto Pereira311
310 Izabella Muraro de Freitas - Porto Alegre/RS – Brasil - 03 de julho de 1996, Estudante do Ensino Médio do
Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS; Desenhista profissional; Membro Efetivo do Projeto “Vida, Amor e Paz”,
do “Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix, Suisse/France”. Integrante do Projeto Literário “Porta copos
poéticos”, 2012; e do Grupo de Escoteiros “Charruas/003-RS. E-mail: einscheitern@gmail.com
311 Leal, Henriques, Pantheon Maranhense, São Luís, 1874, p 538-540. Poesias compiladas por Weberson Fer-
nandes Grizoste - Jauru – MT – Brasil
Esqueço Malfilátre no seio da miséria,
assim como de Byron também o ceticismo;
um Tasso não recordo gemendo da amizade,
assim como escureço d’Werner o cinismo.
J. B. Xavier312
MENINOS, EU VI!
Do destemido e lusitano barco
Desceu Cabral e pondo a Cruz aqui,
Depôs sua arma, o índio apôs seu arco,
E fez-se amigo ao povo guarani.
Gonçalves Dias, que de tal herança,
Herdou o amor ao povo hospitaleiro
Cantou os feitos e toda a esperança
Nos versos nobres do canto guerreiro.
Em fundos vasos de alvacenta argila*
Bebem guerreiros o amargo cauim
E Já pintados pela cochonila
Ao prisioneiro já anuncia o fim.
312 J. B. Xavier - São Franciso do Sul – SC - Brasil, 59 anos, é poeta, contista, ensaísta, trovador pintor, desenhista
e romancista. Livros publicados: Caminhos, edtit. Alta Books, Rio de Janeiro, 2003; Não haverá Amanhã - Edit.
Takion, São Paulo, 2012. Site: www.jbxavier.com.br
Cena de orgulho de um povo valente,
Canto guerreiro a ecoar na noite
Um velho pai já cego e decadente
Também chorando vê do filho o aloite.
Cantou em versos o que ao povo inflama
Filho guerreiro, na aldeia Aimoré,
Nos versos todos de I-Juca Pirama,
Lutou chorando, mas morreu de pé!
Depois, por certo, se algué duvidava,
Do que um dia aconteceu ali,
O aimoré já velho recontava:
“Foi nesta aldeia, meninos, eu vi!”
O CANTO GUERREIRO
Selva sombria! grandes carvalhos
Se afastam de lado a ceder aos atalhos
A vez de percorrer a floresta densa...
Caminhos escuros que os índios aprontam
Se cruzam, se afastam, de novo se encontram,
Formando clareiras na selva imensa...
A onça se esgueira, ligeira, felina,
394 A lua que nasce por trás da colina,
E o sabiá, que no galho dormita,
Dão cores à mata, e o ruído que fazem
Embalam o sono de outros que jazem
No chão e nos ninhos. A vida palpita!
Pasma a aldeia!
Jamais a floresta
Ouviu coisa assim!
Que os deuses em festa,
Se o tenham ouvido, não queiram vingança...
GLOSSÁRIO da parte 01
313 Leal, Henriques, Pantheon Maranhense, São Luís, 1874, p Leal, Henriques, Pantheon Maranhense, São Luís,
1874, p 537-538. Poesias compiladas por Weberson Fernandes Grizoste - Jauru – MT – Brasil
J. R. D’Oliveira Santos
PARTE LITTERARIA
(Improviso)
314 Jornal O Paiz, 10 de novembro de 1864, Poesia compilada por Leopoldo Gil Dulcio Vaz – Curitiba – PR – Brasil
– 1952; Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Universidade Estadual do Maranhão
Envólucro d’ um’ alma grande e nobre,
Alguns palmos de terra era mui pobre
Jazigo a genil tal.
Do atlântico a vasta sepultura
É mais própria, de certo, e mais n’ altura,
Do cantor immortal.
Dorme, pois, do Brasil cantor mui terno,
Entre as vagas azues, que o somno eterno
Perturbar-te não vou.
Do teu fim, pesaroso e condoído,
Pude apenas soltar este gemido,
Com que a Lyra estalou.
J. Ramos Coelho315
PROFECIA
À MORTE DE GONÇALVES DIAS
Bardo, foste profeta. Nos teus versos
Com a pena cruel e inevitável
Do próprio fado, esclarecido o ânimo,
Teu destino fatal assinalaste.
Quando, feliz ainda, abandonando
A pátria cara, aos teus fieis amigos
404
Na flor da primavera adeus disseste,
Estas, em mal, fatídicas palavras
Te saíram dos lábios, segredadas
Talvez por Deus; recônditos mistérios!
“Porém quando algum dia o colorido
Das vivas ilusões, que inda conservo
Sem força esmorecer e as tão viçosas
Esperanças, que eu educo se afundarem
Em mar de desenganos, a desgraça
Do naufrágio da vida há de arrojar-me
À praia tão querida que ora deixo.
Tal parte o desterrado. Um dia as vagas
Hão de os seus restos rejeitar na praia,
Donde tão cedo se partira e onde
Procura a cinza fria achar abrigo”.
315 Fonte: MOREIRA, Maria Eunice, Gonçalves Dias e a crítica portuguesa no século XIX, Lisboa, Centro de Litera-
turas e Culturas Lusófonas e Europeias, 2010, 208-212. Compilador: Weberson Fernandes Grizoste
E quão ditoso
Eras então, embora no alaúde,
Alma que à terra presa ao céu subia,
Te queixasses da vida! De esperanças
Risonho o teu futuro se enramava.
Ciência, amor, felicidade, glória
Eram os sonhos teus. Sob os teus passos
Da juventude as ilusões nasciam,
Como nascem as rosas sob os passos
Da primavera, quando após o inverno,
Vem a terra animar. Como tão esplêndido,
Tão extenso horizonte, que aos teus olhos
Das mais formosas cores se adornava
Da nascente manhã, dos pátrios lares,
Te despediste, e, atravessando 0 oceano,
Nas margens do poético Mondego
Colher vieste do saber a palma.
Ai, sob a ramagem dos salgueiros,
Do rio ao murmurar, tu’alma jovem
A harmonia aprendeu; aí, ao brilho
Da nossa lua e cintilantes astros;
Ai, do nosso belo firmamento
Ao fogo criador, soltaste o voo
Pela primeira vez, e, com saudade
405
Do longe berço, de sentido pranto
As meigas cordas orvalhaste à lira.
NATUREZA EXALTADA
Poeta, Dias ilustres foram
Todos os que tu estiveste nesta terra.
A natureza nunca sentiu-se
Tão lisonjeada nos teus cantos.
Cantos de amor, cantos de saudade.
316 Jackson Douglas Silva – São Luís – M – Brasil - 13 de Outubro de 1985. Universidade Federal do Maranhão/
Curso: Letras
Gonçalves, Dias tristes
Foram muitos para nós,
Pois a tua partida trouxe-nos saudade.
Saudade que nos leva a ler e ouvir
O teu cantar e exaltar.
Jackson Franco317
De volta ao mar
Nas tuas idas Gonçalves Dias
Deixaste o mar de tua terra o Maranhão.
Porém nas tuas vindas pra cá,
408
Voltaste ao teu amado rincão.
317 Jackson Franco - Campo Grande –Recife –PE – Brasil. Economista pela UFPE. Livros publicados: “História de um
livro”, infanto-juvenil, pela editora Scortecci; “@puft! Contos de um estranho,novo,mesmo mundo”, e-book
pela editora Jaguatirica; “Verdinha, a pequena cana-de-açúcar” , infantil, premiado em 2011 pela FUNESC-PB,
a ser publicado em 2012. Endereço:Rua Jonas Guerra,67-apto.204-Campo Grande –Recife -PE-CEP 52.040-
253. Fones:81-3426-5835 / 9673-7956. e-mail: jacksongara@hotmail.com
Quando escreveste:
“Não permita Deus que eu morra
Sem que eu volte para lá”.
Morreste no Maranhão e no teu querido mar.
Ana Amélia
Este amor, adormecido com As Tormentas
repousado nas ondas de lágrimas
que outrora arrastaram os destinos
do que poeta e sua flor podiam ter vivido
318 Jacqueline Collodo Gomes - Campinas/SP – Brasil - 26 de Outubro de 1987 é uma jovem escritora indepen-
dente. Já teve publicações de poesias e textos em antologias com outros autores, boletins, revistas locais e
jornais de literatura. Mantém um blog onde divulga seus escritos: Ah, Poesia! http://ahpoesia.blogspot.com
Jacqueline Salgado319
Sabe lá
Ai, que mistérios rondam,
O lugar onde eu nasci?
Quem terá me nascido?
Cegonha eu sei que não foi,
Não tem dessa ave por lá.
Mas minha terra tem palmeiras...
CANTA SABIÁ
Tem palmeiras minha terra
Pra cantar o sabiá
No exílio não há plantas
Tão bonitas como cá
319 Jacqueline Salgado - Viçosa/MG –Brasil - 19/03/75. Graduada em Belas Artes pela Universidade Federal de
Minas Gerais, UFMG (2000), pós-graduada em História (2003). Como escritora, possui trabalhos publicados
em nove coletâneas e é autora de um livro infantil “A Menina a Pedra e o Ribeirão”, Editora UFV/2010, além de
inúmeros prêmios e menções honrosas. Foi contemplada em maio de 2008 com o primeiro lugar no Concurso
“Leia Comigo” de incentivo à leitura, promovido pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ).Vive
em Belo Horizonte onde trabalha com pesquisa e gestão de projetos culturais.
320 Jacy Gonçalves Ribeiro - Pelotas, RS, Brasil - 19 de março de 1940. Teve sua iniciação literária em 1985, publi-
cando poemas nos jornais e revistas de várias cidades. Já participou de dezenas de antologias e publicou três
livros: Em 2007, “O canto do rouxinol” (poesia); Em 2008, “Uma noite de sonetos” (poesia); Em 2008, “50 Anos
de História do CSS” (história). É associado do Centro Literário de São Leopoldo há 17 anos e sua assinatura
literária é “J.G.Ribeiro”.
Jainara Martiny321
TRAGÉDIA GREGA
411
321 Jainara Martiny - Canoas/RS – Brasil - 14 de junho de 1982. Estudante de Filosofia e Jornalismo na Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
322 Jailton Silva Matos - Jai Matos della Rosa - Salvador – BA – Brasil - 30/05/1976 - escritor, poeta, prosador,
blogueiro e administrador de páginas de poesia no Facebook. Escrevo também poesia para o jornal Opinião
de Monte Mór.
Jamil Damous 323
O TURISTA EXILADO
Quando cheguei sozinho a Paris
e, cansado da viagem, me deitei
naquele quarto de hotel barato
e tentei fechar os olhos já saturados
de tantas imagens,
323 Jamil Damous – Turiaçu – MA – Brasil - 7 de setembro de 1953. Foi para São Luís aos dez anos de idade e
para Belém do Pará aos quinze, onde sua carreira de poeta, letrista de MPB, jornalista e publicitário. Chega ao
Rio de Janeiro aos 23 e logo lança seu primeiro livro de poesia, “Tempo Turiense e Outros Tempos”.
de si mesmo ali espia
as janelas fechadas.
Se morre de amor?
Não, de amor não se morre.
Vi o poeta dizer.
Se é uma triste alucinação
Te cobre por completo o coração
causa dor, turbulência
Sim, isso é triste dizer.
quod non amoris est
É ilusão e falência.
324 Jandy Magno Winter - São Félix – Bahia - Brasil - 18 de agosto de 1976. Escrevo poesia desde minha adoles-
cência, não obstante não tenho nada publicado. Atualmente estudo Filologia hispânica e latino-americana e
pedagogia na universidade de Frankfurt em Alemanha. Trabalho como educadora infantil. Escrevi o livro Pó de
amor atroz e Antologias poéticas ainda não publicados. Possuo um blog, no qual divulgo as minhas poesias:
Gelassenheit (http://geelassenheit.blogspot.de/), onde faco também a moderação.
Não se há de desfalecer o espirito
Porque ele restaura e revigora a alma
Chama para a vida, dar saber
E curar as mais chorosas feridas
Abranda a mais severa lida
Amor vincit omnia
O amor suficiente é
O Amor desconhece fronteira
Idade, gênero e cor.
O amor identifica o amor.
É a luz que ilumina a estrada escura.
É bussola para navegantes
É o olho latente que não cansa, espera.
Diante dele não há cortinas de palavras
que possa transcrevê-lo
que esconda o segredo
porque o amor é verdade
Partilha
É o farol em alto mar.
É o próprio Deus.
Força nos momentos mais difíceis.
Solidez!
325 Jane Rossi - Guarulhos – SP – Brasil – professora com pós graduação na Educação Especial, escritora, poetisa,
antologista e ativista cultural.É mentora e idealizadora do Projeto Antologia Alimento da Alma pela All Print.
Mentora e idealizadora do Projeto Poetas da Escola, pois seu objetivo é induzir o aluno a ler por prazer e não
por obrigação. é membro correspondente de nove Academias de Letras e Artes e duas Federações, é Sena-
dora Cultural por Guarulhos na FEBACLA, Embaixadora da Paz/ Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix
Suisse/ France.
Janete Henrique Serralvo326
Gonçalves Dias...
Palavras magníficas soltas no tempo,
Poesias maravilhosas inspiradas
Por um amor a desalento.
O corpo jovem padeceu e...faleceu.
A alma não se despediu, não morreu.
Sua energia está sacramentada.
Sua marca poderosa enraizada,
Na lembrança de muitos amores,l
De cada um de nós sonhadores.
Muitos anos se passaram,
Muitas gerações mudaram,
No universo, na boca, no papel,
Dia após dia, Gonçalves Dias
Aqui está em nossa companhia.
Saudade e Paixão -
(Tributo ao poeta Gonçalves Dias)
Guardo terna lembrança de meus livros na infância
418
Quando aprendia a ler minhas lições na voz de mamãe
Alagada em rio de emoção ao declamar com ardor
A dor maranhense fluida da boca do filho do coração.
Seus belos e sentidos versos pintaram-me palmeiras e aves
Sem igual em qualquer lugar fora da terra da sua sensibilidade
Mergulhei em sua poética e fiz-me parte do seu amado chão.
Quando me afasto do seu aconchego, sinto a tristeza do banzo
Doer e moer minhas mais secretas entranhas em saudade e paixão.
E quedo-me em saudades e choros
E o ardente desejo de voltar ao meu torrão
Sentir o beijo do sol e o solfejo do vento.
.
O gorjeio das aves sob coqueiros, céu e o mar
Acenar a flâmula de fogo na praia de meu coração
Então poeto a Gonçalves minha eterna admiração.
326 Janete Henrique Serralvo - Mairiporã-SP – Brasil - 03 de abril de 1977. Aos 10 anos de idade participou com
uma poesia num livro da cidade. Apaixonada por música e pela arte. Retornou suas escritas em março de
2012, com determinação e inspiração. E mail: janeteserralvo@gmail.com
327 Jania Souza da Silva - Natal/RN - Brasil - 03/05/1956. Publicou Rua Descalça pelas Edições Bagaço/PE em
2007; Fórum Íntimo e o livro infantil Magnólia, a besourinha perfumada pela Editora Alcance/RS em 2009;
Entre Quatro Paredes, em 2011, pela Corpos Editora do Porto/Portugal. Participação em coletâneas nacionais
e internacionais. Sócia da SPVA/RN; UBE/RN; AJEB/RN; APPERJ; Clube dos Escritores de Piracicaba/SP.
Janio Felix Filho328
O berço
Ah! Caxias!
Tuas palmeiras foram
Inspiração nas mãos
De Gonçalves dias
Eternas recordações
Para quem longe
Também vivia
Querendo esta perto,
Noites e dias
Da pátria querida!
Ó! Maranhão!
Tuas praias!
Tuas praças,
419
Teu teatro
Tua cultura,
Foram palcos
Tuas ruas caminhos
De um menino andarilho
Contemplado
Nas bibliotecas do mundo
Inteiro...
Em suas composições
Exilado,
Em muitas solidões.
Ó! Cidade!
Saudosa em sua proclamação,
Morada e refugio
Em suas composições
De um menino modesto
Senhor de uma paixão.
328 Janio Felix Filho – Jaru - RO – Brasil - 25 de fevereiro de 1980. Escritor, poeta, contista, romancista, cronista
AUTO RETRATO
Outro dia
Ouvir falar
De Gonçalves Dias
Na ocasião eu não
Compreendia
As moças falavam:
É o poeta do amor!
Em sua indagação:
To certa meu senhor!
Dizia a moça
Pedindo minha
Confirmação.
Sem poder
Confirmar sua aprovação
Resolvi sair daquela confusão,
Em que a moça insistia:
Ele era filho de comerciante!
Sim, o fundador da revista Guanabara!
Natural do Maranhão.
Outro dia
420
Depois desta ocasião
Numa viagem de avião
Ao lado de uma jovem singela
Notei em suas delicadas mãos
Um livro com uma:
Canção do Exílio.
Hoje conheço
A vida e a morte
De um home de muita sorte
Com quem Olímpia Costa se casou
Porque o destino não deixou
Que ele vivesse seu amor
Ana Amélia do Vale
A quem mais uma vez,
Ainda uma vez - Adeus!
Lhe deu
Jean-Paul Mestas330
421
CINQ POÈMES À GONÇALVES DIAS
ET ANA AMELIA EN SOUVENIR
La pluie impunitive
un dernier vol
dans la nuit noire où le silence
est inquiet d’être seul
à crier au secours
alors que tant de voix
naviguent dans l’espace
et que les démons prennent soin
de clouer le bec aux étoiles
en attendant l’inévitable
aux portes des soupirs…
AMIS ?...
Mes Amis du Brésil
semblent tellement loin
que je m’accroche à des images
329 Jaqueline Maria Ribeiro - Teresópolis/RJ - Brasil - 11/01/1997. poetaluna do 9.º Ano da E. M. Alcino Francisco
da Silva, em Teresópolis/RJ, e já traz um vasto currículo literário, incluindo a Menção Especial no XXII Concurso
de Poesias da ALAP, no Rio de Janeiro/RJ. Professor orientador: Carlos Brunno S. Barbosa
330 Jean-Paul Mestas - Paris – França - 1925. Engenheiro e escritor, conferencista, crítico, ensaísta, poeta, profes-
sor de literatura romena na Sorbone e tradutor. A sua obra conta com mais de 60 livros. Ele é fundador dos
Cadernos de Poesia Jalons, com Christiane, sua esposa, que é pintora. Suas obras são traduzidas em muitas
línguas, entre as quais, o Português. Tem inúmeros artigos e apresentações em antologias, jornais e revistas
de 36 países. E mail: mestas.chris@gmail.com
insolites pour les trouver
en bordure de mon chemin ;
autour de l’horizon
les revenants s’amusent
à récupérer des sourires
autrefois suspendus
au florilège de l’amour.
422
VIVEZ…
Vivez je vous en prie
comme les peupliers sensibles
aux revers de chaque saison
parfois rebelle au devenir
de la lumière ou des nuages
alors même que le bonheur
semble tourner en rond
comme une question maladroite…
RETOUR EN ARRIÈRE
Terre et sang oui
Un passé me tourmente
et les mots s’y accrochent
en guettant des ombres perdues
qui semblent refaire surface
alors que l’horizon s’accote
à de nouvelles apparences
invitées à survivre
au prix d’un retour en arrière.
Jeanne Cristina Barbosa Paganucci331
De sua poesia
O amor, a dor, o amanhã
Percorrem as veias do poeta
De mil formas desfolha e encerra 423
Em palavras o que d’alma entendia
331 Jeanne Cristina Barbosa Paganucci - Salvador – BA – Brasil - 17/05/1977. Poeta, ensaísta, escritora, graduanda
em Letras Vernáculas pela UESB/Campus de Jequié; monitora de Literatura Portuguesa, com pesquisa sobre o
mito da saudade em Inês de Castro; bolsista voluntária de Iniciação Científica do Projeto Emília vai à Escola do
Estale/UESB/CNPQ; bolsista do Pibid Letras/Capes. Mora em Maracás, na Bahia.
Graciosidade, postura, êxtase
Em que de pura chama se condensam
De duras penas se esvai
E não atinge emoções do ser real
Soneto ao poeta
O poeta é aquele pecador
O indiferente e o desassossegado
A imagem perfeita do querer
Que se imagina perdido e encontrado
Amélia
Não tive coragem aquele dia...
Sob a negativa dos meus algozes,
vejo sua imagem reclusa no espelho,
os olhos refletidos e um calado pedido de socorro.
CANÇÃO DO EXÍLIO
Rio Grande do Sul, minha Terra ... meu Sul.
No inverno é muito frio;
no verão, derrete até bombril.
As praias do Rio Grande do Sul
são bonitas
e cheias de “farofeiros”.
334 Elias Antunes - João Elias Antunes de Oliveira - Goiania – GO – Brasil - 1964. Cursou Direito, na Universidade
Católica de Goiás. Em 1993, por concurso, entrou no TJDFT. Concomitantemente, foi professor de História da
Filosofia, de Redação, de Direito e Legislação e de Estética Literária. Duas vezes aprovado no curso de Mestra-
do em Teoria Literária da UnB. FONE: (61) 3541-4997. E-mail: jeliasantunes@bol.com.br
335 João Fernando Gasparotto Steigleder - Porto Alegre/RS – Brasil - 02 de janeiro de 1997. Estudante do Ensino
Médio do Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Integrante do Projeto “Imagens e Textos construindo Histórias e
Versos”. E-mail: gasparjonny@hotmail.com
De vez em quando, subo
para Santa Catarina.
A ilha da magia
parece até uma orgia.
Nas praias, só se vê surfistas.
E eu acabo surfando
e gostando da brincadeira.
É muita emoção
para o meu coração,
que continua naquela “bateção”,
até eu cair de cara no chão.
Amo o Rio Grande do Sul
e Santa Catarina também.
Dias e dias
Entre dois rios,
Na mesopotâmia maranhense,
Nasceu um homem muito competente
Um Gonçalves diferente
Advogado e Poeta Caxiense
427
Tragado pelo naufrágio do Ville Bologna - carrasco navio.
336 João Gomes da Penha Filho - Lago da Pedra – MA – Brasil - 01/04/1990. É Acadêmico de Engenharia Química/
UFMA; Astrônomo Amador; Presidente e membro-fundador, titular da cadeira 001, da Academia Lagopedren-
se de Letras e Artes. Autor e organizador do livro “Enlace” (Poemas). e-mail: jgomespf@hotmail.com
337 João Marcelo Adler Normando Costa. São Luís-MA – Brasil - 11/04/2002. Cursa o 6º ano no Colégio Cres-
cimento. Tem participação na obra Coletiva “COLÉGIO DOM BOSCO APRESENTA SANSÃO E DALILA”, Projeto
Ópera para todos, 2008. É co-autor (juntamente com Daniel Victor Adler Normando Romanholo e Dilercy
Aragão Adler), do livro Infantil, “Uma história de Céu e Estrelas, São Luís-MA, 2011.
Gonçalves voltou para seu lar brasileiro
Maranhão, Estado dos apaixonados
e valentes guerreiros.
Quando no oceano – ia
De todo sumir-se o sol,
Eis que apressado aos cantores
Chega e falla um rouxinol:
“Meus irmãos por natureza,
“Da natureza cantores,
“Trocai as notas de amores
“Pelas notas da tristeza!
338 Publicador Maranhense 1862, agosto, Poesia compilada por Leopoldo Gil Dulcio Vaz – Curitiba – PR – Brasil –
1952; Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Universidade Estadual do Maranhão
“Vindo ouvir a triste nova,
“Vós também, rio, parai!
“S’ elle também vos cantou
“Meu triste brado escutai!
“No além-mar, solo meu,
“Deu ab brisa a nova triste
“Quem vos cantou não existe,
“Gonçalves Dias morreu.
Os bosques frondosos,
As lindas florestas,
Os lares saudosos
As noutes, as sestas,
Teu canto, poeta,
Jamais ouvirão!
429
A voz predilecta,
Que quando cantava.
A’ tudo enlevava,
Não dirá mais flores;
Os plumeos cantores
Jamais gosarão.
AO VATE
Nessun maggior dolore...
Dante
339 João Nery Pestana - Cururupu – MA – Brasil - 1964. Onde viveu até a adolescência, quando já manifestava ten-
dências literárias. É titular da cadeira n. 18 da Academia de Letras de Ribeirão Preto/SP, tendo como patrono
Gonçalves Dias.Blog: www.jneryliteral.blogspot.com. E-mail: jotanery7@hotmail.com
AH, MAR!
Frappé de ta grandeur farouche
Je tremble... est-ce bien toi, vieux lion que je touche,
Océan, terrible ocean! Turquety
o mar do maranhão
tem cor de íris perene
olor transitivo de sol
o mar do maranhão
são vozes mudas
que bebem homens
o mar do maranhão
lava a alma dos rios
onda anda ronda
exausto naufraga-se
e feito saudade
se guarda em mim.
QUIMERA
A Ana Amélia
430
I
pérfida é a minha crença
num amor durável e sedutor
ermas as minhas horas
infinda a minha dor
ímpia caminha a minha lida
delineada por alfanjes afiadas
pouco a pouco morrem-me a vida
e as paixões outrora abrasadas
debalde ausento-me de mim
para fugir aos laços
dos meus cruéis anseios
se são meus grilhões
os teus infandos braços
sejam teus meus devaneios.
II
Oh! rouvre tes grands yeux dont la paupière tremble,
Tes yeux pleins de langueur;
Leur regard est si beau quand nous sommes ensemble!
Rouvre-les; ce regard manque à ma vie, il semble
Que tu fermes ton coeur.
Turquety
feito pintura rupestre
vou tingir a tua alma
atingir a tua calma
maquiar os teus mistérios
vou me tatuar na tua essência
desvendar a inocência
que moldura os olhos teus
vou vestir-me de segrel
vou a pé a Portugal
pra chamar tua atenção
vou morar num calabouço
mutilar minha quietude
vou viver de solidão
vou fazer greve de sonho
vou mudar o meu destino
como quem troca de roupa
cumpro qualquer penitência
se ganhar de recompensa
um cantinho desse céu
que se esconde na tua boca.
III
Mon Dieu, fais que je puisse aimer!
S. Beuve
431
CANÇÃO DO EXÍLIO
Aqui, em Tramandaí,
a cidade é pacata e harmoniosa;
em Porto Alegre há muita poluição
e ruídos.
Aqui, as atrações são o mar
e os dias ensolarados;
lá, o pôr do sol é o destaque;
casais reúnem-se
à beira do Guaíba para vê-lo.
Em Porto Alegre, ver as estrelas
é difícil;
aqui, a constelação é brilhante.
Em Tramandaí, há uma variedade
de grupos;
lá, o grupo dominante, são os idosos.
CANÇÃO DO EXÍLIO
Minha terra tem florestas
432
onde falam os papagaios.
Os papagaios que aqui falam
não falam como os de lá.
Nosso céu tem lindos raios solares;
nossas várzeas bons jogadores;
nossos bosques têm mais linhas;
nossos políticos nada fazem, só enrolam.
Em espirrar sozinho, à noite,
mais prazer encontro eu lá.
Minha terra tem florestas
onde falam os papagaios.
Minha terra tem pastores
que andam de lá para cá.
Em espirrar sozinho, à noite,
mais lazer encontro eu lá.
Minha terra tem cachoeiras
que encantam homens e aves.
340 João Pedro Estrela Gonçalvez - Porto Alegre/RS – Brasil - 01 de novembro de 1997. Estudante do Ensino Mé-
dio do Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Integrante do Projeto “Imagens e Textos construindo Histórias e
Versos”. Curte música e jogos eletrônicos. E-mail: jpestrela2007@hotmail.com
341 João Pedro Mandarino Lopes - Porto Alegre/RS – Brasil - 22 de novembro de 1994. Estudante. Vice-Diretor
Social e Membro Fundador da Academia de Letras Machado de Assis, Porto Alegre/RS, Cadeira 21, Patrono
Alceu Wamosy; Membro Efetivo da Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores, Balneário Camboriú/SC; da
Liga dos Amigos do Portal CEN, de Portugal; e, da Associação Internacional dos Poetas del Mundo. Coautor dos
Romances Interativos: “Fantástica história de um mundo além da imaginação” e “Um Enigma”. E-mail: jpml_@
hotmail.com
Não permita Deus que eu morra
sem que eu veja nossas florestas
onde falam os papagaios.
342 João Rodrigues de Oliveira Santos - Foi fundador e sócio benemérito do Gabinete Português de Leitura do
Maranhão e membro efetivo do Instituto Literário Maranhense.
343 Santos, 1868, 12-14. Poesias compiladas por Weberson Fernandes Grizoste - Jauru – MT – Brasil
Invólucro d’um alma grande c nobre.
Alguns palmos de terra era mui pobre
Jazigo a gênio tal!
Do atlântico a vasta sepultura
É mais própria, de certo, e mais n’altura
Do cantor imortal!
CANÇÃO DO EXÍLIO
Minha terra tem o mar
e o mais puro ar.
O sol que aqui brilha,
não brilha como lá.
434
À noite, quando chega,
brilha bela como o luar .
Os golfinhos aqui saem
com frequência para nadar
como nunca fazem os de lá.
344 João Vitor de Souza Bastos - Criciúma/SC – Brasil - 10 de abril de 1994. Atualmente, reside Porto Alegre/RS.
Filho de Fátima de Souza Bastos e Artur Cezar Bastos Neto. Estudante do Ensino Médio do Colégio Conhecer,
Porto Alegre/RS. Integrante do Projeto “Imagens e Textos construindo Histórias e Versos”: “Caixas Poéticas”,
2012. Curte o mar, festas e viajar. E-mail: jvsbastos@hotmail.com
Joaquim José Teixeira345
A A. GONÇALVES DIAS
Gonçalves Dias – Lê-se no Correio Mercantil
O SR. Dr. Joaquim José Teixeira fez-nos o obsequio de offerecer esta
promorosa poesia:
A’ A. Gonçalves Dias
A Gonçalves Dias347
345 O Paiz, novembro de 1864, Poesia compilada por Leopoldo Gil Dulcio Vaz – Curitiba – PR – Brasil – 1952; Insti-
tuto Histórico e Geográfico do Maranhão; Universidade Estadual do Maranhão
346 Machado de Assis - Rio de Janeiro – RJ – Brasil - 21 de junho de 1839, e faleceu também no Rio de Janeiro, em
29 de setembro de 1908. jornalista, contista, cronista, romancista, poeta e teatrólogo,. É o fundador da Cadei-
ra nº. 23 da Academia Brasileira de Letras. Velho amigo e admirador de José de Alencar, que morrera cerca de
vinte anos antes da fundação da ABL, era natural que Machado escolhesse o nome do autor de O Guarani para
seu patrono. Ocupou por mais de dez anos a presidência da Academia, que passou a ser chamada também de
Casa de Machado de Assis.Assis, 1976, 407-411.
347 Poesias compiladas por Weberson Fernandes Grizoste - Jauru – MT – Brasil
Assim vagou por alongados climas,
E do naufrágio os húmidos vestidos
Ao calor enxugou de estranhos lares
O lusitano vate. Acerbas penas
Curtiu naquelas regiões; e o Ganges, 5
Se o viu chorar, não viu pousar calada,
Como a harpa dos êxules profetas,
A heróica tuba. Ele a embocou, vencendo
Coa lembrança do ninho seu paterno,
Longas saudades e míseras tantas. 10
Que monta o padecer? Um só momento
As mágoas lhe pagou da vida; a pátria
Reviu, após a suspirar por ela;
E a velha terra sua
O despojo mortal cobriu piedosa 15
E de sobejo o compensou de ingratos.
Mas tu, cantor da América, roubado
Tão cedo ao nosso orgulho, não te coube
Na terra em que primeiro houveste o lume
Do nosso sol, achar o último leito! 20
Não te coube dormir no chão amado,
Onde a luz frouxa da serena lua,
Por noite silenciosa, entre a folhagem
Coasse os raios húmidos e frios,
436
Com que ela chora os mortos... derradeiras 25
Lágrimas certas que terá na campa
O infeliz que não deixa sobre a terra
Um coração ao menos que o pranteie.
Vinha contudo o pálido poeta
Os desmaiados olhos estendendo 30
Pela azul extensão das grandes águas,
A pesquisar ao longe o esquivo fumo
Dos pátrios tetos. Na abatida fronte
Ave da morte as asas lhe roçara;
A vida não cobrou nos ares novos, 35
A vida, que em vigílias e trabalhos,
Em prol dos seus, gastou por longos anos,
Co’essa largueza de ânimo fadado
A entornar generoso a vital seiva.
Mas, que importava a morte, se era doce 40
Morrê-la à sombra deliciosa e amiga
Dos coqueiros da terra, ouvindo acaso
No murmurar dos rios,
Ou nos suspiros do noturno vento,
Um eco melancólico dos cantos 45
Que ele outrora entoara? Traz do exílio
Um livro, monumento derradeiro
Que à pátria levantou; ali revive
Toda a memória do valente povo
Dos seus Timbiras... 50
Súbito, nas ondas
Bate os pés, espumante e desabrido,
O corcel da tormenta; o horror da morte
Enfia o rosto aos nautas... Quem por ele,
Um momento hesitou quando na frágil 55
Tábua confiou a única esperança
Da existência? Mistério obscuro é esse
Que o mar não revelou. Ali sozinho,
Travou naquela solidão das águas
O duelo tremendo, em que a alma e corpo 60
As suas forças últimas despendem
Pela vida da terra e pela vida
Da eternidade. Quanta imagem torva,
Pelo turbado espírito batendo
As fuscas asas, lhe tornou mais triste 65
Aquele instante fúnebre! Suave
É o arranco final, quando o já frouxo
Olhar contempla as lágrimas do afeto,
E a cabeça repousa em seio amigo.
Nem afetos nem prantos; mas somente 70
A noite, o medo, a solidão e a morte.
A alma que ali morava, ingênua e meiga,
Naquele corpo exíguo, abandonou-o,
437
Sem ouvir os soluços da tristeza,
Nem o grave salmear que fecha aos mortos 75
O frio chão. Ela o deixou, bem como
Hóspede mal aceito e mal dormido,
Que prossegue a jornada, sem que leve
O ósculo da partida, sem que deixe
No rosto dos que ficam, — rara embora, —
Uma sombra de pálida saudade. 80
Aos Maranhenses349
I
Eis o Profeta sagrado.
Mensageiro do Senhor;
Na poesia embalado:
Eis o grande trovador:
Eis o bardo enobrecido
Das Musas filho querido;
Excelso Profeta de Deus,
Que em todo mundo s’encerra,
Grandioso cá na terra,
Inda maior lá nos céus!
II
Poeta nobre e sagrado
Do Brasil o pedestal,
Gênio soberbo, inspirado
Pela musa divinal,
Grande vate enobrecido,
Das Musas, filho querido,
Imortal d’estas ribeiras,
Recebe o meu canto pobre,
Que se humilha ao bardo nobre,
Ao grã cantor das palmeiras;
No branco leito dos mares,
N’esse leito de cristal,
Riscaram-se os teus pesares,
Morreste: És imortal
No nome, porque a palma
E os louros que tem tu’alma
São triunfos imortais,
São glórias d’estas ribeiras,
Esmeraldas as palmeiras,
Diamantes os sabiás!
E lá do leito de flores,
Onde repousas, poeta,
Onde cantas teus amores,
Onde asseguras, ó Profeta,
Olha e vê o que s’encerra
Grande a ti por sobre a terra,
N’este trono de beleza,
Onde singelas canções
São dos céus inspirações,
Onde brilha a natureza.
GONÇALVES DIAS351
Forte, belo, altaneiro, assim como os condores,
o sonho de subir fulgia-lhe na mente,
como um sol refletindo os raios de mil cores,
nas águas de cristal de uma pura corrente!
Altivo sonhador entre os mais sonhadores,
do espírito arrancou a aeronave fulgente,
que havia de escondê-lo entre estrelas e flores
levando-o pelo eterno azul resplandescente!
E assim, ao sol da rima, o sonhador, deixando
para sempre este pó de negros desenganos,
enobrecendo a Pátria, enriquecendo a História.
Partiu, águia do verso, entre Versos, cantando,
na aeronave de luz, que vive, há quarenta anos
errando na amplidão dos páramos da Glória!
350 Joaquim Vespasiano Ramos - Vespasiano Ramos - Caxias – MA – Brasil - 13 de agosto de 1884 – faleceu em
Porto Velho, 26 de dezembro de 1916; foi um poeta brasileiro. Nasceu nas condições mais humildes, desde
cedo começou a trabalhar no comécio local, no entanto buscando sempre o saber tornou-se um viajante com-
pulsivo, que levaria o conhecimento a outros povos, durante a sua vida viajou por quase toda a região norte e
também o sul do Brasil. Publicou sua obra poética em diversos jornais e revistas de seu tempo. É considerado
o precusor da literatura em Rondônia. Em sua homenagem foi construído um grande centro recreativo, em
Rondônia,e no Maranhão, uma das mais belas praças da capital recebe o seu nome. É patrono da cadeira n°
32 da Academia Maranhese e da cadeira n°40 da Academia Paraense de Letras. http://pt.wikipedia.org/wiki/
Vespasiano_Ramos
351 MORAIS, Clóvis. TERRA TIMBIRA. Brasília: Senado Federal, 1980, p. 64, Poesia compilada por Leopoldo Gil
Dulcio Vaz – Curitiba – PR – Brasil – 1952; Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Universidade Estadual
do Maranhão
352 Quincas Vilaneto
os poemas
de cor.
A um outro errante
e solitário
cantor,
que não tem
outra saída
senão:
imitar
o poeta e o sabiá.
353 Jonas Batista Neto - Belo Horizonte/MG – Brasil - 25 de fevereiro de 1989, Autor do livro “Tempos de Poesia”,
obra publicada pelo selo Terceira Margem da editora carioca Multifoco em outubro de 2011, participou do
Sarau promovido pelo poeta Rogério Salgado em Dezembro do mesmo ano, recitando duas poesias. Mantene-
dor do blog Letra e Palavra (http://letraepalavra.wordpress.com) dedicado a poesia e a arte em geral. E-mail
para contato: jonasbneto@gmail.com.
Queria ver a volta
Já formado, mas com o coração cheio de versos e romances,
Poderíamos conversar sobre quando conheceu Ana Amélia
E a ela seu coração decidiu entregar.
CANÇÃO DO EXÍLIO
Em Paris há muitos pontos turísticos.
Nesta temporada, espero conhecer
a Torre Eiffel e o Estádio
do Paris Saint-Germain Football Club.
No Brasil, o Cristo Redentor
e alguns dos Estádios reformados
para a Copa do Mundo de 2014.
Paris e Brasil, cada um
com os seus atrativos e encantos.
354 Jonatan Algorta Soares - Porto Alegre/RS – Brasil - 26 de janeiro de 1998. Estudante do Ensino Médio do Colé-
gio Conhecer, Porto Alegre/RS. Integrante do Projeto “Imagens e Textos construindo Histórias e Versos”. Curte
futebol e música. E-mail: rochele_algorta@hotmail.com
355 Jorge Antônio Soares Leão - São Luís, MA – Brasil - 27 de março de 1975. Formação acadêmica: Licenciatura
em Filosofia (UFMA). Produção literária: Sagrada Profanação (livro de sonetos, Premio Sousandrade, 2001)
No poema, sobre o lamento e a dor...
Traduziste a canção do Piaga.
Deste solo pisado em furor
Por quem nestas matas indaga...
Teus passos nas ruas sentindo...
Acordo, neste solo, gemendo.
Ouvindo o teu canto sumindo,
Diante do ódio crescendo...
Revejo, porém, tua face
aos desejos inglórios da vida...
Recanto à criança que nasce,
Teu poema nesta terra ferida...
Por que, ao dizer do senhor...
O cenário é de morte e de cruz.
Por tal irascível clamor,
Volta o sangue, o martírio, em Jesus...
O pão sepultado em sementes,
agora escondido do vil Anhangá,
que chega provendo as torrentes
num desterro da tribo a clamar...
445
Inimigo das matas em trevas,
chega o tempo da anulação...
Deste povo, feito réu de suas ervas,
que outrora fecundavam este chão...
Foste, contudo, a voz, o percurso...
Entre viagens e dores sem par.
Teu povo nativo em concurso,
sem ver a própria ruína a chegar...
U M P O E T A I M O R T A L
Minha singela homenagem ao grande vate
maranhense de quem aos sete anos come-
cei a decorar A Cañção do Tamoio que tem
me acompanhado a vida inteira a repetir seu
desafio encantador:
“Não chores, meu filho,
Não chores que a vida
É luta renhida,
Viver é lutar!
A vida é combate
Que os fracos abate,
Os fortes e os bravos
Só pode exaltar.”
Gonçalves Dias, era eu menino
E a minha mãe me entregou teus cantos:
“A vida é combate” e eu pequenino
Me pus a decorar os teus encantos.
356 José Britto Barros - São Bento, MA – Brasil - 15 de julho de 1930, Bacharel teológico, Pastor, missionário da
Junta de Missões Nacional, orador sacro, professor, poeta de grande produção.
Depois cantaste em teus enlevos tantos
Da nossa terra o mais formoso hino:
Palmeiras... sabiás em contra cantos
Lindo poema de um rimar tão fino.
Tua musa, ó gran poeta, foi famosa,
Tua poesia toda foi grandiosa
De conteúdo rico e magistral !
E tudo que escreveste está perfeito,
Ninguém ousou achar qualquer defeito,
Foste e inda és um poeta imortal!
MAVUTSINIM
Eu, Mavutsinim, o primeiro homem
a pisar este chão abençoado,
fui só como o horizonte do infinito.
357 José Carlos Mendes Brandão – Dois Córregos - SP – Brasil – 28 de janeiro de 1947, Publicou sete livros de
poesia: O Emparedado a O Sangue da Terra. É detentor de vários prêmios literários, como o da V Bienal Nestlé
de Literatura, 1991, por Presença da Morte; o “José Ermírio de Moraes”, do Pen Centre de São Paulo, para
melhor livro do ano, 1984, por Exílio; o Cidade de Belo Horizonte, por um romance inédito, 2000; o Brasília de
Literatura, 1991, e o “Jorge de Lima”, da U.B.E., 2011, por livros inéditos.
Senhor do universo, criei de uma concha
a mulher que o meu corpo reclamava.
A beleza tem forma, na verde luxúria
das ervas resinosas que nos acolheram.
é uma perda
a alma da cinza.
Onde me deito
reinam
os ossos dos ancestrais.
A velha Vanuíre
trouxe a paz?
O esquecimento
apatia
morte lenta de quem fôramos.
condenados à morte
450 encolhidos como uma criança
no útero.
Os anciãos chorariam
por nós.
Ah Vanuíre
para que existimos?
Estou ouvindo
vozes do outro mundo
Vanuíre e Vahuin
outros rekakês
Congue Huí
Charin
Cangruí Rugrê.
Se lamentam
morrem mais uma vez.
ANTÔNIO, O AUTODESTERRADO
O poeta é um louco compensado na poesia,
sem a qual terminaria em degredo social,
no isolamento, na morte..., no anonimato.
358 José Carlos Serufo - São Paulo - SP – Brasil - 02-09-1952. Médico especialista em Clínica Médica, Medicina In-
tensiva e Saúde Pública. Professor adjunto da FM-UFMG e professor titular da Pós-Graduação em Ciências da
Saúde, Infectologia e Medicina Tropical. Membro titular da Academia Mineira de Medicina (Cad. 67). Membro
titular da ABRAMES (Cad.10) e da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores. Membro titular da Arcádia de
Minas Gerais. Membro Efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais (Cad. 44). Autor dos livros
“Valorados Grafemas”, “Poemas”, “Erótika”, “Emergências Médicas”, “Odes”, “Poematizando”, “Jornada Gui-
marães Rosa” e “50 Poemas” E-mail: serufo1@gmail.com
E então, tudo virou dor e auto-flagelo lavrados no poema “O que mais dói na vida”
“É morrermos em vida,
morrer no peito da mulher que idolatramos,
no coração do amigo...’
Ou, ainda, o dessentido do viver, expresso em “A minha musa”.
“Nesse pobre cemitério
Quem já me dera um lugar!
Esta vida mal vivida
Quem já ma dera acabar!”
“Invejo o sono dos mortos
Sob a laje carcomida.”
No poema “Minha vida, meus amores” buscou conforto na conversa com Deus.
“Ou suplica a Deus comigo
Que me dê uma paixão;
Que me dê crença à minha alma,
E vida ao meu coração.”
Mesmo em seu poema à pátria, talvez o mais conhecido, com versos gravados no hino
nacional, o singular “Canção do exílio”, há influências desta paixão palmatória:
“Nossa vida mais amores.”
“Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;”
Ambívio Diasiano
Encruzadas... Muitas!
A vida arma caminhos cruzos.
Muitas vezes inarmônicos, abstrusos
453
Redirecionar é nossa arte,
Mas uma perdida pode enfunar,
acabrunhar para sempre o cabra.
Esbagoar no espaço, deixando-o
sem asas, sem vento, sem arranque.
O céu e o oceano
— Imagens do infinito – reclamaram
E para si guardaram
Os despojos do vate americano
………………………………..
Mas se a terra em seus ossos não consome
Teve em partilha a glória do seu nome.
Bernardo Guimarães
360 Leal, Henriques, Pantheon Maranhense, São Luís, 1874, p 556-560. Poesias compiladas por Weberson Fer-
nandes Grizoste - Jauru – MT – Brasil
Em hora de amor profundo
Deus o fez vir até nós,
e disse: «Poeta, dirige
«as orquestras com tua voz!
«o mundo por ti espera,
«perfuma-o de primavera,
«dá-lhe eternos arrebóis.
Minh’alma já desvenda
as névoas d’essa idade que se avança…
Tu luzes lá na senda,
como um iris fagueiro de esperança!
em cada busto que teus pés rodeia,
eu vejo um prélio em que venceu a ideia.
Onde te inicias
e onde tu findas,
gastando os teus dias
em idas e vindas?
E quando despertas
nas manhãs tão nuas,
como são descritas
Essas pobres ruas.
[...]
361 José Francisco das Chagas- José Chagas. Nasceu em Piancó/PB, em 29 de setembro de 1924. Radicado no
Maranhão desde 1948. Jornalista. É considerado o cronista da capital maranhense e um dos grandes poetas
da atualidade.
362 In: LATINIDADE –III Coletânea Poética da Sociedade de Cultura latina do Estado do Maranhão, pp.41-42, 2002.
9
Chão da Praia Grande
deixa que, em poeira,
teu tempo desande
até onde queira
PARTO
Pariu-me uma mestiça em Jatobá próximo a Caxias
Emprenhada pelo amor e sangue de um português
Fazendo-me orgulhoso pelas raças, a poesia e a tez,
Polindo-me em versos o tempo por Gonçalves Dias.
EL POETA
“En honor del gran poeta brasileño
Gonçalves Dias”
363 Itamar Lima José Itamar Lima da Silva - Missão Velha-CE - Brasil - junho de 1966, mudou-se com a família para
a cidade de Pedreiras aos 06(seis) anos de idade onde viveu parte de sua infância e adolescência, tempo em
que fora estudar em São Luís-MA. Retornou para Pedreiras em 1985 onde residiu até os 34 (trinta e quatro)
anos, o que o faz Pedreirense e Maranhense por opção. É bancário no Banco do Brasil S/A, Estudante de Direi-
to na Faculdade São Luís e na esfera artística é compositor, cantor e poeta.
364 José Lissidini Sánchez - Montevideo. Uruguay - 17 de abril de 1961. Escritor. Periodista. Profesional Universita-
rio en el área del Derecho. Premiado desde 1985 a nivel Nacional e Internacional en Poesía y Narrativa (Italia.
Argentina. Australia). Premiado por la Fundación Mario Benedetti. 1990, publica su primer libro con el título “
Destetiempo”, compendio de poemas. Coparticipe de Antologías Internacionales. Colaborador en Publicacio-
nes a nivel Mundial. Compositor.
Cantemos a la Gloria.
Cantemos al Honor.
Cantemos a un hijo de América
de letras y poesía mayor.
Su preclara memoria,
nos recuerda su blasón.
Su talento y sus luces.
Su honesto y leal corazón.
Es la fructífera pluma
que reproduce el valor,
de un pueblo que libre ofrece
vida, alegría y amor.
La Cultura es el futuro.
La Ilustración es el destino.
El poeta así lo concibió
por ser mandato divino.
LETRAS VIVAS
“ En honor del gran poeta brasileño
Gonçalves Dias”
CONTERRÂNEO
Sou das terras das palmeiras onde canta o Sabiá
Sou do Maranhão
461
José Menezes de Morais - Menezes y Morais 366*
Gonçalves Dias
o branco o negro o índio
moldaram a tua face
no momento em que nasceste
a vila de caxias respirava
nos pulmões da liberdade
não era a república em flor
que sousândrade desejara
mas certamente o inicio
de uma longa caminhada
não foste apenas
“o cantor dos meus guerreiros”
como machado te chamara
foste igualmente
um guerreiro da palavra
sofreste do amor
que alimenta a vida
sem ter o amor que
365 José Luís Alves Pestana - Poeta José Pestana - São Luís –MA – Brasil – 26 de junho de 1968. Bombeiro Poeta.
2º Sargento do Corpo de Bombeiros Militar-Maranhão.
366 Menezes y Morais é poeta, romancista, contista, teatrólogo, ensaísta, professor, jornalista e historiador
piauiense radicado em brasília. ex-presidente do sindicato dos escritores no df, 12 livros publicados, entre os
quais o romance a íris do olho da noite (thesaurus). WWW.thesaurus.com.br
o teu peito desejava
tua poética é rastro de estrelas
na dicção celeste
do brasil insinuado
quarenta e um anos
e certeza: o oxigênio
da poesia é a liberdade
CANÇÃO DO EXÍLIO
Que saudade tenho do lugar
onde nasci
e, ao qual não mais poderei voltar
porque de lá fui exilado.
369 José Renato Hauck Junior – Campinas – sp – Brasil - 19 de maio de 1993 - Diretor Social e Membro Fundador
da Academia de Letras Machado de Assis, Porto Alegre/RS, Cadeira 20, Patrono Nelson Rodrigues; Membro
Efetivo da Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores, Balneário Camboriú/SC; e, da Liga dos Amigos do Por-
tal CEN, de Portugal, e da Associação Internacional dos Poetas del Mundo. Coautor da Antologia “Traçando
caminhos singulares”. Cursa Educação Física, na PUC-RS. E-mail: basket.jr@hotmail.com
370 José Ribamar Ferreira - Ferreira Gullar - São Luís – MA – Brasil - 10 de setembro de 1930; é um poeta, crítico
de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta brasileiro e um dos fundadores do neoconcretismo
371 http://www.moinhoamarelo.com/2011/07/serie-cancoes-do-exilio-ferreira-gullar.html, Poesia compilada por
Leopoldo Gil Dulcio Vaz – Curitiba – PR – Brasil – 1952; Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Univer-
sidade Estadual do Maranhão
Não permita Deus que eu viva
perdido noutros caminhos
sem gozar das alegrias
que se escondem em seus carinhos
sem me perder nas palmeiras
onde cantam os passarinhos.
GONÇALVES DIAS
Quando teus versos primorosos leio,
Urgidos de beleza e de harmonia
Sinto – e não nego – um verdadeiro enleio,
Entro no mundo azul da Poesia!
GONÇALVES DIAS
Rei sublime do verso fulgurante
De forma tensa e rica de emoção;
Seu nome excelso é como o diamante
Enche de glória todo o Maranhão.
372 MORAIS, Clóvis. TERRA TIMBIRA. Brasília: Senado Federal, 1980, p. 66-67, Poesia compilada por Leopoldo Gil
Dulcio Vaz – Curitiba – PR – Brasil – 1952; Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Universidade Estadual
do Maranhão
373 Publicada em “O Estudante de Atenas”, em 1957, in Outros Tempos, www.outrostempos.uema.br, ISSN 1808-
8031, volume 03, p.156-181 169 http://www.outrostempos.uema.br/volume03/vol03art10.pdf Poesia com-
pilada por Leopoldo Gil Dulcio Vaz – Curitiba – PR – Brasil – 1952; Instituto Histórico e Geográfico do Mara-
nhão; Universidade Estadual do Maranhão
O máximo poeta do Brasil.
Que o faz com direito e sem [?]
É seu formoso gênio varonil.
O Amante
Era um amante. Um pleno amante! Que amava tanto, tanto, que mes-
mo prisioneiro no delírio febril da tísica, balbuciava o nome de sua
amada... Clamava aos céus que o permitisse fitar pela última vez, a
esplêndida face de sua musa, que do outro lado do Atlântico esta-
va a lhe esperar...
Mas o destino vil o impediu, quando no tão desejado regres-
so, num naufrágio sucumbiu... Porém, Deus, das alturas da
bondade, intercedeu: Transformando a consternação da
morte em dádiva... E o saudoso amante abjurava à vida,
para se converter em mar...
E desde então, vive a oscular a amada a cada onda que na costa
tupiniquim vem se desmanchar...
374 Journey Pereira dos Santos - Alagoinhas-BA, Brasil - 25/07/1985. Não sou poeta! Definitivamente, não. Mas
adoro ler poesia! Sou apenas um pacato negro baiano do interior, quase formado em fisioterapia, mas que
largou os pacientes para se dedicar às ciências agrárias e aos movimentos sociais da Via Campesina, através
do curso de Engenharia Florestal, na UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia), no qual já estou na
metade do caminho (5º semestre). Já participei de uma antologia para Carlos Drummond de Andrade e será
uma honra imensa participar desta também.
375 Juan Carlos Flores Aparicio - Tarija- Bolivia - 1ro. de septiembre de 1955 - Pseudònimo de escritor. Virgo de
Tarija. Profesiòn. Medico y Odontologo. Inicio mis actividades lierarias a muy temprana edad ( 8 años) como
poeta costumbrista en el Colegio Antiniano de la ciudad de Tarija. Luego empiezo a escribir poesias , especial-
mente Acrosticos, ya que considero, que la expontaneidad , es lo que desarrollè y aprendi en la vida, como
instrumento motivador en el ser humano.
Juçara Valverde376
AO CANTO GUERREIRO
Aqui na floresta façanhas de bravos
não geram escravos
Quem golpes daria, fatais como eu dou?
Quem guia nos ares na altura arrojada?
Quem canta seus feitos com mais energia?
Na caça ou na lide, meus passos conhecem
e a ave medrosa se esconde no céu.
Mil gritos reboam, mil homens de pé
Lá vão pelas matas, o vento gemendo.
As matas tremendo, a morte lá paira.
Os campos juncados de mortos
mil homens viveram, mil homens são lá.
Qual fonte que salta fremente e queixosa
que a raiva apagada de todo
não é o canto do guerreiro.
376 Juçara Regina Viégas Valverde: Cruz Alta/ RS – Brasil - médica, poeta, artista plástica. Profª. Assistente de
Cirurgia Geral, Faculdade de Ciências Médicas UERJ; Conselheira SOBRAMES Nacional e Literarte. Membro
Honorário Academias: Letras Mariana MG; Artes de Cabo Frio; Membro: PEN Clube do Brasil; Sociedade Eça
de Queiroz; Academia de Medalhística Militar; Ac. Artes, Ciências da Ilha de Paquetá; www.abrames.com.br;
abrames.br@gmail.com; Juçara Valverde<jucvalverde@gmail.com>.
377 Júlia Báu Schmitt - Porto Alegre – RS – Brasil - 2 de julho de 1991. 1ª Secretária e Membro Fundador da Aca-
demia de Letras Machado de Assis, Porto Alegre/RS, Cadeira 5, Patrono Monteiro Lobato; Membro Efetivo da
Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores, Balneário Camboriú/SC; Clube Infanto-Juvenil “Erico Verissimo”,
da Academia de Artes, Ciências e Letras Castro Alves, Porto Alegre/RS; Liga dos Amigos do Portal CEN, Por-
tugal; e Associação Internacional dos Poetas del Mundo. Coautora dos livros “Olhares - Crônicas Escolares” e
“Palavras, A Linguagem da Vida”. Cursa Pedagogia, no Centro Universitário Metodista IPA-RS. E-mail: <julia-
bauschmitt@hotmail.com>
Juliano Cincinato Cadore Fernandes378
CANÇÃO DO EXÍLIO
Na minha terra tem amores;
no entanto, não existem flores.
Nela tem poluição,
mas, por ela, tenho paixão.
Nela tem marginal;
porém, nem todos são do mal.
Na cidade em que estou;
tem amores
e é bonita como os beija-flores.
Nela existe muita natureza
e, na Fazenda Pirajá, canta o sabiá;
mas é para a minha terra natal
que desejo voltar.
Julio Mesquita379
CARTA À SAUDADE
Oh! Senhora propagadora do sofrimento alheio, suas mandíbulas fizeram
o meu saudoso coração indefeso lacrimejar, tão logo que se apropriou de
467
meu peito latente, como uma invasora de almas. És a responsável pela ida
do semideus “Orfeu” ao inferno, por em si não suportar a ausência de quem
tanto amava. Sufocaste noivas e esposas, namorados e namoradas, pais e
filhos, em lágrimas e tristezas, nas lamúrias da solidão sem-fim.
Senhora detentora do sentimento mais puro! Por que maltratas, com sua
aguda nostalgia, aqueles que tanto carecem de estar junto dos seus ? Será
que não te satisfazes ao ver, nos olhos, a marca incessante do seu lembrar ?
Talvez invejes a manifestação da alegria, ou simplesmente te regozijes com
o martírio coletivo ou de cada indivíduo. Talvez também sejas solitária
e carente, por isso provocas, vingativamente, o mesmo sentimento que
em ti reproduz. Saiba que sou sua mais nova vítima e despedaço-me em
fragmentos dispersos, quase que me perdendo de mim. Não! Não! Não! Não
a condenarei por sua natureza discriminadora da dor da perda, nem tampouco
a culparei pelo o que sinto, sabendo não ser tu a responsável por não estar
comigo aquela que verdadeiramente amo. Ela, sim, é quem deveria ser culpada e
condenada a amar-me, por abandonar-me à própria sorte e solidão.
378 Juliano Cincinato Cadore Fernandes - Porto Alegre/RS – Brasil - 17 de maio de 1999. Integrante do Projeto
“Imagens e Textos construindo Histórias e Versos”. E-mail: julianocadore@terra.com.br
379 Júlio Mesquita - 30 de março de 1972, cursou comunicação e publicidade com a conclusão de apenas um dos
cursos. Passou um período como técnico em encefalograma de uma clínica muito conceituada. Trabalhou de
garçom, motorista e gerênciou uma termas tornando-se sócio dela por alguns anos. Após isso, intermediou
alguns shows de artistas na época em off, como angela roro, tunai, flávio venturini e tantos outros. Publicitário
e escritor. WWW.juliomesquitaescritor.com
Por favor! Não, não tenhas pena de mim. Se choro é porque não há outra
coisa a fazer senão lamentar-me em um rio de lágrimas e frustrações,
já que não fui amado tanto quanto desejei. Assim como “Platão”
dedicou-se a amar tudo e todos, também me dedicarei a este
contexto de pluralidade infinita, visando não sentir mais
saudades de alguém. Se precisar, invocarei os deuses do
“Olimpo”, na tentativa de intercederem ao meu favor, em
detrimento de ti.
380 Julliano César Rodrigues Vicente - Porto Alegre/RS – Brasil - 24 de março de 1995. Estudante do Ensino Mé-
dio do Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS; Integrante do Projeto “Imagens e Textos construindo Histórias e
Versos”: 2011 - “Canecas e Camisetas Poéticas”; 2012 - “Caixas Poéticas”. Curte música e esportes. E-mail:
jullianorodrigues@gmail.com
Juraci da Silva Martins381
381 Juraci da Silva Martins - Rio Grande do Sul – Brasil - Presidente da Associação Literária Sepeense, São Sepé/
RS; Vice-Presidente da Academia Regional de Artes e Letras Condorcet Aranha, Restinga Sêca/RS; Membro
Efetivo Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores, Camboriú/SC; Membro Correspondente da Academia de
Artes, Ciências e Letras Castro Alves, Porto Alegre/RS; Delegada Cultural da Associação Artística, Literária e
Multiprofissional “A Palavra do Século 21”, Cruz Alta/RS; Embaixadora do Cercle Universel de la Paix, Genève-
Suisse/France. E-mail: juramartins@bol.com.br
382 Jussára Custódia Godinho - Caxias do Sul, RS – Brasil - 10.09.57. Licenciada em Letras Português e Espanhol,
pós-graduada em leitura e Produção Textual. Cônsul do Movimento Poetas Del Mundo de Caxias do Sul, filiada
à União Brasileira de trovadores de Caxias do Sul, associada à AGES- Associação Gaúcha de Escritores. Autora
do livro “Alma TROVAdora”, volume 002 da Coleção Luiz Otávio é Cem, com mais de 300 Trovas Literárias.
Justina Cabral 383
Ni margaritas, ni rosas,
ni suspiros, ni calor,
sellaron aquel amor
cubierto con mariposas.
O GRANDE POETA
Gonçalves Dias nasceu com a poesia no sangue.
Era desde pequeno um batalhador.
470
Nasceu com força e caráter.
Ele nasceu com a poesia na alma e muito amor.
383 Justina Cabral - Mar del Plata, Argentina - 29/04/1987. Escritora por vocación, y diseñadora gráfica por oficio.
Estudió en el taller literario Jorge Cocaliadis con la profesora Julia Zelis de Ercolani. Es socia de la Sociedad de
escritores latinoamericanos y europeos, más conocida como SELAE, y forma parte del Movimiento Poetas del
mundo. Coordina y organiza eventos a nivel internacional. Publica en diversas páginas web, revistas, diarios,
y libros grupales, en diferentes países del mundo.También lanzó su libro individual durante el año 2012 deno-
minado “Dulces y limón” editado por Editorial Portilla en Estados Unidos de América.
384 Kálison Costa Nascimento - São Luís – MA – BRASIL - 02/10/2001- Motivo da Participação: Poder expressar-
me de forma poética e poder viajar no mundo irreal e homenagear o tão saudoso Gonçalves Dias da histórica
cidade de Caxias! Cursando: 5º Ano Turma:C Profª Shirle Maklene
Karine Salton Xavier385
Canção do exílio
Aqui, há muita poluição;
Lá, muito ar puro.
Aqui, tem insegurança;
Lá, tranquilidade.
Aqui, as pessoas não se preocupam
umas com as outras;
Lá, a solidariedade é muito forte.
Aqui, há um maravilhoso pôr do sol;
Lá, um entardecer fantástico entre as montanhas.
Aqui, faz calor acima de quarenta graus;
Lá, frio abaixo de zero.
Depois que eu concluir a faculdade,
vou voltar para lá.
CANÇÃO DO FILHO
Agora vou cantar Gonçalves, Imperador da Viva Arte.
Versando com sentimento. Um canto ao caxiense,
Que desde o exílio cantou a sua gente
471
Majestoso e laureado Gonçalves!
385 Karine Salton Xavier - Porto Alegre – RS – Brasil - 29 de julho de 1995. Filha de Dora Lúcia Salton e Balbino
Silva Xavier. Estudante do Ensino Médio do Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Membro Efetivo da Academia
de Letras Machado de Assis, Porto Alegre/RS, Cadeira 39, Patrono: Oswald de Andrade; Academia Virtual Sala
de Poetas e Escritores, Balneário Camboriú/SC; Associação Internacional dos Poetas del Mundo; e, Liga dos
Amigos do Portal CEN, Portugal. E-mail: ks-xavier@hotmail.com
386 Karline da Costa Batista – Aracati – CE – Brasil - 11/03/1988. Graduada em Letras (UFC),2° lugar no I Prêmio
AltFest! de Poesia (PE),3° lugar no III Prêmio Literário Legislativo- Caçapava do Sul (RS), 8° lugar no Prêmio Ce-
cílio Barros Pessoa de Poesia (RJ). Textos publicados nas antologias “Versos Soprados pelos Ventos de Outono”
e “III Prêmio Literário Legislativo- Caçapava do Sul”,na revista “Um conto” (MG), no projeto “Um Poema em
Cada Árvore” (MG), no blog Fênix entre outros.
UMA AMÉLIA PARA GONÇALVES
Gemes pelo amor sufocado, saudoso discípulo.
Duma lembrança bem quista
De um ideal mal fadado
Desígnio cruento. Defunto habitante
Desta terra de vivos e povo errante
387 Kaylla Kaith Lopes Gonçalves - São Luís – MA – Brasil - 02\08\2000. Motivo da participação: Eu gostei muito
do trabalho desenvolvido sobre as poesias de Gonçalves Dias, me deixou muito motivada para ler e escrever
poesias. Por isso gostaria que a minha poesia sobre o nosso grande poeta Gonçalves Dias fosse publicada.
388 Kayron Torma Oliveira - Porto Alegre – RS – Brasil - 10 de maio de 1992. Presidente do Conselho Consultivo e
Membro Fundador da Academia de Letras Machado de Assis, de Porto Alegre/RS, Cadeira 11, Patrono Mario
Quintana; Membro Efetivo do Clube Infanto-Juvenil “Erico Verissimo”, da Academia de Artes, Ciências e Le-
tras Castro Alves, de Porto Alegre/RS; da Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores, Balneário Camboriú/
SC; e, da Liga dos Amigos do Portal CEN, de Portugal. Cursa Direito, na UNIRITER, de Porto Alegre/RS. E-mail:
kayron177@hotmail.com
Terra de alegria,
paz, sintonia, campos verdes.
onde reside o Colorado
das Glórias
e o amargo tricolor
por muitas derrotas.
Minha Pátria tem virtudes,
por ela dou a vida,
pensa com respeito
ao tocares no nome
da minha terra querida.
Sou gaúcho, sim senhor.
Viva o Rio Grande do Sul!
O REI DA POESIA
I
Antonio Gonçalves Dias
O rei da poesia
Amava a natureza
Dia e noite, noite e dia
473
II
Antonio Gonçalves Dias
O rei da fantasia
Se chegasse aqui agora
Nada disso encontraria
III
Nem matas das Palmeiras
Nem o sabiá a cantar
E os rios pra que falar?
IV
O homem constrói e destrói
Só pensando em ganhar
Destruiu as palmeiras
Onde catava o sabiá
V
O sabiá e seus amigos
Muitos estão sem abrigo
Por causa do bicho homem
Que os deixou em perigo
389 Kedma Kessia Pinheiro Bernardo - São Luís – MA – Brasil - 27/07/2001. Motivo da participação: Ele foi um
grande poeta que escreveu sobre seu povo sua cidade e amava seu país. Por isso quero fazer parte da sua
homenagem
Keila Maria Veras Soares Silva 390
LEGADO
De um português
Uma mestiça concebeu
E no Sítio de Boa Vista
Em Caxias do Maranhão
Gonçalves Dias nasceu
Seu orgulho
Ter no sangue
A mistura do índio, do branco e do negro
Tornou-se seu grande tormento
Essa condição
Transformou seu sonho em ilusão
Sua inspiração
474
Musa sem abnegação
Ana Amélia Ferreira Vale
Com sua amada nunca se casou
Sua família o pedido refutou
Colégio Pedro II
Trabalhou
Secretaria dos Negócios Estrangeiros
Oficial se tornou
Educação Nacional
Pesquisas na Europa quatro anos realizou
Comissão Científica de Exploração
No Brasil participou
Poeta se consagrou
Seu legado deixou
Para a humanidade
Sua criação
É inspiração
390 Keila Maria Veras Soares Silva – São Luís – MA – Brasil - 09.05.1976. Graduou-se em Pedagogia e especializou-
se em Psicopedagogia e Educação Infantil. É membro da Organização Mundial para a Educação Pré-Escolar –
OMEP/MA, Articuladora do Projeto Creche para todas as Crianças da Fundação Abrinq. Supervisora Escolar do
Estado do Maranhão. Professora e coordenadora do Curso de Pedagogia da Faculdade do Maranhão – FACAM.
Keules Diene Rocha da Silva391
Lembra do Maranhão.
Vai a todas as nações sua beleza anunciar,
Faz lembrar.
Quando se fala de grandes poetas.
Quando na história do Brasil é gravado,
O Maranhão pelo grande poeta narrado.
O grande poeta que a memória nunca falhará,
Que ao citar, traduz o Maranhão.
Que ao visitá-lo no mapa não dá para separar,
A poesia do seu poeta, o poeta do seu Maranhão.
Registrando um estado rico.
Riqueza essa encontrada nos poemas e poesias,
Que ficaram gravados nos anos e nos dias,
Gonçalves Dias.
poeta, poesia
Salve Maranhão;
Salve os grandes poetas.
Gonçalves a poesia;
Gonçalves Gonçalves Dias.
Minha terra tem mais poetas.
Minha terra tem mais poesia.
Descrito no céu e no chão;
Na monotonia do dia a dia.
Na lágrima e no sorriso,
No suor, na labuta da vida,
Em verso e canção traduzida.
À luz dum olhar de um poeta,
Como um olhar de uma águia.
A perfeita sincronia:
Poeta, papel, tinta e poesia.
391 Keules Diene Rocha da Silva – São Luís – ma – Brasil - 02 de março de 1983. Trabalho como enfermeira técnica
no HUMI. Vi esse endereço no mural dessa instituição e estou mandando esse material para vocẽs avaliarem.
Espero receber noticias sobre esse trabalho.
a mais bela poesia
Se tem terra,
Tem palmeiras.
Se tem palmeiras,
Tem sabiá.
Se tem Sabiá se ouve o canto,
O que será que vem de lá?
Que de lá vem poesia,
Que ninguém soube expressar
Tão bem como ele,
O canto do sabiá.
Que terra melhor não se achou,
Para várzeas as flores brotar.
Que ninguém saudosamente soube passar,
A saudade do seu lar.
Que terra assim não existiu,
Em nenhum lugar.
Como aquela em que um dia ouviram,
Rasgou- se o grito, o pulmão se encheu de ar,
Os olhinhos se abriram.
Inspirando um menino em Caxias,
Nascendo a poesia,
A mais bela poesia,
Vindo a terra Gonçalves Dias.
476
Que amou e encheu de versos,
Trazendo graça e beleza,
Misturando arte a terra preta.
Que o mundo veio conferir
Que terra como essa,
Só existe por aqui.
Surge a dúvida então sobre Gonçalves Dias,
Se a poesia nascera no coração do poeta,
Ou o poeta no coração da poesia?
CANÇÃO DO EXÍLIO
Minha Porto Alegre tem o Guaíba,
onde dorme o mais belo pôr do sol.
Aqui, o entardecer também é bonito,
mas o nosso tem a luz de um farol.
392 Laura Druck Becker - Porto Alegre/RS – Brasil - 20 de maio de 1998. Estudante do Ensino Fundamental do
Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Integrante do Projeto “Imagens e Textos construindo Histórias e Versos”:
“Banners Poéticos”, 2012. Curte ler, ouvir música e viajar. E-mail: lauradruckbecker@terra.com.br
Nossas praças têm pássaros
e animais que trazem a paz;
tem meninos e meninas
jogando futebol.
393 Leidiane dos Santos Vitoriano, Ouro Preto d’Oeste, RO – Brasil - 10/10/1990
Leila Marisa de Souza Lima Silva394
ANTÔNIO E ANA
Ele
Poeta
Professor
Advogado
Jornalista
Etnógrafo
Teatrólogo
Ela
O amor
Ele
Poetando
O índio
Paisagens
Solidão
Exílio
O amor
Ela
Só amor!
Ele
478
Viajado
Elogiado
Sofrendo
Preconceito
Náufrago da vida
Náufrago do amor
Ela
A inspiração.
Ele – Antônio
Ela – Ana
Ele – Gonçalves Dias
Ela – Ana Amélia
Ele – mestiço
Ela – sem preconceito
Ele – Dizendo “Adeus”
Ela – “Ainda uma vez”.
394 Leila Marisa de Souza Lima Silva - Espírito Santo do Pinhal – SP – Brasil - 18 de dezembro de 1946. É Colunista
Social de “O Jornal A Cidade Jardim” (S.A. do Jardim – SP). Em 2010 lançou o romance de ficção “Corpos em
Chamas”
Lena Ferreira395
NAUFRÁGIO
Seus olhos
tão negros, tão puros
tão cheios de candura
por um torpe desengano
transformaram-se, distantes,
em duas poças de mágoa.
Seus olhos
já frios, escuros
perderam toda a ternura
transbordaram o oceano
onde eu, pobre navegante
bebi quase toda água.
Seus olhos
tão cheios de esperar
lançavam um olhar tão frágil
para além, além do mar
como a prever meu naufrágio
onde afogar-me-ia
mas o que eu mais quereria
era naufragar no seu olhar. 479
Lénia Aguiar396
395 Lena Ferreira – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – O8/07/1968; professora, publicou ENTRE SONHOS pela Utopia
Editora em 2011 e teve participação em algumas antologias. Poderá ler um pouco mais no seu blog: www.
vaosdiversos.blogspot.com.br
396 Lénia Aguiar - Vila das Lajes do concelho da Praia da Vitória na Ilha Terceira – Açores – Portugal - 23 de Abril
de 1986. Já ganhei 3 concursos em Portugal, um com um conto e dois de poesia, um deles resultou no livro
AMOR OCULTO e 10 no Brasil com quatro poesias, três contos e três crónicas, participando em três antologias.
GONÇALVES DIAS
Gonçalves Dias
Fez da sua vida
Um livro de poesias
Sarando uma ferida.
Canção do Exímio
Os teus versos consagraram
Nossa terra de belezas;
Por onde quer que passaram
Mostraram nossas riquezas.
CANÇÃO DO EXÍLIO
Minas Gerais,
assim como
o Rio Grande do Sul
398 Lenon Silva Alves - SÃO PAULO – Brasil - Pseudônimo: John Lennon Smith) – 06 de março de 1990. Reside atual-
mente na cidade de Salto/SP. Professor e acadêmico de Letras, participa de quatro outras antologias em 2012,
Versos Vampíricos, Crônicas da Fantasia, Arabescos e Arnobius: Nova Geração de Poetas. Amante da literatura
e da língua portuguesa, sonha em ser escritor desde os oito anos de idade, mas somente em 2012 começou a
investir em seus trabalhos.
399 Leonardo Coronel Machado Andreolla - Porto Alegre/RS – Brasil - 25 de agosto de 1998. Estudante do Ensino
Fundamental do Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Integrante do Projeto “Imagens e Textos construindo
Histórias e Versos”: “Banners Poéticos”, 2012. E-mail: leo_andreolla@hotmail.com
tem muitas riquezas
e fazendas com gado.
Tradições gaúchas...
Tradições Mineiras...
Ambas me dividem.
Não sei a qual escolher.
Pobre de mim!
Tanto lá como cá,
lindas paisagens
tropicais e culturais.
Lá, ouro e pedras preciosas;
aqui, churrascos e amores.
Ambas me dividem.
Não sei a qual escolher.
Pobre de mim!
Lá ou cá?
CANÇÃO DO EXÍLIO
Rio Grande do Sul
tem muitos campos,
parques e praças;
482
Santa Catarina,
muitas praias e morros.
Tanto num quanto noutro,
crianças, jovens e adultos
passeiam pelas ruas.
Em terra catarinense,
saudoso estou
de minha terra natal;
e, para lá, quero voltar.
400 Leonardo Hugo Berger - Porto Alegre/RS – Brasil - 05 de setembro de 1994. Estudante do Ensino Médio do
Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Integrante do Projeto “Imagens e Textos construindo Histórias e Versos”.
E-mail: leohugoberger@gmail.com
401 Tiko Lee (Leônidas de Souza) Assis - São Paulo – Brasil 04 de Abril de 1954. poeta Cristão Contemporâneo
Poema Premiado na “fria” Comunidade Europeia - Portugal 2000- lá eu estive,... é colunista da Revista Viver
Osasco e articulista na Revista La Oca Loca - DAROCA. Zaragoza -España,... < @yahoo.com.br>
Cremado as dores…
Transforma-se em mil pétalas!!! Corolas de flores…
Onde pousam borboletas!!! Mil abelhas!!!
Manjar de delgados beija-flores!!!
O Poeta não nasce…se não bastasse…
Não morre também…
Vive à eternidade…
Sempre à procura de alguém!!!
O Poeta não morre
A sua alma apenas se afoga!
Numa lágrima que escorre.
E o firmamento etéreo percorre…
E aos pés de DEUS,…de Jesus!!! roga…
E transforma-se em Sementes…
Porque todos nós,...Gonçalves Dias,...teremos o dia de
todos nós!!!-
Leticia Herrera402
BUEN VIAJE
He sido recordada escuchando tu música, Brasil,
como si fuera mi rasgo distintivo
484
Quizá me marcara tu erotismo y fuera cierto
Un maestro desconocido me escribía para pedirme
le enviara una camiseta de fut-bol
para dar ánimo a los jóvenes
y evitar un suicidio en la favela
Escogiera una del Cruz Azul por el vínculo con Chico
“La construcción” allá; aquí el cemento de los albañiles
Gonçalves Dias aún le canta al amor
igual que todos le cantamos con Brasil
Dulce cadencia del idioma português
el buen maestro
Hoy que mi hijo descubre el mundo
recíbelo amorosamente, Brasil
Protege su dulzura cuando te hable en tu idioma
pues vivirá entre los tuyos
402 Leticia Herrera - Michoacán- México - 1954. Reside en la Ciudad de México desde su infancia. A la fecha ha
publicado 20 títulos en los géneros de poesía, cuento, no-novela en duermevela, guión cinematográfico.. Cul-
tiva además el canto, las artes plásticas, la fotografía y el video-arte.
Levi Mota Muniz 403
403 Levi Mota Muniz – Fortaleza – CE – Brasil - 23 de outubro de 1996. Ganhador do concurso expo7 em 2006,
2007, 2008, 2010, 2011 e 2012, participante da Coletânea FB 2011 e 2012, segundo lugar no estadual de
cartas da UPU 2012, participação na coletânea da Academia Cearense dos Escritores de 2011, participação
coletânea grupo chocalho 2011, Primeiro lugar entre 15 e 17 anos do Prêmio Escriba 2012. E-mail: levifec@
gmail.com
que não se contentou com caminhar e cantar,
batalhou e morreu para garantir paz no futuro(e a glória no passado),
à pátria muito mais que amada, Brasil
SEM TITULO
en maranhao he dejado
lo más amado, es mi suelo,
el amor, que más que un credo,
me hará implorar regresar.
404 Lidia Funes Bustelo - Godoy Cruz, Mendoza, Argentina - 1957. Posee estudios de bachiller, docencia y corre-
taje inmobiliario. adolescente, escribió algunos poemas. es en la madurez cuando se dedica de lleno a este
género y se une a sade (sociedad argentina de escritores). participa en la antología de cultura de mendoza
2013 y en la convocatoria del fondo provincial para la edición de su libro “poemas de tierra y cielo”. es casa-
da y tiene dos hijos.
¡DIOS MÍO, ESCUCHA MI RUEGO!
CON TUS MANOS GUÍA LA BARCA,
mi alma reposa en calma
voy camino hacia el edén.
À memória de um poeta
A memória de um poeta
Que cantou a nossa terra
Com tanta inspiração e orgulho
Transformando nossas riquezas
Em belos poemas e versos
Merece de seu povo
Mais que uma homenagem singela.
O poeta já dizia:
Nossa terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá.
São versos tão sublimes
Que faz todo o coração vibrar.
405 Lindalva Silva Quintino dos Santos - Bom Despacho – MG – Brasil - 60 anos. Professora de Português e Litera-
tura Brasileira; Estudante de Psicologia; Poetisa (escrevo em revistas e sites de poesia).
Lívia Porto Zocco406
406 Lívia Porto Zocco - Ribeirão Preto – SP – Brasil - 12/11/1971. Bibliotecária e poeta nas horas vagas ( às vezes
nas ocupadas também). Possui vários poemas e contos publicados nas antologias da Câmara Brasileira de
Jovens Escritores (RJ).
407 Lohana Kárita Teixeira, - Goiania – GO – Brasil - 30/04/1992. É graduanda em Letras pela Universidade Federal
de Goiás, escreve poemas desde que aprendeu a escrever, foi selecionada na Antologia Poética da Editora
Kelps em 2007 e publica poesias e textos em seu blog.
Lorena Moreno Castro 408
A GONCALVEZ DIAS
Antonio Goncalves Dias
Bastardo de nacimiento
Pero un Rey de pensamiento.
Separado fuíste
De tu gente tan amada,
Primero tus padres,
Luego, la mujer de tu vida,
También te fue negada.
El sufrimiento y el dolor
Encauzaron tu pluma,
Te llevaron al mundo de la poesía,
Donde no existía raza ni color,
Ahí fuiste un gran Señor.
La tristeza vivida
En tu verso dejaste,
Con acentos sinceros y profundos,
Nos hiciste sentir
Ese tu dolor tan grande e incurable.
408 Lorena Moreno Castro – Hermosillo - Sonora, Mexico- 20 de febrero de 1964, ha participado en varios even-
tos culturales, programas de radio y Tertulias en escuelas públicas, así como varios Encuentros nacionales e
internacionales.
409 Lorenzo Gomes Bacin - Porto Alegre/RS – Brasil -12 de dezembro de 1997.Estudante do Ensino Médio do
Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Integrante do Projeto “Imagens e Textos construindo Histórias e Versos”.
E-mail: lorenzo_bacin@hotmail.com
Em Porto Alegre,
há muita gente boa;
São Paulo,
cidade do corre-corre..
Amo Porto Alegre
e, para lá, quero voltar.
Lucas410
NATUREZA
Nosso céu tem mais estrelas
As aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá
Tão bonita a terra que nós temos
União para amar a natureza
Respeito com a nossa natureza
E precisa de mais carinho
Zelosa a nossa natureza
Amar a nossa terra.
Canção do melhor
490
Minha terra tem gaúchas
com beleza semi-igual,
onde tudo é inexplicável,
não havendo aqui nada igual.
410 Aluno da Escola Municipal Ensino Fundamental Gonçalves Dias - Canoas – RS – Homenagem a Gonçalves Dias
– Projeto Quem foi Gonçalves Dias, disponível em http://goncalvinho.wikispaces.com/Resultados+-+Mas+-
Quem+foi+Gon%C3%A7alves+Dias%3F , Poesia compilada por Leopoldo Gil Dulcio Vaz – Curitiba – PR – Brasil
– 1952; Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Universidade Estadual do Maranhão
411 Lucas Dias Miranda - Porto Alegre/RS – Brasil - 22 de outubro de 1995. Estudante do Ensino Médio do Colégio
Conhecer, Porto Alegre/RS. Vídeo maker e skatista. Membro Efetivo do Projeto “Vida, Amor e Paz”, do “Cercle
Universel des Ambassadeurs de la Paix, Suisse/France”. Integrante do Projeto Literário “Porta copos poéticos”,
2012. E-mail: lucas_mirandadias@hotmail.com
Lúcia Amorim Castro 412
Homem de humilde
Gonçalves Dias foi um homem que nasceu em uma família humilde, mas que
enfrentou a vida.
Gonçalves Dias foi um grande poeta que aonde fosse criava uma poesia
e depois foi se tornando artista da própria vida!
Ele foi um homem de vida, de alegria e deixou o mundo com
sabedoria no ar.
Cheios de cores!
Cheios de poesias!
Cheias de amores!
Lúcia Barcelos413
412 Lúcia Amorim Castro - São Luís – MA – Brasil - 07/03/2002 - Cursando: 5º Ano Turma: C Profª Shirle Maklene
- Aprecio os poemas assim como as poesias e homenagear um poeta do meu estado é gratificante. EPFA.
413 Lúcia Barcelos - Viamão, RS – Brasil - 20/01/1964. Escritora/poetisa. Membro-fundadora e atual vice-presi-
dente da ALVI (Associação Literária de Viamão). Membro da Estância da Poesia Crioula, Acadêmica em Letras,
com 5 livros publicados (poemas, crônicas, romance). Participou em várias antologias poéticas e colabora em
alguns jornais. Desde 1979, funcionária da PUCRS, no Jornal Mundo Jovem.
O que o olhar bebe agora.
Bendita a retina que chora
Sob a emoção da poesia!
Fulgor singular e magias,
Belíssima, a musa que vias
E o espírito benevolente...
Houve, e eternamente,
Haverá Gonçalves Dias.
Americana
Americana
Nela me perco
amarga americana miragem
raça de trote de mulas
e imperadores de passagem.
Americana
terra negra de luares tão cantados
que viraram moeda corrente.
Bogari
Jatir, não viste ou vieste, e foi por ti que me despi
disposta e elidiste
o aroma do bogari num só sono
com outra coisa qualquer.
O fuzil desferiu tão frio mil esmeraldas em meu peito
e inteira assim sangue de gema preciosa eu aqui:
inerte, vermes comendo as joias verdes
ainda pergunto:
- por que tardas, ó, Jatir?
415 Luciano Garcez - São Bernardo do Campo/São Paulo – Brasil - 1972. É literato, compositor, cancionista, ma-
estro e performer. É mestre em Composição e Poesia pela UNESP e UNIRIO. Sua obra o mesmo define como
“Mitopoética” e “Pluridimensional”, onde “Tempos, estilos, épocas e gêneros se misturam com a mesma ele-
gância abstrata dos temas tão difusos que se organizam em uma banca de jornal ou nas páginas e links da
Internet”.
Canção do Auto-Exílio
Que triste, indiazinha, que triste que sou!
Minha raça mais triste que a tua
Menos raça, alma encanecida -
Que triste...
Dom Sebastião arde em mim
Mil vozes triestinas tão longe
E tristes, tristemente vozes.
Vieram d´além barcos, trouxeram-te açoites
Teu povo de África, teu povo d´atlântica mata:
Quem o banzo não roera os atabaques
Morreu de sífilis achando que era amor...
Ah, índia pequena, senhorinha-mucama
Minha é a tristeza dos Azevedos Álvares
Dos barcos também trazendo gente muda
Que nunca soube dizer português pra si mesmo...
Melancolia que não se enxerga é a que não mata
Nem de amores, nem à dores – não tome por tua
Não beba o cauim de noite mal dormida
Abre a janela que tua alma cabocla,
Ensimesmada mas ridente, é.
Canta, canta, indiazinha, como teu Pai
Tão bravo, tão forte, um filho do norte,
Que o canto de morte,
495
(Pai não sou...)
guerreiros, ouvi!
Luciano Ortiz416
Eterno
Uma voz canta ao exílio
De um lugar de talvez
Primeira e segunda canção
Sextilhas do Frei Antão
Um tubo de ensaio
É o clima,
A química entre ensaios
A magia, o alquimista.
416 Luciano Ortiz - Guarapuava – PR – Brasil - professor. Músico, compositor e poeta. O primeiro livro no prelo será
lançado em março de 2013. Livro de haicai que descreve uma nova proposta de haicai crítica e libertária. A
arte e a crítica favorecem juízos imparciais com total realidade de temas e acontecimentos do cotidiano, vidas
e vivências próximas e distantes. O libertário insere em um meio com olhos voltados a todas as direções.
Poeta
O artista
A “experimência”
Gonçalves Dias...
Toda Poesia
Toda poesia
É feita por gente
Que não gosta
De ser limitada
Ao que já existe.
Toda poesia
É feita por gente
Que viaja
Na emoção,
Do alegre ao triste.
Toda poesia
É feita por gente
Feita de poesia
Como o Gonçalves Dias
Devia ser.
Toda poesia
É feita por gente
Que “cisma sozinho”
E saber desenhar caminhos
Com a magia de escrever.
Toda poesia
É feita por gente
Marcada como bois.
Que um dia foi
Marcada sem saber.
497
Toda poesia
É feita por gente
Contente por saber
Que há mais poesias
Sempre por fazer...
CANÇÃO DO EXÍLIO
No Brasil, há uma grande mistura
de raças: negros, brancos, mulatos,
loiros, morenos e pardos;
na Alemanha, a maioria
é muito branca.
Lá, o clima é muito variável.
Nos invernos, faz muito frio,
chegando a temperaturas negativas;
os Verões não são tão calorosos;
as Primaveras, agradáveis
418 Luís Artur Severo da Silva - Porto Alegre/RS – Brasil - 16 de outubro de 1999. Estudante do Ensino Fundamen-
tal do Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Integrante do Projeto “Imagens e Textos construindo Histórias e
Versos”: “Banners Poéticos”, 2012. Participou da Oficina “Poesia Inclusiva”, com Deficientes Visuais, realizada
no Cais do Porto - Casa do Armazém, em 26 de outubro de 2012, na Feira do Livro de Porto Alegre/RS, coor-
denados pela escritora e poetisa Roselaine Funari. E-mail: luisartur@hotmail.com
e atrativas; e, nos Outonos,
os parques e praças
ganham tons amarelados.
No Brasil, as estações
estão bastante bagunçadas.
Às vezes, enfrentamos as quatro,
num só dia, mas, mesmo assim,
temos boa qualidade de vida.
Lá, a língua oficial é o alemão;
aqui, a língua portuguesa.
419 Luis Henrique Insaurrauld Pereira- Rio de Janeiro – RJ – Brasil - 22/05/1.951. Minha carreira de pretenso escri-
tor iniciou-se nos bancos do “ Colégio Militar do Rio de Janeiro “. Alguns trabalhos sairam das gavetas e foram
parar no site da CBJE ( Câmara Brasileira de Jovens Escritores ). Agradeço o tempo de suas vidas despendido
com este humilde-tímido-aprendiz de escritor, e que possam degustar este “Poema“, como se sorve um vinho,
saboreando cada gota, cada palavra. Assim, bem pausadamente, sentir : o aroma, a fluidez e o fino sabor.
E assim, caprichosamente,
Espontaneamente e egoisticamente
Lhe arrebataram para as profundezas do mar
Para lhe acarinhar, para lhe homenagear
Onde o oceano que tanto lhe transportou para Europa
Fechar um último poema e na felicidade, se casar
E, na plateia indivíduos a se alegrarem:
Cavalos-marinho, tartarugas, namorados, badejos, garoupas,...
Porque escrevestes pouco para nós ?
Ficamos sedentos de seus manuscritos
E, ficamos nos cantos do Sabiá inscritos:
Pois,
“ Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá “.
dias de joão
seu gonçalves venho lhe pedir um favor
me diz como faz pra brotar outro pé no vale
499
se pé não dá pé pedir vale à pena
seu gonçalves venho lhe pedir um favor
420 Luis Lima - São Luís, MA – Brasil - 05/10/1964. Apenas um maranhense compositor com extensão do mun-
do, sem distinção. Um fazedor de arte, graduado na universidade de enrolamentos dos legítimos charutos
socialistas cubanos. Um nato comunista credor da palavra, desconfiado das maiorias. Segue imperfeito sem
acabamento, com mestrado em ciência de coisa nenhuma... Autor dos cd’s Palavrando e Expresso de letras e
do livro de poesia Arrumador de palavras, por enquanto...
421 Luzenice Macedo - Codó, MA – Brasil - 20/10/1973. Remanescente do bando das Marias Bonitas. Menina do
mato, de Codó e da terra de Gonçalves... Ora fina flor dos madrigais de Raposa, MA. Formada em Biologia
pela Universidade Federal do Maranhão, eterna aprendiz de feiticeira... do pó de pirlimpimpim. Sem encontro
marcado com os “dadores” de idéia do mundo real, por isso, fazedora de cordéis.
Luís Mário Oliveira422
GONÇALVES DIAS
Português e mestiço, esse seu sangue
Caxiense, entre outros, imortal
E pelas leis encampou, seu teatro, jornal
Gonçalves Dias e noites, romancista
Quanto da tua honra, poeta,
Ville de Boulogre, naufrago, teus versos
Baixos de Atins te traga, te levou
Portugal, língua mãe que te acolheu, sem as palmeiras
Sem os sabiás. Sem as canções do exílio, reversos
Os teus primeiros cantos,
Ana Amélia Ferreira Vale,
Valem teus versos
Onde nasce e morre o poema
Sala de sofrimento, preconceito medonho, infame
Teu amor, o amor, abatido por desilusões, pela dor
Enfim te vejo, enfim posso curvado aos teus pés dizer-te
Oh! Amélia. Largo dos Amores, São Luís, Ilha do Amor
Gonçalves dias, salve esse casamento que não ouve
Salvem os teus dias.
Investido em ti, ó poeta, meu Deus, grande poeta
Ousaria com a mulher, Ana, Amélia, entre todas Rosas
500
Cravos, Orquídeas e Camélias.
Casou-se pois então em línguas
Desse latim que principio, minha boca
Não te consigo ver morrendo, náufrago
Envenenado com água do mar que também cantaste
Esse mesmo mar que poemo, que me banho
Aqui em nossas praias, onde tua letra fica
Como sal, esse mesmo que te imortaliza, conserva
O amor, do amor, para o amor calcifica
Foste o único afogado em lágrimas
Nesse mesmo mar que te escolheu
Nas águas profundas, quanto desse sal
Lágrimas de Portugal?
Pessoa, fingidor, completamente dor
Que deixaste na emoção da tua existência
Da tua vontade não permitiu Deus
Que morresse sem que por último admirasse
As terras que pela vida afora cantaste
Entre as palmeiras e o gorjeio dos sabiás
Imortalizados como tu, nesse eterno poema.
422 Luís Mário Oliveira - Presidente Dutra – MA – Brasil - 25 de Fevereiro de 1969. Entusiasta da literatura, teve
seu primeiro curso superior iniciado em 1992 em LETRAS - UNICEUMA. Sempre extraindo a poesia apanhada
do dia-a-dia, tem grande oficina, pois graduado em Administração Rural, pela UEMA 2002, esteve colaboran-
do no meio agroeconômico por Estados distintos tais: Rondônia, Roraima e a sua terra natal, Maranhão.
ANOS, SOMENTE
Que coisa, que poesia
Que dor, doída, doentia
Esse mesmo amor, o que eu sinto
Ainda uma vez, adeus!
Por esse amor casto, tua chaga
Tantos lamentos derramaste
Dos olhos dela afastados os teus
Tornou-se um tédio tua vida
...
Dessa morte qual não escapaste
Pediste, imploraste a Amélia
Que o perdão o fosse te dado
Pois ao amor, por ti, poeta, ignorado
Dois mundos se fizeram distantes
De um só amor que de tão galopante
Matara em vida tantos sonhos
Oh! meu Deus,
Dezoito estrofes, de pancadas
Que dói em meu coração, que vejo
Longe de ti, do teu sofrer, te ser poeta
Gonçalves, salvem esses teus dias
Todos em tua legenda
A decantar essa vida martírio, miséria
501
Em vossos olhos a nadar em lágrimas
Pavorosa dor que me sinto ao ler-te
Sei que lutaste, para não expô-la pública
Pediste perdão por cem vezes, pediste
Quiseste pois piedade, compaixão
E ainda uma vez adeus
Nesse misericordioso processo
Onde acamado morreste, náufrago
Dentro da própria poesia
Que ora decanto em tua homenagem
Para que o amor seja exaltado, sempre
Ao exemplo maior que já nos dera
De amar por de tão grande, padecer
Perambular a vida toda, sem merecer
As águas traiçoeiras que tragaram
Nesse litoral que hoje banha
Tua memória, sonhos, teus amores
Tragica vida, quãos dissabores
Nesse instante em que choro, soluço
Acabrunhadas letras componho
Gonçalves, salvem os teus dias
Ainda uma vez,
Adeus.
Luiz Cordeiro de Melo - Luiz Cordelo423
CANÇÃO DO EX-EXÍLIO
Extraído do Salmo 137 (no ápice da poesia hebraica), pelo
contraste e mesmeidade sentimentais à poesia: “Canção do Exílio”,
de GONÇALVES DIAS.
Juntos aos rios de Babilônia,
onde o canto era chorar;
as harpas que em haste tínhamos
não tiniam nada lá.
423 Luiz Cordeiro de Melo (Luiz Cordelo) - Campina Grande – PB – Brasil - 28 de agosto de 1958, admira poesias
desde jovem, mas apenas há cinco anos tem se dedicado a escrita de cordéis, inspirado em grandes poetas,
como Ronaldo Cunha Lima, poeta paraibano, e o próprio Gonçalves Dias, por isso o contentamento em parti-
cipar desta antologia. Dentre suas obras já produzidas, estão: O Guri Davi Engoliu o Grande Golias; O Rei Davi.
Contato: luizcordelo@gmail.com.
Nosso povo tem estrelas
mas não emitiam fulgores;
nossos cantos sem mais vida,
na terra dos opressores.
506
Luiz Guilherme Libório Alves da Silva424
424 Luiz Guilherme Libório Alves da Silva - Bebedouro – SP – Brasil - 23/11/1994, estudo Letras na Universidade
Federal de Minas Gerais, tendo iniciado meu curso na Universidade Federal de Goiás. moro em Belo Horizonte.
Espanto.
E abandonas o momento
E volta correndo para o escuro
Para o bem, para o amor,
Desesperado de saber.
Verdade:
Verdade nenhuma
Foi feita pra poeta.
507
CANÇÃO DO EXÍLIO
Aqui, em Jaguarão
não cultuam a tradição;
em Porto Alegre, tem de montão.
Aqui, em Jaguarão
o amor é impuro e sem graça;
em Porto Alegre,
mesmo retratado num muro,
perpetua-se.
Aqui, em Jaguarão,
que mulheres há para amar,
já que, em Porto Alegre,
elas Lá vão estar.
Minha saudade de Porto Alegre
está além da compreensão,
pois as pessoas, que amo, Lá ficaram.
425 Luiz Penha Pinós Bissigo - Porto Alegre/RS – Brasil - 05 de maio de 1994. Estudante do Ensino Médio do Colé-
gio Conhecer, Porto Alegre/RS. Membro Efetivo da Academia de Letras Machado de Assis, Porto Alegre/RS, Ca-
deira 49, Patrono: Sousândrade (Joaquim de Sousa Andrade); e, Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores,
Balneário Camboriú/SC. Integrante dos Projetos Literários “Tabuleiro de xadrez lírico”, 2011; e “Porta copos
poéticos”, 2012. Coautor do E-book “Haikais”, postado no site Teia dos Amigos, de Sonia Orsiolli, Sorocaba/SP.
E-mail: luiz.bissigo@terra.com.br
M. A. Lima Barata426 - 10 de Agosto de 1872.
Fagulha da inteligência
Tornou-se um facho de luz!
Gênio! Trindade soberba
D’Homero, Dante e Jesus,
Embora tanto sofresse
508
E mão súplice estendesse,
Ninguém diz que ele jazesse
Da corrupção nos paúes!
426 Leal, Henriques, Pantheon Maranhense, São Luís, 1874, p 501-503. Poesias compiladas por Weberson Fer-
nandes Grizoste - Jauru – MT – Brasil
427 Serve de título.
Como judeu da legenda
Vive o bardo a caminhar
Mas este aonde chegasse
Tinha um pouso a descansar!
Aos gênios tal acontece;
E se o vulto desparece,
Nunca a memória fenece;
O mármore fá-la lembrar!
428 Madalena Müller -Rio Grande do Sul – Brasil - 13.01.1961. Sou empresária, fiz muitos cursos e que uso o co-
nhecimento no decorrer dos dias, por muito exerci minha função como estilista de moda e do ateliê mantive
um sorriso constante a cada obra, no decorrer das entrelinhas da vida tivera que optar pelo outro caminho
que meu Y apresentou... serei uma eterna estudante, a indisciplina de situações que nos são colocadas fa-
zem-me sempre retornar numa disciplina diferente, penso que serei uma eterna estudante... tal qual o povo
do Maranhão, que mantém as graças na alegria e na esperança do sorriso... em sua bandeira estampa minhas
cores preferidas junto ao infinito do céu!!!
... desde quando conheço as escritas
e ouço o som do sabiá ha cantar,
já vejo-me dançando dentre as palmeiras e sorrio
sentindo meu corpo/mente ao meio movimentar...
Saudades
Gonçalves Dias
Tão bonito dizia,
Com seus poemas românticos,
Qualquer flor seca renascia.
429 Maiara Gonçalves de Oliveira - Teresópolis – RJ - Brasil - 25/01/1998, poetaluna do 9.º Ano da E. M. Alcino
Francisco da Silva, em Teresópolis/RJ, e já possui poemas publicados no blog “Palavras do Coração”, do poeta-
migo Geovane Alves dos Reis. Professor orientador: Carlos Brunno S. Barbosa
Manoel Alexandre de Santana Sobrinho – Manoel Sobrinho430
II
Amplo e formoso céu, norte de Pindorama!
Horizontes de anil, praias de areia solta;
Revoada de guarás, currais de pesca, o drama
Das igaras, além, contra a maré revolta.
430 Manoel Sobrinho - Manoel Alexandre de Santana Sobrinho - São Francisco do Maranhão – Brasil - 04 de ja-
neiro de 1897. Poeta. Titular da Cadeira 19, patroneada por Teofilo Dias, na Academia maranhense de Letras.
Bibliografia: Hora Iluminada (Rio, 1948); Pétalas e farpas
431 RAMOS, Clovis. ROTEIRO LITERÁRIO DO MARANHÃO – Neoclássicos e Romanticos. Niteroi: Clovis Ramos,
2001, p. 311-313, Poesia compilada por Leopoldo Gil Dulcio Vaz – Curitiba – PR – Brasil – 1952; Instituto His-
tórico e Geográfico do Maranhão; Universidade Estadual do Maranhão
Ilhas, verdes painéis, rochas e ribanceiras,
Alvas garças ao longe, em silencioso idílio...
Leque espalmando ao vento, às margens, as palmeiras
Denairosas da selva e da “Canção do Exílio”.
III
Que favores o poeta ainda esperar podia
Da vida a iluminar-lhe as horas derradeiras?
A fronte repousar, ela que em febre ardia,
No seio maternal da terra das Palmeiras.
Manoel Bezerra
MISTURA NATIVA
Do cruzamento das raças,
Nasceste mestiço
E te fizeste poeta híbrido
De sangue português-índio,
- teus pais!
A natureza bela,
- Caxias, matas dos jatobás!
Foi o teu berço de origem,
Terras de palmeiras e sabiás,
Que retrataste
Na singeleza nativa
A canção do exílio,
Saudosíssimo do teu lar!
432 Manoel De Páscoa Medeiros Teixeira - Olinda – PE - Brasil. Popularmente conhecido como Professor Passinho.
É poeta, autor de lendas, filósofo e teólogo. O grande educador de Caxias-MA é membro efetivo do Instituto
Histórico e Geográfico de Caxias (IHGC) e membro fundador da Academia Sertaneja de Letras, Educação.
o poeta dizia,
em sua canção centenária,
que os nossos bosques têm vida...
hoje não existe mais nada.
433 Manoel Lúcio de Medeiros – Malume - Fortaleza – Ce – Brasil. Graduou-se em Pedagogia pela Universidade
Estadual do Ceará, (UECE) e fez pós-graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú. É
Bacharel e Mestre em teologia pela Faculdade de Teologia Filadélfia, em Recife-PE. Já escreveu mais de 2000
sonetos e poemas.
LEMBRANÇAS DE ANTONIO GONÇALVES DIAS.
Ele nasceu no sitio Boa Vista,
Nas terras lindas do meu Jatobá,
Este poeta que veio de lá,
Trouxe a letra que a todos conquista!
Atuou no teatro do Brasil,
Amante do francês e do latim,
Um grande jornalista foi, enfim,
Exemplo de cultura juvenil!
Da pátria, mergulhado na saudade,
Sofreu no coração a nostalgia,
Mostrando em versos o seu romantismo!
Sentindo de sua terra ansiedade,
Nos mares volta com toda alegria,
Mas um naufrágio o leva ao abismo!
O NOME EM SI435
Antônio, filho de JOÃO MANUEL GONÇALVES DIAS e
VICÊNCIA MENDES FERREIRA
ANTÔNIO MENDES FERREIRA GONÇALVES DIAS
ANTONIO FERREIRA GONÇALVES DIAS
GONÇALVES DUTRA
GONÇALVES DANTAS
GONÇALVES DIAS
GONÇALVES GONÇALVES GONÇALVES GONÇALVES
DIAS DIAS DIAS DIAS DIAS
DIAS GONÇALVES
DIAS GONÇALVES
GONÇALVES DIAS & CIA
GONÇALVES DIAS & CIA
Dr. ANTÔNIO GONÇALVES DIAS
EREMILDO
GONÇALVES DIAS
AUGUSTO GONSALVES DIAS
Ilmo. e Exmo. Sr. AUGUSTO GONÇALVES DIAS
GONÇALVES DIAS
DIAS GONÇALVES
GONÇALVES DIAS
518
Manuela Ferreira436
O Poeta visto de cá
Daqui te levaram ainda quimera,
E tu não eras mais que o desejado.
Atravessaste o mar, o outro lado;
Brotaste longe, nós à tua espera.
434 Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho (Recife, 19 de abril de 1886 — Rio de Janeiro, 13 de outubro de
1968) foi um poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro. Considera-se que
Bandeira faça parte da geração de 22 da literatura moderna brasileira, sendo seu poema Os Sapos o abre-alas
da Semana de Arte Moderna de 1922. Juntamente com escritores como João Cabral de Melo Neto, Paulo
Freire, Gilberto Freyre, Nélson Rodrigues, Carlos Pena Filho e Osman Lins, entre outros, representa a produção
literária do estado de Pernambuco.
435 Fonte: Estrela da Vida inteira de Manuel Bandeira – Compilador: Weberson Fernandes Grizoste
436 Manuela Ferreira - Ponte de Lima, Portugal - 26 de dezembro de 1968. Os textos que, muito recentemente,
escrevo podem ser lidos no meu blogue -mais1poema.blogspot.com- e em várias antologias portuguesas e
brasileiras. Recebi uma menção honrosa no concurso literário promovido pele APPACDM de Setúbal.
De cá ouvimos, vaidosos, a tua voz.
Eram tantos a cantar-te, um mar de gente.
E tu voltaste cingido na torrente,
Para espalhares o canto entre nós.
Minha Terra
Minha terra não tem palmeiras,
Nem sabiá
Quanto mais canto!
Diferente do meu amigo
Gonçalves,
519
Não tem aves que gorjeiam,
Ninguém sabe o que tem lá.
437 Marcelo de Oliveira Souza – Rio de Janeiro – Brasil. Professor de Língua Portuguesa, formado na Universida-
de Católica do Salvador. Pós-graduado pela Faculdade Visconde de Cairu com convênio com a APLB/UNEB;
Membro titular do Clube dos Escritores de Piracicaba; da Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências; da
União Brasileira dos Escritores; da confraria de Artistas e Poetas pela Paz – CAPPAZ; da Associação Poetas Del
Mundo; Organizador do Concurso Literário Anual POESIAS SEM FRONTEIRAS. Blog: http://marceloescritor2.
blogspot.com Site: www.poesiassemfronteiras.no.comunidades.net
Marcelo Moreira438
Diversos Cantos
São os primeiros cantos
Voz do povo brasileiro
Foi poeta, foi caixeiro
As memórias de um professor
De um jornalista estrangeiro
Nascido na Boa Vista
De histórias e sextilhas
São também segundos contos
Afogado em romantismo
No deleito e no pranto
São diversas poesias
Por aqui Gonçalves Dias
Declamou os últimos cantos
438 Marcelo Moreira – Salvador, Bahia – Brasil - 5 de Maio de 1982. Formado pela Universidade Católica do Salva-
dor em Administração. É Produtor Cultural, Poeta Contemporâneo, Artista livre de padrão.
439 Márcia Sousa - Márcia da Silva Sousa. Belém-PA – Brasil - 22/06/1968. Reside em São Luís -MA desde 1979,
considera-se maranhense de coração. Médica ginecologista e obstetra, mestre em Ciências da Saúde, mem-
bro da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores . Poemas publicados na coletânea “Sobre o Amor” SOBRA-
MES (MA).
Buscando-o em vão
Se foi, descansar no mar
E por amar assim demasiado
Não coube em todo mar seu coração
Tornou-se então encantado
Sob seu céu estrelado
Nas costas do Maranhão!
Dias de inspiração
Dias de Brasil primoroso,
Exaltado em versos verde-amarelos.
Ah, as palmeiras, o céu, as várzeas, o sabiá...
Que prazer se encontrará longe do lar?
DERRADEIRO EXÍLIO
Nesse meu último canto
com a Pátria tão distante,
não encontro mais palmeiras.
Sou um Dias soluçante.
440 Marcia de Oliveira Gomes - Rio de Janeiro, Brasil - 05 de outubro de 1979 doutora em Língua Portuguesa pela
UERJ e professora da rede estadual. Em sua jornada literária, figuram a publicação de contos e minicontos
em antologias e a conquista de prêmios literários, dentre os quais se destacam o 1° lugar no Prêmio Literário
Teixeira e Sousa, em 2011, e no Concurso Nacional de Contos “Laertes Larocca”, em 2012.
441 Márcia Etelli Coelho - São Paulo – SP – Brasil – 3 de maio de 1955. É médica formada pela Escola Paulista de
Medicina em 1979 e membro da diretoria da SOBRAMES (Sociedade Brasileira de Médicos Escritores). Ocupa
a cadeira 34 da ABRAMES (Academia Brasileira de Médicos Escritores). Autora dos livros: “Andarilho - Em Bus-
ca de se Encontrar”, “Rastros na Areia”, “Corpo Espelho D´Alma”, “Os Apóstolos do Zodíaco” e “Entre o Laço e
os Nós”. E-mail: marciaetelli@ig.com.br
Sabiá não canta mais,
está triste sem seu ninho.
As estrelas se esconderam
e eu fiquei bem mais sozinho.
PRIMEIRA POESIA
A primeira poesia que eu li?
Gonçalves Dias:
Canção do Exílio.
Márcio Dison442
523
OBRA DE ARTE
Assobio sabiá
travessia perversa
em deserto de palavras.
Frágil beija-flor
capturo pólen
em labirinto de frases.
De sua majestade
realizo a realeza
imitando realejo.
E partilho a leveza
do colibri , o beijo.
Assobio sabiá
frágil beija-flor.
Desenho, saíra pintor,
um tiê-sangue
em natureza morta.
442 Márcio Dison - Porto União/SC – Brasil - 25 de fevereiro de 1962. Escreve desde os 6 anos, quando venceu
concurso sobre o Dia da Ave. Participou de diversas coletâneas e antologias e obteve em 2011 o Prêmio Fer-
nanda de Castro de Poesias, da Confraria Brasil/Portugal. Menção Honrosa do Prêmio Lila Ripoll/RS, lançou em
2012 Poesia(enterrada)Viva,edição do autor. Mora na Ilha de Santa Catarina e prepara o lançamento do livro
Banquete de Palavras.
Márcio Moraes443
canção ao timbira
canção de um exílio do índio timbira
um canto guerreiro da tribo sombria
é o canto piaga da sua nação
tupã poderoso retira esta embira
da musa cativa que não é mais minha
estrela do mar leviana canção
DE MINAS AO MARANHÃO
Oh! As minhas Minas
E os meus Gerais
Estado duplo,
443 Márcio Moraes - Montes Claros – MG - Brasil – 9 de julho de 1983. Professor de Literatura e Português. Partici-
pante ativo do Salão Nacional de Poesias Psiu Poético em Montes Claros, sendo um dos poetas homenageados
em 2008. Autor dos livros de poemas Genuíno (2007), Via Crucis (2009) e assim alado (2011). Possui trabalhos
publicados em Coletâneas e Antologias do Psiu Poético, Belô Poético, Poetas de Todos os Cantos, Faces Con-
temporâneas da Poesia Brasileira, entre outras. Além de poeta, Márcio Moraes também é músico.
444 Marco Aurélio Baggio – Belo Horizonte, MG – Brasil - 8 de março de 1943. Médico, É psiquiatra, psicanalista
e psicoterapeuta, publica regularmente em revistas e periódicos especializados, no Brasil e no exterior, ocupa
a Cadeira nº 96 da Academia Mineira de Medicina, ainda a Cadeira nº 27 da Academia Brasileira de Médicos
Escritores – Abrames – no Rio de Janeiro, É detentor da Cadeira nº 10 do Instituto Histórico e Geográfico de
Minas Gerais Ex-presidente da Arcádia de Minas Gerais. É membro do Instituto Mineiro de História da Medi-
cina e da União Brasileira de Escritores, do Rio de Janeiro. Presidente da Sobrames Nacional. Cônsul da Real
Academia de Letras de Porto Alegre. Membro da Academia de Letras do Brasil. Honorário da Sociedade Eça de
Queiroz, do Rio de Janeiro. Telefone: (31) 3337-64-79 E-mail: marcoaureliobaggio@yahoo.com.br
Uno, múltiplo.
Me lembra o canto de inserção
De Antônio Gonçalves Dias.
CANÇÃO DO EXÍLIO
Porto Alegre, minha cidade,
tem o Laçador;
Rio de Janeiro, tem o Cristo Redentor.
Tanto aqui como lá,
há o Calçadão de Ipanema.
Aqui, o Guaíba; lá, o mar.
Aqui, a bebida preferida é o chimarrão;
lá, o chopp gelado.
Aqui, tem o melhor o churrasco;
lá, o linguado não pode faltar.
526 Aqui, a seriedade do gaúcho
chama a atenção;
lá, a descontração do carioca.
Aqui, o sucesso da Calçada da Fama;
lá, o glamour do Leblon.
Aqui, o verde da natureza;
lá, o azul do mar.
Entre o lá e o aqui, fico com o aqui,
pois amo a minha Porto Alegre.
445 Marco Aurélio Maurer Dalla VecchiA - Bento Gonçalves/RS – Brasil - 14 de janeiro de 1998. Reside há 10 anos,
em Porto Alegre/RS. Estudante do Ensino Fundamental do Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Integrante do
Projeto “Imagens e Textos construindo Histórias e Versos”: “Banners Poéticos”, 2012. Curte desenhar e pintar.
E-mail: guy.f1@hotmail.com
446 Marco Aurélio Sousa Mendes - São Paulo – Brasil - 06 de Dezembro de 1994. Humilde aprendiz filosófico
de poeta, assim me defino. Atua no meio literário com o pseudônimo de Aurélio Mendes. Atualmente cursa
direito na Universidade Federal de Uberlândia. Possui já 1 livro publicado, uma coletânea de contos chamada
‘Pensamentos Singulares’. Mantem também um blog literário no endereço http://devumi.tumblr.com/
Mas tempo bom que Airumã
dizia ainda no Abanheém:
Palmares, como de minha terra,
não há em nenhum canto...
nem mesmo mais aqui.
Os sabiás, que aqui gorjeavam em tupi,
Agora cantarolam no ‘to be’.
Nessa bossa nova rogo a Deus
para que pelo menos,
o samba não vire rock
e Drummond não fique pop.
Desiludido, desencantado...
Caminhou registrando o país.
Atormentado, vituperado
527
Mergulhou nas letras; nova diretriz!
447 Marcos Paulo de Oliveira Santos - Brasília, DF - Brasil - 18 de dezembro de 1984, É licenciado em Letras-Portu-
guês e Respectiva Literatura pela UnB. É licenciado em Educação Física pela UCB. É especialista em Docência
do Ensino Superior pela UGF. É mestre em Educação Física. Venceu o I Concurso Literário do Curso de Educa-
ção Física da UCB; Foi 2° lugar do I Concurso Literário do Sistema CONFEF-CREF´s; Teve uma poesia selecionada
e publicada no Concurso Poetas da Cidade (SESI-DF).
Marcos Rodríguez Leija448
448 Marcos Rodríguez Leija - Nuevo Laredo, Tamaulipas – México - 1973. Desarrolla su trabajo en periodismo,
literatura, música y fotografía. Forma parte del Diccionario de Escritores Mexicanos del Siglo XX publicado por
la UNAM. Correo-e: marcosrodriguezleija@hotmail.com
Ese rumor que viene del mar
Ese rumor que proviene del mar
es tu voz cantándole a tu tierra,
a Maranhão, al sabiá y a tu ritmo
se mueven las palmeras en los bajíos
de Atins.
El Ville de Boulogne se ve
en los espejismos de la tarde de la costa
brasileña y tú a lo lejos cantándole
a Caixas, a los bosques, a la vida,
a tus amores, a los amores que uno sueña.
Tu canto viaja en la eternidad del aire
¡y no nos dejas, no! te quedaste
en la inmensidad del mar guerrero de la palabra,
voz del indio tupí que se expande en la amazonia
tus palabras corren con la brisa como un paisaje.
El Ville de Boulogne se ve
en los espejismos de la tarde de la costa brasileña
y tú a lo lejos cantándole a Caixas, a los bosques,
a la vida, a los amores que uno sueña.
Canção reescrita
Homenagem a Gonçalves Dias
Raça!
Gonçalves Dias nasceu!
Com a poesia na alma.
Filho de mestiça, mas com raça.
Raça que na vida venceu.
449 Marcos Samuel Costa da Conceição - Ponta de Pedras- Marajó – PA – Brasil - 07/12/1994. Estudante do ensi-
no médio, poeta, musico e escritor. Tem um livro de poesia publicado “Pés no chão e sonhos no ar” SANTmel
arte editora. Participou da antologia cidade vol. VII, antologia literattus, coletâneas eldorado vol. XXI, XXII,
XXIII, coletânea amor em verso vol. II, galeria Brasil de escritores contemporâneo. E mantém um blog: http://
samuelpoetacosta.blogspot.com.br/
450 Marcos Vinicius Lopes Serejo – São Luís – MA – Brasil - 26/05/2002 Cursando: 5º Ano, Turma: C, Profª Shirle
Maklene - EPFA.
Ele não foi apenas poeta.
Era o dono de suas poesias.
Na escrita a felicidade nascia.
Sua responsabilidade era completa.
CANÇÃO DO EXÍLIO
Meu Pampa Querido,
estou distante de ti;
numa terra de espinhos,
sem a vida que tu transmites
ao meu ser.
451 Marcos Vinicius Mota Kliemann - Porto Alegre/RS. – Brasil - 13 de junho de 1995. Estudante do Ensino Médio
do Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Integrante dos Projetos Literários “Tabuleiro de xadrez lírico”, 2011; e
“Porta copos poéticos”, 2012. Coautor do E-book “Haikais”, postado no site Teia dos Amigos, de Sonia Orsiolli,
Sorocaba/SP. E-mail: marcos.v.m.kliemann@gmail.com
Mardilê Friedrich Fabre452
452 Mardilê Friedrich Fabre - Cachoeira do Sul (RS) – Brasil - 31/12/1938. vive em São Leopoldo (RS). Professora
de Língua Portuguesa, revisora de textos, dedica-se ao voluntariado e organiza antologias. Foi agraciada com
vários méritos culturais. Pertence a instituições que reúnem escritores. Participa de inúmeras coletâneas e
publicou Poesia em gotas, Rumos da Poética no Século XXI e À Moda Antiga: Poemas (Trilogia Verde). http://
www.fremitosdaalma.blogspot.com/ http://www.mardilefriedrichfabre.prosaeverso.net/
Empresta-lhe a voz
Para que perpetue sua história,
Plasmada por homens livres,
Pacíficos, valentes, lendários...
A dor do poeta
Como fenece a bela flor
Também seca o amor do poeta
Encabulado e sonhador,
Como fenece a bela flor...
O coração parece repor
O desgosto que ele acarreta.
Como fenece a bela flor
Também seca o amor do poeta.
Homem natural
Permeou seus versos do verdadeiro
Homem da natureza, por inteiro.
Resgate
Gonçalves, nossa terra
não tem mais tantas palmeiras
mas entre a gente inconsciente
alguns semeiam ações que geram preservações
Bem-te-vis cantam em Belo Horizonte
534
em todas as ruas e bairros
Também há canários
vivendo nas poucas árvores
dando sinais de esperança
que flora e fauna persistirão
em nossas matas e cidades
Da minha janela, vejo rolinhas ciscando
na garagem e no pátio
453 Maria Angélica dos Santos - Bilá Bernardes - Santo Antônio do Monte/ MG, Brasil - 22/01/1950. Em 1970
mudou-se para Belo Horizonte onde trabalhou como professora e psicopedagoga. Faz parte da Academia
Santantoniense de Letras, entre outras instituições. Livro publicado: FotoGrafias de DesCasamento. Anome
Livros. Belo Horizonte. 2008. Tem diversas publicações em antologias, jornais, revistas e internet. http://poe-
tisabilabernardes.blogspot.com
Maria Aparecida Araujo Moreira- Mora Alves454
454 Mora Alves - Guarulhos,São Paulo, Brasil - 20/08/1963. Funcionária pública na área da saúde. Participação
do livro de Antologia de poesias contos e crônicas na Bienal internacional do livro de 2010. Participação do
livro de antologia: Destaques na poesia em 2011 organizado pela coluna destaque Raimundo Ray Nonato;
Participação no livro de Antologia: Melhores da Poesia Brasileira, Organizadoras: Jane Rossi e Monica Yvonne
Rosenberg Participação de contos na coluna do Jornal : Cumbica News. Autora do livro: Um Novo Amanhecer
pela editora Livre Expressão. “Na simplicidade das palavras, busco o verdadeiro sentido de todas as coisas.”
www.moraalves.com
455 Maria Apparecida S. Coquemala - Itararé SP, Brasil. Formada em Letras, pós em Linguística. Colunista de O
Guarani, jornal de Itararé, SP, onde reside. Autora de poesias, crônicas e contos, premiados no Brasil e exterior.
Participa de antologias no Brasil, Uruguai, Portugal e Itália E-mail: maria-13@uol.com.br
Quando o poeta partiu para sempre
o Brasil chorou de tristeza entre orações
se despedindo de um gênio da poesia.
Minha terra
Sabiás que gorjeiam
Na minha terra,
Gorjeiam com alegria
E esperança.
Esperança de um céu estrelado,
Esperança de mais flores no meu jardim,
Esperança de mais amores em minha vida.
E assim, canta a minha terra
Com seus Sabiás
E suas palmeiras ricas
Em vidas e amores.
Linhas e Entrelinhas
536
Bolinhas de gude, Petecas quebradas
Bonecas de pano, Bonecas sem braço,
Bolinhas de meia, de meia rasgada.
O menino faz gol, e parte pro abraço.
456 Maria Cecília Lima de Oliveira Castro - Brasília/DF- Brasil - 01 de maio de 1966; teve as seguintes participa-
ções: - Antologia “Les grand show de écrivaines brésiliennes” – Editora Yvelinedition e Rebra, França, 2011.
Poema : La fleur. - Revista Varal do Brasil nº 13 – Suiça, Janeiro 2012. Poemas: O pensar, Poesia. - Dicionário de
Mulheres – 2ª. Edição – Hilda Agnes Hubner Flores – Florianópolis. Editora Mulheres, 2011 – Participação.
457 Assenção Pessoa - Itapecuru- Mirim - MA – Brasil - 25 de maio de 1960. Formada em Ciências – Habilitação –
Biologia (1998), com Especialização na mesma área, pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA (2000).
Especialista também em Supervisão, Gestão e Planejamento Educacional pelo Instituto de Ensino Superior
Franciscano – IESF, São Luís - MA. (2007). Escritora. Área de Atuação atual: Educação Professor de Ciências e
Biologia, atuando no Centro de Ensino Itapecuru-Mirim como Gestora da escola. Membro Fundador da Aca-
demia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes - AICLA – Cadeira de Nº 13, Patrono: Manfredo Viana.
Gonçalves de vida, Gonçalves de luz
Gonçalves, o poeta das gerações,
Da Natureza ao índio guerreiro, que o seduz
Que Homem, que alma, de notáveis interpretações.
458 (Pessoa. Assenção, Recordações, São Paulo, Nelpa, 2011. Poesia de sua adolescência, inspirada no poema de
Gonçalves Dias, Canção do Exílio)
Relação em verdes primores,
Da infância aos cabelos brancos,
Do luzir do sol sobre a terra,
Poemas Gonçalvino
Palavra que fala,
Tesouro perfeito.
Palavra que cala,
Em versos que me deleito.
A palavra desposada,
Como é doce relembrar.
Paixão envolta a amada,
Que não se pode definir.
Que rara combinação
Sem poder de tradução.
Os poemas mais perfeitos
Causando provocação.
Poesia e paixão
Valem pelo que são.
Com toda sua beleza
Provocando contradição.
Poemas gonçalvino.
Versos mais que perfeitos.
Como numa suave fragrância,
Mesmo na atrevida distância.
459 Maria da Glória Jesus de Oliveira - Porto Alegre/RS. 15.8.43– Brasil - aposentada, Publicou: “Despertar”, po-
esia, “Ninho de Pedras”, romance, e “Contos Transeuntes”, contos; “Além do Jardim” – memórias. Pertence à
AJEB-RS- Assoc. Brasileira de Jornalistas e Escritas; à AGEI- Assoc. Gaúcha dos Escritores Independentes; à CA-
PORI - Casa do Poeta Rio-grandense; e à ACADEMIA DE ARTES, CIÊNCIAS E LETRAS CASTRO ALVES, de PORTO
ALEGRE/RS. madaglor@ibest.com.br
Maria das Neves Oliveira E Silva Azevedo – Neves Azevedo 460
O SILÊNCIO DO “SABIÁ”
Falar de Gonçalves Dias
É falar da poesia
De um cenário nacional
540
Onde ele esteve um dia.
Falando das alegrias
Do seu torrão natal.
460 Maria das Neves Oliveira E Silva Azevedo – Neves Azevedo. Pedreiras-MA, Brasil - 4/12/1954. Graduada em
Letras com habilitação em Língua Portuguesa e Literaturas. Bacharel em Secretariado Executivo Bilíngue - pela
Faculdade Atenas Maranhense - FAMA. Especialista em Didática do Ensino Superior pela FAMA. Especialista
em Educação e Educação a Distância pelo SENAC - São Paulo. Professora no SENAC-MA. Recebeu o troféu “A
Força do Carcará”, pelo poema João Pedreiras do Vale no Projeto Cultural FIEMA-2010.
A tua simplicidade
Nessa canção de amor à Pátria
Deu-nos a oportunidade
De falar de amor e saudade
Até o hino nacional
Fala dessa brasilidade.
PALMEIRA A SOMBRA...
Gonçalves,
Por que estes Dias sombrios?
Não ouço cantar o sabiá na palmeira...
Antônio
No arfar da brisa
O silencio aclara
O poeta que inspirou versos de amores
É nome de praças
E ruas...
Filho do português
João Manuel Gonçalves Dias
O comerciante de Trás-os-Montes
E de dona Vicência Ferreira
541
A maranhense
Ele, o Poeta nacional por excelência
Dos “Cantos e dos Timbiras”
Nascido nas terras de Jatobá
Caxias!
No dia 10 de agosto de 1823
Ora, pois...
De onde parte
Depois de estudar
Latim
Francês
Filosofia...
E de São Luiz
Chega a Portugal
Coimbra...
Advogado
Etnógrafo
Teatrólogo
Jornalista... Gonçalves,
Por que estes Dias sombrios?
Não ouço cantar o sabiá na palmeira...
461 Maria de Fátima Batista Quadros - São José dos Salgados – MG – Brasil - 28 de junho de 1958; formada em Di-
reito. Possui vinte e dois livros publicados (literatura-infantil, prosa-poética, pesquisa, genealogia e heráldica)
e um livro de poesia no prelo, além de vários artigos em revista/jornais e prêmios em monografia e literatura.
www.fatimaquadros.xpg.com.br mfatimaquadros@gmail.com
Antônio
No dia 3 de novembro de 1864
A terra onde cantava o sabiá...
Debruçou em luto
Pois nas águas do mar
Que por vezes viajou o poeta
Naufragou
Perto do farol de Itacolomy
Na costa do Maranhão...
Chora a nação
E o céu em festa
Recita
Poesias indianistas
Heroicas
De exaltação ao solo brasileiro
462 Fátima Oliveira - Picos – PI – Brasil - 04 de junho de 1954. Reside em Salvador -BA. Escrevo desde o colegial.
Reside em Salvador -BA. Escrevo desde o colegial. Obs: Estou enviando este material por intetermédio de
Varenka, pois morei em Caxias-MA, durante sete anos e quero fazer esta homenagem ao grande poeta Mara-
nhense. Aguardo seu pronunciamento.
Do seu coração romântico
O poema eclodiu.
“Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá”...
Sentindo solidão no peito,
A canção triste entoou
Ao Maranhão tão querido,
O poeta dedicou.
Em Coimbra, estudou
Em Direito, se formou
E o poeta romântico,
Aos Lusos também encantou.
De volta ao Maranhão,
Ele se enamorou,
Mas, continuar a paixão
Foi proibido, desencantou.
Outra amada conheceu,
E com ela se casou
Mas nunca se esqueceu,
De quem ele sempre amou.
Em Portugal reencontrou
O seu amor proibido
543
E inspirado poetizou
“Ainda uma vez - Adeus”, disse, oprimido.
Doente, foi à Europa,
Em busca de solução,
Sem recuperação, retorna
De volta ao seu torrão.
O navio Francês naufraga,
Na Costa do Maranhão,
Encerrando nessa plaga,
A sua apaixonada missão.
Mas, por estranha ironia,
Essa infame tragédia,
Ceifou apenas a vida,
Do nosso amado poeta.
TRIBUTO AO POETA.
Salve meu Maranhão,
Meu lindo torrão
463 Maria de Jesus Silva Amorim - Viana- MA - Brasil. Licenciatura Plena em Ciências Naturais, habilitação em
Matemática. Pós-Graduada em Supervisão Escolar - Candido Mendes. Pós-Graduada em Orientação Educacio-
nal - Salgado de Oliveira. Professora de Matemática do Ensino Fundamental e Matemática e Física do Ensino
Médio.
Terra do poeta
O Poeta maior
O poeta Gonçalves Dias.
Salve o poeta,
Que nasceu no Maranhão,
Na terra das palmeiras.
Palmeiras do babaçu.
Salve o poeta,
No regresso a terra
A terra natal
Num naufrágio fatal
Nas costa do Maranhão
Fostes fazer poesia
Num plano superior.
Salve o poeta,
Da terra das palmeiras
Onde canta o sabiá
A poesia retrata o Maranhão
E consolida o Romantismo.
Salve o poeta,
544
O poeta das palmeiras,
Palmeiras do babaçu,
As aves de hoje
Já não gorjeiam
Como as de lá.
Salve o poeta,
Dos tempos áureos
Das palmeiras,
Da riqueza do babaçu.
Salve o poeta,
Ó Poeta maior
Teus versos encantam
Fascinam e cantam
Os rincões do Maranhão
Ao mundo todo.
Maria de Lourdes Otero Brabo Cruz - Malu Otero 464
UM DESTINO TRAÇADO
Poeta, do amor desistes,
Julgas a decisão sensata,
A amizade ou até mesmo
O amor como uma cascata,
464 Malu Otero – Maria de Lourdes Otero Brabo Cruz - Bragança Paulista – SP – Brasil - 12 de fevereiro de 1958 -
Doutora en Lingüística Aplicada (Ensino/Aprendizagem de Língua Estrangeira) pela UNICAMP, Universidade Es-
tadual de CampinasCursou o Pos-Doutorado na Universidade de Málaga (Espanha). Faz parte de grupos como
Poetas del Mundo (cónsul de Assis), acadêmica da Nova Academia Virtual Poética do Brasil, sócia fundadora
da AVBAP - Academia Virtual Brasileira AlmaArte e Poesia, REC – Red de Escritores Coquimbo, entre outros.
Flui livre em outro ser,
Para isso o nó desata.
Poeta, isso não se dá,
Porque tua mulher amada
É forte e luta com garra:
Demonstra não temer nada,
Enfrenta a todos e casa
À coragem abraçada.
Um mestiço como tu
Foi por ela desposado,
Erraste na avaliação
E um futuro malogrado
Para ambos se traçou,
Por um erro no passado.
Ainda uma vez adeus
Diz o poeta ferido,
Mas é tarde pra mudança...
Vive a vida sem sentido,
Hoje e amanhã naufraga
O viver em desatino.
546
CANÇÃO DO EXÍLIO
No Rio de Janeiro muita beleza
natural e admirável;
no Rio grande do Sul,
os parreirais mais bonitos do Brasil,
uvas saborosíssimas
e vinhos super deliciosos.
Aqui, embora tenham o Cristo Redentor,
o Pão de Açúcar e o Corcovado;
nada supera ao nosso Rio Grande do Sul.
Lá, temos gostosos churrascos feitos no chão,
com toras de lenha da região;
as Pontes do Guaíba e a dos Açores,
dois lindos pontos turísticos;
as galopadas nos desfiles de 07 e 20 de setembro,
shows de patriotismo.
465 Maria de Lourdes Schenini Rossi Machado - Porto Alegre/RS – Brasil - 10 de agosto de 1995. Estudante do
Ensino Médio do Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Vice Presidente do Clube Infanto-Juvenil Erico Verissimo,
da Academia de Artes, Ciências e Letras Castro Alves, Porto Alegre/RS. Membro Efetivo do Projeto “Vida, Amor
e Paz”, do “Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix, Suisse/France”. Integrante dos Projetos Literários
“Tabuleiro de xadrez lírico”, 2011; e “Porta copos poéticos”, 2012. Coautora do E-book “Haikais”, postado no site
Teia dos Amigos, de Sonia Orsiolli, Sorocaba/SP. Cursa inglês no People. E-mail: alunamariarossi@hotmail.com
Aqui, muitas favelas e tráfico;
Lá, campos cheios de plantações de trigo,
arroz, soja, milho e fumo,
produtos responsáveis
pelo desenvolvimento econômico local.
Rio de Janeiro, terra do turismo;
Rio Grande do Sul, Querência Amada!
Memória
Nas profundezas do mar
Com as tuas poesias
Tua paixão e tua saudade...
Foi teu destino derradeiro
Daquele exílio
Teu solitário companheiro
Onde teus pensamentos
Se voltavam tão somente
Para tua terra natal
Terra das palmeiras
Onde cantava o sabiá
Voltavas...
547
Em um contento sem igual
Naquele exato momento
Em que recebias
Um golpe fatal
A vida na poesia
Gonçalves Dias
Era um homem raro
Que pagou caro
Por amar Caxias.
Filho de um português
Com uma mestiça
Estudou francês
E amava sua raça.
Escreveu várias obras
Como “Canção do exílio”
466 Maria Do Socorro Menezes - Lavras da Mangabeira – CE – Brasil - 03 de dezembro de 1943; Professora por vo-
cação e formação. Hoje residente em Trizidela do Vale- MA, e, mesmo na terceira idade esbanja todo o lirismo
e o espírito jovem que faltam a muitos com menos idade. É assim Maria do Socorro, que faz arte dos retalhos,
tendo matéria prima a vida tecida nas linhas e nas palavras.
467 Maria Eduarda Cabral da Silva - Caxias – MA – Brasil - 10/02/1998. Escola: Centro de Ensino Thales Ribeiro
Gonçalves.
Onde a dor sobra.
Continua a impressionar
Por ter sido tão forte
E ter usado bem a arte
De fazer poesia.
468 Maria Eduarda Pires Sousa – São Luís – MA – Brasil - 03/07/2002. Pelo prazer em escrever e também; Por
gostar de ler e ouvir poesias. Cursando: 5º Ano Turma: C Profª Shirle Maklene
469 María Estela Arnoriaga - Mendoza – Argentina - 20 de diciembre de 1944. Egresada de la Escuela Superior
del Magisterio. Luego continuó sus estudios en la Facultad de Filosofía y Letras, y Facultad de Bellas Artes.
Dedicada a la docencia en Lengua, Literatura y Francés.
Hombre con historia de rumbos, vena descalza que caminaba,
urgencia de amor y búsqueda de tiempos deslumbrantes.
Beso junto a su memoria, el lenguaje de la vida.
470 Maria Fernanda Reis Esteves - Setubal – Portugal - 52 anos. Livros editados: 2009 - Poesia “Canteiros de Espe-
rança” - Editora “Temas Originais; 2010 - Romance “4 Folhas de 1 mesmo Trevo” - Editora “Temas Originais”;
2011 - Contos/Poesia - “Contr(o)_versus - Editora “Lua de Marfim”; Participou em diversas Antologias portu-
guesas e brasileiras; Confreira – CAPPAZ; Organizadora de concursos literários; Presidente da Assembleia Geral
da Associação Cultural Draca
Maria Helia Cruz de Lima - Hélia Lima471
GONÇALVES DIAS
dotado de raros dons inigualáveis,
natural do maranhão, nascido em caxias,
no ano de mil novecentos e vinte e três,
nasceu o gênio, antônio gonçalves dias.
GONÇALVES DIAS
Ao poeta Antônio Gonçalves Dias,
saudemos! Mil novecentos e vinte e três,
- Maranhão, Nasceu na cidade de Caxias,
dotado de raros dons inigualáveis.!!!
471 Hélia Lima - Canindé-CE – Brasil – 15/11/1926. Jornalista com pós-graduação em Propaganda, Publicidade,
Radio e TV, escritora e poeta. filha de Raimundo Nonato Cruz e Francisca Rabelo Cruz. Casou-se com o mara-
nhense Domingos José de Lima, migrou para o Maranhão no ano de 1947, onde exerceu as funções de fun-
cionária pública como Professora primária- Buriti-MA. Tendo ingressado no DCT (Departamento do Correio e
Telégrafos). Assim publicou obras nas categorias: Teatro, Romance, literatura infantil e poesia.
Homem de inalterável estabilidade
na condução de sua forma emocional ,
além de soberba genialidade!
Tornou-se o maior poeta nacional.
GONÇALVES DIAS
No pedestal, a estátua!
Contemplando São Luís,
Gonçalves Dias continua
viver seus versos gentis
Dolorosas nostalgias
de causticante ardor,
o poeta Gonçalves Dias
sofreu, imerso no amor...
Estrelas no firmamento,
brilhavam, tristes, fingindo
que não viam seu tormento
sua esperança se esvaindo!
Gonçalves Dias
O seu berço tem o sabor
De uma mistura singela,
Feita numa simples aguarela,
Mas com a nostalgia da poesia
Soube viver com simpatia
Um sonho intenso,
Glorioso e muito extenso,
Tendo alguma dor
Mas muita alegria.
Tu
Calado na solidão,
Traz no coração
O punhal espetado
Com a palavra não,
No qual ficou num estado
Que só a poesia descreveu
A união perfeita,
Que muito cedo foi desfeita,
Mas com a vida continuou
E nada, sim nada ficou,
553
Como no estado inicial,
Mostrando que o banal
Jamais será banal
E que o diferente,
Além de ser original
É puro e quente,
Porque o desejo de vencer
Moldou o seu ser.
472 Maria Hortense Martins Nunes - Vila do Bispo - Portugal – 02 de Junho de 1967; Assistente Técnica do Municí-
pio de Vila do Bispo. Algumas participações: “ Prémio Utopia 2010 de Arte Fantástica “, pelo Núcleo Português
de Arte Fantástica e Câmara Municipal da Amadora, com um trabalho de pintura com O titulo “ Uma morte
sem explicação “, em 2010. - Participação no III Prémio Literário Valdeck Almeida de Jesus de Poesia, em finais
de 2007, com publicação em 2008, com a poesia com o Titulo: “ Vem meu amor”.
473 Maria Isabelle Palma Gomes Corrêa – Paraná – Brasil - 13 de setembro de 1977. Historiadora, professora de
rede estadual de ensino no Paraná/Brasil, desde 2003. Mestre em história comparada das religiões antigas,
pela Universidade Federal do Paraná (2003).
A lei infeliz do seu tempo de outrora
Impediu que ficasse ele na espera
Recolheu-se na luta infame de agora
Sorvendo a angústia da preciosa quimera.
PÓSTUMOS
No desterro do naufrágio vil, morre o poeta.
Naqueles dias em que se foram tantos amores,
esperava talvez rever de mais perto a terra dos sabiás.
Sua pele cinzenta de antigas histórias, lhe proibiu
Amélia.
Mas a ela, dedicou-lhe todo o seu Adeus...
Guerreiro de si, das selvas atlânticas num Maranhão esquecido...
Perdeu-se nas florestas das suas rimas,
alçou voos de longas esperanças.
Sem ter podido ousar, resignou-se no abatimento cruel de um amor
554
esquecido.
E abandonado no leito inquieto da nau claudicante,
reverberou seu soneto pelo grande mar-oceano...
ÚLTIMA VIAGEM
Em breve existência um homem
Registra em letras a plenitude
Do amor pela sua pátria
E pelo amor da juventude
Deixando um grande espaço
Para lamento dos admiradores
Que pouco puderam apreciar
Sua contribuição pela educação
E versos de primorosa construção
474 Maria Lúcia Nunes da Rocha Leao - São Romão-MG – Brasil - 15/12/1956, bancária aposentada, graduada em
Ciência Contábeis pela UDF-DF e em Direito pelo UNILESTE (Coronel Fabriciano-MG), advogada em atividade,
acaba de fixar-em retorno- residência em Montes Claros-MG. Livros publicados: A DUAS MÃOS, 1985, dividin-
do as páginas do livro com Ildeu Braúna. E, ainda, livro de crônicas/novela FLOR CIGANA, edições em 1993,
1998 e 2011.
Além das fronteiras busca
Nobre formação
Na gloriosa Coimbra
Berço da cultura de outrora
Elevando-se socialmente
Mas não o suficiente
Para romper o preconceito
Que o afastava da dona e senhora
Do seu pobre e mestiço coração
Da Canção do Exílio,
Foste tu um grande autor,
Pois ninguém jamais ouviu
A riqueza do louvor,
Que na letra exprimiu
Com o seu imenso amor.
475 Maria Lucilene Medeiros do Nascimento Nogueira – (Malu Medeiros) - Aracati – CE – Brasil – 20 de janeiro de
1976. Amante das artes, fez teatro, trabalhou em rádio como locutora e sonoplasta e passou a escrever mais
intensamente após o casamento, uma vez que seu esposo, amante de grandes leituras clássicas, iniciou-a na
leitura de clássicos universais. É funcionária pública no município de Fortim – CE, juntamente com seu esposo
e cursa a Faculdade do Vale do Jaguaribe (FVJ) em Aracati.
476 Maria Reginalda da Silva – Solonópole – CE - Brasil - 10/09/1977. Graduada em Letras (Português), especia-
lista em Português, Língua e Literatura, ambos pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Leciona a
disciplina de Português, concursada pelo município nos anos finais do Ensino Fundamental. Escreve por prazer
e tem o sonho de se tornar escritora. Participa do concurso por gostar de desafios, por amar literatura e por
admirar o grande Gonçalves Dias.
é de grande importância e Valor literário para o Brasil de hoje
como foi para o Brasil de ontem E és sem dúvida um imortal para nós
a bela canção do exílio que ficou Sendo para sempre nosso primeiro hino brasileiro
que Deus possa em seu poder supremo
estar contIgo em tua glória divina
e que eu possa um dia também desfrutAr de tua
grandiosa companhia em meus eternos diaS.
OS APAIXONADOS
Gonçalves Dias roubou meu coração
com tanto amor
que águas do rio vibraram.
477 Maria Silva Cabral - Lago da Pedra- MA – Brasil - 27 de fevereiro de 2005. Brasileira, estudante do 2º ano do
Ensino Fundamental na Unidade Integrada Profa. Ilzé Vieira de Melo Cordeiro, mora em Lago da Pedra/MA.
Gosta de ler e escrever.
478 Maria Stela de Oliveira Gomes – Abre de Campos – MG – Brasil - 12-02-1953 Pedagoga, Escritora, Poeta, Ar-
tista Plástica, membro da Academia Valadarense de Letras, associada à REBRA e Secretária da Associação dos
Artistas Plásticos do Vale do Rio Doce. Tem obras e um livro publicado em 2008. Em 2012 teve a sua crônica
“Peraltices da Infância” traduzida para o francês, através do intercâmbio cultural da Universidade Federal da
Paraíba.
Com riqueza verbal inigualável
Deu romantismo ao tema índio
Evocou sua afeição nacional à literatura
Demonstrando profundo amor pela natureza.
479 Mariana Damásio da Silva - São Paulo – SP – Brasil - 25 anos, brasileira, nascida e residente da Cidade de São
Paulo; secretária por formação e poetiza de coração, desde os onze anos de idade aventura-se pelo mundo das
palavras; conheceu Gonçalves Dias nos livros da escola e quase morreu de amor por ele desde então.
Mariano Augusto Serrão Chagas - Mariano Chagas480
GONÇALVES DIAS481
Mestre! Dorme nas ondas alterosas,
Nesse oceano de vagas rouquejantes,
Tendo por manto os astros rutilantes,
Tendo por leito as pedras preciosas.
480 Mariano Augusto Serrão Chagas - São Bento – MA – Brasil - Funcionário publico, jornalista e poeta. Colaborou
assuduamente na imprensa da capital e do interior. Coronel da extinta Guarda nacional. Trucidado barbara-
mente em Pinheiro na noite de 3 de maio de 1953.
481 MORAIS, Clóvis. TERRA TIMBIRA. Brasília: Senado Federal, 1980, p. 65, Poesia compilada por Leopoldo Gil
Dulcio Vaz – Curitiba – PR – Brasil – 1952; Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Universidade Estadual
do Maranhão
482 Marietta Cuesta Rodríguez - Cuenca- Ecuador - 12 de diciembre. Escritora multifacética, con una amplia y
reconocida trayectoria de poeta, pintora y periodista, veinte y más libros en su haber:; Colaboradora de múl-
tiples Revistas VIRTUALES E.mail: marieta12@etapanet.net
y es su corazón ilusionado pozo incierto ,
tambor desesperado
porque de tarde en tarde,
nuestro Antonio comprende que amó, sin ser amado
que fue por su ascendiente marginado.
y va filosofando,
el porqué de las clases y las razas,
si el AMOR y la paz no tiene credos , ni fronteras,
que Dios tiene la piel de todos, la tierra es para todos.
Canta al indio en su selva, su folklor, su cultura,
pensamientos profundos lo torturan
colecciona la Historia, la investiga, difunde ,
conoce del latín, lo traduce al francés supera día adía
buscando un nomeolvides, no sé cuándo…
560
Marilza Albuquerque de Castro - Carvalho Branco483
483 Marilza Albuquerque de Castro (Carvalho Branco) - Rio de Janeiro, RJ, Brasil - 16-03-1938 - Presidente do
InBrasCI–Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais/Embaixadora da Paz pelo Cercle Universel des Ambas-
sadeurs de La Paix(Suisse–France)/Vice-Presidente Executiva da LDN/Diretora Nacional de Cultura da AIPOM/
Conselheira Vitalícia do Conselho Superior da ALB-NAC/Dr. Honoris Causa-PHI, em Filosofia Universal e Lite-
ratura, pelo CONALB/ Patronesse da cadeira nº 25, categoria Letras da ALAB, de Brasiléia, AC/Comendador
pela Imperial Irmandade do Mérito Regente D. João VI, OMPH/Embaixatriz Literária Efetiva pelo Portal Mhário
Lincoln do Brasil / Delegada junto à CONFALB e outras Instituições culturais pela ALA de Quinari, AC/Membro
da Sociedade Memorial Visconde de Mauá e Ordem do Mérito Marquês de Viana e de várias outras Entidades
culturais nacionais/fundadora de algumas.(Professora, poetisa, prosadora, declamadora, palestrante, atriz
dela, a família, a ele disse: - Cale!
Ana Amélia, já casada, qual feitiço,
encontrou-o depois em Portugal,
inspirando-lhe, ao poeta, um poema
- “Ainda Uma Vez-Adeus!”- Sem igual!
Nele, amor e saudade são seu tema.
Casou-se com Dona Olímpia da Costa
- tiveram breve relacionamento.
Faleceu em naufrágio na encosta
do Maranhão, ao voltar de tratamento.
Sua poesia lembra da infância,
dos amores idos, vividos, gosta
de exalar deles sublime fragrância!
Era sua mais freqüente proposta.
Longe do Brasil, sentiu-se exilado,
saudosista. “Canção do Exílio”, clássico
da literatura, fê-lo citado
qual “célebre” no mais alto triássico.
Foi marco na nossa literatura
e hoje aqui exaltamos seu valor.
Seu nome é, pois, lembrado com ternura,
inesquecível, à Pátria, seu amor!...
561
Marina Moreno Leite Gentile - Marina Gentile484
AMOR PROIBIDO
Nos versos que a ela dediquei,
Naveguei em sentimento,
Pensamentos que pensei,
O verbo amar conjuguei ao vento.
Todo o presente e futuro era com ela,
Os cânticos de amor, as poesias,
O partilhar os sonhos dela,
Nossos enredos, duas geografias.
Tempestade, diversidade de raça,
Velas de ventos não navegáveis,
Pensávamos que éramos inseparáveis.
484 Marina Moreno Leite Gentile - São Paulo – SP – Brasil - 06.04.1958. Tem cidadania e influência espanhola
por ascendência materna (Alfarnate-Málaga). Desde 1982 reside na cidade de Salvador, Bahia onde teve
seus filhos. Para ela, a escrita é um meio de interagir com a vida e com as pessoas que também apreciam a
literatura. Marina Gentile, nome que utiliza para publicar, tem participações em diversas coletâneas, es-
pecialmente na Câmara Brasileira de Jovens Escritores (CBJE). E também participou em livros da Literarte (Rio
de Janeiro), Editora Pimenta Malagueta com sede em Salvador. É um grande prazer homenagear Gonçalves
Dias. dagazema@gmail.com; www.marinamorenogentile.blogspot.com.br
Das profundezas de meu eu,
Sob o calor do sol, clarões da lua,
Placidamente fui seu.
Marinaldo Lima486
A ÚLTIMA VIAGEM
No exílio ele escreveu
Seu poema mais famoso
Demonstrando amor à pátria
E o quanto estava saudoso.
485 Marina Nicodemo da Rosa - Porto alegre – RS– Brasil - 12 de março de 1994. Estudante do Ensino Médio do
Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Membro Efetivo da Academia de Letras Machado de Assis, Porto Alegre/
RS, Cadeira 44, Patrono: Cassiano Ricardo; Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores, Balneário Camboriú/
SC; Associação Internacional dos Poetas del Mundo; e, Liga dos Amigos do Portal CEN, Praia Grande/Portugal.
Coautora do Romance Interativo “Uma história de amor!”. E-mail: mharina@terra.com.br
486 Marinaldo Lima – Jaboatão-PE – Brasil - 29/09/1965, Seus primeiros prêmios literários foram na Biblioteca de
Afogados em Recife. Foi premiado ou selecionado em concursos literários na Bahia, São Paulo, Minas Gerais,
Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro. Além de poeta e contista é pastor da Igreja Batista em Sítio
Novo e professor da Escola Estadual Nossa Sra. do Carmo em Olinda.
Exaltou a nossa terra,
Nossos bosques, nossas flores;
Elevou nossas estrelas,
Nossas vidas, com amores.
Brasileiro Gonçalves,
Branco, preto,
Preenchido papel
Gloriosos os teus Dias,
Eternos no céu!
487 Mario Filipe Cavalcanti de Souza Santos - Recife, PE –Brasil - 15/01/1992. Estudou piano clássico na Escola de
Artes do Recife. Escreveu sua primeira poesia ainda com 09 anos. Aos 17, ingressou na Faculdade de Direito do
Recife (UFPE), onde continua a graduação. Foi vencedor em 2012 do Concurso Literário Nacional de Contos da
Associação Nacional de Escritores. Publicou junto a outros mil autores do mundo lusófono poesia na Antologia
“Entre o sono e o sonho” da Chiado Editora, de Portugal em 2013, é colunista na revista literária eletrônica,
Varal do Brasil, editada em Genebra.
Ah, filho do Brasil
Ah, poeta augusto,
Mereces homenagens mil
Mil cantos, mil cultos!
EXÍLIO EM CANÇÃO
Quando eu era moleque
Nunca matei sabiá
Gostava de ouvir seu canto
Num tom entre sol e lá.
Brincava de pique-esconde
Sumia igual um preá
Banhava em qualquer rio
Dormia em qualquer sofá
O limite era a noite
567
Castigo era o bê-a-bá.
Abandonei o estilingue
Saci, mula e boitatá
E fui morar na cidade
Cercado igual marajá.
Deixei de ser caburé
Quando fui pro Paraná
Ainda brincava de bola
Mas não era como lá
A quadra aqui era cancha
E a molecada, piá.
488 Mario Gonçalves Dias Junior - Londrina/PR – Brasil. Sou um Gonçalves Dias de linhagem mineira nascido no
velho oeste paulista no ano da Anistia (05/04/1979), embora me apresente apenas como Mario JR e more em
Londrina/PR - Brasil.
Minha terra tem primores
Que eu canto, quando dá
Aqui ninguém me entende
Nem nunca entenderá.
CÂNTICO GONÇALVINO
(Cordel sobre o Poeta Romântico Gonçalves Dias)
Palmeirais
Tuas palmeiras de encanto
Feito flechas certeiras
Que traspassam o coração
De olho no infinito
Esnoba eterna canção
De olho no infinito
Do alto do teu apogeu
Tortuosamente vaidosa
Sopra o vento da inquietude
No relento da tempestade
489 Mário Helder Silva Ferreira - Barra do Corda – MA – Brasil. 03 dezembro de 1950. Economista, Empresário, Es-
pecialista em Qualidade x Produtividade, Pós- Graduado em Marketing e em Gestão Empresarial, Membro da
Academia Barra-Cordense de Letras, Membro da Federação das Academias do Maranhão - FALMA. Fundador
da Casa do Maranhão em Brasília, Fundador do MIM, Movimento de Integração Maranhense, Presidente do
Guajajara Iate Clube, poeta, cronista, contista, letrista para marchinhas de carnaval, escreve para Revista da
Literatura da Academia Barra-Cordense de Letras,
Sofre trôpego no auge da juventude
Tua sombra magra
Causa espanto ao vento
Tortuosamente se curvam
Ao elegante avistar
Do lado das águas turvas
Soprando o sopro da colina
Agiganta e canta sutilmente
No tagarelar das sereias
Brilhando com a velha lua
Do alto desses bancos de areias
Vai segue o teu caminho
Dando adeus às magias
Vaidosamente arrepia
Do alto das regalias,
490 Mário Martins Meireles - São Luís – MA – Brasil - 8/3/1925. Iniciou seus estudos primários em Santos-SP, em
1920, prosseguiu neles em Manaus-AM e no Rio de Janeiro-RJ e os concluiu em São Luís-MA, em 1926, na
Escola Modelo Benedito Leite. Fez o curso secundário em São Luís, concluído-o em 1931, no Instituto Viveiros.
A seguir, principiou o Curso de Direito na Faculdade do Maranhão, mas o interrompeu, em 1934, na da Bahia.
Em 1966 fez o Ciclo de Estudos da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, em São Luís.
Possui diversos trabalhos inéditos e já publicou os seguintes: O imortal Marabá. São Luís, 1949. ( Co-autoria
com Achilles Lisboa ) Gonçalves Dias e Ana Amélia. São Luís, 1959.
491 MEIRELES, Mário Martins. O IMORTAL MARABÁ. Discurso de posse na AML. São Luís: Tip. M. Silva, 1948
492 Poesia escrita em 1935; “E quando pensaria eu em 1935, ao escrever essa poesia, que hoje – treze anos após!
– estaria me empossando nesta poltrona acadêmica sob o patrocínio daquele cujos versos eu roubara para
melhor cantar os meus amores da mocidade?” p. 20. Poesia compilada por Leopoldo Gil Dulcio Vaz – Curitiba
– PR – Brasil – 1952; Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Universidade Estadual do Maranhão
493 MEIRELES, Mário Martins. O IMORTAL MARABÁ. Discurso de posse na AML. São Luís: Tip. M. Silva, 1948, p.
37-39, Poesia compilada por Leopoldo Gil Dulcio Vaz – Curitiba – PR – Brasil – 1952; Instituto Histórico e Geo-
gráfico do Maranhão; Universidade Estadual do Maranhão
494 Poema de Mário Meireles, decalcado da Canção do Piaga, de Gonçalves Dias, e inspirado no quadro da morte
do Poeta, da autoria do pintor maranhense Eduardo de Sá, existente no salao nobre do Palácio do Governo do
Maranhão.
Esta noite era a lua tão linda,
Entre nuvens, serena, a vagar,
E eu olhava as estrelas brilhantes,
No futuro, tristonho, a pensar.
Uma canção496
Minha terra não tem palmeiras...
E em vez de um mero sabiá,
Cantam aves invisíveis
Nas palmeiras que não há.
Minha terra tem relógios,
Cada qual com sua hora
Nos mais diversos instantes...
Mas onde o instante de agora?
Mas onde a palavra “onde”?
Terra ingrata, ingrato filho,
Sob os céus da minha terra
Eu canto a Canção do Exílio!
Marisa Schmidt497
495 Mário de Miranda Quintana – Alegrete – RS – Brasil - 30 de julho de 1906 - Falecimento: 5 de maio de 1994,
Porto Alegre; foi um poeta, tradutor e jornalista brasileiro. Mário Quintana fez as primeiras letras em sua cida-
de natal, mudando-se em 1919 para Porto Alegre, onde estudou no Colégio.
496 Poesia compilada por Leopoldo Gil Dulcio Vaz – Curitiba – PR – Brasil – 1952; Instituto Histórico e Geográfico
do Maranhão; Universidade Estadual do Maranhão
497 Marisa Schmidt - São Paulo, SP - Brasil - 16 de outubro de 1947. Pedagoga aposentada, mãe e avó e tenho na
escrita meu hoby preferido. Participa de várias comunidades literárias virtuais e colabora como membro efe-
tivo do “Grupo Cá Estamos Nós -Brasil - Portugal.” Reside atualmente na cidade de Bertioga-São Paulo- Brasil.
EX_JUCA PIRAMA
Troquei meu canto de morte
por música sertaneja
não sei mais viver na selva
curumins têm brotoeja
floresta já virou relva
e aqui se toma cerveja
Da tribo, restou o nome
e por pouco ela não some
encravada junto ao asfalto
já não fazemos a guerra
nem sobrevivemos da terra
que se vende a preço alto
e aquele índio da poesia
virou enredo de fantasia....
CANÇÃO DO EXÍLIO
Na minha terra tem figueiras,
aroma campestre e silvestre;
tem também muitas cachoeiras
576 e nela está meu grande amor.
Onde estou, há muito branco
o que me faz ser franco;
Não estar com meu amor,
causam-me muita dor.
Na minha terra tem figueiras
onde fagueiro pulsa meu coração.
Nela há esteiras, onde repousa,
suavemente, minha doce paixão.
Palmeras
Al puerto acompáñame
para el amanecer contemplar
subidos en una barca
498 Mark Pizzato Machry - Porto Alegre/RS – Brasil - 18 de abril de 1994. Membro Fundador da Academia de
Letras Machado de Assis, de Porto Alegre/RS, Cadeira 34, Patrono Dyonélio Machado; Membro Efeti-
vo da Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores, Balneário Camboriú/SC; da Liga dos Amigos do Portal
CEN, de Portugal; e, da Associação Internacional dos Poetas del Mundo. Cursa Direito na PUC-RS. E-mail:
markpima@gmail.com
499 Martha Elsa Durazzo - Acapulco, Gro., México - 1956. Escritora, periodista, promotora cultural y abogado. Pte.
de Escritores Veracruzanos, A.C., desde 2006. Pte. de La Casa del Poeta Peruano en el Edo. de Veracruz, 2010.
Miembro de la Academia de Extensión Universitaria y Difusión de la Cultura de la FES, Zaragoza, UNAM, 2007.
Autora de tres libros y coautora de veinticuatro. Traducida al rumano. Publicada en México, Cuba, España y
Perú; publicada en revistas: Rumania, Argentina, Perú y México.
Ver desde la distancia mecer
sus esmeraldas penachos a las palmeras
Arrullados por las ondas marinas
Soñar un poco
Anna y Antonio
Palmera y ave
déjenme que les cante
de la luciérnaga el vuelo
acompasado de verdes y aleteos
Desplomada la noche
Humanidad de aquel siglo
contrapusieron al coloquio amoroso
el prejuicio
Palmera y ave
el aeda vivió
de la luciérnaga el vuelo
acompasado de verdes y aleteos
Pensando en ti.
Truncada su vida
en la madurez y el amor
quedaron sus versos
suspendidos en el viento.
SEM TITULO
El ritmo de su tierra
acuna en la lejanía
la nostalgia
Traza el poeta
el dibujo
de su poema.
500 Martins D’Alvarez – Barbalha – CE – Brasil - 14 de setembro de 1904. Filho de Antonio Martins de Jesus a de
Antonia Leite da Cruz Martins. Fez os estudos primários na sua cidade natal, os secundários, no Liceu do Ce-
ará. Formou-se em Odontologia. Transferiu desde o ano de 1938 a sua residência para o Rio de Janeiro, onde
exerceu, além de atividades na imprensa, atividades no magistério superior. Livros publicados: “A Ronda das
horas verdes”, 1930 (versos).”Quarta-feira de cinzas”, 1932 (novela).Menção honrosa da Academia Brasileira
de Letras. “Vitral”, 1934 (Poemas).”0 Norte Canta”, 1941 (poesia popular). “No Mundo da Lua”, 1942 (poesia
para crianças). ( Antologia da Nova Poesia Brasileira J.G . de Araujo Jorge - 1a ed. 1948).
o Bumba-meu-boi de Anil...
E outras relíquias da História
pitoresca do Brasil.
Tem aquela preta velha
da Rua dos Afogados
que foi preada na Angola,
deu bom preço nos mercados...
Foi tudo para os Senhores...
Amargou de mão em mão...
E traz na pele, gravado,
o drama da escravidão.
Tem o português dos “secos”
e o português dos “molhados”...
Tem o turco dos “retalhos”
ë o turco dos “atacados”...
Tem a “pipira morena,
lá da Rua do Alecrim,
que aos domingos, toda chique,
vai fazer seu piquenique
e à noite, em Campos de Ourique,
quem paga tudo é o Joaquim!
“Nosso céu tem mais estrelas”
“na noite calma e deserta...
— Infinita porta aberta
580
para um mundo de poesias!
“nossas várzeas têm mais flores”,
além das rosas-meninas
que florescem nas esquinas
da Praça Gonçalves Dias!
“Nossos bosques têm mais vida
“na magia feiticeira
dessa Atenas Brasileira
de artistas e pensadores.
Graças à luz expendida
por esta estirpe luzida,
“nossos bosques têm mais vida,
nossa vida mais amores”.
“Em cismar sozinho à noite
mais prazer encontro eu lá”,
pela Praça João Lisboa,
recitando o “Marabá”...
Ao longo da Praia Grande...
No botequim da Sinhá,
tirando o gosto da pinga
com refresco de cajá...
Ouvindo, ao luar de prata,
acordes de serenata,
com trovador e com flauta
com violão e ganzá.
“Não permita Deus que eu morra
sem que eu volte para lá...
“Sem que carregue, contrito,
o andor de São Benedito,
na bênção que ao povo aflito,
em procissão, ele dá...
Sem que inda prove pequi,
cupuaçu, bacuri,
cambica de murici
e um bom arroz de cuchá!...
Quero morrer, na verdade,
na minha velha cidade,
namorando a antiguidade,
numa rede de algodão...
Dando um adeus ao passado,
um viva a Pedro II
na melhor terra do mundo:
— São Luís do Maranhão!
501 Mateus Comodo - 08 de março de 1996, é estudante da 3.ª série do Ensino Médio do Colégio Objetivo São
Roque. Gosta muito de Direito, literatura jurídica e de praticar tênis. Como descendente de italiano, adora
cozinhar e comer massas. Tem como hobby assistir a jogos de futebol e ouvir música.
Matheus Fabrício Pereira Madeira502
GONÇALVES DIAS
Antonio Gonçalves Dias
Nasceu em Caxias cresceu
Fazendo poesia com
Harmonia e alegria.
Antonio Gonçalves Dias
Fez uma bela poesia
Falando da sua terra
Com muita harmonia.
Estudou em Portugal
Latim filosofia e Frances
Mas nunca esqueceu do
Português.
Antonio Gonçalves Dias
Morreu em Lisboa
Mas voltou para cá
Onde mora gente boa.
Nunca será esquecido
Poeta romântico na
582 Praça dos namorados
Os amores encantados
502 Matheus Fabrício Pereira Madeira - São Luís – MA - Brasil - 20/012002. Motivo da Participação: Demonstrar
através da poesia a contribuição literária de Gonçalves Dias na formação-sócio cultural do educando interpre-
tar e compreender textos poéticos.
503 Mayara da Silva Jorge - Teresópolis/RJ - Brasil - 17/04/1997 - poetaluna do 9.º Ano da E. M. Alcino Francisco da
Silva, em Teresópolis/RJ, e já traz um vasto currículo literário, incluindo a Menção Honrosa no XXII Concurso de
Poesias da ALAP, no Rio de Janeiro/RJ. Tem diversos textos publicados no blog “Diários de solidões coletivas”
(um deles, inclusive, está entre as postagens mais populares do blog citado).
Do Maranhão eu vim,
Do Maranhão eu fui,
Alguns pensam que é o fim
Porque o amor não evolui.
CANÇÃO DO MARANHÃO
Minha Terra tem sujeira onde cantava o sabiá,
As aves que aqui gorjeavam
Não gorjeiam como lá.
A GONÇALVES DIAS
Gonçalves, que Dias
O amor intenso, mas proibido
Na volta ao porto, apenas meu corpo
Carregado pelas brumas da baía de São Luís
Náufrago da paixão e dos oceanos da incompreensão humana
504 Mayara Sousa Gonçalves - São Luís – MA - Brasil - 11/08/2001. Motivo da participação: Eu sempre sonhei em
ser poeta para escrever para minha família eu quero ser reconhecida igualmente a Gonçalves Dias.
505 Mhário Lincoln Félix Santos – São Luís – MA – Brasil - 27 de março de 1954 - Atualmente reside em Curiti-
ba-Paraná. É advogado, escritor e poeta. Colunista e editor de variedades em vários jornais de São Luís e
de Curitiba-PR. Atual atividade: Diretor-proprietário do Portal Aqui Brasil (www.portalaquibrasil.com.br) com
sede em Curitiba-PR, com aproximadamente 2,5 milhões de acessos mês em diversos países, destacando-se
Brasil, Argentina, Portugal, Espanha, Estados Unidos, Alemanha, Russia e China.
EU E G. DIAS
Ah! Gonçalves de todos os dias
De todas as horas, das minhas agonias.
Gonçalves, das praças e dos veleiros
Dos mares de Lisboa, dos aventureiros.
506 Michael Jackson Coelho da Silva - São Luís-MA Brasil – 08\11/2000. Motivo da participação: Eu gostaria de
participa da Antologia poética por que eu queria que todos se lembrassem de mim na Escola, para ajudar a
escola e deixar meu pai e minha mãe orgulhosos e homenagear o nosso grande poeta.
Michelle Adler Normando de Carvalho507
O HOMEM GONÇALVES DIAS
Indianista
humanista
tuas palavras traduzem lutas
traduzem amor
traduzem vida
Gonçalves Dias!!!
No romantismo estás também...
encontraste o amor que tanto querias
e te encurralaram num beco sem saída
entre o amor de Ana Amélia
e a amizade da sua família
abdicaste a ela
ficando com a tua alma marcada em fogo
eternamente ferida...
No mar encontraste paz
entraste para a eternidade
por fim a gloria...
por fim guarida!!!
507 Michelle Adler Normando de Carvalho - São Luís – MA – Brasil - 14 de novembro de 1979. É Psicóloga. Espe-
cialização em Psicologia Hospitalar pela FAMA (2005), Especialização em Psicopedagogia pela UNDB (2008) e
mestrado em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Maranhão (2010). É Professora universitária da
Faculdade Pitágoras - São Luís e da Faculdade do Maranhão- - FACAM. Faz parte do Banco de dados de avalia-
dores de cursos de graduação do INEP/MEC.
508 Michelle Fonseca Coelho nasceu em 24 de dezembro de 1979 em São Luís. Formada em Letras, pós-graduada
em Docência do Ensino Superior, mestranda em Ciências da Educação pela Universid Americana, Assunção -
Paraguai. Estudou na Languague Studies Canada, Vancouver B. C, Canadá; e na Landmark Christian School,
Paramaribo, Suriname. Professora da Faculdade Pitágoras e Faculdade do Maranhão.
Miguel Marques509 - São Luís, 7 de Setembro de 1873
Gonçalves Dias -
Recitada por ocasião da inauguração da sua estátua
Eis em vulto entregue aos séculos,
quem, não sendo divindade,
perscrutava a eternidade
nos arroubos da poesia,
e, delirante abrasado
nas chispas da luz homérica,
dizia à Europa: D’América
a glória sou eu quem guia!
Silêncio! que a história exalta
com voz sublime, estupenda
o seu nome, a sua lenda
aos sons de celeste hino!...
Vinde, oh! turba! entusiástica
prostrai-vos junto ao proscênio
onde em mármore é o gênio
mostrando o selo divino.
509 Leal, Henriques, Pantheon Maranhense, São Luís, 1874, p. 567-569. Poesias compiladas por Weberson Fer-
nandes Grizoste - Jauru – MT – Brasil
Vem, oh filho das Moeonidas!
Santuário do ideal!
Do teu trono de cristal
contemplar a cena augusta.
Se humilde e a aparência
brada altiva a voz da Fama:
–A glória o gênio proclama
firmada em base robusta.
Que diga Dante, Virgílio,
quem com mais inspiração
brilhava quando o vulcão
do teu crânio se inflamava,
e ouvindo o mágico idílio
do sabia mavioso,
teu estro temo e saudoso
melífluas queixas soltava.
Mas além era impossível
um ser humano subir!
Era muito o seu fulgir,
devia o astro tombar.
Deus chamou-o ao seu império,
mas vendo a terra tão pobre
disse: P’ra argila tão nobre
cave-se um tumulo no mar! 587
Gonçalves Dias foi você que muitos querem entender, aprender com
teus versos e contos como escrevestes com verdade!
O que não sabíamos é que um dia a água te encobriria,
E a nós resta até hoje lembranças tuas e da linda cidade de Caxias!
510 Mikaelle Cristina Dos Santos Cantanhede - Sao Luis – MA – Brasil - 18/09/2000 – EPFA Cursando: 5º Ano –
Turma: C – Profª Shirle Maklene
Mikaely Fernanda Rodrigues 511
BRASIL
Ah! Que saudade
Que dá
Da minha cidade
Lá sim eu tinha uma vida.
Amigos, parentes, família
Ainda quero rever um dia
Arrependida por largar meu namorado
Que um dia tanto havia amado.
Amor eterno,
Amor pleno,
Amor verdadeiro,
ANA AMÉLIA,
Esse era o amor
do eterno poeta altaneiro!!!
511 Mikaely Fernanda Rodrigues - Bebedeuro – SP – Brasil - Aluna da 7ª. Serie C da Profa. Silvana Morelli http://
silmoreli.blogspot.com.br/2009/09/cancao-do-exilio.html, Poesia compilada por Leopoldo Gil Dulcio Vaz –
Curitiba – PR – Brasil – 1952; Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Universidade Estadual do Maranhão
512 Milena Adler Normando de Sá. São Luís – MA – Brasil - 01/1976. É formada em Contabilidade. É mãe de João
Marcelo e Lara.
Miriam Porras Adame…513
513 Miriam Porras Adam - Navojoa, Sonora, México. Poeta y Escritora, ha participado en diversos eventos cultu-
rales; porras59-74@hotmail.com
Moacir Lopes Poconé Neto514
JAZIGO NO MAR
Um navio
Leva com ele os sonhos para o fundo dos mares.
Nele vão os dias de muitos
E o Dias
O grande Gonçalves.
Pouco mais de quarenta
E histórias de séculos.
Timbiras, tamoios e exílio.
Amores, cantos e piramas.
Ainda era tão cedo
E nos deixava naquele dia.
No mesmo Maranhão onde nascera.
De onde saíra para o mundo.
Um mundo que não mais seria o mesmo
Sem o canto daquele que viu
E cantou como ninguém
Sua pátria, sua gente e seus amores.
Jaz, Gonçalves, nesse túmulo de água
Até ele pequeno para o seu tamanho.
591
Moacir Luís Araldi515
Carta
Escrevo-te, digno poeta,
Pra dizer que aqui
Sua obra é perpétua.
E que ainda fazemos versos pra ti.
514 Moacir Lopes Poconé Neto - Aracaju - SE – Brasil - 27/03/1975. Escreve crônicas, contos e poesias desde os
quinze anos. Possui graduação em Letras Português pela Universidade Tiradentes (2008) e graduação em Di-
reito pela Universidade Federal de Sergipe (1996). Mantém o blog Deu na Telha, no qual escreve sobre os mais
diversos assuntos.
515 Moacir Luís Araldi - Passo Fundo- RS – Brasil - 18 de setembro de 1963. Gaúcho, brasileiro, residente em Passo
Fundo- RS. Formado em letras pela Fundação Universidade de Passo Fundo (UPF), escreve, amadoristicamen-
te desde 1986.
Diga ilustre brasileiro,
Como te aceitam por aí?
Vives com Ana um amor verdadeiro
Como não viveste aqui?
FALAR DE VOCÊ
Falar de você Gonçalves,
Faz pensar no canto do sabiá.
Em estrelas, palmeiras e flores.
Da frustração nos amores.
Do viver lá como cá.
MEU DEUS
Palmeira solitária
Na várzea da nostalgia.
Bosques sem harmonias
Sabiá sem gritaria.
GENIAL
Genialidade nas linhas que escrevias,
Que se perpetuam por gerações.
Genialidade nos versos que compunha,
Para entalhar nos corações.
MIL POEMAS
Nossa terra sempre vai te venerar.
As palmeiras não podem te saudar.
Os poetas aqui escrevem
Pra no céu, te homenagear.
Saudade
A saudade é a maior inimiga da alma.
Além de deixá-lo triste,
Ainda tenta te matar...
Quando fico com saudade de você,
Meu coração não para de bater...
Fico pensando em quando vou te ver.
Onde será que você está?
Fico pensando em te encontrar...
Será que você vai voltar?
UM POETA NACIONALISTA
594 Natural de Caxias... Maranhão
Ele respirava o ar da poesia
Versejador apreciado, sem igual
Compôs a bela “Canção do Exílio”
Pra Ana Amélia ele sempre escrevia
Chegou a residir em Portugal
516 Monique Rocha Passos - Jd. Ubirajara – São Paulo – SP – Brasil - 11/04/2000. ESCOLA: EMEF Antenor Nas-
centes; DIRETORA: Denise Ribeiro de Carvalho; PROFESSORA RESPONSÁVEL: Adenilza Almeida Lira E-MAIL DA
ESCOLA: emefanascentes@prefeitura.sp.gov.br
517 Moysés Barbosa - Comendador Levy Gasparian - R J - Brasil - 15 de fevereiro de 1944, Membro Benemérito e
Senador Acadêmico Honorário da FEBACLA,Bispo, Advogado, Professor, Jornalista, Embaixador da Paz, Poeta
(já com Jubileu de Ouro de Poesia (2009) site:www.pastormoysesbarbosa.com
No Colégio Dom Pedro II
Foi professor muito festejado
Fundou a Revista Guanabara
Ajudado por dois companheiros
No Romantismo, sim...foi aprovado!
Toda sua obra o civismo ampara
518 Murilo Monteiro Mendes - Murilo Mendes - Juiz de Fora – MG – Brasil - 13 de maio de 1901; foi um poeta e
prosador brasileiro, expoente do surrealismo brasileiro. Wikipédia
519 Poesia compilada por Leopoldo Gil Dulcio Vaz – Curitiba – PR – Brasil – 1952; Instituto Histórico e Geográfico
do Maranhão; Universidade Estadual do Maranhão
Mylene dos Santos Siqueira520
MINHA TERRA
Minha terra tem história,
Que acabaram de chega.
No Centro Histórico
É um lugar de se encontrar
Nosso céu não tem quase estrela,
Mas eu ainda gosto deste lugar.
Minha terra tem praias,
Para gente se encontrar.
Hotel de frente pro o mar,
Minha cidade tem curiosidades.
Que você vai gostar,
Mas só vai saber se vir olhar.
DON’ANA
Há um nada em quase tudo
Quase sempre em todo o tempo
Em qualquer época ou lugar
596
Mudando somente o matiz
A intensidade, não raro o fulgor
A macular o destino, a macular o amor.
520 Mylene dos Santos Siqueira -São Luís-MA - Brasil – 03\01\2001. Motivo da Participaçao: Eu gostaria de par-
ticipa da Antologia poética por que será uma grande ortunidade para mim, ter minha poesia sendo lembrada
por todos e ser lembrada por este poeta maravilhoso.
521 Nadir Silveira Dias - Rio Grande, RS – Brasil - 04.04.1947. Reside em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Brasil.
É Jurista, Escritor, Poeta, Compositor, e Letrista, integrante da Ordem dos Advogados do Brasil, da ARI - Asso-
ciação Riograndense de Imprensa, da Ordem dos Músicos do Brasil, e de várias Academias Literárias do Brasil.
É laureado da ASL - “ARTS SCIENCES LETTRES” Societe Academique d’Education et d’Encouragement, França.
Autor de vinte e três livros de literatura e de doutrina jurídica, obtém pelo livro Rastros do Sentir, a Medaglia
d’Argento 2004 - Premio Letterario Internazionale “Maestrale - San Marco” - Itália, e, pelas obras e ações, em
Paris, a Médaille de Vermeil 2009. nadirsdias@yahoo.com.br
Um pelo outro de intenso amor
Que tiveram suas vidas destruídas
Pelo insano não consentimento...
GONÇALVES DIAS
Antônio Gonçalves Dias,
um grande escritor maranhense,
597
que nasceu em 10 de agosto
na pequena e bela Caxias.
522 Naraene Miranda da Silva – Balsas - MA – Brasil. URE – Balsas - Centro de Ensino Médio Dom Daniel Comboni;
Professora: Marcia Meurer Sandri
Natália Bueno Dias 523
CANÇÃO DO EXÍLIO
Vejo o céu cinzento
com uma brisa fria,
Lembro-me do céu azul
e de seus campos deslumbrantes.
Sinto-me sozinha vivendo
ao lado de um bosque.
Lembro-me de nossas roças
com cheiro de mato.
Bosques sem essências
Sinto falta de nossas flores
cheirosas e deslumbrantes
que relatam grandes amores.
Nosso ritmo é o melhor
Festas e alegria
Cidade muito parada
Sinto falta da capital
Arroz com feijoada e
uma bela salada.
Aqui só como massa
e vivo com presão alta.
Meu Deus, só lhe faço um pedido:
598 Não me deixe morrer
com esse ar sem cheiro,
quero morrer ao lado da praia
com a brisa leve e suave.
Quero voltar a viver
junto à felicidade.
523 Natália Bueno Dias - Bebedeuro – SP – Brasil - Aluna da 7ª. Serri B da Profa. Silvana Moreli - http://silmoreli.
blogspot.com.br/2009/09/cancao-do-exilio.html , Poesia compilada por Leopoldo Gil Dulcio Vaz – Curitiba –
PR – Brasil – 1952; Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Universidade Estadual do Maranhão
524 Nathalia Ribeiro Lopes - 4 de outubro de 1995, é aluna da 3.ª série do Ensino Médio do Colégio Objetivo São
Roque. Gosta de música popular brasileira, escrita criativa e cinema.
Ana que, por saudade, lacrou em sangue e lápide
o poema e a vontade de ver nessa terra o sol raiar,
E em morte cessaria
o adeus em poesia
de quem não pôde se tocar.
CANÇÃO DO EXÍLIO
Porto Alegre, terra
de gaúchas bonitas
que destacam as belezas
da cidade.
Pássaros encantam
com seus cantos;
o sol, ao refletir,
nas águas do Guaíba, ilumina-o;
o cheiro das flores perfumam
os caminhos do Parque da Redenção.
Algodão doce, pipocas, doces
e pessoas passando,
de um lado para o outro,
dão-me a sensação
de que sou livre e feliz. 599
Aqui, pouco vejo de encantador.
Quero a minha terra voltar
e o seu perfume respirar.
Outros Dias
Dos Dias, o mais luminoso,
A mártir foi escolhido
A saciar a invídia do mar.
Vigorosos, eternos e imortais,
Novos Dias emergem
A cada ressaca das águas.
Eis que sobrevive a poesia
E, sobre as palmeiras,
Ainda gorjeiam os sabiás.
525 Nathália Rodrigues Barbosa - Porto Alegre/RS – Brasil - 20 de janeiro de 1998. Estudante do Ensino Funda-
mental do Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Integrante do Projeto Literário “Banners Poéticos”, 2012. Inte-
grante do Projeto “Imagens e Textos construindo Histórias e Versos”: “Banners Poéticos”, 2012. Curte música
e dança. E-mail: nathi_rodrigues98@live.com
526 Nédia Sales de Jesus - Santo Antonio de Jesus, BA, Brasil - 25/06/1971. O gosto pela escrita nasceu ainda na
adolescência, quando passou a expressar a sua visão particular do mundo através de suas primeiras poesias,
o que lhe rendeu, posteriormente, alguns prêmios e publicações no Brasil e, recentemente, em Portugal.
Nelmara Silva527
Ah como amei !
Clareza, claridade,
contaminação de verdades...
Poesia, misturada de brasilidade...
Mocidade, amores e tantos amores.
Amores do mar, natureza
Nossa tão amada cidade.
Amor Amélia, amor-maior.
Enriquecida palavra.
Horizontes desbravados.
Em tantos mares navegados.
POETA - espelho de rimas,
quartetos guardados.
Trovas, do cantante trovador.
Pássaros , gorjeios, emoldurados.
Perfeito trinado.
Triunfa tua saga, tua alma.
Amigo, irmão Gonçalves.
Penhor de nossa História Brasil.
D
e
s
600
c
o
r
t
i
n
a
n
d
o
se
obras imortais,
talento tecido passo a passo
tons, semitons,
belezas naturais.
A palavra é a força da vitória.
527 Nelmara Silva – Rio de Janeiro – Brasil - 17/09/1950. Cultuadora das letras desde a infância, onde as palavras
sempre preencheram meu espaço, ávida de livros, aprimorando sempre o bom gosto pela leitura. Desenhava
na imaginação lugares, personagens e o fascinante mundo da poesia.Aprendi com cada um deles a magia da
arte de escrever poemas.Debrucei-me sobre Castro Alves e lutei com os escravos, a brasilidades vi claramente
em Gonçalves Dias;o negro através de lima Barreto...Assim naveguei pelos mares das palavras...
Brasilidade, brio, Brasil.
Berço, abraçado, irmão gentil.
Arrojado, amado amante.
Amélia, amada escalonado amor.
Trovador, testemunha da palavra.
Palavra viva, trabalhada, rimada
em trovas,em traços...
Especial, épico, eficaz
elegante,eterno Gonçalves...
Criador, criatura, cancioneiro.
Canto, cordial, cordel,
louvar tuas palavras
tuas rimas,
teus mares navegados.
Navegantes em metáforas.
Nuances, cores ,iluminado poeta.
poetando nossas terras, nossas matas...
doravante cantarás, cantaremos
eternamente tua Criação.
Nereu Bittencourt528
A GONÇALVES DIAS
601
Poeta, na palmeira viridente,
ao cicio da brisa langorosa,
Entôa o sabiá terno e dolente
uma trova de amor linda e saudosa
E, pela selva, ao claro sol ardente,
ou mesmo em noite de luar, formosa,
vibra o canto guerreiro da potente
tribo audaz de tupís, vitoriosa.
É sempre azul o céu de nossa terra.
É sempre verde o mar. O sol explende.
Nada mudou do que teu canto encerra.
528 Nereu Bittencourt - Caxias – MA - Brasil - 08 de março de 1880; faleceu na mesma cidade em 11 de setembro
de 1963. Iniciou sua jornada de mestre aos 23 anos, e cumpriu por 60 anos a árdua tarefa de ensinar. Homem
de profundo conhecimento de Português e Francês, de estilo límpido e preciso, assimilando, à farta, as três
dialéticas: a Expositiva, a Explicativa e a Dialética, a ponto de desvendar os mistérios lingüísticos, os meandros
de cada tópico frasal, as isotópicas, mórficas e sêmicas, os penetrais da perspicácia, além de dominar muito
bem, o latim, o inglês e o espanhol. Logrou aprovação em todos os concursos a que se submeteu no Departa-
mento Administrativo Do Serviço Público – DASP. Um idealista da Educação em Caxias foi um dos fundadores
e autor da letra do Hino do antigo Ginásio, atual Colégio Caxiense. Patrono da cadeira de nº16 da Academia
Caxiense de Letras - ACL. Por ocasião da proibição de mais uma cidade com o mesmo topônimo, no Estado
Novo, com a vigência do decreto-lei nº 311, de 2-3-1938, em que foi tentada a mudança do nome da cidade:
Caxias- ficaria nomeada a cidade gaúcha de grande importância comercial e Caxias - com as sugestões para:
Caxias das Aldeias Altas - Marechal Caxias ou Caxias Norte. Sobre a matéria e tecendo considerações históri-
cas, de cunho patriótico, Nereu foi um dos cidadãos interventores em prol da permanência do nome da cidade
de Caxias-Maranhão.
E o coração da terra das palmeiras
vibra, feliz, no culto que te rende,
maior glória das glórias brasileiras!
Caxias, julho de 1923.
A GONÇALVES DIAS
Alarma! Alarma! E o válido selvagem,
Quebrando a ivirapema, na voragem,
Na sede da vingança,
Mostra que o braço do tupi valente,
Se, impetrando o perdão, dobra tremente,
Na luta não se cansa.
Se covarde o pensaram, quando a vida,
Sòmente, por seu pai, lhe era querida,
E, por ele, a implorou,
Erguendo-se feroz e sobranceiro,
Numa luta de mil contra um guerreiro,
A coragem provou.
A terra brasileira tem mais vida,
Mais estrelas a abobada incendida,
Mais luz e mais fulgor.
O meigo sabiá tem mais gorgeios,
602
São mais quentes da brasileira os seios,
E é mais puro o amor
O céu é mais azul, o sol mais quente,
E roçagando as águas da corrente,
A brisa fala amor.
Há sussurros de carne e de desejos,
Há suspiros de preces e beijos,
Na selva, no rumor.
Tudo isto cantaste, grande vate.
Dos mares de tua terra o doce embate
Pintaste, em mago encanto.
E o meigo sabiá, lá nos palmares,
Em teus versos, entoa, pelos ares,
O sonoroso canto.
Hoje, dormes, no seio do oceano.
O destino cruel, atroz, insano,
À vista de teus lares,
Quando voltavas às brasílicas plagas,
Fez entreabrir-se a túnica das vagas,
E te sepultou nos mares.
Mas um dia virá (isso conforta),
Em que entrando a ciência pela porta
Do válido tupã,
Ele busque, no túmulo dos mares,
O sublime poeta dos palmares,
Enche o ar
desse canto
que o vento leva
em prantos
aonde quer
que vá
Gonçalves
603
nunca se esqueceu
da terra onde nasceu
do canto do sabiá
529 Nieves Merino Guerra - Las Palmas de Gran Canaria - España - 03 De Julio De 1959; Profesora pre-jubilada
en diversas especialidades(Ciencias letras, Sociales, Humanidades. logopeda...). Participo desde hace años en
blogs y redes literarias, varias antologías, revistas literarias virtuales y no virtuales. Algunos premios y recono-
cimientos desde que era niña. Experta en nada, alumna siempre.
recorriendo enjuto y digno caballero
casi media Europa, lejos de su tierra
la melancolía de su amor primero.
Esos ojos negros que brillaban solo
para él con dulce y tierna melodía
como noche oscura. Mortaja de cielo
preñado de estrellas sin luna su velo.
Y muere de amor, de tristeza amarga
en duelo arrepentido por errar honor.
Lo envolvió en su manto fúnebre la ola
y en inmenso océano naufragó el dolor.
Grandeza y orgullo. Valor sin valor.
Don Antonio y Ana, dos enamorados
con amor truncado por la sociedad.
Lisboa fue testigo de su duelo “Adiós”
De timbiras poeta, cantos y dulzura
su premura muerte ahogó sus anhelos
en esos “Suos olhos”, “O canto gerreiro”,
“O canto do indio”… O canto seus versos.
604
TALENTO DE GONÇALVES DIAS-I
Vida...para vivir. Vivirla y dar vida.
La oscuridad es la ausencia de luz
El egoísmo es la ausencia de amor.
La violencia es la ausencia de paz
La enfermedad, ausencia de salud.
La soledad, ausencia de humanidad...
Antonio Gonçalves donó su talento.
Su eco se oye desde el fondo del mar.
Cantiga de galo
É noite.
Rompendo o silêncio reinante,
ouve-se o galo a cantar.
Bate as asas
e canta
sem o encanto do Sabiá.
Meu quintal sem palmeiras
não sente a brisa que sopra,
movendo as folhas do outono
que caem sempre a bailar.
E as aves que não gorjeiam
deixam-me sozinho, – a cismar.
530 Nijair Araújo Pinto - Fortaleza – Ce – Brasil. Diplomado pela Associação dos Diplomados da Escola Superior
de Guerra – ADESG, Bacharel em Direito – URCA e Especialista em Políticas Públicas – UECE. Está no posto
de major do Corpo de Bombeiros e é doutorando em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidad do Museo
Social da Argentina, Buenos Aires. Especialista em Matemática Tem quatro livros publicados Estudante de
Engenharia Civil – UFC.
E o céu, agora sem estrelas,
despoja a flor não refletida.
E a coitada exaurida
implora ao astro celeste:
não permita Deus que eu morra
sem novamente brilhar.
Meu quintal sem palmeiras
só tem um galo a cantar.
E as aves que não gorjeiam
não fazem as folhas “voar”;
e as nuvens, cobrindo as estrelas,
não deixam as flores “brilhar”.
Nilza Caum531
Sangrou e Chorou
Gonçalves Dias
Homem letrado, homem estudado
Procurava mais que o saber
Buscava em sua jornada
A alma do homem conhecer
607
Coração misto de raças
Alma unificada pelo amor
Naquilo que se orgulhava
Foi motivo de sua grande dor
531 Nilza Caum - Picos – PI – Brasil - 40 anos. Brasileira, Residente em Jundiaí/SP. Trabalho - Instrutora de LIBRAS
(Linguagem Brasileira de Sinais)
Nivânia Carvalho532
532 Nivânia Carvalho – Campina Grande – PB – Brasil. Aos seis anos minha mãe vendeu tudo o que tinha para
vivermos uma grande aventura na Cidade Maravihosa! Sou professora da rede municipal e estadual do Rio de
Janeiro, formada em pedagogia com especialização em psicopedagogia, casada e mãe de seis filhos. Tenho dois
livros publicados: Você quer uma mãozinha (ed. Litteris), Cicatrizes (ed. Above) e participação em antologias.
533 Norma Rincón Mendoza - Mexico. Licenciada en Psicología. Estudio pintura en el estado Tabasco desde 1992,
en la ciudad de Villahermosa, actualmente se dedica a la pintura como oficio en un bello lugar llamado “El
Barrio Del Artista” en el Estado de Puebla, perteneciendo a esta asociación de artistas pintores desde hace 8
años. Ha incursionado en la enseñanza a nivel secundaria y enseñanza libre de pintura. La UNESCO le edito un
cuento “Tito” hace ya 10 años en una colección de 5 cuentos infantiles a nivel primaria Tiene el gusto de haber
sido escogida para la pasta de la revista “Minutos Artísticos” revista virtual Argentina y ahora está incursio-
nando con prosa en las antologías de Oscar Alfaro y de José Martí Correo electrónico: nonorinconm@hotmail.
com.mx
Que no tiene color ni dueño,
osado como el viento,
navegando por el mundo,
de costumbres, de prejuicios
tan estériles, tan vanos.
534 Núbia Cavalcanti dos Santos - Sanharó-PE - Brasil. - 17 de junho de 1962. Antologias: “Noturno”, “Amanhã,
outro dia” e “Liberdade”; Poesia e Prosa no RJ - 2011 e 2012; Quem Sabe Faz Agora; À Flor da Pele; Crônica e
Literatura F. Gullar; BPA - Afogados - Recife – PE; Grandes Poetas da Nova Poesia Brasileira - Vozes de Aço – Sé-
culos XI - XII e XIII; Poesias Encantadas – IV e V; Poesia, Lâmpada para o Coração; Antologia “Os Anjos Negros da
Poesia” e várias poesias publicadas nas Antologias da CBJE (Vol. 78 a 100, entre outras). ncrystynna@msn.com
Por encontros e desencontros
Suas vidas foram marcadas
E cada um seguiu seu caminho
Deixando para trás o passado
E as tentativas fracassadas
De reconquistar o ser amado
E sem amor e sem carinho
Ambos partiram desenganados.
GONÇALVES DIAS
Pai português Mãe mestiça
Poeta do Romantismo Indianista Brasileiro
Professor de Latim no Colégio Pedro II
Fundador da Revista Guanabara
Com Joaquim Manuel de Macedo
Araújo Porto Alegre e Joaquim Antônio
Desenvolveu o indianismo brasileiro ao lado
De Joaquim Antônio de Almeida
A saudade da Pátria forjou
A esplendorosa Canção do Exílio iniciando
Com Minha terra tem palmeiras
610
Onde canta o sabiá... rimando com lá
Poema de tão célebre seus
Versos foram parar no
Hino Nacional Brasileiro
Dedicando a sua musa amada
Escreveu Ainda uma vez Adeus...
Viajou para a Alemanha
Onde editou Os Timbiras em homenagem ao Brasil
Cujo destino seria nossa primeira Epopeia
Atestando o nascimento do Brasil
Todavia quis o Destino
Que morresse antes no naufrágio
Do Ville do Boulonge
Único cujas forças combalidas
Não deixaram sair do navio.
535 Odone Antônio Silveira Neves - Porto Alegre/RS. – Brasil - 09 de fevereiro de 1945. Graduado em Letras: Por-
tuguês-Francês e Literaturas; Pós-graduado em Língua Portuguesa, UFRGS; Mestre em Teoria da Literatura,
PUC-RS. Estagiou Francês na Université Stendhal de Grenoble e no Centre Auditive Visuel de Langues Moder-
nes/França; Professor de Francês e Literatura Brasileira nas Escolas Municipais Emílio Meyer, Nossa Senhora
de Fátima e Marcírio Goulart Loureiro. Membro Efetivo da Academia de Artes, Ciências e Letras Castro Alves,
Porto Alegre/RS; Sociedade Partenon Literário, Porto Alegre/RS; Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores,
Balneário Camboriú/SC; e, Associação Internacional dos Poetas del Mundo. E-mail: odonen@gmail.com
Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac - Olavo Bilac536
A GONÇALVES DIAS537
Celebraste o domínio soberano
das grandes tribos, o tropel fremente
da guerra bruta, o entrechocar insano
dos tacapes vibrados rijamente
O maracá e as flechas o estridente
troar da inúbia, e o canitar indiano...
e, eternizando o povo americano,
vives eterno em teu poema ingente.
Estes revoltos, largos rios, estas
zonas fecundas, estas seculares
verdejantes e amplíssimas florestas
Guardam teu nome: e a lira que pulsaste
inda se escuta, a derramar nos ares
o estridor das batalhas que contaste!
536 Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac – Olavo Bilac - Rio de Janeiro – Brasil - 16 de dezembro de 1865 – FA-
LECIMENTO: Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 1918. Foi um jornalista e poeta brasileiro, membro fundador
da Academia Brasileira de Letras. Criou a cadeira 15, cujo patrono é Gonçalves Dias. Conhecido por sua aten-
ção a literatura infantil e, principalmente, pela participação cívica, era republicano e nacionalista; também era
defensor do serviço militar obrigatório[1]. Bilac escreveu a letra do Hino à Bandeira e fez oposição ao governo
de Floriano Peixoto. Foi membro-fundador da Academia Brasileira de Letras, em 1896. Em 1907, foi eleito
“príncipe dos poetas brasileiros”, pela revista Fon-Fon. Bilac, autor de alguns dos mais populares poemas bra-
sileiros, é considerado o mais importante de nossos poetas parnasianos. No entanto, para o crítico João Adolfo
Hansen, “o mestre do passado, do livro de poesia escrito longe do estéril turbilhão da rua, não será o mesmo
mestre do presente, do jornal, a cronicar assuntos cotidianos do Rio, prontinho para intervenções de Agache
e a erradicação da plebe rude, expulsa do centro para os morros” http://pt.wikipedia.org/wiki/Olavo_Bilac
537 MORAIS, Clóvis. TERRA TIMBIRA. Brasília: Senado Federal, 1980, p. 67, Poesia compilada por Leopoldo Gil
Dulcio Vaz – Curitiba – PR – Brasil – 1952; Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Universidade Estadual
do Maranhão
538 Olimpio Coelho de Araujo - Santo Antônio da Glória, BA – Brasil - 1949. Hoje resido em São Vicente, no litoral
paulista. Sou poeta, com publicação em algumas antologias e vencedor de vários concursos como o da “Aca-
demia Santista de Letras em 2010. Também sou escritor, aguardo uma chance para publicar o meu primeiro
romance e escrevo contos e fábulas.
Vou cantar a “Canção do tamoio”,
Levar os “Últimos cantos à “Marabá”,
Juntos com as “Sextilhas de santo Antão”.
Onã Silva539
539 Onã Silva – Posse – GO – Brasil - 9 de outubro. É escritora brasileira, agente cultural de literatura e artes
cênicas. Filiada à Rede de Escritoras Brasileiras e Academias Literárias. Graduada em Enfermagem e Artes
Cênicas,Especialista em Saúde Pública,Mestre em Educação e cursa Doutorado.Escreve poesias,romances e
outros gêneros.Tem diversas obras individuais e coletivas publicadas, a saber:A Quadradinha de Gude;Miriã,
uma Enfermeira Bambambã;A Derrota de Penina,Histórias da enfermagem no universo de Cordel e outras.
Poeta, todo aquele saudosismo,
Que expressava à terra amada
Sonhos poéticos e o patriotismo
Nestes DIAS, a pena está calada.
DIAS de amores
Todo poeta verseja o amor
Para a terra, céu ou amada
Muitos rimam usando a dor
Quando não tem musa-fada.
Dias versejou sobre amores
Para as mulheres da sua vida
Seus sentimentos e suas dores,
Encontro, beijo e despedida.
Poeta-pássaro, homem-alado,
Voava sempre na imaginação
O cenário-som era um aliado
Vivia entre as aves, em rimação.
Poeta-pássaro, homem-alado,
Escrevia com palavra e som
Ele sabia de cor e salteado
Como versejar dentro do tom.
Poeta-pássaro, homem-alado,
A sua biografia é tão musical
Criou poemas, um privilegiado,
Cantos e Canções: o seu coral.
616
Poeta-pássaro, homem-alado,
Cantou versos de pura saudade
Lembrou do céu do Brasil amado
E do sabiá, a ave da sua cidade.
Poeta-pássaro, homem-alado
Criador de originais poesias
Lembrou dos sabiás, admirado,
Este poeta foi Gonçalves Dias.
Salve,
Gonçalves!
Milhares
DIAS(versos).
Ilu(MIL)nares
Uni(versos).
Salve,
Gonçalves!
Milhões
Fantasias.
Múltiplas
Cantorias.
Salve,
Gonçalves!
Salvas
Brasil!
Eternamente:
POETA NOTA MIL!
A Gonçalves Dias
Minha terra tem palmeiras
E também tem Sabiá
Essa palmeira dá um fruto
Chamado de Coco-butiá
Que alimenta muitos pássaros
E também, o cantor Sabiá .
617
Quando olho essas palmeiras
Então começo a pensar...
E me lembro de Gonçalves
E dá vontade de Cantar :
O fruto dessa palmeira
Que se chama Coco-butiá
Alimenta muitos pássaros
E também muito Piá
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o Sabiá !
540 Orlinda Ferreira de Souza - Porto Alegre – RS – Brasil. Professora graduada em Letras com Pós-Graduação
em Literatura Infanto-Juvenil, pela Faculdade Porto-Alegrense. Desde a infância é apaixonada por po-
esia . Participa anualmente de diversas Coletâneas de Prosa e Verso. Muitos de seus Poemas viajam, em
diversos Sites, pela Internet. Trabalha e reside em Porto Alegre, RS-Brasil.
Orpheu Luz Leal541
Olhavas as oliveiras
E outra ave lá estava,
Querias as nossas palmeiras
E o Sabiá que cantava.
MARANHÃO, UM SONHO543
És para mim um sonho, Maranhão!
Bela terra marcada pela história,
num passado eternal desta nação,
tens registros gravados na memória!
541 Orpheu Luz Leal - Pirapetinga - MG – Brasil - 24 de janeiro de 1936. É Advogado, Funcionário Público e Profes-
sor de Yoga. Possui quatro livros de poesias publicados: “Poesias para o Terceiro Milênio”, “Cenário Poético”,
“A Vida em Poesia” e “Poesias Vivenciais”. Participou da I, da II, da III e da IV Antologias de Poetas Lusófonos,
lançadas em Leiria, Portugal. É autor do Centro de Literatura do Forte de Copacabana. Recebeu o Título Hono-
rífico de “Artilheiro da Cultura”. E-mail: orpheulucia@hotmail.com
542 Oswaldo Névola Filho. Natural de São Paulo. Reside em São Vicente. Poeta, escritor. Presidente da Casa do
Poeta Brasileiro. Muitas premiações a nível Nacional e internacional.
543 In: LATINIDADE –III Coletânea Poética da Sociedade de Cultura latina do Estado do Maranhão, pp.73 e76,
2002.
Sinto fluir no espaço tuas artes,
nos trajes espelhados de mil cores,
arco-íris das fitas tu repartes,
vibra em nós o rufar dos teus tambores!
LENÇÓIS MARANHENSES
Ares, mares, ventos, nordeste paradisíaco!
São montanhas de areia: bailam lá e cá;
dunas maranhenses regem seu império,
adornam o Maranhão, encantam as visitas!
Sob o domínio do sol resplendem luz!
Pablo Rios544
O Adeus
Ó menino mestiço!
Que longe choras pela pátria,
Sentes saudade de casa e da musa
Cálida rosa a quem nunca quiseste dizer:
“Ainda uma vez – Adeus”.
Perfume de Ana,
Olhar de Amélia te cravam
Doce adaga de lembrança,
Lembrança de tua terra,
Do teu amor passado,
Do compromisso a ti negado.
Ó menino triste!
Que para longes foste da pátria,
Fugir da decisão que tua Ana tomara,
Por honradez ou por orgulho?
Mas a deram a um igual,
E no teu reencontro
Com o perfume de Ana
E com o olhar de Amélia,
Tiveste então que dizer:
“Ainda uma vez – Adeus”.
Sobre as Vagas
Eram ali, naquelas terras
Onde eu queria estar.
Sob a sombra das palmeiras
Ouvindo o canto do sabiá.
544 Pablo Rios - Jacobina – BA – Brasil - 30 de maio de 1983. Reside em São José do Jacuípe, também na Bahia.
Possui um livro publicado – O Publicano e o Sepulcro Vazio – uma vasta gama de contos, poemas e crônicas
sem publicação. Está concluindo o curso de Letras e pretende atuar na área de literatura. Sua ligação com Gon-
çalves Dias vem da infância, pois em sua primeira apresentação literária aos 11 anos, ele declamou a “Canção
do Exílio” para um auditório de mais de 300 pessoas.
Porém encontro-me em ondas
Bravias e altas a flutuar,
Tão perto de minha chegada
Em um barco a soçobrar.
Pedido
Pedi, pedi e pedi.
Queria ver minha casa, minha terra querida
Antes que o véu negro da morte
Embotasse-me as vistas.
Atendeu-me o céus,
Mesmo em agonia e dor,
Meus olhos miraram o esplendor de meu lar,
Mas ali que queria pisar,
Ali calar a voz,
Sentindo o chão e a terra
De minha amada terra.
Mas isto não me deste,
Pedido perdido nos ecos do fim.
Comovido deixei a vida,
E insepulto em chão parti,
Nas bravias profundeza azuladas
Da costa de minha amada casa,
Achei descanso, sepultura.
Novo Exílio
Sei que a esta terra muito amaste
Nobre mestiço das letras.
Porém se vivo ainda fosses,
Cismarias sozinho a noite?
Pois veja como vossa terra está:
E cismado na eleição
Já não sei em quem votar,
Nos ladrões que já estão
Ou se novos ponho lá.
À Gonçalves Dias
Mestiçamente brasileiro
Nem o exílio o desabrasileirou
Escreveu a sua terra,
Encantado - encantou
Maranhão, Maranhão
623
Berço e túmulo de heróis...
Alguns Cantos
Encontro marcado
de três raças
marcas de mar
cerrado e sertão
amor que se engana
amor que se deita
no colo de Ana
amor que emana
o calor dos desejos.
545 Patrícia Carlos de Sousa - Lago da Pedra – MA - Brasil. estudante de Serviço Social, ex-estudante de Letras,
blogueira, Membro da Academia Lagopedrense de Letras. Nascida e criada em Lago da Pedra – MA, mora,
atualmente, em Teresina – PI. Filha de Raimundo Claro de Sousa e Maria Nazaré Carlos de Sousa.
546 Paulo Acácio Ramos - Trofa - Portugal – 18 de Julho de 1963. Trofa em Portugal e depois Criado e Educado
em alternâncias temporais tanto em Portugal como no Brasil, desde que aprendeu a ler e escrever que nunca
mais largou o papel e o lápis para compor seus poemas e prosas curtas. Sempre envolvido com o estudo e a
execução de obras plásticas e literárias está sempre pesquisa, além de ser professor de História da Arte e Artes
Plásticas!
O canto de belas aves
que já não gorjeiam
como lá,
um canto guerreiro
de glória Tupi.
Se alguém duvidar
do que cantaste
eu digo prudente:
“meninos, eu li!”
Outros Cantos
Um canto negro de morte.
Canto de índio sem sorte.
Um canto branco aporte.
A cada raça a sua sorte.
TERRA NATAL
Oh! Minha terra querida
Por DEUS foste abençoada
E aqui o poeta um dia nasceu
Com seus poemas e rimas,
Que são gritos de guerra
Que teu povo jamais esqueceu
Pois teus versos e cantos
Em todos os cantos
Há de sempre se cantar
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá
Nas palmeiras viçosas
Que tremulam palmas ao ar
Há de sempre se ouvir
As belas notas de teu gorjear
547 Paulo Pereira Fontes Martins - São Luís – MA – Brasil - 04/11/1950, médico pediatra e neuropediatra, Mem-
bro da SOBRAMES-MA, Participante de Coetâneas realizadas: Novos poetas brasileiros- 1988 (Shogun arte),
Poetas brasileiros de hoje-1986 (Shogun arte), Novas poesias-1986(Cristalis Editora), Arte de ser-2003(SO-
BRAMES-MA), Receita Poética-2008 (SOBRAMES-MA), Sobre o amor-2011(SOBRAMES-MA). (ppfmartins@
hotmail.com
Nesta terra querida
De tal beleza outra não há
Não permita meu bom DEUS
Que em terras distante morra
Pois quero morrer por cá
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá
03 DE NOVEMBRO DE 1864
Cantaste a nossa terra querida
Exaltando-a em bela canção
Em versos a tua dor sofrida
A saudade pungente do Maranhão.
ÍNDIA POTY
Minha terra tem uma bela índia
Da grande tribo Tupy
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para ti.
Sem que contigo faça amor
Que não encontro aqui
Minha terra tem uma bela índia
Que se chama índia Poty
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para ti.
Posso amar por toda uma noite
Mais prazer encontro eu lá
Minha terra uma bela índia
Que não encontro por cá
Na ilha de mil mistérios
São Luís do Mara.
O GLADIADOR
Sou bravo,
Sou forte,
Sou filho do norte,
Trago comigo a faca de corte,
Travo a luta de qualquer porte,
Não temo do destino a sorte,
Se tiver como premio a morte.
Paulo Reis548
EXÍLIO
Mesmo preso ao
cordão umbilical
da terra mãe,
há um exílio
em cada ser humano.
Porque à medida
que o tempo avança,
o passado fica
mais distante,
e o presente segue,
permeado de reminiscências,
de lembranças
e de saudades.
626
Paulo Roberto Walbach Prestes549
548 Paulo Reis - São José do Ribeirão, Bom Jardim- RJ – Brasil - 06 de julho de 1964; reside em Nova Friburgo-RJ; é
casado e tem um filho. Formou-se em Letras pela Faculdade de Filosofia Santa Dorotéia. Em 2003, sua poesia
Friburgo foi recitada na abertura do desfile cívico-militar em comemoração aos 185 anos dessa cidade; e em
2007, participou como poeta convidado da revista Academia, edição comemorativa dos 60 anos da Academia
Friburguense de Letras. Seus poemas estão publicados em diversas coletâneas e websites. (wimapa@uol.
com.br).
549 Paulo Roberto Walbach Prestes - Curitiba/Pr – Brasil - 28 DE ABRIL DE 1945. Tem poemas classificados e
premiados em concursos locais, nacionais e internacionais. Lançou sua primeira obra literária no dia 08 de
março de 2012, Dia Internacional da Mulher, em Curitiba, biografia intitulada – “LIAMIR – Mulher Araucária”,
com mais de 400 páginas e mais de 200 livros vendidos no dia do lançamento. Tem poemas em Antologias
nacionais. Tem um livro elaborado de forma artesanal; ”França - um sonho de Luz”, que mereceu um cartão
elogioso do Embaixador da França no Brasil. Já em prelo, seuprimeiro livro de poesias, todas com ilustrações
inerentes ao tema. A inspiração vem de seu anjo da guarda, pela luz de Deus.
Nosso céu ainda tem estrelas, não as estrelas do brilho de outrora, onde o vate no seu
exílio cantouos amores de sua terra,e das matas e dos índios, sonhando a cada
diauma nova aurora...
No quadro negro quem cantava era o giz, sublinhando palavras de força e
emoção,que só ele poetizava... E hoje, estou fazendo o que sempre quis...
Já faz tempo, talvez nem tanto... Ainda lembro quando o professor
mandava declamar Gonçalves Dias, e de emoção eu gaguejava, minhas
cordas vocais ficavam vazias com receio de não lembrar nada,ou errar
os últimosversos,matando a cadência do batuque dos tambores da mais
linda canção,que no meu coração ficou calada.
E no pranto do forte e do bravonativo brasileiro, que sabia separar
o bom do joio,no final exultante da velha Canção do Tamoio (que
de velha não tem nada), quem chorava era eu...
Mas ainda vale a pena ouvir o canto do sabiá às cinco da
manhã,prenunciando o amanhecer em real beleza,como se
trouxesse de volta aquela flor de maçã,debruçada no regato
e gritando a dor da morte na impiedosa correnteza...
Agora, acordo de um sonho distante e grito:
Aprendi a pensar;
assim comecei a rimar.
550 P EDRO Ely Oscar Noé. Artista plástico, desenhista, cartunista e ilustrador de capas de livros. A verdade é
que a arte está na alma do Pedro, mesmo quando ele joga videogame ou navega na internet, dá umas pausas
para extravasar a criatividade. Em 2008, conquistou o 1º lugar no Concurso “A Fantástica Fábrica de Celulose”,
promovido pela ARACRUZ CELULOSE. Integrante do Projeto “Imagens e Textos construindo Histórias e Versos”:
“Camisetas Poéticas”, 2011; e, “Porta-Joias Poéticos”, 2012. E-mail: pepinho_ely@hotmail.com
Pedro Peruzzo Mibielli551
CANÇÃO DO EXÍLIO
No Rio Grande do Sul,
praias e campos verdes;
gados e mais gados;
campos e muitas árvores,
que, no deslocar do vento,
mostram sua beleza.
Aqui, há muitos encantos
que a saudade não deixa apreciar.
CANÇÃO DO EXÍLIO
Porto Alegre, cidade maravilhosa...
628
Aí, temos chimarrão
e erva-mate pura;
Aqui, há um tal de tereré,
também feito de erva-mate,
mas, que não se parece
nenhum um pouquito
com o teu tradicional mate.
551 Pedro Peruzzo Mibielli - Porto Alegre/RS – Brasil - 07 de outubro de 1994. Estudante do Ensino Médio do
Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Tem participação nos Elos de Amigos, da escritora Socorro Lima Dantas,
Recife/PE; e, no Painel Poético 2011, comemorativo ao Aniversário do Atelier Livre da Prefeitura Municipal,
de Porto Alegre/RS. Integrante do Projeto “Imagens e Textos construindo Histórias e Versos”: 2011 - “Canecas
e Camisetas Poéticas”; 2012 - “Caixas Poéticas”. Curte informática e corrida de motocicletas. E-mail: lppm@
cpovo.net
552 Pietro da Costa Rodrigues - Porto Alegre/RS – Brasil - 19 de novembro de 1994; Estudante do Ensino Médio
do Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Membro Efetivo do Projeto “Vida, Amor e Paz”, do “Cercle Universel
des Ambassadeurs de la Paix, Suisse/France”. Integrante dos Projetos Literários “Tabuleiro de xadrez lírico”,
2011; e “Porta copos poéticos”, 2012. Coautor do E-book “Haikais”, postado no site Teia dos Amigos, de Sonia
Orsiolli, Sorocaba/SP. E-mail: pi-rodrigues@hotmail.com
Querubino Lagoa553
553 Querubino Lagoa. Poeta português erradicado no Rio de Janeiro, saudou a chegada de Gonçalves Dias com
estes versos em 1846. Gonçalves Dias respondeu-lhe noutra poesia, A um poeta exilado, com data de 12 de
junho de 1847, publicada entre os Primeiros Cantos. O autor republicou-a no seu livro Vozes Tímidas, no Porto
em 1865.
554 In LIMA, Henrique de Campos Ferreira, Gonçalves Dias em Portugal, Coimbra, Coimbra Editora, 1942, 11-12.
Compilador: Weberson Fernandes Grizoste. Poesias compiladas por Weberson Fernandes Grizoste - Jauru –
MT – Brasil
Volvo de novo ao começado assunto
E o astro novo, que nos céus desponta
Do opulento Brasil, corro a saudá-lo,
Soltando alegres hinos.
CANÇÃO INDÍGENA
Aos Índios Guarani Kaiowá e in memorian of “Gonçalves Dias
No anoitecer da esperança,
Eis que lá no fundo da mata
Surge um grito que quebra o silêncio,
630
Que sai do fundo da alma e ecoa...
Tão aflita, triste a chorar...!
É profundo e bonito,
Parece mais um canto,
Feito de lágrimas do coração,
Que faz estremecer...
É o grito indígena que encanta...
Denuncia, geme e implora!
*
É um pedaço de mim esquecido e maltrado,
É um pedaço de Gonçalves Dias nas estrelas indignado!
É um pedaço de nós completamente ignorado!
Um grito que pede socorro e abrigo!
Pede um ninho para o seu cocar e sua flecha,
Para descansar e cuidar das nossas florestas!
Perto das majestosas e límpidas águas dos rios.
*
Eles são a seiva das árvores,
Representam as memórias do homem vermelho,
Em sagradas terras por onde pisam e pisaram!
São símbolos de vossos ancestrais,
São fios de ouro da nossa história,
CANÇÃO DO EXÍLIO
Porto Alegre é uma cidade
bastante arborizada
com boas condições
631
de vida, trabalho e estudo.
A infraestrutura de lá,
em vários aspectos,
é superior a de cá.
Aqui, a cultura não é
muito diversificada.
Lá, além de possuirmos
expressivo folclore,
temos um significativo
patrimônio histórico.
Canção do exílio
Minha terra tem mais diversidade;
Aqui, tudo é pequeno;
556 Rafael Büger Ruiz - Porto Alegre/RS – Brasil - 26 de junho de 1994. Filho de Lourdes Büger Ruiz e Duncan
Dubugras Ruiz. Estudante do Ensino Médio do Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Integrante do Projeto “Ima-
gens e Textos construindo Histórias e Versos”: “Caixas Poéticas”, 2012. Curte futebol e basquete. E-mail: rafa-
campeao@gmail.com
557 Rafael Güntzel Orizenco - Porto Alegre – RS – Brasil - 24 de março de 1995. Estudante do Ensino Médio do
Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Membro Efetivo da Academia de Letras Machado de Assis, Porto Ale-
gre/RS, Cadeira 35, Patrono: Raul Bopp; Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores, Balneário Camboriú/
SC; Associação Internacional dos Poetas del Mundo; e, Liga dos Amigos do Portal CEN, Portugal. E-mail:
rafaelguntzelorizenco@yahoo.com.br
sendo possível circularmos por ruas
onde não se vê, aos sábados,
nenhum estabelecimento comercial aberto.
Minha terra oferece
mil alternativas de lazer;
Aqui, estão começando a sair
da quimera depressiva.
A esta estranha terra,
procuro me acostumar,
pois, várias vezes no ano,
em seu solo piso,
para parentes distantes visitar.
GONÇALVES DIAS
Águas do Maranhão. Mas o navio
tomba, soçobra, afunda em pleno mar.
Salvam-se todos, a tremer de frio,
e assustados. Porém é bom contar
os passageiros. Não! não se salvaram
todos. Falta um, que último sono dorme
na profundez do abismo, que o tragaram
632
as águas frias do oceano enorme.
Vindo enfermo, de terras estrangeiras,
sonhava o dia em que, chegando cá,
ia rever o verde das palmeiras
onde ouvia cantar o sabiá.
E uma imensa mortalha cor de anil
cobre o maior poeta do Brasil.
CANÇÃO DO EXÍLIO
Aqui, estou a pensar em lá.
Lá, tenho amigos
com quem vou a shows
ou troco jogos;
passatempo preferido.
558 Sânzio de Azevedo - Rafael Sânzio de Azevedo - Fortaleza-CE - Brasil - 11 de fevereiro de 1938. Doutor em
Letras pela UFRJ, foi professor de Literatura Brasileira da Universidade Federal do Ceará. Autor de mais de
20 livros, cultiva a historiografia, o ensaio e a poesia. Exemplo da primeira é Literatura Cearense (1976); do
segundo, O Parnasianismo na Poesia Brasileira (2004) e, da terceira, Cantos da Antevéspera (1999).
559 Rafael Severo Meira - Porto Alegre/RS – Brasil - 30 de julho de 1999. Filho de Ariane de Freitas Severo e
Rogério Hamilton Genovesio Meira. Estudante do Ensino Fundamental do Colégio Conhecer, Porto Alegre/
RS. Integrante do Projeto “Imagens e Textos construindo Histórias e Versos”: “Banners Poéticos”, 2012. Curte
música e jogos eletrônicos. E-mail: dethnote182@hotmail.com
Aqui, fico perdido,
sem rumo a seguir.
Quero a minha terra voltar
e, com os meus amigos,
logo encontrar.
Rafael Zen560
mas acordamos
com a plena certeza do
fim do amor
acordamos hoje,
com a cabeça ontem
633
discutindo se a saudade
que aqui gorjeia
samplear.
Aqui na floresta
Não permita Deus que eu morra,
Guerreiros, ouvi-me,
Não permita Deus que eu morra,
560 Rafael Zen - Brusque/SC – Brasil – 19/11/1987. Publicitário, poeta e artista plástico, Rafael Zen é um dos
responsáveis pelo concurso Poesia Urbana, realizado anualmente na cidade de Brusque/SC pelo Centro Uni-
versitário de Brusque - UNIFEBE. Possui duas participações em livros pela editora SESC e em agosto de 2012
lançará seu primeiro livro solo, intitulado “A questão da Andorinha”.
Quem há que me afronte?!
Mil arcos se encurvam,
A morte lá paira
Mil homens de pé
561 Rafaela Machado Longo - Rafaela Malon - Assis, São Paulo, Brasil - 19 de Abril de 1985. Escreve poesias, den-
tre outros textos desde os 15 anos de idade. Por ser musicista e compositora, o dom de escrever têm apenas
somado em suas criações. Possui vários poemas em mídias impressas, digitais, coletâneas, além de ter mais
de cinquenta musicas compostas (letra e melodia), com três CDs demos lançado até o momento.
Railde Masson Cardozo562
MEMÓRIA
“As armas ensaia,
Penetra na vida”
Gonçalves Dias
CANÇÃO DO TAMÓIO
De mim, na Escola!
Menino orador
Em tempo de festa
Do verde-amarelo!
Das palmas! Palmeiras
562 Railde Masson Cardozo - Maringá – PR– Brasil - 29 de outubro de 1969. Professora, pós-graduada em litera-
tura inglesa/UEM-PR. Escritora e poetisa dos livros “Cartas de Evita que Perón não leu”, “Anita pontoG.com”
e outros. Participou de 04 antologias poéticas “POESIAS ENCANTADAS”, destaque no segundo livro. Escreve
para a revista Tradição de Maringá e no site www.railda.recantodasletras.com.br e www.allpoetry.com onde
tem recebido inúmeras menções honrosas.
563 Raimundo Carneiro Corrêa - Esperantinópolis, MA – Brasil - 07 de julho de 1940. É educador aposentado,
contista, romancista, poeta, estudioso da História de Esperantinópolis, Dedicou-se sua juventude e vida adulta
às causas da educação, da cultura, da democracia política, protagonizou lutas, movimentos, sofreu derrotas e
colheu vitórias. É o autor dos símbolos municipais, a Bandeira, o Escudo d’Armas, a letra do Hino que a musa
e esposa Graça Lima musicou. É o fundador da Cadeira nº1, Patrono Olímpio Cruz, da Academia Esperanti-
nopense de Letras.
De enfeites ao vento...
Tambor a marcar
O ritmo, a rima...
Poema desfile,
Hino Nacional
Menino, eu, contente
Por ter que falar
Plateia me ouvindo...
Eu a declamar
Com Gonçalves Dias
A Canção do Exilio.
Que honra! Emoção!
Ouvir que o Poeta
Dizia-me:
- “Pois
Bem! Fala com gosto,
Dá ênfase à palavra
Palmeira! Palmeiras!
De amor te declaras
E diz: “Minha Terra!”.
Batuca nas rimas
Dos á... á... Sabiá!
E aguarda os aplausos
Que te envolverão.
636
E mais! Tua mãe
A abraçar-te virá,
De ti orgulhosa!
Serás, sim, poeta
E a mim cantarás!...
Respira! Vai lá”!
PALCO
“...as tabas
opinas, -uma e uma derramadas
Em giro, como dança dos guerreiros”
Gonçalves Dias
OS TIMBIRAS - CANTO II
Fazíamos teatro!
No palco, o palhaço,
cigana, os índios
das matas, guerreiros
das tabas –Palmares!
Timbiras valentes!
Do canto epopeia
do amar, do viver,
voar pelos céus
em festa de pássaros,
da caça, em combate
por posses da terra,
selvagem vitória!
A gente escrevia.
Compunha de inventos
as letras e músicas
que nos ensinava
a musa romântica
nos vindo co’ os toques
de inúbias, tambores...
fazia-nos dançar!
E compreender
que a dança compõe
637
cenário beleza
que faz ser a terra
de todos os bens
Timbira, da herança,
sertão de Caxias,
palmar dos enredos,
do amor poesia
de Gonçalves Dias!
O MAR DE ATINS
Do coração arrancados,
Sobre lábios desmaiados”
Gonçalves Dias
OS SUSPIROS
As ondas... As ondas!
Dão formas, imagens,
se dizem que são
mesmo corações!
Sim! Dois corações!
Parecem-se cor
Sanguínea d’amor!
São como se o sol
fizesse, ele mesmo a
colorir nas curvas
das ondas do mar
das vagas de Atins!
Quem vê!... Marinheiros
na tarde de sol
do Ville de Boulogne
tão manso a vogar,
tão perto ao chegar
do ver terra amada...
Em festa, palmeiras,
ninhal sabiás
e uns olhos... De amor!
Eis Gonçalves Dias!
Que vem de regresso!
Que traz muitos versos
Em arca bagagem...
Pensando a ventura,
então de saudade,
passeios nas tardes,
rever em Santana
mirante fechado...
Oh vive Ana Amélia?...
Não vem à janela?
Cadê tanto amor,
638
Cadê lindos olhos
e o sorriso dela?!
O DIA DE CAXIAS
“Caxias, bela flor, lírio dos vales,
gentil senhora de mimosos campos,
como por tantos anos foste escrava?
como a indócil cerviz curvaste ao jugo?”
Gonçalves Dias
Alvíssara carta
que vem dos heróis
de brava escritura
nos lês, dás de ensino
na voz de um menino,
vem, Gonçalves dias!
É a roda leitura
do livro que encanta
da glória, vitória...
Carta liberdade,
do Dia, da Idade,
teu Dia, Caxias,
mulata cidade
de Gonçalves Dias!
RIO DE INFÂNCIA
“E das águas que fogem incessantes
À eterna sucessão
Dizia sempre a flor, e sempre embalde
- ai, não me deixes, não!”
Gonçalves Dias
NÃO ME DEIXES
Os Eros em fúrias
de peitos montanhas,
sentir d’olhos dáguas...
O’vêm! Correntezas
de Itapecuru!
O’ rio de infância!
Caminho de igaras
que vão ver o mar,
trazer negro-branco
que ao índio associa
a cor Maranhão!
Poema de um povo,
regaste roseiras
Co’os cheiros das núpcias.
640 De sinos, tambores
és festa que em dança
buscou liberdade!
Que nunca é de graça!
Salário suor
que rasga das noites
o tempo coragem!
D’amor que humaniza,
Constrói casas novas...
O’ rio riqueza!
Por transito livre,
vais, buscas do mar
o ver grande mundo,
vagas da amplidão
e o gosto do sal
- civilização!
Caxias do rio!
De Itapecurus
das águas, caminho
de pedras sagradas,
que às sedes se dá,
poema do mar
num canto sertão
nas harpas palmeiras
com o sabiá!
Raimundo Nonato Barroso de Oliveira564
Se se morre de amor!
Ilusão que se esvaece
D’amor
Ninguém sucumbe à perda
Amá-la!
Sem ousar dizer que amamos
Isso é amor...
E desse amor se morre!
Seus olhos
Às vezes luzindo
2X Às vezes vulcão
Vê que ainda sangra
Ferido coração
E entre angústias cruéis
Minha alma anseia
Deitar-me
Sobre a copa traiçoeira
Falsa mulher
Apesar da aversão ao crime
641
Visgo nojento
Em prantos de loureira
Enfim
Vejo curvado
2X A teus pés dizer-te
Tédio ditérios seus
Uma vez adeus!
( Oh! Se lutei...! )
564 Raimundo N. Barroso de Oliveira. Vargem Grande (MA) – Brasil - 31 de maio de 1950. Engenheiro Metalúr-
gico e Professor do IFMA. Doutor em Ciências Pedagógicas-ICCP–Cuba, validado pela UFSC. Coordenador do
Processo da USIMINAS, ALBRAS e ALUMAR. Diretor do Ensino, Planejamento e Administração do IFMA. Espe-
cialista do Conselho de Educação. Projeto Bumba Boi en France premiado no IFMA-CNPq e MinC. Vencedor do
FESMAP (melhor música). Um livro paradidático editado.
565 Raimundo Nonato Campos Filho - São João Batista – MA – Brasil - 29 de outubro de 1951. Membro do Ins-
tituto Histórico e Geográfico do Maranhão, ocupante da Cadeira nº 5. Graduado em Direito; Ciências Contá-
beis; Química Industrial; Psicanalise Clínica; Licenciatura Plena em Disciplinas Profissionalizantes; Licenciatura
Plena em Química. Especialista em Metodologia do Ensino Superior; Auditoria Contábil; Direito Tributário e
Legislação de Impostos. Mestrando em Ciências da Educação. Doutorando em Direito Civil. Professor adjunto
da Universidade Federal do Maranhão.
poeta ilustre se fez
Como homem amou como nunca
E deu à Ana, sua musa
mais de uma vez Adeus !
Ramon de Figueiredo Leandro566
Ana Amélia
A musa que inspira a todos
Debruçou-se na minha sacada
Ficava olhando ao redor
Como se não quisesse nada
642
Encarou-me instantes
Senti-me ofuscar
Seu lindo rosto
Que não parava de brilhar
Ana chamava-se
Disse-me ter vindo trazer inspiração
Com cantos e poesias
Tudo vindo do coração
Um amor esquecido
Foi-se embora para Portugal
E seu nome era Dias
Dias que passaram sem se ver
566 Ramon de Figueiredo Leandro - Sousa- PB – Brasil - 13/02/1994 Estudante de Relações Internacionais – UFPB.
Motivos para participação: Tive interesse em participar por me interessar bastante pelo autor em questão e
pela simples proposta de escrever, com a qual me identifico muito.
O herói também chora
A inspiração de Juca
Excedia seu espírito
Guerreiro e orgulhoso
Parecia uma fera
De queixo erguido
Enfrentava qualquer um
Descalço ao solo da floresta
Gritava destemido
Um homem
Que com amor, batalhou
Até conseguir o que sonhou
Ser um escritor de grande valor
567 Raquel Campos Pereira - São Luís – MA - Brasil – 01/08/2001. Escola Paroquial Frei Alberto. Motivo da parti-
cipação: Eu achei muito importante as poesias de Gonçalves Dias. Por isso quero também fazer parte dessa
homenagem a ele porque suas poesias fazem sucesso até hoje.
Raquel Ferraz Sokolnik568
Canção do exílio
Neste lugar onde me encontro,
há muitas paisagens para serem vistas;
apreciadas e admiradas;
no entanto, é Lá que encontro a beleza
que encanta meu ser.
Aqui, os problemas sociais e políticos
são tantos que, com frequência,
vejo-me assustada;
Lá, sei que esses também existem,
mas parece-me que os governantes
procuram resolvê-los,
dando mais segurança e tranquilidade à população.
O Poeta e a flor
Debruçado na borda do navio
Olhando o mar com seu olhar de poeta
Via o azul sem fim a iluminar
644 Seu peito dançava alegre como em festa!
568 Raquel Ferraz Sokolnik – porto Alegre – RS- Brasil - 4 de setembro de 1992. Estudante do Ensino Médio do
Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Membro Efetivo da Academia de Letras Machado de Assis, Porto Alegre/
RS, Cadeira 36, Patronesse: Cora Coralina; Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores, Balneário Camboriú/
SC; e, Liga dos Amigos do Portal CEN, Portugal. E-mail: raquelsokolnik_9@hotmail.com
569 Raquel Sá - Raquel Oliveira Sá - Fortaleza - CE – Brasil - 25 de outubro de 1981. Escreveu e dirigiu um musical
infantil no intuito de resgatar a cultura da música popular para crianças. É ilustradora, roteirista e compositora.
Publicou sua primeira obra poética “Minha Meninice & Outras Poesias” em 2009 pelo BNB.
E como um pássaro que cantarola para fugir
Sem que seus olhos conseguissem reagir
Encheu o mar de pranto e nostalgia
Formaram-se as tempestades
E adeus Gonçalves Dias.
Lua de amor
A lua cor de prata
Tão ingrata
Que mata...
Silêncio no papel
O homem triste
Olhava o papel escrito
Com poemas e sonhos
Tão risonhos
No vento
Alento!
Tão risonho
Mas tão calado
Olhava o caminho
Do passado
Amargurado
Sofrido
Homem triste
Reprimido!
O homem triste
Queria ser poeta
E olhava o papel escrito
Entoando doces melodias
Com as palavras
De Gonçalves Dias.
Ali ele nada poderia saber
Era um papel mudo, sofrido,
De um homem triste que não sabia ler.
A morte da viuvinha
No quarto uma moldura
Em qual altura?
A moldura
Que emoldura o amor
Que passou
O amor que morreu
E que valeu.
No quarto a moldura
Da altura da alma
Que acalma.
647
O pranto no meio da madrugada
A viuvinha calada
Sem compreender nada!
Ela canta
Faz tranças
Encanta.
Cândida na rua
Menina-moça
Que gostava de biscoito
E não tomava sopa
Que fugia da escola
E queria ser aeromoça!
570 Rayron Lennon Costa Sousa. - São Bernardo –MA – Brasil- 12 de Agosto de 1991, graduado em Letras-Espa-
nhol pela Fundação Universidade de Tocantins – UNITINS (2012), Graduando em Linguagens e Códigos pela
Universidade Federal do Maranhão – UFMA – Campus São Bernardo (2014). Escritor e Poeta.
571 Regina Madeira (Estrela Radiante) - Regina da Conceição Madeira Gôda. Engenheiro Paulo de Frontin- RJ –
Brasil - 01/06/1959, professora por vocação e poetisa por ocasião. Escolhi o poema I Juca Pirama para home-
nagear Gonçalves Dias, por ter sido ele a desenvolver-se o gosto pela poesia e pela declamação. Ainda hoje
declamo alguns versos sem erro. E isso me proporciona uma alegria muito grande. Escrevo sob o pseudônimo
de Estrela Radiante porque o meu pai me dizia que eu era o seu sol. Assim o faço em homenagem a ele.
Passam apressadas,
Pessoas de fé,
Olham-me de lado,
Com um desagrado,
Estou esfarrapado,
Chinelo furado,
Encontra-me o pé.
Se um dia fui livre,
Ou se fui escravo,
Lá na minha taba,
Da dor senti travo.
Mas era guerreiro,
Dono da minha terra,
Pois índio não erra,
O silvo ponteiro.
Aqui sou guerreiro,
Mas da morte ainda,
Nem tenho cacimba,
De onde beber.
Aqui tudo é pedra,
Que bate na gente,
Estala a corrente,
Só resta morrer.
650
OLHANDO O AMOR
Seus olhos são lindos,
São meigos, são doces,
Olham-me, como fossem
Tão doce promessa.
Seus olhos são lagos,
De águas serenas,
Na pele morena,
Curtida na noite.
Seus olhos são facas,
Penetram na alma,
E firmam no açoite,
Ama-me, me acalma.
Seus olhos são pedras,
Assim preciosas,
Luzindo quais rosas,
Do nosso jardim.
Seus olhos são beijos,
Ardentes, serenos.
Seus dedos morenos.
Completam assim.
Seus olhos são pétalas,
De todas as flores.
Acordam amores,
Que dormem no peito.
Seus olhos são ondas,
De um mar tão selvagem,
Levam-me na margem,
Não deixam afundar.
Seus olhos, navios,
Singrando os mares,
Brilhantes quasares.
Cortantes a frio.
Seus olhos nos meus,
Superam os brios.
Cheios de desafios.
Mergulham em Deus.
Seus olhos, meus olhos,
Tão entrelaçados,
Prá sempre abraçados.
Sem dizer adeus.
Regina Xavier572
O poeta indianista
Antônio Gonçalves Dias,
Grande escritor,
Advogado por vocação,
Poeta por amor. 651
572 Regina Xavier - Manhuaçu, MG – Brasil - fevereiro/1963. Professora Pós-graduada em Língua Portuguesa. -
Comendadora - Embaixadora da Paz - Poeta Del Mundo -Senadora FEBACLA/MG Chanceler ABLA/SP. Desejo
participar desta obra porque: Participei de seis antologias , uma delas Mil Poemas a César Valejjo, e considero
uma idéia fabulosa homenagear os autores de nosso país, resgatar nossas origens e incentivar a criatividade.
REGYAX@HOTMAIL.COM
Renata Soares Porciúncula573
Renate Gigel574
Tributo
A vida tece,
Em fios e contrastes,
652
Teias confusas
De grande sofrer.
Na mescla das raças,
No sangue e valor,
Com altos e baixos
Traz dissabor.
Na luta por cores,
Saudades e amores,
O belo e o verbo
Não deixa perder.
Sem pátria,sem terra,
Na busca daquela
No amor a mais bela,
Só resta gemer.
573 Renata Soares Porciúncula - Porto Alegre – RS – Brasil. É Estudante do Ensino Médio do Colégio Conhecer, Por-
to Alegre/RS; Membro da Academia de Letras Machado de Assis, Porto Alegre/RS; e Associação Internacional
dos Poetas del Mundo. Tem participação nos “Elos de Amigos”, da escritora Socorro Lima Dantas, de Recife/
PE. E-mail: reh.4845@gmail.com
574 Renate Gigel – Austríaca - 6/10/1947. Participou de concursos literários, ,recebeu o prêmio do Ateneo, da
embaixada de Portugal, primeiro lugar no concurso Fazendo História, pelo Museu Scheffel, campanha da fra-
ternidade, pela Unisinos, troféu Farroupilha da ATNH pelo trabalho “Filho de criação”,entre outros.Tem textos
editados em jornais, antologias da Academia Literária do Vale do Rio dos Sinos, da qual é presidente, e nas
redes sociais e blog alvales.blogspot.com.
Adeus à magia,
Adeus ao alento
Mas do sofrimento
A arte nasceu.
Poeta das raças,
Das cores a graça,
Do exílio o canto,
Da saudade o pranto,
Do amor desencanto.
Eterno, o poeta viveu.
VERMELHO
Para Gonçalves Dias
Da fonte da vida,
Jorram torrentes vermelhas...
EXÍLIO DO SABIÁ
Tu és o horizonte da perfeição
Que fez o sol apagar
Por Reluzir luz estelar
Nesse despedaçado coração
Tu não foste atenta aos cantos
Desse amoroso e triste sabiá
Trancafiado no obscuro Sentimento
De não poder para ti assobiar
575 Renato Cesar de Alvarenga Filho - Brasilia – DF – Brasil - 27 de janeiro de 1973, engenheiro, poeta, aviador
e dançarino. Amante da literatura desde a infância, esboçou seus primeiros poemas durante a adolescência.
Trabalhou como engenheiro, consultor e executivo de diversas empresas. Por razões acadêmicas, profissionais
e pessoais, este brasileiro teve a oportunidade de morar nos Estados Unidos, em Portugal, no Chile e na Fran-
ça. Desde 2009, tem se dedicado mais intensamente à poesia, tendo lançado o livro “Divagações Aceleradas”
em 2011 (Edições Galo Branco).
576 Renato Lima de Souza - São Luís – MA – Brasil - 04 dias de julho de 1991. É um pertinaz apreciador de todo
tipo de arte, em especial, as obras produzidas pela majestosa casta de imortais maranhenses. Estudante de
Ciências Sociais (UFMA) produz textos, poemas, ensaios, composições musicais, extraindo das infinitas mul-
tiplicidades das coisas o que há de mais insigne e belo sendo o motivador do seu mais pleno sentimento de
viver.
Queria no alto das palmeiras
Desse regueiro Maranhão
Cantar as obras, vida e poesia,
Das enternecidas criações
FORTALEZA DO AMOR
Fortes um sublime tesouro
Teus versos sempre hão de ecoar
Nessa terra das palmeiras de ouro
E onde houver o nobre amar.
Amor gonçalvico
¡Qué extraño amor!
Sin edad ni tiempo,
sólo bastó el primor
para ser el dueño del olimpo.
577 RENE AGUILERA FIERRO – Tarija – ingeniero forestal poeta, escritor, tallador en madrea, consultor ambiental,
catedrático universitario y Periodista profesional. Autor de veinte obras literarias y de varios libros técnicos.
Promotor de nuevos valores artísticos, conductor de programas culturales en Radioemisoras locales de Tarija.
Anualmente Organiza los célebres “Coloquios Literarios” y los “Encuentros Internacionales de Escritores”.
Reynaldo Machado de Almeida Gomes578
Triste fim
Conheci Gonçalves Dias poeta brasileiro
Indianista e nacionalista
Nas palavras o seu jeito faceiro
De ser um nobre romantista
Encantado com Amélia queria se casar
Mas por mestiço ser
Com a doce moça para amar
657
Nada se pôde proceder
Algum tempo se passou
Outra moça conheceu
Com Olímpia se casou
Mas aquela moça jamais esqueceu
O sucesso habitou a sua vida
Foi um grande escritor
Mas algo vinha o aproximando da despedida
Na saúde: sofrimento e dor
Em viagens pela cura se perdurou
Num triste naufrágio tudo estava acabado
Nas profundezas mergulhou
O corpo esquecido e agonizado.
578 Reynaldo Machado de Almeida Gomes - São Fidélis (RJ) – Brasil - Estudante do Instituto Federal Fluminense,
Campus Campos Centro, ator e poeta. Nascido em 08 de maio de 1995, residente em São Fidélis, RJ, Brasil.
Iniciante no meio literário e possui grandes objetivos no meio cultural, tanto no cinema e teatro quanto na
literatura brasileira.
Ricardo Oyarzábal Rodriguez579
CANÇÃO DO EXÍLIO
Aqui, na Itália, tal qual no Brasil,
existem muitos tipos
de macarrão, lasanha e pizza.
Quem pensa que elas
são melhores que as de lá,
está muito enganado.
No Brasil, o sabor é todo especial.
Rita B. S. Velosa580
579 Ricardo Oyarzábal Rodriguez - Porto Alegre/RS – Brasil - 04 de outubro de 1995. Estudante do Ensino Médio
do Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Integrante do Projeto “Imagens e Textos construindo Histórias e Ver-
sos”: 2011 - “Canecas e Camisetas Poéticas”; 2012 - “Caixas Poéticas”. Curte computação. E-mail: ricardorodri-
guez@via-rs.net
580 Rita B. S. Velosa – Araraquara –SP - Brasil – 09/11/1952. Escritora, jornalista, ativista cultural tem participação
em mais de 100 antologias publicadas no Brasil, na França, em Portugal e na Inglaterra e publicados os livros
“VENTOS PASSANTES”- 2007 (poesias), “FAROLEIROS DE ALMAS”- 2008 (poesias) , “FILHOS DAS ESTRELAS”
– 2009 (crônicas), “VESTÍGIOS DOS DIAS”-2010(Contos) e “ABNORMAL E OUTRAS SANDICES DO INESPERA-
DO”- 2011.Entre os mais de 100 prêmios, o MISSÕES 2006/Brasil, o Algarve-Brasil 2008/Portugal e o CARLOS
DRUMMOND DE ANDRADE/201
Minha terra tem vizinhos,
Onde canta o ra-ta-tá...
Não permita Deus que eu morra,
Sem que me esqueça de lá!
GONÇALVES DIAS
ecoa no maranhão um grito forte
da poesia de gonçalves dias
na singela caxias a simbologia
do seu nascimento
nas águas do maranhão
se foi o autor da canção do exilio :
“minha terra tem palmeiras,
onde canta o sabiá;
as aves que aqui gorjeiam,
não gorjeiam como lá”.
onde está os timbiras? 659
não deu tempo de gonçalves dias terminar
onde está gonçalves dias?
está fazendo poema no céu...
RECUERDOS DE UN POETA
A Goncalves Dias
581 Rita Dayrã Murada De Sousa - Barão do Grajaú/MA - Brasil - escreve desde os 15 anos, ja participou de al-
gumas antologias poeticas, pela editora Big Time, Pela Camera Brasileira de Jovens escritores, entre outros.
Em 1996 editou um livro de poucas edições, intitulado”Meus Rastros, poesias diversas’. Funciónaria Pública e
Advogada.
582 Robert Allen Goodrich Valderrama - Panamá-EUA - 25 de septiembre de 1980. Poeta y escritor panameño-es-
tadounidense de madre panameña y padre estadounidense nacido en la Antigua Zona del Canal en Panamá.
Empezó oficialmente a escribir en el 2009 con su blog todavía vigente: http://www.robert-mimundo.blogspot.
com , es miembro de Poetas del Mundo, La Red Mundial de Escritores en Español y otras redes literarias, re-
cientemente en Agosto del 2012 fue nombrado: Embajador Universal de la Paz en Panamá por el Círculo Uni-
versal de Embajadores de la Paz en Ginebra, además sus poemas han sido publicados en diversas antologías,
ha recibido diversos reconocimientos y tiene algunos libros electrónicos publicados.
Por eso miles le rinden honor al poeta ilustre
que desde el cielo observa y ríe lleno de felicidad
al ver que no ha sido olvidado por su gente y por su pueblo.
ILUSTRE POETA
Ilustre poeta que marcaste el destino
De miles y miles con tú magnifica pluma.
MEMÓRIAS DE UM POETA
A Gonçalves Dias
CANÇÃO DO EXÍLIO
Minha terra tem muitas flores
que me trazem muitos amores.
A natureza nos dá e oportuniza,
a cada momento, mais pureza.
Mais prazer não há que ver
os animais e a natureza
trazendo intensa beleza
aos nossos lares e ao mundo.
Não permita Deus que eu morra
sem antes ter a certeza de que tudo,
na natureza, para sempre não morrerá.
Roberth Fabris584
583 Roberta Beckmann Hoffmann - Porto Alegre – RS – Brasil - 1º de julho de 1989. 2ª Bibliotecária e Membro
Fundador da Academia de Letras Machado de Assis, de Porto Alegre/RS, Cadeira 10, Patrono Erico Verissimo;
Membro Efetivo da Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores, Balneário Camboriú/SC; Liga dos Amigos do
Portal CEN, Portugal; e, Associação Internacional dos Poetas del Mundo.. E-mail: betahoffmann@gmail.com
584 Roberth Fabris - Maringá – Pr – Brasil. escritor, membro da Academia de Letras de Maringá, crítico de cinema
e artes, Mestre em Letras UEM, Pós-Graduado em Arte-educação, e acadêmico de Artes Cênicas UEM, além
de idealizador do projeto cultural Mundo Geek e do Dicas de Roberth, o blog mais cult do Brasil. Nasceu em
03 de novembro, e ocupa a cadeira número 04, o qual o seu patrono é com muito orgulho um grande seguidor
de Lord Byron, Alvares de Azevedo.
Meus sonhos brasileiros
Eis o meu país de teatro e poesia...
onde encontramos araras azuis e micos leões dourados
onde índios já povoaram as terras e cantaram como
guerreiros da tribo tupi, guerreiros que o meu canto ouvi.
662
Roberto de Freitas Ribeiro Filho585
CANÇÃO DO EXÍLIO
Enquanto as praias brasileiras
são mais belas;
as flores, florescentes;
aqui, tudo parece triste
e sem encantos.
Lá, as águas são cristalinas;
os pássaros, mais alegres;
os campos são imensos;
os pastos, muito verdes;
e, os galos nos despertam
ao amanhecer.
Aqui, a natureza parece
sofrida e triste,
enquanto lá, tudo está a sorrir-nos.
585 Roberto de Freitas Ribeiro Filho - Porto Alegre/RS – Brasil - 15 de maio de 1997, em. Filho de Marielle Meire-
les Ribeiro e Roberto de Freitas Ribeiro. Estudante do Ensino Fundamental do Colégio Conhecer, Porto Alegre/
RS. Integrante do Projeto “Imagens e Textos construindo Histórias e Versos”: “Banners Poéticos”, 2012. Curte
jogos eletrônicos e ler. E-mail: betoribeiro@hotmail.com
Roberto Ferrari586
663
Robinson Silva Alves587
ETERNOS VERSOS
teus passos,
serão caminhos,
nos descaminhos
da estrada perdida
586 Roberto Ferrari. Engenheiro, analista de sistemas, administrador de empresas, poeta, escritor e comunicador.
Sempre gostou de escrever desde a juventude, publicou os livros ‘Sublime Amor’ , Ventos da Paixão e Identi-
dade Assassina. Alguns prêmios recebidos : VIII Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus- Texto inédito sobre
Jorge Amado; Prêmio Oxigênio de Responsabilidade Ambiental – 2012; Mérito Profissional como Jornalista e
Escritor – 2012; Diploma Destaques e Personalidades pela inclusão no livro Brasil de A a Z – 2012; Medalha
Duque de Caxias conferida no Segundo Exército - 2012
587 Robinson Silva Alves – Coaraci - Brasil - 25\06\1976. Formado em filosofia pela uesc; participo de certames
literarios tendo sido premiado em alguns deles como: concursos municipais de Coaraci (2,3 e 4 lugares) e
diversas antologias. E-mail: hiatos@bol.com.br
teu grito de libertação
liberta o homem
dos grilhões da omissão
tuas palavras,
serão dilemas
temas
o mundo torna-se mundo
na beleza de um poema
de transformar sonhos
em poesia
IMORTAL
teus versos
serão eternos
espalharão-se ao vento
resistirá a morte
perpetuará no tempo
tuas palavras
belos dilemas
mudarão mil mundos
com a força de um poema
tuas letras
são sementes
germinam no coração
libertam homens
dos porões da opressão
teus sonhos
erguerão pontes
para o futuro
amado poeta
grande escritor
gonçalves dias
sonhador.
imortal.
SENTIMENTOS DO POETA
amas intensamente
eterno amar
sofres constantemente
um eterno penar
665
acalentas almas
da triste ilusão
amores perdidos
o espinho solidão
no romantismo eterno
de gonçalves dias.
MIL VERSOS
na bela canção
do exilio
uma triste solidão
saudades da patria
da amada nação
lembro de um anjo
e de ainda uma vez
um triste adeus
nos meus primeiros cantos
666
sonho com os encantos
dos olhos teus
O SONHADOR
nas ruas da cidade
um homem sonha,
com a liberdade
vagando ao vento
voa nas asas
dos sentimentos
mesmo sofrendo
a mais terrível dor
ainda ama
ainda morre de amor
pois é poeta
nobre sonhador
nesta vida
a eterna poesia
Idealizado
(O canto do guerreiro moderno! Ele só quer ter o gosto de cantar...)
Um sacro oficio,
veleidade da alma, que fosse de passos
em passos, sem calma, e sem pressa.
E que tivesse perfume
ou de terra, ou de bruto, ou de fruto,
ou de ideias: fragrância
viciante futuro.
E que fosse aos olhos, asas para ensaio de vida
tal o galo que madruga as idas,
labuta as asas,
depois...
cocoricó.
Ultimos en’cantos
Ah se pudesse Gonçalves
naqueles ultimos dias
escrever o poema que outrora
por si só de vida viveria
588 Lótus Sidartta - Robson Leandro Soda - Santa Cruz do Sul – RS – Brasil – 19/12/1982; Está presente em diversas
antologias no Brasil e exterior.
teria os olhos de Ana Amélia
em profundos deleite
e as manhãs mais agudas
como exilio dos Deuses
Usaria,
talvez
os laços
Shakespeareanos
em embalo presente.
Se não
o embrulho das almas serenas
ou papel reciclavel,
sementes
seria um poema
sem versos despetalados
tão pouco
668
Ávida flor sem acolhida.
PONTA DE MAR
Minha terra tem um canto
Um rasgo, um corte, um avanço,
Uma ponta de mar,
Onde a água é tão limpa,
E tão pura,
Que faz quase escura
A água mais limpa que há...
A Espinhaço, altiva e brejeira,
Esticou-se e encontrou Mantiqueira,
Que a trancos, debaixo da terra,
Emendou-se a outra serra
Se acabando em Serra do Mar
589 Rodrigo Guimarães Pena - Belo Horizonte – MG – Brasil - 15 de setembro de 1952. Engenheiro civil, de profis-
são. Se equilibra entre palavras há algum tempo. Mesmo que elas o tenham como eterno aprendiz e informal
visitante. Escreve por que... “...o correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí
afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem ...” Mantém o blog : Poesia... à
revelia! http://poesiaarevelia.blogspot.com.br/
E foi neste encontro
Marcado entre Serras...
Que abriu-se, perfeito, o espaço
Na forma de abraço,
Onde o mar põe-se calmo e se aninha,
Ao sopé que se alinha
Às costas, beiradas das terras...
E à noite, um manto de estrelas
Vazado por lanças, forjadas em prata,
Pontudas, profusas, caídas do mar estelar,
Disputa brilho com a Lua,
Que volta e mais volta faz pose, se atreve, se acua,
Se faz Yemajá, lá do céu ninfa nua,
Aumenta seu brilho, e acende o lugar...
E o sabiá que se ouviu na palmeira
Que Gonçalves cantou, trás-as-Beiras,
Viajou, cá se pôs a buscar mais parceiras,
Nesta linda Ponta de Mar,
Pois sabe o sábio sabiá
Que onde a água é pura e cristalina,
É lá que vai estar a sabiá-menina
669
Pra beber água e quiçá, namorar...
Como se água também fosse a tinta
Que Deus preocupado, usa e nos pinta
Um quadro, um capricho, pra mãe-natureza se
Expor, ser memória, pra gente guardar...
Pra que um dia, bem longe, alhures se achar,
Peça a Deus, pois ouvindo Ele está:
“Não permita, Senhor, que da vida eu me vá
Sem que volte e desfrute os primores de lá:
Ver palmeiras, ver se encanta um sabiá,
Ver a terra se vestir de lindas flores,
Versos, Lua, Sol, o Céu, a emprestar cores,
Ver se as Serras inda abraçam aquele Mar...”
Rodrigo Nunes Camargo590
CANÇÃO DO EXÍLIO
Saudades daquele meu Rio Grande;
das noites estreladas no pampa;
das fronteiras gaúchas
transbordando cultura.
Aqui, no Rio de Janeiro,
as noites são de pesadelo
e as fronteiras
não são como as de Lá.
Saudades do povo de Lá;
das tardes admirando o céu azul
e dos cantos dos pássaros
que só encontro Lá.
Poeta do Sabiá
Filho do Maranhão,
Poeta do Sabiá,
670
Pai das Sextilhas de Frei Antão.
A chocalhar na imensidão o maracá.
Mestiço nativo,
Que chorou no estrangeiro,
Versos da Canção do exílio.
Tornou-se imortal poeta brasileiro.
590 Rodrigo Nunes Camargo - Porto Alegre/RS – Brasil - 14 de novembro de 1995. Estudante do Ensino Médio do
Colégio Conhecer, de Porto Alegre/RS; Membro Efetivo do Projeto “Vida, Amor e Paz”, do “Cercle Universel
des Ambassadeurs de la Paix, Suisse/France”. Integrante do Projeto Literário “Porta copos poéticos”, 2012.
E-mail: Cursa inglês no Wizard. Toca violão, curte música e festas. E-mail: guigocamargo@hotmail.com
591 Rodrigo Octavio Pereira de Andrade. Cabo Frio –RJ – Brasil - 29 de setembro de 1977. Poeta, escritor, profes-
sor, pesquisador, revisor, ativista cultural, palestrante, membro de diversas entidades acadêmicas no Brasil e
exterior. Premiado em diversos Estados do Brasil e tendo textos publicados em antologias, periódicos e revis-
tas culturais em diversas partes do país. Autor do livro e Projeto POESIARTE. Presidente da Academia Cabista
de Letras, Artes e Ciências de Arraial do Cabo-RJ.
Salve Gonçalves,
Santo poeta na imensidão
Deste Brasil de seus Dias
Nesta Terra em forma de canção.
CANÇÃO DO EXÍLIO
Minha terra tem milharal,
bananeira e parreira;
bem-te-vi, joão-de-barro,
arara e periquito.
As aves que lá vivem,
cantam entre as árvores,
flores e campos.
Já a vida de nossos bosques
anda mal, quase morrendo.
Para salvar minha terra,
animais e plantas,
vou voltar para lá.
Não sujarei suas águas;
plantarei muitas árvores
e protegerei os animais
671
para que não fiquem em extinção.
Minha terra é de todos nós.
592 Rodrigo Zuardi Viñas - Porto Alegre – RS – Brasil - 26 de novembro de 1993. Membro Fundador da Academia
de Letras Machado de Assis, de Porto Alegre/RS, Cadeira 33, Patrono Alcides Maya; Membro Efetivo da Acade-
mia Virtual Sala de Poetas e Escritores, Balneário Camboriú/SC; da Liga dos Amigos do Portal CEN, de Portugal;
e da Associação Internacional dos Poetas del Mundo. E-mail: <rodrigovinas@hotmail.com>
593 Rogério Araújo (Rofa) - Niterói, RJ – Brasil - 31/07/1973. escritor, jornalista, publicitário, especialista em Lei-
tura e Produção Textual, bacharel em educação - teologia cristã; autor do livro “Mídia, bênção ou maldição?”
(Quártica Premium/Litteris Editora), lançado na XV Bienal Internacional do Livro no RJ (2011); comendador da
ABD – Associação Brasileira de Desenho e Artes Visuais e da ALG – Academia de Letras de Goiás; membro de
diversas academias no Brasil e exterior, como a de ALAV – Academia de Letras e Artes de Val Paraíso, no Chile.
Dribla as dificuldades na vida
E até se livra da fome e da morte
Das adversidades ocorridas sem esperar
O amor ao país era tão grande
Que desejava ao Senhor aqui retornar
Poeta romântico incorrigível,
Um dos mais amados e declamados
De muita emoção que viveu
E até pela sua morte ao ser esquecido
Deitado, doente, num navio
Quando retornava ao seu estado natal
E país amado, Brasil
Com toda inspiração e respirando fundo
Morreu sem ar afogado no mar
Já do país que demonstrou amar
Mas seus versos não morreram
Imortal se tornou pela sua obra
Mesmo não pertencendo à Academia
Que, aliás, nesta época nem existia
Seus versos são lidos e relidos
Por todas as épocas e períodos
Um grande escritor, poeta,
Na literatura brasileira e mundial
Exemplo e inspiração para muitos
672 Amantes da poesia, da nacionalidade,
Admiradores da beleza de um país lindo
E, acima de tudo, do amor pela vida
Parabéns, Gonçalves Dias!
Pelos cento e noventa anos
De nascimento, sempre renascidos,
A cada ano que passa e repassa
Demonstrando que nunca perde a majestade
Assim como a sua famosa sabiá!
Canto Sutil
E tu Gonçalves, poeta da gente
Em Coimbra impunhas teu canto
Exaltando tua terra silente
Dela mostrou a beleza e o encanto
Província do maranhão
Terra do excelso poeta
Tinta e papel na mão
Fizeram de ti querida terra
594 Ronyere Silva Lima - Dom Pedro – MA – Brasil - Estudante de Direito, amante das artes, contribuinte do portal
Recanto das Letras, membro da Confraria Cultural Brasil-Portugal, membro da Sociedade dos Poetas Vivos, 1º
lugar do Concurso de prosa “Machado de Assis” – 2011. e-mail: ronyere-dp@hotmail.com
Teu canto sutil, ó imortal
Percorrera o mundo a fora
Gonçalves Dias do Maranhão
Rosana Lazzar595
Ao Poeta
Dizem os sábios antigos que
673
Testas largas e altas denotam grandes pensadores...
Gonçalves, era mais que isso
Em pátria e bucólicos amores
Imortalizou nosso hino na alma...
Da “bandeira” hasteou suas dores
Tanto amor de ti emprestava
Que em suas dúvidas, era infindo
Melhor viver sem ter amado...
Ou amar, sem nunca ter vivido?
E de “Gonçalves” pátria e poesia
Imortalizados em nosso hino
-Salve Gonçalves, os nossos “Dias”...
O velho pensador, menino!
-Oh pátria amada, idolatrada!
Um “sonho intenso”, Gonçalves cresce
-Há que saber da mãe gentil
Em terras que nem “Gonçalves” viu!
595 Rosana Lazzar - São Paulo- SP – Brasil - 27/12/1964. Cantora, registrada na O.M.B- “Ordem dos Músicos do
Brasil”, exercendo a profissão desde os 18 anos de idade nesta cidade e outros Estados como backing vocal de
alguns artistas e crooner de bandas. Fazendo uso de comunidades virtuais, escreve em sites da categoria qua-
se todos os dias. Sem livros editados, apenas arquivados, enquanto não os encaminho, lê de tudo um pouco e
escreve um pouco de tudo.
Rosane Salles Silva Souza596
FÊNIX DOURADA
Seu canto,
Fênix Dourada,
como fonte d’água brotando da rocha,
palavras inteiras, formosas
alegria dentro de nós
E quando o Sol desponta na serra,
altaneiro, poeta - foz,
da Esperança que floresce,
da noite que se despe ao luar,
das palmeiras que bailam
lançando folhas ao ar,
no bogari perfumoso
nos gorjeios dos sabiá,
teu nome impera solene
na boca de toda gente
desse Brasil tão pungente
Salve! Salve! Ó, Antonio Gonçalves Dias!
POETA PANTEÍSTA
Poeta que exaltou a natureza
E toda sua beleza sem estereotipias
Mestre da poesia panteísta
Assim era a obra de Gonçalves Dias.
596 Rosane Salles Silva Souza - São Gonçalo – RJ – Brasil - 29/06/1988. Poeta, artesã, contista. Cursa o 3º ano do 2º
graus, e pretende fazer Engenharia Agrícola e Ambiental. Ama a vida e se delicia em contar histórias a partir de
suas bonecas de panos que cria para despertar o imaginário infantil. Tem inédita inúmeras poesia. Participou
do Livro “ O Chamado das Musas. Pô-Ética Humana: O Enigma do Recheio- a arteterapia ao sabor da educação
brasileira ( Creadores Argentinos, Buenos Aires,2008), com” O Desabrochar” e “ Perfeito Amor”.
597 Rosemeire Joanadarc Dias - Rose Dias - São Paulo - Brasil - 21-10-1962, mora atualmente em Mogi Guaçu, in-
terior de São Paulo há 20 anos. formada em Letras e mestranda em linguística. Participou de várias antologias,
já foi classificada em 1º lugar com um poema pela Editora Nil Verlag – Berlim- Alemanha. Mantemo um blog
de poesia, contos e crônicas onde escrevo diariamente, www.rosejd.blogspot.com.br
O velho índio timbira de novo o recusa,
-Para morrer é preciso coragem
-Só heróis, disse o índio
Fazem esse rito de passagem.
598 Rosineide De Sousa Machado - Pio XII – MA – Brasil - 06/03/1972; Em prestar homenagem ao grande mestre
da poesia, Gonçalves Dias e também ao Maranhão, estado que precisa ter sua cultura conhecida e valorizada.
Muito aqui mudou,
Mas o que ficou no canto do sabiá
Que ainda não calou
De tanto procurar o seu lugar.
Ah! Poeta
Pelo teu exílio e tua saudade
Pela tua dor do amor perfeito
Que perdestes para a o preconceito
Pelo fervor da tua luta pela igualdade
Pelos nativos da nossa nação
676
Que estão sendo expulsos do seu torrão
Pelo teu amor ao nosso chão e a natureza
Pela vida, pela raça, pelo sangue.
Pelos teus versos de lirismo e beleza
Falo-te em nome da Pátria brasileira
Nossa terra ainda tem palmeiras
E algumas aves cantadeiras
Que estão ficando sem árvores para os ninhos
Ficarão sem teto nossos passarinhos
No céu as mesmas estrelas estão cobertas, embaçadas,
E pouco dá para vê-las num véu opaco, enfumaçadas.
Nossos bosques estão sumindo
Muitas flores não estão florindo
Os leitos negros dos rios poluídos a soluçar
Secando por não poderem mais navegar
Nossa vida está se perdendo em falsos amores
E já não tem tantos primores
É preciso ser poeta para viver, ver e não desanimar
599 Rozelene Furtado de Lima - Teresópolis/R.J./ Brasil - 31/05/1947. Professora, bibliotecária, escritora, poe-
ta, artista plástica. Participa em mais de cem Antologias nacionais e internacionais. Textos publicados em
Portugal, França, EUA (NY), Espanha, Itália, Suíça, Uruguai, Argentina e Chile ; Livros: Banquete de Idéias de
memórias e “No Limiar Sex” de poemas; Verbete no Dicionário de Mulheres Escritoras de Hilda Flores; Per-
tence a: AVBL; REBRA; Poetas del Mondo; Academia de Letras de Teófilo Otoni-ALTO-MG; Grupo AGUIA;
LITERART- Clube Brasileiro da Língua Portuguesa BH MG Brasil; Rede de Escritores Independentes e do Livro
Sonoro; Portal CEN. email: rozelenefurtado@hotmail.com
E junto a tua voz gritar em altos brados e fazer ecoar
Nos palácios dos governos, na fazedura das leis
E mostrar que o meio ambiente ainda tem vez
Cantaremos uníssonos tua canção aqui e acolá
Para não ficar no passado
O patriótico canto gorjeado do sabiá.
India oportunidade
Gonçaves Dias, diz-me tu o que farias,
Se já não pudesses cantar I-Juca-Pirama,
Se a tua tropicália fosse já longuínqua nos teus dias,
E não conhecesses a Tupi, essa das tribus indias,
E fosses traido pelo gotejar da clépsidra, como por quem
amas...
600 Rui Miguel Dias Carvalho - Lisboa – Portugal - 1976. Economista e programador; cedo se interessou pela escri-
ta mas apenas mais tarde, após a conclusão do seu Mestrado, começou a tornar realidade o seu sonho. A sua
escrita bebe inspiração em Lisboa e em Arganil, esta última a sua verdadeira terra, tal como este a considera.
Tanto na poesia como nas suas narrativas, é possível encontrar vestígios de paisagens rurais mas também
urbanas, ao mesmo tempo que uma preocupação profunda pelos sentimentos das pessoas.
Água do mar de Gonçalves Dias
Essa água em que viajaste
é a mesma que hoje nos banha.
Esses monstros marinhos que enganaste,
semelhantes à baleia que nos acompanha.
601 Samuel Cantoaria Ferreira - São Luís – MA – Brasil - 02/11/2011 - Eu gostaria de participar da antologia por-
que queria ser reconhecido pelo país e porque sempre quis fazer um livro.
Samuel Cavero Galimidi602
Luto
Como se podría expresar la tristeza
con los muertos hoy reclamándonos
sin olvidar a Gonçalves Dias
Cómo se podría expresar el dolor
que son surcos de heridas abiertas
en la comunidad kaiowá guaraní
del campamento Tekoha Guaviry,
en el municipio de Amambaí.
Si el cacique Nísio Gomes cerró sus ojos
defendiendo su territorio
42 pistoleros encapuchados,
me dices hermano, lo asesinaron.
¡Ay, qué dolor!
Cómo decirte amado poeta
que a un Cacique más ya no matarán
si ayer nomás Geusivan Silva de Lima,
gran defensor de nuestros territorios nativos,
líder de los indígenas Potiguara,
murió igualmente baleado.
¡Ay, cuánto odio!
Esos labios (y los tuyos Gonçalves Dias),
679
acaso reclamando casamiento con Ana Amelia
desde los sueños de tu dormida estancia
no podrán degustar un terroncito de Tapioca,
ni un sorbo humeante del Pirão
en el hoyito de nuestras manos,
tampoco la sabrosa Pipoca
que sale del fogón combatiente.
¡Ay, qué dolor!
La tierra cerró esos labios y los tuyos
recibió la sangre heroica
y hoy, qué importa ya,
frondosas raíces crecen
se hunden y extienden en la feraz tierra
se abrazan cual niños felices
como venas abrazadas al Mundo
Es verdad
Es verdad…
Tu hermosa tierra amado Brasil
tiene perfumadas palmeras
602 Samuel Cavero Galimidi – Ayacuchano – PERU – 1962 - Doctor en Ciencias de la Educación. Sociólogo, Perio-
dista Colegiado, Escritor-Poeta, autor de 22 libros publicados en los géneros: Novela, Cuento, Ensayo, Teatro,
Poesía, Biografía y literatura de Estudios Indigenistas. Es actualmente Presidente de la Asociación de Escritores
y Artistas del Orbe (AEADO). Mención de Honor en la IV Bienal de Poesía Infantil ICPNA, Lima, 2011. cave-
ro2012@hotmail.com
Pájaros juglares
que mil tonadas cantan
y muchas maravillas
bajo tu cielo tiene estrellas
parpadeando…abrazándonos
hasta este rinconcito del Continente.
Es verdad…
Tu tierra tiene otras bellezas
Allí canta el tordo
y aquí el Turtupilín macho
Recordando
que alguna vez existió hermoso
aguerrido
celoso guardián del bosque
Tupá,
Tupá
el gran cacique valiente
y allí los ojos alertas
del gran Raoni Metuktire
y nuestros pueblos indígenas
están siempre presentes.
Raoni
Gran líder de los Umoro Kayapó
680
yo no vengo de los metuquitire.
¡Soy de los amorquitere!
Mi hondo pensamiento fraterquitere
está en ti hermaquitere
buscando como tú defenquitere
colgar un globo terráqueo de hermandaquitere
en mi labio inferior y llamarme Jaguaribe
ser Gran Pájaro, ombligo del Capiperibe
Partido
Minha saudade é trigueira
É um foco além do mar,
Ouço o vento na palmeira
Que aumenta o meu penar.
O Mar
Para um sabiá que canta
Seu canto o mar naufragou,
Tragou o corpo, sua manta,
No cais Amélia chorou.
603 Samuel de Sá Barreto - Poeta, compositor e cronista. Licenciado em Letras. Sócio fundador da APOESP
Associação dos Poetas e Escritores de Pedreiras. Membro fundador da Academia Pedreirense de Letras, ocu-
pando a Cadeira Nº 08. Tem publicados os Livros, S.O.S. LIBERTAÇÃO (Poesias 1997); TESTAMENTO DE JUDAS
(Cordel em parceria nos anos de 2006, 2007, 2008, 2011, pelo Laborarte); A RUA DA GOLADA E SUA IDENTI-
DADE (Crônicas 2010) pelo plano editorial Gonçalves Dias SECMA. E a publicar tem OPERÁRIO DA CANÇÃO,
VERSOS CINZENTOS, PEDREIRAS EM VERSOS (poesias); DO ALTO DA PEDRA (crônicas).
Imensidão
Toda Ana arrasta a gente
Deixa o peito indigente
Sem saber o que fazer
Tem na lira a canção
E nas asas um alçapão
Onde quero me prender.
Quadra Rompida
Lá na praça dos amores
Um dia deixei alguém,
Levei no peito as dores
Do bem que queria bem.
A força da flecha
Zombou da alegria
O tempo se fecha
Na dor da agonia.
Guerreiro chorou
Com a alma ferida,
A luz se fez cor
Vencendo a partida.
Os gritos ouvidos
Acordam o além,
São dores, gemidos,
Dos braços de alguém.
Tua vontade era voltar a viver aqui, junto aos teus pares,
No aconchego da tua estimada e vigorosa ilha grande do
Maranhão.
Juca-Pirama e as palmeiras onde cantam os sabiás jamais
fenecerão...
Te dou a minha humilde palavra. Não te preocupes!
Não turbes vosso majestoso coração,
Pois afinal de contas, és bravo, és forte e nada que proveio
de ti, foi em vão.
604 Saulo Barreto Lima Fernandes - São Luís/MA – Brasil - (17/05/1983). O autor já colaborou com vários jornais
locais e trabalhou em diversas edições da Feira do Livro de São Luís. Na vida literária alcançou o 1º, 2º e 3º
lugares mais Menção Honrosa em diversos Concursos Literários pelo país, sendo publicado em diversas cole-
tâneas. Email: sauloblf@gmail.com
605 Saulo Daniel dos Anjos Leite - São José do Egito-PE – Brasil - 30/04/1987. São José do Egito-PE, é conhecida
como a terra da poesia. Atualmente mora na cidade de Caruaru-PE, terra conhecida pelos famosos festejos
juninos. É servidor público federal e Bacharel em Direito. Escreve poesias no blog http://derepentepoesias.
blogspot.com.br/.
No meio das tabas de insondáveis mistérios,
Mil homens se erguem, escutam de pé,
Mil vozes cultuam prelúdios de glórias,
Mil cantos guerreiros do velho pajé.
CHUVA DE SAUDADE
O ritmo da chuva
Face de noite sem luar
Floresta desnuda
Faz sonhar!
Lembranças de outrora
Chuvas de saudade
Solidão, canção romântica,
Lágrimas sem fim.
O ritmo da chuva
Semblante de minha terra
Exílio distante
E o pensamento vive!
Tempos mortos
Vida que se esconde
Desaparece na brisa do vento
Que se apaga toda verdade.
Rosto de decepção
Reação em cadeia
Tenta abrandar meu coração
Sangue patriótico que corre minha veia!
606 Sebastião Luiz Alves - Curitibanos-SC, Brasil - 15/07/1957. Tenho 7 livros publicados: Revolução farroupilha,
Guerra do Contestado, Heróis da Liberdade, Holocausto no Sertão e Revolta dos Excluídos que encontravam-
se no Domínio Público do MEC, os quais retirei em 2012. Outros: O Contexto do Contestado e Clovis José
Menegatti Uma História no Tempo e 28 Blogs na rede. Além de possuir diversas poesias, crônicas e contos
publicados em Antologias em português e espanhol.
SELVA DE PEDRA
“vossos Deuses, ó Piaga, conjura,
Susta as iras do fero Anhangá.
Manitôs já fugiram da Taba,
Ó desgraça! ó ruína! ó Tupá!”
Antônio Gonçalves Dias
O ser humano, a raça humana,
É uma fera irracional com sentimentos de pedra,
Com emoções abstratas.
Sente em seu coração obsesso,
Coisas e atos que levam segundas intenções,
Visam benefícios próprios,
De olho nos degraus do poder!
POESIA INDIANISTA
Para Gonçalves Dias
O grito do guerreiro é silencioso.
A onça raivosa é silenciosa.
O canto do sabiá é silencioso.
Toda floresta é silenciosa.
Só o homem branco que quebra o silêncio.
607 Selmo Vasconcellos - Bangu, Rio de Janeiro, RJ – Brasil - 6 de outubro de 1951 –reside em Porto Velho, RO,
desde 1982. Administrador, editor de cultura, divulgador cultural e escritor (poesias, contos e crônicas). Editou
a página literária impressa e semanal LÍTERO CULTURAL / jornal Alto Madeira, Porto Velho, RO, no período de
15 de agosto de 1991 a 5 de julho de 2012 (1115 páginas). *Site: www.selmovasconcellos.com.br
608 Sérgio Augusto de Munhoz Pitaki – Curitiba – PR – Brasil - 19 de março de 1956. Médico Radiologista. Pre-
sidente Nacional da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (2013/14) e da Regional do Paraná. Publicou
os livros: - ÁGORA (poesias, 2003), AURORA (poesias,2008), ALERE (poesias, 2013). Acadêmico Titular da
cadeira 21 da Academia Brasileira de Médicos Escritores. Acadêmico Titular da Academia Brasileira de Meda-
lhística Militar. Membro Titular do Centro de Letras do Paraná e da Oficina Permanente da Poesia da Biblioteca
Pública do Paraná. e-mail: sergiopitaki@gmail.com
Gigantes através do Atlântico foram a Lisboa
Outros voltaram com o coração cheio de amor
Navegaram ida e volta mas declararam
Com todas as vozes,
Amaram e através das letras
Legaram-nos memórias
Verdades que jamais poderemos
Esquecer.
Sempre há de lembrar-mo-nos do passado.
mar zônia
Oh! quem foi das entranhas das águas,
O marinho arcabouço arrancar?
Nossas terras demanda, fareja...
Esse monstro... – o que vem cá buscar?
( in O Canto do Piaga, Gonçalves Dias)
690
609 Sérgio Gerônimo Alves Delgado – Rio de janeiro – Brasil - poeta carioca, cronista e ensaísta. Editor-chefe
da OFICINA Editores. Publicou em poesia: “Profanas & Afins”; “Outras Profanas”; “Enfim afins”; “Coxas de
Cetim’’; “Gemini”; “PANínsula”; “BelaBun”; “Código de Barras”; “Conversa proibida”; “Urbanosemcausa”;
Fundador da APPERJ, atual Presidente, membro do PEN Clube do Brasil, da UBE/RJ. Tem poemas publicados
e vertidos em inglês, espanhol, francês, italiano, russo. Coordena o evento poético no Rio de Janeiro: “Te
Encontro na APPERJ” e o Festival de Poesia Falada do Rio de Janeiro. Participante ativo do circuito de poesia
contemporânea.
modificaram crenças
em atitudes salvadoras
mapas redesenhados
em nações povos gentios
doenças multiplicaram-se
em intimidades intimidadoras
clareiras abertas
gritam aos céus
a poesia em desmatamento
desmandos sociopolíticos
aos povos da floresta
resistir às investidas
indígenas versus homens de branco
versus homens de preto versus homens indígenas
urbanos metropolitanos
este jogo é arbitrário
conivência sustentável
aldeia global
coexistência inda que tardia
Sergio Santos611
610 Sergio Ryan Abreu Silva – São Luís – MA – Brasil 13/04/2002; Motivo da Participação: Pelo prazer de escrever
em homenagem a este poeta maranhense que cantou sua terra! Cursando: 5º Ano – Turma: C – Profª Shirle
Maklene EPFA
611 Sergio Santos - Belo Horizonte-MG – Brasil - 1980. Mora em Rio Branco-AC desde 1989. É graduado e mestre
em Letras, pela UFAC, onde é professor de Língua Portuguesa. É autor de O REGRESO, romance lançado em
2011, além de vários textos publicados em coletâneas de concursos literários.
Viveu em tempos românticos.
Enfrentou a solidão,
Morreu no mar desta vida,
Sem retornar ao seu chão.
PÁSSARO POUSADO
Numa palmeira frondosa
Daquelas mais belas que há,
Não canta mais, fica triste
O mais belo sabiá.
Foi-se quem tanto o amou
Para nunca mais voltar.
Na verdade, ele nem voltou
Por que Deus o quis no mar,
Que é o lugar mais perfeito
Para o poeta morar.
E por mais fundo que seja
As profundezas de lá,
Ele ouve o canto triste
Do mudo e órfão sabiá.
DIAS DE GONÇALVES
Dias que se foram
Dias felizes de salves
Dias de árvores que gorjeavam
Dias de Gonçalves.
Sidiney Breguêdo613
612 Sidclei Nagasawa Costa - Registro-SP – Brasil - 11 de dezembro de 1974. Atualmente mora em Cascavel onde
trabalha como professor de língua portuguesa. Apaixonado pelas letras, foi o ganhador do Concurso Cataratas
de Literatura – categoria poesia – em 2012, com o poema “Capitu sou eu?”. Também foi um dos vencedores do
Concurso Literário de Presidente Prudente 2012, com o conto “12 de outubro”, publicado na Antologia CLIPP.
613 Sidiney Breguêdo - Monte Azul-MG - Brasil - 22 de janeiro de 1972. nasceu em Monte Azul-MG e mudou-se
para Brasília, ainda criança. Apaixonado por arte, literatura e todo tipo de conhecimento é poeta engajado
no movimento cultural do país. Seu primeiro livro foi O jacaré pensador, onde reuniu dezessete anos de sua
poesia. Mas o autor escreve romances, contos, crônicas e quadrinhos, deste último sendo autor de O padre e
o anjo, tira de humor
Nos áureos dias de tenra idade
Quando horas cívicas tornavam aprazível o Brasil.
Soldado perfeito, uniforme e bandeira,
Mão esquerda
Como lastro do próprio peito.
Foi poeta, não duvide, e foi herói
A correr com índios até a praia,
Praia grande, praia doce, praia do arpoador.
Gonçalves negro, Gonçalves branco,
Vermelho feito coração rabiscado por criança,
Gonçalves dias do amor.
Ergo a taça
Em respeito
As águas não apagaram
O que é direito.
CANÇÃO DO EXÍLIO615
Se eu pudesse cantar o meu país e,
Se para isso Deus tivesse me provido do dom da poesia,
Da música, da voz...
Com certeza eu entoaria uma melodia
694 Que enaltecesse suas belezas naturais,
Sua fauna, sua flora, sua gente, suas diferenças culturais.
614 Silvana Maria Moreli - Pitangueiras – SP – Brasil - 18 de agosto de 1965. Atualmente reside e trabalha em Be-
bedouro-SP. Com Pós –Graduação (Lato-Sensu) em nível de Especialização em Língua Portuguesa (UNICAMP/
Redefor) e em Gestão Escolar (Faculdade São Luís - Jaboticabal); com graduação em Administração de Empre-
sas pelo Instituto Municipal de Ensino Superior de Bebedouro IMESB (1996) e graduação em Letras – Unifafibe
(Bebedouro-SP). Atualmente atua como Professora de Educação Básica II-efetiva do Governo do Estado de São
Paulo. Esse poema faz parte de um projeto desenvolvido na EE Domingos Paro – disponível em http://www.
silmoreli.blogspot.com.br/2009/09/cancao-do-exilio.html
615 Silvana Maria Moreli. Neste bimestre trabahei um Projeto muito interessante com os meus alunos das 7ª sé-
ries: “Paródias, Paráfrases, Intertextualidade e afins: (re)visitando a “Canção do Exílio - de Gonçalves Dias aos
nossos dias”. http://silmoreli.blogspot.com.br/2009/09/cancao-do-exilio.html, Poesia compilada por Leopol-
do Gil Dulcio Vaz – Curitiba – PR – Brasil – 1952; Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; Universidade
Estadual do Maranhão
Cantaria o que é bem nosso - “paixão nacional”:
- Futebol e Carnaval!
Cantaria os ídolos que dão “Olé”:
- Nosso inigualável Pelé!
Cantaria a música que cruza fronteiras e é um poema:
- Nossa “Garota de Ipanema”!
E aquele alguém que já ‘partiu’ e deixou uma lembrança tão amena:
- Nosso inesquecível “Airton Sena”.
E a música ainda, há tanto para cantar:
- Vinicius, Caetano, Gal, Betania e Gil...
Como é “grande” esse meu Brasil!
Simone Pinheiro616
QUERIDO POETA
Meu Poeta Maranhense,
guardo ti em meu peito amado
com muito zelo, seus versos gloriosos.
É um forte guerreiro como um sabiá
a cantar em nossa terra maranhense,
um sonhador que escreve poesias a tocar
os corações do nosso povo maranhense.
616 SIMONE PEREIRA PINHEIRO. - São Luís – MA – Brasil. Graduanda no 6º período em Letras/Portuguesa na
Faculdade Atenas Maranhense- FAMA. Pós graduanda no 1º período em Libras na Faculdade Santa Fe. Surda.
Poeta!Sonhador!Sol fulgurante nos nossos corações.
Poeta!Seus versos jamais serão esquecidos!
Seus versos serão sempre lembrados em cada boca
saído pelos poetas e povos maranhenses.
Ao recitar suas maravilhosas poesias
enriquecido pela nossa Literatura Maranhense,
e lembrando o quão poeta foi no passado ainda hoje
e ainda hoje você é um poeta guerreiro.
CANÇÃO DO EXÍLIO
Minha terra tem poesias,
Onde recita os mais lindos
Versos do nosso poeta Maranhense!
As poesias, aqui recitadas
Não são esquecidas.
Nossos versos tem mais emoções
Nossas palavras tem mais encantos
Nossas recitações tem mais alegrias
Nossas poesias mais valores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro nas suas poesias
Minha terra tem poesias,
696
Onde recita os mais lindos
Versos do nosso poeta Maranhense!
POETA GUERREIRO
Nasceste no lugar humilde
Filho de um português e de uma mestiça
Onde viveram na nossa terra maranhense.
Gonçalves, lutador pela sua pátria amada
És um poeta amado, um poeta brasileiro
E um poeta maranhense.
Tu cantas seus versos dos mais vivazes de coração e alma
Onde encantam as almas maranhenses
Sentindo o sabor das suas palavras encantadas.
Poeta, poeta, meu amado poeta
Tu jamais serás esquecido com os seus versos em nossos corações
Viva Gonçalves Dias!
POETA DAS MARAVILHAS
Um guerreiro do Sol, maranhense, forte, inabalável,
assim é o nosso Gonçalves Dias
um homem de forte inspiração.
Um poeta de grande destaque,
um celebre ao povo maranhense
e ao povo brasileiro
Veja meu povo! Quão grande é ele
quão grande foi um sonhador...
Vamos meu povo inspirar as suas poesias...
697
Suas poesias inabaláveis em nossos corações
no qual seus versos eram seus sonhos
e que nos fez sonhar também!
SONHADOR INSPIRADOR DE POESIAS
Um sonhador que subia no mais alto sonho
Um sonhador arrebatador de corpo e alma
Um sonhador que encanta qualquer um com
Com suas belas poesias recitadas.
Assim é o Poeta!
O nosso Gonçalves Dias!
O poeta do povo maranhense!
Um sonhador que inspira sentimentos sublimes
Ao escrever em cada folha de papel,
As suas palavras voam ao ar,
Voam aos sentimentos,
Voam aos corações de quem as suas belas poesias.
Assim é o Poeta!
O nosso Gonçalves Dias!
O poeta do povo maranhense!
Gonçalves Dias, meu grande, real e inspirador poeta
Você me conquista com suas pequenas poesias suaves
Um poeta inspirador em palavras poetizadas.
Viva !Viva Gonçalves Dias!
Sinésio Lustosa Cabral Sobrinho – Sinésio Cabral 617
ATENAS BRASILEIRA618
São Luís do Maranhão,
sempre a Atenas Brasileira,
698
teus filhos ilustres são,
dentro e fora da fronteira.
tamanhas promoções em
letras e artes perfeitas
que a engrandecem muito bem.
617 Sinésio Cabral - Sinésio Lustosa Cabral Sobrinho - Várzea Alegre – CE – Brasil - 22 de maio de 1915, Filho
de Genésio Lustosa Cabral (Magistrado) e de Líbia Lustosa Cabral (Professora Pública). Em tenra idade (em
companhia dos Pais), a infância, em Taperoá-PB. Há vários anos, reside em Fortaleza-CE. Procurador de Justiça
(aposentado). Casado com Maria Diva Ximenes Cabral. O doce Lar: enriquecido com filhos, netos e bisnetos.
Escritor, Professor, Poeta, Jornalista. Editor do Mensageiro da Poesia, de grande projeção. Tem livros publica-
dos, em prosa e verso. Com 96 anos de idade, graças a Deus: lúcido, com sol no seu entardecer, a descer a
Montanha da Vida, bem humorado, como se, ainda estivesse: na subida. Faleceu no dia 10 de maio de 2012
(após mandar sua poesia...)
618 In: LATINIDADE – III Coletânea Poética da Sociedade de Cultura latina do Estado do Maranhão, pp.77, 2002.
Homenagem Póstuma de Dilercy Adler619
Sinésio e Antônio
Cabral e Dias
Deixaram em seus rastros
Indubitavelmente
imensurável amor
traduzido em morte
sangue suor e amor
e profícua...
muito profícua poesia!
Sonia Nogueira621
620 Solange de Aragão - Belo Horizonte -MG - Brasil - 17/06/1973. Arquiteta, urbanista, mestre e doutora pela
Universidade de São Paulo, com pós-doutorado em História pela FFLH-USP e pós-doutorado em arquitetura
pela FAU-USP. Autora de Ensaio sobre o jardim, Ensaio sobre a casa brasileira do século XIX, Saudades de BH e
No interior do quarteirão – um estudo sobre as vilas da cidade de São Paulo.
621 Sonia Nogueira - Giqui, Jaguaruna-CE – Brasil - 11 de fevereiro, Educadora, Graduada em História, Estudos
Sociais, pós-graduação Planejamento Educacional, Língua Portuguesa e Literatura - Membro da Academia
Feminina de Letras do Ceará, Academia de Letras dos Municípios do Estado de Ceará, Academia Cearense de
Belas Artes, Associação Cearense de Escritores, Poetas Del mundo, http://www.sonianogueira.prosaeverso.
net/
Seu Grande Amor
O olhar se debruçou na mulher musa,
Ana Amélia, de amor e inspiração,
Trouxe igual mordaça e teor recusa,
A tristeza esmagou seu coração.
Gonçalves Dias
Quero dos teus versos toda beleza,
Das palavras a melodia de amor,
Dos sonhos a poesia que professa,
A saudade que o tempo não matou.
701
Oferta
Oferto a ti, Gonçalves poeta,
Meu melhor elogio, meu saudar,
Pelos anos aqui, pela coleta,
Da palavra lírica em teu poetar.
Apelo do Exílio
Tua terra tem palmeiras,
Cantará sempre o sabiá,
E gorjeiam melhor que lá,
Aqui do lado de cá.
Estrelas daqui são belas,
As flores enfeitam o lugar,
A vida, nos bosques, singelas,
Os amores aqui de encantar.
Na noite, sozinho, a imaginar,
Vias mais prazer aqui no lugar,
Com tantas belas palmeiras,
E o sabiá a cantar.
Tua terra tem palmeiras,
Lá nunca hás de encontrar
Nas noites cismavas a só,
702
O prazer aqui do lado de cá,
Com todas as palmeiras,
E o sabiá a cantar.
Morrer jamais, Deus permita,
Rogavas pra aqui voltar,
E não perder os primores,
Que lá não vais encontrar,
Vê-las, todas as palmeiras,
Onde canta o sabiá.
Sophia Braga622
Dias menino
Penso no poeta pequeno
Descalço, correndo por entre o pomar
Na cozinha, a mãe preparando o almoço
O lanche da tarde
O jantar
Vejo o menino brincando
Pedaços de galhos o chão a riscar
622 Sophia Braga - Lorena – SP – Brasil - 20 de agosto de 2005. Sophia é uma menina criativa. Gosta de ler e criar
pequenos contos e poesias. Aos cinco anos, criou um pequeno conto chamado o Caminho das Borboletas.
Sophia já possui várias historinhas num caderninho rosa e, em breve, com a ajuda de sua mãe, publicará todas
elas num lindo livrinho ilustrado com seus desenhos.
Imaginando palavras formando versos no ar
Assim foi Dias pequeno
Brincalhão
Moleque
Menino
Criança feliz
Assim como eu
Ouvindo o sabiá cantar
Tu alma y la mía
En tu tierra se elevan las palmeras
elegantes rasguñan el cielo
en mi patria los gorriones
cantan en todo este suelo.
En el cielo manto oscuro
brillan las estrellas para todos
aunque quieras de algún modo
apropiarte de todas ellas.
Tus deseos y esperanzas
son las mismas que las mias
puede que tú las alcances
703
y yo me quede en la mira
El amor que vibra en vos
es tambíén un rio eterno
en mi corazón de argentina
que late como tambor
hasta vestirte con serpentinas.
EL cielo en tu mirada
Tenías la mirada celeste , tan pura
tan transparente .
Dormida en el mar parecían tus ojos
brisa de sales y cielos .
Eran tan puros, tus ojos celestes
que al alba primera sin sol
se parecían .
Tenían el brillo de la caprichosa luna ,
y la suavidad de todas las melodías .
Tan tiernos y angelados ojos
y hoy solo puedo encontrar
consuelo en el silencio,
y en las lágrimas que interpretan
un canto celeste hacia el cielo.
623 Stella Maris Taboro - Ciudad de Rafaela, Provincia Santa Fe – Argentina. Soy MAESTRA NORMAL NACIONAL y
PROFESORA DE HISTORIA. reside en la Ciudad de San Jorge. Se desempeñó como docente durante 33 años.
OJOS VERDES
A esos ojos verdes
del color de la esperanza
que en tu poema en danza
como el mar , tan parecidos.
Y se derrama el amor
como luz del corazón
en ese paisaje de prado verde
704
donde sin palabras , me declaro.
Vagando em poesias,
Declamando a minha vida,
Canções para o meu povo,
Canções para o meu amor.
624 Suelen Cristina Liberato - Teresópolis/RJ Brasil - 25/06/1997. Poetaluna do 9.º Ano da E. M. Alcino Francisco
da Silva, em Teresópolis/RJ. Apaixonada pela arte escrita, Suelen se dedica à leitura e ao aprimoramento de
seu estilo, extremamente marcante e próprio. Criou, em 2012, o blog “A raiz do coração”, onde posta poemas
e prosas poéticas de sua autoria. Professor orientador: Carlos Brunno S. Barbosa
Exageradamente querendo,
Exageradamente perdido,
Entre casos de amor e lendas indígenas,
Entre dor e alegria.
E você em mim
Sou eu sem você,
É o meu verde,
São o meu sangue,
Os povos indígenas
Sou eu Gonçalves Dias,
A eternidade é a minha vida.
625 Susy Morales Coz - Lima – Perú – 03/05/1980. Estudió Producción de TV y Radio en el Instituto INICTEL y tam-
bién estudió inglés avanzado. Susy es licenciada en Turismo y Hotelería de la Universidad Inca Garcilaso de la
Vega de Lima. Susy Morales ha escrito y publicado 8 libros de poesía y cuentos: Versos Cautivos, Cuentos de
Hoy, Día de Luna, Secreto de la Isla, Diarios Revelados, La Abejita Cindy, el libro en inglés Feeling the Sky y Día
de Luna (2ª Ed.). Algunos de sus poemas han sido traducidos al portugués y al chino. e-mail: fricsy19@hotmail.
com; susymorales1@gmail.com
626 Talles Cardoso Machado - Teresópolis/RJ Brasil - 24/11/1996. poetaluno do 9.º Ano da E. M. Alcino Francisco
da Silva, em Teresópolis/RJ. Dedicado aos estudos e grande xadrezista, agora dedica-se também à composição
de poesias de sua própria autoria. Professor orientador: Carlos Brunno S. Barbosa
Tatiana Alves627
Gratidão
Meu canto tão grato
Leitores, ouvi:
707
Eu li o retrato
Que descrevo aqui.
De índios e flores
Traçou um painel.
De tons multicores
Pintou o papel.
Do I-Juca Pirama
À Canção do Exílio,
A voz de quem clama
À Pátria: um filho.
627 Tatiana Alves - Rio de Janeiro - Brasil - 16/09/1966. Participou de diversos concursos literários, tendo obtido
vários prêmios. Possui sete livros publicados. É Doutora em Letras e leciona Língua Portuguesa e Literatura no
CEFET / RJ.
É este o canto
Que trouxe alegrias.
Na voz, o encanto
de Gonçalves Dias.
O sabiá canta,
Mas não do jeito que cantara com Gonçalves Dias...
Tinha mais sentimento,
tinha mais vida...
GRANDE POETA
Gonçalves Dias tinha alegria
E muita harmonia
Vivia em paz e união,
Seu dever era com a poesia
Ele escrevia noite e dia.
628 Tatiane Paulo de Oliveira - Teresópolis/RJ Brasil - 13/07/1997. Tatiane Paulo de Oliveira é poetaluna do 9.º
Ano da E. M. Alcino Francisco da Silva, em Teresópolis/RJ, e, desde as primeiras aulas, demonstrou interesse
pela arte poética. Sempre sorridente e sonhadora, ela acredita no poder do amor e em sua força lírica. Profes-
sor orientador: Carlos Brunno S. Barbosa
629 Taysa Leite Lima - Escola Paroquial Frei Alberto
Teresa Cristina Cerqueira de Sousa630
630 Teresa Cristina Cerqueira de Sousa - Piracururca – PI – Brasil. 14/11/1961, filha de João Batista de Sousa e de
Inocência Maria Cerqueira Sousa, divorciada, mãe de 4 filhos. É formada em Letras – Português pela Universi-
dade Estadual do Piauí e com Pós-Graduação em Gestão Escolar. Tem participação em mais de 100 antologias
entre poesias, contos e crônicas na CBJE (Câmera Brasileira de Jovens Escritores). Possui site: http://www.
recantodasletras.com.br/autores/flordecaju.
Teresinka Pereira 631
GONÇALVES DIAS
Febril amor pela natureza,
pelos animais, amor da pátria,
uma visão que sobreviveu
ao naufrágio, justo quando
olhava a costa do Maranhão.
631 Teresinka Pereira - Brasil. Poeta e tradutora, Teresinka Pereira divulga a poesia brasileira entre os povos de
todos os continentes, por onde sempre viaja, em busca de novas experiências de vida e de arte poética.
Presidente da Associação Internacional de Escritores e Artistas. Membro da Academia Norte-Americana da
Língua Espanhola, correspondente da Real Academia Espanhola (1989). Indicada candidata ao Prêmio Nobel
em 2005, pelo International Poetry Translation and Research Center. E-mail:tpereira@buckeye-express.com
632 Terezinha Erna Brandenburger - Novo Hamburgo, RS – Brasil - 27/6/1942. Estudou na Escola Santa Catarina,
onde se formou professora. Cursou Letras na UNISINOS, não tendo concluído o curso. Nos anos 1990, escre-
veu crônicas para o Jornal NH. É membro da Academia Literária do Vale do Rio dos Sinos – ALVALES. Participa
das coletâneas: Reflexões Poéticas, Poetas Pela Paz e Justiça Social, Tendências Literárias 2009, ALAVAES em
Múrmúrios e Mulher: Feminino, singular.
Sua “Canção Do Exílio,
Já na infância decorei
E este poema tão lindo
Para sempre na lembrança terei.
Terezinha Oliveira633
711
633 Terezinha Oliveira - Baiana. Brasil - Escritora, e com títulos de honra ao mérito. Embaixadora da Paz / Cercle
Universel Des Ambassadeurs De La Paix Suisse / France. Lançou cinco obras solo. Com Participação Num di-
cionário na Bahia, com vários autores de todo Brasil. Participou do Vol. V. e V1, Alimento da Alma. Organizado
pela Escritora Jane Rossi. Na Antologia Destaque na Poesia, com o Escritor e Colunista Raimundo Nonato. Em
Melhores da Poesia Brasileira.Com Monica Rosemberg, e Jane Rossi. tere_aprigio@hotmail.com
Thaís Matos Pinheiro634
Thaise Santos635
ETERNA MEMÓRIA
No inverno nascia esta voz
Mas precisamente em 10 de agosto de 1823
Mais uma essência se fez
Na canção do exílio ficou a saudade
634 Thaís Matos Pinheiro - São Sebastião, SP – Brasil - 09/04/1993. Estuda jornalismo na USP e escreve nas horas
vagas. Foi vencedora do na edição de 2012 Concurso de Poesias Nhô Bento com dois poemas – Não Sou e
Aonde vais, Maria?.
635 Thaise Santos – Carapicuíba – SP – Brasil - 02/12/1993 – E-mail: Thaisesantos36@gmail.com. “ A poesia é a
arte da alma, essência inegável e única”.
Nas palavras as suas verdades...
Ainda uma vez- Adeus a Don’Ana
Seu âmago em suas palavras clama
A verdade, a essência que chama
Dias e dias
Mas mesmo assim não deixou de versejar
Sua arte e poesia pelo infinito irão voar
Nas palavras escritas...
Nos livros...
.
A anos e anos vem caminhando
Na poesia versejando
Dias e dias se passam
E as rimas se casam
.
História, uma vida
Poucas alegrias e dores ritmadas
Jamais serão perdidas
.
Ficarão na memória por Dias e dias
O ETERNO POETA
O Poeta com quarenta e um anos, tão jovem se foi
E quase cento e ciquenta anos depois
Sua essência ainda é citada
Em sua poesia deixada
O Ville de Boulogne levou o poeta
Mas a vida deixou sua lembrança em poesia concreta
O veleiro francês ao bater no baixio dos Atins
Levou nosso poeta ao fim
Mas em poesia sua voz é eterna
Nesta natureza sincera
Do versejar
Sua alma por anos aqui vai estar
Como já está
Graças a sua poesia que podemos contemplar.
POETA DO MAR
Caro poeta sois o atleta do versejar
Nas poesias veio o Brasil saudar
Abordas também o amor
E tuas intensidades, teu calor
714
>
A perda de tua Ana Amélia
Tua inspiração, ainda uma vez quimera
Adeus
Abriu mão d’ela, de outro já era
>
Poeta indianista
Poeta da pátria
Poeta de vida
>
Poeta do mar
Mesmo versejando sobre águas
Veio o mar o levar.
O Voo da Eternidade
Meu negro semblante
Exprime saudades
E omite as verdades
Do céu estelar
636 Thiago Jefferson dos Santos Galdino - Mossoró – RN – Brasil - 06-09-1993. É Autor do livro “Suspeitas de um
Mistério” pela Editora Multifoco; participou de projetos de incentivo a leitura, e colabora com jornais, revistas
e blogs literários por todo o Brasil.
Saudoso dos cantos
Dos bosques, da vida
Do povo Timbira
Do meu sabiá
Perdido no entanto
No pranto do mundo
Os mares profundos
Me querem levar
2 - É a de Gonçalves Dias,
Um poeta popular,
716
Eu a conheço há dias,
Nada irei inventar.
3 - Estória de pescador
Nós podemos duvidar,
Mas essa do escritor,
Todos podem confiar.
6 - Em Caxias, Maranhão,
Até rapaz, viveu lá.
Logo cedo, o cidadão
Começou a trabalhar.
637 Tiago Duarte Cordeiro - Campina Grande/PB – Brasil - 29/04/1963. Comerciário, aspirante a poeta. Publica
seus escritos no Recanto das Letras: www.recantodasletras.com.br/autores/tiagoduarte).
7 - Etnógrafo, jornalista,
Chegou a advogar,
Provou ser grande artista,
Na arte de poetar.
15 - A compôs em Portugal,
Após a bela encontrar
Num encontro casual,
N’um Jardim que tinha lá.
21 - Eu a fiz na fonética
Da “Canção” tão singular.
Uma saudação poética
A você, quero deixar.
CANÇÃO DO EXÍLIO
718
Oh, Brasil de tantas cores e amores!
Tu és quente
como um abraço apaixonado;
tão diferente deste frio daqui.
Aqui tudo é escuro e cinza;
nada se parece com a minha terra
tão cheia de sorrisos,
alegrias e sabores.
Aqui, raramente, vejo
pássaros e sorrisos;
lua e sol, só no outono.
Espero, em breve, deixar a Suécia
e voltar à minha Terra!
Obrigada .
Está aceita.
Saudações Gonçalvinas,
Dilercy Adler
638 Tiago Klein Maciel - Porto Alegre/RS – Brasil - 06 de junho de 1997. Estudante do Ensino Médio do Colégio
Conhecer, Porto Alegre/RS. Integrante do Projeto “Imagens e Textos construindo Histórias e Versos”. Curte
música, leitura e história. E-mail: timaciel2009@hotmail.com
Um Maranhense639
639 Anônimo in Leal, Henriques, Pantheon Maranhense, São Luís, 1874, p. 560-561. Poesias compiladas por We-
berson Fernandes Grizoste - Jauru – MT – Brasil
E os grandes esquadrões de peito a peito
– Homéricas visões! – pudemos ver.
Dos golpes ao embate, a penedia,
As florestas, o céu estremecia,
Ia o sol entre nuvens se esconder.
640 Valdeck Almeida de Jesus - Jequié-BA – Brasil - 15.02.1966. Jornalista, escritor e poeta. Livros: “Memorial
do Inferno. A saga da família Almeida no Jardim do Éden”, “Feitiço contra o feiticeiro” e mais treze outros.
Membro da Academia de Letras de Jequié, Academia de Letras de Teófilo Otoni e União Brasileira de Escrito-
res. Patrocina um concurso literário desde 2005, o qual já publicou mais de 1000 poemas. Site pessoal www.
galinhapulando.com. E-mail poeta.baiano@gmail.com
Valentina Kroeff Sperb641
CANÇÃO DO EXÍLIO
No Brasil, temos moças belas;
nos Estados Unidos,
a beleza feminina não satisfaz.
Lá, vive-se simpatia e carisma;
aqui, o povo não demonstra
nenhuma afetividade;
preservam a antipatia.
Lá, o perigo está nas ruas;
aqui, em todos os lugares.
Apesar dos Estados Unidos
ser um país cheio de magias;
o Brasil vence por sua simpatia.
Gonçalves, o patriota.
Oh Gonçalves!
Aqueles dias
Que no EXÍLIO estivera
Longínquo como a quimera
721
Da sua pátria querida
Desejoso do voltar
E só sua poesia
O fazia confortar
Hoje
Muita coisa aqui mudou
e amor puro como o seu
Não existirá jamais.
No poder:
Novos colonizadores
Que “surrupiam” valores
Para paraísos fiscais
Apresentam-se como guerreiros
Mas mudaram seu sentido.
Seus GUERREIROS, prazeiravam-se
Contando suas proezas
Hoje guerreiros em meio à nobreza
São aprisionados por serem “bandidos”
641 Valentina Kroeff Sperb - Porto Alegre/RS. – Brasil - 03 de setembro de 1997. Estudante do Ensino Fundamental
do Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Membro Efetivo do Projeto “Vida, Amor e Paz”, do “Cercle Universel
des Ambassadeurs de la Paix, Suisse/France”. Integrante do Projeto “Imagens e Textos construindo Histórias e
Versos”: “Banners Poéticos”, 2012. E-mail: v.k.s.gremio@hotmail.com
642 Valmir Sales Borges - Camacan-BA – Brasil - 20/09/1959, Formado em Administração de Empresas, composi-
tor, poeta e professor, com poemas publicado no livro de antologia Ecos da Alma, titulo Menino de Rua e em
Ventos Poéticos, titulo Egoísmo e Vida e Morte. Email: valmirsb@yahoo.com.br
Não!
Longe de mim ser PIAGA
A predizer um triste final
Mais “sugam” nossos direitos
A saúde, a educação
Pilares, de uma grande nação.
DEPRECAÇÃO!
Imploramos a um novo Tupã
Os valores inverteram-se!
E um torrão tão amado
Hoje filhos rejeitados
Preferem ser exilados
Idealistas conectaram-se
Na tal globalização.
Brasileiros semi alienados
Não tem sentimento de nação
Gonçalves, sei que estás
Numa outra dimensão
Glorificamos com louvor
Seu exemplo de amor
Por esta pátria mãe
Às vezes “madrasta”
Mas que assim como a exaltou
722
Mesmo com todo dissabor,
A tenho em meu coração.
643 Valquíria Araújo Fernandes de Oliveira, Caxias-MA – Brasil -Graduada em Letras pela Universidade Federal da
Bahia. Adquiriu os títulos de Especialista em Língua e Literatura Inglesa e Mestre em Letras pela Universidade
Federal da Paraíba. Foi Diretora do Centro de Estudos Superiores de Caxias (CESC-UEMA) de 1995 a 1999. É
membro do Instituto Histórico e Geográfico de Caxias (IHGC) e Vice-Presidente da Academia Sertaneja de
Letras, Educação e Artes do Maranhão (ASLEAMA). Atualmente, é Secretária Municipal de Cultura e Turismo
(2006-2012).
Há um ninho sempre visitado por um sabiá
Que, provavelmente, não veio das Matas do Jatobá.
Valquiria Imperiano644
Salve Dias
Gonçalves dos dias de ontem
723
Gonçalves dos dias de sempre.
Poeta inverossímil
Deste Brasil varonil.
Melancólico chorastes
As cores e os amores deixados.
Fizeste um bouquet de flores
Colorido e perfumado.
Cantastes em versos eloquentes
a saudade do Brasil,
dos bosques, das matas verdes e
do céu azul anil.
Em teu exílio ouvias
O canto do sabiá ;
Que na tua memória gorjeavam
E não existiam lá.
644 Valquiria Imperiano - João Pessoa, Paraíba – Brasil - 18 de novembro de 1953. Naturalizada Suissa, país onde
mora, desde 1997. Formada em Letras na Universidade de Mandaguari Paranà. Na UFSC e em Genebra cursou
francês. Foi professora de língua portuguesa em Florianópolis e em Genebra. É artista plástica ( exposições
na Europa e no Brasil), escultora, designer de jóias. Escreve poemas, contos e crônicas. Acadêmica da ALAF.
Membro da : Literart, e Rebra. Prêmio. Luso-brasileiro - Diploma de Honra ao Mérito, escreve para o Varal do
Brasil.
Teu pranto sincero e amoroso
Cheio de saudade pueril,
Atravessou o atlântico
Aterrizou no Brasil.
Cantaste tão alto e tão forte
Que o tempo registrou.
E a glória tão merecida
a historia te ofertou.
Viraste pedra preciosa
Desse país de talentos .
És uma relíquia sagrada
desse imenso Brasil.
Poeta sonhador
Teu romantismo
Mescla nostalgia e nacionalismo.
Poeta de todos os poetas
Em nossos dias teu canto
Ainda encanta certamente
Quantos anos já se foram
Que a terra em teu seio te acolheu
E continuas em silêncio
724
A lançar teus poemas ao vento
Soprando nossa alma
Com poemas de louvoures
Cantos de cores
De flores
Sabor de araça
Melodiosos cantos de passaros
De amores romanticos
Quem dera um dia eu fora
O poeta que fostes outrora
Um poeta que encantou
E cantou as cores da saudade
Das nossas raizes
Da terra do Brasil
Vanda Lúcia da Costa Salles645
645 Vanda Lúcia Da Costa Salles - Italva (RJ) – Brasil - 25/04/1956. Poeta, contista, professora. Graduada em Le-
tras (UERJ-FFP), Pós-graduada (UFF), atualmente cursa Direito (UNESA). Publicou: No tempo distraído (nar-
rativas, Ágora da Ilha, 2001), Diversidades e Loucuras em Obra de Arte- um estudo em arteterapia ( ensaios,
Ágora da Ilha, 2002), Núncia Poética (poesias, cbje,2010). Participou da Antologia: Poesia em trânsito-Brasil/
Argentina ( La Luna Que, Buenos Aires, 2009). E-mail: vanda Salles@hotmail.com
Doce aroma, outra vez, no amarelo do dia, abriu-se flor
Seu nome aguça a mata, ao longe o grito do galo-da-campina
Aqui, no peito grafo o nosso leito de folhas verdes, minha sina
É semear palavras que só cabem no infinito de teus olhos: amooorrr!
Seu nome sibila em meus lábios trêmulos, amorosos e impuros
Ao mordicar a língua com que te traço, trago deveras, só alegrias,
Eternizados, imagem e semelhança em florestejos, um buquê
Em desabroche de flor na flor do Lácio: Antonio Gonçalves Dias!
POR CAUSA DE VOCÊ
I
no amor,
do verbo
preservo a ação
de crer
726 moço bonito,
que meu desatino
é por causa de você
II
só por causa de você
escrevo aos sons da mesma flauta
em tantas formas
e de forma
que
por um beijo
palavra de nauta
que
a palavra seiva
rasga-nos o peito, até
a vida
que se inscreve foz
III
e a voz, tão linda,
escorre das mãos
igual leite materno
que sacia
o que ama o clarão da branca lua, e
o que em nós é fonte e sina
IV
e se teu canto me aterra foto e clima, fogo e labareda
eternizando a língua, nesta literatura brasileira
com que bordamos: tempo e vida
I
Se a linguagem é imprecisa: L (ab) utamos!
Se o amor não corresponde: L ( ab) utamos!
Se a aposentadoria não cabe: L (ab) utamos!
Se a mão ao traço imola: L (ab) utamos!
Se o osso atravessa o caldo: L (ab) utamos! 727
Se o leitor nega o círculo: L (ab) utamos!
E porque a vida exige uma transformação: L (ab) utamos!
II
Ó Senhor, dê a todos nós a flor do deslumbramento
e a descoberta dos silêncios,
na poesia da vida,
na solidariedade da terra trabalhada!
III
E se as calosas mãos já não criam: Afaste de nós esse cálice!
IV
Que o vinho embriague, da hóstia, o pão
na mesa não seja apenas batata ou esmola do pedinte,
e que nossos filhos não vivam agarrados as minguadas pensões
de seus pais e avós, porque “ viver é lutar!”
VI
E reorganizem a mudança no foco de atenção: com consciência, sabemos
o tempo não tem realidades, apenas espia
a juventude da natureza. No país
mais um Guarani Gaiová em um pé de árvore.
VII
Que livre de estrutura a curva ilumine, do gosto a saliva,
e não entorpeça esta língua em nossos lábios: luta renhida!
Versando os Dias
Gota a gota,
Tempo
Gota a gota,
Pensamento
Os dias versam
Os versos dias
Gota a gota,
Intento
Gota a gota,
Barlavento
Os dados rolam
Baila vento
Fita
Os ventos sopram
Vida
Gota a gota
728
Gonçalves Dias.
Amargo retorno
Gonçalves Dias,poeta valoroso!
Mostra em teus versos,o amor pelo Brasil
Estando nas horas mortas
E os ponteiros dos relógios...
Correram velozes sem tua presença
Teus poesias ficaram eternas
Os lamentos e gritos abafados
Pelo reflexo da desigualdade
Condizem com tua alma nobre
No exílio continuaste amando
O céu ,ás matas, os pássaros ...
Da tua terra com tudo exótico
646 Vander Lima Silva de Góis - Brasil. Advogado. Professor Especialista em Direito Privado e Social. Escritor. Poeta
e Músico.
647 Varenka de Fatima Araújo - CE - Brasil. Baiana de coração, reside em Salvador-Bahia. Figurinista, funcionária
pública, formada em Direção Teatral, atriz, maquiadora, artista plástica, dançarina, poetisa e escritora. Partici-
pou de trinta e cinco Antologias.
Sonho e amor único por uma mulher
Separados por uns por tua mistura de raças
Sábio como a natureza, partiste...
Entretanto voltaste para á terra amada
O navio sem roteiro afundou, um adeus dorido
Entre estas linha,meu lampejo e dor.
Gonçalves Dias
Sete horas da manhã
Abro janelas e portas
Um céu cinzento fere a vista
Palmeiras raquíticas sem verde
Os sábias num canto sem som
E o vento seco varre sem fronteiras
É pitoresco este cenário
Rios com manchas pretas
Corem para o mar, uma tragédia
Uns sem sustendo de uma desgraça
Águas que vestem a terra desbotadas
Que abrem fendas como cemitérios
Eu recomponho meu corpo ardente
Nas cores que aquecem vibrantes
Estou hoje convencida, nesta desdita 729
Gonçalves Dias se estivesse aqui
Pavoroso seria sentir,dorme poeta
Dedicado poeta
Gonçalves Dias dorme....No fundo do mar
O teu cérebro um coração amoroso
Entre os frutos e riqueza em águas jaz
E tua Pátria a historia marcou
Estendendo por década longínqua
Quantas aspirações e amor dedicados
A tua terra amada e idolatrada
Essa que atribui tua imortalidade
Mudam os tempos, mudam uns homens
Por cobiça devastando tudo
Sob pena de uma catástrofe
Esse tormento jamais verás poeta.
UMA VIDA
Uma mão cansada, aluir
a outra mão vazia, inelutável
o pescoço no incipiente inchado
a voz sufocada
a boca imprescritível
o destino no arrasto ardiloso
lágrimas guardadas ....
em águas do Maranhão
a vida se foi lentamente
morada se fez saudade.
UM HOMEM
Gravo tuas letras de ouro
em palmeiras no luar reluzentes
iluminado a noite receptível
no meu intimo acolhedor
Vera Rocha648
ANJO DIAS
730 Lá no Baixo dos Atins nasceu o Dias,
Doutor nas leis ele venceu;
E na volta à sua terra - a das palmeiras,
Jubilou-se nos poemas que escreveu.
648 Vera Rocha - Rio de Janeiro – RJ – Brasil - 24 de fevereiro de 1958, Moro em São Paulo há uma década. Sou
casada, tenho filhos, dona de casa e trabalho, porém é na poesia que me encontro. Escrevo, desde muito
jovem, coisas que engavetei durante toda a minha vida. Agora, em que a maturidade nos tira a vergonha,
desengaveto meus escritos. Não publiquei um livro, ainda. Não ganhei nenhum prêmio, ainda. Não desfiz de
meus sonhos de escritora, ainda.
RETORNO DO EXÍLIO
O que escreveria hoje Gonçalves Dias
ao retornar de seu exílio...
CANÇÃO DO EXÍLIO
Barcelona/Espanha-Porto Alegre/Brasil
Terras tão distantes e diferentes.
Ambas com culturas bastante
ricas e fascinantes.
Cada qual com sua tradição.
Aqui, danças e “paella”;
Lá, churrasco e chimarrão.
Aqui, a Estátua de Colombo;
Lá, a do Laçador;
649 Victor Parussini Todt - Porto Alegre/RS – Brasil - 08 de novembro de 1995. Estudante. Acadêmico Efetivo da
Academia de Letras Machado de Assis, de Porto Alegre/RS, Cadeira 46, Patrono: Gianfrancesco Guarnieri; Aca-
dêmico Mirim da Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores, Balneário de Camboriú/SC; Grupo dos Poetas
del Mundo; e, Membro da Liga dos Amigos do Portal CEN, Portugal.
as duas, símbolos das cidades.
Aqui, muitas belezas,
mas é para Lá que quero voltar.
Porto Alegre tem vários shoppings;
grandes estádios;
praças e parques arborizados;
cinemas e centros culturais.
Vitor Alibio650
canção do exílio
Quando estou em minha cidade,
vejo a terra com mais verde;
as ruas mais alegres;
um povo batalhador que se ergueu.
Quando estou em minha cidade,
vejo domingos ensolarados;
famílias felizes curtindo
ora um amanhecer de céu azulado;
ora um pôr do sol demorado.
Quando estou em minha cidade,
732 vejo as estações bem definidas.
Nela, estamos acostumados
às mudanças climáticas.
Aqui, não é nenhum deserto;
no entanto, o calor muito castiga
e o verão intenso domina.
CANÇÃO DO EXÍLIO
Não consigo esquecer
da terra donde vim.
Tal amor guardo comigo
e o levarei até o fim.
650 Vitor Alibio - Porto Alegre – RS – Brasil - 10 de novembro de 1995. Filho de Liane Maria Zambrozuski e Paulo
Roberto Alibio. Estudante do Ensino Médio do Colégio Conhecer, Porto Alegre/RS. Membro Efetivo e Vice-Di-
retor de Edição e Publicação da Academia de Letras Machado de Assis, Porto Alegre/RS, Cadeira 30, Patrono:
Simões Lopes Neto; Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores, Balneário Camboriú/SC; Associação Interna-
cional dos Poetas del Mundo; e, Liga dos Amigos do Portal CEN, Portugal. E-mail: vi_alibio@hotmail.com
651 Vitor da Rosa Martins - Porto Alegre/RS. Brasil - 19 de novembro de 1996. Estudante do Ensino Médio do Co-
légio Conhecer, Porto Alegre/RS. Membro Efetivo do Projeto “Vida, Amor e Paz”, do “Cercle Universel des Am-
bassadeurs de la Paix, Suisse/France”. Integrante dos Projetos Literários “Tabuleiro de xadrez lírico”, 2011; e
“Porta copos poéticos”, 2012. Coautor do E-book “Haikais”, postado no site Teia dos Amigos, de Sonia Orsiolli,
Sorocaba/SP. Há cinco anos pratica hipismo, já tendo conquistado vários prêmios. Cursa inglês no People.
E-mail: vitor_martynz@hotmail.com
Sinto falta de tudo
que não encontro aqui.
Só se sente o que se perde
e, minha terra, eu perdi.
Versos sinceros
Nem todo grande homem
é um poeta, mas todo poeta
é um grande homem.
733
Vida e poesia
Um poeta não é só exílio,
anos vividos,
lagrimas ou sentimentos
por um amor há muito tempo perdido.
652 Vitor Teixeira de queiroz - Natal – RN – Brasil - 28 de dezembro de 1989. É estudante de Psicologia e Direito
e escreve quase que diariamente para manter a sua sanidade em meio às aulas ridiculamente chatas que é
obrigado a assistir. Tem Gonçalves Dias como um dos seus poetas nacionais preferidos desde que leu “Canção
do Exílio” quando ainda era criança e até hoje ainda é sensibilizado pelas poesias desse grande mestre.
Um poeta não pode ser definido
só por isso.
Mas,
com Gonçalves Dias,
a vida se confunde com a poesia.
Lição
Ana Amélia foi
a inspiração
para as
mais belas
de suas poesias.
Nunca dê as costas
para o amor.
Sentimentos
Na vida de Antônio,
coisas como data
de nascimento
ou causa da morte
sempre serão
menos importantes
do que os seus sentimentos
eternizados em palavras.
Vitória Maria Galvão Coqueiro 653
Dias de Poeta
O poeta sente e sofre
Sente a dor que lhe comove
Mas que outrora lhe fez rir
Ah! O poeta tao sensível, tão romântico
Nada triste ao meu convir
Ama rimas
Pobres, ricas
735
Um tesouro nacional
Meu poeta maranhense
Mais que um mestre expoente
É uma mescla cultural
653 Vitória Maria Galvão Coqueiro – São Luís – MA – Brasil - 06/04/2002 - EPFA - Motivo da Participação: Foi a
vontade de contribuir nesta homenagem a um poeta maranhense especialmente da cidade de Caxias. Cursan-
do: 5º Ano Turma: C Profª Shirle Maklene
654 Viviane Maria dos Santos - São Jose- SC - Brasil. Jornalista pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNI-
SUL) Email: vika_santos@hotmail.com ou vivisantos30@googlemail.com
Wanda Recker655
655 Wanda Recker - Rio de Janeiro – RJ – Brasil - 07/03/1958. Português-Literaturas – UFRJ. Participação em ofi-
cina literária Terapia da Palavra, com a publicação de um livro contendo os trabalhos dos participantes. Blog:
http//palavrasescolhidas.blogspot.com (não atualizado).
656 Weberson Fernandes Grizoste - Jauru – MT – Brasil - 27 de Junho de 1984. É licenciado em Letras pela Uni-
versidade do Estado de Mato Grosso, Mestre e Doutorando em Poética e Hermenêutica pela Universidade de
Coimbra. Membro do Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos e bolsista da FCT – Portugal. É autor de três
livros: A dimensão anti-épica de Virgílio e o Indianismo de Gonçalves Dias (2011), Carrapicho (2011) e Estudos
de Hermenêutica e Antiguidade Clássica (2013).
657 Mil vezes os anjos-do-mar digam: Amém!
658 Suspensa e cravada na terra
659 Da que tem mais estrelas
660 Ao rugir do trovão imenso
661 Que saiu do sertão montanhoso
662 Povoado de belas palmeiras
663 Cantor da façanha de bravos
Entre os céus e a terra664
É irmão dos anjos e orgulho dos homens665
Cantai brasileiros! Cantai!666
Nossa terra tem Gonçalves667
Como tal não se pode encontrar668
Os poetas das outras terras669
Não cantam como ele cantava670.
671 Weslley Sousa Silva Costa - Wesley Costa - São Luís – MA – Brasil - 09 de Julho de 1989. É o autor do livro de
poemas “Colham as roupas maduras do varal” (2012) pelo Grupo Editorial Scortecci. Contato: weslleysousasil-
vacosta@gmail.com
Wilson de Oliveira Jasa672
GONÇALVES DIAS
Antonio Gonçalves Dias,
É poeta do Romantismo;
Seus versos qual melodias,
Nos traz beleza e realismo.
Nos traz beleza e realismo,
A canção do Exílio é prova;
Literato do indianismo,
Com sua feição que inova.
Com sua feição que inova,
Uma feição nacional;
Ao romantismo renova,
Com beleza original.
Com beleza original,
Que marcou sua figura;
Estudou em Portugal,
Essa nobre criatura.
Essa nobre criatura,
740
Nasceu lá no maranhão;
Sua poesia fulgura,
No sensível coração.
No sensível coração,
Daqueles que amam a escrita;
Com soberba inovação,
Para que a gente reflita.
Para que a gente reflita,
E possa então deleitar;
Em letras tal qual pepita,
Para em ouro tranformar.
Para em ouro transformar,
Os seus versos de valor;
Volto aqui a relembrar,
Cantou da terra o fulgor.
672 Wilson de Oliveira Jasa - São Paulo -SP- Brasil - 12 de Setembro de 1954. Poeta, Jornalista, Terapeuta Holís-
tico, Ecologista, Folclorista e Historiador. Presidente das entidades: Casa do Poeta “Lampião de Gás” de São
Paulo; Casa do Poeta Maçom do Brasil; Casa do Poeta Brasileiro de São Paulo; Movimento Poético em São
Paulo; Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas do Folclore; Sociedade Mundial dos Poetas. Membro das
Academias: Academia Maçônica Internacional de Letras; Academia Paulistana Maçônica de Letras; Academia
Brasileira Maçônica de Letras; Academia Goianiense de Letras; Academia de Letras Rio Cidade Maravilhosa;
Academie Europeenne des Arts, Sciences et des Lettres (França). Membro da Associação Portuguesa de Poe-
tas, Lisboa, Portugal.. wilsonjasa@gmail.com
Cantou da terra o fulgor,
Foi patriota verdadeiro;
Mostrou do Brasil valor,
Brilhou também no estrangeiro.
ODE A CAXIAS
Terra adorada de meus diletos pais,
de filhos ilustres, talentosos estetas,
caudal fluente de invulgares criaturas,
berço notável de escritores e poetas.
673 Wilson Pires Ferro - Coroatá-MA, Brasil, - 30.07.1936. É Bacharel e Licenciado em Geografia e História, Pós-
graduado em Segurança e Desenvolvimento e Professor aposentado da Universidade Federal do Maranhão.
Foi Diretor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Seus livros: A Educação e os Desportos como indica-
dores do desenvolvimento de uma nação, Versos e anversos (em co-autoria), Espelhos de São Luís, Depois que
o sol se põe e Sombras da noite, ambos de contos para a juventude, e Quando eu era pequenino, de histórias
infantis. Para o escritor, a antologia é uma oportunidade única de homenagear Gonçalves Dias, um dos maio-
res poetas brasileiros e sul-americanos, nascido em Caxias-MA, também a terra dos pais do autor do poema.
Há meio século, ainda criança,
percorri suas ruas, longas andanças,
nem a ausência dos anos passados
ofuscou da mente as gratas lembranças.
ADEUS, POETA
Gonçalves Dias, poeta nacional,
de imaginação fértil e fecunda,
não mais viu a sua terra natal,
traído por sua saúde moribunda.
674 Wilson Rosa da Fonseca - São José do Norte- RS – Brasil - 12.07.1949. Atualmente residente em Rio Grande
-RS. Escritor, poeta, compositor, declamador; Membro da Academia Rio-Grandina de Letras; Academia Maçô-
nica de Letras do Rio Grande; Decano do Clube dos Escritores de Piracicaba-SP; Membro correspondente da
Academia Cachoeirense de Letras-ES; Cônsul da Associação Internacional Poetas Del Mundo/Rio Grande-RS .
Premiado em diversos concursos de poesia, participação em mais de 50 antologias e coletâneas.
Aquele que fez do seu exílio,
Nas lonjuras de além-mar,
Uma declaração de amor...
Em que a saudade de cá,
Trazia-lhe intensamente,
À vontade de regressar.
“Louco Amor”
Que destino é este que me separou,
Da doce amada que a pensar eu vivo,
Minha Ana Amélia, o meu coração,
Dilacerado chora por teu amor perdido.
Sem você ao meu lado, eu não vivo!
Não me deixes, não! Volte pra mim!
Nem eu nem você somos culpados...
Deste cupido louco que nos flechou!
Escuta a voz do seu coração! Querida!
Vem para meu lado, lhe darei guarida,
Pois não posso viver nesta solidão!
Vem... Vem... Amor da minha vida.
Wybson Carvalho675
CANTO AO EXÍLIO
(Um poema para Gonçalves Dias e sua Caxias)
675 Wybson Carvalho – Caxias – MA – Brasil - 1958. Funcionário público municipal. Exerceu vários cargos nas
áreas da imprensa e cultura. Comunicólogo com habilitação em Relações Públicas e jornalista colaborador em
diversos periódicos regionais. Poeta com vários livros publicados É membro fundador da Academia Caxiense
de Letras - Cadeira, nº 30. Foi membro dos Conselhos Estadual e Municipal de Cultura. Participou como de-
legado representante da sociedade civil - câmara setorial do livro, leitura e literatura - das Conferências de
Cultura, nos âmbitos municipal, estadual e nacional, nos anos de 2005 e 2010, em Caxias, São Luís e Brasília,
respectivamente.
Pois
livre é o ser sem estar
e sido em sendo o verbo
ainda.
Romántico de Caxias
Caxias te vio nacer
Entre idiomas y letras
Esa tierra de palmeras
En donde canta el sabia
Nos diste el gran placer
De regalarnos poemas
Mil suspiros y quimeras
De tu tierra y de allá
Tuviste que florecer
En tantas tierras lejanas
Pero volvías con ganas
A tu tierra y al sabia
Sin embargo tú partiste
En una cruel despedida
En un lecho agonizante
747
Se olvidaron de tu vida
Pudo la mar arrancarte
El último hálito de existencia
Más no así tu esencia
Pues siempre estarás presente
De la mano de Tupá
Y de tus versos poeta.
Oh! Saudoso
Gonçalves Dias deu a vida ao imaginário.
Encantando quem sua poesia ler.
Um grande poeta foi. Oh! Saudoso.
Hoje teus versos são fáceis compreender.
676 Yanni Mara Tugores Tajada – Uruguai - 08/05/57. Actualmente reside en La Paz – Canelones. Secretaria del
“Proy.Cult.Decires”. Integra A.D.E.P ambos en La Paz. Miembro de CHADAYL, aBrace Cultura y Espacio Mixtura
en Montevideo. Ha participado en varias Antologías, en Uruguay, Argentina, Brasil, Chile, Venezuela y Aus-
tralia. Ha obtenido 1º, 2º, 3º premios y varias Menciones Especiales y de Honor tanto en su país cómo en el
extranjero. Participó de Mil poemas a Miguel Hernández, José Martí, Andrés Eloy Blanco, Oscar Alfaro y Mil
poemas para la Paz.
677 Yasmim Victoria dos Santos Cantanhede – São Luís – MA – Brasil - 09/03/2002. Motivo da Participação: A
competição comigo mesma de viajar pelo mundo encantado da poesia. Cursando: 5º Ano - Turma: C – Profª
Shirle Maklene EPFA
Privilégios das águas!
Que banham com sua sabedoria.
Cada onda, cada espuma.
Oh! Saudoso Gonçalves Dias.
678 Zara Maria Paim de Assis - Salvador – Bahia – Brasil - 26/02/1953. Professora Adjunta da Universidade Federal
Fluminense. Mestre em Patologia, membro da Academia Luso Brasileira de Letras, Membro da UBE-RJ, da Aca-
demia de Letras do Estado do Rio de Janeiro, Membro da ALAP, do InBrasCi, da Soc. Eça de Queiroz, Presidente
da AMPLA – Ac. Mundial pela Paz, Letras e Artes, membro da APPERJ e da ABRAMIL. Membro Correspondente
de Academias no Acre, Manaus e Paquetá.
Zazy Grazyelly679
ALMIRANTE LOUCO
(Poema em homenagem a Gonçalves Dias)
679 Zazy Grazyelly – Petrolina –PE – Brasil. Cadeirante, escritora e produtora cultura. Tem dois livros publicados: A
Casa Encantada (conto infantil) /De Teu Amor Me Alimento (poesia). http//:www.poetisazazygrazyelly.blgspot.
com; zazy.grazyelly_escritora@hotmail.com ; twintter@zazygrazyelly
Feito um almirante louco que teima em navegar no oceano
Da desilusão vivenciando tanta dor...
E suportando um temporal de emoções desordenadas
Dentro de si mesmo, tal como se desmanchasse o castelo de areia.
Que todo poeta possui em sua alma
Onde deposita suas fraquezas e imperfeições.
680 Zelia Maria Fernandes da Silva - Rio de Janeiro - Brasil - 02/06/48, formada em Pedagogia, Administração e
Supervisão - UERJ/RJ, Pós-graduada em Pedagogia Empresarial UGF. Presidente da Sociedade de Cultura Lati-
na do RJ e da ZMF Editora, Secretária Geral da Associação dos Diplomados da ABL e da Academia de Letras Rio-
Cidade Maravilhosa, pertence a várias Academias literárias no Brasil e no Exterior; está fundando a Academia
Infanto-juvenil de Letras e Artes do Estado do Rio de Janriro para jovens dos 6 aos 16 anos de idade. email:
culturalatina@oi.com.br
Foste matar saudades de teus amigos,
Fazer poesia... escrever poemas tantos,
enviados para nós pobres mortais...
E neste começo de inverno, nós aqui o recebemos...
Obrigada Gonçalves Dias,
Pelos teus versos e pela tua poesia.
O TEMPO
Nunca digas que o tempo passou!
Que agora tu me vez!
Que me desejas como nunca ou realmente me ama!
Porque da mesma forma, ele (Deus) mostrou-me que até de
olhos vendados te enxergarias e te amarias como nunca!
Mas, como vez o tempo passou e novamente chegastes
tarde!
Sinto falta...
Sinto falta de palmeiras,
751
Fauna e flora que não vi;
Defensor da natureza
Fauna e flora antes do fim...
681 Zenaide Radanesa – Brasil - 39 anos. Graduada em Comunicação Social com Habilitação em Propaganda e
Publicidade, Especialista em Didática Universitária e Mestre em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio
Vargas/FGV, Professora Universitária e Diretora Administrativa, Financeira e Mídia da AG.10 Propaganda em
São Luís do Maranhão, Autora dos Livros: Micro e Pequenas Empresas. A importância de Conhecê-las, Mídia
para Iniciantes e faturamento em Agências de Propaganda e publicidade.
682 Zidelmar Alves Santos - Itabuna – Bahia – Brasil - 23 de maio de 1987. Licenciado em História pela Universi-
dade Estadual de Santa Cruz – UESC. Atualmente é aluno do curso de Especialização em História do Brasil da
mesma instituição. Recentemente publicou na Revista Historien o texto “A História na Tela: O Encouraçado
Potemkin, de Serguei Einsenstein”, recensão do clássico filme de 1925.
Zulma Trindade de Bem683
AO POETA
Gonçalves Dias... do Brasil ilustre filho,
Descendente das três raças altaneiras,
Que formaram este povo, esta Nação.
Orgulhava-se da miscigenação
Que o fizera assim... tão brasileiro!
683 Zulma Trindade de Bem - Cachoeira do Sul, RS – Brasil - 23/02/1944. Reside em Novo Hamburgo, RS, desde
1987, onde exerceu a profissão de professora alfabetizadora. É associada da Academia Literária do Vale do Rio
dos Sinos - ALVALES. Participa de diversas coletâneas e de um CD. Seu gênero é eclético, porém prefere o tema
regionalista; as raízes campesinas.
684 Zulmar Pessoa de Lima Tamburu - São Paulo – Brasil - 03-11-55. Cursou a Panamericana de Artes e Desing,
amante da arte e de todas as suas formas de expressão, começou a pintar aos 14 anos, participou de várias
exposições. Aprimorou sua criatividade, resultando na arte de escrever. Publicou sua primeira obra: “Helena,
mil vezes voltaria para viver seu grande amor”. E participou de varias Antologias. Escritora, poetiza, composi-
tora, colunista e artista plástica.
Que fez perder
A mais preciosa menina
A quem poema de amor fez
Amou como nunca havia amado
E por ama lá
Pagou um preço muito caro
Por ser mestiço
Lhe foi negado
A amar...
A mais linda donzela.
Gonçalves Dias
Na inquietude da alma
Muitos poemas escrevera
Com emoção
Fez arder,
Muitos corações
E na infinita dor de seu âmago
Só lhe restam lágrimas, clamares,
Por um amor em chama
Guardou sentimentos
Tão puro...
Por uma grande paixão
Quem nunca amou!
753
E teve sua alma marcada,
Por lágrimas e dor
E sussurros de amor
Quem nunca amou!
Como Gonçalves Dias
Que teve um amor interrompido
E se calou em pranto
Com a dor do preconceito
Por ser mestiço
Salve! Salve!
O nosso grande poeta
Gonçalves Dias
A quem descrevo sua dor.
Realizado o Depósito Legal na Biblioteca Nacional,
conforme Lei n. 10.994, de 14 de dezembro de 2004
Formato: 19,5 x 27 cm
Tipologias: GoudyOlSt BT(11/13,2), Kaufmann BT (13/13,2; 30/36), Calibri (9/10,8)
Papel apergaminhado 75g/m2 (miolo)
Papel cartão supremo 250g/m2 (capa)
Tiragem: 500 exemplares
Impresso na Gráfica da UFMA, Av. dos Portugueses, 1966,
Cidade Universitária, Bacanga, 65.080-805 – São Luís/MA