SUMÁRIO
1. OBJETIVO ....................................................................................................... 4
2. INTRODUÇÃO................................................................................................. 4
3. HISTÓRICO ..................................................................................................... 5
4. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO ................................................................ 7
5. CLASSIFICAÇÃO DAS TURBINAS A VAPOR .............................................. 9
6. ELEMENTOS CONSTRUTIVOS ....................................................................18
6.1. Fabricação em Módulos .......................................................................... 21
6.2.1. Válvulas de Admissão de Vapor ...................................................... 24
7. SISTEMAS AUXILIARES DA TURBINA ........................................................25
7.1. Sistema de óleo lubrificante ........................................................................25
7.2. Sistema de giro Lento........................................................................... 27
7.3. Sistema de Selagem ............................................................................. 27
8. CICLOS DE POTÊNCIA A VAPOR ................................................................28
8.1. Ciclo Rankine ........................................................................................ 28
8.1.1. Rendimento do Ciclo Rankine ...................................................... 33
Balanço Total de Energia ............................................................................ 34
8.2. Superaquecimento e Reaquecimento ................................................. 36
8.3. Regeneração ......................................................................................... 37
9. OPERAÇÃO DE TURBINAS A VAPOR ........................................................40
9. 1. Partida e parada da turbina a vapor em instalações de Ciclo Combinado
........................................................................................................................... 41
9.1.1. Preparação para partida .................................................................... 41
9.1.2. Partida da Turbina a Vapor ................................................................ 42
9.1.3. Particularidades da partida desde o Estado Não-resfriado ............ 45
9.1.4. Parada da turbina a vapor ................................................................. 46
10. CONTROLE DE TURBINAS A VAPOR .........................................................48
10.1. Funções de Controle ......................................................................... 49
10.1.1. Controlador Base ........................................................................... 50
10.1.1.1. Controlador de velocidade ........................................................ 51
10.1.1.2. Controle de Partida .................................................................... 52
10.1.1.3. Controle de Sincronização ........................................................ 53
10.1.1.4. Operação em Carga ................................................................... 54
10.1.1.5. Limitador de Pressão de Vapor e Gradiente de carga ............ 55
10.1.1.6. Gerador de Valor de Referência de Temperatura do Vapor.... 55
10.1.1.7. Controle das Válvulas de Admissão de Vapor ........................ 56
1. OBJETIVO
2. INTRODUÇÃO
Podemos enumerar ainda que, devido às características das turbinas a gás e das
turbinas a vapor, as condições de acoplamento térmico entre os dois ciclos são muito
boas. Este conjunto (ciclo combinado: turbina a gás / turbina a vapor) resulta na terme-
letricidade mais eficiente na conversão da energia do combustível em potência elétrica.
Isto se deve ao fato de que o delta de temperatura absoluta no ciclo é elevado, pois te-
mos uma temperatura alta no início da conversão de calor em trabalho (na da turbina a
gás) e uma temperatura de rejeição de calor muito baixa (vapor de exausto da turbina a
vapor de condensação).
3. HISTÓRICO
A primeira máquina a vapor da qual se tem notícia foi proposta por Hero, da Ale-
xandria, por volta do ano 150 a.C. (fig 1). Tratava-se de uma esfera oca na qual o vapor
era introduzido sob pressão através de dois tubos curvos diametricamente opostos e
com direções também opostas. Então a reação do vapor escapando causava a rotação
da esfera. Porém nenhum trabalho útil foi realizado com este dispositivo.
avanços tecnológicos alcançados com desenvolvimento das turbinas a vapor foram in-
corporados à tecnologia de turbinas a gás, principalmente no que se refere à tecnologia
das palhetas rotativas.
4. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
Antes de avançar no estudo das turbinas a vapor, é preciso entender como esta
máquina converte a energia térmica do vapor em trabalho útil. Os fenômenos envolvi-
dos nesta conversão de energia obedecem às Leis da Termodinâmica, entretanto, a-
bordaremos agora os aspectos práticos do funcionamento das turbinas a vapor.
Há dois tipos fundamentais de turbina a vapor: a de ação (impulso) e a de reação.
TURBINAS DE AÇÃO – As turbinas de ação (figura 3) funcionam, unicamente, de-
vido queda de pressão do vapor nos bocais. Esta queda de pressão resulta em que-
da de entalpia e temperatura, enquanto aumenta-se o volume específico e, conse-
qüentemente a velocidade do vapor. O bocal (ou expansor) é projetado de forma a
permitir a completa expansão do vapor e assim, a energia potencial é convertida em
energia cinética. Um jato de vapor com alta velocidade atinge então as palhetas mó-
veis, que por sua vez convertem a energia cinética do vapor em energia mecânica
de rotação do eixo (figura 4).
É importante ressaltar que o vapor atravessa a roda móvel à pressão constante,
agindo sobre as palhetas unicamente em virtude da velocidade. Devido a esta ca-
racterística de projeto, os espaços internos entre as partes fixas e as partes móveis
podem ser maiores e, também não há a necessidade de se utilizar pistão de balan-
ceamento. Isto faz com que as turbinas de ação sejam mais robustas e duráveis.
As turbinas a vapor, devido sua ampla gama de utilização e estado da arte, po-
dem ser classificadas segundo os critérios elencados a seguir:
Dentro do grupo das turbinas de ação e das turbinas de reação, pode ser feita
uma nova classificação baseada no ponto de vista do arranjo dos estágios. Define-
se estágio de ação como um grupo de distribuidores e a sucessiva ordem de palhe-
tas móveis e fixas. Por lado, o estágio de reação é definido como o conjunto de uma
ordem de palhetas móveis e da ordem precedente de palhetas fixas.
Sendo assim, as turbinas de ação podem ser classificadas, de acordo com o arranjo
dos estágios, pelos nomes pelas quais são conhecidas comercialmente, conforme
descrito a seguir:
6 ELEMENTOS CONSTRUTIVOS
Rotor – com pás em sua periferia, sobre o qual incide o vapor e onde é feita a
transformação na direção e magnitude da velocidade do vapor;
Devido à grande quantidade de aplicações para uma turbina a vapor, seus prin-
cipais parâmetros de projeto, tais como condições de entrada do vapor, extração, con-
dições do vapor de exausto e, velocidade, podem variar dentro de uma faixa bastante
extensa. Estes fatores tornam a elaboração de cada novo projeto uma tarefa complica-
da, pois envolve muitas interações entre mecânica, termodinâmica e fatores específicos
da aplicação que poderá exigir novas soluções de engenharia. Toda vez que um novo
componente novo (tecnologia não testada) é incorporado, aumentam o custo de fabri-
cação e o risco do negócio.
Um conjunto de válvulas de admissão, cada uma projetada para cobrir uma faixa
de pressão, temperatura e ajuste de fluxo;
Uma linha completa de carcaça de baixa pressão de fluxo simples e fluxo duplo
para ambas as aplicações (de condensação e contrapressão);
c. Sistema de Selagem
As turbinas a vapor utilizam selos labirintos para promover a vedação entre a
parte estática e as partes móveis de máquina. Por não haver contato entre as par-
tes, podem ocorrer vazamentos do fluido de processo. No caso de turbinas de con-
densação, por exemplo, nos estágios de alta pressão, pode haver vazamento de
vapor para meio externo, enquanto que nas seções de baixa pressão, próxima ao
condensador, poderá ocorrer entrada de ar no sistema de vácuo.
O sistema de selagem garante a vedação nos selos labirintos por meio de injeção
de vapor no lado de alta pressão.
Conservação da massa;
Propriedades do fluido.
.
Qvc Wvc m..[hs he ]
(3.1)
Nesta equação, os índices „vc‟, „e‟ e „s‟ significam volume de controle, entrada e saída,
respectivamente.
Aplicando a equação (3.1), para cada componente, resulta nas seguintes equações:
.
Wt
.
h1 h2
Para a turbina a vapor: m (3.2)
.
Q Re j
.
h3 h2
Para o condensador: m (3.3)
.
WB
.
h3 h4
Para a bomba: m (3.4)
.
Q Ad
.
h1 h4
Para a caldeira: m (3.5)
. . .
Wciclo Wt WB
.
.
.
m m m (3.6)
. . .
Q Ad Q Re j Q Re j
.
. .
(h h3 )
m m 1 .m 1 2
.
Q Ad Q Ad (h1 h4 )
. .
m m (3.7)
É importante salientar que as equações (3.1) até (3.7) se aplicam igualmente on-
de as irreversibilidades estão presentes, que são os que estão implementados nas ins-
talações reais. No entanto, o ciclo composto por processos reversíveis tem sua impor-
tância, uma vez que ele estabelece o limite máximo da eficiência térmica do ciclo Ran-
kine. Para este ciclo, a representação de cada processo é mostrada no dia grama T-s
da figura 21.
Onde:
QCTE =consumo total de calor na central termelétrica, que corresponde à energia libera-
Onde:
Qg .turb = perdas no grupo turbogerador ( Qturb + Qg + Qcond ).
Considerando que a potência interna da turbina (em kW) é calculada pela equação:
Wi Welet . Qg Qmec (7.3)
Ea
CTE a
QCTE
Ou
Welet
CTE
QCTE
a
Sendo Ea a produção anual de energia elétrica e QCTE o consumo anual de energia do
combustível, calculado como o produto da vazão de combustível pelo seu poder calorí-
fico PCIt.
A seguir será apresentado o rendimento típico dos principais componentes de uma cen-
tral termelétrica, bem como o rendimento total, a partir de cada componente.
a. Superaquecimento e Reaquecimento
1
A propriedade título do vapor „x‟ expressa a relação entre a massa do gás (vapor) e a massa total da mistura, ou seja:
mg
x
m g mL
cimento, o vapor que sai do estágio de alta pressão da turbina retorna à caldeira para
ser novamente aquecido.
A figura 23 mostra o esquema térmico simplificado de um ciclo Rankine ideal onde es-
tão colocadas as alternativas de superaquecimento (processo 6-1) e reaquecimento
(processo 2-3). Ao lado apresenta-se o diagrama T-s para esta instalação, destaca-se
neste caso, o aumento de trabalho obtido no ciclo devido ao uso de reaquecimento.
Compara-se também a posição do ponto 4‟ com relação ao ponto 4, observando-se o
aumento do título do vapor na saída da turbina.
b. Regeneração
É importante saber que a vazão de vapor na extração da turbina deve ser contro-
lada de maneira que reduza a quantidade de combustível consumida na caldeira pelo
efeito do preaquecimento da água, sem que afete significativamente o trabalho produzi-
do na turbina, o que resultaria numa queda de eficiência térmica do ciclo.
Nas instalações reais, também existem dois tipos de aquecedores regenerativos de á-
gua de alimentação, como mostra a figura 25. As características principais de aquece-
dor do tipo fechado são:
Usando uma bomba que envia o condensado para um ponto de alta pressão no
ciclo;
Usando um purgador que envia o condensado para um ponto de baixa pressão
no ciclo (condensador).
O efeito principal do aquecimento regenerativo, pode ser explicado tanto com base na
redução da vazão de vapor que chega ao condensador e, a redução das corresponden-
tes perdas na fonte fria, como pelo aumento da temperatura média termodinâmica de
fornecimento de calor ao ciclo. Assim, o aquecimento regenerativo aumenta considera-
velmente o rendimento do ciclo vapor, razão pela qual é utilizado nos esquemas de to-
das as centrais termelétricas. A decisão sobre a temperatura final de aquecimento da
água baseia-se numa análise técnico-econômica, tomando em consideração o aumento
da eficiência do ciclo e o custo dos aquecedores. Para uma central termelétrica com
parâmetros médios do vapor, a temperatura final da água de alimentação, geralmente,
é estabelecida na faixa de 150 a 170 ºC. Para uma central termelétrica de altos parâme-
tros, esta temperatura fica na faixa de 225 a 275ºC.
Em uma central termelétrica de ciclo combinado que opere com gás natural ou
óleo diesel é construtivamente e operativamente mais simples que uma central a vapor
que utiliza carvão mineral como combustível. Na central de ciclo combinado a gás ou a
óleo não existem ventiladores de tiragem induzida e forçada, moinhos pulverizadores,
sistemas de remoção de cinzas ou sistemas externos para controle de emissão de po-
luentes, etc. No entanto, numa unidade de geração termelétrica de ciclo combinado,
podem existir outros equipamentos que nem sempre são utilizados nas centrais terme-
létricas a vapor convencionais. Estes componentes são: sistemas de bypass da turbina
a vapor e do gás da caldeira de recuperação (CR), sendo que o último não é implemen-
tado em todos os casos pelo custo que tem associado.
Os demais equipamentos de central de ciclo combinado são os mesmos para
uma central térmica convencional. Estes equipamentos são: condensador, sistema de
água de circulação, tratamento de água, equipamentos elétricos auxiliares, etc.
O sistema de bypass da turbina a vapor consiste numa tubulação com uma vál-
vula que permite desviar diretamente o vapor da CR de recuperação para o condensa-
dor. Este sistema facilita a partida da central, permitindo o aquecimento gradual da tur-
bina a vapor, bem como seu acomodamento à carga de operação.
O sistema de bypass do gás da CR consiste num damper que desvia os gases
de escape da turbina a gás para uma chaminé adicional, evitando sua passagem parci-
al ou total através da mesma. Este sistema permite isolar a operação da turbina a gás
do resto central e operá-la por separado. Além disso, facilita o aquecimento da CR e
sua entrada em operação, junto à sua operação em cargas parciais, uma vez que per-
mite diminuir a vazão de gás que passa através das superfícies de troca de calor.
Inicia-se a operação em giro lento das turbinas a gás e turbinas a vapor. Esta
operação se faz necessária para corrigir uma eventual flecha no eixo do conjunto
turbogerador, e desta forma previne-se níveis de vibração inadmissíveis durante
a partida.
Nas turbinas a gás, geralmente são limitadas as tentativas de partida a quente. Isto
é feito para mitigar o efeito da tensão térmica causada pela operação de purga da
caldeira de recuperação (quando o gerador elétrico opera em modo motor acionado
o compressor da turbina a gás, e desta forma fornecendo o volume de ar suficiente
para remoção de gases de combustão residuais na seção de fluxo da CR). A Alstom
Power, por exemplo, limita a 2 o número de tentativas de partida a quente, caso o-
corram duas falhas consecutivas são necessárias 12 horas de operação em giro len-
to até que seja liberada nova seqüência de partida.
A duração da partida de uma central de ciclo combinado dependerá de vários fato-
res, entre os quais os mais importantes são:
Horas de parada (estado térmico);
Tipo de caldeira de recuperação (fluxo vertical, horizontal, circulação natural,
circulação forçada);
Tipo de combustível e potência da unidade.
gás, que tem proporcionado elevados rendimentos destes elementos e das temperatu-
ras de trabalho alcançadas.
De uma maneira geral e usual, as centrais termelétricas em ciclo combinado são com-
postas por uma ou mais turbinas a gás e uma turbina a vapor, sendo que cada turbina
aciona um gerador próprio (no arranjo de múltiplos eixos – na configuração em eixo
simples, as duas máquinas térmicas acionam o mesmo gerador). Os gases de exaustão
das turbinas a gás são direcionados para uma ou mais caldeiras de recuperação, de
onde se obtém vapor, que pode ser gerado em diversos níveis de pressão e temperatu-
ra, dependendo da configuração considerada. Este vapor é utilizado, finalmente, para
alimentar a turbina a vapor.
a. Funções de Controle
Controlador base
Controlador automático
Posicionadores de válvulas
Interfaces padronizadas
i. Controlador Base
Velocidade da turbina;
Pressão do vapor;
Pressão do vapor de extração;
Pressão de exausto da turbina de baixa pressão;
Temperaturas para proteção de ventilação da turbina;
Temperatura de exausto da turbina de alta pressão.
1. Controlador de velocidade
2. Controle de Partida
3. Controle de Sincronização
Estes 2% adicionais são a carga mínima requerida para a turbina após o sincro-
nismo a fim de evitar a abertura do disjuntor do gerador por atuação do relé direcional
de potência (função ANSI nº 32).
o sinal de saída dos controladores de posição das válvulas em pressão hidráulica para
o posicionador da válvula. Os valores correntes de posição das válvulas de controle são
enviados como fedback para os controladores de posição das válvulas para fechar a
malha de controle.
7. Controle de Extração
Dependendo da aplicação, um controle de extração poderá assumir diversas
configurações. Neste curso iremos tratar de controle de extração para turbinas de con-
densação com extração para aplicações de co-geração. Em tais aplicações, de maneira
geral, a variável de controle é a pressão na linha de vapor de processo. Desta, forma,
deverá sempre ocorrer um balanço entre a demanda de vapor para o processo e a de-
manda de energia elétrica despachada pela turbina. Na prática, pode ser estabelecida
uma prioridade para o sistema de controle, desta forma, por exemplo, quando a priori-
dade for exportação de vapor, a pressão na linha de vapor de processo poderá ser
mantida em detrimento da potência gerada pela turbina.
As válvulas de controle de pressão de vapor para o processo externo, geralmen-
te estão totalmente abertas durante as operações de partida e carregamento da turbina
a vapor. A pressão de vapor de extração poderá ser controlada por meio de ajuste ma-
nual do valor de referência para as válvulas de controle de extração.
O programa de partida é usado para levar a turbina da condição de giro lento até
velocidade nominal, automaticamente. Sua saída é o sinal de valor de referência de
velocidade para o controlador de velocidade. A taxa de mudança de velocidade depen-
de da média calculada da temperatura do rotor na hora da partida, a tensão térmica cor-
rente e as faixas de velocidade crítica do turbogerador.
O programa de partida pode ser iniciado pelo operador através da Interface Homem-
Máquina (IHM) em estações dedicadas para turbina a vapor, ou em salas de controle
central.
Apesar de o sistema de partida estar totalmente automatizado, o operador pela
sua experiência, poderá introduzir uma pausa no processo de partida. Geralmente é
possível desligar o programa de seqüência automática de partida, assim a aceleração é
interrompida, e a máquina permanecerá na mesma velocidade. Entretanto, por ques-
tões de segurança, existem lógicas que assegurem que, se o programa for desligado
dentro de uma faixa da velocidade crítica, a velocidade da turbina seja elevada automa-
ticamente acima da faixa crítica para evitar vibrações excessivas.
O programa de partida executa as seguintes tarefas:
O limitador de tensão térmica reduz a carga da turbina com o gradiente fixo pré-
selecionado, de acordo com a margem de carregamento. Isto pode acontecer em fun-
ção de um aumento rápido da temperatura enquanto o programa de carga é ligado ou
enquanto a turbina é controlada com controle sobreposto.
7. Descarregamento Rápido
Informa a tensão térmica do rotor da turbina a todo o momento por meio de sis-
tema totalmente computadorizado;
Permiti que a capacidade de tensão térmica da turbina possa ser utilizada tempo
integral por intermédio de coordenação com o controlador da turbina;
Em caso de proximidade dos valores limites permitidos, inicia alarme para pes-
soal de operação;
para retornar ao valor de tensão relativa menor ou igual a 100% (ver figura 26). A mar-
gem limita o fluxo de vapor para turbina dependendo do estágio de operação. A média
de temperatura do rotor também é usada para a escolha do gradiente de partida.
b. Sistemas de Controle
As centrais termelétricas em ciclo combinado podem ter dois componentes que
não são usualmente considerados nas térmicas convencionais, ou seja: um sistema
de desvio de vapor (bypass de vapor) e um sistema de desvio de gás (bypass de
1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
1.1. Sistema Termodinâmico
A figura 1.1-1 é um sistema termodinâmico fechado, pois não há fluxo de massa através
das fronteiras do sistema, embora haja fluxo de calor.
A figura 1.1-2, por sua vez, constitui um volume de controle, pois temos fluxo de massa
atravessando a superfície de controle do sistema.
Sistema Isolado – Dizemos que um sistema termodinâmico é isolado quando não exis-
te qualquer interação entre o sistema termodinâmico e a sua vizinhança. (ou seja, atra-
vés das fronteiras não ocorre fluxo de calor, massa, trabalho etc.)
No estado líquido, as forças de coesão entre as partículas são menos intensas que
no estado sólido. Elas formam cadeias bidimensionais que podem deslizar uma sobre
as outras, de modo que os líquidos escoam.
No estado gasoso, as forças de coesão entre as partículas são fracas, de modo que
elas podem se movimentar quase como partículas livres. O chamado gás ideal é aquele
no qual estas forças são nulas, somente havendo forças sobre as moléculas durante as
colisões entre elas e as paredes do recipiente que as contém.
Transições de fase
A passagem do estado sólido para o líquido chama-se fusão e do líquido para vapor,
vaporização. A ebulição é a vaporização que ocorre para valores fixos de pressão (a
pressão de vapor) e de temperatura. Por exemplo, em condições normais, isto é, sob
pressão de 1 atm, a ebulição da água ocorre a 100ºC. A evaporação é vaporização que
ocorre para quaisquer valores de temperatura. Por exemplo, a água de um copo está
evaporando continuamente, qualquer que seja a temperatura do ambiente.
A passagem de vapor para líquido chamase condensação (ou liquefação); a de líquido
para o sólido, solidificação. A passagem de sólido para vapor (sem passar pelo líquido!)
é chamada de sublimação. Podese observar a sublimação sob pressão normal com
pedras de gelo seco (dióxido de carbono: CO2), naftalina (naftaleno: C10H8) e cânfora
(C10H16O). Alguns autores chamam a passagem de vapor para sólido de ressublimação.
Porém, normalmente, essa transição também é chamada de sublimação.
O esquema a seguir mostra os principais nomes das mudanças de fase.
sublimação
fusão vaporização
solidificação condensação
(res)sublimação
Temperatura
Energia interna
Sempre que a força entre duas partículas é conservativa, dizemos que as partículas
têm energia potencial associada a essa força. A força de ligação que atua entre as par-
tículas que constituem a matéria é de origem elétrica, que é uma força conservativa.
Assim, há energia potencial associada a todos os pares de partículas que constituem a
matéria. A energia potencial total (soma das energias de todos os pares) é chamada de
energia potencial interna.
A energia de ligação das partículas é negativa. Deve-se fornecer energia para afastar
as partículas e reduzir a ligação entre elas.
Pressão
Há diversas situações em que uma mesma força normal de compressão pode ser
distribuída em superfícies de áreas diferentes, causando efeitos distintos. Quanto me-
nor for a área, diz-se que maior é a pressão aplicada. Há outras situações nas quais se
pode exercer forças distintas em uma superfície de área fixa. Quanto maior a força
normal distribuída em determinada superfície, maior é a pressão. A pressão é, portanto,
uma medida da densidade superficial de uma força normal de compressão atuando so-
bre uma dada superfície.
A pressão p num dado ponto de uma superfície é a razão entre o módulo dF da força
normal que atua sobre um elemento de superfície contendo o ponto e a área dA do e-
lemento de superfície sobre a qual ela se distribui uniformemente:
dF
p
dA
Pascal (Pa): Um pascal é igual à pressão de uma força normal de um newton distribu-
ída uniformemente sobre uma superfície plana de área igual a um metro quadrado. O
pascal é a unidade de pressão do SI: 1 Pa = 1 N/m 2.
Atenção: O plural de pascal é pascals! Lê-se “2 Pa” como “dois pascals”.
Centímetro de mercúrio (cm-Hg): Um centímetro de mercúrio é a unidade de medi-
da de pressão igual à pressão exercida apenas por uma coluna de mercúrio de um cen-
tímetro de altura, em condições normais.
Milímetro de mercúrio (mm-Hg): Um milímetro de mercúrio é a unidade de medida
de pressão igual à pressão exercida apenas por uma coluna de mercúrio de um milíme-
tro de altura, em condições normais. O milímetro de mercúrio chama-se torr, em home-
nagem a Evangelista Torricelli (1608-1647), físico e matemático italiano, inventor do
barômetro, aparelho usado para medir a pressão atmosférica.
Atmosfera (atm): Uma atmosfera é a unidade de medida de pressão igual à pressão
exercida pela atmosfera terrestre normal (ao nível do mar). De acordo com a experiên-
cia realizada por Torricelli, em condições normais, uma atmosfera é equivalente à pres-
são exercida por uma coluna de mercúrio de
760 mm de altura. Valem as relações:
1 atm = 76,0 cm-Hg = 760 mm-Hg = 1,01325 x 105 Pa
É comum que as palavras fase e estado serem usadas como sinônimas, embora
não sejam. Fase é qualquer amostra homogênea de matéria. Assim, por exemplo, o
carbono no estado sólido pode apresentar-se em mais de uma fase: grafite ou diaman-
te. A água no estado sólido (ou melhor, o gelo) também apresenta fases distintas.
O diagrama de fases de uma substância mostra em que fase a substância se encontra
para cada par de valores de pressão e temperatura. Em geral, a temperatura é anotada
no eixo das abscissas e a pressão, no das ordenadas.
Um diagrama de fases típico é visto na figura 1. Nos pontos da região S, a substância
está na fase sólida; na região L, a fase é líquida; na V, é vapor. A figura 2 mostra o dia-
grama de substâncias que se contraem durante a fusão (por exemplo: água, bismuto e
antimônio).
Sobre os pontos da curva AT, chamada curva de sublimação, a substância pode ser
encontrada nas fases sólida e/ou vapor;
dizemos que sobre AT estas fases coe-
xistem em equilíbrio. Sobre TB, chamada
curva de fusão, coexistem em equilíbrio a
fase sólida e líquida. Sobre TC, chamada
curva de pressão de vapor, coexistem a
Figura 1 Figura 2
Figura 2 fase líquida e vapor. No ponto T, chama-
do de ponto triplo (ou tríplice), a substância pode ser encontrada em equilíbrio nas três
fases.
Figura 3
P (atm) Ponto
H2
217,5 C crítico
B O
L
S
1,0
0,006
T
A Ponto tri-
0 0,01plo 100 374 T (ºC)
Figura 4
ocorre a sublimação (e, posteriormente, talvez, a fusão); se for superior, ocorre a con-
densação. Durante estas mudanças de fase, a pressão se mantém constante. Chama-
se o vapor de vapor saturado, quando ele atinge a sua pressão de vapor (sobre a curva
TC), isto é, quando alcança a pressão de equilíbrio entre o líquido e o vapor na tempe-
ratura fixada. Antes de o vapor atingir a curva TC, diz-se que ele é vapor seco.
É interessante notar que também pode ocorrer uma mudança de fase contínua, sem
patamar algum. Os valores de pressão e temperatura podem variar o tempo todo sobre
uma curva ligando, por exemplo, a região V à região L.
Na Física, a palavra estado referese a "um conjunto de valores das grandezas físicas de um sistema, necessário e suficiente
2
para caracterizar univocamente a situação física deste sistema.Fonte: Dicionário Aurélio Eletrônico séc. XXI, versão 3.0
(1999).
Quase sempre, a especificação de duas das três variáveis de estado, implica numa
única determinação para a terceira variável. Por exemplo, se a temperatura e o volume
ocupado por uma amostra de gás forem fixados, a pressão também estará fixada. Este
fato é expresso matematicamente, pela afirmação de que existe uma função que rela-
ciona as variáveis p, V e T, chamada de equação de estado do gás:
(p, V, T) 0
Observações:
(i) A equação de estado representa uma superfície no espaço p x V x T.
(ii) Em situações particulares, outras variáveis podem ser necessárias para caracterizar
o estado do gás.
Uma amostra de n1 mols de um gás ideal, no estado (p1, V1, T1), pode ser levada ao
estado (p2, V2, T2), com n2 mols (com a eventual modificação da quantidade de gás).
Então, escrevese:
p 1 V1 n R T 1
p 2 V2 n R T 2
Dividindose uma equação pela outra, obtémse:
p1 V1 nT
1 1
p2 V2 n2T2
Se não houver alteração da massa do gás, o número de mols não varia (n 1 n2) e tem-
se:
p1 V1 T
1
p2 V2 T2
V
Volume específico, v, v
M
U
Energia Interna específica, u, u onde:
M
M é a massa do sistema, V o respectivo volume e U é a energia interna total do siste-
ma.
Processo – O caminho definido pela sucessão de estados através dos quais o sistema
passa é chamado processo.
Exemplos de processos:
Tipos de Termômetros
Calor
Trabalho
dW = p dV,
Naturalmente, o trabalho pode ser avaliado pela área entre a curva p = p(V) e o eixo
das abscissas, num diagrama p x V.
Observações:
(i) Um enunciado alternativo para a primeira lei é: "O trabalho adiabático realizado por
um sistema é independente do caminho."
(ii) No presente desenvolvimento, admite-se que o número N de partículas do sistema é
constante. Se assim não for, a expressão matemática da primeira lei ganha mais um
termo, ligado à variação do número de partículas:
U = Q W μN
onde μ é o potencial químico do sistema.
(iii) Em uma transformação infinitesimal, escreve-se:
dU = dQ dW,
que é a forma diferencial da primeira lei da Termodinâmica.
Para sinalizar que dQ e dW não são diferenciais exatas, é costume escrever:
dU = δQ δW.
Na natureza, há inúmeros fenômenos que ocorrem num único sentido e, por essa
razão, são chamados processos irreversíveis. São fenômenos em que um dado sistema
físico evolui espontaneamente de um estado para outro de maior desordem. Justamen-
te o estado de máxima desordem é o estado de equilíbrio. Uma vez atingido este esta-
do, o sistema permanece nele, exceto por flutuações estatísticas ou por alguma ação
externa. O sistema, estando num estado de equilíbrio, só pode evoluir, espontaneamen-
te, para outros estados de equilíbrio, nos chamados processos reversíveis.
São exemplos de processos irreversíveis: a difusão, a transferência de calor e a expan-
são livre de um gás.
3.1.1. Entropia
REFERÊNCIAS