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Do Latim Ao Nosso Português
Do Latim Ao Nosso Português
Sônia Costa
Fonética histórica
Introdução
As chamadas leis fonéticas, proclamadas pelos linguistas da escola Neo-Gramática do século XIX, são
mudanças regulares que se observam na evolução de todas as línguas, motivadas pela configuração
fonética das palavras. Não sendo, como se julgava inicialmente, maciças e inobserváveis, acabam, aos
poucos, por afectar a quase totalidade do léxico de cada língua em determinada secção de tempo. São
eventos históricos, sujeitos às mesmas contingências regionais, políticas, culturais e sociais dos outros
eventos que atingem a vida de uma comunidade, o que significa que têm uma actuação limitada a um
passo da história daquela mesma comunidade. Na evolução do latim falado no início do Império para o
falado na România Ocidental (Norte de Itália, Gália, Récia e Hispânia) e desse para o romance galego-
português, verificaram-se consideráveis mudanças regulares, determinadas pelo contexto fonético e que
são, resumidamente, estas:
Símbolos
1. A mudança ocorrida entre duas formas separadas pelo tempo indica-se inscrevendo entre elas o
parêntese angular >.
3. Quando uma vogal acentuada latina é longa, a sua notação vem seguida do sinal : e, quando é breve,
não é assinalada.
4. Recorre-se aos parênteses rectos para incluir, no seu interior, uma letra, ou letras que interessa
considerar pelo seu valor fonético. Se estiver em causa o seu valor fonológico, ou seja, a entidade
abstracta a que correspondem no sistema de uma língua, já se recorre às barras oblíquas.
5. O hífen no final de uma forma latina indica que naquela posição esteve uma desinência (normalmente
-m para os substantivos e adjectivos, -t para as formas verbais) que caiu muito cedo em latim vulgar e da
qual não guardam memória as línguas românicas.
À esquerda dos parênteses angulares estão as formas latinas e à sua direita as formas portuguesas
resultantes. No primeiro caso, a palavra latina tem [a] longo na sílaba tónica e, no segundo, um [i] breve.
Estas vogais, na mente dos falantes são, respectivamente, /a:/ e /i/, ao passo que nas suas bocas são [a:]
e [i].
Assimilação
Por assimilação, entende-se a modificação de um som por influência do som vizinho que com ele passa a
partilhar traços articulatórios (i.e. torna-o foneticamente parecido ou igual a ele). Esta é uma mudança
sintagmática, assim chamada por ocorrer entre elementos de uma cadeia sintagmática (sons articulados
sucessivamente na pronúncia das palavras). A assimilação de um som pode verificar-se por influência do
som anterior (será uma assimilação progressiva), do som seguinte (uma assimilação regressiva), por
influência simultânea dos sons anterior e seguinte (assimilação dupla) e por influência de um som não
contíguo (assimilação à distância). Os contextos fonéticos (i.e. palavras concretas onde ocorrem as
mudanças fonéticas) mais propícios à assimilação são os nasais, os anteriores e os intervocálicos.
Contextos nasais: - Uma vogal vizinha de [m] e [n], sons que são consoantes nasais, tem tendência para
deixar de ser vogal oral e passar a ser vogal nasal. Isto ocorre universalmente na história das línguas e, no
caso do português, verificou-se na passagem do latim hispânico para o romance galego-português
(séculos VI-VII), talvez por influência das línguas celtas que na Península se chegaram a falar. As vogais
que antecediam o [n] passaram a ser vogais nasais (ex: PONTE->p[õ]te, LU:NA->l[ũ]a, NON>n[o~]), pelo
que se diz que foram nasalisadas por assimilação regressiva. Na época nossa contemporânea, observam-
se nasalizações, já de sentido progressivo, sempre que os falantes pronunciam, na primeira sílaba da
forma muito, um ditongo nasal e, na primeira sílaba de mesa, uma vogal nasal (esta última nasalização
progressiva apenas ocorre dialectalmente, mas a primeira é geral em português europeu, brasileiro e
africano, pelo que deve ser bastante antiga, mas não anterior ao século XVI, já que Camões rimava muito
com fruito).
Contextos anteriores ou palatais: - Outras assimilações podem dar-se junto de vogal anterior,
tradicionalmente chamada palatal [i] ou [e], ou junto de semivogal anterior, ou palatal, [j]. Estas mudanças
chamam-se palatalizações e podem também ser regressivas ou progressivas. Em latim vulgar, a língua
falada no Império Romano do Ocidente entre os séculos III a.C. e V d.C., ter-se-á iniciado, no século I da
era Cristã, uma palatalização regressiva que afectou as consoantes não contínuas, [-cont],
tradicionalmente chamadas oclusivas, [k] e [t], antes de som anterior. Nos contextos [ke], [ki], [kj] e [tj] as
consoantes evoluíram para uma sequência com iode (a semivogal anterior) [tj] e mais tarde, só na
România Ocidental, para a africada dental [ts], forma antepassada daquelas consoantes que hoje em
português se escrevem <c, ç,> ou então <z> (este último num contexto especial, intervocálico, que
possibilitou a evolução [ts]> [dz]). Assim, temos CENTU->[tj]ento>[ts]ento>cento,
FACERE>fa[tj]ere>fa[ts]er>fa[dz]er>fazer, CISTA->[tj]esta>[ts]esta>cesta, FACIE->fa[tj]e>fa[ts]e>face.
Mais antiga, foi a evolução de [tj]: FORTIA->for[ts]a>força.
Outras palatalizações regressivas, desencadeadas no latim vulgar da mesma época pela presença da
semivogal anterior [j], afectaram consoantes contínuas (ou fricativas), líquidas e nasais:
Mais tardias, foram as palatalizações regressivas típicas do romance galego-português, ocorridas pelo
século VI, que modificaram a articulação das consoantes não contínuas, ou oclusivas, [p], [k] e [t], antes da
líquida [l]; esta evoluiu para a semivogal anterior [j] e, a partir daí, palatalizou em africada [tS] a consoante
precedente, a qual, a seu tempo, simplificou na consoante contínua anterior [S], sempre escrita com <ch>:
PLORA:R(E)>[tS]orar>chorar,CLAMA:R(E)>[tS]amar> chamar, FLAGRA:R(E)>[tS]eirar>cheirar.
Mas este tipo de assimilação também pode ser progressivo, o que se vê igualmente no latim, mas já só na
Hispânia, pelo que terá ocorrido mais adentro da era Cristã: CAPSA->ca[j]sa>caixa, COXA- ou seja
['koksa]>co[i]sa>coixa>coxa, ACUC(U)LA->agu[j]la>agulha.
Contextos intervocálicos: - Aqui já se observa a assimilação dupla. Por assimilição dupla entende-se
aquele tipo de influência simultânea que as vogais exercem sobre uma consoante que ocorra entre elas na
cadeia sintagmática. Este contexto, chamado intervocálico e simbolizado VCV (vogal+consoante+vogal), é
extremamente debilitante para a consoante, a qual ora é fricatizada, se for uma consoante oclusiva
(segundo uma terminologia mais moderna, passa de não contínua a contínua), ora é sonorizada se for
surda (passa de não vozeada a vozeada), ora, se for já de si mais instável (uma contínua, uma líquida ou
uma nasal), pode deixar totalmente de ser articulada (fenómeno que tem o nome de assimilação total).
Esta é a tendência universal da mudança e, em galego-português, pelo século VII, ocorreu uma
assimilação dupla que muito caracteriza esta língua medieval de origem latina (este romance). Com efeito,
só em galego-português é que o [l] simples intervocálico latino deixou de ser articulado e só em galego-
português (e gascão) é que o [n] simples, no mesmo contexto, deixou também de ser articulado:
(Repare-se que a assimilação dupla de [n] simples intervocálico foi precedida de uma assimilação
regressiva, em que a mesma consoante nasalizou a vogal anterior; note-se também que o [l_G] de anel
ainda persiste porque tem origem numa líquida latina geminada [ll])
Outras assimilações duplas, anteriores a estas, afectaram consoantes do latim vulgar a partir do início da
era Cristã, mas raramente culminaram no respectivo desaparecimento porque foram travadas por factores
sistemáticos, neste caso, fonológicos (ver Fonologia Histórica do Português). Entre os séculos I e V d. C.,
uma assimilação dupla provocou, na România Ocidental, aquilo a que tradicionalmente se chama
sonorização, ou seja, vozeamento das consoantes não vozeadas intervocálicas. As vozeadas
intervocálicas também foram atingidas por este processo de assimilação dupla, tendo começado por
passar a consoantes contínuas, e acabando duas delas por deixarem de ser articuladas. Da mesma forma,
as geminadas sofreram simplificação. O português conservou o resultado deste latim vulgar já evoluído:
ABBA:TE>abade ADDUCERE>aduzerarc
O facto de o mesmo tipo de assimilação ter ocorrido entre vogal e consoante líquida /r/ conduz a uma
reflexão sobre o estatuto particular das consoantes líquidas que, em certos aspectos, se aproximam dos
segmentos vocálicos. Exemplos: PATRE->padre, MA:TRE->madre, LACRIMA>lágrima.
Dissimilação
Por dissimilação entende-se a modificação de um som por influência de um som vizinho, articulatoriamente
próximo que, com ele, e por sua influência, deixa de partilhar traços articulatórios (i.e. torna-se
foneticamente diferente). Esta é também, tal como a assimilação; uma mudança sintagmática, que envolve
elementos da mesma cadeia sintagmática (i.e. sons da mesma palavra), mas é muito menos regular,
ocorrendo apenas esporadicamente, pelo que é difícil também calcular uma data precisa para a sua
ocorrência.
Os sons que preferentemente sofrem dissimilação são os vocálicos, orais e nasais, e os consonânticos
que constituam líquidas ou nasais.
LOCUSTA->lagosta ROTUNDA->redonda
VENTA:NA->ventãa>venta CAMPA:NA->campãa>campa
Metátese
Tal como a dissimilação, a metátese, que é a transposição de sons dentro de uma mesma cadeia
sintagmática, é irregular, de difícil datação e muito frequentemente envolve consoantes líquidas, aquelas
que menos estabilidade têm. Também pode envolver semivogais postónicas que, por metátese, passam a
ocorrer junto da vogal tónica. O padrão silábico parece aqui funcionar como um rastilho para este tipo de
mudança.
Metátese de semivogais: O latim vulgar sofreu em época bastante recuada, uma vez que a generalidade
das línguas românicas a testemunha, a metátese de semivogal anterior nos sufixos -A:RIU>airo,
-A:RIA>aira. Em português, as formas herdeiras desses sufixos revelam ainda uma assimilação para -eiro,
-eira, que deverá ter ocorrido em latim hispânico, já que em castelhano as formas paralelas são -ero, -era.
DIA:RIA->jeira PRIMA:RIU->primeiro
Metátese de consoantes: Como se disse, são sobretudo as consoantes líquidas [l] e [r] que sofrem o
processo da metátese. É uma tendência universal que pode testemunhar-se pelo destino de uma forma
latina ARBORE-, a qual em português não deu origem a metátese (árvore), mas em italiano e castelhano
provocou duas diferentes soluções de metátese envolvendo as mesmas consoantes, respectivamente,
alberoit e árbolcast. Para exemplificar metáteses com líquidas portuguesas, podem observar-se as formas
FLO:RE->frolmedieval ou TENEBRAS>teevras>trevas
Epêntese
Este é um fenómeno contrário ao da assimilação total, uma vez que consiste na adição de sons no interior
da cadeia sintagmática. Tutelado pela estrutura da sílaba, que tende frequentemente para o padrão
universal CV (consoante+vogal), o fenómeno da epêntese consonântica reestruturou notoriamente as
sílabas do português medieval que continham o hiato (encontro de duas vogais) -i~o, -i~a e que, a partir
dos séculos XIV-XV, passaram a terminar em -inho, -inha, com epêntese da consoante nasal [J]:
VI:NU->vi~o>vinho GALLI:NA->gali~a>galinha
Quando diz respeito à inserção de vogais, a epêntese tem o nome mais particular de anaptixe, e observa-
se frequentemente no português do Brasil, que reestruturou sílabas com grupos consonânticos, sílabas
CCV, em sucessões de sílabas obedecendo ao padrão universal CVCV:
Bibliografia
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Metaplasmos
No final, mais comum ainda, são as eliminações chamadas de apócope. No latim, esta
mudança ocorreu em exemplos do tipo centum > cento > cem; dominu > dono > dom;
mille > mil; multum > muito > mui e hoje ocorrem mudanças do tipo bobagem >
bobage; quer > qué; saber > sabê; passar > passá; parênteses > parentes; furúnculo
> furunco; lâmpada > lampa; rapaz > rapá; pôr > pó; e licença > cença.
O latim era o idioma usado na região do Lácio (daí o poema de Bilac aludir à
“última flor do Lácio”, embora o português não tenha sido o último idioma a se
originar da região romana aludida ou mesmo do latim imperial, deflagrado por
grande parte do mundo conhecido de então), região aquela que constitui a atual
Itália. Há registros de sua ocorrência desde o século VII a.C. até o século III d.C.
Se fizermos, pois, uma conta ligeira, veremos que, de sua remotíssima raiz até
hoje, o português possui o cômputo de quase 3000 anos de existência filológico-
etimológica, sendo bastante aceita a divisão abaixo proposta:
Desse aglomerado de falares, pois, foi sendo criada a língua portuguesa, que
encontra sua manifestação denominada de “moderna” no século XVI, notadamente
(ou canonicamente) com João de Barros, o “Tito Lívio português” (com suas
Décadas), Camões, para alguns o criador da norma portuguesa moderna (com seus
Lusíadas), entre outros. Observe-se que se trata exclusivamente de autores de
origem europeia, o que, como foi mostrado acima, não constitui, hoje, a realidade
da língua portuguesa.
Não entrarei, por ora, nas divisões apontadas para o português já formado
como idioma, porque tal apontamento fugiria do escopo do presente artigo, que
visa à transição do latim ao português, e não ao caminhar do português
propriamente dito, caminho que deixarei para outro artigo. Indico, apenas, que
muitos textos nos chegaram do português arcaico e antigo, sendo obras de maior
fôlego, já completamente em língua portuguesa, só para citar algumas, a Demanda
do Santo Graal (que se acreditava ter sido escrita apenas em espanhol, o que,
hoje, não é mais considerado fidedigno), o Cancioneiro Geral de Espanha, os
Cancioneiros em geral, a História de Santo Amaro, e mais
Por isso, podemos dizer que a língua continua viva e, exatamente por essa
razão, mantém seu fluxo de mudanças, evoluções, empréstimos, assimilações,
analogias, importações, exportações, trocas. Toda língua pertence ao presente do
povo que dela lança mão a fim de comunicar-se e expressar-se, e pertence,
também, ao futuro, às gerações incumbidas de, ao receber uma língua já formada,
adaptá-la às premências de seus tempos e de seus coetâneos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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VASCONCELOS, José Leite de. Textos arcaicos. 5. ed., Lisboa: Livraria Clássica,
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Marcelo Moraes Caetano é Professor de Português e Literatura; Gramático; Crítico literário; Tradutor de
Alemão, Inglês, Francês e Italiano; Estudioso de Latim, Grego e Mandarim. Escritor, jornalista e poeta, com 12
livros publicados, e várias premiações (Academia Brasileira de Letras, ONU, UNESCO, Fundação Guttenberg,
XIII Bienal Internacional de Literatura do Rio de Janeiro, Litteris, Sesi, Firjan). Especialista em Educação pela
Universidade Federal Fluminense. Mestrando em Estudos da Linguagem pela PUC-RIO. Pesquisador com
dedicação exclusiva pelo CNPq. E-mail: mmcaetano@hotmail.com