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UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU


CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
DEPARTAMENTO DE DIREITO
PLANO DE AULA

(DP I – 2010.2 - Aula nº 04)

Identificação:

Disciplina: Direito Penal I


Departamento: Direito
Curso: Direito
Professor: Antoniel Lobo Cardoso

Carga Horária:
90 minutos.

Bibliografia utilizada:
- Capez, Fernando. Curso de Direito Penal, volume 1; parte geral (arts 1º a 120). 11ª.
ed. Rev. e atual. – São Paulo; Saraiva, 2007.
- Bitencourt, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal: parte geral, volume 1 – 11ª. ed.
Atual. – São Paulo; Saraiva, 2007.
- Prado, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro, parte geral: arts. 1º a 120. 8ª ed.
rev. atual. e ampl. – São Paulo: editora Revista dos Tribunais, 2008. Vol. 1.
- Greco, Rogério. Código Penal comentado, 2ª ed. – Niterói – RJ. Ímpetus, 2009.

Ementa:

Fontes. Vigência. Revogação.

Objetivos:

Capacitar o aluno a identificar conceitos básicos relacionados com o Direito Penal,


particularmente a parte geral do Código Penal;
Instruir e capacitar o aluno a identificar e resolver problemas relacionados com a
matéria sob análise;
Oferecer ao aluno uma visão ampla, clara e, tanto quanto possível, integral da
interpretação e aplicação dos institutos referidos na ementa aos casos concretos;
Exercitar o aluno na análise dos fatos e circunstâncias relevantes para o Direito Penal,
especialmente a parte geral do Código Penal.
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SUMÁRIO:

1. FONTES DO DIREITO PENAL


1.1 Conceito;
1.2 Espécies de fontes;
1.3 Fontes materiais;
1.4 Fontes formais;
1.4.a Fonte direta (ou imediata);
1.4.b Fontes indiretas (ou mediatas; ou subsidiárias);

2. VIGÊNCIA DA LEI PENAL;

3. REVOGAÇÃO DA LEI PENAL;

4. REVISÃO;

5. QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES.


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1. FONTES DO DIREITO PENAL

1.1 Conceito

Fonte, em sentido figurado, significa origem, princípio, causa.

Quando se fala em fontes do Direito Penal, o que se quer saber é de onde provém; de
onde se origina a lei penal.

1.2 Espécies de fontes

As fontes podem ser:

a) Fontes materiais (ou substanciais, ou de produção): informam como é produzido,


como é elaborado o Direito Penal;

b) Fontes formais (ou de conhecimento, ou de cognição): informam como se exterioriza


o Direito Penal; como as normas se manifestam.

1.3 Fontes Materiais

A única fonte de produção do Direito Penal é o Estado.

Afinal a Constituição Federal determina a competência privativa da União1 para


legislar sobre Direito Penal.

O mesmo artigo também prevê que os Estados podem legislar sobre questões
específicas das matérias nele relacionadas2.

Logo, os Estados podem legislar sobre Direito Penal, desde que seja sobre questões
específicas e que sejam autorizados por Lei Complementar federal.

1.4 Fontes Formais

As fontes formais são aquelas que exteriorizam o direito, que lhe dão forma e o
revelam. Dividem-se em:

a) Fontes diretas (ou imediatas);


b) Fontes indiretas (ou mediatas ou subsidiárias);

1.4.a Fonte direta (ou imediata)

A única fonte direta do Direito Penal, diante do princípio da legalidade, é a lei.

1
CF, 22, I: ‘compete privativamente à União legislar sobre: I- (...), direito penal’;
2
CF, 22, § único: ‘lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das
matérias relacionadas neste artigo’.
4

1.4.b Fontes indiretas (ou mediatas ou subsidiárias)

São consideradas fontes indiretas do Direito Penal os costumes, a doutrina, a


jurisprudência e os princípios gerais do direito.

Costumes:

O costume é uma regra de conduta praticada de modo geral, constante e uniforme, com
a consciência de sua obrigatoriedade.

Possui dois elementos:


a) Elemento objetivo: o uso geral, constante e uniforme;
b) Elemento subjetivo: a consciência da obrigatoriedade;

Embora os costumes não possam ser erigidos como fonte imediata do Direito Penal, não
deixa de ter grande importância e validade como elemento subsidiário e interpretativo
das normas penais.

Com efeito, há expressões em tipos penais que pelo costume é que se interpretam,
expressões como: honra, decoro, reputação, ato obsceno; etc.

Jurisprudência:

A jurisprudência, entendida como a repetição de decisões num mesmo sentido, não pode
igualmente constituir fonte formal direta do Direito Penal, embora tenha grande
importância na consolidação interpretativa dos tribunais.

Doutrina:

É o resultado da atividade intelectual dos doutrinadores, isto é, é o resultado da


produção científica de cunho jurídico-penal realizada pelos pesquisadores e
doutrinadores.

Não é fonte formal direta do Direito Penal, mas facilita a atualização e evolução da
jurisprudência e a modernização das próprias leis.

Princípios gerais do direito:

Os princípios gerais do direito são premissas éticas extraídas da legislação, do


ordenamento jurídico.

Eqüidade:

A eqüidade é uma forma de aplicar o direito, mas sendo o mais próximo possível do
justo, do razoável. O fim do Direito é a justiça, além de valores suplentes como a
liberdade e igualdade. Mas é difícil definir o "justo", pois pode existir na concepção de
quem ganhou a causa e não existir na de quem perdeu. É necessário um ideal de justiça
universal.

Assim, a eqüidade é a justiça no caso particular.


5

A eqüidade, bem como os costumes, a doutrina, a jurisprudência e os princípios gerais


do direito não são fontes diretas do Direito Penal, mas, sim, formas de interpretação da
norma.

2. VIGÊNCIA DA LEI PENAL

Em princípio, a lei é elaborada para viger por tempo indeterminado. Após a


promulgação, que é o ato do governo que declara a existência da lei e ordena a sua
execução, é ela publicada.

Ao período decorrente entre a publicação e a data em que começa sua vigência,


destinado a dar tempo ao conhecimento dela aos cidadãos, é dado o nome de vacatio
legis.

Esse período é de 45 (quarenta e cinco) dias quando a própria lei não dispõe de modo
contrário e de 03 (três) meses para a sua aplicação nos estados estrangeiros, quando
esta é admitida3.

3. REVOGAÇÃO DA LEI PENAL

Não se destinando a vigência temporária, a lei penal permanece em vigor até que outra a
modifique ou revogue4.

Assim, encerra-se a vigência da lei com sua revogação.

A revogação5 pode ser:

- Expressa: quando a lei posterior assim o declara;


- Tácita: quando a lei posterior é incompatível com a lei antiga ou quando a lei
posterior regula inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.

A revogação pode ser, ainda:

- Parcial: quando apenas parte do texto perde a vigência, caso em que é denominada
derrogação;
- Total: caso em que é denominada ab-rogação.

3
LICC, 1º, § 1º: ‘salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias
depois de oficialmente publicada; § 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira,
quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada’.
4
LICC, 2º, caput: ‘Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou
revogue’. (DL 4.657/42)
5
LICC, 2º, § 1º: ‘(...); § 1º: ‘a lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando
seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior’.
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4. REVISÃO

4.1 Quando se fala em fontes do Direito Penal, o que se quer saber é de onde provém;
de onde se origina a lei penal;

4.2 As fontes podem ser: materiais ou formais;

4.3 As fontes materiais também são chamadas de substanciais; ou de produção;

4.4 As fontes formais também são chamadas de conhecimento, ou de cognição;

4.5 A única fonte de produção do Direito Penal é o Estado;

4.6 A única fonte direta do Direito Penal, diante do princípio da legalidade, é a lei;

4.7 São consideradas fontes indiretas do Direito Penal os costumes, a doutrina, a


jurisprudência e os princípios gerais do direito;

5. PROVAS ANTERIORES:

Meus caros, vejam como tenho explorado o tema tratado nas aulas nº 03 e 04 em provas
aplicadas em semestres anteriores. O gabarito está no final da página. Boa sorte.

1ª Questão: Assinale V ou F conforme a assertivas esteja Verdadeira ou Falsa.

1.1 (..........) A exposição de motivos do Código Penal é um exemplo claro de


interpretação autêntica (ou seja, realizado pelo próprio legislador);
1.2 (..........) A lei penal poderá retroagir para alcançar um fato praticado antes de sua
vigência;
1.3 (..........) Ab-rogação é a revogação expressa de uma lei penal;
1.4 (..........) A interpretação jurisprudencial sempre terá força vinculante;
1.5 (..........) As normas penais incriminadoras podem ser divididas em permissivas e
explicativas;
1.6 (..........) Quanto ao sujeito, a interpretação poderá ser: autêntica, jurisprudencial e
declarativa;
1.7 (..........) A interpretação doutrinária nem sempre será vinculante, ou seja,
obrigatória;
1.8 (..........) A analogia, admitida no Direito Penal, é forma de interpretação da lei;
1.9 (..........) O Costume se observado por todas as pessoas e, também, pelas autoridades
constituídas, pode ser fonte direta do Direito Penal;

2ª Questão: Analise as afirmações abaixo e escolha a alternativa correta:


I – Lei Penal em branco é aquela que necessita de um complemento normativo;
II – A Lei Penal em branco é, em regra, uma lei penal não-incriminadora;
III – O juiz, ao analisar o caso concreto, pode completar a norma penal em branco de
acordo com seu discernimento.
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a) As afirmações I e II estão corretas;


b) As afirmações I e III estão corretas;
c) As afirmações II e III estão corretas;
d) Apenas a afirmação I está correta;

3ª Questão: Analise as afirmações abaixo e escolha a alternativa correta:


I – Derrogação é a revogação integral da lei;
II – Não haverá juízo ou tribunal de exceção: é o princípio do juiz natural;
III – Verifica-se a auto-revogação nos casos de lei temporária e lei excepcional.

a) As afirmações I e II estão erradas.


b) As afirmações I e III estão erradas.
c) As afirmações II e III estão erradas.
d) Apenas a I está errada.

4ª Questão: A exposição de motivos do Código Penal é exemplo claro de


interpretação:
a) Autêntica, feita pelo próprio legislador;
b) Jurisprudencial, determinada pelos juízes e tribunais;
c) Doutrinária, originária do autor do projeto de lei;
d) Declarativa, já que o texto é ampliado em seu sentido.

5ª Questão: Responda:
5.1 Quais as formas de interpretação da lei penal quanto ao resultado. Explique.

6ª Questão: ‘Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença
condenatória’. Trata-se:
a) De uma lei penal em branco;
b) De uma lei excepcional;
c) De uma lei temporária;
d) De abolitio criminis;
e) De novatio legis incriminadora;

7ª Questão: „A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu‟. Trata-se:
a) De abolitio criminis;
b) De uma lei excepcional conjugada com o princípio da irretroatividade;
c) De uma lei temporária conjugada com o princípio da legalidade;
d) Da irretroatividade da lei penal mais gravosa
e) De novatio legis incriminadora conjugada com o princípio da anterioridade;

8ª Questão: A interpretação jurisprudencial:


a) Jamais terá força vinculante (obrigatória);
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b) Sempre terá força vinculante (obrigatória);


c) Poderá, dependendo do caso, ter força vinculante (obrigatória);
d) É aquela feita pelos doutores, estudiosos, pesquisadores do Direito;
e) Nenhuma das assertivas acima.

9ª Questão: O Art. 121, § 2º, IV, do Código Penal, esclarece que o crime é
qualificado (e, portanto, terá conseqüências mais gravosas) quando cometido “à
traição, emboscada ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou
torne impossível a defesa do ofendido”. Entende-se que quando o agente comete o
crime de surpresa, dificulta ou torna impossível a defesa da vítima. Assim sendo,
pergunta-se: o texto legal está autorizando que se adote:
a) Interpretação extensiva;
b) Interpretação teleológica;
c) Interpretação contextual;
d) Interpretação analógica;
e) Não autoriza interpretação alguma.

10ª Questão: Assinale a alternativa correta: de acordo com a doutrina dominante,


constitui a única fonte formal direta do Direito Penal:
a) O Estado;
b) A doutrina;
c) A jurisprudência;
d) A lei;
e) Os costumes.

11ª Questão: Assinale a alternativa correta: de acordo com a doutrina dominante,


constitui a única fonte material do Direito Penal:
a) O Estado;
b) A doutrina;
c) A jurisprudência;
d) A lei;
e) Os costumes.

12ª Questão: Assinale a alternativa que completa corretamente os espaços do texto


a seguir: ________________________ é aquela que possui um conteúdo vago,
impreciso e necessita de outra norma que a complemente. Quando a norma
complementadora tiver origem em instância legislativa diversa da norma
complementada, haverá uma ___________________________.
a) Norma penal imprecisa; complementação homóloga;
b) Norma penal em branco; norma penal em branco homogênea;
c) Norma penal em branco; complementação heteróloga;
d) Norma penal vaga; integração da norma penal.
e) Nenhuma das assertivas acima.

13ª Questão: Responda:


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13.1) Disserte a respeito das leis penais em branco utilizando, obrigatoriamente, as


seguintes palavras/expressões chaves: conceito, espécies, exemplos, homogêneas,
heterogêneas.

13.2) Quais as formas de interpretação da lei penal quanto ao sujeito e quanto ao


resultado? Explique.

13.3) Disserte a respeito das fontes do direito penal descrevendo suas respectivas
espécies.

14ª Questão: Analise as afirmações abaixo e escolha a alternativa correta:


I – Lei Penal em branco é aquela que necessita de um complemento normativo.
II – Excluída uma droga da lista das substâncias proibidas, o tráfico dessa droga deixa
de ser crime;
III – O juiz, ao analisar o caso concreto, pode completar a norma penal em branco de
acordo com seu discernimento.

A) As afirmações I e II estão corretas.


B) As afirmações I e III estão corretas.
C) As afirmações II e III estão corretas.
D) Todas as afirmações estão corretas.

15ª Questão: Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da


sentença penal condenatória. Trata-se do princípio do estado de inocência (para
alguns, princípio da presunção de inocência), cuja versão mais popularmente
conhecida é: „a princípio, todos são inocentes‟. Trata-se de presunção absoluta.
a) Correto, mas depende.
b) Errado, porque a presunção é Hominis;
c) Correto, mas pode ser, também, relativa, Juris tantum, portanto;
d) Errado, porque nenhum direito é, em si mesmo, absoluto.
e) Errado, porque é presunção Juris tantum;

16ª Questão: Por força de dispositivo constitucional, poderão os Municípios


legislar sobre Direito Penal?
a) Sim, desde que sobre normas penais não-incriminadoras;
b) Sim, desde que in bonam partem;
c) Sim, desde que autorizados por lei complementar e sobre questões especificas.
d) Não, porque é competência da União.

17ª Questão: O Direito Penal não deve se preocupar com crimes de bagatela.
Trata-se:
a) Do Princípio da insignificância;
b) Do Princípio da fragmentariedade da lei penal;
c) Do Princípio da irretroatividade da lei penal;
d) Do Princípio da legalidade;
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18ª Questão: De acordo com a Constituição Federal, podem legislar sobre Direito
Penal:
a) A União e os Estados, igualmente;
b) A União, privativamente e os Estados por delegação e sobre questões específicas;
c) Os Estados, somente;
d) A União, os Estados e os Municípios;
e) Nenhuma das assertivas acima.

19ª Questão: Considere a seguinte situação hipotética: ``João de Santo Cristo,


brasileiro nato, destemido e temido bandido do Distrito Federal foi preso e condenado
pela morte de Jeremias, traficante de renome daquela cidade. O crime foi cometido
com a utilização de arma de fogo (uma winchester .22) fornecida por seu primo
contrabandista, Pablo. Consta dos autos que a conduta do agente teria sido motivada
por ciúmes, já que sua antiga namorada, Maria Lúcia, o teria abandonado e se amasiara
com a vítima. Também emerge dos autos que o agente tem personalidade voltada para o
crime: desde criança já pensava em ser bandido e era o terror das cercanias onde
morava, roubando igrejas e violentando as `menininhas` da cidade. Teve diversas
passagens por reformatórios. Com conduta social altamente reprovável, já maior de
idade e morador da cidade satélite de Taguatinga, onde desenvolveu farta plantação de
maconha, liderou o tráfico de entorpecentes daquela região. Seus antecedentes indicam
alta periculosidade e diversas condenações anteriores (embora ainda não cumpridas) por
roubos, homicídios, contrabando e desacato à autoridade``.

À luz de todas as informações acima descritas, o juiz aplicou-lhe a pena de extradição


para o Sudão (sem que antes tenha cumprido 12 anos de reclusão em território
nacional), além de multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais), cujo pagamento deve também
ser suportado pela ex-namorada, Maria Lúcia, pivô de toda confusão (sob o fundamento
de que se ela não o tivesse abandonado nada disso teria acontecido). Aproveitou a
oportunidade e, na mesma sentença, também renovou as outras condenações
conferindo-lhe, por todos os crimes anteriores, a pena de reclusão de 5 anos.

Utilizando os ensinamentos dos princípios (que devem ser citados expressamente),


disserte a respeito dos acertos e/ou erros cometidos pelo magistrado em decisão.

20ª Questão: Assinale a alternativa correta:

a) A finalidade do Direito Penal é a proteção econômica dos bens mais importantes e


necessários para a própria sobrevivência da sociedade, ou seja, bens jurídicos essenciais
ao indivíduo e à comunidade;
b) A finalidade do Direito Penal é a proteção ética dos bens mais importantes e
necessários para a própria sobrevivência da sociedade, ou seja, bens jurídicos essenciais
ao indivíduo e à comunidade;
c) A finalidade do Direito Penal é a proteção moral dos bens mais importantes e
necessários para a própria sobrevivência da sociedade, ou seja, bens jurídicos essenciais
ao indivíduo e à comunidade;
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d) A finalidade do Direito Penal é a proteção política dos bens mais importantes e


necessários para a própria sobrevivência da sociedade, ou seja, bens jurídicos essenciais
ao indivíduo e à comunidade;
e) A finalidade do Direito Penal é a proteção econômica, ética, moral e política dos bens
mais importantes e necessários para a própria sobrevivência da sociedade, ou seja, bens
jurídicos essenciais ao indivíduo e à comunidade.

21ª Questão: Assinale o princípio inaplicável ao Direito Penal brasileiro:

a) Princípio da intranscendência da pena;


b) Princípio da co-culpabilidade;
c) Princípio da individualização da pena;
d) Princípio da lesividade;
e) Princípio da alteridade;

22ª Questão: Assinale a alternativa verdadeira:

a) (.........) As leis penais em branco sempre são revogadas em conseqüência da


revogação de seus complementos;
b) (.........) No Direito Penal brasileiro, não é impossível, tampouco absurda a hipótese
de condenação de um gorila que tenha tirado a vida de alguém a uma pena de prisão. O
que não pode é a condenação a uma pena que seja considerada cruel;
c) (.........) Uma vez cessada a sua vigência, não é mais possível a aplicação de uma lei
penal;
d) (........) Um fato foi praticado após a revogação da lei A pela lei B. Neste caso, deverá
ser aplicada ao agente a lei B, ainda que mais severa;
e) (.........) A competência dos Estados para legislar sobre Direito Penal é privativa, o
que significa dizer que podem autorizar os Municípios a legislar sobre questões
específicas sobre a matéria;

23ª Questão: Considere a situação hipotética abaixo, a seguir analise as assertivas e


assinale a alternativa correta:

‘Em 2004, A cometeu o crime de adultério. No dia 28 de março de 2005, tal figura
penal, constante do art. 240 do Código Penal, foi expressamente revogado pela Lei nº
11.106/2005’. Neste caso:

I- A nova lei deverá retroagir e excluir todos os efeitos e conseqüências jurídicas do


comportamento de A;
II – Se A estiver indiciado em inquérito policial, o procedimento deverá ser trancado e
as peças arquivadas;
III – Se A já foi condenado com sentença definitiva, a condenação não deverá subsistir;
IV – Se A já estiver preso, deverá ser solto;

Estão corretas:

a) Todas;
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b) Apenas uma delas;


c) Apenas duas delas;
d) Apenas três delas;
e) Nenhuma delas.

24ª QUESTÃO: Assinale a alternativa correta:

a) O Direito Penal Objetivo é o conjunto de normas editas definindo crimes e


contravenções; já o Direito Penal Subjetivo é o poder-dever de punir, exclusivo do
Estado;
b) O preceito secundário da norma penal incriminadora é o encarregado de fazer a
descrição detalhada e perfeita da conduta que se procura proibir ou impor
c) O Direito Penal admite a interpretação extensiva. Mas, a analógica somente é
admitida se for ‘in bonam partem’.
d) ‘Nullum crimen nulla poena sine lege’. É a expressão do princípio da
responsabilidade subjetiva;
e) Nenhuma das anteriores;

25ª QUESTÃO: Assinale a alternativa correta:

a) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado. É a expressão do princípio da


individualização da pena;
b) Não haverá juízo ou tribunal de exceção. É a expressão do princípio da limitação das
penas;
c) Ao usar a famosa frase ‘me reservo o direito de permanecer calado’, o acusado está
fazendo uso do princípio da alteridade;
d) As normas penais não-incriminadoras podem ser permissivas ou explicativas;
e) A interpretação autêntica é aquela operada pelos juízes e tribunais em seus julgados;

26ª QUESTÃO: Assinale a alternativa incorreta:

a) A função do Direito Penal é a proteção dos bens jurídicos essenciais ao indivíduo e à


sociedade;
b) O objeto das normas penais é a conduta humana;
c) As normas penais dividem-se em incriminadoras e não-incriminadoras. As
incriminadoras dividem-se em permissivas e explicativas;
d) A norma penal em branco divide-se em norma penal em branco em sentido estrito e
norma penal em branco em sentido amplo. As normas penais em branco em sentido
estrito são de complementação heteróloga e as normas penais em branco em sentido
amplo são de complementação homóloga;
e) A interpretação autêntica pode ser declarativa, extensiva ou restritiva;

27ª QUESTÃO: Assinale a alternativa correta:

a) As normas penais em branco possuem conteúdo vago e preciso;


b) As normas de Direito Penal entram em vigor, em regra, imediatamente, respeitando-
se os atos processuais já praticados;
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c) A norma penal incriminadora pode ser explicativa ou justificativa;


d) A interpretação autêntica poderá ser vinculante apenas nos casos determinados pelo
STF (Súmula Vinculante);
e) Nenhuma das assertivas acima;

28ª QUESTÃO: Assinale a alternativa correta:

a) Em toda a sistemática do Código Penal, em harmonia com a Lei de Introdução ao


Código Civil, uma vez revogada, a lei penal não mais retorna para disciplinar fatos
ocorridos durante a sua vigência;
b) Mesmo que a lei nova deixe de incriminar certa conduta, antes definida como crime,
o réu maior de idade (ao tempo da ação ou omissão) continuará a responder ao processo
porque quando praticou o fato sua conduta era considerada delituosa;
c) Se o autor de uma contravenção penal está respondendo ao processo correspondente
e, posteriormente, a lei venha a definir este mesmo fato como sendo crime, ele
continuará respondendo ao processo, porém, de acordo com a nova definição do fato;
d) O Código Penal em vigor é a Lei nº 7.209/1984, que é dividido em parte geral e parte
especial, sendo que aquela, foi alterada pelo Decreto-Lei nº 2.848/1940;
e) Nenhuma das alternativas acima;

29ª QUESTÃO: Assinale a alternativa correta:

a) A analogia é uma das técnicas empregadas para interpretação das leis penais;
b) Em virtude da aplicação do princípio da insignificância, o Estado, vinculado pelo
princípio de sua intervenção mínima em Direito Penal, somente deve ocupar-se das
condutas que impliquem grave violação ao bem juridicamente tutelado;
c) Considere que tenha sido editada uma lei que descriminaliza um fato anteriormente
descrito como infração penal, por não ser mais interessante, legítima e justa a punição
dos autores de tal conduta. Nessa situação, a lei sendo abolitio criminis é irretroativa,
permitindo a punição penal do agente;
d) A cominação da pena pela forma tentada jamais poderá ser a mesma da forma
consumada;
e) Nenhuma das assertivas acima;

30ª QUESTÃO: Assinale a alternativa incorreta:

a) O Direito Penal é fragmentário e subsidiário;


b) Na frase: ‘não há crime sem lei anterior que o defina, não há pena sem prévia
cominação legal’. Identificam-se os princípios da legalidade e da anterioridade da lei
penal;
c) A sanção penal está localizada no preceito primário de uma norma penal;
d) As normas penais em branco são aquelas de conteúdo incompleto, vago, exigindo
complementação por outra norma jurídica para que possam ser aplicadas ao fato
concreto.
e) A única fonte formal direta do Direito Penal é a lei;

31ª QUESTÃO: Assinale V ou F conforme a assertiva seja, respectivamente,


verdadeira ou falsa:

a) (..........) O ‘jus puniendi’ é o Direito Penal Subjetivo;


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b) (.........) A finalidade do Direito Penal é a proteção econômica dos bens mais


importantes e necessários para a própria sobrevivência da sociedade, ou seja, bens
jurídicos essenciais ao indivíduo e à comunidade;

c) (..........) Causas justificantes tornam lícita a conduta típica do agente;

d) (..........) O Objeto das normas penais é a conduta humana;

e) (..........) São caracteres do Direito Penal: A finalidade repressiva e atividade


predominantemente aconselhadora;

f) (..........) Ao referir-se à nossa disciplina, a Constituição Federal utiliza a expressão


‘Direito Penitenciário’;

g) (..........) Compete exclusivamente à União legislar sobre Direito Penal;

h) (..........) Direito Penal objetivo é o Poder-direito do Estado de punir os infratores;

i) (..........) Segundo alguns doutrinadores, as normas constantes do Código Penal fazem


parte do Direito Penal adjetivo ou formal;

j) (..........) A chamada legislação penal especial, ou extravagante encontra-se na parte


especial do Código Penal;

k) (..........) Determinar a crítica das instituições vigentes e preparo de sua reforma,


consoante os ideais jurídicos que se vão formando à medida que o ambiente histórico-
cultural sofre modificações, é atividade de Política Criminal;

l) (..........) O Código Penal é o Decreto-Lei 2848 de 1940;

m) (..........) O princípio da intervenção mínima fundamenta a utilização do direito penal


do autor em nosso sistema jurídico-penal

n) (..........) O princípio da alteridade impede que a mesma pessoa seja, ao mesmo tempo,
sujeito ativo e passivo de crime;

o) (..........) No Brasil, as infrações penais são classificadas em: crimes (mais graves);
delitos (menos graves) e contravenções;
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GABARITO:

1.1 – F 12 – C
1.2 – V 13 – DISCURSSIVAS
1.3 – F 14 – A
1.4 – F 15 – E
1.5 – F 16 – D
1.6 – F 17 – A
1.7 – F 18 – B
1.8 – F 19 – DISCURSSIVA
1.9 – F 20 – D
2–D 21 - B
3–D 22 – D
4–C 23 – D (I-F; II-V; III-V; IV-V)
5 – DISCURSSIVA 24 - A
6–D 25 - D
7–D 26 – C/E
8–C 27 – E
9–D 28 – E
10 – D 29 – B
11 – A 30 – C
31- V;F;V;V;F;F;F;F;F;F;V;V;F;V;F

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