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Gianni Vattimo

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Vattimo em Como, 1999

Gianteresio (Gianni) Vattimo (Turim, 4 de janeiro de 1936) é um filósofo e político italiano, um


dos expoentes do pós-modernismo europeu.

Índice

1 Biografia

2 Trajetória intelectual

3 Atividade política

4 Selecção de obras em italiano

5 Publicações

6 Referências

7 Ligações externas

Biografia

Discípulo de Luigi Pareyson, graduou-se em Filosofia, na cidade de Turim, em 1959.


Especializou-se em Heidelberg, Alemanha, com Karl Löwith e Hans-Georg Gadamer, cujo
pensamento introduziu na Itália. Em 1964, tornou-se professor de Estética na Universidade de
Turim e, a partir de 1982, de Filosofia Teorética. Ensinou, na condição de professor visitante,
em vários universidades dos Estados Unidos.

Nos anos 1950, trabalhou em programas culturais da RAI. É diretor da Rivista di estetica,
membro de comissões científicas de vários periódicos italianos e estrangeiros e sócio-
correspondente da Academia de Ciência de Turim.

Escreve para o semanário L'Espresso, para o diário La Repubblica e sobretudo para La Stampa,
onde produz editoriais com reflexões críticas sobre política e cultura.

Recebeu o título de Doutor Honoris Causa das Universidades de La Plata, Palermo e Madrid.

Trajetória intelectual
Vattimo se ocupou da ontologia hermenêutica contemporânea, acentuando sua ligação com o
niilismo - entendido como enfraquecimento das categorias ontológicas. Assim, contrapõe o
pensamento fraco, uma forma particular de niilismo, às diversas formas de pensamento forte,
isto é, aquelas baseadas na revelação cristã, no marxismo e outros sistemas ideológicos.

Segundo Vattimo, a partir das filosofias de Nietzsche e principalmente de Heidegger, instaura-


se uma crise irreversível nas bases cartesianas e racionalistas do pensamento moderno.

Propõe uma filosofia baseada no enfraquecimento do ser como chave de leitura da pós-
modernidade, e numa "apologia do niilismo" de cunho nietzschiano[1] visando a uma
progressiva redução da violência que se concretizaria nos ideais de pluralismo e tolerância,
como impulso à emancipação humana e à superação das diferenças sociais.

Sua proposta filosófica é uma resposta à crise das grandes correntes filosóficas dos séculos XIX
e XX: o hegelianismo com sua dialética, o marxismo, a fenomenologia, a psicanálise, o
estruturalismo.

O pensamento fraco é uma atitude pós-moderna que aceita o peso do "erro", ou seja, do
efêmero de tudo o que é histórico e humano. É a noção de verdade que se deve adequar à
dimensão humana, e não vice-versa. Assim, a verdade é criação, jogo, retórica.

Em suas obras mais recentes, como Acreditar em acreditar, reivindica para o seu próprio
pensamento a qualidade de autêntica filosofia cristã da pós-modernidade. Valendo-se da visão
cristã do mestre Pareyson e do teólogo Sergio Quinzio, recusa a identificação de Deus com o
ser racional, tal como concebido pela tradição filosófica ocidental.

Em 2004 abandona o partido dos Democratici di Sinistra (Democratas de Esquerda) e abraça o


marxismo, reavaliando positivamente a autenticidade e validade dos princípios do projeto
marxista e prognosticando um "retorno" ao pensamento do filósofo de Trier e a um
comunismo depurado dos desenvolvimentos das equivocadas políticas públicas soviéticas, a
serem superados dialeticamente. Vattimo fala de um "Marx enfraquecido" ou de uma base
ideológica capaz de ilustrar a verdadeira natureza do comunismo e apta, na prática política, a
superar qualquer pudor liberal. A chegada ao marxismo se configura portanto como uma
etapa do desenvolvimento do pensamento fraco, enriquecido na práxis de uma perspectiva
política concreta.

Atividade política

Exerceu atividade política em diversas linhas: primeiro, no Partido Radical; depois, na Alleanza
per Torino ("Aliança por Turim") e, na sequência, nos Democratici di Sinistra , partido ligado à
tradição político-cultural do Partido Comunista Italiano e ligado à social-democracia, pelo qual
Vattimo foi eleito para o Parlamento Europeu. Abandona o partido em 2004.

Atualmente integra o PdCI - Partido dei Comunisti Italiani ("Partido dos Comunistas Italianos"),
cuja proposta é a de retomar o comunismo, na sua variante italiana, conforme elaborada por
Antonio Gramsci, Palmiro Togliatti, Luigi Longo e Enrico Berlinguer.

Em 2005, Vattimo candidatou-se a Prefeito de uma pequena cidade calabresa, San Giovanni in
Fiore, para combater a "degeneração intelectual" que afligia o país. Encabeçava o movimento
"Vattimo pela cidade", contraposto aos dois grupos tradicionais, mas sobretudo em polêmica
com a esquerda florentina. Recebeu 11% dos votos, sendo eleito conselheiro comunal e
provocando, em consequência, a realização de segundo turno, finalmente vencido pelo
candidato centro-esquerdista. Depois dessa experiência, Vattimo provocou um forte impulso
político e cultural na Calábria, de onde é originário.

Vattimo foi até hoje o único parlamentar italiano a declarar-se homossexual.

Na juventude, aderiu à Ação Católica. Posteriormente abandonou o Catolicismo e aproximou-


se da Igreja Evangélica Valdense[1].

Selecção de obras em italiano

Vattimo em Lima, Peru em 2010

Il concetto di fare in Aristotele, Giappichelli, Torino, 1961

Essere, storia e linguaggio in Heidegger, Filosofia, Torino, 1963

Ipotesi su Nietzsche, Giappichelli, Torino, 1967

Poesia e ontologia, Mursia, Milano 1968

Schleiermacher, filosofo dell'interpretazione, Mursia, Milano, 1968

Introduzione ad Heidegger, Laterza, Roma-Bari, 1971

Il soggetto e la maschera, Bompiani, Milano, 1974

Le avventure della differenza, Garzanti, Milano, 1980

Al di là del soggetto, Feltrinelli, Milano, 1981

Il pensiero debole, Feltrinelli, Milano, 1983 (a cura di G. Vattimo e P. A. Rovatti)

La fine della modernità, Garzanti, Milano, 1985

Introduzione a Nietzsche, Laterza, Roma-Bari, 1985


La società trasparente, Garzanti, Milano, 1989

Etica dell'interpretazione, Rosenberg & Sellier, Torino, 1989

Filosofia al presente, Garzanti, Milano, 1990

Oltre l'interpretazione, Laterza, Roma-Bari, 1994

Credere di credere, Garzanti, Milano, 1996

Vocazione e responsabilità del filosofo, Il Melangolo, Genova, 2000

Dialogo con Nietzsche. Saggi 1961-2000, Garzanti, Milano, 2001

Tecnica ed esistenza. Una mappa filosofica del Novecento, Bruno Mondadori, Milano, 2002

Dopo la cristianità. Per un cristianesimo non religioso, Garzanti, Milano, 2002

Nichilismo ed emancipazione. Etica, politica e diritto, a cura di S. Zabala, Garzanti, Milano,


2003

Il socialismo ossia l'Europa, Trauben, 2004

Il Futuro della Religione, con Richard Rorty. A cura di S. Zabala, Garzanti, Milano, 2005

Verità o fede debole? Dialogo su cristianesimo e relativismo, con René Girard. A cura di P.
Antonello, Transeuropa Edizioni, Massa, 2006

Non essere Dio. Un'autobiografia a quattro mani, con Piergiorgio Paterlini, Aliberti editore,
Reggio Emilia, 2006

Ecce comu. Come si ri-diventa ciò che si era, Fazi, Roma, 2007

Addio alla Verità, Meltemi, 2009

Introduzione all'estetica, Edizioni ETS, Pisa 2010.

Publicações

A Sociedade Transparente (1989);

A Tentação do Realismo

Depois da Cristandade

Introdução a Heidegger

O Futuro da Religião (dividindo autoria com Richard Rorty)

Diálogo com Nietzsche

Referências

Rossano Pecoraro (2005). Niilismo e Póis-modernidade. Introdução ao pensamento fraco de


Gianni Vattimo. São Paulo: Loyola

Ligações externas

Historicidad y diferencia: en torno al mesianismo de Jacques Derrida[ligação inativa], Gianni


Vattimo fala sobre Derrida (em espanhol)
Gianni Vattimo ante Jacques Derrida: La debilidad por la diferencia[ligação inativa], o professor
da universidade espanhola Miguel Ángel Quintana Paz fala sobre o testo anterior

Ricardo Milla, Vattimo y la hermenéutica política

Rossano Pecoraro, Niilismo e Pós-Modernidade. Introdução ao pensamento fraco de Gianni


Vattimo, Loyola, São Paulo, 2005

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