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Albert Einstein
RESUMO
The satellite box it is a critical item in the differential rear axle system of a tractor,
because its function is to equalize engine torque transmission to the tractor wheels
during a turn, in which case the same spin at speeds different angle. This research aims
to extend the life of the satellite box's rear axle of a tractor. In this study, first, we tried
to quantify the loads that are applied in the satellite box bearings, designed to evaluate
the undergoing efforts in these elements. Using these data, it is proposed resize the
bearings used in the system, considering the evaluated efforts and type of material As a
result, it is expected that the present work provide a reduction in the failure of the
differential bearing system, and consequently an increase in the useful life of the whole
differential system.
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 11
1.1 Objetivos........................................................................................................................ 12
3 METODOLOGIA ............................................................................................................. 32
4 CONCLUSÕES ................................................................................................................. 51
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 52
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1 INTRODUÇÃO
De acordo com Mialhe (1980), o trator agrícola é uma máquina auto propelida, provida
de meios que, além de lhe conferirem apoio estável sobre uma superfície horizontal e
impenetrável, capacitam-no a tracionar, transportar e fornecer potência mecânica, para
movimentar e acionar implementos agrícolas acoplados a ele. Ainda, segundo o autor, os
tratores agrícolas foram desenvolvidos com o intuito de facilitar e maximizar a produtividade
das operações agrárias.
Para Yamashita, (2010), os tratores agrícolas são compostos por diferentes conjuntos
mecânicos, tais como: motor, sistema de transmissão, embreagem, freios, sistemas hidráulicos,
engates para implementos, entre outros.
Segundo Varella (2010), a caixa satélite, que é o foco deste trabalho, consiste em um
item crítico no sistema diferencial, pois é responsável pela transmissão do torque do motor para
as rodas do trator. Este sistema é caracterizado por, basicamente, uma caixa fabricada em aço
ou ferro fundido, que é constituída por um conjunto de engrenagens cônicas (satélite e
planetária). Além disso, fixada à caixa satélite, existe outra engrenagem cônica comumente
chamada de coroa, na qual recebe o torque proveniente do motor através de um eixo chamado
pinhão. Ainda, segundo Monteiro e Silva (2009), o conjunto da caixa satélite é composto por
mancais, os quais servem de apoio para o funcionamento das engrenagens planetárias. Estes
mancais caracterizam-se por serem de formato levemente cônico, travados na caixa planetária
e fabricados em materiais resistentes à abrasão.
12
Desta forma, levando-se em conta um trator agrícola de 70 CV que apresenta falhas nos
mancais da caixa satélite (engrenagens e estrutura da caixa), o presente trabalho propõe o estudo
de dimensionamento dos mancais deste sistema, considerando os esforços submetidos no
sistema diferencial.
1.1 Objetivos
No quarto capítulo discorre-se sobre os resultados obtidos nesta pesquisa e, por fim, o
quinto capítulo trata das conclusões relacionadas ao estudo proposto.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
Para Yamashita (2010), os tratores agrícolas são máquinas desenvolvidas para facilitar
qualquer tipo de tarefa agrícola ou agropecuária, pois devem ser capazes de tracionar máquinas
e implementos de arrasto como, por exemplo, arados, grades, adubadoras e carretas. O autor
complementa que, para atender estas atividades, o trator agrícola possui uma forma construtiva
única com diversas peculiaridades, que lhe permite o acoplamento de diversos tipos de
implementos com inúmeros tipos de acionamentos.
De acordo com Gall et.al. (2013), a caixa de marchas tem como função modificar o
torque, a velocidade e o sentido do movimento transmitido do motor para o sistema diferencial.
Neste caso, os autores explicam o princípio geral de que o que se ganha em força, perde-se em
velocidade e vice-versa, ou seja, todo o torque entregue ao eixo motriz por meio do sistema
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Com relação à caixa de marchas, constata-se que este sistema é de extrema importância
para o presente estudo, pois trata-se do componente que modifica o torque, a velocidade e o
sentido de giro transmitido ao diferencial, de maneira que, de acordo com a relação de
transmissão da caixa de marchas, o torque fornecido para o sistema diferencial pode variar,
alterando o esforço submetido aos mancais em estudo.
Para Birrento (2008), o conjunto coroa e pinhão é constituído por um par de engrenagens
cônicas conforme apresentado na Figura 6. A engrenagem com maior número de dentes é
definida como a coroa, que é acoplada por meio de parafusos e pinos à caixa planetária. O
pinhão é posicionado a 90 graus da coroa, e afixado à arvore terciaria da caixa de marchas.
20
Estes componentes influenciam de forma direta nas cargas aplicadas nos mancais, uma
vez que eles transmitem todo o torque oriundo do eixo pinhão para o eixo onde está montada a
caixa do diferencial.
b) Caixa satélite
Segundo Linares (2012), a caixa satélite, é uma carcaça, geralmente de ferro fundido,
dentro da qual ficam alojadas engrenagens e mancais, sendo que as engrenagens são os
componentes responsáveis pela compensação de giro, e que são classificadas em dois tipos:
1) Engrenagens planetárias
2) Engrenagens satélites
Tem como função transmitir o torque oriundo de uma engrenagem planetária para outra.
Neste caso, é importante ressaltar que ambas engrenagens giram sobre mancais de
deslizamento axiais, conforme é tratado ao longo deste trabalho.
De acordo com Yamashita (2010) e Linares (2012), os semieixos são eixos estriados,
fabricado em aço com alta resistência mecânica, e responsáveis por transmitir o torque do
diferencial para as engrenagens de redução final (engrenagens das pontas de eixo). Ademais,
nos semieixos ficam instalados os freios do trator que, quando acionados individualmente,
interrompem ou diminuem o movimento do lado em que o freio é acionado, fazendo com que
o diferencial atue na transmissão de movimento. Para exemplificar, Linares (2012), explica que,
no caso em que as rodas são freadas independentemente, o torque que antes era distribuído para
22
ambas as rodas passa a ser transmitido para apenas uma roda. A Figura 8 ilustra o
posicionamento dos semieixos no sistema diferencial.
Segundo Padovan et.al. (2010), nas aplicações em máquinas agrícolas, os freios não são
utilizados somente para parar o veículo em movimento, isto é, eles auxiliam em situações na
qual realiza-se uma manobra, em função de que, nestes veículos, é possível frear as rodas
traseiras de maneira independente. Estas características, por consequência, possibilitam que o
freio bloqueie uma das rodas traseiras, fazendo com que o esforço na caixa satélite aumente
consideravelmente se comparado apenas a eventuais curvas como no caso de utilitários e outros
veículos. A frenagem individual das rodas motrizes, aumenta consideravelmente o atrito entre
engrenagem e mancal. Assim, considerando que um trator agrícola em um dado trabalho dentro
de uma área de cultivo executa inúmeras manobras, percebe-se o quanto os mancais da caixa
satélite são exigidos em termos de esforços.
d) Bloqueio do Diferencial
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Para Linares (2012), os tratores e outros veículos off-road, quando necessitam transpor
terrenos acidentados onde ocasionalmente uma das rodas irá girar solta, dispõem da opção de
bloqueio de diferencial. O bloqueio do diferencial consiste em um sistema de acoplamento que
fixa um semieixo no outro, de maneira que a compensação de diferença de velocidades entre as
rodas é anulada, fazendo com que ambas girem com a mesma rotação e torque.
Além disso, o autor explica que, ao usar o bloqueio do diferencial, o giro das
engrenagens dentro da caixa satélite é interrompido, pois o movimento é transmitido
diretamente do eixo pinhão para as duas rodas sem a compensação de giro gerada pelas
engrenagens da caixa satélite. Assim, pode-se dizer que não existe atrito entre o mancal e a
engrenagem, porque, neste caso, não há movimento dos componentes internos da caixa.
Como pode-se observar na Figura 10, existe um movimento relativo entre o mancal e a
engrenagem, caracterizando o mancal em estudo como um mancal de deslizamento.
Segundo Norton (2011), os mancais de deslizamento são elementos tipicamente
projetados sob especificação. Este tipo de mancal, ao contrário dos mancais de rolamento, é
formado por um elemento fixo, fabricado com material resistente à abrasão, sobre o qual outro
elemento se movimenta, como, por exemplo, uma camisa ao redor de um eixo. No caso de um
mancal plano, uma das partes móveis geralmente será de aço, ferro fundido ou algum outro
material estrutural, a fim de atingir a resistência e a dureza requeridas. Considera-se que para
seu funcionamento é necessária uma boa lubrificação no contato da parte móvel com a
superfície do mancal.
Estes mancais, geralmente, apresentam duas formas construtivas, a de munhão e a de
encosto, em que cada tipo de mancal sofre um carregamento especifico. O mancal de
deslizamento do tipo munhão, é o modelo mais comum, sendo bastante utilizado em
virabrequins de motores de combustão interna, caracterizando-se por serem bipartidos e
montados de forma que o eixo móvel apoiado sobre gere forças sobre sua superfície interna.
Já os mancais de deslizamento do tipo encosto, que é o objeto de estudo desse trabalho,
são menos utilizados e caracterizam-se por servirem de apoio (encosto) ao elemento móvel que
sobre ele se movimentará. Desta forma, este tipo de mancal estará sujeito a cargas axiais
provenientes do elemento a ele apoiado.
26
De acordo com Norton (2011), o desgaste abrasivo, ocorre de dois modos distintos: o
desgaste abrasivo a dois corpos ou a três corpos. A abrasão a dois corpos ocorre quando se tem
um material duro e rugoso deslizando sobre outro menos duro. A abrasão a três corpos se dá
quando são introduzidas partículas de um material duro entre dois corpos que se deslizam um
contra o outro, sendo que pelo menos um desses corpos é feito de um material com uma dureza
mais baixa. Com relação aos dois tipos de desgaste relatados, assume-se que, o mancal em
estudo, apresenta um comportamento de desgaste abrasivo a dois corpos, pois a engrenagem
fabricada com um material mais duro desgasta o mancal que possui um material mais macio.
A avaliação das tensões e deformações sempre é feita, de acordo com Cury (2015), em
função de certas propriedades do material, porém, não basta apenas calcular essas grandezas,
ou seja, é necessário confrontar os valores encontrados com limites pré-estabelecidos para
verificar o estado em que o material se encontra após as solicitações que vier a sofrer, seja ele
frágil, quando rompe de forma repentina, ou dúctil, quando passa por uma deformação plástica,
isto é, escoa até um certo ponto para então romper.
Para casos em que o material é considerado dúctil, um dos critérios mais usados
conforme Beer et. Al. (2009), é o critério de tensão de von Misses que é baseado na teoria de
von Misses-Hencky, também conhecida como teoria da energia de distorção máxima.
Essa teoria afirma que um material dúctil começa a escoar em um local onde a tensão
de von Misses se torna igual ao limite de tensão. Na maioria dos casos, o limite de escoamento
é usado como limite de tensão.
(1)
𝜎 ′ = √𝜎𝑥 ² + 𝜎𝑥 . 𝜎𝑦 + 𝜎𝑦 ² − 2𝜏𝑥𝑦 ² > 𝑆𝑦
Para que seja possível avaliar o desgaste e as características de falhas destes mancais,
torna-se necessário conhecer as caracterizar dos mesmos. Desta forma, a seguir, apresenta-se
algumas técnicas utilizadas na determinação das propriedades mecânicas de materiais.
28
a) Brinell
2𝑃 (2)
𝐻𝐵 =
𝜋𝐷(𝐷 − √𝐷2 − 𝑑 2 )
Onde “P” é o valor da carga aplicada (em kgf), “D” é o diâmetro do penetrador e “d” é
o diâmetro da impressão resultante, ambos em milímetros. Como principal desvantagem do
ensaio Brinell se tem o tamanho do penetrador, que muitas vezes causa danos consideráveis à
peça analisada.
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Para garantir um bom resultado, a medição do diâmetro da impressão deve ser feita em
pelo menos duas direções. Além disso, para obter resultados adequados é necessário manter
constante a relação:
𝑃 (3)
𝐷²
b) Rockwell
A carga inicial aplicada é 10 kgf, seguida por uma carga de 60, 100 ou 150 kgf, conforme
a escala utilizada.
eletromagnético visível e ultravioleta. No caso dos metais permite que seja definida a
composição da liga do material estudado.
3 METODOLOGIA
•Determinar as cargas
2º atuantes no semieixo e nos
mancais da caixa planetária
4º •Redimensionar os mancais
existentes
Fonte: O Autor
Para analisar o desgaste nos mancais do sistema, faz-se necessário o conhecimento das
propriedades mecânicas que os compõem. Como apresentado no capítulo 2, as técnicas
utilizadas na determinação das propriedades mecânicas dos materiais são as seguintes: ensaio
de dureza e espectrometria. A seguir, apresenta-se a metodologia utilizada na determinação das
propriedades dos mancais e da caixa planetária.
Para este tipo de análise foi escolhido primeiramente a escala de dureza Rockwell, pois
de acordo com Callister & Rethwisch (2013), é o método mais simples de ser usado. Para se
obter um valor mais correto foram feitas cinco medições em cada amostra. Conforme ilustrado
na tabela 3, a média das medições em cada amostra foi convertida para a escala Brinell para
então ser comparada com a dureza de um material conhecido.
Como resultado, temos as caracterizações das ligas que compõem cada amostra
ensaiada, de acordo com as informações apresentadas na Tabela 4.
Mg <0,00200 <0,00200
B 0,00040 <0,00010
Fe <99,60000 <99,60000
Fonte: O autor
Pode-se, a partir dos dados obtidos com os ensaios de dureza e espectrometria, comparar
os dados com a Tabela 5, assumir que o mancal é constituído de um aço com características
semelhantes a um SAE 1006, que para fins de cálculo, será o material considerado.
Amostra Material
Mancal de deslizamento (contato Aço Baixo carbono SAE 1006
engrenagem)
Mancal de deslizamento (contato caixa Aço Baixo carbono SAE 1006 com
planetária) tratamento superficial
36
Fonte: O Autor
Fonte: O autor
Como se vê, a metodologia proposta pelo autor, adaptada para o presente estudo, é
representada nas seguintes etapas:
Para facilitar a compreensão dos cálculos apresentados, na figura 16, ilustra-se uma
representação simplificada do sistema diferencial e o sistema de transmissão do trator em
estudo.
Fonte: O autor
Com base nos conceitos apresentados na seção 2.1, primeiramente, considera-se que a
engrenagem (1) acoplada ao eixo do motor (árvore primária) aciona a árvore secundária da
caixa de marchas (2). Desta forma, supondo que a engrenagem acoplada (sinônimo) ao eixo do
motor é composta por 19 dentes e, a engrenagem acoplada à arvore secundaria é constituída de
47 dentes, logo, obtém-se que a primeira relação de engrenagens é definida da seguinte maneira:
onde Tmotor refere-se ao torque fornecido pelo motor e ZE2/ ZE1 consiste na relação entre as
engrenagens do motor e da arvore secundaria.
onde Tsecundaria refere-se ao torque fornecido pela arvore secundaria e ZE4/ ZE3 consiste na relação
entre as engrenagens da arvore secundaria e da arvore terciaria.
Como dito na seção 2.1, os tratores são meios de transporte que, comparados com
veículos convencionais, transmitem uma relação de torque maior da caixa de marchas para o
sistema diferencial. Por este motivo, os tratores dispõem de uma relação de engrenagens
adicional(5), o qual é acoplada entre a arvore terciaria e o eixo pinhão. Assim, se a arvore
terciaria e composta por uma engrenagem de 11 dentes e o eixo pinhão por uma engrenagem
de 46 dentes, assim, define-se que o torque no eixo pinhão é dado por:
onde Teixopinhão refere-se ao torque fornecido pelo motor e ZE6/ ZE5 consiste na relação entre as
engrenagens da arvore terciaria e da eixo pinhão.
Como observa-se na Figura 16, no eixo pinhão é acoplada uma engrenagem cônica(6),
na qual transmite o movimento para a coroa do diferencial(7). Então, considerando que a
engrenagem cônica (eixo pinhão) tem 12 dentes e a coroa do diferencial possui 45 dentes tem-
se que:
Reescrevendo:
Nas engrenagens cônicas, mesmo de dentes retos, a força normal W que o pinhão faz
sobre a coroa, e vice-versa, pode ser decomposta em três componentes conforme Figura 17:
𝑊𝑡 = 𝑊. 𝑐𝑜𝑠 𝜃 (17)
Neste trabalho, parte-se do pressuposto que a potência é transmitida pelo eixo pinhão a
caixa planetária, que por sua vez transmite movimento ao semieixo. Além disso, considera-se
que quando um dos lados do veículo está freado, o torque é transmitido integralmente, pelo
sistema diferencial.
𝑇 = 𝑊. 𝑟𝑎𝑣 (19)
Reescrevendo:
Neste trabalho, parte-se do pressuposto que a potência é transmitida pelo eixo pinhão a
caixa planetária, que por sua vez transmite movimento ao semieixo. Além disso, considera-se
que quando um dos lados do veículo está freado, o torque e transmitido integralmente, pelo
sistema diferencial.
Autores como Norton (2011), Beer (2009), entre outros, definem que, para um estado
plano de tensões, o critério de falha pelo método de von misses é representado de acordo com
a Equação (23).
(24)
𝜎 ′ = √𝜎𝑥 ² + 𝜎𝑥 . 𝜎𝑦 + 𝜎𝑦 ² − 2𝜏𝑥𝑦 ² > 𝑆𝑦
Neste trabalho, o método adotado para determinar as tensões de von misses pode ser
descrita na Figura 18.
Fonte: O Autor
Fonte: O Autor
44
Como se vê, para determinar as cargas atuantes no mancal, neste estudo, assume-se que
as forças axiais e radiais associadas aos esforços das engrenagens cônicas (seção 2.1.2.b) são
integralmente distribuídas para a região de maior solicitação do mancal, nos quais os esforços
são submetidos.
Levando-se em conta que o mancal está submetido por forças axiais e radiais, define-se
que as tensões no mancal podem ocorrer de três maneiras: 1) tensões cisalhantes em função da
forca axial, 2) tensões normais provocadas pelas tensões radiais; e, por fim, 3) tensões
cisalhantes devido as forças axiais.
As tensões normais devido as forças axiais (σx) partem do pressuposto que, como a
forças axiais (Fa) encontram-se perpendiculares a face do mancal, logo, a tensão normal pode
ser definida como:
𝐹𝑎 (25)
𝜎𝑥 =
𝐴𝑎𝑥𝑖𝑎𝑙
Fonte: O Autor
𝐹𝑎 (26)
𝜎𝑥 = 𝜋
. (𝐷2 − 𝑑2)
4
Por fim, define-se as tensões normais em função da forca axial (σx) da seguinte maneira:
20162,36𝑁 (27)
𝜎𝑥 = 𝜋 = 8186069,53𝑁/𝑚² = 8,18 𝑀𝑃𝑎
.(0,072 −0,0422 )
4
Para determinar as tensões normais em função das forças radiais (σy) considera-se que,
como forças radiais (Fr) são perpendiculares a superfície de contato do mancal em relação ao
eixo, a tensão normal atuante no mancal da seguinte maneira:
𝐹𝑟 (28)
𝜎𝑦 =
𝐴𝑟𝑎𝑑𝑖𝑎𝑙
Fonte: O Autor
𝐹𝑟 (29)
𝜎𝑦 =
𝑑. 𝑡
Por fim, define-se as tensões normais pelas forças radiais (𝜎𝑦 ) são definidas da seguinte
maneira:
13599,58𝑁 (30)
𝜎𝑦 = = 215866349,19𝑁/𝑚² = 215,86𝑀𝑃𝑎
0,042𝑚. 0,0015𝑚
𝐹𝑎 (31)
𝜏𝑥𝑦 =
𝐴𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑛𝑡𝑒
47
Fonte: O Autor
𝐹𝑟 (32)
𝜏𝑥𝑦 =
2𝜋𝑟. 𝑡
Por fim, define-se as tensões normais pelas forças radiais (𝜏𝑥𝑦 ) são definidas da seguinte
maneira:
13599,58𝑘𝑁 𝑁 (33)
𝜏𝑥𝑦 = = 16213036,56 2 = 16,21 𝑀𝑃𝑎
2𝜋0,089𝑚. 0,0015𝑚 𝑚
Assim, considerando as tensões determinadas no item (b), conclui-se que a região crítica
do mancal pode ser representada no estado plano de tensões representado pela Figura 23.
48
(34)
𝜎 ′ = √𝜎𝑥 ² + 𝜎𝑥 . 𝜎𝑦 + 𝜎𝑦 ² − 2𝜏𝑥𝑦 ² > 𝑆𝑦
(35)
𝜎 ′ = √8,18² + 8,18. 215,86 + 215,86² − 2.16,21² = 218,86𝑀𝑃𝑎
Fonte: o Autor
𝐹 (36)
𝑃𝑆 = (𝐷 2 −𝑑2 )
𝜋. 4
Onde:
20162,36𝑁 (37)
𝜎𝑥 = 𝜋 = 8186069,53𝑁/𝑚² = 8,18 𝑀𝑃𝑎
. (0,072 − 0,0422 )
4
4 CONCLUSÕES
Através do presente trabalho, conclui-se que, com o uso da metodologia aplicada, pode-
se determinar as cargas aplicadas sobre o mancal e constatou-se que de fato ele estava operando
com uma tensão muito próxima ao limite da tensão de escoamento.
Através da equação para determinação da tensão de Von Mises, não obteve-se um valor
acima a tensão de escoamento do material, porém muito próximo. Em virtude dessa
proximidade optou-se pelo redimensionamento do componente baseado em autores como
Shigley (2005) Norton (2011) e Melconian (2012), onde pode-se observar que após as
alterações, a tensão de escoamento ficou bem mais elevada em virtude da mudança de material
do componente e com isso para o mesmo carregamento o material não irá falhar, e a vida útil
tanto do mancal quando dos demais componentes do sistema diferencial irão aumentar
consideravelmente.
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REFERÊNCIAS
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McGraw Hill, 2009.
COLPAERT, H. Metalografia dos produtos siderúrgicos comuns. 4ª. ed. São Paulo:
Blucher, 2008.
DE SOUZA, S. A. Ensaios Mecânicos de Materiais Metálicos. 5ª. ed. São Paulo: Edgard
Blucher, 2012.
HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais. 7ª. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
NORTON, R. L. Machine design: an integrated approach. 4ª. ed. Boston: Prentice Hall,
2011.
PADOVAN, L. A.; DOS ANJOS, H. S.; NETTO, L. Operação de tratores agrícolas. São
Paulo: SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, 2010.
VAN VLACK, L. H. Princípios de ciência dos materiais. São Paulo: Edgard Blücher, 1970.