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JUN 2000 NBR 14538


Lâmpada fluorescente com reator
integrado à base para iluminação
ABNT – Associação geral - Requisitos de segurança
Brasileira de
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
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CEP 20003-900 – Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro – RJ
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www.abnt.org.br ABNT/CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade
CE-03:034.01 - Comissão de Estudo para Lâmpadas Elétricas
NBR 14538 - Self-ballasted lamps for general lighting services - Safety
requirementrs
Descriptors: Lamp. Lighting service
Esta Norma foi baseada na IEC 60968:1988 e Emenda nº 1:1991
Copyright © 2000,
ABNT–Associação Brasileira Válida a partir de 31.07.2000
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/ Palavras-chave: Lâmpada. Iluminação 11 páginas
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados

Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definições
4 Prescrições gerais e de ensaio
5 Identificação
6 Intercambiabilidade
7 Proteção contra choque elétrico
8 Resistência de isolamento e rigidez dielétrica após tratamento com umidade
9 Resistência à torção
10 Elevação de temperatura da base
11 Resistência ao calor
12 Resistência à chama e ignição
13 Condições de falha
ANEXOS
A Ensaio para se determinar quando uma parte condutora é uma parte viva que pode provocar choque elétrico
B Medição de corrente de fuga em alta freqüência
Prefácio

A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre
os associados da ABNT e demais interessados.

Esta Norma baseia-se na primeira edição da IEC 60968:1988 e já incorpora a emenda no 1:1991.

Nesta Norma, os seguintes caracteres são utilizados:

- Requisitos propriamente ditos: caracteres romanos;

- Métodos de ensaio: caracteres itálicos;

- Notas explanatórias: caracteres romanos pequenos.

Esta Norma contém o anexo A, de caráter normativo, e o anexo B, de caráter informativo.


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2 NBR 14538:2000

1 Objetivo

Esta Norma especifica os requisitos de segurança e intercambiabilidade, juntamente com os métodos de ensaio e
condições requeridas para demonstrar a conformidade de lâmpadas fluorescentes tubulares, com dispositivos integrados à
base para controlar o acendimento e o funcionamento estável (lâmpadas com reator integrado), destinadas ao uso
doméstico e iluminação geral similar, tendo:

- potência nominal até 60 W, inclusive;

- tensão nominal de 100 V a 250 V;

- freqüência nominal de 50 Hz ou 60 Hz;

- bases com rosca Edison.

NOTAS

1 As prescrições e tolerâncias permitidas por esta Norma são relativas ao ensaio de tipo. A conformidade da amostra para o ensaio de tipo
não garante a conformidade de toda a produção do fabricante com esta norma de segurança.

2 No Brasil são aceitas somente lâmpadas que operem atendendo os requisitos mínimos desta Norma nas seguintes tensões e freqüência:
127 V ou 220 V com freqüência de 60 Hz.

3 O bulbo da lâmpada contém mercúrio metálico (Hg).

2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,
recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais
recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.

NBR IEC 60061-1:1998 - Bases de lâmpadas, porta-lâmpadas, bem como gabaritos para o controle da intercambiabi-
lidade e segurança - Parte 1: Bases de lâmpadas
NBR IEC 60360:1996 - Método-padrão para determinação da elevação da temperatura da base da lâmpada

IEC 60061-2:1969 - Lamp caps and holders together with gauges for the control of interchangeability - Part 2:
Lampholders

IEC 60061-3:1969 - Lamp caps and holders together with gauges for the control of interchangeability - Part 3: Gauges

IEC 60238:1996 - Edison screw lampholders


IEC 60249-1:1982 - Base materials for printed circuits - Part 1: Test methods
IEC 60695-2-1:1991 - Fire hazard testing - Part 2: Test methods - Section 1: Glow wire test and guidance

IEC 60695-2-2:1991 - Fire hazard testing - Part 2: Test methods - Section 2: Needle-flame test
3 Definições

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:

3.1 lâmpada com reator integrado à base: Conjunto que não pode ser desmontado sem ser permanentemente danifi-
cado, provido de uma base de lâmpada e incorporando uma fonte de luz, bem como os elementos adicionais necessários
para acendimento e operação estável da fonte de luz.

3.2 tipo: Lâmpadas que, independentemente do tipo de base, são equivalentes em características fotométricas e elétricas.

3.3 tensão nominal: Tensão ou faixa de tensão de rede à qual se destina a lâmpada de acordo com a declaração do
fabricante.

3.4 tensão de ensaio: Tensão em que os ensaios são realizados.

3.5 potência nominal: Potência total, em watts, absorvida pelo conjunto formado pelo reator e a lâmpada funcionando nas
condições nominais de tensão e freqüência.

3.6 freqüência nominal: Freqüência de rede à qual se destina a aplicação da lâmpada.

3.7 fluxo luminoso nominal: Fluxo marcado na lâmpada ou declarado como tal pelo fabricante ou vendedor responsável.

3.8 manutenção do fluxo luminoso: Fluxo luminoso em um dado momento na vida da lâmpada, dividido pelo valor inicial
do fluxo da lâmpada, sendo o resultado expresso como uma porcentagem do fluxo luminoso inicial.

3.9 valores iniciais: Características fotométricas e elétricas no final do período de 100 h de sazonamento.
3.10 vida (individual de uma lâmpada): Período de tempo, em horas, durante o qual uma lâmpada completa funciona até
que ocorra a falha ou até que seja atingido outro ponto estabelecido nesta Norma como critério de avaliação da vida da
lâmpada.
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3.11 vida mediana (vida até 50% de falhas): Período de tempo, em horas, durante o qual 50% das lâmpadas atingem o
fim de suas vidas individuais.
3.12 vida mediana nominal (vida nominal até 50% de falhas): Vida declarada pelo fabricante ou vendedor responsável
como sendo o intervalo de tempo, em horas, no fim do qual é esperado que 50% das lâmpadas de qualquer quantidade
significativa atinjam o fim de suas vidas individuais.
3.13 cor: As características de cor de uma lâmpada são definidas pela cor percebida e pela reprodução da cor.
a) a cor própria de uma lâmpada é chamada de cor percebida ou aparência de cor e é definida em termos de valores
tristímulos espectrais (coordenadas de cromaticidade), de acordo com recomendações da International Commission on
Illumination - CIE;
b) as características espectrais da luz emitida por uma lâmpada têm um efeito na aparência dos objetos que ela ilumina;
este efeito é chamado de reprodução da cor.
3.14 cor nominal: Aparência de cor conforme declarada pelo fabricante ou vendedor responsável, ou cor correspondente à
designação da cor marcada na lâmpada.
3.15 tempo de acendimento: Tempo necessário, após ligação à tensão de alimentação, para que a lâmpada acenda
completamente e permaneça acesa.
3.16 tempo de estabelecimento de regime (tempo para atingir 80% do fluxo luminoso nominal): Tempo necessário,
após a ligação à tensão nominal de alimentação, para que a lâmpada alcance 80% de seu fluxo luminoso estabilizado.
3.17 tempo de estabilização: Tempo que a lâmpada necessita permanecer acesa para se obterem características
elétricas e fotométricas estáveis de funcionamento.
3.18 ensaio de tipo: Ensaio ou série de ensaios realizados em uma amostra para ensaio de tipo, com o objetivo de
verificar a conformidade do projeto de um dado produto com os requisitos da especificação correspondente.
3.19 amostra para ensaio de tipo: Amostra consistindo em uma ou mais unidades similares, apresentada pelo fabricante
ou vendedor responsável para ser submetida ao ensaio de tipo.
λ): Potência medida na entrada de alimentação do conjunto reator e lâmpada.
3.20 fator de potência - Símbolo FP(λ
3.21 lâmpada com alto fator de potência: Lâmpada com fator de potência não inferior a 0,92.
NOTA - O fator de potência leva em consideração a distorção da forma de onda da corrente de alimentação.

∆tS): Elevação da temperatura (acima da ambiente) da superfície de um porta-


3.22 elevação de temperatura da base (∆
lâmpada padrão de ensaio, montado em uma lâmpada, quando medida de acordo com o método-padrão descrito na
NBR IEC 60360.
3.23 parte viva: Parte condutora que pode, em condições normais de uso, provocar choque elétrico.
3.24 temperatura máxima de funcionamento do invólucro da base de uma lâmpada - Símbolo tc: Valor máximo de
temperatura admissível na superfície externa do invólucro da base (ou no local indicado, se houver) funcionando em
condições normais e alimentada com a tensão nominal ou no limite superior da faixa de tensão nominal e temperatura
ambiente para os quais foram especificados.
3.25 eficiência (lm/W): Relação entre o fluxo luminoso nominal e a potência nominal.
4 Prescrições gerais e de ensaio
4.1 As lâmpadas com reator integrado devem ser projetadas e construídas de maneira tal que, em uso normal, funcionem
confiavelmente e não apresentem nenhum perigo ao usuário ou ao ambiente.
Em geral, a conformidade é verificada pela realização de todos os ensaios especificados.
4.2 Todas as medições, a menos que seja especificado diferentemente, devem ser realizadas em tensão e freqüência
nominais, em um ambiente sem correntes de ar, a uma temperatura de 25oC ± 1oC.
Se as lâmpadas são marcadas com uma faixa de tensão, a tensão nominal é tomada como a média da faixa de tensão
marcada.
NOTA – Para lâmpadas comercializadas para o uso no território brasileiro, as medições devem ser realizadas em tensão de 127 V ou
220 V, e freqüência de 60 Hz.

4.3 As lâmpadas com reator integrado são unidades seladas em fábrica, não sendo passíveis de reparos. Porém, para
simular as condições anormais ou de falha (conforme seções 12 e 13), elas podem ser abertas.
5 Identificação
5.1 As seguintes informações devem ser obrigatoriamente marcadas nas lâmpadas, de forma legível e permanente:
a) marca de origem (que pode assumir a forma de marca comercial, nome do fabricante ou nome do revendedor
responsável);
b) tensão ou faixa de tensão nominal (marcada em "V" ou "volts");

c) potência nominal (marcada em “W” ou “watts”);


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d) freqüência nominal de alimentação (marcada em "Hz");

e) fator de potência FP(λ);

f) temperatura máxima do invólucro tc em graus Celsius (ºC);

g) faixa de temperatura ambiente para o funcionamento satisfatório da lâmpada na tensão nominal declarada (ta) em
graus Celsius (ºC);

h) corrente ou faixa de corrente nominal (marcada em “A” ou “mA”).

NOTA - Caso o fator de potência seja inferior a 0,95 e tenha característica capacitiva, o seu valor numérico deve ser seguido da letra C.
Exemplo: FP (λ) ≥ 0,65C.

5.2 Externamente na embalagem devem ser fornecidas as informações de 5.1, complementadas com as abaixo:

a) fluxo luminoso nominal (lm);

b) posição de funcionamento, se houver restrições. Caso o fluxo luminoso varie mais do que 5% devido ao posi-
cionamento da lâmpada, deve ser advertido na embalagem;

c) para lâmpadas com peso significativamente maior que o daquelas para as quais elas são substitutas, convém que
seja dada atenção ao fato de que o aumento de peso pode reduzir a estabilidade mecânica de certas luminárias;

d) condições especiais ou restrições que devem ser observadas para o funcionamento da lâmpada, por exemplo,
funcionamento em circuitos com graduação do tipo dimmer;

e) vida mediana nominal, em horas;

f) tempo para atingir 80% do fluxo luminoso nominal:

- Exemplo: Fluxo luminoso (80%):____s;

g) se o bulbo da lâmpada contém mercúrio metálico (Hg).

5.3 A conformidade é verificada conforme segue:

a) presença e legibilidade das identificações, requeridas em 5.1 e 5.2 - por inspeção visual;

b) a durabilidade da identificação na lâmpada é verificada pela tentativa de removê-la, friccionando-a levemente com um
pedaço de tecido macio umedecido com água, por um período de 15 s e, após secagem, por outro período de 15 s, com
um pedaço de tecido macio embebido em benzina. A identificação deve permanecer legível após o ensaio.

NOTA - 0 produto utilizado deve ser: um solvente à base de hexano com um conteúdo máximo de cadeias aromáticas de 0,1 % em volume
e de "kauri"-butanol de valor 29; apresentar uma temperatura de ebulição inicial de aproximadamente 65°C; uma temperatura de ebulição
3
final de aproximadamente 69°C e uma densidade de 0,68 g/cm .

6 Intercambiabilidade

6.1 A intercambiabilidade deve ser assegurada pelo uso de calibre de acordo com a NBR IEC 60061-1.

6.2 A conformidade da combinação da base e bulbo é verificada utilizando-se os gabaritos para verificação das dimensões
que controlam a intercambiabilidade, de acordo com a tabela 1.

Os gabaritos são aqueles mostrados na folha de especificação incluída na IEC 60061-3

6.3 As lâmpadas com reator integrado devem possuir uma massa não superior a 1 kg e não devem transmitir ao porta-
lâmpada um momento fletor superior a 2 N.m.

A conformidade é verificada por medição.

Tabela 1 - Gabaritos para intercambiabilidade e dimensões das bases das lâmpadas

Folha de especificação
Base da lâmpada Dimensões da base a serem verificadas com o gabarito o
do gabarito n

Dimensões máximas do filete da rosca 7006-27B

E27 Diâmetro principal mínimo do filete de rosca da base 7006-28A


Realização do contato 7006-50
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7 Proteção contra choque elétrico


As lâmpadas com reator integrado devem ser construídas de tal modo que, sem qualquer invólucro adicional em forma de
luminária, nenhuma parte metálica interna ou parte metálica viva da base da lâmpada seja acessível, quando a lâmpada é
instalada no porta-lâmpada de acordo com a IEC 60238.
A conformidade é verificada por meio do dedo padrão de ensaio especificado na figura 1, se necessário, com uma força de
10 N.
As lâmpadas com bases de rosca Edison devem ser projetadas de tal modo que satisfaçam aos requisitos para
inacessibilidade especificados para lâmpadas para uso em iluminação geral (GLS).
A conformidade é verificada com o auxílio do gabarito especificado na edição em vigor da folha de especificação 7006-51A,
para bases E27, constante na IEC 60061-3.
As partes metálicas externas que não sejam as partes condutoras de corrente não devem ser nem tornar-se vivas
(verificação conforme o anexo A). Para ensaio, qualquer material móvel condutor deve ser colocado na posição mais des-
favorável, sem o uso de ferramenta.
A conformidade é verificada por meio dos ensaios de resistência de isolamento e rigidez dielétrica (ver seção 8).
As lâmpadas cujos reatores com capacitância total superior a 0,5 µF devem ser projetadas para que a tensão não
ultrapasse 50 V 1 min após o seu desligamento da fonte de alimentação quando alimentada a tensão nominal.
8 Resistência de isolamento e rigidez dielétrica após tratamento com umidade
A resistência de isolamento e a rigidez dielétrica devem ser adequadas entre as partes metálicas condutoras de corrente e
as partes acessíveis da lâmpada.
8.1 Resistência de isolamento
A lâmpada deve ser condicionada durante 48 h, em uma cabine contendo ar com umidade relativa entre 91% e 95%.
o
A temperatura do ar deve ser mantida constante, dentro de uma variação de 1 C, em torno de qualquer valor conveniente
o o
entre 20 C e 30 C.
A resistência de isolamento deve ser medida na cabine úmida com uma tensão elétrica c.c. de aproximadamente 500 V,
1 min após a aplicação da tensão. A resistência de isolamento entre as partes metálicas condutoras de corrente da base e
as partes acessíveis da lâmpada (as partes acessíveis constituídas de material isolante são cobertas por um filme metálico)
não deve ser inferior a 4 MΩ.
8.2 Rigidez dielétrica
Imediatamente após o ensaio de resistência de isolamento, as mesmas partes especificadas em 8.1 devem suportar um
ensaio de tensão elétrica, por 1 min, com uma tensão 4 kV c.a., conforme segue:
Durante o ensaio, as partes vivas da base são curto-circuitadas.
Inicialmente, aplica-se uma tensão não superior à metade da tensão prescrita. Em seguida, a tensão é gradualmente
aumentada até atingir o valor pleno.
Nenhuma descarga externa ou ruptura deve ocorrer durante o ensaio. As medições devem ser realizadas externamente à
cabine úmida e após a retirada das gotas d’agua visíveis.

NOTA - A distância entre o filme e as partes condutoras de corrente não deve ser inferior a 10 mm.

9 Resistência à torção
A base deve permanecer firmemente fixada ao bulbo ou àquela parte da lâmpada que é usada para rosquear ou
desenroscar a lâmpada, quando submetida ao torque de 3 N.m:
O ensaio é realizado por meio dos porta-lâmpada de ensaio mostrados na figura 2 .
O torque não deve ser aplicado de forma brusca, mas sim aumentado progressivamente de zero ao valor especificado.
o
No caso de bases não cimentadas, é permitido um movimento relativo entre a base e o bulbo, desde que não exceda 10 .
Após o ensaio de resistência mecânica, a amostra deve satisfazer aos requisitos de acessibilidade (ver seção 7).
10 Elevação de temperatura da base
A elevação de temperatura da base ∆ts, após o período de estabilização, não deve exceder o valor de 120ºC, quando
medida nas condições especificadas na NBR IEC 60360.
NOTA - O valor acima corresponde a uma lâmpada incandescente de 60 W máx. e é destinado a prevenir problemas de aquecimento em
luminárias de lâmpadas incandescentes que foram ensaiadas com uma lâmpada para ensaio de aquecimento (HTS), para verificar suas
características térmicas.

As medições devem ser realizadas à tensão nominal. Se a lâmpada for marcada com uma faixa de tensão, a medição deve
ser realizada à tensão média da faixa, desde que os limites da faixa não se afastem em mais de 2,5% da tensão média.
Para lâmpadas com uma faixa mais ampla, a medição deve ser feita com o valor mais elevado da faixa.
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11 Resistência ao calor

As lâmpadas com reator integrado devem ser suficientemente resistentes ao calor. As partes externas de material isolante,
destinadas à proteção contra choque elétrico, e as partes de material isolante com função de manter as partes vivas em
posição devem ser suficientemente resistentes ao calor.

A conformidade é verificada submetendo-se as partes ao ensaio de pressão de esfera por meio do aparelho mostrado na
figura 3.

O ensaio é realizado em uma estufa a uma temperatura 25oC ± 5oC acima da temperatura de funcionamento da parte
o
correspondente, de acordo com a seção 10, com um mínimo de 125 C. A superfície das partes a serem ensaiadas é
colocada na posição horizontal e uma esfera de aço de 5 mm de diâmetro é pressionada contra essa superfície com uma
força de 20 N.

Antes de iniciar o ensaio, a carga de ensaio e os dispositivos de suporte são colocados dentro da estufa por um tempo
suficiente para assegurar que eles tenham atingido a temperatura estabilizada de ensaio.

A parte a ser ensaiada é colocada na estufa por um período de 10 min, antes da aplicação da carga de ensaio.

Se a superfície sob ensaio se curvar, a parte onde a esfera exerce pressão é apoiada. Com esse objetivo, se o ensaio não
puder ser realizado na amostra completa, pode-se cortar uma parte conveniente para o ensaio.

O corpo-de-prova deve ter pelo menos 2,5 mm de espessura, mas se essa espessura não for disponível no corpo-de-prova,
então dois ou mais pedaços são superpostos.

Após 1 h, a esfera é removida do corpo-de-prova, que é então imerso, por 10 s, em água fria para resfriamento até a
temperatura ambiente, aproximadamente. O diâmetro da marca produzida pela esfera no corpo-de-prova é medido não
deve exceder 2 mm.

NOTAS

1 Na eventualidade de superfícies curvas, se a marca for elíptica, é medido o eixo menor.

2 Em caso de dúvida, mede-se a profundidade da marca e calcula-se o diâmetro, utilizando-se a equação:

φ=2 p ( 5 − p)

Onde p é a profundidade da marca.

3 O ensaio não é realizado em partes de material cerâmico.

12 Resistência à chama e ignição

12.1 As partes de material isolante que mantêm as partes vivas em posição e as partes externas de material isolante, que
fornecem proteção contra choques elétricos são submetidas ao ensaio com fio incandescente conforme a IEC 60695-2-1,
tendo-se em conta os detalhes a seguir.

- O corpo-de-prova é uma lâmpada completa. Pode ser necessário retirar partes da lâmpada para realizar o ensaio, mas
deve-se ter o cuidado de assegurar que as condições de ensaio não sejam significativamente diferentes daquelas que
ocorrem em uso normal.

- O corpo-de-prova é montado no carrinho e pressionado contra a ponta do fio incandescente, com uma força de 1 N,
aplicada no centro da superfície a ser ensaiada, de preferência a 15 mm ou mais da sua borda superior. A penetração
do fio incandescente no corpo-de-prova é limitada mecanicamente a 7 mm.

Se não for possível realizar o ensaio em um corpo-de-prova conforme descrito acima, porque este possui dimensões muito
pequenas, o ensaio é realizado em um corpo-de-prova à parte do mesmo material, constituído de um quadrado de 30 mm
de lado e com uma espessura correspondente à menor espessura do corpo-de-prova.

- A temperatura da ponta do fio incandescente é 650oC. Após 30 s, o corpo-de-prova é retirado do contato com o fio
incandescente.

A temperatura do fio incandescente e a corrente de aquecimento são mantidas constantes por 1 min, antes de iniciar-se o
ensaio. Deve-se tomar cuidado para garantir que o calor radiante não influencie o corpo-de-prova durante esse período. A
temperatura da ponta do fio incandescente é medida por meio de um termopar de fio fino recoberto, construído e calibrado
conforme descrito na IEC 60695-2-1.

- Qualquer chama ou incandescência no corpo-de-prova deve extinguir-se dentro de 30 s, a partir da remoção do fio
incandescente e qualquer gotejamento de material em chamas não deve provocar a ignição de um papel do tipo seda,
estendido horizontalmente, a uma distância de 200 mm ± 5 mm abaixo do corpo-de-prova.

NOTA - O ensaio não é realizado em partes de material cerâmico.


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12.2 As partes de material isolante em contato com partes vivas ou partes externas com função de proteção com choques
elétricos são submetidas ao ensaio de "chama em forma de agulha", de acordo com a IEC 60695-2-2, observando-se as
seguintes condições:

- a amostra para ensaio é constituída de uma única lâmpada completa;

NOTA - Caso seja necessária a remoção de partes da lâmpada para realização do ensaio, deve-se assegurar que as condições de
ensaio não se desviem significativamente das condições normais de uso.

- a chama de ensaio é aplicada no centro da superfície a ser ensaiada durante 10 s;

- qualquer chama auto-sustentável deve extinguir-se 30s após a retirada da chama de ensaio. As fagulhas produzidas
2 2
não devem incendiar um conjunto de cinco camadas de papel com gramatura entre 12 g/m e 25 g/m , dispostas hori-
zontalmente sob a lâmpada e estendendo-se 200 mm ± 5 mm além das superfícies externas do mesmo.
As placas de circuito impresso devem ser ensaiadas de acordo com a 4.3 da IEC 60249-1:1982.

13 Condições de falha

As lâmpadas não devem prejudicar a segurança, quando operadas em condições de falha.

As condições de falha seguintes são aplicadas, uma de cada vez, assim como qualquer outra condição de falha associada
a elas que possa resultar como conseqüência lógica. Somente um componente por vez é submetido a uma condição de
falha:
a) em um circuito acionado por starter, este está curto-circuitado;

b) a lâmpada não acende, porque um dos catodos está quebrado;

c) a lâmpada não acende, embora os circuitos dos catodos estejam intactos (lâmpada desativada);
d) a lâmpada funciona, mas um dos catodos está desativado ou quebrado (efeito de retificação);

e) o conjunto lâmpada mais reator deve ser alimentado com o dobro da sua tensão de alimentação nominal.
O fabricante ou vendedor responsável deve submeter uma lâmpada especialmente preparada com a condição de falha
correspondente e, se possível, de modo tal que a falha seja introduzida acionando-se uma chave exterior à lâmpada.
Os fabricantes ou vendedores responsáveis devem apresentar evidências, por exemplo, demonstrando a conformidade
com a especificação correspondente, de que os componentes comportam-se de maneira tal que a segurança não seja
prejudicada.

No caso da condição de falha a), a conformidade é verificada fazendo-se o corpo-de-prova funcionar em ambiente livre de
corrente de ar, à temperatura ambiente e com uma tensão entre 90% e 110% da tensão nominal ou, no caso de uma faixa
de tensão, com uma tensão entre 90% e 110% da tensão média da faixa, até que sejam atingidas condições estáveis, e
introduzindo-se em seguida a condição de falha.
Nos casos das condições de falha b), c) ou d), aplicam-se as mesmas condições de funcionamento, mas a condição de
falha é introduzida no início do ensaio.

A amostra é em seguida ensaiada por um intervalo suplementar de 1 h. Durante este ensaio, a amostra pode apresentar
falha, desde que esta não comprometa a segurança, bem como não pode emitir chamas ou material em fusão ou produzir
gases a inflamáveis durante e ao final dos ensaios.

A verificação da emissão de chama ou de materiais fundidos que possam se constituir em uma ameaça à segurança é
realizada, envolvendo-se a amostra ensaiada em cinco camadas de papel com gramatura entre 12 g/m2 e 25 g/m2. O papel
não deve entrar em combustão.

Para verificar se os gases liberados pelas partes componentes são inflamáveis ou não, é feito um ensaio com gerador de
centelha de alta freqüência.
Para verificar se partes acessíveis se tornaram vivas, é feito um ensaio de acordo com a seção 7. A resistência de
isolamento é verificada com uma tensão c.c. de aproximadamente 1 000 V.
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Dimensões em milímetros

Tolerâncias para as dimensões sem indicação de tolerância:


para ângulos: 0/-10'
para dimensões lineares:
até 25 mm: 0/-0,05 mm
acima de 25 mm: ± 0,2 mm
Material do dedo: por exemplo, aço temperado.
o o
Ambas as articulações devem permitir o movimento angular de 90 , com uma tolerância de 0 a +10 , mas em uma só e mesma direção.
o
A utilização da solução pino-ranhura é apenas uma das possíveis alternativas para limitar em 90 o ângulo de dobramento. Por essa
razão, as dimensões e tolerâncias para esses detalhes não são dadas neste desenho. O projeto efetivo deve assegurar um ângulo de
o o
dobramento de 90 com uma tolerância de 0 a +10 .

Figura 1 - Dedo padrão de ensaio


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Dimensões em milímetros

O desenho destina-se somente a indicar as dimensões essenciais do porta-lâmpada.

Dimensão E27 Tolerância

C 32,0 Mín.
K 11,0 ± 0,3

O 23,0 ± 0,1

S 12,0 Mín.

O filete deve estar de acordo com os filetes dos porta-lâmpadas da IEC 60061-2.

Figura 2 - Porta-lâmpada para ensaio de torção em lâmpadas com bases rosqueadas

Figura 3 - Aparelho para ensaio de pressão de esfera

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/ANEXO A
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Anexo A (normativo)
Ensaio para se determinar quando uma parte condutora é uma parte viva que pode provocar choque elétrico

Para verificar se uma parte condutora é uma parte viva que pode provocar choque elétrico, os seguintes ensaios devem ser
executados com a lâmpada funcionando à tensão e freqüência nominais:

A.1 Medição da corrente que circula entre a parte em questão e a terra, utilizando-se um circuito de medição que
apresenta uma resistência não indutiva de 2 000 Ω ± 50 Ω

A parte em questão é considerada uma parte viva se a corrente medida ultrapassar 0,7 mA (valor de pico) ou 2 mA (valor
c.c.).

Para freqüências superiores a 1 kHz, o limite de 0,7 mA deve ser multiplicado pelo valor da freqüência em quilohertz e o
resultado não pode exceder 70 mA (valor de pico).

A.2 Medição da tensão entre a parte considerada e qualquer parte metálica acessível, utilizando-se um circuito de
medição que apresenta uma resistência não indutiva de 50 000 Ω

A parte em questão é considerada uma parte viva se a tensão medida ultrapassar 34 V (valor de pico). Neste ensaio um
dos pólos da fonte de alimentação deve estar conectado ao potencial de terra.

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/ANEXO B
Cópia não autorizada
NBR 14538:2000 11

Anexo B (informativo)
Medição de corrente de fuga em alta freqüência

B.1 A corrente de fuga devido ao contato com o bulbo das lâmpadas fluorescentes, funcionando em alta freqüência e
alimentadas por reatores eletrônicos, não deve exceder os valores eficazes indicados na figura B.1, os quais devem ser
medidos de acordo com B.2. Os limites de corrente de fuga para freqüências que diferem da faixa entre 20 kHz e 50 kHz
indicados figura B.1 devem ser obtidos por uma fórmula, cuja elaboração encontra-se em estudo.

B.2 Para a medição da corrente fuga capacitiva de alta freqüência em lâmpada fluorescente com reator integrado, deve ser
adotado o seguinte procedimento:

O tubo de vidro de uma das lâmpadas, que no caso deve ser aquela que fornece o maior valor de corrente de fuga, deve
ser envolvido com uma folha metálica de 75 mm de largura, conectada a um resistor não indutivo de 2 000 Ω, ao qual deve
ser conectado um equipamento de medição adequado.
A corrente de fuga, ou seja, a corrente de alta freqüência que flui da folha metálica através resistor de 2 000 Ω ± 50 Ω para
a terra, deve ser medida simulando-se a condição de funcionamento indicada na figura B.2.

I (m A )

20 kHz 35 kHz 50 kHz


500

375

250

125
85
60
35
0
1 01 2 3 4 5 6 7 8 9 1 02 2 3 4 5 6 7 8 9 1 03 2 x1 0 3

T e m p o (m s )

Figura B.1 - Limites para valores eficazes de corrente de fuga capacitiva em lâmpadas fluorescentes tubulares
funcionando em alta freqüência

Lâmpada alimentada
com tensão nominal

75 mm Folha metálica

2 000 Ω
Resistor não indutivo

Figura B.2 - Circuito de ensaio para a medição da corrente de fuga em alta freqüência

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