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ABNT NBR IEC 62560:2013

Lâmpadas LED com dispositivo de controle incorporado para serviços de


iluminação geral para tensão > 50 V — Especificações de segurança

Introdução

Já existem no mercado produtos à base de LED que substituem as lâmpadas


existentes, quer sejam lâmpadas incandescentes ou lâmpadas fluorescentes
com reator incorporado à base, ou substituto para lâmpadas halógenas com
filamento de tungstênio abaixo de 50 V.

Esta Norma abrange a faixa de tensão de alimentação de > 50 V até 250 V. Uma
norma de segurança para lâmpadas LED com tensões  50 V será proposta
posteriormente no tempo adequado.

Esse trabalho futuro também inclui consequentemente normas de desempenho


para todos os tipos de lâmpadas LED, incluindo requisitos fotométricos mínimos
para ensaio de tipo.

Devido à urgente necessidade de estabelecer esta Norma, esta será uma norma
única neste momento, não excluindo uma realocação futura como uma parte da
IEC 60968, self-ballasted lamps.

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Lâmpadas LED com dispositivo de controle incorporado para
serviços de iluminação geral para tensão > 50 V —
Especificações de segurança

1 Escopo

Esta Norma especifica os requisitos de segurança e intercambialidade,


juntamente com os métodos de ensaio e condições necessárias para demonstrar
a conformidade de lâmpadas LED, com meios integrados para um funcionamento
pleno (lâmpadas LED com reator incorporado), previstas para uso doméstico e
iluminação geral similar, tendo:

— potência nominal de até 60 W;

— tensão nominal de > 50 V até 250 V;

— bases de acordo com a Tabela 1.

Os requisitos desta Norma referem-se apenas aos ensaios de tipo.

As recomendações para o ensaio do produto ou ensaio de lote inteiro são


idênticas às previstas no Anexo C da ABNT NBR IEC 62031.

NOTA Sempre que nesta Norma o termo “lâmpada(s)” for usado, é entendido como
“lâmpada(s) LED com dispositivo de controle incorporado”, exceto onde é obviamente
atribuído a outros tipos de lâmpadas.

2 Referências normativas
Os seguintes documentos de referência são indispensáveis para a aplicação
deste documento. Para referências datadas, é aplicável apenas a edição citada.
Para referências não datadas, é aplicável a última edição documento
referenciado (incluindo emendas).

ABNT NBR IEC 60061-1, Bases de lâmpadas, porta-lâmpadas, bem como


gabaritos para o controle de intercambialidade e segurança – Parte 1: Bases de
lâmpadas

ABNT NBR IEC 60360, Método-padrão para determinação da elevação da


temperatura da base da lâmpada

ABNT NBR IEC 60598-1:2010, Luminárias – Parte 1: Requisitos gerais e ensaios

ABNT NBR IEC 60695-2-10:2006, Ensaios relativos ao risco de fogo – Parte 2-10:
Métodos de ensaio de fio incandescente/aquecido – Aparelhagem e método geral
de ensaio
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ABNT NBR IEC 60695-2-11:2006, Ensaios relativos ao risco de fogo – Parte 2-11:
Métodos de ensaio de fio incandescente/aquecido – Método de ensaio de
inflamabilidade para produtos acabados

ABNT NBR IEC 62031, Módulos de LED para iluminação em geral – Requisitos de
segurança

ABNT IEC/TS 62504, Termos e definições para LEDs e os módulos de LED de


iluminação geral

IEC 60061-3, Lamp caps and holders together with gauges for the control of
interchangeability and safety – Part 3: Gauges

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IEC 60432-1, Incandescent lamps – Safety specifications – Part 1: Tungsten
filament lamps for domestic and similar general lighting purposes
IEC 60529:1989, Degrees of protection provided by enclosures (IP Code)1
IEC 60695-2-12:2000, Fire hazard testing – Part 2-12: Glowing/hot-wire based test
methods – Glow-wire flammability test method for materials1
IEC 60695-2-13:2000, Fire hazard testing – Part 2-13: Glowing/hot-wire based test
methods – Glow-wire ignitability test method for materials1
IEC 61199:1999, Single-capped fluorescent lamps – Safety specifications1

IEC 61347-1:2007, Lamp controlgear – Part 1: General and safety requirements 1


IEC/TR 62471-2, Photobiological safety of lamps and lamps systems – Part 2:
Guidance on manufacturing requirements relating to non-laser optical radiation
safety
ISO 4046-4:2002, Paper, board, pulp and related terms – Vocabulary – Part 4:
Paper and board grades and converted products

3 Termos e definições

Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições das


ABNT IEC/TS 62504 e ABNT NBR IEC 62031, e os seguintes.

3.1
lâmpada LED com reator incorporado
unidade que não pode ser desmontada sem ser danificada permanentemente,
fornecida com uma base de lâmpada e incorporando uma fonte de luz LED e
quaisquer elementos adicionais necessários para um funcionamento pleno da
fonte de luz

NOTA Bases de lâmpadas são dadas na ABNT NBR IEC 60061-1.

3.2
tensão nominal
tensão ou faixa de tensão marcada na lâmpada

3.3
potência nominal
potência marcada na lâmpada

3.4
frequência nominal
frequência marcada na lâmpada
3.5
elevação de temperatura da base
 ts
elevação de temperatura superficial (acima da temperatura ambiente) de um
soquete de ensaio padrão montado com a lâmpada, quando medida em
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conformidade com o método-padrão, no caso de uma base de rosca Edison ou
uma base tipo baioneta

NOTA O método-padrão para base de rosca Edison ou base tipo


baioneta é dado na ABNT NBR IEC 60360.

1 Existe edição mais recente.

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3.6
parte viva
parte condutiva que pode causar um choque elétrico em uso normal

3.7
tipo
lâmpadas que, independentemente do tipo de base, têm uma classificação
elétrica idêntica

3.8
ensaio de tipo
ensaio ou uma série de ensaios realizados em uma amostra para ensaio do tipo
com a finalidade de verificar a conformidade do projeto de um produto com os
requisitos pertinentes desta Norma

3.9
amostra para ensaio de tipo
amostra constituída de uma ou mais unidades similares, apresentada pelo
fabricante ou fornecedor responsável para o efeito do ensaio do tipo

4 Requisitos gerais e requisitos gerais de ensaio


4.1 As lâmpadas devem ser projetadas e construídas de forma que, em uso
normal, funcionem de forma confiável e não causem qualquer perigo para o
usuário ou arredores.

Em geral, a conformidade é verificada através da realização de todos os ensaios


especificados.

4.2 Lâmpadas LED com dispositivo de controle incorporado são não reparáveis,
seladas de fábri- ca. Elas não podem ser abertas para quaisquer ensaios. Em
caso de dúvida, com base na inspeção da lâmpada e na análise do diagrama do
circuito, e de acordo com o fabricante ou fornecedor respon- sável, ou os
terminais de saída devem ser curto-circuitados, ou de acordo com o fabricante,
lâmpadas especialmente preparadas para que uma condição de falha possa ser
simulada devem ser submetidas a ensaio (ver Seção 13).

4.3 Em geral, todos os ensaios são realizados em cada tipo de


lâmpada ou, quan- do uma série de lâmpadas semelhantes é envolvida,
todos os ensaios são realizados para cada potência da série ou em uma
seleção representativa da série, conforme acordado com o fabricante.

4.4 Quando uma lâmpada falha em segurança durante um dos ensaios, ela é
substituída, desde que fogo, fumaça ou gás inflamável não seja produzido. Outros
requisitos de segurança são dados na Seção 12.

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5 Marcação
5.1 As lâmpadas devem ser marcadas de forma clara e indelével com as
seguintes informações obrigatórias:

a) marca de origem (isto pode tomar a forma de uma marca, o nome do


fabricante ou o nome do fornecedor responsável);

b) tensão nominal ou faixa de tensão nominal (marcado com “V” ou “volts”);

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c) potência nominal (marcada com “W” ou “watts”);

d) frequência nominal (marcada em “Hz”).

5.2 Além disso, as seguintes informações devem ser fornecidas pelo


fabricante na lâmpada ou no invólucro ou recipiente ou nas instruções de
instalação da lâmpada.

a) Posição de uso, se houver restrição, deve ser marcada com a simbologia


apropriada. Exemplos de símbolos são mostrados no Anexo B.

b) Corrente nominal (marcado com “A” ou “ampère”).

c) “Para lâmpadas com peso significativamente maior do que o das lâmpadas


que são substituidas, deve-se prestar atenção ao fato de que o peso adicional
pode reduzir a estabilidade mecânica de certas luminárias e porta-lâmpadas,
e podem ser prejudicados o contato e a retenção da lâmpada”.

d) As condições especiais ou restrições que devem ser observadas para o


funcionamento da lâmpada, por exemplo, operação em circuitos dimerizáveis.
Quando as lâmpadas não são adequadas para graduação, o símbolo da Figura
1 pode ser utilizado:

Figura 1 – Dimerização não permitida

e) Para a proteção dos olhos, ver os requisitos da IEC/TR 62471-2

5.3 A conformidade é verificada como a seguir:

Presença e legibilidade da marcação requerida em 5.1 – por inspeção visual.

A durabilidade da marcação é verificada pela tentativa de removê-la,


esfregando levemente, por 15 s, com um pedaço de pano embebido em água e,
após secagem, por mais 15 s, com um pedaço de pano umedecido com hexano. A
marcação deve ser legível após o ensaio.

Disponibilidade das informações requeridas em 5.2 – por inspeção visual.

6 Intercambialidade

6.1 Intercambiabilidade da base

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A intercambialidade deve ser assegurada pelo uso de bases,
de acordo com a ABNT NBR IEC 60061-1 e calibres de acordo com a IEC
60061-3 ; ver Tabela 1.

A conformidade é verificada pelo uso dos calibres pertinentes.

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Tabela 1 – Calibres de intercambialidade e dimensões de bases de lâmpada

N° da folha N° da folha
Base da da base Dimensões da base a serem do calibre
lâmpada conforme verificadas pelo calibre conforme
ABNT NBR IEC 60061-3
IEC 60061-1

B15d 7004-11 A máx. e A mín. 7006-10


D1 máx. e
N mín. 7006-11

B22d 7004-10 Posição dos pinos no diâmetro

Inserção no soquete 7006-4A

Retenção no soquete 7006-4B

E11 7004-6 “Passa” 7006-6

E12 7004-28 “Passa” 7006-27H

“Passa” Adicional 7006-27J

“Não passa” 7006-28C

Contato 7006-32

E14 7004-23 Dimensões máx da rosca 7006-27F

Diâmetro maior mín da rosca 7006-28B

Dimensão S1 7006-27G

Contato 7006-54

E17 7004-26 Dimensões máx da rosca 7006-27K

Diâmetro maior mín da rosca 7006-28F

Contato 7006-26D

E26 7004-21A Dimensões máx. da rosca 7006-27D

Diâmetro maior mín da rosca 7006-27E

E27 7004-21 Dimensões máximas da rosca 7006-27B

Diâmetro maior mínimo da rosca 7006-28A

Dimensão S1 7006-27C

Contato 7006-50

GU 7004-121 “Passa” e “Não passa” 7006-121


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Tabela 1 (continuação)

N° da folha da N° da
Base da base conforme Dimensões da base a serem folha do
lâmpada ABNT NBR verificadas pelo calibre calibre
IEC 60061-1 conforme
IEC
60061-3

GZ 10 7004-120 “Passa” e “Não passa” 7006-120

GX53 7004-142 “Passa” e “Não passa” 7006-142

“Não passa” 7006-142D

“Passa” e “Não passa” para 7006-142E


verificar guias
“Não passa” para verificar guias 7006-142F

6.2 Momento de flexão, tração axial e massa

O valor do momento de flexão, transmitido pela lâmpada no soquete da lâmpada


não pode exceder o valor dado na Tabela 2.

O momento de flexão deve ser determinado medindo-se o peso da lâmpada


(por exemplo, por meio de uma balança) na ponta do bulbo da lâmpada mantida
horizontalmente e multiplicando esta força pela distância entre a ponta da
lâmpada e da linha do eixo fixo. A linha do eixo fixo deve situar- se na
extremidade inferior da parte cilíndrica (por bases Edison e baioneta) ou no fim
dos pinos de contato (por bases de pino). Deve ser apoiado por uma folha fina
de metal na posição vertical ou um meio semelhante.

A construção da lâmpada deve suportar a tração axial e o momento fletor

aplicados externamente. Para o método de medição, ver IEC 61199, Anexo

A.2.1.

A massa conforme indicado na Tabela 2 não pode ser excedida.

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* Em estudo.

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T
a
b
e
l
a
2

M
o
m
e
n
t
o
d
e
fl
e
x
ã
o
e
m
a
s
s
a
s

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Momento de Massa
Base da flexão kg
lâmpada
Nm

B15d 1 *

B22d 2 1

E11 0,5 *

E12 0,5 *

E14 1 *

E17 1 *

E26 2 *

E27 2 1

GU10 0,1 *

GZ10 0,1 *

GX53 0,3 *

NOTA 1 Para as lâmpadas com bases diferentes daquelas na Tabela 2, convém que o
efeito do momento de flexão seja considerado e limitado. Um método de medição
para as lâmpadas com estas bases está sob consideração.

NOTA 2 Recomenda-se tomar cuidado para que a superfície da luminária onde o


soquete da lâmpada é fixado possa suportar o momento de flexão. Para o cálculo do
momento de flexão, o comprimento do soquete da lâmpada precisa ser levado em
consideração ao medir o comprimento total. Isto deve ser assegurado para altas
temperaturas durante o funcionamento, a fim de verificar o possível amolecimento da
superfície do material.

7 Proteção contra contato acidental com partes vivas

As lâmpadas devem ser construídas de forma que, sem qualquer compartimento


adicional sob a forma de uma luminária, nenhuma parte interna metálica,
nenhuma parte externa metálica com isolação básica ou nenhuma parte metálica
viva da base da luminária ou da própria lâmpada sejam acessíveis quando a
lâmpada é instalada em um soquete de acordo com os dados da folha da IEC
pertinente sobre soquetes.

A conformidade é verificada por meio do dedo-padrão de ensaio


especificado na Figura 2, se necessário, com uma força de 10 N.

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Dimensões lineares em milímetros

Seção A-A

20±0,
Seção B-B

Empunhadura

5±0,5

Proteção

Material isolante

Articulações

180

Encost
o
Ø 2
Chanfrar
todas as 1
80
arestas
60 A
A
14°
30 37° B
B

20
10

R=4±0,05
R=2±0,05
Esférico
Cilindrico IEC 1713/99
Material: metal, exceto onde especificado
diferentemente Tolerâncias das dimensões
sem tolerância especificada:
+0
— em  10
ângulos:

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— em dimensões lineares:
+0
• até 25 mm:
-0,05

• acima de 25 mm:  0,2 mm


Ambas as articulações devem permitir um movimento no mesmo plano e
na mesma direção em um ângulo de 90°, com tolerância de 0 a +10°.

Figura 2 – Dedo-padrão de ensaio (de acordo com a IEC 60529)


(da IEC 60400, Figura 41)

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As lâmpadas com bases de rosca Edison devem ser projetadas de forma a cumprir
com os requisitos para inacessibilidade de partes vivas para lâmpadas para
serviços de iluminação em geral (GLS).
A conformidade é verificada com o auxílio de um medidor de acordo
com a edição atual da IEC 60061-3, folha 7006-51A, para bases E27, e folha
7006-55, para bases E14.
Requisitos para lâmpadas com base E26 estão em estudo.
Lâmpadas com bases B22, B15, GU10 ou GZ10 estão sujeitas às mesmas
exigências que as lâmpadas incandescentes normais com esta base.
Os requisitos para lâmpadas com bases GX53 estão em estudo.
Partes metálicas externas, com exceção de partes metálicas da base que
conduzem corrente, não podem ser ou tornarem-se vivas. Para ensaio,
qualquer material condutor móvel deve ser colocado na posição mais
desfavorável sem a utilização de uma ferramenta.
A conformidade é verificada por meio de ensaio da resistência de isolação e
ensaio de rigidez dielétrica (ver Seção 8).

8 Resistência de isolação e rigidez dielétrica após exposição à


umidade

8.1 Geral

A resistência de isolação e a rigidez dielétrica devem ser adequadas entre as


partes vivas da lâmpada e partes acessíveis da lâmpada.

8.2 Resistência de isolação

A lâmpada deve ser condicionada por 48 h em um gabinete contendo ar com


umidade relativa entre 91 % e 95 %. A temperatura do ar é mantida em qualquer
valor conveniente entre 20 °C e 30 °C, com tolerância de 1 °C.
A resistência de isolação deve ser medida em câmara de umidade com uma
tensão de aproximadamente 500 V C.C., 1 min após a aplicação da tensão.
A resistência de isolação entre as partes vivas da base e as partes acessíveis da
lâmpada (partes de material isolante acessíveis são cobertas com uma película
de metal) não pode ser inferior a 4 M. Os requisitos da IEC 61347-1, Anexo A,
devem ser cumpridos.
NOTA A resistência de isolação das bases baioneta entre o casquilho e contatos está
em estudo.

8.3 Rigidez dielétrica

Imediatamente após o ensaio de resistência de isolação, as mesmas peças,

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conforme especificado acima, devem resistir a um ensaio de tensão por 1 min
com uma tensão C.A. como a seguir.

Durante o ensaio, os contatos da base de alimentação são curto-circuitados. As


partes acessíveis de material isolante da base são cobertas com uma película
de metal. Inicialmente não mais que metade da tensão prescrita na Tabela 10.2
da ABNT NBR IEC 60598-1:2010 para luminárias classe II é aplicada entre os
contatos e a película de metal. A tensão é então gradualmente elevada para o
valor integral.

Nenhum centelhamento ou ruptura deve ocorrer durante o ensaio. As medições


devem ser realizadas na câmara de umidade.

NOTA A distância entre a película e as partes vivas está em estudo.

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9 Resistência mecânica

9.1 Resistência à torção de lâmpadas não usadas

A resistência à torção de lâmpadas não utilizadas é ensaiada como a seguir.

A base deve permanecer firmemente fixada ao bulbo ou parte da lâmpada que é


usada para rosquear a lâmpada para dentro ou para fora quando submetida aos
níveis de torque listados na Tabela 3 abaixo.

Os ensaios são feitos de acordo com a descrição da norma pertinente a lâmpada,


por tipo de lâmpada de acordo com a IEC 60432-1 e por meio dos suportes de
ensaio mostrados nas Figuras 3 e 4.

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O
C

K S

Detalhe da rosca

d d
P
1 IEC 903/99

Acabamento da superfície da rosca Ra = 0,4 µm mínimo (ver nota).


NOTA Uma superfície mais macia pode resultar em sobrecarga mecânica da
base da lâmpada; ver também a IEC 60432-1, Anexo C, Subseção C.1.2.
Dimensões em milímetros

Dimensã E12 E14 E17 E26 E27 Tolerânci


o e a
E26
d
C 15,27 20,0 20,0 32,0 32,0 Mín.
0,0
K 9,0 11,5 10,0 11,0 13,5 –
0,3

+0,1
O 9,5 12,0 14,0 23,0 23,0 –0,1

S 4,0 7,0 8,0 12,0 12,0 Mín.


+0,1
d 11,89 13,89 16,64 26,492 26,45 0,0

+0,1
d1 10,62 12,29 15,27 24,816 24,26 0,0

P

2,540 2,822 2,822 3,629 3,629
r
0,792 0,822 0,897 1,191 1,025 –

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NOTA O desenho ilustra as dimensões essenciais do suporte, sendo necessário
verificar somente em caso de dúvidas na aplicação do ensaio.

Figura 3 – Suporte para ensaio de torque em lâmpadas com bases


rosqueáveis
(conforme IEC 60432-1, Figura C.2)

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K
D
Estes encaixes deve
ser simétricos à linha do centro
X

C A E

X
B
G

Seção X- IEC 902/99


X

B1 B2 Tolerânc
Dimensã

mm mm mm

A 15,27 22,27 +0,03

B 19,0 19, Mín.


0

C 21,0 28, Mín.


0

D 9,5 9,5 Mín.

E 3,0 3,0 +0,17

G 18,3 24, 0,3


6
H 9,0 12,15 Mín.

K 12,7 12, 0,3


7

R 1,5 1,5 Aproxima


do
NOTA O desenho ilustra as dimensões essenciais do suporte, sendo
necessário verificar somente em caso de dúvidas na aplicação do
ensaio.

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Figura 4 – Suporte para ensaio de torque em lâmpadas com bases tipo baioneta
(conforme IEC 60432-1, Figura C.1)

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Tabela 3 – Valores de ensaio de
torque para lâmpadas não
usadas

Momento de
Bas
flexão
e
Nm

B15d 1,15

B22d 3

E11 0,8
E12 0,8

E14 1,15

E17 1,5

E26 e E27 3

GX53 3*
* Em estudo

O torque não pode ser aplicado repentinamente, mas deve ser aumentado
continuamente a partir de zero até o valor especificado.

No caso de bases não cementadas, o movimento relativo entre a base e o bulbo é


permitido, desde que não ultrapasse 10°.

9.2 Resistência à torção de lâmpadas após um tempo de uso definido

A resistência à torção de lâmpadas usadas está em estudo.

9.3 Repetição da Seção 8

Após o ensaio de resistência mecânica, a amostra deve cumprir com os


requisitos de acessibilidade (ver Seção 8).

10Elevação de temperatura da base

A elevação da temperatura superficial (acima da temperatura ambiente) de um


soquete equipado com uma lâmpada não pode ser superior à do tipo de lâmpada
que está sendo substituída.

A elevação de temperatura da base ts da lâmpada completa não pode


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exceder 120 °C. O valor de ts corresponde a uma lâmpada incandescente de
no máximo 60 W. A posição de operação e a temperatura ambiente são descritas
na ABNT NBR IEC 60360.

A medição deve ser realizada com a tensão nominal. Se a lâmpada estiver


marcada com uma faixa de tensão, deve ser medida na tensão máxima da faixa.

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11Resistência ao aquecimento

A lâmpada deve ser suficientemente resistente ao calor. Partes externas de


material isolante, que promovem uma proteção contra choques elétricos, e
partes de material isolante, que mantêm as partes vivas em posição, devem ser
suficientemente resistentes ao calor.

A conformidade é verificada submetendo as peças a um ensaio de pressão de


esfera por meio do aparelho mostrado na Figura 5.

Amostra
R 2,5
Esféri
co

IEC 713/96

Dimensões em
milímetros

Figura 5 – Dispositivo para ensaio de pressão com esfera


(conforme ABNT NBR IEC 60598-1:2010, Figura 10)

O ensaio é realizado em uma estufa à temperatura de (25  5) °C acima da


temperatura operacional da parte pertinente de acordo com a Seção 10, com um
mínimo de 125 °C para as peças que mantêm as partes vivas em posição e 80 °C
(valor de 80 °C em estudo) para outras partes. A superfície da peça a ser
ensaiada é colocada na posição horizontal e uma esfera de aço de 5 mm de
diâmetro pressionado contra esta superfície com uma força de 20 N.

A carga de ensaio e os meios de apoio são colocados dentro da estufa por um


tempo suficiente para garantir que eles tenham atingido a temperatura de ensaio
estabilizada antes do início do ensaio.

A peça a ser ensaiada é colocada na estufa antes da aplicação do ensaio de


carga por um período de 10 min.

A superfície onde a esfera pressiona não pode amassar-se, se necessário, a


superfície deve ser apoiada. Para este propósito, se o ensaio não puder ser
realizado na amostra completa, uma parte apropriada pode ser cortada a partir
dela.

A amostra deve ser de pelo menos 2,5 mm de espessura, mas se tal espessura
não for disponível para a amostra, duas ou mais peças são colocadas juntas.

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Após 1 h a esfera é removida da amostra, que é então imersa por 10 s em água
fria para resfriamento à temperatura ambiente. O diâmetro da impressão é
medido e não pode exceder 2 mm.

No caso de superfícies curvas, o eixo mais curto é medido, se o travessão for


elíptico.

Em caso de dúvida, a profundidade da impressão é medida e o diâmetro é calculado


pela fórmula

 = 2 p(5 -
p)
onde p é a profundidade da impressão.

O ensaio não é realizado em peças cerâmicas.

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12Resistência à chama e ignição
Partes de material isolante que mantêm as partes vivas em posição e partes
externas de material isolante que promovem proteção contra choques elétricos
são submetidas ao ensaio de fio incandescente de acordo com as ABNT NBR IEC
60695-2-10, ABNT NBR IEC 60695-2-11, IEC 60695-2-12
e IEC 60695-2-13, considerando as seguintes informações.

— A amostra é uma lâmpada completa. Pode ser necessária para retirar


partes da lâmpada para realizar o ensaio, mas deve-se tomar cuidado para
garantir que as condições do ensaio não sejam significativamente
diferentes daquelas ocorridas em uso normal.

— A amostra de ensaio é montada em um suporte e pressionada contra a


ponta do fio incandescente com uma força de 1 N, de preferência em
15 mm, ou mais, a partir da borda superior, no centro da superfície a
ser ensaiada. A penetração do fio incandescente na amostra é limitada
mecanicamente a 7 mm.

Se não for possível fazer o ensaio em uma amostra como descrito acima porque a
amostra é muito pequena, o ensaio acima é feito em uma amostra distinta com o
mesmo material com 30 mm2 e com espessura igual à menor espessura da
amostra.

— A temperatura da ponta do fio incandescente é de 650 °C. Após 30 s a


amostra é retirada de contato com a ponta do fio incandescente.

A temperatura de fio incandescente e a corrente de aquecimento devem estar


constantes durante 1 min. antes do inicio do ensaio. Convém tomar cuidado
para garantir que a radiação de calor não influencie a amostra durante este
período. A temperatura do fio incandescente é medida por meio de um
termopar de fio fino com bainha, construído e calibrado conforme descrito
na ABNT NBR IEC 60695-2-10.

— Qualquer chama na amostra deve extinguir no prazo de 30 s após retirar o fio


incandescente, e qualquer pingo incandescente não pode incendiar um
pedaço de papel de seda, disposto horizontalmente em 200  5 mm abaixo
da amostra. O papel de seda é especificado em 4.187 da ISO 4046-4.

O ensaio não é realizado em peças cerâmicas.

13Condições de falhas

13.1 Generalidades

As lâmpadas não podem comprometer a segurança quando operadas sob


condições de falhas que podem ocorrer durante o uso previsto. Cada uma das

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seguintes condições de falha é ensaiada individualmente, assim como qualquer
outra condição de falha associada que possa resultar como consequência
lógica.

13.2 Condições elétricas extremas (lâmpadas previstas para uso com


dimerizadores)
Se as lâmpadas forem marcadas com uma faixa de tensão, a tensão nominal é
tida como a máxima da faixa de tensão marcada a menos que o fabricante
declare outra tensão como a mais crítica. A lâmpada é ligada em temperatura
ambiente (definição da ABNT IEC/TS 62504 e condições conforme IEC 61347-1,
Seção H.1) e ajustada para as condições elétricas mais críticas, conforme
indicado pelo fabricante, ou a potencia é elevada até que seja alcançado 150 %
da potência nominal. O ensaio prossegue até que a lâmpada esteja
termicamente estabilizada. Uma condição estável

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é alcançada se a temperatura da base da lâmpada não mudar por mais de 1 K em
1 h (ensaio como descrito na ABNT NBR IEC 60360). A lâmpada deve suportar as
condições elétricas extremas por um período de tempo de pelo menos 15 min,
que pode ser incluído no tempo de estabilização.

Uma lâmpada que falha com segurança e resiste às condições elétricas


extremas por 15 min está aprovada no ensaio, assegurando que a conformidade
(ver 4.1 e 13.6) foi cumprida.

Se a lâmpada contiver um dispositivo automático de proteção ou circuito que


limite a potência, ela é submetida a uma operação por 15 min neste limite. Se
o dispositivo ou circuito limitar efetivamente a potência neste período, a lâmpada
foi aprovada no ensaio, assegurando que a conformidade (ver 4.1 e 13.6) foi
cumprida.

13.3 Condições elétricas extremas (lâmpadas não previstas para uso com
dimerizadores)

Lâmpadas que, de acordo com a marcação, não são previstas para uso com
graduadores devem ser ensaiadas, na medida do possível, de acordo com 13.2,
nas condições elétricas mais adversas, conforme indicado pelo fabricante. Se as
lâmpadas forem marcadas com uma faixa de tensão, a tensão nominal é tida
como a máxima da faixa de tensão marcada, a menos que o fabricante declare
outra tensão como a mais crítica.

13.4 Curto-circuito em capacitores

Apenas um componente de cada vez é submetido a uma condição de falha.

13.5 Condições de falha nos componentes eletrônicos

Pontos em aberto ou em ponte no circuito onde o diagrama indica que a condição


de falha pode prejudicar a segurança.

Apenas um componente de cada vez é submetido a uma condição de falha.

13.6 Conformidade

Durante os ensaios de 13.2 a 13.5 a lâmpada não pode pegar fogo, ou produzir
gases inflamáveis ou fumaça, e as partes vivas não podem se tornar acessíveis.

Para verificar se os gases liberados a partir dos componentes são inflamáveis ou


não, um ensaio com um gerador de faísca de alta frequência é realizado.

Para verificar se as partes acessíveis tornaram-se vivas, um ensaio em


conformidade com a Seção 7 é realizado.

Após os ensaios de 13.2 a 13.5, a lâmpada deve atender aos requisitos de


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resistência de isolação de 8.1, exceto a tensão aplicada, que deve ser de
aproximadamente 1 000 V C.C.

14Distância de escoamento e separação

Aplicam-se os requisitos da IEC 61347-1, com exceção de partes condutivas


acessíveis, quando aplica-se a ABNT NBR IEC 60598-1.

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©
IEC 2011 -

©
ABNT 2013 - Todos os direitos

Diagrama de sistemas compostos de


Dispositivo
de Módulo de
Base
controle de LED
de LED
Dispositivo de controle e
lâmpa módulo
de uma unidade
da
Tensão

(informati
Anexo A
(IEC

módulos de LED e dispositivos


de Incorporad Integral “Lâmpadas de LED com reator incorporado”
alimentaç o
ão: Independe
Incorporad
c.a. o
Dispositivo de
(até 1 Sistema de Modulo Integral
controle de LED
000V (IEC 61347-2-13) ligação
50 Hz (IEC 60838-2- (IEC
IEC 62384 Independe
ou 2) 62031)
Possíveis nte
60 “Dispositivo de controle
combinações
Hz)

ou Dispositi Incorporad
+ LEDs
vo de o
c.c controle Integral

. Independe
(IEC 62031)
nte
“Módulo de LED com reator incorporado”
1
Anexo B
(normativo)

Lâmpadas com limitações de posição de


operação (ver 5.2)

Estes símbolos são para indicar que somente a operação com a base na posição
inferior até a posição horizontal é permitida por causa de sobreaquecimento.

Deve haver um texto na proximidade do símbolo, a fim de evitar que ele seja lido de
cabeça para baixo.

Os símbolos de lâmpada com bulbo tipo vela e tipo redondo, apresentados na Figura
B.1, são dados como exemplos.

Bulbo tipo vela

Bulbo tipo redondo

Figura B.1 – Posições de operação e de não operação


(IEC 60432-1, Anexo B)

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Bibliografia

[1] IEC 60400, Lampholders for tubular fluorescent lamps and starterholders

[2] IEC 60968, Self-ballasted lamps for general lighting services – Safety
requirements
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