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16/07/2019 Drenagem de lotes urbanos | Infraestrutura Urbana

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Drenagem de lotes urbanos


As diretrizes técnicas e de custo para elaboração de projetos de drenagem de águas
pluviais em loteamentos residenciais
Por Giovanny Gerolla

Edição 4 - Junho/2011

É uma guia que tem abertura lateral, para


possibilitar a entrada da água da sarjeta para a APLICATIVOS
boca de lobo. São geralmente comercializadas no
tamanho padrão, para vazão de 60 l/s.

A boca de lobo
é estrutura a
captar água da
chuva escoada
pela sarjeta.
Por ela, a água
será conduzida
até o sistema
de galerias. A boca de lobo é dimensionada para receber uma vazão-limite - no
caso do bairro Villa Lobos, de 60 l/s. "Como são bocas duplas, temos então
vazão, por boca, de 120 l/s", calcula Vanderlei Festi. Considerando tal vazão, sua
dimensão será de, no mínimo, 1,7 m de largura x 1 m de altura. "Para determinar
o ponto onde a primeira boca de lobo aparecerá, basta calcular onde a capacidade
de condução da sarjeta será superada pela quantidade de chuva precipitada." Isso
justifica porque alguns pontos do terreno, mais altos, dispensam bocas de lobo.
Assim, onde a água começar a se acumular nas sarjetas, bocas de lobo serão
necessárias para evitar cheias.

As bocas de lobo implantadas no Villa Lobos foram duplas conforme exigência da


Prefeitura Municipal de Paulínia. Com a finalidade de minimizar os impactos
ambientais no córrego Branco, corpo receptor das águas pluviais, recarga do lençol
freático e dos aquiferos subterrâneos, em cada boca de lobo dupla foram
construídos quatro tubos (perfurados) - drenos verticais com diâmetro de 250
mm preenchidos com brita.

O poço de visita - espaço para manutenção do


sistema de drenagem - deverá ter uma dimensão
mínima de 1,4 m x 1,4 m x 1,4 m - para que
funcionários consigam fazer a limpeza do poço.
"Esta dimensão atende até o diâmetro máximo
de tubulações de 800 mm; a partir daí, varia, de
acordo com diâmetro do tubo", informa Festi.
Trata-se de uma caixa de alvenaria, que poderá
também ser executada em concreto. No Villa
Lobos, as paredes dos poços de visita e caixas de
ligação foram construídas em alvenaria de tijolos assentes com argamassa - na
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proporção cimento (400 kg/m3) e areia (1,03 m3/m3) - e revestidas,


internamente, com a mesma argamassa na espessura de 2 cm. A construtora
forneceu as fôrmas para as lajes, as quais foram retiradas após 28 dias de idade
do concreto, com dosagem racional.

Dissipador é
um condutor
construído de
concreto e
pedra que
serve para
diminuir a
velocidade da
água quando
sai da
tubulação;
caso fosse
lançada diretamente ao solo, seu forte
impacto poderia provocar erosões. Poucos
dão importância a este elemento estrutural.
Na maioria das vezes, a água é conduzida
diretamente a córregos e fundos de vale. Uma
grade metálica filtra e segura sujeira, evitando
que esse lixo chegue aos poços; esta grade,
no entanto, deverá passar por limpezas
frequentes, a cada fim de período de chuvas. Passada pela grade, a força da água
é dissipada por dentes-pilares, de 50 cm de altura. "A cada projeto, no entanto, e
em função do volume máximo de água possível, essa altura poderá variar." No
loteamento Villa Lobos, os dissipadores foram construídos nas saídas das galerias
de águas pluviais. No entorno das paredes e das alas, foram executados aterro e
posteriormente plantado grama tipo batatais, a fim de minimizar o impacto visual e
de evitar o escoamento de águas de chuvas pelas laterais externas das paredes e
alas.

Cuidados da execução

Na execução das valas para instalação dos tubos, convém atentar para possível
necessidade de escoramentos dos vãos, de modo a garantir a estabilidade e das
vias públicas percorridas, das canalizações subterrâneas de serviços públicos. As
canalizações de diâmetro superior a 0,10 m e postes que estiverem contidos na
área de trabalho de execução das galerias devem ser protegidos de forma a evitar
danificação ou rompimento. Sempre que necessário, deve ser executado lastro de
brita ou de concreto para aumentar o suporte estabilizante do fundo da vala.

Outra etapa que merece atenção é o assentamento de tubos, que deve obedecer,
rigorosamente, os "grades" do projeto e estar de acordo com as dimensões
indicadas. Também é importante que se alise a argamassa das juntas, nas partes
internas, de modo a se evitar, ao máximo, qualquer rugosidade que altere o
regime de escoamento da água. Importante garantir que tubos trincados ou
danificados durante a descida na vala, ou os que apresentem qualquer defeito
construtivo aparente, não sejam assentados.

Orçamento

Em posse da documentação técnica do sistema de galeria de águas pluviais do


residencial Villa Lobos, no município de Paulínia, interior do Estado de São Paulo, o
departamento de engenharia da Editora PINI mensurou o orçamento estimativo
para execução do projeto, considerando referenciais de custo de seis capitais
brasileiras: Manaus, Belo Horizonte, Brasília, Florianópolis, Recife e São Paulo. A
estimativa serve apenas como referencial de custos e não como base absoluta e
aplicável a qualquer obra, ainda que semelhante. Pode haver variações nos preços
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aferidos pelas empresas do setor em virtude das oscilações do mercado ou das
negociações com fornecedores.

Galeria de águas pluviais

Manaus, Belo Horizonte e Brasília

PS: o custo do cadastro técnico da rede de águas pluviais considera apenas a praça de São Paulo.

Florianópolis, Recife e São Paulo

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PS: o custo do cadastro técnico da rede de águas pluviais considera apenas a praça de São Paulo.

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