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Direito Das Sucessões PDF
Direito Das Sucessões PDF
Bertoldo Brecht
"Elogio ao Aprendizado"
002
Prezado(a) Aluno(a):
6 - P R O V A S:
MM/MI.....................................................................................................................MI
MI/MI.......................................................................................................................MI
MI/II...........................................................................................................................II
II/MI.........................................................................................................................MI
SR/SR.......................................................................................................................II
SR COM QUALQUER OUTRA MENÇÃO .........................................................................MI
OBSERVAÇÕES:
Conteúdo Programático
EMENTA: Noções Gerais: Abertura da Sucessão.
Capacidade Sucessória. Sucessão Legítima. Sucessão
Testamentária. Inventário e Partilha.
BIBLIOGRAFIA
01. GOMES, Orlando. “Sucessões”.
Forense.
02. MONTEIRO, Washington de Barros.
“Curso de Direito Civil. Direito das Suces-
sões”. Saraiva.
03. PEREIRA, Caio Mário da Silva.
“Instituições de Direito Civil. Direito das
Sucessões”. Forense.
04. RODRIGUES, Sílvio. Direito Civil.
“Direito das Sucessões”. Forense.
SÍNTESE HISTÓRICA
✎ NA AUSÊNCIA DE HERDEIRO, OS CREDORES DO DEFUNTO PODIAM SE APOSSAR DOS
BENS DO FALECIDO, VENDENDO-OS COMO UMA UNIVERSALIDADE (BONORUM VENDITIO),
MANCHANDO DE “INFÂMIA A HONRA DO DEFUNTO”, SEGUNDO EUGENE PETIT (TRATADO
ELEMENTAL DE DERECHO ROMANO, 1970).
SÍNTESE HISTÓRICA
✎ NO DIREITO ORIENTAL ANTIGO NÃO EXISTIA NADA EM QUE SE PUDESSE BASEAR PARA
AFIRMAR EXISTIR OUTRA FORMA DE SUCESSÃO ALÉM DAQUELA SEM TESTAMENTO. ERA COMUM NO
VELHO DIREITO ORIENTAL O PAI DISTRIBUIR OS BENS, EM VIDA, ENTRE OS HERDEIROS . HÁ,
APENAS, NOTÍCIAS DE TESTAMENTO ENTRE OS HEBREUS, COMO ASSINALA W ALTER VIEIRA DO
NASCIMENTO ("LIÇÕES DE HISTÓRIA DO DIREITO" - 1979).
ECONÔMICO E POLÍTICO
(idade média)
ECONÔMICO E POLÍTICO
(idade média)
SEGURANÇA E SUCESSÃO
(idade média)
SEGURANÇA E SUCESSÃO
(idade média)
Críticas:
Defesa:
A coisa é o elemento
instável. As pessoas
o elemento estável.
A pessoa é o
elemento instável. A
coisa o elemento
estável.
013
OBSERVAÇÕES:
A MORTE DEVE
SER PROVADA
SUCESSÃO LEGÍTIMA
NORMAS COMUNS
• Qto. à Abrangência
Daí surgem
Daí surgem
CONCLUSÃO
❶
DAÍ DECORRE QUE O DIREITO DAS SUCESSÕES, PARA OS
JURISTAS, ABRANGE, APENAS, AS SUCESSÕES CAUSA MORTIS.
AS SUCESSÕES INTER VIVOS INTEGRAM, EM SUA MAIORIA, O
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES.
❷
SOMENTE NA CAUSA MORTIS:
➌
HERDEIRO / ESPÓLIO
SÍNTESE
MOMENTO DA SUCESSÃO
No fenômeno sucessório muito embora conceitualmente
distintos, têm-se, cronologicamente coincidentes, os seguintes
momentos:
!
!AAB RTTU
BEER URRAAD A SSU
DA ÃO
CEESSSSÃ
UC O
!
! DEVOLUÇÃO SUCESSÓRIA
DE V O L U ÇÃ O S U C ES S Ó RI A // D AÇ
DEELLA ÃO
ÇÃ O
!
! AQUISIÇÃO DA HERANÇA / ADIÇÃO
AQ U I S I ÇÃ O D A HE R A N ÇA / A DI ÇÃ O
art. 1.572, CCB
ABERTURA DA SUCESSÃO
É o momento em que nasce o direito hereditário, o prius necessário
à substituição que se encerra no fenômeno sucessório.
Obs.:
1 - Abertura e Delação cronologicamente sempre se coincidem.
➧ descendente
herdeiros necessários
➧ ascendente
➧ cônjuge
➧ colaterais
➧ Estado
OBSERVAÇÕES:
1 - A ordem estabelecida é precedencial;
2 - O Estado não é herdeiro. Adquire os bens pela vacância, em virtude da
falta de sucessores nas classes precedentes. O fundamento é político-
social.
O24
Assim, tem-se:
POR EXEMPLO:
Admitamos um casal sem descendentes e ascendentes:
EFEITO DA COMORIÊNCIA:
1ª HIPÓTESE
1 - Descrição: os filhos do de cujus concorrem com descendentes de
um filho pré-morto.
2 - Caso: R, o de cujus, deixou uma filha, L, e um neto, P, filho de uma
outra filha pré-morta, de nome J.
3 - Diagrama:
R✞
L J✞
4 - Pergunta:
2ª HIPÓTESE
1 - Descrição: todos os filhos do de cujus morreram antes dele, de
modo que são os descendentes desses que concorrem a herança
daquele, achando-se os mesmos descendentes, em grau igual, por
serem todos netos, ou todos bisnetos, etc., do de cujus.
2 - Caso: J e L, filhas de R, morreram antes dele, tendo deixado a
primeira dois filhos, P e T, e a segunda outros tantos, N e Z.
3 - Diagrama:
R✞
L✞ J✞
N Z P T
4 - Pergunta:
3ª HIPÓTESE
1 - Descrição: as filhas de R faleceram antes dele, mas, L tinha dois
filhos N e Z. J tinha dois filhos P e T. No entanto, era também falecido o
neto N, que deixou um filho vivo, O, bisneto do de cujus.
2 - Diagrama:
R✞
L✞ J✞
N✞ Z P T
3 - Pergunta:
4ª HIPÓTESE
1 - Descrição: Todas as duas filhas, J e L, são pré-mortas a R. A
primeira, J, deixou dois filhos P e T; a segunda, L, deixou, três, N, Z e Y.
3 - Diagrama:
R✞
L✞ J✞
N Z Y P T
4 - Pergunta:
Requisitos:
- o excluído da sucessão seja herdeiro ou legatário.
- é providência a ser tomada post mortem, por herdeiro ou interessado mediante
ação no prazo de 4 anos (art. 178, § 9º, IV, CCB).
Efeito Principal:
- admite representação pelos descendentes do afastado (art. 1599, CCB). Na
hipótese do afastado ter filho menor não pode ele administrar os bens do menor,
recebidos em decorrência da exclusão. Neste caso um tutor é designado.
Requisitos:
- o deserdado seja herdeiro necessário..
- o herdeiro necessário tenha cometido um dos atos previstos nos artigos 1595,
1744 e 1745, CCB.
- seja efetivada pelo autor da herança por testamento válido com causa explicitada
(art. 1742, CCB).
- o herdeiro ou a quem interessar a deserdação promova, em 4 anos, a prova da
causa da deserdação (art. 178, § 9º, IV, CCB).
Efeito Principal:
- não admite representação do deserdado (efeito contestado).
CÁLCULO:
Convenções e Conceituações:
DH = Doações a Herdeiros
DDM = Doações e Dívidas do Morto
DF = Despesas de Funeral
HL = Herança Líquida
LA = Legítima dos Ascendentes
LD = Legítima dos Descendentes
MM = Monte Mor (acervo hereditário antes de deduzido o passivo) = Massa =
Espólio = Acervo Hereditário (há quem diga que tais denominações só cabem após
excluído o passivo, porquanto o passivo pode consumir todo o ativo > somente para
o Monte)
M = Monte (acervo hereditário deduzido o passivo)
Nº H = Número de Herdeiros
TM = Total de Bens do Morto (comuns + pessoais)
M = TM - (DDM + DF)
M = HL
➊
HL
LD = + DH
2
➋
HL
LA =
2
O36
DH = Doações a herdeiros
DDM = Doações e Dívidas do morto
DF = Despesas de funeral
HL = Herança líquida
LA = Legítima dos ascendentes
LD = Legítima dos descendentes
MM = monte mor (acervo hereditário antes de deduzido o passivo)
M = Monte (acervo hereditário deduzido o passivo)
Nº H = Número de Herdeiros
TM = Total de bens do morto (comuns + pessoais)
LD
N0H
LA
NOA
Obs.:
O herdeiro que receber antecipação da legítima, pela colação, terá o
valor desta antecipação diminuído do valor do seu quinhão.
037
Pode o testador:
“A CLÁUSULA DE INALIENABILIDADE
I N CL U I A D E
INCOMUNICABILIDADE DOS BENS.”
038
MARCELO NATANAEL
tios
✞ AFONSO ✞
MARCELO NATANAEL
tios
AFONSO
irmãos bilaterais irmãos unilaterais
X Y
BRUNO CARLOS DORALICE LÚCIO EDUARDO FLÁVIO GUILHERME
X
Herdeiro do Irmão Unilateral Premorto (sendo 2)➲
4
Sendo 3 Bilaterais = 3X
4X
Sendo 4 Unilaterais = = 2X
2
➲ 3x + 2x = 100%
5x = 100% ➲ X= 20 %
20%
y= ➲ Y= 10 %
2
DIAGRAMA DA HIPÓTESE:
Tia
TEREZA
TEODORO
Bilaterais Unilaterais
Tia
TEREZA
TEODORO
Bilaterais Unilaterais
Bilaterais = x
Unilaterais = y
4x + 2y = 100% da Herança Líquida
x
sendo y =
2
2x
4x + = 100%
2
8x + 2x
= 100%
2
5x = 100%
x= 20%
y
y = 10% ➭ = 5%
2
043
RESPOSTAS:
m ee nn tt oo ss::
FF uu nn dd aa m
Os irmão são sucessores do de cujus em razão da ordem de vocação
sucessória estabelecida no art. 1.603, do CCB, sendo esta ordem precedencial,
isto é: os precedentes afastam os subsequentes.
O fundamento legal do quinhão que cada um vai receber, por ser bilateral ou
unilateral, está no art. 1.614, do CCB.
044
ACEITAÇÃO:
REQUISITO FORMAL:
OBSERVAÇÕES:
ANOTAÇÕES:
ANOTAÇÕES:
ANOTAÇÕES:
ANOTAÇÕES:
ANOTAÇÕES:
Visão egocentrista:
O pragmatismo cético:
Conceito
(art. 1.626, CCB)
ANOTAÇÕES:
A lei que regula a feitura do testamento é a da épopca da elaboração, ainda que outras
exigências sejam criadas antes da abertura da sucessão.
OBSERVAÇÃO:
PODE O TESTADOR:
CONJUNTIVO
EM RAZÃO DO
O TESTAMENTO CONJUNTIVO.
053
Observações:
PRINCIPAIS REGRAS
Incapacidade - Passiva:
ABSOLUTA
INCAPACIDADE
RELATIVA
INCAPACIDADE ABSOLUTA
✎ OS INDIVÍDUOS NÃO CONCEBIDOS ATÉ A MORTE DO TESTA-
DOR (art. 1718, CCB), SALVO SE O TESTAMENTO SE REFERIR A
PROLE EVENTUAL DE DETERMINADA PESSOA.
✎ AS TESTEMUNHAS TESTAMENTÁRIAS.
● PÚBLICO
● ORDINÁRIO ● CERRADO
● PARTICULAR
➊TESTAMENTO
● MARÍTIMO
● ESPECIAL
● MILITAR
➋ CODICILO
057
ELEMENTOS COMUNS
Apesar de variarem alguns princípios em face da forma adotada pelo
testador, três são comuns a qualquer uma delas:
1 - IDENTIFICAÇÃO
☞do testador
com a declara-
ção.
2 - ESPONTANEIDADE
☞da expressão
volitiva.
3 - CAPACIDADE e SUBSISTÊNCIA
☞capacidade do
testador e a não
revogação por
outro testa-
mento.
Ordinário Público
Conceito
ATO DE DISPOSIÇÃO DOS BENS FEITO PERANTE
TABELIÃO E POR ELE TRANSCRITO NO LIVRO DE
NOTAS, SEGUNDO EXPRESSAR O TESTADOR, DI-
ANTE DE 5 TESTEMUNHAS.
Observações:
☞É o mais utilizado.
059
Ordinário Público
Requisitos e Formalidades:
✎ Leitura do testamento.
Ordinário Público
Requisitos e Formalidades (continuação):
Impedimentos do Oficial:
Ordinário Cerrado
Conceito
“O escrito particular em carta sigilada, pelo punho do
testador ou por pessoa a seu rogo, e completado pelo
instrumento de aprovação, feito pelo oficial público,
presentes cinco testemunhas.”
Clóvis Beviláqua
Algumas Anotações:
Momentos Principais
Ordinário Cerrado
Requisitos:
Ordinário Cerrado
Outros Elementos:
• Referência de quem é o testamento, com qualificação e
identificação.
• Que é feito de forma cerrada.
• Localidade, data e endereço de sua elaboração.
• Que a disposição e elaboração são feitas em perfeito
juízo e em absoluta liberdade.
• Sejam indicados: o testamenteiro, os contemplados com
o máximo de elementos, o(s) bem(s) dado(s) em
testamento, e o modo de dispor da herança (se livre ou
gravado, se será(ão) trocado(s) em espécie ou não.
• Indicação, com elementos identificadores e/ou
qualificadores, da pessoa que escreveu “a rogo” o
testamento.
REDAÇÃO DO TESTAMENTO
ASSINATURA DO TESTAMENTO
APROVAÇÃO DO TESTAMENTO
ARQUIVAMENTO NO JUÍZO
CUMPRIMENTO
2 - EXECUÇÃO
1 - ELABORAÇÃO DO TESTAMENTO
065
CONCEITO
✔- PRESENTES, NO MÍNIMO, 5
TESTEMUNHAS
✔- PUBLICAÇÃO E CONFIRMAÇÃO, EM
JUÍZO
067
Particular
PROCEDIMENTO DA CONFIRMAÇÃO
ABERTA A SUCESSÃO INTERESSADO REQUER ABERTURA DO
TESTAMENTO, CITAÇÃO DOS SUCESSORES, PUBLICAÇÃO E
CONFIRMAÇÃO
A B
HAVENDO IMPUGNAÇÃO O JUIZ NÃO HAVENDO IMPUGNAÇÃO JUIZ
JULGA TESTAMENTO ANULANDO-O DECLARA O TESTAMENTO
OU NÃO VÁLIDO
068
Particular
OBSERVAÇÕES SOBRE OS REQUISITOS
DE
VALIDADE
Particular
Particular
ANOTAÇÕES
SOBRE OS REQUISITOS DE VALIDADE
- A DATA É IMPORTANTE, PRINCIPALMENTE QUANDO SURGEM
DOIS TESTAMENTOS:
1. SE UM É POSTERIOR AO OUTRO, VALE O SEGUNDO.
2. SE AMBOS NÃO TÊM DATA, HÁ DE SE INDAGAR:
a) SE SE COMPLEMENTAM, VALEM;
b) SE SE CONTRAPÕEM, AMBOS SÃO NULOS.
③ - FACILIDADE DE EXTRAVIAR-SE
③ - FICA MAIS PASSÍVEL DE ADULTERA-
ÇÕES E FALSIFICAÇÕES
③ - DIFICULDADES E IMPRECISÕES DE
REDAÇÃO PELAS PESSOAS DE INSTRU-
ÇÃO RUDIMENTAR PODEM ANULÁ-LO
072
A PALAVRA
FINALIDADE
VALOR
ESPÉCIES
CONTEÚDO
- Pode dispor sobre seu enterro; sempre de pequena monta: sobre
esmolas a certas e determinadas pessoas, ou, indeterminadamente,
aos pobres de certo lugar, legar móveis, roupas e jóias de seu uso
pessoal - art. 1.651, CCB.
- Nomear ou substitiuir Testamenteiro - art. 1.653, CCB.
- Perdoar o indigno - art. 1.597, CCB.
OBSERVAÇÕES
1 - O codicilo não revoga testamento. O testamento pode revogá-lo, bastando para tanto, que não o
ratifique - parte final do art. 1.654, CCB.
2 - Deve ser processado em autos apartado, embora apensos ao do inventário e partilha (como se
testamento fosse), ex vi do art. 1.134, CPC.
O74
CONCEITO e REQUISITOS
FORMAS
1 – similar ao TESTAMENTO PÚBLICO ➨ art. 1.660, §§ 1° ao 3°,
CCB
FORMAS
ANOTAÇÕES
NO TESTAMENTO
Observações Gerais
079
ESPÉCIES
MARIA HELENA DINIZ
singular
1 - VULGAR ou ORDINÁRIA
plural
2 - RECÍPROCA
SUBSTITUIÇÃO
3 - FIDEICOMISSÁRIA
4 – COMPENDIOSA
O80
CONCEITO
ALGUMAS ANOTAÇÕES
CONCEITO
ANOTAÇÕES PRINCIPAIS
H I P Ó T E S E - 01 :
TODOS SÃO INSTITUÍDOS
e SUBSTITUTOS,
CONCOMITANTEMENTE
B = 33,5%
TOTAL
C = 66,5%
H I P Ó T E S E - 02 :
A (10%), B (30%) e C (60%) SÃO INSTITUÍDOS E SUBSTITUTOS
D É SÓ SUBSTITUTO
CONCEITO
Dá-se quando, por testamento há a instituição de herdeiro ou legatário
com a obrigação de, por sua morte, a certo tempo ou sob condição
preestabelecida, transmitir a uma pessoa a herança ou o legado.
CARACTERÍSTICAS
1 - Fideicomisso é sempre transitório - art. 1733, CCB.
AS PARTES NO FIDEICOMISSO
ALGUMAS ANOTAÇÕES
1 - as capacidades são aferidas:
- FIDUCIÁRIO - no momento do óbito
do fideicomitente.
- FIDEICOMISSÁRIO - ao tempo da
substituição.
DIREITOS DO FIDUCIÁRIO
6 – Sub-rogar o fideicomisso para outros bens, desde que haja anuência previa
do fideicomissário (RT, 266:210, 305:310).
DEVERES DO FIDUCIÁRIO
DIREITOS DO FIDEICOMISSÁRIO
OBRIGAÇÕES DO FIDEICOMISSÁRIO
No mesmo sentido:
CONCEITO
O
DIREITO DE ACRESCER SOMENTE
OCORRIA, NO DIREITO ROMANO E HOJE ENTRE NÓS, NOS
CASOS DE RE ET VERBIS E RE TANTUM.
090
SUGESTÃO DE PESQUISA
FORMAS
POSSIBILIDADES
Dos TESTAMENTOS :
Ocorre:
- se o herdeiro/legatário é excluído da sucessão por
indignidade; se o legatário repudiar o legado;
Dos TESTAMENTOS :
Dá-se:
TESTAMENTOS
ANOTAÇÕES GERAIS
4 – Tem sido decidido, que decretada a separação judicial do casal fica sem
efeito o testamento pelo qual um dos cônjuges institui o outro seu herdeiro
ou a disposição que assim estipula – RF, 173:243; RT, 261:204. Em
contrário: RTJ, 45:469.
O95
CONCEITO
É O EXECUTOR DO TESTAMENTO
SÍNTESE DA ORIGEM
REMUNERAÇÃO
CARACTERÍSTICAS DA FUNÇÃO
5 – Por ser gestão de bens de terceiro, deve SEMPRE PRESTAR CONTAS ao final para
se desonerar da função.
EXTINÇÃO DO MUNUS
4 – Pela remoção (art. 1.140, CPC), nas hipóteses de despesas ilegais ou de não cumprimento
das disposições testamentárias.
5 – Pela renúncia fundamentada (art. 1.141, CPC), desde que haja “grave e justo” motivo,
segundo Beviláqua (Direito das Sucessões, Edição Histórica, RJ, 1978, Ed. Rio, p. 363).
VIDE:
Arts. 1.136 e 1.759, CCB. Dec.Lei Complementar n° 12, de 09/03/70,
art. 39, VII; Lei n° 3434, de 20/07/58, art. 28, VI.
Recurso cabível é o de apelação.
O97
CONCEITO
DÁ-SE A AUSÊNCIA QUANDO PESSOA DESAPARECE DO
SEU DOMICÍLIO SEM QUE HAJA DELA QUALQUER
NOTÍCIA
ANOTAÇÃO
NÃO HAVENDO PROCURADOR OU QUEM LHE TOQUE
ADMINISTRAR OS BENS, O JUIZ, A REQUERIMENTO DO
MP OU DE QUALQUER INTERESSADO, NOMEARÁ
CURADOR, FIXANDO-LHE OS DEVERES E APLICANDO-SE
AS REGRAS DA TUTELA E DA CURATELA NO QUE
COUBER E NO QUE NÃO CONFRONTAR COM OS
DEVERES EXPLICITADOS PELO JUIZ (ART. 1591 a 1594,
CCB)
LEGITIMIDADE
PARA A CURADORIA
DOS BENS DO AUSENTE
• CÔNJUGE
• PAI
• MÃE
• DESCENDENTES
O98
NA SUCESSÃO
“APESAR DO NOSSO CC, NO ART. 10, PREVER QUE NO DIREITO
BRASILEIRO NÃO SE ADMITE A MORTE PRESUMIDA, VEZ QUE, NÃO TEM O
CONDÃO DE DISSOLVER O VÍNCULO CONJUGAL E NEM OBSTA QUE O
AUSENTE RETORNANDO, ASSUMA O SEU PATRIMÔNIO”
(SÍLVIO DE SALVO VENOSA, IN “SUCESSÕES”, 1.991, ATLAS, PÁG. 24/25),
DESAPARECENDO ALGUÉM SEM QUE DEIXE PROCURADOR LEGALMENTE
CONSTITUIDO, TEM-SE
O INSTITUTO JURÍDICO DA AUSÊNCIA.
NESSA HIPÖTESE, HÁ QUE SE ESTABELECER O PROCESSO DE
AUSÊNCIA, REGULADO PELO ART. 463 E SEGUINTES, DO CCB - DIREITO
DE FAMÍLIA - E PELOS ARTS. 1.159 A 1.169, CPC.
➊ CURADORIA DE AUSENTES - Na
hipótese do ausente de não deixar quem lhe administre
os bens ou não queira. O JUIZ DECLARARÁ A
AUSÊNCIA, determinando a arrecadação dos bens,
nomeando curador.
FASES ●
➋ ABERTURA DA SUCESSÃO
PROVISÓRIA - Após 01 ANO da publicação do
1º Edital sem que se saiba do desaparecido ou se
apresente procurador, ou representante, poderá ser
requerida a abertura de sucessão provisória. A
sentença produzirá efeitos 6 meses após a publicação -
art. 1.165, CPC.
SUCESSÃO PROVISÓRIA
(CCB, 469/480)
DEPOIS DE UM ANO DA PUBLICAÇÃO DO PRIMEIRO
EDITAL E NÃO TENDO COMPARECIDO PROCURADOR OU
REPRESENTANTE DO AUSENTE, PODERÃO OS
INTERESSADOS REQUEREREM ABERTURA DE
SUCESSÃO PROVISÓRIA (ART. 1.163, CPC).
FILHOS
MOMENTO DA SUCESSÃO
CONCEITO
Herança jacente é aquela cujo autor ao falecer não deixa a pessoa
herdeiro conhecido que a suceda nos bens, nem testamento pelo
qual seja a outrem deferido a herança.
Obs.: havendo testamento mas não sendo conhecido o seu legatário ou se este
renunciar, bem como o testamento for nulo, a herança é jacente.
SÍNTESE
▼
HERANÇA SEM DONO
PROCEDIMENTOS BÁSICOS
1 – o juiz do domicílio do de cujus procederá a arrecadação dos bens da
herança, com duas testemunhas, Ministério Público e Fazenda Pública.(art.
1.148, CPC).
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
Obs.:
A transferência ocorrida na abertura da
sucessão dá-se pelo motivo filosófico de
não se poder admitir, no Direito, domínio
e posse em suspenso.
(LEX - Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, 7/148. Re
85.910-RJ, 03/04/79)
103
A PALAVRA
ETIMOLOGICAMENTE É DESCREVER OU
ENUMERAR O QUE É ENCONTRADO (ROL).
O CONCEITO
NO SENTIDO DO DIREITO DAS SUCESSÕES E DO DIREITO PROCESSUAL,
POR INVENTÁRIO ENTENDE-SE A AÇÃO ESPECIAL INTENTADA PARA QUE
SE ARRECADEM TODOS OS BENS E DIREITOS DO DE CUJUS, QUER OS QUE
SE ENCONTRAVAM EM SEU PODER QUANDO DE SUA MORTE, OU OS QUE
ESTAVAM EM PODER DE OUTREM, DESDE QUE LHE PERTENÇAM, PARA
QUE SE FORME O BALANÇO ACERCA DESSES MESMOS BENS E DAS
OBRIGAÇÕES E ENCARGOS AO MESMO ATRIBUÍDOS.
∇
Pode-se dizer que visa a demonstração da situação
econômico-financeira do de cujus, pela evidência de seu
ATIVO e de seu PASSIVO, a fim de serem apurados os
RESULTADOS, que irão ser OBJETO DA PARTILHA.
104
- O CÔNJUGE SUPÉRSTITE
- O HERDEIRO
- O LEGATÁRIO
- O TESTAMENTEIRO
- O SÍNDICO DA FALÊNCIA
- O MP SE HOUVER MENOR
- A FAZENDA PÚBLICA
!
Arts. 987 e 988, CPC
SUA OBRIGATORIEDADE
O CPC DE 1939, NO ART. 512, § ÚNICO, AUTORIZAVA O INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL.
O ART. 982, DO CPC, HOJE VIGENTE, EXIGE:
Po nt es de Mi ra nda , diz :
“ALGUNS ESCRITORES, DIANTE DA REFERÊNCIA A INVENTÁRIO E
PARTILHA E DA FASE FINAL EM QUE SE PARTILHAM OS BENS (CPC, ARTS.
1.022 E 1.045), CAEM EM ERRO DE CONSIDERAR ‘INVENTÁRIO’ O
INVENTÁRIO E A PARTILHA, COMO SE O FATO DE SER UM SÓ PROCESSO
FUNDISSE AS DUAS AÇÕES.”
E observa, finalmente:
INVENTÁRIO
DUAS AÇÕES NUM SÓ PROCEDIMENTO
PARTILHA
106
CARÁTER DA
AÇÃO DE
INVENTÁRIO E
PARTILHA
INSOLVÊNCI
A DO ESPÓLIO
• O CREDOR DO ESPÓLIO
• O DEVEDOR
• O INVENTARIANTE
• QUALQUER UM DOS HERDEIROS
(✺)
NEGATIVO
NEGATIVO –
PROCESSAMENTO
INVENTÁRIO
PARTICULARIDADES:
INVENTÁRIO
PARTICULARIDADES:
ATENÇÃO
INVENTÁRIO
CASOS ESPECIAIS
“A REGRA JURÍDICA DO ART. 89, II, MOSTRA QUE SE TEVE POR FINALIDADE
EVITAR-SE A INTROMISSÃO DO JUÍZO DO EXTERIOR NAS AÇÕES DE INVEN-
TÁRIO E PARTILHA DE BENS, SITUADOS NO BRASIL, SEM SE TER DE AVERI-
GUAR SE ESTRANGEIRO O DE CUJUS, MESMO SE DOMICILIADO E RESI-
DENTE FORA DO TERRITÓRIO BRASILEIRO (COMENTÁRIOS AO CPC, VOL. II,
FORENSE, 1974, P. 195).”
Sentença Estrangeira 3.780, do STF, 06/05/87 - RTJ 121/924.
113
INVENTÁRIO
CASOS ESPECIAIS
(Direito das Sucessões, Des. Arnaldo Rizzardo, AIDE,1ª edição, 1996, Vol. II,
565/566)
114
INVENTÁRIO
CASOS ESPECIAIS
EM SÍNTESE
INVENTÁRIO
CASOS ESPECIAIS:
OBSERVAÇÃO
NÃO SE CONCLUA, DE PRONTO, QUE OS BENS
SÃO OS MESMOS. ESTÁ EM FUNÇÃO DO REGIME
DE BENS DO CASAMENTO:
INVENTÁRIO
CASOS ESPECIAIS
INVENTÁRIO
CASOS ESPECIAIS
OBSERVAÇÃO:
É CLARO QUE ESSA COMPETÊNCIA É ATÉ O MOMENTO EM QUE A
PARTILHA FOR JULGADA. A PARTIR DAÍ, O ESPÓLIO DEIXA DE
EXISTIR E CADA HERDEIRO PASSA A SER, DE FATO E DE DIREITO,
SENHOR E POSSUIDOR DO SEU QUINHÃO DA HERANÇA.
EXCEÇÃO:
NAS AÇÕES QUE ENVOLVEM DIREITO REAL (USUCAPIÃO) - FORO DA
SITUAÇÃO DO IMÓVEL (ART. 95, CPC), JÁ QUE O ART. 941/944, CPC,
EXIGEM NÃO SÓ A CITAÇÃO DO PROPRIETÁRIO, COMO DOS
CONFINANTES E TERCEIROS, MINISTÉRIO PÚBLICO E FAZENDA.
(RE 84.056-MT, 2ª TURMA STF, 03/9/76, RTJ 79/304)
118
INVENTÁRIO
Conceito
NATUREZA
NOMEAÇÃO
!
ART . 990 , CPC
HIPÓTESES DE REMOÇÃO
AS ATIVIDADES
❖- ALIENAR BENS DE QUALQUER ESPÉCIE
❖- TRANSIGIR EM JUÍZO OU FORA DELE
❖- PAGAR DÍVIDAS DO ESPÓLIO
❖- FAZER DESPESAS NECESSÁRIAS COM A CONSERVAÇÃO E
O MELHORAMENTO DOS BENS DO ESPÓLIO
CONCEITO DE SONEGAÇÃO
CONCEITO DE COLAÇÃO
FUNDAMENTOS
1 – Eqüidade.
OUTRO GRUPO composto dos juristas Francisco Morato, João Arruda, Silvio de
Salvo Venosa, Caio Mário da Silva Pereira, dentre outros, sustentam que a
colação faz ad valorem, em funçao do art. 1.792, do CCB, convalidado
posteriormente pelo que dispõe o parágrafo único do art. 1,014, do CPC.
Acrescente-se que se o bem for imóvel, a propriedade já se consolidou no
herdeiro-donatário, e não há previsão legal de que, neste caso, a propriedade
seja resolúvel, pois, somente nesta hipótese é que o bem poderia ser trazido
para o acervo patrimonial in natura.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:
Há doação a herdeiro necessário que não está sujeita à
colação, isto é, quando o doador expressamente declare que o
bem saia da sua parte disponível (art. 1.788, CCB).
129
SANÇÕES DA SONEGAÇÃO
AO H E R D E I R O
AO I N V E N T A R I A N T E
ANOTAÇÕES
causas
prazos
anotações
V A R I A M C O N F O R M E:
Pai (pater) Avô (avus) Bisavô 3° avô (abavus) 4° Avô (atavus) 5° avô (tritavus) LINHA RETA
Mãe (mater) Avó (avia) (proavus) 3ª avó (abavia) 4ª Avó (abavia) 5ª avó (tritavia) ASCENDENTE ➭ IN INFINITUM
Filho (filius) Bisavó LINHA RETA DESCENDENTE ➭ IN
INFINITUM
Filha (filia) Neto (neptos) (proavia) 3° neto (abnepos) 4° neto (adnepos) 5° neto (trinepos)
LINHA RETA DESCENDENTE ➭ IN
Neta (neptis) 3ª neta (abneptis) 4ª neta (abneptis) 5ª neta (trineptis) INFINITUM
Bisneto
Irmão (frater) (pronepos) Neto ou neta do irmão Bisneto ou bisneta do 3° neto ou 3ª neta do irmão ou irmã LINHA RETA DESCENDENTE ➭ IN
Irmã (soror) Bisneta ou da irmã (2° sobrinho) irmão ou da irmã (3° (4° sobrinho) INFINITUM
(proneptis) sobrinho)
Filho ou filha Tio 2° ou tio avô, irmão Tio 3° ou tio bisavô, irmão Tio 4° ou tio trisavô, irmão do 3° avô
do irmão ou do avô (patruus do bisavô (propratuus) (abpatruus)
da irmã (1° magnus) Tia 3ª ou tia bisavó, irmã
sobrinho) Tia 2ª ou tia avó, irmã do bisavô (proamita) Tia 4ª ou tia trisavó, irmã do 3° avô
do avô (amita magna) Tio 3° ou tio bisavô, irmão (abamita)
Tio paterno da bisavó (proavunculus)
ou irmão do Tio 2° ou tio avô, irmão Tio 4° ou tio trisavô, irmão da 3ª avó
pai (patruus) da avó (avenculus Tia 3ª ou tia bisavó, irmã (abavunculus)
magnus) da bisavó (promavertera)
Tia paterna Primos segundos, filhos
ou irmã do Tia 2ª ou tia avó, irmã dos primos-irmãos e Tia 4ª ou tia trisavó, irmã da 3ª avó
pai (amita) da avó (matertera primas irmãs, a saber: (abmatertera)
magna)
Tio materno Primos-irmãos (fratres Neto do tio, irmão do pai. Primos terceiros, netos de primos- LINHA COLATERAL
ou irmão da patrueles aut consobrini) Neto do tio, irmão da mãe. irmãos e primas irmãs, a saber: ou
mãe e primas-irmãs (sorores Neto do tia, irmã do pai. TRANSVERSAL
(avunculus) patrueles aut Neto da tia, irmã da mãe. (até 4° grau no
Direito das Sucessões)
consobrinae) isto é: Filho do tio avô, irmão do Bisneto do tio, irmão do pai.
Tia materna Filho do tio, irmão do avô. Bisneto do tio, irmão da mãe.
ou irmã da pai. Filho do tio avô, irmão da Bisneto da tia, irmã do pai.
mãe Filho do tio, irmão da avó. Bisneto da tia, irmã da mãe.
(matertera) mãe. Filho da tia avó, irmã do
Filho da tia, irmã do pai. avô. Neto do tio avô, irmão do avô.
Filho da tia, irmã da Filha da tia avó, irmã da
mãe. avó. Neto do tio avô, irmão do avó.
FONTE: “MANUAL DO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO”, Min. HERMENEGILDO DE BARROS, Editor Jacinto Ribeiro dos Santos, Rio, 1929, Volume XVIII, 2ª Tiragem, 729p.
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ACÓRDÃO
parte, dar-lhe parcial provimento, vencido em parte o Sr. Ministro- Relator, que lhe
dava parcial provimento em maior extensão. Os Srs. Ministros Fontes de Alencar,
Sálvio de Figueiredo Teixeira e Barros Monteiro acompanharam o voto do Sr.
Ministro Ruy Rosado de Aguiar.
Brasília, 19 de março de 1996 (data do julgamento).
Ministro SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA, Presidente. Ministro CESAR ASFOR
ROCHA, Relator.
Publicado no DJ de 09-09-96.
RELATÓRIO
A uma porque “o art. 357 do Código Civil e sua versão atual do art. 26 do
Estatuto da Criança e do Adolescente — Lei nº 8.069/90, admitem três formas
autônomas de reconhecimento voluntário de filho ilegítimo, qualquer delas válida e
suficiente por si só: no termo de nascimento; por escritura pública; ou por
testamento” (fls. 7).
É o relatório.
VOTO
Vê-se, assim, que o v. aresto recorrido, ainda que sem mencionar os artigos
em que o recurso teve fincas, pela letra a do permissor constitucional, foi com base
nele que remeteu as partes para as vias ordinárias.
Destarte, afasto qualquer ofensa aos arts. 458, II, e 535, II, do Código de
Processo Civil.
No que tange ao registro de nascimento (fls. 67), é certo que a mãe de Emília
Helena é quem apareceu como declarante.
Todavia, como bem exposto no recurso, não é apenas por isso (nem sequer é
mesmo por isso) que ela se diz filha de Pedro Gomes, já que esse registro é simples
efeito — e não a causa — do reconhecimento que decorrera da escritura pública, já
que a lei admite o reconhecimento por escritura pública não impondo que esse
instrumento esteja consubstanciado em um ato público especial, sendo bastante a
declaração da paternidade de modo incidente ou acessório, em qualquer ato notarial
sem reclamar palavras sacramentais.
........................................................................................................................................
....
Lafayeitte, o outro dos dois maiores civilistas do Império, ao editar o seu
“Direito de Família”, ainda sob a vigência da lei de 1847, não tem outro parecer.
........................................................................................................................................
....
Carlos de Carvalho, um dos nossos mais famosos civilistas, dizia em 1899, na
sua ‘Nova Consolidação das Leis Civis’, art. 129, letra a:
‘Entretanto, se não exige que a escritura haja sido direta e principalmente para
confessar a paternidade, pode ter outro objetivo.’
........................................................................................................................................
....
A unanimidade dos grandes juristas brasileiros opina, portanto, que o
reconhecimento pode ser feito em qualquer escritura pública, embora não destinada
especialmente a esse fim.
........................................................................................................................................
....
Nem de forma contrária jamais opinaram os grandes mestres europeus.
Baudry-Lacantinerie assim se manifesta:
É o que também afirma Huc (‘Comentários ao Código Civil’, vol. 3º, pág. 37):
Na Itália, não pensam de outro modo os seus juristas. Opina Bunina (‘Del
Diritto delle Persone’, vol. 2º, pág. 44):
É o que também afirma Huc (‘Comentários ao Código Civil’, vol. 3º, pág. 37):
........................................................................................................................................
....
Salvatier, o mais moderno dos grandes civilistas franceses, no 1º volume do
seu ‘Curso de Direito Civil’, pág. 202, 2ª ed., nos diz:
A seguir, arremata:
Marco Aurélio S. Viana (in, ‘Curso de Direito Civil’, Ed. Del Rey, 1ª edição —
1993, pág. 168) é do mesmo sentir, como se dessume do seguinte texto:
José Lopes de Oliveira (in, ‘Direito de Família’, Ed. Sugestões Literárias S/A,
3ª edição — 1980, págs. 333/334), tem o mesmo pensar:
146
Maria Helena Diniz (in, ‘Curso de Direito Civil Brasileiro’, 5º volume, Ed.
Saraiva — 1982, pág. 243) expõe o mesmo entendimento:
Tenho, assim, que o art. 357 do Código Civil não está a exigir escritura
pública de reconhecimento da paternidade, mas, apenas, que a paternidade seja
reconhecida por pública escritura.
Com efeito, na hipótese sub examinem, o falecido Pedro Gomes além de ter
declarado expressamente que representava a sua filha Emília Helena naquele ato,
ainda doou-lhe o bem então adquirido.
Destarte, dou por violado o art. 357 do Código Civil, no que tange à recorrente
Emília Helena Águas de Oliveira.
Voltando ao parecer tantas vezes citado, ao responder a consulta que lhe fora
formulada, se o caso que lhe fora exposto — que se ajusta em afinada harmonia ao
que ora se cogita — constituiria questão de alta indagação, assim responde o
apreciado parecerista:
147
Aliás, nem é mesmo por isso que ela busca o reconhecimento desse status,
pois que este resultaria da sociedade de fato, mais que isso, da união estável, na
linguagem atual, cuja existência procura demonstrar com a farta documentação
acostada e muitas vezes referida, de que a certidão do casamento eclesiástico é
apenas uma peça.
No entanto, nem só e só por ter tido convivência more uxorio com Pedro
Gomes, seria Maria Júlia, ipso facto, meeira da totalidade de seus bens, pois
necessário comprovar-se que o patrimônio cogitado fosse decorrente do esforço
comum do casal, na constância da convivência que a documentação apregoa.
É que a própria herdeira universal de Pedro Gomes, que é a sua filha Emília
Helena, portanto a única que seria prejudicada se à sua mãe tocasse, por meação,
parcela superior à que fosse correta, já declarou, por escritura pública de declaração
(fls. 126 dos autos apensos), dentre outras coisas, “que concorda que sua mãe, Sra.
Maria Júlia do Carmo Águas, seja considerada meeira dos autos do arrolamento dos
bens deixados por seu pai ... fazendo questão de dividir com a mesma o patrimônio
que ela, sua mãe, tanto fez e faz para conservar e guardar.”
Destaco, assim, uma vez mais, que tudo o que for necessário para aferir o
que deverá caber a Maria Júlia já se encontra no processo e não foi questionado
pela recorrida, que apenas procurou afastá-la — repita-se — pela só e só afirmação
de Maria Júlia não ter sido casada civilmente com Pedro Gomes.
Não há, desse modo, também quanto ao pretendido por Maria Júlia, nenhuma
questão de alta indagação a ser dirimida pelos meios ordinários, tudo convergindo
para que se decida no próprio juízo do inventário, sobretudo se o magistrado se
deixar tocar pelo sopro estimulante dos princípios da celeridade e da
instrumentalidade cuja adoção é reclamada pela processualística moderna, que já
não mais consagra a forma pela forma, senão reduzindo-a ao limite mínimo para que
se encontre a verdade debatida e se assegure a preservação do seu conteúdo.
149
a) com relação a Emília Helena, dar integral provimento ao apelo para reconhecer-
lhe as condições de filha e herdeira de Pedro Gomes;
b) com relação a Maria Júlia, dar parcial provimento ao recurso para o fim de
determinar que o juízo de primeiro grau decida, nos próprios autos do inventário,
sobre a sua condição de companheira, inclusive, se for o caso, fixando a parte que
lhe deve tocar.
VOTO — VOGAL
VOTO — VOGAL
Todavia, no que tange ao art. 984, tenho-o realmente por afrontado, visto que
a matéria de direito e de fato, posta à apreciação dos juízes, não ofereceria
nenhuma dificuldade na sua solução.
ESCLARECIMENTOS
retornar ao juízo de primeiro grau para que decida, nos próprios autos de inventário,
tanto se Emília Helena é filha quanto se Maria Júlia é companheira.
O SR. MINISTRO FONTES DE ALENCAR: Dissemos aqui que o Juiz tem que
apreciar à luz daqueles documentos, que não precisa de outros, mas não podemos
fazer o raciocínio de que ele disse que aqueles documentos não provam. Se
afirmarmos que os documentos provam, será reexame.
Ainda tenho que não pode ser acolhido o argumento de que Pedro Gomes de
Oliveira teria feito o reconhecimento de Emília Helena através da escritura pública
de compra e venda, acostada aos autos, uma vez que a expressão representada
pelo pai não conduz, sem qualquer sombra de dúvida, à vontade de reconhecer,
mesmo porque caso não constasse tal expressão na escritura antes referida, Emília
152
Helena, que então era menor impúbere, não poderia contratar sem a representação
de alguém que afirmasse ser seu representante legal.” (fls. 110/111).
No que diz respeito à mãe, concordo com Vossa Excelência. Mas, com
relação à filha, data venia de Vossas Excelências, o juiz processante não terá outro
caminho senão o de declarar Emília Helena como filha de Pedro Gomes.
É que a questão já está posta. As partes não podem mais inovar. A recorrida
não vai poder dizer que a escritura da qual resultou o reconhecimento estaria
viciado, que teria havido coação, que seria falso, que seria ausente de testemunhos,
etc. O que lhe cabia contestar, já contestou.
Com o mais sincero pedido de desculpas pela minha persistência, que rogo
não seja entendida como teimosia, mantenho o meu entendimento. Não vislumbro
nenhuma ofensa ao princípio do duplo grau, se decidirmos logo pelo reconhecimento
de Emília Helena como filha de Pedro Gomes, até porque a MM. Juíza de primeira já
decidiu em contrário.
ESCLARECIMENTOS
descendente e como ela própria reconhece que a sua mãe é meeira, não há mais
como infirmar essa condição, pois só quem poderia impugnar seria a filha.
VOTO
Tenho que restou vulnerado o art. 984 do Código de Processo Civil, uma vez
que não estamos em face de questão que estivesse a exigir a remessa às vias
ordinárias, conforme salientado exaustivamente pelo Relator e também pelo ilustre
Advogado que se manifestou da tribuna. Neste aspecto, como se viu, os votos são
unânimes.
No que diz respeito ao art. 357, não obstante o mesmo esteja revogado por
legislação posterior, tenho-me colocado em posição mais liberal ao entender que
não se faz necessária a indicação exata do dispositivo quando a tese jurídica está
posta em debate na causa.
No caso concreto, não obstante não tenha sido feita referência expressa ao
art. 26 do “Estatuto da Criança e do Adolescente”, a tese jurídica foi suficientemente
debatida, inclusive neste julgamento.
VOTO
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Rev. Sup. Trib. Just., Brasília, a. 9, (97): 223 - 303, setembro 1997
286
ACÓRDÃO
RELATÓRIO
É o relatório.
VOTO
e 1.612 do Código Civil, que deferiam a herança aos colaterais, à falta de cônjuge
sobrevivente.
É o voto.
VOTO
(PRELIMINAR)
VOTO — PRELIMINAR
(VENCIDO)
VOTO DE DESEMPATE
Assim, sendo o preparo uma exigência legal, não se pode deixar de exigir o
seu cumprimento.
Não se pode perder de vista, contudo, que o objetivo da Lei n. 8.950/94 foi o
de conferir maior celeridade ao processo quando, modificando o anterior ritual
relativo ao preparo, determinou a concomitância de sua comprovação com a
interposição do recurso.
Para conciliar esses dois pontos de vista, deve-se buscar amparo na cautela
que recomenda que nos primeiros momentos de vigência da Lei n. 8.950/94 seja
abrandada a imposição de reportada concomitância.
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164
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