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Física 1 para a Escola Politécnica (4323101) Centro de massa e momento linear

Centro de Massa

 blocos
Leis de Newton carros → tratados como partículas
foguetes

• Leis de Newton → aplicadas a corpos extensos.

• Corpo extenso→ sistema de partículas puntiformes.

• centro de massa do corpo extenso: se


move como se toda a massa do sistema
estivesse nele, e as forças externas atuan-
tes sobre o sistema agem exclusivamente
sobre ele.

• centro de massa descreverá uma parábola.

• movimento do corpo pode ser bem com-


plicado.


 será descrito como o movimento do CM + movimento
movimento corpo extenso das partículas em relação ao centro de massa
(chamado de movimento interno).

Imagine você flutuando no espaço dentro de uma cápsula espacial. Suponha que
voce pegue um objeto como o da figura e empurre com a mesmo força mas em
sentidos opostos a fim de girá-lo e depois o solte.
F

• Pergunta: Em torno de que ponto ele gira?


F

1
Física 1 para a Escola Politécnica (4323101) Centro de massa e momento linear

Centro de Massa
massas diferentes massas iguais

xCM xCM m2
m1 m2 m1
d x x1 d x
x1
x2 x2

m1 x1 + m2 x2 m1 x1 + m2 x2
XCM = =
m1 + m2 M
onde M = m1 + m2 .

• A escolha da origem do sistema de coordenadas é arbitrária. Se mudamos a origem, o


centro de massa não se altera em relação à distância entre as duas partículas.

• Considere que um sistema de N partículas, todas com a mesma massa, ou seja m1 =


m2 = m3 .... = m. Vamos determinar a posição do centro de massa:

m (x1 + x2 + x3 + ...) x1 + x2 + x3 + ...


XCM = = = xmedia
N.m N

• Concluimos que se as partículas são todas iguais, o centro de massa deve se localizar no
centro do objeto. E o centro do objeto é a posição média de todas as partículas.

Generalização para três dimensões


m1 x1 + m2 x2 + m3 x3 + ... 1 X
XCM = = mi xi
m1 + m2 + m3 + ... M i
m1 y1 + m2 y2 + m3 y3 + ... 1 X
YCM = = mi yi
m1 + m2 + m3 + ... M i
m1 z1 + m2 z2 + m3 z3 + ... 1 X
ZCM = = mi zi
m1 + m2 + m3 + ... M i
X
onde M = mi é a massa total do sistema.
i

2
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Vetor posição do centro de massa


~ CM = XCM ı̂ + YCM ̂ + ZCM k̂
• R
y m1 x
• Este vetor pode ser escrito como (não vou de-
m2 CM
monstrar)
m1 m2
~ CM = 1
X
r1 r2 x1
R
M i
mi~ri

CM x2
m3 • M=
X
mi = massa total do sistema
R CM i xCM
r3 x m
• mi =1 massa da i-ésima partícula2 m
x
• ~ri = vetor posição da i-ésima partícula em
x
relação
1 a uma origem arbitrária.
x2

Centro de massa de uma distribuição contínua de massa


y • Se a distribuição de massa é linear →
mi
D x
a densidade linear de massa é dada por
λ= M CM
L
→ dm = λdx
m1 . m2
CM
• Se a distribuição de massa é em uma
ri 2r
superfície → a densidade superficial de
x
1 por σ = MA → dm = σdA .
massa é dada
x2
RCM • Se a distribuição de massa é em um vo-
lume → a densidade volumétrica de massa
x
é dada porCMρ = M → dm = ρdV .
x m1 V
m2
• a integral é estendida por toda a distri-
buição de massa. x
~ CM = x1
R
• MR ~rdm onde

• dm é um elemento infinitesimal de massa x2


localizado na posição ~r.

• M é a massa total do corpo

Exemplo: Ache o centro de massa de uma vareta uniforme de massa M e comprimento L.

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~ CM =
R L L
• MR M x2
Z
~rdm ~ CM = M
• MR xdx ı̂ =
L 0 L 2 0
M
• dm = λdx = dx
L M L2
~ CM =
• MR ~ CM =
( ı̂) ⇒ R L
ı̂
• ~r = x ı̂ 2
L 2

Exercício 21 - Parte II
y(m) z(m)
y
3 1
8 kg 2m
2
2m
4 kg X 6m x
1 y(m)
1
3 kg
1
2 3 x(m) x(m) 6m

(a) (b) (c)

y 2m • 1◦ Procedimento

• ~r1 = −2 ı̂ + 2 ̂ ~r2 = 0 ı̂ + 2 ̂
1 2 3 2m
• ~r3 = +2 ı̂ + 2 ̂ ~r4 = −2 ı̂ + 0 ̂
6m 4 5 x
• ~r5 = 0 ı̂ + 0 ̂ ~r6 = −2 ı̂ − 2 ̂
6 7 8 • ~r7 = 0 ı̂ − 2 ̂ ~r8 = +2 ı̂ − 2 ̂
6m
(c)

X 8
X
~ CM =
• MR mi~ri onde ~ CM = m
mi = m ⇒ 8mR ~ri
i i=1

~ CM = 1
X
• R ~ CM = − 1 ı̂ (m)
(~r1 + ~r2 + ~r3 + ~r4 + ~r5 + ~r6 + ~r7 + ~r8 ) ⇒ R 4
8 i

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• 2◦ Procedimento

y y y

x = x + x

(1) (2) (3)


• As posições do centro de massa das figuras (1) e (3) são conhecidas. A posição do CM
da figura (2) queremos determinar. Podemos escrever:

~ 1 = M2 R
M1 R ~ 2 + M3 R
~3

onde
~ 1 = 0 ı̂ + 0 ̂
• M1 = 9m e R
~ 2 ?? (centro de massa da figura (2) que queremos determinar)
• M2 = 8m e R
~ 3 = 2 ı̂ + 0 ̂
• M3 = m e R

• Substituindo os valores temos:

~ 2 = 9m(0 ı̂ + 0 ̂) − m(2 ı̂ + 0 ̂) ⇒


8mR ~ CM = − 1 ı̂ (m)
R 4

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Movimento do CM de um sistema de partículas



• Vetor posição do centro de massa
1 X d~vi 1 X
= mi = mi~ai ⇒
M i dt M i
X
MR ~ CM = mi~ri |{z}
i ~ai

• Vetor velocidade do centro de massa:


X X
M~aCM = mi~ai = F~i
Quando o sistema de partículas i i
movimenta-se, todas as partículas
onde F~i é a força resultante que atua na
modificam suas posições. Logo o vetor
i-ésima partícula de massa mi .
posição do CM vai variar com o tempo.
Então, se derivarmos a expressão anterior • A força F~i pode ser separada em duas ca-
podemos determinar o vetor velocidade tegorias: forças internas ao sistema e as
do centro de massa: forças externas ao sistema:
d ~ 1 d X
V~CM = R CM (t) = mi~ri F~i = F~i,int + F~i,ext ⇒
dt M dt i
X 
1 X d~ri 1 X M~aCM = F~i,int + F~i,ext
= mi = mi~vi ou i
M i dt M i
• As forças internas
X ao sistema aparecem
F~i,int = 0
X
M V~CM = mi~vi aos pares ⇒
i i

X
• A grandeza p~i = mi~vi é o momento linear • Logo, M~aCM = F~i,ext .
ou quantidade de movimento da i-ésima i
partícula.
• O centro de massa se desloca
X como uma
• P~ = M V~CM é o momento total do sistema partícula de massa M = mi sob a ação
de partículas. i
da força externa resultante que age no sis-
• Então podemos escrever: tema.

• A equação acima tem a mesma forma da


X
P~ = M V~CM = mi~vi
i 2a Lei de Newton para uma só partícula
de massa M localizada no centro de massa
• Vetor aceleração do centro de massa e sob a influência da força externa re-
sultante Fext .
d~ 1 d X
~aCM = VCM (t) = mi~vi
dt M dt i

Conservação do momento linear


dV~CM
Vimos que: M~aCM = M = F~ext
resultante
dt
Caso particular: F~ext
resultante
=0 ⇒
dV~CM d(M V~CM )
M~aCM = M =0 ⇒ =0 ⇒
dt dt
dP~ X
= 0 ⇒ P~ = mi~vi =constante
dt i

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Conservação do momento linear: Quando a força externa resultante sobre um sistema é


nula, a velocidade do centro de massa é constante e o momento total do sistema também é
constante, ou seja, se conserva.

O referencial do centro de massa


y v1 y
y’
v2
CM v CM CM x’
x x
z’
z
v3 z

0
No referencial do centro de massa, VCM = 0 ⇒ P~ 0 = M V~ 0 CM = 0 .

O referencial do centro de massa é um referencial de momento NULO !

No referencial do centro de massa a velocidade de cada partícula é dada por:

~ui = ~vi − V~CM

onde

 ~ui → é a velocidade da i-ésima partícula no referencial do centro de massa.
~vi → é a velocidade da i-ésima partícula no referencial do "laboratório".
 ~
VCM → é a velocidade do CM no referencial do laboratório.

Energia cinética de um sistema de partículas


X1 X1
Ec = mi vi2 = mi (~vi · ~vi )
i
2 i
2
Lembre-se que
~vi · ~vi = |~vi | |~vi | cos θ onde θ = 0 ⇒ ~vi · ~vi = vi2
Vamos reescrever a expressão da energia cinética em termos da velocidade do centro de massa
usando a relação ~vi = V~CM + ~ui :
X1    
Ec = mi V~CM + ~ui · V~CM + ~ui
i
2

X1 X1 X1
Ec = 2
mi VCM + mi u2i + 2 mi V~CM · ~ui
i
2 i
2 i
2
1X X1 X
Ec = 2
mi VCM + mi u2i + V~CM · mi~ui
2 i i
2 i
| {z }
=0

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X
0
Mas, M VCM = mi~ui = 0, pois é o momento do sistema no referencial do CM. Logo,
i

1 2 1X
Ec = M VCM + mi u2i
2 2 i
 X
1
mi u2i → é a energia cinética das partículas em relação ao centro de massa.


2



 i

É também demoninada energia do movimento relativo.


 Esta energia é a mesma em qualquer referencial pois depende
somente das velocidades das partículas em relação ao CM.



1


 2
 M VCM
 → é a energia cinética do CM. Esta energia depende do referencial.
2

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Exercício 26 - Parte II
Um projétil de 6 kg é disparado num ângulo θ = 30◦ com a horizontal, com velocidade inicial
de 40 m/s. No topo da sua trajetória, o projétil explode em dois fragmentos com massas de
2 kg e 4 kg. Os fragmentos deslocam-se na horizontal, imediatamente depois da explosão, e
o fragmento de 2 kg cai no lugar do disparo do projétil. Determine: (1) O local onde cai o
fragmento de 4 kg; (2) A energia liberada na explosão.

• 1a. Solução - Cinemática do CM: O pro- • 2a Solução - Conservação momento li-


jétil movimenta-se na presença da força near: Imediatamente antes da colisão o
peso (externa ao sistema) antes e depois momento total do sistema é:
da explosão. No topo da trajetória, o pro- √
3
jétil explode, devido a forças internas ao P~sistema = M V~CM = 6(40
antes
) ı̂
2
sistema .
Considerando que as forças internas ao
• Portanto, durante todo o trajeto, o pro- sistema são muito mais fortes que a força
jétil movimenta-se apenas na presença da externa (e portanto desprezível), podemos
força externa peso, e o centro de massa considerar que o momento linear do sis-
descreverá uma parábola no espaço. Va- tema se conserva, ou seja,
mos escrever as equações do movimento
do CM do sistema: P~sistema
antes
= P~sistema
depois

ay = −g

 ax = 0 √ Imediatamente depois da colisão o mo-
3
vx (t) = 40√ 2 vy (t) = 20 − 10t mento do sistema é
3
y(t) = 20t − 5t2

x(t) = 40 2 t √
P~sistema
depois
= 2(−20 3) ı̂ + 4~v2
• No alto da trajetória, vy (t) = 0 ⇒
Assim
t=2s.

√ 3
• Se o centro de massa levou 2 segundos 2(−20 3) ı̂ + 4~v2 = 6(40 )⇒
2
para chegar ao topo da trajetória, levará
também 2 segundos para voltar ao chão. √
~v2 = 40 3 ı̂
Então quando t = 4 s, o CM √ estará
no chão na posição x(t) = 40 23 (4) =

80 3 m. Podemos usar esta informação v1x=-20Ö
3 m/s v2x=+40Ö
3 m/s

para determinar onde caiu o fragmento.

• Usando M XCM = m1 x1 + m2 x2 ⇒

• 6(80 3) = 2 × 0 + 4x2 ⇒
√ • Logo, a partir do topo o√ projétil
• x2 = 120 3 m . movimenta-se com ~v2 = 40 3 ı̂ du-
rante 2 segundos e cairá na posição

Esta é a posição onde cai o pedaço de x2 = 120 3 m .
massa 4m da granada.
B • Observe que imediatamente antes e
2m 4m
depois da colisão podemos considerar
que há conservação do momento pois
CM Finternas >>Peso. Entretanto, não existe
conservação do momento em toda a tra-
6m C 4m ~
CM
jetória parabólica pois dP = F~ext = F~peso
dt
A 40Ö
3 80Ö
3 3 x(m)
120Ö

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• (2) Energia liberada na explosão √ !2


40 3
• Energia no instante do lançamento (no • v12 = v1,x
2 2
+ v1,y = + (20)2
2
ponto A):

A 1 1 ⇒ v12 = 1600 ⇒ v1 = 40 m/s


Emec = M v02 = 6(40)2 = 4800 J
2 2
√ !2
• Esta energia é a mesma que no topo da 80 3
• v22 = v2,x
2 2
+ v2,y = + (20)2
trajetória (ponto B): 2

B 1 √
Emec = mgH + M (vB )2 ⇒ v22 = 5200 ⇒ v2 = 5200 m/s
2
√ !2 C 1 1
1 40 3 Emec = 2(1600) + 4(5200) ⇒
= 6(10)(20) + 6 = 4800 J 2 2
2 2
C
Emec = 12.000 J
• Energia do sistema quando todas as par-
tículas estão no chão (ponto C). • Energia liberada na explosão ∆E =
C B
Emec − Emec = 12.000 − 4800 = 7200 J.
C 1 1
Emec = mv12 + mv22
2 2

Exercício 29 - Parte II
Um garoto de massa 30 kg, correndo a 2,5 m/s,
salta sobre um carrinho de massa 10 kg, que
estava parado, permanecendo sobre ele.

(1) Determine a velocidade do conjunto carrinho+garoto depois que ambos estiverem andando
juntos.
(2) Em seguida, o garoto começa a andar sobre o carrinho com a velocidade de 0,5 m/s, relativa
ao carrinho, dirigindo-se para frente do mesmo. Qual a nova velocidade do carrinho?
(3) Quando o garoto chega na extremidade do carrinho, ele pula para frente com velocidade
de 1 m/s em relação ao carrinho. Com que velocidade o carrinho fica depois disso?

Solução
• Durante todos os eventos (saltos) a soma das forças externas (peso e normal) ao sistema
(garoto + carrinho) é nula.

• Todas as modificações no movimento dos corpos do sistema são produzidas por forças
internas ao sistema.

• Assim, podemos utilizar a lei da conservação do momento em todas as etapas do movi-


mento.

• Vamos usar a notação mg para a massa do garoto e ~vg para velocidade do garoto; mc para
a massa do carrinho e ~vc para velocidade do carrinho nas diferentes etapas do movimento.

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• (1) Dados do sistema antes do salto:


• Nesta etapa do movimento, o momento
~vg = 2, 5 ı̂ ; ~vc = 0 do sistema ainda é o mesmo que antes do
salto. Assim,
Assim, o momento total do sistema antes
do salto é: P~depois = mg (~vc + 0, 5) + mc~vc
P~antes = mg~vg + mc~vc = 30 × 2, 5 = 75 ı̂ ( kg.m/s) ⇒
= 75 ı̂ ( kg.m/s) 30(~vc + 0, 5) + 10~vc = 75 ı̂ ( kg.m/s) ⇒
Depois do salto, (carrinho + garoto) an- ~vc = 1, 5 ı̂ ( m/s)
dam juntos com a mesma velocidade ~vs ,
que será determinada por conservação do • (3) Depois do segundo salto a velocidade
momento do sistema: do garoto é:

P~depois = (mg + mg )~vs = 75 ı̂ ( kg.m/s) ⇒ ~vg = (~vc + 1, 0) ı̂


75 Assim,
~vs = ⇒ ~vs = 1, 875 ı̂ ( m/s)
(30 + 10)
mg (~vc + 1, 0) + mc~vc = 75 ı̂ ( kg.m/s) ⇒
• (2) Dados do sistema enquanto o garoto
anda sobre o carrinho: ~vc = 45
= 1, 125 ı̂ ( m/s)
40

~vg = (~vc + 0, 5) ı̂

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Física 1 para a Escola Politécnica (4323101) Centro de massa e momento linear

Colisões e Impulso
• Já aprendemos como quantificar o efeito cumulativo de uma força ao longo de um deslo-
camento → Trabalho e energia.

• Agora, vamos aprender como quantificar o efeito cumulativo de uma força ao longo do
tempo → Impulso e quantidade de movimento.

• Colisão: evento em que dois ou mais corpos exercem forças relativamente fortes um sobre
o outro por um tempo relativamente curto.

• Impulso: é uma grandeza vetorial que mede a força e a duração da força de colisão.

Colisões
• problema central das colisões→ 1) obter a con-
figuração final a partir da configuração inicial; 2)
m1
v1i
configuração
inicial obter informações sobre as interações a partir dos
y
resultados da colisão.
v2i
região de
interação v2
• durante as colisões:→ 1) os corpos interagem for-
m2
temente um com o outro; 2) forças externas resul-
tantes << forças de interação durante a colisão; 3)
forças externas desprezíveis.
configuração m CM
final 1 • Se as forças externas são desprezíveis:
v1f
1. momento linear total do sistema se conserva
m2 v2f
2. VCM =constante
CM
3. Ecin = 12 M VCM
2
=constante
rel
4. Ecin pode ser modificar
z
v3
Classificação das colisões
 rel
 se Ecin = cte → colisão é elástica.
rel
se Ecin 6= cte → colisão inelástica.
rel
se Ecin = 0 (depois da colisão) → colisão totalmente inelástica

Impulso
• da 2a Lei de Newton temos F~ = m~a = m d~
v
dt
Z tf
F~ (t)dt = m~vf − m~vi
ti
Z t2
J~ = F~ (t)dt = p~f − p~i = ∆~p
ti
| {z }
Impulso

• Teorema do Impulso e Momento Linear: A


mudança no momento linear de um corpo em uma
colisão é igual ao impulso que atua sobre esse corpo.

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F
F(t)
• No gráfico de F em função de t, o impulso J é a
J "área" sob a curva.
Fmed
• Define-se força média Fmed num certo intervalo de
tempo como sendo a força constante que dá o
t mesmo impulso neste intervalo.
ti tf
t
D

Conservação do momento linear


• Num sistema fechado e isolado que contém uma colisão, o momento linear de cada
corpo colidindo pode mudar, mas o momento linear total P~ do sistema não pode mudar,
não importa se a colisão é elástica ou inelástica.

• Sistema fechado: nenhuma massa entra ou sai do sistema.

• Sistema isolado: nenhuma força externa age sobre os corpos do sistema.

• O momento linear total (P~ ) de um sistema fechado e isolado não pode mudar. P~ só pode
ser alterado por forças externas e forças na colisão são internas.

Colisões inelásticas em 1 dimensão

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Colisões completamente inelásticas em 1 dimensão

Exercício 31 - Parte II

Uma bala de 10 g é disparada sobre um pêndulo


balístico de massa 990 g.

1. Se a velocidade inicial da bala é 300 m/s,


qual a altura atingida pelo pêndulo (junto
com a bala) depois da colisão?

2. Se a velocidade inicial da bala é 200 m/s,


determine a altura máxima atingida pelo
pêndulo quando a bala passa através dele
e emerge com velocidade de 50 m/s.
Solução: Se a colisão é totalmente inelástica não existe mais movimento relativo entre os corpos
após a colisão. Depois da colisão não há movimento nem do pêndulo nem da bala em relação
ao CM do sistema. Vamos assumir que as forças internas no processo de colisão são muito
mais intensas que a força peso e tensão no fio. Assim, podemos considerar que imediatamente
antes e imediatamente depois da colisão há conservação do momento linear do sistema (bala +
pêndulo). Da conservação do momento podemos escrever:

mbala~vbala = (mbala + mpendulo )~v ⇒ ~v = 3 ı̂ ( m/s)

Terminado o processo de colisão, podemos utilizar a conservação da energia mecânica do sis-


tema.

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Física 1 para a Escola Politécnica (4323101) Centro de massa e momento linear

Colisões elásticas em 1 dimensão

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Física 1 para a Escola Politécnica (4323101) Centro de massa e momento linear

Colisões em 2 dimensões

Comentário sobre a resolução do exercício 35


Conservação do momento, P~i = P~f , teremos:

p~1i = p~1f + p~2f ⇒ p~2f = p~1i − p~1f (1)

Como estamos supondo a colisão elástica, temos a conservação da energia:

p21i p21f p22f p22f 1



= + ⇒ m2
= m1
p21i − p21f (2)
2m1 2m1 2m2
Elevando a expressão (1) ao quadrado obtemos: p~2f ·~p2f = (~p1i − p~1f )·(~p1i − p~1f ) Esta expressão
ainda pode ser desenvolvida como:

p22f = p21i + p21f − 2~p1i · p~1f (3)

Por causa da conservação do momento, os vetores p~1i ,


p~1f e p~2f estão dispostos como no triângulo represen-
tado na figura ao lado. O produto escalar do terceiro p1f
termo no lado direito da equação (3) pode ser escrito p2f
como 2~p1i · p~1f = 2p1i p1f cos θ1 . Desta forma, a ex-
pressão (3) pode ser reescrita como:
q
1 q
2

p1i
p22f = p21i + p21f − 2p1i p1f cosθ1 (4)

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