Autora:
ANDRESSA ANDRADE ALVES DA SILVA
Orientadores:
Profa. Dra. LISIANE VEIGA MATTOS
Dr. FÁBIO BELLOT NORONHA
NITERÓI
2012
ANDRESSA ANDRADE ALVES DA SILVA
MAIO/2012
BANCA EXAMINADORA
_________________________________
Profa. Dra. LISIANE VEIGA MATTOS
Departamento de Engenharia Química e Petróleo – UFF
__________________________________
Dr. FÁBIO BELLOT NORONHA
Instituto Nacional de Tecnologia – INT
____________________________________
Profa. Dra. RITA DE CÁSSIA COLMAN SIMÕES
Departamento de Engenharia Química e Petróleo – UFF
_____________________________________
Profa. Dra. SANIA MARIA DE LIMA
Departamento de Ciências Exatas e da Terra – Unifesp
NITERÓI
2012
iii
AGREDECIMENTOS
À minha querida mãe Lenilda, que sempre me ajudou nas horas mais difíceis e me deu força
para nunca desistir dos meus sonhos.
Ao meu amado marido Fábio, que sempre me encorajou a seguir em frente e me mostrou o
verdadeiro sentido da palavra companheiro.
Ao meu pai José Alves e irmãos Anderson e Alisson, que sempre estiveram ao meu lado em
todos os momentos importantes.
Aos meus orientadores Doutora Lisiane Veiga Mattos e Doutor Fábio Bellot Noronha, que
sempre mostraram muita paciência e compreensão durante esses dois anos de trabalho.
Aos profissionais do Laboratório de Catálise do INT, pelas análises de TPR, DRX e BET.
À Dr. Lidia Oazem de Oliveira da Costa, que sempre se mostrou disposta a ajudar ou
resolver os problemas encontrados no decorrer deste trabalho.
RESUMO
ABSTRACT
This work studied the performance of catalysts prepared from LaNiO3 perovskite
precursor on the hydrogen production through ethanol reforming. The precursors were
synthesized by the combustion method. The effect of catalyst preparation (fueloxidizer ratio,
calcination temperature, Ni substitution by Co or Cu) and reaction conditions were
investigated.
The samples were characterized through X-ray diffraction, temperature programmed
reduction, thermogravimetric analysis and scanning electron microscopy.
For LaNiO3 samples, increasing the calcination temperature led to the formation of
LaNiO3 perovskite phase. On the other hand, higher fueloxidizer ratio favored the formation
of La2NiO4 and the segregation of NiO phase. The presence of this NiO phase resulted in the
formation of large Ni metallic particles after reduction.
There was no Cu insertion in the LaNiO3 and LaCoO3 perovskite structures. Cu
addition led to the formation of large Ni0 and Co crystallite size for the samples calcined at
low temperature. This result could be due to the higher formation of NiO particles in the
presence of Cu.
All catalysts studied were active and selective to hydrogen for steam reforming of
ethanol at 773 K. However, carbon formation significantly occurred during reaction.
For LaNiO3 samples, filamentous carbon was mainly formed. Furthermore, the
amount of carbon deposited was lower for the samples calcined at higher temperatures. This
result is likely due to the presence of smaller NiO crystallite size. Increasing the reaction
temperature as well as the addition of water or oxygen to the feed decreased the formation of
carbon, improving catalyst stability. The reverse of Boudouard reaction and the gasification
reaction were favored at high reaction temperature, inhibiting the formation of carbon.
For the LaCoCuO3 samples, the addition of Cu significantly affected the nature of
carbon formed. Cu promoted the formation of amorphous carbon.
LISTA DE FIGURAS
Figura 4.3.6 Análise termogravimétrica dos catalisadores (a) LaNiCuO3-873 e (b) LaNiCuO3-
1073, após a reação da reforma a vapor do etanol (T= 773 K, Água/etanol=3,0 e W/F = 0,02
g.s/mL)...................................................................................................................................... 92
Figura 4.3.7 DRX das amostras (a) LaCoO3-873,(b) LaCoO3-1073, (c) LaCoCuO3-873 e (d)
LaCoCuO3-1073 calcinadas. Fases: (+) LaCoO3 e (■) La2CuO4. ............................................ 94
Figura 4.3.8 Perfis de TPR das amostras calcinadas. .............................................................. 97
Figura 4.3.9 Difração de raios X das amostras (a) LaCoO3-873, (b) LaCoO3-1073, (c)
LaCoCuO3-873 e (d) LaCoCuO3-1073 reduzidas a 1023 K e passivadas. Fases: (∆) Co, ( ■)
La2O3 e (●) Cu........................................................................................................................ 101
Figura 4.3.10 Conversão de etanol e distribuição de produtos obtidas na reforma a vapor do
etanol a 773 K para o catalisador LaCoO3-1073 K (Água/etanol=3,0 e W/F = 0,02 g.s/mL) 103
Figura 4.3.11Conversão de etanol e distribuição de produtos obtidas na reforma a vapor do
etanol a 773 K para o catalisador LaCoCuO3-1073 K (Água/etanol=3,0 e W/F = 0,02 g.s/mL)
................................................................................................................................................ 104
Figura 4.3.12 Imagem de MEV (aumento de 5.000 X) do catalisador LaCoO3-1073, após a
reação da reforma a vapor do etanol a 773 K (Água/etanol=3,0 e W/F = 0,02 g.s/mL) ........ 105
Figura 4.3.13 Imagem de MEV (aumento de 5.000 X) do catalisador LaCoCuO3-1073, após a
reação da reforma a vapor do etanol a 773 K (Água/etanol=3,0 e W/F = 0,02 g.s/mL). ...... 106
Figura 4.3. 14 Curva de perda de massa dos catalisadores LaCoO3-1073, e LaCoCuO3-1073
após reação da reforma a vapor do etanol a 773 K (Água/etanol=3,0 e W/F = 0,02 g.s/mL) 107
Figura 4.3.15 Análise termogravimétrica dos catalisadores (a) LaCoO3-1073, e (b)
LaCoCuO3-1073 após reação da reforma a vapor do etanol a 773 K (Água/etanol=3,0 e W/F =
0,02 g.s/mL)............................................................................................................................ 108
xi
SUMÁRIO
RESUMO................................................................................................................................... v
ABSTRACT ............................................................................................................................. vi
LISTA DE FIGURAS.............................................................................................................vii
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................ 5
2.1 Células a Combustível ........................................................................................................ 5
2.2 Produção de hidrogênio para células a combustível ....................................................... 9
2.3 Produção de hidrogênio a partir do etanol .................................................................... 10
2.3.1 Efeito das condições de reação ..................................................................................... 14
2.4. Perovskitas ....................................................................................................................... 21
2.4.1 Uso de perovskitas na produção de H2 a partir de etanol.......................................... 24
3 MATÉRIAIS E MÉTODOS ............................................................................................... 30
3.1 Preparo do catalisador ..................................................................................................... 30
3.2 Caracterização .................................................................................................................. 32
3.2.1 Área específica ............................................................................................................... 32
3.2.2 Difração de Raios X (DRX)........................................................................................... 33
3.2.3 – Redução à Temperatura Programada (TPR) .......................................................... 33
3.2.4 – Análise Termogravimétrica (ATG) ........................................................................... 34
3.2.5 – Microscopia Eletrônica por varredura (MEV) ........................................................ 34
3.3- Testes Catalíticos ............................................................................................................. 34
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 36
4.1 Efeito da razão combustível/oxidante ............................................................................. 36
4.1.1 Amostras calcinadas a 873 K ........................................................................................ 36
4.1.2- Amostras calcinadas a 1073 K..................................................................................... 57
4.2 Efeito das condições de reação ........................................................................................ 72
4.3 Efeito da substituição do Ni por Cu e Co ....................................................................... 82
4.3.1. Amostras contendo Ni e Cu ......................................................................................... 82
4.3.2- Amostras contendo Co e Cu ....................................................................................... 92
5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES ..................................................................................... 109
5.1 Conclusões ....................................................................................................................... 109
5.2 Sugestões .......................................................................................................................... 110
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 111
xii
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
combustão interna, as células a combustível possuem eficiência pelo menos 25% maior
(TANABE, 2010).
Elas também são fáceis de instalar e transportar, podendo ser levadas
rapidamente de um lugar para outro, conforme a necessidade ( WENDT et al., 2000).
Células a combustíveis são constituídas por dois eletrodos (cátodo e ânodo) e um
eletrólito. O eletrólito pode ser um líquido, um polímero condutor ou um sólido, pelo
qual ocorre a passagem das espécies iônicas geradas no ânodo e no cátodo.
Um esquema de funcionamento de uma célula a combustível, com eletrólito
constituído de material cerâmico e alimentada com hidrogênio (no ânodo) e ar (no
cátodo), está apresentado na Figura 2.1. O hidrogênio é continuamente oxidado no
ânodo (Equação 2.1) pelos íons O2-, que são produzidos no cátodo ( Equação 2.2) e são
conduzidos até o ânodo pelo eletrólito. Os elétrons gerados na reação de oxidação no
ânodo são conduzidos até o cátodo, passando por um circuito elétrico externo (SUN et
al., 2007; FLORIO et al., 2007)
Automóveis;
Espaçonaves;
Membrana Mobilidade; Alta potência; Custo;
(PEM) Unidades estacionárias Operação flexível Sensível a CO
(laptops, carregadores de
celular)
Reforma do Baixa
Metanol Unidades estacionárias combustível na permeabilidade;
Direto (laptops, carregadores de própria célula; Pouco
(DMFC) celular) Baixa Temperatura desenvolvimento
de operação tecnológico
Reforma do Baixa
Etanol Unidades estacionárias combustível na permeabilidade;
Direto (laptops, carregadores de própria célula; Pouco
(DEFC) celular) Baixa Temperatura desenvolvimento
de operação tecnológico
Ácido Unidades estacionárias Maior Sensível a CO,
Fosfórico Cogeração desenvolvimento Corrosão,
(PAFC) eletricidade/calor tecnológico Controle do eletrodo
Tolerância a
Estabilidade dos
CO/CO2
Unidades estacionárias materiais
Carbonato Eletrodos à base de
Cogeração Reciclagem de CO2
(MCFC) Ni
eletricidade/calor Interface trifásica de
difícil controle
Alta eficiência Estabilidade dos
Óxido Unidades estacionárias (cinética favorável); materiais;
Sólido Cogeração Reforma do Expansão térmica
(SOFC) eletricidade/calor combustível na Necessidade de pré-
própria célula reforma
9
facilmente acessível pelo consumidor final (HOTZA et al., 2008). Além disso, o Brasil
é considerado um dos maiores produtores e exportadores de bioetanol do mundo. Seus
investimentos na produção de etanol ocorrem desde 1975 através do Proálcool
(Programa Nacional de álcool). Neste programa, o governo fez fortes investimentos na
área de pesquisa e desenvolvimento, com o intuito de melhorar o rendimento da
produção de cana de açúcar, desenvolver novas tecnologias de produção de etanol e de
motores automotivos que utilizassem o bioetanol. O objetivo principal era diminuir a
dependência interna na importação de combustíveis fósseis utilizados pela frota
veicular.
Todas essas vantagens acima apontadas mostram que o etanol é uma alternativa
promissora para a produção de hidrogênio.
O hidrogênio pode ser produzido a partir do etanol através de várias rotas, tais
como a reforma a vapor (Equação 2.3), a oxidação parcial (Equação 2. 4) e a reforma
oxidativa (Equação 2.5) (AKDIM et al., 2008; AUGUSTO, 2012).
Figura 2.2 Esquema proposto das possíveis reações durante a reforma do etanol
(adaptado de MATTOS et al., 2012)
seguir as seguintes etapas: (a) reagir com água ou oxigênio e produzir espécies COx; (b)
encapsular a partícula metálica de Ni ou Co; ou (c) difundir através do metal (Ni ou
Co) e nuclear o crescimento de filamentos (Figura 2.3). Porém a desativação do
catalisador durante a reforma a vapor do etanol não necessariamente ocorrerá na reação
da etapa (c) pois, neste caso, a superfície metálica ainda estará exposta ao reagentes, não
importando a quantidade de carbono formada.
temperaturas (1073 K) não há acúmulo de carbono. Isso pode acontecer devido (i) as
reações de reforma do metano a vapor ou com CO2, (ii) reação reversa de Boudouard ou
(iii) reação de gaseificação do carbono. Neste estudo também foi observado o efeito da
temperatura na seletividade paras produtos. Em 1073 K, foram detectados H2, CO, CO2
e CH4 enquanto que a 773 K, além destes produtos, também foi detectado acetaldeído.
Adicionalmente, os autores observaram que o aumento da temperatura de reação foi
acompanhado do aumento da seletividade para CO2 e diminuição da seletividade para
CO e CH4.
Fatsikostas et al. (2001) também observaram o aumento da estabilidade do
catalisador Ni/La2O3 ao aumentar a temperatura da reação de reforma a vapor do etanol
de 573 para 1073 K. Esse resultado também foi associado ao favorecimento em altas
temperaturas das reações de reforma a vapor e com CO2 do metano, da reação reversa
de Boudouard e da reação de gaseificação de carbono, que favorecem a diminuição da
quantidade de carbono formada durante a reação. Os autores observaram que em
temperaturas abaixo de 573 K, a reação preferencial é a de desidrogenação do etanol a
acetaldeído e hidrogênio. Aumentando a temperatura para 673 K, é observado um
aumento na conversão do etanol, devido a reação de reforma a vapor e aumento da
seletividade para CO. Em 823 K, o acetaldeído não é mais observado e a conversão de
etanol passa a ser igual a 100%. Segundo os autores, nesta temperatura, as reações de
reforma a vapor do etanol e do acetaldeído são favorecida. Além disso, é observado um
máximo na seletividade para CH4, devido à reação de metanação do CO e do CO2, e a
reação de deslocamento da água (Equação 2.21). Acima de 823 K, a reforma do metano
com CO2 e água se torna termodinamicamente desfavorável, resultando na diminuição
da seletividade de CH4 e do CO2, que também passa a ser consumido através da reação
reversa de deslocamento da água (Equação 2.21). Em 873 K a seletividade para
hidrogênio é igual a 90% e o único subproduto formado é o metano. Por fim, quando a
reação é estudada a 1073 K, os únicos produtos formados são: hidrogênio, CO e CO2.
Wang et al. (2008) avaliaram o desempenho do catalisador Co/CeO2 na reforma
a vapor do etanol em diferentes temperaturas. Nas reações entre 623 e 723 K, foi
observada uma rápida diminuição da conversão do etanol devido à formação de coque
sobre as partículas de Co. Os principais produtos formados durante a reação foram
CH3CHO, CH3COCH3, H2, CO, CH4, CO2, e C2H4. Nesta faixa de temperatura, as
seletividades dos produtos CH3CHO, CH3COCH3 e C2H4 foram as maiores
encontradas, indicando que a presença das reações de desidrogenação e desidratação do
16
(NI et al., 2007; AKDIM et al., 2008). Porém, os altos custos dos metais nobres os
tornam menos atrativos para aplicação industrial (LIMA E ASSAF, 2007).
O níquel é amplamente utilizado na indústria em vários tipos de processos
químicos devido ao seu baixo custo. Na reforma do etanol, favorece a reação de
desidrogenação através da ruptura do etanol na seguinte ordem O-H, -CH2-, C-C e –CH3
(VAIDYA et al., 2006). Porém, o níquel apresenta como desvantagem a desativação
devido à formação de carbono em sua superfície.
O Co também é amplamente estudado por favorecer a quebra das ligações C-C
(NI et al., 2007). Porém, o cobalto a sofrer sinterização e oxidação mais facilmente
quando utilizado em altas temperaturas (VAIDYA et al., 2006).
De acordo com a literatura, o carbono formado sobre catalisadores a base de Ni
e Co pode encapsular o metal ou pode se difundir através da partícula metálica e formar
filamentos de carbono. Neste último caso, a superfície metálica é mantida exposta e
ativa para reação (LIMA et al., 2009).
Marino et al. (2004) sugeriram o uso de catalisadores bimetálicos a base de Ni e
Cu na reforma do etanol. Eles propuseram o seguinte mecanismo para a reação de
reforma do etanol na presença de níquel e cobre:
Marino et al. (2003) sugeriram que o Cu é um agente ativo que promove a rápida
desidrogenação do etanol a acetaldeído, enquanto que o níquel promove a ruptura das
ligações C-C do acetaldeído, produzindo CH4, CO e H2, como pode ser observado no
mecanismo acima exposto.
Galleti et al. (2008) também mostraram que estruturas bimetálicas de Co-Cu
apresentam bom rendimento em hidrogênio e alta estabilidade durante a reforma do
etanol. Além disso, nessas reações é possível observar altas razões CO2/CO, um
indicativo que o catalisador é um promotor da reação de deslocamento da água, o que
impede a formação de carbono na superfície do catalisador e o torna mais estável.
20
Figura 2.4 Mecanismo proposto para a reação entre o óxido de lantânio e CO2
(GALLEGO et al., 2008).
2.4. Perovskitas
As perovskitas são óxidos mistos com fórmula geral ABO3, onde geralmente, o
cátion A é um metal alcalino, alcalino terroso ou um metal de terras raras, enquanto que
o cátion B é um metal de transição com menor raio.
Sua estrutura ideal é a da forma cúbica, com o cátion A, de maior raio,
coordenado à 12 átomos de oxigênio, e o cátion B com 6 átomos de oxigênio. A Figura
2.5 mostra o esquema do arranjo dos cátions na estrutura da perovskita. Contudo,
poucas perovskitas apresentam estrutura cúbica ideal. Para medir o desvio deste padrão,
foi definido um fator de tolerância (t) (PEÑA et al., 2001), onde rA, rB e rO são os raios
dos cátions A e B e do íon oxigênio, respectivamente:
22
Equação 2.26
Para que a estrutura ideal seja preferencialmente formada, o valor de t deve estar
entre 0,75 e 1. Desvios da estrutura ideal levam à formação de outras estruturas, tais
como: hexagonal, ortorrômbica, romboédrica, tetragonal, monoclínica e triclínica. Essas
estruturas geralmente tendem a se transformar na cúbica, quando submetidas a altas
temperaturas (PENÃ et al., 2001). Para valores de t>1, a estrutura mais estável é a
hexagonal, enquanto que para t<1 geralmente a estrutura cúbica muda para a
romboédrica e depois para a ortorrômbica (RITCHER et al., 2009).
Figura 2.5 Esquema do arranjo de átomos em uma estrutura tipo perovskita (TONIOLO,
2010)
3 MATÉRIAIS E MÉTODOS
combustível/oxidante (φ) igual a 0,7, 1,0 e 4,0. Os cálculos usados para a obtenção da
quantidade de cada reagente foram baseados no trabalho de Hwang et al. (2004) e estão
apresentados no anexo A.
Os reagentes e as amostras obtidas estão listados na Tabela 3.1.
Tabela 3.1 Lista de reagentes utilizados e das amostras obtidas na reação de combustão.
Precursores Combustível Amostras
La(NO3)3.6H2O e
Ureia LaNiO3
Ni(NO3)2.6H2O
La(NO3)3.6H2O;
Ni(NO3)2.6H2O e Ureia LaNi0,8Cu0,2O3
Cu(NO3)2.5H2O
La(NO3)3.6H2O e
Ureia LaCoO3
Co(NO3)2.6H2O
La(NO3)3.6H2O;
Co(NO3)2.6H2O e Ureia LaCo0,8Cu0,2O3
Cu(NO3)2.5H2O
a b c
Figura 3.1 Síntese da perovskita com formação de chama: (a) Aquecimento com
agitação; (b) formação da chama e (c) sólido obtido
873 LaNiCuO3-873
LaNi0,8Cu0,2O3 0,7
1073 LaNiCuO3-1073
873 LaCoO3-873
4.3 LaCoO3 0,7
1073 LaCoO3-1073
873 LaCoCuO3-873
LaCo0,8Cu0,2O3 0,7
1073 LaCoCuO3-1073
3.2 Caracterização
Para obter maiores informações sobre a natureza das espécies presentes nas
amostras, após a calcinação, foram feitas análises de TPR. Os ensaios foram realizados
em uma unidade acoplada a um detector de condutividade térmica. Antes da análise de
TPR, a amostra foi submetida a um aquecimento da temperatura ambiente até 673 K a
uma taxa de 10 K/min sob fluxo de ar sintético. Após o pré-tratamento, o catalisador foi
aquecido da temperatura ambiente até 1273 K a uma taxa de 10 K/min sob fluxo de
10% de H2 em nitrogênio com vazão de 50 mL/min.
34
decomposição do etanol a 1073 K e (iii) oxidação parcial do etanol a 1073 K com uma
razão oxigênio/etanol igual a 0,5.
Na reforma a vapor, duas correntes de nitrogênio,(a 30 mL/min cada), passavam
por dois saturadores, um contendo água e o outro etanol, que foram mantidas a
temperatura necessária para obter as razões molares desejadas.
Na reação de decomposição, uma corrente de N2 (30 mL/min) passava através
do saturador de etanol. Em seguida, a mistura reacional foi diluída com outra corrente
de N2 (30 mLmin), que era encaminhada direto para o reator.
Já para a oxidação parcial, uma corrente de N2 (30 mL/min) passava através do
saturador de etanol e outra corrente contendo 5%O2/N2 (30 mL/min) seguia direto para
o reator. O saturador de etanol foi mantido na temperatura necessária para obter a razão
molar O2/Etanol desejada.
Nos ensaios acima citados, a pressão parcial do etanol foi mantida constante. A
variação da pressão parcial da água foi compensada pelo decaimento da pressão parcial
do N2.
Nas reações foram utilizadas 20 mg de catalisador diluídas em 60 mg de SiC para evitar
a formação de pontos quentes.
Os produtos obtidos foram analisados em linha por cromatografia gasosa,
utilizando um cromatógrafo Micro GC Agilent 3000 A, equipado com três canais com
três detectores de condutividade térmica (TCD) e três colunas: peneira molecular,
Poraplot Q e coluna OV-1.
A conversão do etanol (X) e a distribuição dos produtos (Sx) foram calculadas,
de acordo com as seguintes equações:
(3.1)
(3.2)
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
LaNiO3 -0,7
LaNiO3 -1
LaNiO3 -4
*
* La2NiO4
+ LaNiO3
*
NiO
Intensidade (u.a.)
* La2O3
* *
* *
*
**
* **
* *
*
+ LaNiO3-4
+ + +
+ *
+ LaNiO3-1
+ +
* +
+ LaNiO3-0,7
10 20 30 40 50 60 70 80 90
2
Figura 4.1.2 DRX das amostras calcinadas a 873 K.
2ɵ (°)
LaNiO3 La2NiO4 NiO La2O3
22,85 24,06 37,47 29,49
32,63 27,99 43,28 30,84
47,10 31,33 62,84
54,10 32,78
58,40 42,58
43,69
47,04
53,49
54,76
55,90
57,53
65,37
68,27
75,97
78,00
d (nm)
Catalisador
LaNiO3a La2NiO4b NiOc
LaNiO3-0,7 9,5 13.0 -
LaNiO3-1 8,7 8.5 -
LaNiO3-4 - 63.4 37,8
(a) Calculado usando o plano (110) do LaNiO3; (b) calculado usando o plano (200) do
La2NiO4; (c) calculado usando o plano (012) do NiO.
643
898
598
603 LaNiO3-4
Consumo de H2(u.a.)
759 840
609 LaNiO3-1
848
759
LaNiO3-0,7
2LaNiO3+H2→La2Ni2O5+H2O (4.1)
La2Ni2O5+3H2→2Ni°+La2O3+3H2O (4.2)
NiO+H2→Ni°+H2O (4.3)
Intensidade (u.a.)
e
d
+
+ + +
+ *
c
b
a
10 20 30 40 50 60 70 80
2
Figura 4.1.4 Difração de Raios X da amostra LaNiO3-0,7 calcinada (a) e reduzida e
passivada em diferentes temperaturas: 673 K (b), 773 K (c) 873 K (d) e 1023 K (e).
Fases: Ni (∆), La2O3 (■), LaNiO3 (+), La2NiO4 (*), NiO (●)
x
x x x D
x
x x 400
x x x
x x x 500
x
e
Intensidade (u.a.)
d
**
* * *
* ** * * * ***
c
* * *
* * * * * **
* **
b
10 20 30 40 50 60 70 80
2
Figura 4.1.5 Difração de Raios X da amostra LaNiO3-0,4 calcinada (a) e reduzida e
passivada em diferentes temperaturas: 673 K (b), 773 K (c) 873 K (d) e 1023 K (e).
Fases: Ni (∆), La2O3 ( ■), LaNiO3 (+), La2NiO4 (*), NiO (●) e La(OH)3 (x)
46
Temperatura de
Amostra Ni0 (nm)*
redução (K)
673 -
773 12
LaNiO3-0,7
873 15
1023 20
673 -
773 -
LaNiO3-4
873 27
1023 36
*Calculado usando o plano (111) do Ni metálico.
47
Como antes dos testes catalíticos, as amostras foram reduzidas a 1023 K, foram
realizadas análises de DRX das perovskitas reduzidas e passivadas nesta temperatura
(Figura 4.1.6). Após a redução, a estrutura da perovskita foi completamente destruída e
foram detectadas as seguintes fases: (i) Ni° (PDF 04-0850) em todas as amostras; (ii)
La2O3 (PDF 05-0602 e PDF 22-0369) nas amostras LaNiO3-0,7 e LaNiO3-1 e (iii)
La(OH)3 (PDF 06-0585 e PDF 36-1481) na amostra LaNiO3-4. Em alguns estudos
(VALDERRAMA et al., 2005; SILVA et al., 2011), a redução da perovskita LaNiO3
levou à formação somente das estruturas Ni° e La2O3. Porém, pesquisas (NORMA et
al., 1999) mostram que a estrutura La2O3 é rapidamente convertida em La(OH)3 na
presença de umidade do ar a temperatura ambiente. Para comprovar esta teoria uma das
amostras foi dividida em duas partes após a redução e passivação. Uma das partes foi
imediatamente isolada e analisada enquanto a outra foi mantida em contato com o ar 24
horas antes de ser analisada. Como esperado, na primeira parte da amostra, observou-se
a formação de La2O3 e na parte que ficou em contato com o ar foi identificada somente
a formação da fase La(OH)3.
Aplicando a equação de Scherrer, obteve-se valores de tamanho de cristalito de
Ni metálico iguais a 20, 36 e 37 nm para as amostras LaNiO3-0,7, LaNiO3-1 e LaNiO3-
4, respectivamente (Tabela 4.1.5). Esses resultados mostram que o aumento do valor de
φ levou a um aumento do tamanho de cristalito de Ni°. Além disso, observa-se que é
possível obter tamanhos de cristalito de níquel metálico, após a redução das perovskitas
LaNiO3 preparadas por combustão, menores do que os valores (57,3 nm e 125 nm)
reportados para catalisadores de níquel metálico suportado em La2O3. (SUN et al.,
2005; ZHANG et al., 2009).
48
x x x
x x
x x x x
x x x x x
(c)
Intensidade (u.a)
(b)
(a)
10 20 30 40 50 60 70 80
2
Figura 4.1.6 DRX das amostras reduzidas a 1023 K e passivadas (a) LaNiO3-0,7, (b)
LaNiO3-1, e (c) LaNiO3-4. Fases La(OH)3 (x), La2O3 (■), Ni° (∆)
80 80
60 60
X etanol CO2 X etanol CO2
H2 CO H2 CO
40 acetaldeído 40 CH4 acetaldeído
CH4
eteno eteno
20 20
0 0
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 6
Tempo (h) Tempo (h)
(a) (b)
Distribuição de Produtos, Xetanol (%)
100
80
60
X etanol CO2
H2 CO
40 CH4 acetaldeído
eteno
20
0
1 2 3 4 5
Tempo (h)
(c)
100
LaNiO3_0,7
60 LaNiO3_1
40
LaNiO3_4
20
400 600 800 1000 1200
Temperatura (K)
Taxa de formação de
Amostras Carbono(mgC/(g
amostra*h))
LaNiO3-0,7 50,7
LaNiO3-1 64,3
LaNiO3-4 118,9
835
820
802
LaNiO3_4
LaNiO3_1
LaNiO3_0,7 570
LaNiO3 -0,7
LaNiO3 -1
LaNiO3 -4
* + LaNiO3
6000 +
* * La2NiO4
+ + * NiO
5000 * * +
+ + *
Intensidade (u.a.)
4000 LaNiO3 4
+
3000 + +
+ + +
2000
+ LaNiO3 1
1000
+ +
+ + +
+ +
0
LaNiO3 0,7
20 30 40 50 60 70 80 90
2
2ɵ (°)
LaNiO3 La2NiO4 NiO La2O3
23,2 31,4 37,27 -
32,79 32,85 43,30
40,80 42,66 62,87
47,29 43,73
53,56 47,22
58,62 57,65
68,84 68,8
78,69
A fase LaNiO3 apresenta tamanho de cristalito igual a 12,6, 13,1 e 15,3 nm nas
amostras LaNiO3-0,7, LaNiO3-1 e LaNiO3-4, respectivamente. Estudos (BISWAS,
2009; SILVA et al., 2011) realizados com a mesma perovskita preparada pelo método
de combustão e calcinadas entre 923 e 1073 K obtiveram valores de tamanho de
cristalito variando entre 12 e 18 nm, semelhantes aos encontrados neste trabalho.
O tamanho de cristalito da fase NiO só foi possível ser calculado na amostra
LaNiO3-4, enquanto que, o tamanho do diâmetro de cristalito da fase La2NiO4 não foi
possível ser calculado em nenhuma das amostras.
Comparando estes resultados com os obtidos pelas amostras calcinadas a 873 K
pode-se observar que houve um aumento do tamanho de cristalito da fase LaNiO3.
Biswas (2009), também observou o aumento do tamanho de cristalito com o aumento da
temperatura de calcinação da amostra LaNiO3 preparada pelo método de combustão.
d (nm)
Catalisador
LaNiO3a La2NiO4b NiOc
LaNiO3-0,7 12,6 - -
LaNiO3-1 13,1 - -
LaNiO3-4 15,3 - 31,1
(a) Calculado usando o plano (110) do LaNiO3; (b) calculado usando o plano (200) do
La2NiO4; (c) calculado usando o plano (012) do NiO.
767
662
613
LaNiO3 -4
Consumo de H2 (u.a.)
629 747 865
603
642 752 LaNiO3 -1
629
605
LaNiO3 -0,7
x
x
x x
x
x x
x x x x
x
Intensidade (u.a.) e
d
c
+
+
+
+
b
+ +
+ +
+ + +
a
10 20 30 40 50 60 70 80
2
Figura 4.1.14 Difração de raios X da amostra LaNiO3-0,7 calcinada a 1073 K(a) e
reduzida e passivada em diferentes temperaturas: 673 K (b), 773 K (c) 873 K (d) e 1023
K (e). Fases: Ni (∆), La2O3 (■), LaNiO3 (+), La2NiO4 (*), NiO (●), La(OH)3 (x),
La2Ni2O5 (●)
x x
x
x
x Ni
x x
x x + LaNiO3
x x
e
*La2NiO4
Intensidade (u.a.)
NiO
La2O3
d
x La(OH)3
c +
*
*
b
+
* + 34_400
* + 34_500
* + * * 34_calcinada
a +
34_750
20 40 60
2
Figura 4.1.15 DRX da amostra LaNiO3-4 calcinada a 1073 K(a) e reduzida e passivada
em diferentes temperaturas: 673 K (b), 773 K (c) 873 K (d) e 1023 K (e). Fases: Ni (∆),
La2O3 (■), LaNiO3 (+), La2NiO4 (*), NiO (●), La(OH)3 (x).
64
Temperatura de
Amostra Ni0 (nm)*
redução (K)
673 -
773 12,4
LaNiO3-0,7
873 13,2
1023 16,6
673 -
773 16,9
LaNiO3-4
873 22,9
1023 25,6
*Calculado usando o plano (111) do Ni metálico.
também apresentou a formação da estrutura La2O3 (PDF 05-0602). Como observado nas
amostras calcinadas a 873 K, a formação da estrutura La(OH)3 pode ser atribuída ao
contato das amostras com a umidade do ar a temperatura ambiente. Em todas as
amostras houve a completa destruição da estrutura da perovskita.
x x
x
x x x
x x x
x x
c
Intensidade (u.a)
x x
x x
x
b
x x
x
x
x x x x
x
x x
a
10 20 30 40 50 60 70 80
2
Figura 4.1.16 DRX das amostras calcinadas a 1073 K e reduzidas a 1023 K e passivadas
(a) LaNiO3-0,7, (b) LaNiO3-1, e (c) LaNiO3-4. Fases: Ni (∆), La2O3 ( ■) e La(OH)3 (x)
80 80
60 60
X etanol CO2 X etanol CO2
H2 CO H2 CO
40 CH4 acetaldeído 40 CH4 acetaldeído
eteno eteno
20 20
0 0
1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6
Tempo (h) Tempo (h)
(a) (b)
Distribuição de Produtos, Xetanol (%)
100
80
60
X etanol CO2
H2 CO
40 CH4 acetaldeído
eteno
20
0
1 2 3 4 5 6
Tempo (h)
(c)
Figura 4.1.17 Conversão de etanol e distribuição de produtos obtidas na reforma a vapor
do etanol para os catalisadores (a) LaNiO3-0,7 (b) LaNiO3-1 e (c) LaNiO3-4 (T = 773 K,
Água/etanol=3,0 e W/F = 0,02 g.s/mL)
68
LaNiO3 -0,7
LaNiO3 -1
LaNiO3 -4
100
90
Perda de massa (%)
80
LaNiO3_0,7
70
LaNiO3_1
60
LaNiO3_4
50
400 600 800 1000 1200
Temperatura (K)
Amostras Carbono(mgC/gcat*h)
LaNiO3-0,7 43,5
LaNiO3-1 69,8
LaNiO3-4 86,8
826
Derivada da perda de massa (u.a.)
828
844
LaNiO3_4
LaNiO3_1
100
60
X etanol CO2
H2 CO
40
CH4 acetaldeído
eteno
20
0
0 4 8 12 16 20 24 28
Tempo (h)
Figura 4.2.1 Conversão de etanol e distribuição de produtos obtidas na reforma a vapor
do etanol a 773 K durante 28 horas para o catalisador LaNiO3-0,7 calcinado a 1073 K
(Água/etanol=3,0 e W/F = 0,02 g.s/mL).
CO2+H2↔CO+H2O (4.2.3)
110
90
80
70
60
X etanol CO2
50
H2 CO
40 CH4 acetaldeído
eteno
30
20
10
0
4 8 12 16 20 24 28
Tempo (h)
Figura 4.2.2 Conversão de etanol e distribuição de produtos obtidas na reforma a vapor
do etanol a 1073 K durante 28 horas para o catalisador LaNiO3-0,7 calcinado a 1073
K. (Água/etanol=3,0 e W/F = 0,02 g.s/mL).
Distribuição de Produtos, Xetanol (%)
100
80 CO2
X etanol
H2 CO
CH4 acetaldeído
60 eteno
40
20
0
4 8 12 16 20 24 28
Tempo (h)
Figura 4.2.3 Conversão de etanol e distribuição de produtos obtidas na oxidação parcial
do etanol a 1073 K durante 28 horas para o catalisador LaNiO3-0,7 calcinado a 1073 K
(O2/etanol=0,5 e W/F = 0,02 g.s/mL).
77
80 CO2
X etanol
H2 CO
CH4 acetaldeído
60 eteno
40
20
0
5 10 15 20 25
Tempo (h)
Figura 4.2.4 Conversão de etanol e distribuição de produtos obtidas na decomposição
do etanol a 1073 K durante 28 horas para o catalisador LaNiO3-0,7 calcinado a 1073 K
(W/F = 0,02 g.s/mL).
100
(b) (c)
80
Perda de massa (%)
60 (a)
40
20
0
400 600 800 1000 1200
Temperatura (K)
901
595 981
Decomposição do etanol
Intensidade (u.a.) + +
+ + +
+ +
d +
+ +
+
c
+
+ + +
b + +
+ + +
+ *
a
10 20 30 40 50 60 70 80
2
Figura 4.3.1 DRX das amostras (a) LaNiO3-873 e (b) LaNiCuO3-873 (c) LaNiO3-1073
e (d) LaNiCuO3-873. Fases: (+) LaNiO3, (*) La2NiO4, (■) La2CuO4, (●) NiO
85
d (nm)
Catalisador
LaNiO3a La2CuO4b NiO
LaNiCuO3-873 8,9 17,2 -
LaNiCuO3-1073 13,4 35,9 -
LaNiO3-873 9,5 - -
LaNiO3-1073 12,6 - -
(a) Calculado usando o plano (110) do LaNiO3; (b) calculado usando o plano (113) do
La2CuO4.
873 K. Este fato pode estar associado à maior segregação da fase NiO nas amostras
contendo Cu, devido à formação da fase La2CuO4.
Intensidade (u.a.)
LaNiCuO3_1073
LaNiCuO3_873
10 20 30 40 50 60 70 80
2
LaNiCuO3-873 34
LaNiCuO3-1073 19
LaNiO3-873 20
LaNiO3-1073 17
*Calculado usando o plano (111) do Ni metálico.
100
60
X etanol CO2
H2 CO
40
CH4 acetaldeído
eteno
20
0
5 10 15 20 25
Tempo (h)
(a)
Distribuição de Produtos, Xetanol (%)
100
80
60
X etanol CO2
H2 CO
40 CH4 acetaldeído
eteno
20
0
5 10 15 20 25
Tempo (h)
(b)
Figura 4.3.3 Conversão de etanol e distribuição de produtos obtidas na reforma a vapor
do etanol para os catalisadores (a) LaNiCuO3-873 (b) LaNiCuO3-1073 (T= 773 K,
Água/etanol=3,0 e W/F = 0,02 g.s/mL).
90
Figura 4.3.4 Imagem de MEV (aumento de 20.000 X) das amostras (a) LaNiCuO3-873
(b) LaNiCuO3-1073, após a reação da reforma a vapor do etanol a 773 K
(Água/etanol=3,0 e W/F = 0,02 g.s/mL).
91
100
80
Perda de massa (%)
60
40 (b)
20
(a)
0
400 600 800 1000 1200
Temperatura (K)
Figura 4.3.5 Curva de perda de massa obtida através da análise de ATG para as
amostras (a) LaNiCuO3-873 e (b) LaNiCuO3-1073, após a reação da reforma a vapor do
etanol a 773 K(Água/etanol=3,0 e W/F = 0,02 g.s/mL).
Taxa de formação
Amostras de Carbono
(mgC/g amostra/h)
LaNiCuO3-873 31,9
LaNiCuO3-1073 23,4
838
Derivada da perda de massa (u.a.)
809
866
(b) 759
796 868
Temperatura (K)
Figura 4.3.6 Análise termogravimétrica dos catalisadores (a) LaNiCuO3-873 e (b)
LaNiCuO3-1073, após a reação da reforma a vapor do etanol (T= 773 K,
Água/etanol=3,0 e W/F = 0,02 g.s/mL).
(TANABE, 2010; HUANG et al., 2005; MERINO et al., 2005; XIULAN et al., 2000;
GARCIA, 2003) para catalisadores LaCoO3 preparados pelo método de citrato
(calcinados a 873 e 1073 K) e pelo método de co-precipitação (calcinados a 1073 K).
As amostras LaCoO3-873 e LaCoCuO3-873 apresentam valores de área
específica (13-15 m2g) um pouco maiores do que os valores das amostras LaCoO3-
1073 e LaCoCuO3-1073 (< 10 m2g). Este resultado indica que o aumento da
temperatura de calcinação levou a uma redução da área específica, da mesma forma
como foi observado para as amostras contendo Ni (itens 4.1.1 e 4.1.2). Como
anteriormente citado, a redução da área com o aumento da temperatura de calcinação
ocorre devido à sinterização dos sólidos quando expostos a altas temperaturas
(VALDERRAMA et al., 2005). Merino et al. (2005) observaram que a amostra LaCoO3
preparada pelo método citrato e calcinadas a 873, 973, 1073 e 1173 K apresentaram
áreas iguais a 7,9, 7,2, 2,7 e 2,0 m²/g, respectivamente. Os autores afirmaram que
perovskitas calcinadas a temperaturas superiores a 973 K sofrem redução significativa
sua área superficial.
Comparando os resultados obtidos para as amostras calcinadas a 873 K, observa-
se que a substituição do Co por Cu provocou uma pequena redução da área específica.
Pesquisas feitas com os catalisadores LaCoO3 e LaCo0,8Cu0,2O3 preparados pelo método
denominado reactive grinding e calcinados a 773 K (ZHANG et al., 2006) e a 1073 K
( THIEN-TAO et al., 2008) mostram que a adição de cobre à estrutura da perovskita
LaCoO3 também diminuiu o valor da área específica das amostras.
Portanto, de acordo com o que foi observado na literatura, a adição de cobre e o
aumento na temperatura de calcinação das amostras contribuíram para a diminuição da
área específica das amostras.
+
+
+
+ ++ +
+ +
+ +
+
Intensidade (u.a.)
d
c
10 20 30 40 50 60 70 80
2(º)
Figura 4.3.7 DRX das amostras (a) LaCoO3-873,(b) LaCoO3-1073, (c) LaCoCuO3-873
e (d) LaCoCuO3-1073 calcinadas. Fases: (+) LaCoO3 e (■) La2CuO4.
a formação da fase LaCoO3, para a primeira perovskita e das fases LaCoO3 e La2CuO4
para segunda. Os autores também observaram que o aumento da temperatura de
calcinação na amostra com substituição parcial do cobalto pelo cobre favoreceu a
formação da fase La2CuO4 com maior cristalinidade. Thien-Tao et al. (2008), ao
analisarem os resultados de DRX da amostra LaCo1-xCuxO3 (onde x varia entre 0 e 0,3),
observaram a presença das linhas características de Cu fora da perovskita LaCoO3,
indicando que não houve a substituição de Co por Cu dentro da estrutura da perovskita.
Zhang et al. (2006) não identificaram a formação da estrutura La2CuO4 na amostra
LaCo1-xCuxO3 e ainda observaram o deslocamento das linhas características da estrutura
LaCoO3. Os autores afirmaram que este deslocamento indicava a inserção de Cu dentro
da estrutura da perovskita LaCoO3.
Portanto, para as perovskitas LaCoCuO3-873, a ausência de deslocamento das
linhas características da estrutura LaCoO3 indica que não houve a substituição de Co
por Cu dentro desta estrutura, podendo ele estar presente na forma de La2CuO4 ou CuO
amorfo, não detectável nas análises de DRX. O aumento da temperatura de calcinação
formou estruturas mais cristalinas e a fase La2CuO4 pode ser detectada.
A Tabela 4.3.7 apresenta as principais linhas de difração observadas nas
amostras LaCoO3-873, LaCoO3-1073, LaCoCuO3-873 e LaCoCuO3-1073.
96
2ɵ (°)
LaCoO3 La2CuO4
23,24 31,23
32,90
33,29
40,65
41,33
47,48
53,24
53,75
58,94
59,75
68,96
69,92
74,44
75,30
78,74
79,43
LaCoO3 -873 23
LaCoO3-1073 32
LaCoCuO3-873 21
LaCoCuO3-1073 25
(*)Calculado usando o plano ( 0 2 4) do LaCoO3;
590 K
781 K
854 K
LaCo0,8Cu0,2O3-1073
545 K
Consumo de H2 (u.a.)
737 K
871 K LaCo0,8Cu0,2O3-873
780 K
598 K 640 K
LaCo0,8Cu0,2O3-1073
857 K
613 K
645 K
LaCo0,8Cu0,2O3-873
Alguns autores (SIS1 et al., 1973 apud TONIOLO, 2010) afirmam que o cobalto
metálico pode ser formado a partir de 573 K durante a redução de LaCoO3 devido ao
surgimento de uma estrutura intermediária deficiente em oxigênio conforme as
Equações 4.3.4 e 4.3.5.
SIS, L. B., WIRTZ, G. P., SORENSON, S. C., , Journal of Applied Physics, v. 44, n. 12 , 5553-5559,
1973
99
Para melhor investigar as estruturas formadas durante a redução deste material alguns
pesquisadores (TIEN-THAO et al., 2008, TONIOLO, 2010) realizam a redução em várias
temperaturas e avaliaram as fases formadas através da análise de DRX.
Tien-Thao et al. (2008) não observaram mudança da estrutura da perovskita na faixa
de temperatura de redução de 473-673 K e atribuíram o primeiro pico formado à seguinte
etapa de redução:
Por fim o autor afirma que a redução acontece em 2 etapas, com formação de Co0 não
detectado por DRX, coexistindo com LaCoO3 ou La2Co2O5 predominantes na fase bulk.
A perovskita LaCoO3 preparada pelos métodos citrato e pelo método “grinding
reaction” apresentou perfis de TPR diferentes (HUANG et al., 2005). O perfil de TPR da
perovskita preparada pelo método citrato, apresentou 3 picos de redução, enquanto que a
perovskita preparada pelo método “grinding reaction” mostrou 4 picos. Os autores
propuseram que os picos em temperaturas até 673 K corresponderiam à redução direta de
Co+3 a Co0. Além disso, eles afirmaram que o método de preparo influencia a estrutura da
perovskita levando a diferentes graus de distorções na rede cúbica e deficiência de oxigênio.
Esses defeitos e distorções podem levar a diferentes tipos de interação do Co +3 com a
estrutura, levando a diferentes graus de redutibilidade.
100
Para as amostras com troca parcial de Co por Cu observa-se que o tamanho do cristalito de Co
metálico também aumentou com o aumento da temperatura de calcinação.
Comparando as amostras com e sem substituição parcial de Co por Cu observa-se que
a inserção de Cu favoreceu o aumento do diâmetro de cristalito de cobalto metálico. Toniolo
(2010) observou que os tamanhos de cristalito de cobalto metálico nas estruturas com ou sem
substituição parcial de cobre, mantiveram-se iguais e, nas amostras com substituição parcial
por cobre, o autor não observou a formação das linhas características da fase cobre metálico.
Este resultado foi atribuído a possível formação de uma liga cobalto-cobre ou a formação de
partículas de Co e Cu altamente dispersas. Tal fato mostra que o método de preparo utilizado
influencia na estrutura final das espécies reduzidas (HUANG et al., 2005).
Intensidade (u.a.)
d
b
a
10 20 30 40 50 60 70 80
2 (º)
Figura 4.3.9 Difração de raios X das amostras (a) LaCoO3-873, (b) LaCoO3-1073, (c)
LaCoCuO3-873 e (d) LaCoCuO3-1073 reduzidas a 1023 K e passivadas. Fases: (∆) Co, ( ■)
La2O3 e (●) Cu.
102
Tabela 4. 3.9 Tamanhos de cristalito de Co° obtidos após redução a 1023 K e passivação.
Amostra Co0 (nm)*
LaCoO3 -873 15
LaCoO3-1073 19
LaCoCuO3-873 20
LaCoCuO3-1073 22
* Calculado usando o plano ( 1 1 1) do Co°.
Segundo Lima et al. (2009), o carbono formado sobre Co suportado na reforma a vapor do
etanol pode seguir os seguintes caminhos: (i) reagir com H2O produzindo espécies CO; (ii)
encapsular as partículas de Co; ou (iii) se difundir através do cristalito de Co e nuclear o
crescimento dos filamentos de carbono.
Wang et al. (2008) observaram uma rápida desativação do catalisador Co/CeO2
durante a reforma a vapor do etanol a 773 K. Segundo os autores o carbono formado durante a
reação encapsulou completamente a partícula de Co, desativando-o. Lima et al. (2009)
também observaram contínua diminuição da conversão de etanol sob o catalisador Co/CeO2
durante a reforma a vapor do etanol a 773 K.
Distribuição de Produtos, Xetanol (%)
100
80
60
X etanol CO2
H2 CO
40 CH4 acetaldeído
eteno
20
0
4 8 12 16 20 24 28
Tempo (h)
Figura 4.3.10 Conversão de etanol e distribuição de produtos obtidas na reforma a vapor do
etanol a 773 K para o catalisador LaCoO3-1073 K (Água/etanol=3,0 e W/F = 0,02 g.s/mL).
Além disso, nota-se que a seletividade para acetaldeído aumenta significativamente ao longo
da reação, a medida que o catalisador desativa. Galetti et al. (2008) também observaram uma
rápida desativação na reforma a vapor do etanol a 773 K no catalisador CuCoZnAl.
A rápida desativação do catalisador LaCoCuO3 sugere a formação de carbono amorfo,
via desidrogenação das espécies CHx, formadas durante a reação, como mencionado
anteriormente. Com o passar do tempo, esse tipo de carbono pode encapsular as partículas
metálicas de Co fazendo com que o catalisador desative rapidamente, mesmo que em pouca
quantidade. Então a conversão final pode ser correspondente a conversão da fase homogênea
e, a alta seletividade de acetaldeído, a desidrogenação do etanol promovida pela presença de
partículas isoladas de Cu°.
a reforma a vapor do etanol tem sido observada em catalisadores a base de Co, como Co/CeO2
(WANG et al., 2008; LIMA et al., 2009). De acordo com a literatura, a formação de
filamentos de carbono é favorecida em grandes partículas de Co (LIMA et al., 2009). Neste
trabalho, a adição de Cu levou a uma redução do diâmetro de cristalito do Co, o que poderia
contribuir para uma menor formação de filamentos de carbono. Portanto, as imagens sugerem
que a adição do cobre inibe a formação de carbono filamentar.
este tipo de carbono não provoca a desativação do catalisador, já que a reação continua a
ocorrer na partícula metálica localizada na extremidade do filamento de carbono. Já no caso
da amostra LaCoCuO3-1073, o carbono amorfo poderia recobrir as partículas metálicas de Co,
levando a desativação do catalisador
Galleti et al. (2008) realizaram análises de Raman nas amostras CoCuZnAl e também
observaram que, além da formação de carbono filamentar, houve a formação de espécies de
carbono amorfo, que são facilmente oxidáveis através da reação de Boudouard em
temperaturas de reação superiores a 873 K. Segundo os autores, abaixo desta temperatura a
taxa de formação de carbono é maior do que a taxa de seu consumo.
100
80
Perda de massa (%)
60 LaCoCuO3_1073
LaCoO3_1073
40
20
0
400 600 800 1000 1200
Temperatura (K)
LaCuCoO3_1073
724
5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES
5.1 Conclusões
5.2 Sugestões
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ANEXO A
Para o prepara dos precursores LaNiO3, LaNi0,8Cu0,2O3, LaCoO3, LaCo0,8Cu0,2O3 pela reação
de combustão foram utilizados os nitratos de lantânio, níquel, cobalto e cobre, como fonte de
cátions e ureia como combustível.
Combustão:
Ureia CO(NH2)2
Onde 3/2n – 6 = φ - 1
118
Razão estequiométrica φ = 1
Para que todo o oxigênio liberado pelos nitratos seja completamente consumido pelo
combustível, a razão estequiométrica (φ) combustível e oxidante deve ser igual a 1 (HWANG
et. al., 2004) e (MUKASYA et al., 2001). Então para:
Razão estequiométrica φ = 4
Ureia CO(NH2)2
Razão estequiométrica φ = 1
Para que todo o oxigênio liberado pelos nitratos seja completamente consumido pelo
combustível, a razão estequiométrica (φ) combustível e oxidante deve ser igual a 1 (HWANG
et al., 2004) e (MUKASYA et al., 2001). Então para:
Razão estequiométrica φ = 4
119
Ureia CO(NH2)2
Razão estequiométrica φ = 1
Para que todo o oxigênio liberado pelos nitratos seja completamente consumido pelo
combustível, a razão estequiométrica (φ) combustível e oxidante deve ser igual a 1 (HWANG
et al., 2004) e (MUKASYA et al., 2001). Então para:
Razão estequiométrica φ = 4
Ureia CO(NH2)2
Razão estequiométrica φ = 1
Para que todo o oxigênio liberado pelos nitratos seja completamente consumido pelo
combustível, a razão estequiométrica (φ) combustível e oxidante deve ser igual a 1 (HWANG
et al., 2004) e (MUKASYA et al., 2001). Então para:
Razão estequiométrica φ = 4
ANEXO B
Decomposição dos picos obtidos pela análise de TG após a reação de reforma a vapor do
etanol (T = 773 K; Água/etanol=3,0 e W/F = 0,02 g.s/mL) das amostras:
LaNiO3 -0,7
-0,012
Data: Data8_C
Model: Gauss
Equation: y=y0 + (A/(w*sqrt(PI/2)))*exp(-2*((x-xc)/w)^2)
Weighting:
-0,008 y No weighting
Y Axis Title
Chi^2/DoF = 2.8636E-8
R^2 = 0.99585
y0 0.00002 ±3.4931E-6
-0,004 xc1 790.50767 ±0.59016
w1 68.91328 ±0.5348
A1 -0.68025 ±0.01101
xc2 827.26262 ±0.10959
w2 36.80534 ±0.44917
0,000
A2 -0.29516 ±0.01032
LaNIO3_1_600
-0,015 Data: Data2_C
Model: Gauss
Equation: y=y0 + (A/(w*sqrt(PI/2)))*exp(-2*((x-xc)/w)^2)
Weighting:
y No weighting
Derivada Peso (mg/k)
-0,010
Chi^2/DoF = 2.4886E-8
R^2 = 0.99751
y0 -0.00001 ±3.2683E-6
xc1 799.74835 ±0.3075
-0,005 w1 71.57241 ±0.32327
A1 -0.97678 ±0.00762
xc2 840.17629 ±0.09802
w2 34.88863 ±0.39047
A2 -0.24576 ±0.00692
0,000
Data: LaNiO3-873
Model: Gauss
Equation: y=y0 + (A/(w*sqrt(PI/2)))*exp(-2*((x-xc)/w)^2)
Weighting:
y No weighting
Chi^2/DoF = 9.0171E-9
Derivada Peso (mg/k)
-0,016
R^2 = 0.99965
y0 -0.00005 ±2.0343E-6
xc1 791.19252 ±0.342
w1 84.90217 ±0.3429
A1 -1.21331 ±0.00901
-0,008 xc2 838.34773 ±0.22012
w2 42.28098 ±0.37889
A2 -0.61099 ±0.01185
xc3 873.08998 ±0.14226
w3 31.85844 ±0.13081
A3 -0.42979 ±0.00629
Data: Data9_LaNiO30.7800
LaNiO30.7800
Model: Gauss
Equation: y=y0 + (A/(w*sqrt(PI/2)))*exp(-2*((x-xc)/w)^2)
-0,010 Weighting:
y No weighting
-0,006
y0 0.00007 ±2.991E-6
xc1 570.03752 ±0.70409
-0,004 w1 46.34867 ±1.45694
A1 -0.03013 ±0.00087
xc2 808.57354 ±2.59333
-0,002 w2 83.95335 ±1.89955
A2 -0.40452 ±0.02563
0,000
xc3 849.0541 ±0.13548
w3 50.9453 ±0.77551
A3 -0.4152 ±0.02453
0,002 xc4 947.50253 ±0.72259
200 400 600 800 1000 1200 1400 w4 37.87516 ±1.36883
X Axis Title A4 -0.03032 ±0.00118
123
LaNiO31800
-0,015 Data: Data2_LaNiO31800
Model: Gauss
Equation: y=y0 + (A/(w*sqrt(PI/2)))*exp(-2*((x-xc)/w)^2)
Weighting:
y No weighting
-0,010
Chi^2/DoF = 1.9337E-7
Y Axis Title
R^2 = 0.98362
y0 -0.00011 ±9.2248E-6
xc1 803.07377 ±0.89231
-0,005 w1 77.83257 ±1.00969
A1 -1.08873 ±0.02243
xc2 850.00373 ±0.25856
w2 38.09063 ±0.98797
A2 -0.30915 ±0.02038
0,000
LaNiO34800
-0,015
Data: Data7_LaNiO34800
Model: Gauss
Equation: y=y0 + (A/(w*sqrt(PI/2)))*exp(-2*((x-xc)/w)^2)
Weighting:
-0,010 y No weighting
Y Axis Title
Chi^2/DoF = 4.1711E-8
R^2 = 0.99653
y0 -0.00006 ±4.345E-6
-0,005
xc1 797.4704 ±0.40577
w1 82.03803 ±0.46693
A1 -1.14103 ±0.01013
xc2 846.93984 ±0.11938
w2 39.43744 ±0.45752
0,000 A2 -0.31746 ±0.00913
ANEXO C
ANEXO D
131
132
133
134
135