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Dissertação
2017
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Universidade Federal de Ouro Preto
Instituto de Ciências Exatas e Biológicas
Programa de Pós-graduação em Química
Área de concentração:
Físico-química
Ouro Preto/MG
Agosto de 2017
Agradecimentos
A Deus por fazer tudo em minha vida ser especial.
Aos meus amigos de Sete Lagoas, Ouro Preto e Ouro Branco por
entender as minhas ausências e pelo privilégio de poder chamá-los de amigos.
A todos dos laboratórios de físico-química, principalmente Mariana e Roberta,
vocês foram fundamentais para a conclusão deste trabalho. Às Repúblicas
Partenon, Porãozinho, Nômades e Diferença pelas hospedagens e acolhidas.
Aos professores Kisla Prislen Félix Siqueira e Roberto Luiz Moreira pelas
relevantes contribuições ao trabalho.
iii
RESUMO
iv
ABSTRACT
v
LISTA DE FIGURAS
vi
Figura 12: (a) Difratogramas de Raios X e (b) espectros Raman dos
MnMoO4 C2/m obtidos através dos percussores sintetizados no reator MW
(vermelho) e Parr (azul). .................................................................................. 35
Figura 13: a) Padrões de DRX e b) espectros Raman das amostras
sintetizadas no reator MW (em vermelho) a 150ºC nos tempos de 10, 20, 30 e
120 minutos, e no reator Parr (em azul) a 110ºC, 150ºC, 200ºC e 250ºC, por 24
horas. ............................................................................................................... 39
Figura 14: Espectros Raman polarizados da amostra Cu250
(Cu3(MoO4)2(OH)2) divididos em 3 regiões (a) 50-450cm-1; (b) 450-1000cm-1 e
(c) 3100-3850 cm-1. .......................................................................................... 41
Figura 15: Microscopia eletrônica de varredura das amostras de
Cu3(MoO4)2(OH)2 sintetizadas no reator MW a 150ºC por a) 20 min – Cu20 e b)
120 min – Cu120; e das amostras sintetizadas no reator Parr por 24 horas a c)
110ºC – Cu110 e d) 250ºC – Cu250. ............................................................... 43
Figura 16: a) Padrões de DRX das amostras sintetizadas por
coprecipitação lenta a 75ºC (preto), processada no micro-ondas a 150ºC por
120 minutos (vermelho), e no reator Parr a 250ºC por 24h (azul) e (b) na parte
superior DRX do material produzido por Rahini-Nasrabadi et al9 e na parte
inferior a referência utilizada por eles. .............................................................. 46
Figura 17: MEV das amostras de molibdatos de cobre sintetizadas (a)
através da adição controlada da solução de Cu2+ a 75ºC, (b) com o auxílio do
MW a 150ºC por 120 minutos, e (c) com o auxílio do reator Parr a 250ºC. ..... 48
Figura 18: Imagens de MET das amostras de molibdatos de cobre
sintetizadas via coprecipitação lenta (a) sem auxílio de reator; (b) com o
tratamento no micro-ondas por 120min a 150ºC; (c) com o tratamento no reator
Parr por 24 h a 250ºC....................................................................................... 50
Figura 19: a) Padrões de DRX e b) espectros Raman das amostras
NaZn2(MoO4)2(OH)(H2O) sintetizadas no reator MW a 150ºC nos tempos de 10,
20, 30 e 120 minutos. ....................................................................................... 53
Figura 20: a) Padrões de DRX e b) espectros Raman das amostras de
molibdato de zinco sintetizadas no reator Parr, por 24 horas, nas temperaturas
de 110, 150, 200 e 250 ºC................................................................................ 55
vii
Figura 21: Microscopia eletrônica de varredura das amostras
sintetizadas no reator MW a 150ºC por a) 10 min – Zn10 e b) 120 min – Zn120;
e c) da amostra sintetizada no reator Parr por 24 horas a 110ºC – Zn110. ..... 57
Figura 22: Padrões de DRX das amostras de molibdatos de zinco
sintetizadas por coprecipitação lenta a 75ºC (preto), processada no MW a
150ºC por 120 minutos (vermelho) e no reator Parr a 250ºC por 24h (azul). ... 59
Figura 23: MEV das amostras de molibdatos de zinco sintetizadas (a)
através da adição controlada da solução de Zn2+ a 75ºC, e (b) com o auxílio do
MW a 150ºC por 120 minutos. ......................................................................... 60
Figura 24: a) Padrões de DRX e b) espectros Raman das amostras
NaCo2(MoO4)2(OH)(H2O) sintetizadas no reator MW a 150ºC nos tempos de
10, 20, 30 e 120 min. ........................................................................................ 63
Figura 25: Microscopia eletrônica de varredura das amostras
sintetizadas no reator MW a 150ºC por a) 10min – Co10 e b) 120min – Co120.
......................................................................................................................... 64
Figura 26: a) Padrões de DRX e b) espectros Raman para β-CoMoO4
preparadas no reator Parr por 24 horas nas temperaturas de 110, 150, 200 e
250ºC ............................................................................................................... 65
Figura 27: Microscopia eletrônica de varredura das amostras
sintetizadas no reator Parr por 24 horas a a) 110ºC – Co110 e b) 250ºC –
Co250. .............................................................................................................. 66
Figura 28: a) Padrões de DRX e b) espectros Raman das amostras
NaNi2(MoO4)2(OH)(H2O) sintetizadas no reator MW a 150ºC nos tempos de 10,
20, 30 e 120 min............................................................................................... 69
Figura 29: Microscopia eletrônica de varredura das amostras
sintetizadas no reator MW a 150ºC por a) 10min – Ni10 e b) 120min – Ni120. 70
Figura 30: Imagens de MET das amostras NaNi2(MoO4)2(OH)(H2O)
sintetizadas no reator MW: (a) amostra Ni10 -imagem de MET de alta
resolução contendo na parte superior a imagem de DEAS e na parte inferior a
medida de MET de menor aumento; (b) amostra Ni120 -imagem de MET de
alta resolução contendo na parte inferior a imagem de DEAS dessa região; (c)
amostra Ni120 -imagem de MET de alta resolução (campo escuro) de uma
região e um zoom da área marcada com o círculo. ......................................... 72
viii
Figura 31: a) Padrões de DRX e b) espectros Raman das amostras β-
NiMoO4 preparadas no reator Parr por 24 horas nas temperaturas de 110, 150,
200 e 250ºC. .................................................................................................... 73
Figura 32: Microscopia eletrônica de varredura das amostras
sintetizadas no reator Parr por 24 horas a a) 110ºC – Ni110 e b) 250ºC – Ni250.
......................................................................................................................... 74
Figura 33: Imagens de MET das amostras sintetizadas em meio
hidrotérmico convencional no reator Parr por 24 horas a (a) 110ºC e (b) 250ºC.
......................................................................................................................... 76
Figura 34: Padrões de DRX das amostras de molibdatos de níquel
sintetizadas por coprecipitação lenta a 75ºC (preto), processada no MW a
150ºC por 120 minutos (vermelho), e no reator Parr a 250ºC por 24h (azul). .. 77
Figura 35: MEV das amostras de molibdatos de níquel sintetizadas (a)
através da adição controlada da solução de Ni2+ a 75ºC; (b) com o auxílio do
MW a 150ºC por 120 minutos; e (c)com o auxílio do Reator Parr. ................... 78
Figura 36: Imagens de MET das amostras de NiMoO4.H2O sintetizadas
via coprecipitação lenta (a) sem auxílio de reator; (b) com o tratamento no MW
por 120min a 150ºC; e (c) β-NiMoO4 com o tratamento no reator Parr por 24 h a
250ºC. .............................................................................................................. 80
Figura 37: DRX das amostras queimadas a 340ºC e 600ºC a partir de
NaNiMoO4.nH2O sintetizados (a) através da adição controlada da solução de
Ni2+ a 75ºC, e (b) com o auxílio do MW a 150ºC por 120 minutos. .................. 82
Figura 38: Espectros Raman das diferentes regiões da amostra de
NiMoO4. O espectro da região onde se encontra a fase alfa está em azul, em
destaque a banda característica dessa fase. Já o espectro em vermelho é de
uma região com a presença da fase beta. ....................................................... 83
ix
LISTA DE TABELAS
x
Tabela 16: Parâmetros de rede das amostras Zn2MoO4(OH)2 sintetizadas no
Reator Parr (Zn200, Zn250) e da referência ICDD #00-028-1474. .............................. 56
Tabela 17: Parâmetros de rede das amostras de molibdatos de zinco
sintetizadas através da adição controlada da solução de Zn2+ a 75ºC (CL), com o
auxílio do MW a 150ºC por 120 minutos (MW CL), e com o auxílio do Reator Parr
(ParrCL), além da ficha de referência. .......................................................................... 60
xi
SUMÁRIO
1. Introdução ......................................................................................... 1
2. Objetivos ........................................................................................... 3
5.3. MEV........................................................................................... 15
6. RESULTADOS ................................................................................ 17
6.1. Manganês.................................................................................. 17
7. Conclusão ....................................................................................... 85
xiii
1. Introdução
2
2. Objetivos
3
3. Revisão Bibliográfica
6
além de todos os lados, tem os três ângulos diferentes de 90º (α, β e γ) 8. A Figura 2
ilustra os sistemas cristalinos.
7
Figura 3: Estrutura da Lindgrenita, Cu3(MoO4)2(OH)2, mostrando os octaedros de CuO4(OH)2
24
interligados pelos tetraedros de MoO4 .
Outra fase que merece destaque é a que contém não apenas a presença de
hidroxila em sua fórmula, como também a de um cátion monovalente:
MT2(MoO4)2(OH)(H2O), sendo M o cátion monovalente (ex.: K+, Na+, NH4+) e T um
8
metal de transição. Materiais que possuem essa estrutura passaram a ser chamados
de Natrocalcitas, esse nome se origina do mineral Natrocalcita, cuja fórmula química
é NaCu2(SO4)2(OH)(H2O), descoberto no início do século XX, no Chile. O nome vem
de uma combinação de duas palavras: natrium, que significa sódio em latim (Na) e
chalcos que, em grego, significa cobre (Cu)32.
Dentre os materiais tipo Natrocalcitas, Pezerat33 determinou que existem duas
diferentes classificações em termos de estrutura, Φx e Φy. A primeira espécie
classificada como Φx foi o KCo2(MoO4)2(OH)(H2O), monoclínica, C2/m e a primeira
Φy foi a espécie NH4Zn2(MoO4)2(OH)(H2O) que, por sua vez, é hexagonal, R-3m34,35.
A partir de então, os isomorfos desses compostos foram sendo estudados e
classificados. Mitchell et al36 classificaram quanto à estrutura algumas espécies de
MT2(MoO4)2(OH)(H2O), conforme apresentado na Tabela 1.
36
Tabela 1: Classificação quanto à estrutura das espécies de MT2(MoO4)2(OH)(H2O) .
M
T
NH4+ Na+ K+
Mn2+ Φx Φx Φx
Co2+ Φx / Φy Φx Φx
Ni2+ Φy Φx Φx
Cu2+ Φy - -
2+
Zn Φy Φx Φx
Tabela 2: Relação do cátion de metal de transição e o respectivo reagente que foi utilizado
como fonte desse cátion.
Cátion Reagente
Mn2+ MnCl2.4H2O
Co2+ CoSO4.7H2O
Ni2+ Ni(NO3)2.6H2O
Cu2+ CuCl2.2H2O
Zn2+ ZnSO4.7H2O
13
5. Caracterização dos Materiais
5.1. DRX
nλ = 2d sen θ , (1)
onde:
n: número inteiro;
λ: comprimento de onda dos raios X incidentes;
d: distância interplanar;
θ: ângulo de difração.
Por ser uma técnica rápida e simples e ter uma grande confiabilidade dos
resultados obtidos, a difração de raios X é uma técnica que possibilita a análise de
materiais compostos por uma mistura de fases e analisar qualitativamente a fases
presentes54. O difratrômetro utilizado foi, um equipamento de alta resolução
PANalytical modelo Empyrean com um goniômetro teta-teta, tubo de cobre
(λ=0,15406 nm), tensão de 4,5kV, corrente de 40 mÅ pertencente ao Laboratório de
Difração de Raios X do Departamento de Engenharia Geológica da UFOP. A faixa
de varredura (2θ) foi de 5 a 80º com intervalo de 0,0170º e o tempo de medida de
19,70 s por intervalo.
5.3. MEV
5.4. MET
16
6. RESULTADOS
6.1. Manganês
6.1.1. MnMoO4.H2O
Tabela 3: Análise da teoria de grupos para o cristal de MnMoO 4.H2O, triclínico P-1 (#2, Ci1 )
18
MW
(002)
(a) Parr Mn110/1s (b) Mn110/1s
(-1-11) (110)
(100) (010)
(-110)
(1-32) (-1-23)
(-120)(-210)
(-111) (101)
(-321) (2-31)
(-202)
(200) (-1-12)
(1-22)(110)
(1-11)
(0-21)
(0-31)
(0-23)
(202)
(0-12)
(003)
(-101)
(002)
(001)
Mn150
Mn110
Mn110
Intensidade (U.A.)
Mn120
*
* * Mn120
Mn30
Mn30
Mn20
Mn20
* Mn10
* *
Mn10
MnMoO4.H2O
#01-078-0220
200 400 600 800 1000
10 20 30 40 50 60 -1
Número de Onda ( cm )
2 Theta (º)
20
Em termos morfológicos, observou-se nas amostras produzidas via reator
micro-ondas que houve a tendência em crescer em forma de agulhas ou bastões.
Essa forma de crescimento é a mesma observada por Mi et al63; além disso, há o
surgimento de agulhas maiores na amostra com maior tempo de processamento. Na
microscopia eletrônica de varredura da amostra Mn10 (Figura 5a) há agulhas cujas
dimensões são de 5µm; já a imagem da microscopia eletrônica de varredura da
Mn120 (Figura 5b) mostra que há a existência de agulhas com aproximadamente o
dobro do comprimento em relação à Mn10. Esse aumento pode ser explicado pela
forma de aquecimento do reator micro-ondas, a qual se dá pela radiação de micro-
ondas, gerando campos eletromagnéticos que induzem o crescimento das amostras
formando agulhas melhor definidas com o passar do tempo.
As morfologias das amostras Mn110 e Mn110/1s podem ser observadas nas
Figuras 5c e 5d. As amostras de MnMoO4.H2O sintetizadas a 110ºC, seja por 24
horas ou por uma semana, cresceram em forma de esferas, diferente dos materiais
obtidos pela síntese no reator micro-ondas e dos materiais obtidos por Mi et al63,
cujo crescimento se deu em forma de agulhas ou paralelogramos. Esse fato
comprova a influência da forma de aquecimento no crescimento das amostras; como
no reator Parr não há a orientação de campos eletromagnéticos, houve o
crescimento na forma de esferas. A influência do tempo de síntese pode ser notada
na imagem de MEV da amostra Mn110/1s, onde se observa a presença de blocos
maiores resultados da aglutinação das esferas (destaque da Figura 5d).
21
a b
c d
22
Tabela 4: Parâmetros de rede das amostras de MnMoO4.H2O sintetizadas no MW (Mn10,
Mn20, Mn30, Mn120), no Reator Parr (Mn110, Mn150, Mn110/1s), e da referência ICDD #01-078-
0220.
23
6.1.2. MnMoO4 – P2/c
4
Tabela 5: Análise da teoria de grupos para o cristal MnMoO4 monoclínico P2/c (#13, C2h )
24
(110)
(b)
(100)
(-111)
(020) (111)
(a) Mn250/1s Mn250/1s
(200)
(-142) (400)
(-311)
(222)
(032)
(-221) (-202)
(220)
(330)
(-211) (211)
(-112) (112)
(121) (-121)
(-203) (-102)
(-222)
(-322)
(113)
(311)
(130)
(002)
(041)
(-212)
(011)
(-321)
(010)
(022)
(310)
(223)
Mn250
Mn250
Mn200 Mn200
Tabela 6: Parâmetros de rede das amostras de w-MnMoO4 sintetizadas no reator Parr (Mn200,
Mn250, Mn250/1s) e da referência ICDD #01-078-0221.
Ag
Bg
T
//
Ag
Log Intensidade Raman (U.A.)
Ag Bg Bg
Bg
Bg
Bg
Bg
Ag Bg
Ag
Bg
Bg
Ag
Figura 7: Espectro Raman polarizado da amostra Mn250/1s. A configuração em paralelo (//) está
indicada em preto e a perpendicular () em vermelho.
27
causadas pela incidência do laser nas moléculas não serão de mesma frequência64.
A atribuição dos modos Ag e Bg é apresentada na Tabela 7.
Tabela 7: Relação dos modos ativos Raman observados no estudo de polarização na amostra
Mn250/1s.
28
a b
29
a b
A
d
Figura 9: Imagens de MET da amostra sintetizada no reator Parr a 250ºC por uma semana. (a) e (c)
imagens de MET de alta resolução evidenciando os espaçamentos interplanares. (b) Típica imagem
de MET mostrando as partículas em escala micrométrica. (d) Padrão de DEAS
De acordo com a literatura, pode-se obter outra fase para o MnMoO4, também
monoclínica, C2/m (#12), cuja coordenação do átomo de Mo é tetraédrica, a partir de
temperaturas superiores a 500ºC67,68,70,73. Assim, a partir da amostra Mn250,
sintetizada a 250ºC por 24 horas realizou-se um tratamento térmico onde essa
amostra foi queimada no forno nas temperaturas de 300ºC, 400ºC, 500ºC, 550ºC e
30
600ºC, sendo que o tempo de cada queima foi de 2 horas. Esse tratamento foi
realizado para acompanhar o comportamento dessa amostra à medida que se
aumenta a temperatura. Os DRX e os espectros Raman desse estudo são
apresentados na Figura 10.
(a) (b)
600°C 600
C2/m
550°C
500°C
Intensidade (U.A.)
400°C 500
300°C 400
300
Mn250
Figura 10: a) Difratogramas de Raios X e b) espectros Raman da amostra Mn250 e dos tratamentos
térmicos de 300ºC a 600ºC.
3
Tabela 8: Análise da teoria de grupos para o cristal de MnMoO 4 monoclínico C2/m (#12, C2h )
Dessa forma, como os modos gerade são os modos ativos no Raman, seu
espectro, de forma análoga aos seus polimorfos, possuirá 36 modos ativos Raman
sendo que desses são 19Ag e 17Bg21,74. Até esse momento, pode-se observar que
no reator micro-ondas, para as condições estudadas, não houve mudança de fase
nos compostos, sendo que todos os materiais obtidos foram MnMoO 4.H2O. No reator
Parr, por sua vez, houve a transição de fase dos produtos obtidos; até certas
condições, foi possível obter a fase hidratada, sendo que a partir de 200ºC surgiu a
fase monoclínica P2/c, MnMoO4. Essa última, ao ser tratada termicamente até
600ºC, pode ser transformada em outra fase, também monoclínica, mas C2/m.
Foi isolado um pequeno cristal da amostra Mn600 com o intuito de observar
os modos ativos Raman. Para isso, foram feitas medidas de espectroscopia Raman
polarizado na amostra Mn600. A Figura 11 apresenta os resultados da
espectroscopia Raman polarizado para a amostra Mn600, junto ao espectro da
amostra despolarizada. A região de análise foi escolhida com o auxílio do
microscópio com objetiva de 100x, podendo assim observar a amostra em escala
micrométrica. Com a luz polarizada, a amostra foi deslocada sob o microscópio com
o intuito de se observar mudanças no espectro. Verificou-se, então, que os
32
espectros nas configurações de polarização paralela e perpendicular eram distintos,
conforme ilustra a Figura 11.
Ag
(a) Ag
Bg
Ag
// Bg
Bg
Ag
Bg
Bg
Bg Ag Ag
Ag Bg Ag B Ag Ag DESP
g
Ag
T Bg
(b) Ag Bg Ag Ag
Intensidade Raman (u.a.)
Bg
Ag
Ag Bg Bg A
g
Ag
Bg
Figura 11: Espectro Raman polarizado da amostra Mn600 (MnMoO4, C2/m, #12). A configuração em
paralelo (//) está indicada em azul, a perpendicular () em vermelho, e a despolarizada (Desp) em
-1 -1
preto, dividida em duas regiões (a) 50-450 cm e (b) 450-1000 cm .
33
Raman passíveis de observação, foi possível identificar 33. Esses modos e suas
atribuições estão indicados na Tabela 9.
Tabela 9: Relação dos modos ativos Raman observados no estudo da polarização da amostra
MnMoO4 tratada a 600ºC por 2 horas.
34
(Parr), pode-se observar a transição da fase hidratada para a fase monoclínica
C2/m. A Figura 12 exibe os DRX e os espectros Raman desses materiais após o
tratamento térmico a 250ºC.
(002)
2500
(b) MW Parr
(-202) (-112)
(-222)
(400)
(-312)
(202)
(330)
2000
(201)
(021)
(-201)
(130)
(-131)
(112)
(-113)
(200)
(110)
1500
1000
MnMoO4 C2/m
#01-072-0285
-1
662 cm
500
100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
10 15 20 25 30 35 40
-1
2 Theta (°) Número de onda (cm )
Figura 12: (a) Difratogramas de Raios X e (b) espectros Raman dos MnMoO4 C2/m obtidos através
dos percussores sintetizados no reator MW (vermelho) e Parr (azul).
36
Copreciptação
Temp. ambiente
Micro-ondas Parr
10 a 120 min - 150ºC 24 h - 110 a 250ºC
Tratamento Tratamento
Térmico térmico
2 h - 250ºC 2 h - 550ºC
MnMoO4 β-MnMoO4
Monoclínica C2/m Monoclínica C2/m
37
6.2. Cobre
38
(a) 1)
(032) (-122)
(-101)
(-112)
(03
(221) (211)
250ºC
(131) (200)
(b)
(111)
(-141)
(-221)
(130)
(020)
250ºC
(1 41
8 )
(120)
(140)
(0 32
(2 1)
)
42 )
(2
(-20)
22
6
) (-2
200ºC
200ºC
150ºC
110ºC
Intensidade (U.A.)
110ºC
* 120min
* *
30min 120min
20min
30min
10min
20min
10min
10 20 30 40 50 60
Cu3(MoO4)2(OH)2 2 Theta (°) Cu3MoO4(OH)4 200 400 600 800 1000
#01-086-2311 #01-089-0278 -1
Número de onda ( cm )
Figura 13: a) Padrões de DRX e b) espectros Raman das amostras sintetizadas no reator MW (em
vermelho) a 150ºC nos tempos de 10, 20, 30 e 120 minutos, e no reator Parr (em azul) a 110ºC,
150ºC, 200ºC e 250ºC, por 24 horas.
Se for feita a análise somente da Figura 13a, pode-se perceber que a fase
Szenicsita (ficha em verde) está presente somente nas amostras sintetizadas no
reator Micro-ondas (resultados em vermelho), sendo que a partir do tempo de 20
minutos de síntese há a formação da fase Lindgrenita (ficha em preto). Porém,
quando se faz a análise em conjunto com a Figura 13b, nota-se, pelos espectros
Raman, que ainda há a presença das fases Szenicsita nas amostras até 30 minutos.
À medida que se aumenta o tempo de síntese, percebe-se que os picos referentes
aos planos da Lindgrenita vão ficando mais intensos em relação aos da fase obtida
no menor tempo para esse mesmo reator. Os asteriscos representam impurezas que
indexaram com NaCl, que também é um produto da reação, significando que a
quantidade de vezes que as amostras foram lavadas com água quente foi
insuficiente para retirar essa impureza (solúvel). Os padrões de DRX das amostras
sintetizadas no reator Parr (resultados em azul) foram indexados somente com a
fase Lindgrenita e respeitam bem a relação de intensidade dos picos apresentados
na ficha de referência; portanto, tendo a ficha como parâmetro, o método de síntese
39
hidrotérmica convencional foi satisfatório na obtenção de fases puras de Lindgrenita,
para qualquer uma das temperaturas estudadas. Além disso, percebe-se que o
padrão de DRX e o Raman da amostra Cu120 se assemelha aos padrões de DRX
das amostras sintetizadas no reator Parr; assim, a síntese hidrotérmica assistida por
micro-ondas possui características promissoras para se obter materiais semelhantes
aos obtidos pela síntese hidrotérmica convencional em tempos bem menores.
A teoria de grupos para a Lindgrenita é apresentada na Tabela 10, de acordo
com Vilminot et al.29 Assim, espera-se observar um total de 42 modos Raman ativos,
sendo 21Ag e 21 Bg.
Tabela 10: Análise da teoria de grupos para o cristal de Cu3(MoO4)2(OH)2 monoclínico P21/n (#14,
5
C2h )
Bg
(a)
Ag
Bg Bg
Bg
Ag Bg Bg
Ag Ag
Bg Bg
Ag
Ag Bg
Ag Bg
Ag Bg B
Ag g
(b) 8Ag+5Bg
Ag
Intesidade Raman (u. a.)
DESP.
Ag Ag
Ag
Bg Ag
Ag Bg
Bg
Bg
Ag Bg
Ag
(c)
Raman intensity (arb. units)
Tabela 11: Relação dos modos ativos Raman polarizado observados na amostra Cu250
(Cu3(MoO4)2(OH)2).
42
Para se conhecer a morfologia desse conjunto de materiais, foram realizadas
medidas de MEV das amostras de Lindgrenita sintetizadas no micro-ondas e no
reator Parr. A Figura 15 apresenta as imagens das amostras Cu20 e Cu120 (micro-
ondas) e Cu110 e Cu250 (Parr), amostras escolhidas para análise, pois se tratam de
experimentos em condições extremas nas quais foi possível obter a fase Lindgrenita.
a b
c d
Tabela 12: Parâmetros de rede das amostras de molibdatos de cobre sintetizadas no MW (Cu10,
Cu20, Cu30, Cu120), no Reator Parr (Cu110, Cu150, Cu200 e Cu250), e das fichas de referência
Parr
(031)
(a)
(111)
MW
Coprecipitaçao
(-141)
(020)
(-231)
(-101)
(-122) (-221)
(041) (131)
(200) (210)
(-132) (221)
(140)
(-202)
(012) (-211)
(330)
(170)
(250) (241)
(213)
(-322)
(130)
(-182)
(-131)
(080)
(180)
(311)
(-171)
(120)
(091)
Intensidade (U.A.)
(150)
(110)
(281)
(011)
(121)
(142)
(160)
Cu3(MoO4)2(OH)2
#01-086-2311
10 20 30 40 50 60 70
2 theta (º)
45
Figura 16: a) Padrões de DRX das amostras sintetizadas por coprecipitação lenta a 75ºC (preto),
processada no micro-ondas a 150ºC por 120 minutos (vermelho), e no reator Parr a 250ºC por 24h
9
(azul) e (b) na parte superior DRX do material produzido por Rahini-Nasrabadi et al e na parte
inferior a referência utilizada por eles.
46
Tabela 13: Parâmetros de rede das amostras de molibdatos de cobre sintetizadas através da adição
2+
controlada da solução de Cu a 75ºC (CL), com o auxílio do Micro-ondas a 150ºC por 120 minutos
(MW CL), com o auxílio do reator Parr (ParrCL), e da ficha de referência.
47
a b
Figura 17: MEV das amostras de molibdatos de cobre sintetizadas (a) através da adição controlada
2+
da solução de Cu a 75ºC, (b) com o auxílio do MW a 150ºC por 120 minutos, e (c) com o auxílio do
reator Parr a 250ºC.
48
a
b
49
c
c
Figura 18: Imagens de MET das amostras de molibdatos de cobre sintetizadas via coprecipitação
lenta (a) sem auxílio de reator; (b) com o tratamento no micro-ondas por 120min a 150ºC; (c) com o
tratamento no reator Parr por 24 h a 250ºC.
50
apresenta o esquema dos experimentos de síntese de molibdatos de cobre
realizados nesse trabalho.
Parr
110 a 250ºC
Micro-ondas 24h
Copreciptação
20 a 120 min
150ºC Lenta
Cu3(MoO4)2(OH)2
51
6.3. Zinco
52
Tabela 14: Análise da teoria de grupos para o cristal NaZn2(MoO4)2(OH)(H2O) monoclínico C2/m
3
(#12, C2h )
(b)
(-221)
(a)
(020) (-112)
(004) (312)
(420)
(201)
Zn120
(-224)
(111) (-202)
(-203) (220)
(-402)
(110)
Zn120
(-311)
(021)
(132)
(-233)
(131)
(113)
(-242)
(202)
(-111)
(333)
(204)
(001)
Zn30
Zn30
Zn20
Zn20
Zn10
Zn10
NaZn2(MoO4)2(OH)(H2O)
#01-070-0161
54
(a) Zn2MoO4(OH)2 NaZn2(OH)(MoO4)2(H2O)
#00-028-1474 #01-070-0161 Zn250 (b)
(350)
(208) (11,1,1)
(0,11,1)
(142)
(656)
(362)
(710) (205)
(130)
(353)
(147)
(011)
(743)
Zn250
Intensidae(U.A.)
Zn200
Zn200
Zn150
Zn150
Zn110
Zn110
55
(H6ZnMo6O24)4- ligado a cátions de NH4+. No caso do presente trabalho, mesmo não
possuindo a mesma fonte de MoO42- de Mitchell et al.36, acredita-se que os picos em
questão possuam estrutura semelhante ao identificado por eles, sendo um complexo
de ânions molibdatos que exista na transição entre as estruturas MoO42- e Mo7O246-
que é muito comum em meio aquoso72,77,78.
O surgimento de uma nova fase com o acréscimo da temperatura de síntese
pode ser observado também nos espectros Raman das amostras apresentados na
Figura 20b. Percebe-se, através desse resultado, que a partir da temperatura de
150ºC pode-se obter a fase Zn2MoO4(OH)2. Como já se havia observado no DRX, a
partir dessa temperatura, há ainda a presença da fase NaZn2(MoO4)2(OH)(H2O), que
deixa de ser produto de síntese a partir da temperatura de 200ºC.
Os parâmetros de rede das amostras de Zn2MoO4(OH)2 preparadas a 200ºC e
250ºC no reator Parr foram calculados com o auxílio do software Jade 9.0 e são
apresentados na Tabela 16, onde se encontra também os dados da ficha do ICDD
utilizada como referência.
Tabela 16: Parâmetros de rede das amostras Zn2MoO4(OH)2 sintetizadas no Reator Parr (Zn200,
Zn250) e da referência ICDD #00-028-1474.
56
a b
Figura 21: Microscopia eletrônica de varredura das amostras sintetizadas no reator MW a 150ºC por
a) 10 min – Zn10 e b) 120 min – Zn120; e c) da amostra sintetizada no reator Parr por 24 horas a
110ºC – Zn110.
58
Zn2MoO4(OH)2 NaZn2(OH)(MoO4)2(H2O) 2)
#00-028-1474 #01-070-0161
(05 Parr
0) Micro-ondas
(3 5
(110)
(202)
Coprecipitaçao
(022)
(-202)
(142)
(-424)
(11,1,1)
(201) (021)
(203)
(130)
(1,10,3)
(011)
(353)
(205)
(656)
(362)
(111)
(-112)
(147)
(743)
(-311)
(-221)
(001)
Intensidade (U.A.)
10 20 30 40 50 60 70
2 theta (º)
Figura 22: Padrões de DRX das amostras de molibdatos de zinco sintetizadas por coprecipitação
lenta a 75ºC (preto), processada no MW a 150ºC por 120 minutos (vermelho) e no reator Parr a
250ºC por 24h (azul).
Tabela 17: Parâmetros de rede das amostras de molibdatos de zinco sintetizadas através da
2+
adição controlada da solução de Zn a 75ºC (CL), com o auxílio do MW a 150ºC por 120 minutos
(MW CL), e com o auxílio do Reator Parr (ParrCL), além da ficha de referência.
a b
Figura 23: MEV das amostras de molibdatos de zinco sintetizadas (a) através da adição controlada
2+
da solução de Zn a 75ºC, e (b) com o auxílio do MW a 150ºC por 120 minutos.
60
apresentaram características morfológicas semelhantes entre si e também são
parecidas com a amostra Zn120 e com os materiais sintetizados por Hu et al.79.
Independente do método utilizado neste trabalho, as amostras de
NaZn2(MoO4)2(OH)H2O cresceram preferencialmente em forma de blocos de
diferentes tamanhos e formatos.
Ainda não se pode concluir com exatidão sobre as condições que selecionam
a fase do produto final para esse conjunto de amostras. Para saber mais sobre o
comportamento dos molibdatos de zinco, é necessário um estudo variando outros
fatores, como o pH e a pressão. Por outro lado, é evidente que na síntese
hidrotérmica convencional o aumento da temperatura foi determinante para a
formação da fase Zn2MoO4(OH)2. O Fluxograma 3 apresenta o resumo dos métodos
de síntese dos molibdatos de zinco estudados no presente trabalho.
Copreciptação
Lenta e Instantânea
Micro-ondas Parr
10 a 120 min – 150ºC 110 a 250ºC – 24h
NaZn2(MoO4)2(OH)(H2O)
NaZn2(MoO4)2(OH)(H2O) Zn2MoO4(OH)2
Monoclínica C2/m
110 e 150ºC 200 e 250ºC
61
6.4. Cobalto
62
(a) (b)
(002) (-112)
Co120
(-423)
(001)
Co120
(-202)
(110)
Intensidade (U.A.)
Co30
Co30
Co20
Co20
Co10
NaCo2(MoO4)2(OH)H2O
Co10
#01-077-5500
63
a b
Figura 25: Microscopia eletrônica de varredura das amostras sintetizadas no reator MW a 150ºC por
a) 10min – Co10 e b) 120min – Co120.
64
(a)CoMoO4 NaCo2(MoO4)2(OH)H2O (b)
(-222)
#00-021-0868 #01-077-5500
(-202)
Co250
(003)
(400)
(002)
Intensity (arb. units)
(001)
Co250
Co200
Co200
Co150
Co150
Co110
Co110
Figura 26: a) Padrões de DRX e b) espectros Raman para β-CoMoO4 preparadas no reator Parr por
24 horas nas temperaturas de 110, 150, 200 e 250ºC
Através da Figura 26a, observa-se que os perfis dos DRX das amostras são
bem semelhantes entre si. Novamente, houve um crescimento preferencial em
planos diferentes da ficha de referência; esperava-se que o pico referente ao plano
(002) fosse o mais intenso, porém o material cresceu preferencialmente nos planos
(-222) e (-202). Ao analisar a Figura 26a pode-se induzir que os DRX das amostras
sintetizadas no reator Parr se assemelham com os DRX das amostras preparadas
no micro-ondas. Entretanto, conforme mostrado acima, os DRX de todas as
amostras não indexam com a ficha #01-070-5500 (vermelha) da fase
NaCo2(MoO4)2(OH)H2O mas sim com a ficha #00-021-0868 (azul) da fase β-
CoMoO4.
Os espectros Raman apresentados na Figura 26b são parecidos entre si;
dessa forma, percebe-se que a alteração da temperatura de síntese desses
materiais não altera, de maneira significativa, a organização dos átomos na
estrutura. Como já se esperava, o perfil do espectro Raman desse conjunto de
amostra se assemelha com o observado para a fase β-MnMoO4, já apresentado
neste trabalho (Figura 10 – Mn600). As características morfológicas dos compostos
foram observadas através das medidas de MEV das amostras de menor e maior
65
temperatura produzidas no reator Parr. A Figura 27a se refere à imagem de MEV da
amostra Co110, e a Figura 27b é referente à amostra Co250.
a b
Figura 27: Microscopia eletrônica de varredura das amostras sintetizadas no reator Parr por
24 horas a a) 110ºC – Co110 e b) 250ºC – Co250.
66
Copreciptação
Instantânea
Micro-ondas Parr
NaCo2(MoO4)2(OH)(H2O) β-CoMoO4
Monoclínica C2/m Monoclínica C2/m
67
6.5. Níquel
68
(a) (b)
(-202)
(201)
(110)
(-221)
Ni120
(111)
* *
(-111)
(-112)
(001)
(112)
(-423)
Ni20 Ni30
Ni20
Ni10
NaNi2(MoO4)2(OH)H2O
Ni10
#01-078-0006
a b
Figura 29: Microscopia eletrônica de varredura das amostras sintetizadas no reator MW a 150ºC por
a) 10min – Ni10 e b) 120min – Ni120.
70
a
71
c
72
(monocristalinos) com orientação única (dado pelo spot marcado) ao longo de uma
região da amostra. A Figura 30c representa a constatação da presença de
monocristais da fase produzida, mas em escala igual ou inferior ao limite de
detecção e medida do microscópio utilizado.
250
Ni200
200
Ni150
150
Ni110
110
Figura 31: a) Padrões de DRX e b) espectros Raman das amostras β-NiMoO4 preparadas no reator
Parr por 24 horas nas temperaturas de 110, 150, 200 e 250ºC.
Através da Figura 31, observa-se que os perfis de DRX das amostras são
bem semelhantes entre si. Novamente, houve um crescimento preferencial em
planos diferentes da ficha de referência, o esperado era que o pico referente ao
plano em 2 aproximadamente em 27º fosse o mais intenso, porém o material
73
cresceu preferencialmente em outros planos. A ficha ultilizada como referência não
apresenta os índices (hkl) dos planos cristalinos. Assim como abordado no capítulo
do Cobalto, ao analisar a Figura 31a pode-se induzir que os DRX das amostras
sintetizadas no reator Parr se assemelham com os DRX das amostras preparadas
no micro-ondas. Entretanto, conforme mostrado acima, os DRX de todas as
amostras não indexam com a ficha #01-078-0006 (vermelha) da fase
NaNi2(MoO4)2(OH)H2O mas sim com a ficha #00-012-0348 (azul) da fase β-NiMoO4.
Os espectros Raman mostrados na Figura 31b se assemelham aos do β-
MnMoO4 e β-CoMoO4, já apresentados neste trabalho, confimando a identidade dos
espectros Raman da fase β para os compostos monoclínicos C2/m do conjunto dos
molibdatos de metais de transição.
As características morfológicas dos compostos foram observadas através das
medidas de MEV das amostras de menor e maior temperatura no reator Parr. A
Figura 32a se refere à imagem de MEV da amostra Ni110, enquanto a Figura 32b é
referente à amostra Ni250. A Figura 32 revela que as amostras de NiMoO4 se
aglutinaram à medida que se aumentou a temperatura de síntese no reator Parr, o
que já foi possível observar pra outros sistemas. Assim, como o conjunto de
amostras obtidas através do reator micro-ondas, percebe-se uma textura muito fina
das amostras, sendo que não foi possível observar uma forma bem definida de sua
morfologia. Além disso, são materiais de tamanhos bem inferiores aos já analisados
nesse trabalho, e quando comparadas com os materiais de manganês nas mesmas
condições, a diferença do tamanho fica evidente.
a b
Figura 32: Microscopia eletrônica de varredura das amostras sintetizadas no reator Parr por
24 horas a a) 110ºC – Ni110 e b) 250ºC – Ni250.
74
Além das medidas de MEV, realizaram-se também imagens de MET dessas
duas amostras. Essas imagens são apresentadas na Figura 33 e complementam o
entendimento da variação das características morfológicas da amostra de menor
temperatura em relação à de maior temperatura. Para cada amostra foram feitas
medidas típicas de MET (quadro superior), imagens de MET de alta resolução e
imagens de DEAS (quadro inferior).
75
b
Figura 33: Imagens de MET das amostras sintetizadas em meio hidrotérmico convencional no reator
Parr por 24 horas a (a) 110ºC e (b) 250ºC.
Parr
Micro-ondas
Coprecipitaçao
Intensidade (u.a.)
NiMoO4.xH2O NiMoO4
#013-0128 #00-012-0348
10 20 30 40 50 60 70 80
2 theta (º)
Figura 34: Padrões de DRX das amostras de molibdatos de níquel sintetizadas por
coprecipitação lenta a 75ºC (preto), processada no MW a 150ºC por 120 minutos (vermelho), e no
reator Parr a 250ºC por 24h (azul).
77
a b
Figura 35: MEV das amostras de molibdatos de níquel sintetizadas (a) através da adição
2+
controlada da solução de Ni a 75ºC; (b) com o auxílio do MW a 150ºC por 120 minutos; e (c)com o
auxílio do Reator Parr.
78
a
79
c
Figura 36: Imagens de MET das amostras de NiMoO4.H2O sintetizadas via coprecipitação
lenta (a) sem auxílio de reator; (b) com o tratamento no MW por 120min a 150ºC; e (c) β-NiMoO4 com
o tratamento no reator Parr por 24 h a 250ºC.
Copreciptação
Instantânea
Micro-ondas Parr
NaNi2(MoO4)2(OH)(H2
O) β-NiMoO4
Copreciptação
Lenta
NiMoO4
Monoclínica C2/m
81
6.6. Transição de fases: α e β – Paralelo com MnMoO4
(-202)
(330)
(330)
(-424)
(-424)
(-201)
(-201)
(112)
(112)
(-204)
(-204)
(-402)
(-402)
(400)
(400)
(530)
(530)
(024)
(024)
(421)
(421)
(-111)
(-111)
600ºC 600ºC
Intensidade (u. a.)
340ºC 340ºC
10 20 30 40 50 60 70 80 10 20 30 40 50 60 70 80
Figura 37: DRX das amostras queimadas a 340ºC e 600ºC a partir de NaNiMoO 4.nH2O
2+
sintetizados (a) através da adição controlada da solução de Ni a 75ºC, e (b) com o auxílio do MW a
150ºC por 120 minutos.
-NiMoO4
mistura e -NiMoO4
Intensidade Raman (U.A.)
709,5
100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
-1
Número de onda ( cm )
Figura 38: Espectros Raman das diferentes regiões da amostra de NiMoO4. O espectro da
região onde se encontra a fase alfa está em azul, em destaque a banda característica dessa fase. Já
o espectro em vermelho é de uma região com a presença da fase beta.
Após análise da Figura 38, percebe-se que a amostra não é pura, conforme já
se sabia pelo seu DRX. Em azul, está o espectro Raman de uma fase α-NiMoO4,
sendo que se destaca a banda na região de aproximadamente 709,5 cm -1. A
83
presença de uma banda na região de 700 cm -1 é a evidência da existência da fase
alfa não só para os molibdatos de níquel, como também para os molibdatos de
cobalto, de acordo com Saleem et al.21.
No item 6.1.3, é apresentado um espectro Raman de um composto de
MnMoO4 em que há a presença dessa banda em 662 cm -1 (Figura 12). Essa banda
não coincide com nenhuma banda da fase P2/c e nem com as da fase β-MnMoO4.
Logo, pela semelhança entre os espectros da fase α-NiMoO4 e pelo fato de serem
isomorfas, aumenta-se a suspeita da existência, ainda não relatada na literatura, de
uma fase α-MnMoO4.
84
7. Conclusão
85
8. Sugestões para Trabalhos Futuros
86
9. Referências Bibliográficas
87
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