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CURSO DE

APERFEIÇOAMENTO
DE PROFESSORES
DA ESCOLA
DOMINICAL
ANXONIO GILBERTO

Z/l
Digitalizado Por:
Pregador Jovem
QPGD
CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE PROFESSORES
DA ESCOLA DOMINICAL

Um cu rso de trein am en to p a ra p ro fe s s o re s in ician tes e


atualização de p ro fe sso re s v eteran o s da E scola D om inical

Por
ANTONIO GILBERTO

3a. Edição
M elhorada e Aumentada

1976

CASA PUBLIC ADORA DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS


Rio de J a n e iro - RJ
la . Edição - julho, 1974
2a. Edição - m arço , 1975
3a. E dição - ja n e iro , 1976

DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS

IMPRESSO NO BRASIL
C asa P u b licad o ra das A ssem b léias de Deus
Rio de J a n e iro - RJ
Indicc

P re fá c io .......................................................................................... 7
A presentação ....................................................... 11
Introdução ..................................................................................... 13

UNIDADE I - BIBLIOLOGIA ........................................ 17


Cap. I - C on sid eraçõ es In tro d u tó rias ....................... 18
Cap. II - A B íblia e sua h is tó ria ................................... 26
Cap. III - A B íblia e sua e s tru tu ra ................................ 38
Cap. IV - A B íblia e sua m ensagem ............................ 45

UNIDADE II -DOUTRINAS BÍBLICAS FUNDAMENTAIS.. 77


Introdução ....................................................... 78
I - A im p o rtân cia da D outrina .................................. 78
II - F o rm a s de D outrina ............................................... 78
III - D iferenças b ásica s en tre D outrina e Costum e .. 79
IV - O perigo das fa lsa s d o u trin a s .................................. 79
V - A c lassificaçã o das D outrinas da B íb lia ............. 79
VI - P rin c ip a is D outrinas da B íb lia ............................ 80
VII - E sboços de D o u trin a s .............................................. 80

UNIDADE III - A ESCOLA DOMINICAL .............................. 104


Introdução ....................................................... 105
Cap. I - A H istó ria da E sco la D om inical ................... 107
Cap. II - Os O bjetivos da E sco la D o m in ic a l............... 116
Cap. III - A O rganização e A d m in istração da E scola
D om inical .............................................................. 121
Cap. IV - A prom oção e p o ssib ilid ad es da E scola
Dom inical ............................................................ 142
UNIDADE IV - PEDAGOGIA .................................................... 148
Cap. I - O Ensino .......................................................... 149
Cap. II - O P ro fe s so r da E scola Dominical ........... 158
Cap. III - Métodos e A cessórios de E n s in o .............. 163
Cap. IV - O C urrículo e o A proveitam ento E sc o la r .. 168

UNIDADE V - PSICOLOGIA EDUCACIONAL...................... 175


Introdução ............................................................................... 176
Cap. I - O Aluno ............................................................. 177
Cap. II - A P e rs o n a lid a d e ............................................. 179
Cap. II ' C a ra c te rís tic a s dos Grupos ................v . 183
Prefácio

Quis a ním ia gentileza do distinto P a s to r Túlio B arro s


F e r r e ir a , digníssim o P resid en te do Conselho A dm inistrativo
da CPAD, que em itisse meu desvalioso p a re c e r (ouprefácio)
sobre este T rabalho - "CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE
PROFESSORES DA ESCOLA DOMINICAL - CAPED".
O CAPED é uma iniciativa altam ente auspiciosa p ara
aqueles que se in teressa m pelo am adurecim ento intelectual
do nosso povo (nas "A ssem bléias de D eus"), pois re fle te o
desejo crescen te dos responsáveis pela CPAD, em p ro p o r­
cionar m elhorias que serão introduzidas pm n o ssas E sco las
Dominicais (ED).
0 C urso não s e rá um sim ples guia do estudante: nele são
debatidos problem as e ap resen tad as m a téria s de re a l tr a n s ­
cendência, m esm o p ara o abalizado p ro fe sso r de ED s e rá
tam bém uma fonte genuína de inform ações úteis.
É certo que se não pode conseguir m aio res rendim entos
no ensino, se os p ro fe sso re s não estiv erem suficientem ente
preparados - por isso que o Conselho da CPAD ensaia uma
tentativa de realizaç ão d essa ta re fa im ensa e com plexa que
é o aperfeiçoam ento de p ro fe sso re s, ou seja, de p esso as que
exerçam ou que pretendam e x e rc e r o m ag istério da P ala v ra
de Deus, em no ssas ig rejas. O p rep aro de p ro fe sso re s, r e ­
petim os, é uma tarefa- que exige larg a envergadura, amplo
descortino e provecta m adureza.
E stam os conscientes de que se iniciou cam inhada na d i­
reção c e rta e adiantam os um p asso significativo n esse tem a
tão fecundo, quão inexplorado em nosso meio.
P a ra consecução deste elevado d esid erato , o P ro fe s so r
Antonio G ilberto buscou autoridades, onde h a u rir p rin cíp io s
que o rien tasse m aplicações. E de p o sse de m elhores e m ais
7
atualizadas in fo rm açõ es no cam po da m oderna pedagogia,
p rep aro u m a té ria s na m edida das p o ssib ilid ad es dentro do
espaço de tem po de que pôde d isp o r. Não é um trabalho com ­
pleto, m as re p re s e n ta louvável esfo rço no sentido de ele v a r
a eficiência do ensino e aproveitam ento em nossas E sco las
D om inicais, pois, não é bastante que se consiga matrícula
numerosa, com m u itas c la s s e s funcionando, p orém o essen cial
é que os alunos de todas as faixas e tá ria s obtenham a p ro ­
veitam ento que am plie sem p re, o conhecim ento das v e r ­
dades contidas em cada Lição.
Do ponto de v ista técnico podem os d iz e r, e já o fizem os
em o u tra oportunidade, que a pedagogia m oderna e rg u e -s e
vencedoram ente co n tra o v erb alism o da E scola trad icio n al.
P re c is a m o s u ltr a p a s s a r e s s e p assiv ism o m e m o rista, bem
como o método inadequado, árid o e nostálgico, p rin cip al
resp o n sáv el pela d isp e rsã o e d e s in te re s se de grande p a rte
dos que freqüentam a s n o ssas E sco las D om inicais.
N este C u rso (CAPED) p ro cu ram o s desenvolver um p r o ­
g ram a dentro de o rien tação tanto quanto p o ssív el, científica
e positiva. ' '
Há tre c h o s que talvez p areç am in a c e ssív e is aos alunos
que iniciam o estudo de pedagogia, m as os p ro fe s s o re s o rie n ­
ta rã o e elucid arão ta is trec h o s.
Devem os le v a r em conta que a educação atua tanto na
form ação do indivíduo como na form ação do povo, d e te rm i­
nando-lhe, em m u ito s caso s, o alcan ce de suas p o ssib ilid ad es
p h isio -p sy c h ica s., Contudo não se deve esq u ece r que a ed u ca­
ção trab a lh a so b re o indivíduo, m as não o renova. E sta O bra
é re a liz a d a som ente pelo E sp írito Santo. A educação m elhora
o ex em p lar hum ano, desenvolvendo-lhe suas aptidões e cap a­
cidades. A eugenia preten d e le v a r e s s e aperfeiçoam ento
além do indivíduo, buscando b ases nos ensinam entos bio ló ­
g ico s, e leva de antem ão a convicção de tra b a lh a r dentro dos
lim ite s im postos pela n atu reza. É um grande esfo rço , sem
dúvida, porém a tra n sfo rm a ç ã o do "homem in te rio r" , cujos
reflex o s se esten d em a toda a p e rife ria da sua constituição
so m ática, é re a liz a d a exclusivam ente pela Obra R edentora
aplicada pelo E s p írito Santo, na vida daquele que c rê .
O CAPED não ob jetiva, m esm o rem o tam en te, a lte r a r p r in ­
cípios d o u trin á rio s e costum es que a Ig reja ("A ssem bléia de
D eus") vive e co n serv a, ciosam ente, desde sua fundação, no
B ra s il. O C u rso p reten d e, dentro das suas p o ssib ilid ad es,
8
c o rrig ir falhas e p reen c h er lacunas que não m ais se
ju stificam .
Todos aqueles que, bem intencionados, têm p ro cu rad o
c o n se rv a r os bons p rin cíp io s e tra d iç õ e s da Ig reja, estejam
c e rto s de que o "CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE
PROFESSORES DA ESCOLA DOMINICAL - CAPED" atu a rá
sem p re na vanguarda, junto a todos que, sin cera m en te, lutam
p a ra que os p rin cíp io s e co stu m es de n o ssas ig re ja s não
sejam m odificados. No entanto, não h av erá atenção p a ra
aqueles que a p rete x to de co n serv ação de d o u trin as, p re te n ­
dam o b stacu lar ou m esm o co m b ater o CAPED, p a ra o qual
a ce ita re m o s sugestõ es e c rític a s desde que sejam c o n s tru ti­
vas, m as não se pode a d m itir a rejeição p u ra e sim p les,
dos que sem o sa b erem , estão acabando com a E sco la Do­
m inical em sua igreja.
ÍNDICE GERAL DO CURSO:
Unidade I - Bibliologia - C o n sid eraçõ es In tro d u tó rias. A
B íblia e sua h istó ria . A B íblia e sua e s tru tu ra .
A B íblia e sua m ensagem .
Unidade I I . - Doutrinas Fundamentais. Introdução à doutrina.
L ista das p rin cip ais d o u trin as da B íblia. Esboço
das p rin cip ais d o u trin as da B íblia.
Unidade III - E scola Dominical. Introdução à E sco la D om i­
nical. A h is tó ria da E scola D om inical. Os
objetivos da E scola D om inical. A o rg an ização
e ad m in istraç ão da E sco la D om inical. A p ro m o ­
ção e p o ssib ilid ad es da E sco la D om inical.
Unidade IV - Pedagogia. Introdução. O ensino na E sco la
D om inical. 0 P ro fe s s o r da E sco la D om inical.
O cu rríc u lo e av aliação do ap roveitam ento e s ­
c o lar.
Unidade V - Psicologia Educacional. Introdução. 0 aluno.
A p erso n alid ad e. C a r a c te rís tic a s dos grupos.

Que J e s u s , o Divino M estre, o M estre dos m e s tre s p ara


cuja g ló ria nos dem os a e s te lab o r, se digne ap ro v á-lo com
as bênçãos e in sp ira ç ã o constantes.
E não nos esqueçam os de que E le nos recom endou: "Vos
autem nolite v o cari Rabbi; unus e s t onim m a g is te r v e s te r,
om nes autem vos f r a tr e s e s tis " . Mt 23.8.
Aos diletos le ito re s e alunos, p a r a quem se escrev eu este
C urso, e a quem afetuosam ente dedicam os, pedim os nos
relev em as falh as, n a tu ra is em o b ra s como esta, e p ro cu rem
9
a m p lia r com zelosa aplicação, as id é ias e o rien taçõ es que
enfeixam os neste m odesto estudo, que concatenam os, no
elevado pro p ó sito de serv ir a Jesu s e à Sua Ig reja.
João P ereira de Andrade e Silva
Diretor de Publicações da CPAD

10
Api te n ta ç ã o

Ao ensejo do lançam ento, em c a r á te r definitivo, do Manual


do C urso de A perfeiçoam ento de P ro fe s s o re s da E scola Do­
m inical - CAPED, a p ra z -n o s o fe re c e r uma palav ra de co n g ra­
tulação com o povo de Deus em todo o te r r itó r io p átrio , pelo
feliz acontecim ento.
Tem pos houve em que a E sco la D om inical esteve releg ad a
a um plano in fe rio r no contexto das g ran d es rea liz a ç õ e s da
Igreja do Senhor. É chegado, todavia, um sentim ento d ife­
ren te, a ltru ís ta e edificante, no tocante a e s s a que é, sem
favor, a m aio r esco la do mundo.
Saudam os bem -vindo e s s e m anual, ao m esm o tem po em
que o a p resen tam o s aos m ilh a re s de p ro fe s s o re s de n o ssas
in ú m eras E sco las D om inicais na c e rte z a de que o d e sp e rta -
mento, que já atingiu as m ais d ifere n tes á re a s de atividade
do povo de Deus no B ra s il, alcan ce, de igual modo, o se to r
de ensino da Ig reja , a tra v é s de m étodos realm en te com pa-
ttv jn> - om a s circ u n stân cias de uma época c rític a , em que
as fo rças o p re s s o ra s do inim igo tudo fazem p a ra d e te r a
m archa do Evangelho.
C ontem plam os, p o r fé, a á u re a época em que a E scola
Dominical s e r á uma in stitu ição líd e r na Ig reja, com p ro fe s ­
so re s ad e stra d o s no e sp írito e no entendim ento - e estam o s
cônscios de que este Manual aju d ará a to rn a r p ossível este
anelo.
Je su s dedicou um te rç o de Seu m in isté rio ao ensino (Mt
4.23) e a Ig reja não poderá se g u ir o u tra ro ta. E n sin a r a
verdade, m in is tr a r a P ala v ra , re v e la r os m isté rio s , r e p a r tir
o teso u ro , e is a ta re fa da E sco la D om inical. P a ra e s s a m is ­
são, estão sendo convocados todos os hom ens de ideal e cheios
do E sp írito Santo. E, como a cada soldado deve s e r oferecid a
11
a respectiv a arm a, este Manual surge como um precio so
instrum ento de trabalho p ara uma ação m ais eficiente e
eficaz de nossa E scola Dominical.
Deus recom pense a todos quantos foram usados por Sua
sabedoria e g raça, na p rep aração deste Manual. Seja ele
lançado "sobre as águas", pois com certeza fru tificará. "Os
que a m uitos ensinam a ju stiça refulgirão como as e s tre la s
p ara sem p re".
Pelo Conselho A dm inistrativo da Casa Publicadora das
A ssem bléias de Deus
Túlio Barros Ferreira
Presidente

12
Introdução à segunda edição

D estina-se o modesto livro que o leito r tem em mãos a


prover conhecimentos básicos a p ro fesso re s iniciantes da
Escola Dominical, bem como re fo rç a r os de p ro fesso re s
veteranos, contribuindo - a ssim crem os - para aumento
de sua capacidade de ensino.
O breiros de qualquer categoria e experiência, por certo
encontrarão nele subsídios úteis a seus m in istério s, seja
na á re a do pastorado, do ensino ou da pregação, dado a va­
riedade de assuntos tratados.
O curso contido neste compêndio não tem jam ais a p re te n ­
são de s e r completo. P o r outro lado, a feição e disposição
do seu conteúdo obedece a um plano previam ente elaborado
para cursos de cu rta duração, objetivando facilitar a consulta
e estudo e to rn a r a leitu ra agradável.
O manual é fruto de nossas observações, vivência e labores
no campo da Escola Dominical, em m ais de 25 anos, no
B rasil e fora dele. Durante quase todo esse tempo tem os,
pela m ise ricó rd ia e g raça de Deus, servido como p ro fesso r
de Escola Dominical.
Consultam os, sim , obras congêneres, porém o fator m a r ­
cante na elaboração e concatenação deste curso foi a nossa
humilde experiência nas lides do ensino secu lar a serviço
do Governo e ao mesm o tempo no âmbito da Igreja.
Em 1951 e noutras ocasiões subseqüentes, observei aten ­
tam ente na outra A m érica o funcionamento da Escola Domi­
nical. Desde então com ecei a faze r apontamentos e coligir
dados para m elhor s e rv ir como p ro fesso r da E scola Domi­
nical. Depois, na Europa, durante algum tempo, fiz novas
observações, enriquecendo m inhas notas sobre o assunto.
P o r fim, já bem recente, fomos convidados a m in is tra r um
13
curso da natureza d este, em certa á re a da cidade do Rio de
Jan eiro , ao qual Deus abençoou sobrem aneira. G lória ao
Seu nome! Boa p arte do m aterial do p resen te curso procede
daquele que elaboram os então.
P a rte do m aterial vem também de experiências vividas e
colhidas quando na d ireção de E sco las, e organização de
o u tras, atrav és do vasto B rasil.
Em 1974, o colendo e dinâmico Conselho A dm inistrativo
da Casa Publicadora das A ssem b léias'de Deus, em sua p r i ­
m eira reunião do ano, apreciou e aprovou a realização em
escala nacional de um curso p ara p ro fesso re s da E scola
Dominical, denominado Curso de Aperfeiçoamento de P ro fes­
sores da Escola Dominical - CAPED, visando tre in a r p r o ­
fesso res iniciantes e atu aliz ar p ro fesso re s veteranos, cujo
manual norm ativo tivem os a honra de e sc re v e r.
0 p rim eiro CAPED foi m inistrado no antigo Estado da
Guanabara, por ocasião do Jubileu de Ouro das A ssem bléias
de Deus do G rande-Rio, em julho de 1974. P ara esse curso,
preparam o s às p re s s a s a p rim e ira edição m im eografada
deste livro, dado a p rem ência de tempo.
Agora vem a lume, escoim ado de m uitos senões da p r i ­
m eira edição, o referid o manual, já im p resso .
A m atéria do manual pode s e r m inistrada num cu rso
intensivo de uma sem ana, num mínimo de 35 aulas, podendo
s e r desdobrado, p ara a b a rc a r uma m aio r faixa de tempo,
dependendo das circu n stân cias locais e atendimento de n e­
cessidades.

Unidade I - Bibliologia
Sendo a Bíblia o liv ro -tex to da E scola Dominical, deve
s e r o p rim eiro assunto a s e r estudado. Além disso, para
serviço eficaz no reino de Deus, o p rep aro p rio ritá rio é o
do coração, sendo a P ala v ra de Deus o elem ento principal.

Unidade II - Doutrinas Bíblicas Fundamentais


É evidente. Após conhecerm os a Bíblia por fora (Unida­
de I), é m s te r conhecê-la por dentro (Unidade II), isto é,
conhecer suas doutrinas e santos ensinos - os m esm os que
dissem inam os na E scola Dominical.

Unidade III - Escola Dominical


É o estudo do campo de trabalho que vamos ex p lo rar e
nele lab o rar. Sim, o p ro fe sso r p re c isa conhecer os objetivos,
14
a organização e a adm inistração da E scola Dominical, para
bem co n scie n tiz ar-se do alcance, im portância e resp o n sab i­
lidade de sua sublim e m issão en tre os homens.

Unidade IV - Pedagogia
É o p rep aro do p ro fesso r para en sin ar. Tendo estudado
a E scola Dominical, é m iste r um estudo daquele de quem
humanamente ela depende - o p ro fesso r.

Unidade V - Psicologia Educacional


É o estudo do aluno. 0 p ro fesso r se quiser te r êxito no
ensino, p re c isa não somente conhecer a m atéria que ensina
(A Bíblia), m as também seu campo de aplicação - o aluno.
Podemos aprender sem p ro fesso r, m as não podemos ensinar
sem aluno. Pedagogia e Psicologia Educacional são m atérias
gêm eas. In terp en etram -se. F orm am um todo.

Cada capítulo do livro é seguido de um questionário p ara


conveniência do le ito r na retenção da m atéria ou sua u tiliz a­
ção em atividades discentes. Uma exceção é feita na Unidade
II que tem um questionário único.
No final do volume o leito r en co n trará um índice re m is ­
sivo para sua conveniência em consulta rápida.
Uma palavra final que reputam os oportuna: Se não e n si­
narm os a P alav ra de Deus às nossas crian ças e novos con­
vertidos, outros o farão, inoculando neles o veneno do e rro
e das tendências negativas. 0 futuro esp iritu al deles depende,
pois, do que lhes ensinarm os ag o ra, da p arte de Deus.
P o r outro lado, se não trein arm o s nossos p ro fesso re s,
eles p ro cu rarão m elh o rar seus conhecimentos bíblicos de
outra m aneira, p ara fazerem face às necessidades com que
se deparam ante alunos cada vez m ais ávidos de sab er. Não
há poder suasório capaz de estim u la r um aluno a freqüentar
uma E scola Dominical onde ele ouve sem pre o que já sabe,
ou aprende sozinho e com menos esforço aquilo que depois
lhe é ensinado.
A m aior necessidade do inconverso é a pregação ungida,
das boas-novas de salvação. A m aio r necessidade dos c re n ­
tes é o sagrado ensino da P alav ra, no poder e unção do
E spírito. O plano de Deus é que todos os homens se salvem ,
e cheguem ao pleno conhecimento da verdade, e não ao con­
trá rio disso (I Tm 2.4 ARA).
Onde na Igreja, pode e sse ensino s e r m inistrado de modo
15
gradual, seguido, m etódico, senão na E scola Dominical?
Se Deus for glorificado, e vidas edificadas na P ala v ra de
Deus, e E scolas Dom inicais plantadas, edificadas e aum enta­
das em núm ero e qualidade, como resultado do estudo e
aplicação deste cu rso , nisto está a nossa recom pensa.
A Deus, nosso am oroso P ai C elestial, infinitam ente m i­
sericord io so , poderoso e sábio, toda gló ria e louvor, agora
e por toda eternidade .*
Rio de Jan eiro , R J em fev ereiro de 1975
Antonio Gilberto
Departamento de Escola Dominical
CASA PUBLIC ADORA DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS

16
Unidade I

Bibliologia

Sumário da Unidade
Cap. I - C onsiderações introdutórias sobre a B íb lia .... 18
Cap. II - A Bíblia e sua h istó ria ........................................... 26
Cap. III - ABíblia e sua e stru tu ra ........................................ 38
Cap. IV - ABíblia e sua mensagem ....................................... 45
17
Unidade I
Capítulo I

CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS SOBRE A BÍBLIA

Sumário do Capítulo
I. O que é a B íblia, 18
II. P orque devem os e stu d a r a B íblia, 18
III. Como devem os e stu d a r a B íblia, 19
IV. Como podem os entender a B íblia, 20
V. O bservações úteis e p rá tic a s no m anuseio e estudo da
B íblia, 21
VI. F ontes de consulta, 24

I. QUE É A BÍBLIA.
É a rev elação de Deus à hum anidade. Seu Autor é Deus
m esm o. Seu re a l in té rp re te é o E sp írito Santo. Seu assunto
cen tral é o Senhor J e su s C risto . E sta atitude p a ra com a
Bíblia é de cap ital im p o rtân cia p a ra o êxito no Seu estudo.
N ossa atitude p a ra com a Bíblia m o stra nossa atitude p ara
com Deus. Sendo a B íblia a rev elação de Deus, ela e x p re s ­
sa a vontade de Deus. Ig n o rar a B íblia é ig n o ra r e s s a vonta­
de. C erto au to r anônimo co rre ta m e n te declarou: "A Bíblia
é Deus falando ao hom em ; é Deus falando a tra v é s do homem;
é Deus falando como homem; é Deus falando a favor do
homem; m as é sem p re Deus falando!"

II. PORQUE DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIA


D entre as m uitas razõ e s d estac arem o s algum as:
1. Porque ela ilumina o caminho para Deus (SI 119.105,
130).
2. Porque ela é alimento espiritual para o crescim ento
de todos ( J r 15.16: I P e 2.1,2). Sabem os que a boa saúde
aguça o ap etite. Tens bom ap etite pela B íblia? Se só tens
18
apetite p or le itu ra s sem proveito, te rá s fastio pela B íblia,
0 que é um mau sin al. Cuida d isso ...
3. Porque ela é o instrumento que o Espírito Santo usa
na sua operação (Ef 6.17). Se q u eres que o E sp írito Santo
opere em ti, inelusive no m in istério da oração (Jd v .20),
p ro cu ra te r o in stru m en to que Ele utiliza - a P a la v ra de
Deus. É que na o ração p recisa m o s a p o ia r'n o ss a fé nas
p ro m essas de Deus, e e s s a s p ro m e ssa s estão na Bíblia!
III. COMO DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIA
D entre as v á ria s fo rm as destacam os algum as.
1. Leia a Bíblia conhecendo seu Autor: Deus, (J r 1.12;
Is 34.16). A ssim sendo, Ele m esm o no -la re v e la rá (Lc 24.45;
1 Co 2.10,12,13). Ninguém pode m elhor ex p licar um livro
do que o seu au to r. A B íblia é um liv ro de com preensão
fácil e ao m esm o tempo difícil, m as, se conhecerm os o seu
Autor a com preensão to rn a -s e m ais fácil.
2. Leia a Bíblia diariamente (Dt 17.19). Fazendo a ssim ,
a lim e n ta r-te -á s d iretam en te na m esa divina. O cren te que
não lê sua B íblia, só receb e e ste alim ento quando alguém
o põe em sua boca... C onsidera perdido o dia em que não
le re s tua Bíblia.
3. Leia a Bíblia com oração (Ef 1.16,17; SI 119.18). Na
presen ça do Senhor em o ração , as coisas ocultas são r e ­
veladas. Quando lem os a Bíblia Deus fala conosco, quando
oram os falam os com Deus. A Bíblia e a oração com ple­
ta m -se .
4. Leia a Bíblia aplicando-a a s i próprio. Há p esso as
que na le itu ra da B íblia, tudo que é bênção, conforto, p r o ­
m e ss a s , elas aplicam a si; tudo o que é am eaça, exortação,
aviso, aplicam aos ou tro s. L eia a Bíblia na atitude de J o ­
sué p a ra com o Senhor, m anifesto como varão (um dos casos
de teofania do Antigo T estam ento), conform e está n arrad o
em J s 5.14b: "Que diz meu Senhor ao seu serv o ?" Não
devem os "im p o rtar" m ensagens p a ra a Bíblia e sim "ex p o r­
ta r" dela. M uitos não receb em nada da B íblia, porque já
se ace rcam dela com suas p ró p ria s id éias, sua p ró p ria
"teologia", querendo e n x e rta r tudo is s o na revelação divina.
Cheguemos à Bíblia de m ente lim pa e coração ab erto e
receptivo à sua divina m ensagem e serem o s abençoados.
5. Leia a Bíblia toda. Na B íblia, nada é dito duma vez,
nem uma vez p o r todas. Conclusão: se você não le r a Bíblia
19
toda não pode co n h ecer a verdade com pleta. Não e s p e re s
com preen d er a B íblia toda (Dt 29.29). É evidente que Deus
sabe infinitam ente m ais que todos os homens juntos. A
Bíblia sendo um liv ro divino é inesgotável. Não ex iste en tre
os hom ens ninguém "form ado" na B íblia. Com oo irm ão pensa
entender um liv ro que nem seq u er o leu todo ainda?

IV. COMO PODEMOS ENTENDER A BÍBLIA


Isto é, condições p a ra entenderm os a Bíblia. Aqui estão
algum as:
1. Crendo nós sem duvidar, no que ela ensina. A dúvida
é um im pecílio à com preensão das E s c ritu ra s (Lc 24.21,25).
2. Lendo-a por amor e prazer e com fome de aprender
as coisas de Deus (Pv 2.3-5; I P e 2.2; Mc 12.37). O irm ão
já notou a fome que têm os re c é m -n ascid o s? As m ães que
o digam!!! Como e stá o seu ap etite e sp iritu a l pela P alav ra
de D eus? Com a m ente devem os a p ren d e r e m e m o riz a r a
B íblia, e com o co ração a m á -la (Hb 10.16). Há p e sso a s que
sabem quase a Bíblia toda de m em ó ria. Isso é louvável.
Contudo, é m elh o r um v ersícu lo no coração, sendo am ado e
obedecido, do que dez na cab eça... "Ponde no co ração " (Dt
6.6). É de a d m ira r hav er p esso as que acham tem po p ara
le r, ouvir e v e r tudo, m enos a P ala v ra de Deus. Resultado:
comem tanto o u tra s co isas que p erd em o apetite pela P a la ­
v ra de Deus. É ju sto e p ró p rio le r boas co isas, m as,
to m ar m ais tem po com as E s c ritu ra s . É tam bém de e s t a r ­
re c e r o fato que m uitos líd e re s de ig re ja s não levam seu
povo a le r a B íblia. Ao cren te não b asta a s s is tir aos cultos,
ouvir se rm õ e s e testem unhos, a s s is tir a estudos bíblicos,
le r boas o b ras de cu ltu ra bíblica e g e ra l. É p re c iso a
le itu ra bíblica individual, p esso al, diuturna e seguida.
3. Crescendo sem pre espiritualm ente. Deus não pode
re v e la r uma co isa p a ra a qual você não tem e s ta tu ra e s p i­
ritu a l (Hb 5.13,14; Mc 4.33). C riancinhas só podem com er
co isas leves. P ro c u re a p ro fu n d ar-se na sua vida e sp iritu a l.
N ossa com preensão da Bíblia depende em grande p a rte da
profundidade da n o ssa comunhão com Deus. A p lan ta da
parábola definhou e m o rreu porque o te rre n o e ra ra s o (Mt
13.5,6. Sim, a Palavra de Deus deve s e r estudada, ao
m esm o tem po em que o Deus da Palavra deve s e r am ado e
adorado.
4. Sendo cheio do Espírito Santo. Ele conhece a s co isas
profundas de Deus (I Co 2.10).
20
5. Sendo humilde (Tg 1.21). Deus rev ela Suas co isas aos
hum ildes (Mt 11.25), isto é, os subm issos ao Senhor e o be­
dientes à Sua P a la v ra . Quanto m aio r for a n o ssa comunhão
com Deus, m ais hum ildes serem o s. Numa á rv o re fru tífe ra
os galhos m ais carreg a d o s são os que se abaixam m ais. A
graça de Deus está re se rv a d a p a ra os hum ildes (I P e 5.5).
Quando chove, os te rre n o s m ais baixos são os p rim e iro s
que recebem água com abundância...
6. D isposição de agradar a Deus. Estando disposto a
obedecer à verdade rev elad a (Pv 2.1,2,5; do 7.17; 13.17; SI
119.33). P a ra is s o ao le re s a B íblia ap lic a -a p rim e iro a ti
m esm o. E vita s e r apenas cu rio so e esp ecu lad o r.
7. Participando de reuniões de estudo bíblico. Deus tem
vasos escolhidos não só p a ra p re g a r m as tam bém p a ra e n s i­
nar (I Co 12.28). Há cre n te s que gostam de todos os tipos
de reuniões, m enos as de estudo bíblico. Devemos q u e re r s e r
de Apoio - o p reg ad o r, m as tam bém de P aulo - o m e stre
(I Co 3.4).

V. OBSERVAÇÕES ÚTEIS E PRÁTICAS NO MANUSEIO E


ESTUDO DA BIBLIA
A. QUANTO AO MANUSEIO DA BÍBLIA
1. Apontam entos individuais. H abrtue-se a to m ar notas
de suas m editações na P a la v ra de Deus. A m em ó ria falha
com o tem po. D istribua seus apontam entos p o r assu n to s
previam ente escolhidos e destacados uns dos o u tro s. Use
um liv ro de folhas so ltas (liv ro de argola) com p ro jeçõ es
e índice, p a ra isso . Se não houver organização nos aponta­
m entos, eles não p re s ta rã o serv iço algum.
2. Aprenda a ler e escrever referências bíblicas. O s is te ­
ma m ais sim p les e rápido p a ra e s c re v e r re fe rê n c ia s bíblicas
é o adotado p ela Sociedade B íblica do B rasil: duas le tra s ,
sem ponto abrev iativ o , p a ra cada liv ro da B íblia. E n tre
capítulo e v e rsícu lo p õ e-se apenas um ponto. No índice das
B íblias editadas pela SBB pode v e r - s e a lis ta dos liv ro s
assim abreviados.
Exem plos de re fe rê n c ia s p o r e s s e sistem a:
I Jo 2.4 (I João capítulo 2, v e rsícu lo 4)
Jó 2.4 (Jó capítulo 2, v ersícu lo 4).
Jn 2.4 (Jonas capítulo 2, v ersícu lo 4).
I Pe 5.5 (I Pedro capítulo 5, versículo 5).
Fp 1.29 (F ilip en ses capítulo 1, v ersícu lo 29).
21
F m v.14 (Filem om versícu lo 14).
O sistem a trad icio n al adota dois pontos (:) en tre capítulo
e versícu lo , não tendo padronização na ab rev iatu ra dos
liv ro s.
3. Diferença entre texto, contexto, referência, inferência.
a . Texto. Sãç as p alav ras contidas numa passagem .
b. Contexto. É a p a rte que fica antes e depois do texto
que estam os lendo. 0 contexto pode s e r imediato ou remoto.
Pode s e r um versícu lo , um capítulo ou um livro in teiro ,
como é o caso de P ro v érb io s.
c. Referência. É a conexão d ire ta sobre determ inado
assunto. Além de in d icar livro, capítulo e versícu lo , a re fe ­
rên cia pode le v ar o u tras indicações; depende da cla re z a que
se queira d ar, como:
- Indicação da p a rte in icial de um versículo: Rm 11.17a.
- Indicação da p a rte final de um versículo: Rm 11.17b.
- Indicação de v ersícu lo s que se seguem ou não até o fim
do capítulo em estudo: Rm 11.17ss.
- Recom endação p ara não se d eix ar de le r o texto indicado
no momento: "qv". Vem da ex p ressão latina quod vide =
que veja.
- Recom endação p ara que se com pare; confira ou confron­
te o texto indicado: "cf". Vem do latim "confere".
As re fe rê n c ia s podem s e r verbais ou reais, esta s tam bém
cham adas autênticas. R eferência v erb al é um p a ralelism o
de p alav ras; a re a l, de id éias. Se isto não for levado em
consideração pelo p ro fe sso r, pode conduzir a g rav es e rro s
de com preensão e in terp reta ção do texto bíblico.
As v erb ais nem sem pre tra ta m do m esm o assunto. P o r
exem plo: o vocábulo Fé tem v ário s sentidos nas E s c ritu ra s .
O utro exemplo é o vocábulo Lei, que só na E pístola aos Ro­
m anos ap arece com v ário s sentidos. Tam bém "sabedoria"
em P ro v érb io s é divina; em E c le s ia s te s é humana. A re fe ­
rên cia verbal pode s e r de nom es p ró p rio s, como po r exem plo
em Ed 8.16, onde tem os num m esm o v ersícu lo m ais de uma
p essoa com o m esm o nome. Cuidado, pois!
J á as re fe rê n c ia s re a is ou au tên ticas tratam sem p re do
m esm o assunto. P o r exemplo: Zc 14.4,5 e Jd v. 14 são
re fe rê n c ia s so b re a volta de C risto em g ló ria, quando Seus
pés tocarão o Monte das O liv eiras. Outros do m esm o
grupo são: Ap 1.7; Mt 25.31; II T s 2.8; Ap 19.11ss.
22
d. Inferência. É uma conexão in d ireta en tre assuntos.
Uma ilação ou conclusão que se faz.
4. Manuscritos bíblicos e V ersões da Bíblia. Manuscritos
são cópias dos o rig in ais. V ersões são traduções de m anus­
crito s. Quanto aos m an u scrito s o rig in ais, disso falarem o s
no capítulo seguinte.

5. Siglas das diferentes versões em vernáculo. 0 uso


dessas siglas poupa tempo e facilita o trabalho do p ro fe s ­
so r ou estudante da B íblia.
- ARC: Almeida Revisada e Corrigida. É a Bíblia antiga
de A lm eida, que vem sendo im p re ssa desde 1951 pela
Im prensa B íblica B ra s ile ira .

ARA: Almeida Revisada e Atualizada. É a Bíblia de


Almeida, revisada e publicada pela Sociedade Bíblica do
B ra sil, com pleta, a p a r tir de 1958.
FIG: Antonio P ereira de Figueiredo. Atualm ente é im ­
p re s s a pela Sociedade B íblica B ritânica e E stra n g e ira ,
L ondres.
SOARES: Matos Soares. V ersão popular dos católicos
b ra s ile iro s (Edições P aulinas).
RHODEN: Huberto Rhoden. V ersão p a rtic u la r desse ex-
-p ad re b ra s ile iro .
CBSP: Centro Bíblico de São Paulo. Edição católica
popular da B íblia, São Paulo.
TR BR: Tradução B rasileira, publicada inicialm ente em
1917.
VIBB: Versão da Imprensa Bíblica B rasileira. P a ra
detalhes d essas v ersõ es v er o Cap. II.
6. 0 tempo cronológico antes e depois de Cristo
É indicado pelas le tra s :
- AC= Antes de C risto . São as iniciais d essas duas
palav ras.
- AD= Do latim "Anno D om ini", isto é, ano do Senhor,
em alusão ao nascim ento de J e s u s. Logo, "AD" corresponde
a depois de Cristo.
Cômputo dos Séculos
- Século I. Com preende os anos 1 a 100 AD.
- Século II. Compreende os anos 101 a 200 AD.
- Século III. Anos 201 a 300, e assim por diante.
V er m ais sobre isso no Cap. IV da p resen te Unidade.
23
7. Manuseio do volume sagrado.
Obtenha com pleto domínio no m anuseio da Bíblia, afim de
en co n trar com rapidez qualquer referên cia bíblica. Jesu s
tinha e ssa habilidade. Em Lc 4.17 diz que Ele "achou o
lugar onde estava e sc rito ". O ra, naquele tempo, isso era
muito m ais difícil do que hoje, com o p ro g resso da indústria
gráfica, visto que naquele tempo os livros tinham a form a
de rolos. Não era tão fácil ach ar a passagem que se queria.
B. QUANTO AO ESTUDO DA BÍBLIA
1. Conhecemos a Deus, de fato, não p rim eiram en te e s tu ­
dando a Bíblia, m as am ando-0 de todo o coração, crescendo
em comunhão com Ele (I Jo 4.7; Jo 14.21,23).
2. A Bíblia é destinada ao coração (para s e r am ada), e à
mente (para s e r estudada, entendida), Hb 10.16.
3. É nulo o conhecim ento esp iritu al destituído de fé
(Hb 4.2).
VI. FONTES DE CONSULTA
O p ro fesso r p re c isa te r sua biblioteca p articu la r. O g ra n ­
de apóstolo Paulo tinha suas fontes de consulta (II Tm 4.13).
Sem pre houve m uitos livros no mundo. Salomão no seu tempo
já dizia: "Não há lim ite p ara fazer liv ro s" (Ec 12.12). Não
se tra ta de te r m uitos liv ro s, m as tê -lo s bons, sadios, a b ra n ­
gendo cultura se c u la r e cultura bíblica em g eral. L ivros há
que só servem p a ra alim en tar o fogo (At 19.19). Aqui estão
algum as boas fontes de consulta:
- A Bíblia. Se possível, todas as legítim as v ersõ es em
português.
- D icionário de P ortuguês @
- D icionário Bíblico
- G ram ática da Língua Portuguesa
- Concordância B íblica
- Chave Bíblica
- C om entários Bíblicos
- Manuais de D outrina
- Atlas Bíblico
- Didática Aplicada
- Apontamentos individuais (caderno ou fichário)
Observações sobre fontes de consulta:
- Os livros são bons, m as não substitutos da Bíblia.
- Há p esso as que após lerem determ inado livro, passam a
24
s e r um m ero eco ou reflexo dele. Devemos s e r cautelosos
nisso.
- Há divergência en tre au to res de liv ro s, dado as diferentes
escolas e co rre n te s teológicas; m as na Bíblia não há d iv e r­
gência! P ortanto ela é sem p re a autoridade suprem a e
principal; a pedra de toque.
- Devemos estu d ar a Bíblia não pela luz deste ou daquele
teólogo, m as pela luz do E sp írito de Deus, sentindo sem pre
Seu toque, d ireção e prum o.
- Não devem os lev ar m ais tempo com os liv ro s do que com
a Bíblia m esm a.

QUESTIONÁRIO

1.Que é a Bíblia, em resum o?


2. Qual o assunto central da Bíblia?
3. Dê tr ê s razõ es por que devemos estu d ar a Bíblia. A c re s­
cente ra fe rê n c ia s bíblicas.
4. Dê tr ê s razõ es como devemos estu d ar a B íblia. A crescente
re fe rê n c ia s bíblicas.
5. Dê trê s razõ es como podemos entender a Bíblia. A c re s­
cente re fe rê n c ia s bíblicas.
6. Como faze r apontamentos de m editações na P alav ra?
7. Qual o sistem a m ais sim ples e rápido de e s c re v e r re fe rê n ­
cias bíblicas? Dê exemplo.
8. Em se tratando do texto bíblico, qual a diferença entre
- Texto
- Contexto
- R eferência
- Inferência?
9. Que é re fe rê n c ia verbal?
10. Que é referên c ia real ou autêntica?
11. Indique abreviadam ente por sig las, as diferentes versões
em português.
12. A que anos da era c ris tã corresponde o Século II AD?
13. Como podemos c re s c e r no conhecimento de Deus? Dê
re ferên c ias.
14. A Bíblia é determ inada à m ente humana - p ara quê? E,
ao coração para quê? Cite a com petente referência.
15. Em que resu lta o conhecimento das coisas esp iritu a is d es­
tituído de fé? Dê a referên cia estudada.
25
Unidade I
Capítulo II

A BÍBLIA E SUA HISTÓRIA

Sumário do Capítulo
L M ateriais em que a Bíblia foi originalm ente e s c rita . 26
II. F orm atos p rim itiv o s da Bíblia, 27
III. O tipo de e s c rita p rim itiv a da Bíblia, 27
IV. As línguas o rig in ais da B íblia, 27
V. Os e s c rito re s da Bíblia, 27
VI. A origem do nome "B íblia", 28
VII. Que é a Bíblia, 28
VIII. M anuscritos o rig in ais da Bíblia, 29
IX. F am osas traduções da Bíblia, 30
X. A Bíblia em português, 31
XI. As B íblias de edição Católico-R om ana. Os apócrifos, 33
XII. A Bíblia h eb raica, 34
XIII. As Sociedades B íblicas, 35
XIV. As m odernas v ersõ es da Bíblia, 36

D istingue-se na Bíblia duas coisas em resum o: o liv ro e


a m ensagem . Na Bíblia como livro de Deus, vemos dois
aspectos: sua h istó ria e sua e stru tu ra . E ste capítulo ocupa-
-s e da h istó ria; o próxim o, tra ta da e stru tu ra . O últim o, t r a ­
ta da Bíblia como a m ensagem de Deus.

I. MATERIAIS EM QUE A BÍBLIA FOI ORIGINALMENTE


ESCRITA.
Os prin cip ais foram dois: papiro e pergam inho. O papiro
e ra extraído de uma planta aquática desse m esm o nome. Há
v ária s m enções dele na B íblia, como por exemplo Jó 8.11;
Ex 2.3; Is 18.2; II Jo v .12. De papiro deriva o term o papel.
Seu uso na e s c rita vem de 3.000 AC, no Egito.
Pergam inho é a pele de anim ais, curtida e p re p a ra d a para
26
esciT*r. É m a te ria l su p erio r ao papiro, porém de uso m ais
recente do que aquele. Teve seu uso generalizado, a p a r tir
do início do Século I, na Ásia M enor. É também citado na
Bíblia, exemplo: II Tm 4.13.

fã. FORMATOS PRIMITIVOS DA BIBLIA


C F oram dois: rolos e códices. E ram e s s e s os form atos
? dos livros antigos. 0 rolo e ra um rolo de fato, feito de
] papiro ou pergam inho. E ra p reso a dois cabos de m adeira
) p ara facilidade de manuseio. Cada livro da Bíblia e ra um
( rolo em separado. Naquele tempo ninguém podia conduzir
\ pessoalm ente a Bíblia como fazem os hoje... O que tornou
{ isso possível foi a invenção do papel no Século II pelos chine-
v ses, e a do p relo de tipos m óveis pelo alem ão Gutenberg em
>1450 AD, possibilitando o form ato dos livros atu ais.
( O códice é uma obra no form ato de livro de grandes p ro -
( porções. Nosso vocábulo livro vem do latim liber, que sig-
1 nificou p rim eiram en te casca de árvore, depois livro.

flll. O TIPO DE ESCRITA PRIMITIVA DA BIBLIA


E ra m anuscrito. Tudo e ra feito pelos e sc rib a s de modo
laborioso, lento e oneroso. D esse tempo p ara cá, Deus tem
abençoado m aravilhosam ente a difusão do Seu L ivro, de modo
que hojf1 em dias m ilhões e m ilhões de exem plares são im ­
preco ' 3 em m uitos pontos do globo com rapidez e facilidade
em m odernas im p re sso ra s.

IV. \S LÍNGUAS ORIGINAIS DA BÍBLIA.


tk <j pfii.einais são duas: h ebraica, p ara o Antigo T e s ta -
i. . „ n 3 ? p ara o Novo Testam ento. Foi n essas lín ­
guas que a Bíbiia foi in sp irad a. As traduções só conservam
a inspiração quando reproduzem fielm ente o original.

V. OS ESCRITORES DA BÍBLIA.
A existência da Bíblia, abrangendo seus e s c rito re s ,
sua form ação, com posição, p re se rv a ç ã o e tra n sm issã o , só
pode s e r explicada como m ilag re de Deus, ou m elhor: Deus
é seu au to r. F oram cerc a de 40 os e s c rito re s da Bíblia.
D este modo, a P alav ra E s c rita de Deus foi-nos dada por
canais hum anos, assim como o foi a P alavra Viva - C risto
(Ap 19.13). E sses homens p erten ceram às m ais variadas
profissões e atividades, e sc re v e ra m e viveram distante uns
dos outros em épocas e condições d iferen tes. Levaram
27
iDUU a n o s p a r a e s c r e v e r a tíib iía . A p e s a r de to d a s e s s a s
d ific u ld a d e s , e la n ão c o n tém e r r o s nem c o n tra d iç õ e s . Há
s im d ific u ld a d e s na c o m p re e n s ã o , in te r p r e ta ç ã o , tra d u ç ã o ,
a p lic a ç ã o , m a s is s o do lado h u m an o , devido a n o s sa in c a p a ­
c id a d e em to d o s o s s e n tid o s .

VI. A ORIGEM DO NOME "BÍBLIA".


E s te nom e c o n s ta a p e n a s da cap a da B íb lia m a s não o
v e m o s a t r a v é s do v o lu m e s a g ra d o . F o i p r im e ir a m e n te a p l i ­
cad o p o r Jo ã o C r is ó s to m o , g ra n d e re f o r m a d o r e p a t r i a r c a
d e C o n sta n tin o p la (3 9 8 -4 0 4 AD). O vocábulo " B íb lia " s ig n ific a
e tim o lo g ic a m e n te " c o le ç ã o de liv r o s p e q u e n o s ” , is to p o rq u e
o s liv r o s da B íb lia são p e q u e n o s, fo rm a n d o to d o s um vo lu m e
não m u ito g ra n d e co m o tã o b em c o n h e c e m o s. De fato , a
B íb lia é um a c o le ç ã o de liv r o s , p o ré m , p e rfe ita m e n te h a r ­
m ô n ic o s e n tr e s i. E devido a is s o que a p a la v r a b íb lia sendo
p lu r a l no g re g o p a s s o u a s e r s in g u la r n as lín g u as m o d e rn a s.
À fo lh a de p a p iro p r e p a r a d a p a r a e s c r i t a , os g re g o s
ch am av am , " b ib lo s " . Ao ro lo p eq u en o de p a p iro , o s g re g o s
c h a m a v a m " b ib lio n " , e ao p lu r a l d e s te c h am av am " b ib lo s ’'.
P o rta n to o v o cáb u lo B íb lia d e r iv a da língua g re g a . Os
v o cáb u lo s " b íb lia " e "b ib lio n " c o n sta m do Novo T e s ta m e n to
g re g o , m a s não r e f e r e n t e à p r ó p r ia B íb lia:
- " B íb lia ” : J o 21.25; II T m 4 .1 3 ; Ap 20.12; l)n 9.2 (heb)
- "Biblion": Lc 4.17; Jo 20.30.

VII. QUE É A BÍBLIA


É a re v e la ç ã o de D eu s à h u m a n id ad e. É a d e fin iç ã o
c a n ô n ic a m a is c u r ta da B íb lia . T udo o que D eus tem p r e ­
p a ra d o p a r a o h o m e m , bem com o o que E le r e q u e r do
h o m e m , e tudo o que o h o m em p r e c i s a s a b e r e s p ir itu a lm e n te
da p a r te d E le q u an to a su a re d e n ç ã o e fe lic id a d e e te rn a ,
e s tá r e v e la d o n a B íb lia . Tudo o que o h om em tem a f a z e r
é to m a r a P a la v r a de D eus e a p r o p r i a r - s e d ela p e la fé. O
a u to r da B íb lia é D eu s; se u r e a l in té r p r e te é o E s p ír ito Santo,
e se u a s s u n to c e n tr a l é o S e n h o r J e s u s C r is to . O hom em
d ev e l e r a B íb lia p a r a s e r sá b io , c r e r n a B íb lia p a r a s e r
sa lv o e p r a t i c a r a B íb lia p a r a s e r s a n to ou s a n tific a d o . A
c o le ç ã o c o m p le ta dos liv r o s d iv in a m e n te in s p ir a d o s c o n s ti­
tu in d o a B íb lia é c h a m a d a cânon.
Os nom es canônicos m ais comuns do Livro Sagrado são:
- E s c r i t u r a s ou S a g ra d a s E s c r i t u r a s : Mt 21.42; lím 1.2.
- L iv ro do S en h o r, Is 34.16.
28
- a F a i a v r a a e jueus, m c í . i ô ; h d Hk.iz.
- O rá c u lo s de D eu s, Rm 3.2.

VIII. MANUSCRITOS ORIGINAIS DA BÍBLIA E CÓPIAS


DE ORIGINAIS.
M a n u s c rito s q r ig in a is , is to é, s a íd o s d as m ã o s dos e s c r i ­
t o r e s , não e x is te nenhum co n h ecid o no m o m en to . D eus na
Sua p ro v id ê n c ia p e r m itiu is s o . Se e x i s t is s e a lg u m , o s h o m e n s
o a d o r a r ia m m a is do que o seu div in o A u to r. A s e r p e n te
de m e ta l p o s ta e n tr e o s i s r a e l i t a s co m o m e io de a u x ílio à
fé em D eus (N m 2 1 .8 ,9 ; Is 4 5 .22), foi d ep o is id o la tr a d a p o r
e le s (II R s 18.4 ). D eus cuidou do s e p u lta m e n to de M o is é s e
o cu lto u o se u lo c a l p o rq u e c e r ta m e n te o povo a d o r a r i a seu
c o rp o , (D t 3 4 .5 ,6 ). O D iabo tin h a in t e r e s s e na id o la tr ia e
co n ten d eu com o a r c a n jo que p ro c e d e u ao fu n e ra l de M o isé s
(Jd v .9). M ilh õ e s, em m u ita s t e r r a s a d o ra m a c ru z de
C r is to , ao in v é s do C r is to d a c r u z . É ta m b é m o c a s o da v i r ­
g em m ã e de J e s u s C r is to , que m ilh õ e s a d o r a m - n a m a is do
que ao F ilh o .
A lém d is s o , te m o s a c o n s id e r a r o s e g u in te , h is to r ic a m e n ­
te , quanto a in e x is tê n c ia de m a n u s c r ito s o r ig in a is :
1) E r a c o s tu m e dos ju d e u s e n t e r r a r o s m a n u s c r ito s e s t r a ­
g ad o s p elo u so ou q u a lq u e r o u tr a c a u s a , p a r a e v i ta r su a m u ­
tila ç ã o ou in te rp o la ç ã o e s p ú r ia .
2) Os r e i s id ó la tr a s e ím p io s d e I s r a e l p o d em t e r d e s ­
tr u íd o m u ito s ou c o n trib u íd o p a r a is s o , com o é o c a s o
d e s c r ito em J r 3 6 .2 0 -2 6 .
3) O m o n s tro A ntíoco E p ífa n e s , r e i da S ír ia (175-164 AC),
d u ra n te seu re in a d o dom inou s o b re to d a a P a le s tin a . F o i
ho m em e x tre m a m e n te c r u e l. T in h a p r a z e r em a p lic a r t o r ­
tu r a s . D ecidiu e x te r m in a r a r e lig iã o ju d a ic a . A sso lo u J e ­
r u s a lé m em 168 AC. p ro fa n a n d o o te m p lo e d e s tru in d o to d a s
a s c ó p ia s que ach o u d a s E s c r i t u r a s .
4) Nos d ia s do fe ro z im p e r a d o r ro m a n o D e o c le c ia n o
(2 84 -305 AD), os p e r s e g u id o r e s dos c r is t ã o s d e s tr u ír a m
q u a n ta s c ó p ia s a c h a ra m d a s E s c r i t u r a s . D u ra n te 10 anos
D e o c le c ia n o m andou v a s c u lh a r o im p é r io v isa n d o d e s t r u i r
to d o s os e s c r i t o s s a g ra d o s . Chegou a c r e r que tiv e s s e
d e s tru íd o tudo, p o is m andou c u n h a r u m a m o ed a c o m e m o ra n d o
ta l v itó ria .
A l i t e r a t u r a ju d a ic a a f ir m a que a m is s ã o da c h am ad a
G ra n d e S in ag o g a, p r e s id id a p o r E s d r a s , foi r e u n ir e p r e s e r ­
v a r o s m a n u s c r ito s o rig in a is do A ntigo T e s ta m e n to - o s de
29
que se serv iram os Setenta no p rep aro da Setuaginta - a
p rim e ira tradução das E sc ritu ra s.
Os textos em língua original de que se utilizam os atuais
eruditos no p rep aro das m odernas v ersõ es, são reproduções
das atuais cópias de o rig in ais.
Cópias de manuscritos originais, llá inúm eras, em v árias
p arte s do mundo. D isc o rre r sobre elas, foge ao escopo
desta obra. E sses m anuscritos existentes harm onizam -se
adm iravelm ente, assegurando-nos assim da sua au ten tici­
dade. Uma confirm ação disso vemos nos Manuscritos do
Mar Morto. Resumo: Em 1947, próxim o ao Mar Morto foi
descoberto um m anuscrito do profeta Isaias, em form a de
rolo, e scrito em hebraico, datado do ano 100 AC, sendo assim
m ais velho que o m ais antigo m anuscrito bíblico até então
conhecido! (Muitos o utros rolos foram também encontrados
e centenas de fragm entos de o u tras obras). Pois bem, o
texto desse m anuscrito quando com parado com o das nossas
B íblias, concorda plenam ente. E sta 6 uma prova singular
da autenticidade das E s c ritu ra s , ao considerarm os que o
citado m anuscrito de Isaías tem agora mais de 2000 anos
de existência!
Os m anuscritos bíblicos são sem pre indicados pela
ab rev iatu ra MS. (O autor fornece à pedido, mediante re e m ­
bolso, um estudo com pleto dos m anuscritos bíblicos - sua
evolução h istó rica até aos nossos dias).

IX. FAMOSAS TRADUÇÕES DA BÍBLIA.


1. A Setuaginta. Foi a p rim e ira tradução da Bíblia.
Local: A lexandria, no Egito. Tempo: cerca de 285 AC. A
tradução foi feita do hebraico p ara o grego. Compreendia
só o AT, é evidente. Foi a Bíblia que Jesu s e Seus apóstolos
usaram . A m ais antiga cópia da Setuaginta está na bibliote­
ca do Vaticano. Data de 325 AD.
2. Vulgata. É uma tradução da Bíblia toda, feita p o r Je-
rônim o, concluída em 405 AD. Local: Belém, Palestina.
Jerônim o foi um notável erudito da igreja que estava em
Roma, a qual n esse tempo ainda mantinha pureza esp iritu al.
A tradução foi feita do hebraico p ara o latim - a língua
oficial do Im pério Romano. É ela a v ersão oficial da Igreja
Romana deste o Concilio de T rento (1546 AD).
3. A Versão Autorizada ou Versão do Rei Tiago. Local
da tradução: In g laterra. Tempo: 1611 AD. E ssa v ersão é
até hoje a pred ileta dos povos de fala inglesa. O povo inglês
30
tem alta veneração pela Bíblia. Ela formou a m entalidade
desse povo, e é tida como seu sustentáculo e seu m aior
legado.
4. Traduções da Bíblia atéagora. A Bíblia toda ou em
parte ach a -se traduzida em 1500línguas, assim :
- A Bíblia toda ................................................. 255 línguas
- Só o Novo Testam ento ............................. 346 línguas
- P orções ....................................................... 899 línguas

X. A BÍBLIA EM PORTUGUÊS.
A p rim e ira tradução da Bíblia em português foi feita
por um evangélico: o p asto r João F e r r e ir a A. d'Alm eida.
Fato in teressa n te é que o trabalho foi realizado fora de
de Portugal. A cidade foi Batávia, na ilha de Java, no O cea­
no Índico. Hoje, essa cidade cham a-se D jacarta, capital
da República da Indonésia. Almeida foi m in istro do Evan­
gelho da Igreja Reformada Holandesa, a m esm a que evange­
lizou no B ra sil, com sede em Recife durante a ocupação
holandesa, no Século XVII. Nasceu em Portugal, p erto de
Lisboa, em 1628. Faleceu em Java em 1691. A Igreja
Católica atra v és do tribunal da Inquisição, não tendo podi­
do queim á-lo vivo, queimou-o em estátua, em Goa, antiga
possessão portuguesa na índia. E s s a Igreja nem m esm o
agora, no chamado Ecum enismo, se desculpou de tais coisas.

1. A Versão de Almeida.
O Novo Testamento. Almeida traduziu p rim eiro o Novo
Testam ento, o qual foi publicado em 1681 em A m sterdam ,
Holanda. Na Biblioteca Nacional do Rio de Jan eiro , há um
exem plar da 3a. edição do NT de Almeida, feita em 1712.
O Antigo Testamento. Almeida traduziu o AT até o livro
de Ezequiel. A essa altu rà Deus o chamou p ara o la r c e le s ­
tial, em 1691. M inistros do Evangelho, am igos seus, t e r ­
m inaram a tradução, a qual foi publicada com pleta em 1753.
A Sociedade Bíblica B ritânica e E stran g e ira, de Londres,
começou a publicar a tradução de Almeida em 1809, apenas
o Novo T estam ento. A Bíblia com pleta num só volume, a
p a rtir de 1819. O texto em apreço foi revisado em 1894 e
1925. A Bíblia de Almeida foi publicada a p rim e ira vez no
B rasil em 1944 pela Imprensa Bíblica B rasileira, organização
batista. A Sociedade Bíblica B ritânica e E stran g e ira tem
sido m aravilhosam ente usada por Deus na dissem inação
da Bíblia em português, em trabalho pioneiro e continuado.
31
A Versão ARC (= Almeida R evisada e C orrigida). A Im ­
p ren sa Bíblica B ra s ile ira , publicou em 1951 a edlyuo rev ista
e co rrig id a, abreviadam ente conhecida por ARC.
Í'A Versão ARA (= Almeida Revisada e A tualizada). Uma
/c o m issão de e s p e c ia lista s b ra s ile iro s trabalhando do 1945 a
1955, prep aro u a Edição R evisada e Atualizada do Almeida,
conhecida abreviadam ente por ARA. É uma obra m agnífica,
com m elhor linguagem e m elhor tradução. O NT foi publi­
cado em 1951. 0 AT, em 1958. A publicação é da Sociedade
Bíblica do B ra sil. Foi usado o texto grego de NonUi* para
o NT e o hebraico de L e tte ris p ara o AT.
^C om issão Permanente Revisora do ARA. ltevisão é
uma atualização do texto em vernáculo, p ara que se o enten­
da m elhor. Razão: uma língua viva evolui como todas as
coisas vivas. Há uma com issão perm anente de rev isão da
ARA, m antida pela Sociedade B íblica B ra s ile ira , acom pa­
nhando os p ro g re sso s da c rític a textual.
2. Antonio P ereira de Figueiredo. P ad re católico romano.
G rande latin ista. Editou o NT em 1778 e o AT em 1790.
T radução feita em P ortugal.
3. A "Tradução B rasileira". F eita por uma com issão
de teólogos b ra s ile iro s e e stra n g e iro s, ü NT foi publicado
em 1910 e o AT em 1917. É tradução mui fiel ao original.
Esgotada.
4. Huberto Rhoden. P ad re b ra s ile iro , de Santa C atarina.
Foi publicada em 1935. E sse pad re deixou a Igreja Romana.
É v ersão m uito usada na c rític a textual. Esgotada.
5. Matos Soares. Tam bém padre b ra s ile iro . T raduziu
da Vulgata. F o i publicada no B ra sil em 1946. Já o e ra em
P ortugal desde 1933. É a Bíblia popular dos católicos ro ­
m anos de fala portuguesa. Um grave inconveniente são os
itálico s que às vezes são m ais extensos do que o texto em
si, e conduzem a preconceitos e tendências.
6. A Versão da Imprensa Bíblica B rasileira. A 1BB
lançou em 1968, após longos anos de cuidadoso trabalho,
uma nova v ersão em português, conhecida como VIBB, b a se ­
ada na tradução de Almeida. A edição de 1968 apareceu
apenas em form ato de púlpito. Em 1972 foi lançado o form ato
popular, comum. N essa v ersão foram utilizados os m elho­
re s te sto s em hebraico e grego. Ótima versão.
7. Outras V ersões. A Ig reja Católica Romana tem pu­
blicado m ais edições dos Evangelhos e Novo T estam ento.
Os itálico s, notas e apêndices, conduzem, é claro , às dou-
32
trin a s daquela Igreja. Os Testemunhas de Jeová publicam
uma versão falsificada de toda a Bíblia - a "Tradução Novo
Mundo". O texto é mutilado e cheio de interpolação. Foi
preparada p a ra apoiar as cren ças antibíblicas d essa seita
falsa.
8. A importância da Bíblia em português. A língua p o r­
tuguesa é falada em todos os continentes, fato que releva
a im portância da Bíblia em portugês, em todos os sentidos.

XI. AS BÍBLIAS DE EDIÇÃO CATÓLICO-ROMANA. OS


APÓCRIFOS.
E sta s têm 7 liv ro s a m ais, perfazendo 73 ao todo. E s s e s
livro a m ais são os chamados "ap ó crifo s”, p alav ra que no
sentido relig io so significa não genuíno, espúrio. São livros
não inspirados por Deus. Os 7 apócrifos estão in serid o s
todos no Antigo Testam ento. Isso foi feito muito depois de
encerrado o cânon do AT, por conveniência da Ig reja Rom a­
na. A aprovação deles, por e ssa ig reja deu-se no Concílio
de T rento em 1546 em meio a m uita co n tro v érsia. Seus
títulos são:
- TOBIAS
- JUDITE
- SABEDORIA DE SALOMÃO
- ECLESIÁSTICO (Não confundir com o livro canônico
E clesiastes)
- BARUQUE
- I MACABEUS
- II MACABEUS
Além dos sete liv ro s acim a, as Bíblias de edição r o ­
mana têm m ais 4 acréscim o s a liv ro s canônicos, que são
os seguintes:
- ESTER (Ao livro de E ste r) *
- CÂNTICO DOS TRÊS SANTOS FILHOS (Ao livro de
Daniel)
- HISTÓRIA DE SUZANA (Ao liv ro de Daniel)
- BEL E 0 DRAGÃO (Ao livro de Daniel)
As B íblias católicas têm liv ro s cujos nomes d iferem d a­
queles em pregados nas edições evangélicas. E ssa diferença
não tem grande im portância. E ntretanto, como os p ro te s ­
tantes usam tam bém B íblias de edição católica, é bom que
se dê um quadro explicativo, que os auxilie no m anejo das
diferentes edições:
33
Bíblia protestante Bíblia católica
1,11 Samuel 1,11 lieis
I, II Reis III, IV Reis
I, II Crônicas = I, II Paraiipôm enos
E sd ras, N eem ias 1, II Esdras
Lam entações de Je re m ia s Trenos
Como se vê, é sim ples questão de nomes, m ais ou menos
apropriados, seguindo o c rité rio das autoridades que di rigem
as edições, e p ara todos eles há ju stificativ as h istó rica e
tradicional.
N otam -se tam bém variações na num eração dos Salmos.
Vejamos e ssa s v ariaçõ es num quadro. Assim :
Bíblia católica Bíblia protestante
SI 9, 10 SI 9
SI 11-113 SI 10-112
SI 114,115 SI I 13
SI 116 SI 111,115
SI 117-146 SI 116-145
SI 147 SI 146,147
SI 148-150 - SI I48-150
Conclusão: Cancelados os liv ro s apócrifos, as Bíblias ca­
tólicas e p ro testan te são substancialm ente idênticas. Basta
co n feri-las. A parecem naturalm ente variações na 1inguagem
e até m esm o de sentido, o queéinevitável, em qualquer obra
de tradução. A causa às vezes, está na diferença de com pe­
tência do trad u to r, outras vezes nas variações das fontes
originais.
Os nossos 39 livros do AT, os católicos chamam proto-
canônicos. Os que chamamos apócrifos, eles chamam
deuterocanônicos. Os que cham amos pseudoepigráficos.
eles chamam apócrifos. (Os evangélicos chamam de pseu­
doepigráficos a um grupo de liv ro s espúrios, nunca reco ­
nhecidos pela Igreja Católica. A esses, essa Ig reja chama
apócrifos).

XII. A BÍBLIA HEBRAICA


Consiste apenas do nosso Antigo Testam ento. E essa a
Bíblia dos judeus. Lá, o arran jo dos livros é diferente, e o
total é 24 em vez de 39, porque vários grupos de livros são
contados como um só livro. O texto é sem pre o m esm o. Os
24 livros estão classificados em 3 grupos a que Je su s re fe ­
riu -s e em Lc 24.44 - LEI, PROFETAS, ESCRITOS. Os
34
Salmos eram o p rim eiro livro do último grupo, talvez por
isso citados em Lc 24.44, querendo in d icar todo o grupo.
XIII. AS SOCIEDADES BÍBLICAS
Há no B ra sil duas entidades evangélicas publicadoras e
distrib u id o ras de B íblias. A p rim e ira é a Im prensa Bíblica
B ra sile ira (IBB), fundada em 2/7/1940. A segunda é a
Sociedade Bíblica do B rasil, fundada em 10/671948, re s u l­
tante da fusão, em 1942, das agências que no B rasil funcio­
navam, da Sociedade Bíblica B ritânica e E stran g e ira e da
Sociedade Bíblica Am ericana.
A p rim e ira rem essa de Bíblias p ara aquisição popular
chegou ao B rasil em 1822 - o ano da nossa independência
política. É significativa essa conotação en tre a chegada
aqui da Bíblia em m assa e a independência do B rasil. A
p rim eira, trazendo a em ancipação esp iritu al; a segunda, a
nacional ou política. E ssa p rim e ira rem e ssa foi de 2000
exem plares de Bíblias e Novos T estam entos, enviada pela
Sociedade Bíblica B ritânica e E stran g eira, com sede em
Londres. P orto de chegada ao B rasil: Recife.
Em 1855 novas p ortas se abrem p ara uma m aior difusão
da Bíblia no B rasil com a fundação da p rim e ira ig reja evan­
gélica em nossa te r r a - a Congregacional, pelo M issionário
Roberto Kalley e esposa. A p a r tir daí ele desenvolveu grande
esforço p a ra a divulgação da Bíblia. No ano seguinte -
Em 1856 foi fundada a p rim e ira agência d istribuidora de
Bíblias no B rasil, pela Sociedade Bíblica B ritânica e E s ­
tran g e ira (SBBE). A segunda foi a da Sociedade Bíblica
A m ericana (SBA), fundada em 1816. Ambas funcionaram
no Rio de Janeiro. Antes disso, Bíblias já circulavam no
B rasil, vindas através de comandantes de navios que as en­
tregavam a casas com erciais estran g e iras p ara revenda.
Outro fato r m arcante foram os distrib u id o res itinerantes
(colportores), como é o caso do Rev. Jam es Thçmpson
enviado pela SBBE em 1818, o qual trabalhou atrav és das
A m éricas, distribuindo o Santo Livro. Outro caso que muito
contribuiu p ara o mesm o fim é o do M issionário D.P.Kidder,
m etodista, que distribuiu exem plares da P alav ra de Deus em
quase todo o Im pério do B ra sil, a p a rtir de 1837.
Só na eternidade se re v elará o benefício que as Socie­
dades B íblicas acim a m encionadas, coadjuvadas por pionei­
ros indóm itos como os mencionados, têm trazido ao B rasil
35
no sentido esp iritu al, social e cultural, mediante u bundlta
sem eadura pioneira do Livro de Deus.
Funciona também no B rasil, com sedo um Silo Paulo, a
Sociedade Bíblica T rin itarian a, de igual modo omponhada
na dissem inação da P alav ra de Deus entre o noNNO povo.
A Bíblia foi im p ressa por evangélicos u prlm olru ve/
no B ra sil em 1944, pela Im prensa Bíblica llraMlIeira.
A m ais antiga Sociedade Bíblica do mundo 6 a Sociedade
Bíblica B ritânica e E strangeira (SBBE) fundada em I8(M;
a segunda é a Sociedade Bíblica A m ericana (SMA) fundada
em 1816.
Há em todo o mundo atualmente 55 Sociedades Bíblicas.
Na distribuição de Bíblia em todo o mundo, o Brasil
ocupa o segundo lugar.

XIV. AS MODERNAS VERSÕES E REVISÕES DA BÍBLIA


Sendo este um assunto de grande extensão, tecerem os
apenas algum as considerações.
V ersões e revisões da Bíblia decorrem da necessidade
de atualização da linguagem. A língua sendo um instrum ento
vivo de comunicação e expressão, evolui, m odifica-se e
aum enta à medida que o tempo co rre.
No caso da Bíblia, quando se faz m iste r, é preciso fazer
mudanças na linguagem do texto, p ara que a mensagem do
mesm o não mude. A mensagem da Bíblia é divina, não
mudando jam ais; m as a linguagem é humana e muda com
o tempo. Inúm eras palavras e fra s e s da época em que Al­
meida fez sua tradução da Bíblia p ara o português, caíram
em desuso ou a lteraram o sentido, ao mesmo tempo que
novas palav ras e frases entraram continuadamente para a
língua.
Revisão é uma alteração na linguagem, para conservação
do sentido da mensagem. Repetimos: a mensagem do texto é
divina; a linguagem que a conduz é humana. A p rim eira é
im utável; a segunda está sem pre mudando. E necessário ,
pois, que nas novas versões e rev isõ es, quando feitas com
todo cuidado, santo tem or, idoneidade, e devoção a Deus,
a linguagem seja atualizada para que a mensagem divina
seja comunicada com toda fidelidade e seriedade, conforme
a capacidade de expressão da língua.
36
QUESTIONÁRIO

1. Quais as duas coisas que, em resum o, vemos na B íblia?


2. Quais os dois p rincipais m ateriais gráficos em que a
Bíblia foi originalm ente e s c rita ?
3. Que era o papiro?
4. Que e ra o pergam inho?
5. Quais os dois form atos prim itivos da Bíblia?
6. Que é Códice?
7. Quem inventou o p relo de tipos móveis? Quando?
8. Qual o tipo de e sc rita p rim itiv a da Bíblia?
9. Quais as duas p rincipais -ínguas originais da Bíblia?
10. Até que ponto as traduções da Bíblia conservam a in sp i­
ração divina?
11. Quantos e s c rito re s teve a Bíblia?
12. Que tempo levou a Bíblia p ara s e r e scrita?
13. Etim ologicam ente, que significa o vocábulo Bíblia?
14. De que língua provém o vocábulo Bíblia?
15. Dê a definição canônica da Bíblia.
16. Dê a definição de cânon.
17. Quais os nomes canônicos m ais comuns da B íblia?
18. Dê algum as das m ais fam osas traduções da Bíblia.
19. De o total de traduções da Bíblia até o presente.
20. Dê os traços biográficos g erais de Almeida - o p rim eiro
tradutor da Bíblia p ara o português.
21. Dê as datas da p rim e ira publicação do NT e AT de A l­
meida.
22. Explique com detalhes o que é V ersão ARC e V ersão ARA.
23. Cite outras versões da Bíblia em português.
24. F ale sobre a tradução cham ada "Novo Mundo”.
25. Quantos livros a m ais têm as B íblias de edição rom ana,
e, como são chamados?
26. Quais são os livros canônicos que levam acréscim o s nas
Bíblias de edição rom ana?
27. São idênticos os títulos de todos os livros das Bíblias
católicas e p rotestan tes?
28. Que título dão os rom anistas aos livros que cham am os
apócrifos?
29. Em que consiste a Bíblia H ebraica, e quantos liv ro s tem ?
30. Quais as duas entidades evangélicas editoras de B íblias
no B rasil?
37
Unidade I
Capítulo III

A BÍBLIA E SUA ESTRUTURA

Sumário do Capítulo
I. A unidade física da Bíblia, 38
II. A e stru tu ra da Bíblia, 39
III. O tem a cen tral da Bíblia, 41
IV. F ato s e p articu larid ad es da B íblia, 42

Quanto à e stru tu ra g eral da B íblia, há nela harm onia e


unidade. F alarem o s agora sobre sua unidade física. Sua
unidade e harm onia d o utrinária se rã o focalizadas noC ap.IV .

I. A UNIDADE FÍSICA DA BÍBLIA


A unidade e existência física da Bíblia até os nossos dias
só pode s e r explicada como um m ilag re. Há nela 66 livros,
e s c rito s por cerc a de 40 e s c rito re s , cobrindo um período de
16 séculos. E sses homens tinham diferentes atividades e
esc re v e ra m sob diferentes situações. Na m aior p arte dos
casos não se conheceram . V iveram em lugares distantes,
de tr ê s continentes, escrevendo em duas línguas p rincipais.
Devido a e ssa s circu n stân cias, em m uitos casos, os autores
nada sabiam sobre o que já havia sido e scrito . M uitas vezes
um e s c r ito r iniciava um assunto e, séculos depois um outro
com pletava-o. Tudo isto somado num livro puram ente
humano daria uma babel indecifrável! Imaginai o que seria
fisicam ente a Bíblia, se não fosse a mão de Deus!
Quanto à unidade física da Bíblia, ninguém sabe ao certo
como os 66 liv ro s en co n traram -se e ag ru p aram -se num só
volume; isso é obra de Deus. Sabemos que os e s c rito re s
não e sc re v e ra m os 66 livros de uma só vez, nem em um só
lugar, nem com o objétivo de reu n i-lo s num só volume, mas
38
em intervalos durante 16 séculos, em lugares que vão de
Babilônia a Roma.
Se alguma falha for encontrada na Bíblia, s e rá sem pre
do lado humano, como tradução mal feita, grafia inexata,
interpretação forçada, m á com preensão de quem estuda,
falsa aplicação quando aos sentidos do texto, etc. Portanto
quando encontrarm os na Bíblia um trecho d iscrepante,
não pensemos logo que é erro! Saibamos re fle tir como
Agostinho, que d isse: "Num caso d esse, deve haver e rro do
copista, tradução mal feita do original, ou então - sou eu
mesm o que não consigo en ten d er..." Quanto â sua unidade
como revelação divina, verem os no Cap. IV.

ü. A ESTRUTURA DA BÍBLIA
E studarem os neste ponto um resum o da e stru tu ra da
Bíblia quanto a sua com posição em p a rte s p rincipais, liv ro s,
classificação dos liv ro s p o r assuntos, divisão dos liv ro s
em capítulos e v ersícu lo s, e ce rta s p articu larid ad es in d is­
pensáveis.
1. Divisão em partes principais. São duas: Antigo e
Novo T estam ento. 0 AT é tr ê s vezes m ais volumoso do
que o NT.
2. Composição quanto a livros. São 66, sendo 39 no AT
e 27 no NT. 0 m aior liv ro é o dos Salmos; o m enor é
III João.
3. Divisão em capítulos. São 1.189, sendo 929 no AT e
260 no NT. O m aior capítulo é o Salmo 119; e o m enor é o
Salmo 117. P a ra le r a Bíblia toda em um ano basta le r
5 capítulos aos domingos e 3 nos dem ais dias da sem ana.
Foi dividida em capítulo em 1250 AD po r Hugo de Saint C her,
abade dominicano, estudioso das E s c ritu ra s .
4 . Divisão em versículos. São 31.173, sendo 23.214 no
AT e 7.959 no NT. 0^m aio r versícu lo está em E s te r 8.9 e
o m enor em Êxodo 20.13, na ARC; em Lucas 20.30 na TR BR;
_em Jó 3.2 na ARA. Como se vê, depende da V ersão.^.N outras
línguas v aria tam bém . Isso não tem m uita im portância. Foi
dividida em versícu lo s em duas etapas: o AT em 1445 pelo
Rabi Nathan; o NT em 1551 p o r R oberto Stevens, um im p re s ­
so r de P a ris . Stevens publicou a p rim e ira Bíblia dividida
em capítulos e v ersícu lo s em 1555, sendo esta a Vulgata
Latina. Em inúm eros caso s, e ssa s divisões são inexatas,
bipartindo o texto e alterando a linha do pensam ento. São
u tilíssim as na localização de qualquer fração do texto.
39
5. Classificação dos livros. Os 66 livros estão c la s s i­
ficados ou agupados por assu n to s, sem ordem cronológica.
É bom te r isso em m ente ao estu d ar a Bíblia, pois evitará
muito mal entendido, especialm ente na e sfe ra da história,
da profecia bíblica e no desenvolvim ento da doutrina.
A classificação dos liv ro s do AT, por assuntos, acim a,
vem da V ersão Setuaginta a tra v é s da Vúlgata, e não leva em
conta a ordem cronológica dos m esm os, o que p ara o leito r
menos avisado, dá lugar a não poucas confusões quando o
m esm o p ro cu ra ag ru p ar os assuntos cronologicam ente.
O Antigo Testamento. Seu 39 livros estão divididos em
4 c lasses: LEI, HISTÓRIA, POESIA, PROFECIA. Os livros
de cada classe são os seguintes:
- LEI: 5 liv ro s - de G ênesis a Deuteronôm io. E sses
5 liv ro s' são cham ados o Pentateuco. T ratam da Criação
e da Lei.
HISTÓRIA: 12 liv ro s - de Josué a E ste r. Contêm a
h istó ria do povo escolhido: Is ra e l.
- POESIA: 5 liv ro s - de Jó a C an tares. São cham ados
poéticos devido ao gênero do seu conteúdo e não po r outra
‘rázão.
- PROFECIA: 17 liv ro s - de Isaías a M alaquias. E sses
17 livros estão subdivididos em dois grupos:
- P ro fetas M aiores: 5 liv ro s, de Isaías a Daniel.
- P ro fetas M enores: 12 liv ro s de O séias a M alaquias.
Os nomes "m aio res" e "m enores" re fe re m -se ao volume
de m atéria dos liv ro s e extensão do m in istério profético.
Na Bíblia H ebraica (o nosso AT), a divisão dos livros é
) bem diferente, como já falam os.
O Novo Testamento. Seus 27 liv ro s também estão divi­
didos em quatro c la sse s: BIOGRAFIA, HISTÓRIA, DOUTRI­
NA, PROFECIA. Os livros de cada cla sse são os seguintes:
- BIOGRAFIA: São os quatro Evangelhos. D escrevem a
vida te rre n a do Senhor Jesu s e o Seu glorioso m in istério
en tre os hom ens. Os tr ê s p rim e iro s são chamados Sinóticos
devido ao p aralelism o que ap resen tam . O núm ero quatro
dos Evangelhos fala tam bém de sua universalidade, por
serem quatro os pontos card e ais.
- HISTÓRIA: É o livro de Atos dos Apóstolos. R eg istra
a h istó ria da Ig reja P rim itiv a, seu viver e ag ir. O livro
m o stra que o seg red o do p ro g re sso da Igreja é a plenitude
do E sp írito Santo nas vidas.
- DOUTRINA: São 21 livos cham ados epístolas ou ca rta s.
( 40)
Vão dc Romanos a Judas. Umas são d-gtas a ig re ja s,
outras a indivíduos, etc. As 7 que vã< l<T;go a Judas,
são cham adas universais ou gerais.
- PROFECIA: É o liv ro de Apocaliiít Esta p alav ra
significa revelação. T ra ta da volta pessca lt vnhor Je su s
à te rr a , isto é, Sua revelação, Sua maifüüão v isív el.
O Apocalipse é o inverso do livro de vies. Lá n a rra
como tudo começou; aqui, como tudo finda:..
Há outras m odalidades de c la ssific a ^ ', ra; a que vai
acim a, p arece-n o s bastante sim p les e p r á i . /
C 6. A Disposição dos 66 livros. Os ue io n iz a ra m a
presente disposição dos liv ro s foram soioVda guiados
por Deus, porque n o ta-se uma gradatiw crilação dou­
trin á ria en tre os m esm os.
Exemplo disso no AT: há uma linda reajúíitre o livro
dos Salmos e o de P ro v érb io s. Nunca pxaradr s e p a ra ­
dos. O sSalm os tra ta m do nosso andar com Th ; 'ro v érb io s:
o nosso andar com os homens. E sse s v:>sião podiam
e s ta r d istantes.
Exemplo em o NT: As E p ísto las. íeí? vejam os:
- Romanos fala da Salvação.
- I e II C oríntios falam da Vida C rsi [sciplinada.
- E fésios, F ilip en ses e C olossenses fiai da Vida
Consagrada.
- I e II T essalo n icen ses falam da \ii<? de Jesu s.
- I e II Tim óteo, Tito falam de Obrer»: svíinistério.
- I e II P edro falam de P ro v as e Tribuli íe

III. QJ£EMA CENTRAL DE TODOS OS LMÇS)A BÍBLIA


É o Senhor Jesu s C risto . Ele mesmon>b<eclajra em
Lucas 24.27.44 e João 5.39. C onsiderando >£• omo tem a
cen tral da B íblia, os 66 liv ro s poderão fiarEiimidos em
5 p alav ras, todas re fe re n te s a C risto , assin
PREPARAÇÃO - Todo o Antigo Tesareu tr a ta da
p rep aração p a ra o_advento de C risto
MANIFESTAÇÃO - Os Evangelhos tratan àiaiifestação
de C risto ao mundo, como R edentor.
PROPAGAÇÃO - Os Atos dos Apóstol<srian da p r o ­
pagação de C risto por meio da Igreja.
EXPLANAÇÃO - As E p ísto las tra ta m i eoanação de
C risto. São os detalhes da doutrina.
CONSUMAÇÃO - O A pocalipse tra ta deCriibconsuman-
41
do todas as co isas - C.I.Scofield.
Tendo C risto como o tem a c en tral da Bíblia, podtmo*
re s u m ir todo o AT numa fra s e : JESUS VIRÁ, e o NT noutra
fra se : JESUS JÁ VEIO (é claro , como R edentor). A«*lin
sendo, a s E s c ritu ra s sem a p esso a de J e s u s, seriam como
a F ís ic a sem a m a téria ou a M atem ática sem os núm*H>K...

IV. FATOS E PARTICULARIDADES DA BÍBLIA.


Os liv ro s de E s te r e C an tares não falam em Deu«, po­
rém Sua p resen ça é iniludível nos m esm o s, especialm ente
nos episódios m ilag ro so s de E s te r. Há na Bíblia 8000
m enções de Deus en tre Seus v á rio s nom es, e 177 monções
do Diabo sob seus v ário s nom es.
A vinda do Senhor é re fe rid a 1845 v ezes, sendo 1527 no
AT e 318 no NT. Não é um assu n to p a ra s é ria meditaçiloY
O Salm o 119 tem em h eb raico 22 seçõ es de 8 v o rsícu lo s
cada. O núm ero 22 co rresp o n d e ao de le tra s do alfabeto
hebraico. Cada uma das 22 seçõ es in icia com uma le ira do
re fe rid o alfabeto, e em cada seção todos os v ersícu lo s
com eçam com a le tra da resp ectiv a seção. Caso sem elhante
há no liv ro de L am entações de J e r e m ia s . Ali, em hebraico,
os caps. 1,2,4 têm 22 v ersícu lo s cada, correspondendo às
22 le tr a s do alfabeto, de Álefe a T au. P o rém o cap. 3 tem
66 v e rsíc u lo s, levando cada tr ê s d eles, a m esm a le tra do
alfabeto. Há outros caso s a ssim na e s tru tu ra da B íblia.
Isso ja m a is p oderia s e r obra do aca so . P o r exemplo: O
Salm o 22 é alfabético - um v e rsíc u lo p a ra cada le tra
h eb raica.
O liv ro de Isa ía s é uma m in iatu ra da B íblia. Tem 66
capítulos correspondendo aos 66 liv ro s. A p rim e ira seção
jtem 39 capítulos correspondendo à m ensagem do AT. A
segunda seção tem 27 liv ro s, tratan d o de conforto, p ro m e s ­
sa e salvação, correspondendo à m ensagem do NT. O NT
te rm in a m encionando o novo céu e a nova te r r a . O m esm o
o c o rre no térm in o de Isa ía s (66.22). O p ró p rio nome Isa ía s
tem sem elhança com o de J e s u s, no significado. Isa ía s
quer d iz e r Salvação de Jeová, e J e s u s : Jeová é Salvação.
A fra s e "não te m as", o c o rre 365 vezes em toda a B íblia,
o que dá uma p a ra cada dia do ano!
O capítulo 19 de II R eis é idêntico ao 37 de Isa ía s.
O AT e n c e rra citando a p a la v ra "m aldição"; o NT en ­
c e r r a citando "a g ra ç a de N osso Senhor Je su s C risto ".
A B íblia foi o p rim e iro liv ro im p re s so no mundo após
42 \
v:
â invenção do p relo ; is s o d eu -se em 1452 enM ainz, A le­
m anha.
Os núm eros 3 e 7 predom inam adm iravelnm te em toda
a B íblia.
O nome de Je su s consta do p rim e iro e últin) v ersícu lo s
do NT.
A Bíblia com pleta pode s e r lida em 70 hori: e 40 m inu­
to s, na cadência de le itu ra de púlpito. O AT laa 52 h o ras e
20 m inutos. O NT, 18 h o ras e 20 m inutos.
Que e stá s fazendo, irm ão , p a ra difundir a fíllia - o liv ro
que te salvou?

QUESTIONÁRIO

1.C om o ex p licar a unidade física da Bíbli; em m eio a


tan tas circu n stân cias ad v e rsa s durante sua om posição?
2. Como p ro ced e r ao en co n trarm o s a p a re n te s on trad içõ es
na B íblia?
3. Dê as duas p a rte s p rin cip ais da B íblia.
4. Dê o total de liv ro s do AT, NT, e de ida a B íblia.
5. Dê o total de capítulos da B íblia.
6. Dê um plano de le itu ra anual da Bíblia.
7. Quando foi a B íblia dividida em capítulos?
8. Dê o total de v ersícu lo s da Bíblia.
9. Quando foi dividido em v ersíc u lo s o A? E o NT?
10. Qual o c rité rio adotado na c lassificaçã o d o áiv ro s - o r ­
dem cronológica ou assu n to s?
11. De onde vem a classific a ç ã o dos liv ro s do\T, p o r a s ­
suntos?
12. Quantos e quais são os liv ro s: ( r e c ita r e m em ória)
- Da LEI?
- Da HISTÓRIA?
- Da POESIA?
- Da PROFECIA?
13. Quantas e quais as c la s s e s de liv ro s do NT?
14. Quantos e quais são os liv ro s do NT? (re c ite e m em ória)
- Da BIOGRAFIA?
- Da HISTÓRIA?
- Da DOUTRINA?
- Da PROFECIA?
15. Como são cham ados os 3 p rim e iro s Evangelns?
1 6 .Qual a verdade bíblica rev elad a no conteico dos Atos
dos A póstolos?
43
17. Que quer d izer epístola?
18. Que quer d izer o term o Apocalipse, e, de que tra ta esse
livro ?
19. Qual a p articu la rid ad e evidente na disposição ou seqüên­
cia dos liv ro s?
20. Quais as re fe rê n c ia s onde o p ró p rio Jesu s re v e la -se
como o tem a cen tral da Bíblia?
21. Quanto à redenção efetuada p o r J e s u s , dê as duas fra se s
em que podemos re s u m ir o AT e NT.

44
Unidade I
Capítulo IV

A BÍBLIA E SUA MENSAGEM

Sumário do Capítulo
I. A origem divina da B íb lia,5
II. F ato res ou requisitos de p igresso no conhecimento da
P alav ra, 49
III. A aplicação da m ensagem 1; Bíblia, 50
IV. Noções de herm enêutica sira d a , 52
V. Noções de hom ilética, 54
VI. Noções de cronologia bíblic, 58
VII. Noções de geografia e histcra bíblica, 62
VIII. Métodos de estudo bíblico,
IX. Dificuldades bíblicas, 74

Os principais títulos da Bíblacomo mensagem de Deus,


ou revelação divina, são:
1. Sagradas Escrituras. (Rm L2; II Tm 3.15) ou apenas
Escrituras (L24.27, 45). Ou ai<a Escritura (II Tm 3.6; Jo
10.35).
3. A Palavra de Deus (Hb 412; 6.5; Mc 7.13; Rm 10.17)
4. A Palavra da Verdade (II Tn 2.15)
5. A Escritura da Verdade (Dil0.21)
6. O Livro do Senhor (Is 34.10
Seu título de com prom isso, coio repositório de m elhores,
p recio sa s e grandes p ro m e ssa s Hb 8.6; II Pe 1.4), é T e s ­
tamento (II Co 3.6,14).
Seu título como livro é Bíbla (E sse vocábulo aparece
no original em Jo 21.25; II Tn 4.13; Ap 20.12, mas não
como referên cia às E s c ritu ra s Stjradas).
A Bíblia - A P alavra Escrita<e Deus - é um livro divi­
no, porém nos é dado p o r canais hinanos, torn an d o -se assim ,
divina-hum ana. Assim tam bém <» C risto - A P ala v ra Viva,
45
V erd ad eiro D eus, V erd ad eiro homem (Mt 1.23; Ap 19.13; Jo
1 . 1).
P e la B íblia Deus fala pela linguagem humana p a ra que o
hom em p o ssa entendê-10. P o r e s s a razã o a Bíblia faz r e ­
fe rê n c ia a tudo o que é humano e te rre n o .
A o b ra de Deus é tam bém divina-hum ana. Ele pergunta:
"Quem há de i r POR nós?" (Is 6.8). Deus é um S er de n atu ­
re z a e sp iritu a l. Alguém p re c isa i r em Seu lu g ar le v a r Sua
m ensagem aos hom ens.

I. A ORIGEM DIVINA DA BÍBLIA


Que as E s c r itu r a s são de origem divina é assu n to r e s o l­
vido. D eus, na sua P a la v ra é testem u n h a concernente a Si
m esm o. Quem tem o E sp írito de Deus deposita toda confian­
ça nela com o a P a la v ra de D eus, sem ex ig ir p ro v as nem
a rg u m e n ta r. Aquilo que ele não entende, a ce ita p o r fé. P o r ­
tanto, sob o ponto de v ista legal, a B íblia não pude e s ta r s u ­
je ita a p ro v as e arg u m en to s. A presentam os algum as p ro v as
da B íblia como A P a la v ra de D eus, não p a ra c re rm o s que
ela é divina, m as porque crem o s que ela é divina. É s a tis ­
fação p a ra nós, c re n te s na B íblia, poderm os a p re s e n ta r
evidências daquilo que crem o s in tern am en te - no co ração .
Não p re c isa m o s p ro v a r que ela é a P a la v ra de Deus. Já
crem o s n isso . Os inim igos é quem te rã o que p ro v a r que ela
não é a P a la v ra de Deus.
A lgum as evidências da origem divina da Bíblia:
1.A evidência da in sp ira ç ã o divina. (II P e 1.21; II Tm 3.16).
P o r is s o é cham ada a "P alav ra de D eus". E ssa in sp ira ç ã o
da B íblia é p le n á ria , e inclui as p ró p ria s p a la v ra s, no o r i ­
ginal. Deus in sp iro u não só as id é ias na m ente do e s c r ito r ,
m as tam bém as p a la v ra s , uma vez que a "p alav ra é a e x p re s ­
são do pen sam en to ". C onfronte os te rm o s "falar" e " p a la ­
v ra " , re fe re n te s a m ensagem divina em I Co 2.13; Ap 22.6;
II P e 1.21; Hb 1.1. A ssim , a in sp ira ção divina da B íblia não
foi só pensada m as tam bém falada.
2. A evidência da p e rfe ita unidade e harm onia a p e s a r de
sua d iv ersid ad e. Há unidade e harm onia d o u trtn ária na m en ­
sagem da B íblia. Uma tríp lic e d iv ersid ad e ligada aos e s c r i ­
to re s , relev am ainda m ais a unidade e harm onia da m ensagem
da B íblia, m o stran d o que uma única e infinita m ente - a
de D eus, co ntrolava toda a o peração de com posição da m en ­
sagem da B íblia. "Sendo hum ana, é su jeita às le is da língua
46
e lite ra tu ra , e, sendo divina, pode s e r com preendida s o ­
m ente p o r hom ens e sp iritu a is . Os au to res humanos fornecem
v ariedades de e stilo e m a té ria . O au to r divino g aran te u n i­
dade de rev elação e ensino. Os au to re s humanos se re fe re m
a Bíblia em p a rte s . O divino, r e f e r e - s e à B íblia com o um
só liv ro " - John Mein.
a. A d iv ersid ad e de atividade dos e s c r ito r e s . E n tre os
e s c rito re s houve p rín c ip e s, le g isla d o re s, g e n e ra is, re is ,
poetas, e sta d is ta s , sa c e rd o te s, p ro feta s, p e sc a d o re s, te ó ­
logos, b o iad eiro s, funcionários públicos, etc.; daí surgindo
toda uma d iv ersid ad e de e s tilo s . E n tretan to os e s c rito s
d esses hom ens co m p leta m -se apresentando uma só m en ­
sagem p o d ero sa e coerente!
b. A d iv ersid ad e de condições am bientais. Os e s c rito re s
e sc re v e ra m o ra na cidade, no cam po, no palácio, em ilh as,
p ris õ e s , d e se rto , no exílio. A p esar d isso , a m ensagem da
Bíblia é uniform e.
c. A d iv ersid ad e de c irc u n stâ n c ia s. As circ u n stân cias
foram a s m ais d esen co n trad as. Davi e sc re v e u c e rta s v e ­
zes sob o c a lo r das batalh as; já Salom ão, fê-lo na calm a
da p a z ... P ro fe ta s houve que e s c re v e ra m rep assad o s de t r i s ­
tezas enquanto Jo su é e sc re v e u sob a a le g ria da v itó ria.
Mesmo a s s im , a m ensagem da B íblia é uma só, bem como
é um só o m eio de salvação.
A p esar de toda e s s a d iv ersid ad e, o pensam ento de Deus
c o rre uniform e e p ro g re ssiv o a tra v é s da B íblia. É como
um rio - que brotando de sua n ascente vai engrossando e
aum entando até to r n a r - s e caudaloso!
Sim , a m ensagem da B íblia não a p re se n ta apenas h a rm o ­
nia, m as tam bém um a continuidade m arav ilh o sa.
É de fato a rev elação p ro g re s s iv a da verdade.
Uma co isa m arav ilh o sa é que esta unidade n ão jaz apenas
na su p erfície; quanto m ais profundo foi o estudo, m ais ela
a p a re c e rá .
Deus é o único que pode t e r sido o au to r da B íblia, porque:
a. Homens ím pios ja m a is iria m p ro d u zir um liv ro que
sem p re os e stá condenando.
b. Homens ju sto s e piedosos ja m a is co m eteriam o crim e
de e s c re v e re m um liv ro e fazerem o mundo c r e r que o
m esm o fo sse obra de Deus.
c. Os judeus - g u ard iõ es da B íblia - ja m a is poderiam
s e r os a u to re s da m esm a, pois ela se m p re condena suas
47
tr a n s g re s s õ e s , pondo seu s d elito s a d esco b erto . Bem com o
se e le s tiv e sse m podido m e x e r nela, te ria m apagado todos
e s s e s m a le s, id o la tria e re b e liõ e s co n tra D eus, re g is tra d o s
em seu texto.
3. A evidência da aprovação da Bíblia por Jesu s. E ssa
ap ro v ação constou do seguinte:
- J e s u s le u -a e to m o u -a com o b ase de sua p reg aç ão e
ensino. Exem plo: p reg aç ão , em Lc 4.16-21; ensino, em
Lc 24.27.
- J e s u s u so u -a co n tra o Diabo: Mt 4.3-11.
- J e s u s cham ou-a "A P a la v ra de D eus": Mc 7.13; Jo
17.17.
- J e s u s o b se rv o u -a e c u m p riu -a em Sua vida: Lc 24.44;
18.31; Mt 5.17; 3.15.
s — 4. A evidência do testem unho do E spírito Santo no interior
! do crente. Quem a c e ita J e s u s com o Salvador, au to m a tic a ­
m ente a c e ita Também a B íblia com o a P a la v ra de D eus. P o r
'q u e is s o ? P orque o m esm o E s p írito de Deus que convence
o p eca d o r (Jo 16.8), e te s tific a no c re n te que este é ag o ra
filho de Deus (Rm 8.16), te s tific a tam bém no m esm o cre n te
que a B íblia é a P a la v ra de Deus p a ra ele (Jo 7.17).
5. A evidência do cumprimento das profecias da Bíblia.
A B íblia é um liv ro de p ro fe c ia s . P ro fe c ia s de dois tipos:
tip o ló g icas e lite r a is . As p r im e ir a s , e x p re s s a s a tra v é s de
tipos, as segundas, e x p re s s a s em linguagem lite ra l, d ire ta .
In ú m era s p ro fe c ia s b íb licas e s tã o se cum prindo, o u tra s
aguardam cu m prim ento.
E xem plo de p ro fe c ia s da B íblia e seu cum prim ento com
toda exatidão:
1) As do p rim e iro advento do M essias: Gn 3.15; 49.10:
Is 7.14; 53; Dn 9.24-26; Mq 5.2; Zc 9.9; SI 22. Todo o E van­
gelho Segundo São M ateus é ric o em citaçõ es de c u m p ri­
m ento de p ro fe c ia s do p rim e iro advento de C risto .
2) As re fe re n te s ao re sta b e le c im e n to e esp len d o r da n a­
ção is r a e lita : Ez 11.17; 36; 37; J r 23.3; 30.3; 31.36; Is 60.9;
61.6; Am 9.14,15.
3) C iro cham ado pelo nom e, 150 anos antes de seu n a s ­
cim ento, Is 44.8.
4) J o s ia s cham ado pelo nom e, 300 anos antes de seu
n ascim en to . C o m p a ra r I R s 13.2 com II Rs 23.15-18.
5) Os últim os q u atro im p é rio s m undiais da H istó ria , a d ­
m ira v e lm e n te d e s c rito s a tra v é s da p a la v ra p ro fética, m uito
an tes de s u rg ire m no cen á rio p o lítico m undial: D ncaps. 2 e 7.
48
6) Is ra e l - a nação líd e r do futio Sf 3.19; Zc 8.20-23;
Is 11.10. E, em p e rfe ita paz com olgto e a A s s íria (hoje,
p a rte do Iraque): Is 19.24,25.
6. A evidência do efeito e influênii da Bíblia em indi­
víduos e nações. O mundo é hoje melto p o r cau sa da B íblia.
E la é conhecida pelo c a r á te r que rrujà. N outras p a la v ra s ,
é conhecida p o r seu s benditos fru<s nas vidas dos que a
a b ra ç a m . A p o d ero sa influência d alb lia tem tra n s fo rm a ­
do m ultidões de p e sso a s em todos ostmpos e em todas p a r ­
te s do mundo, dantes in c ré d u la s, de; en tes em todos e em
tudo, sem a le g ria in te r io r , indiferente;»m aterialistas, d e c a í­
das, e s c ra v a s do pecado, do vício, a id o la tria , m edo, s u ­
p e rs tiç õ e s , fe itiç a ria s , m as depois o n b ra ç a ra m e s te liv ro ,
fo ram p o r ele in flu en ciad as e tran:f)m adas em c r ia tu r a s
sa lv a s, a le g re s , lib e rta s , fe liz e s, saiiicad as.
Nenhum outro liv ro te m ta l podei » (tran sfo rm ar p e sso a s
e in flu en cia r nações p a r a o bem . A< )s inim igos da B íblia
reconhecem que nenhum outro livroe; toda h is tó ria da hu­
m anidade teve tam anha influência pa';o bem . R econhecem
seu efeito sadio na civ ilização .
M o stra i-m e o u tro liv ro com ta l pder de in flu en cia r e
tr a n s f o r m a r indivíduos, fa m ília s e rnçes!
Vede a d ifere n ça e n tre aq u eles ce am am e p ra tic a m
os ensinos da B íblia e o s que a recism . É a B íblia o m o ­
delad o r do v e rd a d e iro c a r á te r . Seisensinos sim p les e ao
m esm o tem po profundos, são o verckeiro guia de q ualquer
moço ou m oça, p a ra um a vida ber sucedida e feliz. A
m ocidade p re c is a s a b e r d isso .
C onsiderando tudo o que acabans de d iz e r, quanto a
po d ero sa influência da B íblia e sei oder tra n s fo rm a d o r,
perguntam os - donde vem ta l liv ro suo de D eus?

II. FATORES OU REQUISITOS DE ROGRESSO NO CO­


NHECIMENTO DA PALAVRA.
O plano de Deus p a r a o c re n te é uto m esm o tendo uma
vez conhecido a v erd ad e salvador«, iro ssig a até o pleno
conhecim ento dela, I T m 2.4 ARA; P \ 0 .
Alguns fa to re s de p ro g re s s o no ;«ihecimento da B íblia
são:
1. A o p eraç ão do E s p írito Santo n :re n te (I Co 2.10,13;
Jo 14.26; Lc 24.45).
2. A e sp iritu a lid a d e do c re n te (I Co215; Mt 22.29; Mc 4.33;
SI 25.14; Hb 5.13,14; Jo 16.13). E ss; íip iritu alid ad e funda­
- 49
m en ta-s e num profundo am o r à P ala v ra .
3. A o ração é um pode roso aliado (Tg 1.5; Pv 2.3-5; SI 119).
4 .0 m in istério de ensino dos m e stre bíblicos (ICo 12.28;
Ef 4.11,12; II Tm 2.2).
5. Boas fontes de consulta e re fe rê n c ia (Mt 24.15 ARA;
II T m 4 .1 3 ;IT s 5.21; Lc 1.1-3; Dn 9.2). (V er Cap.I, p a rte VI).
6. Bons conhecim entos do vernáculo e, se p o ssív el, de o r i ­
ginais (At 8.30; Jz 12.6; I Co 14.9; Jo 1.41,42; Mt 27.46,47
com Mc 15.34).
7. Conhecim entos de H erm enêutica (At 8.31; 18.26; Ne 8.8).
Nota 1 - É p re c iso co n sid e ra r a som a de experiência
c ris tã que o indivíduo já possua, bem como a soberania de
Deus em re v e la r Suas co isas no Seu tem po. (Ver tam bém
Cap. I, p a rte IV).

'IlL A APLICAÇÃO DA MENSAGEM DA BÍBLIA


" P ro c u ra a p re s e n ta r-te a Deus aprovado, como o b reiro
que não tem de que se envergonhar, que m aneja bem a p a la ­
v ra da v erdade". (II Tm 2.15).
A ex p ressão "que m aneja bem a P ala v ra da V erdade",
tem a v er com a c o rre ta in te rp re ta ç ã o e aplicação'da P a la ­
v ra, como a m ensagem de Deus.
A aplicação do texto bíblico
A aplicação do texto pode s e r quanto a povo, tem po, lu g ar,
sentido, mensagem e procedência. Isto está r e la c ic ado
com a H erm enêutica.
1.A aplicação do texto quanto a POVO.
Diante de Deus só há tr ê s c la ss e s de povos (I Co 10.32):
a .Ju d e u s
b. Gentios
c . Ig reja
Cada povo d esse, tem suas p ecu liarid ad es.
2. A aplicação do texto quanto ao TEMPO.
O tempo na h istó ria humana pode se r:
a. P assad o
b. P re se n te
ç. F uturo
É p re c iso v e r quando o texto a p lic a -se a um ou m ais
d e sse s tem pos. A cronologia situa a m ensagem no tem po.
3. A aplicação do texto quanto a LUGAR.
a. Céu
50
b. T e rra
c. Espaço
Há texto que se aplica a um ou m ais d e sse s lu g ares.
A aplicação e rrô n ea g e ra rá confusão.
4. A aplicação do texto quanto ao SENTIDO.
A m ensagem da Bíblia e n c e rra dois diferentes sentidos.
a. O literal. É o sentido n atu ral das p alav ras, como em
Atos, caps 27 e 28. A acidentada viagem de Paulo a Roma.
b. 0 figurado. A B íblia é ric a em linguagem figurada. 0
sentido figurado é ex p resso a tra v é s de v á ria s categ o rias de
figuras de linguagem . As p rin cip ais são os tipos, os s ím ­
bolos, as m etáforas e p aráb o las. (V er a p a rte IV do p re se n te
capítulo).
5. A aplicação do texto quanto a sua MENSAGEM.
A m ensagem da passagem que estam o s estudando pode s e r:
a. Histórica. É rico e sse cam po na Bíblia.
b. Profética. Há in ú m eras p ro fecias p a ra estudo.
c. Doutrinária. Há na B íblia doutrina o suficiente p a ra
todas as necessid ad es da alm a humana.
6. A aplicação do texto bíblico quanto a FONTE ou PRO­
CEDÊNCIA da mensagem.
No estudo da Bíblia é p re c iso o b se rv a r quem e stá fa ­
lando a tra v é s do re g is tro sagrado.
a. Deus fala continuam ente em Sua P alav ra; o ra d ir e ta ­
m ente, o ra p or m eio de Seus serv o s.
b. 0 homem, de si m esm o, tam bém fala vez p o r o u tra na
Bíblia. P o r exemplo: há um capítulo todo e s c rito p o r um
ím pio (Dn cap. 4). 0 liv ro de E c le sia ste s é o re g is tro do
raciocínio do homem n atu ral in satisfeito como sem p re.
c. 0 Diabo.. A Bíblia re g is tra p alav ras em en sag en s dele.
Nos casos b e c acim a, a in sp ira ção co n siste do re g is tro
da m ensagem e não da m ensagem do reg istro !
D urante o estudo da B íblia, p ro cu ra pois d eterm in a r quem
e stá falando, p a ra e v ita re s aplicação errô n ea.
P ortanto é p re c iso sab ed o ria e prudência na aplicação
da m ensagem da B íblia. V er Pv 25.11.
Pode o le ito r, instantem ente, o rie n ta r-s e onde quer que
este ja na B íblia, considerada e sta -
a. Como livro?
b. Como mensagem?
c. Como elemento cronológico?
d. Como elemento histórico?
51
IV. NOÇÕES DE HERMENÊUTICA SAGRADA
H erm enêutica é o estudo dos p rin cíp io s de in terp reta ção
das E s c ritu ra s . N outras p alav ras: é a busca dos sentidos
do texto. E la p ro cu ra resp o n d er a pergunta: que significa
o texto?
A aplicação dos resu ltad o s da H erm enêutica é a E xegese.
A H erm enêutica expõe os resu ltad o s; a Exegese ap lic a -o s.
0 te rm o H erm enêutica ap are ce no orig in al em Jo 1.38, 41,42;
Hb 7.2.
Alguns p rin cíp io s de H erm enêutica são:
1. Espiritualidade. Ser homem e sp iritu a l, de o ração e
consagração. 0 re a l in té rp re te da B íblia é o E sp írito Santo.
P ro c u re depender do E sp írito Santo. Ele e stá ansioso p ara
com unicar as v erd ad es divinas. Tenha consigo o In té rp re te
e deixe tam bém que Ele o tenha! E ste ja em harm onia e
sintonizado com Ele! N
2. Conhecer o vernáculo. Isto, p a ra conhecer o sentido
n atu ral das p a la v ra s do texto, tanto as isoladas como as
com binadas. Isso inclui o vocabulário bíblico. É a resp o sta
a pergunta: Que diz o texto? P a ra sa b e r o que significa o
texto é p re c iso sa b e r p rim e iro o que diz o texto.
3. Observar a le i do contexto. (V er tam bém Cap. I, p a rte
V). Alguém já d isse mui sabiam ente que "0 texto sem
o contexto é um p retex to ". Isto é, a B íblia in te rp re ta -s e
com a B íblia. Há nela uma analogia inconteste, que tem
de s e r m antida. É p re c iso d eix ar a Bíblia falar! Toda dou­
trin a deve s e r cqnfirm ada, provada e apoiada p o r textos
bíblicos p a ra le lo s ou re fe rê n c ia s . P elo menos duas te s te ­
m unhas p a ra co n firm ar toda p alav ra (I Co 13.1; Dt 19.15;
Mt 18.16). A m aio r p a rte dos e r r o s d o u trin ário s vem da
in te rp re ta ç ã o de v ersícu lo s iso lad o s. É de textos iso lad o s,
fora de seus contextos, que se aproveitam as seitas falsas
p ara "p ro v arem " suas m o n stru o sid ad es d o u trin árias (II Pe
1. 20 ).
As p assag en s p a ra le la s ou re fe rê n c ia s sao uma form a
de contexto. E s s e s p a ra le lism o s são de duas c la sse s: v e r ­
bais e reais. São v erb ais quando o c o rre a m esm a p alav ra.
São re a is quando têm o m esm o sentido ou assunto, m esm o
que a p alav ra em comum seja d iferen te. E stas (as re a is )
são as ap ro p ria d as p a ra estudo d o u trin ário .
Cabe aqui um a le rta . As C oncordâncias B íblicas ( e r r a ­
dam ente cham adas Chaves B íblicas) só fornecem r e f e r ê n ­
cias ou p a ra le lism o s v erb ais. O m esm o o c o rre com as
52
re fe rê n c ia s m a rg in ais de c e rta s edições da Bíblia (B íblia
com re fe rê n c ia s).
M uitos estudan tes novatos têm com etido g rav es e r r o s de
e n s i n o , p o r se b a se a re m apenas em re fe rê n c ia s v e rb a is,
m uitas v ezes. O ra, só pelo fato da m esm a palav ra s e r r e ­
petida no assunto em estudo, não quer d iz er que sem p re se
tra te da m esm a co isa. Cuidado, pois!
P o rtan to , o b se rv a r a lei do contexto é co m p arar e s c ritu ra
com e s c r itu r a . P a ra is s o é p re c iso idoneidade e d is c e rn i­
mento e sp iritu a l dado p o r Deus. (V er Tg 1.5; I Jo 5.20; Lc
24.45).
—- J e s u s ao explan ar a B íblia, com parou as e s c ritu ra s de
' M oisés com as dos P ro fe ta s p a ra m o s tra r a dois discípulos
sobre Sua p esso a e Sua o b ra red en to ra (Lc 24.13,27-32).
4. Conhecer Antiguidades B íblicas. Is to é , vida, costum es,
leis e te r r a s dos povos bíblicos. Isto lança abundante luz
sobre o texto. M uitos pontos o b scu ro s ou dificuldades vêm
do não conhecim ento disso.
5. Bom senso. É o uso da razã o - a m ais alta faculdade
com que Deus dotou o hom em . A B íblia foi-nos dada p o r Deus
não só p a ra ocupar o nosso co ração , m as tam bém o nosso
raciocínio (Hb 8.10; 10.16). Na B íblia não há lugar p ara
co n tra sse n so s. Ao en co n trarm o s um texto difícil, a p re s e n ­
tando d iscrep â n cia, in co erên cia, in ju stiça, algo chocante,
não pensem os logo que há e r r o . É p re c iso te r sem p re em
m ente a analogia g e ra l das E s c ritu ra s .
6. O conhecimento do plano global de Deus. Um conheci­
mento g e ra l, sem ex ag ero s, p reco n ceito s e invencionices,
do plano global de Deus, isto é, das D ispensações e A lian­
ças a tra v é s dos sécu lo s, é de grande serv en tia (Ef 3.11;
Hb 6.17).
7. A linguagem figurada da Escritura. É abundante a lin ­
guagem figurada na B íblia. Suas m ais im p o rtan tes fo rm as
são os tipos, os sím bolos, metáforas e parábolas.
- Tipo. É um m eio determ inado p o r Deus de com unicar
v erdades divinas po r m eio de ilu stra ç õ e s ou fig u ras. A
p alav ra tipo, significa no o rig in al in screver, gravar, im ­
prim ir. É traduzid a de d ifere n tes m a n eiras no Novo T e s ta ­
m ento. O tipo é g eralm en te constituído de p esso a, coisa ou
evento. E le aponta p a ra o futuro quando o c o rre rá a m an i­
festação ou conhecim ento da realid ad e prefig u rad a no tipo -
o antítipo. São exem plos de tipos: Adão, M oisés, a P ásco a,
o T abernáculo, o Sacerdócio, o C erim onial e F e sta s S agradas,
53
o Sábado, etc. No Antigo T estam en to estão os tipos e em
o Novo T estam en to , seu s antítipos.
- Símbolo. E g e ra lm e n te constituído de objeto som ente,
prefigurand o aquilo que já ex iste, apenas realçan d o -o por
m eio de figura. Um tipo pode co n ter v ário s sím bolos, m as,
nunca ao c o n trá rio . Exem plo de sím bolos: ouro, fogo, água,
sangue, a o liv e ira , linho, incenso, óleo, sa l, ferm en to ,
c e rto s n úm ero s, c e r ta s c o re s , etc.
/•n —^ -
/ V. NOÇOES DE HOMILETICA
Introdução
> C onsiderando que g ran d e núm ero de p ro fe s s o re s e de-
/ m ais o b re iro s da E sco la D om inical são tam bém p re g a d o re s,
fo ra da E sco la, c re m o s p r e s ta r um s e rv iç o aos m esm o s,
in serin d o aqui e s ta s noções e le m e n ta re s de H om ilética.
H om ilética é a a r te de p re g a r s e rm õ e s. Há m u itas f o r ­
m as de anu n ciar a P a la v ra . A m ais conhecida é a p reg ação ,
ou m ais p ro p ria m e n te o serm ão . T em os na B íblia Sagrada
a m ensagem da salv ação ao p ecad o r, e a de edificação
p a ra o cre n te . P o ré m im p erio so é, que e sta m ensagem seja,
sem p e rd a de tem po, p ro clam ad a à hum anidade in te ira . Ó
o b re iro como um hom em de Deus é um sem ead o r da P a la ­
v ra . L e r II Tm 4.2; Mc 16.15.

A. A PREPARAÇÃO DO PREGADOR
'\ Isso é p r io r itá r io . O p re g a d o r deve p r e p a r a - s e an tes
tíe p r e p a r a r o se rm ã o . Como é e s s a p re p a ra ç ã o ?
1. Preparação m ental.
^' - Mente tranqüila, a b e rta . C ontribui p a ra isso :
am biente calm o, e s ta r a só s, liv re de p re s s õ e s e
p ro b lem as.
- Mente instruída na P a la v ra Divina e no sa b e r humano,
pois vam os f a la r a hom ens (I Co 14.9).
y i 2 . Preparação espiritual
- Dependência do E spírito Santo p a ra v iv ificar e u ngir
a m ensagem que o s e rm ã o tr a r á . P odem os, sim ,
p r e p a r a r o se rm ã o , m as só Deus d ará a re a l m e n sa ­
gem . Cf Jo 6.63a; At 10.44.
- Oração. É p re c is o o p re g a d o r fa la r p rim e iro com
Deus a re s p e ito dos hom ens, an tes de fa la r com os
hom ens a re s p e ito de Deus.
- O estudo da Palavra. É ela que vai s e r usada, não
\ n o ssa s p ró p ria s id é ia s. Quem sem eia a P a la v r a ,
' 54
colherá fru to s, pois ela é cham ada sem ente. Cf II Tm
2.15; SI 126.6. Quem sem eia apenas o que é humano,
quanto m ais cedo d e s is tir, m elh o r... pois não o b terá
fru to s e s p iritu a is .
A p re p a ra ç ã o e sp iritu a l é vital p a ra o p re g a d o r e seu
serm ão . A p alav ra que sai de um coração ab rasad o , a-
pós te r estado na p re se n ç a do Senhor, vai até o coração
do ouvinte, m as a que flui apenas da cabeça, só vai até
à cabeça do ouvinte.
^ 3. Obstáculos à preparação do pregador.
M uitas vezes, é n esta ho ra de p re p a ra ç ã o m ental e •
e s p iritu a l, quando "o pão e stá no forno" p a ra logo s e r
d istrib u íd o ao povo, que su rg em as in te rru p ç õ e s e
obstáculos. O p reg ad o r sábio s a b e rá r e s i s t i r a e s s a s
p e rtu rb a ç õ e s, sabendo via de re g ra , tr a t a r - s e do Diabo,
em sua ação m aligna de ro u b ar a P ala v ra .
B. 0 SERMÃO QUANTO AS SUAS FONTES
Isto é, fontes ou m otivos p a ra se rm õ e s.
1.A Palavra de Deus. E sta é uma fonte inesgotável!
2. Fichário de assuntos do pregador. Todo p re g a d o r deve
te r seus apontam entos individuais.
3. L ivros, revistas e jornais apropriados. O pregador deve
le r muito.
4. A Natureza em geral. 0 p reg ad o r deve s e r um bom e
atento o b serv ad o r. Suas viagens fornecem bons c am ­
pos de observação.
5. Acontecimentos im portantes, locais e mundiais. O
p reg ad o r deve e s ta r atento e atualizado quanto às
m anchetes que valem s e rm õ e s.
6. As necessidades espirituais do rebanho, no momento.
F ornecem tem as.
7. S erm ões de outros. Não plagiados, nem rep etid o s,
m as adaptados. Quando a ssim feitos, eles adquirem
nova feição, levando a estam pa e a individualidade do
novo p reg ad o r, p o r cujo c é re b ro e co raç ão fluíram
novam ente. O p ríncipe dos p reg ad o res, C.H.Spurgeon,
e ra d e ssa idéia.
8. A inspiração divina momentânea. Isto pode o c o r r e r
em qualquer lugar, e ocasião. M uitas v e z e s, onde
m enos se esp era.
9. A experiência do próprio obreiro, no passado. A
H istó ria se repete!
55
C. 0 SERMÃO QUANTO AO SEU PROPÓSITO
O propósito do serm ão pode ser:
1. A conversão dos perdidos. Deve s e r a visão contínua
e crescen te.
2. A edificação dos crentes. É am pla aqui, a fonte de
tem as.
3. Despertamento da Igreja. C rentes frio s, desviados.
4. Instrução de obreiros. 0 o b reiro deve to m ar tempo
p a ra in s tru ir a o utros, enquanto é tempo (II Tm 2.2).
5. A Obra M issionária. (V er a nota n° 1, acim a).
6. Promoção do trabalho local. C ruzadas, Cam panhas,
C onferências, etc.
7. Comemorações. C ívicas, so ciais, relig io sas.
Nota - Todos os pro p ó sito s devem conduzir aos
n 9«iJ[ e 2, acim a.

* D. O SERMÃO QUANTO A SUA FORMA


É a clássificação dos serm õ es. Quanto à form a, o - s e r ­
mão pode s e r classificad o em : Temático, Textual, Exposi-
tivo e Ocasional.
1. Sermão Temático.
- É o que expõe a verdade bíblica im plícita num tem a
utilizado pelo p regador.
O tem a deve e n q u a d ra r-se num texto ou trecho bíblico,
de modo coerente.
- As divisões do esboço do serm ão derivam do tem a,
não do texto bíblico.
- Todas as divisões do se rm ã o devem inclu ir o tem a.
- Requer cuidado redobrado p ara que não venha a s e r
uma sim ples peça de o ra tó ria , sem vida e sem poder,
contendo apenas a rra z o a d a s do intelecto humano.
2 . Sermão Textual
- É a exposição da verdade bíblica contida num texto
bíblico escolhido.
- Suas divisões derivam do texto bíblico tomado, não
do tem a do serm ão .
- Há tr ê s esp écies de se rm õ e s textuais:
1) Textual P u ro - Suas divisões vêm de citações do texto
tomado.
2) Textual po r Inferência - Suas divisões vêm de e x p re s ­
sões sin té tic as do p reg ad o r, resum indo p a rte s do texto
tomado.
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3) Textual A nalítico - É o que divide ao máximo o texto
bíblico tom ado.
3. Sermão Expositivo
- Suas divisões vêm da exegese do texto tom ado, e ainda
apoiadas por re fe rê n c ia s b íb licas.
- É uma an álise po rm en o rizad a, lógica e aplicada, do
texto bíblico.
/ - E ra o método bíblico de p reg ação na Ig reja Antiga,
como se vê nos exem plos do Novo T estam ento e H istó ria
da Ig reja .
- Exige muito do p reg ad o r.
- R equer sólido conhecim ento sistem ático das E s c r i­
tu ra s , isto é, sólida cu ltu ra bíblica g eral. 0 E sp írito
Santo só pode le m b ra r-n o s daquilo que sabem os (Jo
14.26).
- É o m ais útil ã congregação c ris tã .
4. Sermão Ocasional.
- P a ra ocasiões esp eciais, como: Ceia do Senhor, Ano
Novo, Dia da P á tria , Domingo da R essu rreiçã o , Semana
da Paixão, F u n eral, Inauguração de Tem plo, etc.
Nota 1 - É de bom alv itre o p reg ad o r u s a r alite ra ç ã o no
esboço do serm ão.
Nota 2 - 0 E sp írito Santo na Sua so berania, pode, m edian­
te in sp ira ção ou rev elação m om entânea, tra n s fo rm a r
um a alocução em andam ento, no que cham aríam os
Sermão Profético, o qual não resu lta de prév io estudo
do texto bíblico ou p rep araç ão especial do p'regador
cheio do E sp írito Santo. T em os testem unhado isso
m uitas vezes. Pode te r cunho evangelístico, ad m o esta­
ção à congregação, ou p u ra explanação da P ala v ra de
D eus. Quando is&o p c o rre , a congregação g eralm en te
p ro rro m p e em profunda adoração e regozijo, cheia de
santo tem o r e convicção da p resen ça do Senhor.

* E. A PREPARAÇÃO DO SERMÃO
0 serm ão com põe-se g eralm en te de trê s p a rte s:
1. Introdução
O m esm o que exórdio. Deve s e r breve, constando de:
- Anúncio do tem a
- Texto bíblico e sua le itu ra
- M atéria in trodutória. E sta , é a "m oldura do serm ão ".
Pode s e r constituída de um fato am biental ou c irc u n s ­
ta n cial, local ou não.
57
2. Çorpo do Sermào.
E o m esm o que Desenvolvimento do Sermão.
- E a ap resen tação da seqüência das divisões do serm ão.
- Deve te r 3 a õ divisões. O ideal é 3.
3. Conclusão do Sermão
E o m esm o que Peroração.
- Deve s e r breve.
- Deve s e r objetiva, isto é, te r aplicação p rá tic a junto
ao auditório.
- Deve conter veem ente apelo à rendição a C risto , à
santificação p esso al e à consagração a Deus.

F. A ENTREGA DO SERMÃO
1.H á p reg ad o res que cansam o auditório, pelo tempo,
pela falta de re c u rso s, pelo desp rep aro , pelas im pro-
p ried ad es e in c o rre çõ es, e pela im prudência. Quando
sentam é um alívio!
2. O tempo de um serm ão nunca deve i r além de 40 m i­
nutos. Há p reg ad o res que não observam o tempo. E xce­
dem os lim ites e continuam, julgando que todq mundo
está gostando, quando no íntim o o público está repetindo
em coro: Amém, Amém, Amém!
3. A c o rre ta dosagem dos gestos, a entonação e inflexão
da voz, em muito contribui p ara a boa ap resen tação e
efeito do serm ão . Isto, aliado, é claro à boa dicção e
vernáculo e sc o rre ito . Quanto a gesto s, é p reciso u sa r
o bom -senso, não indo p ara os extrem os. Há preg ad o res
que se agitam quais fantoches ou ficam im óveis, tipo
m úm ias.

G. EXEMPLO DE SERMÕES
Isso, o le ito r pode ver em obras que tratam do assunto.
O escopo desta obra não nos p erm ite ir além , isto porque
um exem plo ou dois não bastariam p ara dar uma idéia g eral
de tão im portante veículo de dissem inação da P ala v ra , que é
o serm ão .

VI. NOÇÕES DE CRONOLOGIA BÍBLICA


A cronologia bíblica é quase toda in certa, aliás, toda a
cronologia antiga. As datas eram contadas tom ando-se por
base eventos im portantes da época, e isso dentro de cada
povo. Não havia, é óbvio, uma base g eral p ara cômputo do
tempo.
(qjiianio à B íblia, seus e s c rito re s não tinham preocupação
com d atas. Apenas reg istrav am os fatos. As datas, quando
m encionadas, tinham por base eventos p a rtic u la re s, como
construção de cidades, coroação de re is , etc.
As d esco b ertas arqueológicas e o estudo m ourejante de
dedicados eruditos no assunto, vêm m elhorando e precisando
a cronologia em g e ra l, inclusive a bíblica.
As datas que aparecem às m argens de c e rta s edições da
Bíblia não pertencem ao texto original. F o ram calculadas
em 1650 pelo arceb ism o anglicano U ssher (1580-1656). É
conhecida por Cronologia A ceita. A cronologia de U ssh er
vem enfrentando sev era c rític a . Há divergências quanto a
m uitas de suas datas, isso em face do p ro g resso do estudo
de assuntos o rien tais, atra v és de contínuas p esq u isas e d e s­
cobertas arqueológicas. Quanto a Bíblia não se ocupar de um
exato sistem a de cronologia, lem brem o-nos que ela é acim a
de tudo a revelação de Deus à humanidade, expondo o com ­
pleto plano da redenção.
1.A utilidade da cronologia bíblica. Ela fornece pontos
de re fe rê n c ia na p ro g ressão da m ensagem e fatos da Bíblia,
situando-os no tempo.
2. D ificuldades no estudo da cronologia bíblica. Uma das
dificuldades no estudo da cronologia bíblica e stá no p ró p rio
texto bíblico. Há, especialm ente na época dos Ju izes, do
reino dividido, e dos p ro fetas, m uitos períodos coincidentes
em p a rte , reinados associados, intervalos de anarquia, a r ­
redondam ento de núm eros, etc. P a ra a busca da solução
dessas dificuldades é m iste r um profundo exam e dos textos
envolvidos.
3. A e ra ant u de C risto (a E ra AC). A contagem do tempo
que vai de Adão a C risto é feita no sentido re g re ssiv o , isto
é, o cômputo p arte de C risto p a ra Adão, e não ao con trário .
N outras p alav ras, partindo de Adão p ara C risto , os anos
dim inuem até chegarm os a 1 AC. Portanto, de C risto p ara
Adão (o norm al), os anos aum entam até chegarm os ao ano
4004 AC, tido como o da C riação adâm ica. É que Jesu s é o
centro de tudo. E tam bém o m arco divisório e cen tral do
tempo. V er Hb 11.3, no g r.
4 .0 e rr o existente em nosso calendário atual. O uso
do calendário é tão antigo quanto a p ró p ria hum anidade. Os
p rim e iro s povos a u sa r calendário foram os antigos egípcios.
Há calendários d iv ersos. O le ito r m oderno que só tenha
noções do nosso calendário p re c isa a p e rc e b e r-s e d isso ao
59
-e stu d a r assuntos antigos. N estas n o ssas concisas e incom ­
pletas notas, reportam o-nos unicam ente ao calendário c r is ­
tão, do qual, o calendário atual é uma continuação.
Em 526 AD, o im perador romano do O riente, Justiniano I,
decidiu org an izar um calendário original, entregando essa
ta re fa ao abade Dionísio Exiguus, o qual em seus cálculos
com eteu um e rro , fixando o. ano 1 AD (o do nascim ento de
C risto) com um atrâSo de 5 anos. Em seus cálculos ele
tomou o calendário romano (o chamado "AUC") e fixou o
ano 1 AD (o início da E ra C ristã), como sendo 753 AUC,
quando na realidade e ra o 749. Daí d iz e r-s e que Jesu s n a s ­
ceu 5 anos antes da E ra C ristã. O que é um absurdo se não
for dada uma explicação. Nossos liv ro s e tratados apenas
declaram o fato do engano do abade, m as não o explicam .
P ortanto, as datas atuais estão a tra sa d a s 5 anos. E s tr ita ­
mente falando, são quase cinco anos. T ra ta -s e de a r r e ­
dondamento.
Nota 1. O calendário atual ch am a-se G regoriano, p o r­
que em 1582 o papa G regório XIII altero u o calendário de
D ionísio, subtraindo-lhe dez dias, a fim de c o rrig ir a dife-
ença advinda do acúmulo de minutos a p a rtir de 46 AC,
quando Jú lio C ésar reform ou o calendário então existente.
Nota 2. A p alavra calendário vem do latim "calenda" =
l 9 dia de cada m ês en tre os rom anos.
(Fornecem os à pedido, m ediante reem bolso, um estudo
do nosso calendário, estudando o problem a do e rro cometido
por Dionísio e suas im plicações).
5. As divisões do tempo.
1) 0 dia. E ntre os judeus e rom anos eram dividido em
12 h o ra s, isto é, o período em que há luz. E ntre os judeus,
o dia ia de um por de sol a outro. E n tre os rom anos, ia
- de uma m eia-noite a outra. As horas do dia e da noite eram
' contadas separadam ente, isto é, doze e doze; isto en tre
" judeus e rom anos. (V er Jo 11.9 e At 23.23). E ntre os judeus
a H ora P rim e ira do dia e ra às seis da manhã. O m esm o
o c o rria em relação à noite.
2) A semana. E n tre os hebreus, os dias da sem ana não
tinham nomes e sim núm eros, com exceção do 69 e 79 dias,
que tam bém tinha nomes (Lc 23.54 TR BR).
3) Os m eses. E ram lunares. A lua nova m arcava o in í­
cio de cada m ês, sendo esse dia festivo e santificado (Nm
28.11-15; I Sm 20.5; I C r 23.31; II Rs 4.23; SI 81.3; Is 1.13;
Cl 2.16). Tinham 29 e 30 dias alternadam ente. Antes do
i 60
exílio babilónico eram designados por núm eros. Depois
disso, p assaram a te r nomes e núm eros.
4) Os anos. Tinham 12 m eses de 29 e 30 dias a lte rn a d a ­
mente, perfazendo 354 dias. Os judeus observavam dois d i­
ferentes anos: o sagrado, começando em Abibe (m ais ou
menos o nosso ab ril), e o civil, começando em T is ri (m ais
ou menos o nosso outubro).
6. Cronologia resumida dos principais fatos e eventos
bíblicos.
Fato Duração Período
O mundo antediluviano 1600 anos 4004-2400 AC
Do Dilúvio a Abraão 400 " 2400-2000 tt
Os p a tria rc a s Abraão, Isaque, Jacó 200 " 2000-1800 tf
Isra e l no Egito 400 " 1800-1400 ft
Períodos dos Juizes 300 " 1400-1100 tt
A m onarquia Israelita
(Saul, Davi, Salomão) 120 " 1053- 933 tt
0 Reino dividido 350 " 933- 586 tt
Queda do Reino do N orte (Sam aria) 721 tt
0 exílio babilónico (Judá) 70 " 606- 536 tt
R estauração da nação is ra e lita 100 " 536- 432 rt
M inistério dos profetas lite rá rio s 400 n 800- 400 tt
Nascim ento de Jesu s +- 5 tt
M inistério de João B atista 29 AD
M inistério de Jesu s 3 anos 30-33 tt v
Conversão de Paulo 35 tt \ ç
Fundação das ig rejas da Ásia Menor
e Europa, por Paulo 15 anos 50-65 tt i\v.1
Início da revolta dos judeus contra os
rom anos
D estruição do templo de Jeru salém
66 T
70 tt
E scrito o Apocalipse - o último livro
da Bíblia, por João, o Apóstolo. 96 tt
tt
M orte de João, o Apóstolo 100
Nota 1. Profeta Literário é o que deixou e sc rito s seus.
Nota 2. O templo ao s e r destruído no ano 70 AD, tinha
apenas seis anos de term inada sua construção (64 AD).
7. Cronologia dos im périos mundiais. Isto é, a fase em
que ex erceram suprem acia sobre o mundo conhecido.
- Egito ..................................................................1600-1200 AC
- A ssíria ............................................................. 900- 607 "
- Babilônia (o néo-im pério) ......................... 606- 536 "
- P é rs ia ............................................................. 536- 331 "
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- G récia 331- 146 n
- Roma 146AC-476AD

VII. NOÇÕES DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA BÍBLICA


G eografia Bíblia é a p a rte da G eografia G eral que estuda
as te r r a s e povos bíblicos, bem como a m a téria de n atu reza
geográfica contida no texto bíblico, que de p assag em se
diga, é de fato, abundante.
l.A importância da Geografia Bíblica. É de m uita
im portância o estudo da geografia bíblica como m eio au x i­
lia r no estudo e com preensão da B íblia. M ensagens e fatos
d escrito s na B íblia, tido como obscuros to rn a m -se claro s
quando estudados à luz da geografia bíblica. Deus p erm itiu
a in se rç ã o de grande volume d essa m a téria na B íblia.
Um exam e, m esm o su p erficial, m o s tra rá que a cada p asso ,
a B íblia menciona te r r a s , povos, m ontes, cidades, vales,
rio s, m a re s e fenômenos físico s da N atureza.
O porquê d essa im portância:
1) A G eografia é o palco te rre n o e humano da revelação
divina. É ela que juntam ente com a cronologia, situa a
m ensagem no tempo e no espaço, quando fbr o caso.
2) Ela dá cor ao relato sagrado, ao lo c aliz ar, situ a r,
fixar e docum entar os m esm os. A través dela, os aco n te­
cim entos h istó rico s to rn a m -se vívidos e as p ro fecias m ais
ex p ressiv as. 0 ensino da Bíblia to rn a -s e objetivo e de fácil
com unicação quando podem os apontar, m o s tra r e d e sc re v e r
os locais onde os fatos se d esen ro laram . Exem plos: Lc
10.30 ("descia um homem de Je ru sa lé m para Jericó ");
Dt 1.7 (aí nós tem os uma profunda aula de geografia da
T e rra Prom etida).
3) O estudo da geografia bíblica da P alestin a e nações
circunvizinhas e s c la re c e m uitos fatos e ensinos constantes
das E s c ritu ra s .
4) As nações vêm de Deus, logo o estudo d este assunto
à luz da Bíblia é profícuo sob todos os pontos de vista.
L e r Dt 32.8; At 17.26.

2. Fontes de estudo da geografia bíblica


1) A Bíblia. E a fonte p rin cip al. E la faz m enção de
inúm eros lu g ares, fato s, acidentes geográficos, povos,
nações, cidades. É evidente que isto m erece um cuidadoso
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estudo. A Bíblia contém capítulos in teiro s dedicados ao
assunto. Exemplo Gn 10; J s 15-21; Nm 33; Ez 45-47.
Somente cidades da P alestin a a Bíblia re g is tra c e rc a de
600. Não re g is tra d a s , há in ú m eras outras como o prova
a arqueologia.
Um problem a com que se defronta o estudante n esse
assunto, é o fato de grande núm ero de p aíses, cidades, r e ­
giões in te ira s e outros elem entos geográficos, te re m a tu a l­
m ente novos nom es. Exem plos: a antiga P é rs ia é hoje o Irã;
a A ss íria é p a rte do atual Iraque; a Ásia M enor é hoje a
Turquia; a D alm ácia do tem po de Paulo (II Tm 4.10) é
hoje a Iugoslávia e a ssim por diante.
2) A A rqueologia B íblica. E sta , tem p restad o enorm e
contribuição p ara a elucidação de dificuldades bíblicas e
trazid o a tona a h istó ria de povos do passado, considerados
como lendários, como o caso dos h itita s, m itânios e hicsos.
A arqueologia bíblica teve seu com eço em 1811 com as a ti­
vidades n esse sentido do cidadão inglês Claude Jam es Rich,
na M esopotâm ia, quando lá se encontrava cuidando de in te ­
re s s e s ingleses.
3) A H istó ria G eral. Aqui é p re c iso certa cautela. M ui­
tos m anuais hoje em uso no estudo secu la r estão eivados de
e rr o s , por seus au to res desconhecerem a Bíblia. Tem os
v ário s casos documentados.
4) A C artografia. A ciência dos m apas. C ertas ed ito ras
especializadas editam atlas e m apas bíblicos, ap ro p riad o s
ao estudo da G eografia Bíblia.

3. A extensão do mundo bíblico. O m undobíblico situ a -se


no atual O riente Médio e te r r a s do contorno do M ar M edi­
te rrâ n e o . É ele o berço da ra ç a humana. M ais p r e c is a ­
m ente a M esopotâm ia, nas p lan ícies en tre os rio s T ig re e
E u frates. Foi daqui que p a rtira m as p rim e ira s civ ilizaçõ es.
Na d isp e rsã o das raça s após o Dilúvio (Gn caps. 10 e 11),
Sem povoou o sudoeste da Á sia. Cão povoou a Á frica,
Canan e a península aráb ica. Jafé povoou a E uropa e p arte
da Á sia.
L im ites do mundo bíblico:
- Ao N orte: Da Espanha ao M ar Cáspio
- A L este: Do M ar Cáspio ao M ar A rábico (Oceano Índico)
- Ao Sul: Do M ar A rábico à Líbia
- A O este: Da Líbia à Espanha.
(O estudante deve v er is s o nos m apas e a tla s bíblicos).
G3
4. R egiões, áreas e p aíses do mundo bíblico. Acidentes
naturais. C itarem o s apenas alguns c aso s, dado o lim itado
espaço que tem os p a ra isso .
1 ) M esopotâm ia (Gn 24.10; At 2.9; Dt 23.4). B erço da
hum anidade. Não é v erdade o que m uitos m anuais de H istó ria
G eral d eclaram : s e r o Egito o b erço da hum anidade. A v e r ­
dade e s tá na B íblia. Aqui ex istiu o Éden A dâm ico. Na
M esopotâm ia d e sta c a m -s e dois p a íse s.
- B abilônia, de capital do m esm o nome. O utros nom es
antigos: C aldéia (Ez 11.24); S in ear (Gn 14.1); S úm er.
É o sul da M esopotâm ia.
- A s s í r i a (Gn 2.14; 10.11). É o n o rte da M esopotâm ia.
É hoje p a rte do Iraque. C apital: Nínive, d estru íd a em
607 AC. A O este ficava o rein o de M ari. Os M itânios
habitavam em volta de H aran, ao N orte da A ss íria .
2) A ráb ia. C apital: P e tra (gr); Sela (heb). Vai da foz
do Nilo ao Golfo P é rs ic o . Aí, I s r a e l p ereg rin o u em dem an­
da de Canaã. A reg ião de O fir, fo rn eced o ra de ouro ficava
p o ssiv elm en te a í (I Rs 9.28). A p a rte da península do Sinai
e r a cham ada A rábia P é tre a . A L ei foi dada a í e ó ta b e rn á ­
culo erig id o a p rim e ira vez.
3) P érsia . Hoje p a rte do Irã . C apitais: teve as seg u in ­
te s , pela ordem : E cbátana, P a sá rg a d a , Susã, P e rs é p o lis.
F o i cen á rio do liv ro de E s te r e p a rte do de D aniel. Aí,
p rim e ira m e n te flo re s c e ra m os m edos. Depois os persas
a ss u m ira m a lid eran ça. V er At 2.9. A Média, quando na
s u p rem ac ia tinha p o r cap ital H am adã (en tre os g reg o s
Ecbátana).
4) E lam . Hoje in co rp o rad o no Irã . Capital: Susã (Gn
14.1; At 2.9).
5) A rm ênia ou A ra rá : Cap. 6 de G ênesis.
6) Síria. M esm o que A rã. (Não confundir com Haran).
C apital: D am asco (Is 7.8). Seu te r r itó r io não é o m esm o
da S íria m oderna (At 11.26). Nos dias de Je su s to r n a r a - s e
sede da p ro v ín cia rom ana, da qual fazia p a rte a P a le stin a
(Lc 2.2). A sede d e ssa pro v ín cia e r a Antioquia. A S íria e ra
na época governada p o r um legado rom ano.
7) F enícia. Hoje: Líbano, em p a rte . C idades p r in c i­
p ais: T iro e Sidon. N avegantes fam osos. P rim itiv o s explo­
ra d o re s . F u n d aram C artago, na Á frica do N orte (hoje Tunis).
N osso alfabeto vem dos fenícios, c e rc a de 1500 AC. V er
Mt 15.21; li:2 2 ; I Rs 9.26-28.
8) Egito. É o p aís m ais citado na Bíblia depois da P a le s ­
tina. Em hb seu nome é M izraim (Gn 10.6). Teve v á ria s
capitais nos tem pos bíblicos. P a rte do seu futuro, p ro fe ti­
cam ente falando, e stá em Ez 29.15. F ica ao N orte da A frica.
9) E tiópia. F ica ao Sul do Egito. Segundo Gn 2.13, e x is ­
tia o u tra Etiópia na região N orte da M esopotâm ia - a ch am a­
da T e r r a de Cush (hb). A p ro fecia de SI 68.31 a re sp e ito da
Etiópia, teve seu cum prim ento a p a r tir de At 8.26-39,
quando a fé c r is tã foi ali introduzida. É p aís de p rin cíp io s
c ris tã o s até hoje. A Etiópia da Bíblia com preende hoje a
A bissínia e a Som ália.
10) L íbia. E xtensa região da Á frica do N orte. Simão, o
que ajudou Je s u s a le v ar a cru z, e ra natural de C iren e - c i­
dade da Líbia (Mt 27.32). Igualm ente, no dia de P en teco ste
estavam c ire n eu s em J e ru s a lé m (At 2.10).
11) Á sia. A Á sia dos tem pos bíblicos nada tinha com o
atual continente asiático . E ra uma província rom ana situada
na p a rte ocidental da atual Á sia M enor. L e r At 6.9; 19.22;
27.2; I Pe 1.1; Ap 1.4,11. C apital da província: Éfeso.
Toda a região d essa antiga Á sia M enor com preende hoje o
te rr itó rio da T urquia.
12) G récia ou Hélade (At 20.2). No Antigo T estam en to , em
hebraico, é "Javan" (Gn 10.4,5). A m aio r p a rte da G récia
Antiga é ra conhecida pelo nome de Acaia (At 18.12), nome
e s s e derivado dos Aqueus - povo que a habitou. Na época
do Novo T estam ento a G récia e ra constituída de Estados
isolados sob os rom anos. N esse tempo, sua C apital política
e ra C orinto, não A tenas. Em C orinto re sid ia o procônsul
rom ano.
13) M acedônia (At 19.21). F icava ao no rte da G récia.
A antiga M acedônia é hoje p a rte do te r r itó r io de v ário s
p a íse s, a sab er: n o rte da G récia, sul da B ulgária, Iugoslá­
via, e p a rte da T urquia. O m in istério do apóstolo Paulo
o c o rre u na Á sia M enor, • G récia e M acedônia, p rin c ip a l­
m ente. A capital da M acedônia e ra P ella.
14) Ilíric o (Rm 15.19). Região européia onde São Paulo
m in istro u a P ala v ra de Deus. É hoje a Albânia e p a rte da
Iugoslávia. A p a rte p rin cip al da Iugoslávia de hoje é a antiga
D alm ácia de II Tm 4.10.
15) Itália (At 27.1; Hb 13.24). P aís banhado pelo M edi­
te rrâ n e o , situado ao sul da E uropa. Em Roma, sua capital,
foi fundado um dim inuto rein o em 753 AC, que m ais ta rd e
v iria a s e r sen h o r absoluto do mundo conhecido - O Im pério
65
Romano. P a ra a R ália Paulo viajou e pregou o Evangelho
como p risio n e iro .
16) Espanha (Rm 15.24,28). Paulo m anifestou o p ro p ó ­
sito de v ia ja r p a ra a Espanha. Segundo os estudiosos da
B íblia, a cidade de T a rs is m encionada em Jn 1.3; 4.2, fic a ­
va ao sul da E spanha, sendo no tem po de Jonas o extrem o
do mundo conhecido do povo comum. Foi a Espanha grande
p erseg u id o ra dos c ris tã o s durante a Idade Média, e s p e c ia l­
m ente atra v é s dos trib u n ais da s in is tra Inquisição.
17) Palestina ou .Canaã. Deixam os a P alestin a p o r últim o
porque dela nos ocuparem os m ais dem oradam ente. É a m ais
im portante te r r a bíblica p o r v á ria s razõ es:
a) Alguns fatos sobre a P alestin a:
- Foi p ro m etid a p o r Deus aos hebreus (Gn 15.18; Êx
23.31).
- É, sob o ponto de v ista divino, o centro geográfico
da te r r a (Ez 5.5; 38.12b).
- M elhor t e r r a do mundo (Ez 20.6,15; J r 3.19). Se
atualm entç isto p a re c e co n trad itó rio , a palav ra p ro fética
a s se g u ra a sua re s ta u ra ç ã o e esplendor no futuro.
- Os judeus se ria m um povo destacado dos dem ais
(Lv 20.24; Dt 33.28; Mq 7.14; Nm 23.9; J r 49.31).
- P a ra que Deus chamou e elegeu a nação is r a e in a :
Gn 3.15; Êx 19.6; Dt 7.6; Rm 3.2; 9.4,5. Em sum a: tr a z e r
o M essias ao mundo; p ro d u zir e p re s e rv a r as E s c ritu ra s ;
s e r um povo sacerd o tal; e difundir o conhecim ento do Se­
nhor en tre a s nações.
b) Nomes pelos quais é conhecida a P alestin a.
- Canaã, Gn 13.12.
- T e r r a dos H ebreus, Gn 40.15
- T e r r a do Senhor, Os 9.3.
- T e r r a de Is ra e l, I Sm 13.19; Mt 2.20; II Rs 5.2.
- T e r r a de Judá, Judéia, Ne 5.14; Is 26.1; Jo 3.22: At
10.39.
- T e r r a F o rm o sa, Dn 8.9.
- T e r r a da P ro m e s s a , Hb 11.9.
- T e r r a Santa, Zc 2.12; SI 78.54 ARA.
- Is ra e l (m odernam ente).
Não há m odernam ente nenhum país chamado P ale stin a.
O antigo país d este nome está hoje dividido en tre a J o rd â ­
nia e o m oderno Is ra e l.
c) L im ites da P ale stin a.
- L im ite sul: C ad es-B arn éia e o rib e iro e i-A ris h , na
66
A rábia, (el A rish é o "rio do Egito" mencionado em Gn 15.18).
- L im ite norte: S íria e F enícia
- L im ite oeste: M ar M editerrâneo. É na B íblia ch a­
mado M ar G rande, Dn 7.2.
- L im ite le ste: S íria e A rábia.
(0 estudante deve v e r isto num m apa bíblico).
d) S uperfície da P alestin a:
M ais ou menos como a do nosso E stado de Alagoas.
C om prim ento: c e rc a de 250 km, de Dã a B erseb a. Hoje:
416 km. L arg u ra : 88 km (a m aio r). Hoje: 100 km. E ssa
extensão variou com as épocas e situações de sua h istó ria .
P o r exem plo: na época das 12 trib o s - 26.400 km2. A ex ­
tensão atual é de c e rc a de 156.000 km2.
e) C lim a.
O tipo de relev o do solo da P ale stin a re s u lta numa su ­
p erfície m uito variad a, com m uitas regiões elevadas e baixas,
originando p o r is s o toda esp écie de clim as, desde o tro p ical,
no Jordão, a té o de intenso frio no H erm om , à 2.815 m e tro s
de altitude. A faixa lito rân ea tem uma te m p e ra tu ra m édia
de 21 g ra u s C. No vale do Jo rd ão a te m p e ra tu ra vai a
40 g rau s. A te m p eratu ra m édia de Je ru sa lé m é de 22 g rau s.
Em ja n eiro chega a 4. A te m p e ra tu ra m édia é de 22 g rau s. -
É por e s s a varied ad e de clim as que a P ale stin a p r e s ta - s e <
a toda esp écie de cu ltu ras.
f) D ivisão política da P alestin a:
No Antigo T estam ento foi a P alestin a dividida en tre as
12 trib o s de Is ra e l. T rê s trib o s ficaram a le s te do Jordão:
M anassés (parcialm en te) Gade, Ruben. Cinco fica ram na
á re a lito rân ea: A ser, M anassés (em p arte ), E fraim , Dã (em
parte), Judá. Q uatro se estab e lece ram na reg ião cen tral:
N aftali, Zebulon; Is s a c a r, B enjam im . Duas fic a ra m nas ex­
trem id ad es N orte-Sul: Dã (N orte), Sim eão (Sul).
Nos tem pos do Novo T estam en to a d ivisão política
constava de cinco regiões: Judéia, S am aria, G aliléia, Itu réia,
P e ré ia . O estudante deve v e r is s o num m apa. D urante o
m in istério de J e s u s, seus governantes eram -
- Judéia e S am aria: Pôncio P ilato s (26-36 AD). P ilato s
e ra p ro c u ra d o r rom ano. Sua capital po lític a era C esa-
JCáiâj ã beira-m ar. A capital religiosa: Jerusalém .
- G aliléia e P e ré ia : He ro d es Antipas (4 AC a 39 AD).
fira filho de Herpd.es, o G rande. Je su s p asso u a m aio r
parte de Sua vida nò território sob a jurisdição desse
Herodes.
- Itu ré ia e o u tro s d is trito s m e n o re s: H erodes F elip e II
(4 AC a 34 AD). O m oderno te r r itó r io de Golã, em
p a rte o ra ocupado p o r Is ra e l, in teg rav a e s s a ju risd iç ã o
(a antiga G aulanites, Dt 4.43; J s 20.8).
A Idum éia, no ex trem o sul do p a ís, in teg rav a a j u r i s ­
dição da Ju d éia. É m encionada apenas uma vez no Novo
T estam en to : Mc 3.8. A Itu ré ia é tam bém m encionada apenas
uma vez: Lc 3.1. Quanto a P e r é ia é bom n o ta r que às vezes
todo o le s te do Jo rd ã o levava e s te topónim o. V er Mt 4.25.

g) M ares:
- M ar M editerrâneo. É na B íblia cham ado M ar G ran ­
de (Dn 7.2; N m 34.7). O utros nom es: M ar O cidental (Dt 11.24;
J1 2.20) e M ar dos F ilis te u s (Êx 23.31).
- M ar da G aliléia (Mt 4.18; Mc 7.31). O utros nom es:
M ar de Q u in erete (Nm 34.11), p a la v ra e s s a que originou
G en ezare te, o u tro nome d e sse m a r (Lc 5.1). T am bém M ar
de T ib e ría d e s (Jo 6.1). É m a r in te r io r , de água doce.
- M ar Morto, Ez 47.8 ARA. A p arece com v ário s no­
m es no Antigo T estam en to : M ar Salgado (Gn 14.3); M ar de
A rabá (Dt 3.17); M ar da P lan ície (II Rs 14.25). M ar O rie n ­
tal (Ez 47.18; Zc 14.8). F ic a situado a 395 m e tro s abaixo
do nível do m a r. E v ap o ração m édia d iá ria : 8 m ilhões de
m e tro s cúbicos de água! É 25% m ais salgado que qualquer
outro m a r.
h) R ios.
T odos os cu rso s dágua da P a le stin a (com exceção do
Jo rd ão ) são de pouca e x p ressão .
- Jo rd ã o . C o rre no sentido n o rte -s u l. N asce no
Monte H erm om e deságua no M ar M orto.
- Querite. D esem boca no Jo rd ão , m arg em o rie n ta l,
defronte a S a m a ria . É um uádi (rio tem porão).
- Cedron. C o rre a le ste de J e ru s a lé m . É tam bém
uádi.
- Jaboque (Gn 32.22; J s 12.2). Afluente do Jo rd ão ,
m argem o rie n ta l.
- Iarmuque. Afluente do Jo rd ão , m arg em o rie n ta l.
Não m encionado na B íblia. D eságua 6 km ao sul do M ar
da G aliléia.
- Arnom (Nm 21.13; J s 12.2). É hoje o M ojib. D e­
ságua no M ar M orto, m arg em o rie n ta l. E ra o lim ite sul
da P a le stin a , na fren te o rie n ta l.
- Quisom (I Rs 18.40). D eságua no M ar M ed iterrân eo ,
68
Monte C arm elo.
i) M ontes.
São de m uita im p o rtân cia na B íblia, J s 11.21.
- T abor (Jz 4.6; 8.18). F ic a na G aliléia. A ltitude:
615 m e tro s . C r ê - s e que aí o c o rre u a tra n sfig u ra ç ã o de
Je s u s (Mt 17.1,2).
- Gilboa (I Sm 31.8; II Sm 21.12). F ica em S am aria.
Altitude: 543 m e tro s.
- C arm elo (I Rs 18.20). F ic a em S am aria. Ponto c u l­
m inante: 575 m e tro s . F ic a no prolongam ento que fo rm a a
baía de A cre, onde se lo caliza a m oderna cidade de Haifa.
- Ebal e Gerizim (Dt 11.29; 27.1-13). Dois m ontes de
S am aria.
- Moriá (Gn 22.2; II C r 3.1). F ic a em J e ru s a lé m . Aí
A braão ia s a c r if ic a r Isaque. N ele Salom ão co n stru iu o
tem plo de Deus.
- Sião. E m J e ru s a lé m . A ltitude: c e rc a de 800 m e ­
tr o s . O local e o te rm o Sião são u sad o s de modo d iv e rso na
B íblia. No SI 133.3 é J e ru s a lé m . Em Hb 12.22 e Ap 14.1 é
uma re fe rê n c ia ao céu.
- _Monte das Oliveiras^ E m J e ru s a lé m (Mt 24.3; Zc
14.4; At 1.13). Aí, Je s u s orou sob g ran d e agonia em a noite % '
em que foi tra íd o . Sobre e s s e m onte Je s u s d e s c e rá quando ^
v ie r em g ló ria p a ra ju lg a r a s n açõ es.
- Calvário.. Pequena elev ação fo ra dos m u ro s de j
J e ru s a lé m . “F ica ao n o rte, p e rto da P o rta de D am asco.
V er Lc 23.33. Calvário vem do latim " c a lv á ria " - crânio.
Em a ra m a ic o éG ólgota - crânio, caveira (Mt 27.33; Jo 19.17). \
No local acim a, em 1885 o g e n e ra l inglês C h arles G eorge
Gordon d esco b riu um túm ulo, cu jas p esq u isas re v e la ra m
nunca te r sido o m esm o ocupado continuam ente. P a sso u a
s e r tido com o o de C risto .
j) A C apital da P ale stin a:
Teve v á ria s cap ita is, a s a b e r:
- G ilgal. No tem po de Jo su é (Js 10.15).
- Siló. No tem po dos ju iz e s (I Sm 1.24).
- G ibeá. No tem po do r e i Saul (I Sm 15.34; 22.6).
- J e ru s a lé m . Da época de Davi em diante (II Sm
5 .6 -9 ). Seu p rim itiv o nome foi Salém (Gn 14.18), depois
Jeb u s (Js 18.28) e p o r fim J e ru s a lé m (Jz 19.10). Nos dias
do Novo T estam en to a cap ital p o lític a da Ju d éia e ra C esa-
ré ia , não J e ru s a lé m , como já m o stra m o s.
- M ispá ( J r 40.8). P o r pouco tem po foi cap ital, duran-
te o cativ e iro babilónico.
- T ib e ría d e s. Foi o u tra cap ital da P ale stin a. Isso,
após a rev o lta de B ar-C ó ch eb a, em 135 AD.
D etalhes co m p lem en tares so b re Jerusalém como capital
da P a le stin a . Fundada pelos h itita s (Ez 16.3; Nm 13.29).
F ica a 21 km a o este do M ar M orto, e a 51 a le ste do M ar
M ed iterrân eo . Nos tem pos bíblicos tinha cinco zonas ou
b a irro s : Ofel, a su d este; M oriá, a le ste; Bezeta, ao n orte;
Acra, a n o ro este; Sião, a sudoeste. Na d istrib u ição da te r r a
de Canaã, J e ru s a lé m ficou situada no te r r itó r io de B enja­
m im (J s 18.28). F o i conquistada em p a rte p o r Judá, m as
p e rte n c ia de fato a B enjam im (Jz 1.8,21). Tinha povo de
Judá e B enjam im (Js 15.63). Não ficava no te r r itó r io de
Judá (Is 15.8).
A cidade de J e ru s a lé m saindo do jugo rom ano, caiu
em poder dos á ra b e s em 637 AD, e, salvo uns 100 anos d u ra n ­
te as C ru zad as, foi s e m p re cidade m uçulm ana. Em 1518 os
tu rc o s conquistaram - na. Em 1917, os b ritân ico s a ssu m ira m
o co n tro le, ficando a P a le stin a depois sob seu m andato p o r
delegação da então Liga das N ações. A p a r tir de 1948 p a s ­
sou a s e r cidade so b eran a (isto é, o s e to r novo), p o rém , na
G u e rra dos Seis D ias em 1967, foi reconquistada aos á ra b e s,
os quais dela tinham se assen h o read o na g u e rra de 1948.
) R eedificada s e m p re so b re su as p ró p ria s ru ín a s, J e ­
ru sa lé m (não Roma) p erm an ece a Cidade E tern a do mündo,
sím bolo da Nova J e ru s a lé m que se há de e s ta b e le c e r na con­
sum ação dos sécu lo s. J e ru s a lé m s e r á então m etrópole
m undial. Isso , d u ran te o M ilênio, quando e s ta r á v estida do
seu p rom etid o esp len d o r (Is 2.3; Zc 8.22). N esse tem po
Is ra e l e s ta r á à te sta da nações.
Na J e ru s a lé m de hoje nada pode v e r - s e da J e ru s a lé m
de Davi, de Salom ão, de E zeq u ias, de N eem iase de H erodes.
Tudo s e acha sepultado sob os esco m b ro s de m uitos sécu lo s,
sob m e tro s e m e tro s de entulho.
1) O u tras cidades da P ale stin a:
O u tras cidades im p o rtan tes: J e ric ó , H ebrom , Jope,
Siquém , S am a ria, N azaré, C e s a ré ia , C e sa ré ia de F ilip e,
T ib e ría d e s, C apernaum .
C idades v isita d a s p o r J e s u s : N azaré (Lc 4.16); B etâ-
nia (Jo 1.28); Caná (Jo 2.1); S ic a r (Jo 4.5); Naim (Lc 7.11);
C arpenaum (Jo 6.59); B e tsa id a (J o 12.21); C o razim (M t 11.21);
T iro e Sidon (Mt 15.21); C e s a ré ia de F ilip e (Mt 16.13); J e ­
ricó (Lc 19.1); B etânia (Jo 11); Em aús (Lc 24.13,14).
( 70
18) R esum o h istó ric o da P a le stin a a té o tem po p resen te :
- Conquistada pelos is r a e lita s sob Jo su é em 1451-
1445 AC.
- G overnada p o r Ju izes: 1445-1110 AC.
- M onarquia: 1053-933 AC.
- R einos divididos de Judá e Isra e l: 933-606AC.
- Sob os babilônios: 606-536 AC.
- Sob os p e rs a s : 536-331 AC.
- Sob os greg o s: 331-167 AC.
- Independente sob os M acabeus: 167-63 AC.
- Sob os rom anos: 63AC a 634 AD.
- Sob os á ra b e s: 634-1517 AD.
- P erío d o das C ruzadas: 1095-1187. As C ruzadas
foram te n tativ as do C ristia n ism o p a ra lib e r ta r a P a le stin a
das m ãos dos m uçulm anos á ra b e s.
- Sob os tu rc o s (Im pério Otomano): 1517-1914. O s ^
tu rco s são tam bém m uçulm anos, apenas com m a is influência
orien tal.
- Sob os in g leses, como p ro teto rad o , p o r delegação
da Liga das N ações: 1922-1948.
- Como nação so b eran a: a p a r tir de 14-5-1948.
N essa data foi proclam ado o ESTADO DE ISRAEL, com a
e s tru tu ra de república d em o crática. O p rim e iro governo
autônomo em m ais de 2.000 anos! De ag o ra em diante
c u m p rir - s e - á Am 9.14,15.

VIII. MÉTODOS DE ESTUDO DA BÍBLIA


O estudo bíblico profundo, diuturno e eficaz, envolve, do
ponto de v is ta m a te ria l e humano, pelo m enos qu atro con­
dições:
- M étodo de estudo.
- Tem po de estudo. E s s e tem po deve s e r re g u la r e
contínuo: "D iariam en te ", d iz -s e dos c re n te s b erean o s (At
17.11).
- L ocal de estudo.
- F req ü ên cia do estudo.
Envolve tam bém tr ê s p rin cíp io s p rá tic o s com rela ção
ao texto em estudo:
- Sua o bserv ação .
- Sua in te rp re ta ç ã o ou com preensão. C o n sid e ra r Dt
29.29 e I Co 13.9.
- Sua aplicação.
Isto, de m a n eira m ais objetiva, pode s e r m elh o r v isto
71
em form a de p erguntas, assim :
- Que diz o texto? (É o princípio da O bservação).
- Que significa o texto? (É o p rincípio da In terp retação ).
- Que aplicação tem o texto p a ra m im ? (É o p rin cíp io
da aplicação e ap ro p riação p esso al do texto).
Envolve ainda tr ê s atitudes e sp iritu a is:
- A de conhecer a V erdade (I Tm 2.4; At 17.11,12; Jo
7.17).
- A de a c e itá -la .
- A de o b serv á-la .
A seg u ir verem os os m étodos de estudo da B íblia.

1. Método Sintético. Pode s e r com parado a um explo­


ra d o r subindo uma montanha p a ra uma visão p anorâm ica
da região, antes de ex p lo ra r os detalhes. Estuda o conteúdo
g e ra l de cada liv ro antes de cuidar de sua in terp reta ção .
N outras p alav ras: p re c isa m o s sa b e r p rim eiram en te o que a
Bíblia DIZ, p a ra então p ro c u ra r sa b e r o que SIGNIFICA.
Procedendo a ssim com cada livro, podem os v er o r e la c io ­
nam ento en tre os liv ro s, e, finalm ente, v er a B íblia como
um todo, isto é:
a. O tem a cen tral da B íblia - C risto .
b. O desígnio g e ra l da B íblia - A rédenção do homem
e seu bem g eral.
c. O fim últim o da Bíblia - A g ló ria de Deus (Ap 4.11).
P a ra o estudo sintético o ideal é le r cada liv ro m uitas
vezes antes de esb o çar sua sín tese.
O reduzido escopo deste cu rso não nos p e rm ite c ita r
exem plos deste e dos dem ais m étodos.
2. Método Analítico. É o in v erso do sintético. A sín tese
resu m e. A an álise decom põe. A sim ples leitura da Bíblia
é fundam ental e im p rescin d ív el ao cren te, porém o estudo da
B íblia leva-o p a ra além do n orm al. P o r sua vez a an álise
da B íblia lev a-o a c o n sid e ra r todas as p a rtic u la rid a d e s do
texto, contribuindo p a ra a com preensão em m ira. A sín te se
estuda o todo, o conjunto. A an álise d estaca os fatos p ara
d is s e c á -lo s.
É o estudo de capítulos, v ersícu lo s e p alav ras iso lad as
da B íblia. N este ponto o estudante da Bíblia p re c is a que­
d a r - s e h o ras a fio, a sós com Deus e sua P alavra! E como
é m aravilhoso! O estudante ap ressad o , irre q u ie to não
p e n e tra rá fundo. P re c is a g o s ta r da solidão e a m ar a n atu reza.
72
3. Método Indutivo. É o método que honra as E s c ritu ra s
e satisfaz a alm a. Nele, d e riv a m -se os p rin cíp io s dos fatos
bíblicos considerados, e não os fatos bíblicos dos prin cíp io s
po r nós adotados. N outras p alav ras: exam inam os os p o r ­
m enores de uma passag em p a ra tira rm o s conclusões. J á no
método Dedutivo, o consulente ap ro x im a-se da B íblia com
idéias e conceitos form ados de antem ão, e p ro c u ra nela
apoio p a ra e s s a s id éias.
4. Método Dedutivo. Já o esboçam os acim a. Seu uso
re q u e r da p a rte do cren te fundam entalista, am adurecim ento
e idoneidade em g e ra l, do co n trá rio , ele v e r - s e - á ensinando
doutrinas, conceitos e id éias antibíblicas ou então m etido
num labirinto, m istu ran d o suas p ró p ria s id éias com a da
B íblia.
5. Método de Estudo Tem ático. É um dos m étodos m ais
populares de estudo da B íblia. N ele, é p reciso m uito cuidado
com o problem a das re fe rê n c ia s bíblicas verbais e reais
(ou ideais), p a ra e v ita r e r r o s de aplicação do texto, como
fazem as S eitas F a ls a s , bem como os in ex p erien tes e
in escrupulosos.
Exem plos de tem as bíblicos:
- D outrinas
- Tipos e sím bolos
- B iografias
- L ugares
- Eventos
- D everes c ristã o s
- P a la v ra s iso lad as
As fe rra m e n ta s p a ra e ste tipo de estudo da B íblia, são:
- Concordância B íblica
- Chave B íblica
- Manual de re fe rê n c ia s bíblicas
- Manual de tem as ou tópicos bíblicos.
O grande evangelista D.L.Moody utilizava e s te método
m ais que qualquer um outro. C erca ocasião ele levou v ário s
dias estudando o assunto A Graça de Deus. Ao conclui-lo
estav a tão dominado p o r e s s e sublim e tem a, que descendo a
ru a, ao en co n trar o p rim e iro hom em , perguntou-lhe:
- O S r. sabe alguma co isa a resp eito da g ra ç a ?
- Como é m esm o? G raça???
- De quem se trata? - Não se trata de pessoa! É a graça
73
de Deus que tr a z salvação! - respondeu Moody, e logo expôs
a riq u eza de d etalh es da m a ra v ilh o sa g ra ç a de Deus que a c a ­
b a ra de e x tr a ir da B íblia.

6. O Método de Estudo da Bíblia por D ispensações. "D is-


p en saçõ es são p erío d o s p ro b a tó rio s do homem a re sp e ito
de sua obediência a d eterm in ad a rev elação da vontade de
Deus" - Scofield.
A B íblia toda pode s e r dividida d isp en sacio n alm en te. Isso
p e rm ite ao estudante da B íblia uma visão p an o râm ica do plano
divino da redenção a tra v é s dos sécu lo s.

IX. DIFICULDADES BÍBLICAS


Há, é c erto , dificuldades na B íblia, m as co n trad içõ es, não.
Não há co n trad içõ es h is tó ric a s , cien tíficas ou d o u trin á ria s.
As dificuldades são de trad u ção , estudo su p erficial, m á com ­
p re e n sã o , incapacidade hum ana, falsa ap licação da m e n sa ­
gem , etc.
Os inim igos da B íblia su sten tam h av er nela e r r o s em
quantidade, m as o que acontece é que estando alguém com
uma tra v e no olho (Mt 7.3-5) sua visão fica deform ada. Um
e s p írito fa ris á ic o , c e tic ista e orgulhoso se m p re ac h a rá falhas
na B íblia, porque já se d irig e a ela com fa lsa s id é ias p r e ­
concebidas.
É o caso dos dois d iscípulos a cam inho de E m aús, em
Lc 24.21: "nós esp eráv am o s q u e... q ue... q u e..." Je s u s
d is s e -lh e s " n é s c io s ..." (v.25).
Deus p a ra f a z e r - s e co m p reen d er, v estiu a B íblia de lin ­
guagem no ssa, bem como de nosso modo de p e n sa r. Se
Deus u s a s se Sua linguagem ninguém O en ten d eria. Ele p a ra
r e v e la r - s e ao hom em adaptou a B íblia ao modo humano de
p e rc e b e r as c o isa s. 0 au to r da B íblia é Deus m as os e s c r ito ­
r e s foram hom ens. Na linguagem figurada dos Salm os e
d iv e rs a s o u tra s p a rte s da B íblia, Deus m esm o a p a re c e agindo
e sendo d e s c rito com o se fo sse hom em . (Exem plo Gn 18.21;
Ex 3.7,8). A B íblia chega a e s s e ponto p a ra que o hom em
com preenda m elh o r o que Deus q u er d iz e r. Isto tam bém
explica m u itas dificuldades e a p a re n te s co n trad içõ es do
texto bíblico.
A le itu ra sim p les e seguida de toda a B íblia. Isso m uito
c o n trib u i p a ra e lim in a r as cham adas dificuldades. A le itu ra
seguida e com pleta da B íblia é a única m a n eira de co n h e c e r­
m os toda a v erd ad e so b re um assu n to tra ta d o na m esm a
74
vis lo ela é um a rev elação p ro g re ssiv a . Nada é dito de
uma vez, nem uma vez por todas.
A gora, podem os le r a B íblia toda, porém ja m a is a com ­
p reen d e re m o s toda.
Sendo ela a P a la v ra de Deus é infinita; m esm o as m entes
m ais g ig an tescas do mundo não podem a b a rc á -la . Não há
no mundo ninguém que esgote a B íblia.
Então quando não puderm os entender um fato, devem os
confiar nEle. Todos som os sem p re alunos (Rm 11.33,34;
I Co 13.12; Dt 29.29; SI 145.3).
P o rtan to , na B íblia há dificuldades, m as o p ro b lem a é
do lado humano. O E sp írito Santo, que conhece as pro fu n ­
dezas de Deus, pode e quer i r revelando o conhecim ento das
E s c r itu r a s à m edida que buscam os Sua face e andam os m ais
p e rto dEle.
F aça pois do Estudo da B íblia, a coisa m ais im p o rtan te
da vida! E, le m b re -s e : só p assam o s por esta vida um a vez!
Se fo r g a sta inutilm ente, não te re m o s o u tra oportunidade
como tem os aqui e agora! Moody c e rta vez afirm ou:
Ainda não vi um o b re iro de m in isté rio sem p re c re s c e n te , de
fru to s abundantes e p erm a n en tes, que não fo sse um apaixo­
nado estudante da B íblia.

QUESTIONÁRIO

1.A lém de "S agradas E s c r itu r a s " , dê ou tro s títu lo s da Bíblia


como a m ensagem de Deus.
2. P o r que a B íblia, sendo divina, é tam bém humana?
3. Sob o ponto de v ista legal, a B íblia pode e s ta r su jeita a
pro v as e argu m en to s?
4. Q uais a s duas re fe rê n c ia s estu d ad as, m ostrando a in sp i­
raçã o divina da B íblia?
5. Na B íblia há unidade e h arm o n ia em g e ra l, a p e s a r de
tanta d iv ersid ad e. Cite exem plos d essa d iv ersid ad e.
6. Cite exem plos da aprovação da B íblia po r J e s u s . Aponha
re fe rê n c ia s .
7. Qual a evidência que o E sp írito Santo o p era no cren te
co rroborando a B íblia como a P a la v ra de D eus?
8. C ite exem plos de p ro fecias da B íblia e seu cum prim ento.
Indique re fe rê n c ia s .
9. Qual a evidência da Bíblia como a P a la v ra de Deus,
ligada a seu efeito e influência?
10. C ite alguns dos p rin c ip a is fa to re s de p ro g re s s o no conhe-
75
cim ento da B íblia.
11. Quanto à P a la v ra da V erdade, a que se re fe re a e x p re s ­
são "Que m aneja bem ", em II Tm 2.15?
12. Quanto a que elem ento pode s e r aplicado o texto bíblico?
13. Segundo a classificaçã o divina (I Co 10.32), quantos e
quais são os povos em que e stá dividida a hum anidade?
14. Como deve s e r aplicado o texto quanto ao tem po?
15. E quanto a lugar?
16. Dê os dois sentidos do texto bíblico em g eral.
17. Na aplicação do texto bíblico, como pode s e r a m ensagem
da B íblia?
18. Quanto à fonte ou procedência da m ensagem , o que p r e ­
cisam os o b se rv a r ao ap licarm o s o texto bíblico?
19. Que é H erm enêutica Sagrada? Que é Exegese?
20. Cite alguns prin cíp io s de H erm enêutica.
21. Como se origina a m aio r p a rte dos e rro s d o u trin ário s
das Seitas F a ls a s ?
22. Quais as p rin cip ais form as de linguagem figurada da
B íblia?
23. Que é H om ilética?
24. Quais as duas fo rm as de p rep araç ão do preg ad o r?
25. Dê os elem entos da p rep araç ão esp iritu al do p reg ad o r.
26. Quais as quatro fo rm as de serm õ es?
27. Que é um serm ão profético?
28. Dê a utilidade da cronologia bíblica.
29. D etalhe a im p o rtân cia da geografia bíblica.
30. Cite a p rin cip al fonte de estudo da geografia bíblica.
31. Qual a m ais im p o rtan te te r r a bíblica?
32. Cite alguns fatos ressalta n d o a im portância da P ale stin a
como te r r a bíblica.
33. Dê as condições m a te ria is , os princípios p rá tic o s, e as
atitudes e sp iritu a is req u erid as p ara autêntico estudo
da Bíblia?
■ 34. C ite os m étodos de estudo da Bíblia m encionados.
35. Quanto aos m étodos de estudo da Bíblia, dê a diferença
en tre:
- O Método Sintético e o A nalítico
- O Método Indutivo e o Dedutivo.
36. Donde procedem as dificuldades da Bíblia?
37. P o r que Deus ap are ce na B íblia, agindo e falando à
moda humana?
38. Quanto à B íblia, que p rá tic a m uito contribui para e lim in ar
a s cham adas dificuldades b íb licas?
76
Unidade II

Doutrinas bíblicas fundamentais

Sumário da Unidade
Introdução, 78
I. A im portância da doutrina, 78
II. F o rm as de doutrinas, 78
III. D iferenças b ásicas en tre doutrina e costum e, 79
IV. O perigo das falsas d o u trin as, 79
V. A c lassificaçã o das dou trin as da B íblia, 79
VI. P rin cip ais doutrinas da B íblia, 80
VII. Esboço de doutrinas, 80
INTRODUÇÃO
D outrinas F undam entais são as d o u trin as b ásicas do
Evangelho de C risto . Uma das m a io re s necessid ad es da
p re se n te h o ra, no seio da Ig reja é uma sólida base p a ra a
fé. Apenas um sim p les esboço é dado de cada doutrina,
devido aos e s tre ito s lim ites g e ra is d este cu rso . Não há,
a ssim condições p a ra uma m ais am pla exposição e d esen ­
volvim ento das d outrinas enum eradas.
D outrina significa literalm en te ensino norm ativo, te r m i­
nante, como re g ra de fé e p rá tic a . É co isa s é ria . É fato r
altam ente influente p a ra o bem ou m al. A sã doutrina é
uma bênção p a ra o cren te e p a ra a Ig reja , m as a falsa -
co rro m p e, contam ina, ilude e d estró i.
O plano de Deus é que o homem depois de salvo, "chegue
ao pleno conhecim ento da verdade" (II Tm 2.4 ARA). A
trag é d ia e sp iritu a l de inúm eros c re n te s, é que não atentam
p a ra is s o . Podem os p ag ar m uito c aro po r um a só ignorância
esp iritu a l; com pare II Rs 4.39, 40; Jz 16.20; 2.10.
Enquanto estudam os as doutrinas b íb licas, que são os
fundam entos da no ssa fé, peçam os ao E sp írito Santo que torne
e s s a s verd ad es bem re a is em nossos co raçõ es. 1E le é o
divino au to r da P a la v ra que contém os ensinos santos e
básicos que crem o s e d issem in am os.
I. A IMPORTÂNCIA DA DOUTRINA
1.A im p o rtân cia ou v alo r da doutrina p ara a Ig reja do
Senhor e o cren te em p a rtic u la r v ê -s e em I Tm 4.16;
II Tm 4.3; T t 2.7; 1.9; Hb 13.9; II P e 2.1; At 20.30; Mt 22.30;
28.19; G1 1.6-9.
2. O utro fato que re s s a lta a im p o rtân cia da verdade divina,
é que na a rm a d u ra do soldado c ris tã o a p rim e ira peça é o
cinto da verdade (Ef 6.14).
II. FORMAS DE DOUTRINAS
Há pelo m enos tr ê s fo rm as de d outrina. Uma é sublim e
e santa. Duas são p e rn ic io sa s e d e le té ria s .
1.A Doutrina de Deus. At 13.12; 2.42; Lc 4.32; Pv 4.2;
Mt 7.28; T t 2.10.
2. A doutrina de homens. Mt 15.9; 16.12; Cl 2.22; J r
23.16; T t 1.14.
3. A doutrina de demônios. I Tm 4.1; I Co 12.3.
Há, pois, dem ônios cuja atividade não é e sp a lh a r violência
e ou tro s m a les o sten siv o s, m as o c u p a r-s e com o ensino
m aléfico, falso , e rrô n e o , enganoso.
78
III. DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE DOUTRINA E COSTUME
Há pelo m enos tr ê s d iferen ças b ásicas en tre doutrina
bíblica e costum e puram ente humano. Há costum es bons
e m aus. A doutrina bíblica conduz a bons costum es.
1. Quanto a origem .
- A doutrina é divina
- 0 costum e é humano.
2. Quanto ao alcance
- A doutrina é g e ra l
- O costum e é local
3. Quanto ao tempo:
- A doutrina é im utável
- O costum e é te m p o rário .

IV. O PERIGO DAS FALSAS DOUTRINAS


Algumas consid eraçõ es.
1.U m a das atividades p re d ile ta s do Diabo é s u b tra ir a
P a la v ra de Deus (Mt 13.19). Inclusive no púlpito, onde,
m uitas vezes é substituída p o r o u tra s co isas vãs.
2. O Diabo é o au to r ou in s p ira d o r de todo ensino falso
(I Tm 4.1) e, p e rv e rsã o dos v erd ad eiro s (II P e 3.16).
3. A a rm a exata contra o e r r o e m en tira, é a verdade
divina quando conhecida e aplicada. É p o r ela, m ediante o
E sp írito Santo, que d iscern im o s en tre a verdade e o e rro .
E n tre o falso e o verd ad eiro .
4. A adm oestação bíblica p a r a nós o u tro s, n este p a r ti­
cu lar: Ef 4.14.

)f. A CLASSIFICAÇÃO DAS DOUTRINAS DA BÍBLIA


Todas as doutrinas da B íblia podem c o n s titu ir - s e e m tr ê s
g ran d es grupos:
1. Doutrinas da Salvação.
São as m ais fáceis de se en ten d er. G raças a Deus po r
isso ! Senão, quem poderia s e r salvo? Até as c ria n ç a s en ­
tendem! Os homens é que à s vezes dificultam tudo...
2. Doutrinas da Fé Cristã.
Não são tão fáceis de se en ten d er. A brangem os p r e s e n ­
te s aspectos e bênçãos da salv ação . R equerem diligente e
continuado estudo da R evelação Divina.
3. Doutrinas das Cousas Futuras, ou do Porvir.
São as m ais difíceis de se en ten d er. A brangem o aspecto
futuro da Salvação e as co isas que Deus tem p rep arad o p ara
_.os que O am am . R equerem m uito estudo da R evelação.
79
VI. PRINCIPAIS DOUTRINAS DA BÍBLIA
Como já foi dito, as do u trin as s e rã o a p resen tad as em
form a de pequenos e incom pletos esboços, dado o lim itado
escopo d este cu rso . A p re s e n te lis ta ab ran g e 24 d outrinas
b á sic a s.
1. A In sp iração Divina e P le n á ria da B íblia
2. O T rin o Deus
3. Os Anjos
4. A C riação de Todas as C ousas
5. O Homem
6. O Pecado
7. A salvação e a Vida C ris tã
8. A L ei e a G raça (co n trastad o s)
9. A Ig reja
10. O B atism o em Água
11. A Ceia do Senhor
12. O B atism o com o E s p írito Santo
13. Os Dons e o F ru to do E s p írito Santo
14. A Santificação B íblica
15. A Fé
16. A C ura Divina
17. D ízim os e O fertas
18. O E stado (isto é, Nação) e o cre n te
19. M orte, R e s s u rre iç ã o e D estino E tern o do Homem
20. A Segunda Vinda de J e s u s
2 1 .0 Reino M ilenial de C risto
22. O Juízo F inal
23. O P e rfe ito E stado E tern o - Os Novos Céus e a Nova T e r r a
24. D ispensações e A lianças.
VII. ESBOÇO DAS DOUTRINAS ACIMA MENCIONADAS
1. INSPIRAÇÃO DIVINA E PLENÁRIA DA BÍBLIA
a. Toda a B íblia foi dada p o r in sp ira ç ã o divina (II Tm
3.16; II P e 1.21).
b. A in sp ira ção com preende não só a id éia divina na m ente
dos e s c r ito r e s , m as tam bém a esco lh a das p a la v ra s (I Co
2.13; Is 51.16). É a in sp ira ç ã o p le n á ria .
c. Até o núm ero g ra m a tic a l é in sp irad o (G1 3.16).
d. O c re n te e a B íblia. A le itu ra e estudo da B íblia é o
contacto d ire to e p esso al com a P a la v ra de Deus. Nada pode
s u b stitu ir e s te asp ecto da vida devocional do c ris tã o . A
P a la v ra de Deus é tão ind isp en sáv el a alm a como o pão é
ao corpo. O texto de I P e 2.1,2 com para o c ris tã o a um
80
recé m -n ascid o , o qual em estado norm al tem m uito apetite.
Como e stá o teu ap etite p ela P a la v ra - o leite racio n al p ara
o crescim en to e sp iritu a l?
(P a ra m aio r estudo da B íblia, v er a Unidade I d este C urso)

2. O TRINO DEUS
a. A T rindad e Santa não é uma sociedade de tr ê s deuses
como o querem os M órm ons.
b. Deus é uno e ao m esm o tem po triuno (Dt 6.4 com Gn
1.26 (heb.); 3.22; 11.7; Mt 3.16,17; Jo 14.16; Mt 28.19;
II Co 13.13; Hb 9.14). São tr ê s divinas e d istin tas p esso as.
São das verdad es bíb licas que tran scen d em a razão e as
aceitam os pela fé.
c. Se a unidade com posta do homem (seu e sp írito , alm a
e corpo), é um fato inexplicável p a ra a C iência e os homens
m ais sábios e san to s, quanto m ais a triunidade do P ai, Filho
e E sp írito Santo...
d. Todas as tr ê s divinas p esso as da T rindade são c o - e te r ­
nas e iguais en tre Si, m as em Suas op eraçõ es co n cern en ­
te s a C riação e Redenção -
- Deus, o P ai, planejou ou criou tudo (Ef 3.9).
- Deus, o Filho, executou o plano, criando (Hb 1.3; 11.3;
Cl 1.16; Jo 1.3).
- Deus, o E sp írito Santo, vivificou, ordenou, pôs em'
ação (G1 6.8; Jó 33.4; Jo 3.5; 6.63; At 1.8).
Em continuação, podem os d iz e r que:
r - O P ai domina-
- O F ilho realiza
- O E sp írito Santo preserva e sustenta.
Na redenção
- O P a i planejou a salvação
- O F ilho consumou a salvação
- O E sp írito Santo re a liz a ou ap lica a salvação.
E n tretan to em qualquer d e s s e s atos as tr ê s divinas p e s ­
soas estão p re se n te s.
e. Quando Deus d e c la ra um fato na B íblia, o hom em deve
cuidar em c r e r , porque Ele não se in c lin ará p a ra s a tisfa z e r
cu riosidade de esp ecu lad o res. Ele atende os sequiosos pela
verdade, segundo a Sua vontade.
f. A unidade de Deus é um a unidade com posta como Jo
10.30; 17.22. Em Gn 2.24 vem os m arido e m u lh er form ando
uma unidade com posta na e s fe ra m a te ria l, ("um a só carn e").
Logo, o há na e s fe ra e sp iritu a l.
81
g. Muitas cousas físicas form am triunidades, e o homem
as aceitam sem d iscu tir ou re je ita r, como a luz (trê s raio s),
a eletricid ad e (trê s m anifestações), o áto m o (três p artícu las),
a água (trê s estados), a im agem (trê s dim ensões), o homem
(trê s entidades), etc.
h.D eus o P ai: Ef 4.6; Rm 15.6; Lc 1.32; I Pe 1.3; Jo 17
(todo o Cap.); Mt 6.19; 11.27.
i. Deus o Filho: SI 2.7,12; Hb 1.8; Jo 3.16; Is 9.6; Jo 1.1,14;
20.31; At 7.55,56; Ap 3.21; II Jo v .3. T ra ta -s e do Senhor
Jesu s C risto.
j. Deus o E sp írito Santo é uma pessoa e não apenas uma
influência, um poder, energia ou unção.
- Ele é mencionado em conjunto com as outras p esso as
da T rindade, em Mt 28.19; II Co 13.13 e o u tras passagens.
- Em Atos 15.28 tem os a fra se "pareceu bem ao E sp írito
Santo e a nós", da p a rte dos o b re iro s de Jeru salém . P o r ­
tanto, se o le ito r acha que é uma p esso a, o E sp írito Santo
tam bém o é.
- Ele fala, At 10.19; 8.29; Ez 3.24.
- Ele é referid o por Jesu s pelo pronom e pessoal "Ele":
Jo 14.26; 15.26; 16.8,13,14. No original é "ekeinos" -
pronom e m asculino determ inativo correspondente a ele.
Ele cham a-se a Si m esm o "eu" (At 10.19,20).
- A Ele são atribuídos atos p esso ais, sendo ao me >mo
tempo afetado pelos atos de outrem . At 5.3; 7.51; 13.2; *6.6,
7; 28.25; Rm 8.26,27; Mt 12.31,32; M t4.3;G n 6.3; I Co 1 .11.
1. Q uatro realidades sobre Je su s.
a. Seus atributos divinos: Ele tem todos os a trib itos
divinos.
2. Sua natureza: divina e humana.
3. Seus ofícios: P ro feta, sacerd o te, rei.
4. Sua obra: a redenção do mundo.
m. Cinco operações do E sp írito Santo:
1. Regenera o pecador (Tt 3.5)
2. Habita no cren te (Jo 14.17; 20.22; Rm 8.11).
3. Enche o crente no batism o (Lc 24.49; At 2.1-4; Mt 3.11).
4. Santifica (Rm 1.4; 8.2).
5. Renova (Tt 3.5b; SI 92.10b; 104.30; com parar At 2.4
com 4.31) - plenitude, renovação.
n. E futilidade q u e re r d e sc re v e r a form a e a natureza
de Deus (At 17.29).
o. P a ra os sentidos físicos do homem, vemos as tr ê s
jp e ss o a s da Trindade no batism o de Je su s: o Pai Eterno falou;
-82
o E spírito Santo desceu em form a visível de pomba e o Filho
estava sendo batizado no Jordão. (Mt 3.16,17).
3. OS ANJOS
a. São s e re s de ordem e sp iritu al, m ais elevados que o
homem. Não são divinos. São poderosos (SI 103.20; II Ts
1.7).
b. M issão principal: executar ordens de Deus; daí, seu
nome anjo - literalm en te, mensageiro (Hb 1.13,14).
c. Há anjos santos - m ensageiros de Deus, e, anjos
maus ou decaídos, que caíram com L úcifer tornando-se m en­
sageiros e agentes de Satanás.
d .S itu am -se em c lasses e categ o rias
e. Todos os s e re s angelicais não são idênticos.
f. Resumo ace rca dos anjos.
1. Quanto a origem : são filhos de Deus (Jó 38.7).
2. Quanto a natureza: são e sp írito s (Hb 1.14).
3. Quanto ao c a rá te r: são santos (Jó 5.1 ARA).
4. Quanto ao seu m inistério en tre os homens: é o casio ­
nal (SI 103.20; Hb 1.14). A gradeçam os a Deus pelo m in is­
té rio dos anjos a nosso favor.
5. Acompanham os salvos ao p a rtire m deste mundo. Que
boa companhia! (Lc 16.22).
6. T iram -n o s de sé ria s dificuldades! (Gn 19.16; At 12.7-11;
SI 34.7; Dn 3.28; 6.22; 10.11-13).
g. Os dem ônios. São uma c la sse de s e re s in fern ais sem
corpo esp iritu al, controlados pelo Diabo.
1.Não são anjos (At 23.8,9).
2. As E s c ritu ra s não discrim inam a origem deles. P o r
certo isto faz p arte do m isté rio que envolve a origem do
m al. V er Dt 29.29; I Co 4.5.
3. A Bíblia dá abundante testem unho da existência dos
demônios.
4. Em o Novo Testam ento ap arecem como s e re s e s p ir i­
tuais, desprovidos de corpo, estando sem pre procurando
p o ssu ir corpos humanos e até de anim ais (Lc 11.24-26;
Mt 8.31,32; Mc 16.17. O term o "expulsar" nesta últim a re fe ­
rência, é altam ente significativo).
5. Tendo personalidade, falam (At 19.15; Mc 5.8,9).
6. Sendo re a is, podem s e r contados (Lc 8.2).
7. Têm pavor do Senhor J e su s C risto (Mt 8.29; Mc 5.17;
Lc 8.28).
8. Existem tantos que uma legião (6.000) podem ocupar
uma pessoa (Lc 8.30).
83
4. A CRIAÇÃO DE TODAS AS COISAS
a. Deus criou todas as coisas: Gn 1.1; Jo 1.3; Cl 1.16;
Ef 3.9; Ap 4.11; Nm 16.22; At 17.25; J r 27.5.
b. Considerando as divinas pessoas em separado:
1 .0 P ai E terno planejou (Hb 11.3).
2 .0 Filho criou (Cl 1.16; Hb 1.2b).
3. O E sp írito Santo ordenou e deu vida (Gn 1.2; SI 104.30;
Jó 33.4).
c. A Criação não abrange apenas a esfera do visível, mas
também a do invisível (Cl 1.16).
d. A tão decantada Evolução nada criou. Ela ensina que
0 surgim ento das d iv ersas espécies, vem pelo ap erfeiço a­
mento pro g ressiv o de uma célula original; não pela C riação
divina. A te o ria da Evolução é um plano diabólico p ara de­
sa c re d ita r a P alav ra de Deus, a qual afirm a que Deus no
princípio criou tudo segundo sua espécie (Gn 1.21-25).
5. O HOMEM
a. A P alav ra de Deus desde o início d eclara que o homem
foi criado e também form ado p o r Deus; não evoluído de
outras espécies, chegando ao m acaco, e p or. fim, eis o
homem! Deus o criou (Gn 1.27; 2.7; SI 139.13). O Senhor
Jesu s confirmou isso em Mt 19.4. ,
b. Adão foi o p rim eiro homem (I Co 15.45a).
c. Deus fez o homem perfeito, no princípio; m as o homem
m eteu-se com m uitas invenções (Ec 7.29). A pior delas foi
a que resultou no pecado. Um só pecador d estró i m uitas
cousas boas (Ec 9.18).
6. 0 PECADO
a. Sua origem no passado: Ez 28.15,16.
b. Sua definição divina: De todas as palav ras originais
da Bíblia traduzidas em português por pecado e p eca r, a
m ais em pregada é a que significa literalm en te " e r r a r o
alvo". Ela ex p ressa tanto o estado ou disposição como o
ato de p ecar, Rm 3.23 e 5.12. Em heb. "chata" (verbo)
e "chattath", "chet" (substantivo). Exemplos: Gn 4.7;
Êx 9.27; Lv 5.1; Nm 6.11; SI 51.2,4; Pv 8.36; Is 42.24;
Os 4.7. Em grego, o vocábulo correspondente é "h am arte-
no" (verbo) e "h arm artia" (substantivo). Exemplos: Lc
11.4; 15.18,21; Jo 1.29; 8.34; 16.9; Rm 3.23; 5.12; 6.23;
1 Co 15.3; I Jo 1.7,9,10; 3.4a; 5.17b. Outros term o s o rig i­
nais muito im portantes, m ostrando a natureza maligna do
pecado são:
84
- T ran sg ressão ou violação da lei, desordem , anarquia
(No gr. "anomia") (I Jo 3.4b,8,9).
- Injustiça (no gr. "adikia", I Jo 5.17a).
- Delito contra Deus (Ef 2.1).
- Dívida contra Deus (Mt 6.12 com parado com Lc 11.4).
- Iniquidade (At 8.22; I Jo 5.17 ARA).
- Desobediência (Hb 2.2).
- Incredulidade (Hb 3.12; Jo 16.a). Todo pecado tem
sua raiz na incredulidade.
c. Sua realidade: Rm 5.12; Hb 12.1,2.
d. Seus aspectos malignos. Alguns deles são:
1. Quanto a sua natureza:
- Há o pecado congênito, inato, herdado de Adão (I Jo 1.7;
SI 51.5; 58.3; Rm 7.18).
- Há o pecado praticado (I Jo 1.9). O prim eiro vem no
singular, o segundo no plural.
2. Quanto a sua p rática.
- Há o pecado por com issão (Tg 1.15)
- Há o pecado por om issão (Tg 4.17).
3. Quanto a origem dentro de nós.
Ele tem origem nos instintos pervertidos pela queda.
E sses instintos saíram perfeitos da mão do C riador, mas
a queda transtornou tudo.
- Há o pecado da carne (II Co 7.1)
- Há o pecado do esp írito (II C o7.1; SI 66.18; At 8.21,22).
4. Quanto às suas conseqüências g erais.
- Ele inquieta e aflige o pecador (Is 48.22; Lm 3.3a;
J r 2.19).
- Interrom pe a comunhão com Deus (Is 59.2).
- E scraviza o pecador (Jo 8.34; Rm 7.24).
- Conduz à m orte eterna (Rm 6.23).
- Exclui o homem do céu (I Co 6.8; Ap 22.15).
- Morte física prem atura (I Jo 5.16).
5. Quanto ao perdão.
- Há o pecado perdoável (Mt 12.31,32).
- Há o pecado im perdoável (Mt 12.31,32).

7. A SALVAÇÃO E A VIDA CRISTÃ


a. A salvação é uma m ilagrosa transform ação esp iritu al
que se efetua na alm a e na vida da pessoa que, pela fé, r e ­
cebe Jesus C risto como Salvador (Jo 1.12; 3.5; II Co 5.17).
(Ef 2.8,9; 4.22-24).
b. A salvação é um dom gratuito de Deus, independente
85
de o b ra s. Boas o b ras seg u em -se à salvação (At 16.31;
E f 2.8,9; 4.22-24; Rm 6.23).
c. A origem da s<dvação: a g ra ç a de Deus (Rm 3.24; T t
2 .11).
d. A b ase ou fundamento da salvação: o sangue de C ris to
(Rm 3.25; I Jo 2.2).
e. O m eio da recep ção da salvação: a fé em C risto (Rm
3.25; At 16.31; Ef 2.8).
f. Os tr ê s p a sso s p a ra o pecad o r o b ter a salvação:
1. 0 hom em reco n h e cer que é pecad o r (Rm 3.23).
Isso é efetuado pelo E s p írito Santo, ao ouvir o p ecad o r
a m ensagem da salvação.
2. 0 homem confiar em Jesu s como o seu Salvador (Jo
1.12; At 16.31). Aqui tr a ta - s e de fé. É o segundo p asso .
3. O hom em co n fessar que C risto é o seu Salvador (Rm
10.10b). Significa, a d ecisão de seg u ir a C risto . C o n fessar
a C ris to é a p esso a d e c la ra r publicam ente que a c e ito u -0
como seu Salvador p esso al.
g. Os tr ê s asp ecto s da salv ação na ex p eriên cia humana:
1. Ju stific ação . Significa (p a ra o p ecador arrep en d id o ),
a m udança de posição diante de Deus - de condenado p a ra
ju stificad o (Rm 5.1; 8.33,34).
2. R eg en eração . É a tra n sfo rm a ç ã o operada no p ecad o r
pelo E s p írito Santo. É a m udança de condição - de serv o
do pecado, p a ra filho de Deus (Jo 1.12; T t 3.5).
3. S antificação. É a m udança total de vida. É a salv ação
do dom ínio e influência do pecado. É p ro g re s s iv a , no sentido
subjetivo (II Co 7.1; II T s 2.13; I T s 5.23; Rm 8.22; Lc 20.7,
8,26).
h. A seg u ran ça da Salvação.
1.A salvação é ete rn a p a ra os que obedecem (Hb 5.9;
3.14; Jo 15.6; Ez 33.13,18; Rm 11.21,22; II Pe 2.4,5 ARA).
2. C om pare o "se" ou condição, em Cl 1.22,23; Hb 3.6,14;
Dt 30.19. (F o rn ecem o s a pedido, pelo p reço de custo, um
estudo detalhado da seg u ran ça da salvação).
i. E vidências da salvação na vida c ris tã .
1 . 0 testem unho do E s p írito Santo no nosso íntim o
(Rm 8.16).
2. O testem unho da P a la v ra (At 16.31; I Jo 5.13).
3. O testem unho da m udança o c o rrid a na vida (II Co 5.17).
4 . 0 testem unho da n o ssa co n sciên cia (I Jo 3.19-21; Rm
2.15).
5 . 0 testem unho dos fru to s oduzidos (Mt 3.8; 7.20).
86
6 .0 testem unho da a v e rsã o ao pecado (I Jo 3.9 ARA).
7. 0 testem unho da ob serv ân cia da doutrina b íb lica (II Jo
vv. 9,10).
8 . 0 testem unho do am o r fra te rn a l (I Jo 3.14; 4.7). É o
am o r p a ra com òs irm ã o s na fé, im p rescin d ív el na p ro m o ­
ção do reino de Deus.
9 . 0 testem unho da v itó ria so b re o mundo (I Jo 5.4). E ste
v ersícu lo p ro v a que o mundo co n sp ira co n tra o cre n te p a ra
d e rru b á -lo . M as, p o r J e s u s, o cre n te vence o mundo te n e ­
b ro so e ilu só rio . As vezes o cre n te não am a o mundo, m as
o mundo q u er am á-lo , e o p erig o é o m esm o. V er Jo 15.19b.

8. A LEI E A GRAÇA

a. P ro p ó sito da Lei:
1. R ev elar o c a r á te r ex cessiv am en te m aligno do pecado
(Rm 3.20; 7.7).
2. R ev elar a santidade de Deus e Sua L ei (Lc 20.26; Rm
7.12).
3. M o stra r a im possibilidade do hom em p o r s i m esm o
cu m p rir a m esm a, e a s s im , re v e la r a n ecessid ad e de um
salvador e re d e n to r - isto é, co n d u zir-n o s a C risto (G1 $.24).
b. C risto , pois, é o fim da L ei (Rm 10.4). Õ m al dos
judeus (e le g a lis ta s m odernos), é que tiv e ra m a L ei coriio
m eio de salvação . A lei que os conduzia, chegou ao firà da
viagem , m a s, eles p e rm a n eceram a bordo!
c. Os fié is de Deus do Antigo T estam en to tam bém foram
salvos pela g ra ç a de Deus; não p ela L ei (At 15.10,11).
d. A L ei não é um s iste m a de fé, com o o é a G raça (G1
3.12; At 13.39). - >
e. J e s u s veio c u m p rir a L ei (Mt 5.17), no sentido de
c u m p rir se u s tipos, p ro fe c ia s, p ro m e s s a s , e, com p letá-la.
"Eu porém vos digo..." Mt 5.22,28,32,39,44). Como cidadão
judeu e ex em p lar, E le observou os rito s da L ei, é claro.
f. A p a rte m oral da L ei é e te rn a e u n iv e rsal. A p a rte
pactuai (e n tre Deus e Is ra e l), e r a tra n s itó ria , pois além de
te r sido quebrada p o r eles ( J r 31.32), foi abolida p o r C risto ,
no C alvário (Cl 2.14-17; Ef 2.15).
g. P ro p ó sito da G raça: T t 2.11-13.
h. A L ei condena o m elh o r hom em ; a G raça salva o p io r,
(Lc 23.43; I T m 1.13-15).
i. A L ei fala da vontade de Deus; a G raça da bondade de
Deus.
j. A Lei não pôde ap erfeiço ar cousa alguma. Jesu s por
Sua g ra ç a , sim (Hb 7.1a; Cl 2.10).
l.A Lei é baseada em obras (G1 3.10b); a G raça, na fé
(Ef 2.8).

9. A IGREJA
a .É o corpo m ístico de C risto (Cl 1.24; I Co 12.27).
b. É a habitação de Deus (II Co 6.16; Ef 2.22). No Antigo
T estam ento habitou Deus en tre Is ra e l, no Lugar Santíssim o
do tabernáculo. Agora Ele habita nos santos (Jo 14.17b).
N esta atual dispensação não existe aqui na te rr a santuário
nacional. É a Igreja o atual templo do Deus vivo.
c. Fundação. Já existia no plano e propósito eterno de
Deus (E f 3.11), m as historicam ente foi fundada no dia de
P entecoste, quando o E sp írito Santo encheu os cren tes,
formando um só corpo em C risto (Ef 2.14).
d. M issão da Igreja.
1. P re g a r o Evangelho a toda c ria tu ra (Mc 16.15). E, de
igual modo, ensiná-lo (Mt 28.19,20 ARA).
2. S er o la r esp iritu al, aqui, dos que estão a caminho da
glória.
e. O in g resso na Igreja de Deus é m ediante:
- Nova criação (Tg 1.18; Ef 2.10,15; 4.24; II Co 5.17;
I Pe 1.3).
- Novo nascim ento (Jo 3.5; 1.13).
- Inclusão, pelo batism o esp iritu al (I Co 12.12,13; Rm
6.3-6; G1 3.27). Isto é, o E sp írito Santo, pelo novo n a sc i­
mento une ou im erge o crente no corpo de C risto - Sua
Igreja.
f. O futuro da Igreja: a felicidade eterna no céu com
Jesu s (Jo 14.3; I Ts 4.17b). *

1 0 .0 BATISMO EM ÁGUA
a. O C ristian ism o bíblico não é relig ião ritu alística como
o e ra o Judaísm o. Sua essência consiste numa relação
pessoal e vital com o C risto vivo, pelo E spírito! (Jo 15.5;
II Co 3.8). Daí, te r Jesu s ordenado somente duas in s ti­
tuições: o batism o em água e a Ceia do Senhor (Mt 28.19;
At 2.38; I Co 11.24b).
b. O batism o fala da nossa fé em C risto (At 8.37), en­
quanto a Ceia re p e te -se , o que fala de comunhão contínua e
constante alim entação subentendida no term o ceia.
d. É a identificação pública do cren te com C risto - o seu
88
Salvador, onde a descida às águas fala da nossa m orte com
C risto; a im ersão , fala do nosso sepultam ento com C risto ;
o levantamento das águas fala da nossa re s s u rre iç ã o com Ele.
e. A fórm ula do batism o: Mt 28.19.
f. A autoridade p ara b atizar: At 2.38; 10.48.
Muitos confundem a fórmula com a ordem ou autoridade
para batizar: ("Em nome do P ai, e do Filho e do E sp írito
Santo").
g. O modo do batism o em água:
1. Deve s e r por im ersão . Batismo significa im ersão . Em
Mt 3.16 vemos que logo após Seu batism o, Jesu s "saiu da
água". Se o batism o tiv esse sido por asp ersão , te ria sido
p reciso dois homens en tra rem no rio Jordão p ara tira re m
uma caneca dágua p ara o batism o??? B astaria um p a ra ir
apanhar água...
2. A linguagem bíblica em pregada ao falar do batism o, im ­
plica im ersão ("sep u ltar") (Cl 2.12; Rm 6.4).
3. É uma incoerência o term o batismo por aspersão. Isso
equivale a dizer "im ersão po r asp ersão ". Faz sentido? E
pois uma necedade das m aio res.

11. A ÇEIA DO SENHOR


a. É uma das duas ordenanças deixadas p o r Jesu s, p a ra
a Igreja. A outra é o batism o em água. São cham adas orde­
nanças porque foram por Je su s ordenadas.
b. Jesu s começou Seu m in istério com o batism o, e,
encerrou-o com a Ceia - o crente deve in iciar a vida c ris tã
com a fé em, e p ro sse g u ir em comunhão com Deus.
c. Finalidade da Santa Ceia:
1. Anunciar a Nova Aliança (Mt 26.26-28).
2 .É um m em orial - aponta p ara o passado (I Co 11.28).
3 .É uma profecia - aponta p a ra o futuro (I Co 11.26).
4. Não é prim eiram en te p ara c o n serta r vidas - m as, p a ra
comunhão com C risto.
d. O bservações.
1. Pão asm o hoje? - Não, porque
- A páscoa, celebrada com pão asm o, e ra um tipo de
C risto (I Co 5.7); a Ceia é um m em orial. É uma com em ora­
ção esp iritu al. (I Co 11.24).
- A páscoa como tipo olhava p ara frente; a Ceia como
m em orial, para trá s .
- Jesu s usou o m esm o pão na p rim e ira Ceia porque se
tratav a do momento da páscoa, que acabara de s e r com ida.
89
- Não há ordenação ex p ressa p a ra pão asm o no Novo
Testam ento.
2. F ila s de perdão nas C eias - ch eira o Romanismo.
3. É a m aio r festa e sp iritu a l da Igreja. Sua in terru p ção
p ara tr a ta r de o utros assuntos é profanação.
4. Cada p articip an te deve e x am in ar-se a si m esm o e p a r ­
tic ip a r (I Co 11.28^. Não fica r a exam inar os outros.

12. O BATISMO COM 0 ESPÍRITO SANTO


a. Que é batism o com o E sp írito Santo? É um r e v e s ti­
mento ou dotação de poder do alto, pela instrum entalidade
do E sp írito Santo, p a ra o in g resso do cren te numa vida de
profunda adoração e de eficiente serv iço a Deus. (Lc 24.49;
At 1.8; 10.46; Jo 16.14).
b.A p ro m essa divina do batism o (J1 2.28; Jo 15.36; Mt
3.11).
c. A p ro m essa cum prida (At 2.1-14).
d. Finalidade do batism o: re v e s tir o cren te de poder
divino p a ra uma vida de am or e serv iço a Deus (At 1.8;
Lc 24.49).
e. P a ra quem é. Todos os que crêem (At 2.17,39). É
experiência d istinta e subseqüente à salvação (At 19.2;
1.13,14).
f. Como re c e b e r o g lo rio so batism o:
; 1. P ela fé (G1 3.14).
2. Em obediência (At 5.32).
3. E sperando (At 1.4).
4. Orando (At 1.14).
5. Em união e unidade fra te rn a l (At 1.14).
6. Cuidando da esp iritu alid ad e (Jo 14.17 - "o mundo não
pode rece b er").
7. Tendo re a l sede de poder (Is 44.3; Lc 11.5-13).
g. Evidência física in icial: o fa la r noutras línguas pelo
E sp írito Santo. (At 2.4; 10.45,46).
h. A plenitude do E sp írito produz no crente:
- Vida (Rm 8.2a). Vida abundante, tran sb o rd an te.
- P od er (At 1.8). P o d er vencedor. "Grande poder" (At
4.33).
- Santidade (Rm 1.4; 8.2b).

13. OS DONS E O FRUTO DO ESPÍRITO SANTO


a. Os dons: "São faculdades da pessoa divina operando
no crente" - Horton. P o rtan to , te n ta r ex p licar cabalm ente
^0
vo
est>^~ 'life sta ç õ e s so b ren atu rais do E sp írito , é futilidade.
Os dons e sp iritu a is não devem jam ais s e r confundidos còm
aptidões n atu rais inatas ou desenvolvidas e abençoadas por
Deus.
b..A íista dos dons: I Co 12.8-10.
c. Aivo e efeito dos dons:
1. A glorificação de Je su s (Jo 16.14).
2. Confirm ação da P ala v ra p regada (Hb 2.3,4; Mc 16.
15-20).
3. A expansão da obra de Deus. Evangelização e M is­
sões (liv ro de Atos, todo; Rm 15.19).
4. A edificação da Ig reja como um todo(IC o 14.12,26b).
d. C lassificação dos dons:
Dos nove dons relacionados em I Co 12.8-10,
1 .T rê s são dons de Saber: Sabedoria, Ciência, D is­
cernim ento. E les operam como olhos esp iritu a is da Igreja.
2. T rê s são dons de P oder: F é, C uras e M aravilhas.
O peram como as mãos esp iritu a is da Igreja. São, pois,
dons de ação.
3. T rê s são dons de E x p ressão Vocal: P ro fecia, Línguas,
In terp retação de Línguas. O peram como lábios esp iritu ais
da Igreja. - É a c e rc a d esses tr ê s últim os que se nota m ais
falta de disciplina nas ig re ja s como o co rreu tam bém em
Corinto.
e c nu; regulados e equilibrados p ela R evelação e s c rita
(I Pe 4.10,11). Dons exercidos sem o ensino da P alav ra,
dão em fanatism ’0 , e c essarão .
f. As línguas estran h as como evidência do batism o (não
H/ r ' : í variedade de línguas, que tem propósito diferente
vi 2.10', A ladas habitualm ente em público não tem
qualquer utilidade p ara a Ig reja (I Co 14.23). N esse caso,
o crente deve falar em silêncio (I Co 14.28).
g. Quanto a profecia. A ignorância da P ala v ra de Deus
e a falta de m aturidade esp iritu al do cren te g era m uitos
problem as, m eninices e desordens aqui. Ninguém que
aja desordenadam ente e cause confusão e escândalo no
exercício dos dons, venha a d iz er que agiu a ssim , movido
pelo E sp írito Santo, porque Ele não é au to r de ta is cousas.
h. D iferenças en tre os dons e o fruto do E sp írito (G1
5.22,23).
1 .0 dom é dado, outorgado - o fruto é criado, produzido.
2 . 0 dom vem após o batism o - o fruto deve com eçar
com a conversão.
91
3 . 0 dom vem do alto - o fruto vem do in te rio r.
4. 0 dom vem p e rfe ito (as falhas na sua operação c o r ­
rem p o r conta do p o rtad o r) - o fruto req u er tempo p a ra
am ad u recer. Não c re s c e do dia p a ra a noite, como m uitos
pensam ...
5. Dons falam de serv iço - fruto fala de c a rá te r.
6. M uitos, em vez de andarem à cata de dons, deviam
antes, desenvolver o fru to do E sp írito , porque, dons e s p ir i­
tu ais e serv iço efetuado sem o fruto do E sp írito , são uma
anom alia...
7. Os dons te rm in a rã o um dia - o fruto continuará
p a ra sem p re (I Co 13.8).
i. A final... que é o fruto do E sp írito ? - É a ex p ressão
da n atu reza e c a r á te r de C risto a tra v é s do cren te. É a
reprodução da vida de C risto no c ren te. Sendo E le o
original - o cren te, a cópia!

14. A SANTIFICAÇÃO BÍBLICA


a. E um dos asp ecto s da no ssa salvação, tanto no sentido
objetivo (isto é, do ponto de vista divino, como um dom de
Deus), como subjetivo, a s a b e r, a salvação na experiência
humana.
A santificação bíblica abrange tanto a sep aração do m al
como a dedicação a Deus, p a ra Sua p o sse e uso (I T s 5.23;
Rm 12.1).
c. A santidade é uma qualidade in trín se c a de Deus (Êx
15.11; Lv 11.45). Um de Seus nom es é Santo (Pv 9.10). A
santidade de Deus é absoluta em todos os sentidos.
d. A santificação e o crente:
1 .É a vontade de Deus p a ra o cren te (I Ts 4.3). Deus
cuidou da nossa san tificação antes m esm o da ex istên cia
do hom em (Ef 1.4).
2. O Senhor Je su s m o rreu p a ra isso (H b 13.12; Jo 17.19).
3. A im p o rtân cia e seried ad e da santificação: Hb 12.14;
II Ts 2.14 (no o rig in al "dia" = a tra v é s).
4. Deus nos chamou p a ra is s o (I Ts 4.7 ARC; I Co 1.2
ARA; Rm 1.7 ARA; I P e 1.15,16).
5. Hoje em dia, é na san tificação que o Diabo concentra
seus ataques nas f ile ir a s do Senhor.
6. E considerada fanatism o, em m uitos lu g ares.
e. N ossa san tificação posicionai, isto é, Deus nos vendo
em C risto - é im ed iata e p e rfe ita . (I Co 1.2; Hb 10.10; Fp
3.15; Cl 2.10).
92
f. N ossa santificação subjetiva ou p esso al. É p r o g r e s s i­
va (II Co 7.1; Ap 22.11; Fp 3.12; I Ts 5.23; I P e 1.15).
g. M eios divinos de santificação
1 .0 sangue de C risto (Hb 13.12; I Jo 1.7,9; Hb 9.14;
Ap 22.14).
2. A P a la v ra de Deus (Jo 15.13; 17.17; SI 119.9; Ef 5.26).
3. 0 E sp írito Santo (I Co 6.11; I P e 1.2; II Ts 2.13; Rm
15.16; 8.2).
A ap ro p riação d estes m eios é p ela fé (At 26.18).

15. A FÉ
a. E x p ressõ es da Fé:
1 .F é salvadora (Ef 2.8; Rm 10.9,10).
2. F é - fruto do E sp írito (G1 5.5,22 ARC).
3. F é - dom do E sp írito (I Co 12.9).
4. F é - o Evangelho com pleto. N ossa in te ira confissão.
O corpo de doutrinas que p ro fessam o s (Jd v .3; G1 1.23; I Tm
3.9; 4.1; II Tm 4.7; At 6.7; 4.22).
5. Fé - confiança absoluta em Deus - a tra v é s de Sua
P ala v ra .
(A fé n atu ral, in telectu al, te ó ric a , da cabeça - ou como
queiram cham ar - só se rv e p a ra as re la ç õ e s te rre n a s
entre os hom ens, Tg 2.19; Jo 20.29).
b. O v alo r da fé:
1 .É vital, essen cia l ao salvo (Rm 1.17; 11.20).
2. A falta d e f é é o p e c a d o m á te r ( J o 16.8,9; Rm 14.22,23)
3 .0 so b re-ex celen te am o r p r e c is a da fé (Ef 1.5; 3.17;
6.23).
c. Como ob ter fé:
1. P o r Je su s (Hb 12.2).
2. P ela P ala v ra de Deus (Rm 10.17).
3. Pelo E sp írito Santo (II Co 4.13).
4. Pelo louvor a Deus (Rm 4.20). E le estim u la a fé
(At 16.25; II C r 20.17-22).

16. A CURA DIVINA


a. E um dos benefícios d erivados da m o rte de C risto (Is
53.4; Mt 8.17). Note que os verbos de ação re fe re n te s a
C risto , estão no p re té rito !
b. A cu ra divina é p a rte do Evangelho. É uma de suas
p ro m e ssa s (Mc 16.18).
c. M eios de cu ra divina:
l .A oração p esso al; do p ró p rio doente (Is 38.1-5).
93
2. A o ração de o u trem ou da Ig reja (Nm 12.13; At 28.8).
3. O ração e unção com óleo p o r p re s b íte ro s (T g 5 .14-16;
Mc 6.13).
4. Dons de c u ra r em ação (I Co 12.9).
d. P o r que m uitos não são curados:
1. F alta de fé em Deus (Tg 1.6).
2. Pecado não confessado e abandonado (Tg 5.15-16;
SI 66.18).
3. M isericó rd ia de Deus (I Co 5.5). "Para m uitos, o
único freio p a ra d eix arem de p e c a r, é a doença!
4. Egoísm o. Q u erer saúde som ente p a ra proveito p e s ­
soal (Tg 4.3).
5. F a lta de p e rse v e ra n ç a na busca da c u ra (Jo 9.6,7;
Mc 8.23-25; Is 38.21). Deus nunca cu ra alguém , contra a
vontade deste (Jo 5.6).
6. P ro v a da fé. Exem plo: Jó , o p a tria rc a ; Tg 1.3.
7. Pecado "p ara m o rte" (I Jo 5.16).
8. O não q u e re r p e rd o a r ao irm ã o (Mt 18.15-35, e s p e ­
cialm ente os vv. 34 e 35). Isso pode r e s u lta r em doença e
outros m ales ato rm en ta d o res.
9. Às v ezes, não se tra ta de doença (problem a p ato ­
lógico), e sim e sp írito de demônio, e s p írito de enferm idade,
como em Lc 13.11. N esses caso s, a n ecessid ad e não é de
cu ra, sim , lib ertaç ão pelo po d er de D eus...
e. J e s u s quer c u ra r! E lib e rta r! (Mt 8.2,3).

17. DÍZIMOS E OFERTAS


a. O p e rc e n tu a l fixo de 10% de n o ssa renda, p a ra Deus, é
um dos m eios dEle e x p re s s a r Seus d ire ito s e senhorio so b re
nós e tudo o que tem o s. (Is 43.1).
b.O dízim o p erte n ce a Deus. Não sendo pago, é um
roubo! (Ml 3.8,10).
c. Em sè tratan d o de dízim os não sendo pagos na ocasião
p ró p ria , ao s ê -lo , devem s e r a c re sc id o s de 20% (Lv 27.31).
d. Quem não paga seus dízim os ao Senhor receb e Sua
cobrança com elevados ju ro s ...
e. As o fe rta s com uns ou re g u la re s devem s e r p ro p o r­
cionais à renda do contribuinte (I Co 16.2; II Co 8.3).
P o rém , Deus levanta p e ssd â s de confiança p a ra c a n a li­
zare m dinheiro p a ra as n ecessid ad es da Sua o b ra. E s s a s p e s ­
soas -
1. Podem d a r m etade do que obtêm (Lc 19.8).
2. Podem d a r tudo o que obtêm (Lc 21.4).
94
18. O ESTADO (A NAÇÃO) E O CRENTE
a. Mt 22.21 - Aqui, o Senhor J e s u s d isse: "Dai a C é sa r o
que é de C é sa r." César, aqui, é o poder constituído, o
Estado, a Nação. O cren te deve d a r exem plo quanto a cu m ­
p r ir seus deveres p a ra com o E stado. E in te re s sa n te que
Jo sé e M aria estavam cum prindo um d ecreto do E stado,
quando Je su s nasceu. J e su s m esm o, cum priu Seus d ev eres
p ara com o Estado. V er Mt 17.24-27. Não tem os dever
de obedecer quando o E stado c o n tra ria a P a la v ra de Deus
co rretam en te in te rp re ta d a e com preendida. V er Dn 1.8;
3.17,18; 6.7-10.
b. Rm 13.1-7 - Aqui, som os ensinados que tem os o dever
de cu m p rir no ssas obrigações p a ra com a Nação. V er
tam bém I Tm 2.1,2; T t 3.1; Jd v .8; Êx 22.28; Dt 17.15;
Pv 24.21, onde vem os o E stado im plícito.
c. I Pe 2.13,14,17 - E sta s p assag en s são um código de
civism o, onde som os adm oestados pela P a la v ra a a c a ta r
as autoridades constituídas.

19. MORTE, RESSURREIÇÃO E DESTINO ETERNO DO


HOMEM
a. Só p assam o s por e sta vida um a vez. Após a m o rte,
seg u e-se o juízo (Hb 9.27; Ec 12.7; II Sm 12.23).
b. A alm a é im o rtal. E la não c e ssa de e x is tir com a
m orte do corpo. C o m p arar Gn 25.8,9 com Lc 16.22,31. P a ra
Deus, todos os que já m o rre ra m continuam vivos, isto é,
sua alm a e e sp írito (Lc 20.38). "E tern a d estru ição " do
ímpio em II T s 1.9, não qu er d iz e r extinção, m as ruína,
desgraça. Tam bém , a alm a não dorm e com o corpo na
sepultura (Lc 16.22-25; At 7.59,60; II Co 5.8; Fp 1.21,23;
Ap 6.9,10; 14.13). O "d o rm ir" se m p re r e f e r e - s e à m o rte
do corpo, como em Dn 12.2; Mt 27.52; Jo 5.28.
c. "M orte", no sentido bíblico, não quer d iz e r extinção.
Sim, separação. Morte física é a sep araçã o en tre o e sp írito
e o corpo. Morte espiritual é o v iv er separado de Deus d e­
vido ao pecado (Gn 2.17; Ef 2.1; I Tm 5.6). Morte eterna
é o viver separado de Deus etern am en te. É tam bém ch am a­
da "segunda m orte" (II T s 1.8,9; Ap 19.14; 20.10; 21.8).
d. As E s c ritu ra s re fe re m -s e à m o rte, m ediante a p a la ­
vra " d o rm ir", porque, ao fa le c e r, a p esso a p erd e a co n s­
ciência p a ra com e ste mundo, acordando no outro, que pode
s e r de paz e gozo, ou sofrim ento. É o corpo que adormece.
{ 95
E stêvão adormeceu, m a s, seu e s p írito foi recebido na g ló ria,
por J e s u s (At 7.59,60). V er I T s 4.13,14.
e. O inferno não foi p rep arad o p a ra o homem m as, p a ra
o Diabo e seu s anjos. M as, se o homem in s is te em s e r v ir ao
Diabo, ir á um dia v iv e r com ele (Mt 25.41).
f. A r e s s u r re iç ã o é do corpo individual, senão o term o
na B íblia s e r ia um ab surdo, v isto que o e s p írito não m o rre .
Os c re n te s r e s s u s c ita rã o com corpo g lo rio so em v ário s
sentidos (I Co 15.43). Os ím pios re s s u s c ita rã o com corpo
por certo ignom inioso, p ró p rio p a ra s o fre r (Mt 10.28b; SI
22.29). Há duas r e s s u r re iç õ e s : a dos ju sto s e a dos in ju s­
tos, havendo um in terv alo de 1.000 anos en tre ela s (Jo 5.28,
29; Ap 20.5). A e x p re ssã o " re s s u rre iç ã o " dentre os m o r­
to s, em Lc 20.35 e F p 3.11, im plica uma re s s u r re iç ã o em
que som ente os ju sto s p a rtic ip a rã o .
g. A p rim e ira r e s s u r re iç ã o tem d iferen tes g ru p o s de r e s ­
su scitad o s como indica o te rm o "ordem " em I Co 15.25
no o rig in al.

20. A.SEGUNDA VINDA DE JESUS.


a. Quando será? Não sàbem õs, m as está p róxim o (Mt
24.36; Hb 10.37; Ap 21.20).
b. Como será? E la te rá duas fases. Na p rim e ira , Jesu s
le v ará Sua Ig re ja p a ra a g ló ria , num in stan te, e em segredo.
N essa o casião , Ele v irá som ente até às nuvens (I T s 4.16,17;
Jo 14.3; I Co 15.52). Na segunda, Ele v irá com todos Seus
santos e anjos, descendo so b re o Monte das O liv e ira s, em
J e ru s a lé m , publicam ente, rodeado de g ló ria e p o d er p ara
liv r a r Is r a e l, que e s ta r á a ponto de sucum bir sob os e x é r ­
citos confederados do A n tic risto , ju lg a r as nações e e s ta b e ­
le c e r Seu rein o m ilen ial. (Zc 14.4; At 1.11,12; Mt 24.30;
Ap 1.11). A p rim e ira fase é cham ada Arrebatamento da
Igreja. A segunda, Revelação de Jesus em Glória.
E n tre o a rre b a ta m e n to e a volta de Je su s em g ló ria o c o r­
re r á a G rande T rib u lação , a qual ab ran te os anos de a s c e n ­
dência e dom ínio do A n tic risto , tam bém cham ado A B esta,
além de o u tro s nom es. O A n tic risto ao e m e rg ir, p ro m o v erá
uma paz e um p ro g re s s o espantoso aqui na te r r a (I T s 5.3).
S erá o falso M essias. Diz Ap 13.3 "Toda a te r r a se m a ra ­
vilhará após a B esta." Até Is ra e l fará aliança com ele por
sete anos, m as p assad a a m etade d esse tem po a alian ça s e rá
desfeita quando lhe for recu sad a adoração, e p a s s a rá a p e r-
seg u i-lo s (Dn 9.27; 7.25; Ap 13.3). E s s e s últim os tr ê s anos
96 si
com preenderão a T ribulação p ro p riam en te dita. O s o fri­
m ento s e rá de tal monta que se d ü ra sse m ais tem po ninguém
e sc a p a ria (Mt 24.21,22).
E n e sse tem po de ju stiç a divina que as sete p rag as
m encionadas em Ap caps. 15 e 16 se rã o d e rra m a d a s na te r r a .
A G rande T ribu lação visa em p rim e iro plano os judeus,
m as o mundo in te iro s o fre rá tam bém ( J r 25.29-32; Ap 13.7,8;
14.3; Dn 7.23). Um dos p ro p ó sito s da G rande T rib u lação é
lev ar Is r a e l ao arrependim ento.
Quando J e ru s a lé m e s tiv e r cercad a de e x é rc ito s das nações
confederadas sob a B esta e os judeus e stiv e re m sem qual­
quer esp e ra n ç a de salvação, a ponto de s e re m trag ad o s pelo
inim igo, o Senhor Je su s v irá em seu so c o rro com Seus
santos anjos, descendo so b re o Monte das O liv eiras, em
J e ru s a lé m (Ap 19.11-16; Zc 14.3,4).
D urante e s s e tem po, enquanto o A n ticristo desencadeia
na te r r a a G rande T ribulação, a Ig reja a rre b a ta d a antes
disso, e s ta r á com C risto no céu, onde s e rá galardoada e
com Ele v o lta rá em g ló ria.
O A nticristo. O A n ticristo s e r á um homem p e rs o n ifi­
cando o Diabo, porém , ap resen tan d o -se como se fosse Deus
(Dn 11.35,36; II T s 2.4,9). S erá um p erso n ag em de uma
habilidade e capacidade desconhecidas até hoje.. S erá o
m aior líd e r de toda a h istó ria . Sua sab ed o ria e capacidade
se rã o diabolicam ente so b ren atu ra is.
Além da ação diabólica, o u tro s fato re s co n trib u irão p ara
a im plantação do reino do A n ticristo , como: poderio bélico,
alta tecnologia, e poder económ ico.
S erá um grande demagogo. Influenciará decididam ente
as m a ssa s com seus d iscu rso s e e s c rito s (Ap 13.5). A Bíblia
diz que toda a te r r a se m a ra v ilh a rá após a B esta (Ap 13.3).
Ele não s e r á um homem re s s u re to , como m uitos ensinam ,
pois s e r á m o rto à vinda de C risto , noA rm agedom (Ap 19.20;
Hb 9.27). É cham ado em II T s 2.8 de Ânomos (g r.), isto é,
o Homem do Pecado; o Homem Sem Lei; o Iníqiio; o Homem
da D esordem ; o Subversivo; o T ra n s g re s s o r, etc.
c. P ro p ó sito s da vinda de Je su s:
1. L ev a r Sua Ig reja p a ra Si (Jo 14.3; I T s 4.17), li-
vrando-a a s s im da G rande T rib u lação (I T s 1.10; Ap 3.10).
2. C onsum ar a salvação do cren te (I Pe 1.5; Rm 13.11;
8.23).
3. G lo rific a r os Seus (Cl 3.4; Rm 8.17).
4 .J u lg a r e reco m p en sar a todos (Mt 13.30, 40-43;
97
16.27; II Co 5.10). A reco m p en sa do c re n te te r á p o r base
sua fidelidade ao Senhor (Mt 25.14-35).
5. P re n d e r S atanás (Ap 20.1,2).
6. R e s ta u ra r todas as co isas (At 3.21; Mt 19.28).
7. R ev elar m is té rio s que tanto nos in trig am agora
(I Co 4.5).
8. L ib e rta r e ab en ço ar a c ria ç ã o (Rm 8.19-22).
9. R ein ar etern am en te com os Seus (Ap 11.15; Lc 1.33;
Dn 7.13,14; Mt 25.31).

2 1 .0 REINO MILENIAL DE CRISTO


O M ilênio é o m arav ilh o so reinado de C ris to ná te r r a por
m il anos. Há aq u eles que to talm en te o m a te ria liz a m ou
o e sp iritu a liz a m . E vitem os ta is ex tre m o s. E s s a idade
áu re a é an sio sam en te e sp e ra d a pelo povo is r a e lita (Mt 19.
27,28; At 1.6,7; Lc 2.38). J e s u s não lhes tiro u e s ta e s p e ­
ran ça que hoje im pulsiona o re g re s s o dos judeus à sua p á tria
e m otiva sua rápida elevação. A C riação toda tam bém a g u a r­
da e s s e tem po p a ra sua lib ertaç ão (Rm 8.19-23). S erá ele
a re sp o s ta aos m ilh a re s de o raçõ e s do povo de Deus a t r a ­
vés dos tem pos: "Venha o Teu rein o " (Mt 6.10).
a. O Milênio e a volta de Cristo. O m ilênio s e r á p r e c e ­
dido da Sua volta, a qual ab ra n g e rá v á rio s eventos p o rte n to ­
sos.
1 .E le v o ltará p esso alm en te em g ló ria (Mt 24.30,31;
Ap 1.7). Há quem diga que o M ilênio o c o r r e r á an tes da
vinda de J e s u s , quando a B íblia ensina que s e r á após isso .
C o m p arar Ap 19.11-16 (a volta de Je s u s) com Ap 20.2,4,6,7
(o M ilênio após a volta de Je su s).
2. E le v o ltará com Seus santos e anjos so b re o monte
das O liv eiras (Zc 14.4,5; At 1.11,12).
3. E le v o ltará p a ra ju lg a r as nações (At 24.31,32; J1
3.2,12; Ap 19.11-15).
4. E le v o ltará p a ra p re n d e r Satanás (Ap 20.4-6).
b. O M ilênio e os salvos. Os salv o s re in a rã o com
C risto (Ap 5.10; 20.4-6).
c. O M ilênio e seu s aspectos. Alguns d eles são:
1 .P a z na C ria ção em g e ra l (Is 11.6-9).
2. P az em I s ra e l (Is 32.18).
3. P az e n tre os povos e nações (SI 72.2-8; Mq 4.3,4).
4. P az e n tre Is ra e l e seu s vizinhos á ra b e s (Is 19.24,25).
Mas antes que tal aconteça e s s e s povos s o fre rã o m uito.
J s r a e l: Zc 14.2. Egito: Is 19.22; J1 3.19.
98
5. J u stiç a p e rfe ita (Is 11.5; 32.17; SI 72.7,8).
6. Abundância de v ív e re s ( J r 31.12; Zc 8.12; J1 3.18; SI
72.16).
7. G lória. 0 M ilênio s e r á um reino g lo rio so (SI 72.19).
d. 0 Milênio e a T erra. J e s u s re in a rá so b re a T e r r a .
Seu dom ínio ,se rá u n iv eral: Zc 14.9,10; Dn 7.14, 27; SI 72.8,11;
Ap 11.15; Fp 2.11).
- O M ilênio p r e p a r a r á a te r r a p a ra o estab e lecim en to do
reino etern o de C ris to sob Deus, conform e a p ro m e ssa
divina em I Co 15.24,25; Lc 1.33-35; SI 89; II Sm 7.12,13.
- M uitos acham d ifícil J e s u s v ir aqui p a ra re in a r p o r
m il anos. Muito m ais d ifícil s e r ia Ele v ir aqui p a ra hum i-
lh a r-s e , s o fre r e m o r r e r como hom em , levando so b re Si a
nossa m aldição: E is s o E le fez.
e. O M ilênio e Israel. Com o estab elecim en o do M ilênio
por J e s u s , findará aqui na t e r r a toda e qu alq u er su p rem acia
e predom inância de nações. As nações dantes b elico sas,
e n co n trarão afinal um G u e rre iro m ais fo rte que e la s ... Uma
exceção: ISRAEL, que e s ta r á então à te s ta das nações:
Is 2.3; 60.3; Zc 8.22; Ap 21.24.

22. O JUÍZO FINAL


a. A c e rte z a d isso Deus já deu: At 17.31.
b. N essa o casiã o os ím pios falecidos de todas as épocas
e s ta rã o re s s u s c ita d o s , isto é, com corpos lite r a is (Mt 10.28b).
E ste julgam ento é p a ra aplicação de senten ça apenas, pois
o pecador já e s tá condenado quando não c r ê no Filho de
Deus (Jo 3.18).
c. O julgam ento s e rá de aco rd o com a s o b ra s, p ortanto,
h averá d ifere n tes g ra u s de castig o (Mt 11.22,24; Lc 12.47,48;
Ap 20.12).
d. Deus sendo p e rfe ito em ju s tiç a com o é, te r á uma lei
p a ra ju lg a r os que p eca ram sem lei (Rm 2.12).
e. Quanto aos que m o rre ra m sem co n h ecer o Evangelho,
deixem os com D eus. O "Juiz de toda a te r r a " (Gn 18.25)
sa b e rá fa z e r ju tiç a . Só E le tem o d ire ito de ju lg a r os m o r­
tos (At 10.42; Rm 14.9).

2 3 .0 PER FEITO ESTADO ETERNO - NOVOS CÉUS E A


NOVA TERRA
a. A p ro m e s s a divina em que confiam os: Is 65.17; II Pe
3.9.
99
b.João, o Evangelista, já teve a visão, po r Deus dada:
Ap 22.1,2.
c. Jesu s fez menção desta e ra perfeita em Lc 20.35 (no
original "aion", que a ARC traduz por mundo e a ARA, por
era).
d. Apocalipse caps.,21 e 22 descrevem as g ló rias lite ra is
desse estado m irífico.
e. A Ig reja e s ta rá em estado de g ló ria e felicidade e te r ­
nas com Deus (Cl 3.4; Mt 13.43; I Co 15.43b).
f. As insondáveis belezas celestia is com eçarão a s e r
conhecidas (I Co 2.9).
g. A m edida que as e ra s futuras forem passando, conhe­
cerem os m ais e m ais as insondáveis belezas e riquezas
do nosso Salvador (Ef 2.7; 3.8).

24. DISPENSAÇÕES E ALIANÇAS


a. D ispensação é o modo de Deus re v e la r-s e , de tr a ta r
com o homem, de te s ta r o estado esp iritu al do povo em de­
term inado espaço de tempo. Em suma: é uma fase de prova
moral.
b. O vocábulo equivalente a dispensação ach a -se no o r i­
ginal em Ef 1.10; 3.29; I Co 9.17; Cl 1.25.
c. A lianças são pactos ou concertos en tre Deus e o homem.
É no grego "diatheke". O term o aparece em Lc 1.72; Mt
26.28 etc.
d. As D ispensa^ões:
1.A da Inocência. Vai de Gn 2.7 a 3.24. E sten d e-se
da criação do homem à sua queda.
2. A da Consciência. Vai de Gn 4.1 a 7.23. E sten d e-se
da queda do homem ao Dilúvio.
3. A do Governo Humano. Vai de Gn 8.15 a 11.9. E s ­
tende-se do Dilúvio a Abraão.
4. A Patriarcal (ou da P ro m essa). V aideG n 12 a Êx 19.
Ver At 7.8,9,11,12,25. EsJ:ende-se de Abraão a M oisés.
5. A da Lei. Vai de Êx 19.8 a Jo 19.30. Abrange do
Sinai ao C alvário (G1 3.19-25).
6. A da Graça ou da Igreja. Vai da la . a 2a. vinda
de Jesu s (Jo 1.17). É de âm bito universal. A salvação d e­
pende da aceitação ou rejeição de C risto (Jo 1.12,13; 3.16).
'«7. A do Milênio. D uração: mil anos. L er E f 1.10; Ap
20.4b;^ Is 11.3-9. Abrange do Juízo das Nações ao Juízo F i­
nal. É a dispensação do governo divino na T e rra .
100
e. As Alianças
1. A do Éden. Gn 1.28-30; 2.16,17. Celebrada com Adão
e Eva. E ra condicional.
2. A de Adão. Gn 3.14-19. Inclui a p ro m essa de um
Redentor. É incondicional.
3. A de Noé. Gn 8.20 a 9.27. Instituído o governo hum a­
no. É incondicional.
4. A de Abraão. Gn 12.1-3; 13.14-17; 15.1-18; At 7.8.
É incondicional e perpétua (Gn 17.19). Confirma a p ro m e s­
sa do Redentor. Abrange tr ê s posteridades: a de Ismael -
puram ente carnal (Gn 17.20); a de Israel - carnal e e sp i­
ritual; a da Igreja - puram ente esp iritu al (Rm 4.11,12; G1
3.14).
5. A de M oisés. Êx 20.1 a 31.18. É condicional, sendo
um concerto de obras (Lv 18.5; G1 3.12). Desde a C ruz, não
estam os m ais sob a Lei (Rm 6.14; 10.4).
6. A da Palestina. Dt 29.1 a 30.3. É incondicional.
Confirma a p o ssessão da T e rra Prom etida aos descenden­
tes de Abraão.
7. A de Davi. II Sm 7.8-17. É incondicional. A ssegura
trê s coisas a Isra e l, como povo e nação: um trono, um r e i­
no, e um re i - tudo atrav és de C risto (Lc 1.32,33; Rm 1.3;
Mt 1.1).
8. A Nova Aliança. Mt 26.27; Hb 8; II Co 3.1-11;
J r 31.31,34. É incondicional. B aseia-se no sangue de Jesu s.
É para todos: "Quem quiser" (Ap 22.17). E uma aliança
de G raça - não de O bras. Ela asseg u ra a bem -aventuran-
ça eterna, sob o concerto abraâm ico (Gn 3.13-29).
Quanto a m aio res detalhes bíblicos das D ispensações
e Alianças, e ste manual não com porta.
Um dos benefícios do estudo das D ispensações e A lian­
ças é o fato de através dele verm os o andamento do plano
divino da redenção, através dos séculos. Tudo, segundo a
presciência divina!

QUESTIONÁRIO

1.Que são D outrinas Fundam entais?


2. Que significa o term o doutrina? ,
3. Qual o plano de Deus p ara o homem depois de salvo, quanto
ao conhecimento da verdade? C itar referên c ias bíblicas.
4. Cite referên c ias salientando o valor ou im portância da
doutrina.
101
5. Quais as trê s form as de doutrina? C itar re fe rê n c ia s.
6. M ostras as diferen ças b ásicas en tre doutrina e costum es.
7. Dê a classificação das doutrinas da Bíblia.
8. Que com preende a in sp iração divina da Bíblia? D ar re fe ­
rências.
9. C itar re fe rê n c ia s m ostrando que Deus é uno e ao m esm o
tempo triuno.
10. C itar re fe rê n c ia s concernentes a Deus o P ai, Deus o F i­
lho e Deus o E sp írito Santo.
11. Que são os anjos? D ar re fe rê n c ia s.
12. Dar re fe rê n c ia s m ostrando que Deus criou todas as
coisas.
13. Que falsam ente ensina a Evolução?
14. Que diz a Bíblia sobre a origem do homem - que foi
criado ou evoluído gradativam ente de o u tras esp écies?
C itar re ferên c ias.
15. Dar alguns te rm o s bíblicos d escritiv o s do pecado. C itar
referên c ias.
16. M encionar os p rin cip ais aspectos do pecado.
17. Que é salvação? D ar re ferên c ias.
18. C itar os p asso s p ara a salvação do pecador.
19. E xplicar o que é justificação, regeneração, santificação.
20. Em que sentido veio Jesu s cu m p rir a Lei?
21. Qual o m últiplo propósito da Lei?
22. Que é a Ig reja? Dar re ferên c ias.
23. D is c o rre r so b re o batism o em água, doutrinariam ente.
24. D ar a finalidade da Ceia do Senhor.
25. É bíblico o em prego de pão asm o na Ceia do Senhor?
26. Que é o batism o com o E sp írito Santo? Qual a sua ev i­
dência física?
27. Que são os dons do E sp írito Santo? Qual o seu alvo?
28. Dê algum as d iferen ças en tre os dons do E sp írito Santo
e o fruto do E sp írito .
2 9 .0 que é santificação bíblica? Dê referên c ias.
30. E xplicar o que é santificação posicionai e subjetiva.
31. M encionar os m eios divinos de santificação.
32. M encionar algum as form as de ex p ressão da fé. Dar
referên c ias.
33. Que é a cura divina quanto a sua origem ?
34. C itar re fe rê n c ia s m ostrando que a alm a humana é im o r­
tal.
35. Que significa o term o "m orte" nas E s c ritu ra s ?
36. Qual a d iferen ça bíblica en tre o arreb atam en to da Igreja
102
e a volta de Jesu s em g ló ria? Dar referên c ias p ara os
dois casos.
37. Que é o Milênio? C itar aspectos bíblicos do Milênio.
38. Que é o Juízo F inal? Quem s e rá julgado aí? Quando
o c o rre rá ? Dar referên cias.
39. Que é dispensação? Que é aliança?
40. M encionar as alianças estudadas
41. M o strar a superioridade da Nova Aliança sobre a Velha.

103
Unidade III

A escola dominical

Sumário da Unidade

Introdução à E scola Dominical ........................................... 105


Cap. I - A h istó ria da E scola Dominical ............... . 107
Cap. II Os objetivos da E scola Dominical .................. 116
Cap. III - A organização e adm in istração da E scola
D ominical .................................................................. 121
Cap. IV - A prom oção e possibilidades da Escola
Dominical .................................................................. 142
104
INTRODUÇÃO

A E scola Dom inical é a escola de ensino bíblico da Ig reja,


que evangeliza enquanto ensina, conjugando a ssim os dois
lados da com issão de Je su s à Ig reja, conform e Mt 28.20 e
Mc 16.15. Ela não é uma p a rte da Igreja; é a p ró p ria Ig reja
m inistrando ensino bíblico m etódico. A E scola Dominical
é um m inistério p essoal p ara alcan çar cria n ças, jovens,
adultos, a fam ília, a comunidade in te ira , ta l como fazia a
Igreja dos dias apostólicos. É ela a única escola de educação
religiosa popular que a Ig reja dispõe. A E scola Dominical
devidam ente funcionando, é o povo do Senhor, no dia do Senhor,
estudando a P alav ra do Senhor, na casa do Senhor.
a. A E scola Dominical existe p a ra m in is tra r a pequenos e
grandes, ensino relig io so segundo a P ala v ra de Deus, e isto
de m aneira pedagógica e m etódica, como é de se e s p e ra r de
uma organização que leva o nome de escola. Sendo o ensino
na E scola Dominical um m in istério pesso al, o verdadeiro
pro fesso r de classe está sem p re m ais chegado a seus alunos
na ig reja, do que qualquer outro o b reiro da m esm a, inclusive
o pastor. Logo, uma E scola Dominical devidam ente org an iza­
da, cuja D ireção e p ro fe sso re s são esp iritu a is e idôneos,
treinados p a ra o ensino bíblico, e equipados com lite ra tu ra
e m eios de ensino ap ro p riad o s, é um poderoso e eficiente
m inistério pessoal p ara a lcan çar a todos na ig reja, na fam í­
lia e na comunidade.
b. O ensino das doutrinas e verdades etern as da B íblia, na
E scola Dominical, deve s e r pedagógico e m etódico como nu­
ma escola, sem contudo d eixar de s e r profundam ente e s p i­
ritual.
c. A E scola Dominical tam bém coopera eficazm ente com
o la r na form ação dos hábitos legítim os e c ris tã o s, p ráticas
e deveres sociais e bíblicos, resultando daí a form ação do
c a rá te r ideal, segundo os princípios do genuíno c ristian ism o .
d. A escola secu lar in stru i e contribui p ara a form ação
de bons hábitos, mas não prom ove a educação do c a rá te r
genuinamente cristão . Ela visa com p rio rid ad e o intelecto
do aluno. Já a Escola Dominical, sendo genuinam ente bíblica,
educa e in stru i, mediante o ensino da P ala v ra , visando p rio ­
ritariam en te o coração do aluno. A ordem divina vista em
11b 10.16 não deve s e r alterad a: coração e m ente, e não ao
contrário. A Escola Dominical evangeliza enquanto ensina.
P ara tanto, toda lição nunca deve s e r concluída sem uma
105
aplicação pessoal, específica, evangélica. Quem evangeliza
fala ao coração, e quem ensina fala ao raciocínio, à in te li­
gência, dependendo, é evidente, do E sp írito Santo.
e. O ra, a Bíblia é a revelação p ro g ressiv a de Deus; o seu
constante estudo sob o influxo do E sp írito Santo, conduz-nos
a uma crescen te revelação dEle e a visões m ais g lo rio sas
de Sua divina pessoa. É evidente que tal estudo seja gradual,
dosado, em c la sse s, de acordo com as div ersas idades, r e s ­
peitando-se assim as grandes divisões da vida humana, para
um real aproveitam ento. Assim fazem também as escolas
secu la res p ara com seu corpo discente.
f. A Escola Dominical, quando devidamente aparelhada, é
de fato a agência de form ação relig io sa popular das ig rejas
evangélicas. É aí que as crian ças desde a m ais te n ra idade,
os adolescentes, e os adultos, ao receb erem o ensino sadio
e inspirad o r das E s c ritu ra s , são todos beneficiados: as c r i ­
anças recebem form ação m oral e esp iritu al, os adolescen­
tes form am sua personalidade c ris tã e os adultos renovam
suas forças m o rais e esp iritu ais p ara uma vida c ris tã
sem pre fru tífe ra e abundante.
g. N esta Unidade de ensino procuram os re s s a lta r o valor,
o objetivo, a necessidade e os resultados da E scola Domi­
nical.

QUESTIONÁRIO

1. Defina o que é a E scola Dominical.


2. Como deve s e r m inistrado o ensino da P alavra na Escola
Dominical?
3. Quais os objetivos p rincipais da escola secu lar e Domi­
nical, p ara com o aluno? Cite a referên cia apresentada.
4. Além da operação divina em si, que é p reciso fazer a
E scola Dominical, p ara prom over um real aproveitam ento
do ensino da P alav ra?

106
U n i d a d e ÏII
Capítulo 1

A HISTÓRIA DA ESCOLA DOMINICAL

Sumário do Capítulo
I. Nos dias de M oisés, 107
II. Na época dos sacerdotes, re is e profetas de Isra e l, 108
III. D urante o cativeiro babilónico, 108
IV. No p ó s-cativ eiro , 108
V. Nos dias de Jesu s, 109
VI. Nos dias da Igreja, 110
VII. Na fase atual - a Escola Dominical m oderna, 111
VIII. Alguns fatos h istó rico s, 112
IX. A E scola Dominical no B rasil, 113

A E scola Dominical tal como a tem os hoje é uma in s ti­


tuição m oderna, m as tem suas raíz es aprofundadas na an ti­
guidade do Velho Testam ento, nas p re s c riç õ e s dadas por
Deus aos p a tria rc a s e ao povo de Isra e l. A E scola, como
a tem os hoje não havia então, m as havia o p rincípio funda­
mental - o do ensino bíblico determ inado por Deus aos fiéis
e aos estranhos ao seu red o r. Sem pre pesou sobre o povo
de Deus a responsabilidade de ensinar a lei divina.
A E scola Dominical é a fase p resen te da in stru ção bíblica
m ilenar que sem pre caracterizo u o povo de Deus.
Estudem os em resum o, como se desenvolveu a instrução
religiosa nos tempos bíblicos e nos tempos m odernos, isto é,
os prim ó rd io s, que depois resu ltaram na origem e desenvol­
vimento da E scola Dominical em sua form a atual.

I. NOS DIAS DE MOISÉS


1. Examinando o Pentateuco, vemos que no princípio, en tre
o povo de Deus, eram os p ró p rio s pais os responsáveis pelo
107
ensino da revelação divina no la r. O la r, então, e ra de fato
uma escola onde os filhos aprendiam a te m e r e a m ar a
Deus. (Dt 6.7; 11.18,19).
2. Havia tam bém reuniões públicas de que participavam
hom ens, m u lh eres e cria n ças, aprendendo a lei divina (Dt
31.12,13).

n . NA ÉPOCA DOS SACERDOTES, REIS E PROFETAS DE


ISRAEL
l.O s S acerd o tes, além do culto divino, tinham o encargo
do ensino da Lei (II C r 15.3; J r 18.18; Dt 24.8; I Sm 12.23).
2. Os sacerd o tes eram in term ed iário s en tre o povo e
Deus, assim como os p ro fetas eram in term ed iário s en tre
Deus e o povo.
3. Os re is de Judá, quando piedosos, a liav am -se aos s a c e r ­
dotes na prom oção do ensino bíblico. Tem os disto um exem ­
plo no bom re i Jo safá, que enviou líd eres, levitas e s a c e r ­
dotes por toda a te r r a de Judá p ara en sin arem ao povo a
Lei do Senhor (II C r 17.7-9).

III. DURANTE O CATIVEIRO BABILÓNICO


N essa época, os judeus no exílio, privados do seu grandioso
tem plo em Je ru sa lé m , in stitu íra m as sinagogas tão m encio­
nadas no Novo T estam ento. A sinagoga e ra usada como
escola bíblica, casa de cultos e escola pública. O h is to ria ­
dor Philo, falecido em 50 AD, com seu testem unho insuspeito,
afirm a que "as sinagogas eram casas de ensino, tanto p ara
cria n ças como p ara adultos". - Benson.
Na sinagoga a crian ça receb ia in stru ção relig io sa dos
5 aos 10 anos de idade; dos 10 aos 15 anos, continuava a
instrução relig io sa, agora com o auxílio dos com entários
e trad içõ es dos rabinos. Aos sábados, a p rincipal reunião
e ra a m atutina, incluindo jovens e adultos.

IV. NO PÓS-CATIVEIRO
l.N o s dias de E sd ras eN eem ias, lemos que quando o povo
voltou do cativ eiro , um grande avivamento e sp iritu al teve
lugar en tre os is ra e lita s . E sse despertam ento teve origem
numa intensa dissem inação da P alav ra de Deus e incluiu um
vigoroso m in istério de ensino bíblico. É d essa época que
tem os o rela to do p rim e iro movimento de ensino bíblico
metódico popular sim ila r ao da nossa E scola Dominical
de hoje.
108
2. 0 capítulo 8 do liv ro de N eem ias dá um rela to de como
e ra a escola bíblica popular de então - ou como cham a­
mos hoje: E scola Dominical. E sd ra s e ra o superintendente
(Ne 7.2), o liv ro -tex to e ra a Bíblia (v.3), os alunos eram
homens, m ulheres e cria n ças (vv.3; 12.43). T rez e au ­
x iliares ajudavam a E sd ra s na direção dos trabalhos (v.4),
e outros tre z e serv iam como p ro fe sso re s, m inistrando o
ensino (vv. 7,8). 0 h o rário ia da manhã ao m eio dia (v.3).
A firm a o v.8 que os p ro fe sso re s liam a P ala v ra de Deus
e explicavam o sentido p ara que o povo entendesse. É certo
que aí há um problem a lingüístico envolvido (o povo falando
o aram aico ao re to rn a r do exílio), m as o que so b ressa i
m esm o é o ensino bíblico patente em todo o capítulo. P o r
certo, o le ito r g o staria de te r pertencido a uma escola
assim , espiritualm en te avivada.
3. O resultado d esse movimento de ensino da P alav ra foi
a operação do E sp írito Santo em profundidade no meio do
povo, conforme ate sta todo o capítulo 9 e os subseqüentes,
do livro de N eem ias. É o cum prim ento da p ro m essa de Deus
em Is 55.11. L ede-a.

V. NOS DLAS DE JESUS


1. Jesu s foi o Grande M estre, glorificando a ssim a m issão
de ensinar. Grande p a rte do m in istério de nosso Senho*
foi ocupado com o ensino. V er Lc 20.1; Mt 4.23; 9.35. Sua
últim a com issão à Igreja foi "Ide e ensinai" (Mt 28.19,20).
Sua ordem é clara.
A quem e onde Jesu s ensinava?
- Nas sinagogas (Mc 6.2).
- Em c asas p a rtic u la re s (Lc 5.17; Mc 2.1).
- No tem plo (Mc 12.35).
- Nas aldeias (Mc 6.6).
- Às m ultidões (Mc 6.34).
- A pequenos grupos e individualm ente (Lc 24.27; Jo
caps. 3 e 4).
2. O m in istério de Jesu s e ra tríp lic e: Ele pregava, ensinava
e curava. E ra, pois, um m in istério de poder, de m ilag res.
P ela pregação Ele anunciava as boas novas de salvação;
pelo ensino, edificava a fé dos que cria m , e pelos m ilag res,
m anifestava Seu poder, Sua divindade e glorificava ao Pai.
E sse m esm o m in istério tríp lic e foi ordenado e confiado à
Igreja: Mc 16.15,18; Mt 28.19.
3. Seus apóstolos tam bém ensinavam (Mc 6.30b; At 5.21).
109
4. Aplicação. É evidente que se a Igreja de hoje cuidasse
devidamente do ensino bíblico junto às crian ças e novos con­
vertidos, teríam o s uma Igreja muito m aior. P ecadores aos
m ilhares convertem -se, m as poucos perm anecem porque lhes
falta o apropriado ensino bíblico que lhes cim ente a fé. F a l­
ta -lh es raiz ou base esp iritu al sólida e profunda. A planta
da parábola m o rreu , não porque o sol cresto u -a, m as, p rin c i­
palm ente porque não tinha raiz (Mt 13.6).
VI. NOS DIAS DA IGREJA
1. Após a ascensão do Senhor, os apóstolos e discípulos
continuaram a ensinar. A Ig reja dos dias prim itivos dava
muita im portância a esse m in istério (At 5.41,42).
2. São Paulo, um grande m e stre , foi m aravilhosam ente
usado por Deus n esse m ister. Suas epístolas contêm sublim i­
dades de ensino variado. Ali, tanto há alim ento p ara adultos
como para criancinhas e sp iritu a is. Ele e Barnabé, por
exemplo, p assaram um ano todo ensinando na Igreja em An-
tioquia (At 11.26). Em Éfeso, ficou trê s anos ensinando (At
20.20,31). Em Corinto, ficou um ano e seis m eses (At 18.11).
Seus útlim os dias em Roma, foram ocupados com o ensino
da P alav ra (At 28.31).
3. Mais ta rd e vemos que a m archa do ensino bíblico na
Igreja sofreu solução de continuidade, devido a m ales que
penetraram no seio da m esm a. Houve calm aria. A Igreja
ficou estacio n ária. Ganhou fama m as perdeu poder. Abando­
nou o método p re s c rito por Jesu s: o de p re g a r e ensinar.
Sobrevieram a seguir as densas trev as esp iritu ais da Idade
Média.
4. Muitos séculos depois veio a Reform a Religiosa e com
ela a im p erio sa necessidade de ensino bíblico para in s tru ir
os cren tes, consolidar o movimento e g a ra n tir sua p ro s ­
secução. Os líd eres da R eform a dedicaram especial atenção
ao preparo de liv ro s de instrução relig io sa, bem como reu n i­
ões destinadas a esse m iste r. E les sabiam que o trabalho
não consistia som ente em p re g a r, m as também em in s tru ir
espiritualm ente.
5. Tanto o pregador como o p ro fe sso r usam a P alavra de
Deus, m as os m in istério s são diferen tes. O pregador anun­
cia' ou expõe o Evangelho, a P ala v ra de Deus. A ssim fa ­
zendo, ele lança a rede e as alm as perdidas são ganhas p ara
Jesu s. Já o p ro fesso r, sua m issão é in s tru ir, sim plificar as
verdades bíblicas, ilu s trá -la s , d is s e c a r o texto bíblico e
110
rep etir sem pre até que todos entendam as verdades que
deseja tra n sm itir. O p ro fesso r da Escola Dominical deve
le m b ra r-se que ensinar não é p reg ar. Diante de sua classe,
ele não é orador, sim p ro fesso r.
6. A Igreja de hoje nunca deverá esquecer a am arga e
desastrosa experiência resu ltan te do descuido e abandono
da instrução religiosa das cria n ças, nos tempos que p re c e ­
deram a tenebrosa Idade Média.

VII. A FASE ATUAL - A ESCOLA DOMINICAL MODERNA


1. O movimento religioso que nos deu a Escola Dominical
como a tem os hoje, começou em 1780, na cidade de Glouces-
te r, no sul da Inglaterra. O fundador foi o jo rn alista evan­
gélico (episcopal) Roberto R aikes, de 44 anos, red ato r do
"G loucester Journal". Raikes foi inspirado a fundar a
Escola Dominical ao sen tir compaixão pelas crian ças de sua
cidade, peram bulando pelas ru as, entregues à ociosidade,
ao abandono e ao vício, sem qualquer orientação esp iritu al.
Ele, que já trabalhava en tre os detentos das p risõ es da c i­
dade, pensou no futuro daquelas crian ças e decidiu fazer
algo em seu favor, a fim de que m ais tard e também não fo s­
sem p a ra r na cadeia. P ro cu rav a as crian ças em plena rua
e as conduzia ao local de reunião, fazendo-lhes apelos para
que todos os domingos estiv essem al? -eunidas. O início do
trabalho não foi fácil.
Outro grande prom otor da E scola Dominical então incipi­
ente foi o batista londrino W illiam Fox, trabalhando harm o-
nicamente com Raikes.
2. De acordo com as d ire triz e s de Raikes, nas reuniões
dom inicais, além do ensino das E s c ritu ra s , e ra também m i­
nistrado às crianças rudim entos de linguagem, aritm ética e
instrução m oral e cívica. O ensino das E s c ritu ra s consistia
quase sem pre de leitura e recitação . Em seguida, teve
início a p rática de com entar os versículos lidos. Muito
depois é que surgiu a rev ista da E scola Dominical, com lições
seguidas e apropriadas.
3. Raikes enfrentou oposição. As Igrejas da época enca­
raram o surgim ento da Escola Dominical como uma inovação
e coisa d esn ecessária. Os m ais zelosos (?) acusavam R ai­
kes de "profanador do domingo" - Anders. Diziam os seus
oponentes que reuniões de crian ças mal com portadas, no
templo, e ra uma profanação. Raikes não tomava conheci­
mento disso e a obra tomava vulto. O jo rn al do qual ele era
111
re d a to r foi uma coluna forte na defesa e apoio da nóvel in s ­
tituição, publicando extensa s é rie de artigos sob o título
A ESCOLA DOMINICAL, reproduzidos nos jo rn ais londrinos.
Foi assim o começou da E scola Dominical - o começo de
um dos m ais poderosos movimentos da h istó ria da Ig reja...

VIII. ALGUNS FATOS HISTÓRICOS


1. Em jan eiro de 1782 funcionou a p rim e ira Escola Domi­
nical em c a rá te r perm anente. O trabalho começou a c re s c e r
e Raikes resolveu d ar início a um movimento de expansão,
criando novas esco las. O início d esse movimento deu-se em
3 de novembro de 1783 - até hoje considerado como o dia
natalício da E scola Dominical. Foi realm ente nessa data que
o movimento firm o u -se, tomou posição e c a rá te r perm anente.
Agora, as Ig rejas p assaram a d ar apoio ao trabalho de R ai­
kes. A E scola passou da rua e casas p a rtic u la re s para os
tem plos, os quais p assaram a e n ch e r-se de crian ças. Co­
m eçaram a su rg ir os benéficos frutos na vida das crianças
e adolescentes.
2. O pensam ento de Raikes ao in ic ia r as reuniões foi ap e­
nas o da reform a de costum es das crian ças, m ás agora a
E scola Dominical já adotada pela Igreja, tran sfo rm o u -se
numa escola bíblica p ara todas as idades e classes.
3. Antes de Raikes já havia reuniões sim ilares de instrução
bíblica, é evidente, m as foi ele quem popularizou e dinamizou
o movimento, usado por Deus. Na linguagem dos com ercian­
te s, foi ele quem pôs a mercadoria na praça. P o r sua vez,
o atual sistem a de escolas públicas g ratu itas in sp iro u -se no
movimento da E scola Dominical. - Marion.
4. Durante muito tempo, só crian ças freqüentavam a
E scola Dominical. Os adultos in g re ssa ra m depois. Hoje,
em inúm eros lu gares, o co rre o inverso: quase só adultos
são beneficiados, ficando as crian ças em últim o plano...
5. Em 1784, isto é, quatro anos após o início do movi­
mento, a E scola Dominical já contava com 250 m il alunos
m atriculados.
6. Após o dealbar do Século XIX, muitos outros países
adotaram a Escola Dominical, sem p re com excelentes r e ­
sultados. A p ró p ria In g laterra reconhpce que foi p r e s e r ­
vada de movimentos jJtflíticos ex tre m ista s e rad icais, como
o da Revolução F ran cesa de 1789, g raça s ao despertam ento
e sp iritu al atra v és de Wesley e Whitefield, e a educação
relig io sa provida pela E scola Dominical.
112
7. A Escola Dominical é hoje um dos fatores de prom oção
do reino de Deus e dos destinos do mundo, atrav és dos c id a­
dãos nela form ados. Atualmente, o número de alunos em todo
o mundo atinge quase 100 m ilhões. Há cerca de 400 mil
escolas, com 4 milhões de p ro fesso re s.
Quem d iria que um começo tão humilde como aquele de
1780, atrav és do irm ão R aikes, chegasse a tão elevado d iv i­
dendo? E stá e scrito em Zc 4.10 "... Quem d esp rezará o dia
das coisas pequenas?"
IX. A ESCOLA DOMINICAL NO BRASIL
A E scola Dominical teve seu início en tre nós em 19 de
agosto de 1855 na cidade de P etrópolis, Estado do Rio de
Janeiro. O fundador foi o M issionário R obert Kalley e sua
esposa Da. Sarah Poulton Kalley, da Igreja Congregacional.
Eram escoceses. Ele fora um médico ateu. Depois foi salvo
sob circunstâncias esp eciais, e chamado por Deus, entregou-
-se à obra m issionária. Na p rim e ira reunião, na data acim a,
a freqüência foi de cinco c ria n ç a s... E s s a ' m esm a E scola
Dominical deu origem à Ig reja Congregacional no B rasil.
Desde então, o crescim ento da Escola Dominical tem sido
m aravilhoso.
Houve, sim , reuniões de Escola Dominical antes de 1855,
no Rio de Janeiro, porém , em c a rá te r interno e no idioma
inglês, en tre os m em bros da comunidade am ericana.
1. Remontando ao passado, as p rim e ira s reuniões de in s ­
trução bíblica no B rasil, do ponto de vista evangélico, o c o rre ­
ram durante a perm anência aqui, dos crentes calvinistas que
desem barcaram na Guanabara em 1557. N essa ocasião r e a ­
lizaram o p rim eiro culto evangélico em te rr a s do continente
am ericano, em 10 de m arço do mesm o ano.
2. A segunda fase de tais reuniões deu-se durante o dom í­
nio holandês no N ordeste, a p a rtir de 1630, por crentes da
Igreja Reformada Holandesa, quando vários núcleos evangéli­
cos foram estabelecidos naquela região. Na m esm a época
foram realizados cultos na Bahia, por ocasião da p rim e ira
invasão holandesa. Tudo isso cessou com o fim dos m encio­
nados domínios e a feroz campanha de extinção movida pela
Igreja Romana de então.
3. Mas em 1855, a E scola Dominical veio p ara ficar. E
ficou! E avançou como fogo em campo aberto, im pelida pelo
zelo de m ilh ares de seus o b re iro s, inflamados pelo E sp írito
Santo!
Sim. desde então, vem a Escola Dominical crescendo sem -
113
pre en tre todas as denom inações, e onde quer que e s ta s che­
guem, a Escola é logo im plantada, produzindo sem dem ora
seus excelentes resu ltad o s na vida dos alunos, na Ig reja, no
la r, na comunidade, e refletindo tudo isso na nação in teira.
Foi assim o começo da E scola Dominical - começo de
um dos m ais poderosos avivam entos da h istó ria da Igreja.
4. L em brem o-nos, a Escola Dominical nasceu como um
movimento en tre as crian ças. L em brem o-nos ainda que a
ordem de Jesu s "Ide a toda c ria tu ra " , inclui as cria n ças, que
são pequenas c ria tu ra s .
5. A posição de Je su s quanto a criança, Ele deixou-a bem
claro: "no m eio", isto é, "no meio dos discípulos" (Mc 9.36),
no meio portanto da Igreja. N outras p alav ras: no centro de
sua atenção, in te re sse e cuidado. Enquanto Jesu s fez assim ,
em inúm eras ig re ja s hoje a crian ça é ignorada ou fica por
último. Aprendamos com Jesu s. O plano divino no Antigo
Testam ento incluía também a criança (Dt 31.12; Ne 12.43).

QUESTIONÁRIO
1.Qual o princípio bíblico fundamental em que se baseia a
Escola Dominical?
2. Como se p ro cessav a e onde era m inistrado o ensino bíblico
popular:
- Nos dias m osaicos? Dê referên cias
- Na época dos sacerd o tes, re is e profetas de Is ra e l? Dê
referên cias.
- Durante o d e s te rro de Isra e l? Dê referên cias.
- Nos dias de Je su s? Dê referên cias.
- Nos dias da Igreja? Dê referên cias.
3. Cite trê s utilidades da sinagoga nos tempos bíblicos.
4. Qual foi o tríp lic e m in istério do Senhor Je su s? Cite
referên cias.
5. Como procedeu a Igreja P rim itiv a quanto ao ensino das
E s c ritu ra s por p arte dos apóstolos e outros líd eres?
6. Qual o resultado do descuido da Igreja quanto ao ensino
das E s c ritu ra s , nos séculos que precederam a Idade
Média?
7. E screv a um parág rafo sobre o fundador, fundação e expan­
são do movimento de ensino bíblico conhecido por
Escola Dominical.
8. E screva um p arág rafo sem elhante ao a n terio r, m as, sobre
a Escola Dominical no B rasil - isto é, sua fundação entre
nós.
114
9. Dê alguns dados e statístico s da Escola Dominical atual.
10. Cite as p rim e ira s tentativas ou esfo rço s por p arte de
evangélicos europeus (oriundos da Reform a Religiosa
do Século XVI), quanto a dissem inação e ensino do Evange­
lho no B rasil.
11. Em sua origem qual o relacionam ento en tre a Escola
Dominical e as crian ças?

115
Unidade III
Capítulo II

OS OBJETIVOS DA ESCOLA DOMINICAL

Sumário do Capítulo
I. G anhar alm as p a ra J e s u s, 116
II. D esenvolver a esp iritu alid ad e dos alunos e o c a r á te r
c ristã o , 117
III. T re in a r o c ris tã o p ara o se rv iç o do M e stre, 118

A E scola D om inical é a esco la de ensino bíblico da Ig re ­


ja, que evangeliza enquanto ensina a P a la v ra de D eus. Ela
conjuga os dois lados da com issão de J e s u s à Ig reja.
A E scola D om inical tem objetivos definidos p a ra atin g ir.
Não se tra ta apenas de uma reunião dom ingueira com um, ou
um culto í m ais. E s s e s objetivos são t r ê s , a sab er:

I. GANHAR ALMAS PARA JESUS


A E scola D om inical, como irem o s m o s tra r depois, pode
to rn a r- s e num dos m ais eficien tes m eios de evangelização.
a. O p rim e iro g ran d e dev er do p ro fe s s o r da E sco la D om i­
nical é a g ir e o r a r diante de Deus no sentido de que todos seus
alunos aceitem J e s u s como Salvador e sigam -nO como seu
Senhor e M estre. Há p ro fe s s o re s que ensinam a verdade
bíblica durante anos sem nunca v erem um aluno convertido,
talvez porque nunca os lev aram a a c e ita r a C risto na p ró p ria
sala de aula. O m eio certo de le v ar alm as a C risto é u s a r a
P a la v ra e confiar na op eração do E sp írito Santo (Jo 16.8; 3.5;
I Pe 1.23). 0 p ro fe s s o r não pode sa lv a r seus alunos m as pode
lev á-lo s a C risto , o Salvador, como fez André (Jo 1.42). A
Bíblia não diz: "E nsina a cria n ça no cam inho em que ela
vai andar, ou quer a n d ar", m as: "no cam inho em que ela
deve andar" (Pv 22.6 ARA).
116
b. A plicação. T em os lido de E sco las D om inicais, cujo
re la tó rio nacional r e g is tra 80 mil conversões em um ano,
evangelizando enquanto ensina nas c la s s e s , bem com o n outras
atividades p ro g ram ad as pela E scola.

II. DESENVOLVER A ESPIRITUALIDADE DOS ALUNOS E O


CARÁTER CRISTÃO
a. O ensino da P a la v ra é uma o b ra e sp iritu a l, significa a
cultura da alm a. G anhar o aluno p a ra C risto é apenas o in í­
cio da obra; é m is te r cu id ar em seguida da fo rm ação dos
hábitos c ris tã o s , os quais re s u lta rã o num c a rá te r id eal m ode­
lado pela P a la v ra de Deus. São os hábitos que form am o
c a rá te r; e e ste influi no destino da p esso a. A firm a a filosofia:
O pensam ento conduz ao ato, o ato conduz ao hábito, o hábito
conduz ao c a rá te r, o c a r á te r conduz ao destino da p esso a.
Isso hum anam ente falando.
b. Em toda p a rte v ê -se um c re sc e n te in te re s s e no cam po
da in stru ção se c u la r, notadam ente no que tange a infância:
Com o devido resp eito à e s s a in stru ção que tem os p o r in d is­
pensável p a ra o p ro g re sso e sobrevivência de um povo, que­
rem o s a firm a r que a esco la fornece apenas instrução, m as
não fornece educação. E sta tem que v ir do la r e da Ig reja,
se esta for bíblica fundam ental. Deixe a cria n ça sem in s ­
tru ção e veja o re su lta d o ... O m esm o acontece e s p ir itu a l­
m ente ao novo convertido, seja cria n ça, jovem , adulto ou
velho.
c. Uma E scola D om inical dotada de o b re iro s trein ad o s
e cheios do E sp írito Santo pode co n trib u ir eficazm en te p ara
a im plantação da sa n tíssim a fé c ris tã en tre os hom ens.
Não podem os e s p e ra r is s o da esco la pública, É a Ig reja
E vangélica que tem de cu id ar d isso p o r m eio de sua agência
de ensino que é a E scola D om inical.
d. O futuro do novo convertido (infante ou adulto), depende
do que lhe for ensinado agora. N esse sentido, o alvo do
p ro fe s s o r deve s e r o de aju d ar cada aluno convertido a v iver
uma vida v erd ad eiram en te c r is tã , em in te ira co n sag ração a
Deus, sendo cheio do E sp írito Santo.
e. Um dos intuitos, p o is, da E scola D om inical, é o de fa ­
z e r de seus alunos, hom ens e m u lh eres, v erd ad e iro s c ris tã o s ,
cujas vidas se assem elh em em p a la v ra s e o b ras ao ideal
apresentado em Jesu s C risto . V ê-se, portanto, que a ta re fa
do p ro fe s s o r da E scola D om inical é da m áxim a im p o rtân cia
e do m aio r alcance, p recisan d o não som ente de conhecim en­
117
tos da m atéria (a Bíblia), e da a rte de en sin ar (Pedagogia)
mas também de influenciar e o rie n ta r o pensam ento do a lu ­
no, resultando em contínua moldagem do c a rá te r c ristão
ideal, no sentido m oral e esp iritu al.

III. TREINAR O CRISTÃO PARA 0 SERVIÇO DO MESTRE


a. Ao p ro v er treinam ento e sp iritu al, a Escola Domini­
cal ap resen ta ao aluno oportunidades ilim itadas de s e r v ir
ao divino M estre. Inúm eros o b re iro s das nossas ig rejas
sa íra m da E scola Dominical. Talvez o le ito r seja um deles.
G randes frutos tem produzido a E scola Dominical. O famoso
e sem p re lem brado evangelista D.L.Moody foi um deles.
E sse serviço tanto pode s e r na ig re ja local, como em qual­
quer p arte do p aís, ou do mundo, aonde o Senhor enviar.
b. O privilégio de contribuir p a ra a causa de C risto e o
dever de em preender alguma espécie de atividade c ris tã , são
coisas que devem s e r traz id as à consciência dos alunos da
escola, com oração.
c. O lem a da escola com pleta deve ser:
- Cada aluno um crente salvo
- Cada salvo, bem treinado
- Cada aluno treinado, um o b re iro ativo, diligente,
dinâmico.
A ssim , o tríp lic e objetivo pode s e r resum ido em tr ê s
fases: aceitar Jesus; crescer em Jesus; servir a Jesus.
d. O tríp lic e alvo da E scola Dominical que acabam os de
expor, pode s e r plenam ente atingido, pois tr a ta - s e do t r a ­
balho do Senhor Je su s. O que se re q u e r é o b reiro s cheios
do E sp írito Santo e de fé na P ala v ra de Deus, e treinados
para o desempenho de tão elevado m in istério . O mandamento
divino é que falem os a P alav ra (II Tm 4.2). Sabemos que ela
é poderosa tanto p ara o p erar na esfe ra da m ente,, como no
coração das criancinhas, adultos e encanecidos.
e. O alvo da E scola Dominical é nobre e elevado em todos
os pontos de vista. Ela, na Igreja, cuida das vidas em fo rm a­
ção, seja no sentido social ou e sp iritu al. Coopera efic az­
mente com o la r na form ação m o ral de crian ças e a d o les­
centes, instilando neles os hábitos, id eais e princípios c r i s ­
tãos segundo as Santas E s c ritu ra s . Nela, também os adultos
vão en co n trar h o ras de p ra z e r no estudo bíblico. Mas p ara
que a E scola Dominical alcance seu objetivo é p reciso em ­
p re g a r meios e métodos eficazes, sem jam ais a fa s ta r-s e
duma e s fe ra genuinam ente esp iritu al.
118
f. As A ssem bléias de Deus no B rasil, sendo, como é s a ­
bido. o m aior movimento pentecostal em todo o mundo, não
tem explorado todo o te rre n o ou potencial da E scola Do­
m inical, nem lançado mão de todos os seus recu rso s. O
descuido nessa p arte reflete diretam ente nas crian ças de
hoje e nos jovens de am anhã. A orientação e form ação de
p ro fesso re s, especialm ente no seto r infantil, é uma p r e ­
mente necessidade. No descuido quanto ao ensino bíblico, os
m ais prejudicados são as cria n ças. Conforme IIR s 4.38-41,
podemos pagar muito caro po r uma só ignorância esp iritu al,
se assim aplicarm os aquele incidente. N ossas crian ças le ­
vam em média 400 a 500 h o ras anuais na escola de in stru ção
secular, prep aran d o -se p a ra uma vida te rre n a tão curta.
Não podem elas p a s s a r pelo menos 52 horas na E scola Domi­
nical, prep aran d o -se p ara a outra vida, que é etern a?
g. Fiquem os certo s que o Diabo não dorm e quando os
trabalhadores cruzam os b raço s (Mt 13.25). Uma sua ativ i­
dade predileta é a de ro u b ar a P alav ra de Deus. E isto ele
faz de m uitas m an eiras, até nos púlpitos onde m uitas vezes
o tempo que se ria da P ala v ra de Deus é desperdiçado com
coisas vãs, sem qualquer edificação (Lc 8.12). De nossas
observações atra v és do vasto B ra sil, verificam os que inú­
m eras escolas são dirigidas sem muita ou nenhuma p re o ­
cupação de alvo definido, como acabam os de esboçar.
h. E stá sua Escola Dominical atingindo em cheio o alvo
que lhe está proposto? Se não, ore, aja, coopere! Faça
alguma coisa agora neste sentido!
É tempo de explorarm os o ilim itado potencial latente no
vasto campo da E scola Dominical en tre nós!
i. O tríp lic e alvo da E scola Dominical pode s e r plena­
mente atingido, pois a obra p erten ce a Deus, pela qual Ele
vela com insondável am o r. O que se req u er é o b reiro s
cheios do E sp írito Santo e de fé na P alav ra de Deus, e, t r e i ­
nados para o desempenho de tão elevado m iste r, como já
dissem os.
j. Pelo testem unho da H istó ria, por seus objetivos epelos
frutos alcançados, a E scola Dominical é a m elhor escola
do mundo. Eis o porque d essa prim azia:
- Seu livro-texto é o m elhor do mundo: a P alav ra de
Deus, o mapa que nos guia ao céu.
- Seu suprem o dirigente é o Deus vivo, Todo-Poderoso
e am oroso, que criou os mundos.
119
- Seu alcance é o m ais vasto do mundo: vai do bebê ao
ancião m ais idoso.
- Seus alunos são o m elhor povo do mundo: os que conhe­
cem e am am a Deus e Sua P ala v ra .
- Seus resultados são os m elh o res do mundo, porque são
in falív eis, m a te ria is , e sp iritu a is , e etern o s.

QUESTIONÁRIO

1. Cite o tríp lic e alvo da E scola D om inical.


2. Cite o m eio c erto de le v ar alm as a C risto .
3. De que depende o desenvolvim ento da esp iritu alid ad e e
do c a r á te r c ris tã o do novo convertido?
4. Em que re su lta a c o rre ta form ação de hábitos c ris tã o s
na c ria n ça?
5. Cite o lem a de uma esco la com pleta ou padrão.
6. Cite a colaboração da E scola D om inical p a ra com o la r.
7. P o r que o tríp lic e alvo da E sco la D om inical pode s e r
plenam ente atingido?
8. Qual o p re se n te relacionam ento do le ito r com a E sco la
D om inical?
9. Que está você fazendo p a ra a prom oção da E sco la D om i­
nical?
10. Você, p esso alm en te ou a tra v é s de seus filhos, tem sido
beneficiado pela E sco la D om inical? Se afirm ativ o , d e s ­
crev a os fatos.
11. P o r que a E sco la Dominical é a m elh o r esco la do mundo?

120
Unidade III
Capítulo III

A ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DA
ESCOLA DOMINICAL

Sumário do Capítulo
I. O rganização na B íblia, 122
II. A organização g e ra l da E scola D om inical, 123
III. A d ire to ria da E scola D om inical. 124
IV. O corpo docente da E sco la D om inical e a reunião
sem anal de p ro fe s s o re s , 125
V. O corpo discente da E sco la D om inical, 126
VI. A m a trícu la na E scola D om inical, 129
VII. T ra n sfe rê n c ia de c la ss e , 130
VIII. A s e c r e ta ria da E scola D om inical, 130
IX. A biblioteca da E scola D om inical, 131
X. A m anutenção da E sco la D om inical, 131
XI. O p ro g ram a de trab alh o da E scola D om inical, 131
XII. Como o rg a n iz a r e in s ta la r uma nova E scola
D om inical, 132
XIII. A reunião da E scola D om inical, 132
XIV. A ad m in istração da E sco la D om inical, 133
XV. A lite ra tu ra da E scola D om inical, 140
O rganização é ordem . É método no trab alh o , no v iv er,
no a g ir e em tudo m a is. A organização p erm eia toda a
criação de Deus, bem como todas as Suas cousas. A d e s o r­
ganização e a desordem d estro em a vida de qualquer p e s ­
soa, Ig reja ou organização se c u la r. P o r seu turno, o c r e s ­
cim ento sem ordem é ap are n te e in fru tífero . Sim, porque
toda en erg ia sem controle é p reju d icial e p erig o sa. Pode
haver m uito esforço e nenhum c rescim en to re a l, porque a
desorganização aniquila os resu ltad o s p ositivos surgidos.
Uma vez que a ordem p erm e ia o un iv erso de Deus, te ­
mos base p a ra c r e r que o céu é lu g ar de p e rfeita ordem .
L eis p re c io sa s e infalíveis regulam e controlam toda a
121
N atureza, desde o m inúsculo átom o até aos m aio res corpos
celestes.

I. ORGANIZAÇÃO NA BÍBLIA
1. Na Igreja
Todos os sím bolos bíblicos da Igreja falam de o rg a n i­
zação, ordem , método. Ela é com parada a:
a. Um tem plo (I Co 3.16; Ef 2.21). Cf. o tem plo de J e r u ­
salém .
b. Um corpo (I Co 12.27; Cl 1.24).
c. Uma lavoura (I Co 3.9).
d. Um edifício (I Pe 2.6; I Tm 3.15; Hb 3.6).
e. Um rebanho (I Pe 5.2; Lc 12.32).
f. Um ja rd im (Ct 4.16).
g. Uma noiva (Ap 22.17; II Co 11.2).
h.U m castiçal ou candeeiro (Ap 1.20).
Tanto e ste s, como os dem ais sím bolos da Igreja falam
de organização, ordem , método.
2. Em Israel
a. A p erfeita ordem das trib o s no acam pam ento (Nm 2).
b. Os detalhes de dem arcação de lim ites das trib o s
(Js caps. 14-20).
c. 0 serv iço sagrado no tem plo (I C r 15; 16;23 a 27).
A ordem não im pedia a m anifestação da g ló ria divina no
Santo dos Santos; ao co n trário , se as p re s c riç õ e s divinas
fossem negligenciadas, o castigo e ra certo .
3. Quanto ao Senhor Jesus Cristo.
M arcos cap. 6. T ra ta -s e do m ilag re da m ultiplicação
dos pães, quando m ilh ares foram alim entados no d eserto .
Antes de Jesu s re a liz a r o m ilag re, ordenou aos discípulos
que fizessem a m ultidão se n ta r em grupos de 100 e 50 p e s ­
soas. Quando o povo estava em ordem , Jesu s então realizou
o estupendo m ilag re, sendo todo o povo alim entado e restando
ainda muito alim ento. A tualm ente, em m uitas ig re ja s o Senhor
deixa de o p e ra r m ilag res e alim en tar esp iritu alm en te a
multidão, devido a irre v e rê n c ia e confusão que derivam
da desorganização na reunião. *Não é só a desorganização
m aterial, m as tam bém a esp iritu a l, transform ando o culto
num "sacrifício de tolos" (Ec 5.1). Compete aos discípulos
cuidar da organização n e c e ssá ria ; cf. tam bém Lc 9.14,15.
122

i
II. A ^GANIZAÇÃO GERAL DA ESCOLA DOMINICAL
Tem form a tríp lic e . Ela é p esso al, m a teria l e funcional.

1. A organização pessoal.
a. O ficiais da E scola Dominical.
É a d ire to ria da E scola, da qual logo falarem os.
b. P ro fe s so re s da E scola Dominical.
É o corpo docente da E scola. Têm spbre si a m aio r
responsabilidade, pois lidam d iretam en te com o aluno e com
o ensino.
ç. Alunos da Escola Dominical.
É o corpo discente da E scola. É a "m atéria p rim a" da
m esm a. A escola existe p a ra aten d er as n ecessid ad es dos
alunos.

2. Organização m aterial.
a. O prédio. A E scola Dominical deve funcionar em in s ­
talações ap ro p riad as à escola, tendo salas de aula indepen­
dentes.
Uma das le is do crescim en to da E scola Dominical afirm a:
"A E scola Dominical c r e s c e r á enquanto houver espaço
p ara as c la ss e s ."
b. O m obiliário. Deve s e r apropriado aos fins, e, de
conform idade com a idade dos alunos.
c. O m a te ria l didático. Comumente chamado lite ra tu ra .
Abrange as diferentes re v is ta s de aluno e p ro fe sso r,
bem como o respectivo m a te ria l didático de apoio, obede­
cendo a um cu rrícu lo bíblico, de acordo com o agrupam ento
de idade e sc o la r dos alunos.
Todo o m a teria l didático deve s e r utilizado de acordo
com os métodos de ensino com patíveis a cada agrupam ento
de idade dos alunos.

3. A organização funcional.
T ra ta do funcionamento da E scola Dom inical, visando a
consecussão de seus objetivos, conform e o exposto no C a­
pítulo II desta Unidade.
G rande responsabilidade têm aqui o p a s to r da Ig reja e a
D ireto ria da Escola.
A organização funcional cuida da- -
a. E spiritualid ad e. A vida e sp iritu al com preende o estado
da E scola quanto à o ração , conduta c ris tã , santificação b íb li­
123
ca, consagração a Deus e predom ínio do E sp írito Santo.
b.O ensino da P a la v ra . Estudo e ensino da P a la v ra , liv re
de e x tre m ism o s, m odernism o, fanatism o, doutrinas falsas,
etc. Aqui, segundo a p ro m e ssa divina em Is 55.11, os frutos
com toda c e rte z a su rg irão .
c. E ficiência. Aqui, a E scola cuida em p ro v er abundante
ensino a tra v é s de p ro fe s s o re s idôneos, e sp iritu a is , tr e in a ­
dos, cheios do E sp írito Santo e zelo pela ob ra de Deus.
Não confundir idôneo com idoso.
A eficiência é v ista a tra v é s do crescim en to da E scola,
em todos os sentidos.

De nada adianta m uita organização e p re p a ro , sem a o p e­


ração do E sp írito Santo. Dons n a tu ra is, perso n alid ad e
a tra e n te , eloqüência, boa dicção, cu ltu ra eru d ita e o u tras
boas co isa s, podem in flu en ciar tem p o rariam en te apenas.
T ais co isas ja m ais se rã o su ficentes em s i, m as, podem
s e r vitalizad as e dinam izadas pela ação poderosa do E sp írito
Santo. E aí que e s tá a d iferen ça. É oportuno d iz e r que o
E sp írito Santo tem uma afinidade esp ecial com a m ente
trein ad a, quando santificada.

III. A DIRETORIA DA ESCOLA DOMINICAL

Uma E sco la D om inical de grande p o rte, plenam ente d esen ­


volvida, d ev erá te r uma d ire to ria assim constituída -
1. Superintendente.
Nas esco la s filiais é cham ado D irigente. Na sede, o
superintendente, re g ra g e ra l, é tam bém o d irig ien te local.
2. V ice-Superintendente.
Nas esco las filiais é cham ade v ice-d irig en te.
3 . 19 S e cretário .
S erá S e c re tá rio -G e ra l ou não; depende de s e r a escola
sede ou filial. Quando os dois p rim e iro s acim a m encionados
não com parecem , o 1- S e c re tá rio assum e a d ireção dos
trab a lh o s, conform e as norm as locais.
4. 2 - S e cretário .
Os s e c re tá rio s devem te r a u x iliare s, dependendo do
tam anho e m ovim ento da escola.
5. T e so u re iro .
Deve s e r p esso a com petente e recom endada p o r todos
p a ra tal m iste r.
124
6. Bibliotecário.
Um bibliotecário com petente na sua função é uma bênção
p a ra a E scola D om inical. Logo m ais falarem o s da biblioteca
da E scola D om inical.
7. Dirigente Musical.
As atividades m u sicais da E sco la não são apenas a execu­
ção do piano ou órgão e a reg ên cia do canto congregacional,
conjunto m u sical etc. 0 dirig en te m usical trab alh a tam bém
no se to r infantil, no ensino do canto, ressalta n d o a im p o rtân ­
cia do louvor, ensaiando p ro g ram a s m u sicais, p rep aran d o
núm eros esp eciais à d iferen tes vozes, ajudando na p a rte
m usical do culto infantil etc., etc.
Uma coisa é ce rta : havendo holocausto a D eus, haverá
tam bém m uita m úsica! (II C r 29.27).
8. P orteiros e Introdutores.
Podem s e r os m esm os que serv em à Ig reja. Têm elevada
im portância na E scola D om inical, na o rien tação g e ra l de
alunos e v isitan te s. Falando de p o rte iro s e in tro d u to res ou
recep cio n istas numa E scola D om inical, lem b rem o -n o s que
o povo e n tra aonde é convidado, e fica aonde é bem tratad o .
Ninguém é obrigado a fic a r num lugar onde não é bem r e c e ­
bido nem bem tratad o . O d irig en te da E sco la D om inical
p re c isa p e n sa r nisso.
Os m em bros da d ire to ria da E sco la D om inical são conhe­
cidos como O ficiais da E sco la D om inical. Seu núm ero d e­
pende do tam anho da E sco la. Numa esco la pequena, um
o b reiro pode acum u lar funções. O rganização ex ce ssiv a numa
escola pequena é contraproducente; já p a ssa a s e r f o r ­
m alidade.
R epetim os: a D ireto ria da E scola D om inical tem grande
responsabilidade. Diz a P ala v ra : "Não havendo sábia d ir e ­
ção o povo cai" (Pv 11.14; Ec 10.16).
A D ire to ria da E sco la deve r e u n ir - s e uma vez p o r m ês
p a ra tr a t a r de assuntos g e ra is do trab alh o e o b s e rv a r o
estado g e ra l da E scola. T al reunião não pode s e r casual
nem rea liz a d a às p r e s s a s , se a E sco la D om inical qu er de
fato s e r a esco la de in stru ç ão bíblica da Ig reja.

IV. O CORPO DOCENTE DA ESCOLA DOMINICAL E A


REUNIÃO SEMANAL DE PROFESSORES.
1. O utros nom es: Corpo de P ro fe s s o re s , e, C la sse de
P ro fe s s o re s .
125
2. Devem a te n ta r solenem ente p ara Mt 4.19; Pv 9.9; 1 Pe
3.15; II Tm 2.15. E ste últim o texto deve s e r o v ersícu lo
p red ileto do p ro fe s s o r da E scola Dom inical.
3. Em c e rto sentido, o o b re iro de m aio r responsabilidade
e priv ilég io na E scola Dominical é o p ro fe s s o r de cla sse .
4. R equisitos p ara in g resso no Corpo Docente -
a. Ser um cren te salvo.
b. S er m em bro da Igreja.
c. T e r bom testem unho.
d. Q uerer s e r v ir ao Senhor.
e. Ser aplicado ao estudo da P a la v ra de Deus, sua h istó ria ,
suas doutrinas e assu n to s n e c e ssá rio s ao bom desem p e­
nho de sua m issão de p ro fe s s o r da E scola Dom inical.
f. É de toda im portância que seja batizado com o E sp írito
Santo e cultive a vida de plenitude do E sp írito .
5. Devem freq ü en tar as reuniões de estudos p a ra p ro fe s ­
so re s.
6. Devem faze r cu rso de p re p a ra ç ã o de p ro fe s s o re s.
7. A reunião sem anal de p ro fe s s o re s.
a. É uma reunião de todos os p ro fe s s o re s e o ficiais da
E scola D om inical, p ara estudo em conjunto dá lição e
coordenação ad m in istrativ a da E scola em g e ra l. Serve
tam bém como meio de e s tr e ita r a comunhão fra te rn a l.
E ssa reunião é vital p ara a uniform idade do ensino
doutrin ário .
b. Os m elh o res dias p a ra a reunião da C lasse de P ro fe s ­
so re s são o sábado à ta rd e , ou o domingo logo antes
da reunião da E scola Dominical.
c. Os p ro fe s s o re s do se to r infantil. Devem te r reunião
de estudo da lição à p a rte já que os métodos de ensino
e condução da aula diferem consideravelm ente. Os
p ro fe s s o re s de c ria n ças têm m aio r responsabilidade.
N ecessitam de m elhor preparo!

V. O CORPO DISCENTE DA ESCOLA DOMINICAL


São os alunos da E scola D om inical. São organizados em
c la ss e s e departam entos conform e suas idades dentro das
possibilid ad es e situ açõ es.
1. A importância do aluno.
0 aluno é o elem ento m ais im portante da E scola Domi­
nical. A E scola ex iste por causa do aluno. É a escola que
ad ap ta-se ao aluno, e não o aluno à esco la, como é tão
126
com um ... D entre os alunos, as c ria n ças são o cam po m ais
fé rtil, m ais p ro m iss o r e de m a io r responsabilidade.
2. O agrupamento de alunos por idade.
O propósito d isso é a eficácia do ensino. Numa casa
de fam ília, a alim entação v aria en tre as c ria n ças e os ad u l­
tos. Na E scola Dom inical não pode s e r diferente!
Há 8 agrupam entos ou divisões de idades, cujos títu lo s são:
- Até 3 anos de idade B erçá rio
- 4-5 anos de idade Jard im da Infância
- 6-8 anos de idade P rim á rio s
- 9-11 anos de idade Ju n io res
- 12-14 anos de idade In term ed iário s
- 15-17 anos de idade Secundários
- 18-24 anos de idade Jovens
- 25......... anos de idade Adultos
3. Organização da cla sse.
a. Quanto a direção
1) O P ro fe s s o r
Nas c la s s e s até 12 anos, os m elh o res p ro fe s s o re s são
g eralm en te m oças e sen h o ras. A fala, o afeto, a ex p ressão
facial, os g esto s, a d ram atização , influem m uito aqui. Nas
c la ss e s de 12 anos p a ra cim a, o ideal é que o p ro fe s s o r seja
do m esm o sexo que os alunos. Há assu n to s esp ecífico s que
som ente a ssim , se rã o convenientem ente tratad o s.
2) Suplente
É o p ro fe s s o r substituto da c lasse.
3) S e c re tá rio
Cuida de apontam entos da c la sse , conform e os fo rm u lário s
ou im p re s so s adotados pela escola.
M ais adiante tra ta re m o s d esses tr ê s carg o s com mais
vagar.
b. Quanto a m atrícu la
1) Até a c la sse de In term ed iá rio s: 12 alunos m atriculados
por c la sse .
2) Da c la ss e de secu n d ário s em diante: até 25 alunos por
c la sse .
E sse total deve s e r evitado. O ideal é 20 alunos m a tri­
culados. Nas esco las públicas há c la ss e s g ran d es, m as ali
v is a -s e m ais o intelecto; aqui, o coração.
3) P a ra efeito de ensino, a c la sse quanto m enor, m elhor,
J e su s d irigiu Seu m aior estudo bíblico p ara apenas dois
alunos (Lc 24.27).
127
4) C arência de p ro fe sso re s provoca excesso de m a tric u la ­
dos nas c la sse s. C arência de espaço conduz ao m esm o.
c. As c la sse s devem te r núm eros em vez de nom es.
Em escola com elevado núm ero de c la sse s, nomes d ifi­
cultam o trabalho do s e c re tá rio , bem como do te so u reiro .
d. A E scola deve te r c la sse s p a ra novos convertidos, e
igualm ente de o b reiro s.
e. Cada c la sse deve te r sua p ró p ria com issão de visita
orientada pelo p ro fe sso r, ou seu substituto.
4. A Organização de Departamentos
Condições n e c e ssá ria s:
a. M uitas c la ss e s do m esm o grupo de idade.
b. Instalações ap ro p riad as p a ra todos os departam entos
que forem organizados.
c. Corpo docente suficiente p a ra as n ecessidades.
L ista de departam entos que uma escola pode te r. (Nove
ao todo).
D epartam ento de B erço .............................. até 3 anos deidade.
D epartam ento do Ja rd im da Infância.... 4-5 anos de idade.
D epartam ento P rim á rio ..................................6-8 anos de idade.
D epartam ento de J u n io r e s ................................ 9-11 anos deidade.
D epartam ento In term ed iário .................... 12-14 anos de idade.
D epartam ento S e c u n d á rio ........................... 15-17 anos de idade.
D epartam ento de Jovens ............................. 18-24 anos de idade.
D epartam ento de Adultos ......................... 25 anos p a ra cim a.
D epartam ento do L a r e Extensão ............................ Alunos de
qualquer idade que querem p e rte n c e r à E scola m as que só
podem freq ü en tar suas reuniões mui irre g u la rm e n te , ou
nunca podem, po r m otivos im p erio so s.
No s e to r de Extensão, o campo é vasto, como: h ospitais,
p ris õ e s , re fo rm a tó rio s, in tern ato s, orfanatos, grupos de e s ­
tra n g e iro s, etc. Tudo isso pode s e r alcançado po r v isitas,
co rreio ou telefone.
O p rim e iro departam ento a s e r organizado deve s e r o
infantil.
A direção do departam ento:
- Um D ireto r
- Um S e c re tá rio
- Um ou m ais au x iliare s, conform e a extensão do d e p a r­
tam ento.
O quadro abaixo dá o c rité rio básico p ara a organização
da E scola em d epartam entos, havendo condições p esso ais e
m a teria is.
128
Alunos D epartam entos Idades
Dois
Até 25 Dep. Infantil Até 11 anos
Dep. de Jovens e Adultos 12 anos p ara cim a

Três
Até 100 Dep. Infantil Até 11 anos
Dep. de In term ed iário s . 12 a 14 anos
Dep. de Jovens e Adultos 15 anos p ara cim a

Quatro
Até 200 Dep. Infantil Até 8 anos
Dep. de In term ed iário s 9 a 14 anos
Dep. de Jovens 15 a 24 anos
Dep. de Adultos 25 anos p a ra cim a

Acima de 200 Todos os D epartam entos

VI. A MATRÍCULA NA ESCOLA DOMINICAL


1. Encarregado
- Em escolas pequenas: o S ecretário .
- Em escolas grandes: o S e c re tá rio dispõe de dois auxi­
lia re s ; um deles é o E ncarregado da M atrícula.
- O p ro fe sso r ou o s e c re tá rio da classe; depende do
sistem a adotado pela escola.
2. Providência inicial da matrícula
O preenchim ento do im p re sso "ED-1" (C artão de M a­
trícula).
Finalidade do ED-1.
a. M atrícula
b. T ran sferên c ia de alunos
c. A tualização do rol da c la ss e , e da escola
d. F ich ário da escola.
3. Âmbito da matrícula.
Todas as idades; do bebê ao ancião.
4. Candidatos à matrícula.
C rentes e d escren tes.
P ro fe s s o re s não são m atriculados na caderneta de ch a­
mada. Constam do Livro de M atrícula e F ich ário de
O ficiais e P ro fe s so re s .
129
VII. TRANSFERÊNCIA DE CLASSE
1. Que é.
E a passagem do aluno de uma classe p ara outra até aos
25 anos.
2. Quando ocorre.
Quando o aluno atinge o lim ite de perm anência em sua
classe.
Adultos são tran sferid o s de cla sse a pedido.
3. Época da transferência.
Mês de jan eiro de cada ano.
4. Impresso usado para efetuar a transferência.
O C artão de M atrícula do aluno existente no fichário da
escola. (O v erso do C artão).

VIII. A SECRETARIA DA ESCOLA DOMINICAL


A s e c re ta ria devidam ente funcionando, m o stra atra v é s de
seus dados o estado da E scola. É qual term ô m etro m ostrando
a tem p eratu ra do am biente.
Anotações, re g is tro s e lançam entos nesse campo, têm
base bíblica: SI 56.8; Ml 3.16; Ap 5.8; 20.12,; Lc 12.7;
II Co 5.9,10.
Os dados e sta tístic o s e rela tó rio s p rep arad o s pela Se­
c re ta ria m o stram a D ireção da Escola.
- O p ro fe sso r certo na cla sse certa
- A condição atual da E scola
- As necessidades e possibilidades futuras.
- Servem de base p a ra uma análise geral.
1. A dependência da secretaria.
A s e c re ta ria deve funcionar em dependência a isso d e s ti­
nada.
2. Ocupantes da dependência ou sala.
- O D irigente da E scola. Aqui fica sua m esa de trabalho,
facilitando deste modo o contacto e coordenação com os d e­
m ais oficiais da escola.
- I 2 e 2- S ecretário s e A uxiliares da s e c re ta ria .
3. Atribuições da secretaria.
- M atrícula
- F ich ário e arquivo
- R elatórios
- T estes, concursos e p esquisas bíblicas p ara alunos.
4. Aparelhamento da Secretaria.
a. Móveis e equipamento de e sc ritó rio .
b. M aterial de E sc ritu ra ç ã o da Escola Dominical.
130
c. L ivros (quando a escola não d isp u ser de biblioteca).
- L ivros de consulta e referên cia p ara p ro fesso re s e alu ­
nos.
- L ivros p ara pro g ram as festivos, e p rep aro de culto
infantil na E scola (hinos m usicados, poesias, corinhos,
trabalhos).
d. F ich ário da Efecola Dominical.
M entê-lo atualizado o ano in teiro , o que req u er atenção
constante. As fichas são os cartõ es de m atrícu la. Tem duas
seções: ATIVO e INATIVO. A p rim e ira , p a ra todos que f r e ­
qüentam efetivam ente a escola; a segunda, p ara alunos que
deixaram a m esm a. A seção do ATIVO leva índice alfabético,
e seus cartõ es entram em ordem alfabética rig o ro sa. Os
do INATIVO também entram em ordem alfabética, m as sem
índice, por serem de pouca monta.

IX. A BIBLIOTECA DA ESCOLA DOMINICAL.


1. Material.
Uma biblioteca pode conter liv ro s, re v is ta s, jo rn ais, folhe­
tos, re c o rte s , artig o s, g rav u ras, slides, tran sp arê n cias, qua­
dros m u rais, etc.
2. Todo acervo deve ser catalogado p o r um sistem a efi^
ciente (como o Decimal de Dewey), p a ra pronta consulta e
serviço de circulação, sem perigo de extravio de livros.
3. Serviços que pode prestar.
- F orm ação, inform ação e am pliação cultural de p ro fe s­
so res e alunos.
- Serviço de circulação de liv ro s.
- G uarda e conservação do m aterial didático da escola.

X. A MANUTENÇÃO DA ESCOLA DOMINICAL.


É provida pela T e so u ra ria da Igreja, uma vez que toda
a re c e ita da Escola é encam inhada à T e so u ra ria . Em certas
Igrejas, a escola encaminha à T e so u ra ria apenas o saldo da
rece ita, após a quitação de seus com prom issos. Depende do
sistem a adm inistrativo local.

XI. O PROGRAMA DE TRABALHO DA ESCOLA DOMINICAL


A E scola Dominical deve, no princípio do ano elab o rar
um calendário de atividades p ara o ano inteiro, contendo o
program a de trabalho ou plano de ação, constando nele os
alvos ou m etas a atin g ir com a ajuda de Deus. A gir sem
plano é a g ir sem ordem , às cegas.
131
XII. COMO ORGANIZAR E INSTALAR UMA NOVA ESCOLA
DOMINICAL
1. F ix ar a data com bastante antecedência p ara o b ter o
m aior ajuntam ento possível.
2. T e r à mão o m a teria l indispensável (C artão de M a trí­
cula, C aderneta de C lasse, Mapa da Escola, Livro de R ela­
tórios D om inicais, Ficha de O b reiro s da E scola Dominical,
pastas p ara os im p resso s utilizados pela S e c re ta ria , lápis,
papel, rev ista da E scola Dominical, etc.
3. Escolha e aprovação dos o b reiro s da escola.
4. M atrícula g e ra l dos alunos e organização das c la sse s.
5. Instalação da E scola com oração, invocando as bênçãos
de Deus.

XIII. A REUNIÃO DA ESCOLA DOMINICAL


1-. É uma reunião de culto p ara estudo da P alav ra de Deus.
2. H orário.
O matutino é o m elhor. Tudo porém depende do local,
conveniências do trabalho e circu n stân cias.
3. P rep arativ o s.
A rrum ação do local, lim peza, ilum inação, ventilação, som,
m aterial de ensino, escolha de hinos, tudo deve e s ta r pronto
antes do início da reunião. Tom ada de providências em cim a
da hora, indica desorganização, falta de planejam ento.
4. Pontualidade.
- Pontualidade dos o b reiro s da escola e alunos.
O o b reiro da E scola Dominical que chega sem pre ati asado
não serv e p ara continuar à fren te de sua função. É m elhor
d ar o lugar p ara outro que possa s e r pontual. As co isas p ara
nós querem os tudo na hora. Pode s e r diferente p ara com o
Rei dos re is ?
- Pontualidade nos h o rário s.
A reunião da E scola Dominical deve com eçar e te rm in a r
na hora p rev ista, senão toda a escola so frerá. Sim, porque
as fases da reunião não terão a duração habitual e os p r o ­
fe sso re s não te rã o tempo p ara a p re se n ta r a lição. D esse
modo, o ensino da P alav ra s e rá prejudicado. P o r exemplo,
o estudo da lição (que é uma das fases da reunião) deve te r
sem pre 50 minutos de duração, pelo norm al de uma aula
qualquer.
5. P ro g ram a de uma reunião da E scola Dom inical, supon­
do-se que a m esm a com ece às 09,30 horas. Se o h o rário
for outro, basta faze r a adaptação p a ra le la .
132
09,30 - Início da reunião. Dois hinos de louvor a Deus
é o ideal.
09,40 - L eitu ra da Lição. Uma vez que se tra ta da p a rte
devocional introdu tó ria da reunião, a teitu ra bíblica deve s e r
a da Revista de Adultos. Deve s e r leitu ra altern ad a, para
p articipação g e ra l dos que puderem acom pam har, lendo-a
na R evista ou na Bíblia.
09.50 - Estudo da Lição. As c la sse s seguem p ara seus
locais de reunião, e, após os n ece ssário s apontam entos dos
alunos, o p ro fe sso r inicia o estudo da Lição.
Nas c la sse s infantis, uma com binação de m étodos de
ensino, tom ará os 50 m inutos sem problem as de cansaço
e d e sin te re sse .
10,35 - l 5 sinal p ara o en cerram en to do estudo da Lição
em sala.
10,45 - 29 sinal p ara o en cerram en to do estudo da Lição
em sala.
Im ediatam ente, todas as c la sse s reú n em -se no tem plo
p ara a fase final de en cerram en to da reunião.
10.50 - R ecitação do assunto da Lição e texto áureo,
por c la ss e s ou departam entos.
11,00 - L eitu ra do re la tó rio dom inical. Início do Culto
Infantil no local a isso destinado. É dirigido cada domingo
por uma p ro fe sso ra de c ria n ças com a cooperação das d e­
m ais p ro fe sso ra s de cria n ças e de um dos oficiais da E scola
Dominical.
11,05 - Um hino pela E scola ou dueto, trio , q uarteto, etc.
Em seguida o P a sto r, o superintendente, ou um irm ão convi­
dado, fa rá o resumo da lição, concluindo com um convite aos
pecadores.
11,25 - E ncerram en to da reunião. Anúncios, ag ra d e c i­
mentos e oração final de en cerram en to . O Culto Infantil
e s ta rá term inado nesse m esm o h o rário .
N ota-se que o estudo da Lição tom a 55 minutos (09,50 às
10,45). Os 5 minutos a m ais são p ara com pensar o tempo
gasto com apontam entos, anúncios à c la sse , entrega de t r a ­
balhos e ta re fa s aos alunos, etc.

XIV. A ADMINISTRAÇÃO DA ESCOLA DOMINICAL


1. O Pastor da Igreja
- É o p rim e iro o b reiro da E scola Dominical pela natureza
do seu cargo. É ele o re a l dirigente da E scola Dominical.
133
- É o principal responsável pela E scola Dominical m e­
diante sua atenção e ação.
- Sua sim ples p resen ça na E scola Dominical é um p r e s ­
tígio p a ra a m esm a.
- Deve, sem pre que puder, d irig ir o estudo p ara p ro fe s­
so re s da Escola Dominical.
- Deve, sem pre que puder, d irig ir c la sse s da Escola
(não uma classe fixa) a fim de te r contato com os alunos -
suas ovelhas.

2. 0 D irigente da E scola Dominical


D everes g erais.
a. Que seja um homem da Bíblia; que conheça bem a Bíblia.
b. Conhecer bem o trabalho em g eral da Escola Domini­
cal e todo seu esquem a de funcionamento.
c. O rien tar sem pre os secre"tários e p ro fe sso re s em tudo
que for p reciso .
d. Z e la r pela boa e sadia doutrina segundo a P alav ra de
Deus.
e. P ro m o v er en tre os p ro fesso re s a divulgação e leitu ra
de obras de consulta e referên cia sobre seu trabalho.
f. F a z e r sem pre anúncios e com unicações em benefício
da E scola.
g. T e r sem pre em mente que organização e p rep aro sem
a direção e operação do E sp írito Santo, é fra c a sso na certa.
h. P ro v id en ciar o m aterial n ecessário a p ro fesso re s e
alunos p a ra funcionamento g eral da Escola.
i. P ro c u ra r m anter com pleta a direção da E scola, a qual
é com posta conform e já anterio rm en te exposto.
j. P ro c u ra r m an ter com pleto o quadro de p ro fe sso re s,
tendo cada classe p ro fesso r, suplente e s e c re tá rio , e ainda
bom núm ero de p ro fesso re s de re se rv a p ara as em ergências
e im prev isto s.
1. Antes de indicar um irm ão p ara m atrícu la no Corpo de
P ro fe s so re s , v e rific a r p rim eiro se o m esm o é m em bro da
Igreja, se é fiel, dedicado, humilde, obediente, estudioso da
P alav ra, desejoso de tra b a lh a r p ara o Senhor, que goste de
o ra r, seja despretencioso, disciplinado, o rd eiro , capaz de
trab a lh ar em grupo. Isso não quer d izer que ele concorde
com tudo, tipo "b ezerro de p resép io ", m as se tiv e r que d is ­
co rd ar saiba fazê-lo dentro da ética, sem ofender e indispor
seus p a re s , viran d o -se em seguida p a ra dentro de si,
estilo caraco l.
134
m. D irigir as reuniões de estudo bíblico para p ro fesso ­
re s, não significando isso, que tenha que d irig ir o próprio
estudo bíblico. O p asto r pode d irig ir o estudo, ou outro
o breiro da Igreja, conforme for estabelecido. Depende do
que for combinado com o pastor.
n.O D irigente deverá sem pre ver quanto a Escola Domi­
nical -
- Seu rumo: P ara onde está indo a Escola?
- Sua promoção: Que está sendo feito para prom over a
Escola?
- Sua avaliação: Estão os p ro fesso re s nas classes certas
e funcionandd a contento?
- Sua motivação: Que está sendo feito para m anter o
princípio da variedade, evitando a rotina de sem pre?
Deveres semanais do Dirigente da Escola Dominical:
D everes aos domingos
a. Chegar cedo. V erificar a arru m ação da Escola. Nada
feito na últim a hora.
b. D irigir a reunião da Escola Dominical segundo as d ire ­
tivas traçadas pelo p astor.
c. Divulgar e prom over a venda de Lições Bíblicas e m a­
te ria l didático.
d. Providenciar visitas p ara p ro fesso re s enferm os etc.

Deveres trim estrais do Dirigente da Escola Dominical:


a. A m atrícula trim e stra l; le m b rar ao S ecretário no fim
do trim e s tre .
b.A o in iciar o último trim e s tre do ano, providenciar o
m aterial esco lar (form ulários e livros) para o funcionamento
da escola no ano seguinte.
Deveres anuais do Dirigente da Escola Dominical:
a. Comemoração de datas festivas.
Dependerá de resolução e orientação pastoral.
Algumas datas festivas:
- Dia da Escola Dominical (3y domingo de setem bro).
- Dia da escola local (conforme sua data de instalação).
- Dia da P átria (7 de setem bro)
- Dia de Natal (25 de dezembro)
- Dia Nacional de M issões (2- domingo de agosto)
b. V isita a cada escola filial no mínimo uma vez por
sem estre .
135
c. Ao a p ro x im a r-se o fim do ano, cuidar junto ao S e c re ­
tário do p rep aro dos re la tó rio s anuais.

3. O S ecretário da E scola Dom inical


D everes g e ra is do S ecretário da E scola Dominical
a. Conhecer e sab er ex ecu tar todos os trab alh o s p e r ti­
nentes à S e c re ta ria da E scola D om inical, bem como o rie n ta r
seus au x iliares no trabalho que tenham a fazer.
b. P ro v id en ciar anúncios a tempo. 0 dirigente pode esq u e­
c e r ou e s ta r m uito ocupado.
c. P ro v id en ciar p a ra que haja sem p re na s e c re ta ria da
escola o m a teria l n e c e ssá rio ao bom funcionamento da m e s ­
ma. Isto inclui fo rm u lário s, liv ro s e m a teria l au x iliar de
ensino.
A uxiliares do S ecretário : Nas esco las gran d es o Se­
c re tá rio deve te r au x iliare s p a ra cuidarem da m atrícu la,
fichário, tra n sfe rê n c ia de c la ss e , arru m a ção de salas, venda
de R evistas, distrib u ição de m a te ria l a p ro fe sso re s, etc.
D everes sem anais do S e c re tá rio da E scola Dominical:
D everes aos domingos
a. Chegar cedo e v e rific a r a arru m a ção da escola.
b. T e r p ro n tas p a ra d istrib u ição as C adernetas de C ha­
mada ou outro sistem a.
c. P re p a r a r o R elatório Dom inical com todo esm ero , p ara
lê -lo ao s e r convidado. Em esco las com m ais de 15 c la ss e s ,
o s e c re tá rio p re c is a rá de a u x iliare s p a ra poder a p re se n ta r
o re la tó rio na h o ra p re c isa , ou p reen c h er o quadro-negro
do rela tó rio .
D everes no re sta n te da sem ana.
a. M anter o fich ário atualizado
b. M atricu lar os novos alunos cujos C artões de M atrícula
chegaram à S e c re ta ria da E sco la no últim o domingo.
Após a m a trícu la na caderneta, o cartão vai p a ra a seção
"ATIVO" do fichário. Se o aluno tem m enos de 14 anos, lan­
ç a r no v erso do cartão , por antecipação o m ês e ano das
futuras tra n sfe rê n c ia s de c la ss e , obedecendo os lim ites de
perm anência nas c la ss e s , conform e o grupo de idade.
D everes tr im e s tr a is do S e c re tá rio da E scola Dominical
Na p rim e ira sem ana de cada tr im e s tre , p re p a ra r o m o­
vim ento do tr im e s tr e que findou.
D everes anuais do S e c re tá rio da E scola Dominical
Início do ano
136
a. P re p a ra r re la tó rio s do ano in teiro .
b. T ran sferên c ia de alunos. P rim e ira sem ana de jan eiro .
As idades, p a ra fins de m atrícu la e lim ite de perm anência
na classe, ach am -se na p rim e ira p arte desta Unidade.
c. A uxiliar a prom oção da cam panha de le itu ra anual da
Bíblia.
d. A rquivar o m a teria l usado no ano a n terio r.
4. 0 P rofessor da Escola Dominical
a. O in g resso do p ro fe sso r no trabalho da E scola Domi­
nical.
P a ra o in g resso no trabalho da E scola Dominical, o p ro ­
fesso r deve s e r acim a de tudo, uma pessoa salva de modo
com pleto, m em bro da Ig reja, de vida c ris tã c o rre ta , e sã
na fé.
b. A posição esp iritu al do p ro fesso r.
É posição de honra, G1 1.15; I Tm 1.12.
É posição de responsabilidade, Ez 33.8,9.
c. O m in istério de ensino do p ro fesso r.
1) P o r que ensinas?
- P o r am or a Deus
- P o r g ratidão a Deus
- P orque o Senhor ordenou, Mt 28.19,20.
2) Qual o teu propósito no ensino?
- G anhar alm as p ara Je su s
- D esenvolver a esp iritu alid ad e dos alunos
- T re in a r os alunos p a ra o serv iço do M estre
3) O que en sin ará s?
- A Bíblia, Mt 28.19.
4) A quem en sin ará s?
- Homens, m u lh eres, meninos (Dt 31.12).
5) Como en sin ará s?
- Conhecendo a C risto como Salvador e Rei.
- Conhecendo a B íblia, II Tm 2.15. Ainda não vi um o b re i­
ro de destaque, de p rojeção, de m in istério abundante,
de frutos perm anentes, que não fosse um apaixonado e
contínuo estudante da P alavra! E ste conhecim ento da
Bíblia te rá que s e r sistem ático , organizado.
- Conhecendo m a téria s au x iliares e afins.
- Conhecendo o aluno, isto é, a psicologia de cada grupo
de idade.
- Conhecendo pedagogia. O alim ento em casa difere
com a idade.
137
d. Os requisitos do p ro fesso r.
1) P rep aro . O p ro fesso r deve te r p reparo.
- E sp iritu al (I Pe 3.15; Ed 7.10). E s e r cheio, controlado
e movido pelo E sp írito Santo (I C o2.15;G l 6.11). Não é
te r fogo de labareda, m as do tipo b rasa.
- Intelectual (cultura g eral)
- Social (apresentação pessoal)
- F ísico (estado saudável)
Os homens a quem Deus tem usado, p assaram todos por
uma fase de p rep aro . Exem plos:
- M oisés p re p a ro u -se 40 anos.
- Paulo esteve 3 anos na A rábia.
- Daniel e seus com panheiros, m esm o p ara serv irem
numa co rte secu lar tiv eram seu p rep aro . O p ro fesso r
p re c isa sab er o que vai faze r. Jesu s sabia "o que ia
fazer" (Jo 6.6). Um aluno que quer de fato aprender,
não te rá desejo de v oltar a uma classe p ara ouvir um
p ro fesso r d izer aquilo que ele já sabe, ou que pode
apren d er sozinho.
Conclusão. O p ro fesso r p ara te r êxito e m a n ter-se efi­
ciente p recisa:
- S er esp iritu al. Ser cheio do E sp írito
- T e r p rep aro . P re p a ro p ara en sin ar.
- E s ta r equipado. Com lite ra tu ra apropriada..
2) Fidelidade no dever. Ser disciplinado.
Isto é, cum prim ento de seus d ev eres como p ro fesso r,
SI 101.6; I Co 4.2. Não é som ente s e r fiel, mas disciplinado.
3) P aciência
É o m esm o que longanimidade.
É fruto do E sp írito Santo, G1 5.22; I Ts 5.14.
O nosso Deus é o "Deus de p aciência", Rm 15.5.
É p reciso m uita paciência, especialm ente nas classes
infantis, de adolescentes e de irm ão s idosos.
4) Dedicação.
É o serv iço feito da m elhor m an eira, Ec 9.10.
É o zelo no trabalho; zelo com entendimento, Rm 10.2.
Há uma m aldição nesse sentido, J r 48.10 ARA.
5) Pontualidade.
É chegar na hora, com eçar na hora, te rm in a r na hora.
Jesu s andava sem pre na hora, Jo 2.4. Quem não pode se r
fiel nesta p a rte é m elhor d ar o lu g ar p ara outro que possa
s e r.
Quanto a te rm in a r na hora, há irm ão s que não ligam para
138
isso s, -ãnda acham que todo mundo está gostando quando
passam da hora...
e. As responsabilidades do p ro fesso r.
1) Responsabilidade p ara com Deus.
Deus o pôs no Seu trabalho! I Tm 1.12; Lc 19.13,15.
2) Responsabilidade p ara com a Igreja
O rien tar cada aluno a s e r um abnegado colaborador da
Igreja, em tudo - tempo, talentos, finanças (Ef 4.12).
3) Responsabilidade p ara com a ' Escola Dominical.
Conhecer a organização e funcionamento da Escola.
T rab alh ar em harm onia e cooperação com os dem ais
o b reiro s, Rm 12.10; Fp 2.3,25.
Há o b reiro s que em vez de trab alh arem em "conjunto",
trabalham como "cães juntos". Em desarm onia.
4) Responsabilidade p ara com a c lasse.
P rom over a edificação e crescim en to da c lasse. Há po r aí
p ro fesso r "m atador de c la ss e " .
Conhecer cada aluno pessoalm ente, pelo nome.
V isitar os alunos.
O rar pelos alunos individualm ente.
P ro c u ra r a conversão e edificação esp iritu al de cada aluno.
5. O p rep aro e apresen tação da Lição.
É p arte dos deveres sem anais do p ro fesso r.
E ste assunto é estudado na Unidade IV - PEDAGOGIA,
a saber:
- M aterial p ara o p rep aro da Lição.
- Etapas no prep aro da Lição
- A apresentação da Lição.
a. Durante a semana p re p a re bem a lição, estudando-a
com oração e dedicação, pedindo a Deus que o guie
pelo Seu E spírito. O trabalho do Senhor m erece a nossa
m aior abnegação e esforço.
b. Aos domingos p ro cu re chegar pelo menos 5 minutos
antes do início da E sco la. Freqüente as reuniões de
estudos p ara p ro fesso re s da Escola Dominical.
c. Sabendo que não vai e s ta r p resen te certo domingo,
avise com antecedência ao seu substituto; avise ta m ­
bém ao Superintendente da Escola.
d. O objetivo da Escola Dominical é o ensino da P alavra
de Deus; não gaste pois o tempo com coisas que não
edificam . Vá para diante da classe senhor do assunto
139
a s e r estudado. O êxito do p ro fe s s o r depende m ais de
consag ração e p rep aro .
e. M ostre in te re s s e p o r cada aluno da c la sse . O re por
e les. V isite -o s, esp ecialm en te quando enferm os ou
faltando às reu n iõ es. Dê um bem -vindo aos v isitan tes,
convidando-os a se m a tric u la re m ou a v o ltarem sem p re.
Na c la s s e sem p re há p esso as não salv as; convide e s ­
ta s p a ra a c e ita r o Senhor J e s u s como Salvador.
f. Cada domingo faça os apontam entos com muito cuidado
p a ra que os re la tó rio s sejam fidedignos.

XV. A LITERATURA DA ESCOLA DOMINICAL.


Deve s e r ap ro p riad a, isto é, re v is ta s , liv ro s e m a te ria l
com plem en tar p a ra cada agrupam ento de idade, como visto
à pág. 127; lite r a tu r a e s s a , tanto p a ra o aluno como p a ra o
p ro fe s s o r. Se nossa m issão co n siste em ev an g elizar e e n s i­
n a r, a lite r a tu r a como m eio de co m u n icar a verdade divina,
é fe rra m e n ta de p rim e ira c la sse .
A infantil re q u e r m aio r cuidado e m elh o r p rep araç ão . É
a m ais difícil de e la b o ra r, dada a varied ad e de m étodos e
a m a té ria a r tís tic a .
1. Literatura do aluno.
- Deve s e r graduada: assu n to s bíblicos e m a te ria l didático
específico p a ra cada agrupam ento de idade.
- R equ er e sp e c ia lista s em pedagogia aplicada na Ig reja -
n outras p a la v ra s: em Educação R eligiosa. Enquanto houver
alunos de d ife re n te s idades em nosso m eio (e sem p re haverá),
h av erá n ece ssid a d es de m a te ria l ap ro p riad o p a ra e s s a s
idades.
2. Literatura para o p rofessor.
- A esp ecífica da E scola D om inical, p a ra o p re p a ro da
lição e o e x e rc íc io do seu m in isté rio .
3. Literatura subsidiária.
- É evidente que todo o b re iro da E /D deve te r suas
boas fontes de consulta.
- L ite ra tu ra su b sid iária p a ra o b re iro s e a lu n o s,tan to de-
vocional com o p a ra estudo, produzida pela denom inação, ou
de o u tra p ro ced ên cia - m as, ortodoxa, biblicam ente falando.
(Quanto a currículo da E scola Dominical, ver a Unidade
IV - Pedagogia).
140
QUESTIONÁRIO

1 .C ite alguns resu ltad o s da desordem e desorganização.


2. A Bíblia tr a ta de o rg an ização . Cite exem plos d isso -
Na Ig reja de Deus, em Is ra e l como povo de Deus, e re fe ­
ren te ao m in isté rio do Senhor J e su s.
3. Dê a tríp lic e organ ização da E sco la Dominical.
4. Na E /D , de que consta a organização - P esso a l, M ate­
ria l e Funcional?
5. E num ere os com ponentes da d ire to ria de uma E /D d e­
vidam ente organizada.
6. Dê alguns req u isito s p a ra o in g resso de candidatos no
corpo docente da E /D .
7. Dê o agrupam ento de alunos, por idade, na E/D .
8. M ostre o valo r de um a biblioteca ap ro p riad a, na E /D .
9. Cite as providências p a ra o rg a n iz a r e in s ta la r um a nova
E /D .
10. Quanto ao p ro fe sso r da E /D -
- Qual sua posição e s p iritu a l?
- P o r que deve en sin ar?
- Qual deve s e r seu p ro p ó sito no ensino?
- Que m a té ria e n sin ará ?
- Como e s ta r á p re p a ra d o p a ra en sin ar?
11. Além do p re p a ro da lição , cite o u tro s d ev eres sem an ais
do p ro fe s s o r.
12. P o r que deve s e r levada tão a sé rio a pontualidade nos
h o rá rio s da E /D ?
13. Tendo em v ista o aluno e o p ro fe s s o r, como deve s e r a
lite ra tu ra da E /D ?
14. Dê c e rta s p a rtic u la rid a d e s da lite ra tu ra - Do aluno.
Do p ro fe s s o r.
15. Como deve s e r a lite r a tu r a su b sid iária p ara o b re iro s e
alunos?

141
Unidade III
Capítulo IV

A PROMOÇÃO E POSSIBILIDADES DA ESCOLA DOMINICAL

Sumário do Capítulo
I. Como m elh o rar sua E scola Dom inical, 142
II. A E scola Dominical e o la r, 144
III. A E scola Dominical padrão, 145
IV. O desafio que cabe à E scola Dom inical, 146

I. COMO MELHORAR SUA ESCOLA DOMINICAL


- Q u erer m elh o rar. Isso decididam ente.
- Poder m elh o rar. T e r possibilidades.
- Saber m elh o rar. Saber como pro ced er.
- Nós m esm os m elh o rarm o s. Individualm ente. A Escola
somos nós!
1. Obreiros Espirituais e Preparados.
Isto é, o b reiro s que de fato -
a. Conheçam a Deus como Salvador e Senhor, II Pe 3.18;
Os 6.3.
b. Conheçam a Bíblia (o liv ro -tex to da m a téria da Escola
Dominical)
c. Conheçam pedagogia (m étodos, princípios e leis do
ensino e da aprendizagem )
d. Conheçam o aluno
1) Conheçam o aluno p essoalm ente.
2) Conheçam o aluno psicologiam ente. É conhecer o aluno
interiormente, sua natureza. J e s u s conhecia Seus alunos
(Jo 21.15; 2.25; Mc 2.8).

2. Currículo Devidamente Dosado.


Tal cu rrícu lo incluirá -
142
a. A Bíblia (sua h istó ria, e s tru tu ra e m ensagem )
b. Doutrinas fundam entais (inclusive as da Salvação)
c. A vida de C risto
d. A vida c ris tã
e. A Igreja (fundação, m issão e futuro)
f. 0 la r
g. Homens e m ulheres da Bíblia.
3. Literatura Bíblica Ortodoxa.
a. Lições B íblicas graduadas (para todos os nívéis - p ro ­
fe sso r e aluno)
b. Publicações de apoio ao p ro g ram a de ensino da E scola
Dominical (boletins, perió d ico s, liv ro s)
4. Instalações e Equipamentos Apropriados.
P rédio - Salas de aula - Equipamento esco la r.
Uma das leis do crescim en to da E scola Dominical, diz
"A E scola Dominical c re s c e rá enquanto houve espaço p ara
isso ".
5. Campanha Vigorosa de Promoção e Expansão.
Mediante -
a. Oração contínua, in te rc e s s o ra .
b. Divulgação diversa.
c. Convites. Contatos. Uso do co rreio . Há na In g laterra
uma E scola Dominical que funciona pelo co rreio .
d. V isitas pesso ais. J e s u s visitava os alunos faltosos.
e. Reuniões esp eciais. J e s u s visitava os alunos falto ­
sos (Jo 9.35).
f. Atividades e aconselham ento p ró -E sc o la Dominical
em a r-liv r e s e cam panhas evangelísticas. C lasses
p ara novos-convertidos.
g. E scola Bíblica de F é ria s .
6. Atualização e Melhoramento dos P rofessores e Demais
Obreiros.
a. C ursos específicos de cu rta duração (de atualização e
ape rfeiçoam ento)
b. C ongressos (assem bléia de d eleg ad o s/rep resen tan tes)
c. C onfraternizações, encontros (oração, comunhão, e s ­
tudos)
d. Sem inários (promoção cu ltu ral/cien tífic a)
7. C lasse de Formação de P rofessores.
M anter sem pre uma c la s s e de form ação de p ro fe sso re s.
143
Não confundir com a habitual reunião sem anal de p ro fe sso ­
re s p ara estudo da lição.
Assuntos p a ra e ssa C lasse: Teologia S istem ática, In tro ­
dução B íblica, H istó ria E c lesiástica, P ortuguês P rático ,
Pedagogia B íblica, Evidências C ristã s, G eografia Bíblica,
Usos e C ostum es dos Povos B íblicos, M issões.
8. Apoio Total do Pastor e D iretoria/M inistério da Igreja.
Inclusive a E scola Dominical deve te r uma c la sse dom i­
nical som ente de o b reiro s. Isso é possível em Ig reja s g ra n ­
des.
9. Reuniões Periódicas de Obreiros da Escola.
Finalidade
a. O ração e confraternização
b. Estudos Bíblicos e afins
c. A ssuntos adm in istrativ o s da Escola. B ase bíblica p ara
reuniões de negócios, planejam ento e sim ila re s : Pv
11.14; 15.22; 24.6.
O casião. Pode s e r -
a. Semanal (para p ro fe sso re s)
b. M ensal (p ara a D ireto ria da E scola)
c. T rim e s tra l (g eral - p ara todos os o b reiro s do campo).

10. Concursos, T estes, Exposições e Comemorações de


Datas.
- C oncursos periódicos e trabalhos p ara a prom oção da
cultura bíblica, bem como ex cu rsõ es educacionais sobre a
natureza, ou a locais de coleções de objetos das te r r a s b í­
blicas.
- T estes (p eriódicos, sem anais etc.)
- Exposições (periódicas)
- C om em orações de datas (cívicas e re lig io sa s, locais
e g e ra is).
Aí estão dez m eios a se re m considerados p ara o m elho­
ram ento da E sco la Dominical - que pode s e r a sua E scola
Dominical!

H. A ESCOLA DOMINICAL E O LAR


A E scola Dominical não é um substituto do la r, nem tão
pouco pode o p ro fe s s o r su b stitu ir os pais, quer no ensino
das verdades bíb licas, quer na form ação e m g e ra ld o s filhos.
D eixar a in stru ç ão relig io sa dos filhos som ente a cargo
da Igreja, s e r ia uma trag éd ia p ara eles. São os p ais os p ri-
144
m eiros e os últim os p ro fe sso re s no la r, exceto quando estes
não são salvos (Êx 12.26,27; Dt 11.18,19; Js 4.6,7,21,22).
O la r deve p r e s ta r a E scola Dominical a m ais leal coope­
ração. Faz p a rte disso:
- F a la r sem p re da E scola Dominical em casa.
- Serem assíduos e pontuais na Escola.
- Tudo fazerem p ara que os filhos assista m a E scola
com regularidade.
- A judar os filhos no p rep aro da lição.
- O ra r pela E scola Dominical.

III. A ESCOLA DOMINICAL PADRÃO (Fp 3.13,14)

Introdução. Toda ig reja evangélica n ece ssita de uma


E scola Dominical p a ra difundir o ensino da P alav ra de Deus,
de modo contínuo e sistem ático , ao alcance de toda a com u­
nidade evangélica local, desde a crian ça da m ais te n ra idade
até o ancião.
E sse ensino, é claro, visa de modo especial os novos-
-convertidos e seus fam iliares. As crian ças e adolescentes
form am tam bém na frente.
Enquanto ensina, essa escola tam bém p rep ara cren tes m a­
duros p ara o trabalho do Senhor, bem como quanto a p rática
da mordomia cristã do tem po, talentos e finanças.
E xerce ainda essa escola papel preponderante no e sta b e ­
lecim ento e firm eza do la r c ristã o . A ssim , os cre n te s em
todas as e s fe ra s da ig reja, om breados ao p asto r, trabalham
p ara dar cum prim ento a sua divina m issão evocação de p r o ­
m over o reino de Deus en tre os homens. D este modo a
todos é facultada á oportunidade de s e rv ir ao Senhor com
seus talentos.
O estudo que se segue aborda 10 req u isito s b ásicos ou
essen ciais de uma E scola Dominical padrão. Todos os
aspectos da E scola Dominical estão com preendidos n esses
dez req u isito s, os quais por sua vez podem s e r subdivididos
num estudo m ais m inucioso.
A cada req u isito é atribuído um certo núm ero de pontos,
que som ados, perfazem 100 pontos - total requerido de uma
E scola D om inical padrão.

OS DEZ REQUISITOS DA ESCOLA DOMINICAL PADRÃO


(Os núm eros à d ireita são os pontos atribuídos a cada
requisito)
145
1. Dirigentes e professores fixos......................................... 20
2. Obreiros espirituais, preparados eassíduos .............. 10
Há reuniões sem anais de o b reiro s?
Há reuniões periódicas de negócios da Escola?
Os ob reiro s fazem cu rso s específicos?
3. C lasses e departamentos ................................................... 10
Organizada assim
4. Literatura graduada e equipamentoescolar ................... 10
Tem currículo, biblioteca, orientação pedagógica?
5. Secretaria organizada ......................................................... 5
Sala apropriada - P essoal - M aterial
6. Crescimento real da Escola ............................................ 10
Confronto com o ano an terio r
Novas M atrículas
Novas escolas
7. Mordomia cristã .................................................................... 5
O aluno que freqüenta a escola de dia deve s e r também
um fiel adorador à noite.
O culto enseja comunhão fraternal e serviço
A porção da P alav ra nos serm ões e na música
9. Programa ativo de expansão e extensão .............'.......... 15
Departamento do B erço - Departam ento do L ar - E s ­
colas F iliais - E scola Bíblica de F é ria s.
10. Evangelização ...................................................... ................. 10
P rática do apelo
Campanhas evangelísticas (colaboração, promoção)
Visitação
L iteratu ra
Evangelismo pessoal
Sua Escola Dominical está na altura certa? (100 pontos)
E stá subindo?
E stá descendo?
E stá parada?

IV. O DESAFIO QUE CABE À ESCOLA DOMINICAL.

O desafio e a responsabilidade.
a. Quanto ao lar: p ais, crian ças, jovens, adultos.
b. Quanto a Igreja: o crescim ento espiritual de tòdos. A
Escola Dominical p recisa c re s c e r. P ara isso é p reciso que
haja visão esp iritu al e condições em geral.
c. Quanto a Nação: Cidadãos salvos e de c a rá te r moldado'
na P alavra de Deus.
146
d. Quanto ao Mundo: Os campos brancos das m issões no
momento atual!

QUESTIONÁRIO

1.Como m elh o rar a E scola Dominical local. Conheça os


fatores.
2. Que sabe o leito r do relacionam ento en tre a Escola Domi­
nical e o la r, e v ice-v ersa?
3. Cite alguns deveres do la r, isto é, dos pais para com a
Escola Dominical.
4. Conhece o leitor os requisitos da E scola Dominical p a­
drão ("Nota 10")?
5. Considerando as perguntas 1 a 4 acim a, como está a sua
Escola Dominical?
6. Cite os quatro desafios afetos à Escola Dominical.

147
Unidade IV

Sumário da Unidade

Cap. I. -O ensino ....................... 149


Cap. II. - Op ro fe sso r da E scola Dominical ................... 158
Cap. III. - Métodos e a ce ssó rio s de e n s in o .................... 163
Cap. IV. - 0 cu rrícu lo e o aproveitam ento e s c o l a r ....... 168
148
Unidade IV
Capítulo I

0 ENSINO

Sumário do Capítulo

I. Que é o ensino, 149


II. 0 ensino deve te r objetivos definidos, 150
III. Leis do ensino e da aprendizagem , 151

Pedadogia é a a rte e ciência de en sin ar e educar. São


os p ro cesso s e técnicas de en sin ar a infância, explorando
as leis psicológicas que regem o crescim en to e com porta­
mento do s e r humano.
E ssas técnicas que com unicam a m ensagem , m odernizam -
-s e constantem ente p ara atingirem m aior núm ero de alunos
em menos tempo e do m elhor modo po ssív el pedagogica­
mente. Enquanto isso , a m ensagem da P a la v ra de Deus
não deve ja m a is m udar. P a ra c ita r um exem plo, há 50 anos
por não e x is tir o m icrofone e o am plificador de som, as
técnicas de comunicação de m assa eram bem rudim enta­
re s . Hoje, o m ais m odesto auditório não dispensa o dito
recu rso .
E ssas técnicas podem s e r eficazm ente educacionais,
sem em nada afetar a vida esp iritu al, usadas com sabedsria
em seu devido lugar.

I. QUE É O ENSINO
No conceito moderno, en sin ar não é apenas tra n sm itir
conhecim entos, m as também prom over aprendizagem por
p arte do aluno. E ssa aprendizagem não pode s e r forçada
nem introduzida no educando como o ato de v e s tir uma peça
de roupa. P ortanto, en sin ar não é apenas le r ou fala r diante
149
de uma c la ss e , m as p rim e iro d e s p e rta r, m o tiv ar e in te r e s ­
s a r a m ente do aluno e em seguida d irig i-la no p ro cesso do
aprendizado. Não pode haver re a l ensino sem aprendizagem
p o r p a rte do aluno. A p alav ra "ed u car" é derivada de uma
o u tra que literalm en te significa "conduzir p a ra fo ra". Daí se
deduz que é priv ilég io do p ro fe s s o r conduzir o aluno ao
encontro das ex p eriên cias da vida, de ta l form a que ele possa
viver v ito rio sa e sabiam ente, diante de Deus e seus sem e­
lhantes.
Se o ensino bíblico é o m eio de que o Governo dispõe
p a ra elim in a r o analfabetism o, a E sco la Dominical deve s e r
o desafio da Ig reja co ntra o nanism o e s p iritu a l em seu m eio,
bem como à incredulidade à sua volta.

II. O ENSINO DEVE TER OBJETIVOS DEFINIDOS


Se o caçad o r a tir a r a esm o, sem p o n taria, nunca ab aterá
a caça. De igual modo, se na g u e rra o soldado d is p a ra r sem
d ireção , e s ta r á atrain d o o inim igo a si. O objetivo do ensino
g ira em torno do aluno e su as re la ç õ e s quanto a tudo que é
de capital im po rtân cia na sua vida. Abaixo dam os 7 pontos
que o ensino bíblico deve v is a r de modo definido.
1. O aluno e suas relações com Deus (Is 64.8).
Deus é nosso P ai C elestial (com Quem devem os te r
comunhão in in terru p ta). É C riad o r e P re s e rv a d o r (digno de
toda adoração). É S ustentador (digno da nossa fé). É Rei e
Senhor (digno do nosso m elhor serv iço ).
2 . 0 aluno e suas relações com o Salvador Jesus (Jo 14.6).
Jesu s é o cam inho p a ra Deus, o P a i. É tam bém o nosso
Salvador p esso al, e Senhor, e C entro da nossa vida em g eral.
3. O aluno e suas relações com o Espírito Santo (Ef 5.18).
O E s p írito Santo convence, Jo 16.8; reg en e ra , T t 3.5;
santifica, Rm 8.2; ensina, Jo 14.26; e cap acita p ara vencer,
At 1.8.
4 . 0 aluno e suas relações com a Bíblia (SI 119.105).
A ceitar a Bíblia como a P a la v ra divinam ente inspirada
(II Tm 3.16). É p re c iso conh ecê-la, e is s o não vem por
acaso ( J r 15.16). E p re c iso a m á -la e tê -la como guia p r á ­
tico da vida d iá ria.
5'. O aluno e suas relações com a Igreja (Ef 4.16).
C onhecer o propósito e m issão da ig re ja local. N ossas
resp o n sab ilid ad es e d ev eres p a ra com a obra do Senhor.
T i^íbalhar de co ração , em suas atividades. Fom os salvos
p a ra s e r v ir (I P e 2.9). Devemos d a r, e não apenas e sp e ­
150
r a r re c e b e r da Ig reja. C om preensão da im portância de
s e r m em bro da Igreja.
6 .0 aluno e suas relações consigo mesmo (Fp 1.21).
O cren te deve av an çar p a ra a m aturidade esp iritu a l.
C om preender que som ente estando em C risto , podem os v en ­
c e r nossa natureza pecam inosa, e v iv er a vida v ito rio sa.
U sar os talentos e habilidades a serv iço do M estre. A r e s ­
ponsabilidade que tem um c re n te (Mt 5.13,14).
7 . 0 aluno e suas relações com os dem ais alunos e
demais pessoas (Mc 12.31).
A p reciar a contribuição dos o utros e re s p e ita r seus d i­
re ito s. C uidar da salvação dos perdidos por todos os m eios
p o ssív eis. F am ilia rizaçã o e p articip ação na obra m issio n á ­
ria nacional e e s tra n g e ira . S er bom e ju sto . Bom, não
significa apenas te r co ração m ole e concordar com tudo,
SI 25.8. N ossas resp o n sab ilid ad es como cidadãos.
P a ra isso , o cu rríc u lo deve te r objetivos definidos e de
igual modo cada lição dele.

m . LEIS DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM.


1. Definições e Conceitos Educacionais.
a. Definição de "L eis".
L eis são p rincíp io s im anentes e im utáveis que regem os
atos e com portam ento de todas as co isas, inclusive o s e r
humano. Incluídos aqui, estão o ensino e o aprendizado.
b. L eis do Ensino.
São le is da te o ria e da p rá tic a educacional, u tilizadas
pelo p ro fe sso r, p a ra c r ia r no aluno condições ideais p a ra
que o m esm o aprenda o que se ensina.
c. L eis da A prendizagem .
São os princípio s da a ssim ila ç ã o e retenção do ensino p o r
p a rte do aluno. E ssa s le is funcionam atra v é s dos sentidos
físicos do s e r humano, culm inando na mente.
d. O p ro cesso da A prendizagem . -
1) Nos sentidos p sico físico s.
Seqüência do p ro cesso de aprendizagem nos sentidos
psicofísicos:
- 0 órgão de determ inado sentido - é o rece p to r dos
estím ulos vindos de fo ra.
- 0 nervo d esse sentido é o tra n s m is s o r dos estím ulos
recebidos.
- 0 c é re b ro é o re c e p to r e in té rp re te dos estím u lo s.
2) Na m ente.
151
Seqüência do p ro cesso da aprendizagem na mente.
- P ercepção é a identificação de um estím ulopela mente.
- Idéia è uma combinação de percepções sem elhantes,
resultando no que se chama idéia geral.
- Juízo ou Conceito é uma com paração de idéias.
- Raciocínio é uma com paração de juízos, geralm ente
chamada conclusão.
e. O Conhecimento das leis do ensino e aprendizagem .
P erm ite ao p ro fesso r sua utilização a fim de conduzir
o aluno atra v és do desconhecido...
f. Que é en sin ar
Não é sim plesm ente tra n s m itir conhecim entos. É d e s­
p e rta r e o rie n ta r a mente do aluno, promovendo a aprendi­
zagem por p arte do mesm o. Jesu s fez assim ao tr a ta r
com Nicodemos e a Sam aritana. O p ro fesso r trabalha com
a mente do aluno, dirigindo-a no p ro cesso da aprendizagem .
Que privilégio e que responsabilidade. (Ver também pág. 154).
g. Que é aprender
E o aluno p en sar e ag ir por si próprio, sob orientação
inicial. (E spiritualm ente, há outros meios de aprendizagem ).
h. Os dois conceitos básicos da educação secu la r e r e li­
giosa.
Toda crian ça norm al é:
1) F isicam ente im atura - p re c isa c re sc e r;
2) M entalmente ignorante - p re c isa aprender.
Aplicação espiritual. Todo c ristã o novamente nascido
(Jo 3.5) é:
1) E spiritualm ente im aturo - p re c isa c re s c e r. (II Pe 3.18).
2) E spiritualm ente ignorante - p recisa aprender (Mt 11.29)

2. Leis do Ensino e da Aprendizagem.


O aluno norm al:
a. Aprende quando motivado, estim uladopsicologicam ente.
Exemplos:
1) D espertando p ara a realidade, aspirações.
2) Consciência do despreparo, considerando o contexto
com unitário.
3) R etrogradação de grupo. Consumação e consciência
disso.
b. Aprende quando gosta
1) Gosta p o r escolha experim ental (objetivam ente)
2) Gosta p o r efeito (subjetivam ente), Cf. Mc 12.37; Jo
6.67-69.
152
c. Aprende quando n ecessita.
1) Funcionalm ente
2) Futuram ente
d. Aprende quando vê fazer.
É o ensino pela dem onstração, pelo exen*olo (At 1.1).
Aí o aluno aprende:
1) Observando
2) Motivando sua potencialidade e capacidade ad o rm eci­
das ou latentes. (Isto é, se outros podem fazer ele pode
também).
e. Aprende quando faz.
É a aplicação p rática, experim ental:
1) Fazendo - ap ren d e-se
2) Repetindo - a p rim o ra -se (A ferram en ta sem uso
norm al enferruja).
f. Aprende quando há métodos certo s de ensino.
Subentendidos também:
- Idade e conhecimentos do aluno. O p ro fe sso r deve
m in istra r o ensino partindo do nível de conhecim entos do
aluno, e não do seu próprio.
- Instalações esco lares
- Meios auxiliares de ensino
- M aterial didático
- Objetivos definidos da lição, do curso, do estudo.
Toda aula deve sem pre reu n ir dois ou m ais métodos
de ensino.
g. Aprende quando investiga, pesquisa independentem ente.
Sendo previam ente orientado, dirigido.
h. Aprende quando está in teressad o .
- A atenção inicial g eral o in teresse .
Atenção tem a v er com a pessoa do p ro fesso r, interesse
tem a ver com a m atéria que o p ro fesso r ensina.
- In teresse conduz à participação a qual pode s e r çxpon-
tânea e provocada.
i. Aprende quando c rê, confia.
1) Confia em si mesm o
2) Confia na escola (sua idoneidade, com petência, p ro ­
bidade, etc.)
3) Confia no p ro fesso r preparado, id ealista, idôneo, a li­
nhado.
j. Aprende quando ora.
A través da oração Deus pode abençoar o corpo, e a m en­
te e todo o nosso se r. Note o sentido lite ra l de Mt 8.17.
153
O p ro fe s s o r deve o r a r m uito p o r seu s alunos; e s te s , por
sua vez devem o r a r m uito p o r seu s p ro fe s s o re s .
1. Aprende quando receb e atenção p esso al.
Sendo conhecido. Há m uitos m eios de conhecer o aluno.
Sendo reconhecido. Há m uitos m eios de reconhecim ento.

3. As L eis da Aprendizagem e os Sentidos F ísico s.


"P orque tudo que dantes foi e s c rito , p a ra o nosso ensino
foi e s c rito ." Rm 15.4a.
L eis da ap ren d izag em são os p rin cíp io s de a ssim ilaçã o
e reten ção do ensino p o r p a rte do aluno, os quais funcionam
a tra v é s dos sentidos físic o s. São le is im anentes no p ró p rio
aluno. E las m o stra m como o aluno aprende. O ensino chega
à m ente p o r m eio d estes sen tid o s, que são s e is a sab er:
a) V isão - os olhos
b) Audição - os ouvidos. O ouvido com preende dois ó r ­
gãos s e n s o ria is : a audição e o equ ilíb rio .
c) Olfato - o n a riz . N ele estão os te rm in a is do nervo
olfativo.
d) P a la d a r - a língua. N ela estão as p ap ilas g u stativ as.
e) T ato - e s tá em todo o corpo. São as te rm in aç õ es p e r i­
fé ric a s dos n erv o s sen sitiv o s. E s s a s te rm in a ç õ e s são r e s ­
ponsáveis p e la s sen saçõ es tá c te is , té rm ic a s e álg icas.
f. C enestesia - sentido m u scu lar. P o r e s s e sentido sa b e ­
m os se um objeto é pesado ou leve. E s s e sentido é tão expe­
rim en tal como os d em ais.
E s s e s sentidos são as p o rta s da alm a p a ra seu contato
com o mundo e x te rio r. É p o r m eio deles que receb em o s os
estím ulos vindos de fo ra, os qu ais, após v á ria s fases evolu­
tiv a s, re su lta m na aqu isição do conhecim ento.
Cada sentido dispõe de um ó rgão do corpo, re c e p to r de
estím u lo s. O ó rgão re c e p to r dispõe de um nervo que tr a n s ­
m ite ao c é re b ro o estím u lo receb id o . Resumo: o órgão r e c e ­
be, o nervo transm ite e o cérebro interpreta o estím ulo.
Todo estím u lo a s s im receb id o , provoca na alm a uma r e a ­
ção ou reflex o , resu ltan d o daí o nosso com portam ento d iário.
Exem plos de re a ç õ e s a estím u lo s receb id o s pelo céreb ro :
m ovim entos, pen sam en to s, im p u lso s, atitu d es, em oções, etc.
O ensino chega à m ente
- P elos sen tid o s físico s
- P ela in sp ira ç ã o divina.
- P ela rev elação divina. Não confundir os dois últim os
com intuição, a qual é a p ercep ção d ire ta e im ediata
154
do conhecim ento, independente de o b serv ação , p ré v ia
ex p eriên cia e p ro c e sso s do raciocínio.
P a ra te rm o s um a id éia do papel e do v alo r dos sentidos
no ensino, s a ib a -s e que
a) A p ren d e-se 20% do que se ouve. A voz do p ro fe s s o r
tem grande influência aqui. Deve te r a intensidade ideal e
s e r agradável.
b) A pren d e-se 50% do que se vê. Aqui tem g ran d e im p o r­
tância a ilum inação. A a rru m a ç ã o da sala tam bém influi
muito.
c) A p ren d e-se 70% do que se exam ina.
d) A p ren d e-se 80% do que se faz. Exem plo: cânticos com
g esto s, m a rc h a s, p ro v as, te s te s , p ro c u ra e le itu ra de v e r ­
sícu lo s, trab a lh o s m anuais, desenhos, p e sq u isa s, red aç õ es,
m apas, etc. A c ria n ça, p o r exem plo, aprende de fato quando
"faz" a lição.
e) A p ren d e-se 90% do que se fala. Exem plo: le itu ra ,
recitativ o de m em ó ria, p erg u n ta s, reco n stitu iç ão da lição,
tem as desenvolvidos, d isc u ssã o o rien tad a, m esa redonda,
exposição ou p rele ção .
Como o ensino chega a mente.
V erem os agora o p ro cessam e n to do ensino desde os s e n ­
tidos até à m ente do aluno.
a. Percepção. É a id en tificação de uma sen sação ou e s ­
tím ulo recebido. Exem plo: Ouço um som , o qual a m ente
identifica como sendo de violino. Tenho então a p ercep ção
de um violino. Se eu u s a r o u tro s sentidos como v ista e
tato, a p ercep ção do violino s e r á m uito m a is re a l. Tem
grande influência aqui, a fala, a voz, tom, palavras e g estos
do p ro fe s s o r. Tudo is s o afeta o ouvido e a co m p reen são
do aluno. A p ercep ção é um fenômeno com plexo da alm a
em que se reúne num só ato v á ria s o p eraçõ es p sico ló g icas,
como estím ulo, m em ó ria, a sso c ia ç ã o e atenção.
J e s u s quando quis ex p lic a r a p a la v ra "próxim o" p a ra um
in q u irid o r, contou p rim e iro um a h is tó ria que e s c la re c ia a
idéia, passando em seguida a d efin i-la. (Lc 10.29-37).
b. Idéia. É uma com binação de p erce p çõ es sem elh an tes.
Exem plo: Se p o r m eio de estím u lo s receb id o s eu p erceb o a
um só tem po sons de piano, violino e flauta, tal com binação
de p erce p çõ es dá-m e a idéia ou conceito de m úsica. C oncei­
to, pois, é uma idéia g e ra l.
c. Juízo. É uma com p aração de id éias ou conceitos.
Exem plo: escuto v á ria s m ú sic as e faço um ju ízo de que é
155
boa ou má; agrad áv el ou desagradável; p ara deleite da alm a
ou não.
d. Raciocínio. É uma com paração de juízos. N outras
p a la v ra s, é uma conclusão. Exemplo: Se Je su s deu v ista a
cegos, curou p a ra lític o s e lep ro so s e ressu sc ito u o filho da
viúva de Naim, chego a conclusão que Je su s s o c o rre o ho­
m em na tris te z a , no abandono e no sofrim ento. Cf. os se n ti­
dos e sp iritu a is da alm a, Hb 5.14 ARC.

4. As três leis básicas da aprendizagem.


a. A lei da disposição mental.
E o in te re s s e e a atenção do aluno p ara re c e b e r ou ex e­
cu tar o ensino. P a ra se ap ren d e r ou faze r algo é p reciso
disposição, d esejo sin cero e in te re s s e p o r p a rte do aluno.
Uns têm m aio r ou m enor in te re s se . E p re c iso in te re s s e
total. 0 aluno só p re s ta atenção ao p ro fe s s o r quando o a s ­
sunto lhe in te re s s a . Sem atenção concentrada não pode
haver aprendizagem .
Que faze r p a ra p o r esta lei em ação? D e sp e rta r ou m o­
tiv a r o aluno, usando as fontes de m otivação ap ro p ria d as
p a ra o momento. L em brem o-nos que a a le g ria é a s a tis ­
fação do aluno m otivado, facilitam cem po r cento a a p re n d i­
zagem.
b. A lei do efeito.
O aluno aprende m ais facilm ente o que lhe cau sa p ra z e r
e satisfação . Um aluno in satisfeito ag irá co n trariad o . O
aluno não som ente aprende, m as rep ete aquilo que lhe causa
p ra z e r. Quando o efeito de uma coisa é agradável, a pessoa
quer re p e tir a experiên cia, m as quando é ao co n trá rio ,
ninguém quer re p e ti-la . P o rtan to , a p ren d e -se m ais fa c il­
m ente o que é ag rad áv el, e dificilm ente o que é d esagradável.
c. A lei do exercício ou da repetição.
E sta lei prova que a rep etição ajuda a g ra v a r. É a re p e ­
tição de um ato que form a o hábito. Uma fe rra m e n ta sem
uso to rn a -s e en ferru jad a. Um m úsculo ou m em bro do
corpo im obilizado, to rn a -s e a tro fia d o e enfraquecido, m as em
uso norm al, to rn a -s e forte. A p rá tic a faz a p erfeição . Uma
verdade bíblica aprendida deve s e r p raticad a, aproveitada
ou aplicada, senão s e r á esquecida (Mt 7.24). E ssa rep etição
deve s e r freqüente. Aí está o cam po das p erg u n tas, lições
rep etid as, q u estio n ário s, su m ário s, etc.
5. 0 ensino de adultos.
É um e r r o p e n s a r-s e que os adultos não podem s e r tran s-
156
form ados quanto a o rien tação re lig io sa dantes receb id a. O
adulto não é um eterno escrav o da educação receb id a na
infância e adolescên cia, porém sua re a l educação relig io sa
é das m ais d ifíceis, porque não se tr a ta de educação sim p le s ­
m ente, m as re-educação.

QUESTIONÁRIO

1. Que é Pedagogia?
2. Que é o ensino em seu exato conceito?
3. Quanto a objetivos, como deve s e r o ensino?
4. M encione alguns pontos ou rela çõ es que o ensino bíblico
deve v is a r quanto ao aluno.
5. Que são L eis do Ensino?
6. Que são L eis da A prendizagem ?
7. Que é en sin a r?
8. Dê exem plos de como aprende o aluno n orm al.
9. Como o ensino chega à m ente?
10. Em se tratan d o de como o ensino chega a m ente -
- Que é p ercep ção ?
- Que é idéia?
- Que é juízo?
- Que é raciocínio?
11. Dê as tr ê s leis b ásicas da aprendizagem .

157
Unidade IV
Capítulo II

O PROFESSOR DA ESCOLA DOMINICAL

Sumário do Capítulo

I. O p ro fe sso r e o ensino, 158


II. O p ro fe sso r e o p rep aro dalição, 159
III. O p ro fe sso r e a ap resen tação da lição, 160

I. O PROFESSOR E O ENSINO
1 . Q u e é ensinar.
- E d e s p e rta r a m ente do aluno e g u iá-la no p ro cesso da
zagem.
- É m o s tra r - explicar - g u iar - com unicar.
- É aju d ar a aprender.
- É m oldar vidas.
- E m otivar a mudança de uma conduta a n te rio r.
2. O professor espiritual e preparado.
- É a nossa m aior necessidade.
- O êxito de nossas E scolas D om inicais depende disso.
- O p ro fe sso r esp iritu al e p rep arad o com pleta o trabalho
do evangelista ou p reg ad o r. O ensino da P alav ra deve
s e r em toda Igreja uma seqüência da pregação.
E m elhor um p ro fe sso r com pouco p rep aro , m as e s p ir i­
tual, do que o co n trário . Somente o p rep aro quase nada é.
O p ro fe sso r da E scola Dominical p re c isa en sin ar tão bem
a lição bíblica do domingo, como o p ro fe sso r de m atem ática
ensina e ssa m atéria.
3. O ensino do ponto de vista do professor.
a. P or que ensino? - P o r am o r e gratidão a Deus, e tam ­
bém em obediência a Mt 28.19.20.
b. Qual o meu propósito no ensino? - Há um propósito
tríp lic e: s a lv a r pecadores, ed ificar cren tes e tre in a r futuros
o b reiro s.
c. Que en sin are i? - A B íblia, por excelência, Mt 28.19.
d. A quem en sin arei? - A grupos de alunos de diferentes
idades, Dt 31.12, o que im plica conhecim entos de suas c a ra c ­
te rís tic a s psicológicas.
e. Como en sin arei? - Capacitado p o r Deus e prep arad o
no que depender de m im , II Tm 2.2,15 ARA; I Pe 3.15.

II. 0 PROFESSOR E 0 PREPARO DA LIÇÃO.


É p arte dos deveres sem an ais do p ro fesso r.

1. M aterial p ara o p re p a ro da Lição.


- A Bíblia. P a ra o estudo do texto da lição, contexto,
re ferên c ias. Adquira as v e rsõ e s c o rre n te s em P ortuguês.
- A R evista da E scola D om inical. É este o m a teria l de
estudo de que o aluno dispõe.
- R evista do P ro fe sso r.
- Livro de consulta e re fe rê n c ia , como D icionários B í­
blicos, C oncordâncias, C om entários. Cuidado p a ra não to r-
n a r-s e um sim ples eco ou reflexo dos livros!
- 0 estudo apresentado na reunião de p ro fe sso re s da
E scola Dominical.
- L ições an terio rm en te estudadas.
- Apontamentos p esso ais do p ro fe sso r.
- Ilu straç õ es, fatos p e sso a is. O bservações. 0 p ro fe s­
so r deve s e r um bom o b serv ad o r.
- O ração.
Tudo acim a, deve s e r regado com oração.
0 p rep aro da Lição como acabam os de a p re se n ta r, deve
s e r feito tendo em vista a n ecessidade do aluno e não a do
p ro fesso r. 0 que in te re s sa a um adulto, não in te re s sa a um
jovem ou a uma criança.
P r e p a r a r a lição sem p e n s a r nisso é fica r diante da c la s ­
se "pregando no d eserto ". 0 p ro fe sso r deve p re p a ra r a lição
tendo em m ira trê s propósitos p ara com o aluno.
- Que desejo que meus alunos aprendam ?
- Que desejo que meus alunos sintam ?
- Que desejo que meus alunos façam ?

2. E tapas no prep aro da Lição.


I 9 Estudo pessoal, usando -
- A re v ista da E scola Dominical.
159
- Apontamentos tom ados na hora do estudo individual.
2- Estudo em fontes de consulta. O m a te ria l n e c e ssá rio
deve s e r extraído e ordenado.
Veja que fontes tem!!! Não se tra ta de te r m uitos liv ro s,
m as de tê -lo s bons.
32 P re p a ro do esboço da Lição.
- E ste é um n e c e ssá rio s re c u rso mnemónico.
- Deve te r no máximo quatro pontos ou subtópicos.
- Deve a p re s e n ta r unidade e coerência.
- Quando m ais bem detalhado e com pleto é cham ado
Plano de Aula.
4e E sco lh er os m étodos e o m a teria l de ensino que se rá
adotado durante a Lição.
52 P re p a ro de trab alh o s p a ra a C lasse.
- Q uestionário. 5 a 10 perguntas.
- T e ste s. Há de v ário s tipos.
- T are fas o ra is ou e s c rita s p ara o próxim o domingo.
Pode s e r p esq u isa, trabalho m anual, ou m in i-p releção ,
dum ponto da L ição ou versícu lo .
- Anúncios e com unicações de in te re s se da' C lasse.
Quanto tem po você g asta no p rep aro da Lição? Convém
ate n ta r p a ra J r 48.10. O p rep aro da lição deve co m eçar na
segunda-feira e p ro sse g u ir d iariam en te a sem ana in te ira . O
p rep aro de uma aula de 50 m inutos não pode s e r coisa de fim
de semana!

UI. O PROFESSOR E A APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO.


1. Chegue cedo! Pelo m enos 5 m inutos antes da h o ra de
com eçar a reunião da E scola Dom inical.
2. Antes do estudo da lição, o s e c re tá rio da c la sse cuida­
rá das seguintes providências p relim in ares:
- A rrum ação da sala.
- Apontam entos da c lasse, conform e o sistem a de r e g is ­
tro adotado.
- Bem -vindo aos v isitan tes.
- C um prim entos a a n iv e rsa ria n te s.
- M atrícula de novos alunos (usando o C artão de M atrícula)
3. E tapas da Lição diante da C la s s e ........................50 m inutos
l 9 Introdução da l i ç ã o ................................................ 3 m inutos
- É o ponto de contato com a classe. O fato utilizado
p ara introdução deve s e r bem apropriado.
- O ração. O re ou convide um aluno a faze r oração.
160
- B oas-vindas.
- P re n d e r a atenção dos alunos.
- Introduzir o assunto da Lição, e, seu relacionam ento
com as dem ais L ições da s é rie em estudo.
2 2 Explanação da Lição ....................................... 30 minutos
É o corpo da lição ou aula, seguindo o esboço preparado.
3 2 V erificação da Lição ........................................ 5 minutos
É a recapitulação dds pontos e verdades básicas da Lição,
seguida de perguntas e resp o stas.
4- Aplicação da L iç ã o ........................................... 7 minutos
Uma das p a rte s m ais im portantes da Lição. O conheci­
m ento p esso al não te rá valor nenhum em si, se não for
aplicado. Seu valor vem da sua utilidade im ediata ou
rem ota, quando aplicado pela p esso a que o tem .
É a aplicação das verdades bíblicas ensinadas, à vida e
n ecessid ad es dos alunos, bem como aos tem pos atuais.
A aplicação da Lição corresponde, digam os, ao apelo na
pregação.
52 E n cerram en to da L i ç ã o ..................................... 5 minutos
É a entrega das ta re fa s e atividades, avisos, so b re t r a ­
balhos esp eciais da Ig reja, etc.
Olhe o tempo! O p ro fe sso r só dispõe de 50 m inutos p ara
tudo isso , m as se ele souber d o sar o tempo, o m esm o dará
muito bem.
Há irm ão s que não ligam p a ra isso . P ro sseg u em falando,
achando que todo mundo está gostando! Ao ouvir o sinal da
cam painha, p ro c u re p a r a r logo!
A ap resen tação da lição como exposta acim a, a p lic a -s e às
c la ss e s acim a de 12 anos. Abaixo d essa idade a a p re s e n ta ­
ção é d iferen te, havendo constantem ente, mudança de ativ i­
dade e s c o la r, com mudança de m étodos de ensino, é óbvio,
p ara g a n h a r-se ATENÇÃO e m an ter vivo o INTERESSE do
aluno. Tem grande im portância aqui o em prego de m eios
au x iliare s de ensino, dando colorido, dim ensão e sentido às
lições.

4. A Linguagem do P ro fe sso r.
G rande núm ero de p esso as têm falhado em su as c a r r e i­
ra s , inclusive no ensino, devido a dificuldade no fa la r, em
e x p rim ir-s e de form a adequada.
A a rte de fa la r torna a p alav ra, en tre o u tras c o isa s, c o r ­
re ta e e x p ressiv a.
- CORRETA. Pronúncia p erfeita, com a articu lação
161
com pleta de todos os sons que compõem a palavra. E vitar
defeitos de pronúncia.
- EXPRESSIVA. Tradução p erfeita da idéia que querem os
ex p rim ir. A expressão im plica em entonação, pontuação e
escolha das p alavras. A entonação torna a voz agradável e
elegante, mesm o vigorosa. A pontuação a c la ra o sentido, fa­
cilitando a com preensão. A escolha das p alav ras exatas, faz
com que o ouvinte com preenda claram ente o que querem os
d iz er-lh e.
0 p ro fe sso r deve então cuidar de to rn a r as suas palavras
CORRETAS e EXPRESSIVAS. A linguagem revela muito da
personalidade do indivíduo.
Uma fala perfeita dá p ra z e r ao ouvido, m as o falar errad o ,
seja na entonação, na pronúncia, na pontuação, ou na escolha
das p alav ras, cansa os ouvintes, e o auditório do todo só
a c e rta dizer: "Amém", não em sinal de satisfação, mas que­
rendo d izer "pare logo!"
A ex p ressão oral p erfeita, im põe-se e dá destaque, m e s­
mo que o o rad o r seja modesto e humilde. É um p ra z e r ouvir
alguém fala r corretam ente, com ex p ressão e g raça. Em
Jz 12.1-7, temos um caso em que 42.000 homens m o rreram
por causa de má pronúncia. Hoje em dia, m uitos "matam"
seus ouvintes da m esm a m an eira... O p ro fe sso r tem que
cuidar da linguagem, porque ele se utiliza dela quase todo o
tempo da aula. Cf. os seguintes textos: Ct 5.16; Pv 16.24;
15.1; I Co 14.8,9.
A linguagem do p ro fesso r quanto ao vocabulário, deve s e r
comum a ele e seus'alunos.
QUESTIONÁRIO
1. Cite alguns conceitos sobre o que é ensinar.
2. Fale sobre o p ro fesso r preparado.
3. Que m a teria is o p ro fesso r utiliza no p rep aro da Lição?
4. Qual o papel da oração no p rep aro da Lição?
5. Dê as diferentes etapas no p rep aro da Lição.
6. Dê as diferentes etapas na ap resen tação da Lição diante
da classe.
7. Quanto à apresentação da Lição, que é -
- Introdução?
- Explicação?
- V erificação?
- A plicação?
- E ncerram ento?
162
Unidade IV
Capítulo III

MÉTODOS E ACESSÓRIOS DE ENSINO

Sumário do Capítulo

I. Finalidade dos métodos de ensino, 163


II. O uso dos métodos de ensino, 163
III. A escolha e combinação dos métodos de ensino, 164
IV. Os métodos de ensino, 164
V. A cessórios de ensino, 167

Métodos de ensino são modos de conduzir ou m in is tra r


a aula e o ensino que se tem em m ira. O método é um ca­
minho para atingir um alvo. Não é um fim em si mesm o.
Cuidado, pois!

I. FINALIDADE DOS MÉTODOS DE ENSINO


É adaptar a lição ao aluno. Nunca ao co n trário ...

II. O USO DOS MÉTODOS DE ENSINO


Uma aula apresenta norm alm ente uma combinação de
dois ou m ais métodos. Nunca um só. Jesu s ensinou usando
métodos. Seguirem os seus p asso s no estudo dos métodos.
Métodos somente não resolvem . É p re c iso que o p ro fesso r
(ou o o b reiro cristão em g eral) tenha tam bém duas outras
coisas - a mensagem dada po r Deus, e a vida vibrante pelo
E sp írito Santo. Jesu s como M estre tinha as trê s coisas:
METODO, MENSAGEM e VIDA. Você pode p re p a ra r um t r a ­
balho, um serm ão, um estudo bíblico, a lição bíblica etc.,
com todo carinho, esforço e boa vontade, m as som ente Deus
pode dar a mensagem cheia de vida esp iritu al.
163
III. A ESCOLHA E COMBINAÇÃO DOS MÉTODOS DE ENSINO.
Depende de v ário s fato re s, como -
- O grupo de idade, o qual tem su as c a ra c te rís tic a s p r ó ­
p ria s - fís ic a s, m en tais, so ciais, e s p iritu a is .
- O m aterial que vai ser utilizado.
- O preparo do p rofessor. O objetivo da lição.
- O tempo de duração da aula. O p re p a ro da aula é c a l­
cado no espaço de tempo que se t e r á e de conform idade
com a idade dos alunos.
- As instalações de ensino da escola. Não se pode a p licar
um determ inado método sem h av er condições p a ra isso .
- O conhecimento do professor. O conhecim ento que ele já
tem do assunto em m ira , bem como o das L eis de E n­
sino e A prendizagem .

IV. OS MÉTODOS DE ENSINO


Os m étodos de ensino afetam os sentidos físic o s, os quais
são m eios de com unicação da alm a com o mundo e x te rio r. É
por m eio deles que ela explora o mundo em volta de si, bem
como receb e suas im p re ssõ e s.
1. O Método da P releção.
Tam bém cham ado Expositivo. Mt 5.1,2 ARC; Lc 4.22.
Nunca deve s e r usado só. Em com binação com o u tro s m éto ­
dos, como Je s u s usou, é de g ran d e v alor no ensino. Sozi­
nho, tem m ais desvantagens do que vantagens. É p r a tic a ­
m ente nulo com os infantis. (Não confundi-lo com o método
da Narração, que v erem os logo m ais).
2. O Método de Perguntas e R espostas.
Tam bém conhecido p o r método Socrático, p o r te r sido
largam ente usado po r S ó crates. P o r exem plo: Mt 22.42-45,
e n c e rra qu atro p erguntas de J e s u s . Vantagens do m étodo -
- Serve como ponto de contato e n tre o p ro fe s s o r e o aluno.
- Ajuda a m ed ir o conhecim ento do aluno. Como o p ro fe s ­
s o r pode sa b e r se o aluno entendeu a verd ad e e n sin a ­
da? Cf. Mt 13.51; 16.9-12.
- D esp erta o in te re s s e . É po rtan to um m étodo u tilíssim o
p a ra início e fim de aula. Je su s iniciou um a p a le stra
com um jovem doutor, perguntando: "Como lês?" (Lc
10.26). F ilip e, o ev angelista, iniciou sua fala com o
alto funcionário de C andace, perguntando: "Entendes
o que lê s? " (At 8.30).
- E stim u la o pensam ento. Uma pergunta bem feita leva
de fato o aluno a p e n sa r; cf. Mt 9.28.
164
È p re c iso técn ica na form ulação de p erguntas. O bserve
isto:
- F aça perguntas resu m id as e c la ra s .
- Evite perguntas cujas re sp o sta s se rã o sim ou não.
Exemplo de pergunta e rra d a : Je su s mudou água em vinho,
em Caná da G aliléia? A pergunta c o rre ta s e ria : Que m ilag re
fez Je su s em Caná da G aliléia?
- Ao la n çar a pergunta -
1) D irija -s e a c la sse toda
2) F aça uma pausa de 5 a 6 segundos p a ra que todos p en­
sem na resp o sta.
3) Em seguida, cham e um aluno pelo nome p a ra re sp o n ­
d ê-la . E vite seg u ir uma ordem exata na cham ada dos alunos.
4) Dê im portân cia a re sp o sta c e rta .
0 método de perg u n tas e re sp o sta leva o aluno a p a rtic ip a r
ativam ente da aula. Pode s e r usado em todos os grupos de
idade.
3. Método de D iscussão.
É tam bém chamado Debate O rientado. A seqüência na
condução do Método da D iscu ssão , é: PERGUNTA, seguida
de ARGUMENTAÇÃO, seguida de ANÁLISE, seguida de
RESPOSTA. Lc 24.15-27,32; At 17.3,17; 18.4; 19.9. P a ra
d isc u tir um assunto, subentende-se que os alunos já têm
inform ação sobre o m esm o. 0 p ro fe s s o r p re c is a m a n ter o
equilíbrio da argum entação e não p e rm itir que o tem a seja
desviado, e que um aluno fale m ais tempo que o estrita m e n te
n e c e ssá rio . Se o método não for habilm ente conduzido pelo
p ro fe s s o r re s u lta rá em desorganização, confusão, e a té ...
ab o rrecim en to s.
4. Método A udio-V isual.
Os re g is tro s m ais antigos das p rim e ira s civ ilizaçõ es
traz id o s à luz pela arqueologia estão em form a de desenhos.
No método áudio-visual, a m ensagem que se q u er tr a n s m i­
t i r é ouvida e v ista, combinando a ssim dois p o d ero so s canais
de com unicação na aprendizagem . Ela a tra i e dom ina a a ten ­
ção, aum entando portanto a reten ção . Os psicólogos ensinam
que as im p re s sõ e s que en tram pelos olhos são a s m ais p e r ­
m anentes.
Mt 6.26 ("O lhai p a ra as aves do céu"); Mt 6.28 ("Olhai
p a ra os lírio s do cam po"); Jo 10.9 ("Eu sou a po rta");
Jo 15.5 ("Eu sou a v id eira v erd ad e ira, vós a s v a ra s" ); Mc
12.15,16 (" T ra z e i-m e um denário. De quem é e s ta efígie?");
Lc 9.47 ("Tom ou uma c ria n ça, colocou-a junto a si").
165
P o rtan to e ste m étodo utiliza m a te ria l o m ais variado. Seu
em prego é de g ran d e v alor no s e to r infantil, m as também
nos dem ais. Depende do em prego dosado.
5. O Método da Narração.
São as h is tó ria s . E n esse cam po, nada suplanta a Bíblia.
J e su s usou m uito e s te método, ap resentando h is tó ria s em fo r ­
ma de p aráb o las, como em Mt cap. 13 (todo). A h is tó ria é
qual jan ela deixando a luz e n tra r. Na B íblia, a m aio r fonte
de h istó ria é o Antigo T estam ento. Pode s e r aplicado a
todas as idades. A h istó ria depois de n a rra d a é p re c iso
a p lic á -la . Veja o caso de Natã ensinando a Davi, em II Sm
12.1-4, e, em seguida aplicando o ensino no v .7 do m esm o
capítulo. O Novo T estam en to tam bém contém m uitas
h is tó ria s .
A h istó ria é p a ra a crian ça o que o serm ão é p a ra o adulto.
Exem plos de J e s u s usando o método de n arraçã o :
- O Bom Sam ari^ano, Lc 10.
- A Ovelha P e r «ida, Lc 15.
- As Dez V irg jn s , Mt 25.
- O Filho P ró d ig o , Lc 15.
Há m uitas o u tra s fontes de h is tó ria s além da B íblia, como
a N atureza; as b io g rafias (como em Mt 11.11); os fatos do
mom ento, etc.
6. O Método de Leitura.
Lc i.16; Jo 8.6. O P ro fe s s o r pode m andar os alunos
p ro c u ra re m tex to s em suas B íblias e le re m . Isto tem um
valor m a io r do que se pensa. A le itu ra pode s e r de outra
fonte além da B íblia. Depende.
7. O Método de Tarefas.
E sse é um g ran d e método - aprender fazendo. Método
ideal p a ra c ria n ç a s desde a m ais te n ra idade. A cria n ça
aprende de fato quando faz a lição, devidam ente in stru íd a
pelo profeissor. J e s u s , p a ra e n sin a r c e rta lição a P edro,
usou este m étodo (Mt 17.24-27). O utros exem plos: Jo 9.6,
7; Mc 6.45-62; Mt 17.16-21; Jo cap. 21 (todo); Lc 9.14-17;
At 17.11.
Aqui estão incluídos -
- T rabalh o s de p esquisa.
- T rabalh o s de redação.
- T rabalh o s m anuais (desenhos, esboços, m apas, m o n ta­
gens de liçõ es ilu stra d a s (fig u ras, la b irin to s, enigm as,
p a la v ra s -c ru z a d a s ).
O professor ao aplicar este método, deve dar instruções
166
o m ais claro p ossível se quiser ver resultados satisfatórios.
8. 0 Método Demonstrativo.
É o de e n sin a r fazendo. J e s u s usou-o. E le fazia antes
de en sin ar (At 1.1; Jo 13.15; I Pe 2.21). É o m étodo "faça
como eu faço". É o método do exem plo. Mt 6.9; 4.19; 11.
2-5; Jo 13.15; I Co 11.1; Ed 7.10. Os alunos p re c isa m não
som ente aprender de C risto, m as "ap ren d er a C risto " (Ef
4.20). Só é p o ssív el "ap ren d er a C risto " quando Ele tem
ex p ressão p o r m eio de uma vida.
As m a rc h as e cânticos com g esto s, p a ra os pequeninos,
têm grande v a lo r aqui. Idem , a d ram atização .

V. ACESSÓRIOS DE ENSINO
Alguns d eles são -
- Q uadros, g ra v u ra s (esp ecialm en te co lo rid o s).
- F lan eló g rafo s. De d ifere n tes tipos.
- P ro je to re s de variad o s tipos, dependendo do custo e
finalidades.
- T ra n sp a rê n c ia s, slid e s, e strita m e n te educacionais e d e
boa fonte, quanto a qualid ad eeco n teú d o . R e tro p ro je to r.
Episcópio.
- M apas bíblicos p a ra aula.
- L ivros de trab alh o s m anuais.
- Lápis em c o re s, c a rto lin a etc.

QUESTIONÁRIO

1. Que são m étodos de ensino?


2. Dê a finalidade dos m étodos de ensino.
3. De que depende a escolha e com binação dos m étodos de
ensino?
4. Cite alguns m étodos de ensino. Dê re fe rê n c ia s bíblicas.
5. Dê exem plos de a c e ss ó rio s de ensino.
6. Que método não deve s e r utilizado só, esp ecialm en te com
os pequeninos?
7. Qual a g ran d e vantagem do método áu d io -v isu al?
8. Segundo os psicólogos, quais a s im p re ssõ e s que m ais p e r ­
duram ?
9. Depois da h is tó ria n a rra d a , qual deve s e r o p a s s o seguinte?
10. Qual a d iferen ça en tre a p re n d e r de C risto , e ap ren d er
a C risto ? (E f 4.20).
167
Unidade IV
Capítulo IV

O CURRÍCULO E O APROVEITAMENTO ESCOLAR

Sumário do Capítulo

I. O cu rríc u lo , 168
II. A valiação do aproveitam ento e sc o la r, 170
III. S istem as de v erificação de aproveitam ento, 172

I. O CURRÍCULO
1. Definição de Currículo. É um grupo de assu n to s cons­
tituindo um cu rso de estudos, planejado e adaptado às idades
e n ecessid ad es dos alunos. Noutas p alav ras, são os m eios
educacionais explorados, visando os objetivos do ensino.
Um cu rríc u lo de E scola D om inical deve p reen c h er os
seguintes req u isito s -
- A p resen tar C risto como o cen tro da nossa vida.
- V isar a edificação da Ig re ja como um todo.
- V isar o crescim en to e sp iritu a l individual.

2. Considerações sobre o Currículo da Escola Dominical.


a. Deve ab ran g e r os p rin c ip a is assuntos bíblicos n e c e ssá ­
rio s ao conhecim ento e à ex p eriên cia do cren te. Isso, de
m aneira adequada e graduada de conform idade com cada
grupo de idades dos alunos da E sco la Dominical.
Cada grupo de idade tem c a r a c te r ís tic a s p ró p ria s física s,
m entais, sociais e espirituais. E s s e s grupos com preendem
as seguintes faixas de idade -
- 1 a 3 anos
- 4 a 5 anos
- 6 a 8 anos
- 9 a 11 anos
168
- 12 a 14 anos
- 15 a 17 anos
- 18 a 24 anos
- 25 anos p a ra cim a.
b. Tal cu rríc u lo deve s e r devidam ente dosado, visando o
desenvolvim ento de uma vida c r is tã ideal e uma p e rso n a li­
dade c r is tã que em tudo honre a C risto , p eran te a Ig reja e
o mundo.
c. Como já dissem o s no 1, deve s e r um cp rríc u lo g r a ­
duado, m as tam bém , ao m esm o tem po relacionado, p o r s e r
a vida c ris tã um todo indiv isív el. Graduado quer d iz er,
apropriado p a ra cada grupo de id ad es.
d. Um sim ples conjunto de liçõ es bíb licas sem seqüência
continuada, sem relacionam ento e n tre si e sem lev ar em
conta os agrupam entos de idade, não pode s e r cham ado
cu rríc u lo , e tam bém , não a tin g irá o alvo desejado no ensino
da P ala v ra .
Exem plos de m a te ria l áud io -v isu al: fig u ras so lta s, liçõ es
em form a de c a rta z e s , em fo rm a de caderno, uso de co res,
flanelógrafo, re tro p ro je to r, m ap as, esboços com p alav ras
e g ráfic o s, g ra v u ra s, q u ad ro -n eg ro , objetos, p esso as, etc.,
etc.
E ste método req u er p re p a ro m eticuloso p o r p a rte do
p ro fe sso r. Se a lição fo r p re p a ra d a em cim a da hora, é
m elhor não a p re se n tá -la .
- L ições ilu stra d a s. Há de d iferen tes tipos e tam anhos.
Depende da idade.
e. 0 cu rríc u lo deve a b ran g e r um determ inado núm ero de
anos conform e a conveniência, alvo e n ecessid ad es p ecu lia­
re s dos alunos e da denom inação.
3. Tem as Bíblicos para Currículos.
Cada unidade ou tem a adotado conterá um núm ero de
lições igual ao de domingos do tr im e s tr e (até 13).
Damos abaixo 28 tem as ou Unidades de Ensino p a ra cu rríc u lo s
da E scola Dom inical.
1. D outrinas B ásicas da F é C ristã
2. A Vida C ristã
3. V erdades P en teco stais
4. A Bíblia
5 . A Igreja
6 .0 Povo de Is ra e l
7. A F a m ília / O L ar
169
8. O T abern ácu lo e Suas In stitu içõ es.
9. D outrinas F a ls a s /F a ls o s P ro fe ta s .
10. Eventos F u tu ro s (O F u tu ro do Mundo, de Is ra e l e da Ig reja)
11. O M in isté rio L ocal e G eral
12. O C rente e o E s ta d o /a N ação
13. A C ria ção de T odas a s C o isas.
1 4 .0 Homem e D eus.
15. As M issõ es e O bras S ociais.
16. O C rente e o Mundo.
17. B io g rafias B íb lica s.
18. A Vida de C risto .
1 9 .0 E sp írito Santo.
20. A M ocidade C ris tã .
21. R eis e P ro fe ta s .
22. A B íblia e a C iência.
23. É tica C ris tã .
24. As P a rá b o la s dos E vangelhos.
25. Os M ilag res de J e s u s .
26. A Ig re ja L ocal.
27. A M ordom ia C ris tã .
28. Os A póstolos e Suas E p ísto las.

D. AVALIAÇÃO DO APROVEITAMENTO ESCOLAR.


A v aliar é um m eio de v e rific a r. A av aliação é um
re c u rs o educacional e s s e n c ia l a d irig e n te s e p ro fe s s o re s
p a ra v e rific a re m o estad o re a l de su as e s c o la s, suas c la s ­
se s e seu s alunos, quando co m p arad o s aos p ad rõ es e s ta b e ­
lecidos p ela ig re ja .
Uma av aliação p e rió d ic a p e rm ite ao s que ensinam e d i r i ­
gem , a f e r ir o estad o re a l da e sc o la , o que foi feito e o que
deixou de s e r , ou n e c e ss ita s e r in troduzido ou suprim ido.
Sim , a av aliaç ão re v e la a s novas tom adas de p ro v id ên cias
que devem s e r lev ad as a efeito.
P a ra a v a lia r é p re c is o a E sc o la te r objetivos tra ç a d o s e
bem definidos.
Uma av aliação bem feita fo rn ece dados que apontam s e m ­
p re p o ssib ilid ad es de m elh o ram en to .
Instrumentos de avaliação. F ic h a s, c a rtõ e s , e te s te s
p a ra alunos, p ro fe s s o re s , e a esco la em si. Tam bém con­
c u rs o s , tra b a lh o s, com petições.
Épocas de avaliação. T r im e s tr a l, s e m e s tra l, anual. A
avaliação dom inical c o stu m e ira , cham ada de relatório, tem
v alo r m ais e s ta tís tic o .
170
Âmbito da avaliação. A lunos, c la s s e s , e sc o la s.
Finalidade da avaliação. A lém das finalidades acim a, a
avaliação é u tilís s im a em se tratan d o de p rê m io s , m enção,
estím ulo e reconhecim ento.
A p resentam os a seg u ir um dos te s te s de av aliação do
p ro fe sso r.
T este de Auto Avaliação do P ro fesso r
F u n cio n ário s, em p reg ad o s, p ro fissio n a is e o u tro s m ais,
fazem te s te s vez p o r o u tra p a ra v e rific a r sua com petência
no trab a lh o , is s o na vida s e c u la r. A presen tam o s aqui um
te ste de avaliação p a ra p ro fe s s o re s da E sco la D om inical -
um s e to r do trab a lh o do Senhor. As re s p o s ta s só podem
s e r "SIM" ou "NÃO" e devem s e r e s c r ita s no tra ç o que e s tá
antes de cada perg u n ta. No final do te ste há um pequeno guia
p a ra v erificaçã o dos re su lta d o s obtidos no te s te . M as não
se p reocupe com is s o ag o ra. F aça o te s te p rim e iro ...
1..... Você tem p ro cu rad o le v a r a C ris to seus alunos
n ã o -c re n te s um p o r um?
2 ..... Você tem p ro cu rad o d esen v o lv er a e sp iritu alid ad e
de seu s alunos, e tem sentido a realid ad e disto ?
3 ..... Você tem o rien tad o e trein ad o seus alunos quanto
aos tra b a lh o s da ig re ja , in cen tiv an d o -o s a fa z e r o m áxim o
no se rv iç o do M estre?
4 ..... Você o ra d ia riam e n te pelos alunos de sua c la s s e ?
5 ..... Você quando não e s tá doente, é pontual na E sco la
D om inical, q u er chova, faça c a lo r ou frio ?
6......... Você v a ria seu s m étodos de ensino d u ran te a aula,
usando a s s im uma com binação d eles?
7 ..... Você com eça a p r e p a r a r a lição no p rin cíp io da
sem ana, nem que seja p o r um q u arto de h o ra d ia riam e n te,
con cen tran d o -se no objetivo da m esm a?
8 ..... Você sabe c o n tro la r um aluno co n v ersad o r, sem
que ele se ofenda?
9 ..... Você conhece seu s alunos p esso alm en te?
1 0 ...... Você tem em seu p o d er um a lis ta d o s seu s alunos
com os re sp e c tiv o s en d ereço s?
1 1....... Você v isita cada aluno pelo m enos um a vez p o r
ano, e v isita im ed iatam en te cada um quando o m esm o falta
a p a r tir de duas au las?
1 2 ...... Você lo caliza a lição nos m apas bíb lico s du ran te
o p re p a ro da m esm a?
1 3...... Você trab a lh a em harm o n ia com os d em ais p ro fe s ­
171
so re s e o ficiais da E scola Dominical sem in tran sig ên cia e
individualism o?
1 4 ....... Você lê sem p re liv ro s, artig o s e periódicos sobre
pedagogia e educação c ris tã ? Tam bém freq ü en taria cu rso s
de curta duração sobre esse s assuntos, uma vez m inistrados?
1 5....... Você tem uma vida c r is tã ex em p lar, de modo que
você g o sta ria que seus alunos fossem como você?
1 6 ....... Você an alisa suas au las, seus trab alh o s, depois
de realizad o s, notando a reação dos alunos e falhas que você
p orventura tenha com etido? (A u to -crítica e auto-avaliação).
1 7 ...... Ninguém é infalível. P re c isa m o s sem p re a p re n ­
d er m ais com os que sabem e n sin ar, porque não sabem os
tudo. Os que não concordam com os m eus pontos de v ista
não significa que estão e rra d o s. Você concorda com tudo
isto que foi dito aqui?
1 8 ....... Você s e n te -s e bem quando seus d irig en tes, de
modo co rtê s e c ris tã o , lhe observam , orien tam e lhe fazem
so licitaçõ es?
1 9 ...... Você cuida sem pre de sua vida e sp iritu a l, orando
reg u larm en te, lendo a B íblia, buscando s e r cheio do E sp írito
Santo, e servindo com dedicação ao Senhor?
2 0 ...... Você planeja e p re p a ra trab alh o s p a ra a sua cla sse
e os d istrib u e no fim das aulas?
VERIFICAÇÃO DE RESULTADO - Cada resp o sta "SIM", vale
5 pontos. Se você conseguiu de -
80 a 100 pontos - Parabéns! Você é um EXCELENTE p r o ­
fesso r!
60 a 80 pontos - Você é um Bom p ro fe s s o r, m as tem que
m e lh o rar.
50 a 60 pontos - Você é um p ro fe s s o r Regular. V erifique os
pontos falhos e decida m e lh o rar rap id am en ­
te, isso diante do Senhor.
Abaixo de 50 - Você é um p ro fe sso r Insuficiente. Exam ine-
-s e diante do Senhor. Você tem que ap ren d er,
não en sin ar. Decida o que você quer!

III. SISTEMAS DE VERIFICAÇÃO DE APROVEITAMENTO


Os m ais usados são dois:
a. O sistem a de s e is pontos ou requisitos. É dom inical.
Meios utilizados: C artões; que podem s e r do aluno, de
c la sse , de departam ento, e de toda a Escola.
Base: A nota dom inical individual de 100 pontos. P o r meio
172
dessa nota individual o b tém -se a nota da classe, do d e p a r­
tam ento, e da E scola.
Os seis requisitos d esse sistem a e seus pontos.
F reqüência à E scola D om inical ....................... 30 pontos
Pontualidade .............................................................. 10 pontos
B íblia ........................................................................... 10 pontos
O ferta ....................................................................... 10 pontos
Lição estudada .................................................. 20 pontos
F reqüência aos cultos ........................................... 20 pontos
Total ......................................................................... 100 pontos
b. O sistem a de quatro pontos ou requisitos. É dom inical.
Meios utilizados: F o rm u lário s im p resso s e caderneta
de chamada da classe. P o d e-se tam bém u sar cartõ es.
Base: A nota trim e s tra l do aluno. P o r meio desta nota
o btém -se a nota da classe, do departam ento, e da E scola.
Os quatro requisitos d esse sistem a e seus pontos.
F reqüência ................................................................ 30 pontos
Conhecimento da Bíblia ......................................... 40 pontos
Pontualidade ............................................................... 15 pontos
Com portam ento ......................................................... 15 pontos
Total ............................................................................. 100 pontos
Campo de aplicação dos dois sistem as. ‘Qualquer idade,
uma vez que o aluno satisfaç a os req u isito s. O segundo é
m ais próprio p a ra crian ças.
Observações:
- O método de cartõ es é m ais sim ples e prático .
- Os m eios p a ra aplicação de sistem as são trê s: cartõ es,
fo rm u lário s im p resso s, cadernetas.
- M uitas escolas só adotam a divisão dos alunos até a
idade de 14 anos. Daí p a ra cim a adotam apenas a d iv i­
são em departam entos. N esse caso, a avaliação do
aproveitam ento a d a p ta r-s e -á à m odalidade de ad m in is­
traç ão da Escola.

QUESTIONÁRIO

1.Que é cu rrícu lo esco la r?


2. Como deve s e r um cu rríc u lo de E scola Dominical?
3. Dê exem plos de tem as ou assuntos bíblicos p ara cu rrícu lo s
de E scola Dominical.
4. Cite as vantagens da avaliação do aproveitam ento esco lar.
5. Fale da avaliação quanto a in strum entos, épocas e âm bito.
173
6. F aça o te ste de avaliação do p ro fe sso r, constante na
pág. 171.
7. Cite dois sistem as de v erificação e seus cam pos de
aplicação.

L74
Unidade V

Psicologia educacional

Sumário da Unidade

Introdução ..................................................................................... 176


Cap. I. - 0 a lu n o ................................................................177
Cap. II. - A personalidade .................................................... 179
Cap. III. - C a ra c te rístic a s dos grupos .............................. 183
175
INTRODUÇÃO

P sico lo g ia. C iência que estuda a n atu reza ou p e rs o n a li­


dade hum ana. É atualm ente um ram o autônomo do con h eci­
m ento humano. F az p a rte das C iências S ociais. E ra an tig a­
m ente um simple«; ram o da F ilo so fia.
A P sicologia an alisa o com portam ento ex tern o do homem
(sua ação m otora), bem com o a n atu reza dos elem en to s, fe­
nôm enos e p ro c e s s o s da atividade m ental, verifican d o ainda
sua im p o rtân cia na form ação da p erso n alid ad e.
Ramos da P sicologia. São m uitos os ram o s. Um deles
é o da P sico lo g ia A plicada ou P sico té cn ica , tendo e s te , m u i­
ta s subdiv isõ es. Uma d elas é a P sico lo g ia Educacional.
P sicologia Educacional. O cupa-se do estudo d as c a r a c ­
te r ís tic a s e com portam ento do -
- Educando
- E ducador, e,
- P ro c e s s o s Educativos. N outras p alav ras: é o estudo
psíquico do educando, dos m eios educacionais e das
m a té ria s de ensino.
Tudo, visando m elh o res re su lta d o s na educação, e s p e c ia l­
m ente a e s c o la r.

176
Unidade V
Capítulo I

0 ALUNO

E stu d arem o s agora o aluno e os assu n to s com ele r e la ­


cionados. P a ra o p ro fe s s o r é coisa indispensável conhecer
não som ente a m a té ria , m as tam bém seu cam po de aplicação,
que é o aluno. O sem ead o r deve conhecer o te rre n o onde
vai sem ea r; e tam bém não la n ç a r a sem ente a esm o . 0 aluno
é a m a té ria p rim a da E sco la D om inical. O p rofessor, se
quiser ter êxito no ensino, deve estudar não só a lição, mas
também o aluno.
Os alunos são d ife re n te s. E ssa d iferen ça é dupla. São
d ifere n tes dependendo do grupo de idade, e tam bém dentro
do p ró p rio grupo de idade. É a P sicologia E volutiva. As
c a ra c te rís tic a s g e ra is do aluno v ariam conform e seu d esen ­
volvim ento físico , mental, so cia l e espiritual. Daí, cada idade
re q u e re r tratam e n to d iferen te. J e su s como c ria n ç a c re sc ia
n e s s e s quatro asp ecto s. Segundo Lucas 2.52, E le c re s c ia
- "em e s ta tu ra " (c rescim en to físico).
- "em sabedoria" (c rescim en to mental).
- "em g ra ç a diante dos hom ens" (c re sc im e n to social).
- "em g ra ç a diante de D eus" (crescim en to esp iritu a l).
Como d issem o s, há d ifere n ças en tre alunos de um a m esm a
idade. Não há dois alunos exatam ente iguais.
O p ro fe s s o r conhecendo o aluno isoladam ente e no grupo,
p la n e ja rá e ap lic a rá o ensino adequadam ente: a u la s, te ste s ,
tra b a lh o s, atividades, etc.
O p ro fe s s o r pode e stu d a r o aluno -
- O bservando-o
- V isitando-o, p ara co n h ecer a a tm o sfera em que vive.
- Conhecendo seus co m p an h eiro s, seu trab alh o , seus g o s­
tos, seu s planos de vida. Seus p ro b lem as tam bém .
Auxilia muito aqui um a ficha de in fo rm açõ es do aluno.
177
- Recordando o seu passado com< criança (isto é, o
professor).
- Pesquisando em obras especialzidas, ou cursando
Psicologia da C riança.

QUESTIONÁRIO

1.Que é psicologia?
2. A Psicologia Educacional situ a -se en [ue ram o da p sico ­
logia?
3. De que ocupa-se a Psicologia Educaciiial?
4. Além de conhecer bem a lição que va.eisinar, que deve o
p ro fesso r estu d ar m ais, se q u iser te rê lto ?
5. P o r que cada agrupam ento deidade reqi>r ti'atam en to d ife­
rente quanto ao ensino?

178
Unidade V
Capítulo II

A PERSONALIDADE

P ersonalidade é o conjuno de atributos e qualidades f ís i­


cas, intelectuais e m orais qie c ara cterizam o indivíduo. Os
elem entos form adores da personalidade são a hereditarie­
dade e o meio-ambiente. h ereditariedade são os fatores
herdados, isto é, a naturezahum ana tran sm itid a pelos p ais.
E sses fato re s h ered itário s rascem com o indivíduo e afetam
e agem no m esm o atrav és -
- Do sistem a nervoso;
- Do sistem a endócrino(<s glândulas de se creçã o interna);
- Dos dem ais órgãos int<rnos.
E sse s fato res influem n< psiquism o da pesso a, d eterm i­
nando o seu biótipo, isto é, :ua constituição físic a, seu te m ­
peram ento, seu c a rá te r. El:s p assam de g eração a geração
e afetam o aprendizado de v;rias m an eiras.
Aspectos da Personalidate.
1. Biótipo ou constituição É o aspecto físico-m orfológico
do indivíduo.
2. Temperamento. É o ispecto fisiológico-endócrino do
indivíduo. Fazem p arte dee os im pulsos ou instintos, que
são as fo rças m otrizes da personalidade. Os instintos são
congênitos; im plantados na criatura p ara cap a citá-la a fazer
instintivamente o que for necessário, independente de reflexão
e para m an ter e p re s e rv a r i vida natural. "Se no início de
sua vida, o bebê não tivessi certo s in stin to s, não poderia
sobreviver, mesm o com o melhor cuidado p aterno e m édico."
Dr. Leander Keyser.
E sses instintos saíram jerfeitos das m ãos do C riador,
mas o pecado que veio pela Qieda os p erv erteu o transtornou.
Os afetos integram o temperamento. É do tem peram ento
179
que depende a m a n eira de re a g irm o s face aos fatos e c i r ­
cunstâncias da vida e am b ientais.
3. Caráter. É o aspecto psíquico da p erso n alid ad e. É a
m a n eira p ró p ria de cada p esso a a g ir e e x p r e s s a r - s e . Tem
a v e r com a vontade p ró p ria e conduta. É a "m a rc a " da
pessoa.
4 .0 "eu". E o asp ecto e s p iritu a l da p erso n alid ad e. É
ele o cen tro de g rav itação , e s tru tu ra e eq u ilíb rio de toda
a vida psicológica.
Dois dos m ais im p o rtan tes a sp ecto s ou com ponentes da
p erso n alid ad e são o c a r á te r e o tem p eram en to , os quais
p assam o s a re s u m ir.
Caráter.
- É um com ponente da p erso n alid ad e.
- É adquirido, não herdado,
- A c ria n ç a h erd a ten d ên cias, não c a rá te r.
- R esulta da adaptação p ro g re s s iv a do tem p eram en to às,
condições do m eio -am b ien te: o la r, a esco la , a ig re ja ,
a com unidade, o estado sócio-econôm ico.
- Pode s e r mudado, m a s... não é fácil!
- Je s u s pode m u d ar m ilag ro sam e n te o c a r á te r (II Co 5.17),
e continuar m udando-o, à m edida que ren d em o -n o s a
E le (Rm 12.2; Fp 1:6). J e s u s pode s a lv a r (Hb 7.25), e
e s ta salvação abrange e s p írito , alm a e corpo (I Ts
5.23; G1 5.24).
Temperamento.
- É um estad o orgânico neuropsíquico.
- É inato, e capaz de d ese n v o lv e r-se .
- É influenciado pelo siste m a n ervoso, glândulas de s e ­
creç ão in te rn a , h ere d ita rie d a d e , e co n stitu ição físic a.
- Pode s e r controlado. 0 E s p írito Santo pode e quer
c o n tro la r o tem p eram en to do cre n te (G15.22; Rm 8.6,13).
- Não pode s e r mudado.
Quanto a reaç ão aos estím u lo s receb id o s, in clu siv e no
ensino, há duas g ran d es c la s s e s de alunos, de aco rd o com
a dupla função do siste m a n erv o so c e n tra l, is to é, nervos
que tra n sm ite m m ensagens ao c é re b ro , e n erv o s que r e c e ­
bem m ensagens do c é re b ro , sendo tudo is s o funções da
alm a hum ana. C h am am -se sen so ria is os n erv o s que tr a n s ­
m item m ensagens dos sentidos ao c é re b ro , e m otores os n e r ­
vos que receb em m ensagens do c é re b ro p a ra os m úsculos
e órg ão s.
a) Alunos que obedecem aos centros m otores. São fáceis
180
de pô -lo s em m ovim ento m esm o que façam grande barulho
no início como faz um m o to r de autom óvel. C o rrem com
rapidez, deixam todos p a ra tr á s e fascinam as dem ais p e s ­
so as, en tretan to , são capazes de p a r a r com a m esm a f a c i­
lidade do a rran q u e. São im pulsivos, e le triz a n te s , c é le re s
na com preensão de qualquer co isa, m as tam bém m udam
num in stan te. Agem an tes de um a re a l decisão. A prendem
com rap id ez, m as esquecem tudo ou quase tudo com a
m esm a facilidade còm que aprendem . Você deve te r alunos
d esse tipo...
b) Alunos que obedecem aos centros sen so ria is. São
sosseg ad o s, m editativos e o b se rv a d o re s. Respondem aos
estím ulos com m ais v ag ar e aprendem lentam ente, m as
aprendem de fato e p a ra a vida. Cham am m enos atenção
m as são p e sso a s firm es e que sabem o que q uerem . E n tram
em m ovim ento lentam ente m as podem os co n tar com e la s.
A dquirem conhecim ento d evagar, m as co n serv am -n o . Agem
com c e rta lentidão m as fazem o serv iço d ireito . Você
deve te r alunos d esse tipo, ou um m isto dos dois acim a
d e s c rito s.
M eio-am biente. É o m eio em que o indivíduo vive e foi
criad o. É um poderoso fato r influente na p erso n alid ad e.
0 m eio abrange -
- O la r (a fam ília)
- A com unidade
- O trab alh o
- A esco la
- A Ig re ja (relig ião )
- A lite r a tu r a (boa ou m á, co n stru tiv a ou d estru tiv a)
- 0 estado so cial (saúde, físico , econom ia, alim en tação ,
higiene, em prego ou ocupação, a sociedade, o am b ien ­
te freqüentados, reg im e de vida, as " ro d a s ", os " g ru -
pinhos", esp ecialm en te seu s líd e re s).
O m eio am biente influi na p erso n alid ad e, m as o hom em
não deve s e r escrav o do m eio; ele pode r e a g ir, v en cer e
tra n s f o rm a r -s e , passando daí a in flu ir no m eio. "Tudo
posso nAquele que me fo rtalece" (Fp 4.13). Deus criou o
hom em p a ra s e r senhor e não e scrav o . Sem a ajuda divina
o hom em é vencido pelo m eio am biente de uma m a n eira ou
de o u tra. A salvação a tra v é s do evangelho red en to r atinge
o homem em sua plenitude: e s p írito , alm a e corpo, p e r m i­
tindo-lhe v iv e r uma vida v ito rio sa .
Ô controle e aprimoramento da personalidade. Isto não
181
pode s e r plenam ente realizado apenas atra v és de credos,
princípios e p rá tic a s relig io sas. A fé em C risto e a com u­
nhão vital com Ele é o segredo. A v erd ad eira vida c ristã
consiste p rim eiram en te num relacionam ento vital com C r is ­
to (Jo 15.5). Tal fé e tal relig ião não destroem a p e rso n a ­
lidade, antes desenvolvem -na, pois todo esforço é feito
p ara a g ra d a r e prom over a vontade dAquele que passou a
dom inar e co n tro lar nossa p ersonalidade, agora p a r tic i­
pante da natureza divina (II P e 1.4; Rm 11.17; Hb 12.10).
Sim, a relig ião ex erce uma grande influência na p erso n a­
lidade.

QUESTIONÁRIO

1. Que é personalidade?
2. Quais os elem entos form adores da personalidade?
3. Que determ inam os fato res h e re d itá rio s, ao influírem
no psiquism o da pessoa?
4. M encione os aspectos ou com ponentes da personalidade.
5. Defina sum ariam ente o c a rá te r e cite algum as de suas
c a ra c te rís tic a s .
6. Defina sum ariam ente o tem peram ento e cite algum as
de suas c a ra c te rís tic a s .
7. Quanto a possibilidade de m utação, qual a diferença entre
c a rá te r e tem peram ento?
8. Dê a função dos nervos s e n so ria is e dos m otores.
9. Que é m eio am biente?
10. Que abrange o m eio am biente?
11. Dê o relacionam ento positivo en tre o crente salvo e o meio
am biente.

182
Unidade V
Capítulo III

CARACTERÍSTICAS DOS GRUPOS

P a ra en sin ar crian ças com eficiência e sucesso, o p r o ­


fesso r p re c isa conhecer as características, necessidades,
e in teresses p ecu liares a cada faixa e tá ria . O pro feta
E liseu p ara re s s u s c ita r um rapazinho, desceu ao seu nível
adaptando-se às suas m edidas e dim ensões, po r certo m eno­
res: boca, olhos, mãos e corpo. Vejo aí uma grande lição
esp iritu al no que tange a ganharm os a infância p a ra Jesu s.
V er II Rs 4.33,34.
A P sicologia Educacional estuda as leis que governam
o crescim ento, desenvolvim ento e com portam ento do in d i­
víduo. Estuda o aluno quanto aos aspectos já m encionados:
físico, mental, social e espiritual. E studarem os agora, p o r­
tanto, as c a ra c te rístic a s , a s tendências, asp iraç õ es, p red i-
leções e in te re s se s de cada grupo de idade e com isso ta m ­
bém as necessidades de cada um deles, no seu relacionam en­
to com o aprendizado. Isso, em form a resum ida. A divisão
em grupo, que se segue, não significa p recisam en te a divi­
são psicológica, uma vez que inúm eros educandos têm d isp a­
ridade psíquica. Além d isso , todos nós sem exceção som os
im perfeitos. Todos nascem os com alguma deficiência física
ou m ental, ou am bas, duma form a ou de o utra. Tudo, sendo
efeito do pecado.

1. BERÇÁRIO E JARDIM DA INFÂNCIA (1-5 anos).


P ala v ra s d escritiv as da idade: Receptividade e P la sti­
cidade.
a. F ísico.
- Rápido crescim ento, inquietação, movimento, sen ti­
mento, dependência.
183
As quatro p rin cip ais atividades da crian ça n essa idade
são: com er, dorm ir, brincar, perguntar. Os sentidos físicos
funcionam com toda carg a. E les são n essa época de suprem a
im portância na aprendizagem . O ensino ilu strad o é de toda
im portância n e ssa fase. C rian ças gostam de todo tipo de
barulho, esp ecialm en te aqueles que resu ltam em ritm o . P o r
e s s a razão , rim a s e m ovim entos ritm ad o s nos hinos, po esias
e ex ercício s de e x p re ssã o ag rad am , im p ressio n am o sistem a
nervoso e este tra n sfo rm a as sen saçõ es em movimento.
Uma cria n ça vive pelo sentim ento, p o r is s o fica quieta
apenas alguns in sta n te s.
b. M ental.
A prendizagem p elo s sentidos. C uriosidade. Im aginação.
C redulidade. A alm a da crian ça é como m a ssa de m odela­
gem : a form a que se d er, e s s a fica; o que for ensinado é
aceito e crido sem d iscu ssão , o que não se dá com jovens
e adultos, que tendo a faculdade da razão em pleno funciona­
m ento, concordam ou d isco rd am , conform e seu senso de
v alo re s, julgam ento e conhecim ento. A visão é por dem ais
ativa e a cria n ça aprende m ais pela visão do que p o r qualquer
outro sentido. Há m uita cu rio sid ad e. M uita cria n ça tem
adoecido pela cu rio sid ad e em ex p erim en tar co isas desconhe­
cidas. A nim ais pequenos têm sofrido em m ãos infantis,
vítim as de sua cu rio sid ad e... A im aginação é por dem ais
fé rtil. N essa idade a crian ça não distingue en tre o re a l e o
im aginário. É tanto, que flo re s, an im ais e fig u ras falam como
se fossem gente. Devido a e s s a fo rte im aginação, eles inven­
tam h is tó ria s as m ais in c rív e is , sendo p o r is s o tidos por
m en tiro so s. Quanto à cu rio sid ad e, a crian ça norm al p arece
m ais um ponto de in terro g ação ! Seu período de atenção não
vai além de 3 m inutos.
c. Social.
A cria n ça até aos 5 anos é notadam ente egoísta, vindo
com is s o a im itação . E la é o cen tro do seu p ró p rio mundo.
Só pensa em te rm o s de "eu". Tudo é "m eu". Se vai a uma
loja de brinquedos q u er tudo. Se vê o u tras c ria n ç a s b rin ca n ­
do quer to m ar seu s brinquedos. Se come e so b ra alim ento,
ele não come m as tam bém não dá... É teim o sa e quer fazer
aquilo que lhe vem à m ente. São afetuosos. G ostam de m ú­
sica e canto. Sua tendência p a ra im ita r os o u tro s, influe no
c a rá te r, a ssim com o a cu rio sid ad e influe no conhecim ento.
E ssa é a época á u re a da form ação dos hábitos como oração,
obediência, freq ü ên cia aos cultos, contribuição, a s sistê n c ia
184
c a ritativ a e filantró p ica, etc. A vida é uma s é rie de hábitos
bons ou m aus. Os que m oldarão a vida são form ados na
p rim e ira infância, p recisa m en te até aos 4 anos. Toda co n s­
trução com eça pelo a lic e rc e , e aqui tem os o a lic e rc e da vida
- la . Infância. P assa d a e ssa fase, não volta m a is.
d. E sp iritu al.
C redulidade e confiança tran q ü ila. A vida c r is tã no la r,
num am biente de o ração e fé em Deus, fará a c ria n ç a com ­
p reen d e r a Deus como o P a i am oroso. A atividade dos se n ­
tidos a ju d á -lo -á a ap ren d e r as liçõ es da n atu reza. A crian ça
c rê em tudo que lhe é dito. Deus deve s e r ap resen tad o como
o P apai do céu...

2. OS PRIMÁRIOS (6-8 anos)


P a la v ra d escritiv a da idade: Atividade.
a. F ísico .
Ativo e irre q u ie to , m as, m elhor controlado. As c a r a c ­
te rís tic a s são as m esm as da idade 4-5 anos, com lig e ira s
diferenças. 0 crescim en to é m ais lento. O in g re sso na
escola pública põe a cria n ça sob d isciplina e a expõe a alguns
perigos. Começa a b rin c a r em grupo; o egoísm o e stá d im i­
nuindo. As avalanches de en erg ias p re c isa m s e r dispen-
didas sob orien tação . Se seu tem po não fo r ocupado, encon­
tra rã o m uito o que fa z e r...
b. M ental.
N essa idade, o aluno é o b serv ad o r e cu rio so . P re fe re
m ais fa z e r, do que p r e s ta r atenção. Tem m e m ó ria sem
igual. A prende com facilidade sem entender o que m em o­
riza . É p re c iso cuidado quanto ao ensino n e sse p a rtic u la r.
São im pacientes: o que q uerem , querem agora! Começam
a d istin g u ir en tre o re a l e o im ag in ário , e n tre fato e fan ta­
sia. L e m b re -se disto, p ro fe sso r! As h is tó ria s e fatos con­
tados ficam gravados. D essas h is tó ria s , a c ria n ç a obtém
p re c io sa s noções de honra, ju stiç a , bondade, com paixão.
Na Bíblia, a m aio r fonte de h is tó ria s é o Antigo T estam ento;
m as em o Novo T estam ento encontram os m u itas tam bém ,
especialm ente nos Evangelhos e Atos dos A póstolos. O
egoísm o dá lugar ao in stinto de coleção. B o lsas e p astas
e s c o la re s p assam a andar cheios de objetos, os m ais d iv e r­
sos. Não há dineiro que chegue p a ra com pra de figurinhas
p ara os álbuns de anim ais e o u tra s fig u ras. Os p ro fe sso ­
re s não esqueçam : as c ria n ç a s n essa idade aprendem com
facilidade, m as é p re c iso explicação do m a te ria l m em orizado.
185
Se isto não for feito, elas guardam a h istó ria na m em ória,
m as esquecem a lição nela contida. É oportuno en ch er-lh es
a m em ória com a P ala v ra de Deus, tanto com versículos
apropriados como com ilu straçõ es ou verdades bíblicas ilu s ­
tra d a s, das quais tanto Jesu s se serviu quando ensinava.
c. Sociais.
A im itação continua forte, bem como a tendência para
represen tação . A crian ça n essa idade gosta do grupo, m as,
do m esm o sexo. 0 menino ab o rrece qualquer associação
com as m eninas, quer nos brinquedos, quer nas ru as. Eles
im plicam com elas e as expulsam do seu meio. E las se
desforram usando apelidos e títulos de desp rezo ... Pode h a­
ver intim idade quando há p erv ersão dos costum es e má in­
fluência do meio. E p reciso vigilância, por isso . Na im i­
tação, o menino b rinca de médico, de m otorista, de ven­
dedor, e ... enche os ouvidos dos pais em casa. As m e­
ninas brincam de p ro fe sso ra , de dona de casa, com bone­
cas, cozinhando, etc. Os hábitos estão se form ando, para
o bem ou p ara o m al. Que responsabilidade tem o p ro fe s ­
sor aqui!!!
N essa idade a crian ça é muito sensível. Qualquèr coisa
que lhe digamos em tom ásp ero a m agoará e não esquecerá
com facilidade. E ntretanto, não guarda rancor. P erd o a com
facilidade e logo m ais está em seu norm al.
d. E sp iritu al.
Confia sem duvidar, a menos que sofra decepções. Uma
criança facilm ente confia em Deus. N essa idade ela com eça
a com parar o certo e o errad o , e é ágil, viva em d esco b rir
as falhas nos adultos. Cuidado, pois, com o exèmplo. Se
o p ro fesso r não e stiv e r devidamente preparado p ara a aula,
a criança notará facilm ente seus apertos. Deus deve s e r
apresentado como o Grande Amigo.
3. OS JUNIORES (9-11 anos)
P alav ra d escritiv a da idade: Energia.
a. F ísico.
Saúde e energia em excesso. E sp írito de com petição e
investigação. Não há fadiga. As c la sse s devem s e r sepa­
radas, porque o que in te re s sa a m eninos, não in te re s sa a
m eninas. Gostam do a r - liv r e e excursões. Adoram coisas
a rris c a d a s, como subir em á rv o re s, rochedos e equilibrism o.
O instinto de coleção aum enta m ais. A goraé selo s, m oedas,
figuras, re v ista s infantis etc. O esp írito de com petição mui-
186
tas vezes te rm in a em lutas. Dois g aro to s com eçam a a r ­
gum entar e logo chegam a conclusão que a ú:.ica m aneira
de decidir as coisas é à base da luta e lá se vão... (Há adultos
assim tam bém ...) Costumam g a b a r-s e dos pais dizendo que
são os homens m ais fo rtes do mundo... Deus deve s e r a p re ­
sentado como o Deus F o rte e Amoroso.
b. Mental.
Sede pelo sab er. Começo das dúvidas. A crian ça p assa
a in v estig ar o porque das cousas. A m em ória continua ativa.
O que for agora m em orizado, ficará retid o e acom panhará
o aluno pelo re sto da vida. A criança lê muito n essa idade.
É a época de por em suas mãos a lite ra tu ra ideal, porém ,
graduada. A crian ça m em oriza sem com preender o conteúdo
do m a te ria l. O p ro fesso r deve e s ta r ciente disso. Quase
todas as crian ças dessa idade acham tolas as idéias dos
adultos... E sta é a época ideal p ara fix ar hábitos e costum es
co rreto s como: leitu ra da Bíblia, localização de passagens,
freqüência aos cultos, estudos da lição da E scola Dominical,
contribuição financeira, g ra ç a s pelo alim ento, oração em
g eral, etc.
c . Social
In te re sse no grupo, asso ciaçõ es, organizações. O m eni­
no quer "p erten c er". Os meninos acham que as m eninas
não deviam e x istir... Irm ãos vez por o utra "brigam " nessa
época. Não se tra ta de crueldade. Isso su rg e m esm o nessa
idade. O sentim ento de lealdade é muito forte. N ecessitam
grandem ente de tratam ento sim pático. 0 e sp írito de grupo
deve s e r orientado e guiado em vez de sufocado ou criticado.
Há plena consciência do sexo m as toda atividade dele está
adorm ecida, de modo que re p e le m -se como na idade an terio r.
E sta é a idade ideal p ara orientação sexual, porém deve s e r
m in istrad a pelos pais.
d. E sp iritu al.
Sendo cren te, nessa idade a criança gosta muito de ad o rar
a Deus. Ama a Jesu s como Salvador, Amigo, e Herói. É a
época da plasticidade esp iritu al.

C a ra c te rís tic a s e fatos comuns a todas as crian ças


(la . e 2a. infâncias - 1 a 11 anos)
P a ra ajudarm os as cria n ças p recisam o s conhecer estas
c a ra c te rís tic a s e fatos.
1. Todas têm alm as im o rtais, e provavelm ente uma longa
vida à sua frente.
187
2. Todas são p ecad o ras e p re c isa m s e r salv as.
3. Todas têm disposição p a ra a p re n d e r algo.
4. Q uerem se m p re s e r boazinhas, a m enos que estejam
p e rv e rtid a s .
5. C orresp o n d em ao carinho.
6. G ostam de h is tó ria s , sejam o ra is , ilu s tra d a s ou v isu a li­
zadas.
7. Amam o canto e gostam de r e c ita r e re p re s e n ta r.
8. G ostam de dinam ism o, m ovim ento, esp ecialm en te r itm a ­
do. 0 d escan so p a ra elas é um c a stig o ...
9. V acilam facilm ente.
10. G ostam de p erg u n tas. Após cada fra s e vem uma pergunta!
Q uerem sem p re sa b e r.
11. R esp eitam a o ração .
12. D esejam s u p e ra r, co m p etir.
13. G ostam de im ita r. Cuidado...
14. Têm re su lta d o lento no ensino.
15. Sua aten ção e in te re s s e têm dim inuta duração.
16. A prendem vendo, ouvindo, pegando, fazendo. Aprendem
m ais p elo s sentidos do que pelo racio cín io . Aqui e stá o
v asto cam po áu d io -v isu al. E le dá am plitude, co r e vida
às liçõ es. Sem e s s e re c u rs o a lição não tem sentido
p a ra a cria n ç a .
17. A c ria n ç a sendo dem ais p ro teg id a, g e ra lm e n te não d esen ­
volve su a p erso n alid ad e a contento, um a vez que c e rta s
situ a çõ es desenvolvem aptidões, p o d eres e qualidades
la te n te s.
18. As c ria n ç a s não devem fic a r todo tem po d isso ciad o s da
p a rtic ip a ç ã o no culto, com seu s p ais ou resp o n sáv eis.

R eflexões sobre o lar, a criança e a Igreja


- A p esar da realid ad e de C risto te r sido m ais p ro fe s s o r
do que p re g a d o r, e da Ig reja P rim itiv a c o n s id e ra r a in stru ção
bíblica um a seqüência da p reg ação , só há pouco tem po é
que as e sc o la s bíblicas in c lu íram em seus c u rso s m a té ria s
de Educação C ristã . É lam entável n otar tan ta ênfase dada
à p re p a ra ç ã o de p reg ad o res e quase nenhum a ao p re p a ro de
e n sin ad o re s.
- As ig r e ja s em g e ra l, su sten tam seu s p a s to re s p ara
cuidarem do rebanho, da evangelização e da ad m in istraç ão
do trabalho , m as não se sabe de Ig re ja s sustentando o b re iro s
cujo m in is té rio seja p rin cip alm en te o do ensino da P ala v ra ,
188
de tem po in teg ral, local ou itin e ra n te , çonform e Ef 4.11,12 e
I Co 12.28.
- Uma nação nada m ais é do que o conjunto de m uitos
la re s . A fraqueza de uma nação não com eça na esco la,
no trabalho, nem na p o lítica, m as no la r. O m esm o o c o rre
na Ig reja. Cuidemos do la r.
- Aqueles que c o rre ta m e n te educam c ria n ç a s m erecem
m ais honra do que os que a s tro u x e ra m ao mundo, porque
e s te s apenas lhes d eram vida, m as aqueles lhes im p rim i­
ra m a a rte do bem viv er. - A ristóteles.
- Se q u eres um po m ar com boas fru ta s, planta as á rv o re s
enquanto estão pequeninas. Se o caso é sem ente, então usa
a da m elhor qualidade. E s s a s plantinhas te rã o que s e r cuida­
das, p a ra c re s c e re m e p ro d u zire m fru tos. Não podem os,
nem devem os e s p e ra r nem e x ig ir bons frutos de plantas
das quais não cuidam os.
- N ossos filhos são as ú n icas dádivas d este mundo que
poderem os te r conosco lá na g ló ria . Que cada fam ília c r is tã
viva, trab a lh e e o re p a ra m a n te r um dia um encontro junto
ao trono de Deus, o Qual estab e lece u a fam ília como sua
p rim e ira in stitu ição na te r r a .
- A firm am os p en sad o res que o Século XVIII d escobriu
o hom em ; o Século XIX d esco b riu a m ulher; e o Século XX
d esco b riu a cria n ça. A gora, que a c ria n ç a e s tá no enfoque,
e todo mundo fala n isso, vam os e n sin á -la da m a n eira c e rta -
conduzindo-a ao te m o r de D eus, serv in d o -lh e de exem plo
e form ando nela o c a r á te r ideal.

4. OS INTERMEDIÁRIOS (12-14 anos)


São tam bém cham ados a d o lesc en tes, o que de fato são.
(A dolescente deriv a do latim "adolesco" = c r e sc e r , d esen­
v o lv e r-se para a idade varonil. N ossa p a la v ra adulto é
o p articíp io de "adolesco" = crescid o).
P a la v ra d e sc ritiv a da idade: T ransição.
a. F ísic o .
C rescim en to rápido o u tra vez. M udanças profundas físic a s
e m en tais, isto devido a ação de c e rta s glândulas até então
in a tiv as, m as, ag o ra, em obediência às le is do C ria d o r,
são ativadas e respondem p e la s tra n sfo rm a ç õ e s físic a s e
p síq u icas da crian ça. Há ag o ra m uito vigor e m uita a tiv i­
dade. O co ração do ad o lescen te c re s c e e p alp ita com m ais
rap id ez, o que dá ao menino e n e rg ia , torn an d o -o barulhento.
B ate a p o rta com fo rça, a sso b ia e g rita com fo rça total,
189
que a pobre m ãe cansada e n erv o sa perg u n ta porque é que
o Joãozinho não pode s e r m ais cav alh eiro e d elicado...
E s s e s jovens fu racõ es tam bém dão vazão facilm ente a ta is
explosões de en erg ia e logo ficam cansados. M eninos e m e ­
ninas com eçam a d e m o ra r-s e diante do espelho e do p e r ­
fum e... As m eninas c re sc e m m ais rápido, m as p aram m ais
cedo; os m eninos dem oram um pouco m as continuam c r e s ­
cendo. Devido as novas fo rças desenvolvidas e d e s a s s o s ­
sego do físic o , g ran d es p erig o s rondam e s ta idade.
Os ad o lescen tes são d esajeitad o s; e s b a rra m em tudo e
como quebram as co isas em casa!!! Isso porque m ãos, p e r ­
nas e pés e stã o em rápido crescim en to , juntam ente com f o r­
ças até então in ativ as, e o cálculo e a firm e z a so frem p r e ­
juízos. T am bém costum am a p re n d e r e in v en tar cacoetes
os m ais d iv e rso s m as sendo o bservados com sim p atia, os
abandonam pouco depois autom aticam en te. (C acoetes na
idade adulta têm sem p re o rig em no sis te m a nervoso, como
p re s s a , preocupação, estad o s em ocionais, e tc ., etc.).
Deus deve s e r ap resen tad o aos ad o lescen tes como o nosso
v erd ad eiro alvo.

b. M ental.
Expansão. Abandono das co isas de c ria n ç a . Surge a
razão, a m ais alta das faculdades humanas, e o rap az está
sem p re a p e rg u n ta r o porque e o como das co isas (F alam os
de razão no sentido de raciocínio, e não noutro). E a idade
das dúvidas, inclusive as de ordem teológica. O a d o les­
cente é p e sq u isad o r e lógico. L e r m uito, se tiv e r form ado
e s s e hábito. C o n cen tra-se no que faz. Surgem as em oções.
P erg u n tas b íb licas d ifíceis. Im p era o rein o da fantasia.
Há co n stan tes sonhos q u im érico s de co isas irre a liz á v e is ,
que costum am os ch am ar de "c a ste lo s de a r e ia " . As em oções
o scilam de um ex trem o ao outro. Hoje a m ocinha e stá a le ­
g re , irriq u ie ta , sonhadora. Amanhã e s ta r á muda, tr is te e
não gosta m a is de ninguém ... O rapazinho adquire a r e s de
te im o sia, re b eld ia, argum entação. Tudo is s o faz p a rte d essa
idade. Tudo deve s e r canalizado e o rien tad o p a ra o bem .
A o raçã o constante a Deus e a confiança em Suas p ro m e s ­
sa s segundo a Sua p alav ra, p o r p a rte dos p a is, é fato r de
p rim e ira o rd em p a ra o eq u ilíb rio , co n tro le e v itó ria, tanto
no la r como nas vidas dos ad o lescen tes.
É ainda n e ssa idade que a m ente atinge o m ais elevado
período in telec u tal, na fro n te ira dos 15 anos.
190
c. Social.
D esejo de com panhias. A um enta o sentim ento de grupo.
Os pais enfrentam o pro b lem a de com panheiros a p ro p ria ­
dos p a ra os filhos. Im pulsos de independência. D etestam
a rotina; querem variedade. Em oções in ten sas. A d isp o si­
ção e a fo rça devem s e r d irig id o s co n tra o m al, o e rro .
O am o r profundo que su rg e n e s s a época deve te r seu v e r ­
dadeiro alvo em Deus e no próxim o, com o qual convivem os
aqui na te r r a até à m o rte. 0 estudo de re la ç õ e s hum anas
p o r p a rte dos pais é m uito útil n e ssa fase.
O sentim ento de ju stiç a é m uito fo rte, o que exige cuidado
dos pais quanto a aplicação de d iscip lin a.
d. E sp iritu al.
É época ideal p a ra se re m conduzidos a C risto . P re c is a m
de apoio constante e o rien tação , is s o num am biente a p ro ­
p riad o de esp iritu alid ad e profunda, atividades c r is tã s e
p ro g ra m a s p ró p rio s p a ra a juventude.

5. OS SECUNDÁRIOS (15-17 anos)


P a la v ra d e sc ritiv a da idade: Aspiração.
As c a ra c te rís tic a s fís ic a s, m en tais, so ciais e e sp iritu a is ,
são p raticam en te as m esm as da idade a n te rio r, p o rém , m ais
acentuadas.
A vida sentim ental continua em desenvolvim ento. M uitas
v ezes, há rom ances n esse ponto, os quais exitem tato , con­
tro le , p aciência, ação, confiança e o b serv ação p o r p a rte dos
p a is. P ro sse g u e o e s p írito de com petição.

6. OS JOVENS (18-24 anos).


P a la v ra d e sc ritiv a da idade: Independência.
a. F ísic o .
V italidade ilim itad a. O físic o atinge o m áxim o. As e n e r­
g ias físic a s e m entais devem s e r d irig id as de modo a faze r
do jovem (rap az ou m oça) um co o p erad o r na o b ra de Deus.
b. M ental.
Os sentim entos estão desenvolvidos ao m áxim o. P a tr io ­
tism o . Paixão p o r id eais. O jovem g o sta de a p a re c e r. Tem
p r a z e r em ex ib ir u n ifo rm es, d istin tiv o s, etc. G lo ria -s e no
s a c rifíc io e na p rá tic a do bem ao próxim o, fazendo p a ra isso
seu s m a io re s esfo rço s. Tem fo rte im aginação co n stru tiv a.
Jovens n e ssa idade têm planejado e inventado m u itas m áqui­
n as e ap arelh o s.
191
c. Social.
N essa idade o jovem escolhe o seu modo de vida definido.
E ssa idade rep ele a m onotonia. É a idade de ouro da juventu­
de. Antes d isso , o jovem a s p ira algum a co isa, ag o ra ele
p a rte p a ra a independência. A E sco la D om inical pode in flu ir
g randem en te na solução dos p ro b lem as do moço e da m oça,
como: co n v ersão , dedicação a C risto , vida e s p iritu a l p r o ­
funda, nam oro, casam en to , etc. Os p ro fe s s o re s p re c isa m
s e r bons c o n selh e iro s n e ssa fase. A E sco la deve p ro c u ra r
t e r p ro fe s s o re s a a ltu ra , e p a ra is s o to m a r todas as p ro v i­
d ências, in clu siv e diante de Deus em o raçã o e sú p licas.
d. E s p iritu a l.
N essa idade os jovens têm convicções firm e s , definidas.
Uma vez tendo re q u isito s, s e rv e m m uito bem nas atividades
da E sco la D om inical, cam panhas d iv e rs a s , p ro je to s e tr a b a ­
lhos em g e ra l da ig re ja local. Com a a s s is tê n c ia e o rie n ta ­
ção n e c e s s á ria s , o trab alh o da M ocidade produz abundante­
m ente. A lid eran ça desenvolvida a tra v é s dos anos tem
ag o ra o seu auge.

7. IDADES DE 25-60 ANOS.


D arem os apenas um resu m o , com as p a la v ra s d e s c r iti­
vas de cada idade e lig e ira s o b serv açõ es. Não é que e s s a s
faixas de idade tenham pouca im p o rtân cia p a ra o p ro fe s s o r.
Não! É devido as e s tr e ita s lim itaçõ es do esp aço e tem po
d este cu rso .
a. 25-34 anos.
P a la v ra d e s c ritiv a da idade: Aplicação. A prudência
e n tra em ação.
b. 35-60 anos.
P a la v ra d e s c ritiv a da idade: R ealização. A constância
é um a realid ad e n essa idade. É o m eio -d ia da vida. É como
se alguém su b isse a uma m ontanha e ch eg asse ao topo.
c. 60 anos para cima.
P a la v ra d e sc ritiv a da idade Reflexão. Aqui com eça a
descida da m ontanha da v id a... É o in v e rso da subida na in ­
fância. N essa idade, o hom em e a m u lh er n ece ssitam de
apoio, sim p atia, com preensão e p aciência. É o início da
velhice. São muito o b se rv a d o re s. Se não tiv erem o E sp írito
de C risto e uma sólida fo rm ação, ten d erão * -
- Ao p essim ism o
- À c rític a
- A m u rm u ração
192
- À re ssen tim en to s
- À m alediscên cia
- A m aus hábitos.
Conclusão: O ensino p a ra s e r eficien te deve s e r graduado,
de modo a aten d er as n ecessid ad es d e ssa s d ifere n tes idades,
segundo suas c a ra c te r ís tic a s , n ecessid ad es e in te re s s e s que
acabam os de ver. F ica, pois bem c la ro que o p ro fe s s o r
p ara s e r eficiente p re c is a não som ente co n h ecer a m a té ria
(a P a la v ra de Deus) e s e r e s p iritu a l; m as tam bém conhecer
o aluno, não apenas no sentido p esso al, m as sua psicologia.
O rem os e busquem os o Senhor p a ra que Ele levante um po­
d eroso m in isté rio de ensino e n tre nós.

QUESTIONÁRIO

1. Quais os quatro asp ecto s em que a psicologia, no camptf


da educação c ris tã , estuda o aluno?
- 1-5 anos
- 6-8 anos
- 9-11 anos
- 12-14 anos
- 15-17 anos
- 18-24 anos
- 25-34 anos
- 35-60 anos
- 60... anos
3. Cite as p rin cip ais c a r a c te r ís tic a s das faixas e tá r ia s acim a
dentro de cada aspecto: físico, m ental, social e e sp iritu a l.
4. Cite algum as c a r a c te r ís tic a s com uns a todas a s c ria n ç a s
da la . e 2a infâncias.

193
Bibliografia

P a ra estudo subsidiário das m a té ria s contidas neste manual

UNIDADE I - BIBLIOLOGIA
LUCE, ALICE. Introduccion Bíblica.
GILBERTO, A. Introdução B íblica. (Apostila)
MONEY. La G eografia H istó rica dei Mundo Bíblico.
ADAMS. A B íblia e as C ivilizações Antigas.
HALLEY, HENRY H. Manual Bíblico.
CARLSON, RAYMOND, G. How to Study the Bible.
MEIN, JOHN. A Bíblia, Como Chegou Até Nós.
THOMPSON, FRANK CHARLES. The New Chain R eference
Bible.
ALMEIDA, ANTONIO. Manual de H erm enêutica Sagrada.
RONIS, OSWALDO. Geografia Bíblica.
MARSH, F .E. F ive Hundred Bible Readings.

UNIDADE II - DOUTRINAS BÍBLICAS FUNDAMENTAIS


DAY, MILLARD F. B asic Bible D octrines.
PARDINGTON, GEORGE P. Outlines Studies in C hristian
D octrine.
PEARLMAN, MEYER. Conhecendo as D outrinas da Bíblia.
SCOFIELD, C. I. The Chain R eference Bible.
MARSH, F. E. Five Hundred Bible Readings.
WELCH. D ispensational Truth.
DAKE. FINIS. The Annotated Bible.

UNIDADE III - ESCOLA DOMINICAL


ANDERS, RODOLFO. A E scola Dominical.
GILBERTO, A. A Escola Dominical. (Apostila)
194
LAWRENCE, MARION. My M essage to Sunday School
T each ers.
RIGGS, RALPH M. A Successful Sunday School.
WILLIAMS, RALPH & BETH. La E scuela Dominical.
LAY, WESLEY. A E scola Bíblica de F é ria s .

UNIDADE IV - PEDAGOGIA
OLIVER. A P re p a ra ç ã o de P ro fe s so re s .
GREGORY. As Sete Leis do Ensino.
GILBERTO, A. Pedagogia Bíblica.
BAZAN. D. P rep aran d o M aestro s P a ra la E scuela Dominical.
ARAÚJO, JOÃO DIAS. O Ensino na E scola Dominical.
WALKER. LUISA. Métodos de Ensino.
HIJRST, D. V. And He Gave T each ers.

UNIDADE V - PSICOLOGIA EDUCACIONAL


DERVILLE, L. P sicologia P rá tic a no Ensino (*)
PEARLMAN, MEYER. Studying the Pupil. (*)
SANTOS, THEOBALDO MIRANDA. Noções de Psicologia.
OLIVEIRA, SAMUEL T. DE. Psicologia da A dolescência. (*)
THORNTON, E. W. How To Teach. (*)
GUILLAUME, PAUL. Manual de Psicologia.
BIXLER, LAWRENCE. How To Teach. (*)
OLIVER, CHARLES. A P rep araçã o de P ro fe s so re s . (*)
HURST, D. V. And He Gave T each ers. (*)
ESCOLA DE INSTRUTORES, CIAW. Fundam entos de Ensino.

(*) A utores evangélicos

195
índice remissivo
(Os núm eros indicam páginas)

A
A cessó rio s de ensino, 167
A d m in istração da ED, 133
Adultos, P sico lo g ia dos, 192
A grupam entos de id ad es, 127, 128, 168
A lianças, 101
Aluno da ED, O, 117, 123, 120, 126, 127
A njos, 83
A n tic risto , O, 97
Antigo T estam en to , 40
A plicação da m ensagem da B íblia, A, 50
A pontam entos, como faze r, 21
A prendizagem , le is da, 151, 154, 156
A presentação da lição, 139, 160
A rqueologia e a B íblia, A, 63
A rreb atam en to da Ig re ja , 96
Atenção e In te re s s e , 153, 156
A udiovisuais, 169, 167, 188
A valiação do aproveitam ento e s c o la r, 170

B
B atism o com o E sp írito Santo, O, 90
B atism o em água, O, 88
B e rç á rio , 127, 183
B íblia, A, 17-76
B íblia cató lic o -ro m an a, 33
B íblia em p o rtu g u ês, 31
B íblia h eb raica, 34
B íblia "Novo M undo", 32
B íblia, o que é a, 28
B ibliologia, 17-76
B iblioteca da ED, 131
Biótipo, 179

C
C apitais da P a le stin a , 69
C a rá te r, 180
C a ra c te rís tic a s com uns das c ria n ç a s , 187
C a ra c te rís tic a s dos g rupos, 183-192
196
'C a rto g ra fia , 63
Ceia do Senhor, 89
C la sses da ED, 127
C lassificação das d o u trin as, 79
Como devem os estu d a r a B íblia, 19
Como m e lh o ra r sua ED, 142
Como podem os entender a B íblia, 20
C onceituação de E scola D om inical, 105
C oncursos bíblicos, 144
Contexto, O, 22
C ostum es e doutrin as, 79
C rente e o E stado, O, 95
C riação de todas as co isas, 84
C ria n ças, 183-189
C risto , 81,82
Cronologia B íblica, 58
Culto Infantil da ED, 133
C u rrícu lo s, 142, 168

D
D atas p a ra co m em o rar, 135, 144
Dem ônios, 83
D epartam entos da ED, 128
D estino etern o do hom em , O, 95
Deus o E sp írito Santo, 82
Deus o F ilho, 82
Deus o P a i, 82
Deus T rin o , O, 81
D ificuldades b íb licas, 74
D ire to ria da ED, A, 124
D irigente da ED, O, 134
D ispensações, As, 100
D ízim os e O fertas, 94
Dons e F ru to do E sp írito Santo, 90
D outrina e costum es, diferen ça en tre , 79
D outrinas fa ls a s , 79
D outrinas fundam entais, 77

E
E n sin a r, Ensino, 149
Ensino da P a la v ra a tra v é s dos tem pos, O, 107-111
Ensino, le is do, 151, 152
E scola D om inical, A, 104
197
E scola D om inical, o que é, 105
E scola Dominical padrão, 145
E s c rita p rim itiv a da B íblia, 27
E s c rito re s da B íblia, 27
E stado e o cren te, O, 95
E stado etern o , O, 99
E s tru tu ra da B íblia, A, 39
E tapas da Lição. 160
"Eu", O, 180
E vidências da o rig em divina da B íblia, 46
Evolução, 84
E xposições b íb licas, 144

F
F ato s da B íblia, 42
F aixas e tá ria s , 127, 168, 183
F é, A, 93
F ic h á rio da ED, 131
F ontes de consulta, 24
F o rm a s de doutrina, 78
F ru to e dons do E sp írito Santo, 90
F undador da ED, 111

G
G eografia B íblica, 62
G raça e Lei c o n tra sta d a s, 87
G rande T rib u lação , A, 96
G rupos de idade, 127, 168, 183

H
H ered itaried ad e, 179
H erm enêutica Sagrada, 52
H istó ria da ED, 107
H istó ria G eral, 63
Homem, O, 84
H om ilética, 54

I
Idade M édia, A, 110, 111
Idades na ED, 127, 168
Ig reja , A, 88
Ig reja , o la r, a cria n ça, 188
Im portância da D outrina, 78
198
Inferências, 22
Inspiração divina da B íblia, 46, 80
Instintos, Os, 179
In te re sse e Atenção, 153, 156
In term ed iá rio s, Os, 189
Intuição, 154
Is ra e l, geografia de, 66

J
Ja rd im da Infância, 183
J e ru sa lé m , 69, 70
Je su s C risto , 81, 82
Jovens, 191 ' --
Juízo F inal, O, 99
Ju n io res, Os, 186

L
L a r, a cria n ça e a Ig reja, 188
L a r e E scola Dominical, 144, 187
Lei e G raça co n tra stad as, 87
L eis b ásicas da A prendizagem , 156
L eis do ensino e da aprendizagem , 151
Linguagem , A, 161
Línguas o rig in ais da B íblia, 27
L ite ra tu ra da ED, 140, 143
L ivros apócrifos, 33

M
M anuscritos bíblicos, 23, 29, 30
M anuseio e estudo da B íblia, 71
M anutenção da ED, 131
M ares bíblicos, 68
M ateriais em que a Bíblia foi e s c r ita , 26
M atrícula na ED, 129
M eio-am biente, 180, 181
M elhor esco la do mundo, A, 119
M elhoram ento da ED, 142
Métodos de ensino, 164-166
M étodos de estudo da B íblia, 71
Milênio, O, 98
Montes da P ale stin a, 69
M orte, A, 95
Mundo bíblico, O, 63
-N
Nação e o cren te, A, 95
Nome "B íblia", O, 28
Nomes da Bíblia, 28, 45
Nova te r r a , A, 99
"Novo Mundo", tradução, 33
Novo T estam ento, O, 40
Novos céus, 99

O
O bjetivos da ED, Os, 116
Objetivos do ensino, 150
O fertas e dízim os, 94
O rganização da ED, 121
O rganização de uma nova ED, 132
O rigem do nome "B íbla", 28

P
P ale stin a, geografia da, 66
P ap iro , 26
Pecado, O, 84
Pedagogia, 148
P erfeito E stado E terno, O, 99
P ergam inho, 26
P erso n alid ad e, A, 179-182
Porque devem os estu d ar a B íblia, 18
P re p a ra ç ã o da Lição, 139, 159
P re p a ra ç ã o do p reg ad o r, 54
P rim á rio s , Os, 185
P ro fecia s da B íblia, 48
P ro fe s s o r da ED, O, 137, 143, 158, 126
P ro g ra m a de trabalho da ED, 131
P ro v ín cias da P ale stin a, 67
P sicologia Educacional, 175

Q
Que é a B íblia, 28
R
R eferên cias bíblicas, 21
Reino m ilenial de C risto , 98
R equisitos da ED padrão, 145
R e ssu rre iç ã o , A, .95
200
Reunião da ED, A, 132
R evisões da Bíblia, 36
Rios da P alestin a, 68
R obert Kalley, 113
R obert R aikes, 111

S
Salvação, A, 85
Santa C eia, 89
Santidade, 92
Santificação, 92
S e c re ta ria da ED, 120
S e c re tá rio da ED, 136
Séculos, Os, 23
Secundários, Os, 191
Segunda vinda de Je su s, 96
Serm ão, O, 55
Siglas de v ersõ es bíblicas, 23
Sinagogas, 108
S istem as de verificação de aproveitam ento esco la s, 172
Sociedades B íblicas, 35

T
Tem a ce n tra l da Bíblia, O, 41
T em as p a ra cu rríc u lo s, 169
T em peram ento, 179, 180
T este de auto-avaliação do p ro fe sso r, 171
-Texto e contexto, 22
Tipos de alunos, 180, 181
T ítulos da Biblia, 45, 28
T radução da Bíblia, 30
T ra n sfe rê n c ia de classe, 130
T rino Deus, O, 81

U
Unidade da Bíblia, A, 38

V
Velhice, A, 192
V erificação do aproveitam ento e s c o la r, 172
V ersões da Bíblia, 31-36
Vida C ris tã e a Salvação, A, 85
Vinda de J e s u s, 96
201

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