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ESTUDO PRÁTICA ESTUDOS DESENVOLVIMENTO EVANGELIZAÇÃO
MINISTERIAL BÍBLICOS ESPIRITUAL E MISSÕES
LIDERANÇA CRESCIMENTO E
ANTIGO SERVIÇO DO CRESCIMENTO E
INSPIRADORA
TESTAMENTO CRISTÃO ORGANIZAÇÃO
2º ANO PESSOAS, TAREFAS E
ALVOS
A BÍBLIA QUE JESUS LIA MATURIDADE E
MORDOMIA
DA IGREJA
DOUTRINAS
HERMENÊUTICA BÍBLICAS ORAÇÃO
QUEM É JESUS
3º ANO ENTENDES O QUE LÊS? FUNDAMENTOS
DA VERDADE
ENSINA-NOS A ORAR
ESCATOLOGIA REFORMA
HISTÓRIA DA FAMÍLIA
BÍBLICA PROTESTANTE
ASSEMBLEIA
4º ANO DE DEUS REVELAÇÃO DO
FORTALECENDO A
FAMÍLIA
500 ANOS
FUTURO TODOS PODEM PREGAR
Comentário e adaptação
Oton Alencar e equipe editorial
Sumário
data
4
LIÇÃO 1
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÓGICA
• Entender a contextualização
Este é um trimestre especial. histórica do ministério de Paulo e
Nele estudaremos a epístola de da sua carta aos romanos.
Paulo aos Romanos. Conhecere- • Perceber o perfil dos cristãos
mos bastante da teologia paulina, romanos.
percorrendo o pensamento do • Estabelecer uma comparação
apóstolo em diversos temas rele- entre Paulo e a igreja em Roma.
vantes para a fé evangélica.
Ao estudar esta epístola, por PARA COMEÇAR A AULA
exemplo, o Reformador Martinho
Lutero descobriu uma mensagem Querido professor, providencie
libertadora: a justificação somente um mapa antigo do Império ro-
pela fé. Esta mensagem possibilitou mano e comece a aula expondo-o
a eclosão da Reforma Protestan- diante da turma. Poderá baixar da
te, em 31 de Outubro de 1517 (há Internet uma imagem do mapa e
quinhentos anos), quando o monge projetá-lo com Datashow.
agostiniano fixou suas 95 teses con- Localize diante da turma as
tra as indulgências na Catedral do cidades e regiões que o Império
Castelo de Wittenberg, na Alemanha. romano abrangeu. Localize ainda
Este fato mudou completamente a a capital do Império: Roma. Pro-
história de todo o mundo Ocidental. videncie também imagens ilus-
Assim como Lutero, você tam- trativas de soldados romanos, de
bém terá a sua vida transformada ao César, de Pilatos, de cidadãos ro-
percorrer o estudo dos 16 capítulos manos e de palestinos típicos da
de Romanos. Incentivamos você a região da Galileia.
persistir nestes estudos abençoa- Faça um contraste entre as
dos. Então, prepare-se! imagens, enfatizando a indumen-
tária, a língua e a cultura.
I
LEITURA COMPLEMENTAR
Está chegando o ocaso do ano 56 d.C. Paulo chega à Acaia, última pou-
sada antes de partir para Jerusalém, levando o resultado da liberalidade
das igrejas já formadas entre os gentios. Três meses aí se demora até a
véspera da Páscoa (At 20.3-6). Na primavera de 57 d.C, prossegue viagem.
Indubitavelmente é nessa permanência na Acaia que escreve a Epís-
tola aos Romanos. Romanos é a primeira epístola que aparece na Bíblia.
Cronologicamente, fica logo após o livro de Atos. Contém o ABC da dou-
trina cristã e é a base do ensino da Igreja. Isso quer dizer que, se a enten-
dermos de forma equivocada, teremos dificuldade no entendimento dos
outros textos bíblicos.
O grande tema de Romanos é a revelação de Deus contra o pecado e a
justificação pela fé em Cristo. A carta aos Romanos mostra que todos são
culpados diante de Deus e necessitam de salvação por meio de Jesus.
Livro: “Estudo introdutório à Carta aos Romanos” (Oton Miranda Alencar. Editora
INOVE - Brasília, 2011, págs. 6-30).
II
Estudada em ___/___/____
5
Lição 1 - Cenário Histórico de Romanos
INTRODUÇÃO
CENÁRIO HISTÓRICO DE
ROMANOS A Epístola aos Romanos ocupa
um destaque de honra entre as de-
mais do Novo Testamento. Ela não
INTRODUÇÃO foi a primeira a ser escrita. As car-
tas aos Tessalonicenses, aos Corín-
I. APÓSTOLO AOS GENTIOS tios e aos Gálatas são anteriores,
1. Uma etapa encerrada Rm 15.20 e alguns dos temas dessas cartas
2. O autor e a carta Rm 1.1-6 são retomados em Romanos.
Esta epístola revela o apóstolo
3. O tema da carta Rm 1.17 Paulo prestes a partir para Jeru-
salém (Rm 15.25,26). Ele encar-
II. CRISTÃOS NA CAPITAL rega Febe, diaconisa de Cencreia,
1. Santos romanos Rm 1.7 de levar a carta aos destinatários.
2. Boa reputação Rm 1.8
I. APÓSTOLO AOS
3. Uma oração sincera Rm 1.9 GENTIOS
III. O APÓSTOLO E A IGREJA
1. Uma etapa encerrada. Pau-
1. Um desejo frustrado Rm 1.11 lo julgava encerrada sua obra na
2. Bênçãos da fé comum Rm 1.12,13 bacia oriental do Mediterrâneo.
As Boas Novas foram anunciadas
3. O poder do Evangelho Rm 1.14-16
e recebidas de bom grado, e o se-
nhorio de Cristo, proclamado em
APLICAÇÃO PESSOAL todos os recantos (Rm 15.20).
Com a consciência do dever
cumprido, Paulo fez uma avalia-
ção retrospectiva de seu minis-
tério. Ele tinha convicção de que
Deus o chamara para proclamar
a mensagem de Cristo entre os
gentios.
De fato, cumpriu a missão de
levar o Evangelho desde Jeru-
salém até o Ilírico (Rm 15.19).
Sentia-se já desobrigado dessa
missão, estando livre para ini-
ciar novas campanhas em lugares
onde o Evangelho ainda não havia
sido proclamado, pois o apóstolo
6
Lição 1 - Cenário Histórico de Romanos
7
Lição 1 - Cenário Histórico de Romanos
8
Lição 1 - Cenário Histórico de Romanos
1. Um desejo frustrado.
Paulo queria muito ir a Roma, O Evangelho é a
mas até aquele momento não lhe mensagem divina da
fora permitido por Deus. O único salvação através de
impedimento à paixão evangeli- Cristo.”
zadora do apóstolo era o próprio
Senhor do Evangelho. Todos os
outros impedimentos ele busca- Ao término de sua terceira
ra contornar. Os exemplos são viagem missionária, Paulo já ha-
inúmeros: se o dinheiro estava via viajado pela Síria, Ásia, Mace-
curto, ele fazia tendas; se o tem- dônia e Acaia. Essas regiões eram
plo se fechava, ele ia para a rua; constituídas principalmente por
se a multidão o chamava para fa- cristãos gentios (Rm 1.12,13).
lar no estádio, ele ia sem medo.
Nisso, há uma lição para nós, 3. O poder do Evangelho.
hoje. Quem tem nos impedido de Qual era o dever de Paulo? De-
pregar? Deus ou os homens? Se pois do encontro com Cristo na
Deus nos impede de pregar, en- estrada para Damasco, Paulo
tão não adianta insistir. Ele é o consagrou toda a sua vida à ta-
Senhor da obra (Rm 1.11). refa de levar o Evangelho a todos
os gentios. Assim, a obrigação
2. Bênçãos da fé comum. dele era com os povos do mun-
Paulo orou a fim de visitar os cris- do inteiro, e ele a cumpriu ao
tãos em Roma, encorajá-los na fé proclamar Cristo como Salvador
e ser por eles encorajado. Como das pessoas de todas as etnias,
enviado de Deus, ele podia ajudá- culturas e classes sócio-econô-
-los a entender melhor o signifi- micas de então, fossem judias
cado do Evangelho e a respeito da ou gentílicas (Rm 1 14-16).
pessoa de Jesus. Como um povo Desta maneira, Paulo estava
dedicado a Deus, os fiéis de Roma pronto para pregar o Evangelho
podiam oferecer ao apóstolo co- em Roma, um lugar onde certa-
munhão e conforto. mente sua mensagem seria “atro-
Isso prova que, quando os pelada” por aqueles que se chama-
crentes em Jesus se reúnem, o vam sábios.
amor fraternal os constrange a O Messias de Israel foi pendu-
dar e receber. A fé em comum rado em um madeiro, um terrível
proporciona um vínculo entre escândalo para os judeus; todavia,
eles, o que é uma bênção e um es- Paulo não se envergonhava de ad-
tímulo para todos. miti-lo. O motivo de sua ousada in-
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Lição 1 - Cenário Histórico de Romanos
RESPONDA
Marque V (verdadeiro) e F (falso) nas afirmações abaixo:
2( ) O que motivou Paulo a visitar os cristãos em Roma foi o seu intenso desejo de
encorajá-los na fé e ser por eles também encorajado.
VOCABULÁRIO
• Dispensação: Maneira como Deus trata com a humanidade durante um determinado
período de tempo.
• Diáspora: Dispersão de um povo em consequência de preconceito ou perseguição
política, religiosa ou étnica.
• Víbora: Cobra venenosa.
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LIÇÃO 2
TODOS PECARAM
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÓGICA
• Optar por ser um justo de
Olá, professor! Esta lição tra- Deus, deixando toda obra de im-
ta de um assunto muito delicado. piedade.
Aborde-o com cuidado, pois a ho- • Lutar por obedecer aos prin-
mossexualidade tem estado cada cípios do Evangelho.
vez mais presente na cultura se- • Posicionar criticamente so-
cular de nossa geração. bre a questão da homossexualida-
Prepare-se para também de e seus temas transversais.
abordar com conhecimento de
causa os seguintes temas trans- PARA COMEÇAR A AULA
versais: homofobia, ideologia de
gênero, direitos civis dos parcei- Comece a aula apresentando à
ros homossexuais, feminismo, turma diversas manchetes atuais so-
passeatas e manifestações do bre os debates da ideologia de gêne-
movimento LGBT, etc. Na aula, ro, direitos dos homossexuais, pas-
procure esclarecer o ponto de seata do orgulho gay, etc. Acredite, há
vista cristão, mostrando que a muito material secular acerca disso.
homossexualidade é, na verda- Escreva no quadro as seguin-
de, um estilo de vida abominável tes perguntas-guia:
diante de Deus. 1. O que realmente é homofobia?
Contudo, faça-o debaixo de 2. Por que há tanto debate so-
muita oração e com respeito, evi- bre a ideologia de gênero?
tando acusações apaixonadas, a 3. Como a igreja deve se posi-
fim de não insultar ou melindrar cionar sobre esses assuntos?
pessoas. Conduza um minidebate com se-
gurança e sensibilidade, coibindo co-
mentários jocosos. O objetivo é prepa-
rar os alunos para a exposição da lição.
I
Lição 2 - Todos Pecaram
LEITURA COMPLEMENTAR
O Evangelho revela como Deus foi justo ao estabelecer seu plano de
salvação e como podemos estar prontos e adequados para a vida eterna.
Ao depositarmos a nossa fé em Cristo, nosso relacionamento com Deus
torna-se perfeito. Do Gênesis ao Apocalipse as Escrituras declaram que
estamos bem com Deus por causa da nossa fé em Cristo Jesus, pois sem fé
é impossível agradar a Deus.
Paulo citou Habacuque 2.4. Aqui, “viver pela fé” era entendido como
sendo uma atitude que valia apenas na vida presente, mas Paulo ampliou
este significado ao apontar para a vida eterna. Somos salvos à medida que
confiamos em Deus e nEle nos encontramos agora e para sempre.
Por que Deus manifesta sua ira contra os pecadores? Porque trocam
a verdade sobre Deus por uma fantasia saída de sua imaginação, apagam
de seus corações a verdade que Deus revelou a fim de acreditarem em
qualquer coisa que sirva de suporte à sua vida egoísta. Deus jamais to-
lera o pecado, porque sua natureza é moralmente perfeita. Ele não pode
ignorar ou perdoar uma rebelião e, por isso, deseja eliminar o pecado e
restaurar o pecador desde que este não distorça ou rejeite sua verdade de
forma obstinada.
A recomendação é não desprezar a verdade a respeito de Deus
simplesmente para proteger seu estilo de vida. Logo mais, Paulo vai
argumentar que ninguém pode afirmar que, por seus próprios méri-
tos ou esforços, tornou-se agradável aos olhos do Criador. Todos os
seres humanos merecem a condenação de Deus pelos pecados que
praticam.
Ninguém terá desculpa para não crer em Deus. A Bíblia confirma isso,
pois Deus se revelou de várias maneiras: por meio de sua criação, de sua
Palavra e deu seu Filho amado. Cada pessoa pode aceitar ou rejeitar Deus
e sua verdade, mas não se deve enganar: quando chegar o Dia do Juízo,
desculpas não serão aceitas.
Livro: “Estudo introdutório à Carta aos Romanos” (Oton Miranda Alencar. Editora
INOVE - Brasília, 2011, págs. 21-44).
II
Estudada em ___/___/____
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Lição 2 - Todos Pecaram
INTRODUÇÃO
TODOS PECARAM
Paulo disse, inspirado pelo
INTRODUÇÃO Espírito, que todas as pessoas
são pecadoras (Rm 3.23).
I. JUSTOS VERSUS ÍMPIOS Esta, na verdade, é a triste
condição de todo ser humano:
1. O justo viverá pela fé Rm 1.17 por nossos próprios méritos, não
2. A ira de Deus Rm 1. 18 podemos fazer nada para resol-
ver o pecado, que é o nosso maior
3. A revelação de Deus Rm 1. 19 problema. Contudo, o Senhor Je-
sus Cristo veio ao mundo, sem
II. CONSEQUÊNCIAS pecado, para resolver a questão
(1Pe 2.21-23).
1. Conhecimento de Deus Rm 1.20 Através da obra Dele, pode-
2. Enganosa sabedoria Rm 1.21,22 mos vencer o pecado e suas terrí-
veis consequências. Estudaremos
3. Honrar mais a criatura Rm 1.23 mais sobre as consequências do
pecado nesta lição.
III. DEUS OS ABANDONOU
I. JUSTOS VERSUS ÍMPIOS
1. Entregou à vergonha Rm 1.26
2. Atos homossexuais Rm 1.38 1. O justo viverá pela fé. Na
cultura hebraica havia o conceito
3. Sentimentos dos perversos Rm 1.29 de tsadiq (termo hebraico que se
refere a uma pessoa justa), iden-
APLICAÇÃO PESSOAL tificando alguém que priorizava
as coisas de Deus, servindo-o com
um coração sincero, apesar de ser
também, como todo ser humano,
um pecador. Paulo se referiu ao
justo ao citar Habacuque 2.4 em
Romanos 1.17.
Neste versículo, “viver pela
fé” era um conceito entendido
pelos judeus como uma atitu-
de que tinha valor apenas nesta
vida presente.
Ou seja: Deus cumularia os
justos de Israel, seu povo esco-
lhido, de bênçãos materiais. Isso
12
Lição 2 - Todos Pecaram
13
Lição 2 - Todos Pecaram
II. CONSEQUÊNCIAS
14
Lição 2 - Todos Pecaram
15
Lição 2 - Todos Pecaram
RESPONDA
1) Na cultura judaica, que conceito se refere a uma pessoa justa, ou seja, alguém que prio-
riza as coisas de Deus, servindo-o com um coração sincero, apesar de ser também, como
todo ser humano, um pecador?
______________________________________________________________________
2) Quando os homens tornaram a verdade de Deus em mentira, o que sobreveio aos filhos
da desobediência?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
VOCABULÁRIO
• Entenebrecimento: Cobrir de trevas, escurecer.
• Cosmovisão: Visão de mundo.
• Torpeza: Ato ou qualidade de indecente, de obsceno.
• Vacuidade: Vazio moral, intelectual, ou de espírito; sensação de ausência de
valor, de sentido em si ou fora de si.
16
LIÇÃO 3
FÉ OBRAS
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÓGICA
• Entender que nenhuma obra
Esta é uma das lições mais im- humana produz salvação.
portantes deste trimestre. Nela • Compreender a doutrina da
justificação pela fé somente.
estudaremos com mais detalhes • Ter a consciência de que Abraão
a doutrina da justificação pela também foi justificado pela fé.
fé, que foi a principal mensagem
do apóstolo Paulo aos cristãos de
PARA COMEÇAR A AULA
Roma.
Portanto, enfatize bem esta Comece a aula escrevendo no
doutrina na hora da exposição quadro: ABRAÃO FOI JUSTIFICA-
DO POR MEIO DE...? Deixe que os
da lição. Analise bem o perfil de
alunos respondam. Por meio das
sua turma e, se achar pertinente, obras? Pela fé? Crie suspense. Dê
apresente imagens de Lutero e a resposta definitiva somente ao
dos Reformadores para ilustrar a abordar o terceiro tópico da lição.
Enfatize que até mesmo Abraão,
atuação deles na época da Refor-
o pai da fé, não alcançou justificati-
ma Protestante. va diante de Deus por meio de suas
Neste caso, faça uma rápida obras, mas por meio de sua fé.
pesquisa para buscar informações Lembre ainda que esta mensa-
gem motivou Lutero a dar o pon-
sobre este período histórico.
tapé inicial da Reforma, na Alema-
nha, em 1517. Mostre imagens de
Lutero, das 95 teses e dos Refor-
madores de modo geral.
RESPOSTAS DA PÁGINA 22
PALAVRAS-CHAVE
Salvação • Obras • Fé • Justificação 1) 2
2) 1
3) 3
I
Lição 3 - Fé Versus Obras
LEITURA COMPLEMENTAR
Paulo ensina que Deus, por sua bendita graça, pode declarar-nos justos.
Quando um magistrado em um tribunal declara o réu inocente, todas as
acusações naquele processo são retiradas contra ele. Para a lei, é como se
a pessoa nunca tivesse sido alvo daquela acusação. Quando Deus perdoa
nossos pecados, nossa vida fica completamente limpa. Do ponto de vista de
Deus, é como se nunca tivéssemos pecado.
Cristo libertou os pecadores da escravidão do pecado. No tempo do
Antigo Testamento, as dívidas de uma pessoa podiam levá-la a ser ven-
dida como escrava, mas o parente próximo podia redimi-la comprando
a liberdade dela. Foi assim que Cristo fez conosco. O preço pago foi sua
própria vida.
Cristo foi à cruz em nosso lugar, para nos resgatar da escravidão do
pecado. Deus tem razão plena de irar-se com os pecadores, porque se re-
belaram contra Ele e se afastaram da influência do seu poder de conceder
vida. Entretanto, a morte vicária de Cristo foi o preço pago e designado
pelo próprio Deus para que nossos pecados fossem perdoados.
Deste modo, Cristo se colocou em nosso lugar, pagou o preço com
sua morte por nossos pecados e preencheu completamente as exigên-
cias de Deus. O sacrifício de Jesus quebrou a maldição que pairava so-
bre nós, trouxe o perdão, a redenção e a liberdade da escravidão do
pecado.
O que aconteceu com as pessoas que viveram antes de Cristo? Deus
os condenou injustamente? Se os justos se salvaram, o sacrifício de Cristo
teria sido em vão? Paulo mostrou que Deus perdoou todos os pecados da
humanidade por meio do sacrifício vicário de Jesus.
Os fiéis que viveram na época do Antigo Testamento e aguardaram
com fé a vinda de Cristo foram salvos, embora não conhecessem Jesus na
sua inteireza. Nós, os crentes do Novo Testamento, sabemos que Jesus é o
enviado de Deus para a salvação daquele que nEle crê.
Livro: “Estudo introdutório à Carta aos Romanos” (Oton Miranda Alencar. Editora
INOVE - Brasília, 2011, págs. 45-56).
II
Estudada em ___/___/____
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Lição 3 - Fé Versus Obras
INTRODUÇÃO
FÉ VERSUS OBRAS
Na Palestina do primeiro sé-
culo havia a discussão da preemi-
INTRODUÇÃO nência da nação judaica sobre as
gentias. Este era um assunto con-
I. A JUSTIÇA DOS JUDEUS siderado realmente importante
naquele período. Paulo argumen-
1. O juízo imparcial de Deus Rm 2.1-29
tou que, em matéria de pecado
2. Todos são pecadores Rm 3. 1-18 contra Deus, Israel é tão pecadora
quanto as demais nações.
3. Os judeus não são exceção Rm 3. 19
I. A JUSTIÇA DOS JUDEUS
II. O PERDÃO DOS PECADOS
1. O juízo imparcial de Deus.
1. A justificação pela fé Rm 3.21-31 Paulo dirigiu a Israel a interpela-
2. A propiciação Rm 3.23-28 ção contida nos versículos 1 ao
29 do capítulo 2. Isso porque ele
3. Deus de todos Rm 3.29-31 pôs à mostra, nestes versículos,
uma estranha fraqueza humana:
III. ABRAÃO, O PAI DA FÉ a tendência que temos de cri-
ticar todo mundo, menos a nós
1. Abraão, justificado pela fé Rm 4.1 mesmos. Nós somos rigorosos
2. Fé imputada como justiça Rm 4.4 em julgar os outros e condescen-
dentes em julgar a nós mesmos.
3. Pecados não imputados Rm 4.8-25 Paulo fez duas afirmações:
Ninguém se livra do juízo de Deus
APLICAÇÃO PESSOAL acusando alguém e praticando as
mesmas coisas, e o homem deve
julgar a si mesmo e não os outros
(Rm 2.3,4).
Sempre vemos pessoas que-
rendo escapar do juízo de Deus,
usando como escudo um argu-
mento teológico. Apelam para as
duas características de Sua bon-
dade: tolerância e paciência. Ale-
gam que Deus é bom e demasia-
damente longânimo para castigar
quem quer que seja. Esquecem-se
de que é a bondade de Deus que
18
Lição 3 - Fé Versus Obras
19
Lição 3 - Fé Versus Obras
2. A propiciação. A ação de
Deus em favor do homem não 3. Deus de todos. Deus é o
objetivava recompensar a obe- Deus de toda humanidade, daí
diência à lei, pois todos já sabe- a necessidade de se pregar o
mos que o homem não é natural- Evangelho a toda criatura. Por
mente obediente. Por isso, Deus isso também a possibilidade de
concedeu-lhe um favor não me- haver verdadeira unidade do
recido. O homem espiritual sabe povo de Deus. Os judeus que se
que não possui mérito algum e vangloriavam do conhecimento
espera apenas a misericórdia de Deus se esqueceram de que
divina. o receberam graciosamente. Por
Todos necessitam da fé – tan- isso, outros além deles têm o
to judeus quanto gentios – e pre- mesmo direito.
cisam também da glória de Deus, Aconteceram alguns mal-en-
ou seja, da manifestação do Deus tendidos entre os cristãos judeus
transcendente. e os cristãos gentios em Roma. Os
A expressão “destituídos da cristãos judeus interrogavam a
glória de Deus” significa ser pri- Paulo sobre se a fé seria contrária
vado da presença e da comunhão a tudo aquilo que o judaísmo pre-
com Deus. A teologia dos rabinos gava. Isso anularia as Escrituras e
judeus admitia que o primeiro os seus costumes, mostrando que
homem participava da “glória di- Deus não agiria mais por inter-
vina”, dádiva que perdeu após a médio dos judeus? Paulo respon-
desobediência no Éden; porém, deu negativamente.
deveria ser devolvida aos ho- Na verdade, quando enten-
mens quando da salvação final. demos o caminho da salvação
A ideia de que o homem perdeu pela fé em Cristo, entendemos
a condição de ser a imagem de melhor a religião judaica. Sabe-
Deus é, por outro lado, estranha mos o porquê de Abraão ter sido
aos judeus (Rm 3.23-28). escolhido, a lei concedida e por
20
Lição 3 - Fé Versus Obras
que Deus agiu pacientemente cia, este não teria sido um ato da
com Israel durante séculos. A graça divina. Abraão poderia tê-lo
fé, portanto, não anula o Antigo exigido, assim como todo traba-
Testamento. Apenas o torna mais lhador exigia de seu patrão rece-
compreensível (Rm 3.29-31). ber todo centavo pelo qual traba-
lhou. Mas isso não pode acontecer
III. ABRAÃO, O PAI DA FÉ na realidade espiritual.
É impossível ao homem exigir
1. Abraão, justificado pela algo de Deus, como se o Todo-
fé. Os judeus sentiam orgulho de -poderoso tivesse alguma dívida
ser chamados filhos de Abraão. com ele (cf. Rm 11.35).
Assim, Paulo usou Abraão como
um bom exemplo de alguém que 3. Pecados não imputados.
foi justificado pela fé, não pelas Aqui o apóstolo Paulo aprovei-
obras (Rm 4.1-3). tou a oportunidade para citar o
Paulo toma o exemplo de Salmo 32. O salmista disse que é
Abraão como prova dessa ver- bem-aventurado (feliz) o homem
dade, mostrando a justificação que obtém o perdão divino. O
pela fé na Nova Aliança como perdão é gratuito, dependendo
sendo um desdobramento do apenas de o pecador buscar a
mesmo ensino na Antiga Aliança. Deus e crer nele.
Onde, neste debate, se posiciona O que podemos fazer para ser
Abraão? Ele foi justificado por libertos da culpa? O salmista Davi
fé ou pelas obras da lei? A base era culpado pelos terríveis peca-
do argumento paulino é Gênesis dos de adultério e assassinato,
15.6: “Ele creu no Senhor e isso mas, mesmo assim, experimentou
lhe foi imputado para justiça”. a alegria do perdão (Rm 4.8-25).
Se Abraão é o pai dos judeus,
2. Fé imputada como justiça. segundo a carne, isso significa
O que significa a expressão “im- que a justificação pela fé abrange
putar como justiça”? É creditar ou apenas os judeus?
lançar a justiça na conta de uma O apóstolo lembra que Abraão
pessoa. Portanto, Deus credita foi justificado pela fé quando
sua justiça na conta do pecador. ainda era incircunciso. Desde Gê-
Desta forma, o pecador, por sua nesis 15.6, época em que ele foi
fé, passa a ser aceito pelo Senhor justificado pela fé, até o capítulo
como todos aqueles que serão 17.11, época em que foi circunci-
perdoados e salvos no dia do Juí- dado, há um período de 14 anos.
zo Final (Rm 4.4-7). Assim, Abraão foi o pai de todos
Se Abraão tivesse merecido os que creem, tanto dos judeus
sua justificação por sua obediên- como dos gentios.
21
Lição 3 - Fé Versus Obras
RESPONDA
Identifique a resposta apropriada a cada questão e relacione-a abaixo no parêntese
correspondente:
( ) É o ato de justificar o transgressor. Não se trata de perdão, mas de declarar justo quem
deveria ser punido.
( ) Os judeus sentiam orgulho de ser chamados filhos de Abraão. Ele foi exemplo de
alguém justificado pela fé.
( ) Serviam como memoriais da fé judaica, mas não davam nenhum mérito especial
perante Deus.
VOCABULÁRIO
• Longânimo: Qualidade de quem tem longo ânimo, paciente.
• Imputar: Atribuir algo (a alguém), conferir.
• Propiciar:Tornar algo ou alguém propício ou favorável a outrem.
22
LIÇÃO 4
A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÓGICA • Identificar três benefícios da
Querido professor, nesta li- justificação.
• Perceber sua segurança espi-
ção, abordaremos que as nossas
ritual em Cristo.
obras não possuem valor intrín- • Aceitar a graça de Deus com
seco algum no que se refere à gratidão.
nossa situação espiritual diante
de Deus. PARA COMEÇAR A AULA
Este princípio bíblico já foi
Comece a aula escrevendo a pa-
bem estabelecido por Paulo, lavra GRAÇA no quadro, com letras
como vimos na lição anterior. grandes. Pergunte aos alunos sobre
Nesta lição, nosso foco estará vol- o que acham de seu significado. Es-
timule a classe a falar. Vá anotando
tado para os benefícios da justifi- as sugestões com letras menores,
cação do crente pela fé. ao redor da palavra GRAÇA.
Assim, enfatize a palavra Comente cada sugestão dos alu-
nos, corrigindo possíveis erros e en-
GRAÇA, escrevendo-a no quadro. fatizando acertos. Em seguida, diga
Mostre o quanto somos que recebemos a justificação de
abençoados por receber a graça nossos pecados pela graça de Deus.
Esta graça foi conquistada pela obra
divina em nossa salvação e ple- de Cristo, não pelas nossas.
na justificação. Nosso papel é apenas o de
aceitar a graça de Deus com um
coração agradecido.
I
Lição 4 - A Justificação pela Fé
LEITURA COMPLEMENTAR
Livro: “Estudo introdutório à Carta aos Romanos” (Oton Miranda Alencar. Editora
INOVE - Brasília, 2011, págs. 58-63).
II
Estudada em ___/___/____
23
Lição 4 - A Justificação pela Fé
INTRODUÇÃO
A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ
Como já vimos, não recebe-
INTRODUÇÃO mos a justificação por mérito,
mas por graça. Se tivéssemos sido
I. OS BENEFÍCIOS DA livres da condenação por nosso
merecimento, seríamos justifi-
JUSTIFICAÇÃO
cados por obras e não por graça.
1. Paz com Deus Rm 5.1,2 Estudaremos, na lição de hoje, as
bênçãos da justificação pela fé e
2. Alegria no sofrimento Rm 5.3-5 o triunfo da graça divina sobre o
3. Graça para indefesos Rm 5.6 pecado humano.
24
Lição 4 - A Justificação pela Fé
25
Lição 4 - A Justificação pela Fé
26
Lição 4 - A Justificação pela Fé
27
Lição 4 - A Justificação pela Fé
RESPONDA
1) O que a justificação pela fé conquista para todos nós que cremos em Jesus?
______________________________________________________________________
2) Ao sabemos que Deus usa as dificuldades para edificar o nosso caráter, que sentimento
devemos nutrir quando enfrentamos algum sofrimento?
______________________________________________________________________
VOCABULÁRIO
• Graça: É um favor pessoal de Deus, dispensando ao homem, que não merecia
esse favor.
• Justificação: É o ato judicial através do qual Deus decreta a absolvição do pecador
e o declara justo.
• Remissão: Paulo usa este termo para enfatizar o estado do homem escravo do pe-
cado e da consequente libertação do mesmo, mediante o alto preço (remissão) pago
pelo Senhor Jesus Cristo.
28
LIÇÃO 5
Lição 5 - Uma Nova Vida em Cristo
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÓGICA
• Perceber a metáfora do batis-
Esta é uma lição que trará mo com sua vida espiritual.
muito proveito espiritual para os • Conscientizar-se de sua mor-
te para o pecado.
seus alunos. Enfatize que esta-
• Regozijar-se por sua nova
mos mortos para a vida pregres-
vida em Cristo.
sa, centrada em atos pecamino-
sos, e que alcançamos nova vida
em Cristo. PARA COMEÇAR A AULA
Ainda não estamos totalmen-
Comece a aula projetando cenas
te livres de cometer pecados – é
de algum batismo no Datashow.
claro! – pois nossa natureza cor-
Explique a metáfora espiritual do
rompida ainda está apegada a nós.
batismo. Logo depois, fale da nossa
Contudo, o pecado se configura
morte para o pecado e ressurreição
apenas num acidente na caminha- para a nova vida em Cristo.
da cristã. Não temos mais prazer Certifique-se de que não dei-
em pecar, como outrora. xará pontas soltas para que haja
Nosso foco agora é agradar a confusão sobre o assunto, pois
Cristo, nosso amado Senhor. Des- há teólogos mal-intencionados
ta forma, quando pecarmos, basta que ensinam que não precisamos
que estejamos confessando as fa- mais nos preocupar com uma
lhas para o Senhor e alcançaremos vida de santidade.
o perdão divino. Deixe claro que o esforço pela
santidade deve ser uma constante
na vida do cristão.
I
Lição 5 - Uma Nova Vida em Cristo
LEITURA COMPLEMENTAR
O crente passou de uma autoridade que perdeu sua credibilidade -
a lei - para a graça. Jesus já havia falado: “Não podeis servir a dois se-
nhores”. paulo apresentou dois tipos de patrão ou senhor: o pecado e a
justiça. Como a pessoa se torna escrava ou serva de um desses patrões?
Pela irrestrita obediência a um deles. O pecado é pago com a morte e a
obediência a Deus conduz à justiça.
Paulo, aqui, pode dar graças a Deus pelos irmãos em Roma serem obe-
dientes ao Evangelho que lhes fora pregado. Os romanos fizeram a opção
certa quanto ao Senhor a quem haveriam de servir. A consequência disso
se apresenta imediatamente: a liberdade em relação ao pecado.
Quando nós éramos escravos do pecado, não podíamos obedecer a
Deus e fazíamos as coisas que o desagradavam. O que ganhamos quando
fazíamos aquelas coisas de que hoje nos envergonhamos? O resultado de
tudo aquilo é a morte, mas agora fomos libertos do pecado e passamos a
ser escravos de Deus (servos de Deus). O resultado disto é que ganhamos
uma vida dedicada a Deus e teremos a vida eterna.
Há uma diferença extrema entre a maneira como a escravidão ao pe-
cado conduz à morte e a maneira como a escravidão à justiça conduz à
vida. O contraste não se limita apenas ao resultado. Às antíteses pecado/
justiça e morte/vida, temos também que acrescentar a antítese salário/
dom gratuito. A morte é o salário que o pecado paga àqueles que estão
sob seu domínio.
Paulo parece pegar a figura da vida militar. O escravo podia servir
como soldado e receber o salário. O salário é uma dívida. A vida eter-
na, pelo contrário, é uma dádiva, por isso é imerecida e graciosamente
oferecida por Deus.
Livro: “Estudo introdutório à Carta aos Romanos” (Oton Miranda Alencar. Editora
INOVE - Brasília, 2011, págs. 64-72).
II
Estudada em ___/___/____
29
Lição 5 - Uma Nova Vida em Cristo
INTRODUÇÃO
UMA NOVA VIDA EM
CRISTO No capítulo 5, o apóstolo fa-
lou da superabundante graça de
INTRODUÇÃO Deus operando na vida do salvo.
Pressupondo uma interpretação
I. O SIGNIFICADO DO BATISMO incorreta deste aforismo, no ca-
pítulo 6, Paulo mostrou de que
1. Graça abundante Rm 6.1,2 maneira a graça divina atua. Ele
explicou que o salvo não pode
2. Simbologia do batismo Rm 6.3,4
mais viver no pecado, pois está
3. União com Cristo Rm 6.5-11 morto para o mundo. A morte de
Cristo e sua ressurreição nos deu
vida. Aqui Paulo mostra a nossa
II. MORTOS PARA O PECADO
santificação como algo que de-
1. Esforço moral Rm 6.12 pende de nós. E cita como exem-
plo o relacionamento entre um
2. Livres do julgo da lei Rm 6.14 servo e seu senhor.
3. Sob o regime da graça Rm 6.15
I. O SIGNIFICADO DO
BATISMO
III. A LIBERDADE CRISTÃ
1. Livres em Cristo Rm 6.16-18 1. Graça abundante. Paulo
começou o texto fazendo uma
2. Oferta de justiça Rm 6.19 pergunta devido à afirmação
do versículo 20 do capítulo an-
3. Libertos, mas servos Rm 6.20-23 terior. A conclusão que alguns
cristãos de Roma poderiam ti-
APLICAÇÃO PESSOAL rar das palavras de Paulo é a de
que quanto mais pecamos, mais
aumenta a graça de Deus sobre
a nossa vida. Parece que este
raciocínio era usado como uma
desculpa pelos cristãos roma-
nos para continuarem pecando
(libertinagem).
O crente verdadeiro não pode
pensar assim, porque, quando
fomos batizados, morremos para
o pecado e não mais podemos
continuar vivendo nele.
30
Lição 5 - Uma Nova Vida em Cristo
31
Lição 5 - Uma Nova Vida em Cristo
32
Lição 5 - Uma Nova Vida em Cristo
33
Lição 5 - Uma Nova Vida em Cristo
RESPONDA
1) Que simbologia representa a nossa imersão nas águas como o sepultamento dos nos-
sos pecados e a emersão como a nossa ressurreição para uma nova vida?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
VOCABULÁRIO
• Aforismo: Sentença, máxima, proposição
• Libertinagem: Conduta de pessoa que se entrega imoderadamente a prazeres da carne.
• Autônomo: Pessoa que se julga independente ou livre, que se guia por suas próprias leis.
34
LIÇÃO 6
Lição 6 - A Luta Contra a Carne
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÓGICA
• Perceber a invalidade do sis-
A lição de hoje combaterá todo tema meritocrático para a justifi-
o sistema de meritocracia religio- cação espiritual.
sa que, infelizmente, ainda pros- • Tomar consciência da função
pera no meio evangélico. da lei, de apenas apontar o erro.
Alguns cristãos vivem em ver- • Reconhecer sua triste condi-
dadeiro desespero porque ainda ção de ser ainda pecador.
não tiveram consciência da gra-
ça divina. Permanecem presos
aos grilhões da lei, sem tomar PARA COMEÇAR A AULA
posse da verdadeira liberdade
Professor, comece a aula com
conquistada por Cristo. Vivem se uma encenação feita por três
martirizando ao mínimo erro na alunos. O primeiro aluno deverá
vida cristã. representar o cristão relapso, ne-
Entenda que não se trata de gligenciando a leitura bíblica e a
ter aversão ao pecado, caracte- oração no dia a dia.
rística de um cristão verdadeira- O segundo aluno representará
mente sadio, mas de uma reação o cristão meritocrático, exagera-
exagerada e autodestrutiva. Esta damente preocupado com o que o
não é uma postura espiritual- pastor e a igreja pensarão dele se
mente saudável. não demonstrar profunda contri-
Devemos aceitar com gratidão ção e abatimento.
a nova fase inaugurada por Cristo, Por fim, o terceiro aluno re-
ao trazer a nós sua maravilhosa presentará o cristão maduro, que
graça. demonstra perfeito equilíbrio em
sua devoção ao Senhor.
I
Lição 6 - A Luta Contra a Carne
LEITURA COMPLEMENTAR
Alguém poderá perguntar: A lei não veio de Deus através de Moisés?
Ela não condena o pecado? Por que tanto argumento contra ela?
Antes que se levantem conceitos erróneos sobre sua teologia a lei,
Paulo pergunta: “É a lei pecado?” Ele dá a resposta imediatamente: “De
modo nenhum”. Então, ele começa a segunda seção do capítulo 7, que vai
até o versículo 12, justificando sua resposta.
Ele é enfático em dizer que não conheceu o pecado senão pela lei.
Isso, aliás, ele já havia dito antes: “Pela lei vem o conhecimento do
pecado”. Ele afirma que a lei serviu como um holofote para trazer à
tona o pecado e que não teria conhecido a cobiça, se a lei não dissesse:
“Não cobiçarás”.
É Paulo quem fala: “Agora já não sou eu que faço isso, mas o pecado
que habita em mim”. Essa parece ser uma boa desculpa para pecar, mas,
na verdade, somos responsáveis pelos nossos atos. Nunca devemos usar
o poder do pecado ou de Satanás como desculpa, porque são inimigos
já derrotados.
Sem a ajuda de Cristo, o pecado se torna forte mais do que nós e,
às vezes, ficamos incapazes de nos defendermos contra seus ataques.
Por isso, nunca devemos enfrentá-lo sozinho. Jesus Cristo já venceu o
pecado de uma vez por todas e promete lutar ao nosso lado para nos
ajudar a vencê-lo. Se contarmos com a ajuda Dele, não precisamos ceder
ao pecado.
Nestes dois versículos não parece evidenciar-se progresso no pen-
samento paulino. O verso 19 repete o que se diz no verso 15, e o verso
20, o que está no 17. Esses versículos são interpolações do pensamento
do apóstolo.
VERSÍCULOS 21 a 23 - Acho, então, esta lei em mim: que, quando
quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque segundo o homem inte-
rior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo nos meus membros outra lei,
que batalha contra a lei do meu entendimento e me prende debaixo da
lei do pecado, que está nos meus membros.
Livro: “Estudo introdutório à Carta aos Romanos” (Oton Miranda Alencar. Editora
INOVE - Brasília, 2011, págs. 73-80).
II
Estudada em ___/___/____
35
Lição 6 - A Luta Contra a Carne
INTRODUÇÃO
A LUTA CONTRA A CARNE
No capítulo 6, Paulo usou a fi-
INTRODUÇÃO gura da escravidão para comparar
o serviço ao pecado com o serviço
I. A VALIDADE DA LEI a Deus. Neste capítulo, ele usou a
figura do casamento para mostrar
1. Exemplo do casamento Rm 7.1-3 que estamos livres da lei e per-
tencemos a Cristo, obedecendo ao
2. Mortos para a lei Rm 7.4-6
Espírito de Deus. Veja abaixo em
3. A lei mostra o pecado Rm 7.7 pormenores.
36
Lição 6 - A Luta Contra a Carne
37
Lição 6 - A Luta Contra a Carne
38
Lição 6 - A Luta Contra a Carne
boa, para produzir o mal, ou seja, Paulo disse: “Agora já não sou
a morte. Mas, pela lei, o pecado foi eu que faço isso, mas o pecado que
revelado da maneira como verda- habita em mim”. Essa parece ser
deiramente é. Também foram reve- uma boa desculpa para pecar, mas,
ladas de forma bem claras as suas na verdade, somos responsáveis
más e trágicas consequências. pelos nossos atos. Nunca devemos
usar o poder do pecado ou de Sa-
III. A LEI VERSUS O tanás como subterfúgio, porque
PECADO são inimigos já derrotados.
Sem a ajuda de Cristo, o peca-
1. O espiritual e o carnal. De- do se torna mais forte do que nós
vemos nos lembrar de que Paulo, e, às vezes, ficamos incapazes de
em todo o capítulo 7, analisou o nos defender contra seus ataques.
estado do homem não regenerado Por isso, nunca devemos enfrentá-
e sujeito à lei do Antigo Testamen- -lo sozinho. Jesus Cristo já venceu
to. Tal homem estava consciente o pecado de uma vez por todas e
de sua incapacidade de viver uma prometeu lutar ao nosso lado para
vida agradável a Deus. Ele des- nos ajudar a vencê-lo. Se contar-
creveu uma pessoa lutando sozi- mos com a ajuda dele, não preci-
nha contra o poder do pecado e samos ceder ao pecado.
demonstrando que não podemos A expressão: “Tenho prazer
alcançar a santificação mediante na lei de Deus”, enfatizada por
nosso próprio esforço para resis- Paulo, tem a ver com o seu “ho-
tir ao pecado e guardar a lei de mem interior”, como ele mesmo
Deus. O conflito do cristão, por diz. O seu espírito regenerado,
outro lado, é bem diferente: é um criado segundo Deus, tem prazer
conflito entre uma pessoa unida em que o Espírito Santo cumpra
a Cristo e ao Espírito Santo de um em si a lei de Deus.
lado, e contra o poder do pecado O salmista também expressava
de outro lado. algo semelhante no Salmo 119, ao
mesmo tempo em que demons-
2. Não faço o bem que que- trava sua total dependência do
ro. Aqueles que experimentam Senhor. Todavia, em geral, quando
obedecer aos mandamentos de alguém buscava ajuda apenas na
Deus sem a graça salvadora de lei, as paixões da carne imperavam
Jesus Cristo descobrem-se impo- em sua vida.
tentes. São governados pelo mal
e pelo pecado. Quem assim age, 3. Desventurado sou! A pes-
está debaixo da lei do pecado. Só soa prisioneira de Satanás, em
os que estão em Cristo podem luta desigual com o pecado, termi-
vencer a tentação (Rm 7.15-23). na dominada e cativa, em miserá-
39
Lição 6 - A Luta Contra a Carne
RESPONDA
1) Para mostrar que estamos livres da lei e pertencemos a Cristo, obedecendo ao Espírito
de Deus, Paulo usou uma figura de um “enlace comum” na sociedade à qual aplicou a
nossa situação espiritual. Que figura é esta?
______________________________________________________________________
2) Ao afirmar que a lei não é pecado, Paulo introduz o conceito de que a lei produz um
resultado ímpar no pecador. Que resultado é esse que a lei expõe?
______________________________________________________________________
VOCABULÁRIO
• Indissolubilidade: Qualidade do que não se pode dissolver, nem terminar.
• Jugo: Canga de madeira atrelada aos bois para puxar o arado; simbolizava união.
• Torah: É uma palavra hebraica, usualmente traduzida por lei, referindo-se ao Pentateuco,
os cinco livros de Moisés.
40
LIÇÃO 7
Lição 7 - A Graça Divina
A GRAÇA DIVINA
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÓGICA
• Tomar consciência de sua li-
Olá, querido professor! A aula berdade espiritual em Cristo.
de hoje enfatizará a liberdade • Reconhecer que há promessa
divina de redenção final para toda
espiritual operada pela graça de
a criação.
Cristo em contraposição à prisão • Perceber-se como mais do
decorrente da lei e do falido siste- que vencedor, apesar das aparen-
ma meritocrático. tes derrotas.
Também enfocará a redenção
final de toda a criação e a nossa PARA COMEÇAR A AULA
feliz condição de sermos espiri-
Comece a aula mostrando fotos
tualmente mais do que vencedo- de pessoas presas e tristes. Mostre
res em Cristo. Desta maneira, esta em seguida pessoas livres e felizes.
é uma lição que trará grande be- Faça um contraste entre a prisão da
nefício espiritual aos que nela se lei e a liberdade da graça de Cristo.
aprofundarem. Escreva no quadro a palavra
O capítulo 8 de Romanos é MERITOCRACIA e seu significado:
incrível, com lições que trazem Predomínio numa sociedade, orga-
nização ou grupo daqueles que têm
grande alento espiritual. Termine
mais méritos (os mais trabalhado-
a aula com uma oração feita com res, mais dedicados, mais bem do-
toda a turma de joelhos, agrade- tados intelectualmente etc.).
cendo a Deus pela bênção de sua Escreva em seguida a palavra
maravilhosa graça. GRAÇA. Enfatize a completa nulida-
de do conceito espiritual de merito-
cracia diante da graça de Cristo.
I
Lição 7 - A Graça Divina
LEITURA COMPLEMENTAR
O capítulo se divide naturalmente em três seções. A primeira descreve
as diferentes operações do Espírito Santo de Deus que liberta, habita, san-
tifica, guia, testifica e, finalmente, ressuscita o filho de Deus. Este trecho
vai do primeiro ao décimo sete versículos. A segunda seção trata da glória
futura dos filhos de Deus, retratada por uma libertação final da qual toda
a criação irá participar (versículos 18 a 27). Na terceira seção, Paulo en-
fatiza o inabalável amor de Deus que age em todas as coisas para o bem
daqueles que o amam.
Uma das tarefas do Espírito Santo é criar nos filhos de Deus a comu-
nicação de filiação e de amor filial que nos leva a conhecer a Deus como
pai. O Espírito Santo nos infunde a confiança de que, por causa de Cristo,
agora somos filhos de Deus.
Nós somos filhos de Deus e, como tal, somos herdeiros de todos as
bênçãos reservadas aos seus filhos, visto que Ele nos deu Jesus e, com
este, perdão e vida eterna. Também, como co-herdeiro de Cristo, recebe-
remos a glória reservada ao seu Filho.
É verdade que temos que enfrentar sofrimentos pelo amor de Jesus.
Ora, se tomamos parte nos sofrimentos de Cristo, também tomaremos
parte na sua glória.
Aqui Paulo faz uma pergunta sublime: “Quem nos separará do amor
de Cristo?” Estas palavras foram escritas para uma igreja que logo sofre-
ria uma tremenda perseguição. Esse versículo traz o encadeamento dos
fatos, à mente, sobre o livro de Jó. O crente sofre provas que põem em
risco a sua união com Deus.
Paulo venceu as provações por que passou não sem haver tomado
consciência de sua debilidade. Foi, sem dúvida, pela fé e por causa do po-
der daquele que o fortaleceu.
Paulo, para encerrar o capítulo 8, insiste sobre o amor de Deus e volta
ao tema indo mais profundo afirmando que “nem a morte, nem a vida,
nem anjos, nem principados, nem cousas do presente, nem do futuro,
nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatu-
ra poderá separar-nos do amor de Deus”.
Livro: “Estudo introdutório à Carta aos Romanos” (Oton Miranda Alencar. Editora
INOVE - Brasília, 2011, págs. 81-95).
II
Estudada em ___/___/____
A Segunda – Rm 8.6
O pendor do Espírito
GRAÇA Terça – Rm 8.7
Crentes carnais não agradam a Deus
DIVINA Quarta – Rm 8.11
Vivificação espiritual prometida
Quinta – Rm 8.14
A marca dos filhos de Deus
Sexta – Rm 8.16
Testificada filiação espiritual
Sábado – Rm 8.28
Texto Áureo Tudo coopera para o nosso bem
“Agora, pois, já nenhuma
condenação há para os que estão
em Cristo Jesus.” Rm 8.1
LEITURA BÍBLICA
Romanos 8.1-5
1 Agora, pois, já nenhuma condenação
há para os que estão em Cristo Jesus.
2 Porque a lei do Espírito da vida,
Verdade Prática em Cristo Jesus, te livrou da lei do
A única forma de agradar a pecado e da morte.
Deus é viver pelo Espírito de 3 Porquanto o que fora impossível à
Deus. lei, no que estava enferma pela car-
ne, isso fez Deus enviando o seu pró-
prio Filho em semelhança de carne
pecaminosa e no tocante ao pecado;
e, com efeito, condenou Deus, na
carne, o pecado,
4 a fim de que o preceito da lei se
cumprisse em nós, que não anda-
mos segundo a carne, mas segundo
o Espírito.
5 Porque os que se inclinam para a
carne cogitam das coisas da carne;
mas os que se inclinam para o Espí-
rito, das coisas do Espírito.
41
Lição 7 - A Graça Divina
INTRODUÇÃO
A GRAÇA DIVINA
Se em Romanos, no capítulo
7, Paulo analisou o papel da lei,
INTRODUÇÃO neste capítulo a sua preocupação
é com a obra do Espírito. Nos pri-
I. OPERAÇÕES DO ESPÍRITO meiros versículos do capítulo 8, há
19 referências ao Espírito Santo,
1. O fracasso da lei Rm 8.1-4 a Terceira Pessoa da Trindade. O
2. A vitória da graça Rm 8.5-13 cristão nascido de novo está livre
da maldição da lei e tem, agora, a
3. O alvo da graça Rm 8.14-17 operação do Espírito Santo dentro
de si efetivando o cumprimento da
II. A GLÓRIA FUTURA lei de Deus por causa de Cristo.
1. Glória a ser revelada Rm 8.18,19 I. OPERAÇÕES DO
2. A natureza geme Rm 8.20-23 ESPÍRITO
3. Salvos em esperança Rm 8.24-27 1. O fracasso da lei. Paulo aca-
bara de ensinar que a vida sem a
III. O AMOR DE DEUS graça de Cristo é sinônimo de vida
derrotada, miserável e escrava.
1. A vontade de Deus Rm 5.28-30
Em contraste, no capítulo 8,
2. Mais que vencedores Rm 8.31-35 Paulo disse que o livramento da
condenação, a vitória sobre o pe-
3. Nada nos separará Rm 8.36-39 cado e a consequente comunhão
com Deus vêm por meio de nossa
APLICAÇÃO PESSOAL união com Cristo, mediante o Es-
pírito Santo que está em nós.
A palavra “portanto” (Rm 8.1),
com a qual Paulo começa o capí-
tulo, indica que o apóstolo está fa-
zendo um sumário ou expressando
uma conclusão provisória. A con-
clusão que ele chega, entretanto,
não parece provir apenas do capí-
tulo 7, mas de toda a argumentação
que ele vinha fazendo até agora.
O “Espírito de Vida” (Rm 8.2) é
o Espírito Santo. O que é, portanto,
a lei do Espírito de Vida? É o poder
42
1
2
3
4
Lição 7 - A Graça Divina
43
Lição 7 - A Graça Divina
44
Lição 7 - A Graça Divina
45
Lição 7 - A Graça Divina
RESPONDA
Coloque V (Verdadeiro) ou F (Falso) nas afirmações abaixo:
2 ( ) Paulo não diz que a criação ficou sujeita à vaidade depois que Adão pecou, mas que
foi arrastada para o mal com a queda de Satanás.
4 ( ) A palavra predestinação vem do grego proorizo, que significa Deus ter decidido de
antemão escolher para si um povo (a Igreja verdadeira) como Sua propriedade exclusiva.
5 ( ) Predestinação não quer dizer que Deus decidiu de antemão chamar, justificar e
glorificar aqueles que escolheu para se tornarem Seus filhos.
VOCABULÁRIO
• Carne: Elemento pecaminoso da natureza humana.
• Natureza humana: Natureza carnal e pecaminosa.
• Predestinação: Na teologia paulina é amar de antemão, optar por amar desde a
eternidade.
46
LIÇÃO 8
Lição 8 - Israel, o Povo de Deus
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÓGICA
• Tomar ciência da condição es-
Esta é uma aula em que volta- piritual dos judeus perante Deus.
remos nossa atenção para Israel, • Perceber que ainda há graça
o eterno povo escolhido de Deus. e perdão disponíveis para os is-
Apesar de seus erros históri- raelitas.
cos, Israel ainda é alvo da graça • Adquirir o hábito de orar em
e do favor divino. Mas – é claro! favor de Israel.
–, isso acontecerá enquanto hou-
ver remanescentes israelitas que PARA COMEÇAR A AULA
depositem sua fé em Cristo como
o Messias que já veio para trazer Comece a aula exibindo um ví-
deo com o hino nacional de Israel,
liberdade espiritual a todos os
cantado em hebraico e com legen-
que ainda se encontram aprisio-
das em português. Sugestão de
nados pelos ditames da lei.
link: https://goo.gl/gTzSvs
Nosso dever perante Israel,
Faça apontamentos sobre a
como cristãos gentios, é duplo:
melancolia da canção e da letra.
1. Devemos reconhecer e agra-
Enfatize o sonho israelita de com-
decer a Deus pelo legado de Is- pleta liberdade na terra de Israel.
rael (porque toda a Bíblia foi es- Demonstre que a salvação espi-
crita por judeus e a fé cristã teve ritual ainda é um sonho possível
seu embrião no pano de fundo para os judeus, desde que eles se
judaico). apercebam de seu erro históri-
2. Devemos orar incessante- co em rejeitar o Messias de Deus,
mente pela conversão dos judeus e aceitem o Senhor Jesus Cristo
a Cristo. como seu Salvador pessoal.
RESPOSTAS DA PÁGINA 52
1) a) Tristeza – Coração;
PALAVRAS-CHAVE
b) Anátema - Cristo
Israel • Judeus • Misericórdia • Graça
2) Vasos de ira
3) Jesus Cristo
I
Lição 8 - Israel, o Povo de Deus
LEITURA COMPLEMENTAR
Paulo, aqui, começa a responder a pergunta que os crentes judaicos
faziam: Como as promessas de Deus a Abraão e à nação de Israel como um
todo não parecem ter parte no Evangelho?
Do capítulo 9 ao 11, Paulo explicita seu argumento. Na verdade, o Pla-
no de Deus não falhou concernente a Israel e o apóstolo esclarece que é
preciso entender que os filhos de Deus, ou seja, os verdadeiros israelitas
são de fato filhos da promessa. Foi assim na história e é por isso que a
descendência abraâmica foi chamada em Isaque.
João Batista, na sua pregação dizia: “Produzi, pois frutos dignos de ar-
rependimento e não comeceis a dizer em vós mesmos “Temos por pai
Abraão”, porque eu vos digo que até destas pedras Deus pode suscitar
filhos de Abraão”.
Deus elegeu Abraão para dele suscitar a nação eleita de Israel. Esco-
lheu Isaque para ser o filho da promessa e escolheu Jacó ao invés de Esaú.
A escolha não se baseou em nada que ambos tinham feito ou haveriam de
fazer. Este é o mistério da eleição divina.
A expressão no versículo 13 - “Amei Jacó e aborreci Esaú” - não quer
dizer que Jacó e os seus descendentes estavam predestinados para a
salvação eterna e os descendentes de Esaú para condenação eterna. A
eleição é a escolha daqueles que creem em Cristo feita por Deus por
meio de Cristo.
VERSÍCULOS 14 a 16 - Que diremos, pois? Que há injustiça da parte
de Deus? de maneira nenhuma. Pois dizia Moisés: Compadecer-me-ei de
quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia.
Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus
que se compadece.
O apóstolo insiste em abordar a questão da redenção, dizendo que
essa ação de Deus, aplicando sua misericórdia e chamando a quem
lhe apraz, é uma questão de foro íntimo de Deus, pois Ele é soberano
e tem misericórdia de quem quer ter e se compadece de quem quer se
compadecer.
Livro: “Estudo introdutório à Carta aos Romanos” (Oton Miranda Alencar. Editora
INOVE - Brasília, 2011, págs. 96-102).
II
Estudada em ___/___/____
47
Lição 8 - Israel, o Povo de Deus
INTRODUÇÃO
ISRAEL, O POVO DE DEUS
Se não há nada que possa nos
separar do amor de Deus, como
INTRODUÇÃO ficou a situação do povo de Israel,
ao qual Paulo pertencia? Será que
I. DEUS E O SEU POVO a promessa de Deus falhou pelo
fato de Israel haver se separado
1. A tristeza pelos judeus Rm 9.1,2 de Cristo? Será que Deus foi in-
justo, aceitando os gentios como
2. Deus é fiel Rm 9.3-7
seu povo e se esquecendo dos ju-
3. Deus age com justiça Rm 9.8-16 deus? Paulo respondeu que a pro-
messa de Deus não falhou e que
Deus não é injusto, de maneira
II. IRA E MISERICÓRDIA DE DEUS
alguma. Vejamos.
1. Dependemos do Criador Rm 9.19
I. DEUS E O SEU POVO
2. A paciência de Deus Rm 9.22
1. A tristeza pelos judeus.
3. Misericórdia por Israel Rm 9.23-29
Paulo começou este capítulo es-
crevendo uma verdade. Seu obje-
III. ISRAEL E O EVANGELHO tivo era para que não pensassem
que ele era hipócrita (Rm 9.1). A
1. A pedra de tropeço Rm 9.30-33
verdade que ele queria afirmar é
2. Oração de Paulo por Israel Rm 10.1 que tinha uma tristeza profunda e
uma contínua dor no coração pe-
3. Judeus rejeitam a graça Rm 10.2 los que não estavam em Cristo. En-
tre os quais ele incluiu os judeus,
APLICAÇÃO PESSOAL seus irmãos na carne.
A solene declaração do apósto-
lo, portanto, revelou uma grande
preocupação com a nação judaica
e o povo judeu – a de que muitos
deles fossem inimigos do Evange-
lho. Por isso sua contínua angús-
tia. Paulo introduziu seu discurso
com uma declaração afetiva para
que os romanos não pensassem
que ele se julgava superior aos ju-
deus rejeitados. Paulo estava lon-
ge de desejar isso (Rm 9.1,2).
48
Lição 8 - Israel, o Povo de Deus
49
Lição 8 - Israel, o Povo de Deus
“Por que se queixa ele ain- tes, o Senhor está disposto a mos-
da?” (Rm 9.19). O verbo tradu- trar a Sua ira. Deus mostrará que
zido aqui por “queixar” significa odeia o pecado. Semelhantemen-
“culpar”. Paulo lançou aqui ques- te, manifestará o Seu poder. Para
tões humanas que ele respondeu fazer isso, Deus agiu com muita
nos versículos 20 e 21. Se Deus paciência, esperando que eles fi-
endurece quem Ele quer (Rm cassem prontos para a destruição,
9.18), porque culpar aquele que por causa dos seus próprios peca-
foi endurecido ou que resiste à dos e endurecimento do coração.
sua vontade? Se Deus endurece, Mas ele também forma vasos
como pode ser dito que a pessoa de misericórdia. A felicidade derra-
está resistindo a Deus? O endu- mada sobre o remanescente salvo
recido não está fazendo apenas é o fruto da misericórdia de Deus,
aquilo que Deus determinou que não do próprio mérito do homem.
ele fizesse? Parece um conceito
contraditório, mas não é. 3. Misericórdia por Israel.
A pergunta retórica com o ver- Deus também quis mostrar como
bo “replicar” significava dar uma é grande a glória que Ele derra-
resposta. Paulo estava afirmando mou sobre os remanescentes (Rm
que tal inquiridor assumiu uma 9.23-29). Os vasos de misericórdia
atitude argumentativa. Portanto, são os que formam o Israel espiri-
o apóstolo reprovou qualquer um tual de Deus. Trata-se dos vasos
que levantasse tais objeções. O que Deus chamou, não somente
motivo era porque, no fim, eram dentre os judeus, mas também
apenas protestos contra o modo dentre os gentios.
divino de agir, não um pedido sin- Deus falou pelo profeta Oseias
cero a Deus para que Ele desse (2.23) que tinha a intenção de res-
uma explicação. taurar Seu povo.
Paulo citou também Isaías
2. A paciência de Deus. Foi as- 10.22,23, e percebeu que, em to-
sim que Deus procedeu (Rm 9.22). das as cidades onde pregava, em-
Ele quis demonstrar a sua ira e bora procurasse primeiro os ju-
deixar bem patente o seu poder. deus, apenas alguns aceitavam o
Dessa forma, suportou com mui- Evangelho.
ta paciência os que, pelos seus Por fim, em Romanos 9.29,
feitos, mereciam ser castigados e Paulo citou Isaías 1.9, reconhecen-
destruídos. do que o remanescente de Israel,
Sim, há dois tipos de vasos que preservado por Deus, foi um ato
Deus forma a partir do grande pe- de misericórdia divina para que o
daço de barro que é a humanidade povo de Israel não fosse desarrai-
caída. Ele forma vasos de ira. Nes- gado da terra.
50
Lição 8 - Israel, o Povo de Deus
51
Lição 8 - Israel, o Povo de Deus
RESPONDA
1) Complete:
______________________________________________________________________
2) Para mostrar a sua ira contra o pecado, o Senhor Deus estabeleceu o propósito em
formar que tipo de “vasos”?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
VOCABULÁRIO
Hipócrita: Falso; quem age com falsidade.
Beneplácido: Aprovação de Sua vontade soberana.
Fatalismo: Crença de que tudo está divinamente predeterminado, sem possibilidade de
interferência humana.
Remanescente: Restante fiel do povo de Deus.
Abdicar: Abrir mão de algo.
52
LIÇÃO 9
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÓGICA
• Tomar conhecimento da ver-
Olá, querido professor! Na aula dadeira fonte da justiça divina.
de hoje estaremos estudando so- • perceber que já recebeu a
justificação pela fé.
bre a fonte e a operação da justiça
• despertar-se para a obra de
divina e também trataremos da evangelização.
necessidade de evangelização.
Então, prepare-se para dis-
tribuir porções de folhetos para PARA COMEÇAR A AULA
cada aluno, a fim de que treinem Comece a aula com uma en-
a evangelização ao longo da próxi- cenação de evangelismo entre os
ma semana e tragam testemunhos alunos. Separe três alunos. Um
na aula que vem. Mas, antes da deles fará papel de evangeliza-
dor. Os outros serão os evange-
distribuição, certifique-se de que
lizados. Depois das cenas, fale
todos os folhetos estão com o ca- sobre a necessidade da pregação
rimbo da igreja. do Evangelho.
Programe, na aula que vem, Apesar dos desafios, há bên-
çãos especiais reservadas aos
cinco minutos para os testemu-
evangelizadores que levarem a sé-
nhos. Ouça os relatos e incentive rio o seu ministério.
seus alunos a fazerem da evange- Enfatize que, ao evangelizar,
lização um hábito diário. devemos falar da justificação pela
fé, sem ênfase alguma nas boas
obras para a salvação.
RESPOSTAS DA PÁGINA 58
PALAVRAS-CHAVE
Salvação • Justificação • Evangelização 1) Jamais ter cometido pecado. Impossível
2) Através de Jesus Cristo
3) Justiça humana
I
Lição 9 - A Salvação é Para Todos
LEITURA COMPLEMENTAR
Paulo afirma que é testemunha de que os judeus são muito dedica-
dos a Deus, mas a dedicação deles não está baseada no verdadeiro co-
nhecimento. Em vez de viver pela fé, além de observarem a lei, os judeus
guardavam costumes e tradições, a fim de serem agradáveis aos olhos de
Deus. O Problema é que, o esforço humano, mesmo que sincero, nunca
poderá substituir a justiça que Deus nos oferece através da fé.
A única maneira de a pessoa alcançar a salvação por seus méritos é
sendo perfeita, mas isso é impossível. Assim, o que nos resta é estender
as mãos vazias e receber a salvação como uma dádiva divina. De duas
maneiras Cristo tornou realidade todo o propósito da lei: 1) Ele cumpriu
o objetivo ao realizar toda a vontade de Deus na terra. 2 ) Foi o fim da lei
como base da justificação, porque ela era importante para salvar-nos.
Com o aparecimento de Jesus, agora tanto ficou fácil compreender o
Evangelho quanto a ele obedecer. Saber sobre o propósito da morte de
Jesus, da eficácia do seu sangue vertido na cruz e de sua ressurreição por
nós são pontos fundamentais e eficazes para salvar o homem.
Confessar Jesus como o Senhor é a mais primitiva confissão. Em I Co
12.3, é declarado que ninguém pode fazer tal confissão senão pelo Espíri-
to Santo. O cristão também não pode negar a ressurreição de Cristo.
A mensagem do Senhor, segundo Paulo, explicando Dt 30. 14, está nos
lábios e no coração. Ter a mensagem de Deus nos lábios é confessar que
Jesus é o Senhor e, no coração, é crer que Deus o ressuscitou dos mortos.
Confessar e crer, eis as duas açóes que levam à salvação.
No versículo 11, Paulo não quer dizer que o cristão nunca ficará desa-
pontado. Haverá momentos de decepção, mas o apóstolo afirma que Deus
manterá sua parte no acordo e os que chamam por Ele serão salvos.
Livro: “Estudo introdutório à Carta aos Romanos” (Oton Miranda Alencar. Editora
INOVE - Brasília, 2011, págs. 104-110).
II
Estudada em ___/___/____
53
Lição 9 - A Salvação é Para Todos
INTRODUÇÃO
A SALVAÇÃO É PARA
TODOS Paulo entendeu que o teor da
lei dada no monte Sinai era: “Fazei
INTRODUÇÃO isto e vivereis”. Considerada por si
só, separada da verdadeira justiça
I. A FONTE DA JUSTIÇA DIVINA de Cristo, a lei não provia uma jus-
tiça suficiente para justificar o ho-
1. Justiça promovida pela lei Rm 10.5 mem, senão pela obediência per-
2. A justiça que é pela fé Rm 10.6,7 feita. Ela revelava a incapacidade
do homem de cumprir as suas
3. Mensagem acessível Rm 10.8 demandas devido à sua natureza
corrupta, e apontava a necessida-
II. O RECEBIMENTO DA de de uma nova e superior aliança.
JUSTIÇA I. A FONTE DA JUSTIÇA
1. Dada através de Cristo Rm 10.9 DIVINA
2. Concebida no coração Rm 10.10 1. Justiça promovida pela lei.
Se fosse possível alguém ser salvo
3. Disponível a todos Rm 10.11-13
pela observação da lei, teria que
cumpri-la literalmente, com per-
III. DEUS DESEJA SALVAR A feição, sem ter pecado uma única
TODOS vez (Rm 10.5). Havemos de per-
guntar: Por que Deus nos deu a lei,
1. Necessidade da pregação Rm 10.14 sabendo que ninguém seria capaz
2. Nem todos obedecem Rm 10.16-19 de cumpri-la? De acordo com Pau-
lo, uma das razões foi para mos-
3. Israel indesculpável Rm 10.20,21 trar às pessoas o quanto elas eram
culpadas diante de Deus.
APLICAÇÃO PESSOAL Os ritos sacrificiais da lei apenas
preparavam as pessoas para enten-
der a obra de Cristo, o verdadeiro
sacrifício. Por isso, as leis cerimo-
niais perduraram até o surgimento
de Cristo, pois apontavam para Ele.
Paulo trabalhou a ideia de que há
dois tipos de justiça: a obtida através
das obras e a obtida pela fé. A primei-
ra é inacessível para nós, enquanto
que a segunda está disponível.
54
Lição 9 - A Salvação é Para Todos
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Lição 9 - A Salvação é Para Todos
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Lição 9 - A Salvação é Para Todos
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Lição 9 - A Salvação é Para Todos
RESPONDA
1) O que uma pessoa deveria fazer para ser salvo pela observação total da lei de Deus?
Seria isso possível ou impossível ao homem caído?
______________________________________________________________________
2) Deus estabeleceu as mesmas condições para a salvação, tanto para judeus como para
gentios. Essa salvação seria unicamente através de quem?
______________________________________________________________________
3) Segundo Paulo, o que impediu Israel de receber a justiça graciosa oferecida por Deus
tinha sido o seu zelo em promover que tipo de justiça?
______________________________________________________________________
VOCABULÁRIO
Ritos Sacrificiais: Cerimônias de sacrifícios de animais no Antigo Testamento.
Ortodoxo: Crença considerada correta, de acordo com um grupo social ou religioso.
Desígnio Escatológico: Decisão divina sobre os acontecimentos do fim dos tempos.
Arauto: Anunciador; proclamador de uma notícia em praça pública.
58
LIÇÃO 10
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÓGICA
• Entender o conceito de rema-
Esta lição tratará novamente da nescente.
situação espiritual de Israel, por- • Assimilar o conceito da elei-
ção nacional de Israel.
que Paulo tinha grande preocupa- • Perceber o imenso amor de
ção acerca da realidade espiritual Deus ao incluir os gentios na obra
de seu povo. de salvação.
E, além dessa preocupação, o
apóstolo estava muito empenha-
PARA COMEÇAR A AULA
do em evangelizar os gentios, am-
pliando os horizontes estreitos Como programado desde a aula
de muitos líderes da igreja cristã anterior, comece a lição de hoje se-
parando cinco minutos para os tes-
iniciante.
temunhos de evangelização.
Aproveite o assunto da lição
Ouça os relatos e incentive
para refletir com a turma sobre seus alunos a fazerem da obra de
o nosso papel como missionários evangelização um hábito diário.
a todas as pessoas, seja em que Faça um “gancho” entre a obra de
país for. evangelização e missões e a visão
Deus sempre levanta seus re- universal divina de salvar pessoas
manescentes fiéis, independente- de várias etnias.
Daí, trate da situação espiritual
mente de matrizes culturais.
de Israel e da inclusão das outras
nações no plano divino de salvação.
RESPOSTAS DA PÁGINA 64
PALAVRAS-CHAVE 1) V
Israel • Remansescente • Gentios 2) V
3) V
4) F
I
Lição 10 - Deus Ainda Ama Israel
LEITURA COMPLEMENTAR
A culpabilidade de Israel havia sido tão fortemente estabelecida que se po-
deria ler nas citações de Deuteronômio e de Isaías uma profecia de rejeição
desse povo. Não é isso, porém, que se dá, declara Paulo com o apoio do Salmo
94, verso 14, e a prova se patenteia no caso pessoal do próprio apóstolo.
Não é Paulo autenticamente israelita, filho de Abraão segundo a carne,
membro da tribo que se poderia chamar a mais israelita? Se houvesse Deus
rejeitado seu povo, não teria escolhido um israelita, cujos traços como is-
raelita eram tão acentuados, para ser o principal cultor da missão entre os
pagãos. Esta escolha é um sinal da fidelidade de Deus à sua palavra.
Deus sempre agiu por graça. Nada podem as obras de Israel no senti-
do de estabelecer a aliança, nem de mantê-la ou suspendê-la. A graça é a
graça no presente mais do que nunca um remanescente é chamado para
constituir o elo de continuidade e Deus, por seu intermédio, levará avante
o plano original de sua graça.
É esta a oração do salmista: “Que a mesa deles se transforme em laço
e armadilha, pedra de tropeço e retribuição para eles.” Que seus olhos
se escureçam. O imaginário não é fácil de interpretar, mas a mesa deles
parece ser um símbolo de segurança, bem-estar e comunhão de que se
desfrutam em casa e que, de alguma forma, pode se transformar em “laço
e armadilha, pedra de tropeço para eles”.
A referência a “suas costas serem encurvadas para sempre” também
é obscura, embora a costa encurvada normalmente representa a imagem
de alguém que carrega um fardo pesado, seja, neste caso, de angústia, de
medo ou opressão.
VERSÍCULO 11 - Digo, pois: Porventura tropeçaram para que caíssem?
De modo nenhum, mas, pela sua queda, veio a salvação aos gentios, para
os incitar à emulação.
Paulo aqui faz uma pergunta: Ao tropeçarem, os judeus caíram para
nunca mais se erguerem? Ele mesmo responde. É claro que não. Mas, pela
sua rejeição ao Messias, a salvação alcançou os gentios, para que a salva-
ção destes provocasse um certo ciúme naqueles.
Livro: “Estudo introdutório à Carta aos Romanos” (Oton Miranda Alencar. Editora
INOVE - Brasília, 2011, págs. 104-110).
II
Estudada em ___/___/____
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Lição 10 - Deus Ainda Ama Israel
INTRODUÇÃO
DEUS AINDA AMA ISRAEL
A maioria dos judeus rejeitou
a Cristo, mas isso não significava
INTRODUÇÃO que Deus rejeitou o Seu próprio
povo. Assim como o Eterno guar-
I. POVO ELEITO dou para si sete mil homens no
tempo de Elias, também existia,
1. Paulo, um israelita Rm 11.1
no primeiro século, um pequeno
2. Deus não rejeitou Israel Rm 11.2 número daqueles que Ele, por
Sua graça, escolheu.
3. Sete mil profetas Rm 11.3,4
Por causa da falta de fé dos
judeus, os gentios em Roma tive-
II. REMANESCENTES ELEITOS ram a oportunidade de aceitar o
1. Israel será salvo Rm 11.5,6 Evangelho.
2. Eleição e rejeição Rm 11.7-9 I. POVO ELEITO
3. Profundo sono Rm 11.8-10
1. Paulo, um israelita. Por
III. BENEFÍCIO AOS GENTIOS mais dura que fosse a página que
o apóstolo acabara de escrever,
1. Graça estendida Rm 11.11,12 nela não imperava a condenação
2. Salvação ofertada Rm 11.13-18 do povo insubmisso ao plano de
Deus. Com efeito, não era Israel
3. Ramos enxertados Rm 11.19-24 em si mesmo que interessa a Pau-
lo. Não há dúvida de que Israel fa-
APLICAÇÃO PESSOAL lhou com respeito à vocação que
Deus lhe fizera. Era essa vocação
que interessava ao apóstolo, não
a desobediência em si.
A questão é saber como a vo-
cação de Israel se manifestará e
como poderá se concretizar no
futuro. É um capítulo da Teo-
diceia que Paulo escreveu para
elucidar o problema das ações
históricas de Deus naquele tem-
po presente.
Não era Paulo autenticamen-
te israelita (Rm 11.1), filho de
Abraão segundo a carne, mem-
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Lição 10 - Deus Ainda Ama Israel
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Lição 10 - Deus Ainda Ama Israel
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Lição 10 - Deus Ainda Ama Israel
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Lição 10 - Deus Ainda Ama Israel
RESPONDA
Marque V (Verdadeira) ou F (Falso) para cada uma das seguintes afirmações:
1( ) O fato de Deus ter escolhido Paulo, um israelita, da tribo de Benjamim, para ser o
principal cumpridor da missão evangelizadora entre os gentios demonstra que Deus não
rejeitou o Seu povo em definitivo.
2( ) O que chamamos de “teologia do remanescente” tem a ver com o fato de que sem-
pre, na história de Israel, se pode discernir um remanescente espiritual fiel, que o próprio
Deus separa para si.
3( ) A explicação de que, pela queda de Israel, os gentios foram salvos, significa que o
erro dos judeus em rejeitarem Jesus como Messias e Salvador resultou na salvação dos
gentios.
VOCABULÁRIO
Teodiceia: É a justificação da existência de Deus a partir da discussão da existência do mal
e de sua relação com a bondade de Deus.
Elucidar: Explicar, fazer ficar claro e compreensível.
Solicitude: Qualidade de quem vive sozinho; solidão.
64
LIÇÃO 11
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÓGICA
• Tomar consciência de seus
Esta é uma aula cujo assunto se privilégios e deveres como cristão.
reveste de extrema importância • Adquirir preocupação ética.
• Respeitar as autoridades
para o cristão. Ao mesmo tempo constituídas, quer sejam secula-
em que é negligenciado por cer- res ou eclesiásticas.
tos segmentos da sociedade. A
ética deve ser buscada com avi-
dez pelo cristão, pois ela é uma PARA COMEÇAR A AULA
das bases de nossa fé. Comece a aula escrevendo no
O que seria do cristianismo sem quadro, em letras grandes: ÉTICA.
os próprios princípios de morali- Peça aos alunos que sugiram sinô-
dade que o distinguem de outros nimos para a palavra e vá anotan-
grupos sociais? Em muitos casos, do com letras menores ao redor.
Em seguida, explique o con-
será apenas a nossa postura ética
ceito de ética e fale acerca da sua
que evidenciará aos incrédulos
importância para a fé cristã. De-
que somos diferentes, em compa- monstre que a fé bíblica é uma fé
ração à má conduta da média das eminentemente ética.
pessoas não cristãs. No Antigo Testamento, a base
Esta poderá ser uma ótima ma- ética estava no Decálogo (os Dez
neira de falarmos de Cristo para Mandamentos). No Novo Testa-
mento, a base está no Sermão do
outros.
Monte.
I
Lição 11 - Luta Pela Ética Cristã
LEITURA COMPLEMENTAR
De acordo com a lei, ao sacrificar um animal, o sacerdote deveria ma-
tá-lo, cortá-lo em pedaços e colocá-lo sobre o altar. O sacrifício do animal
morto no altar era um culto a Deus no Antigo Testamento, mas o próprio
Deus disse que obedecer de coração era melhor do que sacrificar. Deus
quer que nos ofereçamos a Ele como sacrifício vivo. Ele não quer mais
sacrifício de animais mortos.
O salvo deve ser sincero ao agradecer a Deus pela salvação. Deve ser
uma gratidão traduzida no amor, na devoção, no louvor, na santidade e no
serviço a Ele. Devemos apresentar a Deus o nosso corpo como morto para
o pecado e como templo do Espírito Santo.
Profetas são homens fiéis, leais que proclamam a verdade divina pre-
dizendo, consolando, edificando e exortando. Os mestres são aqueles a
quem Deus dá a capacidade de ensinar. Os encorajadores e exortadores
sabem motivar os seus ouvintes. Aqueles que repartem são generosos e
dignos de confiança, porque são justos. Os líderes são os bons organiza-
dores e administradores. Aqueles que exercitam misericórdia, demons-
trando bondade, são pessoas atenciosas, que se sentem felizes ao dedicar
seu tempo aos outros.
Nestes versículos, temos dois temas: até o versículo 16, ele fala dos
cristãos e dos que estão na família de Deus e, do 17 ao 21, fala dos cristãos
e dos que estão fora da família de Deus.
VERSÍCULO 9 - O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos
ao bem.
Paulo dá nova guinada no seu ensino. Agora, não mais se trata de fun-
ções diversas repartidas a diversos membros da Igreja, mas de sentimen-
tos e disposições comuns a todos. O cabeça da fila é o “ágape” — o amor
— por causa dele é que o crente responde ao amor de Deus. Como se
poderia viver do amor de Deus e não amar?
O amor é o primeiro fruto do Espírito (Gl 5.22) é ele, por excelência, “a
mente” do Espírito de que falava o capítulo 8. O Espírito e o amor são os
elementos inseparáveis dos tempos inaugurados por Cristo. O amor não
deve ser fingido ou hipócrita. Deve ser demonstrado nas obras, na prática.
Deve ser como Paulo descreve em II Tm 3.1-5.
Livro: “Estudo introdutório à Carta aos Romanos” (Oton Miranda Alencar. Editora
INOVE - Brasília, 2011, págs. 123-130).
II
Estudada em ___/___/____
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Lição 11 - Luta Pela Ética Cristã
INTRODUÇÃO
LUTA PELA ÉTICA CRISTÃ
O apóstolo Paulo encerrou
INTRODUÇÃO no capítulo anterior a seção
doutrinária da epístola aos Ro-
I. PRIVILÉGIOS E DEVERES manos. Ele demonstrou como
acertar nosso relacionamento
1. O sacrifício vivo Rm 12.1 com Deus e como permanecer
conectados a Ele; e advogou a
2. Inconformados com o mundo Rm 12.2 livre justiça de Deus contra to-
3. Fé sob medida Rm 12.3 dos os argumentos contrários a
este conceito. Nesta seção, ele
ensina uma vida de fé exercita-
II. ÉTICA PESSOAL da na vida cotidiana, e procura
1. Um só corpo em Cristo Rm 12.4,5 internalizar nos seus leitores os
deveres da vida cristã.
2. A lei do amor expressa Rm 12.6-8 A justiça que emana de Deus
e se reflete na vida cristã numa
3. Outras máximas da ética Rm 12.9-12 experiência que vem de dentro e
se expressa exteriormente. Aqui
III. SUBMISSÃO ÀS AUTORIDADES marca a transição das doutrinas
básicas cristãs para um cristianis-
1. Obedecer às autoridades Rm 13.1
mo aplicado.
2. Resistir às autoridades Rm 13.2
I. PRIVILÉGIOS E
3. Executores da lei Rm 13.3-7 DEVERES
APLICAÇÃO PESSOAL
1. O sacrifício vivo. No pri-
meiro versículo, Paulo começou
com um apelo extremado: “Rogo-
-vos, pois, irmãos, pela compai-
xão de Deus, que apresenteis os
vossos corpos em sacrifício vivo”.
De acordo com a lei, ao sacrificar
um animal, o sacerdote deveria
matá-lo, cortá-lo em pedaços e
colocá-lo sobre o altar ( Rm 12.1).
O sacrifício do animal morto
no altar era um culto a Deus, no
Antigo Testamento. Mas o pró-
prio Deus disse que obedecer de
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Lição 11 - Luta Pela Ética Cristã
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Lição 11 - Luta Pela Ética Cristã
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Lição 11 - Luta Pela Ética Cristã
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Lição 11 - Luta Pela Ética Cristã
sem motivo que ela traz a espada”. correto. Cristo disse: “Daí a César
A autoridade é para fazer justiça e o que é de César” (Mt 22.21). Nada
castigar o que pratica o mal. Paulo podemos dever a alguém, a não ser
não parecia estar defendendo nem o amor (Rm 13.8).
justificando a pena de morte ao
transgressor (Rm 13.3-7).
A sujeição às autoridades pelo APLICAÇÃO PESSOAL
cristão não deve acontecer apenas
por ele ter medo de ser castigado Como cidadãos conscientes,
por ela, mas por dever de cons- temos responsabilidades e de-
ciência. O que é esse dever de cons- veres para com a pátria. Como
ciência? Quando eu obedeço às leis cidadãos dos céus, estamos tam-
por ser um cidadão consciente, eu bém identificados com a pátria
mantenho minha consciência lim- celestial. A igreja não é um siste-
pa. Por dever de consciência, de- ma anárquico, sem preceitos ou
vemos pagar também os tributos. normas a serem seguidas.
Sonegar imposto não é justo nem
RESPONDA
1) Que tipo de sacrifício Deus rejeitou porque quer que cada um de Seus filhos se ofereça
voluntariamente a Ele como um sacrifício vivo, santo e agradável?
______________________________________________________________________
2) Complete: Ao dizer que os crentes em Jesus não devem se conformar com este
________________________, Paulo nos desafiou a viver uma transformação pela
________________________ da nossa ________________________, para que experi-
mentemos a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
VOCABULÁRIO
• Internalizar: Tornar um pensamento ou atitude interior ao ser humano.
• Mundanismo: Qualidade do que é pertencente e relativo ao mundo, pecaminosidade.
• Apostolar: Algo referente a um apóstolo de Cristo.
• Anatomia e Fisiologia: Relativo a todo o sistema físico, corpóreo do ser humano.
• Patológico: Relativo à patologia, que é uma doença.
70
LIÇÃO 12
Lição 12 - Fracos e Fortes na Fé
FRACOS E FORTES NA FÉ
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÓGICA
• Reconhecer como fraco ou
Querido professor! Esta aula como forte na fé.
abordará o espectro de dois extre- • Aprender a promover bons
mos de maturidade na vida cristã. relacionamentos na igreja.
• Anelar pelo desenvolvimento
Trata-se da abordagem paulina a
da fé até à maturidade cristã.
fim de classificar um cristão ini-
ciante na fé, ainda imaturo, e um
cristão maduro, com certo tempo
PARA COMEÇAR A AULA
de caminhada.
A lição também abordará a ne- Comece a aula com uma ence-
cessidade de estabelecermos bons nação. Dois alunos deverão fingir
relacionamentos na vida e na igre- que estão disputando uma “queda
ja, o que nem sempre é uma reali- de braço”. Após 5 minutos de “es-
forço” mútuo, um deles “vencerá”.
dade fácil de ser construída.
O vencedor tomará a iniciativa de
Uma maneira de facilitar a cumprimentar o concorrente. De-
convivência no meio da igreja é monstre aos alunos que, na vida
a conscientização dos cristãos espiritual, também há cristãos que
mais maduros do seu papel como se mostram fracos ou fortes na fé.
orientadores e admoestadores Os fracos são os que precisam
dos iniciantes. Mas tudo deve ser de mais apoio para sustentar sua
feito com humildade, claro! vida espiritual, os fortes são os
mais maduros na fé. Enfatize que
é dever do mais maduro apoiar o
mais fraco, a fim de que este tam-
bém amadureça na fé.
I
Lição 12 - Fracos e Fortes na Fé
LEITURA COMPLEMENTAR
Em português, acolher significa dar carinho, ternura, amor, mimo,
atenção. É assim que devemos tratar os novos convertidos, os iniciantes
na fé. Não é para entrar em discussões com eles. Suas opiniões devem
ser respeitadas. O Espírito Santo vai trabalhar na vida deles e mudar as
suas ideias.
O que define uma pessoa não é o que os outros pensam dela, mas é o
que Deus dela pensa. É por isso que ninguém deve julgar ou emitir juízo
de valor a respeito de alguém. Paulo vai mais longe perguntando: “Quem
és tu para julgar o empregado de alguém?” Se ele vai ser vencedor ou
fracassar é da conta de seu patrão. E ele vai vencer porque o Senhor vai
fazê-lo vencer.
Há quem considera um dia mais sagrado que o outro (o fraco); há
quem considera que todos os dias são iguais (o forte). Este último não faz
distinção entre uma comida e outra qualquer que seja o grupo a que per-
tençam seus leitores. A primeira preocupação de Paulo com eles é esta:
“Cada um deve estar plenamente convicto em sua própria mente”.
O mais importante é procurar o bem dos outros e não o próprio bem.
A maior responsabilidade cai sobre o cristão que é forte na fé. Ele não
deve fazer coisa nenhuma, mesmo que não seja pecado, que prejudique o
irmão que é fraco na fé.
A partir do versículo 13, a exortação se endereça especialmente aos
experimentados na fé. Nós temos uma responsabilidade especial porque
nosso exemplo pode levar alguns irmãos a nos imitar. A recomendação
é não nos colocarmos na posição de juiz, para julgar uns aos outros, não
colocarmos cascas de banana na caminhada do irmão e não escandalizar-
mos ninguém na fé.
Originalmente, escândalo era o nome da parte de uma armadilha na
qual era fixada a isca. Escândalo, então, fala de certas liberdades cristãs
que provocam impedimento aos outros.
VERSÍCULO 14 - Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma
coisa é de si mesmo imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda;
para esse é imunda.
Livro: “Estudo introdutório à Carta aos Romanos” (Oton Miranda Alencar. Editora
INOVE - Brasília, 2011, págs. 138-146).
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Lição 12 - Fracos e Fortes na Fé
INTRODUÇÃO
FRACOS E FORTES NA FÉ
Paulo tratou, aqui, de questões
que estavam causando divisão en-
INTRODUÇÃO tre os cristãos daquele tempo. Nem
todos pensavam e agiam do mes-
I. RELACIONAMENTOS DE FÉ mo modo em relação às questões
de comida e bebida, assim como da
1. Acolhei o fraco na fé Rm 14.1 observância de certos dias sagra-
2. Divisão por comida Rm 14.2-6 dos. Os fortes na fé eram tentados
a desprezar os fracos; e os fracos,
3. Senhor de vivos e mortos Rm 14.7-9 a julgar e condenar os fortes. Pau-
lo mostra que essas diferenças não
II. BOM CONVÍVIO NA FÉ poderiam dividir a comunidade
cristã. Nosso dever é aceitar uns
1. Por que julgas teu irmão? Rm 14.10 aos outros como irmãos na fé. Tam-
2. Tribunal de Cristo Rm 14.11,12 bém não nos compete julgar o ou-
tro, pois quem nos julga é o Senhor.
3. Pedra de tropeço Rm 14.13
I. RELACIONAMENTOS DE FÉ
III. A MATURIDADE CRISTÃ
1. Acolhei o fraco na fé. O
1. Reino e tradições Rm 14.14-17 “débil na fé” ou “fraco na fé”, de
2. Edificação mútua Rm 14.18,19 que Paulo falou, era aquele que
ainda não estava robustecido
3. Por uma fé madura Rm 14.20-23 na fé, o prosélito, ou o neófito, o
novo convertido. A recomenda-
APLICAÇÃO PESSOAL ção do apóstolo era que ele fosse
acolhido. Acolher é aceitar como
a pessoa é ou está. No Hebraico,
a palavra para aceitação é rãsãh,
que significa contentar, gostar,
agradar, ter prazer, aceitar favora-
velmente. Em Português, acolher
significa dar carinho, ternura,
amor, atenção (Rm 14.1).
É assim que devemos tratar os
novos convertidos, os iniciantes
na fé. Não é para entrar em discus-
sões com eles.
Suas opiniões devem ser res-
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RESPONDA
1) A atitude polarizada dos cristãos romanos em relação às questões de comida e observân-
cia de certos dias sagrados tinha a ver com dois grupos que se desprezavam e se julgavam
mutuamente. Que nomes Paulo deu a esses grupos?
______________________________________________________________________
2) Quando Paulo defende que ninguém seria qualificado para julgar os irmãos pelo que
comiam ou bebiam, isto porque, um dia, todos eles seriam julgados por um Juiz mais bem
qualificado para isso, a que Juiz ele se referia?
______________________________________________________________________
3) O princípio que nos ensina que devemos evitar diligentemente qualquer ação que faça
com que alguém cometa um pecado pode ser chamado de:
______________________________________________________________________
VOCABULÁRIO
• Prosélito: Indivíduo recém-convertido à religião judaica ou cristã.
• Orfeu: Na mitologia grega, era poeta e médico, filho da musa Calíope e de Apolo ou Éagro,
rei da Trácia. Era o poeta mais talentoso que já viveu.
• Mística Dionisiana: Na antiga religião grega, Dioniso era o deus das festas, dos excessos
alimentares e do vinho, mas, sobretudo, da intoxicação que funde o bebedor com a deidade.
Influenciados por esta prática pagã, alguns cristãos de Roma se escandalizavam com seus
irmãos em Cristo que comiam de tudo, assemelhando-se aos devotos de Dioniso.
76
LIÇÃO 13
APLICAÇÕES PARA A VIDA DA
IGREJA
SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR
Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição
é igual para alunos e mestres, inclusive o número da página.
ORIENTAÇÃO OBJETIVOS
PEDAGÓGICA
• Buscar a unidade cristã no
Esta é a última lição deste tri- âmbito da igreja local.
mestre. Com ela terminamos a • Ajustar seus planos futuros
na perspectiva de seu ministério
carta aos Romanos, escrita pelo
para Deus.
apóstolo Paulo. Nos capítulos fi- • Reconhecer a ajuda recebida
nais de sua epístola, ele trata da para fazer a obra de Deus.
unidade na fé e exemplifica o con-
ceito, agradecendo aos seus cola- PARA COMEÇAR A AULA
boradores na tarefa missionária.
Comece a aula com uma oração em
Com esta atitude, Paulo demons-
conjunto, todos de mãos dadas. Na
trou imensa humildade, pois, ape- oração, o primeiro iniciará com uma
sar de possuir grande autoridade frase curta, enquanto que o seguinte
apostólica, ele reconheceu que continuará a oração com outra frase
não conseguiria fazer a obra de curta, e assim por diante, até que to-
dos tenham falado sua frase.
Deus sozinho.
O último falará sua frase e termi-
Ao agradecer a ajuda recebida nará a oração. Em seguida, escreva
de tantos irmãos em Cristo, ele no quadro a palavra UNIDADE, com
nos ensina que a igreja cristã deve letras grandes. Diferencie unidade
funcionar como um organismo de união. Explique que a unidade
vivo e não meramente como uma abrange comunhão mais abran-
gente e permanente; enquanto que
organização ou simples agrupa- união expressa comunhão apenas
mento social. passageira para um evento ou pro-
pósito específico. O alvo dos cristãos
deve ser a busca pela unidade.
I
Lição 13 - Aplicações para a Vida da Igreja
LEITURA COMPLEMENTAR
Paulo termina as suas instruções aos cristãos em Roma citando pas-
sagens do Antigo Testamento que falam sobre o plano divino de unir os
povos do mundo para criar um só povo de Deus.
Paulo recomenda que devemos acolher uns aos outros, ou seja, nos
aceitar, para a glória de Deus, e o exemplo que devemos seguir é Cristo
que nos aceitou como nós éramos. Cristo se tornou “ministro da circunci-
são”, Isto é, pregou entre os judeus a fim de mostrar que Deus é fiel para
fazer cumprir todas as promessas feitas por Ele aos patriarcas.
O trabalho a que se teve de se entregar até o presente privou o apósto-
lo das oportunidades de uma viagem a Roma, mas o seu desejo era ir até
“os confins do mundo habitado”. Terminada, agora, a sua obra suficiente-
mente arraigada nas regiões orientais do império, pode ele levar a cabo
seu projeto de longa data acariciado - ir a Roma.
Paulo está planejando ir à Espanha, pois este país geograficamente é
a extremidade oriental do mundo conhecido. Ele quer levar a mensagem
poderosa do Evangelho até este país, pois não era expressão de retórica
dele quando falava: “Chegarei com a plenitude da bênção do Evangelho de
Cristo”. Era inconteste que o ministério dele era acompanhado da plenitu-
de da bênção, do poder, da graça e da presença de Cristo.
VERSÍCULOS 30 a 33 - E rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus
Cristo’ e pelo amor do Espírito, que combatais comigo nas vossas ora-
ções, por mim, a Deus, para que seja livre dos rebeldes que estão na
Judeia, e que esta minha administração, que em Jerusalém faço, seja
bem aceita pelos santos; afim de que, pela vontade de Deus, chegue
a vós com alegria, e possa recrear-me convosco. E o Deus de paz seja
com todos vós. Amém!
Livro: “Estudo introdutório à Carta aos Romanos” (Oton Miranda Alencar. Editora
INOVE - Brasília, 2011, págs. 148-156).
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Lição 13 - Aplicações para a Vida da Igreja
INTRODUÇÃO
APLICAÇÕES PARA A
VIDA DA IGREJA No capítulo 15, Paulo conti-
nuou a falar sobre o relaciona-
INTRODUÇÃO mento entre os fortes e os fracos
na fé. Pediu a seus leitores que
fizessem o possível para preser-
I. UNIDADE GERA MATURIDADE
var a união que eles tinham como
1. Agradando aos outros Rm 15.1-4 irmãos na fé, de modo que todos
seguissem o exemplo de Cristo
2. A unidade glorifica a Deus Rm 15.5-7 Jesus.
Já no capítulo 16, o apóstolo
3. Judeus e gentios unidos Rm 15.8-12
mandou saudações aos cristãos
de Roma, citando o nome de vinte
II. TRANSPARÊNCIA PASTORAL e seis colaboradores. Sete deles
1. Ricos em esperança Rm 15.13-16 são mulheres, algumas das quais
ocupavam posição de destaque
2. Relatório missionário Rm 15.17-21 na comunidade cristã. Paulo não
havia estado em Roma ainda, mas
3. Planos para o futuro Rm 15.22-33 algumas daquelas pessoas ha-
viam trabalhado com ele antes,
III. HONRA AOS COLABORADORES em outros lugares.
1. Saudações fraternas Rm 16.1-16
I. UNIDADE GERA
2. Cuidado com os hereges! Rm 16.17-20 MATURIDADE
3. Palavras finais Rm 16.21-27 1. Agradando aos outros. Os
fortes na fé têm de suportar os fra-
APLICAÇÃO PESSOAL cos. Geralmente as pessoas fortes,
altamente colocadas, bem provi-
das e poderosas, gostam de tirar
partido de sua posição; ao passo
que os inferiores se esforçam por
agradar-lhes, por vezes até ao
ponto do servilismo.
Na Igreja de Cristo é o inverso
que deve ocorrer: os “fortes” se
esforçarão para agradar aos “fra-
cos”. Eis aqui uma revolução que o
amor torna possível: ele gera hu-
mildade (Rm 15.1-4).
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RESPONDA
1) Paulo disse que devemos nos esforçar por agradar ao nosso semelhante, mas
destacou apenas um parâmetro no qual isso deve ser feito. Qual?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
3) Tendo em vista que os falsos mestres não tinham o mínimo amor por Cristo, mas eram
egoístas, centrados em si mesmos e desviados da fé, que atitude Paulo recomendou aos
cristãos quanto aos mesmos?
______________________________________________________________________
VOCABULÁRIO
• Servilismo: Espírito de servidão, de subserviência; qualidade de servil.
• Infundir: Fazer que (uma ideia, um sentimento, uma maneira de ser) se apresente ao
espírito por associação de ideias; incutir, inspirar.
• Circuncisão: Retirada cirúrgica do prepúcio, praticada por razões higiênicas e/ou religiosas.
• Senda: Caminho.
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