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HISTÓRICO DA
AVIAÇÃO BLUMENAUENSE
E DO
1924- 2001
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Introdução
Marlis Matteussi
Pesquisadora
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A AVIAÇÃO EM BLUMENAU
Num tempo recorde, para as condições da época, a sociedade blumenaunse, teve uma
ótima notícia de que o primeiro planador construído no Brasil estava concluído, e já
estava pronto para exibição ao público na Sociedade dos Atiradores.
A Páscoa de 1927, além de trazer o significado religioso de fé, renascimento, e
esperança, trouxe também a intenção de mudança e novos tempos para a cidade, pois
naquele domingo de Páscoa iria ser batizado o planador “Phoenix”, (nome dado em alusão
à ave que segundo a mitologia egípcia, durava séculos e, queimada, renascia das próprias
cinzas.)
Na celebração do batismo estavam muitas pessoas ilustres da sociedade
blumenaunse, colaboradores e empresários que ajudaram na construção efetiva do
primeiro planador do Brasil, entre eles: Hilda Meyer (madrinha), Dr. Amadeu da Luz (Juíz
de Direito), o Sr. Pedro Cristiano Feddersen, o Sr. Cônsul Otto Rohkol.
Phoenix tinha as seguintes dimensões: 11 metros de envergadura (de asa a asa),
1,60m de largura, 5m e 25cm de comprimento e sua capacidade era de 8,7 quilos de peso
por m2. Porém o primeiro vôo deste planador não foi muito feliz, ignorando as condições
de tempo, pois ventava muito, o Sr. Muetze que fora aviador em 1914 a 1918 durante a 1ª
Guerra Mundial, decidiu voar talvez para prestigiar a multidão que estava presente, muitos
nem moravam na cidade, vinham de longe para prestigiar o evento.
O planador teve uma magnífica decolagem, a multidão ficou muito impressionada,
mas devido as condições do tempo, Phoenix começou a perder altura e veio à pista. Alguns
dias após esta decolagem não muito feliz, em uma oficina, o planador foi recuperado.
Entre os colaboradores desde a construção e a orientação do projeto do planador
Phoenix, estavam Franz Kreuzer, (proprietário de oficina mecânica), Sr. Steinmann (dirigiu
os trabalhos mecânicos), o Sr. Schmurr e seu filho (ajustamentos e montagens), Loehr,
Hoppe e os irmãos Gustavo e Lothar Otte. Até o próprio Sr. Muetze e padres franciscanos
deram uma contribuição para o projeto na teoria, articulando e orientando-os.
Todo esse empenho e arrojamento foi observado pelos senhores Eduardo Kessler e Alvino
Vogelsanger, da cidade de Joinville, que mais tarde no ano de 1938, começaram a
construção de um planador, inspirado no projeto da “Fliegerbund Blumenau”.
Em Blumenau, o primeiro avião a aterrissar foi o “Iguaçu”, em 05 de Maio de 1932,
pilotado por Joaquim Rubeck.
Cogitasse que a vinda desse avião para Blumenau era para verificar a possibilidade
de abrir uma linha aérea comercial, pois havia interesse de uma companhia paulista, para
exploração da atividade na cidade, porém não foi consolidada.
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Vários pousos e decolagens o público pode observar, era muita novidade para um único
dia.
Vista aérea da 1º pista de Blumenau, sita à Rua Cel. Feddersen, bairro Itoupava Seca,
(1932).
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Havia nesta primeira turma quarenta alunos, inclusive duas mulheres, as Srtas. Anne
Mari Techentin e Zigried Branco.
Depois de alguns meses, a FAB baixou uma portaria que mulheres não poderiam
pilotar aeronaves, devido a Guerra que estava acontecendo e ambas saíram da escola,
também saíram da escola alguns pilotos que não passaram na inspeção médica, que era
muito rigorosa na época, feita pelos oficiais da Aeronáutica.
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Como o ACB não possuía uma sede, o prefeito conseguiu junto ao Clube Náutico
América, uma sala para serem ministradas as aulas teóricas.
O grande dia aconteceu em 22/04/1941, finalmente o ACB é fundado, e foi matéria
do jornal “O Arauto das Aspirações do Valle do Itajahy “– Sábado 26/04/1941, Ano XVII,
nº 47, o mesmo dizia:
Passados longos meses, chegou até mesmo ser anunciado pelo Jornal Cidade, de 21
de Janeiro de 1942, um avião destinado a instrução dos alunos, os mesmos, conforme
Carlos Erwin Schneider (piloto a se formar na 1ª turma), relata em sua empíria,
...“estávamos muito ansiosos pela chegada deste avião, era só teoria, queríamos era
voar...”
O jornal citado anteriormente com a manchete : Chegou o avião de Blumenau ! dizia
o seguinte:
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“Finalmente, depois de uma longa e ansiosa expectativa, chegou o avião
de Blumenau, que foi destinado à sua escola de aeronáutica. Estão de parabéns
Blumenau, a sua entusiasmada mocidade e, principalmente, os atuantes alunos
do Aero Club que não mediram esforços nem sacrifícios para que fosse uma
realidade e curso, que iniciaram a sete mezes atraz.
É sobretudo deve merecer os nossos melhores aplausos o Sr. Dauto
Caneparo, instrutor do Curso do Aero Club, que foi buscar na capital federal o
avião de Blumenau e que neste desideratum venceu mil dificuldades. Mas, enfim,
já brilha magestoso sobre as nossas cabeças o avião em que se ensinará aos
blumenauenses a preciosa arte de defender com eficiência o nosso território.
E, estamos certos de que a nossa mocidade saberá comprender o nobre e
patriotico gesto dos que entregaram à Blumenau o belo avião que chegou
Domingo e farão juz para que mais breve possível pilotos aviadores
blumenauenses se unam aos milhares que neste momento se estão formando em
todos os sectores do Brasil para formar a coluna aérea que na guerra coroará os
meios de defeza da nossa soberania.”
Também como relata Carlos Erwin Schneider, este primeiro avião que o Aero Clube
de Blumenau recebeu para aulas de instrução de seus alunos, foi uma doação de um grande
empresário do sudeste, o Sr. Guilherme de Oliveira.
O primeiro avião que o ACB recebeu foi um PP TJH Pipper J 3
A respeito de doações de aeronaves nesta década, Dely Lima Maciel (mecânico
responsável pela manutenção das aeronaves do ACB) afirma que neste período, o então
Ministro Assis de Chateubriand, ... “intimava” , de uma forma cortês, porém séria,
que tal empresário desse um avião, a determinado aero clube e isso acontecia muito
freqüentemente...”
Após o ACB, receber este avião, vieram, no mês seguinte, em 11/02/1942, dois
Oficiais Aviadores, Major Rubi Canabarro e o Tenente Priano Pereira Souza, que
chegaram à cidade pilotando dois aviões de Guerra de bombardeios norte-americanos com
um motor de 600 HP. Os mesmos foram homenageados pelo prefeito, o Sr. Afonso Rabe,
estes oficiais visitantes faziam o patrulhamento do litoral, para verificar a possível
presença de submarinos nazistas em nossa região.
Depois de formado, Carlos Erwim Schneider, acompanhou este tipo de
patrulhamento aéreo, chegou a ser agraciado com a medalha “Campanha do Atlântico Sul”,
medalha esta destinada a oficiais e aviadores que serviam à pátria em defesa do território
brasileiro, durante o período da 2ª Guerra Mundial.
Inclusive os aviadores de Blumenau, foram alertados, para uma possível convocação
que eles iriam receber, para irem ao Panamá, onde EUA possuía uma base e receber
treinamento específico de Guerra, daí então partir para a Itália, no front de guerra. Porém
não foram necessários tal viagem e treinamento.
Ainda a respeito da 2ª Guerra, a pista do ACB era muito utilizada pelo aviões da
FAB devido suas manobras nesta região. Muitos oficiais vinham a cidade abastecer-se de
suprimentos , pois em outras cidades andavam escassos, as colônias vizinhas do ACB eram
visitadas e o produto mais comprado era a cenoura, devido ao seu poder nutritivo que
propiciava muito a precisão da visão noturna dos aviadores da FAB, Blumenau era posto
de abastecimento. A comunidade tinha um convívio harmonioso com os oficiais da FAB, e
estes, freqüentavam os bailes de Caça e Tiro e alguns até namoravam com as moças da
cidade porém, o mesmo não acontecia com o exército que era muito rígido com pessoas
natas e descendentes de alemães e italianos.
Nesse mesmo momento, os empresários de Blumenau (de descendência alemã e
italiana), tinham sérias restrições de permanência na cidade, não podiam sair sem o “salvo
conduto”, porém só recebiam essa autorização para poder transitar em outras cidades
pessoas sem qualquer suspeita de envolvimento com os regimes nazistas e fascistas, e isso
era algo impossível para empresários, industriais e comerciantes, que necessitavam viajar a
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fim de comprar matérias-primas e mercadorias para suas fábricas e estabelecimentos
comerciais.
Muitos empresários, industriais e comerciantes puderam contar com a ajuda e
cooperação do Clube, pois a camioneta pertencente ao ACB não era parada nas barreiras
do exército, tinha trânsito livre, então os homens de negócios iam juntamente com um
aviador até o ACB, e de lá decolavam para Florianópolis, para resolver questões ligadas às
Secretarias do Governo Estadual e também iam até São Paulo, Curitiba e Porto Alegre,
para providenciar mercadorias e matérias-primas, não parando assim seus negócios e suas
produções, devido à escassez das mesmas. Somente assim muitas empresas não pararam
suas atividades definitivamente, a ajuda do ACB e de seus pilotos foi de enorme
importância.
Avião tri-motor Junggers, fazia com certa freqüência vôos comerciais com passageiros do
Vale do Itajaí. (anos de 1942 e 1943).
A primeira gestão que presidia o ACB, no período de 1941 a 1942, foi composta
pelos senhores:
E nos anos de 1943 a 1944, a diretoria do ACB foi composta pelos senhores:
Em 1945, então no comando da escola o instrutor Tupy, o ACB tem brevetado sua
quarta turma de pilotos:
• Bernardo Ziebarth
• Lya Gessy Pereira
• Guilherme Froeschlin
• Horst Ingo Kilian
• Milton Volkert
• Romeu Pereira
• Otacílio Egydio de Oliveira
• Oswaldo Olinger
Turma de brevetados de 1945 (detalhe este foi o primeiro avião que o ACB recebeu do
DAC, prefixo PP-TJH). Da esquerda para direita: Guilherme Froeschlin, Osvaldo Olinger,
Romeu Pereira, Milton Volkert, Jean (instrutor), visitante, Tenentes Ribeiro, Durval,
Patrono Vitor Hering, agachado Instrutor Tupy, Tenentes Ivan e Senny, Lya G. Pereira,
Octacílio Oliveira, Bernardo Ziebarth e Horst Kilian.
Em 1947, devido a motivos pessoais, Tupy retorna a sua cidade e desliga-se do ACB,
assume o cargo de instrutor o Sr. Adamastor Pereira Gomes que formou-se no referido
aero clube, em 1942 na primeira turma brevetada.
Estavam a frente da diretoria neste período os senhores:
Quase no apogeu o ACB já contava com muitos pilotos brevetados e com um ótima
frota de aviões, no total seis aviões. Em julho de 1953 é realizada eleição para nova
diretoria e quem assume são os senhores:
A turma de alunos de 1951 a 1956 era impressionante, um total de trinta alunos foram
brevetados.
Após esta ótima fase do ACB e dos alunos, o céu de brigadeiro começa a ficar
ameaçado com uma nuvem negra, devido ao clube não ter disponibilizado em tempo
prometido o início do Curso de Monitores, como previa o Estatuto do ACB, Art. 3º letra b.
O DAC recolhe uma aeronave.
E nos anos seguintes o caos se instala, devido ao DAC confiscar quase todos os
aviões. Fica somente um dos seis aviões que o ACB possuía, e um compressor de ar, no
período de 1956 à 1958, o mais terrível e crítico para o ACB. Naquele momento a diretoria
era composta pelos senhores:
Esta mesma diretoria contratou, um novo instrutor de vôo, Aldo Deschamps, a nova
diretoria ansiava por mudanças e assim as fizeram. Também conseguiram do DAC, com
seus esforços, uma aeronave Paulistinha P-56-C, PP-GVT, com motor 9O HP, então o
ACB pôde novamente respirar e articular melhor suas ações, tanto administrativas quanto
às relacionadas com as aulas de instrução.
Um acidente em 1963 colocou essa aeronave fora de atividade, depois conseguiu-se
recuperá-la.
Esta década foi um período de difícil transição, devido alguns acidentes, e a falta de
recursos financeiros, que sempre eram escassos, para recuperação dos aviões.
Nova diretoria do ACB é empossada no ano de 1964, assumem os senhores Cel.
Newton Machado Vieira e seu vice Bernardo Ziebarth. Começa então nesta fase um
movimento para reestruturar o hangar do ACB, a diretoria recebe uma doação de 1000
sacos de cimento, e assim foi feita a obra. Então, com o hangar recuperado, decide-se fazer
uma festa, mais tarde irá dar lugar as festas chamadas “Festas Aviatórias”, muitos pilotos
recordam com nostalgia, tais como Haroldo Frech que recorda aqueles momentos, ... “
como algo fantástico, pessoas ficavam na expectativa, pois não sabiam quantos aviões de
fora viriam, vinham vários de Florianópolis, Curitiba, Porto Alegre, haviam aviões que
faziam acrobacias, a comunidade prestigiava o ACB e seus pilotos...”
Mais do que prestígio, estas festas Aviatórias eram uma estratégia para tirar do
vermelho a contabilidade do ACB, pois como os Aero Clubes não visavam lucro e na
grande maioria das vezes, ficavam a mercê de verbas oriundas do DAC, as quais eram
quase insignificantes para todas as despesas que há em aviação, estas festas eram uma das
maneiras de angariar algum recurso para o caixa do clube e assim respirar novamente
durante certo período, pois logo vinha o desespero, das contas a pagar.
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Neste mesmo ano a escola parou suas atividades, devido as duas aeronaves estarem
avariadas, e terem que passar pela recuperação parcial.
A escola voltou a abrir somente no ano seguinte, em julho. Mas nem tudo estava
perdido pois neste momento o DAC doa ao ACB uma aeronave, que veio novamente
colocar esperança e ânimo nos colaboradores do clube. Também havia sobrado alguns
sacos de cimento, o mesmo fora vendido, e um valor significativo foi recebido, e com a
recuperação do hangar, as atividades do ACB foram retomadas.
Bernardo Ziebarth, então vice-presidente do ACB, convida Jago Horst
Lungershausen, o mesmo hesita pois era aeromodelista e não piloto, apesar de tudo aceita e
é empossado co mo novo presidente do ACB.
Muitos pilotos e colaboradores do ACB, recordam da gestão de Jago Horst
Lungerhausen, devido ser a maior de todas, pois ficou frente ao clube durante treze anos,
período este denominado “Era Jago”.
Vista aérea pista ACB, início década de 70, ainda sem cobertura de saibro.
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Vista parcial aérea do bairro Itoupava Central, mais ao centro, pista do ACB.(década de
70).
Sua gestão, como o próprio afirma, foi em uma fase difícil, porém, a primeira atitude
que fez foi a seguinte ...“ Quero todas as aeronaves no chão, quero uma vistoria
completa, o que tiver para ser recuperado, assim será, o que não conseguirmos recuperar,
não poderá voar, somente depois da recuperação completa, segurança acima de tudo...”
Antônio Carlos Herédia, um novo instrutor e mais um mecânico foram contratados.
Pode-se dizer que em maio de 1966, o ACB começou uma nova fase, a fase do
empreendimento, da seriedade e da segurança. A partir dessa data o ACB decola
literalmente, como seus aviões.
Apesar de ter outra atividade profissional, Jago que era diretor de uma loja de
departamentos em Blumenau, dedicava-se muito ao ACB, agilizava e articulava ações para
incrementar a estrutura do clube, tanto técnica quanto a social. Como mostram as fotos
foram muitas as festas realizadas, havia sempre público para prestigiar os eventos
programados pelo clube. Na Festa Aviatória de 12 de outubro de 1968, um veículo
volkswagen, zero Km, fora o prêmio da tômbola realizada. Era o início de muitos eventos.
Renovação, talvez esta seja a palavra mais apropriada que podemos usar para
também denominar a atuação Jago Horst Lungenhshausen, pois o mesmo era de uma
desenvoltura e arrojamento admiráveis, certa ocasião, como o próprio afirma, ele foi a um
programa local da então TV Coligadas de Blumenau, era um programa feminino e muitas
pessoas ficaram curiosas para saber o que iria fazer em programa destinado às mulheres,
ele com toda sua humildade disse: ... “ Irei convidar a população para conhecer o ACB
mas, mais do que isso, irei explicar às “mamães blumenauenses”, que voar é mais seguro
do que dirigir um automóvel...”, e assim ele o fez. Após alguns dias da repercussão desse
programa, saiu em uma matéria do Jornal de Santa Catarina (02/09/1973) entitulada,
“Onde o blumenauense aprende a voar”, e nela era descrita em números, a ótima ocupação
que este aero clube, se pontuava, na época o Brasil tinha 112 aero clubes, e o ACB
ocupava a honrosa 11ª posição no ranking.
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Fairchild PT 19
avião acrobático,
esse modelo era
utilizado nos EUA
para aulas de
instrução dos
alunos da Força
Aérea Norte
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Americana, porém, aqui em Blumenau e no Brasil eram apenas utilizados para treinamento
acrobático.
Batizado com óleo diesel, após alunos serem brevetados, na foto da esquerda para direita:
Jean B.Ziebarth, Álvaro Carlos Meyer, Ivo Gauche e Maurício Hermann Rutzen (início
década de 70).
Até este momento, 1970, o ACB já havia brevetado, 180 pilotos.
A década de 70, como já citado, foi a fase de mudança, arrojamento. Foi neste
período que um antigo sonho tornou-se realidade: o governo estadual disponibilizou verbas
para construção da pista de saibro e mais tarde, também em uma reivindicação mais árdua,
conseguimos o asfaltamento da pista. Este acontecimento é considerado pelo ex-presidente
do ACB Jago, “um dos fatos mais importantes para o nosso aero clube”...
Hans Prayon assume a nova diretoria em 30/03/1980. Jago deixa a diretoria após
concluir uma das melhores gestões.
É uma gestão bastante rápida, Hans Prayon traz alguns investimentos ao clube,
inclusive o maior deles: duas aeronaves, um citabria PT-JOQ e um Tupy PT-NYQ.
As futuras diretorias seriam empossadas em 1983, e os seguintes senhores
compunham a mesma:
• Presidente: Décio Salles
• Vice Presidente: Reginaldo Simões da Costa
• Maurício Xavier Carrenho
• Jacques Resmond
• Arno Garbe
• Secretário: Otto Rolf Henirich
• Perci S. de Mello
• Manfred Takac
• Rubens Kanzler
• Tesoureiro: Fernando Alves Schlup
• Diretor de Material: Vitor Soares e Jackson Liller
• Diretores Sociais: Nildo Scussel, Esmeralda Gadotti e João Ottoni Bello Vianna
• Diretor de Paraquedismo: Geraldo Meyer
• Diretor Técnico: Maurício Xavier Carrenho
Ao fundo lado direito do hangar, quase submerso nas águas das cheias.
A enchente não foi obstáculo para impedir novas aspirações e mudanças para esta
gestão, foi durante este período que paredes foram demolidas e novas foram construídas, a
rede elétrica e hidráulica também foi refeita, móveis foram comprados, o prédio ganhou
nova pintura, ferramentas e máquinas foram adquiridas, seguros foram renovados, algumas
aeronaves e planadores tiveram sua efetiva recuperação.
Inclusive o aspecto físico humano, foi levado em consideração, mais de 100 árvores
foram plantadas na sede, começava-se os primeiros projetos de uma área de lazer para
crianças filhos dos sócios.
Mas outros assuntos também eram debatidos como desapropriação de terras junto à
cabeceira norte da pista, e a experiência pioneira de plantar arroz nas laterais da pista.
Diretoria de 1986
Diretoria 1987
Otimização de aeronaves era uma das primeiras metas da nova gestão evitar
desperdícios e oportunizar novos procedimentos era vital, para a nova diretoria.
Neste momento estava sendo organizado o I Rali Aéreo de Catarinense, o qual tivera
bastante êxito e ótima repercussão.
Um novo estatuto fora votado, apreciado e concluído, por esta gestão em 20/03/1987.
Nesta gestão também o SERAC-5 enviou o Sgt. Gilberto, para vistoriar as
instalações do ACB, e o mesmo preencheu todos os quesitos dos parâmetros
regulamentares.
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Da esquerda para direita Maurício H. Rutzen e Jânio Raubert (piloto comercial), evento 1º
Rali Aéreo Catarinense em abril de 1987.
Diretoria 1989/1990
Na gestão desta diretoria, houve uma homenagem a três Sócios Beneméritos: que
eram os senhores Alex Budag, Hans Prayon e Jago Lungerhshausen. (conforme dados
extraídos de ata da gestão vigente).
• Alex Budag, o título foi concebido em virtude dos inestimáveis serviços que tem
prestado ao ACB, ao longo dos anos.
• Hans Prayon, por ter sido o maior responsável pela aquisição das aeronaves Tupy,
prefixo PT-NYQ e Citabria prefixo PT-JOQ, tendo sido além de presidente do
ACB, e um incansável colaborador.
• Jago Horst Lungehshausen recebeu o título por ter sido durante treze anos, um
arrojado presidente do Aeroclube, época em que propiciou um grande
desenvolvimento ao ACB.
Diretoria 1991
PRÊMIO À PRODUTIVIDADE
Quando faltavam 15 dias para o ACB completar 51 anos de existência, o DAC lhe
fez uma dupla agraciação devido aos resultados positivos, como antes já citados, sempre a
produtividade do aero clube foi um expoente de referência nacional e neste momento um
simulador de vôo e um avião monomotor são doados para o ACB. Contando agora com o
simulador de vôo, esse equipamento tornaria as aulas teóricas mais dinâmicas e realistas,
sem falar na economia de 75% no custo do curso de pilotagem.
Em 1992, o que levara um dos maiores empreendedores da história do ACB, Jago
Horst Lungershausen, ao aero clube, ou seja o aeromodelismo, seria extinto devido à
proibição do 5º Serviço Regional de Aviação Civil (SERAC), inclusive muitos
blumenauenses, não sabendo dos reais motivos que levou o ACB a interromper esta prática
desportiva, mostraram-se muito indignados com a diretoria do clube. Houve a necessidade
de Fernando Alves Schlup, declarar pela imprensa, que por motivos de segurança, a partir
daquele momento estaria proibido o aeromodelismo na pista de vôo, conforme legislação
do DAC e SERAC e não por restrições do ACB.
Diretoria 1993
Diretoria 1995
Essa gestão também fora marcada pela consolidação de antigas metas, entre elas a
efetiva construção do novo hangar, que se mudaria da Rua Dr. Pedro Zimmermann,4505
sediando-se à Rua Ernest Kaestner,1255, no mesmo bairro Itoupava Central.
Mais do que a realização de antigos sonhos, esta mudança serviu para evitar
comentários equivocados pertinentes a propriedade do ACB e Aeroporto Quer-Quero, que
quando mencionado por pessoas até mesmo pela mídia, havia conclusões não condizentes
com a veracidade.
Porém, para concretizar a nova sede e o novo hangar, como todo início não fora fácil,
o caminho já havia sido aberto pela antiga gestão na pessoa do então presidente Rolf
Ricardo Bauke, que iniciara projetos e orçamentos, levando os mesmos ao DAC e ao
SERAC-5, para análise e aprovação de recursos.
O presidente empossado Maurício Hermann Rutzen, como ele mesmo afirma, “...
Tive a feliz oportunidade de começar uma mudança...” , o mesmo tratou de imediato de
verificar o trâmite do pedido de recursos da gestão anterior, e constatou que haveria
possibilidade de consegui-la, faltavam ainda alguns detalhes tais como:
apoio político e novos orçamentos e novo projeto. Assim então fora feito, esta gestão
se empenhou em fazer novos levantamentos, projetos e orçamentos, Maurício Hermann
Rutzen, de posse dos documentos levou ao SERAC, acionou o poder público, e nas
pessoas de de Wilson Wan Dall, Vilson Kleinubing, e Esperidião Amim, o ACB conseguiu
a verba solicitada, o tesoureiro “Joy”, foi um grande articulador desta operação.
A grande notícia foi dada como cita a própria ata do ACB, em 16/12/1995.
Não parando por aí, esta gestão também se preocupou com a parte didática-
pedagógica, da escola de pilotagem, preparou um novo Manual de Facilidades Resa, e
também um Manual Padronizado do Curso Prático de Piloto Privado de Helicóptero, a
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elaboração desses manuais, resultou em um reconhecimento por parte do DAC e do
SERAC-5, que inclusive na pessoa do Brigadeiro Carlos Barbosa, integrante da
ABRAERO, veio especialmente parabenizar a equipe elaboradora dos manuais.
As aeronaves PT-NYQ e PP-HMF, receberam uma reforma completa, e a aeronave
Corisco PT-NMZ, fora adquirida, nesta gestão.
Diretoria 1997
Diretoria 1999
Vista aérea do ACB, observa-se no telhado vários reparados devido vendavais (a referida
foto é do 1º Rali Aéreo de Blumenau em abril de 1987).
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Diretoria 2001.
Planadores:
FONTES PESQUISADAS: