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Alto Forno - CARVAO VEGETAL
Alto Forno - CARVAO VEGETAL
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2- DESENVOLVIMENTO
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colocada sob pressão. Por cima do furo de corrida do gusa, a cerca de 2,0 a 2,40m
do fundo , situam-se os furos de corrida de escória.
A cuba, também de forma tronco-cônica tem a seção menor voltada para cima, no
topo ou goela. Sua altura a partir da rampa pode superar 25m.
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Os altos fornos que utilizam esta matéria prima têm entre 265 até 400 m³ de
volume útil, sendo a altura da coluna de carga raramente superior a 12 m. devido à
fraca resistência mecânica do carvão. Usa-se minério bitolado entre 15 a 40 mm ou
sínter alto fundente para a carga dos altos fornos. O carvão, por sua vez, é
peneirado, separando-se os finos abaixo de 10 mm ou 12 mm, dependendo da
instalação, que podem ser aproveitados na sinterização.
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Percentual de cinzas e enxofre: o menor percentual de cinzas do carvão vegetal
implica em um volume de escória de até 50% menor que do coque ajudando o
controle da permeabilidade na região inferior do alto-forno (OKUDA et al 3);
Fonte: CAMPARISON OF CHARCOAL TO METALLURGICAL COKES CPM CONTRIBUTION TO ULCOS - FINAL ROPORT
** A adaptação do teste de coque com redução do tempo total do teste de 120 para
60 min.
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granulométricas, pois quanto mais estreita a faixa granulométrica menor o efeito
negativo de partículas menores nos interstícios das menores.
Cada granulometria deveria ser carregada em dois silos da Stock House conforme
figura 2.
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2.2.3- Composição da Escória
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com a qualidade da madeira para uma tonelada de gusa, segundo ARAÚJO (1966,
p.30.), um hectare de madeira secundaria tem um rendimento de 100 a 120 m³ de
lenha; para alimentar uma siderurgia de 500000 t de aço por ano, seria necessário
derrubar anualmente, florestas cobrindo de 75000 a 112000 hectares.
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Os fornos com recuperados de subprodutos, do tipo túnel, de retortas ou
verticais, permitem obter por tonelagem de lenha: 200 kg de carvão, 90 kg de
alcatrão, 40 kg de ácido acético e 10 kg de metanol puro. O carvão vegetal obtido
pela destilação seca da madeira, aquecendo-a na ausência de ar, tem a composição
média de seguinte, em %: Carbono=72 a 95; Hidrogênio = 3,0 a 4,9; Oxigênio +
Nitrogênio = 7,8 a 20,0; cinzas=5,0 a 7,0.
Os altos fornos que utilizam esta matéria prima, tem entre 265 até 400 m³ de
volume útil, sendo a altura da coluna de carga raramente superior a 12 m. devido à
fraca resistência mecânica do carvão. Usa-se minério bitolado entre 15 a 40 mm ou
sínter autofundente para a carga dos altos fornos. O carvão, por sua vez, é
peneirado, separando-se os finos abaixo de 10 mm ou 12 mm, dependendo da
instalação, que podem ser aproveitados na sinterização.
O carvão vegetal, como pôde ser visto através dos dados apresentados
anteriormente é uma fonte de energia mais limpa do que o coque metalúrgico. Além
disso, é uma fonte de energia renovável e as florestas plantadas absorvem o CO2 da
atmosfera, compensando as emissões dos altos-fornos. Além do impacto ambiental,
outro grande problema do coque metalúrgico é a instabilidade do seu preço, visto
que praticamente todo o coque utilizado pelas grandes siderúrgicas no Brasil é
importado devido à baixa qualidade do produto encontrado no nosso país. Através
de estudos embasados principalmente sobre esses dois fatores, a Aperam South
América decidiu voltar no tempo e converter o abastecimento do alto forno 2 de
coque para carvão vegetal.
A usina de Timóteo usa carvão vegetal como termorredutor desde os anos
1940. Em 1974, o insumo começou a ser produzido no Vale do Jequitinhonha, que
possui “terras planas e condições climáticas apropriadas para a cultura do
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eucalipto”. Em 1979, a Usina de Timóteo inaugurou seu segundo Alto-Forno,
também a carvão vegetal. Dezessete anos depois, devido à grande queda no preço
do coque metalúrgico no mercado internacional, os planos mudaram e ele passou a
funcionar movido pelo insumo, que se tornou uma alternativa vantajosa para os
negócios da Empresa. As discussões em torno de nova conversão do Alto-Forno
recomeçaram em 2004, quando o abastecimento e o preço do coque voltaram a
apresentar instabilidade. O projeto foi aprovado em 2007 pela ArcelorMittal,
suspenso no ano seguinte por causa da crise econômica internacional e
reapresentado em 2009, quando recebeu o sinal verde para sua execução. No dia
15 de setembro de 2010 a empresa inaugurou o projeto de conversão do alto forno
2, se tornando um dos maiores do mundo a operar com carvão vegetal para
fabricação de gusa, que tem capacidade de produção de 445 mil toneladas por ano.
O projeto carvão vegetal insere-se em um conjunto de iniciativas voltadas
para a ampliação da competitividade da Empresa em todas as suas plantas. A
conversão do alto forno 2 resultará em economia de cerca de U$$ 60 milhões
anuais. Como o empreendimento demandou investimentos de US$ 95 milhões,
estima-se que o retorno (pay back) ocorra em até dois anos.
Resultado de investimentos de US$ 95 milhões na estrutura produtiva da
Usina de Timóteo e da Aperam Bioenergia, no Vale do Jequitinhonha, o projeto
Carvão Vegetal aumenta a competitividade da Empresa, garante uma produção
pautada em fonte energética renovável, manutenção dos índices de produtividade e
qualidade do gusa fabricado e atendimento aos requisitos legais de segurança.
Ao produzir seu próprio combustível, a Empresa pode controlar de modo
ainda mais efetivo a sua qualidade e custos, protegendo-se da instabilidade de
abastecimento e de preços observada no mercado internacional de coque. “A opção
pelo carvão vegetal representa independência estratégica, pois conseguimos
fabricar um gusa mais barato, com fonte de energia renovável, e ainda amenizamos
a questão da vulnerabilidade do mercado de coque”, comenta Guilherme do Espírito
Santo, gerente executivo da Redução.
O carvão vegetal usado nas operações da Aperam South América é
produzido pela Aperam Bioenergia, a partir de florestas de eucalipto plantadas na
mesorregião do Vale do Jequitinhonha, no Norte de Minas. Sua capacidade
instalada alcança 1,4 milhão de metros cúbicos por ano, o equivalente a 450 mil
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toneladas/ano de carvão vegetal, com potencial para chegar a 2,2 milhões de metros
cúbicos nos próximos anos.
Do total de investimentos, cerca de US$ 60 milhões foram destinados à
unidade para o plantio de florestas de eucalipto e para construção de 147 fornos de
carbonização RAC 700, dotados de novas tecnologias de coleta e queima dos gases
para o processo, praticamente eliminando as emissões de metano (CH4). Melhorias
na logística de transporte também foram empreendidas, com a utilização de veículos
mais adequados.
Já a planta industrial de Timóteo recebeu US$ 35 milhões. Os recursos foram
empregados nas adequações no stock house e na área de corrida do alto forno 2, na
ampliação do pátio de matérias-primas e na construção de novos sistemas de
desempoeiramento, de torre de peneiramento e de basculador de caminhões.
“O projeto representou um marco para a Aperam South América e para todos
nós da Engenharia de Projetos, que lideramos a sua implantação. É uma iniciativa
que contribui para a construção da história da Empresa, alcançada por meio da
dedicação especial de cada empregado e de um forte espírito de equipe”, ressalta
Pedro Cirino, gerente executivo da área de Engenharia de Projetos.
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2.4.2- As florestas de eucalipto:
As áreas de Redução, Engenharia de Projetos e Suprimentos, ao lado da
Aperam Bioenergia, responsável pela gestão das florestas plantadas, envolveram-se
diretamente na execução do projeto de troca do combustível do alto forno 2.
Graças a um trabalho baseado no mapeamento de possíveis problemas e no
estabelecimento de medidas preventivas, as equipes conseguiram que todo o
processo fosse executado sem desvios nas metas estabelecidas. E o melhor:
anteciparam a curva de aprendizado estipulada para o início das operações.
“Adiantamos o processo em 23 dias, graças a uma transição planejada em detalhes,
com dois anos de estudos, envolvendo e nivelando todos no processo”, explica Luiz
José Gonçalves, analista consultor da Diretoria de Operação da Aperam Timóteo.
A estrutura atual do equipamento também favoreceu a transição, como
destaca Guilherme do Espírito Santo, gerente da Redução: “Fomos beneficiados
pela composição do alto forno 2, com tecnologias muito atualizadas e processos
desenvolvidos, que facilitaram o monitoramento constante dos processos com dados
confiáveis”, pontua.
A Aperam Timóteo recebeu, em outubro, especialistas de redução de
diferentes siderúrgicas brasileiras. O encontro, que ocorre a cada quatro meses,
sempre em uma das siderúrgicas brasileiras que trabalham com altos-fornos
movidos a carvão vegetal, reúne profissionais para discutir e trocar informações
sobre a operação e manutenção dos equipamentos. O encontro também é uma
oportunidade de integração dos profissionais que trabalham com esses
equipamentos para discutir ações executadas recentemente, avaliando os
resultados. Nesta edição, os profissionais puderam conhecer de perto o processo
recém-inaugurado no alto forno 2, um dos maiores equipamentos do mundo a operar
com carvão vegetal.
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3- CONCLUSÃO
O uso do carvão vegetal nos altos fornos siderúrgico possui desempenho diferente
do carvão mineral. A substituição do coque pelo carvão vegetal no Alto forno 2 da
Aperam South América, iniciada em julho de 2011, se deu de forma estável, sem
qualquer distúrbio que pudesse comprometer o suprimento de gusa para a Aciaria.
Um ponto importante na estabilidade do processo na troca de combustível foi o
funcionamento estável de todos os equipamentos implantados e principalmente do
sistema de automação e controle, demonstrando a qualidade dos trabalhos
efetuados por todos os envolvidos no projeto. Os maiores estudos concentraram no
momento de transição em que dois tipos de redutores com características diferentes
estariam no interior do reator. O acerto nos estudos e planejamento da transição
levou a uma evolução da produtividade, da qualidade do gusa e do consumo de
combustível a uma velocidade muito acima da esperada, dando ótimas perspectivas
para se atingir, muito rapidamente, o retorno esperado do investimento.
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REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Luiz Antônio de. Siderurgia. São Paulo: FTP, 1967. 483.
WATAKABE, S., TAKEDA, K., NISHIMURA, H., GOTO, S., NISHIMURA, N.,
UCHIDA, T., KIGUCHI.. Development of high ratio coke mixed charging technique to
the blast furnace. ISIJ International, Vol. 46 (2006), No 4, p. 513 – 522.
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