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Carlos Osvaldo Teixeira (Org.

)
Maria Aparecida Barone (Org.)

ROTEIRO DE SEMIOTÉCNICA

MUNDI BRASIL
Organizadores

Prof. Carlos Osvaldo Teixeira


Prof.ª Maria Aparecida Barone

Colaboradores
Prof. Rogério de Jesus Pedro
Prof.ª Marcia Ribeiro Scolfaro
Prof.ª Juliana Gabriel Ribeiro de Andrade
Prof.ª Valeria Correia Almeida
Prof. Ailton Luís Piva Junior
Prof. Arnaldo de Moura Neto
Prof.ª Cynthia de Moura Borges
Prof.ª Jiviane Beatriz Cunha Barreto da Silva
Prof. Leonardo Felippe Ruffing
Prof. Randolfo Abbad
Prof.ª Raquel Tozzo de Lima
Prof.ª Silvana Maria Scolfaro
Prof. Thiago Nardi Amaral

Disciplina de Semiologia

ROTEIRO DE SEMIOTÉCNICA

MUNDI BRASIL
©2016, Mundi Brasil Editora Ltda.
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/2/1998.

Normalização
Samanta Capeletto

ISBN 978-85-8424-014-2

Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca São Leopoldo Mandic

“Prof. Dr. Cid Santos Gesteira”

R843 Roteiro de semiotécnica / Carlos Osvaldo Teixeira, Maria Aparecida


Barone, organizadores. – Campinas: Mundi Brasil Editora Ltda.,
2016.

51f.

ISBN: 978-85-8424-014-2

1. Medicina. 2. Semiotécnica. 3. Roteiro. I. Teixeira, Carlos


Osvaldo. II. Barone, Maria Aparecida. III. Título.
SUMÁRIO

BASES ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS DA PROPEDÊUTICA MÉDICA ....... 5


PROPEDÊUTICA FÍSICA: PROCESSOS PROPEDÊUTICOS .......................... 7
Inspecção ............................................................................................... 7
Palpação ................................................................................................. 8
Percussão ............................................................................................. 10
Ausculta................................................................................................ 13
ALGUMAS PALAVRAS SOBRE A TÉCNICA DE AUSCULTAÇÃO .................. 16
ANAMNESE............................................................................................ 18
IDENTIFICAÇÃO.................................................................................... 18
QUEIXA PRINCIPAL E SUA DURAÇÃO .................................................... 18
HISTÓRIA PREGRESSA DA MOLÉSTIA ATUAL (HPMA) ........................... 18
INTERROGATÓRIO COMPLEMENTAR SOBRE OS DEMAIS APARELHOS
(IDA) ou INTERROGATÓRIO COMPLEMENTAR (IC) ou INTERROGATÓRIO
SINTOMATOLÓGICO .............................................................................. 18
Sintomas gerais .................................................................................... 19
ANTECEDENTES PESSOAIS .................................................................... 28
ANTECEDENTES FAMILIARES ................................................................ 28
EXAME FÍSICO GERAL ........................................................................... 30
EXAME FÍSICO ESPECIAL ...................................................................... 36
CABEÇA ................................................................................................. 36
BOCA .................................................................................................... 37
PESCOÇO .............................................................................................. 39
TIREÓIDE ............................................................................................. 39
EXAME FÍSICO DO TÓRAX ..................................................................... 39
APARELHO RESPIRATÓRIO ................................................................... 39
APARELHO CIRCULATÓRIO ................................................................... 41
PRECÓRDIO .......................................................................................... 41
ARTÉRIAS ............................................................................................. 43
EXAME FÍSICO DO ABDOME .................................................................. 44
FÍGADO ................................................................................................. 45
VESÍCULA BILIAR ................................................................................. 46
BAÇO .................................................................................................... 46
RINS ..................................................................................................... 47
AORTA .................................................................................................. 47
SISTEMA NERVOSO ............................................................................... 47
APARELHO LOCOMOTOR ....................................................................... 49
5

BASES ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS DA PROPEDÊUTICA MÉDICA


S. CARVALHAL

Propedêutica significa estudo preliminar de qualquer matéria e é sinônimo de


Semiologia, termo que significa estudo de sinais.

Sintoma e sinal são, por sua vez, manifestações perceptíveis de quaisquer


realidades ou substratos anátomo-funcionais.

A realização da propedêutica, portanto, é meio que conduz à identificação e ao


conhecimento das realidades que se tem em vista de descobrir e identificar.

Todas as manobras ou procedimentos propedêuticos estão contidos no capítulo


da técnica propedêutica ou Semiotécnica, que ao seu turno, compreende a técnica
anamnésica, Semiotécnica física e subsidiária, esta última também chamada de Exames
Complementares.

A Semiotécnica compreende a maneira de obter informações verbais ou escritas,


relatadas pelo paciente, por meio das queixas, da história destas informações, do
interrogatório sobre os diversos aparelhos, dos antecedentes pessoais, hábitos e dos
antecedentes familiares.

A maneira de obter dados propedêuticos é orientada por técnica adequada, no


que diz respeito à forma de perguntar, à terminologia usada e à espontaneidade no
relato do paciente etc... Tudo é importante na obtenção dos sintomas e das informações
em geral. É preciso obedecer a uma série de requisitos, sem os quais as conclusões
podem levar a diagnósticos ou a impressões inteiramente errôneas.

É objetivo, no momento, pormenorizar o estudo da propedêutica física, por isso,


voltaremos em outra oportunidade ao tema da propedêutica anamnésica.

A propedêutica médica física compreende a matéria médica que encerra o estudo


dos processos físicos para a obtenção de manifestações que traduzam as realidades
anatômicas e funcionais do organismo humano. Para a sua execução, são utilizados
quatro processos fundamentais: a INSPECÇÃO, a PALPAÇÃO, a PERCUSSÃO e a
AUSCULTA. Mais raramente, utiliza-se também a OLFAÇÃO.

Como se percebe, a propedêutica física mobiliza os sentidos de percepção para a


coleta de dados. Cada um a seu turno e, conforme as circunstâncias, os processos
semióticos físicos, juntamente com as informações anamnésicas, fornecem elementos
para a elaboração das hipóteses diagnósticas, ou seja, para a descoberta da estrutura e /
ou da função, sejam estas normais ou alteradas.
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No roteiro para a elaboração do que se chama observação clínica, a anamnese


deve preceder a execução da propedêutica física, porque ela pode ser orientadora,
principalmente no que diz respeito ao maior empenho e cuidado na obtenção dos sinais
propedêuticos.

Uma vez concluída a anamnese e a utilização dos processos propedêuticos


físicos, a identificação do que se tinha em vista “descobrir” pode estar completamente
assegurada ou não. Nesta segunda hipótese, o médico recorre à propedêutica
complementar, isto é, aos exames subsidiários de laboratório, cumprindo a terceira etapa
do estudo do paciente.

São tão numerosos os recursos subsidiários para o diagnóstico que, por vezes,
eles se caracterizam, por si só, como verdadeiras especializações médicas, como é o
caso, por exemplo, da radiologia.

É extremamente importante que a execução da propedêutica, para a realização


da observação clínica completa, siga estas etapas sucessivas de anamnese, exames
físicos e exames complementares. Somente em condições excepcionais é que este
roteiro deve ser desobedecido.

É preciso lembrar que toda tentativa para se descobrir uma realidade será bem
sucedida e a descoberta ficará melhor assegurada, na dependência, quase sempre, do
número e da fidelidade dos sinais manifestados por aquela realidade que se busca. É
necessário, por isso, executar as manobras propedêuticas com disciplina, adequação e
inteligência, considerando que, na sequência do uso da anamnese, do exame físico e dos
exames complementares, cada etapa é orientadora da seguinte na elaboração da
observação clínica completa.

Após estes esclarecimentos, focalizaremos primeiro e com mais pormenores, os


processos físicos da propedêutica médica que servirão para identificar os órgãos, tecidos
e suas funções. No final do capítulo, estudaremos também alguns dos procedimentos
subsidiários mais usuais, porque se tem em vista habilitar o leitor ao utilizá-los, a fim de
assegurar a descoberta dos órgãos e suas patologias, além de permitir-lhe estimular o
seu estado funcional. Os demais processos complementares, que são em grande número,
serão expostos nos capítulos correspondentes do estudo propedêutico dos sistemas,
aparelhos e órgãos do corpo humano.

Antes de passarmos aos tópicos seguintes, queremos, mais uma vez, lembrar
que a propedêutica médica é o único meio válido para descobrir, no paciente, como estão
as estruturas macro e microscópicas dos órgãos, bem como as funções destas estruturas,
incluindo as de esfera psicológica.
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No campo da atividade médica, o desideratum fundamental é o de revelar a


integridade e os desvios anormais de órgãos e funções e, assim, depois de identificá-los
com certeza, encaminhar às medidas necessárias para corrigir estes desvios a fim de
reintegrar o paciente, o mais depressa possível, no seu equilíbrio orgânico e funcional,
permitindo que ele volte ao convívio de seus semelhantes em completo bem estar físico
psíquico e social.

PROPEDÊUTICA FÍSICA: PROCESSOS PROPEDÊUTICOS

Inspecção

Inspecção é a observação visual. Ela pode ser realizada diretamente, a olho nu,
ou através de equipamento óptico especializado. A inspecção pode ser interna e externa.
A última compreende a simples observação das áreas despidas do paciente sem
quaisquer outros artifícios. A inspecção interna compreende a visualização do interior do
organismo e exige a exposição cruenta, por abertura cirúrgica ou é feita por meio da
introdução de recursos ópticos que permitam alcançar as cavidades interna, sejam elas
prolongamentos da superfície externa (boca, faringe, esôfago, estômago etc.), ou
cavidades fechadas (peritônio, articulações, cavidades pleurais etc). A inspecção pode,
ainda, revelar formas estáticas (estruturas) ou dinâmicas, isto é, movimentos (marcha,
respiração, batimento de vasos, batimentos cardíacos, coordenação motora etc).

Além da inspecção das cavidades internas, a custa de equipamento


especializado, a inspecção externa pode ser também realizada com recursos ópticos,
como é o caso do exame com a lupa. De certo modo, também o exame dos tecidos ao
microscópio pode ser incluído no processo propedêutico da inspecção. Como se objetiva
com os processos semióticos médicos, descobrir as estruturas e funções, microscopia é
processo de inspecção aramada que leva à identificação de estruturas microscópicas e
por isso, é também, um verdadeiro método de propedêutica física. Recursos mais
recentes da chamada microscopia eletrônica de transparência e de superfície (“Scaning”)
estão permitindo identificar estruturas ultramicroscópicas de dimensões verdadeiramente
exíguas, como a milésima parte do mícron, ou seja, a milionésima parte do milímetro. É
necessário lembrar que quando se realiza a inspecção a olho nú, as imagens
macroscópicas são constituídas pelo arranjo e pela relação que as ínfimas partículas
mantém entre si.

Além das dimensões e da forma estática e dinâmica, a inspecção fornece outro


dado de extremo valor que é a coloração dos tecidos. A cor, que é atributo de estruturas
normais ou alteradas, permite inferir a normalidade ou a alteração destas mesmas
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estruturas. Os matizes, tanto da superfície corporal como de cada órgão ou estruturas,


são peculiares. Alterações estruturais, ligadas principalmente a distúrbios circulatórios e
da pigmentação, conferem alterações de cor. Modificações de estrutura de órgãos e
tecidos também mudam-lhe as cores próprias e, por isso, alterações da cor significam,
também, modificações estruturais.

Para interpretar em profundidade a imagem que se tem diante dos olhos é


preciso conhecer primeiro a sua estrutura macro e microscópica. É preciso, também,
saber inferir a partir dos aspectos macroscópicos da inspecção, a estrutura microscópica
dos órgãos e, ainda, tentar estimular a sua função. Proceder assim é obter realmente o
máximo deste processo da propedêutica física.

Considerando o exame do paciente, a inspecção corretamente feita exige, além


do que já se falou de equipamentos, condições adequadas de colocação do observador e
do paciente.

Deve ser prestada atenção especial em relação à iluminação. A luz deve ser
branca e de intensidade adequada. É necessário começar com uma inspecção global do
paciente e, para isso, ele deve estar colocado a uma distância que permita abrangê-lo
por inteiro sob o olhar. Após isto, procede-se a inspecção ordenada de cada área à
medida que o exame progride e segundo o roteiro adotado para realizar o exame físico
geral e especial do paciente.

É importante destacar, mais uma vez, que se realiza corretamente a inspecção


externa, desnudando a área a ser inspecionada. Não se deve despir inteiramente o
paciente, sobretudo pelo respeito ao pudor, notadamente nas mulheres jovens. Os
órgãos genitais e mamas devem ser inspecionados cada um a seu turno e com o restante
do organismo recoberto.

Peculiaridades específicas à inspecção devem ser referidas nos capítulos de


exames de órgãos e aparelhos, ao longo do desenvolvimento do roteiro da observação
clínica.

Palpação

É método muito importante para a detecção de dados propedêuticos.

A palpação permite conhecer as características do que se palpa, por meio do


sentido do tato e da sensação de pressão. São avaliadas: forma, volume, tensão,
resistência e movimentos, inclusive vibratórios, além de um dado muito importante, a
sensibilidade.
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Todos estes atributos do que está se palpando dependem essencialmente da


composição estrutural. Os tecidos do organismo têm consistências distintas, como os
tecidos frouxos e parenquimatosos, até os mais densamente constituídos e fortemente
compactos, como as cartilagens e os ossos. Em última análise, os órgãos e tecidos tem
consistência própria porque são constituídos de combinações de estruturas peculiares.
Assim, fígado e rins se assemelham na consistência e a tem maior do que o tecido
adiposo ou do que a pele, porém são muito menos consistentes do que a traquéia ou as
costelas. Portanto, conhecendo previamente a estrutura de cada tecido, compreende-se
melhor a sensação de dureza que ela tem à palpação, mesmo que se tenha que palpar
por meio de outras estruturas que as ocultam no interior do organismo.

O desenvolvimento da capacidade de palpar e, por tal método, estimar, a


estrutura e a forma dos órgãos normais ou doentes, demanda um longo e pertinaz
exercício de educação perceptiva. Esta capacidade só pode ser conseguida com
treinamento frequente e prolongado. Com o aperfeiçoamento desta habilidade é possível
“ver” por meio da palpação. Isto requer constante exercício de palpar e então, conferir,
com a inspecção macro e microscópica o que se está palpando. Pode-se, realmente,
aprimorar a capacidade de percepção e aumentar a experiência por meio de repetidas
verificações do dado palpatório.

Todas as estruturas externas do corpo podem ser palpadas, considerando-se


principalmente a própria pele. Órgãos que estão na profundidade também podem ser
percebidos por meio da pele e dos demais tecidos que os recobrem. Estes são, por
exemplo, as glândulas mamárias, órgãos abdominais, artérias, veias, choque da ponta do
coração etc. Órgãos pequenos e profundamente situados, tais como o pâncreas, as
adrenais e outros não são acessíveis à palpação em condições habituais. Também,
obviamente, aqueles encerrados dentro de arcabouços ósseos, como é o caso do cérebro,
pulmões, esôfago, e outros mais, não são abordáveis por este método. Alguns podem ser
alcançados palpatoriamente por processos especiais. São exemplos: a próstata, o colo
uterino, ou, ainda, as amígdalas palatinas, por meio da introdução de um ou mais dedos
pelas vias que lhes dão acesso.

Em determinadas circunstâncias, faz-se a palpação com uma só mão espalmada.


Em outras, a palpação é bimanual, com as mãos colocadas lado a lado, em forma de
pinça para abranger o órgão entre as duas mãos. Pode-se, também, pinçar entre o
polegar e o indicador de uma só mão. O processo palpatório direto aos órgãos é muito
utilizado pelo cirurgião quando cria uma via de acesso às cavidades internas. Ele é de
grande valor como método complementar da inspecção. Às vezes, porém, ele constitui a
única maneira de explorar regiões profundas, onde não é possível realizar também a
inspecção direta.
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Finalmente, a palpação pode ser ainda indireta, quando são utilizados


instrumentos como sondas, tentacânulas, estiletes feitos de material consistente, de
ponta romba para explorar a dureza de tecidos e órgãos na profundidade, por meio de
vias de acesso de reduzido calibre.

Tecnicamente, a palpação bem feita exige obediência e alguns requisitos


fundamentais:

a) Nunca empregar muita força. A pressão excessiva diminui a percepção pelo


tato e reduz, substancialmente, a acuidade palpatória. A “mão pesada” é
desagradável aos pacientes e, assim, desperta uma reação de defesa que é
inteiramente desfavorável;

b) Não começar a palpar pela região na qual o paciente tem dor. Mexer logo no
lugar que dói, desperta atitude defensiva e acarreta falta de cooperação do
paciente para a coleta de dados;

c) Paciente e examinador devem estar colocados, em cada caso, nas melhores


condições possíveis, de maneira que a nenhum dos dois ocorra a necessidade
de apresentar contração excessiva dos músculos, salvo raras exceções, como
quando se deseja conhecer a força muscular de várias partes do organismo
ou quando se quer estimar a influência da contração da musculatura
abdominal sobre eventual tumor palpável no abdome;

d) É necessário captar a confiança do paciente antes de abordar as regiões


dolorosas ou sensíveis. É necessário também que o paciente esteja seguro de
que não se agravará o seu sofrimento com manobras intempestivas e
desnecessárias.

Pormenores sobre técnicas palpatórias especiais serão mencionadas nos


capítulos correspondentes à palpação dos órgãos.

Percussão

Percussão é o ato de bater ou golpear sobre uma estrutura para produzir um


movimento vibratório, com expressão acústica, audível sob a forma de som ou de ruído.
Algumas vezes, a percussão de uma área visa a estimar a resistência ou pretende
despertar a dor.

A base física do processo percussório está assentada na relação que existe entre
o tipo de ruído ou som e a estrutura do elemento percutido. Em outras palavras, a
indução de um movimento vibratório determinado pelo choque da percussão, bem como
as características do som produzido, estão condicionadas, fundamentalmente, à
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composição física do órgão percutido e das estruturas que estão em torno e que também
vibram.

A técnica percussória, habitualmente usada no exame físico, é a chamada


Percussão Digital Indireta. Ela é feita produzindo-se choques repetidos, pausadamente,
com a ponta do dedo médio, fletido, à guisa de martelo, sobre a porção proximal da 3ª
falange do indicador da outra mão, apoiada suavemente sobre a região que se quer
percutir. Os choques devem ser “súbitos”, isto é, a ponta do dedo médio deve bater sem
se deter em contato com o dedo percutido.

Além das variações da intensidade e de altura, os sons e ruídos obtidos com a


percussão das várias regiões do organismo apresentam cinco tipos fundamentais:

a) som maciço;

b) som sub-maciço;

c) som claro-pulmonar;

d) som hipersonoro;

e) som timpânico.

O som maciço corresponde a movimento vibratório de baixa amplitude e de alto


número de vibrações. É muito mais ruído do que som, pois não tem tons harmônicos.
Traduz estrutura compacta não arejada, tal como são os órgãos parenquimatosos,
fígado, baço, rins, musculatura esquelética etc.

O som claro-pulmonar assim se denomina porque é o som característico que se


obtém ao percutir a caixa torácica, nas áreas de projeção dos pulmões normais. É ruído
mais duradouro, mais intenso e mais vibrátil do que o som maciço. Expressa a vibração
das partes sólidas abaladas pelo choque percussório, mas é, sobretudo, resultado da
vibração do ar nos sacos alveolares, bronquíolos e brônquios. A sua obtenção nas áreas
de projeção dos pulmões, na parede do tórax, é manifestação fiel da proporção normal
entre a quantidade de ar alveolar e de tecido pulmonar.

O som sub-maciço expressa uma diminuição do conteúdo aéreo do pulmão, cujo


aspecto quantitativo está entre o som claro-pulmonar e o maciço, este último,
caracterizado pela ausência completa de ar.

O som hipersonoro seria também melhor definido como um ruído, pois não
chega a ser agradável por ser pobre em tons harmônicos. É um ruído mais intenso e
mais vibrátil do que o som claro-pulmonar e expressa uma proporção aumentada de ar
no interior do pulmão.

O som claro, o sub-maciço e hipersonoro são peculiares à estrutura pulmonar e


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mantém estreita dependência entre o teor de ar e de tecidos sólidos. Nenhuma outra


estrutura do organismo produz som semelhante, em condições habituais. O som claro
traduz proporção normal entre o ar e o tecido pulmonar; o som maciço traduz diminuição
do conteúdo aéreo do pulmão, e o hipersonoro significa aumento da quantidade de ar
pulmonar.

Estruturas esponjosas contendo pequenas cavidades aéreas, semelhantes aos


pulmões, podem produzir som percussório também semelhante à percussão dos
pulmões, através da parede torácica. É o que ocorre com bolhas de ar introduzidas sob a
pele, o pão, bolo fofo, esponjas (experimente).

Em síntese, as vibrações dos ruídos, do maciço ao hipersonoro, estão na


dependência de proporção entre o conteúdo aéreo da estrutura e os tecidos sólidos. A
ausência de ar desperta o som maciço. À medida que o conteúdo aéreo, distribuído em
pequenas cavidades aumenta, o som passa, sucessivamente, do maciço ao sub-maciço,
som claro-pulmonar e, finalmente, a som hipersonoro. Para que ocorram estas variações
é necessário que o ar contido no tecido seja coletado em pequenas cavidades. Quando o
ar está contido em grandes cavidades, em geral de diâmetro igual ou maior que 4 cm,
existe a possibilidade de se obter um som timpânico ao choque percussório.

O som timpânico se caracteriza pelas suas propriedades acústicas. Ele


apresenta, além de um tom fundamental, um número maior de tons harmônicos, o que
lhe confere uma sensação musical mais agradável de ser ouvido do que um ruído
simplesmente. O som timpânico é intenso, prolongado, mais vibrátil, em geral, que os
outros mencionados e expressa a vibração do ar e das estruturas que delimitam uma
cavidade. A maior ou menor altura do som timpânico depende, frequentemente, da
maior ou menor tensão do ar contido na cavidade. Quanto maior a tensão, mais agudo e
menos vibrátil será o som. Uma coleção gasosa, sob grande tensão, pode adquirir
características do som maciço, ruído que, então, se denomina macicez timpânica
(experimente percutindo suas bochechas). Os órgãos ocos e com conteúdo produzem
timpanismo ao serem percutidos. Assim são o estômago e os intestinos. Destruições do
parênquima pulmonar, formando grandes cavidades com conteúdos aéreos, produzem
um característico timpanismo, no qual o choque percussório deveria despertar um som
claro ou sub-maciço.

É preciso mencionar, finalmente, que quaisquer que sejam as áreas percutidas


no tórax ou no abdômen, a profundidade do abalo não alcança, em geral, mais do que 6
cm, a contar da superfície cutânea. A área de vibração abrange uma hemiesfera a partir
do ponto percutido. Por isso mesmo, as estruturas que influem na produção do ruído são
as que estão contidas dentro destes limites. É muito importante termos esta noção para
ajuizarmos as informações trazidas pelo processo percussório que, embora muito bom,
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tem limitações óbvias.

Ausculta

Há mais de um século, a ausculta foi introduzida na propedêutica médica por


LAENNEC, médico francês que prestou grande contribuição à arte de examinar pacientes.

Desde logo, ele inventou e aperfeiçoou um aparelho para auscultar e deu-lhe o


nome de ESTETOSCÓPIO. A partir daí, o aparelho sofreu sucessivas modificações até os
que são hoje utilizados e que constam, essencialmente, de um pequeno tambor fechado
por diafragma flexível. A cavidade está ligada por um tubo a um dispositivo chamado
auricular, que se adapta ao meato dos condutos auditivos.

O organismo vivo e normal produz, constantemente, alguns ruídos que


denunciam movimentos fisiológicos de suas estruturas. Em condições anormais, estes
ruídos se alteram e também podem surgir outros, que a seu turno, refletem estados
funcionais e estruturas anormais, de acordo com a modificação que a doença lhes
acarreta.

Os ruídos produzidos no organismo normal são audíveis essencialmente no


pescoço, tórax e abdômen. Embora não seja anormal, também pode ser ouvido um ruído
quando se colocar o tambor do estetoscópio sobre a pele que recobre um músculo
estriado em contração (confirme em seu próprio bíceps).

O ruído que se ouve no pescoço é semelhante ao que se obtém ao soprar dentro


de um tubo. Corresponde ao movimento vibratório do ar inspirado e expirado que passa
pela laringe, formando um turbilhão em virtude da velocidade com que transita e devido
às diferenças de calibre do tubo respiratório nesta região. Ele se denomina ruído laringo-
traqueal.

A ausculta do tórax, nas áreas de projeção, permite ouvir outro tipo de ruído, o
murmúrio vesicular, também dependente da mobilização da coluna aérea durante a
respiração no interior da árvore brônquica e dos alvéolos pulmonares. Ele depende
essencialmente do turbilhão formado no interior dos alvéolos durante a inspiração e a
expiração. Principalmente nas áreas mais próximas da laringe, este ruído se soma ao
laringo-traqueal formando o ruído respiratório. O murmúrio vesicular é largamente
preponderante nas porções do tórax que estão mais distantes da laringe. Modificações
nas características acústicas do murmúrio vesicular são induzidas, de um lado, por
alterações da estrutura dos pulmões e das pleuras e, do outro, pelas alterações dos
movimentos normais da respiração. Em última análise, portanto, existe uma relação
constante entre as estruturas normais, sua fisiologia e as características acústicas dos
ruídos respiratórios.
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Alterações da intensidade, altura, timbre e duração dos ruídos respiratórios


correspondem a alterações morfo-funcionais do aparelho respiratório. Estas alterações
serão estudadas sistematicamente, bem como as suas correspondentes expressões
acústicas, noutro volume, quando analisar a anatomia patológica do aparelho
respiratório.

Ao colocar o tambor do estetoscópio sobre a área precordial, podem ser ouvidos


ruídos característicos, as bulhas cardíacas. As bulhas são ruídos “secos”, oriundos do
movimento vibratório e essencialmente produzidos pelo estiramento súbito das cúspides
valvares do coração ao ser fecharem. Sucedendo-se ritmicamente, os dois ruídos
dependem, respectivamente, o primeiro do movimento de fechamento das valvas átrio
ventriculares e o segundo, do fechamento da sigmoideias pulmonar e aórtica.

Pode-se ouvir, ocasionalmente, um terceiro ruído, chamado 3ª bulha fisiológica,


na parte média da região precordial, que tem origem na vibração das paredes dos
ventrículos, produzida pela onda e enchimento das cavidades ventriculares na fase inicial
da diástole. Esta bulha é normalmente ouvida nos indivíduos jovens até a adolescência e
em alguns pacientes idosos, em razão da baixa tonicidade da musculatura ventricular
que existe nestas etapas da vida. O aumento da frequência cardíaca, por qualquer causa,
faz desaparecer tal ruído porque aumenta, contemporaneamente, o tônus da
musculatura.

Em condições anormais de tônus diminuído, que pode ocorrer em qualquer


idade, também se verifica o aparecimento deste 3º ruído, agora não mais se
relacionando à idade ou não mais desaparecendo quando o coração aumenta sua
frequência, aliás, até se acentuando.

Conclui-se pelo exposto, como já acentuamos para os ruídos respiratórios, que


existe, também, no caso das bulhas cardíacas, uma obrigatória dependência entre as
estruturas, funções e ruídos que a sua movimentação acarreta. Eles são, por isso, um
excelente meio para dar conta da existência destas estruturas e das suas funções
normais. É oportuno, outra vez, salientar o valor do estudo e da capacidade de
reconhecer. Eles são estritamente dependentes da composição estrutural e da função
destas estruturas. A sua detecção, em todos os seus pormenores, permite ao clínico
saber se tecidos e funções do organismo estão normais ou alterados. Assim, o estudo
propedêutico do paciente propicia a oportunidade de realizar a descoberta dos órgãos e
evidenciar as estruturas e respectivas funções normais ou alteradas.

No caso das bulhas cardíacas, os ruídos normais permitem reconhecer as fases


da revolução cardíaca, sístole e diástole, sabido da fisiologia que a primeira bulha marca
o início da atividade sistólica átrico-ventricular e a segunda, o início da fase diastólica. É
possível perceber na ausculta do coração normal, que a primeira bulha é mais forte, mais
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duradoura e mais grave que a segunda, sobretudo quando o estetoscópio é colocado


sobre a região do choque da ponta, geralmente o 5º espaço intercostal esquerdo, sobre a
linha hemiclavicular. É também possível perceber as duas fases silenciosas da revolução
cardíaca, o pequeno e o grande silêncio, que representa, respectivamente, o período
sistólico e diastólico dos ventrículos. O período sistólico está compreendido entre a
primeira e a segunda bulhas e tem, com uma frequência normal, a duração de cerca de
0,3 de segundo (300 milisegundos), enquanto o período diastólico, entre a segunda e
primeira bulha, dura cerca de 0,5 (50 milisegundos).

Numerosas condições anormais de funcionamento do coração modificam as


bulhas relativamente aos seus caracteres acústicos normais de altura, intensidade e
timbre, como também relativamente à sua duração e sincronismo. Estas modificações,
agrupadas no estudo da auscultação do coração anormal são de grande importância pelo
que traduzem de alterações funcionais e orgânicas do órgão.

Finalmente, à ausculta da região, percebe-se um outro ruído, o borborigmo. Os


borborigmos são ruídos característicos produzidos no interior do tubo digestivo,
principalmente estômago e intestino delgado normais. Graças ao peristaltismo destes
segmentos e ao seu conteúdo hidro-aéreo, o ruído de borborigmo representa um conflito
entre ar e líquido e sua ausculta significa que os aludidos órgãos se movem. São
particularmente abundantes os borborigmos gástricos após a ingestão de uma refeição.
Como, entretanto, estas vísceras, que contém tal conteúdo, estão em constante
movimento, os borborigmos são freqüentes a qualquer momento que se coloque o
tambor do estetoscópio sobre o abdômen.

Algumas condições de certa gravidade que ocorrem no abdômen serão


oportunamente estudadas no volume que trata destas alterações, correspondentes a
modificações, também, da anatomia e da motilidade dos órgãos do trato digestivo.

Finalmente ainda, dois ruídos ouvidos em condições normais: o ruído de eructa e


o de flatus. O ruído de eructação consiste num ruído produzido quando há regurgitação
de ar do estômago para o esôfago e escapa pela boca. Ele pode ser produzido em
condições normais, principalmente após ingestão de bebida gasosa ou alimentação
copiosa. O ruído produzido pelo flatus tem origem na passagem rápida de gases do reto
para o exterior por meio do orifício anal.

Em última análise, este último ruído significa motilidade da porção terminal do


tubo digestivo e traduz progressão do conteúdo do intestino. Significa peristaltismo
presente. Condições mórbidas da cavidade abdominal, principalmente nas inflamações do
peritônio, podem acarretar parada total do peristaltismo com a ausência de flatus.
Também os processos de obstrução intestinal acarretam parada de eliminação para o
exterior.
16

ALGUMAS PALAVRAS SOBRE A TÉCNICA DE AUSCULTAÇÃO

Alguns pormenores são importantes:

a) Condições ambientais: É evidentemente necessário para uma boa ausculta


que não haja ruídos externos, pelo menos, próximos. É muitas vezes
impossível perceber com clareza ruídos normais do organismo quando, no
ambiente onde se processa a auscultação, existem ruídos intensos.
Os ambientes de baixa temperatura despertam tremor muscular que produz
ruído capaz de impedir a ausculta de outros ruídos próprios do organismo.

b) Condições relativas ao paciente: É necessário orientar o paciente quando se


ausculta o ruído respiratório para que ele respire pausadamente, como é a
respiração normal. É de bom alvitre, após a auscultação da respiração
normal, pedir ao paciente para respirar profundamente, a fim de acentuar a
intensidade de ruídos respiratórios.
Por outro lado, sempre que se ausculta o coração é necessário, também, pedir
ao paciente para sustar a respiração por segundos, para que os ruídos respiratórios não
interfiram na audibilidade dos ruídos cardíacos.
Em determinadas circunstâncias, é necessário solicitar ao paciente que não fale
e que relaxe completamente os músculos, pois como já dissemos, o nervosismo ou a
apreensão, proporcionando tremor, dificulta sobremaneira a audibilidade de outros ruídos
através do estetoscópio.
A ausculta pode ser efetuada de modo direto, quando se encosta o pavilhão da
orelha no local que se vai auscultar. Esta é, sem dúvida, uma condição perfeitamente
válida, sobretudo quando não se dispõe de estetoscópio. Entretanto, é melhor e mais
oportuno auscultar com este último.
Entretanto, certos ruídos, principalmente os produzidos pela valva aórtica (sopro
diastólico aórtico) são, por vezes, melhor audíveis com o ouvido diretamente colocado
sobre a pele do paciente e no local apropriado. Afora esta condição e dispondo-se do
estetoscópio, a ausculta é feita com tal aparelho.
O tipo de estetoscópio a ser utilizado é variável. Qualquer deles é suficiente
para proporcionar boa ausculta dos ruídos normais do organismo. Em condições de
ruídos anormais, é aconselhável, por vezes, usar tipos especiais como é o caso de vários
modelos de tambores ou de funis. Algumas vezes, é necessário recorrer a dispositivos
para ampliação dos ruídos.
Estas noções sobre os processos auscultatórios são suficientes para os iniciantes
na prática da ausculta do organismo normal. Oportunamente, alguns pormenores da
técnica serão mencionados, ao tempo em que tratarmos outra vez do método na busca
de manifestações acústicas normais, como é o caso do sopro, das alterações dos ruídos
17

respiratórios e do aparecimento de novos ruídos que, em condições normais, não são


produzidos.
18

ANAMNESE

IDENTIFICAÇÃO

Nome
Idade
Sexo
Cor - Raça
Naturalidade e nacionalidade
Procedência (próxima e remota)
Religião (costumes)
Profissão
Estado Civil
Escolaridade

Data do atendimento
Data da anamnese

QUEIXA PRINCIPAL E SUA DURAÇÃO

Apresentação sumária do principal sintoma e sua duração (o principal sintoma que


fez o paciente procurar o médico). Usar palavras do próprio paciente.

HISTÓRIA PREGRESSA DA MOLÉSTIA ATUAL (HPMA)

Descrição pormenorizada e cronológica dos sintomas da doença atual e sua


evolução. Incluir o passado mórbido do aparelho comprometido e a repercussão sobre o
estado geral (disposição, capacidade de trabalho, perda de peso e estado psíquico etc...).
Negar os principais sintomas relacionados com o aparelho comprometido.

INTERROGATÓRIO COMPLEMENTAR SOBRE OS DEMAIS APARELHOS


(IDA) OU INTERROGATÓRIO COMPLEMENTAR (IC) OU INTERROGATÓRIO
SINTOMATOLÓGICO

 Interrogatório sobre todos os aparelhos cujos dados obtidos não se relacionam com a
doença atual ou com a evolução da H.P.M.A.
 Sempre que presente, um sintoma deve ser caracterizado da melhor maneira possível.
19

Sintomas gerais
- febre
- Início súbito ou lento
- Horário e evolução
- Intensidade
- Duração
- Sudorese
- Calafrios
- Uso de medicamentos
- Adnamia
- Prostração
- Perda de peso
- Ganho de peso
- Anorexia
- Intolerância ao frio ou calor
- Edema

PELE E FÂNEROS
- Temperatura
- Umidade
- Coloração
- palidez
- rubor
- icterícia
- cianose
- Prurido
- Lesões
- Cicatrizes
- Alopecia
- Hirsutismo
- Alterações das unhas

CABEÇA
- Cefaléia (dor)
- Sede
- Tipo
- Intensidade
- Extensão (área abrangida pela dor)
20

- Irradiação
- Fenômenos que pioram e/ou melhoram
- Fenômenos que acompanham
- Horário e duração
- Períodos de semelhança
- Períodos de dissemelhança
- Tontura/Vertigem
- Início – Súbito ou lento
- Horário e evolução
- Duração
- Nº de vezes que ocorre ao dia
- Houve queda?
- Se houve, ocorreu perda de sentidos?
- Relação com a alimentação
- Fatores acompanhantes (náuseas, vômitos, etc.)
- Relação com a postura corporal
- Lipotimia

OLHOS - Edema palpebral


- Escotomas
- Moscas volantes
- Dor ocular
- Diplopias
- Acuidade visual – Se o paciente fizer uso de lentes,
caracterizá-las
- Amaurose
- Prurido
- Hiperemia conjuntival
- Exoftalmo
- Endoftalmo
- Catarata
- Lacrimejamento
- Fotofobia

NARIZ - Dor
- Epistaxe
- Coriza/rinorréia - cor
- cheiro
21

- aspecto
- frequência
- lado
- Obstrução – Verificar duração e fator desencadeante
- Espirros – Salvas, horários e fator desencadeante
- Prurido
- Olfação - Hiposmia
- Anosmia
- Cacosmia

OUVIDOS - Dor
- Otorréia - cor
- cheiro
- aspecto
- lado
- Acuidade auditiva - Hipoacusia
- Acusia
- Acúfenos
- Zumbidos
- Descamação
- Prurido
- Sangramento

BOCA - Dentição
- Uso de prótese
- Gustação diferenciada
- Gengivas
- Mucosas
- Lábios
- Língua
- Salivação
- sialorréia ou ptialismo
- sialoquiese
GARGANTA
- Infecções – frequência
- Rouquidão – início, duração, fator desencadeante, periodicidade
- Afonia
- Odinofagia
22

- Disfagia

PESCOÇO
- aumento de volume
- proeminência da musculatura
- pulsação vascular
- nódulos

APARELHO CARDIO-RESPIRATÓRIO
- Dor torácica - caracterizar
- Tosse – tipo
- Expectoração
- Características físicas
- Quantidade
- Cor
- Odor
- Influência da posição
- Horário
- Duração
- Hemoptise
- Vômica
- Palpitações
- Cianose
- Edema
- Localização
- Intensidade
- Temperatura
- Sinais Flogísticos?
- Chiadeira
- Dispnéia
- Início
- Súbito
- Lento
- Progressivo
- Ortopnéia
- Em repouso
- Aos esforços
- Pequenos
23

- Médios
- Grandes
- Horário de aparecimento
- Duração e evolução
- Se há intervalos com melhora, caracterizar
- Presença de ruídos – chiado
- Expiratório ou inspiratória
- Dispnéia paroxística noturna

APARELHO DIGESTIVO
- Apetite
- polifagia/bulimia
- inapetência/anorexia; hiporexia
- Disfagia
- Odinofagia
- Dor retroesternal
- Dor abdominal
- Dor epigástrica periódica – Relação com a ingestão de alimentos
- Náuseas
- Vômito
- Cor
- Sabor
- Odor
- Quantidade
- Composição física – hematêmese, fecais, fecaloides
- Fluídos biliosos
- Com ou sem restos alimentares
- Relação com as refeições - Imediato
- Precoce
- Tardio
- De estase
- Soluços
- Eructação
- Regurgitação
- Pirose
- Picacismo
- Empachamento – sensação de plenitude gástrica
- Hábito intestinal
24

- Fezes – Forma, cor, odor característico e consistência


- Diarréia
- Melena
- Enterorragia
- Prisão de ventre ou constipação
- Tenesmo
- Puxo
- Flatulência
- Meteorismo
- Prurido anal

APARELHO GÊNITO-URINÁRIO
- Hábito urinário
- Dor
- Urina – Cor, Odor e Quantidade
- Disúria
- Estrangúria
- Polaciúria
- Oligúria
- Anúria
- Poliúria
- Nictúria
- Incontinência Urinária
- Retenção Urinária
- Urgência miccional
- Alterações do jato urinário
- Gotejamento terminal
- Hematúria
- Colúria
- Proteinúria – urina espumosa

GENITAIS
- Menarca
- Telarca
- Menstruação – Caracterizar o ciclo quanto a:
- Regularidade
- Duração
- Características do sangramento
25

- Quantidade - Hipermenorréia
- Oligomenorréia
- Amenorréia
- Dismenorréia
- Corrimento uretral
- Leucorréia - volume
- cor
- cheiro
- duração
- prurido
- período
- Menopausa
- Tensão pré-menstrual
- Relações sexuais - Impotência
- Ejaculação precoce
- Priaprismo
- Frigidez
- Dispareunia
- Grau de satisfação
- Orgasmo
- Vida sexual ativa: - Há quantos anos
- Quantos parceiros
- Homo ou heterosexuais
- Uso de método contraceptivo
- Preservativo
- Frequência
- Libido

- Quando mulher - Antecedentes obstétricos:


- Gestações - partos normais
- cesáreas
- abortos
- Uso de método contraceptivo
- Condições de saúde durante a gestação

MAMAS
- Mastalgia
- Galactorréia
26

- Secreções
- aspecto
- aparecimento
- Ginecomastia
- Nódulos
- Amamentações

SISTEMA NERVOSO
- Estado mental – (consciência – orientação temporo-espacial, memória,
estado mental, coordenação de ideias)
- Linguagem – (compreensão – expressão escrita e falada)
- Convulsões
- Paralisias
- Paresias
- Incoordenação
- Movimentos automáticos anormais - tremores, tiques ...

PSIQUISMO: colocar-se disponível para ouvir o paciente.


- sua história de vida
- seu lado emocional
- investigar a infância
- seu relacionamento com
- pais
- irmãos
- familiares
- parte afetiva
- pais
- namorado(a)
- esposo(a)
- filhos(as)
- satisfação
- na convivência
- sexual
- vida profissional
- gosto do que faz
- ambiente de trabalho
- situação financeira
27

- principais preocupações
- recentes
- anteriores
- temores
- doenças
- morte
- outros
- distúrbios do sono
- ideias de suicídio
- consumo de drogas
- aspectos da personalidade
- irritabilidade
- stress
- passividade
- timidez
- falta de confiança
- depressão
- tratamentos psíquicos realizados
- internações psiquiátricas

APARELHO LOCOMOTOR
- Dor e espasmos musculares
- Claudicação intermitente
- Dor óssea
- Dor articular
- Deformações
- Ritmicidade da dor
- inflamatório
- mecânico
- Rigidez matinal
- Rigidez de repouso
- Limitação da locomoção/movimento
- Deformidades articulares
- Sinais inflamatórios
28

ANTECEDENTES PESSOAIS

- Avaliar condições de nascimento e desenvolvimento:


- Parto
- Aleitamento
- Dentição
- Deambulação
- Fala
- Aprendizado escolar
- Vacinações

- Passado mórbido - Referir - Doenças do passado


- Traumatismos
- Referir ou negar as doenças da infância
- Pesquisar outros tipos de tratamento assim como
internações passadas
- Alergias

- Condições de vida
- Tipo de trabalho
- Remuneração
- Alimentação – Regularidade, qualidade e quantidade
- Habitação – Alvenaria, barro ou madeira
- Condições sanitárias – Água e esgoto
- Presença de animais domésticos

- Hábitos
- Fumo
- Drogas lícitas e ilícitas
- Medicamentos em uso
- Antecedentes epidemiológicos: - Chagas
- Esquistossomose

ANTECEDENTES FAMILIARES

- Estado de saúde e condições de vida dos pais, cônjuge e filhos


- Causa e mortis dos indivíduos da família
- Casos de doença semelhante a do paciente na família.
29

- Referir ou negar doenças de incidência múltipla na família como diabetes,


hipertensão, neoplasias e tuberculose
- Referir a existência de casamento consanguíneo próximo.

Referir o grau de confiança que o paciente merece ao fornecer os dados.


30

EXAME FÍSICO GERAL

AVALIAÇÃO DO ESTADO GERAL


- Bom
- Regular
- Mal

DADOS VITAIS
- Temperatura
- Pressão arterial
- Frequência Cardíaca
- Frequência Respiratória

DADOS ANTROPOMÉTRICOS
- Peso
- Altura
- Índice de massa corpórea (IMC)

AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA


- Vigília
- Sonolência
- Coma
- Parâmetros
- Perceptividade
- Reatividade
- Deglutição
- Reflexos

AVALIAÇÃO DA FALA E DA LINGUAGEM


- Disfonia
- Dislalia
- Disartria
- Disfasia

AVALIAÇÃO DO ESTADO DE HIDRATAÇÃO


- Leve
- Moderado
- Grave
31

- Parâmetros
- Pressão Arterial
- Peso
- Pele
- umidade
- elasticidade
- turgor
- Mucosas
- umidade
- Língua
- veias sublinguais
- Olhos
- globo ocular
- lacrimejamento
- Fontanelas

AVALIAÇÃO DO ESTADO DE NUTRIÇÃO


- Bom
- Regular
- Mau
- Parâmetros
- Peso
- máximo normal
- mínimo normal
- Altura
- Pele
- Musculatura
- Panículo adiposo
FÁCIES
- Desconfiada
- Ansiosa
- Depressiva
- Preocupada
- Hipocrática
- Lua cheia
- Desidratada
- Hipertireoidismo
- Hipotireoidismo
32

- Caquética
- Paralisia Facial Periférica
- Esclerodérmica
- Pletórica
- Estenose Mitral

ATITUDE
- Ativa
- Normal
- Forçada
- genopeitoral
- cócoras
- antálgica
- ortopneica
- Passiva
- opistótono

DECÚBITO PREFERENCIAL NA DOENÇA


- Dorsal ou supino
- Ventral ou prono
- Lateral direito ou esquerdo

MUCOSAS
- Coloração
- Umidade
- Presença de pigmentos
- Presença de lesões

ANEXOS
- Pelos
-Avaliar segundo sexo, raça e idade
- Quantidade
- Distribuição
- Consistência
- Coloração
- Espessura
33

- Unhas
- Cor
- Forma
- Consistência
- Elástica
- Quebradiça
- Amolecida
- Espessura
- Implantação
- Superfície

PELE
- Cor
- Elasticidade
- Umidade
- Temperatura
- Sensibilidade
- Textura
- Espessura
- Lesões
- Cor
- Extensão
- Forma
- Altura
- Tamanho
- Bordas
- Regularidade
- Contornos
- Elevações
- Superfície
- Descamação
- Prurido

HIPODERME = TECIDO CELULAR SUBCUTÂNEO


- Quantidade
- escasso
- normal
- abundante
34

- Turgor
- Edema
- localização
- intensidade
- extensão
- consistência
- depressível
- duro
- temperatura

- Circulação colateral
- Localização
- Sentido
- Tipo

LINFONODOS
- Palpação das cadeias
- Suboccipital
- Retroauricular/periauricular
- Cervical anterior e posterior
- Submandibular
- Submentoniana
- Supra-claviculares
- Axilar
- Epitroclear
- Inguinal
- Poplíteo
- Na presença, relatar:
- Sede
- Número
- Tamanho
- Forma
- Consistência
- Sensibilidade
- Dor à palpação
- Indolor à palpação
- Coalescência
35

- Mobilidade em relação a
- Planos superficiais
- Planos profundos
- Alterações da pele
- Fistulização
36

EXAME FÍSICO ESPECIAL

CABEÇA

Crânio - Simetria
- Exostose
- Pontos dolorosos
- Couro cabeludo - Descamações
- Cicatrizes
- Parasitas
Cabelos - Consistência
- Alopecia
- Coloração normal ou anormal

Olhos
- sobrancelha - Madarose
- Parasitas
- Descamação
- Pálpebras - Ptose
- Lagoftalmo
- Edema
- Inflamação
- Xantelasma
- Simbléfaro
- Globo ocular - Exoftalmia
- Enoftalmia
- Estrabismo
- Nistagmo

- Conjuntiva - Cor
- Umidade
- Hemorragia
- Pupilas - Iso ou anisocoria
- Tamanho - mitríase
- miótica
- puntiforme
- média fixa
- Reflexos - Consensual
37

- Fotomotor
- De acomodação
- Esclerótica e íris - Coloração
- Alterações da forma
- Motilidade do globo ocular

Nariz
- Deformações
- Desvio de septo
- Coriza
- Batimento das asas do nariz
- Epistaxe

Aparelho Auditivo
- Deformações dos pavilhões
- Otorragia/otorréia
- Membrana timpânica - coloração
- brilho
- abaulamentos
- retrações
- orifícios
- Condutos - Cerúmen
- Hiperemia
- Descamação

Seios da face e Mastoide


- Dor à percussão
- Dor à palpação

BOCA
- Lábios
- Cor
- Forma
- Rima bucal
- Queilite
- Queilose
- Gengivas
- Ulcerações
38

- Pigmentação
- Hemorragias
- Dentes
- Estado geral
- Falhas
- Cáries
- Alvéolos
- Próteses
- Língua
- Forma
- Coloração
- Papilas
- Saburra
- Desvio
- Tremores
- Impressões dentárias
- Glândulas salivares
- Hálito
- Cetônico
- Amoniacal
- Alcoólico
- Pútrido
- Ausência de halitose
- Hepático
- Alterações das papilas das glândulas salivares

-Orofaringe
- Mucosa
- Exudados
- Coloração
- Granulação

- Amígdalas e úvula
- Forma
- Volume
- Coloração
- Exudados
- Posição
39

PESCOÇO
- Forma e volume
- Relevos musculares
- Turgência jugular a 45 graus
- Pulsações arteriais e/ou venosas
- Sinal de Oliver Cardarelli

TIREÓIDE
- Inspecção - impressão estática e a deglutição
- Forma
- Tamanho
- Consistência
- Nodulações
- Mobilidade
- Superfície
- Frêmito
- Sopro

EXAME FÍSICO DO TÓRAX

APARELHO RESPIRATÓRIO

INSPEÇÃO
- estática
- Forma
- Mediolínero, Longilíneo e Brevelíneo
- Enfizematoso
- Cônico
- Piriforme
- Em “peito de pombo”
- Cifoescoliótico
- Raquítico
- Infundibuliforme
- Abaulamentos e retrações
- Arcabouço ósseo

- dinâmica
- Tipo respiratório
40

- Costal superior
- Costo-abdominal
- Abdominal
- Frequência
- Normopnéia
- Bradpnéia
- Taquipnéia

- Ritmo
- Dispneia suspirosa
- Cantani
- Cheyne-Stockes
- Kussmaul
- Biot
- Expansão torácica
- Amplitude
- Tiragem
- Sinal de Lemos Torres
- Cornagem
- Fenômeno de Litten

PERCUSSÃO
- Delimitação topográfica
- Simetria
- Sons
- Hipersonoro
- Claro-pulmonar
- Sub-maciço
- Maciço
- Sinal de Signorelli

PALPAÇÃO
- Partes moles
- Edema
- Enfizema subcutâneo
- Atrofias e contraturas musculares
- Sensibilidade
- Pontos dolorosos
41

- Elasticidade torácica
- Frênito tóraco-vocal
- Frênito brônquico
- Frênito pleural

AUSCULTA
- Murmúrio vesicular
- Existência
- Simetria
- Intensidade
- Normal
- Diminuído
- Broncofonia - Ausculta da voz
- Aumento da broncofonia
- Diminuição da broncofonia
- Pectorilóquia
- áfona
- fônica
-Egofonia
- Ruídos adventícios
- Estertores
- Crepitantes
- Subcrepitantes
- Sibilos
- Roncos
- Atrito pleural
- Sopros
- Tubário
- Cavernoso
- Brônquico
- Anfórico

APARELHO CIRCULATÓRIO

PRECÓRDIO
INSPEÇÃO
- Deformidades da região
- Abaulamentos
42

- Depressões
- Íctus
- Visível em qual sede?
- Pulsações ou retrações anormais
- Levantamento sistólico

PERCUSSÃO - Delimitação topográfica

PALPAÇÃO
- Íctus
- Sede
- Extensão em polpas digitais
- Mobilidade em decúbito de Pachon
- Intensidade
- Aumentada
- Diminuída
- Forma
- Cupuliforme
- Globoso
- Ritmo
- Rítmico
- Arrítmico
- extrassístole
- fibrilação atrial
- Frêmito
- Relacionar com a fase da evolução cardíaca

AUSCULTA
- Bulhas
- Ritmo
- Fonese
- Hiperfonese
- Normofonese
- Hipofonese
- Desdobramento
- Estalido de abertura
- Sopros
- Sede
43

- Irradiação
- Intensidade
- Timbre
- Rude
- Suave
- Relação com o ciclo
- Sistólico ou diastólico
- Proto
- Meso
- Tele
- Holo
- Recursos a serem empregados na ausculta:
- Decúbito de Pachon
- Manobra de Valsalva
- Manobra de Rivero Carvalho
- melhorada por Carvalhal
- Manobra de Muller
- Atrito pericárdico

ARTÉRIAS

- Sede
- Carotídeos
- Braquiais
- Ulnares
- Radiais
- Femurais
- Poplíteos
- Tibiais posteriores
- Pediosos
- Palpação das artérias
- Tortuosidade
- Elasticidade
- Endurecimento
- Palpação dos pulsos
- Amplitude
- Intensidade
- Ritmo
44

- Frequência

EXAME FÍSICO DO ABDOME

INSPEÇÃO
- Forma
- Plano
- Globoso
- Pendular
- Em avental
- Batráquio
- Escavado
- Abaulamentos
- Depressões
- Circulação colateral
- Porta-pura
- Porta-cava
- Cava-pura
- Peristaltismo visível
- Aortismo
- Pulsações epigástricas
- Cicatrizes
- Umbigo
- Posição
- Forma
PERCUSSÃO
- Pesquisa dos sons da região abdomino-pélvica
- Pesquisa de sinais de ascite
- Piparote
- Macices móvel
- Semicírculos de SKODA

PALPAÇÃO
SUPERFICIAL
- Tensão da parede
- Presença de nodulações
PROFUNDA
45

- Palpar
- Grande curvatura do estômago
- Ceco
- Cólon ascendente
- Cólon transverso
- Cólon descendente
- Sigmoide
- Pesquisar - Visceromegalias
- Massas anormais - caracterizar
- Sinal de Krebs
- Sinal de Gersuny
- Sinal de Blumberg

AUSCULTA
- Presença de ruídos hidroaéreos
- Frequência
- Duração
- Sopros
- Aorta
- Artéria renal
- Atritos

FÍGADO
INSPEÇÃO
- Abaulamento do hipocôndrio direito

PERCUSSÃO
- Delimitar borda superior
- Mobilidade com a respiração
- Sinal de Jobert
- Sinal de Torres-Homem

PALPAÇÃO
- Tamanho
- Relação com a borda costal nas linhas hemiclavicular e mediana
- Borda
- Fina
- Romba
46

- Consistência
- Superfície
- Lisa
- Micro ou macronodular
- Irregular
- Sulcada
- Sensibilidade
- Técnicas de palpação
- Lemos Torres
- Mathieu
AUSCULTA
- Atrito - Inflamação fibrinosa da cápsula de Glisson

VESÍCULA BILIAR
INSPEÇÃO
- Visível ou não
- Ponto cístico doloroso
- Sinal de Murphy

BAÇO
PERCUSSÃO
- Em decúbito dorsal
- Percutir no sentido crânio-caudal na linha axilar média/anterior

PALPAÇÃO
- Em decúbito dorsal ou na posição de Shuster
- Tamanho
- Grau de endurecimento – Consistência
- Superfície
- Lisa
- Rugosa
- Borda
- Dura ou mole
- Presença de chanfraduras
- Romba ou fina
- Sensibilidade
- Técnica de palpação semelhante à do fígado
47

RINS
PALPAÇÃO
- Método de Israel
- Decúbito lateral oposto ao lado examinado
- Mão heterônima apoia o gradiado costal
- Mão homônima se aprofunda na expiração e com as polpas
digitais palpa o pólo inferior do rim na inspiração.
- Método de Trousseau
- Decúbito dorsal
- Técnica idêntica a do método de Israel
- Método de Glenard (polegar)
- Para o rim direito
- Mão direita espalmada sobre o reto abdominal direito
- Mão esquerda com os dedos apoiando o dorso e o
polegar penetrando no flanco direito
- Caráter propedêutico do rim normal
- Consistência firme
- Superfície lisa
- Borda
- Nítida
- Não dolorosa
- Sinal de Giordano
- Punho-percussão de Murphy

AORTA
INSPEÇÃO
- pulsatilidade
PALPAÇÃO
- dilatações
- aneurismas
AUSCULTA
- sopros

SISTEMA NERVOSO
- Fácies
- Consciência
- Equilíbrio
48

- estático
- dinâmico (Marcha)
- Coordenação Motora
- Motricidade Voluntária
- Tônus
- Trofismo
- Força Muscular
- manobras deficitárias
- oposição de força
- Reflexos Superficiais (cutâneos)
- cutâneo-plantar (quando patológico=Babinsk)
- cremastério
- cutâneo-abdominal
- palmo-mentual (patológico)
- Reflexos Profundos (tendinosos)
- Face
- orbicular dos olhos
- orbicular dos lábios
- massetérico
- MMSS
- bicipital
- tricipital
- estilo-radial
- cúbito-pronador
- flexor dos dedos
- MMII
- patelar
- aquileu
- Motricidade Involuntária
- coréia
- atetose
- balismo
- tremores
- Sensibilidade
- Superficial
- tátil
- térmica
- dolorosa
49

- Profunda
- barestésica
- vibratória
- cinético postural
- Pares Cranianos
1. olfatório
2. óptico
3. oculomotor
4. troclear
5. trigêmio
6. abducente
7. facial
8. vestíbulo-coclear
9. glossofaríngeo
10. vago
11. acessório
12. hipoglosso

APARELHO LOCOMOTOR
Em todas as articulações observar
- sinais inflamatórios
- sinais degenerativos
- limitação do movimento
- atrofias ou hipertrofias musculares
- retrações tendíneas

ESQUELETO AXIAL:
- Coluna vertebral
- curvaturas normais
- curvaturas anormais
- dor a digito-pressão e punho percussão dos espaços intervertebrais e
interapofisários.
- movimentos da coluna vertebral
- cervical
- manobra compressão axial e teste de distração
- teste de Spurling
- torácica
- lombar
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- Lasègue
- Sacro-ilíacas: dor a digito-pressão, manobras para despertar dor.
- teste fabere (flexão – abdução – rotação externa da coxofemoral)
- ATM (art. temporomandibular) - movimentos
- observar simetria e crepitação

ESQUELETO APENDICULAR:
- Membro superior:
- Ombros:
- dor a digito-pressão dos tendões bicipital e deltoideo, e das
bolsas teno sinoviais, subacromiais, subdeltoideias e subcoracóides,
que compõem a síndrome do ombro doloroso.
- movimentos do ombro
- flexão
- extensão
- adução
- abdução
- arco doloroso
- rotação interna
- rotação externa
- circundução

- Cotovelos:
- dor a digito-pressão dos tendões epicondiliano e epitroclear.
- palpação da bursa olecraniana
- movimentos
- flexão
- extensão
- Punhos
- forma do punho
- movimentos
- flexão
- extensão
- pronação
- supinação
- circundução
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- Mãos/dedos
- deformidades
- atrofia dos interósseos
- desvio cubital dos dedos
- mão suculenta
- articulações metacarpo-falangeanas
- movimentos

Membros inferiores
- Coxo-femurais
- movimentos
- limitação
- dor (teste de fabere)
- dor periarticular – Bursa trocantérica

- Joelho
- varo e valgo
- volume articular
- derrame articular
- dor ligamentar
- dor periarticular
- pata anserina
- movimentos
- Tornozelos
- movimentos
- Pé/Antepé
- dor no arco plantar e digito-pressão dos artelhos
- articulações
- movimentos
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