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1. RESPOSTA: D
Comentário: A questão aborda o diagnóstico diferencial da hemorragia pulmonar em
pacientes jovens. Nessa situação, é fundamental considerar a possibilidade de hemorragia
alveolar difusa, que possui uma miríade de causas
(https://www.uptodate.com/contents/image?imageKey=PULM%2F52374&topicKey=PULM%
2F4341&search=goodpasture&source=see_link).
Para facilitar o raciocínio, separamos as doenças pelo padrão histológico das lesões:
• Capilarite pulmonar (ou capilarite alveolar): infiltrado neutrofílico nos septos
alveolares, gerando necrose e perda da integridade capilar, com sangramento
intersticial e alveolar. Exemplos: vasculites sistêmicas (poliangeíte com
granulomatose, poliangeíte microscópica, Behçet, Crioglobulinemia, etc...);
colagenoses (LES, doença mista do tecido conjuntivo, Goodpasture, etc...)
• Hemorragia pulmonar sem inflamação ou destruição das estruturas alveolares.
Causas possíveis são: aumento da pressão diastólica final de ventrículo esquerdo;
defeitos de hemostasia; anticoagulação; etc...
• Dano alveolar difuso: caracterizado por edema dos septos alveolares e formação de
membrana hialina. Muitas são as causas, desde drogas, doenças reumáticas e
infecciosas e outras causas de ARDS.
A síndrome de Behçet é uma vasculite que acomete tanto o sistema arterial quanto o
venoso, com envolvimento de vasos de pequeno, médio e grande calibres. No leito vascular
pulmonar, pode comprometer os ramos proximais das artérias pulmonares, levando a
formação de aneurismas. Esse padrão de lesão é o mais frequente no leito vascular
pulmonar e raramente visto em outras doenças; deve ser rápida e precocemente
reconhecido, visto ser uma das principais causas de mortalidade da doença.
Outros pontos interessantes a serem observados:
• Sempre que pensamos em Behçet, devemos procurar por úlceras orais de repetição,
achado essencial no critério diagnóstico da doença.
• A hipertensão pulmonar aumenta o regime pressórico no leito pulmonar e
frequentemente incorre em formação de placas ateromatosas.
2. RESPOSTA: B
Comentário: Essa questão aborda a monoartrite em paciente com fatores de risco para gota
e osteoartrite:
Além do quadro clínico similar a gota, a pseudogota pode ter traumas, cirurgias e
enfermidades graves como fatores desencadeantes. O joelho costuma ser a articulação
acometida em mais de 50% dos casos. Outras articulações que podem ser acometidas são:
punhos, ombros, tornozelos, pés e cotovelos. Além de monoartrite, a inflamação também
pode ocorrer em mais de uma articulação sincronicamente (“cluster attacks”).
Informações extras:
• Artrite reativa é uma doença que pertence ao grupo das espondiloartrites. Em geral,
decorre de infecções prévias, urinárias ou intestinais e tem sintomatologia clássica:
o Osteomuscular: artrite, entesite, dactilite e lombalgia inflamatória;
o Extra-articular: uretrite, uveíte, balanite circinada e ceratoderma blenorrágico.
Em geral, a doença começa de 1 a 4 semanas após o quadro infeccioso e apresenta
oligoartrite assimétrica. Nessa doença, os microrganismos não podem ser
recuperados no líquido sinovial.
4. RESPOSTA: C
Comentário: Transfusão em paciente com anemia e plaquetopenia, com necessidade
transfusional de ambos se faz com concentrado de hemácias e de plaquetas – atualmente
não se usa mais sangue total. Existe um limite máximo a ser transfundido e vai depender da
volemia do paciente, não necessariamente com o objetivo de Hb=10 g/dL. Cada
concentrado de hemácias tem Ht aproximado de 80% e é capaz de aumentar algo em torno
de 1,0 ponto no valor da Hb. Essa transfusão deve ser feita lenta, porém no máximo em 4
horas. O uso de filtro de leucócitos não evita reação transfusional, ela apenas diminui o risco
de infecções intracelulares de neutrófilos (Citomegalovírus) em pacientes imunodeprimidos.
Link: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_uso_hemocomponentes.pdf
5. RESPOSTA: B
Comentário: Sopro em decrescente, após a segunda bulha sugere insuficiência valvar. A
diferença entre a pressão arterial sistólica e a diastólica indicam que essa insuficiência é na
válvula aórtica. Pacientes com espondilite anquilosante, além do comprometimento articular
axial e periférico, têm manifestações extra-articulares: entre elas, o comprometimento da
válvula aórtica, com insuficiência. Veja a seguir, as manifestações típicas do envolvimento
articular da doença e as manifestações extra-articulares mais frequentes.
Os sinais semiológicos associados a insuficiência aórtica são:
• Pulso em martelo d’água
• Sinal de Quincke: pulsação no leito capilar sub-ungueal;
• Sinal de Muller: movimento da úvula;
• Sinal de Musset: movimento pendular da cabeça;
• Sinal de Traube: ruído na artéria femoral, sisto-diastólico;
• Sinal de Duroziez: sopro sisto-diastólico ao comprimir a femoral em sua porção
distal.
6. RESPOSTA: B
Comentário: Fonte - Arq Bras Cardiol. 2015; 105(2):1-105
Nitratos
“Não existe evidência científica de que os nitratos interfiram no prognóstico dos
pacientes após a fase aguda do infarto do miocárdio, apesar de atuarem favoravelmente no
trabalho cardíaco e na relação oferta/consumo de oxigênio, mediante suas ações na pré-
carga, na pós-carga e no aumento do fluxo coronário, principalmente nas áreas isquêmicas.
As principais indicações para sua utilização seriam a presença de angina ou isquemia
miocárdica persistentes e a insuficiência cardíaca.”
7. RESPOSTA: C
Comentários: Vide Bula na Anvisa, IMPORTANTE saber a farmacologia do que vocês estão
prescrevendo, SEMPRE.
Prolongamento do intervalo QT
“Foi observado no tratamento com macrolídeos, incluindo a azitromicina, prolongamento
da repolarização cardíaca e do intervalo QT, possibilitando um risco de desenvolver arritmia
cardíaca e torsades de pointes. Durante a vigilância pós-comercialização em pacientes
recebendo azitromicina, casos de torsades de pointes têm sido espontaneamente relatados.
Profissionais de saúde devem considerar o risco de prolongamento do intervalo QT que
pode ser fatal quando pesados os riscos e benefícios da azitromicina para grupos de risco
incluindo: Pacientes com prolongamento do intervalo QT diagnosticado, histórico de
torsades de pointes, síndrome congênita do intervalo QT longo, bradiarritmia ou falência
cardíaca descompensada; Pacientes em tratamento com drogas conhecidas por prolongar
o intervalo QT; Pacientes com condições pró-arrítmicas em andamento tais como
hipocalemia ou hipomagnessemia não corrigidas, bradicardia clinicamente significante e em
pacientes recebendo agentes antiarrítmicos da Classe IA (quinidina, procainamida) ou
Classe II (dofetilida, amiodarona, sotalol); Pacientes idosos podem ser mais suscetíveis a
efeitos no intervalo QT associados a drogas. Pacientes idosos: pacientes idosos podem ser
mais suscetíveis aos efeitos droga-associados no intervalo QT.”
Crise Hipertensiva
Definição: “Os termos UH [urgência hipertensiva] e EH [emergência hipertensiva] surgiram
como proposta para uma classificação operacional de CH em 1993 pelo V Joint National
Committee on Detection Evaluation and Treatment of High Blood Pressure. As UH são
situações clínicas sintomáticas em que há elevação acentuada da PA (definida
arbitrariamente como PAD ≥ 120 mmHg) sem LOA [lesão de órgão alvo] aguda e
progressiva. As EH são situações clínicas sintomáticas em que há elevação acentuada da
PA (definida arbitrariamente como PAD ≥ 120 mmHg) com LOA aguda e progressiva.
Pacientes com queixas de cefaleia, dor torácica atípica, dispneia, estresse psicológico
agudo e síndrome de pânico associados à PA elevada não caracterizam UH ou EH, mas, na
realidade, uma pseudocrise hipertensiva. O tratamento deve ser otimização da medicação
anti-hipertensiva e conscientização da adesão ao tratamento. Classificação O Quadro 1
mostra a classificação das EH.
EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS
Cerebrovasculares
- Encefalopatia hipertensiva
- Hemorragia intracerebral
- Hemorragia subaracnóide
- AVE isquêmico
Cardiocirculatórias
- Dissecção aguda de aorta
- EAP com insuficiência ventricular esquerda
- IAM
- Angina instável
Renais
- LRA rapidamente progressiva
Hipertensão na gestação
Eclâmpsia
Pré-eclâmpsia grave
Síndrome “HELLP”
Hipertensão grave em final de gestação
EAP: edema agudo de pulmão; LRA: lesão renal aguda; FEO: feocromocitoma
10. RESPOSTA: E
Comentário: “Esse distúrbio hereditário autossômico dominante do tecido conjuntivo,
caracterizado pela perda de tecido elástico, afeta diversos sistemas do corpo, inclusive os
sistemas musculoesquelético, cardiovascular, neurológico e respiratório, a pele e os olhos.
Os critérios básicos simplificados para o diagnóstico são a presença de 3 dos 4 achados a
seguir: história familiar relevante, anormalidades musculoesqueléticas específicas,
subluxação do cristalino ocular e dilatação/dissecção da aorta. Estrias cutâneas, ectasia
dural, hérnias, pneumotórax e bolhas enfisematosas na radiografia torácica também podem
ser observados.”
A dilatação da aorta é progressiva quando o diâmetro é aproximadamente >4.5 cm,
mas a dilatação pode ser protelada com betabloqueadores, antagonistas do receptor de
angiotensina II ou verapamil. Há risco de dissecção da aorta quando o diâmetro é maior ou
na gestação.
FONTE: https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/514
11. RESPOSTA: D
Comentários: Leshimaniose Tegumentar Americana (LTA)
Definição: A LTA é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por diferentes
espécies de protozoários do gênero Leishmania, que acomete pele e mucosas.
Primariamente, é uma infecção zoonótica, afetando outros animais que não o ser humano, o
qual pode ser envolvido secundariamente.
Agente etiológico: A Leishmania é um protozoário pertencente à família
Trypanosomatidae , parasito intracelular obrigatório das células do sistema fagocítico
mononuclear, com duas formas principais: uma flagelada ou promastigota, encontrada no
tubo digestivo do inseto vetor, e outra aflagelada ou amastigota, observada nos tecidos dos
hospedeiros vertebrados.
Vetor: Os vetores da LTA são insetos denominados flebotomíneos, pertencentes à
Ordem Díptera, Família Psychodidae, Subfamília Phlebotominae, Gênero Lutzomyia,
conhecidos popularmente, dependendo da localização geográfica, como mosquito palha,
tatuquira, birigui, entre outros.
Hospedeiros e reservatórios: A interação reservatório-parasito é considerada um
sistema complexo, na medida em que é multifatorial, imprevisível e dinâmico, formando uma
unidade biológica que pode estar em constante mudança em função das alterações do meio
ambiente. São considerados reservatórios da LTA as espécies de animais que garantam a
circulação de leishmânias na natureza dentro de um recorte de tempo e espaço.
Infecções por leishmânias que causam a LTA foram descritas em várias espécies de
animais silvestres, sinantrópicos e domésticos (canídeos, felídeos e eqüídeos). Com relação
a este último, seu papel na manutenção do parasito no meio ambiente ainda não foi
definitivamente esclarecido.
12. RESPOSTA: C
Comentários: De acordo com publicações internacionais, o perfil clínico da IC crônica
envolve indivíduos idosos portadores de etiologias diversas, sendo a isquêmica a mais
prevalente, com alta frequência de comorbidades associadas.
Classificação funcional, segundo a New York Heart Association
• Classe I: Ausência de sintomas, assintomático;
• Classe II: Atividades físicas habituais causam sintomas. Limitação leve. Sintomas
leves;
• Classe III: Atividades físicas menos intensas que as habituais causam sintomas.
Limitação importante, porém, confortável no repouso. Sintomas moderados;
• Classe IV Incapacidade para realizar qualquer atividade sem apresentar desconforto.
Sintomas em repouso. Sintomas graves.
Fonte: Adaptado de “The Criteria Committee of the New York Heart Association.
Nomenclature and Criteria for Diagnosis of Diseases of the Heart and Great Vessels. 9th Ed.
Boston: Little, Brown, 1994”.
13. RESPOSTA: A
Comentários: Acidente por aranha do gênero Loxosceles “Aranha marrom”.
Mecanismo de ação do veneno: O mecanismo de ação do veneno loxoscélico resulta,
principalmente, da atividade tipo esfingomielinase D, podendo ocasionar dermonecrose local
(loxoscelismo cutâneo) e, mais raramente, hemólise intravascular (loxoscelismo cutâneo-
hemolítico ou cutâneo-visceral).
Quadro clínico:
1. Loxoscelismo cutâneo: É o mais comumente observado. A picada é inicialmente
pouco valorizada (dor de pequena intensidade).
• Nas primeiras horas pós-picada (2-8 horas): a lesão é geralmente incaracterística
(edema leva e eritema no local da picada);
• Posteriormente, dentro das primeiras 12-24 horas, o local acometido pode evoluir
com palidez mesclada com áreas equimóticas (“placa marmórea”), instalada
sobre uma região endurada (empastamento doloroso, percebido a palpação),
cercado por eritema de tamanho variável;
• Também podem ser observadas vesículas e/ou bolhas sobre a área endurada,
com conteúdo sero-sanguinolento ou hemorrágico; algumas vezes, no início, o
aspecto pode ser “herpetiforme”. A enduração e a dor em queimação se
intensificam, acompanhando a progressão da placa marmórea e do eritema;
• A lesão cutânea tende a se estender gravitacionalmente, podendo evoluir para
necrose seca que, quando destacada, pode deixar uma úlcera de profundidade e
extensão variáveis, que pode levar semanas para cicatrizar.
• Mais raramente, pode ser observada uma forma predominantemente edematosa,
principalmente quando a picada ocorre em áreas de tecido frouxo (ex. face).
• É comum a queixa de manifestações inespecíficas como febre, mal-estar geral,
fraqueza, náusea, vômitos, mialgia;
• A presença de exantema do tipo morbiliforme ou escarlatiforme reforça a
hipótese diagnóstica de loxoscelismo.
2. Loxoscelismo cutâneo-hemolítico (cutâneo-visceral): Forma mais grave do
loxoscelismo, ocorrendo com maior freqüência nas regiões com predomínio da
espécie Loxosceles laeta, como no estado de Santa Catarina.
• Hemólise intravascular, de intensidade variável, sem associação direta com a
extensão da lesão cutânea, tendo como principais complicações a insuficiência
renal aguda por necrose tubular;
• As manifestações clínicas (anemia, icterícia e hemoglobinúria) se instalam
geralmente nas primeiras 24 horas pós - picada.
• Mais raramente, há descrição de pacientes que evoluem com coagulação
intravascular disseminada (CIVD).
Diagnóstico diferencial: Dependendo da fase evolutiva da lesão, algumas afecções
dermatológicas como picadas de inseto, dermatite alérgica, abscesso cutâneo, lesões
herpéticas, ectima gangrenoso, fasciíte necrosante, leishmaniose cutânea, pioderma
gangrenoso, fase inicial da Doença de Lyme (borreliose), e fitofotodermatose, entre
outras.
Exames complementares:
• Não há, na rotina, exames específicos para o diagnóstico;
• Hemograma completo visando acompanhamento de evolução para hemólise;
Billirrubina Total e Frações (BTF) e Desidrogenase Lática (DHL);
• Caso o paciente evolua com hemólise, devem ser solicitados: hemograma
completo, contagem de reticulócitos, dosagem da haptoglobina e de bilirrubinas,
perfil renal (ureia, creatinina e eletrólitos), coagulograma, perfil hepático
[transaminases e gama-glutamil transpeptidase (gama-GT)], enzimas musculares
(creatinoquinase total e DHL), e sedimento urinário.
14. RESPOSTA: B
Comentário: Sem confusão, Ureia <50, FR 24 (<30), 60 anos, PA normal, CURB = ZERO.
15. RESPOSTA: D
Comentário:
Ecocardiograma
Pode mostrar dilatação do VD, acinesia da parede livre do VD, deslocamento e
anormal do septo interventricular para a esquerda.
Torna-se necessário avaliarmos a função ventricular direita em diferentes momentos
durante o tratamento do infarto do VD, pois sua função muda bruscamente em resposta à
trombólise (angioplastia) da lesão culpada, infusão de volume, infusão de drogas vasoativas
e até de parâmetros de ventilação mecânica no caso de pacientes que foram para a prótese
ventilatória.
O doppler pode demonstrar insuficiência tricúspide causada por dilatação do anel
valvar tricuspídeo ou por disfunção do aparelho subvalvar.
Nos casos de grave acometimento do VD, o doppler revela um padrão de
enchimento e ejeção ventriculares muito lento, com padrão de fluxo semelhante ao fluxo
venoso.
Tratamento
Objetivos a serem alcançados:
• Normalizar / otimizar a pré-carga
• Reduzir a pós-carga
• Melhorar a contratilidade do ventrículo direito
• Reperfusão com agentes fibrinolíticos ou angioplastia primária.
Como fazer para otimizar ou normalizar a pré-carga? Faz-se com infusão de volume
(cristaloide). Em pacientes monitorizados hemodinamicamente, deve-se atingir uma pressão
capilar pulmonar de 15mmhg; já em pacientes sem monitorização invasiva, infunda de 1 a 2
litros de solução cristaloide avaliando sempre a ausculta pulmonar, a pressão arterial
sistêmica e o volume urinário.
Nunca utilize drogas que diminuem a pré-carga, tipo diuréticos e nitratos.
Quando não conseguimos aumentar o débito cardíaco somente com a reposição
volêmica, é indicado o suporte inotrópico. Nesse caso a dobutamina iniciando com dose
aproximada de 5mg/kg/min e titulando a dose.
Outro determinante da pré-carga que devemos nos atentar é o sincronismo
atrioventricular. As arritmias que cursam com perda de tal função, tipo fibrilação atrial e
flutter atrial, devem ser abordadas imediatamente com cardioversão elétrica sincronizada
nos casos que cursam com baixo débito. Nos casos de BAV total + infarto de VD, o implante
do marcapasso provisório transvenoso é fundamental.
Nos casos de disfunção grave de VE associada e/ou edema agudo pulmonar, devemos
utilizar agentes vasodilatadores e/ou inotrópicos, e em situações mais graves o uso de BIA.
A reperfusão com agentes trombolíticos ou angioplastia primária deve ser realizada o mais
precoce possível, visando a restauração da função ventricular.
Prognóstico
Pacientes com IAM inferior e infarto de VD possuem maior probabilidade de evoluir a
óbito, de desenvolver choque cardiogênico, taquicardia ventricular e bloqueio átrio
ventricular quando comparamos com aqueles que não possuem comprometimento do VD.
A intervenção eficaz com agentes trombolíticos ou a angioplastia primaria reduz a
morbimortalidade durante a internação com melhora do prognóstico tanto precoce quanto
tardio.
O VD, na maioria das vezes, recupera quase que totalmente sua função. O
prognóstico daqueles que evoluem com disfunção após a fase aguda do IAM apresentam
sobrevida bem reduzida com taxas elevadas de insuficiência cardíaca grave.
16. RESPOSTA: C
Comentário:
• Primeiramente, devemos reconhecer que se trata de um paciente com alto risco
cardiovascular. Se computarmos apenas as variáveis que possuímos e
considerarmos valores normais de colesterol total e HDL para esse paciente, ele terá
um risco estratificado de aproximadamente 20% no Framingham (> 50 anos,
tabagista, com PAS de 142 mmHg).
• Em segundo lugar, é necessário perceber que esse paciente apresentava,
inicialmente, uma queixa de angina estável (dor precordial desencadeada a um
esforço fixo). No momento em que se apresenta para o atendimento, no entanto, a
dor que iniciou ao esforço não cedeu com o repouso, suscitando a hipótese
diagnóstica de síndrome coronariana aguda (duração da dor em repouso > 20 min).
• Um eletrocardiograma normal (como o do caso) em um paciente com alto risco para
doença cardiovascular, não descarta síndrome coronariana aguda SEM supra de ST.