Você está na página 1de 420

Polícia Militar e Corpo de

Bombeiros Militar do Estado


da Paraíba – PM-CBM/PB
Soldado PM/BM

Língua Portuguesa
1. Compreensão e intelecção de textos. ...........................................................................................................................1
2. Tipologia textual. .............................................................................................................................................................3
3. Coesão e coerência. .........................................................................................................................................................9
4. Figuras de linguagem. .................................................................................................................................................. 13
5. Ortografia. ...................................................................................................................................................................... 16
6. Acentuação gráfica. ...................................................................................................................................................... 21
7. Emprego do sinal indicativo de crase. ...................................................................................................................... 22
8. Formação, classe e emprego de palavras. ................................................................................................................ 25
9. Sintaxe da oração e do período. ................................................................................................................................. 52
10. Pontuação. ................................................................................................................................................................... 63
11. Concordância nominal e verbal. .............................................................................................................................. 64
12. Colocação pronominal. .............................................................................................................................................. 68
13. Regência nominal e verbal. ...................................................................................................................................... 68
14. Equivalência e transformação de estruturas. 15. Paralelismo sintático. ......................................................... 72
16. Relações de sinonímia e antonímia. ....................................................................................................................... 73

Língua Estrangeira
Inglês: 1. Compreensão de textos. 2. Capacidade de compreender ideias gerais e específicas por meio da análise
de textos selecionados de livros, jornais ou revistas, que abordem temas culturais, literários e científicos. 3.
Itens gramaticais relevantes para a compreensão dos conteúdos semânticos .........................................................1
Espanhol: 1. Compreensão de textos. 2. Capacidade de compreender ideias gerais e específicas por meio da
análise de textos selecionados de livros, jornais ou revistas, que abordem temas culturais, literários e
científicos. 3. Itens gramaticais relevantes para a compreensão dos conteúdos semânticos ............................. 54

Noções de Informática
1. Conceito de Internet e Intranet. ....................................................................................................................................1
2. Ferramentas e aplicativos de navegação, de correio eletrônico, de grupo de discussão, de busca e pesquisa.
.................................................................................................................................................................................................4
3. Principais aplicativos para edição de textos, planilhas eletrônicas, geração de material escrito, audiovisual
e outros. .............................................................................................................................................................................. 13
4. Pacote Microsoft Office. ............................................................................................................................................... 31

Raciocínio Lógico
1. Lógica proporcional. 2. Argumentação lógica. ...........................................................................................................1
3. Raciocínio sequencial. ................................................................................................................................................. 14
4. Raciocínio lógico quantitativo. ................................................................................................................................... 18
5. Raciocínio lógico analítico. ......................................................................................................................................... 26

Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
6. Diagramas lógicos. ....................................................................................................................................................... 29
7. Análise combinatória. .................................................................................................................................................. 34
8. Probabilidade. ............................................................................................................................................................... 34

Geografia da Paraíba
1. Formação do território paraibano ................................................................................................................................1
2. Geografia física: relevo, clima, vegetação, hidrografia ..............................................................................................8
3. Geografia humana: aspectos econômicos, sociais e culturais ............................................................................... 11

História da Paraíba
O sistema de Capitanias Hereditárias e a anexação do território da Paraíba à capitania de Pernambuco; A
criação da Capitania da Paraíba: As expedições de conquista da Paraíba(1574-1585); O europeus na Paraíba;
Os povos indígenas na Paraíba; A fundação da Paraíba; Os Holandeses na Paraíba; A Inquisição na Paraíba e a
expulsão dos Jesuítas; A Paraíba e a independência do Brasil; A Paraíba e a Revolução Praieira; O Ronco da
Abelha na Paraíba; A Paraíba e a Guerra do Paraguai; A Revolta do Quebra-Quilos; A Revolta de Princesa; O
Movimento Revolucionário de 1930; A Paraíba e a Revolução constitucionalista de 1932; A Paraíba e a
intentona Comunista de 1935; A Paraíba e a Segunda Guerra Mundial; A Paraíba e as ligas Camponesas. ........1

Noções de Direito Constitucional


1. Dos Direitos e Garantias Fundamentais em Espécie; 1.2. Direito à vida; 1.3. Direito à Liberdade; 1.4. Princípio
da Igualdade (Art. 5° I); 1.5. Princípio da legalidade e da Anterioridade Penal (Art. 5° ll, XXXIX); 1.6. Liberdade
da Manifestação do Pensamento (Art. 5° lV); 1.7. Inviolabilidade da Intimidade. Vida Privada, Honra e Imagem
(Art. 5° X); 1.8. Inviolabilidade do Lar (Art. 5° XI); 1.9. Sigilo de Correspondência e de Comunicação (Art. 5°
XII); 1.10. Liberdade de Locomoção (Art. 5° XV); 1.11. Direito de Reunião e de Associação (Art. 5° XVI, XVII,
XVIII, XIX, XX e XXI); 1.12. Direito de Propriedade (Art. 5° XXII e XXIII); 1.13. Vedação ao Racismo (Art. 5° XLII);
1.14. Garantia às Integridades Física e Moral do Preso (Art. 5° XLIX); 1.15. Vedação às Provas Ilícitas (Art. 5°
LVI); 1.16. Princípio da Presunção de Inocência (Art. 5° LVII); 1.17. Privilegia Contra a Auto- Incriminação (Art.
5° LXIII). .................................................................................................................................................................................1
2. Dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios (art. 42); ..........................................................6
3. Da Segurança Pública (art.144). ...................................................................................................................................6

Noções de Direito Penal


1. Princípios constitucionais do Direito Penal ................................................................................................................1
2. A lei penal no tempo. 3. A lei penal no espaço ............................................................................................................5
4. Interpretação da lei penal............................................................................................................................................ 11
5. Infração penal: espécies. 6. Sujeito ativo e sujeito passivo da infração penal. 7. Tipicidade, ilicitude,
culpabilidade, punibilidade ............................................................................................................................................. 12
8. Excludentes de ilicitude e de culpabilidade. 9. Imputabilidade penal ................................................................. 15
10. Concurso de pessoas .................................................................................................................................................. 21
11. Crimes contra a pessoa (homicídio, das lesões corporais, da rixa) .................................................................. 24
12. Crimes contra o patrimônio (furto, roubo, extorsão, extorsão mediantes sequestro) .................................. 31
13. Crimes contra a administração pública (peculato e suas formas, concussão, corrupção ativa e passiva,
prevaricação) .................................................................................................................................................................... 36

Noções de Direito Processual Penal


Inquérito Policial. ................................................................................................................................................................1
Da ação penal: Espécies. .....................................................................................................................................................7
Da prisão, das medidas cautelares e da liberdade provisória. ................................................................................. 14

Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
Noções de Direito Militar
Estatuto dos Policiais Militares da Paraíba (Lei 3.909/77): Da Hierarquia e da Disciplina (Art. 12 à 19), Do
Valor Policial Militar (Art. 26), Da Ética Policial Militar (Art. 27 à 29), Dos Deveres Policiais Militares (Art. 30),
Do Compromisso Policial Militar (Art. 31), Do Comando e da Subordinação (Art. 33 à 39). .................................1
Lei Complementar Estadual nº 87/2008. ........................................................................................................................3
Crime militar: caracterização do crime militar (art. 9º do CPM); propriamente e impropriamente militar.
Violência contra superior (art.157 CPM); Violência contra inferior (art.175 CPM); Abandono de Posto (art.195
CPM); Embriaguez em serviço (art. 202 CPM); Dormir em serviço (art. 203 CPM). ............................................. 11
Justiça Militar Estadual. Art. 125, §§ 3º, 4º e 5º CF/88; ............................................................................................ 14
Art. 187 a 198 da Lei Complementar 096/10 (Lei de Organização e Divisão Judiciárias do Estado da Paraíba).
.............................................................................................................................................................................................. 14

Legislação Extravagante
Lei nº 4.898/65 (Abuso de Autoridade) .........................................................................................................................1
Lei nº 8.072/90 (Crimes Hediondos) ..............................................................................................................................3
Lei nº 9.455/97 (Tortura) .................................................................................................................................................6
Lei nº 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), Das disposições Preliminares (Art. 1º à 6º), Da
prevenção (Art. 70 à 85), Da Política de Atendimento (Art.86 à 97), Das medidas de proteção (Art. 98 à 102),
Da prática de Ato Infracional (Art. 103 à 128), Das medidas Pertinentes aos Pais ou responsável (Art. 129 e
130), Do Conselho Tutelar (Art.131 à 140) ....................................................................................................................8
Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento) .................................................................................................... 18

Noções de Sociologia
Reinvindicações populares urbanas. Movimentos sociais e lutas pela moradia. Movimentos sociais e educação.
Movimentos e lutas sociais na história do Brasil. Classes Sociais e movimentos sociais ........................................1

Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
A apostila OPÇÃO não está vinculada a empresa organizadora do concurso público a que se destina,
assim como sua aquisição não garante a inscrição do candidato ou mesmo o seu ingresso na carreira
pública.

O conteúdo dessa apostila almeja abordar os tópicos do edital de forma prática e esquematizada,
porém, isso não impede que se utilize o manuseio de livros, sites, jornais, revistas, entre outros meios
que ampliem os conhecimentos do candidato, visando sua melhor preparação.

Atualizações legislativas, que não tenham sido colocadas à disposição até a data da elaboração da
apostila, poderão ser encontradas gratuitamente no site das apostilas opção, ou nos sites
governamentais.

Informamos que não são de nossa responsabilidade as alterações e retificações nos editais dos
concursos, assim como a distribuição gratuita do material retificado, na versão impressa, tendo em vista
que nossas apostilas são elaboradas de acordo com o edital inicial. Porém, quando isso ocorrer, inserimos
em nosso site, www.apostilasopcao.com.br, no link “erratas”, a matéria retificada, e disponibilizamos
gratuitamente o conteúdo na versão digital para nossos clientes.

Caso haja dúvidas quanto ao conteúdo desta apostila, o adquirente deve acessar o site
www.apostilasopcao.com.br, e enviar sua dúvida, que será respondida o mais breve possível, assim como
para consultar alterações legislativas e possíveis erratas.

Também ficam à disposição do adquirente o telefone (11) 2856-6066, dentro do horário comercial,
para eventuais consultas.

Eventuais reclamações deverão ser encaminhadas por escrito, respeitando os prazos instituídos no
Código de Defesa do Consumidor.

É proibida a reprodução total ou parcial desta apostila, de acordo com o Artigo 184 do Código
Penal.

Apostilas Opção, a opção certa para a sua realização.

Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
LÍNGUA PORTUGUESA

Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Não saber interpretar corretamente um texto pode gerar
inúmeros problemas, afetando não só o desenvolvimento
profissional, mas também o desenvolvimento pessoal. O mundo
moderno cobra de nós inúmeras competências, uma delas é a
proficiência na língua, e isso não se refere apenas a uma boa
comunicação verbal, mas também à capacidade de entender
aquilo que está sendo lido. O analfabetismo funcional está
1. Compreensão e intelecção de relacionado com a dificuldade de decifrar as entrelinhas do
textos. código, pois a leitura mecânica é bem diferente da leitura
interpretativa, aquela que fazemos ao estabelecer analogias e
criar inferências. Para que você não sofra mais com a análise de
Interpretação de Texto
textos, elaboramos algumas dicas para você seguir e tirar suas
dúvidas.
A leitura é o meio mais importante para chegarmos ao
Uma interpretação de texto competente depende de
conhecimento, portanto, precisamos aprender a ler e não
inúmeros fatores, mas nem por isso deixaremos de contemplar
apenas “passar os olhos sobre algum texto”. Ler, na verdade,
alguns que se fazem essenciais para esse exercício. Muitas vezes,
é dar sentido à vida e ao mundo, é dominar a riqueza de
apressados, descuidamo-nos das minúcias presentes em um
qualquer texto, seja literário, informativo, persuasivo, narrativo,
texto, achamos que apenas uma leitura já se faz suficiente, o que
possibilidades que se misturam e as tornam infinitas. É preciso,
não é verdade. Interpretar demanda paciência e, por isso, sempre
para uma boa leitura, exercitar-se na arte de pensar, de captar
releia, pois uma segunda leitura pode apresentar aspectos
ideias, de investigar as palavras… Para isso, devemos entender,
surpreendentes que não foram observados anteriormente.
primeiro, algumas definições importantes:
Para auxiliar na busca de sentidos do texto, você pode também
retirar dele os tópicos frasais presentes em cada parágrafo,
Texto
isso certamente auxiliará na apreensão do conteúdo exposto.
O texto (do latim textum: tecido) é uma unidade básica de
Lembre-se de que os parágrafos não estão organizados, pelo
organização e transmissão de ideias, conceitos e informações de
menos em um bom texto, de maneira aleatória, se estão no lugar
modo geral. Em sentido amplo, uma escultura, um quadro, um
que estão, é porque ali se fazem necessários, estabelecendo
símbolo, um sinal de trânsito, uma foto, um filme, uma novela de
uma relação hierárquica do pensamento defendido, retomando
televisão também são formas textuais.
ideias supracitadas ou apresentando novos conceitos.
Para finalizar, concentre-se nas ideias que de fato foram
Interlocutor
explicitadas pelo autor: os textos argumentativos não costumam
É a pessoa a quem o texto se dirige.
conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente
contidas nas entrelinhas. Devemos nos ater às ideias do autor,
Texto-modelo
isso não quer dizer que você precise ficar preso na superfície
“Não é preciso muito para sentir ciúme. Bastam três – você,
do texto, mas é fundamental que não criemos, à revelia do
uma pessoa amada e uma intrusa. Por isso todo mundo sente.
autor, suposições vagas e inespecíficas. Quem lê com cuidado
Se sua amiga disser que não, está mentindo ou se enganando.
certamente incorre menos no risco de tornar-se um analfabeto
Quem agüenta ver o namorado conversando todo animado com
funcional e ler com atenção é um exercício que deve ser
outra menina sem sentir uma pontinha de não-sei-o-quê? (…)
praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de nós
É normal você querer o máximo de atenção do seu namorado,
leitores proficientes e sagazes. Agora que você já conhece nossas
das suas amigas, dos seus pais. Eles são a parte mais importante
dicas, desejamos a você uma boa leitura e bons estudos!
da sua vida.”
Fonte: http://portugues.uol.com.br/redacao/dicas-para-uma-boa-
(Revista Capricho)
interpretacao-texto.html
Modelo de Perguntas
1) Considerando o texto-modelo, é possível identificar quem
Questões
é o seu interlocutor preferencial?
Um leitor jovem.
O uso da bicicleta no Brasil
2) Quais são as informações (explícitas ou não) que permitem
A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil
a você identificar o interlocutor preferencial do texto?
ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países
Do contexto podemos extrair indícios do interlocutor
como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta
preferencial do texto: uma jovem adolescente, que pode ser
é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez
acometida pelo ciúme. Observa-se ainda , que a revista Capricho
mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa
tem como público-alvo preferencial: meninas adolescentes.
comparação entre todos os meios de transporte, um dos que
A linguagem informal típica dos adolescentes.
oferecem mais vantagens.
A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas
09 DICAS PARA MELHORAR A INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
e a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais
01) Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do
na calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos
assunto;
considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e
02) Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a
prioridade sobre os automotores.
leitura;
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à bicicleta
03) Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo
no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, pois as bikes
menos duas vezes;
não emitem gases nocivos ao ambiente, não consomem petróleo
04) Inferir;
e produzem muito menos sucata de metais, plásticos e borracha;
05) Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
a diminuição dos congestionamentos por excesso de veículos
06) Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do
motorizados, que atingem principalmente as grandes cidades; o
autor;
favorecimento da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito
07) Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor
bom; e a economia no combustível, na manutenção, no seguro e,
compreensão;
claro, nos impostos.
08) Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada
No Brasil, está sendo implantado o sistema de
questão;
compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por exemplo,
09) O autor defende ideias e você deve percebê-las;
o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da Prefeitura, em
Fonte: http://portuguesemfoco.com/09-dicas-para-melhorar-a-
parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, com quase um
interpretacao-de-textos-em-provas/
ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São Paulo, Santos,
Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país aderirem a

Língua Portuguesa 1
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
esse sistema, mais duas capitais já estão com o projeto pronto Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto
em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do compartilhamento é concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum é
semelhante em todas as cidades. Em Porto Alegre, os usuários (A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas.
devem fazer um cadastro pelo site. O valor do passe mensal é (B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas.
R$ 10 e o do passe diário, R$ 5, podendo-se utilizar o sistema (C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas.
durante todo o dia, das 6h às 22h, nas duas modalidades. Em (D) o número excessivo de automóveis nas ruas.
todas as cidades que já aderiram ao projeto, as bicicletas estão (E) o uso de novas tecnologias no transporte público.
espalhadas em pontos estratégicos.
A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção 04. Considere o cartum de Douglas Vieira.
não está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não Televisão
sabem que a bicicleta já é considerada um meio de transporte,
ou desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de
um trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas,
ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas vezes,
discussões e acidentes que poderiam ser evitados.
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A
verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão
totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso
é tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A
maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e
caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos
ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos
e deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de
vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender (http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br.
que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para Adaptado)
poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro,
as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com É correto concluir que, de acordo com o cartum,
campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos (A) os tipos de entretenimento disponibilizados pelo livro ou
pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo. pela TV são equivalentes.
(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado) (B) o livro, em comparação com a TV, leva a uma imaginação
mais ativa.
01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de (C) o indivíduo que prefere ler a assistir televisão é alguém
locomoção nas metrópoles brasileiras que não sabe se distrair.
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra (D) a leitura de um bom livro é tão instrutiva quanto assistir
devido à falta de regulamentação. a um programa de televisão.
(B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido (E) a televisão e o livro estimulam a imaginação de modo
incentivado em várias cidades. idêntico, embora ler seja mais prazeroso.
(C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela
maioria dos moradores. Leia o texto para responder às questões:
(D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os
demais meios de transporte. Propensão à ira de trânsito
(E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade
arriscada e pouco salutar. Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente
perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais seguro
02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos do mundo, existem muitas variáveis de risco no trânsito, como
objetivos centrais do texto é clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas.
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do E com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas
ciclista. não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, mas
(B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é também se engajam num comportamento de risco – algumas até
mais seguro do que dirigir um carro. agem especificamente para irritar o outro motorista ou impedir
(C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta que este chegue onde precisa.
no Brasil. Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá
(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio de ter antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando um
locomoção se consolidou no Brasil. motorista a tomar decisões irracionais.
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista deve Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocionante.
dar prioridade ao pedestre. Para muitos de nós, os carros são a extensão de nossa
personalidade e podem ser o bem mais valioso que possuímos.
03. Considere o cartum de Evandro Alves. Dirigir pode ser a expressão de liberdade para alguns, mas
Afogado no Trânsito também é uma atividade que tende a aumentar os níveis de
estresse, mesmo que não tenhamos consciência disso no
momento.
Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez que
entra no trânsito, você se junta a uma comunidade de outros
motoristas, todos com seus objetivos, medos e habilidades ao
volante. Os psicólogos Leon James e Diane Nahl dizem que um
dos fatores da ira de trânsito é a tendência de nos concentrarmos
em nós mesmos, descartando o aspecto comunitário do ato de
dirigir.
Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, o
Dr. James acredita que a causa principal da ira de trânsito não
são os congestionamentos ou mais motoristas nas ruas, e sim
como nossa cultura visualiza a direção agressiva. As crianças
aprendem que as regras normais em relação ao comportamento
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br) e à civilidade não se aplicam quando dirigimos um carro. Elas
podem ver seus pais envolvidos em comportamentos de disputa

Língua Portuguesa 2
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
ao volante, mudando de faixa continuamente ou dirigindo em Relato de fatos;
alta velocidade, sempre com pressa para chegar ao destino.
Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos Presença de narrador, personagens, enredo, cenário, tempo;
sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era descarregar
Apresentação de um conflito;
a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a descarga de
frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma situação de ira Uso de verbos de ação;
de trânsito, a descarga de frustrações pode transformar um
Geralmente, é mesclada de descrições;
incidente em uma violenta briga.
Com isso em mente, não é surpresa que brigas violentas O diálogo direto é frequente.
aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas está
predisposta a apresentar um comportamento irracional quando Dissertação
dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a maior parte das
pessoas fica emocionalmente incapacitada quando dirige. O que
deve ser feito, dizem os psicólogos, é estar ciente de seu estado Expõe um tema, explica, avalia, classifica, analisa;
emocional e fazer as escolhas corretas, mesmo quando estiver É um tipo de texto argumentativo.
tentado a agir só com a emoção.
(Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.uol.com.br/
Defesa de um argumento:
furia-no-transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013. Adaptado)
a) apresentação de uma tese que será defendida,
b) desenvolvimento ou argumentação,
05. Tomando por base as informações contidas no texto, é c) fechamento;
correto afirmar que Predomínio da linguagem objetiva;
(A) os comportamentos de disputa ao volante acontecem à
medida que os motoristas se envolvem em decisões conscientes. Prevalece a denotação.
(B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são causadas
pela constante preocupação dos motoristas com o aspecto Carta
comunitário do ato de dirigir.
(C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas é Esse é um tipo de texto que se caracteriza por envolver um
o principal motivo que provoca, nos motoristas, uma direção remetente e um destinatário;
agressiva.
(D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de É normalmente escrita em primeira pessoa, e sempre visa um
experiências e atividades não só individuais como também tipo de leitor;
sociais. É necessário que se utilize uma linguagem adequada com
(E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle das o tipo de destinatário e que durante a carta não se perca a
emoções positivas por parte dos motoristas. visão daquele para quem o texto está sendo escrito.

Respostas Descrição
1. (B) / 2. (A) / 3. (D) / 4. (B) / 5. (D)
É a representação com palavras de um objeto, lugar, situação
ou coisa, onde procuramos mostrar os traços mais particulares
2. Tipologia textual. ou individuais do que se descreve. É qualquer elemento que seja
apreendido pelos sentidos e transformado, com palavras, em
imagens.
Sempre que se expõe com detalhes um objeto, uma pessoa
Tipos Textuais ou uma paisagem a alguém, está fazendo uso da descrição. Não
é necessário que seja perfeita, uma vez que o ponto de vista do
Para escrever um texto, necessitamos de técnicas que observador varia de acordo com seu grau de percepção. Dessa
implicam no domínio de capacidades linguísticas. Temos dois forma, o que será importante ser analisado para um, não será
momentos: o de formular pensamentos (o que se quer dizer) para outro.
e o de expressá-los por escrito (o escrever propriamente dito). A vivência de quem descreve também influencia na hora de
Fazer um texto, seja ele de que tipo for, não significa apenas transmitir a impressão alcançada sobre determinado objeto,
escrever de forma correta, mas sim, organizar ideias sobre pessoa, animal, cena, ambiente, emoção vivida ou sentimento.
determinado assunto.
E para expressarmos por escrito, existem alguns modelos de Exemplos:
expressão escrita: Descrição – Narração – Dissertação. (I) “De longe via a aleia onde a tarde era clara e redonda. Mas
a penumbra dos ramos cobria o atalho.
Descrição Ao seu redor havia ruídos serenos, cheiro de árvores,
Expõe características dos seres ou das coisas, apresenta uma pequenas surpresas entre os cipós. Todo o jardim triturado
visão; pelos instantes já mais apressados da tarde. De onde vinha o
meio sonho pelo qual estava rodeada? Como por um zunido de
É um tipo de texto figurativo; abelhas e aves. Tudo era estranho, suave demais, grande demais.”
Retrato de pessoas, ambientes, objetos;
(extraído de “Amor”, Laços de Família, Clarice Lispector)
Predomínio de atributos;
Uso de verbos de ligação; (II) Chamava-se Raimundo este pequeno, e era mole,
aplicado, inteligência tarda. Raimundo gastava duas horas em
Frequente emprego de metáforas, comparações e outras reter aquilo que a outros levava apenas trinta ou cinquenta
figuras de linguagem; minutos; vencia com o tempo o que não podia fazer logo com o
Tem como resultado a imagem física ou psicológica. cérebro. Reunia a isso grande medo ao pai. Era uma criança fina,
pálida, cara doente; raramente estava alegre. Entrava na escola
Narração depois do pai e retiravase antes. O mestre era mais severo com
ele do que conosco.
Expõe um fato, relaciona mudanças de situação, aponta
antes, durante e depois dos acontecimentos (geralmente); (Machado de Assis. “Conto de escola”. Contos. 3ed. São
É um tipo de texto sequencial; Paulo, Ática, 1974, págs. 3132.)

Língua Portuguesa 3
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Esse texto traça o perfil de Raimundo, o filho do professor da - Predominância de verbos de estado, situação ou indicadores
escola que o escritor frequentava. de propriedades, atitudes, qualidades, usados principalmente
Deve-se notar: no presente e no imperfeito do indicativo (ser, estar, haver,
- que todas as frases expõem ocorrências simultâneas (ao situar-se, existir, ficar).
mesmo tempo que gastava duas horas para reter aquilo que os - Ênfase na adjetivação para melhor caracterizar o que é
outros levavam trinta ou cinquenta minutos, Raimundo tinha descrito;
grande medo ao pai); - Emprego de figuras (metáforas, metonímias, comparações,
- por isso, não existe uma ocorrência que possa ser sinestesias).
considerada cronologicamente anterior a outra do ponto de - Uso de advérbios de localização espacial.
vista do relato (no nível dos acontecimentos, entrar na escola é
cronologicamente anterior a retirar-se dela; no nível do relato, Recursos:
porém, a ordem dessas duas ocorrências é indiferente: o que o - Usar impressões cromáticas (cores) e sensações térmicas.
escritor quer é explicitar uma característica do menino, e não Ex: O dia transcorria amarelo, frio, ausente do calor alegre do
traçar a cronologia de suas ações); sol.
- ainda que se fale de ações (como entrava, retirava-se), todas - Usar o vigor e relevo de palavras fortes, próprias, exatas,
elas estão no pretérito imperfeito, que indica concomitância em concretas. Ex: As criaturas humanas transpareciam um céu
relação a um marco temporal instalado no texto (no caso, o ano sereno, uma pureza de cristal.
de 1840, em que o escritor frequentava a escola da Rua da Costa) - As sensações de movimento e cor embelezam o poder da
e, portanto, não denota nenhuma transformação de estado; natureza e a figura do homem. Ex: Era um verde transparente
- se invertêssemos a sequência dos enunciados, não que deslumbrava e enlouquecia qualquer um.
correríamos o risco de alterar nenhuma relação cronológica - A frase curta e penetrante dá um sentido de rapidez do
poderíamos mesmo colocar o últímo período em primeiro lugar texto. Ex: Vida simples. Roupa simples. Tudo simples. O pessoal,
e ler o texto do fim para o começo: O mestre era mais severo com muito crente.
ele do que conosco. Entrava na escola depois do pai e retirava-se
antes... A descrição pode ser apresentada sob duas formas:
Descrição Objetiva: quando o objeto, o ser, a cena, a passagem
Características: são apresentadas como realmente são, concretamente. Ex: “Sua
- Ao fazer a descrição enumeramos características, altura é 1,85m. Seu peso, 70 kg. Aparência atlética, ombros largos,
comparações e inúmeros elementos sensoriais; pele bronzeada. Moreno, olhos negros, cabelos negros e lisos”.
- As personagens podem ser caracterizadas física e Não se dá qualquer tipo de opinião ou julgamento. Exemplo:
psicologicamente, ou pelas ações; “ A casa velha era enorme, toda em largura, com porta central
- A descrição pode ser considerada um dos elementos que se alcançava por três degraus de pedra e quatro janelas de
constitutivos da dissertação e da argumentação; guilhotina para cada lado. Era feita de pau-a-pique barreado,
- é impossível separar narração de descrição; dentro de uma estrutura de cantos e apoios de madeira-de-lei.
- O que se espera não é tanto a riqueza de detalhes, mas sim a Telhado de quatro águas. Pintada de roxo-claro. Devia ser mais
capacidade de observação que deve revelar aquele que a realiza; velha que Juiz de Fora, provavelmente sede de alguma fazenda
- Utilizam, preferencialmente, verbos de ligação. Exemplo: que tivesse ficado, capricho da sorte, na linha de passagem da
“(...) Ângela tinha cerca de vinte anos; parecia mais velha pelo variante do Caminho Novo que veio a ser a Rua Principal, depois
desenvolvimento das proporções. Grande, carnuda, sanguínea a Rua Direita – sobre a qual ela se punha um pouco de esguelha
e fogosa, era um desses exemplares excessivos do sexo que e fugindo ligeiramente do alinhamento (...).” (Pedro Nava – Baú
parecem conformados expressamente para esposas da multidão de Ossos)
(...)” (Raul Pompéia – O Ateneu);
- Como na descrição o que se reproduz é simultâneo, não Descrição Subjetiva: quando há maior participação da
existe relação de anterioridade e posterioridade entre seus emoção, ou seja, quando o objeto, o ser, a cena, a paisagem são
enunciados; transfigurados pela emoção de quem escreve, podendo opinar
- Devem-se evitar os verbos e, se isso não for possível, que ou expressar seus sentimentos. Ex: “Nas ocasiões de aparato é
se usem então as formas nominais, o presente e o pretério que se podia tomar pulso ao homem. Não só as condecorações
imperfeito do indicativo, dando-se sempre preferência aos gritavam-lhe no peito como uma couraça de grilos. Ateneu! Ateneu!
verbos que indiquem estado ou fenômeno. Aristarco todo era um anúncio; os gestos, calmos, soberanos,
- Todavia deve predominar o emprego das comparações, dos calmos, eram de um rei...” (“O Ateneu”, Raul Pompéia)
adjetivos e dos advérbios, que conferem colorido ao texto. “(...) Quando conheceu Joca Ramiro, então achou outra
esperança maior: para ele, Joca Ramiro era único homem, par-
A característica fundamental de um texto descritivo é essa de-frança, capaz de tomar conta deste sertão nosso, mandando
inexistência de progressão temporal. Pode-se apresentar, numa por lei, de sobregoverno.”
descrição, até mesmo ação ou movimento, desde que eles sejam (Guimarães Rosa – Grande Sertão: Veredas)
sempre simultâneos, não indicando progressão de uma situação
anterior para outra posterior. Tanto é que uma das marcas Os efeitos de sentido criados pela disposição dos elementos
linguísticas da descrição é o predomínio de verbos no presente descritivos:
ou no pretérito imperfeito do indicativo: o primeiro expressa Como se disse anteriormente, do ponto de vista da progressão
concomitância em relação ao momento da fala; o segundo, em temporal, a ordem dos enunciados na descrição é indiferente,
relação a um marco temporal pretérito instalado no texto. uma vez que eles indicam propriedades ou características que
Para transformar uma descrição numa narração, bastaria ocorrem simultaneamente. No entanto, ela não é indiferente do
introduzir um enunciado que indicasse a passagem de um ponto de vista dos efeitos de sentido: descrever de cima para
estado anterior para um posterior. No caso do texto II inicial, baixo ou viceversa, do detalhe para o todo ou do todo para o
para transformá-lo em narração, bastaria dizer: Reunia a isso detalhe cria efeitos de sentido distintos.
grande medo do pai. Mais tarde, Iibertou-se desse medo... Observe os dois quartetos do soneto “Retrato Próprio”, de
Bocage:
Características Linguísticas:
O enunciado narrativo, por ter a representação de Magro, de olhos azuis, carão moreno,
um acontecimento, fazer-transformador, é marcado pela bem servido de pés, meão de altura,
temporalidade, na relação situação inicial e situação final, triste de facha, o mesmo de figura,
enquanto que o enunciado descritivo, não tendo transformação, nariz alto no meio, e não pequeno.
é atemporal.
Na dimensão linguística, destacam-se marcas sintático- Incapaz de assistir num só terreno,
semânticas encontradas no texto que vão facilitar a compreensão: mais propenso ao furor do que à ternura;

Língua Portuguesa 4
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
bebendo em níveas mãos por taça escura - Conclusão: retomada de qualquer outro aspecto de caráter
de zelos infernais letal veneno. geral.
Obras de Bocage. Porto, Lello & Irmão,1968, pág. 497.
Descrição de pessoas (II):
O poeta descreve-se das características físicas para as - Introdução: primeira impressão ou abordagem de qualquer
características morais. Se fizesse o inverso, o sentido não seria aspecto de caráter geral.
o mesmo, pois as características físicas perderiam qualquer - Desenvolvimento: análise das características físicas,
relevo. associadas às características psicológicas (1ª parte).
O objetivo de um texto descritivo é levar o leitor a - Desenvolvimento: análise das características físicas,
visualizar uma cena. É como traçar com palavras o retrato de associadas às características psicológicas (2ª parte).
um objeto, lugar, pessoa etc., apontando suas características - Conclusão: retomada de qualquer outro aspecto de caráter
exteriores, facilmente identificáveis (descrição objetiva), ou geral.
suas características psicológicas e até emocionais (descrição
subjetiva). A descrição, ao contrário da narrativa, não supõe ação. É uma
Uma descrição deve privilegiar o uso frequente de adjetivos, estrutura pictórica, em que os aspectos sensoriais predominam.
também denominado adjetivação. Para facilitar o aprendizado Porque toda técnica descritiva implica contemplação e
desta técnica, sugere-se que o concursando, após escrever seu apreensão de algo objetivo ou subjetivo, o redator, ao descrever,
texto, sublinhe todos os substantivos, acrescentando antes ou precisa possuir certo grau de sensibilidade. Assim como o pintor
depois deste um adjetivo ou uma locução adjetiva. capta o mundo exterior ou interior em suas telas, o autor de uma
descrição focaliza cenas ou imagens, conforme o permita sua
Descrição de objetos constituídos de uma só parte: sensibilidade.
- Introdução: observações de caráter geral referentes à
procedência ou localização do objeto descrito. Conforme o objetivo a alcançar, a descrição pode ser não-
- Desenvolvimento: detalhes (lª parte) formato (comparação literária ou literária. Na descrição não-literária, há maior
com figuras geométricas e com objetos semelhantes); dimensões preocupação com a exatidão dos detalhes e a precisão vocabular.
(largura, comprimento, altura, diâmetro etc.) Por ser objetiva, há predominância da denotação.
- Desenvolvimento: detalhes (2ª parte) material, peso, cor/
brilho, textura. Textos descritivos não-literários: A descrição técnica é
- Conclusão: observações de caráter geral referentes a sua um tipo de descrição objetiva: ela recria o objeto usando uma
utilidade ou qualquer outro comentário que envolva o objeto linguagem científica, precisa. Esse tipo de texto é usado para
como um todo. descrever aparelhos, o seu funcionamento, as peças que os
compõem, para descrever experiências, processos, etc.
Descrição de objetos constituídos por várias partes: Exemplo:
- Introdução: observações de caráter geral referentes à Folheto de propaganda de carro
procedência ou localização do objeto descrito. Conforto interno - É impossível falar de conforto sem incluir
- Desenvolvimento: enumeração e rápidos comentários das o espaço interno. Os seus interiores são amplos, acomodando
partes que compõem o objeto, associados à explicação de como tranquilamente passageiros e bagagens. O Passat e o Passat
as partes se agrupam para formar o todo. Variant possuem direção hidráulica e ar condicionado de
- Desenvolvimento: detalhes do objeto visto como um todo elevada capacidade, proporcionando a climatização perfeita do
(externamente) formato, dimensões, material, peso, textura, cor ambiente.
e brilho. Porta-malas - O compartimento de bagagens possui
- Conclusão: observações de caráter geral referentes a sua capacidade de 465 litros, que pode ser ampliada para até 1500
utilidade ou qualquer outro comentário que envolva o objeto em litros, com o encosto do banco traseiro rebaixado.
sua totalidade. Tanque - O tanque de combustível é confeccionado em
plástico reciclável e posicionado entre as rodas traseiras, para
Descrição de ambientes: evitar a deformação em caso de colisão.
- Introdução: comentário de caráter geral.
- Desenvolvimento: detalhes referentes à estrutura global do Textos descritivos literários: Na descrição literária
ambiente: paredes, janelas, portas, chão, teto, luminosidade e predomina o aspecto subjetivo, com ênfase no conjunto de
aroma (se houver). associações conotativas que podem ser exploradas a partir de
- Desenvolvimento: detalhes específicos em relação a objetos descrições de pessoas; cenários, paisagens, espaço; ambientes;
lá existentes: móveis, eletrodomésticos, quadros, esculturas ou situações e coisas. Vale lembrar que textos descritivos também
quaisquer outros objetos. podem ocorrer tanto em prosa como em verso.
- Conclusão: observações sobre a atmosfera que paira no
ambiente. Narração

Descrição de paisagens: A Narração é um tipo de texto que relata uma história real,
- Introdução: comentário sobre sua localização ou qualquer fictícia ou mescla dados reais e imaginários. O texto narrativo
outra referência de caráter geral. apresenta personagens que atuam em um tempo e em um
- Desenvolvimento: observação do plano de fundo espaço, organizados por uma narração feita por um narrador.
(explicação do que se vê ao longe). É uma série de fatos situados em um espaço e no tempo,
- Desenvolvimento: observação dos elementos mais tendo mudança de um estado para outro, segundo relações
próximos do observador explicação detalhada dos elementos de sequencialidade e causalidade, e não simultâneos como na
que compõem a paisagem, de acordo com determinada ordem. descrição. Expressa as relações entre os indivíduos, os conflitos e
- Conclusão: comentários de caráter geral, concluindo acerca as ligações afetivas entre esses indivíduos e o mundo, utilizando
da impressão que a paisagem causa em quem a contempla. situações que contêm essa vivência.
Todas as vezes que uma história é contada (é narrada),
Descrição de pessoas (I): o narrador acaba sempre contando onde, quando, como e
- Introdução: primeira impressão ou abordagem de qualquer com quem ocorreu o episódio. É por isso que numa narração
aspecto de caráter geral. predomina a ação: o texto narrativo é um conjunto de ações;
- Desenvolvimento: características físicas (altura, peso, cor assim sendo, a maioria dos verbos que compõem esse tipo de
da pele, idade, cabelos, olhos, nariz, boca, voz, roupas). texto são os verbos de ação. O conjunto de ações que compõem
- Desenvolvimento: características psicológicas o texto narrativo, ou seja, a história que é contada nesse tipo de
(personalidade, temperamento, caráter, preferências, texto recebe o nome de enredo.
inclinações, postura, objetivos).

Língua Portuguesa 5
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
As ações contidas no texto narrativo são praticadas pelas - Narrador-onisciente: é o que sabe tudo sobre o enredo
personagens, que são justamente as pessoas envolvidas e as personagens, revelando seus pensamentos e sentimentos
no episódio que está sendo contado. As personagens são íntimos. Narra em 3ª pessoa e sua voz, muitas vezes, aparece
identificadas (nomeadas) no texto narrativo pelos substantivos misturada com pensamentos dos personagens (discurso
próprios. indireto livre).
Quando o narrador conta um episódio, às vezes (mesmo sem
querer) ele acaba contando “onde” (em que lugar)  as ações do Estrutura:
enredo foram realizadas pelas personagens. O lugar onde ocorre - Apresentação: é a parte do texto em que são apresentados
uma ação ou ações  é chamado de espaço, representado no texto alguns personagens e expostas algumas circunstâncias da
pelos advérbios de lugar. história, como o momento e o lugar onde a ação se desenvolverá.
Além de contar onde, o narrador também pode esclarecer - Complicação: é a parte do texto em que se inicia
“quando” ocorreram as ações da história. Esse elemento da propriamente a ação. Encadeados, os episódios se sucedem,
narrativa é o tempo, representado no texto narrativo através conduzindo ao clímax.
dos tempos verbais, mas principalmente pelos advérbios de - Clímax: é o ponto da narrativa em que a ação atinge seu
tempo. É o tempo que ordena as ações no texto narrativo: é ele momento crítico, tornando o desfecho inevitável.
que indica ao leitor “como” o fato narrado aconteceu. - Desfecho: é a solução do conflito produzido pelas ações
A história contada, por isso, passa por uma introdução dos personagens.
(parte inicial da história, também chamada de prólogo), pelo
desenvolvimento do enredo (é a história propriamente dita, Tipos de Personagens:
o meio, o “miolo” da narrativa, também chamada de trama) Os personagens têm muita importância na construção de um
e termina com a conclusão da história (é o final ou epílogo). texto narrativo, são elementos vitais. Podem ser principais ou
Aquele que conta a história é o narrador,  que pode ser pessoal secundários, conforme o papel que desempenham no enredo,
(narra em 1ª pessoa: Eu) ou impessoal (narra em 3ª pessoa: podem ser apresentados direta ou indiretamente.
Ele). A apresentação direta acontece quando o personagem
Assim, o texto narrativo é sempre estruturado por verbos aparece de forma clara no texto, retratando suas características
de ação, por advérbios de tempo, por advérbios de lugar e pelos físicas e/ou psicológicas, já a apresentação indireta se dá quando
substantivos que nomeiam as personagens, que são os agentes os personagens aparecem aos poucos e o leitor vai construindo
do texto, ou seja, aquelas pessoas que fazem as ações expressas a sua imagem com o desenrolar do enredo, ou seja, a partir de
pelos verbos, formando uma rede: a própria história contada. suas ações, do que ela vai fazendo e do modo como vai fazendo.
Tudo na narrativa depende do narrador, da voz que conta a
história. - Em 1ª pessoa:
Personagem Principal: há um “eu” participante que conta a
Elementos Estruturais (I): história e é o protagonista.
- Enredo: desenrolar dos acontecimentos. Observador: é como se dissesse: É verdade, pode acreditar,
- Personagens: são seres que se movimentam, se relacionam eu estava lá e vi.
e dão lugar à trama que se estabelece na ação. Revelam-se por
meio de características físicas ou psicológicas. Os personagens - Em 3ª pessoa:
podem ser lineares (previsíveis), complexos, tipos sociais
(trabalhador, estudante, burguês etc.) ou tipos humanos (o Onisciente: não há um eu que conta; é uma terceira pessoa.
medroso, o tímido, o avarento etc.), heróis ou antiheróis, Narrador Objetivo: não se envolve, conta a história como
protagonistas ou antagonistas. sendo vista por uma câmara ou filmadora. Exemplo:
- Narrador: é quem conta a história.
- Espaço: local da ação. Pode ser físico ou psicológico.
- Tempo: época em que se passa a ação. Cronológico: o Tipos de Discurso:
tempo convencional (horas, dias, meses); Psicológico: o tempo Discurso Direto: o narrador passa a palavra diretamente
interior, subjetivo. para o personagem, sem a sua interferência.
Discurso Indireto: o narrador conta o que o personagem
Elementos Estruturais (II): diz, sem lhe passar diretamente a palavra.
Personagens Quem? Protagonista/Antagonista Discurso Indireto-Livre: ocorre uma fusão entre a fala do
Acontecimento O quê? Fato personagem e a fala do narrador. É um recurso relativamente
Tempo Quando? Época em que ocorreu o fato recente. Surgiu com romancistas inovadores do século XX.
Espaço Onde? Lugar onde ocorreu o fato
Modo Como? De que forma ocorreu o fato Sequência Narrativa:
Causa Por quê? Motivo pelo qual ocorreu o fato
Resultado - previsível ou imprevisível. Uma narrativa não tem uma única mudança, mas várias:
Final - Fechado ou Aberto. uma coordenase a outra, uma implica a outra, uma subordinase
a outra.
Esses elementos estruturais combinam-se e articulam-se A narrativa típica tem quatro mudanças de situação:
de tal forma, que não é possível compreendê-los isoladamente, - uma em que uma personagem passa a ter um querer ou um
como simples exemplos de uma narração. Há uma relação dever (um desejo ou uma necessidade de fazer algo);
de implicação mútua entre eles, para garantir coerência e - uma em que ela adquire um saber ou um poder (uma
verossimilhança à história narrada. competência para fazer algo);
Quanto aos elementos da narrativa, esses não estão, - uma em que a personagem executa aquilo que queria ou
obrigatoriamente sempre presentes no discurso, exceto as devia fazer (é a mudança principal da narrativa);
personagens ou o fato a ser narrado. - uma em que se constata que uma transformação se deu e
em que se podem atribuir prêmios ou castigos às personagens
Existem três tipos de foco narrativo: (geralmente os prêmios são para os bons, e os castigos, para os
maus).
- Narrador-personagem: é aquele que conta a história na
qual é participante. Nesse caso ele é narrador e personagem ao Toda narrativa tem essas quatro mudanças, pois elas se
mesmo tempo, a história é contada em 1ª pessoa. pressupõem logicamente. Com efeito, quando se constata a
- Narrador-observador: é aquele que conta a história como realização de uma mudança é porque ela se verificou, e ela
alguém que observa tudo que acontece e transmite ao leitor, a efetuase porque quem a realiza pode, sabe, quer ou deve fazêla.
história é contada em 3ª pessoa. Tomemos, por exemplo, o ato de comprar um apartamento:
quando se assina a escritura, realizase o ato de compra; para

Língua Portuguesa 6
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
isso, é necessário poder (ter dinheiro) e querer ou dever Exemplo - Personagens
comprar (respectivamente, querer deixar de pagar aluguel ou
ter necessidade de mudar, por ter sido despejado, por exemplo). “Aboletado na varanda, lendo Graciliano Ramos, O Dr.
Algumas mudanças são necessárias para que outras se Amâncio não viu a mulher chegar.
deem. Assim, para apanhar uma fruta, é necessário apanhar um Não quer que se carpa o quintal, moço?
bambu ou outro instrumento para derrubála. Para ter um carro, Estava um caco: mal vestida, cheirando a fumaça, a face
é preciso antes conseguir o dinheiro. escalavrada. Mas os olhos... (sempre guardam alguma coisa do
passado, os olhos).”
Narrativa e Narração (Kiefer, Charles. A dentadura postiça. Porto Alegre: Mercado
Aberto, p. 5O)
Existe alguma diferença entre as duas? Sim. A narratividade
é um componente narrativo que pode existir em textos que Exemplo - Espaço
não são narrações. A narrativa é a transformação de situações.
Por exemplo, quando se diz “Depois da abolição, incentivouse Considerarei longamente meu pequeno deserto, a redondeza
a imigração de europeus”, temos um texto dissertativo, que, escura e uniforme dos seixos. Seria o leito seco de algum rio. Não
no entanto, apresenta um componente narrativo, pois contém havia, em todo o caso, como negarlhe a insipidez.”
uma mudança de situação: do não incentivo ao incentivo da
imigração européia. (Linda, Ieda. As amazonas segundo tio Hermann. Porto
Se a narrativa está presente em quase todos os tipos de texto, Alegre: Movimento, 1981, p. 51)
o que é narração?
A narração é um tipo de narrativa. Tem ela três características: Exemplo - Tempo
- é um conjunto de transformações de situação (o texto de
Manuel Bandeira – “Porquinho-da-índia”, como vimos, preenche “Sete da manhã. Honorato Madeira acorda e lembrase: a
essa condição); mulher lhe pediu que a chamasse cedo.”
- é um texto figurativo, isto é, opera com personagens e fatos
concretos (o texto “Porquinho-daíndia» preenche também esse (Veríssimo, Érico. Caminhos Cruzados. p.4)
requisito);
- as mudanças relatadas estão organizadas de maneira tal Tipologia da Narrativa Ficcional:
que, entre elas, existe sempre uma relação de anterioridade e - Romance
posterioridade (no texto “Porquinhodaíndia» o fato de ganhar - Conto
o animal é anterior ao de ele estar debaixo do fogão, que por - Crônica
sua vez é anterior ao de o menino leválo para a sala, que por seu - Fábula
turno é anterior ao de o porquinhoda-índia voltar ao fogão). - Lenda
- Parábola
Essa relação de anterioridade e posterioridade é sempre - Anedota
pertinente num texto narrativo, mesmo que a sequência linear - Poema Épico
da temporalidade apareça alterada. Assim, por exemplo, no
romance machadiano Memórias póstumas de Brás Cubas, Tipologia da Narrativa NãoFiccional:
quando o narrador começa contando sua morte para em - Memorialismo
seguida relatar sua vida, a sequência temporal foi modificada. - Notícias
No entanto, o leitor reconstitui, ao longo da leitura, as relações - Relatos
de anterioridade e de posterioridade. - História da Civilização
Resumindo: na narração, as três características explicadas
acima (transformação de situações, figuratividade e relações Apresentação da Narrativa:
de anterioridade e posterioridade entre os episódios relatados) - visual: texto escrito; legendas + desenhos (história em
devem estar presentes conjuntamente. Um texto que tenha só quadrinhos) e desenhos.
uma ou duas dessas características não é uma narração. - auditiva: narrativas radiofonizadas; fitas gravadas e discos.
- audiovisual: cinema; teatro e narrativas televisionadas.
Esquema que pode facilitar a elaboração de seu texto
narrativo: Dissertação
- Introdução: citar o fato, o tempo e o lugar, ou seja, o que
aconteceu, quando e onde. A dissertação é uma exposição, discussão ou interpretação
- Desenvolvimento: causa do fato e apresentação dos de uma determinada ideia. É, sobretudo, analisar algum tema.
personagens. Pressupõe um exame crítico do assunto, lógica, raciocínio,
- Desenvolvimento: detalhes do fato. clareza, coerência, objetividade na exposição, um planejamento
- Conclusão: consequências do fato. de trabalho e uma habilidade de expressão.
É em função da capacidade crítica que se questionam
Caracterização Formal: pontos da realidade social, histórica e psicológica do mundo
Em geral, a narrativa se desenvolve na prosa. O aspecto e dos semelhantes. Vemos também, que a dissertação no seu
narrativo apresenta, até certo ponto, alguma subjetividade, significado diz respeito a um tipo de texto em que a exposição
porquanto a criação e o colorido do contexto estão em função de uma ideia, através de argumentos, é feita com a finalidade
da individualidade e do estilo do narrador. Dependendo do de desenvolver um conteúdo científico, doutrinário ou artístico.
enfoque do redator, a narração terá diversas abordagens. Assim Observe-se que:
é de grande importância saber se o relato é feito em primeira - o texto é temático, pois analisa e interpreta a realidade
pessoa ou terceira pessoa. No primeiro caso, há a participação com conceitos abstratos e genéricos (não se fala de um homem
do narrador; segundo, há uma inferência do último através da particular e do que faz para chegar a ser primeiroministro, mas
onipresença e onisciência. do homem em geral e de todos os métodos para atingir o poder);
Quanto à temporalidade, não há rigor na ordenação dos - existe mudança de situação no texto (por exemplo, a
acontecimentos: esses podem oscilar no tempo, transgredindo mudança de atitude dos que clamam contra a corrupção da corte
o aspecto linear e constituindo o que se denomina “flashback”. no momento em que se tornam primeirosministros);
O narrador que usa essa técnica (característica comum no - a progressão temporal dos enunciados não tem importância,
cinema moderno) demonstra maior criatividade e originalidade, pois o que importa é a relação de implicação (clamar contra a
podendo observar as ações ziguezagueando no tempo e no corrupção da corte implica ser corrupto depois da nomeação
espaço. para primeiroministro).

Língua Portuguesa 7
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Características: - Comparação: estabelecer analogias, confrontar situações
- ao contrário do texto narrativo e do descritivo, ele é distintas.
temático; - Bilateralidade: quando o tema proposto apresenta pontos
- como o texto narrativo, ele mostra mudanças de situação; favoráveis e desfavoráveis.
- ao contrário do texto narrativo, nele as relações de - Ilustração Narrativa ou Descritiva: narrar um fato ou
anterioridade e de posterioridade dos enunciados não têm maior descrever uma cena.
importância o que importa são suas relações lógicas: analogia, - Cifras e Dados Estatísticos: citar cifras e dados estatísticos.
pertinência, causalidade, coexistência, correspondência, - Hipótese: antecipa uma previsão, apontando para
implicação, etc. prováveis resultados.
- a estética e a gramática são comuns a todos os tipos de - Interrogação: Toda sucessão de interrogações deve
redação. Já a estrutura, o conteúdo e a estilística possuem apresentar questionamento e reflexão.
características próprias a cada tipo de texto. - Refutação: questiona-se praticamente tudo: conceitos,
  valores, juízos.
São partes da dissertação: Introdução / Desenvolvimento - Causa e Consequência: estruturar o texto através dos
/ Conclusão. porquês de uma determinada situação.
- Oposição: abordar um assunto de forma dialética.
Introdução: em que se apresenta o assunto; se apresenta a - Exemplificação: dar exemplos.
ideia principal, sem, no entanto, antecipar seu desenvolvimento.
Tipos: Conclusão: é uma avaliação final do assunto, um fechamento
- Divisão: quando há dois ou mais termos a serem discutidos. integrado de tudo que se argumentou. Para ela convergem todas
Ex: “Cada criatura humana traz duas almas consigo: uma que as ideias anteriormente desenvolvidas.
olha de dentro para fora, outra que olha de fora para dentro...” - Conclusão Fechada: recupera a ideia da tese.
- Alusão Histórica: um fato passado que se relaciona a um - Conclusão Aberta: levanta uma hipótese, projeta um
fato presente. Ex: “A crise econômica que teve início no começo pensamento ou faz uma proposta, incentivando a reflexão de
dos anos 80, com os conhecidos altos índices de inflação que quem lê.
a década colecionou, agravou vários dos históricos problemas
sociais do país. Entre eles, a violência, principalmente a urbana, 1º Parágrafo – Introdução
cuja escalada tem sido facilmente identificada pela população
brasileira.” A. Tema: Desemprego no Brasil.
- Proposição: o autor explicita seus objetivos. Contextualização: decorrência de um processo histórico
- Convite: proposta ao leitor para que participe de alguma problemático.
coisa apresentada no texto. Ex: Você quer estar “na sua”? Quer
se sentir seguro, ter o sucesso pretendido? Não entre pelo cano! 2º ao 6º Parágrafo – Desenvolvimento
Faça parte desse time de vencedores desde a escolha desse
momento! B. Argumento 1: Exploram-se dados da realidade que
- Contestação: contestar uma ideia ou uma situação. Ex: “É remetem a uma análise do tema em questão.
importante que o cidadão saiba que portar arma de fogo não é a C. Argumento 2: Considerações a respeito de outro dado da
solução no combate à insegurança.” realidade.
- Características: caracterização de espaços ou aspectos. D. Argumento 3: Coloca-se sob suspeita a sinceridade de
- Estatísticas: apresentação de dados estatísticos. Ex: quem propõe soluções.
“Em 1982, eram 15,8 milhões os domicílios brasileiros com E. Argumento 4: Uso do raciocínio lógico de oposição.
televisores. Hoje, são 34 milhões (o sexto maior parque de
aparelhos receptores instalados do mundo). Ao todo, existem 7º Parágrafo: Conclusão
no país 257 emissoras (aquelas capazes de gerar programas) e F. Uma possível solução é apresentada.
2.624 repetidoras (que apenas retransmitem sinais recebidos). G. O texto conclui que desigualdade não se casa com
(...)” modernidade.
- Declaração Inicial: emitir um conceito sobre um fato.
- Citação: opinião de alguém de destaque sobre o assunto do É bom lembrarmos que é praticamente impossível opinar
texto. Ex: “A principal característica do déspota encontra-se no sobre o que não se conhece. A leitura de bons textos é um dos
fato de ser ele o autor único e exclusivo das normas e das regras recursos que permite uma segurança maior no momento de
que definem a vida familiar, isto é, o espaço privado. Seu poder, dissertar sobre algum assunto. Debater e pesquisar são atitudes
escreve Aristóteles, é arbitrário, pois decorre exclusivamente de que favorecem o senso crítico, essencial no desenvolvimento de
sua vontade, de seu prazer e de suas necessidades.” um texto dissertativo.
- Definição: desenvolve-se pela explicação dos termos que
compõem o texto. Ainda temos:
- Interrogação: questionamento. Ex: “Volta e meia se faz a Tema: compreende o assunto proposto para discussão, o
pergunta de praxe: afinal de contas, todo esse entusiasmo pelo assunto que vai ser abordado.
futebol não é uma prova de alienação?” Título: palavra ou expressão que sintetiza o conteúdo
- Suspense: alguma informação que faça aumentar a discutido.
curiosidade do leitor. Argumentação: é um conjunto de procedimentos
- Comparação: social e geográfica. linguísticos com os quais a pessoa que escreve sustenta suas
- Enumeração: enumerar as informações. Ex: “Ação à opiniões, de forma a torná-las aceitáveis pelo leitor. É fornecer
distância, velocidade, comunicação, linha de montagem, triunfo argumentos, ou seja, razões a favor ou contra uma determinada
das massas, Holocausto: através das metáforas e das realidades tese.
que marcaram esses 100 últimos anos, aparece a verdadeira
doença do século...” Estes assuntos serão vistos com mais afinco posteriormente.
- Narração: narrar um fato.
Alguns pontos essenciais desse tipo de texto são:
Desenvolvimento: é a argumentação da ideia inicial, - toda dissertação é uma demonstração, daí a necessidade de
de forma organizada e progressiva. É a parte maior e mais pleno domínio do assunto e habilidade de argumentação;
importante do texto. Podem ser desenvolvidos de várias formas: - em consequência disso, impõem-se à fidelidade ao tema;
- Trajetória Histórica: cultura geral é o que se prova com - a coerência é tida como regra de ouro da dissertação;
este tipo de abordagem. - impõem-se sempre o raciocínio lógico;
- Definição: não basta citar, mas é preciso desdobrar a ideia - a linguagem deve ser objetiva, denotativa; qualquer
principal ao máximo, esclarecendo o conceito ou a definição. ambiguidade pode ser um ponto vulnerável na demonstração

Língua Portuguesa 8
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
do que se quer expor. Deve ser clara, precisa, natural, original, Causa e Consequência: A frase nuclear, muitas vezes,
nobre, correta gramaticalmente. O discurso deve ser impessoal encontra no seu desenvolvimento um segmento causal (fato
(evitar-se o uso da primeira pessoa). motivador) e, em outras situações, um segmento indicando
O parágrafo é a unidade mínima do texto e deve apresentar: consequências (fatos decorrentes).
uma frase contendo a ideia principal (frase nuclear) e uma ou
mais frases que explicitem tal ideia. Tempo e Espaço: Muitos parágrafos dissertativos marcam
Exemplo: “A televisão mostra uma realidade idealizada temporal e espacialmente a evolução de ideias, processos.
(ideia central) porque oculta os problemas sociais realmente
graves. (ideia secundária)”. Explicitação: Num parágrafo dissertativo pode-se
Vejamos: conceituar, exemplificar e aclarar as ideias para torná-las mais
Ideia central: A poluição atmosférica deve ser combatida compreensíveis.
urgentemente. Exemplo: “Artéria é um vaso que leva sangue proveniente do
coração para irrigar os tecidos. Exceto no cordão umbilical e na
Desenvolvimento: A poluição atmosférica deve ser ligação entre os pulmões e o coração, todas as artérias contém
combatida urgentemente, pois a alta concentração de elementos sangue vermelho-vivo, recém-oxigenado. Na artéria pulmonar,
tóxicos põe em risco a vida de milhares de pessoas, sobretudo porém, corre sangue venoso, mais escuro e desoxigenado, que o
daquelas que sofrem de problemas respiratórios: coração remete para os pulmões para receber oxigênio e liberar
- A propaganda intensiva de cigarros e bebidas tem levado gás carbônico”.
muita gente ao vício. Antes de se iniciar a elaboração de uma dissertação, deve
- A televisão é um dos mais eficazes meios de comunicação delimitar-se o tema que será desenvolvido e que poderá ser
criados pelo homem. enfocado sob diversos aspectos. Se, por exemplo, o tema é a
- A violência tem aumentado assustadoramente nas cidades questão indígena, ela poderá ser desenvolvida a partir das
e hoje parece claro que esse problema não pode ser resolvido seguintes ideias:
apenas pela polícia. - A violência contra os povos indígenas é uma constante na
- O diálogo entre pais e filhos parece estar em crise história do Brasil.
atualmente. - O surgimento de várias entidades de defesa das populações
- O problema dos sem-terra preocupa cada vez mais a indígenas.
sociedade brasileira. - A visão idealizada que o europeu ainda tem do índio
O parágrafo pode processar-se de diferentes maneiras: brasileiro.
- A invasão da Amazônia e a perda da cultura indígena.
Enumeração: Caracteriza-se pela exposição de uma série de
coisas, uma a uma. Presta-se bem à indicação de características, Depois de delimitar o tema que você vai desenvolver, deve
funções, processos, situações, sempre oferecendo o complemento fazer a estruturação do texto.
necessário à afirmação estabelecida na frase nuclear. Pode-se
enumerar, seguindo-se os critérios de importância, preferência, A estrutura do texto dissertativo constitui-se de:
classificação ou aleatoriamente.
Exemplo: Introdução: deve conter a ideia principal a ser desenvolvida
1- O adolescente moderno está se tornando obeso por várias (geralmente um ou dois parágrafos). É a abertura do texto, por
causas: alimentação inadequada, falta de exercícios sistemáticos isso é fundamental. Deve ser clara e chamar a atenção para dois
e demasiada permanência diante de computadores e aparelhos itens básicos: os objetivos do texto e o plano do desenvolvimento.
de Televisão. Contém a proposição do tema, seus limites, ângulo de análise e a
hipótese ou a tese a ser defendida.
2- Devido à expansão das igrejas evangélicas, é grande o Desenvolvimento: exposição de elementos que vão
número de emissoras que dedicam parte da sua programação à fundamentar a ideia principal que pode vir especificada
veiculação de programas religiosos de crenças variadas. através da argumentação, de pormenores, da ilustração, da
causa e da consequência, das definições, dos dados estatísticos,
3- da ordenação cronológica, da interrogação e da citação. No
- A Santa Missa em seu lar. desenvolvimento são usados tantos parágrafos quantos
- Terço Bizantino. forem necessários para a completa exposição da ideia. E esses
- Despertar da Fé. parágrafos podem ser estruturados das cinco maneiras expostas
- Palavra de Vida. acima.
- Igreja da Graça no Lar. Conclusão: é a retomada da ideia principal, que agora deve
aparecer de forma muito mais convincente, uma vez que já
4- foi fundamentada durante o desenvolvimento da dissertação
- Inúmeras são as dificuldades com que se defronta o governo (um parágrafo). Deve, pois, conter de forma sintética, o
brasileiro diante de tantos desmatamentos, desequilíbrios objetivo proposto na instrução, a confirmação da hipótese
sociológicos e poluição. ou da tese, acrescida da argumentação básica empregada no
- Existem várias razões que levam um homem a enveredar desenvolvimento.
pelos caminhos do crime.
- A gravidez na adolescência é um problema seríssimo,
porque pode trazer muitas consequências indesejáveis. 3. Coesão e coerência.
- O lazer é uma necessidade do cidadão para a sua
sobrevivência no mundo atual e vários são os tipos de lazer.
- O Novo Código Nacional de trânsito divide as faltas em
várias categorias. Coerência e Coesão

Comparação: A frase nuclear pode-se desenvolver através Não basta conhecer o conteúdo das partes de um trabalho:
da comparação, que confronta ideias, fatos, fenômenos e introdução, desenvolvimento e conclusão. Além de saber o que
apresenta-lhes a semelhança ou dessemelhança. se deve (e o que não se deve) escrever em cada parte constituinte
Exemplo: do texto, é preciso saber escrever obedecendo às normas de
“A juventude é uma infatigável aspiração de felicidade; a coerência e coesão. Antes de tudo, é necessário definir os termos:
velhice, pelo contrário, é dominada por um vago e persistente coerência diz respeito à articulação do texto, à compatibilidade
sentimento de dor, porque já estamos nos convencendo de que a das ideias, à lógica do raciocínio, a seu conteúdo. Coesão refere
felicidade é uma ilusão, que só o sofrimento é real”. - se à expressão linguística, ao nível gramatical, às estruturas
(Arthur Schopenhauer) frasais e ao emprego do vocabulário.

Língua Portuguesa 9
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Coerência e coesão relacionamse com o processo de dos componentes textuais, a coerência refere - se aos modos como
produção e compreensão do texto, a coesão contribui para os elementos subjacentes à superfície textual tecem a rede do
a coerência, mas nem sempre um texto coerente apresenta sentido), trata - se de dois aspectos de um mesmo fenômeno a
coesão. Pode ocorrer que o texto sem coerência apresente coesão funcionando como efeito da coerência, ambas cúmplices
coesão, ou que um texto tenha coesão sem coerência. Em outras no processamento da articulação do texto.”
palavras: um texto pode ser gramaticalmente bem construído,
com frases bem estruturadas, vocabulário correto, mas A coerência textual subjaz ao texto e é responsável pela
apresentar ideias disparatadas, sem nexo, sem uma sequência hierarquização dos elementos textuais, ou seja, ela tem origem
lógica: há coesão, mas não coerência. Por outro lado, um texto nas estruturas profundas, no conhecimento do mundo de
pode apresentar ideias coerentes e bem encadeadas, sem que no cada pessoa, aliada à competência linguística, que permitirá a
plano da expressão, as estruturas frasais sejam gramaticalmente expressão das ideias percebidas e organizadas, no processo
aceitáveis: há coerência, mas não coesão. de codificação referido na página... Deduz - se daí que é difícil,
Na obra de Oswald de Andrade, por exemplo, encontramse senão impossível, ensinar coerência textual, intimamente
textos coerentes sem coesão, ou textos coesos, mas sem coerência. ligada à visão de mundo, à origem das ideias no pensamento. A
Em Carlos Drummond de Andrade, há inúmeros exemplos de coesão, porém, refere - se à expressão linguística, aos processos
textos coerentes, sem coesão gramatical no plano sintático. A sintáticos e gramaticais do texto.
linguagem literária admite essas liberdades, o que não vem ao
caso, pois na linguagem acadêmica, referencial, a obediência às O seguinte resumo caracteriza coerência e coesão:
normas de coerência e coesão são obrigatórias. Ainda assim,
para melhor esclarecimento do assunto, apresentamse exemplos Coerência: rede de sintonia entre as partes e o todo de um
de coerência sem coesão e coesão sem coerência: texto. Conjunto de unidades sistematizadas numa adequada
relação semântica, que se manifesta na compatibilidade entre as
“Cidadezinha Qualquer” ideias. (Na linguagem popular: “dizer coisa com coisa” ou “uma
coisa bate com outra”).
Casas entre bananeiras Coesão: conjunto de elementos posicionados ao longo do
mulheres entre laranjeiras texto, numa linha de sequência e com os quais se estabelece um
pomar amor cantar: vínculo ou conexão sequencial. Se o vínculo coesivo se faz via
gramática, fala-se em coesão gramatical. Se se faz por meio do
Um homem vai devagar vocabulário, tem-se a coesão lexical.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar Coerência

Devagar.. as janelas olham. - assenta-se no plano cognitivo, da inteligibilidade do texto;


Eta vida besta, meu Deus.” - situa-se na subjacência do texto; estabelece conexão
(Andrade, 1973, p. 67) conceitual;
- relaciona-se com a macroestrutura; trabalha com o todo,
Apesar da aparente falta de nexo, percebe - se nitidamente com o aspecto global do texto;
a descrição de uma cidadezinha do interior: a paisagem rural, - estabelece relações de conteúdo entre palavras e frases.
o estilo de vida sossegado, o hábito de bisbilhotar, de vigiar
das janelas tudo o que se passa lá fora. No plano sintático, a Coesão
primeira estrofe contém apenas frases ou sintagmas nomi¬nais
(cantar pode ser verbo ou substantivo os meu cantares = as - assenta-se no plano gramatical e no nível frasal;
minhas canções); as demais, não apresentam coesão uma frase - situa-se na superfície do texto, estabele conexão sequencial;
não se relaciona com outra, mas, pela forma de apresentação, - relaciona-se com a microestrutura, trabalha com as partes
colaboram para a coerência do texto. componentes do texto;
- Estabelece relações entre os vocábulos no interior das
“Do outro lado da parede” frases.

Meu laço de botina. Coerência e coesão são responsáveis pela inteligibilidade ou


Recebi a tua comunicação, escrita do beiral da viragem compreensão do texto. Um texto bem redigido tem parágrafos
sempieterna. Foi um tiro no alvo do coração, se bem que ele já bem estruturados e articulados pelo encadeamento das ideias
esteja treinado. neles contidas. As estruturas frasais devem ser coerentes
A culpa de tudo quem temna é esse bandido desse coronel do e gramaticalmente corretas, no que respeita à sintaxe. O
Exército Brasileiro que nos inflicitou. vocabulário precisa ser adequado e essa adequação só se
Reflete antes de te matares! Reflete Joaninha. Principalmente consegue pelo conhecimento dos significados possíveis de
se ainda é tempo! És uma tarada. cada palavra. Talvez os erros mais comuns de redaçao sejam
Quando te conheci, Chez Hippolyte querias falecer dia e noite. devidos à impropriedade do vocabulário e ao mau emprego
Enfim, adeus. dos conectivos (conjunções, que têm por função ligar uma frase
Nunca te esquecerei. Never more! Como dizem os corvos.” ou período a outro). Eis alguns exemplos de impropriedade do
João da Slavonia vocabulário, colhidos em redações sobre censura e os meios de
(Andrade, O., 1971, p. 201202) comunicação e outras.

Embora as frases sejam sintaticamente coesas, nota - se que, “Nosso direito é frisado na Constituição.”
neste texto, não há coerência, não se observa uma linha lógica Nosso direito é assegurado pela Constituição.
de raciocínio na expressão das ideias. Percebese vagamente “Estabelecer os limites as quais a programação deveria estar
que a personagem João Slavonia teria recebido uma mensagem exposta.”
de Joaninha (Recebi a tua comunicação), ameaçando cometer Estabelecer os limites aos quais a programação deveria
suicídio (Reflete antes de te matares!). A última frase contém estar sujeita.
uma alusão ao poema “O corvo”, de Edgar Alan Poe.
“A censura deveria punir as notícias sensacionalistas.”
A respeito das relações entre coerência e coesão, Guimarães A censura deveria proibir (ou coibir) as notícias
diz: sensacionalistas ou punir os meios de comunicação que
veiculam tais notícias.
“O exposto autorizanos a seguinte conclusão: ainda que
distinguiveis (a coesão diz respeito aos modos de interconexão “Retomada das rédeas da programação.”

Língua Portuguesa 10
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Retomada das rédeas dos meios de comunicação, no que diz O verbo assistir admite duas regências:
respeito a programação. assistir o/a (transitivo direto) significa dar ou prestar
assistência (O médico assiste o doente):
“Os meios de comunicação estão sendo apelativos, Assistir ao (transitivo indireto): ser espectador (Assisti ao
vulgarizando e deteriorando indivíduos.” jogo da seleção).
Os meios de comunicação estão recorrendo a expedientes
grosseiros vulgarizando o nível dos programas e desrespeitando Inteirar o/a (transitivo direto) significa completar (Inteirei o
os telespectadores. dinheiro do presente).
Inteirar do (transitivo direto e indireto), significa informar
“A discussão deste assunto é inerente à sociedade.” alguém de..., tomar ou dar conhecimento de algo para alguém
A discussão deste assunto é tarefa da sociedade (compete à (Quero inteirála dos fatos ocorridos...).
sociedade).
Pedir o (transitivo direto) significa solicitar, pleitear (Pedi o
“Na verdade, daquele autor eles pegaram apenas a jornal do dia).
nomenclatura...” Pedir que contém uma ordem (A professora pediu que
Na verdade, daquele autor eles adotaram (utilizaram) fizessem silêncio).
apenas a nomenclatura... Pedir para pedir permissão (Pediu para sair da classe);
significa também pedir em favor de alguém (A Diretora pediu
“A ordem e forma de apresentação dos elementos das ajuda para os alunos carentes) em favor dos alunos, pedir algo
referências bibliográficas são mostradas na NBR 6023 da ABNT” a alguém (para si): (Pediu ao colega para ajudá - lo); pode
(são regulamentadas pela NBR 6023 da ABNT). significar ainda exigir, reclamar (Os professores pedem aumento
de salário).
O emprego de vocabulário inadequado prejudica muitas
vezes a compreensão das ideias. É importante, ao redigir, O mau emprego dos pronomes relativos também pode levar
empregar palavras cujo significado seja conhecido pelo à falta de coesão gramatical. Frequentemente, empregase no
enunciador, e cujo emprego faça parte de seus conhecimentos qual ou ao qual em lugar do que, com prejuízo da clareza do
linguísticos. Muitas vezes, quem redige conhece o significado de texto; outras vezes, o emprego é desnecessário ou inadequado.
determinada palavra, mas não sabe empregála adequadamente, Barbosa e Amaral (colaboradora) apresentam os seguintes
isso ocorre frequentemente com o emprego dos conectivos exemplos:
(preposições e conjunções). Não basta saber que as preposições
ligam nomes ou sintagmas nominais no interior das frases e “Pela manhã o carteiro chegou com um envelope para mim
que as conjunções ligam frases dentro do período; é necessário no qual estava sem remetente”. (Chegou com um envelope que (o
empregar adequadamente tanto umas como outras. É bem qual) estava sem remetente).
verdade que, na maioria das vezes, o emprego inadequado dos
conectivos remete aos problemas de regência verbal e nominal. “Encontrei apenas belas palavras o qual não duvido da
sensibilidade...”
Exemplos: Encontrei belas palavras e não duvido da sensibilidade delas
(palavras cheias de sensibilidade).
“Coação aos meios de comunicação” tem o sentido de atuar
contra os meios de comunicação; os meios de comunicação sofrem “Dentro do envelope havia apenas um papel em branco onde
a ação verbal, são coagidos. atribui muitos significados”: havia apenas um papel em branco
“Coação dos meios de comunicação” significa que os meios de ao qual atribui muitos significados (onde significa lugar no qual).
comunicação é que exercem a ação de coagir.
“Havia recebido um envelope em meu nome e que não portava
“Estar inteirada com os fatos” significa participação, destinatário, apesar que em seu conteúdo havia uma folha em
interação. branco. ( .. )”
“Estar inteirada dos fatos” significa ter conhecimento dos Não se emprega apesar que, mas apesar de. E mais: apesar de
fatos, estar informada. não ligar corretamente as duas frases, não faz sentido, as frases
deveriam ser coordenadas por e: não portava destinatário e em
“Ir de encontro” significa divergir, não concordar. seu interior havia uma folha ou: havia recebido um envelope em
“Ir ao encontro” quer dizer concordar. meu nome, que não portava destinatário, cujo conteúdo era uma
folha em branco.
“Ameaça de liberdade de expressão e transmissão de ideias”
significa a liberdade não é ameaça; Essas e outras frases foram observadas em redações, quando
“Ameaça à liberdade de expressão e transmissão de ideias”, foi proposto o seguinte tema:
isto é, a liberdade fica ameaçada.
“Imagine a seguinte situação:
“A princípio” indica um fato anterior (A princípio, ela aceitava hoje você está completando dezoito anos.
as desculpas que Mário lhe dava, mas depois deixou de acreditar Nesta data, você recebe pelo correio uma folha de papel em
nele). branco, num envelope em seu nome, sem indicação do remetente.
“Em princípio” indica um fato de certeza provisória (Em Além disso, você ganha de presente um retrato seu e um disco.
princípio, faremos a reunião na quartafeira quer dizer que a Reflita sobre essa situação.
reunião será na quarta-feira, se todos concordarem, se houver
possibilidade, porém admite a ideia de mudar a data). A partir da reflexão feita, redija um texto em prosa, sem
“Por princípio” indica crença ou convicção (Por princípio, sou ultrapassar o espaço reservado para redação no caderno de
contra o racismo). respostas.”
Como de costume, muito se comentou, até nos jornais da
Quanto à regência verbal, convém sempre consultar um época, a falta de coerência, as frases sem clareza, pelo mau
dicionário de verbos e regimes, pois muitos verbos admitem emprego dos conectivos, como as seguintes:
duas ou três regências diferentes; cada uma, porém, tem um
significado específico. Lembrese, a propósito, de que as dúvidas “Primeiramente achei gozado aqueles dois presentes, pois
sobre o emprego da crase decorrem do fato de considerar - se concluo que nunca deveria esquecer minha infância.”
crase como sinal de acentuação apenas, quando o problema Há falta de nexo entre as duas frases, pois uma não é
refere - se à regencia nominal e verbal. conclusão da outra, nem ao menos estão relacionadas e gozado
Exemplos: deveria ser substituído por engraçado ou estranho.

Língua Portuguesa 11
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
“A folha pode estar amarrada num cesto de lixo mas o disco aditiva “e” anuncia não a repetição, mas o desenvolvimento do
repete sempre a mesma música.” discurso, pois acrescenta uma informação nova, um dado novo,
A primeira frase não tem sentido e a segunda não se e se não acrescentar nada, é pura repetição e deve ser evitada.
relaciona com a primeira. O conectivo “mas” deveria sugerir Alguns articuladores servem para estabelecer uma gradação
ideia de oposição, o que não ocorre no exemplo anterior. Não se entre os correspondentes de determinada escala. No alto dessa
percebe relação entre “o disco repete sempre a mesma música” e escala achamse: mesmo, até, até mesmo; outros situamse no
a primeira frase. plano mais baixo: ao menos, pelo menos, no mínimo.

“Mas, ao abrir a porta, era apenas o correio no qual viera Questões


trazerme uma encomenda.”
Observase o emprego de no qual por o qual, melhor ainda 1. (CONAB - CONTABILIDADE - IADES - 2014). Assinale
ficaria que, simplesmente: era apenas o correio que viera a alternativa que preserva as relações morfossintáticas e
trazerme uma encomenda. semânticas do período “Diante de sua rápida adaptação ao
solo e ao clima, o produto adquiriu importância no mercado,
Por outro lado, não mereceram comentários nem apareceram transformando-se em um dos principais itens de exportação,
nos jornais boas redações como a que se segue: desde o Império até os dias atuais.” (linhas de 3 a 6).
(A) Em face de sua rápida adaptação ao solo e ao clima, o
“A vida hoje me cumprimentou, mandoume minha fotografia produto adquiriu importância no mercado, porém transformou-
de garoto, com olhos em expectativa admirando o mundo. Este se em um dos principais itens de exportação, desde o Império
mundo sem respostas para os meus dezoito anos. Mundo carta até os dias atuais.
sem remetente, carta interrogativa para moço que aguarda o (B) O produto, em virtude de sua rápida adaptação ao solo
futuro, saboreando o fruto do amanhã. e ao clima, adquiriu importância no mercado e transformou-se
Recebi um disco, também, cuja música tem a sonoridade de em um dos principais itens de exportação, desde o Império até
passos marchando para o futuro, ao som de melodias de cirandas os dias atuais.
esquecidas do meninomoço de outrora, e do moçohomem de hoje, (C) O produto, por sua rápida adaptação ao solo e ao clima,
que completa dezoito anos. adquiriu importância no mercado, todavia, desde o Império até
Sou agora a certeza de uma resposta à carta sem remetente os dias atuais, transformou-se, consequentemente, em um dos
que me comunica a vida. Vejo, na fotografia de mim mesmo, o principais itens de exportação.
homem que enfrentará a vida, que colherá com seu amor à luta e (D) Face sua rápida adaptação ao solo e ao clima, o produto
com seu espírito ambicioso, os frutos do destino. adquiriu importância no mercado, e, conquanto, transformou-se
E a música dos passosfuturos na cadência do menino que em um dos principais itens de exportação, desde o Império até
deixou de ser, está o ritmo da vitória sobre as dificuldades, a minha os dias atuais.
consagração futura do homem, que vencerá o destino e será uma (E) O produto transformou-se, desde o Império até os dias
afirmação dentro da sociedade.” C. G. atuais, em um dos principais itens de exportação por que sua
Exemplo de: (Fonseca, 1981, p. 178) adaptação ao solo e ao clima foi rápida.

Para evitar a falta de coerência e coesão na articulação das 2. (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014). Leia o
frases, aconselhase levar em conta as seguintes sugestões para trecho do primeiro parágrafo para responder à questão.
o emprego correto dos articuladores sintáticos (conjunções,
preposições, locuções prepositivas e locuções conjuntivas). Meu amigo lusitano, Diniz, está traduzindo para o francês
Para dar ideia de oposição ou contradição, a articulação meus dois primeiros romances, Os Éguas e Moscow. Temos
sintática se faz por meio de conjunções adversativas: mas, porém, trocado e-mails muito interessantes, por conta de palavras e
todavia, contudo, no entanto, entretanto (nunca no entretanto). gírias comuns no meu Pará e absolutamente sem sentido para
Podem também ser empregadas as conjunções concessivas e ele. Às vezes é bem difícil explicar, como na cena em que alguém
locuções prepositivas para introduzir a ideia de oposição aliada empina papagaio e corta o adversário “no gasgo”.
à concessão: embora, ou muito embora, apesar de, ainda que,
conquanto, posto que, a despeito de, não obstante. Os termos muito e bem, em destaque, atribuem aos termos
A articulação sintática de causa pode ser feita por meio aos quais se subordinam sentido de:
de conjunções e locuções conjuntivas: pois, porque, como, por (A) comparação.
isso que, visto que, uma vez que, já que. Também podem ser (B) intensidade.
empregadas as preposições e locuções prepositivas: por, por (C) igualdade.
causa de, em vista de, em virtude de, devido a, em consequência (D) dúvida.
de, por motivo de, por razões de. (E) quantidade.
O principal articulador sintático de condição é o “se”: Se o
time ganhar esse jogo, será campeão. Podese também expressar 3. (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014).
condição pelo emprego dos conectivos: caso, contanto que, desde Assinale a alternativa em que a seguinte passagem – Mas o
que, a menos que, a não ser que. vento foi mais ágil e o papel se perdeu. (terceiro parágrafo) –
O emprego da preposição “para” é a maneira mais comum de está reescrita com o acréscimo de um termo que estabelece uma
expressar finalidade. “É necessário baixar as taxas de juros para relação de conclusão, consequência, entre as orações.
que a economia se estabilize” ou para a economia se estabilizar. (A) mas o vento foi mais ágil e, contudo, o papel se perdeu.
“Teresa vai estudar bastante para fazer boa prova.” Há outros (B) mas o vento foi mais ágil e, assim, o papel se perdeu.
articuladores que expressam finalidade: afim de, com o propósito (C) mas o vento foi mais ágil e, todavia, o papel se perdeu
de, na finalidade de, com a intenção de, com o objetivo de, com o (D) mas o vento foi mais ágil e, entretanto, o papel se perdeu.
fito de, com o intuito de. (E) mas o vento foi mais ágil e, porém, o papel se perdeu.
A ideia de conclusão pode ser introduzida por meio dos
articuladores: assim, desse modo, então, logo, portanto, pois, por 4. (PREFEITURA DE PAULISTA/PE – RECEPCIONISTA –
isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso. Para introduzir UPENET/2014). Observe o fragmento de texto abaixo:
mais um argumento a favor de determinada conclusão “Mas o que fazer quando o conteúdo não é lembrado
empregase ainda. Os articuladores, aliás, além do mais, além justamente na hora da prova?”
disso, além de tudo, introduzem um argumento decisivo, cabal, Sobre ele, analise as afirmativas abaixo:
apresentado como um acréscimo, para justificar de forma
incontestável o argumento contrário. I. O termo “Mas” é classificado como conjunção subordinativa
Para introduzir esclarecimentos, retificações ou e, nesse contexto, pode ser substituído por “desde que”.
desenvolvimento do que foi dito empregamse os articuladores: II. Classifica-se o termo “quando” como conjunção
isto é, quer dizer, ou seja, em outras palavras. A conjunção subordinativa que exprime circunstância temporal.

Língua Portuguesa 12
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
III. Acentua-se o “u” tônico do hiato existente na palavra a linguagem mais expressiva. É um recurso linguístico para
“conteúdo”. expressar experiências comuns de formas diferentes, conferindo
IV. Os termos “conteúdo”, “hora” e “prova” são palavras originalidade, emotividade ou poeticidade ao discurso.
invariáveis, classificadas como substantivos.
As figuras revelam muito da sensibilidade de quem as
Está CORRETO apenas o que se afirma em: produz, traduzindo particularidades estilísticas do autor. A
(A) I e III. palavra empregada em sentido figurado, não-denotativo, passa
(B) II e IV. a pertencer a outro campo de significação, mais amplo e criativo.
(C) I e IV.
(D) II e III. As figuras de linguagem classificam-se em:
(E) I e II. 1) figuras de palavra;
2) figuras de harmonia;
5. (PREFEITURA DE OSASCO/SP - MOTORISTA DE 3) figuras de pensamento;
AMBULÂNCIA – FGV/2014). 4) figuras de construção ou sintaxe.

Dificuldades no combate à dengue 1) FIGURAS DE PALAVRA


As figuras de palavra são figuras de linguagem que consistem
A epidemia da dengue tem feito estragos na cidade de São no emprego de um termo com sentido diferente daquele
Paulo. Só este ano, já foram registrados cerca de 15 mil casos da convencionalmente empregado, a fim de se conseguir um efeito
doença, segundo dados da Prefeitura. mais expressivo na comunicação.
As subprefeituras e a Vigilância Sanitária dizem que existe
um protocolo para identificar os focos de reprodução do São figuras de palavras:
mosquito transmissor, depois que uma pessoa é infectada. Mas a) comparação e) catacrese
quando alguém fica doente e avisa as autoridades, não é bem b) metáfora f) sinestesia
isso que acontece. c) metonímia g) antonomásia
(Saúde Uol). d) sinédoque h) alegoria
“Só este ano...” O ano a que a reportagem se refere é o ano
(A) em que apareceu a dengue pela primeira vez. Comparação: Ocorre comparação quando se estabelece
(B) em que o texto foi produzido. aproximação entre dois elementos que se identificam, ligados
(C) em que o leitor vai ler a reportagem. por conectivos comparativos explícitos – feito, assim como,
(D) em que a dengue foi extinta na cidade de São Paulo. tal, como, tal qual, tal como, qual, que nem – e alguns verbos –
(E) em que começaram a ser registrados os casos da doença. parecer, assemelhar-se e outros.

Respostas Exemplos: “Amou daquela vez como se fosse máquina.


1. (B) Beijou sua mulher como se fosse lógico.
O item que reproduz o enunciado de maneira adequada é: O
produto, em virtude de sua rápida adaptação ao solo e ao clima, Metáfora: Ocorre metáfora quando um termo substitui
adquiriu importância no mercado e transformou-se em um dos outro através de uma relação de semelhança resultante da
principais itens de exportação, desde o Império até os dias atuais. subjetividade de quem a cria. A metáfora também pode ser
entendida como uma comparação abreviada, em que o conectivo
2. (B) não está expresso, mas subentendido.
Muito interessantes / bem difícil = ambos os advérbios
mantêm relação com adjetivos, dando-lhes noção de intensidade. Exemplo: “Supondo o espírito humano uma vasta concha, o
meu fim, Sr. Soares, é ver se posso extrair pérolas, que é a razão.”
3. (B)
Nas alternativas A, C, D e E são apresentadas conjunções Metonímia: Ocorre metonímia quando há substituição de
adversativas – que nos dão ideia contrária à apresentada uma palavra por outra, havendo entre ambas algum grau de
anteriormente; já na B, temos uma conjunção conclusiva (assim). semelhança, relação, proximidade de sentido ou implicação
mútua. Tal substituição fundamenta-se numa relação objetiva,
4. (D) real, realizando-se de inúmeros modos:
I. O termo “Mas” é classificado como conjunção subordinativa
= é conjunção coordenativa adversativa - A causa pelo efeito e vice-versa:
II. Classifica-se o termo “quando” como conjunção
subordinativa que exprime circunstância temporal = correta “E assim o operário ia
III. Acentua-se o “u” tônico do hiato existente na palavra Com suor e com cimento*
“conteúdo” = correta Erguendo uma casa aqui
IV. “Os termos “conteúdo”, “hora” e “prova” são palavras Adiante um apartamento.”
invariáveis, classificadas como substantivos = são substantivos, *Com trabalho.
mas variáveis (conteúdos, horas e provas. Lembrando que
“prova” e “provas” podem ser verbo: Ele prova todos os doces! - O lugar de origem ou de produção pelo produto:
Tu provas também?)
Comprei uma garrafa do legítimo porto*.
5. (B) *O vinho da cidade do Porto.
O ano em questão corresponde ao ano em que foi feita a
matéria. - O autor pela obra:

Ela parecia ler Jorge Amado*.


4. Figuras de linguagem. *A obra de Jorge Amado.
- O abstrato pelo concreto e vice-versa:

Não devemos contar com o seu coração*.


Figuras de Linguagem *Sentimento, sensibilidade.

As figuras de linguagem ou de estilo, de acordo com Renan Sinédoque: Ocorre sinédoque quando há substituição de
Bardine, são empregadas para valorizar o texto, tornando um termo por outro, havendo ampliação ou redução do sentido

Língua Portuguesa 13
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
usual da palavra numa relação quantitativa. Encontramos 2) FIGURAS DE HARMONIA
sinédoque nos seguintes casos: Chamam-se figuras de som ou de harmonia os efeitos
produzidos na linguagem quando há repetição de sons ou, ainda,
- O todo pela parte e vice-versa: quando se procura “imitar”sons produzidos por coisas ou seres.

“A cidade inteira (1) viu assombrada, de queixo caído, o As figuras de linguagem de harmonia ou de som são:
pistoleiro sumir de ladrão, fugindo nos cascos (2) de seu cavalo.”
*1 O povo. 2 Parte das patas. a) aliteração c) assonância
b) paronomásia d) onomatopéia
- O singular pelo plural e vice-versa:
Aliteração: Ocorre aliteração quando há repetição da
O paulista (3) é tímido; o carioca (4), atrevido. mesma consoante ou de consoantes similares, geralmente em
*3 Todos os paulistas. 4 Todos os cariocas. posição inicial da palavra.

- O indivíduo pela espécie (nome próprio pelo nome comum): Exemplo: “Toda gente homenageia Januária na janela.”

Para os artistas ele foi um mecenas (5). Assonância: Ocorre assonância quando há repetição da
*5 Protetor. mesma vogal ao longo de um verso ou poema.

Modernamente, a metonímia engloba a sinédoque. Exemplo: “Sou Ana, da cama


da cana, fulana, bacana
Catacrese: A catacrese é um tipo de especial de metáfora, Sou Ana de Amsterdam.”
“é uma espécie de metáfora desgastada, em que já não se sente
nenhum vestígio de inovação, de criação individual e pitoresca. Paronomásia: Ocorre paronomásia quando há reprodução
É a metáfora tornada hábito lingüístico, já fora do âmbito de sons semelhantes em palavras de significados diferentes.
estilístico.” (Othon M. Garcia)
Exemplo: “Berro pelo aterro pelo desterro
Exemplos: folhas de livro, pele de tomate, dente de alho, berro por seu berro pelo seu erro
montar em burro, céu da boca, cabeça de prego, mão de direção, quero que você ganhe que você me apanhe
ventre da terra, asa da xícara, sacar dinheiro no banco. sou o seu bezerro gritando mamãe.”

Sinestesia: A sinestesia consiste na fusão de sensações Onomatopeia: Ocorre quando uma palavra ou conjunto de
diferentes numa mesma expressão. Essas sensações podem ser palavras imita um ruído ou som.
físicas (gustação, audição, visão, olfato e tato) ou psicológicas
(subjetivas). Exemplo: “O silêncio fresco despenca das árvores.
Veio de longe, das planícies altas,
Exemplo: “A minha primeira recordação é um muro velho, no Dos cerrados onde o guaxe passe rápido…
quintal de uma casa indefinível. Tinha várias feridas no reboco Vvvvvvvv… passou.”
e veludo de musgo. Milagrosa aquela mancha verde [sensação
visual] e úmida, macia [sensações táteis], quase irreal.” (Augusto 3) FIGURAS DE PENSAMENTO
Meyer)
As figuras de pensamento são recursos de linguagem que se
Antonomásia: Ocorre antonomásia quando designamos referem ao significado das palavras, ao seu aspecto semântico.
uma pessoa por uma qualidade, característica ou fato que a
distingue. São figuras de linguagem de pensamento:

Na linguagem coloquial, antonomásia é o mesmo que apelido, a) antítese d) apóstrofe g) paradoxo


alcunha ou cognome, cuja origem é um aposto (descritivo, b) eufemismo e) gradação h) hipérbole
especificativo etc.) do nome próprio. c) ironia f) prosopopéia i) perífrase

Exemplos: Antítese: Ocorre antítese quando há aproximação de


“E ao rabi simples(1), que a igualdade prega, palavras ou expressões de sentidos opostos.
Rasga e enlameia a túnica inconsútil;
*1 Cristo Exemplo: “Amigos ou inimigos estão, amiúde, em posições
Pelé (= Edson Arantes do Nascimento) trocadas. Uns nos querem mal, e fazem-nos bem. Outros nos
O poeta dos escravos (= Castro Alves) almejam o bem, e nos trazem o mal.” (Rui Barbosa)
O Dante Negro (= Cruz e Souza)
O Corso (= Napoleão) Apóstrofe: Ocorre apóstrofe quando há invocação de uma
pessoa ou algo, real ou imaginário, que pode estar presente
Alegoria: A alegoria é uma acumulação de metáforas ou ausente. Corresponde ao vocativo na análise sintática e é
referindo-se ao mesmo objeto; é uma figura poética que utilizada para dar ênfase à expressão.
consiste em expressar uma situação global por meio de outra
que a evoque e intensifique o seu significado. Na alegoria, todas Exemplo: “Deus! ó Deus! onde estás, que não respondes?”
as palavras estão transladadas para um plano que não lhes é (Castro Alves)
comum e oferecem dois sentidos completos e perfeitos – um
referencial e outro metafórico. Paradoxo: Ocorre paradoxo não apenas na aproximação
de palavras de sentido oposto, mas também na de idéias que
Exemplo: “A vida é uma ópera, é uma grande ópera. O tenor se contradizem referindo-se ao mesmo termo. É uma verdade
e o barítono lutam pelo soprano, em presença do baixo e dos enunciada com aparência de mentira. Oxímoro (ou oximoron) é
comprimários, quando não são o soprano e o contralto que outra designação para paradoxo.
lutam pelo tenor, em presença do mesmo baixo e dos mesmos
comprimários. Há coros numerosos, muitos bailados, e a Exemplo: “Amor é fogo que arde sem se ver;
orquestra é excelente… (Machado de Assis) É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;” (Camões)

Língua Portuguesa 14
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Eufemismo: Ocorre eufemismo quando uma palavra ou Assíndeto: Ocorre assíndeto quando orações ou palavras
expressão é empregada para atenuar uma verdade tida como deveriam vir ligadas por conjunções coordenativas, aparecem
penosa, desagradável ou chocante. justapostas ou separadas por vírgulas.

Ex:“E pela paz derradeira(1) que enfim vai nos redimir Exigem do leitor atenção maior no exame de cada fato, por
Deus lhe pague” (Chico Buarque) exigência das pausas rítmicas (vírgulas).
*1 paz derradeira: morte
Exemplo: “Não nos movemos, as mãos é que se estenderam
Gradação: Ocorre gradação quando há uma seqüência de pouco a pouco, todas quatro, pegando-se, apertando-se,
palavras que intensificam uma mesma idéia. fundindo-se.” (Machado de Assis)

Exemplo: “Aqui… além… mais longe por onde eu movo o Elipse: Ocorre elipse quando omitimos um termo ou
passo.” (Castro Alves) oração que facilmente podemos identificar ou subentender no
contexto. Pode ocorrer na supressão de pronomes, conjunções,
Hipérbole: Ocorre hipérbole quando há exagero de uma preposições ou verbos. É um poderoso recurso de concisão e
idéia, a fim de proporcionar uma imagem emocionante e de dinamismo.
impacto.
Exemplo: “Veio sem pinturas, em vestido leve, sandálias
Exemplo: “Rios te correrão dos olhos, se chorares!” (Olavo coloridas.”
Bilac) 1 Elipse do pronome ela (Ela veio) e da preposição de (de
sandálias…)
Ironia: Ocorre ironia quando, pelo contexto, pela entonação,
pela contradição de termos, sugere-se o contrário do que as Zeugma: Ocorre zeugma quando um termo já expresso na
palavras ou orações parecem exprimir. A intenção é depreciativa frase é suprimido, ficando subentendida sua repetição.
ou sarcástica.
Exemplo: “Foi saqueada a vida, e assassinados os partidários
Exemplo: “Moça linda, bem tratada, dos Felipes.” 1
três séculos de família, 1 Zeugma do verbo: “e foram assassinados…”
burra como uma porta:
um amor.” (Mário de Andrade) Anáfora: Ocorre anáfora quando há repetição intencional de
palavras no início de um período, frase ou verso.
Prosopopéia: Ocorre prosopopéia (ou animização ou
personificação) quando se atribui movimento, ação, fala, Exemplo: “Depois o areal extenso…
sentimento, enfim, caracteres próprios de seres animados a Depois o oceano de pó…
seres inanimados ou imaginários. Depois no horizonte imenso
Desertos… desertos só…” (Castro Alves)
Também a atribuição de características humanas a seres
animados constitui prosopopéia o que é comum nas fábulas Pleonasmo: Ocorre pleonasmo quando há repetição da
e nos apólogos, como este exemplo de Mário de Quintana: “O mesma ideia, isto é, redundância de significado.
peixinho (…) silencioso e levemente melancólico…”
a) Pleonasmo literário: É o uso de palavras redundantes para
Exemplos: “… os rios vão carregando as queixas do caminho.” reforçar uma ideia, tanto do ponto de vista semântico quanto
(Raul Bopp) do ponto de vista sintático. Usado como um recurso estilístico,
enriquece a expressão, dando ênfase à mensagem.
Um frio inteligente (…) percorria o jardim…” (Clarice
Lispector) Exemplo: “Iam vinte anos desde aquele dia
Quando com os olhos eu quis ver de perto
Perífrase: Ocorre perífrase quando se cria um torneio de Quando em visão com os da saudade via.” (Alberto
palavras para expressar algum objeto, acidente geográfico ou de Oliveira)
situação que não se quer nomear.
“Ó mar salgado, quando do teu sal
Exemplo: “Cidade maravilhosa São lágrimas de Portugal” (Fernando Pessoa)
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa b) Pleonasmo vicioso: É o desdobramento de ideias que
Coração do meu Brasil.” (André Filho) já estavam implícitas em palavras anteriormente expressas.
Pleonasmos viciosos devem ser evitados, pois não têm valor de
4) FIGURAS DE SINTAXE reforço de uma idéia, sendo apenas fruto do descobrimento do
sentido real das palavras.
As figuras de sintaxe ou de construção dizem respeito a
desvios em relação à concordância entre os termos da oração, Exemplos: subir para cima, entrar para dentro, repetir de
sua ordem, possíveis repetições ou omissões. novo, ouvir com os ouvidos, hemorragia de sangue, monopólio
Elas podem ser construídas por: exclusivo, breve alocução, principal protagonista
a) omissão: assíndeto, elipse e zeugma;
b) repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto; Polissíndeto: Ocorre polissíndeto quando há repetição
c) inversão: anástrofe, hipérbato, sínquise e hipálage; enfática de uma conjunção coordenativa mais vezes do que exige
d) ruptura: anacoluto; a norma gramatical ( geralmente a conjunção e). É um recurso
e) concordância ideológica: silepse. que sugere movimentos ininterruptos ou vertiginosos.

Portanto, são figuras de linguagem de construção ou sintaxe: Exemplo: “Vão chegando as burguesinhas pobres,
a) assíndeto e) elipse i) zeugma e as criadas das burguesinhas ricas
b) anáfora f) pleonasmo j) polissíndeto e as mulheres do povo, e as lavadeiras da redondeza.”
c) anástrofe g) hiperbato l) sínquise (Manuel Bandeira)
d) hipálage h) anacoluto m) silepse
Anástrofe: Ocorre anástrofe quando há uma simples
inversão de palavras vizinhas (determinante / determinado).

Língua Portuguesa 15
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Exemplo: “Tão leve estou (1) que nem sombra tenho.” (Mário (A) metonímia
Quintana) (B) prosopopeia
*1 Estou tão leve… (C) hipérbole
(D) eufemismo
Hipérbato: Ocorre hipérbato quando há uma inversão (E) onomatopeia
completa de membros da frase.
03.
Exemplo: “Passeiam à tarde, as belas na Avenida. ” 1 (Carlos Está tão quente que dá para fritar um ovo no asfalto.
Drummond de Andrade)
*1 As belas passeiam na Avenida à tarde. O dito popular é, na maioria das vezes, uma figura de
linguagem. Entre as 14h30min e às 15h desta terça-feira,
Sínquise: Ocorre sínquise quando há uma inversão violenta horário do dia em que o calor é mais intenso, a temperatura
de distantes partes da frase. É um hipérbato exagerado. do asfalto, medida com um termômetro de contato, chegou a
65ºC. Para fritar um ovo, seria preciso que o local alcançasse
Exemplo: “A grita se alevanta ao Céu, da gente. ” 1 (Camões) aproximadamente 90 ºC.
*1 A grita da gente se alevanta ao Céu. Disponível em: http://zerohora.clicrbs.com.br. Acesso em:
22 jan. 2014.
Hipálage: Ocorre hipálage quando há inversão da posição do
adjetivo: uma qualidade que pertence a uma objeto é atribuída a O texto cita que o dito popular “está tão quente que dá para
outro, na mesma frase. fritar um ovo no asfalto” expressa uma figura de linguagem. O
autor do texto refere-se a qual figura de linguagem?
Exemplo: “… as lojas loquazes dos barbeiros.” 2 (Eça de (A) Eufemismo.
Queiros) (B) Hipérbole.
*2 … as lojas dos barbeiros loquazes. (C) Paradoxo.
(D) Metonímia.
Anacoluto: Ocorre anacoluto quando há interrupção (E) Hipérbato.
do plano sintático com que se inicia a frase, alterando-lhe a
seqüência lógica. A construção do período deixa um ou mais 04. A linguagem por meio da qual interagimos no nosso
termos – que não apresentam função sintática definida – dia a dia pode revestir-se de nuances as mais diversas: pode
desprendidos dos demais, geralmente depois de uma pausa apresentar-se em sentido literal, figurado, metafórico. A opção
sensível. em cujo trecho utilizou-se linguagem metafórica é
Exemplo: “Essas empregadas de hoje, não se pode confiar (A) O equilíbrio ou desequilíbrio depende do ambiente
nelas.” (Alcântara Machado) familiar.
(B) Temos medo de sair às ruas.
Silepse: Ocorre silepse quando a concordância não é feita (C) Nestes dias começamos a ter medo também dentro dos
com as palavras, mas com a ideia a elas associada. shoppings.
(D) Somos esse novelo de dons.
a) Silepse de gênero: Ocorre quando há discordância entre (E) As notícias da imprensa nos dão medo em geral.
os gêneros gramaticais (feminino ou masculino).
Exemplo: “Quando a gente é novo, gosta de fazer bonito.” 05. No verso “Essa dor doeu mais forte”, pode-se perceber a
(Guimarães Rosa) presença de uma figura de linguagem denominada:
(A) ironia
b) Silepse de número: Ocorre quando há discordância (B) pleonasmo
envolvendo o número gramatical (singular ou plural). (C) comparação
Exemplo: Corria gente de todos lados, e gritavam.” (Mário (D) metonímia
Barreto)
Respostas
c) Silepse de pessoa: Ocorre quando há discordância entre o 01. D\02. D\03. B\04. D\05. B
sujeito expresso e a pessoa verbal: o sujeito que fala ou escreve
se inclui no sujeito enunciado.
Exemplo: “Na noite seguinte estávamos reunidas algumas 5. Ortografia.
pessoas.” (Machado de Assis)

Questões
Ortografia
01. Ao dizer que os shoppings são “cidades”, o autor do texto
faz uso de um tipo de linguagem figurada denominada A ortografia se caracteriza por estabelecer padrões para a
(A) metonímia. forma escrita das palavras. Essa escrita está relacionada tanto
(B) eufemismo. a critérios etimológicos (ligados à origem das palavras) quanto
(C) hipérbole. fonológicos (ligados aos fonemas representados). É importante
(D) metáfora. compreender que a ortografia é fruto de uma convenção. A
(E) catacrese. forma de grafar as palavras é produto de acordos ortográficos
que envolvem os diversos países em que a língua portuguesa é
02. Identifique a figura de linguagem presente na tira oficial. A melhor maneira de treinar a ortografia é ler, escrever e
seguinte: consultar o dicionário sempre que houver dúvida.

O Alfabeto
O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras. Cada
letra apresenta uma forma minúscula e outra maiúscula. Veja:

a A (á) b B (bê)
c C (cê) d D (dê)
e E (é) f F (efe)
g G (gê ou guê) h H (agá)
i I (i) j J (jota)

Língua Portuguesa 16
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
k K (cá) l L (ele) Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de massagem),
m M (eme) n N (ene) vertiginoso (de vertigem)
o O (ó) p P (pê)
q Q (quê) r R (erre) 4) Nos seguintes vocábulos:
s S (esse) t T (tê) algema, auge, bege, estrangeiro, geada, gengiva, gibi, gilete,
u U (u) v V (vê) hegemonia, herege, megera, monge, rabugento, vagem.
w W (dáblio) x X (xis)
y Y (ípsilon) z Z (zê) Emprega-se o J:
1) Nas formas dos verbos terminados em -jar ou -jear
Observação: emprega-se também o ç, que representa o Exemplos:
fonema /s/ diante das letras: a, o, e u em determinadas palavras. arranjar: arranjo, arranje, arranjem
despejar: despejo, despeje, despejem
Emprego das letras K, W e Y gorjear: gorjeie, gorjeiam, gorjeando
Utilizam-se nos seguintes casos: enferrujar: enferruje, enferrujem
a) Em antropônimos originários de outras línguas e seus viajar: viajo, viaje, viajem
derivados.
Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Taylor, 2) Nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou exótica
taylorista. Exemplos: biju, jiboia, canjica, pajé, jerico, manjericão, Moji

b) Em topônimos originários de outras línguas e seus 3) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam j
derivados. Exemplos:
Exemplos: Kuwait, kuwaitiano. laranja- laranjeira loja- lojista lisonja -
lisonjeador nojo- nojeira
c) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas como cereja- cerejeira varejo- varejista rijo- enrijecer
unidades de medida de curso internacional. jeito- ajeitar
Exemplos: K (Potássio), W (West), kg (quilograma), km
(quilômetro), Watt. 4) Nos seguintes vocábulos:
berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majestade, jeito, jejum, laje,
Emprego de X e Ch traje, pegajento
Emprega-se o X:
1) Após um ditongo. Emprego das Letras S e Z
Exemplos: caixa, frouxo, peixe Emprega-se o S:
Exceção: recauchutar e seus derivados 1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam s no
radical
2) Após a sílaba inicial “en”.
Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca Exemplos:
Exceção: palavras iniciadas por “ch” que recebem o prefixo análise- analisar catálise- catalisador
“en-” casa- casinha, casebre liso- alisar
Exemplos: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro),
encher e seus derivados (enchente, enchimento, preencher...) 2) Nos sufixos -ês e -esa, ao indicarem nacionalidade, título
ou origem
3) Após a sílaba inicial “me-”. Exemplos:
Exemplos: mexer, mexerica, mexicano, mexilhão burguês- burguesa inglês- inglesa
Exceção: mecha chinês- chinesa milanês- milanesa

4) Em vocábulos de origem indígena ou africana e nas palavras 3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e -osa
inglesas aportuguesadas. Exemplos:
Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, xampu catarinense gostoso- gostosa amoroso- amorosa
palmeirense gasoso- gasosa teimoso- teimosa
5) Nas seguintes palavras:
bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar, 4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -osa
rixa, oxalá, praxe, roxo, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara, xale, Exemplos:
xingar, etc. catequese, diocese, poetisa, profetisa, sacerdotisa, glicose,
metamorfose, virose
Emprega-se o dígrafo Ch:
1) Nos seguintes vocábulos: 5) Após ditongos
bochecha, bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão, Exemplos:
chuchu, chute, cochilo, debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha, coisa, pouso, lousa, náusea
mochila, pechincha, salsicha, tchau, etc.
6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus
Para representar o fonema /j/ na forma escrita, a grafia derivados
considerada correta é aquela que ocorre de acordo com a origem Exemplos:
da palavra. Veja os exemplos: pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse, puséssemos
gesso: Origina-se do grego gypsos quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, quiséssemos
jipe: Origina-se do inglês jeep. repus, repusera, repusesse, repuséssemos

Emprega-se o G: 7) Nos seguintes nomes próprios personativos:


1) Nos substantivos terminados em -agem, -igem, -ugem Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, Resende, Sousa,
Exemplos: barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem Teresa, Teresinha, Tomás
Exceção: pajem
8) Nos seguintes vocábulos:
2) Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa, cortesia,
Exemplos: estágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio decisão,despesa, empresa, freguesia, fusível, maisena, mesada,
paisagem, paraíso, pêsames, presépio, presídio, querosene,
3) Nas palavras derivadas de outras que se grafam com g raposa, surpresa, tesoura, usura, vaso, vigésimo, visita, etc.

Língua Portuguesa 17
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Emprega-se o Z: Emprega-se Sç:
1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam z no Na conjugação de alguns verbos
radical Exemplos:
Exemplos: nascer- nasço, nasça
deslize- deslizar razão- razoável vazio- esvaziar crescer- cresço, cresça
raiz- enraizar cruz-cruzeiro descer- desço, desça

2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos a Emprega-se Ss:


partir de adjetivos Nos substantivos derivados de verbos terminados em “gredir”,
Exemplos: “mitir”, “ceder” e “cutir”
inválido- invalidez limpo-limpeza macio- maciez Exemplos:
rígido- rigidez agredir- agressão demitir- demissão ceder- cessão
frio- frieza nobre- nobreza pobre-pobreza surdo- discutir- discussão
surdez progredir- progressão t r a n s m i t i r - t r a n s m i s s ã o
exceder- excesso repercutir- repercussão
3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar
substantivos Emprega-se o Xc e o Xs:
Exemplos:
civilizar- civilização hospitalizar- hospitalização Em dígrafos que soam como Ss
colonizar- colonização realizar- realização Exemplos:
exceção, excêntrico, excedente, excepcional, exsudar
4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita
Exemplos: Observações sobre o uso da letra X
cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito, avezita 1) O X pode representar os seguintes fonemas:
/ch/ - xarope, vexame
5) Nos seguintes vocábulos:
azar, azeite, azedo, amizade, buzina, bazar, catequizar, chafariz, /cs/ - axila, nexo
cicatriz, coalizão, cuscuz, proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc.
/z/ - exame, exílio
6) Nos vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no
contraste entre o S e o Z /ss/ - máximo, próximo
Exemplos:
cozer (cozinhar) e coser (costurar) /s/ - texto, extenso
prezar( ter em consideração) e presar (prender)
traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior) 2) Não soa nos grupos internos -xce- e -xci-
Exemplos: excelente, excitar
Observação: em muitas palavras, a letra X soa como Z. Veja os
exemplos: Emprego das letras E e I
exame exato exausto exemplo existir exótico Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i /
inexorável pode não ser nítida. Observe:

Emprego de S, Ç, X e dos Dígrafos Sc, Sç, Ss, Xc, Xs


Existem diversas formas para a representação do fonema /S/. Emprega-se o E:
Observe: 1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar
Exemplos:
Emprega-se o S: magoar - magoe, magoes
Nos substantivos derivados de verbos terminados em continuar- continue, continues
“andir”,”ender”, “verter” e “pelir”
Exemplos: 2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes, anterior)
expandir- expansão pretender- pretensão verter- Exemplos: antebraço, antecipar
versão expelir- expulsão
estender- extensão suspender- suspensão 3) Nos seguintes vocábulos:
converter - conversão repelir- repulsão cadeado, confete, disenteria, empecilho, irrequieto, mexerico,
orquídea, etc.
Emprega-se Ç:
Nos substantivos derivados dos verbos “ter” e “torcer” Emprega-se o I :
Exemplos: 1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -air, -oer, -uir
ater- atenção torcer- torção Exemplos:
deter- detenção distorcer-distorção cair- cai
manter- manutenção contorcer- contorção doer- dói
influir- influi
Emprega-se o X:
Em alguns casos, a letra X soa como Ss 2) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra)
Exemplos: Exemplos:
auxílio, expectativa, experto, extroversão, sexta, sintaxe, texto, Anticristo, antitetânico
trouxe
3) Nos seguintes vocábulos:
Emprega-se Sc: aborígine, artimanha, chefiar, digladiar, penicilina, privilégio,
Nos termos eruditos etc.
Exemplos:
acréscimo, ascensorista, consciência, descender, discente, Emprego das letras O e U
fascículo, fascínio, imprescindível, miscigenação, miscível, Emprega-se o O/U:
plebiscito, rescisão, seiscentos, transcender, etc. A oposição o/u é responsável pela diferença de significado de
algumas palavras. Veja os exemplos:

Língua Portuguesa 18
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
comprimento (extensão) e cumprimento (saudação, d) Nos nomes mitológicos.
realização) Exemplos:
soar (emitir som) e suar (transpirar) Dionísio, Netuno.

Grafam-se com a letra O: bolacha, bússola, costume, e) Nos nomes de festas e festividades.
moleque. Exemplos:
Natal, Páscoa, Ramadã.
Grafam-se com a letra U: camundongo, jabuti, Manuel, tábua
f) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais.
Emprego da letra H Exemplos:
Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético. ONU, Sr., V. Ex.ª.
Conservou-se apenas como símbolo, por força da etimologia e
da tradição escrita. A palavra hoje, por exemplo, grafa-se desta g) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos,
forma devido a sua origem na forma latina hodie. políticos ou nacionalistas.
Exemplos:
Emprega-se o H: Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Estado, Nação, Pátria,
1) Inicial, quando etimológico União, etc.
Exemplos: hábito, hesitar, homologar, Horácio
Observação: esses nomes escrevem-se com inicial minúscula
2) Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh quando são empregados em sentido geral ou indeterminado.
Exemplos: flecha, telha, companhia Exemplo:
Todos amam sua pátria.
3) Final e inicial, em certas interjeições
Exemplos: ah!, ih!, eh!, oh!, hem?, hum!, etc. Emprego FACULTATIVO de letra maiúscula:
a) Nos nomes de logradouros públicos, templos e edifícios.
4) Em compostos unidos por hífen, no início do segundo Exemplos:
elemento, se etimológico Rua da Liberdade ou rua da Liberdade
Exemplos: anti-higiênico, pré-histórico, super-homem, etc. Igreja do Rosário ou igreja do Rosário
Edifício Azevedo ou edifício Azevedo
Observações:
1) No substantivo Bahia, o “h” sobrevive por tradição. Note que 2) Utiliza-se inicial minúscula:
nos substantivos derivados como baiano, baianada ou baianinha a) Em todos os vocábulos da língua, nos usos correntes.
ele não é utilizado. Exemplos:
carro, flor, boneca, menino, porta, etc.
2) Os vocábulos erva, Espanha e inverno não possuem a
letra “h” na sua composição. No entanto, seus derivados eruditos b) Nos nomes de meses, estações do ano e dias da semana.
sempre são grafados com h. Veja: Exemplos:
herbívoro, hispânico, hibernal. janeiro, julho, dezembro, etc.
segunda, sexta, domingo, etc.
Emprego das Iniciais Maiúsculas e Minúsculas primavera, verão, outono, inverno
1) Utiliza-se inicial maiúscula:
a) No começo de um período, verso ou citação direta. c) Nos pontos cardeais.
Exemplos: Exemplos:
Disse o Padre Antonio Vieira: “Estar com Cristo em qualquer Percorri o país de norte a sul e de leste a oeste.
lugar, ainda que seja no inferno, é estar no Paraíso.” Estes são os pontos colaterais: nordeste, noroeste, sudeste,
sudoeste.
“Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança, Observação: quando empregados em sua forma absoluta, os
Estandarte que à luz do sol encerra pontos cardeais são grafados com letra maiúscula.
As promessas divinas da Esperança…” Exemplos:
(Castro Alves) Nordeste (região do Brasil)
Ocidente (europeu)
Observações: Oriente (asiático)
- No início dos versos que não abrem período, é facultativo o
uso da letra maiúscula. Lembre-se:
Depois de dois-pontos, não se tratando de citação direta, usa-
Por Exemplo: se letra minúscula.
“Aqui, sim, no meu cantinho,
vendo rir-me o candeeiro, Exemplo:
gozo o bem de estar sozinho “Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro,
e esquecer o mundo inteiro.” incenso, mirra.” (Manuel Bandeira)

- Depois de dois pontos, não se tratando de citação direta, usa- Emprego FACULTATIVO de letra minúscula:
se letra minúscula. a) Nos vocábulos que compõem uma citação bibliográfica.
Por Exemplo: Exemplos:
“Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, Crime e Castigo ou Crime e castigo
incenso, mirra.” (Manuel Bandeira) Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas
Em Busca do Tempo Perdido ou Em busca do tempo perdido
b) Nos antropônimos, reais ou fictícios.
Exemplos: b) Nas formas de tratamento e reverência, bem como em
Pedro Silva, Cinderela, D. Quixote. nomes sagrados e que designam crenças religiosas.
Exemplos:
c) Nos topônimos, reais ou fictícios. Governador Mário Covas ou governador Mário Covas
Exemplos: Papa João Paulo II ou papa João Paulo II
Rio de Janeiro, Rússia, Macondo. Excelentíssimo Senhor Reitor ou excelentíssimo senhor reitor

Língua Portuguesa 19
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Santa Maria ou santa Maria. Trás ou Atrás = indicam lugar, são advérbios.
Traz - do verbo trazer.
c) Nos nomes que designam domínios de saber, cursos e
disciplinas. Vultoso: volumoso: Fizemos um trabalho vultoso aqui.
Exemplos: Vultuoso: atacado de congestão no rosto: Sua face está
Português ou português vultuosa e deformada.
Línguas e Literaturas Modernas ou línguas e literaturas Questões
modernas
História do Brasil ou história do Brasil 01. Que mexer o esqueleto é bom para a saúde já virou
Arquitetura ou arquitetura até sabedoria popular. Agora, estudo levanta hipóteses sobre
........................ praticar atividade física..........................benefícios
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/ para a totalidade do corpo. Os resultados podem levar a novas
fono24.php terapias para reabilitar músculos contundidos ou mesmo para
Emprego do Porquê .......................... e restaurar a perda muscular que ocorre com o
avanço da idade.
Orações (Ciência Hoje, março de 2012)
Interrogativas Exemplo:
As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e
(pode ser Por que devemos nos respectivamente, com:
substituído por: preocupar com o meio (A) porque … trás … previnir
Por por qual motivo, ambiente? (B) porque … traz … previnir
Que por qual razão) (C) porquê … tras … previnir
Exemplo: (D) por que … traz … prevenir
Equivalendo (E) por quê … tráz … prevenir
a “pelo qual” Os motivos por que não
respondeu são desconhecidos. 02. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas
da frase abaixo: Não sei o _____ ela está com os olhos vermelhos,
Exemplos: talvez seja _____ chorou.
(A) porquê / porque;
Você ainda tem coragem de (B) por que / porque;
Final de
Por perguntar por quê? (C) porque / por que;
frases e seguidos
Quê (D) porquê / por quê;
de pontuação
Você não vai? Por quê? (E) por que / por quê.

Não sei por quê! 03.


Exemplos:
Conjunção
A situação agravou-se
que indica
porque ninguém reclamou.
explicação ou
causa
Ninguém mais o espera,
Porque porque ele sempre se atrasa.
Conjunção de
Exemplos:
Finalidade –
equivale a “para Considerando a ortografia e a acentuação da norma-
Não julgues porque não te padrão da língua portuguesa, as lacunas estão, correta e
que”, “a fim de
julguem. respectivamente, preenchidas por:
que”.
(A) mal ... por que ... intuíto
Função de (B) mau ... por que ... intuito
Exemplos:
substantivo (C) mau ... porque ... intuíto
– vem (D) mal ... porque ... intuito
Não é fácil encontrar o
acompanhado (E) mal ... por quê ... intuito
Porquê porquê de toda confusão.
de artigo ou
pronome
Dê-me um porquê de sua 04. Assinale a alternativa que preenche, correta e
saída. respectivamente, as lacunas do trecho a seguir, de acordo com
a norma-padrão.
Além disso, ___certamente ____entre nós ____do fenômeno da
1. Por que (pergunta) corrupção e das fraudes.
2. Porque (resposta) (A) a … concenso … acerca
3. Por quê (fim de frase: motivo) (B) há … consenso … acerca
4. O Porquê (substantivo) (C) a … concenso … a cerca
(D) a … consenso … há cerca
Emprego de outras palavras (E) há … consenço … a cerca

Senão: equivale a “caso contrário”, “a não ser”: Não fazia coisa 05. Assinale a alternativa cujas palavras se apresentam
nenhuma senão criticar. flexionadas de acordo com a norma-padrão.
Se não: equivale a “se por acaso não”, em orações adverbiais (A) Os tabeliãos devem preparar o documento.
condicionais: Se não houver homens honestos, o país não sairá (B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.
desta situação crítica. (C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local.
(D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos.
Tampouco: advérbio, equivale a “também não”: Não (E) Cuidado com os degrais, que são perigosos!
compareceu, tampouco apresentou qualquer justificativa.
Tão pouco: advérbio de intensidade: Encontramo-nos tão Respostas
pouco esta semana. 01. D/02. B/03. D/4-B/5-D

Língua Portuguesa 20
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Ex.: coração – melão – órgão – ímã
6. Acentuação gráfica. Regras fundamentais:

Palavras oxítonas:
Acentuação Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”, “o”,
“em”, seguidas ou não do plural(s):
A acentuação é um dos requisitos que perfazem as regras Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s)
estabelecidas pela Gramática Normativa. Esta se compõe de
algumas particularidades, às quais devemos estar atentos, Essa regra também é aplicada aos seguintes casos:
procurando estabelecer uma relação de familiaridade e,
consequentemente, colocando-as em prática na linguagem Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, seguidos
escrita. ou não de “s”.
Ex.: pá – pé – dó – há
Regras básicas – Acentuação tônica
Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, seguidas
A acentuação tônica implica na intensidade com que são de lo, la, los, las.
pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela que se dá de respeitá-lo – percebê-lo – compô-lo
forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As
demais, como são pronunciadas com menos intensidade, são Paroxítonas:
denominadas de átonas. Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em:
- i, is
De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas táxi – lápis – júri
como: - us, um, uns
vírus – álbuns – fórum
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a - l, n, r, x, ps
última sílaba. automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps
Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel - ã, ãs, ão, ãos
ímã – ímãs – órfão – órgãos
Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica se
evidencia na penúltima sílaba. - Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê? Repare que
Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato – passível essa palavra apresenta as terminações das paroxítonas que são
acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM =fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim
Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica se ficará mais fácil a memorização!
evidencia na antepenúltima sílaba.
Ex.: lâmpada – câmara – tímpano – médico – ônibus - ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de “s”.

Como podemos observar, mediante todos os exemplos água – pônei – mágoa – jóquei
mencionados, os vocábulos possuem mais de uma sílaba, mas
em nossa língua existem aqueles com uma sílaba somente: Regras especiais:
são os chamados monossílabos, que, quando pronunciados,
apresentam certa diferenciação quanto à intensidade. Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” ( ditongos abertos),
que antes eram acentuados, perderam o acento de acordo com
Tal diferenciação só é percebida quando os pronunciamos a nova regra, mas desde que estejam em palavras paroxítonas.
em uma dada sequência de palavras. Assim como podemos
observar no exemplo a seguir: Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma
palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são
“Sei que não vai dar em nada, seus segredos sei de cor”. acentuados. Mas caso não forem ditongos perdem o acento.
Ex.:
Os monossílabos em destaque classificam-se como tônicos;
Antes Agora
os demais, como átonos (que, em, de).
assembléia assembleia
idéia ideia
Os Acentos Gráficos
jibóia jiboia
apóia (verbo apoiar) apoia
acento agudo (´) – Colocado sobre as letras “a”, “i”, “u” e
sobre o “e” do grupo “em” - indica que estas letras representam
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acompanhados
as vogais tônicas de palavras como Amapá, caí, público, parabéns.
ou não de “s”, haverá acento:
Sobre as letras “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre aberto. 
Ex.: saída – faísca – baú – país – Luís
Ex.: herói – médico – céu(ditongos abertos)
Observação importante:
acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” e
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando hiato
“o” indica, além da tonicidade, timbre fechado:
quando vierem depois de ditongo: Ex.:
Ex.: tâmara – Atlântico – pêssego – supôs
Antes Agora
acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com
bocaiúva bocaiuva
artigos e pronomes.
feiúra feiura
Ex.: à – às – àquelas – àqueles
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi abolido.
trema (¨) – De acordo com a nova regra, foi totalmente
Ex.:
abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado em palavras
derivadas de nomes próprios estrangeiros.
Antes Agora
Ex.: mülleriano (de Müller)
crêem creem
vôo voo
til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais
nasais.

Língua Portuguesa 21
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
- Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos que, Questões
no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais acento
como antes: CRER, DAR, LER e VER. 01. “Cadáver” é paroxítona, pois:
A) Tem a última sílaba como tônica.
Repare: B) Tem a penúltima sílaba como tônica.
1-) O menino crê em você C) Tem a antepenúltima sílaba como tônica.
Os meninos creem em você. D) Não tem sílaba tônica.
2-) Elza lê bem!
Todas leem bem! 02. Assinale a alternativa correta.
3-) Espero que ele dê o recado à sala. A palavra faliu contém um:
Esperamos que os dados deem efeito! A) hiato
4-) Rubens vê tudo! B) dígrafo
Eles veem tudo! C) ditongo decrescente
D) ditongo crescente
- Cuidado! Há o verbo vir:
Ele vem à tarde! 03. Em “O resultado da experiência foi, literalmente,
Eles vêm à tarde! aterrador.” a palavra destacada encontra-se acentuada pelo
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando mesmo motivo que:
seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z: A) túnel
B) voluntário
Ra-ul, ru-im, con-tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz C) até
D) insólito
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem E) rótulos
seguidas do dígrafo nh:
ra-i-nha, ven-to-i-nha. 04. Assinale a alternativa correta.
A) “Contrário” e “prévias” são acentuadas por serem
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem paroxítonas terminadas em ditongo.
precedidas de vogal idêntica: B) Em “interruptor” e “testaria” temos, respectivamente,
xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba encontro consonantal e hiato.
C) Em “erros derivam do mesmo recurso mental” as palavras
As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, com grifadas são paroxítonas.
“u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i” não D) Nas palavras “seguida”, “aquele” e “quando” as partes
serão mais acentuadas. Ex.: destacadas são dígrafos.
E) A divisão silábica está correta em “co-gni-ti-va”, “p-si-có-
Antes Depois lo-ga” e “a-ci-o-na”.
apazigúe (apaziguar) apazigue
argúi (arguir) argui 05. Todas as palavras abaixo são hiatos, EXCETO:
A) saúde
Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa do B) cooperar
plural de: C) ruim
D) creem
ele tem – eles têm E) pouco
ele vem – eles vêm (verbo vir) Respostas
1-B / 2-C / 3-B / 4-A / 5-E
A regra prevalece também para os verbos conter, obter, reter,
deter, abster. 
7. Emprego do sinal indicativo de
ele contém – eles contêm
ele obtém – eles obtêm crase.
ele retém – eles retêm
ele convém – eles convêm
Crase
Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes
eram acentuadas para diferenciá-las de outras semelhantes A palavra crase é de origem grega e significa «fusão»,
(regra do acento diferencial). Apenas em algumas exceções, «mistura». Na língua portuguesa, é o nome que se dá à «junção»
como: de duas vogais idênticas. É de grande importância a crase da
preposição “a” com o artigo feminino “a” (s), com o “a” inicial dos
A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do pronomes aquele(s), aquela (s), aquilo e com o “a” do relativo a
pretérito perfeito do modo indicativo) ainda continua qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para
sendo acentuada para diferenciar-se de pode (terceira indicar a crase. O uso apropriado do acento grave depende da
pessoa do singular do presente do indicativo). Ex: compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental também,
para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos
Ela pode fazer isso agora. e nomes que exigem a preposição  “a”. Aprender a usar a
Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou... crase, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência
simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome. 
O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da
preposição por. Observe:
Vou a + a igreja.
- Quando, na frase, der para substituir o “por” por “colocar”, Vou à igreja.
então estaremos trabalhando com um verbo, portanto: “pôr”;
nos outros casos, “por” preposição. Ex: No exemplo acima, temos a ocorrência da
preposição  “a”,  exigida pelo verbo  ir (ir a algum lugar) e a
Faço isso por você. ocorrência do artigo “a” que está determinando o substantivo
Posso pôr (colocar) meus livros aqui? feminino igreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e
elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave. Observe
os outros exemplos:

Língua Portuguesa 22
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Conheço a aluna. à direita à procura à deriva à toa
Refiro-me à aluna.
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer à proporção
à luz à sombra de à frente de
algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não pode que
ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto
à
(referir-se a algo ou a alguém) e exige a preposição  “a”.
semelhança às ordens à beira de
Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja
de
feminino e admita o artigo feminino “a” ou um dos pronomes já
especificados.
Crase diante de Nomes de Lugar
Veja os principais casos em que a crase NÃO ocorre:
Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do
1-) diante de substantivos masculinos:
artigo “a”. Outros, entretanto, admitem o artigo, de modo que
Andamos a cavalo.
diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a
Fomos a pé.
preposição “a”. Para saber se um nome de lugar admite ou não
a anteposição do artigo feminino “a”, deve-se substituir o termo
2-) diante de  verbos no infinitivo:
regente por um verbo que peça a preposição  “de”  ou  “em”. A
A criança começou a falar.
ocorrência da contração  “da”  ou  “na”  prova que esse nome de
Ela não tem nada a dizer.
lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase.
Por exemplo:
Obs.: como os verbos não admitem artigos, o “a” dos
Vou  à  França. (Vim  da [de+a] França. Estou  na [em+a]
exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá crase.
França.)
Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.)
3-) diante da maioria dos pronomes e das expressões de
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália)
tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita e dona:
Vou  a  Porto Alegre. (Vim  de Porto Alegre. Estou em Porto
Diga a ela que não estarei em casa amanhã.
Alegre.) 
Entreguei a todos os documentos necessários.
Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem.
- Minha dica: use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou A
volto DE, crase PRA QUÊ?”
Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes
Ex: Vou a Campinas. = Volto de Campinas.
podem ser identificados pelo método: troque a palavra feminina
Vou à praia. = Volto da praia.
por uma masculina, caso na nova construção surgir a forma ao,
ocorrerá crase. Por exemplo:
- ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado,
ocorrerá crase. Veja:
Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo indivíduo.)
Retornarei  à  São Paulo dos bandeirantes. =
Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao senhor.)
mesmo que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE”
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao próprio
Irei à Salvador de Jorge Amado.
Cláudio para sair mais cedo.)
Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele (s),
4-) diante de numerais cardinais:
Aquela (s), Aquilo
Chegou a duzentos o número de feridos
Daqui a uma semana começa o campeonato.
Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo
regente exigir a preposição “a”. Por exemplo:
Casos em que a crase SEMPRE ocorre:
Refiro-me a + aquele atentado.
1-) diante de palavras femininas:
Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega. Preposição Pronome
Sempre vamos à praia no verão.
Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores. Refiro-me àquele atentado.
Sou grata à população.
Fumar é prejudicial à saúde. O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo
Este aparelho é posterior à invenção do telefone. indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige preposição,
portanto, ocorre a crase. Observe este outro exemplo:
2-) diante da palavra “moda”, com o sentido de “à moda de”
(mesmo que a expressão moda de fique subentendida): Aluguei aquela casa.
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé. 
Usava sapatos à (moda de) Luís XV. O verbo “alugar” é transitivo direto (alugar algo) e não exige
Estava com vontade de comer frango à (moda de) passarinho. preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso.
O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro. Veja outros exemplos:
Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho.
3-) na indicação de horas: Quero agradecer àqueles que me socorreram.
Acordei às sete horas da manhã. Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai.
Elas chegaram às dez horas. Não obedecerei àquele sujeito.
Foram dormir à meia-noite.
Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais
4-) em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de
que participam palavras femininas. Por exemplo: A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as
quais depende do verbo. Se o verbo que rege esses pronomes
à tarde às ocultas às pressas à medida que exigir a preposição  «a»,  haverá crase. É possível detectar a
à noite às claras às escondidas à força ocorrência da crase nesses casos utilizando a substituição do
termo regido feminino por um termo regido masculino. 
à vontade à beça à larga à escuta Por exemplo:
A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade.
às avessas à revelia à exceção de à imitação de
O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade
à esquerda às turras às vezes à chave

Língua Portuguesa 23
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a crase. Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de
Veja outros exemplos: pronomes possessivos femininos, então podemos escrever as
São normas às quais todos os alunos devem obedecer. frases abaixo das seguintes formas:
Esta foi a conclusão à qual ele chegou.
Várias alunas às quais ele fez perguntas não souberam Cedi o lugar a minha avó. Cedi o lugar a meu avô.
responder nenhuma das questões. Cedi o lugar à minha avó. Cedi o lugar ao meu avô.
A sessão à qual assisti estava vazia.
3-) depois da preposição até:
Crase com o Pronome Demonstrativo “a” Fui até a praia. ou Fui até à praia.
Acompanhe-o até a porta. ou Acompanhe-o até à porta.
A ocorrência da crase com o pronome A palestra vai até as cinco horas da tarde. ou
demonstrativo “a” também pode ser detectada através da A palestra vai até às cinco horas da tarde.
substituição do termo regente feminino por um termo regido
masculino.  Questões
Veja:
Minha revolta é ligada à do meu país. 01. No Brasil, as discussões sobre drogas parecem limitar-
Meu luto é ligado ao do meu país. se ______aspectos jurídicos ou policiais. É como se suas únicas
As orações são semelhantes às de antes. consequências estivessem em legalismos, tecnicalidades
Os exemplos são semelhantes aos de antes. e estatísticas criminais. Raro ler ____respeito envolvendo
Suas perguntas são superiores às dele. questões de saúde pública como programas de esclarecimento
Seus argumentos são superiores aos dele. e prevenção, de tratamento para dependentes e de reintegração
Sua blusa é idêntica à de minha colega. desses____ vida. Quantos de nós sabemos o nome de um médico
Seu casaco é idêntico ao de minha colega. ou clínica ____quem tentar encaminhar um drogado da nossa
própria família?
A Palavra Distância
(Ruy Castro, Da nossa própria família. Folha de S.Paulo,
Se a palavra  distância  estiver especificada, determinada, a 17.09.2012. Adaptado)
crase deve ocorrer.
Por exemplo: As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e
Sua casa fica  à  distância de 100 Km daqui. (A palavra está respectivamente, com:
determinada) (A) aos … à … a … a
Todos devem ficar  à  distância de 50 metros do palco. (A (B) aos … a … à … a
palavra está especificada.) (C) a … a … à … à
(D) à … à … à … à
Se a palavra  distância  não estiver especificada, a (E) a … a … a … a
crase não pode ocorrer. 
Por exemplo: 02. Leia o texto a seguir.
Os militares ficaram a distância. Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa, correu
Gostava de fotografar a distância. ______ cartomante para consultá-la sobre a verdadeira causa do
Ensinou a distância. procedimento de Camilo. Vimos que ______ cartomante restituiu-
Dizem que aquele médico cura a distância. lhe ______ confiança, e que o rapaz repreendeu-a por ter feito o
Reconheci o menino a distância. que fez.
(Machado de Assis. A cartomante. In: Várias histórias. Rio de
Observação: por motivo de clareza, para evitar ambiguidade, Janeiro: Globo, 1997, p. 6)
pode-se usar a crase.
Veja: Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na
Gostava de fotografar à distância. ordem dada:
Ensinou à distância. A) à – a – a
Dizem que aquele médico cura à distância. B) a – a – à
C) à – a – à
Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA D) à – à – a
E) a – à – à
1-) diante de nomes próprios femininos:
Observação: é facultativo o uso da crase diante de nomes 03 “Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ problemas já
próprios femininos porque é facultativo o uso do artigo. Observe: expostos ___ V. Sª ___ alguns dias”.
Paula é muito bonita. Laura é minha amiga. a) à - àqueles - a - há 
A Paula é muito bonita. A Laura é minha amiga. b) a - àqueles - a - há 
c) a - aqueles - à - a 
Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo d) à - àqueles - a - a 
feminino diante de nomes próprios femininos, então podemos e) a - aqueles - à - há
escrever as frases abaixo das seguintes formas:
04. Leia o texto a seguir.
Entreguei o cartão a Paula. Entreguei o cartão a
Roberto. Comunicação
Entreguei o cartão à Paula. Entreguei o cartão ao
Roberto. O público ledor (existe mesmo!) é sensorial: quer ter um autor
ao vivo, em carne e osso. Quando este morre, há uma queda de
2-) diante de pronome possessivo feminino: popularidade em termos de venda. Ou, quando teatrólogo, em
Observação: é facultativo o uso da crase diante de termos de espetáculo. Um exemplo: G. B. Shaw. E, entre nós, o
pronomes possessivos femininos porque é facultativo o uso do suave fantasma de Cecília Meireles recém está se materializando,
artigo. Observe: tantos anos depois.
Minha avó tem setenta anos. Minha irmã está Isto apenas vem provar que a leitura é um remédio para
esperando por você. a solidão em que vive cada um de nós neste formigueiro. Claro
A minha avó tem setenta anos. A minha irmã está que não me estou referindo a essa vulgar comunicação festiva e
esperando por você. efervescente.

Língua Portuguesa 24
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Porque o autor escreve, antes de tudo, para expressar-se. Sua É esse morfema comum – o radical – que faz com que as
comunicação com o leitor decorre unicamente daí. Por afinidades. consideremos palavras de uma mesma família de significação –
É como, na vida, se faz um amigo. os cognatos. O radical é a parte da palavra responsável por sua
E o sonho do escritor, do poeta, é individualizar cada significação principal.
formiga num formigueiro, cada ovelha num rebanho − para que
sejamos humanos e não uma infinidade de xerox infinitamente Afixos
reproduzidos uns dos outros. Como vimos, o acréscimo do morfema – ar - cria uma
Mas acontece que há também autores xerox, que nos invadem nova palavra a partir de escola. De maneira semelhante,
com aqueles seus best-sellers... o acréscimo dos morfemas sub e arização à forma escol
Será tudo isto uma causa ou um efeito? criou  subescolarização. Esses morfemas recebem o nome de
Tristes interrogações para se fazerem num mundo que já foi afixos.
civilizado. Quando são colocados antes do radical, como acontece
(Mário Quintana. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1. com sub, os afixos recebem o nome de prefixos. Quando, como
ed., 2005. p. 654) arização, surgem depois do radical os afixos são chamados
de sufixos.
Claro que não me estou referindo a essa vulgar comunicação Prefixos e sufixos, além de operar mudança de classe
festiva e efervescente. gramatical, são capazes de introduzir modificações de
O vocábulo a deverá receber o sinal indicativo de crase se o significado no radical a que são acrescentados.
segmento grifado for substituído por:
A) leitura apressada e sem profundidade. Desinências
B) cada um de nós neste formigueiro. Quando se conjuga o verbo amar, obtêm-se formas como
C) exemplo de obras publicadas recentemente. amava, amavas, amava, amávamos, amáveis, amavam. Essas
D) uma comunicação festiva e virtual. modificações ocorrem à medida que o verbo vai sendo flexionado
E) respeito de autores reconhecidos pelo público. em número (singular e plural) e pessoa (primeira, segunda ou
terceira). Também ocorrem se modificarmos o tempo e o modo
05. O Instituto Nacional de Administração Prisional do verbo (amava, amara, amasse, por exemplo).
(INAP) também desenvolve atividades lúdicas de apoio______ Podemos concluir, assim, que existem morfemas que indicam
ressocialização do indivíduo preso, com o objetivo de prepará- as flexões das palavras. Esses morfemas sempre surgem no fim
lo para o retorno______ sociedade. Dessa forma, quando em das palavras variáveis e recebem o nome de desinências. Há
liberdade, ele estará capacitado______ ter uma profissão e uma desinências nominais e desinências verbais.
vida digna.
(Disponível em: Desinências nominais: indicam o gênero e o número dos
www.metropolitana.com.br/blog/qual_e_a_importancia_da_ nomes. Para a indicação de gênero, o português costuma opor as
ressocializacao_de_presos. Acesso em: 18.08.2012. Adaptado) desinências -o/-a: garoto/garota; menino/menina.
Para a indicação de número, costuma-se utilizar o
Assinale a alternativa que preenche, correta e morfema –s,  que indica o plural em oposição à ausência de
respectivamente, as lacunas do texto, de acordo com a norma- morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/garotas;
padrão da língua portuguesa. menino/meninos; menina/meninas.
A) à … à … à No caso dos nomes terminados em –r e –z, a desinência de
B) a … a … à plural assume a forma -es:
C) a … à … à mar/mares;
D) à … à ... a revólver/revólveres;
E) a … à … a cruz/cruzes.
Respostas
1-B / 2-A / 3-B / 4-A / 5-D Desinências verbais: em nossa língua, as desinências
verbais pertencem a dois tipos distintos. Há aqueles que indicam
o modo e o tempo (desinências modo-temporais) e aquelas que
8. Formação, classe e emprego
indicam o número e a pessoa dos verbos (desinência número-
de palavras. pessoais):
  cant-á-va-mos
cant-á-sse-is
Estrutura e formação das palavras cant: radical
cant: radical
Observe as seguintes palavras: -á-: vogal temática
escol-a -á-: vogal temática
escol-ar
escol-arização -va-: desinência modo-temporal(caracteriza o pretérito
escol-arizar imperfeito do indicativo)
sub-escol-arização -sse-: desinência modo-temporal (caracteriza o pretérito
imperfeito do subjuntivo)
Percebemos que há um elemento comum a todas elas: a -mos: desinência número-pessoal (caracteriza a primeira
forma escol-. Além disso, em todas há elementos destacáveis, pessoa do plural)
responsáveis por algum detalhe de significação. Compare, por -is: desinência número-pessoal (caracteriza a segunda
exemplo, escola e escolar: partindo de escola, formou-se escolar pessoa do plural)
pelo acréscimo do elemento destacável: ar.
Por meio desse trabalho de comparação entre as diversas Vogal temática
palavras que selecionamos, podemos depreender a existência Observe que, entre o radical cant- e as desinências verbais,
de diferentes elementos formadores. Cada um desses elementos surge sempre o morfema –a.
formadores é uma unidade mínima de significação, um elemento Esse morfema, que liga o radical às desinências, é chamado
significativo indecomponível, a que damos o nome de morfema. de vogal temática. Sua função é ligar-se ao radical, constituindo
o chamado tema. É ao tema (radical + vogal temática) que se
Classificação dos morfemas: acrescentam as desinências. Tanto os verbos como os nomes
Radical apresentam vogais temáticas.
Há um morfema comum a todas as palavras que estamos
analisando: escol-.

Língua Portuguesa 25
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Vogais temáticas nominais: São -a, -e, e -o, quando átonas 1-) Derivação regressiva: a palavra nova é obtida por
finais, como em mesa, artista, busca, perda, escola, triste, base, redução da palavra primitiva. Ocorre, sobretudo, na formação
combate. Nesses casos, não poderíamos pensar que essas de substantivos derivados de verbos. Exemplo: A pesca está
terminações são desinências indicadoras de gênero, pois a mesa, proibida. (pescar). Proibida a caça. (caçar)
escola, por exemplo, não sofrem esse tipo de flexão. É a essas
vogais temáticas que se liga a desinência indicadora de plural: 2-) Derivação imprópria:  a palavra nova (derivada)
mesa-s, escola-s, perda-s. Os nomes terminados em vogais é obtida pela mudança de categoria gramatical da palavra
tônicas (sofá, café, cipó, caqui, por exemplo) não apresentam primitiva. Não ocorre, pois, alteração na forma, mas tão somente
vogal temática. na classe gramatical.
Não entendi o porquê da briga. (o substantivo porquê deriva
Vogais temáticas verbais: São -a, -e e -i, que caracterizam da conjunção porque)
três grupos de verbos a que se dá o nome de conjugações. Seu olhar me fascina! (o verbo olhar tornou-se, aqui,
Assim, os verbos cuja vogal temática é -a pertencem à primeira substantivo)
conjugação; aqueles cuja vogal temática é -e pertencem à
segunda conjugação e os que têm vogal temática -i pertencem à Outros processos de formação de palavras:
terceira conjugação.
  - Hibridismo: é a palavra formada com elementos oriundos
primeira conjug. segunda conjug. terceira conjug. de línguas diferentes.
govern-a-va estabelec-e-sse defin-i-ra automóvel (auto: grego; móvel: latim)
atac-a-va cr-e-ra imped-i-sse sociologia (socio: latim; logia: grego)
realiz-a-sse mex-e-rá g-i-mos sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego)
Fonte: http://www.brasilescola.com/gramatica/estrutura-e-
Vogal ou consoante de ligação  formacao-de-palavras-i.htm

As vogais ou consoantes de ligação são morfemas que - Abreviação vocabular, cujo traço peculiar manifesta-
surgem por motivos eufônicos, ou seja, para facilitar ou mesmo se por meio da eliminação de um segmento de uma palavra
possibilitar a leitura de uma determinada palavra. Temos um no intuito de se obter uma forma mais reduzida, geralmente
exemplo de vogal de ligação na palavra escolaridade: o - i - entre aquelas mais longas. Vejamos alguns exemplos: 
os sufixos -ar- e -dade facilita a emissão vocal da palavra. Outros
exemplos: gasômetro, alvinegro, tecnocracia, paulada, cafeteira, metropolitano – metrô
chaleira, tricota. extraordinário – extra
otorrinolaringologista – otorrino
Processos de formação de palavras: telefone – fone
1-) Composição pneumático – pneu
Haverá composição quando se juntarem dois ou mais
radicais para formar nova palavra. Há dois tipos de composição; - Onomatopeia: Consiste em criar palavras, tentando
justaposição e aglutinação. imitar sons da natureza ou sons repetidos. Por exemplo: zum-
1.1-) Justaposição: ocorre quando os elementos que zum, cri-cri, tique-taque, pingue-pongue, blá-blá-blá.
formam o composto são postos lado a lado, ou seja, justapostos:  
Corre-corre, guarda-roupa, segunda-feira, girassol. - Siglas: As siglas são formadas pela combinação das
1.2-) Aglutinação:  ocorre quando os elementos que letras iniciais de uma sequência de palavras que constitui um
formam o composto se aglutinam e pelo menos um deles perde nome. Por exemplo:IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
sua integridade sonora: Aguardente (água + ardente), planalto Estatística); IPTU (Imposto Predial, Territorial e Urbano).
(plano + alto), pernalta (perna + alta), vinagre (vinho + acre) As siglas escrevem-se com todas as letras maiúsculas, a não
ser que haja mais de três letras e  a sigla seja pronunciável sílaba
Derivação por acréscimo de afixos  por sílaba. Por exemplo: Unicamp, Petrobras. 
É o processo pelo qual se obtêm palavras novas (derivadas)  
pela anexação de afixos à palavra primitiva. A derivação pode Questões
ser: prefixal, sufixal e parassintética.
1-) Prefixal (ou prefixação): a palavra nova é obtida por 01. Assinale a opção em que todas as palavras se formam
acréscimo de prefixo. pelo mesmo processo:
In------ --feliz        des----------leal A) ajoelhar / antebraço / assinatura
Prefixo radical  prefixo radical B) atraso / embarque / pesca
C) o jota / o sim / o tropeço
2-) Sufixal (ou sufixação): a palavra nova é obtida por D) entrega / estupidez / sobreviver
acréscimo de sufixo. E) antepor / exportação / sanguessuga
Feliz---- mente    leal------dade
Radical sufixo   radical sufixo 02. A palavra “aguardente” formou-se por:
A) hibridismo
3-) Parassintética: a palavra nova é obtida pelo acréscimo B) aglutinação
simultâneo de prefixo e sufixo (não posso retirar o prefixo nem o C) justaposição
sufixo que estão ligados ao radical, pois a palavra não “existiria”). D) parassíntese
Por parassíntese formam-se principalmente verbos. E) derivação regressiva
En-- -----trist- ----ecer
Prefixo radical  sufixo 03. Que item contém somente palavras formadas por
justaposição?
en----- ---tard--- --ecer  A) desagradável - complemente
prefixo radical sufixo B) vaga-lume - pé-de-cabra
C) encruzilhada - estremeceu
Outros tipos de derivação D) supersticiosa - valiosas
E) desatarraxou - estremeceu
Há dois casos em que a palavra derivada é formada sem que
haja a presença de afixos. São eles: a derivação regressiva e a 04. “Sarampo” é:
derivação imprópria. A) forma primitiva
B) formado por derivação parassintética

Língua Portuguesa 26
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
C) formado por derivação regressiva O Pedro é o xodó da família.
D) formado por derivação imprópria
E) formado por onomatopeia - No caso de os nomes próprios personativos estarem no
plural, são determinados pelo uso do artigo:
05.As palavras são formadas através de derivação Os Maias, os Incas, Os Astecas...
parassintética em
A)infelizmente, desleal, boteco, barraco. - Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo(a) para
B)ajoelhar, anoitecer, entristecer, entardecer. conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (o artigo), o
C)caça, pesca, choro, combate. pronome assume a noção de qualquer.
D)ajoelhar, pesca, choro, entristecer. Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda)
Toda classe possui alunos interessados e desinteressados.
Respostas (qualquer classe)
01. (B) / 2. (B) / 3. (B) / 4. (C) / 5. (B)
- Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é facultativo:
Classes de Palavras Adoro o meu vestido longo. Adoro meu vestido longo.
- A utilização do artigo indefinido pode indicar uma ideia de
Artigo aproximação numérica:
O máximo que ele deve ter é uns vinte anos.
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica
se ele está sendo empregado de maneira definida ou indefinida. - O artigo também é usado para substantivar palavras
Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o oriundas de outras classes gramaticais:
número dos substantivos. Não sei o porquê de tudo isso.

Classificação dos Artigos - Nunca deve ser usado artigo depois do pronome relativo
cujo (e flexões).
Artigos Definidos: determinam os substantivos de maneira Este é o homem cujo amigo desapareceu.
precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu matei o animal. Este é o autor cuja obra conheço.

Artigos Indefinidos:  determinam os substantivos - Não se deve usar artigo antes das palavras casa (no sentido
de maneira vaga:  um, uma, uns, umas. Por exemplo: Eu de lar, moradia) e terra (no sentido de chão firme), a menos que
matei um animal. venham especificadas.
Eles estavam em casa.
Combinação dos Artigos Eles estavam na casa dos amigos.
É muito presente a combinação dos artigos definidos e Os marinheiros permaneceram em terra.
indefinidos com preposições. Este quadro apresenta a forma Os marinheiros permanecem na terra dos anões.
assumida por essas combinações:
- Não se emprega artigo antes dos pronomes de tratamento,
Preposições Artigos com exceção de senhor(a), senhorita e dona.
- o, os Vossa excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria.
a ao, aos - Não se une com preposição o artigo que faz parte do nome
de do, dos de revistas, jornais, obras literárias.
Li a notícia em O Estado de S. Paulo.
em no, nos
por (per) pelo, pelos Morfossintaxe
a, as um, uns uma, umas Para definir o que é artigo é preciso mencionar suas relações
à, às - - com o substantivo. Assim, nas orações da língua portuguesa,
o artigo exerce a função de adjunto adnominal do substantivo
da, das dum, duns duma, dumas a que se refere. Tal função independe da função exercida pelo
na, nas num, nuns numa, numas substantivo:
pela, pelas - - A existência é uma poesia.
Uma existência é a poesia.
- As formas à e às indicam a fusão da preposição  a com o
artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhecida Questões
por crase.
01. Determine o caso em que o artigo tem valor qualificativo:
Constatemos as circunstâncias em que os artigos se A) Estes são os candidatos que lhe falei.
manifestam: B) Procure-o, ele é o médico! Ninguém o supera.
C) Certeza e exatidão, estas qualidades não as tenho.
- Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do numeral D) Os problemas que o afligem não me deixam descuidado.
“ambos”: E) Muito é a procura; pouca é a oferta.
Ambos os garotos decidiram participar das olimpíadas.
02. Em qual dos casos o artigo denota familiaridade?
- Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso do A) O Amazonas é um rio imenso.
artigo, outros não: B) D. Manuel, o Venturoso, era bastante esperto.
São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, A Bahia... C) O Antônio comunicou-se com o João.
D) O professor João Ribeiro está doente.
- Quando indicado no singular, o artigo definido pode indicar E) Os Lusíadas são um poema épico
toda uma espécie:
O trabalho dignifica o homem. 03.Assinale a alternativa em que o uso do artigo está
substantivando uma palavra.
- No caso de nomes próprios personativos, denotando a ideia A) A liberdade vai marcar a poesia social de Castro Alves.
de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso do artigo: B) Leitor perspicaz é aquele que consegue ler as entrelinhas.

Língua Portuguesa 27
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
C) A navalha ia e vinha no couro esticado. Beleza exposta
D) Haroldo ficou encantado com o andar de bailado de Joana. Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual.
E) Bárbara dirigia os olhos para a lua encantada.
O substantivo beleza designa uma qualidade.
Respostas Substantivo Abstrato:  é aquele que designa seres que
1-B / 2-C / 3-D dependem de outros para se manifestar ou existir.
Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser
Substantivo observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa ou coisa
que seja bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar.
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é Portanto, a palavra beleza é um substantivo abstrato.
a classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam Os substantivos abstratos designam estados, qualidades,
os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraídos,
também nomeiam: e sem os quais não podem existir.
-lugares: Alemanha, Porto Alegre... vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade
-sentimentos: raiva, amor... (sentimento).  
-estados: alegria, tristeza...
-qualidades: honestidade, sinceridade... 3 - Substantivos Coletivos
-ações: corrida, pescaria... Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra
abelha, mais outra abelha.
Morfossintaxe do substantivo Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral
exerce funções diretamente relacionadas com o verbo: atua Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessário
como núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, mais outra
direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode ainda funcionar abelha...
como núcleo do complemento nominal ou do aposto, como No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural.
núcleo do predicativo do sujeito ou do objeto ou como núcleo No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular
do vocativo. Também encontramos substantivos como núcleos (enxame) para designar um conjunto de seres da mesma espécie
de adjuntos adnominais e de adjuntos adverbiais - quando essas (abelhas).
funções são desempenhadas por grupos de palavras.  O substantivo enxame é um substantivo coletivo.

Classificação dos Substantivos Substantivo Coletivo:  é o substantivo comum que, mesmo


estando no singular, designa um conjunto de seres da mesma
1-  Substantivos Comuns e Próprios espécie.
Observe a definição: Formação dos Substantivos
Substantivos Simples e Compostos
s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios,
dispostos em ruas e avenidas (no Brasil, toda a sede de município Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra.
é cidade). 2. O centro de uma cidade (em oposição aos bairros).
O substantivo chuva é formado por um único elemento ou
Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas e radical. É um substantivo simples.
edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada  cidade. Substantivo Simples:  é aquele formado por um único
Isso significa que a palavra cidade é um substantivo comum. elemento.
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de uma Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja agora:
mesma espécie de forma genérica. O substantivo guarda-chuva é formado por dois elementos
cidade, menino, homem, mulher, país, cachorro. (guarda + chuva). Esse substantivo é composto.
Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou mais
Estamos voando para Barcelona. elementos.
Outros exemplos: beija-flor, passatempo.
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espécie  
cidade. Esse substantivo é  próprio. Substantivo Próprio:  é Substantivos Primitivos e Derivados
aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma Meu limão meu limoeiro,
particular. meu pé de jacarandá...

Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil. O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de


nenhum outro dentro de língua portuguesa.
2 - Substantivos Concretos e Abstratos Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma
outra palavra da própria língua portuguesa.
LÂMPADA MALA O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir
da palavra limão.
Os substantivos lâmpada e mala  designam seres com Substantivo Derivado:  é aquele que se origina de outra
existência própria, que são independentes de outros seres. São palavra.
assim, substantivos concretos.
Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que existe, Flexão dos substantivos
independentemente de outros seres. O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável
quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por exemplo,
pode sofrer variações para indicar:
Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo Plural: meninos
real e do mundo imaginário. Feminino: menina
Aumentativo: meninão
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília, Diminutivo: menininho
etc.
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantasma, etc. Flexão de Gênero
  Gênero  é a propriedade que as palavras têm de indicar
Observe agora: sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa,

Língua Portuguesa 28
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
há dois gêneros:  masculino  e  feminino. Pertencem ao h) Substantivos que formam o feminino de maneira especial,
gênero masculino os substantivos que podem vir precedidos dos isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:
artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes: czar – czarina réu - ré
O velho e o mar
Um Natal inesquecível Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes
Os reis da praia
  - Epicenos:
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas: Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso ocorre
A história sem fim porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma para indicar
Uma cidade sem passado o masculino e o feminino.
As tartarugas ninjas Alguns nomes de animais apresentam uma só forma para
designar os dois sexos. Esses substantivos são chamados de
Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes epicenos. No caso dos epicenos, quando houver a necessidade
de especificar o sexo, utilizam-se palavras macho e fêmea.
Substantivos Biformes (= duas formas):  ao indicar nomes A cobra macho picou o marinheiro.
de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está relacionado A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.
ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma para o
masculino e outra para o feminino. Observe: gato – gata, homem Sobrecomuns:
– mulher, poeta – poetisa, prefeito - prefeita
Entregue as crianças à natureza.
Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam uma A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo masculino,
única forma, que serve tanto para o masculino quanto para o quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem o artigo nem
feminino. Classificam-se em: um possível adjetivo permitem identificar o sexo dos seres a que
- Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos. se refere a palavra. Veja:
a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré A criança chorona chamava-se João.
fêmea. A criança chorona chamava-se Maria.
- Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas. Outros substantivos sobrecomuns:
a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa
o indivíduo. criatura.
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O
- Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por cônjuge de Marcela faleceu
meio do artigo.
o colega e a colega, o doente e a doente, o artista e a artista. Comuns de Dois Gêneros:
Saiba que:
- Substantivos de origem grega terminados em ema ou oma, Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois.
são masculinos. Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?
o axioma, o fonema, o poema, o sistema, o sintoma, o teorema. É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma vez
- Existem certos substantivos que, variando de gênero, que a palavra motorista é um substantivo uniforme. O restante
variam em seu significado. da notícia informa-nos de que se trata de um homem.
o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora) o A distinção de gênero pode ser feita através da análise do
capital (dinheiro) e a capital (cidade) artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substantivo.
o colega - a colega
Formação do Feminino dos Substantivos Biformes um jovem - uma jovem
a) Regra geral: troca-se a terminação -o por -a. artista famoso - artista famosa
aluno - aluna
- A palavra personagem é usada indistintamente nos dois
b) Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao gêneros.
masculino. a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada
freguês - freguesa preferência pelo masculino:
O menino descobriu nas nuvens os personagens dos contos de
c) Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de três carochinha.
formas: b) Com referência a mulher, deve-se preferir o feminino:
- troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa O problema está nas mulheres de mais idade, que não aceitam
- troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã a personagem.
- troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona Não cheguei assim, nem era minha intenção, a criar uma
personagem.
Exceções: barão – baronesa ladrão- ladra sultão - sultana - Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo
fotográfico Ana Belmonte.
d) Substantivos terminados em -or:
- acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora Observe o gênero dos substantivos seguintes:
- troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz
Masculinos
e) Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: o tapa
cônsul - consulesa abade - abadessa poeta - poetisa o eclipse
duque - duquesa conde - condessa profeta - profetisa o lança-perfume
o dó (pena)
f) Substantivos que formam o feminino trocando o -e final o sanduíche
por -a: o clarinete
elefante - elefanta o champanha
o sósia
g) Substantivos que têm radicais diferentes no masculino e o maracajá
no feminino: o clã
bode – cabra boi - vaca o hosana
o herpes

Língua Portuguesa 29
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
o pijama o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro)
a coral (cobra venenosa)
Femininos
a dinamite o crisma (óleo sagrado, usado na administração da crisma e
a áspide de outros sacramentos)
a derme a crisma (sacramento da confirmação)
a hélice
a alcíone o cura (pároco)
a filoxera a cura (ato de curar)
a clâmide
a omoplata o estepe (pneu sobressalente)
a cataplasma a estepe (vasta planície de vegetação)
a pane
a mascote o guia (pessoa que guia outras)
a gênese a guia (documento, pena grande das asas das aves)
a entorse
a libido o grama (unidade de peso)
a grama (relva)
- São geralmente masculinos os substantivos de origem
grega terminados em -ma: o caixa (funcionário da caixa)
o grama (peso) a caixa (recipiente, setor de pagamentos)
o quilograma
o plasma o lente (professor)
o apostema a lente (vidro de aumento)
o diagrama
o epigrama o moral (ânimo)
o telefonema a moral (honestidade, bons costumes, ética)
o estratagema
o dilema o nascente (lado onde nasce o Sol)
o teorema a nascente (a fonte)
o apotegma
o trema Flexão de Número do Substantivo
o eczema
o edema Em português, há dois números gramaticais: o singular, que
o magma indica um ser ou um grupo de seres, e
o plural, que indica mais de um ser ou grupo de seres. A
Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc. característica do plural é o “s” final.

Gênero dos Nomes de Cidades: Plural dos Substantivos Simples

Com raras exceções, nomes de cidades são femininos. a) Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e “n”
A histórica Ouro Preto. fazem o plural pelo acréscimo de “s”.
A dinâmica São Paulo. pai – pais ímã - ímãs hífen - hifens (sem acento, no
A acolhedora Porto Alegre. plural).
Uma Londres imensa e triste. Exceção: cânon - cânones.

Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre. b) Os substantivos terminados em “m” fazem o plural em
“ns”.
Gênero e Significação: homem - homens.

Muitos substantivos têm uma significação no masculino e c) Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plural
outra no feminino. pelo acréscimo de “es”.
Observe: revólver – revólveres raiz - raízes
Atenção: O plural de caráter é caracteres.
o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os
movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à frente d) Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se
de um bloco carnavalesco, manejando um bastão) no plural, trocando o “l” por “is”.
a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou quintal - quintais caracol – caracóis hotel - hotéis
proibição de trânsito) Exceções: mal e males, cônsul e cônsules.

o cabeça (chefe) e) Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de duas


a cabeça (parte do corpo) maneiras:
- Quando oxítonos, em “is”: canil - canis
o cisma (separação religiosa, dissidência) - Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis.
a cisma (ato de cismar, desconfiança) Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas
maneiras: répteis ou reptis (pouco usada).
o cinza (a cor cinzenta)
a cinza (resíduos de combustão) f) Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de duas
maneiras:
o capital (dinheiro) - Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acréscimo
a capital (cidade) de “es”: ás – ases / retrós - retroses
- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam invariáveis:
o coma (perda dos sentidos) o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus.
a coma (cabeleira)

Língua Portuguesa 30
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
g) Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural de três animai(s) + zinhos = animaizinhos
maneiras. botõe(s) + zinhos = botõezinhos
- substituindo o -ão por -ões: ação - ações chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
- substituindo o -ão por -ães: cão - cães farói(s) + zinhos = faroizinhos
- substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos tren(s) + zinhos = trenzinhos
h) Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis: o colhere(s) + zinhas = colherezinhas
látex - os látex. flore(s) + zinhas = florezinhas
mão(s) + zinhas = mãozinhas
Plural dos Substantivos Compostos papéi(s) + zinhos = papeizinhos
A formação do plural dos substantivos compostos depende nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
da forma como são grafados, do tipo de palavras que formam funi(s) + zinhos = funizinhos
o composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que pé(s) + zitos = pezitos
são grafados sem hífen comportam-se como os substantivos
simples: Plural dos Nomes Próprios Personativos
aguardente e aguardentes girassol e girassóis
pontapé e pontapés malmequer e malmequeres Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas sempre
que a terminação preste-se à flexão.
O plural dos substantivos compostos cujos elementos são Os Napoleões também são derrotados.
ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e discussões. As Raquéis e Esteres.
Algumas orientações são dadas a seguir:
Plural dos Substantivos Estrangeiros
a) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de:
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores Substantivos ainda não aportuguesados devem ser escritos
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos como na língua original, acrescentando -se “s” (exceto quando
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens terminam em “s” ou “z”).
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras os shows os shorts os jazz
Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acordo com
b) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando as regras de nossa língua:
formados de: os clubes os chopes
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas os jipes os esportes
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto- as toaletes os bibelôs
falantes os garçons os réquiens
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos
Observe o exemplo:
c) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando Este jogador faz gols toda vez que joga.
formados de: O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.
substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-
colônia e águas-de-colônia Plural com Mudança de Timbre
substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-
vapor e cavalos-vapor Certos substantivos formam o plural com mudança de
substantivo + substantivo que funciona como determinante timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato fonético
do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo do termo chamado metafonia (plural metafônico).
anterior.
palavra-chave - palavras-chave
bomba-relógio - bombas-relógio Singular Plural Singular Plural
notícia-bomba - notícias-bomba corpo (ô) corpos (ó) osso (ô) ossos (ó)
homem-rã - homens-rã esforço esforços ovo ovos
fogo fogos poço poços
d) Permanecem invariáveis, quando formados de: forno fornos porto portos
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora fosso fossos posto postos
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas imposto impostos rogo rogos
olho olhos tijolo tijolos
e) Casos Especiais
o louva-a-deus e os louva-a-deus
Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bolsos,
o bem-te-vi e os bem-te-vis
esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc.
o bem-me-quer e os bem-me-queres
Obs.: distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne), de
o joão-ninguém e os joões-ninguém.
molho (ó) = feixe (molho de lenha).
Plural das Palavras Substantivadas
Particularidades sobre o Número dos Substantivos
As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras classes
a) Há substantivos que só se usam no singular:
gramaticais usadas como substantivo, apresentam, no plural, as
o sul, o norte, o leste, o oeste, a fé, etc.
flexões próprias dos substantivos.
Pese bem os prós e os contras.
b) Outros só no plural:
O aluno errou na prova dos noves.
as núpcias, os víveres, os pêsames, as espadas/os paus
Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.
(naipes de baralho), as fezes.
Obs.: numerais substantivados terminados em “s” ou “z” não
variam no plural.
c) Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do singular:
Nas provas mensais consegui muitos seis e alguns dez.
bem (virtude) e bens (riquezas)
honra (probidade, bom nome) e honras (homenagem,
Plural dos Diminutivos
títulos)
Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” final e
d) Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas com
acrescenta-se o sufixo diminutivo.
sentido de plural:
pãe(s) + zinhos = pãezinhos

Língua Portuguesa 31
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Aqui morreu muito negro. Estados e cidades brasileiros:
Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas
improvisadas.
Alagoas alagoano
Flexão de Grau do Substantivo Amapá amapaense
Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir as
variações de tamanho dos seres. Classifica-se em: Aracaju aracajuano ou aracajuense
Amazonas amazonense ou baré
- Grau Normal - Indica um ser de tamanho considerado
normal. Por exemplo: casa Belo Horizonte belo-horizontino
Brasília brasiliense
- Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho do ser.
Classifica-se em: Cabo Frio cabo-friense
Analítico = o substantivo é acompanhado de um adjetivo que Campinas campineiro ou campinense
indica grandeza. Por exemplo: casa grande.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de Adjetivo Pátrio Composto 
aumento. Por exemplo: casarão. Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro
elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita.
- Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho do ser. Observe alguns exemplos:
Pode ser:
Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo que
indica pequenez. Por exemplo: casa pequena. África afro- / Por exemplo: Cultura afro-americana
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de Alemanha germano- ou teuto- / Por exemplo:
diminuição. Por exemplo: casinha. Competições teuto-inglesas

Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf12.php América américo- / Por exemplo: Companhia


américo-africana
Questões Bélgica belgo- / Por exemplo: Acampamentos belgo-
franceses
01. A flexão de número do termo “preços-sombra” também
ocorre com o plural de China sino- / Por exemplo: Acordos sino-japoneses
(A) reco-reco. Espanha hispano- / Por exemplo: Mercado hispano-
(B) guarda-costa. português
(C) guarda-noturno.
(D) célula-tronco. Europa euro- / Por exemplo: Negociações euro-
(E) sem-vergonha. americanas
França franco- ou galo- / Por exemplo: Reuniões
02. Assinale a alternativa cujas palavras se apresentam franco-italianas
flexionadas de acordo com a norma-padrão.
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento. Grécia greco- / Por exemplo: Filmes greco-romanos
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. Inglaterra anglo- / Por exemplo: Letras anglo-
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local. portuguesas
(D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos.
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos! Itália ítalo- / Por exemplo: Sociedade ítalo-
portuguesa
03. Indique a alternativa em que a flexão do substantivo está Japão nipo- / Por exemplo: Associações nipo-
errada: brasileiras
A) Catalães.
B) Cidadãos. Portugal luso- / Por exemplo: Acordos luso-brasileiros
C) Vulcães.
D) Corrimões. Flexão dos adjetivos
Respostas
1-D / 2-D / 3-C O adjetivo varia em gênero, número e grau.

Adjetivo Gênero dos Adjetivos

Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem
característica do ser e se relaciona com o substantivo. (masculino e feminino). De forma semelhante aos substantivos,
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos classificam-se em: 
que, além de expressar uma qualidade, ela pode ser colocada ao Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e
lado de um substantivo: homem bondoso, moça bondosa, pessoa outra para o feminino.
bondosa.
Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade, Por exemplo: ativo e ativa, mau e má, judeu e judia.
não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem bondade,
moça bondade, pessoa bondade.  Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino
Bondade, portanto, não é adjetivo, mas substantivo. somente o último elemento.
Por exemplo: o moço norte-americano, a moça norte-
Morfossintaxe do Adjetivo: americana. 
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função dentro
de uma oração) relativas aos substantivos, atuando como adjunto Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como
adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto). para o feminino. Por exemplo: homem feliz e mulher feliz.
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no
Adjetivo Pátrio feminino. Por exemplo: conflito político-social e desavença
Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe político-social.
alguns deles:

Língua Portuguesa 32
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Número dos Adjetivos 3) O Sol é  maior (do) que  a Terra.  = Comparativo de
Superioridade Sintético
Plural dos adjetivos simples
Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo com Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de
as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substantivos superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim.
simples.
Por exemplo: São eles:
mau e maus bom-melhor
feliz e felizes pequeno-menor
ruim e ruins mau-pior
boa e boas alto-superior
grande-maior
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função baixo-inferior
de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que estiver
qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, Observe que: 
ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra  cinza  é a) As formas menor e pior são comparativos de superioridade,
originalmente um substantivo; porém, se estiver qualificando pois equivalem a mais pequeno e mais mau, respectivamente.
um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, então, invariável. b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas
Logo: camisas cinza, ternos cinza. (melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas
Veja outros exemplos: entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se usar
as formas analíticas mais bom, mais mau, mais grande e mais
Motos vinho (mas: motos verdes) pequeno.
Paredes musgo (mas: paredes brancas). Por exemplo: Pedro é maior do que Paulo - Comparação de
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos). dois elementos.
Pedro é  mais grande  que pequeno -  comparação de duas
Adjetivo Composto qualidades de um mesmo elemento.

É aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente, 4) Sou  menos alto  (do) que  você.  = Comparativo de
esses elementos são ligados por hífen. Apenas o último elemento Inferioridade
concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam Sou menos passivo (do) que tolerante.
na forma masculina, singular. Caso um dos elementos que
formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, Superlativo
todo o adjetivo composto ficará invariável. Por exemplo:  a
palavra rosa é originalmente um substantivo, porém, se estiver O superlativo expressa qualidades num grau muito
qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Caso se elevado ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser
ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto; absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades:
como é um substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro Superlativo Absoluto:  ocorre quando a qualidade de um
ficará invariável. Por exemplo: ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apresenta-se
nas formas:
Camisas rosa-claro. Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de palavras
Ternos rosa-claro. que dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo: O
Olhos verde-claros. secretário é muito inteligente.
Calças azul-escuras e camisas verde-mar. Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo de
Telhados marrom-café e paredes verde-claras. sufixos.
Por exemplo:
Observe O secretário é inteligentíssimo.
- Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo
composto iniciado por cor-de-... são sempre invariáveis. Observe alguns superlativos sintéticos: 
- O adjetivo composto pele-vermelha têm os dois elementos
flexionados.
benéfico beneficentíssimo
Grau do Adjetivo bom boníssimo ou ótimo

Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a comum comuníssimo


intensidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo: cruel crudelíssimo
o comparativo e o superlativo.
difícil dificílimo
Comparativo doce dulcíssimo

Nesse grau, comparam-se a mesma característica fácil facílimo


atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais características fiel fidelíssimo
atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade,
de superioridade ou de inferioridade. Observe os exemplos Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser
abaixo: é intensificada em relação a um conjunto de seres. Essa relação
pode ser:
1) Sou tão alto como você.  = Comparativo de Igualdade De Superioridade: Clara é a mais bela da sala.
No comparativo de igualdade, o segundo termo da De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala.
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou quão.
Note bem:
2) Sou  mais alto  (do) que  você.  = Comparativo de 1)  O superlativo absoluto analítico é expresso por meio
Superioridade Analítico dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, etc.,
No comparativo de superioridade analítico, entre os dois antepostos ao adjetivo.
substantivos comparados, um tem qualidade superior. A forma é 2)  O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob duas
analítica porque pedimos auxílio a “mais...do que” ou “mais...que”. formas : uma erudita, de origem latina, outra popular, de origem
vernácula. A forma erudita é constituída pelo radical do adjetivo

Língua Portuguesa 33
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
latino +  um dos sufixos -íssimo, -imo ou érrimo. Por exemplo: Em – características epidêmicas –, o adjetivo epidêmicas
fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. corresponde a – características de epidemias.
A forma popular é constituída do radical do adjetivo Assinale a alternativa em que, da mesma forma, o adjetivo
português + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo. em destaque corresponde, corretamente, à expressão indicada.
3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, precariíssimo, A) água fluvial – água da chuva.
necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual, as formas B) produção aurífera – produção de ouro.
seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o desagradável C) vida rupestre – vida do campo.
hiato i-í. D) notícias brasileiras – notícias de Brasília.
Questões E) costela bovina – costela de porco.

01. Leia o texto a seguir. 02.Não se pluraliza os adjetivos compostos abaixo, exceto:
A) azul-celeste
Violência epidêmica B) azul-pavão
C) surda-muda
A violência urbana é uma enfermidade contagiosa. Embora D) branco-gelo
possa acometer indivíduos vulneráveis em todas as classes
sociais, é nos bairros pobres que ela adquire características 03.Assinale a única alternativa em que os adjetivos não
epidêmicas. estão no grau superlativo absoluto sintético:
A prevalência varia de um país para outro e entre as cidades A) Arquimilionário/ ultraconservador;
de um mesmo país, mas, como regra, começa nos grandes B) Supremo/ ínfimo;
centros urbanos e se dissemina pelo interior. C) Superamigo/ paupérrimo;
As estratégias que as sociedades adotam para combater a D) Muito amigo/ Bastante pobre
violência variam muito e a prevenção das causas evoluiu muito
pouco no decorrer do século 20, ao contrário dos avanços Respostas
ocorridos no campo das infecções, câncer, diabetes e outras 1-B / 2-C / 3-D
enfermidades.
A agressividade impulsiva é consequência de perturbações Pronome
nos mecanismos biológicos de controle emocional. Tendências
agressivas surgem em indivíduos com dificuldades adaptativas Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele
que os tornam despreparados para lidar com as frustrações de se refere, ou ainda, que acompanha o nome qualificando-o de
seus desejos. alguma forma.
A violência é uma doença. Os mais vulneráveis são os que A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos!
tiveram a personalidade formada num ambiente desfavorável ao [substituição do nome]
desenvolvimento psicológico pleno.
A revisão de estudos científicos permite identificar três A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita!
fatores principais na formação das personalidades com maior [referência ao nome]
inclinação ao comportamento violento:
1) Crianças que apanharam, foram vítimas de abusos, Essa moça morava nos meus sonhos!
humilhadas ou desprezadas nos primeiros anos de vida. [qualificação do nome]
2) Adolescentes vivendo em famílias que não lhes Grande parte dos pronomes não possuem significados
transmitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação dentro de
lhes impuseram limites de disciplina. um contexto, o qual nos permite recuperar a referência exata
3) Associação com grupos de jovens portadores de daquilo que está sendo colocado por meio dos pronomes no
comportamento antissocial. ato da comunicação. Com exceção dos pronomes interrogativos
Na periferia das cidades brasileiras vivem milhões de crianças e indefinidos, os demais pronomes têm por função principal
que se enquadram nessas três condições de risco. Associados à apontar para as pessoas do discurso ou a elas se relacionar,
falta de acesso aos recursos materiais, à desigualdade social, indicando-lhes sua situação no tempo ou no espaço. Em virtude
esses fatores de risco criam o caldo de cultura que alimenta a dessa característica, os pronomes apresentam uma forma
violência crescente nas cidades. específica para cada pessoa do discurso.
Na falta de outra alternativa, damos à criminalidade a
resposta do aprisionamento. Porém, seu efeito é passageiro: o Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
criminoso fica impedido de delinquir apenas enquanto estiver [minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala]
preso.
Ao sair, estará mais pobre, terá rompido laços familiares Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
e sociais e dificilmente encontrará quem lhe dê emprego. Ao [tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala]
mesmo tempo, na prisão, terá criado novas amizades e conexões
mais sólidas com o mundo do crime. A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
Construir cadeias custa caro; administrá-las, mais ainda. [dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala]
Obrigados a optar por uma repressão policial mais ativa,
aumentaremos o número de prisioneiros. As cadeias continuarão Em termos morfológicos, os pronomes são palavras
superlotadas. variáveis  em gênero (masculino ou feminino) e em número
Seria mais sensato investir em educação, para prevenir a (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência através
criminalidade e tratar os que ingressaram nela. do pronome seja coerente em termos de gênero e número
Na verdade, não existe solução mágica a curto prazo. (fenômeno da concordância) com o seu objeto, mesmo quando
Precisamos de uma divisão de renda menos brutal, motivar os este se apresenta ausente no enunciado.
policiais a executar sua função com dignidade, criar leis que
acabem com a impunidade dos criminosos bem-sucedidos e Fala-se de Roberta. Ele  quer participar do desfile
construir cadeias novas para substituir as velhas. da nossa escola neste ano.
Enquanto não aprendermos a educar e oferecer medidas [nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância
preventivas para que os pais evitem ter filhos que não serão adequada]
capazes de criar, cabe a nós a responsabilidade de integrá-los [neste: pronome que determina “ano” = concordância
na sociedade por meio da educação formal de bom nível, das adequada]
práticas esportivas e da oportunidade de desenvolvimento [ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concordância
artístico. inadequada]
(Drauzio Varella. In Folha de S.Paulo, 9 mar.2002. Adaptado)

Língua Portuguesa 34
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Existem seis tipos de pronomes:  pessoais, possessivos, O “lhe” é o único pronome oblíquo átono que já se
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos. apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união entre o
pronome “o” ou “a” e preposição “a” ou “para”. Por acompanhar
Pronomes Pessoais diretamente uma preposição, o pronome “lhe” exerce sempre a
função de objeto indireto na oração.
São aqueles que substituem os substantivos, indicando
diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos
assume os pronomes “eu” ou “nós”, usa os pronomes “tu”, “vós”, diretos como objetos indiretos.
“você” ou “vocês” para designar a quem se dirige e “ele”, “ela”, Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como
“eles” ou “elas” para fazer referência à pessoa ou às pessoas de objetos diretos.
quem fala.
Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções Saiba que:
que exercem nas orações, podendo ser do caso reto ou do caso Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se
oblíquo. com os pronomes o, os, a, as, dando origem a formas como mo,
mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; no-lo, no-los, no-
Pronome Reto la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. Observe o uso dessas formas
nos exemplos que seguem:
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença,
exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito.
- Trouxeste o pacote? - Não contaram a novidade a
Nós lhe ofertamos flores.
vocês?
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero - Sim, entreguei-to ainda há - Não, no-la contaram.
(apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal pouco.
flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o
quadro dos pronomes retos é assim configurado: No português do Brasil, essas combinações não são usadas;
- 1ª pessoa do singular: eu até mesmo na língua literária atual, seu emprego é muito raro. 
- 2ª pessoa do singular: tu
- 3ª pessoa do singular: ele, ela Atenção:
- 1ª pessoa do plural: nós Os pronomes o, os, a, as assumem formas especiais depois
- 2ª pessoa do plural: vós de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -z,
- 3ª pessoa do plural: eles, elas -s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo
tempo que a terminação verbal é suprimida.
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como Por exemplo: fiz + o = fi-lo
complementos verbais na língua-padrão. Frases como “Vi fazei + o = fazei-os
ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram eu até aqui”, dizer + a = dizê-la
comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua
formal escrita ou falada. Na língua formal, devem ser usados os Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume
pronomes oblíquos correspondentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a as formas no, nos, na, nas. Por exemplo:
na praça”, “Trouxeram-me até aqui”. viram + o: viram-no
Obs.: frequentemente observamos a  omissão  do pronome repõe + os = repõe-nos
reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias formas retém + a: retém-na
verbais marcam, através de suas desinências, as pessoas do tem + as = tem-nas
verbo indicadas pelo pronome reto.
Fizemos boa viagem. (Nós) Pronome Oblíquo Tônico

Pronome Oblíquo Os pronomes oblíquos tônicos são sempre


precedidos por preposições, em geral as preposições a, para, de
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença, e com. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função
exerce a função de complemento verbal (objeto direto ou  de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica forte.
indireto) ou complemento nominal. O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim
configurado:
Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma variante - 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
do pronome pessoal do caso reto. Essa variação indica a função - 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
diversa que eles desempenham na oração: pronome reto marca - 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o complemento da - 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
oração. - 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com - 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas
a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou tônicos.
Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico
Pronome Oblíquo Átono são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais
repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.
São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são - As preposições essenciais introduzem sempre pronomes
precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica  fraca. pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso reto. Nos
Ele me deu um presente. contextos interlocutivos que exigem o uso da língua formal, os
pronomes costumam ser usados desta forma:
O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim configurado: Não há mais nada entre mim e ti.
- 1ª pessoa do singular (eu): me Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
- 2ª pessoa do singular (tu): te Não há nenhuma acusação contra mim.
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe Não vá sem mim.
- 1ª pessoa do plural (nós): nos
- 2ª pessoa do plural (vós): vos Atenção:
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes Há construções em que a preposição, apesar de surgir
anteposta a um pronome, serve para introduzir uma oração cujo
Observações: verbo está no infinitivo. Nesses casos, o verbo pode ter sujeito

Língua Portuguesa 35
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
expresso; se esse sujeito for um pronome, deverá ser do caso Vossa Onipotência V. O. Deus
reto.
Também são pronomes de tratamento o senhor, a
Trouxeram vários vestidos para eu experimentar. senhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empregados
Não vá sem eu mandar. no tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tratamento
familiar. Você e vocês são largamente empregados no português
- A combinação da preposição  “com” e alguns pronomes do Brasil; em algumas regiões, a forma  tu  é de uso frequente;
originou as formas especiais comigo, contigo, consigo, em outras, pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito à
conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos linguagem litúrgica, ultraformal ou literária.
frequentemente exercem a função de  adjunto adverbial de
companhia. Observações:
Ele carregava o documento consigo. a) Vossa Excelência X Sua Excelência:  os pronomes de
tratamento que possuem “Vossa (s)”  são empregados em
- As formas “conosco” e “convosco” são substituídas por “com relação à pessoa com quem falamos.
nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais são reforçados Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este
por palavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou encontro.
algum numeral. Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito da pessoa.
Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o
Você terá de viajar com nós todos. Senhor Presidente da República, agiu com propriedade.
Estávamos com vós outros quando chegaram as más notícias.
Ele disse que iria com nós três. - Os pronomes de tratamento representam uma forma
indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao
Pronome Reflexivo tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo,
estamos nos endereçando à excelência que esse deputado
São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.
como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito da oração.
Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo b)  3ª pessoa:  embora os pronomes de tratamento dirijam-
verbo. se à  2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a 3ª
O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado: pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os
pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem ficar
- 1ª pessoa do singular (eu): me, mim. na 3ª pessoa.
Eu não me vanglorio disso. Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas,
Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi. para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.

- 2ª pessoa do singular (tu): te, ti. c) Uniformidade de Tratamento:  quando escrevemos ou


Assim tu te prejudicas. nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do
Conhece a ti mesmo. texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim,
por exemplo, se começamos a chamar alguém de “você”, não
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo. poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto exigirá, ainda, verbo
Guilherme já se preparou. na terceira pessoa.
Ela deu a si um presente. Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus
Antônio conversou consigo mesmo. cabelos. (errado)
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus
- 1ª pessoa do plural (nós): nos. cabelos. (correto)
Lavamo-nos no rio. Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus
cabelos. (correto)
- 2ª pessoa do plural (vós): vos.
Vós vos beneficiastes com a esta conquista. Pronomes Possessivos

- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo. São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical
Eles se conheceram. (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa
Elas deram a si um dia de folga. possuída).
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)
A Segunda Pessoa Indireta
Observe o quadro:
A chamada segunda pessoa indireta manifesta-se quando
utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso Número Pessoa Pronome
interlocutor ( portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na singular primeira meu(s), minha(s)
terceira pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento,
que podem ser observados no quadro seguinte: singular segunda teu(s), tua(s)
singular terceira seu(s), sua(s)
Pronomes de Tratamento
plural primeira nosso(s), nossa(s)
Vossa Alteza V. A. príncipes, duques plural segunda vosso(s), vossa(s)
Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais
Vossa Reverendíssima V. Revma.(s) sacerdotes e bispos plural terceira seu(s), sua(s)
Vossa Excelência V. Ex.ª (s) altas autoridades e
oficiais-generais Note que: A forma do possessivo depende da pessoa
Vossa Magnificência V. Mag.ª (s) reitores de gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam com
universidades o objeto possuído.
Vossa Majestade V. M. reis e rainhas Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento
Vossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores difícil.
Vossa Santidade V. S. Papa
Vossa Senhoria V. S.ª (s) tratamento
cerimonioso

Língua Portuguesa 36
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Observações: - mesmo(s), mesma(s):
Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.
1 - A forma “seu” não é um possessivo quando resultar da - próprio(s), própria(s):
alteração fonética da palavra senhor. Os próprios alunos resolveram o problema.
- Muito obrigado, seu José.
- semelhante(s):
2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. Não compre semelhante livro.
Podem ter outros empregos, como: - tal, tais:
a) indicar afetividade. Tal era a solução para o problema.
- Não faça isso, minha filha.
b) indicar cálculo aproximado. Note que:
Ele já deve ter seus 40 anos.
c) atribuir valor indefinido ao substantivo. a)  Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em
Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela. construções redundantes, com finalidade expressiva, para
salientar algum termo anterior. Por exemplo:
3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o Manuela, essa é que dera em cheio casando com o José Afonso.
pronome possessivo fica na 3ª pessoa. Desfrutar das belezas brasileiras, isso é que é sorte!
Vossa Excelência trouxe sua mensagem? b)  O pronome demonstrativo neutro  ou  pode representar
um termo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso em que
4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo aparece, geralmente, como objeto direto, predicativo ou aposto.
concorda com o mais próximo. O casamento seria um desastre. Todos o pressentiam.
Trouxe-me seus livros e anotações. c)  Para evitar a repetição de um verbo anteriormente
expresso, é comum empregar-se, em tais casos, o verbo fazer,
5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que faz as vezes
átonos assumem valor de possessivo. de).
Vou seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos.) Ninguém teve coragem de falar antes que ela o fizesse.
d)  Em frases como a seguinte,  este  se refere à pessoa
Pronomes Demonstrativos mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em primeiro
lugar.
Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a O referido deputado e o Dr. Alcides eram amigos íntimos;
posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao contexto. aquele casado, solteiro este. [ou então: este solteiro, aquele casado]
Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, no tempo ou e) O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irônica.
discurso. A menina foi a tal que ameaçou o professor?
f) Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em com
No espaço: pronome demonstrativo:  àquele, àquela, deste, desta, disso,
Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro nisso, no, etc.
está perto da pessoa que fala. Não acreditei no que estava vendo. (no = naquilo)
Compro esse carro (aí). O pronome  esse  indica que o carro
está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que Pronomes Indefinidos
fala.
Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro São palavras que se referem à terceira pessoa do discurso,
está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo. dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quantidade
  indeterminada.
Atenção:  em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-
por meio de correspondência, que é uma modalidade escrita de plantadas.
fala), são particularmente importantes o este e o esse - o primeiro Não é difícil perceber que  “alguém”  indica uma pessoa
localiza os seres em relação ao emissor; o segundo, em relação de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma
ao destinatário. Trocá-los pode causar ambiguidade. imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser humano
que seguramente existe, mas cuja identidade é desconhecida ou
Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar não se quer revelar. 
informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da universidade
destinatária). Classificam-se em:
Reafirmamos a disposição  desta  universidade em participar
no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universidade que - Pronomes Indefinidos Substantivos:  assumem o lugar
envia a mensagem). do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase. São
eles:  algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém,
No tempo: outrem, quem, tudo.
Este ano está sendo bom para nós. O pronome este se refere Algo o incomoda?
ao ano presente. Quem avisa amigo é.
Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse se refere a
um passado próximo. - Pronomes Indefinidos Adjetivos:  qualificam um ser
Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade
referindo a um passado distante. aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s).
  Cada povo tem seus costumes.
- Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou Certas pessoas exercem várias profissões.
invariáveis, observe:
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s). Note que: Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora
Invariáveis: isto, isso, aquilo. pronomes indefinidos adjetivos:
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos),
- Também aparecem como pronomes demonstrativos: demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns,
- o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e puderem nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo. quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s),
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.) tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias.
Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela que
te indiquei.)

Língua Portuguesa 37
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Menos palavras e mais ações. b)  O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente
Alguns se contentam pouco. pronomes relativos: por isso, são utilizados didaticamente para
verificar se palavras como “que”, “quem”, “onde” (que podem ter
Os pronomes indefinidos podem ser divididos várias classificações) são pronomes relativos. Todos eles são
em variáveis e invariáveis. Observe: usados com referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza
ou depois de determinadas preposições:
Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário, tanto,
outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca, vária, Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o
tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer, alguns, nenhuns, qual me deixou encantado. (O uso de “que”, neste caso, geraria
todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos, algumas, ambiguidade.)
nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas, outras, quantas.
Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, algo, Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas
cada. dúvidas? (Não se poderia usar “que” depois de sobre.)

São  locuções pronominais indefinidas: cada qual, cada um, c) O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que, e se
qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que), seja quem for, refere a uma oração.
seja qual for, todo aquele (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou
qual, um ou outro, uma ou outra, etc. Não chegou a ser padre, mas deixou de ser poeta, que era a
Cada um escolheu o vinho desejado. sua vocação natural.

Indefinidos Sistemáticos d) O pronome “cujo” não concorda com o seu antecedente,


mas com o consequente. Equivale a do qual, da qual, dos quais,
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos, das quais.
percebemos que existem alguns grupos que criam oposição
de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm sentido Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas.
afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm sentido negativo; (antecedente) (consequente)
todo/tudo,  que indicam uma totalidade afirmativa, e  nenhum/
nada, que indicam uma totalidade negativa; alguém/ninguém, e) “Quanto” é pronome relativo quando tem por antecedente
que se referem à pessoa, e  algo/nada, que se referem à coisa; um pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo:
certo, que particulariza, e qualquer, que generaliza.
Essas oposições de sentido são muito importantes na Emprestei tantos quantos foram necessários.
construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas (antecedente)
vezes dependem a solidez e a consistência dos argumentos
expostos. Observe nas frases seguintes a força que os pronomes Ele fez tudo quanto havia falado.
indefinidos destacados imprimem às afirmações de que fazem (antecedente)
parte:
Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado f)  O pronome  “quem” se refere a pessoas e vem sempre
prático. precedido de preposição.
Certas  pessoas conseguem perceber sutilezas: não são
pessoas quaisquer. É um professor a quem muito devemos.
(preposição)
Pronomes Relativos
g)  “Onde”, como pronome relativo, sempre possui
São aqueles que representam nomes já mencionados antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar.
anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem as A casa onde morava foi assaltada.
orações subordinadas adjetivas.
O racismo é um sistema  que  afirma a superioridade de um h) Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em
grupo racial sobre outros. que.
(afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros = Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no
oração subordinada adjetiva). exterior.
O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema” e
introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra “sistema” i) Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras:
é antecedente do pronome relativo que. - como (= pelo qual)
O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome Não me parece correto o modo como você agiu semana
demonstrativo o, a, os, as. passada.
Não sei o que você está querendo dizer. - quando (= em que)
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame.
expresso.
Quem casa, quer casa. j)  Os pronomes relativos permitem reunir duas orações
numa só frase.
Observe: O futebol é um esporte.
Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os quais, O povo gosta muito deste esporte.
cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas, quantas. O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.
Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde.
k)  Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode
Note que: ocorrer a elipse do relativo “que”.
a)  O pronome  “que”  é o relativo de mais largo emprego, A sala estava cheia de gente que conversava, (que) ria,
sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser substituído (que) fumava.
por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu antecedente for
um substantivo. Pronomes Interrogativos

O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual) São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual) ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos, referem-
Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais) se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso. São pronomes
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais) interrogativos: que, quem, qual (e variações), quanto (e variações).

Língua Portuguesa 38
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço. inclusive às amizades antigas. O problema é que a maioria das
Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas redes na Internet é simétrica: se você quiser ter acesso às
preferes. informações de uma pessoa ou mesmo falar reservadamente com
Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quantos ela, é obrigado a pedir a amizade dela. Como é meio grosseiro
passageiros desembarcaram. dizer “não” ________ alguém que você conhece, todo mundo acaba
adicionando todo mundo. E isso vai levando ________ banalização
Sobre os pronomes: do conceito de amizade.
É verdade. Mas, com a chegada de sítios como o Twitter, ficou
O pronome pessoal é do caso reto quando tem função de diferente. Esse tipo de sítio é uma rede social completamente
sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo quando assimétrica. E isso faz com que as redes de “seguidores” e
desempenha função de complemento. Vamos entender, “seguidos” de alguém possam se comunicar de maneira muito
primeiramente, como o pronome pessoal surge na frase e que mais fluida. Ao estudar a sua própria rede no Twitter, o sociólogo
função exerce. Observe as orações: Nicholas Christakis, da Universidade de Harvard, percebeu
1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar. que seus amigos tinham começado a se comunicar entre si
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia ajudá- independentemente da mediação dele. Pessoas cujo único ponto
lo. em comum era o próprio Christakis acabaram ficando amigas.
No Twitter, eu posso me interessar pelo que você tem a dizer e
Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele” começar a te seguir. Nós não nos conhecemos.
exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso reto. Mas você saberá quando eu o retuitar ou mencionar seu
Já na segunda oração, observamos o pronome “lhe” exercendo nome no sítio, e poderá falar comigo. Meus seguidores também
função de complemento, e, consequentemente, é do caso oblíquo. podem se interessar pelos seus tuítes e começar a seguir você.
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso, Em suma, nós continuaremos não nos conhecendo, mas as
o pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para a pessoas que estão ________ nossa volta podem virar amigas entre
segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se devia si.
ajudar.... Ajudar quem? Você (lhe). Adaptado de: COSTA, C. C.. Disponível em:
Importante: Em observação à segunda oração, o emprego do <http://super.abril.com.br/cotidiano/como-internet-
pronome oblíquo “lhe” é justificado antes do verbo intransitivo estamudando-amizade-619645.shtml>.
“ajudar” porque o pronome oblíquo pode estar antes, depois ou
entre locução verbal, caso o verbo principal (no caso “ajudar”) Considere as seguintes afirmações sobre a relação que se
estiver no infinitivo ou gerúndio. estabelece entre algumas palavras do texto e os elementos a que
Eu desejo lhe perguntar algo. se referem.
Eu estou perguntando-lhe algo. I. No segmento que nascem, a palavra que se refere a
amizades.
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou tônicos: II. O segmento elos fracos retoma o segmento uma forma
os primeiros não são precedidos de preposição, diferentemente superficial de amizade.
dos segundos que são sempre precedidos de preposição. III. Na frase Nós não nos conhecemos, o pronome Nós refere-
- Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que eu se aos pronomes eu e você.
estava fazendo.
- Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim o que Quais estão corretas?
eu estava fazendo. (A) Apenas I.
(B) Apenas II.
Questões (C) Apenas III.
(D) Apenas I e II.
01. Observe as sentenças abaixo. (E) I, II e III.
I. Esta é a professora de cuja aula todos os alunos gostam.
II. Aquela é a garota com cuja atitude discordei - tornamo- 03. Observe a charge a seguir.
nos inimigas desde aquele episódio.
III. A criança cuja a família não compareceu ficou inconsolável.

O pronome ‘cuja’ foi empregado de acordo com a norma


culta da língua portuguesa em:
(A) apenas uma das sentenças
(B) apenas duas das sentenças.
(C) nenhuma das sentenças.
(D) todas as sentenças.

02. Um estudo feito pela Universidade de Michigan constatou


que o que mais se faz no Facebook, depois de interagir com
amigos, é olhar os perfis de pessoas que acabamos de conhecer.
Se você gostar do perfil, adicionará aquela pessoa, e estará
formado um vínculo. No final, todo mundo vira amigo de todo
mundo. Mas, não é bem assim. As redes sociais têm o poder de Em relação à charge acima, assinale a afirmativa inadequada.
transformar os chamados elos latentes (pessoas que frequentam (A) A fala do personagem é uma modificação intencional de
o mesmo ambiente social, mas não são suas amigas) em elos uma fala de Cristo.
fracos – uma forma superficial de amizade. Pois é, por mais (B) As duas ocorrências do pronome “eles” referem-se a
que existam exceções _______qualquer regra, todos os estudos pessoas distintas.
mostram que amizades geradas com a ajuda da Internet são (C) A crítica da charge se dirige às autoridades políticas no
mais fracas, sim, do que aquelas que nascem e se desenvolvem poder.
fora dela. (D) A posição dos braços do personagem na charge repete a
Isso não é inteiramente ruim. Os seus amigos do peito de Cristo na cruz.
geralmente são parecidos com você: pertencem ao mesmo (E) Os elementos imagísticos da charge estão distribuídos de
mundo e gostam das mesmas coisas. Os elos fracos, não. Eles forma equilibrada.
transitam por grupos diferentes do seu e, por isso, podem lhe
apresentar novas pessoas e ampliar seus horizontes – gerando Respostas
uma renovação de ideias que faz bem a todos os relacionamentos, 01. A\02. E\03. B

Língua Portuguesa 39
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Verbo Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam)
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
Verbo  é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão)
número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz)
processos: ação (correr); estado (ficar); fenômeno (chover);
ocorrência (nascer); desejo (querer). b) fazer, ser e estar (quando indicam tempo)
O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil.
possíveis significados. Observe que palavras como corrida, Era primavera quando a conheci.
chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de alguns Estava frio naquele dia.
verbos mencionados acima; não apresentam, porém, todas as
possibilidades de flexão que esses verbos possuem. c) Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza
são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer,
Estrutura das Formas Verbais escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci mal-
humorado”, usa-se o verbo  “amanhecer”  em sentido figurado.
Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido figurado,
apresentar os seguintes elementos: deixa de ser impessoal para ser pessoal.
Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu)
a)  Radical:  é a parte invariável, que expressa o significado Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
essencial do verbo. Por exemplo: Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-)
d) São impessoais, ainda:
b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a 1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo.
conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo: fala-r Ex.: Já passa das seis.
2. os verbos  bastar  e  chegar, seguidos da preposição  de,
São três as conjugações: indicando suficiência. Ex.: 
1ª - Vogal Temática - A - (falar) Basta de tolices. Chega de blasfêmias.
2ª - Vogal Temática - E - (vender) 3. os verbos  estar  e  ficar  em orações tais como  Está bem,
3ª - Vogal Temática - I - (partir) Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal,  sem referência
a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso,
c) Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o classificar o sujeito como  hipotético, tornando-se, tais verbos,
tempo e o modo do verbo. então, pessoais.
Por exemplo: 4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de “ser
falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.) possível”. Por exemplo:
falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.) Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uns trocados?
d)  Desinência número-pessoal:  é o elemento que designa
a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular ou - Unipessoais:  são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se
plural). apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural.
falamos (indica a 1ª pessoa do plural.) A fruta amadureceu.
falavam (indica a 3ª pessoa do plural.) As frutas amadureceram.

Observação:  o verbo pôr, assim como seus derivados Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos
(compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação, pois a pessoais na linguagem figurada:
forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”, apesar de haver Teu irmão amadureceu bastante.
desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas formas do Entre os unipessoais estão os verbos que significam vozes de
verbo: põe, pões, põem, etc. animais; eis alguns:
bramar: tigre
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas bramir: crocodilo
cacarejar: galinha
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos coaxar: sapo
verbos com o conceito de acentuação tônica, percebemos com cricrilar: grilo
facilidade que nas formas rizotônicas, o acento tônico cai no
radical do verbo: opino, aprendam,  nutro, por exemplo. Nas Os principais verbos unipessoais são:
formas arrizotônicas, o acento tônico não cai no radical, mas sim 1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer,
na terminação verbal: opinei, aprenderão, nutriríamos. ser (preciso, necessário, etc.).
Cumpre  trabalharmos bastante. (Sujeito:  trabalharmos
Classificação dos Verbos bastante.)
Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover.)
Classificam-se em: É preciso que chova. (Sujeito: que chova.)
a) Regulares:  são aqueles que possuem as desinências 2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da
normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca alterações conjunção que.
no radical.
Faz  dez anos que deixei de fumar. (Sujeito:  que deixei de
Por exemplo: canto     cantei      cantarei     cantava      cantasse fumar.)
b) Irregulares:  são aqueles cuja flexão provoca alterações Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo Cláudia.
no radical ou nas desinências. (Sujeito: que não vejo Cláudia)
Por exemplo: faço     fiz      farei     fizesse Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais.
c) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação
completa. Classificam-se em impessoais, unipessoais e pessoais. - Pessoais:  não apresentam algumas flexões por motivos
morfológicos ou eufônicos. Por exemplo:
- Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. verbo falir. Este verbo teria como formas do presente do
Normalmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o que
principais verbos impessoais são: provavelmente causaria problemas de interpretação em certos
a)  haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se contextos.
ou fazer (em orações temporais).

Língua Portuguesa 40
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
verbo computar. Este verbo teria como formas do presente do Futuro do Pretérito Composto: terei sido.
indicativo computo, computas, computa - formas de sonoridade Futuro do Presente: eu serei, tu serás, ele será, nós seremos,
considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas vós sereis, eles serão.
razões muitas vezes não impedem o uso efetivo de formas Futuro do Pretérito Composto: Teria sido.
verbais repudiadas por alguns gramáticos: exemplo disso é
o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento e a SER - Modo Subjuntivo
popularização da informática, tem sido conjugado em todos os
tempos, modos e pessoas. Presente: que eu seja, que tu sejas, que ele seja, que nós
sejamos, que vós sejais, que eles sejam.
d) Abundantes:  são aqueles que possuem mais de uma Pretérito Imperfeito: se eu fosse, se tu fosses, se ele fosse,
forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno costuma se nós fôssemos, se vós fôsseis, se eles fossem.
ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse sido.
terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas Futuro Simples: quando eu for, quando tu fores, quando ele
curtas (particípio irregular). Observe: for, quando nós formos, quando vós fordes, quando eles forem.
Futuro Composto: tiver sido.
Infinitivo Particípio regular Particípio irregular SER - Modo Imperativo

Anexar Anexado Anexo Imperativo Afirmativo: sê tu, seja ele, sejamos nós, sede
vós, sejam eles.
Dispersar Dispersado Disperso Imperativo Negativo: não sejas tu, não seja ele, não sejamos
Eleger Elegido Eleito nós, não sejais vós, não sejam eles.
Infinitivo Pessoal: por ser eu, por seres tu, por ser ele, por
Envolver Envolvido Envolto sermos nós, por serdes vós, por serem eles.
Imprimir Imprimido Impresso
SER - Formas Nominais
Matar Matado Morto
Morrer Morrido Morto Formas Nominais
Infinitivo: ser
Pegar Pegado Pego Gerúndio: sendo
Soltar Soltado Solto Particípio: sido

e) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical Infinitivo Pessoal : ser eu, seres tu, ser ele, sermos
em sua conjugação. nós, serdes vós, serem eles.
Por exemplo: 
ESTAR - Modo Indicativo
Ir Pôr Ser Saber Presente: eu estou, tu estás, ele está, nós estamos, vós estais,
vou ponho sou sei eles estão.
vais pus és sabes Pretérito Imperfeito: eu estava, tu estavas, ele estava, nós
ides pôs fui soube estávamos, vós estáveis, eles estavam.
fui punha foste saiba Pretérito Perfeito Simples: eu estive, tu estiveste, ele
esteve, nós estivemos, vós estivestes, eles estiveram.
foste seja
Pretérito Perfeito Composto: tenho estado.
Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu estivera, tu
f) Auxiliares estiveras, ele estivera, nós estivéramos, vós estivéreis, eles
São aqueles que entram na formação dos tempos estiveram.
compostos e das locuções verbais. O verbo principal, quando Pretérito Mais-que-perfeito Composto: tinha estado
acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas Futuro do Presente Simples: eu estarei, tu estarás, ele
nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio. estará, nós estaremos, vós estareis, eles estarão.
                         Futuro do Presente Composto: terei estado.
  Vou                       espantar           as          moscas. Futuro do Pretérito Simples: eu estaria, tu estarias, ele
(verbo auxiliar)       (verbo principal no infinitivo) estaria, nós estaríamos, vós estaríeis, eles estariam.
Futuro do Pretérito Composto: teria estado.
Está                    chegando            a         hora     do    debate.
(verbo auxiliar)      (verbo principal no gerúndio)                  ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo
                   
Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e Presente: que eu esteja, que tu estejas, que ele esteja, que
haver. nós estejamos, que vós estejais, que eles estejam.
Pretérito Imperfeito: se eu estivesse, se tu estivesses, se
Conjugação dos Verbos Auxiliares ele estivesse, se nós estivéssemos, se vós estivésseis, se eles
estivessem.
SER - Modo Indicativo Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse estado
Futuro Simples: quando eu estiver, quando tu estiveres,
Presente: eu sou, tu és, ele é, nós somos, vós sois, eles são. quando ele estiver, quando nós estivermos, quando vós
Pretérito Imperfeito: eu era, tu eras, ele era, nós éramos, estiverdes, quando eles estiverem.
vós éreis, eles eram. Futuro Composto: Tiver estado.
Pretérito Perfeito Simples: eu fui, tu foste, ele foi, nós
fomos, vós fostes, eles foram. Imperativo Afirmativo: está tu, esteja ele, estejamos nós,
Pretérito Perfeito Composto: tenho sido. estai vós, estejam eles.
Mais-que-perfeito simples: eu fora, tu foras, ele fora, nós Imperativo Negativo: não estejas tu, não esteja ele, não
fôramos, vós fôreis, eles foram. estejamos nós, não estejais vós, não estejam eles.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tinha sido. Infinitivo Pessoal: por estar eu, por estares tu, por estar ele,
Futuro do Pretérito simples: eu seria, tu serias, ele seria, por estarmos nós, por estardes vós, por estarem eles.
nós seríamos, vós seríeis, eles seriam.

Língua Portuguesa 41
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Formas Nominais Futuro do Presente Simples: eu terei, tu terás, ele terá, nós
Infinitivo: estar teremos, vós tereis, eles terão.
Gerúndio: estando Futuro do Presente: terei tido.
Particípio: estado Futuro do Pretérito Simples: eu teria, tu terias, ele teria,
nós teríamos, vós teríeis, eles teriam.
ESTAR - Formas Nominais Futuro do Pretérito composto: teria tido.

Infinitivo Impessoal: estar TER - Modo Subjuntivo e Imperativo


Infinitivo Pessoal: estar, estares, estar, estarmos, estardes,
estarem. Modo Subjuntivo
Gerúndio: estando Presente: que eu tenha, que tu tenhas, que ele tenha, que
Particípio: estado nós tenhamos, que vós tenhais, que eles tenham.
Pretérito Imperfeito: se eu tivesse, se tu tivesses, se ele
HAVER - Modo Indicativo tivesse, se nós tivéssemos, se vós tivésseis, se eles tivessem.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse tido.
Presente: eu hei, tu hás, ele há, nós havemos, vós haveis, eles Futuro: quando eu tiver, quando tu tiveres, quando ele tiver,
hão. quando nós tivermos, quando vós tiverdes, quando eles tiverem.
Pretérito Imperfeito: eu havia, tu havias, ele havia, nós Futuro Composto: tiver tido.
havíamos, vós havíeis, eles haviam.
Pretérito Perfeito Simples: eu houve, tu houveste, ele Modo Imperativo
houve, nós houvemos, vós houvestes, eles houveram. Imperativo Afirmativo: tem tu, tenha ele, tenhamos nós,
Pretérito Perfeito Composto: tenho havido. tende vós, tenham eles.
Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu houvera, tu Imperativo Negativo: não tenhas tu, não tenha ele, não
houveras, ele houvera, nós houvéramos, vós houvéreis, eles tenhamos nós, não tenhais vós, não tenham eles.
houveram. Infinitivo Pessoal: por ter eu, por teres tu, por ter ele, por
Pretérito Mais-que-Prefeito Composto: tinha havido. termos nós, por terdes vós, por terem eles.
Futuro do Presente Simples: eu haverei, tu haverás, ele
haverá, nós haveremos, vós havereis, eles haverão. g) Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com
Futuro do Presente Composto: terei havido. os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na mesma
Futuro do Pretérito Simples: eu haveria, tu haverias, ele pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais
haveria, nós haveríamos, vós haveríeis, eles haveriam. acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no próprio
Futuro do Pretérito Composto: teria havido. sentido do verbo (reflexivos essenciais). Veja:
- 1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os
HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos: abster-se,
ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos
Modo Subjuntivo verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já está implícita
Presente: que eu haja, que tu hajas, que ele haja, que nós no radical do verbo. Por exemplo:
hajamos, que vós hajais, que eles hajam. Arrependi-me de ter estado lá.
Pretérito Imperfeito: se eu houvesse, se tu houvesses, se A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem
ele houvesse, se nós houvéssemos, se vós houvésseis, se eles um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mesma,
houvessem. pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse havido. pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante do
Futuro Simples: quando eu houver, quando tu houveres, verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-
quando ele houver, quando nós houvermos, quando vós se que o pronome apenas serve de reforço da ideia reflexiva
houverdes, quando eles houverem. expressa pelo radical do próprio verbo.  
Futuro Composto: tiver havido. Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e
respectivos pronomes): 
Modo Imperativo Eu me arrependo 
Imperativo Afirmativo: haja ele, hajamos nós, havei vós, Tu te arrependes 
hajam eles. Ele se arrepende 
Imperativo Negativo: não hajas tu, não haja ele, não Nós nos arrependemos 
hajamos nós, não hajais vós, não hajam eles. Vós vos arrependeis 
Infinitivo Pessoal: por haver eu, por haveres tu, por haver Eles se arrependem
ele, por havermos nós, por haverdes vós, por haverem eles.
 - 2. Acidentais:  são aqueles verbos transitivos diretos em que
HAVER - Formas Nominais a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto representado por
pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito
Infinitivo Impessoal: haver, haveres, haver, havermos, faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em geral, os verbos
haverdes, haverem. transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser
Infinitivo Pessoal: haver conjugados com os pronomes mencionados, formando o que se
Gerúndio: havendo chama voz reflexiva. Por exemplo: Maria se penteava.
Particípio: havido A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode
ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo:  Maria
TER - Modo Indicativo penteou-me.
 
Presente: eu tenho, tu tens, ele tem, nós temos, vós tendes, Observações:
eles têm. 1- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes
Pretérito Imperfeito: eu tinha, tu tinhas, ele tinha, nós oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função
tínhamos, vós tínheis, eles tinham. sintática.
Pretérito Perfeito Simples: eu tive, tu tiveste, ele teve, nós 2- Há verbos que também são acompanhados de pronomes
tivemos, vós tivestes, eles tiveram. oblíquos átonos, mas que não são essencialmente pronominais,
Pretérito Perfeito Composto: tenho tido. são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes,
Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu tivera, tu tiveras, apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do sujeito,
ele tivera, nós tivéramos, vós tivéreis, eles tiveram. exercem funções sintáticas.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tinha tido. Por exemplo:

Língua Portuguesa 42
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Eu me feri. = Eu(sujeito) - 1ª pessoa do singular me (objeto interrompido.
direto) - 1ª pessoa do singular - Pretérito Perfeito (simples)  -  Expressa um fato ocorrido
num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado.
Modos Verbais Por exemplo: Ele estudou as lições ontem à noite.
- Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato que teve
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo início no passado e que pode se prolongar até o momento atual.
verbo na expressão de um fato. Em Português, existem três Por exemplo: Tenho estudado muito para os exames.
modos:  - Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por exemplo: antes de outro fato já terminado. Por exemplo: Ele já  tinha
Eu sempre estudo. estudado  as lições quando os amigos chegaram. (forma
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por composta) Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram.
exemplo: Talvez eu estude amanhã. (forma simples)
Imperativo  - indica uma ordem, um pedido. Por - Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que deve
exemplo: Estuda agora, menino. ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual.
Por exemplo:  Ele estudará as lições amanhã.
Formas Nominais - Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato que deve
ocorrer posteriormente a um momento atual, mas já terminado
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas antes de outro fato futuro. Por exemplo: Antes de bater o sinal,
que podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo, os alunos já terão terminado o teste.
advérbio), sendo por isso denominadas  formas nominais. - Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que pode
Observe:  ocorrer posteriormente a um determinado fato passado. Por
- a) Infinitivo Impessoal:  exprime a significação do verbo exemplo: Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.
de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de - Futuro do Pretérito (composto)  -  Enuncia um fato que
substantivo. Por exemplo: Viver é lutar. (= vida é luta) poderia ter ocorrido posteriormente a um determinado fato
É indispensável combater a corrupção. (= combate à) passado. Por exemplo:  Se eu tivesse ganho esse dinheiro, teria
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente viajado nas férias.
(forma simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo:
É preciso ler este livro. Era preciso ter lido este livro. 2. Tempos do Subjuntivo

b) Infinitivo Pessoal:  é o infinitivo relacionado às três - Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento
pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não atual. Por exemplo: É conveniente que estudes para o exame.
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; - Pretérito Imperfeito  -  Expressa um fato passado, mas
nas demais, flexiona- -se da seguinte maneira: posterior a outro já ocorrido. Por exemplo: Eu esperava que
ele vencesse o jogo.
2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu)
1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.:termos (nós) Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções
2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.:terdes (vós) em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por exemplo:
3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.:terem (eles) Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.
- Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato totalmente
Por exemplo: terminado num momento passado. Por exemplo: Embora tenha
Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação. estudado bastante, não passou no teste.
- Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode
- c) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou ocorrer num momento futuro em relação ao atual. Por exemplo:
advérbio. Por exemplo:  Quando ele vier à loja, levará as encomendas.
Saindo  de casa, encontrei alguns amigos. (função de Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que
advérbio) indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à loja,
Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função adjetivo) levará as encomendas.
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; - Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato posterior
na forma composta, uma ação concluída. Por exemplo: ao momento atual mas já terminado antes de outro fato
Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro. futuro. Por exemplo:  Quando ele  tiver saído do hospital, nós o
Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro. visitaremos.

- d) Particípio:  quando não é empregado na formação dos Presente do Indicativo


tempos compostos, o particípio indica geralmente o resultado
de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e 1ª conjugação/2ª conjugação/3ª conjugação / Desinência
grau. Por exemplo: pessoal
Terminados os exames, os candidatos saíram. CANTAR VENDER PARTIR
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma cantO vendO partO O
relação temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo cantaS vendeS parteS S
(adjetivo verbal). Por exemplo: canta vende parte -
Ela foi a aluna escolhida para representar a escola. cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
Tempos Verbais cantaM vendeM parteM M

Tomando-se como referência o momento em que se fala, Pretérito Perfeito do Indicativo


a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos.
Veja: 1ª conjugação/2ª conjugação/3ª conjugação/Desinência
pessoal
1. Tempos do Indicativo CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I
- Presente  - Expressa um fato atual. Por exemplo: cantaSTE vendeSTE partISTE STE
Eu estudo neste colégio. cantoU vendeU partiU U
- Pretérito Imperfeito  - Expressa um fato ocorrido num cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
momento anterior ao atual, mas que não foi completamente cantaSTES vendeSTES partISTES STES
terminado. Por exemplo: Ele  estudava  as lições quando foi cantaRAM vendeRAM partiRAM AM

Língua Portuguesa 43
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Pretérito mais-que-perfeito cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíssemos SSE MOS
1ª conj. / 2ª conj. / 3ª conj. /Desin. Temp. /Desin. Pess. cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
1ª/2ª e 3ª conj. cantaSSE vendeSSEM partiSSEM SSE M
CANTAR VENDER PARTIR - -
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø Futuro do Subjuntivo
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo-
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M desinência temporal -R mais a desinência de número e pessoa
correspondente.
Pretérito Imperfeito do Indicativo
1ª conj. / 2ª conj. / 3ª conj. / Des. temp. /Desin. pess.
1ª conjugação / 2ª conjugação / 3ª conjugação 1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR CANTAR VENDER PARTIR
cantAVA vendIA partIA cantaR vendeR partiR Ø
cantAVAS vendIAS partAS cantaRES vendeRES partiRES R ES
CantAVA vendIA partIA cantaR vendeR partiR R Ø
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantAVAM vendIAM partIAM cantaREM vendeREM PartiREM R EM

Futuro do Presente do Indicativo Imperativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Imperativo Afirmativo


CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente
cantar ás vender ás partir ás do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda pessoa do
cantar á vender á partir á plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm,
cantar emos vender emos partir emos sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja: 
cantar eis vender eis partir eis
cantar ão vender ão partir ão Pres. do Indicativo Imperativo Afirm. Pres. do Subjuntivo
Eu canto --- Que eu cante
Futuro do Pretérito do Indicativo Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
CANTAR VENDER PARTIR Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
cantarIA venderIA partirIA Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA Imperativo Negativo
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a
cantarIAM venderIAM partirIAM negação às formas do presente do subjuntivo.

Presente do Subjuntivo Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo


Que eu cante ---
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a Que tu cantes Não cantes tu
desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do Que ele cante Não cante você
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou Que nós cantemos Não cantemos nós
pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação). Que vós canteis Não canteis vós
Que eles cantem Não cantem eles
1ª conj./2ª conj./3ª conju./Des.Temp./Des.temp./Des. pess
1ª conj. 2ª/3ª conj. Observações:
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø - No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa
cantES vendAS partAS E A S (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido
cantE vendA partA E A Ø ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
cantEIS vendAIS partAIS E A IS - O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu),
cantEM vendAM partAM E A M sede (vós).

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo Infinitivo Impessoal

Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a 1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, CANTAR VENDER PARTIR
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse
tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número Infinitivo Pessoal
e pessoa correspondente.
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
1ª conj. 2ª conj. 3ª conj. Des. temporal Desin. pessoal CANTAR VENDER PARTIR
1ª /2ª e 3ª conj. cantar vender partir
CANTAR VENDER PARTIR cantarES venderES partirES
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø cantar vender partir
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S cantarMOS venderMOS partirMOS

Língua Portuguesa 44
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
cantarDES venderDES partirDES de modo: Bem, mal, assim, depressa, devagar, às pressas, às
cantarEM venderEM partirEM claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse
jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado
Questões a lado, a pé, de cor, em vão, e a maior parte dos que terminam
em -mente: calmamente, tristemente, propositadamente,
01. Considere o trecho a seguir. É comum que objetos pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente,
___ esquecidos em locais públicos. Mas muitos transtornos bondosamente, generosamente
poderiam ser evitados se as pessoas ______ a atenção voltada de intensidade: Muito, demais, pouco, tão, menos, em
para seus pertences, conservando-os junto ao corpo. Assinale a excesso, bastante, pouco, mais, menos, demasiado, quanto, quão,
alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas tanto, que(equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo, de
do texto. muito, por completo.
(A) sejam … mantesse de tempo: Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde outrora,
(B) sejam … mantivessem amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes,
(C) sejam … mantém doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim,
(D) seja … mantivessem afinal, breve, constantemente, entrementes, imediatamente,
(E) seja … mantêm primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes,
à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de
02. Na frase –… os níveis de pessoas sem emprego estão quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos,
apresentando quedas sucessivas de 2005 para cá. –, a locução em breve, hoje em dia
verbal em destaque expressa ação de lugar: Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás,
(A) concluída. além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde,
(B) atemporal. longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora,
(C) contínua. alhures, nenhures, aquém, embaixo, externamente, a distância,
(D) hipotética. à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda,
(E) futura. ao lado, em volta

03. (Escrevente TJ SP Vunesp) Sem querer estereotipar, de negação  : Não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de
mas já estereotipando: trata--se de um ser cujas interações sociais forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum
terminam, 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”.
Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de de dúvida: Acaso, porventura, possivelmente,
(A) considerar ao acaso, sem premeditação. provavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe
(B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido dela.
(C) adotar como referência de qualidade. de afirmação: Sim, certamente, realmente, decerto,
(D) julgar de acordo com normas legais. efetivamente, certo, decididamente, realmente, deveras,
(E) classificar segundo ideias preconcebidas. indubitavelmente

Respostas de exclusão: Apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente,


1-B / 2-C / 3-E simplesmente, só, unicamente

Advérbio de inclusão: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, também

O  advérbio, assim como muitas outras palavras existentes de ordem: Depois, primeiramente, ultimamente
na Língua Portuguesa, advém de outras línguas. Assim sendo,
tal qual o adjetivo, o prefixo “ad-” indica a ideia de proximidade, de designação: Eis
contiguidade.
de interrogação: onde?(lugar), como?(modo),
Essa proximidade faz referência ao processo verbal, no quando?(tempo), por quê?(causa), quanto?(preço e intensidade),
sentido de caracterizá-lo, ou seja, indicando as circunstâncias para quê?(finalidade)
em que esse processo se desenvolve. 
Locução adverbial 
O advérbio relaciona-se aos verbos da língua, no sentido de É reunião de duas ou mais palavras com valor de advérbio.
caracterizar os processos expressos por ele. Contudo, ele não Exemplo:
é modificador exclusivo desta classe (verbos), pois também Carlos saiu às pressas. (indicando modo)
modifica o  adjetivo e até outro advérbio. Seguem alguns Maria saiu à tarde. (indicando tempo)
exemplos:
Há locuções adverbiais que possuem advérbios
Para quem se diz  distantemente alheio  a esse assunto,
correspondentes.
você está até bem informado.
Exemplo:
Temos o advérbio “distantemente” que modifica o adjetivo Carlos saiu às pressas. = Carlos saiu apressadamente.
alheio, representando uma qualidade, característica.
Apenas os advérbios de intensidade, de lugar e de modo são
O artista canta muito mal. flexionados, sendo que os demais são todos invariáveis. A única
flexão propriamente dita que existe na categoria dos advérbios
Nesse caso, o advérbio de intensidade “muito” modifica outro é a de grau:
advérbio de modo – “mal”. Em ambos os exemplos pudemos
verificar que se tratava de somente uma palavra funcionando Superlativo:  aumenta a intensidade. Exemplos: longe
como advérbio. No entanto, ele pode estar demarcado por - longíssimo, pouco - pouquíssimo, inconstitucionalmente -
mais de uma palavra, que mesmo assim não deixará de ocupar inconstitucionalissimamente, etc;
tal função. Temos aí o que chamamos de  locução adverbial, Diminutivo: diminui a intensidade.
representada por algumas expressões, tais como: às vezes, sem Exemplos: perto - pertinho, pouco - pouquinho, devagar -
dúvida, frente a frente, de modo algum, entre outras. devagarinho, 

Mediante tais postulados, afirma-se que, dependendo das Questões


circunstâncias expressas pelos advérbios, eles se classificam em
distintas categorias, uma vez expressas por:     01. Leia os quadrinhos para responder a questão.

Língua Portuguesa 45
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
temos visto. O machismo e o preconceito são outros. O perfil
impulsivo de alguns jovens (amplificado pela bebida e por
outras substâncias) completa o mecanismo que gera agressões.
Sem interferir nesses elementos, a situação não vai mudar.
Maior rigor da justiça, educação para a convivência com o outro,
aumento da tolerância à própria frustração e melhor controle
sobre os impulsos (é normal levar um “não”, gente!) são alguns
dos caminhos.
(Jairo Bouer, Folha de S.Paulo, 24.10.2011. Adaptado)

Assinale a alternativa cuja expressão em destaque apresenta


circunstância adverbial de modo.
A) Repetidos episódios de violência (...) estão gerando ainda
uma série de repercussões.
B) ...quebrou o braço da estudante de direito R. D., 19, em
plena balada…
C) Esses dois jovens teriam tentado se aproximar, sem
sucesso, de duas amigas…
D) Um dos suspeitos do ataque alega que tudo não passou
de um engano...
E) O fato é que é difícil acreditar que tanta gente ande se
quebrando por aí…

03. Leia o texto a seguir.

Cultura matemática
Hélio Schwartsman
(Leila Lauar Sarmento e Douglas Tufano. Português. Volume
SÃO PAULO – Saiu mais um estudo mostrando que o ensino
Único)
de matemática no Brasil não anda bem. A pergunta é: podemos
viver sem dominar o básico da matemática? Durante muito
No primeiro e segundo quadrinhos, estão em destaque dois
tempo, a resposta foi sim. Aqueles que não simpatizavam muito
advérbios: AÍ e ainda.
com Pitágoras podiam simplesmente escolher carreiras nas
Considerando que advérbio é a palavra que modifica
quais os números não encontravam muito espaço, como direito,
um verbo, um outro advérbio ou um adjetivo, expressando
jornalismo, as humanidades e até a medicina de antigamente.
a circunstância em que determinado fato ocorre, assinale
Como observa Steven Pinker, ainda hoje, nos meios
a alternativa que classifica, correta e respectivamente, as
universitários, é considerado aceitável que um intelectual se
circunstâncias expressas por eles.
vanglorie de ter passado raspando em física e de ignorar o beabá
A) Lugar e negação.
da estatística. Mas ai de quem admitir nunca ter lido Joyce ou
B) Lugar e tempo.
dizer que não gosta de Mozart. Sobre ele recairão olhares tão
C) Modo e afirmação.
recriminadores quanto sobre o sujeito que assoa o nariz na
D) Tempo e tempo.
manga da camisa.
E) Intensidade e dúvida.
Joyce e Mozart são ótimos, mas eles, como quase toda a
cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida
02. Leia o texto a seguir.
prática. Já a cultura científica, que muitos ainda tratam com uma
ponta de desprezo, torna-se cada vez mais fundamental, mesmo
Impunidade é motor de nova onda de agressões
para quem não pretende ser engenheiro ou seguir carreiras
técnicas.
Repetidos episódios de violência têm sido noticiados nas
Como sobreviver à era do crédito farto sem saber calcular as
últimas semanas. Dois que chamam a atenção, pela banalidade
armadilhas que uma taxa de juros pode esconder? Hoje, é difícil
com que foram cometidos, estão gerando ainda uma série de
até posicionar-se de forma racional sobre políticas públicas sem
repercussões.
assimilar toda a numeralha que idealmente as informa.
Em Natal, um garoto de 19 anos quebrou o braço da
Conhecimentos rudimentares de estatística são pré-requisito
estudante de direito R.D., 19, em plena balada, porque ela teria
para compreender as novas pesquisas que trazem informações
recusado um beijo. O suposto agressor já responde a uma ação
relevantes para nossa saúde e bem-estar.
penal, por agressão, movida por sua ex-mulher.
A matemática está no centro de algumas das mais intrigantes
No mesmo final de semana, dois amigos que saíam de uma
especulações cosmológicas da atualidade. Se as equações da
boate em São Paulo também foram atacados por dois jovens
mecânica quântica indicam que existem universos paralelos,
que estavam na mesma balada, e um dos agredidos teve a perna
isso basta para que acreditemos neles? Ou, no rastro de Eugene
fraturada. Esses dois jovens teriam tentado se aproximar, sem
Wigner, podemos nos perguntar por que a matemática é tão
sucesso, de duas garotas que eram amigas dos rapazes que
eficaz para exprimir as leis da física.
saíam da boate. Um dos suspeitos do ataque alega que tudo não
Releia os trechos apresentados a seguir.
passou de um engano e que o rapaz teria fraturado a perna ao
- Aqueles que não simpatizavam muito com Pitágoras
cair no chão.
podiam simplesmente escolher carreiras nas quais os números
Curiosamente, também é possível achar um blog que diz
não encontravam muito espaço... (1.º parágrafo)
que R.D., em Natal, foi quem atacou o jovem e que seu braço se
- Já a cultura científica, que muitos ainda tratam com uma
quebrou ao cair no chão.
ponta de desprezo, torna-se cada vez mais fundamental...(3.º
Em ambos os casos, as câmeras dos estabelecimentos
parágrafo)
felizmente comprovam os acontecimentos, e testemunhas vão
Os advérbios em destaque nos trechos expressam, correta e
ajudar a polícia na investigação.
respectivamente, circunstâncias de
O fato é que é difícil acreditar que tanta gente ande se
A) afirmação e de intensidade.
quebrando por aí ao cair no chão, não é mesmo? As agressões
B) modo e de tempo.
devem ser rigorosamente apuradas e, se houver culpados, que
C) modo e de lugar.
eles sejam julgados e condenados.
D) lugar e de tempo.
A impunidade é um dos motores da onda de violência que
E) intensidade e de negação.

Língua Portuguesa 46
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Respostas De + isto = disto
1-B / 2-C / 3-B De + isso = disso
De + aquilo = daquilo
Preposição De + aqui = daqui
De + aí = daí
Preposição  é uma palavra invariável que serve para ligar De + ali = dali
termos ou orações. Quando esta ligação acontece, normalmente De + outro = doutro(s)
há uma subordinação do segundo termo em relação ao De + outra = doutra(s)
primeiro. As preposições são muito importantes na estrutura Em + este(s) = neste(s)
da língua, pois estabelecem a coesão textual e possuem valores Em + esta(s) = nesta(s)
semânticos indispensáveis para a compreensão do texto. Em + esse(s) = nesse(s)
Em + aquele(s) = naquele(s)
Tipos de Preposição Em + aquela(s) = naquela(s)
Em + isto = nisto
1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente Em + isso = nisso
como preposições. Em + aquilo = naquilo
A, ante, perante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, A + aquele(s) = àquele(s)
para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para com. A + aquela(s) = àquela(s)
A + aquilo = àquilo
2.  Preposições acidentais: palavras de outras  classes
gramaticais que podem atuar como preposições. Dicas sobre preposição
Como, durante, exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão,
visto. 1. O “a” pode funcionar como preposição, pronome pessoal
oblíquo e artigo. Como distingui-los?
3.  Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo
como uma preposição, sendo que a última palavra é uma delas. - Caso o “a” seja um artigo, virá precedendo a um substantivo.
Abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de Ele servirá para determiná-lo como um substantivo singular
acordo com, em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor de, e feminino.
graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por cima de, por A dona da casa não quis nos atender.
trás de. Como posso fazer a Joana concordar comigo?

A preposição, como já foi dito, é invariável. No entanto pode - Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois
unir-se a outras palavras e assim estabelecer concordância em termos e estabelece relação de subordinação entre eles.
gênero ou em número. Ex: por + o = pelo por + a = pela Cheguei a sua casa ontem pela manhã.
Não queria, mas vou ter que ir à outra cidade para procurar
Vale ressaltar que essa concordância não é característica da um tratamento adequado.
preposição, mas das palavras às quais ela se une.
- Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o lugar e/
Esse processo de junção de uma preposição com outra ou a função de um substantivo.
palavra pode se dar a partir de dois processos: Temos Maria como parte da família. / A temos como parte
da família
1. Combinação: A preposição não sofre alteração. Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém. /
preposição a + artigos definidos o, os Creio que a conhecemos melhor que ninguém.
a + o = ao
preposição a + advérbio onde 2. Algumas relações semânticas estabelecidas por meio das
a + onde = aonde preposições:
Destino = Irei para casa.
2. Contração: Quando a preposição sofre alteração. Modo = Chegou em casa aos gritos.
Lugar = Vou ficar em casa;
Preposição + Artigos Assunto = Escrevi um artigo sobre adolescência.
De + o(s) = do(s) Tempo = A prova vai começar em dois minutos.
De + a(s) = da(s) Causa = Ela faleceu de derrame cerebral.
De + um = dum Fim ou finalidade = Vou ao médico para começar o
De + uns = duns tratamento.
De + uma = duma Instrumento = Escreveu a lápis.
De + umas = dumas Posse = Não posso doar as roupas da mamãe.
Em + o(s) = no(s) Autoria = Esse livro de Machado de Assis é muito bom.
Em + a(s) = na(s) Companhia = Estarei com ele amanhã.
Em + um = num Matéria = Farei um cartão de papel reciclado.
Em + uma = numa Meio = Nós vamos fazer um passeio de barco.
Em + uns = nuns Origem = Nós somos do Nordeste, e você?
Em + umas = numas Conteúdo = Quebrei dois frascos de perfume.
A + à(s) = à(s) Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso.
Por + o = pelo(s) Preço = Essa roupa sai por R$ 50 à vista.
Por + a = pela(s)
Questões
Preposição + Pronomes
De + ele(s) = dele(s) 01. Leia o texto a seguir.
De + ela(s) = dela(s)
De + este(s) = deste(s) “Xadrez que liberta”: estratégia, concentração e reeducação
De + esta(s) = desta(s)
De + esse(s) = desse(s) João Carlos de Souza Luiz cumpre pena há três anos e dois
De + essa(s) = dessa(s) meses por assalto. Fransley Lapavani Silva está há sete anos
De + aquele(s) = daquele(s) preso por homicídio. Os dois têm 30 anos. Além dos muros,
De + aquela(s) = daquela(s) grades, cadeados e detectores de metal, eles têm outros pontos

Língua Portuguesa 47
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
em comum: tabuleiros e peças de xadrez. 03. Assinale a alternativa cuja preposição em destaque
O jogo, que eles aprenderam na cadeia, além de uma válvula expressa ideia de finalidade.
de escape para as horas de tédio, tornou-se uma metáfora para o A) Além disso, aumenta a punição administrativa, de R$
que pretendem fazer quando estiverem em liberdade. 957,70 para R$ 1.915,40.
“Quando você vai jogar uma partida de xadrez, tem que pensar B) ... o STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu que
duas, três vezes antes. Se você movimenta uma peça errada, o bafômetro e o exame de sangue eram obrigatórios para
pode perder uma peça de muito valor ou tomar um xeque-mate, comprovar o crime.
instantaneamente. Se eu for para a rua e movimentar a peça C) “... Ele é encaminhado para a delegacia para o perito fazer
errada, eu posso perder uma peça muito importante na minha o exame clínico”...
vida, como eu perdi três anos na cadeia. Mas, na rua, o problema D) Já para o juiz criminal de São Paulo, Fábio Munhoz
maior é tomar o xeque-mate”, afirma João Carlos. Soares, um dos que devem julgar casos envolvendo pessoas
O xadrez faz parte da rotina de cerca de dois mil internos embriagadas ao volante, a mudança “é um avanço”.
em 22 unidades prisionais do Espírito Santo. É o projeto “Xadrez E) Para advogados, a lei aumenta o poder da autoridade
que liberta”. Duas vezes por semana, os presos podem praticar policial de dizer quem está embriagado...
a atividade sob a orientação de servidores da Secretaria de
Estado da Justiça (Sejus). Na próxima sexta-feira, será realizado Respostas
o primeiro torneio fora dos presídios desde que o projeto foi 1-B / 2-B / 3-B
implantado. Vinte e oito internos de 14 unidades participam da
disputa, inclusive João Carlos e Fransley, que diz que a vitória Conjunção
não é o mais importante.
“Só de chegar até aqui já estou muito feliz, porque eu não Conjunção  é a palavra invariável que liga duas orações ou
esperava. A vitória não é tudo. Eu espero alcançar outras coisas dois termos semelhantes de uma mesma oração. Por exemplo:
devido ao xadrez, como ser olhado com outros olhos, como
estou sendo olhado de forma diferente aqui no presídio devido A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as
ao bom comportamento”. amiguinhas.
Segundo a coordenadora do projeto, Francyany Cândido Deste exemplo podem ser retiradas três informações:
Venturin, o “Xadrez que liberta” tem provocado boas mudanças
no comportamento dos presos. “Tem surtido um efeito positivo 1-) segurou a boneca 2-) a menina mostrou 3-) viu as
por eles se tornarem uma referência positiva dentro da unidade, amiguinhas
já que cumprem melhor as regras, respeitam o próximo e
pensam melhor nas suas ações, refletem antes de tomar uma Cada informação está estruturada em torno de um verbo:
atitude”. segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações:
Embora a Sejus não monitore os egressos que ganham a 1ª oração: A menina segurou a boneca 2ª oração: e  mostrou
liberdade, para saber se mantêm o hábito do xadrez, João Carlos 3ª oração: quando viu as amiguinhas.
já faz planos. “Eu incentivo não só os colegas, mas também A segunda oração liga-se à primeira por meio do “e”, e a
minha família. Sou casado e tenho três filhos. Já passei para a terceira oração liga-se à segunda por meio do “quando”. As
minha família: xadrez, quando eu sair para a rua, todo mundo palavras “e” e “quando” ligam, portanto, orações.
vai ter que aprender porque vai rolar até o torneio familiar”.
“Medidas de promoção de educação e que possibilitem que o Observe: Gosto de natação e de futebol.
egresso saia melhor do que entrou são muito importantes. Nós Nessa frase as expressões de natação, de futebol são partes
não temos pena de morte ou prisão perpétua no Brasil. O preso ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra  “e” está
tem data para entrar e data para sair, então ele tem que sair ligando termos de uma mesma oração.
sem retornar para o crime”, analisa o presidente do Conselho
Estadual de Direitos Humanos, Bruno Alves de Souza Toledo. Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações
(Disponível em: www.inapbrasil.com.br/en/noticias/xadrez-que- ou dois termos semelhantes de uma mesma oração.
liberta-estrategia-concentracao-e-reeducacao/6/noticias. Adaptado)
Morfossintaxe da Conjunção
No trecho –... xadrez, quando eu sair para a rua, todo mundo
vai ter que aprender porque vai rolar até o torneio familiar.– o As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem
termo em destaque expressa relação de propriamente uma função sintática: são conectivos.
A) espaço, como em – Nosso diretor foi até Brasília para falar
do projeto “Xadrez que liberta”. Classificação - Conjunções Coordenativas- Conjunções
B) inclusão, como em – O xadrez mudou até o nosso modo Subordinativas
de falar.
C) finalidade, como em – Precisamos treinar até junho para Conjunções coordenativas
termos mais chances de vencer o torneio de xadrez. Dividem-se em:
D) movimento, como em – Só de chegar até aqui já estou
muito feliz, porque eu não esperava. - ADITIVAS: expressam a ideia de adição, soma.
E) tempo, como em – Até o ano que vem, pretendo conseguir Ex. Gosto de cantar e de dançar.
a revisão da minha pena. Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas também,
não só...como também.
02. Considere o trecho a seguir.
O metrô paulistano, ________quem a banda recebe apoio, - ADVERSATIVAS: Expressam ideias contrárias, de oposição,
garante o espaço para ensaios e os equipamentos; e a estabilidade de compensação.
no emprego, vantagem________ que muitos trabalhadores sonham, Ex. Estudei, mas não entendi nada.
é o que leva os integrantes do grupo a permanecerem na Principais conjunções adversativas: mas, porém, contudo,
instituição. todavia, no entanto, entretanto.

As preposições que preenchem o trecho, correta, - ALTERNATIVAS: Expressam ideia de alternância.


respectivamente e de acordo com a norma-padrão, são: Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho.
A) a ...com Principais conjunções alternativas: Ou...ou, ora...ora, quer...
B) de ...com quer, já...já.
C) de ...a
D) com ...a - CONCLUSIVAS: Servem para dar conclusões às orações. Ex.
E) para ...de Estudei muito, por isso mereço passar.

Língua Portuguesa 48
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois Coordenada) vier com verbo no modo imperativo, ela será
(depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim. explicativa.
Façam silêncio, que estou falando. (façam= verbo imperativo)
- EXPLICATIVAS: Explicam, dão um motivo ou razão. Ex. É
melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá fora. 2º) Na frase “Precisavam enterrar os mortos em outra cidade
Principais conjunções explicativas: que, porque, pois (antes porque não havia cemitério no local.”
do verbo), porquanto. a) Temos uma OSA Causal, já que a oração subordinada
(parte destacada) mostra a causa da ação expressa pelo
Conjunções subordinativas verbo da oração principal. Outra forma de reconhecê-
- CAUSAIS la é colocá-la no início do período, introduzida pela
Principais conjunções causais: porque, visto que, já que, uma conjunção como - o que não ocorre com a CS Explicativa.
vez que, como (= porque). Como não havia cemitério no local, precisavam enterrar os mortos
Ele não fez o trabalho porque não tem livro. em outra cidade.
b) As orações são subordinadas e, por isso, totalmente
- COMPARATIVAS dependentes uma da outra.
Principais conjunções comparativas: que, do que, tão...como,
mais...do que, menos...do que. Questões
Ela fala mais que um papagaio.
01. Leia o texto a seguir.
- CONCESSIVAS A música alcançou uma onipresença avassaladora em nosso
Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, mundo: milhões de horas de sua história estão disponíveis em
mesmo que, apesar de, se bem que. disco; rios de melodia digital correm na internet; aparelhos
Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um fato de mp3 com 40 mil canções podem ser colocados no bolso. No
inesperado. Traz em si uma ideia de “apesar de”. entanto, a música não é mais algo que fazemos nós mesmos, ou
até que observamos outras pessoas fazerem diante de nós.
Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de estar Ela se tornou um meio radicalmente virtual, uma arte sem
cansada) rosto. Quando caminhamos pela cidade num dia comum, nossos
Apesar de ter chovido fui ao cinema. ouvidos registram música em quase todos os momentos − pedaços
de hip-hop vazando dos fones de ouvido de adolescentes no metrô,
- CONFORMATIVAS o sinal do celular de um advogado tocando a “Ode à alegria”, de
Principais conjunções conformativas: como, segundo, Beethoven −, mas quase nada disso será resultado imediato de
conforme, consoante um trabalho físico de mãos ou vozes humanas, como se dava no
Cada um colhe conforme semeia. passado.
Expressam uma ideia de acordo, concordância, conformidade. Desde que Edison inventou o cilindro fonográfico, em1877,
existe gente que avalia o que a gravação fez em favor e desfavor
- CONSECUTIVAS da arte da música. Inevitavelmente, a conversa descambou para
Expressam uma ideia de consequência. os extremos retóricos. No campo oposto ao dos que diziam que a
Principais conjunções consecutivas: que (após “tal”, “tanto”, tecnologia acabaria com a música estão os utópicos, que alegam
“tão”, “tamanho”). que a tecnologia não aprisionou a música, mas libertou-a, levando
Falou tanto que ficou rouco. a arte da elite às massas. Antes de Edison, diziam os utópicos,
as sinfonias de Beethoven só podiam ser ouvidas em salas de
- FINAIS concerto selecionadas. Agora, as gravações levam a mensagem
Expressam ideia de finalidade, objetivo. de Beethoven aos confins do planeta, convocando a multidão
Todos trabalham para que possam sobreviver. saudada na “Ode à alegria”: “Abracem-se, milhões!”. Glenn Gould,
Principais conjunções finais: para que, a fim de que, porque depois de afastar-se das apresentações ao vivo em 1964, previu
(=para que), que dentro de um século o concerto público desapareceria no éter
eletrônico, com grande efeito benéfico sobre a cultura musical.
- PROPORCIONAIS (Adaptado de Alex Ross. Escuta só. Tradução Pedro Maia
Principais conjunções proporcionais: à medida que, quanto Soares. São Paulo, Cia. das Letras, 2010, p. 76-77)
mais, ao passo que, à proporção que.
À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha. No entanto, a música não é mais algo que fazemos nós mesmos,
ou até que observamos outras pessoas fazerem diante de nós.
- TEMPORAIS
Principais conjunções temporais: quando, enquanto, logo Considerando-se o contexto, é INCORRETO afirmar que o
que. elemento grifado pode ser substituído por:
Quando eu sair, vou passar na locadora. A) Porém.
B) Contudo.
Importante: C) Todavia.
D) Entretanto.
Diferença entre orações causais e explicativas E) Conquanto.

Quando estudamos Orações Subordinadas Adverbiais (OSA) 02. Observando as ocorrências da palavra “como” em –
e Coordenadas Sindéticas (CS), geralmente nos deparamos Como fomos programados para ver o mundo como um lugar
com a dúvida de como distinguir uma oração causal de uma ameaçador… – é correto afirmar que se trata de conjunção
explicativa. Veja os exemplos: (A) comparativa nas duas ocorrências.
(B) conformativa nas duas ocorrências.
1º) Na frase “Não atravesse a rua, porque você pode ser (C) comparativa na primeira ocorrência.
atropelado”: (D) causal na segunda ocorrência.
a) Temos uma CS Explicativa, que indica uma justificativa ou (E) causal na primeira ocorrência.
uma explicação do fato expresso na oração anterior.
b) As orações são coordenadas e, por isso, independentes 03. Leia o texto a seguir.
uma da outra. Neste caso, há uma pausa entre as orações que
vêm marcadas por vírgula. Participação
Não atravesse a rua. Você pode ser atropelado. Num belo poema, intitulado “Traduzir-se”, Ferreira Gullar
b) Outra dica é, quando a oração que antecede a OC (Oração aborda o tema de uma divisão muito presente em cada um de

Língua Portuguesa 49
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
nós: a que ocorre entre o nosso mundo interior e a nossa atuação sentenças da língua, mas sim a manifestação de um suspiro,
junto aos outros, nosso papel na ordem coletiva. A divisão não é um estado da alma decorrente de uma situação particular, um
simples: costuma-se ver como antagônicas essas duas “partes” momento ou um contexto específico. Exemplos:
de nós, nas quais nos dividimos. De fato, em quantos momentos Ah, como eu queria voltar a ser criança!
da nossa vida precisamos escolher entre o atendimento de um ah: expressão de um estado emotivo = interjeição
interesse pessoal e o cumprimento de um dever ético? Como poeta Hum! Esse pudim estava maravilhoso!
e militante político, Ferreira Gullar deixou-se atrair tanto pela hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição
expressão das paixões mais íntimas quanto pela atuação de um
convicto socialista. Em seu poema, o diálogo entre as duas partes O significado das interjeições está vinculado à maneira
é desenvolvido de modo a nos fazer pensar que são incompatíveis. como elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala é que dita
o sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto de
Mas no último momento do poema deparamo-nos com esta enunciação. Exemplos:
estrofe: Psiu!
“Traduzir uma parte na outra parte − que é uma questão de contexto:  alguém pronunciando essa expressão na rua;
vida ou morte − será arte?” significado da interjeição (sugestão):  “Estou te chamando! Ei,
espere!”
O poeta levanta a possibilidade da “tradução” de uma parte Psiu!
na outra, ou seja, da interação de ambas, numa espécie de contexto:  alguém pronunciando essa expressão em um
espelhamento. Isso ocorreria quando o indivíduo conciliasse hospital; significado da interjeição (sugestão):  “Por favor, faça
verdadeiramente a instância pessoal e os interesses de uma silêncio!”
comunidade; quando deixasse de haver contradição entre a razão Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!
particular e a coletiva. Pergunta-se o poeta se não seria arte esse puxa: interjeição; tom da fala: euforia
tipo de integração. Realmente, com muita frequência a arte se Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!
mostra capaz de expressar tanto nossa subjetividade como nossa puxa: interjeição; tom da fala: decepção
identidade social.
Nesse sentido, traduzir uma parte na outra parte significaria As interjeições cumprem, normalmente, duas funções:
vencer a parcialidade e chegar a uma autêntica participação, a)  Sintetizar uma frase  exclamativa, exprimindo alegria,
de sentido altamente político. O poema de Gullar deixa-nos essa tristeza, dor, etc.
hipótese provocadora, formulada com um ar de convicção. Você faz o que no Brasil?
(Belarmino Tavares, inédito) Eu? Eu negocio com madeiras.
Ah, deve ser muito interessante.
Os seguintes fatos, referidos no texto, travam entre si uma b) Sintetizar uma frase apelativa
relação de causa e efeito: Cuidado! Saia da minha frente.
A) ser poeta e militante político / confronto entre As interjeições podem ser formadas por:
subjetividade e atuação social a) simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô.
B) ser poeta e militante político / divisão permanente em b) palavras: Oba!, Olá!, Claro!
cada um de nós c) grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!, Ora
C) ser movido pelas paixões / esposar teses socialistas bolas!
D) fazer arte / obliterar uma questão de vida ou morte A ideia expressa pela interjeição depende muitas vezes
E) participar ativamente da política / formular hipóteses da entonação com que é pronunciada; por isso, pode ocorrer que
com ar de convicção uma interjeição tenha mais de um sentido. Por exemplo:
Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contrariedade)
Respostas Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria)
1-E / 2-E / 3-A
Classificação das Interjeições
Interjeição
Comumente, as interjeições expressam sentido de:
- Advertência: Cuidado!, Devagar!, Calma!, Sentido!,
Interjeição  é a palavra invariável que exprime emoções,
Atenção!, Olha!, Alerta!
sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre o
- Afugentamento: Fora!, Passa!, Rua!, Xô!
interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que,
- Alegria ou Satisfação: Oh!, Ah!,Eh!, Oba!, Viva!
para isso, seja necessário fazer uso de estruturas linguísticas
- Alívio: Arre!, Uf!, Ufa! Ah!
mais elaboradas. Observe o exemplo:
- Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!, Eia!,
Droga! Preste atenção quando eu estou falando!
Ânimo!, Adiante!, Firme!, Toca!
No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. Toda sua
- Aplauso ou Aprovação: Bravo!, Bis!, Apoiado!, Viva!, Boa!
raiva se traduz numa palavra: Droga!
- Concordância: Claro!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã!
Ele poderia ter dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou
- Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Irra!, Ih!, Livra!, Safa!,
simplesmente uma palavra. Ele empregou a interjeição Droga!
Fora!, Abaixo!, Francamente!, Xi!, Chega!, Basta!, Ora!
As sentenças da língua costumam se organizar de forma
- Desejo ou Intenção: Oh!, Pudera!, Tomara!, Oxalá!
lógica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e os distribui
- Desculpa: Perdão!
em posições adequadas a cada um deles. As interjeições, por
- Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!, Que pena!, Ah!, Oh!,
outro lado, são uma espécie de “palavra-frase”, ou seja, há uma
Eh!
ideia expressa por uma palavra (ou um conjunto de palavras -
- Dúvida ou Incredulidade: Qual!, Qual o quê!, Hum!, Epa!,
locução interjetiva) que poderia ser colocada em termos de uma
Ora!
sentença.
- Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!, Puxa!, Céus!, Quê!,
Veja os exemplos:
Caramba!, Opa!, Virgem!, Vixe!, Nossa!, Hem?!, Hein?, Cruz!, Putz!
Bravo! Bis!
- Impaciência ou Contrariedade: Hum!, Hem!, Irra!, Raios!,
bravo  e  bis: interjeição / sentença (sugestão): «Foi muito
Diabo!, Puxa!, Pô!, Ora!
bom! Repitam!»
- Pedido de Auxílio: Socorro!, Aqui!, Piedade!
Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé...
- Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!,
ai: interjeição / sentença (sugestão): “Isso está doendo!” ou
Adeus!, Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Ô, Ó, Psiu!, Socorro!, Valha-me,
“Estou com dor!”
Deus!
- Silêncio: Psiu!, Bico!, Silêncio!
A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em que
- Terror ou Medo: Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui!, Oh!
não há uma ideia organizada de maneira lógica, como são as

Língua Portuguesa 50
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis, isto é, Numeral
não sofrem variação em gênero, número e grau como os nomes,
nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto e voz como os Numeral é a palavra que indica os seres em termos
verbos. No entanto, em uso específico, algumas interjeições numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa
sofrem variação em grau. Deve-se ter claro, neste caso, que em determinada sequência.
não se trata de um processo natural dessa classe de palavra, Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco.
mas tão só uma variação que a linguagem afetiva permite. [quatro: numeral = atributo numérico de “ingresso”]
Exemplos: oizinho, bravíssimo, até loguinho. Eu quero café duplo, e você?
[duplo: numeral = atributo numérico de “café”]
Locução Interjetiva
A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor!
Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma
[primeira: numeral = situa o ser “pessoa” na sequência de
expressão com sentido de interjeição. Por exemplo
“fila”]
Ora bolas!
Quem me dera!
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que
Virgem Maria!
os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a
Meu Deus!
expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata
Ai de mim!
de numerais, mas sim de algarismos.
Valha-me Deus!
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a
Graças a Deus!
ideia expressa pelos números, existem mais algumas palavras
Alto lá!
consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção
Muito bem!
ou ordenação. São alguns exemplos: década, dúzia, par,
ambos(as), novena.
Observações:
Classificação dos Numerais
1) As interjeições são como frases resumidas, sintéticas. Por
exemplo:
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico:
Ué! = Eu não esperava por essa!
um, dois, cem mil, etc.
Perdão! = Peço-lhe que me desculpe.
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada:
primeiro, segundo, centésimo, etc.
2) Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é o seu
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão
tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes gramaticais
dos seres: meio, terço, dois quintos, etc.
podem aparecer como interjeições.
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos
Viva! Basta! (Verbos)
seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada:
Fora! Francamente! (Advérbios)
dobro, triplo, quíntuplo, etc.
3) A interjeição pode ser considerada uma “palavra-frase”
Leitura dos Numerais
porque sozinha pode constituir uma mensagem.
Socorro!
Separando os números em centenas, de trás para frente,
Ajudem-me! 
obtêm-se conjuntos numéricos, em forma de centenas e, no
Silêncio!
início, também de dezenas ou unidades. Entre esses conjuntos
Fique quieto!
usa-se vírgula; as unidades ligam-se pela conjunção “e”.
1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos e vinte
4) Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imitativas,
e seis.
que exprimem ruídos e vozes.
45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte.
Pum! Miau! Bumba! Zás! Plaft! Pof!
Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-quá!, etc.
Flexão dos numerais
5) Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” com a sua
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma,
homônima  “oh!”, que exprime admiração, alegria, tristeza, etc.
dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/duzentas em
Faz-se uma pausa depois do” oh!” exclamativo e não a fazemos
diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas, etc.
depois do “ó” vocativo.
Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam em número:
milhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais são invariáveis.
“Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!» (Olavo Bilac) 
Oh! a jornada negra!» (Olavo Bilac)
Os numerais ordinais variam em gênero e número:
primeiro segundo milésimo
6) Na linguagem afetiva, certas interjeições, originadas
primeira segunda milésima
de palavras de outras classes, podem aparecer flexionadas no
primeiros segundos milésimos
diminutivo ou no superlativo.
primeiras segundas milésimas
Calminha! Adeusinho! Obrigadinho!
Interjeições, leitura e produção de textos
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam
em funções substantivas:
Usadas com muita frequência na língua falada informal,
Fizeram o dobro do esforço e conseguiram o triplo de produção.
quando empregadas na língua escrita, as interjeições costumam
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais
conferir-lhe certo tom inconfundível de coloquialidade. Além
flexionam-se em gênero e número:
disso, elas podem muitas vezes indicar traços pessoais do falante
Teve de tomar doses triplas do medicamento.
- como a escassez de vocabulário, o temperamento agressivo ou
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número.
dócil, até mesmo a origem geográfica. É nos textos narrativos -
Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/duas terças
particularmente nos diálogos - que comumente se faz uso
partes
das interjeições com o objetivo de caracterizar personagens
Os numerais coletivos flexionam-se em número. Veja: uma
e, também, graças à sua natureza sintética, agilizar as falas.
dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros.
Natureza sintética e conteúdo mais emocional do que
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos
racional fazem das interjeições presença constante nos textos
numerais, traduzindo afetividade ou especialização de sentido.
publicitários.
É o que ocorre em frases como:
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/
“Me empresta duzentinho...”
morf89.php
É artigo de primeiríssima qualidade!

Língua Portuguesa 51
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda Questões
divisão de futebol)
01.Na frase “Nessa carteira só há duas notas de cinco reais”
Emprego dos Numerais temos exemplos de numerais:
A) ordinais;
*Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em B) cardinais;
que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo e a C) fracionários;
partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do D) romanos;
substantivo: E) Nenhuma das alternativas.
Ordinais Cardinais
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze) 02.Aponte a alternativa em que os numerais estão bem
D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis) empregados.
Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte) A) Ao papa Paulo Seis sucedeu João Paulo Primeiro.
Século VIII (oitavo) Século XX (vinte) B) Após o parágrafo nono virá o parágrafo décimo.
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três) C) Depois do capítulo sexto, li o capitulo décimo primeiro.
D) Antes do artigo dez vem o artigo nono.
*Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal E) O artigo vigésimo segundo foi revogado.
até nono e o cardinal de dez em diante:
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez) 03. Os ordinais referentes aos números 80, 300, 700 e 90
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um) são, respectivamente
A) octagésimo, trecentésimo, septingentésirno,
*Ambos/ambas são considerados numerais. Significam “um nongentésimo
e outro”, “os dois” (ou “uma e outra”, “as duas”) e são largamente B) octogésimo, trecentésimo, septingentésimo, nonagésimo
empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez C) octingentésimo, tricentésimo, septuagésimo, nonagésimo
referência. D) octogésimo, tricentésimo, septuagésimo, nongentésimo
Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância
da solidariedade. Ambos agora participam das atividades Respostas
comunitárias de seu bairro. 1-B / 2-D / 3-B

Obs.: a forma “ambos os dois” é considerada enfática. 9. Sintaxe da oração e do


Atualmente, seu uso indica afetação, artificialismo.
período.
Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários
um primeiro - -
dois segundo dobro, duplo meio Oração
três terceiro triplo, tríplice terço
quatro quarto quádruplo quarto Oração: é todo enunciado linguístico dotado de sentido,
cinco quinto quíntuplo quinto porém há, necessariamente, a presença do verbo. A oração
seis sexto sêxtuplo sexto encerra uma frase (ou segmento de frase), várias frases ou um
sete sétimo sétuplo sétimo período, completando um pensamento e concluindo o enunciado
oito oitavo óctuplo oitavo através de ponto final, interrogação, exclamação e, em alguns
nove nono nônuplo nono casos, através de reticências.
dez décimo décuplo décimo Em toda oração há um verbo ou locução verbal (às vezes
onze décimo primeiro - onze avos elípticos). Não têm estrutura sintática, portanto não são orações,
doze décimo segundo - doze avos não podem ser analisadas sintaticamente frases como:
treze décimo terceiro - treze avos
catorze décimo quarto - catorze avos Socorro!
quinze décimo quinto - quinze avos Com licença!
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos Que rapaz impertinente!
dezessete décimo sétimo - dezessete avos Muito riso, pouco siso.
dezoito décimo oitavo - dezoito avos
dezenove décimo nono - dezenove avos Na oração as palavras estão relacionadas entre si, como
vinte vigésimo - vinte avos partes de um conjunto harmônico: elas formam os termos
trinta trigésimo - trinta avos ou as unidades sintáticas da oração. Cada termo da oração
quarenta quadragésimo - quarenta avos desempenha uma função sintática. Geralmente apresentam dois
cinquenta quinquagésimo - cinquenta avos grupos de palavras: um grupo sobre o qual se declara alguma
sessenta sexagésimo - sessenta avos coisa (o sujeito), e um grupo que apresenta uma declaração (o
setenta septuagésimo - setenta avos predicado), e, excepcionalmente, só o predicado. Exemplo:
oitenta octogésimo - oitenta avos
noventa nonagésimo - noventa avos A menina banhou-se na cachoeira.
cem centésimo cêntuplo centésimo A menina – sujeito
duzentos ducentésimo - ducentésimo banhou-se na cachoeira – predicado
trezentos trecentésimo - trecentésimo Choveu durante a noite. (a oração toda predicado)
quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo
quinhentos quingentésimo - quingentésimo O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em
seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo número e pessoa. É normalmente o «ser de quem se declara
setecentos septingentésimo - septingentésimo algo», «o tema do que se vai comunicar».
oitocentos octingentésimo - octingentésimo O predicado é a parte da oração que contém “a informação
novecentos nongentésimo nova para o ouvinte”. Normalmente, ele se refere ao sujeito,
ou noningentésimo - nongentésimo constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito.
mil milésimo - milésimo
milhão milionésimo - milionésimo Observe: O amor é eterno. O tema, o ser de quem se declara
bilhão bilionésimo - bilionésimo algo, o sujeito, é “O amor”. A declaração referente a “o amor”, ou
seja, o predicado, é «é eterno».

Língua Portuguesa 52
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Já na frase: Os rapazes jogam futebol. O sujeito é “Os rapazes”, tu, ele, etc.). Se o sujeito se refere a um objeto da terceira pessoa,
que identificamos por ser o termo que concorda em número e sua representação pode ser feita através de um substantivo, de
pessoa com o verbo “jogam”. O predicado é “jogam futebol”. um pronome substantivo ou de qualquer conjunto de palavras,
cujo núcleo funcione, na sentença, como um substantivo.
Núcleo de um termo é a palavra principal (geralmente um Exemplos:
substantivo, pronome ou verbo), que encerra a essência de Eu acompanho você até o guichê.
sua significação. Nos exemplos seguintes, as palavras amigo e eu: sujeito = pronome pessoal de primeira pessoa
revestiu são o núcleo do sujeito e do predicado, respectivamente: Vocês disseram alguma coisa?
“O amigo retardatário do presidente prepara-se para vocês: sujeito = pronome pessoal de segunda pessoa
desembarcar.” (Aníbal Machado) Marcos tem um fã-clube no seu bairro.
A avezinha revestiu o interior do ninho com macias plumas. Marcos: sujeito = substantivo próprio
Ninguém entra na sala agora.
Os termos da oração da língua portuguesa são classificados ninguém: sujeito = pronome substantivo
em três grandes níveis: O andar deve ser uma atividade diária.
- Termos Essenciais da Oração: Sujeito e Predicado. o andar: sujeito = núcleo: verbo substantivado nessa oração

- Termos Integrantes da Oração: Complemento Nominal e Além dessas formas, o sujeito também pode se constituir
Complementos Verbais (Objeto Direto, Objeto indireto e Agente de uma oração inteira. Nesse caso, a oração recebe o nome de
da Passiva). oração substantiva subjetiva:

- Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, É difícil optar por esse ou aquele doce...
Adjunto Adverbial, Aposto e Vocativo. É difícil: oração principal
optar por esse ou aquele doce: oração substantiva subjetiva
Termos Essenciais da Oração: São dois os termos essenciais
(ou fundamentais) da oração: sujeito e predicado. Exemplos: O sujeito é constituído por um substantivo ou pronome, ou
por uma palavra ou expressão substantivada. Exemplos:
Sujeito Predicado
O sino era grande.
Pobreza não é vileza. Ela tem uma educação fina.
Vossa Excelência agiu com imparcialidade.
Os sertanistas capturavam os índios.
Isto não me agrada.
Um vento áspero sacudia as árvores.
O núcleo (isto é, a palavra base) do sujeito é, pois, um
Sujeito: é equivocado dizer que o sujeito é aquele que pratica substantivo ou pronome. Em torno do núcleo podem aparecer
uma ação ou é aquele (ou aquilo) do qual se diz alguma coisa. Ao palavras secundárias (artigos, adjetivos, locuções adjetivas, etc.).
fazer tal afirmação estamos considerando o aspecto semântico Exemplo: “Todos os ligeiros rumores da mata tinham uma
do sujeito (agente de uma ação) ou o seu aspecto estilístico voz para a selvagem filha do sertão.” (José de Alencar)
(o tópico da sentença). Já que o sujeito é depreendido de uma
análise sintática, vamos restringir a definição apenas ao seu O sujeito pode ser:
papel sintático na sentença: aquele que estabelece concordância
com o núcleo do predicado. Quando se trata de predicado verbal, Simples: quando tem um só núcleo: As rosas têm espinhos;
o núcleo é sempre um verbo; sendo um predicado nominal, o “Um bando de galinhas-d’angola atravessa a rua em fila indiana.”
núcleo é sempre um nome. Então têm por características básicas: Composto: quando tem mais de um núcleo: “O burro e o
- estabelecer concordância com o núcleo do predicado; cavalo nadavam ao lado da canoa.”
- apresentar-se como elemento determinante em relação ao Expresso: quando está explícito, enunciado: Eu viajarei
predicado; amanhã.
- constituir-se de um substantivo, ou pronome substantivo Oculto (ou elíptico): quando está implícito, isto é, quando
ou, ainda, qualquer palavra substantivada. não está expresso, mas se deduz do contexto: Viajarei amanhã.
(sujeito: eu, que se deduz da desinência do verbo); “Um soldado
Exemplo: saltou para a calçada e aproximou-se.” (o sujeito, soldado, está
expresso na primeira oração e elíptico na segunda: e (ele)
A padaria está fechada hoje. aproximou-se.); Crianças, guardem os brinquedos. (sujeito:
está fechada hoje: predicado nominal vocês)
fechada: nome adjetivo = núcleo do predicado Agente: se faz a ação expressa pelo verbo da voz ativa: O Nilo
a padaria: sujeito fertiliza o Egito.
padaria: núcleo do sujeito - nome feminino singular Paciente: quando sofre ou recebe os efeitos da ação expressa
pelo verbo passivo: O criminoso é atormentado pelo remorso;
No interior de uma sentença, o sujeito é o termo determinante, Muitos sertanistas foram mortos pelos índios; Construíram-se
ao passo que o predicado é o termo determinado. Essa posição açudes. (= Açudes foram construídos.)
de determinante do sujeito em relação ao predicado adquire Agente e Paciente: quando o sujeito realiza a ação expressa
sentido com o fato de ser possível, na língua portuguesa, uma por um verbo reflexivo e ele mesmo sofre ou recebe os efeitos
sentença sem sujeito, mas nunca uma sentença sem predicado. dessa ação: O operário feriu-se durante o trabalho; Regina
Exemplo: trancou-se no quarto.
Indeterminado: quando não se indica o agente da ação
As formigas invadiram minha casa. verbal: Atropelaram uma senhora na esquina. (Quem atropelou
as formigas: sujeito = termo determinante a senhora? Não se diz, não se sabe quem a atropelou.); Come-se
invadiram minha casa: predicado = termo determinado bem naquele restaurante.
Há formigas na minha casa.
há formigas na minha casa: predicado = termo determinado Observações:
sujeito: inexistente - Não confundir sujeito indeterminado com sujeito oculto.
- Sujeito formado por pronome indefinido não é
O sujeito sempre se manifesta em termos de sintagma indeterminado, mas expresso: Alguém me ensinará o caminho.
nominal, isto é, seu núcleo é sempre um nome. Quando esse Ninguém lhe telefonou.
nome se refere a objetos das primeira e segunda pessoas, o - Assinala-se a indeterminação do sujeito usando-se o
sujeito é representado por um pronome pessoal do caso reto (eu, verbo na 3ª pessoa do plural, sem referência a qualquer agente

Língua Portuguesa 53
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
já expresso nas orações anteriores: Na rua olhavam-no com predicado: é desastrada
admiração; “Bateram palmas no portãozinho da frente.”; “De núcleo do predicado: desastrada = atributo do sujeito
qualquer modo, foi uma judiação matarem a moça.” tipo de predicado: nominal
- Assinala-se a indeterminação do sujeito com um verbo
ativo na 3ª pessoa do singular, acompanhado do pronome se. O O núcleo do predicado nominal chama-se predicativo
pronome se, neste caso, é índice de indeterminação do sujeito. do sujeito, porque atribui ao sujeito uma qualidade ou
Pode ser omitido junto de infinitivos. característica. Os verbos de ligação (ser, estar, parecer, etc.)
Aqui vive-se bem. funcionam como um elo entre o sujeito e o predicado.
Devagar se vai ao longe.
Quando se é jovem, a memória é mais vivaz. A empreiteira demoliu nosso antigo prédio.
Trata-se de fenômenos que nem a ciência sabe explicar. predicado: demoliu nosso antigo prédio
núcleo do predicado: demoliu = nova informação sobre o
- Assinala-se a indeterminação do sujeito deixando-se o sujeito
verbo no infinitivo impessoal: Era penoso carregar aqueles tipo de predicado: verbal
fardos enormes; É triste assistir a estas cenas repulsivas.
Os manifestantes desciam a rua desesperados.
Normalmente, o sujeito antecede o predicado; todavia, a predicado: desciam a rua desesperados
posposição do sujeito ao verbo é fato corriqueiro em nossa núcleos do predicado: desciam = nova informação sobre o
língua. sujeito; desesperados = atributo do sujeito
Exemplos: tipo de predicado: verbo-nominal
É fácil este problema!
Vão-se os anéis, fiquem os dedos. Nos predicados verbais e verbo-nominais o verbo é
“Breve desapareceram os dois guerreiros entre as árvores.” responsável também por definir os tipos de elementos que
(José de Alencar) aparecerão no segmento. Em alguns casos o verbo sozinho basta
para compor o predicado (verbo intransitivo). Em outros casos
Sem Sujeito: constituem a enunciação pura e absoluta de um é necessário um complemento que, juntamente com o verbo,
fato, através do predicado; o conteúdo verbal não é atribuído a constituem a nova informação sobre o sujeito. De qualquer
nenhum ser. São construídas com os verbos impessoais, na 3ª forma, esses complementos do verbo não interferem na tipologia
pessoa do singular: Havia ratos no porão; Choveu durante o jogo. do predicado.
Observação: São verbos impessoais: Haver (nos sentidos Entretanto, é muito comum a elipse (ou omissão) do verbo,
de existir, acontecer, realizar-se, decorrer), Fazer, passar, ser quando este puder ser facilmente subentendido, em geral por
e estar, com referência ao tempo e Chover, ventar, nevar, gear, estar expresso ou implícito na oração anterior. Exemplos:
relampejar, amanhecer, anoitecer e outros que exprimem
fenômenos meteorológicos. “A fraqueza de Pilatos é enorme, a ferocidade dos algozes
inexcedível.” (Machado de Assis) (Está subentendido o verbo é
Predicado: assim como o sujeito, o predicado é um depois de algozes)
segmento extraído da estrutura interna das orações ou das “Mas o sal está no Norte, o peixe, no Sul” (Paulo Moreira da
frases, sendo, por isso, fruto de uma análise sintática. Nesse Silva) (Subentende-se o verbo está depois de peixe)
sentido, o predicado é sintaticamente o segmento linguístico “A cidade parecia mais alegre; o povo, mais contente.” (Povina
que estabelece concordância com outro termo essencial Cavalcante) (isto é: o povo parecia mais contente)
da oração, o sujeito, sendo este o termo determinante (ou
subordinado) e o predicado o termo determinado (ou principal). Chama-se predicação verbal o modo pelo qual o verbo
Não se trata, portanto, de definir o predicado como “aquilo forma o predicado.
que se diz do sujeito” como fazem certas gramáticas da língua Há verbos que, por natureza, tem sentido completo,
portuguesa, mas sim estabelecer a importância do fenômeno podendo, por si mesmos, constituir o predicado: são os verbos
da concordância entre esses dois termos essenciais da oração. de predicação completa denominados intransitivos. Exemplo:
Então têm por características básicas: apresentar-se como
elemento determinado em relação ao sujeito; apontar um As flores murcharam.
atributo ou acrescentar nova informação ao sujeito. Os animais correm.
As folhas caem.
Exemplo:
Outros verbos há, pelo contrário, que para integrarem
Carolina conhece os índios da Amazônia. o predicado necessitam de outros termos: são os verbos de
sujeito: Carolina = termo determinante predicação incompleta, denominados transitivos. Exemplos:
predicado: conhece os índios da Amazônia = termo
determinado João puxou a rede.
“Não invejo os ricos, nem aspiro à riqueza.” (Oto Lara
Nesse exemplo podemos observar que a concordância é Resende)
estabelecida entre algumas poucas palavras dos dois termos “Não simpatizava com as pessoas investidas no poder.”
essenciais. No exemplo, entre “Carolina” e “conhece”. Isso se dá (Camilo Castelo Branco)
porque a concordância é centrada nas palavras que são núcleos,
isto é, que são responsáveis pela principal informação naquele Observe que, sem os seus complementos, os verbos puxou,
segmento. No predicado o núcleo pode ser de dois tipos: um invejo, aspiro, etc., não transmitiriam informações completas:
nome, quase sempre um atributo que se refere ao sujeito da puxou o quê? Não invejo a quem? Não aspiro a quê?
oração, ou um verbo (ou locução verbal). No primeiro caso, Os verbos de predicação completa denominam-se
temos um predicado nominal (seu núcleo significativo é um intransitivos e os de predicação incompleta, transitivos. Os
nome, substantivo, adjetivo, pronome, ligado ao sujeito por verbos transitivos subdividem-se em: transitivos diretos,
um verbo de ligação) e no segundo um predicado verbal (seu transitivos indiretos e transitivos diretos e indiretos
núcleo é um verbo, seguido, ou não, de complemento(s) ou (bitransitivos).
termos acessórios). Quando, num mesmo segmento o nome e o Além dos verbos transitivos e intransitivos, quem encerram
verbo são de igual importância, ambos constituem o núcleo do uma noção definida, um conteúdo significativo, existem os de
predicado e resultam no tipo de predicado verbo-nominal (tem ligação, verbos que entram na formação do predicado nominal,
dois núcleos significativos: um verbo e um nome). Exemplos: relacionando o predicativo com o sujeito.
Quanto à predicação classificam-se, pois os verbos em:
Minha empregada é desastrada.

Língua Portuguesa 54
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Intransitivos: são os que não precisam de complemento, preposição: aludir a ele, anuir a ele, assistir a ela, atentar nele,
pois têm sentido completo. depender dele, investir contra ele, não ligar para ele, etc.
“Três contos bastavam, insistiu ele.” (Machado de Assis) Em princípio, verbos transitivos indiretos não comportam
“Os guerreiros Tabajaras dormem.” (José de Alencar) a forma passiva. Excetuam-se pagar, perdoar, obedecer, e
“A pobreza e a preguiça andam sempre em companhia.” pouco mais, usados também como transitivos diretos: João
(Marquês de Maricá) paga (perdoa, obedece) o médico. O médico é pago (perdoado,
obedecido) por João. Há verbos transitivos indiretos, como
Observações: Os verbos intransitivos podem vir atirar, investir, contentar-se, etc., que admitem mais de uma
acompanhados de um adjunto adverbial e mesmo de um preposição, sem mudança de sentido. Outros mudam de sentido
predicativo (qualidade, características): Fui cedo; Passeamos com a troca da preposição, como nestes exemplos: Trate de sua
pela cidade; Cheguei atrasado; Entrei em casa aborrecido. vida. (tratar=cuidar). É desagradável tratar com gente grosseira.
As orações formadas com verbos intransitivos não podem (tratar=lidar). Verbos como aspirar, assistir, dispor, servir, etc.,
“transitar” (= passar) para a voz passiva. Verbos intransitivos variam de significação conforme sejam usados como transitivos
passam, ocasionalmente, a transitivos quando construídos com diretos ou indiretos.
o objeto direto ou indireto.
- “Inutilmente a minha alma o chora!” (Cabral do Nascimento) Transitivos Diretos e Indiretos: são os que se usam com
- “Depois me deitei e dormi um sono pesado.” (Luís Jardim) dois objetos: um direto, outro indireto, concomitantemente.
- “Morrerás morte vil da mão de um forte.” (Gonçalves Dias) Exemplos:
- “Inútil tentativa de viajar o passado, penetrar no mundo No inverno, Dona Cléia dava roupas aos pobres.
que já morreu...” (Ciro dos Anjos) A empresa fornece comida aos trabalhadores.
Oferecemos flores à noiva.
Alguns verbos essencialmente intransitivos: anoitecer, Ceda o lugar aos mais velhos.
crescer, brilhar, ir, agir, sair, nascer, latir, rir, tremer, brincar,
chegar, vir, mentir, suar, adoecer, etc. De Ligação: Os que ligam ao sujeito uma palavra ou
expressão chamada predicativo. Esses verbos, entram na
Transitivos Diretos: são os que pedem um objeto direto, isto formação do predicado nominal. Exemplos:
é, um complemento sem preposição. Pertencem a esse grupo: A Terra é móvel.
julgar, chamar, nomear, eleger, proclamar, designar, considerar, A água está fria.
declarar, adotar, ter, fazer, etc. Exemplos: O moço anda (=está) triste.
Comprei um terreno e construí a casa. A Lua parecia um disco.
“Trabalho honesto produz riqueza honrada.” (Marquês de
Maricá) Observações: Os verbos de ligação não servem apenas de
“Então, solenemente Maria acendia a lâmpada de sábado.” anexo, mas exprimem ainda os diversos aspectos sob os quais
(Guedes de Amorim) se considera a qualidade atribuída ao sujeito. O verbo ser, por
exemplo, traduz aspecto permanente e o verbo estar, aspecto
Dentre os verbos transitivos diretos merecem destaque os transitório: Ele é doente. (aspecto permanente); Ele está doente.
que formam o predicado verbo nominal e se constrói com o (aspecto transitório). Muito desses verbos passam à categoria
complemento acompanhado de predicativo. Exemplos: dos intransitivos em frases como: Era =existia) uma vez uma
Consideramos o caso extraordinário. princesa.; Eu não estava em casa.; Fiquei à sombra.; Anda com
Inês trazia as mãos sempre limpas. dificuldades.; Parece que vai chover.
O povo chamava-os de anarquistas.
Julgo Marcelo incapaz disso. Os verbos, relativamente à predicação, não têm classificação
fixa, imutável. Conforme a regência e o sentido que apresentam
Observações: Os verbos transitivos diretos, em geral, podem na frase, podem pertencer ora a um grupo, ora a outro. Exemplos:
ser usados também na voz passiva; Outra característica desses O homem anda. (intransitivo)
verbos é a de poderem receber como objeto direto, os pronomes O homem anda triste. (de ligação)
o, a, os, as: convido-o, encontro-os, incomodo-a, conheço-as; Os
verbos transitivos diretos podem ser construídos acidentalmente O cego não vê. (intransitivo)
com preposição, a qual lhes acrescenta novo matiz semântico: O cego não vê o obstáculo. (transitivo direto)
arrancar da espada; puxar da faca; pegar de uma ferramenta;
tomar do lápis; cumprir com o dever; Alguns verbos transitivos Não dei com a chave do enigma. (transitivo indireto)
diretos: abençoar, achar, colher, avisar, abraçar, comprar, Os pais dão conselhos aos filhos. (transitivo direto e indireto)
castigar, contrariar, convidar, desculpar, dizer, estimar, elogiar,
entristecer, encontrar, ferir, imitar, levar, perseguir, prejudicar, Predicativo: Há o predicativo do sujeito e o predicativo do
receber, saldar, socorrer, ter, unir, ver, etc. objeto.

Transitivos Indiretos: são os que reclamam um Predicativo do Sujeito: é o termo que exprime um atributo,
complemento regido de preposição, chamado objeto indireto. um estado ou modo de ser do sujeito, ao qual se prende por um
Exemplos: verbo de ligação, no predicado nominal. Exemplos:
“Ninguém perdoa ao quarentão que se apaixona por uma A bandeira é o símbolo da Pátria.
adolescente.” (Ciro dos Anjos) A mesa era de mármore.
“Populares assistiam à cena aparentemente apáticos e
neutros.” (Érico Veríssimo) Além desse tipo de predicativo, outro existe que entra na
“Lúcio não atinava com essa mudança instantânea.” (José constituição do predicado verbo-nominal. Exemplos:
Américo)
“Do que eu mais gostava era do tempo do retiro espiritual.” O trem chegou atrasado. (=O trem chegou e estava
(José Geraldo Vieira) atrasado.)
O menino abriu a porta ansioso.
Observações: Entre os verbos transitivos indiretos importa Todos partiram alegres.
distinguir os que se constroem com os pronomes objetivos lhe,
lhes. Em geral são verbos que exigem a preposição a: agradar-lhe, Observações: O predicativo subjetivo às vezes está
agradeço-lhe, apraz-lhe, bate-lhe, desagrada-lhe, desobedecem- preposicionado; Pode o predicativo preceder o sujeito e até
lhe, etc. Entre os verbos transitivos indiretos importa distinguir mesmo ao verbo: São horríveis essas coisas!; Que linda
os que não admitem para objeto indireto as formas oblíquas estava Amélia!; Completamente feliz ninguém é.; Raros são os
lhe, lhes, construindo-se com os pronomes retos precedidos de verdadeiros líderes.; Quem são esses homens?; Lentos e tristes,

Língua Portuguesa 55
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
os retirantes iam passando.; Novo ainda, eu não entendia certas - Quando o objeto direto é um pronome pessoal tônico:
coisas.; Onde está a criança que fui? Deste modo, prejudicas a ti e a ela.; “Mas dona Carolina amava
Predicativo do Objeto: é o termo que se refere ao objeto de mais a ele do que aos outros filhos.”; “Pareceu-me que Roberto
um verbo transitivo. Exemplos: hostilizava antes a mim do que à ideia.”; “Ricardina lastimava o
O juiz declarou o réu inocente. seu amigo como a si própria.”; “Amava-a tanto como a nós”.
O povo elegeu-o deputado. - Quando o objeto é o pronome relativo quem: “Pedro
Severiano tinha um filho a quem idolatrava.”; “Abraçou a todos;
Observações: O predicativo objetivo, como vemos dos deu um beijo em Adelaide, a quem felicitou pelo desenvolvimento
exemplos acima, às vezes vem regido de preposição. Esta, em das suas graças.”; “Agora sabia que podia manobrar com ele, com
certos casos, é facultativa; O predicativo objetivo geralmente aquele homem a quem na realidade também temia, como todos
se refere ao objeto direto. Excepcionalmente, pode referir-se ali”.
ao objeto indireto do verbo chamar. Chamavam-lhe poeta; - Quando precisamos assegurar a clareza da frase, evitando
Podemos antepor o predicativo a seu objeto: O advogado que o objeto direto seja tomado como sujeito, impedindo
considerava indiscutíveis os direitos da herdeira.; Julgo construções ambíguas: Convence, enfim, ao pai o filho amado.;
inoportuna essa viagem.; “E até embriagado o vi muitas “Vence o mal ao remédio.”; “Tratava-me sem cerimônia, como a
vezes.”; “Tinha estendida a seus pés uma planta rústica da um irmão.”; A qual delas iria homenagear o cavaleiro?
cidade.”; “Sentia ainda muito abertos os ferimentos que aquele - Em expressões de reciprocidade, para garantir a clareza e a
choque com o mundo me causara.” eufonia da frase: “Os tigres despedaçam-se uns aos outros.”; “As
companheiras convidavam-se umas às outras.”; “Era o abraço de
Termos Integrantes da Oração duas criaturas que só tinham uma à outra”.
- Com nomes próprios ou comuns, referentes a pessoas,
Chamam-se termos integrantes da oração os que completam principalmente na expressão dos sentimentos ou por amor da
a significação transitiva dos verbos e nomes. Integram (inteiram, eufonia da frase: Judas traiu a Cristo.; Amemos a Deus sobre
completam) o sentido da oração, sendo por isso indispensável à todas as coisas. “Provavelmente, enganavam é a Pedro.”; “O
compreensão do enunciado. São os seguintes: estrangeiro foi quem ofendeu a Tupã”.
- Complemento Verbais (Objeto Direto e Objeto Indireto); - Em construções enfáticas, nas quais antecipamos o objeto
- Complemento Nominal; direto para dar-lhe realce: A você é que não enganam!; Ao
- Agente da Passiva. médico, confessor e letrado nunca enganes.; “A este confrade
conheço desde os seus mais tenros anos”.
Objeto Direto: é o complemento dos verbos de predicação - Sendo objeto direto o numeral ambos(as): “O aguaceiro
incompleta, não regido, normalmente, de preposição. Exemplos: caiu, molhou a ambos.”; “Se eu previsse que os matava a
As plantas purificaram o ar. ambos...”.
“Nunca mais ele arpoara um peixe-boi.” (Ferreira Castro) - Com certos pronomes indefinidos, sobretudo referentes a
Procurei o livro, mas não o encontrei. pessoas: Se todos são teus irmãos, por que amas a uns e odeias a
Ninguém me visitou. outros?; Aumente a sua felicidade, tornando felizes também aos
outros.; A quantos a vida ilude!.
O objeto direto tem as seguintes características: - Em certas construções enfáticas, como puxar (ou arrancar)
- Completa a significação dos verbos transitivos diretos; da espada, pegar da pena, cumprir com o dever, atirar com os
- Normalmente, não vem regido de preposição; livros sobre a mesa, etc.: “Arrancam das espadas de aço fino...”;
- Traduz o ser sobre o qual recai a ação expressa por um “Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou
verbo ativo: Caim matou Abel. da linha, enfiou a linha na agulha e entrou a coser.”; “Imagina-se
- Torna-se sujeito da oração na voz passiva: Abel foi morto a consternação de Itaguaí, quando soube do caso.”
por Caim.
Observações: Nos quatro primeiros casos estudados a
O objeto direto pode ser constituído: preposição é de rigor, nos cinco outros, facultativa; A substituição
- Por um substantivo ou expressão substantivada: O lavrador do objeto direto preposicionado pelo pronome oblíquo átono,
cultiva a terra.; Unimos o útil ao agradável. quando possível, se faz com as formas o(s), a(s) e não lhe,
- Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, vos: lhes: amar a Deus (amá-lo); convencer ao amigo (convencê-
Espero-o na estação.; Estimo-os muito.; Sílvia olhou-se ao lo); O objeto direto preposicionado, é obvio, só ocorre com
espelho.; Não me convidas?; Ela nos chama.; Avisamo-lo a verbo transitivo direto; Podem resumir-se em três as razões
tempo.; Procuram-na em toda parte.; Meu Deus, eu vos amo.; ou finalidades do emprego do objeto direto preposicionado:
“Marchei resolutamente para a maluca e intimei-a a ficar a clareza da frase; a harmonia da frase; a ênfase ou a força da
quieta.”; “Vós haveis de crescer, perder-vos-ei de vista.” expressão.
- Por qualquer pronome substantivo: Não vi ninguém na
loja.; A árvore que plantei floresceu. (que: objeto direto de Objeto Direto Pleonástico: Quando queremos dar destaque
plantei); Onde foi que você achou isso? Quando vira as folhas do ou ênfase à ideia contida no objeto direto, colocamo-lo no
livro, ela o faz com cuidado.; “Que teria o homem percebido nos início da frase e depois o repetimos ou reforçamos por meio do
meus escritos?” pronome oblíquo. A esse objeto repetido sob forma pronominal
chama-se pleonástico, enfático ou redundante. Exemplos:
Frequentemente transitivam-se verbos intransitivos, dando- O dinheiro, Jaime o trazia escondido nas mangas da camisa.
se-lhes por objeto direto uma palavra cognata ou da mesma O bem, muitos o louvam, mas poucos o seguem.
esfera semântica: “Seus cavalos, ela os montava em pelo.” (Jorge Amado)
“Viveu José Joaquim Alves vida tranquila e patriarcal.”
(Vivaldo Coaraci) Objeto Indireto: É o complemento verbal regido de
“Pela primeira vez chorou o choro da tristeza.” (Aníbal preposição necessária e sem valor circunstancial. Representa,
Machado) ordinariamente, o ser a que se destina ou se refere à ação verbal:
“Nenhum de nós pelejou a batalha de Salamina.” (Machado “Nunca desobedeci a meu pai”. O objeto indireto completa a
de Assis) significação dos verbos:
Em tais construções é de rigor que o objeto venha
acompanhado de um adjunto. - Transitivos Indiretos: Assisti ao jogo; Assistimos à missa e
à festa; Aludiu ao fato; Aspiro a uma vida calma.
Objeto Direto Preposicionado: Há casos em que o objeto - Transitivos Diretos e Indiretos (na voz ativa ou passiva):
direto, isto é, o complemento de verbos transitivos diretos, vem Dou graças a Deus; Ceda o lugar aos mais velhos; Dedicou sua
precedido de preposição, geralmente a preposição a. Isto ocorre vida aos doentes e aos pobres; Disse-lhe a verdade. (Disse a
principalmente: verdade ao moço.)

Língua Portuguesa 56
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
O objeto indireto pode ainda acompanhar verbos de outras A rainha era chamada pela multidão. (voz passiva)
categorias, os quais, no caso, são considerados acidentalmente A multidão aclamava a rainha. (voz ativa)
transitivos indiretos: A bom entendedor meia palavra basta; Ele será acompanhado por ti. (voz passiva)
Sobram-lhe qualidades e recursos. (lhe=a ele); Isto não lhe
convém; A proposta pareceu-lhe aceitável. Observações:
Frase de forma passiva analítica sem complemento agente
Observações: Há verbos que podem construir-se com dois expresso, ao passar para a ativa, terá sujeito indeterminado
objetos indiretos, regidos de preposições diferentes: Rogue a e o verbo na 3ª pessoa do plural: Ele foi expulso da cidade.
Deus por nós.; Ela queixou-se de mim a seu pai.; Pedirei para (Expulsaram-no da cidade.); As florestas são devastadas.
ti a meu senhor um rico presente; Não confundir o objeto direto (Devastam as florestas.); Na passiva pronominal não se declara
com o complemento nominal nem com o adjunto adverbial; Em o agente: Nas ruas assobiavam-se as canções dele pelos
frases como “Para mim tudo eram alegrias”, “Para ele nada é pedestres. (errado); Nas ruas eram assobiadas as canções dele
impossível”, os pronomes em destaque podem ser considerados pelos pedestres. (certo); Assobiavam-se as canções dele nas
adjuntos adverbiais. ruas. (certo)

O objeto indireto é sempre regido de preposição, expressa Termos Acessórios da Oração


ou implícita. A preposição está implícita nos pronomes objetivos
indiretos (átonos) me, te, se, lhe, nos, vos, lhes. Exemplos: Termos acessórios são os que desempenham na oração
Obedece-me. (=Obedece a mim.); Isto te pertence. (=Isto uma função secundária, qual seja a de caracterizar um ser,
pertence a ti.); Rogo-lhe que fique. (=Rogo a você...); Peço- determinar os substantivos, exprimir alguma circunstância. São
vos isto. (=Peço isto a vós.). Nos demais casos a preposição é três os termos acessórios da oração: adjunto adnominal, adjunto
expressa, como característica do objeto indireto: Recorro a adverbial e aposto.
Deus.; Dê isto a (ou para) ele.; Contenta-se com pouco.; Ele
só pensa em si.; Esperei por ti.; Falou contra nós.; Conto com Adjunto adnominal: É o termo que caracteriza ou determina
você.; Não preciso disto.; O filme a que assisti agradou ao os substantivos. Exemplo: Meu irmão veste roupas vistosas.
público.; Assisti ao desenrolar da luta.; A coisa de que mais (Meu determina o substantivo irmão: é um adjunto adnominal
gosto é pescar.; A pessoa a quem me refiro você a conhece.; Os – vistosas caracteriza o substantivo roupas: é também adjunto
obstáculos contra os quais luto são muitos.; As pessoas com adnominal).
quem conto são poucas. O adjunto adnominal pode ser expresso: Pelos adjetivos:
água fresca, terras férteis, animal feroz; Pelos artigos: o
Como atestam os exemplos acima, o objeto indireto é mundo, as ruas, um rapaz; Pelos pronomes adjetivos: nosso tio,
representado pelos substantivos (ou expressões substantivas) este lugar, pouco sal, muitas rãs, país cuja história conheço,
ou pelos pronomes. As preposições que o ligam ao verbo são: a, que rua?; Pelos numerais: dois pés, quinto ano, capítulo sexto;
com, contra, de, em, para e por. Pelas locuções ou expressões adjetivas que exprimem qualidade,
posse, origem, fim ou outra especificação:
Objeto Indireto Pleonástico: à semelhança do objeto direto, - presente de rei (=régio): qualidade
o objeto indireto pode vir repetido ou reforçado, por ênfase. - livro do mestre, as mãos dele: posse, pertença
Exemplos: “A mim o que me deu foi pena.”; “Que me importa - água da fonte, filho de fazendeiros: origem
a mim o destino de uma mulher tísica...? “E, aos brigões, - fio de aço, casa de madeira: matéria
incapazes de se moverem, basta-lhes xingarem-se a distância.” - casa de ensino, aulas de inglês: fim, especialidade

Complemento Nominal: é o termo complementar reclamado Observações: Não confundir o adjunto adnominal formado
pela significação transitiva, incompleta, de certos substantivos, por locução adjetiva com complemento nominal. Este representa
adjetivos e advérbios. Vem sempre regido de preposição. o alvo da ação expressa por um nome transitivo: a eleição do
Exemplos: A defesa da pátria; Assistência às aulas; “O ódio ao presidente, aviso de perigo, declaração de guerra, empréstimo
mal é amor do bem, e a ira contra o mal, entusiasmo divino.”; de dinheiro, plantio de árvores, colheita de trigo, destruidor
“Ah, não fosse ele surdo à minha voz!” de matas, descoberta de petróleo, amor ao próximo, etc. O
adjunto adnominal formado por locução adjetiva representa
Observações: O complemento nominal representa o o agente da ação, ou a origem, pertença, qualidade de alguém
recebedor, o paciente, o alvo da declaração expressa por um ou de alguma coisa: o discurso do presidente, aviso de amigo,
nome: amor a Deus, a condenação da violência, o medo de declaração do ministro, empréstimo do banco, a casa do
assaltos, a remessa de cartas, útil ao homem, compositor fazendeiro, folhas de árvores, farinha de trigo, beleza das
de músicas, etc. É regido pelas mesmas preposições usadas matas, cheiro de petróleo, amor de mãe.
no objeto indireto. Difere deste apenas porque, em vez de
complementar verbos, complementa nomes (substantivos, Adjunto adverbial: É o termo que exprime uma circunstância
adjetivos) e alguns advérbios em –mente. Os nomes que (de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em outras palavras, que modifica
requerem complemento nominal correspondem, geralmente, a o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio. Exemplo: “Meninas
verbos de mesmo radical: amor ao próximo, amar o próximo; numa tarde brincavam de roda na praça”. O adjunto adverbial
perdão das injúrias, perdoar as injúrias; obediente aos pais, é expresso: Pelos advérbios: Cheguei cedo.; Ande devagar.;
obedecer aos pais; regresso à pátria, regressar à pátria; etc. Maria é mais alta.; Não durma ao volante.; Moramos aqui.;
Ele fala bem, fala corretamente.; Volte bem depressa.; Talvez
Agente da Passiva: é o complemento de um verbo na voz esteja enganado.; Pelas locuções ou expressões adverbiais: Às
passiva. Representa o ser que pratica a ação expressa pelo verbo vezes viajava de trem.; Compreendo sem esforço.; Saí com meu
passivo. Vem regido comumente pela preposição por, e menos pai.; Júlio reside em Niterói.; Errei por distração.; Escureceu
frequentemente pela preposição de: Alfredo é estimado pelos de repente.
colegas; A cidade estava cercada pelo exército romano; “Era
conhecida de todo mundo a fama de suas riquezas.” Observações: Pode ocorrer a elipse da preposição antes
de adjuntos adverbiais de tempo e modo: Aquela noite, não
O agente da passiva pode ser expresso pelos substantivos ou dormi. (=Naquela noite...); Domingo que vem não sairei. (=No
pelos pronomes: domingo...); Ouvidos atentos, aproximei-me da porta. (=De
As flores são umedecidas pelo orvalho. ouvidos atentos...); Os adjuntos adverbiais classificam-se de
A carta foi cuidadosamente corrigida por mim. acordo com as circunstâncias que exprimem: adjunto adverbial
de lugar, modo, tempo, intensidade, causa, companhia, meio,
O agente da passiva corresponde ao sujeito da oração na voz assunto, negação, etc. É importante saber distinguir adjunto
ativa: adverbial de adjunto adnominal, de objeto indireto e de

Língua Portuguesa 57
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
complemento nominal: sair do mar (ad.adv.); água do mar (adj. “Tem compaixão de nós , ó Cristo!” (Alexandre Herculano)
adn.); gosta do mar (obj.indir.); ter medo do mar (compl.nom.). “Ó Dr. Nogueira, mande-me cá o Padilha, amanhã!”
(Graciliano Ramos)
Aposto: É uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, “Esconde-te, ó sol de maio, ó alegria do mundo!” (Camilo
desenvolve ou resume outro termo da oração. Exemplos: Castelo Branco)
D. Pedro II, imperador do Brasil, foi um monarca sábio. O vocativo é um tempo à parte. Não pertence à estrutura da
“Nicanor, ascensorista, expôs-me seu caso de consciência.” oração, por isso não se anexa ao sujeito nem ao predicado.
(Carlos Drummond de Andrade)
O núcleo do aposto é um substantivo ou um pronome Questões
substantivo:
Foram os dois, ele e ela. 01. O termo em destaque é adjunto adverbial de intensidade
Só não tenho um retrato: o de minha irmã. em:
(A) pode aprender e assimilar MUITA coisa
O aposto não pode ser formado por adjetivos. Nas frases (B) enfrentamos MUITAS novidades
seguintes, por exemplo, não há aposto, mas predicativo do (C) precisa de um parceiro com MUITO caráter
sujeito: (D) não gostam de mulheres MUITO inteligentes
Audaciosos, os dois surfistas atiraram-se às ondas. (E) assumimos MUITO conflito e confusão
As borboletas, leves e graciosas, esvoaçavam num balé de
cores. 02. Assinale a alternativa correta: “para todos os males, há
dois remédios: o tempo e o silêncio”, os termos grifados são
Os apostos, em geral, destacam-se por pausas, indicadas, na respectivamente:
escrita, por vírgulas, dois pontos ou travessões. Não havendo (A) sujeito – objeto direto;
pausa, não haverá vírgula, como nestes exemplos: (B) sujeito – aposto;
Minha irmã Beatriz; o escritor João Ribeiro; o romance Tóia; (C) objeto direto – aposto;
o rio Amazonas; a Rua Osvaldo Cruz; o Colégio Tiradentes, etc. (D) objeto direto – objeto direto;
“Onde estariam os descendentes de Amaro vaqueiro?” (E) objeto direto – complemento nominal.
(Graciliano Ramos)
03. Assinale a alternativa em que o termo destacado é objeto
O aposto pode preceder o termo a que se refere, o qual, às indireto.
vezes, está elíptico. Exemplos: (A) “Quem faz um poema abre uma janela.” (Mário Quintana)
Rapaz impulsivo, Mário não se conteve. (B) “Toda gente que eu conheço e que fala comigo / Nunca
Mensageira da ideia, a palavra é a mais bela expressão da teve um ato ridículo / Nunca sofreu enxovalho (...)” (Fernando
alma humana. Pessoa)
(C) “Quando Ismália enlouqueceu / Pôs-se na torre a sonhar
O aposto, às vezes, refere-se a toda uma oração. Exemplos: / Viu uma lua no céu, / Viu uma lua no mar.” (Alphonsus de
Nuvens escuras borravam os espaços silenciosos, sinal de Guimarães)
tempestade iminente. (D) “Mas, quando responderam a Nhô Augusto: ‘– É a
O espaço é incomensurável, fato que me deixa atônito. jagunçada de seu Joãozinho Bem-Bem, que está descendo para
a Bahia.’ – ele, de alegre, não se pôde conter.” (Guimarães Rosa)
Um aposto pode referir-se a outro aposto:
“Serafim Gonçalves casou-se com Lígia Tavares, filha do 04. “Recebeu o prêmio o jogador que fez o gol”. Nessa frase
velho coronel Tavares, senhor de engenho.” (Ledo Ivo) o sujeito de “fez”?
(A) o prêmio;
O aposto pode vir precedido das expressões explicativas isto (B) o jogador;
é, a saber, ou da preposição acidental como: (C) que;
(D) o gol;
Dois países sul-americanos, isto é, a Bolívia e o Paraguai, (E) recebeu.
não são banhados pelo mar.
Este escritor, como romancista, nunca foi superado. 05. Assinale a alternativa correspondente ao período onde
há predicativo do sujeito:
O aposto que se refere a objeto indireto, complemento (A) como o povo anda tristonho!
nominal ou adjunto adverbial vem precedido de preposição: (B) agradou ao chefe o novo funcionário;
(C) ele nos garantiu que viria;
O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado. (D) no Rio não faltam diversões;
“Acho que adoeci disso, de beleza, da intensidade das (E) o aluno ficou sabendo hoje cedo de sua aprovação.
coisas.” (Raquel Jardim)
De cobras, morcegos, bichos, de tudo ela tinha medo. Respostas
01. D\02. C\03. D\04. C\05. A
Vocativo: (do latim vocare = chamar) é o termo (nome, título,
apelido) usado para chamar ou interpelar a pessoa, o animal ou Período
a coisa personificada a que nos dirigimos:
Período: Toda frase com uma ou mais orações constitui um
“Elesbão? Ó Elesbão! Venha ajudar-nos, por favor!” (Maria período, que se encerra com ponto de exclamação, ponto de
de Lourdes Teixeira) interrogação ou com reticências.
“A ordem, meus amigos, é a base do governo.” (Machado de O período é simples quando só traz uma oração, chamada
Assis) absoluta; o período é composto quando traz mais de uma
“Correi, correi, ó lágrimas saudosas!” (Fagundes Varela) oração. Exemplo: Pegou fogo no prédio. (Período simples, oração
absoluta.); Quero que você aprenda. (Período composto.)
Observação: Profere-se o vocativo com entoação exclamativa.
Na escrita é separado por vírgula(s). No exemplo inicial, os Existe uma maneira prática de saber quantas orações há
pontos interrogativo e exclamativo indicam um chamado alto e num período: é contar os verbos ou locuções verbais. Num
prolongado. O vocativo se refere sempre à 2ª pessoa do discurso, período haverá tantas orações quantos forem os verbos ou as
que pode ser uma pessoa, um animal, uma coisa real ou entidade locuções verbais nele existentes. Exemplos:
abstrata personificada. Podemos antepor-lhe uma interjeição de Pegou fogo no prédio. (um verbo, uma oração)
apelo (ó, olá, eh!): Quero que você aprenda. (dois verbos, duas orações)

Língua Portuguesa 58
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Está pegando fogo no prédio. (uma locução verbal, uma A espada vence, mas não convence.
oração) “É dura a vida, mas aceitam-na.” (Cecília Meireles)
Deves estudar para poderes vencer na vida. (duas locuções
verbais, duas orações) - Orações coordenadas sindéticas conclusivas: portanto,
por isso, pois, logo.
Há três tipos de período composto: por coordenação, por
subordinação e por coordenação e subordinação ao mesmo Ele me ajudou muito, / portanto merece minha gratidão.
tempo (também chamada de misto). OCA OCS Conclusiva

Período Composto por Coordenação – Orações Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção
Coordenadas que expressa ideia de conclusão de um fato enunciado na oração
anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa conclusiva.
Considere, por exemplo, este período composto:
Passeamos pela praia, / brincamos, / recordamos os tempos Vives mentindo; logo, não mereces fé.
de infância. Ele é teu pai: respeita-lhe, pois, a vontade.
1ª oração: Passeamos pela praia
2ª oração: brincamos - Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou,ou... ou,
3ª oração: recordamos os tempos de infância ora... ora, seja... seja, quer... quer.
As três orações que compõem esse período têm sentido
próprio e não mantêm entre si nenhuma dependência sintática: Seja mais educado / ou retire-se da reunião!
elas são independentes. Há entre elas, é claro, uma relação de OCA OCS Alternativa
sentido, mas, como já dissemos, uma não depende da outra
sintaticamente. Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma
As orações independentes de um período são chamadas conjunção que estabelece uma relação de alternância ou escolha
de orações coordenadas (OC), e o período formado só de com referência à oração anterior, ou seja, por uma conjunção
orações coordenadas é chamado de período composto por coordenativa alternativa.
coordenação.
As orações coordenadas são classificadas em assindéticas e Venha agora ou perderá a vez.
sindéticas. “Jacinta não vinha à sala, ou retirava-se logo.” (Machado de
Assis)
- As orações coordenadas são assindéticas (OCA) quando “Em aviação, tudo precisa ser bem feito ou custará preço
não vêm introduzidas por conjunção. Exemplo: muito caro.” (Renato Inácio da Silva)
Os torcedores gritaram, / sofreram, / vibraram. “A louca ora o acariciava, ora o rasgava freneticamente.”
OCA OCA OCA (Luís Jardim)

“Inclinei-me, apanhei o embrulho e segui.” (Machado de - Orações coordenadas sindéticas explicativas: que,
Assis) porque, pois, porquanto.
“A noite avança, há uma paz profunda na casa deserta.” Vamos andar depressa / que estamos atrasados.
(Antônio Olavo Pereira) OCA OCS Explicativa
“O ferro mata apenas; o ouro infama, avilta, desonra.” Observe que a 2ª oração é introduzida por uma conjunção
(Coelho Neto) que expressa ideia de explicação, de justificativa em relação
à oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa
- As orações coordenadas são sindéticas (OCS) quando vêm explicativa.
introduzidas por conjunção coordenativa. Exemplo:
O homem saiu do carro / e entrou na casa. Leve-lhe uma lembrança, que ela aniversaria amanhã.
OCA OCS “A mim ninguém engana, que não nasci ontem.” (Érico
Veríssimo)
As orações coordenadas sindéticas são classificadas de
acordo com o sentido expresso pelas conjunções coordenativas Questões
que as introduzem. Pode ser:
01. Relacione as orações coordenadas por meio de
- Orações coordenadas sindéticas aditivas: e, nem, não só... conjunções:
mas também, não só... mas ainda. (A) Ouviu-se o som da bateria. Os primeiros foliões surgiram.
Saí da escola / e fui à lanchonete. (B) Não durma sem cobertor. A noite está fria.
OCA OCS Aditiva (C) Quero desculpar-me. Não consigo encontrá-los.
  
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção 02. Em: “... ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar
que expressa idéia de acréscimo ou adição com referência à das ondas...” a partícula como expressa uma ideia de:
oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa aditiva. (A) causa
(B) explicação
A doença vem a cavalo e volta a pé. (C) conclusão
As pessoas não se mexiam nem falavam. (D) proporção
“Não só findaram as queixas contra o alienista, mas até (E) comparação
nenhum ressentimento ficou dos atos que ele praticara.”  
(Machado de Assis) 03. “Entrando na faculdade, procurarei emprego”, oração
- Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas, sublinhada pode indicar uma ideia de:
porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto. (A) concessão
(B) oposição
Estudei bastante / mas não passei no teste. (C) condição
OCA OCS Adversativa (D) lugar
(E) consequência
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção   
que expressa idéia de oposição à oração anterior, ou seja, por 04. Assinale a sequência de conjunções que estabelecem,
uma conjunção coordenativa adversativa. entre as orações de cada item, uma correta relação de sentido.
1. Correu demais, ... caiu.

Língua Portuguesa 59
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
2. Dormiu mal, ... os sonhos não o deixaram em paz. - Condicionais: Expressam hipóteses ou condição para a
3. A matéria perece, ... a alma é imortal. ocorrência do que foi enunciado na principal. Conjunções: se,
4. Leu o livro, ... é capaz de descrever as personagens com contanto que, a menos que, a não ser que, desde que.
detalhes. Irei à sua casa / se não chover.
5. Guarde seus pertences, ... podem servir mais tarde. OP OSA Condicional

(A) porque, todavia, portanto, logo, entretanto Deus só nos perdoará se perdoarmos aos nossos
(B) por isso, porque, mas, portanto, que ofensores.
(C) logo, porém, pois, porque, mas Se o conhecesses, não o condenarias.
(D) porém, pois, logo, todavia, porque “Que diria o pai se soubesse disso?” (Carlos Drummond de
(E) entretanto, que, porque, pois, portanto Andrade)
A cápsula do satélite será recuperada, caso a experiência
05. Reúna as três orações em um período composto por tenha êxito.
coordenação, usando conjunções adequadas. - Concessivas: Expressam ideia ou fato contrário ao da
oração principal, sem, no entanto, impedir sua realização.
Os dias já eram quentes. Conjunções: embora, ainda que, apesar de, se bem que, por mais
A água do mar ainda estava fria. que, mesmo que.
As praias permaneciam desertas. Ela saiu à noite / embora estivesse doente.
OP OSA Concessiva
Respostas Admirava-o muito, embora (ou conquanto ou posto que
ou se bem que) não o conhecesse pessoalmente.
01. Embora não possuísse informações seguras, ainda assim
Ouviu-se o som da bateria e os primeiros foliões surgiram. arriscou uma opinião.
Não durma sem cobertor, pois a noite está fria. Cumpriremos nosso dever, ainda que (ou mesmo quando
Quero desculpar-me, mas consigo encontrá-los. ou ainda quando ou mesmo que) todos nos critiquem.
  Por mais que gritasse, não me ouviram.
02. E\03. C\04. B
- Conformativas: Expressam a conformidade de um fato
05. Os dias já eram quentes, mas a água do mar ainda estava com outro. Conjunções: conforme, como (=conforme), segundo.
fria, por isso as praias permaneciam desertas. O trabalho foi feito / conforme havíamos planejado.
OP OSA Conformativa
Período Composto por Subordinação
O homem age conforme pensa.
Observe os termos destacados em cada uma destas orações: Relatei os fatos como (ou conforme) os ouvi.
Vi uma cena triste. (adjunto adnominal) Como diz o povo, tristezas não pagam dívidas.
Todos querem sua participação. (objeto direto) O jornal, como sabemos, é um grande veículo de informação.
Não pude sair por causa da chuva. (adjunto adverbial de
causa) - Temporais: Acrescentam uma circunstância de tempo ao
que foi expresso na oração principal. Conjunções: quando, assim
Veja, agora, como podemos transformar esses termos em que, logo que, enquanto, sempre que, depois que, mal (=assim que).
orações com a mesma função sintática: Ele saiu da sala / assim que eu cheguei.
Vi uma cena / que me entristeceu. (oração subordinada OP OSA Temporal
com função de adjunto adnominal)
Todos querem / que você participe. (oração subordinada Formiga, quando quer se perder, cria asas.
com função de objeto direto) “Lá pelas sete da noite, quando escurecia, as casas se
Não pude sair / porque estava chovendo. (oração esvaziam.” (Carlos Povina Cavalcânti)
subordinada com função de adjunto adverbial de causa) “Quando os tiranos caem, os povos se levantam.” (Marquês
de Maricá)
Em todos esses períodos, a segunda oração exerce uma Enquanto foi rico, todos o procuravam.
certa função sintática em relação à primeira, sendo, portanto, - Finais: Expressam a finalidade ou o objetivo do que foi
subordinada a ela. Quando um período é constituído de pelo enunciado na oração principal. Conjunções: para que, a fim de
menos um conjunto de duas orações em que uma delas (a que, porque (=para que), que.
subordinada) depende sintaticamente da outra (principal), ele Abri a porta do salão / para que todos pudessem entrar.
é classificado como período composto por subordinação. As OP OSA Final
orações subordinadas são classificadas de acordo com a função
que exercem: adverbiais, substantivas e adjetivas. “O futuro se nos oculta para que nós o imaginemos.”
(Marquês de Maricá)
Orações Subordinadas Adverbiais Aproximei-me dele a fim de que me ouvisse melhor.
“Fiz-lhe sinal que se calasse.” (Machado de Assis) (que =
As orações subordinadas adverbiais (OSA) são aquelas para que)
que exercem a função de adjunto adverbial da oração principal “Instara muito comigo não deixasse de frequentar as
(OP). São classificadas de acordo com a conjunção subordinativa recepções da mulher.” (Machado de Assis) (não deixasse =
que as introduz: para que não deixasse)

- Causais: Expressam a causa do fato enunciado na oração - Consecutivas: Expressam a consequência do que foi
principal. Conjunções: porque, que, como (= porque), pois que, enunciado na oração principal. Conjunções: porque, que, como (=
visto que. porque), pois que, visto que.
Não fui à escola / porque fiquei doente. A chuva foi tão forte / que inundou a cidade.
OP OSA Causal OP OSA Consecutiva

O tambor soa porque é oco. Fazia tanto frio que meus dedos estavam endurecidos.
Como não me atendessem, repreendi-os severamente. “A fumaça era tanta que eu mal podia abrir os olhos.” (José
Como ele estava armado, ninguém ousou reagir. J. Veiga)
“Faltou à reunião, visto que esteve doente.” (Arlindo de De tal sorte a cidade crescera que não a reconhecia mais.
Sousa)

Língua Portuguesa 60
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
As notícias de casa eram boas, de maneira que pude - depois de verbos como convir, cumprir, constar, urgir,
prolongar minha viagem. ocorrer, quando empregados na 3ª pessoa do singular e seguidos
das conjunções que ou se. Ex.: Convém que todos participem
- Comparativas: Expressam ideia de comparação com da reunião.
referência à oração principal. Conjunções: como, assim como,
tal como, (tão)... como, tanto como, tal qual, que (combinado com É necessário que você colabore. (= Sua colaboração é
menos ou mais). necessária.)
Ela é bonita / como a mãe. Parece que a situação melhorou.
OP OSA Comparativa Aconteceu que não o encontrei em casa.
Importa que saibas isso bem.
A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro.”
(Marquês de Maricá) - Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal:
Ela o atraía irresistivelmente, como o imã atrai o ferro. É aquela que exerce a função de complemento nominal de um
Os retirantes deixaram a cidade tão pobres como vieram. termo da oração principal. Observe: Estou convencido de sua
Como a flor se abre ao Sol, assim minha alma se abriu à luz inocência. (complemento nominal)
daquele olhar. Estou convencido / de que ele é inocente.
OP OSS Completiva Nominal
Obs.: As orações comparativas nem sempre apresentam
claramente o verbo, como no exemplo acima, em que está Sou favorável a que o prendam. (= Sou favorável à prisão
subentendido o verbo ser (como a mãe é). dele.)
- Proporcionais: Expressam uma ideia que se relaciona Estava ansioso por que voltasses.
proporcionalmente ao que foi enunciado na principal. Sê grato a quem te ensina.
Conjunções: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto “Fabiano tinha a certeza de que não se acabaria tão cedo.”
mais, quanto menos. (Graciliano Ramos)
Quanto mais reclamava / menos atenção recebia.
OSA Proporcional OP - Oração Subordinada Substantiva Predicativa: É aquela
que exerce a função de predicativo do sujeito da oração principal,
À medida que se vive, mais se aprende. vindo sempre depois do verbo ser. Observe: O importante é sua
À proporção que avançávamos, as casas iam rareando. felicidade. (predicativo)
O valor do salário, ao passo que os preços sobem, vai O importante é / que você seja feliz.
diminuindo. OP OSS Predicativa

Orações Subordinadas Substantivas Seu receio era que chovesse. (Seu receio era a chuva.)
Minha esperança era que ele desistisse.
As orações subordinadas substantivas (OSS) são aquelas Meu maior desejo agora é que me deixem em paz.
que, num período, exercem funções sintáticas próprias de Não sou quem você pensa.
substantivos, geralmente são introduzidas pelas conjunções
integrantes que e se. Elas podem ser: - Oração Subordinada Substantiva Apositiva: É aquela
que exerce a função de aposto de um termo da oração principal.
- Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: É Observe: Ele tinha um sonho: a união de todos em benefício
aquela que exerce a função de objeto direto do verbo da oração do país. (aposto)
principal. Observe: O grupo quer a sua ajuda. (objeto direto) Ele tinha um sonho / que todos se unissem em benefício do
O grupo quer / que você ajude. país.
OP OSS Objetiva Direta OP OSS Apositiva

O mestre exigia que todos estivessem presentes. (= O Só desejo uma coisa: que vivam felizes. (Só desejo uma
mestre exigia a presença de todos.) coisa: a sua felicidade)
Mariana esperou que o marido voltasse. Só lhe peço isto: honre o nosso nome.
Ninguém pode dizer: Desta água não beberei. “Talvez o que eu houvesse sentido fosse o presságio disto: de
O fiscal verificou se tudo estava em ordem. que virias a morrer...” (Osmã Lins)
“Mas diga-me uma cousa, essa proposta traz algum motivo
- Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: É oculto?” (Machado de Assis)
aquela que exerce a função de objeto indireto do verbo da oração As orações apositivas vêm geralmente antecedidas de dois-
principal. Observe: Necessito de sua ajuda. (objeto indireto) pontos. Podem vir, também, entre vírgulas, intercaladas à oração
Necessito / de que você me ajude. principal. Exemplo: Seu desejo, que o filho recuperasse a
OP OSS Objetiva Indireta saúde, tornou-se realidade.

Não me oponho a que você viaje. (= Não me oponho à sua Observação: Além das conjunções integrantes que e se,
viagem.) as orações substantivas podem ser introduzidas por outros
Aconselha-o a que trabalhe mais. conectivos, tais como quando, como, quanto, etc. Exemplos:
Daremos o prêmio a quem o merecer. Não sei quando ele chegou.
Lembre-se de que a vida é breve. Diga-me como resolver esse problema.

- Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: É aquela Orações Subordinadas Adjetivas


que exerce a função de sujeito do verbo da oração principal.
Observe: É importante sua colaboração. (sujeito) As orações subordinadas Adjetivas (OSA) exercem
É importante / que você colabore. a função de adjunto adnominal de algum termo da oração
OP OSS Subjetiva principal. Observe como podemos transformar um adjunto
adnominal em oração subordinada adjetiva:
A oração subjetiva geralmente vem: Desejamos uma paz duradoura. (adjunto adnominal)
- depois de um verbo de ligação + predicativo, em construções Desejamos uma paz / que dure. (oração subordinada
do tipo é bom, é útil, é certo, é conveniente, etc. Ex.: É certo que adjetiva)
ele voltará amanhã. As orações subordinadas adjetivas são sempre introduzidas
- depois de expressões na voz passiva, como sabe-se, conta- por um pronome relativo (que , qual, cujo, quem, etc.) e podem
se, diz-se, etc. Ex.: Sabe-se que ele saiu da cidade. ser classificadas em:

Língua Portuguesa 61
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
- Subordinadas Adjetivas Restritivas: São restritivas fixas, isto é, orações reduzidas que não são passíveis de
quando restringem ou especificam o sentido da palavra a que se desenvolvimento. Exemplo: Tenho vontade de visitar essa
referem. Exemplo: cidade.
O público aplaudiu o cantor / que ganhou o 1º lugar. - O infinitivo, o gerúndio e o particípio não constituem
OP OSA Restritiva orações reduzidas quando fazem parte de uma locução verbal.
Exemplos:
Nesse exemplo, a oração que ganhou o 1º lugar especifica Preciso terminar este exercício.
o sentido do substantivo cantor, indicando que o público não Ele está jantando na sala.
aplaudiu qualquer cantor mas sim aquele que ganhou o 1º lugar. Essa casa foi construída por meu pai.
- Uma oração coordenada também pode vir sob a forma
Pedra que rola não cria limo. reduzida. Exemplo:
Os animais que se alimentam de carne chamam-se O homem fechou a porta, saindo depressa de casa.
carnívoros. O homem fechou a porta e saiu depressa de casa. (oração
Rubem Braga é um dos cronistas que mais belas páginas coordenada sindética aditiva)
escreveram. Saindo depressa de casa: oração coordenada reduzida de
“Há saudades que a gente nunca esquece.” (Olegário gerúndio.
Mariano) Qual é a diferença entre as orações coordenadas explicativas
- Subordinadas Adjetivas Explicativas: São explicativas e as orações subordinadas causais, já que ambas podem ser
quando apenas acrescentam uma qualidade à palavra a que se iniciadas por que e porque? Às vezes não é fácil estabelecer a
referem, esclarecendo um pouco mais seu sentido, mas sem diferença entre explicativas e causais, mas como o próprio nome
restringi-lo ou especificá-lo. Exemplo: indica, as causais sempre trazem a causa de algo que se revela na
O escritor Jorge Amado, / que mora na Bahia, / lançou um oração principal, que traz o efeito.
novo livro. Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) entre
OP OSA Explicativa OP a oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes,
imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal.
Deus, que é nosso pai, nos salvará. Essa noção de causa e efeito não existe no período composto por
Valério, que nasceu rico, acabou na miséria. coordenação. Exemplo: Rosa chorou porque levou uma surra.
Ele tem amor às plantas, que cultiva com carinho. Está claro que a oração iniciada pela conjunção é causal, visto
Alguém, que passe por ali à noite, poderá ser assaltado. que a surra foi sem dúvida a causa do choro, que é efeito.
Rosa chorou, porque seus olhos estão vermelhos. O
Orações Reduzidas período agora é composto por coordenação, pois a oração
Observe que as orações subordinadas eram sempre iniciada pela conjunção traz a explicação daquilo que se revelou
introduzidas por uma conjunção ou pronome relativo e na coordena anterior. Não existe aí relação de causa e efeito: o
apresentavam o verbo numa forma do indicativo ou do fato de os olhos de Elisa estarem vermelhos não é causa de ela
subjuntivo. Além desse tipo de orações subordinadas há outras ter chorado.
que se apresentam com o verbo numa das formas nominais
(infinitivo, gerúndio e particípio). Exemplos: Ela fala / como falaria / se entendesse do assunto.
OP OSA Comparativa OSA Condicional
- Ao entrar nas escola, encontrei o professor de inglês.
(infinitivo) Questões
- Precisando de ajuda, telefone-me. (gerúndio)
- Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário. 01. Na frase: “Maria do Carmo tinha a certeza de que estava
(particípio) para ser mãe”, a oração destacada é:
(A) subordinada substantiva objetiva indireta
As orações subordinadas que apresentam o verbo numa das (B) subordinada substantiva completiva nominal
formas nominais são chamadas de reduzidas. (C) subordinada substantiva predicativa
Para classificar a oração que está sob a forma reduzida, (D) coordenada sindética conclusiva
devemos procurar desenvolvê-la do seguinte modo: colocamos (E) coordenada sindética explicativa
a conjunção ou o pronome relativo adequado ao sentido e
passamos o verbo para uma forma do indicativo ou subjuntivo, 02. “Na ‘Partida Monção’, não há uma atitude inventada.
conforme o caso. A oração reduzida terá a mesma classificação Há reconstituição de uma cena como ela devia ter sido na
da oração desenvolvida. realidade.” A oração sublinhada é:
(A) adverbial conformativa
Ao entrar na escola, encontrei o professor de inglês. (B) adjetiva
Quando entrei na escola, / encontrei o professor de inglês. (C) adverbial consecutiva
OSA Temporal (D) adverbial proporcional
Ao entrar na escola: oração subordinada adverbial temporal, (E) adverbial causal
reduzida de infinitivo.
03.“Esses produtos podem ser encontrados nos
Precisando de ajuda, telefone-me. supermercados com rótulos como ‘sênior’ e com características
Se precisar de ajuda, / telefone-me. adaptadas às dificuldades para mastigar e para engolir dos
OSA Condicional mais velhos, e preparados para se encaixar em seus hábitos de
Precisando de ajuda: oração subordinada adverbial consumo”. O segmento “para se encaixar” pode ter sua forma
condicional, reduzida de gerúndio. verbal reduzida adequadamente desenvolvida em
(A) para se encaixarem.
Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário. (B) para seu encaixotamento.
Assim que acabou o treino, / os jogadores foram para o (C) para que se encaixassem.
vestiário. (D) para que se encaixem.
OSA Temporal (E) para que se encaixariam.
Acabado o treino: oração subordinada adverbial temporal,
reduzida de particípio. 04. A palavra “se” é conjunção integrante (por introduzir
oração subordinada substantiva objetiva direta) em qual das
Observações: orações seguintes?
- Há orações reduzidas que permitem mais de um tipo de (A) Ele se mordia de ciúmes pelo patrão.
desenvolvimento. Há casos também de orações reduzidas (B) A Federação arroga-se o direito de cancelar o jogo.

Língua Portuguesa 62
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
(C) O aluno fez-se passar por doutor. - Sim! Claro que eu quero me casar com você!
(D) Precisa-se de operários.
(E) Não sei se o vinho está bom. 2- Depois de interjeições ou vocativos
- Ai! Que susto!
05. “Lembro-me de que ele só usava camisas brancas.” A - João! Há quanto tempo!
oração sublinhada é:
(A) subordinada substantiva completiva nominal Ponto de Interrogação
(B) subordinada substantiva objetiva indireta Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
(C) subordinada substantiva predicativa “- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Azevedo)
(D) subordinada substantiva subjetiva Reticências
(E) subordinada substantiva objetiva direta   1- Indica que palavras foram suprimidas.
- Comprei lápis, canetas, cadernos...
Respostas
01. B\02. A\03. D\04. E\05. B 2- Indica interrupção violenta da frase.
“- Não... quero dizer... é verdad... Ah!”

10. Pontuação. 3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida


- Este mal... pega doutor?

4- Indica que o sentido vai além do que foi dito


Pontuação - Deixa, depois, o coração falar...

Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem Vírgula


para compor a coesão e a coerência textual além de ressaltar Não se usa vírgula
especificidades semânticas e pragmáticas. Vejamos as principais *separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se
funções dos sinais de pontuação conhecidos pelo uso da língua diretamente entre si:
portuguesa.
a) entre sujeito e predicado.
Ponto Todos os alunos da sala    foram advertidos. 
1- Indica o término do discurso ou de parte dele. Sujeito                            predicado
- Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em que
se encontra. b) entre o verbo e seus objetos.
- Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite. O trabalho custou            sacrifício             aos realizadores. 
- Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava.              V.T.D.I.              O.D.                      O.I.

2- Usa-se nas abreviações - V. Exª. - Sr. c) entre nome e complemento nominal; entre nome e adjunto
adnominal.
Ponto e Vírgula ( ; ) A surpreendente reação do governo contra os sonegadores
1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma despertou reações entre os empresários.
importância. adj. adnominal nome adj. adn. complemento nominal
-  “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo pão
a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; os de Usa-se a vírgula:
nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA)
- Para marcar intercalação:
2- Separa partes de frases que já estão separadas por a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abundância,
vírgulas. vem caindo de preço.
- Alguns quiseram verão, praia e calor; outros montanhas, frio b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão
e cobertor. produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos.
c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos, não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir
decreto de lei, etc. mão dos lucros altos.
- Ir ao supermercado;
- Pegar as crianças na escola; - Para marcar inversão:
- Caminhada na praia; a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração):
- Reunião com amigos. Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas.
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos
Dois pontos pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.
1- Antes de uma citação c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio
- Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto: de 1982.

2- Antes de um aposto - Para separar entre si elementos coordenados (dispostos


- Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde em enumeração):
e calor à noite. Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.
3- Antes de uma explicação ou esclarecimento
- Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a - Para marcar elipse (omissão) do verbo:
rotina de sempre. Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.

4- Em frases de estilo direto - Para isolar:


 Maria perguntou:
- Por que você não toma uma decisão? - o aposto:
São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um
Ponto de Exclamação trânsito caótico.
1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto,
súplica, etc. - o vocativo:

Língua Portuguesa 63
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Ora, Thiago, não diga bobagem. seu espaço, na carreira científica, ainda que o avanço seja mais
notável, em alguns países: o Brasil é um exemplo, do que em
Questões outros.
(D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapidamente
01. Assinale a alternativa em que a pontuação está seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço seja mais
corretamente empregada, de acordo com a norma-padrão da notável em alguns países – o Brasil é um exemplo – do que em
língua portuguesa. outros.
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora, (E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente,
experimentasse, a sensação de violar uma intimidade, procurou seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais
a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em
ajudar a revelar quem era a sua dona. outros.
(B) Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e, embora
experimentasse a sensação, de violar uma intimidade, procurou 05. Assinale a alternativa em que a frase mantém-se correta
a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse após o acréscimo das vírgulas.
ajudar a revelar quem era a sua dona. (A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, verá na pulseira
(C) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora instruções para que envie, uma mensagem eletrônica ao grupo
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou ou acione o código na internet.
a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse (B) Um geolocalizador também, avisará, os pais de onde o
ajudar a revelar quem era a sua dona. código foi acionado.
(D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e, embora (C) Assim que o código é digitado, familiares cadastrados,
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou recebem automaticamente, uma mensagem dizendo que a
a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse criança foi encontrada.
ajudar a revelar quem era a sua dona. (D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, chega primeiro
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora, às, areias do Guarujá.
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou (E) O sistema permite, ainda, cadastrar o nome e o telefone
a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse de quem a encontrou e informar um ponto de referência
ajudar a revelar quem era a sua dona.
Resposta
02. Assinale a opção em que está corretamente indicada a 1-C 2-C 3-B 4-D 5-E
ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas
da frase abaixo: 11. Concordância nominal e
“Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas devem
ser consideradas ____ uma é a contribuição teórica que o trabalho verbal.
oferece ___ a outra é o valor prático que possa ter.
A) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula
B) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula; Concordância Verbal
C) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
D) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula; Ao falarmos sobre a concordância verbal, estamos nos
E) ponto e vírgula, vírgula, vírgula. referindo à relação de dependência estabelecida entre um termo
e outro mediante um contexto oracional. Desta feita, os agentes
03. Os sinais de pontuação estão empregados corretamente principais desse processo são representados pelo sujeito, que no
em: caso funciona como subordinante; e o verbo, o qual desempenha
A) Duas explicações, do treinamento para consultores a função de subordinado. 
iniciantes receberam destaque, o conceito de PPD e a construção Dessa forma, temos que a concordância verbal caracteriza-
de tabelas Price; mas por outro lado, faltou falar das metas de se pela adaptação do verbo, tendo em vista os quesitos “número
vendas associadas aos dois temas. e pessoa” em relação ao sujeito. Exemplificando, temos: O aluno
B) Duas explicações do treinamento para consultores chegou
iniciantes receberam destaque: o conceito de PPD e a construção Temos que o verbo apresenta-se na terceira pessoa do
de tabelas Price; mas, por outro lado, faltou falar das metas de singular, pois faz referência a um sujeito, assim também expresso
vendas associadas aos dois temas. (ele).  Como poderíamos também dizer: os alunos chegaram
C) Duas explicações do treinamento para consultores atrasados.
iniciantes receberam destaque; o conceito de PPD e a construção Temos aí o que podemos chamar de princípio básico.
de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar das metas de Contudo, a intenção a que se presta o artigo em evidência é
vendas associadas aos dois temas. eleger as principais ocorrências voltadas para os casos de sujeito
D) Duas explicações do treinamento para consultores simples e para os de sujeito composto. Dessa forma, vejamos: 
iniciantes, receberam destaque: o conceito de PPD e a construção
de tabelas Price, mas, por outro lado, faltou falar das metas de Casos referentes a sujeito simples
vendas associadas aos dois temas. 1) Em caso de sujeito simples, o verbo concorda com o
E) Duas explicações, do treinamento para consultores núcleo em número e pessoa: O aluno chegou atrasado. 
iniciantes, receberam destaque; o conceito de PPD e a construção
de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar das metas, de 2) Nos casos referentes a sujeito representado por
vendas associadas aos dois temas. substantivo coletivo, o verbo permanece na terceira pessoa do
singular:  A multidão, apavorada, saiu aos gritos.
04. Assinale a alternativa em que o período, adaptado da Observação:
revista Pesquisa Fapesp de junho de 2012, está correto quanto à - No caso de o coletivo aparecer seguido de adjunto adnominal
regência nominal e à pontuação. no plural, o verbo permanecerá no singular ou poderá ir para o
(A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente, plural: Uma multidão de pessoas saiu aos gritos.
seu espaço na carreira científica ainda que o avanço seja mais Uma multidão de pessoas saíram aos gritos.
notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em
outros. 3) Quando o sujeito é representado por expressões partitivas,
(B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam rapidamente representadas por “a maioria de, a maior parte de, a metade de,
seu espaço na carreira científica; ainda que o avanço seja mais uma porção de, entre outras”, o verbo tanto pode concordar
notável, em alguns países, o Brasil é um exemplo!, do que em com o núcleo dessas expressões quanto com o substantivo
outros. que a segue: A  maioria  dos alunos  resolveu  ficar.   A maioria
(C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam rapidamente dos alunos resolveram ficar.

Língua Portuguesa 64
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
4) No caso de o sujeito ser representado por expressões - Casos em que o artigo figura no singular ou em que ele nem
aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”, o verbo aparece, o verbo permanece no singular:  Estados Unidos é uma
concorda com o substantivo determinado por elas: Cerca de potência mundial. 
vinte candidatos se inscreveram no concurso de piadas.
Casos referentes a sujeito composto
5) Em casos em que o sujeito é representado pela expressão
“mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais de 1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas
um candidato se inscreveu no concurso de piadas.   gramaticais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, estando
Observação: relacionado a dois pressupostos básicos:
- No caso da referida expressão aparecer repetida ou - Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as
associada a um verbo que exprime reciprocidade, o verbo, demais: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio.
necessariamente, deverá permanecer no plural: Mais de um - Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá
aluno, mais de um professor contribuíram na campanha de flexionar na 2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos.
doação de alimentos.  Tu e ele são primos.
Mais de um formando se abraçaram durante as solenidades
de formatura.  2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer anteposto
ao verbo, este permanecerá no plural: O pai e seus dois
6) Quando o sujeito for composto da expressão “um dos filhos compareceram ao evento.  
que”, o verbo permanecerá no plural: Esse jogador foi  um dos
que atuaram na Copa América. 3) No caso em que o sujeito aparecer posposto ao verbo, este
poderá concordar com o núcleo mais próximo ou permanecer
7) Em casos relativos à concordância com locuções no plural: Compareceram  ao evento  o pai e seus dois filhos.
pronominais, representadas por “algum de nós, qual de vós, Compareceu ao evento o pai e seus dois filhos.
quais de vós, alguns de nós”, entre outras, faz-se necessário nos
atermos a duas questões básicas: 4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém com
- No caso de o primeiro pronome estar expresso no plural, mais de um núcleo, o verbo deverá permanecer no singular:
o verbo poderá com ele concordar, como poderá também Meu esposo e grande companheiro merece toda a felicidade do
concordar com o pronome pessoal: Alguns de nós o receberemos. mundo.
/ Alguns de nós o receberão.
- Quando o primeiro pronome da locução estiver expresso 5) Casos relativos a sujeito composto de palavras sinônimas
no singular, o verbo permanecerá, também, no singular:  Algum ou ordenado por elementos em gradação, o verbo poderá
de nós o receberá.   permanecer no singular ou ir para o plural: Minha vitória,
minha conquista, minha premiação são frutos de meu esforço.
8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo pronome / Minha vitória, minha conquista, minha premiação é fruto de
“quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa do singular meu esforço.
ou poderá concordar com o antecedente desse pronome:   
Fomos nós  quem  contou  toda a verdade para ela. / Fomos Questões
nós quem contamos toda a verdade para ela.
01. A concordância realizou-se adequadamente em qual
9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela palavra alternativa?
“que”, o verbo deverá concordar com o termo que antecede essa (A) Os Estados Unidos é considerado, hoje, a maior potência
palavra: Nesta empresa somos nós que tomamos as decisões. / econômica do planeta, mas há quem aposte que a China, em
Em casa sou eu que decido tudo.    breve, o ultrapassará.
(B) Em razão das fortes chuvas haverão muitos candidatos
10) No caso de o sujeito aparecer representado por que chegarão atrasados, tenho certeza disso.
expressões que indicam porcentagens, o verbo concordará com o (C) Naquela barraca vendem-se tapiocas fresquinhas, pode
numeral ou com o substantivo a que se refere essa porcentagem:    comê-las sem receio!
50% dos funcionários aprovaram a decisão da diretoria. / 50% (D) A multidão gritaram quando a cantora apareceu na
do eleitorado apoiou a decisão. janela do hotel!
Observações:
- Caso o verbo aparecer anteposto à expressão de 02. “Se os cachorros correm livremente, por que eu não
porcentagem, esse deverá concordar com o numeral: Aprovaram posso fazer isso também?”, pergunta Bob Dylan em “New
a decisão da diretoria 50% dos funcionários.      Morning”. Bob Dylan verbaliza um anseio sentido por todos
- Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no singular: nós, humanos supersocializados: o anseio de nos livrarmos
1% dos funcionários não aprovou a decisão da diretoria.   de todos os constrangimentos artificiais decorrentes do fato
- Em casos em que o numeral estiver acompanhado de de vivermos em uma sociedade civilizada em que às vezes nos
determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural: Os sentimos presos a uma correia. Um conjunto cultural de regras
50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria.  tácitas e inibições está sempre governando as nossas interações
cotidianas com os outros.
11) Nos casos em que o sujeito estiver representado por Uma das razões pelas quais os cachorros nos atraem é o fato
pronomes de tratamento, o verbo deverá ser empregado na terceira de eles serem tão desinibidos e livres. Parece que eles jogam
pessoa do singular ou do plural:  Vossas Majestades gostaram das com as suas próprias regras, com a sua própria lógica interna.
homenagens. Vossa Majestade agradeceu o convite.   Eles vivem em um universo paralelo e diferente do nosso - um
universo que lhes concede liberdade de espírito e paixão pela
12) Casos relativos a sujeito representado por substantivo vida enormemente atraentes para nós. Um cachorro latindo ao
próprio no plural se encontram relacionados a alguns aspectos vento ou uivando durante a noite faz agitar-se dentro de nós
que os determinam: alguma coisa que também quer se expressar.
- Diante de nomes de obras no plural, seguidos do verbo ser, Os cachorros são uma constante fonte de diversão para
este permanece no singular, contanto que o predicativo também nós porque não prestam atenção as nossas convenções sociais.
esteja no singular:  Memórias póstumas de Brás Cubas  é  uma Metem o nariz onde não são convidados, pulam para cima
criação de Machado de Assis.    do sofá, devoram alegremente a comida que cai da mesa. Os
- Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo também cachorros raramente se refreiam quando querem fazer alguma
permanece no plural: Os  Estados Unidos  são  uma potência coisa. Eles não compartilham conosco as nossas inibições. Suas
mundial. emoções estão ã flor da pele e eles as manifestam sempre que
as sentem.

Língua Portuguesa 65
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
(Adaptado de Matt Weistein e Luke Barber. Cão que (A) Podem haver estudos que comprovem que, no passado,
late não morde. Trad. de Cristina Cupertino. S.Paulo: Francis, as formas mais complexas de vida - cujo habitat eram oceanos
2005. p 250) ricos em nutrientes - se alimentavam por osmose.
(B) Cada um dos organismos simples que vivem na natureza
A frase em que se respeitam as normas de concordância sobrevivem de forma quase automática, sem se valerem de
verbal é: criatividade e planejamento.
(A) Deve haver muitas razões pelas quais os cachorros nos (C) Desde que observe cuidados básicos, como obter energia
atraem. por meio de alimentos, os organismos simples podem preservar
(B) Várias razões haveriam pelas quais os cachorros nos a vida ao longo do tempo com relativa facilidade.
atraem. (D) Alguns animais tem de se adaptar a um ambiente cheio de
(C) Caberiam notar as muitas razões pelas quais os cachorros dificuldades para obter a energia necessária a sua sobrevivência
nos atraem. e nesse processo expõe- se a inúmeras ameaças.
(D) Há de ser diversas as razões pelas quais os cachorros nos (E) A maioria dos organismos mais complexos possui um
atraem. sistema nervoso muito desenvolvido, capaz de se adaptar a
(E) Existe mesmo muitas razões pelas quais os cachorros mudanças ambientais, como alterações na temperatura.
nos atraem.
05. De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, a
03. Uma pergunta concordância verbal está correta em:
(A) Ela não pode usar o celular e chamar um taxista, pois
Frequentemente cabe aos detentores de cargos de acabou os créditos.
responsabilidade tomar decisões difíceis, de graves (B) Esta empresa mantêm contato com uma rede de táxis
consequências. Haveria algum critério básico, essencial, para que executa diversos serviços para os clientes.
amparar tais escolhas? Antonio Gramsci, notável pensador (C) À porta do aeroporto, havia muitos táxis disponíveis para
e político italiano, propôs que se pergunte, antes de tomar a os passageiros que chegavam à cidade.
decisão: - Quem sofrerá? (D) Passou anos, mas a atriz não se esqueceu das calorosas
Para um humanista, a dor humana é sempre prioridade a se lembranças que seu tio lhe deixou.
considerar. (E) Deve existir passageiros que aproveitam a corrida de táxi
(Salvador Nicola, inédito) para bater um papo com o motorista.

O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no Respostas


singular para preencher adequadamente a lacuna da frase: 01. C\02. A\03. C\04. E\05. C
(A) A nenhuma de nossas escolhas ...... (poder) deixar de
corresponder nossos valores éticos mais rigorosos. Concordância Nominal
(B) Não se ...... (poupar) os que governam de refletir sobre o
peso de suas mais graves decisões. Concordância nominal é que o ajuste que fazemos aos
(C) Aos governantes mais responsáveis não ...... (ocorrer) demais termos da oração para que concordem em gênero e
tomar decisões sem medir suas consequências. número com o substantivo. Teremos que alterar, portanto, o
(D) A toda decisão tomada precipitadamente ...... (costumar) artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome. Além disso, temos
sobrevir consequências imprevistas e injustas. também o verbo, que se flexionará à sua maneira.
(E) Diante de uma escolha, ...... (ganhar) prioridade,
recomenda Gramsci, os critérios que levam em conta a dor Regra geral: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome
humana. concordam em gênero e número com o substantivo.
- A pequena criança é uma gracinha.
04. Em um belo artigo, o físico Marcelo Gleiser, analisando a - O garoto que encontrei era muito gentil e simpático.
constatação do satélite Kepler de que existem muitos planetas
com características físicas semelhantes ao nosso, reafirmou sua Casos especiais: Veremos alguns casos que fogem à regra
fé na hipótese da Terra rara, isto é, a tese de que a vida complexa geral mostrada acima.
(animal) é um fenômeno não tão comum no Universo.
Gleiser retoma as ideias de Peter Ward expostas de modo a) Um adjetivo após vários substantivos
persuasivo em “Terra Rara”. Ali, o autor sugere que a vida 1 - Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o plural
microbiana deve ser um fenômeno trivial, podendo pipocar até ou concorda com o substantivo mais próximo.
em mundos inóspitos; já o surgimento de vida multicelular na - Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui.
Terra dependeu de muitas outras variáveis físicas e históricas, - Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui.
o que, se não permite estimar o número de civilizações
extra terráqueas, ao menos faz com que reduzamos nossas 2 - Substantivos de gêneros diferentes: vai para o
expectativas. plural masculino ou concorda com o substantivo mais próximo.
Uma questão análoga só arranhada por Ward é a da - Ela tem pai e mãe louros.
inexorabilidade da inteligência. A evolução de organismos - Ela tem pai e mãe loura.
complexos leva necessariamente à consciência e à inteligência?
Robert Wright diz que sim, mas seu argumento é mais 3 - Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoriamente
matemático do que biológico: complexidade engendra para o plural.
complexidade, levando a uma corrida armamentista entre - O homem e o menino estavam perdidos.
espécies cujo subproduto é a inteligência. - O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui.
Stephen J. Gould e Steven Pinker apostam que não. Para
eles, é apenas devido a uma sucessão de pré-adaptações e b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos
coincidências que alguns animais transformaram a capacidade 1 - Adjetivo anteposto normalmente concorda com o mais
de resolver problemas em estratégia de sobrevivência. Se próximo.
rebobinássemos o filme da evolução e reencenássemos o Comi delicioso almoço e sobremesa.
processo mudando alguns detalhes do início, seriam grandes as Provei deliciosa fruta e suco.
chances de não chegarmos a nada parecido com a inteligência. 2 - Adjetivo anteposto funcionando como predicativo:
(Adaptado de Hélio Schwartsman. Folha de S. Paulo, concorda com o mais próximo ou vai para o plural.
28/10/2012) Estavam feridos o pai e os filhos.
Estava ferido o pai e os filhos.
A frase em que as regras de concordância estão plenamente
respeitadas é:

Língua Portuguesa 66
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
c) Um substantivo e mais de um adjetivo n) Só
1- antecede todos os adjetivos com um artigo. 1- apenas, somente (advérbio): invariável.
Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola. Só consegui comprar uma passagem.
2- coloca o substantivo no plural. 2- sozinho (adjetivo): variável.
Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola. Estiveram sós durante horas.

d) Pronomes de tratamento Questões


1 - sempre concordam com a 3ª pessoa.
Vossa Santidade esteve no Brasil. 01. Indique o uso INCORRETO da concordância verbal ou
nominal:
e) Anexo, incluso, próprio, obrigado (A) Será descontada em folha sua contribuição sindical.
1 - Concordam com o substantivo a que se referem. (B) Na última reunião, ficou acordado que se realizariam
As cartas estão anexas. encontros semanais com os diversos interessados no assunto.
A bebida está inclusa. (C) Alguma solução é necessária, e logo!
Precisamos de nomes próprios. (D) Embora tenha ficado demonstrado cabalmente a
Obrigado, disse o rapaz. ocorrência de simulação na transferência do imóvel, o pedido
não pode prosperar.
f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a) (E) A liberdade comercial da colônia, somada ao fato de D.
1 - Após essas expressões o substantivo fica sempre no João VI ter também elevado sua colônia americana à condição de
singular e o adjetivo no plural. Reino Unido a Portugal e Algarves, possibilitou ao Brasil obter
Renato advogou um e outro caso fáceis. certa autonomia econômica.
Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.
02. Aponte a alternativa em que NÃO ocorre silepse (de
g) É bom, é necessário, é proibido gênero, número ou pessoa):
1- Essas expressões não variam se o sujeito não vier
precedido de artigo ou outro determinante. (A) “A gente é feito daquele tipo de talento capaz de fazer a
Canja é bom. / A canja é boa. diferença.”
É necessário sua presença. / É necessária a sua presença. (B) Todos sabemos que a solução não é fácil.
É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada (C) Essa gente trabalhadora merecia mais, pois acordam às
é proibida. cinco horas para chegar ao trabalho às oito da manhã.
(D) Todos os brasileiros sabem que esse problema vem de
h) Muito, pouco, caro longe...
1- Como adjetivos: seguem a regra geral. (E) Senhor diretor, espero que Vossa Senhoria seja mais
Comi muitas frutas durante a viagem. compreensivo.
Pouco arroz é suficiente para mim.
Os sapatos estavam caros. 03. A concordância nominal está INCORRETA em:

2- Como advérbios: são invariáveis. (A) A mídia julgou desnecessária a campanha e o


Comi muito durante a viagem. envolvimento da empresa.
Pouco lutei, por isso perdi a batalha. (B) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa
Comprei caro os sapatos. desnecessária.
(C) A mídia julgou desnecessário o envolvimento da empresa
i) Mesmo, bastante e a campanha.
1- Como advérbios: invariáveis (D) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa
Preciso mesmo da sua ajuda. desnecessárias.
Fiquei bastante contente com a proposta de emprego.
04. Complete os espaços com um dos nomes colocados nos
2- Como pronomes: seguem a regra geral. parênteses.
Seus argumentos foram bastantes para me convencer.
Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou. (A) Será que é ____ essa confusão toda? (necessário/
necessária)
j) Menos, alerta (B) Quero que todos fiquem ____. (alerta/ alertas)
1- Em todas as ocasiões são invariáveis. (C) Houve ____ razões para eu não voltar lá. (bastante/
Preciso de menos comida para perder peso. bastantes)
Estamos alerta para com suas chamadas. (D) Encontrei ____ a sala e os quartos. (vazia/vazios)
(E) A dona do imóvel ficou ____ desiludida com o inquilino.
k) Tal Qual (meio/ meia)
1- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o
consequente. 05. Quanto à concordância nominal, verifica-se ERRO em:
As garotas são vaidosas tais qual a tia.
Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos. (A) O texto fala de uma época e de um assunto polêmicos.
(B) Tornou-se clara para o leitor a posição do autor sobre o
l) Possível assunto.
1- Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor” (C) Constata-se hoje a existência de homem, mulher e
ou “pior”, acompanha o artigo que precede as expressões. criança viciadas.
A mais possível das alternativas é a que você expôs. (D) Não será permitido visita de amigos, apenas a de
Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa. parentes.
As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da Respostas
cidade.
01. D\02. D\03. B
m) Meio
1- Como advérbio: invariável. 04. a) necessária b) alerta c) bastantes d) vazia e) meio
Estou meio (um pouco) insegura.
2- Como numeral: segue a regra geral. 05. C
Comi meia (metade) laranja pela manhã.

Língua Portuguesa 67
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
- Houver vírgula ou pausa antes do verbo:
Se passar no vestibular em outra cidade, mudo-me no
12. Colocação pronominal. mesmo instante.
Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas.
Mesóclise
Colocação dos Pronomes Oblíquos
Átonos A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado no
futuro do presente ou no futuro do pretérito:
De acordo com as autoras Rose Jordão e Clenir Bellezi, a A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. (= ela se
colocação pronominal é a posição que os pronomes pessoais realizará)
oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo a que se Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. (= eu farei uma
referem. proposta a você)
Fontes:
São pronomes oblíquos átonos: me, te, se, o, os, a, as, lhe, http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf42.php
lhes, nos e vos. http://www.brasilescola.com/gramatica/colocacao-pronominal.
O pronome oblíquo átono pode assumir três posições na htm
oração em relação ao verbo: Questões

1. próclise: pronome antes do verbo 01. Considerada a norma culta escrita, há correta substituição
2. ênclise: pronome depois do verbo de estrutura nominal por pronome em:
3. mesóclise: pronome no meio do verbo (A) Agradeço antecipadamente sua Resposta // Agradeço-
lhes antecipadamente.
Próclise (B) do verbo fabricar se extraiu o substantivo fábrica. // do
verbo fabricar se extraiu-lhe.
A próclise é aplicada antes do verbo quando temos: (C) não faltam lexicógrafos // não faltam-os.
- Palavras com sentido negativo: (D) Gostaria de conhecer suas considerações // Gostaria de
Nada me faz querer sair dessa cama. conhecê-las.
Não se trata de nenhuma novidade. (E) incluindo a palavra ‘aguardo’ // incluindo ela.

- Advérbios: 02. Caso fosse necessário substituir o termo destacado em


Nesta casa se fala alemão. “Basta apresentar um documento” por um pronome, de acordo
Naquele dia me falaram que a professora não veio. com a norma-padrão, a nova redação deveria ser
(A) Basta apresenta-lo.
- Pronomes relativos: (B) Basta apresentar-lhe.
A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje. (C) Basta apresenta-lhe.
Não vou deixar de estudar os conteúdos que me falaram. (D) Basta apresentá-la.
(E) Basta apresentá-lo.
- Pronomes indefinidos:
Quem me disse isso? 03. Em qual período, o pronome átono que substitui o
Todos se comoveram durante o discurso de despedida. sintagma em destaque tem sua colocação de acordo com a
norma-padrão?
- Pronomes demonstrativos: (A) O porteiro não conhecia o portador do embrulho –
Isso me deixa muito feliz! conhecia-o
Aquilo me incentivou a mudar de atitude! (B) Meu pai tinha encontrado um marinheiro na praça Mauá
– tinha encontrado-o.
- Preposição seguida de gerúndio: (C) As pessoas relatarão as suas histórias para o registro no
Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola é o site mais Museu – relatá-las-ão.
indicado à pesquisa escolar. (D) Quem explicou às crianças as histórias de seus
antepassados? – explicou-lhes.
- Conjunção subordinativa: (E) Vinham perguntando às pessoas se aceitavam a ideia de
Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram. um museu virtual – Lhes vinham perguntando.

Ênclise 04. A substituição do elemento grifado pelo pronome


correspondente foi realizada de modo INCORRETO em:
A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta não (A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu
aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos átonos. A (B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os
ênclise vai acontecer quando: (C) para fazer a dragagem = para fazê-la
(D) que desviava a água = que lhe desviava
- O verbo estiver no imperativo afirmativo: (E) supriam a necessidade = supriam-na
Amem-se uns aos outros.
Sigam-me e não terão derrotas. Respostas
01. D/02. E/03. C/04. D
- O verbo iniciar a oração:
Diga-lhe que está tudo bem.
Chamaram-me para ser sócio. 13. Regência nominal e verbal.
- O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da preposição
“a”:
Naquele instante os dois passaram a odiar-se. Regência Verbal e Nominal
Passaram a cumprimentar-se mutuamente.
Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que
- O verbo estiver no gerúndio: ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus complementos.
Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de Ocupa-se em estabelecer relações entre as palavras, criando
despreocupada. frases não ambíguas, que expressem efetivamente o sentido
Despediu-se, beijando-me a face. desejado, que sejam corretas e claras.

Língua Portuguesa 68
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Regência Verbal Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente como o
verbo amar:
Termo Regente:  VERBO Amo aquele rapaz. / Amo-o.
Amo aquela moça. / Amo-a.
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre Amam aquele rapaz. / Amam-no.
os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la.
objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais).
O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos para
capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de indicar posse (caso em que atuam como adjuntos adnominais).
conhecermos as diversas significações que um verbo pode Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto)
assumir com a simples mudança ou retirada de uma preposição.  Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira)
Observe: Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau humor)
A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar, contentar.
A mãe agrada ao filho. -> agradar significa “causar agrado ou Verbos Transitivos Indiretos
prazer”, satisfazer. Os verbos transitivos indiretos são complementados por
objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exigem uma
Logo, conclui-se que “agradar alguém” é diferente de preposição  para o estabelecimento da relação de regência.
“agradar a alguém”. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de terceira pessoa que
podem atuar como objetos indiretos são o “lhe”, o “lhes”, para
Saiba que: substituir pessoas. Não se utilizam os pronomes o, os, a, as como
O conhecimento do uso adequado das preposições é um complementos de verbos transitivos indiretos. Com os objetos
dos aspectos fundamentais do estudo da regência verbal (e indiretos que não representam pessoas, usam-se pronomes
também nominal). As preposições são capazes de modificar oblíquos tônicos de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos
completamente o sentido do que se está sendo dito. Veja os pronomes átonos lhe, lhes. 
exemplos:
Cheguei ao metrô. Os verbos transitivos indiretos são os seguintes:
Cheguei no metrô. a) Consistir - Tem complemento introduzido pela
preposição “em”.
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para
caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A oração “Cheguei todos.
no metrô”, popularmente usada a fim de indicar o lugar a que se b) Obedecer e Desobedecer - Possuem seus complementos
vai, possui, no padrão culto da língua, sentido diferente. Aliás, é introduzidos pela preposição “a”.
muito comum existirem divergências entre a regência coloquial, Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais.
cotidiana de alguns verbos, e a regência culta. Eles desobedeceram às leis do trânsito.
c) Responder - Tem complemento introduzido pela
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos de preposição “a”. Esse verbo pede objeto indireto para indicar “a
acordo com sua transitividade. A transitividade, porém, não é quem” ou “ao que” se responde.
um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes Respondi ao meu patrão.
formas em frases distintas. Respondemos às perguntas.
Respondeu-lhe à altura.
Verbos Intransitivos Obs.:  o verbo  responder, apesar de transitivo indireto
Os verbos intransitivos não possuem complemento. É quando exprime aquilo a que se responde, admite voz passiva
importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos analítica. Veja:
aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los. O questionário foi respondido corretamente.
a) Chegar, Ir Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente.
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais d) Simpatizar e  Antipatizar - Possuem seus complementos
de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para introduzidos pela preposição “com”.
indicar destino ou direção são: a, para. Antipatizo com aquela apresentadora.
Fui ao teatro. Simpatizo com  os que condenam os políticos que governam
      Adjunto Adverbial de Lugar para uma minoria privilegiada.

Ricardo foi para a Espanha. Verbos Transitivos Diretos e Indiretos


                  Adjunto Adverbial de Lugar Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompanhados
b) Comparecer de um objeto direto e um indireto. Merecem destaque, nesse
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido grupo:
por em ou a.
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último Agradecer, Perdoar e Pagar
jogo. São verbos que apresentam objeto direto
relacionado a coisas e objeto indireto relacionado a pessoas.
Verbos Transitivos Diretos Veja os exemplos:
Os verbos transitivos diretos são complementados por Agradeço    aos ouvintes         a audiência.
objetos diretos. Isso significa que  não  exigem preposição  para                    Objeto Indireto      Objeto Direto
o estabelecimento da relação de regência. Ao empregar esses Cristo ensina que é preciso perdoar     o pecado        ao pecador.
verbos, devemos lembrar que os pronomes oblíquos o, a, os,                                                                  Obj. Direto       Objeto Indireto
as atuam como objetos diretos. Esses pronomes podem assumir Paguei      o débito        ao cobrador.
as formas lo, los, la, las (após formas verbais terminadas em -r,                Objeto Direto      Objeto Indireto
-s ou -z) ou no, na, nos, nas (após formas verbais terminadas em
sons nasais), enquanto  lhe e lhes são, quando complementos - O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com
verbais, objetos indiretos. particular cuidado. Observe:
São verbos transitivos diretos, dentre outros: abandonar, Agradeci o presente. / Agradeci-o.
abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar, Agradeço a você. / Agradeço-lhe.
adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar, Perdoei a ofensa. / Perdoei-a.
condenar, conhecer, conservar,convidar, defender, eleger, estimar, Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe.
humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, proteger, respeitar, Paguei minhas contas. / Paguei-as.
socorrer, suportar, ver, visitar. Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.

Língua Portuguesa 69
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Informar O cantor não lhes agradou.
- Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto
indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa. ASPIRAR
Informe os novos preços aos clientes. 1) Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar
Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos (o ar), inalar.
preços) Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o)

- Na utilização de pronomes como complementos,  veja as 2)  Aspirar  é transitivo indireto no sentido de  desejar, ter
construções: como ambição.
Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços. Aspirávamos a melhores condições de vida. (Aspirávamos a
Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou sobre elas)
eles) Obs.: como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pessoa,
Obs.: a mesma regência do verbo  informar é usada  para os mas coisa, não se usam as formas pronominais átonas “lhe”
seguintes:  avisar, certificar, notificar, cientificar, prevenir. e “lhes” e sim as formas tônicas “a ele (s)”, “ a ela (s)”.  Veja o
exemplo:
Comparar Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam a ela)
Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as
preposições  “a”  ou  “com” para introduzir o complemento ASSISTIR
indireto. 1)  Assistir  é transitivo direto no sentido de  ajudar, prestar
Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma criança. assistência a, auxiliar. Por Exemplo:
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
Pedir As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na forma
de oração subordinada substantiva) e indireto de pessoa. 2) Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presenciar,
Pedi-lhe                 favores. estar presente, caber, pertencer.
Objeto Indireto    Objeto Direto
                                      Exemplos:
Pedi-lhe                     que mantivesse em silêncio. Assistimos ao documentário.
Objeto Indireto           Oração Subordinada Substantiva Não assisti às últimas sessões.
                                                           Objetiva Direta Essa lei assiste ao inquilino.
Obs.: no sentido de  morar, residir,  o verbo  “assistir”  é
Saiba que: intransitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de lugar
1) A construção  “pedir para”,  muito comum na linguagem introduzido pela preposição “em”.
cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua culta. No Assistimos numa conturbada cidade.
entanto, é considerada correta quando a palavra licença estiver
subentendida. CHAMAR
Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa. 1)  Chamar  é transitivo direto no sentido de  convocar,
Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz uma solicitar a atenção ou a presença de.
oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo (para Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá chamá-la.
ir entregar-lhe os catálogos em casa). Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.
2) A construção  “dizer para”,  também muito usada
popularmente, é igualmente considerada incorreta. 2)  Chamar  no sentido de  denominar, apelidar  pode
apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predicativo
Preferir preposicionado ou não.
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto A torcida chamou o jogador mercenário.
indireto introduzido pela preposição “a”. Por Exemplo: A torcida chamou ao jogador mercenário.
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais. A torcida chamou o jogador de mercenário.
Prefiro trem a ônibus. A torcida chamou ao jogador de mercenário.
Obs.: na língua culta, o verbo “preferir” deve ser usado sem
termos intensificadores, tais como:  muito, antes, mil vezes, um CUSTAR
milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefixo existente 1) Custar é intransitivo no sentido de ter determinado valor
no próprio verbo (pre). ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial.
Frutas e verduras não deveriam custar muito.
Mudança de Transitividade versus Mudança de
Significado 2) No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo ou
transitivo indireto.
Há verbos que, de acordo com a mudança de transitividade, Muito custa          viver tão longe da família.
apresentam mudança de significado. O conhecimento das             Verbo   Oração Subordinada Substantiva Subjetiva 
diferentes regências desses verbos é um recurso linguístico        Intransitivo                       Reduzida de Infinitivo
muito importante, pois além de permitir a correta interpretação
de passagens escritas, oferece possibilidades expressivas a Custa-me (a mim)  crer que tomou realmente aquela atitude.
quem fala ou escreve. Dentre os principais, estão:         Objeto                 Oração Subordinada Substantiva Subjetiva 
        Indireto                                     Reduzida de Infinitivo
AGRADAR
1) Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos, Obs.: a Gramática Normativa condena as construções que
acariciar. atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por pessoa.
Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agrada Observe o exemplo abaixo:
quando o revê. Custei para entender o problema. 
Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. / Cláudia Forma correta: Custou-me entender o problema.
não perde oportunidade de agradá-lo.
IMPLICAR
2) Agradar é transitivo indireto no sentido de causar agrado 1) Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
a, satisfazer, ser agradável a.  Rege complemento introduzido
pela preposição “a”. a) dar a entender, fazer supor, pressupor
O cantor não agradou aos presentes. Suas atitudes implicavam um firme propósito.

Língua Portuguesa 70
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
b)  Ter como consequência, trazer como consequência, (C) Não pude fazer a prova do concurso porque era de menor.
acarretar, provocar (D) É preferível ir a pé a ir de carro.
Liberdade de escolha implica amadurecimento político de um
povo. 04. Em todas as alternativas, o verbo grifado foi empregado
com regência certa, exceto em:
2) Como transitivo direto e indireto, significa comprometer, (A) a vista de José Dias lembrou-me o que ele me dissera.
envolver (B) estou deserto e noite, e aspiro sociedade e luz.
Implicaram aquele jornalista em questões econômicas. (C) custa-me dizer isto, mas antes peque por excesso;
(D) redobrou de intensidade, como se obedecesse a voz do
Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo mágico;
indireto e rege com preposição “com”. (E) quando ela morresse, eu lhe perdoaria os defeitos.
Implicava com quem não trabalhasse arduamente.
05. A regência verbal está INCORRETA em:
PROCEDER (A) Proibiram-no de fumar.
1)  Proceder  é intransitivo no sentido de  ser decisivo, (B) Ana comunicou sua mudança aos parentes mais íntimos.
ter cabimento, ter fundamento ou portar-se, comportar-se, (C) Prefiro Português a Matemática.
agir.  Nessa segunda acepção, vem sempre acompanhado de (D) A professora esqueceu da chave de sua casa no carro da
adjunto adverbial de modo. amiga.
As afirmações da testemunha procediam, não havia como (E) O jovem aspira à carreira militar.
refutá-las.
Você procede muito mal. Respostas
01. B\02. A\03. D\04. B\05. D
2) Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a preposição”
de”) e  fazer, executar  (rege complemento introduzido pela Regência Nominal
preposição “a”) é transitivo indireto.    
O avião procede de Maceió. É o nome da relação existente entre um nome (substantivo,
Procedeu-se aos exames. adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa
O delegado procederá ao inquérito. relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo
da regência nominal, é preciso levar em conta que vários nomes
QUERER apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que
1)  Querer  é transitivo direto no sentido de  desejar, ter derivam. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos,
vontade de, cobiçar. conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo:
Querem melhor atendimento. Verbo  obedecer  e os nomes correspondentes: todos regem
Queremos um país melhor. complementos introduzidos pela preposição «a”.Veja:

2)  Querer  é transitivo indireto no sentido de  ter afeição, Obedecer a algo/ a alguém.


estimar, amar. Obediente a algo/ a alguém.
Quero muito aos meus amigos.
Ele quer bem à linda menina. Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados
Despede-se o filho que muito lhe quer. da preposição ou preposições que os regem. Observe-os
atentamente e procure, sempre que possível, associar esses
VISAR nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece.
1)  Como transitivo direto, apresenta os sentidos de  mirar,
fazer pontaria e de pôr visto, rubricar. Substantivos
O homem visou o alvo. Admiração a, por
O gerente não quis visar o cheque. Devoção a, para, com, por
Medo a, de
2)  No sentido de  ter em vista, ter como meta, ter como Aversão a, para, por
objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição “a”. Doutor em
O ensino deve sempre visar ao progresso social. Obediência a
Prometeram tomar medidas que visassem  ao bem-estar Atentado a, contra
público. Dúvida acerca de, em, sobre
Questões Ojeriza a, por
Bacharel em
01. Todas as alternativas estão corretas quanto ao emprego Horror a
correto da regência do verbo, EXCETO: Proeminência sobre
(A) Faço entrega em domicílio. Capacidade de, para
(B) Eles assistem o espetáculo. Impaciência com
(C) João gosta de frutas. Respeito a, com, para com, por
(D) Ana reside em São Paulo.
(E) Pedro aspira ao cargo de chefe. Adjetivos
Acessível a
02. Assinale a opção em que o verbo Diferente de
chamar é empregado com o mesmo sentido que Necessário a
apresenta em __ “No dia em que o chamaram de Ubirajara, Acostumado a, com
Quaresma ficou reservado, taciturno e mudo”: Entendido em
(A) pelos seus feitos, chamaram-lhe o salvador da pátria; Nocivo a
(B) bateram à porta, chamando Rodrigo; Afável com, para com
(C) naquele momento difícil, chamou por Deus e pelo Diabo; Equivalente a
(D) o chefe chamou-os para um diálogo franco; Paralelo a
(E) mandou chamar o médico com urgência. Agradável a
Escasso de
03. A regência verbal está correta na alternativa: Parco em, de
(A) Ela quer namorar com o meu irmão. Alheio a, de
(B) Perdi a hora da entrevista porque fui à pé. Essencial a, para

Língua Portuguesa 71
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Passível de Respostas
Análogo a 01. D\02. A\03. D\04. D\05. A
Fácil de
Preferível a
Ansioso de, para, por 14. Equivalência e transformação
Fanático por de estruturas. 15. Paralelismo
Prejudicial a
Apto a, para sintático.
Favorável a
Prestes a
Ávido de Equivalência e transformação de estruturas
Generoso com
Propício a A equivalência e transformação de estruturas consiste
Benéfico a em saber mudar uma sentença ou parte dela de modo a que
Grato a, por fique gramaticalmente correta. Um exemplo muito comum em
Próximo a provas de concursos é o enunciado trazer uma frase no singular,
Capaz de, para por exemplo, e pedir que o aluno passe a frase para o plural,
Hábil em mantendo o sentido. Outro exemplo é o enunciado dar a frase
Relacionado com em um tempo verbal, e pedir que o aluno a passe para outro
Compatível com tempo. Ou ainda a reescritura de trechos, mantendo a correção
Habituado a semântica e sintática.
Relativo a
Contemporâneo a, de Paralelismo sintático (e paralelismo semântico)
Idêntico a
Desde o primeiro instante em que nos propomos a discorrer
Advérbios sobre ambos os elementos, somos impulsionados a tornar
Longe de Perto de evidentes nossos conhecimentos em relação às estruturas
que compõem uma boa escrita. Mesmo que todas estejam
Obs.: os advérbios terminados em  -mente tendem a seguir interligadas entre si, formando uma relação de dependência,
o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a; mencioná-las de forma particular não seria algo viável para o
paralelamente a; relativa a; relativamente a. momento. Em razão disso, procuraremos exaltar uma, ora tida
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php como sendo de singular importância – a coerência.
Desta forma, para que toda interlocução se materialize
Questões de forma plausível, antes de tudo, as ideias precisam estar
dispostas em uma sequência lógica, clara e precisa, pois, se
01. Assinale a alternativa em que a preposição “a” não deva por um motivo ou outro houver uma quebra desta sequência,
ser empregada, de acordo com a regência nominal. o discurso certamente estará comprometido. Mediante este
(A) A confiança é necessária ____ qualquer relacionamento. aspecto, vale dizer que determinados elementos revelam sua
(B) Os pais de Pâmela estão alheios ____ qualquer decisão. parcela de contribuição para que tais pressupostos se tornem
(C) Sirlene tem horror ____ aves. efetivamente concretizados, o que é garantido, muitas vezes,
(D) O diretor está ávido ____ melhores metas. pelo paralelismo sintático e pelo paralelismo semântico.
(E) É inegável que a tecnologia ficou acessível ____ toda Esses se caracterizam pelas relações de semelhança que
população. determinadas palavras e expressões apresentam entre si. Tais
relações de similaridade podem se dar no campo morfológico
02. Quanto a amigos, prefiro João.....Paulo,.....quem sinto...... (quando as palavras integram a mesma classe gramatical),
simpatia. no semântico (quando há correspondência de sentido) e no
(A) a, por, menos sintático (quando a construção de frases e orações se apresenta
(B) do que, por, menos de forma semelhante).
(C) a, para, menos Assim, analisemos um caso no qual podemos constatar a
(D) do que, com, menos ausência de paralelismo de ordem morfológica: A tão inesperada
(E) do que, para, menos decisão é fruto resultante de humilhações, mágoas, concepções
equivocadas e agressores por parte de colegas que almejavam
03. Assinale a opção em que todos adjetivos podem ser ocupar sua função.
seguidos pela mesma preposição: Constatamos uma nítida ruptura relacionada a fatores de
(A) ávido, bom, inconsequente ordem gramatical, demarcada pela exposição de um adjetivo
(B) indigno, odioso, perito (agressores) em detrimento ao substantivo “agressões”.
(C) leal, limpo, oneroso
(D) orgulhoso, rico, sedento Ausência de paralelismo de ordem semântica:
(E) oposto, pálido, sábio
Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de
04. “As mulheres da noite,......o poeta faz alusão a colorir réis (Machado de Assis). Detectamos que houve uma quebra de
Aracaju,........coração bate de noite, no silêncio”. A opção que sentido com relação à ideia expressa pelo tempo, ao associá-lo
completa corretamente as lacunas da frase acima é: com a noção de quantidade, valor.
(A) as quais, de cujo
(B) a que, no qual Ausência de paralelismo de ordem sintática:
(C) de que, o qual
(D) às quais, cujo O respeito às leis de trânsito não representa segurança
(E) que, em cujo somente para o motorista e é para o pedestre. Tal ocorrência
manifesta-se por intermédio do uso do conectivo e em
05. Com relação à Regência Nominal, indique a alternativa detrimento a outro, que também integra a classe das conjunções
em que esta foi corretamente empregada. aditivas, representado pela expressão “mas também.” Assim, no
(A) A colocação de cartazes na rua foi proibida. intento de reformularmos o discurso, obteríamos:
(B) É bom aspirar ao ar puro do campo. O respeito às leis de trânsito não representa segurança
(C) Ele foi na Grécia. somente para o motorista, mas também para o pedestre.
(D) Obedeço o Código de Trânsito.

Língua Portuguesa 72
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Vejamos alguns casos que representam esta dualidade A contribuição Greco-latina é responsável pela existência,
paralelística: em nossa língua, de numerosos pares de sinônimos. Exemplos:
- Adversário e antagonista.
não só... mas também - Translúcido e diáfano.
O respeito às leis de trânsito representa segurança não só - Semicírculo e hemiciclo.
para o motorista, mas também para o pedestre. - Contraveneno e antídoto.
Tal construção, além de expressar a ideia de adição, - Moral e ética.
ainda retrata um enfoque especial ao se referir aos pedestres - Colóquio e diálogo.
(representada pela conjunção “mas também”). - Transformação e metamorfose.
- Oposição e antítese.
quanto mais... (tanto) mais O fato linguístico de existirem sinônimos chama-se sinonímia,
Atualmente, quanto mais nos aperfeiçoamos, mais temos palavra que também designa o emprego de sinônimos.
condições de ser bem sucedidos. As estruturas paralelísticas
denotam o sentido de progressão entre os elementos. Antônimos: são palavras de significação oposta. Exemplos:
- Ordem e anarquia.
tanto... quanto - Soberba e humildade.
O tabagismo é prejudicial tanto para os fumantes - Louvar e censurar.
ativos, quanto para os passivos. Aqui, tais estruturas, além - Mal e bem.
de expressarem adição, ainda acrescentam uma ideia de
equiparação ou equivalência. A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido
oposto ou negativo. Exemplos: Bendizer/maldizer, simpático/
primeiro... segundo antipático, progredir/regredir, concórdia/discórdia, explícito/
Há dois procedimentos a realizar: primeiro você diz toda a implícito, ativo/inativo, esperar/desesperar, comunista/
verdade; segundo, pede desculpas pelo erro cometido. anticomunista, simétrico/assimétrico, pré-nupcial/pós-nupcial.
Constatamos que os elementos utilizados se relacionam à
ideia de uma enumeração, evidenciados de forma sequencial. Homônimos: são palavras que têm a mesma pronúncia, e às
vezes a mesma grafia, mas significação diferente. Exemplos:
não... e não / nem - São (sadio), são (forma do verbo ser) e são (santo).
Não obteve um bom resultado neste ano, nem no anterior. - Aço (substantivo) e asso (verbo).
Tal recurso foi empregado no sentido de evidenciar uma Só o contexto é que determina a significação dos homônimos.
sequência negativa em relação aos fatos. A homonímia pode ser causa de ambiguidade, por isso é
considerada uma deficiência dos idiomas.
seja... seja / quer...quer / ora... ora O que chama a atenção nos homônimos é o seu aspecto
Quer você apareça, quer não, iremos ao cinema. fônico (som) e o gráfico (grafia). Daí serem divididos em:
O emprego das estruturas paralelísticas está relacionado à
noção de alternância no que se refere às ações. Homógrafos Heterofônicos: iguais na escrita e diferentes
no timbre ou na intensidade das vogais.
por um lado... por outro - Rego (substantivo) e rego (verbo).
Se por um lado as obras garantem o emprego de todos, por - Colher (verbo) e colher (substantivo).
outro, desagradam aos moradores. - Jogo (substantivo) e jogo (verbo).
- Apoio (verbo) e apoio (substantivo).
Tempos verbais. - Para (verbo parar) e para (preposição).
Se todos comparecessem, o evento ficaria mais animado. - Providência (substantivo) e providencia (verbo).
/ se todos comparecerem, o evento ficará mais animado. - Às (substantivo), às (contração) e as (artigo).
Constatamos que o emprego do pretérito imperfeito do - Pelo (substantivo), pelo (verbo) e pelo (contração de
subjuntivo (comparecessem) na oração subordinada condicional per+o).
requisita o emprego do futuro do pretérito (ficaria) na oração
principal. Já o emprego do futuro do subjuntivo (comparecerem) Homófonos Heterográficos: iguais na pronúncia e
na oração subordinada pede o emprego do futuro do presente diferentes na escrita.
(ficará) na principal. - Acender (atear, pôr fogo) e ascender (subir).
- Concertar (harmonizar) e consertar (reparar, emendar).
Fonte: http://classroombr.blogspot.com.br/2014/07/equivalencia- - Concerto (harmonia, sessão musical) e conserto (ato de
e-transformacao-de.html consertar).
- Cegar (tornar cego) e segar (cortar, ceifar).
16. Relações de sinonímia e - Apreçar (determinar o preço, avaliar) e apressar (acelerar).
- Cela (pequeno quarto), sela (arreio) e sela (verbo selar).
antonímia. - Censo (recenseamento) e senso (juízo).
- Cerrar (fechar) e serrar (cortar).
- Paço (palácio) e passo (andar).
Sinônimos: são palavras de sentido igual ou aproximado. - Hera (trepadeira) e era (época), era (verbo).
Exemplo: - Caça (ato de caçar), cassa (tecido) e cassa (verbo cassar =
- Alfabeto, abecedário. anular).
- Brado, grito, clamor. - Cessão (ato de ceder), seção (divisão, repartição) e sessão
- Extinguir, apagar, abolir, suprimir. (tempo de uma reunião ou espetáculo).
- Justo, certo, exato, reto, íntegro, imparcial.
Na maioria das vezes não é indiferente usar um sinônimo Homófonos Homográficos: iguais na escrita e na pronúncia.
pelo outro. Embora irmanados pelo sentido comum, os - Caminhada (substantivo), caminhada (verbo).
sinônimos diferenciam-se, entretanto, uns dos outros, por - Cedo (verbo), cedo (advérbio).
matizes de significação e certas propriedades que o escritor não - Somem (verbo somar), somem (verbo sumir).
pode desconhecer. Com efeito, estes têm sentido mais amplo, - Livre (adjetivo), livre (verbo livrar).
aqueles, mais restrito (animal e quadrúpede); uns são próprios - Pomos (substantivo), pomos (verbo pôr).
da fala corrente, desataviada, vulgar, outros, ao invés, pertencem - Alude (avalancha), alude (verbo aludir).
à esfera da linguagem culta, literária, científica ou poética
(orador e tribuno, oculista e oftalmologista, cinzento e cinéreo). Parônimos: são palavras parecidas na escrita e na
pronúncia: Coro e couro, cesta e sesta, eminente e iminente,

Língua Portuguesa 73
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
tetânico e titânico, atoar e atuar, degradar e degredar, cético e Questões
séptico, prescrever e proscrever, descrição e discrição, infligir
(aplicar) e infringir (transgredir), osso e ouço, sede (vontade 01. McLuhan já alertava que a aldeia global resultante das
de beber) e cede (verbo ceder), comprimento e cumprimento, mídias eletrônicas não implica necessariamente harmonia,
deferir (conceder, dar deferimento) e diferir (ser diferente, implica, sim, que cada participante das novas mídias terá um
divergir, adiar), ratificar (confirmar) e retificar (tornar reto, envolvimento gigantesco na vida dos demais membros, que terá
corrigir), vultoso (volumoso, muito grande: soma vultosa) e a chance de meter o bedelho onde bem quiser e fazer o uso que
vultuoso (congestionado: rosto vultuoso). quiser das informações que conseguir. A aclamada transparência
da coisa pública carrega consigo o risco de fim da privacidade
Polissemia: Uma palavra pode ter mais de uma significação. e a superexposição de nossas pequenas ou grandes fraquezas
A esse fato linguístico dá-se o nome de polissemia. Exemplos: morais ao julgamento da comunidade de que escolhemos
- Mangueira: tubo de borracha ou plástico para regar as participar.
plantas ou apagar incêndios; árvore frutífera; grande curral de Não faz sentido falar de dia e noite das redes sociais, apenas
gado. em número de atualizações nas páginas e na capacidade dos
- Pena: pluma, peça de metal para escrever; punição; dó. usuários de distinguir essas variações como relevantes no
- Velar: cobrir com véu, ocultar, vigiar, cuidar, relativo ao véu conjunto virtualmente infinito das possibilidades das redes. Para
do palato. achar o fio de Ariadne no labirinto das redes sociais, os usuários
Podemos citar ainda, como exemplos de palavras precisam ter a habilidade de identificar e estimar parâmetros,
polissêmicas, o verbo dar e os substantivos linha e ponto, que aprender a extrair informações relevantes de um conjunto finito
têm dezenas de acepções. de observações e reconhecer a organização geral da rede de que
participam.
Sentido Próprio e Figurado das Palavras O fluxo de informação que percorre as artérias das redes
Pela própria definição acima destacada podemos perceber sociais é um poderoso fármaco viciante. Um dos neologismos
que a palavra é composta por duas partes, uma delas relacionada recentes vinculados à dependência cada vez maior dos jovens
a sua forma escrita e os seus sons (denominada significante) e a a esses dispositivos é a “nomobofobia” (ou “pavor de ficar sem
outra relacionada ao que ela (palavra) expressa, ao conceito que conexão no telefone celular”), descrito como a ansiedade e o
ela traz (denominada significado). sentimento de pânico experimentados por um número crescente
Em relação ao seu SIGNIFICADO as palavras subdividem-se de pessoas quando acaba a bateria do dispositivo móvel ou
assim: quando ficam sem conexão com a Internet. Essa informação,
- Sentido Próprio - é o sentido literal, ou seja, o sentido comum como toda nova droga, ao embotar a razão e abrir os poros da
que costumamos dar a uma palavra. sensibilidade, pode tanto ser um remédio quanto um veneno
- Sentido Figurado -  é o sentido  “simbólico”,  “figurado”, que para o espírito.
podemos dar a uma palavra. (Vinicius Romanini, Tudo azul no universo das redes.
Vamos analisar a palavra  cobra utilizada em diferentes Revista USP, no 92. Adaptado)
contextos:
1. A cobra picou o menino. (cobra = tipo de réptil peçonhento) As expressões destacadas nos trechos –  meter o bedelho
2. A sogra dele é uma cobra. (cobra = pessoa desagradável, que / estimar  parâmetros / embotar a razão – têm sinônimos
adota condutas pouco apreciáveis) adequados respectivamente em:
3. O cara é cobra em Física! (cobra = pessoa que conhece muito a) procurar / gostar de / ilustrar
sobre alguma coisa, “expert”) b) imiscuir-se / avaliar / enfraquecer
No item 1 aplica-se o termo cobra em seu sentido comum c) interferir / propor / embrutecer
(ou literal); nos itens 2 e 3 o termo cobra é aplicado em sentido d) intrometer-se / prezar / esclarecer
figurado. e) contrapor-se / consolidar / iluminar
Podemos então concluir que um mesmo significante (parte
concreta) pode ter vários significados (conceitos). 02. A entrada dos prisioneiros foi comovedora (...) Os
combatentes contemplavam-nos entristecidos. Surpreendiam-
Fonte: se; comoviam-se. O arraial, in extremis, punhalhes adiante,
http://www.tecnolegis.com/estudo-dirigido/oficial-de-justica-tjm- naquele armistício transitório, uma legião desarmada,
sp/lingua-portuguesa-sentido-proprio-e-figurado-das-palavras.html mutilada faminta e claudicante, num assalto mais duro que o
das trincheiras em fogo. Custava-lhes admitir que toda aquela
Denotação e Conotação gente inútil e frágil saísse tão numerosa ainda dos casebres
- Denotação: verifica-se quando utilizamos a palavra com o bombardeados durante três meses. Contemplando-lhes os
seu significado primitivo e original, com o sentido do dicionário; rostos baços, os arcabouços esmirrados e sujos, cujos molambos
usada de modo automatizado; linguagem comum. Veja este em tiras não encobriam lanhos, escaras e escalavros – a vitória
exemplo: tão longamente apetecida decaía de súbito. Repugnava aquele
triunfo. Envergonhava. Era, com efeito, contraproducente
Cortaram as asas da ave para que não voasse mais. compensação a tão luxuosos gastos de combates, de reveses e de
milhares de vidas, o apresamento daquela caqueirada humana –
Aqui a palavra em destaque é utilizada em seu sentido do mesmo passo angulhenta e sinistra, entre trágica e imunda,
próprio, comum, usual, literal. passando-lhes pelos olhos, num longo enxurro de carcaças e
molambos...
- DICA - Procure associar Denotação com Dicionário: trata- Nem um rosto viril, nem um braço capaz de suspender
se de definição literal, quando o termo é utilizado em seu sentido uma arma, nem um peito resfolegante de campeador domado:
dicionarístico. mulheres, sem-número de mulheres, velhas espectrais,
- Conotação: verifica-se quando utilizamos a palavra com o moças envelhecidas, velhas e moças indistintas na mesma
seu significado secundário, com o sentido amplo (ou simbólico); fealdade, escaveiradas e sujas, filhos escanchados nos quadris
usada de modo criativo, figurado, numa linguagem rica e desnalgados, filhos encarapitados às costas, filhos suspensos
expressiva. Veja este exemplo: aos peitos murchos, filhos arrastados pelos braços, passando;
Seria aconselhável cortar as asas deste menino, antes que crianças, sem-número de crianças; velhos, sem-número de
seja tarde mais. velhos; raros homens, enfermos opilados, faces túmidas e
Já neste caso o termo (asas) é empregado de forma figurada, mortas, de cera, bustos dobrados, andar cambaleante.
fazendo alusão à ideia de restrição e/ou controle de ações;
disciplina, limitação de conduta e comportamento. (CUNHA, Euclides da. Os sertões: campanha de Canudos.
Edição Especial. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980.)

Língua Portuguesa 74
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Em qual das alternativas abaixo NÃO há um par de sinônimos?
a) Armistício – destruição
b) Claudicante – manco
c) Reveses – infortúnios
d) Fealdade – feiura
e) Opilados – desnutridos

Respostas
01. B\02. A

Anotações

Língua Portuguesa 75
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Língua Portuguesa 76
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
LÍNGUA ESTRANGEIRA

Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

3. Releia prestando atenção nos detalhes

Depois de captar a essência do texto, você terá informações


suficientes para relê-lo e se ater aos detalhes. Leia, novamente,
cada parágrafo e se esforce para entender a ideia principal de
todos eles.
Se, no meio do processo, encontrar palavras
desconhecidas, grife-as, mas não pare a leitura. Você ainda
pode tentar entendê-las pelo contexto.
Inglês: 1. Compreensão de
4. Reveja as palavras grifadas
textos. 2. Capacidade de
compreender ideias gerais e Depois de ler parágrafo por parágrafo com atenção, retome
específicas por meio da as palavras que grifou e tente adivinhar o que significam.
Depois de familiarizado com o conteúdo do texto, fica muito
análise de textos selecionados mais fácil decifrá-las. Se mesmo assim encontrar dificuldades,
de livros, jornais ou revistas, tente substituí-las por outras palavras ou expressões que
que abordem temas culturais, conhece e que fariam sentido no texto – talvez você encontre
sinônimos.
literários e científicos. 3. Itens
gramaticais relevantes para a 5. Consulte o dicionário
compreensão dos conteúdos
Só depois de analisar bem o texto é hora de pegar o
semânticos dicionário! Confira se você acertou o significado das palavras
desconhecidas que grifou.
Se não, anote o significado correto em um caderno: isso
ajuda a fixar o novo vocabulário.
Interpretação de Textos
6. Releia o texto mais uma vez
Quando1 estamos aprendendo inglês, é muito comum nos
depararmos com textos que julgamos indecifráveis. Ao ler Conhecer o significado de uma palavra é tão importante
tantas palavras desconhecidas, nos assustamos e muitas vezes quanto saber empregá-la corretamente em frases. Por isso,
desistimos de ler, antes mesmo de começar, ou, então, logo depois de descobrir a definição de cada vocábulo, leia o texto
pegamos o bom e velho dicionário. Mas com estas 6 dicas de uma última vez para saber como utilizá-los corretamente em
interpretação de textos em inglês, essa tarefa vai ficar mais conversas e textos que escrever no futuro
fácil.
Técnica de leitura de texto de língua inglesa
Usar um dicionário, claro, é muito útil, mas recorrer a ele
toda vez que se depara com uma palavra desconhecida não é a No Brasil, de um modo geral, o inglês instrumental é uma
melhor forma de fazer uma leitura. Isso trunca o processo e das abordagens do ensino do Inglês que centraliza a língua
atrapalha o desenvolvimento da fluência do estudante. Que tal, técnica e científica focalizando o emprego de estratégias
então, antes de recorrer ao dicionário, tentar concluir a sua específicas, em geral, voltadas à leitura. Seu foco é desenvolver
leitura, com eficiência, apenas captando o contexto do a capacidade de compreensão de textos de diversas áreas do
conteúdo? conhecimento. O estudo da gramática restringe-se a um
mínimo necessário normalmente associado a um texto atual
Veja algumas dicas para ajudá-lo na interpretação: ou similar que foi veiculado em periódicos. O conhecimento de
uma boa quantidade de palavras também faz parte das
1. Encontre um texto para treinar técnicas que serão relacionadas abaixo.

Escolha um conteúdo em inglês para fazer essa atividade: O que é Inglês Instrumental ?
vale uma reportagem de revista, um artigo ou, até mesmo, um
trecho de um livro. Também conhecido como Inglês para Fins Específicos -
O importante é que o texto seja relativamente curto e ESP, o Inglês Instrumental fundamenta-se no treinamento
aborde um assunto do seu interesse, para que o exercício não instrumental dessa língua. Tem como objetivo essencial
fique desinteressante. proporcionar ao aluno, em curto prazo, a capacidade de ler e
compreender aquilo que for de extrema importância e
2. Faça uma leitura rápida fundamental para que este possa desempenhar a atividade de
leitura em uma área específica.
Esqueça os detalhes! Passe os olhos, rapidamente, por todo
o texto para tentar captar sua ideia principal. Muitas pessoas Estratégias de leitura
param a leitura do texto em inglês, logo no primeiro parágrafo,
ao encontrar uma palavra que não conhecem. Isso não é Algumas estratégias de leitura são consideradas
necessário. básicas no Inglês Instrumental, a saber:
Muitas vezes, nas próximas linhas, você encontrará mais
referências que podem ajudar a decifrar a palavra misteriosa. - Skimming: trata-se de uma estratégia onde o leitor vai
Não se preocupe com os detalhes, na primeira leitura. buscar a ideia geral do texto através de uma leitura rápida, sem

1 Fonte: http://canaldoensino.com.br/blog/6-dicas-de-interpretacao-de-
textos-em-ingles (Adaptado e ampliado)

Língua Estrangeira 1
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

apegar-se a ideias mínimas ou específicas, para dizer sobre o


que o texto trata.
- Scanning: através do scanning, o leitor busca ideias
específicas no texto. Isso ocorre pela leitura do texto à procura
de um detalhe específico. Praticamos o scanning diariamente
para encontrarmos um número na lista telefônica, selecionar
um e-mail para ler, etc.
- Cognatos: são palavras idênticas ou parecidas entre duas
línguas e que possuem o mesmo significado, como a palavra
“vírus” é escrita igualmente em português e inglês, a única
diferença é que em português a palavra recebe acentuação.
Porém, é preciso atentar para os chamados falsos cognatos, ou
seja, palavras que são escritas igual ou parecidas, mas com o
significado diferente, como “evaluation”, que pode ser An old man plays his cello at the foot of a crumbling wall.
confundida com “evolução” onde na verdade, significa The notes of the sarabande of Bach’s Suite No 2 rise in the cold
“avaliação”. air, praising God for the “miracle” of the fall of the Berlin Wall,
- Inferência contextual: o leitor lança mão da inferência, as Mstislav Rostropovich later put it. The photograph is seen
ou seja, ele tenta adivinhar ou sugerir o assunto tratado pelo around the world. The date is 11 November 1989, and the
texto, e durante a leitura ele pode confirmar ou descartar suas Russian virtuoso is marching to the beat of history.
hipóteses. Publicity stunt or political act? No doubt a bit of both – and
- Reconhecimento de gêneros textuais: são tipo de proof, in any case, that music can have a political dimension.
textos que se caracterizam por organização, estrutura Yo-Yo Ma showed as much in September when the cellist
gramatical, vocabulário específico e contexto social em que opened the new season of the Philharmonie de Paris with the
ocorrem. Dependendo das marcas textuais, podemos Boston Symphony Orchestra. As a “messenger of peace” for the
distinguir uma poesia de uma receita culinária, por exemplo. United Nations, the Chinese American is the founder of Silk
- Informação não-verbal: é toda informação dada através Road Project, which trains young musicians from a variety of
de figuras, gráficos, tabelas, mapas, etc. A informação não- cultures to listen to and improvise with each other and
verbal deve ser considerada como parte da informação ou develop a common repertoire. “In this way, musicians create a
ideia que o texto deseja transmitir. dialogue and arrive at common policies,” says analyst Frédéric
- Palavras-chave: são fundamentais para a compreensão Ramel, a professor at the Institut d’Études Politiques in Paris.
do texto, pois se trata de palavras relacionadas à área e ao By having music take the place of speeches and peace talks, the
assunto abordado pelo texto. São de fácil compreensão, pois, hope is that it will succeed where diplomacy has failed.[…]
geralmente, aparecem repetidamente no texto e é possível Curiously, the study of the role of music in international
obter sua ideia através do contexto. relations is still in its infancy. “Historians must have long seen
- Grupos nominais: formados por um núcleo it as something fanciful, because history has long been
(substantivo) e um ou mais modificadores (adjetivos ou dominated by interpretations that stress economic, social and
substantivos). Na língua inglesa o modificador aparece antes political factors,” says Anaïs Fléchet, a lecturer in
do núcleo, diferente da língua portuguesa. contemporary history at the Université de Versailles-St-
- Afixos: são prefixos e/ou sufixos adicionados a uma raiz, Quentin and co-editor of a book about music and globalisation.
que modifica o significado da palavra. Assim, conhecendo o “As for musicologists,” she adds, “until quite recently they
significado de cada afixo pode-se compreender mais were more interested in analysing musical scores than the
facilmente uma palavra composta por um prefixo ou sufixo. actual context in which these were produced and how they
- Conhecimento prévio: para compreender um texto, o were received.” In the 1990s came a cultural shift. Scholars
leitor depende do conhecimento que ele já tem e está were no longer interested solely in “hard power” – that is, in
armazenado em sua memória. É a partir desse conhecimento the balance of powers and in geopolitics – but also in “soft
que o leitor terá o entendimento do assunto tratado no texto e power”, where political issues are resolved by mutual support
assimilará novas informações. Trata-se de um recurso rather than force. […]
essencial para o leitor formular hipóteses e inferências a
respeito do significado do texto.

Questões

01. (MRE – Oficial de Chancelaria – FGV/2016)


TEXT I
How music is the real language of political diplomacy
Forget guns and bombs, it is the power of melody that has
changed the world

Marie Zawisza Gilberto Gil sings while then UN secretary general Kofi
Saturday 31 October 2015 10.00 GMT Annan plays percussion at a September 2003 concert at the UN
Last modified on Tuesday 10 November 201513.19 GMT headquarters honouring those killed by a bomb at a UN office
in Baghdad a month earlier. Photograph: Zuma/Alamy
Since then, every embassy has a cultural attaché. The US
engages in “audio diplomacy” by financing hip-hop festivals in
the Middle East. China promotes opera in neighbouring states
to project an image of harmony. Brazil has invested in culture
to assert itself as a leader in Latin America, notably by
establishing close collaboration between its ministries of
foreign affairs and culture; musician Gilberto Gil was culture
minister during Luiz Inácio Lula da Silva᾽s presidency from

Língua Estrangeira 2
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

2003 to 2008. He was involved in France’s Year of Brazil. As The Mexican government had hoped that its firstever
Fléchet recalls, “the free concert he gave on 13 July, 2005 at the auction of shallow-water exploration blocks in the Gulf of
Place de la Bastille was the pinnacle. That day, he sang La Mexico would successfully launch the modernisation of its
Marseillaise in the presence of presidents Lula and Jacques energy industry. In the run-up to the bidding, Mexico had
Chirac.” Two years earlier, in September 2003, Gil sang at the sought to be as accommodating as its historic dislike for
UN in honour of the victims of the 19 August bombing of the foreign oil companies allowed it to be. Juan Carlos Zepeda,
UN headquartes in Baghdad. He was delivering a message of head of the National Hydrocarbons Commission, the regulator,
peace, criticising the war on Iraq by the US: “There is no point had put a premium on transparency, saying there was “zero
in preaching security without giving a thought to respecting room” for favouritism.
others,” he told his audience. Closing the concert, he invited When prices of Mexican crude were above $100 a barrel
then UN secretary general Kofi Annan on stage for a surprise last year (now they are around $50), the government had
appearance as a percussionist. “This highly symbolic image, spoken optimistically of a bonanza. It had predicted that four
which highlighted the conviction that culture can play a role in to six blocks would be sold, based on international norms.
bringing people together, shows how music can become a It did not turn out that way. The results fell well short of
political language,” Fléchet says. the government’s hopes and underscore how residual
(adapted from http://www.theguardian.com/music/2015/oct/31 /music- resource nationalism continues to plague the Latin American
language-human-rights-political-diplomacy)
oil industry. Only two of 14 exploration blocks were awarded,
both going to the same Mexican-led trio of energy fi rms. Offi
The word that is closer in meaning to “stunt” in the
cials blamed the disappointing outcome on the sagging
question “Publicity stunt or political act?” is:
international oil market, but their own insecurity about
(A) tip;
appearing to sell the country’s oil too cheap may also have
(B) event;
been to blame, according to industry experts. On the day of the
(C) brand;
auction, the fi nance ministry set minimum-bid requirements
(D) story;
that some considered onerously high; bids for four blocks
(E) poster.
were disqualifi ed because they failed to reach the offi cial fl
oor.
02. (TRE-MT – Conhecimentos Gerais para o Cargo 3
– CESPE/2015) In the short term, the justice system can gain (Source: http://www.economist.com/news/business/21657827-
consistency by striving for standardization and by publishing latinamericas-oil-fi rms-need-more-foreign-capital-historic-auctionmexico-
the result of that effort. Broadly speaking, the court system shows)
resolves disputes by providing answers where the parties
themselves cannot find them. It generates public trust by 03. (ESAF – Analista de Planejamento e Orçamento –
honouring arguments with new solutions, and this ESAF/2015) According to text 1 above, Juan Carlos Zepeda
fundamental task must be supported by proportional and (A) disliked all foreign oil companies.
adequate use of technology, never reduced. In this sense, (B) was for favouritism.
judicial organizations need to pay serious attention to their (C) gave reluctant support to the first auction.
information technology policies to guarantee that justice is (D) was certain that no rigging was to happen.
served. (E) was against the auction.
Public guidelines for frequently occurring decisions can
fulfil the need for consistency. Automating the guidelines can 04. (ESAF – Analista de Planejamento e Orçamento –
be a next step. Public guidelines can reduce the number of ESAF/2015) As stated in the passage, the public auction
points in dispute, and perhaps even entire disputes, to be put (A) gave rise to new times concerning oil production.
before the judge. Thus, increasing consistency also shortens (B) started the monopoly on oil exploration.
turnaround time.There is more to this than just implementing (C) cut off the hopes for a bonanza.
technology, however. Developing routines and public (D) was successful in achieving the modernization of
guidelines require active work on the part of the judges and Mexican economy.
their staff in the courts. Judiciaries need to be responsible for (E) set out apprehension for the expansion of oil
their own performance as administrators of justice. exploration and production.

Internet: <http://home.hccnet.nl> (adapted). 05. (Receita Federal – Auditor Fiscal da Receita


Federal – ESAF)
According to the text, public guidelines. The IRS Chief Counsel is appointed by the President of the
(A) show that judges and their staff are responsible for the United States, with the advice and consent of the U.S. Senate,
administration of justice. and serves as the chief legal advisor to the IRS Commissioner
(B) will increase the amount of time needed for a court on all matters pertaining to the interpretation, administration,
decision. and enforcement of the Internal Revenue Code, as well as all
(C) can become automated for frequent decisions. other legal matters. Under the IRS Restructuring and Reform
(D) solve the points in dispute. Act of 1998, the Chief Counsel reports to both the IRS
(E) have the power to certainly reduce entire disputes. Commissioner and the Treasury General Counsel. Attorneys in
the Chief Counsel’s Office serve as lawyers for the IRS. They
Leia o texto e responda as questões 3 e 4. provide the IRS and taxpayers with guidance on interpreting
Text 1 Federal tax laws correctly, represent the IRS in litigation, and
The good oil boys club provide all other legal support required to carry out the IRS
mission. Chief Counsel received 95,929 cases and closed
It should have been a day of high excitement. A public 94,323 cases during fiscal year 2012. Of the new cases
auction on July 15th marked the end of a 77-year monopoly on received, and cases closed, the majority related to tax law
oil exploration and production by Pemex, Mexico`s state- enforcement and litigation, including Tax Court litigation;
owned oil company, and ushered in a new era of foreign collection, bankruptcy, and summons advice and litigation;
investment in Mexican oil that until a few years ago was Appellate Court litigation; criminal tax; and enforcement
considered unimaginable. advice and assistance. In Fiscal Year 2012, Chief Counsel
received 31,295 Tax Court cases involving taxpayers

Língua Estrangeira 3
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

contesting an IRS determination that they owed additional tax. This is the third time I hear you say that.
The total amount of tax and penalty in dispute at the end of the
fiscal year was almost $6.6 billion. - Antes de nomes de hotéis, restaurantes, teatros,
cinemas, museus.
(Source: Internal Revenue Service Data Book, 2012.) Exemplos:
The Hilton (Hotel)
During fiscal year 2012, the Chief Counsel's office The British Museum
succeeded in
(A) turning down over 30,000 appeals by taxpayers. - Antes de nacionalidades.
(B) securing over $6 billion for the State. Exemplos:
(C) winning the majority of litigation cases. The Dutch
(D) processing most of the cases it received. The Chinese
(E) voiding 1,606 cases fled by taxpayers.
- Antes de nomes de instrumentos musicais.
Respostas Exemplos:
She plays the piano very well.
01. (B) - Can you play the guitar?
02. (C) –
03. (D) - Antes de substantivos seguidos de preposição.
4. (A) Exemplos:
5. (D) The Battle of Trafalgar
The Houses of Parliament
Artigos: definidos e indefinidos
Omissões
Artigo Definido
- Antes de substantivos tomados em sentido genérico.
THE = o, a, os, as Exemplos:
Roses are my favorite flowers.
- Usamos antes de substantivos tomados em sentido Salt is used to flavor food.
restrito.
Exemplos: - Antes de nomes próprios no singular.
The coffee produced in Brazil is of very high quality. Examples:
I hate the music they’re playing. John didn’t come to the party yesterday.
The people you’ve just met are my neighbors. She lives in South America.

- Emprega-se também antes de nomes de países no - Antes de possessivos.


plural ou que contenham as palavras Kingdom, Republic, Exemplo:
Union, Emirates. My house is more comfortable than theirs.
Exemplos:
The United States - Antes de nomes de idiomas, não seguidos da palavra
The Netherlands language.
The United Kingdom Exemplo:
The Dominican Republic She speaks French and English. (Mas: She speaks the
French language.)
- Antes de adjetivos ou advérbios no grau superlativo.
Exemplos: - Antes de nomes de estações do ano.
John is the tallest boy in the family. Exemplo:
The best students will be awarded. Summer is hot, but winter is cold.

- Antes de acidentes geográficos (rios, mares, oceanos, Casos especiais


cadeias de montanhas, desertos e ilhas no plural), mesmo
que o elemento geográfico tenha sido omitido. - Não se usa o artigo THE antes das palavras church,
Exemplos: school, prison, market, bed, hospital, home, university,
The Nile (River) college, market, quando esses elementos forem usados
The Sahara (Desert) para seu primeiro propósito.
The Pacific (Ocean)
Exemplos:
- Antes de nomes de famílias no plural. She went to church. (para rezar)
Exemplos: She went to the church. (talvez para falar com alguém)
The Smiths have just moved here.
The Browns are our friends. - Sempre se usa o artigo THE antes de office, cathedral,
cinema, movies e theater.
- Antes de adjetivos substantivados. Exemplos:
Exemplos: Let’s go to the theater.
You should respect the old. They went to the movies last night.
I feel sorry for the blind.
Artigo Indefinido
- Antes de numerais ordinais.
Exemplos: A / AN = um, uma
He is the eleventh on the list. Emprego do artigo A:

Língua Estrangeira 4
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

- Antes de substantivos incontáveis.


- Antes de palavras iniciadas por consoantes. Exemplos:
Exemplos: Please, bring me (some*) bread.
A boy Water is good for our health.
A girl
A woman * Em alguns casos, podemos usar SOME antes dos
- Antes de palavras iniciadas por vogais, com som substantivos.
consonantal. Fonte: objetivo.br (com adaptações)
Exemplos:
A uniform Questões
A university
A European Marque a alternativa adequada para cada questão abaixo,
de acordo com as regras estudadas:
Emprego do artigo AN:
01. I love living in this __________ city.
- Antes de palavras iniciadas por vogais. A) no article
Examples: B) a
AN egg C) the
AN orange D) an
AN umbrella
02. Generally speaking, __________ boys are physically
- Antes de palavras iniciadas por H mudo (não stronger than girls.
pronunciado). A) no article
Examples: B) a
AN hour C) the
AN honor D) an
AN heir
03. The boss gave me __________ hour to finish the report.
Usa-se os artigos indefinidos para: A) no article
B) a
- Dar ideia de representação de um grupo, antes de C) the
substantivos. D) an
Exemplo:
A chicken lays eggs. (Todas as galinhas põem ovos.) 04. Do you remember __________ girl that we saw last night?
A) no article
- Antes de nomes próprios no singular, significando B) a
“um tal de”. C) the
Exemplo: D) an
A Mr. Smith phoned yesterday.
05. P1: Did you go to the Thai restaurant?
- No modelo: P2: No, I went to __________ place where you and I
WHAT + A / AN = adj. + subst. normally go.
A) the
Exemplos:
B) a
What a nice woman! (Que mulher bondosa!)
C) no article
What a terrible situation! (Que situação terrível!)
D) an
- Em algumas expressões de medida e frequência.
Exemplos:
Respostas
A dozen (uma dúzia)
A hundred (uma centena, ou cem) 01. A – “Amo morar nesta cidade”, não há necessidade de
Twice a year (duas vezes ao ano)
um artigo antes de cidade.
- Em certas expressões.
02. A – A frase cita meninos em geral, e nesse caso, não se
Exemplos:
usa artigo.
It’s a pity (é um a pena)
It’s a shame (é uma vergonha)
03. D - Usa-se antes de substantivo iniciando com som de
It’s an honor (é uma honra)
consoante.
- Antes de profissão ou atividades.
04. C - Trata-se de uma menina específica, logo, usa-se o
Exemplos:
artigo the.
James is a lawyer.
Her sister is a physician.
05. A – Trata-se de um local específico, logo, usa-se o artigo
the.
Omissões
Pronouns
- Antes de substantivos contáveis no plural.
Exemplos:
Os Pronomes são palavras utilizadas para substituir os
Lions are wild animals.
substantivos.
I’ve seen (some*) good films lately.

Língua Estrangeira 5
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

1. Pronomes Pessoais: Exemplo:


Em inglês existem dois tipos de pronomes pessoais, eles My car is red, but theirs is black.
são: Subject Pronouns e Object Pronouns.
MYSELF
I EU YOURSELF
YOU VOCÊ HIMSELF
HERSELF
HE ELE
ITSELF
SHE ELA OURSELVES
IT ELE / ELA (COISAS E ANIMAIS) YOURSELVES
WE NÓS THEMSELVES
3. Pronomes reflexivos:
YOU VOCÊS
THEY ELES / ELAS Exemplos:
Subject Pronouns He hurt himself. (Ele se cortou)
(Usados como sujeito da frase) I cut myself. (Eu me cortei)

Exemplos: Observação:
I study English and Japanese. Os pronomes reflexivos também possuem função enfática.
She works in a big city. Veja alguns exemplos:
Object Pronous They themselves built their houses. (Eles próprios
ME construíram a casa)
We ourselves made this surprise to you. (Nós mesmos
YOU preparamos essa surpresa para você)
HIM
4. Pronomes Demonstrativos:
HER
IT SINGULAR Tradução Exemplo
US THIS esse / essa This is my
YOU favorite book.
THEM THAT aquele / That is my cat.
aquela
(Usados como objeto da frase)
PLURAL Tradução Exemplo
Exemplos:
THESE esses / essas These are my
They gave me the book. friends from
She always see him at school. school.
THOSE aqueles / Those are the
2. Pronomes Possessivos: aquelas English teachers.
Em inglês há, também, dois tipos de pronomes possessivos,
os Possessive Adjectives e os Possessive Pronouns. 5. Pronomes Indefinidos:
Derivações do “SOME” – SOMETIME (alguma vez)
POSSESSIVE POSSESSIVE PRONOUNS SOMEWHERE (algum
ADJECTIVES lugar)
MY MINE SOMEONE (alguém)
SOMETHING (alguma
YOUR YOURS coisa / algo)
HIS HIS
HER HERS Derivações do “ANY” – ANYWHERE (em qualquer lugar,
em algum lugar, em nenhum lugar)
ITS ITS ANYBODY (qualquer
OUR OURS pessoa, alguém, ninguém)
ANYTHING (qualquer
YOUR YOURS
coisa, nada, algo)
THEIR THEIRS

* Possessive Adjectives são usados antes de substantivos,


precedidos ou não de adjetivos.

Exemplos:

Her parents live in London.


I want your new dress.

* Possessive Pronouns são usados para substituir a


construção possessive adjective + substantivo, evitando,
portanto, a repetição.

Língua Estrangeira 6
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

6. Pronomes Interrogativos: (C) Why


(D) Who
Pronomes Tradução Exemplos: (E) What

WHAT O que? What do you study? 03. She combs .....................


(O que você estuda?) (A) himself
WHERE Onde? Where do you live? (B) yourself
(Onde você mora?) (C) myself
WHEN Quando? When did he come to (D) herself
Brazil? (Quando ele veio (E) itself
para o Brasil?)
WHO Quem? Who is your friend? 04. (SEFAZ/SP – AGENTE FISCAL DE RENDAS – GESTÃO
(Quem é seu amigo?) TRIBUTÁRIA – FCC)
WHOSE De Whose wallet is this?
For taxpayer advocate, a familiar refrain
quem? (De quem é essa
carteira?)
By Michelle Singletary, Published: January 15, 2013
WHY Por que? Why is she sad? (Por
que ela está triste?)
It’s not nice to tell people “I told you so.” But if anybody has
HOW Como? How do you prepare the right to say that, it’s Nina E. Olson, the national taxpayer
lemon pie? advocate. Olson recently submitted her annual report to
Congress and top on her list of things that need to be fixed in
7. Pronomes Relativos the complexity of the tax code, which she called the most
serious problem facing taxpayers. Let’s just look at the most
Os pronomes relativos podem exercer a função de sujeito recent evidence of complexity run amok. The Internal Revenue
ou objeto do verbo principal. Service had to delay the tax-filing season so it could update
forms and its programming to accommodate recent changes
WHO Sujeito ou Pronome I told you made under the American Taxpayer Relief Act.
Objeto para pessoas about the woman The IRS won’t start processing individual income tax
who lives in returns until Jan. 30. Yet one thing remains unchanged – the
Brazil April 15 tax deadline. Because of the new tax laws, the IRS also
WHICH Sujeito ou Pronome Do you see had to release updated income-tax withholding tables for
Objeto para animais e the cat which is 2013. These replace the tables issued Dec. 31. Yes, let’s just
coisas drinking milk? keep making more work for the agency that is already
WHOSE Posses para This is the overburdened. Not to mention the extra work for employers,
pessoas, animais e boy whose who have to use the revised information to correct the amount
coisas mother is a nurse of Social Security tax withheld in 2013. And they have to make
WHOM Pronome Objeto The woman that correction in order to withhold a larger Social Security tax
para pessoas whom you called of 6.2 percent on wages, following the expiration of the payroll
is my cousin tax cut in effect for 2011 and 2012.
THAT Sujeito ou Pronome He is the man Oh, and there was the near miss with the alternative
Objeto para pessoas, that saved my life minimum tax that could have delayed the fax filling season to
animais e coisas That is the late March. The AMT was created to target high-income
dog that bit my taxpayers who were claiming so many deductions that they
neighbor owed little or no income tax. Olson and many others have
complained for years that the AMT wasn’t indexed for
inflation. “Many middle- and upper-middle-class taxpayers
8. One / Ones pay the AMT, while most wealthy taxpayers do not, and
thousands of millionaires pay . A.. income tax at all,” Olson said.
One (singular ) / Ones (plural) são usados para evitar As part of the recent “fiscal cliff” deal, the AMT is now fixed,
repetições desnecessárias. a move that the IRS was anticipating. It had already decided to
See those two girls? Helen is the tall one (girl) and Jane is program its systems on the assumption that an AMT patch
the short one (girl). would be passed, Olson said. Had the agency not taken the risk,
Let’s look at the photographs. The ones (photographs) you the time it would have taken to update the systems “would
took in Paris. have brought about the most chaotic filing season in memory,”
she said in her report.
Questões The tax code contains almost 4 million words. Since 2001,
there have been about 4,680 changes, or an average of more
Preencha as frases com o pronome correto: than one change a day. What else troubles Olson? Here’s what:
01. .......... and ........... mother are from Japan. Nearly 60 percent of taxpayers hire paid preparers, and
(A) I - my another 30 percent rely on commercial software to prepare
(B) Me - my their returns.
(C) their - my Many taxpayers don’t really know how their taxes are
(D) I - mine computed and what rate of tax they pay.
(E) She – hers The complex code makes tax fraud ..B.. to detect.
Because the code is so complicated, it creates an
02. ............. do they study here? Because they like our impression that many taxpayers are not paying their fair
school. share. This reduces trust in the system and perhaps leads some
(A) Where people to cheat. Who wants to be the sucker in this game? So
(B) When someone might not declare all of his income, rationalizing that

Língua Estrangeira 7
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

millionaires get to use the convoluted code to greatly reduce (A)Their in “Generation Y legal professionals are in their
their tax liability. 20s and are just entering the workforce.”
In fiscal year 2012, the IRS received around 125 million (B)While in “While older generations may view this
calls. But the agency answered only about two out of three calls attitude as narcissistic or lacking commitment...”
from people trying to reach a live person, and those taxpayers (C)This in “As law firms compete for available talent,
had to wait, on average, about 17 minutes to get through. employers cannot ignore the needs, desires and attitudes of
“I hope 2013 brings about fundamental tax simplification,” this vast generation.”
Olson pleaded in her report. She urged Congress to reassess (D)They in “They appreciate being kept in the loop and
the need for the tax breaks we know as income exclusions, seek frequent praise and reassurance.”
exemptions, deductions and credits. It’s all these tax advantage (E)Committees in Part of a no-person-left-behind
breaks that complicate the code. If done right, and without generation, Generation Y is loyal, committed and wants to be
reducing revenue, tax rates could be substantially lowered in included and involved.
exchange for ending tax breaks, she said.
Respostas
(Adapted from http://js.washingtonpost.com)
A alternativa que preenche corretamente a lacuna ..A.. é: 1. (A)
(A) No. 2. (C)
(B) Any. 3. (D)
(C) Lots. 4. (A)
(D) Some. 5. (A)
(E) Little.
Prepositions
05. (CPTM – ANALISTA ADMINISTRATIVO JÚNIOR –
MAKIYAMA) AT / ON / IN com expressões de tempo:
As regras para as preposições de tempo são mais claras e
Generation Y bem definidas. A ordem à seguir vai de um tempo mais
By Sally Kane, About.com Guide específico para um mais abrangente. Vamos a elas:

Born in the mid-1980’s and later, Generation Y legal AT – usamos o “at” para horas e um tempo preciso.
professionals are in their 20s and are just entering the IN – usamos o “in” para meses, anos, séculos e longos
workforce. With numbers estimated as high as 70 million, períodos.
Generation Y (also -1- as the Millennials) is the fastest growing ON – usamos o “on” para dias da semana e datas.
segment of today’s workforce. As law firms compete for
available talent, employers cannot ignore the needs, desires Question: When do you study English?
and attitudes of this vast generation.
Below are a few common traits that define Generation Y. Specific Times (horas específicas)
Tech-Savvy: Generation Y grew up with technology and
rely on it to perform their jobs better. Armed with BlackBerrys, Examples:
laptops, cellphones and other gadgets, Generation Y is
plugged-in 24 hours a day, 7 days a week. This generation 8 o’clock
prefers to communicate through e-mail and text messaging AT 7:30
rather than face-to-face contact and -2- webinars and online 9 p.m
technology to traditional lecture-based presentations.
Expressions:
Family-Centric: The fast-track has lost much of its appeal
for Generation Y who is willing to trade high pay for fewer noon
billable hours, flexible schedules and a better work/life midnight
balance. While older generations may view this attitude as night
narcissistic or lacking commitment, discipline and drive,
Generation Y legal professionals have a different vision of
workplace expectations and prioritize family over work.
Achievement-Oriented: Nurtured and pampered -3- Month / Season / Year / Century
parents who did not want to make the mistakes of the previous (Mês / Estações / Ano / Século)
generation, Generation Y is confident, ambitious and
achievement-oriented. They have high expectations of their January
employers, seek out new challenges and are not afraid to ask IN 1964
question authority. Generation Y wants meaningful work and Winter
a solid learning curve. the 20th century
Team-Oriented: As children, Generation Y participated in
team sports, play groups and other group activities. They value The morning / afternoon / evening
teamwork and seek the input and affirmation of others. Part of
a no-person-left-behind generation, Generation Y is loyal,
committed and wants to be included and involved.
Attention-Craving: Generation Y craves attention in the ON Monday
forms of feedback and guidance. They appreciate being kept in (Days and Dates) May 16
the loop and seek frequent praise and reassurance. Generation (Dias e Datas)
Mother’s Day
Y may benefit greatly from mentors who can help guide and Saturday
develop their young careers.
Font: legalcareers.about.com

The best example of a possessive pronoun is:

Língua Estrangeira 8
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

2. AT / ON / IN com endereços: behind – atrás


between – entre ( usado para algo que está posicionado
Question: Where do you live? entre duas coisas)
Answer: I live... in front of – na frente

AT 621 State Street Aqui é importante ressaltar o uso do “in front of“ quando
Endereços Específicos estamos numa rua. Se dissermos que estamos “in front of the
bank”, estamos na frente do banco, mas na mesma calçada. Se
355 Wandermere Rd. você quiser dizer que está na frente do banco, mas do outro
lado da rua, deve dizer: “I’m opposite the bank”.

ON next to – ao lado de
Nomes de ruas, avenidas, etc Hudson Street near – perto, próximo

Paulista Avenue Cuidado com esses dois últimos que costumam ser
confundidos, se você está exatamente ao lado de alguém ou
algo, deve usar next to. Exemplo:

I am sitting next to Susan. (Eu estou sentada ao lado da


IN The United Susan.)
Nomes de cidades, estados, países, States
continentes, etc Porém, se você estiver sentada próxima a algo ou alguém,
Europe mas não necessariamente ao lado, irá dizer: “I am sitting near
the door.” (Eu estou sentada próximo à porta.)
São Paulo
Temos ainda:
over – sobre
below – abaixo
3. AT / ON / IN com localizações:
Outra questão importante é o uso das
AT ON IN preposições into e onto. Muitas pessoas se perguntam: É a
HOME THE PLANE THE CAR mesma coisa que in e on? Definitivamente não. Usamos essas
preposições quando queremos dar ideia de movimento.
SCHOOL THE TRAIN THE BED
Exemplos:
THE LIBRARY ON THE FLOOR THE BED
She is putting her keys into her purse. (Ela está colocando
4. Preposições de Lugar: suas chaves dentro da bolsa.)
I saw the boy trying to climb onto the wall. (Eu vi o menino
tentando subir no muro.)

Para finalizar, temos aqueles que considero um


pouquinho mais complicados, que é o caso do in, on e at.
Embora em geral, in = dentro e on = em cima, nem sempre é
assim quando estamos falando da localização espacial de algo
ou alguém e, para completar, não existe uma regra específica
para seu uso.

In em geral é para uma área mais fechada:


She is not here, she is in her room. (Ela não está aqui. Ela
está no quarto dela.)

Contudo, dizemos “on the train”, “on the bus”, “on the ship”
e “on the airplane”. Apesar de dizermos “in the car”.

O on é mais usado para lugares mais abertos: on the farm,


on the beach. O at é usado como pensamos num lugar como
sendo um ponto. Exemplo:
I’ll meet her at the airport. (Vou encontrá-la no
aeroporto.)

http://www.englishexperts.com.br/2013/01/15/preposicoes-de-lugar-em-
ingles/(Adaptado)

5. Algumas Expressões:
As preposições de lugar, em geral, encontram um paralelo
no português, o que facilita bastante. A coisa só se complica
Expressões com Preposição
um pouco quando temos que lidar com o in, on e at, mas
vamos por partes:
Existem diversas expressões idiomáticas em inglês que são
As preposições de lugar mais simples seriam:
iniciadas por preposição, veja alguns exemplos:
on – em cima
AT
under – embaixo
at any rate: a qualquer custo

Língua Estrangeira 9
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

at first: no início WITHIN


at last: finalmente within reason: razoável
at a loss: em uma perda

BEHIND
behind the scenes: por trás das cenas

BESIDE
beside the point: irrelevante

BY
by accident: por acidente
by all means: de todo jeito
by hand: à mão
by heart: de coração
by mistake: acidentalmente
by the way: a propósito

FOR
for sale: à venda
for sure: com certeza 6. Outras Preposições:
for a while: por enquanto
FROM
ABOUT SOBRE / A RESPEITO DE
from scratch: do princípio
from time to time: ocasionalmente AFTER APÓS / DEPOIS
IN BEFORE ANTES
in advance: antecipadamente
in any case: em qualquer caso DURING DURANTE
in charge: no comando
in common: em comum IN FRONT OF EM FRENTE DE
in danger: em perigo
in demand: em demanda INSIDE DENTRO
in fact: na realidade
in a hurry: com pressa NEAR / NEXT TO PERTO DE
in trouble: com problemas
in vain: em vão SINCE DESDE
INSIDE WITH COM
inside out: do avesso
WITHOUT SEM
OF
of course: claro
7. Algumas especificações:
ON
on account of: por causa de a) Preposição “FOR” – para / durante / por
on the lookout: na vigia
on the one hand: por um lado Usada para indicar:
on the other hand: por outro lado
on purpose: de propósito Finalidade – The feed is FOR the dog to eat. (A ração é
on time: na hora (pontualmente) PARA o cachorro comer)
OUT Tempo – I have studied English FOR 2 years (Eu estudei
out of the blue: subitamente Inglês DURANTE dois anos)
out of the ordinary: fora do comum
out of the question: for a de questão Favor ou benefício - Do it for me, please. (Faça isso por
out of tune: fora de sintonia mim, por favor)
out of work: desempregado
b) Preposição “TO” – para / a
TO
to a certain extent: até certo ponto Usada para indicar:
Movimento ou Posição – Turn TO the right (Vire PARA a
UNDER direita) / Don’t go TO the other side of the room. (Não vá PARA
under the circumstances: nessas circunstâncias o outro lado da sala)
under control: sob controle Questões
WITH 01. Complete com “in”, “on” ou “at” as frases abaixo:
with the naked eye: a olho nu
with regard/respect to: no que diz respeito We could go by car, but I’d rather go ............. foot.

Língua Estrangeira 10
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

I’ll be very busy ............ Monday, but I could meet you .......... available talent, employers cannot ignore the needs, desires
the morning instead. and attitudes of this vast generation.
Below are a few common traits that define Generation Y.
I’m free .............. lunchtime. Shall we meet then? Tech-Savvy: Generation Y grew up with technology and
rely on it to perform their jobs better. Armed with BlackBerrys,
We live ............. Michigan Avenue, ................ Chicago. laptops, cellphones and other gadgets, Generation Y is
plugged-in 24 hours a day, 7 days a week. This generation
Do you know the girl who lives ................... number 22? prefers to communicate through e-mail and text messaging
rather than face-to-face contact and -2- webinars and online
technology to traditional lecture-based presentations.
02. (ANVISA – ANALISTA ADMINISTRATIVO – CETRO) Family-Centric: The fast-track has lost much of its appeal
Read the sentence below, considering the context of the for Generation Y who is willing to trade high pay for fewer
text, and choose the alternative that best fills in correctly and billable hours, flexible schedules and a better work/life
respectively the blanks. balance. While older generations may view this attitude as
narcissistic or lacking commitment, discipline and drive,
“When we eat, the food is ________ down into glucose (blood Generation Y legal professionals have a different vision of
sugar), the body’s main energy source. As blood flows through workplace expectations and prioritize family over work.
the pancreas, this organ detects the high levels of glucose and Achievement-Oriented: Nurtured and pampered -3-
knows to release insulin, a hormone that it produces in order parents who did not want to make the mistakes of the previous
to allow the cells ________ the body to use the glucose. The cells generation, Generation Y is confident, ambitious and
have insulin receptors that allow glucose to enter. Then the cell achievement-oriented. They have high expectations of their
either uses the glucose to make energy right away or ________ it employers, seek out new challenges and are not afraid to ask
as a future energy source.” question authority. Generation Y wants meaningful work and
a soli learning curve.
(A) Fall / at / saves. Team-Oriented: As children, Generation Y participated in
(B) Break / on / save. team sports, play groups and other group activities. They value
(C) Turned / in / store. teamwork and seek the input and affirmation of others. Part of
(D) Fallen / out / restores. a no-person-left-behind generation, Generation Y is loyal,
(E) Broken / throughout / stores. committed and wants to be included and involved.
Attention-Craving: Generation Y craves attention in the
03. (TCE/ES – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – forms of feedback and guidance. They appreciate being kept in
CESPE) the loop and seek frequent praise and reassurance. Generation
Y may benefit greatly from mentors who can help guide and
Welcome to Oxford develop their young careers.
Font: legalcareers.about.com
Many periods of English history are impressively
documented in Oxford’s streets, houses, colleges and chapels. The word that best complete the gap -3- is:
Within one square mile alone, the city has more than 900 (A) Of.
buildings of architectural or historical interest. For the visitor (B) By.
this presents a challenge – there is no single building that (C) For.
dominates Oxford, no famous fortress or huge cathedral that (D) From.
will give you a short-cut view of the city. Even Oxford’s famous (E) On.
University is spread amidst a tangle of 35 different colleges
and halls in various parts of the city centre, flaunt its treasures; 05. (ANVISA – ANALISTA ADMINISTRATIVO – CETRO)
behind department stores lurk grand Palladian doorways or The alarm ________ Europe ________ the discovery ________
half-hidden crannies or medieval architecture. The entrance to horse meat ________ beef products escalated again Monday,
a college may me tucked down a narrow alleyway, and even when the Swedish furniture giant Ikea withdrew an estimated
then it is unlikely to be signposted. 1.670 pounds ________ meatballs ________ sale ________ 14
European countries. Ikea acted after authorities in the Czech
Oxford University Press, 1999, p. 135 (adapted) Republic detected horse meat in its meatballs. The company
The preposition “amidst” (L.8) can be synonymous with said it had made the decision even though its tests two weeks
among. ago did not detect horse DNA. Horse meat mixed with beef was
first found last month in Ireland, then Britain, and has now
(OBS: Os números das linhas na questão podem variar por expanded steadily across the Continent. The situation in
conta da diagramação do material.) Europe has created unease among American consumers over
________ or not horse meat might also find its way into the food
(A) Certo. supply in the United States.
(B) Errado. (The New York Times, 2/25/2013)

04. (CPTM – ANALISTA ADMINISTRATIVO JÚNIOR – Choose the alternative that fills in, correctly and
MAKIYAMA) respectively, the blanks of the sentence below.
“The alarm ________ Europe ________ the discovery ________
Generation Y horse meat ________ beef products escalated again Monday,
By Sally Kane, About.com Guide when the Swedish furniture giant Ikea withdrew an estimated
1.670 pounds ________ meatballs ________ sale ________ 14
Born in the mid-1980’s and later, Generation Y legal European countries.”
professionals are in their 20s and are just entering the
workforce. With numbers estimated as high as 70 million, (A) In / from / of / of / from / for / in
Generation Y (also -1- as the Millennials) is the fastest growing (B) In / over / of / in / of / from / in
segment of today’s workforce. As law firms compete for (C) From / over / of / of / of / to / from

Língua Estrangeira 11
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

(D) Of / with / in / in / from / on / in Francisco.)


(E) Over / with / in / of / of / on / from Rachel is four years older than me. (Raquel é quatro anos
mais velha do que eu.)
Respostas
*OBSERVAÇÃO: Nas expressões que se referem a idades o
01. verbo to be equivale ao verbo ter, em Português.
a) Resposta ON
Expressão fixa “ON FOOT”. Verbo To Be - Presente do Indicativo / Verb To Be -
b) Resposta ON – IN Simple Present/Present Simple
Antes de dias da semana usa-se a preposição “on”.
Antes das expressões MORNING, AFTERNOON e EVENING O Simple Present é o equivalente, na língua inglesa,
precisa-se da preposição “in” ao Presente do Indicativo, na língua portuguesa.
- FORMAS:
c) Resposta AT Apresentamos a seguir as formas do Simple
Expressão fixa “AT LUNCHTIME” Present (Presente Simples) do verbo to be. Na 1ª coluna
encontra-se a forma sem contração e, na 2ª, mostramos a
d) Resposta ON – IN forma contraída. A forma interrogativa não possui contração:
“On” – preposição de lugar para nomes de ruas, avenidas,
etc. 1 - AFFIRMATIVE FORM / FORMA AFIRMATIVA:
“In” – preposição de lugar para nomes de cidades estados,
países, etc. Forma sem
Forma Contraída
Contração
e) Resposta AT
“At” – preposição de lugar para endereços específicos. I am I'm
You are You're
02. RESPOSTA E
He is He's
03. RESPOSTA A
04. RESPOSTA B She is She's
05. RESPOSTA B It is It's

O Verbo To Be We are We're


You are You're
Verbo é a classe de palavras que nomeia, descreve um
They are They're
estado ou uma ação. A maioria dos verbos em Inglês é dividida
em verbos regulares (regular verbs) e verbos
irregulares (irregular verbs). Os verbos irregulares são os Examples:
que não são conjugados da mesma maneira que os regulares e I'm a waiter. (Eu sou garçom.)
para os quais não existe uma regra geral; para cada verbo They are friends of mine. (Eles são meus amigos.)
irregular há uma regra. Em Inglês, toda a sentença precisa She is in the kitchen. (Ela está na cozinha.)
ter um verbo, pelo menos. 2 - NEGATIVE FORM / FORMA NEGATIVA:

Começaremos a estudar os verbos a partir do Verbo Forma sem Contração Forma Contraída
"to be", que é um dos verbos mais básicos em língua inglesa.
I am not ---x---
Verbo to be - Verb to be You are not You aren't
He is not He isn't
O verbo to be significa ser e estar em português e, além
desses dois significados, este verbo é muito usado no sentido She is not She isn't
de ficar (tornar-se). Observe os usos e as formas deste verbo: It is not It isn't
We are not We aren't
- USOS:
Usa-se o verbo to be: You are not You aren't
They are not They aren't
1. Para identificar e descrever pessoas e objetos:
Richard is my friend. (Ricardo é meu amigo.)
I am Italian. (Eu sou Italiano.)
Examples:
They will be at the club waiting for me. (Eles estarão no
Mary is not happy. (Mary não está feliz.)
clube esperando por mim.)
It is not correct. [(Isto) Não está certo.]
They are French actors. (Eles são atores franceses.)
I will be very grateful to you. (Eu ficarei muito grato a
você.)
Is she your sister? (Ela é sua irmã?)

2. Nas expressões de tempo, idade* e lugar:


It was raining this morning. (Hoje de
manhã estava chovendo.)
It is sunny today. (Hoje o dia está ensolarado.)
I am twenty years old. (Tenho vinte anos.)
We are spending our vacation in San
Francisco. (Estamos passando nossas férias em São

Língua Estrangeira 12
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

3 - INTERROGATIVE FORM / FORMA INTERROGATIVA: Examples:


They were not good students. (Eles não eram bons
Forma sem Contração Forma Contraída alunos.)
Mary wasn't the main actress. (Mary não era a atriz
am I? ---x--- principal.)
are you? ---x---
3 - INTERROGATIVE FORM / FORMA INTERROGATIVA:
is he? ---x---
is she? ---x---
Forma Sem Contração Forma Contraída
is it? ---x---
was I? ---x---
are we? ---x---
were you? ---x---
are you? ---x---
was he? ---x---
are they? ---x---
was she? ---x---
was it? ---x---
Example:
Is she a journalist? (Ela é jornalista?) were we? ---x---
were you? ---x---
Verbo To Be - Passado / Verb To Be - Past
Simple/Simple Past were they? ---x---

- FORMAS: Example:
Were you occupied when I called to you? (Você estava
Apresentamos a seguir as formas do Simple ocupado quando lhe liguei?)
Past (Passado Simples) do verbo to be. As formas afirmativas
e interrogativas do Simple Past não possuem contração; a
forma negativa é organizada da seguinte maneira: na 1ª coluna Verbo To Be - Futuro / Verb To Be - Simple Future
encontra-se a forma sem contração e na 2ª, mostramos a forma
contraída: Apresentamos a seguir as formas do Simple
Future (Futuro Simples) do verbo to be. Na 1ª coluna
1 - AFFIRMATIVE FORM / FORMA AFIRMATIVA: encontra-se a forma sem contração e na 2ª, mostramos a forma
contraída. A forma interrogativa não possui contração:
Forma Sem Contração Forma Contraída
I was ---x--- 1 - AFFIRMATIVE FORM / FORMA AFIRMATIVA:
You were ---x---
He was ---x--- Forma Sem Contração Forma Contraída
She was ---x--- I will be I'll be
It was ---x--- You will be You'll be
We were ---x--- He will be He'll be
You were ---x--- She will be She'll be
They were ---x--- It will be It'll be
We will be We'll be
You will be You'll be
Examples:
We were in a hurry last night and didn't stop to talk to him. They will be They'll be
(Estávamos com pressa ontem à noite e não paramos para
falar com ele.) Examples:
It was too cold yesterday. (Estava muito frio ontem.)
We will be on vacation next month. (Estaremos de férias
2 - NEGATIVE FORM / FORMA NEGATIVA: no mês que vem.)
I think it will be raining tomorrow. (Acho que estará
Forma Sem Contração Forma Contraída chovendo amanhã.)
She will be the most beautiful bride in the whole world!
I was not I wasn't (Ela será a noiva mais linda do mundo inteiro!)
You were not You weren't 2 - NEGATIVE FORM / FORMA NEGATIVA:
He was not He wasn't
Forma Sem
She was not She wasn't Forma Contraída
Contração
It was not It wasn't
I will not be I'll not be / I won't be
We were not We weren't
You will not be You'll not be / You won't be
You were not You weren't
He will not be He'll not be / He won't be
They were not They weren't
She will not be She'll not be / She won't be
It will not be It'll not be / It won't be

Língua Estrangeira 13
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

We will not be We'll not be / We won't be b) is / am


c) are / is
You will not be You'll not be / You won't be d) are / are
They'll not be / They won't
They will not be 04. “Is Henry tired? “” – Yes, ________________ is tired”.
be
a) he
b) she
Examples:
c) him
d) they
I won't be here next week. (Não estarei aqui na semana
que vem.)
05. Substitua o que estiver grifado pelo pronome
He will not be a spoiled child. (Ele não será uma criança
correspondente, assinalando a alternativa CORRETA:
mimada.)
“Paul, Robert and I gave flowers to Helen”.
We will not be ready to play the game tomorrow. (Não
a) they – its
estaremos preparados para jogar o jogo amanhã.)
b) we – her
c) we – its
3 - INTERROGATIVE FORM / FORMA INTERROGATIVA:
d) they – them

Forma Sem Contração Forma Contraída Respostas


Will I be? ---x---
1.
Will you be? ---x---
1) are = The buses = os ônibus = sujeito = eles = they
Will he be? ---x--- 2) are = People = pessoas = sujeito = elas = they
Will she be? ---x--- 3) is = Their friend = o/a amigo(a) dele(a) = sujeito =
ele(a) = he/she
Will it be? ---x--- 4) am
Will we be? ---x--- 5) are
Will you be? ---x---
2. (C) / 3. (C) / 4. (A) / 5. (B) /
Will they be? ---x---
Verbal Tenses
Examples:
Na língua Inglesa, assim como em outras, existem
Will you be at home tomorrow evening? (Você vai estar os tempos verbais que são as variações do verbo usadas para
em casa amanhã à noite?) indicar em qual momento a ação expressada está
Will I be late if I get there at nine o'clock? (Vou estar acontecendo. São ao todo, doze tempos verbais, que
atrasado se chegar lá às nove horas?) estudaremos a seguir.
Will he be waiting for me in the station? (Ela estará
esperando por mim na estação?) Presente Simples (Simple Present)

Fonte: http://www.solinguainglesa.com.br/conteudo/VerbToBe1.php O Simple Present Tense expressa: Ações habituais e


(Adaptado) Verdades eternas. Usamos o verbos no infinitivo, sem a
partícula “to”.
Questões

01. Complete as frases com uma das formas


adequadas do verbo To Be no presente:

1) The buses ___ green.


2) People ___ happy today.
3) Their friend ___ happy today.
4) I ___ a teacher.
5) You ___ students.
6) He ___ well. Formação:
7) The men ___ young. Em frases afirmativas, usamos o verbo sem nenhuma
8) The man ___ young. modificação, exceto para as terceiras pessoas do singular (he,
9) People ___ sad. she, it). Para esses, seguem as regras a seguir:
10) Where………..the men when the police arrived?

02. They __________________ good friends, but my


sister___________________.
a) is / are
b) isn’t / is
c) are / isn’t
d) are / are

03. Marque a alternativa que completa CORRETAMENTE


as sentenças abaixo:
“Hello, ______________________ we all here today? No, 1) De modo geral, a maioria dos verbos recebe um -s
someone_________________ missing. ao final:
a) are / am read » reads

Língua Estrangeira 14
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

sing » sings Passado Simples (Simple Past)


run » runs
write » writes Verbos Regulares
sit » sits
sleep » sleeps O passado simples dos verbos regulares é formado
open » opens acrescentando-se ED ao infinitivo. A mesma forma é usada
para todas as pessoas.
2) Mas, se o verbo terminar com as letras -o, -s, -sh, - A forma negativa dos verbos regulares (e irregulares) é
ch, -x ou -z você terá de acrescentar -es: formada com DID NOT e o infinitivo do verbo (sem TO).
go » goes A forma interrogativa dos verbos regulares (e
do » does irregulares) é formada com DID mais o sujeito e o infinitivo
miss » misses (sem TO).
wash » washes
watch » watches
fix » fixes
buzz » buzzes

3) Caso o verbo termina em uma sequência de


consoante e ‘y’ – exemplos são try, reply, hurry, cry e Usos do Simple Past
outros – você deverá jogar o pobre do ‘y’ na lata do lixo e
colocar ‘-ies‘. Veja, Ação terminada no passado, com expressões
try » tries como: yesterday, the day before yesterday; qualquer
reply » replies expressão formada com last e ago.
hurry » hurries
cry » cries Examples: I studied English yesterday.
He bought a car the day before yesterday.
Preste atenção ao fato de isso se aplicar apenas a We travelled last month.
verbos terminados em uma sequência de consoante e ‘y’. She made a cake two days ago.
Verbos que terminam com vogal e ‘y’ prevalece a regra
geral, ou seja, acrescente apenas o ‘s‘. Short Answer: Did you work yesterday?
stay » stays Yes, I did. / No, I didn’t.
play » plays
pray » prays Did not = didn’t.

4) Como não poderia deixar de ser, há uma exceção a Verbos Irregulares


tudo isto. Tem um verbo que tem forma própria para as
terceiras pessoas do singular (he, she e it). Trata-se do Os Verbos irregulares variam consideravelmente na sua
verbo have, que com estes pronomes vira ‘has‘: forma no passado. Mas eles também são iguais para todas as
have » has pessoas. Assim como os verbos regulares, os irregulares
também são usados somente nas frases afirmativas. Nas
Não se esqueça que essas regras são apenas para as frases formas negativas e interrogativas, o verbo volta para sua
afirmativas! forma presente, pois o auxiliar já está no passado (DID –
Passado de DO).

Segue a lista dos principais verbos irregulares:

Forma Passado Particípio Tradução


Base Simples Passado Português
arise arose arisen surgir,
erguer-se
awake awoke awoken despertar
be was, were been ser, estar
bear bore borne suportar
beat beat beaten bater
become became become tornar-se
Short Answers begin began begun começar
bend bent bent curvar
São respostas curtas, que são dadas, sempre que a bet bet bet apostar
pergunta começa com DO ou DOES: bid bid bid oferecer
Do you play tennis? bite bit bitten morder
Yes, I Do. bleed bled bled sangrar
No, I don't. blow blew blown assoprar,
explodir
Does Jannie speak French? break broke broken quebrar
Yes, she does. bring brought brought trazer
No, she doesn't. build built built construir
buy bought bought comprar
catch caught caught pegar,
capturar

Língua Estrangeira 15
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

choose chose chosen escolher rise rose risen subir,


come came come vir erguer-se
cost cost cost custar run ran run correr
cut cut cut cortar saw sawed sawn serrar
deal dealt dealt negociar, say said said dizer
tratar see saw seen ver
dig dug dug cavocar sell sold sold vender
do did done fazer send sent sent mandar
draw drew drawn desenhar shine shone shone brilhar,
drink drank drunk beber reluzir
drive drove driven dirigir, ir de shoot shot shot atirar,
carro alvejar
eat ate eaten comer show showed shown mostrar,
fall fell fallen cair exibir
feed fed fed alimentar shut shut shut fechar,
feel felt felt sentir, cerrar
sentir-se sing sang sung cantar
fight fought fought lutar sink sank sunk afundar,
find found found achar, submergir
encontrar sit sat sat sentar
fly flew flown voar, sleep slept slept dormir
pilotar speak spoke spoken falar
forbid forbade forbidden proibir spend spent spent gastar
forget forgot forgot, esquecer spread spread spread espalhar
forgotten spring sprang sprung fazer saltar
forgive forgave forgiven perdoar stand stood stood ficar de pé
freeze froze frozen congelar, steal stole stolen roubar
paralisar strike struck struck golpear,
get got gotten, got Obter, atacar
pegar, sweep swept swept varrer
chegar swim swam swum nadar
give gave given dar take took taken Tomar,
go went gone ir pegar
grow grew grown crescer, teach taught taught ensinar, dar
cultivar aula
have had had ter, beber, tell told told contar
comer think thought thought pensar
hear heard heard ouvir throw threw thrown atirar,
hide hid hidden, hid esconder arremessar
hit hit hit bater understand understood understood entender
hold held held segurar wear wore worn vestir, usar,
hurt hurt hurt machucar gastar
keep kept kept guardar, win won won vencer,
manter ganhar
know knew known saber, write wrote written escrever,
conhecer redigir
leave left left deixar,
partir Futuro Simples (Simple Future)
lend lent lent dar
emprestado Usos do Simple Future
let let let deixar,
alugar - Expressar ações no futuro com expressões de tempo,
lie lay lain deitar porém de maneira incerta.
lose lost lost perder,
extraviar They will arrive soon.
make made made fazer,
fabricar - Expressar pedidos.
mean meant meant significar
meet met met encontrar, Will you be quiet?
conhecer O Simple Future diferencia-se do Near
overcome overcame overcome superar Future exatamente nesse aspecto. O Near Future indica um
futuro certo, pois é planejado.
pay paid paid pagar
put put put colocar
I will travel next holidays. (Simple Future)
quit quit quit abandonar
read read read ler
I am going to travel this afternoon. (Near Future)
ride rode ridden andar
ring rang rung tocar

Língua Estrangeira 16
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Formação Tom isn’t playing soccer this season. He wants to


concentrate on his studies.
Forma Afirmativa:
Sujeito + WILL + verbo no infinitivo sem o –to - Futuro próximo.
Exemplos:
The girls will travel TOMORROW. Exemplos:
He will arrive SOON. The bus is leaving at 10 pm.
Ann is coming tomorrow.
Forma Negativa:
Sujeito + WILL + NOT + verbo no infinitivo sem o –to OBSERVAÇÕES:

Exemplos: 1) Alguns verbos não são normalmente usados nos tempos


The girls will not travel TOMORROW. contínuos. Devemos usá-los, preferencialmente, nas formas
He won’t arrive SOON. simples: see, hear, smell, notice, realize, want, wish,
recognize, refuse, understand, know, like, love, hate,
Forma Interrogativa: forget, belong, seem, suppose, appear, have (= ter,
WILL + sujeito + verbo no infinitivo sem o –to possuir), think (= acreditar).
Exemplos:
Exemplos: He doesn’t understand what the teacher is saying.
Will the girls travel TOMORROW? Do you hear some steps coming from the kitchen?
Will he arrive SOON?
2) Verbos monossilábicos terminados em uma só
consoante, precedida de uma só vogal, dobram a consoante
Will = Shall final antes do acréscimo de –ing.
Exemplos:
Shall é mais comumente usado na forma interrogativa, run → running
para expressar sugestão, oferta ou aguardo de ordem. swim → swimming

Exemplos: 3) Verbos dissilábicos terminados em uma só consoante,


Shall we meet tromorrow? - sugestão precedida de uma só vogal, dobram a consoante final somente
Shall I help you pack? - oferta se o acento tônico incidir na segunda sílaba.
Where shall I leave my bags? - aguardo de ordens Exemplos:
prefer → preferring
Short Answers – são respostas curtas, dadas para admit → admitting
perguntas que começam com WILL. listen → listening
enter → entering
Will the children be here tomorrow?
Yes, they will. 4) Verbos terminados em –e perdem o –e antes do
No, they won’t. acréscimo de –ing, mas os terminados em –ee apenas
acrescentam –ing.
Will you come to my party? Exemplos:
Yes, I will. make → making
No, I won’t. dance → dancing
agree → agreeing
Presente Contínuo (Present Continuous) flee → fleeing

5) Verbos terminados em –y recebem –ing, sem perder o –


y.
Exemplos:
study → studying
say → saying

6) Verbos terminados em –ie, quando do acréscimo de –


ing, perdem o –ie e recebem –ying.
Exemplos:
Usos: lie → lying
die → dying
- Ações ou acontecimentos ocorrendo no momento da Porém, os terminados em –ye não sofrem alterações.
fala com as expressões now, at present, at this moment, dye → dyeing
right now e outras.

Exemplos:
Why is Jennifer crying now?
It is raining at present.

- Ações temporárias.

Exemplos:
I’m sleeping on a sofa these days because my bed is
broken.

Língua Estrangeira 17
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Passado Contínuo (Past Continuous) estiver precedido de uma vogal; caso contrário, nada se
altera.
O Past Continuous é formado com o passado do Example: to travel - travelling
verbo TO BE + VERBO no - ING.
Nos EUA mantém-se a forma traveling, sem dobrar o L.
mas: to feel - feeling

5. Verbos terminados em – IE perdem o –


IE que vira – Y para acrescentar – ING.
Examples: to tie - tying
to lie - lying
to die - dying

6. Aos verbos terminados em – YE apenas se acrescenta –


ING.
Usos Example: to dye (= tingir) - dyeing

- Para ações que estavam acontecendo no passado, Futuro Contínuo (Future Continuous)
num momento definido ou não.
- Em frases ligadas por: Future Progressive ou Future Continuous - Futuro
Progressivo ou Futuro Contínuo
When - quando
Example: O Future Progressive é usado para:
She was studying when the telephone rang. 1. Expressar ações que estarão em andamento num
momento determinado no futuro. Para indicar este
Past Continuous Simple Past momento determinado, expressões do tempo futuro são
While - enquanto usadas:
Example:
Tomorrow they'll be taking pictures of the animals.
She was studying while he was sleeping. (Amanhã eles estarão tirando fotos dos animais.)
At this time next Tuesday we will be sleeping in our new
Past Continuous Past Continuous apartment. (Neste horário, na próxima terça-feira, nós
estaremos dormindo em nosso novo apartamento.)
E também usamos com AS e BY THE TIME. When I wake up tomorrow morning, the sun will be
shining. (Quando eu acordar amanhã de manhã, o sol estará
Como acrescentar -ING: brilhando.)

As regras são as mesmas do Present continuous, 2. Falar de fatos programados para o futuro:
porém, vamos relembrar.
1. Verbos monossílabos terminados em The President elect will be visiting some coutries in
uma consoante precedida de uma vogal dobram a consoante Europe next month. (O Presidente eleito estará visitando
final para acrescentarmos – ING. alguns países europeus no mês que vem.)
Example: to stop - stopping
to cut - cutting 3. Perguntar sobre planos futuros:

Exceções: não se dobram w, x e y. Next semester, will you be taking the same courses? (No
Ex.: snow - snowing próximo semestre você estará fazendo as mesmas matérias?)
say - saying
fix - fixing O Future Progressive, basicamente, expressa ações que
estarão ocorrendo em algum momento no futuro. Observe as
2. Verbos terminados em – E perdem o – E para formas e usos deste tempo verbal:
acrescentarmos – ING.
Example: to slice - slicing - FORMA AFIRMATIVA:
Na forma afirmativa do Future Progressive utilizamos
Observação: o futuro simples do verbo to be (will be) + o gerúndio do
- Os verbos terminados em – EE permanecem verbo principal:
inalterados em sua forma com o acréscimo de – ING.
Example: to agree - agreeing He will be working in Madrid next year.
(Ele estará trabalhando em Madrid no ano que vem.)
3. Verbos dissílabos terminados em uma
consoante precedida de uma vogal dobram a consoante Tomorrow, at this same time I will be leaving my job.
final para o acréscimo de – ING(Somente se o acento tônico (Amanhã, neste mesmo horário, estarei saindo do meu
recair na última sílaba; caso contrário, nada se altera). trabalho.)
Examples: to begin (be’gin) - beginning
to prefer (pre’fer) - preferring Please, don't call me at nine, I'll be having dinner.
(Por favor, não me ligue às nove horas, estarei jantando.)
Attention: to enter (’enter) - entering
to open (’open) - opening
Affirmative form: suj. + futuro simples do verbo to
4. Verbos terminados em – L dobram o – L somente se ele be (will be) + gerúndio do verbo principal

Língua Estrangeira 18
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Have you seen John?


- FORMA NEGATIVA: Yes, I have.
A forma negativa do Future Progressive se faz No, I haven’t.
acrescentando not entre o auxiliar modal will e o verboto be:
Has Ann gone to London?
* FORMA CONTRAÍDA: WILL + NOT = WON'T Yes, she has.
No, she hasn’t.
When you arrive, I will not be waiting for your at the
airport. (Quando você chegar eu não estarei lhe esperando no Usos:
aeroporto.)
Robert won't be working next week; he will be on - Em frases que expressem ações ou acontecimentos no
vacation. (Roberto não estará trabalhando na semana que passado, nas quais não conste o tempo da ocorrência da ação
vem, ele estará de férias.) (passado sem tempo definido).
Example:
It is too early at eight pm, I won't be sleeping this time.
(Oito horas da noite é muito cedo, não estarei dormindo a They have gone to the theater.
esta hora.) Translation: Eles foram ao teatro.

Negative form: sujeito + will not be + gerúndio do Note a diferença com:


verbo principal They went to the theater yesterday.

- FORMA INTERROGATIVA: a) Com expressões de tempo


como lately (ultimamente), recently (recentemente), once (
Na forma interrogativa do Future Progressive o uma vez), twice (duas vezes), several times (várias
auxiliar modal will se posiciona antes do sujeito. Observe: vezes), many times (muitas vezes).
Will you be studying tomorrow night? Example:
(Você estará estudando amanhã à noite?)
Paul has been there many times.
Will they be flying to Miami the same time our meeting? Translation: Paul esteve lá muitas vezes.
(Eles estarão indo para Miami na mesma hora da nossa
reunião?) I have seen her once.
Translation: Eu a vi uma vez.
Will Nicholas and Harold be playing tennis in the club on
weekend? (Nicolas e Haroldo estarão jogando tênis no clube - Com os advérbios just (acabar
no final de semana?) de), always (sempre), never (nunca), ever (já, alguma vez –
uso em frases interrogativas), yet(ainda – usado no final de
Interrogative form: will + sujeito + to frases negativas), already (já – usado em frases afirmativas e
be + gerúndio do verbo principal interrogativas).

Examples:

They have just left home.


Translation: Eles acabaram de sair de casa.

Igor has always lived in Canada.


Translation: Igor sempre morou no Canadá.
Presente Perfeito (Present Perfect)
- Com as expressões since (desde) e for (há, indicando
O Present Perfect é formado com o presente do verbo to tempo).
have + o particípio passado; Examples:
We haven't seen her since April.
- O particípio passado dos verbos regulares tem Translation: Nós não a vemos desde Abril.
exatamente a mesma forma do passado;
- O particípio passado dos verbos irregulares varia de It has rained for two weeks.
verbo para verbo; Translation: Chove há duas semanas.
- A forma negativa do Present Perfect é feita
acrescentando-se not depois de have ou has; Passado Perfeito (Past Perfect)

Usamos para expressar ações e acontecimentos que


tenham ocorrido antes de outros. Está sempre em
correlação com uma ação no Simple Past.

Example:
- A forma interrogativa é formada invertendo-se o When I arrived, John had left. (Quando cheguei, John
auxiliar have ou has com o sujeito da frase; tinha saído.)
- Podemos responder às questões feitas com o Present
Perfect utilizando Short Answers: Observe que há duas ações, ambas no passado. A ação que
está no Past Perfect (had left) é a mais antiga, e a que está no

Língua Estrangeira 19
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Simple Past (arrived) é a mais recente. É dessa forma que AFFIRM. FORM: SUJ. + WILL HAVE +PARTICÍPIO
identificamos na frase qual a ação que aconteceu antes e qual PASSADO DO VERBO PRINCIPAL
aconteceu depois. Lembre-se que as ações acontecem Forma negativa:
separadamente, ou seja, uma ação não interrompe a outra.
A forma negativa do Future Perfect se faz
acrescentando not após o auxiliar modal will.

* Forma contraída: will + not = won't

They will not have finished the job by April. (Eles não
O Past Perfect é usado: terão terminado o trabalho em Abril.)

1. Para expressar um fato que ocorreu no passado When Mom arrives, I'll not have washed the dishes yet.
antes de outro que também aconteceu no passado (Quando mamãe chegar eu não terei lavado a louça ainda.)
(passado anterior a outro passado). O Past Perfect, que
expressa o primeiro fato está sempre em correlação com NEG. FORM: SUJ. + WILL NOT HAVE + PARTICÍPIO
o Simple Past, que expressa o fato posterior: PASSADO DO VERBO PRINCIPAL

They couldn't board the plane because they had left their Forma interrogativa:
passports at home.
(Eles não conseguiram embarcar no avião porque tinham Na forma interrogativa do Future Perfect o auxiliar
deixado seus passaportes em casa.) modal will se posicina antes do sujeito:
Had left - Passado anterior ao passado couldn't board.
Will you have studied all the subjects by tomorrow?
I got the promotion because I had sold more than 30 life (Você terá estudado todos os conteúdos até amanhã?)
insurances. Will they have already published your article by
(Fui promovida porque tinha vendido 30 seguros de vida.) Monday?
Had sold - Passado anterior ao passado got. (Eles já terão publicado seu artigo até Segunda-Feira?)

2. Com o advérbio just para expressar uma ação que INTERROG. FORM: WILL + SUJEITO
tinha acabado de acontecer: + HAVE + PARTICÍPIO PASSADO DO VERBO PRINCIPAL
When I saw him, I had just seen his sister. (Quando o vi,
eu tinha acabado de ver sua irmã.) Presente Perfeito Contínuo (Present Perfect
Continuous)
3. Com os advérbios already, when, by the time, never,
ever, before, after, para enfatizar a ideia de que a Ação que se iniciou no passado e que continua até o
ação estava totalmente acabada: momento presente. É frequentemente usado com THE
WHOLE (morning, day, week...), SINCE e FOR.
He had already decided not to go. (Ele já tinha decidido
não ir.)

By the time the police arrived, the thief had already


escaped.
(Quando a polícia chegou, o ladrão já tinha fugido.)

I had made a cake when my mother arrived at home.


(Eu tinha feito um bolo quando minha mãe chegou em casa.)
Forma afirmativa:
Futuro Perfeito (Future Perfect)
A forma afirmativa do Present Perfect Continuous é feita
Este tempo verbal se refere a ações que estarão com o Presente Simples do verbo to have (have / has) +
terminadas (ou não) em um determinado momento do Presente Perfeito do verbo to be + o gerúndio do verbo
futuro. Observe suas formas: principal:

Forma afirmativa: She has been working as a Mathematics teacher for 10


years.
A forma afirmativa do Future Perfect é formada com (Ela trabalha como professora de Matemática há 10 anos.)
o Simple Future do verbo to have (will have) seguido
do Past Perfect do verbo principal: I've been playing tennis for one hour.
By the time we get the airport, the (Estou jogando tênis há uma hora.)
plane will have already left. (Quando chegarmos ao
aeroporto o avião já terá partido.) Women have been fighting for their rights during the
By the time you arrive, I will have already done my last decades.
homework. (Quando você chegar já terei feito meu tema de (As mulheres têm lutado pelos seus direitos durante as
casa.) últimas décadas.)
They will have gone to their house by next week. (Eles
terão ido para a casa deles na semana que vem.) You have been talking on the phone since I got home.
(Você está falando ao telefone desde que eu cheguei em
casa.)

Língua Estrangeira 20
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

They have been studying for three hours. (Eles estão INTERROG. FORM: HAVE/HAS + SUJEITO + PRESENTE
estudando há três horas.) PERFEITO DO VERBO TO BE + GERÚNDIO DO VERBO
Carol has been going to school by bus since her father's PRINCIPAL
car broke. O Present Perfect Continuous é usado para:
(Carol vai/tem ido de ônibus para a escola desde que o
carro de seu pai estragou.) 1. Falar de uma atividade que começou no passado e que
continua até o presente, enfatizando a duração ou a
They have been studying hard. (Eles estão estudando intensidade da ação. Nesse caso, para expressar o tempo,
bastante.) geralmente usa-se since, for, all day, all morning, all week,
etc.:
My parents' ve been travelling around Europe for four
months. She has been running for half an hour.
(Meus pais estão viajando pela Europa há quatro meses.) (Ele está correndo há meia hora.)

He’s been playing guitar for two hours. It's been raining a lot all week.
(Ele está tocando violão há duas horas.) (Tem chovido bastante toda esta semana.)

AFFIRM. FORM: SUJ. + HAVE/HAS + PRESENTE 2. Falar sobre ações passadas que acabam de ser
PERFEITO DO VERBO TO BE + GERÚNDIO DO VERBO concluídas, cujos efeitos ou consequências são evidentes no
PRINCIPAL presente:

Forma negativa: I'm hot because I've been runnnig. (Estou com calor
porque estava correndo.)
A forma negativa do Present Perfect Continuous é feita
acrescentando-se not entre o Presente Simples do verbo to 3. Expressar um fato genérico que está em progresso em
have (have / has) e o Presente Perfeito do verbo to be. O verbo período de tempo não específico. Nesses casos podem ser
principal permanece no gerúndio: usados os advérbios lately (ultimamente), recently
FORMA CONTRAÍDA: haven't / hasn't (recentemente) etc.:

I have not been sleeping well since last week because my My hand hurts, so I've not been using the computer lately.
husband snores a lot. (Minha mão dói, então não estou usando o computador
(Não estou dormindo bem desde a semana passada porque ultimamente.)
meu marido ronca muito.)
Não confunda:
They have not been using the blender for months.
(Eles não usam o liquidificador há meses.) Present Continuous x Present Perfect Continuous x
Present Perfect

She hasn't been living in San Diego since 1995. She has O Present Continuous expressa uma ação que está
been living there since 1997. ocorrendo no momento, agora:
(Ela não está morando em San Diego desde 1995. Ela mora She is making a cake now. (Ela está fazendo um bolo
lá desde 1997.) agora.)
O Present Perfect Continuous expressa uma ação que
Susan has not been reading any book for one year! (Susan começou no passado e continua até o presente:
não lê livro algum há um ano!) He has been cooking for one hour. (Ele está cozinhando
há uma hora.)
NEG. FORM: SUJEITO + HAVE/HAS + NOT + PRESENTE
PERFEITO DO VERBO TO BE + GERÚNDIO DO VERBO O Present Perfect expressa ações que que acabaram em
PRINCIPAL um tempo não definido no passado:
She has made a cake. (Ela fez um bolo.)
Forma interrogativa:
Passado Perfeito Contínuo (Past Perfect Continuous)
A forma interrogativa do Present Perfect Continuous é
feita com o Presente Simples do verbo to have (have / has) O Past Perfect Continuous é usado para enfatizar a
posicionado antes do sujeito. O verbo to be permanece no repetição ou a duração de uma ação no passadoanterior à
Presente Perfeito e o verbo principal no gerúndio: outra ação também no passado. Observe as formas deste
Has he been washing his car for two hours? tempo verbal:
(Ele está lavando o carro dele há duas horas?)
Forma afirmativa:
Have you been working since eight o' clock? A forma afirmativa do Past Perfect Continuous é feita
(Você está trabalhando desde as oito horas?) com o Simple Past do verbo to have (had) +Past Perfect do
What have you been doing since I last saw you? verbo to be (been) seguido do gerúndio do verbo principal:
(O que você fez/tem feito desde a última vez que o vi?) He was tired because he had been studying for seven
hours.
How long have you been living here? (Ele estava cansado porque tinha estudado por sete horas.)
(Há quanto tempo você mora aqui?)
I had been saving my money to buy this house.
(Eu estava guardando dinheiro para comprar essa casa.)

Língua Estrangeira 21
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

AFFIRMATIVE FORM: SUJEITO + HAD + PASSADO Resumo dos tempos verbais


PERFEITO DO VERBO TO BE (BEEN) + GERÚNDIO DO Colocaremos a seguir, um resumo dos tempos verbais,
VERBO PRINCIPAL seguidos de uma linha do tempo, onde cada tempo verbal é
expressado, tornando visualmente mais fácil de
Negative form: compreender. Estas linhas do tempo são bastante usadas em
livros de gramática.
A forma negativa do Past Perfect Continuous é feita
acrescentando-se not entre o Simple Past do verbo to have
(had) e o Past Perfect do verbo to be (been). O verbo
principal permanece no gerúndio:

Forma contraída: had + not = hadn't

They didn't pass the exam because they hadn't been


studying a lot. (Eles não passaram no teste porque não
tinham estudado muito.)

NEGATIVE FORM: SUJEITO + HAD + NOT + PASSADO


PERFEITO DO VERBO TO BE (BEEN) + GERÚNDIO DO
VERBO PRINCIPAL

Forma interrogativa:

A forma interrogativa do Past Perfect Continuous é


feita com o Simple Past do verbo to have (had) posicionado
antes do sujeito. O verbo to be permanece no Passado
Perfeito e o verbo principal no gerúndio. Observe:
Had he been waiting for her for a long time?
(Ele tinha esperado por ela por muito tempo?)

INTERROGATIVE FORM: HAD + SUJEITO + PASSADO


PERFEITO DO VERBO TO BE (BEEN) + GERÚNDIO DO
VERBO PRINCIPAL
Questões
Futuro Perfeito Contínuo (Future Perfect Continuous)
1. Last week, our teacher ____ us a difficult spelling test.
O Futuro Contínuo Perfeito indica uma ação que será I hope we don't have another one this week.
completada em algum ponto no futuro. Ele é um tempo verbal a) gave
pouco usado pelos nativos do inglês, o que torna o seu b) has given
aprendizado um pouco mais difícil. Uma qualidade marcante c) was giving
desse tempo verbal é que ele expressa algo muito preciso, pois, d) was give
quando o utilizamos, passamos a exata intenção do que
queremos dizer para nosso interlocutor. 2. Rashed ______ to drive a car when he was only twleve
O Futuro Contínuo Perfeito é formado por dois elementos: years old.
o futuro perfeito do verbo “to be” e o particípio presente do a) learns
verbo principal. b) learnt
c) learning
Exemplo: d) has learnt
"Next Friday, I will have been studying on this book
for one week.” 3. This morning the weather is good. The sun __________
(Na próxima sexta, fará uma semana que estarei estudando and it is quite warm.
este livro.) a) shines
b) shone
Forma: c) is shining
Sujeito + will + have been + verbo no gerúndio (ING) d) has shone

She will have been reading. 4. Our teacher, Charlie ___________ France three times but
Subject: She he doesn't speak French very well.
will + have been: will have been a) visited
present participle: reading b) has visited
c) is visiting
Exemplos: d) visits
As I'll arrive at the airport at 6p.m, when you arrive at 5. When he goes to London next week, Sultan wants
8p.m I will have been waiting you for two hours. ______ to Buckingham Palace and meet the Queen.
(Como chegarei ao aeroporto às 18hrs, quando você chegar às a) go
20hrs, fará duas horas que eu estarei esperando por você.) b) went
By 2018 I will have been living in London for a year. c) going
(Em 2018 fará um ano que eu estarei vivendo em Londres.) d) to go

Língua Estrangeira 22
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Respostas As formas invariáveis são aquelas que o Adjetivo ou


Advérbio não mudam a escrita, apenas acrescentamos as
1. (A) / 2. (B) / 3. (C) / 4. (B) / 5. (D) formas de igualdade, superioridade ou inferioridade. Veja a
tabela abaixo:
Adjectives

Os adjetivos em inglês são invariáveis tanto em gênero,


quanto em número. Assim, enquanto no Português fala-se “O
menino é rico / A menina é rica”, em inglês, fala-se “The boy
is rich / The girl is rich”, sem mudança de gênero.
O mesmo ocorre com a questão de singular e plural, veja os
exemplos:

“Eles são felizes” / “They are happy”


“Nós gostamos de ler bons jornais” / “We like to read
good newspapers”
Exemplos:
Alguns adjetivos comuns em inglês:

ACCEPTABLE ACEITÁVEL as cold as tão frio quanto


AMAZING INCRÍVEL NOT so (as) cold as não tão frio quanto
ANGRY BRAVO
BORING CHATO / TEDIOSO Less cold than menos frio que
BUSY OCUPADO the least cold o menos frio
DANGEROUS PERIGOSO
DIRTY SUJO as expensive as tão caro quanto
EMPTY VAZIO
NOT so (as) expensive as não tão caro quanto
FAST RÁPIDO
FULL CHEIO Less expensive than menos caro que
HUGE ENORME
YOUNG JOVEM The least expensive o menos caro

Ordem dos Adjetivos Formas Variáveis

Posição: os adjetivos em inglês são colocados nas frases As formas variáveis são aquelas onde o adjetivo ou
antes dos substantivos. Exemplos: hard lesson / clean house advérbio mudam a escrita. São aplicadas apenas as palavras
/ black cat. curtas, ou seja, aquelas com uma ou duas sílabas. Modificamos
as terminações seguindo algumas observações que serão
Observação: os adjetivos devem posicionar-se na frase estudadas abaixo:
após os verbos “To Be” (ser / estar):
They were happy.
The baby is healthy.

Os adjetivos em inglês seguem a seguinte ordem:

OPI SIZ A SH CO OR MAT PUR NOU


NIO E G AP LO IGI ERIA POS N
N E E R N L E
opi tam id for cor ori maté pro subst
niã anh ad ma ge ria pósi antiv
o o e m to o
Observações:
Example: Lovely small old square black Chinese leather 1. Usamos os sufixos –ER ou –EST com adjetivos /
school backpack. advérbios de uma só sílaba.
Exemplos:
Adjetivos: grau comparativo e superlativo
taller than = mais alto the tallest = o mais alto
As formas comparativas e superlativas dos adjetivos ou que
advérbios na língua inglesa, são usadas de acordo com a bigger than = maior que the biggest = o maior
quantidade de coisas (objetos, pessoas, animais, cidades, etc.)
que são comparadas. 2. Usamos os sufixos –ER ou –EST com adjetivos de duas
sílabas.
Usamos o grau Comparativo para compararmos sempre Exemplos:
duas coisas. happier than = mais feliz que
cleverer than = mais esperto que
Usamos o grau Superlativo para destacarmos uma coisa the happiest = o mais feliz
dentro de um grupo de três ou mais. the cleverest = o mais esperto
Formas Invariáveis

Língua Estrangeira 23
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

3. Usamos os prefixos MORE e MOST com adjetivos de mais Formas Irregulares


de duas sílabas.
Exemplos: 1. Alguns adjetivos e advérbios têm formas irregulares no
MORE comfortable than = mais confortável que comparativo e superlativo de superioridade.
MORE careful than = mais cuidadoso que
THE MOST comfortable = o mais confortável
THE MOST careful = o mais cuidadoso
Good (bom / boa) Better than - the
4. Usamos os prefixos MORE e MOST com advérbios de
Well (bem) best
duas sílabas.
Exemplos:
MORE afraid than = mais amedrontado que Bad (ruim / mau) Worse than - the
MORE asleep than = mais adormecido que Badly (mal) worst
THE MOST afraid = o mais amedrontado
THE MOST asleep = o mais adormecido Little (pouco) Less than - the
least

5. Usamos os prefixos MORE e MOST com qualquer


adjetivo terminado em –ED, –ING, –FUL, –RE, –OUS. Exemplos: 2. Alguns adjetivos e advérbios têm mais de uma forma no
comparativo e superlativo de superioridade.
tired – more tired than – the most tired
(cansado)
charming – more charming than – the most
Farther than – the farthest
charming (charmoso)
Far (distância)
hopeful – more hopeful than – the most hopeful (longe) further (than) – the furthest
(esperançoso)
(distância / adicional)
sincere – more sincere than – the most sincere
(sincero) older than – the oldest
Old elder – the eldest (só para
famous – more famous than – the most famous
(velho) elementos da mesma família)
(famoso)
Late the latest (o mais recente)
Variações Ortográficas (tarde) the last (o último da série)

a) Adjetivos monossilábicos terminados em uma só Parallel Increase


consoante precedida de uma só vogal, dobram
a consoante final antes de receberem –ER ou –EST. Usamos a estrutura the + comparativo... the +
Exemplos: comparativo para dizer que uma coisa depende de outra.
fat – fatter than – the fattest (gordo)
thin – thinner than – the thinnest (magro) The warmer the weather, the better I feel. (Quanto mais
b) Adjetivos terminados em Y precedido de vogal trocam quente o tempo, melhor eu me sinto.)
o Y para I antes do acréscimo de The more expensive the hotel, the better the service.
-ER ou –EST. (Quanto mais caro o hotel, melhor o serviço.)
Exemplos: The longer the phone call, the more you have to pay.
angry – angrier than – the angriest (Quanto mais longo o telefonema, mais você tem de pagar.)
(zangado)
happy – happier than – the happiest Gradual Increase
(feliz)
Usamos dois comparativos juntos para indicar que algo
EXCEÇÃO está mudando continuamente.
shy – shyer than – the shyest (tímido)
It’s becoming harder and harder to find a job. (Está
3. Adjetivos terminados em E recebem apenas –R ou –ST. ficando cada vez mais difícil achar um emprego.)
Exemplos: Traveling is becoming more and more expensive.
nice – nicer than – the nicest (bonito, simpático) (Viajar está ficando cada vez mais caro.)
The weather is becoming hotter and hotter. (A
brave – braver than – the bravest (corajoso)
temperatura está ficando cada vez mais quente.)

ATENÇÃO
ELDER é usado antes de substantivos.
Exemplo: My elder brother lives in Chicago.

Fonte: objetivo.br (com adaptações)

Questões

1) (STF – Analista Judiciário – CESPE)


The aging process affects us all at different rates. Some
people of fifty-three, like the esteemed author, look a mere
thirty-five, with sparkling brown eyes, a handsome gait and
the virility of a steam train. Others, like the author’s friend

Língua Estrangeira 24
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Colin, look like little middle-aged men at twenty-one with (D) the thinnest
middle-aged outlooks of set ways and planned futures. In (E) the fattest
women the former condition is common but women rarely
suffer from the latter, being fired with the insatiable drive of 8) It’s too noisy here. Can we go somewhere _______?
ambition for either an independent and distinguished career (A) quietest
in a still male-dominated world, or a home and seven children (B) most quiet
by the time they are thirty followed by an independent and (C) quieter
distinguished career as a Cheltenham councillor or a public (D) more and more quieter
relations agent for Jonathan Cape, in later life. (E) more and most quiet
No such luck for Charles Charlesworth, who was born on
the 14th of March, 1829, in Stafford. At the age of four Charles 9) “What time shall we leave?” “The ________, the _______.”
had a beard and was sexually active. (A) earlier, best
In the final three years of his life his skin wrinkled, he (B) sooner, better
developed varicose veins, shortness of breath, grey hair, senile (C) sooner, worst
dementia and incontinence. Some time in his seventh year he (D) earliest, worse
fainted and never gained consciousness (E) sooner, worst
10) Ann’s younger sister is still at school. Her ________
The coroner returned a verdict of natural causes due to old sister is a physician.
age. (A) elder
(B) older than
Hugh Cory. Advanced writing with english in use. Oxford (C) the eldest
University Press, p. 34. (D) the oldest
According to the text above, (E) the older
It is rather common for women to look older than they
really are. Respostas
( ) CERTO ( ) ERRADO
1) ERRADO
2) Lisa is staying home. Her cold is a lot ___________ today. O item diz que: " É bastante comum para as mulheres
(A) bad parecerem mais velhas do que realmente são.
(B) worst Nas linhas 4 e 5 podemos ler o contrário:
(C) worse and worst “...In women the former condition is common but women
(D) worse rarely suffer from the latter...”
(E) the worst "... Nas mulheres a condição anterior é comum (quando diz
que algumas pessoas com 53 anos, parecem que têm 35) mas
3) We complained about the service in our hotel, but mulheres raramente sofrem da outra condição (onde diz que
instead of improving, it got ______________. outros parecem estar na meia idade aos 25) "
(A) best
(B) the best 2) (D) Estamos comparando o resfriado entre ontem e
(C) worse hoje. Bad – worse (comparativo irregular)
(D) the worst
(E) better and better 3) (C) O serviço do hotel está sendo comparado entre
antes e depois da reclamação. Bad – worse (comparativo
4) If you need any __________________ information, please irregular).
contact our head office.
(A) far 4) (E) Further é forma irregular de far(longe), mas tem
(B) farther sentido de algo adicional.
(C) more far
(D) the furthest 05. (A) Essa estrutura é o Parallel Increase, usamos a
(E) further forma comparativa, nesse caso de fast (faster).

5) The more you practice your English, the _____ you’ll 06. (C) Esta estrutura é o Gradual Increase, usamos o
learn. comparativo repetidamente (heavy – heavier).
(A) faster
(B) farther 07. (C) A frase pede comparativo (fat – fatter), pois está
(C) fastest sendo comparado o peso da pessoa antes e agora.
(D) furthest
(E) more fast 08. (C) A pessoa quer um lugar mais quieto do que onde
ela está. Comparando dois lugares, usamos logo, quieter.
6) The parcel seemed to get __________________ as I carried
it along the avenue. 09. (B) Usamos o Parallel Increase para dizer que algo
(A) more heavy depende de outra coisa.
(B) heaviest
(C) heavier and heavier 10. (A)Ao falarmos de uma pessoa mais velha que outra,
(D) the heaviest podemos usar a forma irregular de old (elder).
(E) most heavy
Substantivos
7) You look _______________. Have you put on weight?
(A) more fat Substantivos, que no inglês são conhecidos como nouns,
(B) more thin são palavras que dão nome a pessoas, lugares, coisas,
(C) fatter

Língua Estrangeira 25
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

conceitos, ações, sentimentos, etc. Também chamados de


nomes, eles funcionam de muitas maneiras nas sentenças.
Na maioria das vezes, posicionam-se como o sujeito de um
verbo, funcionando como o ator ou agente dele. Os nomes
também podem receber uma ação quando funcionam como
objeto do verbo.
Quando atuam como sujeitos ou objetos, os substantivos
podem ser apenas uma palavra, frases, ou cláusulas.

Exemplos:
The plane crashed. (substantivo como sujeito da frase)
He kicked the dog. (substantivo como objeto direto do
verbo)
A maioria dos substantivos forma o plural com o acréscimo
de -s. Por exemplo:

Singular Plural
dog dogs
cat cats

Quando o substantivo termina em -y e é precedido por


Fonte: http://goo.gl/oiXKLN
consoante, faz-se o plural com -ies.
a canary canaries
Na tabela acima nós temos os exemplos de alguns
a library libraries
alimentos divididos nas duas categorias que iremos explicar
a pony ponies
abaixo, contáveis e incontáveis. Aqui iremos também traduzir
a story stories
todos os alimentos da lista, assim o estudante não precisa ficar
procurando em um dicionário um por um.
Se o substantivo termina em -s, -ss, -z, -sh, -ch, -x (exceção:
ox => oxen), acrescentamos -es para formar o plural:
A beach two beaches Countables – Uncountables –
A church two churches Contáveis Incontáveis
A dish two dishes Bun – Bolinho Bread – Pão
A fox two foxes Sandwich – Sanduiche Fruit – Fruta
Apple – Maça Juice – Suco
Existem algumas formas irregulares de plural. Alguns Orange – Laranja Meat – Carne
exemplos comuns são: Burguer – Hamburguer Rice – Arroz
Woman women Fries – Batata frita Cereal – Cereal
Man men Eggs – Ovos Jam – Geléia
Child children Salad – Salada Milk – Leite
Tooth teeth Vegetables – Vegetais Coffee – Café
Foot feet Cookies – Biscoitos Sugar – Açucar
Goose geese Potatoes – Batatas Flour – Farinha
Mouse mice Tomato – Tomates Oil – Óleo
Person people Carrot – Cenoura Salt – Sal
Hot Dog – Cachorro Soup – Sopa
Para alguns terminados em -f ou -fe, trocamos estas letras quente
por -ves. Para outros, apenas usamos -s: Candies – Doces Tea – Chá
Knife knives Olives – Azeitonas Cottage Cheese –
Wife wives Coalhada
Life lives Peanuts – Amedoins Pasta – Massa
Pancakes – Panquecas Honey – Mel
Substantivos contáveis e não contáveis
Onion – Cebola Water – Água
Watermelon – Cheese – Quejo
Melancia
Pea – Ervilha Butter – Queijo
Grapes – Uvas Seafood – Frutos do mar
Cherries – Cerejas Mustard – Mostarda

Contáveis são aqueles substantivos que podemos


enumerar e contar, ou seja, que podem possuir tanto forma
singular quanto plural. Eles são chamados de countable nouns
ou de count nouns, em inglês.

Por exemplo, podemos contar pencil. Podemos dizer one


pencil, two pencils, three pencils, etc.

Incontáveis são os substantivos que não possuem forma


no plural. Eles são chamados de

Língua Estrangeira 26
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

uncountable nouns, de non-countable nouns, ou até de Tem muitos carros na rua esta noite.
non-count nouns, em inglês. Podem ser precedidos por alguma
unidade de medida ou quantificador. Em geral, eles indicam Modificadores de substantivos
substâncias, líquidos, pós, conceitos, etc., que não podemos
dividir em elementos separados. Por exemplo, não podemos Modifiers são palavras, locuções, frases, ou cláusulas que
contar “water” em por exemplo one water ou two waters. qualificam o significado de outras palavras. O termo é bem
Podemos, sim, contar "bottles of water" ou "liters of water", genérico: qualquer parte da fala que funciona como um
mas não podemos contar “water” em 0sua forma líquida. adjetivo ou advérbio é um modificador.
Outros exemplos de substantivos incontáveis são: music, Nos exemplos abaixo, o modifier está em negrito e a
art, love, happiness, advice, information, news, furniture, palavra que ele modifica está sublinhada; a função do
luggage, rice, sugar, butter, water, milk, coffee, electricity, gas, modificador está descrita abaixo.
power, money, etc.
Em geral, estudantes de língua inglesa têm dificuldade de Adjetivos — descrevem ou modificam nomes. Uma
saber quando um substantivo é contável e quando é não- locução adjetiva ou cláusula adjetiva funciona da mesma
contável. As dicas são sempre conferir a informação num bom maneira que uma simples palavra funcionaria.
dicionário e também tentar memorizar alguns dos mais Exemplos:
comuns para agilizar o seu estudo. Nos dicionários, The yellow balloon flew away over the crying child.
normalmente você encontra o símbolo [U] para identificar os O balão amarelo voou sobre a criança chorona.
uncountable nouns e [C] para os countable nouns. O adjetivo yellow modifica o substantivo
Em várias situações necessitamos de fazer o uso de balloon; crying modifica child.
determinantes/quantificadores em conjunto com
substantivos contáveis e incontáveis. Artigos — são palavras que acompanham os substantivos
Há determinantes específicos para os incontáveis: a little, e tem função de classifica-los.
little, less, much. Exemplos:
The killer selected a knife from an antique collection.
Exemplos: O assassino escolheu uma faca de uma antiga coleção.
The, a, e an são artigos que especificam ou delimitam seus
I have little time to study today. respectivos substantivos.
Eu tenho pouco tempo para estudar hoje.
Advérbios — descrevem verbos, adjetivos, ou outros
She has little patience with her kids. advérbios, completando a ideia de como, quanto ou quando.
Ela tem pouca paciência com seus filhos. Uma locução adverbial ou cláusula adverbial funciona da
mesma forma que um único advérbio funcionaria.
He demonstrates less aptitude. Exemplos:
Ele demonstra menos aptidão. The woman carefully selected her best dress for the party.
A mulher cuidadosamente escolheu seu melhor vestido
Judy and her husband have much money. para a festa.
Judy e seu marido têm bastante dinheiro. Carefully é um advérbio que modifica o verbo selected.
E há alguns específicos para uso com substantivos
contáveis: a few, few, fewer, many. Questões
Exemplos:
There are a few coins in my wallet. 01.I love reading. I've got hundreds of _____.
Há algumas moedas na minha carteira. A) book
B) bookes
Few people went to the show. C) books
Poucas pessoas foram ao show. D) booken

We can see fewer cars on the streets today. 02.Today is a busy day at school. I have five _______.
Nós podemos ver menos carros nas ruas hoje. A) clases
B) class
He has many friends. C) classes
Ele tem muitos amigos. D) class's

Existe ainda o determinante a lot of que pode ser utilizado 03.I normally have two long ________ a year.
tanto para substantivos contáveis como incontáveis. Ele é A) holiday
apelidade de “coringa” porque serve para ambas as categorias. B) holidays
Mas lembre-se de focar os estudos nos demais principalmente C) holidaies
no much e many. Os concursos sempre focm mais no much e D) holidayes
many na tentativa de confundir o candidato.
Exemplo: 04.They have four ________, all girls.
I have a lot of money. A) childs
Eu tenho um monte de dinheiro. B) childes
C) childen
I have much money. D) children
Eu tenho muito dinheiro.
05.You must remember to brush your _____ after eating.
There are a lot of cars in the street tonight. A) tooths
Tem um monte de carros na rua esta noite. B) toothes
C) teeth
There are many cars in the street tonight. D) teeths

Língua Estrangeira 27
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

06._____ are cheaper than taxis normally. AND


A) Bus He lives in Cambridge, and (he)* studies at Harvard
B) Buss University.
C) Bus's (Ele mora em Cambridge e estuda na Universidade de
D) Buses Harvard.)

07.My ____ hurt! We walked for hours today! We stayed at home and (we)* watched television.
A) foots (Nós ficamos em casa e assistimos televisão.)
B) footen
C) feet My sister is married and (she)* lives in London.
D) feets (Minha irmã é casada e mora em Londres.)

08.There were a lot of ______ shopping this morning. *Quando a coordinating conjunction "and" liga dois verbos
A) persons que possuem o mesmo sujeito, não é necessário repeti-lo.
B) person Isso também ocorre com artigos, pronomes, preposições e
C) people outras expressões. Observe os exemplos do quadro:
D) peoples She sings and she plays the violin. →She
sings and plays the violin
09.I have visited more than ten different _________.
A) countrys He plays tennis and he plays football. → He plays
B) countries tennis and football.
C) countris They have offices in Britain and in France. → They
D) country have offices in Britain and France.

10.In England, a lot of _____ like playing football. We stayed with my brother and my sister. → We
A) woman stayed with my brother and sister.
B) womans The house and the garden were full of people. → The
C) women house and garden were full of people.
D) wimmen
I've been to Greece and I've been to Turkey. → I've
been to Greece and Turkey.
Respostas
I washed my shirt and I dried my shirt. →I
1. (C) / 2. (C) / 3.(B) / 4. (D) / 5. (C) / 6. (D) / 7. (C) / 8. washed and dried my shirt.
(C) / 9. (B) / 10. (C) I went downstairs and (I) opened the door.
(Eu fui ao andar de baixo e abri a porta.)
Conjunctions
Could I have a knife and (a) fork, please?
Conjunções são palavras que ligam duas orações ou termos (Eu gostaria de um garfo e uma faca, por favor.)
semelhantes, dentro de uma mesma oração. Existem três tipos
de conjunções: Coordinating conjunctions, Correlative When Robert went to the bookstore, he bought a
conjunctions e Subordinating conjunctions. A partir de agora notebook and several pens.
estudaremos separadamente cada um dos tipos de conjunções (Quando Roberto foi à livraria, ele comprou um caderno e
da Língua Inglesa. várias canetas.)

Coordinating conjunctions - Podemos usar vírgula (,) diante de and quando esta
conjunção for usada para adicionar o último item de uma lista
Coordinating conjunctions ligam duas palavras ou duas ou série. Esse tipo de construção é bastante comum no Inglês,
orações independentes (independent clauses), mas devem contudo a série deve conter pelo menos três ítens. Quando a
sempre ligar elementos com a mesma estrutura gramatical, construção não for longa, o uso da vírgula também é
por exemplo: subject + subject; verb phrase + verb phrase; facultativo. Observe os exemplos abaixo:
sentence + sentence; clause + clause. Uma coordinating
conjunction geralmente posiciona-se entre as orações e, antes You had a holiday at Christmas, at New Year and at
dela, usamos vírgula (caso as orações sejam muito pequenas e Easter. (Neste caso, não é necessário usar vírgula, pois os ítens
possuam o mesmo sujeito, a vírgula não é necessária). As da série não são longos.)
coordinating conjunctions são as que se encontram no quadro
abaixo: I spent yesterday playing cricket, listening to jazz
records, and talking about the meaning of life.
Conjunção Indicação / Função
Claudia spent her summer studying basic math, writing,
for explicação
and reading comprehension.
and adição Observe que, nestes dois últimos exemplos, os ítens são
nor liga duas alternativas negativas maiores, portanto a vírgula pode ser usada.

but oposição, contraste She bought carrots, lettuce, a pineapple, and a dozen
or alternância eggs. (Como a lista contém mais de três ítens, podemos usar
vírgula antes da conjunção.)
yet oposição, ressalva
mostra que a segunda ideia é o He drinks beer, whisky, wine, and rum.*
so
resultado da primeira
He drinks beer, whisky, wine and rum.*

Língua Estrangeira 28
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

* Ambas estão corretas, a vírgula é opcional quando a By the end of the day we were tired but happy. (No final
conjunção and é usada com a última palavra de uma lista. do dia estávamos cansados, mas felizes.)

- A vírgula também pode ser usada antes de and quando Observação: Além de
liga duas orações independentes (independent clauses) que significar mas ou porém, but também pode significar exceto:
não possuem o mesmo sujeito. Caso as orações sejam
pequenas e tenham o mesmo sujeito, não é comum usar Everybody but Robert is trying out for the team.
vírgula. Observe: (Todos, exceto Roberto, estão competindo para ficar no
time)
Rachel decided to try the chocolate cake, and Peter
ordered a strawberry pie. (Aqui a vírgula pode ser usada, pois I had no choice but to sign the contract. (Eu não tinha
o sujeito das orações não é o mesmo.) escolha, exceto assinar o contrato.)

I bought a bottle of wine, and we drank it together. (Aqui a OR


vírgula pode ser usada, pois o sujeito das orações não é o
mesmo.) A conjunção or indica alternância ou exclusão:

Rachel had a cake and Peter had a strawberry pie. I could cook some supper, or we could order a pizza.
(Embora o sujeito das orações não seja o mesmo, a vírgula (Eu poderia fazer uma janta ou nós poderíamos pedir uma
não foi usada, pois as duas orações são pequenas. Lembre-se pizza.)
de que a construção com vírgula também seria aceitável neste
caso.) Do you want to go out, or are you tired? (Você quer sair,
ou está cansado?)
BUT
He could go, or stay a little more. (Ele poderia ir ou ficar
Grace was a serious woman, but a very sensitive person. mais um pouco.)
(Grace era uma mulher séria, mas uma pessoa muito
sensível.) Have you seen or heard the opera by Paul Richardson?
(Você assistiu ou ouviu a ópera de Paul Richardson?)
My sofa isn't very soft, but it's comfortable.
(Meu sofá não é muito macio, mas é confortável.) They must approve his political style or they wouldn't
They tried, but did not succeed. keep electing him mayor. (Eles decerto devem aprovar seu
(Eles tentaram, mas não obtiveram sucesso.) estilo político, ou não continuariam o elegendo para prefeito.)

John is Canadian, but Sara is Irish. (João é canadense, mas You can study hard for this exam or you can fail.
Sara é irlandesa.) (Você pode estudar bastante para esta prova ou pode ser
reprovado.)
Our players did their best but they lost the game. (Nossos
jogadores fizeram o melhor que puderam, mas perderam o We can broil chicken on the grill tonight, or we can just
jogo.) eat leftovers.
- But é uma conjunção adversativa, ou seja, expressa (Podemos fazer frango grelhado hoje à noite ou somente
um contraste. Assim como and, usaremos vírgula(,) antes comer a comida que sobrou.)
de but quando ela ligar duas orações independentes
(independent clauses) que sejam longas. Observe que, mesmo SO
quando as orações possuem o mesmo sujeito, pode ocorrer
vírgula diante de but se as orações são longas. Compare os A conjunção so (assim, portanto, por isso) expressa o que
exemplos: acontece / aconteceu / acontecerá em razão de alguma coisa:
My grandmother was sick, so she went to the doctor.
She had very little to live on, but she would never have (Minha avó estava doente, por isso foi ao médico.)
dreamed of taking what was not hers. (Aqui, embora o sujeito
das duas orações seja o mesmo, a vírgula é usada, pois as It was raining, so I took my umbrella.
orações são longas.) (Estava chovendo, então peguei meu guarda-chuva.)

She was poor but she was honest. (As orações são curtas e Laura does a lot of sport, so she's very fit.
o sujeito é o mesmo, assim não se faz obrigatório o uso da (Laura pratica vários esportes, por isso tem uma ótima forma
vírgula.) física.)
Veja outros exemplos com but:

I like him, but I don't like her. (Gosto dele, mas não gosto FOR
dela.)
A função da conjunção for é introduzir uma explicação.
I wanted to phone you, but I didn't have your number. Nestes casos, for é sinônimo de because. Hoje em dia, o uso
(Queria ligar para você, mas não tinha o número do seu de for neste sentido é usado, na maioria das vezes, na escrita
telefone.) literária. Observe os exemplos:

The child was found abandoned but unharmed. (A criança Eric tought he had a good chance to get the job in the
foi encontrada abandonada, porém ilesa.) company, for his father was one of the owners.
(Eric achou que tinha grande chance de conseguir o emprego
I got it wrong. It wasn't the red one but the blue one. na companhia, pois seu pai era um dos donos.)
(Entendi tudo errado. Não era a vermelha, mas a azul.)

Língua Estrangeira 29
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

We listened eagerly, for he brought news of our families. She both sings and dances. (Ela canta e dança.)
(Escutamos avidamente, já que ele trouxe notícias de nossas
famílias.) She is both pretty and clever. (Ela é tão bonita e esperta.)

NOR Observação: Both...and sempre concordará com


A conjunção nor liga duas alternativas negativas e é o verbo no plural:
usada, na maioria das vezes, com neither e not. Veja:
Both David and Amanda know the importance of
That is neither what I said nor what I meant. (Isto não foi speaking another language.
o que eu disse nem o que eu quis dizer.) (Ambos David e Amanda sabem a importância de falar outra
língua.)
She seemed neither surprised nor worried. (Ela não
parecia nem surpresa nem preocupada.) Joana plays both the trumpet and the violin.
(Joana toca trombeta e violino.)
- Nor também é usado antes de um verbo positivo
concordando com algo negativo que recém foi dito: Both his mother and his father will be there.
(O pai e a mãe dele estarão lá.)
She doesn't like them nor does Jeff. [Ela não gosta deles e
nem o Jeff (gosta deles).] NOT ONLY...BUT ALSO
A. I'm not going. (Eu não vou.)
B. Nor am I. (Eu também não.) "To accomplish great things, we must not only act, but
also dream; not only plan, but also believe." (Anatole
YET France)
(Para realizarmos coisas grandes, precisamos não somente
A conjunção yet (contudo, mas, não obstante, porém, no agir, mas também sonhar; não somente planejar, mas
entanto) indica oposição, ressalva: também acreditar.)

It's a small car, yet it is surprisingly spacious. The teacher is not only intelligent but also friendly.
(É um carro pequeno, todavia é surpreendentemente (A professsora não é so inteligente, mas também
espaçoso.) simpática.)
We go there not only in the winter, but also in summer.
He has a good job, and yet he never seems to have any (Vamos lá não apenas no inverno, mas também no verão.)
money.
(Ele tem um bom emprego, e apesar disso parece que She not only sings like an angel, but also dances divinely.
nunca tem dinheiro.) (Ela não apenas canta como um anjo, mas também dança
divinamente.)
OBSERVAÇÃO: Como conjunção, yet sempre aparece
no início da oração. Not only the bathroom was flooded, but also the rest of
the house.
Correlative Conjunctions (Não só o banheiro estava alagado, mas também o resto da
casa.)
As Correlative conjunctions são sempre usadas aos pares,
ou seja, elas nunca aparecem sozinhas. No entanto, elas nunca Not only pode se posicionar no início da oração para dar
aparecem uma logo do lado da outra. Assim como ênfase ao que se quer dizer. Nesta estrutura, not only deve ser
as coordinating conjunctions, usamos as correlative seguido por auxiliary verb (and non-auxiliary have and be)
conjunctions para ligar elementos com mesma função + subject; do é usado* caso não haja outro auxiliar:
gramatical, por exemplo: subject + subject; verb phrase +
verb phrase; sentence + sentence; clause + clause. Veja Not only has she been late three times; she has also done
quais são as correlative conjunctions no quadro abaixo: no work.
(Ela não só chegou atrasada três vezes, como também não
Correlative Conjunctions fez trabalho algum.)
*Not only do they need clothing, but they are also short of
both...and water.
either...or (Eles não somente necessitam de roupas, mas também
estão com falta d'água.)
neither...nor
not only...but also Not only is the food in this restaurant awful, but also the
prices are too high.
as/so...as
(Como se não bastasse a comida nesse restaurante ser
whether...or terrível, os preços também são altos demais.)
Observe alguns exemplos de cada um dos pares:
AS / SO...AS
BOTH...AND
If you are as/so intelligent as your father, it will not be
I'd like to work with both animals and children. (Eu difficult for you to run your family business. (Se você é tão
gostaria de trabalhar com animais e crianças.) inteligente quanto seu pai, não vai ser difícil para você
administrar os negócios da sua família.)
Both my grandfather and my father worked in the steel
plant. She is as/so beautiful as her mother.
(Ambos meu avô e meu pai trabalhavam na fábrica de aço.) (Ela é tão bonita quanto a mãe.)

Língua Estrangeira 30
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

He is not as/so bad as many think.


(Ele não é tão ruim quanto muitos pensam.) He bought me this ring, even though I had told him not
to.
WHETHER... OR (Ele me comprou esse anel, muito embora eu o tenha
avisado para não comprar.)
Whether you win this race or lose it doesn't matter as
long as you do your best. Observação: A conjunção though é mais usada na
(Não importa se você ganhar ou perder essa corrida, linguagem falada.
contanto que faça o melhor que pode.)
AS (enquanto, assim que, logo que, como, porque, à
Have you decided whether you will come or not? (Você medida que)
decidiu se virá ou não?)
He left the bedroom, as he saw his daughter sleeping.
The ticket will cost the same, whether we buy it (Ele saiu do quarto assim que / logo que viu a filha
now or wait until later. dormindo.)
(O ingresso custará o mesmo valor se comprarmos agora
ou esperarmos até mais tarde.) Leave the papers as they are. (Deixem os papéis como
eles estão.)
You need to decide whether you go to the movies or to
the park today. As you were out, I left a message. (Já que /Como você não
(Você precisa decidir se vai ao cinema ou ao parque hoje.) estava, deixei uma mensagem.)

Subordinating Conjunctions As she grew older she gained in confidence.


(À medida que ficou mais velha, ficou mais confiante em si
Assim como as Coordinating e Correlative Conjunctions, mesma.)
as Subordinating Conjunctions estabelecem relação entre
orações, frases ou termos semelhantes. Entretanto, AS IF / AS THOUGH
diferentemente da primeira, estabelecem relaçõesentre uma (como se)
oração dependente (dependent clause)* e uma oração
independente (independent clause). She behaved as if/as though nothing had happened.
* Dependent clause: orações que não são completas em si (Ela se comportou como se nada tivesse acontecido.)
mesmas. Observe o exemplo abaixo:
Observação: Quando falamos sobre coisas que sabemos
Because it was raining, I took my umbrella. que não são verdades, podemos usar, após asif/as though,
o verbo no passado com significado futuro. Este uso
Este período contém duas orações, "Because it was enfatiza o fato de sabermos que algo não é verdade. Compare:
raining" e "I took my umbrella". A primeira oração é He talks as if/as though he was very rich. (Ele fala como
uma dependent clause, ou seja, não possui sentido em si se fosse muito rico.)
mesma. Se dissermos apenas
No caso acima, temos certeza absoluta de que ele não é
"Because it was raining" e nada mais, as pessoas não rico.
compreenderão o que queremos dizer. Contudo,
He talks as if/as though he is rich. (Ele fala como se fosse
"I took my umbrella" é uma independent clause, rico.)
pois possui sentido em si mesma, ou seja, compreendemos
seu sentido mesmo se falarmos apenas "I took my umbrella". Já neste exemplo, não temos certeza se ele é rico ou não.
Esses tipos de conjunções posicionam-se no início da
oração dependente (dependent clause). Porém, a oração Why is he looking at me as if/as though he knew me? I've
dependente pode vir antes ou depois da oração independente. never seen him before. (Por que ele está olhando para mim
Observe abaixo exemplos com as principais subordinating como se me conhecesse? Eu nunca o vi antes.)
conjunctions da Língua Inglesa:
Na linguagem formal, podemos usar were ao invés
AFTER de was quando fazemos esse tipo de comparação. Este uso é
(depois, após) comum no Inglês Americano:

I went home after the concert finished. He talks as if/as though he were rich.
(Fui para casa depois que o concerto acabou.)
AS / SO LONG AS / PROVIDED THAT
After the party, we started talking. (contanto que, desde que, com a condição de que)
(Depois da festa, começamos a conversar.)
We will go to the beach as/so long as the weather is
ALTHOUGH / THOUGH / EVEN THOUGH good.
(apesar de (que), embora, ainda que) (Iremos para praia contanto que/ desde que o tempo esteja
bom.)
Although it was raining, we went out.
(Saímos, embora estivesse chovendo.) You can take my car as/so long as you drive carefully.
His clothes, though old and worn, looked clean and of (Você pode usar o meu carro contanto que / desde que
good quality. dirija cuidadosamente.)
(As roupas dele, embora velhas e surradas, pareciam
limpas e de boa qualidade.)

Língua Estrangeira 31
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

BECAUSE HOWEVER / NONETHELESS /


(porque, pois) NEVERTHELESS / NOTWITHSTANDING
(Porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto, não
I went to England because my boyfriend was there. obstante)
(Fui para a Inglaterra porque meu namorado estava lá.) He was feeling bad. However, he went to work and tried to
I didn't buy the handbag because it was too expensive. concentrate. (Ele estava se sentindo mal. Contudo, foi
(Não comprei a bolsa porque era muito cara.) trabalhar e tentou se concentrar.)

- Because e a oração dependente podem vir tanto antes The problems are not serious. Nonetheless, we shall solve
como depois da oração independente ou principal. Observe: them soon. (Os problemas não são graves. Todavia, devemos
resolvê-los logo.)
I finished early because I worked fast. (Terminei cedo
porque trabalhei rápido.) I haven't had lunch. Nevertheless, I'm not hungry. (Não
almocei. Todavia, não estou com fome.)
Because I worked fast, I finished early. (Porque trabalhei
rápido, terminei cedo.) Notwithstanding, the problem is a significant one.
(Contudo, o problema é significativo.)
Não confunda: Because é uma conjunção, mas because
of é uma preposição. The man is, notwithstanding, sufficient. (O homem é,
Veja a diferença: entretanto, suficiente.)

We were late because it rained. (NOT ... because of it Observação: Notwithstanding também é sinônimo
rained.) de despite e insipite of. Contudo, nestes casos, funciona como
(Estávamos atrasados porque choveu.) uma preposição.

We were late because of the rain. (NOT ... because the IF


rain.) (se)
(Estávamos atrasados por causa da chuva.)
Ask her if she is staying at home tonight. (Pergunte se ela
I'm happy because I met you. (NOT ... because of I met vai ficar em casa hoje à noite.)
you.)
(Estou feliz porque conheci você.) If you meet my sister, give her this note. (Se você
encontrar minha irmã, dê a ela este bilhete.)
I'm happy because of you. (NOT ... because you.)
(Estou feliz por causa de você.) ONCE
(uma vez que, já que, desde que, assim que...)
BEFORE
(antes de, antes que) We didn't know how we would pay our bills once the
money had gone. (Não sabíamos como pagaríamos nossas
Before I have breakfast, I spend half an hour doing contas uma vez que o dinheiro tinha acabado.)
physical exercises.
(Antes de tomar café da manhã, passo meia hora fazendo Once he had gone... (Assim que ele saiu...)
exercícios físicos.)
Observação: Como conjunção, once é sinônimo de 'after',
Do it before you forget. (Faça antes que você esqueça.) 'when' e 'as soon as' e na maioria das vezes é usado
I'll telephone you before I get home. com perfect tense. Veja:
(Vou ligar para você antes de chegar em casa.)
Once you know how to ride a bike you never forget it.
DESPITE / IN SPITE OF (Depois que você aprende a andar de bicicleta, nunca mais
(apesar de) esquece.)

Despite the traffic, we got there on time. OTHERWISE


(Apesar do tráfego, chegamos na hora.) (senão, caso contrário, do contrário)

In spite of the rain, we went for a walk in the park. Be here before noon, otherwise you will not have lunch
(Apesar da chuva, fomos dar uma volta no parque.) with your father.
(Esteja aqui antes do meio-dia, do contrário / senão você não
Observação: Os verbos que vierem imediatamente almoçará com seu pai.)
após despite / in spite of devem estar no gerúndio:
You have to study hard, otherwise you won't pass the
Despite being a big star, she's very approachable. exam.
(Apesar de ser uma estrela, ela é bastante acessível.) (Vocês devem estudar bastante, caso contrário / senão não
vão passar na prova.)
In spite of having a headache, I enjoyed the film.
(Apesar de estar com dor de cabeça, gostei do filme.) My parents lent me the money. Otherwise I couldn't have
bought the house.
(Meus pais me emprestaram o dinheiro. Do contrário / Senão
eu não poderia ter comprado a casa.)

Língua Estrangeira 32
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

SINCE (já que, visto que, como, desde) He'll phone you when he arrives. (Ele vai ligar para você
quando chegar.)
Since you are here, help us, please! (Já que você está aqui,
ajude-nos, por favor!) By the time I leave work, the sun will be setting. (Quando
eu sair do trabalho, o sol estará se pondo.)
Since she knows you well, she'll disagree with you.
(Visto que / Já que ela lhe conhece bem, não vai concordar WHENEVER
com você.) (quando, toda vez que, sempre que)

Cath hasn't phoned since she went to Belfast. (Cath não Come whenever you like. (Venha quando quiser / a hora
ligou desde que foi para Belfast.) que quiser.)

SO THAT / IN ORDER THAT / IN ORDER TO / SO AS TO You can borrow my car whenever you want.
(de modo que, a fim de que, para que) (Você pode usar meu carro sempre que quiser / toda hora
que quiser.)
She worked hard so that everything would be ready in
time. You can ask for help whenever you need it. (Você pode
(Ela trabalhou muito para que / a fim de que tudo ficasse pedir ajuda sempre que precisar.)
pronto a tempo.)
He got up early in order to have time to pack. Whenever she comes, she brings a friend. (Sempre que
(Ele acordou cedo para / a fim de ter tempo de arrumar as ela vem, traz um amigo.)
malas.)
Observação: A conjunção whenever também é usada
We send monthly reports in order that they may have quando o momento em que algo ocorre não é importante:
full information.
(Mandamos relatórios mensais para que eles possam ter A. When do you need it by? (Para quando você precisa
informações completas.) disso?)
B. Saturday or Sunday. Whenever. (Sábado ou Domingo.
UNLESS Tanto faz.)
(a menos que, a não ser que, salvo se)
It's not urgent - we can do it next week or whenever.
Don't leave the room unless you receive permission. (Não é urgente - podemos fazer isso na semana que vem ou
(Não saia da sala a menos que / a não ser que receba em qualquer outro momento.)
permissão.)
WHERE
Come tomorrow unless I phone (= ... if I don't phone (onde)
/ except if I phone.)
(Venha amanhã a menos que / a não ser que eu ligue.) Seat where I can see you, please. (Sente onde eu consiga
lhe enxergar, por favor.)
I'll take the job unless the pay is too low (= if the pay isn't
too low / except if the pay is too low.) This is where I live. (Aqui é onde eu moro.)
(Ficarei com o emprego a menos que / a não ser que o salário
seja muito baixo.) Stay where you are. (Fique onde está.)

UNTIL / TILL WHEREAS


(até, até que) (ao passo que, enquanto)

Essas duas palavras possuem o mesmo significado, porém Some of the studies show positive
o uso de till é considerado mais informal. results, whereas others do not.
(Alguns dos estudos mostram resultados positivos, enquanto
Do I have to wait unitl / till tomorrow? (Tenho que / ao passo que outros, não.)
esperar até amanhã?)
She was crazy about him, whereas for him it was just
You are not going out until / till you've finished your another affair.
homework. (Ela era doida por ele, ao passo que / enquanto que para ele
(Você não vai sair até que tenha terminado sua lição de casa.) aquilo era apenas mais um caso.)

Until now I have always lived alone. (until now = so far = He likes broccoli, whereas she hates it. (Ele adora
até agora, por enquanto) brócolis, ao passo que / enquanto ela detesta.)
(Até agora sempre vivi sozinho.)
WHILE
WHEN / BY THE TIME (enquanto)
(quando)
They were burgled while they were out. (A casa deles foi
She left her job when she knew she was pregnant. assaltada enquanto eles estavam fora.)
(Ela saiu do emprego quando soube que estava grávida.)
You can go swimming while I'm having luch. (Você pode
When we got to New York the shops were already closed. nadar enquanto eu almoço.)
(Quando chegamos a Nova Iorque as lojas já estavam
fechadas.)

Língua Estrangeira 33
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

While Andrew is very good at Biology, his brother doesn't interest rate cuts brought local interest rates to record lows
know anything about that. last year. Inflation ended 2012 at 5.84%.
(Enquanto Andrew é muito bom em biologia, seu irmão não The average monthly Brazilian salary retreated slightly to
sabe nada sobre essa matéria.) 1.805,00 Brazilian reais ($908.45) in December, down from
the record high BRL 1.809,60 registered in November, the
IBGE said. Wages trended higher in 2012 as employee groups
Observações: called on Brazilian companies and the government to increase
- No início de orações, while pode wages and benefits to counter higher local prices. Companies
significar although, despite the fact that.... Observe: were also forced to pay more to hire and retain workers
because of the country’s low unemployment.
While I am willing to help, I do not have much time The IBGE measures unemployment in six of Brazil’s largest
available. metropolitan areas, including São Paulo, Rio de Janeiro,
(Embora eu esteja com vontade de ajudar, não tenho muito Salvador, Belo Horizonte, Recife and Porto Alegre. Brazil’s
tempo disponível.) unemployment rate, however, is not fully comparable to
jobless rates in developed countries as a large portion of the
- Algumas vezes, while é sinônimo de until: population is either underemployed or works informally
I waited while five o'clock. (Esperei até às cinco horas.) without paying taxes. In addition, workers not actively seeking
a job in the month before the survey don’t count as
Fonte: http://www.solinguainglesa.com.br/conteudo/Conjunctions1.php unemployed under the IBGE’s methodology. The survey also
(Adaptado)
doesn’t take into account farm workers.
(www.nasdaq.com, Adaptado)
Questões
2. (CTA – ANALISTA EM C&T JÚNIOR –
01. (TCE/ES – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – ADMINISTRAÇÃO – VUNESP)
CESPE) No trecho do último parágrafo – In addition, workers not
actively seeking a job – a expressão in addition pode ser
Welcome to Oxford substituída, sem alteração de sentido, por:
(A) Otherwise.
Many periods of English history are impressively (B) Nevertheless.
documented in Oxford’s streets, houses, colleges and chapels. (C) However.
Within one square mile alone, the city has more than 900 (D) Furthermore.
buildings of architectural or historical interest. For the visitor (E) Therefore.
this presents a challenge – there is no single building that
dominates Oxford, no famous fortress or huge cathedral that 3. (CTA – ANALISTA EM C&T JÚNIOR –
will give you a short-cut view of the city. Even Oxford’s famous ADMINISTRAÇÃO – VUNESP)
University is spread amidst a tangle of 35 different colleges
and halls in various parts of the city centre, flaunt its treasures; No trecho do quinto parágrafo – Brazil’s unemployment
behind department stores lurk grand Palladian doorways or rate, however, is not fully comparable to jobless rates in
half-hidden crannies or medieval architecture. The entrance to developed countries as a large portion of the population is either
a college may me tucked down a narrow alleyway, and even underemployed or works informally – a palavra as pose ser
then it is unlikely to be signposted. substituida, sem alteração de sentido, por:
(A) But.
Oxford University Press, 1999, p. 135 (adapted) (B) Nor.
“Nor” (L.10) means “not either” (C) Such.
(OBS: Os números das linhas na questão podem variar por (D) Likely.
conta da diagramação do material.) (E) Since.
(A) Certo.
(B) Errado. 04. (ANVISA – ANALISTA ADMINISTRATIVO –
CETRO/2013)
Leia o texto e responda as questões 2 e 3. An increased incidence of kidney stones and renal failure
in infants has been reported in China, believed to be associated
Brazil’s Average Unemployment Rate Falls to Record Low with the ingestion of infant formula contaminated with
in 2012 melamine. It has been discovered that melamine has been
deliberately added to raw milk for a number of months in
By Down Jones Business News order to boost its apparent protein content. In 2007 there was
January 31, 2013 a large outbreak of renal failure in cats and dogs in the USA
associated with ingestion of pet food found to contain
Brazil’s unemployment rate for 2012 fell to 5.5%, down melamine and cyanuric acid. Melamine alone is of low toxicity;
from the previous record low of 6.0% recorded last year, the ________ experimental studies have shown that combination
Brazilian Institute of Geography and Statistics, or IBGE, said with cyanuric acid leads to crystal formation and subsequent
Thursday. In December, unemployment fell to 4.6% compared kidney toxicity.
with 4.9% in November, besting the previous record monthly (World Health Organization, 30/10/2008)
low of 4.7% registered in December 2011, the IBGE sad.
The 2012 average unemployment rate was in line with the Choose the alternative that fills in correctly the blank of the
5.5% median estimate of economists polled by the local Estado sentence below.
news agency. Analysts had also pegged December’s
unemployment rate at 4.4%. “Melamine alone is of low toxicity; ________ experimental
Brazil’s unemployment rate remains at historically low studies have shown that combination with cyanuric acid leads
levels despite sluggish economic activity. Salaries have also to crystal formation and subsequent kidney toxicity”.
been on the upswing in an ominous sign for inflation – a key
area of concern for the Brazilian Central Bank after a series of (A) Therefore.

Língua Estrangeira 34
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

(B) So. Quantifiers são usados para informar a respeito do


(C) However. número de algo.
(D) Unless.
(E) Since. Forma Tradução Exemplo
Much Muito(a) She
05. (ANVISA – ANALISTA ADMINISTRATIVO – doesn't much coffee.
CETRO/2013)
The alarm ________ Europe ________ the discovery ________
Little Pouco(a) She drinks little coffee.
horsemeat ________ beef products escalated again Monday,
when the Swedish furniture giant Ikea withdrew an estimated
1.670 pounds ________ meatballs ________ sale ________ 14 Less Menos She drinks less coffee
European countries. Ikea acted after authorities in the Czech than John.
Republic detected horsemeat in its meatballs. The company
said it had made the decision even though its tests two weeks
ago did not detect horse DNA. Horsemeat mixed with beef was As formas much, little e less são usadas antes de
first found last month in Ireland, then Britain, and has now substantivos incontáveis, portanto singulares.
expanded steadily across the Continent. The situation in
Europe has created unease among American consumers over Forma Tradução Exemplo
________ or not horsemeat might also find its way into the food Many Muitos(a) She doesn't
supply in the United States. have many friends.
(The New York Times, 2/25/2013)

According to the formal rule of the English language, Few Poucos(a) She has few friends.
choose the alternative that fills in correctly the blank of the
sentence below. Fewer Menos She has fewer friender
than John.
“The situation in Europe has created unease among
American consumers over ________ or not horse meat might also
find its way into the food supply in the United States.” As formas many, few e fewer são usadas antes de
(A) Rather. substantivos contáveis no plural.
(B) Whether.
(C) Perhaps. - Much e many são usados, preferencialmente, em
(D) Either. orações interrogativas e negativas.
(E) If. Do you have many cousins?
We didn’t spend much money.
Respostas
- Many tem concordância verbal de plural.
01. (A)
02. (D) Many students are waiting outside.
03. (E)
04. (C) Pode-se, porém, substituir a
05. (B) forma many + plural por many a + singular.
Many a student is waiting outside.
Determiners / Quantifiers
Sinônimos de much e many
Determiners são palavras que iniciam as orações
substantivas. Eles podem ser: específicos (specific) ou gerais Em orações afirmativas, deve-se, preferencialmente, usar a
(general). lot of, lots of, a great deal of, a good deal of, plenty of em
Os “Specific Determiners” são usados quando se tem substituição a much ou many.
conhecimento exato de que o leitor ou ouvinte sabe a que eles
se referem.
“General Determiners” são empregados para falar de
coisas em geral, das quais o leitor ou ouvinte não sabe
exatamente a que se referem.

Specific Determiners: THE; MY; YOUR; HIS; HER; ITS;


OUR; THEIR; WHOSE; THIS; THAT; THESE; THOSE, WHICH.
Examples:

Can you pass the glass, please? (o)


Look at this beautiful flower. (essa)
Thank you for your present. (seu)
A lot (sem of) não deve ser usado antes de substantivos.
General Determiners: A; AN; ANY; ANOTHER; OTHER;
WHAT.
She works a lot.
Examples:
A lot was done by him.
As formas a lot of e lots of têm concordância verbal
A man saw the accident. (um)
dependente do elemento que as seguir.
Any person can solve this exercise. (qualquer)
There is a lot of dust here.

Língua Estrangeira 35
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

There are a lot of books here. Exemplos:


There is a lot of rice left.
There are lots of potatoes left. Jane has bought SOME new shoes.
There’s SOMEONE / SOMEBODY knocking at the door.
Plenty of significa “mais do que suficiente”. I have SOMETHING important to tell you.
Would you like SOMETHING to drink?
There’s no need to hurry. We’ve got plenty of time. Can you give me SOME information?

Much e very B. ANY


ANYONE / ANYBODY
a) Como já vimos, much (= muito/a) é usado antes de ANYTHING
substantivos incontáveis no singular. Usos:
Do you have much work to do? (subst. incontável)
⎯→ orações interrogativas
⎯→ orações negativas (com verbos negativos ou palavras
Pode ser usado também antes de comparativos. negativas na oração)
Jane is much taller than John. (comparativo) ⎯→ orações afirmativas significando “qualquer”

Exemplos:
This book is much more interesting than that.
(comparativo) Have you seen ANY good movie recently?
They don’t know ANYONE / ANYBODY here.
b) Very (= muito) é usado antes de adjetivos e advérbios He left home without ANY money.
no grau normal.
Her daughter is very intelligent. (adjetivo) He’s lazy. He never does ANY work.
Come and visit me ANY day you want.
They arrived very late yesterday. (advérbio)
Observação:
Frequentemente usamos ANY, ANYONE/ANYBODY,
Little, a little, few, a few ANYTHING após IF (se).
a) A little e a few são ideias positivas e significam “uma Exemplos:
pequena quantidade de” ou “um pequeno número de” e
equivalem a some, em inglês. Buy some strawberries if you see ANY.
If ANYONE has ANY question, I’ll answer it.
I still have a little money in the bank. (= algum dinheiro) If you need ANYTHING, let me know.
The exam was extremely difficult but a few students
passed it. (= alguns alunos)b) Little e few são idéias negativas. C. NO (= nenhum, nenhuma)
I have little money in the bank. (= quase nenhum dinheiro) NO ONE / NOBODY (= ninguém)
The exam was extremely difficult and few students passed NOTHING (= nada)
it. (= quase nenhum aluno)
Uso:
b) Little e few são ideias negativas.
⎯→ orações negativas (com verbos afirmativos)
I have little money in the bank (= quase nenhum dinheiro).
The exam was extremely difficult and few students passed Exemplos:
it (= quase nenhum aluno).
He has NO friends. = He doesN’T have ANY friends.
So, too, very I have talked to NOBODY / NO ONE. = I haveN’T talked to
ANYBODY / ANYONE.
So, too e very podem ser usados antes de much, many, He has bought NOTHING for her. = He hasN’T bought
little e few para ampliar, enfatizar ou restringir o sentido dos ANYTHING for her.
quantificadores.

I can’t hear so much noise.


There are so many jobs to do today.
Too much noise drives me crazy.
There are too many people in the restaurant.
I’ve got very little money.
Very few students passed the examination.

Some, Any, No e None e Compostos

A. SOME (= algum, alguma, uns, umas)


SOMEONE / SOMEBODY (= alguém)
SOMETHING (= algo)

Usos:
⎯→ orações afirmativas
⎯→ orações interrogativas (oferecimentos e pedidos)

Língua Estrangeira 36
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Observação:

SO, TOO e VERY podem ser usados antes de much, many, little e few para ampliar, enfatizar ou
restringir o sentido dos “quantifiers”.
Exemplos:

There are so many books to read.


I ate too much food.
Very few students passed in the exam.

Fonte: objetivo.br(Adaptado)

Questões

Complete com o quantificador apropriado:

01. Would you like more wine? Yes, but only ………………...
(A) a little
(B) fewer
(C) less
(D) much
(E) many

02. How ………… food did they bring?


(A) many
(B) few
(C) fewer
(D) much
(E) little

03. There are too ……………… people chasing too ……………… jobs.
(A) many - much
(B) few - much
(C) many - few
(D) much - many
(E) fewer – much

04. Fill in the blanks with SOME, ANY or NO.

a) I’m sorry I can’t lend you ____________ money. I’m broke.


b) “Do you want ________ coffee?” “Yes, I want ________.”
c) I don’t have ______________ opinion about her.
d) __________ students did their homework. They’re too lazy.
e) Is there _____________ drugstore near here?
f) I see ________ person here. I think you must be mistaken.

Língua Estrangeira 37
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

g) “Would you like _____________ coffee?” Months of the Year


“No, I would like _____________ coffee.”
h) Can you lend me _____________ “reais”?
I’ll give you back some next payment.
i) Can you give me ______________ further details about the
some trip?
j) If you have _______________ problem, I’ll give you a hand.

Respostas

01. Resposta A
02. Resposta D
03. Resposta C
People (pessoas) e Jobs (empregos) são substantivos
contáveis. Logo “muito” será “many” e “poucos” será “few”.

4.Resposta:
a) any
b) some
c) any
d) no
e) any
f) no
g) some Estações do Ano
h) no
i) some
j) any

Days of the week

Os dias da semana em Inglês devem sempre ser escritos


com letra maiúscula.

Sunday domingo
Monday segunda-feira
Tuesday terça-feira
Wednesday quarta-feira
Thursday quinta-feira
Friday sexta-feira
Saturday sábado

Parts of the day

Morning Manhã Spring – primavera


Afternoon Tarde Summer – verão
Evening Início da noite Fall / autumn – outono
Night Noite Winter – inverno

Hours – telling the time

Horas:
Usamos a expressão “o’clock” para as horas exatas.
Exemplo:
7:00 – seven o’clock 11:00 – eleven o’clock

Usamos a expressão “past” para dizer que já passou a hora


completa. Exemplos:
8:05 – five past eight 10:20 – twenty past ten
Usamos a expressão “to” para dizer os minutos que faltam
para a próxima hora exata. Exemplos:
6:50 – ten to seven 7:55 – five to eight

Há duas formas de dizer as horas.


1) Dizer primeiro a hora, e depois os minutos. (Hour +
Minutes)

6:25 - It's six twenty-five


8:05 - It's eight zero-five
9:11 - It's nine eleven

Língua Estrangeira 38
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

2:34 - It's two thirty-four 11 ELEVEN


12 TWELVE
2) Dizer os minutos primeiro, e então a
hora. (Minutes + PAST / TO + Hour) 13 THIRTEEN
Do minuto 1 até30 usamos PAST após os minutos. 14 FOURTEEN
Dos minutos 31 até 59 usamos TO após os minutos.
15 FIFTEEN
2:35 - It's twenty-five to three 16 SIXTEEN
11:20 - It's twenty past eleven
17 SEVENTEEN
4:18 - It's eighteen past four
8:51 - It's nine to nine 18 EIGHTEEN
2:59 - It's one to three 19 NINETEEN
O'clock 20 TWENTY
21 TWENTY ONE
Usamos o'clock para horas em ponto (ponteiro grande no
12). 22 TWENTY TWO
10:00 - It's ten o'clock 23 TWENTY THREE
5:00 - It's five o'clock
24 TWENTY FOUR
1:00 - It's one o'clock
25 TWENTY FIVE
Pode-se escrever 9 o'clock (the number + o'clock) 26 TWENTY SIX
12:00
Para 12:00 há quatro expressões em Inglês. 27 TWENTY SEVEN
twelve o'clock 28 TWENTY EIGHT
midday = noon (meio-dia)
midnight (meia-noite) 29 TWENTY NINE
30 THIRTY
31 THIRTY ONE
32 THIRTY TWO
33 THIRTY THREE
40 FORTY
50 FIFTY
60 SIXTY
70 SEVENTY
80 EIGHTY
90 NINETY
100 ONE HUNDRED
Numbers
101 ONE HUNDRED AND ONE
Cardinal Numbers 200 TWO HUNDRED
Usados para:
300 THREE HUNDRED
1. Count things (contar as coisas): I have one little brother.
There are thirty-one days in January. 1000 ONE THOUSAND
2. Give your age (falar sobre idade): You are nineteen
1,000,000 ONE MILLION
years old. My sister is twenty-seven years old.
3. Give your telephone number (dar número de telefone): 1,000,000,000 ONE BILLION
Our phone number is two-six-nine, three-eight-four-seven
(269-3847).
Ordinal Numbers
4. Give years (falar sobre os anos): I was born in nineteen
ninety-five (1995).
Usados para:
1 ONE 1. Give a date (falar sobre datas): My birthday is on the
2 TWO 27th of August. (Twenty-seventh of August)
3 THREE 2. Put things in a sequence or order (colocar as coisas em
uma sequência ou ordem): I was the second to be interviwed.
4 FOUR 3. Give the floor of a building (falar sobre os andares de
5 FIVE construções): His office is on the tenth floor.
6 SIX 1st FIRST
7 SEVEN 2nd SECOND
8 EIGHT 3rd THIRD
9 NINE 4th FOURTH
10 TEN 5th FIFTH

Língua Estrangeira 39
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

6th SIXTH lugares


Exemplo:
7th SEVENTH
- scientist (cientista) – que vem de science.
8th EIGHTH - geologist (geólogo) – que vem de geology.
9th NINTH - biologist (biólogo) – que vem de biology.
- archeologist (arqueólogo) – que vem de archeology.
10th TENTH
11th ELEVENTH 3. O sufixo –(i)an indica uma pessoa que estuda e se
aplica a
12th TWELFTH Exemplo:
13th THIRTEENTH - Uma pessoa que estuda “mathematics” é um
“mathematician” (matemático)
14th FOURTEENTH
- Uma pessoa que estuda “statistics” é um statistician
15th FIFTEENTH - Uma pessoa que estuda “politics” é um politician
16th SIXTEENTH - Uma pessoa que estuda “musics” é um musician

17th SEVENTEENTH 4. O sufixo –ion (-ation, -ition) forma substantivos de


18th EIGHTEENTH verbos, significando “o processo” ou o “resultado de”
Exemplo:
19th NINETEENTH
Action – do verbo “to act”
20th TWENTIETH Application – do verbo “to apply”
21st TWENTY-FIRST Addition – do verbo “to add”
Construction – do verbo “to construct”
22nd TWENTY-SECOND Relation – do verbo “to relate”
23rd TWENTY-THIRD Selection – do verbo “to select”
Observation – do verbo “to observe”
30th THIRTIETH Definition – do verbo “to define”
40th FORTIETH Transmition – do verbo “to transmit”
50th FIFTIETH
5. As terminações –ment, -ance e –ence também são
60th SIXTIETH acrescentadas a verbos para formar substantivos que
70th SEVENTIETH significam “a ação de” ou o “resultado da ação de”
Exemplo:
80th EIGHTIETH -Development (desenvolvimento) – do verbo “to develop”
90th NINETIETH -Performance (desempenho) – do verbo ” to perform“
-Residence (residência) – do verbo ” to reside“
100th HUNDREDTH Improvement – do verbo “to improve”
101st HUNDRED AND FIRST Assistance – do verbo “to assit”
Attendance – do verbo “to attend”
200th TWO HUNDREDTH
Resistance – do verbo “to resist”
300th THREE HUNDREDTH Interference – do verbo “to interfere”
1,000th THOUSANDTH Reference – do verbo “to refer”
1,000,000th TEN MILLIONTH 6. Os sufixos –al e –age são igualmente usados para
formar substantivos derivados de verbos com o
significado de “o ato de” ou “o resultado do ato de”.
Exemplo:
Prefixos e Sufixos -Removal (remoção) – do verbo “to remove”
-Reversal (inversão) – do verbo “to reverse”
A morfologia ocupa um lugar importante no inglês técnico -Approval – do verbo “to approve”
e científico. Muitas palavras são formadas pelo acréscimo de -Arrival – do verbo “to arrive”
uma partícula antes (prefixo) ou depois (sufixo). -Passage – do verbo “to pass”
-Postage – do verbo “to post”
Sufixos
7. Os sufixos –hood, -ship, -dom e –ery formam
1. Os sufixos mais comuns que formam substantivos de substantivos com o significado de “status, domínio,
verbos são –er, -or e – ar, que significam “a pessoa ou a condição”.
coisa que faz” Exemplo:
-Brotherhood (irmandade) – do substantivo “brother”
Exemplo: -Friendship (amizade) – do substantivo “friend”
- programmer (programador) – do verbo “to program” -Kingdom (reino) – do substantivo “king”
- navigator (navegador) – do verbo “to navigate” -Childhood – do substantivo “child”
- liar (mentiroso) – do verbo “to lie” -Fatherhood – do substantivo “father”
- worker (trabalhador) – do verbo “to work” -Leadership – do substantivo “leader”
- reader (leitor) – do verbo “to read” -Relationship – do substantivo “relation”
- actor (ator) – do verbo “to act” -Freedom – do substantivo “free”
- conductor (condutor) – do verbo “to conduct” -Nursery – do substantivo “nurse”

2. Os sufixos –ist e –i(na) também são usados para


indicar “a pessoa que faz”, por associação a certas coisas

Língua Estrangeira 40
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

8. O sufixo –ing forma substantivos e significa adicionamos a adjetivos.


“resultado de atividade” ou “atividade”. Exemplo:
Exemplo: Recently (recentemente) – do adjetivo “recente”
Learning (aprendizado, erudição) – do verbo “to learn” Easily (facilmente) – do adjetivo “easy”
Happening (acontecimento) – do verbo “to happen” Confidently – do adjetivo “confident”
Finaly – do adjetivo “final”
9. O sufixo –ful forma substantivos com o significado Privately – do adjetivo “private”
de “a quantidade contida em”. Socialy – do adjetivo “social”
Exemplo:
mouthful (bocado) – do substantivo “mouth” 5. O sufixo – ive é acresecentado a verbos para formar os
spoonful (colherada) – do substantivo “spoon” adjetivos correspondentes.
Exemplo:
10. Os sufixos –ness e –ity formam substantivos Destructive (destrutivo) – do verbo “to destry”
abstratos de adjetivos. Relative (relativo) – do verbo “to relate”
Exemplo:
Greatness (grandeza) – do adjetivo “great” 6. O sufixo –ed é acrescentado a substantivos ou
Usefulness (utilidade) – do adjetivo “useful” grupos nominais para formar adjetivos significando
Actvity (atividade) – do adjetivo “active” “feitos de” ou “tendo a aparência ou as características de”.
Clearness – do adjetivo “clear” Exemplo:
Directness – do adjetivo “direct” Pointed (pontiagudo) – do substantivos “point”
Exactness – do adjetivo “exact” Wooded (de madeira) – do substantivos “wood”
Complexity – do adjetivo “complex” Blue-eyed (de olhos azuis) – do grupo nominal “blue yes”
Telativity – do adjetivo “relative”
Responsibility – do adjetivo “responsable” 7. Os sufixos –ed e –ing são acrescentados a verbos
para formar adjetivos. O primeiro significa “o que recebe
Sufixos formadores de adjetivos: a ação do verbo correspondente” e o último, “o que realiza
a ação do verbo correspondente”
1. O sufixo –ful forma adjetivos de substantivos, Exemplo:
significando “cheio de” ou “que tem”. charmed (encantada) – charming (encantadora) – do verbo
Exemplo: “to charm”
Faithful (fiel) – do substantivo “faith” frigtened (assustado) – frightening (assustador) – do verbo
Useful (útil) – do substantivo “use” “to frighten”

2. O sufixo –less é freqüentemente usado com o sentido NOTE:


de “falta de”, “ausência de”, e pode vir ligado a Nem todas as palavras terminadas com –ed e –ing
substantivos para formar adjetivos funcionam como verbo, no caso de palavras terminadas por –
Exemplo: ed funcionam como adjetivos.
Powerless (fraco) – do substantivo “power” Exemplo:
Useless (inútil) – do substantivo “use” Described
Faithless (infiel) – do substantivo “faith” Developed
Powered
3. O sufixo –able (-ible) é acrescentado a verbos ou
substantivos para formar adjetivos, significando “que Aquelas terminadas em –ing, além de atuarem como
pode ser” adjetivos, podem ainda atuar como substantivos:
Exemplo: Exemplo:
Considerable – que pode ser considerado (do verbo “to developing country (país em desenvolvimento) – Adjetivo
consider”) shopping center (centro de compras) – Adjetivo
Accessible The illegal trafficking of women (o tráfico ilegal de mulheres)
Contemptible – Substantivo
Atomic testing (teste atômico) – Substantivo
NOTE:
A forma –ible já está incorporada a algumas palavras em 8. O sufixo –ic, quando acrescentado ao substantivo,
inglês, como em possible, visible, legible. forma adjetivo.
Exemplo:
4. Os sufixos –y e –ly geralmente são acrescentados a Artistic (artístico/a) – do substantivo “artist”
substantivos para formar adjetivos, significando “que tem Basic (básico) – do substantivo “base”
a qualidade” ou “que tem a aparência de “ Rhythmic (rítmico) – do substantivo “rhythm”
Exemplo: Fonte: http://inglestecnico2b.blogspot.com.br/2010/05/prefixos-e-
sufixos.html
Greasy (gorduroso) – do substantivo “grease”
Salty (salgado) – do substantivo “salt” Prefixos
Weekly (semanal) – do substantivo “week” 1. In transforma-se em im antes de palavras que começam
Mistly – do substantivo “mist” com ‘m’ ou ‘p’.
Oily – do substantivo “oil” Ex: immature, impatient, impossible, impolite.
Sunny – do substantivo “sun” 2. Desta mesma forma, in transforma-se em ir antes de
Costly – do substantivo “cost” palavras que começam com ‘r’.
Daily – do substantivo “day” Ex.: irregular; irresponsible.
Friendly – do substantivo “friend”
3. Seguindo ainda a mesma ideia, in será transformado em
NOTE: il com palavras que começam com ‘l’.
O sufixo –ly também pode formar advérbios quando Ex.: Illegal, illiterate, illegible.

Língua Estrangeira 41
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

OBS- O prefixo in e suas variações, nem sempre dão um Questões


sentido negativo às palavras. Geralmente dão ideia de
“interno”, “dentro”. 1. In many countries it is ___ legal to keep a gun in your
Ex.: internal, import, insert. house.
a) un
4. Os prefixos un e dis também dão ideia de oposição aos b) il
verbos. Estes prefixos são geralmente usados para reverter a c) in
ação dos verbos.
Ex.: conver/uncover, lock/unlock, agree/disagree, 2. She's thinking of going back to university and taking
like/dislike. a ____graduate course.
a) pre
5. O prefixo non também dá ideia de negação. b) under
Ex.: non-smoker, non-conformist. c) post

6. O prefixo anti dá ideia de oposoção “against” e pode ser 3. Thousands of people have taken part in a ______-
aplicado para verbos e substantivos. democracy demonstration.
Ex.: anti-war; antisocial; antibiotic; antibody. a) pro
b) anti
7. O prefixo auto é reflexivo e dá ideia de autossuficiente. c) for
Ex.: autograph, auto-pilot, automobile.
4. You shouldn't eat chicken that is ______cooked.
8. O prefixo bi dá ideia de duplicação (dois ‘twice’). a) anti
Ex.: bycicle, bilateral, bilingual. b) mis
9. O prefixo ex é igual a ‘antigo’, ‘anterior’, ‘passado’. c) under
Ex.: ex-wife, ex-smoker, ex-boss.
5. There was some _________agreement over the bill.
Ex também pode ser usado como ‘retirado de’. a) dis
Ex.: extract. b) mis
c) un
10. Micro é igual a ‘pequeno’, ‘mínimo’, ‘minúsculo’. Respostas
Ex.: microwave, microbiotic, microchip.
1. (B) / 2. (C) / 3. (A) / 4. (C) / 5. (A)
11. Mis dá ideia de ‘erroneamente’. Observe os exemplos
abaixo: Wh-Questions Interrogative Pronouns
Ex.: misunderstand, mistranslate, mislead.
Há perguntas em inglês iniciadas por pronomes
12. O prefixo mono dá ideia de único (single). interrogativos para se obter informações do tipo: “quem, o
Ex.: monolingual, monologue, monosyllabic. que, como, quando, onde?...”.

13. Multi dá ideia de múltiplos (many). WHAT = (o) que, qual - Funciona como sujeito ou objeto da
Ex.: multinational, multimídia. oração.

14. Over dá ideia de excesso (a lot). What makes you happy? (sujeito)
Ex.: overwork, overtired, oversleep.

15. Post dá ideia de postergação.


Ex.: postgraduate, post-war, postpone. verbo objeto
principal
16. O prefixo pre é o mesmo que ‘antes’. What did you say? (objeto)
Ex.: pre-war, pre-judge, pre-school.

17. Pro é o mesmo que ‘em favor de’.


Ex.: pro-government, pro-student, pro-revolutionary. auxiliar sujeito verbo
principal
18. Pseudo, como no português, é o mesmo que ‘falso’.
Ex.: peseudo-scientific, pseudo-intellectual. WHO = quem - Funciona como sujeito ou objeto da oração.
19. O prefixo re dá ideia de ‘novamente (again)’. Who arrived late yesterday? (sujeito)
Ex: rewrite, replay, restart, renew.
20. Semi é o mesmo que metade (half), ‘não por completo.’
Ex.: semi-circular, semi-final, semi-finalist.
verbo principal
21. Sub, assim como no português dá ideia de ‘embaixo’.
Ex.: subway, submarine, subdivide.
Who does she love? (objeto)
22. O prefixo under dá ideia de ‘não suficiente’.
Ex.: Underestimate, undercooked.

auxiliar sujeito verbo principal

Língua Estrangeira 42
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

(B) Where
WHOM = quem - Funciona só como objeto de oração ou é (C) When
usado após preposições. (D) How
(E) Why
Whom did you talk to yesterday? (objeto)
02. ………………. DVDs do you have?
(A) Where
(B) How much
verbo sujeito verbo (C) How many
auxiliar principal (D) How
To whom did you talk? (E) Who

03. ……………….. does he live? He lives in Rio de Janeiro.


(A) Which
WHICH = que, qual, quais - Indica escolha ou opção. (B) Where
Which shirt do you prefer: the blue one or the red one? (C) When
Which of those ladies is your mother? (D) How far
(E) Who
WHERE = onde
Where are you going tonight? 04. ……………… are you doing? I am cooking the dinner.
WHY = por que (A) What
Why don’t you come to the movies with us? (B) Where
(C) Why
WHEN = quando (D) How much
“When were you born?” “In 1970.” (E) Who

HOW = como 05. ……………… is coming to visit us? My mother is coming


“How is his sister?” “Fine.” to visit us.
(A) What
WHOSE = de quem (B) Where
“Whose dictionary is this?” “John’s.” (C) When
(D) Why
Formas compostas de WHAT e HOW (E) Who

WHAT Respostas
WHAT + to be + like? = como é...?
“What is your boyfriend like?” ( C) / 02. (C) / 03. (B) / 04. (A) / 05. (E)
“He’s tall and slim.”
Tag questions
WHAT about...? = Que tal, o que você acha de...?
What about having lunch now? Question-Tag (Tag ending)

A Question-Tag é uma pequena pergunta colocada no final


WHAT do you call...? = como se chama...? qual é o nome...? das frases. Sempre corresponde ao inverso-interrogativo da
What do you call this device? frase inicial. O objetivo da Question-Tag é obter uma
confirmação do que foi dito anteriormente.
WHAT ... FOR? = por que, para que? Pode ser de dois tipos:
What are you doing this for? Q.T.1 – Frase Afirmativa + Q.T.
interrogativo/negativo:
HOW
Example: They are friends, aren’t they?
HOW FAR = Qual é a distância? You love me, don’t you?
HOW DEEP = Qual é a profundidade? He loved me, didn’t he?
HOW LONG = Qual é o comprimento? Quanto tempo? They have slept, haven’t they?
HOW WIDE = Qual é a largura?
HOW TALL = Qual é a altura? (pessoas) Q.T.2 – Frase Negativa + Q.T. interrogativo
HOW HIGH = Qual é a altura? (coisas)
HOW OLD = Qual é a idade? Example: They aren’t friends, are they?
HOW MUCH = Quanto(a)? You don’t love me, do you?
HOW MANY = Quantos(as)? He didn’t love me, did he?
HOW OFTEN = Com que freqüência? They haven’t slept, have they?
HOW FAST = A que velocidade?
ATENÇÃO: How do you do? = Muito prazer. Observações:
Fonte: objetivo.br(Adaptado)
1) Nunca aparecem nomes próprios ou substantivos no
Questões Question-Tag.
Example: Fred is a good student, isn’t he?
Complete com a “Wh question” adequada.
01. .................. is your birthday? My birthday is in August.
(A) Who

Língua Estrangeira 43
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

2) Os compostos de “body” e “one” têm o Conditional – If clause


pronome he como correspondente.
The First Conditional: expressa uma situação hipotética
no futuro

Example: understood the lesson, (if + present simple, ... will + infinitive)
didn’t he?
If it rains tomorrow, we'll go to the cinema.
3) As palavras de sentido negativo como “never / hardly
/ nobody” etc. equivalem a orações negativas.
Example: He hardly comes to see me, does he? The Second Conditional: expressa uma situação
hipotética no presente
4) O question-tag correspondente à afirmação “I am” é
“aren’t I?”. (if + past simple, ... would + infinitive)
Example: I am a teacher, aren’t I?
If I had a lot of money, I would travel around the world.
5) A Tag Question deve sempre vir após a vírgula

6) Estrutura: Verbo auxiliar + pronome The Third Conditional: expressa uma situação hipotética
no passado
Exemplos:
Your mother is working, ins’t she? (if + past perfect, ... would + have + past participle)
Maria and Greg aren’t traveling, are we?
They live here, don’t they? If I had gone to bed early, I would have caught the train.
You can’t swim, can you?
Fred plays tennis, doesn’t he? Observações:
She talked to you, didn’t she?
They will not come tomorrow, will they? 1. UNLESS significa “a menos que” ou “a não ser que” e
substitui IF ... NOT.
* Quando a frase estiver na 1ª pessoa do singular (I) e She will get a low mark UNLESS she studies hard.
houver verbo TO BE a Tag Question não segue a regra She will get a low mark IF she doesN’T study hard.
geral. They will be late UNLESS they hurry.
Exemplo: I am fat, aren’t I? They will be late IF they doN’T hurry.

* Quando a frase contém uma expressão negativa 2. WERE é usado em todas as pessoas após if se o verbo
como: nobody, never, rarely, etc., a Tag Question é for to be.
positiva. I would buy the flat if I WERE richer.
Exemplo: She never reads books, does she? She would buy the house if it WEREn’t so small.

* Quando a frase é um imperativo, a Tag Question é 3. Podemos expressar condição sem if. Nesse caso usamos
will you? WERE ou HAD (+ past participle) no início da oração.
Exemplo: Don’t go there, will you? WERE I richer, I would buy the flat.
HAD he run, he would have caught the train.
* A Tag Question que corresponde a Let’s + verb é 4. HAD e WOULD têm a mesma abreviação.
shall we? If he'd invited me, I'd have gone to the party.
Exemplo: Let’s have a drink, shall we? ↓ ↓
= had = would
Questões
Questões
Preencha com a “Tag Question” correta:
1. She is collecting stickers, .................................? 01. (FUNASA – Todos os cargos – CESPE)
2. John and Max don't like maths, .............................?
3. Peter played handball yesterday, ...............................? The difficulty for health policy makers the world over is
4. Kevin will come tonight, ...........................................? this: it is simply not possible to promote healthier lifestyles
5. Mary didn't do her homework last Monday, through presidential decree or through being overprotective
................................? towards people and the way they choose to live. Recent history
has proved that one-size-fits-all solutions are no good when
Respostas public health challenges vary from one area of the country to
the next. But we cannot sit back while, in spite of all this, so
1. Resposta: ins’t she? many people are suffering such severe lifestyle-driven ill
health and such acute health inequalities.
2. Resposta: do they? Internet: <www.gov.uk> (adapted).
In the text above,
3. Resposta: didn’t he?
the expression “in spite of all this” could be replaced
4. Resposta: won’t he? correctly by despite of all this
( ) Certo ( ) Errado
5. Resposta: did she?
02. (SEFAZ-SP – Agente Fiscal de Rendas – FCC)

Língua Estrangeira 44
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Facebook Announces Its Third Pillar “Graph Search” That was an upper class and a middle class of men like substantial
Gives You Answers, Not Links Like Google farmers, doctors and teachers. ____________ the vast majority of
people were peasants and craftsmen or slaves. Slavery was
DREW OLANOFF JOSH CONSTINE, COLLEEN TAYLOR, common. (It is estimated that about 30% of the population of
INGRID LUNDEN Athens was made up of slaves). If they worked in rich peoples
Tuesday, January 15th, 2013 homes slaves could be reasonably treated. However by law
owners were allowed to flog slaves. Those slaves who worked
Today at Facebook’s press event, Mark Zuckerberg, CEO of in mines probably suffered the most.”
Facebook, announced its latest product, called Graph Search.
Zuckerberg made it very clear that this is not web search, III. “Older people are facing a scarcity of qualified nurses to
but completely different. care for them_____________the Government changes its policy on
He explained the difference between web search and undergraduate education, a leading nursing organization has
Graph Search. “Web search is designed to take any open-ended warned. The All-Ireland Gerontological Nurses Association
query and give you links that might have answers.” Linking (AIGNa) is calling for the urgent introduction of specialized
things together based on things that you’re interested in is a nursing degree courses in care for older people - as an
“very hard technical problem,” according to Zuckerberg. estimated 700 jobs remain unfilled in the sector.”
Graph Search is designed to take a precise query and give
you an answer, rather than links that might provide the The alternative that respectively brings the correct
answer.” For example, you could ask Graph Search “Who are connective for each one is:
my friends that live in San Francisco?” (A) As far as / however / then.
Zuckerberg says that Graph Search is in “very early beta.” (B) Nevertheless / however / as far as.
People, photos, places and interests are the focus for the first (C) Unlike / unless / as far as.
iteration of the product. (D) Then / however / unless.
Facebook Graph Search is completely personalized. Tom
Stocky of the search team explains he gets unique results for a 04. (EBC – Analista – CESPE)
search of “friends who like Star Wars and Harry Potter.” Then, In the sentence
“If anyone else does this search they get a completely different “The new gas stove in the kitchen which I bought last
set of results. ____C____ someone had the same set of friends as month has a very efficient oven.”, the subject is “The new gas
me, the results would be different [because we have different stove in the kitchen”.
relationships with our friends].” ( ) Certo ( ) Errado
You can also use Graph Search for recruiting. Stocky says if
he was looking for people to join the team at Facebook, he 05. (UFAL – Secretário Executivo – COPEVE-UFAL)
could search for NASA Ames employees who are friends with 'CityVille' now bigger on Facebook than 'FarmVille'
people at Facebook. “If I wanted to reach out and recruit them, (Mashable) -- Facebook game developer Zynga has proved
I could see who their friends are at Facebook. To refine them I once again that it knows exactly what it needs to do to keep
can look for people who wrote they are “founders.” millions of Facebook users happy and occupied. In less than a
Photos is another big part of Graph Search. Results are month, its latest game "CityVille"___ ______ (become) the most
sorted by engagement so you see the ones with the most likes popular application on Facebook, surpassing Zynga's previous
and comments at the top. For example, Lars Rasmussen, hit "FarmVille" in all areas.
Facebook engineer, searched for “photos of my friends taken According to AppData, "CityVille" now has 16.8 million
at National Parks.” He got a gorgeous page of photos from daily active users, compared to "FarmVille's" 16.4 million.
Yosemite, Machu Pichu, and other parks. Looking at monthly active users, "CityVille" is also ahead with
(Adapted from 61.7 million users, while "FarmVille" trails behind with 56.8
http://techcrunch.com/2013/01/15/facebook-announce...) million users. Zynga's "FrontierVille" and "Texas HoldEm
Poker" also round out the top five: put those four apps
A alternativa que preenche corretamente a lacuna together (we'll disregard the fact that many of those users
____C_____ é: overlap for a second) and you have a very impressive number:
(A) Instead of. 184 million active users across four games.
(B) Such as. The only non-Zynga app in the top five list is "Phrases,"
(C) Even if. _____ at one point threatened to take the top place, but is now
(D) By contrast. overshadowed by both "CityVille" and "FarmVille."
(E) According to. "CityVille's" future success wasn't hard to predict after an
amazingly good start at the beginning of December, but it's still
impressive to see Zynga amassing tens of millions of users in a
03. (COBRA Tecnologia S-A (BB) - Analista matter of days, proving that all that venture capital that went
Administrativo - ESPP) into the company isn't there by accident.
In each of the following text pages, a connective is missing. Fonte :cnn.com

I. “Six months ago, saving Libya from potential atrocities Complete the sentence from the text with a pronoun: “The
inspired by Moammar Gadhafi meant establishing a no- fly only non-Zynga app in the top five list is "Phrases,"_____ at one
zone over the country, all the better to protect Benghazi, the point threatened to take the top place,…”
rebel stronghold in the east._____________classic mission creep (A) who
set in and the NATO forces, Canada among them, were (B) where
bombing Tripoli and clearly trying to eliminate Africa’s (C) whose
longest-standing dictator and his sons (while denying that was (D) whom
the goal).” (E) which

II. “Like all early civilizations Ancient Greece was an


agricultural society. Most of the people lived by farming and
the main form of wealth was owning land. In each city, there

Língua Estrangeira 45
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Respostas Exemplos

01. Errado - She said, “I am too busy”. (simple


02. (C) - present)
03. (D) - She said (that) she was too busy.
04. Errado - (simple past)
05. (E) John said, “I am writing a letter”. (present
continuous)
Discurso direto e indireto John said (that) he was writing a letter. (past
continuous)
No discurso indireto (Indirect ou Reported Speech), Peter said, “I have bought a car”.
relatamos as palavras de uma pessoa, sem aspas, fazendo (present perfect)
algumas alterações. Peter said (that) he had bought a car.
(past perfect)
Peter said, “I bought a car in January”.
Direct Speech (simple past)
He said, “I study English”. Peter said (that) he had bought a car in January.
Indirect (Reported) Speech (past perfect)
He said that he studied English. Ann said, “I will travel in July”.
(future)
Ann said (that) she would travel in July.
(conditional)
Alterações necessárias: The teacher said, “Sit down!”
(imperative)
- Quando o verbo SAID for seguido de um objeto indireto, The teacher told his students to sit down.
usa-se no REPORTED SPEECH told + objeto indireto sem to. (infinitive)
Exemplo The teacher said, “Don’t open your books”.
Jane said to her sister, “The baby is crying”. (imperative negative)
Jane told her sister that the baby was crying. The teacher told his students not to open their books.
(infinitive negative)
- Se no DIRECT SPEECH uma pergunta for introduzida por
um pronome interrogativo (who, when, why, where, what, - Ao transformarmos um DIRECT SPEECH em REPORTED
how etc.), esse pronome se mantém no INDIRECT SPEECH e SPEECH, fazemos alterações nos pronomes pessoais e
mudamos os verbos SAID e TOLD para ASKED. possessivos.
Exemplo Exemplo
The teacher said, “Who broke the window?” Jennifer said: “Can I borrow your book?”
The teacher asked who had broken the window. Jennifer asked if she could borrow my book.
- Se não houver um pronome interrogativo no DIRECT - Ao transformarmos um DIRECT SPEECH em REPORTED
SPEECH, usamos IF ou WHETHER no REPORTED SPEECH. SPEECH, fazemos alterações nos demonstrativos e nos
advérbios de tempo e de lugar.
Exemplo
The boss said, “Do you speak English?” Exemplo
The boss asked IF (WHETHER) I spoke English. Jane said: “This castle was built four centuries ago”.
Jane said (that) that castle had been built four
- Se o DIRECT SPEECH indicar um pedido ou ordem, centuries before.
mudamos o verbo SAID para TOLD (ORDERED, ASKED,
COMMANDED).
Principais alterações
Exemplo
The mother said to her kids, “Behave yourselves!” now then

today that day

tonight that night

- Ao transformarmos um DIRECT SPEECH em REPORTED yesterday the day before


SPEECH, fazemos alterações nos tempos verbais. Em geral, o
tempo verbal muda para um tempo verbal anterior. ago before

next month the following month

tomorrow the next day

this that

these those

here there
Fonte: objetivo.br (com adaptações)

Língua Estrangeira 46
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Do come here.
Questões Do go with them.
Do study hard.
01.Prefeitura de Aroeiras/PB – Professor de Inglês –
ACAPLAM) Em português a ênfase é percebida pelo tom de voz de
She Said, “I’m not going to call you again!” In other words, quem fala. Então, não tem muito como comparar o uso de “do”
she said: nesse caso com algo em português. Mas enfim, agora digamos
(A) She was not going to call him again. que você queira dizer à pessoa para não fazer algo. Mais uma
(B) She was not going to call you again. vez será fácil; pois, basta colocar “don’t” ou “do not” antes de
(C) I am not going to call you again. tudo:
(D) She is not going to call him again. Don’t come here.
(E) N. D. A. Don’t go with them.
Don’t study hard.
02. "Do you play chess?"
(A) He asked me do I play chess. Por fim, anote aí que você pode ser mais educado e gentil
(B) He asked me if I did play chess. em seu pedido fazendo uso da palavra famosa palavrinha
(C) He asked me did I play chess. mágica, que em inglês é “please” (por favor). Nesse caso há
(D) He asked me if I played chess. duas maneiras de colocar o “please” na sentença:
Please come here. | Come here, please.
03 ."Why don’t you start again?" Please go with them. | Go with them, please.
(A) He suggested me to start again. Please study hard. | Study hard, please.
(B) He suggested that I started again.
(C) He suggested why didn’t I start again. Fonte: http://www.inglesnapontadalingua.com.br/2011/07/gramatica-de-
uso-o-imperativo-em-ingles.html (adaptado)

04. "Can you help me, please?" Modal Verbs


(A)John wanted me to help him.
(B)John wanted that I helped him. Os verbos modais (modal verbs) são um tipo especial de
(C)John wanted that I help him. verbos auxiliares que alteram ou completam o sentido do
verbo principal. De um modo geral, estes verbos expressam
05. Do not tell her what I said. ideias
(A)He begged me to not tell her what he had said. como capacidade,possibilidade, obrigação, permissão, pr
(B)He begged that I didn’t tell her what he had said. oibição, dedução, suposição, pedido, vontade, desejo ou,
(C)He begged me not to tell her what he had said. ainda, indicam o tom da conversa (formal / informal).
Os verbos modais (modal verbs) podem ser chamados
Respostas também de modal auxiliaries ou apenas modals. São eles:
(A) / 02. (D) / 03. (B) / 04. (A) / 05. (C) 1. Can
a) Capacidade, habilidade
Comentário: Em todos os casos, o Reported Speech pede, She can speak five languages. (present)
como regra, um tempo mais antigo que o usado no Direct She could play tennis when she was younger. (past)
Speech. Logo, ao usarmos o presente simples, passamos as She will be able to translate the text. (future)
frases para o passado simples.
b) Permissão
You can use my car.
She can sit anywhere.
Imperativo
2. May
Para quem não sabe (ou lembra) o imperativo é a forma a) Permissão (formal)
que usamos para darmos ordens, fazermos sugestões, dar May I leave the room, Miss Jones?
conselhos ou instruções, encorajar alguém a fazer algo, etc. You may sit down.
Acredito que mostrar (dar exemplos) é a melhor forma de
entender o que é isso. Portanto, veja só as sentenças abaixo: b) Possibilidade
Venha aqui. There are a lot of clouds. It may rain soon.
Vai com eles. It might get cold.
Estude bastante.
c) May + sujeito + infinitive é usado quando queremos
Note que em todas elas, a ideia expressa é de ordem, desejar algo a alguém.
conselho, advertência, encorajamento, etc. Por isso usamos May all your dreams come true!
uma forma diferente do verbo. Em inglês, fazer isso é a coisa
mais simples que tem. Basta você saber o que quer dizer. Isto 3. Must = Have to
é, se você sabe o que quer falar, saberá fazer o imperativo sem  Obrigação ou forte necessidade
problemas. As sentenças acima em inglês ficam assim:
Come here.
Go with them.
Study hard.
As he was sick, he had to stay at home the whole week.
Agora digamos que você queira colocar mais ênfase no que (past)
pretende dizer. O que fazer? Simples! Basta colocar a palavra I’ll have to drive home tomorrow. (future)
“do” antes da sentença:

Língua Estrangeira 47
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

1. Negativas MUSTN’
MUST Obrigação DEVE
T
SHOU SHOULD DEVERI
Conselho
LD N’T A

You mustn’t sit here. (proibição) Fonte: objetivo.br (Adaptado)

4. Should, ought to, Had Better Questões


01. Conselho
1. I told Mary what to do, but maybe I _____ told her
how to do it.
(A) Have
(B) Must have
(C) Will have
5. Would Rather
(D) Should have
Preferência
(E) Can have
I would rather stay home than go to the movies.
2. Which is the correct sentence?
(A) Orderly citizens must pay all their bills.
6. Be supposed to
(B) Orderly citizens ought pay all their bills.
Expectativa
(C) Orderly citizens should to pay all their bills.
Classes are supposed to begin at 7:00.
(D) Orderly citizens might pay all their bills.
The children are supposed to put away their toys.
3. It ought ____ long ago.
(A) Have been done
7. Used to / Be used to
(B) To have being done
a) Hábito passado
(C) Have being doing
She used to spend her holidays at the seaside.
(D) To have been done
b) Hábito presente
She is used to spending her holidays at the seaside.
4. ____ I smoke here? Yes, but you _____ throw ashes on
the floor.
Observação
(A) May – should
Usamos MAY HAVE, MIGHT HAVE, COULD HAVE,
(B) Might – must not
SHOULD HAVE, OUGHT TO HAVE e MUST HAVE + past
(C) Can – mustn’t
participle para indicar especulações e suposições sobre o
(D) Could – ought to
passado.
(E) Would – shouldn’t
5. “Ele não deveria ter feito isso” in English is:
(A) He mustn’t have made it.
(B) He shouldn’t have done that.
(C) He could not have made it.
(D) He cannot have done that.
You could have talked to your boss.
Respostas

1. (D) / 2. (A) / 3. (D) / 4. (C) / 5. (B)

Passive Voice

It must have rained a lot. Diferente da voz ativa, em que a ênfase está em quem
praticou a ação, ou seja, no sujeito, a voz passiva se preocupa
Modal em enfatizar o objeto, ou seja, aquele que sofre a ação expressa
Forma Traduç pelo verbo.
Auxiliary Uso
Negativa ão Exemplos:
Verb
Habilidade
/ George teaches biology to Cecilia. (active voice)
CAN CAN’T PODE (sujeito) (obj. dir.) (obj. ind.)
Possibilidade
/ Capacidade
Pedido de Biology is taught to Cecilia by George. (passive voice)
Permissão / (sujeito) (obj. ind.) (ag. da passiva)
COUL COULDN’ Sugestão / PODER
D T Pedido / IA John told me a story. (active voice)
Habilidade no (sujeito) (o. i.) (o. d.)
Passado
Pedido de A story was told me by John. (passive voice)
Permissão (sujeito) (o. i.) (ag. da pas.)
MAY PODE /
MAY (formal) /
NOT PODERIA Guarde!
Possibilidade
Futura
1. Se o verbo na voz ativa for seguido de preposição, a
Possibilida
MIGH MIGHT PODE / preposição deve acompanhar o verbo na voz passiva:
des Presentes
T NOT PODERIA
e Futuras
VOZ ATIVA: Everybody is talking about Jane’s car.

Língua Estrangeira 48
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

VOZ PASSIVA: Jane’s car is being talked about (by Voz ativa: Bob had
everybody). written letters. (Bob
tinha escrito cartas).
2. Verbos com dois objetos (direto e indireto) admitem had been +
Passado
duas formas de passiva: verbo no Voz passiva:
Perfeito
particípio Letters had been
Someone gave Jim (obj indireto) the money (obj direto). written by Bob.
- The money was given to Jim. (Cartas tinham sido
- Jim was given the money. escritas por Bob).
Voz ativa: Bob is
3. O agente da passiva é normalmente omitido quando não going to write a letter.
for importante, desconhecido ou óbvio no contexto da frase: (Bob escreverá uma
The new hotel will be opened in November. am/is/are + carta).
Futuro
going to be +
com o “going
Tempo na Voz verbo no Voz passiva: A
Exemplos to”
voz ativa passiva particípio letter is going to be
written by Bob. (Uma
Voz ativa: Bob
carta será escrita por
writes letters. (Bob
Bob).
escreve cartas).
Presente are/ is + Fonte: http://www.brasilescola.com/ingles/passive-voice.htm
simples particípio Voz Passiva:
Letters are written by Questões
Bob. (Cartas são
escritas por Bob). 1. This house ———————- in 1970 by my
Voz ativa: Bob is grandfather.
writing a letter. (Bob a) Built
está escrevendo uma b) Was built
carta). c) Was build
is/are +
Presente d) Has built
being + verbo
contínuo Voz passiva: A
no particípio
letter is being written 2. The robbers ————————- by the police.
by Bob. (Uma carta a) Have arrested
está sendo escrita por b) Have been arrested
Bob). c) Was arrested
Voz ativa: Bob d) Had arrested
wrote a letter. (Bob
escreveu uma carta). 3. We ———————- for the examination.
was/were +
Passado a) Have preparing
verbo no
simples Voz passiva: A b) Are preparing
particípio
letter was written by c) Had preparing
Bob. (Uma carta foi d) Have been prepared
escrita por Bob).
Voz ativa: Bob was 4. It ——————— since yesterday.
writing a letter. (Bob a) Is raining
estava escrevendo b) Have been raining
uma carta). c) Has been raining
was/were +
Passado d) Was raining
being + verbo
contínuo Voz passiva: A
no particípio
letter was being 5. I ————————- for five hours.
written by Bob. (Uma a) Have been working
carta estava sendo b) Has been working
escrita por Bob). c) Was working
Voz ativa: Bob will d) Am working
write a letter. (Bob
escreverá uma carta). Respostas
will be +
Futuro
verbo no
simples Voz passiva: A 1. (B) / 2. (B) / 3. (B) / 4. (C) / 5. (A)
particípio
letter will be written
by Bob. (Uma carta Relative clauses - orações subordinadas
será escrita por Bob).
Voz ativa: Bob has As orações subordinadas (subordinate clauses), também
written letters. (Bob chamadas de orações dependentes (dependent clauses),
tem escrito cartas). exercem uma função sintática em relação a uma outra oração,
has/have + chamada de oração principal, que requer complemento para
Presente
been + verbo Voz passiva: que seu significado seja completo. Desse modo, as orações
perfeito
no particípio Letters have been subordinadas estão sempre ligadas a outra oração, visto que
written by Bob. sozinhas também não possuem um sentido completo em si. Em
(Cartas têm sido inglês, há dois tipos de orações subordinadas: Relative or
escritas por Bob). Adjective Clauses e Adverbial Clauses.

Língua Estrangeira 49
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

A seguir, veja mais detalhadamente esses dois tipos de (Gustavo é o jornalista que escreve para o Times.)
orações subordinadas da língua inglesa.
The man who lives next door is my grandfather.
Orações Relativas – Relative / Adjective Clauses (O homem que mora na casa ao lado é meu avô.)

As orações relativas (relative/adjective clauses) This is the person (who) I saw at the bakery last night. - O
realizam a mesma função de um adjetivo: complementam um pronome who é opcional.
substantivo ou um pronome da oração principal, que é (Esta é a pessoa que eu vi na padaria ontem à noite.)
chamado de antecedente. Para adicionarmos informações ao
antecedente, usamos os pronomes Sorry, I have lost the CD (which) I borrowed from you. - O
relativos (who, whom, whose, which e that). Há dois tipos de pronome which é opcional.
orações relativas: as restritivas (defining relative clauses) e (Desculpa, perdi o CD que peguei emprestado de você.)
as explicativas(non-defining relative clauses). A escolha do
pronome relativo dependerá do tipo de oração (restritiva ou Richard is the lawyer (who) we met last week. - O
explicativa) e da função que exercem (sujeito, objeto ou ideia pronome who é opcional.
de posse). A partir de agora, estudaremos cada uma das (Ricardo é o advogado que conhecemos na semana passada.)
orações relativas separadamente:
Fonte: http://www.solinguainglesa.com.br/conteudo/Relativeclause1.php
Defining Relative Clauses - Orações Restritivas
Essas orações definem ou diferenciam o antecedente, ou Questões
seja, elas servem para definir sobre quem ou sobre o que
estamos falando. Observe suas características: 01.The British Prime Minister, ____ was interviewed
- Não são antecedidas de vírgula. yesterday, denied responsibility.
Do you know the girl who is talking to Tom? a) who
(Você conhece a menina que está falando com o Tom?) b) that
c) Either could be used here.
I was invited to a party which was not very excited.
(Fui convidado para uma festa que não estava muito 02.The car ____ was stolen belonged to my partner.
animada.) a) which
I met a woman who can speak six languages. (Conheci uma b) that
mulher que sabe falar seis idiomas.) c) Either could be used here.

Uso dos pronomes. 03.The house ____ they have rented is in the centre of town.
a) which
b) that
FUNÇÃO PESSOA COISA c) Either could be used here.
Sujeito who / that which / that
04.The crowd, ____ were making a lot of noise, were told to
who / whom / that which / that
Objeto move on by the police.
/- /-
a) who
Possessivo whose whose b) that
c) Either could be used here.
Observando o quadro acima, concluímos que as orações
restritivas que se referem a pessoas são introduzidas
por who, whom ou that, já as orações restritivas que se 05.The company, _____ CEO is under investigation, is doing
referem a coisas são introduzidas por which ou that. O very badly.
pronome possessivo whose é usado tanto para pessoas como a) which
para coisas: b) whose
Is this the man who / that stole your bag? (É este o homem c) Either could be used here.
que roubou sua bolsa?)
I need a car which is big. (Preciso de um carro que seja Respostas
grande.)
Do you know the boy whose mother is a nurse? (Você 1. (A) / 2. (C) / 3. (C) / 4. (A) / 5. (B)
conhece o menino cuja mãe é enfermeira?)
The tree whose leaves have fallen. (A árvore cujas folhas Expressões Idiomáticas – Idioms
caíram.)
It's the house whose door is painted red. (Trata-se da casa A Língua Inglesa possui algumas armadilhas para quem
cuja porta é pintada de vermelho.) não a fala como língua materna, dentre elas estão
- O pronome relativo pode ser omitido quando as Expressões Idiomáticas (Idioms), que são figuras de
exercer função de objeto. Mas lembre-se: essa linguagem onde um termo ou a frase assume um significado
omissão jamais pode ocorrer quando o pronome diferente do que as palavras teriam isoladamente. Assim, não
exercer função de sujeito. Quando o pronome relativo for basta saber o significado das palavras que formam a frase, é
seguido por um verbo, ele exerce função de sujeito. Caso o preciso olhar para todo o grupo de palavras que constitui a
relativo seja seguido por um substantivo ou pronome, ele expressão para entender o seu significado. As Expressões
exerce função de objeto. Observe os exemplos abaixo: Idiomáticas trazem conotações diferentes, que, na maioria das
Christopher Columbus was the vezes, estão relacionadas às suas origens. É importante
man who discovered America. salientar que os idiomatismos não foram criados para serem
(Cristóvão Colombo foi o homem que descobriu a América.) armadilhas para os falantes estrangeiros, pelo contrário, elas
tornam o Inglês Falado (Spoken English) mais natural.
Gustavo is the journalist who writes for the Times. Relacionamos abaixo alguns exemplos de Expressões

Língua Estrangeira 50
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Idiomáticas mais usadas pelos falantes nativos da Língua Fair play = Jogo limpo
Inglesa. And so what? = E daí?
A cat may look at a king = Olhar não tira pedaço
Act your age = Não seja infantil All in good time = Tudo a seu tempo
All day long = O dia todo And I am a Dutchman = E eu acredito em Coelhinho da
Beyond a shadow of doubt = Sem sombra de dúvida Páscoa / Papai Noel (para expressar descrença)
Blood is thicker than water = Os laços de família são mais Anything goes! = Vale tudo!
fortes To be a bad egg = Não ser flor que se cheire
Cross my heart = Juro por Deus Bite your tongue! = Vira essa boca pra lá!
Everybody says so =Todos falam assim! Lies don't travel far = Mentira tem perna curta
For goodness’ sake! = Pelo amor de Deus! Cheer down! = Menos, menos! (quando alguém exagera)
Good Lord! = Meu Deus! Clear the way! = Abram caminho!
Hand in Hand = De mãos dadas Credit where credit is due = Verdade seja dita
I did quite well = Sai-me muito bem Damned if you do, damned if you don't = Se correr o bicho
Keep your eyes peeled = Fique atento pega, se ficar o bicho come
Leave it to me = Deixa comigo
Like hell! = Uma ova! Fonte: http://www.solinguainglesa.com.br/conteudo/Expressoes5.php
May I have the floor? = Posso falar?
Mum’s the word = Boca de siri Esses são apenas alguns Idioms. Caso queira pesquisar,
Never heard of = Nunca ouvi dizer encontrará muito mais!
Never mind = Deixa prá lá / Não tem importância
Once and for all = De uma vez por todas Falsos Cognatos – False Friends
One never knows = Nunca se sabe
Pretty soon = Em breve Existem na língua portuguesa e inglesa algumas palavras
Quite a bit = muito, um montão, bastante, um bocado que se assemelham na escrita e no som (por exemplo:
Right over there = Logo ali television – televisão / air – ar / name – nome); tais palavras
See you there = Até lá são denominadas COGNATOS.
Shoot the works = Manda brasa
Talk is cheap = Falar é fácil No entanto, há certas palavras que apesar de possuírem a
Thank God = Graças a Deus ortografia semelhante diferem parcialmente ou totalmente
It is up to you = Você que sabe quanto ao significado, assim, elas são chamadas de FALSOS
You know best = Você é quem sabe COGNATOS (FALSE FRIENDS). Portanto, devemos tomar
Take your time = Não se apresse cuidado com elas: Elas parecem ser uma coisa, mas, na
So far, so good? = Até aqui, tudo bem? verdade, são outra.
It is not your business = Não é da sua conta Segue abaixo uma lista com alguns Falsos Cognatos:
To kick the bucket = Bater as botas / Morrer Coluna 1: a palavra enganadora em inglês
How come? = Como é que pode? Coluna 2: o verdadeiro significado em português
How are you doing? = Como está? Coluna 3: palavra em inglês/significado em português
It is raining cats and dogs = Está chovendo muito
Over the moon = Estar feliz / Estar no mundo da lua de tão EM INGLÊS O QUE É
contente
On the crest of a wave = Estar por cima Sotaque,
Accent STRESS: acento
Kill two birds with one stone = Matar dois coelhos com Pronúncia
uma cajadada só NOWADAYS:
Actually Na verdade
To put the cat out of the bag = Contar um segredo / Não atualmente
esconder o jogo Nome falso,
Alias BESIDES: aliás
What's up? = E aí, como é que é? (informal) vulgo
Make yourself at home / ease / comfortable = Sinta-se em
casa / Fique à vontade Arrest Prender DRAG: arrastar
Help yourself / Be my guest / Go ahead (informal) = Sirva- ESTIMABLE:
se Available Disponível
avaliável
Let's keep in touch = Vamos manter contato Desenho
Look at/on the bright side = Veja o lado bom das coisas Cartoon CARD: cartão
animado
Look here! = Escuta aqui! CIGARETTE:
Look lively! = Acorda! (pedindo atenção) Cigar Charuto
cigarro
I will always be there for you = Sempre estarei ao seu lado COMPASSES:
Good thinking = Bem pensado Compass Bússola
compasso
To be in a bad/good mood = Estar de mau/bom humor Elogio, LENGTH:
Snitcher = Dedo-duro Compliment
gentileza comprimento
I think so = Acho que sim
Trajes, HABIT:
I don't think so = Acho que não Costume
fantasias costume, hábito
Nothing ventured, nothing gained = Quem não arrisca, não
GRIEF:
petisca Disgust Nojo, aversão
desgosto
No pain, no gain = Não há recompensa sem esforço
On second thought = Pensando bem Exit Saída SUCCESS: êxito
As far as I know... = Que eu saiba...
FACTORY:
As good as it gets! = Melhor é impossível! Fabric Tecido
fábrica
As if! = Até parece!
READING:
At rock bottom = No fundo do poço / Estar por baixo Lecture Conferência
leitura
Fair game = Presa fácil

Língua Estrangeira 51
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

BOOKSTORE: - geologist (geólogo) – que vem de geology.


Library Biblioteca
livraria - biologist (biólogo) – que vem de biology.
- archeologist (arqueólogo) – que vem de archeology.
Notice Aviso, notar NEWS: notícia
SOAP OPERA: 3. O sufixo –(i)an indica uma pessoa que estuda e se
Novel Romance
novela aplica a
RELATIVES: Exemplo:
Parents Pais
parentes - Uma pessoa que estuda “mathematics” é um
DAMAGE: “mathematician” (matemático)
Prejudice Preconceito - Uma pessoa que estuda “statistics” é um statistician
prejuízo
INTEND: - Uma pessoa que estuda “politics” é um politician
Pretend Fingir - Uma pessoa que estuda “musics” é um musician
pretender
Push Empurrar PULL: puxar 4. O sufixo –ion (-ation, -ition) forma substantivos de
MAKE A verbos, significando “o processo” ou o “resultado de”
Recomeçar, Exemplo:
Resume SUMMARY:
curriculum Action – do verbo “to act”
resumir
SENSITIVE: Application – do verbo “to apply”
Sensible Sensato Addition – do verbo “to add”
sensível
Construction – do verbo “to construct”
Questões Relation – do verbo “to relate”
Selection – do verbo “to select”
01. Assinale a alternativa correta: Observation – do verbo “to observe”
“I need to cancel your documents.” Definition – do verbo “to define”
(A) Cancel = cancelar Transmition – do verbo “to transmit”
(B) Cancel = carimbar
5. As terminações –ment, -ance e –ence também são
02. Assinale a alternativa correta: acrescentadas a verbos para formar substantivos que
“She is the principal of the school.” significam “a ação de” ou o “resultado da ação de”
(A) Principal = diretora Exemplo:
(B) Principal = principal -Development (desenvolvimento) – do verbo “to develop”
03. Assinale a alternativa correta: -Performance (desempenho) – do verbo ” to perform“
“His mark was terrible.” -Residence (residência) – do verbo ” to reside“
(A) mark = marca Improvement – do verbo “to improve”
(B) mark = nota Assistance – do verbo “to assit”
Attendance – do verbo “to attend”
04. Assinale a alternativa correta: Resistance – do verbo “to resist”
“We are lost. We need a compass now.” Interference – do verbo “to interfere”
(A) compass = bússola Reference – do verbo “to refer”
(B) compass = compasso
6. Os sufixos –al e –age são igualmente usados para
Respostas formar substantivos derivados de verbos com o
significado de “o ato de” ou “o resultado do ato de”.
01. (A) / 02. (A) / 03. (B) / 04. (A) Exemplo:
-Removal (remoção) – do verbo “to remove”
Prefixos e Sufixos -Reversal (inversão) – do verbo “to reverse”
-Approval – do verbo “to approve”
A morfologia ocupa um lugar importante no inglês técnico -Arrival – do verbo “to arrive”
e científico. Muitas palavras são formadas pelo acréscimo de -Passage – do verbo “to pass”
uma partícula antes (prefixo) ou depois (sufixo). -Postage – do verbo “to post”

Sufixos 7. Os sufixos –hood, -ship, -dom e –ery formam


substantivos com o significado de “status, domínio,
1. Os sufixos mais comuns que formam substantivos de condição”.
verbos são –er, -or e – ar, que significam “a pessoa ou a Exemplo:
coisa que faz” -Brotherhood (irmandade) – do substantivo “brother”
Exemplo: -Friendship (amizade) – do substantivo “friend”
- programmer (programador) – do verbo “to program” -Kingdom (reino) – do substantivo “king”
- navigator (navegador) – do verbo “to navigate” -Childhood – do substantivo “child”
- liar (mentiroso) – do verbo “to lie” -Fatherhood – do substantivo “father”
- worker (trabalhador) – do verbo “to work” -Leadership – do substantivo “leader”
- reader (leitor) – do verbo “to read” -Relationship – do substantivo “relation”
- actor (ator) – do verbo “to act” -Freedom – do substantivo “free”
- conductor (condutor) – do verbo “to conduct” -Nursery – do substantivo “nurse”

2. Os sufixos –ist e –i(na) também são usados para 8. O sufixo –ing forma substantivos e significa
indicar “a pessoa que faz”, por associação a certas coisas “resultado de atividade” ou “atividade”.
lugares Exemplo:
Exemplo: Learning (aprendizado, erudição) – do verbo “to learn”
- scientist (cientista) – que vem de science.

Língua Estrangeira 52
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Happening (acontecimento) – do verbo “to happen” Confidently – do adjetivo “confident”


Finaly – do adjetivo “final”
9. O sufixo –ful forma substantivos com o significado Privately – do adjetivo “private”
de “a quantidade contida em”. Socialy – do adjetivo “social”
Exemplo:
mouthful (bocado) – do substantivo “mouth” 5. O sufixo – ive é acresecentado a verbos para formar os
spoonful (colherada) – do substantivo “spoon” adjetivos correspondentes.
Exemplo:
10. Os sufixos –ness e –ity formam substantivos Destructive (destrutivo) – do verbo “to destry”
abstratos de adjetivos. Relative (relativo) – do verbo “to relate”
Exemplo:
Greatness (grandeza) – do adjetivo “great” 6. O sufixo –ed é acrescentado a substantivos ou
Usefulness (utilidade) – do adjetivo “useful” grupos nominais para formar adjetivos significando
Actvity (atividade) – do adjetivo “active” “feitos de” ou “tendo a aparência ou as características de”.
Clearness – do adjetivo “clear” Exemplo:
Directness – do adjetivo “direct” Pointed (pontiagudo) – do substantivos “point”
Exactness – do adjetivo “exact” Wooded (de madeira) – do substantivos “wood”
Complexity – do adjetivo “complex” Blue-eyed (de olhos azuis) – do grupo nominal “blue yes”
Telativity – do adjetivo “relative”
Responsibility – do adjetivo “responsable” 7. Os sufixos –ed e –ing são acrescentados a verbos
para formar adjetivos. O primeiro significa “o que recebe
Sufixos formadores de adjetivos: a ação do verbo correspondente” e o último, “o que realiza
a ação do verbo correspondente”
1. O sufixo –ful forma adjetivos de substantivos, Exemplo:
significando “cheio de” ou “que tem”. charmed (encantada) – charming (encantadora) – do verbo
Exemplo: “to charm”
Faithful (fiel) – do substantivo “faith” frigtened (assustado) – frightening (assustador) – do verbo
Useful (útil) – do substantivo “use” “to frighten”

2. O sufixo –less é freqüentemente usado com o sentido NOTE:


de “falta de”, “ausência de”, e pode vir ligado a Nem todas as palavras terminadas com –ed e –ing
substantivos para formar adjetivos funcionam como verbo, no caso de palavras terminadas por –
Exemplo: ed funcionam como adjetivos.
Powerless (fraco) – do substantivo “power” Exemplo:
Useless (inútil) – do substantivo “use” Described
Faithless (infiel) – do substantivo “faith” Developed
Powered
3. O sufixo –able (-ible) é acrescentado a verbos ou
substantivos para formar adjetivos, significando “que Aquelas terminadas em –ing, além de atuarem como
pode ser” adjetivos, podem ainda atuar como substantivos:
Exemplo:
Considerable – que pode ser considerado (do verbo “to Exemplo:
consider”) developing country (país em desenvolvimento) – Adjetivo
Accessible shopping center (centro de compras) – Adjetivo
Contemptible The illegal trafficking of women (o tráfico ilegal de mulheres)
– Substantivo
NOTE: Atomic testing (teste atômico) – Substantivo
A forma –ible já está incorporada a algumas palavras em
inglês, como em possible, visible, legible. 8. O sufixo –ic, quando acrescentado ao substantivo,
forma adjetivo.
4. Os sufixos –y e –ly geralmente são acrescentados a Exemplo:
substantivos para formar adjetivos, significando “que tem Artistic (artístico/a) – do substantivo “artist”
a qualidade” ou “que tem a aparência de “ Basic (básico) – do substantivo “base”
Exemplo: Rhythmic (rítmico) – do substantivo “rhythm”
Greasy (gorduroso) – do substantivo “grease”
Salty (salgado) – do substantivo “salt” Fonte: http://inglestecnico2b.blogspot.com.br/2010/05/prefixos-e-
sufixos.html
Weekly (semanal) – do substantivo “week”
Mistly – do substantivo “mist” Prefixos
Oily – do substantivo “oil”
Sunny – do substantivo “sun” 1. In transforma-se em im antes de palavras que começam
Costly – do substantivo “cost” com ‘m’ ou ‘p’.
Daily – do substantivo “day” Ex: immature, impatient, impossible, impolite.
Friendly – do substantivo “friend”
2. Desta mesma forma, in transforma-se em ir antes de
NOTE: palavras que começam com ‘r’.
O sufixo –ly também pode formar advérbios quando Ex.: irregular; irresponsible.
adicionamos a adjetivos. 3. Seguindo ainda a mesma ideia, in será transformado em
Exemplo: il com palavras que começam com ‘l’.
Recently (recentemente) – do adjetivo “recente” Ex.: Illegal, illiterate, illegible.
Easily (facilmente) – do adjetivo “easy”

Língua Estrangeira 53
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

OBS- O prefixo in e suas variações, nem sempre dão um Ex.: Underestimate, undercooked.
sentido negativo às palavras. Geralmente dão ideia de
“interno”, “dentro”.
Ex.: internal, import, insert.
Questões
4. Os prefixos un e dis também dão ideia de oposição aos
verbos. Estes prefixos são geralmente usados para reverter a 1. In many countries it is ___ legal to keep a gun in your
ação dos verbos. house.
Ex.: conver/uncover, lock/unlock, agree/disagree, a) un
like/dislike. b) il
c) in
5. O prefixo non também dá ideia de negação.
Ex.: non-smoker, non-conformist. 2. She's thinking of going back to university and taking
a ____graduate course.
6. O prefixo anti dá ideia de oposoção “against” e pode ser a) pre
aplicado para verbos e substantivos. b) under
Ex.: anti-war; antisocial; antibiotic; antibody. c) post

7. O prefixo auto é reflexivo e dá ideia de autossuficiente. 3. Thousands of people have taken part in a ______-
Ex.: autograph, auto-pilot, automobile. democracy demonstration.
8. O prefixo bi dá ideia de duplicação (dois ‘twice’). a) pro
Ex.: bycicle, bilateral, bilingual. b) anti
c) for
9. O prefixo ex é igual a ‘antigo’, ‘anterior’, ‘passado’.
Ex.: ex-wife, ex-smoker, ex-boss. 4. You shouldn't eat chicken that is ______cooked.
Ex também pode ser usado como ‘retirado de’. a) anti
Ex.: extract. b) mis
c) under
10. Micro é igual a ‘pequeno’, ‘mínimo’, ‘minúsculo’.
Ex.: microwave, microbiotic, microchip. 5. There was some _________agreement over the bill.
a) dis
11. Mis dá ideia de ‘erroneamente’. Observe os exemplos b) mis
abaixo: c) un
Ex.: misunderstand, mistranslate, mislead.
Respostas
12. O prefixo mono dá ideia de único (single).
Ex.: monolingual, monologue, monosyllabic. 1. (B) / 2. (C) / 3. (A) / 4. (C) / 5. (A

13. Multi dá ideia de múltiplos (many).


Ex.: multinational, multimídia.
Espanhol: 1. Compreensão
14. Over dá ideia de excesso (a lot).
Ex.: overwork, overtired, oversleep. de textos. 2. Capacidade de
compreender ideias gerais e
15. Post dá ideia de postergação. específicas por meio da
Ex.: postgraduate, post-war, postpone.
análise de textos selecionados
16. O prefixo pre é o mesmo que ‘antes’. de livros, jornais ou revistas,
Ex.: pre-war, pre-judge, pre-school. que abordem temas culturais,
17. Pro é o mesmo que ‘em favor de’. literários e científicos. 3. Itens
Ex.: pro-government, pro-student, pro-revolutionary. gramaticais relevantes para a
compreensão dos conteúdos
18. Pseudo, como no português, é o mesmo que ‘falso’.
Ex.: peseudo-scientific, pseudo-intellectual. semânticos

19. O prefixo re dá ideia de ‘novamente (again)’.


Ex: rewrite, replay, restart, renew. Como dominar uma língua mais rápido?2

20. Semi é o mesmo que metade (half), ‘não por completo.’ Com base em conceitos e estudos da neurociência, é possível
Ex.: semi-circular, semi-final, semi-finalist. chegar a alguns conselhos práticos para acelerar o processo de
aquisição de uma língua.
21. Sub, assim como no português dá ideia de ‘embaixo’.
Ex.: subway, submarine, subdivide.

22. O prefixo under dá ideia de ‘não suficiente’.

2 GASPARINI, Claudia. 4 dicas da neurociência para aprender uma língua http://exame.abril.com.br/carreira/4-dicas-da-neurociencia-para-


mais rápido. Repórter de Carreira de EXAME.com – aprender-uma-lingua-mais-rapido/. – ADAPTADO.
claudia.gasparini@abril.com.br. EXAME.com - 24 abr 2017, 09h34 - Publicado
em 1 abr 2016, 06h00. Disponível em:

Língua Estrangeira 54
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Veja a seguir 4 deles: Compreensão de ideias específicas expressas em


parágrafos e frases e a relação entre parágrafos e frases
1. Insira seu aprendizado em um contexto do texto

Imagine que você deva dizer em espanhol a frase “Preciso Ao responder às questões faça outra leitura, pois com isso
de um telefone com urgência” em duas situações diferentes: na você identificará com mais facilidade a resposta correta.
sala de aula, durante um exercício oral, ou no meio de uma rua Fazer uso de um bom dicionário é valioso para o
escura na Espanha, após ter perdido os seus documentos. Em desenvolvimento da habilidade de ler e escrever em língua
qual momento você exigirá mais do seu cérebro? estrangeira. E ainda mais importante é perceber que a leitura
A resposta é óbvia. “Quanto maior for a necessidade de de textos vai além das traduções feitas com auxílio do
compreender uma língua ou se expressar nela, mais veloz será dicionário ou até mesmo de treino exclusivo de leitura em voz
o aprendizado”. É por isso que tantas pessoas se desenvolvem alta para melhorar a pronúncia.
rapidamente num idioma quando moram no exterior. A vida Ler em língua estrangeira também ajuda a aprimorar a sua
real é muito mais exigente do que as simulações: ou você habilidade em interpretar e relacionar informações, inclusive
aprende, ou não sobrevive. quando você não conhece as palavras.
Mas você não precisa necessariamente morar em outro Quanto mais você exercitar a leitura de textos em geral,
país para ganhar fluência. Basta buscar contexto e necessidade melhor os compreenderá; desse modo, você passará a
para o aprendizado. Os videogames com áudio em línguas observá-los mais detalhadamente.
estrangeiras, por exemplo, são um ótimo recurso para esse fim. Sua atitude como leitor vai mudar. Em vez de fugir quando
“Você precisa compreender o que está sendo dito para passar se deparar com um vocabulário novo, você passará a inferir
para a próxima fase e continuar jogando”. “Isso traz um sobre significados e exercitará a habilidade em relacionar fatos
estímulo muito mais poderoso do que um exercício isolado na e contextos.
lousa”.
Vejamos abaixo, dois textos e suas traduções para
2. Assista a um mesmo filme estrangeiro 3 vezes ampliação do vocabulário:

Outro método simples para impulsionar o seu aprendizado


é ver três vezes um filme falado na língua que você está Texto I
estudando. Na primeira, habilite as legendas em português. Na
semana seguinte, veja tudo com legendas no idioma El Impacto de Cambios en la Educación: las Nuevas
estrangeiro. Na terceira e última vez, dê o play no vídeo sem Demandas
legendas.
Essa é uma forma interessante de melhorar o seu María Inés Abrile de Vollmer
processamento auditivo. Na terceira vez que assistir ao filme,
sem legendas, você já conhecerá a história e talvez se lembre La mayoría de los sistemas educativos ha iniciado procesos
de vários diálogos. de reformas y transformaciones, como consecuencia de la
Assim, você fará associações entre forma, som e aguda conciencia del agotamiento de un modelo tradicional
significado, além de treinar o reconhecimento de várias que no ha sido capaz de conciliar el crecimiento cuantitativo
palavras no outro idioma. con niveles satisfactorios de calidad y de equidad.
Hoy hablamos de un nuevo orden mundial competitivo
3. Ouça (muita) música basado en el conocimiento, en el cual la educación y la
capacitación son el punto de apoyo de largo plazo más
Este conselho vale especialmente para quem já teve importante que tienen los gobiernos para mejorar la
contato com a língua estudada por meio de canções. competitividad y para asegurar una ventaja nacional.
Você adora um determinado artista que canta em El funcionamiento óptimo de los sistemas educativos pasa
espanhol, por exemplo? Ao ouvi-lo – especialmente se tiver a a ser una prioridad esencial de los países. Enunciamos a
letra da música em mãos – é provável que você tente continuación las principales demandas que los cambios
compreender o que ele canta. plantean a los sistemas educativos y que se incorporan a las
Está aí a grande contribuição da música estrangeira para o agendas de especialistas y de gobernantes:
estudo de línguas. “A perspectiva de finalmente entender uma - Preparar ciudadanas y ciudadanos capaces de convivir en
letra que você nunca entendeu traz muita motivação, que é sociedades marcadas por la diversidad, capacitándolos para
uma condição básica para o aprendizado”, explicam incorporar las diferencias de manera que contribuyan a la
especialistas. integración y a la solidaridad, así como para enfrentar la
fragmentación y la segmentación que amenazan a muchas
4. Use expressões na outra língua tanto quanto puder sociedades en la actualidad.
- Formar recursos humanos que respondan a los nuevos
Outra dica de neurocientistas é empregar o idioma requerimientos del proceso productivo y a las formas de
estrangeiro com a maior frequência possível na sua rotina – organización del trabajo resultantes de la revolución
mesmo que seja entre frases em português. tecnológica.
Quanto mais você usar a língua em situações do dia a dia, - Capacitar al conjunto de la sociedad para convivir con la
mais rápido irá incorporá-la ao seu repertório – até o ponto em racionalidad de las nuevas tecnologías, transformándolas en
que as palavras sairão automaticamente da sua boca diante de instrumentos que mejoren la calidad de vida.
cada acontecimento.
“Se você acha pedante dizer palavras estrangeiras no meio
de uma conversa com outro brasileiro, pelo menos faça o
exercício mentalmente”. “Ainda assim, falar em voz alta é mais
aconselhável, porque permite ouvir a sua própria pronúncia e
corrigi-la gradativamente”.

Língua Estrangeira 55
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Tradução: desarrolladas plenamente, con capacidad de amar, es un


O Impacto da Mudança na Educação: as novas apasionante desafío para la formación del profesorado.
demandas

Maria Inés Abrile de Vollmer Tradução:


Dimensões da Formação Docente
A maioria dos sistemas educativos tem iniciado processos
de reformas e transformações, como consequência da aguda Marcos Sarasola / Cecilia Von Sanden
consciência do esgotamento de um modelo tradicional que não
tem sido capaz de conciliar o crescimento quantitativo com os Nessa ideia de uma visão integral da formação docente
níveis satisfatórios de qualidade e de equidade. toma em conta diferentes aspectos. Existe uma dimensão
Hoje falamos de uma nova ordem mundial competitiva cultural (inter-subjetiva), relacionada com a construção
baseada no conhecimento, no qual a educação e a capacitação coletiva de significados comuns que se vão fazendo implícitos
são os pontos de apoio de largo prazo mais importante que para uma determinada comunidade até se transformar em
têm os governos para melhorar a competitividade e para supostos básicos: cultura organizacional.
assegurar uma vantagem nacional. Existe uma dimensão subjetiva que é a da percepção dos
O funcionamento ótimo dos sistemas educativos passa a educadores, como vive cada qual, com sua própria história, sua
ser uma prioridade essencial dos países. Enunciamos a seguir formação e sua prática. Existe uma dimensão objetiva da
as principais demandas que as mudanças colocam aos formação docente na que situamos os diferentes currículos,
sistemas educativos e que se incorporam para as agendas de metodologias, ferramentas, recursos auxiliares e tecnologias.
especialistas e de governantes: E estas três dimensões, também estão condicionadas por uma
quarta: o contexto no qual se desenrolam (geográfico, social,
- Preparar cidadãs e cidadãos capazes de conviver em econômico, cultural e político), do sistema educativo e do
sociedades marcadas pela diversidade, capacitando-os para centro de formação.
incorporar as diferenças de maneira que contribuam para a Uma formação integral e integrada supõe incidir em todas
integração e para a solidariedade, assim como para enfrentar as dimensões, já que todas elas estão profundamente ligadas.
a fragmentação e a segmentação que ameaçam muitas Todas as dimensões estão relacionadas, vinculadas, são parte
sociedades na atualidade. de um todo e não se pode interpretar uma sem as outras.
- Formar recursos humanos que respondam aos novos Neste sentido, a formação deveria ser integral, não por
requerimentos do processo produtivo e às formas de agregar matérias novas e más conteúdos, e sim pelo enfoque.
organização do trabalho resultante da revolução tecnológica. Integral porque concebe ao ser humano como uma totalidade
- Capacitar ao conjunto da sociedade para conviver com a mente-corpo-emoção, e ao aprendizado como um processo de
racionalidade das novas tecnologias, transformando-as em construção coletiva. Cremos, finalmente, que uma comunidade
instrumentos que melhorem a qualidade de vida. educativa construída em pessoas desenvolvidas plenamente,
com capacidade de amar, é um apaixonante desafio para a
Texto II formação docente.
Dimensiones en la Formación del Profesorado
Agora, vamos tentar colocar em prática o que aprendemos,
Marcos Sarasola / Cecilia Von Sanden e responder as questões referentes ao texto abaixo:

Nuestra idea de una visión integral de la formación Marque a opción correcta en las cuestiones.
docente toma en cuenta diferentes aspectos. Existe una
dimensión cultural (inter-subjetiva), relacionada con la La Adoración De Los Reyes
construcción colectiva de significados comunes que se van
haciendo implícitos para una determinada comunidad hasta Desde la puesta del sol se alzaba el cántico de los pastores
transformarse en supuestos básicos: cultura organizacional. en torno de las hogueras, y desde la puesta del sol, guiados por
aquella otra luz que apareció inmóvil sobre una colina,
Existe una dimensión subjetiva que es la de la percepción caminaban los tres Santos Reyes.
de los educadores, cómo vive cada cual, con su propia historia Jinetes en camellos blancos, iban los tres en la frescura
su formación y su práctica. Existe una dimensión objetiva de la apacible de la noche atravesando el destierro. Las estrellas
formación docente en la que ubicamos los diferentes fulguran en el cielo, y la pedrería de las coronas reales
currículos, metodologías, herramientas, medios auxiliares, fulguraba en sus frentes. Una brisa suave hacía flamear los
tecnologías. Y, estas tres dimensiones, también están recamados mantos: El de Gaspar era de púrpura de Corinto: ElI
condicionadas por una cuarta: el contexto en el que se de Melchor era de púrpura de Tiro: El de Baltasar era de
desarrollan (geográfico, social, económico, cultural, político), púrpura de Menfis. Esclavos negros, que caminaban a pie
el sistema educativo y el centro de formación. enterrando sus sandalias en la arena, guiaban los camellos con
una mano puesta en el cabezal de cuero escarlata.
Una formación integral e integrada supone incidir en todas Ondulaban sueltos los corvos rendajes, y entre sus flecos
las dimensiones, ya que todas ellas están profundamente de seda temblaban cascabeles de oro. Los Reyes Magos
imbricadas. Todas las dimensiones están relacionadas, cabalgaban en fila: Baltasar el Egipcio iba adelante, y su barba
vinculadas, son parte de un todo y no se puede interpretar una luenga, que descendía por el pecho, era a veces esparcida
sin las otras. sobre los hombros... Cuando estuvieron a las puertas de la
ciudad, se arrodillaron los camellos, y los tres Reyes se
En este sentido, la formación debería ser integral, no por apearon, y, despojándose las coronas, hicieron oración sobre
agregar materias nuevas y más contenidos, sino por el las arenas.
enfoque. Integral porque concibe al ser humano como una
totalidad mente-cuerpo-emoción, y al aprendizaje como un Y Baltasar dijo:
proceso de construcción colectiva. Creemos, finalmente, que - Es llegado el término de nuestra jornada...
una comunidad educativa cimentada en personas Y Melchor dijo:
- Adoremos al que nació Rey de Israel...

Língua Estrangeira 56
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Y Gaspar dijo: (C) alargar;


- Los ojos le verán, y todo será purificado en nosotros!... (D) extender;
(E) inflamar.
Entonces volvieron a montar en sus camellos y entraron en
la ciudad por la Puerta Romana, y, guiados por la estrella, Respostas
llegaron al establo donde había nacido el Niño. Allí los esclavos
negros, como eran idólatras, y nada comprendían, llamaron 01-A / 02-C / 03-D / 04-C / 05-A
con rudas voces:
Abrid! ... Abrid la puerta a nuestros señores! Acentuacion3
Entonces los tres Reyes se inclinaron sobre los arzones y
hablaron a sus esclavos. Y su cedió que los tres Reyes les Cada língua ou idioma tem as suas particularidades no que
decían en voz baja: se refere às regras de acentuação. Porém, percebemos que
- ¡Cuidad de despertar al Niño! todas as palavras com mais de uma sílaba possuem uma delas
Y aquellos esclavos, llenos de temeroso respeto, quedaron que é mais forte do que as outras, essa sílaba recebe, em
mudos, y los camellos, que permanecían inmóviles ante la português, o nome de “tônica”. Entretanto, não podemos
puerta, llamaron blandamente con la pezuña, y casi al mismo esquecer que temos palavras com apenas uma sílaba que
tiempo aquella puerta de viejo y oloroso cedro se abrió sin também pode ser tônica ou átona, veremos isso mais adiante.
ruido. Un anciano de calva sien y nevada barba asomó en el Para que uma palavra tenha uma sílaba mais “forte ou tônica”,
umbral: sobre el armiño de cabellera luenga y nazarena não tem, necessariamente, que ter o “acento gráfico”, como nos
temblaba el arco de una aureola... Su túnica era azul y bordada exemplos abaixo:
con estrellas con el cielo de Arabia en las noches serenas, y el
manto era rojo, como el mar de Egipto, y el báculo en que se a) CASA
apoyaba era de oro, florecido en lo alto con tres lirios blancos b) PAPEL
de plata: Al verse en su presencia, los tres Reyes inclinaron. El
anciano sonrió con el candor de un niño, y, franqueándoles la Nos próximos exemplos perceba que a sílaba tônica foi
entrada, dijo con santa alegría: marcada pelo acento gráfico.
- Pasad!
c) CAFÉ
Ramón del Valle d) GRAMÁTICA

Questões Alguns idiomas marcam sempre a mesma sílaba como


sendo a tônica, independente de quantas sílabas essa palavra
01. " Desde la puesta del sol (...) " tem. Já no Espanhol, e também no Português, isso não
El término subrayado puede ser reemplazado por acontece. A tônica pode ser a última, penúltima ou
(A) el ocaso; antepenúltima sílaba. Lembra como se deve contar?
(B) la mañana; Começando do final da palavra para o início dela, como no
(C) el levante; exemplo. Ex: médico
(D) el mediodía;
(E) la medianoche. Ex: MÉ – DI – CO

02. "Jinetes en camellos blancos (...)" MÉ Antepenúltima


Jinete es quien DI Penúltima
(A) mercadea con camellos; CO Última
(B) desconoce la equitación;
(C) conduce una cabalgadura; Existem duas regras básicas na língua espanhola quanto
(D) conoce bien los camellos; à sílaba tônica, desde que a palavra não tenha um “acento
(E) cuida de las cabalgaduras. gráfico”, pois este já indica a sílaba mais forte da palavra.

03. Escarlata es el color 1ª As palavras que terminam nas vogais “a, e, i, o, u” ou nas
(A) del sol; consoantes “n” e “s” terão sempre a penúltima sílaba mais
(B) del mar; forte ou tônica (desde que não tenham acento gráfico), e
(C) de la arena; recebem o nome de: GRAVES ou LLANAS. Ex: casa, zapato,
(D) de la sangre; camisa, examen.
(E) de los árboles.
2ª As palavras que terminam em consoantes, que não
04. (...) alzaba los cánticos (...) sejam “n” e “s” terão sempre a última sílaba mais forte (desde
Alzar es lo mismo que que não tenham acento gráfico), e recebem o nome de
(A) bajar; AGUDAS. Ex: hotel, vivir, Madrid, profesor.
(B) cantar;
(C) levantar; Assim, mesmo que você não saiba o significado ou a
(D) edificar; pronúncia da palavra em espanhol, saberá qual é a sua sílaba
(E) construir. mais forte. Dessa forma, todas as palavras que não se encaixam
nestas duas regras podem ser consideradas exceções e
05. (...) hacía flamear (...) necessitarão do “acento gráfico” para marcar a sílaba tônica.
Flamear es lo mismo que Em espanhol existe apenas um acento gráfico e se chama
(A) ondear; “tilde” representado pelo equivalente, em português, ao
(B) quemar;

3 SELLANES, Rosana Beatriz Garrasini. "La Acentuación"; Brasil Escola.

Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/espanhol/acento-
diacritico.htm>.

Língua Estrangeira 57
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

acento “agudo”, ou seja, não existe “crase”, nem El – artigo definido Él – pronome pessoal,
“circunflexo”. masculino. 3ª pessoa.
Ex: El libro es azul. Ex: Él se llama Diego.
Assim, diante de uma palavra, na língua espanhola, que não O livro é azul. Ele se chama Diego.
tenha “acento gráfico” utilize as duas primeiras regras para Tu – adjetivo possessivo. Tú – pronome pessoal,
saber qual é a silaba mais forte, caso ela tenha, estará incluída Ex: ¿Este es tu coche? 2ª pessoa.
nas regras de acentuação a seguir. Esse é o seu carro? Ex: Tú eres muy bonita.
Tu es muito bonita.
Mi – o nome de uma nota Mí – pronome pessoal
LAS REGLAS DE ACENTUACIÓN musical, adjetivo possessivo. tônico.
Ex: Yo quiero mi Ex: Este premio no es
a) Acentuam-se todas as palavras que tenham a última bicicleta manãna. para mí.
sílaba tônica (AGUDAS), terminadas em “vogais”, “n” ou “s”. Eu quero minha bicicleta Este prêmio não é para
Ex: corazón, café, cantó, bebé. amanhã. mim.
Se – pronome reflexivo, Sé – forma do verbo
b) Acentuam-se todas as palavras que tenham a penúltima forma átona. “saber” e “ser”.
sílaba tônica (GRAVES-LLANAS), terminadas em consoantes, Ex: La chica se ducha por Ex: Ya sé todo sobre él.
exceto “n” ou “s”. Ex: lápiz, móvil, revólver. la mañana. (presente)
c) Acentuam-se todas as palavras que tem a A moça se ducha pela Já sei tudo sobre ele.
antepenúltima sílaba mais forte, pois não se encaixam em manhã. Ex: Sé amable com
nenhuma das regras básicas. Em espanhol são chamadas de A moça toma banho pela todos. (imperativo)
ESDRÚJULAS. Ex: música, teléfono, partícula. manhã. Seja amável com todos.
De – preposição. Dé – forma do verbo
d) Temos, ainda, casos que não existem na língua Ex: Las revistas son de “dar”.
portuguesa, as chamadas SOBRESDRÚJULAS. São aquelas que mamá. Ex: ¡Dé atención a su
recebem o acento gráfico na sílaba anterior à antepenúltima. As revistas são da perro! (imperativo)
Essas palavras, normalmente, eram “adjetivos” que já tinham mamãe. Dê atenção ao seu
o acento e quando transformadas em “advérbios” o acento se cachorro! (imperativo)
manteve. Ex: fácil – fácilmente. Te – pronome Té – substantivo.
complemento átono. Ex: El té está muy
Existem, ainda, os verbos que, ao receber pronomes, Ex: ¡Basta! No te daré caliente.
aumentam o número de sílabas e a tônica passa a ser a más dinero. O chá está muito
antepenúltima. Ex: tráigamelo, escribiéndomela. Basta! Não te darei mais quente.
dinheiro.
e) Em espanhol, todos os interrogativos e exclamativos Si – conjunção Sí – advérbio
são acentuados. São eles: condicional. Nome de uma afirmativo. Pronome
¿QUÉ?, ¿CÓMO?, ¿DÓNDE?, ¿CUÁNTO?, ¿CUÁNDO?, nota musical. tônico.
¿QUIÉN(es)?, ¿POR QUÉ?, ¿CUÁL(es)?, ¿ADÓNDE? Ex: Si tienes ganas Ex: Sí, ya dije que estoy
¡QUÉ!, ¡CÓMO!, ¡DÓNDE!, ¡CUÁNTO!, ¡CUÁNDO!, ¡QUIÉN! podemos viajar. bien.
Se tens vontade Sim, já disse que estou
f) As palavras que têm apenas uma sílaba não são podemos viajar. bem.
acentuadas. Com exceção dos diacríticos que veremos a seguir. Mas – conjunção Más – advérbio de
Ex: gas, mes. adversativa, ou seja, indica quantidade ou intensidade.
que uma ideia contrária será Ex: ¿La señora desea
LA ACENTUACIÓN DEL HIATO exposta. Em espanhol, algo más?
mesmo que “pero”. A senhora deseja algo
Esse fenômeno acontece sempre que se quebram os Ex: Me gusta el lugar, mais?
ditongos e tritongos de uma palavra, ou seja, o encontro de mas no me puedo quedar. Daniel es más alto que
duas ou três vogais, respectivamente, na mesma sílaba. Assim, Eu gosto deste lugar, Fernando.
marca-se a sílaba mais forte com o acento gráfico. No espanhol porém não posso ficar Daniel é mais alto que
ocorre quando uma vogal “fuerte”, ou forte, e uma “débil”, ou Fernando.
fraca, encontram-se na mesma sílaba, porém a “débil” é
Aun – Em espanhol, Aún – Em espanhol
pronunciada com mais intensidade. São vogais “fuertes”, “a, e,
“también”, “incluso”, mesmo “todavía”, mesmo que
o” e são “débiles”, “i, u”. Assim, esses encontros de vogais não
que “inclusive”, serve para “ainda”, advérbio de tempo.
são chamados de ditongos, mas de hiatos, pois a vogal mais
introduzir algo novo. Ex: Aún no estamos
fraca torna-se forte em função do acento e passa a ficar em
listos.
sílaba separada. Veja os exemplos: Ex: Me gustó esta casa Ainda não estamos
aun deseo comprármela. prontos.
MARÍA MA-RÍ-A Gostei desta casa Aún estamos
BAÚL BA-ÚL inclusive desejo comprá-la. esperando tu respuesta.
REÍNA RE-Í-NA Ainda estamos
esperando sua resposta
EL ACENTO DIACRÍTICO Solo – adjetivo. Em Sólo – advérbio. Em
português, mesmo que espanhol “solamente”,
Esse tipo de acento gráfico é utilizado para diferenciar “sozinho”. mesmo que “só”, “somente”.
palavras que se escrevem da mesma maneira, porém, com o Ex: Voy a pasar la Ex: Sólo necesito um
significado, função ou classe gramatical diferente, também são Navidad solo. minuto más.
chamadas de “homófonas”. Acompanhe no quadro: Vou passar o Natal Só preciso um minuto a
sozinho. mais.

Língua Estrangeira 58
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Artículos4 Ejemplo
Hay una calle que se llama El Huinganal.
El artículo Lo correcto es decir: Iremos a almorzar a la casa de mi tía
Es la palabra que acompaña al sustantivo y siempre va a El Huinganal.
delante de él, determinándolo. Éstos se pueden clasificar
según el género (femenino y masculino) y número (singular – Del: se forma al juntar la preposición “de” y el artículo
y plural), y en definidos o indefinidos, que es lo que “el“.
analizaremos a continuación. No decimos: “Puerto Varas es una ciudad de el sur de
Chile”
Artículos determinantes o definidos: Decimos: “Puerto Varas es una ciudad del sur de Chile”
Igual que en el caso anterior, se produce una excepción si
a - el de - el el va incluido en el sustantivo propio.
al del
Ejemplo
Se utilizan cuando el sustantivo es conocido. Los artículos Hay un balneareo chileno que se llama El Tabo.
determinantes o definidos son: Lo correcto es decir: Venimos llegando de El Tabo.

– Masculino singular: el Clasificación según género y número


– Femenino singular: la
– Neutro singular: lo Artículo es la palabra que acompaña al sustantivo y
– Masculino plural: los siempre va delante de él, determinándolo.
– Femenino plural: las
El artículo cumple dos funciones con respecto al
Ejemplo sustantivo:
El auto rojo es de mi hermano.
En la pieza de la abuela está el reloj que estás buscando. – Indica el género y el número del sustantivo.
– Señala si el sustantivo es conocido o no.
En ambos casos los sustantivos son determinados.
El auto es uno definido, el del hermano. Estas funciones nos permiten clasificar los artículos de la
La pieza es una determinada, lo mismo que el reloj. siguiente manera:

Artículos indeterminantes o indefinidos: – Según el género, pueden ser masculinos o femeninos; y


según el número, singulares o plurales.
Se utilizan cuando el sustantivo no es conocido o no se – Según el conocimiento del sustantivo, los artículos se
puede identificar. Los artículos indeterminados o indefinidos clasifican en determinantes o definidos, e indeterminantes o
son: indefinidos.

– Masculino singular: un o uno Clasificación según género


– Femenino singular: una
– Masculino plural: unos Un sustantivo es masculino si delante de él se pueden
– Femenino plural: unas poner uno de los siguientes artículos:
– No existe la forma de neutro plural
el – los – un – unos
Ejemplo
Una mujer fue asaltada por un ladrón. Ejemplos
Un niño cortó un durazno con un cuchillo. El árbitro
Los futbolistas
En todos los casos los sustantivos son indefinidos. Un dedo
No sabemos a qué mujer se refiere y lo mismo el ladrón. Unos niños
No podemos definir a qué niño, durazno y cuchillo se
refiere la persona que dijo esta oración. Un sustantivo es femenino si delante de él se pueden
poner uno de los siguientes artículos:

Artículos y contracciones la – las – una – unas


Ejemplos
Cuando el artículo “el” va precedido de la preposición “de” La princesa
o “a”, forma nuevas palabras conocidas como contracciones. Las canciones
Una vaca
a - el de - el Unas ardillas
al del
Clasificación según número
– Al: se forma al unir la preposición “a” y el artículo “el”.
No decimos: “Vamos a el sur”. En cuanto al número, si el sustantivo se relaciona con la
Decimos: “Vamos al sur”. unidad, se pondrá un artículo singular:
Solamente queda preposición “a” y el artículo, cuando
éste forma parte de un nombre propio. el – la – un – una

4 Disponível em: http://www.icarito.cl/2009/12/52-8726-9-el-


articulo.shtml/.

Língua Estrangeira 59
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Ejemplos 02. Ponga el artículo indefinido:


El alumno (A) ______ día iré a España.
La profesora (B) ______ señora está en la puerta.
Un amigo (C) Hace ______ mañana estupenda.
Una señora (D) _______ alumnos llegaron tarde.
(E) Bebimos______ cuantas cervezas.
Si el sustantivo se refiere a varios, el artículo será plural (F) ______ mujeres pasean por el parque.
dependiendo del género:
Respuestas
los – las – unos – unas
01:
Ejemplos
Los amigos A B C D E F
Las compañeras el la el el los las
Unos palos
Unas llaves 02:

El sustantivo y el artículo siempre concuerdan en género A B C D E F


y número. u un un uno una una
n a a s s s
Excepciones

Existe un caso en que el artículo la se cambia por el.


¿Cuándo sucede? Adjetivos: género, número y grado comparativo
Lo veremos con algunos ejemplos.
1. CARACTERÍSTICAS
Si el sustantivo femenino comienza por a o ha que sean El adjetivo es una clase de palabra cuya función principal
tónicas. es la de ser adyacente del sintagma nominal y complementar
su significado expresando uma cualidad del sustantivo.
Ejemplos
Alma Son siempre palabras tónicas y no pueden ir acompañados
Hada de determinantes.
Águila Ej.: *mi alegre, *nuestros baratos.
Estos sustantivos son femeninos, empiezan con a y en su
sílaba se carga la voz, es decir, es tónica. 2. LOS ADJETIVOS: EL GÉNERO Y EL NÚMERO
Los adjetivos no tienen género o número propios, sino que
Para que no se diga la alma, porque se juntan dos vocales lo toman del sustantivo al que acompañan.
a, se cambia el artículo la por el.
Queda así: • Clases de adjetivos según el género:
El alma - Adjetivos de una sola terminación: son los que tienen una
El hada misma forma para los dos géneros. Ej.: azul, laboral, gris…
El águila - Adjetivos de dos terminaciones: presentan una forma
para cada género. Ej.: rojo-roja, pequeño-pequeña…
Los plurales de estas palabras toman el artículo femenino
las. • El plural de los adjetivos.
Entonces, escribimos: Los adjetivos forman el plural siguiendo las mismas reglas
Las almas que los sustantivos.
Las hada
Las águilas Los adjetivos de color presentan algunas particularidades:
- Si proceden de sustantivos, como rosa o violeta, pueden
Para estos mismos ejemplos, también se cambia el hacer el plural o quedar invariables. Ej.: los vestidos rosa /
artículo indefinido una por un, pero en el plural utilizamos rosas …
unas. - Cuando el adjetivo de color va acompañado de un
Un alma substantivo modificador, permanece invariable. Ej.: tonos
Un hada verde botella / ojos negro carbón.
Un águila - Si el adjetivo aparece modificado por otro adjetivo, ambos
Unas almas quedan invariables en plural. Ej.: camisas azul celeste,
Unas hadas pantalones azul marino.
Unas águilas
3. CLASES DE ADJETIVOS
Cuestiones En relación con su significado hay varias clases de
adjetivos.
01. Ponga el artículo definido:
(A) _____ niño está paseando. • Adjetivos calificativos: son los que expresan una
(B) _____ mujer está feliz. cualidad del sustantivo. Ej.: inteligente, astuto, elegante, bajo…
(C) _____ águila está volando. • Adjetivos de relación o pertenencia: se refieren a
(D) _____ río es limpio. propiedades que adquieren en relación con algo externo. Ej.:
(E) _____ hombres están trabajando. explotación petrolífera / explotación agrícola, análisis
(F) _____ flores son amarillas. lingüístico / análisis ocular… Estos no admiten ni adverbios de
grado ni pueden aparecer en estructuras comparativas. Ej.:

Língua Estrangeira 60
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

*un estudio muy musical, *Esta explotación es más petrolífera frecuentes las formas diptongadas en la lengua coloquial. Ej.:
que aquella. Además, a diferencia de los calificativos, no fortísimo, novísimo, bonísimo, certísimo, recentísimo,
pueden anteponerse al sustantivo. Ej.: *…un laboral mercado, valentísimo, calentísimo, ternísimo.
*…um lingüístico análisis, *…un campestre paseo. • Los adjetivos acabados en –ble añaden el sufijo a la raíz
• Adjetivos gentilicios: marcan el origen o procedencia. latina. También ocurre esto con el adjetivo sabio. Ej.:
Ej.: alicantino, español, francés… amabilísimo, notabilísimo, sapientísimo. El adjetivo simple
• Adjetivos cuasi determinativos: son adjetivos cuyo admite simplísimo y simplicísimo.
significado está muy cercano al de los determinantes. Ej.: • Algunos adjetivos añaden el sufijo culto –érrimo a su raíz
siguiente, postrero, anterior… latina. Son los siguientes: libérrimo, celebérrimo, nigérrimo,
Algunos adjetivos pueden tener un significado diferente paupérrimo, misérrimo, acérrimo, pulquérrimo y aspérrimo.
según el contexto en el que aparecen. Ahora bien, algunos de ellos también admiten el sufijo –ísimo.
A saber: negrísimo, pobrísimo, asperísimo y pulcrísimo.
4. LOS GRADOS DEL ADJETIVO
La mayoría de los adjetivos presentan una característica 4.5. Adjetivos que no admiten el grado superlativo con
formal que los diferencia de los sustantivos: la de tener grado. sufijo
Este grado puede variar en tres tipos: positivo, comparativo Algunos adjetivos forman el grado superlativo con el
y superlativo. adverbio muy. Ej.: muy próximo / anterior / heroico / ciego /
recio / nimio.
4.1. Grado positivo
Cuando el adjetivo expresa una cualidad sin especificar 4.6. Adjetivos que no admiten el grado superlativo
ningún grado. Ej.: La mesa es cara / redonda / ovalada / Los superlativos cultos latinos, los sintéticos, son
blanca… incompatibles con las marcas de grado. No se les puede añadir
ni muy ni –ísimo. Ej.: óptimo y no *muy óptimo o * optimísimo.
4.2. Grado comparativo Lo mismo ocurre con otros adjetivos como principal, absoluto,
Se trata de los casos en que el adjetivo aparece cuantificado culminante, eterno, álgido o infinito. Así no es correcto decir
mediante los adverbios de cantidad más, menos, tan o a *la parte más principal de la casa, sino la parte principal…
través de la locución igual de. Hay tres variedades de grado
comparativo: 5. ADJETIVOS QUE ACOMPAÑAN AL NOMBRE
Los adjetivos pueden complementar al sustantivo
• Comparativo de superioridad: el adjetivo aparece siguiéndolo o precediéndolo.
cuantificado con el adverbio más y el segundo término de la • El adjetivo pospuesto al sustantivo es especificativo, ya
comparación es precedido por el relativo que. Ej.: Mi gata es que suele delimitar el significado de este. Ej.: corbata azul.
más arisca que la tuya. • El adjetivo antepuesto al sustantivo recibe el nombre de
• Comparativo de inferioridad: el adjetivo viene explicativo o epíteto. Suele añadir una nota significativa
cuantificado con el adverbio menos y el segundo elemento meramente explicativa, sin delimitar el contenido del
comparado es precedido por el relativo que. Ej.: Elena es sustantivo. Ej.: blanca pared, verde hierba.
menos morena que Jorge.
• Comparativo de igualdad: el adjetivo se cuantifica con el 6. CONCORDANCIA DEL ADJETIVO
adverbio tan o la locución igual de. En el primer caso, la Si un adjetivo va pospuesto a varios sustantivos
estructura es ‘…… tan…….como…..’ y, en el segundo, ‘……igual coordinados con y, ni o, seguiremos estas reglas:
de…..que…..’. Ej.: Este libro es tan largo como aquel. Este libro • Sustantivos en singular y en el mismo género = adjetivo
es igual de largo que aquel. en plural y en el mismo género de los sustantivos. Ej.: Compré
• Hay algunos adjetivos que no admiten el grado un jersey y un sombrero negros.
comparativo ya que ya lo son en sí mismos, al proceder • Sustantivos en singular y con género distinto = adjetivo
directamente del comparativo latino. en plural y em masculino. Ej.: Compré un jersey y una corbata
Reciben el nombre de comparativos sintéticos. Son: negros.
mejor, peor, mayor, menor, inferior y superior. Ej.: Esta paella • Sustantivos en plural = adjetivo en plural. Ej.: Compré
es *más mejor que la mía. / Esta paella es mejor que la mía. unas botas y unos zapatos negros.
Cuando la unión de los dos sustantivos hace referencia a
4.3. Grado superlativo un conjunto que apunta a una sola realidad, el adjetivo puede
Expresa la cualidad en su grado más alto. Se distinguen dos aparecer en singular o en plural. Ej.: lengua y literatura
superlativos: el superlativo absoluto y el relativo. española / españolas.
• Superlativo absoluto: indica el grado más alto de una Si el adjetivo se antepone a varios sustantivos coordinados,
escala. Se expresa con el adverbio muy o con los sufijos -ísimo, la concordância se establece con el sustantivo más cercano. Ej.:
-érrimo. Ej.: muy listo, listísimo, paupérrimo, celebérrimo… la extraordinaria fuerza y valor.
• Superlativo relativo: compara la cualidad de alguien o de
algo con la de un conjunto. Puede expresarse de dos modos: Ejercicio
“artículo o posesivo + más o menos + adjetivo” o “artículo +
comparativo sintético”. Ej.: las menos apropiadas…, mi más 01. Indica el grado de los adjetivos de las siguientes frases.
cordial… / el peor de mis compañeros… Debes señalar si son positivos (P) comparativos (C) o
• Superlativos sintéticos: derivan directamente del latín. superlativos (S):
Son los siguientes: óptimo, pésimo, mínimo, máximo, ínfimo, (A) El barco rápido
supremo. Estas formas se usan como los superlativos (B) El coche es más rápido que la moto
absolutos. (C) Yo soy mejor que tú
(D) Soy muy rápido
4.4. Formación del superlativo por derivación (E) Es un ejercicio facilísimo
• La mayoría de los adjetivos forman el superlativo con el (F) Es un gesto muy bonito
sufijo -ísimo, -ísima. (G) Somo tan buenos como ellos
• Los adjetivos con los diptongos ue e ie no diptongan en la (H) La nave perfecta
lengua culta al añadir el sufijo superlativo, aunque sean (I) El perro rabioso

Língua Estrangeira 61
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Respuestas no tampoco
(não) (tampouco)
01: *
(A) P
(B) C * Não existe a forma también no para negar. Para isso, usa-
(C) C se o tampoco.
(D) S
(E) S Advérbios de Dúvida (Adverbios de Duda);
(F) S
(G) C Advérbios de Ordem (Adverbios de Orden)
(H) P
(I) P antes primeramente
(antes) (primeiramente)
Adverbios después sucesivamente
(depois) (sucessivamente)
O advérbio é uma palavra que pode modificar um verbo,
um adjetivo ou a outro advérbio. É sempre invariável. Alguns, A formação em mente:
quando se referem ao substantivo, tomam caráter adjetivo. Os Observe que o advérbio pode ser formado pelo acréscimo
advérbios se dividem em: do sufixo mente ao adjetivo feminino.
lenta - lentamente
Advérbios de Tempo (Adverbios de Tiempo); Quando o adjetivo possui acento, ele o conserva.
Advérbios de Modo (Adverbios de Modo); fácil - fácilmente

Advérbios de Lugar (Adverbios de Lugar) Ejercicios

abajo (abaixo) delante (diante) 01. Completa las oraciones con los adverbios relacionados
alrededor (ao redor) detrás (atrás) a continuación (pueden existir varias opciones correctas
arriba (acima) ahí (aí) * además de la que aquí mostramos):
cerca (cerca, perto) allí (ali) * ayer, demasiado, tranquilamente, jamás, temprano,
lejos (longe) aquí (aqui) * probablemente, fuera, cariñosamente, aquí, tarde, lentamente,
peligrosamente, arriba, alegremente, verdadeiramente.
* aquí: indica o lugar onde se encontra a pessoa que fala. (A) Él conduce su coche_________
ahí: designa um lugar mais próximo que allí. (B) Ellos trabajaron___________
allí: distante da pessoa que fala. (C) El alumno llegó _______ al colegio
(D) Venid _______ y terminemos el trabajo
Advérbios de Quantidade (Adverbios de Cantidad) (E) Él __________ preparó el examen
(F) El gato saltó _______ del jardín
(G) Mis amigos bailaban __________
casi poco
(H) Julián comió _________ y cayó enfermo
(quase) (pouco)
(I) Mi hermano __________ venga con nosotros al cine
mucho muy
(J) Los novios se miraban_________
(muito) * (muito) *
(K) Él _______ me invitó a su casa
más bastante
(L) Mi padre subió ________ a descansar
(mais) (bastante)
(M) Yo me levanté muy __________
menos además (N) Pedro escribía muy _________
(menos) (além disso) (O) Mi hija veía la tele _______
* o advérbio muy é usado diante de adjetivos e advérbios: Respuestas
muy fácil (muito fácil)
muy lejos (muito longe) (A) peligrosamente
* o advérbio mucho é usado diante de substantivos e antes (B) ayer
ou depois de verbos em qualquer forma: (C) tarde
Tengo mucho trabajo. (Tenho muito trabalho) (D) aquí
Él mucho ha viajado. (Ele muito viajou.) (E) verdaderamente
(F) fuera
Diante dos adjetivos mejor, peor, mayor e menor, e dos (G) alegremente
advérbios más, menos, antes e después usamos o advérbio (H) demasiado
mucho. (I) probablemente
(J) cariñosamente
Advérbios de Afirmação (Adverbios de Afirmación) (K) jamás
(L) arriba
ciertamente sí (M) temprano
(certamente) (sim) (N) lentamente
seguramente claro (O) tranquilamente
(com segurança) (claro)

Advérbios de Negação (Adverbios de Negación)

jamás nunca
(jamais) (nunca)

Língua Estrangeira 62
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Locuções Adverbiais5
Locuções Adverbiais de Dúvida
As Locuções Adverbiais são a combinação de duas ou mais
palavras que funcionam como advérbios. Indicam dúvida e insegurança.
As palavras que formam a locução, geralmente, perdem
seu significado original e adquirem, em conjunto, um novo
significado que pode guardar ou não relação com as palavras
de origem.
As locuções adverbiais podem ser classificadas da seguinte
forma: de tempo, de lugar, de quantidade, de modo, de dúvida,
de afirmação e de negação.

Locuções Adverbiais de Tempo Locuções Adverbiais de Quantidade

Indicam tempo e estão relacionadas com o passado, o Indicam quantidade.


presente e o futuro.
Respondem à pergunta: "Quando?"

Locuções Adverbiais de Afirmação

São aquelas que dão por verdadeiro um fato.


Locuções Adverbiais de Lugar

Indicam lugar.
Respondem à pergunta: "Onde?

Locuções Adverbiais de Modo

Indicam a forma como é realizada uma ação.


Locuções Adverbiais de Negação Respondem à pergunta: "Como?"

Indicam negação de uma informação.

5 Disponível em:
http://www.bomespanhol.com.br/gramatica/adverbios/locucoes-
adverbiais/frases.

Língua Estrangeira 63
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Exercícios - Quando a conjunção "o" encontra-se antes de uma


palavra que começa em "O" ou "HO" troca-se a conjunção por
Selecione a Locução Adverbial adequada para cada "u". Exemplo: Rosas u orquídeas. Mujer u hombre.
frase.
→ pero, sino: unem elementos ou ideias contrárias.
01. La ambulancia llegó _______________. Algumas vezes estão separadas da frase anterior por uma
(A) de ningún modo pausa ou vírgula.
(B) en absoluto Exemplo:
(C) en un santiamén Miguel no estudia mucho, pero aprueba.
- Usa-se sino depois de uma negação para corrigir ou
02. Sale poco de casa, digamos que ___________ va al esclarecer algo anteriormente dito.
parque. Exemplo: Eduardo no es cubano, sino mexicano.
(A) de cuando en cuando - Quando une frases se usa sino que.
(B) a medias Exemplo: No solo no vino, sino que tampoco llamó.
(C) de cerca
Classificação das conjunções:
03. La decisión hoy fue tomada ___________.
(A) a puerta cerrada Existem duas classes de conjunções: Coordenadas e
(B) a menudo Subordinadas.
(C) de ningún modo
04. La policía confirmó que le dispararon __________. Conjunções Coordenadas: estas conjunções relacionam
(A) en mi vida elementos da mesma categoria sintáctica, que podem ser:
(B) a bocajarro → Dois ou mais elementos de uma frase (dois sujeitos, dois
(C) en absoluto objetos diretos, etc.).
Exemplo: Los libros y las revistas son importantes
05. El proyecto salió a tiempo porque trabajaron fuentes de información.
____________. → Duas frases, que juntas, formam uma frase composta por
(A) como no coordenação.
(B) de menos Exemplo:
(C) a brazo partido Terminé de cocinar y fui a ver la televisión.

Respostas As Conjunções Coordenadas se subclassificam em:


→ Copulativas: indicam soma ou adição (y, e, ni).
01. C/ 02. A/ 03. A/ 04. B/ 05. C Exemplo: Compré peras y manzanas en el mercado.
→ Disyuntivas: fazem que os elementos relacionados
Conjunções em Espanhol6 sejam mutuamente excluídos (o, u). Exemplo: Me gustaría
comer pescado o conejo.
As conjunções são palavras invariáveis que servem com → Adversativas: opõem total ou parcialmente os
nexo ou ligação entre as palavras ou frases de igual função. elementos relacionados (pero, mas, sino). Exemplo: No come
mucho, pero está obeso.
As principais conjunções são as seguintes: → Distributivas: indicam que as ações se alternam por
motivos lógicos, espaciais ou temporários (uno... otro...,
aquí... allí, bien... bien..., ya... ya..., etc.) Exemplo: Unos
cantan, otros bailan.

Conjunções Subordinadas: estas conjunções somente


Uso das principais conjunções:
unem duas ou mais frases que formam uma frase composta
por subordinação. Nas frases compostas subordinadas
→ y, e: unem elementos ou ideias semelhantes.
existem uma frase principal (independente) e uma (ou mais)
- y: une elementos ou ideias afirmativas. Exemplo: Me
frases subordinadas (sintaticamente dependente da frase
gustan las rosas y los claveles.
principal).
- y: quando a conjunção "y" encontra-se antes de uma
palavra que começa em "I" ou "HI" troca-se a conjunção por
As Conjunções Subordinantes se subclassificam em:
"e". Exceção: Quando a palavra que começa por "HI" é um
ditongo. Exemplo: Hielo (a conjunção "Y" não muda). Agua y
→ Completivas: a frase subordinada é o objeto direto do
hielo.
verbo principal (que, si).
- ni: une elementos ou ideias negativas. Exemplo: No me
Exemplo:
gusta el ron ni la cerveza.
Me prometió que iría a mi fiesta.
- Quando os elementos unidos estão antes de um verbo se
usa ni...ni. Exemplo: Ni Mario ni Eduardo practican deportes.
→ Causales: unem a frase subordinada que expressa a
- Quando há mais de dois elementos, coloca-se "ni" antes
causa da frase principal (porque, ya que, puesto que, como).
de cada um deles. Exemplo: Ni Ana, ni José ni Mario quieren
Exemplo:
comer pescado.
No como mariscos porque soy alérgico.
→ o: une elementos alternativos ou indica aproximação.
→ Consecutivas: unem a frase subordinada que expressa
Exemplo:
a consequência da frase principal (luego, así que, conque, de
Escoge entre verduras o carnes.
modo que, tan... que..., tanto... que...).
Exemplo:

6 Disponível em: http://www.bomespanhol.com.br/gramatica/conjuncoes.

Língua Estrangeira 64
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Tanto gritó que se quedó sin voz. Respuestas

→ Comparativas: a frase subordinada se compara com a (A) y


frase principal (así como, tal como, igual que, mejor que, (B) ni
peor que, tanto como). (C) pero
Exemplo: Corre como un lince. (D) o
(E) mas
→Finales: a frase subordinada expressa a finalidade do
que diz a frase principal (para (que), a fin de que). Preposiciones
Exemplo:
Río para no llorar. As preposições são invariáveis e servem para unir termos
de uma oração, estabelecendo uma relação, um nexo
→ Concesivas: a frase subordinada expressa uma restrição entre duas palavras - verbos, advérbios, pronomes,
do que expressa a frase principal (aunque, si bien, por más substantivos ou adjetivos.
que, a pesar de que).
Exemplo: Uso e significado das preposições (Uso y Significado de
Aunque me lo prometa, ya no le creo. las Preposiciones)

→ Condicionales: a frase subordinada expressa uma A


condição da que depende a frase principal (si, siempre que, Expressa direção, lugar, modo, finalidade, movimento e
con tal que, con sólo que). tempo. Precede o complemento indireto e também o direto
Exemplo: (quando este se refere a pessoa, animal ou coisa
Con tal que no llueva, iremos a la playa. personificada). Precede também infinitivos, artigos,
substantivos, demonstrativos e possessivos.
→ Temporales: une a frase principal com a subordinada
que expressa tempo (cuando, después que, antes de que, Vamos a Madrid.
mientras, tan pronto como, a medida que). (Vamos a Madrid.)
Exemplo:
Llegaron antes de que saliera el sol. Está a la izquierda.
(Está à esquerda.)
→ De lugar: une a frase principal com a subordinada que
expressa lugar (donde, adonde, de donde, por donde). Hecho a mano.
Exemplo: (Feito a mão.)
La casa donde vivimos es grande.
Llamamos a Rocío.
→ De modo: une a frase principal com a subordinada que (Chamamos Rocío.)
expressa a maneira que a ação é realizada (como, según).
Exemplo: Vamos a estudiar por la noche.
Llegué como pude. (Vamos estudar à noite.)
Cuestiones
¡Lo compré a cien pesos!
01. Seleciona a resposta correta usando a Conjunción (Comprei-o a cem pesos!)
Adecuada em espanhol.
Vi a la niña en la calle.
(A) Compró un libro __________ dos lápices. (Vi a menina na rua.)
Possíveis Respostas:
y Conozco a ese escritor.
u (Conheço esse escritor.)

(B) Ni vino, _______ llamó para avisar. No encontré a mi papá.


Possíveis Respostas: (Não encontrei meu pai.)
pero
ni ANTE

(C) No es bonito, _____________ es simpático. Denota uma situação definida. Se usa também em sentido
Possíveis Respostas: figurado.
y Apareció ante todos. (Apareció delante de todos.)
pero (Apereceu diante de todos.)

(D) ¿Elige, camarón _____________ pollo? Ante la evidencia, me callo. (Corresponde a perante,
Possíveis Respostas: diante de, em português.)
o (Perante a evidência, me calo.)
u
BAJO
(E) Faltó a la prueba, _____________ avisó por teléfono. Expressa dependência, situação inferior.
Possíveis Respostas:
mas El trabajo lo hizo bajo presión.
o (Fiz o trabalho sob pressão.)

Bajo su orientación.

Língua Estrangeira 65
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

(Sob sua orientação.) (Vivo/moro na Argentina.)

Todos giran y giran, todos bajo el sol. (Mariposa Cuéntamelo en secreto.


Tecknicolor - Fito Paez) (Conte-me em segredo.)
(Todos giram e giram, todos sob o sol.)
Estamos en invierno.
CON (Estamos no inverno.)
Expressa companhia, conteúdo, meio, instrumento ou
maneira. Antes dos dias da semana, de advérbios de tempo e
de alguns adjetivos se omite a preposição EN:
Salimos con Juan.
(Saímos com Juan.) El lunes.
Voy a ir el próximo domingo.
Una mesa con sillas.
(Uma mesa com cadeiras.) Como meio de transporte ou movimento, a preposição se
usa diferente do português:
Lo escribió con el bolígrafo. Voy en avión; en coche; en moto, en ómnibus; en tren.
(O escreveu com a caneta.)
ENTRE
Lo hizo con ganas. Situação no meio de duas coisas ou pessoas, dúvida,
(O fiz com vontade.) imprecisão, intervalo e participação em conjunto.

Voy a viajar para Barcelona con Pablo o sin él. Entre Pablo y María.
(Vou viajar para Barcelona com Pablo ou sem ele.) (Entre Pablo e Maria.)

CONTRA Estábamos entre ir a la fiesta y no ir.


Denota limite, oposição, contrariedade. (Estávamos entre ir na festa e não ir.)
Compré los pantalones contra su voluntad.
(Comprei as calças contra sua vontade.) El color era entre rojo y naranja.
(A cor era entre vermelho e laranja.)
DE
Expressa qualidade, material, modo, movimento, origem, Nuestra clase es entre las siete y las ocho.
permanência, propriedade e tempo. (Nossa aula é entre as sete e as oito.)

María tiene un corazón de oro. El trabajo lo hicieron entre todos.


(Maria tem um coração de ouro.) (Fizeram o trabalho entre todos.)
Volvieron de Rio de Janeiro.
(Voltaram do Rio de Janeiro.) EXCEPTO
Denota exclusão.
Manta de lana.
(Manta de lã.) Todos son estudiantes, excepto tú.
(Todos são estudantes, exceto tu.)
Trabaja de lunes a sábado.
(Trabalha de segunda a sábado.) HACIA
Expressa direção aproximada, movimento, proximidade e
DESDE tempo vago.
Indica um ponto de partida, procedência, distância, lugar,
movimento e tempo. Viajaré hacia fines de junio.
(Viajarei em meados do fim de junho.)
Vinimos desde la calle A hasta la calle B.
(Viemos desde a rua A até a rua B.) Vamos hacia el sur de España.
(Vamos em direção ao/para o sul da Espanha.)
Cuidado!
Lo pondré mirando hacia arriba.
Desde não deve ser usado com a preposição a, (Coloquei-o olhando para cima.)
somente com a preposição hasta. De se usa com a
preposição a. HASTA
Indica término de lugar, ação e limite de tempo.
DURANTE Comió hasta el mareo.
Como preposição tem o significado de um determinado (Comeu até o enjoo.)
tempo ou época.
Llegaré hasta ahí muy pronto.
¿Viajaron durante sus vacaciones? (Chegarei até aí muito rápido.)
(Viajaram durante suas férias?) Saldrá hasta las siete.
(Sairei até as sete.)

EN Em alguns casos indica inclusão.


Expressa lugar, modo e tempo.
Vino, hasta llegó temprano.
Vivo en Argentina. (Veio, até chegou cedo.)

Língua Estrangeira 66
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

INCLUSO Indica posterioridad, situação definida.


Como preposição, significa hasta.
Tras una fuerte tormenta salió muy bello el sol.
Todos van a la clase, incluso yo. (Depois de uma forte tempestade, saiu muito bonito o sol.)
(Todos vão à aula, inclusive eu.)
Cuestiones
MEDIANTE
Equivale a con e por medio de. 01. Construye nuevas frases. Remplaza la preposición
subrayada por expresar lo contrario.
Lo compraron mediante tarjeta de crédito. (A) Mi lugar de trabajo está cerca de mi casa.
(Compraram-no mediante cartão de crédito.) (B) El coche de mi madre está a la izquierda del semáforo.
PARA (C) El concierto empezó antes de las 21:00 horas.
Expressa movimento, destino, finalidade e situação. (D) La chica estaba delante del perro.
Voy para São Paulo. (E) La revista está encima de la mesa.
(Vou para São Paulo.)
Esto es para mi. 02. Escribe la preposición correcta para cada oración.
(Isto é para mim.) (A) Mis padres están ______ el teatro.
(B) Para entrar al concierto tendréis que esperar ________
POR las 21 h.
Indica lugar, tempo vago, meio, modo e objetivo. É agente (C) Creo que el collar no es ______ oro.
da voz passiva. (D) He quedado ______ Raquel para ir a la playa.
La foto está por ahí. (E) _____ las noticias, la semana que viene va a llover sin
(A foto está por aí.) parar.
(F) Llamé ______ teléfono para preguntar por el puesto de
Martín llega por ahora. trabajo.
(Martín chega por agora.) (G) El libro que compré es ______ ti.

Lo avisaré por teléfono. 03. Elige la forma correcta.


(Avisar-lhe-ei por telefone.)
(A) Conozco a Juan _____ que éramos pequeños.
Lo hará por las buenas o por las malas. (B) ¿Vamos hoy ___ cine?
(Fará por bem ou por mal.) (C) Vivo en Galicia _________ 4 meses.
(D) _______ las dos llevo trabajando sin parar.
El trabajo lo hice por placer. (E) Me mudé a España _______ 8 años.
(Fiz o trabalho por prazer.) (F) He pasado por ________ tu casa.
(G) La fuente ____ parque no funciona.
Fue comprado por ella. (H) Tienes que llegar a casa ________ las 12 de la noche.
(Foi comprado por ela.)
SALVO Respuestas
Indica exceção.
01:
Todos tus compañeros fueron, salvo Pablo y José. (A) Mi lugar de trabajo está lejos de mi casa.
(Todos os teus companheiros foram, salvo Pablo e José.) (B) El coche de mi madre está a la derecha del semáforo.
(C) El concierto empezó después de las 21:00 horas.
SEGÚN (D) La chica estaba detrás del perro.
Indica conformidade. (E) La revista está debajo de la mesa.
Hazlo según te parezca mejor.
(Faça-o segundo te pareça melhor.) 02:
(A) en
SIN (B) hasta
Indica falta, negação. (C) de
(D) com
¿Está sin dinero? (E) Según
(Está sem dinheiro?) (F) por
(G) para
Estamos sin ganas de trabajar.
(Estamos sem vontade de trabalhar.) 03:
(A) desde
SOBRE (B) al
Indica apoio, altura, proximidade e assunto. (C) desde hace
(D) Desde
El libro está sobre la mesa. (E) hace
(O livro está sobre a mesa.) (F) delante de
(G) del
El helicóptero voló sobre mi casa. (H) antes de
(O helicóptero voou sobre minha casa.)

Hablamos sobre las chicas inteligentes.


(Falamos sobre as meninas inteligentes.)
TRAS

Língua Estrangeira 67
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Locuções Prepositivas7 Con respecto a los montes no se ha avanzado tampoco


nada.
Son dos o más palabras que equivalen a una preposición,
precisan algunos aspectos de espacio, tiempo y modo que las El euro cae por debajo de los 1,20 dólares por primera vez
preposiciones existentes matizan mal. (São duas ou mais Estaban gravemente heridos ya la media hora murieron
palavras que exercem na frase a função de preposição.) delante de mi
Também são chamadas de preposiciones compuestas.
(También son conocidas como preposiciones compuestas.) ¿Quién está detrás de la Flotilla?

Exemplos (Ejemplos): La mujer hallada dentro de un canapé en Gijón fue


asfixiada el viernes
Los iraníes enviarán a Turquía 1,2 mil kilos de uranio
enriquecido al 3,5%, en cambio de 120 kilos de ese elemento Cinco partidos después de su estreno con la selección,
enriquecido al 20%. Jesús Navas es el hombre más seguido de la 'Roja'.

El técnico Pablo Alfaro podrá contar con todos sus Los meteorólogos prevén un verano con máximas por
hombres, a excepción de Charles. encima de la media.

Estaría listo antes de 2020. En medio de la crisis, Obama se encuentra con Abbas,
presidente de la Autoridad Palestina.
´Nos apuntaron con el láser de sus armas a pesar de ser
periodistas´ Aunque Israel ha advertido que en orden a salvaguardar
su seguridad no levantará el bloqueo a Gaza
Se lo entrevistó en febrero de 2009 a Wensell a propósito
de su cumpleaños número 104 Rafa Nadal da otro paso en pos de la recuperación del
cetro mundial
A respecto de las ausencias, matizó que “tal vez nos han
lastrado mucho, algunas han afectado a titulares indiscutibles” En virtud de este convenio se creará un comité científico

A través de una grabación de teléfono comunicaron que Y a la postre, en vista de que nada de eso servía, ha echado
los agentes fueron ahorcados y sus cuerpos, enterrados boca 700 millones de euros más sobre la mesa.
abajo.
La UE defiende planes de ajuste frente a presión sindical.
Alrededor de 2.000 toneladas de arena de playa se
amontonan y se modelan para transformarse en figuras de Si bien es de esperar ver un poco fuera de lo común
hasta 10 metros de altura. durante sus actuaciones.

El piloto italiano agregó no saber "cómo responderá el España sufrió para vencer a Corea gracias a un golazo de
hombro a lo largo de todo el fin de semana" Navas.

Las hojas de las palmeras se agitaron a merced de un Gordillo: "Junto a Guardiola, para mí Mourinho es el
viento huracanado. mejor"

Los sindicatos, más cerca de la huelga El techo propio está cada vez más lejos de la clase media.

"Es una obra impresionante -afirma el barítono con Sigue adelante el Rachel Corrie pese a advertencia israelí.
arreglo a su experiencia.
El fuego comenzó por el estallido de un transformador
Con objeto de difundir el trabajo de los autores, 30 eléctrico a causa de la lluvia.
grabados seleccionados de entre todos los trabajos
presentados se expondrán el 25 de junio. El narcotráfico en México obtiene ganancias por entre 19
mil y 29 mil millones de dólares cada año.
La Ministra de Medio Ambiente, en contra de prohibir los
toros Pronombres8

«Venía mucho con mi familia y me acuerdo de los naranjos Los Pronombres Personales y de Tratamiento
que había enfrente de la casa»
Você já parou um instante para pensar que todas as vezes
Un espontáneo se sube al escenario en mitad de la que conversa com outra pessoa, seja ao telefone, no
actuación de Daniel Diges. computador e até pessoalmente, ambas estão falando de
alguém ou de alguma coisa? Com certeza não pensou nisso!
En cuanto a la investigación del asalto a la flotilla de Tudo bem! O importante nesse fato é perceber que há
activistas, sobre cuyo desarrollo las versiones siguen siendo sempre três pessoas participando dessa conversa: EU, TU,
absolutamente contradictorias, Netanyahu no muestra ELE-ELA ou ALGUMA coisa.
flexibilidad alguna. A primeira é quem fala, naquele momento, a segunda é
quem escuta e a terceira é de quem (pessoa ou coisa) ou do

7 Disponível em: 8SELLANES, Rosana Beatriz Garrasini. "Los Pronombres Personales Y de


http://www.guiapraticodeespanhol.com.br/2010/06/locuciones- Tratamiento"; Brasil Escola. Disponível em
preposicionales-locucoes.html. <http://brasilescola.uol.com.br/espanhol/pronombres-personales-
pronombres-de-tratamento.htm>. Acesso em 22 de junho de 2016.

Língua Estrangeira 68
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

que (o assunto) se fala. É claro que essas pessoas podem ser OBSERVAÇÕES IMPORTANTES!
homens ou mulheres, para isso usamos o masculino e o
feminino, também podem estar só ou ser mais de uma pessoa, • “VOSOTROS” é mais utilizado na Espanha para referir-
neste caso se utiliza o singular ou o plural (NÓS, VÓS, se a várias pessoas, enquanto o termo “USTEDES”, em alguns
ELES/ELAS), regras básicas na língua portuguesa. países, utiliza-se de maneira informal. Ou seja, para referir-se
E assim, temos os pronomes pessoais, em espanhol são a “VOCÊS”, mas isto só acontece com a 3ª pessoa do plural.
chamados de “Pronombres Personales”. Veja no quadro o
seu correspondente em português: • Existe outro pronome muito utilizado em vários países
da América Latina e substitui a 2ª pessoa do singular “TÚ”,
ESPAÑOL PORTUGUÉS seu uso exige modificações na conjugação dos verbos, na
1ª - YO EU acentuação e sua utilização é para contextos informais, ou
2ª - TÚ TU seja, em relações de confiança ou com familiares. Estamos
3ª - ÉL/ELLA ELE/ELA falando do “VOS”. Veja nos exemplos o seu uso e quais seriam
as formas utilizadas no português.
1ª - NOSOTROS NÓS
2ª - VOSOTROS VÓS a) ¿Cómo te llamás vos?
3ª - ELLOS/ELLAS ELES/ELAS Como te chamas?/Como você se chama?

As três primeiras pessoas estão no “singular” e as outras b) ¡Vos sos una gran amiga!
três estão no “plural”. Atenção! Perceba a diferença na Tu és uma grande amiga!
acentuação, no espanhol, da 2ª pessoa “TÚ” e da 3º pessoa Você é uma grande amiga!
“ÉL”, que em português não é acentuada. Assim como,
Pronombres Demostrativos9
“VOSOTROS” e “VÓS” também tem diferenças. Veja algumas
frases para exemplificar:
Os Pronomes Demonstrativos (pronombres
a) Tú y yo somos grandes amigos.
demostrativos) são utilizados para explicitar a posição de
Tu e eu somos grandes amigos. (embora correto, o
uma certa palavra em relação a outras ou ao contexto. Essa
pronome tu não é usual no português) / Você e eu somos
relação pode ocorrer em termos de espaço, tempo ou
grandes amigos.
discurso. Permitem distinguir e nomear elementos que já
b) Él se llama José y ella Eduarda. foram mencionados anteriormente.
Ele se chama José e ela Eduarda. Exemplo:
- ¿Cuál abrigo quieres? - Quiero ese. ("ese" está fazendo
c) Nosotros queremos viajar por América del Sur, pero referência a "abrigo")
ellos quieren conocer Europa. (- Qual abrigo você quer? - Eu quero esse.)
Nós queremos viajar pela América do Sul, mas eles
querem conhecer a Europa. Atenção: Antes da Reforma Ortográfica de 2010 os
pronomes demonstrativos eram acentuados
obrigatoriamente em frases que tivessem sentido duplo,
Em espanhol temos o uso dos pronomes de tratamento
porém depois desta Reforma foi eliminada a acentuação
“USTED” y “USTEDES” utilizados em relações mais “formais”,
gráfica destes pronomes para todos os casos.
como nas profissionais em que exista certa hierarquia,
também com pessoas desconhecidas ou mais velhas, no
Os pronomes demonstrativos flexionam em gênero e
sentido de demonstrar respeito. Essas formas podem ser
número com o substantivo ao que fazem referência.
entendidas, em português, como “Senhor e Senhora”, ou,
“Senhores e senhoras”. Referem-se à 3ª pessoa tanto do Exemplos:
singular quanto do plural e conjugam-se com verbos de 3ª Esta es mi profesora de portugués. ("esta" flexiona com
pessoa, como é possível ver nos exemplos abaixo: "mi profesora")
(Esta é minha professora de português.)
a) ¡Por favor! ¿Usted puede decirme dónde hay una
panadería aquí cerca? Estos son mis libros favoritos. ("estos" flexiona com "mis
Por favor! O senhor poderia me dizer onde há uma libros")
(Estes são meus livros favoritos.)
padaria aqui perto?
As formas "esto, eso, aquello" são neutras (não indicam
b) Ustedes no comieron nada en el almuerzo. Voy a
gênero nem número), só funcionam como pronomes.
llevarlos a un restaurante muy bueno.
Equivalem em português a "isto, isso e aquilo"
Os senhores não comeram nada no almoço. Vou levá-los a
respectivamente.
um restaurante muito bom.
Exemplo:
¿Qué es eso?
ESPAÑOL
(O que é isso?)
3ª pessoa do singular
ÉL/ELLA/ USTED
Os pronomes demonstrativos indicam localização espacial
entre o falante e o ouvinte com relação ao substantivo
3ª pessoa do plural antecedente do pronome. Segundo este critério eles recebem
ELLOS/ELLAS/USTEDES uma classificação que está estreitamente relacionada com os
advérbios de lugar.
Observe:

9 Disponível em: http://www.bomespanhol.com.br/gramatica/pronomes/.

Língua Estrangeira 69
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Classificação Pronomes / (Este é meu irmão e aquele é o teu.)


Exemplos
1º grau de distância: Este, esta, estos, estas, Outros Aspectos dos Pronomes Possessivos:
próximo do falante esto. Quando queremos dizer que o possuidor é de primeira
(aquí, acá) Ex: pessoa (yo, nosotros/as) usamos os pronomes possessivos:
Esto que está aquí es "mío, mía, míos, mías, nuestro, nuestra, nuestros,
mío. nuestras"; quando é de segunda pessoa (tú, vosotros/as)
2º grau de distância: Ese, esa, esos, esas, eso. usamos: "tuyo, tuya, tuyos, tuyas, vuestro, vuestra,
próximo do ouvinte Ex: vuestros, vuestras" e quando é de terceira pessoa (él, ella,
(ahí) Esa que está ahí, es la ellos, ellas) usamos: "suyo, suya, suyos, suyas".
cama que quiero.
3º grau de distância: Aquel, aquella, Exemplo:
longe do falante e do ouvinte aquellos, aquellas, aquello. Esta casa es nuestra y aquella es vuestra.
(allí, allá) Ex: (Esta casa é nossa e aquela é de vocês.)
Aquella que está allí es
mi madre. A forma: "suyo" e suas variantes de gênero e número
pertencem à terceira pessoa, mas também pertencem à
Pronombres Posesivos segunda pessoa no discurso quando fazem referência a:
"usted, ustedes".
Os Pronomes Possessivos (pronombres posesivos) são
palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), Exemplos:
acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa possuída).
Sempre se referem a um substantivo já mencionado Con el permiso de usted. = Con su permiso. (2ª persona)
anteriormente. (Com a permissão do senhor.)

Exemplo: Con el permiso de él. = Con su permiso. (3ª persona)


Esta es mi blusa, la tuya es aquella. (Com a permissão dele.)
(Esta é minha blusa, tua blusa é aquela.) Os pronomes possessivos flexionam em gênero e número
com o possuído.
Nota: no exemplo anterior o pronome "tuya" tem como Exemplos:
antecedente ao substantivo "blusa" e indica que o possuidor Esta casa es nuestra.
pertence à 2ª pessoa do singular ("tú, vos"). (Esta casa é nossa.)

Posição dos Pronomes Possessivos: Esas casas son nuestras.


Podem ir depois do verbo. (Essas casas são nossas.)

Exemplo: Nota:
¿Este lápiz es tuyo o es mío? No primeiro exemplo o pronome possessivo "nuestra"
(Este lápis é teu ou é meu?) flexiona em gênero e número com o substantivo que
representa (casa).
Podem ir depois de um artigo definido (el, la, los, las) ou de No segundo exemplo o pronome possessivo "nuestras"
outros determinantes (palavras que acompanham aos flexiona em gênero e número com (casas).
substantivos e oferecem informação sobre este). Em ambos casos se indica que o possuidor é
"nosotros(as)".
Exemplo:
Tu coche es lindo, pero el mío también lo es. Os pronomes possessivos podem indicar a um possuidor
(Teu carro é lindo, mas o meu também é lindo.) ou a vários. Designam um só possuidor os pronomes "mío,
tuyo" e suas variantes de gênero e número. Fazem referência
Uso dos Pronomes Possessivos: a vários possuidores os pronomes "nuestro, vuestro" e suas
Usa-se "ser" + pronomes possessivos para expressar variantes de gênero e número.
posse ou pertença.
Exemplos:
Exemplo: La cama es mía. (um possuidor)
Esta casa es mía. (A cama é minha.)
(Esta casa é minha.)
La cama es nuestra. (vários possuidores)
Usa-se "el, la, los, las" + pronomes possessivos quando (A cama é nossa.)
queremos fazer referência a alguém ou a algo mencionado
anteriormente. Os pronomes "suyo, suyas, suyos, suyas" podem
representar um ou vários possuidores. Há seis possíveis
Exemplo: combinações: "de él, de ella, de ellos, de ellas, de usted, de
Esta es mi silla, la tuya es aquella. (la = la silla) ustedes". Para saber o número de possuidores devemos nos
(Esta é minha cadeira, tua cadeira é aquela.) apoiar no contexto.

Usam-se para expressar parentesco ou outras relações Exemplos:


sociais. Déjalo que haga de las suyas. (“lo” indica que “suyas”
representa um possuidor masculino singular).
Exemplo: (Deixa-o que faça o que quiser.)

Este es mi hermano y aquel es el tuyo.

Língua Estrangeira 70
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Siempre se salen com la suya. (“se salen” indica que o oposto do pronome "ninguno". O pronome "alguno" antes
“suya” representa vários possuidores). de substantivos masculinos singulares se apocopa em
(Sempre fazem o que querem.) "algún", mas esta forma não tem função de pronome e sim de
adjetivo.
Pronombres Indefinidos
Exemplo:
Os Pronomes Indefinidos (pronombres indefinidos) são ¿Alguno de ustedes vio mi libro?
palavras que se referem à terceira pessoa do discurso, dando- (Algum de vocês viu meu livro?)
lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quantidade
indeterminada. Tem um substantivo (antecedente) ao que O pronome indefinido "ninguno" se usa para referir-se a
fazem referência de forma imprecisa ou genérica. pessoas ou coisas de forma indeterminada, assim como suas
variantes de género e número (ninguna, ningunos,
Atenção: ningunas). Opõe-se ao pronome "alguno". O pronome
Os pronomes "alguno" e "ninguno" perdem a letra "o" "ninguno" antes de substantivos masculinos singulares se
final quando vão antes de substantivos masculinos apocopa em "ningún", mas esta forma não tem função de
singulares, mas esta forma não tem função de pronome e sim pronome e sim de adjetivo.
de adjetivo.
Exemplo:
Exemplos: Ninguno de nosotros vio el libro.
¿Puedes prestarme algún libro? (Nenhum de nós viu o livro.)
(Pode me emprestar algum livro?)
Outros pronomes indefinidos:
No, no puedo prestarte ningún libro.
(Não, não posso te emprestar nenhum livro.) O pronome indefinido "cualquiera" é invariável,
apocopa-se quando está antes de substantivos masculinos
Usos dos pronomes indefinidos: singulares em "cualquier", mas esta forma não tem função de
pronome.
O pronome indefinido "nadie" significa "nenhuma
pessoa", usa-se somente para referir-se a pessoas, nunca a Exemplo:
coisas ou animais. É uma forma negativa masculina que não Puedes comprar cualquiera de esos.
possui plural e é o oposto do pronome "alguien", não precisa (Pode comprar qualquer desses.)
para sua construção outra negação, exceto se estiver depois
do verbo na frase. O pronome indefinido "bastante" expressa uma
quantidade indefinida e seu plural é "bastantes".
Exemplos: Exemplo:
Nadie vio al ladrón. No quiero más carne, ya tengo bastante en el plato.
(Ninguém viu o ladrão.) (Não quero mais carne, já tenho bastante no prato.)
O pronome indefinido "demás" expressa diversidade e é
No había nadie en casa. invariável. Quando está acompanhado pelos artigos "los, las"
(Não tinha ninguém em casa.) faz referência a pessoas, mas quando está acompanhado pelo
artigo neutro "lo" faz referência a coisas.
O pronome indefinido "alguien" se usa somente para
referir-se a pessoas, nunca a coisas ou animais. É sempre Exemplo:
masculino, não possui plural e é o oposto do pronome ¿Dónde están los demás?
"nadie". (Onde estão os demais?)

Exemplo: Ocúpate de comprar el pan que de lo demás me ocupo yo.


¿Hay alguien interesado en el curso? (Encarrega-se de comprar o pão que e o resto deixa
(Há alguém interessado no curso?) comigo.)

O pronome indefinido "nada" se usa somente para O pronome indefinido "quienquiera" se usa somente
referir-se a coisas. Expressa uma quantidade inexistente. É para referir-se a pessoas, assim como seu plural
neutro e se opõe aos pronomes "algo, todo". Usa-se em frases "quienesquiera". Hoje em dia não são muito usados.
negativas.
Exemplo:
Exemplo: Quienquiera puede usar el baño.
No hay nada de comer en esta casa. (Quem quer pode usar o banheiro.)
(Não há nada de comer nesta casa.)
O pronome indefinido "demasiado" expressa uma
O pronome indefinido "algo" se usa somente para referir- quantidade indeterminada, possui as variantes de gênero e
se a coisas. Expressa um quantidade indeterminada. É neutro número "demasiada, demasiados, demasiadas".
e se opõe ao pronome "nada". Exemplo:
Trabaja 15 horas por día, pienso que es demasiado.
Exemplo: (Trabalha 15 horas por dia. Penso que é muito.)
¿Hijo, quieres comprar algo?
(Filho, você quer comprar algo?) O pronome indefinido "poco" expressa uma quantidade
indeterminada, possui as variantes de gênero e número
O pronome indefinido "alguno" se usa para referir-se a "poca, pocos, pocas".
pessoas ou coisas de forma indeterminada, assim como suas
variantes de gênero e número: "alguna, algunos, algunas". É Exemplo:

Língua Estrangeira 71
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

- ¿Crees que es mucho zumo? - No, pienso que es poco. Nota:


(- Você acha que é muito suco? - Não, acho que é pouco.) Para antecedentes masculinos plurales usamos 'los que'.
Na frase anterior 'los que = los libros leídos'.
O pronome indefinido "todo" expressa uma quantidade
indeterminada, possui as variantes de gênero e número - ¿Tienes una llave de repuesto? - No, la que tenía se me
"toda, todos, todas". perdió.
Exemplo: (- Você tem uma chave de reposição? - Não, a que tinha a
No quiero la mitad, lo quiero todo. perdi.)
(Não quero a metade, quero tudo.)
Nota:
O pronome indefinido "uno" expressa uma identidade Para antecedentes femininos singulres usamos 'la que'.
indeterminada que inclui a pessoa que fala. Tem o mesmo Na frase anterior "la que = una llave de repuesto".
sentido em português que: "nós, a gente". Possui a variante
de gênero "una". - Quiero aquellas blusas rojas. - ¿Cuáles? ¿Las que son de
manga corta?
Exemplo: (- Quero aquelas blusas vermelhas. - Quais? As que são de
Uno nunca sabe qué esperar de una guerra. manga curta?)
(A gente nunca sabe o que esperar de uma guerra.)
Nota:
Pronombres Relativos Para antecedentes femininos plurales usamos 'las que'.
Na frase anterior "las que = las blusas de manga corta".
Pronomes relativos (pronombres relativos): são aqueles
que representam nomes já mencionados anteriormente e - Lo que: é usado quando o antecedente não está explícito
com os quais se relacionam. Introduzem as orações ou é desconhecido, nunca faz referência a um substantivo.
subordinadas adjetivas. Tem mais ou menos o mesmo significado de "la cosa que, la
acción que".
Atenção!
Diferentemente dos pronomes interrogativos (qué, Exemplo:
quiém, quiénes, cuánto(a/s), dónde), os pronomes Lo que te acabo de encontrar es un secreto.
relativos não levam acento gráfico (que, quien, quienes, (O que te acabo de contar é um segredo.)
cuanto(a/s), donde).
Nota:
USOS DOS PRONOMES RELATIVOS: Como pode ser observado na frase anterior a partícula "lo
que" faz referência a um antecedente desconhecido "lo que =
- Que: é o pronome relativo mais usado, pode ter como aquello que fue contado".
antecedente uma pessoa, animal ou coisa. Introduz uma frase
que esclarece a frase principal. - Quien, quienes: devem ser usados somente quando o
antecedente é uma pessoa, mas podem ser encontrado
Exemplo: fazendo referência a coisas ou animais personificados. Ex: "Y
El escritor que murió esta tarde es famoso en todo el país. es el mar quien ganará la partida final". Na frase se atribui
(O escritor que morreu esta tarde é famoso em todo o ao "mar" capacidades superiores. Recomenda-se evitar esse
país.) uso. Por outro lado, os pronomes "quien, quienes" sempre
podem ser substituidos pelos seguintes pronomes relativos:
Nota: "que, el que, los que, la que, las que", esta segunda
Como pode ser observado na frase anterior a partícula alternativa é mais comúm na língua espanhola.
"que" tem como antecedente "el escritor" e introduz a frase
explicativa "murió esta tarde" que indica que não é qualquer Exemplo:
escritor, senão o que morreu esta tarde. Ese es el chico con quien estudio últimamente. = Ese es el
chico con el que estudio últimamente.
- El que, los que, la que, las que: fazem referência a um (Esse é o moço com quem estudo ultimamente.)
nome já mencionado e são usados para evitar a repetição de Nota:
substantivos. Como pode ser observado na frase anterior a partícula
'quien' faz referência a um antecedente singular 'quien = el
Exemplos: chico'. Quando o antecedente está no plural usa-se 'quienes'.
- ¿Compraste el coche del año? - No, el que compré es del
año pasado. Atenção:
(- Você comprou o carro do ano? - Não, comprei o carro - "Quien, quienes" não podem ser usados para fazer
do ano passado.) referência a pessoas em frases cujo antecedente esteja
precedido por um artigo, neste caso usamos o pronome
Nota: relativo "que".
Para antecedentes masculinos singulares usamos "el
que". Na frase anterior "el que = el carro del año". Exemplo:
La chica que llegó es mi amiga.
- ¿Cómo están los libros que leíste? - Los que leí están (A moça que chegou é minha amiga.)
muy interesantes.
(- Como estão os livros que você leu? - Os livros que li Nota:
estão muito interessantes.) A frase "La chica quien llegó" estaria completamente
errada.

Língua Estrangeira 72
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

- El cual, los cuales, la cual, las cuales: fazem referência Pronombres Interrogativos
a um nome ou coisa mencionado com anterioridade.
Os Pronomes Interrogativos em espanhol são aqueles que
Exemplos: se usam para formular perguntas diretas (com pontos de
- Ese es el hombre del cual te hablé. interrogação) e indiretas (sem pontos de interrogação).
(Esse é o homem de quem te falei.) Exemplos:
- ¿Qué es eso? (pergunta direta)
Nota: - Depende de quién fuera, atendería. (pergunta indireta)
Para antecedentes masculinos singulares usamos "el
cual". Na frase anterior "del cual = el hombre". Em ambos casos sempre levan acento gráfico. No caso das
interrogativas diretas é obrigatório o uso dos pontos de
Aquella es la casa en la cual se dice que habitan interrogação (¿ ?) que começam e terminam a frase.
fantasmas.
(Aquela é a casa na qual dizem que habitam fantasmas.) Observações:

Nota: As formas: "quién, quiénes" se usam para perguntar pela


Para antecedentes femininos singulares usamos "la cual". identidade de pessoas.
Na frase anterior "la cual = la casa".
Exemplo:
Los ideales por los cuales luchan son de izquierda. ¿Quién es ese hombre?
(Os ideais pelos que lutam são de esquerda.) (Quem é esse homem?)
A forma "qué" + verbo é usada em espanhol para
Nota: perguntar por ações e para identificar coisas.
Para antecedentes masculinos plurales usamos "los
cuales". Na frase anterior "los cuales = los ideales". Exemplos:
¿Qué vas a comprarme?
Luis compró las entradas, las cuales vendió (O que você vai me comprar?)
posteriormente.
(Luis comprou os ingressos os quais vendeu ¿Qué es eso?
posteriormente.) (O que é isso?)

Nota: A forma "qué" + sustantivo + verbo é usada em espanhol


Para antecedentes femininos plurales usamos "las que". para perguntar por pessoas e coisas.
Na frase anterior "las que = las entradas".
Exemplo:
- Cuyo, cuyos, cuya, cuyas: denotam posse, flexionam ¿Qué cantantes latinos te gustan?
com o possuído. (Quais cantores latinos você gosta?)

Exemplo: ¿Qué instrumentos tocas?


La vecina, cuyo hijo entró al ejército, se siente muy sola. (Quais instrumentos você toca?)
(A vizinha, cujo filho entrou no exército, sente-se muito
sozinha.) As formas: "cuál, cuáles" são usadas em espanhol para
perguntar por pessoas ou coisas.
Nota:
Na frase o possuído é masculino singular "cuyo = su Exemplos:
hijo", quando o possuído é masculino plural usamos "cuyos", ¿Cuál es el apellido más común en España?
quando é feminino singular usamos "cuya" e quando é (Qual é o sobrenome mais comum na Espanha?)
feminino plural usamos "cuyas".
¿Cuál de esos cantantes te gusta más?
- Donde: pronome relativo de lugar, pode ser substituído (Qual desses cantores você gosta mais?)
também por "en que, en el cual, en la cual, en los cuales, en
las cuales". As formas: "dónde, adónde" se usam em espanhol para
perguntar pela localização no espaço. Geralmente, a forma
Exemplo: "dónde" é usada com verbos que não indicam movimento e
La ciudad donde nací está cerca de aquí. "adónde" com verbos que sim indicam movimento.
(A cidade onde nasci está perto daqui.)
Exemplos:
- Cuanto, cuantos, cuanta, cuantas: estão relacionados a ¿Dónde trabajas?
quantidade, equivalem respetivamente a: "todo lo que, todo (Onde você trabalha?)
los que, toda la que, todas las que".
¿Adónde vas esta noche?
Exemplo: (Aonde você vai esta noite?)
Compraré cuanta ropa ecessite. = Compraré toda ecessi
que ecessite. A forma "cuándo" se usa para perguntar pela localização
(Comprarei toda a roupa que eu precise.) no tempo.

Exemplo:
- ¿Cuándo terminas de trabajar? - A las seis de la tarde.
(- Quando você termina de trabalhar? - Às seis da tarde.)

Língua Estrangeira 73
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

As formas "cuánto, cuánta, cuántos, cuántas" são 02. Rellena los huecos con demostrativos:
usadas em espanhol para perguntar por quantidades e (A) ¿Es _____ el sombrero de tu padre? (cerca)
preços. (B) ______ panadero es muy trabajador. (lejos)
(C) ______ son ingenieros de la empresa. (menos cerca)
Exemplo: (D) _____ peluquera es muy buena. (menos cerca)
¿Cuánto cuesta este libro? (E) _____ son las modistas más famosas de Madrid. (cerca)
(Quanto custa este livro?)
03. Contesta a las preguntas:
A forma "cómo" se usa para perguntar pelo modo e pelas (A) ¿Dé quién son estos guantes? (yo)
caraterísticas de uma pessoa ou coisa. (B) ¿Dé quién es esa casa? (nosotros)
(C) ¿Dé quién es esta revista? (tú)
Exemplos: (D) ¿Dé quién es esa llave? (él)
¿Cómo es tu hermana? (E) ¿De quién son estos libros? (vosotros)
(Como é tua irmã?)
04. Rellena las frases con el posesivo correcto:
¿Cómo haces el pollo? (A) _____ casa es grande. (mis / mi)
(Como faz o frango?) (B) _____ madre se llama rosa. (su/ sus)
A forma "por qué" se usa para perguntar por causa ou (C) _____ maestra es ana. (tu / tus)
finalidade. (D) _____ colegio tiene una biblioteca (nuestro /nuestra)
(E) ______ amigas dicen que _____ ciudad es limpia. (su /
Exemplo: sus)
¿Por qué llegaste tarde?
(Por que você chegou tarde?) 05. Sustituye las palabras en destaque por el pronombre
correspondiente:
Atenção: (A)- Él lee el periódico todos los días.
Os pronomes interrogativos podem também ir precedidos Él______ lee todos los días.
de determinadas preposições.
(B)- Espero la noticia con impaciencia.
Exemplos: ______ espero con impaciencia.
¿De 74onde eres?
(De onde você é?) (C)- Ellos preguntaron todo al agente.
Ellos______ preguntaron todo.
¿A qué te dedicas?
(Em que você trabalha?) (D)- Miró a su hijo con cariño.
______ miró con cariño.
¿Com quién vas a la fiesta?
(Com quem você vai na festa?) (E)- Ella explicó el problema a las niñas.
Ella______ explicó el problema.
Pronombres Exclamativos

Os Pronomes Exclamativos são usados para expressar (F)- Vi los libros encima de la mesa.
sentimentos como: alegria, surpresa, admiração, desgosto e _______ vi encima de la mesa.
sempre são acentuados graficamente.
É obrigatório o uso dos pontos de exclamação (¡ !) que (G)- José regaló un disco a nosotros.
começam e terminam a frase. José_______ regaló un disco.

Exemplos: (H)- Sus nietos trajeron estos dulces a usted.


Sus nietos_______ trajeron estos dulces.
¡Qué fiesta!
(Que festa!) Respuestas

¡Qué de cerveza bebimos! 01- (a. Éste) (b. estos ) (c. Aquélla) (d. esa) ( e. ésta)
(Bebimos muita cerveja!)
02- (a. Èste) ( b. Aquel) (c. Ésos) (d. Esa) (e. Éstas)
¡Quién tuviera un yate!
(Como queria um iate!) 03- (a. Son míos) (b. Es nuestra) (c. Es tuya) (d. Es suya)
(e. Son vuestros)
¡Cuánto lo lamento!
(Sinto muito!) 04- (a. MI) (b. Su) (c. Tu) (d. Nuestro) (e. Sus / su)

Cuestiones 05- a- Lo b- La c- Le d- Lo/Le e- Les f- Los g- Nos


h- Le
01. ¿Adjetivo o pronombre? Rellena los huecos con una
de las palabras entre paréntesis:
(A) _____ coche es del profesor de matemática. (éste / este)
(B) ¿de quién son _______ libros? (éstos / estos)
(C) ______ es mi prima verónica. (aquélla / aquella)
(D) ¿quién es ______ chica? (ésa / esa)
(E) ¿qué calle es _______? (ésta / esta)

Língua Estrangeira 74
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Numerales: Ordinales y Cardinales10


90 -
noventa
São palavras que se referem aos seres em termos
numéricos, atribuindo-lhes quantidade ou situando-os em
determinada sequência.
Classificam-se em: cardinais, ordinais, fracionários,
multiplicativos e coletivos.

Cardinais (Los Cardinales)

Indicam quantidade determinada e absoluta. Veja as


tabelas abaixo:

De 0 a 15
Mi madre tiene sesenta y siete años.
4 - 8 - 12 - (Minha mãe tem sessenta e sete anos.)
0 – cero
cuatro ocho doce
De 100 a 999
1 - uno 5 - 9 - 13 -
(un); una cinco nueve trece
Usa-se cien para fazer referência exata ao número
6 - 10 - 14 - 100; ciento para os demais casos.
2 - dos
seis diez catorce
7 - 11 - 15 - 100 - cien / ciento
3 - tres
siete once quince 200 - doscientos (as)
300 - trescientos (as)
De 16 a 29
400 - cuatrocientos (as)
Os números são escritos em apenas uma palavra. 500 - quinientos (as)
600 - seiscientos (as)
16 - 21 - 26 - 700 - setecientos (as)
dieciséis veintiuno veintiséis
800 - ochocientos (as)
17 - 22 - 27 -
900 - novecientos (as)
diecisiete veintidós veintisiete
18 - 23 - 28 - Elisa tiene cien años.
dieciocho veintitrés veintiocho (Elisa tem cem anos.)
19 - 24 - 29 -
diecinueve veinticuatro veintinueve De 1000 a 9999.999
20 - 25 -
veinte veinticinco A palavra mil é invariável para quantidades exatas.

¿Cuántos años tienes? (Quantos anos tens?) 1.000 - Mil (Nunca "un mil")
- Dieciocho. ¿Y tú? (Dezoito. E tu?) 10.000 - Diez mil
- Veintiuno. (Vinte e um.) 100.000 - Cien mil
500.000 - Quinientos (as) mil
De 31 a 99
Millon, millones...
Os números são escritos em duas palavras, unidas pela
conjunção y. Usa-se millón apenas na forma singular. Para o plural tem-
se millones.
1.000.000 = Un millón
30 - uno / 200.000.000 = Doscientos millones
treinta a No Brasil o sistema decimal é diferente do que se usa em
40 - alguns países hispano-americanos. Para facilitar sua leitura,
dos
cuarenta saiba que a contagem é feita de seis em seis casas, da direita
tres para a esquerda, para formar cada millón. Veja:
50 -
cincuenta cuatro
y
60 - cinco 1.000/.00
sesenta 0.000 1/000.000./0 1.000./000.000/.
seis
mil 00.000 000.000
70 - siete milones un billón mil billones
setenta (um (um trilhão) (um quatrilhão)
ocho
80 - bilhão)
nueve
ochenta

10 Disponível em: http://www.soespanhol.com.br/conteudo/numerais3.php.

Língua Estrangeira 75
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

(O corredor chegou em trigésimo terceiro lugar.)


¡Atención!
a) Os derivados do veinte (20) são escritos em uma única 200.º ducentésimo 1.000.º milésimo
palavra (ex.: veintitrés).
300.º tricentésimo 2.000.º dosmilésimo
b) O número dos (2) não muda de gênero, como acontece 400.º cuadringentési
3.000.º tresmilésimo
no português (dois, duas). Já para as centenas, existem formas mo
masculinas e femininas (doscientos, doscientas).
500.º quingentésimo 4.000.º cuatromilésimo
c) As formas siete e nueve, na dezena e na centena, sofrem 600.º sexcentésimo 10.000.º diezmilésimo
modificações: 700.º septingentésimo 100.000.º cienmilésimo
7 – siete 9 - nueve
70 – setenta 90 - noventa 500.000.º quinientosmilési
800.º octingentésimo
700 - setecentos 900 - novecientos mo
7000 - siete mil 9000 - nueve mil 900.º noningentésimo 1.000.000.º millonésimo

d) Emprega-se conjunção y somente entre a dezena e a Atenção!


unidade, desde que a dezena não seja zero. a) Na linguagem falada costuma-se usar os ordinais até o
165 - ciento sesenta y cinco 10º. Para fazer referência aos demais, aparecem os cardinais
105 - ciento cinco (sem conjunção y) correspondentes.
10.005 - diez mil cinco (sem conjunção y) Vivemos en el piso quince de ese edificio.
(Vivemos no décimo quinto andar desse edifício.)
e) O numeral uno e seus compostos (veintiuno, treinta y
uno,...) sofrem apócope, ou seja, perdem a última vogal ao b) Os numerais ordinais concordam com o substantivo que
preceder um substantivo masculino ou fator multiplicativo. acompanham.
cuarenta y un días / cincuenta y un mil libros Vivo en el cuarto piso, segunda puerta.
(Moramos no quarto andar, segunda porta.)
O mesmo ocorre com o numeral ciento diante de
substantivos masculinos, femininos, multiplicativos, na c) As formas último, penúltimo e antepenúltimo são
expressão cien por cien e quando aparecer depois de um nome consideradas numerais ordinais.
expresso, estando claramente subentendido.
d) Alguns numerais ordinais sofrem apócope (perda
cien veces / cien mil personas do o final):
Este tejido es de algodón cien por cien.
(Este tecido é cem por cento algodão.)
Sem
Se vende todo a cien. Com apócope
(Vende-se tudo a cem.) apócope
beso primer beso (primeiro
Ordinais (Los Ordinales) primero beijo)
carro tercer carro (terceiro
São aqueles que indicam a ordem ou posição dos tercero carro)
elementos de uma sequência, lista, relação ou série.
convite postrer convite (último
postrero convite)
1.º primer 21.º vigésimo
11.º undécimo
o primero
Lembre-se que não ocorre apócope no plural, nem no
2.º segund feminino.
12.º duodécimo 30.º trigésimo
o primeros años
3.º tercer 13.º decimoterce 40.º cuadragésim primeras aventuras
o ro o tercera edición
14.º decimocuart 50.º quincuagési
4.º cuarto Fracionários (Los fraccionarios, partitivos)
o mo
15.º decimoquint São aqueles que expressam as frações da unidade.
5.º quinto 60.º sexagésimo
o
70.º septuagésim 1/2 -
6.º sexto 16.º decimosexto 1/8 - un
o medio (la
octavo
7.º séptim 17.º decimosépti mitad)
80.º octagésimo
o mo 1/3 - un 1/9 - un
8.º octavo 18.º decimoctavo 90.º nonagésimo tercio noveno
9.º noven 19.º decimonove 1/4 - un 1/10 - un
100.º centésimo cuarto décimo
o no
10.º déci 1/5 - un 1/11 - un
20.º vigésimo quinto onceavo
mo
1/6 - un 1/32 - un
Mi primera alumna se llama Dulce. sexto treintaedosavo
(Minha primeira aluna chama-se Dulce.) 1/7 - un 2/5 - dos
El corredor llegó en el puesto trigésimo tercero. séptimo quintas partes

Língua Estrangeira 76
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Cuestiones
Como adjetivo, medio varia em gênero.
Bebí medio vaso de agua. 01. Indica si los siguientes números escritos son ordinales
(Bebi meio copo de água.) (O) o cardinales (C):
No tenemos ni media galleta para merendar.
(Não temos nem meia bolacha para lanchar.) (A) Primero
(B) Dos
Multiplicativos (Los Multiplicativos) (C) Cuatro
(D) Vigesimo quinto
São aqueles que indicam o número de vezes que (E) Décimo
determinada quantidade é multiplicada. Veja o quadro: (F) Noveno
(G) Cinco
Numeral (H) Cincuenta y siete
Número (I) Cien
Multiplicativo
(J) Décimo primero
2 doble / duplo
Hay
3 triple / triplo
el doble de
4 cuádruple / cuádruplo 02. Escribe con letras los siguientes números:
reservas ese mes.
5 quíntuple / quíntuplo
(Há o dobro
6 séxtuple / sêxtuplo (A) 4
de reservas este
7 séptuple / séptuplo (B) 8
mês.)
8 óctuple / óctuplo (C) 12
Es muy raro
9 nónuplo (D) 15
un
10 décuplo (E) 17
parto cúadruple.
11 undécuplo (F) 21
(É muito raro
12 duodécuplo (G) 25
um parto
13 terciodécuplo
quádruplo.)
100 céntuplo Respuestas
01:
Atenção!
(A) O
Para fazer referência ao número de filhos que nascem num (B) C
mesmo parto, usa-se: (C) C
mellizos / gemelos (gêmeos) (D) O
trillizos (trigêmeos) (F) O
cuatrillizos (quadrigêmeos) (G) O
(H) C
Coletivos (Colectivos) (I) C
(J) C
São aqueles que indicam a quantidade exata de elementos
num conjunto. Possuem valor de substantivo. 02:

Quantidade Coletivo (A) 4 = Cuatro


(B) 8 = Ocho
1 Solo (C) 12 = Doce
2 dúo / (D) 15 = Quince
3 dueto / par / (E) 17 = Diecisiete
4 pareja (F) 21 = Veintiuno
5 trio / (G) 25 = Veinticinco
6 terceto
10 cuarteto
12 quinteto
15 sexteto
20 decena Interjeições - (Interjecciones)11
40 docena
100 quincena São palavras que expressam emoções, pensamentos ou
1.000 veintena sentimentos de quem fala. Também podem descrever ações
cuarentena com onomatopeias (palavras que imitam o som de coisas,
centena animais, ruídos, etc.) ou mostrar que o falante quer chamar
milenio alguém com energia.
São palavras que não são parte da frase e se destacam por
Tendremos una decena de invitados para cenar. uma pausa e um tom diferente. São escritas entre pontos de
(Teremos uma dezena de convidados para jantar.) exclamação.
¡Ay!, !qué ganas de comer galletitas de chocolate!
La ONU discutió los objetivos del milenio. (Ai, que vontade de comer bolachinhas de chocolate!)
(A ONU discutiu os objetivos do milênio.)
¡Al diablo con tus problemas!

11 Disponível em:
http://www.soespanhol.com.br/conteudo/curiosidades_interjeicoes.php.

Língua Estrangeira 77
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

(Ao diabo/pro inferno com teus problemas!)

Além das interjeições, há palavras que se usam como tal:

Exemplos: ¡Esto es el colmo!


¡Vaya!, ¡qué suerte!
¡Mujer!, ¿qué pasa contigo?

Atenção:
As interjeições estão vigentes em determinadas épocas
durante um tempo. Constituem um campo aberto que pode ser
enriquecido com novos aportes substituindo as outras
interjeições antigas.12

Cuestiones

01. Complete las siguientes frases con las interjecciones:

eh, cataplúm, ay, buaf, ojalá o buenos días

(A) ¡ , oiga, que se le han caído las llaves!

(B) ¡ , qué asco!

(C) Se sentó en la silla que estaba rota y ---------------, al


suelo.

(D) ¡ , qué daño!

(E) ¡Mira, una farmacia, --------------- esté abierta todavía!

(F) -----------------, soy el supervisor del gas.

Respuestas

(A) Eh
(B) Buaf
(C) cataplúm
(D) Ay

12 Disponível: http://www.bomespanhol.com.br/gramatica/interjeicoes.

Língua Estrangeira 78
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

(E) ojalá 2) Segunda conjugação: verbos cujo infinitivo termina


(F) Buenos días em -er, como: beber, comer, poseer.
3) Terceira conjugação: verbos cujo infinitivo termina
Verbos13 em -ir, como: vivir, asistir, permitir.
Cada uma das conjugações (-ar, -er, -ir) pode ser regular ou
Verbo é a palavra que expressa estados, ações, sensações, irregular.
sentimentos, fenômenos, mudanças ou processos dos seres e
dos acontecimentos. O verbo apresenta flexão de número Os modos verbais são três: indicativo, subjuntivo e
(singular e plural), pessoa (1ª, 2ª e 3ª), modo (indicativo, imperativo.
subjuntivo e imperativo. Há ainda as formas nominais de
infinitivo, gerúndio e particípio) e tempo (presente, pretérito Indicativo: Conjuga-se o modo indicativo nos seguintes
e futuro). tempos:

Assim como no português, no espanhol há três conjugações


verbais, que se definem pelas terminações dos verbos no Presente
infinitivo AR, ER, IR:
Usa-se para:

- Referir-se a hábitos ou costumes. Ex.: Me levanto todos


los días a las seis de la mañana / Levanto-me todos os dias às
seis da manhã.
- Falar de ações futuras. Ex.: Mañana tengo una reunión
muy importante / Amanhã tenho uma reunião muito
importante.
- Falar de acontecimentos passados. Ex.: El pintor Salvador
Dalí nace en Figueres el 11 de mayo de 1904 / O pintor
Salvador Dalí nasce em Figueres em 11 de maio de 1904.
Verbos Regulares - Dar instruções. Ex.: Para hablar por un teléfono público,
primero colocas la tarjeta y luego marcas el número. Para falar
Dizemos que um verbo é regular quando seu radical é em um telefone público, primeiro você coloca o cartão e depois
invariável e suas terminações obedecem os modelos da disca os números.
conjugação a que ele pertence, em todos os tempos, pessoas e
modos. Pretérito Imperfecto

Usa-se para:

- Referir-se a ações passadas, de caráter duradouro ou


repetitivo, que não têm um fim determinado no tempo. Ex.:
Cuando era niña iba al colegio por la tarde. / Quando era
criança, ia ao colégio à tarde.
- Descrever no passado. Ex.: En la época de mis abuelos la
ciudad era tranquila y los días pasaban lentamente. / Na época
Observe que todos os verbos que pertencem à mesma de meus avós a cidade era tranquila e os dias passavam
conjugação, quando conjugados no mesmo tempo verbal e na lentamente.
mesma pessoa, mantêm as suas raízes e também as
terminações, e por isso são ditos regulares. Pretérito Perfecto

Verbos Irregulares Chamado também de indefinido, usa-se para:

Dizemos que um verbo é irregular quando em alguma(s) - Referir-se a ações concluídas em um momento
de suas formas ocorrem alterações no radical ou na determinado no passado. Ex.: El papa Juan Pablo II falleció el
terminação ou em ambos. año 2005 / O papa João Paulo II faleceu em 2005.
- Referir-se a ações únicas no passado. Ex.: Ayer fui al cine
/ Ontem fui ao cinema.

Futuro Simple

Usa-se para:

- Falar de ações futuras. Ex.: La próxima semana saldré de


Tiempos Verbales: Simples, Compuestos y Perífrasis vacaciones / Na próxima semana sairei de férias.

Os verbos são palavras que atuam como núcleo da oração. - Falar de planos. Ex.: Cuando termine de estudiar buscaré
Em espanhol, os verbos são classificados em três grupos, empleo en una gran empresa / Quando terminar de estudar
conforme a terminação: procurarei emprego em uma grande empresa.

1) Primeira conjugação: verbos cujo infinitivo termina


em -ar, como: cantar, tomar, hablar.

13 Disponível em: http://www.soespanhol.com.br/conteudo/verbos.php.

Língua Estrangeira 79
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Condicional Simple Condicional Compuesto

O condicional expressa um fato irreal, mas possível ou Indica uma ação futura a respeito de um momento do
provável de realizar no futuro. Corresponde em português ao passado, mas anterior a outro momento que aparece na
futuro do pretérito. Ex.: Me iría contigo al cine, pero no tengo oração. Ex.: Me dijo que cuando yo llegara a casa, ya habría
tiempo./ Eu iría contigo ao cinema, mas não tenho tempo. enviado el paquete( a ação habría enviado é futuro com relação
a dijo, mas anterior a llegara)
Tiempos compuestos de Indicativo
Pode indicar também suposição ou probalidade no pasado.
Os tempos compostos tem uma relação significativa com os
tempos simples do indicativo dos quais derivam. Ex.: En aquel tiempo, él ya habría cumplido treinta años.
(Naquele tempo, ele já haveria completado trinta años)
Compuesto Pretérito Perfecto
Modo Subjuntivo – Presente
Ação iniciada no passado e que perdura até o presente, ou
seja, quando o espaço de tempo expresso na frase ainda não As irregularidades no Presente do Modo Subjuntivo são as
está acabado. Conjuga-se o verbo HABER no Presente do mesmas já apresentadas no Presente do Modo Indicativo.
Indicativo + o Particípio do verbo principal.
Ejemplo: Este año casi no he viajado. (o ano não Pretérito Imperfecto
acabou) (Este ano quase não viajei.)
Indica uma ação hipotética, que pode ou não ocorrer.

¡Atención! Ejemplo: Si quisiera acompañarte hasta Madrid,


Pretérito Indefinido Simple X Pretérito Perfecto viajaría. (Se quisesse te acompanhar até Madrid, viajaria.)
Compuesto
Yo amé. (Eu amei.)
Yo he amado. (Eu amei.) Pretérito Perfecto Compuesto

Se ao traduzirmos as frases acima encontramos a mesma Indica um fato duvidoso, hipotético, que pode ter se
tradução, qual seria então a real diferença entre esses dois realizado no passado. Desejo de que algo já tenha ocorrido.
pretéritos? O Pretérito Indefinido Simple indica uma ação Conjuga-se o verbo HABER no Presente do
passada e acabada. O Pretérito Perfecto Compuesto indica uma Subjuntivo + o Particípio do verbo principal.
ação passada que guarda relação com o tempo atual. Sendo
assim: Ejemplos:

Yo amé. (Eu amei e não amo mais.) Que tú hayas esperado bastante. (Que tu tenhas esperado
Yo he amado. (Eu amei e ainda amo.) bastante.)

Pretérito Pluscuamperfecto Espero que ellos hayan llegado temprano. (Espero que
eles tenham chegado cedo.)
Indica uma ação passada e terminada, anterior a outra,
também passada. Se conjuga o verbo HABER no Pretérito Pretérito Pluscuamperfecto
Imperfeito + o Particípio do verbo principal.
Refere-se a um passado que não se realizou.
Ejemplo: Había salido con ellos. (Havia/tinha saído com Ejemplo: Si hubiera tenido tiempo habría salido. (Se
eles.) houvesse tido tempo haveria saído.)

Pretérito Anterior Modo Imperativo

Usa-se muito pouco na língua escrita ou falada. Denota Indica órdenes, mandatos, ruegos y deseos. O modo
uma ação passada anterior, mas imediata no tempo. Este imperativo só tem duas formas próprias: a segunda pessoa do
tempo foi substituído pelo pretérito indefinido ou pelo singular e a segunda pessoa do plural, em afirmativo. As outras
pretérito pluscuamperfecto em quase todos os usos. pessoas (em afirmativo ou em negativo) se conjugam no
Presente do Subjuntivo.
Ex.: Apenas hubo amanecido, se fue. (Apenas amanheceu,
se foi) Imperativo Negativo

Futuro Perfecto Compuesto Es el presente de subjuntivo en forma negativa.

Indica um fato futuro, acabado, anterior a outro, também Cuestiones


futuro. Conjuga-se o verbo HABER no Futuro + o Particípio
do verbo principal. 01. Completa las frases usando el presente de indicativo:
(A) Tú____ el café en la cocina. (preparar)
Ejemplo: Para cuando nos mudemos (B) Él___ por Madrid a pie. (pasear)
ya habrán terminado las obras. (Quando nos mudarmos já (C) Vosotros____ la lección. (estudiar)
terão terminado as obras.) (D) El profesor___ al alumno. (contestar)
(E) Nosotros____ en el restaurante. (comer)
(F) Los chicos____ diseños en la televisión. (asistir)
(G) Yo___ hoy por la tarde. (partir)

Língua Estrangeira 80
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

02. Completa las frases usando el pretérito indefinido: c- d- bebe c- no se olvide


(A) Ella___ un coche nuevo. (comprar) permita e- observen d- no pongas
(B) Tú___ muy bien. (cantar) d- f- quédate e- no
(C) Nosotros___ paz en el mundo. (desear) alquiléis g lleguéis/lleguen
(D) Él___del dinero de su padre. (depender) e- comed/bebed/bailad f- no eche
(E) Los conductores___ por la carretera. (correr) visitemos g- no beban
(F) Ellos____ sus regalos. (abrir ) f- viaje
(G) La historia____ mi corazón. (partir) g-
anotes
03. Completa las frases usando el futuro simple:
(A) Mañana__________ en casa de mis suegros. (estar) Formas não pessoais do verbo14
(B) Pepe__________ al piso inferior. (bajar)
(C) Vosotros__________ por teléfono al director. (llamar) Existem em espanhol três formas não pessoais, ou seja,
(D) Ellos__________ el periódico de la mañana. (leer) formas invariáveis nas quais o verbo não se conjuga em função
(E) Yo__________ mucho vino blanco. (beber) de pessoa, número ou modo. Estas são infinitivo, gerúndio e
(F) Ustedes__________ a casa de sus amigos. (ir) particípio.
(G) Tú__________ una casa en la ciudad. (adquirir)
INFINITIVO
04. Completa las frases usando el presente de subjuntivo:
(A) No creo que Julián me___ esta tarde. (llamar) O infinitivo é a forma ou nome como conhecemos um verbo
(B) Quizá____ la casa para esos señores. (tú- vender) e, como dissemos anteriormente, se classifica em verbos
(C) Ojalá el jefe me____ salir más temprano. (permitir) terminados em -ar (1.a conjugação), verbos terminados em -er
(D) Es bueno que____ el piso este mes. (vosotros-alquilar) (2.a conjugação) e verbos terminados em -ir (3.a conjugação).
(E) No es seguro que___ a Luisa. (nosotros-visitar)
(F) Posiblemente___ mañana por la mañana. (yo- viajar) Usos:
(G) Quiero que____ el recado. (tú-anotar) a) Como substantivo: Cantar alegra la vida / Cantar
alegra a vida.
05. Completa las frases usando el imperativo afirmativo:
(A) María, ____ la ventana, por favor. (cerrar) b) Forma parte de numerosas perífrases verbais
(B) Niños, ____ los ejercicios lo más pronto posible. (hacer) (frases formadas por um verbo auxiliar conjugado, mais
(C) Señora, ____ esta ficha con sus datos y enseguida_____ La una forma não pessoal para expressar uma ideia distinta
tasa de inscripción en el tercer piso. (rellenar- pagar) daquela de cada verbo em separado): Voy a beber un vaso
(D) Hombre, ___ un poco de refresco. (beber) de agua / Vou beber um copo de água.
(E) Señoras y señores, ___ con atención los detalles de esta
catedral. (observar) c) Antecedido de a, tem valor imperativo: A dormir que
(F) Cariño, ____ conmigo. (quedarse) ya es tarde! / Vá dormir que já é tarde!
(G) Amigos, esta fiesta la hice para vosotros. ___(comer), ___
(beber) y __ (bailar), eso es lo único que tenéis que hacer. d) Antecedido de al, tem valor temporal: Al terminar
de leer el libro se puso a llorar / Ao terminar de ler o livro, pôs-
06. Completa las frases usando el imperativo negativo: se a chorar.
(A) Javier, ___a los niños. (despertar) e) Antecedido de por, expressa uma causa: Por llegar
(B) Hijo, ____ para mañana lo que puedes hacer hoy. (dejar) tarde no pudimos ver la ceremonia / Por chegar tarde, não
(C) Presidente, ___ de los hambrientos. Ellos lo han elegido. pudemos ver a cerimônia.
(olvidarse)
(D) Ramón, ____ la tele ahora. Estamos estudiando. (poner) f) Antecedido de com, pode ter valor de condição ou
(E) Niños, _____ tarde. (llegar) concessão: Con llorar no se resuelve nada / Chorar não
(F) Señora, _____ la basura en el césped. (echar) resolve nada.
(G) Señoras y señores, ____ si van a conducir. (beber)
g) Antecedido de de, tem valor de condição: De saber
Respuestas la verdad, te la diría / Se soubesse a verdade, te diria.

01- 02- 03- O infinitivo pode ser simples ou composto. O infinitivo


a- a- compró a- estaré composto se forma com haber mais particípio e expressa uma
preparas b- cantaste b- bajará ação passada terminada.
b- pasea c- deseamos c- llamasteis
c- d- dependió d- leerán Exemplo: De haber sabido lo que iba a pasar no habría
estudiáis e-corrieron e- beberé tomado esa decisión / Se soubesse o que ia acontecer, não teria
d- f- abrieron f- irán tomado essa decisão.
contesta g- partió g- adquirirás
e- GERÚNDIO
comemos
f- O gerúndio expressa simultaneidade ou anterioridade em
asisten relação à ação principal.
g- parto
04- 05- 06- Exemplo: Siempre ceno viendo la televisión.
a- llame a- cierra a- no
b- b- haced/hagan despiertes Não se emprega para referir-se a ações posteriores ao
vendas c- rellene/pague b- no dejes verbo principal.

14 Disponível em: http://michaelis.uol.com.br/escolar-espanhol/verbos/.

Língua Estrangeira 81
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Exemplo: Se arriendan casas en la playa / Alugam-se


casas na praia.

Cuestiones

01. Selecione a alternativa correta utilizando as estruturas


seguintes:
va a trabajar | vas a estudiar | va a salir | vais a comer |
voy a tomar | van a jugar
(A) Alberto ___________ con uniforme.
(B) Los chicos _________ tenis los domingos.
(C) En las vacaciones yo _________ sol a Cuba.
(D) ¿Vosotros ________ todo ese pollo?
(E) Alejandro _________ de copas con sus amigos esta noche.
(F) ¿Tú _______ para la prueba hoy?

02. Completa las frases con estar + gerundio:


a. Los niños -------------- una canción a su profesora.
(cantar)
Outros usos: b. La funcionaria de Correos ------------- las cartas del día.
(timbrar)
O gerúndio também pode cumprir funções de advérbio c.- Los niños -------------- más tarde de la escuela porque
com os seguintes valores: ensayan la fiesta de fin de año. (salir)
d. Tú ------------- sobre los Mayas e Incas en las clases de
a) Valor temporal: Llegando a casa recordé que no tenía Historia. (aprender)
las llaves / Chegando em casa lembrei que não tinha as chaves. e. Yo ----------------- dinero con la crisis de la Bolsa de
Valores. (perder)
b) Valor concessivo: Aun corriendo no conseguirás f. Vosotros ---------------- cerca del Palacio de Gobierno.
llegar a tiempo / Mesmo correndo, não conseguirás chegar a (vivir)
tempo.
Respuestas
c) Valor causal: Estudiando mucho consiguió pasar de
año / Estudando muito, conseguiu passar de ano. 01.
(A) va a trabajar
d) Valor condicional: Dejando de fumar vivirás más años (B) van a jugar
/ Deixando de fumar, viverás mais anos. (C) voy a tomar
(D) vais a comer
PARTICÍPIO (E) va a salir
(F) vas a estudiar
O particípio é usado nas formas verbais compostas
precedido do verbo haber. 02.
a. están cantando
b. está timbrando
c. están saliendo
d. estás aprendiendo
e. estoy perdiendo
f. estáis viviendo

Sinais de pontuação
No caso dos verbos irregulares, para formar as estruturas
compostas (como, por exemplo, haber mais particípio) usa-se São importantes porque representam na escrita, as pausas
o chamado particípio regular ou particípio que podemos naturais da expressão oral. Estas sinais contribuem à
encontrar nos paradigmas verbais deste dicionário. interpretação exata do texto.

Usos: “El punto (.)”


Indica uma pausa longa. “Punto y seguido” usa-se para
Usa-se nas conjugações dos pretéritos perfecto separar orações relacionadas entre elas, pelo seu
(compuesto) e pluscuamperfecto do indicativo, pretéritos conteúdo. “Punto y aparte” usa-se para separar os parágrafos
perfecto e pluscuamperfecto do subjuntivo e na formação de um texto.
da voz passiva: Hoy he almorzado como un rey.
Usos:
Voz passiva Na representação de cifras, o ponto coloca-se detrás dos
milhares e dos milhões: 5.347.222
A voz passiva (formada pelo verbo ser + particípio seguido “(cinco millones trescientos cuarenta y siete mil doscientos
da palavra por) é raramente usada em espanhol. veintidós).”

Em seu lugar usa-se a chamada voz passiva refleja, – No se pode pôr ponto nos números de telefone nem nos
formada pela partícula se + terceira pessoa do verbo anos: nasceu em “1963;” seu telefone é “2774354.”
conjugado.
– O ponto se põe nas abreviaturas:

Língua Estrangeira 82
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

“O. = Oeste; Sra. señora; P.D. = posdata.” Lembre-se que depois da segunda sinal de entonação não
se coloca ponto.
“La coma (,)”
Indica uma pausa breve. No teclado do computador:
“¿” Apertar simultaneamente tecla (Alt mais o número
– A “coma” não se escreve quando as conjunções “o / ni / 168)
y” separam palavras da mesma classe: “lunes, martes y “¡” Apertar simultaneamente tecla (Alt mais o número
miércoles”. 173)

“El punto y coma (;)” Fonte: https://espanholparavoce.wordpress.com/2013/10/28/sinais-de-


Indica uma pausa maior que na “coma” e menor que pontuacao-e-entonacao-em-espanhol/
o “punto”:
“Me presentó a su esposa, su cuñada y su suegra; luego Divergencias Léxicas
hablamos un rato juntos.”
Antes de se iniciar qualquer compreensão de texto em
“Los dos puntos (:)” espanhol, deve-se sempre se atentar para: “Los Falsos
Antes de uma cita textual, depois dos tratamentos que Amigos” (Falsos Cognatos), que são palavras semelhantes à
encabeçam uma carta. do português, de maneira que, se utilizadas de forma
inadequada pode-se gerar a maior confusão.
“Los puntos suspensivos (…)”
Sinalam uma interrupção ou pausa no que se diz, com Los Falsos Amigos:
carácter insinuativo. São usados também quando se suprime
uma parte de texto citado, em cujo caso, é correto colocá-los Hay algunas palabras que pueden inducir al estudiante
entre parêntesis. brasileño a una comprensión equivocada de su significación.
Son los vocablos heterosemánticos, los cuales tienen grafía
igual, o casi igual, a palabras del portugués, pero con
significados diferentes.
“El paréntesis (())”
Servem para intercalar uma informação, sem alterar o Heterosemánticos – son palabras iguales o semejantes
contexto. O parêntesis pode se substituir pela “raya”. em la grafía y diferentes en el significado.

“La raya ( _ )” Ejemplos:


Indica a troca do interlocutor nos diálogos, também serve La secretaria y el gerente de ventas trabajan en la misma
para intercalar, como nos parêntesis. oficina.
Aquella gata se pone rabiosa cuando uno se acerca a sus
“El guión (-)” cachorros.
Usa-se para o corte de palavras ao final da linha e para Mi nombre es Jair y mi apellido es Souza.
separar palavras compostas.
São alguns falsos amigos ou falsos cognatos em espanhol:
“Las comillas (” “)”
Delimitam citas textuais e destacam expressões Almoha Brincar Copa Escrito
estrangeiras. da Pular Taça rio
Travesse Oficina
“La diéresis ( ¨ )” iro
É a trema eliminada já do português, em espanhol coloca- Apellid Carpa Copos Estante
se sobre o “u” das sílabas “güe, güi” para emitir o som do u. o Barraca Flocos Pratelei
Sobreno ra
“El asterisco (*)” me
Usa-se para chamar a atenção do leitor. Basura Cachor Cuello Estofad
Lixo ros Pescoço o
“El corchete ([ ])” Filhotes Ensopa
Usa-se para esclarecer algo dentro de uma frase ou dentro do
de um parêntesis. Berro Cena Débil Exquisi
Agrião Jantar Fraco ta
“El apóstrofe (` )” Gostosa
Indica supressão ou fusão de um som. Bolsa Cepillo Desquita Finca
Sacola Escova r-se Sítio
Sinais de entonação Vingar-se
Bolsillo Cita Embaraz Flaco
São sinais gráficas que expressam a atitude do falante. Em Bolso Encontr ada Magro
espanhol, elas são duas sinais (¿ ?, ¡ !). Uma coloca-se no o Grávida
princípio e outra ao final da frase exclamativa ou interrogativa: Borrac Cola En Funda
ha Fila cuanto Fronha
“¿Qué haces?; ¡Qué lástima!” Bêbada Assim que
Borrar Conejo Escoba Jarrón
Se a interrogação ou admiração não estão ao começo da Apagar Coelho Vassoura Vaso
frase, começam com letra minúscula:
“Pero ¿qué pasa aquí?; Oye, ¡cómo nos divertimos!”

Língua Estrangeira 83
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Latir Presunt Se Zurdo (A) coraje – sangre – origen.


Bater a Acordó Canhoto (B) sal – leche – miel.
Suposta Lembr (C) dolor – color – aprendizaje.
ou-se (D) huevo – cerdo – pano.
Muela Raro Sitio Largo
Dente Esquisito Lugar Comprido 05. Respectivamente, los significados de las palabras
Oficina Regalo Sótano Morado “embarazada, rico, empezar, desarrollo, llamar, exquisito” son:
Escritóri Presente Porão Roxo (A) grávida, gostoso, começar, desenvolvimento, chamar,
io delicioso.
Oso Rojo Rato Mientras (B) embaraçada, milionário, pesar, desenvolvimento,
Urso Vermelh Enqua Enquanto lhama, esquisito.
o nto (C) grávida, rico, começar, desenvolvimento, chamar,
Pelado Saco Rubio Pendient agradável.
Careca Paletó Loiro es (D) embaraçada, rico, pesar, desenvolvimento, lhama,
Brincos esquisito.
Pelo Salada Tirar Pelirrojo
Cabelo Salgada Jogar Ruivo Respuestas
Pimpoll Salsa Vaso Taza
os Molho Copo Copo 01:
Botões (A) cepillo
Polvo Se Zorro Coger (B) conejo
Poeira Acercó Raposa Tomar/Pe (C) flaco
Aproxim gar (D) finca
ou-se (E) escoba
(F) débil
(G) exquisito
Pratica
(H) cuello
(I) jarrón
01. Completa las frases adecuadamente con las palabras
(J) basura
del recuadro:
(K) vaso
basura – exquisito – vaso – escoba- cepillo – finca – (L) copa
conejo – débil – raro (M) raro
jarrón – en cuanto – flaco – cuello - copa (N) En cuanto
02. D
(A) Necesito un -------------------------------------- para el pelo. 03. B
(B) El -------------------------------------- tiene los ojos rojos. 04. C
05. A
(C) Ese hombre es muy ----------------------------------------,
pero es fuerte.
(D) He passado mis vacaciones en una -------------------------
------------ muy bonita.
(E) Tengo que comprar una --------------------------------------
para barrer la casa.
Anotações
(F) Este niño está muy -----------------------------. Necesita
unas vitaminas.
(G) He tomado un café ----------------------------------- en casa.
(H) Me duele el --------------------------------------. Me ha dado
tortícolis.
(I) Pon el -------------------------------------sobre la mesa.
(J) Recoge la -------------------------------- que está en el patio.
(K) ¿ Quieres un ----------------------------- de vino?
(L) No, prefiero una --------------------------- de champán.
(M) Ese niño es muy ------------------, no le gusta nada.
(N) ----------------------------------- llegó la policía, los
ladrones se escaparon.

02. Marca el heterosemántico:


(A) mujer.
(B) viaje.
(C) doler.
(D) bolso.

03. Señala la alternativa correcta para las traduciones de


las palabras la gente, se enojó y taller:
(A) a gente – enojou-se – atelier.
(B) as pessoas – embraveceu – oficina.
(C) as pessoas – se embraveceu – escritório.
(D) a gente – enjou-se – oficina.

04. Marque la alternativa en que hay una palabra de


género opuesto a las demás:

Língua Estrangeira 84
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Com um aparelho que possua o dispositivo de comunicação
em mãos temos que escolher o tipo de conexão mais apropriada,
abaixo segue algumas das conexões mais utilizadas:
Conexões que necessitam de fios (cabos):
A internet deu seus primeiros passos a partir de cabos e
fios. Apesar de soar como algo bastante antiquado, esses tipos
de conexões ainda são amplamente utilizados, principalmente
devido à alta velocidade obtida por alguns.
Dial Modem
A famosa internet discada foi praticamente o pontapé inicial
da rede no Brasil. Apesar de ainda ser utilizada, não é mais tão
1. Conceito de Internet e Intranet. popular quanto foi no início dos anos 2000.
Cabo
Já ouvimos falar de TV a cabo, certo? Algumas empresas
decidiram aliar a ela o acesso à internet. Com isso, uma linha
INTERNET1 telefônica não era mais pré-requisito para se conectar, o que deu
mais liberdade ao usuário.
A internet é um meio de comunicação muito importante, Conexões sem fio (wireless)
onde o conjunto de várias redes interligadas proporcionam que Com a correria do dia a dia, ficar preso a um desktop
computadores possam se comunicar através dos protocolos para acessar a internet é algo fora de questão. Os notebooks
TCP/IP. trouxeram mais mobilidade e abriram as portas para as conexões
Com a internet podemos utilizar serviços como Web (a parte que dispensam a utilização de fios e cabos. A internet wireless
multimídia da rede), correios eletrônicos, redes sociais, fazer mostrou que a internet está em qualquer lugar.
transferência de arquivos, etc. Wi-Fi
Word Wide Web Esse tipo de conexão, antes exclusiva dos laptops, tornou-
A Word Wide Web(rede de alcance mundial) é também se tão popular que vários outros equipamentos passaram a
conhecida como Web ou WWW. O serviço WWW surgiu em 1989 adotá-la. É o caso de celulares, smartphones e até mesmo alguns
como um integrador de informações, onde a grande maioria das computadores domésticos, que adicionaram um adaptador
informações disponíveis na Internet podem ser acessadas de wireless para captar o sinal.
forma simples e consistente. A forma padrão das informações Rádio
do WWW é o hipertexto, o que permite a interligação entre A conexão via rádio é bastante útil devido ao seu longo
diferentes documentos que possivelmente estão localizados em alcance, o que favorece quem mora em cidades onde o sinal
diferentes servidores. O hipertexto é codificado com a linguagem telefônico ou via cabo não alcança. O único problema é que, para
HTML (Hypertext Markup Language), que é a linguagem obter o máximo da conexão, o sinal deve chegar à torre sem
interpretada pelo o que chamamos de browsers exemplo de um encontrar nenhum tipo de barreira, e até mesmo chuvas podem
browser é o Internet Explorer. desestabilizá-la.
INTRANET2 A moda da internet de bolso
Os usuários de telefones celulares sempre desejaram
As intranets são redes internas às organizações que usam as conectar-se à internet através de seus aparelhos móveis. Hoje
tecnologias utilizadas na rede mundial Internet. Através de tais em dia podemos conferir emails ou saber das novidades online
tecnologias é possível implementar uma poderosa ferramenta em qualquer lugar através de algumas das conexões existentes
de comunicação e de trabalho em grupo. A implantação de citadas a baixo.
uma intranet tem o potencial de aumentar a produtividade WAP
pois facilita o acesso às informações dispersas nos diversos A primeira grande tentativa de integrar os aparelhos celulares
computadores da organização. à internet. A conexão WAP era uma espécie de adaptação da
Os serviços tipicamente disponibilizados através de uma web, já que só podia acessar páginas feitas especialmente para
intranet são: correio-eletrônico transferência de arquivos, este tipo de conexão.
grupos de usuários e Web. Embora a aplicação mais comum 3G
na maioria das intranets seja o correio-eletrônico, é o uso da Funciona de maneira semelhante à conexão a rádio e os
tecnologia Web que caracteriza uma intranet. A tecnologia Web sinais são enviados praticamente pelas mesmas torres que
facilita o acesso às informações, tem uma arquitetura aberta enviam o sinal de telefonia para o aparelho, o que significa um
e funciona independente da plataforma de hardware ou do amplo raio de alcance.
sistema operacional.
Exemplos de aplicações que podem ser disponibilizadas Navegando na Internet com um Browser (navegador)
através da tecnologia Web em uma intranet são: tutorias sobre Para podermos navegar na Internet é necessário um software
procedimentos adotados dentro da organização, informações navegador (browser) como o Internet Explorer, Mozilla Firefox
sobre aplicativos usados na organização, manuais usados na ou Google Chrome. (Estes são uns dos mais conhecidos, embora
organização, resumo de notícias que sejam de importância existam diversos navegadores).
para a organização, informações sobre produtos e serviços, Podemos começar nossa navegação diretamente digitando
calendário de eventos e cursos oferecidos. o endereço a ser acessado no browser e apertando ENTER no
teclado ou clicando no botão IR.
Conectando-se com a Internet
Para se conectar a internet é necessário um aparelho Páginas Favoritas e Histórico
qualquer (computador, celular, vídeo games) que possua um Se você utiliza a Internet constantemente, possivelmente
dispositivo que permita a comunicação, seja ela sem fio ou não. gostaria de ter um mecanismo fácil e simples para guardar
Vale lembrar que a internet deu seus primeiros passos a partir as páginas que mais acessa. O menu Favoritos proporciona
de cabos e fios e com o passar do tempo surgiram as conexões esta funcionalidade. Esta opção funciona como um caminho
sem fio. permanente de acesso à lista de todos os sites favoritos, além de
mantê-los organizados.
A história de todos os sites visitados também é mantida no
1 Fonte: http://www.inf.pucpcaldas.br/extensao/cereadd/ seu navegador (browser).
apostilas/internet_final.pdf Você pode abrir a pasta histórico e visualizar a lista de sites
2 Fonte: file:///C:/Users/Ewertonjs/Downloads/intranet.un- visitados no dia ou até mesmo na semana ou no mês.
locked.pdf

Noções de Informática 1
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Essas duas funções do navegador podem ser manipuladas envia um sinal designado por pedido ARP para determinar o seu
pelo usuário podemos adicionar ou excluir uma pagina a endereço.
favoritos e também podemos excluir nosso histórico caso seja IP (Internet Protocol) – É responsável por estabelecer o con-
necessário. tacto entre os computadores emissores e receptores de maneira
a qua a informação não se perca na rede. Juntamente com o TCP
Endereços na Internet é o protocolo mais importante de todos este conjunto.
Todos os endereços da Internet seguem uma norma ICMP (Internet Control Message Protocol) – O ICMP trabalha
estabelecida pelo InterNic, órgão americano pertencente a ISOC em conjunto com o IP e serve para enviar mensagens para res-
(Internet Society). No Brasil a responsabilidade pelo registro ponder a pacotes de informação que não foram entregues cor-
de domínios (endereços) na rede Internet é do Comitê Gestor rectamente. Desta forma é enviada uma mensagem ICMP e volta
Internet Brasil (GC). a ser enviado o pacote de informação não recebido.
IGMP (Internet Group Management Protocol) – Este proto-
Exemplo de endereço: http://www.google.com.br colo é responsável pela gestão de informação que circula pela
Onde: Internet e Intranet através do protocolo TCP/IP.
1. http:// - O Hyper Text Transfer Protocol, o protocolo
padrão que permite que os computadores se comuniquem. Portais/Sites
O http:// é inserido pelo browser, portanto não é necessário Uma das melhores maneiras de se “ambientar” na Internet
digitá-lo. é através de sites chamados de Portais. A definição de Portal
2. www – padrão para a Internet gráfica. surgiu pelo fato de estes sites possuírem informações variadas
3. google– geralmente é o nome da empresa cadastrada que permitem ao internauta procurar e estar por dentro de
junto ao Comitê Gestor. novidades já que os portais oferecem uma grande quantidade
4. com – indica que a empresa é comercial. Algumas de noticias e são atualizados com freqüência.
categorias de domínios existentes são: Exemplo de alguns dos portais mais conhecidos no Brasil:
Gov.br - Entidades governamentais www.uol.com.br
Org.br - Entidades não-governamentais www.globo.com
Com.br - Entidades comerciais www.terra.com.br
Mil.br - Entidades militares www.ig.com.br
Net.br - Empresas de telecomunicações
Edu.br - Entidades de ensino superior Mecanismos de busca na internet
.br - Sites no Brasil Há mais informações na Web do que se possa imaginar. O
.jp - Sites no Japão segredo é encontrar exatamente o que se quer.

Protocolos para Internet3 O que são mecanismos de busca?


HTTP (Hyper Text Transfer Protocol) – É o protocolo utilizado Mecanismos de Busca são sites de informações sobre as
para controlar a comunicação entre o servidor de Internet e o páginas da internet e podemos utilizar esses mecanismos
browser. Quando se abre uma página da Internet, vemos texto, para encontrar palavras, textos, sites, diretórios, servidores de
imagens, links ou outros serviços associados à Internet ou a uma arquivos, etc. Com essas ferramentas, encontrar informações na
Intranet. O HTTP é o responsável por redireccionar os serviços Internet torna-se uma tarefa bem simples.
quando seleccionamos alguma das opções da página web. Mas como posso encontrar o que eu quero?
SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) – Como o nome indica, Utilizando algumas ferramentas de pesquisa disponíveis na
este protocolo serve para efectuar a transferência de emails en- internet podemos associar o que procuramos com informações
tre os servidores. O servidor de email utiliza o POP ou IMAP para disponíveis na rede mundial (internet) fazendo uma espécie de
enviar as mensagens de email aos utilizadores. filtro de informações.
FTP (File Transfer Protocol) – Este protocolo permite trans- Alguns dos mecanismos de busca atuais mais populares:
ferência de dados ou ficheiros entre computadores, mesmo com Yahoo http://cade.search.yahoo.com/
sistemas operativos diferentes como o Linux e o Windows. O Uol http://busca.uol.com.br/
FTP é também um comando que permite ligação de um cliente IG http://busca.igbusca.com.br/
a um servidor FTP de forma a transferir dados via Internet ou Google http://www.google.com.br/
Intranet.
SNMP (Simple Network Management Protocol) – É um proto- Correio Eletrônico
colo de comunicação que permite recolher informação sobre to- O correio eletrônico é uma das maravilhas da internet, com
dos os componentes que estão na rede como switches, routers, ele podemos enviar e receber documentos. Seu crescimento
bridges e os computadores ligados em rede. repentino na internet se deve a velocidade de se enviar e
TCP (Transfer Control Protocol) – O TCP permite dar segu- receber textos, imagens e qualquer tipo de documento de um
rança à transferência de informações e verificar se a mesma foi computador para outro independentemente do local onde se
bem sucedida pelo computador receptor. Caso contrário volta a encontram os computadores.
enviar essa informação. A mesma circula pela rede em forma de E-mail
fragmentosdesignados por datagrams e que contém um cabeça- Para que possamos fazer o uso do correio eletrônico é
lho. Esse cabeçalho contém informação como a porta de origem necessário um endereço na rede mundial denominado endereço
e a porta de destino da informação, o ACK, entre outra informa- de e-mail.
ção, de modo a manter a circulação de dados estável e credível. A estrutura de um e-mail é seunome@nomedoseuprovedor.
UDP (User Datagram Protocol) – O UDP é um protocolo de com.br onde:
transporte de informação, mas não é tão fiável com o TCP. O UDP seunome = identificação do email, geralmente usamos algo
não estabelece uma sessão de ligação em que os pacotes contêm relacionado a nosso nome ou empresa.
um cabecalho. Simplesmente faz a ligação e envia os dados, o nomedoseuprovedor = é o serviço do correio eletrônico
que o torna mais rápido mas menos eficiente. escolhido (Gmail, Hotmail, Yahoo, bol, etc).
ARP (Address Resolution Protocol) é o ARP estabelece uma li- Caixa de entrada
gação entre o endereço físico da placa de rede e o endereço de IP. A caixa de entrada é o diretório onde encontramos todos
A placa de rede de um PC contém uma tabela onde faz a ligação os e-mails recebidos, através da caixa de entrada podemos
entre os endereços físicos e lógicos dos computadores presentes visualizar quem enviou o e-mail e qual o seu conteúdo seja ele
na rede. Quando um PC quer comunicar com outro, vai verificar um texto ou um arquivo qualquer.
nessa tabela se o computador está presente na rede. Se estiver,
envia os dados e o tráfego na rede é dminuído, caso contrário Escrever e-mail
3 Fonte: http://faqinformatica.com/quais-sao-os-protocolos-do- Clicando no botão “escrever e-mail” podemos enviar um
-tcpip/ e-mail (mensagem) a qualquer pessoa que também possua uma

Noções de Informática 2
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
conta de e-mail seja essa conta do Gmail, Hotmail, Yahoo, Bol dessa hierarquia, o fórum traz o potencial do meio digital, por
entre outras. permitir dinâmicas hipertextuais e agregação de várias mídias
Anexando um arquivo
Podemos anexar qualquer tipo de arquivo a mensagem Tipos de Fórum
enviada, desde que não ultrapasse o tamanho permitido. Esse recurso oferece a opção de configurá-lo de acordo com
Contatos as necessidades de cada professor na elaboração de seu curso;
É onde você pode visualizar e também adicionar novos dessa forma é possível escolher entre os seguintes tipos de
contatos de e-mail seja um conhecido um amigo ou até mesmo fórum no Moodle:
um contato de negócio. Cada usuário inicia apenas UM NOVO tópico - Essa opção
permite que cada participante possa abrir apenas um novo
Serviço de correio eletrônico tópico, no entanto, todos podem responder livremente, sem
Correio eletrônico, ou simplesmente email, é um dos limites de quantidade;
serviços da Internet mais conhecidos e amplamente utilizados. Fórum Geral - Permite que os participantes do curso possam
Hoje em dia é muito comum que uma pessoa possua um email inserir tantos tópicos quantos desejarem;
para contatos pessoais e profissionais. Uma das principais Fórum P e R (Pergunta e Resposta) - Permite ao professor
vantagens do surgimento do serviço de mensagem eletrônica elaborar questionamentos no fórum para discussão. Porém,
é a possibilidade de enviar mensagens a quem você desejar, o aluno somente consegue visualizar as respostas dos outros
sem pagar nada pelo serviço. Por exemplo, é possível trocar participantes a partir do momento que este posta a sua própria
mensagens com professores de outras instituições de ensino, resposta;
a quilômetros de distância, enviar mensagens aos amigos Fórum de uma única discussão - Com esse fórum, o tópico
distantes e resolver pendências profissionais, tudo via correio aparece em uma única página, este tipo de fórum é recomendado
eletrônico. para organizar discussões com foco em um tema único e preciso.
Como inserir um fórum no curso
Redes Sociais Para a criação de um novo fórum no ambiente Moodle, basta
As redes sociais são relações entre os indivíduos na clicar em ‘Adicionar atividade’, selecionar ‘fórum’ e configurar
comunicação por meio de computadores e da internet. O que conforme as necessidades do curso.
também pode ser chamado de interação social, cujo objetivo é O fórum do Moodle permite também a configuração
buscar conectar pessoas e proporcionar a comunicação entre de ações a serem executadas pelos participantes do curso.
elas criando grupos com o objetivo de se relacionar virtualmente Outra particularidade do Moodle é o recebimento ou não das
através das redes sociais. mensagens postadas no fórum via e-mail pessoal. Cabe a cada
Existem varias redes sociais, algumas das mais populares equipe de trabalho definir se os alunos serão ou não assinantes.
hoje em dia são: A definição de tipos de grupo é uma outra ação importante
Orkut http://www.orkut.com possibilitada pelo Moodle, pois permite escolher de que maneira
Facebook http://www.facebook.com os usuários utilizam o fórum. São basicamente três formatos:
Twitter http://twitter.com Nenhum grupo: não há separação em grupos;
MySpace http://br.myspace.com Grupos separados: membros de grupos iguais interagem
Para fazer parte de umas dessa redes sociais basta se entre si mas não com membros de outros grupos;
cadastrar criando uma conta no site da rede e se interagir. Grupos visíveis: eles não interagem mas podem ver as
mensagens de outros grupos.
Grupos, fórum, chat e wiki4 Como inserir um novo tópico de Discussão
Agora iremos conhecer a criação de grupos e os três recursos No fórum, é possível que tanto os professores quanto os
do moodle que potencializam a discussão e a construção do alunos possam adicionar tópicos para as discussões. Para criar
conhecimento, e que podem ser explorados no ambiente de um novo tópico no Moodle, basta clicar em “acrescentar um
experimentação. São eles: novo tópico”. Em seguida você poderá adicionar uma mensagem
Grupos relativa ao tema do fórum e para finalizar, clique em “enviar
É possível desenvolver trabalhos separando os alunos por mensagem para o fórum”. De imediato surge o registro da
diferentes grupos e, se necessário, permitir o acompanhamento e intervenção efetuada.
as orientações do tutor aos seus respectivos grupos, viabilizando
uma maior interatividade e proximidade entre as pessoas. A Chat
opção de criação de grupos no Moodle possibilita a organização Também conhecido como bate–papo, traz como principal
dos cursistas em pequenos grupos para o desenvolvimento de característica a comunicação síncrona, ou seja, a possibilidade de
atividades no curso, ou mesmo para a divisão dos grupos por podermos interagir no mesmo momento, enviando e recebendo
tutor. mensagens de forma imediata. Uma opção interessante do chat
Para criar grupos dentro de um curso, basta clicar em do Moodle é a de separarmos, ou não, por grupo os participantes,
“Grupos”, no bloco “Administração” e você será redirecionado e de podermos ‘salvar as sessões encerradas’. Quando ativamos
para uma tela que contém dois quadros, e os botões necessários essa função, o moodle automaticamente registra a conversa e é
para você editar esses grupos. possível disponibilizá-la para todos os participantes do curso.
Para adicionar um grupo, digite o nome do grupo e clique em Trazemos um exemplo de chat na página principal.
“Criar grupo”. Após isso, o novo grupo já aparecerá na relação do Possibilidades:
quadro Grupos. Interação, por proporcionar o esclarecimento de dúvidas,
O primeiro quadro mostra todos os grupos existentes no discussões e criação de vínculos;
curso. Definição de tópicos para a discussão;
Selecionando em adicionar ou remover pessoas, abrirá Armazenamento das discussões para posterior leitura dos
uma tela com duas colunas, uma coluna informa os nomes alunos que não participaram da seção;
das pessoas que já fazem parte do grupo e outra os potenciais Dinâmica colaborativa onde todos podem contribuir com a
membros. Entre as duas colunas há setas - uma para direita e discussão em tempo real.
outra para a esquerda - que possibilitarão adicionar ou remover Para criar um chat basta clicar na opção ‘acrescentar
membros. Selecionando um aluno de uma das colunas e clicando atividade’, no tópico onde desejamos acrescentar o recurso,
na seta desejada, o aluno será adicionado ou removido do grupo. selecionar ‘chat’ e configurar conforme as necessidades do curso,
O Fórum - O fórum é uma interface assíncrona, que possibilita colocando nome, data e uma descrição objetiva. Lembramos que
a interação e discussão entre os participantes do curso sobre o botão ‘Ativar Edição’ deve estar acionado.
determinado assunto. As mensagens são estruturadas de forma
hierárquica, apresentando os assuntos em destaque. Apesar WIKI
4 Fonte: http://www.moodle.ufba.br/mod/resource/view. Um recurso assíncrono colaborativo que possibilita a
php?id=33426 construção coletiva de diferentes tipos de textos, por vários

Noções de Informática 3
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
autores. A Wiki do Moodle permite que os participantes de 04. (MPCM - Técnico em Informática – Desenvolvimento
um curso trabalhem juntos, acrescentando ou alterando seu – CETAP/2015). A velocidade de transmissão dos atuais links
conteúdo. As versões anteriores não são excluídas, podendo ser de acesso a Internet em banda larga e usualmente medida em:
recuperadas. Numa Wiki pode-se inserir novas páginas ou novos (A) Mbits/s; que significa “Megabits porsegundo” .
hiperlinks. Trazemos um exemplo desse recurso na página (B) MBytes/s; que significa “Megabytes porsegundo” .
principal. (C) Mbits/s; que significa “Megabytes por segundo”
Possibilidades: (D) MBytes/s; que significa “Megabits porsegundo”.
Desenvolvimento de projetos, concepção de livros, (E) GBytes; que significa “Gigabytes por segundo” .
Trabalhos em grupos, produção de qualquer tipo de texto
colaborativo. 05. (DPE-MT - Assistente Administrativo – FGV/2015).
Para criar um wiki basta clicar na opção ‘acrescentar A ferramenta da Internet que consiste em criar uma abstração
atividade’, no tópico onde desejamos acrescentar o recurso e do terminal, permitindo ao usuário a criação de uma conexão
selecionar ‘wiki’. Lembramos que o botão ‘Ativar Edição’ deve com o computador remoto sem conhecer as suas características,
estar acionado. possibilitando o envio de comandos e instruções de maneira
interativa, é denominada
TRANSFERÊNCIA DE ARQUIVOS5 (A) Telecommunications Networks.
Para transferir dados deve existir uma conexão de dados (B) File Transfer Protocol.
entre portas apropriadas e deve ser feita uma escolha de (C) Trivial File Transfer.
parâmetros de transferência. Os processos Cliente-DTP e (D) Domain Name System.
Servidor-DTP possuem portas com valores default que devem (E) Dynamic Host Configuration.
ser suportadas por todas as versões de FTP. Entretanto, o cliente
pode alterar o valor de tais portas. Respostas
Logo que inicia a transferência de dados, o gerenciamento da 01. D\02. E\03. B\04. A\05. A
conexão de transferência de dados passa a ser responsabilidade
do servidor; salvo uma transferência sem erros e em que os
dados estão indo do cliente para o servidor. Nesse caso, em vez 2. Ferramentas e aplicativos
de enviar um End of File, torna-se responsabilidade do cliente de navegação, de correio
fechar a conexão para indicar o fim de arquivo. eletrônico, de grupo de
Acrescentando às definiçoes existentes do FTP, pode-se discussão, de busca e pesquisa.
definir - também, o modo de transferência dos arquivos, de
forma a otimizar e melhorar a transferência dos dados. O modo
de transmissão pode ser por fluxo contínuo, modo blocado e
modo comprimido. Correio Eletrônico
O FTP não se preocupa com a perda ou a adulteração de bits
durante a transferência, pois é atribuição do TCP - protocolo do São serviços de redes de computadores desenvolvidos para a
nível de transporte, mas provê mecanismos para um eventual composição, envio, recebimento e gerenciamento de mensagens
reinício da transferência quando ela for interrompida por eletrônicas (e-mails), essas mensagens são trafegadas pela rede
problemas externos ao sistema (como uma falha na alimentação através de protocolos, como POP, IMAP e SMTP. O protocolo POP
elétrica). (Post Office Protocol) é utilizado para efetuar acesso remoto
Este procedimento de reinício só está disponível nos modos a uma caixa de correio eletrônico e a transferência para o
de transferência que permitem inserir controles no meio do computador (software de cliente de e-mail) então a manipulação
fluxo de dados (modo de transferência blocado e comprimido). das mensagens (alteração, exclusão, armazenamento) é
feita no computador que recebeu as mensagens, o protocolo
Questões IMAP (Internet Message Access Protocol) permite que leitura
e manipulação de mensagens do servidor sem que haja a
01. (CEP 28 - Assistente Administrativo – IBFC/2015). transferência dessas mensagens para o computador, SMTP
A Intranet possui características técnicas próprias que a (Simple Mail Transfer Protocol) é utilizado apenas para o envio
diferenciam quanto a Internet. Uma dessas características de mensagem a outros servidores de e-mail.
técnicas que a distingue é o fato da Intranet ser:
(A) desenvolvida com base no protocolo TCP/IP. Clientes de e-mail
(B) a única que possui Grupos de Discussão. São softwares (programas de computador) que possibilitam
(C) a única que possui banda larga. que os usuários de computador redijam, personalizem,
(D) privada e não pública armazenem e gerenciem mensagens, proporciona acesso a
servidores de envio e recebimento de e-mail. Dentre os vários
02. (UEG - Assistente de Gestão Administrativa – Geral clientes de e-mail disponíveis no mercado os principais são:
– FUNIVERSA/2015). Assinale a alternativa em que são
apresentados apenas nomes de sítios de busca e pesquisa na Outlook Express – desenvolvido pela empresa Microsoft, este
Internet. software é leve e eficaz utilizado para gerenciamento de contatos,
(A) Linux e Facebook composição, envio e recebimento de e-mail e acompanha alguns
(B) Google e Gmail programas da empresa como Internet Explorer (a partir da
(C) Internet Explorer e Mozilla Firefox versão 4) e sistemas operacionais Windows nas versões 98, ME,
(D) BrOffice e Bing 2000 e XP.
(E) Google e Yahoo!
O Windows Mail e Outlook Express foram descontinuados no
03. (SSP-AM - Assistente Operacional – FGV/2015). A Windows 76 e a nova aplicação de email é o Windows Live Mail.
Wikipedia, um famoso site da Internet, fornece o endereço: Então, antes de instalar o Windows 7 é recomendado exportar
https://secure.wikimedia.org/wikipedia/pt/wi ki/Página_ suas mensagens, contatos e configurações de conta para facilitar
principal a importação no Windows Live Mail após instalar o Windows 7.
para acessar e editar o conteúdo dos sites. O uso do prefixo Windows Live Mail – também produzido pela Microsoft, é
“https:” significa que a comunicação com o site é feita de forma: um software baseado no Outlook Express com aprimoramentos
(A) anônima; como a capacidade de litura de RSS e ATOM (formatos de
(B) segura; leitura e escrita de informações na Web) e requer para seu
(C) compactada; funcionamento a instalação do Internet Explorer 7 ou superior
(D) prioritária; também utilizado para gerenciamento de contatos, composição,
(E) somente leitura. envio e recebimento de e-mail.
5 Fonte: http://penta.ufrgs.br/rc952/trab1/ftp3.html 6 https://support.microsoft.com/pt-br/help/977838

Noções de Informática 4
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Microsoft Outlook – é um software integrado ao Microsoft no botão abaixo que diz Introdução. Isso iniciará o complemento
Office, diferente do Outlook Express ou Live Mail voltados apenas de Migração de E-mail, que transferirá seus e-mails e contatos.
à gerenciamento de contatos, composição, envio e recebimento 2. Você será enviado para a página de entrada do Outlook.
de mensagens, o MS Outlook disponibiliza um completo com. Execute um destes procedimentos:
calendário com agenda de compromissos, seu gerenciador de Se você não tiver uma conta da Microsoft, clique em Inscre-
contatos é mais completo que as versões Live e Express e possui ver-se agora na parte inferior da página (onde há a pergunta se
campos de tarefas com simulador de post-it (pequenos papeis você tem uma conta da Microsoft). Em seguida, digite seu ende-
coloridos autoadesivos). reço de e-mail e sua senha para criar sua conta do Outlook.com.
Mozilla Thunderbird – É um software muito parecido com – ou –
o MS Outlook, porém é desenvolvido pela empresa Mozilla Se você já tiver uma conta da Microsoft, digite seu endereço
Foundation, criadora do Mozilla Firefox. de e-mail e sua senha.
3. Depois que você estiver conectado, o complemento
Funcionamento dos Clientes de E-mail Mail Migration transferirá automaticamente seus e-mails e con-
O cliente de e-mail envia uma solicitação ao servidor de tatos da sua conta do Outlook.com.
e-mail de seu provedor (ISP), para esta requisição é utilizado o
protocolo SMTP, o Servidor envia a mensagem através da internet WINDOWS LIVE MAIL
para outro servidor que contém a caixa postal do destinatário, Gerencie várias contas de e-mail, calendários e seus contatos
então é feito o download das mensagens para a cliente de e-mail mesmo quando estiver offline.
realizando o processo inverso, mas agora utilizando o protocolo Você pode adicionar todas as suas contas de e-mail ao
POP. Windows Live Mail. Basta digitar o endereço de e-mail e a senha
e, em seguida, seguir algumas etapas. Após suas contas de e-mail
serem adicionadas, organize suas conversas. Veja como fazer
tudo isso no Mail.

Adicione uma conta de e-mail


Na caixa de entrada do seu Mail, clique em Contas e, em
seguida, clique em  E-mail. Digite seu endereço de e-mail, sua
senha e seu nome de exibição e clique em Avançar. Se quiser
adicionar outras contas, clique em Adicionar outra conta de
e-mail.
Observação
Pode ser necessário entrar em contato com seu provedor de
serviço de e-mail para concluir a configuração de sua conta de
e-mail.


Web Mail
Têm a mesma função dos clientes de e-mail que ficam
instalados no computador, mas ficam armazenados diretamente
em servidores de e-mail e seu acesso é via browser (navegador
de internet), dentre os principais Web Mails gratuitos temos
Gmail, Hotmail, Yahoo, Bol e Ig, todos seguros, eficazes e rápidos,
possuem grandes espaços para armazenamentos de mensagens,
mas daremos uma atenção especial a dois deles:
Gmail – Fornecido pela empresa Google, além das funções
básicas de envio e recebimento de e-mail, existem agenda de
compromissos e tarefas, mensageiro, drive virtual, também
existe integração a todas as ferramentas providas pela Google.
Hotmail ou Live – Semelhante ao Gmail, mas não disponibiliza
a integração com as ferramentas do Google.
Envie e receba e-mails de outras contas no Windows Live
Outlook.com7 Mail.
O Outlook.com é um serviço de e-mail pessoal gratuito
baseado na Web que é fácil de usar. Ele tem muitos dos mesmos Envie muitas fotos
excelentes recursos do Outlook Express, juntamente com alguns Envie fotos de alta resolução para a família e os amigos com o
novos. Você pode manter o seu endereço de e-mail atual, enviar Windows Live Mail. Eles podem facilmente encontrar, visualizar
fotos e arquivos por e-mail e manter a sua caixa de entrada e fazer o download de suas fotos. Como as fotos são armazenadas
em ordem. Você também pode ver seus e-mails em qualquer no OneDrive, a caixa de entrada jamais fica sobrecarregada.
computador, tablet ou telefone conectado. Siga as etapas abaixo Em sua caixa de entrada do Windows Live Mail, na guia Início,
e o complemento Mail Migration transferirá seus e-mails e clique em E-mail com imagem. Escolha as fotos que você deseja
contatos do Outlook Express. adicionar a sua mensagem de e-mail e, em seguida, digite um
Inscrever-se no Outlook.com e transferir seus e-mails e nome para seu álbum.
contatos do Outlook Express Digite os endereços de e-mail das pessoas com as quais
Ao se inscrever no Outlook.com, seu endereço de e-mail e deseja compartilhar suas fotos. Clique em Formato e, em seguida,
sua senha são sua conta da Microsoft. Se você tiver um endereço clique em Privacidade do álbum para decidir quem pode ver
de e-mail que termina em msn.com, hotmail.com, live.com ou suas fotos. Por padrão, somente as pessoas para as quais você
outlook.com, significa que você já tem uma conta da Microsoft. enviar a mensagem de e-mail com imagem poderão visualizar
1. Verifique se você está no computador que tem os seus suas fotos. Em seguida, basta clicar em Enviar.
e-mails e contatos do Outlook Express. Nesse computador, clique Observação
7 Fonte: http://windows.microsoft.com/pt-br/windows/ou- A Microsoft pode limitar o número de arquivos que cada
tlook-express#tabs=windows-7 usuário pode carregar para um álbum do OneDrive por mês.

Noções de Informática 5
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Mensagem de e-mail com imagem do Windows Live Mail.

Organize suas conversas Painel do Calendário em sua caixa de entrada.


Para ativar ou desativar a exibição de conversas no Mail,
clique na guia Exibir, clique em Conversas e, em seguida, clique Para adicionar uma conta de e-mail
em Ativar ou Desativar. 1. Abra o Windows Live Mail clicando no botão Iniciar 
. Na caixa de pesquisa, digite Mail e, na lista de resultados, clique
em Windows Live Mail.
2. No canto inferior esquerdo, clique em Mail.
3. Clique na guia Contas e em E-mail.
4. Digite seu endereço de e-mail, senha e nome para exi-
bição e clique em Avançar.
5. Siga as etapas adicionais e clique em Avançar.
6. Clique em Adicionar outra conta de e-mail, se quiser
adicionar mais contas, ou clique em Concluir para começar a
usar o Windows Live Mail.
Observações
Para adicionar uma conta do Gmail, altere suas configurações
do Gmail para habilitar acesso POP ou IMAP antes de adicionar
a conta.
Para adicionar uma conta do Yahoo!, você precisa ter o
Yahoo! Mail Plus.
Ative as conversas para ver as mensagens agrupadas por Se, ao adicionar uma conta, forem solicitadas informações
assunto. do servidor, verifique o site ou contate o serviço de atendimento
Para ampliar ou minimizar uma conversa, na lista de ao cliente do seu provedor para saber o que você deve fazer para
mensagens, selecione uma mensagem que tem um triângulo concluir a configuração da conta de e-mail.
ao lado. Para exibir ou ocultar todas as mensagens de uma Para alterar as configurações de servidor para o seu
conversa, clique no triângulo ao lado da mensagem ou clique em provedor de serviços de e-mail
Ampliar/Minimizar. Procure as configurações do servidor no site do provedor da
conta de e-mail
1. Abra o Windows Live Mail clicando no botão Iniciar 
. Na caixa de pesquisa, digite Mail e, na lista de resultados, clique
em Windows Live Mail.
2. Clique na conta de e-mail que deseja alterar.
3. Clique na guia Contas e em Propriedades.
4. Clique na guia Servidores, digite as informações forne-
cidas pelo provedor de serviços de e-mail e clique em OK.
Também pode ser necessário alterar as informações na guia
Avançado.
Para remover uma conta de e-mail
Antes de remover uma conta, verifique se as mensagens
que você queria salvar estão disponíveis quando você entra
na versão para Web. Por exemplo, se você quiser remover uma
conta do Yahoo!, entre em  http://mail.yahoo.com  e verifique
se suas mensagens estão lá. Se algumas de suas mensagens
estiverem disponíveis somente no Windows Live Mail, exporte
as mensagens antes de remover a conta.
Clique no triângulo ao lado da mensagem ou em Ampliar/
Clique com o botão direito na conta que deseja remover e
Minimizar para exibir ou ocultar as mensagens de uma conversa.
clique em Remover conta.
Adicione eventos ao seu calendário a partir da caixa de
entrada
Você pode adicionar lembretes de eventos e outros
dias especiais ao Windows Live Calendar de forma rápida e
conveniente diretamente da caixa de entrada do Windows Live
Mail. Basta digitar o nome do evento no painel do Calendário e
ele será exibido imediatamente. Em seguida, clique duas vezes
em seu evento para adicionar um local ou outros detalhes.

Noções de Informática 6
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Clique em Sim para confirmar. O termo engloba diversos tipos de tecnologia como:
- fóruns online,
Para adicionar um RSS feed - listas de discussão,
Antes de começar, verifique se você tem a URL do RSS feed - listas de endereços eletrônicos
que deseja adicionar. - grupos de discussão.
1. Abra o Windows Live Mail clicando no botão Iniciar  O foco destes tipos de tecnologias é estruturar a discussão
. Na caixa de pesquisa, digite Mail e, na lista de resultados, clique sob a forma “um para muitos”, i.e., uma mensagem postada no
em Windows Live Mail. grupo de discussão pode ser lida e respondida por todos os
2. No painel esquerdo, clique em Feeds. membros do grupo. Diferencia-se, assim, do bate-papo online
3. Clique na guia Início e em Feed. (chat) que, em geral, é estruturado no formato “um para um”.
4. Digite o endereço Web do RSS feed e clique em OK. Grupos de discussão também arquivam as discussões realizadas
Para exibir o feed, clique no RSS feed em Seus feeds. para consulta futura e enfatiza a discussão de temas específicos
Para adicionar um grupo de notícias ao invés de trocas pessoais de mensagens.
Antes de começar, verifique se você tem o servidor de Os grupos de discussão são um dos principais recursos na
notícias (NNTP) que deseja adicionar. Internet para pesquisa de dúvidas diversas: mesmo não sendo
1. Abra o Windows Live Mail clicando no botão Iniciar  membro de um determinado grupo de discussão, em geral, os
. Na caixa de pesquisa, digite Mail e, na lista de resultados, clique grupos mantém um histórico de discussões anteriores que
em Windows Live Mail. podem servir como uma referência para um assunto específico.
2. Clique na guia Contas e em Grupo de Notícias. Um exemplo prático é o Stack Overflow em Português, que
3. Digite um nome para exibição e clique em Avançar. armazena discussões sobre conteúdos de programação e que é
4. Digite um endereço de e-mail e clique em Avançar. aberto para consulta pública.
5. Digite o servidor de notícias (NNTP), clique em Avan-
çar e em Concluir. A lista de grupos de notícias será baixada. Estrutura básica de um grupo de discussão
6. Selecione um grupo de notícias na lista e clique em OK. Em geral, um grupo de discussão é criado através da
Para exibir o grupo de notícias, clique no painel esquerdo, instalação de uma plataforma conveniente em um servidor
clique em Grupos de Notícias e selecione-o na lista de grupos apropriado ou pela inscrição em um serviço online de discussão
de notícias. (tal como o Google Grupos, Yahoo Grupos e afins), que oferecem
Questões uma página na Web para cadastro do grupo.
Inicialmente uma pessoa deve ser responsável por
01. (TRE-AC – Técnico Judiciário - Área Administrativa – cadastrar o grupo desejado, escolhendo um nome e fazendo
FCC/Adaptada) as configurações apropriadas. Esta pessoa é chamada de
O Correio eletrônico tem como objetivo principal: administrador (ou gerente) e possui como função gerenciar o
(A) Serviço de criação de documentos e geração banco de grupo, tendo plenos poderes inclusive para deletar o grupo
dados. de discussão se necessário. Diversas configurações estão
(B) Serviço de gerenciamento de correspondências disponíveis ao administrador: determinar que as mensagens
eletrônicas e planilhas de Cálculo. do grupo não sejam lidas por pessoas não cadastradas no
(C) Serviço de endereçamento de sites e geração de Banco grupo, determinar quem pode ou não se inscrever no grupo
de Dados. de discussão, as regras que o grupo de discussão deve seguir,
(D) Serviço de gerenciamento de documentos e criação de selecionar outras pessoas para serem administradores, etc.
planilhas de cálculo. Além disto, o administrador é responsável por manter o bom
(E) Serviço de entrega e recebimento de mensagens andamento do grupo de discussão: não raro, o administrador
eletrônicas. pode excluir ou penalizar usuários que não atendam às políticas
do grupo.
02. (TRE-SE – Técnico Judiciário - Operação de A inscrição em um grupo de discussão pode ocorrer por
Computador – FCC/Adaptada) convite ou por inscrição. No caso do convite, em geral, a maioria
Em relação ao correio eletrônico: dos grupos de discussão permite ao administrador enviar, para
(A) a anexação de arquivos somente pode ser feita se suas uma lista de e-mails desejados, convites para participação no
extensões forem conhecidas pelo software de correio eletrônico. grupo. Em outros casos, uma pessoa pode solicitar a inscrição
(B) contas de e-mail são configuradas somente pela conta no grupo diretamente. Conforme as configurações iniciais
“Administrador” do servidor de correio. estabelecidas pelo administrador, a pessoa pode entrar
(C) desde que convertidos para arquivo com extensão .txt, automaticamente no grupo de discussão após solicitar a inscrição
os catálogos de endereço podem ser importados por qualquer ou “ser aprovada” pelo administrador antes de participar.
software de correio eletrônico. As discussões podem ocorrer em diversas formas diferentes:
(D) via de regra, os aplicativos de e-mail permitem que o nos fóruns de discussão, quando um membro deseja falar
próprio usuário configure sua conta de e-mail. sobre um assunto específico, ele entra na página do seu grupo
(E) em geral, os softwares de e-mail procedem o com login e senha, e insere um novo tópico de discussão. Ao
cadastramento automático de cada novo endereço de e-mail submeter o tópico de discussão, qualquer outro membro que
recebido. queira responder, deverá entrar no tópico criado inicialmente e
Respostas responder ao assunto. Como isto é feito continuamente, para cada
tópico cria-se uma lista de mensagens relacionadas vinculadas
01. Resposta: E ao tópico em questão. Exemplos de fóruns de discussão podem
O software de correio eletrônico surgiu com o objetivo de ser visualizados no Fórum do Guia do Hardware.
auxiliar a comunicação e a troca de informações entre as pessoas. Nos casos das listas de discussão, não há necessidade do
usuário entrar na página do grupo. Após a inscrição inicial, toda
02. Resposta: D vez que o usuário quiser criar um novo tópico de discussão,
Para utilização a configuração será feita em sua conta perfil. ele deve enviar sua mensagem por e-mail para o endereço de
e-mail do grupo. De forma automática, o sistema cria o tópico.
Grupo de Discussão8 Para responder ao tópico, basta responder ao e-mail em
questão enviado pelo membro, e automaticamente o sistema
Nome dado a uma plataforma de Internet que permite que vai ordenando os tópicos. Um exemplo de lista de discussão é o
um grupo de pessoas possam discutir assuntos de interesse Mailing List da Wikimedia Brasil e os diversos grupos alocados
entre si. no Google Grupos, por exemplo.
8 REVISTABW. Informática: Grupos de Discussão.Revista Brasileira de
Web: Tecnologia. Disponível em http://www.revistabw.com.br/revistabw/infor-
matica-discussao/

Noções de Informática 7
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Q&A que as pesquisas com aspas podem excluir resultados relevantes.
Outro modelo específico de lista de discussão são as Por exemplo, uma pesquisa por “Alexander Bell” excluirá páginas
plataformas Q&A (“Questions & Answers”) que tenta solucionar que se referem a Alexander G. Bell.
um problema dos fóruns de discussão: no passado, em fóruns
de informática, quando alguém postava uma pergunta sobre Use palavras descritivas
tecnologia, poderia haver muitas respostas ao tópico, mas Quanto mais específica for a palavra, maior será a chance
nenhuma resposta útil para a pergunta original. O acúmulo de de obter resultados relevantes. Dessa forma [toques de
respostas inúteis, no entanto, atrapalhava quem desejava obter celebridades] é melhor do que [sons de celebridades]. Porém,
informação confiável: nas plataformas Q&A, o usuário que inicia lembre-se de que se a palavra tiver o significado correto, mas
o tópico posta uma pergunta e outros usuários respondem a não for a mais usada pelas pessoas, ela poderá não corresponder
pergunta. Os usuários do grupo de discussão então dão notas às páginas que você busca.
para as respostas de acordo com sua qualidade, o que faz com
que boas respostas apareçam nos primeiros resultados de Não se preocupe com maiúsculas e minúsculas
discussão, evitando que o leitor tenha que ler todo o conteúdo. A pesquisa não diferencia maiúsculas e minúsculas. Uma
Um exemplo de plataforma Q&A é o Stack Overflow. pesquisa por new york times apresenta os mesmos resultados
que New York Times.
Redes Sociais
Com o surgimento de redes sociais como o antigo Orkut Pesquise em um site específico
e Facebook, o modelo de grupos de discussão foi integrado Antes de sua consulta, digite site: se desejar que sua resposta
à estrutura destas plataformas. Desta forma, além dos seus venha de um site ou tipo de site específico (.org, .edu). Por
perfis e discussões particulares, os usuários podem construir exemplo: site:edu ou site:nytimes.com.
e participar de grupos de discussão por afinidades. Pelo
fato de estar integrado à rede social, o processo de cadastro, Não se preocupe com pontuação
participação e configuração de um grupo de discussão é mais A pesquisa ignora pontuação. Isso inclui @#%^*()=[]\ e
simplificado do que em um grupo de discussão clássico. outros caracteres especiais.

Busca e pesquisa no Google9 Pesquise por tipo de arquivo


Pesquise por tipos específicos de arquivos, como PDF, PPT,
O Google é, atualmente, o melhor site de pesquisa. Pesquisa ou XLS, adicionando filetype: e a abreviação de três letras.
por palavra ou categoria. Tem versões em várias línguas. Você
pode ter a Barra de Ferramentas do Google na seu próprio Inclua ou ignore palavras e caracteres em sua pesquisa
navegador e aumentar sua habilidade de encontrar informações Destaque palavras e caracteres comuns como o e e se eles
de qualquer lugar na rede e a instalação leva apenas alguns forem essenciais para a sua pesquisa (como no título de um
segundos. A barra bloqueia os “pop-ups” (páginas que filme ou livro) colocando-os entre aspas: “o”. Você também pode
vão aparecendo com propagandas). Quando instalada, ela usar o sinal de menos “-” para especificar itens específicos que
automaticamente aparece junto à barra de ferramentas do você não deseja ver nos resultados, como ingredientes em uma
Internet Explorer e do Firefox. Isto significa que você pode, receita.
rápida e facilmente, usá-la para efetuar buscas de qualquer
website, sem retornar à página do Google.10 Encontre páginas relacionadas
Use o operador related: para encontrar páginas com
Comece de forma simples conteúdo similar. Digite “related:” seguido pelo endereço do site.
Não importa o que você procura, nosso lema é “mantenha Por exemplo, se você encontrar um site de que gostou, tente usar
a simplicidade”. Comece inserindo um nome ou uma palavra. related:[Insira o URL] para localizar sites similares.
Se estiver procurando por um local ou produto em um lugar
específico, insira o nome junto com a cidade ou o CEP. Pesquise por números em uma faixa
Fique dentro do seu orçamento pesquisando apenas itens
em uma faixa de números colocando “..” entre os valores.

Faça conversões numéricas


Converta qualquer medida (por exemplo, milhas para
Ignore a ortografia quilômetros ou onças para litros) digitando o número e a
O corretor ortográfico do Google padroniza automaticamente unidade de medida.
para a escrita mais comum de uma palavra, mesmo que você não
tenha digitado corretamente. Veja que horas são
Para ver a hora certa em qualquer lugar do mundo, pesquise
Use palavras comuns na web por horário e a cidade ou país.
Um mecanismo de pesquisa funciona relacionando as
palavras inseridas com páginas da web. Ou seja, usar as palavras Faça conversões monetárias
que tem mais probabilidade de aparecer naquelas páginas Veja as taxas de conversão monetária pesquisando por
oferecerá os melhores resultados. Por exemplo, em vez de dizer [moeda 1] em [moeda 2].
minha cabeça dói, diga dor de cabeça, já que é o termo que um
site de medicina usaria. Pesquise na web em todos os idiomas
Quando estiver pesquisando, clique em “Mais ferramentas
Quanto menos, melhor de pesquisa” no painel à esquerda da página de resultados e, a
Um ou dois termos simples de pesquisa retornarão seguir, selecione “Páginas estrangeiras traduzidas”. Esse recurso
resultados mais abrangentes. Comece com termos de pesquisa escolherá o melhor idioma para pesquisar e fornecer resultados
curtos e, em seguida, refine seus resultados incluindo mais traduzidos.
palavras.
Verifique o clima
Pesquise uma frase exata Pesquise por meteorologia seguido por um CEP dos EUA ou
Coloque palavras entre aspas “[qualquer palavra]” para o nome de qualquer cidade no mundo para obter a meteorologia
pesquisar por uma frase exata e na ordem exata. Lembre-se de atual e a previsão. Insira apenas meteorologia para obter a
9 Fonte: http://www.google.com/intl/pt-BR_ALL/ meteorologia do seu local atual.
insidesearch/tipstricks/all.html
10 Fonte: http://www.gregoriano.org.br/portinha/017.htm

Noções de Informática 8
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Verifique cotações da bolsa em tempo real Examine dados públicos
Ao digitar o símbolo de uma ação na caixa de pesquisa, Pesquise termos demográficos como população ou taxa de
você obterá cotações da ação atualizadas em tempo real nos desemprego, seguido por uma cidade, estado ou país e você
resultados de pesquisa. Clique no link da página de resultados receberá dados instantâneos sobre o local escolhido diretamente
de pesquisa para obter uma análise detalhada do mercado do do U.S. Census Bureau e do Bureau of Labor Statistics. A partir
Google Finance. daí, você poderá clicar para comparar taxas em locais diferentes.

Verifique resultados e programações esportivas Obtenha informações financeiras interativas


Saiba os resultados e o horário dos jogos do seu time favorito, Para obter resultados financeiros interativos, vá para google.
pesquisando pelo time ou liga na caixa de pesquisa. com no iPhone ou celular com Android (2.1 ou superior) e
pesquise pelo símbolo de uma ação. Você verá um gráfico
Calcule qualquer coisa interativo em um cartão e poderá alternar as visualizações
Insira qualquer equação matemática na caixa de pesquisa e conforme períodos diferentes tocando nos botões abaixo do
sua resposta será calculada. gráfico.

Localize a atividade de terremotos Pesquise por local


Digite terremoto na caixa de pesquisa e os resultados Se você deseja encontrar sushi perto de você, vá para
apresentarão informações do US Geological Survey mostrando o Google.com no seu smartphone e digite “sushi”. Se tiver optado
horário, o local e a magnitude de terremotos recentes. por compartilhar seu local com o Google, você verá resultados
de restaurantes próximos ao seu local atual. Se você desejar
Pesquise por local pesquisar em outro local, especifique uma localização na
Adicione um CEP ao final da pesquisa de local, como costelas consulta, como “pizza Kansas City”.
de porco e obtenha resultados que mostram as churrascarias
mais próximas, junto com números de telefone, um mapa e até Interaja com a meteorologia
comentários. Se você não incluir seu CEP, poderemos sugerir Para ver um snippet novo de resultados de pesquisa
locais próximos a você. sobre meteorologia que permite que você se envolva com os
resultados, acesse google.com no iPhone ou em um aparelho
Pesquise locais por CEP e códigos de área Android e pesquise por “meteorologia”.
Deseja saber onde se localiza um CEP ou um código de área?
Digite-o na caixa de pesquisa. Como pesquisar no Google11
Dica 1: comece com o básico
Compre e compare Não importa o que você esteja procurando, faça uma
Use o link “Compras” no painel à esquerda na página de pesquisa simples, por exemplo, onde fica o aeroporto mais
resultados para procurar produtos e comparar preços na web. próximo? Inclua palavras descritivas, se necessário.
Se você estiver procurando um lugar ou produto em um local
Encontre empresas locais específico, inclua o local, por exemplo, padaria Campinas.
Para encontrar uma loja, um restaurante ou outra empresa Dica 2: pesquise usando sua voz
em uma área específica, insira o tipo de negócio e o local e Se não quiser digitar, diga “Ok Google” ou escolha o ícone de
apresentaremos uma lista de locais próximos, junto com um microfone para pesquisar usando sua voz. Saiba mais sobre “Ok
mapa, análises e informações de contato. Se você não incluir o Google” e a pesquisa por voz.
local em sua pesquisa, encontraremos locais próximos a você. Dica 3: escolha as palavras com cuidado
Quando pensar nas palavras para sua pesquisa, escolha as
Leia livros de domínio público que tenham mais chances de aparecer no site que você está
Leia gratuitamente os textos completos de obras de domínio procurando. Por exemplo, não diga minha cabeça dói, e sim
público como Moby Dick. Basta selecionar “Livros” no painel dor de cabeça, pois é a palavra usada em sites com informações
esquerdo dos resultados de pesquisa. médicas.
Dica 4: não se preocupe com pequenos detalhes
Delimite uma faixa Ortografia: o corretor ortográfico do Google usa
Para especificar uma determinada faixa de números, digite automaticamente a grafia mais comum de uma palavra, mesmo
“..”, um espaço e os números dentro daquela faixa. Por exemplo, que não tenha digitado corretamente.
se estiver procurando por carros com mais de 300 cavalos de Letras maiúsculas: pesquisar por Folha de São Paulo é o
potência, pesquise por carros “300.. cavalos de potência”. Veja mesmo que digitar folha de são paulo.
outros exemplos: “220.. V” ou “1.. RPM” ou bateria “8000.. mAh” Dica 5: encontre respostas rápidas
Em muitas pesquisas, o Google mostra uma resposta à sua
Veja notícias do mundo todo pergunta nos resultados da pesquisa. Alguns recursos, como
Pesquise por tópicos e clique na guia “Notícias” no painel informações sobre equipes esportivas, não estão disponíveis em
esquerdo para obter resultados de notícias de fontes de todo o todas as regiões.
mundo. - Tempo: pesquise clima para ver o clima de onde você está
ou inclua o nome de uma cidade, como clima Campinas, para
Pesquise por um endereço saber o clima de um lugar específico.
Para mapear qualquer localidade, digite o nome ou CEP da - Dicionário: coloque definição de na frente de qualquer
cidade seguido pela palavra “mapa” e você verá o mapa do lugar. palavra para ver seu significado.
Clique nele para vê-lo no Google Maps. - Cálculos: digite uma equação matemática como 3*9123 ou
resolva equações gráficas complexas.
Termos semelhantes
Obtenha resultados que incluam sinônimos colocando o - Conversões de unidades: digite uma conversão, como 3
sinal “~” em frente ao termo de pesquisa. Uma pesquisa sobre dólares em euros.
[receitas ~sobremesas Natal], por exemplo, retornará resultados - Esportes: procure o nome do seu time para ver a
para sobremesas, além de doces, biscoitos e outras guloseimas. programação, os resultados de jogos e muito mais.
- Fatos rápidos: pesquise o nome de celebridades, locais,
Pesquise por voz filmes ou músicas para encontrar informações relacionadas.
Fale para pesquisar. Toque no botão de microfone na caixa
de pesquisa do Google, ou pressione por alguns segundos o
botão de pesquisa do telefone para ativar a tela “Fale agora”. A
Pesquisa por voz para Android suporta Voice Actions no Android 11 Fonte: https://support.google.com/websearch/
2.2 (Froyo) e superior. answer/134479?hl=pt-BR&ref_topic=3081620

Noções de Informática 9
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Operadores de pesquisa12 info: Receba informações sobre um endereço da Web,
É possível usar operadores de pesquisa e outra pontuação incluindo a versão em cache da página, páginas
para ver resultados mais específicos. Com exceção dos exemplos semelhantes e páginas vinculadas ao site.
abaixo, a Pesquisa Google geralmente ignora pontuação. Exemplo: info:google.com.br
Pontuação e símbolos cache: Veja como estava a página na última
É possível usar os sinais de pontuação abaixo ao pesquisar. vez que o Google visitou o site.
No entanto, incluí-los nem sempre melhora os resultados. Se não Exemplo: cache:washington.edu
acharmos que a pontuação dará resultados melhores, poderão
ser exibidos resultados sugeridos para aquela pesquisa sem a Observação: ao fazer uma pesquisa usando operadores ou
pontuação. sinais de pontuação, não adicione espaços entre o operador e
os termos de pesquisa. Uma pesquisa por site:nytimes.com
funcionará, mas por site: nytimes.com não.
Símb. Como usar
+ Pesquise por páginas do Encontrar imagens sem restrições de uso13
Google+ ou tipos sanguíneos Quando você faz uma Pesquisa Google, pode filtrar os
Exemplos: +Chrome ou  AB+ resultados para encontrar imagens, vídeos ou texto que você
tenha permissão de usar. Para fazer isso, é necessário usar um
@ Encontre tags sociais
filtro da Pesquisa avançada chamado “direitos de uso”, que
Exemplo: @agoogler
permite saber quando usar, compartilhar ou modificar algo que
$ Encontre preços você encontra on-line.
Exemplo: nikon R$400
# Encontre os tópicos mais Encontrar imagens, textos e vídeos que possam ser reutilizados
comuns marcados por hashtags - Acesse a Pesquisa de imagens avançada para imagens ou
Exemplo: #desafiodogelo Pesquisa avançada para todos os outros conteúdos.
- Quando você usa um traço antes de uma - Na caixa “todas estas palavras”, digite o que você deseja
palavra ou site, ele exclui os resultados que pesquisar.
incluem essa palavra ou site. Isso é útil para - Na seção “Direitos de uso”, use a lista suspensa para
palavras com vários significados, como escolher o tipo de licença que você deseja que o conteúdo tenha.
Jaguar, a marca do carro, e jaguar, o animal. - Selecione Pesquisa avançada.
Exemplos:  velocidade do jaguar
-carro ou pandas -site:wikipedia.org Observação: antes de reutilizar o conteúdo, verifique se sua
licença é legítima e confira os termos exatos de reutilização. Por
“ Quando você coloca uma palavra ou frase exemplo, a licença pode exigir que você dê crédito ao criador da
entre aspas, os resultados incluem apenas imagem ao usar a imagem. O Google não pode dizer se a licença
páginas com as mesmas palavras e na mesma é legítima. Portanto, não sabemos se o conteúdo foi legalmente
ordem do que está dentro das aspas. Use isso licenciado.
apenas se você estiver procurando por uma
palavra ou frase exata. Caso contrário, você Tipos de direito de uso
excluirá muitos resultados úteis por engano. - Sem restrições de uso ou compartilhamento: permite que
Exemplo: “imagine all the people” você copie ou redistribua o conteúdo, desde que esse conteúdo
* Adicione um asterisco como um permaneça inalterado.
- Sem restrições de uso, compartilhamento ou modificação:
marcador para termos desconhecidos ou
permite que você copie, modifique ou redistribua o conteúdo
caracteres curinga. conforme especificado pela licença.
- Comercialmente: se você procura conteúdo para uso
Exemplo: “melhor um * na mão do
comercial, não se esqueça de selecionar uma opção que inclui a
que dois *” palavra “comercialmente”.
.. Separe os números por dois pontos sem
Como funcionam os direitos de uso
espaços para ver resultados dentro de Os direitos de uso ajudam a encontrar conteúdo que possa
um intervalo. ser usado além do uso justo. Proprietários de sites podem usar
as licenças para informar se e como o conteúdo dos sites deles
Exemplo: câmera R$50..R$100 pode ser reutilizado.
O filtro de direitos de uso da Pesquisa avançada mostra
Operadores de pesquisa conteúdo identificado com uma licença da Creative Commons ou
Operadores de pesquisa são palavras que podem ser similar, ou como sendo de domínio público. No caso de imagens,
adicionadas às pesquisas para ajudar a restringir os resultados. o filtro de direitos de uso também mostra imagens identificadas
Não se preocupe em memorizar cada operador, pois você com a licença de Documentação livre do GNU.
também pode usar a página Pesquisa avançada para criar essas
pesquisas. Informar direitos de uso incorretos
Caso encontre conteúdo com direitos de uso incorretos nos
Oprdr Como usar resultados de pesquisa, informe-nos por meio do Fórum da
Pesquisa Google.
site: Consiga resultados a partir de
determinados sites ou domínios.
Filtrar seus resultados de pesquisa14
Exemplos: olimpíadas site:nbc.com e
É possível filtrar e personalizar os resultados de pesquisa
related: Encontre sites semelhantes a um para encontrar exatamente o que você deseja. Por exemplo, é
endereço da Web que você já conhece. possível encontrar sites atualizados nas últimas 24 horas ou
Exemplo: related:time.com fotos de uma determinada cor.
OU Encontre páginas que podem
usar uma das várias palavras.
Exemplo: maratona OU corrida 13 Fonte: https://support.google.com/websearch/
answer/29508?hl=pt-BR&ref_topic=3081620
12 Fonte: https://support.google.com/websearch/ 14 Fonte: https://support.google.com/websearch/
answer/2466433?hl=pt-BR&ref_topic=3081620 answer/142143?hl=pt-BR&ref_topic=3081620

Noções de Informática 10
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Observação: os filtros de resultados de pesquisa não - Patentes: selecione a data do depósito do pedido ou
alteram nenhuma das configurações de pesquisa. Para alterar publicação de uma patente, o escritório de patentes onde
configurações, como SafeSearch, resultados por página e foi depositado o pedido, o status do pedido e o tipo. Também
idiomas, ou excluir pesquisas anteriores, visite a página é possível fazer uma pesquisa de patentes diretamente em
Configurações de pesquisa. patents.google.com.br.

Adicionar ou remover filtros Ferramentas de busca que podem ser usadas para resultados
Computador com imagens
- Faça uma pesquisa no Google. - Tamanho: escolha entre grande, médio ou ícone ou
- Escolha o tipo de resultado que você deseja ver, por exemplo configure as dimensões exatas.
Imagens ou Notícias, abaixo da caixa de pesquisa. Clique em - Cor: encontre imagens para uma cor específica certo, preto
Mais para ver outras opções. e branco ou transparente.
- Abaixo da caixa de pesquisa, clique em Ferramentas de - Tipo: veja somente imagens de rostos, fotos, clip art, linhas
pesquisa para ver mais filtros que podem ser aplicados à sua de desenho ou GIFs animados.
pesquisa. As ferramentas de pesquisa que você vê variam de - Tempo: encontre uma foto que tenha sido publicada
acordo com sua pesquisa e com os filtros que você já usou. recentemente ou em uma data específica.
Portanto, você não verá sempre as mesmas opções. - Direitos de uso: veja fotos que podem ser reutilizadas ou
- Para remover os filtros que você já adicionou nas modificadas. Saiba como encontrar conteúdo para reutilização.
ferramentas de pesquisa, clique em Limpar.
Operadores de pesquisa
Navegador para dispositivos móveis Outra maneira de filtrar resultados é usar operadores de
Use estas instruções se estiver pesquisando em um pesquisa, que são palavras ou símbolos que ajudam a restringir
navegador para dispositivos móveis, como o Chrome ou o Safari, seus resultados.
no seu smartphone ou tablet.
- Faça uma pesquisa no Google. Pesquisa avançada15
- Escolha o tipo de resultado que você deseja ver, por exemplo Restrinja os resultados de pesquisas complexas, usando a
Imagens ou Notícias, abaixo da caixa de pesquisa. Toque em Mais página “Pesquisa avançada”. Por exemplo, é possível encontrar
para ver mais opções. sites atualizados nas últimas 24 horas ou imagens em preto e
- Toque em Mais > Ferramentas de pesquisa para ver mais branco.
filtros que você pode aplicar na pesquisa. As ferramentas de
pesquisa que você vê variam de acordo com sua pesquisa e com Fazer uma pesquisa avançada
os filtros que você já usou. Portanto, você não verá sempre as 1- Acesse a página “Pesquisa avançada”.
mesmas opções. - Pesquisa avançada para websites
- Para remover todos os filtros adicionados por meio da - Pesquisa de imagens avançada
Ferramenta de pesquisa, toque em Limpar. 2- Digite os termos da pesquisa na seção “Localizar páginas
com”.
Maneiras de filtrar resultados de pesquisa 3- Na seção “Em seguida, limite seus resultados por”, escolha
- Tipo de resultado: na parte superior ou inferior de uma os filtros que você deseja usar. É possível usar um ou mais filtros.
página de resultados de pesquisa, você vê uma série de maneiras 4- Clique em Pesquisa avançada.
de filtrar os resultados para ver um tipo de conteúdo. Por
exemplo, clique em “Imagens” para que todos os resultados da Dica: também é possível usar muitos desses filtros na caixa
pesquisa sejam de imagens ou “Compras” para ver resultados de pesquisa com operadores de pesquisa.
da pesquisa que ajudem você a encontrar meios de comprar as
coisas que pesquisou. Filtros da “Pesquisa avançada” que podem ser usados
- Ferramentas de pesquisa: depois de decidir que tipo de Sites
resultado que você deseja, refine ainda mais os resultados - Idioma
usando “Ferramentas de pesquisa”. As ferramentas de pesquisa - Região
podem incluir itens como localização, cor, tamanho, bem como a - Data da última atualização
data em que a página foi publicada. - Site ou domínio
- Onde os termos de pesquisa aparecem na página
Tipos de ferramentas de pesquisa - SafeSearch
Algumas ferramentas de pesquisa não estão disponíveis em - Nível de leitura
todos os idiomas ou aparecem apenas se você estiver conectado - Tipo de arquivo
à sua Conta do Google. - Direitos de uso (encontre páginas que você tenha permissão
para usar)
Ferramentas de pesquisa que podem ser usadas para
resultados da Web Imagens
As ferramentas de pesquisa variam de acordo com o tipo de - Tamanho
resultado que você está procurando, mas podem incluir: - Proporção
- Data de publicação: limite os resultados de acordo com a - Cor
data em que eles foram publicados na Web. - Tipo (página de início, animada etc.)
- Palavra por palavra: pesquise por palavras ou frases exatas. - Site ou domínio
- Dicionário: encontre definições, sinônimos, imagens e - Tipo de arquivo
muito mais para seu termo de pesquisa. - SafeSearch
- Particular: se você está conectado à sua Conta do Google, -Direitos de uso (encontre imagens que você tenha permissão
pode ver o conteúdo que foi compartilhado com você no Google+ para usar)
ou no Gmail.
- Local próximo: veja resultados para seu local atual. Página de resultados da Pesquisa Google16
- Vídeos: filtre vídeos por duração, qualidade e fonte, por
exemplo youtube.com.br. Use esta página para saber mais sobre as diferentes partes
- Receitas: filtre por ingredientes, tempo de preparo e de uma página de resultados da Pesquisa Google, incluindo o
quantidade de calorias. 15 Fonte: https://support.google.com/websearch/
- Aplicativos: escolha o preço e o sistema operacional para os answer/35890?hl=pt-BR&ref_topic=3081620
aplicativos disponíveis. 16 Fonte: https://support.google.com/websearch/
answer/35891?hl=pt-BR&ref_topic=3081620

Noções de Informática 11
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
significado de diferentes ícones e botões. Clique em um dos links [4] Parte inferior da página
abaixo para saber mais sobre a parte correspondente da página Local (O local atual que o Google tem para você é exibido
de resultados. juntamente com uma opção para atualizar seu local ou usar seu
local exato.)
Partes da página de resultados de pesquisa Enviar feedback (Se houver um erro na página de resultados
- Parte superior da página ou se você desejar sugerir formas de melhorá-la, clique em
- Filtros e configurações de pesquisa Enviar feedback.)
- Resultados e anúncios de pesquisa
- Parte inferior da página Dica: se sua página de resultados de pesquisa parece muito
pequena, é possível aumentar o texto e o tamanho da página.
- Em um Mac, mantenha a tecla “Command” e a tecla +
pressionadas ao mesmo tempo.
- Em um PC, mantenha as teclas Ctrl e + pressionadas ao
mesmo tempo.
Questões

01. (Prefeitura de Niterói – RJ - Agente Fazendário –


FGV/2015). O Google permite o emprego de expressões que
refinam o processo de busca. Analise, na figura abaixo, a primeira
parte do resultado de uma busca realizada pelo Google.

[1] Parte superior da página


Ícone de microfone (Toque no ícone de microfone para fazer
uma pesquisa usando a voz em vez de digitação.)
Nome do Google+ (Clique no seu nome para acessar sua
página do Google+.) Nesse caso, o texto digitado na caixa de busca foi:
Aplicativos (Clique em “Aplicativos” para ter acesso rápido (A) define prova.
a outros produtos do Google, como Gmail, YouTube e Google (B) dicionário prova.
Agenda.) (C) ++prova.
Sua foto (Clique na sua foto para sair da Conta do Google ou (D) $prova.
para adicionar uma nova conta.) (E) ?prova.
[2] Filtros e configurações de pesquisa 02. (TRE-MT - Conhecimentos Gerais para o Cargo 6
Filtros e ferramentas de pesquisa (Filtros: clique em qualquer – CESP/2015). Assinale a opção que apresenta uma forma
um dos links abaixo da caixa de pesquisa para selecionar o adequada e específica de buscar no Google por arquivos pdf
tipo de resultado que você deseja ver. Por exemplo, para ver relacionados ao BrOffice.
só imagens, clique em “Imagens”. Ferramentas de pesquisa: (A) filetype:pdf broffice
clique em “Ferramentas de pesquisa” para ver as formas mais (B) related:pdf broffice
avançadas de filtrar os resultados, por exemplo por cor, hora ou (C) link:pdf broffice
local.) (D) link broffice
Resultados particulares (Clique em   para ver resultados (E) type:file broffice
públicos. Clique em   para ver resultados particulares, como
informações do seu Gmail ou do Google Agenda, na página de 03. (Prefeitura de Cuiabá – MT - Técnico em
resultados.) Administração Escolar – FGV/2015). Nos buscadores da
Configurações (Clique em “Opções”   para alterar qualquer Internet, especialmente o Google, um trecho entre aspas duplas
uma das suas configurações, como o idioma dos seus resultados na caixa de busca significa que devem ser incluídas no resultado
de pesquisa, o número de resultados por página, o SafeSearch e da busca páginas que contêm
se suas pesquisas anteriores são salvas na sua Conta do Google (A) qualquer das palavras importantes contidas no trecho.
ou não.) (B) todas as palavras importantes contidas no trecho, em
qualquer ordem.
[3] Resultados e anúncios de pesquisa (C) todas as palavras importantes do trecho ou seus
Resultados de pesquisa (Cada resultado de pesquisa tem sinônimos, em qualquer ordem.
três partes: (D) todas as palavras importantes contidas no trecho, na
- Título: a primeira linha azul de qualquer resultado de ordem em que se encontram.
pesquisa é o título da página. Clique no título para acessar o site. (E) todas as palavras importantes do trecho ou seus
- URL: o endereço da Web do site é exibido em verde. sinônimos, na ordem em que se encontram.
- Snippet: abaixo do URL fica uma descrição da página da
Web, que pode incluir palavras que fazem parte da página. As 04. (TRE-AP - Técnico Judiciário – Administrativa –
palavras que você pesquisou aparecem em negrito para ajudar a FCC/2015). Um usuário da internet está realizando uma busca
identificar se a página tem o que você está procurando. sobre terremotos que aconteceram entre os anos de 1970 e
1980 utilizando o site de busca Google. Para restringir e otimizar
Anúncios (Se acharmos que um anúncio pode ajudar você a busca para apresentar apenas os resultados que atendem ao
a encontrar o que está procurando, ele será exibido na parte desejado, ele deve inserir o seguinte texto de busca
superior ou no lado direito da página de resultados. Você saberá (A) Terremoto+1970+1980.
que é um anúncio e não um resultado de pesquisa, por causa do (B) Terremoto 1970-1980.
ícone amarelo de anúncio ao lado do URL.) (C) “Terremoto 1970 1980”.
(D) Terremoto-1970-1980.
(E) Terremoto 1970..1980.

Noções de Informática 12
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
05. (PC-SE - Escrivão Substituto – IBFC/2014). Na
pesquisa avançada do Google, temos como padrão, condições de
limitar os resultados de pesquisa por:
I. tipo de arquivo
II. tamanho da página
III. idioma
Caixa de pesquisa e pesquisas sugeridas
Estão corretos os itens:
(A) I e II Quando encontrar um modelo que goste, dê um duplo
(B) II e III. clique no mesmo para criar um documento com base nesse
(C) I e III modelo. Para ver melhor, clique na miniatura para ver uma pré-
(D) todos os itens visualização maior. Clique nas setas em qualquer um dos lados
da janela de pré-visualização para ver modelos relacionados.
Respostas Na janela de pré-visualização, clique duas vezes na miniatura
01. A\02. A\03. D\04. E\05. C ou clique em Criar para dar início a um novo documento com
base nesse modelo.
Se utiliza um modelo com frequência, pode fixá-lo para que
3. Principais aplicativos para esteja sempre disponível quando inicia o Word. Clique no ícone
edição de textos, planilhas de alfinete que surge por baixo da miniatura na lista de modelos.
eletrônicas, geração de material Os modelos fixados nunca mostram uma pré-visualização.
Faça duplo clique na miniatura do modelo fixado para criar
escrito, audiovisual e outros.
rapidamente um novo documento com base nesse modelo.
Se não tem por hábito abrir determinados documentos
com frequência, alterar partes que estão desatualizadas e, em
WORD 2013 seguida, salve o documento com um novo nome, considere
guardar o documento como um modelo. Isso permite que você
Tarefas básicas no Word 201317 sempre tenha um modelo atualizado pronto a usar.
O Microsoft Word 2013 é um programa de processamento
de texto desenvolvido para o ajudar a criar documentos de Abrir um documento
qualidade profissional. O Word ajuda-o a organizar e escrever Sempre que iniciar o Word, verá uma lista dos documentos
documentos de forma mais eficiente. utilizados mais recentemente na coluna da esquerda. Se o
Os primeiros passos para criar um documento no Word documento de que está à procura não aparecer na lista, clique
2013 consistem em escolher se quer começar a partir de um em Abrir Outros Documentos.
documento em branco ou se prefere que um modelo faça a
maior parte do trabalho por si. A partir daí, os passos básicos na
criação e partilha de documentos são os mesmos. As ferramentas
de edição e revisão avançadas ajudam a colaborar com outras
pessoas, de modo a criar um documento perfeito.

Escolher um modelo
Muitas vezes, é mais fácil criar um documento novo com
base num modelo do que começar com uma página em branco.
Os modelos do Word estão prontos a usar com temas e estilos já Abrir outros documentos
aplicados. Só tem de adicionar o seu próprio conteúdo.
Cada vez que iniciar o Word 2013, pode escolher um modelo Se já estiver no Word, clique em Arquivo > Abrir e a seguir
a partir da galeria, clicar numa categoria para ver os modelos procure a localização do arquivo.
que contém ou pesquisar mais modelos online. (Se preferir não Quando abrir um documento criado em versões anteriores
utilizar um modelo, clique em Documento em branco.) do Word, é apresentada a indicação Modo de Compatibilidade
Para obter mais detalhes sobre um modelo, selecione-o para na barra de título da janela do documento. Você pode trabalhar
abrir a pré-visualização. no modo de compatibilidade ou pode atualizar o documento
para utilizar as funcionalidades novas ou melhoradas do Word
Criar um novo documento através de um modelo 2013.
Localize ou crie o modelo ideal para não ter que recriar
repetidamente conteúdo básico. Além disso, uma vez que o Word Salvar um documento
guarda as alterações no documento novo e não no modelo, você Para salvar um documento pela primeira vez, faça o seguinte:
pode utilizar esse modelo para uma infinidade de documentos. - Clique na guia Arquivo.
Quando o Word é iniciado pela primeira vez, a lista de - Clique em Salvar Como.
modelos é apresentada automaticamente. Para ver a lista em - Procure a localização em que o documento será salvo.
outro momento, clique em Arquivo > Novo. - Clique em Salvar.
Obs: Clique em Documento em branco ou pressione ESC
para começar com uma página em branco. Obs: Para salvar o documento no seu computador, escolha
Você pode procurar mais modelos em Pesquisar modelos uma pasta do Computador ou clique em Procurar. Para salvar o
online. Para acessar rapidamente os modelos populares, clique documento online, escolha a localização em Locais ou Adicionar
numa das palavras-chave apresentadas logo abaixo da caixa de uma Localização. Quando os arquivos estiverem online, poderá
pesquisa. compartilhar, comentar e colaborar através dos arquivos em
tempo real.
O Word salva os documentos automaticamente no formato
.docx. Para salvar o documento em um formato diferente, clique
na lista tipo e selecione o formato de arquivo que deseja.
Para salvar o documento à medida em trabalha, clique em
Salvar na Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.

17 Fonte: https://support.office.com/pt-pt/article/
Tarefas-b%C3%A1sicas-no-Word-2013-87b3243c-b0bf-4a29-82aa-
09a681999fdc?ui=pt-PT&rs=pt-PT&ad=PT

Noções de Informática 13
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
1-Barra de ferramentas de acesso rápido: Permite acessar
opções do Word de forma ágil. Ao clicar na seta ao lado direito
desta barra é possível personalizá-la, adicionando atalhos
conforme sua necessidade.

Salvar na barra de ferramenteas de acesso rápido

Ler documentos
Abra o documento em Modo de Leitura para ocultar a
maioria dos botões e ferramentas e assim concentrar-se na sua
leitura sem distrações.
Obs: Alguns arquivos de texto, tais como documentos ou
anexos protegidos, são automaticamente abertos em Modo de
Leitura.
- Clique em Exibiçãor > Modo de Leitura.
- Para se mover entre páginas num documento, siga um dos
seguintes passos:
- Clique nas setas dos lados esquerdo e direito das páginas.
- Pressione as teclas página abaixo, página acima ou a barra Barra de ferramentas de acesso rápido
da espaços e retrocesso do teclado. Também pode utilizar as
teclas de setas ou a rolagem do mouse. Por padrão há três atalhos disponíveis, Salvar, Desfazer,
- Se estiver a utilizando um dispositivo de toque, percorra Refazer e personalizar barra de tarefas.
com o dedo para a esquerda ou direita.
Obs: Clique em Modo de Exibição > Editar Documento para
voltar a editar o documento.

Registar Alterações
Quando estiver a trabalhando e um documento com outras
pessoas ou editá-lo sozinho, ative a opção Controlar Alterações
para ver todas as alterações. O Word assinala todas as inserções, Atalhos disponíveis na barra de ferramentas de acesso
remoções, mudanças e alterações de formatação realizadas no rápido
documento.
- Abra o documento a ser revisto. 1.1- Salvar: Permite gravar o documento no computador, se
- Clique em Revisão e, em seguida, no botão Controlar for a primeira vez a será iniciada a tela salvar como, para que
Alterações, selecione a opção Controlar Alterações. você nomeie o arquivo e escolha o local onde o mesmo será
armazenado. Caso o documento já tenha sido salvo esta opção
apenas grava as alterações. O atalho usado para salvar é CTRL
+ B.
1.2- Desfazer: Desfaz a última ação realizada, por exemplo:
se você apagou algo sem querer é possível recuperar desfazendo
a ação por meio deste atalho ou através do atalho CTRL + Z. Note
na imagem acima que o item 1.2 está colorido e o item 1.3 está
Registar Alterações sem cor, quando o item está colorido significa que é possível usar
este atalho, quando não está colorido a função está desabilitada é
Imprimir o documento não é possível usá-la. A seta ao lado da opção permite selecionar
Para imprimir um documento de texto defina as opções de qual ação deve ser desfeita.
impressão e imprima o arquivo. 1.3- Refazer: Repete uma ação executada recentemente,
- Clique na guia Arquivo e em seguida clique em Imprimir. quando o atalho desfazer é acionado é possível acionar o botão
- Faça o seguinte: refazer para deixar o documento como antes. O atalho da opção
- Em Imprimir, na caixa Cópias escreva o número de cópias refazer é CTRL + R.
que deseja. 1.4- Personalizar barra de ferramentas de acesso rápido:
- Em Impressora, certifique-se de que a impressora utilizada Permite adicionar atalhos na barra de ferramentas de acesso
está selecionada. rápido.
- Em Configurações, as predefinições de impressão para a 2- Título do documento: Local onde é exibido o nome e o tipo
sua impressora são selecionadas automaticamente. Se quiser do arquivo.
alterar uma configuração, faça as alterações necessárias. 3- Ajuda: Permite acesso a ajuda do office, que pode ser
- Quando estiver satisfeito com as configurações da página, acessada através do botão F1. É possível consultar as dúvidas
clique em Imprimir. digitando o assunto na caixa de pesquisa e clicar em pesquisar, a
ajuda pode ser localizada Online (abre o site da Microsoft através
do navegador padrão do computador) ou Off-line (pesquisa nos
arquivos de ajuda que são instalados junto com o Word 2013).
4- Botões de controle de janela: Permite minimizar,
maximizar ou fechar o documento.

Botões minimizar, maximizar e fechar.

4.1- Opções de exibição da faixa de opções. Permite configurar


os modos de exibição de guias, janelas e faixa de opções.
4.2- Minimizar: Reduz a janela a um botão na barra de
tarefas.
4.3- Maximizar: Amplia a janela até ocupar toda a área de
Tela inicial Word trabalho, ao clicar novamente o tamanho da janela retornara ao

Noções de Informática 14
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
tamanho original. Revisão: Opções de revisão de texto, idioma, proteção e
4.4- Fecha a janela atual. Caso o arquivo tenha sido alterado bloqueio do arquivo...
e não salvo uma caixa de diálogo será exibida para lembrar o Exibição: Opções de configuração de exibição do documento.
usuário de salvar o arquivo. 16- Menu arquivo: acessa opções de manipulação de
5- Conta de usuário – O que você obtém ao entrar no Office documentos
2013? Bem, você consegue trabalhar quando e onde quiser. As opções de manipulação de documentos do Word 2013
Entrando no Office 2013, você pode salvar seus arquivos estão localizadas no menu “Arquivo”
do Office online para acessá-los praticamente em qualquer
lugar e compartilhar com qualquer pessoa. Você também tem NOVO
acesso aos seus temas e configurações de qualquer lugar. Eles Ao selecionar a opção “Novo”, serão demonstrados os
acompanham você, mesmo em dispositivos diferentes. Se você modelos disponíveis para a criação de um novo arquivo, que
tiver sua própria cópia do Office, provavelmente usará a conta pode ser um documento em branco ou um modelo do Word, que
pessoal da Microsoft (um endereço de email e senha) - talvez permite criar um tipo específico de documento, como um plano
a uma conta do Hotmail. Mas se você não tiver uma conta de negócios ou um currículo.
pessoal, tudo bem, você poderá se inscrever para obtê-la. Digite
o endereço de email que você deseja usar e clique em Entrar. Na SALVAR
próxima tela de entrada, clique em Entrar agora. O Word 2013 oferece duas opções para guardar um arquivo,
Se a cópia do Office pertencer à sua empresa ou essas opções são “Salvar” e “Salvar como”. Cada uma delas tem
instituição de ensino, as informações da conta são fornecidas uma função diferente, a opção “salvar” deve ser utilizada quando
a você pela empresa ou instituição, e ela é denominada “conta o documento utilizado já foi salvo pelo menos uma vez, o que
organizacional”. permite que ao fecharmos o arquivo tudo o que foi alterado
Cada conta permite que você acesse os serviços online no mesmo não seja perdido. A opção “Salvar como” é utilizada
da Microsoft, e esses serviços podem ser diferentes para cada quando há a necessidade de salvar uma cópia do arquivo com
conta. Você pode ter ambas as contas. Basta entrar na conta um nome diferente, para que as alterações realizadas não fiquem
que tem os arquivos do Office nos quais você deseja trabalhar. É gravadas no arquivo original.
possível alternar para a outra conta a qualquer momento.
Para ver se você está conectado, basta procurar seu nome IMPRIMIR
no canto superior direito de qualquer programa do Office ou Permite que seja realizada a impressão do documento,
quando iniciar um desses programas. Após entrar, você poderá selecionando o número de cópias a impressora e configurar as
atualizar seu perfil ou alternar entre contas a partir desse local opções de impressão.
a qualquer momento.
6- Barra de rolagem vertical: Permite navegar entre as
páginas do documento, através das setas ou da barra.
7- Zoom: Permite ampliar ou reduzir o tamanho da área de
visualização do documento, aumentar ou diminuir o zoom não
interfere na impressão para aumentar o tamanho da letra de um
texto devemos aumentar o tamanho da fonte.
8- Modo de exibição de texto: Permite selecionar diferentes
modos de visualização do documento.
9- Idioma: Permite selecionar o idioma padrão do documento,
o idioma selecionar afeta como o corretor ortográfico irá
funcionar.
10- Revisão: Mostra os erros encontrados no texto, pode ser
usado como um atalho para a revisão ortográfica.
11- Contador de palavras: Conta o número de palavras em
uma seleção ou no texto todo.
12- Número de página do documento: Permite visualizar o
número de páginas que o documento tem e em qual página o
Tela de configuração de impressão do Word 2013
usuário está no momento. Clicando neste item é possível acessar
a opção ir para que permite localizar páginas.
Impressora – neste item o usuário escolhe a impressora para
13- Barra de rolagem horizontal: Quando o tamanho da
o envio do documento a ser impresso.
janela é reduzido ou o zoom é aumentado e a página não pode
Propriedades da impressora – o usuário define as
ser toda exibida na tela a barra se torna visível para que seja
configurações da impressora, exemplo: Se na impressão será
possível percorrer o documento na horizontal.
utilizado somente o cartucho de tinta preto.
14- Local de edição do documento: É onde o documento
Configurações – permite que o usuário configure as páginas
é criado, no Word é possível inserir texto, imagens, formas,
a serem impressas, como por exemplo, impressão total do
gráficos...
documento, imprimir apenas páginas pares ou ímpares, imprimir
15- Abas de opções de formatação do documento: Através
um trecho do texto selecionado ou páginas intercaladas.
das opções disponíveis em cada aba é possível formatar o
Páginas: permite definir quais páginas serão impressa,
documento, existem sete abas que estão visíveis o tempo todo
se forem páginas intercaladas essas devem ser separadas
no Word:
por vírgula (por exemplo, para impressão das páginas 1 e 5,
Página inicial: Opções de formatação do texto.
ficaria 1,5) ou então para impressão de intervalos, ou seja, para
Inserir: Opções para inserção de imagens, gráficos, símbolos,
impressão das páginas de 2 a 6 ficaria 2-6, é possível imprimir
caixas de texto, tabelas...
páginas intercaladas e intervalos um exemplo seria 2,5,6-9 nesse
Design: Opções para formatação do documento, através de
caso serão impressas as páginas, 2, 5, 6, 7, 8 e 9.
temas pré-definidos (cor de fundo, tipo de fonte, etc.), através
Imprimir em um lado: permite-nos selecionar se a impressão
desta guia é possível adicionar marca d’água, cor da página e
irá ocorrer somente de um lado, ou dos dois lados da página.
bordas.
Agrupado: é a opção onde definimos como a impressora vai
Layout da Página: Opções de formatação de página e
agrupar as páginas impressas, por exemplo: Em um documento
organização dos objetos do documento.
onde temos três páginas e queremos que sejam impressas três
Referências: Opções para configuração de sumário, legenda,
cópias do mesmo, ao utilizar o modo agrupado a impressora irá
citações...
imprimir todas as páginas da primeira cópia, em seguida todas
Correspondências: Opções para configuração de mala
as páginas da segunda cópia e em seguida todas as páginas
direta.
da terceira cópia. Se for selecionada a opção desagrupado a

Noções de Informática 15
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
impressão seria primeiro as 3 páginas nº 1, em seguida as 3 - Restringir acesso: Você pode aplicar permissões ou
páginas nº 2 e depois as 3 páginas nº 3. restrições para um grupo de pessoas. Quando você seleciona
Orientação da Página – Permite que as páginas sejam Restringir Edição, três opções são exibidas: Restrições de
impressas em configurações e paisagem ou retrato. Formatação: reduz as opções de formatação, preservando
Tamanho do Papel – Seleciona tamanhos de papel padrão a aparência. Clique em Configurações para selecionar quais
para impressão como, por exemplo, A3, A4, Ofício, é possível estilos são permitidos. Restrições de edição: você controla
incluir um tamanho personalizado se necessário. como o arquivo pode ser editado ou pode desativar a edição.
Configurações de Margem de Impressão – Essas Clique em Exceções ou Mais usuários para controlar quem pode
configurações podem ser feitas previamente a impressão ou se o editar. Aplicar proteção. Clique em Sim, Aplicar Proteção para
usuário preferir é possível inseri-las no momento da impressão. selecionar a proteção de senha ou a autenticação do usuário.
Quantidade por página – Esta opção cria miniaturas de - Adicionar uma assinatura digital: As assinaturas digitais
páginas onde é possível que sejam impressas várias páginas por autenticam informações digitais, como documentos, mensagens
folha, se o papel utilizado for o papel A4, é possível imprimir até de e-mail e macros, usando a criptografia do computador.
16 páginas por folha.
Configurar Página – Permite acessar configurações de PROPRIEDADES
impressão mais específicas. Ainda na opção informações é possível visualizar as
propriedades do documento.
As propriedades de um documento são detalhes de um
arquivo que o descrevem ou identificam. As propriedades
incluem detalhes como título, nome do autor, assunto e palavras-
chave que identificam o tópico ou o conteúdo do documento.

Estrutura básica dos documentos


Os Editores de texto, assim como é o Microsoft Word 2013,
são programas de computadores elaborados para edição e
formatação de textos, essas formatações podem ser aplicadas
em cabeçalhos e rodapés, fontes, parágrafos, tabelas, trabalhos
com textos em colunas, numerações de páginas, referências
como índices, notas de rodapé e inserção de objetos.
Seu formato de gravação é DOCX e os documentos além
das características básicas citadas acima possuem a seguinte
estrutura:
• Cabeçalho;
• Rodapé;
• Seção;
• Parágrafos;
• Linhas;
PORTEGER COM SENHA • Paginas;
Ao selecionar a opção informações no menu “Arquivo” você • Números de Páginas;
pode proteger o documento. As opções de proteção são: • Margens;

Abaixo, seguem alguns exemplos:

Opções de proteção de um documento

- Marcar como final: Torna o documento somente leitura.


Quando um documento é marcado como final, a digitação,
a edição de comandos e as marcas de revisão de texto são
desabilitadas ou desativadas, e o documento se torna somente
leitura. O comando Marcar como Final o ajuda a comunicar
que você está compartilhando uma versão concluída de um
documento. Ele também ajuda a impedir que revisores ou
leitores façam alterações inadvertidas no documento.
- Criptografar com senha: Define uma senha para o
documento. Quando você seleciona Criptografar com Senha,
a caixa de diálogo Criptografar Documento é exibida. Na caixa
Senha, digite uma senha.
- Restringir edição: Controla os tipos de alterações que
podem ser feitas no documento.

Noções de Informática 16
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
(Ctrl + Shift + >) para aumentar o tamanho da fonte ou (Ctrl +
Shift + <) para diminuir o tamanho da fonte.

Atalhos para fonte

Maiúsculas e Minúsculas: Altera todo o texto selecionado de


acordo com as opções a seguir:

GUIA PÁGINA INICIAL


A aba página inicial permite que você adicione texto, formate
a fonte e o parágrafo, configure estilos de formatação e permite
localizar substituir ou selecionar determinadas partes do texto.

ÁREA DE TRANSFERÊNCIA
Auxilia nos procedimentos de Copiar, Recortar, Colar e na
utilização do pincel de formatação. Opções do menu Maiúsculas e Minúsculas

Limpar Formatação: Limpa toda a formatação do texto.


Deixando-o com a formatação do estilo Normal.
Negrito: Torna o traço da escrita mais grosso que o comum.
Pode ser aplicado ao selecionar um texto ou palavra e clicar no
atalho do grupo de opções fonte ou usando a combinação (Ctrl
Opções da Área de Transferência
+ N).
Itálico: Deixa a fonte levemente inclinada à direita. Pode ser
Colar: Permite adicionar ao documento uma imagem ou texto
aplicado ao selecionar um texto ou palavra e clicar no atalho do
copiado do navegador de internet, de uma planilha do Excel, de
grupo de opções fonte ou usando a combinação (Ctrl + I). Ex:
uma apresentação do Power Point ou mesmo do próprio Word.
Sublinhado: Sublinha o texto, frase ou palavra selecionada,
A tecla de atalho utilizada é a combinação (CTRL + V)
inserindo uma linha abaixo da mesma. Pode ser aplicado ao
Recortar: Remove a seleção, adicionando-a na área de
selecionar um texto ou palavra e clicar no atalho do grupo de
transferência, para que o conteúdo seja colado em outro local,
opções fonte ou usando a combinação (Ctrl + S).
seja ele no mesmo documento ou em outro. A tecla de atalho
Tachado: Desenha uma linha no meio do texto selecionado.
utilizada é a combinação (CTRL + X)
Ex:
Copiar: Copia a seleção, adicionando-a na área de
Exemplo de texto tachado.
transferência, para que o conteúdo seja colado em outro local,
seja ele no mesmo documento ou em outro. A tecla de atalho
utilizada é a combinação (CTRL + C)
Pincel de Formatação: Permite que a formatação de um texto
por exemplo, seja copiada, ao visualizar determinada formatação
você pode selecioná-la, clicar no pincel de formatação, neste
momento o cursor do mouse vai ficar no formato de um pincel,
agora todo o texto que você selecionar receberá a mesma
formatação da seleção que foi feita anteriormente. A tecla de
atalho utilizada é a combinação (CTRL + Shift + C) para copiar e Ao selecionar o texto do exemplo acima o atalho usado para
(CTRL + Shift + V) para colar. o comando tachado fica destacado.

FONTE Subscrito: Cria letras ou números pequenos abaixo do texto.


As fontes são definidas a partir de seu estilo, tipo e tamanho, Tem como atalho a combinação de teclas (Ctrl + =). Ex:
o Word, trabalha com as chamadas fontes True Type gravadas H2O
sob o formato .ttf, o local de armazenamento das fontes é no Sobrescrito: Cria letras ou números pequenos acima do
diretório Fonts dentro da pasta Windows, essas não ficam só texto. Tem como atalho a combinação de teclas (Ctrl + Shift + +).
disponíveis para o Word, mas sim para todos os programas do 158
computador. Efeitos de texto: Permite adicionar efeitos ao texto como
Na barra de ferramentas padrão da aba página inicial do sombra, reflexo ou brilho. Ao clicar na seta ao lado do atalho de
Word, estão disponíveis em forma de ícones todas as opções efeitos temos algumas opções disponíveis para aplicar no texto
para formatações de texto, como veremos a seguir: selecionado.
Nome da Fonte: Os nomes das fontes estão relacionados Cor do Realce do texto: Faz com que o texto selecionado fique
diretamente com seus estilos, por padrão o Word 2013 o Word como se tivesse sido selecionado por um marcador de texto.
sugere a utilização das fontes Calibri e Cambria, também existe Cor da fonte: Muda a cor do texto selecionado. Pod­emos
uma área onde ficam armazenas as fontes que foram usadas escolher uma cor sugerida ou clicar em mais cores para visualizar
recentemente. mais opções de cores, ou ainda utilizar a opção gradiente que
Tamanho da Fonte: ao lado da caixa onde fica definido o permite escolher uma combinação de cor para a fonte.
nome da fonte utilizada temos a caixa de seleção dos tamanhos Formatação de Parágrafos, são utilizadas para alinhar o
das fontes, exemplo: 8, 9, 10, 11 e assim por diante, se necessário, texto, criar recuos e espaçamentos entre parágrafos, conforme
o usuário também pode digitar um valor numérico nesta caixa e a necessidade do usuário, veja nos exemplos a seguir cada uma
pressionar a tecla Enter para fixar o tamanho desejado, ainda dessas formatações:
podemos utilizar os ícones aumentar ou diminuir o tamanho do 1- Texto alinhado à Esquerda – Alinha todo o texto
texto. Há a possibilidade de utilizar também as teclas de atalho selecionado a esquerda.

Noções de Informática 17
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
2- Texto Centralizado – Centraliza o texto no meio da GUIA INSERIR
página. As ferramentas dessa área são utilizadas para inserção de
3- Texto alinhado a Direita – Faz com que o texto objetos nas páginas do documentos, estas, são divididas pelas
selecionado fique alinhado a direita. seguintes categorias:
4- Texto alinhado Justificado – Alinha todo o texto de
forma justificada, ou seja, o texto selecionado fica alinhado
perfeitamente tanto esquerda.
Marcadores e Numeração - é uma ferramenta fundamental
para elaboração de textos seja um texto profissional, doméstico
ou acadêmico. O Word disponibiliza três tipos de marcadores
que são:
Marcadores (são exibidos em forma de símbolos)
Numeração (são exibidos em forma de números e até Página – Insere ao documento objetos como folha de rosto,
mesmo letas) página em branco ou quebra de página (envia o texto ou cursor
Lista de vários Níveis (são exibidos níveis para o marcador para a próxima página).
exemplo, 1.1 ou 2.1.3) Tabelas – Cria no documento tabelas com o número de
Níveis de Recuo – São utilizados para aumentar ou diminuir colunas e linhas especificado pelo usuário, nesse MENU, também
nível de recuo do parágrafo desejado. são disponibilizadas ferramentas como “desenhar tabela”
(permite que o usuário fique livre para desenhar sua tabela),
“Planilha do Excel” (importa uma planilha do Excel para dentro
do Documento do Word) e “Tabelas Rápidas” (Cria modelos de
tabelas pré-definidos como calendários, matrizes, etc.).
Exemplo do nível de recuo para a primeira linha No Word 2013, sempre que inserimos algum objeto
que possua configurações adicionais, ou seja que não estão
disponíveis nos sete menus iniciais, submenus são adicionados
para auxiliar na formatação do objeto, quando inserimos uma
tabela por exemplo, as abas Design e Layout ficam disponíveis,
pois são abas que só aparecem quando estamos formatando
uma tabela.

Exemplo de uso da régua em um documento.

1- Margem esquerda: É o limite da impressão no papel do


lado esquerdo, tudo o que ficar além do limite não irá aparecer
na impressão. Ferramentas de Tabela aba Design
2- Recuo deslocado: Ao clicar e arrastar usando este ícone, o
texto que faz parte da segunda linha em diante terá seus valores 1- Opção ferramentas de tabela, traz as abas Design e Layout
de recuo alterados de acordo com o tanto que o objeto for que são usadas para a formatação de tabelas.
deslocado, para direita ou esquerda. 2- Aba Design: Permite configurar cores, estilos de borda e
3- Recuo à esquerda: Ao clicar e arrastar usando este ícone, sombreamento de uma tabela.
o texto que faz parte da segunda linha em diante terá seus 3- Aba Layout: Permite configurar a disposição do texto ou
valores de recuo alterados de acordo com o tanto que o objeto imagem dentro da tabela, configurar o tamanho das colunas e
for deslocado, para direita ou esquerda. Com uma diferença linhas e trabalhar com os dados da tabela.
da opção anterior, pois ao deslocarmos este objeto, o recuo da
primeira linha será deslocado junto, mantendo assim a mesma Obs: Quando estamos trabalhando com tabelas e desejamos
proporção de distância entre o texto da primeira e das demais apagar os dados que estão dentro dela usamos a tecla “Delete”,
linhas do parágrafo. a tecla Backspace é usada quando desejamos excluir linhas,
4- Recuo da primeira linha: Ao clicar e arrastar usando colunas ou a tabela.
este ícone, o texto da primeira linha terá seus valores de recuo Ilustrações – Permite a inserção de Imagens (arquivos de
alterados de acordo com o tanto que o objeto for deslocado, para imagens do computador), ClipArt (arquivos de mídia, como
direita ou esquerda. ilustrações, fotografias, sons, animações ou filmes, que são
5- Recuo à direita: Define o lime para o texto à direita da fornecidos no Microsoft Office), Formas (Formas geométricas),
página. SmartArts (Diagramas), Gráficos(Importa do Excel gráficos para
6- Margem direita: Define o limite da área impressa do lado ilustração de dados), Instantaneo(insere uma imagem de um
direito da página. programa que esteja minimizado na barra de tarefas).
Ao inserir uma imagem temos acesso as opções de
Espaçamento de Linhas e Parágrafos – Altera os espaços formatação de imagem, que vem através de uma nova aba.
entre as linhas do texto, estes espaçamentos são definidos por Através dela é possivel fazer ajustes na imagem, definir estilos,
pontos, e podem ser atribuídos antes ou após os parágrafos. organizar ela no texto e definir seu tamanho.
Sombreamento nos parágrafos – Realça todo o parágrafo,
diferenciando do item
Sombreamento
Diferente do realce que sombreia apenas o texto selecionado,
o sombreamento muda a cor da linha toda.

Bordas – as bordas inferiores são utilizadas para criar linhas


em volta do texto selecionado, basta selecionar o texto desejado
e escolher as bordas desejadas.
Estilos
Estilos são formatações e alinhamentos pré-definidos que
são utilizados para poupar tempo e proporcionar ao documento
um bom aspecto, basta selecionar ou criar o seu próprio estilo e Ferramentas de Imagem: Aba Formatar
aplicar ao texto selecionado.

Noções de Informática 18
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Ao inserir formas também temos acesso a uma nova aba Tamanho – Permite que o usuário escolher um tamanho
Formatar que faz parte da opção ferramentas de Desenho. Onde de papel para o documento, assim como em todas as outras
é possivel escolher outras formas, colorir, definir textos para as configurações existem tamanhos padrões, mas é possível
formas, organiza-la no documento e configurar seu tamanho. personaliza-los.
Link – Utilizado para criar ligações com alguma página WEB Colunas – divide o texto da página em uma ou mais colunas.
ou para ativar algum cliente de e-mail ativo no computador e Essa opção é muito utilizada para diagramações de livros,
também criar referência cruzada, ou seja, referência algum item apostilas, revistas, etc.
do documento. Quebra de Página – Adiciona Página, seção ou quebras de
Cabeçalho e Rodapé – Edita o cabeção e rodapé do coluna ao documento como mostra no exemplo a seguir:
documento, aplicando sua configuração a todas as páginas. Números de linha: Fazer referência a linhas específicas no
Sendo que o cabeçalho está localizado na parte de cima do documento com rapidez e facilidade, usando números de linha
documento e o rodapé na parte de baixo, conforme demonstrado na margem.
na imagem localizada no item estrutura básica dos documentos. Hifenização: Quando uma palavra fica sem espaço, o Word
Número de Página – Insere uma sequência numérica às normalmente a move para a próxima linha. Quando você ativa a
páginas, sendo no cabeçalho ou no rodapé e na esquerda ou hifenização, ajuda a criar um espaço mais uniforme e economiza
direita. espaço no documento.
Textos – Caixa de Texto (insere uma caixa de texto pré-
formatada), Partes Rápidas (insere trechos de textos reutilizáveis GUIA REFERÊNCIAS
configurados pelo usuário), WordArt (inclui um texto decorativo A aba de Referencias possui um amplo conjunto de
ao documento) e Letras Capitular (cria uma letra maiúscula ferramentas a serem utilizadas no documento, como por
grande no início do parágrafo). exemplo, índices, notas de rodapé, legendas, etc.
Campos pré-definidos (Linha de Assinatura e Data e Sumário – Ferramenta para elaboração do Índice principal
Hora) – A Linha de Assinatura insere um campo automático do documento, este pode ser criado a partir de Estilos pré-
que necessita de prévia configuração com a especificação para estabelecidos ou por meio de inserção de itens manualmente.
uma pessoa assinar o documento, caso o usuário possua uma Nota de Rodapé – Utilizada para referenciar algo do texto
assinatura digital, então poderá utilizá-la, o campo Data e Hora no rodapé da página, essas são numeradas automaticamente.
insere em diversos formatos a data e/ou hora do computador. Citação Bibliográfica – Permite que sejam inseridas
Símbolos – utilizado para inserção de fórmulas matemáticas informações como autor, título, ano, cidade e editora na citação.
(já existentes no computador ou criadas pelo usuário) ou Legendas – Utilizada para criar legendas de tabelas e
símbolos não disponíveis no teclado. figuras, pode ser utilizado como índice de ilustrações e tabelas.
Índice - É uma lista de palavras encontradas no documento,
GUIA DESIGN juntamente com o número das página em que as palavras
Formatação do documento: Permite aplicar diferentes aparecem.
formatações para o texto, definir temas para o documento, e Índice de autoridades – Adiciona um índice de casos,
selecionar cores pré-definidas ou personalizadas. estatutos e outras autoridades citadas no documento.
Plano de fundo da página: Permite adicionar um plano de
fundo, bordas ou marca d`água em um documento. GUIA CORRESPONDÊNCIAS
Layout da Página Criar: Permite criar um documento baseado em uma modelo
Nessa área ficam dispostas as opções de formatações gerais de etiqueta ou envelope.
de Layout da página ou do documento a ser trabalhado, como Iniciar mala direta: Opção para criar mala direta ou
configurações de margens, orientações da página, colunas e selecionar destinatários que já existem em algum tipo de banco
tamanhos: de dados.
Gravar e inserir campos: Opções para inserção dos
campos correspondentes aos destinatários. Através desta opção
podemos adicionar um texto direcionado aos destinatários.
Visualizar resultados: Opção usada para verificar como
ficou o documento com a mala direta, podendo alternar entre a
visualização dos campos ou destinatários.
Concluir: Permite imprimir o documento para todos os
destinatários.
Margens – permite que o usuário atribua configure as
margens superior, inferior, direita e esquerda da página, o GUIA REVISÃO
Word 2010 já traz em sua configuração padrão margens pré- A guia revisão nos traz ferramentas de ortografia e
configuradas, porém, mas é possível incluir suas próprias gramática, Contador de palavras, Comentários e etc. Todas
configurações, clicando em “Margens Personalizadas”. as funcionalidades desta guia servem para a realização uma
revisão geral no documento com a finalidade de realizar buscas
Orientação – Altera o layout da página para retrato ou de erros no texto.
paisagem. A opção de Ortografia e gramatica serve para auxiliar a
correção do documento, onde é possível corrigir palavras
escritas de forma errada ou corrigir a forma como determinados
símbolos foram inseridos.
O Word identifica erros de ortografia e gramatica através
de sublinhados, o sublinhado vermelho abaixo de uma palavra
no Word indica possíveis erros de ortografia, é uma palavra
não reconhecida, onde o usuário pode optar por corrigi-la ou
adicionar esta palavra ao dicionário. Basta clicar com o botão
direito do mouse sobre a palavra para ver as sugestões. Faz
parte das opções de ortografia e gramática a sugestão de escrita
da pala, que na imagem abaixo sugere que a palavra seja escrita
com letra maiúscula, podemos ignora o aviso do Word, assim o
sublinhado desaparece desta palavra, podemos ignorar tudo,
para que não apareça o sublinhado todo o documento onde
a palavra está escrita ou adicionar ao dicionário para que a
palavra não seja reconhecida como errada novamente em
nenhum documento do Word escrito neste computador, porém

Noções de Informática 19
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
o usuário deve tomar cuidado pois ao adicionar uma palavra 03. Assinale a alternativa correta, sobre o documento a
escrita de forma errado no dicionário a correção ortográfica não seguir, criado no Microsoft Word 2013, em sua configuração
irá sugerir correção para a mesma em nenhum momento. original, com o cursor posicionado na segunda página.

Opções de correção ortográfica.


(A) O documento contém 1 página e está formatado com 2
Obs: Nenhum dos sublinhado que aparecer devido a um colunas.
erro ortográfico será impresso, essas marcas só são visíveis no (B) A primeira página está sendo exibida em modo de
computador. impressão e a segunda página, em modo de layout web.
COMENTÁRIOS: Permite que um comentário seja adicionado (C) O documento contém 2 páginas, sendo a primeira em
em uma seleção. orientação paisagem e a segunda, em orientação retrato.
(D) O documento contém 1 página, sendo que o primeiro
GUIA EXIBIÇÃO quadro é dedicado a anotações do autor do texto.
Modos de exibição: Opções de configuração de exibição do (E) O documento está 40% preenchido.
documento.
Mostrar: Opções de exibição de ferramentas do Word. 04. (Banco do Brasil – Escriturário – FCC/2011)
Zoom: Opções de zoom, para aumentar ou diminuir a tela. Comparando-se o Word com o Writer,
Esta opção não aumenta o tamanho da letra ou dos objetos que (A) apenas o Word possui o menu Tabela.
fazem parte do documento. (B) apenas o Word possui o menu Ferramentas.
Janela: Opção para organizar como se comportam as janelas, (C) nenhum dos dois possui o menu Tabela.
quando mais de um documento sendo visualizado ao mesmo (D) apenas o Word possui os menus Ferramentas e Tabela.
tempo. (E) ambos possuem os menus Ferramentas e Tabela.
Macros: Exibe uma listagem de macros que podem ser
utilizas no documento. 05. (NOSSA CAIXA DESENVOLVIMENTO - Advogado –
FCC/2011) No Microsoft Word e no BrOffice Writer, alinhar,
Questões centralizar e justificar são opções de
(A) organização de desenhos.
01. No Microsoft Word 2013, em sua configuração padrão, (B) ajustamento de células em planilhas.
as configurações de parágrafo e estilo são encontradas na guia: (C) formatação de texto.
(D) ajustamento de slides para exibição.
(A) Inserir. (E) aumento e diminuição de recuo.
(B) Layout da Página.
(C) Página Inicial. Respostas
(D) Exibição. 01. C\02. B\03. C\04. E\05. C
(E) Revisão.
EXCEL 2013
02. (ANAC - Técnico Administrativo - ESAF/2016). No MS
Word 2013, Excel é um programa de planilhas do sistema Microsoft
(A) é possível aplicar os recursos de formatação (aplicar Office, desenvolvido para formatar pastas de trabalho (um
negrito, centralizar, etc.) em um símbolo, bastando aplicar o conjunto de planilhas) para analisar dados e tomar decisões de
comando antes de selecioná-lo como um caractere normal. negócios mais bem informadas.
(B) é possível aplicar os recursos de formatação (aplicar A indicação do Excel é para pessoas e empresas que
negrito, centralizar, etc.) em um símbolo, bastando selecioná-lo desejam manter controles contábeis, orçamentos, controles de
como um caractere normal antes da aplicação do comando. cobranças e vendas, fluxo de caixa, relatórios, planejamentos,
(C) é possível criar uma tecla de atalho para inserção de acompanhamentos gerais (pontos eletrônicos, estoques,
símbolo, desde que seja aberta a caixa de diálogo no momento clientes, etc.), calendários, e muito mais. 
de cada inserção Até a versão 2003 do Excel os formatos de gravação de
(D) é possível utilizar o Clip-art.com para inserir imagens, arquivos utilizados eram .xls e .xlt, atualmente utilizam os
sem haver conexão com a internet. formatos .xlsx, xltx e xlsm (este com suporte a macros).
(E) não há possibilidade de ajustar uma tabela gerada por
auto-formatação. Estrutura básica das pastas e planilhas
É a estrutura que compõe a tela do programa.
1) Barra de Ferramentas de Acesso Rápido:
São ícones de atalho configurados no canto superior
esquerdo da tela, para agilizar o acesso a comandos comumente
utilizados.
Os ícones padrão são:

Noções de Informática 20
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
A – Botão do Excel: possibilita a realização de funções com Além de exibir o nome da célula, caso já saibamos para
a janela como Restaurar, Mover, alterar o Tamanho, Minimizar, que célula desejamos ir, basta digitar o nome na referida caixa
Maximizar e Fechar (Alt+F4). e pressionar a tecla ENTER. Com este procedimento, seremos
B – Salvar: quando criamos um documento e desejamos gravá- levados diretamente para a célula digitada.
lo no computador ou em outro dispositivo de armazenamento. Outra função da caixa de nomes é atribuir nomes diferentes
C – Desfazer (Ctrl+Z): Desfaz as últimas ações realizadas. às células. Esse recurso é muito útil quando trabalhamos com
D – Refazer (Ctrl+Y): Refaz a última ação. uma planilha grande, por exemplo. Para não precisar lembrar
E – Persolnalizar a Barra de Ferramentas de Acesso Rápido: qual a coluna e linha de uma célula para encontrá-la no meio
Com ela determinamos quais os ícones que farão parte desta de tantas outras sem percorrer toda a planilha a sua procura,
barra, habilitando ou desabilitando para mostrar ou ocultar, podemos dar um nome específico a ela, como, por exemplo
respectivamente, determinado ícone. “total”.
2) Barra de Título: mostra o nome da pasta e o nome do Para trocar o nome de uma célula, basta:
programa. O nome padrão dos arquivos no Excel é “Pasta”. Esse - Com a célula selecionada vá até a caixa de nomes e digite
nome pode ser alterado pelo usuário quando o arquivo é salvo. o nome desejando. Pressione ENTER. Pronto! A célula já estará
3) Ajuda do Microsoft Excel (F1): abre o assistente de ajuda com seu nome alterado. O mesmo procedimento pode ser
do Excel, no modo offline (apenas com a ajuda instalada no realizado para atribuir um nome a um grupo de células.
computador) ou online (permitindo a pesquisa na Internet).
4) Opções de Exibição da Faixa de Opções: permite a
configuração de opções de mostrar ou ocultar na Faixa de
Opções.
- Ocultar a Faixa de Opções Automaticamente: Oculta a Faixa
de Opções e com um clique na parte superior do aplicativo volta
a exibí-la.
- Mostrar Guias: Mostra somente as guias da Faixa de Opções.
Clicando em uma das guias, mostra os comandos.
- Mostrar Guias e Comandos: Mostra as guias e da Faixa de
Opções e comandos o tempo todo. Nome dado a um grupo de células
5) Minimizar: reduz a janela a um botão na barra de tarefas
do sistema operacional. Clicando no drop down da caixa de nomes, serão listados
6) Maximizar ou Restaurar: sua função depende do estado todos os nomes atribuídos pelo uusário nas células da planilha,
atual da janela. Se ela estiver maximizada, ou seja, ocupando permitindo o deslocamento para elas apenas com um clique:
toda a área da tela do computador, este botão transforma-se
no Restaurar, que volta a janela ao tamanho anteriormente
determinado pelo usuário. Se ela estiver com tamanho alterado,
o botão transforma-se no Maximizar, que faz com que a janela
ocupe a maior área possível da tela.
7) Fechar: finaliza o documento.
8) Faixa de opções: é composta pela Barra de Ferramentas
Nomes dados às células da planilha
de Acesso Rápido, Barra de Título, Botões de Ajuda, Opções de
Exibição da Faixa de Opções, Minimizar, Restaurar/Maximizar e
B) Botões Cancelar,Inserir e Inserir função:
Fechar, Guias e Comandos.
- Cancelar:
Quando estamos com uma célula ativa e desejamos anular
o conteúdo digitado dentro dela, podemos usar o cancelar. O
que foi digitado será excluído e a célula voltará ao seu estado
original.
- Inserir:
O botão inserir confirma a inclusão de um conteúdo em uma
célula. Após escrevermos um texto e clicarmos nele, o texto será
Grupos confimado dentro da célula.
As guias são as “abas” que englobam grupos e comandos. Não é necessário o uso contínuo dos botões Cancelar e
Os comandos são os botões que realizam funções específicas Inserir, visto que uma vez que o conteúdo da célula não esteja
presentes em cada grupo. correto ou não seja desejado, pode ser excluído facilmente com
Os grupos organizam comandos característicos. o auxílio das teclas “Del” ou “Backspace”. Quando terminamos
Por exemplo, temos na Guia “Página Inicial” os grupos Área de digitar um conteúdo em uma célula e pressionamos “ENTER”
de Transferência, Fonte, Alinhamento, Número, Estilo, Células e ou clicamos em outra célula, este conteúdo já é confirmado na
Edição. célula.
Cada guia possui vários grupos e vários botões de comandos. - Inserir função:
No grupo Área de Transferência, temos os botões de Abre a janela “Inserir função” que atua como assistente na
comandos Colar, Recortar, Copiar, Pindel de Formatação e o inserção e uso de funções.
botão mostrar, que exibe todas as opções que compõem esse
grupo.
Essa termologia é importante para entendermos os
enunciados das questões de concursos públicos e também nos
localizarmos durante a prática do programa.
9) Caixa de nomes, cancelar, inserir, inserir função, barra de
fórmulas:
Logo abaixo da Faixa de Comandos temos:

A) Caixa de nomes: nesta caixa fica a localização da célula


ativa, ou seja, aquela que está marcada ou em uso no momento.
Inserir função

Noções de Informática 21
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
A célula que estava ativa e a barra de fórmulas recebem Guias das planilhas:
automaticamente o sinal fundamental e indispensável para que Cada planilha tem sua própria guia, ou seja, sua própria aba,
o Excel considere como função o que será inserido na fórmula que recebe seu nome e pode sofrer algumas formatações como
depois dele: o sinal de “=” (igual). ter a cor da guia alterada.
É possível procurar uma função digitando seu nome e Clicando com o botão direito do mouse em uma guia é
clicando em “Ir”; selecionar uma categoria para localizar mais possível:
facilmente a função desejada; ou clicar diretamente no seu nome. - Inserir: abre a janela Inserir, que permite a inserção de uma
Além de facilitar a localização da função, o “Inserir função” exibe nova planilha em branco ou com outros objetos como gráficos e
a sintaxe e uma breve explicação do que a função selecionada macros.
faz. - Excluir: exclui a planilha selecionada.
Quando clicamos em “OK”, a função escolhida é inserida na - Renomear: permite alterar o nome da planilha ativa.
célula e o programa direciona o usuário para a inserção dos - Mover ou copiar: permite a locomoção da planilha dentro
argumentos da função, implementando explicações e oferecendo da pasta de trabalho, deixando-a antes ou depois de determinada
os caminhos necessários para a completa conclusão: planilha e alterando a ordem em que se encontrava entre as
guias das planilhas. Permite também criar uma cópia da planilha
selecionada e movê-la para a ordem determinada pelo usuário.
- Exibir código: abre o Visual Basic for Applications para que
códigos de programação sejam vinculados à planilha.
- Proteger Planilha: permite atribuir senhas que impeçam
a alteração do conteúdo da planilha por terceiros. Protege e
planilha e o conteúdo de células bloqueadas.
- Cor da Guia: permite alterar a cor da guia para destacar e
organizar as planilhas.
- Ocultar: esconte a planilha da lista de visualização. Após
usar este recurso, basta usar o Re-exibir para voltar a mostrar
a planilha.
- Selecionar todas: agrupa todas as planilhas permitindo
formatações e ações em conjunto como, por exemplo, atribuir
Argumentos da função uma cor a todas as guias.
Quando existem muitas planilhas para serem visualizadas,
C) Barra de fórmulas: aparecem no início e no final da lista de guias sinais de “...”
Tendo uma célula ativa, podemos inserir dados nela também reticências, indicando sua continuidade. Para exibir guias que
pela barra de fórmulas. Ou seja, clicamos da célula para ativá- não estão sendo visualizadas, basta clicar nesses sinais.
la, mas para uma melhor visualização, digitamos o conteúdo na Indicado pela seta da figura acima, temos o botão “Nova
barra de fórmulas. Mas a principal função dessa barra é mostrar Planilha”, que insere mais uma planilha automaticamente na
o conteúdo real da célula, pois quando o conteúdo da célula se lista das guias.
trata de uma função, a célula mostrará apenas o resultado dela. Barra de Status: mostra informações sobre a planilha a
Já a barra de fórmulas mostra o real conteúdo da célula, seja forma de exibição do documento (normal, layout da página,
texto, seja fórmula. visualização de quebra de página) e o controle do zoom.

Novas pastas
Para criar uma nova pasta, quando iniciamos o programa é
exibida a seguinte tela:

Barra de fórmulas

Continuando a estrutura de nossa pasta e planilhas, teremos,


na ordem, o cabeçalho das colunas, das linhas que finalmente
darão origem às céluas. Teremos então, a planilha em si:

Tela Inicial Excel 2013

Com a tela inicial do Excel 2013 podemos escolher inicar


uma nova pasta clicando na opção:
- Pasta de trabalho em branco - abrirá um arquivo vazio para
Planilha
darmos início ao nosso trabalho;
- Em um dos modelos como “Amortização de empréstimos”,
Na figura a cima, o canto marcado com uma seta mostra o
“Cartão de ponto” ou outros, o arquivo abrirá com formatações
local em que podemos, com apenas um clique, selecionar a
prontas, bastando alterar o texto nos lugares indicados para a
planilha inteira.
criação de uma pasta com aparência profissional.
Barras de rolagem: localizadas nas extremidades direita
Após a abertura do programa, para dar incício a uma nova
e inferior da página, permitem rolar a planilha na tela dando
planilha, aciona-se, na guia Arquivo, que é a primeira no canto
visibilidade a todo o seu conteúdo.
superior esquerdo da Faixa de opções, a opção Novo, conforme
Permitem navegar entre as planilhas existentes, indo para a
indicado na figura a seguir:
planilha anterior, para a próxima ou:
- Ctrl+ botão esquerdo do mouse: rola a visualização para a
primeira ou para a última planilha, dependendo do navegador
selecionado.
- Clique com o botão direito do mouse: abre a lista com os
nomes de todas as planilhas, facilitando seu acesso com apenas
um clique:

Noções de Informática 22
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
realizadas, é possível acionar as telas que vimos através da guia
“Arquivo”, opção “Salvar como”. Com ela sempre será possível
escolher outro local, outro nome e outro tipo para o arquivo.

Abrir arquivos
Para abrir arquivos existentes, após a abertura do
programa, usamos a guia “Arquivo” e a opção “Abrir”. Com estes
procedimentos, será aberta uma tela com a lista das pastas
recentemente utilizadas, para facilitar a sua abertura com
apenas um clique em seu nome.
Caso a pasta desejada não esteja na lista das pastas de
trabalho recentes, podemos clicar no ícone “Computador” e
procurá-la em uma das pastas da lista, ou pelo botão “Procurar”.
Quando clicamos em “Procurar”, é aberta uma tela que dá
acesso a todo o conteúdo do computador. Nela, clicando nas
pastas e subpastas ou em dispositivos de armazenamento e de
Nova pasta rede conectados a máquina, seguimos o caminho que nos leva a
pasta de trabalho desejada. Ao encontrá-la, clicamos duas vezes
Após essas ações, continuamos a criação da nova pasta, sobre seu ícone e será aberta.
como visto anteriormente, ou seja, clicando sobre o modelo que
desejamos usar. Elaboração de tabelas e gráficos
Os recursos de edição de uma planilha compreendem a
Salvar arquivo digitação, os comandos Desfazer/Refazer, Repetir, os comandos
A criação do arquivo é efetivada após seu salvamento, ou dos grupos Área de Transferência, Fonte, Alinhamento, Número,
seja, sua gravação em alguma mídia de armazenamento, como o Estilo Células e Edição, que encontramos na guia Página Inicial.
HD do computador ou um pendrive. Iniciaremos com os grupos Área de trasferência e Edição
Com o arquivo aberto, clique no ícone Salvar, ou use as teclas para depois tratarmos separadamente dos grupos Fonte,
de atalho Ctrl+B, conforme indicado na figura: Alinhamento, Número, Estilo Células, que compreendem a
Outra forma de acionar o mesmo comando, é clicando na formatação da planilha, propriamete dita.
guia Arquivo e depois na opção Salvar.
Com a tela acima vemos o conteúdo da pasta atualmente Grupo Área de Transferência:
selecinada para gravação. Clicando em “Procurar”, será aberta Possui os botões de comando para colar, recortar, copiar e
uma tela onde é possível definir o local, o nome e o tipo de pincel de formatação. Quando usamos os recursos de recortar
arquivo que guardará nosso trabalho. e copiar, o conteúdo recortado ou copiado fica armazenado na
memória RAM do computador, em uma área denominada área
de transferência.
Colar – aplica no documento um texto ou imagem que foi
copiada ou recortada. Teclas de atalho CTRL + V.
Recortar – retira do documento e coloca na área de
transferência um texto ou imagem selecionada. Teclas de atalho
CTRL + X.
Copiar – cria uma cópia do texto ou imagem selecionado e
deixa na área de transferência. Teclas de atalho CTRL + C.
Pincel de formatação – Guarda a formatação do texto
selecionado para aplicar em outro ponto do texto. Teclas de
atalho CTRL + SHIFT + C.
Grupo Edição:
Soma: exibe a soma das células selecionadas diretamente
após essas células.
Classificar e filtrar: organiza os dados para que sejam mais
facilmente analisados.
Localizar e Selecionar: localiza e seleciona um texto
Salvar como específico, uma formatação ou um tipo de informação na pasta
de trabalho.
1 e 2– Escolhemos o local onde o arquivo será gravado, Preencher: continua um padrão em uma ou mais células
clicando (1) na pasta e (2) na subpasta de destino. adjacentes.
3 – Digitamos seu nome ou mantemos o nome padrão. Limpar: exclui todos os elementos da célula ou remove
4 – Determinamos o tipo do arquivo. seletivamente a formatação, o conteúdo ou os comentários.
São vários os tipos de arquivo que podemos escolher. O
tipo do arquivo determina qual será a sua extensão. A extensão Grupo Fonte:
é o conjunto de três ou quatro letras colocadas pelo programa Permite a formatação da fonte das palavras ou caracteres
após seu nome e um . (ponto). Por exemplo: material escrito. selecionados, mudando sua forma, tamanho e usando efeitos
xlsx. No exemplo, “material escrito” é o nome do arquivo e para realçar ou fazer indicações especiais no texto, como a
“.xlsx” é a extensão. Ela serve de referência para sabermos em aplicação de itálico, para indicar uma palavra em outro idioma,
qual programa um determinado arquivo foi criado e em quais ou sublinhado para indicar um link.
programas poderá ser aberto.
A opção “Salvar”, em todas as suas formas de acesso (Ctrl+B,
ícone Salvar ou Arquvio, Salvar), abre a janela Salvar como
apenas na primeira vez que é acionado para cada arquivo. Depois
que ele já está gravado, se for acionada novamente, irá gravar as
alterações efetuadas automaticamente no mesmo arquivo. Essa
ação faz com que tenhamos apenas o arquivo em sua forma mais
atual.
Se a intensão for manter o arquivo original e salvar um
outro arquivo que tenha o conteúdo inicial mais as alterações

Noções de Informática 23
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Para criarmos um gráfico:

1º) Selecionamos um grupo de células que, obrigatoriamente,


têm que envolver dados numéricos. Somente com dados
numéricos contidos nesta seleção será possível criar um gráfico,
pois os gráficos representam (expressam) dados numéricos.

Grupo fonte

1 – Fonte (Ctrl+Shift+F): permite a seleção de uma nova


fonte para o texto. Seleção das células para criação do gráfico
2 – Tamanho da fonte (Ctrl+Shift+P): muda o tamanho dos
caracteres do texto selecionado. 2º) Escolher um tipo de gráfico que represente
3 – Aumentar tamanho fonte (Ctrl+>): aumenta o tamanho adequadamente o que desejamos. Temos que tomar um cuidado
da fonte da palavra, letra ou caracteres selecionados. especial na hora de escolher o tipo de gráfico, pois nem sempre
4 – Reduzir tamanho da fonte (Ctrl+<): reduz o tamanho da ele consegue representar o que desejamos. Por isso, devemos
fonte da palavra, letra ou caracteres selecionados. ler atentamente a breve explicação que aparece sob os tipos de
5 – Negrito (Ctrl+N): aplica negrito ao texto selecionado. gráficos para escolhermos o mais adequado:
6 – Itálico (Ctrl+I): aplica itálico ao texto selecionado.
7 – Sublinhado (Ctrl+S): permite sublinhar, ou seja, desenhar
uma linha na base da palavra selecionada.
8 – Bordas: aplica e configura bordas para as células
selecionadas.
9 – Cor de Preenchimento: aplica cor ao plano de fundo das
células para destaca-las.
10 – Cor da fonte: muda a cor do texto.

Grupo Número:
Escolhe como os valores de uma célula serão exibidos: como
percentual, moeda, data ou hora. Os botões exibidos na imagem
acima, respectivamente, transformam os números em: estilo Aplicação do gráfico
da moeda, percentual, milhar, diminuem as casas decimais e
aumentam as casas decimais. Os gráficos podem ser:
- Colunas: usados para comparar valores em diversas
Grupo Estilo: categorias.
Formatação condicional: realça as células desejadas, - Linhas: são usados para exibir tendências ao longo do
enfatizando valores que temos a intenção de ressaltar para o tempo.
usuário, seja por representarem o resultado final de uma função - Pizza: exibem a comparação de valores em relação a um
ou uma condição. Podemos usar, para essa formatação, estilo de total.
fonte, de preenchimento, entre outros recursos. Por exemplo, - Barras: comparam múltiplos valores.
se desejarmos que uma célula fique com a cor da fonte em - Área: mostram as diferenças entre vários conjuntos de
vermelho, sempre que seu valor for negativo, podemos usar a dados ao longo de um período de tempo.
formatação condicional. - Dispersão: compara pares de valores.
Formatar como tabela: formata rapidamente um intervalo - Outros gráficos: possibilita a criação de gráficos como
de células e o converte em tabela, escolhendo um estilo de tabela Ações, Superfície, Rosca, Bolhas e outros.
predefinido.
Estilo de célula: formata rapidamente uma célula escolhendo Uso de fórmulas e funções
um dos estilos predefinidos. A principal função do Excel é facilitar os cálculos com o uso
de suas fórmulas. A partir de agora, estudaremos várias de suas
Grupo Células: fórmulas. Para iniciar, tenhamos em mente que, para qualquer
Inserir: insere linhas, células, colunas e tabelas. fórmula que será inserida em uma célula, devemos utilizar o
Excluir: exclui linhas, células, colunas e tabelas. sinal de “=” no seu início. Esse sinal oferece uma entrada no
Formatar: altera a altura da linha ou a largura da coluna, Excel que o faz diferenciar textos ou números comuns de uma
organiza planilhas ou protege/oculta células. fórmula.
Guia Inserir: SOMAR
Grupo Gráficos: Se tivermos uma sequência de dados numéricos e quisermos
realizar a sua soma, temos as seguintes formas de fazê-la:
Usamos, nesse exemplo, a fórmula =B2+B3+B4.
Após o sinal de “=” (igual), clicar em uma das células, digitar
o sinal de “+” (mais) e continuar essa sequência até o último
valor.
Após a sequência de células a serem somadas, clicar no ícone
soma, ou usar as teclas de atalho Alt+=.
Após inserir o sibal, o Excel mostrará um pequeno lembrete
Grupo gráficos sobre a função que usaremos, onde é possível clicar e obter
ajuda, também. Utilizaremos, no exemplo a seguir, a função =
Após selecionar células, podemos escolher um dos tipos de soma(B2:B4).
gráficos para serem criados na planilha referente aos dados ou
em uma nova planilha separadamente.

Noções de Informática 24
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Onde:
B2 – refere-se ao endereço do valor da compra
* - sinal de multiplicação
5/100 – é o valor do desconto dividido por 100 (5%). Ou
seja, você está multiplicando o endereço do valor da compra por
Lembrete mostrado pelo Excel. 5 e dividindo por 100, gerando assim o valor do desconto.
Se preferir pode fazer o seguinte exemplo:
No “lembrete” exibido na figura acima, vemos que após a =B2*5% Onde:
estrutura digitada, temos que clicar em um número, ou seja, em B2 – endereço do valor da compra
uma célula que contém um número, depois digitar “;” (ponto * - sinal de multiplicação
e vírgula) e seguir clicando nos outros números ou células 5% - o valor da porcentagem.
desejadas. Depois para saber o Valor a Pagar, basta subtrair o Valor da
Aqui vale uma explicação: o “;” (ponto e vírgula) entre as Compra – o Valor do Desconto, como mostra no exemplo.
sentenças usadas em uma função indicam que usaremos uma
célula e outra. Podem ser selecionadas mantendo a tecla CTRL MÁXIMO
pressionada, por exemplo. Mostra o maior valor em um intervalo de células selecionadas.
Existem casos em que usaremos no lugar do “;” (ponto e Na figura a seguir, calcularemos a maior idade digitada
vírgula) os “:”, dois pontos, que significam que foi selecionada no intervalo de células de A2 até A5. A função digitada será =
uma sequência de valores, ou seja, de um valor até outro, ou de máximo (A2:A5).
uma célula até outra.
Dando continuidade, se clicarmos sobre a palavra “soma”,
do nosso “lembrete”, será aberta uma janela de ajuda no Excel,
onde podemos obter todas as informações sobre essa função.
Apresenta informações sobre a sintaxe, comentários e exemplos
de uso da função. Esses procedimentos são válidos para todas as
funções, não sendo exclusivos da função “Soma”.
Exemplo da função máximo
SUBTRAÇÃO
A subtração será feita sempre entre dois valores, por isso Onde: “= máximo” – é o início da função; (A2:A5) – refere-
não precisamos de uma função específica. se ao endereço dos valores onde você deseja ver qual é o maior
Tendo dois valores em células diferentes, podemos apenas valor. No caso a resposta seria 10.
clicar na primeira, digitar o sinal de “-” (menos) e depois clicar
na segunda célula. Usamos na figura a seguir a fórmula = B2-B3. MÍNIMO
Mostra o menor valor existente em um intervalo de células
selecionadas.
MÉDIA
A função da média soma os valores de uma sequência
selecionada e divide pela quantidade de valores dessa sequência.
Todas as funções, quando um de seus itens for alterado,
Exemplo de subtração recalculam o valor final.

MULTIPLICAÇÃO DATA
Para realizarmos a multiplicação, procedemos de forma Esta fórmula insere a data automática em uma planilha.
semelhante à subtração. Clicamos no primeiro número,
digitamos o sinal de multiplicação que, para o Excel é o “*” INTEIRO
asterisco, e depois clicamos no último valor. Com essa função podemos obter o valor inteiro de uma
Outra forma de realizar a multiplicação é através da seguinte fração. A função a ser digitada é =int(A2). Lembramos que A2 é a
função: célula escolhida e varia de acordo com a célula a ser selecionada
=MULT(B2;C2) multiplica o valor da célula B2 pelo valor da na planilha trabalhada.
célula C2.
ARREDONDAR PARA CIMA
A B C E Com essa função é possível arredondar um número com
casas decimais para o número mais distante de zero.
1 PRODUTO VALOR QUANT. TOTAL Sua sintaxe é:
2 Feijão 1,50 50 =MULT(B2;C2) = ARREDONDAR.PARA.CIMA(núm;núm_dígitos)
Onde:
Núm: é qualquer número real que se deseja arredondar.
DIVISÃO
Núm_dígitos: é o número de dígitos para o qual se deseja
Para realizarmos a divisão, procedemos de forma semelhante
arredondar núm.
à subtração e multiplicação. Clicamos no primeiro número,
digitamos o sinal de divisão que, para o Excel é a “/” barra, e
ARREDONDAR PARA BAIXO
depois clicamos no último valor.
Arredonda um número para baixo até zero.
ARREDONDAR.PARA.BAIXO(núm;núm_dígitos)
PORCENTAGEM
Núm: é qualquer número real que se deseja arredondar.
Para aprender sobre porcentagem, vamos seguir um
Núm_dígitos: é o número de dígitos para o qual se deseja
exemplo: um cliente de sua loja fez uma compra no valor de
arredondar núm.
R$1.500,00 e você deseja dar a ele um desconto de 5% em cima
do valor da compra. Veja como ficaria a fórmula na célula C2.
RESTO
Com essa função podemos obter o resto de uma divisão. Sua
sintaxe é a seguinte:
= mod (núm;divisor)
Onde:
Exemplo de porcentagem Núm: é o número para o qual desejamos encontrar o resto.
Divisor: é o número pelo qual desejamos dividir o número.

Noções de Informática 25
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
VALOR ABSOLUTO
Com essa função podemos obter o valor absoluto de um Gráficos de linhas
número. O valor absoluto é o número sem o sinal. A sintaxe da exibem dados contínuos
função é a seguinte: ao longo do tempo,
=abs(núm) ideais para mostrar
Onde: tendências em dados a
ABS(núm)
intervalos iguais.
Núm: é o número real cujo valor absoluto você deseja obter.

DIAS 360 Gráficos de pizza


Retorna o número de dias entre duas datas com base em um mostram o tamanho
ano de 360 dias (doze meses de 30 dias). Sua sintaxe é: de itens em uma série
= DIAS360(data_inicial;data_final) de dados, de modo
Onde: proporcional à soma
Data_inicial = a data de início de contagem. dos itens. Os pontos de
Data_final = a data à qual quer se chegar. dados em um gráfico de
pizza são exibidos como
FUNÇÃO SE um percentual de toda
A função se é uma função lógica e condicional, ou seja, ela a pizza.
trabalha com condições para chegar ao seu resultado.
Sua sintaxe é:
= se (teste_lógico; “valor_se_verdadeiro”; “valor_se_falso”) Gráficos de barras
Onde: apresentam a relação de
= se( = início da função. cada item com o todo,
Teste_lógico = é a comparação que se deseja fazer. exibindo os dados em
Vale lembrar que podemos fazer vários tipos de comparações. três eixos.
Para fins didáticos, usaremos células A1 e A2, supondo que
estamos comparando valores digitados nessas duas células. Os Gráficos de área
tipos de comparação possíveis e seus respectivos sinais são: enfatizam a magnitude
A1=A2 → verifica se o valor de A1 é igual ao valor de A2 da mudança no decorrer
A1<>A2 → verifica se o valor de A1 é diferente do valor de A2 do tempo e podem ser
A1>=A2 → verifica se o valor de A1 é maior ou igual ao valor usados para chamar
de A2 atenção para o valor
A1<=A2 → verifica se o valor de A1 é menor ou igual ao valor
total ao longo de uma
de A2
A1>A2 → verifica se o valor de A1 é maior do que o valor de tendência.
A2 Um gráfico de dispersão
A1<A2 → verifica se o valor de A1 é menor do que o valor possui dois eixos de
de A2 valores, mostrando
um conjunto de dados
No lugar das células podem ser colocados valores e até numéricos ao longo
textos. do eixo horizontal e
Valor_se_verdadeiro = é o que queremos que apareça outro ao longo do eixo
na célula, caso a condição seja verdadeira. Se desejarmos que
vertical, indicado para
apareça uma palavra ou frase, dentro da função, essa deve estar
entre “” (aspas). exibição e comparação
Valor_se_falso= é o que desejamos que apareça na célula, de valores numéricos,
caso a condição proposta não seja verdadeira. como dados científicos,
estatísticos e de
Gráficos engenharia.
Um gráfico é uma representação visual de seus dados. Tipos de Gráficos19
Usando elementos como colunas (em um gráfico de colunas) ou
linhas (em um gráfico de linhas), um gráfico exibe uma série de Impressão e controle de quebras
dados numéricos em um formato gráfico18. Para imprimir um arquivo podemos antes definir a Área
O Excel, disponibiliza os gráficos em diversos formatos, de Impressão, ou seja, qual parte da planilha será impressa.
facilitando a interpretação dos dados relacionados. Os tipos de Para isso, devemos selecionar as células que desejamos, clicar
gráficos disponíveis estão contido na aba Inserir da Barra de no Botão de Comando Área de Impressão e em Definir Área de
Ferramentas: Impressão.
Caso deseje alterar a parte da planilha a ser impressa, clique
Tipos de Gráficos novamente na Guia Layout da Página e, no Grupo Configurar
Página, acione o Botão de Comando Área de Impressão e Limpar
Característica Exemplo
Área de Impressão.
Após definir a Área de Impressão é preciso acionar o
Gráficos de colunas comando Imprimir, que fica na Guia Arquivo, mas não é
obrigatória a definição da área de impressão. Se ela não for
apresentam valores
definida, toda a planilha será impressa.
comparados através de Para efetivar a impressão de um arquivo, clique na Guia
retângulos na vertical. Arquivo → Imprimir.
Ao acionar a Guia Arquivo → Imprimir, é possível:
- clicar diretamente no botão Imprimir, para enviar o arquivo
para a impressão;
- selecionar o número de cópias;
18 Criar gráficos com seus dados em uma planilha - https://
support.office.com/pt-br/article/In%C3%ADcio-r%C3%A1pido- 19 Tipos de Gráficos Disponíveis - https://support.office.
crie-gr%C3%A1ficos-com-seus-dados-45af 7d1b-4a45-4355-9698- com/pt-br/article/Tipos-de-gr%C3%A1ficos-dispon%C3%ADveis-
01126488e689 a6187218-807e-4103-9e0a-27cdb19afb90#bmcolumncharts

Noções de Informática 26
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
- terminar em qual impressora a impressão será realizada e O comando Quebra de Página é encontrado na Guia Layout
definir propriedades da impressora. da Página, no Grupo Configurar Página. As quebras de página
É possível realizar diversas configurações de impressão: de uma planilha podem ser removidas e redefinidas através do
- Definir o que será impresso da pasta: mesmo botão de comando.
- Imprimir somente as planilhas ativas, ou seja, as que
estão selecionadas; Classificação
- Imprimir toda a pasta de trabalho, ou seja, imprimir Clique na guia Dados, no grupo Classificar e Filtrar > clique
todas as planilhas existentes no arquivo aberto. em Classificar. Procurando este ícone:
- Imprimir seleção, ou seja, levar à impressora apenas
a parte selecionada na planilha.
- Selecionar as páginas a serem impressas, marcando a
página inicial em “Páginas” e a final em “para”.
- Definir se a impressão sairá “Agrupada”, isto é, supondo Este procedimento abrirá a tela Classificar, que permite
que sejam várias cópias, sairão todas em ordem crescente de diversas configurações para que a classificação dos dados
numeração de página. Desta forma será impressa primeiro a selecionados atenda a necessidade do usuário.
página 01, depois a 02 e assim por diante, até finalizar a primeira Podemos usar os botões de comando “Classificar de A a
cópia. A segunda cópia será iniciada após o término da primeira. Z” e “Classificar de Z a A”, do mesmo grupo. Esses comandos,
- Definir se a impressão sairá “Desagrupada”, o que faria que respectivamente, classificam do menor para o maior valor e do
fossem impressas todas as páginas 01 de cada cópia, depois as maior para o menor.
páginas 02 de todas as cópias e assim continuamente até que
todas as páginas fossem impressas de todas as cópias. Por Macros
exemplo, as páginas de número 02 só serão impressas após Segundo informações do próprio programa Microsoft Excel:
todas as primeiras páginas, de todas as cópias, serem impressas. “Para automatizar tarefas repetitivas, você pode gravar uma
- Escolher a Orientação do Papel. Esta configuração define se macro (macro: uma ação ou um conjunto de ações que você
a impressão sairá no papel em sua posição Retrato ou Paisagem. pode usar para automatizar tarefas. As macros são gravadas
O recurso de Orientação do Papel também é encontrado na Guia na linguagem de programação Visual Basic for Applications.)
Layout de Página, Grupo Configurar Página, na forma do Botão rapidamente no Microsoft Office Excel. Você também pode criar
de Comando Orientação. uma macro usando o Editor do Visual Basic (Editor do Visual
- Configurar o Tamanho do Papel, escolhendo entre A4, Basic: um ambiente no qual você escreve um novo código e
Tablóide, Ofício, Executivo e outros. O recurso Tamanho do novos procedimentos do Visual Basic for Applications e edita os
Papel também é encontrado na Guia Layout de Página, Grupo já existentes. O Editor do Visual Basic contém um conjunto de
Configurar Página, na forma do Botão de Comando Tamanho. ferramentas de depuração completo para localizar problemas
- Determinar as margens do arquivo, alterando as margens lógicos, de sintaxe e tempo de execução em seu código.), no
esquerda, direita, inferior e superior para tamanhos pré- Microsoft Visual Basic, para gravar o seu próprio script de macro
definidos ou personalizá-las, digitando tamanhos alternativos. ou para copiar toda a macro, ou parte dela, para uma nova. Após
As margens também podem ser configuradas pelo Botão de criar uma macro, você poderá atribuí-la a um objeto (como
Comando Margens, encontrado na Guia Layout de Página, Grupo um botão da barra de ferramentas, um elemento gráfico ou
Configurar Página, Grupo Configurar Página. um controle) para poder executá-la clicando no objeto. Se não
- Ajustar o tamanho da planilha na impressão. Este recurso precisar mais usar a macro, você poderá excluí-la.”
traz várias opções de dimensionamento:
- Sem dimensionamento: imprime a planilha em Gravar uma macro
tamanho real; Para gravar uma macro, observe se a guia Desenvolvedor
- Ajustar planilha em uma página: reduz a cópia está disponível. Caso não esteja, siga os seguintes passos:
impressa para ajustá-la em uma página; 1. “Clique no Botão do Microsoft Office e, em seguida,
- Ajustar todas as colunas em uma página: reduz a clique em Opções do Excel.
cópia impressa para que caiba na largura de uma página; 2. Na categoria Popular, em Opções principais para o
- Ajustar todas as linhas em uma página: reduz a cópia trabalho com o Excel, marque a caixa de seleção Mostrar guia
impressa para que caiba na altura de uma página; Desenvolvedor na Faixa de Opções e clique em OK.
- Opções de dimensionamento personalizado: permite Para definir o nível de segurança temporariamente e
que o usuário escolha a porcentagem que será impressa do habilitar todas as macros, faça o seguinte:
tamanho real. Na guia Desenvolvedor, no grupo Código, clique em
No menu Imprimir encontramos a opção “Configurar Página”. Segurança de Macro.
Clicando nesta opção, será aberta a janela “Configurar Página”.
Nesta janela, realizamos configurações de página, margens,
cabeçalho e rodapé e forma de impressão da planilha.
Se for necessário escolher linhas e colunas a serem repetidas
em cada página impressa; por exemplo, linhas e colunas como
rótulos ou cabeçalhos, use o Botão de Comando Imprimir
Títulos, da Guia Layout de Página.
Na mesma Guia, com o Botão Plano de Fundo, determinamos
uma imagem que ficará como plano de fundo de toda a planilha. Em Configurações de Macro, clique em Habilitar todas
O controle de quebras adiciona quebras de página no local as macros (não recomendável; códigos possivelmente
que você quer que a próxima página comece na cópia impressa. perigosos podem ser executados) e em OK.
A quebra de página será inserida à cima e à esquerda da sua Para incluir uma descrição da macro, na caixa Descrição,
sessão. digite o texto desejado.
Clique em OK para iniciar a gravação.
Execute as ações que deseja gravar.
Na guia Desenvolvedor, no grupo Código, clique em Parar
Gravação.
Questões

01. (Petrobras - Técnico de Administração e Controle


Quebra de Página Júnior - CESGRANRIO – 2014 - Adaptada) Com referência ao
MS Excel 2013, a fórmula que está incorretamente escrita é:

Noções de Informática 27
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
(A) =SOMA((B2+C3)/A1) Qual é a fórmula que atende ao objetivo da professora?
(B) =((D3+C3)/A1)-D2)
(C) =SOMA(B2) (A) =SE(G59>$G$64;”reprovado”;”aprovado”)
(D) =(B2+C4-X2)/B2/B2 (B) =SE(G59< G64;”aprovado”;”reprovado”)
(E) =$Y2+Y$2/MÉDIA(B2:B10) (C) =SE(G59<$G$64;”reprovado”;”aprovado”)
(D) =SE(G59>G64;”aprovado”;”reprovado”)
02. (Prefeitura de Florianópolis - SC - Fiscal de Serviços (E) =SE(G59< G64,”reprovado”,”aprovado”)
Públicos – FGV) Em determinada planilha Excel, as células A1,
A2, A3, A4 e A5 contêm, respectivamente, os valores numéricos Respostas
5, 9, 15, 21 e 35. 01. B\02. E\03. B\04. D\05. C
Os conteúdos das células B1, B2 e B3 são respectivamente:
=A1+A3 ← conteúdo da célula B1 MICROSOFT POWERPOINT 2013
=A2+A4+A5 ← conteúdo da célula B2
=(B1*2)+(B2*2) ← conteúdo da célula B3 O Microsoft PowerPoint 2013 possui uma aparência
totalmente nova: está mais limpo e voltado principalmente para
Sendo assim, qual é o resultado numérico da fórmula da uso em tablets e telefones e, portanto, você pode deslizar e tocar
célula B3? para se movimentar pelas apresentações. O Modo de Exibição do
(A) 20 (C) 65 (E) 170 Apresentador se adapta automaticamente à sua configuração de
(B) 28 (D) 85 projeção e você pode até usá-la em um único monitor. Os temas
agora possuem variações, fazendo com que fique mais fácil
03. (SP-URBANISMO - Assistente Administrativo-
aprimorá-los para que tenham a aparência desejada. E quando
VUNESP - Adaptada) Observe a planilha a seguir, que está
você estiver trabalhando com outras pessoas, será possível
sendo editada por meio do MS-Excel 2013, em sua configuração
adicionar comentários para fazer perguntas e obter respostas.
padrão.
Escolha um tema
Ao abrir o PowerPoint, verá alguns temas internos. Um tema
é um design de slide que contém correspondências de cores,
fontes e efeitos especiais como sombras, reflexos, dentre outros
recursos.
1. Escolher um tema.
Assinale a alternativa que contém o resultado exibido na 2. Clique em Criar ou selecione uma variação de cor e
célula D1, após ser preenchida com a fórmula =MAIOR(A1:C3;3). clique em Criar.
(A) 9 (C) 5 (E) 3
(B) 7 (D) 4
04. (IF-SC - Técnico Administrativo - Assistente de
Alunos- IF-SC) Analise a planilha abaixo.

Para que sejam unidos os campos NOME e SOBRENOME a


fim de obtermos o campo nome completo, em um software de
planilha eletrônica devemos usar qual função?
Assinale a alternativa CORRETA.
(A)DIREITA Adicionar cor e design aos meus slides
(B) SE Você não é um designer profissional, mas deseja que suas
(C) ALEATORIO apresentações demonstrem isso; os temas fazem isso por você:
(D) CONCATENAR escolha um e crie!
(E) SOMA Quando você abre o PowerPoint, vê os designs de
slide coloridos internos (ou ‘temas’) que pode aplicar às
05. (LIQUIGAS - Engenheiro Júnior – Elétrica- apresentações.
CESGRANRIO) Uma professora pretende utilizar o trecho de Estes temas internos são ótimos para apresentações em
planilha Excel acima mostrado para preencher as células da telas widescreen (16:9) e padrão (4:3).
coluna H referentes à situação de aprovação ou reprovação Escolha uma variação de cor e clique em Criar.
de seus alunos, escrevendo uma fórmula com a função SE na
célula H59 e depois arrastando-a, verticalmente, com alça de
preenchimento, até a célula H63. Considere que todas as outras
células da planilha estão vazias.

Se você mudar de ideia, poderá sempre alterar o tema ou


variação na guia Design.
Veja como fazer isso:

Noções de Informática 28
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Na guia Design, escolha um tema com as cores, as fontes e os 2. Para fazer alterações no slide mestre ou nos layouts,
efeitos desejados. na guia Slide Mestre, siga qualquer um destes procedimentos:
Obs: Para visualizar a aparência que o slide terá com um - Para remover um espaço reservado indesejado, no painel
tema aplicado, coloque o ponteiro do mouse sobre a miniatura de miniaturas de slides, clique no slide mestre ou em um layout
de cada tema. que contém o espaço reservado, clique na borda do espaço
Para aplicar uma variação de cor diferente a um tema reservado e pressione Delete.
específico, no grupo Variantes, selecione uma variante. - Para adicionar um tema colorido com fontes e efeitos
especiais, clique em Temas e escolha um tema.
- Para alterar o plano de fundo, clique em Estilos de Plano de
Fundo e escolha um plano de fundo.
- Para definir a orientação da página para todos os
slides em sua apresentação, em Tamanho do Slide, clique
em Tamanho Personalizado e, abaixo de Orientação,
ALTERAR O TAMANHO DE SEUS SLIDES escolha Retrato ou Paisagem.
Em versões anteriores do PowerPoint, os slides eram mais - Para mover um espaço reservado em um slide, clique na
quadrados (4:3). O tamanho do slide padrão no PowerPoint 2013 borda e arraste-o para uma nova posição.
é widescreen (16:9). No entanto, é possível redimensionar seus - Para adicionar um espaço reservado (para texto, foto,
slides para 4:3 — e até mesmo para um tamanho personalizado. gráfico, vídeo, som e outros objetos), no painel de miniaturas,
1. Clique na guia Design e em Tamanho do Slide. clique no layout de slide no qual você quer manter o espaço
2. Clique em Padrão (4:3). reservado e faça o seguinte:
Quando o PowerPoint não consegue dimensionar seu 1. Clique em Inserir Espaço Reservado e escolha o tipo de
conteúdo automaticamente, ele oferece duas opções: espaço reservado que você deseja adicionar.
- Maximizar: Selecione esta opção para aumentar o tamanho 2. No slide mestre ou layout, arraste para desenhar o
do conteúdo do slide quando você está dimensionando para um tamanho do espaço reservado.
tamanho de slide maior. Ao escolher essa opção, o conteúdo Para redimensionar um espaço reservado, arraste o canto de
pode não caber no slide. uma de suas bordas.
- Garantir o Ajuste: Selecione esta opção para reduzir o
tamanho do conteúdo quando você está dimensionando para Salvar sua apresentação como um modelo do PowerPoint
um tamanho de slide menor. Seu conteúdo pode ser exibido (.potx)
menor, mas você poderá ver todo o conteúdo do slide. 1. Na guia Arquivo, clique em Salvar Como.
2. Em Salvar, clique em Procurar.
Alterar o tamanho do slide de padrão (4:3) para 3. Na caixa de diálogo Salvar como, na caixa Nome do
widescreen (16:9) arquivo, digite um nome de arquivo ou não execute ação alguma
1. Clique na guia Design e em Tamanho do Slide. para aceitar o nome de arquivo sugerido.
2. Clique em Widescreen (16:9). 4. Na lista Salvar como tipo, clique em Modelo do
Redimensionar seus slides para dimensões PowerPoint (.potx) e depois em Salvar.
personalizadas
1. Na guia Design, clique em Tamanho do Slide, e depois
clique em Tamanho do Slide Personalizado.
2. Na guia Tamanho do Slide siga um destes
procedimentos:
• Defina as dimensões de altura e largura, além da
orientação.
• Clique na seta para baixo ao lado de Slides
dimensionados para, e escolha uma opção.
Na caixa Tamanho do Slide, você perceberá que há duas opções
de taxas de proporção de 16:9: Widescreen e Apresentação na
Tela (16:9). Há uma diferença entre essas duas:
- Apresentação na tela (16:9) define as dimensões do slide Obs: Salve seus modelos na pasta Modelos em C:\Arquivos
para 10 pol x 5,625 pol. de Programas\Microsoft Office\Modelos\ para facilitar a
- Widescreen define como 13,333 pol x 7,5 pol. localização.
Ambas as opções tem a mesma taxa de proporção para
que elas tenham a mesma aparência no Modo de Exibição Inserir um novo slide
Normal, uma vez que estamos ajustando automaticamente o Na guia Página Inicial, clique em Novo Slide e selecione um
zoom. Widescreen (13,333 pol x 7,5 pol) fornece mais área de layout de slide.
superfície de slide para o conteúdo, portanto, esta é a melhor
escolha para apresentações. No entanto, existem alguns outros
aspectos a considerar, Widescreen (13,333 pol x 7,5 pol) não
cabe em uma folha de papel de 8,5 x 11 sem ter de dimensioná-
la.

CRIAR E SALVAR UM MODELO DO POWERPOINT


Quando você cria uma apresentação e depois a salva como
um arquivo de modelo do PowerPoint (.potx), pode compartilhá-
la com seus colegas e reutilizá-la novamente.
Obs: Não é necessário criar um modelo a partir do zero. Há
milhares de modelos do PowerPoint gratuitos no Office.com que
você pode usar ou alterar para atender às suas necessidades.

Criar um modelo do PowerPoint


1. Abra uma apresentação em branco e, na guia Exibição,
no grupo Modos de Exibição Mestres, clique em Slide Mestre. ADICIONAR, REORGANIZAR E EXCLUIR SLIDES
O slide mestre é a maior imagem de slide no topo da lista Ao criar uma apresentação, normalmente você adiciona
de slides em miniatura. Layouts associados são posicionados novos slides, move seus slides e exclui os slides desnecessários.
abaixo dele. Adicionar um novo slide

Noções de Informática 29
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
1. No painel de miniaturas de slides à esquerda, clique no Adicionar texto
slide depois do qual deseja adicionar o novo slide. Clique em um espaço reservado para texto e comece a digitar.
2. Na guia Início, clique em Novo Slide.

Formatar seu texto

1. Selecione o texto.
2. Em Ferramentas de Desenho, clique em Formatar.
3. Siga um destes procedimentos:
4. Para alterar a cor de seu texto, clique em Preenchimento
de Texto e escolha uma cor.
5. Para alterar a cor de contorno de seu texto, clique
em Contorno do Texto e escolha uma cor.
6. Para aplicar uma sombra, reflexo, brilho, bisel, rotação
3D, uma transformação, clique em Efeitos de Texto e escolha o
efeito desejado.
3. Na galeria de layouts, clique no layout desejado para o
novo slide.

Reorganizar a ordem dos slides

No painel à esquerda, clique na miniatura do slide que deseja


mover e então arraste-o para o novo local.
Obs: Para selecionar vários slides, pressione e mantenha
pressionada a tecla CTRL enquanto clica em cada slide que
deseja mover e arraste-os como um grupo para o novo local.

Excluir um slide
No painel à esquerda, clique com o botão direito do mouse
na miniatura de slide que você deseja excluir e então clique
em Excluir Slide.

Salvar a sua apresentação

1. Na guia Arquivo, clique em Salvar.


2. Selecionar ou navegar até uma pasta. Adicionar formas
3. Na caixa Nome do arquivo, digite um nome para a Na guia Inserir, clique em Formas.
apresentação e clique em Salvar. Selecione a forma desejada, clique em qualquer parte do
slide e arraste para desenhar a forma.
Obs: Se você salvar arquivos com frequência em uma
determinada pasta, você pode ‘fixar’ o caminho para que ele
fique sempre disponível (conforme mostrado abaixo).

Obs: Salve o trabalho à medida que o fizer. Pressione CTRL


+ S com frequência.

CARREGAR E APLICAR UM MODELO PESSOAL


Você criou um modelo ou recebeu um e deseja usá-lo em sua
próxima apresentação.
Carregar seu modelo da pasta de modelos
Copie ou salve seu arquivo de modelo (.potx) na pasta
Modelos em  C:\Arquivos de programas\Microsoft Office\
Modelos\
Obs: Se for necessário, crie a pasta Modelos no Windows
Explorer.
Na guia Arquivo, clique em Abrir >Computador > Procurar,
vá para a pasta Modelos e escolha seu modelo pessoal.

Noções de Informática 30
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
DICA: Para criar um quadrado ou um círculo perfeito (ou Questões
restringir as dimensões de outras formas), pressione e mantenha
a tecla SHIFT pressionada ao arrastá-lo. 01. (Banco do Brasil – Escriturário – FCC/2011)
Gravar narração e Cronometrar são opções que pertencem,
Adicionar imagens respectivamente, ao menu
Na guia Inserir, siga um destes procedimentos: (A) Ferramentas do Impress e Apresentações do PowerPoint.
Para inserir uma imagem que é salva em sua unidade local (B) Apresentações do PowerPoint e Apresentação de slides
ou um servidor interno, clique em Imagens em meu PC, procure do Impress.
a imagem e clique em Inserir. (C) Exibir e Apresentações do Impress.
(D) Editar e Apresentações do PowerPoint.
(E) Editar do PowerPoint e Apresentação de slides do
Impress.

02. (METRÔ-SP - Analista Treinee - Análise de Sistemas


– FCC/2008) A preparação de apresentações profissionais ou
não, para projeções por meio de slides, é o principal objetivo do
aplicativo MS-Office
(A) Visio.
(B) Project.
(C) Publisher.
(D) PowerPoint.
(E) FrontPage.

03. (METRÔ-DF - Técnico em Eletrônica – IADES/2014)


Este software do pacote Office da Microsoft é usado em criação/
edição de apresentações gráficas, cujo objetivo é informar sobre
um determinado tema, podendo usar sons, imagens e criar
Para inserir uma imagem da Web, clique em Imagens vídeos.
Online e use a caixa de pesquisa para localizar a imagem. As informações apresentadas se referem ao
Por exemplo, digite Gatos ou Clip-arts de gatos na caixa (A) Word.
de Pesquisa de Imagens do Bing. (B) PowerPoint.
Escolha uma imagem e clique em Inserir. (C) Excel.
Adicionar anotações do orador (D) Publisher.
Os slides ficam melhores quando você não insere informações (E) SharePoint.
em excesso. Você pode colocar fatos úteis e anotações nas
anotações do orador e consultá-los durante a apresentação. 04. (PGM/RJ - Auxiliar de Procuradoria – FJG/2013) Uma
Para abrir o painel de anotações, na parte inferior da janela, funcionalidade do Powerpoint é:
clique em Anotações. (A) realizar a verificação ortográfica por meio de tecla de
função F5
Imprimir as anotações do orador (B) inserir um texto decorativo em um slide por meio do
Na guia Arquivo, clique em Imprimir. recurso FontWork
Em Impressora, escolha a impressora na qual você deseja (C) salvar o slide corrente ou toda a apresentação no formato
imprimir. JPG
Em  Configurações, ao lado de  Slides em Página Inteira, (D) exibir a apresentação de slides por meio da execução do
clique na seta para baixo, e em Layout de Impressão, clique atalho de teclado F1
em Anotações.
Clique em Imprimir. 05. (AGU - Ensino Médio – CIEE/2014) No PowerPoint, as
formas abaixo são classificadas como
Fazer sua apresentação
Na guia Apresentação de Slides, siga um destes
procedimentos:
Para iniciar a apresentação no primeiro slide, no grupo Iniciar
Apresentação de Slides, clique em Do Começo.

(A) Formas Básicas.


(B) Retângulos.
(C) Fluxogramas.
(D) Botões de Ação.

Respostas
01. B\02. D\03. B\04. C\05. C

Se você não estiver no primeiro slide e desejar começar do


4. Pacote Microsoft Office.
ponto onde está, clique em Do Slide Atual.
Se você precisar fazer uma apresentação para pessoas
que não estão no local onde você está, clique emApresentar
Online para configurar uma apresentação pela Web e escolher Office 201320
uma das seguintes opções:
Microsoft Office 2013 Professional Plus chega com todos
Sair da exibição Apresentação de Slides os aplicativos necessários para estudantes, empresários e
Para sair da exibição de Apresentação de Slides a qualquer profissionais: Word, PowerPoint, Excel, OneNote, Outlook,
momento, pressione a tecla Esc do teclado. Access, Publisher e Lync.

20 Fonte: http://www.baixaki.com.br/

Noções de Informática 31
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
Word, Excel e PowerPoint ferramentas de busca. É possível clicar em elementos gráficos
Alguns dos aplicativos mais conhecidos de toda a história da para ampliá-los (a Microsoft chama este recurso de “Object
informática continuam com suas funções já conhecidas e agora Zoom”), e clicar novamente para retornar ao layout original.
prometem mais facilidade para plataformas portáteis. Não Outro novo modo exibe um painel de navegação, útil para lidar
há grandes novidades no funcionamento dos softwares, mas com documentos longos.
a interface deles foi alterada para uma melhor adaptação aos
sistemas touchscreen.

Modo de leitura no Word esconde a “Ribbon” e coloca o


documento em tela cheia21

O Word também cria um marcador automático da página


onde você estava quando o documento é fechado, e permite
Os três softwares mencionados oferecem novos menus e retornar a ele quando o documento for aberto novamente. O
páginas iniciais marcador no documento, o que significa que se você salvá-lo no
SkyDrive outras cópias do Office 2013 também poderão abrí-lo
Outlook na página marcada.
A grande novidade presente no Outlook 2013 é a conexão O Word também cria um marcador automático da página
direta com o SkyDrive, o que permite a importação de várias onde você estava quando o documento é fechado, e permite
configurações e informações que podem ser armazenadas retornar a ele quando o documento for aberto novamente. O
nas nuvens. Isso vale para contatos, mensagens e até mesmo marcador no documento, o que significa que se você salvá-lo no
calendários. Respostas automáticas também podem ser SkyDrive outras cópias do Office 2013 também poderão abrí-lo
configuradas em casos de viagens, por exemplo. na página marcada.
Se você está usando um PC ou dispositivo conectado à
Outros aplicativos: Lync, OneNote, Access e Publisher internet, pode ver vídeo embutido em um documento sem sair do
Além dos já tradicionais aplicativos que todos já estão Word. Também pode fazer buscas em sites de compartilhamento
acostumados a utilizar, o Office 2013 Professional Plus traz de imagens populares e adicionar as que mais gostar aos seus
também o Access, que permite a criação de bancos de dados com documentos diretamente de dentro do Word, sem necessidade
bastante qualidade. O OneNote garante anotações com várias de usar um navegador e salvar manualmente as imagens no
ferramentas para textos e imagens, sendo bem mais completo computador. A mesma coisa vale para screenshots: o novo
do que outros do mesmo segmento. comando Insert Screenshot gera miniaturas de todos os
O Publisher continua com suas diversas ferramentas para a aplicativos abertos no computador, e então insere uma imagem
criação de publicações como revistas, jornais e outros impressos do aplicativo escolhido no documento (você pode recortá-la a
similares, garantindo bons resultados para suas obras. Por fim, seu gosto). Quando você insere uma imagem ou outro objeto, o
o Lync é uma nova ferramenta de comunicação para usuários Word faz dinamicamente o refluxo do texto para que você veja o
do Office. Com ele, é possível realizar conferências por vídeo resultado imediatamente.
em grupo e também realizar chamadas de voz ou conversas por A nova aba Design agrupa estilos e outras opções de
textos. formatação em um só lugar, para que você possa facilmente
O novo Office usa fundos brancos em praticamente todo experimentar um novo visual para seu documento. O Word
lugar, e o efeito geral é um visual mais limpo. Uma inovação também tem suporte a edição de arquivos PDF (eles são
sutil é o uso de animações que podem fazer com que transições convertidos para documentos do Word, e depois salvos
pareçam mais fluidas (os efeitos podem ser desabilitados se novamente como PDF). Infelizmente, em meus testes o Word
você quiser). E a Microsoft tornou várias operações de rotina danificou a formatação de um PDF completo, mas se saiu muito
mais fáceis de realizar. melhor em documentos mais simples.
O Word, Excel e PowerPoint não mais mostram uma página O Word oferece algumas opções de compartilhamento
em branco quando abertos. Em vez disso uma tela inicial inovadoras, além do SkyDrive. Por exemplo, você pode criar e
(landing page) apresenta modelos e outras opções para criar enviar um link de compartilhamento (com ou sem privilégios
ou abrir documentos. É basicamente a tela que era mostrada de edição) para mostrar um documento a quem não tem o
nas versões anteriores quando você queria abrir um arquivo ou aplicativo instalado. Com isso o documento pode ser visto (ou
criar um a partir de um modelo. Esta tela exibe modelos prontos editado) em um navegador. Também é possível postar o mesmo
que, de outra forma, você poderia nem notar. link em redes sociais sem sair do Word.
O pacote também oferece integração fácil com os serviços
de armazenamento online da Microsoft através do SkyDrive
(gratuito) ou, em ambientes corporativos, através de contas em
servidores SharePoint. Este arranjo faz com que os documento
estejam disponíveis onde quer que você precise deles. A
Microsoft também trabalhou para deixar o Office mais amigável
ao uso em tablets ou PCs com telas sensíveis ao toque.

Word também é para ler


Uma das inovações mais visíveis no Word é o novo modo de
leitura (Read Mode) que oculta a barra de ferramentas (Ribbon)
e exibe os documentos como se fossem um livro impresso. Nesse
modo não é possível editar o documento, mas é possível usar 21 Fonte: http://olhaessadica.blogspot.com.br/

Noções de Informática 32
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO
dentro de um conjunto mais amplo, ou criar “mashups” usando
fontes de dados de terceiros.
Uma mudança mais simples, porém também bem-vinda,
envolve o ato de manter múltiplas planilhas abertas. No Office
2013 cada workbook tem sua própria janela, o que torna a tarefa
de visualizar dois ou mais ao mesmo tempo muito mais fácil. E
como no Word, você pode compartilhar suas planilhas com
quem não é usuário do Office enviando um link por e-mail, ou
criando um post em uma rede social.

PowerPoint: ferramentas para design, colaboração e


compartilhamento
Muitas das novidades no PowerPoint 2013 são um espelho
daquelas do Word, incluido o modo de leitura, a ferramenta de
captura de screenshots, a busca e inserção de imagens em sites
de compatilhamento, zoom em objetos, visibilidade imediata
Novo meio para mostrar mudanças e comentários no arquivo de mudanças de formatação, melhores ferramentas para
reduz a poluição visual comentários e a aba Design.
A Microsoft também modificou as ferramentas de revisão. A Também ficou mais fácil ajustar elementos de design, com
nova visualização “Simple Markup” remove muito da “poluição opções exibidas em um novo painel de formatação à direita do
visual” de exclusões e comentários em um documento muito slide. O painel é chamado através de um menu que aparece ao
editado. O Word agora tem suporte a respostas a comentários, clicar com o botão direito do mouse em um objeto como uma
para que as conversas possam ser acompanhadas de forma mais imagem, forma ou texto.
ordenada, e uma vez que um comentário tenha sido respondido O PowerPoint agora é capaz de reproduzir mais formatos
você pode marcá-lo como “feito”. Também é possível definir de vídeo, e há a opção de definir uma trilha de áudio que toca
uma senha, que será necessária para desativar o sistema de durante toda a apresentação. Para quem tem duas telas à
rastreamento de mudanças. Com isso, ninguém poderá mexer disposição, um modo chamado “Presenter View” (visão do
em um documento sem ser detectado. apresentador) torna mais fácil consultar notas e uma amostra
dos próximos slides. E se essa informação estiver na tela errada,
Excel ganha ferramentas para análise de dados o comando Swap Display (trocar tela) resolve rapidamente o
O Excel 2013 tem alguns dos recursos mais atraentes e problema.
potencialmente úteis no Office 2013, já que eles auxiliam na
entrada, análise e apresentação de dados de uma planilha. O
FlashFill, por exemplo é capaz de detectar padrões (além de
padrões numéricos e de data que o Excel reconhece há tempo)
e completa automaticamente os campos vazios de forma
apropriada.
Por exemplo, se você colar uma lista de endereços de e-mail
de formato similar (como nome.sobrenome@dominio.com)
em uma coluna, pode digitar os dois primeiros nomes nas duas
primeiras células de outra coluna, selecionar a coluna inteira
e clicar em Flash Fill para ver o Excel inserir o restante dos
primeiros nomes instantâneamente.

A “Presenter View” no PowerPoint 2013

Co-autores podem colaborar em uma apresentação usando


o app web do PowerPoint. E a capacidade de transmitir uma
apresentação online enviando um link para os participantes,
algo que já existia no Office 2010, mas pode ter passado
despercebido por muitos, é um recurso muito útil.

Um Outlook mais “limpo”


Na versão anterior do Office o Outlook ganhou uma nova
barra de ferramentas, a Ribbon, mas também ficou mais
complexo. A Microsoft resolveu esse problema no Outlook
2013, que quando aberto mostra apenas dois painéis, um com
uma lista de mensagens e outro com um preview da mensagem
selecionada. É possível responder rapidamente a uma mensagem
clicando no botão “Reply” neste segundo painel.

FlashFill facilita a entrada de informações

O Excel também torna mais fácil descobrir como lidar um


um punhado de dados em uma planilha. Selecione uma tabela
inteira e um pequeno botão de análise rápida (Quick Analysis)
aparece no canto inferior direito. Você pode clicar nesse botão
para ver amostras de várias opções de gráficos, e clicar em uma
delas para aplicar a seleção. Não sabe exatamente como tratar os
dados? O Excel também tem botões que geram recomendações
de gráficos e tabelas dinâmicas (Pivot Tables). Também ficou
mais fácil examinar dados de um determinado período de tempo

Noções de Informática 33
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

No Outlook 2013 é possível dar uma “espiada” nos contatos


e calendário sem trocar o modo de visualização
Se você quer mais de dois painéis, não há problema: vários
layouts estão disponíveis na aba View, incluindo alguns com
painéis para seu calendário, sua lista de tarefas ou seus contatos.
Neste você também pode ver atualizações de redes sociais
configuradas no Outlook Social Connector.
No rodapé da tela você pode clicar em Calendar, People ou
Tasks para trocar o modo de visualização, ou parar o cursor
do mouse, sem clicar, para ver um pop-up com uma amostra
do conteúdo selecionado. Esta “espiadinha” permite que você
acesse informações sem ter de trocar completamente o modo
de visualização.
Um novo recurso chamado Mailtips alerta sobre erros
comuns, como esquecer um anexo ao reenviar uma mensagem.
E em ambientes corporativos onde profissionais de TI definem
políticas de uso para o e-mail, o Outlook é capaz de apontar
violações em potencial.
Uma novidade curiosa: o calendário agora mostra a previsão
do tempo dos próximos dias.

Anotações

Noções de Informática 34
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
RACIOCÍNIO LÓGICO

Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Princípios fundamentais da lógica

A Lógica matemática adota como regra fundamental três


princípios1 (ou axiomas):

I – PRÍNCIPIO DA IDENTIDADE: uma proposição


verdadeira é verdadeira; uma proposição falsa é falsa.

II – PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: uma


proposição não pode ser verdadeira E falsa ao mesmo
1. Lógica proporcional. tempo.
2. Argumentação lógica.
III – PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: toda
proposição OU é verdadeira OU é falsa, verificamos sempre
um desses casos, NUNCA existindo um terceiro caso.
ESTRUTURAS LÓGICAS

Em uma primeira aproximação, a lógica pode ser


Se esses princípios acimas não puderem ser aplicados,
entendida como a ciência que estuda os princípios e o métodos
NÃO podemos classificar uma frase como proposição.
que permitem estabelecer as condições de validade e
invalidade dos argumentos. Um argumento é uma parte do
Valores lógicos das proposições
discurso no qual localizamos um conjunto de uma ou mais
sentenças denominadas premissas e uma sentença
Chamamos de valor lógico de uma proposição a verdade,
denominada conclusão.
se a proposição é verdadeira (V), e a falsidade, se a proposição
Em diversas provas de concursos são empregados toda
é falsa (F).
sorte de argumentos com os mais variados conteúdos: político,
Consideremos as seguintes proposições e os seus
religioso, moral e etc. Pode-se pensar na lógica como o estudo
respectivos valores lógicos:
da validade dos argumentos, focalizando a atenção não no
a) Brasília é a capital do Brasil. (V)
conteúdo, mas sim na sua forma ou na sua estrutura.
b) Terra é o maior planeta do sistema Solar. (F)
Conceito de proposição
A maioria das proposições são proposições contingenciais,
ou seja, dependem do contexto para sua análise. Assim, por
Chama-se proposição a todo conjunto de palavras ou
exemplo, se considerarmos a proposição simples:
símbolos que expressam um pensamento ou uma ideia de
sentido completo. Assim, as proposições transmitem
“Existe vida após a morte”, ela poderá ser verdadeira (do
pensamentos, isto é, afirmam, declaram fatos ou exprimem
ponto de vista da religião espírita) ou falsa (do ponto de vista
juízos que formamos a respeito de determinados conceitos ou
da religião católica); mesmo assim, em ambos os casos, seu valor
entes.
lógico é único — ou verdadeiro ou falso.
Elas devem possuir além disso:
- um sujeito e um predicado;
Classificação das proposições
- e por último, deve sempre ser possível atribuir um valor
lógico: verdadeiro (V) ou falso (F).
As proposições podem ser classificadas em:
Preenchendo esses requisitos estamos diante de uma
1) Proposições simples (ou atômicas): são formadas por
proposição.
um única oração, sem conectivos, ou seja, elementos de
Vejamos alguns exemplos:
ligação. Representamos por letras minusculas: p, q, r,... .
A) Terra é o maior planeta do sistema Solar
B) Brasília é a capital do Brasil.
Exemplos:
C) Todos os músicos são românticos.
O céu é azul.
Hoje é sábado.
A todas as frases podemos atribuir um valor lógico (V ou
F).
2) Proposições compostas (ou moleculares): possuem
TOME NOTA!!!
elementos de ligação (conectivos) que ligam as orações,
Uma forma de identificarmos se uma frase simples é ou
podendo ser duas, três, e assim por diante. Representamos por
não considerada frase lógica, ou sentença, ou ainda
letras maiusculas: P, Q, R, ... .
proposição, é pela presença de:
- sujeito simples: "Carlos é médico";
Exemplos:
- sujeito composto: "Rui e Nathan são irmãos";
O ceu é azul ou cinza.
- sujeito inexistente: "Choveu"
Se hoje é sábado, então vou a praia.
- verbo, que representa a ação praticada por esse sujeito,
e estar sujeita à apreciação de julgamento de ser verdadeira
Observação: os termos em destaque são alguns dos
(V) ou falsa (F), caso contrário, não será considerada
conectivos (termos de ligação) que utilizamos em lógica
proposição.
matemática.
Atenção: orações que não tem sujeito, NÃO são
3) Proposição (ou sentença) aberta: quando não se
consideradas proposições lógicas.
pode atribuir um valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou
valorar a proposição!), portanto, não é considerada frase
lógica. São consideradas sentenças abertas:

1 Algumas bibliografias consideram apenas dois axiomas o II e o III.

Raciocínio Lógico 1
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

a) Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou • O que é isto?


ontem? – Fez Sol ontem? Há exatamente:
b) Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso! (A) uma proposição;
c) Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue (B) duas proposições;
a televisão. (C) três proposições;
d) Frases sem sentido lógico (expressões vagas, (D) quatro proposições;
paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é verdadeira” (expressão (E) todas são proposições.
paradoxal) – O cavalo do meu vizinho morreu (expressão
ambígua) – 2 + 3 + 7 Respostas

4) Proposição (sentença) fechada: quando a proposição 01. Resposta: D.


admitir um único valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, Analisando as alternativas temos:
nesse caso, será considerada uma frase, proposição ou (A) Frases interrogativas não são consideradas
sentença lógica. proposições.
(B) O sujeito aqui é indeterminado, logo não podemos
Observe os exemplos: definir quem é ele.
(C) Trata-se de uma proposição composta
Frase Sujeito Verbo Conclusão (D) É uma frase declarativa onde podemos identificar o
Maria é Maria É (ser) É uma frase sujeito da frase e atribuir a mesma um valor lógico.
baiana (simples) lógica
Lia e Maria Lia e Maria Têm (ter) É uma frase 02. Resposta: E.
têm dois (composto) lógica Analisando as alternativas temos:
irmãos (A) Não é uma oração composta de sujeito e predicado.
Ventou Inexistente Ventou É uma frase (B) É uma frase imperativa/exclamativa, logo não é
hoje (ventar) lógica proposição.
Um lindo Um lindo Frase sem NÂO é uma (C) É uma frase que expressa ordem, logo não é proposição.
livro de livro verbo frase lógica (D) É uma frase interrogativa.
literatura (E) Composta de sujeito e predicado, é uma frase
Manobrar Frase sem Manobrar NÂO é uma declarativa e podemos atribuir a ela valores lógicos.
esse carro sujeito frase lógica
Existe vida Vida Existir É uma frase 03. Resposta: B.
em Marte lógica Analisemos cada alternativa:
(A) “A frase dentro destas aspas é uma mentira”, não
Sentenças representadas por variáveis podemos atribuir valores lógicos a ela, logo não é uma
a) x + 4 > 5; sentença lógica.
b) Se x > 1, então x + 5 < 7; (B) A expressão x + y é positiva, não temos como atribuir
c) x = 3 se, e somente se, x + y = 15. valores lógicos, logo não é sentença lógica.
(C) O valor de √4 + 3 = 7; é uma sentença lógica pois
Observação: Os termos “atômicos” e “moleculares” podemos atribuir valores lógicos, independente do resultado
referem-se à quantidade de verbos presentes na frase. que tenhamos
Consideremos uma frase com apenas um verbo, então ela será (D) Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira, também
dita atômica, pois se refere a apenas um único átomo (1 verbo podemos atribuir valores lógicos (não estamos considerando
= 1 átomo); consideremos, agora, uma frase com mais de um a quantidade certa de gols, apenas se podemos atribuir um
verbo, então ela será dita molecular, pois se refere a mais de valor de V ou F a sentença).
um átomo (mais de um átomo = uma molécula). (E) O que é isto? - como vemos não podemos atribuir
valores lógicos por se tratar de uma frase interrogativa.
Questões
Conceito de Tabela Verdade
01. (Pref. Tanguá/RJ- Fiscal de Tributos – MS
CONCURSOS/2017) Qual das seguintes sentenças é Sabemos que tabela verdade é toda tabela que atribui,
classificada como uma proposição simples? previamente, os possíveis valores lógicos que as proposições
(A) Será que vou ser aprovado no concurso? simples podem assumir, como sendo verdadeiras (V) ou
(B) Ele é goleiro do Bangu. falsas (F), e, por consequência, permite definir a solução de
(C) João fez 18 anos e não tirou carta de motorista. uma determinada fórmula (proposição composta).
(D) Bashar al-Assad é presidente dos Estados Unidos. De acordo com o Princípio do Terceiro Excluído, toda
proposição simples “p” é verdadeira ou falsa, ou seja, possui o
02. (IF/PA- Auxiliar de Assuntos Educacionais – valor lógico V (verdade) ou o valor lógico F (falsidade).
IF/PA/2016) Qual sentença a seguir é considerada uma Em se tratando de uma proposição composta, a
proposição? determinação de seu valor lógico, conhecidos os valores
(A) O copo de plástico. lógicos das proposições simples componentes, se faz com base
(B) Feliz Natal! no seguinte princípio, vamos relembrar:
(C) Pegue suas coisas.
(D) Onde está o livro?
(E) Francisco não tomou o remédio. O valor lógico de qualquer proposição composta
depende UNICAMENTE dos valores lógicos das
03. (Cespe/UNB) Na lista de frases apresentadas a seguir: proposições simples componentes, ficando por eles
• “A frase dentro destas aspas é uma mentira.” UNIVOCAMENTE determinados.
• A expressão x + y é positiva.
• O valor de √4 + 3 = 7.
• Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.

Raciocínio Lógico 2
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Para determinarmos esses valores recorremos a um Vejamos alguns exemplos:


dispositivo prático que é o objeto do nosso estudo: A tabela
verdade. Em que figuram todos os possíveis valores lógicos da 01. (FCC) Com relação à proposição: “Se ando e bebo,
proposição composta (sua solução) correspondente a todas as então caio, mas não durmo ou não bebo”. O número de linhas
possíveis atribuições de valores lógicos às proposições da tabela-verdade da proposição composta anterior é igual a:
simples componentes. (A) 2;
(B) 4;
Número de linhas de uma Tabela Verdade (C) 8;
O número de linhas de uma proposição composta depende (D) 16;
do número de proposições simples que a integram, sendo dado (E) 32.
pelo seguinte teorema:
Vamos contar o número de verbos para termos a
“A tabela verdade de uma proposição composta com n* quantidade de proposições simples e distintas contidas na
proposições simples componentes contém 2n linhas.” (* proposição composta. Temos os verbos “andar’, “beber”, “cair”
Algumas bibliografias utilizam o “p” no lugar do “n”) e “dormir”. Aplicando a fórmula do número de linhas temos:
Os valores lógicos “V” e “F” se alteram de dois em dois para Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
a primeira proposição “p” e de um em um para a segunda Resposta D.
proposição “q”, em suas respectivas colunas, e, além disso, VV,
VF, FV e FF, em cada linha, são todos os arranjos binários com 02. (Cespe/UnB) Se “A”, “B”, “C” e “D” forem proposições
repetição dos dois elementos “V” e “F”, segundo ensina a simples e distintas, então o número de linhas da tabela-
Análise Combinatória. verdade da proposição (A → B) ↔ (C → D) será igual a:
(A) 2;
Construção da tabela verdade de uma proposição (B) 4;
composta (C) 8;
Para sua construção começamos contando o número de (D) 16;
proposições simples que a integram. Se há n proposições (E) 32.
simples componentes, então temos 2n linhas. Feito isso,
atribuimos a 1ª proposição simples “p1” 2n / 2 = 2n -1 valores Veja que podemos aplicar a mesma linha do raciocínio
V , seguidos de 2n – 1 valores F, e assim por diante. acima, então teremos:
Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
Exemplos Resposta D.
1) Se tivermos 2 proposições temos que 2n =22 = 4 linhas e
2n – 1 = 22 - 1 = 2, temos para a 1ª proposição 2 valores V e 2 Estudo dos Operadores e Operações Lógicas
valores F se alternam de 2 em 2 , para a 2ª proposição temos
que os valores se alternam de 1 em 1 (ou seja metade dos Quando efetuamos certas operações sobre proposições
valores da 1ª proposição). Observe a ilustração, a primeira chamadas operações lógicas, efetuamos cálculos
parte dela corresponde a árvore de possibilidades e a segunda proposicionais, semelhantes a aritmética sobre números, de
a tabela propriamente dita. forma a determinarmos os valores das proposições.

1) Negação ( ~ ): chamamos de negação de uma


proposição representada por “não p” cujo valor lógico é
verdade (V) quando p é falsa e falsidade (F) quando p é
verdadeira. Assim “não p” tem valor lógico oposto daquele de
p.
Pela tabela verdade temos:

(Fonte: http://www.colegioweb.com.br/nocoes-de-logica/tabela-
verdade.html)

2) Neste caso temos 3 proposições simples, fazendo os Simbolicamente temos:


cálculos temos: 2n =23 = 8 linhas e 2n – 1 = 23 - 1 = 4, temos para ~V = F ; ~F = V
a 1ª proposição 4 valores V e 4 valores F se alternam de 4 em V(~p) = ~V(p)
4 , para a 2ª proposição temos que os valores se alternam de 2
em 2 (metade da 1ª proposição) e para a 3ª proposição temos Exemplos
valores que se alternam de 1 em 1(metade da 2ª proposição).
Proposição Negação: ~p
(afirmações): p
Carlos é médico Carlos NÃO é médico
Juliana é carioca Juliana NÃO é carioca
Nicolas está de Nicolas NÃO está de
férias férias
Norberto foi NÃO É VERDADE QUE
trabalhar Norberto foi trabalhar

A primeira parte da tabela todas as afirmações são


verdadeiras, logo ao negarmos temos passam a ter como valor
lógico a falsidade.
(Fonte: http://www.colegioweb.com.br/nocoes-de-logica/tabela-
verdade.html)

Raciocínio Lógico 3
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

- Dupla negação (Teoria da Involução): vamos - As proposições compostas, representadas, por exemplo,
considerar as seguintes proposições primitivas, p:” Netuno é o pelas letras maiúsculas “P”, “Q”, “R”, “S” e “T”, terão seus
planeta mais distante do Sol”; sendo seu valor verdadeiro ao respectivos valores lógicos representados por:
negarmos “p”, vamos obter a seguinte proposição ~p: “Netuno V(P), V(Q), V(R), V(S) e V(T).
NÂO é o planeta mais distante do Sol” e negando novamente a
proposição “~p” teremos ~(~p): “NÃO É VERDADE que Netuno 3) Disjunção inclusiva – soma lógica – disjunção
NÃO é o planeta mais distante do Sol”, sendo seu valor lógico simples (v): chama-se de disjunção inclusiva de duas
verdadeiro (V). Logo a dupla negação equivale a termos de proposições p e q a proposição representada por “p ou q”, cujo
valores lógicos a sua proposição primitiva. valor lógico é verdade (V) quando pelo menos uma das
proposições, p e q, é verdadeira e falsidade (F) quando
p ≡ ~(~p) ambas são falsas.
Simbolicamente: “p v q” (lê-se: “p OU q”).
Observação: O termo “equivalente” está associado aos Pela tabela verdade temos:
“valores lógicos” de duas fórmulas lógicas, sendo iguais pela
natureza de seus valores lógicos.
Exemplo:
1. Saturno é um planeta do sistema solar.
2. Sete é um número real maior que cinco.

Sabendo-se da realidade dos valores lógicos das


proposições “Saturno é um planeta do sistema solar” e “Sete é
um número rela maior que cinco”, que são ambos verdadeiros Exemplos
(V), conclui-se que essas proposições são equivalentes, em (a)
termos de valores lógicos, entre si. p: A neve é branca. (V)
q: 3 < 5. (V)
2) Conjunção – produto lógico (^): chama-se de V(p v q) = V(p) v V(q) = V v V = V
conjunção de duas proposições p e q a proposição
representada por “p e q”, cujo valor lógico é verdade (V) (b)
quando as proposições, p e q, são ambas verdadeiras e p: A neve é azul. (F)
falsidade (F) nos demais casos. q: 6 < 5. (F)
Simbolicamente temos: “p ^ q” (lê-se: “p E q”). V(p v q) = V(p) v V(q) = F v F = F

Pela tabela verdade temos: (c)


p: Pelé é jogador de futebol. (V)
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
V(p v q) = V(p) v V(q) = V v F = V

(d)
p: A neve é azul. (F)
q: 7 é número ímpar. (V)
V(p v q) = V(p) v V(q) = F v V = V
Exemplos
(a) 4) Disjunção exclusiva ( v ): chama-se disjunção
p: A neve é branca. (V) exclusiva de duas proposições p e q, cujo valor lógico é
q: 3 < 5. (V) verdade (V) somente quando p é verdadeira ou q é
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = V ^ V = V verdadeira, mas não quando p e q são ambas verdadeiras
e a falsidade (F) quando p e q são ambas verdadeiras ou
(b) ambas falsas.
p: A neve é azul. (F) Simbolicamente: “p v q” (lê-se; “OU p OU q”; “OU p OU q,
q: 6 < 5. (F) MAS NÃO AMBOS”).
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = F ^ F = F Pela tabela verdade temos:

(c)
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = V ^ F = F

(d)
p: A neve é azul. (F)
q: 7 é número ímpar. (V) Para entender melhor vamos analisar o exemplo.
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = F ^ V = F p: Nathan é médico ou professor. (Ambas podem ser
verdadeiras, ele pode ser as duas coisas ao mesmo tempo, uma
- O valor lógico de uma proposição simples “p” é indicado condição não exclui a outra – disjunção inclusiva).
por V(p). Assim, exprime-se que “p” é verdadeira (V), Podemos escrever:
escrevendo: Nathan é médico ^ Nathan é professor
V(p) = V
q: Mario é carioca ou paulista (aqui temos que se Mario é
- Analogamente, exprime-se que “p” é falsa (F), carioca implica que ele não pode ser paulista, as duas coisas
escrevendo: não podem acontecer ao mesmo tempo – disjunção exclusiva).
V(p) = F Reescrevendo:

Raciocínio Lógico 4
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Mario é carioca v Mario é paulista. q: 6 < 5. (F)


V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = F ↔ F = V
Exemplos
a) Plínio pula ou Lucas corre, mas não ambos. (c)
b) Ou Plínio pula ou Lucas corre. p: Pelé é jogador de futebol. (V)
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
5) Implicação lógica ou condicional (→): chama-se V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = V ↔ F = F
proposição condicional ou apenas condicional representada
por “se p então q”, cujo valor lógico é falsidade (F) no caso em (d)
que p é verdade e q é falsa e a verdade (V) nos demais p: A neve é azul. (F)
casos. q: 7 é número ímpar. (V)
V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = F ↔ V = F
Simbolicamente: “p → q” (lê-se: p é condição suficiente
para q; q é condição necessária para p). Transformação da linguagem corrente para a
p é o antecedente e q o consequente e “→” é chamado de simbólica
símbolo de implicação. Este é um dos tópicos mais vistos em diversas provas e por
isso vamos aqui detalhar de forma a sermos capazes de
Pela tabela verdade temos: resolver questões deste tipo.

Sejam as seguintes proposições simples denotadas por “p”,


“q” e “r” representadas por:
p: Luciana estuda.
q: João bebe.
r: Carlos dança.

Exemplos Sejam, agora, as seguintes proposições compostas


(a) denotadas por: “P ”, “Q ”, “R ”, “S ”, “T ”, “U ”, “V ” e “X ”
p: A neve é branca. (V) representadas por:
q: 3 < 5. (V) P: Se Luciana estuda e João bebe, então Carlos não dança.
V(p → q) = V(p) → V(q) = V → V = V Q: É falso que João bebe ou Carlos dança, mas Luciana não
estuda.
(b) R: Ou Luciana estuda ou Carlos dança se, e somente se,
p: A neve é azul. (F) João não bebe.
q: 6 < 5. (F)
V(p → q) = V(p) → V(q) = F → F = V O primeiro passo é destacarmos os operadores lógicos
(modificadores e conectivos) e as proposições. Depois
(c) reescrevermos de forma simbólica, vajamos:
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
V(p → q) = V(p) → V(q) = V → F = F
Juntando as informações temos que, P: (p ^ q) → ~r
(d)
p: A neve é azul. (F)
Continuando:
q: 7 é número ímpar. (V)
V(p → q) = V(p) → V(q) = F → V = V
Q: É falso que João bebe ou Carlos dança, mas Luciana
estuda.
6) Dupla implicação ou bicondicional (↔):chama-se
proposição bicondicional ou apenas bicondicional
representada por “p se e somente se q”, cujo valor lógico é
verdade (V) quando p e q são ambas verdadeiras ou falsas
e a falsidade (F) nos demais casos.
Simbolicamente: “p ↔ q” (lê-se: p é condição necessária e
suficiente para q; q é condição necessária e suficiente para p). Simbolicamente temos: Q: ~ (q v r ^ ~p).
Pela tabela verdade temos: R: Ou Luciana estuda ou Carlos dança se, e somente se,
João não bebe.
(p v r) ↔ ~q

Observação: os termos “É falso que”, “Não é verdade que”,


“É mentira que” e “É uma falácia que”, quando iniciam as
frases negam, por completo, as frases subsequentes.
Exemplos
(a) - O uso de parêntesis
p: A neve é branca. (V) A necessidade de usar parêntesis na simbolização das
q: 3 < 5. (V) proposições se deve a evitar qualquer tipo de ambiguidade,
V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = V ↔ V = V assim na proposição, por exemplo, p ^ q v r, nos dá a seguinte
proposições:
(b)
p: A neve é azul. (F)

Raciocínio Lógico 5
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

(I) (p ^ q) v r - Conectivo principal é da disjunção. Exemplo


(II) p ^ (q v r) - Conectivo principal é da conjunção. Vamos construir a tabela verdade da proposição:
P(p,q) = ~ (p ^ ~q)
As quais apresentam significados diferentes, pois os
conectivos principais de cada proposição composta dá valores 1ª Resolução) Vamos formar o par de colunas
lógicos diferentes como conclusão. correspondentes as duas proposições simples p e q. Em
Agora observe a expressão: p ^ q → r v s, dá lugar, seguida a coluna para ~q , depois a coluna para p ^ ~q e a
colocando parêntesis as seguintes proposições: útima contento toda a proposição ~ (p ^ ~q), atribuindo todos
a) ((p ^ q) → r) v s os valores lógicos possíveis de acordo com os operadores
b) p ^ ((q → r) v s) lógicos.
c) (p ^ (q → r)) v s
d) p ^ (q → (r v s)) p q ~q p ^~q ~ (p ^ ~q)
e) (p ^ q) → (r v s) V V F F V
V F V V F
Aqui duas quaisquer delas não tem o mesmo significado. F V F F V
Porém existem muitos casos que os parêntesis são suprimidos, F F V F V
a fim de simplificar as proposições simbolizadas, desde que,
naturalmente, ambiguidade alguma venha a aparecer. Para 2ª Resolução) Vamos montar primeiro as colunas
isso a supressão do uso de parêntesis se faz mediante a correspondentes a proposições simples p e q , depois traçar
algumas convenções, das quais duas são particularmente colunas para cada uma dessas proposições e para cada um dos
importantes: conectivos que compõem a proposição composta.
p q ~ (p ^ ~ q)
1ª) A “ordem de precedência” para os conectivos é: V V
(I) ~ (negação)
V F
(II) ^, v (conjunção ou disjunção têm a mesma
F V
precedência, operando-se o que ocorrer primeiro, da esquerda
F F
para direita).
(III) → (condicional)
Depois completamos, em uma determinada ordem as
(IV) ↔ (bicondicional)
colunas escrevendo em cada uma delas os valores lógicos.
Portanto o mais “fraco” é “~” e o mais “forte” é “↔”.
p q ~ (p ^ ~ q)
Logo: Os símbolos → e ↔ têm preferência sobre ^ e v. V V V V
V F V F
Exemplo F V F V
p → q ↔ s ^ r , é uma bicondicional e nunca uma F F F F
condicional ou uma conjunção. Para convertê-la numa 1 1
condicional há que se usar parêntesis:
p →( q ↔ s ^ r ) p q ~ (p ^ ~ q)
E para convertê-la em uma conjunção: V V V F V
(p → q ↔ s) ^ r V F V V F
F V F F V
2ª) Quando um mesmo conectivo aparece F F F V F
sucessivamente repetido, suprimem-se os parêntesis, 1 2 1
fazendo-se a associação a partir da esquerda.
p q ~ (p ^ ~ q)
Segundo estas duas convenções, as duas seguintes V V V F F V
proposições se escrevem: V F V V V F
F V F F F V
Proposição Nova forma de escrever a F F F F V F
proposição
1 3 2 1
((~(~(p ^ q))) v (~p)) ~~ (p ^ q) v ~p
((~p) → (q → (~(p v ~p→ (q → ~(p v r))
p q ~ (p ^ ~ q)
r))))
V V V V F F V
- Outros símbolos para os conectivos (operadores lógicos): V F F V V V F
“¬” (cantoneira) para negação (~). F V V F F F V
“●” e “&” para conjunção (^). F F V F F V F
“‫( ”ﬤ‬ferradura) para a condicional (→). 4 1 3 2 1

Em síntese temos a tabela verdade das proposições que Observe que vamos preenchendo a tabela com os valores
facilitará na resolução de diversas questões lógicos (V e F), depois resolvemos os operadores lógicos
(modificadores e conectivos) e obtemos em 4 os valores
lógicos da proposição que correspondem a todas possíveis
atribuições de p e q de modo que:

P(V V) = V, P(V F) = F, P(F V) = V, P(F F) = V

(Fonte: http://www laifi.com.)


A proposição P(p,q) associa a cada um dos elementos do
conjunto U – {VV, VF, FV, FF} com um ÚNICO elemento do

Raciocínio Lógico 6
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

conjunto {V,F}, isto é, P(p,q) outra coisa não é que uma função F V F F F F F
de U em {V,F} F F V F F F F
F F F F F F F
P(p,q): U → {V,F} , cuja representação gráfica por um
diagrama sagital é a seguinte: 4) Identidade: p ^ t ⇔ p e p ^ w ⇔ w
A tabela verdade de p ^ t e p, e p ^ w e w são idênticas, ou
seja, a bicondicional p ^ t ↔ p e p ^ w ↔ w são tautológicas.

p t w p^t p^w p^t↔p p^w↔w


V V F V F V V
F V F F F V V

Estas propriedades exprimem que t e w são


respectivamente elemento neutro e elemento absorvente da
conjunção.
3ª Resolução) Resulta em suprimir a tabela verdade
anterior as duas primeiras da esquerda relativas às Propriedades da Disjunção: Sendo as proposições p, q e
proposições simples componentes p e q. Obtermos então a r simples, quaisquer que sejam t e w, proposições também
seguinte tabela verdade simplificada: simples, cujos valores lógicos respectivos são V (verdade) e
F(falsidade), temos as seguintes propriedades:
~ (p ^ ~ q)
V V F F V 1) Idempotente: p v p ⇔ p
F V V V F A tabela verdade de p v p e p, são idênticas, ou seja, a
V F F F V bicondicional p v p ↔ p é tautológica.
V F F V F
4 1 3 2 1 p pvp pvp↔p
V V V
Referências F F V
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio
lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 2) Comutativa: p v q ⇔ q v p
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
Nobel – 2002.
A tabela verdade de p v q e q v p são idênticas, ou seja, a
bicondicional p v q ↔ q v p é tautológica.
ÁLGEBRA DAS PROPOSIÇÕES
p q pvq qvp pvq↔qvp
Propriedades da Conjunção: Sendo as proposições p, q e V V V V V
r simples, quaisquer que sejam t e w, proposições também V F V V V
simples, cujos valores lógicos respectivos são V (verdade) e F V V V V
F(falsidade), temos as seguintes propriedades: F F F F V

1) Idempotente: p ^ p ⇔ p (o símbolo “⇔” representa 3) Associativa: (p v q) v r ⇔ p v (q v r)


equivalência). A tabela verdade de (p v q) v r e p v (q v r) são idênticas, ou
A tabela verdade de p ^ p e p, são idênticas, ou seja, a seja, a bicondicional (p v q) v r ↔ p v (q v r) é tautológica.
bicondicional p ^ p ↔ p é tautológica. p q r p v q (p v q) v r q v r p v (q v r)
V V V V V V V
p p^p p^p↔p V V F V V V V
V V V V F V V V V V
F F V V F F V V F V
F V V V V V V
2) Comutativa: p ^ q ⇔ q ^ p F V F V V V V
A tabela verdade de p ^ q e q ^ p são idênticas, ou seja, a F F V F V V V
bicondicional p ^ q ↔ q ^ p é tautológica. F F F F F F F

p q p^q q^p p^q↔q^p 4) Identidade: p v t ⇔ t e p v w ⇔ p


V V V V V A tabela verdade de p v t e p, e p v w e w são idênticas, ou
V F F F V seja, a bicondicional p v t ↔ t e p v w ↔ p são tautológicas.
F V F F V p t w pvt pvw pvt↔t pvw↔p
F F F F V V V F V V V V
F V F V F V V
3) Associativa: (p ^ q) ^ r ⇔ p ^ (q ^ r)
A tabela verdade de (p ^ q) ^ r e p ^ (q ^ r) são idênticas, Estas propriedades exprimem que t e w são
ou seja, a bicondicional (p ^ q) ^ r ↔ p ^ (q ^ r) é tautológica. respectivamente elemento absorvente e elemento neutro da
disjunção.
p q r p^q (p ^ q) ^ r q^r p ^ (q ^ r)
V V V V V V V Propriedades da Conjunção e Disjunção: Sejam p, q e r
V V F V F F F proposições simples quaisquer.
V F V F F F F 1) Distributiva:
V F F F F F F - p ^ (q v r) ⇔ (p ^ q) v (p ^ r)
F V V F F V F - p v (q ^ r) ⇔ (p v q) ^ (p v r)

Raciocínio Lógico 7
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

A tabela verdade das proposições p ^ (q v r) e (p v q) ^ (p A figura acima apresenta as colunas iniciais de uma tabela-
v r) são idênticas, e observamos que a bicondicional p ^ (q v r) verdade, em que P, Q e R representam proposições lógicas, e V
↔ (p ^ q) v (p ^ r) é tautológica. e F correspondem, respectivamente, aos valores lógicos
p q r q v p ^ (q v p ^ p ^ (p ^ q) v (p ^ verdadeiro e falso.
r r) q r r) Com base nessas informações e utilizando os conectivos
V V V V V V V V lógicos usuais, julgue o item subsecutivo.
V V F V V V F V
V F V V V F V V A última coluna da tabela-verdade referente à proposição
V F F F F F F F lógica P v (Q↔R) quando representada na posição horizontal
F V V V F F F F é igual a
F V F V F F F F
F F V V F F F F
F F F F F F F F
( ) Certo ( ) Errado
Analogamente temos ainda que a tabela verdade das
proposições p v (q ^ r) e (p v q) ^ (p v r) são idênticas e sua 02. (BRDE-Analista de Sistemas, Desenvolvimento de
bicondicional p v (q ^ r) ↔ (p v q) ^ (p v r) é tautológica. Sistemas – FUNDATEC/2015)
A equivalência p ^ (q v r) ↔ (p ^ q) v (p ^ r), exprime que a Qual operação lógica descreve a tabela verdade da função
conjunção é distributiva em relação à disjunção e a Z abaixo cujo operandos são A e B? Considere que V significa
equivalência p v (q ^ r) ↔ (p v q) ^ (p v r), exprime que a Verdadeiro, e F, Falso.
disjunção é distributiva em relação à conjunção.
Exemplo:
“Carlos estuda E Jorge trabalha OU viaja” é equivalente à
seguinte proposição:
“Carlos estuda E Jorge trabalha” OU “Carlos estuda E Jorge
viaja”.

2) Absorção:
- p ^ (p v q) ⇔ p
- p v (p ^ q) ⇔ p (A) Ou.
(B) E.
A tabela verdade das proposições p ^ (p v q) e p, ou seja, a (C) Ou exclusivo.
bicondicional p ^ (p v q) ↔ p é tautológica. (D) Implicação (se...então).
p q p v q p ^ (p v q) p ^ (p v q) ↔ p (E) Bicondicional (se e somente se).
V V V V V
V F V V V 03. (EBSERH – Técnico em Citopatologia – INSTITUTO
F V V F V AOCP/2015) Considerando a proposição composta ( p ∨ r ) , é
F F F F V correto afirmar que
(A) a proposição composta é falsa se apenas p for falsa.
Analogamente temos ainda que a tabela verdade das (B) a proposição composta é falsa se apenas r for falsa.
proposições p v (p ^ q) e p são idênticas, ou seja a bicondicional (C) para que a proposição composta seja verdadeira é
p v (p ^ q) ↔ p é tautológica. necessário que ambas, p e r sejam verdadeiras.
p q p ^ q p v (p ^ q) p v (p ^ q) ↔ p (D) para que a proposição composta seja verdadeira é
V V V V V necessário que ambas, p e r sejam falsas.
V F F V V (E) para que a proposição composta seja falsa é necessário
F V F F V que ambas, p e r sejam falsas.
F F F F V
Respostas
Referências
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio 01. Resposta: Certo.
lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. P v (Q↔R), montando a tabela verdade temos:
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
Nobel – 2002.
R Q P [P v (Q ↔ R) ]
Questões V V V V V V V V
V V F F V V V V
01. (MEC – Conhecimentos básicos para os Postos V F V V V F F V
9,10,11 e 16 – CESPE/2015) V F F F F F F V
F V V V V V F F
F V F F F V F F
F F V V V F V F
F F F F V F V F

02. Resposta: D.
Observe novamente a tabela abaixo, considere A = p, B = q
e Z = condicional.

Raciocínio Lógico 8
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Um argumento de premissas P1, P2, ..., Pn e de conclusão


Q, indica-se por:
P1, P2, ..., Pn |----- Q

Argumentos Válidos
Um argumento é VÁLIDO (ou bem construído ou legítimo)
03. Resposta: E. quando a conclusão é VERDADEIRA (V), sempre que as
Como já foi visto, a disjunção só é falsa quando as duas premissas forem todas verdadeiras (V). Dizemos, também, que
proposições são falsas. um argumento é válido quando a conclusão é uma
consequência obrigatória das verdades de suas premissas. Ou
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO seja:

No estudo da Lógica Matemática, a dedução formal é a A verdade das premissas é incompatível com a falsidade da
principal ferramenta para o raciocínio válido de um conclusão.
argumento. Ela avalia de forma genérica as conclusões que a
argumentação pode tomar, quais dessas conclusões são Um argumento válido é denominado tautologia quando
válidas e quais são inválidas (falaciosas). Ainda na Lógica assumir, somente, valorações verdadeiras,
Matemática, estudam-se as formas válidas de inferência de independentemente de valorações assumidas por suas
uma linguagem formal ou proposicional constituindo-se, estruturas lógicas.
assim, a teoria da argumentação.
Um argumento é um conjunto finito de premissas – Argumentos Inválidos
proposições –, sendo uma delas a consequência das demais. Um argumento é dito INVÁLIDO (ou falácia, ou ilegítimo ou
Tal premissa (proposição), que é o resultado dedutivo ou mal construído), quando as verdades das premissas são
consequência lógica das demais, é chamada conclusão. insuficientes para sustentar a verdade da conclusão.
Um argumento é uma fórmula: P1 ∧ P2 ∧ ... ∧ Pn → Q, em Caso a conclusão seja falsa, decorrente das insuficiências
que os Pis (P1, P2, P3...) e Q são fórmulas simples ou geradas pelas verdades de suas premissas, tem-se como
compostas. Nesse argumento, as fórmulas Pis (P1, P2, P3...) são conclusão uma contradição (F).
chamadas premissas e a fórmula Q é chamada conclusão. Um argumento não válido diz-se um SOFISMA.

Conceitos - A verdade e a falsidade são propriedades das


Premissas (proposições): são afirmações que podem ser proposições.
verdadeiras ou falsas. Com base nelas que os argumentos são - Já a validade e a invalidade são propriedades inerentes
compostos, ou melhor, elas possibilitam que o argumento seja aos argumentos.
aceito. - Uma proposição pode ser considerada verdadeira ou
falsa, mas nunca válida e inválida.
Inferência: é o processo a partir de uma ou mais - Não é possível ter uma conclusão falsa se as
premissas se chegar a novas proposições. Quando a inferência premissas são verdadeiras.
é dada como válida, significa que a nova proposição foi aceita, - A validade de um argumento depende exclusivamente
podendo ela ser utilizada em outras inferências. da relação existente entre as premissas e conclusões.

Conclusão: é a proposição que contém o resultado final da


inferência e que esta alicerçada nas premissas. Para separa as
premissas das conclusões utilizam-se expressões como “logo, Critérios de Validade de um argumento
...”, “portanto, ...”, “por isso, ...”, entre outras. Pelo teorema temos:

Sofisma: é um raciocínio falso com aspecto de verdadeiro. Um argumento P1, P2, ..., Pn |---- Q é VÁLIDO se e somente
se a condicional:
(P1 ^ P2 ^ ...^ Pn) → Q é tautológica.
Falácia: é um argumento inválido, sem fundamento ou
tecnicamente falho na capacidade de provar aquilo que
enuncia. Métodos para testar a validade dos argumentos
Estes métodos nos permitem, por dedução (ou inferência),
Silogismo: é um raciocínio composto de três proposições, atribuirmos valores lógicos as premissas de um argumento
dispostas de tal maneira que a conclusão é verdadeira e deriva para determinarmos uma conclusão verdadeira.
logicamente das duas primeiras premissas, ou seja, a Também podemos utilizar diagramas lógicos caso sejam
conclusão é a terceira premissa. estruturas categóricas (frases formadas pelas palavras ou
quantificadores: todo, algum e nenhum).
O argumento é uma fórmula constituída de premissas e
conclusões (dois elementos fundamentais da argumentação) Os métodos consistem em:
conforme dito no início temos: 1) Atribuição de valores lógicos: o método consiste na
dedução dos valores lógicos das premissas de um
argumento, a partir de um “ponto de referência inicial” que,
geralmente, será representado pelo valor lógico de uma
premissa formada por uma proposição simples. Lembramos
que, para que um argumento seja válido, partiremos do
pressuposto que todas as premissas que compõem esse
argumento são, na totalidade, verdadeiras.
Para dedução dos valores lógicos, utilizaremos como
auxílio a tabela-verdade dos conectivos.
Todas as PREMISSAS tem uma CONCLUSÃO. Os exemplos
acima são considerados silogismos.

Raciocínio Lógico 9
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

premissa P1 será falsa (5º passo). Lembramos que, sempre


que confirmarmos como falsa a 2ª parte de uma condicional,
devemos confirmar também como falsa a 1ª parte (6º passo),
já que F → F: V.

Exemplos
01. Seja um argumento formado pelas seguintes
premissas: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa. Se
Paula não fica em casa, então Marta vai à festa. Nem Rita foi à
festa, nem Paula ficou em casa. Portanto, de acordo com os valores lógicos atribuídos,
Sejam as seguintes premissas: podemos obter as seguintes conclusões: “Ana não vai à festa”;
P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa. “Marta vai à festa”; “Paula não fica em casa” e “Rita não foi
P2: Se Paula não fica em casa, então Marta vai à festa. à festa”.
P3: Nem Rita foi à festa, nem Paula ficou em casa.
Inicialmente, reescreveremos a última premissa “P3” na 02. Seja um argumento formado pelas seguintes
forma de uma conjunção, já que a forma “nem A, nem B” pode premissas: Se Pedro é pintor, então Eduardo não é eletricista.
ser também representada por “não A e não B”. Portanto, Saulo é síndico ou Eduardo é eletricista. Paulo é porteiro se, e
teremos: somente se, Saulo não é síndico.
Então, sejam as premissas: Sejam as seguintes premissas:
P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa. P1: Se Pedro é pintor, então Eduardo não é eletricista.
P2: Se Paula não fica em casa, então Marta vai à festa. P2: Saulo é síndico ou Eduardo é eletricista.
P3: Rita não foi à festa e Paula não ficou em casa. P3: Paulo é porteiro se, e somente se, Saulo não é síndico.

Lembramos que, para que esse argumento seja válido, Lembramos que, para que esse argumento seja válido,
todas as premissas que o compõem deverão ser todas as premissas que o compõem deverão ser,
necessariamente verdadeiras. necessariamente, verdadeiras.
P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa: (V) P1: Se Pedro é pintor, então Eduardo não é eletricista: (V)
P2: Se Paula não fica em casa, então Marta vai à festa: (V) P2: Saulo é síndico ou Eduardo é eletricista: (V)
P3: Rita não foi à festa e Paula não ficou em casa: (V) P3: Paulo é porteiro se, e somente se, Saulo não é síndico:
(V)
Nesse caso, não há um “ponto de referência”, ou seja, não Caso o argumento não possua uma proposição simples
temos uma proposição simples que faça parte desse (ponto de referência inicial) ou uma conjunção ou uma
argumento; logo, tomaremos como verdade a conjunção da disjunção exclusiva, então as deduções serão iniciadas pela
premissa “P3”, já que uma conjunção é considerada verdadeira bicondicional, caso exista.
somente quando suas partes forem verdadeiras. Assim, Sendo P3 uma bicondicional, e sabendo-se que toda
teremos a confirmação dos seguintes valores lógicos bicondicional assume valoração verdadeira somente
verdadeiros: “Rita não foi à festa” (1º passo) e “Paula não ficou quando suas partes são verdadeiras ou falsas,
em casa” (2º passo). simultaneamente, então consideraremos as duas partes da
P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa. bicondicional como sendo verdadeiras (1º e 2º passos), por
P2: Se Paula não fica em casa, então Marta vai à festa. dedução.
P1: Se Pedro é pintor, então Eduardo não é eletricista.

Confirmando-se a proposição simples “Saulo não é síndico”


Ao confirmar a proposição simples “Paula não fica em casa”
como verdadeira, então a 1ª parte da disjunção em P2 será
como verdadeira, estaremos confirmando, também, como
valorada como falsa (3º passo). Se uma das partes de uma
verdadeira a 1ª parte da condicional da premissa “P2” (3º
disjunção for falsa, a outra parte “Eduardo é eletricista” deverá
passo).
ser necessariamente verdadeira, para que toda a disjunção
P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa.
assuma valoração verdadeira (4º passo).
P1: Se Pedro é pintor, então Eduardo não é eletricista.

Se a 1ª parte de uma condicional for verdadeira, logo, a 2ª


parte também deverá ser verdadeira, já que uma verdade
implica outra verdade. Assim, concluímos que “Marta vai à Ao confirmar como verdadeira a proposição simples
festa” (4º passo). “Eduardo é eletricista”, então a 2ª parte da condicional em P1
P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa. será falsa (5º passo). Se a 2ª parte de uma condicional for
valorada como falsa, então a 1ª parte também deverá ser
considerada falsa (6º passo), para que seu valor lógico seja
considerado verdadeiro (F → F: V).

Sabendo-se que “Marta vai à festa” é uma proposição


simples verdadeira, então a 2ª parte da condicional da

Raciocínio Lógico 10
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Montando a tabela verdade temos (vamos montar o passo


a passo):
P q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r

V V V V V V V F V

Portanto, de acordo com os valores lógicos atribuídos, V V F V V V V V F


podemos obter as seguintes conclusões: “Pedro não é pintor”;
“Eduardo é eletricista”; “Saulo não é síndico” e “Paulo é V F V V F F F F V
porteiro”.
V F F V F F F V F
Caso o argumento não possua uma proposição simples “ponto
de referência inicial”, devem-se iniciar as deduções pela F V V F V V V F V
conjunção, e, caso não exista tal conjunção, pela disjunção
exclusiva ou pela bicondicional, caso existam. F V F F V V V V F

2) Método da Tabela – Verdade: para resolvermos temos F F V F V F F F V


que levar em considerações dois casos.
1º caso: quando o argumento é representado por uma F F F F V F F V F
fórmula argumentativa.
1º 2º 1º 1º 1º 1º
Exemplo:
A → B ~A = ~B
Para resolver vamos montar uma tabela dispondo todas as P q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r
proposições, as premissas e as conclusões afim de chegarmos
a validade do argumento. V V V V V V V F F V

V V F V V V V V V F

V F V V F F F V F V

V F F V F F F V V F

F V V F V V V F F V

(Fonte: http://www.marilia.unesp.br) F V F F V V V V V F

O caso onde as premissas são verdadeiras e a conclusão


F F V F V F F V F V
é falsa está sinalizada na tabela acima pelo asterisco. Observe
também, na linha 4, que as premissas são verdadeiras e a
F F F F V F F V V F
conclusão é verdadeira. Chegamos através dessa análise que o
argumento não é valido.
1º 2º 1º 1º 3º 1º 1º
2o caso: quando o argumento é representado por uma
sequência lógica de premissas, sendo a última sua conclusão, e
é questionada a sua validade. P q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r
Exemplo:
“Se leio, então entendo. Se entendo, então não V V V V V V F V F F V
compreendo. Logo, compreendo.”
P1: Se leio, então entendo. V V F V V V V V V V F
P2: Se entendo, então não compreendo.
C: Compreendo. V F V V F F F F V F V
Se o argumento acima for válido, então, teremos a seguinte
estrutura lógica (fórmula) representativa desse argumento:
V F F V F F F F V V F
P1 ∧ P2 → C
F V V F V V F V F F V
Representando inicialmente as proposições primitivas
“leio”, “entendo” e “compreendo”, respectivamente, por “p”,
“q” e “r”, teremos a seguinte fórmula argumentativa: F V F F V V V V V V F
P1: p → q
P2: q → ~r F F V F V F V F V F V
C: r
F F F F V F V F V V F
[(p → q) ∧ (q → ~r)] → r ou

1º 2º 1º 4º 1º 3º 1º 1º

Raciocínio Lógico 11
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

P q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r 3.6 – Modus Tollens (MT)

V V V V V V F V F F V V

V V F V V V V V V V F F
3.7 – Dilema construtivo (DC)
V F V V F F F F V F V V

V F F V F F F F V V V F

F V V F V V F V F F V V
3.8 – Dilema destrutivo (DD)
F V F F V V V V V V F F

F F V F V F V F V F V V

F F F F V F V F V V F F
3.9 – Silogismo disjuntivo (SD)
1º 2º 1º 4º 1º 3º 1º 5º 1º 1º caso:

Sendo a solução (observado na 5a resolução) uma


contingência (possui valores verdadeiros e falsos), logo, esse
argumento não é válido. Podemos chamar esse argumento de 2º caso:
sofisma embora tenha premissas e conclusões verdadeiras.

Implicações tautológicas: a utilização da tabela verdade


em alguns casos torna-se muito trabalhoso, principalmente
quando o número de proposições simples que compõe o
argumento é muito grande, então vamos aqui ver outros 3.10 – Silogismo hipotético (SH)
métodos que vão ajudar a provar a validade dos argumentos.

3.1 - Método da adição (AD)

3.11 – Exportação e importação.

3.2 - Método da adição (SIMP) 1º caso: Exportação


1º caso:

2º caso: Importação
2º caso:

Produto lógico de condicionais: este produto consiste na


3.3 - Método da conjunção (CONJ) dedução de uma condicional conclusiva – que será a
1º caso: conclusão do argumento –, decorrente ou resultante de
várias outras premissas formadas por, apenas,
condicionais.
Ao efetuar o produto lógico, eliminam-se as proposições
simples iguais que se localizam em partes opostas das
2º caso: condicionais que formam a premissa do argumento,
resultando em uma condicional denominada condicional
conclusiva. Vejamos o exemplo:

3.4 - Método da absorção (ABS)

3.5 – Modus Ponens (MP)

Raciocínio Lógico 12
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Nós podemos aplicar a soma lógica em três casos: 3º caso - aplicam-se os procedimentos do 2o caso em,
1º caso - quando a condicional conclusiva é formada pelas apenas, uma parte das premissas do argumento.
proposições simples que aparecem apenas uma vez no Exemplo
conjunto das premissas do argumento. Se Nivaldo não é corintiano, então Márcio é palmeirense.
Exemplo Se Márcio não é palmeirense, então Pedro não é são-paulino.
Dado o argumento: Se chove, então faz frio. Se neva, então Se Nivaldo é corintiano, Pedro é são-paulino. Se Nivaldo é
chove. Se faz frio, então há nuvens no céu .Se há nuvens no corintiano, então Márcio não é palmeirense.
céu ,então o dia está claro. Então as premissas que formam esse argumento são:
Temos então o argumento formado pelas seguintes P1: Se Nivaldo não é corintiano, então Márcio é
premissas: palmeirense.
P1: Se chove, então faz frio. P2: Se Márcio não é palmeirense, então Pedro não é são-
P2: Se neva, então chove. paulino.
P3: Se faz frio, então há nuvens no céu. P3: Se Nivaldo é corintiano, Pedro é são-paulino.
P4: Se há nuvens no céu, então o dia está claro. P4: Se Nivaldo é corintiano, então Márcio não é
palmeirense.
Vamos denotar as proposições simples: Denotando as proposições temos:
p: chover p: Nivaldo é corintiano
q: fazer frio q: Márcio é palmeirense
r: nevar r: Pedro é são paulino
s: existir nuvens no céu Efetuando a soma lógica:
t: o dia está claro
Montando o produto lógico teremos:

Vamos aplicar o produto lógico nas 3 primeiras premissas


Conclusão: “Se neva, então o dia está claro”. (P1,P2,P3) teremos:

Observe que: As proposições simples “nevar” e “o dia está


claro” só apareceram uma vez no conjunto de premissas do
argumento anterior.

2º caso - quando a condicional conclusiva é formada por, Conclusão: “Márcio é palmeirense”.


apenas, uma proposição simples que aparece em ambas as
partes da condicional conclusiva, sendo uma a negação da Referências
outra. As demais proposições simples são eliminadas pelo
processo natural do produto lógico. ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
Nobel – 2002.
Neste caso, na condicional conclusiva, a 1ª parte deverá CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio
necessariamente ser FALSA, e a 2ª parte, necessariamente lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
VERDADEIRA.
Questões
Tome Nota:
Nos dois casos anteriores, pode-se utilizar o recurso de 01. (DPU – Agente Administrativo – CESPE/2016)
equivalência da contrapositiva (contraposição) de uma Considere que as seguintes proposições sejam verdadeiras.
condicional, para que ocorram os devidos reajustes entre as • Quando chove, Maria não vai ao cinema.
proposições simples de uma determinada condicional que • Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema.
resulte no produto lógico desejado. • Quando Cláudio sai de casa, não faz frio.
(p → q) ~q → ~p • Quando Fernando está estudando, não chove.
• Durante a noite, faz frio.
Exemplo Tendo como referência as proposições apresentadas,
Seja o argumento: Se Ana trabalha, então Beto não estuda. julgue o item subsecutivo.
Se Carlos não viaja, então Beto não estuda. Se Carlos viaja, Ana Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando.
trabalha. ( ) Certo ( ) Errado
Temos então o argumento formado pelas seguintes
premissas:
P1: Se Ana viaja, então Beto não trabalha. 02. (STJ – Conhecimentos Gerais para o cargo 17 –
P2: Se Carlos não estuda, então Beto não trabalha. CESPE/2015) Mariana é uma estudante que tem grande
P3: Se Carlos estuda, Ana viaja. apreço pela matemática, apesar de achar essa uma área muito
Denotando as proposições simples teremos: difícil. Sempre que tem tempo suficiente para estudar, Mariana
p: Ana trabalha é aprovada nas disciplinas de matemática que cursa na
q: Beto estuda faculdade. Neste semestre, Mariana está cursando a disciplina
r: Carlos viaja chamada Introdução à Matemática Aplicada. No entanto, ela
Montando o produto lógico teremos: não tem tempo suficiente para estudar e não será aprovada
nessa disciplina.
A partir das informações apresentadas nessa situação
hipotética, julgue o item a seguir, acerca das estruturas lógicas.
Considerando-se as seguintes proposições: p: “Se Mariana
aprende o conteúdo de Cálculo 1, então ela aprende o conteúdo
Conclusão: “Beto não estuda”.
de Química Geral”; q: “Se Mariana aprende o conteúdo de

Raciocínio Lógico 13
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Química Geral, então ela é aprovada em Química Geral”; c: (A → B) ∧ (B →C)


“Mariana foi aprovada em Química Geral”, é correto afirmar (A →B) ∧ (B → F)
que o argumento formado pelas premissas p e q e pela Para obtermos um resultado V da 2º premissa, logo B têm
conclusão c é um argumento válido. que ser F:
( ) Certo ( ) Errado (A → B) ∧ (B → F)
(A → F) ∧ (F → F)
03. (Petrobras – Técnico (a) de Exploração de Petróleo (F → F) ∧ (V)
Júnior – Informática – CESGRANRIO) Se Esmeralda é uma Para que a primeira premissa seja verdadeira, é preciso
fada, então Bongrado é um elfo. Se Bongrado é um elfo, então que o “A” seja falso:
Monarca é um centauro. Se Monarca é um centauro, então (A → F) ∧ (V)
Tristeza é uma bruxa. (F → F) ∧ (V)
Ora, sabe-se que Tristeza não é uma bruxa, logo (V) ∧ (V)
(A) Esmeralda é uma fada, e Bongrado não é um elfo. (V)
(B) Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um Então, é possível que o conjunto de premissas seja
centauro. verdadeiro e a conclusão seja falsa ao mesmo tempo, o que nos
(C) Bongrado é um elfo, e Monarca é um centauro. leva a concluir que esse argumento não é válido.
(D) Bongrado é um elfo, e Esmeralda é uma fada
(E) Monarca é um centauro, e Bongrado não é um elfo. 03. Resposta: B.
Vamos analisar cada frase partindo da afirmativa Tristeza
Respostas não é bruxa, considerando ela como (V), precisamos ter como
conclusão o valor lógico (V), então:
01. Resposta: Errado. (4) Se Esmeralda é uma fada(F), então Bongrado é um elfo
A questão trata-se de lógica de argumentação, dadas as (F) → V
premissas chegamos a uma conclusão. Enumerando as (3) Se Bongrado é um elfo (F), então Monarca é um
premissas: centauro (F) → V
A = Chove (2) Se Monarca é um centauro(F), então Tristeza é uma
B = Maria vai ao cinema bruxa(F) → V
C = Cláudio fica em casa (1) Tristeza não é uma bruxa (V)
D = Faz frio Logo:
E = Fernando está estudando Temos que:
F = É noite Esmeralda não é fada(V)
A argumentação parte que a conclusão deve ser (V) Bongrado não é elfo (V)
Lembramos a tabela verdade da condicional: Monarca não é um centauro (V)
Então concluímos que:
A condicional só será F quando a 1ª for verdadeira e a 2ª Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
falsa, utilizando isso temos:
O que se quer saber é: Se Maria foi ao cinema, então
Fernando estava estudando. // B → ~E
Iniciando temos:
3. Raciocínio sequencial.
4º - Quando chove (F), Maria não vai ao cinema. (F) // A →
~B = V – para que o argumento seja válido temos que Quando
chove tem que ser F. LÓGICA SEQUENCIAL OU SEQUÊNCIAS LOGICAS
3º - Quando Cláudio fica em casa (V), Maria vai ao cinema
(V). // C → B = V - para que o argumento seja válido temos que O Raciocínio é uma operação lógica, discursiva e mental.
Maria vai ao cinema tem que ser V. Neste, o intelecto humano utiliza uma ou mais proposições,
2º - Quando Cláudio sai de casa(F), não faz frio (F). // ~C para concluir através de mecanismos de comparações e
→ ~D = V - para que o argumento seja válido temos que Quando abstrações, quais são os dados que levam às respostas
Cláudio sai de casa tem que ser F. verdadeiras, falsas ou prováveis. Logo, resumidamente o
5º - Quando Fernando está estudando (V ou F), não chove raciocínio pode ser considerado também um dos integrantes
(V). // E → ~A = V. – neste caso Quando Fernando está dos mecanismos dos processos cognitivos superiores da
estudando pode ser V ou F. formação de conceitos e da solução de problemas, sendo parte
1º- Durante a noite(V), faz frio (V). // F → D = V do pensamento.
Logo nada podemos afirmar sobre a afirmação: Se Maria
foi ao cinema (V), então Fernando estava estudando (V ou Sequências Lógicas
F); pois temos dois valores lógicos para chegarmos à As sequências podem ser formadas por inúmeros fatores,
conclusão (V ou F). dentre eles temos pessoas, figuras, letras, números, etc.
Existem várias formas de se estabelecer uma sequência, o
02. Resposta: Errado. importante é que existem pelo menos três elementos que
Se o argumento acima for válido, então, teremos a seguinte caracterize a lógica de sua formação, entretanto algumas
estrutura lógica (fórmula) representativa desse argumento: séries necessitam de mais elementos para definir sua lógica.
P1 ∧ P2 → C Algumas sequências são bastante conhecidas e todos que
Organizando e resolvendo, temos: estudam lógica devem conhece-las, tais como as progressões
A: Mariana aprende o conteúdo de Cálculo 1 aritméticas e geométricas, a série de Fibonacci, os números
B: Mariana aprende o conteúdo de Química Geral primos e os quadrados perfeitos.
C: Mariana é aprovada em Química Geral
Argumento: [(A → B) ∧ (B → C)] ⇒ C
Vamos ver se há a possibilidade de a conclusão ser falsa e
as premissas serem verdadeiras, para sabermos se o
argumento é válido:
Testando C para falso:

Raciocínio Lógico 14
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Exemplo 1

(D) (E)

A sequência numérica proposta envolve multiplicações


por 4.
6 x 4 = 24 02. Considere que a sequência de figuras foi construída
24 x 4 = 96 segundo um certo critério.
96 x 4 = 384
384 x 4 = 1536

Exemplo 2

A diferença entre os números vai aumentando 1 unidade.


13 – 10 = 3
17 – 13 = 4 Se tal critério for mantido, para obter as figuras
22 – 17 = 5 subsequentes, o total de pontos da figura de número 15 deverá
28 – 22 = 6 ser:
35 – 28 = 7 (A) 69
(B) 67
Questões (C) 65
(D) 63
01. Observe atentamente a disposição das cartas em cada (E) 61
linha do esquema seguinte:
03. O próximo número dessa sequência lógica é: 1000, 990,
970, 940, 900, 850, ...
(A) 800
(B) 790
(C) 780
(D) 770

04. Na sequência lógica de números representados nos


hexágonos, da figura abaixo, observa-se a ausência de um deles
que pode ser:

(A) 76
(B) 10
A carta que está oculta é: (C) 20
(D) 78
(A) (B) (C)
05. Uma criança brincando com uma caixa de palitos de
fósforo constrói uma sequência de quadrados conforme
indicado abaixo:

Quantos palitos ele utilizou para construir a 7ª figura?


(A) 20 palitos
(B) 25 palitos

Raciocínio Lógico 15
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

(C) 28 palitos (A) 4


(D) 22 palitos (B) 20
(C) 31
06. Ana fez diversas planificações de um cubo e escreveu (D) 21
em cada um, números de 1 a 6. Ao montar o cubo, ela deseja
que a soma dos números marcados nas faces opostas seja 7. A 11. Os dois pares de palavras abaixo foram formados
única alternativa cuja figura representa a planificação desse segundo determinado critério.
cubo tal como deseja Ana é:
LACRAÇÃO → cal
AMOSTRA → soma
LAVRAR → ?

Segundo o mesmo critério, a palavra que deverá ocupar o


lugar do ponto de interrogação é:
(A) alar
(B) rala
(C) ralar
(D) larva
(E) arval

12. Observe que as figuras abaixo foram dispostas, linha a


07. As figuras da sequência dada são formadas por partes linha, segundo determinado padrão.
iguais de um círculo.

Continuando essa sequência, obtém-se exatamente 16


círculos completos na:
(A) 36ª figura
(B) 48ª figura
(C) 72ª figura
(D) 80ª figura
(E) 96ª figura

08. Analise a sequência a seguir:


Segundo o padrão estabelecido, a figura que substitui
corretamente o ponto de interrogação é:

(A) (B) (C) (D) (E)

Admitindo-se que a regra de formação das figuras


seguintes permaneça a mesma, pode-se afirmar que a figura
13. Observe que na sucessão seguinte os números foram
que ocuparia a 277ª posição dessa sequência é:
colocados obedecendo a uma lei de formação.

(A) (B) (C)


Os números X e Y, obtidos segundo essa lei, são tais que X
+ Y é igual a:
(A) 40
(B) 42
(C) 44
(D) 46
(D) (E) (E) 48

14. A figura abaixo representa algumas letras dispostas em


forma de triângulo, segundo determinado critério.
09. Observe a sequência: 2, 10, 12, 16, 17, 18, 19, ... Qual é o
próximo número?
(A) 20
(B) 21
(C) 100
(D) 200

10. Observe a sequência: 3,13, 30, ... Qual é o próximo


número?

Raciocínio Lógico 16
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Considerando que na ordem alfabética usada são excluídas 8, entre 52 e 42 é 10, entre 64 e 52 é 12, portanto entre o
as letra “K”, “W” e “Y”, a letra que substitui corretamente o próximo número e 64 é 14, dessa forma concluímos que o
ponto de interrogação é: próximo número é 78, pois: 76 – 64 = 14.
(A) P
(B) O 05. Resposta: D.
(C) N Observe a tabela:
(D) M Figuras 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª
(E) L
N° de Palitos 4 7 10 13 16 19 22
15. Considere que a sequência seguinte é formada pela
sucessão natural dos números inteiros e positivos, sem que os
algarismos sejam separados.
1234567891011121314151617181920... Temos de forma direta, pela contagem, a quantidade de
palitos das três primeiras figuras. Feito isto, basta perceber
O algarismo que deve aparecer na 276ª posição dessa que cada figura a partir da segunda tem a quantidade de
sequência é: palitos da figura anterior acrescida de 3 palitos. Desta forma,
(A) 9 fica fácil preencher o restante da tabela e determinar a
(B) 8 quantidade de palitos da 7ª figura.
(C) 6
(D) 3 06. Resposta: A.
(E) 1 Na figura apresentada na letra “B”, não é possível obter a
planificação de um lado, pois o 4 estaria do lado oposto ao 6,
Respostas
somando 10 unidades. Na figura apresentada na letra “C”, da
01. Resposta: A. mesma forma, o 5 estaria em face oposta ao 3, somando 8, não
A diferença entre os números estampados nas cartas 1 e 2, formando um lado. Na figura da letra “D”, o 2 estaria em face
em cada linha, tem como resultado o valor da 3ª carta e, além oposta ao 4, não determinando um lado. Já na figura
disso, o naipe não se repete. Assim, a 3ª carta, dentro das apresentada na letra “E”, o 1 não estaria em face oposta ao
opções dadas só pode ser a da opção (A). número 6, impossibilitando, portanto, a obtenção de um lado.
Logo, podemos concluir que a planificação apresentada na
02. Resposta: D. letra “A” é a única para representar um lado.
Observe que, tomando o eixo vertical como eixo de
simetria, tem-se: 07. Resposta: B.
Na figura 1: 01 ponto de cada lado  02 pontos no total. Como na 3ª figura completou-se um círculo, para
Na figura 2: 02 pontos de cada lado  04 pontos no total. completar 16 círculos é suficiente multiplicar 3 por 16: 3. 16 =
Na figura 3: 03 pontos de cada lado  06 pontos no total. 48. Portanto, na 48ª figura existirão 16 círculos.
Na figura 4: 04 pontos de cada lado 08 pontos no total.
Na figura n: n pontos de cada lado  2.n pontos no total. 08. Resposta: B.
A sequência das figuras completa-se na 5ª figura. Assim,
Em particular: continua-se a sequência de 5 em 5 elementos. A figura de
Na figura 15: 15 pontos de cada lado  30 pontos no total. número 277 ocupa, então, a mesma posição das figuras que
representam número 5n + 2, com n N. Ou seja, a 277ª figura
Agora, tomando o eixo horizontal como eixo de simetria, corresponde à 2ª figura, que é representada pela letra “B”.
tem-se:
Na figura 1: 02 pontos acima e abaixo  04 pontos no 09. Resposta: D.
total. A regularidade que obedece a sequência acima não se dá
Na figura 2: 03 pontos acima e abaixo  06 pontos no por padrões numéricos e sim pela letra que inicia cada
total. número. “Dois, Dez, Doze, Dezesseis, Dezessete, Dezoito,
Na figura 3: 04 pontos acima e abaixo  08 pontos no Dezenove, ... Enfim, o próximo só pode iniciar também com
total. “D”: Duzentos.
Na figura 4: 05 pontos acima e abaixo  10 pontos no
total. 10. Resposta: C.
Na figura n: (n+1) pontos acima e abaixo  2.(n+1) pontos Esta sequência é regida pela inicial de cada número. Três,
no total. Treze, Trinta, ... O próximo só pode ser o número Trinta e um,
pois ele inicia com a letra “T”.
Em particular:
Na figura 15: 16 pontos acima e abaixo  32 pontos no 11. Resposta: E.
total. Incluindo o ponto central, que ainda não foi considerado, Na 1ª linha, a palavra CAL foi retirada das 3 primeiras
temos para total de pontos da figura 15: Total de pontos = 30 letras da palavra LACRAÇÃO, mas na ordem invertida. Da
+ 32 + 1 = 63 pontos. mesma forma, na 2ª linha, a palavra SOMA é retirada da
palavra AMOSTRA, pelas 4 primeira letras invertidas. Com
03. Resposta: B. isso, da palavra LAVRAR, ao se retirarem as 5 primeiras letras,
Nessa sequência, observamos que a diferença: entre 1000 na ordem invertida, obtém-se ARVAL.
e 990 é 10, entre 990 e 970 é 20, entre o 970 e 940 é 30, entre
940 e 900 é 40, entre 900 e 850 é 50, portanto entre 850 e o 12. Resposta: C.
próximo número é 60, dessa forma concluímos que o próximo Em cada linha apresentada, as cabeças são formadas por
número é 790, pois: 850 – 790 = 60. quadrado, triângulo e círculo. Na 3ª linha já há cabeças com
círculo e com triângulo. Portanto, a cabeça da figura que está
04. Resposta: D. faltando é um quadrado. As mãos das figuras estão levantadas,
Nessa sequência lógica, observamos que a diferença: entre em linha reta ou abaixadas. Assim, a figura que falta deve ter
24 e 22 é 2, entre 28 e 24 é 4, entre 34 e 28 é 6, entre 42 e 34 é as mãos levantadas (é o que ocorre em todas as alternativas).
As figuras apresentam as 2 pernas ou abaixadas, ou 1 perna

Raciocínio Lógico 17
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

levantada para a esquerda ou 1 levantada para a direita. Nesse - A soma de dois números consecutivos: x + (x + 1);
caso, a figura que está faltando na 3ª linha deve ter 1 perna - O quadrado de um número mais 10: x2 + 10;
levantada para a esquerda. Logo, a figura tem a cabeça - O triplo de um número adicionado ao dobro do número:
quadrada, as mãos levantadas e a perna erguida para a 3x + 2x;
𝑥
esquerda. - A metade da soma de um número mais 15: + 15;
2
𝑥
- A quarta parte de um número: .
13. Resposta: A. 4
Existem duas leis distintas para a formação: uma para a
parte superior e outra para a parte inferior. Na parte superior, Exemplos:
tem-se que: do 1º termo para o 2º termo, ocorreu uma 1) A soma de três números pares consecutivos é igual a 96.
multiplicação por 2; já do 2º termo para o 3º, houve uma Determine-os.
subtração de 3 unidades. Com isso, X é igual a 5 multiplicado 1º número: x
por 2, ou seja, X = 10. Na parte inferior, tem-se: do 1º termo 2º número: x + 2
para o 2º termo ocorreu uma multiplicação por 3; já do 2º 3º número: x + 4
termo para o 3º, houve uma subtração de 2 unidades. Assim, Y (x) + (x + 2) + (x + 4) = 96
é igual a 10 multiplicado por 3, isto é, Y = 30. Logo, X + Y = 10 +
30 = 40. Resolução:
x + x + 2 + x + 4 = 96
14. Resposta: A. 3x = 96 – 4 – 2
A sequência do alfabeto inicia-se na extremidade direita do 3x = 96 – 6
triângulo, pela letra “A”; aumenta a direita para a esquerda; 3x = 90
90
continua pela 3ª e 5ª linhas; e volta para as linhas pares na x=
3
ordem inversa – pela 4ª linha até a 2ª linha. Na 2ª linha, então, x = 30
as letras são, da direita para a esquerda, “M”, “N”, “O”, e a letra 1º número: x = 30
que substitui corretamente o ponto de interrogação é a letra 2º número: x + 2 = 30 + 2 = 32
“P”. 3º número: x + 4 = 30 + 4 = 34
Os números são 30, 32 e 34.
15. Resposta: B.
A sequência de números apresentada representa a lista 2) O triplo de um número natural somado a 4 é igual ao
dos números naturais. Mas essa lista contém todos os quadrado de 5. Calcule-o:
algarismos dos números, sem ocorrer a separação. Por
exemplo: 101112 representam os números 10, 11 e 12. Com Resolução:
isso, do número 1 até o número 9 existem 9 algarismos. Do 3x + 4 = 52
número 10 até o número 99 existem: 2 x 90 = 180 algarismos. 3x = 25 – 4
Do número 100 até o número 124 existem: 3 x 25 = 75 3x = 21
algarismos. E do número 124 até o número 128 existem mais x=
21
12 algarismos. Somando todos os valores, tem-se: 9 + 180 + 75 3
+ 12 = 276 algarismos. Logo, conclui-se que o algarismo que x=7
ocupa a 276ª posição é o número 8, que aparece no número O número procurado é igual a 7.
128.
3) A idade de um pai é o quádruplo da idade de seu filho.
Daqui a cinco anos, a idade do pai será o triplo da idade do
filho. Qual é a idade atual de cada um?
4. Raciocínio lógico
quantitativo. Resolução:
Atualmente
Filho: x
RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO (MATEMÁTICO). Pai: 4x
Futuramente
Caros alunos, assuntos como raciocínio lógico quantitativo Filho: x + 5
(matemático), devem ser trabalhados com questões que Pai: 4x + 5
exploram conteúdos básicos, como porcentagem, razões, regra
de três, combinatória, operações fundamentais, etc. 4x + 5 = 3 . (x + 5)
4x + 5 = 3x + 15
Vejamos então o conteúdo principal necessário: 4x – 3x = 15 – 5
X = 10
PROBLEMAS MATEMÁTICOS Pai: 4x = 4 . 10 = 40
O filho tem 10 anos e o pai tem 40.
Os problemas matemáticos são resolvidos utilizando
inúmeros recursos matemáticos, destacando, entre todos, os 4) O dobro de um número adicionado ao seu triplo
princípios algébricos, os quais são divididos de acordo com o corresponde a 20. Qual é o número?
nível de dificuldade e abordagem dos conteúdos.
Primeiramente os cálculos envolvem adições e subtrações, Resolução
posteriormente as multiplicações e divisões. Depois os 2x + 3x = 20
problemas são resolvidos com a utilização dos fundamentos 5x = 20
20
algébricos, isto é, criamos equações matemáticas com valores x=
5
desconhecidos (letras). Observe algumas situações que podem x=4
ser descritas com utilização da álgebra. O número corresponde a 4.
- O dobro de um número adicionado com 4: 2x + 4;

Raciocínio Lógico 18
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

5) Em uma chácara existem galinhas e coelhos totalizando Respostas


35 animais, os quais somam juntos 100 pés. Determine o
número de galinhas e coelhos existentes nessa chácara. 01. Resposta: B.
Escrevendo em forma de equações, temos:
Galinhas: G C = M + 0,05 ( I )
Coelhos: C C = A – 0,10 ( II )
G + C = 35 A = D + 0,03 ( III )
D não é mais baixa que C
Cada galinha possui 2 pés e cada coelho 4, então: Se D = 1,70 , então:
2G + 4C = 100 ( III ) A = 1,70 + 0,03 = 1,73
( II ) C = 1,73 – 0,10 = 1,63
Sistema de equações ( I ) 1,63 = M + 0,05
Isolando C na 1ª equação: M = 1,63 – 0,05 = 1,58 m
G + C = 35
C = 35 – G 02. Resposta: E.
A = B + 10000 ( I )
Substituindo C na 2ª equação: Transferidos: A – 2000 = 2.B , ou seja, A = 2.B + 2000 ( II
2G + 4C = 100 )
2G + 4 . (35 – G) = 100 Substituindo a equação ( II ) na equação ( I ), temos:
2G + 140 – 4G = 100 2.B + 2000 = B + 10000
2G – 4G = 100 – 140 2.B – B = 10000 – 2000
- 2G = - 40 B = 8000 litros (no início)
40 Assim, A = 8000 + 10000 = 18000 litros (no início)
G=
2
Portanto, após a transferência, fica:
G = 20
A’ = 18000 – 2000 = 16000 litros
B’ = 8000 + 2000 = 10000 litros
Calculando C
Por fim, a diferença é de : 16000 – 10000 = 6000 litros
C = 35 – G
C = 35 – 20
03. Resposta: B.
C = 15
Um equipamento leva 8.5 = 40 minutos para ser montado.
Questões
5h35 = 60.5 + 35 = 335 minutos
335min: 40min = 8 equipamentos + 15 minutos (resto)
01. (Pref. Guarujá/SP – SEDUC – Professor de
15min: 5min = 3 etapa.
Matemática – CAIPIMES/2014) Sobre 4 amigos, sabe-se que
Clodoaldo é 5 centímetros mais alto que Mônica e 10
MÚLTIPLOS E DIVISORES
centímetros mais baixo que Andreia. Sabe-se também que
Andreia é 3 centímetros mais alta que Doralice e que Doralice
Sabemos que 30 : 6 = 5, porque 5 x 6 = 30.
não é mais baixa que Clodoaldo. Se Doralice tem 1,70 metros,
Podemos dizer então que:
então é verdade que Mônica tem, de altura:
“30 é divisível por 6 porque existe um número natural (5)
(A) 1,52 metros.
que multiplicado por 6 dá como resultado 30.”
(B) 1,58 metros.
Um número natural a é divisível por um número natural b,
(C) 1,54 metros.
não-nulo, se existir um número natural c, tal que c . b = a.
(D) 1,56 metros.
Conjunto dos múltiplos de um número natural: É
02. (Câmara Municipal de São José dos Campos/SP –
obtido multiplicando-se esse número pela sucessão dos
Analista Técnico Legislativo – Designer Gráfico –
números naturais: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6,...
VUNESP/2014) Em um condomínio, a caixa d’água do bloco A
Para acharmos o conjunto dos múltiplos de 7, por exemplo,
contém 10 000 litros a mais de água do que a caixa d’água do
multiplicamos por 7 cada um dos números da sucessão dos
bloco B. Foram transferidos 2 000 litros de água da caixa
naturais:
d’água do bloco A para a do bloco B, ficando o bloco A com o
7x0=0
dobro de água armazenada em relação ao bloco B. Após a
7x1=7
transferência, a diferença das reservas de água entre as caixas
7 x 2 = 14
dos blocos A e B, em litros, vale
7 x 3 = 21
(A) 4 000.

(B) 4 500.
(C) 5 000.
O conjunto formado pelos resultados encontrados forma o
(D) 5 500.
conjunto dos múltiplos de 7: M(7) = {0, 7, 14, 21, ...}.
(E) 6 000.
Observações:
03. (IFNMG – Matemática - Gestão de Concursos/2014)
- Todo número natural é múltiplo de si mesmo.
Uma linha de produção monta um equipamento em oito etapas
- Todo número natural é múltiplo de 1.
bem definidas, sendo que cada etapa gasta exatamente 5
- Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos
minutos em sua tarefa. O supervisor percebe, cinco horas e
múltiplos.
trinta e cinco minutos depois do início do funcionamento, que
- O zero é múltiplo de qualquer número natural.
a linha parou de funcionar. Como a linha monta apenas um
- Os múltiplos do número 2 são chamados de números
equipamento em cada processo de oito etapas, podemos
pares, e a fórmula geral desses números é 2k (k N). Os demais
afirmar que o problema foi na etapa:
são chamados de números ímpares, e a fórmula geral desses
(A) 2
números é 2k + 1 (k N).
(B) 3
O mesmo se aplica para os números inteiros, tendo k  Z.
(C) 5
(D) 7

Raciocínio Lógico 19
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Critérios de divisibilidade Divisibilidade por 11: Um número é divisível por 11


São regras práticas que nos possibilitam dizer se um quando a diferença entre a soma dos algarismos de posição
número é ou não divisível por outro, sem efetuarmos a divisão. ímpar e a soma dos algarismos de posição par resulta em um
número divisível por 11 ou quando essas somas forem iguais.
Divisibilidade por 2: Um número é divisível por 2 quando Exemplo:
termina em 0, 2, 4, 6 ou 8, ou seja, quando ele é par. - 43813:
Exemplo: 1º 3º 5º  Algarismos de posição ímpar.(Soma dos
9656 é divisível por 2, pois termina em 6, e é par. algarismos de posição impar: 4 + 8 + 3 = 15.)
4 3 8 1 3
Divisibilidade por 3: Um número é divisível por 3 quando 2º 4º  Algarismos de posição par.(Soma dos
a soma dos valores absolutos de seus algarismos é divisível por algarismos de posição par:3 + 1 = 4)
3.
Exemplo: 15 – 4 = 11  diferença divisível por 11. Logo 43813 é
65385 é divisível por 3, pois 6 + 5 + 3 + 8 + 5 = 27, e 27 é divisível por 11.
divisível por 3.
Divisibilidade por 12: Um número é divisível por 12
Divisibilidade por 4: Um número é divisível por 4 quando quando é divisível por 3 e por 4 ao mesmo tempo.
seus dois algarismos são 00 ou formam um número divisível Exemplo:
por 4. ) 78324 é divisível por 12, pois é divisível por 3 ( 7 + 8 + 3
Exemplos: + 2 + 4 = 24) e por 4 (termina em 24).
a) 536400 é divisível por 4, pois termina em 00.
b) 653524 é divisível por 4, pois termina em 24, e 24 é Divisibilidade por 15: Um número é divisível por 15
divisível por 4. quando é divisível por 3 e por 5 ao mesmo tempo.
Exemplo:
Divisibilidade por 5: Um número é divisível por 5 quando a) 650430 é divisível por 15, pois é divisível por 3 ( 6 + 5 +
termina em 0 ou 5. 0 + 4 + 3 + 0 =18) e por 5 (termina em 0).
Exemplos:
a) 35040 é divisível por 5, pois termina em 0. Fatoração numérica
b) 7235 é divisível por 5, pois termina em 5. Essa fatoração se dá através da decomposição em fatores
primos. Para decompormos um número natural em fatores
Divisibilidade por 6: Um número é divisível por 6 quando primos, dividimos o mesmo pelo seu menor divisor primo,
é divisível por 2 e por 3 ao mesmo tempo. após pegamos o quociente e dividimos o pelo seu menor
Exemplos: divisor, e assim sucessivamente até obtermos o quociente 1. O
a) 430254 é divisível por 6, pois é divisível por 2 e por 3 (4 produto de todos os fatores primos representa o número
+ 3 + 0 + 2 + 5 + 4 = 18). fatorado.
b) 80530 não é divisível por 6, pois não é divisível por 3 (8 Exemplo:
+ 0 + 5 + 3 + 0 = 16).

Divisibilidade por 7: Um número é divisível por 7 quando


o último algarismo do número, multiplicado por 2, subtraído
do número sem o algarismo, resulta em um número múltiplo
de 7. Neste, o processo será repetido a fim de diminuir a
quantidade de algarismos a serem analisados quanto à Divisores de um número natural
divisibilidade por 7. Vamos pegar como exemplo o número 12 na sua forma
Exemplo: 41909 é divisível por 7 conforme podemos fatorada:
conferir: 9.2 = 18 ; 4190 – 18 = 4172 → 2.2 = 4 ; 417 – 4 = 413 12 = 22 . 31
→ 3.2 = 6 ; 41 – 6 = 35 ; 35 é multiplo de 7. O número de divisores naturais é igual ao produto dos
expoentes dos fatores primos acrescidos de 1.
Divisibilidade por 8: Um número é divisível por 8 quando Logo o número de divisores de 12 são:
seus três últimos algarismos forem 000 ou formarem um 22 . 3⏟1 → (2 + 1) .(1 + 1) = 3.2 = 6 divisores naturais

número divisível por 8. (2+1) (1+1)
Exemplos:
a) 57000 é divisível por 8, pois seus três últimos Para sabermos quais são esses 6 divisores basta pegarmos
algarismos são 000. cada fator da decomposição e seu respectivo expoente natural
b) 67024 é divisível por 8, pois seus três últimos que varia de zero até o expoente com o qual o fator se
algarismos formam o número 24, que é divisível por 8. apresenta na decomposição do número natural.
Exemplo:
Divisibilidade por 9: Um número é divisível por 9 quando 12 = 22 . 31 → 22 = 20,21 e 22 ; 31 = 30 e 31, teremos:
a soma dos valores absolutos de seus algarismos formam um 20 . 30=1
número divisível por 9. 20 . 31=3
Exemplos: 21 . 30=2
a) 6253461 é divisível por 9, pois 6 + 2 + 5 + 3 + 4 + 6 + 1 = 21 . 31=2.3=6
27 é divisível por 9. 22 . 31=4.3=12
b) 325103 não é divisível por 9, pois 3 + 2 + 5 + 1 + 0 + 3 = 22 . 30=4
14 não é divisível por 9. O conjunto de divisores de 12 são: D(12) = {1, 2, 3, 4, 6, 12}
A soma dos divisores é dada por: 1 + 2 + 3 + 4 + 6 + 12 = 28
Divisibilidade por 10: Um número é divisível por 10
quando seu algarismo da unidade termina em zero.
Exemplo:
563040 é divisível por 10, pois termina em zero.

Raciocínio Lógico 20
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Observação 𝒙
𝒙% =
Para sabermos o conjunto dos divisores inteiros de 12, 𝟏𝟎𝟎
basta multiplicarmos o resultado por 2 (dois divisores, um
negativo e o outro positivo). Exemplo:
Assim teremos que D(12) = 6.2 = 12 divisores inteiros. Em uma classe com 30 alunos, 18 são rapazes e 12 são
moças. Qual é a taxa percentual de rapazes na classe?
Questões Resolução: A razão entre o número de rapazes e o total de
18
alunos é . Devemos expressar essa razão na forma
30
01. O número de divisores positivos do número 40 é: centesimal, isto é, precisamos encontrar x tal que:
(A) 8
(B) 6 18 𝑥
(C) 4 = ⟹ 𝑥 = 60
30 100
(D) 2
(E) 20 E a taxa percentual de rapazes é 60%. Poderíamos ter
divido 18 por 30, obtendo:
02. O máximo divisor comum entre dois números naturais
é 4 e o produto dos mesmos 96. O número de divisores 18
positivos do mínimo múltiplo comum desses números é: = 0,60(. 100%) = 60%
30
(A) 2
(B) 4 - Lucro e Prejuízo
(C) 6 É a diferença entre o preço de venda e o preço de custo.
(D) 8 Caso a diferença seja positiva, temos o lucro(L), caso seja
(E) 10 negativa, temos prejuízo(P).

03. Considere um número divisível por 6, composto por 3 Lucro (L) = Preço de Venda (V) – Preço de Custo (C).
algarismos distintos e pertencentes ao conjunto
A={3,4,5,6,7}.A quantidade de números que podem ser Podemos ainda escrever:
formados sob tais condições é: C + L = V ou L = V - C
(A) 6 P = C – V ou V = C - P
(B) 7
(C) 9 A forma percentual é:
(D) 8
(E) 10
Respostas

01. Resposta: A.
Vamos decompor o número 40 em fatores primos.
40 = 23 . 51 ; pela regra temos que devemos adicionar 1 a Exemplo:
cada expoente: Um objeto custa R$ 75,00 e é vendido por R$ 100,00.
3 + 1 = 4 e 1 + 1 = 2 ; então pegamos os resultados e Determinar:
multiplicamos 4.2 = 8, logo temos 8 divisores de 40. a) a porcentagem de lucro em relação ao preço de custo;
b) a porcentagem de lucro em relação ao preço de venda.
02. Resposta: D.
Sabemos que o produto de MDC pelo MMC é: Resolução:
MDC (A, B). MMC (A, B) = A.B, temos que MDC (A, B) = 4 e Preço de custo + lucro = preço de venda → 75 + lucro =100
o produto entre eles 96, logo: → Lucro = R$ 25,00
4 . MMC (A, B) = 96 → MMC (A, B) = 96/4 → MMC (A, B) =
24, fatorando o número 24 temos: 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜
𝑎) . 100% ≅ 33,33%
24 = 23 .3 , para determinarmos o número de divisores, 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜
pela regra, somamos 1 a cada expoente e multiplicamos o
resultado: 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜
𝑏) . 100% = 25%
(3 + 1).(1 + 1) = 4.2 = 8 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎

03. Resposta: D. - Aumento e Desconto Percentuais


Para ser divisível por 6 precisa ser divisível por 2 e 3 ao A) Aumentar um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo
𝒑
mesmo tempo, e por isso deverá ser par também, e a soma dos por (𝟏 + ).V .
𝟏𝟎𝟎
seus algarismos deve ser um múltiplo de 3. Logo:
Logo os finais devem ser 4 e 6: 𝒑
VA = (𝟏 + ).V
354, 456, 534, 546, 564, 576, 654, 756, logo temos 8 𝟏𝟎𝟎
números.
Exemplo:
PORCENTAGEM 1 - Aumentar um valor V de 20% , equivale a multiplicá-
lo por 1,20, pois:
20
Razões de denominador 100 que são chamadas de (1 + ).V = (1+0,20).V = 1,20.V
100
razões centesimais ou taxas percentuais ou simplesmente de
porcentagem. Servem para representar de uma B) Diminuir um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo
maneira prática o "quanto" de um "todo" se está por (𝟏 −
𝒑
).V.
referenciando. 𝟏𝟎𝟎
Logo:
Costumam ser indicadas pelo numerador seguido do 𝒑
símbolo % (Lê-se: “por cento”). V D = (𝟏 − ).V
𝟏𝟎𝟎

Raciocínio Lógico 21
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Exemplo: Precisamos encontrar o preço original (100%) da


Diminuir um valor V de 40%, equivale a multiplicá-lo por mercadoria para podermos aplicarmos o desconto.
0,60, pois: Utilizaremos uma regra de 3 simples para encontrarmos:
40 R$ %
(1 − ). V = (1-0,40). V = 0, 60.V
100
108 ---- 120
𝒑 𝒑 X ----- 100
A esse valor final de (𝟏 + ) ou (𝟏 − ), é o que
𝟏𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎 120x = 108.100 → 120x = 10800 → x = 10800/120 → x =
chamamos de fator de multiplicação, muito útil para 90,00
resolução de cálculos de porcentagem. O mesmo pode ser um O produto sem o juros, preço original, vale R$ 90,00 e
acréscimo ou decréscimo no valor do produto. representa 100%. Logo se receber um desconto de 25%,
significa ele pagará 75% (100 – 25 = 75%) → 90. 0,75 = 67,50
- Aumentos e Descontos Sucessivos Então Marcos pagou R$ 67,50.
São valores que aumentam ou diminuem sucessivamente.
Para efetuar os respectivos descontos ou aumentos, fazemos 02. Resposta: B.
uso dos fatores de multiplicação. * Dep. Contabilidade:
15
. 20 =
30
= 3 → 3 (estagiários)
100 10
Vejamos alguns exemplos: 20 200
1) Dois aumentos sucessivos de 10% equivalem a um * Dep. R.H.: . 10 = = 2 → 2 (estagiários)
100 100
único aumento de...?
𝑝
Utilizando VA = (1 + ).V → V. 1,1 , como são dois de 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑔𝑖á𝑟𝑖𝑜𝑠 5 1
100 ∗ 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = = =
10% temos → V. 1,1 . 1,1 → V. 1,21 Analisando o fator de 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑜𝑠 30 6
multiplicação 1,21; concluímos que esses dois aumentos
significam um único aumento de 21%.
Observe que: esses dois aumentos de 10% equivalem a 03. Resposta: D.
21% e não a 20%. 15% de 1130 = 1130.0,15 ou 1130.15/100 → 169,50

2) Dois descontos sucessivos de 20% equivalem a um Referências


IEZZI, Gelson – Fundamentos da Matemática – Vol. 11 – Financeira e
único desconto de: Estatística Descritiva
𝑝
Utilizando VD = (1 − ).V → V. 0,8 . 0,8 → V. 0,64 . . IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
100 http://www.porcentagem.org
Analisando o fator de multiplicação 0,64, observamos que http://www.infoescola.com
esse percentual não representa o valor do desconto, mas sim
o valor pago com o desconto. Para sabermos o valor que RAZÃO
representa o desconto é só fazermos o seguinte cálculo:
100% - 64% = 36% É o quociente entre dois números (quantidades, medidas,
Observe que: esses dois descontos de 20% equivalem a grandezas).
36% e não a 40%. Sendo a e b dois números a sua razão, chama-se razão de a
para b:
Questões
𝑎
𝑜𝑢 𝑎: 𝑏 , 𝑐𝑜𝑚 𝑏 ≠ 0
01. Marcos comprou um produto e pagou R$ 108,00, já 𝑏
inclusos 20% de juros. Se tivesse comprado o produto, com Onde:
25% de desconto, então, Marcos pagaria o valor de:
(A) R$ 67,50
(B) R$ 90,00
(C) R$ 75,00
(D) R$ 72,50
Exemplo:
Em um vestibular para o curso de marketing, participaram
02. O departamento de Contabilidade de uma empresa tem
3600 candidatos para 150 vagas. A razão entre o número de
20 funcionários, sendo que 15% deles são estagiários. O
vagas e o número de candidatos, nessa ordem, foi de
departamento de Recursos Humanos tem 10 funcionários,
sendo 20% estagiários. Em relação ao total de funcionários 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑔𝑎𝑠 150 1
desses dois departamentos, a fração de estagiários é igual a = =
(A) 1/5. 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑡𝑜𝑠 3600 24
(B) 1/6. Lemos a fração como: Um vinte e quatro avós.
(C) 2/5.
(D) 2/9. - Quando a e b forem medidas de uma mesma grandeza,
(E) 3/5. essas devem ser expressas na mesma unidade.
03. Quando calculamos 15% de 1.130, obtemos, como - Razões Especiais
resultado Escala → Muitas vezes precisamos ilustrar distâncias
(A) 150 muito grandes de forma reduzida, então utilizamos a escala,
(B) 159,50; que é a razão da medida no mapa com a medida real (ambas
(C) 165,60; na mesma unidade).
(D) 169,50. 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑚𝑎𝑝𝑎
Respostas 𝐸=
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙
01. Resposta: A. Velocidade média → É a razão entre a distância percorrida
Como o produto já está acrescido de 20% juros sobre o seu e o tempo total de percurso. As unidades utilizadas são km/h,
preço original, temos que: m/s, entre outras.
100% + 20% = 120%

Raciocínio Lógico 22
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑒𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎 Resolução:


𝑉=
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

Densidade → É a razão entre a massa de um corpo e o seu Resposta “B”


volume. As unidades utilizadas são g/cm³, kg/m³, entre outras.
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 Questões
𝐷=
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜
01. André, Bruno, Carlos e Diego são irmãos e suas idades
PROPORÇÃO formam, na ordem apresentada, uma proporção. Considere
que André tem 3 anos, Diego tem 18 anos e Bruno é 3 anos
É uma igualdade entre duas razões. mais novo que Carlos. Assim, a soma das idades, destes quatro
irmãos, é igual a
𝑎 𝑐 𝑎 𝑐
Dada as razões e , à setença de igualdade = chama- (A) 30
𝑏 𝑑 𝑏 𝑑
se proporção. (B) 32;
Onde: (C) 34;
(D) 36.

02. Alfredo irá doar seus livros para três bibliotecas da


universidade na qual estudou. Para a biblioteca de
matemática, ele doará três quartos dos livros, para a biblioteca
- Propriedades da Proporção de física, um terço dos livros restantes, e para a biblioteca de
1 - Propriedade Fundamental química, 36 livros. O número de livros doados para a biblioteca
de física será
O produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto (A) 16.
é, a . d = b . c (B) 22.
(C) 20.
Exemplo: (D) 24.
45 9 (E)18.
Na proporção = ,(lê-se: “45 esta para 30 , assim como
30 6
9 esta para 6.), aplicando a propriedade fundamental , temos: 03. Foram construídos dois reservatórios de água. A razão
45.6 = 30.9 = 270 entre os volumes internos do primeiro e do segundo é de 2
para 5, e a soma desses volumes é 14m³. Assim, o valor
2 - A soma dos dois primeiros termos está para o primeiro absoluto da diferença entre as capacidades desses dois
(ou para o segundo termo), assim como a soma dos dois reservatórios, em litros, é igual a
últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo). (A) 8000.
(B) 6000.
𝑎 𝑐 𝑎+𝑏 𝑐+𝑑 𝑎+𝑏 𝑐+𝑑 (C) 4000.
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑎 𝑐 𝑏 𝑑 (D) 6500.
(E) 9000.
3 - A diferença entre os dois primeiros termos está para o Respostas
primeiro (ou para o segundo termo), assim como a diferença
entre os dois últimos está para o terceiro (ou para o quarto 01. Resposta: D.
termo). Pelo enunciado temos que:
A=3
𝑎 𝑐 𝑎−𝑏 𝑐−𝑑 𝑎−𝑏 𝑐−𝑑 B=C–3
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑎 𝑐 𝑏 𝑑 C
D = 18
4 - A soma dos antecedentes está para a soma dos Como eles são proporcionais podemos dizer que:
consequentes, assim como cada antecedente está para o seu 𝐴 𝐶 3 𝐶
consequente. = → = → 𝐶 2 − 3𝐶 = 3.18 → 𝐶 2 − 3𝐶 − 54 = 0
𝐵 𝐷 𝐶 − 3 18
𝑎 𝑐 𝑎+𝑐 𝑎 𝑎+𝑐 𝑐 Vamos resolver a equação do 2º grau:
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑏+𝑑 𝑏 𝑏+𝑑 𝑑
−𝑏 ± √𝑏 2 − 4𝑎𝑐
5 - A diferença dos antecedentes está para a diferença dos 𝑥=
consequentes, assim como cada antecedente está para o seu 2𝑎
consequente.
−(−3) ± √(−3)2 − 4.1. (−54) 3 ± √225
𝑎 𝑐 𝑎−𝑐 𝑎 𝑎−𝑐 𝑐 → →
= → = 𝑜𝑢 = 2.1 2
𝑏 𝑑 𝑏−𝑑 𝑏 𝑏−𝑑 𝑑
3 ± 15

2
- Problema envolvendo razão e proporção
Em um concurso participaram 3000 pessoas e foram 3 + 15 18 3 − 15 −12
𝑥1 = = = 9 ∴ 𝑥2 = = = −6
aprovadas 1800. A razão do número de candidatos aprovados 2 2 2 2
para o total de candidatos participantes do concurso é:
A) 2/3 Como não existe idade negativa, então vamos considerar
B) 3/5 somente o 9. Logo C = 9
C) 5/10 B=C–3=9–3=6
D) 2/7 Somando teremos: 3 + 6 + 9 + 18 = 36
E) 6/7

Raciocínio Lógico 23
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

02. Resposta: E. De forma resumida, e rápida podemos também montar


X = total de livros através do princípio multiplicativo o número de
Matemática = ¾ x , restou ¼ de x possibilidades:
Física = 1/3.1/4 = 1/12 4 saias x 2 sapatos = 8 possibilidades
Química = 36 livros
Podemos dizer que, um evento B pode ser feito de n
Logo o número de livros é: 3/4x + 1/12x + 36 = x maneiras, então, existem m • n maneiras de fazer e
Fazendo o mmc dos denominadores (4,12) = 12 executar o evento B.
Logo:
9𝑥 + 1𝑥 + 432 = 12𝑥 FATORIAL DE UM NÚMERO NATURAL
→ 10𝑥 + 432 = 12𝑥
12 Produtos em que os fatores chegam sucessivamente até a
unidade são chamados fatoriais.
432 Matematicamente:
→ 12𝑥 − 10𝑥 = 432 → 2𝑥 = 432 → 𝑥 = →𝑥
2 Dado um número natural n, sendo n є N e n ≥ 2, temos:
n! = n. (n – 1 ). (n – 2). ... . 1
= 216 Onde:
n! é o produto de todos os números naturais de 1 até n (lê-
Como a Biblioteca de Física ficou com 1/12x, logo teremos: se: “n fatorial”)
1 216 Por convenção temos que:
. 216 = = 18
12 12 0! = 1
1! = 1
03. Resposta: B.
Primeiro:2k Exemplo:
Segundo:5k De quantas maneiras podemos organizar 8 alunos em uma
2k + 5k = 14 → 7k = 14 → k = 2 fila.
Primeiro: 2.2 = 4 Observe que vamos utilizar a mesma quantidade de alunos
Segundo5.2=10 na fila nas mais variadas posições:
Diferença: 10 – 4 = 6 m³
1m³------1000L
6--------x
x = 6000 l
Temos que 8! = 8.7.6.5.4.3.2.1 = 40320
Referências
IEZZI, Gelson – Fundamentos da Matemática – Vol. 11 – Financeira e
Estatística Descritiva - Arranjo simples: agrupamentos simples de n elementos
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único distintos tomados(agrupados) p a p. Aqui a ordem dos seus
http://educacao.globo.com elementos é o que diferencia.
Exemplo:
ANÁLISE COMBINATÓRIA Dados o conjunto S formado pelos números S= {1,2,3,4,5,6}
quantos números de 3 algarismos podemos formar com este
A Análise Combinatória é a parte da Matemática que conjunto?
desenvolve meios para trabalharmos com problemas de
contagem.

PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM-PFC


(PRINCÍPIO MULTIPLICATIVO)
O princípio multiplicativo ou fundamental da
contagem constitui a ferramenta básica para resolver
problemas de contagem sem que seja necessário enumerar
seus elementos, através da possibilidades dadas. É uma das
técnicas mais utilizadas para contagem, mas também Observe que 123 é diferente de 321 e assim
dependendo da questão pode se tornar trabalhosa. sucessivamente, logo é um Arranjo.
Se fossemos montar todos os números levaríamos muito
Exemplo: tempo, para facilitar os cálculos vamos utilizar a fórmula do
Valéria foi convidada para uma festa. Ela quer muito ir com arranjo.
sua camisa nova branca e usando uma das suas 4 saias e um Pela definição temos: A n,p (Lê-se: arranjo de n elementos
dos seus 2 sapatos preferidos. De quantas maneiras Valéria tomados p a p).
pode se vestir para ir a essa festa? Montando a árvore de Então:
𝒏!
possibilidades temos: 𝑨𝒏, 𝒑 =
(𝒏 − 𝒑)!

Utilizando a fórmula:
Onde n = 6 e p = 3
n! 6! 6! 6.5.4.3!
An, p = → A6,3 = = = = 120
(n − p)! (6 − 3)! 3! 3!
Então podemos formar com o conjunto S, 120 números
com 3 algarismos.

- Permutação simples: sequência ordenada de n


elementos distintos (arranjo), ao qual utilizamos todos os
elementos disponíveis, diferenciando entre eles apenas a
ordem.

Raciocínio Lógico 24
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Pn! = n!

Exemplo:
Quantos anagramas podemos formar com a palavra CALO?

Utilizando a fórmula da permutação temos: Uma corda fica determinada quando escolhemos dois
n = 4 (letras) pontos entre os dez.
P4! = 4! = 4 . 3 . 2 . 1! = 24 . 1! (como sabemos 1! = 1) →24 . Escolher (A,D) é o mesmo que escolher (D,A), então
1 = 24 anagramas sabemos que se trata de uma combinação.
Aqui temos então a combinação de 10 elementos tomados
- Combinação simples: agrupamento de n elementos 2 a 2.
distintos, tomados p a p, sendo p ≤ n. O que diferencia a n! 10! 10! 10.9.8! 90
combinação do arranjo é que a ordem dos elementos não é C10,2 = = = = =
(n − p)! p! (10 − 2)! 2! 8! 2! 8! 2! 2
importante.
Exemplo: 45 cordas
Uma escola tem 7 professores de Matemática. Quatro deles
deverão representar a escola em um congresso. Quantos - Permutação com repetição: Na permutação com
grupos de 4 professores são possíveis? repetição, como o próprio nome indica, as repetições são
permitidas e podemos estabelecer uma fórmula que relacione
o número de elementos, n, e as vezes em que o mesmo
elemento aparece.
𝒏!
𝑷𝒏(∝,𝜷,𝜸,… ) = …
𝜶! 𝜷! 𝜸!

Com α + β + γ + ... ≤ n
Observe que sendo 7 professores, se invertermos um deles
de posição não alteramos o grupo formado, os grupos Exemplo:
formados são equivalentes. Para o exemplo acima temos ainda Quantos são os anagramas da palavra ARARA?
as seguintes possibilidades que podemos considerar sendo n=5
como grupo equivalentes. α = 3 (temos 3 vezes a letra A)
P1, P2, P4, P3 – P2, P1, P3, P4 – P3, P1, P2, P4 – P2, P4, P3, β = 2 (temos 2 vezes a letra R)
P4 – P4, P3, P1, P2 ...
Equacionando temos:
Com isso percebemos que a ordem não é importante! 𝒏! 𝟓! 𝟓. 𝟒. 𝟑! 𝟓. 𝟒
Vamos então utilizar a fórmula para agilizar nossos 𝑷𝒏(∝,𝜷,𝜸,… ) = … → 𝒑𝟓(𝟑,𝟐) = = =
𝜶! 𝜷! 𝜸! 𝟑! 𝟐! 𝟑! 𝟐! 𝟐. 𝟏
cálculos:
𝑨𝒏, 𝒑 𝒏!
𝑪𝒏, 𝒑 = → 𝑪𝒏, 𝒑 = 𝟐𝟎
𝒑! (𝒏 − 𝒑)! 𝒑! = = 𝟏𝟎 𝒂𝒏𝒂𝒈𝒓𝒂𝒎𝒂𝒔
𝟐
Aqui dividimos novamente por p, para desconsiderar - Permutação circular: a permutação circular com
todas as sequências repetidas (P1, P2, P3, P4 = P4, P2, P1, P3= repetição pode ser generalizada através da seguinte forma:
P3, P2, P4, P1=...).
Aplicando a fórmula: 𝑷𝒄𝒏 = (𝒏 − 𝟏)!
n! 7! 7! 7.6.5.4!
Cn, p = → C7,4 = = =
(n − p)! p! (7 − 4)! 4! 3! 4! 3! 4! Exemplo:
De quantas maneiras 5 meninas que brincam de roda
210 210 podem formá-la?
= = = 35 grupos de professores
3.2.1 6 Fazendo um esquema, observamos que são posições
iguais:
- Combinação circular: aqui os elementos estão dispostos
em uma circunferência. Exemplo:
Considerando dez pontos sobre uma circunferência,
quantas cordas podem ser construídas com extremidades em
dois desses pontos?

O total de posições é 5! e cada 5 representa uma só


permutação circular. Assim, o total de permutações circulares
será dado por:
5! 5.4!
𝑃𝑐 5 = = = 4! = 4.3.2.1 = 24
5 5

Raciocínio Lógico 25
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Questões 02. Resposta: C.


Pelo enunciado precisa ser um número maior que 4000,
01. Em um restaurante os clientes têm a sua disposição, 6 logo para o primeiro algarismo só podemos usar os números
tipos de carnes, 4 tipos de cereais, 4 tipos de sobremesas e 5 4,5 e 6 (3 possibilidades). Como se trata de números distintos
tipos de sucos. Se o cliente quiser pedir 1 tipo carne, 1 tipo de para o segundo algarismo poderemos usar os números (0,1,2,3
cereal, 1 tipo de sobremesa e 1 tipo de suco, então o número e também 4,5 e 6 dependo da primeira casa) logo teremos 7 –
de opções diferentes com que ele poderia fazer o seu pedido, 1 = 6 possibilidades. Para o terceiro algarismos teremos 5
é: possibilidades e para o último, o quarto algarismo, teremos 4
(A) 19 possibilidades, montando temos:
(B) 480
(C) 420
(D) 90 Basta multiplicarmos todas as possibilidades: 3 x 6 x 5 x 4
= 360.
02. Seja N a quantidade máxima de números inteiros de Logo N é 360.
quatro algarismos distintos, maiores do que 4000, que podem
ser escritos utilizando-se apenas os algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5 e 03. Resposta: B.
6. Esta questão trata-se de Combinação, pela fórmula temos:
O valor de N é: n!
(A) 120 Cn, p =
(n − p)! p!
(B) 240
(C) 360 Onde n = 12 e p = 3
(D) 480 n! 12! 12!
Cn, p = → C12,3 = =
(n − p)! p! (12 − 3)! 3! 9! 3!
03. Com 12 fiscais, deve-se fazer um grupo de trabalho com 12.11.10.9! 1320 1320
3 deles. Como esse grupo deverá ter um coordenador, que = = = = 220
9! 3! 3.2.1 6
pode ser qualquer um deles, o número de maneiras distintas
possíveis de se fazer esse grupo é: Como cada um deles pode ser o coordenado, e no grupo
(A) 4 tem 3 pessoas, logo temos 220 x 3 = 660.
(B) 660
(C) 1 320 04. Resposta: A.
(D) 3 960 Teremos 8 peças com números iguais.

04. Um heptaminó é um jogo formado por diversas peças


com as seguintes características:
• Cada peça contém dois números do conjunto {0, 1, 2, 3, 4,
5,6, 7}.
• Todas as peças são diferentes.
• Escolhidos dois números (iguais ou diferentes) do Depois, cada número com um diferente
conjunto acima, existe uma, e apenas uma, peça formada por 7+6+5+4+3+2+1
esses números. 8+7+6+5+4+3+2+1=36
A figura a seguir mostra exemplos de peças do heptaminó.
05. Resposta: C.
Anagramas de RENATO
______
6.5.4.3.2.1=720
O número de peças do heptaminó é Anagramas de JORGE
(A) 36. _____
(B) 40. 5.4.3.2.1=120
(C) 45.
(D) 49. Razão dos anagramas: =6
720
(E) 56. 120
Se Jorge tem 20 anos, Renato tem 20+6=26 anos
05. Renato é mais velho que Jorge de forma que a razão
Referências
entre o número de anagramas de seus nomes representa a IEZZI, Gelson – Matemática – Volume Único
diferença entre suas idades. Se Jorge tem 20 anos, a idade de FILHO, Begnino Barreto; SILVA,Claudio Xavier da – Matemática – Volume
Renato é Único - FTD
BOSQUILHA, Alessandra - Minimanual compacto de matemática: teoria e
(A) 24. prática: ensino médio / Alessandra Bosquilha, Marlene Lima Pires Corrêa, Tânia
(B) 25. Cristina Neto G. Viveiro. -- 2. ed. rev. -- São Paulo: Rideel, 2003.
(C) 26.
(D) 27.
(E) 28. 5. Raciocínio lógico
Respostas
analítico.

01. Resposta: B.
A questão trata-se de princípio fundamental da contagem, RACIOCÍNIO ANALÍTICO OU VERDADES E MENTIRAS
logo vamos enumerar todas as possibilidades de fazermos o
pedido: Raciocínio Analítico trabalha com uma área da lógica
6 x 4 x 4 x 5 = 480 maneiras. conhecida como “lógica informal”. Ao contrário da lógica
formal, onde os argumentos são classificados como V ou F, a
“lógica informal” possui uma série de possibilidades: um
Raciocínio Lógico 26
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

argumento pode ser mais sólido ou menos sólido, uma tem sido maior nos últimos anos também são as regiões que
premissa pode reforçar ou enfraquecer um argumento, uma têm registrado os maiores aumentos na incidência de câncer.
conclusão pode ser mais provável ou menos provável… (D) todos os conhecidos do autor bebem café.
Você verá que as questões de Raciocínio Analítico exigem
bastante senso crítico, bastante capacidade de interpretação, Resolução: (“enfraquecer” o argumento é aquela afirmação
observe o exemplo citado abaixo. que deixa a conclusão mais longe da sua validade) repare que
Vejamos: duas das alternativas de resposta não enfraquecem o
argumento, mas sim o reforçam: A e C. As outras duas
“Beber café causa câncer. Afinal, todas as pessoas com alternativas enfraquecem o argumento, como vimos acima.
câncer que eu conheço bebiam café. Além disso, uma médica Mas preste atenção na pergunta feita no enunciado: nós
bastante conhecida parou de ingerir este alimento para evitar a devemos marcar aquela informação que MAIS enfraquece o
doença. É bom lembrar também que o número de casos de argumento. Com base na análise que fizemos acima, creio que
câncer tem aumentado, assim como o consumo de café”. você não tenha dificuldade de marcar a alternativa D. Afinal,
na alternativa B, o mero fato de a médica ter estudado
Aqui temos as premissas e as conclusões na qual podemos oncologia por um curto período e há muito tempo atrás não
montar a estrutura deste argumento, para assim analisa-lo. invalida totalmente a opinião dela, embora realmente
Premissa 1: todas as pessoas com câncer que eu conheço enfraqueça um pouco a argumentação do autor do texto.
bebiam café
Premissa 2: uma médica bastante conhecida parou de Mais alguns exemplos:
ingerir este alimento para evitar a doença
Premissa 3: o número de casos de câncer tem aumentado, 1) Cinco aldeões foram trazidos à presença de um velho
assim como o consumo de café rei, acusados de haver roubado laranjas do pomar real. Abelim,
Conclusão: Beber café causa câncer o primeiro a falar, falou tão baixo que o rei que era um pouco
surdo não ouviu o que ele disse. Os outros quatro acusados
A conclusão deste argumento está logo no início do texto. disseram: Bebelim: Cebelim é inocente, Cebelim: Dedelim é
inocente, Dedelim: Ebelim é culpado, Ebelim: Abelim é
Conforme dito no início ao estudar Raciocínio Analítico, culpado.
estamos no campo da “lógica informal”, que é menos O mago Merlim, que vira o roubo das laranjas e ouvira as
rigorosa/extremista. De qualquer forma, a uma primeira vista declarações dos cinco acusados, disse então ao rei: Majestade,
podemos fazer um julgamento preliminar desse argumento. O apenas um dos cinco acusados é culpado e ele disse a verdade;
seu senso crítico não deve ter deixado que você fique os outros quatro são inocentes e todos os quatro mentiram. O
inteiramente convencido da ideia que estava sendo defendida velho rei, que embora um pouco surdo era muito sábio, logo
pelo texto. Isto porque, de fato, essa fala apresenta alguns concluiu corretamente que o culpado era:
erros de argumentação que são as falácias. (A) Abelim
Observe que: (B) Bebelim
(C) Cebelim
Premissa 1: todas as pessoas com câncer que eu conheço (D) Dedelim
bebiam café (E) Ebelim
Quantas pessoas de fato a pessoa que faz tal afirmação
conhecia? 100? 200? O fato que isto não significa generalizar é Resolução: se quatro dos inocentes mentiram e somente
afirmar que TODO mundo que bebe café vai morrer de câncer. um culpado disse a verdade temos no quadro abaixo duas
informações conflitantes: as duas primeiras pois se ambas
Premissa 2: uma médica bastante conhecida parou de mentem não poderia haver dois culpados!!!. Então somente
ingerir este alimento para evitar a doença um dos dois que disseram que são inocentes está correto.
Será essa médica especialista em oncologia (especialidade Desta forma se acha o culpado! Como consequência os outros
médica que se dedica ao estudo e tratamento da neoplasia, últimos estão mentindo pois há 4 inocentes que mentem.
incluindo sua etiologia e desenvolvimento)? Ou será ela Testemos quem é o culpado:
pediatra? Aqui a pessoa que escreve este texto baseou suas
informações prestadas por uma médica que ele conhecia, nem Dica: Não poderá ter dois inocentes que mentem pois só
sabemos de fato a especialidade desta médica. pode ter um culpado.

Premissa 3: o número de casos de câncer tem aumentado, Para hipótese 1 temos: Supondo que quem diz a verdade
assim como o consumo de café é B e disse que Cebelim é inocente (e que pela questão todo
Uma informação não pode afirmar a correlação entre as inocente mente) conclui-se que Dedelim é culpado (Cebelim
mesmas. Há estudos que comprovem isso? Este fato é isolado mente). Na terceira linha vemos que Dedelim mente (veja a
a uma região? coluna da hipótese 1). Isto não pode acontecer (dizer que D é
culpado e a tabela na hipótese dizer que mente).
Logo a conclusão não pode ser aceita como válida ou como
uma verdade, pois nossos questionamentos nos levam a crer Para a hipótese 2 temos: Bebelim mente e C é culpado
que este argumento não é dito como válido. Pois podem existir (que diz a verdade sempre), desta forma pela segunda linha da
pessoas com câncer que não bebem café e pessoas que bebem tabela D é inocente. Se D é inocente e mente então E é inocente
café e não tem câncer. e se E é inocente e mete então A é inocente. Sendo assim, o
culpado é C (Cebelim).
Se na prova perguntasse: “Qual das informações abaixo, se
for verdadeira, mais enfraquece o argumento apresentado?”
Acusados Disseram Hipótese 1 Hipótese 2
(A) O autor do texto conhece 100 pessoas com câncer.
(B) a médica referida pelo autor é pediatra, só tendo Bebelim (B) C é inocente Verdade Mentira
estudado oncologia brevemente durante a faculdade há 20
anos. Cebelim (C) D é inocente Mentira Verdade
(C) as regiões do país onde o aumento do consumo de café

Raciocínio Lógico 27
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Bete: − Ciça tem 7/8 da minha idade, a mais velha de nós


Dedelim (D) E é culpado Mentira Mentira
tem 4 anos a mais do que a mais nova; Ciça disse apenas uma
Ebelim (E) A é culpado Mentira Mentira mentira.

Sabendo que Ana sempre diz a verdade, é correto afirmar


Resposta C. que
(A) Ciça disse apenas uma mentira.
2) Há 2 anos, a Universidade Delta implantou um processo (B) Ciça disse três mentiras.
em que os alunos da graduação realizam uma avaliação da (C) Bete disse três mentiras.
qualidade didática de todos os seus professores ao final do (D) Bete disse apenas verdades.
semestre letivo. Os professores mal avaliados pelos alunos em (E) Bete disse apenas uma verdade.
três semestres consecutivos são demitidos da instituição.
Desde então, as notas dos alunos têm aumentado: a média das 02. (Prefeitura de Teresina/PI – Técnico em
notas atuais é 70% maior do que a média de 2 anos atrás. A Saneamento- FCC/2016) Paulo, Francisco, Carlos, Henrique
causa mais provável para o aumento de 70% nas notas é: e Alexandre são irmãos, sendo que apenas um deles quebrou
(A) a melhoria da qualidade dos alunos que entraram na um vaso na sala de casa. Ao investigar o ocorrido, a mãe dos
Universidade Delta nos últimos 2 anos, atraídos pelo processo cinco ouviu de cada um as seguintes afirmações:
de avaliação dos docentes. Paulo: − Fui eu quem quebrou o vaso.
(B) a demissão dos professores mal avaliados, que são Francisco: − Eu não quebrei o vaso.
substituídos por professores mais jovens, com mais energia Carlos: − Foi Alexandre quem quebrou o vaso.
para motivar os alunos para o estudo. Henrique: − Francisco está mentindo.
(C) o aumento da cola durante as avaliações, fenômeno que Alexandre: − Não foi Carlos quem quebrou o vaso.
tem sido observado, nos Se apenas um dos cinco irmãos disse a verdade, quem
últimos anos, nas principais instituições educacionais quebrou o vaso foi:
brasileiras.
(D) uma diminuição no nível de dificuldade das avaliações (A) Henrique.
elaboradas pelos professores, receosos de serem mal (B) Francisco.
avaliados pelos alunos caso sejam exigentes. (C) Paulo.
(E) a melhoria da qualidade das aulas em geral, o que (D) Carlos.
garante que os alunos aprendam os conteúdos de maneira (E) Alexandre.
mais profunda, elevando a média das avaliações.
03. (Prefeitura de Fortaleza/CE – Analista de
Resolução: antes de avaliar as alternativas, repare que um Planejamento e Gestão – Prefeitura de Fortaleza – 2016)
aumento de 70% significa que, se a nota média dos alunos Quatro pessoas estão conversando. Sabe-se que exatamente
anteriormente era 6 (em 10 pontos), após o aumento a nota uma delas fala a verdade e as demais mentem. A conversa é
média passou a ser 10 (nota máxima!). Isto é, estamos diante descrita abaixo.
de um aumento muito expressivo das notas. - Ana diz: “Todos aqui falam a verdade”.
(A) ERRADO. Pode até ser que alunos melhores tenham - Maria diz: “Ana fala a verdade”.
sido atraídos pelo processo mais rigoroso de avaliação dos - João diz: “Maria mente”.
docentes, mas é improvável que isto justifique um aumento tão - José diz: “João mente”.
grande nas notas. Seriam necessários alunos MUITO
melhores. Quem falou a verdade?
(B) ERRADO. Note que a medida foi implementada há (A) Ana.
apenas 4 semestres (2 anos), e são necessários pelo menos 3 (B) Maria.
semestres completos para que os professores mal avaliados (C) João.
começassem a ser demitidos. Isto é, é improvável acreditar que (D) José.
os efeitos da substituição de professores estivessem sendo
sentidos de maneira tão intensa em tão pouco tempo. Respostas
(C) ERRADO. Se de fato houve aumento da cola, é provável 01. Resposta: E.
que isso tenha influenciado um aumento das notas, mas um Como a Ana fala a verdade:
aumento tão expressivo como o citado no item A (de 6 para 10 Ana: 22 anos
pontos) exigiria um aumento massivo da cola. Bete: 24 anos
(D) CORRETO. É possível acreditar que uma redução na Ciça: 21 anos
dificuldade das provas seja capaz de gerar um aumento
expressivo nas notas dos alunos. Basta cobrar os tópicos mais Portanto Ciça diz 2 mentiras (que ela tem 27 anos e que
básicos e/ou mais intuitivos de cada disciplina. Esta tese é Bete tem 28 anos)
mais crível que as demais. Bete diz que Ciça tem 7/8 da sua idade:
(E) ERRADO. Ainda que os professores, com medo da
demissão, tenham melhorado a qualidade de suas aulas, é
improvável que está melhoria de qualidade seja responsável
por uma variação tão expressiva nas notas.
Resposta: D.
Portanto, verdade.
Questões A mais velha é Bete que tem 24 anos e a mais Nova é Ciça
com 21 anos, portanto são 3 anos de diferença e não 4.
01. Ana, Bete e Ciça conversam sobre suas idades dizendo: E Ciça disse 2 mentiras.
Ana: − Tenho 22 anos, dois a menos do que Bete, e um ano Ou seja, Bete também disse 2 mentiras (a diferença de
a mais do que Ciça. idade e que Ciça disse apenas uma mentira).
Ciça: − Tenho 27 anos, Ana tem 22 anos, e Bete tem 28
anos. Ana: 3 verdades
Ciça: 2 mentiras e 1 verdade

Raciocínio Lógico 28
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Bete: 2 mentiras e 1 verdade a) Temos no grupo: 8 + 10 + 33 = 51 motoristas.


b) Dirigem somente carros 33 motoristas.
02. Resposta: D. c) Dirigem somente motos 8 motoristas.
Francisco dizendo a verdade é a única afirmação que não
conflita com as outras proposições, as outras têm contradições No caso de uma pesquisa de opinião sobre a preferência
que não chegam a um argumento valido. Logo, Carlos quebrou quanto à leitura de três jornais. A, B e C, foi apresentada a
o vaso. seguinte tabela:
Jornais Leitores
03. Resposta: C. A 300
Se João fala a verdade, então ele diz que Maria mente B 250
quando ela diz que Ana fala a verdade. Se analisarmos a fala de C 200
Ana, por sua vez diz que todos falam a verdade. Porém, o AeB 70
enunciado da questão diz que apenas uma pessoa fala a AeC 65
verdade e as demais mentem. Logo, a afirmação de Ana é falsa BeC 105
e João está certo. A, B e C 40
Nenhum 150

6. Diagramas lógicos.
Para termos os valores reais da pesquisa, vamos
inicialmente montar os diagramas que representam cada
conjunto. A colocação dos valores começará pela intersecção
DIAGRAMAS LÓGICOS dos três conjuntos e depois para as intersecções duas a duas e
por último às regiões que representam cada conjunto
Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários individualmente. Representaremos esses conjuntos dentro de
problemas. Uma situação em que esses diagramas poderão ser um retângulo que indicará o conjunto universo da pesquisa.
usados, será na determinação da quantidade de elementos que
apresentam uma determinada característica.

Assim, se num grupo de pessoas há 43 que dirigem carro,


18 que dirigem moto e 10 que dirigem carro e moto. Baseando-
se nesses dados, e nos diagramas lógicos poderemos saber:
Quantas pessoas têm no grupo ou quantas dirigem somente
carro ou ainda quantas dirigem somente motos. Vamos
inicialmente montar os diagramas dos conjuntos que Fora dos diagramas teremos 150 elementos que não são
representam os motoristas de motos e motoristas de carros. leitores de nenhum dos três jornais.
Começaremos marcando quantos elementos tem a intersecção Na região I, teremos: 70 - 40 = 30 elementos.
e depois completaremos os outros espaços. Na região II, teremos: 65 - 40 = 25 elementos.
Na região III, teremos: 105 - 40 = 65 elementos.
Na região IV, teremos: 300 - 40 - 30 - 25 = 205 elementos.
Na região V, teremos: 250 - 40 -30 - 65 = 115 elementos.
Na região VI, teremos: 200 - 40 - 25 - 65 = 70 elementos.
Dessa forma, o diagrama figura preenchido com os
seguintes elementos:

Marcando o valor da intersecção, então iremos subtraindo


esse valor da quantidade de elementos dos conjuntos A e B. A
partir dos valores reais, é que poderemos responder as
perguntas feitas.

Raciocínio Lógico 29
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Com essa distribuição, poderemos notar que 205 pessoas desenhadas sobre um plano, de forma a simbolizar os
leem apenas o jornal A. Verificamos que 500 pessoas não leem conjuntos e permitir a representação das relações de pertença
o jornal C, pois é a soma 205 + 30 + 115 + 150. Notamos ainda entre conjuntos e seus elementos (por exemplo, 4 {3,4,5}, mas
que 700 pessoas foram entrevistadas, que é a soma 205 + 30 + 4 ∉ {1,2,3,12}) e relações de continência (inclusão) entre os
25 + 40 + 115 + 65 + 70 + 150. conjuntos (por exemplo, {1, 3} ⊂ {1, 2, 3, 4}). Assim, duas
curvas que não se tocam e estão uma no espaço interno da
Diagrama de Euler outra simbolizam conjuntos que possuem continência; ao
Um diagrama de Euler é similar a um diagrama de Venn, passo que o ponto interno a uma curva representa um
mas não precisa conter todas as zonas (onde uma zona é elemento pertencente ao conjunto.
definida como a área de intersecção entre dois ou mais Os diagramas de Venn são construídos com coleções de
contornos). Assim, um diagrama de Euler pode definir um curvas fechadas contidas em um plano. O interior dessas
universo de discurso, isto é, ele pode definir um sistema no curvas representa, simbolicamente, a coleção de elementos do
qual certas intersecções não são possíveis ou consideradas. conjunto. De acordo com Clarence Irving Lewis, o “princípio
Assim, um diagrama de Venn contendo os atributos para desses diagramas é que classes (ou conjuntos) sejam
Animal, Mineral e quatro patas teria que conter intersecções representadas por regiões, com tal relação entre si que todas
onde alguns estão em ambos animal, mineral e de quatro patas. as relações lógicas possíveis entre as classes possam ser
Um diagrama de Venn, consequentemente, mostra todas as indicadas no mesmo diagrama. Isto é, o diagrama deixa espaço
possíveis combinações ou conjunções. para qualquer relação possível entre as classes, e a relação
dada ou existente pode então ser definida indicando se alguma
região em específico é vazia ou não-vazia”. Pode-se escrever
uma definição mais formal do seguinte modo: Seja C = (C1, C2,
... Cn) uma coleção de curvas fechadas simples desenhadas em
um plano. C é uma família independente se a região formada
por cada uma das interseções X1 X2 ... Xn, onde cada Xi é o
interior ou o exterior de Ci, é não-vazia, em outras palavras, se
todas as curvas se intersectam de todas as maneiras possíveis.
Se, além disso, cada uma dessas regiões é conexa e há apenas
Diagramas de Euler consistem em curvas simples fechadas um número finito de pontos de interseção entre as curvas,
(geralmente círculos) no plano que mostra os conjuntos. Os então C é um diagrama de Venn para n conjuntos.
tamanhos e formas das curvas não são importantes: a Nos casos mais simples, os diagramas são representados
significância do diagrama está na forma como eles se por círculos que se encobrem parcialmente. As partes
sobrepõem. As relações espaciais entre as regiões delimitadas referidas em um enunciado específico são marcadas com uma
por cada curva (sobreposição, contenção ou nenhuma) cor diferente. Eventualmente, os círculos são representados
correspondem relações teóricas (subconjunto interseção e como completamente inseridos dentro de um retângulo, que
disjunção). Cada curva de Euler divide o plano em duas regiões representa o conjunto universo daquele particular contexto (já
ou zonas estão: o interior, que representa simbolicamente os se buscou a existência de um conjunto universo que pudesse
elementos do conjunto, e o exterior, o que representa todos os abranger todos os conjuntos possíveis, mas Bertrand Russell
elementos que não são membros do conjunto. Curvas cujos mostrou que tal tarefa era impossível). A ideia de conjunto
interiores não se cruzam representam conjuntos disjuntos. universo é normalmente atribuída a Lewis Carroll. Do mesmo
Duas curvas cujos interiores se interceptam representam modo, espaços internos comuns a dois ou mais conjuntos
conjuntos que têm elementos comuns, a zona dentro de ambas representam a sua intersecção, ao passo que a totalidade dos
as curvas representa o conjunto de elementos comuns a ambos espaços pertencentes a um ou outro conjunto indistintamente
os conjuntos (intersecção dos conjuntos). Uma curva que está representa sua união.
contido completamente dentro da zona interior de outro John Venn desenvolveu os diagramas no século XIX,
representa um subconjunto do mesmo. ampliando e formalizando desenvolvimentos anteriores de
Os Diagramas de Venn são uma forma mais restritiva de Leibniz e Euler. E, na década de 1960, eles foram incorporados
diagramas de Euler. Um diagrama de Venn deve conter todas ao currículo escolar de matemática. Embora seja simples
as possíveis zonas de sobreposição entre as suas curvas, construir diagramas de Venn para dois ou três conjuntos,
representando todas as combinações de inclusão / exclusão de surgem dificuldades quando se tenta usá-los para um número
seus conjuntos constituintes, mas em um diagrama de Euler maior. Algumas construções possíveis são devidas ao próprio
algumas zonas podem estar faltando. Essa falta foi o que John Venn e a outros matemáticos como Anthony W. F.
motivou Venn a desenvolver seus diagramas. Existia a Edwards, Branko Grünbaum e Phillip Smith. Além disso,
necessidade de criar diagramas em que pudessem ser encontram-se em uso outros diagramas similares aos de Venn,
observadas, por meio de suposição, quaisquer relações entre entre os quais os de Euler, Johnston, Pierce e Karnaugh.
as zonas não apenas as que são “verdadeiras”.
Os diagramas de Euler (em conjunto com os de Venn) são Dois Conjuntos: considere-se o seguinte exemplo:
largamente utilizados para ensinar a teoria dos conjuntos no suponha-se que o conjunto A representa os animais bípedes e
campo da matemática ou lógica matemática no campo da o conjunto B representa os animais capazes de voar. A área
lógica. Eles também podem ser utilizados para representar onde os dois círculos se sobrepõem, designada por intersecção
relacionamentos complexos com mais clareza, já que A e B ou intersecção A-B, conteria todas as criaturas que ao
representa apenas as relações válidas. Em estudos mais mesmo tempo podem voar e têm apenas duas pernas motoras.
aplicados esses diagramas podem ser utilizados para provar /
analisar silogismos que são argumentos lógicos para que se
possa deduzir uma conclusão.

Diagramas de Venn
Designa-se por diagramas de Venn os diagramas usados
em matemática para simbolizar graficamente propriedades,
axiomas e problemas relativos aos conjuntos e sua teoria. Os
respetivos diagramas consistem de curvas fechadas simples

Raciocínio Lógico 30
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Considere-se agora que cada espécie viva está características); tal conjunto seria representado pela união de
representada por um ponto situado em alguma parte do A e B. Já os animais que voam e não possuem duas patas mais
diagrama. Os humanos e os pinguins seriam marcados dentro os que não voam e possuem duas patas, seriam representados
do círculo A, na parte dele que não se sobrepõe com o círculo pela diferença simétrica entre A e B. Estes exemplos são
B, já que ambos são bípedes mas não podem voar. Os mostrados nas imagens a seguir, que incluem também outros
mosquitos, que voam mas têm seis pernas, seriam dois casos.
representados dentro do círculo B e fora da sobreposição. Os
canários, por sua vez, seriam representados na intersecção A-
B, já que são bípedes e podem voar. Qualquer animal que não
fosse bípede nem pudesse voar, como baleias ou serpentes,
seria marcado por pontos fora dos dois círculos.
Assim, o diagrama de dois conjuntos representa quatro
áreas distintas (a que fica fora de ambos os círculos, a parte de
cada círculo que pertence a ambos os círculos (onde há União de dois conjuntos: AB
sobreposição), e as duas áreas que não se sobrepõem, mas
estão em um círculo ou no outro):
- Animais que possuem duas pernas e não voam (A sem
sobreposição).
- Animais que voam e não possuem duas pernas (B sem
sobreposição).
- Animais que possuem duas pernas e voam
(sobreposição).
- Animais que não possuem duas pernas e não voam Diferença Simétrica de dois conjuntos: AB
(branco - fora).

Essas configurações são representadas, respectivamente,


pelas operações de conjuntos: diferença de A para B, diferença
de B para A, intersecção entre A e B, e conjunto complementar
de A e B. Cada uma delas pode ser representada como as
seguintes áreas (mais escuras) no diagrama:

Complementar de A em U: AC = U \ A

Diferença de A para B: A\B

Complementar de B em U: BC = U \ B

Três Conjuntos: Na sua apresentação inicial, Venn focou-


se sobretudo nos diagramas de três conjuntos. Alargando o
exemplo anterior, poderia-se introduzir o conjunto C dos
animais que possuem bico. Neste caso, o diagrama define sete
Diferença de B para A: B\A áreas distintas, que podem combinar-se de 256 (28) maneiras
diferentes, algumas delas ilustradas nas imagens seguintes.

Intersecção de dois conjuntos: AB Diagrama de Venn mostrando todas as intersecções


possíveis entre A, B e C.

Complementar de dois conjuntos: U \ (AB)


União de três conjuntos: ABC
Além disso, essas quatro áreas podem ser combinadas de 16
formas diferentes. Por exemplo, pode-se perguntar sobre os
animais que voam ou tem duas patas (pelo menos uma das

Raciocínio Lógico 31
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

- Nenhum A é não B = Nenhum A não é B.


- Nenhum A é B = Todo A é não B.
- Todo A é B = Nenhum A é não B.
- A negação de Todo A é B é Algum A não é B (e vice-versa).
- A negação de Algum A é B é Nenhum A não é B (e vice-
versa).

Verdade ou Falsidade das Proposições Categóricas


Dada a verdade ou a falsidade de qualquer uma das
proposições categóricas, isto é, de Todo A é B, Nenhum A é B,
Intersecção de três conjuntos: ABC Algum A é B e Algum A não é B, pode-se inferir de imediato a
verdade ou a falsidade de algumas ou de todas as outras.

1. Se a proposição Todo A é B é verdadeira, então temos as


duas representações possíveis:

A \ (B U C) Nenhum A é B. É falsa.
Algum A é B. É verdadeira.
Algum A não é B. É falsa.

2. Se a proposição Nenhum A é B é verdadeira, então temos


somente a representação:
Todo A é B. É falsa.
(B U C) \ A Algum A é B. É falsa.
Algum A não é B. É verdadeira.
PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS

- Todo A é B 3. Se a proposição Algum A é B é verdadeira, temos as


- Nenhum A é B quatro representações possíveis:
- Algum A é B e
- Algum A não é B

Proposições do tipo Todo A é B afirmam que o conjunto A é


um subconjunto do conjunto B. Ou seja: A está contido em B.
Atenção: dizer que Todo A é B não significa o mesmo que Todo
B é A. Enunciados da forma Nenhum A é B afirmam que os
conjuntos A e B são disjuntos, isto é ,não tem elementos em
comum. Atenção: dizer que Nenhum A é B é logicamente
equivalente a dizer que Nenhum B é A.
Por convenção universal em Lógica, proposições da forma
Algum A é B estabelecem que o conjunto A tem pelo menos um
elemento em comum com o conjunto B. Contudo, quando
dizemos que Algum A é B, pressupomos que nem todo A é B.
Entretanto, no sentido lógico de algum, está perfeitamente Nenhum A é B. É falsa.
correto afirmar que “alguns de meus colegas estão me Todo A é B. Pode ser verdadeira (em 3 e 4) ou falsa (em 1 e
elogiando”, mesmo que todos eles estejam. Dizer que Algum A 2).
é B é logicamente equivalente a dizer que Algum B é A. Algum A não é B. Pode ser verdadeira (em 1 e 2) ou falsa
Também, as seguintes expressões são equivalentes: Algum A é (em 3 e 4) – é indeterminada.
B = Pelo menos um A é B = Existe um A que é B.
Proposições da forma Algum A não é B estabelecem que o 4. Se a proposição Algum A não é B é verdadeira, temos as
conjunto A tem pelo menos um elemento que não pertence ao três representações possíveis:
conjunto B. Temos as seguintes equivalências: Algum A não é B
= Algum A é não B = Algum não B é A. Mas não é equivalente a
Algum B não é A. Nas proposições categóricas, usam-se
também as variações gramaticais dos verbos ser e estar, tais
como é ,são ,está ,foi, eram, ..., como elo de ligação entre A e B.
- Todo A é B = Todo A não é não B.
- Algum A é B = Algum A não é não B.
- Nenhum A é B = Nenhum A não é não B.
- Todo A é não B = Todo A não é B.
- Algum A é não B = Algum A não é B.

Raciocínio Lógico 32
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Todo A é B. É falsa. (D)


Nenhum A é B. Pode ser verdadeira (em 3) ou falsa (em 1 e
2 – é indeterminada).
Algum A é B. Ou falsa (em 3) ou pode ser verdadeira (em 1 e
2 – é ideterminada).
02. Resposta: B
Questões

01. Represente por diagrama de Venn-Euler


(A) Algum A é B
(B) Algum A não é B
(C) Todo A é B A opção A é descartada de pronto: “nenhum livro é
(D) Nenhum A é B instrutivo” implica a total dissociação entre os diagramas. E
estamos com a situação inversa. A opção “B” é perfeitamente
02. (Especialista em Políticas Públicas Bahia - FCC) correta. Percebam como todos os elementos do diagrama
Considerando “todo livro é instrutivo” como uma proposição “livro” estão inseridos no diagrama “instrutivo”. Resta
verdadeira, é correto inferir que: necessariamente perfeito que algum livro é instrutivo.
(A) “Nenhum livro é instrutivo” é uma proposição
necessariamente verdadeira. 03. Seja C o conjunto dos músicos que tocam instrumentos
(B) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição de corda e S dos que tocam instrumentos de sopro. Chamemos
necessariamente verdadeira. de F o conjunto dos músicos da Filarmônica. Ao resolver este
(C) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição tipo de problema faça o diagrama, assim você poderá
verdadeira ou falsa. visualizar o problema e sempre comece a preencher os dados
(D) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição verdadeira de dentro para fora.
ou falsa. Passo 1: 60 tocam os dois instrumentos, portanto, após
(E) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição fazermos o diagrama, este número vai no meio.
necessariamente verdadeira. Passo 2:
a)160 tocam instrumentos de corda. Já temos 60. Os que só
03. Dos 500 músicos de uma Filarmônica, 240 tocam tocam corda são, portanto 160 - 60 = 100
instrumentos de sopro, 160 tocam instrumentos de corda e 60 b) 240 tocam instrumento de sopro. 240 - 60 = 180
tocam esses dois tipos de instrumentos. Quantos músicos Vamos ao diagrama, preenchemos os dados obtidos acima:
desta Filarmônica tocam:
(A) instrumentos de sopro ou de corda?
(B) somente um dos dois tipos de instrumento?
(C) instrumentos diferentes dos dois citados?

04. (TTN - ESAF) Se é verdade que “Alguns A são R” e que


“Nenhum G é R”, então é necessariamente verdadeiro que: Com o diagrama completamente preenchido, fica fácil
(A) algum A não é G; achara as respostas: Quantos músicos desta Filarmônica
(B) algum A é G. tocam:
(C) nenhum A é G; a) instrumentos de sopro ou de corda? Pelos dados do
(D) algum G é A; problema: 100 + 60 + 180 = 340
(E) nenhum G é A; b) somente um dos dois tipos de instrumento? 100 + 180 =
280
05. Em uma classe, há 20 alunos que praticam futebol mas c) instrumentos diferentes dos dois citados? 500 - 340 =
não praticam vôlei e há 8 alunos que praticam vôlei mas não 160
praticam futebol. O total dos que praticam vôlei é 15. Ao todo,
existem 17 alunos que não praticam futebol. O número de 04. Esta questão traz, no enunciado, duas proposições
alunos da classe é: categóricas:
(A) 30. - Alguns A são R
(B) 35. - Nenhum G é R
(C) 37. Devemos fazer a representação gráfica de cada uma delas
(D) 42. por círculos para ajudar-nos a obter a resposta correta. Vamos
(E) 44. iniciar pela representação do Nenhum G é R, que é dada por
Respostas dois círculos separados, sem nenhum ponto em comum.
01.
(A)

Como já foi visto, não há uma representação gráfica única


para a proposição categórica do Alguns A são R, mas
(B) geralmente a representação em que os dois círculos se
interceptam (mostrada abaixo) tem sido suficiente para
resolver qualquer questão.

(C)

Raciocínio Lógico 33
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Agora devemos juntar os desenhos das duas proposições Atualmente ela está intimamente relacionada com a Estatística
categóricas para analisarmos qual é a alternativa correta. e com diversos ramos do conhecimento.
Como a questão não informa sobre a relação entre os
conjuntos A e G, então teremos diversas maneiras de Definições:
representar graficamente os três conjuntos (A, G e R). A A teoria da probabilidade é o ramo da Matemática que
alternativa correta vai ser aquela que é verdadeira para cria e desenvolve modelos matemáticos para estudar os
quaisquer dessas representações. Para facilitar a solução da experimentos aleatórios. Alguns elementos são necessários
questão não faremos todas as representações gráficas para efetuarmos os cálculos probabilísticos.
possíveis entre os três conjuntos, mas sim, uma (ou algumas) - Experimentos aleatórios: fenômenos que apresentam
representação(ões) de cada vez e passamos a analisar qual é a resultados imprevisíveis quando repetidos, mesmo que as
alternativa que satisfaz esta(s) representação(ões), se condições sejam semelhantes.
tivermos somente uma alternativa que satisfaça, então já Exemplos:
achamos a resposta correta, senão, desenhamos mais outra a) lançamento de 3 moedas e a observação das suas faces
representação gráfica possível e passamos a testar somente as voltadas para cima
alternativas que foram verdadeiras. Tomemos agora o b) jogar 2 dados e observar o número das suas faces
seguinte desenho, em que fazemos duas representações, uma c) abrir 1 livro ao acaso e observar o número da suas faces.
em que o conjunto A intercepta parcialmente o conjunto G, e
outra em que não há intersecção entre eles. - Espaço amostral: conjunto de todos os resultados
possíveis de ocorrer em um determinado experimento
aleatório. Indicamos esse conjunto por uma letra maiúscula: U,
S , A, Ω ... variando de acordo com a bibliografia estudada.
Exemplo:
a) quando lançamos 3 moedas e observamos suas faces
Teste das alternativas:
voltadas para cima, sendo as faces da moeda cara (c) e coroa
Teste da alternativa “A” (algum A não é G). Observando os
(k), o espaço amostral deste experimento é:
desenhos dos círculos, verificamos que esta alternativa é
S = {(c,c,c); (c,c,k); (c,k,k); (c,k,c); (k,k,k,); (k,c,k); (k,c,c);
verdadeira para os dois desenhos de A, isto é, nas duas
(k,k,c)}, onde o número de elementos do espaço amostral n(A)
representações há elementos em A que não estão em G.
=8
Passemos para o teste da próxima alternativa.
Teste da alternativa “B” (algum A é G). Observando os
- Evento: é qualquer subconjunto de um espaço amostral
desenhos dos círculos, verificamos que, para o desenho de A
(S); muitas vezes um evento pode ser caracterizado por um
que está mais à direita, esta alternativa não é verdadeira, isto
fato. Indicamos pela letra E.
é, tem elementos em A que não estão em G. Pelo mesmo motivo
a alternativa “D” não é correta. Passemos para a próxima.
Teste da alternativa “C” (Nenhum A é G). Observando os
desenhos dos círculos, verificamos que, para o desenho de A
que está mais à esquerda, esta alternativa não é verdadeira,
isto é, tem elementos em A que estão em G. Pelo mesmo motivo
a alternativa “E” não é correta. Portanto, a resposta é a
alternativa “A”.
Exemplo:
05. Resposta: E. a) no lançamento de 3 moedas:
E1→ aparecer faces iguais
E1 = {(c,c,c);(k,k,k)}
O número de elementos deste evento E1 é n(E1) = 2

E2→ aparecer coroa em pelo menos 1 face


E2 = {(c,c,k); (c,k,k); (c,k,c); (k,k,k,); (k,c,k); (k,c,c); (k,k,c)}
Logo n(E2) = 7

n = 20 + 7 + 8 + 9 Veremos agora alguns eventos particulares:


n = 44 - Evento certo: que possui os mesmos elementos do
espaço amostral (todo conjunto é subconjunto de si mesmo);
E = S.
E: a soma dos resultados nos 2 dados ser menor ou igual a
7. Análise combinatória. 12.

- Evento impossível: evento igual ao conjunto vazio.


Caro (a) Candidato(a), esse assunto já foi abordado no E: o número de uma das faces de um dado ser 7.
tópico: 4. Raciocínio lógico quantitativo. E: Ø

- Evento simples: evento que possui um único elemento.


E: a soma do resultado de dois dados ser igual a 12.
8. Probabilidade. E: {(6,6)}

- Evento complementar: se E é um evento do espaço


amostral S, o evento complementar de E indicado por C tal que
PROBABILIDADE
C = S – E. Ou seja, o evento complementar é quando E não
ocorre.
A teoria das probabilidades surgiu no século XVI, com o
E1: o primeiro número, no lançamento de 2 dados, ser
estudo dos jogos de azar, tais como jogos de cartas e roleta.
menor ou igual a 2.

Raciocínio Lógico 34
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

E2: o primeiro número, no lançamento de 2 dados, ser Sendo n(S) o número de elementos do espaço amostral,
maior que 2. vamos dividir os dois membros da equação por n(S) a fim de
S: espaço amostral é dado na tabela abaixo: obter a probabilidade P (A U B).
𝑛(𝐴 ∪ 𝐵) 𝑛(𝐴) 𝑛(𝐵) 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵)
= + −
𝑛(𝑆) 𝑛(𝑆) 𝑛(𝑆) 𝑛(𝑆)

P (A U B) =
P(A) + P(B) – P
(A ∩ B)

E: {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (1,5), (1,6), (2,1), (2,2), (2,3)


(2,4), (2,5), (2,6)} Para eventos mutuamente exclusivos, onde A ∩ B = Ø, a
Como, C = S – E equação será:
C = {(3,1), (3,2), (3,3), (3,4), (3,5), (3,6), (4,1), (4,2), (4,3),
(4,4), (4,5), (4,6), (5,1), (5,2), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6), (6,1),
(6,2), (6,3), (6,4), (6,5), (6,6)}
P (A U B) =
- Eventos mutuamente exclusivos: dois ou mais eventos P(A) + P(B)
são mutuamente exclusivos quando a ocorrência de um deles
implica a não ocorrência do outro. Se A e B são eventos
mutuamente exclusivos, então: A ∩ B = Ø.
Sejam os eventos:
A: quando lançamos um dado, o número na face voltada Exemplo:
para cima é par. A probabilidade de que a população atual de um país seja
A = {2,4,6} de 110 milhões ou mais é de 95%. A probabilidade de ser 110
B: quando lançamos um dado, o número da face voltada milhões ou menos é de 8%. Calcule a probabilidade de ser 110
para cima é divisível por 5. milhões.
B = {5} Sendo P(A) a probabilidade de ser 110 milhões ou mais:
Os eventos A e B são mutuamente exclusivos, pois A ∩ B = P(A) = 95% = 0,95
Ø. Sendo P(B) a probabilidade de ser 110 milhões ou menos:
P(B) = 8% = 0,08
Probabilidade em espaços equiprováveis P (A ∩ B) = a probabilidade de ser 110 milhões: P (A ∩ B)
Considerando um espaço amostral S, não vazio, e um =?
evento E, sendo E ⊂ S, a probabilidade de ocorrer o evento E é P (A U B) = 100% = 1
o número real P (E), tal que: Utilizando a regra da união de dois eventos, temos:
P (A U B) = P(A) + P(B) – P (A ∩ B)
𝐧(𝐄) 1 = 0,95 + 0,08 - P (A ∩ B)
𝐏(𝐄) = P (A ∩ B) = 0,95 + 0,08 - 1
𝐧(𝐒)
P (A ∩ B) = 0,03 = 3%
Sendo 0 ≤ P(E) ≤ 1 e S um conjunto equiprovável, ou seja,
todos os elementos têm a mesma “chance de acontecer. Probabilidade condicional
Onde: Vamos considerar os eventos A e B de um espaço amostral
n(E) = número de elementos do evento E. S, definimos como probabilidade condicional do evento A,
𝐴
n(S) = número de elementos do espaço amostral S. tendo ocorrido o evento B e indicado por P(A | B) ou 𝑃 ( ), a
𝐵
razão:
Exemplo:
Lançando-se um dado, a probabilidade de sair um número 𝒏(𝑨 ∩ 𝑩) 𝑷(𝑨 ∩ 𝑩)
ímpar na face voltada para cima é obtida da seguinte forma: 𝑷(𝑨|𝑩) = =
𝒏(𝑩) 𝑷(𝑩)
S = {1, 2, 3, 4, 5, 6} n(S) = 6
E = {1, 3, 5} n(E) = 3 Lemos P (A | B) como: a probabilidade de A “dado que” ou
“sabendo que” a probabilidade de B.
n(E) 3 1 Exemplo:
P(E) = = = = 0,5 𝑜𝑢 50%
n(S) 6 2 No lançamento de 2 dados, observando as faces de cima,
para calcular a probabilidade de sair o número 5 no primeiro
Probabilidade da união de dois eventos dado, sabendo que a soma dos 2 números é maior que 7.
Vamos considerar A e B dois eventos contidos em um Montando temos:
mesmo espaço amostral A, o número de elementos da reunião S = {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (1,5), (1,6), (2,1), (2,2), (2,3),
de A com B é igual ao número de elementos do evento A (2,4), (2,5), (2,6), (3,1), (3,2), (3,3), (3,4), (3,5), (3,6), (4,1),
somado ao número de elementos do evento B, subtraindo o (4,2), (4,3), (4,4), (4,5), (4,6), (5,1), (5,2), (5,3), (5,4), (5,5),
número de elementos da intersecção de A com B. (5,6), (6,1), (6,2), (6,3), (6,4), (6,5), (6,6)}
Evento A: o número 5 no primeiro dado.
A = {(5,1), (5,2), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6)}

Evento B: a soma dos dois números é maior que 7.


B = {(2,6), (3,5), (3,6), (4,4), (4,5), (4,6), (5,3), (5,4), (5,5),
(5,6), (6,2), (6,3), (6,4), (6,5), (6,6)}

Raciocínio Lógico 35
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

A ∩ B = {(5,3), (5,4), (5,5), (5,6)}


P (A ∩ B) = 4/36
P(B) = 15/36
Logo:
4
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) 36 4 36 4
𝑃(𝐴|𝐵) = = = . =
𝑃(𝐵) 15 36 15 15
36
A probabilidade de ocorrer k vezes o evento E e (n - k) vezes o
Probabilidade de dois eventos simultâneos (ou evento 𝐸̅ é o produto: pk . (1 – p)n - k
sucessivos)
A probabilidade de ocorrer P (A ∩ B) é igual ao produto de As k vezes do evento E e as (n – k) vezes do evento 𝐸̅ podem
um deles pela probabilidade do outro em relação ao primeiro. ocupar qualquer ordem. Então, precisamos considerar uma
Isto significa que, para se avaliar a probabilidade de ocorrem permutação de n elementos dos quais há repetição de k
dois eventos simultâneos (ou sucessivos), que é P (A ∩ B), é elementos e de (n – k) elementos, em outras palavras isso
preciso multiplicar a probabilidade de ocorrer um deles P(B) significa:
pela probabilidade de ocorrer o outro, sabendo que o primeiro
já ocorreu P (A | B). 𝑛!
𝑃𝑛 [𝑘,(𝑛−𝑘)] = = (𝑛𝑘), logo a probabilidade de ocorrer k
Sendo: 𝑘.(𝑛−𝑘)!
𝐏(𝐀 ∩ 𝐁) 𝐏(𝐀 ∩ 𝐁) vezes o evento E no n experimentos é dada:
𝐏(𝐀|𝐁) = 𝐨𝐮 𝐏(𝐁|𝐀) =
𝐏(𝐁) 𝐏(𝐀)
𝒏
𝒑 = ( ) . 𝒑𝒌 . 𝒒𝒏−𝒌
- Eventos independentes: dois eventos A e B de um 𝒌
espaço amostral S são independentes quando P(A|B) = P(A) ou
A lei binomial deve ser aplicada nas seguintes condições:
P(B|A) = P(B). Sendo os eventos A e B independentes, temos:
- O experimento deve ser repetido nas mesmas condições
P (A ∩ B) = P(A). P(B)
as n vezes.
- Em cada experimento devem ocorrer os eventos E e 𝐸̅ .
Exemplo:
- A probabilidade do E deve ser constante em todas as n
Lançando-se simultaneamente um dado e uma moeda,
vezes.
determine a probabilidade de se obter 3 ou 5 na dado e cara na
- Cada experimento é independente dos demais.
moeda.
Sendo, c = coroa e k = cara.
Exemplo:
S = {(1,c), (1,k), (2,c), (2,k), (3,c), (3,k), (4,c), (4,k), (5,c), Lançando-se uma moeda 4 vezes, qual a probabilidade de
(5,k), (6,c), (6,k)} ocorrência 3 caras?
Evento A: 3 ou 5 no dado Está implícito que ocorrerem 3 caras deve ocorrer uma
A = {(3,c), (3,k), (5,c), (5,k)} coroa. Umas das possíveis situações, que satisfaz o problema,
4 1 pode ser:
𝑃(𝐴) = =
12 3

Evento B: cara na moeda


B = {(1,k), (2,k), (3,k), (4,k), (5,k), (6,k)} Temos que:
6 1
𝑃(𝐵) = = n=4
12 2 k=3
1 1
Os eventos são independentes, pois o fato de ocorrer o ̅̅̅ = 1 −
𝑃(𝐸) = , 𝑃(𝐸)
evento A não modifica a probabilidade de ocorrer o evento B. 2 2
Com isso temos: Logo a probabilidade de que essa situação ocorra é dada
P (A ∩ B) = P(A). P(B) por:
1 1 1
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = . = 1 3 1 1
3 2 6 ( ) . (1 − ) , como essa não é a única situação de ocorre
2 2
3 caras e 1 coroa. Vejamos:
Observamos que A ∩ B = {(3,k), (5,k)} e a P (A ∩ B) poder
ser calculada também por:
𝑛(𝐴 ∩ 𝐵) 2 1
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = = = 4! 4
𝑛(𝑆) 12 6 𝑃4 3!.1! = =( )
No entanto nem sempre chegar ao n(A ∩ B) nem sempre é 3! .1! 3
=4
fácil dependendo do nosso espaço amostral.

Lei Binomial de probabilidade


Vamos considerar um experimento que se repete n
número de vezes. Em cada um deles temos: Podemos também resolver da seguinte forma: (43)
P(E) = p , que chamamos de probabilidade de ocorrer o 1 3 1 1
maneiras de ocorrer o produto ( ) . (1 − ) , portanto:
evento E com sucesso. 2 2
P(𝐸̅ ) = 1 – p , probabilidade de ocorrer o evento E com 4 1 3 1 1 1 1 1
𝑃(𝐸) = ( ) . ( ) . (1 − ) = 4. . =
insucesso (fracasso). 3 2 2 8 2 4

A probabilidade do evento E ocorrer k vezes, das n que o


experimento se repete é dado por uma lei binomial.

Raciocínio Lógico 36
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Questões 1 199 198 3


𝑃(𝐼) = 3 ∙ ∙ ∙ =
200 199 198 200
01. Em uma escola, a probabilidade de um aluno
compreender e falar inglês é de 30%. Três alunos dessa escola, Modo II é
que estão em fase final de seleção de intercâmbio, aguardam, 1 1 9 8 3
𝑃(𝐼𝐼) = ∙3∙ ∙ ∙ =
em uma sala, serem chamados para uma entrevista. Mas, ao 20 10 9 8 200
invés de chamá-los um a um, o entrevistador entra na sala e
faz, oralmente, uma pergunta em inglês que pode ser Modo III é
respondida por qualquer um dos alunos. 1 19 18 1 10 10 3
𝑃(𝐼𝐼𝐼) = 3 ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ =
A probabilidade de o entrevistador ser entendido e ter sua 20 19 18 10 10 10 200
pergunta oralmente respondida em inglês é
(A) 23,7% A equipe dele pode ser a primeira, a segunda ou a terceira
(B) 30,0% a ser sorteada e a probabilidade dele ser o sorteado na equipe
(C) 44,1% é 1/10
(D) 65,7% P(I)=P(II)=P(III)
(E) 90,0%
03. Resposta: C.
02. Uma competição esportiva envolveu 20 equipes com A probabilidade de a senha sorteada ser um número de 1 a
10 atletas cada. Uma denúncia à organização dizia que um dos 20 é 20/100, pois são 20 números entre 100.
atletas havia utilizado substância proibida.
Os organizadores, então, decidiram fazer um exame
antidoping. Foram propostos três modos diferentes para
escolher os atletas que irão realizá-lo: Anotações
Modo I: sortear três atletas dentre todos os participantes;
Modo II: sortear primeiro uma das equipes e, desta, sortear
três atletas;
Modo III: sortear primeiro três equipes e, então, sortear
um atleta de cada uma dessas três equipes.

Considere que todos os atletas têm igual probabilidade de


serem sorteados e que P(I), P(II) e P(III) sejam as
probabilidades de o atleta que utilizou a substância proibida
seja um dos escolhidos para o exame no caso do sorteio ser
feito pelo modo I, II ou III. Comparando-se essas
probabilidades, obtém-se
(A) P(I) < P(III) < P(II)
(B) P(II) < P(I) < P(III)
(C) P(I) < P(II) = P(III)
(D) P(I) = P(II) < P(III)
(E) P(I) = P(II) = P(III)

03. Em uma central de atendimento, cem pessoas


receberam senhas numeradas de 1 até 100. Uma das senhas é
sorteada ao acaso.
Qual é a probabilidade de a senha sorteada ser um número
de 1 a 20?
(A) 1/100
(B) 19/100
(C) 20/100
(D) 21/100
(E) 80/100
Respostas

01. Resposta: D.
A probabilidade de nenhum dos três alunos responder à
pergunta feita pelo entrevistador é
0,70 . 0,70 . 0,70 = 0,343 = 34,3%
Portanto, a possibilidade dele ser entendido é de: 100% –
34 ,3% = 65,7%

02. Resposta: E.
Em 20 equipes com 10 atletas, temos um total de 200
atletas, dos quais apenas um havia utilizado substância
proibida.
A probabilidade desse atleta ser um dos escolhidos pelo:
Modo I é

Raciocínio Lógico 37
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Raciocínio Lógico 38
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
GEOGRAFIA DA PARAÍBA

Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Portugal a ordem de punir os índios responsáveis pelo


massacre, expulsar os franceses e fundar uma cidade. Assim
começaram as cinco expedições para a conquista da Paraíba.
Para isso o rei D. Sebastião mandou primeiramente o
Ouvidor Geral D. Fernão da Silva.

I Expedição (1574): O comandante desta expedição foi o


1. Formação do território Ouvidor Geral D. Fernão da Silva. Ao chegar no Brasil, Fernão
tomou posse das terras em nome do rei sem que houvesse
paraibano nenhuma resistência, mas isso foi apenas uma armadilha. Sua
tropa foi surpreendida por indígenas e teve que recuar para
Pernambuco.
Formação do Território Paraibano
II Expedição (1575): Quem comandou a segunda
Antecedentes da Conquista da Paraíba expedição foi o Governador Geral, D. Luís de Brito. Sua
expedição foi prejudicada por ventos desfavoráveis e eles nem
Demorou um certo tempo para que Portugal começasse a chegaram sequer às terras paraibanas. Três anos depois outro
explorar economicamente o Brasil, uma vez que os interesses Governador Geral (Lourenço Veiga), tenta conquistar a o Rio
lusitanos estavam voltados para o comércio de especiarias nas Paraíba, não obtendo êxito.
Índias, e além disso, não havia nenhuma riqueza na costa
brasileira que chamasse tanta atenção quanto o ouro, III Expedição (1579): Frutuoso Barbosa impôs a condição
encontrado nas colônias espanholas, minério este que tornara de que se ele conquistasse a paraíba, a governaria por dez
uma nação muito poderosa na época. anos. Essa ideia só lhe trouxe prejuízos, uma vez que quando
Devido ao desinteresse lusitano, piratas e corsários estava vindo à Paraíba, caiu sobre sua frota uma forte
começaram a extrair o pau-brasil, madeira muito encontrada tormenta e além de ter que recuar até Portugal, ele perdeu sua
no Brasil-colônia, e especial devido a extração de um esposa.
pigmento, usado para tingir tecidos na Europa. Esses invasores
eram em sua maioria franceses, e logo que chegaram no Brasil IV Expedição (1582): Com a mesma proposta imposta por
fizeram amizades com os índios, possibilitando entre eles uma ele na expedição anterior, Frutuoso Barbosa volta decidido a
relação comercial conhecida como "escambo", na qual o conquistar a Paraíba, mas cai na armadilha dos índios e dos
trabalho indígena era trocado por alguma manufatura sem franceses. Barbosa desiste após perder um filho em combate.
valor.
Os portugueses, preocupados com o aumento do comércio V Expedição (1584): Este teve a presença de Flores
dos invasores da colônia, passaram a enviar expedições para Valdez, Felipe de Moura e o insistente Frutuoso Barbosa, que
evitar o contrabando do pau-brasil, porém, ao chegar no Brasil conseguiram finalmente expulsar os franceses e conquistar a
essas expedições eram sempre repelidas pelos franceses Paraíba. Após a conquista, eles construíram os fortes de São
apoiados pelos índios. Com o fracasso das expedições o rei de Tiago e São Felipe.
Portugal decidiu criar o sistema de capitanias hereditárias.
Com o objetivo de povoá-la, a colônia portuguesa foi Conquista da Paraíba
dividida em 15 capitanias, para doze donatários. Entre elas
destacamos a Capitania de Itamaracá, a qual se estendia do rio Para as jornadas o Ouvidor Geral Martim Leitão formou
Santa Cruz até a Baía da Traição. uma tropa constituída por brancos, índios, escravos e até
Inicialmente essa capitania foi doada à Pedro Lopes de religiosos. Quando aqui chegaram se depararam com índios
Souza, que não pôde assumir, vindo em seu lugar o que sem defesa, fogem e são aprisionados. Ao saber que eram
administrador Francisco Braga, que devido a uma rivalidade índios Tabajaras, Martim Leitão manda soltá-los, afirmando
com Duarte Coelho, deixou a capitania em falência, dando que sua luta era contra os Potiguaras (rivais dos Tabajaras).
lugar a João Gonçalves, que realizou algumas benfeitorias na Após o incidente, Leitão procurou formar uma aliança com os
capitania como a fundação da Vila da Conceição e a construção Tabajaras, que por temerem outra traição, a rejeitaram.
de engenhos. Depois de um certo tempo Leitão e sua tropa finalmente
Após a morte de João Gonçalves, a capitania entrou em chegaram aos fortes (São Felipe e São Tiago), ambos em
declínio, ficando a mercê de malfeitores e propiciando a decadência e miséria devido as intrigas entre espanhóis e
continuidade do contrabando de madeira. portugueses. Com isso Martim Leitão nomeou outro
Com a tragédia de Tacunhaém1, em 1534 o rei de Portugal português, conhecido como Castrejon, para o cargo de
desmembrou Itamaracá, dando formação à Capitania do Rio Frutuoso Barbosa. A troca só fez piorar a situação. Ao saber
Paraíba. que Castrejon havia abandonado, destruído o Forte e jogado
Existia uma grande preocupação por parte dos lusitanos toda a sua artilharia ao mar, Leitão o prendeu e o enviou de
em conquistar a capitania que atualmente é a Paraíba, pois volta à Espanha.
havia a garantia do progresso da capitania pernambucana, a Quando ninguém esperava, os portugueses se unem aos
quebrada aliança entre Potiguaras e franceses, e ainda, Tabajaras, fazendo com que os Potiguaras recuassem. Isto se
estender sua colonização ao norte. deu no início de agosto de 1585.
A conquista da Paraíba se deu no final de tudo através da
A Conquista e Fundação da Paraíba união de um português e um chefe indígena chamado Piragibe,
palavra que significa Braço de Peixe.
Expedições para a Conquista

Quando o Governador Geral (D. Luís de Brito) recebeu a


ordem para separar Itamaracá, recebeu também do rei de

1 A Tragédia de Tacunhaém foi uma tragédia na qual índios mataram todos

os moradores de um engenho.

Geografia da Paraíba 1
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Fundação da Paraíba Conceição pelo Alvará Régio de 18 de maio de 1815. Esta data
é considerada também como a de sua elevação à vila. Sua
Martim Leitão trouxe pedreiros, carpinteiros, engenheiros emancipação política se deu em 18 de maio de 1846, pela lei
e outros para edificar a Cidade de Nossa Senhora das Neves. de criação número 2. Hoje, Areia se destaca como uma das
Com o início das obras, Leitão foi a Baía da Traição expulsar o principais cidades do interior da Paraíba, principalmente por
resto dos franceses que permaneciam na Paraíba. possuir um passado histórico muito atraente.
Leitão nomeou João Tavares para ser o capitão do Forte.
Paraíba foi a terceira cidade a ser fundada no Brasil e a última Primeiros Capitães- Mores
do século XVI.
João Tavares
Primeiras Vilas da Paraíba na Época Colonial
João Tavares foi o primeiro capitão-mor, ao qual governou
Com a colonização foram surgindo vilas na Paraíba. A de 1585 a 1588 a Capitania da Paraíba. Foi também
seguir temos algumas informações sobre as primeiras vilas da encarregado pelo Ouvidor-Geral, Martim Leitão, de construir
Paraíba. uma nova cidade.
Para edificação dessa cidade, vieram 25 cavaleiros, além de
Pilar: O início de seu povoamento aconteceu no final do pedreiros e carpinteiros, entre outros trabalhadores do
século XVI, quando fazendas de gado foram encontradas pelos gênero. Chegaram também jesuítas e outras pessoas para
holandeses. Hoje uma cidade sem muito destaque na Paraíba, residir na cidade.
foi elevada à vila em 5 de janeiro de 1765. Pilar originou-se a Foi fundado por João Tavares o primeiro engenho, o d’El-
partir da Missão do Padre Martim Nantes naquela região. Pilar Rei, em Tibiri, e o forte de São Sebastião, construído por
foi elevada à município em 1985, quando o cultivo da cana-de- Martim Leitão para a proteção do engenho.
açúcar se tornou na principal atividade da região. Os jesuítas ficaram responsáveis pela catequização dos
índios. Eles ainda fundaram um Centro de Catequese e em
Sousa: Hoje a sexta cidade mais populosa do Estado e dona Passeio Geral edificaram a capela de São Gonçalo.
de um dos mais importantes sítios arqueológicos do país (Vale O governo de João Tavares foi demasiadamente auxiliado
dos Dinossauros), Sousa era um povoado conhecido por por Duarte Gomes da Silveira, natural de Olinda.
"Jardim do Rio do Peixe". A terra da região era bastante fértil, Silveira foi um senhor de engenho e uma grande figura da
o que acelerou rapidamente o processo de povoamento e Capitania da Paraíba durante mais de 50 anos. Rico, ajudou
progresso do local. Em 1730, já viviam aproximadamente no financeiramente na ascensão da cidade. Em sua residência
vale 1468 pessoas. atualmente se encontra o Colégio Nossa Senhora das Neves.
Sousa foi elevada à vila com o nome atual em homenagem Apesar de ter se esforçado muito para o progresso da
ao seu benfeitor, Bento Freire de Sousa, em 22 de julho de capitania, João Tavares foi posto para fora em 1588, devido à
1766. Sua emancipação política se deu em 10 de julho de 1854. política do Rei.
Campina Grande: Sua colonização teve início em 1697. O
capitão-mor Teodósio de Oliveira Ledo instalou na região um Frutuoso Barbosa
povoado. Os indígenas formaram uma aldeia. Em volta dessa
aldeia surgiu uma feira nas ruas por onde passavam Devido à grande insistência perante a corte e por defender
camponeses. Percebe-se então que as características alguns direitos, Frutuoso Barbosa foi, em 1588, nomeado o
comerciais de Campina Grande nasceram desde sua origem. novo capitão-mor da Capitania da Paraíba, auxiliado por D.
Campina foi elevada à freguesia em 1769, sob a invocação Pedro Cueva, ao qual foi encarregado de controlar a parte
de Nossa Senhora da Conceição. Sua elevação à vila com o militar da capitania.
nome de Vila Nova da Rainha se deu em 20 de abril de 1790. Neste mesmo período, chegaram alguns Frades
Hoje, Campina Grande é a maior cidade do interior do Fransciscanos, que fundaram várias aldeias e por não serem
Nordeste. tão rigorosos no ensino religioso como os Jesuítas, entraram
em desentendimento com estes últimos. Esse
São João do Cariri: Tendo sida povoada em meados do desentendimento prejudicou o governo de Barbosa, pois
século XVII pela enorme família Cariri que povoava o sítio São aproveitando-se de alguns descuidos, os índios Potiguaras
João, entre outros, esta cidade que atualmente não se destaca invadiram propriedades. Vieram em auxílio de Barbosa o
muito à nível estadual foi elevada à vila em 22 de março de capitão-mor de Itamaracá, com João Tavares, Piragibe e seus
1800. Sua emancipação política é datada de 15 de novembro índios. No caminho, João Tavares faleceu de um mal súbito.
de 1831. Quando o restante do grupo chegou à Paraíba, desalojou e
prendeu os Potiguaras.
Pombal: No final do século XVII, Teodósio de Oliveira Ledo Com o objetivo de evitar a entrada dos franceses, Barbosa
realizou uma entrada através do rio Piranhas. Nesta venceu o ordenou a construção de uma fortaleza em Cabedelo.
confronto com os índios Pegas e fundou ali uma aldeia que Piragibe iniciou a construção do forte com os Tabajaras,
inicialmente recebeu o nome do rio (Piranhas). Devido ao porém, devido a interferência dos Jesuítas, as obras foram
sucesso da entrada não demorou muito até que passaram a concluídas pelos fransciscanos e seus homens.
chamar o local de Nossa Senhora do Bom Sucesso, em Em homenagem a Felipe II, da Espanha, Barbosa mudou o
homenagem a uma santa. nome da cidade de Nossa Senhora das Neves para Felipéia de
Em 1721 foi construída no local a Igreja do Rosário, em Nossa Senhora das Neves.
homenagem à padroeira da cidade considerada uma relíquia Devido às infinitas lutas entre o capitão Pedro Cueva e os
história nos dias atuais. Sob força de uma Carta Régia datada Potiguaras e os desentendimentos com os Jesuítas, houve a
de 22 de junho de 1766, o município passou a se chamar saída da Cueva e a decisão de Barbosa de encerrar o seu
Pombal, em homenagem ao famoso Marquês de Pombal. Foi governo, em 1591.
elevada à vila em 3/4 de maio de 1772, data hoje considerada
como sendo também a da criação do município. André de Albuquerque Maranhão

Areia: Conhecida antigamente pelo nome de Bruxaxá, André de Albuquerque governou apenas por um ano. Nele,
Areia foi elevada à freguesia com o nome de Nossa Senhora da expulsou os Potiguaras e realizou algumas fortificações. Entre

Geografia da Paraíba 2
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

elas, a construção do Forte de Inhobin para defender alguns Os Missionários Carmelitas


engenhos próximos a este rio.
Ainda nesse governo os Potiguaras incendiaram o Forte de Os carmelitas vieram à Paraíba a pedido do cardeal D.
Cabedelo. O governo de Albuquerque se finalizou em 1592. Henrique, em 1580. Mas devido a um incidente na chegada que
colheu os missionários para diferentes direções, a vinda dos
Feliciano Coelho de Carvalho carmelitas demorou oito anos.
Os carmelitas chegaram à Paraíba quando o Brasil estava
Em seu governo realizou combates na Capaoba, houve paz sob domínio espanhol. Os carmelitas chegaram, fundaram um
com os índios, expandiu estradas e expulsou os fransciscanos. convento e iniciaram trabalhos missionários. A história dos
Terminou seu governo em 1600. carmelitas aqui é incompleta, uma vez que vários documentos
históricos foram perdidos nas invasões holandesas.
As Ordens Religiosas da Capitania da PB e Seus Frei Manuel de Santa Teresa restaurou o convento depois
Mosteiros da revolução francesa, mas logo depois este foi demolido para
servir de residência ao primeiro bispo da Paraíba, D. Adauto
Os Jesuítas de Miranda Henriques. Pelos carmelitas foi fundada a Igreja do
Carmo.
Os jesuítas foram os primeiros missionários que chegaram
à Capitania da Paraíba, acompanhando todas as suas lutas de A População Indígena
colonização.
Ao mando de Frutuoso Barbosa, os jesuítas se puseram a Na Paraíba haviam duas raças de índios, os Tupis e os
construir um colégio na Felipéia. Porém, devido a desavenças Cariris (também chamados de Tapuias).
com os fransciscanos, que não usavam métodos de educação Os Tupis se dividiam em Tabajaras e Potiguaras, que eram
tão rígidos como os jesuítas, a ideia foi interrompida. inimigos.
Aproveitando esses desentendimentos, o rei que andava Na época da fundação da Paraíba, os Tabajaras formavam
descontente com os jesuítas pelo fato de estes não permitirem um grupo de aproximadamente 5 milpessoas. Eles eram
a escravização dos índios, culpou os jesuítas pela rivalidade pacíficos e ocupavam o litoral, onde fundaram as aldeias de
com os fransciscanos e expulsou-os da capitania. Alhanda e Taquara.
Cento e quinze anos depois, os jesuítas voltaram à Paraíba Já os Potiguaras eram mais numerosos que os Tabajaras e
fundando um colégio onde ensinavam latim, filosofia e letras. ocupavam uma pequena região entre o rio Grande do Norte e
Passado algum tempo, fundaram um Seminário junto à igreja a Paraíba.
de Nossa Senhora da Conceição. Atualmente essa área Esses índios locomoviam-se constantemente, deixando
corresponde ao jardim Palácio do Governo. aldeias para trás e formando outras. Com esta constante
Em 1728, os jesuítas foram novamente expulsos. Em 1773, locomoção os índios ocuparam áreas antes desabitadas.
o Ouvidor-Geral passou a residir no seminário onde moravam Os índios Cariris se encontravam em maior número que os
os jesuítas, com a permissão do Papa Clementino XIV. Tupis e ocupavam uma área que se estendia desde o Planalto
da Borborema até os limites do Ceará, Rio Grande do Norte e
Os Franciscanos Pernambuco.
Os Cariris eram índios que se diziam ter vindo de um
Atendendo a Frutuoso Barbosa, chegaram os padres grande lago. Estudiosos acreditam que eles tenham vindo do
franciscanos, com o objetivo de catequizar os índios. Amazonas ou da Lagoa Maracaibo, na Venezuela.
O Frei Antônio do Campo Maior chegou com o objetivo de Os Cariris velhos, que teriam sido civilizados antes dos
fundar o primeiro convento da capitania. cariris novos, se dividiam em muitas tribos; sucuru, icós, ariu
Seu trabalho se concentrou em várias aldeias, o que o e pegas, e paiacú. Destas, os tapuias pegas ficaram conhecidos
tornou importante. nas lutas contra os bandeirantes.
No governo de Feliciano Coelho, começaram alguns O nível de civilização do índio paraibano era considerável.
desentendimentos, pois os franciscanos, assim como os Muitos sabiam ler e conheciam ofícios como a carpintaria.
jesuítas, não escravizavam os índios. Ocorreu que depois de Esses índios tratavam bem os jesuítas e os missionários que
certo desentendimentos entre os franciscanos, Feliciano e o lhes davam atenção.
governador geral, Feliciano acabou se acomodando junto aos A maioria dos índios estavam de passagem do período
frades. paleolítico para o neolítico. A língua falada por eles era o tupi-
A igreja e o convento dos franciscanos foram construídos guarani, utilizada também pelos colonos na comunicação com
em um sítio muito grande, onde atualmente se encontra a os índios. O tupi-guarani mereceu até a criação de uma
praça São Francisco. gramática, elaborada por Padre José de Anchieta.
Piragibe, que nos deu a paz na conquista da Paraíba;
Os Beneditinos Tabira, que lutou contra os franceses e Poti, que lutou contra
os holandeses e foi herói na batalha dos Guararapes, são
O superior geral dos beneditinos tinha interesse em fundar exemplos de índios que se sobressaíram na Paraíba.
um convento na Capitania da Paraíba. O governador da Ainda hoje, encontram-se tribos indígenas Potiguaras
capitania recebeu o abade e conversou com o mesmo sobre a localizadas na Baía da Traição, mas em apenas uma aldeia, a
tal fundação. Resolveu doar um sítio, que seria a ordem do São Francisco, onde não há miscigenados, pois a tribo não
superior geral dos beneditinos. aceita a presença de caboclos, termo que eles utilizavam para
A condição imposta pelo governador era que o convento com as pessoas que não pertencem a tribo.
fosse construído em até 2 anos. O mosteiro não foi construído O Cacique dessa aldeia chama-se Djalma Domingos, que
em dois anos, mesmo assim, Feliciano manteve a doação do também é o prefeito do município de Baía da Traição. Aos
sítio. poucos, a aldeia vai se civilizando; um exemplo disso é um
A igreja de São Bento se encontra atualmente na rua nove, posto telefônico implantado na mesma há um mês.
onde ainda há um cata-vento em lâmina, construído em 1753. Nessas aldeias existem cerca de 7.000 índios Potiguaras,
que mantém as culturas antigas. Eles possuem cerca de 1.800
alunos de 7 a 14 anos em primeiro grau menor.

Geografia da Paraíba 3
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

No Brasil, só existem três tribos Potiguaras, sendo que no Os holandeses voltam à Paraíba para atacar o Forte de
Nordeste a única é a da Baía da Traição. Santo Antônio, mas ao desembarcarem percebam a trincheira
Em 19 de Abril eles comemoraram seu dia fazendo levantada pelos paraibanos, fazendo com que eles desistissem
pinturas no corpo e reunindo as aldeias locais na aldeia S. da invasão e voltassem ao Cabo de Santo Agostinho.
Chico e realizaram danças, como o Toré. Após um tempo os holandeses resolvem tentar invadir a
A principal atividade econômica desses índios é a pesca e Paraíba novamente, pois ela representava uma porta para a
em menor escala, a agricultura. invasão batava em Pernambuco. Dessa forma, em 25 de
novembro de 1634 partiu uma esquadra de 29 navios para a
Invasões Holandesas Paraíba.
Aos quatro dias de dezembro de 1634, bem preparados os
Em 1578 o jovem rei de Portugal, D. Sebastião, foi morto na soldados holandeses chegam ao Norte do Jaguaribe, onde
batalha de Alcácer-Quibir, na África, deixando o trono desembarcaram e aprisionaram três brasileiros, entre eles o
português para seu tio, o cardeal D. Henrique, o qual devido à governador, que conseguiu fugir.
sua avançada idade acabou morrendo em 1579, sem deixar No dia seguinte o resto da tropa holandesa desembarcou
herdeiros. O Rei da Espanha, Felipe II, que se dizia primo dos aprisionando mais pessoas. No caminho por terra para
reis portugueses, com a colaboração da nobreza portuguesa e Cabedelo os batavos receberam mais reforços.
do seu exército, conseguiu em 1580 o trono português. Antônio de Albuquerque Maranhão enviou à Paraíba tudo
A passagem do trono português à coroa espanhola o que foi preciso para combater com os chefes holandeses na
prejudicou os interesses holandeses, pois eles estavam região do forte. Enquanto isso, Callabar roubava as
travando uma luta contra a Espanha pela sua independência e propriedades. Vieram reforços do Rio Grande do Norte e de
a Holanda era responsável pelo comércio do açúcar nas Pernambuco. O capitão Francisco Peres Souto assumiu o
colônias portuguesas, o que lhes garantiam altos lucros. Dessa comando da fortaleza de Cabedelo.
forma, rivais dos espanhóis, os holandeses foram proibidos de Apenas em 15 de novembro chegou à Paraíba o Conde
aportarem em terras portuguesas, o que lhes trouxe grande Bagnuolo, para auxiliar os paraibanos. Como os paraibanos já
prejuízo. encontravam-se em situação irremediável, resolveram
Interessados em recuperar seus lucrativos negócios com entregar o Forte de Cabedelo e logo em seguida o Forte de
as colônias portuguesas, o governo e companhias privadas Santo Antônio.
holandesas formaram a Companhia das Índias Ocidentais, para O Conde de Bagnuolo foi para Pernambuco; Antônio de
invadir as colônias. Albuquerque e o resto da tropa, juntamente com o resto do
A primeira tentativa de invasão holandesa ocorreu em povo, tentou fundar o Arraial do Engenho Velho.
1624, em Salvador. O governador da Bahia, Diogo de Os holandeses chegaram com seus exércitos na Felipéia de
Mendonça Furtado, havia se preparado para o combate, porém Nossa Senhora das Neves em 1634, e a encontraram vazia.
com o atraso da esquadrilha holandesa, os brasileiros não mais Foram então à procura de Antônio de Albuquerque no
acreditavam na invasão quando foram pegos de surpresa. Engenho Velho, mas não o encontraram.
Durante o ataque o governador foi preso. Mas orientadas O comandante das tropas holandesas entendeu-se com
por Marcos Teixeira, as forças brasileiras mataram vários Duarte Gomes, que procurou a Antônio de Albuquerque, que
chefes batavos, enfraquecendo as tropas holandesas. Em maio prendeu-o e mandou-o para o Arraial do Bom Jesus. Depois, os
de 1625, eles foram expulsos da Bahia pela esquadra de D. holandeses mandaram libertar Duarte Gomes.
Fradique de Toledo Osório. No Engenho Espírito Santo, os nossos guerreiros venceram
Ao se retirarem de Salvador, os holandeses, comandados os invasores, que eram chefiados por André Vidal de
por Hendrikordoon, seguiram para Baía da Traição, onde Negreiros.
desembarcaram e se fortificaram. Tropas paraibanas, Os paraibanos continuavam com a ideia de querer expulsar
pernambucanas e índios se uniram a mando do governador os holandeses. Buscaram forças para isso: arranjaram homens
Antônio de Albuquerque e Francisco Carvalho para expulsar no Engenho São João e contaram com o apoio de André V. de
os holandeses. A derrota batava veio em agosto de 1625. Negreiros.
Após esse conflito ao holandeses seguiram para Quando os holandeses descobriram, também se
Pernambuco, onde o governador Matias de Albuquerque, prepararam para o combate. Os paraibanos reuniram-se em
objetivando deixá-los sem suprimentos, incendiou os Timbiri, e depois seguiram para o Engenho Santo André, onde
armazéns do porto e entrincheirou-se. foram atacados por Paulo Linge e sua tropa.
Na Paraíba, por terem ajudado os holandeses, os Após várias lutas, morreram oitenta holandeses e a
Potiguaras foram expulsos por Francisco Coelho. Paraíba perdeu o capitão Francisco Leitão.
Percebe-se nesse período a grande defesa da terra. Os combatentes, que estavam recolhidos no engenho Santo
Temendo novos ataques, a Fortaleza de Santa Catarina, em André, continuaram com as provocações aos holandeses,
Cabedelo, foi reconstruída e guarnecida e a sua frente, na tornando assim complicada a situação de Pernambuco.
margem oposta do Rio Paraíba, foi construído o Forte de Santo A fortaleza de Pernambuco estavam entregue aos
Antônio. prisioneiros soltos por Hautyn. Francisco Figueroa chegou
Aos cinco dias de dezembro de 1632, comandados por para governar a capitania por um determinado tempo. Em
Callenfels, 1600 batavos desembarcaram na Paraíba. Ocorreu 1655, chegou João Fernandes Vieira para assumir a Capitania
um tiroteio, os holandeses construíram uma trincheira em da Paraíba.
frente a fortaleza de Santa Catarina, mas foram derrotados Jerônimo de Albuquerque conquistou o Maranhão com a
com a chegada de 600 homens vindos de Felipéia de Nossa ajuda de seu filho Antônio de Albuquerque Maranhão. Em
Senhora das Neves a mando do governador. 1618, então este teve por herança o governo do Maranhão, que
Após esse acontecimento os brasileiros tentam construir teria a assessoria de duas pessoas escolhidas pelo povo.
uma trincheira em frente a fortaleza. Os holandeses tentam Antônio não gostou muito de seus auxiliares e os dispensou.
impedir, mas o forte resiste. Incapazes de vencer, os batavos Seguindo os assessores seu próprio caminho, Antônio de
se retiram para Pernambuco. Albuquerque abandonou o governo do Maranhão e casou-se
Os holandeses decidem atacar o Rio Grande do Norte, mas em Lisboa, tendo desse casamento dois filhos.
Matias de Albuquerque, 200 índios e 3 companhias paraibanas Antônio voltou ao Brasil em 1627, com a nomeação de
os impediram de desembarcar. Capitão-Mor da Paraíba.

Geografia da Paraíba 4
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

A Capitania da Paraíba na época da invasão holandesa Análise política, econômica e social da capitânia nos
séculos XVII e XVIII
Na época da invasão holandesa, a população era dividida
em dois grupos: os homens livres (holandeses, portugueses e Análise Política
brasileiros) e os escravos (de procedência brasileira ou
africana). Na administração colonial do Brasil, foram configurados
Durante muito tempo de domínio holandês no Brasil, não três modalidades de estatutos políticos: o das capitanias
houve mistura de raças. hereditárias, o do governo geral e o do Vice-reino. Na Paraíba,
tivemos a criação da Capitania Real em 1574.
Política administrativa holandesa na Paraíba Em 1694, depois de mais de noventa anos de fundação,
esta capitania se tornou independente.
Por uma década, a capitania da Paraíba teve como Entretanto, passados mais de sessenta anos, a capitania da
administradores alguns governadores holandeses: Servais Paraíba foi anexada à de Pernambuco em 1º de janeiro de
Carpentier: Também governou o Rio Grande do Norte, e sua 1756.
residência oficial foi no Convento São Francisco. Houve prejuízo nesta fusão para a capitania paraibana,
além de prejudicar o Real Serviço, em virtude das
Ippo Elyssens: Foi um administrador violento e complicações de ordem General de Pernambuco, do
desonesto. Apoderou-se dos melhores engenhos da capitania. governador da Paraíba e do Rio Grande do Norte.
Elias Herckmans: Governador holandês importante, que Por isto, em 1797, o governador da capitania, Fernando
governou por cinco anos. Castilho dá um depoimento, descrevendo a situação da
Sebastian Von Hogoveen: Governaria no lugar de Elias H., Capitania Real da Paraíba à Rainha de Portugal. Em 11 de
mas morreu antes de assumir o cargo. janeiro de 1799, pela Carta Régia, a Capitania da Paraíba
Daniel Aberti: Substituto do anterior. separou-se da de Pernambuco.
Gisberk de With: Foi o melhor governador holandês, pois O interior da capitania foi devastado por bandeirantes, que
era honesto, trabalhador e humano. penetravam até o Piauí. Entretanto a conquista do Sertão foi
Paulo de Lince: Foi derrotado pelos "Libertadores da realizada pela família Oliveira Ledo.
Insurreição", e retirou-se para Cabedelo. Outro fato político foram as constantes invasões de
franceses a mando da própria coroa francesa.
Conquista para o Interior da Paraíba A invasão holandesa e a Guerra dos Mascates, em que a
Paraíba esteve sempre presente com heroísmo de seus filhos,
Através de entradas, Missões de Catequese e bandeiras, o tiveram a sua consequência política, uma vez que estimulou o
interior da Paraíba foi conquistado, principalmente após as sentimento nacionalista dos paraibanos.
invasões holandesas.
Os missionários pregavam o cristianismo nas suas Missões, Análise Econômica
alfabetizavam e ensinavam ofícios aos índios e construíam
colégios para os colonos. Eles encontraram um planalto com Na época colonial, a Paraíba ofereceu no aspecto
uma campina verde e um clima agradável. Um aldeamento de econômico um traço digno de registro. Entre os principais
índios cariris que se organizaram na região deram-lhe o nome produtos e fontes de riqueza, destacavam-se o pau-brasil, a
de Campina Grande. cana-de-açúcar, o algodão e o comércio de negros.
Entre os missionários, destacou-se o Padre Martim Nantes, O pau-brasil, proveniente da Ásia, era conhecido como
cuja missão deu origem à vila de Pilar. ibira-pitanga pelos índios. O seu valor como matéria prima de
As Missões de Catequese foram as primeiras formas de tinturaria foi atestado na Europa e na Ásia. Daí a sua
conquista do interior da Paraíba. Após elas foram executadas importância econômica.
bandeiras com a finalidade de capturar índios. Pernambuco e Paraíba figuravam entre os pontos do Brasil
O capitão-mor Teodósio de Oliveira Ledo foi o homem que onde a ibira-pitanga era mais encontrada.
comandou a primeira bandeira na Paraíba. Esta bandeira se A cana-de-açúcar, que foi a principal riqueza da Paraíba
deu através do Rio Paraíba e teve como destaque a fundação com os seus engenhos, veio do Cabo Verde. Foi plantada
de um povoado chamado Boqueirão. Esta primeira bandeira, inicialmente na Capitania de Ilhéus.
apesar de ter sido tumultuada, foi bem sucedida, uma vez que A cana não se aclimatou na Europa. Na idade média o
Teodósio aprisionou vários índios. Teodósio é tido como o açúcar era um produto raro de preço exorbitante. Figurava em
grande responsável pela colonização do interior da Paraíba. testamento no meio das joias.
Ele estabeleceu-se no interior e trouxe famílias e índios para Isto provou bem a importância do açúcar, de que resultou
povoá-lo. o desenvolvimento e progresso das colônias brasileiras. Na
Os passos de Teodósio foram seguidos pelo capitão-mor primeira década da fundação da Paraíba, já se encontravam
Luís Soares, que também se destacou por suas penetrações dez engenhos montados.
para o interior. Desde 1532 que entrava na capitania este produto
Um homem chamado Elias Herckman procurou minas e armazenado nos celeiros, na feitorias de Iguarassú. Os
chegou à Serra da Borborama. Sua atitude (a de procurar franceses já traficavam com o algodão. Entretanto a economia
minas) foi seguida por Manuel Rodrigues. do "ouro branco" só se desenvolveu no século XVIII. Aqui na
O fundador da Casa da Torre, Francisco Dias D’ávila, foi capitania o algodão teve uma suma importância na balança da
outro bandeirante que se destacou na colonização da Paraíba. economia.
Entre as várias tribos (caicós, icós, janduis, etc.) que se Na Paraíba o rebanho de gado vacum também teve
destacaram no conflito contra conquista do interior paraibano, importância econômica. Não foi ele somente utilizado como
os mais conhecidos são os sucurus, que habitavam Alagoas de fonte de subsistência entre nós. Entrou nos engenhos como
Monteiro. impulsionador das moendas.
Teve o gado a sua fase áurea durante a "idade do couro",
quando tudo se fazia com o couro com fins comerciais; móveis,
portas, baús, etc.

Geografia da Paraíba 5
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

O Tráfico de Escravos Revoluções Liberais: A passagem do século XVIII para o


XIX foi marcada pelo surgimento de ideias revolucionárias. No
No início da colonização, começaram a ser introduzidos no mundo surgia o estilo literário conhecido como
Brasil os escravos. A data é omissa, mas presume-se que Realismo/Naturalismo, que procurava descrever as classes
tenham vindo primeiro com Martim Afonso de Souza para a inferiores e mostrar os aspectos mais degradantes e cruéis da
Capitania da São Vicente. sociedade. Na Paraíba as ideias revolucionárias foram
Na Paraíba, o empreendimento do comércio de negros estimuladas pela maçonaria.
iniciou-se logo após o Decreto Real de 1559, da Regente O mundo todo se baseava no ponto de vista científico.
Catarina permitindo aos engenhos comprar cada um doze (12) Temos como exemplo o padre Manoel Arruda, que começou a
escravos. pesquisar a fauna e a flora nordestina.
O escravo era mercadoria cara. Seu valor médio oscilava Todas estas ideias liberais provocaram um surto
entre 20 e 30 libras esterlinas. revolucionário, no qual podemos citar as revoluções de 1817,
1824 e 1848, todas com tendências republicanas, federalistas
Análise Social: Igrejas e democráticas.

Duarte Coelho Pereira fundou uma nova Lusitânia, Revolução de 1817: Este movimento de caráter
composta apenas por nobres. Alguns nobres de Pernambuco republicano e separatista, surgiu na Província de Pernambuco
se refugiaram para a Paraíba, antes que ocorresse alguma e logo se espalhou pelas províncias de Alagoas, Paraíba, Rio
invasão holandesa. Ao chegarem, fizeram seus engenhos, onde Grande do Norte e Ceará.
viviam com muito luxo, desfrutando de tudo. Influenciados pela Revolução Francesa e polo exemplo de
Ocorre que nem toda a população vivia tão bem como a República norte-americano, os revoltosos queriam emancipar
nobreza, uma vez que haviam mulheres e moças analfabetas, o Brasil. Quando a revolta estourou os revoltosos instalaram
que só faziam os afazeres domésticos. um governo provisório republicano. Porém o Governo Geral
Havia também outras classes sociais, compostas por não perdeu tempo. Quatro meses depois os líderes da revolta
comerciantes e aventureiros, que enriqueciam rapidamente, foram condenados à morte e a revolução contida.
faziam parte da burguesia, querendo chegar a fazer parte da Como líderes da revolução podemos citar Domingos José
nobreza. da Silva (comerciante) e os paraibanos militares Peregrino de
Os integrantes da máquina administrativa constituíam Carvalho e Amaro Gomes.
outra classe. Eles eram considerados os homens bons, viviam
uniformizados. Revolução Praieira: Esta revolta durou apenas cinco
O fator mais importante para a sociedade foi a Igreja, meses e ocorreu na província de Pernambuco entre 1848/49.
devido à sua maneira de catequizar o povo. Ela foi influenciada pelo espírito de 1848 que dominava a
Europa. Esta revolta consiste não apenas em um movimento
As principais igrejas que acompanharam a Paraíba no de protesto contra a política Imperial, mas num movimento
tempo colonial foram: social que pretendia estabelecer reformas. Dentre outras
A matriz de Nossa Senhora das Neves; exigências feitas pelos revoltosos, podemos citar: a divisão dos
Igreja da Misericórdia; latifúndios; a liberdade de imprensa; democracia; fim da
Igreja das Mercês; importação de indústrias têxteis; fim do domínio português
Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos; sobre o comércio de Recife; fim da oligarquia política, entre
Capela de Nossa Senhora da Mãe dos Homens; outros.
Igreja do Bom Jesus dos Martírios. Os revoltosos eram os liberais adversativos dos
conservadores (grandes latifundiários e comerciantes
Revoltas em que a PB Participou portugueses). O principal jornal liberal em Recife tinha sua
localização na Rua da Praia. Por causa disto, os liberais ficaram
Guerra dos Mascates conhecidos como praieiros.
A revolução iniciou-se com choques entre os liberais e
A Guerra dos Mascates foi uma guerra civil, ocorrida em conservadores de Olinda, ao sétimo dia do mês de novembro
Pernambuco, no século XVIII, mais propriamente em Olinda, de 1848. Em 1849 os revoltosos atacaram Recife, mas
sede do governo pernambucano na época. fracassaram. Depois de ter sido derrotado pelas tropas do
Ocorreu que houve indignação contra a elevação de Recife Brigadeiro Coelho, em Pernambuco, Borges da Fonseca
à categoria de vila, a pedido da população de Recife, composta continuou a lutar na Paraíba. Outros líderes foram torturados
por comerciantes portugueses chamados Mascates que ou assassinados. Este foi o último movimento revolucionário
aspiravam por uma maior autonomia. Nesta época a economia do Império.
nordestina entrava em declínio, pois os preços do açúcar
estavam baixando no mercado mundial e haviam descoberto Confederação do Equador: Esta revolta surgiu com a
as Minas Gerais. atitude autoritária de D. Pedro I, o qual dissolveu a Assembleia
Muitos senhores de engenho deviam dinheiro aos Constituinte. Esta situação agravou-se quando D. Pedro I quis
mascates. Em 1707 o povoado de Recife foi elevado a vila, o substituir Manoel Pais de Andrade, governador da província,
que provocou revolta em Olinda. Alguns olindenses ocuparam ex-revolucionário, que gozava de grande popularidade entre
Recife e elegeram um novo governador a seu favor; Olinda os pernambucanos, por uma apadrinhado seu (Francisco Reis
ocupou Recife por três meses. Barreto). Desta forma, as câmaras municipais de Olinda e
João da Mata, um mascate, adquiriu o apoio do governador Recife se declararam contrárias ao governo de Barreto.
da Paraíba, João da Maia Gama, para desforrar-se dos senhores Em 2 de julho de 1824, Pais de Andrade se empenhou na
de engenho. Desta forma os mascates aprisionaram o revolta, pedindo apoio às outras províncias nordestinas. Seu
governador pernambucano. Após este fato entrou um novo objetivo era reunir as províncias do Nordeste em uma
governador no poder (Félix José Machado de Mendonça), que república, denominada de Confederação do Equador.
a princípio foi imparcial, mas que em seguida ficou ao lado dos Foram mandados emissários às províncias da Paraíba, Rio
mascates, os quais saíram vencedores desse conflito. Grande do Norte e Ceará. Porém a repressão sobre esta revolta
foi intensa. D. Pedro I enviou navios de guerra para derrotá-la.

Geografia da Paraíba 6
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Após a derrota das tropas republicanas de Pernambuco, as Pedro Moreno Godim (1958-1960 e depois 1961-1966);
outras províncias se enfraqueceram e foram derrotadas. João Agripino Filho (1966-1971);
Seus líderes foram todos executados, entre eles Frei Ernani Sátyro (1971-1975);
Caneca, que morreu fuzilado, pois ninguém tinha coragem de Ivan Bichara Sobreira (1975-1979);
enforcá-lo. Dorgival Terceiro Neto (1979);
Tarcísio Burity (1979-1982);
Revolta dos Quebra-Quilos: Ocorrida em 1874, ficou Clóvis Bezerra (1982-1983);
assim conhecida pela modificação que provocou no sistema de Wilson Braga (1983-1986);
pesos e medidas, fato este que provocou uma grande Riveldo Bezerra Cavalcante (1986);
revolução na Paraíba. Esta revolta causou muitas prisões, Milton Cabral (1986-1987);
inclusive a do padre de Campina Grande (Calisto Correia Tarcísio Burity (1987-1991);
Nóbrega). Ronaldo Cunha Lima (1991-1994);
Cícero Lucena (1994-1995);
Ronco da Abelha: A revolta do ronco da abelha se deu nos Antônio Mariz (1995);
sertões de Pernambuco, Alagoas, Ceará e Paraíba, em 1851, José Maranhão (1995 - ....).
com o intuito de fazer o controle sobre os trabalhadores, visto
que, com a queda do tráfego negreiro, os homens livres foram Sítios Arqueológicos da PB
trabalhar.
Em se tratando de arqueologia, a Paraíba possui um
Princesa Isabel: Frente de oposição ao presidente João potencial invejável.
Pessoa, na cidade de Princesa Isabel, Paraíba teve como líder No município de Ingá, encontra-se o sítio arqueológico
José Pereira, que possuía amizades influentes no Estado. mais visitado do Estado, conhecido como Pedra do Ingá, onde
estão gravadas, na dura rocha, no leito de um rio, dezenas e
Coluna Prestes: Foi um movimento iniciado por alguns dezenas de inscrições rupestres, formando fantásticos painéis
políticos que estavam descontentes com o governo do com mensagens até hoje não decifradas.
presidente do Rio Grande do Sul, e velhos participantes da Embora ainda fazendo parte do desconhecido, os achados
Revolta Federalista de 1893. da Pedra do Ingá estão já há bastante tempo catalogados por
Seus principais líderes foram: Luís Carlos Prestes, Miguel notáveis arqueólogos como um dos mais importantes
Costa e Juarez Távola. documentos líticos, motivando permanente e incessantes
Os integrantes da Coluna, apesar de todas as dificuldades, pesquisas, que buscam informações mais nítidas sobre a vida
conseguiram romper as barreiras do sul. e os costumes de civilizações passadas.
Ao final, a Coluna se retirou para a Bolívia, o Paraguai e a Seriam as itacoatiaras do Ingá manifestações dos deuses?
Argentina. O que estes antepassados quiseram transmitir, com suas
inscrições sincronizadas, esculpidas na rocha? As respostas
Revolução de 30: Representou o acontecimento mais vêm sendo tentadas por arqueólogos, antropólogos,
importante em toda a história da Paraíba. A liderança da astrônomos e ufólogos, que chegam de várias partes do
Paraíba foi para frente a partir do memento em que João mundo, interessados em desvendar esses mistérios.
Pessoa recusou aceitar a candidatura de Júlio Prestes à O destaque do Sítio Arqueológico são três painéis de
presidência da república. riquíssima arte rupestre. Existem sulcos e pontos capsulares
Tudo piorou com o levante de Princesa, que contou com o sequenciados, ordenados, que lembram constelações,
apoio de todos os coronéis do açúcar e do algodão, entre serpentes, fetos e variados animais, todas parecendo o modo
outros fatores que contribuíram para o agravamento da que os indígenas ou os visitantes de outras latitudes tinham
situação. para anunciar ideias ou registrar fatos e lendas. O bloco
Logo após esse acontecimento, veio a morte do presidente principal, de 24 metros de comprimento por cerca de 4 metros
da Paraíba, João Pessoa. A revolução se espalhou por diversos de altura, divide o rio Ingá de Bacamerte em dois, durante o
lugares (Nordeste do Maranhão à Bahia). inverno. No verão, o rio corre por trás das inscrições.
No sítio arqueológico de Ingá surgiu um Museu de História
Governadores da PB após a revolução de 1930 Natural, que acolhe cerca de duas dezenas de fósseis de
animais que aí viveram, retirados do sítio Maringá e em
Após a Revolução de 30, explicada anteriormente, o Estado Riachão do Bacamarte.
da Paraíba teve os seguintes governadores: O sítio arqueológico de Ingá é ainda uma reserva ecológica
da biosfera da caatinga, onde encontram-se diversas espécies
Álvaro Pereira de Carvalho (ficou no poder até 4 de de árvores, entre elas uma velha baraúna, com mais de 100
outubro de 1930); anos de vida. Curiosamente, a ingazeira, espécie de árvore que
José Américo de Almeida (04/10/1931-09/10/1930); inspirou o nome da cidade, desapareceu a mais de 40 anos. A
Antenor de França Navarro (10/11/1930-1931); prefeitura de Ingá está trazendo da cidade de Areia várias
Gratuliano da Costa Brito (1932); mudas de ingazeira, a fim de restaurar um pouco da história
José Marquês da Silva Mariz (1934); local.
Argemiro de Figueiredo (1935); No alto sertão, mais propriamente no município de Sousa,
Ruy Carneiro (1940-1945); encontra-se o Vale dos Dinossauros, uma vasta área onde estão
Samuel Duarte (1945); registradas inúmeras pegadas fossilizadas de animais pré-
Severino Montenegro (1945-1946); históricos, transformadas em rochas pela ação do tempo.
Odon Bezerra Cavalcanti (1946);
José Gomes da Silva (1946-1947); Referências Bibliográfica:
Oswaldo Trigueiro (1947-1950);
José Targino (1950-1951); LIRA, Leandro de Lima. História da Paraíba. Disponível em:
http://www.pm.pb.gov.br/arquivos/Historia_da_Paraiba.pdf.
José Américo de Almeida (1951-1953, 1954-1956);
João Fernandes de Lima (1953-1954);
Flávio Ribeiro Coutinho (1956-1958);
José Fernandes de Lima (1960-1961);

Geografia da Paraíba 7
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Questões A inimizade surgiu pela ação de mamelucos, mestiços que


andavam resgatando peças cativas e amealhando outras
01. (PC/PB – Agente de Investigação e Polícia – CESPE) mercadorias, roubando-as com violência e enganos. Em 1574,
Na Paraíba, a ação dos preadores havia motivado o rapto de uma cunhã do sertão serviu de pretexto para o início
desentendimentos com os tupinambás, lá chamados de das hostilidades entre os colonos portugueses e os habitantes
potiguaras, comedores de camarão. A resistência das da Paraíba. Nessa ocasião, dois engenhos foram assaltados e
comunidades formadas por esses indígenas, aliada às queimados e um dos donos ali foi morto. Nos 25 anos
peculiaridades da navegação naquelas costas, cujo regime de seguintes, várias outras tentativas de colonização foram
ventos e correntes dificultava a viagem de retorno e as patrocinadas pelas autoridades portuguesas e pelos colonos
comunicações com Pernambuco, fez com que a guerra pela mais ricos da capitania de Pernambuco. Todas foram repelidas
conquista da Paraíba se prolongasse durante mais de 25 anos. pelos nativos com auxílio francês.
A inimizade surgiu pela ação de mamelucos, mestiços que Em 1580, um abastado colono pernambucano, Frutuoso
andavam resgatando peças cativas e amealhando outras Barbosa, ofereceu-se para conquistar esses territórios em
mercadorias, roubando-as com violência e enganos. Em 1574, troca de privilégios - terras e gentio. Ao chegar à boca da barra
o rapto de uma cunhã do sertão serviu de pretexto para o início do Paraíba, ele encontrou 7 naus francesas, queimou 5 e matou
das hostilidades entre os colonos portugueses e os habitantes alguns marinheiros. Sob ataque cerrado dos nativos e dos
da Paraíba. Nessa ocasião, dois engenhos foram assaltados e franceses, recuou para Pernambuco. Na segunda investida,
queimados e um dos donos ali foi morto. Nos 25 anos Frutuoso limitou-se a queimar navios franceses. Em 1583,
seguintes, várias outras tentativas de colonização foram deixou Pernambuco nova expedição destinada a conquistar a
patrocinadas pelas autoridades portuguesas e pelos colonos Paraíba.
mais ricos da capitania de Pernambuco. Todas foram repelidas Depois de queimar navios e espantar os potiguaras,
pelos nativos com auxílio francês. fundaram uma fortaleza e um povoado nas imediações da
Em 1580, um abastado colono pernambucano, Frutuoso barra do rio Paraíba. Na medida em que os portugueses se
Barbosa, ofereceu-se para conquistar esses territórios em assenhoreavam do litoral da Paraíba, os franceses passaram a
troca de privilégios - terras e gentio. Ao chegar à boca da barra fortificar-se na baía da Traição. Em 1586, a guarnição de
do Paraíba, ele encontrou 7 naus francesas, queimou 5 e matou soldados portugueses e espanhóis bateu em retirada. Nova
alguns marinheiros. Sob ataque cerrado dos nativos e dos expedição vinda de Pernambuco, em 1586, conseguiu
franceses, recuou para Pernambuco. Na segunda investida, desalojar os franceses da baía da Traição, mas não conseguiu
Frutuoso limitou-se a queimar navios franceses. Em 1583, dobrar a resistência dos potiguaras. Os franceses rumaram
deixou Pernambuco nova expedição destinada a conquistar a para o Rio Grande.
Paraíba. Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil:
Depois de queimar navios e espantar os potiguaras, uma interpretação. São Paulo: SENAC, 2008, p. 97-100 (com
fundaram uma fortaleza e um povoado nas imediações da adaptações).
barra do rio Paraíba. Na medida em que os portugueses se Segundo o texto, além das dificuldades inerentes à
assenhoreavam do litoral da Paraíba, os franceses passaram a navegação na área, os problemas vividos pelos portugueses e
fortificar-se na baía da Traição. Em 1586, a guarnição de colonos de Pernambuco, nas tentativas de conquista da
soldados portugueses e espanhóis bateu em retirada. Nova Paraíba, explicam-se, entre outros fatores, pela
expedição vinda de Pernambuco, em 1586, conseguiu (A) reação dos índios locais aos luso-brasileiros que
desalojar os franceses da baía da Traição, mas não conseguiu queriam aprisioná-los e escravizá-los.
dobrar a resistência dos potiguaras. Os franceses rumaram (B) recusa da Coroa portuguesa em auxiliá-los na difícil
para o Rio Grande. empreitada.
Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: (C) imensa distância marítima que teriam de vencer para
uma interpretação. São Paulo: SENAC, 2008, p. 97-100 (com alcançar a região.
adaptações). (D) impossibilidade de comunicação verbal com os
Quanto ao processo de conquista do território paraibano, indígenas locais.
ainda no primeiro século da colonização portuguesa no Brasil, (E) diversidade étnica e cultural a ser enfrentada no
assinale a opção incorreta. território paraibano.
(A) A reação dos potiguaras mostrou-se vigorosa e, não
raro, contou com ajuda de outros europeus. Respostas
(B) A conquista foi rápida, tal como se estendeu o processo
de ocupação da área. 01. E/ 02. A
(C) Ações dos luso-brasileiros, com roubos, engodos e
preações, motivaram a hostilidade dos potiguaras.
(D) Pernambuco constituiu-se em área nuclear da
2. Geografia física: relevo,
conquista do litoral nordestino, inclusive da Paraíba.
(E) A agroindústria açucareira garantiu a colonização do clima, vegetação, hidrografia
Nordeste.

02. (PC/PB – Agente de Investigação e Polícia – CESPE) Geografia física: relevo, clima, vegetação, hidrografia2
Na Paraíba, a ação dos preadores havia motivado
desentendimentos com os tupinambás, lá chamados de Relevo
potiguaras, comedores de camarão. A resistência das
comunidades formadas por esses indígenas, aliada às A maior parte do território paraibano é constituída por
peculiaridades da navegação naquelas costas, cujo regime de rochas resistentes, e bastantes antigas, que remontam a era
ventos e correntes dificultava a viagem de retorno e as pré-cambriana com mais de 2,5 bilhões de anos.
comunicações com Pernambuco, fez com que a guerra pela Elas formam um complexo cristalino que favorecem a
conquista da Paraíba se prolongasse durante mais de 25 anos. ocorrência de minerais metálicos, não metálicos e gemas. Os

2 Disponível em: https://www.algosobre.com.br/geografia/geografia-da-

paraiba-aspectos-naturais-relevo-clima-hidrografia-vegetacao.html.

Geografia da Paraíba 8
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

sítios arqueológicos e paleontológicos, também resultam da o clima tropical úmido, com chuvas de outono-inverno e
idade geológica desses terrenos. estação seca durante o verão.
No litoral temos a Planície Litorânea que é formada pelas As chuvas no litoral atingem índices de 1.700 mm anuais e
praias e terras arenosas. temperaturas na casa dos 24° C. Seguindo para o interior as
Na região da mata, temos os tabuleiros que são formados chuvas diminuem (800 mm - encosta leste da Borborema),
por acúmulos de terras que descem de lugares altos. voltando a aumentar o índice pluviométrico no topo do
No Agreste, temos algumas depressões que ficam entre os planalto para 1.400 mm.
tabuleiros e o Planalto da Borborema, onde apresenta muitas Dominando o planalto da Borborema, exceto a encosta
serras, como a Serra de Teixeira, etc. leste, está o clima semiárido quente; o índice pluviométrico
No sertão, temos uma depressão sertaneja que se estende nesta região pode ser considerado baixo chegando a 500-600
do município de Patos até após a Serra da Viração. mm anuais.
O menor índice pluviométrico anual do Brasil é registrado
Planalto da Borborema no município de Cabaceiras, 279 mm.
Uma terceira tipologia climática ocorre a oeste do Estado,
O Planalto da Borborema é o mais marcante do relevo do no planalto do rio Piranhas é o Clima tropical úmido
Nordeste. Na Paraíba ele tem um papel fundamental no caracterizado por apresentar chuvas de verão e inverno seco,
conjunto do relevo, rede hidrográfica e nos climas. As serras e as temperaturas médias anuais são elevadas, marcando 26° C.
chapadas atingem altitudes que variam de 300 a 800 metros O índice pluviométrico é de 600 a 800 mm/ano. A leste da
de altitude. Borborema as chuvas são irregulares, o que resulta em secas
A Serra de Teixeira é uma das mais conhecidas, com uma prolongadas.
altitude média de 700 metros, onde se encontra o ponto
culminante da Paraíba, a saliência do Pico do Jabre, que tem Vegetação
uma altitude de 1.197 metros acima do nível do mar, e fica
localizado no município de Matureia. A vegetação litorânea do estado da Paraíba apresenta,
O Planalto da Borborema, também conhecido como Serra matas, manguezais e cerrados, que recebem a denominação de
das Ruças, e denominado antigamente como Serra da Copaoba, "tabuleiro", formado por gramíneias e arbustos tortuosos,
é uma região montanhosa brasileira no interior do Nordeste. predominantemente representados, entre outras espécies por
Situa-se nos estados da Paraíba, de Pernambuco, do Rio batiputás e mangabeiras.
Grande do Norte e de Alagoas. Formadas por floresta Atlântica, as matas registram a
Seu rebordo oriental, escarpado, domina a baixada presença de árvores altas, sempre verdes, como a peroba e a
litorânea com um desnível de 300 m, o que lhe confere ao topo sucupira.
uma altitude de 500 m. Para o interior, o planalto ainda se Localizados nos estuários, os manguezais apresentam
alteia mais e alcança média de 800 m em seu centro, donde árvores com raízes de suporte, adaptadas à sobrevivência
passa a baixar até atingir 600 m junto ao rebordo ocidental. neste tipo de ambiente natural.
Diferem consideravelmente as topografias da porção oriental A vegetação nativa do planalto da Borborema e do Sertão
e da porção ocidental. caracteriza-se pela presença da caatinga, devido ao clima
A leste, erguem-se sobre a superfície do planalto cristas de quente e seco característico da região.
leste para oeste, separadas por vales, que configuram parcos A caatinga pode ser do tipo arbóreo, com espécies como a
relevos de 300 m. Aproximadamente no centro-sul do planalto baraúna, ou arbustivo representado, entre outras espécies
eleva-se o maciço dômico de Garanhuns, que supera a altitude pelo xique-xique e o mandacaru.
de 1.000 m.
Com altitude média de 400 metros, podendo chegar a mais Hidrografia
de 1.000 metros (como é o caso do Pico do Jabre, de 1.197 m e
do Pico do Papagaio, de 1.260 m) em seus pontos extremos Na hidrografia da Paraíba, os rios fazem parte de dois
(serras), o planalto está encrustado no agreste do Nordeste setores, Rios Litorâneos e Rios Sertanejos.
Oriental, espalhando-se de norte a sul e tendo como fronteira
natural as planícies do litoral (região úmida) e a depressão Rios Litorâneos
sertaneja (região semiárida). Constitui uma área de transição
entre a mata atlântica e a caatinga, possuindo vegetação São rios que nascem na Serra da Borborema e vão em
variada que vai desde a caatinga propriamente dita até busca do litoral paraibano, para desaguar no Oceano Atlântico.
resquícios de mata atlântica (matas de brejo) nos pontos mais Entre estes tipos de rios podemos destacar: o Rio Paraíba,
altos das serras, como ocorre na Unidade de Conservação que nasce no alto da Serra de Jabitacá, no município de
Estadual Mata de Goiamunduba, na Paraíba. Monteiro, com uma extensão de 360 km de curso d'água e o
Com amplitude térmica acentuada, que vai dos 35º C maior rio do estado.
durante o dia e 18º C/20º C à noite, chegando a cair, no Também podemos destacar outros rios, como o Rio
inverno, para 20º C/25º C dia e 8º C/12º C noite, vem se Curimataú e o Rio Mamanguape.
constituindo em uma região de forte atração turística,
principalmente para os habitantes da área litorânea. O Rios Sertanejos
ecoturismo também vem pouco a pouco se desenvolvendo,
como é o que vem ocorrendo no Parque Estadual Pedra da Rio Mamanguape
Boca, recentemente criado.
No Planalto da Borborema localizam-se importantes São rios que vão em direção ao norte em busca de terras
cidades, como Campina Grande (Paraíba), Caruaru e baixas e desaguando no litoral do Rio Grande do Norte.
Garanhuns (Pernambuco) e Arapiraca (Alagoas). O rio mais importante deste grupo é o Rio Piranhas, que
nasce na Serra de Bongá, perto da divisa com o estado do
Clima Ceará. Esse rio é muito importante para Sertão da Paraíba, pois
através desse rio é feita a irrigação de grandes extensões de
O clima nesta região varia de acordo com o relevo. Na terras no sertão. Tem ainda outros rios, como o Rio do Peixe,
Baixada Litorânea e na encosta leste da Borborema predomina Rio Piancó e o Rio Espinhara, todos afluentes do Rio Piranhas.
Os rios da Paraíba estão inseridos na Bacia do Atlântico

Geografia da Paraíba 9
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Nordeste Oriental e apenas os rios que nascem na Serra da submetido ao poder das oligarquias. Em 1930, a Paraíba teve
Borborema e na Planície Litorânea são perenes. Os outros rios importante papel na Revolução que levou Getúlio Vargas ao
são temporários e correm em direção ao norte, desaguando no poder nacional.
litoral do Rio Grande do Norte. Relativamente à vegetação do estado da Paraíba, a caatinga
(A) é caracterizada pelos manguezais.
Questões (B) caracteriza-se pelo clima temperado.
(C) predomina na paisagem litorânea.
01. (PC/PB – Perícia – CESPE) A Paraíba está situada na (D) situa-se na maior parte do território.
porção leste da região Nordeste. Seu território abriga o ponto (E) é deserta, com densidade populacional próxima a zero.
extremo leste da América do Sul. Seu relevo comporta planície,
planalto e depressões. Com 1.197 metros de altitude, o pico do 03. (PC/PB – Perícia – CESPE) A Paraíba está situada na
Jabre, na serra do Teixeira, é o ponto mais elevado do território porção leste da região Nordeste. Seu território abriga o ponto
do estado. Quanto à vegetação, veem-se mangues, pequena extremo leste da América do Sul. Seu relevo comporta planície,
área de floresta tropical e caatinga. O clima comporta, planalto e depressões. Com 1.197 metros de altitude, o pico do
basicamente, dois tipos: tropical e semiárido. Entre suas Jabre, na serra do Teixeira, é o ponto mais elevado do território
principais cidades, estão a capital João Pessoa, Campina do estado. Quanto à vegetação, veem-se mangues, pequena
Grande, Santa Rita, Patos, Bayeux, Sousa, Guarabira, área de floresta tropical e caatinga. O clima comporta,
Cajazeiras, Sapé e Cabedelo. basicamente, dois tipos: tropical e semiárido. Entre suas
A ocupação e a colonização da Paraíba tiveram início no principais cidades, estão a capital João Pessoa, Campina
mesmo século em que começou a colonização do Brasil. A Grande, Santa Rita, Patos, Bayeux, Sousa, Guarabira,
fundação da Vila de Felipéia de Nossa Senhora das Neves Cajazeiras, Sapé e Cabedelo.
ocorreu em 1585. A cana-de-açúcar esteve na origem da A ocupação e a colonização da Paraíba tiveram início no
colonização do território paraibano, vinda de Pernambuco. O mesmo século em que começou a colonização do Brasil. A
desenvolvimento da economia açucareira atraiu a atenção de fundação da Vila de Felipéia de Nossa Senhora das Neves
outros europeus que tentaram se fixar na região. Na mesma ocorreu em 1585. A cana-de-açúcar esteve na origem da
época, na região em torno da atual Campina Grande, colonização do território paraibano, vinda de Pernambuco. O
desenvolvia- se a pecuária. No século XIX, a Paraíba envolveu- desenvolvimento da economia açucareira atraiu a atenção de
se nas lutas pela independência do Brasil. Em 1874, uma outros europeus que tentaram se fixar na região. Na mesma
revolta, verdadeira insurreição popular contra a pobreza, a época, na região em torno da atual Campina Grande,
fome, os impostos elevados e o descaso pela população desenvolvia- se a pecuária. No século XIX, a Paraíba envolveu-
sertaneja, sacudiu a província. Na Primeira República (1889- se nas lutas pela independência do Brasil. Em 1874, uma
1930), a economia manteve-se atrelada a uma agricultura revolta, verdadeira insurreição popular contra a pobreza, a
estagnada e, sob o ponto de vista político, o Estado continuou fome, os impostos elevados e o descaso pela população
submetido ao poder das oligarquias. Em 1930, a Paraíba teve sertaneja, sacudiu a província. Na Primeira República (1889-
importante papel na Revolução que levou Getúlio Vargas ao 1930), a economia manteve-se atrelada a uma agricultura
poder nacional. estagnada e, sob o ponto de vista político, o Estado continuou
Quanto ao relevo paraibano, a área em que predomina a submetido ao poder das oligarquias. Em 1930, a Paraíba teve
planície situa-se no importante papel na Revolução que levou Getúlio Vargas ao
(A) semiárido. poder nacional.
(B) centro do estado. Situada em território paraibano, a ponta do Seixas é
(C) agreste. (A) o limite geográfico ocidental do continente sul-
(D) litoral. americano.
(E) maciço do espinhaço. (B) o acidente geográfico mais elevado do estado.
(C) a delimitação entre as áreas territoriais de João Pessoa
02. (PC/PB – Perícia – CESPE) A Paraíba está situada na e Bayeux.
porção leste da região Nordeste. Seu território abriga o ponto (D) a fronteira entre a Paraíba e o Rio Grande do Norte.
extremo leste da América do Sul. Seu relevo comporta planície, (E) o ponto extremo oriental da América do Sul.
planalto e depressões. Com 1.197 metros de altitude, o pico do
Jabre, na serra do Teixeira, é o ponto mais elevado do território 04. (PC/PB – Agente – CESPE) O planalto da Borborema
do estado. Quanto à vegetação, veem-se mangues, pequena fica na parte leste da região Nordeste, de Alagoas ao Rio
área de floresta tropical e caatinga. O clima comporta, Grande do Norte, e é mais extenso na Paraíba e em
basicamente, dois tipos: tropical e semiárido. Entre suas Pernambuco. Ele serve de barreira para os ventos úmidos
principais cidades, estão a capital João Pessoa, Campina vindos do oceano, o que permite a ocorrência de chuvas nas
Grande, Santa Rita, Patos, Bayeux, Sousa, Guarabira, encostas leste. A Depressão Sertaneja São Francisco estende se
Cajazeiras, Sapé e Cabedelo. por todos os estados nordestinos, exceto o Maranhão e o Piauí.
A ocupação e a colonização da Paraíba tiveram início no O grande problema do sertão nordestino não é a falta de
mesmo século em que começou a colonização do Brasil. A chuvas, mas a sua irregularidade. Praticamente, elas só
fundação da Vila de Felipéia de Nossa Senhora das Neves ocorrem de dezembro a abril.
ocorreu em 1585. A cana-de-açúcar esteve na origem da O Agreste foi povoado principalmente a partir do século
colonização do território paraibano, vinda de Pernambuco. O XVIII, bem depois da Zona da Mata e do Sertão. Muitas cidades
desenvolvimento da economia açucareira atraiu a atenção de que aí surgiram eram locais de feiras de compra e venda de
outros europeus que tentaram se fixar na região. Na mesma gado.
época, na região em torno da atual Campina Grande, A expansão ferroviária explica o crescimento de muitas
desenvolvia- se a pecuária. No século XIX, a Paraíba envolveu- cidades que eram pontos de partida ou de parada dos trens,
se nas lutas pela independência do Brasil. Em 1874, uma como Quixeramobim, Sobral, Campina Grande e Caruaru. O
revolta, verdadeira insurreição popular contra a pobreza, a processo de modernização da economia brasileira, no século
fome, os impostos elevados e o descaso pela população XX, repercutiu no Nordeste, Paraíba incluída. A partir da
sertaneja, sacudiu a província. Na Primeira República (1889- criação da SUDENE, em 1959, investimentos foram
1930), a economia manteve-se atrelada a uma agricultura direcionados, entre outras atividades, para a criação de
estagnada e, sob o ponto de vista político, o Estado continuou distritos industriais, a exemplo do Centro Industrial de Aratu,

Geografia da Paraíba 10
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

na Bahia; dos distritos industriais de Cabo, Jaboatão e Paulista, Extrativismo: lenha (855.574 m³), castanha de caju (372
em Pernambuco; do de Gramame, na Paraíba. t) (2000).
Toda a produção nacional de algodão arbóreo é obtida no
Nordeste. A principal área de produção situa-se no Sertão do Pecuária: aves (7.267.094), bovinos (952.779), caprinos
Ceará, da Paraíba, de Pernambuco e do Piauí. A Bahia é o maior (526.179), ovinos (343.844), suínos (123.827) (2000).
produtor de algodão herbáceo, seguida por Ceará, Paraíba e
Rio Grande do Norte. Mineração: pedra britada (1.151.694 m³), granito
O Agreste, cuja economia se baseia nas atividades ornamental (539.378 m³), bentonita (149.587 t), titânio
agropecuárias, apresenta áreas com alta densidade (95.812 t), zircônio (18.124 t) (2000).
demográfica e importantes centros urbanos, entre os quais se
destacam Campina Grande, na Paraíba, Caruaru e Garanhuns, Indústria: alimentícia, de açúcar e álcool, de calçados
em Pernambuco, que desempenham função de centros (2000).
regionais.
Em relação ao clima da região em que a Paraíba está Exportação (US$ 105,3 milhões): tecidos de algodão
inserida, assinale a opção incorreta. (31%), calçados (25%), peixes e crustáceos (17%), açúcar e
(A) O termo inverno é comumente utilizado pelos álcool (11%), sisal (8%).
sertanejos para denominar o período de chuva.
(B) Segundo o texto, na Paraíba, a principal questão Importação (US$ 90,2 milhões): máquinas têxteis (22%),
pluviométrica é a própria escassez de chuvas. cereais (10%), outras máquinas e motores (8%), algodão
(C) No Sertão, o clima é semiárido e o solo, não muito (7%), couro e pele (5%) (2001).
permeável, dificulta a penetração da água das chuvas.
(D) A ação do planalto da Borborema retira grande parte Em suma, a economia se baseia na agricultura
da umidade dos ventos vindos do oceano. (principalmente de cana-de-açúcar, abacaxi, mandioca, milho
(E) Ausência de chuva implica perdas na lavoura e na e feijão), na indústria (alimentícia, têxtil, sucroalcooleira), na
pecuária; em excesso, transborda rios e provoca inundações. pecuária (de modo mais relevante, caprinos, na região do
Cariri) e no turismo.
Respostas
O transporte marítimo é fundamental à economia
01. D/02. D/03. E/04. B paraibana. As exportações e importações são operadas
principalmente através do Porto de Cabedelo.

3. Geografia humana: Aspectos Econômicos


aspectos econômicos, sociais e
Sob o ponto de vista econômico, considerando a P.E.A.
culturais (população economicamente ativa) correspondente aos
setores econômicos, percebe-se que está ocorrendo uma
redução no número de pessoas ocupando o setor primário
Geografia humana: aspectos econômicos, sociais e paraibano, o que confirma a saída da população do campo.
culturais Enquanto isso, nas cidades, o setor terciário está sofrendo
aumento gradativo, ao receber a população proveniente do
Aspectos Econômicos da Paraíba3 setor primário.
A debilidade da indústria no Estado mostrou uma redução
Alguns produtos merecem destaque no contexto de sua nos percentuais da população pertencente ao setor secundário
economia: o algodão, o sisal e o abacaxi. A pecuária também entre as décadas de 70 e 80.
tem importância e as principais criações são de bovinos, A indústria, em 1995, teve uma crescimento de 7,7% e sua
suínos, ovinos e equinos. produção de 2,6%, que por pouco não se nivelou ao
No setor industrial salientam o alimentício, metalúrgicas, e crescimento líquido demográfico.
o têxtil, das indústrias voltadas aos produtos da cana-de- Apesar da população paraibana continuar participando
açúcar. cada vez menos do setor primário, este ainda representa a
Destaca-se a mineração (calcário, caulim, bentonita, base da economia do Estado. Os principais produtos agrícolas
columbita, tantalita), agricultura (abacaxi, cana-de-açúcar, paraibanos são:
sisal, algodão, mandioca, tomate, manga, coco-da-baía, milho,
feijão) e pecuária (bovinos, suínos, caprinos, ovinos e aves). Abacaxi: Sobre o qual a Paraíba se destaca como o maior
O setor industrial responde por 16,3% do PIB estadual, de produtor, tendo grande importância para a exportação. O
acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). abacaxi é cultivado em Sapé, Mari e Mamanguape.
Um dos principais polos encontra-se em Campina Grande, Sisal: Nos anos 50 e 60 foi o principal produto agrícola
onde estão sediadas companhias ligadas aos setores de paraibano. Posteriormente passou a ocupar o terceiro lugar na
metalurgia e confecções. A estratégia de oferecer incentivos exportação estadual.
fiscais a empresas dispostas a se estabelecer no Estado Cana-de-açúcar: Possui grande importância econômica,
apresenta resultados modestos. pois dela se fabrica o álcool usado como combustível. As
Entre 1995 e 1999, 14 empresas de cerâmica, cimento, principais áreas de cultivo são os vales, os tabuleiros e o litoral.
alimentos e têxtil instalaram-se na Paraíba e geraram 8 mil Algodão: Na região sertaneja, ocupa lugar de destaque.
empregos. Essa cultura já representou o principal produto agrícola
paraibano.
Agricultura: cana-de-açúcar (4.759.682 t), banana Mandioca, milho e feijão: São culturas de subsistência.
(298.132 t), mandioca (234.410 t), milho (121.381 t), feijão
(78.052 t), sisal (4.747 t), abacaxi (269.778.000 frutos), coco-
da-baía (73.767.000 frutos) (prelim. maio/2002).

3 Disponível em: https://www.algosobre.com.br/geografia/aspectos-

economicos-da-paraiba.html.

Geografia da Paraíba 11
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Na produção animal, destacamos os rebanhos: Gonçalves, de São Bento (antigo Convento), do Carmo, com o
Palácio Arquidiocesano, e a Catedral Metropolitana.
Bovino: Sua produção se destina basicamente a A Micaroa foi uma folia carnavalesca fora de época que
alimentação local. Localiza-se mais intensamente no Agreste e agitava numerosos foliões no mês de Janeiro, nas praias de
no Sertão. Cabo Branco e Tambaú na cidade de João Pessoa. Em 2005, a
Suíno: Com a melhoria das técnicas de criação, o rebanho festa foi extinta dando lugar a eventos Indoor como o Fest
vem apresentando um crescimento. Localiza-se no Cariri e no Verão.
Sertão.
Caprinos e ovinos: Fornece carne e leite. Localiza-se nos Atrações e eventos culturais
Cariris e no Sertão.
Equinos, Asininos e Muares: Destinados ao transporte. Fest Verão - Praia de Intermares (Cabedelo);
Percebe-se que a pecuária é praticada de forma extensiva Estação Nordeste - Centro Histórico/Praia de Tambaú;
na Paraíba. Festival Nacional de Arte - FENART (Espaço Cultural);
Muriçocas do Miramar - Miramar ao Busto Tamandaré;
O Turismo Cafuçu - Centro Histórico;
Virgens de Tambaú - Av. Epitácio Pessoa/Praia de Tambaú;
No turismo a Paraíba se destaca especialmente devido a Caminhada pela Paz - Expedicionários ao Busto de
suas praias urbanas, primitivas e de nudismo. Vale salientar Tamandaré;
que o ecoturismo tem crescido muito na Paraíba, com a Procissão do Senhor Morto – Centro;
valorização das áreas afastadas da capital, João Pessoa. Uma São João da Capital - Centro Histórico;
das áreas citadas como referência de ponto turístico do Festival de Quadrilhas Juninas - Espaço Cultural;
interior é o Lajedo de Pai Mateus. Em Campina Grande se Folia de Rua - Nos Bairros;
encontra um dos maiores eventos juninos do Brasil, Carnaval Tradição (Escolas e Tribos Indígenas) – Centro;
denominado "O Maior São João do Mundo." Desfile Cívico de 7 de setembro - Getúlio Vargas/Lagoa;
Mini Maratona da Cidade de João Pessoa - Centro à Cabo
Turismo em Campina Grande Branco;
Carreata da Paz - Praça da Independência ao Busto de
Vista do Açude Velho em Campina Grande Tamandaré;
Festa das Neves/Aniversário de Fundação da Cidade -
Herdeira da cultura nordestina, Campina Grande luta por Centro Histórico;
manter vivo o rico patrimônio representado pelas Festival de Músicas Carnavalescas - Centro
manifestações culturais e populares dessa região. A quadrilha Histórico/Varadouro;
junina, o pastoril, as danças folclóricas, o artesanato, etc., são Grito dos Excluídos/Diocese - Centro/Lagoa;
alguns exemplos de manifestações da cultura popular que PMJP Cultura nas Praças - Nos Bairros;
ainda encontram lugar na cidade. Missa de Pentecostes/Arquidiocese da PB - Ginásio Esp.
Historicamente, Campina Grande teve, e continua tendo, Ronaldão;
papel destacado como polo disseminador da arte dos mais Festival Aruanda do Áudio Visual - Campus UFPB;
destacados artistas arraigados na cultura popular nordestina, Festival de Verão - Praias de Tambaú e Cabo Branco;
a exemplo dos "cantadores de viola", "emboladores de coco", Romaria de Nossa Senhora da Penha - Centro à Praia da
poetas populares em geral. Especialmente na música, é Penha;
inegável a importância desta cidade na divulgação de artistas Reveillon - Praias de Tambaú e Cabo Branco;
do quilate de Luiz Gonzaga, Rosil Cavalcante, Jackson do Brasil Mostra Brasil(Ed.Paraíba) - Espaço Cultural;
Pandeiro, Zé Calixto, dentre muitos, e até pelo surgimento de Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia - Praia de
outros tantos como Marinês, Elba Ramalho, etc. Eventos como Tambaú;
"O Maior São João do Mundo", Festival de Violeiros, "Canta Parada Gay;
Nordeste", as vaquejadas que se realizam na cidade, além de Paraiba Fashion Week - Maison Blunelle;
programações específicas das emissoras de rádio Manaíra Shopping Colection - Manaíra Shopping;
campinenses, contribuem fortemente para a preservação da Auto de Deus (Semana Santa) - Praça Dom Adauto
cultura regional. (Centro);
Auto de Natal - Colégio Pio X (Praça da Independência);
Turismo na cidade de João Pessoa Jampa InDoor - Praia do Jacaré (Cabedelo);
Vaquejada do Parque COWBOY - Valentina Figueiredo.
Vista do Bessa em João Pessoa
Aspectos Sociais
João Pessoa, fundada em 1585, é uma das mais antigas
cidades do País e, por isso mesmo, é o retrato vivo do passado De acordo com o IBGE, a população paraibana no último
nas ruas e praças que remontam às origens da cidade. censo em 2010, era de 3.766.528 pessoas, com Densidade
A cidade baixa, a qualquer hora do dia ou da noite, tem demográfica, no mesmo ano, de 66,70 hab./km².
sempre atrativos para quem busca na arquitetura dos últimos Em 2017, a população paraibana evoluiu para o número de
três séculos o testemunho do processo de desenvolvimento 4.025.558 pessoas.4
nordestino, além de outros encantos que se traduzem em A população descendo do elemento branco, que era o
ancoradouros do rio Sanhauá, casarões antigos, hotéis, igrejas português colonizador, do negro, procedente da África como
e praças. escravo para trabalhar na agricultura, e o índio, de origem
Deslumbram os olhos do turista as tradicionais igrejas, local.
construções antigas e o clima de saudosismo que impera no A população é essencialmente mestiça, resultante da
Centro Histórico. Destacam-se ali as Igrejas de São Pedro miscigenação dos três grupos étnicos:

4 IBGE – Paraíba. Disponível em:

https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pb/panorama.

Geografia da Paraíba 12
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Mulato: Mistura do branco com o negro. Predominante no Questões


litoral do Estado.
Caboclo: Mistura do branco com o índio, predominante no 01. (SEAD/PB – Técnico Administrativo – FUNCAB)
interior do Estado. Apesar do reduzido território, o estado da Paraíba possui uma
O cafuzo: Mistura do negro com o índio. Este é mais raro. significativa variedade de produção agropecuária. Entre as
lavouras temporárias a seguir, a que possuiu a maior área
Aspectos Culturais plantada em 2011, no estado da Paraíba, foi:
(A) alho.
Folclore (B) fumo.
(C) cebola.
As manifestações folclóricas e populares existem em (D) feijão.
grande quantidade na Paraíba. Tais manifestações fazem parte (E) girassol.
da cultura do Estado paraibano.
Dentre estes acontecimentos, podemos citar: festas de 02. (SEFAZ/PB – Auditor Fiscal – FCC) Observe as
padroeiro, festas natalinas, festas juninas, casamentos, pirâmides etárias apresentadas abaixo.
batizados, noivados, festas de ano novo, festas de caráter
religioso, vaquejadas, exposições agropecuárias, festas do
calendário cívico, entre outras.

Artesanato

Literatura transmitida de pessoa a pessoa, que se conserva


na memória do povo. Fazem parte desta literatura: as
anedotas, a cantoria de viola, a glosa, a parlenda, o folheto de
cordel, o provérbio, advinha, etc.

Anedota: Tipo de estória curta, que tem por finalidade


provocar risos em alguém.

Cantoria: Atividade própria do poeta-cantador. A cantoria


sofreu codificações desde o seu surgimento até hoje, e atrai
muitas pessoa para vê-la.

Parlenda: Poema feito em versos curtos, geralmente


utilizados para distrais crianças.

Provérbio: Sentença breve, criada pelo povo. Tem por


finalidade mostrar a experiência humana.

Advinha: Tipo de passatempo divertido.

Festas Populares

Na Paraíba, as festas cívicas e populares são comemoradas


pela população com grande entusiasmo.
Os paraibanos aprenderam a festejar acontecimentos
religiosos com os portugueses, tendo influência também dos
indígenas.
Os festejos populares realizados em homenagem aos
padroeiros servem para reencontrar pessoas que não se
vinham a muito tempo, especialmente familiares que vêm de
outras localidades para fazer uma visita à sua terra natal. Esses
festejos também servem para o divertimento da população.

As principais festas populares são:

Festa de Nossa Senhora das Neves e Festa de Nossa


Senhora da Penha, ambas comemoradas em João Pessoa; e
Micarande, festas populares comemoradas em Campina
Grande, que atraem turistas de todo o país;
Festa da Luz, em Guarabira; Na última década, considerando as características
Festa da Guia, em Patos; demográficas da Paraíba, é possível afirmar que a composição
Festa do Rosário, que ocorre em Pombal e Santa Luzia. etária da população paraibana encontra-se melhor retratada
na pirâmide
Referências Bibliográfica: (A) 3, que reflete a atual tendência da população em
diminuir o crescimento vegetativo e aumentar a esperança de
LIRA, Leandro de Lima. História da Paraíba. Disponível em:
http://www.pm.pb.gov.br/arquivos/Historia_da_Paraiba.pdf.
vida.
(B) 2, que sugere fortes transformações na composição da
população decorrentes do rápido processo de urbanização
verificado no Estado.

Geografia da Paraíba 13
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

(C) 2, que ressalta a pequena porcentagem de jovens e (D) a economia do estado não ter sido voltada para a troca
adultos no conjunto da população como reflexo do movimento externa, como na Bahia ou em Pernambuco, o que restringiu o
migratório. comércio de escravos negros na região.
(D) 1, que demonstra que recentemente a esperança de (E) as lavouras do estado serem voltadas à produção de
vida da população com mais de 60 anos tem aumentado. gêneros alimentícios, realizadas em pequenas unidades onde
(E) 1, que revela o forte crescimento vegetativo provocado trabalhavam apenas alguns escravos.
pela alta taxa de natalidade ainda presente em várias regiões
do estado. Respostas

03. (CRQ/19R – Coordenador Administrativo – 01. D/ 02. A/ 03. C/ 04. C


EDUCA/2017) João Pessoa é um município brasileiro, capital
e principal centro financeiro e econômico do Estado da
Paraíba.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística – IBGE no ano de 2016, possuía uma população
estimada de 801.718 habitantes, é a oitava cidade mais Anotações
populosa da Região Nordeste e a 23.ª do Brasil.
A respeito do município de João Pessoa, é correto afirmar
que, EXCETO:
(A) A Região Metropolitana de João Pessoa é formada por
João Pessoa e mais onze municípios, tem uma população
estimada em 2016 de 1.253.930 pessoas.
(B) É uma das cidades mais verdes do planeta, com mais de
7 m² de floresta por habitante, rodeada por duas grandes
reservas de Mata Atlântica.
(C) No ano de 2017 a capital da Paraíba – João Pessoa
completará 431 anos de fundação.
(D) É conhecida como "Porta do Sol", devido ao fato de, no
município, estar localizada a Ponta do Seixas, que é o ponto
mais oriental das Américas, o que faz a cidade ser conhecida
como o lugar "onde o sol nasce primeiro nas Américas.
(E) O clima de João Pessoa é tropical úmido com índices
relativamente elevados de umidade do ar.

04. (AL/PB – Assistente Legislativo – FCC) Observe o


gráfico.

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Para%C3%ADba)

Os dados do gráfico permitem afirmar que, assim como o


povo brasileiro, a população da Paraíba é essencialmente
mestiça e o paraibano médio é predominantemente fruto da
forte mistura entre europeu e o indígena, com alguma
influência africana. A menor presença dos negros na
composição étnica do povo deveu-se ao fato de,
(A) a pecuária, que empregava em grande escala o trabalho
do escravo africano, ter se tornado uma atividade menos
expressiva do que a produção açucareira.
(B) a produção de açúcar ser feita em áreas reduzidas, com
mão de obra familiar e indígena, o que diminuía o interesse dos
produtores de mão de obra escrava.
(C) a cultura de cana na capitania não ter sido tão marcante
como na Bahia ou em Pernambuco, o que ocasionou menor
necessidade de mão de obra africana.

Geografia da Paraíba 14
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
HISTÓRIA DA PARAÍBA

Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

essas expedições eram sempre repelidas pelos franceses


apoiados pelos índios.
Com o fracasso das expedições o rei de Portugal decidiu
criar o sistema de Capitanias Hereditárias.
Com o objetivo de povoá-la, a colônia portuguesa foi
dividida em 15 capitanias, para doze donatários. Entre elas
destacamos a Capitania de Itamaracá, a qual se estendia do rio
Santa Cruz até a Baía da Traição. Inicialmente essa capitania
O sistema de Capitanias foi doada à Pedro Lopes de Souza, que não pôde assumir, vindo
Hereditárias e a anexação do em seu lugar o administrador Francisco Braga, que devido a
território da Paraíba à uma rivalidade com Duarte Coelho, deixou a capitania em
falência, dando lugar a João Gonçalves, que realizou algumas
capitania de Pernambuco; A benfeitorias na capitania como a fundação da Vila da Conceição
criação da Capitania da e a construção de engenhos.
Paraíba: As expedições de Após a morte de João Gonçalves, a capitania entrou em
conquista da Paraíba(1574- declínio, ficando à mercê de malfeitores e propiciando a
continuidade do contrabando de madeira.
1585); O europeus na Paraíba; Com a tragédia de Tacunhaém2, em 1534 o rei de Portugal
Os povos indígenas na Paraíba; desmembrou Itamaracá, dando formação à Capitania do Rio
A fundação da Paraíba; Os Paraíba.
Existia uma grande preocupação por parte dos lusitanos
Holandeses na Paraíba; A em conquistar a capitania que atualmente é a Paraíba, pois
Inquisição na Paraíba e a havia a garantia do progresso da capitania pernambucana, a
expulsão dos Jesuítas; A quebrada aliança entre Potiguaras e franceses, e ainda,
Paraíba e a independência do estender sua colonização ao norte.
Brasil; A Paraíba e a Revolução A Conquista e Fundação da Paraíba
Praieira; O Ronco da Abelha na
Paraíba; A Paraíba e a Guerra Expedições para a Conquista
Quando o Governador Geral (D. Luís de Brito) recebeu a
do Paraguai; A Revolta do ordem para separar Itamaracá, recebeu também do rei de
Quebra-Quilos; A Revolta de Portugal a ordem de punir os índios responsáveis pelo
Princesa; O Movimento massacre, expulsar os franceses e fundar uma cidade. Assim
Revolucionário de 1930; A começaram as cinco expedições para a conquista da Paraíba.
Para isso o rei D. Sebastião mandou primeiramente o Ouvidor
Paraíba e a Revolução Geral D. Fernão da Silva.
constitucionalista de 1932; A I - Expedição (1574): O comandante desta expedição foi o
Paraíba e a intentona Ouvidor Geral D. Fernão da Silva. Ao chegar no Brasil, Fernão
Comunista de 1935; A Paraíba e tomou posse das terras em nome do rei sem que houvesse
nenhuma resistência, mas isso foi apenas uma armadilha. Sua
a Segunda Guerra Mundial; A tropa foi surpreendida por indígenas e teve que recuar para
Paraíba e as ligas Camponesas Pernambuco.
II - Expedição (1575): Quem comandou a segunda
expedição foi o Governador Geral, D. Luís de Brito. Sua
O Sistema de Capitanias Hereditárias1. expedição foi prejudicada por ventos desfavoráveis e eles nem
chegaram sequer às terras paraibanas. Três anos depois outro
Antecedentes da Conquista da Paraíba Governador Geral (Lourenço Veiga), tenta conquistar o Rio
Paraíba, não obtendo êxito.
Demorou um certo tempo para que Portugal começasse a III - Expedição (1579): Frutuoso Barbosa impôs a condição
explorar economicamente o Brasil, uma vez que os interesses de que se ele conquistasse a Paraíba, a governaria por dez
lusitanos estavam voltados para o comércio de especiarias nas anos. Essa ideia só lhe trouxe prejuízos, uma vez que quando
Índias, além disso, não havia nenhuma riqueza na costa estava vindo à Paraíba, caiu sobre sua frota uma forte
brasileira que chamasse tanta atenção quanto o ouro, tormenta e além de ter que recuar até Portugal, ele perdeu sua
encontrado nas colônias espanholas, minério este que tornara esposa.
uma nação muito poderosa na época. IV - Expedição (1582): Com a mesma proposta imposta por
Devido ao desinteresse lusitano, piratas e corsários ele na expedição anterior, Frutuoso Barbosa volta decidido a
começaram a extrair o pau-brasil, madeira muito encontrada conquistar a Paraíba, mas cai na armadilha dos índios e dos
no Brasil-colônia, e especial devido a extração de um pigmento franceses. Barbosa desiste após perder um filho em combate.
usado para tingir tecidos na Europa. Esses invasores eram em V - Expedição (1584): Este teve a presença de Flores
sua maioria franceses, e logo que chegaram no Brasil fizeram Valdez, Felipe de Moura e o insistente Frutuoso Barbosa, que
amizades com os índios possibilitando entre eles uma relação conseguiram finalmente expulsar os franceses e conquistar a
comercial conhecida como "escambo", na qual o trabalho Paraíba. Após a conquista, eles construíram os fortes de São
indígena era trocado por alguma manufatura sem valor. Tiago e São Felipe.
Os portugueses, preocupados com o aumento do comércio
dos invasores da colônia, passaram a enviar expedições para
evitar o contrabando do pau-brasil, porém, ao chegar no Brasil

1O seguinte conteúdo foi baseado em um documento retirado do arquivo 2Tragédia de Tacunhaém: Foi uma tragédia na qual índios mataram todos os
Histórico da Polícia Militar da Paraíba. Caso você queira lê-lo na integra, pode moradores de um engenho.
acessá-lo pelo seguinte endereço eletrônico: <
http://www.pm.pb.gov.br/arquivos/Historia_da_Paraiba.pdf>

História da Paraíba 1
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Conquista da Paraíba de Vila Nova da Rainha se deu em 20 de abril de 1790. Hoje,


Campina Grande é a maior cidade do interior do Nordeste.
Para as jornadas o Ouvidor Geral Martim Leitão formou São João do Cariri: Tendo sida povoada em meados do
uma tropa constituída por brancos, índios, escravos e até século XVII pela enorme família Cariri que povoava o sítio São
religiosos. Quando aqui chegaram se depararam com índios João, entre outros, esta cidade que atualmente não se destaca
que sem defesa, fugiram e foram aprisionados. Ao saber que muito à nível estadual foi elevada à vila em 22 de março de
eram índios Tabajaras, Martim Leitão manda soltá-los, 1800. Sua emancipação política é datada de 15 de novembro
afirmando que sua luta era contra os Potiguaras (rivais dos de 1831.
Tabajaras). Após o incidente, Leitão procurou formar uma Pombal: No final do século XVII, Teodósio de Oliveira Ledo
aliança com os Tabajaras, que por temerem outra traição, a realizou uma entrada através do rio Piranhas. Nesta venceu o
rejeitaram. confronto com os índios Pegas e fundou ali uma aldeia que
Depois de um certo tempo Leitão e sua tropa finalmente inicialmente recebeu o nome do rio (Piranhas). Devido ao
chegaram aos fortes (São Felipe e São Tiago), ambos em sucesso da entrada não demorou muito até que passaram a
decadência e miséria devido as intrigas entre espanhóis e chamar o local de Nossa Senhora do Bom Sucesso, em
portugueses. Com isso Martim Leitão nomeou outro homenagem a uma santa.
português, conhecido como Castrejon, para o cargo de Em 1721 foi construída no local a Igreja do Rosário, em
Frutuoso Barbosa. A troca só fez piorar a situação. Ao saber homenagem à padroeira da cidade considerada uma relíquia
que Castrejon havia abandonado, destruído o Forte e jogado história nos dias atuais. Sob força de uma Carta Régia datada
toda a sua artilharia ao mar, Leitão o prendeu e o enviou de de 22 de junho de 1766, o município passou a se chamar
volta à Espanha. Quando ninguém esperava, os portugueses se Pombal, em homenagem ao famoso Marquês de Pombal. Foi
unem aos Tabajaras, fazendo com que os Potiguaras elevada à vila em 3/4 de maio de 1772, data hoje considerada
recuassem. Isto se deu no início de agosto de 1585. como sendo também a da criação do município.
A conquista da Paraíba se deu no final de tudo através da Areia: Conhecida antigamente pelo nome de Bruxaxá,
união de um português e um chefe indígena chamado Piragibe, Areia foi elevada à freguesia com o nome de Nossa Senhora da
palavra que significa Braço de Peixe. Conceição pelo Alvará Régio de 18 de maio de 1815. Esta data
é considerada também como a de sua elevação à vila. Sua
Fundação da Paraíba emancipação política se deu em 18 de maio de 1846, pela lei
de criação número 2. Hoje, Areia se destaca como uma das
Martim Leitão trouxe pedreiros, carpinteiros, engenheiros principais cidades do interior da Paraíba, principalmente por
e outros para edificar a Cidade de Nossa Senhora das Neves. possuir um passado histórico muito atraente.
Com o início das obras, Leitão foi a Baía da Traição expulsar o
resto dos franceses que permaneciam na Paraíba. As Ordens Religiosas da Capitania da PB e Seus
Leitão nomeou João Tavares para ser o capitão do Forte. Mosteiros
Paraíba foi a terceira cidade a ser fundada no Brasil e a última
do século XVI. Os Jesuítas

Primeiras Vilas da Paraíba na Época Colonial Os jesuítas foram os primeiros missionários que chegaram
à Capitania da Paraíba, acompanhando todas as suas lutas de
Com a colonização foram surgindo vilas na Paraíba. A colonização.
seguir temos algumas informações sobre as primeiras vilas da Ao mando de Frutuoso Barbosa, os jesuítas se puseram a
Paraíba. construir um colégio na Felipéia. Porém, devido a desavenças
Pilar: O início de seu povoamento aconteceu no final do com os franciscanos, que não usavam métodos de educação tão
século XVI, quando fazendas de gado foram encontradas pelos rígidos como os jesuítas, a ideia foi interrompida.
holandeses. Hoje uma cidade sem muito destaque na Paraíba, Aproveitando esses desentendimentos, o rei que andava
foi elevada à vila em 5 de janeiro de 1765. Pilar originou-se a descontente com os jesuítas pelo fato de estes não permitirem
partir da Missão do Padre Martim Nantes naquela região. Pilar a escravização dos índios, culpou os jesuítas pela rivalidade
foi elevada à município em 1985, quando o cultivo da cana-de- com os franciscanos e expulsou-os da capitania.
açúcar se tornou na principal atividade da região. Cento e quinze anos depois, os jesuítas voltaram à Paraíba
Sousa: Hoje a sexta cidade mais populosa do Estado e dona fundando um colégio onde ensinavam latim, filosofia e letras.
de um dos mais importantes sítios arqueológicos do país (Vale Passado algum tempo, fundaram um Seminário junto à igreja
dos Dinossauros), Sousa era um povoado conhecido por de Nossa Senhora da Conceição. Atualmente essa área
"Jardim do Rio do Peixe". A terra da região era bastante fértil, corresponde ao jardim Palácio do Governo.
o que acelerou rapidamente o processo de povoamento e Em 1728, os jesuítas foram novamente expulsos. Em 1773,
progresso do local. Em 1730, já viviam aproximadamente no o Ouvidor-Geral passou a residir no seminário onde moravam
vale 1468 pessoas. Sousa foi elevada à vila com o nome atual os jesuítas, com a permissão do Papa Clementino XIV.
em homenagem ao seu benfeitor, Bento Freire de Sousa, em 22
de julho de 1766. Sua emancipação política se deu em 10 de A Inquisição na Paraíba3
julho de 1854.
Campina Grande: Sua colonização teve início em 1697. O Na Paraíba, segundo José Otávio, o procedimento da
capitão-mor Teodósio de Oliveira Ledo instalou na região um Inquisição foi um fator de atraso para essa capitania. Contando
povoado. Os indígenas formaram uma aldeia. Em volta dessa com uma população total de 52.000 habitantes, tornou-se uma
aldeia surgiu uma feira nas ruas por onde passavam presa tentadora para o Tribunal do Santo Ofício. De acordo
camponeses. Percebe-se então que as características com esse historiador paraibano, depois do Rio de Janeiro, a
comerciais de Campina Grande nasceram desde sua origem. Paraíba foi à capitania mais perseguida no Brasil colônia. O
Campina foi elevada à freguesia em 1769, sob a invocação de procedimento do Tribunal do Santo ofício se tornou um dos
Nossa Senhora da Conceição. Sua elevação à vila com o nome fatores de contribuição para a pobreza “medular” da Paraíba,
na medida em que sua atuação significava, ainda mais,

3GALVÃO. A inquisição na Paraíba. Disponível em:


<http://blogdonilmar.blogspot.com.br/2012/05/inquisicao-na-paraiba_24.html>

História da Paraíba 2
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

transferência de riquezas para a metrópole, no caso, Portugal, de Miranda Henriques. Pelos carmelitas foi fundada a Igreja do
sendo mais um dos instrumentos do “Pacto Colonial”. Carmo.
Seria um fator de atraso e empobrecimento da Paraíba a
atuação da Inquisição, pois se transferiam recursos para a A População Indígena
metrópole na medida em que os atingidos tinham seus bens
confiscados e transferidos para o patrimônio da Coroa. Os Na Paraíba haviam duas raças de índios, os Tupis e os
processos inquisitórios eram secretos, propiciando delações Cariris (também chamados de Tapuias).
de todo tipo, criando um clima de insegurança que era ruim Os Tupis se dividiam em Tabajaras e Potiguaras, que eram
para os negócios. Além do mais, a desconfiança contra aqueles inimigos.
que detinham fortunas e faziam empréstimos a juros, não Na época da fundação da Paraíba, os Tabajaras formavam
ajudava no desenvolvimento do comércio. Outro fator seria a um grupo de aproximadamente 5 mil pessoas. Eles eram
“imposição” de doações para a construção ou conclusão de pacíficos e ocupavam o litoral, onde fundaram as aldeias de
igrejas (São Bento, São Francisco e Carmo na capital, foram Alhanda e Taquara.
concluídas e restauradas entre 1761 e 1779), transferindo-se Já os Potiguaras eram mais numerosos que os Tabajaras e
recursos que poderiam ser aplicados no setor produtivo. ocupavam uma pequena região entre o rio Grande do Norte e
Contando ainda que a capitania da Paraíba, sob pressão da a Paraíba.
inquisição, foi obrigada a contribuir com o dote de casamento Esses índios locomoviam-se constantemente, deixando
dos filhos de D. João V. aldeias para trás e formando outras. Com esta constante
Na Paraíba, os perseguidos pela atuação da Inquisição locomoção os índios ocuparam áreas antes desabitadas.
foram principalmente: negociantes, mercadores, médios Os índios Cariris se encontravam em maior número que os
proprietários. Esses eram acusados, na maioria dos casos, a Tupis e ocupavam uma área que se estendia desde o Planalto
práticas “judaizantes”. Mais de 40 pessoas foram condenadas da Borborema até os limites do Ceará, Rio Grande do Norte e
a prisão perpetua e duas foram queimadas em Lisboa. Pernambuco.
Os Cariris eram índios que se diziam ter vindo de um
Os Franciscanos grande lago. Estudiosos acreditam que eles tenham vindo do
Amazonas ou da Lagoa Maracaibo, na Venezuela.
Atendendo a Frutuoso Barbosa, chegaram os padres Os Cariris velhos, que teriam sido civilizados antes dos
franciscanos, com o objetivo de catequizar os índios. cariris novos, se dividiam em muitas tribos; sucuru, icós, ariu
O Frei Antônio do Campo Maior chegou com o objetivo de e pegas, e paiacú. Destas, os tapuias pegas ficaram conhecidos
fundar o primeiro convento da capitania. Seu trabalho se nas lutas contra os bandeirantes.
concentrou em várias aldeias, o que o tornou importante. O nível de civilização do índio paraibano era considerável.
No governo de Feliciano Coelho, começaram alguns Muitos sabiam ler e conheciam ofícios como a carpintaria.
desentendimentos, pois os franciscanos, assim como os Esses índios tratavam bem os jesuítas e os missionários que
jesuítas, não escravizavam os índios. Ocorreu que depois de lhes davam atenção.
certo desentendimentos entre os franciscanos e o governador A maioria dos índios estavam de passagem do período
geral, Feliciano acabou se acomodando junto aos frades. paleolítico para o neolítico. A língua falada por eles era o tupi-
A igreja e o convento dos franciscanos foram construídos guarani, utilizada também pelos colonos na comunicação com
em um sítio muito grande, onde atualmente se encontra a os índios. O tupi-guarani mereceu até a criação de uma
praça São Francisco. gramática, elaborada por Padre José de Anchieta.
Piragibe, que nos deu a paz na conquista da Paraíba;
Os Beneditinos Tabira, que lutou contra os franceses e Poti, que lutou contra
os holandeses e foi herói na batalha dos Guararapes, são
O superior geral dos beneditinos tinha interesse em fundar exemplos de índios que se sobressaíram na Paraíba.
um convento na Capitania da Paraíba. O governador da Ainda hoje, encontram-se tribos indígenas Potiguaras
capitania recebeu o abade e conversou com o mesmo sobre a localizadas na Baía da Traição, mas em apenas uma aldeia, a
tal fundação. Resolveu doar um sítio, que seria a ordem do São Francisco, onde não há miscigenados, pois a tribo não
superior geral dos beneditinos. aceita a presença de caboclos, termo que eles utilizavam para
com as pessoas que não pertencem a tribo.
A condição imposta pelo governador era que o convento No Brasil, só existem três tribos Potiguaras, sendo que no
fosse construído em até 2 anos. O mosteiro não foi construído Nordeste a única é a da Baía da Traição.
em dois anos, mesmo assim, Feliciano manteve a doação do
sítio. Invasões Holandesas
A igreja de São Bento se encontra atualmente na rua nove,
onde ainda há um cata-vento em lâmina, construído em 1753. Em 1578 o jovem rei de Portugal, D. Sebastião, foi morto na
batalha de Alcácer-Quibir, na África, deixando o trono
Os Missionários Carmelitas português para seu tio, o cardeal D. Henrique, o qual devido à
sua avançada idade acabou morrendo em 1579 sem deixar
Os carmelitas vieram à Paraíba a pedido do cardeal D. herdeiros. O Rei da Espanha, Felipe II, que se dizia primo dos
Henrique, em 1580. Mas devido a um incidente na chegada que reis portugueses, com a colaboração da nobreza portuguesa e
colheu os missionários para diferentes direções, a vinda dos do seu exército, conseguiu em 1580 o trono português.
carmelitas demorou oito anos. A passagem do trono português à coroa espanhola
Os carmelitas chegaram à Paraíba quando o Brasil estava prejudicou os interesses holandeses, pois eles estavam
sob domínio espanhol. Os carmelitas chegaram, fundaram um travando uma luta contra a Espanha pela sua independência e
convento e iniciaram trabalhos missionários. A história dos a Holanda era responsável pelo comércio do açúcar nas
carmelitas aqui é incompleta, uma vez que vários documentos colônias portuguesas, o que lhes garantiam altos lucros. Dessa
históricos foram perdidos nas invasões holandesas. forma, rivais dos espanhóis, os holandeses foram proibidos de
Frei Manuel de Santa Teresa restaurou o convento depois aportarem em terras portuguesas, o que lhes trouxe grande
da Revolução Francesa, mas logo depois este foi demolido para prejuízo.
servir de residência ao primeiro bispo da Paraíba, D. Adauto Interessados em recuperar seus lucrativos negócios com
as colônias portuguesas, o governo e companhias privadas

História da Paraíba 3
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

holandesas formaram a Companhia das Índias Ocidentais, para O Conde de Bagnuolo foi para Pernambuco; Antônio de
invadir as colônias. Albuquerque e o resto da tropa, juntamente com o resto do
A primeira tentativa de invasão holandesa ocorreu em povo, tentou fundar o Arraial do Engenho Velho.
1624, em Salvador. O governador da Bahia, Diogo de Os holandeses chegaram com seus exércitos na Felipéia de
Mendonça Furtado, havia se preparado para o combate, porém Nossa Senhora das Neves em 1634, e a encontraram vazia.
com o atraso da esquadrilha holandesa, os brasileiros não mais Foram então à procura de Antônio de Albuquerque no
acreditavam na invasão quando foram pegos de surpresa. Engenho Velho, mas não o encontraram.
Durante o ataque o governador foi preso. Mas orientadas O comandante das tropas holandesas entendeu-se com
por Marcos Teixeira, as forças brasileiras mataram vários Duarte Gomes, que procurou a Antônio de Albuquerque, que
chefes batavos, enfraquecendo as tropas holandesas. Em maio prendeu-o e mandou-o para o Arraial do Bom Jesus. Depois, os
de 1625, eles foram expulsos da Bahia pela esquadra de D. holandeses mandaram libertar Duarte Gomes.
Fradique de Toledo Osório. Os paraibanos continuavam com a ideia de querer expulsar
Ao se retirarem de Salvador, os holandeses, comandados os holandeses. Buscaram forças para isso: arranjaram homens
por Hendrikordoon, seguiram para Baía da Traição, onde no Engenho São João e contaram com o apoio de André V. de
desembarcaram e se fortificaram. Tropas paraibanas, Negreiros. Quando os holandeses descobriram, também se
pernambucanas e índios se uniram a mando do governador prepararam para o combate. Os paraibanos reuniram-se em
Antônio de Albuquerque e Francisco Carvalho para expulsar Timbiri, e depois seguiram para o Engenho Santo André, onde
os holandeses. A derrota batava veio em agosto de 1625. foram atacados por Paulo Linge e sua tropa.
Após esse conflito ao holandeses seguiram para Após várias lutas, morreram oitenta holandeses e a
Pernambuco, onde o governador Matias de Albuquerque, Paraíba perdeu o capitão Francisco Leitão.
objetivando deixá-los sem suprimentos, incendiou os Os combatentes, que estavam recolhidos no engenho Santo
armazéns do porto e entrincheirou-se. André, continuaram com as provocações aos holandeses,
Na Paraíba, por terem ajudado os holandeses, os tornando assim complicada a situação de Pernambuco.
Potiguaras foram expulsos por Francisco Coelho. Percebe-se A fortaleza de Pernambuco estavam entregue aos
nesse período a grande defesa da terra. prisioneiros soltos por Hautyn. Francisco Figueroa chegou
Temendo novos ataques, a Fortaleza de Santa Catarina, em para governar a capitania por um determinado tempo. Em
Cabedelo, foi reconstruída e guarnecida e a sua frente, na 1655, chegou João Fernandes Vieira para assumir a Capitania
margem oposta do Rio Paraíba, foi construído o Forte de Santo da Paraíba.
Antônio. Jerônimo de Albuquerque conquistou o Maranhão com a
Aos cinco dias de dezembro de 1632, comandados por ajuda de seu filho Antônio de Albuquerque Maranhão. Em
Callenfels, 1600 batavos desembarcaram na Paraíba. Ocorreu 1618, então este teve por herança o governo do Maranhão, que
um tiroteio, os holandeses construíram uma trincheira em teria a assessoria de duas pessoas escolhidas pelo povo.
frente a fortaleza de Santa Catarina, mas foram derrotados Antônio não gostou muito de seus auxiliares e os dispensou.
com a chegada de 600 homens vindos de Felipéia de Nossa Seguindo os assessores seu próprio caminho, Antônio de
Senhora das Neves a mando do governador. Albuquerque abandonou o governo do Maranhão e casou-se
Após esse acontecimento os brasileiros tentam construir em Lisboa, tendo desse casamento dois filhos.
uma trincheira em frente a fortaleza. Os holandeses tentam Antônio voltou ao Brasil em 1627, com a nomeação de
impedir, mas o forte resistiu. Incapazes de vencer, os batavos Capitão-Mor da Paraíba.
se retiram para Pernambuco.
Os holandeses decidem atacar o Rio Grande do Norte, mas A Capitania da Paraíba na época da invasão holandesa
Matias de Albuquerque, 200 índios e 3 companhias paraibanas
os impediram de desembarcar. Na época da invasão holandesa, a população era dividida
Os holandeses voltam à Paraíba para atacar o Forte de em dois grupos: os homens livres (holandeses, portugueses e
Santo Antônio, mas ao desembarcarem perceberam a brasileiros) e os escravos (de procedência brasileira ou
trincheira levantada pelos paraibanos, fazendo com que eles africana). Durante muito tempo de domínio holandês no
desistissem da invasão e voltassem ao Cabo de Santo Brasil, não houve mistura de raças.
Agostinho.
Após um tempo os holandeses resolvem tentar invadir a Política administrativa holandesa na Paraíba
Paraíba novamente, pois ela representava uma porta para a
invasão batava em Pernambuco. Dessa forma, em 25 de Por uma década, a capitania da Paraíba teve como
novembro de 1634 partiu uma esquadra de 29 navios para a administradores alguns governadores holandeses:
Paraíba. Servais Carpentier: Também governou o Rio Grande do
Aos quatro dias de dezembro de 1634, bem preparados os Norte, e sua residência oficial foi no Convento São Francisco.
soldados holandeses chegam ao Norte do Jaguaribe, onde Ippo Elyssens: Foi um administrador violento e desonesto.
desembarcaram e aprisionaram brasileiros, entre eles o Apoderou-se dos melhores engenhos da capitania.
governador, que conseguiu fugir. Elias Herckmans: Governador holandês importante, que
No dia seguinte o resto da tropa holandesa desembarcou governou por cinco anos.
aprisionando mais pessoas. No caminho por terra para Sebastian Von Hogoveen: Governaria no lugar de Elias H.,
Cabedelo os holandeses receberam mais reforços. mas morreu antes de assumir o cargo.
Antônio de Albuquerque Maranhão enviou à Paraíba tudo Daniel Aberti: Substituto do anterior.
o que foi preciso para combater com os chefes holandeses na Gisberk de With: Foi o melhor governador holandês, pois
região do forte. Enquanto isso, Callabar roubava as era honesto, trabalhador e humano.
propriedades. Vieram reforços do Rio Grande do Norte e de Paulo de Lince: Foi derrotado pelos "Libertadores da
Pernambuco. O capitão Francisco Peres Souto assumiu o Insurreição", e retirou-se para Cabedelo.
comando da fortaleza de Cabedelo.
Apenas em 15 de novembro chegou à Paraíba o Conde Conquista para o Interior da Paraíba
Bagnuolo, para auxiliar os paraibanos. Como os paraibanos já
encontravam-se em situação irremediável, resolveram Através de entradas, Missões de Catequese e bandeiras, o
entregar o Forte de Cabedelo e logo em seguida o Forte de interior da Paraíba foi conquistado, principalmente após as
Santo Antônio. invasões holandesas.

História da Paraíba 4
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Os missionários pregavam o cristianismo nas suas Missões, produtos e fontes de riqueza, destacavam-se o pau-brasil, a
alfabetizavam e ensinavam ofícios aos índios e construíam cana-de-açúcar, o algodão e o comércio de negros.
colégios para os colonos. O pau-brasil, proveniente da Ásia, era conhecido como
Os missionários encontraram um planalto com uma ibirapitanga pelos índios. O seu valor como matéria prima de
campina verde e um clima agradável. Um aldeamento de índios tinturaria foi atestado na Europa e na Ásia. Daí a sua
cariris que se organizaram na região deram-lhe o nome de importância econômica. Pernambuco e Paraíba figuravam
Campina Grande. Entre os missionários, destacou-se o Padre entre os pontos do Brasil onde a ibirapitanga era mais
Martim Nantes, cuja missão deu origem à vila de Pilar. encontrada.
As Missões de Catequese foram as primeiras formas de A cana-de-açúcar, que foi a principal riqueza da Paraíba
conquista do interior da Paraíba. Após elas foram executadas com os seus engenhos, veio do Cabo Verde. Foi plantada
bandeiras com a finalidade de capturar índios. inicialmente na Capitania de Ilhéus.
O capitão-mor Teodósio de Oliveira Ledo foi o homem que A cana não se aclimatou na Europa. Na idade média o
comandou a primeira bandeira na Paraíba. Esta bandeira se açúcar era um produto raro de preço exorbitante. Figurava em
deu através do Rio Paraíba e teve como destaque a fundação testamento no meio das joias.
de um povoado chamado Boqueirão. Esta primeira bandeira, Isto provou bem a importância do açúcar, de que resultou
apesar de ter sido tumultuada, foi bem sucedida, uma vez que o desenvolvimento e progresso das colônias brasileiras. Na
Teodósio aprisionou vários índios. Teodósio é tido como o primeira década da fundação da Paraíba, já se encontravam
grande responsável pela colonização do interior da Paraíba. dez engenhos montados.
Ele estabeleceu-se no interior e trouxe famílias e índios para Desde 1532 que entrava na capitania este produto
povoá-lo. armazenado nos celeiros, na feitorias de Igarassu. Os franceses
Os passos de Teodósio foram seguidos pelo capitão-mor já traficavam com o algodão. Entretanto a economia do "ouro
Luís Soares, que também se destacou por suas penetrações branco" só se desenvolveu no século XVIII. Aqui na capitania o
para o interior. algodão teve uma suma importância na balança da economia.
Um homem chamado Elias Herckman procurou minas e Na Paraíba o rebanho de gado vacum também teve
chegou à Serra da Borborama. Sua atitude (a de procurar importância econômica. Não foi ele somente utilizado como
minas) foi seguida por Manuel Rodrigues. fonte de subsistência entre nós. Entrou nos engenhos como
O fundador da Casa da Torre, Francisco Dias D’ávila, foi impulsionador das moendas.
outro bandeirante que se destacou na colonização da Paraíba. Teve o gado a sua fase áurea durante a "idade do couro",
Entre as várias tribos (caicós, icós, janduis, etc.) que se quando tudo se fazia com o couro com fins comerciais; móveis,
destacaram no conflito contra conquista do interior paraibano, portas, baús, etc.
os mais conhecidos são os sucurus, que habitavam Alagoas de
Monteiro. O Tráfico de Escravos

Análise política, econômica e social da capitânia nos No início da colonização, começaram a ser introduzidos no
séculos XVII e XVIII Brasil os escravos. A data é omissa, mas presume-se que
tenham vindo primeiro com Martim Afonso de Souza para a
Análise Política Capitania da São Vicente.
Na Paraíba, o empreendimento do comércio de negros
Na administração colonial do Brasil, foram configurados iniciou-se logo após o Decreto Real de 1559, da Regente
três modalidades de estatutos políticos: o das capitanias Catarina permitindo aos engenhos comprar cada um doze (12)
hereditárias, o do governo geral e o do Vice-reino. escravos.
Na Paraíba, tivemos a criação da Capitania Real em 1574. O escravo era mercadoria cara. Seu valor médio oscilava
Em 1694, depois de mais de noventa anos de fundação, entre 20 e 30 libras esterlinas.
esta capitania se tornou independente. Entretanto, passados
mais de sessenta anos, a capitania da Paraíba foi anexada à de Revoltas em que a PB Participou
Pernambuco em 1o de janeiro de 1756.
Houve prejuízo nesta fusão para a capitania paraibana, Guerra dos Mascates: A Guerra dos Mascates foi uma
além de prejudicar o Real Serviço, em virtude das guerra civil, ocorrida em Pernambuco, no século XVIII, mais
complicações de ordem General de Pernambuco, do propriamente em Olinda, sede do governo pernambucano na
governador da Paraíba e do Rio Grande do Norte. época. Ocorreu que houve indignação contra a elevação de
Por isto, em 1797, o governador da capitania, Fernando Recife à categoria de vila, a pedido da população de Recife,
Castilho dá um depoimento, descrevendo a situação da composta por comerciantes portugueses chamados Mascates
Capitania Real da Paraíba à Rainha de Portugal. Em 11 de que aspiravam por uma maior autonomia. Nesta época a
janeiro de 1799, pela Carta Régia, a Capitania da Paraíba economia nordestina entrava em declínio, pois os preços do
separou-se da de Pernambuco. açúcar estavam baixando no mercado mundial e haviam
O interior da capitania foi devastado por bandeirantes, que descoberto as Minas Gerais. Muitos senhores de engenho
penetravam até o Piauí. Entretanto a conquista do Sertão foi deviam dinheiro aos mascates. Em 1707 o povoado de Recife
realizada pela família Oliveira Ledo. foi elevado a vila, o que provocou revolta em Olinda. Alguns
Outro fato político foram as constantes invasões de olindenses ocuparam Recife e elegeram um novo governador
franceses a mando da própria coroa francesa. a seu favor; Olinda ocupou Recife por três meses.
A invasão holandesa e a Guerra dos Mascates, em que a João da Mata, um mascate, adquiriu o apoio do governador
Paraíba esteve sempre presente com heroísmo de seus filhos, da Paraíba, João da Maia Gama, para desforrar-se dos senhores
tiveram a sua consequência política, uma vez que estimulou o de engenho. Desta forma os mascates aprisionaram o
sentimento nacionalista dos paraibanos. governador pernambucano. Após este fato entrou um novo
governador no poder (Félix José Machado de Mendonça), que
Análise Econômica a princípio foi imparcial, mas que em seguida ficou ao lado dos
mascates, os quais saíram vencedores desse conflito.
Na época colonial, a Paraíba ofereceu no aspecto
econômico um traço digno de registro. Entre os principais Revoluções Liberais: A passagem do século XVIII para o
XIX foi marcada pelo surgimento de ideias revolucionárias. No

História da Paraíba 5
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

mundo surgia o estilo literário conhecido como Brigadeiro Coelho, em Pernambuco, Borges da Fonseca
Realismo/Naturalismo, que procurava descrever as classes continuou a lutar na Paraíba. Outros líderes foram torturados
inferiores e mostrar os aspectos mais degradantes e cruéis da ou assassinados. Este foi o último movimento revolucionário
sociedade. Na Paraíba as ideias revolucionárias foram do Império.
estimuladas pela maçonaria. O mundo todo se baseava no
ponto de vista científico. Temos como exemplo o padre Manoel Confederação do Equador: Esta revolta surgiu com a
Arruda, que começou a pesquisar a fauna e a flora nordestina. atitude autoritária de D. Pedro I, o qual dissolveu a Assembleia
Todas estas ideias liberais provocaram um surto Constituinte. Esta situação agravou-se quando D. Pedro I quis
revolucionário, no qual podemos citar as revoluções de 1817, substituir Manoel Pais de Andrade, governador da província,
1824 e 1848, todas com tendências republicanas, federalistas ex-revolucionário, que gozava de grande popularidade entre
e democráticas. os pernambucanos, por uma apadrinhado seu (Francisco Reis
Barreto). Desta forma, as câmaras municipais de Olinda e
Revolução de 1817: Este movimento de caráter Recife se declararam contrárias ao governo de Barreto.
republicano e separatista, surgiu na Província de Pernambuco Em 2 de julho de 1824, Pais de Andrade se empenhou na
e logo se espalhou pelas províncias de Alagoas, Paraíba, Rio revolta, pedindo apoio às outras províncias nordestinas. Seu
Grande do Norte e Ceará. objetivo era reunir as províncias do Nordeste em uma
Influenciados pela Revolução Francesa e polo exemplo de república, denominada de Confederação do Equador.
República norte-americano, os revoltosos queriam emancipar Foram mandados emissários às províncias da Paraíba, Rio
o Brasil. Quando a revolta estourou os revoltosos instalaram Grande do Norte e Ceará. Porém a repressão sobre esta revolta
um governo provisório republicano. Porém o Governo Geral foi intensa. D. Pedro I enviou navios de guerra para derrotá-la.
não perdeu tempo. Quatro meses depois os líderes da revolta Após a derrota das tropas republicanas de Pernambuco, as
foram condenados à morte e a revolução contida. outras províncias se enfraqueceram e foram derrotadas.
Como líderes da revolução podemos citar Domingos José Seus líderes foram todos executados, entre eles Frei
da Silva (comerciante) e os paraibanos militares Peregrino de Caneca, que morreu fuzilado, pois ninguém tinha coragem de
Carvalho e Amaro Gomes. enforcá-lo.

A Paraíba e a Independência do Brasil4 Revolta dos Quebra-Quilos5: Em 1874, a Força Policial da


Paraíba teve importante participação em um acontecimento
Em 1821, com o Brasil sob o regime de Monarquia histórico. Foi a pacificação do movimento que ficou conhecido
Parlamentar Portuguesa, comandado pelas Cortes como a Revolta de Quebra Quilo. Nesse período havia no seio
Constituintes de Lisboa, a Paraíba elegeu uma Junta Provisória da população interiorana da Paraíba, um sentimento de
de Governo, em 25 de outubro, presidida pelo português João revolta com recentes acontecimentos religiosos envolvendo o
de Araújo da Cruz. Em 18 de julho de 1822, o Padre Galdino da Estado, a igreja e seguimentos maçônicos, que resultaram na
Costa Vilar assumiu a presidência da Junta de Governo. prisão de um Bispo em Pernambuco. Ainda nessa época, o
Em 8 de outubro de 1822, os paraibanos declararam-se Brasil passou a adotar o sistema métrico decimal, o
desligados de Portugal e, em 28 de novembro, aclamaram o alistamento militar e, na Paraíba, começava-se a cobrar o
Príncipe Regente. imposto de Chão, para permitir a prática de comércio nas
A opção dos paraibanos pelo governo central do Rio de feiras-livres. Essas medidas não eram bem explicadas à
Janeiro não foi sem resistência. Como exemplo, o Tenente população. A soma desses fatos provocou o movimento que
Coronel de Cavalaria Antonio José Gomes Loureiro, não aderiu ficou conhecido como a revolução de quebra-quilo. Centenas
à causa da Independência e foi expulso de seu posto na de pessoas, como na revolta do Ronco da Abelha, invadiam as
Paraíba. Loureiro foi para Salvador e queria embarcar para Vilas, quebravam os pesos e outras medidas, queimavam
Portugal, mas foi proibido pelo General Madeira. Conseguiu arquivos, soltavam presos, e gritavam "morte aos maçons".
embarcar, como passageiro, na escuna mercante Marianna, Esses fatos ocorreram em Ingá, Fagundes, Areia, Campina
mas foi capturado, em Caravelas, pelas tropas brasileiras e Grande, Guarabira e outras cidades do brejo paraibano. Todo
cinco tripulantes da Escuna foram mortos no embate. efetivo da Força Policial, sob o Comando do Tenente Coronel
Francisco Antônio Aranha Chacon, foi deslocado no dia 18 de
Revolução Praieira: Esta revolta durou apenas cinco novembro de 1874 para pacificar o movimento. Depois de
meses e ocorreu na província de Pernambuco entre 1848/49. muitos confrontos, que duraram cerca de dois meses, sem
Ela foi influenciada pelo espírito de 1848 que dominava a registros de mortes, a revolta foi pacificada e o contingente
Europa. Esta revolta consiste não apenas em um movimento Policial retornou a Capital.
de protesto contra a política Imperial, mas num movimento
social que pretendia estabelecer reformas. Dentre outras A Guerra do Paraguai
exigências feitas pelos revoltosos, podemos citar:
A divisão dos latifúndios; a liberdade de imprensa; Outro acontecimento histórico de grande repercussão
democracia; fim da importação de indústrias têxteis; fim do nacional que a Força Policial da Paraíba participou foi a Guerra
domínio português sobre o comércio de Recife; fim da do Paraguai. Depois de declarada a guerra, o Império convocou
oligarquia política, entre outros. toda a Tropas de Primeira Linha existentes nas Províncias. Da
Os revoltosos eram os liberais adversativos dos Paraíba seguiram também para o Rio de Janeiro, onde se
conservadores (grandes latifundiários e comerciantes incorporaram às forças imperiais, contingentes da Guarda
portugueses). O principal jornal liberal em Recife tinha sua Nacional e Corpos de Voluntários. Todo efetivo da Força
localização na Rua da Praia. Por causa disto, os liberais ficaram Policial, totalizando 210 homens, sob o Comando do Maj José
conhecidos como praieiros. Vicente Monteiro da Franca, embarcou para a Capital do
A revolução iniciou-se com choques entre os liberais e Império, no dia 23 de junho de 1865, saindo de Cabedelo no
conservadores de Olinda, ao sétimo dia do mês de novembro Vapor Paraná. Enquanto aguardava o embarque, a Força
de 1848. Em 1849 os revoltosos atacaram Recife, mas Policial ficou aquartelada na Fortaleza de Santa Catarina.
fracassaram. Depois de ter sido derrotado pelas tropas do Faziam parte do efetivo da Força Policial, os Capitães

4Guia Geográfico Paraíba. História da Paraíba. Disponível em: < 5LIMA, J. B. História da PMPB. Disponível em: <
http://www.brasil-turismo.com/paraiba/historia.htm> http://www.pm.pb.gov.br/arquivos/historia_da_pmpb.pdf>

História da Paraíba 6
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

José Francisco de Atayde Melo, Frederico do Carmo Cabral A Revolução Paulista


e José Silva Neves, além dos Tenentes Francisco
Gomes Monteiro, Pedro César Paes Barreto e Joaquim Em busca da redemocratização do país, ou objetivando
Ferreira Soares. Depois das batalhas, o Capitão Frederico foi reconquistar espaços políticos perdidos desde a revolução de
condecorado com medalha de honra, o que revela que o 1930, liderança políticas e militares de São Paulo, inclusive
contingente da Força Policial teve papel destacado na guerra, integrantes da Força Pública daquele Estado, articularam um
de onde só retornou após sua conclusão. movimento armado em 1932, tentando depor o Governo
Para substituir a Força Policial durante esse período foi Federal. A História registrou esses acontecimentos como a
criada uma Força Policial Provisória, que foi extinta em 1870, Revolução Constitucionalista
quando a tropa retornou do Paraguai. Para debelar esse movimento, Getúlio Vargas, que
governava o país, convocou tropas federais, e efetivos das
Ronco da Abelha: Em 1850, o Brasil passou a adotar o Polícias Militares de todo Brasil.
registro de nascimento e de óbito, através da lei 586 de 6 de Da Paraíba, seguiram, de imediato, para participar das
setembro daquele ano. A população interiorana não foi bem lutas, duas Companhias do 1º Batalhão, e um Batalhão
informada dessas exigências e passou a interpretar que o Provisório. Posteriormente, foram enviados mais três
governo estava levantando dados para escravizar o povo. Por Batalhões Provisórios, que não chegaram a participar dos
conta disso, no interior da Paraíba, ocorreu em 1852, confrontos. Esses Batalhões eram formados por voluntários e
começando pela Vila de Ingá, uma revolta que ficou conhecida os Oficiais eram civis comissionados, escolhidos entre
como O Ronco da Abelha. Centenas de pessoas invadiam os integrantes de famílias tradicionais do Estado. O 2º Batalhão
cartórios, queimavam todos os papéis, quebravam os móveis e Provisório foi recrutado em Campina Grande.
ameaçavam os moradores. A revolta se espalhou por várias O efetivo do 1º Batalhão, que participou dessa luta, foi
outras Vilas no brejo paraibano. Todo efetivo da Força Policial comandado pelo Capitão do Exército Aristóteles da Souza
sediado na Capital foi deslocado para o interior a fim de Dantas, e, partindo do Estado de Minas Gerais, combateu na
serenar os ânimos. Depois de cerca de três meses de intensa chamada frente norte de São Paulo integrando uma Coluna
atividade, a Força Policial pacificou o movimento. formada por Batalhões de outras Polícias e do Exército, sob o
Comando do então Coronel Eurico Gaspar Dutra. O 1º Batalhão
Coluna Prestes: Foi um movimento iniciado por alguns Provisório, sob o Comando do Maj Guilerme Falcone,
políticos que estavam descontentes com o governo do participou de combates na frente sul daquele Estado, entrando
presidente do Rio Grande do Sul, e velhos participantes da através do Paraná, compondo outra Coluna, comandada pelo
Revolta Federalista de 1893. Seus principais líderes foram: General Walddomiro Lima.
Luís Carlos Prestes, Miguel Costa e Juarez Távola. O contingente da Paraíba teve destacadas participações em
Os integrantes da Coluna, apesar de todas as dificuldades, combates ocorridos na cidade de Capão Bonito, Buri, e
conseguiram romper as barreiras do sul. Itapetinga, na frente sul e em Lindóia, Monte Sião, Campinas e
Ao final, a Coluna se retirou para a Bolívia, o Paraguai e a Itapira, na frente norte. Em diversas oportunidades, os
Argentina. combates foram decididos em lutas de corpo a corpo, e com
uso de arma branca, onde prevaleceram a destreza e a
O Movimento de Princesa coragem pessoal dos paraibanos.

Em 1930, um grupo armado, sediado na cidade de Combates à Intentona Comunista


Princesa, no alto sertão paraibano, chefiado pelo Deputado
Estadual José Pereira, tentou conturbar a ordem pública no Em novembro de 1935 ocorreu, em Natal, Recife e Rio de
interior do Estado. Os objetivos do movimento, como os dos Janeiro, uma tentativa de implantação de um Governo
rebeldes de Monteiro em 1912, era provocar uma intervenção Comunista. Grupos orientados por Carlos Prestes e com a
federal na Paraíba. A consequência imediata seria a deposição participação de simpatizantes militares, tomaram o Quartel do
do Presidente João Pessoa, que havia rompido relações Exército em Natal e pretendiam depor o Governo do Rio
políticas com Washington Luiz, depois dos acontecimentos Grande do Norte, instituindo uma Junta Governativa. Houve
que resultaram no famoso "NEGO". luta entre os rebelados e a Polícia daquele Estado.
Mas uma vez a Força Pública foi acionada, e um grande Informado da situação, o Governador da Paraíba, Argemiro
efetivo foi mobilizado para enfrentar os rebeldes sertanejos, de Figueredo, enviou a Natal, para auxiliar as forças legalistas,
que recebiam ajuda do Governo Federal. Foram mais de quatro um Batalhão Policial, sob o Comando do Ten Cel Elias
meses de violentos combates, em que foram registradas Fernandes. Ainda no percurso de João Pessoa a Natal, a Polícia
muitas mortes de ambos os lados. Foi criado um Batalhão paraibana prendeu vários integrantes da Junta Governativa e
Provisório, na Força Pública, só para reforçar o contingente apreendeu farto material que eles haviam saqueado em
empregado na luta. diversas cidades. Em várias cidades, onde as autoridades
Os acontecimentos mais marcantes desses confrontos constituídas haviam fugido, temendo o movimento, Elias
foram; O desastre da Água Branca, em que cerca de duzentos Fernandes restaurou a ordem, garantiu a posse de Prefeitos, e
policiais foram mortos em uma emboscada; a tomada, pela o funcionamento da justiça.
Polícia, das cidades de Teixeira, Imaculada e Tavares, que Serenados os ânimos, os comandados de Cel Elias
haviam sido ocupadas pelos grupos liderados por José Pereira Fernandes permaneceram em Natal até o final daquele ano,
e o cerco de Tavares, que se achava ocupada pela Polícia e foi sendo alvo de muitas homenagens do povo potiguar em sinal
cercada por grupos de cangaceiros, durante 18 dias. de gratidão pela honrosa forma como auxiliaram a debelar
Princesa foi cercada e a intervenção pretendida por José aquele movimento.
Pereira não foi alcançada.
Muito foram os Policiais que se destacaram nessas lutas. Segunda Guerra Mundial
Entre eles podemos citar; Ten Cel Elísio Sobreira,
Comandante Geral na época, Capitão Irineu Rangel, A Segunda Guerra Mundial, ocorreu entre 1939 e 1945.
Comandante do contingente empregado na luta, Capitão João Assim como a Primeira Guerra, ela ganhou esse nome por não
Costa, Ten José Maurício, Ten Elias Fernandes, Ten Manuel ficar confinada apenas ao continente europeu. Foi a maior
Benício, Aspirante Ademar Naziazene, Sgt Severino Bernardo guerra vista na história da humanidade, setenta e duas nações
e Sgt Manuel Ramalho.

História da Paraíba 7
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

foram envolvidas. O número de mortes é estimado em cerca de Moscou e Stalingrado). Sabendo da força do exército, a posição
cinquenta milhões. tomada pela URSS foi de recuar. Contudo, Hitler, subestimando
as forças soviéticas, ordenou um ataque a Moscou e
I - Antecedentes Leningrado, onde assistiu a sua tática de guerra falhar. Além
Com o final da Primeira Guerra Mundial e com o Tratados dos soviéticos terem se defendido bem, os alemães se viram
de Versalhes, nações como a Alemanha entraram em uma enfrentando o rigoroso inverno Russo.
profunda crise social e econômica. Com a quebra da bolsa de Quando finalmente conseguem chegar a Stalingrado, a
Nova York, em 1929, a situação que estava começando a batalha acontece na própria rua, onde com apenas 285 mil
melhorar, piora novamente, gerando um grande soldados a Alemanha se vê cercada por forças soviéticas.
descontentamento em relação ao liberalismo americano. Apenas em janeiro de 1943 é que, depois de vários meses de
Sob essa paisagem é que surge movimentos em diversos guerra, os sobrevivente alemães se rendem à força da URSS.
países da Europa, principalmente Alemanha e Itália, governos Esse fato marca o fim da fase próspera vivida pelo Eixo.
totalitaristas. Em 1922, Benito Mussolini chega ao poder na
Itália, iniciando uma ditadura do Partido Fascista, e em 1932, II.b Guerra no Pacífico e Entrada dos Estados Unidos na
na Alemanha, o Partido Nazista após vencer as eleições alcança Guerra
o poder e Adolf Hitler é nomeado chanceler alemão. Apesar do Japão estar aliado ao Eixo, ele permaneceu fora
Com o objetivo de expandir e ter de volta as região que lhe do conflito direto nos primeiros anos da guerra. Até o ano de
foram tiradas pelo Tratado, o governo Alemão, desafiando os 1941, sua estratégia era pressionar os Estados Unidos, para
acordos feitos pelo Tratado de Versalhes, volta a produzir que este reconhecesse sua superioridade no continente
armamentos e a aumentar sua força militar. A região da Asiático. Quando perceberam que o governo americano não
Renânia, que fazia fronteira com a França, volta a se rearmar. atenderiam as suas exigências, o governo japonês ordenou um
Através destas atitudes a Europa já começa a se alarmar e ataque surpresa à base norte-americana de Pearl Harbor, no
esperar uma outra guerra acontecer. Havaí em dezembro de 1941. Após o ataque, o Governo dos
Em 1935, a Itália dá início ao seu processo de expansão, Estados Unidos entram na guerra, em favor aos Aliados.
anexando a Etiópia e logo depois a Albânia. Na Alemanha, esse Após o ataque, os japoneses conseguiram conquistar
processo começa em 1938 quando anexam a Áustria e a diversas regiões da Ásia, onde conseguiram o domínio de
Tchecoslováquia. Itália e Alemanha já haviam assinado um matérias-primas importantes, como o petróleo, borracha e
acordo de apoio mútuo, em 1936, chamado de Eixo Roma- minério.
Berlim. O Japão entra nesse acordo apenas quatro anos depois. Em junho de 1942, os Estados Unidos conseguem vencer a
As outras nações, como a França e a Inglaterra, só força japonese no pacífico. Essa batalha ganhou o nome de
interviram nas ações desses países, quando em 1939, após ter “Batalha de Midway”
assinado um pacto de não agressão com a União Soviética -
Pacto Ribbentrop-Molotov - ela invade a Polônia, que havia II.c – Fim da Guerra
ficado dividida pelo acordo. A invasão à Polônia aconteceu no Após a derrota dos japoneses no pacífico, as forças inglesas
dia 1° de Setembro de 1939, dois dias depois é declarado e norte-americanas conseguiram expulsar o exército alemão
guerra à Alemanha. do norte da África. No ano seguinte, em 1943, os Aliados
A Segunda Guerra Mundial reuniu nações de grande parte conseguiram chegar no sul da Itália, enquanto isso, o exército
do mundo, divididas em dois blocos, o Eixo, liderado pela soviético (Exército Vermelho) dava início a invasão da
Alemanha, Itália e Japão, e os Aliados, liderados Alemanha. Em 1944, na Itália, Mussolini é fuzilado por
principalmente pelos Estados Unidos, Inglaterra e União guerrilheiros Antifascistas.
Soviética. No mesmo ano, no dia 6 de junho, que ficaria conhecido
como o “Dia D”, as forças inglesas e norte americanas, com
II- A Guerra mais de 3 milhões de homens, conseguem chegar no norte da
França, região da Normandia. Em agosto, os Aliados
II.a - Invasão da França e URSS conseguem entrar em Paris. O fim da guerra para os alemães
Sob o comando do general Erich Von Manstein, a Alemanha era apenas uma questão de tempo.
inaugura uma nova forma de guerra. Conhecida como No dia 30 de abril de 1945, Hitler, com sua mulher Eva
Blitzkrieg - guerra relâmpago – consistia em destruir o Braun, se suicidam na capital da Alemanha, Berlim. Após a sua
inimigo através do ataque surpresa. Usando essa tática, em morte, os soviéticos conseguem chegar a Berlim, onde
abril de 1940, o exército alemão invade e ocupa a Dinamarca e finalmente o exército alemão, junto com seus comandantes,
a Noruega. Um mês depois Luxemburgo, Holanda e Bélgica, assinam a rendição.
países até então neutros foram invadidos. O próximo destino Apesar da guerra ter acabado na Europa, o Japão se
dos alemão era atacar a fronteira da França, que pegados de recusou a se render. Para forçar sua saída, no dia 6 de agosto
surpresa não conseguiram se defender, deixando o exército de 1945, os Estados Unidos ordena o lançamento de uma
alemão se aproximar de mais de Paris. No dia 14 de julho de bomba atômica sobre a cidade de Hiroshima, ode em questão
1940 a capital francesa é dominada, forçando o governo de segundos mais de 80 mil pessoas foram mortas. Mesmo
francês a se transferir para o interior do país e apenas alguns após o ataque o Japão não concordou em assinar a rendição.
dias depois o governo francês se rende. Com isso três dias depois, outra bomba atômica é lança, agora
No acordo de rendição, metade do território da França sobre a cidade de Nagasaki, matando mais de 40 mil pessoas.
passava a pertencer a Alemanha, a outra metade ficaria com Depois do segundo ataque, o governo japonês concorda em
eles, desde que as autoridades francesas colaborassem com os assinar a rendição.
alemães. O general francês Charles de Gaulle, não contente
com a situação, fugiu para a Inglaterra, de onde liderou II.d – Participação do Brasil na Segunda Guerra6
resistências contra a presença dos nazistas no país.
Em 1941, sem nenhum aviso, o exército alemão, invade a
URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), atacando
durante três meses, três regiões diferentes – Leningrado,

6O Brasil na Segunda Guerra Mundial. Sua Pesquisa. Disponível em:


<http://www.suapesquisa.com/segundaguerra/brasil.htm> Acesso em 03 de
maio de 2017.

História da Paraíba 8
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Neutralidade brasileira na primeira fase da guerra teria seu território dominado pelos Estados Unidos por tempo
indeterminado.
Desde 1939, início do conflito, o Brasil assumiu uma Após a guerra, os Estados Unidos e a URSS saíram como
posição neutra na Segunda Guerra Mundial. O presidente do grandes potência mundiais. As ideias antagônicas desses
Brasil na época era Getúlio Vargas. países acabaram por dividir o mundo. De um lado estava o
capitalismo e do outro o socialismo. A partir dessa divisão, um
Ataques nazistas e entrada do Brasil na 2ª Guerra conflito entre essas grandes potências se instaurou, começou
Mundial a chamada Guerra Fria.

Porém, esta posição de neutralidade acabou em 1942 III.a – Criação da Organizações das Nações Unidas
quando algumas embarcações brasileiras foram atingidas e Em fevereiro de 1945, após uma das conferências de paz,
afundadas por submarinos alemães no Oceano Atlântico. A ficou decido a criação de um órgão que tentaria unir as nações,
partir deste momento, Vargas fez um acordo com Roosevelt estabelecendo relações amistosas entre os países. A Carta das
(presidente dos Estados Unidos) e o Brasil entrou na guerra ao Nações Unidas foi incialmente assinada por cinquenta países,
lado dos Aliados (Estados Unidos, Inglaterra, França, União onde foram excluídos de participar os países que participaram
Soviética, entre outros). Era importante para os Aliados que o do Eixo. A criação da ONU foi a segunda tentativa de promover
Brasil ficasse ao lado deles, em função da posição geográfica a paz, a primeira tentativa que fracassou, foi a formação da
estratégica de nosso país e de seu vasto litoral. Liga das Nações, criada após a Primeira guerra.

Participação efetiva no conflito A Paraíba na Segunda Guerra Mundial

A participação militar brasileira foi importante na A participação paraibana na Segunda Guerra Mundial ficou
Segunda Guerra Mundial, pois somou forças na luta contra os restrita ao alistamento de soltados locais e ao patrulhamento
países do Eixo (Alemanha, Japão e Itália). O Brasil enviou para da militar no litoral paraibano.
a Itália (ocupada pelas forças nazistas), em julho de 1944, 25
mil militares da FEB (Força Expedicionária Brasileira), 42 A Paraíba e as Ligas Camponesas7
pilotos e 400 homens de apoio da FAB (Força Aérea
Brasileira). A formação do campesinato brasileiro
As dificuldades foram muitas, pois o clima era muito frio
na região dos Montes Apeninos, além do que os soldados O termo camponês era geralmente empregado na Europa
brasileiros não eram acostumados com relevo montanhoso. para indicar a comunidade rural que se dedicava à exploração
agrícola. De acordo com Andrade (1989), os trabalhadores
Vitórias rurais brasileiros passaram-se a ser chamados de camponeses,
só a partir de meados do século XX. Foi a partir de então, que
Os militares brasileiros da FEB (também conhecidos como passaram a se organizar em associações e a reivindicar por
pracinhas) conseguiram, ao lado de soldados aliados, direitos perante os proprietários das terras, os latifundiários.
importantes vitórias. Após duras batalhas, os militares A formação do campesinato brasileiro se deu, segundo
brasileiros ajudaram na tomada de Monte Castelo, Turim, STEDILE (2005) por um grupo de pessoas pobres que se
Montese e outras cidades. estabeleciam em terras não juridicamente apropriadas, ou
Apesar das vitórias, centenas de soldados brasileiros terras apropriadas, mas com o consentimento do proprietário,
morreram em combate. Na Batalha de Monte Castelo (a mais para o desenvolvimento de culturas alimentícias para o seu
difícil), cerca de 400 militares brasileiros foram mortos. próprio sustento, deu-se vagarosamente, desde o tempo da
colonização.
Outras formas de participação Com a abolição da escravidão a massa formada por pobres
foi fermentada com a inclusão dos ex escravos. Por não
Além de enviar tropas para as áreas de combate na Itália, possuírem bens e terras tornaram-se moradores das fazendas
o Brasil participou de outras formas importantes. Vale lembrar e engenhos, principalmente na região Nordeste.
que o Brasil forneceu matérias-primas, principalmente Após séculos de exploração e injustiças, o homem do
borracha, para os países das forças aliadas. campo, camponês, atrelado ao grande latifúndio inicia um
O Brasil também cedeu bases militares aéreas e navais movimento de contestação da situação na qual viviam e
para os aliados. A principal foi a base militar da cidade de Natal passam a reivindicar melhorias que eram fundamentais para a
(Rio Grande do Norte) que serviu de local de abastecimento sua permanência no campo.
para os aviões dos Estados Unidos.
Foi importante também a participação da marinha As Ligas Camponesas sob um Panorama Geral
brasileira, que realizou o patrulhamento e a proteção do litoral
brasileiro, fazendo também a escolta de navios mercantes De acordo com ANDRADE (1989) o movimento dos
brasileiros para garantir a proteção contra ataques de camponeses no Brasil como uma organização com o caráter de
submarinos alemães. reivindicar melhores condições de vida e trabalho iniciou-se
tardiamente.
III – Consequências Por estarem ligados ao grande latifúndio, os partidos
políticos brasileiros não legislavam sobre os direitos do
Com o fim da guerra em 1945, líderes dos três principais camponês. O primeiro a abraçar a causa dos camponeses foi o
países vencedores – URSS, Estados Unidos e Inglaterra – se Partido Comunista Brasileiro.
reuniram em na Conferência de Potsdam, onde ficou decidido O PCB foi o responsável pela criação das primeiras Ligas
que a Alemanha seria dividida em quatro áreas de ocupação, camponesas com o objetivo principal de organizar as massas
que foram entregues a França, Inglaterra, Estados Unidos e dos trabalhadores rurais para protestar contra os grandes
União Soviética. A capital, Berlim, também foi dívida. Já o Japão

7ARAÚJO. G. P. B. Ligas Camponesas: Formação, luta e enfraquecimento. http://connepi.ifal.edu.br/ocs/index.php/connepi/CONNEPI2010/paper/viewFil


Instituto Federal de Ciência e Tecnologia da Paraíba. Disponível em: < e/1808/1067>

História da Paraíba 9
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

proprietários de terras, os latifundiários. Tal organização Ocupavam as fazendas em prol do trabalhador e permaneciam
iniciou-se ainda nos anos de 1940. no local até quando o problema fosse solucionado.
Porém, o cenário político-social ideal para a expansão e Em seu processo de luta, o movimento camponês angariou
consolidação das mesmas só ocorreu entre os anos de 1950 e a eliminação do cambão, do foro, e fez com que os
1960, sendo mais forte na região Nordeste do Brasil. trabalhadores do campo que foram expulsos injustamente de
Foi nessas décadas que foi construída a emergência da luta suas terras pudessem permanecer nelas ou recebessem uma
do homem do campo. Em 1962, o movimento propriamente indenização dos latifundiários.
camponês estava sob orientação das Ligas Camponesas. Neste
mesmo ano, o advogado e político pernambucano, Francisco O Enfraquecimento das Ligas Camponesas
Julião, assume um papel fundamental como representante da
causa relacionadas às Ligas e ao homem do campo. (VANDECK, Devido à forte influência exercida pelos latifundiários no
2001). cenário político nacional e paraibano as Ligas Camponesas
As autoridades competentes temiam que as Ligas passaram ser reprimidas, seus líderes perseguidos e mortos,
colocassem em questão a ordem e o controle do Estado. Num enfraquecendo e desarticulando o movimento.
curto espaço de tempo essa organização já estava presente em No estado da Paraíba a Liga Camponesa paraibana sofreu
dezenas de municípios, inclusive em Sapé, zona da Mata um duríssimo golpe. No dia 02 de abril de 1962, um dos seus
paraibana. principais líderes, João Pedro Teixeira, presidente da Liga
Camponesa, foi assassinado a mando de um usineiro local.
As Ligas Camponesas na Paraíba Outro líder igualmente assassinado foi o camponês Pedro
Inácio de Araújo, o Pedro fazendeiro.
Com a modernização e com a penetração de capital no De acordo com BANDEIRA, SIVEIRA e MIELE (1997)
setor canavieiro paraibano as relações de produção dentro do Elizabeth Teixeira, viúva de João Pedro Teixeira, também foi
sistema latifundiário foram modificadas. Ocorreram perseguida pelas forças repressoras tendo que abandonar o
alterações significativas nos âmbito agrário e social. Tais Estado da Paraíba e se refugiar no Estado do Rio Grande do
alterações agravaram os conflitos já existentes entre Norte, sendo obrigada a ocultar a sua real identidade.
campenses e latifundiários: melhores condições de trabalho e O receio de que o Brasil se tornasse um país socialista fez
a reforma agrária, sob o lema: “reforma agrária, na lei ou na com que no golpe militar em 1º de Abril de 1964 muitos líderes
marra.” camponeses fossem presos, fugissem ou fossem colocados na
Esse processo contraiu aspecto próprio na resistência do clandestinidade.
campesinato por meio da criação das Ligas Camponesas, Com as ausências de seus principais líderes, a Liga
importante movimento social, que trouxe inúmeros benefícios paraibana foi sendo enfraquecida e aos poucos desarticulada.
sociais para os camponeses até então às margens dos direitos
trabalhistas e sindicais. Questões
Com a intenção de prestar assistência social e jurídica aos
associados é que João Pedro Teixeira, Pedro fazendeiro, Nego 01. (SEFAZ-PB – Auditor Fiscal de Tributos Estaduais –
Fubá e outros camponeses criam, em fevereiro de 1958, a FCC) No contexto do período colonial, é correto afirmar que,
Associação dos Lavradores e Trabalhadores Agrícola de Sapé - no processo de conquista e colonização da Paraíba
PB, embrião da Liga Camponesa daquela cidade. Segundo Silva
(2009) em pouco tempo, a associação, “deixa de ser um (A) a aproximação entre índios e franceses por causa do
movimento apenas assistencialista às pequenas causas locais pau-brasil dificultou a ação colonizadora dos portugueses.
dos camponeses, para tornar-se um movimento de atuação e (B) os holandeses, por não terem interesses pela economia
de possíveis mudanças em esfera mais representativa e açucareira, destruíram os engenhos de cana.
influente” como instrumento de protesto contra o cambão, o (C) os portugueses não tiveram dificuldades na ocupação
foro, o barracão, a falta de direitos trabalhistas e, pela reforma da terra, pois souberam articular uma aliança de amizade com
agrária, os índios da região.
As Ligas Camponesas ganharam destaque, entre os (D) a exploração do pau-brasil, feita por ingleses e alemães,
levantes populares do campo, através das estratégias de luta e retardou em dois séculos a dominação portuguesa.
pela multiplicação de focos de conflito utilizada contra a (E) a dominação de Portugal na região foi facilitada pelas
ordem, sendo essa uma das razões para a repressão do boas relações entre jesuítas, portugueses e grupos indígenas.
movimento por parte dos grandes latifundiários e também, do
poder público. 02. (SEFAZ-PB – Auditor Fiscal de Tributos Estaduais –
No estado da Paraíba foram cerca de quinze mil associados. FCC) Em meados do século XIX, um movimento popular
Segundo BANDEIRA, SILVEIRA e MIELE (1997) a população de conhecido por "Ronco da Abelha" propagou-se na Paraíba e em
Sapé na década de 50 era de 37.918 pessoas e no final dessa outras províncias do Nordeste. Esse movimento representou
década já contava com aproximadamente dez mil filiados. uma reação contra
Para conseguirem se organizar e, tendo em vista a
perseguição sofrida pelo movimento, lançava mão de táticas (A) o decreto do governador da Paraíba convocando os
de luta e mobilização como a “infiltração”. De acordo com homens pobres a se alistarem no exército regional.
CALADO et al. (2007) os militantes das Ligas vestiam-se de (B) as leis dos governantes do Nordeste na qual os
“vendedores de doce” e, passando percebidos pelos capangas desempregados poderiam ser transferidos para as regiões
dos proprietários, convidavam os camponeses para tomar produtivas do Sul do país.
parte das reuniões, e a se associarem às Ligas. (C) uma legislação imperial que obrigava o povo a registrar
Outra tática bastante utilizada pelos integrantes das Ligas em cartórios os nascimentos e os óbitos.
Camponesas eram os chamados chocalhos, aonde quem era (D) o decreto imperial que estabelecia o recrutamento
contra as Ligas, os proprietários, os capatazes, eram forçado dos escravos para compor a Guarda Nacional.
“chocalhados” e trazidos para a marcha devendo gritar em (E) a determinação da Igreja Católica que obrigava os fiéis
vivas: “Viva às Ligas Camponesas!” (CALADO et al, 2007). a se registrarem visando a cobrança do dízimo.
Entre as estratégia de luta utilizada pelos camponeses uma
das mais recorrentes era a ocupação de propriedades.

História da Paraíba 10
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

03. (SEFAZ-PB – Auditor Fiscal de Tributos Estaduais –


FCC) A Revolução de 1930 foi um movimento político que
provocou a ruptura da ordem constitucional no Brasil. Um
dos aspectos desencadeadores desse movimento foi Anotações
(A) o rompimento do pacto dos coronéis feito por
Washington Luís quando este indicou o gaúcho Getúlio Vargas
para a presidência e o paraibano João Pessoa para compor a
chapa oficial para sucedê-lo.
(B) o assassinato do paraibano João Pessoa que teve
grande ressonância no país, considerado o estopim que
reaglutinou as forças de oposição contra a oligarquia cafeeira.
(C) a mudança política radical do presidente Washington
Luis que resolveu apoiar um candidato mineiro à sua sucessão,
contrariando os interesses de São Paulo e da Paraíba.
(D) a adesão dos líderes do movimento tenentista à
coligação da oligarquia paulista e paraibana, fato que
contrariou os interesses dos republicanos gaúchos e baianos.
(E) o atentado praticado pelos integralistas contra Getúlio
Vargas que provocou comoção nacional e trouxe apoio popular
importante para a derrubada da oligarquia agrária.

04. (TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de Registros


– IBFC) Sobre a Segunda Guerra Mundial (1939/1945),
assinale a alternativa incorreta:
(A) Uma de suas causas foram as severas sanções
pecuniárias impostas pelo Tratado de Versalhes à Alemanha e
seus aliados, comprometendo a sua economia, elevando a
inflação a índices astronômicos e gerando um arraigado
sentimento de humilhação nos alemães e a exacerbação do
nacionalismo, possibilitando a ascensão de Hitler e do Partido
Nazista ao poder.
(B) O evento que deflagrou o conflito foi o ataque japonês
à base americana de Pearl Harbor, situadano Oceano Pacífico.
(C) O conflito envolveu basicamente dois grupos: o Eixo
(integrado por Alemanha, Itália e Japão) e os Aliados (entre
eles: Inglaterra, Estados Unidos, França e União Soviética).
(D) Com a vitória aliada, foi dissolvido o Terceiro Reich e
dividida a Alemanha (Oriental e Ocidental), criada a ONU-
Organização das Nações Unidas e iniciada a Guerra Fria, diante
do estabelecimento dos Estados Unidos e da União Soviética
como superpotências.

05. (CONFERE - Auditor(a) VII - INSTITUTO CIDADES)


No ano de 1939, em meio à atmosfera de tensão política que
desencadeou a sucessão de conflitos da Segunda Guerra
Mundial, um acordo de não agressão foi firmado entre a
Alemanha e a União Soviética, o Pacto Germano-Soviético. Esse
pacto estabelecia que, se acaso a Alemanha entrasse em
conflito com a Inglaterra ou a França em razão de uma
eventual investida da Alemanha contra a Polônia, a URSS, por
sua vez, ficaria afastada, sem se manifestar militarmente. Tal
pacto também pode ser chamado de:
(A) Tratado de Moscou
(B) Tratado de Versalhes
(C) Pacto de Varsóvia
(D) Pacto Ribbentrop-Molotov

Respostas

01. Resposta: A
02. Resposta: C
03. Resposta: B
04. Resposta: B.
05. Resposta: D.

História da Paraíba 11
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

História da Paraíba 12
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
NOÇÕES DE DIREITO
CONSTITUCIONAL

Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Constituição Federal:

TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Artigo 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de


qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
1. Dos Direitos e Garantias estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
Fundamentais em Espécie; 1.2. vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos
Direito à vida; 1.3. Direito à termos seguintes:
Liberdade; 1.4. Princípio da O artigo 5º da Constituição da República Federativa do
Brasil de 1988 pode ser caracterizado como um dos mais
Igualdade (Art. 5° I); 1.5. importantes constantes do arcabouço jurídico brasileiro. Tal
Princípio da legalidade e da fato se justifica em razão de que este apresenta, em seu bojo, a
Anterioridade Penal (Art. 5° ll, proteção dos bens jurídicos mais importantes para os
XXXIX); 1.6. Liberdade da cidadãos, quais sejam: vida, liberdade, igualdade,
Manifestação do Pensamento segurança e propriedade.
A relação extensa de direitos individuais estabelecida no
(Art. 5° lV); 1.7. Inviolabilidade art. 5º da Constituição tem caráter meramente enunciativo,
da Intimidade. Vida Privada, não se trata de rol taxativo. Existem outros direitos
Honra e Imagem (Art. 5° X); 1.8. individuais resguardados em outras normas previstas na
Inviolabilidade do Lar (Art. 5° própria Constituição (por exemplo, o previsto no art. 150,
contendo garantias de ordem tributária).
XI); 1.9. Sigilo de
Correspondência e de Vamos acompanhar em seguida o que prevê os demais
Comunicação (Art. 5° XII); 1.10. dispositivos da norma:
Liberdade de Locomoção (Art. 5°
XV); 1.11. Direito de Reunião e I- homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos
termos desta Constituição;
de Associação (Art. 5° XVI, XVII, O inciso supracitado traz, em seu bojo, um dos princípios
XVIII, XIX, XX e XXI); 1.12. Direito mais importantes existentes no ordenamento jurídico
de Propriedade (Art. 5° XXII e brasileiro, qual seja, o princípio da isonomia ou da igualdade.
XXIII); 1.13. Vedação ao Racismo Tal princípio igualou os direitos e obrigações dos homens e
mulheres, porém, permitindo as diferenciações realizadas nos
(Art. 5° XLII); 1.14. Garantia às termos da Constituição.
Integridades Física e Moral do
Preso (Art. 5° XLIX); 1.15. II- ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
Vedação às Provas Ilícitas (Art. 5° coisa senão em virtude de lei;
LVI); 1.16. Princípio da O inciso supracitado contém em seu conteúdo o princípio
da legalidade. Ele garante a segurança jurídica e impede que o
Presunção de Inocência (Art. 5° Estado aja de forma arbitrária. Tal princípio tem por escopo
LVII); 1.17. Privilegia Contra a explicitar que nenhum cidadão será obrigado a realizar ou
Auto- Incriminação (Art. 5° deixar de realizar condutas que não estejam definidas em lei.
LXIII). Ou seja, para o particular, apenas a lei pode criar uma
obrigação. Além disso, se não existe uma lei que proíba uma
determinada conduta, significa que ela é permitida.
Outro ponto importante a ser ressaltado é que legalidade
Direitos e garantias fundamentais. não se confunde com reserva legal. A legalidade é mais ampla,
significa que deve haver lei, elaborada segundo as regras do
A Constituição Federal de 1988 trouxe em seu Título II os processo legislativo, para criar uma obrigação. Já a reserva
direitos e garantias fundamentais, subdividindo-os em cinco legal é de menor abrangência e significa que, determinadas
capítulos: direitos e deveres individuais e coletivos, matérias, especificadas pela Constituição, só podem ser
direitos sociais, nacionalidade, direitos políticos e tratadas por lei proveniente do Poder Legislativo (ex.: art. 5.º,
partidos políticos. inciso XXXIX: "não há crime sem lei anterior que o defina, nem
pena sem prévia cominação legal", este é o famoso princípio da
Direitos e Deveres Individuais e Coletivos reserva legal).
A Constituição de 1988 foi a primeira a estabelecer direitos [...]
não só de indivíduos, mas também de grupos sociais, os
denominados direitos coletivos. As pessoas passaram a ser IV- é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
coletivamente consideradas. Por outro lado, pela primeira vez, anonimato;
junto com direitos foram estabelecidos expressamente Este inciso garante a liberdade de manifestação de
deveres fundamentais. Tanto os agentes públicos como os pensamento, até como uma resposta à limitação desses
indivíduos têm obrigações específicas, inclusive a de respeitar direitos no período da ditadura militar. Não somente por este
os direitos das demais pessoas que vivem na ordem social. inciso, mas por todo o conteúdo, que a Constituição da
República Federativa de 1988 consagrou-se como a
“Constituição Cidadã”. Um ponto importante a ser citado neste
inciso é a proibição do anonimato. Cabe ressaltar que a adoção

Noções de Direito Constitucional 1


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

de eventuais pseudônimos não afetam o conteúdo deste inciso, Durante o dia Durante a noite
mas tão somente o anonimato na manifestação do
pensamento. Consentimento do morador Consentimento do morador
Caso de flagrante delito Caso de flagrante delito
[...]
Desastre ou prestar socorro Desastre ou prestar socorro
X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a
imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização por Determinação judicial --
dano material ou moral decorrente de sua violação;
Os direitos da personalidade decorrem da dignidade Note-se que o ingresso em domicílio por determinação
humana. O direito à privacidade decorre da autonomia da judicial somente é passível de realização durante o dia. Tal
vontade e do livre-arbítrio, permitindo à pessoa conduzir sua ingresso deverá ser realizado com ordem judicial expedida por
vida da forma que julgar mais conveniente, sem intromissões autoridade judicial competente, sob pena de considerar-se o
alheias, desde que não viole outros valores constitucionais e ingresso desprovido desta como abuso de autoridade, além da
direitos de terceiro. tipificação do crime de Violação de Domicílio, que se encontra
A CF/88 protege a privacidade, que abrange: intimidade, disposto no artigo 150 do Código Penal.
vida privada, honra e imagem. Todavia, o que podemos considerar como dia e noite?
A honra pode ser subjetiva (estima que a pessoa possui de Existem entendimentos que consideram o dia como o período
si mesma) ou objetiva (reputação do indivíduo perante o meio em que paira o sol, enquanto a noite onde há a existência do
social em que vive). As pessoas jurídicas só possuem honra crepúsculo. No entanto, entendemos não ser eficiente tal
objetiva. classificação, haja vista a existência no nosso país do horário
O direito à imagem, que envolve aspectos físicos, inclusive de verão adotado por alguns Estados e não por outros, o que
a voz, impede sua captação e difusão sem o consentimento da pode gerar confusão na interpretação desse inciso.
pessoa, ainda que não haja ofensa à honra. Neste sentido, a Assim, para fins didáticos e de maior segurança quanto à
súmula 403 do STJ: “Súmula 403 do STJ: Independe de prova interpretação, entendemos que o dia pode ser compreendido
do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada da entre as 6 horas e às 18 horas do mesmo dia, enquanto o
imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais”. período noturno é compreendido entre as 18 horas de um dia
até às 6 horas do dia seguinte (critério cronológico).
Este direito, como qualquer outro direito fundamental,
pode ser relativizado quando em choque com outros direitos. XII- é inviolável o sigilo da correspondência e das
Por exemplo, pessoas públicas, tendem a ter uma restrição do comunicações telegráficas, de dados e das comunicações
direito à imagem frente ao direito de informação da sociedade. telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas
Também a divulgação em contexto jornalístico de interesse hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de
público, a captação por radares de trânsito, câmeras de investigação criminal ou instrução processual penal;
segurança ou eventos de interesse público, científico, Este inciso tem por escopo demonstrar a inviolabilidade do
histórico, didático ou cultural são limitações legítimas ao sigilo de correspondência e das comunicações telegráficas, de
direito à imagem. dados e comunicações telefônicas. No entanto, o próprio inciso
Por outro lado, o inciso em questão traz a possibilidade de traz a possibilidade de quebra do sigilo telefônico, por ordem
ajuizamento de ação que vise à indenização por danos judicial, desde que respeite a lei, para que seja possível a
materiais ou morais decorrentes da violação dos direitos investigação criminal e instrução processual penal.
expressamente tutelados. Entende-se como dano material, o Para que fique mais claro o conteúdo do inciso em questão,
prejuízo sofrido na esfera patrimonial, enquanto o dano moral, vejamos:
aquele não referente ao patrimônio do indivíduo, mas sim que - Sigilo de Correspondência: Possui como regra a
causa ofensa à honra do indivíduo lesado. inviolabilidade trazida no Texto Constitucional. Todavia, em
Não obstante a responsabilização na esfera civil, ainda é caso de decretação de estado de defesa ou estado de sítio
possível constatar que a agressão a tais direitos também poderá haver limitação a tal inviolabilidade. Outra
encontra guarida no âmbito penal. Tal fato se abaliza na possibilidade de quebra de sigilo de correspondência
existência dos crimes de calúnia, injúria e difamação, entendida pelo Supremo Tribunal Federal diz respeito às
expressamente tipificados no Código Penal Brasileiro. correspondências dos presidiários. Visando a segurança
pública e a preservação da ordem jurídica o Supremo Tribunal
XI- a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela Federal entendeu ser possível à quebra do sigilo de
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em correspondência dos presidiários. Um dos motivos desse
caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, entendimento da Suprema Corte é que o direito constitucional
durante o dia, por determinação judicial; de inviolabilidade de sigilo de correspondência não pode
O conceito de casa é amplo, alcançando os locais habitados servir de guarida aos criminosos para a prática de condutas
de maneira exclusiva. Exemplo: escritórios, oficinas, ilícitas.
consultórios e locais de habitação coletiva (hotéis, motéis etc.) - Sigilo de Comunicações Telegráficas: A regra
que não sejam abertos ao público, recebendo todos estes locais empregada é da inviolabilidade do sigilo, sendo, porém,
esta proteção constitucional. possível à quebra deste em caso de estado de defesa e estado
O referido inciso traz a inviolabilidade do domicílio do de sítio.
indivíduo. Todavia, tal inviolabilidade não possui cunho - Sigilo das Comunicações Telefônicas: A regra é a
absoluto, sendo que o mesmo artigo explicita os casos em que inviolabilidade de tal direito. Outrossim, a própria
há possibilidade de penetração no domicílio sem o Constituição traz no inciso supracitado a exceção. Assim, será
consentimento do morador. Os casos em que é possível a possível a quebra do sigilo telefônico, desde que esteja
penetração do domicílio são: amparado por decisão judicial de autoridade competente para
que seja possível a instrução processual penal e a investigação
criminal. O inciso em questão ainda exige para a quebra do
sigilo a obediência de lei. Essa lei entrou em vigor em 1996, sob
o nº 9.296. A lei em questão, traz em seu bojo, alguns requisitos

Noções de Direito Constitucional 2


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

que devem ser observados para que seja possível realizar a paramilitar. Quando falamos em associações com caráter
quebra do sigilo telefônico. paramilitar estamos nos referindo àquelas que buscam se
Isso demonstra que não será possível a quebra dos sigilos estruturar de maneira análoga às forças armadas ou policiais.
supracitados por motivos banais, haja vista estarmos diante de Assim, para que não haja a existência de tais espécies de
um direito constitucionalmente tutelado. associações o texto constitucional traz expressamente a
A quebra desse tipo de sigilo pode ocorrer por vedação.
determinação judicial ou por Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI). XVIII- a criação de associações e, na forma da lei, a de
O sigilo de dados engloba dados fiscais, bancários e cooperativas independem de autorização, sendo vedada a
telefônicos (referente aos dados da conta e não ao conteúdo interferência estatal em seu funcionamento;
das ligações). Neste inciso está presente o desdobramento da liberdade
Quanto às comunicações telefônicas (conteúdo das de associação, onde a criação de cooperativas e associações
ligações), existe uma reserva jurisdicional. A interceptação só independem de autorização. É importante salientar que o
pode ocorrer com ordem judicial, para fins de investigação constituinte também trouxe no bojo deste inciso uma vedação
criminal ou instrução processual penal, sob pena de constituir no que diz respeito à interferência estatal no funcionamento
prova ilícita. de tais órgãos. O constituinte vedou a possibilidade de
interferência estatal no funcionamento das associações e
[...] cooperativas obedecendo à própria liberdade de associação.

XV- é livre a locomoção no território nacional em tempo de XIX- as associações só poderão ser compulsoriamente
paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial,
permanecer ou dele sair com seus bens; exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
O inciso em questão prega o direito de locomoção. Esse O texto constitucional traz expressamente as questões
direito abrange o fato de se entrar, permanecer, transitar e sair referentes à dissolução e suspensão das atividades das
do país, com ou sem bens. Quando o texto constitucional associações. Neste inciso estamos diante de duas situações
explicita que qualquer pessoa está abrangida pelo direito de diversas. Quando a questão for referente à suspensão de
locomoção, não há diferenciação entre brasileiros natos e atividades da associação, a mesma somente se concretizará
naturalizados, bem como nenhuma questão atinente aos através de decisão judicial. Todavia, quando falamos em
estrangeiros. Assim, no presente caso a Constituição tutela não dissolução compulsória das entidades associativas, é
somente o direito de locomoção do brasileiro nato, bem como importante salientar que a mesma somente alcançará êxito
o do naturalizado e do estrangeiro. através de decisão judicial transitada em julgado.
Desta forma, como é possível perceber a locomoção será Logo, para ambas as situações, seja na dissolução
livre em tempo de paz. Porém tal direito é relativo, podendo compulsória, seja na suspensão de atividades, será necessária
ser restringido em casos expressamente dispostos na decisão judicial. Entretanto, como a dissolução compulsória
Constituição, como por exemplo, no estado de sítio e no estado possui uma maior gravidade exige-se o trânsito em julgado da
de defesa. decisão judicial.
Para uma compreensão mais simples do inciso em questão,
XVI- todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em o que podemos entender como decisão judicial transitada em
locais abertos ao público, independentemente de autorização, julgado? A decisão judicial transitada em julgado consiste em
desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada uma decisão emanada pelo Poder Judiciário onde não seja
para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à mais possível a interposição de recursos.
autoridade competente;
Neste inciso encontra-se presente outro direito XX- ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a
constitucional, qual seja: o direito de reunião. A grande permanecer associado;
característica da reunião é a descontinuidade, ou seja, pessoas Aqui se encontra outro desdobramento da liberdade de
se reúnem para discutirem determinado assunto, e finda a associação. Estamos diante da liberdade associativa, ou seja,
discussão, a reunião se encerra. Cabe ressaltar que a diferença do fato que ninguém será obrigado a associar-se ou a
entre reunião e associação está intimamente ligada a tal permanecer associado.
característica. Enquanto a reunião não é contínua, a
associação tem caráter permanente. XXI- as entidades associativas, quando expressamente
Explicita o referido inciso, a possibilidade da realização de autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados
reuniões em locais abertos ao público, desde que não haja judicial ou extrajudicialmente;
presença de armas e que não frustre reunião previamente Este inciso expressa a possibilidade das entidades
convocada. É importante salientar que o texto constitucional associativas, desde que expressamente autorizadas,
não exige que a reunião seja autorizada, mas tão somente haja representem seus filiados judicial ou extrajudicialmente. Cabe
uma prévia comunicação à autoridade competente. ressaltar que, de acordo com a legislação processual civil,
De forma similar ao direito de locomoção, o direito de ninguém poderá alegar em nome próprio direito alheio, ou
reunião também é relativo, pois poderá ser restringido em seja, o próprio titular do direito buscará a sua efetivação. No
caso de estado de defesa e estado de sítio. entanto, aqui estamos diante de uma exceção a tal regra, ou
seja, há existência de legitimidade extraordinária na defesa
XVII- é plena a liberdade de associação para fins lícitos, dos interesses dos filiados. Assim, desde que expressamente
vedada a de caráter paramilitar; previsto no estatuto social, as entidades associativas passam a
Como foi explicitado na explicação referente ao inciso ter legitimidade para representar os filiados judicial ou
anterior, a maior diferença entre reunião e associação está na extrajudicialmente. Quando falamos em legitimidade na esfera
descontinuidade da primeira e na permanência da segunda. judicial, estamos nos referindo à tutela dos interesses no Poder
Este inciso prega a liberdade de associação. É importante Judiciário. Porém, quando falamos em tutela extrajudicial a
salientar que a associação deve ser para fins lícitos, haja vista tutela pode ser realizada administrativamente.
que a ilicitude do fim pode tipificar conduta criminosa.
O inciso supracitado ainda traz uma vedação, que consiste
no fato da proibição de criação de associações com caráter

Noções de Direito Constitucional 3


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

XXII- é garantido o direito de propriedade; Constituição no inciso supracitado foi muito feliz em abordar
Este inciso traz a tutela de um dos direitos mais tal assunto, haja vista a importância do mesmo dentro da
importantes na esfera jurídica, qual seja: a propriedade. Em conjectura social do nosso país.
que pese tenha o artigo 5º, caput, consagrado à propriedade De acordo com o inciso XLII, a prática de racismo constitui
como um direito fundamental, o inciso em questão garante o crime inafiançável, imprescritível e sujeito à pena de reclusão.
direito de propriedade. De acordo com a doutrina civilista, o O caráter de inafiançabilidade deriva do fato que não será
direito de propriedade caracteriza-se pelo uso, gozo e admitido o pagamento de fiança em razão do cometimento de
disposição de um bem. Todavia, o direito de propriedade não uma conduta racista. Como é cediço, a fiança consiste na
é absoluto, pois existem restrições ao seu exercício, como por prestação de caução pecuniária ou prestação de obrigações
exemplo, a obediência à função social da propriedade. que garantem a liberdade ao indivíduo até sentença
condenatória.
XXIII- a propriedade atenderá a sua função social; Outrossim, a prática do racismo constitui crime
Neste inciso encontra-se presente uma das limitações ao imprescritível. Para interpretar de maneira mais eficaz o
direito de propriedade, qual seja: a função social. A conteúdo do inciso supracitado é necessário entendermos em
propriedade urbana estará atendendo sua função social que consiste o instituto da prescrição. A prescrição consiste na
quando atender as exigências expressas no plano diretor. O perda do direito de punir pelo Estado, em razão do elevado
plano diretor consiste em um instrumento de política tempo para apuração dos fatos. Assim, o Estado não possui
desenvolvimentista, obrigatório para as cidades que possuam tempo delimitado para a apuração do fato delituoso, podendo
mais de vinte mil habitantes. Tal plano tem por objetivo traçar o procedimento perdurar por vários anos. Cabe ressaltar que
metas que serão obedecidas para o desenvolvimento das existem diversas espécies de prescrição, todavia, nos ateremos
cidades. somente ao gênero para uma noção do instituto tratado.
Ademais, o inciso estabelece que o crime em questão será
[...] sujeito à pena de reclusão. A reclusão é uma modalidade de
pena privativa de liberdade que comporta alguns regimes
XXXIX- não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena prisionais, quais sejam: o fechado, o semiaberto e o aberto.
sem prévia cominação legal;
Esse princípio, muito utilizado no Direito Penal, encontra- [...]
se bipartido em dois subprincípios, quais sejam: subprincípio
da reserva legal e subprincípio da anterioridade. XLIX- é assegurado aos presos o respeito à integridade física
O primeiro explicita que não haverá crime sem uma lei que e moral;
o defina, ou seja, não será possível imputar determinado crime A tutela do preso cabe ao Estado. Assim, sua integridade
a um indivíduo, sem que a conduta cometida por este esteja física e moral deve ser preservada, sob pena de
tipificada, ou seja, prevista em lei como crime. Ainda o responsabilização do Estado pela conduta dos seus agentes e
subprincípio da reserva legal explicita que não haverá pena dos outros presos. O fato de estar preso não significa que ele
sem cominação legal. poderá receber tratamento desumano ou degradante.
Já, o subprincípio da anterioridade, demonstra que há É importante salientar que este inciso é um
necessidade uma lei anterior ao cometimento da conduta para desdobramento do princípio da dignidade da pessoa humana,
que seja imputado o crime ao sujeito ativo praticante da pois, independentemente do instinto criminoso, o preso é uma
conduta lesiva. Outrossim, não será possível a aplicabilidade pessoa que possui seus direitos protegidos pela Carta Magna.
de pena, sem uma cominação legal estabelecida previamente.
Não teria sentido adotarmos o princípio da legalidade, sem [...]
a correspondente anterioridade, pois criar uma lei, após o
cometimento do fato, seria totalmente inútil para a segurança LVI- são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por
que a norma penal deve representar a todos os seus meios ilícitos;
destinatários. A Constituição ao explicitar serem inadmissíveis no
O indivíduo somente está protegido contra os abusos do processo, as provas obtidas por meios ilícitos, diz respeito às
Estado, caso possa ter certeza de que as leis penais são provas adquiridas em violação a normas constitucionais ou
aplicáveis para o futuro, a partir de sua criação, não legais. Em outras palavras: prova ilícita é a que viola regra de
retroagindo para abranger condutas já realizadas. direito material, seja constitucional ou legal, no momento de
A lei penal produz efeitos a partir de sua entrada em vigor, sua obtenção (ex.: confissão mediante tortura). Por outro lado,
não se admitindo sua retroatividade maléfica. Não pode as provas que atingem regra de direito processual, no
retroagir, salvo se beneficiar o réu. momento de sua produção em Juízo, como por exemplo,
É proibida a aplicação da lei penal inclusive aos fatos interrogatório sem a presença de advogado; colheita de
praticados durante seu período de vacatio. Embora já depoimento sem a presença de advogado, não são taxadas de
publicada e vigente, a lei ainda não estará em vigor e não ilícitas, mas sim de ilegítimas. Em que pese essas
alcançará as condutas praticadas em tal período. considerações, ambos os tipos de provas são inadmissíveis no
Vale destacar, entretanto, a existência de entendimentos processo, sob pena de nulidade.
no sentido de aplicabilidade da lei em vacatio, desde que para
beneficiar o réu. LVII- ninguém será considerado culpado até o trânsito em
julgado da sentença penal condenatória;
Vacatio refere-se ao tempo em que a lei é publicada até Aqui estamos diante do princípio da presunção de
a sua entrada em vigor. A lei somente será aplicável a fatos inocência ou da não-culpabilidade. Conforme dispõe o próprio
praticados posteriormente a sua vigência. inciso, ninguém será considerado culpado até o trânsito em
julgado da sentença penal condenatória. Quando falamos em
trânsito em julgado da sentença penal condenatória, estamos
[...] diante de uma sentença que condenou alguém pela prática de
um crime e não há mais possibilidade de interposição de
XLII- a prática do racismo constitui crime inafiançável e recursos. Assim, após o trânsito em julgado da sentença será
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; possível lançar o nome do réu no rol dos culpados.
Atualmente, um dos grandes objetivos da sociedade global
é a luta pela extinção do racismo no mundo. A nossa
Noções de Direito Constitucional 4
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

A sentença de pronúncia é aquela que encerra a primeira humanos. Assim, os demais tratados serão recepcionados pelo
fase do procedimento do júri, após verificadas a presença de ordenamento jurídico brasileiro com o caráter de lei ordinária,
autoria e materialidade. Como já dito anteriormente, não é diferentemente do tratamento dado aos tratados de direitos
possível efetuar o lançamento do nome do réu no rol dos humanos, com a edição da Emenda nº 45/04.
culpados após essa sentença, pois este ainda será julgado pelo
Tribunal do Júri, constitucionalmente competente para julgar § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal
os crimes dolosos contra a vida. Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.
Outro ponto controverso diz respeito à prisão preventiva. Este parágrafo é outra novidade inserida ao ordenamento
Muito se discutiu se a prisão preventiva afetaria ao princípio jurídico pela Emenda Constitucional nº 45/04. Nos moldes do
da presunção de inocência. Porém, esse assunto já foi dirimido parágrafo supracitado o Brasil se submete à jurisdição do TPI
pela jurisprudência, ficando decidido que a prisão processual (Tribunal Penal Internacional), a cuja criação tenha
não afeta o princípio esposado no inciso em questão. manifestado adesão. Referido tribunal foi criado pelo Estatuto
de Roma em 17 de julho de 1998, o qual foi subscrito
[...] pelo Brasil. Trata-se de instituição permanente, com jurisdição
para julgar genocídio, crimes de guerra, contra a humanidade
LXIII- o preso será informado de seus direitos, entre os quais e de agressão, e cuja sede se encontra em Haia, na Holanda. Os
o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da crimes de competência desse Tribunal são imprescritíveis,
família e de advogado; dado que atentam contra a humanidade como um todo. O
Neste inciso, outros direitos do preso estão presentes, tratado foi aprovado pelo Decreto Legislativo nº 112, de 6 de
quais sejam: o de permanecer calado, de assistência da família junho de 2002, antes, portanto, de sua entrada em vigor, que
e de advogado. O primeiro deles trata da possibilidade do ocorreu em 1 de julho de 2002.
preso permanecer calado, haja vista que este não é obrigado a Tal tratado foi equiparado no ordenamento jurídico
produzir prova contra si. Ademais, os outros garantem que brasileiro às leis ordinárias. Em que pese tenha adquirido este
seja assegurado este a assistência de sua família e de um caráter, o mencionado tratado diz respeito a direitos humanos,
advogado. porém não possui característica de emenda constitucional,
pois entrou em vigor em nosso ordenamento jurídico antes da
[...] edição da Emenda Constitucional nº 45/04. Para que tal
tratado seja equiparado às emendas constitucionais deverá
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias passar pelo mesmo rito de aprovação destas.
fundamentais têm aplicação imediata.
O parágrafo em tela demonstra que os direitos e garantias Questões
fundamentais constantes no bojo de toda a Carta Magna
passaram a ter total validade com a entrada em vigor da 01. (PC-AP - Agente de Polícia – FCC/2017) A
Constituição, independentemente, da necessidade de Constituição Federal de 1988, ao tratar dos direitos e deveres
regulamentação de algumas matérias por lei individuais e coletivos,
infraconstitucional. (A) assegura-os aos brasileiros residentes no País, mas não
aos estrangeiros em trânsito pelo território nacional, cujos
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não direitos são regidos pelas normas de direito internacional.
excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela (B) prescreve que a natureza do delito praticado não pode
adotados, ou dos tratados internacionais em que a República ser critério para determinar o estabelecimento em que a pena
Federativa do Brasil seja parte. correspondente será cumprida pelo réu.
O parágrafo 2º explicita que os direitos e garantias (C) atribui ao júri a competência para o julgamento dos
expressos em toda a Constituição não excluem outros crimes dolosos contra a vida, assegurando a plenitude de
decorrentes do regime e dos princípios adotados, ou dos defesa, a publicidade das votações e a soberania dos
tratados internacionais em que o Brasil seja parte. Desta veredictos.
maneira, além dos direitos e garantias já existentes, este (D) excepciona o princípio da irretroatividade da lei penal
parágrafo consagra a possibilidade de existência de outros ao permitir que a lei seja aplicada aos crimes cometidos
decorrentes do regime democrático. Não obstante, o parágrafo anteriormente a sua entrada em vigência, quando for mais
supracitado não exclui outros princípios derivados de tratados benéfica ao réu, regra essa que incide, inclusive, quando se
internacionais em que o Brasil seja signatário. Quando o tratar de crime hediondo.
assunto abordado diz respeito aos tratados, cabe ressaltar a (E) determina que a prática de crime hediondo constitui
importante alteração trazida pela Emenda Constitucional nº crime inafiançável e imprescritível.
45/04, que inseriu o parágrafo 3º, que será analisado
posteriormente. 02. (Prefeitura de Chapecó/SC - Engenheiro de
Trânsito - IOBV/2016) De acordo com o texto constitucional,
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos é direito fundamental do cidadão:
humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso (A) A manifestação do pensamento, ainda que através do
Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos anonimato.
respectivos membros, serão equivalentes às emendas (B) A liberdade de associação para fins lícitos, inclusive de
constitucionais. caráter paramilitar.
Este parágrafo trouxe uma novidade inserida pela Emenda (C) Ser compelido a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
Constitucional nº 45/04 (Reforma do Judiciário). A novidade somente em virtude de lei.
consiste em atribuir aos tratados e convenções internacionais (D) Ser livre para expressar atividade intelectual e
sobre direitos humanos o mesmo valor de emendas artística, mediante licença do Ministério da Educação e
constitucionais, desde que sejam aprovados pelo rito Cultura.
necessário. Para que as emendas alcancem tal caráter é
necessária à aprovação em cada Casa do Congresso Nacional, Respostas
em dois turnos, por três quintos dos votos dos membros.
Contudo, cabe ressaltar que este parágrafo somente abrange 01. Resposta: “C”
os tratados e convenções internacionais sobre direitos 02. Resposta: “B”

Noções de Direito Constitucional 5


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

à condição de direito fundamental. Como a convivência


2. Dos militares dos harmônica reclama a preservação dos direitos e garantias
Estados, do Distrito Federal e fundamentais, é necessário existir uma atividade constante de
vigilância, prevenção e repressão de condutas delituosas.
dos Territórios (art. 42); O poder de polícia é a atividade do Estado consistente em
limitar o exercício dos direitos individuais em benefícios do
interesse público.
Estamos diante aqui de uma classe de servidor público A atividade policial divide-se, então em duas grandes
especial denominada militares dos Estados, do Distrito áreas: administrativa e judiciária. A polícia administrativa
Federal e dos Territórios, como bem assevera o artigo 42 da (polícia preventiva ou ostensiva) atua preventivamente,
CF, inclusive ao designar-lhes lugar separado em seção III, evitando que o crime aconteça e preservando a ordem pública,
tratando-os como "Dos Militares dos Estados, Distrito Federal fica a cargo das polícias militares, forças auxiliares e reserva
e Territórios". do Exército. Já a polícia judiciária (polícia de investigação) atua
Deste modo, aos militares a própria Constituição impôs repressivamente, depois de ocorrido o ilícito. A investigação e
regime especial e diferenciado do servidor civil. Os direitos e a apuração de infrações penais (exceto militares e aquelas de
deveres dos militares e dos civis não se misturam a não ser por competência da polícia federal), ou seja, o exercício da polícia
expressa determinação constitucional. Não pode o legislador judiciária, em âmbito estadual, cabe às policias civis, dirigidas
infraconstitucional cercear direitos ou impor deveres que a por delegados de polícia de carreira.
Constituição Federal não trouxe de forma taxativa, tampouco
não se pode inserir deveres dos servidores civis aos militares Órgãos da segurança pública
de forma reflexa.
A segurança pública efetiva-se por meio dos seguintes
Seção III órgãos:
DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL - Polícia Federal - instituída por lei como órgão
E DOS TERRITÓRIOS permanente, organizado e mantido pela União e estruturado
em carreira, destina-se a:
Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de a) apurar infrações penais contra a ordem política e social
Bombeiros Militares, instituições organizadas com base na ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou
hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim
Federal e dos Territórios. como outras infrações cuja prática tenha repercussão
§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito interestadual ou internacional e exija repressão uniforme,
Federal e dos Territórios, além do que vier a ser fixado em lei, as segundo se dispuser em lei;
disposições do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e b) prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e
3º, cabendo a lei estadual específica dispor sobre as matérias do drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da
art. 142, § 3º, inciso X, sendo as patentes dos oficiais conferidas ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas
pelos respectivos governadores. áreas de competência;
§ 2º Aos pensionistas dos militares dos Estados, do Distrito c) exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e
Federal e dos Territórios aplica-se o que for fixado em lei de fronteiras; e
específica do respectivo ente estatal. d) exercer, com exclusividade, as funções de polícia
judiciária da União.
Súmula vinculante 39-STF: Compete privativamente à
União legislar sobre vencimentos dos membros das polícias - Polícia rodoviária federal - órgão permanente,
civil e militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito organizado e mantido pela União e estruturado em carreira,
Federal. destina-se, nos termos da Lei n° 9.654, de 2 de junho de 1998,
ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais.
- Polícia ferroviária federal - órgão permanente,
organizado e mantido pela União e estruturado em carreira,
3. Da Segurança Pública destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das
(art.144). ferrovias federais.
- Polícias civis - dirigidas por delegados de carreira,
exercem, ressalvada a competência da União, as funções de
A Segurança é um direito constitucionalmente polícia judiciária e de apuração de infrações penais, exceto as
consagrado e constitui, juntamente com a Justiça e o Bem- militares. Deve ser observado que a Resolução n° 2, de 20 de
estar, um dos três fins do Estado Social. Viver em segurança é fevereiro de 2002, do Conselho Nacional de Segurança Pública,
uma necessidade básica dos cidadãos, é um direito destes e estabelece diretrizes para as polícias civil e militar dos Estados
uma garantia a ser prestada pelo Estado. e do Distrito Federal em relação às Corregedorias e recomenda
Assim, o objetivo fundamental da segurança pública, dever a criação de Ouvidorias autônomas e independentes dos
do Estado, direito e responsabilidade de todos, é a preservação órgãos policiais.
da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do - Polícias militares - realizam o policiamento ostensivo e
patrimônio. a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros
No título V da Constituição Federal de 1988, “Da defesa do militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a
Estado e das instituições democráticas”, está o capítulo III, “Da execução de atividades de defesa civil. Nesse caso, há a
segurança pública” que em seu único artigo dispõe: “Art. 144. Resolução n° 4, de 20 de fevereiro de 2002, do Conselho
A segurança pública, dever do Estado, direito e Nacional de Segurança Pública, que estatui os procedimentos
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da a serem adotados pela Polícia Militar em relação às suas
ordem pública e da incolumidade das pessoas e do atribuições legais, e dá outras providências.
patrimônio...”. - Corpos de bombeiros militares - são forças auxiliares
A segurança pública é um serviço público que deve ser que se subordinam, conjuntamente com as polícias civis, aos
universalizado, sendo “dever do estado” e “direito de todos”. O governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos
art. 5º da Constituição Federal, em seu caput, eleva a segurança Territórios.

Noções de Direito Constitucional 6


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Importante lembrar que os Municípios poderão constituir Dispositivos constitucionais pertinentes ao tema:
guardas municipais destinadas à proteção de seus bens,
serviços e instalações, conforme dispuser a lei e a segurança CAPÍTULO III
viária, exercida para a preservação da ordem pública e da DA SEGURANÇA PÚBLICA
incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias
públicas compreende a educação, engenharia e fiscalização de Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e
trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da
assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio,
e compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos através dos seguintes órgãos:
Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e I - polícia federal;
seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma II - polícia rodoviária federal;
da lei. III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
O homicídio cometido contra integrantes dos órgãos de V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
segurança pública (ou contra seus familiares) passa a ser
considerado como homicídio qualificado, se o delito tiver O direito a segurança é prerrogativa constitucional
relação com a função exercida. indisponível, garantido mediante a implementação de
A Lei n° 13.142/2015 acrescentou o inciso VII ao § 2º políticas públicas, impondo ao Estado a obrigação de criar
do art. 121 do CP prevendo o seguinte: condições objetivas que possibilitem o efetivo acesso a tal
serviço. É possível ao Poder Judiciário determinar a
Art. 121. Matar alguém: implementação pelo Estado, quando inadimplente, de políticas
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. públicas constitucionalmente previstas, sem que haja
(...) ingerência em questão que envolve o poder discricionário do
Homicídio qualificado Poder Executivo1
§ 2° Se o homicídio é cometido: O conceito jurídico de ordem pública não se confunde com
(...) incolumidade das pessoas e do patrimônio (art. 144 da
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 CF/1988). Sem embargo, ordem pública se constitui em bem
e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema jurídico que pode resultar mais ou menos fragilizado pelo
prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no modo personalizado com que se dá a concreta violação da
exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu integridade das pessoas ou do patrimônio de terceiros, tanto
cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro quanto da saúde pública (nas hipóteses de tráfico de
grau, em razão dessa condição: entorpecentes e drogas afins).
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. Daí sua categorização jurídico-positiva, não como
descrição do delito nem cominação de pena, porém como
2) A pena da LESÃO CORPORAL será aumentada de 1/3 pressuposto de prisão cautelar; ou seja, como imperiosa
a 2/3 se essa lesão tiver sido praticada contra integrantes necessidade de acautelar o meio social contra fatores de
dos órgãos de segurança pública (ou contra seus perturbação que já se localizam na gravidade incomum da
familiares), desde que o delito tenha relação com a função execução de certos crimes.
exercida. Não há incomum gravidade abstrata desse ou daquele
crime, mas da incomum gravidade na perpetração em si do
A Lei n° 13.142/2015 acrescentou o § 12 ao art. 129 do crime, levando à consistente ilação de que, solto, o agente
CP, prevendo o seguinte: reincidirá no delito. Donde o vínculo operacional entre
necessidade de preservação da ordem pública e
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de acautelamento do meio social. Logo, conceito de ordem
outrem: pública que se desvincula do conceito de incolumidade das
Pena - detenção, de três meses a um ano. pessoas e do patrimônio alheio (assim como da violação à
(...) saúde pública), mas que se enlaça umbilicalmente à noção de
Aumento de pena acautelamento do meio social2.
(...)
§ 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão
descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em
integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de carreira, destina-se a:"
Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência I - apurar infrações penais contra a ordem política e social
dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição, a suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como
pena é aumentada de um a dois terços. outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual
ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser
3) Foram previstos como crimes hediondos (Lei nº em lei;
8.072, de 25 de Julho de 1990): II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e
- Lesão corporal dolosa gravíssima (art. 129, § 2º) drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da
- Lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3º) ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas
- Homicídio qualificado praticados contra integrantes áreas de competência;
dos órgãos de segurança pública (ou contra seus III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e
familiares), se o delito tiver relação com a função exercida. de fronteiras;
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia
judiciária da União.

1 RE 559.646-AgR, rel. min.Ellen Gracie, julgamento em 7-6-2011, Segunda 2 HC 101.300, rel. min. Ayres Britto, julgamento em 5-10-2010, Segunda

Turma, DJE de 24-6-2011. No mesmo sentido: ARE 654.823-AgR, rel. min. Dias Turma, DJE 18-11-2010
Toffoli, julgamento em 12-11-2013, Primeira Turma, DJE de 5-12-2013

Noções de Direito Constitucional 7


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Cabe salientar que a mútua cooperação entre organismos conta a quadra atual a envolver os presídios brasileiros, com a
policiais, o intercâmbio de informações, o fornecimento problemática da superpopulação carcerária em contraste com
recíproco de dados investigatórios e a assistência técnica entre a escassez de mão de obra, entendo razoável a participação da
a Polícia Federal e as polícias estaduais, com o propósito Polícia Militar em serviços de custódia e guarda de presos,
comum de viabilizar a mais completa apuração de fatos sobretudo a fim manter a ordem nos estabelecimentos
delituosos gravíssimos, notadamente naqueles casos em que prisionais. Por fim, emerge dos documentos acostados aos
se alega o envolvimento de policiais militares na formação de autos que a ordem foi dada no sentido de reforçar a guarda,
grupos de extermínio, encontram fundamento, segundo penso, temporariamente, em serviços inerentes à carceragem, e não
no próprio modelo constitucional de federalismo cooperativo para substituir agentes penitenciários como afirma a defesa6.”
cuja institucionalização surge, em caráter inovador, no plano
de nosso ordenamento constitucional positivo, na CF de 1934, § 6º As polícias militares e corpos de bombeiros militares,
que se afastou da fórmula do federalismo dualista inaugurada forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se,
pela Constituição republicana de 1891, que impunha, por juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados,
efeito da outorga de competências estanques, rígida separação do Distrito Federal e dos Territórios.
entre as atribuições federais e estaduais3.
O § 6º do art. 144 da Constituição diz que os Delegados de
A cláusula de exclusividade inscrita no art. 144, § 1º, IV, da Polícia são subordinados, hierarquizados
Constituição da República – que não inibe a atividade de administrativamente aos governadores de Estado, do Distrito
investigação criminal do Ministério Público – tem por única Federal e dos Territórios. E uma vez que os delegados são, por
finalidade conferir à Polícia Federal, dentre os diversos expressa dicção constitucional, agentes subordinados, eu os
organismos policiais que compõem o aparato repressivo da excluiria desse foro especial, ratione personae ou intuitu
União Federal (Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e personae7.
Polícia Ferroviária Federal), primazia investigatória na Polícias estaduais: regra constitucional local que
apuração dos crimes previstos no próprio texto da Lei subordina diretamente ao governador a Polícia Civil e a Polícia
Fundamental ou, ainda, em tratados ou convenções Militar do Estado: inconstitucionalidade na medida em que,
internacionais4. invadindo a autonomia dos Estados para dispor sobre sua
organização administrativa, impõe dar a cada uma das duas
§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, corporações policiais a hierarquia de secretarias e aos seus
organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, dirigentes o status de secretários8.
destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das
rodovias federais. § 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos
§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a
organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, garantir a eficiência de suas atividades.
destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das § 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais
ferrovias federais. destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações,
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de conforme dispuser a lei.
carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as § 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos
funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, órgãos relacionados neste artigo será fixada na forma do § 4º do
exceto as militares. art. 39.
§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação da
A Constituição do Brasil – art. 144, § 4º – define ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu
incumbirem às polícias civis ‘as funções de polícia judiciária e patrimônio nas vias públicas:
a apuração de infrações penais, exceto as militares’. Não I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de
menciona a atividade penitenciária, que diz com a guarda dos trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que
estabelecimentos prisionais; não atribui essa atividade assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente;
específica à polícia civil5. e
II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e
preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da
militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a lei.
execução de atividades de defesa civil.
Questões
“(...) reputo não haver que se falar em manifesta ilegalidade
em ato emanado de superior hierárquico consistente em 01. (TJM/SP - Escrevente Técnico Judiciário -
determinar a subordinado que se dirija à cadeia pública, a fim VUNESP/2017) Nos termos da Constituição Federal, os
de reforçar a guarda do local. Por outro lado, tenho para mim policiais militares estaduais têm, entre suas funções,
que a obediência reflete um dos grandes deveres do militar, (A) a segurança nacional, se o caso.
não cabendo ao subalterno recusar a obediência devida ao (B) a garantia dos poderes constitucionais.
superior, sobretudo levando-se em conta os primados da (C) a preservação da ordem pública.
hierarquia e da disciplina. Ademais, inviável delimitar, de (D) a de polícia judiciária.
forma peremptória, o que seria, dentro da organização militar, (E) a apuração de infrações penais.
ordem legal, ilegal ou manifestamente ilegal, uma vez que não
há rol taxativo a determinar as diversas atividades inerentes à
função policial militar. Observo ainda que, levando-se em

3 RHC 116.002, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 12-3-2014, decisão 6 HC 101.564, voto do rel. min. Gilmar Mendes, julgamento em 30-11-2010,

monocrática, DJE de 17-3-2014. Segunda Turma, DJE de 15-12-2010.


4 HC 89.837, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 20-10-2009, Segunda 7 ADI 2.587, voto do rel. p/ o ac. min. Ayres Britto, julgamento em 1º-12-

Turma, DJE de 20-11-2009. 2004, Plenário, DJ de 6-11-2006.


5 ADI 3.916, rel. min.Eros Grau, julgamento em 3-2-2010, Plenário, DJE de 8 ADI 132, rel. min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 30-4-2003,

14-5-2010. Plenário, DJ de 30-5-2003.

Noções de Direito Constitucional 8


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

02. (SJC/SC - Agente de Segurança Socioeducativo - destina, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das
FEPESE/2016) De acordo com a Constituição Federal, a rodovias federais.
segurança pública é composta pelos seguintes órgãos: (C) As Polícias Federais, Militares e os Corpos de
1. Bombeiro militar Bombeiros Militares, as forças auxiliares e a reserva do
2. Defesa civil Exército subordinam-se, juntamente com as Polícias Civis, aos
3. Polícia federal governadores dos estados, do Distrito Federal e dos
territórios.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas (D) À Polícia Federal cabe apurar as infrações penais
corretas. contra a ordem política e social ou em detrimento de bens,
(A) É correta apenas a afirmativa 1. serviços e interesses da União ou de suas entidades
(B) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2. autárquicas e empresas públicas.
(C) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3. (E) Às Polícias Civis incumbe, ressalvada a competência da
(D) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3. União, a apuração de infrações penais, incluindo as militares.
(E) São corretas as afirmativas 1, 2 e 3.
Respostas
03. (Câmara de Natal/RN - Guarda Legislativo -
COMPERVE/2016) A segurança pública, dever do Estado, 01. Resposta: “C”
direito e responsabilidade de todos, é exercida para a 02. Resposta: “C”
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas 03. Resposta: “D”
e do patrimônio, por meio de órgãos variados, dentre eles a 04. Resposta: “A”
polícia federal, cujas competências envolvem 05. Resposta: “D”
(A) exercer, sem exclusividade, as funções de polícia
judiciária da União e atuar no patrulhamento ostensivo das
ferrovias federais.
(B) prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins, não cabendo a esse órgão atuar para prevenir e
reprimir o contrabando e o descaminho. Anotações
(C) executar as funções de polícia marítima, aeroportuária
e de fronteiras e exercer as atividades de patrulhamento
ostensivo das rodovias federais.
(D) apurar infrações penais contra a ordem política e social
ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou
de suas entidades autárquicas e empresas públicas.

04. (Câmara de Natal/RN - Guarda Legislativo -


COMPERVE/2016) Além da polícia federal, outros órgãos
atuam para promover a segurança pública no âmbito do
território brasileiro, como é o caso das polícias civis, das
polícias militares e corpos de bombeiros militares. A
Constituição, tratando das diretrizes referentes a esses entes,
determinou que
(A) às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de
carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as
funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais,
exceto as militares.
(B) às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de
carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as
funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais,
inclusive das militares.
(C) as polícias militares e corpos de bombeiros militares,
forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se,
juntamente com as polícias civis, aos Prefeitos e Governadores
dos Estados.
(D) as polícias militares e corpos de bombeiros militares,
forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se,
juntamente com as polícias civis, ao Presidente da República,
Prefeitos e Governadores dos Estados.

05. (PC/DF - Perito Criminal – IADES/2016) A


segurança pública é dever do Estado e direito e
responsabilidade de todos. É exercida pela Polícia Federal e
por outros órgãos, com base na Constituição Federal, para a
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas
e do patrimônio. Acerca desse tema, assinale a alternativa
correta.
(A) Juntamente com a Polícia Civil, cabe à Polícia Federal
exercer funções de Polícia Judiciária da União.
(B) A Polícia Federal é um órgão permanente, organizado
e mantido pela União, e estruturado em carreira que se

Noções de Direito Constitucional 9


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Noções de Direito Constitucional 10


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
NOÇÕES DE DIREITO PENAL

Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Não se pode considerar como justo e realmente isonômico


algo que passe ao largo da dignidade humana, base sobre a
qual todos os direitos e garantias individuais são erguidos e
sustentados. Ademais, inexistiria razão de ser a tantos
preceitos fundamentais não fosse o nítido suporte prestado à
dignidade humana.
1. Princípios Há dois prismas para o princípio constitucional regente da
constitucionais do Direito dignidade da pessoa humana: objetivo e subjetivo.
Sob o aspecto objetivo, significa a garantia de um mínimo
Penal. existencial ao ser humano, atendendo às suas necessidades
básicas, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer,
vestuário, higiene, transporte e previdência social, nos moldes
Etimologicamente, princípio tem vários significados, entre fixados pelo art. 7.º, IV, da CF.
os quais o de momento em que algo tem origem, causa Sob o aspecto subjetivo, trata-se do sentimento de
primária, elemento predominante na constituição de um corpo respeitabilidade e autoestima, inerentes ao ser humano, desde
orgânico; preceito, regra ou lei; fonte ou causa de uma ação. o nascimento, em relação aos quais não cabe qualquer espécie
No sentido jurídico, não se poderia fugir de tais noções, de de renúncia ou desistência.
modo que o conceito de princípio indica uma ordenação, que O Direito Penal, constituindo a mais drástica opção estatal
se irradia e imanta os sistemas de normas, servindo de base para regular conflitos e aplicar sanções, deve amoldar-se ao
para a interpretação, integração, conhecimento e aplicação do princípio regente da dignidade humana, justamente pelo fato
direito positivo. de se assegurar que o braço forte do Estado continue a ser
Todos os ramos do direito positivo só adquirem a plena democrático e de direito.
eficácia quando compatível com os Princípios e Normas O devido processo legal guarda suas raízes no princípio
descritos na Constituição Federal abstraindo-a como um todo. da legalidade, garantindo ao indivíduo que somente seja
Existem determinados princípios que estão processado e punido se houver lei penal anterior definindo
expressamente previstos na lei, enquanto outros estão determinada conduta como crime, cominando-lhe pena. Além
implícitos no sistema normativo. Existem ainda os que estão disso, modernamente, representa a união de todos os
enumerados na Constituição Federal, denominados de princípios penais e processuais penais, indicativo da
princípios constitucionais (explícitos e implícitos) servindo de regularidade ímpar do processo criminal.
orientação para a produção legislativa ordinária, atuando Associados, os princípios constitucionais da dignidade
como garantias diretas e imediatas aos cidadãos e funcionando humana e do devido processo legal entabulam a regência dos
como critérios de interpretação e integração do texto demais, conferindo-lhes unidade e coerência. A criação do tipo
constitucional. e adequação concreta da conduta ao tipo devem operar-se em
Não obstante, o direito penal deverá obediência aos consonância com os princípios constitucionais do Direito
princípios constitucionais, respeitando assim, um princípio do Penal, os quais derivam da dignidade da pessoa humana que,
Estado Democrático de Direito que regula o Direito Penal e o por sua vez, encontra fundamento no Estado Democrático de
da dignidade humana que se encontra disciplinado no artigo Direito.
1º, III da CF, do qual partem vários outros próprios do direito Dos princípios orientadores e limitadores do Direito Penal
penal. Com isso qualquer fato típico (lei) que contrariar a que decorrem da dignidade, merecem destaque:
dignidade humana será declarada materialmente
inconstitucional. Expurgado esses princípios, dever-se-á dar o 1.1. Princípios Constitucionais explícitos
novo significado de crime, crime não é só o que está transcrito
na legislação, deve, outrossim, colocar em risco os valores 1.1.1. Princípio da Legalidade (ou reserva legal): O
fundamentais da sociedade. princípio da reserva legal delimita o poder punitivo do Estado
Os mais importantes princípios penais derivados da e dá ao Direito Penal uma função garantista. Este define o
dignidade humana são a legalidade, ofensividade, delito e a pena, ficando os cidadãos cientes de que só pelos
insignificância, alteridade, confiança, adequação social, fatos anteriormente delineados como crimes poderão ser
fragmentariedade, subsidiário e proporcionalidade. O responsabilizados criminalmente e apenas naquelas sanções
desrespeito a um desses princípios, a norma desrespeitadora previamente fixadas podem ser processados e condenados.
poderá ser considerada inconstitucional, estando assim Tal princípio possui um fundamento de natureza jurídica e
sujeito ao controle difuso e concentrado de outro de natureza política. O fundamento jurídico é a
constitucionalidade. taxatividade, certeza ou determinação (não há espaço para
a analogia in malam partem).
1. Princípios regentes Implica, por parte do legislador, a determinação precisa,
O conjunto dos princípios constitucionais forma um ainda que mínima, do conteúdo do tipo penal e da sanção penal
sistema próprio, com lógica e autorregulação. a ser aplicada, bem como, da parte do juiz, na máxima
Por isso, torna-se imperioso destacar dois aspectos: vinculação ao mandamento legal, inclusive na apreciação de
a) há integração entre os princípios constitucionais penais benefícios legais.
e os processuais penais; O fundamento político é a proteção do ser humano em face
b) coordenam o sistema de princípios os mais relevantes do arbítrio do poder de punir do Estado.
para a garantia dos direitos humanos fundamentais:
dignidade da pessoa humana e devido processo legal. 1.1.2. Princípio da Anterioridade: Este princípio
Estabelece o art. 1.º, III, da Constituição Federal: “A disciplina que uma lei penal incriminadora somente pode ser
República Federativa do Brasil, formada pela união aplicada a um fato concreto, caso tenha tido origem antes da
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, prática da conduta para a qual se destina.
constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como Conforme estipulam o texto constitucional e o art. 1.º do
fundamentos: (...) III – a dignidade da pessoa humana”. No art. Código Penal, “não há crime sem lei anterior que o defina”,
5.º, LIV, da Constituição Federal, encontra-se: “ninguém será nem tampouco pena “sem prévia cominação legal”.
privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo Não teria sentido adotarmos o princípio da legalidade, sem
legal”. a correspondente anterioridade, pois criar uma lei, após o

Noções de Direito Penal 1


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

cometimento do fato, seria totalmente inútil para a segurança vigor disciplina no artigo 5º, inciso XLV que: "nenhuma pena
que a norma penal deve representar a todos os seus passará da pessoa do condenado (...)".
destinatários. A pena não pode se estender a pessoas que não
O indivíduo somente está protegido contra os abusos do participaram do delito, ainda que haja laços de parentesco,
Estado, caso possa ter certeza de que as leis penais são afinidade ou amizade com o condenado. Não se pode esquecer,
aplicáveis para o futuro, a partir de sua criação, não contudo, que a pena pode gerar danos e sofrimentos a
retroagindo para abranger condutas já realizadas. terceiros, em especial à família. Assim, determinadas
A lei penal produz efeitos a partir de sua entrada em vigor, legislações vêm disciplinando a criação de institutos que
não se admitindo sua retroatividade maléfica. Não pode auxiliam tanto a família do sentenciado, como a vítima do
retroagir, salvo se beneficiar o réu. delito.
É proibida a aplicação da lei penal inclusive aos fatos
praticados durante seu período de vacatio. Embora já 1.1.6. Princípio da Individualização da Pena: A
publicada e vigente, a lei ainda não estará em vigor e não legislação constitucional pátria consagrou o princípio no
alcançará as condutas praticadas em tal período. artigo 5, inciso XLVI, dispondo que: "a lei regulará a
Vale destacar, entretanto, a existência de entendimentos individualização da pena". A individualização da pena passa
no sentido de aplicabilidade da lei em vacatio, desde que para por três fases distintas: A legislativa, a judicial e a executória
beneficiar o réu. ou administrativa.
No primeiro momento, a lei delimita as penas para cada
Vacatio refere-se ao tempo em que a lei é publicada até tipo de delito, guardando proporcionalidade com a
a sua entrada em vigor. Em regra, a lei somente será importância do bem jurídico defendido e com o grau de
aplicável a fatos praticados posteriormente a sua vigência. lesividade da conduta. Nesta fase, ainda, se estabelecem as
espécies de penas que podem ser aplicadas, de forma
cumulativa, alternativa ou exclusiva.
1.1.3. Princípio da retroatividade da lei mais benéfica: Na segunda fase, ocorre a individualização realizada pelos
É natural que, havendo anterioridade obrigatória para a lei magistrados. Diante das diretrizes fixadas pela legislação, o
penal incriminadora, não se pode permitir a retroatividade de juiz vai decidir qual das penas deve ser aplicada e qual a sua
leis, especificamente as prejudiciais ao acusado. Logo, quando quantidade, dentro dos limites trazidos no preceito penal
novas leis entram em vigor, devem envolver somente fatos secundário, determinando, inclusive, o meio de sua execução.
concretizados sob a sua égide. As regras básicas da individualização da pena, em nosso
Abre-se exceção à vedação à irretroatividade quando se Código Penal, estão previstas no artigo 59 e não podem deixar
trata de lei penal benéfica. Esta pode voltar no tempo para de ser observadas pelo juiz.
favorecer o agente, ainda que o fato tenha sido decidido por A terceira e última etapa da individualização da pena
sentença condenatória com trânsito em julgado (art. 5.º, XL, ocorre com sua execução e é denominada de individualização
CF; art. 2.º, parágrafo único, CP). administrativa ou individualização executória. A Constituição
Este princípio pode ser também denominado como Federal traz alguns preceitos que devem ser respeitados na
princípio da irretroatividade da lei penal, adotando como etapa executória. No artigo 5ª, inciso XLIX, diz ser "assegurado
regra que a lei penal não poderá retroagir, mas, como exceção, aos presos o respeito a integridade física e moral". Já no inciso
a retroatividade da lei benéfica ao réu ou condenado. XLVIII, do mesmo artigo, impõe-se que o cumprimento da pena
dar-se-á em estabelecimentos que atendam "à natureza do
1.1.4. Princípio da Humanidade: A Declaração dos delito, a idade e o sexo do apenado".
Direitos do Homem disciplina em seu artigo 5º, que: "ninguém
será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, 1.1.7 Princípio da presunção de inocência (ou da não
desumano e degradante". culpa): A Constituição Federal, no artigo 5º, inciso LVII,
No mesmo sentido, a Convenção Internacional sobre determina que “ninguém será considerado culpado até trânsito
Direitos Políticos e Civis, de 1966, dispõe em seu artigo 10, em julgado de sentença penal condenatória”. Percebam que a
inciso I, que: "o preso deve ser tratado humanamente, e com o nossa Carta Magna, não presume, expressamente, o cidadão
respeito que lhe corresponde por sua dignidade humana". inocente, mas impede considerá-lo culpado até a decisão
A Constituição Federal de 1988 trouxe diversos condenatória definitiva.
dispositivos onde se constata a consagração do princípio da A doutrina moderna discorda da denominação presunção
humanidade. Exemplo: artigo 5, inciso XLIX, da Lei Maior, que: ou estado de inocência. Prefere a expressão não culpabilidade,
"é assegurado aos presos o respeito à integridade física e porque está se coaduna exatamente com o texto
moral". O próximo inciso do mesmo artigo assevera que: "às constitucional.
presidiárias são asseguradas as condições para que possam Para essa corrente doutrinária, a Constituição Federal é
permanecer com seus filhos durante o período da clara ao expressar que “ninguém será considerado culpado até
amamentação". o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. Nessa
Ainda mais enfatizante é o inciso XLVII, do citado artigo, linha, pode-se transcrever trecho dos ensinamentos de Paulo
que dispõe: "não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de Rangel, que é categórico ao afirmar que: “A Constituição não
guerra declarada, nos termos do artigo 84, XIX; b) de caráter presume a inocência, mas declara que ninguém será
perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença
cruéis". penal condenatória (art. 5º, LVII). Em outras palavras, uma
São estas imposições ao legislador e ao intérprete de coisa é a certeza da culpa, outra, bem diferente, é a presunção
mecanismos de controle de tipos legais. Disso resulta ser da culpa”.
inconstitucional a criação de um tipo ou a cominação de Depreende-se com a leitura da Carta Política de 1988 que
alguma pena que atente desnecessariamente contra a o Constituinte utilizou a palavra considerar e não presumir.
incolumidade física ou moral de alguém (atentar Assim, quando se considera uma pessoa inocente, tem-se a
necessariamente significa restringir alguns direitos nos certeza que dessa forma ela será tratada até que tenha uma
termos da Constituição e quando exigido para a proteção do sentença penal condenatória definitiva.
bem jurídico).

1.1.5. Princípio da Pessoalidade: Aduz que a pena não


pode passar da pessoa que praticou o delito. A Carta Magna em
Noções de Direito Penal 2
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

1.2. Princípios Constitucionais implícitos meramente interna, subjetiva e que, por essa razão, revela-se
incapaz de lesionar o bem jurídico. O fato típico pressupõe um
1.2.1. Princípio do “in dubio pro reo”: Se houver comportamento que transcenda a esfera individual do autor e
qualquer dúvida, após a utilização de todas as formas de seja capaz de atingir o interesse do outro. Por essa razão, a
interpretação, a questão deverá ser resolvida da maneira mais autolesão não é crime, falta lesividade que possa legitimar a
favorável ao réu. intervenção penal.

1.2.2. Princípio da vedação do “bis in idem”: Significa 1.2.5. Princípio da Confiança: funda-se na premissa de
que ninguém pode ser condenado duas vezes pelo mesmo fato. que todos devem esperar por parte das outras pessoas que
Além disso, por esse princípio, determinada circunstância não estas sejam responsáveis e ajam de acordo com as normas da
pode ser empregada duas vezes em relação ao mesmo crime, sociedade, visando a evitar danos a terceiros.
quer para agravar, quer para reduzir a pena. Por exemplo, se um motorista trafegando pela preferencial
Esse princípio encontra cenário para a sua fiel observância passar por um cruzamento, na confiança de que o veículo da
quando da aplicação da pena. Existindo vários estágios e fases via secundária aguardará sua passagem, em havendo um
para fixar a sanção penal, é preciso atenção por parte do acidente, o motorista não terá agido com culpa.
julgador, a fim de não considerar o mesmo fato mais de uma Portanto, não realiza conduta típica, aquele que agindo de
vez para provocar o aumento da pena. acordo com o direito, acaba por se envolver em situação na
Ilustrando: se alguém comete um homicídio por motivo qual um terceiro descumpriu seu dever de lealdade e cuidado.
fútil, incide a qualificadora do art. 121, § 2º, II, do Código Penal,
mas não pode ser aplicada, concomitantemente, a agravante 1.2.6. Princípio da Adequação Social: todo
genérica do motivo fútil, prevista no art. 61, II, a. Essa comportamento que, a despeito de ser considerado criminoso
agravante, portanto, será aplicada a outros crimes em que a pela lei, não afronta o sentimento social de justiça (aquilo que
futilidade da motivação não esteja prevista como a sociedade tem por justo) não pode ser considerado
qualificadora. criminoso.
As condutas aceitas socialmente e consideradas normais
1.2.3. Princípio da Insignificância ou bagatela: O Direito não podem sofrer este tipo de valoração negativa, sob pena de
Penal não deve se preocupar com bagatelas, assuntos a lei incriminadora padecer do vício da inconstitucionalidade.
irrelevantes. Do mesmo modo que não podem ser admitidos
tipos incriminadores que descrevam condutas incapazes de 1.2.7. Princípio da Intervenção Mínima: A aplicação
lesar o bem jurídico. abusiva da previsão legislativa penal faz com que ela perca
A tipicidade penal exige um mínimo de lesividade ao bem parte de seu mérito e, assim, sua força intimidadora.
jurídico protegido, pois é inconcebível que o legislador tenha O princípio da intervenção mínima está diretamente ligado
imaginado inserir em um tipo penal condutas totalmente aos critérios do processo legislativo de elaboração de leis
inofensivas ou incapazes de lesar o interesse protegido. penais, servindo, num primeiro momento, como regra de
O Supremo Tribunal Federal, por sua vez, assentou determinação qualitativa abstrata para o processo de
“algumas circunstâncias que devem orientar a aferição do tipificação das condutas, e, num segundo momento,
relevo material da tipicidade penal”, tais como: juntamente com o princípio da proporcionalidade dos delitos
a) a mínima ofensividade da conduta do agente; e das penas, cominar a sanção pertinente.
b) a nenhuma periculosidade social da ação; Desta forma, surge como tendência, a ideia de que só se
c) o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do deve criminalizar condutas de efetiva gravidade e que atinjam
comportamento e bens fundamentais, valores básicos de convívio social.
d) a inexpressividade da lesão jurídica provocada. Em linhas gerais, significa que o direito penal não deve
Importante destacar que o reduzido valor patrimonial do interferir em demasia na vida do indivíduo, retirando-lhe
objeto material não autoriza, por si só, o reconhecimento da autonomia e liberdade. Afinal, a lei penal não deve ser vista
criminalidade de bagatela. Exigem-se também requisitos como a primeira opção (prima ratio) do legislador para
subjetivos. Não há um valor máximo apto a limitar a incidência compor conflitos existentes em sociedade, os quais, pelo atual
do princípio da insignificância. Sua análise há de ser efetuada estágio de desenvolvimento moral e ético da humanidade,
levando-se em conta o contexto em que se deu a prática da sempre estarão presentes.
conduta. Assim, caso o bem jurídico possa ser protegido de outro
O reconhecimento da incidência do princípio da modo, deve-se abrir mão da opção legislativa penal,
insignificância trata-se de causa supralegal de exclusão da justamente para não banalizar a punição, tornando-a, por
tipicidade. vezes, ineficaz, porque não cumprida pelos destinatários da
Ainda, de acordo com o que preleciona o STF, nem mesmo norma e não aplicada pelos órgãos estatais encarregados da
o trânsito em julgado da condenação impede o segurança pública.
reconhecimento do princípio. E ainda, o princípio tem Cabe destacar ainda que o princípio da intervenção
aplicação a qualquer espécie de delito que com ele seja mínima é visto por alguns doutrinadores como sinônimo do
compatível, e não apenas aos crimes contra o patrimônio. princípio da subsidiariedade. Contudo, está cada vez mais
O STJ possui entendimento no sentido da presentes em concursos públicos o entendimento de ilustre
inadmissibilidade do princípio da insignificância no tocante doutrinador Cleber Masson1, que nos ensina que o princípio da
aos crimes contra a Administração Pública, mas o STF já o intervenção mínima (gênero) subdivide-se em outros dois
admitiu em situações excepcionais. Também incide nos crimes princípios (espécies): fragmentariedade e subsidiariedade.
contra a ordem tributária, a exemplo do descaminho (CP, art. Assim, temos as seguintes definições:
334), quando o tributo devido não ultrapassa o valor de R$ 1.2.7.1. Princípio da fragmentariedade ou caráter
10.000,00 (dez mil reais). fragmentário do Direito Penal: Estabelece que nem todos os
ilícitos configuram infrações penais, mas apenas os que
1.2.4. Princípio da Alterabilidade ou atentam contra valores fundamentais para a manutenção e o
transcendentalidade: proíbe a incriminação de atitude progresso do ser humano e da sociedade. Em razão de seu

1 Masson, Cleber Direito penal esquematizado – Parte geral – vol.1 – 9.ª ed.

rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015.

Noções de Direito Penal 3


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

caráter fragmentário, o Direito Penal é a última opção (ultima 1.2.13. Princípio da imputação pessoal: O Direito Penal
ratio) de proteção do bem jurídico. não pode castigar um fato cometido por agente que atue sem
culpabilidade. Em outras palavras, não se admite a punição
1.2.7.2. Princípio da subsidiariedade: A atuação do quando se tratar de agente inimputável, sem potencial
Direito Penal é cabível unicamente quando os outros ramos do consciência da ilicitude ou de quem não se possa exigir
Direito e os demais meios estatais de controle social tiverem conduta diversa. O fundamento da responsabilidade penal
se revelado impotentes para o controle da ordem pública. Em pessoal é a culpabilidade (nulla poena sine culpa).
sua atuação prática o Direito Penal somente se legitima
quando os demais meios disponíveis já tiverem sido 1.2.14. Princípio da Taxatividade: As leis penais devem
empregados, sem sucesso, para proteção do bem jurídico. ser claras, precisas e bem elaboradas de forma que seus
Guarda relação com a tarefa de aplicação da lei penal. destinatários possam compreendê-las, não podem aqueles que
devem cumprir a Lei terem dúvidas pelo modo como foram
1.2.8. Princípio da Proporcionalidade: Toda vez que o elaboradas.
legislador cria novo delito, impõe um ônus à sociedade, Não se admite a criação de tipos que contenham conceitos
decorrente da ameaça de punição que passa a pairar sobre vagos ou imprecisos. Impõe-se ao Poder Legislativo, na
todos os cidadãos. Uma sociedade incriminadora é uma elaboração das leis, que redija tipos penais com a máxima
sociedade invasiva, que limita com demasia a liberdade das precisão de seus elementos. É nitidamente decorrente da
pessoas. legalidade, logo, Constitucional Implícito.
Por outro lado, esse ônus é compensado pela vantagem de
proteção do interesse tutelado pelo incriminador. A sociedade 1.2.15. Princípio da Consunção: É o princípio segundo o
vê limitados certos comportamentos, ante a cominação da qual um fato mais amplo e mais grave consome, isto é, absorve
pena, mas também desfruta de uma tutela a certos bens, os outros fatos menos amplos e graves, que funcionam como fase
quais ficarão sob a guarda do Direito Penal. normal de preparação ou, execução, ou mero exaurimento.
Assim, diante do princípio da proporcionalidade, quando
o custo for maior do que a vantagem, o tipo penal será Questões
inconstitucional.
01. (SEGEP/MA - Auditor Fiscal da Receita Estadual -
1.2.9. Princípio da Necessidade e idoneidade: A FCC/2016) O princípio do direito penal que possui claro
incriminação de alguém só pode ocorrer quando a tipificação sentido de garantia fundamental da pessoa, impedindo que
revelar-se necessária, idônea e adequada ao fim a que se alguém possa ser punido por fato que, ao tempo do seu
destina, ou seja, à concreta e real proteção do bem jurídico. cometimento, não constituía delito é
(A) atipicidade.
1.2.10. Princípio da Ofensividade, princípio do fato e (B) reserva legal.
da exclusiva proteção do bem jurídico: Não há crime (C) punibilidade.
quando a conduta não tiver oferecido ao menos um perigo (D) analogia.
concreto, real, efetivo e comprovado de lesão ao bem jurídico. (E) territorialidade.
O princípio do fato não permite que o direito penal se
ocupe das intenções e pensamentos das pessoas, do modo de 02. (TCE/PR – Auditor - CESPE/2016) A respeito dos
viver ou de pensar, das atitudes internas. O princípio da princípios aplicáveis ao direito penal, assinale a opção correta.
ofensividade considera inconstitucionais todos os chamados (A) Do princípio da individualização da pena decorre a
“delitos de perigo abstrato”, pois, segundo ele não há crime exigência de que a dosimetria obedeça ao perfil do
sem comprovada lesão ou perigo de lesão a um bem jurídico. sentenciado, não havendo correlação do referido princípio
Não se confunde com o princípio da exclusiva proteção do com a atividade legislativa incriminadora, isto é, com a feitura
bem jurídico, segundo o qual, o direito não pode defender de normas penais incriminadoras.
valores meramente morais éticos ou religiosos, mas também, (B) Conforme o entendimento doutrinário dominante
os bens fundamentais para a convivência e o desenvolvimento relativamente ao princípio da intervenção mínima, o direito
social. penal somente deve ser aplicado quando as demais esferas de
controle não se revelarem eficazes para garantir a paz social.
1.2.11. Princípio da autorresponsabilidade: os Decorrem de tal princípio a fragmentariedade e o caráter
resultados danosos que decorrem da ação livre e inteiramente subsidiário do direito penal.
responsável de alguém só podem ser imputados a este e não (C) Ao se referir ao princípio da lesividade ou ofensividade,
àquele que o tenha anteriormente motivado. a doutrina majoritária aponta que somente haverá infração
Exemplo: sujeito é aconselhado por outro a praticar penal se houver efetiva lesão ao bem jurídico tutelado.
esportes mais radicais, este resolve pular de bungee jumping. (D) Em decorrência do princípio da confiança, há
Acaba sofrendo um acidente, vindo a falecer. O resultado presunção de legitimidade e legalidade dos atos dos órgãos
morte não pode ser imputado a ninguém mais, além da vítima, oficiais de persecução penal, razão pela qual a coletividade
pois foi a sua vontade livre, responsável e consciente que a deve guardar confiança em relação a eles.
impeliu a correr os riscos. (E) Dado o princípio da intranscendência da pena, o
condenado não pode permanecer mais tempo preso do que
1.2.12. Princípio da responsabilidade pelo fato: Os aquele estipulado pela sentença transitada em julgado.
tipos penais devem definir fatos, associando-lhes as penas
respectivas, e não estereotipar autores em razão de alguma 03. (PC/PA - Delegado de Polícia Civil - FUNCAB/2016)
condição específica. Expressiva parcela da doutrina sustenta a inadequação do
Não se admite um Direito Penal do autor, mas somente um crime de escrito ou objeto obsceno (art. 234 do CP) para com
Direito Penal do fato. Ninguém pode ser punido os princípios que instruem o direito penal democrático. Um
exclusivamente por questões pessoais. Ao contrário, a pena se dos focos dessa inadequação reside na indevida alocação do
destina ao agente culpável condenado, após o devido processo sentimento público de pudor como objeto da tutela jurídica.
legal, pela prática de um fato típico e ilícito. Isso representa, em tese, violação ao princípio da:
(A) intranscendência.
(B) culpabilidade.

Noções de Direito Penal 4


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

(C) taxatividade. - Princípio da reserva legal: apenas a lei pode descrever


(D) ofensividade. as condutas criminosas e suas respectivas cominações.
(E) insignificância. Em decorrência deste princípio, é vedada a utilização de
decretos, medidas provisórias ou outras formas legislativas
04. (DPE/MA - Defensor Público - FCC) A proscrição de para a descrição de crimes e fixação de penas.
penas cruéis e infamantes, a proibição de tortura e maus-
tratos nos interrogatórios policiais e a obrigação imposta ao LEI PENAL NO TEMPO
Estado de dotar sua infraestrutura carcerária de meios e
recursos que impeçam a degradação e a dessocialização dos Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei
condenados são desdobramentos do princípio da posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude
(A) proporcionalidade. dela a execução e os efeitos penais da sentença
(B) intervenção mínima do Estado. condenatória.
(C) fragmentariedade do Direito Penal. Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo
(D) humanidade. favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda
(E) adequação social. que decididos por sentença condenatória transitada em
julgado.
05. (DPE/RO - Analista da Defensoria Pública - FGV)
Carlos, primário e de bons antecedentes, subtraiu, para si, uma EFICÁCIA DA LEI
mini barra de chocolate avaliada em R$ 2,50 (dois reais e
cinquenta centavos). Denunciado pela prática do crime de Assim como as demais leis do ordenamento jurídico, a lei
furto, o defensor público em atuação, em sede de defesa prévia, penal começa a vigorar a partir da data nela indicada. Na
requereu a absolvição sumária de Carlos com base no ausência da respectiva previsão, entrará em vigor em 45 dias
princípio da insignificância. De acordo com a jurisprudência após a sua publicação.
dos Tribunais Superiores, o princípio da insignificância:
(A) funciona como causa supralegal de exclusão de “Vacatio legis”: trata-se do espaço de tempo compreendido
ilicitude; entre a publicação oficial da lei e sua entrada em vigor.
(B) afasta a tipicidade do fato;
(C) funciona como causa supralegal de exclusão da Como regra, temos que uma lei permanecerá em vigor, até
culpabilidade; que outra lei a modifique ou revogue. O simples desuso da lei,
(D) não pode ser adotado, por não ser previsto em nosso não ocasiona sua revogação.
ordenamento jurídico;
(E) funciona como causa legal de exclusão da A revogação pode ser:
culpabilidade. - Expressa: quando a lei indica expressamente os pontos a
serem revogados.
Respostas - Tácita: quando a norma revogadora é incompatível com
a lei anterior. A revogação é implícita.
01. Resposta: B - Total (ab-rogação): quando a nova lei revogada todo o
02. Resposta: B conteúdo da lei anterior.
03. Resposta: D - Parcial (derrogação): quando a nova lei revoga apenas
04. Resposta: D alguns dispositivos tratados pela lei anterior.
05. Resposta: B

Algumas leis têm seu fim determinado desde o início de


2. A lei penal no tempo. 3. A sua vigência. É o caso da lei temporária e da lei excepcional.
lei penal no espaço. A lei temporária é aquela que traz em seu próprio corpo
a data de sua revogação;
Já a lei excepcional é aquela que tem sua vigência
Os princípios e as formas de aplicação da lei penal, estão condicionada à determinada condição. Ex: guerra, calamidade
previstos no artigos 01º ao 12 do Código Penal Brasileiro, pública, etc.
senão vejamos Essas leis são chamadas de autorrevogáveis, posto que a
lei temporária se autorrevoga na data estabelecida e a lei
Anterioridade da Lei excepcional se autorrevoga assim que os motivos que
ensejaram sua criação terminam.
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não
há pena sem prévia cominação legal. Da análise do artigo 2º do Código Penal, extraem-se os
seguintes princípios:
O supracitado artigo traz em seu bojo o Princípio da
Legalidade, também descrito no artigo 5º., XXXIX, da CF, - Da Irretroatividade: como regra temos que a lei penal
segundo o qual, ninguém será punido se não existir uma lei não retroagirá. O princípio da irretroatividade está previsto
anterior que considere o fato praticado como crime. ainda no artigo XL, da CF.
Também é conhecido como princípio da reserva legal,
tendo em vista que a definição dos crimes e das respectivas - Da Retroatividade: como exceção ao princípio da
penas devem estar previstos em Lei. irretroatividades, temos que a lei penal poderá retroagir,
O princípio da legalidade se subdivide em: apenas para beneficiar o réu. Possibilidade conferida à lei
penal, a fim de regular os fatos ocorridos anteriormente à sua
- Princípio da anterioridade: dispõe que uma pessoa só entrada em vigor.
poderá ser punida, se à época do fato por ela praticado, a
referida conduta já estava prevista em lei em vigor. - Da Ultratividade: também como exceção ao princípio da
irretroatividade, consiste na aplicação de uma lei, mesmo após

Noções de Direito Penal 5


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

a sua revogação, para regular os fatos ocorridos durante a sua A lei temporária é aquela que traz em seu próprio corpo
vigência. a data de sua revogação, ou seja, possui vigência previamente
determinada.
CONFLITO DE LEIS PENAIS NO TEMPO Já a lei excepcional são aquelas leis elaboradas para
disciplinar determinadas situações transitórias. Ex: guerra,
O conflito de leis penais no tempo ocorre quando um calamidade pública, etc.
delito é praticado na vigência de uma lei e o seu Essas leis são chamadas de autorrevogáveis, posto que a
julgamento se der na vigência de outra lei, ou quando o lei temporária se autorrevoga na data estabelecida e a lei
comportamento se dá na vigência de uma lei e o resultado na excepcional se autorrevoga assim que os motivos que
vigência de outra. ensejaram sua criação terminam.
Estas duas espécies são ultrativas, ainda que prejudiquem
São Hipóteses de conflitos de lei no tempo: o agente (Exemplo: Num surto de febre amarela é criado um
crime de omissão de notificação de febre amarela; caso alguém
a) Abolitio Criminis: ocorre quando uma lei posterior cometa o crime e logo em seguida o surto seja controlado,
deixa de considerar crime um comportamento que cessando a vigência da lei, o agente responderá pelo crime). Se
anteriormente era punível. Neste caso, em observância ao não fosse assim, a lei perderia sua força coercitiva, visto que o
princípio da retroatividade da lei mais benéfica, aplica-se a lei agente, sabendo qual seria o término da vigência da lei,
posterior. (art. 2º, CP). poderia retardar o processo para que não fosse apenado pelo
Assim, se o sujeito ainda não foi processado, não mais crime.
poderá ser e caso o processo esteja em andamento, deverá ser
trancado, visto que a abolitio criminis é causa extintiva de CONFLITO APARENTE DE NORMAS
punibilidade de acordo com o art. 107, CP2.
Se o sujeito já foi condenado por sentença transitada em O concurso aparente de normas, também é conhecido
julgado, não poderá sofrer a execução e, se acaso já estiver como conflito aparente de normas. Ocorre o conflito de leis
cumprindo pena, deverá ser solto, por conta da extinção de penais quando um mesmo fato é aparentemente regulado por
punibilidade. duas ou mais normas penais, ambas instituídas por leis de
Importante salientar que, embora os efeitos penais mesma hierarquia e originárias da mesma fonte de produção,
desapareçam com a abolitio criminis, os efeitos civis além de ambas estarem em vigor ao tempo da prática da
permanecem. Ou seja, imagine que o sujeito que cometeu o conduta.
adultério fora condenado tanto na vara criminal, quanto na Dessa forma, existe apenas um fato punível, mas com
cível, sendo que nessa última fora condenado ao pagamento de diversos tipos penais aparentemente aplicáveis ao caso
indenização por danos morais. Os efeitos penais, sejam eles concreto. Contudo, é injusta a aplicação de mais de uma sanção
primários ou secundários, desaparecem mas, os efeitos cíveis penal, pela prática de uma única conduta, motivo pelo qual é
não, de sorte que, o sujeito deverá arcar com a reparação do necessária a escolha de um único dispositivo legal que tenha
dano moral a que foi condenado. melhor adequação a conduta criminosa praticada.
Diz-se que o conflito é aparente, porque depois da
b) Novatio Legis Incriminadora: ocorre quando a lei nova interpretação da lei penal através de princípios, aplica-se a
incrimina fatos anteriormente considerados lícitos, ou seja, norma pertinente e o conflito desaparece.
tipifica comportamento que anteriormente não era
considerado crime. São requisitos para se caracterizar o conflito de normas:
- unidade de fato: apenas uma infração penal.
c) Novatio Legis in Pejus: ocorre quando a lei posterior é - pluralidade de normas penais: duas ou mais normas
mais severa que a lei anterior (mais benigna). Neste caso aparentemente regulando o mesmo fato.
aplica-se o princípio da irretroatividade da lei mais severa e a - aparente aplicação de todas as normas à espécie: a
lei anterior, mesmo que revogada será aplicada incidência de todas as normas é apenas aparente;
(Ultratividade). - efetiva aplicação de apenas uma delas: somente uma
norma é aplicável, por isso o conflito é aparente
d) Novatio Legis in Mellius: ocorre quando a lei nova é de
qualquer modo mais favorável que a anterior. Deve ser Princípios que solucionam o conflito aparente de
aplicada aos fatos anteriores, mesmo havendo sentença normas:
condenatória transitada em julgado. (art. 2º, parágrafo único,
CP). Os princípios buscam solucionar os conflitos
aparentes de normas como forma de manter a coerência do
Lei excepcional ou temporária ordenamento jurídico e assim, se evitar o bis in idem (repetição
de uma sanção sobre o mesmo fato).
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora
decorrido o período de sua duração ou cessadas as - Princípio da Especialidade: este princípio determina
circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato que a norma especial prevalecerá sob a norma geral. A norma
praticado durante sua vigência especial possui todos os elementos da norma geral e mais
alguns, qualificados como especializantes, que agregam mais
Algumas leis têm seu fim determinado desde o início de ou menos severidade ao tipo penal.
sua vigência. É o caso da lei temporária e da lei excepcional. Um exemplo de norma especial que prevalece em relação
a geral é o crime de infanticídio (artigo 123, CP) que prevalece

2 Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
I - pela morte do agente; VII - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
II - pela anistia, graça ou indulto; VIII - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de
ação privada;

Noções de Direito Penal 6


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

sobre o Homicídio (art. 21, CP), pois o primeiro, além dos - Progressividade na lesão ao bem jurídico: a primeira
elementos genéricos, possui os elementos especializantes, sequência voluntária de atos, ou seja, o primeiro crime,
quais sejam: a autora deve ser a mãe; a vítima seu próprio filho, provoca uma lesão menos grave do que a última e, por isso,
nascente ou neonato, cometendo-se o delito durante o parto acaba por ele absorvida.
ou logo após, sob a influência do estado puerperal. Como consequência, temos que, embora haja duas
condutas distintas, o agente responderá apenas pelo ato final
- Princípio da Subsidiariedade: os crimes subsidiários mais grave, fiando os demais anteriores absorvidos.
são aqueles que somente são punidos se não constituírem
fatos mais graves. Ex: crime de ameaça. Só há punição se a b) Fato anterior (“ante factum”) não punível: fato
ameaça for um fim em si mesma. Caso seja meio para o anterior praticado como meio de execução do tipo principal,
cometimento de outro crime, o sujeito somente responderá ficando por este absorvidos. Ex: No caso do roubo da bolsa da
pelo mais grave. É isso que prega o princípio da vítima que se encontra no interior de um automóvel, eventual
subsidiariedade. destruição do vidro não acarreta na imputação ao agente do
Assim, só há que se falar em princípio da subsidiariedade crime contido no art. 163, CP (Dano).
quando a normal principal for mais grave que a subsidiária.
Para se ter certeza de qual norma incidirá, necessário a análise STJ - Súmula nº 17 - Estelionato. Potencialidade Lesiva.
do fato concreto e da intenção do agente, sendo insuficiente a Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais
comparação abstrata dos tipos penais. potencialidade lesiva, é por este absorvido.

- Princípio da Consunção ou da absorção: por esse c) fato posterior (“post factum”) não punível: são
princípio, o fato mais amplo e grave absorve os fatos menos visualizados quando, depois de realizada a conduta, o sujeito
amplos e graves, atuando como meio normal de preparação ou pratica nova ofensa contra o mesmo bem jurídico, buscando
execução daquele, ou ainda como mero exaurimento. alguma vantagem com o crime anterior. Ex: temos o caso do
Neste caso, há uma sucessão de fatos, todos penalmente ladrão, que após o furto, vende ou destrói o que furtou.
tipificados, na qual o mais amplo consome o menos amplo,
evitando a dupla punição, como parte de um todo e como crime - Princípio da Alternatividade: ocorre quando a norma
autônomo.3 penal prevê vários fatos alternativamente para a realização do
Difere do princípio da especialidade porque naquele crime. São os chamados tipos alternativos, que descrevem
analisa-se as normas e nesse os fatos. crimes de ação múltipla.
Ex: art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou
Esse princípio ocorre especificamente nas situações prestar-lhe auxílio para que o faça. Esse tipo penal tem três
abaixo: verbos (negritados) logo, se o sujeito praticar um, dois ou os
 Crimes Complexos: são aqueles formados pela união de três verbos, estará incorrendo na prática de somente um
dois ou mais crimes autônomos, que passam a funcionar como crime.
elementares no tipo complexo. Ex; Latrocínio (roubo + Importante ressaltar que a doutrina majoritária não aceita
homicídio) este princípio como válido para solução do conflito aparente
de leis penais, uma vez que entendem que não há conflito entre
 Crime Progressivo: é aquele em que o sujeito, normas, mas sim conflito interno na própria norma.
pretendendo alcançar um resultado mais grave, pratica por Assim sendo, a alternatividade é a consunção resolvendo
meio de atos sucessivos, crescentes violações ao bem jurídico. conflitos entre condutas previstas na mesma norma e não um
Ex: desejando matar Pedro, João desfere-lhe várias facadas. O conflito entre normas.
objetivo é o homicídio mas, para alcançá-lo é necessário o
cometimento de lesão corporal. Nesse caso, as lesões são TEMPO DO CRIME
absorvidas pelo homicídio.
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da
 Progressão Criminosa ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do
resultado.
a) Progressão criminosa em sentido estrito: ocorre
quando o sujeito tem uma pretensão inicial, realiza os atos a Necessário se faz a fixação do tempo do crime, para
fim de alcançá-la mas, após, muda seu desígnio, passando a sabermos a lei que deverá ser aplicada ao caso concreto ou
desejar crime mais grave. Ex: sujeito pretende ferir seu ainda para estabelecer a imputabilidade do sujeito ou mesmo
desafeto, para tanto desfere-lhe vários socos. Durante essa para fixar o marco prescricional.
conduta, resolve que quer matá-lo e passa a sufoca-lo. Dessa
feita, responderá por homicídio e não pela lesão corporal, há, Existem três teorias sobre o tempo do crime:
portanto, absorção.
A distinção do crime progressivo é que, enquanto neste, há - Teoria da atividade: O tempo do crime é o tempo da
unidade de desígnios, na progressão criminosa há pluralidade prática da conduta, ou seja, é o tempo que se realiza a ação ou
de elemento subjetivo ou vontade. a omissão que vai configurar o crime, ainda que outro seja o
Elementos que devem observados: momento do resultado;
- Pluralidade de desígnios: inicialmente, o agente deseja
praticar um crime, após cometê-lo, resolve praticar outro de - Teoria do resultado: O tempo do crime é o tempo que se
maior gravidade, demonstrando duas ou mais vontades. produz o resultado, sendo irrelevante o tempo da ação;
- Pluralidade de fatos: existe mais de um crime, - Teoria mista ou da ubiquidade: O tempo do crime será
correspondente a mais de uma vontade. Embora haja condutas tanto o tempo da ação quanto o tempo do resultado.
distintas, o agente só responde pelo fato final, mais grave,
ficando os demais absorvidos. A teoria utilizada pelo Código Penal (CP) é a TEORIA DA
ATIVIDADE (art. 4º do Código Penal). Na teoria da atividade

3 MASSON. Cleber. Direito Penal Esquematizado. Parte Geral. Vol. 1. Ed.

Médodo. 8ª edição. 2014.

Noções de Direito Penal 7


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

o agente, em caso de lei nova, responderá sempre de acordo espaço aéreo correspondente, não serão consideradas como
com a última lei vigente, seja ela mais benéfica ou não. extensão territorial nacional.
Já no tocante as embarcações e aeronaves militares
LEI PENAL NO ESPAÇO brasileiras, estas são sempre consideradas extensões do
território nacional, mesmo quando em Estado estrangeiro. Por
A delimitação do lugar do crime serve como parâmetro esta razão, aplicam-se as lei penais brasileira as infrações nelas
para solucionar situações em que um crime inicia sua execução cometidas.
em um país e o resultado se dá em país diverso, ou seja, quando
um crime viole interesses de dois ou mais países. Princípio da Passagem do Inocente: trata-se do direito
A territorialidade é a regra, sendo a principal forma de de uma embarcação ou aeronave de propriedade privada
delimitação do espaço geopolítico de validade da lei penal atravessar o território brasileiro, desde que não afete em nada
entre Estados soberanos. nossos interesses. Neste caso, caso ocorra um crime dentro
Território em sentido jurídico é o espaço em que o Estado deste embarcação/aeronave, não será aplicada a lei brasileira
exerce sua soberania e em sentido material é a superfície (país em trânsito), desde que não afete um bem jurídico
terrestre, as aguas territoriais e o espaço aéreo nacional.
correspondentes, delimitado por fronteiras.
Consideram-se extensão do território nacional as LUGAR DO CRIME
embarcações e aeronaves mencionadas nos §§ 1º e 2º do art.
5º do Código Penal. O alto-mar não está sujeito à soberania de Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que
qualquer Estado ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como
onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
Territorialidade
Em observância ao princípio da territorialidade,
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de necessário se faz a identificação do lugar do cometimento do
convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime, para que seja possível fixar sua competência.
crime cometido no território nacional.
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como Sobre o lugar do crime existem três teorias:
extensão do território nacional as embarcações e
aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do a) Teoria da atividade: também conhecida como “teoria
governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como da ação”, esta teoria pressupõe que o lugar do crime é aquele
as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou onde se pratica a ação ou omissão.
de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no
espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. b) Teoria do resultado: esta teoria pressupõe que lugar
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes do crime é aquele em que o resultado foi realizado, não se
praticados a bordo de aeronaves ou embarcações levando em consideração o local da ação ou da omissão.
estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas
em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo c) Teoria Mista ou da Ubiquidade: esta teoria é um
correspondente, e estas em porto ou mar territorial do misto das duas teorias anteriores e assim pressupõe, que lugar
Brasil. do crime é tanto o do cometimento do crime, como o do seu
resultado.
Princípio da Territorialidade: (regra geral aplicada no
Brasil). Esta Teoria, tendo em vista que considera tanto o lugar da
O Estado em cujo território foi cometido o crime é o conduta como o do resultado, soluciona com mais facilidade os
competente para julgar o agente, independentemente de sua crimes à distância, bem como os crimes que começam ou
nacionalidade, da nacionalidade da vítima ou do bem jurídico terminam em outros países, envolvendo assim o Direito
lesado. Internacional, permitindo assim, que tais crimes sejam
resolvidos nos termos da legislação brasileira.
Divide-se em:
a) Princípio da Territorialidade Absoluta: apenas a lei Nos termos do que dispõe o artigo 6º, CP, a Teoria mista ou
penal brasileira é aplicada aos crimes cometidos no território da ubiquidade é a adotada pelo Código Penal brasileiro.
nacional.
EXTRATERRITORIALIDADE
b) Princípio da Territorialidade Temperada: a regra de
que a lei brasileira é aplicada aos crimes cometidos no Entende-se como princípio da extraterritorialidade a
território nacional não é absoluta, podendo a lei estrangeira possibilidade de aplicação da lei penal brasileira, aos crimes
ser aplicada em crimes praticados em nosso território, quando cometidos fora do território nacional.
assim exigirem os Tratados e Convenções Internacionais. As hipóteses de extraterritorialidade estão previstas no
art. 7º, CP, senão vejamos:
O Brasil adotou o Princípio da Territorialidade
Temperada (art. 5º, CF) Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora
cometidos no estrangeiro:
Princípio do pavilhão ou da bandeira: por este princípio I - os crimes:
entende-se que consideram-se as embarcações e aeronaves a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da
como extensão do território do país onde se acham República;
registradas. b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do
Assim, quando a embarcação estiver em alto-mar, ou em Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de
espaço aéreo, aplicar-se á a lei do país cuja bandeira eles empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia
ostentarem. ou fundação instituída pelo Poder Público;
Importante ressaltar que as embarcações ou aeronaves c) contra a administração pública, por quem está a seu
brasileiras que ingressarem no mar territorial estrangeiro ou serviço;

Noções de Direito Penal 8


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou PRINCÍPÍOS DA EXTRATERRITORIALIDADE


domiciliado no Brasil;
II - os crimes: Alguns princípios que devem ser observados para a
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a aplicação da extraterritorialidade:
reprimir;
b) praticados por brasileiro; - Princípio da Nacionalidade ou personalidade ativa:
c) praticados em aeronaves ou embarcações aplica-se a lei brasileira ao crime cometido por brasileiro fora
brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando do Brasil. Neste caso o único critério observado é a
em território estrangeiro e aí não sejam julgados. nacionalidade do sujeito ativo (art. 7º, II, “b”, do CP).
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a
lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no - Princípio da Nacionalidade ou personalidade
estrangeiro. passiva: aplica-se a lei brasileira ao crime cometido por
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil. O que importa é a
depende do concurso das seguintes condições: nacionalidade da vítima, mesmo que o crime tenha sido
a) entrar o agente no território nacional; praticado no exterior (art. 7º, §3º). Neste caso o critério
b) ser o fato punível também no país em que foi observado é a nacionalidade da vítima.
praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei - Princípio da defesa real ou da proteção: (art. 7º, I, “a”,
brasileira autoriza a extradição; “b”, “c”, CP) aplica-se a lei da nacionalidade do bem jurídico
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não lesado, independentemente da nacionalidade do agente e do
ter aí cumprido a pena; lugar onde o crime foi cometido.
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por
outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a - Princípio da Justiça Universal ou princípio da
lei mais favorável. universalidade: (art. 7º, I, “d” e II, “a”, CP). todo Estado tem o
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime direito de punir qualquer crime, seja qual for a nacionalidade
cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, do delinquente e da vítima ou o local de sua prática, desde que
se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: o criminoso esteja dentro de seu território. Neste caso o direito
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; de punir é universal.
b) houve requisição do Ministro da Justiça.
- Princípio da representação ou da Bandeira: (art. 7º,
São espécies de extraterritorialidade: II, “c”, CP) a lei penal brasileira também é aplicável aos delitos
cometidos em aeronaves e embarcações privadas quando
1) Incondicionada: trata-se da hipótese prevista no realizados no estrangeiro e aí não venham a ser julgados. Este
inciso I do art. 7º, CP. Nestes casos, a lei brasileira será aplicada princípio também é conhecido como princípio da bandeira, do
aos crimes cometidos fora do território brasileiro, pavilhão, subsidiário ou da substituição.
independentemente de qualquer condição.
- Princípio da preferência da competência nacional:
2) Condicionada: trata-se da hipótese prevista no inciso, havendo conflito entre a justiça brasileira e a estrangeira,
II, do art. 7º do CP. Nestes casos, a lei brasileira somente será prevalecerá a competência nacional.
aplicada, caso sejam satisfeitas as condições previstas nos
respectivos dispositivos. - Princípio da limitação em razão da pena: não será
concedida a extradição para países onde a pena de morte e a
Assim, para a aplicação da lei brasileira nestes casos, prisão perpétua são previstas, a menos que deem garantias de
necessário o concurso das seguintes condições: que não irão aplica-las.
a) A entrada do agente no território nacional;
b) Ser o fato punível também no país em que foi praticado. - Jurisdição subsidiária: verifica-se a subsidiariedade da
Na hipótese de o crime ter sido praticado em local onde jurisdição nacional nas hipóteses do inciso II e do § 3º do art.
nenhum país tem jurisdição (alto-mar, certas regiões polares), 7º do Código Penal. Se o autor de um crime praticado no
é possível a aplicação da lei brasileira. estrangeiro for processado perante esse juízo, sua sentença
c) Estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei preponderará sobre a do juiz brasileiro. Caso o réu seja
brasileira autoriza a extradição absolvido pelo juiz territorial, aplicar-se-á a regra do non bis in
d) Não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, idem (não permissão da dupla condenação pelo mesmo fato)
por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a para impedir o persecutio criminis (art. 7º, § 2º, d, do CP). No
lei mais favorável. entanto no caso de condenação, se o condenado se subtrair à
e) e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, execução da pena, será julgado pelos órgãos judiciários
por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a nacionais e, se for o caso, condenado de novo, solução,
lei mais favorável (condição objetiva de punibilidade). inclusive, consagrada no art. 7º, §2º, d e e, do Código Penal.

Tais requisitos são cumulativos. PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO

O art. 7º, § 3º, prevê uma última hipótese da aplicação da Pena cumprida no estrangeiro
lei brasileira: A do crime cometido por estrangeiro contra Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena
brasileiro fora do Brasil. É ainda um dispositivo calcado na imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou
teoria de proteção, além dos casos de extraterritorialidade nela é computada, quando idênticas.
incondicionada.
Exige o dispositivo em estudo, porém, além das condições Existem situações em que os crimes cometidos fora do
já mencionadas, outras duas: Brasil, serão novamente processados no Poder Judiciário,
- Que não tenha sido pedida ou tenha sido negada a mesmo que julgados no estrangeiro.
extradição (pode ter sido requerida, mas não concedida); Essa é a regra da extraterritorialidade, mencionada no art.
- Que haja requisição do Ministro da Justiça. 7º, CP.

Noções de Direito Penal 9


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Assim, cumprida a pena pelo sujeito ativo do crime no transitou em julgado. Na hipótese do crime de aborto, com o
estrangeiro, será ela descontada na execução pela lei consentimento da gestante, deixar de ser considerado crime
brasileira, quando forem idênticas, respondendo efetivamente por força de uma lei que passe a vigorar a partir de 02 de
o sentenciado pelo saldo a cumprir se a pena imposta no Brasil fevereiro de 2015, assinale a alternativa correta no tocante à
for mais severa. consequência dessa nova lei à condenação imposta ao
Se a pena cumprida no estrangeiro for superior à imposta indivíduo B.
no país, é evidente que esta não será executada. No caso de (A) A nova lei será aplicada para os fatos praticados pelo
penas diversas, aquela cumprida no estrangeiro atenuará a indivíduo B, cessando em virtude dela a execução e os efeitos
aplicada no Brasil, de acordo com a decisão do juiz no caso penais da sentença condenatória.
concreto, já que não há regras legais a respeito dos critérios de (B) A nova lei só irá gerar algum efeito sobre a condenação
atenuação que devem ser obedecidos. do indivíduo B se prever expressamente que se aplica a fatos
anteriores.
EFICÁCIA DE SENTENÇA ESTRANGEIRA (C) A nova lei só seria aplicada para os fatos praticados
pelo indivíduo B se a sua entrada em vigência ocorresse antes
Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da de 01 de fevereiro de 2015
lei brasileira produz na espécie as mesmas consequências, (D) Não haverá consequência à condenação imposta ao
pode ser homologada no Brasil para: indivíduo B visto que já houve o trânsito em julgado da
I - obrigar o condenado à reparação do dano, a condenação.
restituições e a outros efeitos civis; (E) A nova lei será aplicada para os fatos praticados pelo
II - sujeitá-lo a medida de segurança. indivíduo B, contudo só fará cessar a execução persistindo os
Parágrafo único - A homologação depende: efeitos penais da sentença condenatória, tendo em vista que
a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da esta já havia transitado em julgado.
parte interessada;
b) para os outros efeitos, da existência de tratado de 02. (Polícia Federal/Agente de Polícia Federal –
extradição com o país de cuja autoridade judiciária CESPE) No que se refere à aplicação da lei penal o item abaixo
emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a
do Ministro da Justiça. ser julgada.

Quanto à eficácia de sentença estrangeira, temos que em Sob a vigência da lei X, Lauro cometeu um delito. Em
determinadas situações, o Brasil reconhece em seu território seguida, passou a viger a lei Y, que, além de ser mais gravosa,
os efeitos da sentença proferid a por outra nação. revogou a lei X. Depois de tais fatos, Lauro foi levado a
O Código Penal, em seu art. 9°, em consonância com o art. julgamento pelo cometimento do citado delito. Nessa situação,
105, I, alínea “i”, da Constituição Federal, prescreve que a o magistrado terá de se fundamentar no instituto da
sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira retroatividade em benefício do réu para aplicar a lei X, por ser
produz na espécie as mesmas consequências, pode ser esta menos rigorosa que a lei Y.
homologada no Brasil para:
I – obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições ( ) Certo ( ) Errado
e a outros efeitos civis;
II – sujeitá-lo a medida de segurança. 03. (TCM/GO - Auditor Controle Externo – Jurídica –
FCC) Rodrigo praticou no exterior crime sujeito à lei brasileira
Essa homologação compete ao Superior Tribunal de e foi condenado a 1 ano de reclusão no exterior e a 2 anos de
Justiça, que, por sua vez, só pode homologar sentença já reclusão no Brasil. Cumpriu a pena no exterior e voltou ao
transitada em julgado. Brasil, tendo sido preso em razão do mandado de prisão
expedido pela justiça brasileira. Nesse caso, a pena cumprida
Súmula 420 do STF: Não se homologa sentença no exterior
proferida no estrangeiro sem prova do trânsito em (A) implicará na transformação automática da pena
julgado. imposta no Brasil em sanção pecuniária.
(B) será considerada circunstância atenuante e a pena
fixada no Brasil será objeto de nova dosimetria.
Importante ressaltar que, somente será homologada pelo (C) implicou exaurimento da sanção penal cabível e
STJ a sentença penal estrangeira que produzir em seu país de Rodrigo não estará sujeito ao cumprimento da pena imposta
origem, a mesa eficácia que se pretender produzir no Brasil no Brasil.
(ex. reparação civil; imposição de medida de segurança). (D) será descontada da pena imposta no Brasil e, assim,
Caso este eficácia não seja a mesma, não será possível a Rodrigo terá que cumprir mais 1 ano de reclusão.
homologação pelo STJ e as pretensões de reparações civis ou a (E) é irrelevante para a lei brasileira e Rodrigo deverá
imposição de medida de segurança, não poderão ser cumprir integralmente os 2 anos de reclusão impostos pela
cumpridas no Brasil. justiça brasileira.
O fundamento da homologação da sentença estrangeira
está no entendimento de que nenhuma sentença de caráter 04. (SEGESP/AL – Papiloscopista – CESPE) Acerca de
criminal que emane de autoridade jurisdicional estrangeira, aplicação da lei penal, concurso de crimes e culpabilidade,
terá eficácia em determinado Estado sem o seu consentimento, julgue os próximos itens.
pois o direito penal é fundamentalmente territorial.
Segundo o princípio da territorialidade, se uma pessoa
comete latrocínio em embarcação brasileira mercante em alto-
QUESTÕES mar, aplica-se a lei brasileira.
01. (PC/CE - Escrivão de Polícia Civil de 1ª Classe – ( ) Certo
VUNESP) O indivíduo B provocou aborto com o ( ) Errado
consentimento da gestante, em 01 de fevereiro de 2010, e foi
condenado, em 20 de fevereiro de 2013, pela prática de tal
crime à pena de oito anos de reclusão. A condenação já
Noções de Direito Penal 10
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

05. (TJ-AM - Analista Judiciário – Direito – FGV) Com busca é extraído do próprio dispositivo, levando-se em conta
relação à lei penal no espaço, assinale a afirmativa incorreta. as expressões genéricas e abertas utilizadas pelo legislador.
(A) A legislação penal brasileira adota o princípio da Exemplos: art. 121, § 2º, I, CP (“ou por outro motivo torpe”);
territorialidade absoluta. art. 121, § 2º, III (“ou outro modo insidioso ou cruel, ou de que
(B) Aplica-se a lei penal brasileira aos crimes praticados possa resultar perigo comum”). Em ambos os exemplos dados,
em aeronave pública brasileira ainda que esteja em território o legislador, por não conseguir prever todos os modos,
estrangeiro. exemplificou uma conduta e terminou os incisos com
(C) As embaixadas estrangeiras não são consideradas ordenamento genérico.
território estrangeiro, aplicando-se a lei brasileira nos crimes É importante frisar que as hipóteses de interpretação
praticados no seu interior, salvo quando o autor for agente acima expostas (extensiva e analógica) não se confundem com
diplomático ou possua imunidade diplomática. a analogia. Nesse caso, ao contrário dos anteriores, partimos
(D) São princípios empregados para solucionar a regra da do pressuposto de que não existe uma lei a ser aplicada ao caso
extraterritorialidade: personalidade ou nacionalidade, concreto, socorrendo-se daquilo que o legislador previr para
domicílio, defesa, justiça universal, representação ou da outro similar.
bandeira.
(E) Para fins de Direito Penal, o conceito de território não ANALOGIA
se restringe à área limitada pelas fronteiras brasileiras.
Analogia não é fonte do Direito Penal, mas sim, uma forma
RESPOSTAS de integração da lei, isto é, havendo lacuna na lei, o juiz deverá
valer-se deste instituto (ou também dos costumes e dos
01. Resposta: A princípios gerias do direito) para suprir a norma penal diante
02. Resposta: Errado de um determinado caso concreto.
03. Resposta: D Segundo Damásio E. de Jesus, o recurso da analogia exige a
04. Resposta: Certo concorrência dos seguintes requisitos:
05. Resposta: A -Que o fato considerado não tenha sido regulado pelo
legislador;
-Que tenha o legislador regulado situação que oferece
4. Interpretação da lei relação de coincidência, de identidade com o caso não
penal. regulado;
-Que o ponto comum entre as duas situações constitua o
ponto determinante na implantação do princípio referente à
situação considerada pelo julgador.
A doutrina estuda a interpretação da lei penal sobre três
enfoques: quanto ao sujeito, quanto ao modo, quanto ao
No direito penal, a analogia também pode ser:
resultado.
- in bonam partem: quando o sujeito é beneficiado pela
sua aplicação.
Quanto ao sujeito (origem):
- in malam partem: quando o sujeito é prejudicado pela
a) Autêntica (legislativa): a interpretação feita pela própria
sua aplicação.
lei (ex: conceito de funcionário público previsto no art. 327 do
CP).
Entretanto, o direito penal brasileiro admite apenas a
b) Doutrinária ou científica: é a interpretação feita pelos
analogia in bonam partem, isto é, a lacuna da lei penal poderá
estudiosos do direito.
ser suprida somente quando for para beneficiar o réu; nunca
c) Jurisprudencial: é fruto das decisões reiteradas de
para prejudicá-lo.
nossos tribunais. Em regra, não vincula, salvo as súmulas
vinculantes.
IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL
Quanto ao modo:
É natural que, havendo anterioridade obrigatória para a lei
a) Gramatical: quando leva em conta o sentido literal das
penal incriminadora, não se pode permitir a retroatividade de
palavras.
leis, especificamente as prejudiciais ao acusado. Logo, quando
b) Teleológica: indaga-se a vontade ou intenção objetivada
novas leis entram em vigor, devem ser aplicadas somente a
na lei.
fatos concretizados sob a sua égide.
c) Histórica: indaga-se a origem da lei (analisam-se os fatos
Abre-se exceção à vedação à irretroatividade quando se
sociais, as discussões no Congresso Nacional).
trata de lei penal benéfica. Esta pode voltar no tempo para
d) Sistemática: interpreta-se a lei considerando o sistema,
favorecer o agente, ainda que o fato tenha sido decidido por
ou seja, a lei é interpretada com o conjunto da legislação ou dos
sentença condenatória com trânsito em julgado, é o que dispõe
princípios gerais de direito.
o artigo 5.º, XL, da Constituição Federal e artigo 2.º, parágrafo
e) Progressiva: interpreta-se a lei de acordo com o
único, Código Penal.
progresso da ciência.

Observação: o uso de um modo de interpretação não obsta De acordo com o disposto no artigo 2º do Código Penal,
que outro seja usado concomitantemente. “Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de
considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os
Quanto ao resultado: efeitos penais da sentença condenatória”. Sendo a exceção
a) Declarativa: a letra da lei corresponde exatamente prevista em seu parágrafo único: “A lei posterior, que de
àquilo que o legislador quis dizer. qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos
b) Extensiva: amplia-se o alcance da palavra do texto para anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória
se chegar até a vontade ou intenção do texto. transitada em julgado”. Desta forma, a lei penal só retroagirá
c) Restritiva: restringe-se o alcance da palavra do texto em benefício do réu.
para se chegar a vontade ou intenção do texto.
Observação: a interpretação extensiva não se confunde Pode-se denominar, deste modo, o artigo 2º, como
com a interpretação analógica, pois nesta o significado que se princípio da irretroatividade da lei penal, adotando como
Noções de Direito Penal 11
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

regra que a lei penal não poderá retroagir, mas, como exceção, d) é permitido, se o fato for contrário aos princípios
a retroatividade da lei benéfica ao réu ou condenado. fundamentais do Direito Penal.
e) só é permitido se estiver fundado no direito
Importante destacar que este dispositivo, faz referência consuetudinário.
somente à retroatividade, porque está analisando a aplicação
da lei penal sob o ponto de vista da data do fato criminoso. 05. (CGU - Analista de Finanças e Controle - ESAF): A
Assim, ou se aplica o princípio-regra (tempus regit actum), se lei penal aplica-se retroativamente quando:
for o mais benéfico, ou se aplica a lei penal posterior, se for a
mais benigna (retroatividade). Não se pode esquecer, no a) a contravenção penal torna-se crime.
entanto, que, quando um juiz vai aplicar uma lei já revogada, b) o crime torna-se contravenção penal.
no instante da sentença, por ser a mais benéfica e por ser a c) a pena de detenção torna-se de reclusão.
vigente à época do crime, está materializando o fenômeno da d) a pena de multa torna-se de detenção.
ultratividade, vale dizer, está ressuscitando lei morta. e) ocorrer a prescrição da pretensão punitiva.

Assim, temos que, em regra, a lei penal não pode retroagir Respostas:
(irretroatividade da lei penal). Porém, há exceção: poderá
retroagir quando trouxer algum benefício para o agente no 01. Resposta: A
caso concreto. Vale lembrar que isto se restringe somente às 02. Resposta: C
normas penais. 03. Resposta: Certo
04. Resposta: B
Questões 05. Resposta: B

01. (TRF-2ª Região – Juiz Federal - CESPE) Assinale a


opção correta acerca da interpretação da lei penal 5. Infração penal: espécies.
a) A interpretação extensiva é admitida em direito penal
para estender o sentido e o alcance da norma até que se atinja
6. Sujeito ativo e sujeito
sua real acepção. passivo da infração penal.
b) A interpretação analógica não é admitida em direito 7. Tipicidade, ilicitude,
penal porque prejudica o réu.
c) A interpretação teleológica consiste em extrair o sentido
culpabilidade, punibilidade.
e o alcance da norma de acordo com a posição da palavra na
estrutura do texto legal.
d) A analogia penal permite ao juiz atuar para suprir a Infração: é toda conduta previamente tipificada pela
lacuna da lei, desde que isso favoreça o réu. legislação como ilícita, imbuída de culpabilidade, isto é,
e) A interpretação judicial da lei penal se manifesta na praticada pelo agente com dolo ou, ao menos, culpa quando a
edição de súmulas vinculantes editadas pelos tribunais. Lei assim prever tal possibilidade4. É obrigação do Estado
proibir e punir o autor de uma infração penal. São espécies de
02. (PC/MG – Analista da Polícia Civil - FUMARC) Em infrações penais: os crimes e as contravenções.
relação à interpretação da norma penal, é CORRETO afirmar:
a) O Direito Penal veda o uso da interpretação analógica Espécies:
em desfavor do réu.
b) O resultado da interpretação da norma penal Quando utilizamos a expressão infração penal esta
necessariamente será declarativo. engloba tanto o crime (ou delito), como a contravenção penal.
c) A interpretação autêntica vincula o entendimento dos Assim, o crime e a contravenção penal são espécies do gênero
demais intérpretes e operadores do Direito Penal. infração penal.
d) A interpretação gramatical ou literal é a única admitida
em matéria penal em relação às normas penais - Crime: em sentido amplo, é a ação ou omissão, imputável
incriminadoras. a pessoa, lesiva ou perigosa a interesse penalmente protegido,
constituída de determinados elementos e eventualmente
03. (PC/AL – Agente de Polícia - CESPE) As leis penais integrada por certas condições ou acompanhada de
devem ser interpretadas sem ampliações por analogia, salvo determinadas circunstâncias previstas em lei. É a violação de
para beneficiar o réu. um bem penalmente protegido.
Para que haja crime, é preciso uma conduta humana
( ) Certo ( ) Errado positiva ou negativa. Nem todo comportamento do homem,
porém, constitui delito, em face do princípio da reserva legal.
04. (MPE/AM - Agente –Técnico-Jurídico – FCC) O uso Logo, somente aqueles previstos na lei penal é que podem
da analogia para punir alguém por ato não previsto configurar o delito.
expressamente em lei, mas semelhante a outro por ela A pena é sempre de reclusão ou detenção, cumulada ou não
definido, com multa. Tem caráter repressivo, situando o Direito
somente após a ocorrência do dano a alguém. Ex.: alguém,
a) é permitido, se o fato for contrário ao sentimento do conduzindo imprudentemente um veículo, atropela outrem e
povo na época em que o ato foi praticado. lhe causa ferimentos.
b) é vedado, por importar em violação do princípio da
legalidade. Critérios:
c) é vedado, por contrariar o princípio da proporcio- - material ou substancial: sob esse aspecto, crime é a
nalidade da lei penal. ação ou omissão humana que viola bem jurídico tutelado pela
lei penal;

4 FERREIRA, Gecivaldo Vasconcelos. Teoria do crime em síntese. Revista Jus

Navigandi, Teresina, ano 13, nº 1677, 2008.

Noções de Direito Penal 12


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

- legal: sob esse aspecto, o conceito de crime é o fornecido jurídica nos crimes ambientais, visto que a Lei n° 9.605/98
pelo legislador; trouxe previsão legal a esse respeito, veja-se:
- critério analítico, formal ou dogmático: se sustenta
nos elementos que compõem a estrutura do crime, quais Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas
sejam: fato típico, ilícito e culpável (posição dominante). administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta
Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de
- Contravenção (Lei nº 3.688/41): é uma infração de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão
menor gravidade. Também fere o ordenamento jurídico, logo, colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.
assim como os crimes são fatos típicos e antijurídicos, mas, Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas
como a lesão é menor, o legislador optou por dar tratamento não exclui a das pessoas físicas, autoras, coautoras ou
mais sutil àqueles que a cometem. É punido com prisão partícipes do mesmo fato.
simples e multa ou só multa. Possui caráter preventivo,
visando a Lei das Contravenções Penais coibir condutas O sujeito passivo, como já dito anteriormente, é o titular
conscientes que possam trazer prejuízo a alguém. Exemplo: do bem jurídico lesado. O Estado sempre será sujeito passivo
omissão de cautela na guarda ou condução de animais. dos delitos, porquanto toda atividade criminosa o atinge em
maior ou menor grau, por isso diz-se que ele é sujeito passivo
Eis as principais diferenças entre crime e contravenção: indireto, formal ou mediato. Porém, há crimes em que ele
figura como sujeito passivo direto, como nos crimes contra a
CRIME CONTRAVENÇÃO Administração Pública.
A pessoa jurídica também pode ser sujeito passivo de
É punido com reclusão ou É punida com prisão simples e
crimes mas, é preciso que haja compatibilidade com a sua
detenção multa
natureza. Assim, ela pode ser sujeito passivo do crime de
Pune-se a tentativa A tentativa não é punível difamação mas, não pode ser do crime de homicídio.
Há os chamados crimes vagos, em que o sujeito passivo não
Rege-se pela Lei das possui personalidade jurídica.
É determinado pelo Código
Contravenções Penais
Penal
(Decreto-Lei nº 3.688/41) TIPICIDADE, ILICITUDE, CULPABILIDADE,
As penas privativas de PUNIBILIDADE.
A pena de prisão não pode ser
liberdade tem por limite o
superior a 05 anos Tipicidade é o nome que se dá ao enquadramento da
tempo de 30 anos.
conduta concretizada pelo agente na norma penal descrita em
abstrato.
SUJEITO ATIVO E PASSIVO DA INFRAÇÃO PENAL Só haverá crime se o sujeito realizar, no caso em concreto,
todos os elementos componentes da descrição típica
O sujeito ativo é a pessoa que realiza, ainda que (definição legal do delito).
indiretamente, o verbo do tipo, ou seja, que pratica a ação
criminosa. Pode fazê-lo sozinho ou em concurso com outras A tipicidade penal tem dois elementos:
pessoas. Tipicidade formal: é o juízo de subsunção entre a conduta
Denomina-se autor aquele que sozinho ou em coautoria praticada pelo agente no mundo real e o modelo descrito pelo
realizam o verbo do tipo. O partícipe é aquele que, embora não tipo penal.5
realize o verbo do tipo, contribui para sua realização. Tipicidade material (ou substancial): é a lesão ou perigo
Há ainda o autor intelectual, que é aquele que, embora não de lesão ao bem jurídico penalmente tutelado em razão da
execute a ação delituosa, planeja ou dá ordem para que se prática da conduta legalmente descrita.6
realize. Ex: mandante de crime
Tem-se ainda o autor mediato que é aquele que usa de A adequação típica pode dar-se de duas maneiras:
outra pessoa, sem discernimento para a realização do crime. a) imediata ou direta: quando houver uma
Ex: sujeito pede para uma criança de quatro anos colocar correspondência total da conduta ao tipo.
veneno no copo de seu desafeto, dizendo à criança que se trata b) mediata ou indireta: quando a materialização da
de açúcar. tipicidade exige a utilização de uma norma de extensão, sem a
O partícipe pode ser material, quando ajuda materialmente qual seria absolutamente impossível enquadrar a conduta no
na realização do crime, por exemplo, empresta a arma. Pode tipo. É o que ocorre nos casos de participação (art. 29) e
ainda ser moral, quando induz ou instiga a prática delituosa. tentativa (art. 14, II).
Para ser sujeito ativo, contudo, se faz necessário possuir
capacidade penal, que é capacidade para que o sujeito se torne Princípio da insignificância ou da bagatela
sujeito de direitos e obrigações penais. Tal capacidade precisa O princípio da insignificância atua excluindo a tipicidade
estar presente no momento da ação ou da omissão, ou seja, no material da conduta, por ausência de lesão significativa ao bem
momento da prática delituosa. jurídico tutelado pela norma penal.
Em regra, somente as pessoas naturais podem ser sujeitos Este princípio, certamente, encontra-se fundamento
ativos dos crimes, porém, há casos em que a pessoa jurídica jurídico no conceito de tipicidade, a qual, por certo, deve ser
pode figurar nessa posição. analisada sob dois aspectos: a tipicidade formal e a tipicidade
A Constituição Federal atribui à pessoa jurídica material.
responsabilidade nos crimes contra a ordem econômica e A tipicidade formal é a correspondência exata entre o fato
financeira, nos crimes contra a economia popular e nos crimes e os elementos constantes de um tipo penal. A tipicidade
contra o meio ambiente. material é a real lesividade social da conduta. E é justamente,
Por falta de regulamentação legal nos demais casos, o STF na tipicidade material, que se revela o verdadeiro sentido do
somente tem entendido haver a responsabilidade da pessoa princípio da insignificância.

5 MASSON, Cleber. Direito Penal. Vol.1. Parte Geral. Editora Método. 8ª 6 Idem.
edição. 2014.

Noções de Direito Penal 13


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Requisitos objetivos para aplicação do princípio da São causas de extinção da punibilidade: morte do agente;
insignificância ou da bagatela: anistia, graça ou indulto; abolitio criminis (lei deixa de
1. Mínima ofensividade da considerar fato como criminoso); prescrição, decadência ou
conduta. perempção; renúncia do direito de queixa; perdão do ofendido;
retratação do agente e perdão judicial.
2. Ausência/ Nenhuma periculosidade social da ação.
3. Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento. Com isso, podemos considerar a existência de etapas
4. Inexpressividade da lesão jurídica provocada. sucessivas de raciocínio, de maneira que, ao se chegar à
punibilidade, já se constatou ter ocorrido uma infração penal
A ilicitude é a contradição entre a conduta e o culpável. Assim, verifica-se, em primeiro lugar, se o fato é
ordenamento jurídico, consistindo na prática de uma ação ou típico ou não; em seguida, em caso afirmativo, a sua ilicitude;
omissão ilegal. Em resumo, nada mais é do que a conduta depois se passa ao exame da possibilidade de
contrária ao Direito. responsabilização do autor, ou seja, se este é culpável e, só a
A princípio todo fato típico também é ilícito. Contudo, por partir de então, é que se passa a análise da possibilidade de
vezes, mesmo que uma pessoa cometa uma conduta típica, há imposição da sanção ao responsável por sua prática.
na lei exceções permissivas para sua conduta, de modo que
não há ilicitude da ação. Por exemplo: matar alguém como Questões
legítima defesa, a lei considera que a conduta não é ilícita.
Note-se, que quando isso ocorre, o fato permanece típico, 01. (POLÍCIA CIENTÍFICA-PR - Odontolegista -
mas não há crime, excluindo-se a ilicitude, e sendo ela IBFC/2017) Considere as regras básicas aplicáveis ao Direito
requisito do crime, fica excluído o próprio delito; em Penal e ao Direito Processual Penal para assinalar a alternativa
consequência, o sujeito deve ser absolvido. São causas que correta sobre as espécies de infração penal.
excluem a ilicitude do fato: estado de necessidade; legítima (A) Crime e contravenção penal são sinônimos
defesa; estrito cumprimento de dever legal; exercício regular de (B) No caso de contravenção penal, admitem-se penas de
direito. reclusão e detenção, enquanto que, para os crimes, admite-se
prisão simples
A ilicitude pode ser: (C) No caso de crime, admitem-se penas de reclusão e
a) formal: contradição do fato com a norma de proibição detenção, enquanto que, para as contravenções penais,
(é o mesmo conceito de antinormatividade). É o fato típico não admite-se prisão simples.
acobertado pelas causas de exclusão da ilicitude; (D) No caso de contravenção penal, admite-se pena de
b) material: a antijuridicidade ocorre quando o fato reclusão, enquanto que, para os crimes, admite-se detenção
contraria a norma e causa uma lesão ou um perigo concreto de (E) No caso de contravenção penal, admite-se pena de
lesão ao bem jurídico. A conduta não somente está contrária à detenção, enquanto que, para os crimes, admite-se reclusão.
lei, mas também contraria o sentimento de justiça da
sociedade (é injusta); 02. (PC/GO - Escrivão de Polícia Civil - UEG) Sobre
c) subjetiva: o fato só é ilícito se o agente tiver capacidade sujeito ativo e sujeito passivo da infração penal, verifica-se que
de avaliar seu caráter criminoso (para essa teoria, inimputável (A) há hipóteses em que a lei se refere à vítima em relação
não comete fato ilícito); às suas condições físicas ou psíquicas, embora nem todas as
d) objetiva: independe da capacidade de avaliação do pessoas possam ser sujeito passivo do crime.
agente. Nosso sistema adota essa teoria – porque o (B) sujeito passivo do crime não é o titular do bem jurídico
inimputável comete fato ilícito. ameaçado pela conduta criminosa.
A antijuridicidade é sempre objetiva porque independe da (C) sujeito ativo do crime é aquele que pratica a conduta
culpabilidade do agente. Exemplo: menor pode praticar fato descrita em lei, ou seja, o fato típico.
antijurídico, contudo não responde porque não tem (D) capacidade penal do sujeito ativo ou inimputável pode
culpabilidade. Crime, sob o aspecto analítico, é um fato típico e não ter a capacidade penal se passar a sofrer de doença mental
antijurídico. A antijuridicidade é o segundo requisito do crime. após o delito.

Já a culpabilidade é a possibilidade de se considerar 03. (DPE-MT - Defensor Público – UFMT/2016) O


alguém culpado pela prática de uma infração penal. Por essa princípio da insignificância ou da bagatela exclui a
razão, costuma ser definida como “juízo de censurabilidade” e (A) punibilidade.
“reprovação” exercido sobre alguém que praticou um fato (B) executividade.
típico e ilícito. É pressuposto para imposição de pena. (C) tipicidade material.
Na culpabilidade afere-se apenas se o agente deve ou não (D) ilicitude formal.
responder pelo crime cometido. (E) culpabilidade.
São elementos da culpabilidade: a imputabilidade; a
potencial consciência da ilicitude e a exigibilidade de conduta 04. (PC-PE - Agente de Polícia – CESPE/2016) Acerca
diversa. das questões de tipicidade, ilicitude (ou antijuridicidade) e
São excludentes de culpabilidade são: doença mental; culpabilidade, bem como de suas respectivas excludentes,
menoridade; embriaguez completa, proveniente de caso fortuito assinale a opção correta.
ou força maior; erro de proibição; coação moral irresistível e (A) A inexigibilidade de conduta diversa e a
obediência hierárquica. inimputabilidade são causas excludentes de ilicitude.
(B) O erro de proibição é causa excludente de ilicitude.
Por fim, a punibilidade dispõe sobre a possibilidade (C) Há excludente de ilicitude em casos de estado de
jurídica de o Estado impor a sanção ao responsável pela necessidade, legítima defesa, em estrito cumprimento do
infração penal. dever legal ou no exercício regular do direito.
Assim, praticada a infração penal, nasce a punibilidade. (D) Há excludente de tipicidade em casos de estado de
Contudo, é importante destacar que esta possibilidade do necessidade, legítima defesa, exercício regular do direito e
Estado não é eterna, daí porque existem causas que extinguem estrito cumprimento do dever legal.
a punibilidade, o direito de punir estatal (jus puniendi). (E) A inexigibilidade de conduta diversa e a
inimputabilidade são causas excludentes de tipicidade.

Noções de Direito Penal 14


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Respostas As causas de exclusão da ilicitude (também chamadas


01. Resposta: C exclusão da antijuridicidade, causas justificantes ou
02. Resposta: C descriminantes) podem ser:
03.Resposta: C - causas legais: são as quatro previstas em lei (estado de
04.Resposta: C necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento do dever
legal e o exercício regular de direito);
- causas supralegais: são aquelas não previstas em lei,
8. Excludentes de ilicitude e que podem ser admitidas sem que haja colisão com o princípio
de culpabilidade. da reserva legal, pois aqui se cuida de norma não
incriminadora (exemplo: colocação de piercing; não se trata de
9. Imputabilidade penal. crime de lesão corporal, pois há o consentimento do ofendido).
Existem também causas excludentes específicas, previstas
na própria Parte Especial do Código Penal, e que somente são
ILICITUDE OU ANTIJURIDICIDADE: É a contradição entre aplicáveis a determinados delitos:
a conduta e o ordenamento jurídico, consistindo na prática de a) no aborto para salvar a vida da gestante ou quando a
uma ação ou omissão ilegal. Todo fato típico, em princípio, gravidez resulta de estupro (art. 128, I e II);
também é ilícito. O fato típico cria uma presunção de ilicitude. b) nos crimes de injúria e difamação, quando a ofensa é
É o caráter indiciário da ilicitude. Se não estiver presente irrogada em juízo na discussão da causa, na opinião
nenhuma causa de exclusão da antijuridicidade, o fato também desfavorável da crítica artística, literária ou científica e no
será ilícito, confirmando-se a presunção da ilicitude. A ilicitude conceito emitido por funcionário público em informação
pode ser: prestada no desempenho de suas funções;
a) formal: contradição do fato com a norma de proibição c) na violação do domicílio, quando um crime está ali sendo
(é o mesmo conceito de antinormatividade). É o fato típico não cometido (art. 150, § 3º, II).
acobertado pelas causas de exclusão da ilicitude;
b) material: a antijuridicidade ocorre quando o fato EXCLUSÃO DE ILICITUDE
contraria a norma e causa uma lesão ou um perigo concreto de Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
lesão ao bem jurídico. A conduta não somente está contrária à I - em estado de necessidade;
lei, mas também contraria o sentimento de justiça da II - em legítima defesa;
sociedade (é injusta); III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício
c) subjetiva: o fato só é ilícito se o agente tiver capacidade regular de direito.
de avaliar seu caráter criminoso (para essa teoria, inimputável
não comete fato ilícito); EXCESSO PUNÍVEL
d) objetiva: independe da capacidade de avaliação do Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste
agente. Nosso sistema adota essa teoria – porque o artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.
inimputável comete fato ilícito.
A antijuridicidade é sempre objetiva porque independe da ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL
culpabilidade do agente. Exemplo: menor pode praticar fato Estrito Cumprimento do Dever Legal: É o dever
antijurídico, contudo não responde porque não tem emanado da lei ou de respectivo regulamento. O agente atua
culpabilidade. Crime, sob o aspecto analítico, é um fato típico e em cumprimento de um dever emanado de um poder genérico,
antijurídico. A antijuridicidade é o segundo requisito do crime. abstrato e impessoal. Se houver abuso, não há a excludente, ou
seja, o cumprimento deve ser estrito. Exemplo: um soldado
Teoria do Caráter Indiciário da Ilicitude mata assaltante que faz jovem de refém, por ordem de seu
Para Max Ernest Mayer, a ilicitude é a ratio cognoscendi da superior hierárquico.
tipicidade, ou seja, o fato típico está numa etapa diferente da Como a excludente exige o estrito cumprimento do dever,
ilicitude. O fato típico cria uma presunção de ilicitude, que deve-se ressaltar que haverá crime quando o agente
pode ser quebrada pelas causas de exclusão de ilicitude. Essa extrapolar os limites deste.
teoria opõe-se à teoria da ratio essendi de Edmund Mezger, que
sustenta que a ilicitude pertence à tipicidade; que ambas estão EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO
fundidas (teoria dos elementos negativos do tipo).
Exercício Regular do Direito: consiste na atuação do
CAUSAS DE EXCLUSÃO DA ANTIJURIDICIDADE agente dentro dos limites conferidos pelo ordenamento legal.
O sujeito não comete crime por estar exercitando uma
Antijuricidade ou ilicitude, como já mencionado acima, é a prerrogativa a ele conferida pela lei. Assim, o exercício de um
contradição do fato, eventualmente adequado ao modelo legal, direito não configura fato ilícito. Exceto se a pretexto de
com a ordem jurídica, constituindo lesão de um interesse exercer um direito, houver intuito de prejudicar terceiro.
protegido. Exemplos:
A antijuricidade pode ser afastada por determinadas
causas, as determinadas causas de exclusão de antijuricidade; a) Ofendículos e defesa mecânica predisposta: os
quando isso ocorre, o fato permanece típico, mas não há crime, ofendículos são aparatos visíveis destinados à defesa da
excluindo-se a ilicitude, e sendo ela requisito do crime, fica propriedade ou de qualquer outro bem jurídico. O que os
excluído o próprio delito; em consequência, o sujeito deve ser caracteriza é a visibilidade, devendo ser perceptíveis por
absolvido; são causas de exclusão de antijuricidade, previstas qualquer pessoa (exemplos: lança no portão da casa, caco de
no artigo 23 do Código Penal: estado de necessidade; legítima vidro no muro etc.). Defesa mecânica predisposta é aparato
defesa; estrito cumprimento de dever legal; exercício regular oculto destinado à defesa da propriedade ou de qualquer outro
de direito. bem jurídico. Podem configurar delitos culposos, pois alguns
Assim, apesar de todo crime, em um primeiro momento, aparatos instalados imprudentemente podem trazer trágicas
ser considerado um ato ilícito, haverá situações em que consequências.
mesmo cometendo um crime, isto é, praticando uma conduta Observação: Para o Prof. Damásio de Jesus, nos dois casos,
expressamente proibida pela lei, a conduta do agente não será salvo condutas manifestamente imprudentes, é mais correta a
considerada ilícita. aplicação da justificativa da legítima defesa. A predisposição

Noções de Direito Penal 15


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

do aparelho constitui exercício regular de direito, mas, no - Inevitabilidade do comportamento lesivo, ou seja,
momento em que este atua, o caso é de legítima defesa somente deverá ser sacrificado outro bem se não houver outra
preordenada (aquela posta anteriormente a agressão). maneira de afastar a situação de perigo.
- É necessário existir proporcionalidade entre a gravidade
b) Lesões esportivas: Pela doutrina tradicional, a violência do perigo que ameaça o bem jurídico do agente ou alheio e a
desportiva é exercício regular do direito, desde que a violência gravidade da lesão causada pelo fato necessitado.
seja praticada nos limites do esporte. Assim, mesmo a
violência que acarreta alguma lesão, se previsível para a Teoria Unitária e Teoria Diferenciadora
prática do esporte, será exercício regular do direito (exemplo:
numa luta de boxe poderá haver, inclusive, a morte de um dos - Teoria Unitária: O Código Penal adotou como regra a
lutadores). Teoria Unitária, que reconhece o estado de necessidade
previsto nos artigos 23, I e 24 do CP como excludente da
c) Intervenções cirúrgicas: Amputações, extração de ilicitude/ antijuridicidade. É o estado de necessidade
órgão etc. constituem exercício regular da profissão do justificante. Neste caso, o bem jurídico protegido é de valor
médico. Se a intervenção for realizada em caso de emergência maior ou igual ao bem jurídico sacrificado, haja vista que se o
por alguém que não é médico, será caso de estado de bem sacrificado for de maior valor, subsistirá o crime,
necessidade. admitindo- se no máximo a diminuição de pena, nos termos do
previsto no artigo 24, §2º, CP.
d) Consentimento do ofendido: O consentimento do - Teoria Diferenciadora: muito embora o Código Penal
ofendido exclui a tipicidade quando a discordância da vítima tenha adotado a Teoria Unitária, a doutrina admite uma
for elemento do tipo. Exemplo: não há invasão de domicílio se espécie de estado de necessidade que exclui a culpabilidade.
a “vítima” autorizou a entrada em sua casa. Trata-se do estado de necessidade exculpante. Assim esta
teoria entende que quando o bem jurídico protegido for de
Requisitos para exclusão da tipicidade: valor maior ou igual ao bem jurídico sacrificado, será hipótese
- ser o bem jurídico disponível; de excludente da ilicitude/antijuridicidade. Porém, quando o
- capacidade da vítima em poder dispor do bem; bem jurídico protegido for de valor igual ou menor que o
- ser o consentimento dado antes ou durante o fato; sacrificado, o estado de necessidade excluirá a culpabilidade.
- a consciência do agente de que houve consentimento.
Quando a discordância não for elemento do tipo, ocorre O Código Penal adotou a teoria unitária.
causa supralegal de exclusão da ilicitude. O que pode ocorrer
no crime de dano, por exemplo, artigo 163 do Código Penal. E ESTADO DE NECESSIDADE
os requisitos são: disponibilidade do bem; capacidade da Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem
vítima em poder dele dispor. pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por
O exercício abusivo do direito faz desaparecer a sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou
excludente. alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável
exigir-se.
ESTADO DE NECESSIDADE § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o
Estado de necessidade é uma situação de perigo atual de dever legal de enfrentar o perigo.
interesses protegidos pelo direito, em que o agente, para § 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito
salvar um bem próprio ou de terceiro, não tem outro meio ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços.
senão o de lesar o interesse de outrem; perigo atual é o
presente, que está acontecendo; iminente é o prestes a LEGÍTIMA DEFESA
desencadear-se. Trata-se de causa de exclusão da ilicitude consistente em
O estado de necessidade é uma causa de exclusão de repelir injusta agressão, atual ou iminente, a direito próprio ou
ilicitude, encontra-se tipificado no art. 24 do CP. Consiste em alheio, usando moderadamente dos meios necessários.
uma conduta lesiva praticada para afastar uma situação de
perigo. Não é qualquer situação de perigo que admite a Requisitos da Legítima Defesa
conduta lesiva e não é qualquer conduta lesiva que pode ser - Agressão: é todo ataque praticado por pessoa humana.
praticada na situação de perigo. Existindo uma situação de Não pode ser confundida com uma simples provocação.
perigo que ameace dois bens jurídicos, um deles terá que ser Segundo NUCCI, a possibilidade de legítima defesa contra
lesado para salvar o outro de maior valor. provocação é inadmissível, pois a provocação (insulto, ofensa
ou desafio) não é o suficiente para gerar o requisito legal, que
Requisitos para a existência do estado de necessidade: é a agressão. No entanto o autor faz uma ressalva: quando a
- Perigo deve ser atual ou iminente, ou seja, deve estar provocação for insistente, torna-se agressão, justificando,
acontecendo naquele momento ou prestes a acontecer. assim, a reação, que deve, contudo, respeitar o requisito da
Quando, portanto, o perigo for remoto ou futuro, não há o moderação. Se o ataque é comandado por animais irracionais,
estado de necessidade. não é legítima defesa e sim estado de necessidade.
- Perigo deve ameaçar um direito próprio ou um direito - Atual ou iminente: atual é a agressão que está
alheio. Abrange qualquer bem protegido pelo ordenamento acontecendo e iminente é a que está prestes a acontecer. Não
jurídico. Se o bem não for tutelado pelo ordenamento, não se cabe legítima defesa contra agressão passada ou futura e
admite estado de necessidade. também quando há promessa de agressão.
- Perigo não pode ter sido criado voluntariamente. Quem dá - A direito próprio ou de terceiro: é legítima defesa própria
causa a uma situação de perigo não pode invocar o estado de quando o sujeito está se defendendo e legítima defesa alheia
necessidade para afastá-la. Aquele que provocou o perigo com quando o sujeito defende terceiro. Pode-se alegar legítima
dolo não age com estado de necessidade porque tem o dever defesa alheia mesmo agredindo o próprio terceiro (ex.: em
jurídico de impedir o resultado. caso de suicídio, pode-se agredir o terceiro para salvá-lo).
- Quem possui o dever legal de enfrentar o perigo não pode - Meio necessário: é o meio menos lesivo colocado à
invocar o estado de necessidade. A pessoa que possui o dever disposição do agente no momento da agressão.
legal de enfrentar o perigo deve afastar a situação de perigo - Moderação: é o emprego do meio necessário dentro dos
sem lesar qualquer outro bem jurídico. limites para conter a agressão.

Noções de Direito Penal 16


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Espécies de legítima defesa b) culposo (ou excesso inconsciente, ou não


- Legítima defesa putativa: é a legítima defesa imaginária. É intencional): é o excesso que deriva de culpa em relação à
a errônea suposição da existência da legítima defesa por erro moderação, e, para alguns doutrinadores, também quanto à
de tipo ou erro de proibição. Os agentes imaginam haver escolha dos meios necessários. Nesse caso, o agente responde
agressão injusta quando na realidade esta inexiste. por crime culposo. Trata-se também de hipótese de culpa
- Legítima defesa subjetiva: é o excesso cometido por um imprópria
erro plenamente justificável, o agente, por erro supõe ainda
existir a agressão e, por isso, excede-se. Nesse caso, excluem- c) exculpante: trata-se de hipótese não prevista
se o dolo e a culpa (art. 20, § 1º, 1ª parte). expressamente em nosso ordenamento jurídico, sendo o
- Legítima defesa sucessiva: é a repulsa do agressor inicial excesso exculpante visto pela doutrina e jurisprudência
contra o excesso. Assim, a pessoa que estava inicialmente se como causa supralegal de exclusão da culpabilidade. Neste
defendendo, no momento do excesso, passa a ser considerada caso, o agente comete o excesso em razão de seu estado
agressora, de forma a permitir legítima defesa por parte do psíquico, ou seja, por medo, perturbação ou surpresa. É o
primeiro agressor. chamado estado de confusão mental. Ex: o agente apavorado
Atenção, enquanto a legitima defesa real é causa de pela situação de violência e ameaça que se encontra, ao
exclusão da ilicitude do fato. A legítima defesa putativa defender-se com sua arma, dispara bem mais tiros que o
excluirá o dolo e consequentemente o fato típico. Isto porque suficiente para conter a agressão, ou seja, ele dispara mais
a denominada legitima defesa putativa na verdade caracteriza tiros do que ele próprio dispararia se não estivesse tomado
erro de tipo, ou seja, o agente tem uma falsa percepção da pelo medo. Neste caso, apesar de se tratar de uma conduta
realidade que faz com que o mesmo pense que está agindo em imprópria, é justificada pela situação em que se encontrava o
uma situação de legitima defesa, quando, de fato, não está agente e por isso pode ser causa excludente de culpabilidade.
sofrendo agressão alguma.
LEGÍTIMA DEFESA
Hipóteses de cabimento da legítima defesa: Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando
- Cabe legítima defesa real de legítima defesa putativa. moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão,
Exemplo: uma pessoa atira em um parente que está entrando atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
em sua casa, supondo tratar-se de um assalto. O parente, que
também está armado, reage e mata o primeiro agressor. CULPABILIDADE
- Cabe legítima defesa putativa de legítima defesa real.
Exemplo: A vai agredir B. A joga B no chão. B, em legítima CULPABILIDADE: é a possibilidade de se considerar
defesa real, imobiliza A. Nesse instante, chega C e, alguém culpado pela prática de uma infração penal. Por essa
desconhecendo que B está em legítima defesa real, o ataca razão, costuma ser definida como juízo de censurabilidade e
agindo em legítima defesa putativa de A (legítima defesa de reprovação exercido sobre alguém que praticou um fato típico
terceiro). e ilícito. Não se trata de elemento do crime, mas pressuposto
- Cabe legítima defesa putativa de legítima defesa putativa. para imposição de pena, porque, sendo um juízo de valor sobre
Ex.: dois desafetos se encontram e, equivocadamente, acham o autor de uma infração penal, não se concebe possa, ao
que serão agredidos um pelo outro. mesmo tempo, estar dentro do crime, como seu elemento, e
- Cabe legítima defesa real contra agressão culposa. Isso fora, como juízo externo de valor do agente. Para censurar
porque ainda que a agressão seja culposa, sendo ela também quem cometeu um crime, a culpabilidade deve estar
ilícita, contra ela cabe a excludente. necessariamente fora dele.
- Cabe legítima defesa real contra agressão de inimputável. Com isso, podemos considerar a existência de etapas
Os inimputáveis podem agir voluntária e ilicitamente, embora sucessivas de raciocínio, de maneira que, ao se chegar à
não sejam culpáveis. Para agir contra agressão de inimputável, culpabilidade, já se constatou ter ocorrido um crime. Verifica-
exige-se, no entanto, cautela redobrada, porque nesse caso a se, em primeiro lugar, se o fato é típico ou não; em seguida, em
pessoa que ataca não tem consciência da ilicitude de seu ato. caso afirmativo, a sua ilicitude; só a partir de então, constatada
Pergunta: Cabe legítima defesa real contra legítima defesa a prática de um delito (fato típico e ilícito), é que se passa ao
subjetiva? exame da possibilidade de responsabilização do autor.
Resposta: Em tese caberia, pois a partir da continuidade da Na culpabilidade afere-se apenas se o agente deve ou não
agressão a vítima se torna agressora. Para a jurisprudência, responder pelo crime cometido. E nenhuma hipótese será
entretanto, não é aceita quando o excesso for repelido pelo possível a exclusão do dolo e da culpa ou da ilicitude nessa fase,
próprio agressor, porque não pode invocar a legítima defesa uma vez que tais elementos já foram analisados nas
quem iniciou a agressão, mas o excesso pode ser repelido por precedentes.
terceiro. Teoria adotada pelo Código Penal brasileiro: teoria
limitada da culpabilidade. Nessa teoria, o erro recai sobre
Excesso uma situação de fato (descriminante putativa fática) é erro de
É a intensificação de uma conduta incialmente justificada. tipo, enquanto o que incide sobre a existência ou limites de
Em um primeiro momento o agente está agindo coberto por uma causa de justificação é o erro de proibição. As
uma excludente, mas, em seguida, a extrapola. descriminantes putativas fáticas são tratadas como erro de
tipo (art. 20, §1º), enquanto as descriminantes putativas por
O excesso pode ser: erro de proibição, ou erro de proibição indireto, são
a) doloso: descaracteriza a legítima defesa a partir do consideradas erro de proibição (art. 21).
momento em que é empregado o excesso, e o agente responde
dolosamente pelo resultado que produzir. Neste caso o agente Co-Culpabilidade:
tem consciência dos limites permitidos pela lei, mesmo assim A co-culpabilidade não está expressamente prevista na
comete o excesso Ex.: uma pessoa inicialmente estava em legislação penal brasileira, apesar de ser um princípio
legítima defesa consegue desarmar o agressor e, na sequência, constitucional implícito na Constituição Federal. No entanto,
o mata. Responde por homicídio doloso. “há uma sensibilidade por parte da doutrina e jurisprudência
para que haja a sua positivação” 7

7 (GRECO, 2010, p.83).

Noções de Direito Penal 17


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Tal princípio reconhece a corresponsabilidade do Estado imputada a prática de um fato punível. O conceito de sujeito
na prática do delito cometido por indivíduos marginalizados imputável é encontrado no artigo 26, caput, do Código Penal,
socialmente, em razão da omissão estatal em promover a que trata dos inimputáveis. Imputável é o sujeito mentalmente
todos os membros da sociedade as mesmas oportunidades são e desenvolvido, capaz de entender o caráter ilícito do fato e
sociais. Reconhece, portanto, como responsabilidade do determinar-se de acordo com esse entendimento.
Estado o fato de pessoas atingidas pela exclusão social Em princípio, todos são imputáveis, exceto aqueles
ingressarem para a vida do crime. abrangidos pelas hipóteses de inimputabilidade enumeradas
No entanto, não se tratar de imputar ao Estado o na lei, que são as seguintes:
cometimento de uma infração, visto que o Estado é detentor a) doença mental ou desenvolvimento mental incompleto
do dever de punir, logo não poderia ser sujeito ativo de um ou retardado;
crime. Trata-se apenas de uma responsabilidade b) menoridade;
compartilhada com o autor do delito. c) embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou
Importante ressaltar ainda, que o fato reconhecer a co- força maior;
culpabilidade não significa impunidade. O autor do crime será d) dependência de substância entorpecente.
sim punido, mas sua pena será ajustada na medida de sua
situação social. Pode ser a inimputabilidade absoluta ou relativa. Se for
Vale ressaltar que este princípio atinge apenas os absoluta, isso significa que não importam as circunstâncias, o
hipossuficientes. indivíduo definido como "inimputável" não poderá ser
O princípio da co-culpabilidade não está expressamente penalmente responsabilizado por seus atos.
previsto na Constituição ou em leis esparsas, no entanto, Se a inimputabilidade for relativa, isso indica que o
muitos doutrinadores entendem que o ordenamento jurídico indivíduo pertencente a certas categorias definidas em lei
permite sua aplicação, principalmente em razão da previsão poderá ou não ser penalmente responsabilizado por seus atos,
do artigo 59 e 66 do CP dependendo da análise individual de cada caso na Justiça,
segundo a avaliação da capacidade do acusado, as
Código Penal circunstâncias atenuantes ou agravantes, as peculiaridades do
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos caso e as provas existentes.
antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos A imputabilidade possui dois elementos:
m otivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, - intelectivo (capacidade de entender);
bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, - volitivo (capacidade de querer).
conforme seja necessário e suficiente para reprovação e Faltando um desses elementos, o agente não será
prevenção do crime: imputável.
I - as penas aplicáveis dentre as cominadas;
II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites Critérios para a definição da inimputabilidade:
previstos - Biológico: leva em conta apenas o desenvolvimento
III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de mental do acusado (quer em face de problemas mentais ou da
liberdade; idade do agente).
IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, - Psicológico: considera apenas se o agente, ao tempo da
por outra espécie de pena, se cabível. ação ou omissão, tinha a capacidade de entendimento e
autodeterminação.
Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em razão de - Biopsicológico: considera inimputável aquele que, em
circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora razão de sua condição mental (causa), era, ao tempo da ação
não prevista expressamente em lei. ou omissão, totalmente incapaz de entender o caráter ilícito do
fato e de determinar-se de acordo com tal entendimento
Elementos da culpabilidade segundo a teoria do Código (consequência).
Penal, são três:
a) imputabilidade; DISTÚRBIOS MENTAIS:
b) potencial consciência da ilicitude; Doença mental: É a perturbação mental de qualquer
c) exigibilidade de conduta diversa. ordem (exemplos: psicose, esquizofrenia, paranoia, epilepsia
etc.). A dependência patológica de substância psicotrópica
Causas dirimentes: são aquelas que excluem a configura doença mental.
culpabilidade. São elas: Desenvolvimento mental incompleto: É o
desenvolvimento que ainda não se concluiu. É o caso do menor
de 18 anos e do silvícola inadaptado à sociedade.
Desenvolvimento mental retardado: É o caso dos
oligofrênicos, que se classificam em débeis mentais, imbecis e
idiotas, dotados de reduzidíssima capacidade mental, e dos
surdos-mudos que, em consequência da anomalia, não têm
qualquer capacidade de entendimento e de autodeterminação.
Adotou-se, quanto aos doentes mentais, o critério
biopsicológico.
SEMI-IMPUTABILIDADE OU RESPONSABILIDADE
DIMINUÍDA:
Difere da inimputabilidade apenas no requisito
consequencial. Enquanto na inimputabilidade a perda da
IMPUTABILIDADE PENAL (ART. 26) capacidade de entender ou querer é total, na semi-
imputabilidade, é parcial. A semi-imputabilidade não exclui a
Imputabilidade penal é o conjunto de condições pessoais culpabilidade, e após análise do caso concreto, a lei confere ao
que dão ao agente capacidade para lhe ser juridicamente

Noções de Direito Penal 18


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

juiz a opção de aplicar medida de segurança ou pena diminuída c) Embriaguez patológica: Embriaguez patológica é a
(redução de1/3 a 2/3). decorrente de enfermidade congênita existente, por exemplo,
nos filhos de alcoólatras que se ingerirem quantidade irrisória
MENORIDADE (ART. 27): de álcool ficam em estado de fúria incontrolável. Se for o
Nos termos do art. 27 do Código Penal, os menores de 18 agente, ao tempo da ação ou omissão, inteiramente incapaz de
anos são inimputáveis, ficando sujeitos às normas entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
estabelecidas na legislação especial. Adotou-se, portanto, o acordo com esse entendimento, estará excluída sua
critério biológico, que presume, de forma absoluta, ser o menor imputabilidade (aplica-se a regra do art. 26, caput). Se houver
de 18 anos inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito mera redução dessa capacidade, o agente responderá pelo
do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento. crime, mas a pena será reduzida (art. 26, parágrafo único).
A menoridade cessa no primeiro instante do dia que o
agente completa os 18 anos, ou seja, se o crime é praticado na d) Embriaguez preordenada: Embriaguez preordenada
data do 18º aniversário, o agente já é imputável e responde ocorre quando o indivíduo, voluntariamente, se embriaga para
pelo crime. criar coragem para cometer um crime. Não há exclusão de
A legislação especial que regulamenta as sanções imputabilidade. O agente responde pelo crime, incidindo sobre
aplicáveis aos menores inimputáveis é o Estatuto da Criança e a pena uma circunstância agravante prevista no artigo 61,
do Adolescente (Lei nº 8.069/90), que prevê a aplicação de inciso II, alínea “a” CP.
medidas socioeducativas aos adolescentes (pessoas com 12
anos ou mais e menores de 18 anos), consistentes em DEPENDÊNCIA DE SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE:
advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de Segundo o art. 45, caput, da Lei nº 11.343/2006 (Lei de
serviços à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade ou Tóxicos), é isento de pena (inimputável) o agente que, em
internação, e a aplicação de medidas de proteção às crianças razão da dependência, ou sob o efeito de substância
(menores de 12 anos) que venham a praticar fatos definidos entorpecente ou que determine dependência física ou
como infração penal. psíquica proveniente de caso fortuito ou força maior, era
ao tempo da ação ou omissão, qualquer quer tenha sido o
EMOÇÃO E PAIXÃO (art. 28, I): resultado da infração praticada (do Código Penal, da Lei
A emoção é um sentimento súbito, repentino, de breve de Tóxicos ou qualquer outra lei), inteiramente incapaz
duração, passageiro e intenso (ira momentânea, o medo, a de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se
vergonha). A paixão é duradoura, perene (o amor, a ambição, de acordo com esse entendimento. Se a redução dessa
o ódio). Nem a emoção nem a paixão excluem a imputabilidade capacidade for apenas parcial, o agente é considerado
penal. Somente a emoção pode funcionar como redutor de imputável, mas sua pena será reduzida de 1/3 a 2/3
pena. A emoção pode ser causa de diminuição de pena em (parágrafo único).
alguns crimes, dependendo das circunstâncias (artigos 121,
§1.º, e 129, § 4.º, do Código Penal), ou pode constituir TÍTULO III
atenuante genérica (artigo 65, inciso III, alínea “c”, do Código DA IMPUTABILIDADE PENAL
Penal). Ex: O marido chega em casa e encontra a esposa com
outro, comete um homicídio. Foi movido por forte emoção. Inimputáveis
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental
EMBRIAGUEZ (art. 28, II): ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao
Embriaguez é a intoxicação aguda e transitória causada tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender
pelo álcool ou substancia de efeitos análogos (cocaína, ópio o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
etc), cujas consequências variam desde uma ligeira excitação entendimento.
até o estado de paralisia e coma.
A embriaguez divide-se em: Redução de pena
a) Embriaguez não acidental: A embriaguez não Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois
acidental pode ser voluntária ou culposa. terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental
Voluntária: Ocorre quando o individuo ingere substância ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não
tóxica, com o intuito de embriagar-se. era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou
Culposa: Ocorre quando o indivíduo, que não queria se de determinar-se de acordo com esse entendimento.
embriagar, ingere, por imprudência, álcool ou outra substância
de efeitos análogos em excesso, ficando embriagado. Não está Menores de dezoito anos
acostumado, começa a beber e fica bêbado: Será considerado Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente
imputável, pois no momento da decisão de beber, optou pela inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na
bebida. Poderia ter evitado. Exceção: O bêbado que bebe há legislação especial.
muito tempo (alcoolismo) doença mental.
A embriaguez voluntária ou culposa não exclui a Emoção e paixão
imputabilidade, ainda que no momento do crime o embriagado Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal:
esteja privado inteiramente de sua capacidade de entender ou I - a emoção ou a paixão;
de querer.
Embriaguez
b) Embriaguez acidental: A embriaguez acidental II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou
somente exclui a culpabilidade se for completa e decorrente de substância de efeitos análogos.
caso fortuito ou força maior. § 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez
Exemplo de Força maior. Alguém obrigar outra pessoa a completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao
ingerir bebida alcoólica. tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender
Exemplo de caso fortuito: quando sujeito está tomando o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
determinado remédio e, inadvertidamente, ingere bebida entendimento.
alcoólica, cujo efeito é potencializado em face dos remédios, § 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o
fazendo com que uma pequena quantia de bebida o faça ficar agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força
em completo estado de embriaguez. Embriaguez involuntária. maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena

Noções de Direito Penal 19


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA


determinar-se de acordo com esse entendimento.
É a expectativa social de que o agente tenha outro
POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE comportamento e não aquele que se efetivou. A exigibilidade
de conduta diversa, como causa de exclusão da culpabilidade,
A ninguém é dado descumprir a lei alegando que a funda-se no princípio de que só podem ser punidas as
desconhece (artigo 3.º da Lei de Introdução ao Código Civil). O condutas que poderiam ser evitadas. No caso, a inevitabilidade
desconhecimento da lei é inescusável (artigo 21 do Código não tem a força de excluir a vontade, que subsiste como força
Penal). Essa é uma presunção que não admite prova em propulsora da conduta, mas certamente a vicia, de modo a
contrário. Na Lei das Contravenções Penais, há uma exceção: tornar incabível qualquer censura ao agente. Em nosso
no artigo 8.º, em que o erro de direito traz uma consequência ordenamento jurídico, a exigibilidade de conduta diversa pode
penal: permite ao juiz conceder o perdão judicial. O erro de ser excluída por duas causas: a coação moral irresistível e a
proibição não possui relação com o desconhecimento da lei. obediência hierárquica.
Trata-se de erro sobre a ilicitude do fato, e não sobre a lei. Lei
é a norma escrita editada pelos órgãos competentes do Estado. Coação Moral Irresistível
Ilicitude de um fato é a contrariedade que se estabelece entre A coação moral irresistível é a grave ameaça contra a qual
esse fato e a totalidade do ordenamento jurídico vigente. o homem médio não consegue resistir. A coação moral
Consciência da ilicitude é o conhecimento profano do injusto irresistível não exclui o crime, pois resta um resquício de
(não se exige do leigo um juízo técnico-jurídico). É saber que o vontade, mas exclui a culpabilidade. Ocorre o que a doutrina
fato é antinormativo; ter a consciência de que se faz algo chama de inexigibilidade de conduta diversa. A coação moral
contrário ao sentimento de justiça da sociedade. A simples pode ser resistível. No caso da coação moral resistível, a pessoa
consciência da ilicitude não é requisito da culpabilidade, atua sob influência de ameaça contra a qual podia resistir. Essa
porque o que se investiga é se o agente tinha ou não condições forma de coação não elimina o fato típico, a ilicitude, nem a
de saber o que era errado, e possibilidade de evitar o erro. culpabilidade. Trata-se de uma circunstância atenuante
Assim, o que constitui requisito da culpabilidade é a potencial (artigo 65, inciso III, alínea “c”, primeira parte, do Código
consciência da ilicitude. Penal). Atenção: A coação física (vis absoluta), que consiste no
Deve-se sair do aspecto subjetivo e indagar aspectos emprego de força física, exclui a vontade (o dolo e a culpa),
objetivos do caso concreto para averiguar se o agente possuía eliminando a conduta. O fato é considerado atípico.
condições de saber e evitar o erro. No erro de proibição, o São necessários os seguintes elementos:
agente pensa agir plenamente de acordo com o ordenamento - Existência de um coator: responderá pelo crime
global, mas na verdade, pratica um ilícito em razão de - Irresistível: Não tem como resistir.
equivocada compreensão do Direito. Mesmo conhecendo o - Proporcionalidade: Proporção entre os bens jurídicos.
Direito, pois todos presumidamente o conhecem, em
determinadas circunstâncias as pessoas podem ser levadas a Obediência Hierárquica
pensar que agem de acordo com o que o ordenamento jurídico Ordem de superior hierárquico é a manifestação de
delas exige (acham que estão inteiramente certas). vontade de um titular de função pública a um funcionário que
lhe é subordinado, no sentido de que realize uma conduta
Espécies de erro de proibição: positiva ou negativa. Se a ordem é legal, nenhum crime comete
a) inevitável ou escusável: o agente não tinha como o subordinado (e nem o superior), uma vez que se encontram
conhecer a ilicitude do fato, em face das circunstâncias do caso no estrito cumprimento de dever legal. Quando a ordem é
concreto. Se não tinha como saber que o fato era ilícito, ilegal, respondem pelo crime o superior e o subordinado.
inexistia a potencial consciência da ilicitude, logo, esse erro A obediência à ordem não manifestamente ilegal de
exclui a culpabilidade. O agente fica isento de pena; e superior hierárquico torna viciada a vontade do subordinado
b) evitável ou inescusável: embora o agente e afasta a exigência de conduta diversa. O agente atua em
desconhecesse que o fato era ilícito, ele tinha condições de cumprimento de uma ordem específica de um superior que
saber, dentro das circunstâncias, que contrariava o tenha com ele uma relação de Direito Público. O comando deve
ordenamento jurídico. Se ele tinha possibilidade, isto é, ser ilegal com aparência de legalidade, porque se o
potencial para conhecer a ilicitude do fato, possuía a potencial subordinado cumprir ordem manifestamente ilegal,
consciência da ilicitude. Logo, a culpabilidade não será acreditando que seja legal, estará incluso em erro de proibição
excluída. O agente não ficará isento de pena, mas, em face da evitável (que permite apenas redução de pena nos termos do
inconsciência atual da ilicitude, terá direito a uma redução de artigo 21 do Código Penal). Se o subordinado cumprir ordem
pena de 1/6 a 1/3. ilegal, conhecendo sua ilegalidade, responde pelo crime
O erro de proibição jamais exclui o dolo, pois este se trata praticado, bem como seu superior. Ex.: O soldado receber uma
de elemento psicológico (e não normativo) que se encontra no ordem do delegado para torturar o preso. Não é aceitável, pois
tipo. é ilegal.
No erro de tipo é o que incide sobre as elementares ou São necessários os seguintes elementos:
circunstâncias da figura típica, sobre os pressupostos de fato - Obediência às formalidades legais.
de uma causa de justificação ou dados secundários da norma - Não manifestamente ilegal (Ex.: Tortura, matar).
penal incriminadora; é o que faz o sujeito supor a ausência de - Obediência estrita.
elemento ou circunstância da figura típica incriminadora ou a
presença de requisitos da norma permissiva. No erro de tipo, CAUSAS SUPRALEGAIS DE EXCLUSÃO DE
há erro quanto ao próprio fato, ao contrário do erro de CULPABILIDADE
proibição que trata-se de erro sobre a ilicitude do fato e não
sobre a lei. Ex: sujeito dispara um tiro de revólver no que supõe Atualmente, o Superior Tribunal de Justiça sustenta que,
seja um animal bravio, vindo a matar um homem; o erro de além da coação moral irresistível e da obediência hierárquica
tipo pode ser essencial e acidental. (previstas em lei), qualquer circunstância que, no caso
O erro de tipo exclui sempre o dolo, seja evitável ou concreto, venha tornar inexigível conduta diversa, conduz à
inevitável; como o dolo é elemento do tipo, a sua presença exclusão de culpabilidade. Argumenta-se que a exigibilidade
exclui a tipicidade do fato doloso, podendo o sujeito responder de conduta diversa é um verdadeiro princípio geral da
por crime culposo, desde que seja típica a modalidade culposa. culpabilidade. Contraria frontalmente o pensamento finalista

Noções de Direito Penal 20


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

punir o inevitável. Só é culpável o agente que se comporta 05. (Polícia Civil/ES - Escrivão de Polícia – FUNCAB)
ilicitamente, podendo orientar-se de modo diverso. Quanto à legítima defesa, marque a única alternativa correta.
(A) Duas pessoas podem estar em legítima defesa real ao
Questões mesmo tempo.
(B) Não cabe legítima defesa concomitante com o estado
01. (TJ/AL - Analista Judiciário Especializado –– de necessidade.
CESPE) A coação moral irresistível e a obediência à ordem não (C) Legítima defesa sucessiva ocorre quando alguém se
manifestamente ilegal de superior hierárquico são causas de defende do excesso de legítima defesa.
exclusão da (D) Não cabe legítima defesa real de legítima defesa
(A) imputabilidade. putativa.
(B) tipicidade subjetiva. (E) A legítima defesa é causa de exclusão da culpabilidade.
(C) ilicitude.
(D) culpabilidade. Respostas
(E) tipicidade objetiva. 01. Resposta: D
02. Resposta: B
02. (Prefeitura de Teresina/PI - Auditor Fiscal da 03. Resposta: A
Receita Municipal - FCC/2016) Considere: 04. Resposta: A
I. obediência hierárquica. 05. Resposta: C
II. estado de necessidade.
III. exercício regular de um direito.
IV. legítima defesa.
Dentre as causas excludentes de ilicitude, incluem-se o que
10. Concurso de pessoas.
consta APENAS em
(A) I e II.
(B) II, III e IV. O concurso de pessoas, também denominado de concurso
(C) I, II e IV. de agentes, concurso de delinquentes (concursus
(D) I, II e III. delinquentium) ou codelinquência, implica na concorrência de
(E) III e IV. duas ou mais pessoas para o cometimento de um ilícito penal.
Não há que se confundir o concursus delinquentium
03. (POLÍCIA CIENTÍFICA/PR - Odontolegista - (concurso de pessoas) com o concursus delictorum (concurso
IBFC/2017) Considere as regras básicas aplicáveis ao Direito de crimes) nem tampouco com o concursus normarum
Penal e ao Direito Processual Penal para assinalar a alternativa (concurso de normas penais). São três institutos penais
correta sobre a legítima defesa. totalmente distintos, muito embora possam vir a se
(A) Entende-se em legítima defesa quem, usando relacionar.
moderadamente dos meios necessários, repele injusta O Código Penal Brasileiro não traz exatamente uma
agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem definição de concurso de pessoas, afirmando apenas no caput
(B) Entende-se em legítima defesa quem, usando do art. 29 que: "quem, de qualquer modo, concorre para o crime
moderadamente ou não dos meios de que dispuser, repele incide nas penas a este cominadas, na medida de sua
injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem culpabilidade". Dispõe, ainda, que: "se a participação for de
(C) Entende-se em legítima defesa quem, usando menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um
moderadamente dos meios necessários, repele injusta terço" (art. 29, § 1º), bem como: que "se algum dos concorrentes
agressão, atual ou iminente, a direito próprio e não de outrem quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena
(D) Entende-se em legítima defesa quem, usando deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter
moderadamente ou não dos meios de que dispuser, repele sido previsível o resultado mais grave" (art. 29, § 2º).
injusta agressão, atual ou iminente, a direito próprio e não de Em nível doutrinário, tem-se definido o concurso de
outrem agentes como a reunião de duas ou mais pessoas, de forma
(E) Entende-se em legítima defesa quem, usando dos consciente e voluntária, concorrendo ou colaborando para o
meios de que dispuser, repele injusta agressão ou persegue cometimento de certa infração penal. Vejamos os elementos
quem a praticou, atual ou iminente, a direito próprio e não de básicos do conceito de concurso de pessoas – caso não esteja
outrem presente qualquer um desses requisitos não há que se falar em
concurso de pessoas:
04. (SEJUS/PI - Agente Penitenciário - NUCEPE/2017)
Em relação a exclusão da ilicitude é CORRETO afirmar: A) PLURALIDADE DE AGENTES E DE CONDUTAS: A
(A) Não há crime quando o agente pratica o fato em estado própria ideia de concurso é de pluralidade, portanto
de necessidade. impossível falar em concurso de pessoas sem que exista
(B) O agente, em qualquer das hipóteses de exclusão da coletividade (dois ou mais) de agentes e, consequentemente,
ilicitude não pode responder pelo excesso doloso ou culposo. de condutas.
(C) Considera-se em estado de necessidade quem pratica o
fato para salvar de perigo futuro, que não provocou por sua B) RELEVÂNCIA CAUSAL DE CADA CONDUTA: Não basta a
vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou multiplicidade de agentes e condutas para que se tenha
alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável configurado o concurso de pessoas; necessário se faz que, em
exigir-se. meio a todas essas condutas, seja possível vislumbrar nexo de
(D) Pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever causalidade entre elas e o resultado ocorrido. Diz-se, nesse
legal de enfrentar o perigo. sentido, que a conduta de cada autor ou partícipe deve
(E) Entende-se em legítima defesa putativa quem, usando concorrer objetivamente (ou seja, sob o ponto de vista causal)
moderadamente dos meios necessários, repele injusta para a produção do resultado. Ou ainda, que cada ação ou
agressão, atual ou iminente, somente a direito seu. omissão humana (conduta) deve gozar de importância
(relevância), à luz do encadeamento causal de eventos, para a
verificação daquele crime, contribuindo objetivamente para
tanto. Desse modo, condutas irrelevantes ou insignificantes

Noções de Direito Penal 21


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

para a existência do crime são desprezadas, não constituindo produção do resultado. Adota um critério objetivo-subjetivo.
sequer participação criminosa; deve-se concluir, nesses casos, Essa teoria é fundamentada no finalismo e adotada pela
pela não concorrência do sujeito para a prática delitiva. Isso doutrina majoritária atualmente. Tal teoria desvinculou a
porque a participação exige o mínimo de eficácia causal à realização do verbo, passando a ser considerado autor aquele
realização da conduta típica criminosa. que detém o controle, o domínio sobre o fato, mesmo que não
tenha praticado o verbo.
C) LIAME SUBJETIVO OU NORMATIVO ENTRE AS
PESSOAS: Necessário, também, que exista vínculo psicológico Classificação da autoria
ou normativo entre os diversos "atores criminosos", de
maneira a fornecer uma ideia do todo, isto é, de unidade na 1. Autoria direta: é aquela que, tendo o domínio final do
empreitada delitiva. Exige-se, por conseguinte, que o sujeito fato, está diretamente vinculada à realização do crime.
manifeste, com a sua conduta, consciência e vontade de atuar a) Autor direito executor: é aquele que, tendo o domínio
em obra delitiva comum. Deve haver unidade de desígnios. É final do fato, realiza pessoalmente o verbo núcleo do tipo
pressuposto básico do concurso de agentes que haja uma penal.
cooperação desejada e recíproca entre eles. É necessária a b) Autor direto intelectual: é aquele que, tendo o
homogeneidade de elemento subjetivo (não se admite domínio final do fato, planeja, organiza, elabora e comanda a
participação dolosa em crime culposo e vice-versa). prática do crime, porém sem realizar o verbo, utilizando uma
Observação: não se exige prévio acordo de vontades, mas terceira pessoa para isso (autor executor).
apenas que uma vontade adira à outra. Assim, por exemplo, a
doméstica pode deixar a porta aberta para prejudicar a patroa 2. Autoria indireta ou mediata: acontece quando um
e um ladrão pode entrar na casa sem que saiba estar sendo agente que possui o domínio final do fato se utiliza de terceiro,
ajudado. sem o domínio final do fato, como mero instrumento para
realização do crime. Neste caso, só responde pelo crime o
D) IDENTIDADE DE INFRAÇÃO PENAL: Trata-se de agente que tem o domínio final dos fatos, mas não realizou o
identidade de infração para todos os participantes, não verbo, pois o executor não tem o domínio do que está fazendo.
propriamente de um requisito, mas sim de verdadeira
consequência jurídica diante das outras condições. Havendo Hipóteses:
liame subjetivo, todos os envolvidos devem responder pelo - coação moral irresistível e obediência hierárquica: só
mesmo crime, salvo exceções pluralísticas. responde pelo crime o autor da coação ou da ordem.
- erro determinado por terceiro: responde pelo fato o
E) EXISTÊNCIA DE FATO PÚNIVEL: é necessário que o fato agente que induziu o indivíduo ao erro.
seja punível em seu limite mínimo, ou seja, início da execução, - utilizar instrumento impunível de condição ou qualidade
em respeito ao princípio da exterioridade. pessoal (inimputáveis): responde pelo crime o autor mediato
que utilizou um inimputável para prática do crime.
Alguns crimes, chamados monossubjetivos ou de concurso
eventual, podem ser cometidos por um ou mais agentes, como 3. Coautoria: é a autoria em conjunto, em que todos têm o
o homicídio, por exemplo; outros, no entanto, denominados domínio final do fato, sendo o resultado produzido
plurissubjetivos ou de concurso necessário, só podem ser “coletivamente”.
praticados por uma pluralidade de agentes, como o crime de Requisitos:
associação criminosa. Os crimes plurissubjetivos podem ser de - Resolução comum para o fato: acordo de vontades para a
condutas paralelas (artigo 288), de condutas convergentes prática do crime, ou seja, liame subjetivo.
(artigo 240) ou de condutas contrapostas (artigo 137). - Realização comum do fato: os coautores devem estar
interligados para realização do crime, mas não
O conceito de autor é algo polêmico para a doutrina. Há necessariamente praticarem juntos. Assim, pode ocorrer que
três teorias sobre a autoria: todos os autores realizem a conduta típica ou pode haver
divisão de tarefas, desde que estas sejam essenciais para a
Teoria Restritiva: autor é somente aquele que realiza o realização do crime.
núcleo da figura típica, ou seja, é quem pratica o verbo do tipo.
Autor é quem mata, subtrai, sequestra, etc. Adota critério Coautoria sucessiva: acontece quando o coautor ingressa
formal-objetivo, pois se atém à descrição típica. Haverá na realização do crime depois de iniciada a execução até após
coautoria quando dois ou mais agentes, em conjunto, a consumação do crime, ou seja, até o momento do
realizarem o verbo do tipo. Partícipe é aquele que, sem realizar exaurimento. Neste caso, todos os atos anteriores também
o núcleo da ação típica, concorre de qualquer forma para a serão imputados a este coautor, desde que sejam de seu
consecução do crime. Esta teoria é adotada atualmente por conhecimento.
parte minoritária da doutrina.
Autoria de escritório: Esse conceito foi criado por
Teoria Extensiva: não existe distinção entre coautor e Zaffaroni, tratando-se na verdade de uma modalidade muito
partícipe; todos são chamados de coautores, realizem o verbo próxima da autoria mediata, podendo, inclusive, ser
ou concorram para a consecução do crime. Segue o critério considerada uma subespécie desta. Ocorre quando, em certos
material-objetivo. Essa teoria era adotada pela antiga Parte casos, uma organização criminosa, devido a sua hierarquia
Geral do Código Penal, entretanto, com a reforma de 1984, não perante os membros de uma determinada comunidade, faz
é mais adotada. com que certas pessoas pratiquem determinadas condutas
criminosas. Devido à influência destas organizações, os
Teoria do Domínio do Fato: autores de um crime são agentes atuam movidos pelo medo, perdendo, assim, o
todos os agentes que, mesmo sem praticar o verbo, concorrem
para a produção final do resultado, tendo o domínio completo
de todas as ações até o momento consumativo. O que importa
não é se o agente pratica ou não o verbo, mas se detém o
controle dos fatos, podendo decidir sobre sua prática,
interrupção e circunstâncias, do início da execução até a

Noções de Direito Penal 22


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

domínio final do fato, pois sabem que se não cumprirem o que jurídico de evitar o resultado (se for o professor de natação da
foi estabelecido sofrerão as consequências.8 criança, por exemplo).

Autoria Colateral: Ocorre quando duas ou mais pessoas Participação de Participação


realizam, simultaneamente, uma conduta sem que exista entre É o auxílio do auxílio, o induzimento ao instigador, etc.
elas liame subjetivo. Cada um dos autores responde por seu
resultado, visto não haver, nesse caso, coautoria. Participação Sucessiva
- autoria colateral incerta: Ocorre quando, na autoria Ocorre quando o mesmo partícipe concorre para a conduta
colateral, não se sabe quem produziu o resultado. A principal de mais de uma forma. Exemplo: o partícipe induz o
consequência é a responsabilização de todos os autores por autor a praticar um crime e depois o auxilia no cometimento.
tentativa, visto que não se sabe qual deles provocou o
resultado (princípio in dubio pro reo). Participação Impunível
Quando o fato principal não ingressar na fase executória, a
Autoria Ignorada ou Desconhecida: Ocorre quando não participação restará impune (artigo 31 do Código Penal).
se sabe quem foi o realizador da conduta. A consequência é o
arquivamento do inquérito policial por ausência de indícios. Natureza Jurídica do Concurso de Agentes

Natureza Jurídica da Participação Teoria unitária ou monista: Todos os coautores e


partícipes respondem por um único crime. É a teoria que foi
De acordo com a teoria da acessoriedade, a participação é adotada como regra pelo Código Penal (artigo 29, caput).
uma conduta acessória à do autor, tida por principal.
Considerando que o tipo penal somente contém o núcleo e os Teoria dualista: Os coautores respondem por um crime e
elementos da conduta principal, os atos do partícipe acabam os partícipes por outro. Não foi adotada pelo sistema jurídico
não encontrando qualquer enquadramento. Há quatros brasileiro.
classes de acessoriedade:
- mínima: basta ao partícipe concorrer para um fato típico; Teoria pluralística: Cada um dos participantes responde
- limitada: deve concorrer para um fato típico e ilícito; por delito próprio, ou seja, cada partícipe será punido por um
- extrema: o fato deve ser típico, ilícito e culpável; crime diferente. Essa teoria foi adotada como exceção pelo
- hiperacessoriedade: o fato deve ser típico, ilícito e Código Penal, pois se algum dos concorrentes quis participar
culpável e o partícipe responderá ainda pelas agravantes e de crime menos grave deve ser aplicada a pena deste (artigo
atenuantes de caráter pessoal relativas ao autor principal. 29, § 2.º). Se o resultado mais grave for previsível a pena será
Nossa legislação adota a teoria da acessoriedade aumentada até a metade. Esta exceção é chamada pela
limitada. Tratando-se de comportamento acessório e não doutrina de cooperação dolosamente distinta. Outras
havendo correspondência entre a conduta do partícipe e as exceções pluralísticas:
elementares do tipo, faz-se necessária uma norma de extensão - o provocador do aborto responde pela figura do artigo
que leve a participação até o tipo incriminador (adequação 126, ao passo que a gestante que consentiu responde pela
típica mediata ou indireta). Essa norma é o artigo 29 do Código figura do artigo 124 do Código Penal;
Penal. - na hipótese de casamento entre pessoa já casada e outra
solteira, respondem os agentes, respectivamente, pelas figuras
Formas de Participação tipificadas no artigo 235, caput, e § 1º, do Código Penal.
- crimes de corrupção ativa e passiva (artigos 333 e 317 do
Participação moral Código Penal).
- induzimento: fazer nascer a ideia no autor; - Falso testemunho e corrupção de testemunha (artigos
- instigação: reforçar a ideia já existente na mente do autor. 342 e 343 do Código Penal).

Participação material Comunicabilidade e Incomunicabilidade


É aquela que ocorre por meio de atos materiais. É o auxílio, de Elementares e Circunstâncias
como por exemplo, emprestar a arma do crime.
Cúmplice é o partícipe que concorre para o crime por meio Circunstâncias incomunicáveis: Circunstâncias são
de auxílio. dados, fatos, elementos ou peculiaridades que apenas
circundam o fato sem integrar a figura típica, contribuindo,
Participação por Omissão entretanto, para aumentar ou diminuir a sua gravidade.
Ocorre quando o sujeito que tem o dever jurídico de Exemplo: agravantes e atenuantes genéricas, causas de
impedir o resultado se omite (artigo 13, § 2.º, do Código Penal). aumento e diminuição de pena, etc. Podem ser objetivas e
A omissão se torna uma forma de praticar o crime. A vontade subjetivas. Objetivas são as que dizem respeito ao fato, à
do sujeito, que tem o dever jurídico de impedir o resultado, qualidade e condições da vítima ao tempo, lugar, modo e meio
adere à vontade dos agentes do crime. de execução do crime. Subjetivas são as que se referem aos
agentes, as suas qualidades, estado, parentesco, motivo do
Conivência ou Participação Negativa (crimen silenti) crime, etc.
Ocorre quando o sujeito, que não tem o dever jurídico de Elementares são dados, fatos, elementos e condições que
impedir o resultado, omite-se. Não responderá pelo crime, integram determinadas figuras típicas, cuja supressão faz
exceto se a omissão constituir crime autônomo. Exemplo: se o desaparecer ou modificar o crime, transformando-o em outra
sujeito fica sabendo de um furto e não comunica à autoridade figura típica. Exemplo: no crime de homicídio, as elementares
policial, não responde pelo crime; também, se um exímio são “matar alguém”.
nadador presencia uma mãe lançando seu filho de tenra idade Tais circunstâncias e condições, quando não constituem
em uma piscina, não responde pelo homicídio (poderá elementares do crime, pertencem, exclusivamente, ao agente
responder por omissão de socorro), exceto se tiver o dever que as tem como atributo, logo, não se comunicam. Cada um

8 RODRIGUES. Cristiano. Direito Penal. Parte Geral. Coleção OAB. Vol. 1.

Editora Impetus. 2012.

Noções de Direito Penal 23


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

responde pelo crime de acordo com suas circunstâncias e 03. (SEJUS/PI - Agente Penitenciário - NUCEPE/2017)
condições pessoais. Em relação ao direito penal, quanto ao concurso de pessoas é
Nos casos de constituírem circunstâncias elementares do CORRETO afirmar:
crime principal, as condições e circunstâncias de caráter (A) Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide
pessoal se comunicam dos autores aos partícipes, mas não dos nas penas a este cominadas, não havendo distinção em razão
partícipes aos autores por ser a participação acessória da da maior ou menor culpabilidade.
autoria. (B) Se a participação for de menor importância, a pena
Podemos, assim, extrair três regras: pode ser diminuída de 1/5 (um quinto) a 1/2 (metade).
1.ª) as circunstâncias subjetivas, também chamadas de (C) Se algum dos concorrentes quis participar de crime
circunstâncias de caráter pessoal, jamais se comunicam; menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será
2.ª) as circunstâncias objetivas, de caráter não pessoal, aumentada até a 1/3 (um terço), na hipótese de ter sido
podem se comunicar, desde que o coautor ou partícipe delas previsível o resultado mais grave.
tenha conhecimento; (D) Não se comunicam as circunstâncias e as condições de
3.ª) as elementares, pouco importando se subjetivas (de caráter pessoal, mesmo que elementares do crime.
caráter pessoal) ou objetivas, sempre se comunicam. (E) O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo
disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime
Dispositivos do Código Penal pertinentes ao tema: não chega, pelo menos, a ser tentado.

TÍTULO IV 04. (CNMP – Analista do CNMP - FCC) No concurso de


DO CONCURSO DE PESSOAS pessoas,
(A) se algum dos concorrentes quis participar de crime
Regras comuns às penas privativas de liberdade menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste, essa pena será
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime aumentada de 1/3 a 2/3, na hipótese de ter sido previsível o
incide nas penas a este cominadas, na medida de sua resultado mais grave.
culpabilidade. (B) quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena nas penas a este cominadas, na medida de sua periculosidade.
pode ser diminuída de um sexto a um terço. (C) não se comunicam as circunstâncias e as condições de
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.
menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será (D) o ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo
aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime
resultado mais grave. não chega a ser consumado.
(E) se a participação for de menor importância, a pena
Circunstâncias incomunicáveis pode ser diminuída até metade.
Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições
de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime. 05. (TRF/5ª Região Analista Judiciário – FCC)
Indivíduos que são alcançados pela lei penal, não porque
Casos de impunibilidade tenham praticado uma conduta ajustável a uma figura delitiva,
Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, mas porque, executando atos sem conotação típica
salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o contribuíram, objetivamente e subjetivamente, para a ação
crime não chega, pelo menos, a ser tentado. criminosa de outrem
(A) não são punidos por atipicidade da conduta.
QUESTÕES (B) são coautores e incidem na mesma pena cabível ao
autor do crime.
01. (PC/AC - Escrivão de Polícia Civil - IBADE/2017) (C) são concorrentes de menor importância e têm a pena
São elementos caracterizadores do concurso de pessoas diminuída de um sexto a um terço.
(coautoria e participação em sentido estrito), entre outros: (D) são considerados partícipes e incidem nas penas
(A) liame subjetivo e pluralidade de infrações penais. cominadas ao crime, na medida de sua culpabilidade.
(B) liame subjetivo e relevância causal das condutas (E) podem ser coautores ou partícipes e a pena, em
(C) pluralidade de agentes e pluralidade de infrações qualquer caso, é diminuída de um terço.
penais.
(D) acordo de vontades entre os agentes e relevância RESPOSTAS
causal das condutas.
(E) pluralidade de agentes e acordo de vontades entre os 01. Resposta: B
agentes. 02. Resposta: D
03. Resposta: E
02. (Câmara Municipal de Atibaia/SP – Advogado - 04. Resposta: C
CAIP-IMES/2016) Assinale a alternativa incorreta. Para que 05. Resposta: D
se configure o concurso de pessoas na esfera penal faz-se
mister:
(A) a presença de dois ou mais agentes e haver nexo de 11. Crimes contra a pessoa
causalidade material entre as condutas realizadas. (homicídio, das lesões
(B) a vontade de obtenção do resultado (vínculo de
natureza psicológica). corporais, da rixa).
(C) o reconhecimento da prática do mesmo delito para
todos os agentes sendo que se antijuridicidade atingir um dos
coautores, se estenderá para os demais. É finalidade fundamental do Estado, a proteção da pessoa
(D) o ajuste prévio entre os agentes. humana, já que é o centro e a essência de sua existência (o
Estado).

Noções de Direito Penal 24


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

O bem de maior valor do homem, sem dúvida alguma, é a As circunstâncias que diminuem a pena são: relevante
vida e, quem tira a vida de outra pessoa é punido, desde os valor social ou moral e a violenta emoção, após a injusta
tempos mais remotos. provocação da vítima.
O HOMICÍDIO é definido como a eliminação da vida Tais circunstâncias, que já foram estudas (sentimento
extrauterina de um homem por outro. No código penal, artigo sociais) demonstram que o agente não possuí um alto grau de
121 a definição é simples - matar alguém, pena 6 a 20 anos de periculosidade, devendo, pois, sofrer uma menor punição.
reclusão. Os sentimentos morais, relembrando, são sentimentos
O objetivo do artigo é a proteção da vida, que, inclusive, é individuais que podem levar a prática do crime, como a
garantia constitucional. piedade, no caso da eutanásia que, por nossa legislação é
Somente o homem pode ser sujeito ativo do homicídio, e, punida a título de homicídio.
não se exige nenhuma qualidade especial para isto, podendo Por fim se tem a violenta emoção logo em seguida a injusta
ser praticado por qualquer pessoa (crime comum). provocação da vítima, quem contém os seguintes requisitos:
Pode ser sujeito passivo, qualquer pessoa, basta ser existência da emoção; provocação da vítima e reação imediata
humano, não existindo distinção qualquer, sendo importante, A emoção é um estado grave que, momentaneamente,
saber-se, somente, quando se tem o início da vida que, para perturba o sentido do ser humano, levando ao crime. Assim,
efeitos do homicídio, é início do parto e, se ocorrer antes, trata- não se incluí no privilégio, o chamado homicídio passional
se de aborto. (matar por amor).
Não se importa o legislador, com a expectativa de vida do Se não estiver presente a emoção violenta, poderá existir
nonato, basta haver a vida, para que sua eliminação seja circunstância atenuante, mas não o privilégio.
punida. É de suma importância a injustiça na provocação
Eliminando-se a vida de um animal, ou até de um vegetal, A circunstância de tempo, logo em seguida, também deve
não haverá homicídio, da mesma forma quando a ação de estar presente, a reação deverá ser imediata.
matar se dirige contra um cadáver.
São seres humanos os considerados monstros, os HOMICÍDIO QUALIFICADO: ARTIGO 121, parágrafo 2º.
portadores de graves deficiências, os moribundos, etc. São circunstâncias que, presentes, demonstram, ao
No caso de xifópagos, a eliminação da vida de um deles, da contrário dos privilégios, uma periculosidade maior no agente,
qual depende a do outro, será considerado homicídio em merecendo, pois, uma sanção maior.
concurso formal. São causas que qualificam o homicídio:
Elemento objetivo: Descrição típica é matar alguém, a) paga ou promessa de recompensa ou por outro
eliminar a vida do ser humano, que pode ser feio por qualquer motivo torpe: a vida não pode ser motivo de comércio,
meio, diretamente ou indiretamente. receber alguma vantagem, em especial dinheiro para tirar a
Os meios podem ser classificados como físicos, químicos, vida de outro ser humano é repugnante e, no caso, respondem
patogênicos e psíquicos ou morais, podendo ser causado, pelo crime o mandante e o agente e comunica-se ao coautor,
ainda, por ação ou omissão, desde que haja o nexo causal. por ser elementar do crime.
Elemento subjetivo (Dolo - genérico) É a intenção, o Qualquer outro ativo repugnante, ignóbil, desprezível,
querer eliminar a vida humana, não sendo necessário o fim como o caso de homicídio praticado para recebimento de
especial de agir, que, entretanto, pode estar presente, herança, também qualifica o homicídio.
qualificando ou privilegiando o crime. b) motivo fútil: é o motivo pequeno, sem importância,
A transmissão do vírus da AIDS, quando causa a morte é amplamente desproporcional, e é analisada do ponto de vista
considerado homicídio, na modalidade do dolo eventual. Se objetivo e não de acordo com o réu.
não ocorreu a morte o crime é de lesão corporal de natureza c) veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro
grave, mas, não caracteriza tentativa de homicídio. meio insidioso ou cruel ou de que possa resultar perigo
comum: nota-se, nos presentes casos que o agente tem um
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA: desprezo total em relação à vítima, não se importando com o
Por ser crime material o homicídio, para consumação, sofrimento que lhe vai impor, com a utilização dos meios
depende de resultado naturalístico, que ocorre com a morte da cruéis, veneno, fogo, nem tampouco com a vida de outras
vítima, definida como sendo a parada de funcionamento pessoas que possam ser atingidas por seu ato, merecendo,
cerebral, circulatória e respiratória, de caráter definitivo. assim, uma maior punição.
A comprovação do homicídio se faz através de exame Para reconhecimento da qualificadora, entretanto, é
necroscópico. necessária a comprovação do nexo entre a utilização do meio
É possível a tentativa de homicídio. Havendo ataque à vida insidioso ou cruel e a morte, inclusive com exame toxicológico.
e, não ocorrendo o resultado por circunstâncias alheias à A asfixia pode ocorrer de diversas formas, bloqueio das
vontade do agente, haverá a tentativa de homicídio. vias respiratórias, enforcamento, esganadura,
Deve-se diferenciar tentativa de homicídio de lesão estrangulamento, soterramento, confinamento, etc.
corporal, cuja distinção se encontra na intenção do agente, que Outros meios que podem ser citados é a morte por
pode ser deduzido através de critérios objetivos, como a descarga elétrica de alta tensão, a armadilha, a sabotagem, etc.
violência do golpe, a sede das lesões, o tipo de arma utilizada, Como meios que pode causar perigo comum, aponta-se a
etc., devendo existir, ainda, o efetivo ataque ao bem jurídico, inundação, desabamento, etc.
não se impostando, exclusivamente, com a gravidade das d) traição, emboscada, dissimulação ou outro recurso
lesões sofridas pela vítima. que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido: que
Fala-se em tentativa branca, quando o agente dispara demonstram covardia por parte do agente.
contra a vítima, mas não consegue atingi-la. A traição ocorre quando o agente atinge a vítima que se
encontra confiando nele, ou descuidado, por não imaginar a
HOMICÍDIO PRIVILEGIADO: ARTIGO 121, parágrafo 1º intenção do assassino.
do C.P. Não é delito autônomo, mas, caso de diminuição de A emboscada ou tocaia é a espera e escolha do lugar
pena pela existência de determinadas circunstâncias que melhor para a execução da vítima que desconhece a situação.
tornam menos grave a reprovabilidade da conduta e, por A dissimulação é o disfarce, uma máscara que esconde da
consequência, a pena, sendo a diminuição entre os limites de vítima seu destino e a intenção do agente.
1/6 a 1/3 que, de acordo com a maioria dos juristas é
obrigatória, mas, existe entendimento em contrário.

Noções de Direito Penal 25


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

A surpresa, quando dificulta a defesa da vítima é II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60
considerada como qualificadora, como o exemplo do crime (sessenta) anos ou com deficiência;
praticado quando a vítima estava dormindo. III - na presença de descendente ou de ascendente da
e) crimes praticados para assegurar a execução, a vítima.
ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: Ou
seja, quando haja conexão entre dois crimes, sendo um deles g) Lei 13.142/2015: Esta norma acrescenta mais uma
praticado pelo ou para o outro, podendo ser anterior, circunstância qualificadora ao crime de homicídio, tornando
concomitante e posterior. mais severa a punição àquele que pratica ou tenta praticar este
A premeditação não é considerada qualificadora, podendo crime contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144
ser considerada circunstância judicial para a fixação da pena da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da
acima do mínimo legal. Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função
Matar o pai não qualifica o crime, mas, trata-se de ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro
circunstância agravante. ou parente consanguíneo até 3º grau, em razão dessa condição.
Conforme o caso o homicídio pode ser considerado m Antes de prosseguir cabe destacar alguns pontos
crime político, genocídio. importantes sobre os sujeitos passivos do delito. Em primeiro
As circunstâncias qualificadoras e privilegiadoras se lugar, a proteção é estendida àqueles abrangidos pelo o art.
comunicam entre os coautores, desde que objetivas e 142 da CF/88, sendo estes os membros das Forças Armadas,
conhecidas pelo coautor, havendo entendimento diverso. constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica. Já
Outra dúvida na doutrina, a respeito destas circunstâncias, o art. 144 disciplina os órgãos de segurança pública: polícia
é a possibilidade de reconhecimento de qualificadoras e federal, polícia rodoviária federal, polícia ferroviária federal,
privilegiadoras num mesmo fato. Alguns entendem não ser polícias civis, polícias militares, corpos de bombeiros militares
possível, pois, um crime qualificado, não pode ser considerado e guardas municipais.
ao mesmo tempo privilegiado. Numa segunda posição estão os Na categoria integrantes do sistema prisional entende-se
que entendem que é possível a coexistência de qualificadoras que não estão abrangidos apenas os agentes presentes no dia
objetivas com o privilégio e, a terceira entende ser possível a a dia da execução penal (diretor da penitenciária, agentes
coexistência em qualquer hipótese. penitenciários, guardas, etc), mas também aqueles que atuam
Não é possível a combinação de circunstâncias em certas etapas da execução (comissão técnica de
qualificadoras de caráter subjetivo com as circunstâncias classificação, comissão de exame criminológico, conselho
privilegiadoras. penitenciário etc).
Com o advento do E.C.A., o crime de homicídio praticado O Departamento da Força Nacional de Segurança Pública
contra menor de 14 anos, seja simples, qualificado ou ou Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), é um
privilegiado, terá um aumento de 1/3. programa de cooperação de segurança pública brasileiro,
Existe distinção entre o homicídio e o aborto pois nesta e coordenado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública
conduta somente poderá ocorrer antes do início do parto e do (SENASP). É um agrupamento de polícia da União que assume
infanticídio pois, neste, existe uma série de elementos, como o papel de polícia militar em distúrbios sociais ou em situações
mãe, a serem preenchidos pelo sujeito ativo. excepcionais nos estados brasileiros, sempre que a ordem
O concurso, quer seja formal ou material, pode ocorrer pública é posta em situação concreta de risco. É composta
quando da prática de homicídio, como ocultação de cadáver, pelos quadros mais destacados das polícias de cada Estado e
lesões corporais em terceiros, etc, sendo, inclusive, possível, a da Polícia Federal, seus integrantes possuem a proteção da
continuidade delitiva. norma.
f) feminicídio: Com recente alteração à norma penal
pela Lei nº 13.104/2015, foi inserida a qualificadora que ATENÇÃO: Nos três casos, a qualificadora pressupõe
eleva a pena quando o homicídio é praticado contra a mulher que o crime tenha sido cometido contra o agente no
por razões da condição de sexo feminino. Diz-se de razões da exercício da função ou em decorrência dela.
condição de sexo feminino quando o crime envolve: violência
doméstica e familiar; e menosprezo ou discriminação à
condição de mulher. Por fim, o crime de homicídio é punido mais severamente
Importante destacar, ainda, que utiliza-se os termos quando cometidos contra o cônjuge, companheiro ou parente
“feminicídio” ou “assassinato relacionado a gênero”, ao consanguíneo até 3º grau dos agentes descritos nas alíneas
assassinato de mulheres pela condição de serem mulheres. Tal anteriores. Contudo, alerta o legislador ser indispensável que
tipo penal se refere a um crime de ódio contra as mulheres, o crime tenha sido praticado em razão dessa condição, ou seja,
justificada sócio-culturalmente por uma história de que o homicida escolheu matar aquela vítima exatamente por
dominação da mulher pelo homem e estimulada pela ser ela parente de policial.
impunidade e indiferença da sociedade e do Estado. Cumpre destacar ainda aqui que a Lei 8.072/90 (Crimes
O doutrinador Nucci, em comentário acerca da alteração Hediondos) foi igualmente alterada pela norma. Com isso, o
da Lei menciona que em lugar do legislador criar essa nova homicídio e a lesão corporal gravíssima ou seguida de morte,
figura qualificada do delito do art. 121, maior eficácia teria, ao quando praticados contra autoridade ou agente descrito nos
combate da violência contra a mulher, se este elevasse as arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema
penas dos crimes de ameaça e lesão corporal, uma vez que prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no
estas são as causas primárias do homicídio cometido contra a exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu
mulher. Assim, ameaçar de morte permanece com pena de cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até 3o. Grau,
multa (a menor). Lesionar a integridade corporal, três meses em razão dessa condição passam a ser etiquetados como
de detenção, com vários benefícios, logo, prisão não há. Quer- hediondos.
se punir o mais, ignorando-se o menos.
Frisa-se, ainda, que nos termos do art. 121, §7º, do CP, a HOMICÍDIO CULPOSO: artigo 121, § 3º. a culpa é a
pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a produção de um resultado não querido, mas previsível. Assim,
metade se o crime for praticado: homicídio culposo ocorre quando o agente consegue a morte
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao da vítima sem ter a intenção do resultado.
parto; Geralmente verifica-se o crime de homicídio culposo, em
acidentes de trânsito, tanto é verdade que luta-se pela criação
de delito autônomos em relação aos acidentes de trânsito,
Noções de Direito Penal 26
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

onde a culpa consiste na transgressão de determinada regra de Homicídio qualificado


trânsito, devendo haver, além da transgressão, prova § 2° Se o homicídio é cometido:
inequívoca da culpa do agente. Às vezes a culpa vem revelado I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro
no fato do motorista dirigir embriagado, na contra mão de motivo torpe;
direção, em velocidade incompatível para o local. II - por motivo fútil;
Se necessário se faz a prova da culpa do agente, impõe-se o III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura
entendimento de que se a culpa for da vítima, não haverá ou outro meio
responsabilização penal, em relação àquele que causou a lesão, IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou
salvo no caso de culpa recíproca. outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do
ofendido;
HOMICÍDIO CULPOSO QUALIFICADO: artigo 121 § 4º. V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou
Ocorre a qualificadora do homicídio culposo, nas seguintes vantagem de outro crime:
hipóteses: 1- se o crime resulta de inobservância de regra Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
técnica de profissão, arte ou ofício, que não deve ser
confundida com a imperícia, pois, no caso, o agente conhece a Feminicídio (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
regra técnica, entretanto, não a observa, como o caso do VI - contra a mulher por razões da condição de sexo
motorista que, sabendo estar obrigado a utilizar as duas mãos feminino: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
no volante, dirige com apenas uma, não havendo necessidade VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e
de ser um motorista profissional, pois a lei se refere também a 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e
arte e ofício. 2- quando o agente não prestar socorro à vítima, da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função
não procura minorar as consequências de seu ato, ou foge da ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou
prisão em flagrante. O socorro á vítima é obrigação legal, e o parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa
seu descumprimento implica em aumento de pena no condição: (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
homicídio culposo, mas, se ficar comprovado que o agente Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
podia evitar a morte da vítima, caso prestasse socorro,
responderá por homicídio doloso, pois, com conduta anterior § 2º-A Considera-se que há razões de condição de sexo
criou o risco de produzir o resultado. feminino quando o crime envolve: (Incluído pela Lei nº 13.104,
É natural que se o agente deixou de prestar o socorro à de 2015)
vítima, ou fugiu do local com a intenção de buscar socorro I - violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº
próprio ou, de populares que o agrediriam, a qualificadora não 13.104, de 2015)
poderá ser reconhecida, o mesmo ocorrendo se a vítima foi II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
socorrida por terceiros. (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
É possível o concurso formal, no caso de haver duas ou
mais vítimas. Homicídio culposo
Paira dúvida, entretanto, na possibilidade de concurso § 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de 1965)
entre o homicídio culposo e a contravenção de falta de Pena - detenção, de um a três anos.
habilitação, uma corrente entendendo que não pode ser
absorvida a contravenção, reconhecendo-se, assim, o Aumento de pena
concurso. Outra corrente descorda desta posição, entendendo § 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um
haver a absorção, sendo a primeira a predominante. terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de
Além das consequências penais o CTB prevê como profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato
consequência administrativa da condenação por crime socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu
culposo de trânsito, a inabilitação para dirigir veículos. ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o
homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é
PERDÃO JUDICIAL: artigo 121 § 5º. Quando as praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60
consequências da infração foram danosas para o agente a (sessenta) anos.
ponto da sanção penal ser desnecessária, permite-se ao Juiz o § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar
aplicação do perdão judicial. Como o caso do marido que perde de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o
a família num acidente de trânsito no qual foi culpado. próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne
Entretanto, a aplicação do perdão deve ser feita com cautela e desnecessária.
como exceção, pois, se aplicado indistintamente, poderá § 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se
consistir num caminho para a impunidade. o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de
Nos casos de homicídio, crime contra a vida, a ação penal é prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.
pública incondicionada e, nos casos de crime doloso, a (Incluído pela Lei nº 12.720, de 2012)
competência para julgamento será do Tribunal do Júri. § 7º A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço)
até a metade se o crime for praticado: (Incluído pela Lei nº
Dispositivos do Código Penal pertinentes ao tema: 13.104, de 2015)
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao
CAPÍTULO I parto; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
DOS CRIMES CONTRA A VIDA II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60
(sessenta) anos ou com deficiência; (Incluído pela Lei nº 13.104,
Homicídio simples de 2015)
Art 121. Matar alguém: III - na presença de descendente ou de ascendente da vítima.
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
Caso de diminuição de pena
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de DAS LESÕES CORPORAIS (ART. 129 E PARÁGRAFOS)
relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta
emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, ou juiz Nos termos do artigo 129 do CP, pode-se definir o crime de
pode reduzir a pena de um sexto a um terço. lesão corporal como a ofensa à integridade física ou saúde de
outra pessoa, ofendendo a normalidade funcional do

Noções de Direito Penal 27


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

organismo, quer do ponto de vista físico, como o psíquico, alheias a sua vontade, posição adotada pela maioria e fixada
tanto na modalidade dolosa quanto na culposa. pela jurisprudência, mesmo sendo difícil a comprovação de
O objetivo jurídico do artigo é a proteção da integridade qual tentativa se fala, de lesão corporal de natureza leve, grave
física e psíquica do indivíduo. ou gravíssima, devendo ser a decisão sempre a favor do réu.
Pode ser sujeito ativo do crime em estudo, qualquer
pessoa, menos a pessoa que se auto lesiona, pois, a auto lesão LESÃO CORPORAL DE NATUREZA LEVE: Para se
não é punida por nossa legislação, podendo haver o delito de determinar se a lesão corporal e de natureza leve, utiliza-se o
fraude contra o seguro. processo de eliminação. O legislador indica quando a lesão é
Sujeito passivo é qualquer pessoa humana, a partir do de natureza grave ou gravíssima. Se não ocorrer o resultado
início do parto, desde que esteja vivo. Assim, a prática de lesão previsto pelo legislador, a lesão será leve.
em um cadáver, caracterizará crime de vilipêndio de cadáver,
mas não de lesão corporal. LESÃO CORPORAL DE NATUREZA GRAVE: artigo 129, §
Como a integridade física é bem indisponível, o 1º - Neste parágrafo estão descritas certas consequências que
consentimento da vítima é indiferente na prática do crime, obtidas com a prática do crime, dão causa a uma punição
salvo nos casos de intervenções cirúrgicas de esportes maior, pois, de maios potencial ofensivo a lesão.
violentos, onde a lesão não caracteriza crime e o São consequências que fazem considerar-se grave a lesão:
consentimento é necessário. 1- quando a vítima fica incapaz de realizar suas
A evolução do direito tem levado ao caminho de se ocupações habituais por mais de 30 dias, sendo que
considerar a integridade corporal como bem disponível, onde ocupação habitual não deve ser confundida com trabalho, mas,
o consentimento, certamente, descaracterizará a prática do como qualquer atividade, ainda que não remunerada. Assim,
crime. crianças, enfermos e velhos podem ser ficar sem suas
No caso específico das intervenções cirúrgicas, entendem ocupações habituais por mais de trinta dias e estar
alguns doutrinadores que falta tipicidade, pois, a intervenção, perfeitamente caracterizado o crime. Também não se importa
na maioria das vezes, ao invés de ofender a integridade da o legislador se a incapacidade é relativa ou absoluta.
vítima, acaba por melhorar sua saúde. Não se deve também confundir incapacidade com ausência
Haverá crime de lesão corporal quando o ferimento é de cura, assim, pode ocorrer o fato da lesão não estar
causado na fuga do ataque do sujeito ativo. totalmente curada no final de 30 dias, mas a vítima já se
A descrição objetiva exige a ofensa a integridade física da encontrar em sua atividade normal, não estando deste forma
pessoa humana, ou seja, qualquer alteração desfavorável caracterizada a lesão grave.
produzida no organismo de outra pessoa, quer seja o mal Para a comprovação da lesão grave se faz necessária a
físico, fisiológico ou psíquico, não sendo necessário a realização de um exame complementar no 31º dia após o
existência de dor ou sangramento. crime, sendo tolerada a realização dentro de alguns dias, mas,
O crime pode ser praticado através de diversos meios e caso não seja realizado o exame em tempo hábil, estará
atingir o organismo humano de diversas formas, inclusive excluída a gravidade da lesão.
através de uma doença. A ocupação à qual fica incapacitada a vítima deve ser lícita
A lesão corporal não caracteriza-se somente em causar a e, portanto, aqueles que têm atividade ilegal, não são
lesão, mas também, o fato de agravar-se uma lesão já existente. alcançados por este dispositivo, tolera-se, assim, as atividades
O crime será único se, em determinada conduta forem imorais. Assim, a meretriz pode ser vítima de lesão corporal de
causados diversos ferimentos. natureza grave.
No casos de lesões leves entre casados, a jurisprudência, 2- quando ocorrer perigo de vida: desde que o perigo
por política, indica a não punição, desde que a vida conjugal, seja efetivo e concreto, que é constatado por exame pericial,
após o fato, é coroada de harmonia. como o caso de choque traumático, traumatismo craniano.
A lesão pode ser praticada por violência física e até moral, Perigo de vida é probabilidade de morte.
como um susto, por exemplo. Não se pode levar em consideração para a determinação
É possível a prática do crime por omissão, quando presente do perigo de vida exclusivamente a sede ou a extensão das
o dever jurídico de evitar-se o resultado, bem como por meio lesões.
indireto, como o caso da vítima que é dirigida para cair e um 3- quando ocorrer debilidade permanente de membro,
buraco. sentido ou função, ou seja, uma redução no funcionamento de
A descrição subjetiva exige o dolo, ou seja, a vontade do parte do organismo. Os membros são os braços e pernas,
agente em causar o dano à integridade física ou psíquica da sentidos são todas as sensações do ser humano, tato, paladar,
vítima. olfato, audição e visão e função, as atividades realizadas pelos
No caso da prática de intervenções cirúrgicas e prática de órgãos, como a função respiratória. A gravidade no caso,
esportes violentos, para aqueles que entendem haver caracteriza-se pela diminuição de qualquer destes, como a
tipicidade, o crime será excluído, face a presença de exercício perda de um olho, sendo necessária prova pericial da perda
regular de direito, portanto, causa que exclui a parcial da função.
antijuridicidade. A compensação, através da instalação de prótese, não
Ganha importância a discussão na análise da possibilidade elimina a gravidade da lesão.
de operação transexual, alguns entendendo tratar-se de lesão 4- aceleração de parto, ou seja, quando o feto é expulso
corporal e outros, concordando com a possibilidade da antes do final da gravidez e sobrevive, pelo fato de que todo
operação sem a caracterização do crime. Se a cirurgia for parto prematuro causa risco para o feto e para a gestante. A
realizada para correção de problema congênito, como o qualificadora não prevalece se o agente desconhecia e não
hermafrodita, não haverá prática do crime de lesão corporal. podia prever o estado de gravidez da vítima
A consumação do crime ocorre quando a vítima tem sua
integridade física ou mental alterada pela conduta do sujeito LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA: artigo 129, § 2º. São
ativo. causa que caracterizam a lesão gravíssima:
Em relação à tentativa, existem posições diversas, uns 1- incapacidade permanente para o trabalho: e não
entendendo ser impossível, pois estaria caracterizado a ocupações habituais e, portanto, se relaciona a trabalho, desde
contravenção de vias de fato e outros, em contrariedade, que permanente.
entendendo ser perfeitamente possível, quando o agente tenta Quando a lei diz trabalho, se relaciona a qualquer trabalho
causar a lesão, mas não obtém o resultado por circunstâncias e não à atividade específica da vítima. Assim, a qualificadora é

Noções de Direito Penal 28


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

de difícil aplicação, pois, sempre restará à vítima a determinação (aumento) da pena, servindo-se somente como
possibilidade de realizar algum trabalho, mesmo que circunstância judicial.
vendedor de bilhete de loteria, entretanto, com a ocorrência Utilizar os conhecimentos ministrados a respeito do
desta qualificadora, certamente outra terá ocorrido, fato que homicídio culposo.
possibilita a punição do agente como lesão de natureza Nos termos do art. 129, § 7º: A pena será aumentada de 1/3
gravíssima. se o crime resultar de inobservância de regra técnica de
2- enfermidade incurável: ou moléstia que não apresenta profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixar de prestar
possibilidade de cura. A transmissão de AIDS pode ser imediato socorro à vítima, não procurar diminuir as
considerado, caso não haja a morte, lesão corporal de natureza consequências do seu ato, ou fugir para evitar prisão em
gravíssima. flagrante (CP, art. 121, § 4º, 1ª parte).
3- quando ocorre perda ou inutilização de membro,
sentido ou função: A qualificadora estará caracterizada com CONCURSO: se a lesão pratica for meio para obtenção de
a amputação do membro, ou inutilização do sentido ou função. outro crime, será absorvido por ele, salvo se houver disposição
A perda de somente um dedo, ou audição de apenas um ouvido, em contrário. Se as lesões forem praticadas por autoridades,
por exemplo, não caracteriza a qualificadora. haverá o crime de abuso de autoridade, devendo ele responder
Se devido à lesão o ser humano fica impotente, quer não também pelas lesões, em concurso formal. É possível a
podendo produzir mais filhos, quer não poder mais ter a continuidade delitiva o presente crime.
relação sexual, está tipificada a qualificadora. E ainda, o A tentativa de lesão corporal deve ser distinguida do crime
rompimento do hímen (perda da virgindade) não é de perigo de vida, pois, neste o dolo é somente de perigo,
considerada como qualificadora. enquanto no outro é de dano.
4- quando resultar deformidade permanente: que pode A tortura, conforme caso, pode caracterizar crime de lesão
ser definida como uma lesão estética no indivíduo, desde que corporal, mas, se praticada contra criança, tipificará crime
seja, visível e permanente, e que não possa ser reparado específico previsto no E.C.A.
naturalmente, entretanto se a vítima, através de cirurgia
plástica, conseguir corrigir a deformidade, não haverá a lesão LESÃO CORPORAL E VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: O art. 129,
corporal de natureza gravíssima. As deformidade geralmente § 9º, disciplina forma qualificada de lesão corporal que leva
se traduzem em cicatrizes ou amputações de pequenos em conta o contexto em que é praticada. A pena prevista ao
pedaços do corpo. caso, em razão da sua quantidade, somente deve ser aplicada
5- quando ocorrer aborto: ou seja, o agente pretende na hipótese de lesão corporal leve. Se a lesão corporal for
somente obter a ofensa à integridade física da vítima, grave, gravíssima ou seguida de morte, aplicar-se-á o art. 129
entretanto, ao praticar a conduta e como consequência desta, do CP. Pode ser praticada: a) contra ascendente, descendente,
acaba por interromper a gravidez da ofendida. Da mesma irmão, cônjuge ou companheiro: o parentesco pode ser civil ou
forma que na aceleração de parto, se o agente desconhecer natural. Não ingressam as relações decorrentes do parentesco
totalmente o estado gravídico da vítima, não responderá pelo por afinidade. Exige-se prova documental da relação de
resultado agravador, embora haja decisão em contrário. parentesco ou do vínculo matrimonial. A união estável pode
ser comprovada por testemunhas ou outros meios de prova
LESÃO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE: artigo 129, § 3º que não exclusivamente os documentos; b) com quem conviva
- nada mais é do que o homicídio preterdoloso, no qual o ou tenha convivido: tais expressões devem ser interpretadas
agente pretende praticar a lesão corporal, mas, sem nenhuma restritivamente. Quanto ao trecho “tenha convivido”, exige-se
intenção, acaba por matar a vítima, como o caso do agente que tenha sido a lesão corporal praticada em decorrência da
empurra a vítima que, desequilibrada cai ao chão, batendo a convivência passada entre o autor e a vítima. c) prevalecendo-
cabeça contra um objeto dura e acaba por fraturar o crânio. se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de
Não havendo intenção do resultado lesão corporal, haverá hospitalidade: Relações domésticas são as criadas entre os
homicídio culposo. membros de uma família, podendo ou não existir ligações de
parentesco. Coabitação é a moradia sob o mesmo teto, ainda
AGRAVANTE NO CRIME DE LESÃO CORPORAL: que por breve período – deve ser lícita e conhecida dos
Novidade trazida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e coabitantes. Hospitalidade é a recepção eventual, durante a
o aumento de 1/3 na pena de quem pratica o crime de lesão estadia provisória na residência de alguém, sem necessidade
corporal contra criança menor de 14 anos, não sendo possível, de pernoite. Em todos os casos, a relação doméstica, a
por este motivo, o reconhecimento da agravante genérica de coabitação ou a hospitalidade devem existir ao tempo do
ter sido o crime praticado contra criança. crime, pouco importando tenha sido o delito praticado fora do
âmbito da relação doméstica, ou do local que ensejou a
LESÃO CORPORAL PRIVILEGIADA: artigo 129 § 4º - coabitação ou a hospitalidade
ocorre no caso da prática do crime quando presente a violenta Se a lesão corporal for grave, gravíssima ou seguida de
emoção logo após a injusta provocação da vítima, ou por morte, e o crime for praticado com violência doméstica,
relevante valor social, com diminuição na pena variando de incidirá sobre as penas respectivas (art. 129, §§ 1º, 2º e 3º) o
1/6 a 1/3. aumento de 1/3 imposto pelo § 10 do art. 129 do CP.
O juiz, não sendo graves as lesões, pode substituir a pena A pena da lesão corporal leve cometida com violência
de detenção pela pena de multa em duas situações: I – se doméstica será aumentada de 1/3 (um terço) quando a vítima
ocorrer qualquer das hipóteses do § 4º do art. 129; e II – se as for pessoa portadora de deficiência. Contudo, deve tratar-se de
lesões forem recíprocas. Importante destacar que o pessoa portadora de deficiência e ligada ao autor do crime
dispositivo é aplicável somente à lesão corporal leve – as pelos laços de violência doméstica indicados pelo § 9º do art.
graves e gravíssimas foram expressamente excluídas e a lesão 129 do CP.É o que dispõe o §11º.
corporal culposa o foi tacitamente.
Por fim, cabe ressaltar a alteração trazida no art. 129 pela
LESÃO CORPORAL CULPOSA: artigo 129 § 6º, ou seja, será Lei nº13.142/2015, acrescentando ao tipo um novo parágrafo
punido o agente que der causa à lesão por negligência, (§ 12), majorando a pena da lesão corporal (dolosa, leve, grave,
imprudência ou imperícia. No caso de lesão corporal culposa, gravíssima ou seguida de morte) de um a dois terços quando
a gravidade da lesão não será considerada para efeito de praticada contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e
144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional

Noções de Direito Penal 29


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da § 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente
função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes
companheiro ou parente consanguíneo até 3º grau, em razão do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública,
dessa condição. no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu
cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro
Dispositivos do Código Penal pertinentes ao tema: grau, em razão dessa condição, a pena é aumentada de um a
dois terços. (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
CAPÍTULO II
DAS LESÕES CORPORAIS DA RIXA (ART. 137)

Lesão corporal Rixa nada mais é que um conflito generalizado em que


Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de participam três ou mais pessoas, que praticam reciprocamente
outrem: vias de fato e violência, umas contra as outras. A definição do
Pena - detenção, de três meses a um ano. legislador é simples: participar de rixa, salvo para separar os
contendores, com pena de detenção de 15 dias a 2 meses ou
Lesão corporal de natureza grave multa.
§ 1º Se resulta: Tem por objetivo o legislador a proteção da incolumidade
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de da pessoa humana, além de proteger, também, a ordem
trinta dias; pública, mesmo que de forma indireta.
II - perigo de vida; Pode ser sujeito ativo do crime de rixa, qualquer pessoa, e,
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; como se trata de crime plurissubjetivo, necessariamente deve
IV - aceleração de parto: haver mais de três pessoas, mesmo sendo inimputáveis, não se
Pena - reclusão, de um a cinco anos. considerando as pessoas que pretendem separar a briga.
§ 2° Se resulta: Sujeito passivo são todos aqueles que participam da rixa e
I - Incapacidade permanente para o trabalho; o Estado, de forma secundária.
II - enfermidade incurável; A descrição objetiva exige conduta de participar, ou seja,
III perda ou inutilização do membro, sentido ou função; praticar violência com outras pessoas, participando da luta,
IV - deformidade permanente; seja o momento que for, mesmo que somente apanhe,
V - aborto: entrando durante o acontecimento do crime ou saindo antes
Pena - reclusão, de dois a oito anos. de seu término. Se for possível a identificação de agressão de
um grupo contra o outra, não haverá o crime de rixa. O perigo,
Lesão corporal seguida de morte no caso, é presumido.
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o A subjetividade exige o dolo, ou seja, a vontade de
agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo: participar da rixa. Se a intenção for a de ferir ou matar alguém,
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. o crime será de lesões corporais ou homicídio.
Não há rixa culposa.
Diminuição de pena A consumação se dá quando cessa a atividade dos
§ 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de contendores, embora haja entendimento de que se trata de
relevante valor social ou moral ou sob o domínio de violenta crime instantâneo, consumando-se, assim, quando o agente
emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz entra na briga.
pode reduzir a pena de um sexto a um terço. A tentativa, embora haja entendimento contrário, não é
possível.
Substituição da pena Discute-se na doutrina a possibilidade de legítima defesa,
§ 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir alegada por qualquer dos contendores. O melhor
a pena de detenção pela de multa, de duzentos mil réis a dois entendimento é de que a legítima defesa só seja alegada pela
contos de réis: pessoa que separa ou que participa para defender direito seu
I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior; ou de terceiro.
II - se as lesões são recíprocas. Prevê o legislador, qualificadoras para a rixa, no caso de
ocorrer morte ou lesão corporal de natureza grave, com pena
Lesão corporal culposa de detenção de 6 meses a 2 anos. Se caso o autor do resultado
§ 6° Se a lesão é culposa: qualificador for identificado, ele responderá por rixa
Pena - detenção, de dois meses a um ano. qualificada e pelo resultado.
Aumento de pena A morte ou lesão corporal devem ocorrer durante ou em
§ 7o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer consequência da rixa. Aquele que sofreu a lesão grave também
qualquer das hipóteses dos §§ 4o e 6o do art. 121 deste Código. responderá pelo crime qualificado.
§ 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121. Só não haverá punição na forma qualificada quando o
agente passou a participar depois da ocorrência do resultado
Violência Doméstica mais grave, se a participação foi antes, mesmo que o agente
§ 9o Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, tenha se retirado, responderá pela qualificadora.
irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha Várias mortes qualificam a rixa uma só vez, podendo a
convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações quantidade de mortes ser consideradas como circunstância
domésticas, de coabitação ou de hospitalidade: (Redação dada judicial na aplicação da pena.
pela Lei nº 11.340, de 2006) Participantes que, durante a rixa, praticam crimes
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. autônomos, responderão por eles em concurso, salvo o crime
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste artigo, se as de ameaça e a contravenção de vias de fato.
circunstâncias são as indicadas no § 9o deste artigo, aumenta-se O crime de rixa foi colocado pelo legislador para se poder
a pena em 1/3 (um terço). punir as pessoas que causam lesões corporais, mas não podem
§ 11. Na hipótese do § 9o deste artigo, a pena será ser identificadas, impedindo, assim, a impunidade.
aumentada de um terço se o crime for cometido contra pessoa
portadora de deficiência.

Noções de Direito Penal 30


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Dispositivos do Código Penal pertinentes ao tema: Respostas

CAPÍTULO IV 01. Resposta: B


DA RIXA 02. Resposta: C
03. Resposta: D
Rixa 04. Resposta: D
Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os 05. Resposta: E
contendores:
Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.
Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de 12. Crimes contra o
natureza grave, aplica-se, pelo fato da participação na rixa, a patrimônio (furto, roubo,
pena de detenção, de seis meses a dois anos.
extorsão, extorsão mediantes
Questões sequestro).
01. (TJ/SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros
- VUNESP/2016) Diz o parágrafo 5º do artigo 121 do Código DO FURTO
Penal Brasileiro, que: “na hipótese de homicídio culposo, o juiz
poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da FURTO: Em primeiro lugar, deve se entender o que seja
infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a patrimônio, a fim de verificar-se o que o legislador protege
sanção penal se torne desnecessária”. Trata-se de com as condutas descritas neste capítulo. Pode-se definir como
(A) graça. patrimônio, o conjunto de relações jurídicas de uma pessoa
(B) perdão judicial. que tiver valor econômico, a exceção dos direitos imateriais
(C) anistia. que, embora possam ser avaliados economicamente, são
(D) indulto. protegidos em outro capítulo.
O conceito de furto vem descrito no artigo 155 do CP, que
02. (Prefeitura de Teresina/PI - Guarda Civil Municipal nada mais é do que a subtração da coisa alheia móvel, para si
– COPESE/UFPI) Considera-se causa de diminuição de pena, o ou para outrem, com intenção de apossamento definitivo. A
fato do agente ter praticado o homicídio: pena cominada para a conduta na forma simples é de reclusão
(A) Por motivo fútil. de 1 a 4 anos e multa.
(B) Com uso de veneno, fogo, asfixia ou outro meio O objetivo jurídico em relação ao crime de furto é discutido
insidioso ou cruel. entre os doutrinadores, uns entendendo que o dispositivo
(C) Impelido por relevante valor moral ou social. protege a posse, de forma direta e a propriedade,
(D) Com recebimento de recompensa. indiretamente, ou o inverso, outros, que a tutela é somente da
(E) À traição ou emboscada. propriedade e não da posse. Numa corrente dominante,
entendem que a proteção é feita tanto à posse como a
03. (TJ/DF - Juiz de Direito Substituto - CESPE) Constitui propriedade, além da detenção da coisa, portanto, para a
homicídio qualificado o crime punição do agente, é indiferente de que a pessoa tenha
(A) cometido contra deficiente físico. somente a posse ou a propriedade da coisa, bastando que o
(B) praticado com emprego de arma de fogo. agente se apodera da coisa ilegalmente. Assim, é possível a
(C) concretizado com o concurso de duas ou mais pessoas. punição do ladrão a coisa subtraída por outro, pois a coisa
(D) praticado com o emprego de asfixia. ficou mais longe da vítima.
(E) praticado contra menor de idade. Pode ser sujeito ativo do crime qualquer pessoa física,
desde que não seja o possuidor da coisa subtraída. O
04. (Polícia Civil/SP - Escrivão de Polícia – VUNESP) empregado que, numa empresa é responsável e utiliza certas
Analise as informações apresentadas a seguir e classifique-as ferramentas para o trabalho, tendo a posse vigiada, se
como (V) verdadeira ou (F) falsa. transforma a posse precária, em propriedade, pratica o crime
O crime de homicídio é qualificado, nos expressos termos de furto.
do § 2º do art. 121 do CP, se cometido Sujeito passivo é a pessoa física ou jurídica que tenha a
( ) para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou posse ou a propriedade da coisa, salvo no caso de detenção
vantagem de outro crime. desinteressada, como o caixa de um banco, em que o sujeito
( ) por funcionário público no exercício de suas funções. passivo é o banco.
( ) durante o repouso noturno. A descrição objetiva exige as condutas de subtrair, ou seja,
A classificação correta, de cima para baixo, é: retirar, de qualquer forma e independe da presença da vítima.
(A) V, V, F. O objeto material é a coisa que, em direito penal é toda
(B) F, V, V. substância corpórea, material, suscetível de apreensão ou
(C) V, F, V. transporte, no estado em que se encontra, sólido, líquido ou
(D) V, F, F. gasoso, instrumentos ou títulos, bem como partes do solo, de
(E) V, V, V. casas, árvores, navios, aeronaves, que são móveis equiparados
a imóveis para efeitos civis.
05. (Polícia Civil/SP - Escrivão de Polícia – VUNESP) A É de fundamental importância, para caracterização do
lesão corporal se enquadra nas hipótese expressas no art. 129, crime de furto que a coisa tenha valor econômico ou afetivo,
§ 2.º do CP, doutrinariamente denominada gravíssima, ocorre: pois todos eles são bens que satisfazem as necessidades dos
(A) aceleração de parto. homens.
(B) incapacidade para as ocupações habituais, por mais de As coisas comuns, como o ar e a água, também podem ser
trinta dias. objeto material do delito, desde que, destacadas como o caso
(C) debilidade permanente de membro, sentido ou função. dessas substâncias engarrafadas.
(D) perigo de vida. É necessário que a coisa tenha dono, pois, apoderar-se da
(E) enfermidade incurável. coisa que não tem dono não é figura típica, bem como aquelas

Noções de Direito Penal 31


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

que foram abandonadas pelo dono, mas, apropriar-se de coisa O § 1º do artigo 155, prevê uma agravante específica,
achada é crime previsto na nossa legislação penal. tratando do furto praticado durante o repouso noturno, com
O ser humano não pode ser objeto material do crime de aumento de pena de 1/3, porque neste período é precária a
furto, poderá haver sequestro, mas, pode haver furto de coisas vigilância sobre a coisa.
postiças do corpo, como dentaduras, perucas, prótese. Repouso noturno não significa noite, que se caracteriza
Quando a finalidade for econômica a subtração de cadáver pela ausência da luz solar, enquanto aquela significa o período
é furto. em que normalmente os moradores repousam, mesmo que no
Se incluem entre os objetos materiais do crime, os títulos local, embora tenha moradores, não se encontrem no local,
que representam as obrigações. assim, o furto de veículo que se encontra na rua, durante este
Se o valor da coisa for irrelevante, pelo princípio da período, agrava o crime.
insignificância, não haverá crime de furto. A agravação da pena é levada a efeito, tendo-se por base a
Por fim a coisa dever ser alheia, que não pertence ao pena do furto simples, não se considerando, pois, as
agente. qualificadoras.
A subjetividade exige o dolo, ou seja, a vontade de subtrair, O § 2º do mesmo artigo, descreve o furto privilegiado, no
somado ao elemento subjetivo do injusto, contido na caso de ser o criminoso primário e ser de pequeno valor a coisa
expressão para si ou para outrem, não havendo necessidade de furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão por detenção,
que o agente vise o lucro, que pode agir simplesmente por diminuí-la de 1/3 a 2/3, ou aplicar somente a pena de multa.
capricho. Tirar uma joia da vítima para jogá-la, não caracteriza Vamos analisar os requisitos que devem estar presentes
o crime de furto. para o reconhecimento da privilegiadora, a iniciar-se pela
O consentimento da vítima na subtração, desde que seja condição de primário do agente, lembrando que é primário
anterior à consumação, faz desaparecer o crime, se for após o aquele que nunca sofreu uma condenação, não devendo, pois,
crime já se consumou. confundir-se primariedade com não reincidência.
O momento da consumação do crime de furto é discutido Segundo requisito é ser a coisa subtraída, de pequeno
entre os doutrinadores, alguns entendendo que basta o agente valor, sendo o entendimento majoritário que pequeno valor é
tocar na coisa, outros quando a coisa é segura, outros quando aquele menor que um salário mínimo da época dos fatos. Não
é removida, ou quando a coisa é segura, outros quando é se deve confundir, também, pequeno valor com pequeno
removida, ou quando a coisa é colocado no local a qual se prejuízo, sendo que na jurisprudência existem dois
destinava. A despeito das diversas opiniões, o entendimento entendimentos a respeito, um entendendo que a coisa dever
mais correto é que o crime se consuma quando há inversão da ser de pequeno valor e outra que o prejuízo deve ser pequeno
posse, havendo julgado entendendo estar caracterizado o para o reconhecimento da privilegiadora.
crime na conduta do empregado que escondeu a coisa no Atualmente se exige, também, que o agente não revele má
estabelecimento comercial para levá-la posteriormente. personalidade, nem possua antecedentes desabonadores, fato
Como se trata de crime material, com resultado que vem sendo aceito, porque, as possibilidades colocadas
naturalístico, é possível a tentativa, como o casso daquele que pelo legislador são de aplicação facultativa pelo juiz, que deve
tenta furtar a carteira da vítima, mas não consegue, pois ela se analisar o aspecto subjetivo.
encontra em outro bolso, entretanto, se a vítima não possuir É natural que, pela própria colocação do dispositivo na lei,
nenhum valor, temos o crime impossível. o privilégio somente pode ser aplicado aos crimes simples e
Como distinção se apresenta o fato do agente, após a agravado pelo período noturno, embora haja entendimento
prática do crime, colaborar (escondendo a coisa, por exemplo), contrário.
respondendo apenas pelo crime de favorecimento real e não
pelo furto. Quem subtrai a coisa visando ressarcir-se de FURTO QUALIFICADO: disposto no § 4º do artigo 155,
prejuízo, responde pelo crime de exercício arbitrário das cuja pena vai de 2 a 8 anos de reclusão e multa.
próprias razões. A primeira qualificadora prevista no inciso I é o
A trombada, que não deixa de ser violência, se for leve, rompimento do obstáculo para a subtração da coisa, ou seja,
caracteriza o furto e não o roubo. quando o agente para a prática do crime, inutiliza, desfaz,
Quem adquire a coisa produto de crime de furto responde desmancha, estraga, deteriora obstáculos colocados para
por receptação, na forma dolosa ou culposa. garantir o patrimônio, como as trancas, fechaduras, portas,
É possível o concurso do crime de furto com diversos janelas, paredes, sendo a destruição total ou parcial e desde
outros delitos, como o estupro, ou mesmo a subtração de que a conduta atinja diretamente o obstáculo. Assim, se o
coisas de diversas pessoas. agente para furtar um veículo, quebra o vidro, não pratica o
Em algumas hipóteses, o crime de furto absorve outros, crime qualificado, mas, se a destruição foi, no mesmo exemplo,
como a violação de domicílio, o dano, o estelionato, no caso de para subtrair coisas que estavam no interior de veículo, a
subtração de talão de cheque, embora, no último exemplo, haja qualificadora persiste. Mas se ação visa um dispositivo de
entendimento contrário. Se a coisa furtada foi documento que, segurança de veículo, como alarme, ou trinco, estará presente
posteriormente, foi falsificado, haverá concurso material entre a qualificadora.
o furto e a falsificação. O fato de o agente retirar a porta, desaparafusando, sem
Por furto de uso deve entender-se a conduta da pessoa que destruí-la, não caracteriza a qualificadora, o mesmo ocorre
se apossa da coisa com a finalidade de utilizá-la com a retirada de telhas.
momentaneamente e, já que o legislador exige a intenção Para comprovação do crime é fundamental o exame
definitiva na conduta do agente, não está caracterizado o crime pericial.
de furto, havendo entendimento contrário. Para a A segunda qualificadora é o abuso de confiança, previsto
caraterização do uso, na subtração, é necessário que o agente no inciso II, caracterizada pela diminuição da vigilância sobre
a devolva da mesma forma que a subtraiu, caso contrário, a coisa devido a esta confiança de que o agente não praticará a
haverá crime de furto. conduta, como o caso do vigia contratado para cuidar de uma
A subtração de energia, seja ela de qualquer natureza, residência, da empregada doméstica que fica sozinha em casa,
também caracteriza o crime de furto, pois o legislador enquanto os patrões trabalham, sendo necessário, que além do
equiparou a energia a coisa móvel. Se o agente desvia energia vínculo empregatício, haja a confiança depositada no agente.
praticará furto, mas, se obtém, com artifícios, levando a vítima Outra qualificadora no mesmo inciso é a fraude,
a erro, praticará estelionato. consistente num meio enganoso, num artifício utilizado pelo
agente, obtendo a posse devido a esse artifício, como a pessoa

Noções de Direito Penal 32


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

que se veste com uniforme da empresa de emergia elétrica, a DO ROUBO E DA EXTORSÃO


fim de penetrar no interior da residência e subtrair a coisa. A subtração de coisa alheia móvel constitui o furto, mas se
Não se pode confundir o furto através de fraude com o estiverem presentes algumas circunstâncias especiais, tais
estelionato-furto, onde o artifício é utilizado para que a vítima como a violência e a grave ameaça, temos o crime de roubo,
entregue a coisa. que vem previsto no artigo 157 do CP, com pena de reclusão
A escalada também qualifica o furto, significando a de 4 a 12 anos de reclusão, além da multa.
utilização de uma via de acesso anormal para penetrar na casa Diretamente, tem o legislador por objetivo, proteger o
ou estabelecimento, com utilização de escadas, cordas, a fim de patrimônio da vítima, mas ao mesmo tempo, não deixa de
ser vencido um obstáculo que exige esforço incomum, como o preservar a integridade física, psíquica e a vida do ser humano.
exemplo da pessoa que cava um túnel para atingir o local onde Por se tratar de crime comum, pode o roubo ser praticado
a coisa de encontra, qualificadora que, para a sua por qualquer pessoa, assim, qualquer um pode ser sujeito
caracterização, segundo entendimento da maioria, independe ativo do crime.
de exame pericial. Em relação ao sujeito passivo, pode-se dizer que é vítima
A destreza, habilidade física ou manual do agente, o possuidor da coisa, mas, também, qualquer pessoa que sofra
impedindo a percepção da vítima em relação prática do crime, a violência exercida pelo sujeito ativo.
é qualificadora. A destreza tem, por exemplo, típico o do A descrição objetiva exige a conduta de subtrair, a coisa
batedor de carteira, que retira do bolso da vítima sem que ela alheia móvel, mas, com utilização de violência, grave ameaça,
sinta a sua ação. ou qualquer outro meio que reduza a capacidade de
No inciso III está previsto a utilização de chave falsa, que resistência da vítima.
pode ser definida como qualquer instrumento que faça suas A coisa móvel alheia é o objeto material do crime, desde
vezes, havendo entendimento de que a chave verdadeira, que tenha valor econômico.
quando furtada, caracteriza a qualificadora, posição que não é A subjetividade exige o dolo, vontade de subtrair a coisa,
aceita pela maioria dos doutrinadores, que entendem se tratar aliada ao desejo de praticar a violência, estando presente,
de fraude e não de uso de chave falsa. também, o elemento subjetivo para si ou para outrem.
Por fim o inciso IV prevê o concurso de duas ou mais A consumação do crime se dá quando a coisa sai do
pessoas, que indica maior periculosidade dos agentes que se domínio da vítima, existindo entendimento minoritário no
unem para mais facilmente praticar o crime, não havendo qual a consumação se dá com a prática da violência e a
necessidade, inclusive, para reconhecimento da qualificadora tentativa é perfeitamente possível.
que todos sejam imputáveis, havendo opinião de que deva O artigo 157, § 1º prevê o chamado roubo impróprio
haver a coautoria para o reconhecimento da qualificadora e, quando a violência é praticada após a subtração da coisa, para
segundo corrente majoritária, é possível seu reconhecimento, garantir a posse da coisa subtraída ou a impunidade do crime,
inclusive nos casos de participação. desde que haja um relacionamento direto de tempo entre a
No caso de furto praticado por quadrilha o entendimento subtração e a violência, pois, se decorrido muito tempo, será
dominante é de que a qualificadora não prevalece, devendo os caracterizado um crime de furto e outro de lesão corporal.
componentes responder pelo furto e pelo crime de formação A previsão alcança somente a prática de violência ou grave
de quadrilha ou bando. ameaça, excluindo o outro recurso que reduza a defesa da
Havendo duas ou mais qualificadoras num mesmo furto, vítima, e consiste na presença do elemento subjetivo do
uma delas irá qualificar, enquanto as outras deverão ser injusto, qual seja, deve ter a intenção de assegurar a
utilizadas pelo juiz como circunstâncias agravantes, quando da impunidade ou a subtração da coisa. Neste caso a consumação
aplicação da pena. se dá com a prática da violência, mesmo que a subtração tenha
sido anterior, e, não havendo a subtração, o agente deverá
FURTO DE COISA COMUM: artigo 156 do CP, que define o responder pelo crime de tentativa de furto e de lesões
crime da seguinte forma: Subtrair o condômino, coerdeiro ou corporais em concurso material, embora haja entendimento
sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém contrário. Quando a pessoa já subtraiu a coisa e quando tenta
a coisa comum, estará sujeito a uma pena de detenção de 6 praticar a violência, não obtendo êxito, ocorre a tentativa de
meses a 2 anos ou multa, sabendo-se que o condomínio é a roubo impróprio.
propriedade de uma coisa por diversas pessoas, herança é o Por fim, e expressão logo depois deve ser entendida como
patrimônio do falecido e sociedade é a reunião de duas ou mais imediatamente.
pessoas, para com esforço comum, atingir um objetivo. O § 2º do artigo 157 prevê as hipóteses de roubo
Tem o legislador por objetivo a proteção da propriedade e qualificado, em três incisos.
da posse comum. A primeira qualificadora é o emprego de arma, por ser um
Trata-se de crime próprio, podendo ser sujeito ativo o objeto capaz de impor uma maior ameaça e o risco de um dano
condômino, o herdeiro ou o sócio. em potencial para a vítima, além de demonstrar uma maior
Sujeitos passivos serão os demais condôminos, herdeiros e periculosidade do agente. Arma é todo objeto utilizado para
sócios ou ainda outra pessoa que tenha a posse legítima da ataque ou defesa, capaz de ofender a integridade física da
coisa, entretanto, no caso de sociedade, pessoa jurídica, se o vítima, então, a arma de brinquedo, não qualifica o crime de
bem a ela pertencer, haverá prática de crime de furto simples. roubo, embora exista entendimento admitindo a qualificadora
A descrição objetiva exige os mesmos elementos que o nesta caso, o que não acontece com a arma descarregada que,
furto simples, devendo a coisa ser comum, não se importando conforme entendimento da maioria, qualifica o crime de
com o montante que pertença ao autor do crime. roubo. Para reconhecimento da qualificadora é necessário que
A subjetividade exige o dolo, vontade de subtrair a coisa a arma seja utilizada, ao menos de forma implícita, não
comum, acrescida da finalidade específica, contida na configurando o crime qualificado o seu simples porte.
expressão para si ou para outrem. A segunda qualificadora é o concurso de duas ou mais
Prevê o legislador um caso de exclusão do crime tratando- pessoas, fato que dificulta, ainda mais a defesa da vítima,
se de coisa comum fungível, aquela que pode ser substituída mesmo que uma destas pessoas seja inimputável e que apenas
por outra da mesma espécie, qualidade e quantidade e, não uma delas pratique atos executórios do crime, nem, tampouco
excedendo o valor do bem, ao da cota que o agente teria que seja identificado a outra pessoa, e, caso haja condenação
direito, está descaracterizada a infração. dos agentes pelo crime de quadrilha ou bando, ficará afastada
A ação penal é pública condicionada à representação de a qualificadora.
qualquer um dos outros coerdeiros, condôminos ou sócios.

Noções de Direito Penal 33


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

O terceiro caso é quando a vítima se encontra em Roubo e extorsão são crimes diversos e a diferença reside
transporte de valores, sendo o agente conhecedor desta no sentido de que no roubo há a subtração da coisa, através do
circunstância, pois, estas pessoas são as mais visadas na emprego da violência e, na extorsão, a violência é empregada
prática do crime em estudo. É natural que, para o para que a vítima entregue a coisa.
reconhecimento da qualificadora é necessário que o valor Se o crime é praticado para salvaguardar algum direito,
transportado não seja daquele que o realiza e que o agente será o caso de exercício arbitrário das próprias razões em
conheça a realização do transporte. concurso com a violência.
No caso de existência de duas ou mais qualificadoras, no Em relação à possibilidade de concurso no crime de roubo,
mesmo crime, uma delas servirá para qualificar, a outra, como diversas são as situações em que se encontra presente.
circunstância judicial para aplicação da pena. Em primeiro lugar é importante lembrar que todos os
A lesão corporal de natureza grave também qualifica o crimes componentes (furto, ameaça, lesões leves), são
roubo, conforme previsão do § 3º, 1ª parte do artigo 157. absorvidas pelo roubo.
Lesões graves são as previstas no artigo 129, §§ 1º e 2º do C.P., No caso de sequestro da vítima, sendo elemento do crime
desde que decorrente da violência. Pela disposição de nosso de roubo, é por este absorvido, entretanto, caso ocorra após a
código, não é possível, reconhecer-se as qualificadoras subtração, haverá o concurso.
estudadas acima, juntamente com a ora analisada, o que Embora, em tese, é possível a continuidade delitiva neste
possibilita que uma pessoa que utilize arma para a prática do crime, a jurisprudência atual tende ao não reconhecimento da
crime, mas não cause lesão, sofrer uma pena maior do que possibilidade, por consequência, também não se aceita a
aquela que, causou a lesão de natureza grave, utilizando a continuidade entre o roubo e o furto, o latrocínio e a extorsão.
arma. Vislumbrando o exemplo e possibilidade de, num local
No caso de lesão grave, considera-se consumado o crime, onde se encontram diversas pessoas, estas são ameaçadas e
mesmo que o agente não tenha conseguido a subtração. mediante esta ameaça, o agente subtrai objetos pertencentes
Com a violência praticada pode ser que o agente cause a às vítimas, tem-se admitido no caso o concurso formal,
morte da vítima. Estamos diante do que a doutrina denomina existindo posições contrárias.
latrocínio (matar para roubar), cuja conduta vem descrita no Entretanto, se tratar-se de somente um objeto, ainda que
artigo 157, § 3º, com redação dada pela lei dos crimes diversas pessoas sofram a violência, o crime é único.
hediondos. Embora seja também atingida a vida, indiretamente, no
Embora alguns doutrinadores entendam que para que haja caso do latrocínio, a competência para julgamento é da justiça
o latrocínio o agente deve querer o resultado morte, pela comum e não do Tribunal do Júri.
redação do dispositivo, outra interpretação não pode ocorrer
a não ser no sentido de não ser necessária a intenção do EXTORSÃO: artigo 158 do CP, que contém o conceito deste
agente, basta que em decorrência da prática do crime resulte a crime.
morte, desde que esta violência tenha sido exercida para à Visa o legislador fundamentalmente, proteger o
subtração da coisa, ou para garantir a posse ou impunidade patrimônio da vítima, mas, de forma indireta também estão
dela. Por consequência, se existirem desígnios autônomos, o protegidos a liberdade e a integridade física da vítima.
agente responderá pelo crime de roubo e homicídio, em É de se notar que, no crime em estudo, o objeto material
concurso. pode ser a coisa imóvel, o que diferencia este do crime de
Não é necessário que a morte seja da vítima, mas, de roubo, onde há a subtração.
qualquer pessoa que sofra a violência, existindo, no caso, dois Qualquer pessoa pode ser sujeito ativo do crime de
sujeitos passivos. extorsão, e, caso seja funcionário público, no exercício de sua
Embora haja entendimento contrário, a morte do coautor função, o crime será de concussão, ou ainda, concussão e
do crime não caracteriza o latrocínio, pois, contra ele não é extorsão em concurso.
exercida violência. Sujeito passivo é a pessoa que sofre a ameaça ou a
A consumação do crime ocorre quando há a subtração e a violência, bem como aquela que sofre o prejuízo econômico.
morte e a doutrina discute as hipóteses de não ocorrendo um A descrição objetiva prevê conduta de constranger
destes resultados, por qual crime responderá o sujeito ativo. alguém, o que pode ser feito através da violência ou da grave
Diversas soluções são apresentadas: ameaça.
No caso de serem tentados ambos os resultados o agente É necessário, segundo entendimento majoritário da
responderá por tentativa de latrocínio; se ocorrer somente a doutrina e jurisprudência, que o ato de violência ou a ameaça,
subtração e o agente tentou contra a vida na prática da seja capaz de intimidar a vítima, mas, existe entendimento de
violência, também ocorre a tentativa de latrocínio; entretanto, que a análise deverá ser feita de acordo com o homem médio.
quando ocorre a morte mas a subtração não consuma, há A forma mais comum da prática do crime de extorsão e a
divergências entre os doutrinadores. chantagem, no qual a ameaça consiste na revelação de um
Alguns entendem que o agente responderá por crime de segredo.
furto tentado em concurso com homicídio qualificado, pois, A vantagem a ser obtida pelo sujeito ativo deve ser injusta,
praticado para garantir a impunidade de outro crime. Outros pois, se justa, o crime será de exercício arbitrário das próprias
entendem ser uma tentativa de roubo em concurso com o razões, ao qual pode ser somada as penas equivalentes à
homicídio qualificado; existe entendimento no sentido de violência.
tratar-se somente de homicídio; de latrocínio tentado e, por Prevendo o legislador a violência e grave ameaça, somente,
fim, de latrocínio consumado, posição que, embora em não caracteriza o crime, o constrangimento através de fraude.
desacordo com a legislação é a dominante. Por fim, a violência ou grave ameaça deve ser empregada para
Caso o agente, na violência, não pretendia o resultado que a vítima pratique ou deixe de praticar algum ato.
morte, (preterdolo), responderá pelo latrocínio tentado Se o ato praticado pela vítima for nulo, como consequência,
(roubo seguido de morte). não gera efeitos jurídicos e, portanto, não poderá o agente
Existe posição contrária, mas, no caso de mais de uma obter vantagem econômica e, tem-se, no caso o crime
vítima o latrocínio será único. impossível, entretanto, de forma indireta pode ser que o
Distinções podem ser apresentadas, como o exemplo da agente consiga a vantagem com o ato nulo, de forma indireta,
trombada que, segundo entendimento de uns é furto e de e, assim, estará caracterizado o crime.
outros é roubo. A subjetividade exige a conduta de constranger, mediante
a prática de violência ou grave ameaça, a fim de que a vítima

Noções de Direito Penal 34


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

faça ou deixe de fazer alguma coisa, acrescido do dolo Quando a lei se refere a resgate, automaticamente se pensa
específico que é a intenção de obter uma vantagem econômica em dinheiro, mas, nem sempre a vantagem consiste em
ilícita. dinheiro, podendo ser qualquer outra utilidade.
Em relação à consumação do crime existem duas Como condição deve se entender a exigência da prática de
correntes na doutrina, havendo entendimento de que a algum ato que redunde em lucro (vantagem econômica, mas,
extorsão se consuma quando o agente faz ou deixa de fazer que não seja a entrega de dinheiro, como a assinatura de uma
alguma coisa, ou permite que alguém faça. Num segundo promissória.
entendimento a consumação ocorre quando o agente obtém a A consumação do crime ocorre com o arrebatamento da
vantagem econômica, sendo a primeira posição a dominante. vítima, não sendo necessária a obtenção do resgato, por tratar-
Sendo considerada a extorsão, um crime formal, somente se de crime formal, de consumação antecipada.
ocorrerá a coautoria e a participação, antes do agente agir ou Mesmo sendo um crime formal, a tentativa é possível,
deixar de agir e, a atividade posterior consistirá em crime como no caso do agente é preso quando tenta arrebatar a
autônomo. vítima.
A tentativa é possível, como exemplo cita-se o caso de a Prevê o legislador formas qualificadas para o crime em
ameaça não chegar ao conhecimento da vítima. estudo.
Existem qualificadoras para o crime de extorsão a A primeira hipótese é quando a privação da liberdade dura
primeira delas é ter sido o crime praticado por duas ou mais mais de 24 horas, por haver um dano maior à liberdade do
pessoas e quando há o emprego de arma. Os estudos realizados indivíduo, bem como maior sofrimento para a família ou entes
em relação às qualificadoras do roube devem aqui ser queridos.
aplicados. O segundo caso é ser a vítima do sequestro menor de 18
No caso deste crime, sendo a vítima menor de 14 anos, de anos, por terem estes menor possibilidade de resistência.
acordo com o E.C.A, haverá o aumento de 1/3 da pena. O crime quando é praticado por quadrilha ou bando,
No caso de resultar lesão corporal de natureza grave, ou também é qualificado, por ser mais fácil a prática do crime
morte, serão aplicadas as mesmas penas do roubo qualificado nestas circunstâncias, sendo necessário que os componentes
pelo resultado. estejam reunidos para a prática de crimes, o que dá
É difícil a distinção entre o crime de extorsão e o de roubo, possibilidade da punição pelo crime de extorsão mediante
uns entendendo que a diferença reside no fato do roubo ser sequestro e de formação de quadrilha ou bando em concurso.
uma subtração, enquanto que na extorsão a vítima é quem O resultado também qualifica o crime de extorsão
pratica o ato. Outros que na extorsão sempre existe uma opção mediante sequestro, no caso de resultar lesão corporal de
para a vítima, enquanto que no roubo, isto não ocorre. Há natureza grave, ou morte, sendo que, neste último caso, a pena
aqueles que sustentam que a distinção se encontra no fato de será de 24 a 30 anos de reclusão, a maior estabelecida em
que no roubo a vantagem é imediata, enquanto que na nossa legislação penal. Entretanto, para que esteja presente a
extorsão é futura. qualificadora, necessário se faz que a morte seja do
Pode ser distinguido, também o delito de extorsão do sequestrado, pois, se outro morrer, haverá crime de homicídio
estelionato, pois, neste a vantagem é obtida mediante fraude, em concurso com a extorsão mediante sequestro.
enquanto que, naquele, a vantagem é resultado da violência ou Não é necessário que a morte ou lesão corporal grave
grave ameaça. decorra da violência para o sequestro, mas também, através
Por fim, cumpre consignar que é possível a continuidade dos maus tratos e do modo da privação da liberdade, sem se
delitiva neste crime. importar se a morte adveio de dolo ou culpa.
Além das qualificadoras o legislador também coloca
EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO: a previsão se agravantes no crime, quando praticado contra vítima não
encontra no artigo 159 do CP com as modificações realizadas maior de 14 anos, contra alienada ou débil mental, desde que
pela lei de crimes hediondos. o fato seja conhecido pelo agente e se a vítima por qualquer
O objetivo do legislador á a proteção do patrimônio, mas, outro motivo está impossibilitado de oferecer resistência.
pela descrição, não deixa ele de proteger, ainda que de forma Existem também um caso de redução obrigatória da
indireta, a liberdade individual, a integridade física e a vida da pena, quando o crime é praticado por quadrilha ou bando e u
vítima. dos componentes delata os outros a ponto de ficar fácil o
Pode figurar como sujeito ativo qualquer pessoa que esclarecimento do crime e a liberação da vítima, devendo a
pratique qualquer dos elementos subjetivos contidos no tipo, pena ser diminuída somente quando a polícia consegue
mesmo quando se tratar de funcionário público, quando sua libertar a vítima.
finalidade foi privar a liberdade da vítima para obter uma
vantagem. Questões
São sujeitos passivos do crime tanto a pessoa que é
sequestrada, como aquela que sofre o prejuízo econômico. 01. (Polícia Científica/PE - Conhecimentos Gerais -
A descrição objetiva exige a conduta de sequestrar, que CESPE/2016) Considere que José tenha subtraído dinheiro de
nada mais é do que privar a liberdade da pessoa, mesmo que Manoel, após lhe impossibilitar a resistência. Nessa situação
por pouco tempo e, enquanto durar a privação, o crime estará hipotética, fica caracterizada a causa de aumento de pena se
se consumando, por ser infração permanente. José tiver cometido o crime
Dúvida existe na possibilidade da pessoa privar a liberdade (A) com emprego de chave falsa.
da vítima não através do sequestro, mas de cárcere privado, (B) com restrição da liberdade de Manoel.
havendo entendimento que, no segundo caso, está (C) com destruição de obstáculo à subtração do dinheiro.
descaracterizada a infração, se bem que o melhor (D) mediante fraude, escalada ou destreza.
entendimento é de que o cárcere privada é espécie do qual o (E) durante o repouso noturno.
sequestro é gênero, permanecendo, assim, o crime.
A subjetividade exige o dolo, qual seja, a vontade de 02. (Polícia Civil/SP - Escrivão de Polícia – VUNESP)
sequestrar, acrescido do elemento subjetivo que é o de obter a Qualifica o crime de furto, nos termos do art. 155, § 4.º do CP,
vantagem para si ou para outrem, vantagem esta que deve ser ser o fato praticado.
apreciada economicamente. Se por ventura a vantagem for (A) em local ermo ou de difícil acesso.
devida pela vítima, teremos o crime de exercício arbitrário das (B) contra ascendente ou descendente.
próprias razões. (C) durante o repouso noturno.

Noções de Direito Penal 35


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

(D) com abuso de confiança.


(E) mediante emprego de arma de fogo. 13. Crimes contra a
03. (PC/PA - Delegado - UEPA) Usando um crachá que o
administração pública
identificava como oficial de justiça, um homem entrou no (peculato e suas formas,
escritório de uma empresa, supostamente para entregar uma concussão, corrupção ativa e
intimação ao proprietário. Enquanto a secretária foi chamar o
chefe, o visitante se aproveitou de que ficara só na sala para
passiva, prevaricação).
guardar em sua pasta um notebook e um tablet, retirando-se
em seguida. Constatando-se posteriormente que o suposto
oficial de justiça havia falsificado o crachá, deveria ser PECULATO – art. 312
indiciado: O peculato visa proteger a probidade administrativa
(A) apenas por estelionato, ficando a falsificação de (patrimônio público). Em todas as modalidades de peculato,
documento público absorvida por ser o meio executivo da tutela-se a Administração Pública, tanto em seu aspecto
fraude cometida. patrimonial, consistente na preservação do erário, como
(B) apenas por furto qualificado, porque a despeito de também em sua face moral, representada pela lealdade e
haver fraude na conduta do agente, ele na verdade subtraiu probidade dos agentes públicos.
bens da vítima. O sujeito ativo é o funcionário público e o sujeito passivo
(C) apenas por furto qualificado pelo abuso de confiança, é o Estado, visto como Administração Pública. Pode existir um
porque o cidadão comum tem natural confiança na autoridade sujeito passivo secundário (particular).
pública. O pressuposto do peculato é a posse da coisa pela
(D) por falsificação de documento público, uso de Administração Pública. O dinheiro, valor ou qualquer outro
documento falso e estelionato, em concurso material. bem móvel precisa estar na posse do funcionário público. A
(E) por falsificação de documento público e estelionato, em palavra deve ser interpretada em sentido amplo, abrangendo
concurso material. tanto a posse direta como a posse indireta, e também a
detenção. A lei é clara ao exigir que a posse deva ser em razão
04. (PC/PA - Escrivão - UEPA) Em relação aos crimes do cargo: é imprescindível a relação de causa e efeito entre ela
patrimoniais, deve ser indiciado: (posse) e este (cargo). Não é pelo fato de ser funcionário
(A) por estelionato o agente que, fazendo-se passar por público que o sujeito deve automaticamente responder pelo
auditor fiscal, subtrai do escritório de uma empresa dois crime de peculato. A finalidade da lei é outra. Somente estará
notebooks que estavam sobre mesas de trabalho, enquanto os caracterizado o crime de peculato quando o sujeito comete a
funcionários se afastam para buscar os livros contábeis por ele apropriação, o desvio ou a subtração em razão das facilidades
exigidos. proporcionadas pelo seu cargo.
(B) por apropriação indébita, o funcionário que retira do
cofre da empresa certa quantia em dinheiro, sem saber que Podemos dividir o peculato em dois grandes grupos; doloso
havia no local uma câmera, instalada justamente para e culposo:
monitorar o comportamento dos funcionários. a) Peculato Doloso:
(C) por receptação, o comerciante que faz um acordo com - Peculato-apropriação: art. 312, caput, primeira parte.
assaltantes de seu bairro, por meio do qual se compromete a - Peculato-desvio: art. 312, caput, segunda parte.
comprar, para fins de revenda, peças de celulares que eles - Peculato-furto: art. 312, § 1.º.
roubarem dali por diante. - Peculato mediante erro de outrem: art. 313.
(D) por extorsão mediante sequestro o indivíduo que, após
tomar um casal de namorados como reféns, libera o rapaz para b) Peculato Culposo:
buscar dinheiro, como condição para libertar a moça que - O peculato culposo está descrito no art. 312, § 2.º, do
continuará em seu poder até o recebimento dos valores. Código Penal.
(E) por extorsão, o indivíduo que chantageia seu
concorrente em um concurso público, ameaçando apresentar 1. PECULATO APROPRIAÇÃO:
provas de um crime por ele cometido, como forma de forçá-lo a) apropriar-se;
a desistir da vaga, que assim será destinada ao coator. b) funcionário público;
c) dinheiro, valor, bem móvel, público ou privado;
05. (Polícia Civil/SP - Escrivão de Polícia – VUNESP) A d) posse em razão do cargo;
conduta de constranger alguém, mediante violência ou grave e) proveito próprio ou alheio.
ameaça e com o intuito de obter para si ou para outrem trem
indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou Elementos objetivos do tipo: O núcleo é “apropriar-se”,
deixar fazer alguma coisa caracteriza o crime de ou seja, fazer sua a coisa alheia. A pessoa tem a posse e passa a
(A) extorsão. agir como se fosse dona. O agente muda a sua intenção em
(B) abuso de poder. relação à coisa. O fundamento é a posse lícita anterior.
(C) exercício arbitrário. No caso da posse em razão do cargo, temos que a posse está
(D) coação no curso do processo. com a Administração. O bem tem de estar sob custódia da
(E) roubo. Administração. Exemplo: Um automóvel apreendido na rua vai
para o pátio da Delegacia; o policial militar subtrai o aparelho
Respostas de DVD. Ele praticou peculato-furto, pois não tinha a posse do
bem. Se o funcionário fosse o responsável pelo bem, seria caso
01. Resposta: B de peculato-apropriação. Se o carro estivesse na rua, seria
02. Resposta: D furto.
03. Resposta: B No “peculato-apropriação” e no “peculato mediante erro
04. Resposta: D de outrem” o núcleo do tipo é a apropriação, ou seja, a posse
05. Resposta: A anterior lícita; a diferença está no erro de outrem.

Noções de Direito Penal 36


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Objeto material: Dinheiro, valor ou bem móvel. Tudo que Atenção: No peculato doloso não se aplicam essas
for imóvel não é admitido no peculato. O crime que admite regras.
imóvel é o estelionato.

Consumação: A consumação do peculato-apropriação se 5. PECULATO MEDIANTE ERRO DE OUTREM - Art. 313:


dá no momento em que ocorreu a apropriação: quando o Não é um estelionato, pois o erro da vítima não é provocado
agente inverteu o animus, quando passou a agir como se fosse pelo agente. O núcleo do tipo é apropriar-se (para tanto, é
dono. preciso posse lícita anterior). Na verdade, é um peculato-
apropriação, diferenciado pelo erro da vítima.
2. PECULATO-DESVIO: Artigo 312, Segunda Parte, do O erro de outrem tem de ser espontâneo, e o recebimento,
Código Penal. No peculato-desvio o que muda é apenas a por parte do funcionário de boa-fé. Não há fraude. Exemplo:
conduta, que passa a ser “desviar”. Desviar é alterar a Pessoa deve dinheiro para a Prefeitura, erra a conta e paga a
finalidade, o destino. Exemplo: existe um contrato que prevê o mais. O funcionário recebe o dinheiro sem perceber o erro.
pagamento de certo valor por uma obra. O funcionário paga Depois, ao perceber o erro, apropria-se do excedente – trata-
esse valor, sem a obra ser realizada. Nesse caso, há peculato- se de peculato mediante erro.
desvio. Liberação de dinheiro para obra superfaturada O elemento subjetivo é o dolo de se apropriar. O crime
também é caso de peculato-desvio. consuma-se no momento da apropriação, ou seja, no momento
em que o agente passa a agir como se fosse dono.
Elemento subjetivo do tipo: O elemento subjetivo do tipo Em síntese, o erro da pessoa que entrega o dinheiro ou
é a intenção do desvio para proveito próprio ou alheio. O qualquer outra utilidade (vítima) deve ser espontâneo, pouco
funcionário tem de ter a posse lícita da coisa. Se alguém importando qual a sua causa; se dolosamente provocado pelo
desviar em proveito da própria Administração, haverá outro funcionário público, estará configurado o crime de estelionato
crime, qual seja, uso ou emprego irregular de verbas públicas (art. 171 do CP).
(art. 315 do CP).
Antes de encerrarmos o tema cabe ainda um comentário
3. PECULATO-FURTO: Artigo 312, § 1.º, do Código Penal. acerco do peculato de uso. Considera-se a existência do
Funcionário público que, embora não tendo a posse do peculato de uso na hipótese em que o funcionário público
dinheiro, valor ou bem, o subtrai ou concorre para que seja apropria-se, desvia, subtrai bem móvel, público ou particular
subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de que se encontra sob a custódia da Administração Pública, para
facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário. posteriormente restituí-lo. A doutrina diverge sobre a
Nesse caso é aplicada a mesma pena. possibilidade de admitir-se a figura do peculato de uso. Uma
A conduta é subtrair, ou seja, tirar da esfera de proteção da primeira corrente entende que a intenção (falsa ou
vítima, de sua disponibilidade. Outra conduta possível é a de verdadeira) de restituir o bem móvel de que o agente
concorrer dolosamente. apropriou-se, desviou ou subtraiu não exclui o peculato
Não basta ser funcionário público; ele precisa se valer da doloso, pouco importando se o funcionário público possui
facilidade que essa qualidade lhe proporciona (a execução do recursos financeiros para tanto, bem como se a coisa era
crime é mais fácil para ele). Por facilidade, entende-se crachá, fungível ou infungível. Não admite, portanto, a figura do
segredo de cofre etc. Um funcionário público pode praticar peculato de uso. Também não se afasta o crime com a prova de
furto ou peculato-furto, dependendo se houve, ou não, a que se produziu alguma vantagem para a Administração
facilidade. Pública, pois a vantagem indevida não deve aproveitar ao
Estado. Se a coisa móvel é utilizada em fim diverso daquele a
Consumação e tentativa: O crime consuma-se com a que era destinado, desde que o agente vise a proveito próprio
efetiva retirada da coisa da esfera de vigilância da vítima. A ou alheio, apresenta-se o peculato na modalidade desvio. Por
tentativa é possível. outro lado, há quem admita o peculato de uso, considerando-o
fato irrelevante. Para os partidários dessa linha de
4. PECULATO CULPOSO: Artigo 312, § 2.º, do Código pensamento, é atípico o fato relacionado ao uso momentâneo
Penal. São requisitos do crime de peculato culposo: a conduta de coisa infungível, sem a intenção de incorporá-la ao
culposa do funcionário público e que terceiro pratique um patrimônio pessoal ou de terceiro, seguido da sua integral
crime doloso, aproveitando-se da facilidade provocada por restituição a quem de direito.
aquela conduta.
CONCUSSÃO – art. 316
Consumação e tentativa: Peculato culposo é crime O crime de concussão guarda certa semelhança com o
independente do crime de outrem, mas estará consumado delito de corrupção passiva, principalmente no que se refere à
quando se consumar o crime de outrem. Não há tentativa de primeira modalidade desta última infração (solicitar
peculato culposo, pois não existe tentativa de crime culposo. vantagem indevida). Na concussão, porém, o funcionário
Se o crime de outrem é tentado, este responderá por tentativa, público constrange, exige a vantagem indevida. A vítima,
porém o fato é atípico para o funcionário público. temendo alguma represália, cede à exigência. Na corrupção
passiva (em sua primeira figura) há mero pedido, mera
Reparação de danos no peculato culposo – Artigo 312, § solicitação. A concussão, portanto, descreve fato mais grave e,
3.º, do Código Penal: É a devolução do objeto ou o por isso, deveria possuir pena mais elevada. Ocorre que, após
ressarcimento do dano. É preciso ficar atento para as seguintes o advento da Lei n. 10.763/2003, a pena de corrupção passiva
regras: passou, por incrível que pareça, a ser maior que a de
- Se a reparação do dano for anterior à sentença concussão.
irrecorrível (antes do trânsito em julgado – primeira ou Nesse crime, o funcionário público faz exigência de uma
segunda instância), extingue a punibilidade. vantagem. Essa exigência carrega, necessariamente, uma
- Se a reparação do dano for posterior à sentença ameaça à vítima, pois do contrário haveria mero pedido, que
irrecorrível (depois do trânsito em julgado), ocorre a caracterizaria a corrupção passiva.
diminuição da pena, pela metade. Assim, o crime de concussão é diferente do crime de
corrupção passiva. A diferença está no núcleo do tipo. A
concussão tem por conduta exigir; é um “querer imperativo”,

Noções de Direito Penal 37


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

que traz consigo uma ameaça, ainda que implícita. A corrupção exigido, não cometerá corrupção ativa, uma vez que somente
passiva tem por conduta solicitar, receber, aceitar promessa. o terá feito por se ter sentido constrangida.
Na concussão, há vítima na outra ponta. A concussão é uma Consumação. O crime de concussão consuma-se no
extorsão praticada por funcionário público em razão da momento em que a exigência chega ao conhecimento da
função. vítima, independentemente da efetiva obtenção da vantagem
Exigir significa coagir, obrigar. A ameaça pode ser visada. Trata-se de crime formal. A obtenção da vantagem é
implícita ou explícita e, ainda assim, será concussão. O agente mero exaurimento.
pode exigir direta ou indiretamente – por meio de terceiro, ou Não desnatura o crime, portanto, a devolução posterior da
por outro meio qualquer. vantagem (mero arrependimento posterior — art. 16 do CP)
ou a ausência de prejuízo.
Desta forma, a ameaça pode ser: Um policial exige hoje a entrega de certa quantia em
- explícita: exigir dinheiro para não fechar uma empresa, dinheiro. A vítima concorda e se compromete a entregar a
para não instaurar inquérito, para permitir o funcionamento quantia em um lugar determinado, três dias depois. Ela,
de obras etc.; entretanto, chama outros policiais, que prendem o sujeito na
- implícita: não há promessa de um mal determinado, mas hora da entrega. Há flagrante provocado?
a vítima fica amedrontada pelo simples temor que o exercício No flagrante provocado o sujeito é induzido a praticar um
do cargo público inspira. crime, mas se tomam providências que inviabilizam
totalmente a sua consumação. Nesse caso, não há crime, pois
A exigência pode ser ainda: se trata de hipótese de crime impossível (Súmula 145 do STF).
- direta: quando o funcionário público a formula na Assim, na questão em análise, verifica-se não ter ocorrido
presença da vítima, sem deixar qualquer margem de dúvida de o flagrante provocado, pois não houve qualquer provocação,
que está querendo uma vantagem indevida; ou seja, ninguém induziu o policial a fazer a exigência. Temos,
- indireta: o funcionário se vale de uma terceira pessoa na hipótese, um crime de concussão consumado, já que a
para que a exigência chegue ao conhecimento da vítima ou a infração se aperfeiçoou com a simples exigência que ocorrera
faz de forma velada, capciosa, ou seja, o funcionário público três dias antes da data combinada para a entrega do dinheiro.
não fala que quer a vantagem, mas deixa isso implícito. Tentativa. É possível a tentativa. Exemplos: a) peço para
terceiro fazer a exigência à vítima, mas ele morre antes de
A concussão é uma forma especial de extorsão praticada encontrá-la; b) uma carta contendo a exigência se extravia.
por funcionário público com abuso de autoridade. Deve, assim, Sujeitos.
haver um nexo entre a represália prometida, a exigência feita a) ativo: somente o funcionário público.
e a função exercida pelo funcionário público. b) passivo: Estado e, secundariamente, a entidade de
Por isso, se o funcionário público empregar violência ou direito público ou a pessoa diretamente prejudicada.
grave ameaça referente a mal estranho à função pública, Elemento subjetivo do tipo. Dolo, exige-se o elemento
haverá crime de extorsão ou roubo. Ex.: um policial aponta um subjetivo específico, consistente em destinar a vantagem para
revólver para a vítima e, mediante ameaça de morte, pede que i ou para outra pessoa. Não existe forma culposa.
ela lhe entregue o carro. Objetos material e jurídico. Objeto material é a vantagem
Na concussão não é necessário que o funcionário público indevida e objeto jurídico é a administração púbica (aspectos
esteja trabalhando no momento da exigência. O próprio tipo material e moral).
diz que ele pode estar fora da função (horário de descanso, Classificação. Crime próprio, formal, de forma livre,
férias, licença) ou, até mesmo, nem tê-la assumido (quando já comissivo e, excepcionalmente, omissivo impróprio,
passou no concurso, mas ainda não tomou posse). O que é instantâneo, unissubjetivo, unissubsistente ou
necessário é que a exigência diga respeito à função pública e as plurissusistente, forma em que admite tentativa.
represálias a ela se refiram.
Se o crime for cometido por policial militar estará EXCESSO DE EXAÇÃO - art. 316, §§1º e 2º
configurado o crime do art. 305 do Código Penal Militar, que é Exação é a cobrança pontual de impostos. Pune-se o
igualmente chamado de concussão. excesso, sabido que o abuso de direito é considerado ilícito.
Se alguém finge ser policial e exige dinheiro para não Assim, quando o funcionário público cobre imposto além da
prender a vítima, não há concussão, porque o agente não é quantia efetivamente devida, comete o excesso de exação.
funcionário público. Responderá, nesse caso, por crime de Análise do núcleo do tipo. Há duas formas para compor
extorsão (art. 158). o excesso de exação: a) exigir o pagamento de tributo ou
Concluindo, a concussão é um crime em que a vítima é contribuição sindical indevidos; b) empregar meio vexatório
constrangida a conceder uma vantagem indevida a funcionário na cobrança.
público em razão do temor de uma represália imediata ou Na primeira modalidade, o funcionário público exige
futura decorrente de exigência feita por este e relacionada tributo ou contribuição social que sabe ou deve saber
necessariamente com sua função. indevido, sem amparo válido para cobrança, seja porque seu
A vantagem exigida tem de ser indevida. Se for devida, valor já foi pago pela vítima, seja porque a quantia cobrada é
haverá crime de abuso de autoridade do art. 4º, h, da Lei n. superior à fixada em lei. A palavra “indevido” funciona como
4.898/65, em razão da ameaça feita. elemento normativo do tipo. Na outra hipótese, o tributo ou
A lei se refere a vantagem indevida: contribuição social é devido. Entretanto, o funcionário público
- Damásio E. de Jesus, Nélson Hungria e M. Noronha emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, não
entendem que deve ser vantagem patrimonial. autorizado por lei. Meio vexatório é o que desonra e humilha a
- Júlio F. Mirabete e Fernando Capez, por outro lado, dizem vítima; meio gravoso é o que acarreta maiores despesas ao
que pode ser qualquer espécie de vantagem, uma vez que a lei contribuinte.
não faz distinção. Ex.: proveitos patrimoniais, sentimentais, de Elemento subjetivo do tipo. Dolo, nas modalidades direta
vaidade, sexuais etc. e indireta. Não há elemento subjetivo do tipo, nem se pune a
O agente deve visar proveito para ele próprio ou para forma culposa.
terceira pessoa. Elemento normativo do tipo. Meio vexatório é o que
Como na concussão o funcionário público faz uma ameaça causa vergonha ou ultraje; gravoso é o meio oneroso ou
explícita ou implícita, se a vítima vier a entregar o dinheiro opressor.

Noções de Direito Penal 38


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Norma em branco. É preciso consultar os meios de Segundo, quando o funcionário público solicita e o
cobrança de tributos e contribuições, instituídos em lei particular se recusa a entregar o que foi pedido.
específica, para apurar se está havendo excesso de exação. Por outro lado, nas condutas de oferecer e prometer, que
Objetos material e jurídico. O objeto material é o tributo são as únicas descritas na corrupção ativa, a iniciativa é do
ou a contribuição social. O objeto jurídico é a administração particular.
pública (interesses material e moral). A corrupção ativa, portanto, consuma-se no momento em
Classificação: crime próprio, formal na forma exigir e que a oferta ou a promessa chegam ao funcionário público.
material na modalidade empregar na cobrança, de forma livre, Assim, se o funcionário recebe ou aceita a promessa, responde
comissivo ou omissivo impróprio, unissubjetivo, por corrupção passiva e o particular por corrupção ativa.
unissubsistente ou plurissubsistente, forma em que se admite Porém, se o funcionário público as recusa, só o particular
tentativa. responde por corrupção ativa.
Existe corrupção ativa sem corrupção passiva?
CORRUPÇÃO PASSIVA – art. 317 Sim, quando o funcionário público não recebe e não aceita
Na corrupção passiva não há ameaça, nem a oferta ou promessa de vantagem ilícita.
constrangimento. Se o funcionário pede e a pessoa coloca a É necessário que o agente ofereça ou faça uma promessa
mão dentro do bolso e entrega, não é caso de corrupção ativa, de vantagem indevida para que o funcionário público pratique,
pois não existe tipificação para entregar, só para prometer, omita ou retarde ato de ofício. Sem isso não há corrupção ativa.
oferecer. Só há corrupção passiva nesse caso. E se o agente se limita a pedir para o funcionário “dar um
Na modalidade solicitar, onde a iniciativa é do funcionário jeitinho”?
público, não há crime de corrupção ativa, e sim de corrupção Não há corrupção ativa, pois o agente não ofereceu nem
passiva. prometeu qualquer vantagem indevida.
Já, nas modalidades de receber e aceitar promessa, ocorre Nesse caso, se o funcionário público “dá o jeitinho” e não
corrupção ativa na outra ponta, pois a iniciativa foi de terceiro. pratica o ato que deveria, responde por corrupção passiva
Vantagem indevida na corrupção passiva é para que o privilegiada (art. 317, § 2º) e o particular figura como
funcionário faça alguma coisa, deixe de fazer, ou então retarde. partícipe. Se o funcionário público não dá o jeitinho, o fato é
A consumação ocorre quando houver a solicitação, o atípico.
recebimento ou a aceitação da vantagem. A consumação não O tipo exige que a vantagem seja endereçada ao
depende da prática ou da omissão de ato por parte do funcionário público.
funcionário. O recebimento da vantagem só é importante para A que tipo de vantagem se refere a lei?
a modalidade receber. a) Deve ser indevida; se for devida, não há crime.
b) Nélson Hungria acha que a vantagem deve ser
Elementos Objetivos do Tipo: patrimonial. Damásio
- Solicitar, pedir. Quem pede não constrange, não ameaça, E. de Jesus, M. Noronha, Heleno C. Fragoso e Júlio F.
simplesmente pede. A atitude de solicitar é iniciativa do Mirabete entendem que a vantagem pode ser de qualquer
funcionário público. natureza, inclusive sexual.
- Receber, entrar na posse. É preciso ao menos o indício de Se o particular oferece a vantagem para evitar que o
que a pessoa entrou na posse. funcionário público pratique contra ele algum ato ilegal, não
- Aceitar promessa, concordar com a proposta. Pode ser há crime.
por silêncio, gesto, palavra. A iniciativa é de terceiro que faz a E se um menor de idade oferece dinheiro a um policial que o
proposta. Alguém propõe e o funcionário aceita. pegou dirigindo sem habilitação e este aceita?
O policial pratica crime de corrupção passiva.
Corrupção Passiva Privilegiada – § 2º: A corrupção Conforme já mencionado, a corrupção ativa consuma-se
passiva privilegiada ocorre com pedido ou influência de quando a oferta ou a promessa chegam ao funcionário público
outrem. Corrupção privilegiada é um crime material – praticar, e independe da aceitação deste.
deixar de praticar. Se, entretanto, o funcionário público a aceitar e, em razão
da vantagem, retardar, omitir ou praticar ato infringindo dever
CORRUPÇÃO ATIVA - ART. 333 funcional, a pena da corrupção ativa será aumentada de um
De acordo com a teoria monista ou unitária, todos os que terço, nos termos do art. 333, parágrafo único, do Código Penal.
contribuírem para um crime responderão por esse mesmo Sempre que ocorrer essa hipótese, o funcionário público será
crime. Às vezes, entretanto, a lei cria exceções a essa teoria, responsabilizado pela forma exasperada descrita no art. 317,
como ocorre com a corrupção passiva e a corrupção ativa. § 1º, do Código Penal.
Assim, o funcionário público que solicita, recebe ou aceita Tentativa. A tentativa é possível apenas na forma escrita.
promessa de vantagem indevida comete a corrupção passiva, Para que exista a corrupção ativa, o sujeito, com a oferta ou
enquanto o particular que oferece ou promete essa vantagem promessa de vantagem, deve visar fazer com que o
pratica corrupção ativa. Existe, portanto, uma correlação entre funcionário:
as figuras típicas dos delitos: a) Retarde ato de ofício. Ex.: para que um delegado de
polícia demore a concluir um inquérito policial, visando a
Na modalidade “solicitar” da corrupção passiva, não existe, prescrição.
entretanto, figura correlata na corrupção ativa. Com efeito, na b) Omita ato de ofício. Ex.: para que o policial não o multe.
solicitação a iniciativa é do funcionário público, que se adianta c) Pratique ato de ofício. Ex.: para delegado de polícia
e pede alguma vantagem ao particular. Em razão disso, se o emitir Carteira de Habilitação para quem não passou no exame
particular dá, entrega o dinheiro, só existe a corrupção passiva. (nesse caso, há também crime de falsidade ideológica).
O fato é atípico quanto ao particular, pois ele não ofereceu nem Distinção. Se houver corrupção ativa em transação
mesmo prometeu, mas tão somente entregou, o que lhe foi comercial internacional, estará configurado o crime do art.
solicitado. Como tal conduta não está prevista em lei, o fato é 337-B do Código Penal. A corrupção para obter voto em eleição
atípico. constitui crime do art. 299 do Código Eleitoral (Lei n.
Existe corrupção passiva sem corrupção ativa? 4.737/65). Por fim, a corrupção ativa de testemunhas, peritos,
Sim, em duas hipóteses. Primeiro, no caso já mencionado tradutores ou intérpretes, não oficiais, constitui o crime do art.
acima. 343 do Código Penal.

Noções de Direito Penal 39


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

PREVARICAÇÃO – art. 319 documento solicitado por um inimigo. O sentimento, aqui, é do


Objeto jurídico. Proteger o prestígio da Administração agente, mas o benefício pode ser de terceiro.
Pública O atraso no serviço por desleixo ou preguiça não constitui
Sujeitos. crime. Se fica caracterizado, todavia, que o agente, por
a) Ativo. Funcionário público no exercício da função preguiça, rotineiramente deixa de praticar ato de ofício,
b) Passivo. O Estado responde pelo crime. Ex.: delegado que nunca instaura
Análise do núcleo do tipo. "Retardar ou deixar de inquérito policial para apurar crime de furto, por considerá-lo
praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra pouco grave.
disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou 3) A prevaricação não se confunde com a corrupção
sentimento pessoal". passiva privilegiada. Nesta, o agente atende a pedido ou
O tipo penal tem seu núcleo composto por 3 verbos: influência de outrem.
retardar, deixar de praticar, praticar. Na prevaricação não há tal pedido ou influência. O agente
Classificação. Crime próprio - somente pode ser praticado visa satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
por funcionário público, se retirada a qualidade o fato torna-se Se um fiscal flagra um desconhecido cometendo
atípico - formal - comissivo - instantâneo - unissubjetivo - irregularidade e deixa de multá-lo em razão de insistentes
plurissubsistente - de ação múltipla - de conteúdo variado ou pedidos deste, há corrupção passiva privilegiada; mas se o
alternativo. fiscal deixa de multar a pessoa porque percebe que se trata de
Elemento subjetivo do tipo. É o dolo, ou seja, a vontade um antigo amigo, comete prevaricação.
específica de prevaricar. O interesse pessoal está ligado ao 4) O tipo exige que a conduta do funcionário público seja
sentimental. indevida apenas nas duas primeiras modalidades (retardar e
Consumação. O crime se consuma com a omissão, deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício). Na última
retardamento ou realização do ato. hipótese prevista no tipo (praticar ato de ofício), a conduta
Tentativa. Não é possível nas formas omissivas (omitir ou deve ser “contra expressa previsão legal”. Temos, neste último
retardar), pois ou o crime está consumado ou o fato é atípico. caso, uma norma penal em branco, pois sua aplicação depende
Na forma comissiva, a tentativa é possível. da existência de outra lei.
Figura equiparada. A Lei n. 11.466, de 28 de março de
2007, criou nova figura ilícita no art. 319-A do Código Penal, Dispositivos do Código Penal pertinentes ao tema:
estabelecendo que a mesma pena prevista para o crime de
prevaricação será aplicada ao diretor de penitenciária e/ou TÍTULO XI
agente público que deixar de cumprir seu dever de vedar ao DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que CAPÍTULO I
permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO
externo. O legislador entendeu necessária a criação desse tipo CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL
penal em face da constatação de que presos têm tido fácil
acesso a telefones celulares ou aparelhos similares, e que os Peculato
agentes penitenciários não vêm dando o combate adequado a Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro,
esse tipo de comportamento. Assim, a Lei n. 11.466/2007, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de
além de criar essa figura capaz de punir o agente penitenciário que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito
que se omita em face da conduta do preso, estipulou também próprio ou alheio:
que este, ao fazer uso do aparelho, incorre em falta grave — Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
que tem sérias consequências na execução criminal (art. 50, § 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público,
VII, da Lei de Execuções Penais, com a redação dada pela Lei n. embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai,
11.466/2007). Com essas providências pretende o legislador ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou
evitar que presos comandem suas quadrilhas do interior de alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade
penitenciárias e que deixem de cometer crimes com tais de funcionário.
aparelhos, pois é notório que enorme número de delitos de Peculato culposo
extorsão vêm sendo cometidos por pessoas presas, por meio § 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime
de telefonemas. de outrem:
Diferença entre a prevaricação comum e a militar. A Pena - detenção, de três meses a um ano.
prevaricação comum está prevista no art. 319 do CP e é punida § 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano,
com pena de detenção de 3 meses a 1 ano mais multa, sendo se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se
aplicada a normatização prevista na lei 9.099/95. A lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.
prevaricação militar está prevista no art. 319 do CPM e é
punida com pena de 6 meses a 2 anos. Verifica-se então que a Peculato mediante erro de outrem
diferença principal entre as duas tipificações do delito está na Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade
pena aplicada. que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Principais aspectos.
1) Na corrupção passiva, o funcionário público negocia Concussão
seus atos, visando uma vantagem indevida. Na prevaricação Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou
isso não ocorre. Aqui, o funcionário público viola sua função indiretamente, ainda que fora da função, ou antes, de assumi-la,
para atender a objetivos pessoais. mas em razão dela, vantagem indevida:
2) O agente deve atuar para satisfazer: Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
a) interesse patrimonial (desde que não haja recebimento
de vantagem indevida, hipótese em que haveria corrupção Excesso de exação
passiva) ou moral; § 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social
b) sentimento pessoal, que diz respeito à afetividade do que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega
agente em relação a pessoas ou fatos. Ex.: Permitir que amigos na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:
pesquem em local público proibido. Demorar para expedir Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.

Noções de Direito Penal 40


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

§ 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de (C) aceita.


outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres (D) oferecida.
públicos: (E) recebida.
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
03. (TJ/RO - Oficial de Justiça - FGV) Gustavo,
Corrupção passiva funcionário público que atua junto à Secretaria de Finanças de
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta determinado Município, quando estava em seu trabalho,
ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi- recebe uma ligação de sua esposa dizendo que o filho do casal
la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa acabara de nascer. Eufórico, deixa a repartição pública e
de tal vantagem: esquece o cofre com dinheiro público aberto. Breno, também
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. funcionário público daquela repartição, valendo-se do
1º - A pena é aumentada de um terço, se, em consequência esquecimento de Gustavo, pratica um crime de peculato.
da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de Considerando a situação narrada, é correto afirmar que
praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever Gustavo:
funcional. (A) responderá pelo crime de peculato culposo, sendo que
§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda a reparação do dano antes da sentença irrecorrível gera
ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido extinção da punibilidade;
ou influência de outrem: (B) não poderá ser responsabilizado por sua conduta, pois
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. o Código Penal não prevê a figura do peculato culposo;
(C) responderá pelo crime de peculato culposo, sendo que
Prevaricação a reparação do dano, desde que anterior ao oferecimento da
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato denúncia, gerará a extinção da punibilidade;
de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para (D) responderá pelo crime de peculato-furto em concurso
satisfazer interesse ou sentimento pessoal: de agentes com Breno;
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. (E) responderá por peculato culposo, sendo que a
reparação do dano, desde que anterior ao recebimento da
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente denúncia, gerará extinção da punibilidade.
público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a
aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a 04. (Prefeitura de Taubaté/SP – Escriturário -
comunicação com outros presos ou com o ambiente externo: PUBLICONSULT) Se um servidor, ao final do expediente, leva
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. para casa clips, canetas, borrachas, folhas de papel, por
exemplo, ainda que em pequena quantidade, fere o patrimônio
público, cometendo um ato ilícito, que é um crime previsto no
CAPÍTULO II Código Penal brasileiro, caracterizado pela apropriação, por
DOS CRIMES PRATICADOS POR parte do servidor público, de valores ou qualquer outro bem
PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL móvel ou de consumo em proveito próprio ou de outrem.
(...) Trata-se do(a):
Corrupção ativa (A) Concussão
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a (B) Improbidade administrativa
funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou (C) Peculato
retardar ato de ofício: (D) Prevaricação
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em 05. (TRF/2ª- Analista Judiciário – FCC) Tício,
razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite funcionário público federal, em fiscalização de rotina,
ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional. constatou que Paulus, proprietário de uma mercearia, estava
devendo tributos ao Fisco. Em vista disso, concedeu-lhe o
Questões prazo de quarenta e oito horas para efetivar o pagamento e
mandou colocar uma faixa na porta do estabelecimento,
01. (Prefeitura de Rosana/SP - Procurador do dizendo: “Este comerciante deve ao Fisco e deverá pagar o
Município - VUNESP/2016) Assinale a alternativa correta tributo devido em quarenta e oito horas”. A conduta de Tício
sobre o crime de peculato, tipificado no artigo 312 e caracterizou o crime de
parágrafos do Código Penal. (A) prevaricação.
(A) É crime próprio e não admite o concurso de pessoas. (B) calúnia.
(B) No peculato culposo a reparação do dano, se precede à (C) concussão.
sentença irrecorrível, reduz de metade a pena imposta. (D) corrupção passiva.
(C) Admite o concurso de pessoas desde que a qualidade (E) excesso de exação.
de funcionário público, elementar do tipo, seja de
conhecimento do particular coautor ou partícipe. Respostas
(D) Para a caracterização do peculato-furto, afigura-se
necessário que o funcionário público tenha a posse do 01. Resposta: C
dinheiro, valor ou bem que subtrai ou que concorre para que 02. Resposta: A
seja subtraído, em proveito próprio ou alheio. 03. Resposta: A
(E) No peculato doloso a reparação do dano, se precede à 04. Resposta: C
sentença irrecorrível, extingue a punibilidade. 05. Resposta: E

02. (SEGEP/MA - Auditor Fiscal da Receita Estadual -


FCC/2016) A vantagem indevida obtida pelo funcionário
público só caracteriza o crime de concussão quando for
(A) exigida.
(B) solicitada.

Noções de Direito Penal 41


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Anotações

Noções de Direito Penal 42


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL
PENAL

Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Então, afinal, para que servem os elementos de


informação? Se não servem como único meio para
fundamentar um decreto condenatório, esses elementos têm
como suas finalidades precípuas a tomada de decisões quanto
às prisões processuais, bem como medidas cautelares diversas
da prisão; e também são decisivos para auxiliar na formação
da convicção do titular da ação penal (a chamada “opinio
delicti”).

Inquérito Policial. Presidência do inquérito policial


Será da autoridade policial de onde se deu a consumação
do delito, no exercício de funções de polícia judiciária.
O inquérito policial é um procedimento administrativo
investigatório, de caráter inquisitório e preparatório, Competência para investigar
consistente em um conjunto de diligências realizadas pela A competência para investigar depende da justiça
polícia investigativa para apuração da infração penal e de sua competente para julgar o crime.
autoria, presidido pela autoridade policial, a fim de que o Assim, se o crime é de competência da Justiça Militar da
titular da ação penal possa ingressar em juízo. União, em regra será instaurado um inquérito policial militar
(IPM), o qual será presidido por um encarregado, que é um
A mesma definição pode ser dada para o termo Oficial das Forças Armadas.
circunstanciado (ou “TC”, como é usualmente conhecido), que Se o crime é da competência da Justiça Militar Estadual,
são instaurados em caso de infrações penais de menor também será instaurado um inquérito policial militar (IPM), o
potencial ofensivo, a saber, as contravenções penais e os qual será presidido por um encarregado, que é um Oficial da
crimes com pena máxima não superior a dois anos, cumulada Polícia Militar ou dos Bombeiros.
ou não com multa, submetidos ou não a procedimento Se o crime é da competência da Justiça Federal, a
especial. competência para investigar será da Polícia Federal.
Se o crime é da competência da Justiça Eleitoral, também
Natureza Jurídica será investigado pela Polícia Federal, já que a Justiça Eleitoral
A natureza jurídica do inquérito policial, como já dito no é uma Justiça da União (embora o Tribunal Superior Eleitoral
item anterior, é de “procedimento administrativo entenda que, nas localidades em que não haja Polícia Federal,
investigatório”. E, se é administrativo o procedimento, a Polícia Civil estará autorizada a investigar).
significa que não incidem sobre ele as nulidades previstas no Se o crime é da competência da Justiça Estadual,
Código de Processo Penal para o processo, nem os princípios usualmente a investigação é feita pela Polícia Civil dos Estados,
do contraditório e da ampla defesa. mas isso não obsta que a Polícia Federal também possa
Desta maneira, eventuais vícios existentes no inquérito investigar, caso o delito tenha grande repercussão nacional ou
policial não afetam a ação penal a que der origem, salvo na envolva mais de um Estado. Disso infere-se, pois, que as
hipótese de provas obtidas por meios ilícitos, bem como atribuições da Polícia Federal são mais amplas que a
aquelas provas que, excepcionalmente na fase do inquérito, já competência da Justiça Federal.
foram produzidas com observância do contraditório e da
ampla defesa, como uma produção antecipada de provas, por Características do inquérito policial
exemplo. A) Peça escrita. Segundo o art. 9º, do Código de Processo
Penal, todas as peças do inquérito policial serão, num só
Finalidade processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso,
Visa o inquérito policial à apuração do crime e sua autoria, rubricadas pela autoridade policial. Vale lembrar, contudo,
e à colheita de elementos de informação do delito no que tange que o fato de ser peça escrita não obsta que sejam os atos
a sua materialidade e seu autor. produzidos durante tal fase sejam gravados por meio de
recurso de áudio e/ou vídeo;
Diferenças entre elementos informativos e prova. B) Peça dispensável. Caso o titular da ação penal obtenha
Os elementos informativos são aqueles colhidos na fase elementos de informação a partir de uma fonte autônoma
investigatória, nos quais não será obrigatório o contraditório (Exemplo: a representação já contém todos os dados
e a ampla defesa. Ademais, não há obrigação de participação essenciais ao oferecimento da denúncia), poderá dispensar a
dialética das partes. realização do inquérito policial;
Já a prova, em regra, é produzida na fase judicial, com C) Peça sigilosa. De acordo com o art. 20, caput, CPP, a
exceção das provas cautelares, que necessitem ser produzidas autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à
antecipadamente. E, por ser produzida na fase judicial, elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.
obrigatoriamente a prova deve ser produzida com a Mas, esse sigilo não absoluto, pois, em verdade, tem acesso
participação das partes, graças à necessidade de observância aos autos do inquérito o juiz, o promotor de justiça, e a
do contraditório e da ampla defesa. autoridade policial, e, ainda, de acordo com o art. 5º, LXIII, CF,
com o art. 7º, XIV, da Lei nº 8.906/94 (“Estatuto da Ordem dos
Mas é possível utilizar elementos de informação como Advogados do Brasil”), e com a Súmula Vinculante nº 14, o
fundamento numa sentença condenatória? Pode, desde que os advogado tem acesso aos atos já documentados nos autos,
elementos de informação não sejam a essência única para a independentemente de procuração, para assegurar direito de
condenação. Eis o teor do art. 155, do Código de Processo assistência do preso e investigado.
Penal, com redação dada pela Lei nº 11.690/08. Desta forma, veja-se, o acesso do advogado não é amplo e
Assim, o juiz pode utilizá-los acessoriamente, em conjunto irrestrito. Seu acesso é apenas às informações já introduzidas
com o universo probatório produzido à luz do contraditório e nos autos, mas não em relação às diligências em andamento.
da ampla defesa que indiquem a mesma trilha do que os Caso o delegado não permita o acesso do advogado aos
elementos de informação outrora disseram. atos já documentados, é cabível Reclamação ao STF para ter
acesso às informações (por desrespeito a teor de Súmula
Vinculante), habeas corpus em nome de seu cliente, ou o meio

Noções de Direito Processual Penal 1


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

mais rápido que é o mandado de segurança em nome do C) Se o crime a ser averiguado for de ação penal pública
próprio advogado, já que a prerrogativa violada de ter acesso incondicionada. Neste caso, o inquérito pode começar de ofício
aos autos é dele. (quando a autoridade policial, em suas atividades, tomou
Por fim, ainda dentro desta característica da sigilosidade, conhecimento dos fatos. Neste caso, o procedimento inicia-se
há se chamar atenção para o parágrafo único, do art. 20, CPP, por portaria); por requisição do juiz ou do Ministério Público
com nova redação dada pela Lei nº 12.681/2012, segundo o (parte da doutrina entende que o ideal é que o juiz não
qual, nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, requisite para se manter imparcial e manter a essência do
a autoridade policial não poderá mencionar quaisquer sistema acusatório. Neste caso, a peça inaugural é a própria
anotações referentes à instauração de inquérito contra os requisição); por requerimento da vítima (neste caso, o delegado
requerentes. deve verificar as procedências das informações, e, em caso de
Isso atende a um anseio antigo de parcela considerável da indeferimento ao requerimento, cabe recurso inominado
doutrina, no sentido de que o inquérito, justamente por sua dirigido ao Chefe de Polícia. Caso entenda pela instauração de
característica da pré-judicialidade, não deve ser sequer inquérito, o ato inaugural do procedimento é a portaria); por
mencionado nos atestados de antecedentes. Já para outro “delatio criminis” (trata-se de notícia oferecida por qualquer
entendimento, agora contra a lei, tal medida representa do povo ou pela imprensa, de modo que esta não pode ser
criticável óbice a que se descubra mais sobre um cidadão em “anônima” (ou inqualificada). Neste caso, a peça inaugural do
situações como a investigação de vida pregressa anterior a um procedimento é a portaria. Ademais, vale lembrar que, para o
contrato de trabalho, por exemplo. STF, a denúncia anônima, por si só, não serve para
D) Peça inquisitorial. No inquérito não há contraditório fundamentar a instauração de inquérito policial, mas a partir
nem ampla defesa. Por tal motivo não é autorizado ao juiz, dela o delegado deve realizar diligências preliminares para
quando da sentença, a se fundar exclusivamente nos apurar a procedência das informações antes da devida
elementos de informação colhidos durante tal fase instauração do inquérito); por auto de prisão em flagrante
administrativa para embasar seu decreto (art. 155, caput, (neste caso, a peça inaugural do inquérito é o próprio auto de
CPP). Ademais, graças a esta característica, não há uma prisão em flagrante).
sequência pré-ordenada obrigatória de atos a ocorrer na fase
do inquérito, tal como ocorre no momento processual, Importância em saber a forma de instauração do
devendo estes ser realizados de acordo com as necessidades inquérito policial
que forem surgindo. A importância interessa para fins de análise de cabimento
de habeas corpus, mandado de segurança, e definição de
Observação: Com a recente alteração sofrida no art. 7º, autoridade coatora. Se for um procedimento instaurado por
do Estatuto da OAB pela Lei n. 13.245/16, foi resguardado portaria, por exemplo, significa que a autoridade coatora é o
ao advogado o exercício do direito de defesa nas delegado de polícia, logo o habeas corpus é endereçado ao juiz
investigações preliminares (sejam as conduzidas por de primeira instância. Agora, se for um procedimento
Delegados de Polícia ou pelo Ministério Público). O novo instaurado a partir da requisição do promotor de justiça, por
diploma legal não torna obrigatória a presença do exemplo, este é a autoridade coatora, logo, para uma primeira
advogado na Investigação Preliminar, contudo, reforça o corrente (minoritária), o habeas corpus é endereçado ao juiz
direito dos advogados acessarem os autos da investigação de primeira instância, ou, para uma corrente majoritária, o
e, também, de acompanharem todas as oitivas na fase habeas corpus deve ser encaminhado ao respectivo Tribunal,
investigativa, sob pena de nulidade absoluta. Vale dizer, pois o promotor de justiça tem foro por prerrogativa de
caso o advogado postule à autoridade investigante por função.
“assistir” o seu cliente investigado durante a apuração de
infrações e haja indeferimento do aludido pleito, haverá “Notitia criminis”
nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou É o conhecimento, pela autoridade policial, acerca de um
depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos fato delituoso que tenha sido praticado. São as seguintes suas
investigatórios e probatórios dele decorrentes ou espécies:
derivados, direta ou indiretamente. A) “Notitia criminis” de cognição imediata. Nesta, a
autoridade policial toma conhecimento do fato por meio de
suas atividades corriqueiras (exemplo: durante uma
E) Peça Discricionária. A autoridade policial possui investigação qualquer descobre uma ossada humana
liberdade para realizar aquelas diligências investigativas que enterrada no quintal de uma casa);
ela julga mais adequadas para aquele caso. B) “Notitia criminis” de cognição mediata. Nesta, a
F) Peça oficiosa. Pode ser instaurada de oficio. autoridade policial toma conhecimento do fato por meio de um
G) Peça indisponível. Uma vez instaurado o inquérito expediente escrito (exemplo: requisição do Ministério Público;
policial ele se torna indisponível. O delegado não pode requerimento da vítima);
arquivar o inquérito policial (art. 17, CPP). Quem vai fazer isso C) “Notitia criminis” de cognição coercitiva. Nesta, a
é a autoridade judicial, mediante requerimento do promotor autoridade policial toma conhecimento do fato delituoso por
de justiça. intermédio do auto de prisão em flagrante.
Formas de instauração do inquérito policial Alguns atos praticados durante o inquérito policial
Tudo dependerá da espécie de ação penal correspondente De acordo com os arts. 6º, 7º, e 13, do Código de Processo
ao crime perpetrado. Vejamos: Penal, são algumas das providências a serem tomadas pela
A) Se o crime a ser averiguado for de ação penal privada ou autoridade policial durante a fase do inquérito policial:
condicionada à representação. O inquérito começa por A) Dirigir-se ao local dos fatos, providenciando para que
representação da vítima ou de seu representante legal; não se alterem o estado e a conservação das coisas, até a
chegada dos peritos criminais (art. 6º, I);
B) Se o crime a ser averiguado for de ação penal pública B) Apreender os objetos que tiverem relação com o fato,
condicionada à requisição do Ministro da Justiça. Neste caso, o após liberados pelos peritos criminais (art. 6º, II);
ato inaugural do inquérito é a própria requisição do Ministro C) Colher todas as provas que servirem para o
da Justiça; esclarecimento do fato e suas circunstâncias (art. 6º, III);
D) Ouvir o ofendido (art. 6º, IV);

Noções de Direito Processual Penal 2


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

E) Ouvir o indiciado com observância, no que for aplicável, A) Quando o documento apresentar rasura ou tiver
do disposto no Capítulo III, do Título Vll, do Livro I, CPP (“Do indícios de falsificação (inciso I);
Processo em Geral”), devendo o respectivo termo ser assinado B) Quando o documento apresentado for insuficiente para
por duas testemunhas que tenham ouvido a leitura deste (art. identificar o indivíduo de maneira cabal (inciso II);
6º, V); C) Quando o indiciado portar documentos de identidade
F) Proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a distintos, com informações conflitantes entre si (inciso III);
acareações (art. 6º, VI); D) Quando a identificação criminal for essencial para as
G) Determinar, se for caso, que se proceda a exame de investigações policiais conforme decidido por despacho da
corpo de delito e a quaisquer outras perícias (art. 6º, VII); autoridade judiciária competente, de ofício ou mediante
H) Ordenar a identificação do indiciado pelo processo representação da autoridade policial/promotor de
datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de justiça/defesa (inciso IV). Nesta hipótese, de acordo com o
antecedentes (art. 6º, VIII); parágrafo único, do art. 5º da atual lei (acrescido pela Lei nº
I) Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de 12.654/2012), a identificação criminal poderá incluir a coleta
vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua de material biológico para a obtenção do perfil genético;
atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante E) Quando constar de registros policiais o uso de outros
ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a nomes ou diferentes qualificações (inciso V);
apreciação do seu temperamento e caráter (art. 6º, IX); F) Quando o estado de conservação ou a distância
J) colher informações sobre a existência de filhos, temporal ou da localidade da expedição do documento
respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome apresentado impossibilitar a completa identificação dos
e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, caracteres essenciais (inciso VI).
indicado pela pessoa presa (art. 6º, X); Por fim, atualmente, os dados relacionados à coleta do
K) Proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que perfil genético deverão ser armazenados em banco de dados
esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública (art. 7º); de perfis genéticos, gerenciado por unidade oficial de perícia
L) Fornecer às autoridades judiciárias as informações criminal (art. 5º-A, acrescido pela Lei nº 12.654/2012). Tais
necessárias à instrução e julgamento dos processos (art. 13, I); bancos de dados devem ter caráter sigiloso, respondendo civil,
M) Realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo penal e administrativamente aquele que permitir ou promover
Ministério Público (art. 13, II); sua utilização para fins diversos do previsto na lei ou em
N) Cumprir os mandados de prisão expedidos pelas decisão judicial.
autoridades judiciárias (art. 13, III);
O) Representar acerca da prisão preventiva (art. 13, IV) Indiciamento
bem como de outras medidas cautelares diversas da prisão “Indiciar” é atribuir a alguém a prática de uma infração
(construção doutrinária recente). penal. Trata-se de ato privativo do delegado policial.
O indiciamento pode ser direto, quando feito na presença
Vale lembrar que este rol de atos não é exaustivo. Como do investigado, ou indireto, quando este está ausente.
decorrência do caráter inquisitorial do inquérito policial visto E o art. 15, da Lei Processual Penal? Não mais se aplica o
anteriormente, nada impede que, desde que não-contrária à art. 15, CPP, segundo o qual lhe deveria ser nomeado curador
moral, aos bons costumes, à ordem pública, e à dignidade da pela autoridade policial. Isto porque, antes do atual Código
pessoa humana, outra infindável gama de atos possa ser Civil, os indivíduos entre dezoito e vinte e um anos eram
praticada. reputados relativamente incapazes, razão pela qual deveriam
ser assistidos por curador caso praticassem infração. Com o
Identificação criminal Código Civil atual, tanto a maioridade civil como a penal se
Envolve a identificação fotográfica e a identificação iniciam aos dezoito anos.
datiloscópica. Antes da atual Constituição Federal, a É possível o “desindiciamento”? Sim. Consiste na retirada
identificação criminal era obrigatória (a Súmula nº 568, STF, da condição de indiciado do agente, por se entender, durante
anterior a 1988, inclusive, dizia isso), o que foi modificado na o transcurso das investigações, que este não tem qualquer
atual Lei Fundamental pelo art. 5º, LVIII, segundo o qual o relação com o fato apurado. O desindiciamento pode ocorrer
civilmente identificado não será submetido à identificação tanto de forma facultativa, pela autoridade policial, quanto
criminal, “salvo nas hipóteses previstas em lei”. mediante o uso de habeas corpus, impetrado com o objetivo de
A primeira Lei a tratar do assunto foi a de nº 8.069/90 trancar o inquérito policial em relação a algum agente alvo do
(“Estatuto da Criança e do Adolescente”), em seu art. 109, procedimento administrativo investigatório.
segundo o qual a identificação criminal somente será cabível
quando houver fundada dúvida quanto à identidade do menor. Incomunicabilidade do indiciado preso
Depois, em 1995, a Lei nº 9.034 (“Lei das Organizações De acordo com o art. 21, do Código de Processo Penal, seria
Criminosas”) dispôs em seu art. 5º que a identificação criminal possível manter o indiciado preso pelo prazo de três dias,
de pessoas envolvidas com a ação praticada por organizações quando conveniente à investigação ou quando houvesse
criminosas será realizada independentemente de identificação interesse da sociedade
civil. O entendimento prevalente, contudo, é o de que, por ser o
Posteriormente, a Lei nº 10.054/00 veio especialmente Código de Processo Penal da década de 1940, não foi o mesmo
para tratar do assunto, e, em seu art. 3º, trouxe um rol taxativo recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Logo,
de delitos em que a identificação criminal deveria ser feita prevalece de forma maciça, atualmente, que este art. 21, CPP
obrigatoriamente, sem mencionar, contudo, os crimes está tacitamente revogado.
praticados por organizações criminosas, o que levou parcela
da doutrina e da jurisprudência a considerar o art. 5º, da Lei nº Prazo para conclusão do inquérito policial
9.034/90 parcialmente revogado. De acordo com o Código de Processo Penal, em se tratando
Como último ato, a Lei nº 10.054/00 foi revogada pela Lei de indiciado preso, o prazo é de dez dias improrrogáveis para
nº 12.037/09, que também trata especificamente apenas conclusão. Já em se tratando de indiciado solto, tem-se trinta
sobre o tema “identificação criminal”. Esta lei não traz mais um dias para conclusão, admitida prorrogações a fim de se realizar
rol taxativo de delitos nos quais a identificação será ulteriores e necessárias diligências.
obrigatória, mas sim um art. 3º com situações em que ela será Convém lembrar que, na Justiça Federal, o prazo é de
possível: quinze dias para acusado preso, admitida duplicação deste

Noções de Direito Processual Penal 3


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

prazo (art. 66, da Lei nº 5.010/66). Já para acusado solto, o de ação penal privada, o juiz pode promover o arquivamento
prazo será de trinta dias admitidas prorrogações, seguindo-se caso assim requeira o ofendido.
a regra geral.
Também, na Lei nº 11.343/06 (“Lei de Drogas”), o prazo é Trancamento do inquérito policial
de trinta dias para acusado preso, e de noventa dias para Trata-se de medida de natureza excepcional, somente
acusado solto. Em ambos os casos pode haver duplicação de sendo possível nas hipóteses de atipicidade da conduta, de
prazo. causa extintiva da punibilidade, e de ausência de elementos
Por fim, na Lei nº 1.551/51 (“Lei dos Crimes contra a indiciários relativos à autoria e materialidade. Ou seja, é
Economia Popular”), o prazo, esteja o acusado solto ou preso, cabível quando a investigação é absolutamente infundada,
será sempre de dez dias. abusiva, não indica o menor indício de prova da autoria ou da
E como se dá a contagem de tal prazo? Trata-se de prazo materialidade. Aqui a situação é de paralisação do inquérito
processual, isto é, exclui-se o dia do começo e inclui-se o dia do policial, determinada através de acórdão proferido no
vencimento, tal como disposto no art. 798, §1º, do Código de julgamento de habeas corpus que impede o prosseguimento
Processo Penal. do IP.

Conclusão do inquérito policial Investigação pelo Ministério Público


De acordo com o art. 10, §1º, CPP, o inquérito policial é Apesar do atual grau de pacificação acerca do tema, no
concluído com a confecção de um relatório pela autoridade sentido de que o Ministério Público pode, sim, investigar - o que
policial, no qual se deve relatar, minuciosamente, e em caráter se confirmou com a rejeição da Proposta de Emenda à
essencialmente descritivo, o resultado das investigações. Em Constituição nº 37/2011, que acrescia um décimo parágrafo
seguida, deve o mesmo ser enviado à autoridade judicial. ao art. 144 da Constituição Federal no sentido de que a
Não deve a autoridade policial fazer juízo de valor no apuração de infrações penais caberia apenas aos órgãos
relatório, em regra, com exceção da Lei nº 11.343/06 (“Lei de policiais -, há se disponibilizar argumentos favoráveis e
Drogas”), em cujo art. 52 se exige da autoridade policial juízo contrários a tal prática:
de valor quanto à tipificação do ilícito de tráfico ou de porte de A) Argumentos favoráveis. Um argumento favorável à
drogas. possibilidade de investigar atribuída ao Ministério Público é a
Por fim, convém lembrar que o relatório é peça dispensável, chamada “Teoria dos Poderes Implícitos”, oriunda da Suprema
logo, a sua falta não tornará inquérito inválido. Corte Norte-americana, segundo a qual “quem pode o mais,
pode o menos”, isto é, se ao Ministério Público compete o
Recebimento do inquérito policial pelo órgão do oferecimento da ação penal (que é o “mais”), também a ele
Ministério Público compete buscar os indícios de autoria e materialidade para
Recebido o inquérito policial, tem o agente do Ministério essa oferta de denúncia pela via do inquérito policial (que é o
Público as seguintes opções: “menos”). Ademais, o procedimento investigatório utilizado
A) Oferecimento de denúncia. Ora, se o promotor de justiça pela autoridade policial seria o mesmo, apenas tendo uma
é o titular da ação penal, a ele compete se utilizar dos autoridade presidente diferente, no caso, o agente ministerial.
elementos colhidos durante a fase persecutória para dar o Por fim, como último argumento, tem-se que a bem do direito
disparo inicial desta ação por intermédio da denúncia; estatal de perseguir o crime, atribuir funções investigatórias
B) Requerimento de diligências. Somente quando forem ao Ministério Público é mais uma arma na busca deste intento;
indispensáveis; B) Argumentos desfavoráveis. Como primeiro argumento
C) Promoção de arquivamento. Se entender que o desfavorável à possibilidade investigatória do Ministério
investigado não constitui qualquer infração penal, ou, ainda Público, tem-se que tal função atenta contra o sistema
que constitua, encontra óbice nas máximas sociais que acusatório. Ademais, fala-se em desequilíbrio entre acusação e
impedem que o processo se desenvolva por atenção ao defesa, já que terá o membro do MP todo o aparato estatal para
“Princípio da Insignificância”, por exemplo, o agente conseguir a condenação de um acusado, restando a este, em
ministerial pode solicitar o arquivamento do inquérito à contrapartida, apenas a defesa por seu advogado caso não
autoridade judicial; tenha condições financeiras de conduzir uma investigação
D) Oferecer arguição de incompetência. Se não for de sua particular. Também, fala-se que o Ministério Público já tem
competência, o membro do MP suscita a questão, para que a poder de requisitar diligências e instauração de inquérito
autoridade judicial remeta os autos à justiça competente; policial, de maneira que a atribuição para presidi-lo seria
E) Suscitar conflito de competência ou de atribuições. “querer demais”. Por fim, alega-se que as funções
Conforme o art. 114, do Código de Processo Penal, o “conflito investigativas são uma exclusividade da polícia judiciária, e
de competência” é aquele que se estabelece entre dois ou mais que não há previsão legal nem instrumentos para realização
órgãos jurisdicionais. Já o “conflito de atribuições” é aquele que da investigação Ministério Público.
se estabelece entre órgãos do Ministério Público.
Controle externo da atividade policial
Arquivamento do inquérito policial O controle externo da atividade policial é aquele realizado
No arquivamento, uma vez esgotadas todas as diligências pelo Ministério Público no exercício de sua atividade
cabíveis, percebendo o órgão do Ministério Público que não há fiscalizatória em prol da sociedade (art. 127 e 129, II, da
indícios suficientes de autoria e/ou prova da materialidade Constituição Federal de 1988) e em virtude de mandamento
delitiva, ou, em outras palavras, em sendo caso de futura constitucional expresso (art. 129, VII, da Constituição Federal
rejeição da denúncia (art. 395 do CPP) ou de absolvição de 1988).
sumária (397 do CPP), deverá ser formulado ao juiz pedido de
arquivamento do inquérito policial. Quem determina o Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente,
arquivamento é o juiz por meio de despacho. O arquivamento essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a
transmite uma ideia de “encerramento” do IP. Assim, quem defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos
determina o arquivamento do inquérito é a autoridade interesses sociais e individuais indisponíveis.
judicial, após solicitação efetuada pelo membro do Ministério
Público. Disso infere-se que, nem a autoridade policial, nem o Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
membro do Ministério Público, nem a autoridade judicial, (...)
podem promover o arquivamento de ofício. Ademais, em caso

Noções de Direito Processual Penal 4


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais
serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta e da sua autoria.
Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua Parágrafo único. A competência definida neste artigo
garantia; não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei
(...) seja cometida a mesma função.
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na
forma da lei complementar mencionada no artigo anterior. Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial
será iniciado:
I - de ofício;
Como visto a legislação brasileira não definiu exatamente II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do
o conceito do controle externo da atividade policial, então, Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de
recorreremos à doutrina para tentar conceituá-lo. O douto quem tiver qualidade para representá-lo.
professor Hugo Nigro Mazzilli nos ensina que esse controle § 1º O requerimento a que se refere o no II conterá sempre
externo: “é um sistema de vigilância e verificação que possível:
administrativa, teleologicamente dirigido à melhor coleta de a) a narração do fato, com todas as circunstâncias;
elementos de convicção que se destinam a formar a “opinio b) a individualização do indiciado ou seus sinais
delictis” do Promotor de Justiça, fim último do próprio característicos e as razões de convicção ou de presunção de
inquérito policial”. ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade
de o fazer;
O controle externo da atividade policial pelo Ministério c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua
Público tem como objetivo manter a regularidade e a profissão e residência.
adequação dos procedimentos empregados na execução da § 2º Do despacho que indeferir o requerimento de
atividade policial, bem como a integração das funções do abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia.
Ministério Público e das Polícias voltadas para a persecução § 3º Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da
penal e o interesse público existência de infração penal em que caiba ação pública
O controle externo se assenta em dois pilares: poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à
- verificar a eficiência da atividade policial, zelando para autoridade policial, e esta, verificada a procedência das
que sejam fornecidos elementos suficientes ao Ministério informações, mandará instaurar inquérito.
Público para o oferecimento da denúncia ou arquivamento do § 4º O inquérito, nos crimes em que a ação pública
caso; depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado.
- corrigir eventuais desvios e abusos da atividade policial, § 5º Nos crimes de ação privada, a autoridade policial
garantido-se o respeito aos direitos e garantias dos cidadãos. somente poderá proceder a inquérito a requerimento de
quem tenha qualidade para intentá-la.
Estão sujeitos ao controle externo do Ministério Público,
na forma do art. 129, VII, da Constituição Federal, e da Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da
legislação em vigor, os organismos policiais relacionados no infração penal, a autoridade policial deverá:
art. 144 da Constituição Federal, bem como as polícias I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se
legislativas ou qualquer outro órgão ou instituição, civil ou alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos
militar, relacionada com a segurança e a persecução criminal. peritos criminais;
O controle externo da atividade policial se apresenta sob II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato,
as espécies difusa e concentrada. após liberados pelos peritos criminais;
O controle difuso é exercido por todos os membros do III - colher todas as provas que servirem para o
Ministério Público com atribuição criminal, através do esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
acompanhamento e fiscalização do inquérito e outros IV - ouvir o ofendido;
procedimentos de investigação policial. O controle V - ouvir o indiciado, com observância, no que for
concentrado, por sua vez, é exercido pelos grupos de membros aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro,
com atribuições específicas, que devem também realizar devendo o respectivo termo ser assinado por duas
inspeções periódicas nas unidades de polícia. testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
No âmbito do Ministério Público Federal (MPF), o controle VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a
concentrado é exercido em cada Unidade da Federação, por acareações;
um Grupo de Procuradores da República (GCEAP), designado VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de
pelo prazo de dois anos por ato do Procurador-Geral da corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
República (conforme art. 5º da Res. CSMPF Nº 88, de 03 de VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo
agosto de 2006). A coordenação nacional da atuação criminal datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha
e do controle externo incumbe à 2ª Câmara de Coordenação e de antecedentes;
Revisão (2ª CCR/MPF). Ela é assessorada, em matéria de IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto
controle externo, pelo Grupo de Trabalho da Atividade de de vista individual, familiar e social, sua condição econômica,
Controle Externo (GTCeap) que subsidia o trabalho dos sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e
Procuradores da República integrantes dos GCeaps nos durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem
estados. para a apreciação do seu temperamento e caráter.
X - colher informações sobre a existência de filhos,
Vamos em seguida efetuar a leitura atenta dos dispositivos respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome
contidos no Código de Processo Penal referente aos artigos que e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos,
versam sobre o tema “Do Inquérito Policial”: indicado pela pessoa presa. (Incluído pela Lei nº 13.257, de
2016)
TÍTULO II
DO INQUÉRITO POLICIAL Art. 7º Para verificar a possibilidade de haver a infração
sido praticada de determinado modo, a autoridade policial
Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que
autoridades policiais no território de suas respectivas esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.

Noções de Direito Processual Penal 5


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Art. 8º Havendo prisão em flagrante, será observado o II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia
disposto no Capítulo II do Título IX deste Livro. móvel celular por período não superior a 30 (trinta) dias,
renovável por uma única vez, por igual período;
Art. 9º Todas as peças do inquérito policial serão, num só III - para períodos superiores àquele de que trata o inciso
processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste II, será necessária a apresentação de ordem judicial.
caso, rubricadas pela autoridade. § 3º Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial
deverá ser instaurado no prazo máximo de 72 (setenta e
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, duas) horas, contado do registro da respectiva ocorrência
se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso policial.
preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do § 4º Não havendo manifestação judicial no prazo de 12
dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 (doze) horas, a autoridade competente requisitará às
dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela. empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou
§ 1º A autoridade fará minucioso relatório do que tiver telemática que disponibilizem imediatamente os meios
sido apurado e enviará autos ao juiz competente. técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que
§ 2º No relatório poderá a autoridade indicar permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito
testemunhas que não tiverem sido inquiridas, mencionando o em curso, com imediata comunicação ao juiz.
lugar onde possam ser encontradas.
§ 3º Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o
estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será
devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizada, ou não, a juízo da autoridade.
realizadas no prazo marcado pelo juiz.
Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado
Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos curador pela autoridade policial.
que interessarem à prova, acompanharão os autos do
inquérito. Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a
devolução do inquérito à autoridade policial, senão para
Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da
queixa, sempre que servir de base a uma ou outra. denúncia.

Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial: Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar
I - fornecer às autoridades judiciárias as informações arquivar autos de inquérito.
necessárias à instrução e julgamento dos processos;
II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito
Ministério Público; pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia,
III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se
autoridades judiciárias; de outras provas tiver notícia.
IV - representar acerca da prisão preventiva.
Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os
Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149- autos do inquérito serão remetidos ao juízo competente, onde
A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 do Decreto-Lei nº 2.848, de aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante
7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei legal, ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante
nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do traslado.
Adolescente), o membro do Ministério Público ou o delegado
de polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos do poder Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo
público ou de empresas da iniciativa privada, dados e necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da
informações cadastrais da vítima ou de suspeitos. (Incluído sociedade.
pela Lei nº 13.344, de 2016) Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que lhe
Parágrafo único. A requisição, que será atendida no forem solicitados, a autoridade policial não poderá
prazo de 24 (vinte e quatro) horas, conterá: mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de
I - o nome da autoridade requisitante; inquérito contra os requerentes.
II - o número do inquérito policial; e
III - a identificação da unidade de polícia judiciária Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá
responsável pela investigação. sempre de despacho nos autos e somente será permitida
quando o interesse da sociedade ou a conveniência da
Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos investigação o exigir.
crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o membro do Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá
Ministério Público ou o delegado de polícia poderão de três dias, será decretada por despacho fundamentado do
requisitar, mediante autorização judicial, às empresas Juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do órgão do
prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática Ministério Público, respeitado, em qualquer hipótese, o
que disponibilizem imediatamente os meios técnicos disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos
adequados – como sinais, informações e outros – que Advogados do Brasil (Lei n. 4.215, de 27 de abril de 1963)
permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito
em curso. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que
§ 1º Para os efeitos deste artigo, sinal significa houver mais de uma circunscrição policial, a autoridade com
posicionamento da estação de cobertura, setorização e exercício em uma delas poderá, nos inquéritos a que esteja
intensidade de radiofrequência. procedendo, ordenar diligências em circunscrição de outra,
§ 2º Na hipótese de que trata o caput, o sinal: independentemente de precatórias ou requisições, e bem
I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de assim providenciará, até que compareça a autoridade
qualquer natureza, que dependerá de autorização judicial, competente, sobre qualquer fato que ocorra em sua presença,
conforme disposto em lei; noutra circunscrição.

Noções de Direito Processual Penal 6


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao (D) será requisitado pelo ofendido ou pelo Ministério
juiz competente, a autoridade policial oficiará ao Instituto de Público se tratar-se de crime de ação penal privada.
Identificação e Estatística, ou repartição congênere, (E) é peça prévia e indispensável para a instauração de
mencionando o juízo a que tiverem sido distribuídos, e os ação penal pública incondicionada.
dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado.
05. (PC/PE - Escrivão de Polícia - CESPE/2016) No que
Questões se refere ao arquivamento do inquérito policial, assinale a
opção correta.
01. (PC-SC - Escrivão de Polícia Civil – FEPESE/2017) É (A) Membro do Ministério Público ordenará o
correto afirmar sobre o inquérito policial. arquivamento do inquérito policial se verificar que o fato
(A) A notitia criminis deverá ser por escrito, investigado é atípico.
obrigatoriamente, quando apresentada por qualquer pessoa (B) Cabe à autoridade policial ordenar o arquivamento
do povo quando a requisição de instauração recebida não fornecer o
(B) A representação do ofendido é condição indispensável mínimo indispensável para se proceder à investigação.
para a abertura de inquérito policial para apurar a prática de (C) Sendo o crime de ação penal privada, o arquivamento
crime de ação penal pública condicionada. do inquérito policial depende de decisão do juiz, após pedido
(C) O Ministério Público é parte legítima e universal para do Ministério Público.
requerer a abertura de inquérito policial afim de investigar a (D) O inquérito pode ser arquivado pela autoridade
prática de crime de ação penal pública ou privada. policial se ela verificar ter havido a extinção da punibilidade
(D) Apenas o agressor poderá requerer à autoridade do indiciado.
policial a abertura de investigação para apurar crimes de ação (E) Sendo o arquivamento ordenado em razão da ausência
penal privada. de elementos para basear a denúncia, a autoridade policial
(E) O inquérito policial somente poderá ser iniciado de poderá empreender novas investigações se receber notícia de
ofício pela autoridade policial ou a requerimento do ofendido. novas provas.

02. (SEJUS/PI - Agente Penitenciário - NUCEPE/2016) Respostas


Pode-se afirmar que a autoridade policial, assim que tiver
conhecimento da prática da infração penal deverá: 01. Resposta: B
(A) intimar às partes para formular quesitos sobre que 02. Resposta: C
diligências periciais pretendem fazer. 03. Resposta: C
(B) telefonar para o local, a fim de determinar que não se 04. Resposta: A
alterem o estado e a conservação das coisas, até sua chegada. 05. Resposta: E
(C) apreender os objetos que tiverem relação com o fato,
depois que já tiverem sido liberados pelos peritos criminais.
(D) entregar os pertences do ofendido e do indiciado para Da ação penal: Espécies.
seus respectivas familiares.
(E) preparar um relatório assinado por, pelo menos, três
testemunhas que presenciaram o fato.
A ação penal consiste no direito de pedir ao Estado tutela
03. (PC/GO - Escrivão de Polícia Substituto - jurisdicional para resolver um problema que concretamente
CESPE/2016) Acerca de aspectos diversos pertinentes ao IP, se apresenta. Com o fato delituoso, nasce para o Estado o
assinale a opção correta. direito de buscar e punir um culpado. Esta busca e esta punição
(A) O IP, em razão da complexidade ou gravidade do delito necessitam respeitar um percurso que, pré-judicialmente, em
a ser apurado, poderá ser presidido por representante do MP, geral se dá pelo inquérito policial, e, judicialmente, se inicia
mediante prévia determinação judicial nesse sentido. com a ação penal.
(B) A notitia criminis é denominada direta quando a
própria vítima provoca a atuação da polícia judiciária, Características da ação penal
comunicando a ocorrência de fato delituoso diretamente à São elas:
autoridade policial. A) A ação penal é pública. Trata-se de direito público. Por
(C) O indiciamento é ato próprio da autoridade policial a isso, por exemplo, o mais correto seria dizer ação penal “de
ser adotado na fase inquisitorial. iniciativa privada”, e não “ação penal privada”, afinal, toda ação
(D) O prazo legal para o encerramento do IP é relevante penal é pública. A iniciativa é que pode ser privada;
independentemente de o indiciado estar solto ou preso, visto B) A ação penal é direito subjetivo. Isto porque, o seu titular
que a superação dos prazos de investigação tem o efeito de tem o direito de exigir a prestação jurisdicional, já que ao
encerrar a persecução penal na esfera policial. Estado-juiz veda-se o “non liquet” (o poder de o juiz não julgar,
(E) Do despacho da autoridade policial que indeferir por não saber como decidir);
requerimento de abertura de IP feito pelo ofendido ou seu C) A ação penal é direito autônomo. Ou seja, a ação penal
representante legal é cabível, como único remédio jurídico, não se confunde com o direito material que se pretende
recurso ao juiz criminal da comarca onde, em tese, ocorreu o tutelar. “Direito processual” e “direito material” são ciências
fato delituoso. distintas há tempos;
D) A ação penal é direito abstrato. Isto porque, o acusado
04. (PC/PE - Escrivão de Polícia - CESPE/2016) O não é considerado culpado desde o começo da ação penal. Para
inquérito policial que isto ocorra, é preciso que haja sentença condenatória ou
(A) não pode ser iniciado se a representação não tiver sido absolutória imprópria (aplicação de medida de segurança)
oferecida e a ação penal dela depender. transitada em julgado. O fato de alguém ser alvo de uma ação
(B) é válido somente se, em seu curso, tiver sido penal não importa pré-condenação deste agente;
assegurado o contraditório ao indiciado. E) direito determinado: o direito de ação é
(C) será instaurado de ofício pelo juiz se tratar-se de crime instrumentalmente conexo a um fato concreto, já que pretende
de ação penal pública incondicionada. solucionar uma pretensão de direito material;
F) A ação penal é direito específico: o direito de ação penal

Noções de Direito Processual Penal 7


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

apresenta um conteúdo, que é o objeto da imputação, ou seja, Tratando-se de juízo incompetente, todavia, somente são
é o fato delituoso cuja prática é atribuída ao acusado. Assim, é passíveis de anulação os atos decisórios, devendo o processo,
direito específico, por estar relacionada a um caso concreto. ao ser declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente,
conforme previsão do art. 567, do Código de Processo Penal.
Pressupostos processuais.
Os pressupostos processuais e as condições da ação são os Condições da ação penal
requisitos, sem os quais não pode o juiz sequer examinar a Tratam-se de condições que regulam o exercício do direito.
situação deduzida. Com efeito, estas condições podem ser genéricas ou específicas.
A concepção dos pressupostos processuais tem origem na 1 Condições genéricas. São aquelas que devem estar
obra de Oskar Von Bülow, cujos conceitos vêm sendo repetidos presentes em toda e qualquer ação penal. São elas:
e aprimorados pela doutrina processual. A) Possibilidade jurídica do pedido. O pedido formulado
Em resumida abordagem, pode-se afirmar que, para ser deve encontrar amparo no ordenamento jurídico, ou seja, deve
alcançada a tutela jurisdicional, há necessidade de que a se referir a uma providência admitida pelo direito objetivo.
relação jurídica processual, iniciada por provocação da parte Deve ser um fato típico;
interessada, esteja apta a desenvolver-se regularmente. B) Legitimidade para agir. Deve-se perguntar “quem pode”,
Temos, pois, uma das categorias fundamentais do direito e “contra quem se pode” manejar ação penal.
processual: os pressupostos processuais. A regra geral é a de que no polo ativo da ação penal pública
figura o Ministério Público; no polo ativo da ação penal de
iniciativa privada figura o ofendido; e no polo passivo, sendo a
Pressupostos processuais são aqueles que possibilitam ação penal pública ou privada, figurará o provável autor do
a constituição e desenvolvimento válidos do processo. fato delituoso maior de dezoito anos;
C) Interesse de agir. Composto pelo trinômio
Há duas correntes a respeito do tema: uma inclui nos necessidade/adequação/utilidade.
pressupostos processuais todos os requisitos necessários ao Pela necessidade, vai-se analisar até que ponto a existência
nascimento e desenvolvimento válido e regular do processo; de ação penal é fundamental para esclarecimento da causa.
outra, uma tendência mais restritiva dos pressupostos Pode ser que em um determinado caso uma solução
processuais, entende como únicos requisitos o pedido, a extrajudicial seja muito melhor, por exemplo.
capacidade de quem o formula e a investidura do destinatário. Já a adequação consiste no enquadramento da medida
Pressupostos processuais, nessa visão restrita, seriam os buscada por meio da ação penal com o instrumento apto a isso.
requisitos mínimos para a existência de um processo válido, Assim, a título ilustrativo, caso se deseje trancar uma ação
de uma relação jurídica regular, sem qualquer nexo com a penal cuja única sanção cominada ao delito seja a de multa, não
situação de direito material deduzida na demanda. se mostra como medida mais adequada à utilização do habeas
A grande vantagem dessa posição consiste exatamente em corpus, já que não há risco à liberdade de locomoção, mas sim
ressaltar a autonomia da relação processual frente à de direito por meio do mandado de segurança.
substancial. Aquela teria seus requisitos básicos, Por fim, a utilidade consiste na eficácia prática que uma
fundamentais, que não guardam qualquer elo com esta última. ação deve ter. Se não há nada a ser apurado, ou não há
Deste modo, pode-se afirmar que existem pressupostos de qualquer sanção a ser aplicada, inútil e desnecessária será a
existência e de validade do processo. Sejam completos ou ação penal;
restritos os pressupostos processuais, fato é que, para emitir o D) Justa causa. Trata-se de condição genérica da ação
provimento final sobre o caso concreto, o magistrado precisa prevista apenas no processo penal (art. 395, III, CPP), mas não
que o processo se desenvolva sem vícios. no processo civil. Consiste em se obter o mínimo de provas
Sem prejuízo, vamos elencar os pressupostos processuais indispensável para o início de um processo, até para com isso
indicados pela corrente mais restritiva: não submeter o cidadão à situação degradante e embaraçosa
O primeiro pressuposto processual, portanto, refere-se à que desempenha a persecução criminal na vida de uma pessoa.
capacidade para ser parte. Assim, não podem oferecer
denúncia aquele que não integre o Ministério Público ou 2 Condições específicas. São condições exigidas apenas
queixa o ente desprovido da condição de pessoa – natural, para alguns delitos. Assim, por exemplo, nos crimes de ação de
jurídica ou judiciária. iniciativa pública condicionada, indispensável será o
Nestas circunstâncias, incabível, por exemplo, a denúncia oferecimento de representação pelo ofendido, nos termos do
oferecida apenas por "estagiário", ou a queixa apresentada por art. 39, do Código de Processo Penal, ou a requisição do
pessoa falecida ou por sociedade de fato. Ministro da Justiça, em se tratando de crime contra a honra
praticado contra o Presidente da República, contra chefe de
À capacidade para ser parte acrescenta-se a capacidade governo estrangeiro, conforme art. 145, parágrafo único, do
postulatória, isto é, de estar em juízo regularmente Código Penal; no crime de induzimento a erro essencial e
representado. ocultação de impedimento (art. 236,do CP), constitui condição
Logo, para o recebimento de queixa-crime, não basta o seu específica da ação penal – queixa – o trânsito em julgado da
oferecimento pelo ofendido, devendo estar firmada por sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o
advogado, com os poderes específicos para tal mister, casamento. Ainda podemos citar o laudo pericial nos crimes
observados os requisitos do art. 44, do Código de Processo contra a propriedade imaterial; o exame preliminar em crimes
Penal. Tais requisitos são essenciais para que o pedido de tóxicos; a representação do ofendido etc.
possa ser aceito. Deste modo, ausente condição específica de
Ausentes os pressupostos relativos às partes, a denúncia procedibilidade exigida pela lei, de rigor será a rejeição da
ou a queixa deverão ser rejeitadas, de acordo com a redação denúncia ou queixa.
do art. 396, parágrafo único, primeira parte, do Código de
Processo Penal. Classificação das ações penais. A classificação das ações
Além dos pressupostos relativos às partes, a inicial penais observa, em regra, o titular para sua propositura.
acusatória deve ser oferecida a quem tem jurisdição, poder 1 Ação penal pública. É de iniciativa exclusiva do
para decidir a causa, isto é, a juiz regularmente investido no Ministério Público (órgão do Estado, composto por
cargo. Assim, absolutamente nula a ação penal recebida por promotores e procuradores de justiça no âmbito estadual, e
juiz afastado de suas funções ou aposentado. por procuradores da República, no federal). Na ação pública

Noções de Direito Processual Penal 8


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

vigora o princípio da obrigatoriedade, ou seja, havendo recurso interposto da rejeição da denúncia, não suprimindo a
indícios suficientes, surge para o Ministério Público o dever de nomeação do defensor dativo”.
propor a ação. A peça processual que dá início à ação penal
pública é a denúncia, sendo suas características principais: Isto posto, feitas estas considerações acerca da denúncia, a
A) A denúncia conterá a exposição do fato criminoso, com seguir há se estudar as espécies de ação penal pública.
todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado (ou
esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo), a 1.1 Ação penal pública incondicionada. É a regra no
classificação do crime e, quando necessário, o rol de ordenamento processual penal. Para que ação penal seja de
testemunhas (art. 41, CPP). A ausência destes requisitos pode outra espécie, isso deve estar expressamente previsto. Se não
levar à inépcia da denúncia. houver previsão diversa, entende-se pública a ação penal.
Também, a impossibilidade de identificar o acusado com Com efeito, a titularidade da ação penal pública
seu verdadeiro nome ou outros qualificativos não retardará a incondicionada é do Ministério Público, com fundamento no
ação penal, quando certa a identidade física. Assim, se art. 129, I, da Constituição Federal, que a exercerá por meio de
descoberta posteriormente a qualificação, basta fazer denúncia, como já dito.
retificação por termo nos autos, sem prejuízo da validade dos São princípios aplicados à ação penal pública
atos precedentes (art. 259, CPP); incondicionada:
B) Na hipótese de concurso de agentes, ou em crimes de A) Princípio da inércia da jurisdição. Com adoção do
concurso necessário, a denúncia deve especificar a conduta de sistema acusatório, ao juiz não é dado iniciar o processo de
cada um. É posicionamento pacífico no Supremo Tribunal ofício. O juiz precisa ser provocado, para sair de sua posição
Federal e no Superior Tribunal de Justiça de que a “denúncia estática, inerte;
genérica” deve ser de todo evitada, por prejudicar o direito de B) Princípio do “ne bis in idem”. Ninguém receberá
defesa do(s) agente(s) envolvido(s); condenação por crime a que já tenha sido condenado. Logo,
C) É possível “denúncia alternativa”? Neste caso, o agente ninguém pode ser processado duas vezes pela mesma
ministerial pede a condenação por um crime “X”, ou, caso isso imputação, conforme consta do art. 8º, n. 4, da Convenção
não fique provado, que seja o agente condenado, com a mesma Americana de Direitos Humanos;
narrativa acusatória fática, pelo crime “Y”. C) Princípio da intranscendência. A ação penal não pode
Diverge amplamente a doutrina quanto a essa passar da pessoa do autor do delito (art. 5º, XLV, da CF);
possibilidade: quem entende que isso não é possível, ampara- D) Princípio da obrigatoriedade (ou da legalidade
se no argumento de que isso torna a acusação incerta e causa processual). Por tal, presentes as condições da ação, o
insegurança jurídica ao acusado; quem entende que isso é Ministério Público é obrigado a oferecer denúncia. As exceções
possível, afirma que, como o acusado se defende meramente a tal princípio são as hipóteses de transação penal (art. 76, da
de fatos, e não de uma tipificação imposta, nada obsta que Lei nº 9.099/95), de acordo de leniência (art. 35, da Lei nº
subsista um crime em detrimento de outro e a condenação por 8.884/94), de termo de ajustamento de conduta em crimes
um ou por outro seja pedida na acusação; ambientais, e de parcelamento do débito tributário;
D) Pouco importa a definição jurídica que o agente E) Princípio da indisponibilidade. Se o Ministério Público é
ministerial atribui ao acusado. Este sempre se defenderá dos obrigado a oferecer denúncia, não pode, consequencialmente,
fatos narrados, e não do tipo penal imputado; desistir da ação penal pública (art. 42, CPP). A exceção a tal
E) Com base no art. 46, CPP, o prazo para oferecimento da princípio é a suspensão condicional do processo, prevista no
denúncia (que é um prazo de natureza processual penal, isto é, art. 89, da Lei nº 9.099/95, na qual, enquanto em período de
contado da forma do art. 798, CPP) será de cinco dias, estando cumprimento das condições impostas ao acusado, ficam os
o réu preso (contado da data em que o órgão do Ministério agentes estatais inertes quanto à continuidade da persecução
Público receber o inquérito policial), e de quinze dias, estando criminal;
o réu solto ou afiançado. Agora, se o agente do MP tiver F) Princípio da divisibilidade. Para os tribunais superiores,
dispensado o inquérito, o prazo para a exordial acusatória o Ministério Público pode denunciar alguns dos corréus, sem
contar-se-á da data em que tiver recebido as peças prejuízo do prosseguimento das investigações em relação aos
informativas substitutivas do procedimento administrativo demais. Há quem entenda, todavia, que havendo elementos de
investigatório (art. 46, §1º, CPP). informação, o Ministério Público é obrigado a denunciar todos
Há, ainda, prazos especiais na legislação extravagante para os suspeitos, de modo que o princípio aplicável à ação penal
oferecimento de denúncia, como o de dez dias para crime pública seria o “da indivisibilidade”, e não o “da divisibilidade”.
eleitoral, o de dez dias para tráfico de drogas, o de quarenta e Prevalece, contudo, na doutrina e na jurisprudência, que
oito horas para crime de abuso de autoridade, e o de dois dias em sede de ação penal pública o que vale é o “Princípio da
para crimes contra a economia popular; Divisibilidade”, razão pela qual foi aqui incluído;
F) De acordo com o art. 395, CPP, a denúncia será rejeitada G) Princípio da oficiosidade. O Ministério Público não
quando for manifestamente inepta (inciso I); quando faltar necessita qualquer autorização para oferecer denúncia.
pressuposto processual ou condição para o exercício da ação
penal (inciso II); e quando faltar justa causa para o exercício 1.2 Ação penal pública condicionada. O Ministério
da ação penal (inciso III); Público depende do implemento de uma condição, que pode
G) Da decisão que recebe a denúncia não cabe qualquer ser a representação do ofendido, ou a requisição do Ministro da
recurso, devendo-se utilizar, se for o caso, habeas corpus ou Justiça.
mandado de segurança, que não são recursos, mas sim meios A sua titularidade também compete ao Ministério Público,
autônomos de impugnação. Já da que rejeita a denúncia ou a que o faz por meio de denúncia. A diferença é que, enquanto na
acolhe apenas parcialmente cabe recurso em sentido estrito, ação pública incondicionada não carece o MP de qualquer
por força do art. 581, I, CPP. autorização, na condicionada fica o órgão ministerial
Vale lembrar apenas que, excepcionalmente, na Lei nº subordinado justamente a uma autorização prévia que se faz
9.099/95, de acordo com seu art. 82, a rejeição da inicial por meio de representação/requisição.
acusatória desafia o recurso de apelação. Os princípios que norteiam esta espécie de ação são os
mesmos da ação penal pública incondicionada.
Súmula 707 do STF: “constitui nulidade a falta de Com efeito, há se estudar algumas questões pertinentes à
intimação do denunciado para oferecer contrarrazões ao representação do ofendido e à requisição do Ministro da
Justiça:

Noções de Direito Processual Penal 9


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

A) Representação do ofendido. É a manifestação do K) Possibilidade de retratação da requisição. Há divergência


ofendido ou de seu representante legal no sentido de que tem na doutrina. Para uma primeira corrente, não se admite
interesse na persecução penal do fato delituoso. Ela deve ser retratação da requisição, justamente pela grande natureza
oferecida por pessoa maior de dezoito anos através de política que este ato importa; para uma segunda corrente, essa
advogado, ou, se menor de dezoito anos, é o representante retratação é, sim, admitida, desde que feita antes do
legal deste quem procura um advogado para que o faça. Se oferecimento da peça acusatória. O posicionamento que vem
houver colisão de interesses entre o menor e seu se consolidando na doutrina bem como nos Tribunais é que
representante, nomeia-se curador especial, na forma do art. não é cabível a retratação da requisição (Tourinho Filho,
33, do Código de Processo Penal. Fernando Capez).
Ademais, com fundamento no primeiro parágrafo, do art. L) Não vinculação do Ministério Público mesmo que haja
24, CPP, no caso de morte do ofendido ou quando declarado requisição. Vale o mesmo que foi dito para a representação.
ausente por decisão judicial, o direito de representação
passará ao cônjuge (ou convivente), ao ascendente, ao 2 Ação penal de iniciativa privada. Trata-se de
descendente, ou irmão; oportunidade conferida ao ofendido de oferecer queixa-crime,
B) Natureza jurídica da representação do ofendido. Em caso entenda ter sido vítima de delito. Vale dizer que, como a
regra, a representação funciona como condição específica de regra no silêncio do legislador é a ação penal pública
procedibilidade aos processos que ainda não tiveram início. incondicionada, para que a ação penal seja de iniciativa
Por outro lado, se o processo já está em andamento, a privada deve haver previsão legal neste sentido.
representação passa a ser uma condição de prosseguibilidade Importante ainda, discorrer sobre algumas das
da ação penal, já que, para que o processo prossiga, uma características principais da queixa-crime:
condição superveniente tem de ser sanada; A) De acordo com o art. 30, do Código de Processo Penal,
C) Forma da representação do ofendido. Trata-se de peça ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo
sem rigor formal, bastando que fique devidamente (querelante) caberá intentar ação privada contra o ofensor
demonstrado o interesse da vítima ou de seu representante (querelado). Ademais, no caso de morte do ofendido ou
legal em representar o ofensor. Conforme o art. 39, da Lei quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de
Processual Penal, o direito de representação poderá ser oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge (ou
exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes convivente), ascendente, descendente, ou irmão (se houver
especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao colisão de interesses entre o menor e seu representante,
órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial. Ato nomeia-se curador especial, na forma do art. 33, do Código de
contínuo, o primeiro parágrafo do mencionado dispositivo Processo Penal).
prevê que a representação feita oralmente ou por escrito, sem Como se não bastasse, de acordo com o art. 36, CPP, se
assinatura devidamente autenticada do ofendido, de seu comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, terá
representante legal ou procurador, será reduzida a termo, preferência o cônjuge (ou convivente), e, em seguida, o parente
perante o juiz ou autoridade policial, presente o órgão do MP, mais próximo da ordem de enumeração constante do art. 31
quando a este houver sido dirigida. Por fim, o parágrafo (cônjuge, ascendente, descendente, irmão), podendo,
segundo do art. 39 prevê que a representação conterá todas as entretanto, qualquer delas prosseguir na ação, caso o
informações que possam servir à apuração do fato e da querelante desista da instância ou a abandone;
autoria; B) Com supedâneo no art. 44, CPP, a queixa poderá ser
D) Direcionamento da representação. É feita à autoridade dada por procurador com poderes especiais, devendo constar
policial, ao Ministério Público, ou ao juiz, pessoalmente ou por do instrumento do mandado o nome do querelante e a menção
represente com procuração atribuidora de poderes especiais do fato criminoso (salvo quando tais esclarecimentos
para tal; dependerem de diligências que devem previamente ser
E) Prazo para oferecimento da representação. Assim como requeridas no juízo criminal);
a queixa-crime, a representação está sujeita ao prazo C) A queixa-crime deve conter todos os elementos da
decadencial de seis meses, em regra contados do denúncia previstos no art. 41, CPP, valendo a mesma ressalva
conhecimento da autoria. Trata-se de prazo penal, isto é, o dia feita no art. 259, da Lei Processual;
do início é contabilizado (art. 10, CP); D) De acordo com o art. 45, CPP, a queixa, ainda quando a
F) Retratação da representação. Antes do oferecimento da ação penal for privativa do ofendido, poderá ser aditada pelo
denúncia pode ocorrer a retratação. Depois de oferecida a Ministério Público, a quem caberá intervir em todos os termos
denúncia, não é mais possível retratar-se da representação. Eis subsequentes do processo;
o teor do art. 25, do Código de Processo Penal; E) O prazo para oferta de queixa-crime é decadencial de
G) Retratação da retratação da representação. Trata-se de seis meses, contados com a natureza de prazo penal (art. 10,
uma nova representação, ou seja, o agente representou, se CP) do conhecimento da autoridade delitiva, tal como o prazo
retratou, e então se retrata da retratação. Ela é possível, desde para a representação do ofendido nos delitos de ação penal
que dentro do prazo decadencial de seis meses; pública condicionada à representação. A exceção ao início da
H) Não vinculação do Ministério Público mesmo que haja contagem de prazo se dá no caso do crime previsto no art. 236,
representação. A representação oferecida não vincula o agente do Código Penal (crime de induzimento a erro essencial e
ministerial a oferecer denúncia se averiguar que o fato ocultação de impedimento ao casamento), em que o prazo de
descrito não constitui delito, ou, ainda que constitua, não mais seis meses para queixa começa a contar do trânsito em julgado
é possível sua punibilidade; da sentença que anule o casamento no âmbito cível, conforme
I) Requisição do Ministro da Justiça. É condição específica disposto no parágrafo único do aludido dispositivo;
de procedibilidade (ex.: crimes contra a honra do Presidente F) Da decisão que recebe a queixa não cabe qualquer
da República, nos moldes do art. 145, CP). Trata-se, recurso, devendo-se utilizar, se for o caso, habeas corpus ou
essencialmente, de ato político praticado pelo Ministro da mandado de segurança, que não são recursos, mas sim meios
Justiça, endereçado ao Ministério Público na figura de seu autônomos de impugnação. Já da que rejeita a queixa ou a
Procurador Geral; acolhe apenas parcialmente cabe recurso em sentido estrito,
J) A requisição do Ministro da Justiça está sujeita a prazo por força do art. 581, I, CPP.
decadencial? Não. O crime contra o qual se exige a requisição Isto posto, feitas estas considerações acerca da queixa-
está sujeito à prescrição, mas a requisição do Ministro da crime, há se discorrer sobre as espécies de ação penal privada.
Justiça não se sujeita a prazo decadencial;

Noções de Direito Processual Penal 10


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

2.1 Ação penal exclusivamente privada. É possível do Código de Processo Penal. Da mesma maneira, o perdão
sucessão processual, já que, apesar de competir ao ofendido a dado a um dos ofensores se estende aos demais querelados,
iniciativa de manejo, o art. 31, CPP permite que cônjuge (ou desde que estes também aceitem-no (art. 51, CPP).
convivente), ascendente, descendente ou irmão nela O “fiscal” desse princípio será o Ministério Público, nos
prossigam no caso de morte do ofendido ou quando declarado termos do art. 48, CPP, o qual velará pela indivisibilidade da
ausente por decisão judicial. ação penal.
São princípios aplicáveis à ação penal exclusivamente
privada: 2.2 Ação penal privada personalíssima. Não é possível a
A) Princípio da inércia da jurisdição. Também aplicado à sucessão processual. No caso de morte da vítima, extingue-se
ação penal pública, já foi devidamente explicado; a punibilidade por não admitir sucessão (ex: o delito previsto
B) Princípio do “ne bis in idem”. Também aplicado à ação no art. 236, do Código Penal).
penal pública, já foi devidamente explicado; É como se vê, um direito personalíssimo e intransferível.
C) Princípio da intranscendência. Também aplicado à Os princípios aplicáveis à ação penal exclusivamente
ação penal pública, já foi devidamente explicado; privada também se aplicam à ação penal privada
D) Princípio da oportunidade (ou princípio da personalíssima.
conveniência). Mediante critérios de oportunidade ou
conveniência, o ofendido pode optar pelo oferecimento ou não 2.3 Ação penal privada subsidiária da pública (ou ação
da queixa. penal privada supletiva). Somente é cabível diante da inércia
Dentro de tal princípio, há se estudar o instituto da deliberada do Ministério Público.
renúncia, através do qual a vítima (ou seu representante legal De acordo com o inciso LIX, do art. 5º, da Constituição
ou procurador com poderes especiais) demonstra seu desejo, Federal, será admitida ação penal privada nos crimes de ação
de maneira expressa (quando o faz explícita e deliberadamente pública, se esta não for intentada no prazo legal. No mesmo
mediante declaração assinada) ou tácita (quando tem sentido, o art. 29, d Código Processual Penal, regulamenta o
condutas incompatíveis com seu desejo de processar o preceito constitucional e prevê que será admitida ação privada
ofensor, como manter com ele relações amigáveis, p. ex.), de nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo
não exercer a ação. legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la
e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do
A renúncia é instituto pré-processual. Uma vez realizada, processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo
não se admite retratação; tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação
E) Princípio da disponibilidade. Na ação privada, a como parte principal (o terceiro parágrafo, do art. 100, CP,
decisão de prosseguir ou não é do ofendido. É uma decorrência também trata da ação penal privada supletiva que aqui se
do princípio da oportunidade. O particular é o exclusivo titular estuda).
dessa ação, porque o Estado assim o desejou, e por isso, lhe é Vale lembrar que, para caber tal ação, é necessária
dada a prerrogativa de exercê-la ou não, conforme suas deliberada desídia do agente do Ministério Público. Caso tal
conveniências. Mesmo o fazendo, ainda lhe é possível dispor membro não tenha ofertado denúncia, porque entendeu não
do conteúdo do processo (a relação jurídica material) até o ser o caso, desautorizado fica o agente ofendido a manejar a
trânsito em julgado da sentença condenatória, por meio do ação privada subsidiária da pública.
perdão ou da perempção. Por fim, cabe ressaltar que caso o Ministério Público
Dentro de tal postulado, temos ainda que estudar dois retome a ação penal manejada pelo querelante subsidiário por
institutos, a saber, o perdão da vítima e a perempção. negligência deste, a doutrina costuma designar tal retomada
O perdão é ato bilateral, isto é, precisa ser aceito pelo de “ação penal indireta”.
imputado (ao contrário da renúncia, que é ato unilateral).
Ocorre quando já instaurado o processo (não é pré-processual Em seguida, se faz necessária a leitura atenta dos
como a renúncia); é irretratável; pode ser expresso ou tácito (o dispositivos do Código de Processo Penal pertinentes ao tema:
silêncio do acusado, de acordo com o art. 58, CPP, implica
aceitação do perdão); processual ou extrajudicial (de acordo TÍTULO III
com o art. 59, CPP, a aceitação do perdão fora do processo DA AÇÃO PENAL
constará de declaração assinada pelo querelado, ou por seu
representante legal, ou por procurador com poderes Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida
especiais); e por fim, pode ser ofertado até o trânsito em por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando
julgado da sentença final. a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de
Já a perempção, prevista no art. 60, CPP, revela a desídia representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para
do querelante quando, iniciada a ação penal, deixa de representá-lo.
promover o andamento do processo durante trinta dias §1º No caso de morte do ofendido ou quando declarado
seguidos (inciso I); quando, falecendo o querelante ou ausente por decisão judicial, o direito de representação
sobrevindo sua incapacidade, não comparece em juízo para passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
prosseguir no processo dentro do prazo de sessenta dias §2º Seja qual for o crime, quando praticado em
qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo (ressalvado o detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e
disposto no art. 36, CPP) (inciso II); quando o querelante deixa Município, a ação penal será pública.
de comparecer sem motivo justificado a qualquer ato do
processo a que deva estar presente (inciso III, primeira parte); Art. 25. A representação será irretratável, depois de
quando o querelante deixa de formular o pedido de oferecida a denúncia.
condenação nas alegações finais (inciso III, segunda parte);
quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir Art. 26. A ação penal, nas contravenções, será iniciada
sem deixar sucessor (inciso IV); com o auto de prisão em flagrante ou por meio de portaria
expedida pela autoridade judiciária ou policial.
F) Princípio da indivisibilidade. O processo de um obriga
ao processo de todos. Portanto, se o querelante renuncia ao Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar a
direito de queixa em relação a um dos ofensores, isto se iniciativa do Ministério Público, nos casos em que caiba a
estende aos demais. Eis o teor que se pode extrair do art. 48, ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre

Noções de Direito Processual Penal 11


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos Parágrafo único. Verificar-se-á a decadência do direito
de convicção. de queixa ou representação, dentro do mesmo prazo, nos
casos dos arts. 24, parágrafo único, e 31.
Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de
apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido,
inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o pessoalmente ou por procurador com poderes especiais,
juiz, no caso de considerar improcedentes as razões mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão
invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação do Ministério Público, ou à autoridade policial.
ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará §1º A representação feita oralmente ou por escrito, sem
outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou assinatura devidamente autenticada do ofendido, de seu
insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará representante legal ou procurador, será reduzida a termo,
o juiz obrigado a atender. perante o juiz ou autoridade policial, presente o órgão do
Ministério Público, quando a este houver sido dirigida.
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação §2º A representação conterá todas as informações que
pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao possam servir à apuração do fato e da autoria.
Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer §3º Oferecida ou reduzida a termo a representação, a
denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do autoridade policial procederá a inquérito, ou, não sendo
processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a competente, remetê-lo-á à autoridade que o for.
todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a §4º A representação, quando feita ao juiz ou perante este
ação como parte principal. reduzida a termo, será remetida à autoridade policial para
que esta proceda a inquérito.
Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para §5º O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito,
representá-lo caberá intentar a ação privada. se com a representação forem oferecidos elementos que o
habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando denúncia no prazo de quinze dias.
declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer
queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, Art. 40. Quando, em autos ou papéis de que conhecerem,
ascendente, descendente ou irmão. os juízes ou tribunais verificarem a existência de crime de
ação pública, remeterão ao Ministério Público as cópias e os
Art. 32. Nos crimes de ação privada, o juiz, a documentos necessários ao oferecimento da denúncia.
requerimento da parte que comprovar a sua pobreza,
nomeará advogado para promover a ação penal. Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato
§1º Considerar-se-á pobre a pessoa que não puder prover criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação
às despesas do processo, sem privar-se dos recursos do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa
indispensáveis ao próprio sustento ou da família. identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o
§2º Será prova suficiente de pobreza o atestado da rol das testemunhas.
autoridade policial em cuja circunscrição residir o ofendido.
Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir da ação
Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 anos, ou penal.
mentalmente enfermo, ou retardado mental, e não tiver
representante legal, ou colidirem os interesses deste com os Art. 43. Revogado pela Lei nº 11.719/08.
daquele, o direito de queixa poderá ser exercido por curador
especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com
Público, pelo juiz competente para o processo penal. poderes especiais, devendo constar do instrumento do
mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso,
Art. 34. Se o ofendido for menor de 21 e maior de 18 anos, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências
o direito de queixa poderá ser exercido por ele ou por seu que devem ser previamente requeridas no juízo criminal.
representante legal.
Art. 45. A queixa, ainda quando a ação penal for privativa
Art. 35. Revogado pela Lei nº 9.520/97. do ofendido, poderá ser aditada pelo Ministério Público, a
quem caberá intervir em todos os termos subsequentes do
Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direito processo.
de queixa, terá preferência o cônjuge, e, em seguida, o
parente mais próximo na ordem de enumeração constante do Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando
art. 31, podendo, entretanto, qualquer delas prosseguir na o réu preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão
ação, caso o querelante desista da instância ou a abandone. do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e
de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso,
Art. 37. As fundações, associações ou sociedades se houver devolução do inquérito à autoridade policial (art.
legalmente constituídas poderão exercer a ação penal, 16), contar-se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério
devendo ser representadas por quem os respectivos contratos Público receber novamente os autos.
ou estatutos designarem ou, no silêncio destes, pelos seus §1º Quando o Ministério Público dispensar o inquérito
diretores ou sócios-gerentes. policial, o prazo para o oferecimento da denúncia contar-se-
á da data em que tiver recebido as peças de informações ou a
Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representação
representante legal, decairá no direito de queixa ou de §2º O prazo para o aditamento da queixa será de 3 dias,
representação, se não o exercer dentro do prazo de seis contado da data em que o órgão do Ministério Público
meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do receber os autos, e, se este não se pronunciar dentro do
crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo tríduo, entender-se-á que não tem o que aditar,
para o oferecimento da denúncia. prosseguindo-se nos demais termos do processo.

Noções de Direito Processual Penal 12


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Art. 47. Se o Ministério Público julgar necessários estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação
maiores esclarecimentos e documentos complementares ou nas alegações finais;
novos elementos de convicção, deverá requisitá-los, IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se
diretamente, de quaisquer autoridades ou funcionários que extinguir sem deixar sucessor.
devam ou possam fornecê-los.
Art. 61. Em qualquer fase do processo, o juiz, se
Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime reconhecer extinta a punibilidade, deverá declará-lo de
obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público velará ofício.
pela sua indivisibilidade. Parágrafo único. No caso de requerimento do Ministério
Público, do querelante ou do réu, o juiz mandará autuá-lo em
Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em apartado, ouvirá a parte contrária e, se o julgar conveniente,
relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá. concederá o prazo de cinco dias para a prova, proferindo a
decisão dentro de cinco dias ou reservando-se para apreciar
Art. 50. A renúncia expressa constará de declaração a matéria na sentença final.
assinada pelo ofendido, por seu representante legal ou
procurador com poderes especiais. Art. 62. No caso de morte do acusado, o juiz somente à
Parágrafo único. A renúncia do representante legal do vista da certidão de óbito, e depois de ouvido o Ministério
menor que houver completado 18 (dezoito) anos não privará Público, declarará extinta a punibilidade.
este do direito de queixa, nem a renúncia do último excluirá
o direito do primeiro. Questões

Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados 01. (ALERJ – Procurador - FGV/2017) Paulo praticou
aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito em determinada conduta prevista como crime, prevendo a
relação ao que o recusar. legislação então vigente que a ação respectiva ostenta a
natureza privada. Três meses depois do ocorrido, em razão de
Art. 52. Se o querelante for menor de 21 e maior de 18 mudança legislativa, o crime praticado por Paulo passou a ser
anos, o direito de perdão poderá ser exercido por ele ou por de ação penal pública incondicionada. Um ano após os fatos
seu representante legal, mas o perdão concedido por um, criminosos, o Ministério Público ofereceu denúncia contra
havendo oposição do outro, não produzirá efeito. Paulo em razão daquele comportamento, tendo em vista que o
ofendido não havia proposto queixa em momento anterior. De
Art. 53. Se o querelado for mentalmente enfermo ou acordo com a situação acima exposta, é correto afirmar que o
retardado mental e não tiver representante legal, ou juiz deve:
colidirem os interesses deste com os do querelado, a (A) receber a denúncia, sendo o Ministério Público parte
aceitação do perdão caberá ao curador que o juiz Ihe legítima, eis que a nova lei deve ser imediatamente aplicada;
nomear. (B) rejeitar a denúncia, eis que o Ministério Público não
deflagrou a ação penal no prazo de seis meses;
Art. 54. Se o querelado for menor de 21 anos, observar- (C) rejeitar a denúncia, porque especificamente o delito
se-á, quanto à aceitação do perdão, o disposto no art. 52. praticado por Paulo, apesar da alteração legislativa, continua
sendo de ação penal privada, reconhecendo a prescrição;
Art. 55. O perdão poderá ser aceito por procurador com (D) rejeitar a denúncia, porque especificamente o delito
poderes especiais. praticado por Paulo, apesar da alteração legislativa, continua
sendo de ação penal privada, reconhecendo a decadência;
Art. 56. Aplicar-se-á ao perdão extraprocessual expresso (E) receber a denúncia, porquanto, com a mudança
o disposto no art. 50. legislativa, tanto o ofendido como o Ministério Público
poderiam deflagrar a ação penal respectiva.
Art. 57. A renúncia tácita e o perdão tácito admitirão
todos os meios de prova. 02. (SEJUS/PI - Agente Penitenciário - NUCEPE/2016)
A ação penal é o poder-dever de provocar o Poder Judiciário
Art. 58. Concedido o perdão, mediante declaração para decidir a conduta definida em lei como crime. Acerca da
expressa nos autos, o querelado será intimado a dizer, dentro ação penal, assinale a opção CORRETA.
de três dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser (A) O direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação, se
cientificado de que o seu silêncio importará aceitação. esta já estiver em curso, será exclusivamente do ofendido, não
Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz julgará extinta a podendo o seu cônjuge lhe substituir.
punibilidade. (B) Quando a Ação for privativa do ofendido, o Ministério
Público não poderá aditar a queixa.
Art. 59. A aceitação do perdão fora do processo constará (C) Sempre é possível o perdão por parte da vítima durante
de declaração assinada pelo querelado, por seu o inquérito policial.
representante legal ou procurador com poderes especiais. (D) O Ministério Público não poderá desistir da Ação Penal.
(E) Existindo três querelados identificados na ação é
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante possível o perdão a apenas um deles, desde que seja nos autos
queixa, considerar-se-á perempta a ação penal: da Ação.
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover
o andamento do processo durante 30 dias seguidos; 03. (PC/PA - Delegado de Polícia Civil - FUNCAB/2016)
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua Sobre ação penal é correto afirmar que:
incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no (A) a ação penal privada, em certos casos é personalíssima,
processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das só podendo o delegado de polícia instaurar inquérito,
pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. exclusivamente, no caso de requerimento do próprio ofendido.
36; (B) na ação penal subsidiária da pública, quando o
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem querelado deixa de comparecer aos atos do processo, ocorre a
motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva perempção.

Noções de Direito Processual Penal 13


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

(C) quanto ao exercício, classifica-se em pública De acordo com o art. 282, do Código de Processo Penal, as
incondicionada, condicionada a representação do ofendido ou medidas cautelares previstas no Título IX, do Código de
a resolução do Ministério da Justiça. Processo Penal, intitulado “Da Prisão, das Medidas Cautelares e
(D) na ação penal privada o querelante tem legitimidade da Liberdade Provisória”, deverão ser aplicadas observando-se
ordinária. a necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação
(E) a ação penal pública rege-se pelos princípios da ou instrução criminal e, nos casos expressamente previstos,
obrigatoriedade e disponibilidade, enquanto a privada rege-se para evitar a prática de infrações penais (inciso I), bem como
pela oportunidade e indivisibilidade. a adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias
do fato e condições pessoais do indiciado ou acusado (inciso
04. (PC/PA - Escrivão de Polícia Civil - FUNCAB/2016) II).
A ação penal pode ser classificada como Pública ou Privada, Se está falando, com isso, que urge a observância do
levando-se em consideração o responsável pelo seu binômio necessidade/adequação quando da análise de
ajuizamento. A perempção, o perdão, a decadência e a imposição de prisão processual/medida cautelar diversa da
renúncia são institutos relacionados ao prosseguimento da prisão. Pode ser que, num extremo mais gravoso, a prisão
ação penal. Sendo assim, é possível afirmar que: preventiva seja a mais adequada. Já noutro extremo, mais
(A) o perdão concedido a um dos querelados aproveitará a brando, pode ser que a liberdade provisória seja palavra de
todos, sem que produza, todavia, efeito em relação ao que o ordem. Qualquer coisa que ficar entre estes dois extremos
recusar. pode importar a imposição de medida cautelar de natureza
(B) concedido o perdão pelo querelados, mediante diversa da prisão processual.
declaração expressa nos autos, o Juiz julgará extinta a
punibilidade, independentemente da aceitação do perdão pelo Prisão em flagrante. A prisão em flagrante consiste numa
querelado. medida de autodefesa da sociedade, caracterizada pela
(C) quando, iniciada a ação penal privada, o querelante privação da liberdade de locomoção daquele que é
deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias surpreendido em situação de flagrância, independentemente
seguidos, ocorrerá a decadência. de prévia autorização judicial. A própria Constituição Federal
(D) a renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação autoriza a prisão em flagrante, em seu art. 5º, LXI, o qual afirma
a um dos autores do crime, não se estenderá aos demais. que ninguém será preso senão em flagrante delito, ou por
(E) nos casos em que somente se procede mediante queixa, ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária
considerar-se-á perempta a ação penal quando, falecendo o competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime
querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer propriamente militar, definidos em lei.
em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 30 A expressão “flagrante” deriva do latim “flagrare”, que
(trinta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo. significa “queimar”, “arder”. Isso serve para demonstrar que o
delito em flagrante é o delito que está “ardendo”, “queimando”,
05. (DPE/MT - Defensor Público - UFMT/2016) São “que acaba de acontecer”.
princípios que regem a ação penal privada: Por isso, qualquer do povo poderá, e as autoridades
(A) obrigatoriedade e intranscendência. policiais e seus agentes deverão, prender quem quer que seja
(B) indivisibilidade e obrigatoriedade. encontrado em flagrante delito.
(C) oportunidade e indisponibilidade.
(D) instranscendência e indisponibilidade. Natureza da prisão em flagrante. Trata-se de tema
(E) disponibilidade e indivisibilidade. outrora excessivamente divergente, mas que parece caminhar
para um entendimento uníssono graças ao advento da Lei nº
Respostas 12.403/11.
Conforme um primeiro entendimento, por independer de
01. Resposta: D prévia ordem judicial, a prisão em flagrante seria uma espécie
02. Resposta: D de ato administrativo, não sendo modalidade autônoma de
03. Resposta: A prisão cautelar, portanto.
04. Resposta: A Para um segundo posicionamento, a prisão em flagrante
05. Resposta: E seria modalidade de prisão cautelar autônoma, por reclamar
pronunciamento judicial acerca de sua manutenção. Este
posicionamento despreza, veja-se, a inexistência de prévia
Da prisão, das medidas ordem judicial para realizar tal prisão.
cautelares e da liberdade Por fim, de acordo com uma terceira corrente, a prisão em
flagrante é ato complexo, composto de uma primeira fase
provisória. administrativa, que se dá com sua efetivação (isto é, a captura
do acusado), e de uma segunda fase processual, que se dá com
sua apreciação pela autoridade judicial acerca de sua
A restrição da liberdade é medida excepcional na manutenção ou não de acordo com a presença dos requisitos e
natureza humana. Aqui, a despeito da existência de “prisões pressupostos ensejadores da prisão preventiva.
penais” - estudadas pelo direito penal e pela execução penal - Diz-se que o assunto caminha para a pacificação, pois, se
e da “prisão civil” (em caso de dívida de alimentos) - estudada desde a Lei nº 6.416/77 não mais se vislumbra a possibilidade
pelo direito constitucional, pelo direito internacional, e pelo de ficar alguém preso em flagrante durante todo o processo (o
direito civil - somente se estudará as tipicamente juiz, desde 1977, deveria apreciar a presença dos requisitos
denominadas “prisões processuais”, decretadas durante a fase ensejadores da prisão preventiva para manter ou não o
investigatória ou judicial. flagrante), agora, com a Lei nº 12.403/11, ficou a prisão em
Nada obstante, temas circundantes ao tópico “prisões flagrante em condição excepcionalíssima, já que, de acordo
processuais” também merecem atenção especial. Se está com o atual art. 310, CPP, o juiz, ao receber o auto de prisão em
falando, dentre outros, da liberdade provisória, com ou sem flagrante, deverá fundamentadamente relaxar a prisão se
fiança, da prisão domiciliar, e das recentes medidas cautelares ilegal (inciso I), converter a prisão em flagrante em
diversas da prisão, inauguradas pela Lei nº 12.403/11. preventiva se presentes os requisitos do art. 312, CPP e se
revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas

Noções de Direito Processual Penal 14


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

cautelares diversas da prisão (inciso II), ou conceder presentes os requisitos do art. 312, do Código de Processo
liberdade provisória, com ou sem fiança (inciso III). Penal, e quando se revelarem inadequadas as medidas
Veja-se, pois, que a prisão em flagrante se solidificou, cautelares diversas da prisão), ou conceder liberdade
atualmente, como uma “prisão pré-cautelar”, porque provisória com ou sem fiança (art. 310, CPP);
necessariamente será ato meramente primário a uma análise G) Se o juiz verificar pelo auto que o agente praticou o fato
acerca da prisão processual/medida diversa da em estado de necessidade, legítima defesa, estrito
prisão/liberdade provisória. O terceiro entendimento é o que cumprimento do dever legal, ou exercício regular de um
tende a prevalecer, portanto: a prisão em flagrante como ato direito (todos previstos no art. 23, do Código Penal), poderá,
administrativo não deve prevalecer já que a flagrância não fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade
mais é um fim em si mesmo (razão pela qual a primeira provisória, mediante termo de comparecimento a todos os
corrente “cai por terra”); a prisão em flagrante não tem atos processuais, sob pena de revogação (art. 310, parágrafo
natureza cautelar, pois é justamente a cautelaridade da único, CPP).
medida que a autoridade judicial vai buscar ao apreciar as Obtempera-se que, não havendo autoridade no lugar em
hipóteses do art. 310, CPP (razão pela qual a segunda corrente que se tiver efetuado a prisão, o preso será apresentado à
vai à bancarrota); a prisão em flagrante é, sim, ato complexo prisão do lugar mais próximo (art. 308, CPP).
(ou “pré-cautelar”), porque embora comece como um ato Por fim, se o réu se livrar solto, deverá ser posto em
administrativo, seu relaxamento ou conversão em prisão liberdade, depois de lavrado o “APF” (auto de prisão em
preventiva/liberdade provisória (isto é, sua judicialização) é flagrante) (art. 309, CPP).
meramente questão de tempo.
Espécies/modalidades de flagrante. Vejamos a
Funções da prisão em flagrante. São elas: classificação feita pela doutrina:
A) Evitar a fuga do infrator; A) Flagrante obrigatório. É aquele que se aplica às
B) Auxiliar na colheita de elementos probatórios; autoridades policiais e seus agentes, que têm o dever de
C) Impedir a consumação ou o exaurimento do delito. efetuar a prisão em flagrante;
B) Flagrante facultativo. É aquele efetuado por qualquer
Procedimento do flagrante. O procedimento da prisão pessoa do povo, embora não seja o indivíduo obrigado a
em flagrante está essencialmente descrito entre os art. 304 e prender em flagrante, caso isso ameace sua segurança e sua
310, do Código de Processo Penal: integridade;
A) Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá C) Flagrante próprio (ou flagrante perfeito) (ou flagrante
esta o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, verdadeiro). É aquele que ocorre se o agente é preso quando
entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso está cometendo a infração ou acaba de cometê-la. Sua previsão
(art. 304, caput, primeira parte, CPP); está nos incisos I e II, do art. 302, do Código de Processo Penal;
B) Em seguida, procederá a autoridade competente à oitiva D) Flagrante impróprio (ou flagrante imperfeito) (ou “quase
das testemunhas que o acompanharem e ao interrogatório do flagrante”). É aquele que o ocorre se o agente é perseguido,
acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer
oitiva, suas respectivas assinaturas, lavrando a autoridade, ao pessoa, em situação que se faça presumir ser ele autor da
final, o auto (art. 304, caput, parte final, CPP); infração. Sua previsão está no terceiro inciso, do art. 302, do
C) A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontrem Diploma Processual Penal.
serão comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Vale lembrar que não há um prazo pré-determinado para
Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele esta perseguição, desde que ela seja contínua, ininterrupta.
indicada (art. 306, caput, CPP); Assim, pode um agente ser perseguido por vinte e quatro horas
D) Resultando das respostas às perguntas feitas ao após a prática delitiva, p. ex., e ainda assim ser autuado em
acusado fundada suspeita contra o conduzido, a autoridade flagrante;
mandará recolhê-lo à prisão, exceto no caso de livrar-se solto E) Flagrante presumido (ou flagrante ficto). É aquele que
ou de prestar fiança, e prosseguirá nos atos do processo ou ocorre se o agente é encontrado, logo depois do crime, com
inquérito se para isso for competente (se não o for, enviará os instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir
autos à autoridade que o seja) (art. 304, §1º, CPP); ser ele o autor da infração. Sua previsão está no art. 302, IV,
E) A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto CPP;
de prisão em flagrante, mas, nesse caso, com o condutor F) Flagrante preparado (ou “crime de ensaio”) (ou delito
deverão assiná-lo ao menos duas pessoas que tenham putativo por obra do agente provocador). A autoridade policial
testemunhado a apresentação do preso à autoridade (art. 304, instiga o indivíduo a cometer o crime, apenas para prendê-lo
§2º, CPP). Quando o acusado se recusar a assinar, não souber em flagrante. O entendimento jurisprudencial, contudo, é no
ou não puder fazê-lo, o auto de prisão em flagrante será sentido de que esta espécie de flagrante não é válida, por se
assinado por duas testemunhas que tenham ouvido sua leitura tratar de crime impossível. Neste sentido, há até mesmo a
na presença deste (art. 304, §3º, CPP). Na falta ou no Súmula nº 145, do Supremo Tribunal Federal, segundo a qual
impedimento do escrivão, qualquer pessoa designada pela não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia
autoridade lavrará o auto, depois de prestado o compromisso torna impossível a sua consumação;
legal (art. 305, CPP); G) Flagrante esperado. Aqui, a autoridade policial sabe que
F) Em até vinte e quatro horas após a realização da prisão, o delito vai acontecer, independentemente de instigá-lo ou
será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em não, e, portanto, se limita a esperar o início da prática do delito,
flagrante, e caso o autuado não informe o nome de seu para efetuar a prisão em flagrante. Trata-se de modalidade de
advogado, será encaminhada cópia integral deste auto para a flagrante perfeitamente válida, apesar de entendimento
Defensoria Pública (art. 306, §1º, CPP); minoritário que o considera inválido pelos mesmos motivos do
E) No mesmo prazo de vinte e quatro horas, será entregue flagrante preparado;
ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela H) Flagrante forjado (ou flagrante fabricado) (ou flagrante
autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e o maquiado). É o flagrante “plantado” pela autoridade policial
das testemunhas (art. 306, §2º, CPP); (ex.: a autoridade policial coloca drogas nos objetos pessoais
F) Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz do investigado somente para prendê-lo em flagrante).
deverá fundamentadamente relaxar a prisão ilegal, ou I) Flagrante prorrogado (ou “ação controlada”) (ou
converter a prisão em flagrante em preventiva (quando flagrante protelado). A autoridade policial retarda sua

Noções de Direito Processual Penal 15


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

intervenção, para que o faça no momento mais oportuno sob o comprovada, a autoria só o ficará, de fato, quando de um
ponto de vista da colheita de provas. Sua legalidade depende eventual decreto condenatório definitivo.
de previsão legal. Atualmente, encontra-se na Lei nº No mais, há se ter em mente que, para que se decrete a
12.850/13 (“Nova Lei das Organizações Criminosas”) e na Lei prisão preventiva de alguém, basta um dos motivos ensejadores
nº 11.343/06 (“Lei de Drogas”). da prisão preventiva, mas os dois pressupostos devem estar
Na Lei nº 12.850/13, em seu art. 3º, III, a ação controlada é necessariamente previstos cumulativamente. Então, sempre
permitida em qualquer fase da persecução penal, porém ao deve haver, obrigatoriamente, os dois pressupostos
contrário do previsto pela revogada Lei nº 9.034/95, devem (existência do crime e indícios de autoria), mais ao menos um
ser observados alguns requisitos para o procedimento, tais motivo ensejador (ou a garantia da ordem pública, ou a
como: comunicar sigilosamente a ação ao juiz competente que, garantia da ordem econômica, ou o asseguramento da
se for o caso, estabelecerá os limites desta e comunicará ao aplicação da lei penal, ou a conveniência da instrução criminal,
Ministério Público; até o encerramento da diligência, o acesso ou o descumprimento de qualquer das medidas cautelares
aos autos será restrito ao juiz, ao Ministério Público e ao diversas da prisão).
delegado de polícia, como forma de garantir o êxito das
investigações e ao término da diligência, elaborar-se-á auto Motivos ensejadores da prisão preventiva. Eles estão
circunstanciado acerca da ação controlada. Outrossim, na Lei no art. 312, do Código de Processo Penal, e devem ser
nº 11.343/06, em seu art. 53, II, a ação controlada é possível, conjugadas com a prova da existência do crime e indício
desde que haja autorização judicial, ouvido o Ministério suficiente de autoria. A saber:
Público. A) Para garantia da ordem pública. É o risco considerável
de reiteração de ações delituosas, em virtude da
Apresentação espontânea do acusado. Trata-se de tema periculosidade do agente. Necessidade de afastamento do
novo, graças ao advento da Lei nº 12.403/11. convívio social.
Antes de tal diploma normativo, o art. 317, CPP, previa que O “clamor social” causado pelo delito autoriza à decretação
a apresentação espontânea do acusado à autoridade não de prisão preventiva por “garantia da ordem pública”?
impediria a decretação da prisão preventiva. Ou seja, a prisão Prevalece que sim, pois, do contrário, se o indivíduo for
em flagrante não era possível (já que não havia flagrante: foi o mantido solto, há risco de caírem as autoridades judiciais e
agente quem se apresentou à autoridade policial, e não a policiais em descrédito para com a sociedade;
autoridade policial que foi no encalço do agente), o que não B) Para garantia da ordem econômica. Trata-se do risco
obstava, contudo, a decretação de prisão preventiva. de reiteração delituosa, porém relacionado com crimes contra
Com a nova lei, tal dispositivo foi suprimido, causando a ordem econômica. A inserção deste motivo (na verdade, uma
alguma divergência doutrinária acerca da possibilidade de se espécie da garantia da ordem pública) se deu pelo art. 84, da
prender em flagrante ou não em caso de livre apresentação por Lei nº 8.884/94 (“Lei Antitruste”);
parte do acusado. Apesar de inexistir qualquer entendimento C) Por conveniência da instrução criminal. Visa-se
doutrinário/jurisprudencial consolidado, até agora tem impedir que o agente perturbe a livre produção probatória. O
prevalecido a ideia de que a apresentação espontânea objetivo, pois, é proteger o processo, as provas a que o Estado
continua impedindo a prisão em flagrante. persecutor ainda não teve acesso, e os agentes (como
testemunhas, p. ex.) que podem auxiliar no deslinde da lide;
Prisão preventiva. Em qualquer fase da investigação D) Para assegurar a aplicação da lei penal. Se ficar
policial ou do processo penal caberá a prisão preventiva demonstrado concretamente que o acusado pretende fugir, p.
decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a ex., inviabilizando futura e eventual execução da pena, impõe-
requerimento do Ministério Público, do querelante ou do se a prisão preventiva por este motivo;
assistente, ou por representação da autoridade policial (art. E) Em caso de descumprimento de qualquer das medidas
311, CPP). cautelares diversas da prisão. As “medidas cautelares diversas
De antemão já se pode observar que à autoridade judicial da prisão” são novidade no processo penal, e foram trazidas
é vedada a decretação de prisão preventiva de ofício na fase do pela Lei nº 12.403/2011.
inquérito policial (isso é novidade da Lei nº 12.403, já que
antes desta previa-se legalmente a possibilidade de decretar o Hipóteses em que se admite prisão preventiva. São
juiz prisão preventiva de ofício também durante as elas, de acordo com o art. 312, CPP:
investigações, o que era bastante criticado pela doutrina A) Nos crimes dolosos punidos com pena privativa de
garantista, uma vez que agindo assim poderia deixar de ser liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos (inciso I);
imparcial no momento de julgar a ação). B) Se o agente tiver sido condenado por outro crime
Assim, no nosso regime democrático, as funções são doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o
distintas e bem definidas: um acusa, outro defende e o terceiro disposto no art. 64, I, do Código Penal (configuração do
julga. período depurador) (inciso II);
C) Se o crime envolver violência doméstica e familiar
contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou
Pressupostos da prisão preventiva. Há se distinguir os pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas
“pressupostos” dos “motivos ensejadores” da prisão preventiva protetivas de urgência (inciso III);
(estes últimos serão estudados no tópico seguinte). São D) Quando houver dúvidas sobre a identidade civil da
pressupostos: pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes
A) Prova da existência do crime. É o chamado “fumus para esclarecê-la (neste caso, o preso deve imediatamente ser
comissi delicti”; posto em liberdade após a identificação, salvo de outra
B) Indícios suficientes de autoria. É o chamado “periculum hipótese recomendar a manutenção da medida) (parágrafo
libertatis”. único).
Chama-se a atenção, preliminarmente, que o
processualismo penal exige “prova da existência do crime”, mas Revogação da prisão preventiva. Isso é possível se, no
se contenta com “indícios suficientes de autoria”. Desta transcorrer do processo, verificar a autoridade judicial a falta
maneira, desde que haja um contexto probatório maciço de motivo para que subsista a prisão preventiva. Assim, em
acerca dos fatos, dispensa-se a certeza acerca da autoria, sentido contrário, também poder decretá-la se sobrevierem
mesmo porque, em termos práticos, caso fique realmente razões que a justifiquem.

Noções de Direito Processual Penal 16


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

De toda forma, a decisão que decretar, substituir ou De toda maneira, há se observar que o recurso em sentido
denegar a prisão preventiva será sempre motivada. estrito somente será cabível caso se indefira o requerimento
de preventiva (caso o requerimento seja deferido não há
Prisão preventiva e excludentes de culpabilidade e de previsão recursal), ou caso se revogue a medida (caso a medida
ilicitude. De acordo com o art. 314, do Diploma Processual seja mantida não há previsão recursal).
Penal, a prisão preventiva em nenhum momento será
decretada se o juiz verificar pelas provas constantes dos autos Substituição da prisão preventiva pela prisão
ter o agente praticado o fato em estado de necessidade, em domiciliar. O art. 317, da Lei Processual, inovou (graças à Lei
legítima defesa, em estrito cumprimento do dever legal, ou no nº 12.403/11) ao disciplinar que a prisão domiciliar consiste
exercício regular de um direito (excludentes de ilicitude). no recolhimento do indiciado em sua residência, só podendo
Apesar da ausência de previsão acerca das excludentes de dela ausentar-se com autorização judicial. Trata-se de medida
culpabilidade, é forte o entendimento no sentido de que o art. humanitária a ser tomada em situações especiais, desde que se
314 deve a elas ser aplicado por analogia, com exceção da comprove a real existência da excepcionalidade (parágrafo
hipótese de inimputabilidade (art. 26, caput, CP), afinal, o único, do art. 318, do Código de Processo Penal).
próprio Código de Processo Penal permite a absolvição
sumária do agente se o juiz verificar a existência de manifesta Hipóteses de substituição da prisão preventiva pela
causa excludente de culpabilidade, salvo inimputabilidade domiciliar. Isso será possível quando o agente for (art. 318,
(art. 297, II, CPP). CPP):
A) Maior de 80 (oitenta) anos (inciso I);
Inexistência de qualquer hipótese de prisão B) Extremamente debilitado por motivo de doença grave
preventiva automática. Não há se falar, sob qualquer (inciso II);
hipótese, na prisão preventiva como efeito automático de C) Imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor
algum ato. de seis anos de idade ou com deficiência (inciso III);
Um bom exemplo disso é o parágrafo primeiro, do art. 387, D) Gestante (inciso IV);
CPP (antigo parágrafo único, mas hoje renumerado pela Lei nº E) Mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade
12.736/2012), segundo o qual o juiz decidirá, incompletos (inciso V);
fundamentadamente, sobre a manutenção ou, se for o caso, F) homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do
imposição de prisão preventiva ou de outra medida cautelar, filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos. (inciso VI).
sem prejuízo do conhecimento da apelação que vier a ser
interposta. Medidas cautelares diversas da prisão. Antes do
Outro exemplo é o art. 366, da Lei Processual, pelo qual se advento da Lei nº 12.403/11, as únicas opções cabíveis na
o acusado, citado por edital, não comparecer nem constituir seara processual eram o aprisionamento cautelar do acusado
defensor, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo ou a concessão de liberdade provisória, em dois extremos
prescricional, podendo o juiz determinar a produção antagonicamente opostos que desconsideravam hipóteses em
antecipada de provas urgentes, e, se for o caso, decretar prisão que nem a liberdade e nem o aprisionamento cautelar eram as
preventiva. medidas mais adequadas. Em razão disso, após o advento da
Várias informações podem ser extraídas destes dois únicos “Nova Lei de Prisões”, inúmeras opções são conferidas no
dispositivos. vácuo deixado entre o claustro e a liberdade, opções estas
A primeira delas é que não há mais se falar em prisão conhecidas por “medidas cautelares diversas da prisão”.
preventiva como efeito automático da condenação. Pode ser o Os requisitos para fixação das medidas cautelares estão
caso de, mesmo diante de decreto condenatório, entender a previstas no art. 282 do CPP, sendo estes:
autoridade judicial que o acusado pode ficar solto esperando o - Necessidade para aplicação da lei penal, para a
trânsito em julgado do processo no qual litiga. investigação ou a instrução criminal e, nos casos
A segunda delas é a inexigibilidade de recolhimento à expressamente previstos, para evitar a prática de infrações
prisão para apelar, como se entendia no hoje revogado (pela penais;
Lei nº 11.719/08) art. 594, CPP, o que acabava por constituir - Adequação da medida à gravidade do crime,
grave ofensa ao duplo grau de jurisdição. circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou
A terceira delas, prevista no art. 366, CPP, que trata da acusado.
suspensão do processo e do prazo prescricional (e será
estudado mais à frente), atine à informação de que, ainda que Medidas cautelares diversas da prisão em espécie. Elas
foragido/ausente o acusado, deverá o magistrado estão no art. 319, do CPP, e são inovação trazida pela Lei nº
fundamentar eventual decisão que decrete prisão preventiva 12.403/2011 São elas:
deste. Desta maneira, o mero “sumiço” do acusado não é, por A) Comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas
si só, elemento decretador automático de prisão preventiva. condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar
atividades (inciso I);
Recurso de decisão acerca da prisão preventiva. B) Proibição de acesso ou frequência a determinados
Conforme o art. 581, V, CPP, se o juiz de primeiro grau indeferir lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva
requerimento de prisão preventiva ou revogar a medida o indiciado ou acusado permanecer distante destes locais para
colocando o agente em liberdade, caberá recurso em sentido evitar o risco de novas infrações (inciso II);
estrito. C) Proibição de manter contato com pessoa determinada
Uma questão que fica em zona nebulosa diz respeito à quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, dela o
revogação de prisão preventiva em prol de uma medida indiciado ou acusado deva permanecer distante (inciso III);
cautelar diversa da prisão. Há quem diga que a lógica é mesma D) Proibição de ausentar-se da Comarca, quando a
das hipóteses acima vistas que desafiam recurso em sentido permanência seja conveniente ou necessária para a
estrito, por importarem maior grau de liberdade ao agente, o investigação/instrução (inciso IV);
que denotaria o manejo de tal instrumento. Por outro lado, há E) Recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias
quem entenda que tal decisão seja irrecorrível por ausência de de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e
previsão legal expressa. Não há qualquer entendimento trabalho fixos (inciso V);
consolidado sobre o tema. F) Suspensão do exercício de função pública ou de
atividade de natureza econômica ou financeira quando houver

Noções de Direito Processual Penal 17


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais inconstitucional, por não ser dado a Medidas Provisórias
(inciso VI); regulamentar prisões. O Supremo Tribunal Federal, contudo (e
G) Internação provisória do acusado nas hipóteses de é essa a posição absolutamente prevalente), tem
crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os entendimento de que a Lei nº 7.960/89 é plenamente
peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável e constitucional.
houver risco de reiteração (inciso VII);
H) Fiança, nas infrações penais que a admitem, para Requisitos para se promover a prisão temporária.
assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a Caberá prisão temporária, de acordo com o primeiro artigo, da
obstrução de seu andamento ou em caso de resistência Lei nº 7.960/89:
injustificada à ordem judicial (inciso VIII); A) Quando esta for imprescindível para as investigações do
I) Monitoração eletrônica (inciso IX). Tal medida já havia inquérito policial (inciso I);
sido trazida para o âmbito da execução penal, pela Lei nº B) Quando o indiciado não tiver residência fixa ou não
12.258/10, e, agora, também o foi para o prisma processual. fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua
atividade (inciso II);
Possibilidade de cumulação de medidas cautelares C) Quando houver fundadas razões, de acordo com
diversas da prisão e necessidade de fundamentação, qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou
sempre, da aplicação de medida cautelar, seja ou não participação do indiciado nos crimes de homicídio doloso (art.
diversa da prisão. O art. 310, II, CPP, fornece um “norte” para 121, caput e seu §2º, CP), sequestro ou cárcere privado (art.
a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão. De 148, caput, e seus §§1º e 2º, CP), roubo (art. 157, caput, e seus
acordo com tal dispositivo, o juiz, ao receber o auto de prisão §§1º, 2º e 3º, CP), extorsão (art. 158, caput, e seus §§1º e 2º,
em flagrante, deverá converter esta prisão em preventiva, se CP), extorsão mediante sequestro (art. 159, caput, e seus §§1º,
presentes os requisitos do art. 312, CPP, e se revelarem 2º e 3º, CP), estupro e atentado violento ao pudor (art. 213,
inadequadas as medidas cautelares diversas da prisão. caput, CP), epidemia com resultado de morte (art. 267, §1º,
Isso somente demonstra que, seguindo tendência iniciada CP), envenenamento de água potável ou substância alimentícia
na execução penal, de aprisionamento corporal via pena ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, c.c. art.
privativa de liberdade somente quando estritamente 285, CP), quadrilha ou bando (art. 288, CP), genocídio em
necessário, também assim passa a acontecer no ambiente qualquer de suas formas típicas (arts. 1º, 2º e 3º, da Lei nº
processual, o que retira da prisão preventiva grande poder de 2.889/56), tráfico de drogas (art. 33, Lei nº 11.343/06), e
atuação ao se prevê-la, apenas, em último caso. Assim, crimes contra o sistema financeiro (Lei nº 7.492/86) (inciso
atualmente, primeiro o juiz verifica se é caso de liberdade III).
provisória pura e simples; depois, se é caso de liberdade Neste diapasão, uma pergunta que convém fazer é a
provisória com medida cautelar diversa da prisão; depois, se é seguinte: quantos destes requisitos precisam estar presentes
caso de liberdade provisória mais a cumulação de medidas para se decretar a prisão temporária? Há várias posições na
cautelares diversas da prisão; e, apenas por último, se é caso doutrina.
de aprisionamento processual. Um primeiro entendimento defende que o requisito “C”
Assim, toda e qualquer decisão exarada pela autoridade deve estar sempre presente, seja ao lado do requisito “A”, seja
judicial quanto ao tema “prisões processuais” deve ser ao lado do requisito “B”. Ou seja, sempre devem estar
fundamentada. Ao juiz compete decretar prisão preventiva presentes dois requisitos ao menos.
fundamentadamente; ao juiz compete conceder liberdade Um segundo entendimento, mais radical, defende que basta
provisória fundamentadamente; ao juiz compete decretar a presença de apenas um requisito.
medida cautelar diversa da prisão fundamentadamente; ao Um terceiro entendimento defende que é necessária a
juiz compete converter a medida cautelar diversa da prisão em presença dos três requisitos conjuntamente.
outra medida cautelar diversa da prisão fundamentadamente; Um quarto entendimento diz que é necessária a presença
ao juiz compete converter a medida cautelar diversa da prisão dos três requisitos, mais as situações previstas no art. 312, do
em prisão processual fundamentadamente. Código de Processo Penal, o qual regula a prisão preventiva.
Neste diapasão, outra questão que merece ser analisada Não há um entendimento prevalente, todavia.
diz respeito à possibilidade de cumulação de medidas
cautelares diversas da prisão. Prazo da prisão temporária. De acordo com o art. 2º, da
Ora, pode ser que, num determinado caso concreto, apenas Lei nº 7.960/89, o prazo da prisão temporária é de 5 (cinco)
uma medida cautelar não surta efeito, e, ainda assim, não seja dias, prorrogável por igual período em caso de comprovada e
o caso de se impor prisão processual ao acusado. Nesta extrema necessidade.
hipótese, é perfeitamente passível de se decretar mais de uma Agora, se o crime for hediondo ou equiparado, o parágrafo
medida cautelar diversa da prisão. É o caso da proibição de quarto, do art. 2º, da Lei nº 8.072/90 (popularmente
acesso a determinados lugares (art. 319, II) e a determinação conhecida por “Lei dos Crimes Hediondos”), prevê que o prazo
de comparecimento periódico em juízo (art. 319, I), como da prisão temporária será de 30 (trinta) dias, prorrogável por
exemplo, ou da suspensão do exercício da função pública (art. igual período em caso de comprovada e extrema necessidade.
319, VI) e da proibição de ausentar-se da Comarca (art. 319,
IV), como outro exemplo, ou da monitoração eletrônica (art. Procedimento da prisão temporária. O procedimento
319, IX) e da fiança (art. 319, VIII), como último exemplo. Tudo está previsto nos arts. 2º e 3º, da Lei nº 7.960/89:
depende, insiste-se, da necessidade da medida, e da devida A) A prisão temporária não pode ser decretada de ofício
fundamentação feita pela autoridade policial. pelo juiz, dependendo de representação da autoridade policial
ou de requerimento do Ministério Público (na hipótese de
Prisão temporária. A prisão temporária é uma das representação da autoridade policial, o juiz, antes de decidir,
espécies de prisão cautelar, mais apropriada para a fase deverá ouvir o Ministério Público);
preliminar ao processo, tendo vindo como substitutiva da B) O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser
suspeita (e ilegal/inconstitucional) “prisão para fundamentado e prolatado dentro do prazo de vinte e quatro
averiguações”. Embora não prevista no Código de Processo horas, contados a partir do recebimento da representação ou
Penal, a Lei nº 7.960/89 a regulamenta. do requerimento;
Esta lei tem origem na Medida Provisória nº 111/89, razão C) O juiz poderá, de ofício ou a requerimento do Ministério
pela qual parcela minoritária da doutrina afirma ser tal lei Público e do advogado, determinar que o preso lhe seja

Noções de Direito Processual Penal 18


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

apresentado, solicitar informações e esclarecimentos da presos provisórios e presos definitivos, de que tratam o art.
autoridade policial e submetê-lo a exame de corpo de delito; 300, da Lei Processual Penal, e o art. 84, caput, da Lei nº
D) Decretada a prisão temporária, se expedirá mandado de 7.210/84.
prisão (em duas vias), uma das quais será entregue ao
indiciado e servirá como nota de culpa. Vale lembrar que a Particularidade acerca da prisão especial para quem,
prisão somente poderá ser executada depois de expedido o efetivamente, exerceu a função de jurado. O art. 295, X, do
mandado judicial (aqui reside a principal diferença em relação Código de Processo Penal, prevê que os cidadãos que já
à “prisão para averiguações”, extinta pela Lei nº 7.960/89, em tiverem exercido efetivamente a função de jurado terão direito
que a autoridade policial meramente recolhia o indivíduo ao à prisão especial.
claustro e se limitava a notificar a autoridade judicial disso); Tal dispositivo guardava absoluta consonância com o art.
E) Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o 439, CPP, com redação dada pela Lei nº 11.689/08, segundo o
preso dos direitos previstos no art. 5º, da Constituição Federal qual o exercício efetivo da função de jurado constituiria
(vale lembrar que os presos temporários deverão permanecer, serviço público relevante e asseguraria prisão especial.
obrigatoriamente, separados dos demais detentos); No entanto, a Lei nº 12.403/11 (“Nova Lei de Prisões”) deu
F) Decorrido o prazo de prisão temporária, o indivíduo nova redação a este art. 439, para prever, apenas, que o
deverá ser imediatamente posto em liberdade, salvo se tiver exercício efetivo da função de jurado constituirá serviço
havido a conversão da medida em prisão preventiva. público relevante e estabelecerá presunção de idoneidade
moral. Há se observar, pois, que nada mais se fala acerca da
Prisão especial. De acordo com o art. 295, do Código de função de jurado dar direito à prisão especial.
Processo Penal, serão recolhidos a quartéis ou a prisão Por tal razão, apesar de ser tema recente na doutrina e na
especial, à disposição da autoridade competente, quando jurisprudência, tem prevalecido o entendimento de que o art.
sujeitos a prisão antes de condenação definitiva: 295, X, CPP, foi tacitamente revogado, e, atualmente, não mais
A) Os ministros de Estado (inciso I); é possível a concessão ao direito de prisão especial àquele que
B) Os Governadores ou Interventores de Estados ou efetivamente exerceu a função de jurado.
Territórios, o Prefeito do Distrito Federal, seus respectivos
secretários, os Prefeitos Municipais, os Vereadores e os chefes Liberdade provisória, com ou sem fiança. Ausentes os
de Polícia (inciso II). Vale lembrar que este dispositivo tem requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva ou
redação dada pela Lei nº 3.181/57, por isso a expressão de medida(s) cautelar(es) diversa(s) da prisão, o juiz deverá
“Prefeito do Distrito Federal”. Hoje esta expressão não mais se conceder ao acusado liberdade provisória. Trata-se de
opera, haja vista possuir o Distrito Federal um Governador, e garantia assegurada constitucionalmente, no art. 5º, LXVI, da
não um Prefeito; Constituição Federal, segundo o qual ninguém será levado à
C) Os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de prisão ou nela mantido quando a lei admitir a liberdade
Economia Nacional e das Assembleias Legislativas dos Estados provisória, com ou sem fiança.
(inciso III);
D) Os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito" (inciso IV); Espécies de liberdade provisória. São, tradicionalmente,
E) Os oficiais das Forças Armadas e os militares dos três as espécies de liberdade provisória, a saber, a obrigatória,
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios (inciso V); a permitida, e a vedada:
F) Os magistrados (inciso VI); A) Liberdade provisória obrigatória. O entendimento
G) Os diplomados por qualquer das faculdades superiores prevalente na doutrina, atualmente, é o de que a liberdade
da República (inciso VII); provisória concedida ao acusado que “se livra solto” foi
H) Os ministros de confissão religiosa (inciso VIII); revogada pela Lei nº 12.403/11, já que, após tal conjunto
I) Os ministros do Tribunal de Contas (inciso IX); normativo, não mais é a liberdade provisória mera medida de
J) Os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a contracautela à imposição de prisão preventiva, podendo ser
função de jurado, salvo quando excluídos da lista por motivo o caso atualmente, portanto, de liberdade provisória
de incapacidade para o exercício daquela função (inciso X); juntamente ou não com medida cautelar diversa da prisão.
K) Os Delegados de Polícia e os Guardas-Civis dos Estados Mesmo porque, o art. 321, CPP, que previa esta hipótese em
e Territórios, ativos e inativos (inciso XI). que o acusado “se livrava solto” foi revogado, tendo sido
substituído por redação absolutamente diferente da anterior.
Conceito e finalidade da prisão especial. Não se pode Assim, conforme entendimento doutrinário prevalente, a
considerar a prisão especial uma modalidade autônoma de “liberdade provisória obrigatória” foi suprimida pelo advento
prisão cautelar, sendo, apenas, uma forma especial de da Lei nº 12.403/11;
cumprimento da prisão cautelar (ela somente é cabível, como B) Liberdade provisória permitida. Se não for o caso da
se pode extrair da leitura da cabeça do art. 295, CPP, “antes da conversão da prisão em flagrante em preventiva por estarem
condenação definitiva”; depois do decreto condenatório presentes os requisitos de tal prisão processual (art. 310, II,
consumado, cessa esta “regalia” para o preso provisório). CPP), ou, se não houver hipótese que enseje a determinação de
Com efeito, a prisão especial consiste exclusivamente no prisão preventiva por si só (art. 321, CPP), ou se o juiz verificar
recolhimento em local distinto da prisão comum. Não havendo que o indivíduo praticou o fato em excludente de
estabelecimento específico para o preso especial, este será ilicitude/culpabilidade (art. 310, parágrafo único, CPP), é
recolhido em cela distinta do mesmo estabelecimento. permitido à autoridade judicial a concessão de liberdade
Ademais, a cela especial poderá consistir em alojamento provisória, cumulada ou não com as medidas cautelares
coletivo, atendidos os requisitos de salubridade do ambiente, diversas da prisão;
pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e C) Liberdade provisória vedada. O entendimento
condicionamento térmico adequados à existência humana. prevalente da doutrina e da jurisprudência, mesmo antes da
Ressalvada a previsão do quarto parágrafo, do art. 295, do Lei nº 12.403/11, é o de que a liberdade provisória não pode
Código de Processo Penal, que prevê que o preso especial não ser vedada, admita ou não o delito fiança, e, ainda,
será transportado juntamente com o preso comum, os demais independentemente do que diz o diploma legal. Isto ficou
direitos e deveres do preso especial serão os mesmos do preso ainda mais clarividente com a “Nova Lei de Prisões”, de
comum. maneira que, atualmente, é possível liberdade provisória com
Por fim, não se deve confundir a prisão especial de que fiança, liberdade provisória sem fiança, liberdade provisória
trata o art. 295, CPP, com a exigência de separação entre com a cumulação de medida cautelar, liberdade provisória sem

Noções de Direito Processual Penal 19


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

a cumulação de medida cautelar, liberdade provisória mediante A) De um a cem salários mínimos, quando se tratar de
o cumprimento de obrigações, e liberdade provisória sem o infração cuja pena privativa de liberdade, no grau máximo, não
cumprimento de obrigações. for superior a quatro anos (inciso I);
B) De dez a duzentos salários mínimos, quando o máximo
Vedações à liberdade provisória: inconstitucionalidade. da pena privativa de liberdade cominada for superior a quatro
Decisões nesse sentido: Estatuto do desarmamento: ADIN anos (inciso II).
3.112/07 (decisão erga omnes) e Lei de Drogas: HC Vale lembrar que, de acordo com o art. 330, do Código de
104.339/SP (STF). Processo Penal, a fiança será sempre definitiva, e consistirá em
depósito de dinheiro, pedras, objetos ou metais preciosos, títulos
da dívida pública (federal, estadual ou municipal), ou em
Recurso em sede de liberdade provisória. Consoante o hipoteca inscrita em primeiro lugar. A avaliação de imóvel ou
art. 581, V, do Código de Processo Penal, a decisão que de pedras/objetos/metais preciosos será feita por perito
conceder liberdade provisória desafia recurso em sentido nomeado pela autoridade. Quando a fiança consistir em caução
estrito. Já a decisão que negar tal instituto é irrecorrível, de títulos da dívida pública, o valor será determinado pela sua
podendo ser combatida pela via do habeas corpus, que não é cotação em Bolsa.
recurso, mas meio autônomo de impugnação.
Dispensa/redução/aumento da fiança. Se assim
Fiança. A fiança é instituto que teve seu âmbito de recomendar a situação econômica do preso, a fiança poderá
aplicação reforçado e ampliado pela Lei nº 12.403/11, seja ser (primeiro parágrafo, do art. 325, CPP):
através de sua permissão para delitos que antes não a A) Dispensada, na forma do art. 350 deste Código (inciso
permitiam, seja através de sua existência como medida I). Neste caso, o juiz analisa a capacidade econômica do acusado
cautelar diversa da prisão, seja como condicionante ou não da e, verificando ser esta baixa, concede-lhe a liberdade provisória
concessão de liberdade provisória. e o sujeita às condições dos arts. 327 e 328, CPP. Vale lembrar
que essa “prova de capacidade econômica” pode ser feita de
Agente concessor de fiança. Em regra, a fiança é qualquer maneira, e, uma vez demonstrada, prevalece não ser
requerida à autoridade judicial, que decidirá em quarenta e mera discricionariedade do magistrado concedê-la, mas sim
oito horas (art. 322, parágrafo único, do Código de Processo direito subjetivo do beneficiário;
Penal). B) Reduzida até o máximo de dois terços (inciso II);
A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos C) Aumentada em até mil vezes (inciso III).
casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não
seja superior a quatro anos (art. 322, caput, CPP).
Variação de Redução de
Diminuição
Hipóteses que não admitem fiança (crimes acordo com a 2/3
inafiançáveis). De acordo com os arts. 323 e 324, do Código situação Até 1000
econômica Aumento
de Processo Penal, não será concedida fiança: vezes
A) Nos crimes de racismo (art. 323, inciso I). Segue-se, aqui,
o art. 5º, XLII, da Constituição Federal; Destinação da Fiança. O que acontece com os valores
B) Nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e pagos depois de arbitrada a fiança? O juiz irá tomar as
drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes seguintes providências:
hediondos (art. 323, inciso II). Segue-se, aqui, o art. 5º, XLIII, da A) Pagamento de custas;
Constituição Federal; B) Indenização do dano;
C) Nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou C) Pagamento de prestação pecuniária;
militares, contra a ordem constitucional e o Estado D) Pagamento de multa;
Democrático (art. 323, inciso III). Segue-se, aqui, o art. 5º, XLIV, E) Remanescente será devolvido.
da Constituição Federal;
D) Aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança Objeto da Fiança.
anteriormente concedida ou infringido, sem motivo justo, A) Depósito em dinheiro;
qualquer das obrigações a que se referem os arts. 327 e 328 do B) Pedras, objetos ou metais preciosos;
Código de Processo Penal (art. 324, inciso I); C) Títulos da dívida pública;
E) Em caso de prisão civil ou militar (art. 324, inciso II); D) Hipoteca de imóvel.
F) Quando presentes os motivos que autorizam a
decretação da prisão preventiva (art. 312) (art. 324, inciso III); Obrigações do afiançado e quebra da fiança. A
G) Art. 3º, da Lei nº 9.613/98 (“Lei de Lavagem de concessão de liberdade provisória com fiança obriga o
Capitais”). Tal dispositivo preceitua que os crimes previstos na afiançado às seguintes condições:
“Lei de Lavagem de Capitais” são insuscetíveis de fiança; A) A fiança obrigará o afiançado a comparecer perante a
H) Art. 31, da Lei nº 7.492/86 (“Lei de Crimes contra o autoridade todas as vezes que for intimado para atos do
Sistema Financeiro”). Tal dispositivo afirma que os crimes inquérito, da instrução criminal, e do julgamento (art. 327,
previstos nesta lei, e apenados com reclusão, não serão CPP);
passíveis de fiança se presentes os motivos ensejadores da B) O afiançado não poderá mudar de residência sem prévia
prisão preventiva. permissão da autoridade processante (art. 328, primeira
parte, CPP);
Valor da fiança. Para determinar o valor da fiança, a C) O afiançado não poderá ausentar-se por mais de oito
autoridade terá em consideração a natureza da infração, as dias de sua residência sem comunicar à autoridade
condições pessoais de fortuna e vida pregressa do acusado, as processante onde possa ser encontrado (art. 328, segunda
circunstâncias indicativas de sua periculosidade, bem como a parte, CPP);
importância provável das custas do processo, até final D) O afiançado deverá comparecer, uma vez intimado, a
julgamento (art. 326, CPP). todos os atos do processo, salvo justo motivo (art. 341, I, CPP);
Neste diapasão, de acordo com o art. 325, da Lei Processual E) O afiançado não poderá obstar deliberadamente o
Penal, o valor da fiança será fixado pela autoridade que a andamento processual (art. 341, II, CPP);
conceder nos seguintes limites:

Noções de Direito Processual Penal 20


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

F) O afiançado não poderá descumprir medida cautelar § 2o As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz, de
cumulativamente imposta com a fiança (art. 341, III, CPP); ofício ou a requerimento das partes ou, quando no curso da
G) O afiançado não poderá resistir injustificadamente à investigação criminal, por representação da autoridade
ordem judicial (art. 341, IV, CPP); policial ou mediante requerimento do Ministério Público.
H) O afiançado não poderá praticar nova infração penal § 3o Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de
dolosa (art. 341, V, CPP). ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida
Descumprida qualquer destas condições, estará ocorrendo cautelar, determinará a intimação da parte contrária,
a chamada quebra de fiança, consoante a cabeça do art. 341, acompanhada de cópia do requerimento e das peças
CPP, que poderá importar a perda de metade de seu valor (que necessárias, permanecendo os autos em juízo.
será revertido em favor do fundo penitenciário após deduzidas § 4o No caso de descumprimento de qualquer das
as custas e demais encargos a que o acusado estiver obrigado, obrigações impostas, o juiz, de ofício ou mediante
conforme prevê o art. 346, CPP), a imposição de outras requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do
medidas cautelares ou a decretação de prisão preventiva (se querelante, poderá substituir a medida, impor outra em
for o caso), bem como a impossibilidade de nova prestação de cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva
fiança no mesmo processo. (art. 312, parágrafo único).
Da decisão que julga quebrada a fiança cabe recurso em § 5o O juiz poderá revogar a medida cautelar ou
sentido estrito (art. 581, VII, CPP). substituí-la quando verificar a falta de motivo para que
subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões
Perda da fiança. Se o acusado, condenado, não que a justifiquem.
comparecer para o início do cumprimento da pena privativa § 6o A prisão preventiva será determinada quando não
de liberdade definitivamente imposta, independentemente do for cabível a sua substituição por outra medida cautelar (art.
regime, a fiança será dada por perdida. Neste caso, consoante 319).
o art. 345, da Lei Processual, o seu valor, deduzidas as custas e
demais encargos a que o acusado estiver obrigado, será Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante
recolhido ao fundo penitenciário. delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade
Da decisão que julga perdida a fiança cabe recurso em judiciária competente, em decorrência de sentença
sentido estrito (art. 581, VII, CPP). condenatória transitada em julgado ou, no curso da
investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária
Cassação da fiança. A fiança a ser cassada, como regra, é ou prisão preventiva.
aquela concedida equivocadamente (ex.: foi concedida fiança § 1o As medidas cautelares previstas neste Título não se
ao réu mesmo tendo ele praticado crime hediondo). Apenas o aplicam à infração a que não for isolada, cumulativa ou
Poder Judiciário pode determinar a cassação, de ofício ou a alternativamente cominada pena privativa de liberdade.
requerimento da parte. § 2o A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a
Ademais, caso haja inovação na tipificação delitiva, e o qualquer hora, respeitadas as restrições relativas à
novo tipo vede fiança outrora concedida, também é caso de sua inviolabilidade do domicílio.
cassação.
Da decisão que julga cassada a fiança cabe recurso em Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a
sentido estrito (art. 581, V, CPP). indispensável no caso de resistência ou de tentativa de fuga
do preso.
Reforço da fiança. Trata-se de um implemento à fiança
outrora prestada, seja porque o foi de maneira insuficiente, Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará expedir
seja porque ocorreu nova tipificação do delito fazendo-se o respectivo mandado.
mister a elevação de seu valor, seja porque ocorreu o Parágrafo único. O mandado de prisão:
perecimento de bens hipotecados, seja porque ocorreu a a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade;
depreciação de pedras/metais/objetos preciosos. Se tal b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu
reforço não for realizado, a fiança será julgada sem efeito nome, alcunha ou sinais característicos;
(fiança inidônea). c) mencionará a infração penal que motivar a prisão;
Da decisão que julga sem efeito a fiança cabe recurso em d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando
sentido estrito (art. 581, V, CPP). afiançável a infração;
e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe
Em seguida, se faz necessária a leitura atenta dos execução.
dispositivos contidos no Código de Processo Penal referente aos
artigos que serão objeto de questionamento no presente Art. 286. O mandado será passado em duplicata, e o
concurso: executor entregará ao preso, logo depois da prisão, um dos
exemplares com declaração do dia, hora e lugar da
TÍTULO IX diligência. Da entrega deverá o preso passar recibo no outro
DA PRISÃO, DAS MEDIDAS CAUTELARES E DA exemplar; se recusar, não souber ou não puder escrever, o
LIBERDADE PROVISÓRIA fato será mencionado em declaração, assinada por duas
testemunhas.
Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título
deverão ser aplicadas observando-se a: Art. 287. Se a infração for inafiançável, a falta de exibição
I - necessidade para aplicação da lei penal, para a do mandado não obstará à prisão, e o preso, em tal caso, será
investigação ou a instrução criminal e, nos casos imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido o
expressamente previstos, para evitar a prática de infrações mandado.
penais;
II - adequação da medida à gravidade do crime, Art. 288. Ninguém será recolhido à prisão, sem que seja
circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou exibido o mandado ao respectivo diretor ou carcereiro, a
acusado. quem será entregue cópia assinada pelo executor ou
§ 1o As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada apresentada a guia expedida pela autoridade competente,
ou cumulativamente.

Noções de Direito Processual Penal 21


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

devendo ser passado recibo da entrega do preso, com Art. 292. Se houver, ainda que por parte de terceiros,
declaração de dia e hora. resistência à prisão em flagrante ou à determinada por
Parágrafo único. O recibo poderá ser passado no próprio autoridade competente, o executor e as pessoas que o
exemplar do mandado, se este for o documento exibido. auxiliarem poderão usar dos meios necessários para
defender-se ou para vencer a resistência, do que tudo se
Art. 289. Quando o acusado estiver no território lavrará auto subscrito também por duas testemunhas.
nacional, fora da jurisdição do juiz processante, será Parágrafo único. É vedado o uso de algemas em mulheres
deprecada a sua prisão, devendo constar da precatória o grávidas durante os atos médico-hospitalares preparatórios
inteiro teor do mandado. para a realização do parto e durante o trabalho de parto,
§ 1o Havendo urgência, o juiz poderá requisitar a prisão bem como em mulheres durante o período de puerpério
por qualquer meio de comunicação, do qual deverá constar o imediato. (Redação dada pela Lei nº 13.434, de 2017)
motivo da prisão, bem como o valor da fiança se arbitrada.
§ 2o A autoridade a quem se fizer a requisição tomará as Art. 293. Se o executor do mandado verificar, com
precauções necessárias para averiguar a autenticidade da segurança, que o réu entrou ou se encontra em alguma casa,
comunicação. o morador será intimado a entregá-lo, à vista da ordem de
§ 3o O juiz processante deverá providenciar a remoção prisão. Se não for obedecido imediatamente, o executor
do preso no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da convocará duas testemunhas e, sendo dia, entrará à força na
efetivação da medida. casa, arrombando as portas, se preciso; sendo noite, o
executor, depois da intimação ao morador, se não for
Art. 289-A. O juiz competente providenciará o imediato atendido, fará guardar todas as saídas, tornando a casa
registro do mandado de prisão em banco de dados mantido incomunicável, e, logo que amanheça, arrombará as portas e
pelo Conselho Nacional de Justiça para essa finalidade. efetuará a prisão.
§ 1o Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão Parágrafo único. O morador que se recusar a entregar o
determinada no mandado de prisão registrado no Conselho réu oculto em sua casa será levado à presença da autoridade,
Nacional de Justiça, ainda que fora da competência para que se proceda contra ele como for de direito.
territorial do juiz que o expediu.
§ 2o Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão Art. 294. No caso de prisão em flagrante, observar-se-á o
decretada, ainda que sem registro no Conselho Nacional de disposto no artigo anterior, no que for aplicável.
Justiça, adotando as precauções necessárias para averiguar
a autenticidade do mandado e comunicando ao juiz que a Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial,
decretou, devendo este providenciar, em seguida, o registro à disposição da autoridade competente, quando sujeitos a
do mandado na forma do caput deste artigo. prisão antes de condenação definitiva:
§ 3o A prisão será imediatamente comunicada ao juiz do I - os ministros de Estado;
local de cumprimento da medida o qual providenciará a II - os governadores ou interventores de Estados ou
certidão extraída do registro do Conselho Nacional de Justiça Territórios, o prefeito do Distrito Federal, seus respectivos
e informará ao juízo que a decretou. secretários, os prefeitos municipais, os vereadores e os chefes
§ 4o O preso será informado de seus direitos, nos termos de Polícia;
do inciso LXIII do art. 5o da Constituição Federal e, caso o III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de
autuado não informe o nome de seu advogado, será Economia Nacional e das Assembleias Legislativas dos
comunicado à Defensoria Pública. Estados;
§ 5o Havendo dúvidas das autoridades locais sobre a IV - os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito";
legitimidade da pessoa do executor ou sobre a identidade do V – os oficiais das Forças Armadas e os militares dos
preso, aplica-se o disposto no § 2o do art. 290 deste Código. Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;
§ 6o O Conselho Nacional de Justiça regulamentará o VI - os magistrados;
registro do mandado de prisão a que se refere o caput deste VII - os diplomados por qualquer das faculdades
artigo. superiores da República;
VIII - os ministros de confissão religiosa;
Art. 290. Se o réu, sendo perseguido, passar ao território IX - os ministros do Tribunal de Contas;
de outro município ou comarca, o executor poderá efetuar- X - os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a
lhe a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o função de jurado, salvo quando excluídos da lista por motivo
imediatamente à autoridade local, que, depois de lavrado, se de incapacidade para o exercício daquela função;
for o caso, o auto de flagrante, providenciará para a remoção XI - os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados
do preso. e Territórios, ativos e inativos.
§ 1o - Entender-se-á que o executor vai em perseguição do § 1o A prisão especial, prevista neste Código ou em outras
réu, quando: leis, consiste exclusivamente no recolhimento em local
a) tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção, distinto da prisão comum.
embora depois o tenha perdido de vista; § 2o Não havendo estabelecimento específico para o preso
b) sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o especial, este será recolhido em cela distinta do mesmo
réu tenha passado, há pouco tempo, em tal ou qual direção, estabelecimento.
pelo lugar em que o procure, for no seu encalço. § 3o A cela especial poderá consistir em alojamento
§ 2o Quando as autoridades locais tiverem fundadas coletivo, atendidos os requisitos de salubridade do ambiente,
razões para duvidar da legitimidade da pessoa do executor pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e
ou da legalidade do mandado que apresentar, poderão pôr condicionamento térmico adequados à existência humana.
em custódia o réu, até que fique esclarecida a dúvida. § 4o O preso especial não será transportado juntamente
com o preso comum.
Art. 291. A prisão em virtude de mandado entender-se-á § 5o Os demais direitos e deveres do preso especial serão
feita desde que o executor, fazendo-se conhecer do réu, Ihe os mesmos do preso comum.
apresente o mandado e o intime a acompanhá-lo.

Noções de Direito Processual Penal 22


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Art. 296. Os inferiores e praças de pré, onde for possível, de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado
serão recolhidos à prisão, em estabelecimentos militares, de pela pessoa presa. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
acordo com os respectivos regulamentos.
Art. 305. Na falta ou no impedimento do escrivão,
Art. 297. Para o cumprimento de mandado expedido pela qualquer pessoa designada pela autoridade lavrará o auto,
autoridade judiciária, a autoridade policial poderá expedir depois de prestado o compromisso legal.
tantos outros quantos necessários às diligências, devendo
neles ser fielmente reproduzido o teor do mandado original. Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se
encontre serão comunicados imediatamente ao juiz
Art. 298 - (Revogado). competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à
pessoa por ele indicada.
Art. 299. A captura poderá ser requisitada, à vista de § 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização
mandado judicial, por qualquer meio de comunicação, da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de
tomadas pela autoridade, a quem se fizer a requisição, as prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de
precauções necessárias para averiguar a autenticidade seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública.
desta. § 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante
recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o
Art. 300. As pessoas presas provisoriamente ficarão motivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas.
separadas das que já estiverem definitivamente condenadas,
nos termos da lei de execução penal. Art. 307. Quando o fato for praticado em presença da
Parágrafo único. O militar preso em flagrante delito, autoridade, ou contra esta, no exercício de suas funções,
após a lavratura dos procedimentos legais, será recolhido a constarão do auto a narração deste fato, a voz de prisão, as
quartel da instituição a que pertencer, onde ficará preso à declarações que fizer o preso e os depoimentos das
disposição das autoridades competentes. testemunhas, sendo tudo assinado pela autoridade, pelo
preso e pelas testemunhas e remetido imediatamente ao juiz
CAPÍTULO II a quem couber tomar conhecimento do fato delituoso, se não
DA PRISÃO EM FLAGRANTE o for a autoridade que houver presidido o auto.

Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades Art. 308. Não havendo autoridade no lugar em que se
policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja tiver efetuado a prisão, o preso será logo apresentado à do
encontrado em flagrante delito. lugar mais próximo.

Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: Art. 309. Se o réu se livrar solto, deverá ser posto em
I - está cometendo a infração penal; liberdade, depois de lavrado o auto de prisão em flagrante.
II - acaba de cometê-la;
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz
ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça deverá fundamentadamente:
presumir ser autor da infração; I - relaxar a prisão ilegal; ou
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, II - converter a prisão em flagrante em preventiva,
objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste
infração. Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as
medidas cautelares diversas da prisão; ou
Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.
em flagrante delito enquanto não cessar a permanência. Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão
em flagrante, que o agente praticou o fato nas condições
Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do Decreto-
ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal,
entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade
preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o provisória, mediante termo de comparecimento a todos os
acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a atos processuais, sob pena de revogação.
imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas
respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o CAPÍTULO III
auto. DA PRISÃO PREVENTIVA
§ 1o Resultando das respostas fundada a suspeita contra
o conduzido, a autoridade mandará recolhê-lo à prisão, Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do
exceto no caso de livrar-se solto ou de prestar fiança, e processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo
prosseguirá nos atos do inquérito ou processo, se para isso for juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento
competente; se não o for, enviará os autos à autoridade que do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por
o seja. representação da autoridade policial.
§ 2o A falta de testemunhas da infração não impedirá o
auto de prisão em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como
deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam garantia da ordem pública, da ordem econômica, por
testemunhado a apresentação do preso à autoridade. conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a
§ 3o Quando o acusado se recusar a assinar, não souber aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do
ou não puder fazê-lo, o auto de prisão em flagrante será crime e indício suficiente de autoria.
assinado por duas testemunhas, que tenham ouvido sua Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser
leitura na presença deste. decretada em caso de descumprimento de qualquer das
§ 4º Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá obrigações impostas por força de outras medidas cautelares
constar a informação sobre a existência de filhos, respectivas (art. 282, § 4o).
idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato

Noções de Direito Processual Penal 23


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será III - proibição de manter contato com pessoa
admitida a decretação da prisão preventiva: determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante;
liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em permanência seja conveniente ou necessária para a
sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no investigação ou instrução;
inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos
dezembro de 1940 - Código Penal; dias de folga quando o investigado ou acusado tenha
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar residência e trabalho fixos;
contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou VI - suspensão do exercício de função pública ou de
pessoa com deficiência, para garantir a execução das atividade de natureza econômica ou financeira quando
medidas protetivas de urgência; houver justo receio de sua utilização para a prática de
IV - (Revogado). infrações penais;
Parágrafo único. Também será admitida a prisão VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de
preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os
pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art.
para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração;
imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar
outra hipótese recomendar a manutenção da medida. o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do
seu andamento ou em caso de resistência injustificada à
Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será ordem judicial;
decretada se o juiz verificar pelas provas constantes dos IX - monitoração eletrônica.
autos ter o agente praticado o fato nas condições previstas § 1º ao §3º (Revogados).
nos incisos I, II e III do caput do art. 23 do Decreto-Lei § 4o A fiança será aplicada de acordo com as disposições
no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal. do Capítulo VI deste Título, podendo ser cumulada com
outras medidas cautelares.
Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a
prisão preventiva será sempre motivada. Art. 320. A proibição de ausentar-se do País será
comunicada pelo juiz às autoridades encarregadas de
Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no fiscalizar as saídas do território nacional, intimando-se o
correr do processo, verificar a falta de motivo para que indiciado ou acusado para entregar o passaporte, no prazo
subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões de 24 (vinte e quatro) horas.
que a justifiquem.
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO IV DA LIBERDADE PROVISÓRIA, COM OU SEM FIANÇA
DA PRISÃO DOMICILIAR
Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a
Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do decretação da prisão preventiva, o juiz deverá conceder
indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas
ausentar-se com autorização judicial. cautelares previstas no art. 319 deste Código e observados os
critérios constantes do art. 282 deste Código.
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela
domiciliar quando o agente for: Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder
I - maior de 80 (oitenta) anos; fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade
II - extremamente debilitado por motivo de doença máxima não seja superior a 4 (quatro) anos.
grave; Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa requerida ao juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito)
menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; horas.
IV - gestante; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade Art. 323. Não será concedida fiança:
incompletos; (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) I - nos crimes de racismo;
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes
do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos. (Incluído e drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes
pela Lei nº 13.257, de 2016) hediondos;
Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou
idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo. militares, contra a ordem constitucional e o Estado
Democrático;
CAPÍTULO V
DAS OUTRAS MEDIDAS CAUTELARES Art. 324. Não será, igualmente, concedida fiança:
I - aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança
Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão: anteriormente concedida ou infringido, sem motivo justo,
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas qualquer das obrigações a que se referem os arts. 327 e 328
condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar deste Código;
atividades; II - em caso de prisão civil ou militar;
II - proibição de acesso ou frequência a determinados III - (Revogado).
lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, IV - quando presentes os motivos que autorizam a
deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses decretação da prisão preventiva (art. 312).
locais para evitar o risco de novas infrações;
Art. 325. O valor da fiança será fixado pela autoridade
que a conceder nos seguintes limites:

Noções de Direito Processual Penal 24


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

I - de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando se Art. 333. Depois de prestada a fiança, que será concedida
tratar de infração cuja pena privativa de liberdade, no grau independentemente de audiência do Ministério Público, este
máximo, não for superior a 4 (quatro) anos; terá vista do processo a fim de requerer o que julgar
II - de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários mínimos, conveniente.
quando o máximo da pena privativa de liberdade cominada
for superior a 4 (quatro) anos. Art. 334. A fiança poderá ser prestada enquanto não
§ 1o Se assim recomendar a situação econômica do preso, transitar em julgado a sentença condenatória.
a fiança poderá ser:
I - dispensada, na forma do art. 350 deste Código; Art. 335. Recusando ou retardando a autoridade policial
II - reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços); ou a concessão da fiança, o preso, ou alguém por ele, poderá
III - aumentada em até 1.000 (mil) vezes. prestá-la, mediante simples petição, perante o juiz
competente, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas.
Art. 326. Para determinar o valor da fiança, a autoridade
terá em consideração a natureza da infração, as condições Art. 336. O dinheiro ou objetos dados como fiança
pessoais de fortuna e vida pregressa do acusado, as servirão ao pagamento das custas, da indenização do dano,
circunstâncias indicativas de sua periculosidade, bem como a da prestação pecuniária e da multa, se o réu for condenado.
importância provável das custas do processo, até final Parágrafo único. Este dispositivo terá aplicação ainda no
julgamento. caso da prescrição depois da sentença condenatória (art. 110
do Código Penal).
Art. 327. A fiança tomada por termo obrigará o
afiançado a comparecer perante a autoridade, todas as vezes Art. 337. Se a fiança for declarada sem efeito ou passar
que for intimado para atos do inquérito e da instrução em julgado sentença que houver absolvido o acusado ou
criminal e para o julgamento. Quando o réu não comparecer, declarada extinta a ação penal, o valor que a constituir,
a fiança será havida como quebrada. atualizado, será restituído sem desconto, salvo o disposto no
parágrafo único do art. 336 deste Código.
Art. 328. O réu afiançado não poderá, sob pena de
quebramento da fiança, mudar de residência, sem prévia Art. 338. A fiança que se reconheça não ser cabível na
permissão da autoridade processante, ou ausentar-se por espécie será cassada em qualquer fase do processo.
mais de 8 (oito) dias de sua residência, sem comunicar àquela
autoridade o lugar onde será encontrado. Art. 339. Será também cassada a fiança quando
reconhecida a existência de delito inafiançável, no caso de
Art. 329. Nos juízos criminais e delegacias de polícia, inovação na classificação do delito.
haverá um livro especial, com termos de abertura e de
encerramento, numerado e rubricado em todas as suas folhas Art. 340. Será exigido o reforço da fiança:
pela autoridade, destinado especialmente aos termos de I - quando a autoridade tomar, por engano, fiança
fiança. O termo será lavrado pelo escrivão e assinado pela insuficiente;
autoridade e por quem prestar a fiança, e dele extrair-se-á II - quando houver depreciação material ou perecimento
certidão para juntar-se aos autos. dos bens hipotecados ou caucionados, ou depreciação dos
Parágrafo único. O réu e quem prestar a fiança serão metais ou pedras preciosas;
pelo escrivão notificados das obrigações e da sanção III - quando for inovada a classificação do delito.
previstas nos arts. 327 e 328, o que constará dos autos. Parágrafo único. A fiança ficará sem efeito e o réu será
recolhido à prisão, quando, na conformidade deste artigo,
Art. 330. A fiança, que será sempre definitiva, consistirá não for reforçada.
em depósito de dinheiro, pedras, objetos ou metais preciosos,
títulos da dívida pública, federal, estadual ou municipal, ou Art. 341. Julgar-se-á quebrada a fiança quando o
em hipoteca inscrita em primeiro lugar. acusado:
§ 1o A avaliação de imóvel, ou de pedras, objetos ou I - regularmente intimado para ato do processo, deixar
metais preciosos será feita imediatamente por perito de comparecer, sem motivo justo;
nomeado pela autoridade. II - deliberadamente praticar ato de obstrução ao
§ 2o Quando a fiança consistir em caução de títulos da andamento do processo;
dívida pública, o valor será determinado pela sua cotação em III - descumprir medida cautelar imposta
Bolsa, e, sendo nominativos, exigir-se-á prova de que se cumulativamente com a fiança;
acham livres de ônus. IV - resistir injustificadamente a ordem judicial;
V - praticar nova infração penal dolosa.
Art. 331. O valor em que consistir a fiança será recolhido
à repartição arrecadadora federal ou estadual, ou entregue Art. 342. Se vier a ser reformado o julgamento em que se
ao depositário público, juntando-se aos autos os respectivos declarou quebrada a fiança, esta subsistirá em todos os seus
conhecimentos. efeitos
Parágrafo único. Nos lugares em que o depósito não se
puder fazer de pronto, o valor será entregue ao escrivão ou Art. 343. O quebramento injustificado da fiança
pessoa abonada, a critério da autoridade, e dentro de três importará na perda de metade do seu valor, cabendo ao juiz
dias dar-se-á ao valor o destino que Ihe assina este artigo, o decidir sobre a imposição de outras medidas cautelares ou, se
que tudo constará do termo de fiança. for o caso, a decretação da prisão preventiva.

Art. 332. Em caso de prisão em flagrante, será Art. 344. Entender-se-á perdido, na totalidade, o valor da
competente para conceder a fiança a autoridade que presidir fiança, se, condenado, o acusado não se apresentar para o
ao respectivo auto, e, em caso de prisão por mandado, o juiz início do cumprimento da pena definitivamente imposta.
que o houver expedido, ou a autoridade judiciária ou policial
a quem tiver sido requisitada a prisão. Art. 345. No caso de perda da fiança, o seu valor,
deduzidas as custas e mais encargos a que o acusado estiver

Noções de Direito Processual Penal 25


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

obrigado, será recolhido ao fundo penitenciário, na forma da (A) é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas,
lei. objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da
infração, ou seja, flagrante impróprio.
Art. 346. No caso de quebramento de fiança, feitas as (B) acaba de cometer a infração penal, ou seja, flagrante
deduções previstas no art. 345 deste Código, o valor restante próprio.
será recolhido ao fundo penitenciário, na forma da lei. (C) é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido
ou por qualquer pessoa em situação que faça presumir ser
Art. 347. Não ocorrendo a hipótese do art. 345, o saldo autor da infração, ou seja, flagrante presumido.
será entregue a quem houver prestado a fiança, depois de (D) é preso por flagrante provocado.
deduzidos os encargos a que o réu estiver obrigado. (E) está cometendo a infração penal, ou seja, crime
imperfeito.
Art. 348. Nos casos em que a fiança tiver sido prestada
por meio de hipoteca, a execução será promovida no juízo 04. (PC/PA - Investigador de Polícia Civil -
cível pelo órgão do Ministério Público. FUNCAB/2016) A prisão em flagrante consiste em medida
restritiva de liberdade de natureza cautelar e processual. Em
Art. 349. Se a fiança consistir em pedras, objetos ou relação às espécies de flagrante, assinale a alternativa correta.
metais preciosos, o juiz determinará a venda por leiloeiro ou (A) Flagrante próprio constitui-se na situação do agente
corretor. que, logo depois, da prática do crime, embora não tenha sido
perseguido, é encontrado portando instrumentos, armas,
Art. 350. Nos casos em que couber fiança, o juiz, objetos ou papéis que demonstrem, por presunção, ser ele o
verificando a situação econômica do preso, poderá conceder- autor da infração.
lhe liberdade provisória, sujeitando-o às obrigações (B) Flagrante preparado é a possibilidade que a polícia
constantes dos arts. 327 e 328 deste Código e a outras possui de retardar a realização da prisão em flagrante, para
medidas cautelares, se for o caso. obter maiores dados e informações a respeito do
Parágrafo único. Se o beneficiado descumprir, sem funcionamento, componentes e atuação de uma organização
motivo justo, qualquer das obrigações ou medidas impostas, criminosa.
aplicar-se-á o disposto no § 4o do art. 282 deste Código. (C) Flagrante presumido consiste na hipótese em que o
agente concluiu a infração penal, ou é interrompido pela
Questões chegada de terceiros, mas sem ser preso no local do delito, pois
consegue fugir, fazendo com que haja perseguição por parte da
01. (PC/AC - Agente de Polícia Civil - IBADE/2017) polícia, da vítima ou de qualquer pessoa do povo.
Sobre o tema prisão preventiva assinale a alternativa correta. (D) Flagrante esperado é a hipótese viável de autorizar a
(A) Não será permitido o emprego de força, salvo a prisão em flagrante e a constituição válida do crime. Não há
indispensável no caso de resistência, de tentativa de fuga do agente provocador, mas simplesmente chega à polícia a notícia
preso, dos reincidentes e dos presos de alta periculosidade por de que um crime será cometido, deslocando agentes para o
terem passado pelo regime disciplinar diferenciado. local, aguardando-se a ocorrência do delito, para realizara
(B) O mandado de prisão, na ausência do juiz, poderá ser prisão.
lavrado e assinado pelo escrivão, ad referendum do juiz. (E) Flagrante impróprio refere-se ao caso em que a polícia
(C) O mandado de prisão mencionará a infração penal e se utiliza de um agente provocador, induzindo ou instigando o
necessariamente a quantidade da pena privativa e de multa, autor a praticar um determinado delito, para descobrir a real
bem como eventual pena pecuniária. autoridade e materialidade de outro.
(D) A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a
qualquer hora, respeitadas as restrições relativas à 05. (TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Sem
inviolabilidade do domicílio. Especialidade - CONSULPLAN/2017) Será admitida a
(E) A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o decretação da prisão preventiva desde presentes os requisitos,
respectivo mandado, salvo quando, por questão de urgência, fundamentos e condições de admissibilidade. NÃO se refere a
nos crimes inafiançáveis, poderá a prisão ocorrer por ordem uma condição de admissibilidade para decretação da prisão
verbal do juiz. preventiva:
(A) Nos crimes dolosos punidos com pena privativa de
02. (SEJUS/PI - Agente Penitenciário - NUCEPE/2016) liberdade máxima superior a quatro anos.
Samuel teve voz de prisão dada por Agostinho, seu vizinho que (B) Se o crime envolver violência doméstica e familiar
é alfaiate, quando tentava esfaquear sua madrasta. Neste caso contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou
é possível dizer: pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas
(A) Agostinho jamais poderia prender Samuel, pois não é protetivas de urgência.
policial. (C) Nos crimes dolosos apenados com reclusão.
(B) Agostinho poderia prender Samuel em 48 (quarenta e (D) Quando houver dúvida sobre a identidade civil da
oito) horas depois, se a polícia não tivesse chegado ao local. pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes
(C) Em face do flagrante delito, Agostinho poderia sim ter para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado
dado voz de prisão a Samuel. imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se
(D) Agostinho somente poderia dar voz de prisão a Samuel, outra hipótese recomendar a manutenção da medida.
se este tivesse cometido o crime contra sua genitora.
(E) Samuel somente poderia ser preso em flagrante, se ele Respostas
tivesse levado para a Delegacia de Polícia a faca com a qual
tentara esfaquear sua madrasta. 01. Resposta: “D”
02. Resposta: “C”
03. (PC/AC - Delegado de Polícia Civil - IBADE/2017) 03. Resposta: “B”
Tendo em vista a correta classificação, considera-se em 04. Resposta: “D”
flagrante delito quem: 05. Resposta: “C”

Noções de Direito Processual Penal 26


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
NOÇÕES DE DIREITO MILITAR

Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Primeiro Tenente PM
Segundo Tenente PM
PRAÇA ESPECIAL
Aspirante-a-Oficial PM
CÍRCULO DAS PRAÇAS (GRADUAÇÕES)
Subtenentes PM
Primeiro Sargento PM
Segundo Sargento PM
Terceiro Sargento PM
Estatuto dos Policiais Cabo PM
Militares da Paraíba (Lei Soldado PM
3.909/77): Da Hierarquia e da Parágrafo 1º - Posto é o grau hierárquico do Oficial
conferido por ato do Governador do Estado da Paraíba.
Disciplina (Art. 12 à 19), Do Parágrafo 2º - Graduação é o grau hierárquico da praça
Valor Policial Militar (Art. 26), conferido por ato do Comandante-Geral da Polícia Militar
Da Ética Policial Militar (Art. Parágrafo 3º - Os Aspirantes-a-Oficial e os Alunos Oficiais
PM são denominados Praças Especiais.
27 à 29), Dos Deveres Policiais Parágrafo 4º - Os graus hierárquicos inicial e final dos
Militares (Art. 30), Do diversos Quadros e Qualificações são fixados, separadamente,
Compromisso Policial Militar para cada caso, em Lei de Fixação de Efetivos.
Parágrafo 5º - Sempre que o policial militar da reserva
(Art. 31), Do Comando e da remunerada ou reformado fizer uso do posta ou graduação,
Subordinação (Art. 33 à 39). deverá fazê-lo mencionando essa situação.

Art. 15 – A precedência entre policiais militares da ativa do


mesmo grau hierárquico é assegurada pela antiguidade no
posto ou na graduação, salvo nos casos de precedência
Lei 3.909/77 funcional estabelecida em lei ou regulamento.
(...) Parágrafo 1º - A antiguidade de cada posto ou graduação é
CAPÍTULO II contada a partir da data da assinatura do ato da respectiva
DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA promoção, nomeação, declaração ou inclusão, salvo quando
estiver taxativamente fixada outra data.
Art. 12 – A hierarquia e a disciplina são a base institucional Parágrafo 2º - No caso de ser igual à antiguidade referida
da Polícia Militar. A autoridade e a responsabilidade crescem no parágrafo anterior, a antiguidade é estabelecida:
com o grau hierárquica. a) entre policiais militares do mesmo quadro pela posição
Parágrafo 1º - A hierarquia policial-militar é a ordenação nas respectivas escalas numéricas ou registros de que trata o
dá autoridade em níveis diferentes, dentro da estrutura da art. 17;
Polícia Militar. A ordenação se faz por postos ou graduações. b) nos demais casos, pela antiguidade no posto ou na
Dentro de um mesmo posto ou de uma mesma graduação se graduação anterior; se, ainda assim, subsistir a igualdade de
faz pela antiguidade no posto ou na graduação. O respeito à antiguidade, recorrer-se-á sucessivamente, aos graus
hierarquia é consubstanciado no espírito de acatamento à hierárquicos anteriores, à data de inclusão e a data de
sequência de autoridade. nascimento para definir a precedência e, neste último caso, o
Parágrafo 2º - Disciplina é a rigorosa observância e o mais velho será considerado mais antigo; e
acatamento integral das Leis, regulamentos, normas e c) entre os alunos de um mesmo órgão de formação de
disposições que fundamentam o organismo policial militar e policiais militares, de acordo com o regulamento do respectivo
coordenam seu funcionamento regular e harmônico, órgão, se não estiverem especificadamente enquadrados nas
traduzindo-o pelo perfeito cumprimento do dever por parte de letras “a” e “b”.
todos e de cada um dos componentes desse organismo. Parágrafo 3º - Em igualdade de posto ou graduação, os
Parágrafo 3º - A disciplina e o respeito à hierarquia devem policiais militares, da ativa tem precedência sobre os da
ser mantidos em todas as circunstâncias da vida, entre inatividade.
policiais militares da ativa, da reserva remunerada e Parágrafo 4º - Em igualdade de posto ou graduação, a
reformados. precedência entre os policiais militares de carreira na ativa e
os da reserva remunerada que estiverem convocados, é
Art. 13 – Círculos hierárquicos são âmbitos de convivência definida pelo tempo de efetivo serviço no posto ou graduação.
entre os policiais militares da mesma categoria e têm a
finalidade de desenvolver a espírito de camaradagem em Art. 16 – A precedência entre as Praças Especiais e as
ambiente de estima confiança, sem prejuízo de respeito demais praças é assim regulada:
mútuo. I – Os Aspirantes-a-oficial PM são hierarquicamente
superiores às demais praças;
Art. 14 – Os círculos hierárquicos e a escala hierárquica na II – Os Alunos-Oficiais PM são hierarquicamente
Polícia Militar são fixados no Quadro e parágrafos seguintes: superiores aos Subtenentes PM.
CÍRCULO DE OFICIAIS E PRAÇAS
CÍRCULO DE OFICIAIS (POSTOS) Art. 17 – A Policia Militar manterá um registro de todos os
OFICIAIS SUPERIORES dados referentes a seu pessoal da ativa e da reserva
Coronel PM remunerada, dentro das respectivas escalas numéricas,
Tenente Coronel PM segundo as instruções baixadas pelo Comandante-Geral da
Major PM Corporação.
INTERMEDIÁRIOS
Capitão PM Art. 18. Os Alunos-Oficiais PM são declarados Aspirantes-
SUBALTERNOS a-Oficial PM pelo Comandante-Geral da Corporação.

Noções de Direito Militar 1


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

XIV - Observar as normas de boa educação;


CAPÍTULO III XV - Garantir assistência moral e material a seu lar e
DO CARGO E DA FUNÇÃO POLICIAIS MILITARES conduzir-se como chefe de família modelar;
XVI - Conduzir-se mesmo fora do serviço ou na inatividade,
Art. 19 – Cargo policial militar é aquele que só pode ser e de modo que não sejam prejudicados os princípios da
exercido por policial militar serviço ativo. disciplina, do respeito e do decoro policial militar;
Parágrafo 1º - O cargo policial-militar a que se refere este XVII - Abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para
artigo é o que se encontra especificado nos Quadros da obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou para
Organização ou previsto, caracterizado ou definido como tal encaminhar negócios particulares ou de terceiros;
em outras disposições legais. XVIII - Abster-se o policial-militar na inatividade do uso
Parágrafo 2º - A cada cargo policial militar corresponde um das designações hierárquicas quando:
conjunto de atribuições, deveres e responsabilidades que se a) em atividades político-partidárias
constituem em obrigações do respectivo titular. b) em atividades comerciais;
Parágrafo Único – As obrigações inerentes ao policial c) em atividades industriais;
militar devem ser compatíveis com o correspondente grau d) para discutir ou provocar discussões pela imprensa a
hierárquico e definidos em legislação ou regulamentação respeito de assuntos políticos ou policiais militares,
específicas. excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica, se
(...) devidamente autorizado; e
TÍTULO II XIX - Zelar pelo bom nome da Polícia Militar e de cada um
DAS OBRIGAÇÕES E DOS DEVERES POLICIAIS dos seus integrantes, obedecendo e fazendo obedecer aos
MILITARES preceitos da ética policial-militar.
CAPITULO I
SEÇÃO I Art. 28 - Ao policial-militar da ativa, ressalvado o disposto
DO VALOR POLICIAL MILITAR nos parágrafos 2º e 3º, é vedado comerciar ou tomar parte na
administração ou gerência de sociedade ou dela ser sócio ou
Art. 26 - São manifestações essenciais do valor policial- participar, exceto como acionista ou quotista, em sociedade
militar: anônima ou por quotas de responsabilidade limitada.
I - O sentimento de servir à comunidade estadual, Parágrafo 1º - Os policiais militares na reserva
traduzido pela vontade inabalável de cumprir o dever policial remunerada, quando convocados, ficam proibidos de tratar,
militar e pelo integral devotamento à manutenção da ardem nas organizações policiais militares e nas repartições públicas
pública, mesmo com o risco da própria vida; civis, dos interesses de organizações ou empresas privadas de
II - A fé na elevada missão da Policia Militar; qualquer natureza.
III - O civismo e o culto das tradições históricas; Parágrafo 2º - Os policiais militares da ativa podem exercer
IV - O espírito de corpo, orgulho do policial militar pela diretamente a gestão de seus bens, desde que não infrinjam o
organização policial-militar onde serve; disposto no presente artigo.
V - O amor à profissão policial-militar e o entusiasmo com Parágrafo 3º - No intuito de desenvolver a prática
que é exercida; e profissional dos integrantes do Quadra de Saúde, é-lhe
VI – O aprimoramento técnico-profissional. permitido o exercício da atividade técnico-profissional no
meio civil, desde que talprática não prejudique o serviço.
SEÇÃO II
DA ÉTICA POLICIAL MILITAR Art. 29 - 0 Comandante-Geral da Polícia Militar poderá
determinar aos policiais militares da ativa que, no interesse da
Art. 27. O sentimento do dever, o pundonor policial e o salvaguarda da dignidade dos mesmos, informem sobre a
decoro da classe impõem, a cada um dos integrantes da Polícia origem e a natureza de seus bens, sempre que houver razões
Militar, conduta moral e profissional irrepreensíveis. Com a que recomendem tal medida.
observância dos seguintes preceitos da ética policial militar:
I - Amar a verdade e a responsabilidade como fundamento CAPÍTULO II
da dignidade pessoal; DOS DEVERES POLICIAIS MILITARES
II - Em Exercer com autoridade, eficiência e probidade as
funções que lhe couberem em decorrência do cargo; Art. 30 - Os deveres policiais militares emanam de vínculos
III - Respeitar a dignidade da pessoa humana; relacionais que ligam o policial militar à comunidade estadual
IV - Cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as e a sua segurança, e compreendem, essencialmente:
instruções e as ordens das autoridades competentes; I - A dedicação integral ao serviço policial militar e a
V - Ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na fidelidade à instituição a que pertence, mesmo com sacrifício
apreciação do mérito dos subordinados; da própria vida;
VI - Zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual, físico e II - O culto aos Símbolos Nacionais;
também pelos dos subordinados, tendo em vista o III - A probidade e a lealdade em todas as circunstâncias;
cumprimento da missão comum; IV - A disciplina e o respeito à hierarquia;
VII - Empregar todas as suas energias em benefício do V - O rigoroso cumprimento das obrigações e ordens;
serviço; VI - A obrigação de tratar o subordinado dignamente e com
VIII - Praticar a camaradagem e desenvolver urbanidade.
permanentemente o espírito de cooperação;
IX - Ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua SEÇÃO I
linguagem escrita e falada; DO COMPROMISSO POLICIAL MILITAR
X - Abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de
matéria sigilosa relativa à Segurança Nacional; Art. 31 - Todo cidadão, após ingressar na Policia Militar,
XI - Acatar as autoridades civis; mediante inclusão, matrícula ou nomeação, prestará
XII - Cumprir seus deveres de cidadão; compromisso de honra, no qual afirmará a sua ACEITAÇÃO
XIII - Proceder de maneira ilibada na vida pública e na consciente das obrigações e dos deveres policiais e
particular; manifestará sua firme disposição de bem cumpri-los.

Noções de Direito Militar 2


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

(...) II - O culto aos Símbolos Nacionais;


III - A probidade e a lealdade em todas as circunstâncias;
SEÇÃO II IV - A disciplina e o respeito à hierarquia;
DO COMANDO E DA SUBORDINAÇÃO
A) I e IV
Art. 33 - Comando é a soma de autoridade, de deveres e B) I, III e IV
responsabilidades de que o policial militar é investido C) Somente II
legalmente, quando conduz homens ou dirige uma D) Todas
organização policial militar. O comando está vinculado ao grau Respostas
hierárquico e constitui uma prerrogativa impessoal, em cujo 01. Resposta: Verdadeiro.
exercício o policial militar se define e se caracteriza como 02. Resposta: D.
chefe.
Parágrafo Único - Aplica-se à Direção e à Chefia de
Organização Policial Militar, no que couber, o estabelecido
para o Comando.
Lei Complementar Estadual
Art. 34 - A subordinação não afeta, de modo algum, a nº 87/2008
dignidade pessoal do policial militar e decorre, exclusivamente
da estrutura hierárquica da Policia Militar.

Art. 35 - 0 Oficial é preparado, ao longo da carreira para o


exercício do Comando, da Chefia e da Direção das
LEI COMPLEMENTAR N° 87 DE 02 DE DEZEMBRO DE
Organizações Policiais Militares.
20081
Art. 36 - Os Subtenentes e Sargentos auxiliam e completam
Dispõe sobre a Organização Estrutural e Funcional da
as atividades dos oficiais, quer no adestramento e no emprego
Polícia Militar do Estado da Paraíba e determina outras
dos meios, quer na instrução e na administração; poderão ser
providências.
empregados na execução de atividades de policiamento
ostensivo peculiares a Policia Militar.
O GOVERNADOR DO ESTADO DA PARAÍBA:
Parágrafo Único - No exercício das atividades mencionadas
neste artigo e no comando de elementos subordinados, os
Faço saber que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono
Subtenentes e Sargentos deverão impor-se pela lealdade, pelo
a seguinte Lei:
exemplo e pela capacidade profissional e técnica, incumbindo-
lhes assegurar a observância minuciosa e ininterrupta das
TÍTULO I
ordens, das regras de serviço e das normas operativas pelas
Das Disposições Fundamentais
praças que lhes estiverem diretamente subordinadas e a
CAPÍTULO I
manutenção da coesão e do moral das mesmas praças em
Das Disposições Gerais
todas as circunstanciais.
Art. 1° A Polícia Militar do Estado da Paraíba — PMPB é
Art. 37 - Os Cabos e Soldados; são essencialmente, os
instituição permanente, força auxiliar e reserva do Exército,
elementos de execução.
organizada com base na hierarquia e na disciplina militares,
órgão da administração direta do Estado, com dotação
Art. 38 - As Praças Especiais cabe a rigorosa observância
orçamentária própria e autonomia administrativa, vinculada à
das prescrições dos regulamentos que lhes são pertinentes,
Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social — SEDS,
exigindo-se-lhe inteira dedicação ao estudo e ao aprendizado
nos termos da legislação estadual vigente.
técnico-profissional.
Art. 2° A Polícia Militar do Estado da Paraíba é parte do
Art. 39 - Cabe ao policial-militar a responsabilidade
Sistema de Defesa Social do Estado, atuando de forma
integral pelas decisões que tomar, pelas ordens que emitir e
integrada com os órgãos do respectivo Sistema, em parceria
pelos atos que praticar.
com a comunidade e as instituições públicas e privadas, de
maneira a garantir a eficiência de suas atividades, cabendo-lhe,
Questões
com exclusividade, a polícia ostensiva, a preservação da ordem
01. Julgue o item a seguir.
pública e a incolumidade das pessoas e do patrimônio.
“Art. 31 - Todo cidadão, após ingressar na Policia Militar,
mediante inclusão, matrícula ou nomeação, prestará
CAPÍTULO II
compromisso de honra, no qual afirmará a sua ACEITAÇÃO
Dos Princípios Fundamentais
consciente das obrigações e dos deveres policiais e
manifestará sua firme disposição de bem cumpri-los.”
Art. 3° São princípios basilares a serem observados pela
Polícia Militar do Estado da Paraíba:
( ) Verdadeiro
I- a hierarquia;
( ) Falso
II -a disciplina;
III -a legalidade;
02. De acordo com o Estatuto dos Policiais Militares da
IV- a impessoalidade;
Paraíba é dever do policial militar.
V -a moralidade;
I - A dedicação integral ao serviço policial militar e a
VI -a publicidade;
fidelidade à instituição a que pertence, mesmo com sacrifício
VII- a eficiência;
da própria vida;

1 Assembleia Legislativa da Paraíba – Disponível em: http://www.al.pb.leg.br/leis-


estaduais.

Noções de Direito Militar 3


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

VIII- a promoção, o respeito e a garantia à dignidade e aos ostensiva, de preservação da ordem pública, de polícia
direitos humanos; judiciária militar e outras pertinentes;
IX -o profissionalismo; XVI — acessar os bancos de dados existentes nos órgãos do
X- a probidade; Sistema de Defesa Social do Estado da Paraíba e, quando assim
XI -a ética. se dispuser, da União, relativos à identificação civil e criminal,
CAPÍTULO III de armas, veículos, objetos e outros, observado o disposto no
Da Competência inciso X do art. 5° da Constituição Federal;
XVII — realizar a segurança interna do Estado;
Art. 4° Compete à Polícia Militar do Estado da Paraíba, XVIII — proteger os patrimônios histórico, artístico,
dentre outras atribuições previstas em lei: turístico e cultural:
I — planejar, organizar, dirigir, supervisionar, coordenar e XIX — realizar o policiamento assistencial de proteção às
controlar as ações de polícia ostensiva e de preservação da crianças, aos adolescentes e aos idosos, o patrulhamento aéreo
ordem pública, que devem ser desenvolvidas prioritariamente e fluvial, a guarda externa de estabelecimentos penais e as
para assegurar a incolumidade das pessoas e do patrimônio, o missões de segurança de dignitários em conformidade com a
cumprimento da lei e o exercício dos Poderes constituídos; lei;
II — executar, com exclusividade, ressalvadas as missões XX — gerenciar as situações de crise que envolva reféns;
peculiares às Forças Armadas, o policiamento ostensivo XXI — apoiar, quando requisitada, o Poder Judiciário e o
fardado para prevenção e repressão dos ilícitos penais e Ministério Público Estadual, no cumprimento de suas
infrações definidas em lei, bem como as ações necessárias ao decisões;
pronto restabelecimento da ordem pública; XXII — realizar, em situações especiais, o policiamento
III — atender à convocação do Governo Federal em caso de velado para garantir a eficiência das ações de polícia ostensiva
guerra externa ou para prevenir ou reprimir grave subversão e de preservação da ordem pública.
da ordem ou ameaça de sua irrupção, subordinando-se ao XXIII — atuar na fiscalização e controle dos serviços de
Comando do Exército, em suas atribuições específicas de vigilância particular no Estado, vedando-se o uso e o emprego
Polícia Militar e como participante da defesa territorial, para de uniformes, viaturas, equipamentos e apetrechos que
emprego; possam se confundir com os por ela adotados;
IV — atuar de maneira preventiva ou dissuasiva em locais XXIV — lavrar, subsidiariamente, o Termo Circunstanciado
ou áreas específicas em que se presuma ser possível e/ou de Ocorrência-TCO;
ocorra perturbação da ordem pública; XXV — executar as atividades da Casa Militar do
V — atuar de maneira repressiva em caso de perturbação Governador;
da ordem, precedendo eventual emprego das Forças XXVI — assessorar as Presidências dos Poderes Legislativo
Armadas; e Judiciário Estadual, do Tribunal de Contas do Estado, do
VI — exercer a polícia ostensiva e a fiscalização de trânsito Ministério Público Estadual, dos Tribunais Regionais do
nas rodovias estaduais, além de outras ações destinadas ao Trabalho e Eleitoral com sede na Paraíba, bem como a Justiça
cumprimento da legislação de trânsito, e nas vias urbanas e Militar Estadual, a Prefeitura da Capital e as Secretarias do
rurais, quando assim se dispuser; Estado da Segurança e da Defesa Social e a da Administração
VII — exercer a polícia administrativa do meio ambiente, Penitenciária, nos termos definidos na legislação peculiar.
nos termos de sua competência, na constatação de infrações (Alterado pela LC 142/2016).
ambientais, na apuração, autuação, perícia e outras ações XXVII — desempenhar outras atribuições previstas em
legais pertinentes, quando assim se dispuser, conjuntamente lei.
com os demais órgãos ambientais, colaborando na fiscalização § 1° Os integrantes da Polícia Militar do Estado da Paraíba
das florestas, rios, estuários e em tudo que for relacionado com no desempenho de atividade policial militar no âmbito de suas
a fiscalização do meio ambiente; responsabilidades são considerados autoridades policiais.
VIII — participar, quando convocada ou mobilizada pela § 2° Para o desempenho das funções a que se refere o inciso
União, do planejamento e das ações destinadas à garantia dos IX deste artigo, a Polícia Militar requisitará exames periciais e
Poderes constitucionais, da lei e da ordem, e à defesa adotará providências cautelares destinadas a colher e
territorial; resguardar indícios ou provas da ocorrência de infrações
IX — proceder, nos termos da lei, à apuração das penais no âmbito de suas atribuições, sem prejuízo da
infrações penais de competência da polícia judiciária militar; competência dos demais órgãos policiais.
X — planejar e realizar ações de inteligência destinadas à § 3° As atividades previstas no inciso XXVI deste Artigo são
prevenção criminal e ao exercício da polícia ostensiva e da consideradas como em serviço de natureza policial militar, e o
preservação da ordem pública, observados os direitos e efetivo empregado fará parte da Ajudância Geral.
garantias individuais;
XI — realizar internamente correições e inspeções, em Art. 5° A Polícia Militar será estruturada em órgãos de
caráter permanente ou extraordinário; direção estratégica, de direção setorial, de execução e
XII — autorizar, mediante prévio conhecimento, a vinculados.
realização de reuniões ou eventos de caráter público ou
privado, em locais que envolvam grande concentração de Art. 6° Os órgãos de direção estratégica realizam o
pessoas, para fins de planejamento e execução das ações de comando e a administração da Corporação, executando as
polícia ostensiva e de preservação da ordem pública; seguintes atribuições:
XIII — emitir, com exclusividade, pareceres e relatórios I — planejar institucionalmente a organização da
técnicos relativos à polícia ostensiva, à preservação da ordem Corporação;
pública e às situações de crise; II — acionar, por meio de diretrizes e ordens, os órgãos de
XIV — fiscalizar o cumprimento dos dispositivos legais e direção setorial e os de execução, para suprir as necessidades
normativos pertinentes à polícia ostensiva e à preservação da de pessoal e de material no cumprimento de suas missões;
ordem pública, aplicando as sanções previstas na legislação III — coordenar, controlar e fiscalizar a atuação dos
específica; órgãos de direção setorial e de execução.
XV — realizar pesquisas técnico-científicas, estatísticas e
exames técnicos relacionados às atividades de polícia Art. 7° Os órgãos de direção setorial atendem às
necessidades de pessoal e logística de toda a Corporação,

Noções de Direito Militar 4


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

realizam a atividade meio e atuam em cumprimento às XI — conceder férias, licenças ou afastamentos de


diretrizes e ordens dos órgãos de direção estratégica qualquer natureza;
XI — decidir sobre a instauração e a solução dos
Art. 8° Os órgãos de execução são constituídos pelas procedimentos e processos administrativos disciplinares,
Organizações Policiais Militares — OPM que se destinam à aplicando as penalidades previstas nas normas disciplinares
atividade-fim, focando o cumprimento da missão e dos da Corporação;
objetivos institucionais, executando as ordens e diretrizes XII — expedir os atos administrativos necessários à
emanadas dos órgãos de direção estratégica e apoiados em gestão Institucional.
suas necessidades de pessoal e logística pelos órgãos de Parágrafo único. O Comandante-Geral poderá delegar
direção setorial. competência para a expedição de atos administrativos.

CAPÍTULO IV Art. 13. O Gabinete do Comandante-Geral, definido como


Dos Órgãos de Direção Estratégica Estado-Maior Pessoal, é constituído de:
Seção I I — Assistência de Gabinete;
Da Constituição e das Atribuições II — Ajudância de Ordens.
Parágrafo único. O Estado-Maior Pessoal, Órgão de Apoio,
Art. 9° Os órgãos de direção estratégica compreendem: tem a seu cargo as funções administrativas de Gabinete do
I — Comando Geral; Comandante-Geral, sendo composto pela Assistência ao
II — Subcomando Geral; Gabinete, gerenciada por um Coronel do QOC, e a Ajudância de
III — Estado-Maior Estratégico; Ordens, com cargos a serem exercidos por Oficiais
IV — Corregedoria; Intermediários do QOC.
V — Ouvidoria;
VI — Comandos Regionais; Art. 14. O GATE é o comando de pronto-emprego do
VII — Comissões; Comandante-Geral, com um efetivo mínimo de uma
VIII — Procuradoria Jurídica; Companhia, especialmente treinado para missões especiais e
IX — Assessorias. gerenciamento de crises, o qual poderá ser empregado
Seção II também em outras missões do policiamento ostensivo geral.
Do Comando Geral
Seção III
Art. 10. O Comando Geral é constituído de: Do Subcomando-Geral
I — Comandante-Geral;
II — Gabinete do Comandante-Geral; Art. 15. O Subcomando-Geral é constituído de:
III — Grupamento de Ações Táticas Especiais -GATE. I — Subcomandante-Geral;
II — Gabinete do Subcomandante-Geral;
Art. 11. O Comandante-Geral é responsável pelo comando III — Ajudância-Geral.
e administração da Corporação, e seu cargo será ocupado por § 1° O Subcomandante Geral, cargo em comissão símbolo
um Coronel da Ativa do Quadro de Oficiais Combatentes — CDS-2, previsto na Estrutura Organizacional da Administração
QOC da Polícia Militar, escolhido pelo Governador do Estado, e Direta do Poder Executivo do Estado da Paraíba, é exercido por
terá precedência funcional e hierárquica sobre os demais, um Coronel da Ativa do QOC, escolhido e nomeado pelo
quando este não for o oficial mais antigo da Corporação. Governador do Estado.
§ 1° A nomeação para o provimento do cargo em comissão § 2° O Subcomandante-Geral é o responsável pela garantia
de Comandante-Geral da Polícia Militar, símbolo CDS-1, da disciplina da Corporação e Presidente da Comissão de
previsto na Estrutura Organizacional da Administração Direta Promoção de Praças, além de prestar assessoramento ao
do Poder Executivo do Estado da Paraíba, será feita por ato do Comandante-Geral na coordenação do funcionamento da
Governador do Estado. Instituição, sendo seu eventual substituto.
§ 2° O Comandante-Geral tem honras, prerrogativas, § 3° O Gabinete do Subcomandante-Geral toma seu cargo
direitos e obrigações de Secretário de Estado. as funções administrativas do Subcomando-Geral.

Art. 12. Compete ao Comandante-Geral: Art. 16. A Ajudância Geral tem a seu cargo as funções
I— o comando, a gestão, o emprego, a supervisão e a administrativas, de segurança e de controle do efetivo do
coordenação geral das atividades da Corporação; Quartel do Comando Geral, bem como a administração do
II — presidir as Comissões de Promoção de Oficiais e de Presídio e do Museu da Polícia Militar.
Julgamento do Mérito Policial Militar; Parágrafo único. A Ajudância Geral é constituída de:
III — encaminhar ao órgão competente o projeto de I — Gabinete do Ajudante-Geral;
orçamento anual referente à Polícia Militar e participar, no que II — Gabinete do Ajudante-Geral Adjunta;
couber, da elaboração do plano plurianual; III — Museu da Polícia Militar;
IV — celebrar convênios e contratos de interesse da Polícia IV — Presídio da Polícia Militar
Militar com entidades de direito público ou privado, nos V — Secretaria - AG/1;
termos da lei; VI — Arquivo Geral - AG/2;
V — nomear e exonerar militares estaduais no exercício VII — Companhia de Comando e Serviços - CCSv.
das funções de direção, comando e assessoramento, nos
limites estabelecidos na legislação vigente; Seção IV
VI — autorizar militares estaduais e servidores civis da Do Estado-Maior Estratégico
Corporação a se afastarem do Estado e do país;
VII — ordenar o emprego de verbas orçamentárias, de Art. 17. O Estado-Maior Estratégico é o órgão que tem a
créditos abertos ou de outros recursos em favor da Polícia competência de assessorar o Comandante-Geral no
Militar do Estado da Paraíba planejamento e gestão estratégica para o desenvolvimento e
VIII — incluir, nomear, licenciar e excluir Praças e Praças cumprimento das missões institucionais, tendo a Coordenação
especiais, obedecidos os requisitos legais; Geral de um Coronel do QOC da ativa.
IX — promover Praças e declarar Aspirantes-a-Oficial;

Noções de Direito Militar 5


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Parágrafo único. O Estado-Maior Estratégico será assim


organizado: Art. 22. O Comando do Policiamento Regional I, com sede
I — Gabinete do Coordenador Geral; na cidade de Campina Grande, é o órgão responsável pelo
II — Gabinete do Coordenador Geral Adjunto; emprego e atuação da Corporação nas regiões do Estado
III — Coordenadorias: polarizadas pelos municípios de Campina Grande e Guarabira,
a) de Integração Comunitária e Direitos Humanos — de acordo com as diretrizes emanadas do Comando-Geral, e
EM/1; será integrado pelos 2°, 4°, 8°, 9°, 10° e 11° Batalhões de Polícia
b) de Inteligência — EM/2; Militar.
c) de Planejamento e elaboração de Projetos – EM/3;
d) de Combate e Resistência às Drogas e à Violência — Art. 23. O Comando do Policiamento Regional II, com sede
EM/4; na cidade de Patos, é o órgão responsável pelo emprego e
f) de Comunicação Social e Marketing — EM/5; atuação da Corporação nas regiões do estado polarizadas
g) de Gerenciamento de Crises — EM/6; pelos municípios de Patos e Cajazeiras, de acordo com as
h) de Estatística e Avaliação — EM/7; diretrizes emanadas do Comando-Geral, e será integrado pelos
i) de Tecnologia da Informação — EM/8. 3°, 6°, 12°, 13° e 14° Batalhões de Polícia Militar.

Seção V Art. 24. Os Comandos do Policiamento da Região


Da Corregedoria Metropolitana e Regionais têm a seguinte organização:
I — Gabinete do Comandante;
Art. 18. A Corregedoria da Polícia Militar tem a finalidade II — Gabinete do Subcomandante;
de correição das infrações penais militares e do regime ético- III — Estado Maior:
disciplinar, apurando, acompanhando, fiscalizando e a) Seção de Gestão de Pessoas - PM/1;
orientando os serviços da Corporação, em articulação com as b) Seção de Inteligência — PM/2;
Corregedorias Setoriais. c) Seção de Planejamento e Operações — PM/3;
Parágrafo único. A Corregedoria é constituída de: d) Seção de Estatística e Avaliação — PM/ 4.
I — Gabinete do Corregedor; IV — Tesoureiro;
II — Gabinete do Subcorregedor; V — Setor de Apoio Administrativo.
III — Divisões: Parágrafo único. O Subcomandante é o chefe do Estado
a) de investigação de infrações penais militares CORG/1; Maior dos Comandos Regionais.
b) de apuração de transgressões disciplinares CORG/2;
c) de análise procedimental — CORG/3; Seção VII
d) de estatística e avaliação — CORG/4; Das Comissões
e) de apoio administrativo — CORG/5.
Art. 25. As Comissões destinam-se à execução de estudos e
Art. 19. A Ouvidoria da Polícia Militar tem por finalidade trabalhos de assessoramento direto ao Comandante-Geral e
receber e registrar denúncias, reclamações e representações terão caráter permanente ou temporário.
de atos desabonadores praticados por integrantes da § 1° As Comissões de caráter permanente são:
Corporação ou críticas à prestação de serviço institucional, a) A Comissão de Promoção de Oficiais — CPO, presidida
bem como de encaminhar e acompanhar a solução das pelo Comandante-Geral, e a Comissão de Promoção de Praças
mesmas, funcionando em estreita articulação com as — CPP, presidida pelo Subcomandante Geral cujas
Ouvidorias Setoriais. composições e competências serão fixadas por regulamentos,
Parágrafo Único. A Ouvidoria é constituída de: aprovados por Decretos do Chefe do Poder Executivo;
I — Gabinete do Ouvidor; b) A Comissão de Julgamento do Mérito — CJM e a
II — Gabinete do Subouvidor; Comissão Permanente de Licitação — CPL, cujas composições
III — Divisões: e competências serão fixadas em regulamentos, aprovados por
a) de atendimento e triagem — OUV/1; Portarias do Comandante-Geral.
b) de estatística e avaliação — OUV/2; § 2° As Comissões de caráter temporário têm objetivos e
c) de apoio administrativo — OUV/3. fins específicos previstos em lei, decreto e regulamentos ou
serão criadas a critério do Comandante-Geral.
Seção VI
Dos Comandos Regionais Seção VIII
Da Procuradoria Jurídica
Art. 20. Os Comandos Regionais têm por finalidade
planejar, coordenar, controlar e supervisionar, na Região Art. 26. A Procuradoria Jurídica é o órgão que presta
Metropolitana de João Pessoa e do Interior, as atividades assessoramento jurídico-administrativo direto ao
realizadas pelos Órgãos de Execução, no que concerne à Comandante-Geral, tendo a seguinte composição:
eficiência nas missões de policiamento ostensivo, de acordo I — Gabinete do Procurador Jurídico;
com as necessidades de preservação da ordem pública. II — Seção de Estudos e Pareceres;
Parágrafo único. Os Comandos Regionais são: III — Seção de Projetos Normativos;
I — Comando do Policiamento da Região Metropolitana IV — Seção de Apoio Administrativo. Corporação;
da Capital — CPRM; determinação do Polícia Militar;
II — Comando do aliciamento Regional I — CPR I; § 1° Compete à Procuradoria Jurídica:
III — Comando do Policiamento Regional II — CPR II. I — o estudo das questões jurídicas afetas à
II — acompanhar, em juízo ou fora dele, por Comandante-
Art. 21. O Comando do Policiamento da Região Geral, os procedimentos do interesse da Corporação;
Metropolitana da Capital, com sede em João Pessoa, é o órgão determinação do Polícia Militar
responsável pelo emprego e atuação da Corporação na Região III — o exame da legalidade dos atos e normas que forem
Metropolitana da Grande João Pessoa e adjacências, de acordo submetidos à apreciação;
com as diretrizes emanadas do Comando Geral, e será IV — demais atribuições que venham a ser previstas em
integrado pelos 1°, 5° e 7° Batalhões de Polícia Militar. regulamentos.

Noções de Direito Militar 6


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

§ 2° O cargo de Procurador Jurídico da Polícia Militar, Art. 32. A Diretoria de Apoio Logístico é o órgão de direção
símbolo CAD-2, previsto na estrutura organizacional da setorial do Sistema Logístico, incumbindo-se do planejamento,
Administração Direta do Poder Executivo, será exercido por coordenação, fiscalização e controle das atividades de
Advogado do quadro de servidores civis do Estado, nomeado suprimento e manutenção da logística e do patrimônio da
por Ato do Governador do Estado, mediante proposta do Corporação.
Comandante-Geral. Parágrafo Único. A Diretoria de Apoio Logístico é
constituída de:
Seção IX I— Gabinete do Diretor;
Das Assessorias II — Gabinete do Vice-Diretor;
III — Centro de Suprimento Logístico — CSL;
Art. 27. As Assessorias constituídas eventualmente para IV — Divisões:
determinados estudos que escapam às atribuições normais a) de Engenharia e Construção - DAL/1
específicas dos órgãos de direção estratégica e setorial, b) de Motomecanização - DAL/2;
destinadas a dar flexibilidade à estrutura de Comando da c) de Patrimônio - DAL/3;
Corporação, serão integradas por servidores do Estado, postos d) de Compras e Registros - DAL/4;
à disposição da Corporação, por ato do Governador do Estado e) de Cadastramento de Armas dos policiais militares —
ou do Secretário de Estado da Administração. DAL/5;
f) de Apoio Administrativo - DAL/6.
Capitulo V
Dos Órgãos de Direção Setorial Art. 33. A Diretoria de Saúde e Assistência Social é o órgão
que tem como finalidade planejar coordenar, fiscalizar,
Art. 28. Os órgãos de direção setorial compreendem: controlar e executar todas as atividades de saúde, assistência
I — Diretorias; social e veterinária, além do trato das questões referentes ao
II — Centro de Educação. estado sanitário do pessoal da Corporação e seus dependentes,
devidamente articulada com os Núcleos Setoriais de Saúde.
Seção I Parágrafo Único. A Diretoria de Saúde e
Das Diretorias Assistência Social é constituída de:
I — Gabinete do Diretor;
Art. 29. As Diretorias estruturadas sob forma de sistema II — Gabinete do Vice-Diretor;
destinam-se às atividades de administração financeira, gestão III — Junta Médica Especial — JME;
de pessoas, logística, saúde e assistência social. IV — Divisões:
Parágrafo único. A Corporação terá as seguintes Diretorias: a) Médica - DSAS/1;
I — de Finanças — DF; b) Veterinária - DSAS/2;
II — de Gestão de Pessoas — DGP; c) Odontológica - DSAS/3;
III — de Apoio Logístico — DAL; d) Farmacêutica - DSAS/4;
IV — de Saúde e Assistência Social — DSAS. e) Enfermagem - DSAS/5; O Nutrição - DSAS/6; g) de Apoio
Administrativo - DSAS/7.
Art. 30. A Diretoria de Finanças é o órgão que tem como V — Unidades Executivas:
finalidade a administração financeira, contábil, orçamentária e a) Hospital da Polícia Militar General Edson Ramalho -
de auditagem, bem como coordenar, supervisionar, auxiliar e HPM;
controlar as atividades financeiras dos órgãos da Corporação. b) Policlínica - POLI;
Parágrafo único. A Diretoria de Finanças é constituída de: c) Centro de Assistência Social — CASO;
I — Diretor; d) Centro de Assistência Psicológica — CAPS.
II — Vice-Diretor;
III — Divisões: Seção VIII
a) de Administração Financeira - DF/1; Do Centro de Educação
b) de Contabilidade - DF/2;
c) de Auditoria e Controle Interno- DF/3; Art. 34. O Centro de Educação, instituição que compreende
d) de Implantação - DF/4; o ensino em todos os níveis previstos na legislação federal e
e) de Orçamento -DF/5; estadual, é o órgão que tem como finalidade a gestão da
f) de Apoio Administrativo - DF/6. política educacional da Corporação por meio do planejamento,
supervisão, coordenação, fiscalização, controle e execução das
Art. 31. A Diretoria de Gestão de Pessoas é o órgão que tem atividades de ensino, treinamento e pesquisa, relacionadas
como finalidade o planejamento, execução, controle e com a qualificação profissional de servidores militares ou civis
fiscalização das atividades relacionadas com q pessoal, de outros entes públicos ou privados, observadas as
legislação e assistência religiosa. modalidades presencial, semi presencial ou à distância.
Parágrafo único. A Diretoria de Gestão de Pessoas é § 1° O Centro de Educação é constituído de:
constituída de: I — Gabinete do Diretor;
I — Gabinete do Diretor; II — Gabinete do Vice-Diretor;
II — Gabinete do Vice-Diretor; III — Conselho Educacional;
III — Núcleo de Recrutamento e Seleção — NRS; IV — Conselho de Conduta Escolar e Ética;
IV — Capelania; V — Coordenadoria de Ensino, Treinamento e Pesquisa —
V — Divisões: CETP, compreendendo:
a) de Inativos e Civis - DGP/1; a) Divisão de Ensino Superior — DESU;
b) de Identificação, Cadastro e Monitoramento DGP/2; b) Divisão de Formação Técnica de Nível Médio DIFO;
c) de Análise e Legislação - DGP/3; c) Divisão de Educação Básica — DIEB;
d) de Aplicação e Movimentação - DGP/4; d) Divisão de Tecnologias Educacionais — DITE.
e) de Justiça e Disciplina - DGP/5; VI - Coordenadoria de Educação Física e Desportos COEF,
f) de Apoio Administrativo - DGP/6. compreendendo:
a) Divisão de Educação Física — DEF;

Noções de Direito Militar 7


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

b) Divisão de Avaliação e Pesquisa — DAP; I — 1° Batalhão de Polícia Militar, com sede em João
c) Divisão de Desportos — DID; Pessoa;
VII — Núcleo Setorial de Saúde - NSS; II — 2° Batalhão de Polícia Militar, com sede em Campina
VIII — Órgãos Executivos do Ensino: Grande;
a) Centro de Pós-Graduação e Pesquisa - CEPE; III — 3° Batalhão de Polícia Militar, com sede em Patos;
b) Academia de Polícia Militar do Cabo Branco APMCB; IV- 4° Batalhão de Polícia Militar, com sede em Guarabira;
c) Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças - V — 5° Batalhão de Polícia Militar, com sede em João
CFAP; Pessoa;
d) Colégios da Polícia Militar - CPM (unidades de João VI — 6° Batalhão de Polícia Militar, com sede em
Pessoa, Campina Grande, Patos, Guarabira e Cajazeiras); Cajazeiras;
e) Núcleo de Programas de Extensão e Treinamento - VII — 7° Batalhão de Polícia Militar, com sede em Santa
NuPEx; Rita;
f) Núcleo de Estudos de Trânsito - NET; VIII — 8° Batalhão de Polícia Militar, com sede em
g) Núcleos de Formação e Aprimoramento Profissional — Itabaiana;
NuFAP. IX — 9° Batalhão de Polícia Militar, com sede em Picuí;
IX - Seções de: X — 10° Batalhão de Polícia Militar, com sede em Campina
a) Gestão de Pessoas — P/1; Grande;
b) Inteligência — P/2; XI — 11° Batalhão de Polícia Militar, com sede em
c) Planejamento e Operações — P/3; Monteiro;
d) Administração — P/4 XII — 12° Batalhão de Polícia Militar, com sede em Catolé
e) Comunicação Social – P/5. do Rocha;
X — Setores de: XIII — 13° Batalhão de Polícia Militar, com sede em
a) Motomecanização; Itaporanga;
b) Comunicações; XIV — 14° Batalhão de Polícia Militar, com sede em Sousa;
c) Tecnologia da Informação; XV — Batalhão de Polícia Ambiental — BPAmb, com sede
d) Armamento e Munições; em João Pessoa;
e) Tesouraria; XVI — Batalhão de Operações Especiais - BOPE, com sede
f) Aprovisionamento; em João Pessoa;
g) Almoxarifado; XVII — Batalhão de Polícia de Trânsito Urbano e
h) Corregedoria Setorial; Rodoviário - BPTran, com sede em João Pessoa;
i) Ouvidoria Setorial; XVIII — Regimento de Polícia Montada - RPMont, com sede
j) Companhia de Comando e Serviços; em João Pessoa;
k) Música. XIX — Cornando do Operações Aéreas — COA, com sede
§ 2° O Conselho Educacional poderá instituir em João Pessoa.
Departamentos, em áreas específicas de conhecimentos, para
atender às pesquisas educacionais, face às novas Art. 37. São Sub-Unidades Operacionais - SubUOp:
competências exigidas pelas mutações sociais. I — Companhia de Polícia Militar - Cia PM;
§ 3° O ensino tecnológico poderá ser desenvolvido em II — Companhia de Polícia de Guarda - CPGd;
qualquer dos níveis de ensino previstos na Legislação III — Companhia de Polícia Rodoviária - CPRv;
Federal. IV — Companhia de Polícia Tática e Motorizada CPTMtz;
V — Companhia de Polícia de Trânsito - CPTran;
Capítulo IV VI — Companhia de Polícia de Choque - CPChoq;
Dos Órgãos de Execução VII — Companhia de Polícia Rural - CPR;
VIII — Companhia de Polícia Ambiental — CPAmb;
Art. 35. Os órgãos de execução da Polícia Militar IX — Companhia de Polícia de Apoio ao Turista CPAT
constituem as Organizações Policiais Militares que executam a X — Esquadrão de Polícia Montada — EPMont.
atividade-fim da Corporação, com atribuição de realizar os
seguintes tipos policiamento ou missões policiais militares: Art. 38. Denominam-se Pelotões Operacionais PelOps:
I — policiamento ostensivo geral em seus processos a pé, I — Pelotão de Polícia Militar - Pel PM;
montado, motorizado, aéreo, em embarcação e em bicicleta, II — Pelotão de Polícia de Guarda - PPGd;
nas zonas urbanas e rurais; III — Pelotão de Polícia Rodoviária - PPRv;
II — policiamento de guarda, que tem a seu cargo a IV — Pelotão de Polícia Tática e Motorizada PPTMtz;
segurança externa dos estabelecimentos prisionais, das sedes V — Pelotão de Polícia de Trânsito - PPTran;
dos poderes estaduais e, em particular, de estabelecimentos VI — Pelotão de Polícia de Choque - PPChoq;
públicos; VII — Pelotão de Polícia Rural - PPR;
III — policiamento de trânsito urbano e/ ou rodoviário; VIII — Pelotão de Polícia de Apoio ao Turista — PAT;
IV — policiamento ambienta IX — Pelotão de Polícia Ambiental — PPAmb;
V — policiamentos especiais de choque e/ou operações X — Pelotão de Polícia Montada — PPMont.
táticas; Art. 39. As Áreas de Responsabilidade Territorial dos
VI — policiamento suplementado pelo uso de cães; Batalhões de Polícia Militar ou congêneres e as subáreas das
VII — policiamento velado. Subunidades dos Batalhões de Polícia Militar ou congêneres
Parágrafo único. Com o desenvolvimento do Estado e serão estabelecidas por Ato do Comandante-Geral, mediante
consequente aumento das necessidades de segurança, estudos do Estado-Maior Estratégico e dos Comandos
poderão ser implementados outros tipos, processos ou Regionais.
modalidades de policiamento.
Art. 40. As Unidades Operacionais de Polícia Militar, com
Seção I efetivos previstos em Quadros de Organização - QO atuarão de
Das Unidades Operacionais acordo com as necessidades de suas áreas de responsabilidade
e missões, sendo constituídas de:
Art. 36. São Unidades Operacionais — UOp: I — Gabinete do Comandante;

Noções de Direito Militar 8


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

II — Gabinete do Subcomandante; BPTran e de Polícia Ambiental — BPAmb, com atuação em


III — Gabinete do Ajudante secretário; todo o Estado, subordinam-se aos Comandos Regionais,
IV — Seções de: realizando as missões especiais e tendo a mesma estrutura
a) Gestão de Pessoas - P/1; orgânica de um Batalhão de Polícia Militar, acrescidos de suas
b) Inteligência — P/2; Subunidades Especiais.
c) Planejamento e operações — 1313;
d) Administração — P/4; CAPÍTULO V
e) Comunicação Social — P/5. Dos Órgãos Vinculados
V — Setores de:
a) Motomecanização; Art. 46. Órgãos Vinculados são entes públicos que
b) Comunicações; possuam, em suas estruturas orgânicas, a previsão legal de
c) Educação Física e Desportos; emprego de policiais militares, observadas as respectivas
d) Tecnologia da Informação; competências, cabendo a Decreto do Chefe do Executivo
e) Armamento e Munições; estabelecer o quantitativo de policiais a ser cedido para cada
f) Núcleo Setorial de Saúde - NSS; Órgão Vinculado. (Alterado pela LC 142/2016)
g) Tesouraria; § 1° São Órgãos Vinculados:
h) Aprovisionamento; I— Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social;
i) Almoxarifado; II — Secretaria da Administração Penitenciária; (Alterado
j) Corregedoria Setorial; pela LC 142/2016)
k) Ouvidoria Setorial; III — Casa Militar do Governador, vinculada à Secretaria de
l) Coordenação do Policiamento; Estado do Governo;
m) Música. IV — Tribunal de Justiça;
VI — Companhias PM; V — Assembleia Legislativa;
VII — Pelotões PM e de Comando e Serviços; VI — Procuradoria Geral de Justiça;
VIII — Grupo PM - GPM. VII — Tribunal de Contas do Estado;
VIII — Justiça Militar Estadual;
Art. 41. As Subunidades Operacionais de Polícia Militar, IX — Secretaria Nacional de Segurança Pública;
com efetivos previstos em Quadros de Organização - QO X — Prefeitura Municipal de João Pessoa.
atuarão de acordo com as necessidades de suas subáreas de XI – Presidência do Tribunal Regional do Trabalho da 13ª
responsabilidade e missões, sendo constituídas de: Região; (Acrescentado pela LC 142/2016);
I — Gabinete do Comandante; XII – Presidência do Tribunal Regional Eleitoral
II — Gabinete do Subcomandante; (Acrescentado pela LC 142/2016).
III — Seção de Gestão de Pessoas e Operações; § 2° Os policiais militares empregados nos órgãos
IV — Tesoureiro e Aprovisionador; vinculados ficarão adidos e devidamente controlados pela
V — Setores de: Diretoria de Gestão de Pessoas.
a) Armamento e Munição;
b) Coordenação do Policiamento. TÍTULO III
VI — Pelotões PM — Pel PM; Do Pessoal e Efetivo
VII — Grupo PM - GPM.
Art. 47. O pessoal da Polícia Militar será composto por
Art. 42. Cada Grupo PM é responsável pela manutenção da policiais militares e servidores civis.
ordem pública nos Municípios e Distritos do interior,
denominado de destacamento, com efetivo variável de acordo CAPÍTULO I
com o seu subsetor de responsabilidade e missões. Dos Policiais Militares

Art. 43. O Batalhão de Operações Especiais — BOPE, com Art. 48. Os policiais militares encontrar-se-ão em uma das
atuação em todo o Estado e subordinação direta ao seguintes situações:
Comandante-Geral, realizará as missões especiais do Comando I — na ativa;
Geral, e terá a mesma estrutura orgânica de um Batalhão de II — na inatividade, compreendendo os policiais militares:
Polícia Militar, acrescido de suas Subunidades Especiais a) da reserva remunerada;
b) reformados.
Art. 44. O Comando de Operações Aéreas - COA, com § 1° Os Quadros de Oficiais são:
atuação em todo o Estado e subordinação direta ao I — Quadros de Oficiais Combatentes — QOC, constituído
Comandante-Geral, é responsável pelo comando, de oficiais possuidores do Curso de Formação de Oficiais PM
planejamento, coordenação, operacionalização, fiscalização, ou equivalente;
treinamento, segurança, manutenção e controle das atividades II — Quadro de Oficiais de Saúde — QOS, constituído de
aéreas, além de apoio às atividades de defesa civil, tendo a oficiais médicos, odontólogos, farmacêuticos, veterinários,
seguinte estrutura: fisioterapeutas, nutricionistas e outras especialidades;
I — Gabinete do Comandante; III — Quadro de Oficiais Músicos — QOM, constituído por
II — Gabinete do Subcomandante; pessoal oriundo das graduações de Subtenente ou 1° Sargento,
III — Seções de: possuidores do Curso de Habilitação de Oficiais - CHO ou
a) Gestão Administrativa — SGA; equivalente, na respectiva especialidade, destinado ao
b) Segurança de Vôo - SSV; exercício das funções de regente ou maestro de banda de
c) Operações de Vôo — SOV; música;
d) Instrução e Treinamento — SIT; IV — Quadro de Oficiais de Administração — QOA,
e) Suprimentos e Manutenção — SSM; constituído por pessoal oriundo das graduações de Subtenente
f) O Apoio Administrativo — SAA. ou 1° Sargento, possuidores do Curso de Habilitação de Oficiais
— CHO ou equivalente, destinado ao exercício de funções
Art. 45. O Regimento de Polícia Montada — RPMont e os administrativas na Corporação.
Batalhões de Polícia de Trânsito Urbano e Rodoviário — § 2° As Qualificações de Praças são:

Noções de Direito Militar 9


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

I — Qualificação de Praças Combatentes — QPC, Art. 55. Os recursos necessários à execução da presente Lei
constituído por praças com o Curso de Formação de Complementar correrão à conta do Tesouro Estadual,
Combatentes; consignados no orçamento do Estado, ficando o Poder
II — Qualificação de Praças Músicos — QPM, composto por Executivo autorizado a proceder ao escalonamento na
praças com o Curso de Formação de Especialização em Música; liberação dos recursos pertinentes, à medida que os órgãos
III — Qualificação de Praças para o apoio à Saúde — QPS, forem ativados, e as vagas previstas forem devidamente
compostos por praças auxiliares de saúde. preenchidas.

Art. 49. As Praças Especiais são: Art. 56. Aos membros das Comissões de Promoção de
I — Aspirante-a-Oficial PM; Oficiais e de Praças, da Junta Médica Especial e dos Conselhos
II — Cadete PM. de Justiça Militar Estadual, devido por comparecimento a
CAPÍTULO II reuniões ou audiências, previamente convocadas por
Dos Servidores Civis autoridade competente, na retribuição de até 08 (oito)
reuniões ou audiências mensais, fica concedido "jeton" nas
Art. 50. Os servidores civis da Polícia Militar serão seguintes condições:
profissionais de nível superior ou técnico nas áreas de I — Para presidente, de R$ 120,00 (cento e vinte reais), por
educação, psicologia, administração, ciências jurídicas, reunião;
contabilidade, engenharia civil, tecnologia da informação, II — Para membros, de R$ 80,00 (oitenta reais), por
espiritualidade, fonoaudiologia, biblioteconomia, sociologia, reunião ou audiência.
assistência social, comunicação social, estatística e outras
determinadas pela dinâmica social, os quais constituirão o Art. 57. Os incisos 1, IV e V do Artigo 90 e os Artigos 105 e
Corpo de Servidores Civis da Polícia Militar — CSCPM, em 110 da Lei n° 3.909, de 14 de julho de 1977, passam a ter a
caráter permanente ou temporário, conforme Anexo II. seguinte redação:
Parágrafo único. Os servidores civis da Polícia Militar serão "Art. 90. ..........................................................................................................
disciplinados pelo Regime Jurídico dos Servidores Públicos I — atingir as seguintes idades limites:
Civis do Estado da Paraíba, com remuneração prevista em lei, a) Para os oficiais:
e seu ingresso processar-se-á através de concurso público, 1 - Coronel: 60 anos;
mediante proposta do Comandante-Geral ao Chefe do Poder 2 - Tenente-Coronel e Major: 58 anos;
Executivo. 3 - Capitão, 1° e 2° Tenentes: 56 anos;
b) Para praças:
1 - Subtenente: 60 anos;
2-1° e 2° Sargentos: 58 anos;
3-3° Sargento, Cabo e Soldado: 56 anos.
II
CAPÍTULO III ................................................................................................................................
Do Efetivo da Polícia Militar ...............
III
Art. 51. O efetivo da Polícia Militar da Paraíba será de ................................................................................................................................
17.933 (dezessete mil novecentos e trinta e três) militares ...............
estaduais, sendo 1.362 (um mil e trezentos e sessenta e dois) IV — ser diplomado em cargo eletivo, na forma da alínea
oficiais e 16.571 (dezesseis mil quinhentos e setenta e uma) "b", parágrafo único, do Artigo 51, percebendo a remuneração
praças e 54 (cinquenta e quatro) servidores civis, conforme o a que fizer jus, em função do seu tempo de serviço;
Anexo II. V — quando, na condição de suplente de cargo eletivo, vir
assumir o mandato, percebendo a remuneração a que fizer jus,
TÍTULO IV em função do seu tempo de serviço.
Das Disposições Finais Art. 105 – O oficial da ativa empossado em cargo público
permanente, estranho à sua carreira, inclusive na função de
Art. 52. Os órgãos da Corporação poderão, Magistério, será imediatamente, por meio de demissão "ex-
excepcionalmente e por necessidade do serviço, ser officio", transferido para a reserva, onde ingressará com o
comandados, dirigidos ou chefiados por oficiais ou praças de posto que possuía na ativa, não podendo acumular quaisquer
grau hierárquico imediatamente inferior ou superior ao proventos de inatividade com a remuneração do cargo público
previsto nesta Lei Complementar. permanente.
Parágrafo único. Quando efetivada a situação em que o Art. 110. O Aspirante-a-Oficial PM e as demais praças
titular da função possua grau hierárquico inferior ao previsto empossadas em cargo público permanente estranho à sua
no Quadro de Organização, fará jus à remuneração carreira, inclusive na função de magistério, serão
imediatamente superior. imediatamente licenciados "ex-officio", sem remuneração, e
terão sua situação militar definida pela Lei do Serviço Militar.".
Art. 53. A estrutura organizacional e o funcionamento da
Polícia Militar, prevista nesta Lei Complementar, será Art. 58. Os incisos II, III e VII do Artigo 12 da Lei n o 4.025,
efetivada progressivamente, por meio de atos do Poder de 30 de novembro de 1978, passam a ter a seguinte redação:
Executivo, até dezembro de 2010. "Art. 12. .........................................................................................................
I .........................................................................................................................
Art. 54. As missões, o detalhamento, as responsabilidades, II — Possuir escolaridade, no mínimo, correspondente ao
as áreas e as competências dos órgãos de direção estratégica, Ensino Médio;
setorial, e de execução, bem como as atribuições dos III — ter, no máximo, 48 anos de idade, no ato da matrícula;
comandantes, diretores e chefes serão estabelecidas em
regulamento, a ser editado em 180 (cento e oitenta) dias, a VII –Classificado no comportamento "EXCEPCIONAL" e
contar da data de publicação desta Lei. não possuir punição por prática de transgressão que afete o
sentimento do dever, a honra pessoal, o pundonor policial-
militar ou o decoro da classe, não canceladas pelo

Noções de Direito Militar 10


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

entendimento estabelecido no Art. 64 do Decreto n° 8.962, de


11 de março de 1981;

Art. 59. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de Crime militar:
sua publicação. caracterização do crime
Art. 60. Revogam-se as disposições em contrário. militar (art. 9º do CPM);
propriamente e
PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DA PARAÍBA, em impropriamente militar.
João Pessoa, 02 de dezembro de 2008; 120° da Proclamação
da República. Violência contra superior
(art.157 CPM); Violência
Anexos contra inferior (art.175 CPM);
Disponíveis em:
http://sapl.al.pb.leg.br:8080/sapl/sapl_documentos/norma_juridica/9126_texto_ Abandono de Posto (art.195
integral.
CPM); Embriaguez em serviço
(art. 202 CPM); Dormir em
Questões serviço (art. 203 CPM).
01. De acordo com a LC 87/2008, estão dentre os
princípios basilares a serem observados pela Polícia Militar
do Estado da Paraíba, a hierarquia, a impessoalidade e a
probidade.
Crimes propriamente militares. Crimes
(....) Certo (....) Errado
impropriamente militares.
02. Sobre a LC 87/2008, analise o item abaixo e marque
Antes de adentrarmos o tema importante trazer ao estudo
certo ou errado:
a diferença entre crime militar e crime comum2.
A Polícia Militar será estruturada em órgãos de direção
estratégica, de direção setorial, de execução e desvinculados.
Diferenças entre Crime Militar e Crime comum
(....) Certo (....) Errado
O professor Jorge Cesar de Assis em seu artigo Crime
Militar e Crime Comum destaca algumas diferenças entre o
03. De acordo com a LC 87/2008, o Comando Geral é
tratamento em que a lei dá ao crime militar e crime comum.
constituído de Comandante-Geral, Gabinete do Comandante-
Vejamos algumas delas.
Geral e Grupamento de Ações Táticas Especiais -GATE.
a) PUNIBILIDADE DA TENTATIVA. No Código Penal
(....) Certo (....) Errado
comum a tentativa é punida com redução de 1 a 2 terços,
(art.14, II do CP), enquanto no Código Penal Militar a tentativa
04. Sobre a LC 87/2008, analise o item abaixo e marque
é punida como a mesma pena do crime consumado,
certo ou errado:
possibilitando, ainda, a ponderação por parte do magistrado
As Praças Especiais são: Aspirante-a-Oficial PM e Cadete
(art. 30, parágrafo único do CPM)
PM.
b) ERRO DE DIREITO. No Código Penal comum, ocorrendo
(....) Certo (....) Errado
erro sobre a ilicitude do fato, o qual se inevitável, ou invencível,
exclui o dolo e o autor fica isento de pena. (artigo 21 do CP).
Respostas
Código Penal Militar é mais severo, pois recaindo em erro por
ignorância ou errada compreensão da lei, a pena é
01. Resposta: Certo.
simplesmente atenuada ou substituída por outra menos grave
02. Resposta: Errado.
e, ainda, se for crime contra o dever militar, o erro de direito
03. Resposta: Certo.
não lhe aproveita.
04. Resposta: Certo.
c) ESTADO DE NECESSIDADE JUSTIFICANTE ESPECÍFICO
DO COMANDANTE. O Código Penal Militar prevê um tipo
diferente de estado de necessidade em que o Comandante de
navio, aeronave, ou praça de guerra, na iminência de perigo ou
grave calamidade possa compelir os subalternos, por meios
violentos, a executar serviços e manobras urgentes. (art. 42 do
CPM).
d) TRATAMENTO DUPLO AO ESTADO DE NECESSIDADE.
O Código Penal comum prevê apenas o estado de necessidade
justificante como excludente da ilicitude (art. 24 do CP), já o
Código Penal Militar prevê o estado de necessidade justificante
(art.42, I e 43 do CPM) e estado de necessidade exculpante
como excludente da culpabilidade (art.39 do CPM).
e) PENA DE MORTE EM TEMPO DE GUERRA.
Diferentemente do Código Penal comum, o Código Penal
Militar prevê a pena de morte em tempo de guerra (art. 55, 355
e outros do CPM)
f) PENAS INFAMANTES. Está previsto no Código Penal
Militar, como penas acessórias, a declaração de indignidade

2Texto adaptado: Da Silva, Julio Cesar Lopes. Definição e Conceito de Crime


Militar. Disponível em: http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5979.

Noções de Direito Militar 11


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

para com o oficialato e a declaração de incompatibilidade para militar, definidos em lei”. O Código Penal Comum também faz
com o oficialato (art. 98 do CPM). menção ao termo em seu artigo 64, inciso II quando assevera
g) SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA - SURSIS. que não se consideram os crimes militares próprios para
Diferentemente do Código Penal comum o Direito Penal efeitos de reincidência. No entanto, ficou encargo da doutrina
Militar exige para a concessão do sursis que o sentenciado não definir o que seria crime propriamente militar ou crime militar
seja reincidente em crime punido com pena privativa de próprio. Sobre o tema, assim discorre Jorge Cesar de Assis:
liberdade, bem como veda a concessão do sursis por vários
crimes sem violência, como de desrespeito ao superior, de Em uma definição bem simples poderíamos dizer que
insubordinação, de deserção entre outros. crime propriamente militar é aquele que só está previsto
h) CRIME CONTINUADO. No âmbito militar, o crime no Código Penal Militar, e que só poderá ser cometido por
continuado recebe um tratamento mais severo, já que as penas militar, como aqueles contra a autoridade ou disciplina
são unificadas. Sendo as penas da mesma espécie, a pena única militar ou contra o serviço militar e o dever militar. Já o
é a soma de todas e se as penas forem de espécies diferentes, crime impropriamente militar está previsto ao mesmo
aplica-se a pena mais grave com aumento correspondente à tempo, tanto no Código Penal Militar como na legislação
metade do tempo das menos graves (art. 80 do CPM) penal comum, ainda que de forma um pouco diversa
i) INAPLICABILIDADE DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL (roubo, homicídio, estelionato, estupro, etc.) e via de regra,
AOS CRIMES MILITARES. Nos termos do artigo 90-A da lei poderá ser cometido por civil.
9.099/95, incluído pela lei 9.839/99, a Lei dos Juizados (...)
Especiais Criminais não se aplica no âmbito da Direito Militar,
no qual, entende-se, não existir infração de menor potencial
ofensivo. Ressalta-se ainda:
j) INAPLICABILIDADE DAS PENAS ALTERNATIVAS AOS
CRIMES MILITARES. Para o Superior Tribunal Militar as penas Nos crime propriamente militar a autoridade militar
restritivas de direito dispostas no artigo 44 do Código Penal poderá prender o acusado sem que este esteja em flagrante
não tem aplicação na Justiça Militar da União, porém o tema é delito e mesmo sem ordem judicial, situação impossível de
controverso na doutrina. se imaginar em relação ao crime comum.
(...)
Observa-se que a distinção preponderante entre o crime
comum e o crime militar está no bem jurídico a ser tutelado. Da mesma forma, durante a investigação policial
No crime militar tutela-se precipuamente a administração militar, o encarregado do IPM poderá efetuar a detenção
militar e os princípios basilares da hierarquia e disciplina. cautelar do indiciado que cometer crime militar próprio,
O Brasil adotou para definir como crime militar o aspecto por até 30 dias, sem necessidade de ordem da autoridade
formal, ou seja, o legislador enumera, taxativamente, por meio judicial competente, que deverá, entretanto ser
de lei, as condutas tidas como crime militar. Assim, em regra, comunicada.
crime militar são condutas descritas no Código Penal Militar – (...)
CPM, Decreto-Lei nº 1.001 de 21 de outubro de 1969, o qual,
também, por via do seu artigo 9º estabelece outros critérios
como em razão da pessoa, em razão do local e em razão do A anotação não foi precisa já que a hipótese de um fato
objeto, para fixação da competência. estar previsto tanto no Código Penal Militar como na legislação
penal comum caracteriza o crime impropriamente militar cuja
O critério geral estabelecido pelo Código Penal Militar é o competência num primeiro momento é da Justiça Militar, pelo
ratione legis, ou seja, em razão da lei, assim é crime militar a princípio da Especialização, e a remissão a ela (a anotação) é
conduta estabelecida no Código Penal Militar. O critério feita apenas para se aquilatar a dificuldade que encontra o
ratione persone se dá quando exige que o sujeito ativo ou jurista pátrio não afeito às lides da caserna para a exata
passivo esteja na condição especial de militar ou assemelhado compreensão do que seja o crime militar em relação com o
como acontece, por exemplo, no inciso II, alíneas a, b, c, d e crime comum.
inciso III, alíneas b e c
O critério do local leva em consideração o local onde a Portanto, há de se concluir que crimes propriamente
conduta criminosa foi praticada, qual seja “sob administração militares são aqueles tipificados numa legislação militar, sem
militar”, conforme inciso II, alíneas b, c, d e inciso III alíneas b que haja conduta correspondente descrita em normas comuns,
e c. cujo objeto jurídico é a proteção da instituição militar, pelo que
Há, também, o critério de tempo, pois o Código Penal versa sobre as infrações de deveres militares, podendo, por
Militar prevê duas modalidades de crimes militares, isso, ser praticados apenas por militares ou assemelhados
descrevendo condutas e culminando penas para os crimes como, por exemplo, o crime de deserção (Art. 187, do CPM),
militares praticados em tempo paz e para os crimes militares abandono de posto (Art. 195, do CPM), desacato a superior
praticados em tempo de guerra. Assim, para considerarmos (Art. 298, CPM), dormir em serviço, (Art. 203, do CPM), etc.
como crime militar, além de a conduta está tipificada no CPM enquanto que os crimes impropriamente militares são
obedecendo às normas do artigo 9º, deve-se considerar se o aqueles que mesmo estando descritos no Código Penal Militar,
país está ou não em estado de guerra. podem vir a ser cometidos por qualquer pessoa como é o caso
Assim, exige-se que a conduta seja típica, antijurídica e do delito de homicídio (Art. 205, do CPM), delito de furto (Art.
esteja enquadrada no artigo 9º ou 10º do Código Penal Militar, 240, do CPM), etc.
os quais trazem os critérios e condições que caracterizam o
crime militar. Ademais, conforme ensina Azor Lopes da Silva Júnior, se a
conduta não estiver tipificada no Código Penal Militar, mesmo
Crime Propriamente Militar. que praticada dentro do quartel não se poderá chamar de
A Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso LXI utiliza- crime militar. Vejamos o que leciona o autor:
se do termo propriamente militar quando garante que
“ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem
escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente,
salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente

Noções de Direito Militar 12


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

“(...)a prática de contravenção penal pelo militar, se praticados no contexto: (Incluído pela Lei nº 13.491, de
mesmo que dentro de um quartel e contra outro militar, 2017)
será considerado delito comum; da mesma forma, a lesão I – do cumprimento de atribuições que lhes forem
corporal praticada por um militar, fora do ambiente do estabelecidas pelo Presidente da República ou pelo Ministro
quartel e fora da situação de serviço, contra um civil; de Estado da Defesa; (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017)
igualmente o tráfico de entorpecentes por um militar, II – de ação que envolva a segurança de instituição militar
mesmo que dentro do quartel, já que prevalece a Lei nº ou de missão militar, mesmo que não beligerante; ou (Incluído
11.343/06; o crime de tortura, mesmo que praticado pela Lei nº 13.491, de 2017)
dentro do estabelecimento militar tipifica-se por lei III – de atividade de natureza militar, de operação de paz,
especial (Lei nº 9.455/97); ao abuso de autoridade de igual de garantia da lei e da ordem ou de atribuição subsidiária,
forma aplica-se a Lei nº 4.898/65; etc. realizadas em conformidade com o disposto no art. 142 da
Constituição Federal e na forma dos seguintes diplomas legais:
(Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017)
Desta forma, se a conduta não foi tipificada no Código a) Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Código
Penal Militar, mas em alguma lei penal especial, esta prevalece. Brasileiro de Aeronáutica; (Incluída pela Lei nº 13.491, de
Se, todavia, o fato se subsume tanto à norma penal militar 2017)
quanto à comum, prepondera a primeira em razão do princípio b) Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999;
da especialidade. (Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017)
c) Decreto-Lei nº 1.002, de 21 de outubro de 1969 - Código
Código Penal Militar de Processo Penal Militar; e (Incluída pela Lei nº 13.491, de
2017)
Crimes militares em tempo de paz d) Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral.
Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz: (Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017)
I - os crimes de que trata este Código, quando definidos de
modo diverso na lei penal comum, ou nela não previstos,
qualquer que seja o agente, salvo disposição especial; Atenção! A figura do “assemelhado” apresentada neste
II – os crimes previstos neste Código e os previstos na artigo não mais existe nas Forças Armadas ou mesmo nas
legislação penal, quando praticados: (Redação dada pela Lei nº Forças Auxiliares. A expressão utilizada pelo Código Penal
13.491, de 2017) Militar há muito perdeu o seu significado.
a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, O assemelhado era um funcionário civil que ficava
contra militar na mesma situação ou assemelhado; sujeito aos preceitos militares de hierarquia e disciplina, e
b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, ainda aos regulamentos disciplinares da Força Militar a
em lugar sujeito à administração militar, contra militar da qual pertencia. Com o passar dos anos, a figura do
reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil; assemelhado foi extinta das Corporações Militares.
c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, Atualmente, o que existe, são os funcionários civis das Forças
em comissão de natureza militar, ou em formatura, ainda que Armadas, ou mesmo das Forças Auxiliares, os quais poderão
fora do lugar sujeito à administração militar contra militar da ser sujeito ativo de crimes militares. Além disto, estes
reserva, ou reformado, ou civil; funcionários ainda poderão praticar ilícitos administrativos,
d) por militar durante o período de manobras ou exercício, mas nestes casos serão enquadrados com base no Estatuto
contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou dos Funcionários Civis, uma vez que por não serem militares
civil; não poderão ser processados e julgados em um processo
e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, administrativo disciplinar militar.
contra o patrimônio sob a administração militar, ou a ordem
administrativa militar;
f) revogada. (Vide Lei nº 9.299, de 8.8.1996) (...)
III - os crimes praticados por militar da reserva, ou CAPÍTULO III
reformado, ou por civil, contra as instituições militares, DA VIOLÊNCIA CONTRA SUPERIOR OU MILITAR DE
considerando-se como tais não só os compreendidos no inciso SERVIÇO
I, como os do inciso II, nos seguintes casos:
a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou Violência contra superior
contra a ordem administrativa militar; Art. 157. Praticar violência contra superior:
b) em lugar sujeito à administração militar contra militar Pena - detenção, de três meses a dois anos.
em situação de atividade ou assemelhado, ou contra
funcionário de Ministério militar ou da Justiça Militar, no Formas qualificadas
exercício de função inerente ao seu cargo; § 1º Se o superior é comandante da unidade a que
c) contra militar em formatura, ou durante o período de pertence o agente, ou oficial general:
prontidão, vigilância, observação, exploração, exercício, Pena - reclusão, de três a nove anos.
acampamento, acantonamento ou manobras; § 2º Se a violência é praticada com arma, a pena é
d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, aumentada de um terço.
contra militar em função de natureza militar, ou no § 3º Se da violência resulta lesão corporal, aplica-se, além
desempenho de serviço de vigilância, garantia e preservação da pena da violência, a do crime contra a pessoa.
da ordem pública, administrativa ou judiciária, quando § 4º Se da violência resulta morte:
legalmente requisitado para aquele fim, ou em obediência a Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
determinação legal superior. § 5º A pena é aumentada da sexta parte, se o crime ocorre
§ 1º Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos em serviço.
contra a vida e cometidos por militares contra civil, serão da
competência do Tribunal do Júri. (Redação dada pela Lei nº (...)
13.491, de 2017)
§ 2º Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos Violência contra inferior
contra a vida e cometidos por militares das Forças Armadas Art. 175. Praticar violência contra inferior:
contra civil, serão da competência da Justiça Militar da União, Pena - detenção, de três meses a um ano.
Noções de Direito Militar 13
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

(...)
CAPÍTULO III
DO ABANDONO DE POSTO E DE OUTROS CRIMES EM
SERVIÇO
Justiça Militar Estadual. Art.
Abandono de posto 125, §§ 3º, 4º e 5º CF/88;
Art. 195. Abandonar, sem ordem superior, o posto ou lugar
de serviço que lhe tenha sido designado, ou o serviço que lhe
cumpria, antes de terminá-lo:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
(...)
CF/88
SEÇÃO VIII
Embriaguez em serviço
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS
Art. 202. Embriagar-se o militar, quando em serviço, ou
apresentar-se embriagado para prestá-lo:
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
princípios estabelecidos nesta Constituição.
(...)
Dormir em serviço
§ 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do
Art. 203. Dormir o militar, quando em serviço, como oficial
Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída, em
de quarto ou de ronda, ou em situação equivalente, ou, não
primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de
sendo oficial, em serviço de sentinela, vigia, plantão às
Justiça e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou
máquinas, ao leme, de ronda ou em qualquer serviço de
por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo
natureza semelhante:
militar seja superior a vinte mil integrantes.
Pena - detenção, de três meses a um ano.
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar
os militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei
Questões
e as ações judiciais contra atos disciplinares militares,
ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil,
01. (PM/PB - Soldado Combatente - PM/PB/2014)
cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do
Consideram-se crimes militares, em tempo de paz os Crimes
posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças.
Previstos no Código Militar, embora também o sejam com igual
§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar
definição na lei penal comum, quando
processar e julgar, singularmente, os crimes militares
praticados_____________________. Assinale a alternativa que
cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos
completa corretamente a lacuna.
disciplinares militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a
(A) Por militar em situação de atividade ou assemelhado,
presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais
contra militar na mesma situação ou assemelhado.
crimes militares.
(B) Por militar em situação de inatividade ou assemelhado,
(...)
em lugar sujeito a administração militar, contra militar da
reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil.
(C) Por militar em folga ou atuando em razão da função, em
comissão de natureza militar, ou em formatura, ainda que fora
do lugar sujeito a administração militar contra militar da Art. 187 a 198 da Lei
reserva, ou reformado, ou civil. Complementar 096/10 (Lei de
(D) Por civil durante o período de manobras ou exercício, Organização e Divisão
contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou
civil. Judiciárias do Estado da
Paraíba)
02. (PM/TO - Soldado da Polícia Militar -
CONSULPLAN/2013) O Código Penal Militar estabelece o
crime de praticar violência contra superior. Sobre o tema,
marque a alternativa INCORRETA. LEI COMPLEMENTAR N° 96 DE 03 DE DEZEMBRO DE
(A) Se o crime é praticado em unidade militar, será 20103
qualificado.
(B) Se a violência é praticada com arma, a pena é Dispõe sobre a Lei de Organização e Divisão Judiciária do
aumentada de um terço. Estado da Paraíba e dá outras providências.

(....);
(C) Se da violência resulta lesão corporal, aplica-se, além
da pena da violência, a do crime contra a pessoa. TÍTULO IV
(D) Se o superior é comandante da unidade a que pertence DA JUSTIÇA MILITAR
o agente, ou oficial general, o crime será qualificado. CAPÍTULO I
Respostas DA COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIA
01. Resposta: A Seção I
02. Resposta: A Da Composição

Art. 187. A Justiça Militar estadual com sede na Capital e


jurisdição em todo o Estado é composta:
I - no primeiro grau de jurisdição:

3 Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba. Disponível em:


http://www.al.pb.leg.br/leis-estaduais.

Noções de Direito Militar 14


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

a) pelos juízes de direito de Vara Militar; CAPÍTULO II


b) pelos conselhos de Justiça Militar; DOS CONSELHOS DA JUSTIÇA MILITAR
II - no segundo grau de jurisdição pelo Tribunal de Justiça. Seção I
Das Disposições Gerais
Seção II
Da Competência Geral Art. 193. Integram a Justiça Militar do Estado observada a
separação institucional entre a Polícia Militar e o Corpo de
Art. 188. Compete à Justiça Militar processar e julgar os Bombeiros, os seguintes Conselhos de Justiça:
militares do Estado nos crimes militares definidos em lei, e as I - Conselhos Especiais;
ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a II - Conselhos Permanentes ou Trimestrais.
competência do Tribunal do Júri quando a vítima for civil,
cabendo ao Tribunal de Justiça decidir sobre a perda do posto Seção II
e da patente dos oficiais e da graduação das praças. Da Composição

Seção III Art. 194. Os Conselhos Especiais são compostos por quatro
Do Juiz de Direito de Vara Militar juízes militares, todos oficiais de postos não inferiores ao do
acusado.
Art. 189. O cargo de juiz de direito de Vara Militar será § 1° Havendo mais de um acusado no processo, o de posto
provido por juiz de direito de terceira entrância, observadas as mais elevado servirá de referência à composição do conselho.
normas estabelecidas para o provimento dos demais cargos de § 2° Sendo o acusado do posto mais elevado na corporação
carreira da magistratura estadual. policial ou do corpo de bombeiro militar, o conselho especial
será composto por oficiais da respectiva corporação militar,
Art. 190. Compete ao juiz de direito de Vara Militar: que sejam da ativa, do mesmo posto do acusado e mais antigos
I - processar e julgar, singularmente, os crimes militares que ele; não havendo na ativa oficiais mais antigos que o
cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos acusado, serão sorteados e convocados oficiais da reserva
disciplinares; remunerada.
II - presidir os conselhos de Justiça Militar e relatar, com § 3° Sendo o acusado do posto mais elevado da corporação,
voto inicial e direto, os processos respectivos; e nela não existindo oficial, ativo ou inativo, mais antigo que
III - exercer o poder de polícia durante a realização de ele, o conselho especial será composto por oficiais que
audiências e sessões de julgamento; atendam ao requisito da hierarquia, embora pertencentes à
IV - expedir todos os atos necessários ao cumprimento das outra instituição militar estadual.
suas decisões e das decisões dos conselhos da Justiça Militar; § 4° Não havendo, em qualquer das corporações, no posto
V - exercer o ofício da execução penal em todas as unidades mais elevado, oficial, ativo ou inativo, mais antigo que o
militares estaduais, onde haja preso militar ou civil sob sua acusado, será este julgado pelo Tribunal de Justiça
guarda provisória ou definitiva; § 5° Quando, em um mesmo processo, os acusados forem
VI - cumprir carta precatória relativa à matéria de sua oficiais e praças, responderão todos perante o conselho
competência. especial.

Seção IV Art. 195. Os Conselhos Permanentes serão compostos pelo


Do Cartório de Vara Militar mesmo número de oficiais previsto para os Conselhos
Especiais, devendo ser integrados por, no mínimo, um oficial
Art. 191. O cartório de vara Militar terá seus cargos superior.
preenchidos por membros da Polícia Militar e/ou do Corpo de
Bombeiros do Estado habilitados para o exercício da função, Seção III
sem prejuízo da participação de servidores da justiça comum, Da Competência
quando necessário.
§ 1º O cartório será chefiado por um militar graduado Art. 196. Compete aos Conselhos de Justiça Militar
(primeiro sargento ou subtenente) ou por um oficial até a processar e julgar os crimes militares não compreendidos na
patente de capitão, requisitado mediante indicação do juiz competência monocrática de juiz de vara militar.
competente ao comandante-geral da Polícia Militar, através de Parágrafo único. Aos Conselhos Especiais compete o
ato do presidente do Tribunal de Justiça. julgamento de oficiais, enquanto aos Conselhos Permanentes
§ 2° O militar a serviço de vara militar tem fé de ofício ou Trimestrais compete o julgamento das praças em geral.
quando da prática dos atos inerentes às respectivas funções,
que correspondem à função de analista judiciário, de técnico Seção IV
judiciário, de movimentador e de oficial de justiça. Da Escolha e Convocação dos Conselhos

Seção V Art. 197. Os comandantes-gerais da Polícia Militar e do


Dos Atos Judiciais Corpo de Bombeiros do Estado remeterão, trimestralmente, ao
juiz de direito da Vara Militar relação nominal dos oficiais da
Art. 192. As audiências e sessões de julgamento da Justiça ativa em condições de servir nos conselhos, com indicação dos
Militar são realizadas na sede da comarca, salvo os casos seus endereços residenciais, a fim de serem realizados os
especiais por justa causa ou força maior, fundamentados pelo sorteios respectivos.
juiz de direito titular da Vara Militar. § 1° Os sorteios para a composição dos Conselhos
Permanentes realizar-se-ão entre os dias vinte e vinte e cinco
do último mês de cada trimestre, ressalvado motivo de força
maior para sua não ocorrência.
§ 2° O resultado dos sorteios será informado aos
comandantes-gerais da Polícia Militar e do Corpo de
Bombeiros para que providenciem a publicação em boletins
gerais e ordenem o comparecimento dos juízes não togados à

Noções de Direito Militar 15


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

hora marcada na sede do Juízo Militar, ficando à sua disposição Respostas


enquanto durarem as convocações.
§ 3° Os sorteios para a composição dos Conselhos Especiais 01. Resposta: Certo.
ocorrerão sempre que se iniciar processo criminal contra 02. Resposta: Errado.
oficial, mantendo-se sua constituição até a sessão de 03. Resposta: Certo.
julgamento, se alguma causa intercorrente não justificar o 04. Resposta: Certo.
arquivamento antecipado da ação penal.
§ 4° O sorteio para a composição dos Conselhos
Permanentes da Justiça Militar dará preferência a oficiais
aquartelados na Capital.
§ 5° Caso a relação dos oficiais da ativa, prevista no caput Anotações
deste artigo, não seja enviada ao juiz competente, no prazo
legal, os sorteios para composição dos Conselhos da Justiça
Militar serão realizados com base na relação enviada no
trimestre anterior, sem prejuízo da apuração de
responsabilidades.

CAPÍTULO III
DA EXECUÇÃO DA PENA

Art. 198. O regime carcerário aplicável ao condenado pelo


juiz de direito titular de Vara Militar é o seguinte:
I - no caso de pena privativa da liberdade por até dois anos,
o regime será regulamentado nas decisões que proferirem o
juiz monocrático e os conselhos da Justiça Militar, sendo o
condenado recolhido à prisão militar;
II - ultrapassado o limite da pena de dois anos e havendo o
condenado perdido a condição de militar, será ele transferido
para prisão da jurisdição comum, deslocando-se a
competência quanto à execução da pena para o respectivo
juízo, ao qual serão remetidos os autos do processo.

Questões

01. De acordo com a Lei de Organização e Divisão


Judiciária do Estado da Paraíba, a Justiça Militar estadual com
sede na Capital e jurisdição em todo o Estado é composta no
primeiro grau de jurisdição, pelos juízes de direito de Vara
Militar e pelos conselhos de Justiça Militar; e, no segundo grau
de jurisdição pelo Tribunal de Justiça.
(....) Certo (....) Errado

02. Analise a LC 096/2010, julgue o item abaixo e marque


certo ou errado:
Os Conselhos Permanentes serão compostos pelo mesmo
número de oficiais previsto para os Conselhos Especiais,
devendo ser integrados por, no máximo, um oficial superior.
(....) Certo (....) Errado

03. De acordo com a Lei de Organização e Divisão


Judiciária do Estado da Paraíba, o regime carcerário aplicável
ao condenado pelo juiz de direito titular de Vara Militar no
caso de pena privativa da liberdade por até dois anos, o regime
será regulamentado nas decisões que proferirem o juiz
monocrático e os conselhos da Justiça Militar, sendo o
condenado recolhido à prisão militar.
(....) Certo (....) Errado

04. Analise a LC 096/2010, julgue o item abaixo e marque


certo ou errado:
O regime carcerário aplicável ao condenado pelo juiz de
direito titular de Vara Militar, se ultrapassado o limite da pena
de dois anos e havendo o condenado perdido a condição de
militar, será ele transferido para prisão da jurisdição comum,
deslocando-se a competência quanto à execução da pena para
o respectivo juízo, ao qual serão remetidos os autos do
processo.
(....) Certo (....) Errado

Noções de Direito Militar 16


Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE

Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

inabilitação por isso a competência para processar e julgar


será do Juizado Especial Criminal Estadual ou Federal.

As penas poderão ser aplicadas isolada ou


cumulativamente.

Uma vez esclarecido alguns detalhes sobre o abuso de


Lei nº 4.898/65 (Abuso de autoridade, vamos acompanhar na íntegra o que dispõe a Lei nº
Autoridade). 4.898/65:

LEI Nº 4.898, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1965.

Podemos definir o Abuso de Autoridade como crime que Regula o Direito de Representação e o processo de
abrange as condutas abusivas de poder. O abuso de poder é Responsabilidade Administrativa Civil e Penal, nos casos de
gênero do qual surgem o excesso de poder ou o desvio de abuso de autoridade.
poder ou de finalidade.
Desta forma, o abuso de poder pode se manifestar como o O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
excesso de poder, caso em que o agente público atua além de Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
sua competência legal, como pode se manifestar pelo desvio de
poder, em que o agente público atua contrariamente ao Art. 1º O direito de representação e o processo de
interesse público, desviando-se da finalidade pública. responsabilidade administrativa civil e penal, contra as
Tratam-se, pois, de formas arbitrárias de agir do agente autoridades que, no exercício de suas funções, cometerem
público no âmbito administrativo, em que está adstrito ao que abusos, são regulados pela presente lei.
determina a lei (princípio da estrita legalidade).
No caso do abuso de autoridade, temos a tipificação Art. 2º O direito de representação será exercido por meio
daquelas condutas abusivas de poder como crimes podendo- de petição:
se dizer que o abuso de autoridade é o abuso de poder a) dirigida à autoridade superior que tiver competência
analisado sob as normas penais. legal para aplicar, à autoridade civil ou militar culpada, a
Mais ainda, o abuso de autoridade abrange o abuso de respectiva sanção;
poder, conforme se pode vislumbrar pelo disposto no art. 4º, b) dirigida ao órgão do Ministério Público que tiver
a, Lei nº 4.898/65, utilizando os conceitos administrativos competência para iniciar processo-crime contra a autoridade
para tipificar condutas contrárias à lei no âmbito penal e culpada.
disciplinar. Parágrafo único. A representação será feita em duas vias e
Portanto, podemos dizer que, além do abuso de poder ser conterá a exposição do fato constitutivo do abuso de
infração administrativa, também é utilizado no âmbito penal autoridade, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do
para caracterizar algumas condutas de abuso de autoridade, acusado e o rol de testemunhas, no máximo de três, se as
sendo que, essas são muito mais amplas do que o simples houver.
abuso de poder (excesso ou desvio de poder), eis que abarcam
outras condutas ilegais do agente público, o que nos leva a Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado:
concluir que o abuso de autoridade abrange o abuso de poder a) à liberdade de locomoção;
que, por sua vez, se desdobra em excesso e desvio de poder ou b) à inviolabilidade do domicílio;
de finalidade. c) ao sigilo da correspondência;
d) à liberdade de consciência e de crença;
Os atos de abuso de autoridade estão descritos nos arts. 3º e) ao livre exercício do culto religioso;
e 4º da Lei. f) à liberdade de associação;
g) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício
O objeto jurídico dos crimes de abuso de autoridade se do voto;
dividem em: imediato/principal e mediato/secundário. O h) ao direito de reunião;
imediato protege os direitos e garantias fundamentais das i) à incolumidade física do indivíduo;
pessoas físicas e jurídicas e o mediato protege a regularidade e j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício
probidade dos serviços públicos. profissional.

Lembre-se que o ato de abuso é forma irregular e ímproba Art. 4º Constitui também abuso de autoridade:
da prestação de serviços públicos. a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade
individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder;
Elemento subjetivo: b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame
Além do dolo de praticar a conduta típica é necessária ou a constrangimento não autorizado em lei;
ainda a intenção específica de agir abusivamente. c) deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente
Se a autoridade na justa intenção de cumprir seu dever ou a prisão ou detenção de qualquer pessoa;
proteger o interesse público acaba cometendo excesso haverá d) deixar o Juiz de ordenar o relaxamento de prisão ou
ilegalidade no ato, mas não crime de abuso de autoridade. detenção ilegal que lhe seja comunicada;
e) levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha a
Consumação se dá com a conduta, ainda que não ocorra a prestar fiança, permitida em lei;
efetiva lesão ao direito protegido no tipo. Crime formal. f) cobrar o carcereiro ou agente de autoridade policial
carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outra despesa,
A ação penal é incondicionada. desde que a cobrança não tenha apoio em lei, quer quanto à
espécie quer quanto ao seu valor;
Os crimes de abuso de autoridade são punidos com multa g) recusar o carcereiro ou agente de autoridade policial
e/ou 10 dias a 06 meses de detenção; e/ou perda do cargo ou recibo de importância recebida a título de carceragem, custas,
emolumentos ou de qualquer outra despesa;

Legislação Extravagante 1
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

h) o ato lesivo da honra ou do patrimônio de pessoa natural Art. 12. A ação penal será iniciada, independentemente de
ou jurídica, quando praticado com abuso ou desvio de poder inquérito policial ou justificação por denúncia do Ministério
ou sem competência legal; Público, instruída com a representação da vítima do abuso.
i) prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou
de medida de segurança, deixando de expedir em tempo Art. 13. Apresentada ao Ministério Público a representação
oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de liberdade. da vítima, aquele, no prazo de quarenta e oito horas,
denunciará o réu, desde que o fato narrado constitua abuso de
Art. 5º Considera-se autoridade, para os efeitos desta lei, autoridade, e requererá ao Juiz a sua citação, e, bem assim, a
quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza designação de audiência de instrução e julgamento.
civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem § 1º A denúncia do Ministério Público será apresentada em
remuneração. duas vias.

Art. 6º O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à Art. 14. Se a ato ou fato constitutivo do abuso de autoridade
sanção administrativa civil e penal. houver deixado vestígios o ofendido ou o acusado poderá:
§ 1º A sanção administrativa será aplicada de acordo com a) promover a comprovação da existência de tais vestígios,
a gravidade do abuso cometido e consistirá em: por meio de duas testemunhas qualificadas;
a) advertência; b) requerer ao Juiz, até setenta e duas horas antes da
b) repreensão; audiência de instrução e julgamento, a designação de um
c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco perito para fazer as verificações necessárias.
a cento e oitenta dias, com perda de vencimentos e vantagens; § 1º O perito ou as testemunhas farão o seu relatório e
d) destituição de função; prestarão seus depoimentos verbalmente, ou o apresentarão
e) demissão; por escrito, querendo, na audiência de instrução e julgamento.
f) demissão, a bem do serviço público. § 2º No caso previsto na letra a deste artigo a
§ 2º A sanção civil, caso não seja possível fixar o valor do representação poderá conter a indicação de mais duas
dano, consistirá no pagamento de uma indenização de testemunhas.
quinhentos a dez mil cruzeiros.
§ 3º A sanção penal será aplicada de acordo com as regras Art. 15. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de
dos artigos 42 a 56 do Código Penal e consistirá em: apresentar a denúncia requerer o arquivamento da
a) multa de cem a cinco mil cruzeiros; representação, o Juiz, no caso de considerar improcedentes as
b) detenção por dez dias a seis meses; razões invocadas, fará remessa da representação ao
c) perda do cargo e a inabilitação para o exercício de Procurador-Geral e este oferecerá a denúncia, ou designará
qualquer outra função pública por prazo até três anos. outro órgão do Ministério Público para oferecê-la ou insistirá
§ 4º As penas previstas no parágrafo anterior poderão ser no arquivamento, ao qual só então deverá o Juiz atender.
aplicadas autônoma ou cumulativamente.
§ 5º Quando o abuso for cometido por agente de Art. 16. Se o órgão do Ministério Público não oferecer a
autoridade policial, civil ou militar, de qualquer categoria, denúncia no prazo fixado nesta lei, será admitida ação privada.
poderá ser cominada a pena autônoma ou acessória, de não O órgão do Ministério Público poderá, porém, aditar a queixa,
poder o acusado exercer funções de natureza policial ou repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva e intervir em todos
militar no município da culpa, por prazo de um a cinco anos. os termos do processo, interpor recursos e, a todo tempo, no
caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte
Art. 7º recebida a representação em que for solicitada a principal.
aplicação de sanção administrativa, a autoridade civil ou
militar competente determinará a instauração de inquérito Art. 17. Recebidos os autos, o Juiz, dentro do prazo de
para apurar o fato. quarenta e oito horas, proferirá despacho, recebendo ou
§ 1º O inquérito administrativo obedecerá às normas rejeitando a denúncia.
estabelecidas nas leis municipais, estaduais ou federais, civis § 1º No despacho em que receber a denúncia, o Juiz
ou militares, que estabeleçam o respectivo processo. designará, desde logo, dia e hora para a audiência de instrução
§ 2º não existindo no município no Estado ou na legislação e julgamento, que deverá ser realizada, improrrogavelmente
militar normas reguladoras do inquérito administrativo serão dentro de cinco dias.
aplicadas supletivamente, as disposições dos arts. 219 a 225 § 2º A citação do réu para se ver processar, até julgamento
da Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952 (Estatuto dos final e para comparecer à audiência de instrução e julgamento,
Funcionários Públicos Civis da União). será feita por mandado sucinto que, será acompanhado da
§ 3º O processo administrativo não poderá ser sobrestado segunda via da representação e da denúncia.
para o fim de aguardar a decisão da ação penal ou civil.
Art. 18. As testemunhas de acusação e defesa poderão ser
Art. 8º A sanção aplicada será anotada na ficha funcional apresentada em juízo, independentemente de intimação.
da autoridade civil ou militar. Parágrafo único. Não serão deferidos pedidos de
precatória para a audiência ou a intimação de testemunhas ou,
Art. 9º Simultaneamente com a representação dirigida à salvo o caso previsto no artigo 14, letra "b", requerimentos
autoridade administrativa ou independentemente dela, para a realização de diligências, perícias ou exames, a não ser
poderá ser promovida pela vítima do abuso, a que o Juiz, em despacho motivado, considere indispensáveis
responsabilidade civil ou penal ou ambas, da autoridade tais providências.
culpada.
Art. 19. A hora marcada, o Juiz mandará que o porteiro dos
Art. 10. Vetado auditórios ou o oficial de justiça declare aberta a audiência,
apregoando em seguida o réu, as testemunhas, o perito, o
Art. 11. À ação civil serão aplicáveis as normas do Código representante do Ministério Público ou o advogado que tenha
de Processo Civil. subscrito a queixa e o advogado ou defensor do réu.
Parágrafo único. A audiência somente deixará de realizar-
se se ausente o Juiz.

Legislação Extravagante 2
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Art. 20. Se até meia hora depois da hora marcada o Juiz não 03. (PC/PI - Escrivão de Polícia Civil – UESPI) Constitui
houver comparecido, os presentes poderão retirar-se, abuso de autoridade, exceto:
devendo o ocorrido constar do livro de termos de audiência. (A) Atentado à inviolabilidade do domicílio e à liberdade
de locomoção.
Art. 21. A audiência de instrução e julgamento será pública, (B) Atentado ao sigilo da correspondência e à liberdade de
se contrariamente não dispuser o Juiz, e realizar-se-á em dia consciência e de crença.
útil, entre dez (10) e dezoito (18) horas, na sede do Juízo ou, (C) Atentado ao livre culto religioso e ao direito de reunião.
excepcionalmente, no local que o Juiz designar. (D) Atentado a fuga de preso e transgressão irregular de
natureza grave.
Art. 22. Aberta a audiência o Juiz fará a qualificação e o (E) Atentado aos direito e garantias legais assegurados ao
interrogatório do réu, se estiver presente. exercício do voto e ao direito de reunião.
Parágrafo único. Não comparecendo o réu nem seu
advogado, o Juiz nomeará imediatamente defensor para 04. (TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho – FCC) No
funcionar na audiência e nos ulteriores termos do processo. que concerne aos crimes de abuso de autoridade, é correto
afirmar que:
Art. 23. Depois de ouvidas as testemunhas e o perito, o Juiz (A) Compete à Justiça Militar processar e julgar militar por
dará a palavra sucessivamente, ao Ministério Público ou ao crime de abuso de autoridade praticado em serviço, segundo
advogado que houver subscrito a queixa e ao advogado ou entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça.
defensor do réu, pelo prazo de quinze minutos para cada um, (B) É cominada pena privativa de liberdade na modalidade
prorrogável por mais dez (10), a critério do Juiz. de reclusão.
(C) Se considera autoridade apenas quem exerce cargo,
Art. 24. Encerrado o debate, o Juiz proferirá imediatamente emprego ou função pública, de natureza civil ou militar, não
a sentença. transitório e remunerado.
(D) Não é cominada pena de multa.
Art. 25. Do ocorrido na audiência o escrivão lavrará no (E) Constitui abuso de autoridade qualquer atentado aos
livro próprio, ditado pelo Juiz, termo que conterá, em resumo, direitos e garantias legais assegurados ao exercício
os depoimentos e as alegações da acusação e da defesa, os profissional.
requerimentos e, por extenso, os despachos e a sentença.
05. (MPE-SC - Promotor de Justiça - MPE-SC) Analise os
Art. 26. Subscreverão o termo o Juiz, o representante do enunciados das questões abaixo e assinale se ele é Certo ou
Ministério Público ou o advogado que houver subscrito a Errado.
queixa, o advogado ou defensor do réu e o escrivão.
A Lei n. 4.898/65, que prevê os crimes de abuso de
Art. 27. Nas comarcas onde os meios de transporte forem autoridade, é aplicável inclusive aos que exercem cargo,
difíceis e não permitirem a observância dos prazos fixados emprego ou função pública de natureza civil, ainda que
nesta lei, o juiz poderá aumentá-las, sempre motivadamente, transitoriamente e sem remuneração.
até o dobro. (A) Certo
(B) Errado
Art. 28. Nos casos omissos, serão aplicáveis as normas do
Código de Processo Penal, sempre que compatíveis com o Respostas
sistema de instrução e julgamento regulado por esta lei.
Parágrafo único. Das decisões, despachos e sentenças, 01. Resposta: B.
caberão os recursos e apelações previstas no Código de 02. Resposta: C
Processo Penal. 03. Resposta: D
04. Resposta: E
Art. 29. Revogam-se as disposições em contrário. 05. Resposta: A

Questões
Lei nº 8.072/90 (Crimes
01. (TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros Hediondos).
– Provimento – CONSUPLAN/2016) Segundo a Lei nº
4.898/1965, constituem abuso de autoridade, EXCETO:
(A) Qualquer atentado ao direito de reunião. A Lei dos Crimes Hediondos foi uma tentativa de
(B) Deixar a autoridade policial de ordenar o relaxamento resposta à violência. A sua origem remonta à Constituição de
de prisão ou detenção ilegal que lhe seja comunicada. 1988, quando, no seu artigo 5º, inciso XLIII, ficou estabelecido
(C) Qualquer atentado à liberdade de associação. que "a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de
(D) Prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de
de medida de segurança, deixando de expedir em tempo entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como
oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de liberdade. crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem". Em 1990,
02. (TJ/PB - Juiz Substituto - CESPE) A condenação por surgiu a lista de crimes hediondos, que classificou como
crime previsto na lei de abuso de autoridade (Lei n.º inafiançáveis os crimes de extorsão mediante sequestro,
4.898/1965) poderá importar na aplicação de sanção penal de latrocínio (roubo seguido de morte) e estupro e negou aos seus
(A) inabilitação para contratar com a administração autores os benefícios da progressão de regime, obrigando-os a
pública por prazo determinado. cumprir a pena em regime integralmente fechado, salvo o
(B) reclusão. benefício do livramento condicional com 2/3 da pena.
(C) inabilitação para o exercício de qualquer função A Lei foi alterada em 1994, através da lei 8.930/1994. A
pública por prazo determinado. alteração consistiu em incluir o homicídio qualificado na Lei
(D) advertência. dos Crimes Hediondos. Esta lei teve grande repercussão na
(E) prisão simples. mídia, pois teria sido criada por iniciativa popular, encabeçada

Legislação Extravagante 3
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

pela novelista Glória Perez, depois do assassinato de sua filha I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art.
a atriz Daniella Perez, dois anos antes. Ocorre que, não 129, § 2º) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3º),
obstante a colheita de 1,3 milhão de assinaturas, o mencionado quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos
Projeto de Lei foi encaminhado pelo Presidente da Comissão arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema
Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente do Estado do prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no
Rio de Janeiro. Portanto, em sua origem, essa lei não é de exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu
iniciativa popular. cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro
Um crime será classificado como hediondo a depender da grau, em razão dessa condição; (Incluído pela Lei nº 13.142, de
vontade do legislador, é que o Brasil adota o sistema legal 2015)
como critério para classificar uma infração penal como II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine);
hedionda. III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o);
Os crimes hediondos estão taxativos no art. 1º da Lei IV - extorsão mediante sequestro e na forma qualificada
8.072/90. Como bem evidenciado pelo caput do art. 1º será (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o);
considerado hediondo o crime consumado ou tentado. V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o);
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o
# Tráfico de drogas, tortura e terrorismo são crimes e 4 );
o

hediondo? VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o).


Não! Esses delitos são equiparados a hediondo. VII-A – (VETADO)
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de
A Lei 13.497/2017 alterou o parágrafo único do artigo 1º., produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273,
para incluir também como crime hediondo o de posse ou porte caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela Lei no
ilegal de arma de fogo de uso restrito, previsto no art. 16 da Lei 9.677, de 2 de julho de 1998).
no 10.826, de 22 de dezembro de 2003. VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de
As infrações penais classificadas como hedionda têm suas exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável
consequências. Segundo dispõe o art. 2º da lei os crimes (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º). (Incluído pela Lei nº 12.978, de
hediondos, a tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas 2014)
e terrorismo são insuscetíveis de anistia1, graça2, indulto3 e Parágrafo único. Consideram-se também hediondos o
fiança. crime de genocídio previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889,
de 1º de outubro de 1956, e o de posse ou porte ilegal de
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico arma de fogo de uso restrito, previsto no art. 16 da Lei nº
ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são 10.826, de 22 de dezembro de 2003, todos tentados ou
insuscetíveis de: consumados. (Redação dada pela Lei nº 13.497, de 2017)
I - anistia, graça e indulto;
II - fiança. Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico
ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são
Com o advento da Lei n° 11. 164/07, foi suprimida a insuscetíveis de:
proibição de concessão de liberdade provisória sem fiança aos I - anistia, graça e indulto;
crimes hediondos e equiparados, então prevista no art. 2°, II – fiança.
inciso lI, da Lei n° 8.072/90. § 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida
Com relação a progressão de regimes, para fixar o regime inicialmente em regime fechado.
inicial fechado para o crime hediondo ou equiparado o juiz § 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos
deve observar a necessidade do regime mais rigoroso e crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de
fundamentar com base na gravidade do caso em concreto 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5
somada a finalidade da pena. (três quintos), se reincidente.
§ 3o Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá
Vamos acompanhar o que dispõe a Lei dos Crimes fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade.
Hediondos: § 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960,
de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo,
LEI Nº 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990. terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período
em caso de extrema e comprovada necessidade.
Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do art. 5º,
inciso XLIII, da Constituição Federal, e determina outras Art. 3º A União manterá estabelecimentos penais, de
providências. segurança máxima, destinados ao cumprimento de penas
impostas a condenados de alta periculosidade, cuja
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o permanência em presídios estaduais ponha em risco a ordem
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: ou incolumidade pública.

Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, Art. 4º (Vetado).


todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de
1940 - Código Penal, consumados ou tentados: Art. 5º Ao art. 83 do Código Penal é acrescido o seguinte
I – homicídio (art. 121), quando praticado em atividade inciso:
típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só "Art. 83. ...
agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, ...
IV, V, VI e VII); (Redação dada pela Lei nº 13.142, de 2015)

1 Anistia é um “perdão” dado a determinados crimes. Pode ser concedida antes 2 Concedida pelo Presidente da República através de um Decreto e acarreta a

ou depois da condenação, podendo ser total ou parcial. Tem o condão de extinguir extinção da punibilidade. É concedida individualmente.
todos os efeitos penais, inclusive a reincidência. Entretanto, permanece a 3 O indulto é concedido a um grupo indefinido de condenados, sendo

obrigação de indenizar. Cabe ao Congresso Nacional, por meio de lei federal, delimitado pela natureza do crime e quantidade de pena aplicada, além de outros
conceder anistia. requisitos objetivos e subjetivos porventura listados em Decreto expedido pelo
Presidente da República, sobre quem recai a competência para sua concessão.

Legislação Extravagante 4
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de "Art. 35. ...
condenação por crime hediondo, prática da tortura, tráfico Parágrafo único. Os prazos procedimentais deste capítulo
ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o serão contados em dobro quando se tratar dos crimes
apenado não for reincidente específico em crimes dessa previstos nos arts. 12, 13 e 14."
natureza."
Art. 11. (Vetado).
Art. 6º Os arts. 157, § 3º; 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º;
213; 214; 223, caput e seu parágrafo único; 267, caput e 270; Art. 12. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
caput, todos do Código Penal, passam a vigorar com a seguinte
redação: Art. 13. Revogam-se as disposições em contrário.
"Art. 157. ...
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é Questões
de reclusão, de cinco a quinze anos, além da multa; se resulta
morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da 01. (TJ/PA - Titular de Serviços de Notas e de Registros
multa. – IESES/2016) De acordo com a Lei de Crimes Hediondos
... (8.072/90), é correto afirmar:
Art. 159. .... (A) O crime de estupro (art. 213, do CP) somente é
Pena - reclusão, de oito a quinze anos. considerado hediondo caso praticado na sua forma
§ 1º ... qualificada.
Pena - reclusão, de doze a vinte anos. (B) Ao contrário do que ocorre com o crime de extorsão,
§ 2º ... que é considerado hediondo apenas se qualificado pelo
Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. resultado morte, o delito de extorsão mediante sequestro é
§ 3º ... etiquetado como hediondo independentemente da
Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. modalidade.
(C) O crime de roubo, do qual resulta lesão corporal grave
Art. 213. ... na vítima, é etiquetado como sendo crime hediondo.
Pena - reclusão, de seis a dez anos. (D) O crime de Genocídio (Lei 2.889/56) é considerado
Art. 214. ... equiparado a hediondo.
Pena - reclusão, de seis a dez anos.
02. (TJ/MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros
Art. 223. ... – CONSUPLAN/2016) De acordo com a Lei nº 8.072/1990, é
Pena - reclusão, de oito a doze anos. considerado crime hediondo:
Parágrafo único. ... (A) Estupro de vulnerável tentado.
Pena - reclusão, de doze a vinte e cinco anos. (B) Epidemia com resultado lesão corporal de natureza
grave.
Art. 267. ... (C) Concussão.
Pena - reclusão, de dez a quinze anos. (D) Falsificação de selo público destinado a autenticar atos
... oficiais da União.
Art. 270. ...
Pena - reclusão, de dez a quinze anos. 03. (PC/PA - Escrivão de Polícia Civil – FUNCAB/2016)
Nos termos da Lei n° 8.072, de 1990, é correto afirmar que
Art. 7º Ao art. 159 do Código Penal fica acrescido o seguinte constitui crime hediondo:
parágrafo: (A) A epidemia sem o resultado morte.
"Art. 159. ... (B) Sequestro ou cárcere privado.
... (C) Extorsão simples.
§ 4º Se o crime é cometido por quadrilha ou bando, o (D) Homicídio simples, em qualquer caso.
coautor que denunciá-lo à autoridade, facilitando a libertação (E) A lesão corporal seguida de morte, quando praticada
do sequestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços." contra cônjuge, de integrantes da Força Nacional de Segurança
Pública, em razão dessa condição.
Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista
no art. 288 do Código Penal, quando se tratar de crimes 04. (POLÍCIA CIENTÍFICA – PE - Conhecimentos Gerais
hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e – CESPE/2016) A respeito do que dispõe a Constituição
drogas afins ou terrorismo. Federal de 1988 e a Lei n.º 8.072/1990, assinale a opção
Parágrafo único. O participante e o associado que correta.
denunciar à autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando (A) O agente que pratica homicídio simples, consumado ou
seu desmantelamento, terá a pena reduzida de um a dois tentado, não comete crime hediondo.
terços. (B) A prática de racismo constitui crime hediondo,
inafiançável e imprescritível.
Art. 9º As penas fixadas no art. 6º para os crimes (C) A tortura é crime inafiançável, imprescritível e
capitulados nos arts. 157, § 3º, 158, § 2º, 159, caput e seus §§ insuscetível de graça ou anistia.
1º, 2º e 3º, 213, caput e sua combinação com o art. 223, caput (D) O crime de lesão corporal dolosa de natureza
e parágrafo único, 214 e sua combinação com o art. 223, caput gravíssima é hediondo quando praticado contra parente
e parágrafo único, todos do Código Penal, são acrescidas de consanguíneo até o quarto grau de agente da segurança
metade, respeitado o limite superior de trinta anos de pública, em razão dessa condição.
reclusão, estando a vítima em qualquer das hipóteses referidas (E) A lei penal e a processual penal retroagem para
no art. 224 também do Código Penal. beneficiar o réu.

Art. 10. O art. 35 da Lei nº 6.368, de 21 de outubro de 1976, 05. (PC/CE - Inspetor de Polícia Civil de 1ª Classe –
passa a vigorar acrescido de parágrafo único, com a seguinte VUNESP) Sobre a Lei nº 8.072/90 (Lei dos Crimes Hediondos),
redação: é correto afirmar que

Legislação Extravagante 5
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

(A) em relação ao crime de homicídio, com exceção do Em linhas gerais, a tortura independente de seu objetivo
homicídio culposo, todas as demais formas são consideradas final, subsiste apenas pelo ato de se causar sofrimento a
crimes hediondos. alguém. E em razão da relevância em coibir sua prática é um
(B) o tráfico de drogas, o roubo – desde que praticado com delito que recebe um tratamento mais rigoroso pelo
emprego de arma de fogo e com restrição à liberdade da vítima ordenamento.
– e o estupro são considerados crimes hediondos.
(C) as penas dos crimes hediondos são fixadas em regime Vamos analisar o artigo 1º da Lei que traz as figuras do
integralmente fechado. crime de tortura:
(D) para obter progressão de regime, os condenados por
crime hediondo, se reincidentes, devem cumprir ao menos 3/5 Numa visão geral, o crime de tortura é um crime material,
da pena. cuja consumação ocorre com o sofrimento físico ou mental
(E) o latrocínio (artigo 157, parágrafo 3º, CP), na sua forma provocado na vítima4. O objeto jurídico desse delito é a tutela
tentada (e não consumada), não configura crime hediondo. das garantias constitucionais do cidadão, em relação aos
abusos cometidos por funcionários públicos e por
Respostas particulares.

01. Resposta: B. Qualquer pessoa pode ser sujeito ativo do crime. Já o


02. Resposta: A. sujeito passivo, em algumas modalidades pode ser qualquer
03. Resposta: E. pessoa, em outras a lei exige alguma qualidade especial da
04. Resposta: A. vítima (ex: pessoa presa).
05. Resposta: D. Tem como elemento subjetivo o dolo, ou seja, a vontade
livre e consciente de torturar. Em alguns casos, a lei exige uma
finalidade específica da conduta criminosa.
Lei nº 9.455/97 (Tortura). Atenção! a Lei de tortura revogou o crime do art. 233 do
ECA, assim até criança ou adolescente poderão ser sujeitos
passivos desse delito.
A tortura sempre esteve ligada à história do homem.
Entretanto, apesar de sua antiguidade, ela continua sendo um a- Tortura Prova:
assunto extremamente atual e polêmico. Em pleno século XXI, Art. 1º Constitui crime de tortura:
a prática de tortura permanece ativa, especialmente no Brasil. I - constranger alguém com emprego de violência ou grave
A inclusão de referências à tortura na Constituição de 1988 ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:
e, posteriormente, no Estatuto da Criança e do Adolescente e, a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão
o que é mais importante, a aprovação da Lei da Tortura em da vítima ou de terceira pessoa;
abril de 1997, que define a tortura como crime pelo Código
Penal, foram todos marcos importantes no processo de Nessa espécie, o torturador espera que o torturado lhe dê
reconhecimento da tortura como delito sujeito à punição alguma informação.
criminal. Esses são reflexos de exigências internacionais: em Atenção! não haverá a necessidade de que as informações
1984, em Nova York, aprovou-se a Convenção contra a Tortura sejam destinadas a procedimento judicial ou extrajudicial.
e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou
Degradantes da ONU, que foi adotada pelo Brasil em 1991. CUIDADO! o crime se consuma com o constrangimento
Logo em seguida proclamou-se a Convenção Interamericana causador de sofrimento dispensando a obtenção da
para Prevenir e Punir a Tortura (OEA), que entrou em vigor no informação desejada.
Brasil em 1989 (Decreto 98.386, de 09.11.1989). Diante dessa É possível a tentativa.
conjuntura e, tendo ratificado essas convenções, o Brasil
editou – oito anos após a assinatura da Convenção b- Tortura para prática de crime:
Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura – a Lei N.º Art. 1º Constitui crime de tortura:
9.455/97. I - constranger alguém com emprego de violência ou grave
ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:
Podemos conceituar tortura como a imposição de dor b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
física ou psicológica apenas por prazer, crueldade. Ou
ainda, pode ser entendida como uma forma de intimidação, O torturador espera do torturado a prática de um crime
ou meio utilizado para obtenção de uma confissão ou (ex: torturar alguém para que mate terceira pessoa).
alguma informação importante. O que, não
necessariamente, é elemento do tipo penal para sua O torturador responderá pela tortura e pelo crime
caracterização. praticado pelo torturado, em concurso material na condição de
autor mediato5 (art. 69 do Código Penal).
Por sua gravidade é considerada um delito inafiançável,
não sujeito a graça e anistia como dispõe o artigo 5º inciso O torturado pratica um fato típico e ilícito, mas não
XLIII da Constituição Federal. culpável (está revestido pela coação moral irresistível).
No mesmo sentido, a Lei 9.455/97 também prevê em seu
artigo 1º, §6º que o crime de tortura é inafiançável e Atenção! Constranger alguém, causando sofrimento físico
insuscetível de graça ou anistia. ou mental, para a prática de contravenção penal, não
configura tortura, pois sendo norma penal a expressão “crime”
Importante destacar ainda que a tortura está prevista na deve ser interpretada de forma restritiva.
Lei nº 8.072/90 como delito equiparado a crime hediondo,
sendo por este motivo, vedada a esta à concessão de indulto.

4 Sofrimento físico = dor física. Sofrimento mental = angústia, dor psíquica. 5 Autoria Mediata: o autor domina a vontade alheia e, desse modo, se serve de

outra pessoa que atua como instrumento.

Legislação Extravagante 6
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

O crime se consuma com o constrangimento causador de f- Crime de Tortura impróprio ou tortura omissão.
sofrimento físico ou mental, dispensando a prática do crime § 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando
pelo torturado. tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de
detenção de um a quatro anos.
É possível a tentativa.
Atenção! essa figura não é equiparada a crime hediondo.
c- Tortura discriminatória ou tortura preconceito:
Art. 1º Constitui crime de tortura: O garante6 responde pela tortura omissão (e não pela
I - constranger alguém com emprego de violência ou grave tortura ação), com pena de detenção de 01 a 04 anos.
ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:
c) em razão de discriminação racial ou religiosa; Qualificadoras:
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou
A tortura ocorre apenas por razão de preconceito à raça ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se resulta
religião. morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.

A homofobia não está abrangida nesse tipo penal. É hipótese de crime preterdoloso. O resultado da tortura
poderá ser lesão corporal grave ou gravíssima ou morte.
Atenção! a consumação se dá com o constrangimento
causador de sofrimento físico ou mental. A diferença entre essa figura e o crime de homicídio
qualificado por tortura é que nesse último o agente visa a
A tentativa é admitida. finalidade morte e usa a tortura como meio para atingir esse
resultado. Já no crime de tortura qualificado, a intenção do
d- Tortura pena ou tortura castigo: agente é de torturar, a morte é consequência.
Art. 1º Constitui crime de tortura:
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, A tortura qualificada pela morte será julgada pelo juízo
com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso singular (comum) e não pelo júri.
sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo
pessoal ou medida de caráter preventivo. Causas de aumento de Pena:
§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:
Sujeito ativo: é crime próprio. O agente deve deter guarda, I - se o crime é cometido por agente público;
poder ou autoridade sobre a vítima. II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador
Cuidado! não precisa ser necessariamente agente do de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos;
Estado. III - se o crime é cometido mediante sequestro.

Sujeito passivo: só pode ser vítima quem está submetido a Atenção! Na hipótese do art. 1º, II (submeter pessoa, sob
guarda, poder ou autoridade do agente. sua autoridade, poder ou guarda), quando praticada por
agente público prevalece na doutrina que é possível aplicar o
Conduta: submeter a vítima, com emprego de violência ou aumento da pena, sem que ocorra bis in idem, isso porque a
grave ameaça a intenso sofrimento físico ou mental, como condição de agente público não é elementar do crime.
forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter
preventivo. Efeitos da condenação:
§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou
e- Tortura dos encarcerados: emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do
Art. 1º Constitui crime de tortura: prazo da pena aplicada.
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou
sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por É efeito automático da condenação.
intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não Aplica-se tão somente ao sujeito ativo funcionário público,
resultante de medida legal. no exercício ou em razão da função pública.

É figura penal subsidiária em relação ao crime de abuso de Passemos agora a íntegra da lei.
autoridade previsto no art. 4º, “b” da Lei n. 4.898/65.
LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997.
Sujeito ativo: delito comum.
Define os crimes de tortura e dá outras providências.
Sujeito passivo: próprio (pessoa presa ou sujeita a medida
de segurança). O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Atenção! abrange os menores internados.
Art. 1º Constitui crime de tortura:
Atenção! diferentemente das figuras anteriores não I - constranger alguém com emprego de violência ou grave
pressupõe emprego de violência ou grave ameaça. ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão
Consumação: o crime se consuma com a submissão da da vítima ou de terceira pessoa;
vítima a sofrimento físico ou mental. b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
Admite tentativa. II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade,
com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso

6 Garante ou garantidor é todo aquele que carrega uma obrigação de impedir afogando, caso se omita e a pessoa venha a falecer, responderá pelo crime de
um resultado antijurídico. Deve, contudo, o garante proceder de maneira ativa a homicídio por omissão (art. 121, combinado com art. 13, §2º ambos do CP).
fim de evitar o injusto. Ex: salva-vidas, tem o dever de salvar pessoa que esteja se

Legislação Extravagante 7
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo IV. contra pessoa com deficiência;
pessoal ou medida de caráter preventivo. V. contra maior de 60 (sessenta) anos;
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa (A) Apenas os itens I, III, IV e V estão corretos.
ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, (B) Apenas os itens II, III, IV e V estão corretos.
por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não (C) Apenas os itens I, II, IV e V estão corretos.
resultante de medida legal. (D) Todos os itens estão corretos.
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando
tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de 04. (PM/MG - Oficial da Polícia Militar - FUMARC) A Lei
detenção de um a quatro anos. de Tortura incorporou dentre seus fundamentos:
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou (A) O aumento de pena para o delito praticado mediante
gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se sequestro da vítima.
resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos. (B) A punição para o homicídio doloso praticado por meio
§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço: da tortura.
I - se o crime é cometido por agente público; (C) Uma cláusula de aumento de pena para o delito
II – se o crime é cometido contra criança, gestante, derivado da discriminação racial.
portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) (D) A penalização pelo crime de tortura do agente que se
anos; omite diante do dever de evitar a conduta de outrem.
III - se o crime é cometido mediante sequestro.
§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou 05. (DPE/GO - Defensor Público - INSTITUTO CIDADES)
emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro Ao prender em flagrante delito autor de homicídio, Capitão
do prazo da pena aplicada. Nascimento obrigou-o a abraçar e beijar o cadáver da vítima,
§ 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de causando-lhe sofrimento físico e mental. Penalmente, a
graça ou anistia. conduta do Capitão Nascimento tipifica
§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a (A) tortura (Lei n. 9.455/97, art. 1°, § 1°).
hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em regime (B) constrangimento ilegal (Código Penal, art. 146).
fechado. (C) excesso de exação (Código Penal, art. 316, § 1°).
(D) maus-tratos (Código Penal, art. 136).
Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime (E) estrito cumprimento de dever legal (Código Penal, art.
não tenha sido cometido em território nacional, sendo a vítima 23, III).
brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição
brasileira. Respostas

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 01. Resposta: E
02. Resposta: B
Art. 4º Revoga-se o art. 233 da Lei nº 8.069, de 13 de julho 03. Resposta: B
de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente. 04. Resposta: A
05. Resposta: A
Questões

01. (PC/SP - Investigador de Polícia - VUNESP) Quanto Lei nº 8.069/90 (Estatuto


ao crime de tortura, é correto afirmar que
(A) a lei brasileira que comina pena para o crime de tortura
da Criança e do Adolescente),
não se aplica quando o crime foi cometido fora do território Das disposições Preliminares
nacional, mesmo sendo a vítima brasileira. (Art. 1º à 6º), Da prevenção
(B) o condenado pelo crime de tortura cumprirá todo o
tempo da pena em regime fechado.
(Art. 70 à 85), Da Política de
(C) é afiançável, mas insuscetível de graça ou anistia. Atendimento (Art.86 à 97),
(D) na aplicação da pena pelo crime de tortura, não serão Das medidas de proteção (Art.
admitidas agravantes ou atenuantes.
(E) a condenação acarretará a perda do cargo, função ou
98 à 102), Da prática de Ato
emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro Infracional (Art. 103 à 128),
do prazo da pena aplicada. Das medidas Pertinentes aos
02. (SEJUS/ES - Agente Penitenciário - VUNESP) Nos
Pais ou responsável (Art. 129
termos da Lei n. 9.455/97, a pena é aumentada se o crime de e 130), Do Conselho Tutelar
tortura for cometido (Art.131 à 140).
(A) com abuso de autoridade.
(B) por agente público.
(C) com emprego de veneno. LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990
(D) contra agente público.
(E) com violação de dever inerente a cargo. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá
outras providências.
03. (DPE/TO - Analista Jurídico - de Defensoria Pública
- COPESE-UFT) Nos termos da Lei nº 9.455/97, que trata dos O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o
crimes de tortura, ter-se-á aumento de pena quando o crime é Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
cometido:
I. contra agente público;
II. contra gestante;
III. contra adolescente;

Legislação Extravagante 8
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Título I difundir formas não violentas de educação de crianças e de


Das Disposições Preliminares adolescentes, tendo como principais ações: (Incluído pela Lei
nº 13.010, de 2014)
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança I - a promoção de campanhas educativas permanentes
e ao adolescente. para a divulgação do direito da criança e do adolescente de
serem educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a tratamento cruel ou degradante e dos instrumentos de
pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente proteção aos direitos humanos; (Incluído pela Lei nº 13.010,
aquela entre doze e dezoito anos de idade. de 2014)
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se II - a integração com os órgãos do Poder Judiciário, do
excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e Ministério Público e da Defensoria Pública, com o Conselho
vinte e um anos de idade. Tutelar, com os Conselhos de Direitos da Criança e do
Adolescente e com as entidades não governamentais que
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos atuam na promoção, proteção e defesa dos direitos da criança
fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da e do adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se lhes, III - a formação continuada e a capacitação dos
por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e profissionais de saúde, educação e assistência social e dos
facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, demais agentes que atuam na promoção, proteção e defesa dos
mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e direitos da criança e do adolescente para o desenvolvimento
de dignidade. das competências necessárias à prevenção, à identificação de
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam- evidências, ao diagnóstico e ao enfrentamento de todas as
se a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de formas de violência contra a criança e o adolescente; (Incluído
nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, pela Lei nº 13.010, de 2014)
religião ou crença, deficiência, condição pessoal de IV - o apoio e o incentivo às práticas de resolução pacífica
desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, de conflitos que envolvam violência contra a criança e o
ambiente social, região e local de moradia ou outra condição adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que V - a inclusão, nas políticas públicas, de ações que visem a
vivem. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) garantir os direitos da criança e do adolescente, desde a
atenção pré-natal, e de atividades junto aos pais e
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em responsáveis com o objetivo de promover a informação, a
geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a reflexão, o debate e a orientação sobre alternativas ao uso de
efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante no
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à processo educativo; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à VI - a promoção de espaços intersetoriais locais para a
liberdade e à convivência familiar e comunitária. articulação de ações e a elaboração de planos de atuação
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: conjunta focados nas famílias em situação de violência, com
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer participação de profissionais de saúde, de assistência social e
circunstâncias; de educação e de órgãos de promoção, proteção e defesa dos
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de direitos da criança e do adolescente. (Incluído pela Lei nº
relevância pública; 13.010, de 2014)
c) preferência na formulação e na execução das políticas Parágrafo único. As famílias com crianças e adolescentes
sociais públicas; com deficiência terão prioridade de atendimento nas ações e
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas políticas públicas de prevenção e proteção. (Incluído pela Lei
relacionadas com a proteção à infância e à juventude. nº 13.010, de 2014)

Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de Art. 70-B. As entidades, públicas e privadas, que atuem nas
qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, áreas a que se refere o art. 71, dentre outras, devem contar, em
violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei seus quadros, com pessoas capacitadas a reconhecer e
qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos comunicar ao Conselho Tutelar suspeitas ou casos de maus-
fundamentais. tratos praticados contra crianças e adolescentes. (Incluído
pela Lei nº 13.046, de 2014)
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os Parágrafo único. São igualmente responsáveis pela
fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os comunicação de que trata este artigo, as pessoas encarregadas,
direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar por razão de cargo, função, ofício, ministério, profissão ou
da criança e do adolescente como pessoas em ocupação, do cuidado, assistência ou guarda de crianças e
desenvolvimento. adolescentes, punível, na forma deste Estatuto, o injustificado
retardamento ou omissão, culposos ou dolosos. (Incluído pela
(...) Lei nº 13.046, de 2014)
Título III
Da Prevenção Art. 71. A criança e o adolescente têm direito a informação,
Capítulo I cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e produtos e
Disposições Gerais serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em
desenvolvimento.
Art. 70. É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça Art. 72. As obrigações previstas nesta Lei não excluem da
ou violação dos direitos da criança e do adolescente. prevenção especial outras decorrentes dos princípios por ela
adotados.
Art. 70-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios deverão atuar de forma articulada na elaboração Art. 73. A inobservância das normas de prevenção
de políticas públicas e na execução de ações destinadas a coibir importará em responsabilidade da pessoa física ou jurídica,
o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante e nos termos desta Lei.

Legislação Extravagante 9
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Capítulo II III - produtos cujos componentes possam causar


Da Prevenção Especial dependência física ou psíquica ainda que por utilização
Seção I indevida;
Da informação, Cultura, Lazer, Esportes, Diversões e IV - fogos de estampido e de artifício, exceto aqueles que
Espetáculos pelo seu reduzido potencial sejam incapazes de provocar
qualquer dano físico em caso de utilização indevida;
Art. 74. O poder público, através do órgão competente, V - revistas e publicações a que alude o art. 78;
regulará as diversões e espetáculos públicos, informando VI - bilhetes lotéricos e equivalentes.
sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se
recomendem, locais e horários em que sua apresentação se Art. 82. É proibida a hospedagem de criança ou
mostre inadequada. adolescente em hotel, motel, pensão ou estabelecimento
Parágrafo único. Os responsáveis pelas diversões e congênere, salvo se autorizado ou acompanhado pelos pais ou
espetáculos públicos deverão afixar, em lugar visível e de fácil responsável.
acesso, à entrada do local de exibição, informação destacada
sobre a natureza do espetáculo e a faixa etária especificada no Seção III
certificado de classificação. Da Autorização para Viajar

Art. 75. Toda criança ou adolescente terá acesso às Art. 83. Nenhuma criança poderá viajar para fora da
diversões e espetáculos públicos classificados como comarca onde reside, desacompanhada dos pais ou
adequados à sua faixa etária. responsável, sem expressa autorização judicial.
Parágrafo único. As crianças menores de dez anos somente § 1º A autorização não será exigida quando:
poderão ingressar e permanecer nos locais de apresentação ou a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança,
exibição quando acompanhadas dos pais ou responsável. se na mesma unidade da Federação, ou incluída na mesma
região metropolitana;
Art. 76. As emissoras de rádio e televisão somente exibirão, b) a criança estiver acompanhada:
no horário recomendado para o público infanto juvenil, 1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau,
programas com finalidades educativas, artísticas, culturais e comprovado documentalmente o parentesco;
informativas. 2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai,
Parágrafo único. Nenhum espetáculo será apresentado ou mãe ou responsável.
anunciado sem aviso de sua classificação, antes de sua § 2º A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou
transmissão, apresentação ou exibição. responsável, conceder autorização válida por dois anos.

Art. 77. Os proprietários, diretores, gerentes e funcionários Art. 84. Quando se tratar de viagem ao exterior, a
de empresas que explorem a venda ou aluguel de fitas de autorização é dispensável, se a criança ou adolescente:
programação em vídeo cuidarão para que não haja venda ou I - estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável;
locação em desacordo com a classificação atribuída pelo órgão II - viajar na companhia de um dos pais, autorizado
competente. expressamente pelo outro através de documento com firma
Parágrafo único. As fitas a que alude este artigo deverão reconhecida.
exibir, no invólucro, informação sobre a natureza da obra e a
faixa etária a que se destinam. Art. 85. Sem prévia e expressa autorização judicial,
nenhuma criança ou adolescente nascido em território
Art. 78. As revistas e publicações contendo material nacional poderá sair do País em companhia de estrangeiro
impróprio ou inadequado a crianças e adolescentes deverão residente ou domiciliado no exterior.
ser comercializadas em embalagem lacrada, com a advertência
de seu conteúdo. PARTE ESPECIAL
Parágrafo único. As editoras cuidarão para que as capas TÍTULO I
que contenham mensagens pornográficas ou obscenas sejam Da Política de Atendimento
protegidas com embalagem opaca. Capítulo I
Disposições Gerais
Art. 79. As revistas e publicações destinadas ao público
infanto-juvenil não poderão conter ilustrações, fotografias, Art. 86. A política de atendimento dos direitos da criança e
legendas, crônicas ou anúncios de bebidas alcoólicas, tabaco, do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de
armas e munições, e deverão respeitar os valores éticos e ações governamentais e não-governamentais, da União, dos
sociais da pessoa e da família. estados, do Distrito Federal e dos municípios.

Art. 80. Os responsáveis por estabelecimentos que Art. 87. São linhas de ação da política de atendimento:
explorem comercialmente bilhar, sinuca ou congênere ou por I - políticas sociais básicas;
casas de jogos, assim entendidas as que realizem apostas, II - serviços, programas, projetos e benefícios de
ainda que eventualmente, cuidarão para que não seja assistência social de garantia de proteção social e de
permitida a entrada e a permanência de crianças e prevenção e redução de violações de direitos, seus
adolescentes no local, afixando aviso para orientação do agravamentos ou reincidências; (Redação dada pela Lei nº
público. 13.257, de 2016)
III - serviços especiais de prevenção e atendimento médico
Seção II e psicossocial às vítimas de negligência, maus-tratos,
Dos Produtos e Serviços exploração, abuso, crueldade e opressão;
IV - serviço de identificação e localização de pais,
Art. 81. É proibida a venda à criança ou ao adolescente de: responsável, crianças e adolescentes desaparecidos;
I - armas, munições e explosivos; V - proteção jurídico-social por entidades de defesa dos
II - bebidas alcoólicas; direitos da criança e do adolescente.

Legislação Extravagante 10
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

VI - políticas e programas destinados a prevenir ou III - colocação familiar;


abreviar o período de afastamento do convívio familiar e a IV - acolhimento institucional;
garantir o efetivo exercício do direito à convivência familiar de V - prestação de serviços à comunidade;
crianças e adolescentes; VI - liberdade assistida;
VII - campanhas de estímulo ao acolhimento sob forma de VII - semiliberdade; e
guarda de crianças e adolescentes afastados do convívio VIII - internação.
familiar e à adoção, especificamente inter-racial, de crianças § 1º As entidades governamentais e não governamentais
maiores ou de adolescentes, com necessidades específicas de deverão proceder à inscrição de seus programas,
saúde ou com deficiências e de grupos de irmãos. especificando os regimes de atendimento, na forma definida
neste artigo, no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e
Art. 88. São diretrizes da política de atendimento: do Adolescente, o qual manterá registro das inscrições e de
I - municipalização do atendimento; suas alterações, do que fará comunicação ao Conselho Tutelar
II - criação de conselhos municipais, estaduais e nacional e à autoridade judiciária.
dos direitos da criança e do adolescente, órgãos deliberativos § 2º Os recursos destinados à implementação e
e controladores das ações em todos os níveis, assegurada a manutenção dos programas relacionados neste artigo serão
participação popular paritária por meio de organizações previstos nas dotações orçamentárias dos órgãos públicos
representativas, segundo leis federal, estaduais e municipais; encarregados das áreas de Educação, Saúde e Assistência
III - criação e manutenção de programas específicos, Social, dentre outros, observando-se o princípio da prioridade
observada a descentralização político-administrativa; absoluta à criança e ao adolescente preconizado pelo caput do
IV - manutenção de fundos nacional, estaduais e art. 227 da Constituição Federal e pelo caput e parágrafo único
municipais vinculados aos respectivos conselhos dos direitos do art. 4o desta Lei.
da criança e do adolescente; § 3º Os programas em execução serão reavaliados pelo
V - integração operacional de órgãos do Judiciário, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente,
Ministério Público, Defensoria, Segurança Pública e no máximo, a cada 2 (dois) anos, constituindo-se critérios para
Assistência Social, preferencialmente em um mesmo local, renovação da autorização de funcionamento:
para efeito de agilização do atendimento inicial a adolescente I - o efetivo respeito às regras e princípios desta Lei, bem
a quem se atribua autoria de ato infracional; como às resoluções relativas à modalidade de atendimento
VI - integração operacional de órgãos do Judiciário, prestado expedidas pelos Conselhos de Direitos da Criança e
Ministério Público, Defensoria, Conselho Tutelar e do Adolescente, em todos os níveis;
encarregados da execução das políticas sociais básicas e de II - a qualidade e eficiência do trabalho desenvolvido,
assistência social, para efeito de agilização do atendimento de atestadas pelo Conselho Tutelar, pelo Ministério Público e pela
crianças e de adolescentes inseridos em programas de Justiça da Infância e da Juventude;
acolhimento familiar ou institucional, com vista na sua rápida III - em se tratando de programas de acolhimento
reintegração à família de origem ou, se tal solução se mostrar institucional ou familiar, serão considerados os índices de
comprovadamente inviável, sua colocação em família sucesso na reintegração familiar ou de adaptação à família
substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 substituta, conforme o caso.
desta Lei;
VII - mobilização da opinião pública para a indispensável Art. 91. As entidades não-governamentais somente
participação dos diversos segmentos da sociedade. poderão funcionar depois de registradas no Conselho
VIII - especialização e formação continuada dos Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, o qual
profissionais que trabalham nas diferentes áreas da atenção à comunicará o registro ao Conselho Tutelar e à autoridade
primeira infância, incluindo os conhecimentos sobre direitos judiciária da respectiva localidade.
da criança e sobre desenvolvimento infantil; (Incluído pela Lei § 1º Será negado o registro à entidade que:
nº 13.257, de 2016) a) não ofereça instalações físicas em condições adequadas
IX - formação profissional com abrangência dos diversos de habitabilidade, higiene, salubridade e segurança;
direitos da criança e do adolescente que favoreça a b) não apresente plano de trabalho compatível com os
intersetorialidade no atendimento da criança e do adolescente princípios desta Lei;
e seu desenvolvimento integral; (Incluído pela Lei nº 13.257, c) esteja irregularmente constituída;
de 2016) d) tenha em seus quadros pessoas inidôneas.
X - realização e divulgação de pesquisas sobre e) não se adequar ou deixar de cumprir as resoluções e
desenvolvimento infantil e sobre prevenção da violência. deliberações relativas à modalidade de atendimento prestado
(Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) expedidas pelos Conselhos de Direitos da Criança e do
Adolescente, em todos os níveis.
Art. 89. A função de membro do conselho nacional e dos § 2º O registro terá validade máxima de 4 (quatro) anos,
conselhos estaduais e municipais dos direitos da criança e do cabendo ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
adolescente é considerada de interesse público relevante e não Adolescente, periodicamente, reavaliar o cabimento de sua
será remunerada. renovação, observado o disposto no § 1o deste artigo.

Capítulo II Art. 92. As entidades que desenvolvam programas de


Das Entidades de Atendimento acolhimento familiar ou institucional deverão adotar os
Seção I seguintes princípios:
Disposições Gerais I - preservação dos vínculos familiares e promoção da
reintegração familiar;
Art. 90. As entidades de atendimento são responsáveis pela II - integração em família substituta, quando esgotados os
manutenção das próprias unidades, assim como pelo recursos de manutenção na família natural ou extensa;
planejamento e execução de programas de proteção e III - atendimento personalizado e em pequenos grupos;
socioeducativos destinados a crianças e adolescentes, em IV - desenvolvimento de atividades em regime de
regime de: coeducação;
I - orientação e apoio sócio-familiar; V - não desmembramento de grupos de irmãos;
II - apoio socioeducativo em meio aberto;

Legislação Extravagante 11
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

VI - evitar, sempre que possível, a transferência para V - diligenciar no sentido do restabelecimento e da


outras entidades de crianças e adolescentes abrigados; preservação dos vínculos familiares;
VII - participação na vida da comunidade local; VI - comunicar à autoridade judiciária, periodicamente, os
VIII - preparação gradativa para o desligamento; casos em que se mostre inviável ou impossível o reatamento
IX - participação de pessoas da comunidade no processo dos vínculos familiares;
educativo. VII - oferecer instalações físicas em condições adequadas
§ 1º O dirigente de entidade que desenvolve programa de de habitabilidade, higiene, salubridade e segurança e os
acolhimento institucional é equiparado ao guardião, para objetos necessários à higiene pessoal;
todos os efeitos de direito. VIII - oferecer vestuário e alimentação suficientes e
§ 2º Os dirigentes de entidades que desenvolvem adequados à faixa etária dos adolescentes atendidos;
programas de acolhimento familiar ou institucional remeterão IX - oferecer cuidados médicos, psicológicos,
à autoridade judiciária, no máximo a cada 6 (seis) meses, odontológicos e farmacêuticos;
relatório circunstanciado acerca da situação de cada criança X - propiciar escolarização e profissionalização;
ou adolescente acolhido e sua família, para fins da reavaliação XI - propiciar atividades culturais, esportivas e de lazer;
prevista no § 1o do art. 19 desta Lei. XII - propiciar assistência religiosa àqueles que desejarem,
§ 3º Os entes federados, por intermédio dos Poderes de acordo com suas crenças;
Executivo e Judiciário, promoverão conjuntamente a XIII - proceder a estudo social e pessoal de cada caso;
permanente qualificação dos profissionais que atuam direta XIV - reavaliar periodicamente cada caso, com intervalo
ou indiretamente em programas de acolhimento institucional máximo de seis meses, dando ciência dos resultados à
e destinados à colocação familiar de crianças e adolescentes, autoridade competente;
incluindo membros do Poder Judiciário, Ministério Público e XV - informar, periodicamente, o adolescente internado
Conselho Tutelar. sobre sua situação processual;
§ 4º Salvo determinação em contrário da autoridade XVI - comunicar às autoridades competentes todos os
judiciária competente, as entidades que desenvolvem casos de adolescentes portadores de moléstias
programas de acolhimento familiar ou institucional, se infectocontagiosas;
necessário com o auxílio do Conselho Tutelar e dos órgãos de XVII - fornecer comprovante de depósito dos pertences dos
assistência social, estimularão o contato da criança ou adolescentes;
adolescente com seus pais e parentes, em cumprimento ao XVIII - manter programas destinados ao apoio e
disposto nos incisos I e VIII do caput deste artigo. acompanhamento de egressos;
§ 5º As entidades que desenvolvem programas de XIX - providenciar os documentos necessários ao exercício
acolhimento familiar ou institucional somente poderão da cidadania àqueles que não os tiverem;
receber recursos públicos se comprovado o atendimento dos XX - manter arquivo de anotações onde constem data e
princípios, exigências e finalidades desta Lei. circunstâncias do atendimento, nome do adolescente, seus
§ 6º O descumprimento das disposições desta Lei pelo pais ou responsável, parentes, endereços, sexo, idade,
dirigente de entidade que desenvolva programas de acompanhamento da sua formação, relação de seus pertences
acolhimento familiar ou institucional é causa de sua e demais dados que possibilitem sua identificação e a
destituição, sem prejuízo da apuração de sua responsabilidade individualização do atendimento.
administrativa, civil e criminal. § 1º Aplicam-se, no que couber, as obrigações constantes
§ 7º Quando se tratar de criança de 0 (zero) a 3 (três) anos deste artigo às entidades que mantêm programas de
em acolhimento institucional, dar-se-á especial atenção à acolhimento institucional e familiar.
atuação de educadores de referência estáveis e § 2º No cumprimento das obrigações a que alude este
qualitativamente significativos, às rotinas específicas e ao artigo as entidades utilizarão preferencialmente os recursos
atendimento das necessidades básicas, incluindo as de afeto da comunidade.
como prioritárias. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
Art. 94-A. As entidades, públicas ou privadas, que
Art. 93. As entidades que mantenham programa de abriguem ou recepcionem crianças e adolescentes, ainda que
acolhimento institucional poderão, em caráter excepcional e em caráter temporário, devem ter, em seus quadros,
de urgência, acolher crianças e adolescentes sem prévia profissionais capacitados a reconhecer e reportar ao Conselho
determinação da autoridade competente, fazendo Tutelar suspeitas ou ocorrências de maus-tratos. (Incluído
comunicação do fato em até 24 (vinte e quatro) horas ao Juiz pela Lei nº 13.046, de 2014)
da Infância e da Juventude, sob pena de responsabilidade.
Parágrafo único. Recebida a comunicação, a autoridade Seção II
judiciária, ouvido o Ministério Público e se necessário com o Da Fiscalização das Entidades
apoio do Conselho Tutelar local, tomará as medidas Art. 95. As entidades governamentais e não-
necessárias para promover a imediata reintegração familiar da governamentais referidas no art. 90 serão fiscalizadas pelo
criança ou do adolescente ou, se por qualquer razão não for Judiciário, pelo Ministério Público e pelos Conselhos Tutelares.
isso possível ou recomendável, para seu encaminhamento a
programa de acolhimento familiar, institucional ou a família Art. 96. Os planos de aplicação e as prestações de contas
substituta, observado o disposto no § 2o do art. 101 desta Lei. serão apresentados ao estado ou ao município, conforme a
origem das dotações orçamentárias.
Art. 94. As entidades que desenvolvem programas de
internação têm as seguintes obrigações, entre outras: Art. 97. São medidas aplicáveis às entidades de
I - observar os direitos e garantias de que são titulares os atendimento que descumprirem obrigação constante do art.
adolescentes; 94, sem prejuízo da responsabilidade civil e criminal de seus
II - não restringir nenhum direito que não tenha sido dirigentes ou prepostos:
objeto de restrição na decisão de internação; I - às entidades governamentais:
III - oferecer atendimento personalizado, em pequenas a) advertência;
unidades e grupos reduzidos; b) afastamento provisório de seus dirigentes;
IV - preservar a identidade e oferecer ambiente de respeito c) afastamento definitivo de seus dirigentes;
e dignidade ao adolescente; d) fechamento de unidade ou interdição de programa.

Legislação Extravagante 12
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

II - às entidades não-governamentais: VII - intervenção mínima: a intervenção deve ser exercida


a) advertência; exclusivamente pelas autoridades e instituições cuja ação seja
b) suspensão total ou parcial do repasse de verbas indispensável à efetiva promoção dos direitos e à proteção da
públicas; criança e do adolescente;
c) interdição de unidades ou suspensão de programa; VIII - proporcionalidade e atualidade: a intervenção deve
d) cassação do registro. ser a necessária e adequada à situação de perigo em que a
§ 1º Em caso de reiteradas infrações cometidas por criança ou o adolescente se encontram no momento em que a
entidades de atendimento, que coloquem em risco os direitos decisão é tomada;
assegurados nesta Lei, deverá ser o fato comunicado ao IX - responsabilidade parental: a intervenção deve ser
Ministério Público ou representado perante autoridade efetuada de modo que os pais assumam os seus deveres para
judiciária competente para as providências cabíveis, inclusive com a criança e o adolescente;
suspensão das atividades ou dissolução da entidade. X - prevalência da família: na promoção de direitos e na
§ 2º As pessoas jurídicas de direito público e as proteção da criança e do adolescente deve ser dada
organizações não governamentais responderão pelos danos prevalência às medidas que os mantenham ou reintegrem na
que seus agentes causarem às crianças e aos adolescentes, sua família natural ou extensa ou, se isso não for possível, que
caracterizado o descumprimento dos princípios norteadores promovam a sua integração em família adotiva; (Redação dada
das atividades de proteção específica. pela Lei nº 13.509, de 2017);
XI - obrigatoriedade da informação: a criança e o
Título II adolescente, respeitado seu estágio de desenvolvimento e
Das Medidas de Proteção capacidade de compreensão, seus pais ou responsável devem
Capítulo I ser informados dos seus direitos, dos motivos que
Disposições Gerais determinaram a intervenção e da forma como esta se processa;
XII - oitiva obrigatória e participação: a criança e o
Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao adolescente adolescente, em separado ou na companhia dos pais, de
são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei responsável ou de pessoa por si indicada, bem como os seus
forem ameaçados ou violados: pais ou responsável, têm direito a ser ouvidos e a participar
I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; nos atos e na definição da medida de promoção dos direitos e
II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável; de proteção, sendo sua opinião devidamente considerada pela
III - em razão de sua conduta. autoridade judiciária competente, observado o disposto nos §§
1º e 2º do art. 28 desta Lei.
Capítulo II
Das Medidas Específicas de Proteção Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no
art. 98, a autoridade competente poderá determinar, dentre
Art. 99. As medidas previstas neste Capítulo poderão ser outras, as seguintes medidas:
aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como substituídas I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante
a qualquer tempo. termo de responsabilidade;
II - orientação, apoio e acompanhamento temporários;
Art. 100. Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as III - matrícula e frequência obrigatórias em
necessidades pedagógicas, preferindo-se aquelas que visem ao estabelecimento oficial de ensino fundamental;
fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. IV - inclusão em serviços e programas oficiais ou
Parágrafo único. São também princípios que regem a comunitários de proteção, apoio e promoção da família, da
aplicação das medidas: criança e do adolescente; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de
I - condição da criança e do adolescente como sujeitos de 2016)
direitos: crianças e adolescentes são os titulares dos direitos V - requisição de tratamento médico, psicológico ou
previstos nesta e em outras Leis, bem como na Constituição psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial;
Federal; VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de
II - proteção integral e prioritária: a interpretação e auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
aplicação de toda e qualquer norma contida nesta Lei deve ser VII - acolhimento institucional;
voltada à proteção integral e prioritária dos direitos de que VIII - inclusão em programa de acolhimento familiar;
crianças e adolescentes são titulares; IX - colocação em família substituta.
III - responsabilidade primária e solidária do poder § 1º O acolhimento institucional e o acolhimento familiar
público: a plena efetivação dos direitos assegurados a crianças são medidas provisórias e excepcionais, utilizáveis como
e a adolescentes por esta Lei e pela Constituição Federal, salvo forma de transição para reintegração familiar ou, não sendo
nos casos por esta expressamente ressalvados, é de esta possível, para colocação em família substituta, não
responsabilidade primária e solidária das 3 (três) esferas de implicando privação de liberdade.
governo, sem prejuízo da municipalização do atendimento e § 2º Sem prejuízo da tomada de medidas emergenciais
da possibilidade da execução de programas por entidades não para proteção de vítimas de violência ou abuso sexual e das
governamentais; providências a que alude o art. 130 desta Lei, o afastamento da
IV - interesse superior da criança e do adolescente: a criança ou adolescente do convívio familiar é de competência
intervenção deve atender prioritariamente aos interesses e exclusiva da autoridade judiciária e importará na deflagração,
direitos da criança e do adolescente, sem prejuízo da a pedido do Ministério Público ou de quem tenha legítimo
consideração que for devida a outros interesses legítimos no interesse, de procedimento judicial contencioso, no qual se
âmbito da pluralidade dos interesses presentes no caso garanta aos pais ou ao responsável legal o exercício do
concreto; contraditório e da ampla defesa.
V - privacidade: a promoção dos direitos e proteção da § 3º Crianças e adolescentes somente poderão ser
criança e do adolescente deve ser efetuada no respeito pela encaminhados às instituições que executam programas de
intimidade, direito à imagem e reserva da sua vida privada; acolhimento institucional, governamentais ou não, por meio
VI - intervenção precoce: a intervenção das autoridades de uma Guia de Acolhimento, expedida pela autoridade
competentes deve ser efetuada logo que a situação de perigo judiciária, na qual obrigatoriamente constará, dentre outros:
seja conhecida;

Legislação Extravagante 13
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

I - sua identificação e a qualificação completa de seus pais e da Assistência Social, aos quais incumbe deliberar sobre a
ou de seu responsável, se conhecidos; implementação de políticas públicas que permitam reduzir o
II - o endereço de residência dos pais ou do responsável, número de crianças e adolescentes afastados do convívio
com pontos de referência; familiar e abreviar o período de permanência em programa de
III - os nomes de parentes ou de terceiros interessados em acolhimento.
tê-los sob sua guarda;
IV - os motivos da retirada ou da não reintegração ao Art. 102. As medidas de proteção de que trata este Capítulo
convívio familiar. serão acompanhadas da regularização do registro civil.
§ 4º Imediatamente após o acolhimento da criança ou do § 1º Verificada a inexistência de registro anterior, o
adolescente, a entidade responsável pelo programa de assento de nascimento da criança ou adolescente será feito à
acolhimento institucional ou familiar elaborará um plano vista dos elementos disponíveis, mediante requisição da
individual de atendimento, visando à reintegração familiar, autoridade judiciária.
ressalvada a existência de ordem escrita e fundamentada em § 2º Os registros e certidões necessários à regularização de
contrário de autoridade judiciária competente, caso em que que trata este artigo são isentos de multas, custas e
também deverá contemplar sua colocação em família emolumentos, gozando de absoluta prioridade.
substituta, observadas as regras e princípios desta Lei. § 3º Caso ainda não definida a paternidade, será deflagrado
§ 5º O plano individual será elaborado sob a procedimento específico destinado à sua averiguação,
responsabilidade da equipe técnica do respectivo programa de conforme previsto pela Lei no 8.560, de 29 de dezembro de
atendimento e levará em consideração a opinião da criança ou 1992.
do adolescente e a oitiva dos pais ou do responsável. § 4º Nas hipóteses previstas no § 3o deste artigo, é
§ 6º Constarão do plano individual, dentre outros: dispensável o ajuizamento de ação de investigação de
I - os resultados da avaliação interdisciplinar; paternidade pelo Ministério Público se, após o não
II - os compromissos assumidos pelos pais ou responsável; comparecimento ou a recusa do suposto pai em assumir a
e paternidade a ele atribuída, a criança for encaminhada para
III - a previsão das atividades a serem desenvolvidas com adoção.
a criança ou com o adolescente acolhido e seus pais ou § 5º Os registros e certidões necessários à inclusão, a
responsável, com vista na reintegração familiar ou, caso seja qualquer tempo, do nome do pai no assento de nascimento são
esta vedada por expressa e fundamentada determinação isentos de multas, custas e emolumentos, gozando de absoluta
judicial, as providências a serem tomadas para sua colocação prioridade. (Incluído dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
em família substituta, sob direta supervisão da autoridade § 6º São gratuitas, a qualquer tempo, a averbação
judiciária. requerida do reconhecimento de paternidade no assento de
§ 7º O acolhimento familiar ou institucional ocorrerá no nascimento e a certidão correspondente. (Incluído dada pela
local mais próximo à residência dos pais ou do responsável e, Lei nº 13.257, de 2016)
como parte do processo de reintegração familiar, sempre que
identificada a necessidade, a família de origem será incluída Título III
em programas oficiais de orientação, de apoio e de promoção Da Prática de Ato Infracional
social, sendo facilitado e estimulado o contato com a criança Capítulo I
ou com o adolescente acolhido. Disposições Gerais
§ 8º Verificada a possibilidade de reintegração familiar, o
responsável pelo programa de acolhimento familiar ou Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita
institucional fará imediata comunicação à autoridade como crime ou contravenção penal.
judiciária, que dará vista ao Ministério Público, pelo prazo de
5 (cinco) dias, decidindo em igual prazo. Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de
§ 9º Em sendo constatada a impossibilidade de dezoito anos, sujeitos às medidas previstas nesta Lei.
reintegração da criança ou do adolescente à família de origem, Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser
após seu encaminhamento a programas oficiais ou considerada a idade do adolescente à data do fato.
comunitários de orientação, apoio e promoção social, será
enviado relatório fundamentado ao Ministério Público, no qual Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança
conste a descrição pormenorizada das providências tomadas e corresponderão as medidas previstas no art. 101.
a expressa recomendação, subscrita pelos técnicos da entidade
ou responsáveis pela execução da política municipal de Capítulo II
garantia do direito à convivência familiar, para a destituição Dos Direitos Individuais
do poder familiar, ou destituição de tutela ou guarda.
§ 10. Recebido o relatório, o Ministério Público terá o prazo Art. 106. Nenhum adolescente será privado de sua
de 15 (quinze) dias para o ingresso com a ação de destituição liberdade senão em flagrante de ato infracional ou por ordem
do poder familiar, salvo se entender necessária a realização de escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente.
estudos complementares ou de outras providências Parágrafo único. O adolescente tem direito à identificação
indispensáveis ao ajuizamento da demanda. (Redação dada dos responsáveis pela sua apreensão, devendo ser informado
pela Lei nº 13.509, de 2017); acerca de seus direitos.
§ 11. A autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou
foro regional, um cadastro contendo informações atualizadas Art. 107. A apreensão de qualquer adolescente e o local
sobre as crianças e adolescentes em regime de acolhimento onde se encontra recolhido serão incontinenti comunicados à
familiar e institucional sob sua responsabilidade, com autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou
informações pormenorizadas sobre a situação jurídica de cada à pessoa por ele indicada.
um, bem como as providências tomadas para sua reintegração Parágrafo único. Examinar-se-á, desde logo e sob pena de
familiar ou colocação em família substituta, em qualquer das responsabilidade, a possibilidade de liberação imediata.
modalidades previstas no art. 28 desta Lei.
§ 12. Terão acesso ao cadastro o Ministério Público, o Art. 108. A internação, antes da sentença, pode ser
Conselho Tutelar, o órgão gestor da Assistência Social e os determinada pelo prazo máximo de quarenta e cinco dias.
Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente

Legislação Extravagante 14
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Parágrafo único. A decisão deverá ser fundamentada e Seção III


basear-se em indícios suficientes de autoria e materialidade, Da Obrigação de Reparar o Dano
demonstrada a necessidade imperiosa da medida.
Art. 116. Em se tratando de ato infracional com reflexos
Art. 109. O adolescente civilmente identificado não será patrimoniais, a autoridade poderá determinar, se for o caso,
submetido a identificação compulsória pelos órgãos policiais, que o adolescente restitua a coisa, promova o ressarcimento
de proteção e judiciais, salvo para efeito de confrontação, do dano, ou, por outra forma, compense o prejuízo da vítima.
havendo dúvida fundada. Parágrafo único. Havendo manifesta impossibilidade, a
medida poderá ser substituída por outra adequada.
Capítulo III
Das Garantias Processuais Seção IV
Da Prestação de Serviços à Comunidade
Art. 110. Nenhum adolescente será privado de sua
liberdade sem o devido processo legal. Art. 117. A prestação de serviços comunitários consiste na
realização de tarefas gratuitas de interesse geral, por período
Art. 111. São asseguradas ao adolescente, entre outras, as não excedente a seis meses, junto a entidades assistenciais,
seguintes garantias: hospitais, escolas e outros estabelecimentos congêneres, bem
I - pleno e formal conhecimento da atribuição de ato como em programas comunitários ou governamentais.
infracional, mediante citação ou meio equivalente; Parágrafo único. As tarefas serão atribuídas conforme as
II - igualdade na relação processual, podendo confrontar- aptidões do adolescente, devendo ser cumpridas durante
se com vítimas e testemunhas e produzir todas as provas jornada máxima de oito horas semanais, aos sábados,
necessárias à sua defesa; domingos e feriados ou em dias úteis, de modo a não
III - defesa técnica por advogado; prejudicar a frequência à escola ou à jornada normal de
IV - assistência judiciária gratuita e integral aos trabalho.
necessitados, na forma da lei;
V - direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade Seção V
competente; Da Liberdade Assistida
VI - direito de solicitar a presença de seus pais ou
responsável em qualquer fase do procedimento. Art. 118. A liberdade assistida será adotada sempre que se
afigurar a medida mais adequada para o fim de acompanhar,
Capítulo IV auxiliar e orientar o adolescente.
Das Medidas Socioeducativas § 1º A autoridade designará pessoa capacitada para
Seção I acompanhar o caso, a qual poderá ser recomendada por
Disposições Gerais entidade ou programa de atendimento.
§ 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a seis meses, podendo a qualquer tempo ser prorrogada,
autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as revogada ou substituída por outra medida, ouvido o
seguintes medidas: orientador, o Ministério Público e o defensor.
I - advertência;
II - obrigação de reparar o dano; Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio e a
III - prestação de serviços à comunidade; supervisão da autoridade competente, a realização dos
IV - liberdade assistida; seguintes encargos, entre outros:
V - inserção em regime de semiliberdade; I - promover socialmente o adolescente e sua família,
VI - internação em estabelecimento educacional; fornecendo-lhes orientação e inserindo-os, se necessário, em
VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI. programa oficial ou comunitário de auxílio e assistência social;
§ 1º A medida aplicada ao adolescente levará em conta a II - supervisionar a frequência e o aproveitamento escolar
sua capacidade de cumpri-la, as circunstâncias e a gravidade do adolescente, promovendo, inclusive, sua matrícula;
da infração. III - diligenciar no sentido da profissionalização do
§ 2º Em hipótese alguma e sob pretexto algum, será adolescente e de sua inserção no mercado de trabalho;
admitida a prestação de trabalho forçado. IV - apresentar relatório do caso.
§ 3º Os adolescentes portadores de doença ou deficiência
mental receberão tratamento individual e especializado, em Seção VI
local adequado às suas condições. Do Regime de Semiliberdade

Art. 113. Aplica-se a este Capítulo o disposto nos arts. 99 e Art. 120. O regime de semiliberdade pode ser determinado
100. desde o início, ou como forma de transição para o meio aberto,
possibilitada a realização de atividades externas,
Art. 114. A imposição das medidas previstas nos incisos II independentemente de autorização judicial.
a VI do art. 112 pressupõe a existência de provas suficientes § 1º São obrigatórias a escolarização e a profissionalização,
da autoria e da materialidade da infração, ressalvada a devendo, sempre que possível, ser utilizados os recursos
hipótese de remissão, nos termos do art. 127. existentes na comunidade.
Parágrafo único. A advertência poderá ser aplicada sempre § 2º A medida não comporta prazo determinado
que houver prova da materialidade e indícios suficientes da aplicando-se, no que couber, as disposições relativas à
autoria. internação.

Seção II Seção VII


Da Advertência Da Internação

Art. 115. A advertência consistirá em admoestação verbal, Art. 121. A internação constitui medida privativa da
que será reduzida a termo e assinada. liberdade, sujeita aos princípios de brevidade,

Legislação Extravagante 15
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em XVI - receber, quando de sua desinternação, os
desenvolvimento. documentos pessoais indispensáveis à vida em sociedade.
§ 1º Será permitida a realização de atividades externas, a § 1º Em nenhum caso haverá incomunicabilidade.
critério da equipe técnica da entidade, salvo expressa § 2º A autoridade judiciária poderá suspender
determinação judicial em contrário. temporariamente a visita, inclusive de pais ou responsável, se
§ 2º A medida não comporta prazo determinado, devendo existirem motivos sérios e fundados de sua prejudicialidade
sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão aos interesses do adolescente.
fundamentada, no máximo a cada seis meses.
§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de Art. 125. É dever do Estado zelar pela integridade física e
internação excederá a três anos. mental dos internos, cabendo-lhe adotar as medidas
§ 4º Atingido o limite estabelecido no parágrafo anterior, o adequadas de contenção e segurança.
adolescente deverá ser liberado, colocado em regime de
semiliberdade ou de liberdade assistida. Capítulo V
§ 5º A liberação será compulsória aos vinte e um anos de Da Remissão
idade.
§ 6º Em qualquer hipótese a desinternação será precedida Art. 126. Antes de iniciado o procedimento judicial para
de autorização judicial, ouvido o Ministério Público. apuração de ato infracional, o representante do Ministério
§ 7º A determinação judicial mencionada no § 1o poderá Público poderá conceder a remissão, como forma de exclusão
ser revista a qualquer tempo pela autoridade judiciária. do processo, atendendo às circunstâncias e consequências do
(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) fato, ao contexto social, bem como à personalidade do
adolescente e sua maior ou menor participação no ato
Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada infracional.
quando: Parágrafo único. Iniciado o procedimento, a concessão da
I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave remissão pela autoridade judiciária importará na suspensão
ameaça ou violência a pessoa; ou extinção do processo.
II - por reiteração no cometimento de outras infrações
graves; Art. 127. A remissão não implica necessariamente o
III - por descumprimento reiterado e injustificável da reconhecimento ou comprovação da responsabilidade, nem
medida anteriormente imposta. prevalece para efeito de antecedentes, podendo incluir
§ 1º O prazo de internação na hipótese do inciso III deste eventualmente a aplicação de qualquer das medidas previstas
artigo não poderá ser superior a 3 (três) meses, devendo ser em lei, exceto a colocação em regime de semiliberdade e a
decretada judicialmente após o devido processo legal. internação.
(Redação dada pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
§ 2º. Em nenhuma hipótese será aplicada a internação, Art. 128. A medida aplicada por força da remissão poderá
havendo outra medida adequada. ser revista judicialmente, a qualquer tempo, mediante pedido
expresso do adolescente ou de seu representante legal, ou do
Art. 123. A internação deverá ser cumprida em entidade Ministério Público.
exclusiva para adolescentes, em local distinto daquele Título IV
destinado ao abrigo, obedecida rigorosa separação por Das Medidas Pertinentes aos Pais ou Responsável
critérios de idade, compleição física e gravidade da infração.
Parágrafo único. Durante o período de internação, Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou responsável:
inclusive provisória, serão obrigatórias atividades I - encaminhamento a serviços e programas oficiais ou
pedagógicas. comunitários de proteção, apoio e promoção da família;
(Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
Art. 124. São direitos do adolescente privado de liberdade, II - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio,
entre outros, os seguintes: orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
I - entrevistar-se pessoalmente com o representante do III - encaminhamento a tratamento psicológico ou
Ministério Público; psiquiátrico;
II - peticionar diretamente a qualquer autoridade; IV - encaminhamento a cursos ou programas de
III - avistar-se reservadamente com seu defensor; orientação;
IV - ser informado de sua situação processual, sempre que V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar
solicitada; sua frequência e aproveitamento escolar;
V - ser tratado com respeito e dignidade; VI - obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a
VI - permanecer internado na mesma localidade ou tratamento especializado;
naquela mais próxima ao domicílio de seus pais ou VII - advertência;
responsável; VIII - perda da guarda;
VII - receber visitas, ao menos, semanalmente; IX - destituição da tutela;
VIII - corresponder-se com seus familiares e amigos; X - suspensão ou destituição do poder familiar.
IX - ter acesso aos objetos necessários à higiene e asseio Parágrafo único. Na aplicação das medidas previstas nos
pessoal; incisos IX e X deste artigo, observar-se-á o disposto nos arts.
X - habitar alojamento em condições adequadas de higiene 23 e 24.
e salubridade;
XI - receber escolarização e profissionalização; Art. 130. Verificada a hipótese de maus-tratos, opressão ou
XII - realizar atividades culturais, esportivas e de lazer: abuso sexual impostos pelos pais ou responsável, a autoridade
XIII - ter acesso aos meios de comunicação social; judiciária poderá determinar, como medida cautelar, o
XIV - receber assistência religiosa, segundo a sua crença, e afastamento do agressor da moradia comum.
desde que assim o deseje; Parágrafo único. Da medida cautelar constará, ainda, a
XV - manter a posse de seus objetos pessoais e dispor de fixação provisória dos alimentos de que necessitem a criança
local seguro para guardá-los, recebendo comprovante ou o adolescente dependentes do agressor. (Incluído pela Lei
daqueles porventura depositados em poder da entidade; nº 12.415, de 2011)

Legislação Extravagante 16
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Título V V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua


Do Conselho Tutelar competência;
Capítulo I VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade
Disposições Gerais judiciária, dentre as previstas no art. 101, de I a VI, para o
adolescente autor de ato infracional;
Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão permanente e VII - expedir notificações;
autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de
zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do criança ou adolescente quando necessário;
adolescente, definidos nesta Lei. IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da
proposta orçamentária para planos e programas de
Art. 132. Em cada Município e em cada Região atendimento dos direitos da criança e do adolescente;
Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 (um) X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a
Conselho Tutelar como órgão integrante da administração violação dos direitos previstos no art. 220, § 3º, inciso II, da
pública local, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela Constituição Federal;
população local para mandato de 4 (quatro) anos, permitida 1 XI - representar ao Ministério Público para efeito das ações
(uma) recondução, mediante novo processo de escolha. de perda ou suspensão do poder familiar, após esgotadas as
(Redação dada pela Lei nº 12.696, de 2012) possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente
junto à família natural.
Art. 133. Para a candidatura a membro do Conselho XII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos
Tutelar, serão exigidos os seguintes requisitos: profissionais, ações de divulgação e treinamento para o
I - reconhecida idoneidade moral; reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e
II - idade superior a vinte e um anos; adolescentes. (Incluído pela Lei nº 13.046, de 2014)
III - residir no município. Parágrafo único. Se, no exercício de suas atribuições, o
Conselho Tutelar entender necessário o afastamento do
Art. 134. Lei municipal ou distrital disporá sobre o local, convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao Ministério
dia e horário de funcionamento do Conselho Tutelar, inclusive Público, prestando-lhe informações sobre os motivos de tal
quanto à remuneração dos respectivos membros, aos quais é entendimento e as providências tomadas para a orientação, o
assegurado o direito a: (Redação dada pela Lei nº 12.696, de apoio e a promoção social da família.
2012)
I - cobertura previdenciária; (Incluído pela Lei nº 12.696, Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar somente
de 2012) poderão ser revistas pela autoridade judiciária a pedido de
II - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 quem tenha legítimo interesse.
(um terço) do valor da remuneração mensal; (Incluído pela Lei
nº 12.696, de 2012) Capítulo III
III - licença-maternidade; (Incluído pela Lei nº 12.696, de Da Competência
2012)
IV - licença-paternidade; (Incluído pela Lei nº 12.696, de Art. 138. Aplica-se ao Conselho Tutelar a regra de
2012) competência constante do art. 147.
V - gratificação natalina. (Incluído pela Lei nº 12.696, de
2012) Capítulo IV
Parágrafo único. Constará da lei orçamentária municipal e Da Escolha dos Conselheiros
da do Distrito Federal previsão dos recursos necessários ao
funcionamento do Conselho Tutelar e à remuneração e Art. 139. O processo para a escolha dos membros do
formação continuada dos conselheiros tutelares. (Redação Conselho Tutelar será estabelecido em lei municipal e
dada pela Lei nº 12.696, de 2012) realizado sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente, e a fiscalização do
Art. 135. O exercício efetivo da função de conselheiro Ministério Público. (Redação dada pela Lei nº 8.242, de
constituirá serviço público relevante e estabelecerá presunção 12.10.1991)
de idoneidade moral. (Redação dada pela Lei nº 12.696, de § 1º O processo de escolha dos membros do Conselho
2012) Tutelar ocorrerá em data unificada em todo o território
nacional a cada 4 (quatro) anos, no primeiro domingo do mês
Capítulo II de outubro do ano subsequente ao da eleição presidencial.
Das Atribuições do Conselho (Incluído pela Lei nº 12.696, de 2012)
§ 2º A posse dos conselheiros tutelares ocorrerá no dia 10
Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar: de janeiro do ano subsequente ao processo de escolha.
I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses (Incluído pela Lei nº 12.696, de 2012)
previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no § 3º No processo de escolha dos membros do Conselho
art. 101, I a VII; Tutelar, é vedado ao candidato doar, oferecer, prometer ou
II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando entregar ao eleitor bem ou vantagem pessoal de qualquer
as medidas previstas no art. 129, I a VII; natureza, inclusive brindes de pequeno valor. (Incluído pela
III - promover a execução de suas decisões, podendo para Lei nº 12.696, de 2012)
tanto:
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, Capítulo V
educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança; Dos Impedimentos
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de
descumprimento injustificado de suas deliberações. Art. 140. São impedidos de servir no mesmo Conselho
IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que marido e mulher, ascendentes e descendentes, sogro e genro
constitua infração administrativa ou penal contra os direitos ou nora, irmãos, cunhados, durante o cunhadio, tio e sobrinho,
da criança ou adolescente; padrasto ou madrasta e enteado.

Legislação Extravagante 17
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Parágrafo único. Estende-se o impedimento do Respostas


conselheiro, na forma deste artigo, em relação à autoridade
judiciária e ao representante do Ministério Público com 01. Resposta: B.
atuação na Justiça da Infância e da Juventude, em exercício na 02. Resposta: C.
comarca, foro regional ou distrital. 03. Resposta: C.
04. Resposta: C.
Questões 05. Resposta: D.

01. (Prefeitura de Maceió/AL – COPEVE-UFAL/2017)


Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, considera-se Lei nº 10.826/2003
criança a pessoa até
(A) doze anos de idade completos.
(Estatuto do Desarmamento).
(B) doze anos de idade incompletos.
(C) quatorze anos de idade completos.
(D) quatorze anos de idade incompletos. O Estatuto do Desarmamento é uma lei federal, que fora
(E) dezoito anos de idade incompleto. regulamentada em razão da necessidade da aplicação de
alguns de seus artigos, entre eles o teste psicotécnico para a
02. (TJ/MG – Titular de Serviços – CONSULPLAN/2017) aquisição e porte de armas de fogo, marcação de munição e
As regras do Estatuto da Criança e do Adolescente podem ser indenização para o indivíduo que possuísse arma e a
aplicadas entregasse, conforme solicitado.
(A) às crianças e, excepcionalmente, aos adolescentes. A presente lei proíbe o porte de armas por civis, com
(B) apenas às crianças e aos adolescentes. exceção para os casos onde haja necessidade comprovada;
(C) excepcionalmente aos adultos com idade entre 18 e 21 nesses casos, haverá uma duração previamente determinada e
anos. sujeita o indivíduo à demonstração de sua necessidade em
(D) somente às crianças e aos adolescentes, mas jamais aos portá-la, com efetuação de registro e porte junto à Polícia
adultos. Federal (Sinarm), para armas de uso permitido, ou ao
Comando do Exército (Sigma), para armas de uso restrito, e
03. (SEAS/CE – Socioeducador - UECE-CEV/2017) pagar as taxas, que foram aumentadas
Conforme o ECA, considera-se criança Frise-se que o porte pode ser cassado a qualquer tempo,
(A) a pessoa até quatorze anos de idade incompletos, e principalmente no caso do portador ser abordado com sua
adolescente aquela entre quatorze e dezoito anos de idade. arma em estado de embriaguez ou ainda sob efeito de drogas
(B) a pessoa até doze anos de idade completos, e ou medicamentos que provoquem alteração do desempenho
adolescente aquela com mais de doze e menos de dezoito anos intelectual ou motor.
de idade. Destarte, a Lei estabelece que somente poderão portar
(C) a pessoa até doze anos de idade incompletos, e arma de fogo os responsáveis pela garantia da segurança
adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. pública, integrantes das Forças Armadas, policiais civis,
(D) a pessoa até quatorze anos de idade completos, e militares, federais e rodoviários federais, agentes de
adolescente aquela com mais de quatorze e menos de dezoito inteligência, agentes e guardas prisionais, auditores fiscais e os
anos de idade. agentes de segurança privada unicamente quando em serviço.

04. (SEAS/CE – Assistente Social/Psicólogo/Pedagogo - LEI No 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003


UECE-CEV/2017) Segundo o ECA, é proibida a venda, a
crianças ou adolescentes, de Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de
(A) qualquer bebida, inclusive as bebidas não alcoólicas. fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – Sinarm,
(B) produtos cujos componentes não possam causar define crimes e dá outras providências.
dependência física ou psíquica.
(C) bilhetes lotéricos e equivalentes. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
(D) fogos de estampido e de artifício que, pelo seu reduzido Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
potencial, sejam incapazes de provocar qualquer dano físico
em caso de utilização indevida. CAPÍTULO I
DO SISTEMA NACIONAL DE ARMAS
05. (TJ/PA - Juiz de Direito Substituto - VUNESP) A
remissão, prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente, Art. 1o O Sistema Nacional de Armas – Sinarm, instituído no
caracteriza-se Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia Federal, tem
(A) por se diminuir dos dias de internação determinados circunscrição em todo o território nacional.
em sentença aqueles previamente cumpridos em regime de
internação provisória ou semiliberdade. Art. 2o Ao Sinarm compete:
(B) pela diminuição proporcional de dias de internação, I – identificar as características e a propriedade de armas
sendo que três dias de estudo resultam em um dia remido. de fogo, mediante cadastro;
(C) como medida de extinção do processo, aplicável apenas II – cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e
a crianças, excluídos os adolescentes. vendidas no País;
(D) na extinção ou suspensão do processo, mediante III – cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e
eventual aplicação de determinadas medidas socioeducativas. as renovações expedidas pela Polícia Federal;
(E) pela diminuição proporcional de dias de internação, IV – cadastrar as transferências de propriedade, extravio,
sendo que três dias de trabalho voluntário resultam em um dia furto, roubo e outras ocorrências suscetíveis de alterar os
remido. dados cadastrais, inclusive as decorrentes de fechamento de
empresas de segurança privada e de transporte de valores;
V – identificar as modificações que alterem as
características ou o funcionamento de arma de fogo;
VI – integrar no cadastro os acervos policiais já existentes;

Legislação Extravagante 18
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

VII – cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive comprove estar autorizado a portar arma com as mesmas
as vinculadas a procedimentos policiais e judiciais; características daquela a ser adquirida.
VIII – cadastrar os armeiros em atividade no País, bem
como conceder licença para exercer a atividade; Art. 5o O certificado de Registro de Arma de Fogo, com
IX – cadastrar mediante registro os produtores, validade em todo o território nacional, autoriza o seu
atacadistas, varejistas, exportadores e importadores proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no
autorizados de armas de fogo, acessórios e munições; interior de sua residência ou domicílio, ou dependência
X – cadastrar a identificação do cano da arma, as desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o
características das impressões de raiamento e de titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou
microestriamento de projétil disparado, conforme marcação e empresa.
testes obrigatoriamente realizados pelo fabricante; § 1o O certificado de registro de arma de fogo será expedido
XI – informar às Secretarias de Segurança Pública dos pela Polícia Federal e será precedido de autorização do
Estados e do Distrito Federal os registros e autorizações de Sinarm.
porte de armas de fogo nos respectivos territórios, bem como § 2o Os requisitos de que tratam os incisos I, II e III do art.
manter o cadastro atualizado para consulta. 4o deverão ser comprovados periodicamente, em período não
Parágrafo único. As disposições deste artigo não alcançam inferior a 3 (três) anos, na conformidade do estabelecido no
as armas de fogo das Forças Armadas e Auxiliares, bem como regulamento desta Lei, para a renovação do Certificado de
as demais que constem dos seus registros próprios. Registro de Arma de Fogo.
§ 3o O proprietário de arma de fogo com certificados de
CAPÍTULO II registro de propriedade expedido por órgão estadual ou do
DO REGISTRO Distrito Federal até a data da publicação desta Lei que não
optar pela entrega espontânea prevista no art. 32 desta Lei
Art. 3o É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão deverá renová-lo mediante o pertinente registro federal, até o
competente. dia 31 de dezembro de 2008, ante a apresentação de
Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão documento de identificação pessoal e comprovante de
registradas no Comando do Exército, na forma do regulamento residência fixa, ficando dispensado do pagamento de taxas e
desta Lei. do cumprimento das demais exigências constantes dos incisos
I a III do caput do art. 4o desta Lei.
Art. 4o Para adquirir arma de fogo de uso permitido o § 4o Para fins do cumprimento do disposto no § 3o deste
interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade, artigo, o proprietário de arma de fogo poderá obter, no
atender aos seguintes requisitos: Departamento de Polícia Federal, certificado de registro
I - comprovação de idoneidade, com a apresentação de provisório, expedido na rede mundial de computadores -
certidões negativas de antecedentes criminais fornecidas pela internet, na forma do regulamento e obedecidos os
Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar procedimentos a seguir:
respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, que I - emissão de certificado de registro provisório pela
poderão ser fornecidas por meios eletrônicos; internet, com validade inicial de 90 (noventa) dias; e
II – apresentação de documento comprobatório de II - revalidação pela unidade do Departamento de Polícia
ocupação lícita e de residência certa; Federal do certificado de registro provisório pelo prazo que
III – comprovação de capacidade técnica e de aptidão estimar como necessário para a emissão definitiva do
psicológica para o manuseio de arma de fogo, atestadas na certificado de registro de propriedade.
forma disposta no regulamento desta Lei.
§ 1o O Sinarm expedirá autorização de compra de arma de CAPÍTULO III
fogo após atendidos os requisitos anteriormente DO PORTE
estabelecidos, em nome do requerente e para a arma indicada,
sendo intransferível esta autorização. Art. 6o É proibido o porte de arma de fogo em todo o
§ 2o A aquisição de munição somente poderá ser feita no território nacional, salvo para os casos previstos em legislação
calibre correspondente à arma registrada e na quantidade própria e para:
estabelecida no regulamento desta Lei. I – os integrantes das Forças Armadas;
§ 3o A empresa que comercializar arma de fogo em II - os integrantes de órgãos referidos nos incisos I, II, III,
território nacional é obrigada a comunicar a venda à IV e V do caput do art. 144 da Constituição Federal e os da
autoridade competente, como também a manter banco de Força Nacional de Segurança Pública (FNSP); (Redação dada
dados com todas as características da arma e cópia dos pela Lei nº 13.500, de 2017)
documentos previstos neste artigo. III – os integrantes das guardas municipais das capitais dos
§ 4o A empresa que comercializa armas de fogo, acessórios Estados e dos Municípios com mais de 500.000 (quinhentos
e munições responde legalmente por essas mercadorias, mil) habitantes, nas condições estabelecidas no regulamento
ficando registradas como de sua propriedade enquanto não desta Lei;
forem vendidas. IV - os integrantes das guardas municipais dos Municípios
§ 5o A comercialização de armas de fogo, acessórios e com mais de 50.000 (cinquenta mil) e menos de 500.000
munições entre pessoas físicas somente será efetivada (quinhentos mil) habitantes, quando em serviço;
mediante autorização do Sinarm. V – os agentes operacionais da Agência Brasileira de
§ 6o A expedição da autorização a que se refere o § 1o será Inteligência e os agentes do Departamento de Segurança do
concedida, ou recusada com a devida fundamentação, no prazo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da
de 30 (trinta) dias úteis, a contar da data do requerimento do República;
interessado. VI – os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51,
§ 7o O registro precário a que se refere o § 4o prescinde do IV, e no art. 52, XIII, da Constituição Federal;
cumprimento dos requisitos dos incisos I, II e III deste artigo. VII – os integrantes do quadro efetivo dos agentes e
§ 8o Estará dispensado das exigências constantes do inciso guardas prisionais, os integrantes das escoltas de presos e as
III do caput deste artigo, na forma do regulamento, o guardas portuárias;
interessado em adquirir arma de fogo de uso permitido que VIII – as empresas de segurança privada e de transporte de
valores constituídas, nos termos desta Lei;

Legislação Extravagante 19
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

IX – para os integrantes das entidades de desporto § 7o Aos integrantes das guardas municipais dos
legalmente constituídas, cujas atividades esportivas Municípios que integram regiões metropolitanas será
demandem o uso de armas de fogo, na forma do regulamento autorizado porte de arma de fogo, quando em serviço.
desta Lei, observando-se, no que couber, a legislação
ambiental. Art. 7o As armas de fogo utilizadas pelos empregados das
X - integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita empresas de segurança privada e de transporte de valores,
Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos de constituídas na forma da lei, serão de propriedade,
Auditor-Fiscal e Analista Tributário. responsabilidade e guarda das respectivas empresas, somente
XI - os tribunais do Poder Judiciário descritos no art. 92 da podendo ser utilizadas quando em serviço, devendo essas
Constituição Federal e os Ministérios Públicos da União e dos observar as condições de uso e de armazenagem estabelecidas
Estados, para uso exclusivo de servidores de seus quadros pelo órgão competente, sendo o certificado de registro e a
pessoais que efetivamente estejam no exercício de funções de autorização de porte expedidos pela Polícia Federal em nome
segurança, na forma de regulamento a ser emitido pelo da empresa.
Conselho Nacional de Justiça - CNJ e pelo Conselho Nacional do § 1o O proprietário ou diretor responsável de empresa de
Ministério Público - CNMP. segurança privada e de transporte de valores responderá pelo
§ 1o As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI do caput crime previsto no parágrafo único do art. 13 desta Lei, sem
deste artigo terão direito de portar arma de fogo de prejuízo das demais sanções administrativas e civis, se deixar
propriedade particular ou fornecida pela respectiva de registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia
corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, nos termos Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de
do regulamento desta Lei, com validade em âmbito nacional armas de fogo, acessórios e munições que estejam sob sua
para aquelas constantes dos incisos I, II, V e VI. guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas depois de
§ 1º-A. (Revogado pela Lei nº 11.706, de 2008) ocorrido o fato.
§ 1º-B. Os integrantes do quadro efetivo de agentes e § 2o A empresa de segurança e de transporte de valores
guardas prisionais poderão portar arma de fogo de deverá apresentar documentação comprobatória do
propriedade particular ou fornecida pela respectiva preenchimento dos requisitos constantes do art. 4o desta Lei
corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, desde que quanto aos empregados que portarão arma de fogo.
estejam: (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014) § 3o A listagem dos empregados das empresas referidas
I - submetidos a regime de dedicação exclusiva; (Incluído neste artigo deverá ser atualizada semestralmente junto ao
pela Lei nº 12.993, de 2014) Sinarm.
II - sujeitos à formação funcional, nos termos do
regulamento; e (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014) Art. 7º-A. As armas de fogo utilizadas pelos servidores das
III - subordinados a mecanismos de fiscalização e de instituições descritas no inciso XI do art. 6o serão de
controle interno. (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014) propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas
§ 1º-C. (VETADO). instituições, somente podendo ser utilizadas quando em
§ 2o A autorização para o porte de arma de fogo aos serviço, devendo estas observar as condições de uso e de
integrantes das instituições descritas nos incisos V, VI, VII e X armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo o
do caput deste artigo está condicionada à comprovação do certificado de registro e a autorização de porte expedidos pela
requisito a que se refere o inciso III do caput do art. 4o desta Polícia Federal em nome da instituição.
Lei nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei. § 1º A autorização para o porte de arma de fogo de que
§ 3o A autorização para o porte de arma de fogo das trata este artigo independe do pagamento de taxa.
guardas municipais está condicionada à formação funcional de § 2º O presidente do tribunal ou o chefe do Ministério
seus integrantes em estabelecimentos de ensino de atividade Público designará os servidores de seus quadros pessoais no
policial, à existência de mecanismos de fiscalização e de exercício de funções de segurança que poderão portar arma de
controle interno, nas condições estabelecidas no regulamento fogo, respeitado o limite máximo de 50% (cinquenta por
desta Lei, observada a supervisão do Ministério da Justiça. cento) do número de servidores que exerçam funções de
§ 4o Os integrantes das Forças Armadas, das polícias segurança.
federais e estaduais e do Distrito Federal, bem como os § 3º O porte de arma pelos servidores das instituições de
militares dos Estados e do Distrito Federal, ao exercerem o que trata este artigo fica condicionado à apresentação de
direito descrito no art. 4o, ficam dispensados do cumprimento documentação comprobatória do preenchimento dos
do disposto nos incisos I, II e III do mesmo artigo, na forma do requisitos constantes do art. 4o desta Lei, bem como à
regulamento desta Lei. formação funcional em estabelecimentos de ensino de
§ 5o Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte atividade policial e à existência de mecanismos de fiscalização
e cinco) anos que comprovem depender do emprego de arma e de controle interno, nas condições estabelecidas no
de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será regulamento desta Lei.
concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na § 4º A listagem dos servidores das instituições de que trata
categoria caçador para subsistência, de uma arma de uso este artigo deverá ser atualizada semestralmente no Sinarm.
permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de § 5º As instituições de que trata este artigo são obrigadas a
alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde registrar ocorrência policial e a comunicar à Polícia Federal
que o interessado comprove a efetiva necessidade em eventual perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de
requerimento ao qual deverão ser anexados os seguintes armas de fogo, acessórios e munições que estejam sob sua
documentos: guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas depois de
I - documento de identificação pessoal; ocorrido o fato.
II - comprovante de residência em área rural; e
III - atestado de bons antecedentes. Art. 8o As armas de fogo utilizadas em entidades
§ 6o O caçador para subsistência que der outro uso à sua desportivas legalmente constituídas devem obedecer às
arma de fogo, independentemente de outras tipificações condições de uso e de armazenagem estabelecidas pelo órgão
penais, responderá, conforme o caso, por porte ilegal ou por competente, respondendo o possuidor ou o autorizado a
disparo de arma de fogo de uso permitido. portar a arma pela sua guarda na forma do regulamento desta
Lei.

Legislação Extravagante 20
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Art. 9o Compete ao Ministério da Justiça a autorização do residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de
porte de arma para os responsáveis pela segurança de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do
cidadãos estrangeiros em visita ou sediados no Brasil e, ao estabelecimento ou empresa:
Comando do Exército, nos termos do regulamento desta Lei, o Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
registro e a concessão de porte de trânsito de arma de fogo
para colecionadores, atiradores e caçadores e de Breves Comentários:
representantes estrangeiros em competição internacional
oficial de tiro realizada no território nacional. Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum).
Sujeito passivo: coletividade (crime vago).
Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso
permitido, em todo o território nacional, é de competência da É crime permanente, ou seja, seu momento consumativo se
Polícia Federal e somente será concedida após autorização do prolonga no tempo.
Sinarm.
§ 1o A autorização prevista neste artigo poderá ser Conduta:
concedida com eficácia temporária e territorial limitada, nos As condutas são 2:
termos de atos regulamentares, e dependerá de o requerente: a- possuir;
I – demonstrar a sua efetiva necessidade por exercício de b- manter sob guarda.
atividade profissional de risco ou de ameaça à sua integridade
física; Atenção! A posse ou manutenção da arma de fogo,
II – atender às exigências previstas no art. 4o desta Lei; acessório ou munição de uso permitido deve dar-se no interior
III – apresentar documentação de propriedade de arma de da residência do sujeito ativo, ou dependência desta, ou ainda
fogo, bem como o seu devido registro no órgão competente. no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou
§ 2o A autorização de porte de arma de fogo, prevista neste responsável legal do estabelecimento ou empresa.
artigo, perderá automaticamente sua eficácia caso o portador
dela seja detido ou abordado em estado de embriaguez ou sob Arma de fogo, acessório ou munição em local de
efeito de substâncias químicas ou alucinógenas. trabalho configura qual crime?
Depende. Pode ser crime de posse ou crime de porte,
Art. 11. Fica instituída a cobrança de taxas, nos valores depende se infrator é proprietário do local ou não.
constantes do Anexo desta Lei, pela prestação de serviços
relativos: Objeto material: arma de fogo, acessório ou munição, de
I – ao registro de arma de fogo; uso permitido. É norma penal em branco, portanto, seu
II – à renovação de registro de arma de fogo; complemento encontra-se num Decreto.
III – à expedição de segunda via de registro de arma de
fogo; Elemento subjetivo: dolo.
IV – à expedição de porte federal de arma de fogo;
V – à renovação de porte de arma de fogo; Consumação:
VI – à expedição de segunda via de porte federal de arma A consumação se dá com a mera posse ou guarda da arma,
de fogo. mesmo que a conduta não gera real situação de perigo.
§ 1o Os valores arrecadados destinam-se ao custeio e à
manutenção das atividades do Sinarm, da Polícia Federal e do Não admite tentativa.
Comando do Exército, no âmbito de suas respectivas
responsabilidades. Omissão de cautela
§ 2o São isentas do pagamento das taxas previstas neste Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para
artigo as pessoas e as instituições a que se referem os incisos I impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora
a VII e X e o § 5o do art. 6o desta Lei. de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja
sob sua posse ou que seja de sua propriedade:
Art. 11-A. O Ministério da Justiça disciplinará a forma e as Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
condições do credenciamento de profissionais pela Polícia
Federal para comprovação da aptidão psicológica e da Breves comentários:
capacidade técnica para o manuseio de arma de fogo.
§ 1o Na comprovação da aptidão psicológica, o valor Sujeito ativo: proprietário ou possuidor da arma (crime
cobrado pelo psicólogo não poderá exceder ao valor médio dos próprio).
honorários profissionais para realização de avaliação Sujeito passivo: temos dois. Primário, a coletividade;
psicológica constante do item 1.16 da tabela do Conselho secundário, as pessoas menores de 18 anos e as pessoas
Federal de Psicologia. portadoras de deficiência mental.
§ 2o Na comprovação da capacidade técnica, o valor
cobrado pelo instrutor de armamento e tiro não poderá Conduta: “Deixar de observar as cautelas necessárias” [...]
exceder R$ 80,00 (oitenta reais), acrescido do custo da Esse crime é omissivo puro ou próprio, ou seja, a omissão
munição. criminosa está no próprio tipo incriminador.
§ 3o A cobrança de valores superiores aos previstos nos §§ É crime culposo. Porque “deixar de observar as cautelas
1o e 2o deste artigo implicará o descredenciamento do necessárias” indica quebra do dever de cuidado objetivo, que
profissional pela Polícia Federal. configura conduta culposa.

CAPÍTULO IV Consumação:
DOS CRIMES E DAS PENAS A consumação ocorre com o apoderamento da arma pela
vítima.
Posse irregular de arma de fogo de uso permitido
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, Por ser crime omissivo puro e culposo não admite
acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com tentativa.
determinação legal ou regulamentar, no interior de sua

Legislação Extravagante 21
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Objeto material: arma de fogo de uso permitido ou restrito. Esse crime admitirá tentativa em algumas condutas, como
por exemplo na modalidade “adquirir”.
Atenção! acessório e munição não são objetos materiais
do crime. Objeto material: arma de fogo, acessório ou munição, de
uso permitido.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o
proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança Consumação: com a prática de uma ou mais condutas
e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência previstas no tipo penal.
policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou
outras formas de extravio de arma de fogo, acessório ou Atenção! Sendo crime de conteúdo variado, a prática de
munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte mais de uma conduta não importa em concurso de crimes.
quatro) horas depois de ocorrido o fato.
A tentativa, em tese, é admitida.
Breves comentários:
Disparo de arma de fogo
A doutrina chama o parágrafo único do art. 13 de Omissão Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em
de Comunicação. lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em
direção a ela, desde que essa conduta não tenha como
Sujeito ativo: proprietário ou diretor responsável de finalidade a prática de outro crime:
empresa de transporte de valores e de segurança (crime Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
próprio). Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é
Sujeito passivo: primário, Estado; secundário, coletividade. inafiançável. (Vide Adin 3.112-1 – que declarou
inconstitucional esse dispositivo)
Condutas:
a. Deixar de comunicar a polícia federal; Breves comentários:
b. Deixar de registrar ocorrência policial;
Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum).
Objeto material: arma de fogo, acessório ou munição de uso Sujeito passivo: a coletividade.
permitido ou restrito.
Consumação e tentativa: Condutas:
Consumação: só ocorre após 24 horas do fato. a. Disparar arma de fogo.
b. Acionar munição: é o simples acionamento de munição
É crime omissivo puro ou próprio, por isso não admite sem disparo.
tentativa.
# O disparo acidental é considerado crime?
Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido Não, porque o crime é punido somente na forma dolosa.
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em
depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, Caso o disparo atingir alguém o agente responderá por
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar homicídio culposo ou lesão corporal.
arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem
autorização e em desacordo com determinação legal ou Consumação:
regulamentar: O crime consuma-se com o disparo.
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é Admite-se a tentativa, embora difícil de ocorrer na prática.
inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver registrada
em nome do agente. (Vide Adin 3.112-1 – que declarou Cuidado! O elemento espacial do tipo está na expressão:
inconstitucional esse dispositivo) “[...] lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou
em direção a ela [...]”. Não há crime se o disparo ocorrer em
Breves comentários: lugar ermo, desabitado.

Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum). Observação: a quantidade de disparos será considerada
Sujeito passivo: coletividade (crime vago). na dosagem da pena.

É crime permanente, ou seja, seu momento consumativo se Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito
prolonga no tempo. Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber,
ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
Conduta: emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou
A conduta do art. 14 é de ação múltipla ou variada (tipo ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou
misto alternativo). Temos ao total treze verbos (portar, deter, restrito, sem autorização e em desacordo com determinação
adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, legal ou regulamentar:
ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
empregar, manter sob guarda ou ocultar), Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:
I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal
O porte não se restringe somente a conduta de portar de identificação de arma de fogo ou artefato;
(fornecer, emprestar, remeter, etc.). II – modificar as características de arma de fogo, de forma
a torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou
Segundo o STJ a conduta “arma enterrada no quintal da restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir
casa” caracteriza porte de arma (“ocultar”). a erro autoridade policial, perito ou juiz;

Legislação Extravagante 22
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato Questões controvertidas sobre posse e porte (arts. 12,
explosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo art. 14 e art. 16):
com determinação legal ou regulamentar;
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma 1. Exame pericial na arma:
de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de A realização de exame pericial não é imprescindível para a
identificação raspado, suprimido ou adulterado; prova do crime.
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, A ausência de exame poderá ser suprida por outros meios
arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou de prova.
adolescente; e
VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, 2. Arma Desmuniciada:
ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo. O que tem prevalecido no STF e no STJ é que a arma
desmuniciada caracteriza um dos crimes do Estatuto do
Breves comentários: Desarmamento. O fundamento é que o crime é de perigo
abstrato.
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Sujeito passivo: a coletividade. 3. Munição desarmada:
Temos duas correntes. Traremos a vocês o
Conduta: posicionamento dos Tribunais Superiores.
A conduta típica vem expressa por quatorze verbos Segundo o STF e STJ, munição desarmada é crime sim,
(possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em mesmo que não exista condições de pronto municiamento.
depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, Fundamentos: haverá crime por dois motivos: estamos
emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou diante de um crime de perigo abstrato e os tipos penais
ocultar), ou seja, é tipo misto alternativo. expressamente preveem a munição como objeto material.
A realização de mais de um comportamento pelo mesmo
agente implicará sempre um único delito. 4. Arma quebrada:
Depende.
Será indiferente para a configuração do delito, estar a arma - se absolutamente inapta para disparar: crime impossível
de fogo desmuniciada por ocasião da apreensão. Isso porque por absoluta impropriedade do objeto.
esse crime é de mera conduta e de perigo abstrato, - se relativamente inapta para disparar: há crime.
consumando-se independentemente da ocorrência de efetivo
prejuízo para a sociedade, sendo que a probabilidade de vir a 5. Porte ou Posse de munição e princípio da insignificância:
ocorrer algum dano é presumida pelo tipo penal. o bem jurídico protegido é incompatível com o princípio da
insignificância.
Objeto material: arma de fogo, acessório ou munição, de
uso proibido ou restrito. 6. Posse ou Porte de Arma e homicídio: se o porte ou posse
ocorreu exclusivamente para a prática do homicídio fica
Consumação: absorvido como crime meio.
Consuma-se com a prática de uma ou mais condutas Se a posse ou porte não for meio para a prática de
previstas no tipo penal. homicídio haverá concurso material com o crime de porte ou
A prática de mais de uma conduta não importa em posse de arma de fogo.
concurso de crimes. STF e STJ não estão conhecendo de habeas corpus
impetrado para discutir a absorção do porte pelo homicídio,
Em tese admite-se a tentativa. pois é matéria fática (de mérito) inviável a ser discutida via
habeas corpus.
Com relação as figuras do parágrafo único é interessante o
estudo do inciso V: 7. Posse ou Porte simultâneo de duas ou mais armas:
configura crime único.
“Vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, A situação de perigo gerado é uma só, portanto, há um só
arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou crime.
adolescente”; O número de armas influenciará na dosagem da pena.

Nota-se que esse inciso confronta com o art. 242 do ECA: Comércio ilegal de arma de fogo
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir,
Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar,
entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente arma, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma
munição ou explosivo: utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos. atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou
munição, sem autorização ou em desacordo com determinação
Veja o quadro com as diferenças: legal ou regulamentar:
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Art. 16, parágrafo único, Art. 242, ECA Parágrafo único. Equipara-se à atividade comercial ou
V, Estatuto industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de
Vender, entregar ou Vender, entregar ou prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou
fornecer a criança ou fornecer a criança ou clandestino, inclusive o exercido em residência.
adolescente arma de fogo, adolescente arma, munição
acessório, munição ou ou explosivo. Breves Comentários:
explosivo.
Aplica-se a arma de fogo, Só se aplica para arma Sujeito ativo: comerciante ou industrial (legal ou
acessório, munição ou branca. clandestino) de arma de fogo, acessório ou munição. É crime
explosivo. próprio.

Legislação Extravagante 23
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Sujeito passivo: a coletividade. Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são
insuscetíveis de liberdade provisória. (Vide Adin 3.112-1 – que
Objeto material: arma de fogo, acessório ou munição de uso declarou inconstitucional esse dispositivo)
permitido ou proibido ou restrito.
Atenção!
Atenção! Sendo a arma de fogo de uso proibido ou restrito Com o julgamento da ADI 3112-1 pelo STF os parágrafos
haverá aumento de pena de ½ (art. 19, Estatuto do únicos dos arts. 14, 15 e o art. 21 do Estatuto do
Desarmamento). Desarmamento foram declarados inconstitucionais.
Os dois primeiros dispositivos vedavam a fiança e o último
Objeto material: arma de fogo, acessório ou munição, seja não permitia a liberdade provisória aos crimes previstos nos
de uso permitido ou proibido ou restrito. arts. 16, 17 e 18 do Estatuto.
Portanto, atualmente é cabível fiança e liberdade
Consumação: com a efetiva prática de uma das condutas provisória em todos os crimes do Estatuto do Desarmamento,
incriminadas. Trata-se de crime de perigo abstrato. até mesmo crimes de tráfico internacional de armas e
comércio ilegal.
Admite-se a tentativa.
CAPÍTULO V
Tráfico internacional de arma de fogo DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do
território nacional, a qualquer título, de arma de fogo, Art. 22. O Ministério da Justiça poderá celebrar convênios
acessório ou munição, sem autorização da autoridade com os Estados e o Distrito Federal para o cumprimento do
competente: disposto nesta Lei.
Pena – reclusão de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Art. 23. A classificação legal, técnica e geral bem como a
Breves comentários: definição das armas de fogo e demais produtos controlados, de
usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de valor
Atenção! É crime de competência da Justiça Federal. histórico serão disciplinadas em ato do chefe do Poder
Executivo Federal, mediante proposta do Comando do
Sujeito ativo: qualquer pessoa. Exército.
Sujeito passivo: a coletividade. § 1o Todas as munições comercializadas no País deverão
estar acondicionadas em embalagens com sistema de código
Condutas: de barras, gravado na caixa, visando possibilitar a
a – importar ou exportar: crime material, ou seja, consuma- identificação do fabricante e do adquirente, entre outras
se com a efetiva entrada ou saída do objeto do país. Admite informações definidas pelo regulamento desta Lei.
tentativa. § 2o Para os órgãos referidos no art. 6o, somente serão
Por ser crime comum, sujeito ativo pode ser qualquer expedidas autorizações de compra de munição com
pessoa. identificação do lote e do adquirente
§ 3o As armas de fogo fabricadas a partir de 1 (um) ano da
b- facilitar a entrada ou saída: crime formal, consuma-se data de publicação desta Lei conterão dispositivo intrínseco de
com a “facilitação”, ainda que a arma não entra ou saia do país. segurança e de identificação, gravado no corpo da arma,
A tentativa é possível na forma escrita. definido pelo regulamento desta Lei, exclusive para os órgãos
É crime comum, pode ser praticado por qualquer pessoa, previstos no art. 6o.
inclusive funcionário público. § 4o As instituições de ensino policial e as guardas
municipais referidas nos incisos III e IV do caput do art. 6 o
Objeto material: arma de fogo, acessório ou munição, de desta Lei e no seu § 7o poderão adquirir insumos e máquinas
uso permitido, proibido ou restrito. de recarga de munição para o fim exclusivo de suprimento de
suas atividades, mediante autorização concedida nos termos
Atenção! Sendo a arma de fogo de uso proibido ou restrito definidos em regulamento.
haverá aumento de pena de ½ (art. 19, Estatuto do
Desarmamento). Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere o art. 2º
desta Lei, compete ao Comando do Exército autorizar e
Consumação: fiscalizar a produção, exportação, importação, desembaraço
Na modalidade de conduta “importar”, consuma-se com o alfandegário e o comércio de armas de fogo e demais produtos
efetivo ingresso da arma de fogo, acessório ou munição no controlados, inclusive o registro e o porte de trânsito de arma
País. de fogo de colecionadores, atiradores e caçadores.

Admite tentativa, salvo na hipótese de favorecimento por Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração
omissão. do laudo pericial e sua juntada aos autos, quando não mais
interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é juiz competente ao Comando do Exército, no prazo máximo de
aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou munição 48 (quarenta e oito) horas, para destruição ou doação aos
forem de uso proibido ou restrito. órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas, na forma
do regulamento desta Lei.
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a § 1o As armas de fogo encaminhadas ao Comando do
pena é aumentada da metade se forem praticados por Exército que receberem parecer favorável à doação,
integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6o, 7o e 8o obedecidos o padrão e a dotação de cada Força Armada ou
desta Lei. órgão de segurança pública, atendidos os critérios de
prioridade estabelecidos pelo Ministério da Justiça e ouvido o
Comando do Exército, serão arroladas em relatório reservado

Legislação Extravagante 24
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

trimestral a ser encaminhado àquelas instituições, abrindo-se- regulamento, ficando extinta a punibilidade de eventual posse
lhes prazo para manifestação de interesse. irregular da referida arma.
§ 2o O Comando do Exército encaminhará a relação das
armas a serem doadas ao juiz competente, que determinará o Art. 33. Será aplicada multa de R$ 100.000,00 (cem mil
seu perdimento em favor da instituição beneficiada. reais) a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), conforme
§ 3o O transporte das armas de fogo doadas será de especificar o regulamento desta Lei:
responsabilidade da instituição beneficiada, que procederá ao I – à empresa de transporte aéreo, rodoviário, ferroviário,
seu cadastramento no Sinarm ou no Sigma. marítimo, fluvial ou lacustre que deliberadamente, por
§ 4o (VETADO) qualquer meio, faça, promova, facilite ou permita o transporte
§ 5o O Poder Judiciário instituirá instrumentos para o de arma ou munição sem a devida autorização ou com
encaminhamento ao Sinarm ou ao Sigma, conforme se trate de inobservância das normas de segurança;
arma de uso permitido ou de uso restrito, semestralmente, da II – à empresa de produção ou comércio de armamentos
relação de armas acauteladas em juízo, mencionando suas que realize publicidade para venda, estimulando o uso
características e o local onde se encontram. indiscriminado de armas de fogo, exceto nas publicações
especializadas.
Art. 26. São vedadas a fabricação, a venda, a
comercialização e a importação de brinquedos, réplicas e Art. 34. Os promotores de eventos em locais fechados, com
simulacros de armas de fogo, que com estas se possam aglomeração superior a 1000 (um mil) pessoas, adotarão, sob
confundir. pena de responsabilidade, as providências necessárias para
Parágrafo único. Excetuam-se da proibição as réplicas e os evitar o ingresso de pessoas armadas, ressalvados os eventos
simulacros destinados à instrução, ao adestramento, ou à garantidos pelo inciso VI do art. 5o da Constituição Federal.
coleção de usuário autorizado, nas condições fixadas pelo Parágrafo único. As empresas responsáveis pela prestação
Comando do Exército. dos serviços de transporte internacional e interestadual de
passageiros adotarão as providências necessárias para evitar
Art. 27. Caberá ao Comando do Exército autorizar, o embarque de passageiros armados.
excepcionalmente, a aquisição de armas de fogo de uso
restrito. CAPÍTULO VI
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às DISPOSIÇÕES FINAIS
aquisições dos Comandos Militares.
Art. 35. É proibida a comercialização de arma de fogo e
Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos munição em todo o território nacional, salvo para as entidades
adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das previstas no art. 6o desta Lei.
entidades constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput § 1o Este dispositivo, para entrar em vigor, dependerá de
do art. 6o desta Lei. aprovação mediante referendo popular, a ser realizado em
outubro de 2005.
Art. 29. As autorizações de porte de armas de fogo já § 2o Em caso de aprovação do referendo popular, o
concedidas expirar-se-ão 90 (noventa) dias após a publicação disposto neste artigo entrará em vigor na data de publicação
desta Lei. de seu resultado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Parágrafo único. O detentor de autorização com prazo de
validade superior a 90 (noventa) dias poderá renová-la, Art. 36. É revogada a Lei no 9.437, de 20 de fevereiro de
perante a Polícia Federal, nas condições dos arts. 4 o, 6o e 10 1997.
desta Lei, no prazo de 90 (noventa) dias após sua publicação,
sem ônus para o requerente. Art. 37. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 30. Os possuidores e proprietários de arma de fogo de ATO ADMINISTRATIVO R$


uso permitido ainda não registrada deverão solicitar seu I - Registro de arma de fogo:
registro até o dia 31 de dezembro de 2008, mediante
- até 31 de dezembro de 2008 Gratuito
apresentação de documento de identificação pessoal e
comprovante de residência fixa, acompanhados de nota fiscal (art. 30)
de compra ou comprovação da origem lícita da posse, pelos - a partir de 1o de janeiro de 2009 60,00
meios de prova admitidos em direito, ou declaração firmada II - Renovação do certificado de registro
na qual constem as características da arma e a sua condição de de arma de fogo:
proprietário, ficando este dispensado do pagamento de taxas Gratuito
e do cumprimento das demais exigências constantes dos - até 31 de dezembro de 2008 (art. 5o, § 3o)
incisos I a III do caput do art. 4o desta Lei.
Parágrafo único. Para fins do cumprimento do disposto no
caput deste artigo, o proprietário de arma de fogo poderá - a partir de 1o de janeiro de 2009 60,00
obter, no Departamento de Polícia Federal, certificado de III - Registro de arma de 60,00
registro provisório, expedido na forma do § 4o do art. 5o desta fogo para empresa de segurança privada
Lei. e de transporte
de valores
Art. 31. Os possuidores e proprietários de armas de fogo IV - Renovação do certificado de registro
adquiridas regularmente poderão, a qualquer tempo, entregá- de arma de fogo para empresa de
las à Polícia Federal, mediante recibo e indenização, nos segurança privada e de transporte de
termos do regulamento desta Lei. valores:

Art. 32. Os possuidores e proprietários de arma de fogo - até 30 de junho de 2008 30,00
poderão entregá-la, espontaneamente, mediante recibo, e,
presumindo-se de boa-fé, serão indenizados, na forma do

Legislação Extravagante 25
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

- de 1o de julho de 2008 a 31 de outubro 45,00 seja, desde que as condutas acima referidas não tenham como
de 2008 finalidade a prática de outro crime.
( ) Certo
- a partir de 1o de novembro de 2008 60,00 ( ) Errado
V - Expedição de porte de arma de fogo 1.000,00
05. (CODEBA - Guarda Portuário – FGV/2016) De
VI - Renovação de porte de arma de fogo 1.000,00
acordo com o Estatuto do Desarmamento (Lei nº
VII - Expedição de segunda via de
60,00 10.826/2003), assinale a afirmativa correta.
certificado de registro de arma de fogo
(A) A aquisição de munição no calibre correspondente à
VIII - Expedição de segunda via de porte arma registrada é ilimitada, mas, em outro calibre, a
60,00
de arma de fogo quantidade deve ser registrada.
(B) A empresa que comercializa arma de fogo em território
Questões nacional é obrigada a comunicar a venda à autoridade
competente.
01. (CODESA - Guarda Portuário – FUNCAB/2016) (C) A empresa que comercializa armas de fogo e acessórios
Sobre o Estatuto do Desarmamento (Lei n° 10.826, de 2003), é responde legalmente por essas mercadorias que, mesmo
correto afirmar que: depois de vendidas, ficam registradas como de sua
(A) a supressão de sinal identificador de arma de fogo é propriedade.
conduta equiparada ao porte de arma de fogo de uso (D) A empresa que comercializa arma de fogo em território
permitido. nacional está desobrigada a manter banco de dados com as
(B) há norma penal no Estatuto do Desarmamento características das armas vendidas.
tratando dos artefatos explosivos, mas não dos incendiários. (E) A comercialização de armas de fogo, acessórios e
(C) se o comércio é clandestino, não se caracteriza o crime munições entre pessoas físicas obedece à lei da oferta e da
de comércio ilegal de arma de fogo. procura e de autorização do SINARM.
(D) constitui crime previsto na lei especial disparar
culposamente arma de fogo em direção à via pública. Respostas
(E) quando a arma de fogo é de uso restrito, posse e porte
são punidos pelo mesmo tipo penal. 01. Resposta: E.
02. Resposta: A.
02. (PC-PA - Escrivão de Polícia Civil – FUNCAB/2016) 03. Resposta: E.
Nos termos do Estatuto do Desarmamento, Lei n° 10.826, de 04. Resposta: Certo.
2003, dentre as categorias de pessoas a seguir enumeradas, 05. Resposta: B.
qual é aquela, para a qual existe a restrição ao direito de portar
arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela
respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de serviço,
com validade em âmbito nacional?
(A) integrantes das guardas municipais das capitais dos Anotações
Estados e dos Municípios com mais de 500.000 (quinhentos
mil) habitantes.
(B) integrantes das Forças Armadas.
(C) integrantes da polícia da Câmara dos Deputados.
(D) agentes operacionais da Agência Brasileira de
Inteligência.
(E) agentes do departamento de Segurança do Gabinete de
Segurança Institucional da Presidência da República.

03. (CODEBA - Guarda Portuário – FGV/2016) Segundo


o Estatuto do Desarmamento, para adquirir arma de fogo de
uso permitido o interessado deverá, além de declarar a efetiva
necessidade, atender aos seguintes requisitos:
I. comprovação de idoneidade.
II. apresentação de documento comprobatório de
ocupação lícita e de residência certa.
III. comprovação de capacidade técnica e de aptidão
psicológica para o manuseio de arma de fogo.

Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

04. (MPE-SC - Promotor de Justiça – Matutina - MPE-


SC/2016) O tipo penal do art. 15 da Lei n. 10.826/03 (Estatuto
do Desarmamento) prevê pena de reclusão e multa para a
conduta de disparar arma de fogo ou acionar munição em
lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em
direção a ela, apresentando, contudo, uma ressalva que
caracteriza ser o crime referido de natureza subsidiária, qual

Legislação Extravagante 26
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
NOÇÕES DE SOCIOLOGIA

Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

processo urbano-industrial, que no início do século XX,


compreendia quase exclusivamente a organização do
proletariado industrial, isto é, os sindicatos. Entretanto,
Ammann (1991) destaca que os Movimentos Sociais só
recentemente mereceram a atenção dos cientistas sociais.
Para estes, o que vem a qualificar um movimento como
Movimento Social é o elemento constitutivo: a contestação, o
Reinvindicações populares protesto, a insatisfação, o conflito, o antagonismo.
Movimento é aqui entendido no sentido dado por Gohn
urbanas. Movimentos sociais e (1985): Os movimentos se expressam através de um conjunto
lutas pela moradia. de práticas sociais nas quais os conflitos, as contradições e os
Movimentos sociais e antagonismos existentes na sociedade constituem o móvel
básico das ações desenvolvidas. E continua Gohn, o movimento
educação. Movimentos e lutas social também expressa a consciência possível da classe que
sociais na história do Brasil. representa.
Classes Sociais e movimentos Todo Movimento Social carrega o germe da insatisfação, do
protesto contra relações sociais que redundam em situações
sociais indesejáveis para um grupo ou para a sociedade, sejam elas
presentes ou futuras. Sendo assim, todo Movimento Social
inscreve-se em uma problemática relacional de poder, e, como
Novas formas de participação social1 tal, é preciso compreendê-lo como uma relação de força, de
confronto, de disputa e conflito entre lutas de classes,
Nas diversas conjunturas históricas tem ocorrido à dominantes e dominados, de relação capital/trabalho, com
necessidade da população em geral e da população de baixa todas as complexidades e implicações que envolvem estas
renda em particular, de lutar pela sobrevivência e pelas categorias, hoje.
necessidades humanas básicas. Isso tem Levado essa Esta luta nem sempre é pela direção da produção da
população a mobilizações organizadas e às vezes sociedade, mas protestam contra formas de direção vigentes
desorganizadas ou a formação de movimentos sociais urbanos ou anunciadas, e de suas consequências para a classe
de caráter reivindicatórios em diversas sociedades ou setores dominada, Andrade enfatiza que a história e o processo de
destas. produção do espaço constituem assim uma interminável luta
Os movimentos sociais de modo geral existem deste entre os grupos sociais dominantes entre si, e da classe
muitos séculos. O autor Beer, usando a denominação de lutas dominante como um todo, frente às classes dominadas.
sociais narra sua existência na mais remota Antiguidade e, O jogo dialético da luta dentre as classes dá origem e se
atravessando guerras e conflitos que marcaram a vida dos origina, a um só tempo, do sistema de relações de trabalho
povos, passando pelos tempos modernos chega à época dominante em face do nível de desenvolvimento, de utilização
Contemporânea (década de 1920, do século passado). das forças produtivas. Daí a ligação direta que há entre o tipo
Hofmann (1984) afirma que ―todo o pensamento do de espaço produzido e o modo de produção e/ou a formação
movimento social contemporâneo encontra a sua origem nas econômico social dominante.
grandes ideias da Filosofia do Iluminismo. Para ele é ― pela Sendo assim, o antagonista visível dos Movimentos Sociais
primeira vez na história do mundo, o Iluminismo traçou a pode ser o Estado ou outros representantes diretos da
imagem de uma humanidade libertada. Isto faz com que o exploração, enquanto responsáveis por relações sociais
homem coevo crie e realize as suas utopias ou busque realizá- consideradas indesejáveis. Os representantes dos Movimentos
la. E continua Hofmann, “o que constituiu uma esperança para Sociais podem ser, uma classe social, uma etnia, uma região,
o Iluminismo, passou a constituir para o movimento social um um religião, um partido político, ou inúmeras outras
programa ainda não cumprido e passível de ser realizado.” categorias. Mas Gohn (1985) e Ammann (1991), nos alerta
Para Gohn (1982), os movimentos sociais europeus, anteriores que, tanto a classe dominante como a classe dominada, com
ao século XX, e principalmente os do século XIX, caracterizam- suas respectivas frações, podem constituir-se em sujeitos
se por suas ideologias e práticas revolucionárias. A unidade sociais dos movimentos, insatisfeitas com as relações sociais
básica destes movimentos era dada no próprio plano da vigentes ou propostas. Entretanto, aqui se faz necessário
produção. As péssimas condições de vida dentro das fábricas alertar que apesar dos Movimentos Sociais encontra-se
levavam à sua eclosão. regidos por uma lógica de exploração do capital, este produz
Movimentos e mobilizações de grupos sociais são outras formas de opressão e dominação específicas, entre as
encontrados em diferentes épocas, lugares, situações e em quais figura as problemáticas dos índios, homossexuais,
distintas sociedades, com maior ou menor significação. Como étnicos, ecológicos entre outros, que não se reduz em relação
exemplos podemos nos referir às revoltas de escravos, aos capital/trabalho. Esses movimentos específicos têm objetivos
movimentos de mulheres da Idade Média, às guerras particulares, não podendo ser reduzidos as relações de classe
camponesas do século XVI, aos conflitos étnicos, aos como adverte Ammann (1991); em outras palavras, apesar de
movimentos religiosos como o franciscanismo, o estar no interior do regime capitalista, quando dentro desses
protestantismo do século XVI. Na história do Brasil, movimentos suprimir-se a oposição entre capital/trabalho
encontramos vários deles, de diferentes características e não se enquadrando como movimentos sociais. Entretanto, as
dimensões, como movimentos emancipacionistas, necessidades cotidianas dos moradores pobres e miseráveis
messiânicos, culturais, políticos... Os dos anos 70 e 80 têm seus do nosso País se inserem nas questões de lutas de classes,
predecessores nos movimentos de bairro, de camponeses e apresentando-se como movimentos.
operários das décadas anteriores. Ao se falar dos movimentos Isto mostra-nos que são as intencionalidades dos
das últimas duas décadas, os autores procuram distingui-los processos de contestação que define o que será ou não um
dos anteriores, denominando-os de novos movimentos sociais. Movimento Social, em outras palavras, são os ―processos de
Como vimos, os Movimentos Sociais decorrem das contestação que objetivam a contraversão ou a preservação da
desigualdades de classes ao longo da história e, do avanço do

1 Texto adaptado de CABRAL, A. A. C. e SÁ, A. J. de Professores pesquisadores.

Noções de Sociologia 1
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

ordem estabelecida, a partir das contradições específicas da Reinvindicações populares urbanas: Movimentos
realidade. sociais e lutas pela moradia.
Para superar as imprecisões e ambiguidades do conceito
de Movimentos Sociais básicos que conhecemos Gohn (1985) Como vimos acima, as lutas e reivindicações por menores
elabora um quadro geral, denominado de Principais desigualdades e exclusões sociais, ou seja, melhores condições
Movimentos Sociais; o qual transcrevemos abaixo: de vida em sentido pleno (de cidadania), não são novas nem
exclusivas do Brasil, mas tem acompanhado a humanidade
Principais Movimentos Sociais desde que surgiu a divisão social do trabalho (divisão de
classe), contudo apresentam particularidades no tempo e no
1) Movimentos Sociais Ligados à Produção: espaço.
- Movimento Operário No entanto, os estudos propriamente ditos dos
- Movimento dos Produtores movimentos sociais reivindicatórios de melhorias urbanas
- Movimento Sindical: Operário e Patronal datam de época recente. Segundo Gohn (1982), eles se
2) Movimentos Sociais Político-Partidários desenvolveram principalmente a partir de uma abordagem
- Partidos Institucionalizados derivada de uma leitura estruturalista de Marx. Na Europa, o
- Grupos e Facções Políticas Não Institucionalizados maior número destas análises tem ocorrido na França, sendo
3) Movimentos Sociais Religiosos Manuel Castells um de seus principais representantes.
- Movimentos de Igreja Católica Esse autor foi um dos que mais influenciou na literatura
- Movimentos de Igrejas Protestantes e Outras sobre Movimentos Sociais na América Latina. Para ele, um
- Movimentos Messiânicos movimento social nasce do encontro de uma dada combinação
- Movimentos Religiosos Ligados a Tradições Culturais e estrutural, que acumula várias contradições, com um certo
Folclóricas tipo de organização. Todo movimento social provoca, por
4) Movimentos Sociais do Campo parte do sistema, um contra movimento que nada mais é do
- Proprietários que a expressão de uma intervenção do aparelho político
- Trabalhadores Rurais (integração/repressão) visando à manutenção da ordem.
5) Movimentos Sociais de Categorias Específicas E continua Castells, o movimento social urbano é um
- Movimento Feminista sistema de práticas resultando da articulação de uma
- Movimento Negro conjuntura do sistema de agentes urbanos e das outras
- Movimento de homossexuais práticas sociais, de forma que seu desenvolvimento tende
- Movimento de Defesa do Índio objetivamente para a transformação estrutural do sistema
- Movimento de Estudantes e Professores urbano ou para uma modificação substancial da relação de
6) Movimentos Sociais a partir de Lutas Gerais forças na luta de classes, quer dizer, em última instância, no
- Lutas pela Preservação do Meio Ambiente — Movimento poder do Estado.
Ecológico Outro autor a influenciar teoricamente os movimentos
- Lutas pela Democracia (Ex. Movimento pela Anistia e sociais urbanos na América Latina foi Alain Touraine. Para ele,
Luta pelas Diretas) Movimentos Sociais são a ação conflitante de agentes das
- Lutas contra inflação e a Política Econômica do Governo classes sociais, lutando pelo controle do sistema de ação
(Ex. Movimento contra a Carestia) histórica. Touraine deixa mais clara a definição quando afirma
- Lutas de Defesa dos Consumidores que os Movimentos Sociais são forças centrais que lutam umas
- Movimentos dos Desempregados contra as outras para dirigir a produção da sociedade por ela
7) Movimentos Sociais Urbanos: mesma, a ação de classe pela direção da historicidade.
- Populares: Movimentos Econômicos, Reivindicatórios de Para nós os movimentos sociais urbanos reivindicatórios,
Bens e Equipamentos. Movimentos Sociais Populares Urbanos ou seja, os movimentos populares de bairros são organizações
de Caráter Marcadamente Político da classe destituída de poder, que demandam através das
- Burgueses: Ações Reivindicatórias de Bens e reivindicações, por direitos básicos de acesso à participação e
Equipamentos Urbanos Defensores de Privilégios e anti- cidadania, não se dirigindo à luta pelo domínio (controle)
igualitários. político do Estado. Mas, tendo no Estado não apenas o
Já Ammann (1991), enumera seis princípios para destinatário de suas reivindicações, mas também um
conceituar o que seja Movimento Social, que descrevemos a adversário e, às vezes, paradoxalmente, até um aliado.
seguir:
- É a contestação o elemento construtivo dos Movimentos No Brasil
Sociais;
- Os Movimentos Sociais contestam determinadas relações No Brasil, as contradições urbanas decorrentes do
sociais, no contexto das relações de produção; desenvolvimento do capitalismo se iniciam após 1930, com
- Os protagonistas podem ser classes sociais, etnias, uma lógica no processo de acumulação do capital que cria
partidos políticos, regiões etc.; como precondição, para seu funcionamento e
- Nem todo Movimento Social tem caráter de classe; desenvolvimento, a participação controlada das massas
- Nem todo movimento Social luta pelo poder; populares no processo econômico e político (RAICHELIS,
- O objetivo dos Movimentos Sociais pode ser a 1988). Gerando um novo tipo de sociedade urbana,
transformação ou, contrariamente, a preservação de relações especialmente nas duas principais metrópoles do país, Rio de
sociais dadas, quando as mesmas se encontram ameaçadas. Janeiro e São Paulo, baseando-se na superconcentração de
Diante do exposto, concordamos com o conceito formulado atividades produtivas e de sua reprodução. Concentrou-se
por Ammann, movimento social é uma ação coletiva de caráter nessas regiões, já que ai se centralizava os demais fatores
contestador, no âmbito das relações sociais, objetivando a indispensáveis para sua ampliação.
transformação ou a preservação da ordem estabelecida na Para Moisés (1985), as enormes massas de população
sociedade. Sendo assim, os movimentos sociais em sua maioria foram formadas neste contexto, sendo obrigadas a se
lutam por melhorias sociais (de bens, equipamentos e acomodar ao fenômeno que se poderia chamar de urbanização
serviços), e não pela tomada do poder (do Estado), como por extensão de periferias, fenômeno que adquiriu as feições
veremos a seguir. de um verdadeiro processo ecológico de discriminação social.
E continua ele, a formação das principais áreas metropolitanas

Noções de Sociologia 2
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

brasileiras foi acompanhada do surgimento de uma série de também, a alteração, no transcorrer do tempo, da importância
contradições sociais e políticas específicas que apareceram na do antagonismo entre proletariado e burguesia nos conflitos
forma das distorções urbanas conhecidas, por exemplo, por sociais induzindo a uma nova contradição, que é o confronto
cidades como São Paulo, Rio, Recife, Belo Horizonte, Salvador entre as massas populares e o Estado.
e Porto Alegre, entre outras. Desde os anos 40 e, mais Este processo de metropolização que vai formando-se nas
intensamente, após a industrialização que se inicia em meados principais cidades brasileira, só foi possível entre outros
dos anos 50, o aprofundamento da divisão social do trabalho fatores, graças aos movimentos migratórios do campo, que
no país provocou a emergência de necessidades sociais e apresenta verdadeira inversão quanto ao lugar de residência
urbanas novas para a sobrevivência da população. Aumentou da população apontada nas taxas de urbanização do país entre
a demanda por serviços de infraestrutura (água, esgotos, 1940 e 2000, melhor dizendo, em 1940, a taxa de urbanização
asfaltamento de ruas, iluminação privada e pública, etc.) e por representava 26,35% do total, passou para 36,16% em 1950;
um sistema de transportes coletivos mais rápido e eficiente, alcançando 45,52% em 1960; em 1970 chega 56,80%; em
pois a expansão da periferia tornava bem maiores as 1980 vai para 68,86% e em 1991 e 2000 atinge 77,13% e
distâncias entre o local de moradia e o local de trabalho da 81,25% respectivamente.
mão-de-obra. Por outro lado, o novo desenvolvimento criou Estes recém-emigrados do campo se fixam na periferia das
necessidades (reais ou ilusórias) infinitamente maiores para o principais cidades, em condições muito precárias de vida,
sistema educacional, em todos os níveis, pois a modernização estando disponíveis, abaixo preço para investimento do
econômica impôs expectativas novas à mão-de-obra e, ao capital, tanto na agricultura (os boias frias), como nas
mesmo tempo, uma ânsia de valorização (qualificação e atividades urbanas (indústrias e serviços), como à construção
especialização) para o conjunto da força de trabalho; de outra civil; se constituindo em um subproletariado (GOHN, 1982)
parte, ampliou consideravelmente a demanda por serviços de que subsiste mediante a venda da força de trabalho diária, sem
saúde (pronto socorros, postos de saúde, maternidades, desfrutar das garantias da legislação trabalhista, constituindo
hospitais, etc.), pois a complexificação de vida urbana, com a o proletariado urbano. Em outras palavras, os trabalhadores e
intensidade e a rapidez de sua concentração, altas taxas de seus familiares constituem a força de trabalho predominante
densidade, circulação rápida e veículos, trânsito, etc., e ao nos grandes centros urbanos, necessitando que aumente a
ritmo cada vez intenso do trabalho e da vida social, aumentou demanda dos serviços de infraestrutura urbana que
os acidentes de trabalho e de trânsito, as doenças nervosas, as necessitam, e ao mesmo tempo, que eleva e acelera as
epidemias e as enfermidades em geral. Criou uma demanda proporções de moradia em condições inadequadas, de forma
nova por equipamentos sociais e culturais (creches, geral, agrava também, conforme o perfil social, a cidade.
maternidades, parques infantis, bibliotecas, centros de Surgindo assim, as favelas e os bairros periféricos, além de
recreação, locais de práticas de esportes, áreas verdes), pois novas formas de organização e estrutura de poder que se
não apenas as crescentes levas de migrantes recém-chegados materializa nos movimentos sociais urbanos reivindicatórios.
à cidade exigiam atendimento social especial, como as
condições urbanas aprofundaram a qualidade das Movimentos sociais no Brasil e cidadania
expectativas, provocando a emergência de uma demanda
inteiramente nova para o sistema. A incorporação da mulher à A análise dos movimentos sociais no Brasil revelam forte
força de trabalho criou problemas sempre crescentes, como a enfoque teórico oriundo do marxismo, sejam eles vinculados
necessidade de hospitalização durante a gravidez e a ao espaço urbano e/ou rural. Tais movimentos, quando se
assistência à população infantil durante o horário de trabalho. referiam ao espaço urbano possuíam um leque amplo de
Além disso, a atomização da vida social e a diluição da vida temáticas como por exemplo, as lutas por creches, por escola
familiar exigiu o surgimento de novos padrões de pública, por moradia, transporte, saúde, saneamento básico
sociabilidade da mesma forma que lançou os agentes dessa etc. Quanto ao espaço rural, a diversidade de temáticas
vida moderna a um tal grau de complexificação de sua expressou-se nos movimentos de boias-frias (das regiões
existência, que seria inevitável a emergência de problemas cafeeiras, citricultoras e canavieiras, principalmente), de
como as chamadas enfermidades mentais, a prostituição, a posseiros, sem-terra, arrendatários e pequenos proprietários.
criminalidade do menor, etc. Cada um dos movimentos possuía uma reivindicação
Viver nas áreas metropolitanas, além de exigir a integração específica, no entanto, todos expressavam as contradições
a novos padrões de consumo, que garantissem uma econômicas e sociais presentes na sociedade brasileira.
sociabilidade adequada à vida moderna (de que a televisão No início do século XX, era muito mais comum a existência
talvez seja o melhor exemplo), exigia também, da população, o de movimentos ligados ao rural, assim como movimentos que
desenvolvimento de uma rápida capacidade de resposta ao lutavam pela conquista do poder político. Em meados de 1950,
ritmo urbano de vida (longas distâncias, tráfego os movimentos nos espaços rural e urbano adquiriram
congestionado, mobilidade rápida no trabalho, acidentes, visibilidade através da realização de manifestações em
surtos epidêmicos, etc.). E a integração nesse ritmo rápido e espaços públicos (rodovias, praças, etc.). Os movimentos
violento de vida, indispensável para o funcionamento da populares urbanos foram impulsionados pelas Sociedades
metrópole, não podia mais se dar no âmbito das soluções Amigos de Bairro - SABs - e pelas Comunidades Eclesiais de
individuais, tomadas por cada família dos componentes da Base - CEBs. Nos anos 1960 e 1970, mesmo diante de forte
força de trabalho. Ela dependia de soluções globais situadas ao repressão policial, os movimentos não se calaram. Havia
nível das macro decisões, só passíveis de serem tomadas ao reivindicações por educação, moradia e pelo voto direto. Em
nível do Estado. 1980 destacaram-se as manifestações sociais conhecidas
É interessante observar do exposto acima, como o como "Diretas Já".
processo de industrialização/urbanização não só alterou a Em 1990, o MST e as ONGs tiveram destaque, ao lado de
vida da população pobre (da classe trabalhadora), com novas outros sujeitos coletivos, tais como os movimentos sindicais
necessidades, como também levou a um agravamento do de professores.
estado de pauperização desta. Além de transferir com uma Concomitante às ações coletivas que tocam nos problemas
nova ideologia criada pela classe dominante, segundo a qual existentes no planeta (violência, por exemplo), há a presença
cabia agora ao Estado ser o provedor de toda a população, isto de ações coletivas que denunciam a concentração de terra, ao
é, um Estado acima das classes, responsável a atender às mesmo tempo que apontam propostas para a geração de
necessidades mais prementes da população, e assim, resolver empregos no campo, a exemplo do Movimento dos
a problemática urbana, que crescia sempre mais. Levando Trabalhadores Sem Terra (MST); ações coletivas que

Noções de Sociologia 3
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

denunciam o arrocho salarial (greve de professores e de Segundo outros autores, o MST é um movimento legítimo que
operários de indústrias automobilísticas); ações coletivas que usa a única arma que dispõe para pressionar a sociedade para
denunciam a depredação ambiental e a poluição dos rios e a questão da reforma agrária, a ocupação de terras e a
oceanos (lixo doméstico, acidentes com navios petroleiros, lixo mobilização de grande massa humana.
industrial); ações coletivas que têm espaço urbano como lócus
para a visibilidade da denúncia, reivindicação ou proposição Movimento dos Trabalhadores Sem Teto - MTST
de alternativas.
As passeatas, manifestações em praça pública, difusão de O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) surgiu
mensagens via internet, ocupação de prédios públicos, greves, em 1997 da necessidade de organizar a reforma urbana e
marchas entre outros, são características da ação de um garantir moradia e a todos os cidadãos. Está organizado nos
movimento social. A ação em praça pública é o que dá municípios do Rio de Janeiro, Campinas e São Paulo. É um
visibilidade ao movimento social, principalmente quando este movimento de caráter social, político e sindical. Em 1997, o
é focalizado pela mídia em geral. Os movimentos sociais são MST fez uma avaliação interna em que reconheceu que seria
sinais de maturidade social que podem provocar impactos necessária uma atuação na cidade além de sua atuação no
conjunturais e estruturais, em maior ou menor grau, campo. Dessa constatação, duas opções de luta se abriram:
dependendo de sua organização e das relações de forças trabalho e moradia.
estabelecidas com o Estado e com os demais atores coletivos Estão em quase todas as metrópoles do País. São
de uma sociedade. desdobramentos urbanos do MST, com um comando
descentralizado. As formas de atuação variam de um
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST movimento para outro. Em geral, as ocupações não têm
motivação política, apenas apoio informal de filiados a
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, partidos de esquerda. O objetivo das ocupações é pressionar o
também conhecido pela sigla MST, é um movimento social poder público a criar programas de moradia e dar à população
brasileiro de inspiração marxista cujo objetivo é a implantação de baixa renda acesso a financiamentos para a compra de
da reforma agrária no Brasil. Teve origem na aglutinação de imóveis.
movimentos que faziam oposição ou estavam desgostosos com Atualmente, o MTST é autônomo em relação ao MST, mas
o modelo de reforma agrária imposto pelo regime militar, tem uma aliança estratégica com esse.
principalmente na década de 1970, o qual priorizava a
colonização de terras devolutas em regiões remotas, com Fórum Social Mundial - FSM
objetivo de exportação de excedentes populacionais e
integração estratégica. Contrariamente a este modelo, o MST O Fórum Social Mundial (FSM) é um evento
declara buscar a redistribuição das terras improdutivas. altermundialista organizado por movimentos sociais de
Apesar dos movimentos organizados de massa pela diversos continentes, com objetivo de elaborar alternativas
reforma agrária no Brasil remontarem apenas às ligas para uma transformação social global. Seu slogan é “Um outro
camponesas, associações de agricultores que existiam durante mundo é possível”.
as décadas de 1950 e 1960, o MST proclama-se como herdeiro É um espaço internacional para a reflexão e organização de
ideológico de todos os movimentos de base social camponesa todos os que se contrapõem à globalização neoliberal e estão
ocorridos desde que os portugueses entraram no Brasil, construindo alternativas para favorecer o desenvolvimento
quando a terra foi dividida em sesmarias por favor real, de humano e buscar a superação da dominação dos mercados em
acordo com o direito feudal português, fato este que excluiu cada país e nas relações internacionais.
em princípio grande parte da população do acesso direto à A luta por um mundo sem excluídos, uma das bandeiras do
terra. I Fórum Social Mundial, tem suas raízes fixadas na resistência
Uma das atividades do grupo consiste na ocupação de histórica dos povos contra todo o gênero de opressão em todos
terras improdutivas como forma de pressão pela reforma os tempos, resistência que culmina em nossos dias com o
agrária, mas também há reivindicação quanto a empréstimos movimento irmanando milhões de cidadãos e não-cidadãos do
e ajuda para que realmente possam produzir nessas terras. mundo inteiro contra as consequências da mundialização do
Para o MST, é muito importante que as famílias possam ter capital, patrocinada por organismos multilaterais como o
escolas próximas ao assentamento, de maneira que as crianças Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial (BM)
não precisem ir à cidade e, desta forma, fixar as famílias no e a Organização Mundial do Comércio (OMC), entre outros.
campo. O Fórum Social Mundial (FSM) se reuniu pela primeira vez
A organização não tem registro legal por ser um na cidade de Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul, Brasil,
movimento social e, portanto, não é obrigada a prestar contas entre 25 e 30 de janeiro de 2001, com o objetivo de se
a nenhum órgão de governo, como qualquer movimento social contrapor ao Fórum Econômico Mundial de Davos. Esse Fórum
ou associação de moradores. Econômico tem cumprido, desde 1971, papel estratégico na
O movimento recebe apoio de organizações não formulação do pensamento dos que promovem e defendem as
governamentais e religiosas, do país e do exterior, políticas neoliberais em todo mundo. Sua base organizacional
interessadas em estimular a reforma agrária e a distribuição é uma fundação suíça que funciona como consultora da ONU e
de renda em países em desenvolvimento. Sua principal fonte é financiada por mais de 1.000 empresas multinacionais.
de financiamento é a própria base de camponeses já
assentados, que contribuem para a continuidade do Movimento Hippie
movimento.
Dados coletados em diversas pesquisas demonstram que Os "hippies" (no singular, hippie) eram parte do que se
os agricultores organizados pelo movimento têm conseguido convencionou chamar movimento de contracultura dos anos
usufruir de melhor qualidade de vida que os agricultores não 60 tendo relativa queda de popularidade nos anos 70 nos EUA,
organizados. embora o movimento tenha tido muita força em países como o
O MST reivindica representar uma continuidade na luta Brasil somente na década de 70. Uma das frases idiomáticas
histórica dos camponeses brasileiros pela reforma agrária. Os associada a este movimento foi a célebre máxima "Paz e Amor"
atuais governantes do Brasil tem origens comuns nas lutas (em inglês "Peace and Love") que precedeu a expressão "Ban
sindicais e populares, e portanto compartilham em maior ou the Bomb”, a qual criticava o uso de armas nucleares.
menor grau das reivindicações históricas deste movimento.

Noções de Sociologia 4
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

As questões ambientais, a prática de nudismo, e a Durante a maior parte de sua história, a maior parte dos
emancipação sexual eram ideias respeitadas recorrentemente movimentos e teorias feministas tiveram líderes que eram
por estas comunidades. principalmente mulheres brancas de classe média, da Europa
Adotavam um modo de vida comunitário, tendendo a uma Ocidental e da América do Norte. No entanto, desde pelo
espécie de socialismo-anarquista ou estilo de vida nômade e à menos o discurso Sojourner Truth, feito em 1851 às feministas
vida em comunhão com a natureza, negavam o nacionalismo e dos Estados Unidos, mulheres de outras raças propuseram
a Guerra do Vietnã, bem como todas as guerras, abraçavam formas alternativas de feminismo. Esta tendência foi acelerada
aspectos de religiões como o budismo, hinduísmo, e/ou as na década de 1960, com o movimento pelos direitos civis que
religiões das culturas nativas norte-americanas e estavam em surgiu nos Estados Unidos, e o colapso do colonialismo
desacordo com valores tradicionais da classe média americana europeu na África, no Caribe e em partes da América Latina e
e das economias capitalistas e totalitárias. Eles enxergavam o do Sudeste Asiático. Desde então as mulheres nas antigas
patriarcalismo, o militarismo, o poder governamental, as colônias europeias e no Terceiro Mundo propuseram
corporações industriais, a massificação, o capitalismo, o feminismos "pós-coloniais" - nas quais algumas postulantes,
autoritarismo e os valores sociais tradicionais como parte de como Chandra Talpade Mohanty, criticam o feminismo
uma "instituição" única, e que não tinha legitimidade. tradicional ocidental como sendo etnocêntrico. Feministas
Nos anos 60, muitos jovens passaram a contestar a negras, como Angela Davis e Alice Walker, compartilham este
sociedade e a pôr em causa os valores tradicionais e o poder ponto de vista.
militar e econômico. Esses movimentos de contestação Desde a década de 1980, as feministas standpoint
iniciaram-se nos EUA, impulsionados por músicos e artistas argumentaram que o feminismo deveria examinar como a
em geral. Os hippies defendiam o amor livre e a não-violência. experiência da mulher com a desigualdade se relaciona ao
Como grupo, os hippies tendem a viver em comunidades racismo, à homofobia, ao classismo e à colonização. No fim da
coletivistas ou de forma nômade, vivendo e produzindo década e início da década seguinte as feministas ditas pós-
independentemente dos mercados formais, usam cabelos e modernas argumentaram que os papeis sociais dos gêneros
barbas mais compridos do que era considerado "elegante" na seriam construídos socialmente, e que seria impossível
época do seu surgimento. Muita gente não associada à generalizar as experiências das mulheres por todas as suas
contracultura considerava os cabelos compridos uma ofensa, culturas e histórias.
em parte por causa da atitude iconoclasta dos hippies, às vezes
por acharem "anti-higiênicos" ou os considerarem "coisa de Movimento Estudantil: Movimentos sociais e
mulher". educação.
Foi quando a peça musical Hair saiu do circuito chamado
off-Broadway para um grande teatro da Broadway em 1968, O movimento estudantil, embora não seja considerado um
que a contracultura hippie já estava se diversificando e saindo movimento popular, dada a origem dos sujeitos envolvidos,
dos centros urbanos tradicionais. que, nos primórdios desse movimento, pertenciam, em sua
Os Hippies não pararam de fazer protestos contra a Guerra maioria, a chamada classe pequeno burguesa, é um movimento
do Vietnã, cujo propósito era acabar com a guerra. A massa dos de caráter social e de massa. É a expressão política das tensões
hippies eram soldados que voltaram depois de ter contato com que permeiam o sistema dependente como um todo e não
os Indianos e a cultura oriental que, a partir desse contato, se apenas a expressão ideológica de uma classe ou visão de
inspiraram na religião e no jeito de viver para protestarem. mundo. Em 1967, no Brasil, sob a conjuntura da ditadura
Seu principal símbolo era o Mandala (Figura circular com 3 militar, esse movimento inicia um processo de reorganização,
intervalos iguais). como a única força não institucionalizada de oposição política.
A história mostra como esse movimento constitui força
Movimento Feminista auxiliar do processo de transformação social ao polarizar as
tensões que se desencadearam no núcleo do sistema
O Feminismo é um discurso intelectual, filosófico e político dependente. O movimento estudantil é o produto social e a
que tem como meta os direitos iguais e a proteção legal às expressão política das tensões latentes e difusas na sociedade.
mulheres. Envolve diversos movimentos, teorias e filosofias, Sua ação histórica e sociológica tem sido a de absorver e
todas preocupadas com as questões relacionadas às diferenças radicalizar tais tensões. Sua grande capacidade de organização
entre os gêneros, e advogam a igualdade para homens e e arregimentação foi capaz de colocar cem mil pessoas na rua,
mulheres e a campanha pelos direitos das mulheres e seus quando da passeata dos cem mil, em 1968. Ademais, a histórica
interesses. De acordo com Maggie Humm e Rebecca Walker, a resistência da União Nacional dos Estudantes (UNE), como
história do feminismo pode ser dividida em três "ondas". A entidade representativa dos estudantes, é exemplar.
primeira teria ocorrido no século XIX e início do século XX, a O movimento estudantil é um movimento social da área da
segunda nas décadas de 1960 e 1970, e a terceira teria ido da educação, no qual os sujeitos são os próprios estudantes.
década de 1990 até a atualidade. A teoria feminista surgiu Caracteriza-se por ser um movimento policlassista e
destes movimentos femininos, e se manifesta em diversas constantemente renovado - já que o corpo discente se renova
disciplinas como a geografia feminista, a história feminista e a periodicamente nas instituições de ensino.
crítica literária feminista. Podem-se encontrar traços de movimentos estudantis pelo
O feminismo alterou principalmente as perspectivas menos desde o século XV, quando, na Universidade de Paris,
predominantes em diversas áreas da sociedade ocidental, que uma das mais antigas universidades da Europa, registraram-
vão da cultura ao direito. As ativistas femininas fizeram se vários movimentos grevistas importantes. A universidade
campanhas pelos direitos legais das mulheres (direitos de esteve em greve durante três meses, em 1443, e por seis
contrato, direitos de propriedade, direitos ao voto), pelo meses, entre setembro de 1444 e março de 1445, em defesa de
direito da mulher à sua autonomia e à integridade de seu suas isenções fiscais. Em 1446, quando Carlos VII submeteu a
corpo, pelos direitos ao aborto e pelos direitos reprodutivos universidade à jurisdição do Parlamento de Paris, eclodiram
(incluindo o acesso à contracepção e a cuidados pré-natais de revoltas estudantis - das quais participou, entre outros, o poeta
qualidade), pela proteção de mulheres e garotas contra a François Villon - contra a supressão da autonomia
violência doméstica, o assédio sexual e o estupro, pelos universitária em matéria penal e a submissão da universidade
direitos trabalhistas, incluindo a licença-maternidade e ao Parlamento. Frequentemente, estudantes eram detidos
salários iguais, e todas as outras formas de discriminação. pelo preboste do rei e, nesses casos, o reitor dirigia-se ao
Châtelet, sede do prebostado, para pedir que o estudante fosse

Noções de Sociologia 5
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

julgado pelas instâncias da universidade. Se o preboste do rei manifestações culturais para ser, sobretudo, movimento de
indeferia o pedido, a universidade entrava em greve. Em 1453, construção de identidade e luta contra a discriminação racial.
um estudante, Raymond de Mauregart, foi morto pelas forças Os jovens também criaram inúmeros movimentos culturais,
do Châtelet e a universidade entrou novamente em greve por especialmente na área da música, enfocando temas de
vários meses. protesto, pelo rap, hip hop etc.
Contemporaneamente, destacam-se os movimentos Deve-se destacar ainda três outros importantes
estudantis da década de 1960, dentre os quais os de maio de movimentos sociais no Brasil, nos anos 1990: dos indígenas,
1968), na França. No mesmo ano, também se registraram dos funcionários públicos - especialmente das áreas da
movimentos em vários outros países da Europa Ocidental, nos educação e da saúde - e dos ecologistas. Os primeiros
Estados Unidos e na América Latina. No Brasil, o movimento cresceram em número e em organização nessa década,
teve papel importante na luta contra o regime militar que se passando a lutar pela demarcação de suas terras e pela venda
instalou no país a partir de 1964. de seus produtos a preços justos e em mercados competitivos.
Os segundos organizaram-se em associações e sindicatos
Era pós 90 contra as reformas governamentais que progressivamente
retiram direitos sociais, reestruturam as profissões e
A partir de 1990, ocorreu o surgimento de outras formas arrocharam os salários em nome da necessidade dos ajustes
de organização popular, mais institucionalizadas - como os fiscais. Os terceiros, dos ecologistas, proliferaram após a
Fóruns Nacionais de Luta pela Moradia, pela Reforma Urbana, conferência Eco-92, dando origem a diversas organizações não
o Fórum Nacional de Participação Popular etc. Os fóruns governamentais. Aliás, as ONGs passaram a ter muito mais
estabeleceram a prática de encontros nacionais em larga importância nos anos 1990 do que os próprios movimentos
escala, gerando grandes diagnósticos dos problemas sociais, sociais. Trata-se de ONGs diferentes das que atuavam nos anos
assim como definindo metas e objetivos estratégicos para 1980 junto a movimentos populares. Agora são inscritas no
solucioná-los. Emergiram várias iniciativas de parceria entre a universo do terceiro setor, voltadas para a execução de
sociedade civil organizada e o poder público, impulsionadas políticas de parceria entre o poder público e a sociedade,
por políticas estatais, tais como a experiência do Orçamento atuando em áreas onde a prestação de serviços sociais é
Participativo, a política de Renda Mínima, Bolsa Escola etc. carente ou até mesmo ausente, como na educação e saúde,
Todos atuam em questões que dizem respeito à participação para clientelas como meninos e meninas que vivem nas ruas,
dos cidadãos na gestão dos negócios públicos. A criação de mulheres com baixa renda, escolas de ensino fundamental etc.
uma Central dos Movimentos Populares foi outro fato (Era pós 90 - Texto adaptado da autora GOHN, M. G.).
marcante nos anos 1990, no plano organizativo; estruturou
vários movimentos populares em nível nacional, tal como a Classes Sociais e movimentos sociais2
luta pela moradia, assim como buscou uma articulação e criou
colaborações entre diferentes tipos de movimentos sociais, Segundo Tompson (1981), “as classes surgem porque
populares e não populares. homens e mulheres, em relações produtivas determinadas,
Ética na Política, um movimento do início dos anos 1990, identificam seus interesses antagônicos e passam a lutar, a
teve grande importância histórica, porque contribuiu pensar e a valorar em termos de classes: assim o processo de
decisivamente para a deposição - via processo democrático - formação de classes é um produto de auto confecção, embora
de um presidente da República por atos de corrupção, fato até sob condições dadas”. Ele nos oferece uma concepção do
então inédito no país. Na época, contribuiu também para o momento de configuração de uma classe social, onde estrutura
ressurgimento do movimento dos estudantes com novo perfil e sujeito mantêm uma relação de não superposição. A classe
de atuação, os "caras-pintadas". acontece, então, enquanto as pessoas vivem sua própria
À medida que as políticas neoliberais avançaram, outros história, configurando-se como uma formação econômica,
movimentos sociais foram surgindo: contra as reformas política, social e cultural. A classe não existe independente da
estatais, a Ação da Cidadania contra a Fome, movimentos de elaboração de uma representação de classe – da criação de um
desempregados, ações de aposentados ou pensionistas do mundo de significação, em que as necessidades e interesses
sistema previdenciário. As lutas de algumas categorias dos sujeitos são tratados em sua cultura e consciência. Desta
profissionais emergiram no contexto de crescimento da forma, sua existência efetiva-se quando as situações e relações
economia informal, no setor de transportes urbanos, por produtivas são experimentadas, não só como interesses e
exemplo, apareceram os transportes alternativos necessidades, mas também como sentimentos, normas e
("perueiros"); no sistema de transportes de cargas pesadas valores.
nas estradas, os "caminhoneiros". Algumas dessas ações Quando as classes sociais são concebidas como um dado
coletivas surgiram como respostas à crise socioeconômica, espaço constituído e ao mesmo tempo como um espaço de
atuando mais como grupos de pressão do que como formulações de representações e significados, é preciso que se
movimentos sociais estruturados. Os atos e manifestações pela esteja atento às lutas e movimentos esboçados na vida social.
paz, contra a violência urbana, também são exemplos dessa É nesse sentido que a temática dos movimentos sociais torna-
categoria. Se antes a paz era um contraponto à guerra, hoje ela se de grande valia na análise da configuração das classes.
é almejada como necessidade ao cidadão/cidadã comum, em Sendo estes aqui concebidos como práticas sociais que
seu cotidiano, principalmente nas ruas, onde motoristas são elaboram a constituição de novos sujeitos. Representam
vítimas de assaltos relâmpagos, sequestros e assassinatos. manifestações bem características das sociedades complexas
Grupos de mulheres foram organizados nos anos 1990 em contemporâneas. A diversificação da estrutura social, sua
função de sua atuação na política, criando redes de heterogeneidade, as diversas formas de inserção dos sujeitos
conscientização de seus direitos e frentes de lutas contra as sociais são, sem dúvida, elementos que compõem a
discriminações. O movimento dos homossexuais também emergência desses movimentos. É muito rica a possibilidade
ganhou impulso e as ruas, organizando passeatas, atos de de se captar por meio deles como determinados agrupamentos
protestos e grandes marchas anuais. Numa sociedade marcada se colocam no cenário social, fazendo-se representar e
pelo machismo, isso também é uma novidade histórica. O reconhecer. É no momento da percepção do fazer representar-
mesmo ocorreu com o movimento negro ou afrodescendente, se, do se fazer ouvir, da expressão de interesses próprios e da
que deixou de ser predominantemente movimento de

2 Texto adaptado de MASCARENHAS, A. C. B.

Noções de Sociologia 6
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

luta coletiva pela defesa desses interesses, que se pode cidadãos, se o paradoxo for permissível, ou, de qualquer modo,
enriquecer a análise das classes sociais. a classe da maioria. Um capítulo da história política e social
Para Alain Touraine (1977), o caráter mais novo das que começou com lutas de classes profundas e potencialmente
classes sociais nas sociedades contemporâneas (que ele revolucionárias levou, depois de muitos esforços e
denomina pós-industriais), é que, estando menos sustentadas sofrimentos, a conflitos mais calmos de antagonismos de
pela transmissão hereditária das posições sociais, por regras classes democráticos ou institucionalizados.
institucionais e por aparatos simbólicos, as classes só são Dahrendorf reconhece o paradoxo colocado, mas parece
realidades observáveis na medida em que figuram, encará-lo como permissível, o que é lamentável. Como
efetivamente, como atores históricos, ou seja, em que podemos falar em uma “classe de cidadãos”? O aglomerado de
participam de movimentos sociais, ainda que estes sejam cidadãos, ainda que exista majoritariamente, abarca grandes
incompletos. Esses movimentos constituem-se, assim, na clivagens, diferenciações, muitas desigualdades. O que
expressão mais evidente da historicidade. As classes serão significa um grande agrupamento de cidadãos, se uma das
reconhecidas a partir da colocação dos atores em movimento. partes se apropria do trabalho da outra? Acredito ainda, que a
A fundamentação teórica de Touraine tem o mérito de melhor maneira de responder a essa questão e a muitas outras
estabelecer o elo de ligação entre o conceito de classes e a é procurar delinear a forma como os agrupamentos
noção de movimentos sociais. distinguem-se uns dos outros por meio de sua caracterização
Lojkine (1981), por sua vez, caracteriza um movimento econômica, política e sociocultural, como vivenciam o mundo
social principalmente pela capacidade de um conjunto de e como o representam. Nesse sentido, não encontro melhor
agentes das classes dominadas diferenciar-se dos papéis e aparato analítico conceitual que o embutido na configuração
funções através dos quais a classe (ou fração de classe) das classes sociais e as relações travadas por elas. O conceito
dominante garante a subordinação das classes dominadas com de classes sociais é o elemento essencial, respaldado por
relação ao sistema socioeconômico em vigor. O alcance análises conjunturais e despido de ortodoxias e visões
histórico real de um movimento só pode ser definido pela messiânicas.
análise de sua relação com o poder político. Apesar de muitas Outra questão colocada na mesa das discussões sobre os
vezes observando a realidade, não podermos afirmar que os conflitos sociais modernos é a possibilidade de realização de
movimentos sociais representam, necessariamente, uma força um novo contrato social. Sobre que bases ele emergiria? Sobre
transformadora, é inegável o seu poder de revigoramento do as bases de uma socialdemocracia? De um novo liberalismo?
cenário político. Esses movimentos trazem uma crescente Socialismo? Melhor não desenterrar o defunto... as alternativas
politização da vida social, ampliando a visão do político, que apontadas estão imersas majoritariamente no âmbito de uma
deixa de ser um espaço restrito aos canais representativos democracia capitalista. Essa perspectiva representa sérios
instituídos. É importante ainda destacar que na medida em limites. Recorro aqui a Przewoski (1989) que salienta o
que a estrutura social não é encarada como o único fator componente do universalismo inerente a ideologia burguesa,
determinante das ações de classes, colocando-se como onde dentro dos contornos da noção de cidadania, os limites
fundamental a forma como os sujeitos sociais vividas poderão expressam-se na caracterização da mesma como a harmonia
estabelecer fronteiras entre as classes. Aqui, surge o papel das básica de interesses dos indivíduos (cidadãos). Na democracia
conjunturas sócio-políticas como fator relevante explicativo, capitalista, as massas não agem diretamente em defesa de seus
estabelecendo a mediação entre a situação objetiva estrutural interesses. A representação resulta em uma desmobilização
e os elementos constitutivos do plano das representações das mesmas. A estrutura do Estado burguês produz pelo
coletivas. menos dois efeitos: separa as lutas econômicas das políticas e
impõe uma forma específica à organização de classes em cada
Classes Sociais e Cidadania uma dessas lutas. Os sindicatos tornam-se organizações
separadas dos partidos políticos e a organização de classes
A relação entre a constituição das classes sociais e a luta assume uma forma representativa.
pela extensão dos direitos de cidadania tem se dado por meio O estabelecimento de um novo contrato social passa
de uma ligação muito íntima. Mas encontramos hoje uma necessariamente pela composição dos vários agrupamentos
tendência a afrouxar bastante os laços que ligam essas que integram a sociedade, ainda que todos, ou a maioria esteja
questões. A noção de cidadania aumenta o seu fôlego, com ares abrigada no grande grupo dos cidadãos. São cidadãos que
de independência e rouba a cena. Não sei se desde os brados distinguem-se entre si: uns são mais afortunados que outros,
da revolução Francesa tivemos um momento em que está uns contam com melhores condições de vida, tem mais
noção estivesse tão em evidência, do discurso dos meios de prestígio, mais acesso ao saber, ao poder, etc. Então como não
comunicação de massa ao discurso acadêmico. E aqui é preciso procurar caracterizá-los à partir dessas distinções? A
novamente que tenhamos muita cautela, pois a pressão para a caracterização desses agrupamentos como classes sociais
extensão dos direitos de cidadania teve e tem como pano de representa nesse contexto um exercício bastante salutar.
fundo os conflitos de classes. Sem querer reduzir todo tipo de Przewoski com relação a essa questão afirma que as classes
conflito a caracterização de conflito de classe, o que é preciso são formadas como efeito de lutas; seu processo de formação
salientar é a abrangência desse fenômeno e a pertinência de é perpétuo, elas são continuamente organizadas,
destacá-lo na caracterização dos conflitos nas sociedades desorganizadas e reorganizadas.
contemporâneas.
Um exemplo da supervalorização da noção de cidadania Movimentos e lutas sociais na história do Brasil.
como princípio explicativo da composição do conflito social
moderno é a proposição de Dahrendorf (1992) de que uma vez Período Colonial
que a esmagadora maioria das pessoas dos países das
sociedades da OCDE tornaram-se cidadãos no sentido pleno da As rebeliões nativistas
palavra, as desigualdades sociais e as diferenças políticas
assumiram uma nova compleição. As pessoas não precisam A população colonial já enraizada na terra e portanto, com
mais juntar forças com outras na mesma posição para lutar por fortes sentimentos nativistas, manifestou seu
direitos básicos. Elas podem fazer progredir suas chances de descontentamento frente às exigências metropolitanas. Em
vida através do esforço individual, de um lado, e através da vista disto, surgiram os primeiros sinais de rebeldia,
representação de grupos de interesses constituídos mas denominados rebeliões nativistas.
fragmentados, do outro. (...) A nova classe é a classe dos

Noções de Sociologia 7
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Revolta de Beckman (1684) Portugal. Entre os principais motivos para esses movimentos
estavam a alta cobrança de impostos; limites estabelecidos
Na segunda metade do século XVII, a situação da economia pelo pacto colonial, que obrigava o Brasil de comerciar
maranhense que nunca fora boa, tendia a piorar. A Coroa, somente com Portugal; a falta de autonomia e representação
pressionada pelos jesuítas, proibiu a escravização de na criação de leis e tributos, além da política dominada por
indígenas, os quais eram a base da mão-de-obra local, Portugal; Os ideais iluministas e separatistas vindos da Europa
utilizados na coleta de “drogas do sertão” e na agricultura de e dos Estados Unidos.
subsistência.
Visando melhorar a situação da capitania, o governo A Inconfidência Mineira (1789)
português criou em 1682, a Companhia de Comércio do
Maranhão, a qual recebia o monopólio do comércio Na segunda metade do século XVIII, a produção de ouro
maranhense e em troca deveria promover o desenvolvimento nas Minas Gerais vinha apresentando um grande declínio, o
da agricultura local. que aumentou os choques e conflitos entre a população local e
A má administração da empresa gerou uma rebelião de as autoridades portuguesas. Quanto menos ouro era extraído,
colonos em 1684, sob a chefia dos irmãos Manoel e Thomas maiores eram os boatos e ameaças do acontecimento de
Beckman. O objetivo dos rebeldes era o fechamento da derrama, atitude que afetaria boa parte da elite local.
Companhia e a expulsão dos jesuítas. A revolta foi sufocada Os grupos mais influenciados pelas ideias iluministas, que
pela coroa, mas a Companhia encerrou suas atividades. eram também os que mais teriam a perder com as medidas do
governo português, resolveram tomar uma atitude dando
A Guerra dos Emboabas (1708-1709) início em 1789 ao movimento que seria chamado pela
metrópole de Inconfidência Mineira, ou Conjuração Mineira.
Apesar da fome que assolou as Minas em 1696-1698 ter Os inconfidentes tinham como objetivo a imediata
sido terrível, uma crise de desabastecimento ainda mais separação da colônia, criando uma República moldada pelo
devastadora aconteceu na região em 1700. Três anos depois pensamento liberal-iluminista e pela Constituição dos Estados
da descoberta das primeiras jazidas, cerca de 6 mil pessoas Unidos, que havia conquistado sua independência em 1776.
haviam chegado às minas. Na virada do século XVIII, esse Após conquistada a liberdade em relação à metrópole,
número quintuplicara: 30 mil mineiros perambulavam pela estabeleceriam São João del-Rei como capital, criariam a
área. Simplesmente não havia o que comer: qualquer animal Universidade de Vila Rica e dariam estímulo à abertura de
ou vegetal que pudesse ser consumido já o fora. manufaturas têxteis e de uma siderurgia para o novo Estado.
Pouco depois surgiram os conflitos entre paulistas, que Em relação à escravidão as posições eram divergentes.
foram os descobridores das jazidas e primeiros povoadores e A revolta foi planejada em 1788 durante a derrama, mas
os Emboabas, forasteiros, normalmente portugueses, foi suspensa quando participantes da conspiração
pernambucanos e baianos. denunciaram o movimento ao governador. O coronel Joaquim
Os dois grupos disputavam o direito de exploração das Silvério dos Reis foi apontado como principal delator.
terras. Os paulistas argumentavam que deveriam ter o direito Endividado com a coroa assim como outros inconfidentes, o
de exploração, por serem os descobridores. Já os emboabas coronel resolveu separar-se do movimento e apresentar um
defendiam que por serem cidadãos do Reino também depoimento formal para o governador da capitania, Visconde
possuíam o direito de exploração das riquezas. Entre 1707 e de Barbacena. O governador suspendeu a cobrança e mandou
1709, ocorreram lutas violentas entre os dois grupos, com prender os inconfidentes.
derrotas sucessivas por parte dos paulistas. Após a confissão de Joaquim Silvério e a prisão dos
O governador Albuquerque Coelho e Carvalho promoveu a suspeitos foi instituída a devassa, uma investigação levada a
pacificação geral em 1709, quando foi criada a capitania de São cabo pelas autoridades da época, constatando que
Paulo e Minas de Ouro, pertencente à coroa. envolveram-se no movimento da Capitania das Minas grandes
fazendeiros, criadores de gado, contratadores, exploradores
A Guerra dos Mascates (Pernambuco, 1710-1714) de minas, magistrados, militares, além de intelectuais luso-
brasileiros.
Luta entre os proprietários rurais de Olinda e os Dentre os inconfidentes, destacaram-se os padres Carlos
comerciantes portugueses de Recife, originada pela expulsão Correia de Toledo, José de Oliveira Rolim e Manuel Rodrigues
dos holandeses no século XVII. Se a perda do monopólio da Costa, além do cônego Luís Vieira da Silva; o tenente-
brasileiro do fornecimento de açúcar à Europa foi trágica para coronel Francisco de Paula Freire de Andrade, comandante
os produtores pernambucanos, não foi tanto assim para a militar da capitania, os coronéis Domingos de Abreu Vieira,
burguesia lusitana de Recife, que passou a financiar a também comerciante, e Joaquim Silvério dos Reis, rico
produção olindense, com elevadas taxas e grandes hipotecas. negociante; e os letrados Cláudio Manuel da Costa, Inácio José
A superioridade econômico-financeira de Recife não tinha de Alvarenga Peixoto e Tomás Antônio Gonzaga.
correspondente político, visto que seus habitantes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi o único
continuavam dependendo da Câmara Municipal de Olinda. Em “conspirador” que não fazia parte da elite. Conhecido como
1710, Recife conseguiu sua emancipação político- alferes (primeiro posto militar) e dentista prático, foi talvez
administrativa transformando-se em município autônomo. Os por sua origem o mais duramente castigado. A memória de
olindenses, comandados por Bernardo Vieira de Melo Tiradentes passou a ser celebrada no Brasil com a
invadiram Recife, provocando a reação dos Mascates, proclamação da República quando foi considerado herói
chefiados por João da Mota. nacional pelo regime estabelecido em 15 de novembro de
A luta entre as duas cidades manteve-se até 1714, quando 1889. Sua representação mais conhecida é muito semelhante
foi encerrada graças à mediação da Coroa. O esforço da à imagem de Cristo, reforçando a construção da imagem de
aristocracia fora inútil: Recife manteve sua autonomia. mártir.
Assinada em 19 de abril de 1792, no Rio de Janeiro, a
Os Movimentos Emancipacionistas sentença de morte de Tiradentes cumpriu-se dois dias depois:
ele foi enforcado, decapitado e esquartejado. Os outros
As revoltas emancipacionistas foram movimentos sociais participantes foram condenados ao desterro na África.
ocorridos no Brasil Colonial, caracterizados pelo forte anseio
de conquistar a independência do Brasil com relação a

Noções de Sociologia 8
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Conjuração Baiana (1798) Em 1835, insatisfeitos com o governo, os estancieiros


iniciam a revolta, tendo Bento Gonçalves como principal chefe
A conjuração Baiana, ou Revolta dos Alfaiates, assim do movimento, comandando as tropas farroupilhas que
como a Conjuração Mineira, foi influenciada pelos ideais dominaram Porto Alegre. Com as vitórias obtidas foi
iluministas, em especial a Revolução Francesa. Ocorrida na proclamado um governo independente em 1836, conhecido
Bahia em 1798, buscava a emancipação e defendeu como Republica do Piratini, com Bento Gonçalves como
importantes mudanças sociais e políticas na sociedade. presidente.
Entre as causas do movimento estava a insatisfação com Em 1839, o movimento farroupilha conseguiu ampliar-se.
Portugal pela transferência da capital para o Rio de Janeiro em Forças rebeldes, comandadas por Giuseppe Garibaldi e Davi
1763. Com tal mudança, Salvador (antiga capital) sofreu com a Canabarro, conquistaram Santa Catarina e proclamaram a
perda dos privilégios e a redução dos recursos destinados à República Juliana. A revolta consegue ser contida somente
cidade. Somado a tal fator, o aumento dos impostos e após a coroação de D. Pedro II e os esforços do Barão de Caxias,
exigências à colônia vieram a piorar sensivelmente as encerrando os conflitos em 1 de março de 1845.
condições de vida da população local. O preço dos alimentos
também gerou revolta na população. Além de caros, muitos Revolta dos Malês (1835)
produtos tornavam-se rapidamente escassos pelas restrições
impostas sobre o comercio e as importações. Em Salvador, nas primeiras décadas do século XIX, os
Os revoltosos defendiam a separação da região do restante negros escravos ou libertos correspondiam a cerca de metade
da colônia, buscando independência de Portugal e instalando da população. Pertenciam a vários grupos étnicos, culturais e
um governo baseado nos princípios da Republica. Também religiosos, entre os quais os muçulmanos – genericamente
defendiam a liberdade de comércio (fim do pacto colonial denominados malês -, que protagonizaram a Revolta dos
estabelecido), o aumento dos soldos e a igualdade entre as Malês, em 1835.
pessoas, resultando na abolição da escravidão. O exército rebelde era formado em sua maioria, por
A revolta ganhou o nome de revolta dos alfaiates pela “negros de ganho”, escravos que vendiam produtos de porta
grande adesão desses profissionais no movimento, entre eles em porta e, ao fim do dia, dividiam os lucros com os senhores.
Manuel Faustino dos Santos Lira e João de Deus do Podiam circular mais livremente pela cidade que os escravos
Nascimento. Outros setores também aderiram ao movimento, das fazendas, o que facilitava a organização do movimento.
como o militar, representado pelo soldado Luís Gonzaga das Além disso, alguns conseguiam economizar e comprar a
Virgens. liberdade. Os revoltosos lutavam contra a escravidão e a
O movimento contou com a participação de pessoas imposição da religião católica, em detrimento da religião
pobres, letrados, padres, pequenos comerciantes, escravos e muçulmana.
ex-escravos. A repressão oficial resultou no fim da Revolta dos Malês,
A revolta foi impedida antes mesmo de começar. O ferreiro que teve muitos mortos, presos e feridos. Mais de quinhentos
José da Veiga informou sobre os detalhes do movimento ao negros libertos foram degredados para a África.
governador, que pôde mobilizar tropas do exército para conter
os revoltosos. Sabinada (1837-1838)

Período Imperial A Sabinada ocorreu na Bahia, com o objetivo de implantar


uma república independente. Foi liderada pelo médico
Revoltas no Período Regencial Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira, e por isso ficou
conhecida como Sabinada. O principal objetivo da revolta era
Em muitas partes do império a insatisfação com o governo instituir uma república baiana, mas só enquanto o herdeiro do
cresceu muito, levando alguns grupos a apelarem para a luta trono imperial não atingisse a maioridade legal.
armada e a revolta como forma de protesto. Diferentemente de outras revoltas ocorridas no período, a
sabinada não contou com o apoio das camadas populares e
Cabanagem (1833-1840) nem com os grandes proprietários rurais da região, o que
garantiu ao exército imperial uma vitória rápida.
A Cabanagem foi uma revolta que ocorreu entre 1833 e
1839, na região do Grão-Pará, que compreende os atuais Balaiada (1838-1841)
estados de Amazonas e Pará. A revolta começou a partir de
pequenos focos de resistência que aumentaram conforme o A Balaiada ocorreu no Maranhão, em 1838, e recebeu esse
governo tentava sufocar os protestos, impondo leis mais nome devido ao apelido de uma das principais lideranças do
rígidas e a obrigação de participação no exército daqueles que movimento, Manoel Francisco dos Anjos Ferreira, o "Balaio",
fossem considerados praticantes de atos suspeitos. A conhecido por ser um vendedor do produto.
cabanagem contou com grande participação da população A Balaiada representou a luta da população pobre contra
pobre, principalmente os Cabanos, pessoas que viviam em os grandes proprietários rurais da região. A miséria, a fome, a
cabanas na beira dos rios. Os revoltosos tomaram a cidade de escravidão e os maus tratos foram os principais fatores de
Belém, porém foram derrotados pelas tropas imperiais. descontentamento que levaram a população a se revoltar.
A principal riqueza produzida na província, o algodão,
Revolução Farroupilha (1835-1845) sofria forte concorrência no mercado internacional, e com isso
o produto perdeu preço e compradores no exterior. Além da
A Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos foi uma insatisfação popular, a classe média maranhense também se
revolta promovida por grandes proprietários de terras no Rio encontrava descontente com o governo imperial e suas
Grande do Sul, conhecidos como estancieiros. O objetivo de medidas econômicas, encontrando na população oprimida
seus líderes era de separar-se do restante do país. uma forma de combatê-lo.
A revolta começa pelo descontentamento de produtores do Os revoltosos conseguiram tomar a cidade de Caxias em
sul do país em relação à produtores estrangeiros de charque, 1839 e estabelecer um governo provisório, com medidas que
principalmente os platinos e argentinos que comercializavam causaram grande repercussão, como o fim da Guarda Nacional
e concorriam com os estancieiros pelo mercado do produto no e a expulsão dos portugueses que residiam na cidade.
Brasil, utilizado principalmente na alimentação de escravos.

Noções de Sociologia 9
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

Com a radicalização que a revolta tomou, como a adesão de características inferiores, que estava destinada ao
escravos foragidos, a classe média que apoiava as revoltas desaparecimento por conta do avanço da civilização.
aliou-se ao exército imperial, o que enfraqueceu bastante o Não só Euclides da Cunha pensava da mesma forma. O
movimento e garantiu a vitória em 1841, com um saldo de pensamento racial baseado em teorias cientificas foi comum
mais de 12 mil sertanejos e escravos mortos em batalhas. Os no Brasil da virada do século XX.
revoltosos que acabaram presos foram anistiados pelo
imperador. A Guerra do Contestado

Período Republicano Na virada do século XX uma grande parte da população que


vivia no interior do estado era composta por sertanejos,
Guerra de Canudos pessoas de origem humilde, que viviam na fronteira com o
Paraná. A região foi palco de um intenso conflito por posse de
A revolta em Canudos deve ser entendida como um terras, ocorrido entre 1912 e 1916, que ficou conhecido como
movimento messiânico, ou seja, a aglomeração em torno de Guerra do Contestado.
uma figura religiosa capaz de reunir fiéis e trazer a esperança O conflito teve início com a implantação de uma estrada de
de uma vida melhor através de pregações. ferro que ligaria o Rio Grande do Sul a São Paulo, além de uma
Canudos formou-se através da liderança de Antônio madeireira, em 1912, de propriedade do empresário Norte-
Vicente Mendes Maciel, conhecido também por Antônio Americano Percival Farquhar.
Conselheiro, um beato que, andando pelo sertão pregava a A Brazil Railway ficou responsável pela construção da
salvação por meio do abandono material, exigindo que seus estrada de ferro que ligaria os dois pontos. Como forma de
fiéis o seguissem pelo sertão nordestino. remuneração por seus serviços, o governo cedeu à companhia
Perseguido pela Igreja, e com um número significativo de uma extensa faixa de terra ao longo dos trilhos,
fiéis, Antônio Conselheiro estabeleceu-se no sertão baiano, à aproximadamente 15 quilômetros de cada margem do
margem do Rio Vaza-Barris, formando o Arraial de Canudos. caminho.
Ali fundou a cidade santa, à qual dera o nome de Belo Monte, As terras doadas pelo governo foram entregues à empresa
administrada pelo beato, que contava com vários subchefes, na categoria de terras devolutas, ou seja, terras não ocupadas
cada qual responsável por um setor (comandante da rua, pertencentes à união. O ato desconsiderou a presença de
encarregado da segurança e da guerra, escrivão de milhares de pessoas que habitavam a região, porém não
casamentos, entre outros). possuíam registros de posse sobre a terra.
A razão para o crescimento do arraial em torno da figura Apesar do contrato firmado, de que as terras entregues à
de Antônio Conselheiro pode ser explicada pela pobreza dos companhia pudessem ser habitadas somente por estrangeiros,
habitantes do sertão nordestino, aliada à fome e a insatisfação o principal interesse do empresário era a exploração da
com o governo republicano, sendo o beato um aberto defensor madeira que se encontrava na região, em especial araucárias e
da volta da monarquia. imbuias, com alto valor de mercado. Não tardou para a criação
A comunidade de Canudos, assim, sobrevivia e prosperava, da Southern Brazil Lumber and Colonization Company,
mantendo-se por via das trocas com as comunidades vizinhas. responsável por explorar a extração da madeira e que
Devido a um incidente entre os moradores do arraial e o posteriormente tornou-se a maior empresa do gênero na
governo da Bahia - uma questão mal resolvida em relação ao América do Sul.
corte de madeira na região - o governo estadual resolveu A derrubada da floresta implicava necessariamente em
repreender os habitantes, enviando uma tropa ao local. Apesar remover os antigos moradores regionais, gerando conflitos
das poucas condições materiais dos moradores, a tropa baiana imediatos. Os sertanejos encontraram na figura de monges que
foi derrotada, o que levou o presidente da Bahia a apelar para vagavam pelo sertão pregando a palavra de Deus a inspiração
as tropas federais. e a liderança para lutar contra o governo e as empresas
Canudos manteve-se firme diante das ameaças, estrangeiras. O primeiro Monge que criou pontos de
derrotando duas expedições de tropas federais municiadas de resistência ficou conhecido como José Maria. Adorado pela
canhões e metralhadoras, uma delas comandada pelo Coronel população local, o monge era visto pelos sertanejos como um
Antônio Moreira César, também conhecido como "corta- salvador dos pobres e oprimidos, e pelo governo como um
cabeças" pela fama de ter mandado executar mais de cem empecilho para os trabalhos de construção da estrada de ferro.
pessoas na repressão à Revolução Federalista em Santa O governo e as empresas investiram fortemente na
Catarina. A incapacidade do governo federal em conter os tentativa de expulsão dos sertanejos, e em 1912 próximo ao
revoltosos, com derrotas vergonhosas, gerou diversas revoltas vilarejo de Irani ocorreu uma intensa batalha entre governo e
no Rio de Janeiro. população, causando a morte do Monge. A morte do líder
Com a intenção de resolver de vez o problema, foi causou mais revolta nos sertanejos, que intensificaram a
organizada a 4ª expedição militar ao vilarejo, com 8000 resistência, unindo sua crença em outras figuras que
soldados sob o comando do general Artur de Andrade despontavam como lideranças, como Maria Rosa, uma jovem
Guimarães. Dotada de armamento moderno, a expedição levou de quinze anos de idade, que foi considerada por historiadores
um mês e meio para vencer os sertanejos, finalmente como Joana D'Arc do sertão, já que "combatia montada em um
arrasando o arraial em agosto de 1897, quando os últimos cavalo branco com arreios forrados de veludo, vestida de
defensores do vilarejo foram capturados e degolados. Canudos branco, com flores nos cabelos e no fuzil". A jovem afirmava
foi incendiada para evitar que novos moradores se receber ordens espirituais de batalha do Monge Assassinado.
estabelecessem no local. Nos jornais e também no pensamento O conflito foi tomado como prioridade pelo governo
do governo federal, a vitória sobre Canudos foi uma vitória “da federal, que investiu grande potencial bélico na contenção dos
civilização sobre a barbárie”. revoltosos, como fuzis, canhões, metralhadoras e aviões. O
Os combates ocorridos em Canudos foram contados pelo conflito acaba em 1916 com a captura dos últimos lideres
Jornalista Euclides da Cunha, em seu livro Os Sertões. O livro revoltosos. Assim como em Canudos, a Revolta do Contestado
busca trazer um relato do ocorrido, através do ponto de vista foi marcada por um forte caráter messiânico.
do autor, que possuía uma visão de “raça superior”, comum do
pensamento cientifico da época. De acordo com esse
pensamento, o mestiço brasileiro seria uma raça de

Noções de Sociologia 10
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

A Revolta da Vacina homens armados, conhecidos como cangaceiros. Estes grupos


apareceram em função principalmente das péssimas
A origem dessa revolta ocorrida no Rio de Janeiro deve ser condições sociais da região nordestina. O latifúndio que
procurada na questão social gerada pelas desigualdades concentrava terra e renda nas mãos dos fazendeiros, deixava a
sociais e agravada pela reurbanização do Distrito Federal pelo margem da sociedade a maioria da população.
prefeito Pereira Passos. Existiram três tipos de cangaço na história do sertão:
O grande destaque do período foi a Campanha de
Saneamento no Rio de Janeiro, dirigida por Oswaldo Cruz. O defensivo, de ação esporádica na guarda de
Decretando-se a vacinação obrigatória contra a varíola, propriedades rurais, em virtude de ameaças de índios, disputa
ocorreu o descontentamento popular. de terras e rixas de famílias;
Isso ocorreu devido a forma que a campanha foi conduzida, O político, expressão do poder dos grandes fazendeiros;
onde os agentes usavam da força para entrar nas casas e O independente, com características de banditismo.
vacinar a população. Não houve uma campanha prévia para
conscientização e educação. Disso se aproveitaram os No primeiro caso, após realizarem sua missão de caçar
militares e políticos adversários de Rodrigues Alves. índios no sertão do Cariri e em outras regiões, a soldo dos
Assim, irrompeu a Revolta da Vacina (novembro de 1904), fazendeiros, os cangaceiros se dissolviam e voltavam a
sob a liderança do senador Lauro Sodré. O levante foi trabalhar como vaqueiros ou lavradores. As rixas entre
rapidamente dominado, fortalecendo a posição do presidente. famílias e as vinganças pessoais mobilizavam constantemente
os bandos armados. Parentes, agregados e moradores ligados
Revolta da Chibata3 ao chefe do clã por parentesco, compadrio ou reciprocidade de
serviços compunham os exércitos particulares.
A Revolta da Chibata ocorreu em 22 de novembro de 1910 O cangaço político resultou, muitas vezes, das rivalidades
no Rio de Janeiro. Entre outros, foi motivada pelos castigos entre as oligarquias locais, e se institucionalizou como
físicos que os marinheiros brasileiros recebiam. As faltas instrumento dessas oligarquias, empenhadas na disputa para
graves eram punidas com 25 chibatadas (chicotadas). Esta consolidar seu poder.
situação gerou uma intensa revolta entre os marinheiros. No final do século XIX surgiram bandos independentes que
O estopim da revolta se deu quando o marinheiro não se subordinavam a nenhum chefe local, tendo sua origem
Marcelino Rodrigues foi castigado com 250 chibatadas, por ter no problema do monopólio da terra. Esse tipo de cangaço já
ferido um colega da Marinha, dentro do encouraçado Minas existira no passado, em função das secas, mas não conseguira
Gerais. O navio de guerra estava indo para o Rio de Janeiro e a perdurar, eliminado pelos potentados locais, assim que se
punição, que ocorreu na presença dos outros marinheiros, restabeleciam as condições normais de vida.
desencadeou a revolta. O Cangaço pode ser entendido como um fenômeno social,
O motim se agravou e os revoltosos chegaram a matar o caracterizado por atitudes violentas por parte dos
comandante do navio e mais três oficiais. Já na Baia da cangaceiros, que andavam em bandos armados e espalhavam
Guanabara, os revoltosos conseguiram o apoio dos o medo pelo sertão nordestino. Promoviam saques a fazendas,
marinheiros do encouraçado São Paulo. atacavam comboios e chegavam a sequestrar fazendeiros para
O líder da revolta, João Cândido (conhecido como o obtenção de resgates. A população que respeitava e acatava as
Almirante Negro), redigiu a carta reivindicando o fim dos ordens dos cangaceiros era muitas vezes beneficiada por suas
castigos físicos, melhorias na alimentação e anistia para todos atitudes. Essa característica fez com que os cangaceiros fossem
que participaram da revolta. Caso não fossem cumpridas as respeitados e até mesmo admirados por parte da população da
reivindicações, os revoltosos ameaçavam bombardear a época.
cidade do Rio de Janeiro (então capital do Brasil). Como não seguiam as leis estabelecidas pelo governo,
eram perseguidos constantemente pelos policiais. Usavam
Segunda revolta4 roupas e chapéus de couro para protegerem os corpos,
durante as fugas, da vegetação cheia de espinhos da caatinga.
Diante da grave situação, o presidente Hermes da Fonseca Além desse recurso da vestimenta, usavam todos os
resolveu aceitar o ultimato dos revoltosos. Porém, após os conhecimentos que possuíam sobre o território nordestino
marinheiros terem entregues as armas e embarcações, o (fontes de água, ervas, tipos de solo e vegetação) para fugirem
presidente solicitou a expulsão de alguns deles. A insatisfação ou obterem esconderijos.
retornou e no começo de dezembro, os marinheiros fizeram Existiram diversos bandos de cangaceiros. Porém, o mais
outra revolta na Ilha das Cobras. Esta segunda revolta foi conhecido e temido da época foi o bando comandado por
fortemente reprimida pelo governo, sendo que vários Lampião (Virgulino Ferreira da Silva), também conhecido pelo
marinheiros foram presos em celas subterrâneas da Fortaleza apelido de “Rei do Cangaço”. O bando de Lampião atuou pelo
da Ilha das Cobras. Neste local, onde as condições de vida eram sertão nordestino durante as décadas de 1920 e 1930.
desumanas alguns prisioneiros faleceram. Outros revoltosos De 1921 a 1934, Lampião dividiu seu bando em vários
presos foram enviados para a Amazônia, onde deveriam subgrupos, dentre os quais os chefiados por Corisco, Moita
prestar trabalhos forçados na produção de borracha. Brava, Português, Moreno, Labareda, Baiano, José Sereno e
O líder da revolta João Cândido foi expulso da Marinha e Mariano. Entre seus bandos, Lampião sempre teve grande
internado como louco no Hospital de Alienados. No ano de apreço pelo bando de Corisco, conhecido como “Diabo Loiro” e
1912, foi absolvido das acusações junto com outros também grande amigo de Virgulino.
marinheiros que participaram da revolta. Lampião morreu numa emboscada armada por uma
volante6, junto com a mulher Maria Bonita e outros
O Cangaço no Nordeste5 cangaceiros, em 29 de julho de 1938. Tiveram suas cabeças
decepadas e expostas em locais públicos, pois o governo
Entre o final do século XIX e começo do XX (início da queria assustar e desestimular esta prática na região.
República), ganharam força, no nordeste brasileiro, grupos de

3 Referência: < http://www.portalsaofrancisco.com.br/historia-do-brasil/revolta- 5 Referência: < http://www.seja-ead.com.br/2-ensino-medio/ava-ead-em/3-


da-chibata> ano/03-ht/aula-presencial/aula-5.pdf>
4 Referência: < http://www.abi.org.br/abi-homenageia-filho-do-lider-da-revolta- 6 tropa ligeira, que não transporta artilharia nem bagagem

da-chibata/>

Noções de Sociologia 11
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

A morte de lampião atingiu o movimento do Cangaço como Movimentos sindicais


um todo, enfraquecendo e dividindo os grupos restantes.
Corisco foi morto em uma emboscada no ano de 1940, As greves foram reprimidas duramente durante a ditadura.
encerrando de vez o cangaço no Nordeste. Os últimos movimentos operários ocorreram em 1968, em
Osasco e Contagem, sendo reavivadas somente no fim da
Período Militar década de 1970, com a greve de 1.600 trabalhadores no ABC
paulista em 12 de maio de 1978, que marcou a volta do
O movimento estudantil movimento operário à cena política.
Em junho do mesmo ano, o movimento espalhou-se por
Entre os grupos que mais protestavam contra o governo de São Paulo, Osasco e Campinas. Até 27 de julho registraram-se
João Goulart para a implementação de reformas sociais 166 acordos entre empresas e sindicatos beneficiando cerca
estavam os estudantes, mobilizados pela União Nacional dos de 280 mil trabalhadores. Nessas negociações, tornou-se
Estudantes e União Brasileira dos Estudantes secundaristas. conhecido em todo o país o presidente do Sindicato dos
Quando os militares chegaram ao poder em 1964, os Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema, Luís Inácio da Silva.
estudantes eram um dos setores mais identificados com a No dia 29 de outubro de 1979 os metalúrgicos de São Paulo
esquerda comunista, subversiva e desordeira; uma das formas e Guarulhos interromperam o trabalho. No dia seguinte o
de desqualificar o movimento estudantil era chamá-lo de operário Santos Dias da Silva acabou morrendo em confronto
baderna, como se seus agentes não passassem de jovens com a polícia, durante um piquete na frente uma fábrica no
irresponsáveis, e isso se justificava para a intensa perseguição bairro paulistano de Santo Amaro. As greves se espalharam
que se estabeleceu. por todo o país.
Em novembro de 1964, Castelo Branco aprovou uma lei, Em consequência de uma greve realizada no dia 1º de Abril
conhecida como lei "Suplicy de Lacerda", nome do ministro da de 1980 pelos metalúrgicos do ABC paulista e de mais 15
Educação, reorganizando as entidades e proibindo-as de cidades do interior de São Paulo, no dia 17 de Abril o ministro
desenvolverem atividades políticas. do Trabalho, Murillo Macedo, determinou a intervenção nos
Os estudantes reagiram, boicotando as novas entidades sindicatos de São Bernardo do Campo e Santo André,
oficiais e realizando passeatas cada vez mais frequentes. Ao prendendo 13 líderes sindicais dois dias depois. A organização
mesmo tempo, o movimento estudantil procurou assegurar a da greve mobilizou estudantes e membros da Igreja.
existência das suas entidades legítimas, agora na
clandestinidade7. Ligas Camponesas
Em 1968 o movimento estudantil cresceu em resposta não
só a repressão, mas também em virtude da política O movimento de resistência esteve presente também no
educacional do governo, que já revelava a tendência que iria se campo. Além da sindicalização formaram-se Ligas
acentuar cada vez mais no sentido da privatização da Camponesas que, sobretudo no Nordeste, sob a liderança do
educação, cujos efeitos são sentidos até hoje. advogado Francisco Julião, foram importantes instrumentos
A política de privatização tinha dois sentidos: um era o de organização e de atuação dos camponeses. Em 15 de maio
estabelecimento do ensino pago (principalmente no nível de 1984 cerca de 5 mil cortadores de cana e colhedores de
superior) e outro, o direcionamento da formação educacional laranja do interior paulista entraram em greve por melhores
dos jovens para o atendimento das necessidades econômicas salários e condições de trabalho. No dia seguinte invadiram as
das empresas capitalistas (mão-de-obra e técnicos cidades de Guariba e Bebedouro. Um canavial foi incendiado.
especializados). Estas diretrizes correspondiam à forte O movimento foi reprimido por 300 soldados. Greves de
influência norte-americana exercida através de técnicos da trabalhadores se espalharam por várias regiões do país,
Usaid (agência americana que destinava verbas e auxílio principalmente no Nordeste.
técnico para projetos de desenvolvimento educacional) que
atuavam junto ao MEC por solicitação do governo brasileiro, A luta armada
gerando uma série de acordos que deveriam orientar a política
educacional brasileira. Militantes da Esquerda resolveram resistir ao regime
As manifestações estudantis foram os mais expressivos militar através da luta armada, com a intenção de iniciar um
meios de denúncia e reação contra a subordinação brasileira processo revolucionário. Entre os grupos mais notórios estão:
aos objetivos e diretrizes do capitalismo norte-americano. O Ação Libertadora Nacional (ALN), em que se destaca
movimento estudantil não parava de crescer, e com ele a Carlos Marighella, ex-deputado e ex-membro do Partido
repressão. No dia 28 de março de 1968 uma manifestação Comunista Brasileiro, morto numa emboscada em 1969;
contra a má qualidade do ensino realizada no restaurante Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), que era
estudantil Calabouço, no Rio de Janeiro, foi violentamente comandada pelo ex-capitão do Exército Carlos Lamarca,
reprimida pela polícia, resultando na morte do estudante morto na Bahia, em 17 de setembro de 1971. Em 1969 funde-
Edson Luís Lima Souto8. se com o Comando de Libertação Nacional (COLINA), e
A reação estudantil foi imediata: no dia seguinte, o enterro muda o nome para Vanguarda Armada Revolucionária
do jovem estudante transformou-se em um dos maiores atos Palmares (VAR-Palmares), que teve participação também da
públicos contra a repressão; missas de sétimo dia foram atual presidente Dilma Rousseff;
celebradas em quase todas as capitais do país, seguidas de A Ação Popular, que teve origem em 1962 a partir de
passeatas que reuniram milhares de pessoas. grupos católicos, especialmente influentes no movimento
Em outubro do mesmo ano, a UNE (na ilegalidade) estudantil;
convocou um congresso para a pequena cidade de Ibiúna, no Partido Comunista do Brasil (PC do B), que surge de um
interior de São Paulo. A polícia descobriu a reunião, invadiu o conflito interno dentro do PCB.
local e prendeu os estudantes.
Um dos principais feitos da ALN, em conjunto ao
Movimento Revolucionário 8 de outubro (MR-8), foi o
sequestro do embaixador estadunidense Charles Ewbrick, em

7Referência: < IMENTO%20ESTUDANTIL%20BRASILEIRO%20DURANTE%20O%20REGIME%2


http://repositoriolabim.cchla.ufrn.br/bitstream/123456789/111/16/O%20MOV 0MILITAR%201968-1970.pdf>
8 Referência: < https://www.une.org.br/2011/09/historia-da-une/>

Noções de Sociologia 12
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

1969. Em nenhum lugar do mundo um embaixador dos EUA Silva. Collor ganhou a eleição, com apoio dos meios de
havia sido sequestrado. Essa façanha possibilitou aos comunicação e governou até 1992 após ser afastado por um
guerrilheiros negociar a libertação de quinze prisioneiros processo de impeachment. Ocorreram grandes
políticos. Outro embaixador sequestrado foi o alemão- manifestações populares, sobretudo estudantis, conhecidas
ocidental Ehrefried Von Hollebem, que resultou na soltura de como o “movimento dos caras-pintadas”.
quarenta presos.
A luta armada intensificou o argumento de aumento da Questões
repressão. As torturas aumentaram e a perseguição aos
opositores também. Carlos Marighella foi morto por forças 01. (UEL-PR) “[...] explodiu na província do Grão-Pará o
policiais na cidade de São Paulo. As informações sobre seu movimento armado mais popular do Brasil [...]. Foi uma das
paradeiro foram conseguidas também através de torturas. rebeliões brasileiras em que as camadas inferiores ocuparam
O VPR realizou ações no Vale do Ribeira em São Paulo, mas o poder.”
teve que enfrentar a perseguição militar na região. Lamarca Ao texto podem-se associar:
conseguiu fugir para o Nordeste, mas acabou morto na Bahia, (A) a Regência e a Cabanagem.
em 1971. (B) o Primeiro Reinado e a Praieira.
O último foco de resistência a ser desmantelado foi a (C) o Segundo Reinado e a Farroupilha.
Guerrilha do Araguaia. Desde 1967, militantes do PCdoB (D) o Período Joanino e a Sabinada.
(Partido Comunista do Brasil) dirigiram-se para região do Bico (E) a abdicação e a Noite das Garrafadas.
do Papagaio, entre os rios Araguaia e Tocantins, onde
passaram a travar contato com os camponeses da região, 02. (TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário –
ensinando a eles cuidados médicos e auxiliando-os na lavoura. História – FCC) Ao contrário do que sucedeu na Capital da
As Forças Armadas passaram a perseguir os guerrilheiros República, as primeiras manifestações do movimento operário
do Araguaia em 1972, quando descobriu a ação do grupo. O em São Paulo surgiram já sob a inspiração de ideologias
desmantelamento ocorreria apenas em 1975, quando uma revolucionárias ou classistas – o anarquismo e, em muito
força especial de paraquedistas foi enviada à região, acabando menor grau, o socialismo reformista. As condições sócio-
com a Guerrilha do Araguaia. políticas tendiam a confirmar as ideologias negadoras da
No Brasil, as ações guerrilheiras não conseguiram um organização vigente na sociedade aos olhos da marginalizada
amplo apoio da população, levando os grupos a se isolarem, classe operária nascente, estrangeira em sua grande maioria.
facilitando a ação repressiva. Após 1975, as guerrilhas (...) O anarquismo se converteria, entretanto, na principal
praticamente desapareceram, e os corpos dos guerrilheiros do corrente organizatória do movimento operário, tanto no Rio
Araguaia também. À época, a ditadura civil-militar proibiu a de Janeiro como em São Paulo.
divulgação de informações sobre a guerrilha, e até o início da (FAUSTO, Boris. Trabalho urbano e conflito social. São Paulo: s/data, p.60-
62)
década de 2010 o exército não havia divulgado informação
A corrente ideológica a que o texto se refere, e que
sobre o paradeiro dos corpos.
dominou a cena do movimento operário brasileiro durante a
segunda década do século XX,
Diretas Já e o Movimento Caras Pintadas
(A) pode ser tratada como um sistema de pensamento
social visando a modificações fundamentais na estrutura da
Em 1984 o deputado do PMDB Dante de Oliveira propôs
sociedade com o objetivo de substituir a autoridade do Estado
uma emenda constitucional que restabelecia as eleições
por alguma forma de cooperação não governamental entre
diretas para presidente. A partir da emenda Dante de Oliveira
indivíduos livres.
tem início o maior movimento popular pela redemocratização
(B) investe contra o capital e o Estado capitalista,
do pais, as Diretas Já que pediam eleições diretas para
pretendendo substitui-lo por uma livre associação de
presidente no próximo ano. Infelizmente a emenda não foi
produtores diretos, possuidores dos meios de produção e na
aprovada. Em 1985 ocorreram eleições indiretas e formaram-
organização do sindicato único como meio de promover a
se chapas para concorrer à presidência. Através das eleições
emancipação das classes trabalhadoras.
indiretas ganhou a chapa do PMDB em que o presidente eleito
(C) defende a coletivização dos meios de produção, a
foi Tancredo Neves e seu vice José Sarney. Contudo
violência nas lutas operárias e dá ênfase ao papel que os
Tancredo Neves passou mal na véspera da posse e foi
sindicatos desempenhariam na obra emancipadora dos
internado com infecção intestinal, não resistiu e morreu.
trabalhadores e da sociedade, e na luta operária para a
Assumiria a presidência da República em 1985 José Sarney.
conquista do Estado.
O Governo de José Sarney foi um momento de enorme crise
(D) argumenta que o sindicalismo operário deve ser o
econômica, com hiperinflação, mas um dos momentos mais
articulador da autogestão e um instrumento do plano
fundamentais que coroaria a redemocratização, pois foi em
econômico e da unidade de produção, e que as diversas
seu governo que foi aprovada a nova constituição. Foi reunida
associações produtivas devem ser coordenadas pelas
em 1987 uma assembleia nacional constituinte (assembleia
federações sindicais ligadas ao Estado.
reunida para escrever e promulgar uma nova constituição).
(E) inclina-se pelo caminho revolucionário ao sustentar a
necessidade de realizar de imediato a tese marxista segundo a
A constituição de 1988
qual o critério de distribuição de bens e serviços deveria ser
determinada pelas assembleias sindicais de cada Estado da
A nova constituição foi votada em meio a grandes debates
Federação.
e diferentes visões políticas. Havia muitos interesses em
disputa. O voto secreto e direto para presidente foi restaurado,
proibida a censura, garantida a liberdade de expressão e
igualdade de gênero, o racismo tornou-se crime e o estado
estabeleceu constitucionalmente garantias sociais de acesso a
saúde, educação, moradia e aposentadoria.
Ao final de 1989 foi realizada a primeira eleição livre desde
o golpe de 1964. Foi disputada em dois turnos. O segundo foi
concorrido entre o candidato Fernando Collor de Mello (PRN –
partido da renovação nacional), contra Luís Inácio Lula da

Noções de Sociologia 13
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
APOSTILAS OPÇÃO

03. (VUNESP) A imagem a seguir refere-se a um 04. Resposta: A


movimento da década de 1980 que contou com grande 05. Resposta: A
participação popular em várias cidades do Brasil.

Anotações

(Http://www.oabsp.org.br/portaldamemoria/historia-da-oab/ a-
redemocratizacao-e-o-processo-constituinte)

Assinale a alternativa que indica corretamente o objetivo


deste movimento.
(A) Devolver à população o direito de votar nos candidatos
à presidência do país.
(B) Anistiar os presos políticos e permitir o retorno dos
exilados ao Brasil.
(C) Reajustar o salário-mínimo de acordo com os índices
reais de inflação.
(D) Autorizar a justiça comum a punir políticos envolvidos
em crimes de corrupção.
(E) Permitir que leis propostas pela população fossem
discutidas no Congresso Nacional.

04. (TJ-SP – Assistente Social – VUNESP) Os movimentos


sociais latino-americanos ocuparam o centro do cenário
político na década de 1990 a partir de resistências contra as
privatizações e os programas de ajuste estrutural. É nesse
contexto que ocorre o incremento da resistência e da luta
popular na América Latina, que abarca as mais diversas formas
de protesto social. No Brasil, ainda nos anos 90, surgem
também mobilizações coletivas centradas mais em
questões________________ com mobilizações que partem de um
chamamento à consciência individual das pessoas,
apresentando-se mais como___________ do que como
movimentos sociais.
Assinale a alternativa que completa, correta e
respectivamente, as lacunas do texto.
(A) éticas e morais … campanhas
(B) jurídicas e operacionais … paralisações
(C) políticas e culturais … agitações
(D) econômicas e estruturais … piquetes
(E) legais e pessoais … manifestações

05. (DPU – Sociólogo – CESPE) Com relação aos


movimentos sociais, assinale a opção correta:
(A) As lutas do movimento feminista na
contemporaneidade focam, em todas as esferas sociais, as
discriminações sexistas, o patriarcado, a misoginia ou a divisão
sexual do trabalho.
(B) O movimento feminista é considerado um movimento
social recente.
(C) Apenas alguns movimentos sociais devem ser
considerados sexuados.
(D) O papel das mulheres como sujeito coletivo em
movimentos sociais mistos é central e visível.
(E) O movimento das mulheres em bloco rejeita a ideia de
que a igualdade com os homens supõe a transformação global
das relações sociais.

Respostas
01. Resposta A.
02. Resposta: A
03. Resposta: A

Noções de Sociologia 14
Apostila Digital Licenciada para boaz felipe barboza da silva - boaz_felipe_@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br

Você também pode gostar