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A Igreja Agente Da Evangelizacao R B Kuiper PDF
A Igreja Agente Da Evangelizacao R B Kuiper PDF
R. B. Kuiper
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“evangelista”. Efésios 4:11: “E ele deu uns para apóstolos, outros para
profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres”. Em 2
Timóteo 4:5 Paulo admoesta o seu filho espiritual dizendo: “Faze o trabalho
de evangelista”. À luz destas passagens, parecem ter base certas conclusões.
Se a palavra evangelista não pode ser empregada hoje pela Igreja é outra
coisa. Tirar essa conclusão poderia demonstrar um biblicismo doentio. É
certo que no presente a Igreja já não tem evangelistas no sentido especial e
específico em voga na era apostólica. Mas isto não é razão bastante para
levar-nos a evitar aquele nome. Por exemplo, os pregadores ordenados pela
Igreja organizada para levar o Evangelho particularmente aos não salvos,
bem podem ser assim denominados. Retirar esse título dos obreiros não
ordenados que fazem trabalho evangelizante não deve ser considerado
como exigência de princípio. E como será demonstrado a seguir, é próprio
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afirmar que, num sentido real, todo cristão está obrigado a ser evangelista,
por dever sagrado.
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não privá-la de suas prerrogativas. E ela não tem prerrogativa mais preciosa
do que a de evangelizar o mundo.
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Desta maneira, o crente dá testemunho de Cristo aos seus vizinhos, aos
seus companheiros de trabalho na loja, no armazém ou no escritório, a seus
colegas de estudos e a seus professores, àqueles sobre os quais tem
autoridade e àqueles que têm autoridade sobre ele. Convida os seus
vizinhos que não pertencem a nenhuma Igreja a que frequentem os cultos
de sua Igreja, reúne em casa os filhos deles para contar-lhes histórias
bíblicas e coloca folhetos evangélicos ao alcance de toda gente em lugares
públicos. Distribui Bíblias nos lares, hotéis e motéis. Em suma, semeia a se-
mente do Evangelho onde pode e lança o pão do Evangelho a muitas águas.
E para fazer isso tudo não tem por que pedir autorização aos oficiais da sua
Igreja. Cristo, seu Senhor, o autorizou. Não obstante, ele o faz na qualidade
de membro do corpo de Cristo, a Igreja.
Aquilo que o crente pode fazer como indivíduo, pode fazer também em
colaboração com outros cristãos. Grupos ou associações voluntárias de
cristãos podem traduzir, publicar e distribuir as Escrituras, transmitir o
Evangelho pela produção e disseminação de literatura cristã, e por muitos e
variados meios pode propagar as boas novas da salvação onde esta não é
conhecida.
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que competia à Igreja, e que esta deixou de fazer. Quando, em meados do
século dezenove, a Igreja oficial da Holanda sucumbiu ao modernismo
teológico, alguns dos seus membros fundaram uma organização para a
direção de missões fiéis à Palavra de Deus, e aquela organização sentiu-se
constrangida a apelar para a ordenação de missionários verdadeiramente
evangélicos. Quando, no primeiro quartel do século atual, a Igreja Presbi-
teriana nos Estados Unidos da América caiu sob o fascínio do modernismo,
homens e mulheres fiéis criaram a Junta Independente de Missões
Presbiterianas Estrangeiras. Esses são exemplos de medidas radicais,
justificadas, porém, pelas situações de emergência ― medidas dignas de
louvor, verdadeiramente heróicas. Todavia, deve-se reconhecer que são
exceções à regra. Antes de se darem tais passos, deve-se fazer todo o
possível para persuadir a Igreja organizada a cumprir o seu dever, e a fazê-lo
a contento. E, se forem tomadas aquelas medidas extremas, deverão ser
postas de lado assim que surgir uma Igreja capaz e desejosa de levar adiante
a obra de evangelização verdadeiramente cristã.
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A Igreja
agente da evangelização
Projeto Os Puritanos
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