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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI

CAMPUS ALTO PARAOPEBA

MEMORIAL DESCRITIVO E DE CÁLCULO

Luana Luiza Carvalho da Paz - 154100053

Ouro Branco – MG
Junho de 2019
SUMÁRIO
1 LOCAL DA OBRA ....................................................................................... 4

2 NORMAS UTILIZADAS ............................................................................... 4

3 DESCRIÇÃO DO EDIFÍCIO INDUSTRIAL .................................................. 4

4 MEMORIAL DE CÁLCULO ......................................................................... 6

4.1 COMBINAÇÕES ................................................................................... 6

4.2 Ação de Vento ....................................................................................... 7

4.3 Pilar ..................................................................................................... 13

4.3.1 Esforço Resistente à Compressão ............................................... 14

4.3.2 Verificação da Flambagem Global ................................................ 15

4.3.3 Esforço Resistente à Flexão ......................................................... 15

4.3.4 Combinação.................................................................................. 17

4.4 Quadro de caga na base do pilar ........................................................ 17

4.5 Viga da cobertura ................................................................................ 17

4.5.1 Verificação da esbeltez ................................................................. 18

4.5.2 Verificação da capacidade à compressão .................................... 19

4.6 Contraventamento ............................................................................... 20

4.6.1 Escoamento da seção bruta ......................................................... 21

4.6.2 Ruptura da seção líquida .............................................................. 21

4.7 Terças ................................................................................................. 21

4.7.1 Verificação da capacidade à flexão em torno do eixo ‘x’ .............. 23

4.7.2 Verificação da capacidade à flexão em torno do eixo ‘y’ .............. 25

4.7.3 Força Axial Resistente de Cálculo ................................................ 26

4.7.4 Escoamento da seção bruta ......................................................... 26

4.7.5 Ruptura da seção líquida .............................................................. 26

4.7.6 Combinação.................................................................................. 26
4.8 Tirantes ............................................................................................... 26

4.8.1 Escoamento da seção bruta ......................................................... 28

4.8.2 Ruptura da seção líquida .............................................................. 28


1 LOCAL DA OBRA

O local determinado para a construção do edifício industrial foi na rodovia MG


443, em frente ao acesso para o Clube Campestre AEA, na cidade de Ouro
Branco, Minas Gerais. O terreno possui as dimensões de 210 por 125 metros.

2 NORMAS UTILIZADAS

NBR 6120/1980 – Cargas para o cálculo de estruturas de edificações.


NBR 6123/1988 – Forças devido ao vento em edificações;
NBR 8800/2008 – Projeto de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios;

3 DESCRIÇÃO DO EDIFÍCIO INDUSTRIAL

Para determinação das dimensões mínimas do galpão, foi utilizada a tabela


de uso didático para pontes rolantes (Figura 1). A capacidade máxima da ponte
(𝑄) de 100 kN.

Figura 1 - Tabela didática para Pontes Rolantes

Fonte: adaptado do material didático da disciplina.


Para fins de dimensionamento da ponte rolante, foram utilizados os dados
expressos na Tabela 1.

Tabela 1 – Dados de Dimensionamento


Dado Valor
Comprimento 50 m
Altura do pilar 11,30 m
Distância entre os pórticos 5m
Inclinação da cobertura 10°
Vão da ponte rolante 22,5 m
Folga mínima 0,20 m
Altura da ponte rolante 7,9 m
Altura do galpão 13,3 m
Fonte: o autor.

Dado a dimensão do vão da ponte rolante, por tabela os valores permitidos


estavam entre 4 e 7m. O valor escolhido foi de 5m.
Para facilitar o acesso de caminhões, foram adotados dois portões de 6x10m.
Para a vedação do galpão, tanto para cobertura, quanto para as vigas de
tapamento, foi adotada Telha Trapezoidal RT40/980, espessura de 0,43 mm,
fabricada pela Regional Telhas, com peso de 38,6 N/m², cuja especificação para
2 apoios encontra-se na Tabela 2.

Tabela 2 – Especificações Técnicas para telha RT40/980


Dados Valores
Espessura chapa 0,43
Peso Galvalume (kgf/m²) 3,94
Peso Galvalume (kN/m²) 0,039
Sobrecarga para vão de 2,4m (kgf/m²) 68,0
Sobrecarga para vão de 2,4 m (kN/m²) 0,67
Fonte: adaptado do informativo técnico da regional telhas .
4 MEMORIAL DE CÁLCULO

4.1 COMBINAÇÕES

As cargas citadas nos tópicos anteriores foram nomeadas da seguinte


forma para serem lançadas no SAP 2000.
• FG1: peso próprio da estrutura;
• FG2: peso próprio das telhas;
• FQ1: sobrecarga;
• FQPR: sobrecarga devido a ponte rolante;
• FQv90: força do vento a 90º graus;
• FQv0: força do vento a 0º graus.
Com base nessas forças e seguindo as recomendações da NBR8800 para
as combinações permanentes e últimas de serviço, utilizou-se as seguintes
combinações:
• Comb1L = 1,25 FG1 + 1,40 FG2;
• Comb2L = 1,25 FG1 + 1,40 FG2 + 1,50 FQ1;
• Comb3L = 1,25 FG1 + 1,40 FG2 + + 1,50 FQ1 +0,84 FQv0 + 0,84 FQv90
+ 1,05 FQPR;
• Comb4L = 1,25 FG1 + 1,40 FG2 + + 1,20 FQ1 +1,4 FQv0 + 0,84 FQv90
+ 1,05 FQPR;
• Comb5L = 1,25 FG1 + 1,40 FG2 + + 1,20 FQ1 +0,84 FQv0 + 1,40 FQv90
+ 1,05 FQPR;
• Comb6L = 1,25 FG1 + 1,40 FG2 + + 1,20 FQ1 +0,84 FQv0 + 0,84 FQv90
+ 1,50 FQPR;

Todas as combinações foram configuradas para que fossem feitas análises


não lineares dos carregamentos.
4.2 Ação de Vento

A carga de vento foi obtida com base na NBR 6123/1988 – Forças devido ao
vento em edificações com o auxílio do programa de cálculo de vento fornecido
pelo professor Hisashi Inove.
A pressão dinâmica do vento foi calculada a partir da equação a seguir:

𝑉𝑘 = 𝑉0 × 𝑆1 × 𝑆2 × 𝑆3

Onde:
• 𝑉𝑘 = velocidade característica do vento;
• 𝑉0 = velocidade básica do vento;
• 𝑆1 = fator topográfico;
• 𝑆2 = fator de rugosidade do terreno, dimensões da edificação e altura sobre o
terreno;
• 𝑆3 = fator estatístico.

Com base na Figura 2, é possível definir o valor para a velocidade básica do


vento como 35m/s.
Figura 2 - Isopoletas da velocidade básica V0 (m/s)

Fonte: NBR 6123.

Para encontrar o valor de 𝑆1, é necessário encontrar o valor da inclinação


do talude onde a obra está inserida. Tal valor foi encontrado com base em uma
análise do talude no Google Earth, como pode ser visto na Figura 3.

Figura 3 – Local da obra

Fonte: Google Earth


Sendo 1063m a cota do ponto mais alto e 1038m a cota do ponto mais
baixo, em uma distância de 300m, temos que a inclinação 𝜃 é igual a 8,3°. Para
valores entre 6° e 17°, a norma indica que 𝑆1 equivale à:

𝑧
𝑆1 = 1 + (2,5 − ) ∗ 𝑡𝑔(𝜃 − 3)
𝑑

Onde:
• 𝑧 é a altura medida a partir da superfície do terreno no ponto considerado;
• 𝑑 é a diferença de nível entre a base e o topo do talude, 300m;

Para a determinação do valor de 𝑆2 são levados em consideração fatores


acerca da rugosidade do terreno e dimensões máximas da edificação. Quando
à rugosidade, o terreno é classificado como Categoria II. Quanto à dimensão, o
edifício é determinado como Classe B, pois sua maior dimensão horizontal está
entre 20m e 50m.
Para 𝑆3 , é determinado um valor de acordo com a ocupação do edifício, nesse
caso, como se trata de uma instalação industrial com baixo fator de ocupação, o
edifício é classificado no Grupo 3.
Com base no valor de velocidade característica do vento, é possível calcular
a pressão dinâmica do vento (𝑞).

𝑞 = 0,613 𝑉𝑘2

Determina-se os coeficientes de pressão e de forma com base na NBR 6123.


Para coeficiente de pressão interna, adota-se os valores de -0,3 e 0,0, pois as
quatro faces são impermeáveis. Para os coeficientes de pressão externa, é
necessário consultar a Tabela 4 da norma (Coeficientes de pressão e de forma,
externos, para paredes de edificações de planta regular), conforme a Figura 4.
Figura 4 – Coeficientes de pressão e de forma, externos, para paredes de edificações de planta
retangular

Fonte: NBR 6123

Os dados encontrados pelo programa de vento podem ser verificados abaixo.


4.3 Pilar

Segundo o dimensionamento realizado no Software SAP2000 a barra mais


solicitada é a 2193 com seção W 360x32,9, suas características geométricas de
encontram nas Figuras 5 e 6. A partir da análise dos esforços, obteve-se que os
esforços máximos solicitantes nos pilares é de 𝑁𝐶,𝑆𝑑 = 60,67 𝑘𝑁 e 𝑀𝑐,𝑆𝑑 =
− 149,53 𝑘𝑁𝑚.
Figura 5 - Propriedades do perfil W 360X32.9

Fonte: captura do software SAP2000.

Figura 6 - Propriedades do perfil W360x32.9


Fonte: captura do software SAP2000.

4.3.1 Esforço Resistente à Compressão

4.3.1.1 Elemento AA

𝑏 0,348
= = 59,59
𝑡 0,00584

𝑏 𝐸 200000
( ) = 1,49√ = 1,49√ = 35,87
𝑡 𝑙𝑖𝑚 𝑓𝑦 345

𝑏 𝑏
>( )
𝑡 𝑡 𝑙𝑖𝑚

𝐸 𝑐𝑎 𝐸
𝑏𝑒𝑓 = 1,92 ∗ 𝑡 ∗ √ [1 − √ ]=
𝜎 𝑏 𝜎
𝑡

200000 0,34 200000


= 1,92 ∗ 0,00584 ∗ √ ∗ [1 − ∗√ ] = 0,265
250 0,348 250
0,00589

𝐴𝑒𝑓 = 𝐴𝑔 − ∑(𝑏 − 𝑏𝑒𝑓 ) ∗ 𝑡 = 4,19 ∗ 10−3 − [(0,348 − 0,265) ∗ 0,00584] =

= 0,00349 𝑚²
𝐴𝑒𝑓 3,49
𝑄𝑎 = = = 0,83
𝐴𝑔 4,19

4.3.1.2 Elemento AL

𝑏 0,127/2
= = 7,46
𝑡 0,00851
4 4
𝑘𝑐 = = = 0,49
ℎ √0,348/0,00584

𝑡𝑤

𝑏 𝐸 200000
( ) = 0,64√ = 0,64√ = 21,94
𝑡 𝑙𝑖𝑚 𝑓𝑦 ∗ 𝑘𝑐 345 ∗ 0,49

𝑏 𝑏
<( ) → 𝑄𝑠 = 1,0
𝑡 𝑡 𝑙𝑖𝑚
𝑄 = 𝑄𝑠 𝑥𝑄𝑎 = 1,0 ∗ 0,83 = 0,83

4.3.2 Verificação da Flambagem Global

𝜋²𝐸𝐼𝑥 𝜋 2 . 200000.8,28𝑥10−5
𝑁𝑒𝑥 = = = 2984,7 𝑘𝑁
(𝐾𝑥 𝐿𝑥 )2 (7,4)²
𝜋²𝐸𝐼𝑦 𝜋 2 𝑥200000𝑥2,91. 10−6
𝑁𝑒𝑦 = = = 1625,2 𝑘𝑁
(𝐾𝑦 𝐿𝑦 )2 (1,88)²
Logo, 𝑁𝑒 = 1625,2 𝑘𝑁

𝑄𝐴𝑔 𝐹𝑦 0,83𝑥4,91𝑥10−3 𝑥345𝑥106


λ0 = √ =√ = 0,96 < 1,5
𝑁𝑒 1625200
2
χ = 0,658λ0 = 0,67
χQ𝐴𝑔 𝑓𝑦
𝑁𝐶,𝑅𝑑 = = 856,0 𝑘𝑁
𝛾𝑎1

4.3.3 Esforço Resistente à Flexão

4.3.3.1 Flambagem lateral por torção (FLT)

- Parâmetro de esbeltez
𝐿𝑏 1,88
λ= = = 71,21
𝑟𝑦 0,0264
- Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação

𝐸 200000
λ𝑝 = 1,76√ = 1,76√ = 42,38
𝑓𝑦 345

- Parâmetro de esbeltez correspondente ao início do escoamento

1,38√𝐼𝑦 𝐽 27𝐶𝑤 𝛽12


λ𝑟 = √1 + √1 +
𝑟𝑦 𝐽𝛽1 𝐼𝑦

1,38√1,04𝑥10−4 𝑥4,75𝑥10−7 27𝑥 688.558 x10−12 𝑥4,29²


= √1 + √1 + = 203,45
0,0331𝑥4,75𝑥10−7 𝑥 4,29 1,04𝑥10−4
(𝑓𝑦 − 𝜎𝑡 )𝑊 0,7𝑥345𝑥106 𝑥1,553𝑥10−3
𝛽1 = = = 4,29
𝐸𝐽 200𝑥109 𝑥4,75𝑥10−7

Como 𝜆𝑝 < λ < λ𝑟

𝑀𝑝𝑙 = 𝑧𝑌 . 𝑓𝑦 = 4,583. 10−5 𝑥345. 106 = 15,81 𝑘𝑁𝑚

𝐶𝑏 𝜆 − 𝜆𝑝
𝑀𝑅𝑑 = [𝑀𝑝𝑙 − (𝑀𝑝𝑙 − 𝑀𝑟 ) ]
𝛾𝑎1 𝜆𝑟 − 𝜆𝑝
1
= [15,81 − (15,81 − (0,7𝑥345𝑥103 𝑥1,553𝑥10−3 ] = 340,95 𝑘𝑁𝑚
1,1

4.3.3.2 Flambagem local da mesa (FLM)

- Parâmetro de esbeltez
𝑏
λ= = 7,46
𝑡
- Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação

𝐸 200000
λ𝑝 = 0,38√ = 0,38√ = 9,18
𝑓𝑦 345

- Parâmetro de esbeltez correspondente ao início do escoamento


𝑀𝑝𝑙 4,75.10−4 𝑥345.106
Como λ < λ𝑝 → 𝑀𝑅𝑑 = 𝛾𝑎1
= 1,1
= 152,76 𝑘𝑁𝑚

4.3.3.3 Flambagem local da alma (FLA)

- Parâmetro de esbeltez

λ= = 59,59
𝑡𝑤
- Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação

𝐸 200000
λ𝑝 = 3,76√ = 3,76√ = 90,53
𝑓𝑦 345

- Parâmetro de esbeltez correspondente ao início do escoamento


𝑀𝑝𝑙 4,75.10−4 𝑥345.106
Como λ < λ𝑝 → 𝑀𝑅𝑑 = = = 152,76 𝑘𝑁𝑚
𝛾𝑎1 1,1
Portanto 𝑀𝑅𝑑 = 154,76 𝑘𝑁𝑚.

4.3.4 Combinação

𝑁𝑐,𝑆𝑑
= 0,071 < 0,2
𝑁𝑐,𝑟𝑑
𝑁𝑐,𝑆𝑑 𝑀
+ (𝑀𝑥,𝑆𝑑 ) = 0,99 < 1,0 Ok
2 𝑁𝑐,𝑟𝑑 𝑥,𝑅𝑑

4.4 Quadro de caga na base do pilar

Ao realizar a análise da estrutura pelo SAP2000, foi possível obter os


valores da carga do pilar, estes valores podem ser observados na Figura 7.

Figura 7 - Cargas na base do Pilar do nó 387

Fonte: captura do software SAP2000.

4.5 Viga da cobertura

Para os banzos superiores foi utilizado o perfil do tipo cantoneira com seção
2L76x76x4.8x9. A viga mais solicitada possui 𝑁𝑐,𝑆𝑡 = 153,67 𝑘𝑁, barra número
437. Os dados geométricos do perfil escolhido encontram-se nas Figuras 8 e 9.
Figura 8 - Propriedades do perfil 2L64x64x4.8x9

Fonte: captura do software SAP2000.

Figura 9 - Propriedades do perfil 2L64x64x4.8x9

Fonte: captura do software SAP2000.

4.5.1 Verificação da esbeltez

𝐿𝑥 2,0
= 0,0137 = 146 < 200 OK!
𝑟𝑥
𝐿𝑦 2,30
= 0,0348 = 66,09 < 200 OK!
𝑟𝑦
4.5.2 Verificação da capacidade à compressão

4.5.2.1 Elemento AL

𝑏 0,0762
= = 16,0
𝑡 0,00476

𝑏 𝐸 200000
( ) = 0,56√ = 0,56√ = 13,48
𝑡 𝑙𝑖𝑚 𝑓𝑦 345

𝑏 𝑏
>( )
𝑡 𝑡 𝑙𝑖𝑚

𝑏 𝑓𝑦
𝑄𝑠 = 1,415 − 0,74 √ = 0,92
𝑡 𝐸

Flambagem por flexão em relação ao eixo central de inércia x da seção


transversal

𝜋²𝑥𝐸𝑥𝐼𝑥 𝜋 2 𝑥200. 106 𝑥7,91. 10−7


𝑁𝑒𝑥 = = = 282,73 𝑘𝑁
(𝐾𝑥 𝐿𝑥 )2 2,35²

Flambagem por flexão em relação ao eixo central de inércia y da seção


transversal

𝜋²𝑥𝐸𝑥𝐼𝑦 𝜋 2 𝑥200. 106 𝑥1,704. 10−6


𝑁𝑒𝑦 = = = 635,8 𝑘𝑁
(𝐾𝑦 𝐿𝑦 )2 2,30²

Para flambagem por torção em relação ao eixo longitudinal z

Como a cantoneira é dupla, 𝐶𝑤 é nulo.


1 𝜋 2 𝐸𝐶𝑤 1 𝜋 2 ∗ 20 × 106 ∗ 0
𝑁𝑒𝑧 = [ + 𝐺𝐽] = [ + 77000𝑥1,096 × 10−8 ]
𝑟0 2 (𝐾𝑧 𝐿𝑧 )² 0,04212 (2,3)²
= 476,14 𝑘𝑁

𝑟0 = √𝑟𝑥2 + 𝑟𝑦2 = √0,0348² + 0,0237² = 0,0421 𝑚

Assim, 𝑁𝑒 = 282,73 𝑘𝑁.


Índice de esbeltez reduzido

𝑄𝐴𝑔 𝑓𝑦 0,92 ∗ 1,41 × 10−3 ∗ 345 × 106


𝜆0 = √ =√ = 1,26 < 1,5
𝑁𝑒 282730
2 2
𝜒 = 0,658𝜆0 = 0,6581,26 = 0,52

Força axial de cálculo

𝜒𝑄𝐴𝑔 𝑓𝑦 0,52𝑥0,92𝑥1,41 × 10−3 ∗ 345 × 103


𝑁𝑐,𝑅𝑑 = = = 211,56 𝑘𝑁
𝛾𝑎1 1,1
𝑁𝑐,𝑅𝑑 > 𝑁𝑐,𝑆𝑑 OK!

4.6 Contraventamento

A barra utilizada no contraventamento que apresentou maior solicitação


tem perfil adotado foi do tipo cantoneira com seção L203x152x11,1 cuja
solicitação foi de 𝑁𝑡,𝑠𝑑 = 41,8 𝑘𝑁, a barra avaliada foi a número 1714 no SAP
2000 e suas propriedades geométricas estão representadas nas Figuras 10 e
11.
Figura 10 - Propriedades do perfil L203x152x11,1

Fonte: captura do software SAP2000.


Figura 11 - Propriedades do perfil L203x152x11,1

Fonte: captura do software SAP2000.

4.6.1 Escoamento da seção bruta

𝐴𝑔 𝑓𝑦 3,83 × 10−3 ∗ 345 × 103


𝑁𝑡𝑅𝑑 = = = 1201,2 𝑘𝑁
𝛾𝑎1 1,1

4.6.2 Ruptura da seção líquida

𝐴𝑒 𝑓𝑢 3,83 × 10−3 ∗ 485 × 103


𝑁𝑡𝑅𝑑 = = = 1688,7 𝑘𝑁
𝛾𝑎1 1,1
Uma vez que 𝑁𝑡𝑅𝑑 ≫ 𝑁𝑡𝑆𝑑 , tanto para o escoamento da seção bruta, quanto
para a ruptura da seção líquida, o perfil resiste.

4.7 Terças

A terça verificada é a barra 2298, possui perfil “U” com seção C150x12,2,
com 𝑁𝑡,𝑠𝑑 = 66,23 𝑘𝑁 e 𝑀𝑠𝑑 = −7,56 𝑘𝑁𝑚 e suas características podem ser
observadas nas Figuras 12 e 13.
Figura 2 - Propriedades do perfil C150x12.2

Fonte: captura do software SAP2000.


Figura 33 - Propriedades do perfil C150x12.2

Fonte: captura do software SAP2000.

4.7.1 Verificação da capacidade à flexão em torno do eixo ‘x’

Verificação do estado limite para flambagem lateral com torção (FLT)

- Parâmetro de esbeltez
𝐿𝑏 5
λ= = = 36,76
𝑟𝑦 0,136
- Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação

𝐸 200000
λ𝑝 = 1,76√ = 1,76√ = 42,38
𝑓𝑦 345

- Parâmetro de esbeltez correspondente ao início do escoamento


𝑀𝑝𝑙
Como λ < λ𝑝 → 𝑀𝑅𝑑 = 𝛾𝑎1

𝑀𝑝𝑙 = 𝑧𝑥 . 𝑓𝑦 = 7,171. 10−5 𝑥345. 106 = 24,74 𝑘𝑁𝑚


𝑀𝑝𝑙 24,74
𝑀𝑅𝑑 = = = 22,49 𝑘𝑁𝑚
𝛾𝑎1 1,1
Verificação do estado limite para flambagem local da mesa (FLM)

- Parâmetro de esbeltez
𝑏 0,0488
λ= = = 5,60
𝑡 0,00871
- Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação

𝐸 200000
λ𝑝 = 0,38√ = 0,38√ = 10,75
𝑓𝑦 345

- Parâmetro de esbeltez correspondente ao início do escoamento


𝑀𝑝𝑙
Como λ < λ𝑝 → 𝑀𝑅𝑑 = 𝛾𝑎1

𝑀𝑝𝑙 = 𝑧𝑥 . 𝑓𝑦 = 7,171. 10−5 𝑥345. 106 = 24,74 𝑘𝑁𝑚


𝑀𝑝𝑙 24,74
𝑀𝑅𝑑 = = = 22,49 𝑘𝑁𝑚
𝛾𝑎1 1,1

Verificando o estado limite para flambagem local da alma (FLA)

- Parâmetro de esbeltez
ℎ 0,152
λ= = = 29,92
𝑡𝑤 0,00508
- Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação

𝐸 200000
λ𝑝 = 3,76√ = 3,76√ = 106,35
𝑓𝑦 345

- Parâmetro de esbeltez correspondente ao início do escoamento


𝑀𝑝𝑙
Como λ < λ𝑝 → 𝑀𝑅𝑑 = 𝛾𝑎1

𝑀𝑝𝑙 = 𝑧𝑥 . 𝑓𝑦 = 7,171. 10−5 𝑥345. 106 = 24,74 𝑘𝑁𝑚


𝑀𝑝𝑙 24,74
𝑀𝑅𝑑 = = = 22,49 𝑘𝑁𝑚
𝛾𝑎1 1,1

Logo, 𝑀𝑥,𝑅𝑑 = 22,49 𝑘𝑁𝑚


4.7.2 Verificação da capacidade à flexão em torno do eixo ‘y’

Verificando o estado limite para flambagem local da alma (FLA)

- Parâmetro de esbeltez
ℎ 0,152
λ= = = 29,92
𝑡𝑤 0,00508
- Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação

𝐸 200000
λ𝑝 = 3,76√ = 3,76√ = 106,35
𝑓𝑦 345

- Parâmetro de esbeltez correspondente ao início do escoamento


𝑀𝑝𝑙
Como λ < λ𝑝 → 𝑀𝑅𝑑 = 𝛾𝑎1

𝑀𝑝𝑙 = 𝑧𝑦 . 𝑓𝑦 = 7,989. 10−6 𝑥345. 106 = 2,76 𝑘𝑁𝑚


𝑀𝑝𝑙 2,76
𝑀𝑅𝑑 = = = 2,51 𝑘𝑁𝑚
𝛾𝑎1 1,1

Verificação do estado limite para flambagem local da mesa (FLM)

- Parâmetro de esbeltez
𝑏 0,0488
λ= = = 5,60
𝑡 0,00871
- Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação

𝐸 200000
λ𝑝 = 0,38√ = 0,38√ = 10,75
𝑓𝑦 345

- Parâmetro de esbeltez correspondente ao início do escoamento


𝑀𝑝𝑙
Como λ < λ𝑝 → 𝑀𝑅𝑑 = 𝛾𝑎1

𝑀𝑝𝑙 = 𝑧𝑦 . 𝑓𝑦 = 7,989. 10−6 𝑥345. 106 = 2,76 𝑘𝑁𝑚


𝑀𝑝𝑙 2,76
𝑀𝑅𝑑 = = = 2,51 𝑘𝑁𝑚
𝛾𝑎1 1,1
Logo, 𝑀𝑦,𝑅𝑑 = 2,51 𝑘𝑁𝑚.
4.7.3 Força Axial Resistente de Cálculo

4.7.4 Escoamento da seção bruta

𝐴𝑔 𝑓𝑦 1,54 × 10−3 ∗ 345 × 103


𝑁𝑡𝑅𝑑 = = = 483 𝑘𝑁
𝛾𝑎1 1,1

4.7.5 Ruptura da seção líquida

𝐴𝑒 𝑓𝑢 1,54 × 10−3 ∗ 485 × 103


𝑁𝑡𝑅𝑑 = = = 679 𝑘𝑁
𝛾𝑎1 1,1
Uma vez que 𝑁𝑡𝑅𝑑 ≫ 𝑁𝑡𝑆𝑑 , tanto para o escoamento da seção bruta, quanto
para a ruptura da seção líquida, o perfil resiste.

4.7.6 Combinação

𝑁𝑡,𝑆𝑑 66,23
= = 0,13 < 0,2
𝑁𝑡,𝑟𝑑 483
𝑁𝑡,𝑆𝑑 𝑀
+ (𝑀𝑥,𝑆𝑑 ) = 0,40 < 1,0 OK!
2 𝑁𝑡,𝑟𝑑 𝑥,𝑅𝑑

4.8 Tirantes

O perfil mais solicitado nos tirantes foi a barra 78, solicitada por 𝑁𝑡,𝑆𝑑 =
4,66 𝑘𝑁. A barra possui perfil U do tipo C380x74. Os dados do perfil encontram-
se nas Figuras 14 e 15.
Figura 4 - Propriedades do perfil C380x74

Fonte: captura do software SAP2000.


Figura 5 - Propriedades do perfil C380x74

Fonte: captura do software SAP2000.

4.8.1 Escoamento da seção bruta

𝐴𝑒 𝑓𝑦 9,48 × 10−3 ∗ 345 × 103


𝑁𝑡𝑅𝑑 = = = 2973,3 𝑘𝑁
𝛾𝑎1 1,1

4.8.2 Ruptura da seção líquida

𝐴𝑒 𝑓𝑢 9,48 × 10−3 ∗ 485 × 103


𝑁𝑡𝑅𝑑 = = = 4179,8 𝑘𝑁
𝛾𝑎1 1,1
Uma vez que 𝑁𝑡𝑅𝑑 ≫ 𝑁𝑡𝑆𝑑 , tanto para o escoamento da seção bruta, quanto
para a ruptura da seção líquida, o perfil resiste.

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