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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

MARCELO FERREIRA DE SOUZA BEZERRA ARAÚJO

ESTUDO DE FUNDAÇÕES DO TIPO SAPATAS DE CONCRETO


ARMADO RÍGIDAS E FLEXÍVEIS CONSIDERANDO À
COMPRESSÃO SIMPLES, FLEXÃO NORMAL COMPOSTA E
FLEXÃO OBLÍQUA COMPOSTA.

NATAL-RN
2016
I

Marcelo Ferreira de Souza Bezerra Araújo

Estudo de fundações do tipo sapatas de concreto armado rígidas e flexíveis considerando à


compressão simples, flexão normal composta e flexão oblíqua composta.

Trabalho de Conclusão de Curso na modalidade


Monografia, submetido ao Departamento de
Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte como parte dos requisitos
necessários para obtenção do Título de Bacharel em
Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Dr. José Neres da Silva Filho


Coorientador: Eng. Arthur da Silva Rebouças

NATAL - RN
2016
I
II

Marcelo Ferreira de Souza Bezerra Araújo

Estudo de fundações do tipo sapatas de concreto armado rígidas e flexíveis considerando à


compressão simples, flexão normal composta e flexão oblíqua composta.

Trabalho de conclusão de curso na modalidade


Monografia, submetido ao Departamento de Engenharia
Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
como parte dos requisitos necessários para obtenção do
título de Bacharel em Engenharia Civil.

Aprovado em 17 de novembro de 2016:

___________________________________________________
Prof. Dr. José Neres da Silva Filho
Orientador (DEC-UFRN)

___________________________________________________
Eng. Arthur da Silva Rebouças
Co-orientador (CBTU)

___________________________________________________
Prof. Dr. Joel Araújo do Nascimento Neto
Avaliador Interno (DEC-UFRN)

___________________________________________________
Prof. MSc. Leonardo Henrique Borges de Oliveira
Avaliador Externo - UFERSA

Natal-RN
2016
III

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todos


que me ajudaram nesta
caminhada.
IV

AGRADECIMENTOS

É difícil agradecer todas as pessoas que de algum modo, nos momentos serenos
e/ou apreensivos, fizeram ou fazem parte da minha vida, por isso primeiramente
agradeço à todos, que me ajudaram a chegar até aqui, de coração.
Agradeço aos meus pais, Marcus Vinicius Almeida de Araújo e Maria do Carmo
Ferreira de Souza Bezerra Araújo, pela determinação e luta na minha formação e dos
meus irmãos, fazendo amparar os ensinamentos de meus avós.
Agradeço aos meus irmãos, Thiago Ferreira de Souza Bezerra Araújo e Raphael
Ferreira de Souza Bezerra Araújo, que por mais difícil que fossem as circunstâncias,
sempre tiveram paciência e confiança.
Agradeço aos meus colegas de classe e com certeza futuros excelentes
profissionais, que sempre me ajudaram quando precisava.
Não poderia deixar de agradecer, também, aos meus amigos que, através do
companheirismo, dignidade, carinho, autenticidade e amizade, se fizeram atuantes de
alguma forma nessa longa caminhada.
Agradeço à todos os coordenadores do Curso de Engenharia Civil, que tive ao
longo da graduação, por terem acreditado num sonho que agora está prestes a se
realizar.
Agradeço aos professores que desempenharam com dedicação as aulas
ministradas.
Agradeço ao meu querido orientador, José Neres da Silva Filho, que com
paciência e pouco tempo disponível, conseguiu corrigir os meus textos e por ser um
excelente professor e profissional, o qual me espelho.
Agradeço ao meu co-orientador, Arthur da Silva Rebouças, que me ajudou nesta
etapa final.
Agradeço à todos os funcionários da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte que permitiram um melhor ambiente de aprendizado ao longo do processo de
graduação.
E finalmente agradeço a Deus, por proporcionar estes agradecimentos à todos
que tornaram minha vida mais afetuosa, além de ter me dado uma família maravilhosa e
amigos sinceros.
V

RESUMO

ESTUDO DE FUNDAÇÕES DO TIPO SAPATAS DE CONCRETO ARMADO RÍGIDAS


E FLEXÍVEIS CONSIDERANDO À COMPRESSÃO SIMPLES, FLEXÃO NORMAL
COMPOSTA E FLEXÃO OBLÍQUA COMPOSTA.

Autor: Marcelo Ferreira de Souza Bezerra Araújo


Orientador: Dr. José Neres da Silva Filho
Coorientador: Arthur da Silva Rebouças
Departamento de Engenharia Civil – UFRN
Natal, Novembro de 2016

A grande utilização de sapatas como elementos de fundação desperta a


necessidade de se analisar e comparar os critérios especificados em normas brasileiras
e internacionais sobre projetos de sapatas isoladas. Este trabalho dará enfoque no
processo de dimensionamento de sapatas isoladas submetidas à compressão simples,
flexão composta normal e oblíqua através das normas NBR 6118:2014 – “Projeto de
estruturas de concreto – Procedimento” , ACI-318:2014 – “Building Code Requirements
for Structural Concrete“ e do boletim CEB:1970. Busca-se, assim, comparar as taxas de
armadura principal e a quantidade de concreto utilizado através do dimensionamento
pelas normas referidas. Obtendo-se, como resultado, qual a norma é a mais, ou menos,
conservadora no que se refere ao dimensionamento de sapatas.

Palavras Chave: Concreto Armado. Fundação. Sapata.


VI

ABSTRACT

STUDY OF FLEXIBLE AND RIGID FOOTINGS FOUDANTION MADE OF


REINFORCED CONCRETE CONSIDERING SIMPLE COMPRESSION, NORMAL
BENDING WITH COMPRESSION AND OBLIQUE BENDING WITH COMPRESSION.

Author: Marcelo Ferreira de Souza Bezerra Araújo


Supervisor: Dr. José Neres da Silva Filho
Co-supervisor: Arthur da Silva Rebouças
Civil Engineering Department, Federal University of Rio Grande do Norte
Brazil, Natal, November 2016

The widespread utilization of footings as foundation awakens the urgency of


reviewing and comparing different specified criteria in Brazilian and international
standards used to project footings foundation. This study will focus on the design process
of isolated footings submitted to simple compression, normal bending with compression
and oblique bending with compression suggested by the following standards: NBR
6118:2014 - "Design of concrete structures - Procedure", ACI-318:2014 - "Building Code
Requirements for Structural Concrete" and CEB bulletin:1970. Thus, this study seeks to
compare the main reinforcement rates and the amount of concrete required through the
design according to each standard. As result, it is obtained which standard is, in regard to
footing’s design, the most and the less conservative

Keywords: Footing. Reinforced Concrete. Foundation.


VII

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Sapata corrida ................................................................................................................................................. 5


Figura 2 - Sapata com viga alavanca ............................................................................................................................... 5
Figura 3 - Sapata isolada ................................................................................................................................................. 5
Figura 4 - Sapata associada ............................................................................................................................................. 5
Figura 5 - Detalhes construtivos ...................................................................................................................................... 6
Figura 6 - Compressão simples ........................................................................................................................................ 7
Figura 7 - Flexão normal composta ................................................................................................................................. 7
Figura 8 - Flexão oblíqua composta ................................................................................................................................. 7
Figura 9 - Dimensões da sapata ...................................................................................................................................... 8
Figura 10 - Distribuição de tensões para sapatas rígidas ............................................................................................. 11
Figura 11 - Distribuição de tensões para sapatas flexíveis ............................................................................................ 12
Figura 12 - Resumo das distribuições de tensões .......................................................................................................... 12
Figura 13 - Núcleo central .............................................................................................................................................. 14
Figura 14 - Modelos Bielas e tirantes ............................................................................................................................ 18
Figura 15 - Solicitações na sapata ................................................................................................................................. 19
Figura 16 - Cone de punção em sapata rígida ............................................................................................................... 22
Figura 17 – Bielas de compressão em sapatas rígidas .................................................................................................. 22
Figura 18 - Representação do método das bielas .......................................................................................................... 23
Figura 19 - Cargas excêntricas ....................................................................................................................................... 25
Figura 20 - Áreas de influência ...................................................................................................................................... 26
Figura 21 - Representação de quinhões de carga trapezoidais ..................................................................................... 27
Figura 22 - Superfícies críticas C e C’ .............................................................................................................................. 28
Figura 23 - Valores K ...................................................................................................................................................... 29
Figura 24 - Seção de referência S1 ................................................................................................................................. 30
Figura 25 - Seção S2 ....................................................................................................................................................... 31
Figura 26 - Área para cálculo do esforço cortante ......................................................................................................... 31
Figura 27 - Seção de referencia para cálculo ................................................................................................................. 34
Figura 28 - Seção crítica para verificação do esforço cortante ...................................................................................... 34
Figura 29 - Exemplificação do “c AB” .............................................................................................................................. 36
Figura 30 - Representação dos pontos de obtenção das tensões .................................................................................. 40
Figura 31 - Tensões para cálculo ................................................................................................................................... 44
Figura 32 - Tensões para força esforço cortante pelo CEB:1970 ................................................................................... 55
Figura 33 - Representação em planta da sapata ........................................................................................................... 83
Figura 34 - Ábaco para determinação das tensões ....................................................................................................... 93
VIII

Figura 35 - Comparação das taxas médias de armadura para casos de sapatas rígidas .............................................. 94
Figura 36 - Comparação das taxas médias de armadura para casos de sapatas flexíveis ............................................ 94
Figura 37 - Comparação verificações sapatas rígidas ................................................................................................... 95
Figura 38 - Comparação verificações sapatas flexíveis ................................................................................................. 95
Figura 39 - Comparação do peso de aço médio ............................................................................................................ 96
Figura 40 - Comparação do volume de concreto médio ................................................................................................ 96
Figura 41 - Comparação peso de aço médio por m de concreto .................................................................................. 97
3
IX

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 – Situações ...................................................................................................................................................... 38


Tabela 2 - Dimensões em planta das sapatas ............................................................................................................... 39
Tabela 3 - Posição de aplicação da carga vertical e suas excentricidades .................................................................... 40
Tabela 4 - Tensões ......................................................................................................................................................... 41
Tabela 5 - Novas dimensões em planta das sapatas ..................................................................................................... 42
Tabela 6 - Novas excentricidades .................................................................................................................................. 42
Tabela 7 - Novas tensões na base .................................................................................................................................. 43
Tabela 8 – Alturas para sapatas rígidas segundo NBR 6118:2014 ................................................................................ 44
Tabela 9 - Tensões de tração características ................................................................................................................. 45
Tabela 10 - Armaduras necessárias ............................................................................................................................... 45
Tabela 11 - Verificação biela comprimida ..................................................................................................................... 46
Tabela 12 - Estabilidade das sapatas pela NBR 6118:2014 ........................................................................................... 47
Tabela 13 - Alturas para sapatas flexíveis segundo NBR 6118:2014 ............................................................................. 48
Tabela 14 – Momentos fletores de projeto pela NBR 6118:2014 .................................................................................. 49
Tabela 15 - Armaduras necessárias pela NBR 6118:2014 ............................................................................................. 49
Tabela 16 - Verificação da biela pela NBR 6118:2014 ................................................................................................... 50
Tabela 17 - Punção pela NBR 6118:2014 ....................................................................................................................... 50
Tabela 18 - Punção pela NBR 6118:2014 ....................................................................................................................... 51
Tabela 19 – Punção pela NBR 6118:2014 ...................................................................................................................... 51
Tabela 20 - Estabilidade das sapatas pela NBR 6118:2014 ........................................................................................... 52
Tabela 21 - Alturas para sapatas rígidas segundo CEB:1970 ........................................................................................ 53
Tabela 22 – Momentos fletores de projeto pelo CEB:1970 ............................................................................................ 54
Tabela 23 - Armadura pelo CEB:1970 ............................................................................................................................ 54
Tabela 24 - Tensões paraesforço cortante para CEB:1970 ............................................................................................ 56
Tabela 25 - Dimensões para verificação doesforço cortante ......................................................................................... 56
Tabela 26 - Verificação ao esforço cortante CEB:1970 .................................................................................................. 57
Tabela 27 - Alturas para sapatas flexíveis segundo CEB:1970 ...................................................................................... 58
Tabela 28 – Momentos fletores de projeto pelo CEB:1970 ............................................................................................ 58
Tabela 29 - Armadura pelo CEB:1970 ............................................................................................................................ 59
Tabela 30 - Tensões paraesforço cortante para CEB:1970 ............................................................................................ 59
Tabela 31 - Dimensões para verificação doesforço cortante ......................................................................................... 60
Tabela 32 - Verificação ao esforço cortante CEB:1970 .................................................................................................. 60
Tabela 33 - Punção pelo CEB:1970 ................................................................................................................................ 61
Tabela 34 - Punção pelo CEB:1970 ................................................................................................................................ 61
X

Tabela 35 - Punção pelo CEB:1970 ................................................................................................................................ 62


Tabela 36 – Punção pelo CEB:1970 ................................................................................................................................ 62
Tabela 37 - Alturas para sapatas pelo ACI-318:2014 .................................................................................................... 63
Tabela 38 - Momentos de projeto pelo ACI-318:2014 ................................................................................................... 64
Tabela 39 - Armadura pelo ACI-318:2014 ..................................................................................................................... 64
Tabela 40 - Tensões paraesforço cortante para ACI-318:2014 ...................................................................................... 65
Tabela 41 - Punção pelo ACI-318:2014 .......................................................................................................................... 66
Tabela 42 - Punção pelo ACI-318:2014 .......................................................................................................................... 66
Tabela 43 - Punção pelo ACI-318:2014 .......................................................................................................................... 67
Tabela 44 - Alturas para sapatas pelo ACI-318:2014 .................................................................................................... 68
Tabela 45 – Momentos fletores de projeto pelo ACI-318:2014 ..................................................................................... 68
Tabela 46 - Armadura pelo ACI-318:2014 ..................................................................................................................... 69
Tabela 47 - Tensões para esforço cortante para ACI-318:2014 ..................................................................................... 69
Tabela 48 - Punção pelo ACI-318:2014 .......................................................................................................................... 70
Tabela 49 - Punção pelo ACI-318:2014 .......................................................................................................................... 70
Tabela 50 - Punção pelo ACI-318:2014 .......................................................................................................................... 71
Tabela 51 – Comparação da taxa média de armadura principal para sapatas rígidas ................................................. 72
Tabela 52 – Comparação da taxa média de armadura principal para sapatas flexíveis ............................................... 72
Tabela 53 - Comparação verificações sapatas rígidas ................................................................................................... 73
Tabela 54 - Comparação verificações sapatas flexíveis ................................................................................................. 74
Tabela 55 - Comparação peso médio de aço e volume médio de concreto .................................................................. 75
Tabela 56 - Comparação peso de aço médio por m de concreto .................................................................................. 76
3

Tabela 57 - Pilar P1 ........................................................................................................................................................ 83


XI

SIMBOLOGIA

SÍMBOLO SIGNIFICADO

𝐶! Dimensão do pilar paralela à excentricidade da força

𝐶! Dimensão do pilar perpendicular à excentricidade da força

𝑒! Excentricidade na direção “x” da sapata

F!"#$"% Força estabilizante em decorrência do atrito

𝑓!" Resistência à compressão de projeto do concreto

𝑓!" Resistência à compressão característica do concreto

F!"#$ã! Força estabilizante em decorrência da coesão do solo

F! Ação horizontal

F! Ação vertical

F!" Ação vertical de projeto

𝑓′! Resistencia à compressão característica do concreto adotada pelo ACI-

318:2014

M!"#$% Momento estabilizante

𝑀!" Momento fletor de projeto aplicado

M!"#$ Momento desestabilizante

T! Esforço de tração na base da sapata na direção “x“

T! Esforço de tração na base da sapata na direção “y“

𝑢! Perímetro do contorno crítico C

𝑢 Perímetro do contorno crítico C’

V!" Esforço esforço cortante resistente

𝑊! Módulo de resistência plástica do perímetro crítico

𝜆! Fator obtido através do ábaco de MONTOYA (1973)


XII

SIMBOLOGIA

SÍMBOLO SIGNIFICADO

𝜎!"# Tensão admissível do solo

σ!Á! Tensão máxima na base da sapata

σ!"# Tensão mínima na base da sapata

τ!"# Tensão cisalhante resistente referente a diagonais comprimidas do concreto

τ!"! Tensão de cisalhamento resistente para dispensar armadura transversal

τ!" Tensão cisalhante solicitante de projeto

A Dimensão em planta na direção “x“ da sapata

aP Dimensão em planta na direção “x“ do pilar

Area Área da base da sapata

B Dimensão em planta na direção “y“ da sapata

bP Dimensão em planta na direção “y“ do pilar

C Balanço da sapata

c Coesão do solo

d Altura útil

h Altura maior da sapata

h0 Altura menor da sapata

𝐼 Momento de inércia

K Coeficiente utilizado no cálculo do τ!"

𝑀 Momento fletor aplicado característico

P Peso próprio da sapata

𝛽 Ângulo definido pela “Figura 9 - Dimensões da sapata”

ρ Taxa de armadura

𝜑 Ângulo de atrito do solo


XIII

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1

1.1. Considerações Iniciais.............................................................................................. 1

1.2. Objetivo Geral........................................................................................................... 1

1.3. Objetivos específicos................................................................................................ 2

1.4. Justificativa ............................................................................................................... 2

1.5. Estrutura do Trabalho ............................................................................................... 2

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................ 4

2.1. Generalidades .......................................................................................................... 4

2.2. Detalhes Construtivos .............................................................................................. 5

2.2.1. Dimensões mínimas .............................................................................................. 5

2.2.2. Profundidade mínima ............................................................................................ 6

2.3. Tipos de solicitações ................................................................................................ 7

2.4. Classificação quanto a rigidez .................................................................................. 7

2.4.1. Segundo a NBR 6118:2014 .................................................................................. 8

2.4.2. Segundo CEB:1970 ............................................................................................... 9

2.4.3. Segundo ACI-318:2014 ......................................................................................... 9

2.5. Dimensionamento geométricas ................................................................................ 9

2.5.1. Para cargas centradas ........................................................................................ 10

2.5.2. Para cargas excêntricas ...................................................................................... 11

2.6. Tensões na base .................................................................................................... 11

2.6.1. Núcleo central de inércia ..................................................................................... 13

2.6.2. Cálculo de tensão na base .................................................................................. 14

2.6.2.1. Ação centrada .................................................................................................. 14


XIV

2.6.2.2. Ação centrada com momento em uma direção ................................................ 14

2.6.2.3. Ação centrada com momento em duas direção ............................................... 16

2.7. Punção ................................................................................................................... 17

2.8. Modelos bielas e tirantes ........................................................................................ 17

2.9. Verificação da estabilidade .................................................................................... 18

2.9.1. Verificação da segurança ao tombamento .......................................................... 18

2.9.2. Verificação da segurança ao deslizamento ......................................................... 20

3. MÉTODOS DE DIMENSIONAMENTO...................................................................... 21

3.1. NBR 6118:2014 ...................................................................................................... 21

3.1.1. Sapatas rígidas.................................................................................................... 21

3.1.1.1. Modelo de cálculo para armadura principal ..................................................... 22

3.1.1.2. Verificação da biela comprimida (compressão diagonal) ................................. 25

3.1.2. Sapatas flexíveis ................................................................................................. 26

3.1.2.1. Modelo de cálculo para armadura principal ..................................................... 26

3.1.2.2. Verificação da biela comprimida ...................................................................... 28

3.1.2.3. Verificação à punção ........................................................................................ 28

3.2. CEB:1970 ............................................................................................................... 30

3.2.1. Sapatas rígidas.................................................................................................... 30

3.2.1.1. Modelo de cálculo para armadura principal ..................................................... 30

3.2.1.2. Verificação ao esforço cortante ........................................................................ 31

3.2.2. Sapatas flexíveis ................................................................................................. 32

3.2.2.1. Modelo de cálculo para armadura principal ..................................................... 32

3.2.2.2. Verificação ao esforço cortante ........................................................................ 32

3.2.2.3. Verificação à punção ........................................................................................ 32

3.3. ACI-318:2014 ......................................................................................................... 33

3.3.1. Modelo de cálculo para armadura principal ........................................................ 33


XV

3.3.2. Verificação ao esforço cortante ........................................................................... 34

3.3.3. Verificação à punção ........................................................................................... 35

4. MODELOS TEÓRICOS ANALISADOS ..................................................................... 38

4.1. Situações ................................................................................................................ 38

5. DIMENSIONAMENTO ANALÍTICO ........................................................................... 39

5.1. Dimensionamento geométrico geral ....................................................................... 39

5.2. Dimensionamento pela NBR 6118:2014 ................................................................ 43

5.2.1. Para sapatas rígidas............................................................................................ 43

5.2.1.1. Verificação da biela comprimida ...................................................................... 46

5.2.1.2. Verificação da estabilidade .............................................................................. 47

5.2.2. Para sapatas flexíveis ......................................................................................... 47

5.2.2.1. Verificação da biela comprimida ...................................................................... 50

De modo similar ao realizado no Tópico 5.2.1.1, têm-se: ................................................ 50

5.2.2.2. Verificação à punção ........................................................................................ 50

5.2.2.3. Verificação da estabilidade .............................................................................. 52

5.3. Dimensionamento pelo CEB:1970 ......................................................................... 53

5.3.1. Para sapatas rígidas............................................................................................ 53

5.3.1.1. Verificação ao esforço cortante ........................................................................ 55

5.3.1.2. Verificação da estabilidade .............................................................................. 57

5.3.2. Para sapatas flexíveis ......................................................................................... 57

5.3.2.1. Verificação ao esforço cortante ........................................................................ 59

5.3.2.2. Verificação à punção ........................................................................................ 61

5.3.2.3. Verificação da estabilidade .............................................................................. 63

5.4. Dimensionamento pelo ACI-318:2014 ................................................................... 63

5.4.1. Dimensionamento adotando alturas das sapatas rígidas ................................... 63

5.4.1.1. Verificação ao esforço cortante ........................................................................ 65


XVI

5.4.1.2. Verificação à punção ........................................................................................ 66

5.4.1.3. Verificação da estabilidade .............................................................................. 67

5.4.2. Dimensionamento adotando alturas das sapatas flexíveis ................................. 67

5.4.2.1. Verificação ao esforço cortante ........................................................................ 69

5.4.2.2. Verificação à punção ........................................................................................ 70

5.4.2.3. Verificação da estabilidade .............................................................................. 71

6. ANÁLISE COMPARATIVA DOS RESULTADOS ...................................................... 72

7. CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS........................... 77

7.1. Sugestões para trabalhos futuros .......................................................................... 78

8. REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 79

ANEXO A ......................................................................................................................... 81

ANEXO B ......................................................................................................................... 83

ANEXO C ......................................................................................................................... 93

ANEXO D ......................................................................................................................... 94
1

1. INTRODUÇÃO

1.1. Considerações Iniciais

O Brasil, por ser um país em desenvolvimento, ainda possui diversas áreas da


engenharia que precisam ser desenvolvidas e ampliadas concomitantemente com o seu
desenvolvimento econômico e social. Desde áreas que passam um pouco
despercebidas por grande parte da população, a exemplo da cultura, a áreas de grande
percepção, como a infraestrutura. No que concerne ao desenvolvimento da
infraestrutura, pode-se afirmar que a realização de estudos em diversas áreas técnicas,
a exemplo das engenharias, é peça fundamental para um mais rápido e melhor
desenvolvimento da infraestrutura no país. Esse, por sua vez, está intrinsicamente ligado
à qualidade da engenharia civil. A fim de proporcionar um aperfeiçoamento, no que diz
respeito à qualidade e durabilidade das construções, esse trabalho foca-se no estudo
analítico de fundações do tipo sapatas isoladas.
O início do projeto estrutural de uma edificação dar-se início pela sondagem do
terreno sobre o qual ela será erguida. A sondagem consiste na identificação das
camadas do solo e da sua resistência, além de detectar a presença do lençol freático.
Essas informações são fundamentais para que o calculista projete adequadamente as
fundações. Essas, por sua vez, são elementos estruturais cuja função é transmitir as
ações atuantes na estrutura à camada resistente do solo. Os elementos estruturais de
fundações devem apresentar resistência adequada para suportar as tensões geradas
pelos esforços solicitantes. Além disso, uma fundação deve transferir, de maneira
segura, as ações da superestrutura ao solo, de modo que os recalques totais e
diferenciais não ultrapassem os valores limites definidos por norma.

1.2. Objetivo Geral

A pesquisa tem como objetivo comparar e analisar o processo de


dimensionamento de sapatas isoladas submetidas à compressão simples, flexão normal
composta e flexão obliqua composta através das normas NBR 6118:2014 – “Projeto de
estruturas de concreto – Procedimento”, ACI-318:2014 – “Building Code Requirements
for Structural Concrete“ e do boletim CEB:1970.
2

1.3. Objetivos específicos

Os objetivos específicos são:

Ø Fazer o dimensionamento geométrico de elementos de fundação tipo sapatas


isoladas;
Ø Obter os esforços solicitantes pelos modelos analíticos correntes;
Ø Fazer o dimensionamento e obter as taxas de armaduras principal pelas
normas NBR 6118:2014 – “Projeto de estruturas de concreto –
Procedimento”, ACI-318:2014 – “Building Code Requirements for Structural
Concrete“ e pelo boletim CEB:1970.

1.4. Justificativa

As sapatas representam uma das principais soluções utilizadas no Brasil como


elemento fundação. A sua utilização quando associada à falta de conhecimento de
dimensionamento pode ocasionar diversos problemas, dentre eles, destaca-se o
problema relativo à integridade e estabilidade da edificação. Ainda assim, percebe-se
que há uma considerável carência de novos estudos analíticos, numéricos e
experimentais nesse âmbito, o que proporciona a manutenção de métodos e critérios
antigos de dimensionamento. Nesse sentido, pretende-se analisar e comparar os
critérios de dimensionamento de sapatas especificados nas normas NBR 6118:2014 –
“Projeto de estruturas de concreto – Procedimento”, ACI-318:2014 – “Building Code
Requirements for Structural Concrete“ e no boletim CEB:1970, a fim de identificar suas
limitações e dar indicações para subsidiar a buscar por novos modelos analíticos para o
dimensionamento de fundações em sapatas, levando em conta a segurança estrutural, a
economia e a sua praticidade de execução.

1.5. Estrutura do Trabalho

O presente estudo estruturou-se em nove capítulos, a começar por este primeiro,


o qual ressalta a relevância do estudo a ser feito.
3

O Capítulo 2 (dois) abordará as informações necessárias para entendimento do


passo a passo do dimensionamento de sapata através das diferentes normas em
questão. Esse capítulo tem o objetivo de apresentar os principais conceitos básicos
relacionados ao tema em estudo, tal como: obtenção de tensões na base das sapatas, o
núcleo central de inércia, efeito de punção, método de bielas e tirantes...
Já o Capítulo 3 apresentará os métodos de dimensionamento através dos critérios
específicos das respectivas normas, NBR 6118:2014 – “Projeto de estruturas de
concreto – Procedimento” , ACI-318:2014 – “Building Code Requirements for Structural
Concrete“ e do boletim CEB:1970.
O Capítulo 4 tratará de definir os modelos a serem dimensionados e que servirão
como base para a análise comparativa das normas abordadas.
No capítulo 5 será apresentado o completo dimensionamento dos modelos via as
diferentes normas e métodos pré-estabelecidos.
O Capítulo 6 apresentará a análise comparativa dos resultados fornecidos
baseados nas normas.
O Capítulo 7 tratará de apresentar as conclusões do estudo realizado.
Para finalizar, o Capítulo 8 apresenta as referências bibliográficas.
4

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Generalidades

Segundo CINTRA e AOKI (2011), em função do modo de transmissão dos


esforços ao solo, as fundações classificam-se em:

• Fundação direta: Elemento de fundação em que a ação é transmitida


majoritariamente pelas tensões distribuídas sob a base da fundação, e em que,
normalmente, a profundidade de assentamento em relação ao nível do terreno
confinante é inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação em planta.
Deve-se atentar que qualquer resistência promovida pela pelo atrito lateral não
deve ser considerada no cálculo da tensão admissível. Faz parte desse grupo as
sapatas, radiers e tubulões.
• Fundação Indireta: Elemento de fundação que transmite as ações ao solo tanto
pela sua superfície lateral (resistência de fuste) como, também, pela base da
fundação (resistência de ponta). Em sua grande maioria apresenta uma
resistência de fuste superior à resistência de ponta. Geralmente está assentada
em profundidade superior ao dobro de sua menor dimensão em planta e no
mínimo 3m. Neste tipo de fundação incluem-se as estacas.

De acordo com a NBR 6122:2010 (2010, p. 2), “sapatas são elementos de


fundação superficial, de concreto armado, dimensionados de modo que as tensões de
tração nele resultantes sejam resistidas pelo emprego de armadura especialmente
disposta para esse fim.". Esse tipo fundação direta caracteriza-se por ser um elemento
tridimensional e ter a finalidade de transferir para o terreno as ações provenientes de
pilares ou paredes. A área da base das sapatas deve ser dimensionada a partir da
tensão admissível do solo, estabelecida através das devidas inspeções necessárias. O
tema que se refere ao estudo geotécnico das fundações não será abordado neste
estudo.
Em decorrência da grande variabilidade do solo, local de assentamento e das
cargas atuantes, surgiram diferentes tipos sapatas. Essas podem ser classificadas como
5

corridas (Figura 1), viga alavanca (Figura 2), isoladas (Figura 3), associadas (Figura 4).
Destaca-se que no estudo em questão apenas as sapatas isoladas serão abordadas.

Figura 1 - Sapata corrida Figura 2 - Sapata com viga alavanca

Figura 3 - Sapata isolada Figura 4 - Sapata associada

Fonte: Disponível em: <http://blog.construir.arq.br/fundacao_sapata/.> Acesso em: 15 de


Maio de 2016

2.2. Detalhes Construtivos

2.2.1. Dimensões mínimas

Conforme a NBR 6122:2010 (item 7.7.1), as sapatas isoladas não devem ter
dimensões, em planta, inferiores a 0,60 metros. Essa mesma norma, no item 7.7.3,
determina a utilização de um lastro de concreto não estrutural, com no mínimo de 5
centímetros, sob a base da sapata com a função de regularizar o local de assentamento.
Já o ACI-318:2014, apesar de não definir as dimensões mínimas em planta para
os elementos de fundação em questão, estabelece uma altura mínima, relativa a h0 das
sapatas, de 0,20 metros.
6

CAMPOS (2015) determina que o valor de h0 satisfaça as seguintes condições:

h/3 (1)
h! cm ≥
20 𝑐𝑚

Segundo CAMPOS (2015), deve-se atentar para que a altura do elemento de


fundação seja suficiente para permitir a ancoragem da armadura proveniente do pilar.
A fim de proporcionar uma economia no que se refere à utilização de concreto e
fôrma, tornou-se comum executar sapatas com altura variando linearmente, sendo no
encontro pilar-sapata a região de maior altura. De acordo com MONTOYA, MESEGUER
e CABRÉ (1973 apud CAMPOS, 2015), o ângulo gerado a partir da variação de altura
com a horizontal não deve ultrapassar 30°. Em sapatas de altura variável, deve haver
um espaço, entre 3 a 10 centímetros, para apoio e vedação da fôrma do pilar no topo da
sapata. A Figura 5 apresenta os detalhes construtivos citados.
Figura 5 - Detalhes construtivos

Fonte: Bastos (2012)

2.2.2. Profundidade mínima

Conforme a NBR 6122:2010, nas divisas com terreno vizinhos, salvo quando a
fundação for assente sobre rocha, tal profundidade não deve ser inferior a 1,5 m. Em
casos de obras cujas sapatas ou blocos estejam majoritariamente previstas com
dimensões inferiores a 1,0 metro, essa profundidade mínima pode ser reduzida. Apesar
disso, as normas NBR 6118:2014, ACI-318:2014 e o boletim CEB:1970, não
7

estabelecem uma profundidade mínima de assentamento, apenas citam que essa tem
que ser suficiente para conferir uma capacidade de suporte à estrutura ao longo da vida
útil estabelecida para a edificação.

2.3. Tipos de solicitações

As sapatas podem estar solicitadas a compressão simples, porém, em muitas


situações práticas, as cargas verticais provenientes dos pilares ou parede são aplicadas
excentricamente em relação ao centro de gravidade das fundações. Dessa forma,
verifica-se que as sapatas, em sua grande maioria, estarão solicitadas à flexão normal
composta e flexão oblíqua composta.
O tipo de carregamento, em conjunto com a classificação relativa à rigidez da
fundação e do tipo de solo, são responsáveis por determinar como ocorrerá a
distribuição de tensões sob a base da sapata.

Figura 6 - Compressão simples Figura 7 - Flexão normal composta Figura 8 - Flexão oblíqua composta

Fonte: Disponível em: <http://nova.fau.ufrj.br/material_didatico/FAE361-


%20%20%20%20Aula.pdf> Acesso em: 20 de Maio de 2016

2.4. Classificação quanto a rigidez

Segundo MONTOYA (1973 apud CAMPOS, 2015) as sapatas, de acordo o seu


comportamento estrutural e suas dimensões, podem ser classificadas em flexíveis ou
rígidas. A classificação das sapatas, relativa a esse aspecto, é de grande importância,
uma vez que direciona a forma como a distribuição de tensões na interface base da
sapata com o solo deve ser considerada, bem como o procedimento ou método adotado
durante dimensionamento estrutural.
De acordo com ANDRADE (1989 apud SILVA e GIONGO, 2008), um fator
determinante para a definição da rigidez de uma sapata é a resistência do solo. Sugere-
8

se a utilização de sapatas flexíveis para pequenas solicitações e solos de baixa


resistência, com tensão admissível abaixo de 150 kN/m2. Já em relação às sapatas
rígidas, sugere-se a utilização dessas quando há solicitações consideráveis e um solo
de relativa resistência.

2.4.1. Segundo a NBR 6118:2014

Conforme a NBR 6118:2014 (item 22.6.1), as sapatas são classificadas em:

• Sapata Rígida:
A − a! (2)
h≥ → 𝛽 ≥ 33.7°
3

• Sapata Flexível:
A − a! (3)
h< → 𝛽 < 33.7°
3
Onde, "h" é a altura da sapata, "𝐴" é a dimensão da sapata na direção calculada,
"a! " é a altura da seção do pilar na mesma direção e "𝛽" é o ângulo indicado na Figura
9. Vale salientar que a rigidez deve ser calculada em ambas as direções da sapata.

Figura 9 - Dimensões da sapata

Fonte: Bastos (2012)


9

2.4.2. Segundo CEB:1970

Apoiando-se em estudos realizados por MONTOYA (1973) e LEBELLE (1936), o


CEB:1970 estabelece a classificação relativa a rigidez da seguinte maneira:

• Sapata Rígida:
0,5 ≤ tan 𝛽 ≤ 1,5 → 26,6° ≤ β ≤ 56,3° (4)
Ou
A cm − a! cm A cm − a! cm (5)
≤ h cm ≤ 1,5
4 2
• Sapata Flexível:
tan 𝛽 < 0,5 → β < 26,6° (6)
Ou
A cm − a! cm (7)
h cm <
4
Onde, " tan 𝛽 " é igual a "h/C", "h" é a altura da sapata, "𝐴" é a dimensão da
sapata na direção calculada, "a! " é a altura da seção do pilar na mesma direção e "C" é
o balanço da sapata. A rigidez deve ser calculada em ambas as direções da sapata.
Em caso de tan 𝛽 > 1,5 → β > 56,3°, entende-se que o elemento de fundação tem
que ser tratado como bloco de fundação, uma vez que o concreto, sem a presença de
armadura de flexão, já resiste as tensões geradas.

2.4.3. Segundo ACI-318:2014

A norma americana, ACI-318:2014, não estabelece qualquer classificação


referente a rigidez de sapatas. Assim, todas as sapatas são tratadas de uma única
maneira.

2.5. Dimensionamento geométricas

Durante o processo de cálculo da área da base da sapata, o meio técnico sugere


acrescentar à ação vertical em 5% para sapatas flexíveis e 10% para rígidas, apesar de
a NBR 6122:2010 determinar a utilização de no mínimo 5% para qualquer tipo de
fundação. Esse acréscimo é realizado para que o peso próprio da sapata seja levado em
10

consideração. BASTOS (2012) sugere que os valores de “A” e “B”, em centímetros,


sejam múltiplos de 5.
A NBR 6122:2010 (item 6.3), ARAÚJO (2013) e MORAES (1976) estabelecem
que em situações onde o vento é a ação variável principal, os valores de tensão
admissível em sapatas podem ser majorados em até 30% para a verificação da tensão
máxima nas bordas.
Segundo ALONSO (1983 apud SILVA e GIONGO, 2008), a escolha das
dimensões em planta da sapata, “A“ e “B“, devem ser feitas de modo que:

• O centro de gravidade da sapata e do pilar coincidam;


• Que a relação entre os lados “A“ e “B“ seja sempre menor ou igual a 2,5;
• Os balanços da sapata sejam semelhantes, promovendo, assim, a adoção
de taxas de armaduras similares nas duas direções.

A seguinte equação é utilizada para obter os lados de sapatas com balaços


iguais:
(8)
1 1 !
B = 𝑏! − 𝑎! + 𝑏 − 𝑎! + 𝐴𝑟𝑒𝑎
2 4 !

Onde, "Area" é área da base da sapata necessária.

2.5.1. Para cargas centradas

De acordo com a NBR 6122:2010, a área da fundação solicitada por cargas


centradas deve ser tal que as tensões transmitidas ao terreno, admitidas uniformemente
distribuídas, sejam menores ou iguais a tensão admissível ou tensão resistente de
projeto do solo de apoio. Pode-se afirmar que as dimensões em planta, necessárias
para uma sapata, será obtida da seguinte equação:

F! (9)
Area = A ∙ B =
𝜎!"#

Onde, "F! " é ação vertical e "𝜎!"# " é tensão admissível do solo.
11

2.5.2. Para cargas excêntricas

Em situações onde a fundação é solicitada por uma carga excêntrica, deve-se


assegurar que a tensão máxima de borda seja menor ou igual à tensão admissível ou
tensão resistente de projeto, bem como que mais de 2/3 da área da base da sapata
esteja sob compressão. Em casos em que a ação do vento é a ação variável principal,
pode-se utilizar a equação (9) para obter as dimensões da sapata. Posteriormente,
deve-se verificar se a tensão na borda da sapata, calculada de acordo com o Tópico 2.6,
é inferior a tensão admissível do solo acrescida de 30%.

2.6. Tensões na base

A partir da determinação da rigidez da fundação e da natureza do solo que servirá


como base, pode-se, de maneira simplificada, ter prévia noção de como ocorrerá a
distribuição de tensões ao longo da base da sapata.
LEONHARDT e MÖNNING (1978 apud CAMPOS, 2015) e MONTOYA,
MESEGUER E CABRÉ (1973 apud CAMPOS, 2015) comprovaram que as tensões na
interface base da sapata-solo, em fundações rígidas e flexíveis sob a ação de cargas
centradas, apresentam os seguintes formatos de distribuições apresentados nas Figuras
11 e 12 para sapatas rígidas e flexíveis.

Figura 10 - Distribuição de tensões para sapatas rígidas

Fonte: Campos (2015)


12

Figura 11 - Distribuição de tensões para sapatas flexíveis

Fonte: Campos (2015)

A análise detalhada da distribuição de tensões, entretanto, é bastante complexa e


apresentam, na maioria das vezes, apenas informações qualitativas sobre o real
comportamento sapata-solo.
Diante dessas considerações, sugere-se a adoção da hipótese de uma pressão
no solo uniformemente distribuída ao longo da sapata, com exceção para sapatas
assentadas sob rocha. Nesses casos, pode-se admitir a distribuição em forma de dois
triângulos com o vértice no centro da sapata. Para sapatas rígidas, o vértice aponta para
cima (tensão zero), enquanto que para sapatas flexíveis o vértice aponta para baixo
(tensão máxima).
Figura 12 - Resumo das distribuições de tensões

Fonte: Campos (2015)


13

De acordo com a NBR 6118:2014, é possível admitir essa simplificação da


distribuição de tensões para sapatas rígidas. Por outro lado, a norma em questão cita
que para sapatas flexíveis ou em casos extremos de fundação em rocha, mesmo com
sapata rígida, essa hipótese deve ser revista.
Como visto anteriormente, em caso de ação centrada, a adoção de uma
distribuição de tensões uniforme pode ser feita, entretanto, em casos de ações
excêntricas, o diagrama de tensões varia linearmente ao longo da direção da
excentricidade.
Uma fundação é solicitada à ação excêntrica quando apresenta:
• Um carregamento vertical cujo eixo não coincide com o centro de
gravidade da superfície de contato da fundação com o solo;
• Carregamento horizontal situado fora do plano da base da fundação;
• Qualquer conjunto de carregamentos que gerem momentos na fundação.

2.6.1. Núcleo central de inércia

O núcleo central de inércia é definido como a região geométrica da seção


transversal da sapata, que se nela for aplicada uma carga de compressão P, toda a
seção apresentará apenas tensões de compressão. A medida que as excentricidades
dos carregamentos aumentam, a carga de compressão P tende a sair do núcleo central
de inércia, fazendo com que apenas uma determinada região da sapata fique sob
compressão.
14

Figura 13 - Núcleo central

Fonte: Silva e Giongo (2008)

2.6.2. Cálculo de tensão na base

2.6.2.1. Ação centrada

A determinação da tensão na base de uma sapata submetida a uma ação


centrada, assumindo a hipótese de distribuição uniforme é obtida da seguinte maneira:

F! (10)
σ=
𝐴𝑟𝑒𝑎

Onde, "F! " é a ação vertical centrada e "Area" é área da base da sapata.

2.6.2.2. Ação centrada com momento em uma direção

O momento aplicado em uma direção pode ser analisado aplicando-se a ação


vertical, que a priori era centrada, com uma excentricidade tal que proporcionasse o
respectivo momento. Assim, a determinação da tensão na base de uma sapata
submetida a uma ação com excentricidade em uma direção, assumindo as hipóteses já
citadas, é obtida da seguinte maneira:
• Em caso da ação ser aplicada dentro do núcleo central de inércia:
15

Para o ponto de aplicação da ação se localizar dentro do núcleo central de


inércia, a condição e < A/6 tem que ser satisfeita. Sendo, "𝑒! " a excentricidade e "A” a
dimensão da sapata na mesma direção da excentricidade. Utilizando-se da fórmula de
flexão composta da Resistência dos Materiais, têm-se:

F! 𝑀∙𝑦 (11)
σ= +
𝐴𝑟𝑒𝑎 𝐼

Onde, "F! " é a ação vertical, "Area" é área da base da sapata, "𝑀" é o momento
aplicado ou gerado por uma excentricidade, "𝑦" é a distancia do eixo central ao ponto
onde a tensão está sendo calculado e "𝐼" é o momento de inércia da base da sapata. As
tensões são dadas pela equação (12) abaixo:

F! 6𝑒! (12)
σ= 1±
𝐴 ∙ 𝐵 𝐴

Sendo a tensão máxima dada por:

F! 6 ∙ 𝑒! (13)
σ!Á! = 1+
𝐴 ∙ 𝐵 𝐴
E a mínima por:
F! 6𝑒! (14)
σ!"# = 1−
𝐴 ∙ 𝐵 𝐴

• Em caso da ação ser aplicada no limite do núcleo central de inércia:

O valor da tensão máxima é obtido a partir da seguinte expressão:

F! (15)
σ!Á! = 2 ∙
𝐴 ∙ 𝐵

• Em caso da ação ser aplicada fora do núcleo central de inércia:


16

Para o ponto de aplicação da ação se localizar fora do núcleo central de inércia, a


condição e > A/6 tem que ser satisfeita. Sendo, "e" a excentricidade e "A” a dimensão
da sapata na mesma direção da excentricidade.
Em ocasiões como esta, apenas uma parte da sapata estará sendo comprimida.
Destaca-se que não ocorre tensão de tração na base da sapata, uma vez que o solo é
incapaz de proporcionar tal efeito. O valor da tensão máxima é dado por:

2F! (16)
σ!Á! =
𝐴
3𝐵 2 − 𝑒!

2.6.2.3. Ação centrada com momento em duas direção

De maneira análoga ao cálculo de tensões na base em sapatas com cargas


excêntricas em apenas uma direção, têm-se:

F! 𝑀! ∙ 𝑦 𝑀! ∙ 𝑦 (17)
σ= + +
𝐴𝑟𝑒𝑎 𝐼 𝐼

• Em caso da ação ser aplicada dentro ou no limite do núcleo central de inércia:

Para o ponto de aplicação da ação se localizar dentro ou no limite do núcleo


central de inércia, a seguinte condição tem que ser satisfeita:

e! e! 1 (18)
+ ≤
𝐴 𝐵 6

A partir disso, encontra-se a tensão máxima e mínima através das seguintes


expressões:
F! 6𝑒! 6𝑒! F! 6𝑒! 6𝑒! (19) e (20)
σ!Á! = 1+ + σ!"# = 1− −
𝐴 ∙ 𝐵 𝐴 𝐵 𝐴 ∙𝐵 𝐴 𝐵

• Em caso da ação ser aplicada fora do núcleo central de inércia:


17

MONTOYA (1973 apud BASTOS,2012), a fim de facilitar o processo de


determinação da tensão máxima em situações como essa, desenvolveu o ábaco
apresentado no Anexo C.
A tensão máxima é dada por:
F! (21)
σ!Á! =
𝜆! ∙ 𝐴 ∙ 𝐵

Onde, "𝜆! " é um fator encontrado através do ábaco de MONTOYA (1973).

2.7. Punção

Segundo CORDOVIL (1997), estabeleceu-se que a punção em peças estruturais


de concreto armado seria o efeito de ruptura transversal, por cisalhamento, em torno de
regiões relativamente pequenas submetidas a carregamentos localizados. A ruína por
punção, normalmente, caracteriza-se pela ruptura do tipo frágil e pelo deslocamento
vertical ao longo da superfície que parte da área carregada e se estende até a outra
face. Segundo MORAES (1976), no cálculo de sapatas flexíveis, além do
dimensionamento feito para as armaduras principais, é importante verificar a tensão de
punção. Em casos específicos como de sapatas, CHUST e LIBÂNIO (2013) define que a
superfície de ruptura, com forma de tronco de cone, apresenta uma inclinação de 45° em
relação ao plano da base da sapata.

2.8. Modelos bielas e tirantes

De acordo com CARNEIRO e GIONGO (1991), “Os modelos de bielas e tirantes


são representações discretas dos campos de tensão nos elementos estruturais de
concreto armado. As bielas são idealizações das trajetórias de tensão de compressão no
concreto, e os tirantes, campos de tensão de tração que podem ser absorvidos por uma
ou várias camadas de armadura. O modelo idealizado, que é uma estrutura de barras,
concentra todas as tensões em barras comprimidas e tracionadas ligando-as através de
nós.“
A utilização dos ângulos das bielas entre 35° e 45° apresentam as melhores
condições de dimensionamento, uma vez que são as mais parecidas com o real
18

encaminhamento das tensões e a proporcionam o dimensionamento mais econômico.


Apesar disso, a NBR 6118:2014 (item 22.3.1) estabelece que a inclinação das bielas em
relação a armadura longitudinal do elemento estrutural deve estar entre 29,7° e 63,4°.
Ademais, a NBR 6118:2014 (item 22.3.1) afirma que em torno dos nós existirá um
volume de concreto, designado como zona nodal, onde é verificada a resistência
necessária para a transmissão das forças entre as bielas e os tirantes. A treliça
idealizada é isostática e nos nós são concentradas as forças externas aplicadas ao
elemento estrutural e as reações de apoio. Por fim, as verificações das bielas, tirantes e
nós são efetuadas a partir das forças obtidas na análise da treliça isostática sob a ação
do sistema auto equilibrado de forças ativas e reativas na treliça.

Figura 14 - Modelos Bielas e tirantes

Fonte: Disponível em: http://www.slideshare.net/fawadnajam/ce-7252-lecture-7-strut-and-tie-models. Acesso


em: 20 de agosto de 2016

2.9. Verificação da estabilidade

Em sapatas solicitadas a forças horizontais e/ou momentos, deve-se verificar a


estabilidade no que se refere ao deslizamento e tombamento do elemento de fundação.

2.9.1. Verificação da segurança ao tombamento

BASTOS (2012) afirma que a verificação ao tombamento é feita comparando-se


os momentos, em torno de um ponto 1 mostrado na Figura 15.
19

Figura 15 - Solicitações na sapata

Fonte: Silva e Giongo (2008)

O momento de tombamento é dado por:

M!"#$ = M + F! ∙ ℎ (22)

Onde, "𝑀" é o momento aplicado a sapata, "F! " é a força horizontal e "ℎ" é a
altura da sapata.
Já o momento de estabilização é calculado a partir da seguinte equação:

𝐴 (23)
M!"#$% = 𝐹! + P ∙
2

Onde, "𝐹! " é a ação vertical sob a sapata, "P" é o peso próprio da sapata e "𝐴" é a
dimensão da sapata na direção a ser analisada.
Conforme MONTOYA (1973 apud SILVA e GIONGO, 2008), para que haja
estabilidade em relação ao tombamento da sapata, a seguinte condição tem que ser
satisfeita:
M!"#$% (24)
γ!"#$ = ≥ 1,5
M!"#$
20

2.9.2. Verificação da segurança ao deslizamento

De acordo com BASTOS (2012), para se verificar a segurança ao deslizamento,


deve-se, primeiramente, encontrar a parcela resistiva proporcionada pelo atrito entre a
base da sapata e o solo e pela coesão do solo.

2 (25)
F!"#$"% = 𝐹! + P tan 𝜑
3

2 (26)
F!"#$ã! = 𝐴 𝑐
3

Onde, "𝜑" é o ângulo de atrito entre o solo e o concreto, "c" é a coesão do solo e
"𝐴" é a dimensão da base em contato com o solo. Em seguida a condição subsequente
tem que ser satisfeita:

F!"#$"% + F!"#$ã! (27)


γ!"# = ≥ 1,5
F!

De maneira alternativa, pode-se verificar a segurança ao deslizamento da


seguinte maneira:
𝐹! + P tan 𝜑 (28)
γ!"# = ≥ 1,5
F!

De acordo com MORAES (1976), o valor de "𝜑" deve ser menor ou igual ao
ângulo de atrito interno do solo.
21

3. MÉTODOS DE DIMENSIONAMENTO

3.1. NBR 6118:2014

Apesar da NBR 6118:2014 não estabelecer critérios técnicos específicos para o


dimensionamento de sapatas, a mesma propõe que seja feito verificações de segurança
preconizados para vigas e lajes. Já no que concerne ao modelo de cálculo estabelecido,
a NBR 6118:2014 afirma que para cálculo e dimensionamento de sapatas, devem ser
utilizados modelos tridimensionais lineares ou modelos biela-tirante tridimensionais,
podendo, quando for o caso, ser utilizados modelos de flexão.

3.1.1. Sapatas rígidas

Conforme a NBR 6118:2014, o comportamento estrutural das sapatas rígidas


caracteriza-se pelo trabalho à flexão e ao cisalhamento nas duas direções, admitindo-se
que, para ambas, a tração na flexão é uniformemente distribuída ao longo da respectiva
largura, o que permite uma distribuição de armadura constante ao longo da largura da
sapata. Cita-se, entretanto, que a compressão na flexão não segue essa mesma
hipótese, uma vez que há concentração de tensões de compressão na região do pilar
que se apoia na sapata. Além disto, a NBR 6118:2014 assegura que, em sapatas
rígidas, não haverá ruptura por tração diagonal, mas, sim, por compressão diagonal
verificada no seu item 19.5.3.1. Esse comportamento é justificado pelo fato do elemento
de fundação, sapata, encontrar-se inteiramente dentro do cone hipotético de punção,
como pode ser visto na Figura 16. Tendo isso em vista, apenas a verificação da biela
comprimida (compressão diagonal) tem que ser feita para sapatas rígidas, dispensando-
se, assim, a verificação ao esforço cortante e a punção.
22

Figura 16 - Cone de punção em sapata rígida

Fonte: Bastos (2012)

3.1.1.1. Modelo de cálculo para armadura principal

Como a norma brasileira não estabelece um modelo de cálculo específico para


dimensionamento de sapata rígida, o presente trabalho irá se utilizar do método biela e
tirante proposto por LEBELLE e GUERRIN (1955 apud CAMPOS, 2015). Esse método
consiste na determinação dos esforços de tração na armadura para que, posteriormente,
seja determinada a área de aço necessária. A Figura 17 representa as bielas de
compressão existentes na sapata, como também as tensões de tração que devem ser
resistidas através das barras de aço.
Figura 17 – Bielas de compressão em sapatas rígidas

Fonte: Bastos (2012)


23

O cálculo dos esforços de tração na armadura, apresentado por CAMPOS (2015),


inicia-se pelas seguintes equações obtidas por intermédio da Figura 18:
dT = dN ∙ cos 𝛼 (29)
dF! (30)
dF! = dN ∙ sen 𝛼 ∴ dN =
sen 𝛼

Figura 18 - Representação do método das bielas

Fonte: Bastos (2012)

A partir da Figura 18, têm-se que "F! ” é a ação vertical, "dT" é a tração
infinitesimal na base da sapata, "d! " é a altura útil da sapata e "dN" é a tensão de
compressão infinitesimal na biela de compressão.
Substituindo a equação (30) na (29), têm-se:
dF! dF! 𝑥 (31)
dT = ∙ cos 𝛼 = = p ∙ dx
sin 𝛼 tan 𝛼 d!
Em seguida, a fim de obter o esforço de tração total, faz-se a seguinte integração:
!/!
f! 1 f! 𝐴! (32)
T! = ∙ 𝑥 ∙ 𝑑𝑥 = ∙ − 𝑥!
! d! 2 d! 4
1 f! (A − 𝑎! ) 𝐴! (33)
T! = ∙ − 𝑥!
2 A∙d 4
24

Desse modo, para x = 0, T! = T!á!


1 f! (A − 𝑎! ) 𝐴! (34)
T! = ∙ − 𝑥!
2 A∙d 4
Obtêm-se, assim, o valor da tração máxima na armadura:
1 F! A − 𝑎! 𝐴! F! A − 𝑎! (35)
T! = ∙ → T! =
2 𝐴! ∙ d 4 8∙d
Pode-se, então, obter a área da seção transversal das armaduras por meio da
seguinte equação:
T!" (36)
A!" =
f!"
Para a outra direção tem-se:
T!" (37)
A!" =
f!"
Em caso de cargas excêntricas, pode-se fazer, segundo ARAÚJO (2014), a
análise cada uma das duas direções separadamente, de modo que, de acordo com a
Figura 19, a tração na armadura é obtida a partir da equação (38).
R!! x! − 0,25𝑎! (38)
T! =
𝑑
Onde, "x! ", "d" e "R!! " são demonstrados na Figura 19.
Pode-se, então, obter a área da armadura necessária por meio das expressões
(36) e (37).
25

Figura 19 - Cargas excêntricas

Fonte: Adaptado de Araújo (2012)

3.1.1.2. Verificação da biela comprimida (compressão diagonal)

A NBR 6118:2014 (item 19.5.3.1) afirma que essa verificação deve ser feita no
contorno C, em lajes submetidas à punção, com ou sem armadura.
A verificação da biela comprimida é feito de maneira indireta através da tensão de
cisalhamento e é verificada para uma superfície critica C que corresponde ao contorno
do pilar.
Pode-se afirmar que a compressão diagonal será atendida em caso de a tensão
solicitante ser menor ou igual a resistente, como pode-se ver a seguir:

τ!" ≤ τ!"! (39)


A tensão resistente é dada por:
τ!"! = 0,27 ∙ 𝛼! ∙ 𝑓!" (40)
𝑓!" (41)
𝛼! = 1 − , 𝑐𝑜𝑚 𝑓!" 𝑒𝑚 𝑀𝑃𝑎.
250
Já a tensão de cisalhamento solicitante é:
𝐹!" (42)
τ!" =
𝑢! ∙ 𝑑
26

Onde, "𝐹!" " é força vertical solicitante de projeto, "𝐹!" " é a resistência de calculo a
compressão do concreto, "𝑢! " é o perímetro do contorno crítico C (perímetro do pilar) e
"𝑑" é a altura útil ao longo do contorno crítico C.

3.1.2. Sapatas flexíveis

Conforme a NBR 6118:2014, as sapatas flexíveis caracterizam-se por trabalhar à


flexão nas duas direções, entretanto nesse tipo de sapata, diferentemente das rígidas,
não se pode admitir que a tração na flexão será uniformemente distribuída na largura.
Deve-se, assim, avaliar a concentração de flexão junto ao pilar. Recomenda-se, durante
o detalhamento da armadura, concentrar uma porcentagem da armadura total na região
próxima ao pilar. Além disso, a NBR 6118:2014 preconiza que as sapatas flexíveis
devem ser verificadas a punção.

3.1.2.1. Modelo de cálculo para armadura principal

Em decorrência da não citação de modelos específicos de dimensionamento para


sapatas flexíveis pela na NBR 6118:2014, esse trabalho irá se utilizar do método
clássico (método dos quinhões de carga) para determinação dos momentos fletores e
esforço cortantes solicitantes na sapata. Segundo ANDRADE (1989 apud BASTOS,
2012), este modelo de cálculo deve ser aplicado em caso de sapatas flexíveis e consiste
no cálculo do momento fletor no eixo central da sapata e do esforço cortante na seção
que faceia o pilar. O cálculo desses esforços é realizado por meio da determinação de
áreas de influência. Essas podem ser retangulares, triangulares ou trapezoidais, como
pode ser visto na Figura 20.

Figura 20 - Áreas de influência

Fonte: Bastos (2012)


27

O dimensionamento utilizando-se de quinhões de cargas trapezoidais é o mais


indicado, uma vez que, a partir dele, obtêm-se resultados mais precisos. O cálculo, a
partir de áreas de influência retangulares, é considerado muito antieconômico, já que
eleva consideravelmente os valores de momento fletor e de esforço cortante. Já através
de quinhões de cargas triangulares, tem-se que os valores obtidos de momentos fletores
e esforços esforço cortantes são muito similares aos observados quando se utiliza de
quinhões de cargas trapezoidais.
De acordo com a Figura 21 que representa os quinhões de cargas trapezoidais,
tem-se que:
𝐹!" 𝐴 − 𝑎! 2𝐵 + 𝑏! 𝑎! (43)
M!"# = ∙ +
4 6 𝐵 + 𝑏! 6

De maneira análoga, obtêm-se o momento fletor na outra direção pela equação


43:
𝐹!" 𝐵 − 𝑏! 2𝐴 + 𝑎! 𝑏! (44)
M!"# = ∙ +
4 6 𝐴 + 𝑎! 6

Figura 21 - Representação de quinhões de carga trapezoidais

Fonte: Bastos (2012)

Com obtenção do momento fletor solicitante de projeto, torna-se possível o


cálculo da área de armadura necessária.
Em caso de sapatas solicitadas também a momentos, esse método torna-se
incapaz de considerar diretamente a ação dos momentos uma vez que as expressões
28

foram desenvolvidas para casos de pressão na base uniforme. Entretanto, a fim de


viabilizar o dimensionamento por este modelo, alguns autores como BASTOS (2012),
estabelecem o seguinte critério para uniformizar a pressão na base:

0,8σ!á! (45)
σ!"#$ ≥ !á! + σ!í!
σ
2

3.1.2.2. Verificação da biela comprimida

A verificação à biela comprimida para sapatas flexíveis ocorre de maneira idêntica


ao procedimento utilizado no item 3.1.1.2 deste trabalho. Uma vez que a sapata flexível
satisfaça a verificação à punção, torna-se extremamente raro que este elemento de
fundação não atenda a verificação à biela comprimida.

3.1.2.3. Verificação à punção

Em sapatas flexíveis deve-se verificar a possibilidade de ocorrer a ruptura do


elemento estrutural por meio do fenômeno da punção. De acordo com a NBR 6118:2014
(item 19.5.3.2) a verificação à punção do elemento estrutural, sem armadura
dimensionada para tal fim, ocorre na superfície crítica C’ e pode ser considerada
atendida se:
τ!" ≤ τ!"! (46)

Figura 22 - Superfícies críticas C e C’

Fonte: Bastos (2012)

Sendo τ!" calculado para o perímetro crítico C’. O valor de τ!" é obtido de tal
forma:
29

𝐹!" 𝐾 ∙ 𝑀!" (47)


τ!" = +
𝑢∙𝑑 𝑊! ∙ 𝑑

Onde, "𝐹!" " é força vertical solicitante de projeto, "𝑢" é o perímetro do contorno
crítico C’, "𝑑" é a altura útil ao longo do contorno crítico C’, "𝐾" é o coeficiente obtido
através da Figura 23 e "𝑊! " é calculado através das expressões (48) ou (49). A força
vertical solicitante de projeto pode ser reduzida pela ação da pressão do solo dentro do
perímetro de controle.
Figura 23 - Valores K

Fonte: NBR 6118:2014, Tabela 19.2.

Já o valor de "W! " deve ser obtido a partir das expressões a seguir:
𝐶! ! (48)
𝑊! = + 𝐶! ∙ 𝐶! + 4𝐶! ∙ 𝑑 + 16𝑑 ! + 2𝜋𝑑𝐶! (𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 𝑟𝑒𝑡𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟)
2
𝑊! = 𝐷 + 4𝑑 ! (𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟) (49)

Onde, "D" é o diâmetro do pilar.


Em caso de pilar interno com carregamento simétrico, ou seja, sem momento
aplicado, a segunda parcela da expressão (47) torna-se nula.
O valor da tensão de cisalhamento resistente (τ!"# ) é calculado de tal maneira:
(50)
20 !/!
τ!"# = 0,13 1 + 100ρ ∙ f!" + 0,10σ!"
d

Onde, "ρ" é a taxa de armadura principal, "σ!" " é a tensão provocada pela
protensão, "d" é a altura útil ao longo do perímetro crítico C’ em centímetros e "f!" " é a
!"
resistência característica do concreto em MPa. Destaca-se que a parcela 1 + !
não

pode ser maior que 2.


30

3.2. CEB:1970

3.2.1. Sapatas rígidas

O CEB:1970 recomenda que as sapatas rígidas sejam verificadas ao esforço


cortante e dimensionadas para um determinado momento fletor solicitante. Para o
CEB:1970, as sapatas serão consideradas rígidas uma vez que as expressões (4) e (5)
sejam atendidas.

3.2.1.1. Modelo de cálculo para armadura principal

A armadura inferior é calculada em cada direção principal para um momento fletor


solicitante localizado em uma seção de referencia S1, a qual encontra-se entre as faces
do pilar e dista 0,15 a! da face do pilar na direção x e 0,15 b! da face do pilar na direção
y (Figura 24).
Figura 24 - Seção de referência S1

Fonte: Silva e Giongo (2008)

O CEB:1970 não estabelece uma taxa de armadura mínima para as sapatas,


entretanto, impõe que a relação entre as áreas de armaduras principais de cada direção
seja maior ou igual a 1/5. Além disso, é definido que a altura útil "d" é limitada 1,5 𝑙 Para
dimensionamento das armaduras em caso de cargas excêntricas, deve-se utilizar a
tensão média na borda.
31

3.2.1.2. Verificação ao esforço cortante

Já no que se refere a verificação da força esforço cortante, é adotado, para


análise, uma seção S2 distante d/2 da face do pilar. O esforço cortante solicitante é
obtido considerando-se a resultante das tensões no terreno que atua na área hachurada
da Figura 26.
Figura 25 - Seção S2 Figura 26 - Área para cálculo do esforço cortante

Fonte: Silva e Giongo (2008)

O valor de b2 é obtido através da Equação (51):


b! = b! + d (51)

Para que não haja ruptura por força esforço cortante, a seguinte condição tem
que ser satisfeita:
V!" ≤ V!" (52)
Sendo, V!" obtido pela Equação (53)

0,474 ∙ 𝑏! ∙ d! (53)
V!" = ∙ 𝜌 ∙ 𝑓!" (𝑐𝑜𝑚 𝑓!" 𝑒𝑚 𝑀𝑃𝑎)
γ!

Onde, "𝜌" é a taxa de armadura de tração na seção S2 e pode ser calculado por
!!
𝜌=! < 0,01, "𝑏! " é a largura da seção critica em metros, "𝑑! " é a altura útil da seção
! ∙!!

critica em metros e "γ! " é o coeficiente de minoração da resistência concreto que, de


acordo com o CEB:1970, é igual a 1,5.
32

3.2.2. Sapatas flexíveis

Para que a sapata seja considerada flexível, de acordo com o CEB:1970, as


expressões (6) e (7) devem ser atendidas. Para esse tipo de sapata, além dos
procedimentos realizados para sapatas rígidas, deve-se fazer a verificação ao
puncionamento.

3.2.2.1. Modelo de cálculo para armadura principal

O CEB:1970 não estabelece um modelo de cálculo para armadura principal em


sapatas flexíveis, entretanto, para critério de comparação, recomenda-se adotar o
mesmo modelo utilizado para sapatas rígidas, o qual foi apresentado no tópico 3.2.1.1
deste trabalho.

3.2.2.2. Verificação ao esforço cortante

Para sapatas flexíveis, a verificação ao esforço cortante é feita de acordo com o


tópico 3.2.1.2 deste presente trabalho.

3.2.2.3. Verificação à punção

A verificação à punção seguirá as recomendações propostas pelo CEB-91


relativas ao puncionamento. De acordo com estas recomendações, a punção não irá
ocorrer se a tensão nominal atuante for menor ou igual à tensão nominal resistente no
perímetro a 2d do perímetro do pilar.

τ!" ≤ τ!" (54)

Sendo:
F!" (55)
τ!" =
𝑢∙𝑑

Onde, "F!" " é força vertical solicitante de projeto, "u" é o perímetro do contorno
crítico C’ e "d" é a altura útil ao longo do contorno crítico C’. A força vertical solicitante
de projeto pode ser reduzida pela ação da pressão do solo dentro do perímetro de
controle.
33

Em caso de ações que apresentem excentricidade, o valor de F!" deve ser obtido
a partir da expressão (56).

𝑀!" 𝑢 (56)
F!" = F!" 1 + 𝐾
𝐹!" 𝑊!
Onde, "𝐹!" " do segundo termo é a força vertical solicitante de projeto sem que a
excentricidade seja considerada, "𝐾" é obtido através da Figura 23 e "𝑊! " a partir das
expressões (48) e (49).
Já a tensão limite é dada por:

! 𝑑 (57)
τ!" = 0,13 ε ∙ 100 ∙ 𝜌 ∙ 𝑓!" ! ∙2 ≤ 0,5𝑓!"!
𝑎!
Sendo:
(58)
200
ε=1+ (𝑐𝑜𝑚 𝑑 𝑒𝑚 𝑚𝑚)
𝑑
𝑓!" (59)
𝑓!"! = 0,6 ∙ 1 − ∙ 𝑓!"
250

Onde, "𝑎! " é a distância da face do pilar ao perímetro crítico a ser analisado.

3.3. ACI-318:2014

Como já citado anteriormente, a norma em questão não diferencia as sapatas


quanto à rigidez. As sapatas dimensionadas por esse método, geralmente, não
apresentam variação de altura de um ponto ao outro.

3.3.1. Modelo de cálculo para armadura principal

O ACI-318:2014 estabelece que o dimensionamento de sapatas possa ser feito


através de um modelo que utiliza o momento fletor solicitante localizado na seção da
face do pilar ou através de qualquer modelo bielas e tirantes que esteja de acordo com a
norma americana. Esse trabalho irá utilizar o primeiro método citado para
dimensionamento.
34

Figura 27 - Seção de referencia para cálculo

Fonte: Silva e Giongo (2008)

3.3.2. Verificação ao esforço cortante

Esta norma recomenda que a força esforço cortante em sapatas seja verificada
para uma seção crítica localizada a uma distância "d" da face do pilar, como pode ser
visto na Figura 28.
Figura 28 - Seção crítica para verificação do esforço cortante

Fonte: Silva e Giongo (2008)

Para que seja dispensada armadura transversal por conta do esforço cortante, a
condição a seguir deve ser satisfeita:
V!" ≤ V!" (60)
35

Onde:
F!" 𝐴 − a! (61)
V!"# = ∙ − 𝑑 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜 𝑥
𝐴 2
F!" 𝐵 − b! (62)
V!"# = ∙ − 𝑑 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜 𝑦
𝐵 2

V!" = 𝜙 ∙ 0,166 ∙ 𝜆 ∙ 𝑏! ∙ 𝑑 ∙ 𝑓′! (63)

Sendo, "𝜙" um fator redutor da resistência igual a 0,75 para esforço cortante, "𝜆"
um fator modificador que leva em consideração o tipo de concreto e assume o valor
igual a 1 e "𝑓′! " é a resistência característica do concreto adotada pelo ACI-318:2014.
Souza e Bittencourt (2003) estabelece a seguinte relação entre o "𝑓′! " e o "𝑓!" ":

𝑓′! = 𝑓!" − 2,04 (64)

3.3.3. Verificação à punção

Para que a sapata dispense armadura de punção, deve ser verificada a seguinte
condição para o perímetro crítico localizado a "𝑑/2" da face do pilar:

τ!" ≤ τ!" (65)

Sendo:
F!" (66)
τ!" =
𝑢∙𝑑

Onde, "F!" " é força vertical solicitante de projeto, "u" é o perímetro do contorno
crítico C’ que dista "d/2" da face do pilar e "d" é a altura útil ao longo do contorno crítico
C’. A força vertical solicitante de projeto pode ser reduzida pela ação da pressão do solo
dentro do perímetro de controle.
36

Em caso de cargas excêntricas, τ!" é obtido a partir da equação

F!" γ! ∙ M!" ∙ 𝑐!" (67)


τ!" = +
𝑢∙𝑑 𝐽!

Sendo:
d(𝑐! + 𝑑)! (𝑐! + 𝑑)d! d(𝑐! + 𝑑)(𝑐! + 𝑑)! (68)
𝐽! = + +
6 6 6
γ! = 1 − γ! (69)

1 (70)
γ! = ≤ 1,0
2 𝑏
1+ 3 ∙ !
𝑏!
Onde, "𝑐! " é a dimensão do pilar paralela à excentricidade da força, "𝑐! " é a
dimensão do pilar perpendicular à excentricidade da força, "𝑏! " é igual "𝑐! + d", "𝑏! " é
igual "𝑐! + d" e "𝑐!" ” é exemplificado na Figura 29.

Figura 29 - Exemplificação do “c AB”

Fonte: ACI-318:2014 (2014)


37

A tensão resistente é obtida da seguinte maneira:

𝜙 ∙ 0,33 ∙ 𝜆 ∙ 𝑓′! (71)


2
τ!" ≤ 𝜙 ∙ 0,17 ∙ 1 + ∙ 𝜆 ∙ 𝑓′!
𝛽
𝛼! ∙ 𝑑
𝜙 ∙ 0,083 ∙ 2 + ∙ 𝜆 ∙ 𝑓′!
𝑢

Onde, "𝛽" é a relação entre o maior lado e o menor lado do pilar, "𝛼! " é uma
constante que assume o valor de 40 para pilar no centro da sapata e "𝜙" um fator
redutor da resistência igual a 0,75 para esforço cortante.
38

4. MODELOS TEÓRICOS ANALISADOS

Neste capítulo, os modelos a serem analisados serão apresentados. Teve-se


como base, para dimensionamento das sapatas, uma adaptação feita dos pilares
dimensionados para um edifício de nove pavimentos exemplificado no livro PROJETO
ESTRUTURAL DE EDIFÍCIOS DE CONCRETO ARMADO, ARAÚJO (2004). A fim de
obter sapatas submetidas a flexão oblíqua composta, adicionou-se, aos pilares de canto,
um momento aplicado na direção em que não há uma ação prévia similar. O valor
adotado para tal momento será igual a 50% do valor do momento existente na outra
direção. Afim de promover uma análise comparativa e representativa, serão utilizados 10
situações de pilares com o objetivo de dimensionar a fundação para cada uma delas.
Para cada pilar serão realizados seis diferentes dimensionamentos de sapatas, sendo
eles:
Ø Através da NBR 6118:2014, obtendo-se sapata rígida;
Ø Através da NBR 6118:2014, obtendo-se sapata flexível;
Ø Através do CEB:1970, obtendo-se sapata rígida;
Ø Através do CEB:1970, obtendo-se sapata flexível;
Ø Através do ACI-318:2014, atribuindo alturas iguais as das sapatas rígidas;
Ø Através do ACI-318:2014, atribuindo alturas iguais as das sapatas flexíveis;

As considerações e características gerais são mostradas no Anexo A.

4.1. Situações
Tabela 1 – Situações

SITUAÇÕES
Pilares P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10
ap - Dimensões em X (cm) 50 50 50 50 50 50 20 20 70 20

bp -Dimensões em Y (cm) 20 20 20 20 20 20 20 70 20 70

Fv - Carga vertical (kN) 826 729 855 1423 1100 1173 150 1655 1659 1555

Fh - Carga horizontal (kN) - - - 8 - 8 - 72 - 72


Mx - Momento em torno de X
103 118 104 - - - - - 219 -
(kNm)
My - Momento em torno de Y
51,5 - 52 13 - 13 - 151 - 151
(kNm)

Fonte: Autor (2016).


39

5. DIMENSIONAMENTO ANALÍTICO

Neste capítulo serão apresentados os resultados dos dimensionamentos


analíticos utilizando a NBR 6118:2014, o CEB:1970 e o ACI-318:2014.
As sapatas, que não atenderam a verificação à punção e/ou ao esforço cortante
neste capítulo, não tiveram a sua altura aumentada, como também não foram
dimensionadas armaduras para combate à punção e ao cisalhamento.
Nas tabelas apresentadas no Capítulo 5 as células em verde e vermelho
identificam, respectivamente, o atendimento ou não da verificação em questão.

5.1. Dimensionamento geométrico geral

Inicia-se o dimensionamento das dimensões em planta das sapatas através das


equações (8) e (9).

Tabela 2 - Dimensões em planta das sapatas

Classificação Área Dimensões em planta das sapatas (cm)


Situações quanto a necessária A - Dimensão na B - Dimensão na
2
rigidez (m ) direção X direção Y
P1 Rígida 2,019 160 130
Flexível 1,927 155 125
P2 Rígida 1,782 150 120
Flexível 1,701 150 120
P3 Rígida 2,090 165 135
Flexível 1,995 160 130
P4 Rígida 3,478 205 175
Flexível 3,320 200 170
P5 Rígida 2,689 180 150
Flexível 2,567 180 150
P6 Rígida 2,867 185 155
Flexível 2,737 185 155
P7 Rígida 0,367 65 65
Flexível 0,350 60 60
P8 Rígida 4,046 180 230
Flexível 3,862 175 225
P9 Rígida 4,055 230 180
Flexível 3,871 225 175
P10 Rígida 3,801 175 225
Flexível 3,628 170 220

Fonte: Autor (2016).

Com as dimensões obtidas, encontra-se as excentricidades e,


consequentemente, a posição de aplicação da carga vertical em relação ao núcleo
central de inércia.
40

Tabela 3 - Posição de aplicação da carga vertical e suas excentricidades

Classificação Excentricidades (cm) Posição da aplicação da e! e!


Situações quanto a carga vertical em relação ao +
rigidez
eA eB núcleo central 𝐴 𝐵

P1 Rígida 5,668 11,336 Dentro do núcleo de inércia 0,123


Flexível 5,938 11,876 Dentro do núcleo de inércia 0,133
P2 Rígida 0,000 14,715 Dentro do núcleo de inércia 0,123
Flexível 0,000 15,416 Dentro do núcleo de inércia 0,128
P3 Rígida 5,529 11,058 Dentro do núcleo de inércia 0,115
Flexível 5,792 11,585 Dentro do núcleo de inércia 0,125
P4 Rígida 0,831 0,000 Dentro do núcleo de inércia 0,004
Flexível 0,870 0,000 Dentro do núcleo de inércia 0,004
P5 Rígida 0,000 0,000 Dentro do núcleo de inércia 0,000
Flexível 0,000 0,000 Dentro do núcleo de inércia 0,000
P6 Rígida 1,008 0,000 Dentro do núcleo de inércia 0,005
Flexível 1,055 0,000 Dentro do núcleo de inércia 0,006
P7 Rígida 0,000 0,000 Dentro do núcleo de inércia 0,000
Flexível 0,000 0,000 Dentro do núcleo de inércia 0,000
P8 Rígida 8,294 0,000 Dentro do núcleo de inércia 0,046
Flexível 8,689 0,000 Dentro do núcleo de inércia 0,050
P9 Rígida 0,000 12,001 Dentro do núcleo de inércia 0,067
Flexível 0,000 12,572 Dentro do núcleo de inércia 0,072
P10 Rígida 8,828 0,000 Dentro do núcleo de inércia 0,050
Flexível 9,248 0,000 Dentro do núcleo de inércia 0,054

Fonte: Autor (2016).

Em seguida, encontra-se as tensões na base referentes aos pontos 1, 2, 3 e 4


representados na Figura 30.

Figura 30 - Representação dos pontos de obtenção das tensões

Fonte: Adaptado de Bastos (2012)


41

As tensões são encontradas utilizando-se das equações mostradas no Tópico


2.6.2 deste presente trabalho. Como a ação de vento foi tomada como variável principal,
utiliza-se, como tensão máxima de borda permitida, o valor de 1,3 σ!"# = 5,85 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚! .
As células em verde e vermelho nas Tabela 4 e

Tabela 7 identificam, respectivamente, os valores que são inferiores e superiores


à 1,3 σ!"# .

Tabela 4 - Tensões

2
Tensões na base (kgf/cm )
Situações Classificação quanto à rigidez
σ1 σ2 σ3 σ4
P1 Rígida 7,582 3,011 5,725 1,154
Flexível 8,057 2,954 5,999 0,896
P2 Rígida 7,733 1,177 7,733 1,177
Flexível 7,530 0,975 7,530 0,975
P3 Rígida 7,146 2,996 5,448 1,298
Flexível 7,561 2,946 5,686 1,071
P4 Rígida 4,469 4,469 4,257 4,257
Flexível 4,509 4,509 4,280 4,280
P5 Rígida 4,481 4,481 4,481 4,481
Flexível 4,278 4,278 4,278 4,278
P6 Rígida 4,647 4,647 4,353 4,353
Flexível 4,442 4,442 4,148 4,148
P7 Rígida 3,905 3,905 3,905 3,905
Flexível 4,375 4,375 4,375 4,375
P8 Rígida 5,613 5,613 3,182 3,182
Flexível 5,728 5,728 3,099 3,099
P9 Rígida 6,171 2,645 6,171 2,645
Flexível 6,331 2,517 6,331 2,517
P10 Rígida 5,659 5,659 3,029 3,029
Flexível 5,791 5,791 2,941 2,941

Fonte: Autor (2016).

Tendo como base os valores da Tabela 4, verifica-se a necessidade de aumentar


as dimensões em planta das situações P1, P2, P3 e P9. Obtêm-se, assim, novas
dimensões e novas excentricidades, de forma que são feitas novas tabelas.
42

Tabela 5 - Novas dimensões em planta das sapatas

Novas dimensões em planta da sapata (cm)


Classificação quanto à
Situações A - Dimensão na B - Dimensão na
rigidez
direção X direção Y
P1 Rígida 185 155
Flexível 185 155
P2 Rígida 170 140
Flexível 165 135
P3 Rígida 190 160
Flexível 185 155
P4 Rígida 205 175
Flexível 200 170
P5 Rígida 180 150
Flexível 180 150
P6 Rígida 185 155
Flexível 185 155
P7 Rígida 65 65
Flexível 60 60
P8 Rígida 180 230
Flexível 175 225
P9 Rígida 240 190
Flexível 235 185
P10 Rígida 175 225
Flexível 170 220

Fonte: Autor (2016).


Tabela 6 - Novas excentricidades

Excentricidades (cm) Posição da aplicação da e! e!


Classificação
Situações carga vertical em relação ao +
quanto à rigidez eA eB
núcleo central 𝐴 𝐵

P1 Rígida 5,668 11,336 Dentro do núcleo de inércia 0,104


Flexível 5,938 11,876 Dentro do núcleo de inércia 0,109
P2 Rígida 0,000 14,715 Dentro do núcleo de inércia 0,105
Flexível 0,000 15,416 Dentro do núcleo de inércia 0,114
P3 Rígida 5,529 11,058 Dentro do núcleo de inércia 0,098
Flexível 5,792 11,585 Dentro do núcleo de inércia 0,106
P4 Rígida 0,831 0,000 Dentro do núcleo de inércia 0,004
Flexível 0,870 0,000 Dentro do núcleo de inércia 0,004
P5 Rígida 0,000 0,000 Dentro do núcleo de inércia 0,000
Flexível 0,000 0,000 Dentro do núcleo de inércia 0,000
P6 Rígida 1,008 0,000 Dentro do núcleo de inércia 0,005
Flexível 1,055 0,000 Dentro do núcleo de inércia 0,006
P7 Rígida 0,000 0,000 Dentro do núcleo de inércia 0,000
Flexível 0,000 0,000 Dentro do núcleo de inércia 0,000
P8 Rígida 8,294 0,000 Dentro do núcleo de inércia 0,046
Flexível 8,689 0,000 Dentro do núcleo de inércia 0,050
P9 Rígida 0,000 12,001 Dentro do núcleo de inércia 0,063
Flexível 0,000 12,572 Dentro do núcleo de inércia 0,068
P10 Rígida 8,828 0,000 Dentro do núcleo de inércia 0,050
Flexível 9,248 0,000 Dentro do núcleo de inércia 0,054

Fonte: Autor (2016).


43

Em seguida, determina-se as novas tensões nas bordas das sapatas, as quais


devem ser inferior à 1,3 σ!"# = 5,85 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚! .

Tabela 7 - Novas tensões na base

Classificação 2
Tensões na base (kgf/cm )
Situações quanto à
rigidez σ1 σ2 σ3 σ4
P1 Rígida 5,142 2,361 3,977 1,196
Flexível 4,998 2,217 3,833 1,052
P2 Rígida 5,494 1,244 5,494 1,244
Flexível 5,791 1,082 5,791 1,082
P3 Rígida 4,917 2,351 3,836 1,271
Flexível 5,123 2,315 3,947 1,139
P4 Rígida 4,469 4,469 4,257 4,257
Flexível 4,509 4,509 4,280 4,280
P5 Rígida 4,481 4,481 4,481 4,481
Flexível 4,278 4,278 4,278 4,278
P6 Rígida 4,647 4,647 4,353 4,353
Flexível 4,442 4,442 4,148 4,148
P7 Rígida 3,905 3,905 3,905 3,905
Flexível 4,375 4,375 4,375 4,375
P8 Rígida 5,613 5,613 3,182 3,182
Flexível 5,728 5,728 3,099 3,099
P9 Rígida 5,519 2,485 5,519 2,485
Flexível 5,641 2,373 5,641 2,373
P10 Rígida 5,659 5,659 3,029 3,029
Flexível 5,791 5,791 2,941 2,941

Fonte: Autor (2016).

5.2. Dimensionamento pela NBR 6118:2014

5.2.1. Para sapatas rígidas

Primeiramente, faz-se o dimensionamento da altura necessária para que as


sapatas sejam classificadas, segundo a NBR 6118:2014, como rígidas.
BASTOS (2012) estabelece que a taxa de armadura deve ser encontrada a partir
da seguinte equação:

𝐴! (72)
ρ=
𝑏∙𝑑
44

Tabela 8 – Alturas para sapatas rígidas segundo NBR 6118:2014

PARA SAPATAS RÍGIDAS SEGUNDO NBR 6118:2014


h - Altura mínima para ser h – Altura maior h0 - Altura d - Altura
Situações rígida (cm) adotada (cm) menor (cm) útil (cm)
Dir. A Dir. B
P1 45,000 45,000 75 25 69,750

P2 40,000 40,000 70 24 64,750

P3 46,667 46,667 75 25 69,750

P4 51,667 51,667 90 30 84,750

P5 43,333 43,333 75 25 69,750

P6 45,000 45,000 80 27 74,750

P7 15,000 15,000 25 20 19,750

P8 53,333 53,333 90 30 84,750

P9 56,667 56,667 100 34 94,750

P10 51,667 51,667 90 30 84,750

Fonte: Autor (2016).

Para sapatas submetidas a cargas excêntricas, as tensões da base utilizadas


para cálculo dos esforços de tração são obtidas para uma seção localizada no meio da
sapata. Desse modo, torna-se necessário encontrar as tensões na base localizadas nos
pontos 5, 6, 7, 8 e 9 apresentados na Figura 31. Obtêm-se, também, os valores de R1k e
x1 utilizados na Equação (38).
Figura 31 - Tensões para cálculo

Fonte: Adaptado de Bastos (2012)


45

Tabela 9 - Tensões de tração características

2
Tensões na base (kgf/cm ) R1k (kNm) x1 (cm)
Situações
σ5 σ6 σ7 σ8 σ9 Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B
P1 3,751 2,586 4,559 1,778 3,169 320,037 299,447 47,548 41,074

P2 3,369 3,369 5,494 1,244 3,369 286,393 310,223 42,500 37,797

P3 3,634 2,554 4,377 1,811 3,094 319,564 298,816 48,771 42,290

P4 4,469 4,257 4,363 4,363 4,363 452,664 381,780 51,455 43,750

P5 4,481 4,481 4,481 4,481 4,481 403,333 336,111 45,000 37,500

P6 4,647 4,353 4,500 4,500 4,500 423,026 348,730 46,498 38,750

P7 3,905 3,905 3,905 3,905 3,905 126,923 126,923 16,250 16,250

P8 5,613 3,182 4,397 4,397 4,397 450,471 505,694 46,822 57,500

P9 4,002 4,002 5,519 2,485 4,002 480,237 452,227 60,000 50,022

P10 5,659 3,029 4,344 4,344 4,344 437,635 488,714 45,667 56,250

Fonte: Autor (2016).

Com os valores das tensões de tração características, calcula-se a armadura


necessária a partir das tensões de tração de cálculo.

Tabela 10 - Armaduras necessárias

Tensões características Armadura necessária Armadura total ρ - Taxa de


2 2
Situações de tração (kNm) por metro (cm /m) (cm ) armadura
Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B
P1 160,811 154,872 5,178 4,987 8,026 9,226 0,074% 0,071%

P2 132,692 157,132 4,273 5,060 5,982 8,601 0,066% 0,078%

P3 166,179 159,753 5,351 5,144 8,562 9,774 0,077% 0,074%

P4 208,066 174,560 6,700 5,621 11,725 11,523 0,079% 0,066%

P5 187,933 156,611 6,051 5,043 9,077 9,077 0,087% 0,072%

P6 192,401 157,453 6,195 5,070 9,603 9,379 0,083% 0,068%

P7 72,298 72,298 2,328 2,328 1,513 1,513 0,118% 0,118%

P8 222,295 238,676 7,158 7,685 16,463 13,834 0,084% 0,091%

P9 215,410 214,884 6,936 6,919 13,179 16,606 0,073% 0,073%

P10 209,997 223,453 6,762 7,195 15,214 12,592 0,080% 0,085%

Fonte: Autor (2016).


46

5.2.1.1. Verificação da biela comprimida

De acordo com o Tópico 3.1.1.2, faz-se a Tabela 11.

Tabela 11 - Verificação biela comprimida

u0 - Perímetro do contorno 2 τRd2


Situações Fvd (kN) τSd (kN/cm ) 2 τRd2/τSd
crítico C (cm) (kN/cm )

P1 140 1156,400 0,118 0,648 5,472

P2 140 1020,600 0,113 0,648 5,756

P3 140 1197,000 0,123 0,648 5,286

P4 140 1992,200 0,168 0,648 3,859

P5 140 1540,000 0,158 0,648 4,109

P6 140 1642,200 0,157 0,648 4,129

P7 80 210,000 0,133 0,648 4,875

P8 180 2317,000 0,152 0,648 4,266

P9 180 2322,600 0,136 0,648 4,758

P10 180 2177,000 0,143 0,648 4,541

Fonte: Autor (2016).


47

5.2.1.2. Verificação da estabilidade

Seguindo os procedimentos descritos no Tópico 2.9, obtêm-se:

Tabela 12 - Estabilidade das sapatas pela NBR 6118:2014

Verificação ao tombamento Verificação ao deslizamento


Situações
Mestab Mestab Fh Fatrito + Fcoe
Mtomb (kNm) Fatrito (kN) Fcoe (kN)
(kNm) Mtomb (kN) Fh
P1 103,000 640,150 6,215 300,639 - - -

P2 118,000 510,300 4,325 265,334 - - -

P3 104,000 684,000 6,577 311,195 - - -

P4 20,200 1245,125 61,640 517,930 - 8 64,741

P5 - 825,000 - 400,367 - - -

P6 19,400 909,075 46,860 426,937 - 8 53,367

P7 - 48,750 - 54,596 - - -

P8 215,800 1489,500 6,902 602,371 - 72 8,366

P9 219,000 1576,050 7,197 603,827 - - -

P10 215,800 1360,625 6,305 565,974 - 72 7,861

Fonte: Autor (2016).

5.2.2. Para sapatas flexíveis

Primeiramente, faz-se o dimensionamento da altura necessária para que as


sapatas sejam classificadas, segundo a NBR 6118:2014, como flexíveis. Verifica-se que
a sapata para a situação P7 sempre será considerada como rígida, uma vez que a altura
mínima para sapatas (20 centímetros) é superior a altura máxima para que essa sapata
seja flexível.
48

Tabela 13 - Alturas para sapatas flexíveis segundo NBR 6118:2014

PARA SAPATAS FLEXÍVEIS SEGUNDO NBR 6118:2014


h - Altura máxima para ser h – Altura d-
h0 - Altura
Situações flexível (cm) maior Altura
menor (cm)
Dir. A Dir. B adotada (cm) útil (cm)
P1 45,000 45,000 33 20 27,750

P2 38,333 38,333 28 20 22,750

P3 45,000 45,000 33 20 27,750

P4 50,000 50,000 37 20 31,750

P5 43,333 43,333 32 20 26,750

P6 45,000 45,000 33 20 27,750

P8 51,667 51,667 38 20 32,750

P9 55,000 55,000 41 20 35,750

P10 50,000 50,000 37 20 31,750

Fonte: Autor (2016).

De acordo com BASTOS (2012), a área de armadura total necessária para uma
direção pode ser encontrada a partir da seguinte equação:

M! (73)
A! =
0,85 ∙ 𝑑 ∙ 𝑓!"

Utilizando-se das equações (43), (44), (45) e (73), encontra-se a área de


armadura total necessária.
49

Tabela 14 – Momentos fletores de projeto pela NBR 6118:2014

Novas tensões Nova força vertical


Momentos de projeto
σ!á! + σ!í! adotadas na base característica
Situações 0,8 σmáx 2
(kgf/cm ) adotada (kN)
nas direções (kNm)
2
σbase Fvk2 Dir. A Dir. B
P1 3,998 3,025 3,998 1146,429 203,682 174,729

P2 4,633 3,436 4,633 1031,916 159,614 134,389

P3 4,098 3,131 4,098 1175,183 208,791 179,111

P4 3,607 4,395 4,395 1494,150 291,294 252,760

P5 3,422 4,278 4,278 1155,000 198,558 169,609

P6 3,554 4,295 4,295 1231,650 218,823 187,717

P8 4,583 4,413 4,583 1804,371 308,629 383,236

P9 4,512 4,007 4,512 1961,776 439,326 357,193

P10 4,632 4,366 4,632 1732,553 286,817 357,985

Fonte: Autor (2016).


Tabela 15 - Armaduras necessárias pela NBR 6118:2014

2
Armadura total (cm ) ρ - Taxa de armadura
Situações
Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B
P1 19,851 17,029 0,462% 0,332%

P2 18,975 15,976 0,618% 0,426%

P3 20,349 17,456 0,473% 0,340%

P4 24,813 21,531 0,460% 0,339%

P5 20,075 17,148 0,500% 0,356%

P6 21,327 18,295 0,496% 0,356%

P8 25,487 31,648 0,346% 0,552%

P9 33,236 27,022 0,503% 0,322%

P10 24,432 30,494 0,350% 0,565%

Fonte: Autor (2016).


50

5.2.2.1. Verificação da biela comprimida

De modo similar ao realizado no Tópico 5.2.1.1, têm-se:


Tabela 16 - Verificação da biela pela NBR 6118:2014

Situações u0 - Perímetro do contorno crítico C (cm) Fvd (kN) τSd (kN/cm2) τRd2 (kN/cm2) τRd2/τSd

P1 140 1156,400 0,298 0,648 2,177

P2 140 1020,600 0,320 0,648 2,022

P3 140 1197,000 0,308 0,648 2,103

P4 140 1992,200 0,448 0,648 1,446

P5 140 1540,000 0,411 0,648 1,576

P6 140 1642,200 0,423 0,648 1,533

P8 180 2317,000 0,393 0,648 1,649

P9 180 2322,600 0,361 0,648 1,795

P10 180 2177,000 0,381 0,648 1,701

Fonte: Autor (2016).

5.2.2.2. Verificação à punção

De acordo com o Tópico 3.1.2.3, faz-se as seguintes tabelas:


Tabela 17 - Punção pela NBR 6118:2014

u - Perímetro do Mxd d* - Altura útil no


Situações
contorno crítico C' (cm)
Fvd (kN) Myd (kNm) contorno C' (cm)
(kNm)

P1 488,717 1156,400 144,200 72,100 17,061

P2 425,885 1020,600 165,200 0,000 16,420

P3 488,717 1197,000 145,600 72,800 17,061

P4 538,982 1992,200 0,000 18,200 17,357

P5 476,150 1540,000 0,000 0,000 16,873

P6 488,717 1642,200 0,000 18,200 17,061

P8 591,549 2317,000 0,000 211,400 17,537

P9 629,248 2322,600 306,600 0,000 17,550

P10 578,982 2177,000 0,000 211,400 17,357

Fonte: Autor (2016).


51

Tabela 18 - Punção pela NBR 6118:2014

ΔFvd - Ação do solo


Área dentro do Fvd - ΔFvd C1/C2
Situações 2 dentro do perímetro C'
perímetro C' (m ) (kN)
(kN) Dir. A Dir. B
P1 1,845 781,119 375,281 2,500 0,400

P2 1,387 667,460 353,140 2,500 0,400

P3 1,845 808,543 388,457 2,500 0,400

P4 2,256 1387,835 604,365 2,500 0,400

P5 1,748 1046,979 493,021 2,500 0,400

P6 1,845 1109,264 532,936 2,500 0,400

P8 2,667 1647,740 669,260 0,286 3,500

P9 3,033 1701,395 621,205 3,500 0,286

P10 2,550 1558,393 618,607 0,286 3,500

Fonte: Autor (2016).

Tabela 19 – Punção pela NBR 6118:2014

K Wp (cm2) τRd1/τSd
Situações τSd (kN/cm2) τRd1 (kN/cm2)
Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B
P1 0,75 0,45 25508,920 22558,168 0,074 0,062 0,829

P2 0,75 0,45 19498,123 16889,849 0,077 0,067 0,865

P3 0,75 0,45 25508,920 22558,168 0,076 0,062 0,815

P4 0,75 0,45 30893,557 27668,823 0,067 0,062 0,923

P5 0,75 0,45 24242,760 21360,504 0,061 0,063 1,027

P6 0,75 0,45 25508,920 22558,168 0,067 0,063 0,940

P8 0,45 0,8 32046,486 38035,202 0,081 0,062 0,766

P9 0,8 0,45 42882,671 36551,477 0,078 0,061 0,783

P10 0,45 0,8 30608,823 36483,379 0,079 0,063 0,788

Fonte: Autor (2016).


52

5.2.2.3. Verificação da estabilidade

De modo similar ao realizado no Tópico 5.2.1.2, têm-se:

Tabela 20 - Estabilidade das sapatas pela NBR 6118:2014

Verificação ao tombamento Verificação ao deslizamento


Situações
Mestab Mestab Fatrito + Fcoe
Mtomb (kNm) Fatrito (kN) Fcoe (kN) Fh (kN)
(kNm) Mtomb Fh
P1 103,000 640,150 6,215 300,639 - - -

P2 118,000 492,075 4,170 265,334 - - -

P3 104,000 662,625 6,371 311,195 - - -

P4 15,960 1209,550 75,786 517,93 0 8 64,741

P5 - 825,000 - 400,367 - - -

P6 15,640 909,075 58,125 426,937 - 8 53,367

P8 178,360 1448,125 8,119 602,371 - 72 8,366

P9 219,000 1534,575 7,007 603,827 - - -

P10 177,640 1321,750 7,441 565,974 - 72 7,861

Fonte: Autor (2016).


53

5.3. Dimensionamento pelo CEB:1970

5.3.1. Para sapatas rígidas

Primeiramente, faz-se o dimensionamento da altura necessária para que as


sapatas sejam classificadas, segundo o CEB:1970, como rígidas.

Tabela 21 - Alturas para sapatas rígidas segundo CEB:1970

PARA SAPATAS RÍGIDAS SEGUNDO CEB:1970


h - Altura h – Altura
mínima para maior h0 - Altura d - Altura útil
Situações ser rígida (cm) adotada menor (cm) (cm)
Dir. A Dir. B (cm)

P1 33,750 33,750 75 25 69,750

P2 30,000 30,000 70 24 64,750

P3 35,000 35,000 75 25 69,750

P4 38,750 38,750 90 30 84,750

P5 32,500 32,500 75 25 69,750

P6 33,750 33,750 80 27 74,750

P7 11,250 11,250 25 20 19,750

P8 40,000 40,000 90 30 84,750

P9 42,500 42,500 100 34 94,750

P10 38,750 38,750 90 30 84,750

Fonte: Autor (2016).

De acordo com a Seção 3.2.1.1 deste estudo e com as Figuras (Figura 24 e


Figura 31), consegue-se as seguintes tabelas:
54

Tabela 22 – Momentos fletores de projeto pelo CEB:1970

2 Distância da borda à Momentos de projeto nas


Tensões na base (kgf/cm )
Situações seção S1 (cm) direções (kNm)
σ5 σ6 σ7 σ8 σ9 Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B
P1 3,751 2,586 4,559 1,778 3,169 75 70,5 228,117 292,395

P2 3,369 3,369 5,494 1,244 3,369 67,5 63 149,907 258,569

P3 3,634 2,554 4,377 1,811 3,094 77,5 73 243,580 309,090

P4 4,469 4,257 4,363 4,363 4,363 85 80,5 394,145 404,292

P5 4,481 4,481 4,481 4,481 4,481 72,5 68 246,452 260,169

P6 4,647 4,353 4,500 4,500 4,500 75 70,5 282,586 288,590

P7 3,905 3,905 3,905 3,905 3,905 25,5 25,5 11,513 11,513

P8 5,613 3,182 4,397 4,397 4,397 83 90,5 620,344 452,173

P9 4,002 4,002 5,519 2,485 4,002 95,5 88 483,703 715,401

P10 5,659 3,029 4,344 4,344 4,344 80,5 88 575,513 410,629

Fonte: Autor (2016).

Tabela 23 - Armadura pelo CEB:1970

2
Armadura total (cm ) ρ - Taxa de armadura
Situações
Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B
P1 8,845 11,337 0,082% 0,088%

P2 6,261 10,800 0,069% 0,098%

P3 9,445 11,985 0,085% 0,090%

P4 12,578 12,902 0,085% 0,074%

P5 9,556 10,088 0,091% 0,080%

P6 10,224 10,441 0,088% 0,076%

P7 1,577 1,577 0,123% 0,123%

P8 19,796 14,430 0,102% 0,095%

P9 13,807 20,420 0,077% 0,090%

P10 18,366 13,104 0,096% 0,088%

Fonte: Autor (2016).


55

5.3.1.1. Verificação ao esforço cortante

Para obtenção da força esforço cortante na seção S2 de cada direção, deve-se,


primeiro, encontrar as tensões nos pontos A, B, C, D, E, F e G, representados na Figura
32. Em seguida, utiliza-se a média das tensões em A, B, C e D para cálculo da tensão
esforço cortante na direção A e, de maneira análoga, faz-se o mesmo procedimento
para a direção B.

Figura 32 - Tensões para força esforço cortante pelo CEB:1970

Fonte: Adaptado de Bastos (2012)


56

A partir da seção 3.2.1.2, obtêm-se as seguintes tabelas:

Tabela 24 - Tensões paraesforço cortante para CEB:1970

2 2 Tensões médias
Tensões na base (kgf/cm ) - Direção A Tensões na base (kgf/cm ) - Direção B 2
Situações (kgf/cm )
σD σB σC σA σG σD σF σE Dir. A Dir. B
P1 5,142 2,361 4,936 2,155 3,977 5,142 3,391 4,896 3,648 4,351

P2 5,494 1,244 5,494 1,244 5,494 5,494 4,656 5,494 3,369 5,285

P3 4,917 2,351 4,717 2,151 3,836 4,917 3,273 4,680 3,534 4,177

P4 4,469 4,469 4,433 4,433 4,257 4,469 4,257 4,427 4,451 4,353

P5 4,481 4,481 4,481 4,481 4,481 4,481 4,481 4,481 4,481 4,481

P6 4,647 4,647 4,599 4,599 4,353 4,647 4,353 4,590 4,623 4,485

P7 3,905 3,905 3,905 3,905 3,905 3,905 3,905 3,905 3,905 3,905

P8 5,613 5,613 5,105 5,105 3,182 5,613 3,182 5,215 5,359 4,298

P9 5,519 2,485 5,519 2,485 5,519 5,519 4,918 5,519 4,002 5,368

P10 5,659 5,659 5,131 5,131 3,029 5,659 3,029 5,248 5,395 4,241

Fonte: Autor (2016).

Tabela 25 - Dimensões para verificação doesforço cortante

d* - Altura útil ρ2 - Taxa de armadura na


B2 (cm) A2 (cm) C2A C2B
Situações na seção s2 seção S2
(cm) (cm)
Dir. A Dir. B (cm) Dir. A Dir. B
P1 89,750 119,750 32,625 32,625 43,917 0,130% 0,140%

P2 84,750 114,750 27,625 27,625 39,929 0,112% 0,159%

P3 89,750 119,750 35,125 35,125 44,839 0,132% 0,141%

P4 104,750 134,750 35,125 35,125 51,944 0,138% 0,121%

P5 89,750 119,750 30,125 30,125 42,923 0,148% 0,131%

P6 94,750 124,750 30,125 30,125 45,404 0,145% 0,124%

P7 39,750 39,750 12,625 12,625 17,556 0,138% 0,138%

P8 154,750 104,750 37,625 37,625 52,969 0,162% 0,151%

P9 114,750 164,750 37,625 37,625 57,965 0,125% 0,147%

P10 154,750 104,750 35,125 35,125 51,944 0,157% 0,144%

Fonte: Autor (2016).


57

Na tabela a seguir as células em verde e vermelho identificam, respectivamente, o


atendimento ou não da verificação ao esforço cortante das sapatas rígidas
dimensionadas em acordo com o CEB:1970.

Tabela 26 - Verificação ao esforço cortante CEB:1970

VSD - Esforço cortante de


Situações
VRd (kN) VRd/VSd
projeto (kN)
Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B
P1 257,369 366,377 283,957 392,627 1,103 1,072

P2 181,781 346,204 226,347 365,262 1,245 1,055

P3 277,066 388,830 291,821 402,496 1,053 1,035

P4 381,676 437,209 404,503 486,921 1,060 1,114

P5 282,497 338,997 296,614 371,196 1,050 1,095

P6 301,121 348,722 327,711 399,115 1,088 1,145

P7 44,707 44,707 51,840 51,840 1,160 1,160

P8 646,937 406,050 660,368 431,393 1,021 1,062

P9 399,097 676,253 470,674 731,223 1,179 1,081

P10 594,797 363,704 636,833 412,875 1,071 1,135

Fonte: Autor (2016).

5.3.1.2. Verificação da estabilidade

De modo similar ao realizado no Tópico 5.2.1.2, obtêm-se a mesma Tabela 12.

5.3.2. Para sapatas flexíveis

Para sapatas flexíveis, o procedimento de cálculo é similar ao das sapatas


rígidas, acrescenta-se, apenas, a verificação à punção. Seguindo a lógica apresentada
na seção 5.2.2, a sapata da situação P7 sempre será considerada como rígida. Desse
modo, são obtidas as tabelas à seguir.
58

Tabela 27 - Alturas para sapatas flexíveis segundo CEB:1970

PARA SAPATAS FLEXÍVEIS SEGUNDO CEB:1970


h - Altura máxima
para ser flexível h – Altura
h0 - Altura d - Altura útil
Situações (cm) maior
menor (cm) (cm)
adotada (cm)
Dir. A Dir. B

P1 33,750 33,750 33 20 27,750

P2 28,750 28,750 28 20 22,750

P3 33,750 33,750 33 20 27,750

P4 37,500 37,500 37 20 31,750

P5 32,500 32,500 32 20 26,750

P6 33,750 33,750 33 20 27,750

P8 38,750 38,750 38 20 32,750

P9 41,250 41,250 41 20 35,750

P10 37,500 37,500 37 20 31,750

Fonte: Autor (2016).

Tabela 28 – Momentos fletores de projeto pelo CEB:1970

2 Distância da borda à Momentos de projeto nas


Tensões na base (kgf/cm )
Situações seção S1 (cm) direções (kNm)
σ5 σ6 σ7 σ8 σ9 Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B
P1 3,607 2,442 4,415 1,634 3,025 75 70,5 219,358 283,157

P2 3,436 3,436 5,791 1,082 3,436 65 60,5 136,711 243,936

P3 3,719 2,543 4,535 1,727 3,131 75 70,5 226,159 290,834

P4 4,509 4,280 4,395 4,395 4,395 82,5 78 363,921 372,974

P5 4,278 4,278 4,278 4,278 4,278 72,5 68 235,250 248,343

P6 4,442 4,148 4,295 4,295 4,295 75 70,5 270,147 275,472

P8 5,728 3,099 4,413 4,413 4,413 80,5 88 582,551 417,171

P9 4,007 4,007 5,641 2,373 4,007 93 85,5 447,175 675,872

P10 5,791 2,941 4,366 4,366 4,366 78 85,5 540,606 378,419

Fonte: Autor (2016).


59

Tabela 29 - Armadura pelo CEB:1970

2
Armadura total (cm ) ρ - Taxa de armadura
Situações
Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B
P1 21,379 27,597 0,497% 0,538%

P2 16,252 28,999 0,529% 0,773%

P3 22,042 28,345 0,512% 0,552%

P4 31,000 31,771 0,574% 0,500%

P5 23,785 25,109 0,593% 0,521%

P6 26,329 26,848 0,612% 0,523%

P8 48,108 34,450 0,653% 0,601%

P9 33,829 51,130 0,512% 0,609%

P10 46,050 32,235 0,659% 0,597%

Fonte: Autor (2016).

5.3.2.1. Verificação ao esforço cortante

Seguindo procedimento idêntico ao realizado no Tópico 5.3.1.1, verificam-se as


sapatas em questão ao esforço cortante de acordo com o CEB:1970.
Tabela 30 - Tensões paraesforço cortante para CEB:1970

2 2 Tensões médias
Tensões na base (kgf/cm ) - Direção A Tensões na base (kgf/cm ) - Direção B 2
Situações (kgf/cm )
σD σB σC σA σG σD σF σE Dir. A Dir. B
P1 4,998 2,217 4,660 1,879 3,833 4,998 2,870 4,594 3,438 4,074

P2 5,791 1,082 5,791 1,082 5,791 5,791 4,182 5,791 3,436 5,389

P3 5,123 2,315 4,782 1,974 3,947 5,123 2,975 4,716 3,548 4,190

P4 4,509 4,509 4,441 4,441 4,280 4,509 4,280 4,429 4,475 4,375

P5 4,278 4,278 4,278 4,278 4,278 4,278 4,278 4,278 4,278 4,278

P6 4,442 4,442 4,357 4,357 4,148 4,442 4,148 4,341 4,400 4,270

P8 5,728 5,728 4,810 4,810 3,099 5,728 3,099 5,014 5,269 4,235

P9 5,641 2,373 5,641 2,373 5,641 5,641 4,499 5,641 4,007 5,355

P10 5,791 5,791 4,799 4,799 2,941 5,791 2,941 5,025 5,295 4,174

Fonte: Autor (2016).


60

Tabela 31 - Dimensões para verificação doesforço cortante

d* - Altura útil ρ2 - Taxa de armadura na


B2 (cm) A2 (cm) C2A C2B
Situações na seção s2 seção S2
(cm) (cm)
Dir. A Dir. B (cm) Dir. A Dir. B
P1 47,750 77,750 53,625 53,625 25,078 0,550% 0,595%

P2 42,750 72,750 46,125 46,125 21,167 0,569% 0,830%

P3 47,750 77,750 53,625 53,625 25,078 0,567% 0,611%

P4 51,750 81,750 59,125 59,125 28,152 0,648% 0,564%

P5 46,750 76,750 51,625 51,625 24,281 0,653% 0,574%

P6 47,750 77,750 53,625 53,625 25,078 0,677% 0,579%

P8 102,750 52,750 61,125 61,125 28,947 0,739% 0,680%

P9 55,750 105,750 64,625 64,625 31,200 0,586% 0,697%

P10 101,750 51,750 59,125 59,125 28,152 0,744% 0,674%

Fonte: Autor (2016).

Tabela 32 - Verificação ao esforço cortante CEB:1970

VSD - Esforço cortante de


Situações
VRd (kN) VRd/VSd
projeto (kN)
Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B
P1 398,665 563,777 177,484 300,541 0,445 0,533

P2 298,499 572,094 136,388 280,437 0,457 0,490

P3 411,443 579,882 180,215 304,588 0,438 0,525

P4 627,512 721,630 234,332 345,506 0,373 0,479

P5 462,108 554,530 183,330 282,293 0,397 0,509

P6 510,139 590,905 196,963 296,435 0,386 0,502

P8 1010,873 631,913 510,875 251,662 0,505 0,398

P9 668,256 1134,531 266,134 550,657 0,398 0,485

P10 960,806 585,280 493,636 238,955 0,514 0,408

Fonte: Autor (2016).


61

5.3.2.2. Verificação à punção


As tabelas a seguir são feitas em concordância com o Tópico 3.2.2.3 deste
estudo.
Tabela 33 - Punção pelo CEB:1970

u - Perímetro do d* - Altura útil no


Situações Fvd (kN) Mxd (kNm) Myd (kNm)
contorno crítico C' (cm) contorno C' (cm)

P1 488,717 1152,270 143,685 71,843 17,061

P2 425,885 1016,955 164,610 0,000 16,420

P3 488,717 1192,725 145,080 72,540 17,061

P4 538,982 1985,085 0,000 18,135 17,357

P5 476,150 1534,500 0,000 0,000 16,873

P6 488,717 1636,335 0,000 18,135 17,061

P8 591,549 2308,725 0,000 210,645 17,537

P9 629,248 2314,305 305,505 0,000 17,550

P10 578,982 2169,225 0,000 210,645 17,357

Fonte: Autor (2016).

A partir das equações (48) e (56), consegue-se um novo valor para a ação vertical
levando-se em conta os momentos aplicados.
Tabela 34 - Punção pelo CEB:1970

Situações
K Wp (cm2) Novo FVd
(kN)
Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B
P1 0,75 0,45 25508,920 22558,168 1395,581

P2 0,75 0,45 19498,123 16889,849 1203,737

P3 0,75 0,45 25508,920 22558,168 1438,398

P4 0,75 0,45 30893,557 27668,823 2008,814

P5 0,75 0,45 24242,760 21360,504 1534,500

P6 0,75 0,45 25508,920 22558,168 1662,393

P8 0,45 0,8 32046,486 38035,202 2483,699

P9 0,8 0,45 42882,671 36551,477 2550,977

P10 0,45 0,8 30608,823 36483,379 2348,526

Fonte: Autor (2016).


62

Tabela 35 - Punção pelo CEB:1970

Área dentro do ΔFvd - Ação do solo C1/C2


Situações 2
perímetro C' (m ) dentro do perímetro C' Fvd - ΔFvd (kN)
(kN) Dir. A Dir. B
P1 1,845 778,329 617,252 2,500 0,400

P2 1,387 665,076 538,661 2,500 0,400

P3 1,845 805,655 632,743 2,500 0,400

P4 2,256 1382,879 625,936 2,500 0,400

P5 1,748 1043,240 491,260 2,500 0,400

P6 1,845 1105,303 557,090 2,500 0,400

P8 2,667 1641,856 841,844 0,286 3,500

P9 3,033 1695,319 855,658 3,500 0,286

P10 2,550 1552,827 795,699 0,286 3,500

Fonte: Autor (2016).

Tabela 36 – Punção pelo CEB:1970

τRd
Situações τSd (kN/cm2) 2 τRd/τSd
(kN/cm )

P1 0,074 0,070 0,951

P2 0,077 0,072 0,934

P3 0,076 0,071 0,938

P4 0,067 0,071 1,055

P5 0,061 0,072 1,170

P6 0,067 0,072 1,072

P8 0,081 0,075 0,925

P9 0,077 0,071 0,918

P10 0,079 0,075 0,946

Fonte: Autor (2016).


63

5.3.2.3. Verificação da estabilidade

De modo similar ao realizado no Tópico 5.2.2.3, obtêm-se a mesma Tabela 20.

5.4. Dimensionamento pelo ACI-318:2014

Como o ACI-318:2014 não define sapatas em rígidas e flexíveis, e ainda


estabelece que o dimensionamento deve ser feito através do método da flexão, são
realizados dois procedimentos de dimensionamento. O primeiro utiliza-se das dimensões
em planta e da altura maior das sapatas dimensionadas nos Tópicos 5.2.1 e 5.3.1,
enquanto que o segundo utiliza-se dos Tópicos 5.2.2 e 5.3.2 para obtenção dessas
características.

5.4.1. Dimensionamento adotando alturas das sapatas rígidas

Inicia-se atribuindo as dimensões em planta e da altura maior das sapatas obtidas


em 5.2.1 e 5.3.1.
Tabela 37 - Alturas para sapatas pelo ACI-318:2014

PARA SAPATAS SEGUNDO ACI-318:2014


h – Altura h0 - Altura d - Altura útil
Situações maior menor (cm) (cm)
adotada (cm)
P1 75 75 66,250

P2 70 70 61,250

P3 75 75 66,250

P4 90 90 81,250

P5 75 75 66,250

P6 80 80 71,250

P7 25 25 16,250

P8 90 90 81,250

P9 100 100 91,250

P10 90 90 81,250

Fonte: Autor (2016).

Posteriormente, em conformidade com o Tópico 3.3.1, obtêm-se os momentos de


projeto e, consequentemente, as armaduras principais.
64

Tabela 38 - Momentos de projeto pelo ACI-318:2014

2 Distância da borda à Momentos de projeto nas


Tensões na base (kgf/cm )
Situações face do pilar (cm) direções (kNm)
σ5 σ6 σ7 σ8 σ9 Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B
P1 3,751 2,586 4,559 1,778 3,169 67,5 67,5 174,840 253,629

P2 3,369 3,369 5,494 1,244 3,369 60 60 112,077 221,921

P3 3,634 2,554 4,377 1,811 3,094 70 70 188,033 268,927

P4 4,469 4,257 4,363 4,363 4,363 77,5 77,5 310,043 354,574

P5 4,481 4,481 4,481 4,481 4,481 65 65 187,449 224,939

P6 4,647 4,353 4,500 4,500 4,500 67,5 67,5 216,588 250,329

P7 3,905 3,905 3,905 3,905 3,905 22,5 22,5 8,482 8,482

P8 5,613 3,182 4,397 4,397 4,397 80 80 545,326 334,339

P9 4,002 4,002 5,519 2,485 4,002 85 85 362,585 631,570

P10 5,659 3,029 4,344 4,344 4,344 77,5 77,5 504,738 301,362

Fonte: Autor (2016).

Tabela 39 - Armadura pelo ACI-318:2014

2
Armadura total (cm ) ρ - Taxa de armadura
Situações
Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B
P1 7,138 10,354 0,070% 0,084%

P2 4,949 9,799 0,058% 0,094%

P3 7,676 10,978 0,072% 0,087%

P4 10,320 11,803 0,073% 0,071%

P5 7,652 9,183 0,077% 0,077%

P6 8,221 9,502 0,074% 0,072%

P7 1,412 1,412 0,134% 0,134%

P8 18,152 11,129 0,097% 0,076%

P9 10,747 18,719 0,062% 0,085%

P10 16,801 10,031 0,092% 0,071%

Fonte: Autor (2016).


65

5.4.1.1. Verificação ao esforço cortante

Para a verificação ao esforço cortante será utilizado a tensão média na borda


para cada direção (σ5 e σ7). De acordo com o Tópico 3.3.2, faz-se:

Tabela 40 - Tensões paraesforço cortante para ACI-318:2014

Fvk para Esforço VSd - Esforço cortante de


Situações
VRd (kN) VRd/VSd
cortante (kN) projeto (kN)
Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B
P1 1075,627 1307,310 9,593 13,917 787,680 940,135 82,106 67,555
Não ocorre ruptura por esforço cortante, visto que a seção à “d” da face do pilar encontra-se fora
P2
da sapata
P3 1104,711 1330,500 28,781 41,162 813,089 965,544 28,251 23,457
Não ocorre ruptura por esforço cortante, visto que a seção à “d” da face do pilar encontra-se fora
P4
da sapata
Não ocorre ruptura por esforço cortante, visto que a seção à “d” da face do pilar encontra-se fora
P5
da sapata
Não ocorre ruptura por esforço cortante, visto que a seção à “d” da face do pilar encontra-se fora
P6
da sapata
P7 165,000 165,000 20,942 20,942 81,021 81,021 3,869 3,869
Não ocorre ruptura por esforço cortante, visto que a seção à “d” da face do pilar encontra-se fora
P8
da sapata
Não ocorre ruptura por esforço cortante, visto que a seção à “d” da face do pilar encontra-se fora
P9
da sapata
Não ocorre ruptura por esforço cortante, visto que a seção à “d” da face do pilar encontra-se fora
P10
da sapata

Fonte: Autor (2016).


66

5.4.1.2. Verificação à punção

De acordo com o Tópico 3.3.3, obtêm-se as seguintes tabelas:


Tabela 41 - Punção pelo ACI-318:2014

u - Perímetro do d* - Altura útil no


Situações Fvd (kN) Mxd (kNm) Myd (kNm)
contorno crítico C' (cm) contorno C' (cm)

P1 348,131 1090,320 135,960 67,980 66,250

P2 332,423 962,280 155,760 0,000 61,250

P3 348,131 1128,600 137,280 68,640 66,250

P4 395,254 1878,360 0,000 17,160 81,250

P5 348,131 1452,000 0,000 0,000 66,250

P6 363,838 1548,360 0,000 17,160 71,250

P7 131,051 198,000 0,000 0,000 16,250

P8 435,254 2184,600 0,000 199,320 81,250

P9 466,670 2189,880 289,080 0,000 91,250

P10 435,254 2052,600 0,000 199,320 81,250

Fonte: Autor (2016).


Tabela 42 - Punção pelo ACI-318:2014

4
Situações
Jc (cm )
b1 (cm) b2 (cm) γv CAB (cm)
Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B
P1 3,585E+07 2,081E+07 116,250 86,250 0,436 0,365 67,500 67,500

P2 2,858E+07 1,608E+07 111,250 81,250 0,438 0,363 60,000 60,000

P3 3,585E+07 2,081E+07 116,250 86,250 0,436 0,365 70,000 70,000

P4 6,597E+07 4,133E+07 131,250 101,250 0,432 0,369 77,500 77,500

P5 3,585E+07 2,081E+07 116,250 86,250 0,436 0,365 65,000 65,000

P6 4,441E+07 2,651E+07 121,250 91,250 0,435 0,366 67,500 67,500

P7 2,839E+05 2,839E+05 36,250 36,250 0,400 0,400 22,500 22,500

P8 4,410E+07 9,174E+07 101,250 151,250 0,353 0,449 80,000 80,000

P9 1,282E+08 6,538E+07 161,250 111,250 0,445 0,356 85,000 85,000

P10 4,410E+07 9,174E+07 101,250 151,250 0,353 0,449 77,500 77,500

Fonte: Autor (2016).


67

Na tabela a seguir as células em verde e vermelho identificam, respectivamente, o


atendimento ou não da verificação à punção das sapatas em questão pelo ACI-318:2014
Tabela 43 - Punção pelo ACI-318:2014

ΔFvd - Ação
Área
do solo
dentro do Fvd - τRd1 τRd2 τRd3 τSd
Situações dentro do 2 2 2 2 τRd/τSd
perímetro ΔFvd (kN) (kN/cm ) (kN/cm ) (kN/cm ) (kN/cm )
2 perímetro C'
C' (m )
(kN)
P1 0,908 362,701 727,619 0,152 0,141 0,369 0,053 2,657

P2 0,823 394,714 567,566 0,152 0,141 0,359 0,049 2,888

P3 0,908 396,766 731,834 0,152 0,141 0,369 0,054 2,598

P4 1,187 727,824 1150,536 0,152 0,141 0,392 0,037 3,853

P5 0,908 542,127 909,873 0,152 0,141 0,369 0,039 3,584

P6 0,997 597,661 950,699 0,152 0,141 0,377 0,038 3,740

P7 0,126 76,740 121,260 0,152 0,236 0,267 0,057 2,678

P8 1,390 855,605 1328,995 0,152 0,123 0,363 0,050 2,452

P9 1,615 902,820 1287,060 0,152 0,123 0,377 0,044 2,830

P10 1,390 846,359 1206,241 0,152 0,123 0,363 0,046 2,656

Fonte: Autor (2016).

5.4.1.3. Verificação da estabilidade

De modo idêntico ao realizado no Tópico 5.2.1.2, obtêm-se a mesma Tabela 12.

5.4.2. Dimensionamento adotando alturas das sapatas flexíveis

Inicia-se atribuindo as dimensões em planta e da altura maior das sapatas obtidas


em 5.2.2 e 5.3.2.
68

Tabela 44 - Alturas para sapatas pelo ACI-318:2014

PARA SAPATAS SEGUNDO ACI-318:2014


h – Altura maior h0 - Altura d - Altura útil
Situações
adotada (cm) menor (cm) (cm)
P1 33 33 24,250

P2 28 28 19,250

P3 33 33 24,250

P4 37 37 28,250

P5 32 32 23,250

P6 33 33 24,250

P7 20 20 11,250

P8 38 38 29,250

P9 41 41 32,250

P10 37 37 28,250

Fonte: Autor (2016).

Posteriormente, em conformidade com o Tópico 3.3.1, obtêm-se os momentos


fletores de projeto e, consequentemente, as armaduras principais.
Tabela 45 – Momentos fletores de projeto pelo ACI-318:2014

2 Distância da borda à Momentos de projeto nas


Tensões na base (kgf/cm )
Situações face do pilar (cm) direções (kNm)
σ5 σ6 σ7 σ8 σ9 Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B
P1 3,607 2,442 4,415 1,634 3,025 67,5 67,5 168,127 245,616

P2 3,436 3,436 5,791 1,082 3,436 57,5 57,5 101,231 208,497

P3 3,719 2,543 4,535 1,727 3,131 67,5 67,5 173,340 252,275

P4 4,509 4,280 4,395 4,395 4,395 75 75 284,591 326,296

P5 4,278 4,278 4,278 4,278 4,278 65 65 178,929 214,715

P6 4,442 4,148 4,295 4,295 4,295 67,5 67,5 207,055 238,950

P7 4,375 4,375 4,375 4,375 4,375 20 20 6,930 6,930

P8 5,728 3,099 4,413 4,413 4,413 77,5 77,5 510,911 306,163

P9 4,007 4,007 5,641 2,373 4,007 82,5 82,5 332,981 595,442

P10 5,791 2,941 4,366 4,366 4,366 75 75 472,949 275,527

Fonte: Autor (2016).


69

Tabela 46 - Armadura pelo ACI-318:2014

2
Armadura total (cm ) ρ - Taxa de armadura
Situações
Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B
P1 18,751 27,393 0,499% 0,611%

P2 14,222 29,293 0,547% 0,922%

P3 19,332 28,135 0,514% 0,627%

P4 27,245 31,238 0,567% 0,553%

P5 20,814 24,976 0,597% 0,597%

P6 23,092 26,649 0,614% 0,594%

P7 1,666 1,666 0,247% 0,247%

P8 47,240 28,309 0,718% 0,553%

P9 27,924 49,935 0,468% 0,659%

P10 45,278 26,378 0,729% 0,549%

Fonte: Autor (2016).

5.4.2.1. Verificação ao esforço cortante


De modo idêntico ao realizado no Tópico 5.4.1.1, faz-se:
Tabela 47 - Tensões para esforço cortante para ACI-318:2014

Fvk para esforço VSd - Esforço cortante de


Situaçõe VRd (kN) VRd/VSd
cortante (kN) projeto (kN)
s
Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B
P1 1034,327 1266,010 319,188 466,300 288,321 344,125 0,903 0,738

P2 765,450 1289,894 234,228 482,421 199,341 243,639 0,851 0,505

P3 1066,399 1300,331 329,085 478,941 288,321 344,125 0,876 0,719

P4 1533,150 1494,150 473,053 542,376 368,383 433,392 0,779 0,799

P5 1155,000 1155,000 353,623 424,347 267,514 321,017 0,756 0,756

P6 1273,812 1231,650 393,092 453,645 288,321 344,125 0,733 0,759

P7 157,500 157,500 30,319 30,319 51,777 51,777 1,708 1,708

P8 2255,464 1737,750 820,860 491,899 504,825 392,642 0,615 0,798

P9 1741,950 2452,220 491,675 879,220 457,650 581,340 0,931 0,661

P10 2165,691 1632,750 786,146 457,986 476,731 368,383 0,606 0,804

Fonte: Autor (2016).


70

5.4.2.2. Verificação à punção


De acordo com o Tópico 3.3.3, obtêm-se as seguintes tabelas:
Tabela 48 - Punção pelo ACI-318:2014

u - Perímetro do d* - Altura útil no


Situações Fvd (kN) Mxd (kNm) Myd (kNm)
contorno crítico C' (cm) contorno C' (cm)

P1 216,184 1090,320 135,960 67,980 24,250

P2 200,476 962,280 155,760 0,000 19,250

P3 216,184 1128,600 137,280 68,640 24,250

P4 228,750 1878,360 0,000 17,160 28,250

P5 213,042 1452,000 0,000 0,000 23,250

P6 216,184 1548,360 0,000 17,160 24,250

P7 115,343 198,000 0,000 0,000 11,250

P8 271,892 2184,600 0,000 199,320 29,250

P9 281,316 2189,880 289,080 0,000 32,250

P10 268,750 2052,600 0,000 199,320 28,250

Fonte: Autor (2016).


Tabela 49 - Punção pelo ACI-318:2014

4
Situações
Jc (cm )
b1 (cm) b2 (cm) γv CAB (cm)
Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B
P1 2816886,252 1042960,861 74,250 44,250 0,463 0,340 67,500 67,500

P2 1751685,783 582940,080 69,250 39,250 0,470 0,334 57,500 57,500

P3 2816886,252 1042960,861 74,250 44,250 0,463 0,340 67,500 67,500

P4 3940949,377 1567905,236 78,250 48,250 0,459 0,344 75,000 75,000

P5 2575651,408 935036,955 73,250 43,250 0,465 0,339 65,000 65,000

P6 2816886,252 1042960,861 74,250 44,250 0,463 0,340 67,500 67,500

P7 121856,689 121856,689 31,250 31,250 0,400 0,400 20,000 20,000

P8 1961370,861 7545150,158 49,250 99,250 0,320 0,486 77,500 77,500

P9 9253887,814 2559241,330 102,250 52,250 0,483 0,323 82,500 82,500

P10 1787131,122 7027579,689 48,250 98,250 0,318 0,488 75,000 75,000

Fonte: Autor (2016).


71

Na tabela a seguir as células em verde e vermelho identificam, respectivamente, o


atendimento ou não da verificação à punção das sapatas em questão pelo ACI-
318:2014.
Tabela 50 - Punção pelo ACI-318:2014

Área
ΔFvd - Ação
do solo
dentro do Fvd - ΔFvd τRd1 τRd2 τRd3 τSd
Situações dentro do 2 2 2 2 τRd/τSd
perímetro (kN) (kN/cm ) (kN/cm ) (kN/cm ) (kN/cm )
2 perímetro C'
C' (m )
(kN)
P1 0,316 126,136 964,184 0,152 0,141 0,249 0,558 0,253

P2 0,264 126,484 835,796 0,152 0,141 0,224 0,730 0,194

P3 0,316 137,983 990,617 0,152 0,141 0,249 0,567 0,249

P4 0,360 220,958 1657,402 0,152 0,141 0,266 0,271 0,521

P5 0,305 182,131 1269,869 0,152 0,141 0,244 0,256 0,552

P6 0,316 189,303 1359,057 0,152 0,141 0,249 0,278 0,508

P7 0,095 57,943 140,057 0,152 0,236 0,226 0,108 1,413

P8 0,470 289,635 1894,965 0,152 0,123 0,242 0,490 0,252

P9 0,512 286,145 1903,735 0,152 0,123 0,253 0,511 0,242

P10 0,457 278,273 1774,327 0,152 0,123 0,238 0,500 0,247

Fonte: Autor (2016).

5.4.2.3. Verificação da estabilidade

A verificação da estabilidade é idêntica a realizada no Tópico 5.2.2.3.


72

6. ANÁLISE COMPARATIVA DOS RESULTADOS

A análise comparativa dos resultados basear-se-á nas taxas médias de armadura


principal obtidas para sapatas rígidas e flexíveis através dos diferentes métodos de
dimensionamento, nos respectivos volumes de concreto e aço utilizados para cada caso,
como também no atendimento ou não das verificações necessárias para cada situação.
Deve-se atentar que, ao longo deste capítulo, as comparações que se baseiem em taxas
de armadura não levam em consideração a armadura transversal e de punção quando
necessárias. As figuras citadas nesse capítulo são gráficos representativos mostrados
no Anexo D.
Inicialmente, faz-se a comparação das taxas médias de armadura principal
obtidas pelos diferentes métodos de dimensionamento para os casos de sapata rígida.
As taxas médias são obtidas através da média dos valores de taxa de armadura
mostrados nas Tabelas (Tabela 10 Tabela 23 Tabela 39). Desse modo, consegue-se
fazer a Tabela 51, a partir da qual, faz-se a Figura 35.
Tabela 51 – Comparação da taxa média de armadura principal para sapatas rígidas

Métodos NBR 6118:2014 CEB:1970 ACI-318:2014

Taxa média de
0,081% 0,090% 0,083%
armadura principal

Fonte: Autor (2016).

Observando a Figura 35, percebe-se, claramente, que, para as sapatas rígidas,


os três métodos sugeridos resultaram em taxas de armadura principal bastante
próximas. Entretanto, a pequena diferença existente pode ser justificada pela adoção de
diferentes parâmetros, coeficientes e modelos de dimensionamentos.
Em seguida, realiza-se o mesmo procedimento para comparação dos casos de
sapatas consideradas flexíveis.
Tabela 52 – Comparação da taxa média de armadura principal para sapatas flexíveis

Métodos NBR 6118:2014 CEB:1970 ACI-318:2014

Taxa média de
0,433% 0,575% 0,571%
armadura principal

Fonte: Autor (2016).


73

Já para as sapatas flexíveis, pode-se dizer que o método dos quinhões de carga
trapezoidais adotado por este estudo, para dimensionamento em conformidade com a
NBR 6118:2014, resultou em taxas de armadura principal inferiores às dimensionadas
conforme o CEB:1970 e ACI-318:2014. Esse resultado pode ser justificado uma vez que
os métodos do CEB:1970 e ACI-318:2014 levam em conta a pressão que solo faz nos
cantos das sapatas duas vezes, enquanto que através do método dos quinhões de
carga trapezoidais leva-se em conta uma única vez.
No que se refere a comparação das verificações necessárias, o método de
análise comparativa será baseado na média das razões entre parâmetro resistente e
parâmetro solicitante de cada critério de verificação. Para as sapatas rígidas, têm-se a
seguinte tabela que indica as verificações realizadas para cada método de
dimensionamento. as células em verde e vermelho identificam, respectivamente, o
atendimento ou não da verificação em questão.

Tabela 53 - Comparação verificações sapatas rígidas

NBR 6118:2014 CEB:1970 ACI-318:2014 – Primeiro procedimento


Situações Biela Comprimida Esforço cortante Esforço cortante Punção
VRd/VSd VRd/VSd
τRd2/τSd Media Media τRd/τSd
Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B
P1 5,472 1,103 1,072 1,087 82,106 67,555 74,831 2,657

P2 5,756 1,245 1,055 1,150 - - - 2,888

P3 5,286 1,053 1,035 1,044 28,251 23,457 25,854 2,598

P4 3,859 1,060 1,114 1,087 - - - 3,853

P5 4,109 1,050 1,095 1,072 - - - 3,584

P6 4,129 1,088 1,145 1,116 - - - 3,740

P7 4,875 1,160 1,160 1,160 3,869 3,869 3,869 2,678

P8 4,266 1,021 1,062 1,042 - - - 2,452

P9 4,758 1,179 1,081 1,130 - - - 2,830

P10 4,541 1,071 1,135 1,103 - - - 2,656

Média das razões 4,705 1,103 1,095 1,099 38,075 31,627 34,851 2,994

Fonte: Autor (2016).


74

Visando facilitar o entendimento da análise comparativa, obtêm-se a Figura 37 a


partir das médias das razões da Tabela 53.
Fazendo uma análise do gráfico apresentado na Figura 37, percebe-se que as
verificações mais próximas de não serem atendidas são referentes ao dimensionamento
das sapatas rígidas através do CEB:1970. Em contrapartida, a NBR 6118:2014, dos
métodos de dimensionamentos, foi a que apresentou maior distância no atendimento
das verificações, isso porque deve-se levar em conta a necessidade de se atender a
todas as verificações requeridas para cada método em questão. Pode-se justificar esse
comportamento, pelo fato das normas/boletins adotarem diferentes verificações e
seções para análise.
Para as sapatas flexíveis, a Tabela 54 indica as verificações realizadas para cada
método de dimensionamento. Nela, as células em verde e vermelho identificam,
respectivamente, o atendimento ou não da verificação em questão.

Tabela 54 - Comparação verificações sapatas flexíveis

ACI-318:2014 – Segundo
NBR 6118:2014 CEB:1970
procedimento
Situações Biela Punção Esforço cortante Punção Esforço cortante Punção
Compri VRd/VSd VRd/VSd
τRd2
mida/τSd τRd1/τSd Media τRd/τSd Media τRd/τSd
Dir. A Dir. B Dir. A Dir. B
P1 2,177 0,829 0,445 0,533 0,489 0,951 0,903 0,738 0,821 0,253

P2 2,022 0,865 0,457 0,490 0,474 0,934 0,851 0,505 0,678 0,194

P3 2,103 0,815 0,438 0,525 0,482 0,938 0,876 0,719 0,797 0,249

P4 1,446 0,923 0,373 0,479 0,426 1,055 0,779 0,799 0,789 0,521

P5 1,576 1,027 0,397 0,509 0,453 1,170 0,756 0,756 0,756 0,552

P6 1,533 0,940 0,386 0,502 0,444 1,072 0,733 0,759 0,746 0,508

P7 - - - - - - 1,708 1,708 1,708 1,413

P8 1,649 0,766 0,505 0,398 0,452 0,925 0,615 0,798 0,707 0,252

P9 1,795 0,783 0,398 0,485 0,442 0,918 0,931 0,661 0,796 0,242

P10 1,701 0,788 0,514 0,408 0,461 0,946 0,606 0,804 0,705 0,247
Média
das 1,778 0,860 0,435 0,481 0,458 0,990 0,876 0,825 0,850 0,443
razões

Fonte: Autor (2016).


75

Seguindo o raciocínio anteriormente apresentado, têm-se a Figura 38.


Analisando o gráfico mostrado na Figura 38, identifica-se que, novamente,
levando em conta o conjunto das verificações, o dimensionamento pela NBR 6118:2014
é o que apresenta maior proximidade de se atender a todas verificações necessárias.
Em oposição a isso, os dimensionamentos em conformidade com o ACI-318:2014 e o
CEB:1970 apresentam uma distância considerável para atingir o ponto de se atender a
todas as verificações recomendadas por cada norma/boletim em questão. Pode-se
justificar esse comportamento, pelo fato das normas/boletins adotarem diferentes
verificações e seções para análise.
Visando fazer uma comparação mais fiel a realidade, e utilizando-se das
dimensões geométricas e das áreas de aço necessárias, obtêm-se a Tabela 55 que
compara os pesos médios de aço (somente armadura principal) e concreto por sapata
obtido a partir da média da 10 situações de sapatas quando dimensionadas a critério da
rigidez e de acordo com a NBR 6118:2014, CEB:1970 e ACI-318:2014.

Tabela 55 - Comparação peso médio de aço e volume médio de concreto

NBR 6118:2014 CEB:1970 ACI-318:2014


Classificação quanto
Peso Volume Peso Volume médio Peso Volume médio
a rigidez médio de médio de médio de de concreto médio de de concreto
aço (Kg) concreto (m3) aço (Kg) (m3) aço (Kg) (m3)

Rígida 28,95961 1,55072 32,52963 1,55072 27,78879 2,55798

Flexível 64,92380 1,55072 87,08281 1,55072 72,34148 2,55798

Fonte: Autor (2016).

Para melhor visualização das comparações do peso médio de aço e volume


médio de concreto por sapata, faz-se os gráficos apresentados nas Figuras (Figura 39 e
Figura 40).
No que se refere ao peso de aço médio por sapata, percebe-se que o
dimensionamento de acordo com o CEB:1970 proporcionou um maior peso de aço do
que a NBR 6118:2014 e o ACI-318:2014, seja para as sapatas flexíveis ou rígidas. Além
disso, destaca-se a grande diferença de peso de aço obtido entre o dimensionamento de
sapatas rígidas e flexíveis.
76

A diferença do volume médio de concreto entre o ACI-318:2014 e as demais


normas/boletins em questão é ocasionada por ter sido adotada altura constante ao longo
da sapata para o dimensionamento de acordo com o ACI-318:2014. Analisando a Figura
40, percebe-se, também, o acréscimo considerável de volume de concreto quando se
utiliza sapata rígida ao invés de flexível.
A partir da Tabela 55, faz-se a comparação entre o peso médio de aço por m3 de
concreto. Essa comparação é mostrada através da Tabela 56 e da Figura 41.

3
Tabela 56 - Comparação peso de aço médio por m de concreto

NBR 6118:2014 CEB:1970 ACI 318:2014


Classificação quanto à rigidez 3 3)
Peso de aço médio por m de concreto (Kg/m

Rígida 18,675 20,977 10,863

Flexível 76,843 103,070 70,105

Fonte: Autor (2016).

Percebe-se que o dimensionamento por meio do ACI 318:2014 é o que resulta na


menor quantidade de aço por metro cúbico de concreto, entretanto, deve-se atentar para
o fato que o dimensionamento em questão, através do ACI 318:20014, resultou em um
maior volume de concreto a ser utilizado.
77

7. CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

Após a finalização deste estudo, alguns observações devem ser feitas. Primeiro,
pode-se afirmar que as recomendações técnicas na normalização brasileira sobre
dimensionamento de sapatas não estabelecem qualquer método específico para
dimensionamento, fazendo, assim, com que haja uma considerável falta de informação e
de padrão no processo de dimensionamento de sapatas. Além disso, destaca-se que a
NBR 6118:2014 – “Projeto de estruturas de concreto – Procedimento”, ACI-318:2014 –
“Building Code Requirements for Structural Concrete“ e o boletim CEB:1970 não adotam
critérios de dimensionamento e verificação específicos para sapatas. Utilizam-se de
critérios pré-estabelecidos para dimensionamento e verificações de estruturas como
lajes e vigas.
Em segundo lugar, nota-se que as verificações recomendadas por cada
norma/boletim em questão não apresentam um mesmo padrão de dimensionamento e
verificação requeridas. Pode-se comprovar isso, ao observar as diferentes formas de
verificação utilizadas para cada norma/boletim, a exemplo, pode-se citar a NBR
6118:2014 – “Projeto de estruturas de concreto – Procedimento” que, para sapatas
rígidas, recomenda apenas a verificação da biela comprimida enquanto que o CEB:1970
preconiza a verificação ao esforço cortante.
Em relação ao dimensionamento das armaduras principais para sapatas rígidas,
conclui-se que o método através da teoria de bielas e tirantes, adotado para
dimensionamento em conformidade com a NBR 6118:2014, e o método proposto pelo
ACI-318:2014 são os métodos menos conservadores no que se refere a quantidade de
armadura principal necessitada. Já para as sapatas flexíveis, pode-se afirmar que o
método trapezoidal dos quinhões de carga, adotado para dimensionamento de acordo
com a NBR 6118:2014, é o menos conservador nesse aspecto, enquanto que o
dimensionamento proposto pelo CEB:1970 é o mais.
Em relação as verificações, este estudo permite inferir que a NBR 6118:2014 é,
entre as normas/boletins estudados, a menos conservadora nesse aspecto, seguida do
ACI-318:2014.
78

Assim, conclui-se que, de uma maneira geral, o dimensionamento em


concordância com a NBR 6118:2014 apresentou resultados mais econômicos e menos
conservadores quando comparado com as demais normas/boletins apresentadas (os)
neste trabalho. O CEB:1970, por sua vez, foi a norma/boletim que demonstrou
resultados mais conservadores.
Para finalizar, conclui-se que, para solos rígidos e cargas solicitantes altas, deve-
se adotar sapatas rígidas como opção de fundação, em detrimento de sapatas flexíveis.

7.1. Sugestões para trabalhos futuros

Após a realização desta pesquisa, tem-se a expectativa de que haja contribuições


para outros estudos relacionados à fundações diretas em projetos de edifícios. Desta
forma, alguns temas são sugeridos como forma de dar continuidade a esta pesquisa:

o Estudo e análise da formação das bielas e tirantes nas sapatas rígidas;

o Comparação entre os esforços solicitantes obtidos pelos modelos analíticos


de cálculo e modelos via Método dos Elementos Finitos (MEF);

o Estudo de fundações do tipo sapatas de concreto armado rígidas e flexíveis


considerando à compressão simples, flexão normal composta e flexão oblíqua
composta quando submetidas a pequenas cargas e assentada em solos frágeis;

o Análise da iteração solo-estruturas em fundações diretas de edifícios.


79

8. REFERÊNCIAS

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118:2014: Projeto


e execução de obras de concreto armado: Procedimento. Rio de Janeiro, 2014;

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6122:2010: Projeto


e execução de fundações. Rio de Janeiro, 2010;

ACI 318. Building Code Requirements for Structural Concrete. American Concrete
Institute, Farmington Hills, Michigan, 2014.

ARAÚJO, José Milton De. Curso de concreto armado volume 4. Rio Grande do Sul,
2014.

ARAÚJO, José Milton De. Projeto estrutural de edifícios de concreto armado. Rio
Grande do Sul, 2004.

Rodrigo; GIONGO, José Samuel. Cálculo da área da armadura transversal em


elementos lineares de concreto armado submetidas à ação de força esforço
cortante: análise comparativa entre os Modelos I e II da NBR 6118:2003. 50º Congresso
Brasileiro de Concreto, Salvador, 2008.

BASTOS, Paulo Sérgio Dos Santos. Estruturas de concreto III: notas de aula sapatas
de fundação. Bauru, 2012.

CAMPOS, João Carlos De. Elementos de fundações em concreto. São Paulo, 2015.

CINTRA, José Carlos A.; AOKI, Nelson; ALBIERO, José Henrique. Fundações Diretas:
projeto geotécnico. São Carlos, 2012.
80

COMITE EURO-INTERNATIONAL DU BETON. CEB-FIP MODEL CODE 2010: Final


draft. Model Code Prepared by Special Activity Group 5. Lausanne, 2011.
COMITE EURO-INTERNATIONAL DU BETON. Recommandations particulières au
calcul et à l’exécution des semelles de fondation. Bulletin d’Information n.73. Paris,
1970.

CORDOVIL, Fábio Armando Botelho. Lajes de concreto armado: punção.


Florianópolis: Ed. da UFSC,1997.

MORAES, Marcello Da Cunha. Estruturas de fundações. São Paulo, 1977.

SILVA, Edja Laurindo Da. Análise dos modelos estruturais para determinação dos
esforços resistentes em sapatas isoladas. Dissertação Para Obtenção Do Título De
Mestre. São Carlos, 1998.

SOUZA, Raphael Alves; BITTENCOURT, Túlio Nogueira. Definição de expressões


visando relacionar f’c e fck. Artigo Científico. ENTECA, 2003.

CARVALHO, Roberto Chust. ; PINHEIRO, Libânio Miranda. Cálculo e detalhamento de


estruturas usuais de concreto armado: volume 2. São Paulo, 2013.
81

ANEXO A
CONSIDERAÇÕES E CARACTERÍSTICAS GERAIS

As 10 situações em questão apresentarão as seguintes considerações e


características:
Ø Resistência característica à compressão do concreto igual a 40 MPa;
Ø O peso da sapata é levado em consideração multiplicando a ação vertical por
1,10 para sapatas rígidas e 1,05 para sapatas flexíveis;
Ø Sapata assentada em solo arenoso compactado com ângulo de atrito igual à 30°
e sem coesão;
Ø Tensão admissível do solo igual a 4,5 kgf/cm2;
Ø Não será feito o dimensionamento das armaduras para esforço cortante e
punção;
Ø Para verificação da estabilidade não será levado em conta o peso próprio das
sapatas, ação essa que é a favor da segurança;
Ø Cobrimentos:
o Para a NBR 6118:2014 será considerado classe de agressividade
ambiental 3, tendo, assim, cobrimento de 40 milímetros;
o Para o CEB:1970 será considerado ataque por cloreto proveniente da
água do mar e de outras fontes, resultando, assim, em cobrimento de 40
milímetros;
o Para o ACI-318:2014 será considerado o concreto exposto
permanentemente ao solo, ocasionando em cobrimento de 75 milímetros.
Ø O vento será considerado como ação variável principal;
Ø A parcela da carga de vento representará 30% das cargas características;
Ø Os coeficientes de majoração dos esforços serão:
o Para a NBR 6118:2014, iguais a 1,4 para cargas permanente e variáveis;
o Para o CEB:1970, iguais a 1,35 para cargas permanentes e 1,5 para
variáveis;
o Para o ACI-318:2014, iguais a 1,2 para cargas permanentes e 1,6 para
carga de vento.
82

Ø A altura útil, "𝑑", adotada para cálculo será igual a altura, "ℎ", menos o
cobrimento e 1,25 centímetros;
Ø Para cálculo através do ACI-318:2014 serão consideradas alturas constantes ao
longo das sapatas (ℎ = ℎ! ).
83

ANEXO B
MEMÓRIA DE CÁLCULO PARA SITUAÇÃO P1 ATRAVÉS DA NBR 6118:2014

• Dados situação P1

Tabela 57 - Pilar P1

P1
ap - Dimensões em X (cm) 50

bp -Dimensões em Y (cm) 20

Fv - Carga vertical (kN) 826

Fh - Carga horizontal (kN) -

Mx - Momento em torno de X (kNm) 103

My - Momento em torno de Y (kNm) 51,5

Fonte: Autor (2016).

Figura 33 - Representação em planta da sapata

Fonte: Autor (2016).

• Cálculo da área da base da sapata:

F!
Area = A ∙ B =
𝜎!"#
84

o Sapata rígida
826 ∙ 1,1
Area = = 2,019 𝑚!
450
o Sapata flexível
826 ∙ 1,05
Area = = 1,927 𝑚!
450

• Cálculo das dimensões em planta:

1 1 !
B= 𝑏! − 𝑎! + 𝑏 − 𝑎! + 𝐴𝑟𝑒𝑎
2 4 !

o Sapata rígida

1 1 !
B= 20 − 50 + 20 − 50 + 20190 = 127,88 𝑐𝑚 ≅ 130 𝑐𝑚
2 4
20190
A= = 155,31 𝑐𝑚 ≅ 160 𝑐𝑚
130
o Sapata flexível

1 1 !
B= 20 − 50 + 20 − 50 + 19270 = 124,64𝑐𝑚 ≅ 125𝑐𝑚
2 4
19270
A= = 154,19 𝑐𝑚 ≅ 155𝑐𝑚
125

• Cálculo das excentricidade:


M
𝑒=
F!
o Sapata rígida
5150
𝑒! = = 5,668 𝑐𝑚
1,1 ∙ 826
10300
𝑒! = = 11,336 𝑐𝑚
1,1 ∙ 826
o Sapata flexível
5150
𝑒! = = 5,938 𝑐𝑚
1,05 ∙ 826
85

10300
𝑒! = = 11,876 𝑐𝑚
1,05 ∙ 826

• Posição da aplicação da carga vertical:


e! e! 1
+ ≤ → 𝐷𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑁ú𝑐𝑙𝑒𝑜 𝑑𝑒 𝑖𝑛é𝑟𝑐𝑖𝑎
𝐴 𝐵 6
o Sapata rígida
5,668 11,336 1
+ = 0,123 ≤ → 𝐷𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑁ú𝑐𝑙𝑒𝑜 𝑑𝑒 𝑖𝑛é𝑟𝑐𝑖𝑎
160 130 6

o Sapata flexível
5,938 11,876 1
+ = 0,133 ≤ → 𝐷𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑁ú𝑐𝑙𝑒𝑜 𝑑𝑒 𝑖𝑛é𝑟𝑐𝑖𝑎
155 125 6

• Tensão máxima:
F! 6𝑒! 6𝑒!
σ!Á! = 1+ +
𝐴 ∙ 𝐵 𝐴 𝐵
o Sapata rígida
1,1 ∙ 826 6 ∙ 5,668 6 ∙ 11,336
σ!Á! = 1+ + = 7,582 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚!
160 ∙ 130 160 130
Obs: Tensão obtida superior à 1,3 𝜎!"#
o Sapata flexível
1,05 ∙ 826 6 ∙ 5,938 6 ∙ 11,876
σ!Á! = 1+ + = 8,057 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚!
155 ∙ 125 155 125
Obs: Tensão obtida superior à 1,3 𝜎!"#

• Atribuição dos novos valores para A e B:


o Sapata rígida
B = 155 cm
A = 185 cm
o Sapata flexível
B = 155 cm
A = 185 cm
86

• Posição da aplicação da carga vertical:


e! e! 1
+ ≤ → 𝐷𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑁ú𝑐𝑙𝑒𝑜 𝑑𝑒 𝑖𝑛é𝑟𝑐𝑖𝑎
𝐴 𝐵 6
o Sapata rígida
5,668 11,336 1
+ = 0,104 ≤ → 𝐷𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑁ú𝑐𝑙𝑒𝑜 𝑑𝑒 𝑖𝑛é𝑟𝑐𝑖𝑎
185 155 6

o Sapata flexível
5,938 11,876 1
+ = 0,109 ≤ → 𝐷𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑁ú𝑐𝑙𝑒𝑜 𝑑𝑒 𝑖𝑛é𝑟𝑐𝑖𝑎
185 155 6

• Tensão na base:
F! 6𝑒! 6𝑒!
σ= 1± ±
𝐴 ∙ 𝐵 𝐴 𝐵
o Sapata rígida
1,1 ∙ 826 6 ∙ 5,668 6 ∙ 11,336
σ!(!Á!) = 1+ + = 5,142 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚!
185 ∙ 155 185 155
1,1 ∙ 826 6 ∙ 5,668 6 ∙ 11,336
σ! = 1+ − = 2,361 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚!
185 ∙ 155 185 155
1,1 ∙ 826 6 ∙ 5,668 6 ∙ 11,336
σ! = 1− + = 3,977 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚!
185 ∙ 155 185 155
1,1 ∙ 826 6 ∙ 5,668 6 ∙ 11,336
σ! = 1− − = 1,196 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚!
185 ∙ 155 185 155
5,142 + 2,361
σ! = = 3,751 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚!
2
3,977 + 1,196
σ! = = 2,586 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚!
2
5,142 + 3,977
σ! = = 4,559 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚!
2
2,361 + 1,196
σ! = = 1,778 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚!
2
3,751 + 2,586 + 4,559 + 1,778
σ! = = 3,169 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚!
4
87

o Sapata flexível
1,05 ∙ 826 6 ∙ 5,938 6 ∙ 11,876
σ!(!Á!) = 1+ + = 4,998 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚!
185 ∙ 155 185 155
1,05 ∙ 826 6 ∙ 5,938 6 ∙ 11,876
σ! = 1+ − = 2,217 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚!
185 ∙ 155 185 155
1,05 ∙ 826 6 ∙ 5,938 6 ∙ 11,876
σ! = 1− + = 3,833 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚!
185 ∙ 155 185 155
1,05 ∙ 826 6 ∙ 5,938 6 ∙ 11,876
σ! = 1− − = 1,052 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚!
185 ∙ 155 185 155
4,998 + 2,217
σ! = = 3,607 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚!
2
3,833 + 1,052
σ! = = 2,442 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚!
2
4,998 + 3,833
σ! = = 4,415 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚!
2
2,217 + 1,052
σ! = = 1,634 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚!
2
3,607 + 2,442 + 4,415 + 1,634
σ! = = 3,025 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚!
4

• Altura
o Sapata rígida
A − a!
h≥ → 𝑁𝐵𝑅 6118: 2014
3
A cm − a! cm A cm − a! cm
≤ h cm ≤ 1,5 → 𝐶𝐸𝐵 1970
4 2
185 − 50
h≥ = 45 cm → 𝑁𝐵𝑅 6118: 2014
3
185 − 50 185 − 50
≤h≤ = 33,75 cm ≤ h ≤ 101,25 cm → 𝐶𝐸𝐵 1970
4 2
Altura adotada:
h = 75 cm
88

o Sapata flexível
A − a!
h< → 𝑁𝐵𝑅 6118: 2014
3
A − a!
h< → 𝐶𝐸𝐵 1970
4
185 − 50
h< = 45 cm → 𝑁𝐵𝑅 6118: 2014
3
185 − 50
h< = 33,75 cm → 𝐶𝐸𝐵 1970
4
Altura adotada:
h = 33 cm

• Dimensionamento NBR 6118:2014


o Sapata rígida

Altura útil
d = 75 − 4 − 1,25 = 69,75 cm

Tração característica
185
185 (3,751 − 3,169) ∙ 2
R!!,! = 3,169 ∙ + = 320,037 𝑘𝑁/𝑚
2 2
155
155 (4,559 − 3,169) ∙ 2
R!!,! = 3,169 ∙ + = 299,447 𝑘𝑁/𝑚
2 2
x!,! = 47,548 𝑐𝑚
y!,! = 41,074 𝑐𝑚

R!! x! − 0,25𝑎!
T! =
𝑑
R!! y! − 0,25𝑏!
T! =
𝑑
89

320,037 47,548 − 0,25 ∙ 50


T!,! = = 160,812 𝑘𝑁/𝑚
69,75
299,447 41,074 − 0,25 ∙ 20
T!,! = = 154,872 𝑘𝑁/𝑚
69,75

Área de aço
160,812 ∙ 1,4
A!",! = = 5,178 𝑐𝑚! /𝑚
50/1,15
154,872 ∙ 1,4
A!",! = = 4,987 𝑐𝑚! /𝑚
50/1,15

A!"#,! = 5,178 ∙ 1,55 = 8,026 𝑐𝑚!


A!"#,! = 4,987 ∙ 1,85 = 9,226 𝑐𝑚!

8,026
ρ! = = 0,074%
69,75 ∙ 1,55
9,226
ρ! = = 0,071%
69,75 ∙ 1,85

Ø Verificação biela comprimida


𝐹!"
τ!" =
𝑢! ∙ 𝑑
u! = 2 ∙ 𝑎! + 2 ∙ 𝑏! = 2 ∙ 50 + 2 ∙ 20 = 140 cm
F!" = 1,4 ∙ 826 = 1156 𝑘𝑁
1156
τ!" = = 0,118 𝑘𝑁/𝑐𝑚!
140 ∙ 69,75
40 40
τ!"! = 0,27 ∙ 1 − ∙ = 6,48 𝑀𝑃𝑎 = 0,648 𝑘𝑁/𝑐𝑚!
250 1,4

o Sapata flexível

Altura útil
d = 33 − 4 − 1,25 = 27,75 cm
90

0,8σ!á! = 0,8 ∙ 4,998 = 3,996 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚!


σ!"#$ ≥ σ!á! + σ!í! 3,996 + 1,052
= = 3,025 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚!
2 2

Nova força vertical característica


𝐹!"! = 3,996 ∙ 155 ∙ 185 = 114643 kgf = 1146,43 kN

Momento fletor de cálculo


1146,43 ∙ 1,4 185 − 50 2 ∙ 155 + 20 50
M!"# = ∙ + = 203,682 𝑘𝑁𝑚
4 6 155 + 20 6
1146,43 ∙ 1,4 155 − 20 2 ∙ 185 + 50 20
M!"# = ∙ + = 174,729 𝑘𝑁𝑚
4 6 185 + 50 6

Área de aço
M!"#
A!",! =
0,85 ∙ 𝑑 ∙ 𝑓!"
M!"#
A!",! =
0,85 ∙ 𝑑 ∙ 𝑓!"

203,682
A!",! = = 19,851 𝑐𝑚!
0,85 ∙ 27,75 ∙ 50/1,15
174,729
A!",! = = 17,029 𝑐𝑚!
0,85 ∙ 27,75 ∙ 50/1,15

19,851
ρ! = = 0,462%
27,75 ∙ 155
17,029
ρ! = = 0,332%
27,75 ∙ 185

Ø Verificação biela comprimida


𝐹!"
τ!" =
𝑢! ∙ 𝑑
u! = 2 ∙ 𝑎! + 2 ∙ 𝑏! = 2 ∙ 50 + 2 ∙ 20 = 140 cm
F!" = 1,4 ∙ 826 = 1156 𝑘𝑁
91

1156
τ!" = = 0,298 𝑘𝑁/𝑐𝑚!
140 ∙ 27,75
40 40
τ!"! = 0,27 ∙ 1 − ∙ = 6,48 𝑀𝑃𝑎 = 0,648 𝑘𝑁/𝑐𝑚!
250 1,4

Ø Verificação à punção
𝐹!" 𝐾 ∙ 𝑀!"
τ!" = +
𝑢∙𝑑 𝑊! ∙ 𝑑
𝑢 = 2 ∙ 𝑎! + 2 ∙ 𝑏! + 2 ∙ π ∙ 2d = 2 ∙ 50 + 2 ∙ 20 + 2 ∙ π ∙ 2 ∙ 27,75 = 488,717 cm

𝑀!" = 103 ∙ 1,4 = 144,2 kNm


𝑀!" = 51,5 ∙ 1,4 = 72,1 kNm

Área dentro do perímetro C’

𝐴𝑟𝑒𝑎 𝐶 ! = 𝑏! ∙ 𝑎! + 2 ∙ 𝑏! ∙ 2d + 2 ∙ 𝑎! ∙ 2d + π ∙ 𝑑 !
𝐴𝑟𝑒𝑎 𝐶′ = 20 ∙ 50 + 2 ∙ 20 ∙ 2 ∙ 27,75 + 2 ∙ 50 ∙ 2 ∙ 27,75 + π ∙ 27,75! = 18450 c𝑚!

Altura útil no perímetro C’

135
33 − 20 ∙ 2 − 2 ∙ 27,75
d = 20 + − 4 − 1,25 = 17,061 cm
135
2

Ação do solo dentro do perímetro C’

𝐹!"#"$ = 18450 ∙ 3,025 ∙ 1,4 = 78111,9 𝑘𝑔𝑓 = 781,119 𝑘𝑁

Ação vertical na punção

𝐹!" = 1156 − 781,119 = 375,281 𝑘𝑁


92

𝐶! 50
𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑑𝑖𝑟. 𝐴 → = = 2,5 → 𝐾 = 0,75
𝐶! 20
𝐶! 20
𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑑𝑖𝑟. 𝐵 → = = 0,4 → 𝐾 = 0,45
𝐶! 50

𝐶! !
𝑊! = + 𝐶! ∙ 𝐶! + 4𝐶! ∙ 𝑑 + 16𝑑 ! + 2𝜋𝑑𝐶! (𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 𝑟𝑒𝑡𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟)
2

50!
𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑑𝑖𝑟. 𝐴 → 𝑊! = + 50 ∙ 20 + 4 ∙ 20 ∙ 27,75 + 16 ∙ 27,75! + 2𝜋 ∙ 27,75 ∙ 50
2
𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑑𝑖𝑟. 𝐴 → 𝑊! = 25508,92 c𝑚!
20!
𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑑𝑖𝑟. 𝐵 → 𝑊! = + 50 ∙ 20 + 4 ∙ 50 ∙ 27,75 + 16 ∙ 27,75! + 2𝜋 ∙ 27,75 ∙ 20
2
𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑑𝑖𝑟. 𝐵 → 𝑊! = 22558,17 c𝑚!

375,281 0,75 ∙ 7210 0,45 ∙ 14420


τ!" = + + = 0,074 𝑘𝑁/𝑐𝑚!
488,717 ∙ 17,061 25508,92 ∙ 17,061 22558,17 ∙ 17,061

20 !/!
τ!"# = 0,13 1 + 100ρ ∙ f!" + 0,10σ!"
d

20 !/!
τ!"# = 0,13 1 + 100 ∙ 0,332% ∙ 40 = 0,62 MPa = 0,062 𝑘𝑁/𝑐𝑚!
17,061
93

ANEXO C
ÁBACO DE MONTOYA (1973)
Figura 34 - Ábaco para determinação das tensões

Fonte: Bastos (2012)


94

ANEXO D
GRÁFICOS DA ANÁLISE COMPARATIVA

Figura 35 - Comparação das taxas médias de armadura para casos de sapatas rígidas

Fonte: Autor (2016).


Figura 36 - Comparação das taxas médias de armadura para casos de sapatas flexíveis

Fonte: Autor (2016).


95

Figura 37 - Comparação verificações sapatas rígidas

Fonte: Autor (2016).

Figura 38 - Comparação verificações sapatas flexíveis

Fonte: Autor (2016).


96

Figura 39 - Comparação do peso de aço médio

Fonte: Autor (2016).

Figura 40 - Comparação do volume de concreto médio

Fonte: Autor (2016).


97

3
Figura 41 - Comparação peso de aço médio por m de concreto

Fonte: Autor (2016).

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