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precoce:
enfrentando o desafio da
gravidez na adolescência
UNFPA
UNFPA Esta Esta
edição
edição
em português
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foi elaborada
foi elaborada
pelo pelo
Criando
Criando
umummundo
mundoondeonde Escritório
Escritório
do UNFPA
do UNFPA
no Brasil
no Brasil
todas
todas
as gestações
as gestações
sejam
sejam Coordenação
Coordenação
editorial
editorial
e revisão:
e revisão:
Ulisses
Ulisses
Lacava
Lacava
Bigaton
Bigaton
desejadas,
desejadas,
todos
todos
os partos
os partos Tradução:
Tradução:
Patrícia
Patrícia
Ozório
Ozório
de Almeida
de Almeida
e Cristiane
e Cristiane
Feitosa
Feitosa
Divulgação:
Divulgação:
Gabriela
Gabriela
Borelli
Borelli
e Luciano
e Luciano
Carvalho
Carvalho
sejam
sejam
seguros
seguros
e cada
e cada
jovem
jovem
alcance
alcance
seuseu
potencial.
potencial. Agradecimentos
Agradecimentos
especiais
especiais
à equipe
à equipe
do UNFPA
do UNFPA
BrasilBrasil
Situação da População Mundial 2013
Maternidade
Precoce:
Enfrentando o desafio da
gravidez na adolescência
Prefácio página ii
Indicadores página 99
Muitos países assumiram a causa da prevenção da busca da justiça social, o desenvolvimento equitati-
maternidade na adolescência, geralmente por meio vo e o empoderamento das meninas.
de ações voltadas à mudança de comportamento Em geral, os esforços – e recursos – para evitar
das meninas. Está implícito em tais intervenções a gravidez na adolescência têm se concentrado em
uma crença de que a menina é responsável pela meninas de 15 a 19 anos de idade. No entanto, as
prevenção da gravidez e um pressuposto de que, se meninas com as maiores vulnerabilidades, e que
ela engravidar, ela é a culpada. enfrentam o maior risco de complicações e morte
Tais abordagens e pensamentos estão equivocados, devido à gravidez e ao parto, são as de 14 anos ou
uma vez que não conseguem dar conta das circuns- menos. Esse grupo de adolescentes muito jovens é
tâncias e pressões sociais que conspiram contra as geralmente ignorado pelas instituições nacionais de
adolescentes e tornam a maternidade um resultado saúde, educação e desenvolvimento ou está além de
provável de sua transição da infância para a idade seu alcance, porque muitas vezes essas meninas estão
adulta. Quando uma jovem é forçada ao casamen- em casamentos forçados e são impedidas de frequen-
to, por exemplo, ela raramente tem alguma opção tar a escola ou de ter acesso a serviços de saúde sexual
quanto a se, quando ou quantas vezes vai engravidar. e reprodutiva. Suas necessidades são imensas, e os
Uma ação de prevenção da gravidez, seja uma cam- governos, a sociedade civil, as comunidades e a comu-
panha publicitária ou um programa de distribuição nidade internacional devem fazer muito mais para
de preservativos, é irrelevante para uma menina que protegê-las e apoiar sua transição segura e saudável
não tem poder para tomar decisões consequentes. desde a infância e a adolescência até a idade adulta.
O que é necessário é uma nova maneira de Ao abordar a gravidez na adolescência, a verdadei-
pensar sobre o desafio da gravidez na adolescên- ra medida do sucesso – ou fracasso – de governos,
cia. Em vez de ver a menina como o problema e agências de desenvolvimento, sociedade civil e comu-
a mudança de seu comportamento como a solu- nidades é até que ponto estão respondendo bem ou
ção, os governos, comunidades, famílias e escolas mal às necessidades deste grupo negligenciado.
devem considerar como reais desafios a pobreza, A gravidez na adolescência se entrelaça a ques-
a desigualdade de gênero, a discriminação, a falta tões de direitos humanos. Uma menina grávida
de acesso a serviços, e as opiniões negativas sobre que é pressionada ou forçada a deixar a escola, por
meninas e mulheres. E devem ver como verdadeiros exemplo, tem o seu direito à educação negado.
caminhos para a redução da gravidez adolescente a Uma menina que é proibida de acessar anticoncep-
ii ii P r efáci o
cionais ou mesmo informações sobre a prevenção sobre População e Desenvolvimento, de 1994 , que s Dr. Osotimehin
com adolescentes
de uma gravidez, tem seu direito à saúde negado. continua a orientar o trabalho do UNFPA hoje.
educadores na
Por outro lado, uma menina que consegue desfrutar A comunidade internacional está preparando uma África do Sul.
© UNFPA/Rayana
de seu direito à educação e permanecer na escola nova agenda de desenvolvimento sustentável para
Rassool
tem menos probabilidade de engravidar do que sua suceder, após 2015, a Declaração do Milênio e os
colega que sai ou é forçada a sair da escola. Assim, o Objetivos do Milênio a ela associados. Os gover-
gozo de um direito a coloca em uma posição melhor nos comprometidos com a redução do número de
para usufruir de outros. gestações na adolescência também devem ter o com-
A partir de uma perspectiva de direitos humanos, promisso de garantir que as necessidades, desafios,
uma garota que fica grávida, independente das cir- aspirações, vulnerabilidades e direitos de adolescen-
cunstâncias ou razões, é uma garota cujos direitos tes, especialmente das meninas, sejam plenamente
estão prejudicados. considerados nesta nova agenda de desenvolvimento.
Investimentos em capital humano são fun- Há 580 milhões de meninas adolescentes no
damentais para a proteção desses direitos. Tais mundo. Quatro em cada cinco delas vivem em
investimentos não somente ajudam as meninas a países em desenvolvimento. Investir nelas hoje irá
atingirem seu potencial pleno, mas também fazem desencadear todo o seu potencial para moldar o
parte da responsabilidade de um governo de pro- futuro da humanidade.
teger os direitos das meninas em conformidade
com os tratados e instrumentos de direitos huma- Dr. Babatunde Osotimehin
nos, tais como a Convenção sobre os Direitos da Subsecretário-Geral das Nações Unidas e Diretor
Criança, e com os acordos internacionais, incluindo Executivo do UNFPA, Fundo de População das
o Programa de Ação da Conferência Internacional Nações Unidas
Em todas as regiões do mundo, meninas pobres, anos. Meninas menores de 15 anos contabilizam
com baixa escolaridade e residentes no meio rural 2 milhões dos 7,3 milhões de partos que ocorrem
são mais susceptíveis a engravidar do que as meni- em adolescentes menores de 18 anos a cada ano
nas mais ricas, urbanas e com mais escolaridade. nos países em desenvolvimento.
Também têm maior probabilidade de engravidar
as meninas pertencentes a minorias étnicas ou gru- Impacto na saúde, educação e
pos marginalizados, que não têm escolhas e opor- produtividade
tunidades na vida, ou que têm pouco ou nenhum A gravidez pode ter consequências imediatas e
acesso à saúde sexual e reprodutiva, incluindo duradouras para a saúde, a educação e o poten-
informação e serviços de contracepção. cial de geração de renda de uma menina. E,
A maioria dos partos de adolescentes no mundo muitas vezes, altera o curso de toda a sua vida. A
- 95% - ocorre em países em desenvolvimento, e forma como altera a vida da menina depende, em
nove em cada 10 desses nascimentos ocorrem den- parte, de sua idade.
tro de um casamento ou união conjugal precoce. O risco de morte materna em mães menores de
Cerca de 19% das mulheres jovens em países 15 anos nos países de baixa e média renda é o dobro
em desenvolvimento engravidam antes dos 18 do risco das mulheres mais velhas, e este grupo
iv
©Naresh Newar/ipsnews.net
“Eu tinha 14 anos ... M
inha mãe e suas irmãs
começaram a preparar
comida, e meu pai pedi
u
a meus irmãos, irmãs
e a mim para usarmos
nossas melhores roup
as porque teríamos
uma festa. Como eu nã
o sabia o que estava
acontecendo, eu comem
orei como todo mundo
.
Então me disseram qu
e era o meu casamento
mais jovem também enfrenta taxas signifi-
e que eu tinha que me
cativamente maiores de fístula obstétrica do juntar a meu marido.
Tentei escapar, mas fu
que grupos mais velhos. i capturada. Então, me
Cerca de 70 mil adolescentes morrem vi com um marido trê
s vezes mais velho do
anualmente de causas relacionadas com
que eu.... Este casamen
a gravidez e o parto em países em desen- to deveria me salvar do
volvimento. A gravidez e o parto são a deboche. A escola sim
plesmente acabou. De
principal causa de morte para adolescentes z
meses mais tarde, eu
tinha um bebê nos braç
mais velhas do sexo feminino em países os.
Um dia decidi fugir, m
em desenvolvimento. As adolescentes que as concordei em volta
r
engravidam tendem a ser de famílias de para o meu marido se
ele me deixasse voltar
baixa renda e a apresentarem deficiência à
escola. Voltei para a es
cola, tenho três filhos
nutricional. Há maior probabilidade de e
problemas de saúde quando a gravidez estou na sétima série.”
ocorre muito cedo, pouco tempo depois de Clarisse, 17 anos – Repú
blica do Chade
atingirem a puberdade.
CAUSAS SUBJACENTES
• Casamento precoce
Gravidez antes dos 18 anos
• Desigualdade de gênero
v
As meninas que permanecem mais tempo na o número de gestações, mas também ajudar a der-
escola são menos propensas a engravidar. A edu- rubar muitas das barreiras ao empoderamento das
cação prepara meninas para o trabalho e para sua meninas, para que a gravidez não seja mais o resul-
subsistência, aumenta a autoestima e o status das tado provável.
meninas em suas famílias e comunidades, e lhes dá Um modelo ecológico dessa natureza, desenvol-
mais voz nas decisões que afetam suas vidas. A edu- vido por Robert Blum, na Escola Johns Hopkins
cação também reduz a probabilidade de casamento Bloomberg de Saúde Pública, lança luz à constela-
precoce e retarda a gravidez, levando eventualmente ção de forças que conspiram contra as adolescentes
a partos mais saudáveis. Deixar a escola por causa de e aumentam a probabilidade de que engravidem.
uma gravidez ou qualquer outro motivo pode com- Embora essas forças sejam numerosas e multi-es-
prometer futuras perspectivas econômicas das meni- tratificadas, todas elas, de uma forma ou de outra,
nas e excluí-las de outras oportunidades na vida. interferem na capacidade de uma menina desfrutar
ou exercer direitos que podem empoderá-la para
Muitas forças conspiram contra moldar seu próprio futuro. O modelo considera
meninas adolescentes forças de âmbito nacional - tais como políticas de
Uma abordagem “ecológica” para a gravidez na acesso de adolescentes à contracepção ou o descum-
adolescência é aquela que leva em conta toda a primento das leis que proíbem o casamento preco-
gama dos complexos determinantes desse fenô- ce – e todo o percurso até o nível do indivíduo, tais
meno e a interação dessas forças. Tal abordagem como a socialização das meninas e a forma como
pode ajudar os governos, gestores públicos e partes isso molda suas crenças sobre a gravidez.
interessadas a compreender os desafios e elaborar A maioria dos determinantes neste mode-
intervenções mais eficazes que não só irão reduzir lo opera em mais de um nível. Por exemplo, as
Pressões de todos os níveis conspiram contra as meninas e levam à gravidez, desejada ou não. As leis nacionais podem impedir que uma
menina tenha acesso à métodos contraceptivos. Normas e atitudes comunitárias podem bloquear o seu acesso aos serviços de saúde
sexual e reprodutiva ou tolerar a violência contra ela, mesmo que ela consiga acessar os serviços de alguma forma. Os membros da
família podem obrigá-la a um casamento no qual ela tem pouco ou nenhum poder de negar-se a ter filhos. Escolas podem não oferecer
educação sexual, e então ela deve confiar em informações (muitas vezes imprecisas) de seus pares sobre sexualidade, gravidez e
contracepção. Seu parceiro pode se recusar a usar preservativo ou proibi-la de usar contraceptivos de qualquer espécie.
vi
INDIVÍDUO FAMÍLIA ESCOLA/PARES COMUNIDADE
políticas de nível nacional podem restringir o las em casamentos forçados - têm pouco a dizer
acesso de adolescentes a serviços de saúde sexual e sobre se ou quando engravidam.
reprodutiva, incluindo a contracepção, enquanto a A gravidez na adolescência é, ao mesmo tempo,
comunidade ou família pode se opor ao acesso das causa e consequência de violações de direitos. A gra-
meninas à educação sexual abrangente ou outras videz prejudica as possibilidades das meninas exer-
informações sobre como evitar uma gravidez. cerem seus direitos à educação, saúde e autonomia,
Este modelo mostra que a gravidez na adoles- conforme assegurado em tratados internacionais
cência não ocorre em um vácuo, mas é consequên- como a Convenção sobre os Direitos da Criança.
cia de um conjunto de fatores interligados como Por outro lado, quando são impedidas de desfrutar
pobreza generalizada, aceitação do casamento pre- de direitos básicos, como o direito à educação, se
coce pelas comunidades e famílias, e esforços insu- tornam mais vulneráveis à gravidez. De acordo com
ficientes para manter as meninas na escola. a Convenção sobre os Direitos da Criança, uma
Para a maioria das adolescentes abaixo de 18 pessoa com menos de 18 anos é considerada uma
anos de idade e especialmente para as menores criança. Para cerca de 200 adolescentes por dia, a
de 15, a gravidez não é resultado de uma escolha gravidez precoce resulta na mais definitiva violação
deliberada. Pelo contrário, é geralmente resultado de direitos: a morte.
de uma ausência de escolhas e de circunstâncias Os direitos das meninas já estão protegidos - em
fora de seu controle. A gravidez precoce reflete a papel - por um marco normativo internacional, que
impotência, pobreza e pressões - de parceiros, cole- obriga os governos a tomarem medidas que possibi-
gas, famílias e comunidades. E, em muitos casos, é litem às meninas gozarem dos seus direitos à educa-
resultado de violência ou coerção sexual. Meninas ção, à saúde e de viver livre de violência e coerção.
que têm pouca autonomia - particularmente aque- As crianças têm os mesmos direitos humanos que os
PARTOS ADOLESCENTES
vii
NACIONAL
adultos, mas a elas também são concedidas prote- professores, pais e líderes comunitários também
ções especiais para enfrentar as desigualdades intrín- desempenham um papel importante.
secas à idade.
Assegurar os direitos das meninas pode ajudar a Abordar as causas subjacentes
eliminar muitas das condições que contribuem para Como a gravidez na adolescência é o resultado de
a maternidade na adolescência e ajudar a mitigar diversas forças subjacentes sociais, econômicas e de
muitas das suas consequências para a menina, sua outras naturezas, ela requer estratégias multidimen-
família e sua comunidade. sionais orientadas ao empoderamento das meninas
Enfrentar esses desafios por meio de medidas que e adaptadas a grupos específicos de meninas, espe-
protejam os direitos humanos é a chave para acabar cialmente as marginalizadas e mais vulneráveis.
com um ciclo vicioso de violações de direitos, pobre- Muitas das ações por parte de governos e socie-
za, desigualdade, exclusão e gravidez na adolescência. dade civil que reduziram a fecundidade adolescente
Uma abordagem de direitos humanos à gravidez foram projetadas para atingir outros objetivos,
na adolescência significa trabalhar com os governos como manter as meninas na escola, evitar a infec-
para remover os obstáculos ao gozo dos direitos ção por HIV e acabar com a prática do casamento
pelas meninas. Isso significa abordar as causas precoce. Essas ações também podem desenvolver o
subjacentes, como casamento precoce, violência e capital humano, transmitir informações ou habi-
coerção sexual, falta de acesso à educação e à saúde lidades que empoderam as meninas na tomada de
sexual e reprodutiva, incluindo informação sobre decisões de vida, e defender ou proteger os direitos
métodos contraceptivos. Os governos, no entanto, humanos básicos das meninas.
não podem fazer isso sozinhos. Outras partes inte- Pesquisas mostram que o combate à gravidez
ressadas e portadores de responsabilidades, como indesejada entre adolescentes requer abordagens
viii
holísticas, e, uma vez que os desafios são grandes e meio de redes de apoio social, aumentando seu
complexos, não existe um único setor ou organiza- status em casa, na família, na comunidade e nos
ção que possa enfrentá-los sozinho. Os obstáculos relacionamentos. Intervenções menos complexas,
ao progresso só podem ser vencidos por meio do mas estratégicas, também podem fazer a diferença.
trabalho em parceria com todos os setores e em Dentre elas pode-se incluir a provisão de transfe-
colaboração com as e os próprios adolescentes. rências de renda condicionais para as meninas que
Manter as adolescentes em trajetórias de vida lhes permitam permanecer na escola.
saudáveis, seguras e afirmativas requer investi-
mentos abrangentes, estratégicos e direcionados O caminho a seguir
que atendam às múltiplas fontes de vulnera- Muitos países têm tomado medidas destinadas a
bilidades, que variam de acordo com a idade, prevenir a gravidez na adolescência e, em alguns
capacidades, faixa de renda, local de residência casos, para apoiar as meninas que ficam grávidas.
e muitos outros fatores. Requer também esfor- Mas muitas das medidas até hoje têm focado prin-
ços deliberados para se reconhecer as diversas cipalmente em como alterar o comportamento da
circunstâncias dos adolescentes e identificar as menina, deixando de abordar os determinantes e
meninas em maior risco de gravidez na ado- condicionantes subjacentes, incluindo a desigual-
lescência e com maior possibilidade de maus dade de gênero, a pobreza, a violência e coerção
resultados em termos de saúde reprodutiva. Tais sexual, o casamento precoce, as pressões sociais, a
programas multisetoriais são necessários para a exclusão de oportunidades educacionais e de tra-
construção de ativos para as meninas em todas balho, as atitudes negativas e estereótipos sobre as
as áreas - saúde, educação e meios de subsis- adolescentes; além disso, têm negligenciado o papel
tência - mas também para empoderá-las por de meninos e homens.
ix
Experiências de programas eficazes sugerem
que é necessário realizar uma mudança que saia
das intervenções de foco limitado às meninas ou
am,
e as pessoas julg
A realidade é qu
à prevenção da gravidez, para abordagens amplas
o.
seres humanos sã
que possam construir o capital humano das meni-
e é assim que os nas, concentradas em sua capacidade de tomar
ir isso m es m o depois de todas decisões sobre suas vidas (incluindo questões de
Ouv
cê
as... tudo que vo saúde sexual e reprodutiva), apresentando oportu-
as suas conquist
os, nidades reais para que a maternidade não seja vista
er esses obstácul
passou para venc como seu único destino. Este novo paradigma
.
a pessoa melhor..
para tornar-se um
deve ter como alvo as circunstâncias, condições,
o
perdoam, pois vã
normas, valores e forças estruturais que perpe-
as pe ss oa s nã o tuam a gravidez na adolescência, por um lado; e
a teve um bebê
lembrar: “Oh, el que isolam e marginalizam as mulheres grávidas
15 anos.” por outro. As meninas precisam tanto de acesso
quando ela tinha aos serviços de saúde sexual e reprodutiva e de
aos 15, Jamaica
Tonette, 31, grávida informação, quanto serem aliviadas das pressões
econômicas e sociais que muitas vezes se traduzem
em uma gravidez, bem como da pobreza, dos
problemas de saúde, e da não realização do seu
potencial humano.
OS BENEFÍCIOS
x
É preciso dedicar esforços adicionais para alcan-
çar meninas menores de 15 anos de idade, cujas UNFPA, DIREITOS E A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA
necessidades e vulnerabilidades são ainda maio- Para o UNFPA, que é orientado pelo Programa de Ação da Conferência
res. Os esforços para prevenir a gravidez entre as Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD), respeitar,
maiores de 15 anos e o apoio às adolescentes mais proteger e levar a cabo os direitos humanos das adolescentes, incluindo o
direito à saúde sexual e reprodutiva e os direitos reprodutivos:
velhas que estão grávidas ou que tenham dado à
luz podem ser inadequados ou irrelevantes para • Reduz vulnerabilidades, especialmente entre as mais marginalizadas,
adolescentes muito jovens. Adolescentes muito concentrando-se em suas necessidades particulares;
jovens têm vulnerabilidades especiais, e muito
• Aumenta e fortalece a participação da sociedade civil, da comunidade e
pouco tem sido feito para entender e responder dos próprios adolescentes;
aos grandes desafios que enfrentam.
As meninas que engravidam precisam de • Empodera as adolescentes para continuarem a sua educação e levarem
vidas produtivas e satisfatórias;
apoio, não de estigma. Governos, organizações
internacionais, sociedade civil, comunidades, • Aumenta a transparência e a responsabilização; e
famílias, líderes religiosos e as e os próprios ado-
• Leva à transformação social sustentada, na medida em que programas
lescentes têm um papel importante na realização baseados nos direitos humanos têm um impacto sobre normas e
da mudança. Todos vão ganhar ao nutrir as vastas valores, estruturas, políticas e práticas.
possibilidades que essas meninas, cheias de vida e
esperança, trazem consigo.
ECONÔMICOS POTENCIAL
©Mark Tuschman
xii Capí tulo 1: Um Desafio Glo bal
1
Um Desafio
Global
© Mark Tuschman/AMMD
A cada ano, 7,3 milhões de meninas menores de de engravidar do que as suas contrapartes, mais
18 anos dão à luz em países em desenvolvimento ricas, urbanas, e com maior escolaridade.
(UNFPA, 2013). O número de casos de gravidez Meninas que pertencem a minorias étnicas
é ainda maior. ou grupos marginalizados, que não têm escolhas
A gravidez na adolescência ocorre com fre- e oportunidades na vida, ou que têm pouco ou
quências variáveis em diferentes regiões e países, nenhum acesso à saúde sexual e reprodutiva,
dentro dos países, e entre grupos etários e de incluindo informações e métodos contracepti-
renda. O que é comum a todas as regiões, no vos, também são mais propensas a engravidar.
entanto, é que as meninas pobres, que vivem em Em todo o mundo, as meninas têm maior
áreas rurais ou remotas, e que são analfabetas ou probabilidade de engravidar em circunstâncias
têm baixa escolaridade, têm maior probabilidade de exclusão social, pobreza, marginalização e
Abriendo
t
Oportunidades
oferece espaços
seguros, orientação,
oportunidades
educacionais e de
solidariedade para as
adolescentes maias.
Também apresenta
novas possibilidades
para suas vidas.
© Mark Tuschman/UNFPA
55
51
48
46
44
45 42
40
38 38 38
36
35 34 35 35
33
30
28 28 28 28 29
26 26
25 25 25 25 25
25 23 24 24
22 22 22 22 22
20 20 21 21 21
%
15
0
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b
ica
Re
pú
bl
Re
pú
Re
bl
pú
Re
Fonte: www.devinfo.org/mdg5b
Menos de 10 30 ou mais
20–29
Relataram o primeiro parto antes dos 15 Relataram o primeiro parto antes dos 18
Países em
desenvolvimento 3 19
África Central
6 28
e Oeste
Sul e Leste
4 25
da África
Sul da Ásia 4 22
América Latina
2 18
e o Caribe
Estados Árabes
1 10
Leste da Ásia
e Pacífico 1 8
Leste da Europa
e Ásia Central
t 0.2 4
5 10 15 20 25 30 35
Fonte: UNFPA, 2013.Cálculos baseados em dados de 81 países, representando mais de 83% da população coberta nestas regiões,
usando dados coletados entre 1995 e 2011.
meninas de 15 a 19 anos. No
mapa não implicam em endosso
ou aceitação oficial pelas Nações
Unidas. A linha pontilhada
representa aproximadamente a
Linha de Controle em Jammu e
Caxemira acordada entre a Índia e
entanto, as meninas com as
o Paquistão.
O status final de Jammu e maiores vulnerabilidades, e
Caxemira ainda não foi acordado
entre as partes.
que enfrentam o maior risco
de complicações e morte por
gravidez e parto, são as de 14
anos ou menos.”
PARTOS DE MENINAS
COM MENOS DE 15 ANOS
Entre os países em
desenvolvimento,
6%
o Oeste da África
e a África Central
apresentam a maior
porcentagem (6%) de
Si t ua ç ã o da Pop u l a ç ã o Mu nd i a l 201 3 7
dos pesquisadores se esquivam de abordar temas
m veio
a n o s q u a n do um home sensíveis, seja por causa de normas sociais sobre
Eu tinha 12 os meus comportamentos apropriados à idade, preocupações
h a m ã o e m casamento a
pedir a min
éticas sobre os efeitos potencialmente nocivos da
ele
d is s e ra m p ara casar com pesquisa, ou dúvidas sobre a validade das respostas
pais. Eles me nei
u m te m p o eu me apaixo dos jovens adolescentes (Chong et al., 2006).
lg
e depois de a velhos.
Em um relatório com dados da PDS relativos
te n h o d o is irmãos mais a adolescentes de 10 a 14 anos, o Conselho de
por ele. E u
nunca
à e s c o la , m as meus pais População enfatizou a necessidade de uma pesquisa
Ambos vã o
z por
por que, talve
sobre marcos importantes da transição da infância
ir. N ã o s e i
me deixaram e eu ia
para a adolescência: “Ao analisar estes dados da
As taxas de natalidade
mente para questões sensíveis relacionadas à sexu- variam dentro dos países
alidade e gravidez. Portanto, a maioria dos dados As taxas de gravidez entre adolescentes muitas vezes
sobre menores de 15 anos são obtidos retrospecti- variam em um mesmo país, dependendo de uma
vamente, isto é, os pesquisadores pedem a mulheres série de elementos, como a pobreza ou a preva-
que têm entre 20 e 24 anos para informar a idade lência local do casamento precoce. O Níger, por
em que se casaram e tiveram sua primeira gravidez exemplo, tem a maior taxa de natalidade adolescen-
ou o parto. te do mundo e a maior taxa de casamento infantil
A manutenção de elevados padrões éticos é fun- em geral, mas as meninas na região de Zinder têm
damental na realização de atividades de coleta de três vezes mais chances de dar à luz antes dos 18
informações. Crianças e adolescentes necessitam anos do que suas contrapartes na capital do país,
de proteção especial, uma vez que são vulneráveis Niamey. Zinder é uma região pobre, predominan-
à exploração, abuso e outras situações nocivas, e temente rural, onde a desnutrição é comum e o
também porque têm menos poder que os adultos. acesso aos cuidados de saúde é limitado.
Informações sobre escolaridade e bem-estar geral A revisão dos dados recolhidos através de levan-
de jovens adolescentes são coletadas, mas a maioria tamentos PDS e IIM em 79 países em desenvolvi-
Usha Yadab, 16
t
anos, líder da classe
no Escolha o Seu
Futuro, um programa
apoiado pelo UNFPA
no Nepal que ensina
às meninas aspectos
de saúde e incentiva
o desenvolvimento de
habilidades básicas
para a vida.
©William Ryan/UNFPA
Países em
África Central 23 85
129 desenvolvimento
e Oeste
Sul e Leste 103
109 Rural
da África
Urbano 56
América Latina
79
e Caribe
Sem escolaridade 154
Mundo 50
Primário 119
Médio 56
Estados Árabes 50
ou acima
25 4
11.4 2.4
2 2.1
10.1
10 1.8
0 0
2010 2015 2020 2025 2030 2010 2015 2020 2025 2030
Fonte: www.devinfo.org/mdg5b
Si t ua ç ã o da Pop u l a ç ã o Mu nd i a l 201 3 11
PORCENTAGEM DE MENINAS EM CASAMENTOS
E TAXA DE NATALIDADE EM ADOLECENTES
Taxa de natalidade em
Atualmente casadas(%)
Regiões em desenvolvimento adolescentes
Estados Árabes 12 50
Ásia e Pacífico 15 80
Sul da Ásia 25 88
Países em desenvolvimento 16 85
Fonte: www.devinfo.org/mdg5b
Diferenças de idade entre parceiros do sexo feminino e masculino Níger Burkina Faso Bolívia Índia
Mulher mais velha do que o parceiro masculino ou até 4 anos mais nova 39.9 21.5 29.7 21.6
Mulher entre 5 e 9 anos mais nova do que o parceiro masculino 60.1 34.4 41.5 32.3
Mulher pelo menos 10 anos mais nova do que o parceiro masculino 59.0 38.5 45.8 39.1
Conclusão Noruega
Luxemburgo
A maior parte das gestações em adolescentes
Finlândia
ocorrem em países em desenvolvimento. Bélgica
Evidências de 54 países em desenvolvimen- Chipre
to sugerem que a gravidez na adolescência está Dinamarca
Suécia
ocorrendo com menor freqüência, principal-
República da Coréia
mente entre meninas menores de 15 anos, mas a Países Baixos
diminuição nos últimos anos tem sido lenta. Em Eslovênia
algumas regiões, espera-se que o número total Itália
preensão mais profunda sobre suas causas e conse- Mas alguns dos padrões encontrados nos países
quências, que são complexas, multidimensionais e em desenvolvimento também são relevantes para
vão muito além da esfera de uma menina grávida. os países desenvolvidos: meninas que vivem em
Mas também são de grande importância - e tam- famílias de baixa renda, no meio rural, com menos
bém escassos - os dados e a compreensão sobre os escolaridade ou que tenham abandonado a escola,
homens e meninos que são pais dos filhos e filhas que pertencem a minorias étnicas, imigrantes ou
das adolescentes. de subpopulações marginalizadas são mais propen-
A gravidez na adolescência não é uma preo- sas a engravidar. Nos países em desenvolvimento,
cupação apenas em países em desenvolvimento. a maioria das gestações em adolescentes ocorre
Centenas de milhares de casos são também relata- dentro de casamentos, enquanto nos países desen-
dos em países de renda média e alta todos os anos. volvidos ocorrem cada vez mais fora do casamento.
© UNFPA/Akintunde Akinleye
Hortência, 25 anos,
t
desenvolveu uma
fístula obstétrica aos
17 anos, durante um
parto complicado.
© UNFPA/Pedro Sá da
Bandeira
Considera-se que entre 2 e 3,5 milhões de —Zofeen Ebrahim, Inter Press Service
0 2 4 6 8 10 12
Riscos à saúde relacionados
Adolescentes de 15-19 anos que vivem com HIV (%)
a um parto antes dos 15 anos
Pesquisas indicam que adolescentes muito jovens
Fonte: Organização Mundial da Saúde, 2009a. em países de renda baixa e média têm o dobro do
Leste e Sul da África 760.000 (670.000 - 910.000) 430.000 (370.000 - 510.000) 1.200.000 (1.000.000 - 1.400.000)
Oeste e Centro da África 330.000 (270.000 - 440.000) 190.000 (140.000 - 240.000) 520.000 (390.000 - 680.000)
Oriente Médio e Norte da África 22.000 (17.000 - 30.000) 9.700 (7.800 - 12.000) 32.000 (25.000 - 40.000)
Sul da Ásia 50.000 (44.000 - 57.000) 54.000 (47.000 - 66.000) 100.000 (90.000 - 130.000)
Leste da Ásia e Pacífico 27.000 (15.000 - 30.000) 23.000 (14.000 - 34.000) 50.000 (29.000 - 73.000)
América Latina e o Caribe 44.000 (34.000 - 55.000) 44.000 (31.000 - 82.000) 88.000 (62.000 - 160.000)
PECO / CEI 9.000 (7.700 - 10.000) 3.900 (3.400 - 4.500) 13.000 (11.000 - 15.000)
Mundo 1.300.000 (1.100.000 - 1.500.000) 780.000 (670.000 - 900.000) 2.000.000 (1.800.000 - 2.400.000)
risco de morte materna e fístula obstétrica do que ciados à gravidez na adolescência são maiores entre as
mulheres mais velhas (incluindo as adolescentes adolescentes mais jovens.
mais velhas), especialmente na África Subsaariana e Muitos dos países com altos índices de materni-
no Sul da Ásia (Blum et al., 2013). dade precoce são também os que apresentam altas
À medida que fazem a transição do início para taxas de mortalidade materna (Neal et al., 2012).
o final da adolescência, os comportamentos sexuais Um estudo realizado pela Organização Mundial
e reprodutivos contribuem para padrões de mor- de Saúde mostra que as meninas que engravidam
talidade e morbidade divergentes entre meninas aos 14 anos ou menos são mais propensas a par-
e meninos, em que as adolescentes mais jovens tos prematuros, baixo peso ao nascer, mortalidade
enfrentam maior risco de coerção sexual, doenças perinatal e problemas de saúde nos recém-nascidos
sexualmente transmissíveis, incluindo o HIV, bem (Organização Mundial de Saúde, 2011).
como as consequências de gestações indesejadas e Os riscos para mães muito jovens e seus recém-
trauma psicológico (Blum et al., 2013). nascidos são mais graves entre as meninas com des-
Neal et al. (2012) também mostram que meninas nutrição. A gravidez pode prejudicar ainda mais o
até os 15 anos têm probabilidade significativamente estado da mãe e comprometer os padrões normais
maior de sofrerem de doenças como a eclâmpsia, ane- de crescimento, e seus bebês são mais propensos a
mia, hemorragia pós-parto e endometrite puerperal baixo peso e óbito.
do que as adolescentes mais velhas. As evidências tam- Meninas menores de 15 anos não estão fisi-
bém sugerem que resultados neonatais adversos asso- camente prontas para a relação sexual ou para
Si t ua ç ã o da Pop u l a ç ã o Mu nd i a l 201 3 23
s Marielle, 25 anos, procriar e não têm as capacidades cognitivas nem o pai, no outro de um parceiro ou marido, perpetuan-
deu à luz aos poder para tomar decisões seguras, informadas ou do e reforçando um ciclo de desigualdade de gênero,
13 anos.
© UNFPA/
voluntárias (Dixon -Mueller, 2008). Ainda assim, dependência e impotência.
Berge, Borghild em mais de 30 países, 10% dos adolescentes já Na transição da infância para o casamento forçado
tiveram relações sexuais aos 15 anos, com taxas tão e a maternidade, a menina pode passar por estresse ou
elevadas quanto 26% em Níger. A pesquisa mos- depressão, uma vez que não está psicologicamente pre-
tra que, em alguns países, os primeiros encontros parada para o casamento, sexo ou gravidez, especialmen-
sexuais de muitas meninas são não-consensuais, e a te quando ocorre coerção sexual ou sexo não-consensual.
incidência de sexo forçado é maior entre adolescen- Dependendo do ambiente em sua casa e comunidade,
tes muito jovens (Erulkar, 2013). a menina pode se sentir estigmatizada por uma gravi-
dez precoce (especialmente se for fora do casamento)
O impacto psicossocial e acabar buscando um aborto, mesmo em locais onde
A cada ano, milhões de meninas são obrigadas a se o aborto é ilegal e inseguro, muitas vezes aceitando o
casar, e estima-se que 90% das adolescentes que têm risco de um resultado desastroso para sua saúde.
filhos são casadas. Isso significa que milhões de meni-
nas em curto espaço de tempo deixam de ser crianças Impacto na educação das meninas
para se tornarem mães, casadas, com responsabilida- As meninas que permanecem mais tempo na escola são
des de adultas. Um dia, estão sob a autoridade de um menos propensas a engravidar. A educação as prepara
30
25
35
10
15
0
A gestação na adolescência
não ocorre em um vácuo, mas é
consequência de fatores inter-
relacionados como a pobreza
generalizada, aceitação do casamento
precoce pelas comunidades e famílias
e esforços inadequados para manter
as meninas na escola.
ficar grávida,
vo.’ Ele disse ‘se você Atitudes, crenças e acesso à contracepção
ça,’ e foi assim
eu vou cuidar da crian O acesso à contracepção pode ser impedido no
enina.”
que eu ganhei esta m
nível comunitário por normas, costumes, atitudes
e crenças de que os adolescentes não devem ser
Whitney, 16, Suriname sexualmente ativos e que, portanto, não precisam
de contracepção. Essa diferença entre as atitu-
des adultas e a realidade dos adolescentes é uma
O acesso à contracepção e serviços de receita para a gravidez precoce. Normas de gênero
saúde sexual e reprodutiva - na comunidade ou em nível nacional - também
As complicações na gravidez e no parto constituem determinam se a adolescente terá acesso à contra-
uma das principais causas de morte de adolescentes cepção. Em algumas sociedades, espera-se que as
do sexo feminino, e a fístula obstétrica (resultan- meninas casem jovens ou provem sua fertilidade
te de partos difíceis e prolongados) é uma fonte antes que as uniões sejam formalizadas. As expec-
significativa de morbidade (Patton et al., 2009; tativas para os meninos podem incluir ganhar
Abu Zahr, C., 2003). Contraceptivos, incluindo experiência sexual, bem como comprovar sua fer-
preservativos masculinos e femininos, podem aju- tilidade (Organização Mundial da Saúde, 2012b).
dar a prevenir a gravidez e doenças sexualmente O impacto do contexto sociocultural da
transmissíveis e eliminar muitos dos riscos de saúde comunidade no comportamento reprodutivo
a elas associados. No entanto, as necessidades não das mulheres jovens é simplesmente imen-
atendidas de contraceptivos, informações e servi- so (Goicolea, 2009). Em partes da África
ços voltados para as adolescentes continuam a ser Subsaariana e do Sul da Ásia, bem como em
100
80 82 82 82
74
75
64 65
62 61
52 49
50 46
38
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25 20
18
15 14 13 11
0
15-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 15-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 15-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49
realmente pronta.”
incentivá-los a procurar múltiplas parceiras sexuais e
que ainda não estava a assumir riscos sexuais (UNFPA, 2012).
17, Filipinas Embora as mulheres sofram de forma mais con-
K.C., 18 anos, grávida aos
sistente ao longo de suas vidas os efeitos negativos de
normas nocivas de gênero, as sociedades também ensi-
família. Ou ainda, podem ter medo de que a menina muito sobre ter filhos, ninguém me disse o que fazer”, diz Thapa, ao
ajudar os clientes na loja de alimentos em que ela trabalha juntamente
vá trazer desonra para a família, se tiver um filho fora
com o marido, na pequena cidade de Champi, cerca de 12 quilômetros
do casamento ou escolher um marido inadequado. da capital do Nepal, Katmandu. “Da segunda vez eu também não estava
No entanto, o casamento precoce nem sempre pronta, mas meu marido queria um bebê, então eu cedi”, ela admitiu.
leva a relações sexuais imediatas. Em algumas cul- Depois do segundo aborto espontâneo, os médicos de Thapa pediram a
turas, uma menina pode se casar muito jovem, mas ela para esperar alguns anos antes de tentar novamente, mas ela estava
sob enorme pressão de seus sogros, que ameaçaram encontrar outra
não viver com o marido por algum tempo. Por
mulher para o marido, se ela continuasse a perder seus bebês.”
exemplo, no Nepal e na Etiópia, é comum atrasar De acordo com a Pesquisa de Demografia e Saúde do Nepal de 2011,
a consumação do casamento entre as jovens noivas, 17% das adolescentes casadas com idade entre 15 e 19 anos estão
especialmente nas áreas rurais. grávidas ou já são mães. A pesquisa também mostra que 86% das ado-
Embora muitas vezes sejam vistas como adultas lescentes casadas não utilizam métodos contraceptivos, o que significa
que poucas são capazes de espaçar suas gestações.
aos olhos da lei ou do costume (quando as crian-
“Estamos falando de uma criança dando à luz outra criança”, diz
ças são casadas, muitas vezes são emancipadas de Giulia Vallese, representante do Fundo de População das Nações Unidas
acordo com as leis nacionais e perdem as proteções (UNFPA) para o Nepal.
como crianças), noivas crianças necessitam de espe- “Quando as meninas engravidam sua educação é interrompida, o que
cial atenção e apoio, devido à sua excepcional vul- significa falta de oportunidades de emprego e pobreza”, diz Bhogedra Raj
Dotel, da Divisão de Planejamento Familiar e Saúde Sexual e Reprodutiva
nerabilidade (Comitê sobre os Direitos da Criança,
de Adolescentes do governo.
2003). Em comparação com mulheres mais velhas, Menuka Bista, 35 anos, é uma voluntária da saúde comunitária em
noivas crianças são geralmente mais vulneráveis à Champi, atendendo cerca de 55 famílias em sua área. Bista tem acon-
violência doméstica, doenças sexualmente transmis- selhado Thapa para garantir que a menina tenha uma gravidez segura.
síveis e gravidez indesejada, devido a desequilíbrios “Radhika...sabe que precisa ir ao médico e comer alimentos nutritivos
para o seu bebê ser saudável, mas não toma decisões sobre seu corpo: o
de poder, incluindo os que resultam de diferença
marido e os sogros é que tomam”, disse Bista .
de idade (Guttmacher Institute e International Esta observação se reflete nas pesquisas realizadas por vários especia-
Planned Parenthood Federation, 2013). listas: de acordo com Dotel, maridos e sogros tomam todas as decisões
Normas internacionais de direitos humanos importantes sobre a saúde reprodutiva da mulher, incluindo o hospital
condenam o casamento infantil. A Declaração que ela usa e onde vai ser o parto. Por esta razão, Vallese acredita que
é importante capacitar os maridos e familiares sobre saúde e direitos
Universal dos Direitos Humanos, o instrumento
reprodutivos.
fundamental dos direitos humanos, afirma que
“o casamento somente será válido se realizado —Malika Aryal, Inter Press Service
com o livre e pleno consentimento dos futuros
esposos.” O Comitê de Direitos Econômicos,
Sociais e Culturais e o Comitê de Eliminação da
Meninas
t
assistem às aulas
na zona rural
de Rajasthan,
na Índia.
© Mark Tuschman/
Educate Girls India
a educação adequada.
desencadeado por uma capacidade significativa dos
a escola e conseguir um adolescentes de aprenderem rapidamente, viverem
stino não é trocar
Agora sei que o meu de situações novas e diversificadas, desenvolverem e uti-
.
gada e mudar o mundo lizarem o pensamento crítico, se familiarizarem com
fraldas. Quero ser advo a liberdade, serem criativos e se socializarem”.
Para o meu filho”. A Convenção sobre os Direitos da Criança tam-
istão bém reconhece que as crianças possuem “capacida-
Jipara, 17 anos, Quirgu
Conclusão
Os determinantes da gravidez na adolescência
são complexos, de várias direções, multidimen- mento no qual ela tem pouco ou nenhum poder de
sionais e variam significativamente entre regiões, se recusar a ter filhos. As escolas podem não ofe-
países, grupos etários, faixas de renda, famílias e recer educação sexual, por isso ela precisa confiar
comunidades. em informações (muitas vezes imprecisas) de seus
Pressões de todos os níveis conspiram contra pares sobre sexualidade, gravidez e contracepção.
as meninas e levam a gestações, intencionais ou Seu parceiro pode se recusar a usar preservativos ou
não. As leis nacionais podem impedir que uma pode proibi-la de usar contraceptivos de qualquer
menina tenha acesso a métodos contraceptivos. espécie. A menarca pode ser mal interpretada por
Normas e atitudes comunitárias podem bloquear sua família ou seu marido mais velho como sinal de
seu acesso aos serviços de saúde sexual e repro- que está preparada para ter filhos. Não importa o
dutiva, ou podem tolerar a violência contra a quanto uma menina queira reivindicar sua infância,
menina se ela conseguir acessar os serviços. Os ir à escola e alcançar seu pleno potencial, as forças
membros da família podem obrigá-la a um casa- que operam contra ela podem ser esmagadoras.
Meninas em
t
internato em
Nyamuswa,
Tanzânia.
© Mark Tuschman/
Project Zawadi
PROGRESSO REALIZADO
UCRÂNIA
O aumento do acesso
das adolescentes a anti-
concepcionais reduziu
em dois terços a taxa
de aborto.
JAMAICA
Uma fundação ÍNDIA
governamental possibilita Um programa de
que adolescentes grávidas competências para a
continuem sua educação vida para jovens casadas
e retornem à escola EGITO resultou em aumento do uso
tapós dar à luz. Espaços voltados para as de anticoncepcionais.
meninas, oferecendo programas
de alfabetização, treinamento
de competências para a vida
e recreação mudaram as
percepções das meninas sobre
o casamento precoce.
QUÊNIA
A provisão de uniformes
escolares gratuitos
aumentou as matrículas,
reduziu a evasão e
diminuiu a taxa de
gravidez em 17%.
Si t ua ç ã o da Pop u l a ç ã o Mu nd i a l 201 3 61
Baird et al. (2009) também constataram que a apoio da comunidade para a saúde reprodutiva dos
iniciativa pode ter afetado o comportamento sexual adolescentes. O programa também incluiu treina-
e sugeriram que “as meninas e jovens que retorna- mento para enfermeiros e outros profissionais em
ram (ou permaneceram) na escola retardaram sig- clínicas rurais para melhorar a disponibilidade e
nificativamente o início de sua atividade sexual (e, acessibilidade dos serviços para os jovens. Ao final
para aquelas que já eram sexualmente ativas, reduzi- do programa, uma pesquisa com 4.684 jovens entre
ram a frequência). O programa também retardou o as idades de 18 e 22 mostrou alguma melhora nos
casamento, que é a principal alternativa à educação níveis de conhecimento, mas sem impacto sobre
escolar para jovens mulheres em Malawi, e reduziu comportamentos sexuais relatados. No entanto,
a probabilidade de engravidar.” Para as beneficiárias as jovens que participaram do programa tiveram
do programa que estavam fora da escola no início menos probabilidade de relatar que haviam engravi-
do estudo, a probabilidade de casar e engravidar dado do que as do grupo controle.
diminuiu 40% e 30%, respectivamente. O programa Empowerment and Livelihood for
Uma revisão realizada em 2012, Fecundidade Adolescents em Uganda teve como objetivo preve-
Adolescente em Países de Renda Baixa e Média: nir o HIV entre adolescentes e ajudá-los a entrar
Efeitos e Soluções, constatou que “a base de evi- no mercado de trabalho. Através do programa,
dências que apoia a eficácia das transferências implementado pela organização não-governamental
condicionais de renda é relativamente forte em BRAC, meninas de 50 comunidades receberam
comparação com outras intervenções.” A evidência treinamento em competências para a vida para
do impacto dessas transferências na educação é construir conhecimento, melhorar a capacidade de
especialmente forte. Uma análise recente de trans- negociação e reduzir comportamentos de risco, bem
ferências em países em desenvolvimento constatou como formação profissional para ajudá-las a iniciar
que, em média, elas melhoram a frequência no pequenas empresas. Depois de dois anos, a taxa de
ensino médio em 12% (Saavedra e Garcia, 2012). fecundidade média das meninas que participam do
programa foi de três pontos percentuais menor do
Aumentando o conhecimento, que das meninas que não participaram, traduzindo-
desenvolvendo competências se numa redução de 28,6%, e a probabilidade das
No Zimbábue, um programa destinado a prevenir meninas se engajarem em atividades de geração de
a infecção pelo HIV entre os jovens também teve o renda aumentou 35% (Bandiera et al., 2012).
efeito não intencional, mas bem-vindo, de reduzir Na Guatemala, as meninas maias são o grupo
o número de gestações na adolescência (Cowan et mais desfavorecido do país, com pouca escolarida-
al., 2010). Em 30 comunidades em sete distritos no de, gestações frequentes, isolamento social e pobre-
sudeste do país, educadores profissionais trabalha- za crônica. Muitas são casadas ainda na infância
ram com jovens dentro e fora da escola para melho- (Catino et al., 2011). O Conselho de População
rar o conhecimento e desenvolver competências. e outros grupos lançaram um projeto em 2004
Ao mesmo tempo, programas comunitários tiveram para fortalecer as redes de apoio às meninas maias
como objetivo melhorar o conhecimento dos pais com idade entre de 8 e 18 anos em áreas rurais e
e outros atores sobre saúde reprodutiva, melhorar ajudá-las a passar com sucesso pelas transições da
a comunicação entre pais e filhos, e desenvolver o adolescência. O projeto, Abriendo Oportunidades,
Um exemplo desse tipo de programa é o Berhane sucesso para melhorar o desenvolvimento social e
Hewan, um programa de dois anos lançado na a situação educacional e de saúde das meninas vul-
Etiópia em 2004. O programa Berhane Hewan foi neráveis (Bruce et al., 2012). O programa associou
estabelecido para proteger as meninas do casamento a educação e o envolvimento da comunidade com
forçado e apoiar as que já estão casadas através da incentivos financeiros. As participantes receberam
formação de grupos liderados por mentoras adul- material escolar, no valor de cerca de US$6 por
tas. O programa oferece incentivos econômicos e ano, bem como uma cabra ou ovelha, no valor de
outros para que permaneçam na escola, e educação cerca de US$25, após a conclusão do programa de
não-formal para as meninas que não estão na escola, dois anos. O programa atendeu a mais de 12 mil
incluindo alfabetização e habilidades matemáticas; meninas na região de Amhara, que tem a maior
e o engajamento das comunidades na discussão de incidência de casamento infantil do país. As meni-
questões como o casamento infantil (Erulkar, A.S., e nas que participaram do programa, especialmente
Muthengi, E. 2009). Estima-se que 41% das mulhe- as de 10 a 14 anos, foram mais propensas a perma-
res entre as idades de 20 e 24 na Etiópia tenham se necer na escola e menos propensas a se casar do que
casado antes dos 18 anos (UNFPA, 2012). suas colegas que não participaram do programa.
Através do programa Hewan Berhane, adoles- Na Índia, a Pathfinder International imple-
centes, indivíduos e a comunidade se uniram com mentou um programa de governo, o programa
Localizado no segundo andar de um edifício moderno, o centro e reprodutivas”, e “os jovens foram consultados desde o início
de saúde voltado para jovens de Duitama, Colômbia, tem algu- do projeto; eles têm sido os verdadeiros gestores”.
mas paredes brancas, mas a maioria foi pintada por grafiteiros Um serviço é considerado como voltado para jovens quando
adolescentes locais. Dos 111 mil habitantes de Duitama, cerca atende às necessidades dos adolescentes e jovens, reconhece
de um quarto tem entre 10 e 24 anos de idade. seus direitos, e se torna um lugar onde podem ser informados,
Todos os meses, mais de 600 jovens utilizam os serviços orientados e receber cuidados, explica Perez. Ela acrescenta
do centro, que incluem desde odontologia até saúde sexual e que a saúde é um estado de bem-estar físico, mental, espiritual
reprodutiva e psicoterapia. e social.
"Não é só a questão da saúde, mas também a comunica- Catherine, de 19 anos, está grávida de 32 semanas e faz
ção”, diz Nubia Stella Robayo, uma enfermeira especializada suas consultas pré-natais no centro. Segundo ela, “a gravidez é
em serviços de saúde materna e perinatal para adolescentes. difícil se não for planejada, pois muitos objetivos e sonhos têm
De acordo com ela, "a maioria das meninas tem problemas que ser adiados”.
financeiros", e “80% das gestações não foram planejadas”. E Catherine relata que se sente valorizada pelos enfermeiros
a maioria dos meninos e meninas que vêm para o centro pela e médicos do centro. “Os enfermeiros e médicos falam com
primeira vez não usa contraceptivos. você com carinho e estão sempre receptivos a qualquer per-
Robayo diz que muitas das meninas acham que seu corpo gunta ou situação que você possa ter”, diz ela.
é muito imaturo para engravidar, então elas acham que não Juan, de 20 anos, juntou-se a um dos grupos de pares do
precisam se preocupar com o uso do preservativo. Este é centro, onde os jovens têm a oportunidade de partilhar suas
especialmente o caso entre as meninas das zonas rurais. A experiências e conhecimentos com outros jovens nas escolas
confusão sobre sexualidade e gravidez, ela afirma, aponta para e em toda a comunidade. Seu grupo de pares também conduz
a necessidade de melhor educação e informação sobre sexo. oficinas de trabalho, fóruns e outras atividades que mobilizam
"Quando eu ouvi pela primeira vez sobre os serviços volta- os jovens para discutir questões que vão da sexualidade res-
dos para jovens, achei a ideia fabulosa e disse 'nós temos que ponsável à violência baseada em gênero. Às vezes, até 1.000
fazer isso',” diz Lucila Esperanza Perez, gestora do centro, que jovens comparecem aos eventos.
afirma que a prevenção da gravidez na adolescência é o princi- Embora mais e mais jovens estejam utilizando os serviços
pal objetivo. A própria Perez teve dois filhos antes de completar do centro e a gravidez na adolescência esteja começando a
20 anos e conhece em primeira mão os desafios que a gravi- diminuir, Perez diz que “há muito a fazer" para ajudar mais
dez na adolescência pode representar. Nas palavras de Perez, pessoas a evitar a gravidez e resolver outros problemas que
“queríamos um centro onde os jovens possam receber a infor- afetam os jovens de Duitama, como a prevenção da violência
mação de que necessitam para administrar suas vidas sexuais sexual e o abuso de substâncias.
“Quando eu tinha 17 an
Investir em meninas que estão grá- os, eu arrumei um namo-
vidas ou que têm filhos rado na escola. Pergun
tei às minhas amigas so
Muito pode ser feito para reduzir os efeitos sociais, bre
sexo e elas disseram qu
e você não engravida no
econômicos e de saúde da gravidez precoce e asse- s
primeiros 10 dias após
gurar que as oportunidades de educação, emprego, a menstruação. Mas eu
condições de vida e participação nos assuntos de engravidei. O menino
estava tão assustado qu
suas comunidades não sejam perdidas, tanto para e
fugiu, e meus pais quer
adolescentes casadas quanto solteiras. iam me matar. Felizmen
te,
Garantir o acesso aos serviços para adolescentes uma professora da minh
a escola veio e me aju
grávidas ou novas mães muitas vezes significa pro- -
dou a dar a notícia aos
meus pais. A professo
ver apoio financeiro para os cuidados de saúde e ra
também lhes disse qu
nutricionais, orientação sobre amamentação, ajuda e eu poderia voltar para
para retornar à escola ou capacitação profissional, a escola depois do parto
. No início, meus pais
abrigo e serviços se forem rejeitadas por suas famí-
não aceitaram, mas de
lias, informações e serviços contraceptivos ou sobre pois eles se conformar
am.
espaçamento dos nascimentos. Agora, eu terminei a es
cola aos 20 anos e qu
Fatores críticos para melhorar a saúde materna e-
ro ser professora. Gost
aria que esse tema foss
das adolescentes incluem o acesso e a utilização de e
mais discutido na esco
cuidados pré-natais para identificar e tratar proble- la para que as menina
s
mas de saúde subjacentes, como a malária, HIV ou não cometam o mesm
o erro que eu cometi”.
anemia, cuidados obstétricos para garantir o parto
Phoebe, 20,Uganda
seguro das jovens mães e seus bebês, tratamento de
complicações do aborto inseguro, cuidados pós-par-
a retardar uma segunda gravidez e lhes permite concluir seus impedidas de retornar à escola. As escolas agora são obrigadas a
estudos. Com o apoio do UNFPA, o Centro de Mulheres distribuiu aceitar mães adolescentes de volta no sistema de educação formal
mais de 10 mil preservativos masculinos e 6.000 preservativos após o parto. Além disso, as jovens mães terão a opção de ingres-
femininos somente entre 2008 e 2011. sar em uma nova escola ou voltar para a que deixaram.
Ao longo dos anos, o Centro conseguiu manter abaixo de 2% "A educação das nossas meninas é um ponto forte da cultura e
a taxa de segunda gravidez das mães adolescentes inscritas no da história da Jamaica”, diz Ronald Thwaites, Ministro da Educação
programa. Também tem sido eficaz em ajudar as alunas a con- da Jamaica. “Queremos dar a cada menina uma educação, não
cluir o ensino médio e até mesmo avançar para a universidade. importam suas circunstâncias, mesmo que ela tenha engravidado e
tido um bebê. Queremos reerguê-la, garantir à ela a melhor oportu-
De volta à escola: o sucesso da mobilização nidade. Nós somos uma nação que dá uma segunda chance”.
Na Jamaica, a consequência imediata da gravidez na adoles-
cência é a expulsão da escola, de modo que a reintegração das A inovação promove o sucesso: engajando os homens
mães adolescentes no sistema de educação formal tem sido uma Embora a prioridade seja abordar os desafios enfrentados pelas
prioridade. jovens mães, envolver os homens e fornecer-lhes informações e
Esses esforços recentemente foram recompensados por um aconselhamento também tem sido um elemento central na estra-
resultado marcante, a aprovação da “Política de Reintegração tégia de sucesso do Centro de Mulheres.
de Mães Adolescentes ao Sistema de Educação Formal” pelo Como parte dos serviços de aconselhamento de pares em curso
Conselho de Ministros em maio de 2013. Este avanço na política, no Centro, o UNFPA tem apoiado a formação de 50 homens jovens
encabeçado pela Fundação Centro de Mulheres da Jamaica e nas regiões de Clarendon e Manchester na Jamaica. Através de
pelo Ministério da Educação, com apoio do UNFPA, vai permitir várias atividades, eles ajudam a sensibilizar seus pares sobre ques-
que todas as mães em idade escolar continuem seus estudos tões de saúde sexual e reprodutiva, incluindo planejamento familiar,
após o nascimento de seus filhos. prevenção ao HIV e serviços de saúde sexual e reprodutiva. Os
Desde setembro de 2013, quando a nova política entrou em jovens frequentam Centros ou filiais perto de suas casas e reportam
vigor, as mães adolescentes já não correm o risco de serem suas atividades aos seus respectivos gestores de extensão.
adicional, mas muitas vezes não são alcançadas por —Angie Tanong, Comissão sobre População
onados, pensamos
meninas. A pesquisa também mostrou que as taxas
“Nós estávamos apaix de gravidez entre adolescentes são menores nos
e, queríamos um
que ia ser para sempr grupos de renda mais alta, mas, em todas as faixas
rcebi que estava grá- de renda, taxas mais altas de alfabetização entre
bebê... Depois que pe mulheres jovens estão associadas à taxas de gravidez
o... você não sabe
vida, ficamos com med significativamente inferiores entre adolescentes. O
ou o que está por
o que está enfrentando
investimento na educação das meninas também está
s estudos... eu estava
associado ao seu empoderamento, aumentando seu
vir... Interrompeu meu status em suas comunidades, melhorando sua saúde
s
a olhando para minha
amamentando e ficav e aumentando seu poder de barganha no casamento.
-
pensando que eu tam Há algumas ações específicas que facilitam a
colegas pela janela e matrícula e permanência das meninas na escola,
para a escola.”
bém poderia estar indo como: isenção de taxas escolares; fornecimento gra-
17 anos, Costa Rica tuito de uniformes, livros didáticos e suprimentos;
Dunia, 34, grávida aos
refeições gratuitas; concessão de bolsas de estudo
para meninas de famílias de baixa renda; utilização
de transferências condicionais de renda para trazer as
No entanto, o quadro permanece sombrio no que para adolescentes, casadas ou solteiras (UNFPA,
diz respeito a alcançar adolescentes marginalizados, 2013e). Mesmo quando há disponibilidade de
como aquelas que vivem na extrema pobreza e as serviços voltados para adolescentes, muitas vezes
meninas casadas. Poucos programas alcançam esses elas não têm acesso a eles por diferentes motivos,
grupos, especialmente as adolescentes que não estão como localização ou horários de funcionamento
na escola. O desenvolvimento de programas fora da inconvenientes, custo, ou pela discriminação que
escola é, portanto, essencial. podem sofrer em suas comunidades. Além disso,
as adolescentes não utilizarão os serviços se forem
Estabelecer, fortalecer e ampliar o acesso aos maltratadas pelos funcionários.
serviços de saúde para adolescentes Os formuladores de políticas empenhados em
As meninas precisam de um leque de programas, aumentar o acesso e uso dos serviços pelas adoles-
apoios e serviços, incluindo os de saúde. No entan- centes devem garantir que os funcionários sejam
to, serviços adaptados às necessidades específicas treinados para atender jovens, respeitar a confi-
das adolescentes são limitados em muitas áreas, dencialidade e oferecer informações completas,
apesar de 78% dos países pesquisados indicarem precisas e baseadas em evidências. Serviços voltados
que estão empenhados em aumentar o acesso a para adolescentes também devem oferecer con-
serviços abrangentes de saúde sexual e reprodutiva traceptivos de baixo custo ou gratuitos, incluindo
risco de casamento precoce, a menos que o façam Governos, sociedade civil, lideranças comuni-
de forma planejada e deliberada. tárias e famílias que desejam seriamente acabar
A promulgação de leis proibindo o casamento com o casamento infantil devem especificamente
infantil é um bom primeiro passo. Mas, a menos considerar:
que as leis sejam aplicadas e as comunidades apoiem • Ajudar as meninas a frequentar e permanecer na
essas leis, elas terão pouco impacto. Dar um fim escola, e disponibilizar habilidades para que pos-
ao casamento precoce requer a combinação de sam desenvolver um meio de vida, se comunicar
uma série de intervenções, respostas multissetoriais melhor, negociar e tomar decisões que afetam
em múltiplos níveis, especialmente no nível da diretamente suas vidas;
comunidade, para mudar normas sociais nocivas e • Iniciar programas para líderes comunitários, líde-
empoderar as meninas. O tempo é fundamental; res religiosos e pais para aumentar o seu apoio
essas intervenções, especialmente a escolarização e aos direitos e à educação das meninas, retardar o
o desenvolvimento de habilidades para as meninas, casamento e alterar as normas e práticas nocivas;
devem ser dirigidas a jovens adolescentes (10 a 14 • Apoiar programas que ofereçam às meninas alter-
anos de idade), antes ou por volta da puberdade, nativas ao casamento infantil, incluindo espaços
a fim de combater as pressões sobre as meninas seguros onde possam adquirir maior autonomia,
para que casem e tenham filhos como garantia de superar o isolamento social, interagir com colegas
segurança social e econômica. Os programas têm e mentores, ganhar competências essenciais para
rendido resultados demonstráveis no nível da comu- a vida, e considerar aspirações que não envolvam
nidade, mesmo em um curto espaço de tempo. o casamento infantil e a maternidade precoce;
Rumo ao empoderamento
das meninas adolescentes e
desenvolvimento do seu potencial
Os adolescentes estão moldando o presente e o futuro
da humanidade. Dependendo das oportunidades e
escolhas que tiverem neste período da vida, chegarão
à vida adulta como cidadãos empoderados e ativos, ou
ficarão esquecidos, sem voz e presos na pobreza. dutiva), e proporcionando oportunidades reais, de s Multiplicadora
jovem trabalha
Uma gravidez adolescente pode atrapalhar o modo que a gravidez não seja vista como seu único
com centros de
desenvolvimento saudável da menina e impedir o destino. Em vez disso, este novo paradigma deve saúde locais
seu pleno potencial e gozo de seus direitos huma- abordar as circunstâncias, condições, regras, valores fornecendo
informações
nos básicos. O impacto pode afetar sua vida e a da e forças estruturais que por um lado perpetuam a
sobre métodos
geração seguinte. gravidez na adolescência e que por outro lado iso- contraceptivos
A experiência com programas eficazes mostra lam e marginalizam as meninas grávidas. e insumos
para jovens e
que é necessária uma mudança transformacional As intervenções que têm o poder de reduzir a adolescentes na
para além de intervenções com foco estreito nas vulnerabilidade à gravidez precoce, especialmen- Etiópia.
meninas ou na prevenção da gravidez, passando a te entre as meninas mais pobres, marginalizadas © Mark Tuschman/
Planned Parenthood
abordagens de base mais ampla para desenvolver e com menos escolaridade, são aquelas baseadas Global
o capital humano das meninas, com foco na sua em princípios de equidade, igualdade e direitos.
capacidade de tomar decisões sobre suas próprias Investimentos em meninas, para desenvolver o seu
vidas (incluindo questões de saúde sexual e repro- capital humano e participação, podem produzir
Si t ua ç ã o da Pop u l a ç ã o Mu nd i a l 201 3 99
Monitoring ICPD Goals – Selected Indicators
Monitoramento das metas da CIPD:
indicadores selecionados
Indicators of Mortality Indicators of Education Reproductive Health Indicators
Infant Life expectancy Maternal Primary enrolment Proportion Secondary % Illiterate Births per Contraceptive HIV
mortality M/F mortality (gross) M/F reaching grade 5 enrolment (>15 years) 1,000 Prevalence prevalence
Total per ratio M/F (gross) M/F M/F women rate (%)
1,000 live aged Any Modern (15-49)
births 15-19 method methods M/F
Afeganistão 460 36 90 92 22 16 34 13
Albânia 27 99 11 16 69 10 13 98 95 71 68
Argélia 97 95 4 32 61 52 98 97 72 74
Argentina 77 99 68 13 79 70 100 99 80 88
Armênia 30 100 28 21 55 27 14 95 98 85 88
Aruba 36 17 93 96 70 74
Austrália 1
7 99 16 5 72 68 97 98 85 86
Áustria 4 99 10 4 70 68
Azerbaijão 43 89 41 47 51 13 15 88 86 87 85
Bahamas 47 99 41 13 94 96 82 88
Barein 20 97 12 9 62 31 99 100 92 97
Barbados 51 100 50 12 90 97 83 95
Bielorrússia 4 100 21 7 73 56
Bélgica 8 99 11 4 70 69 3 99 99 90 87
Belize 53 94 90 15 55 52 16 100 91 64 65
Butão 180 58 59 48 66 65 12 89 92 54 62
Bósnia-Herzegóvina 8 100 17 9 46 12 9 89 91
Botsuana 160 99 51 41 53 51 87 88 57 66
Brasil 56 99 71 24 80 77 6 95 97
Brunei Darussalam 24 10 18 5 98 100
Bulgária 11 99 48 11 69 40 30 99 100 84 82
Camboja 250 71 48 51 51 35 17 96 95 39 36
Cabo Verde 79 76 92 20 61 57 17 95 92 60 69
Chile 25 100 54 7 64 93 93 83 87
China2 37 96 6 16 85 84 2
Colômbia 92 99 85 23 79 73 8 90 90 73 79
Congo, República
Democrática do 540 80 135 180 18 6 24 34 32
Costa Rica 40 95 67 10 82 80 5
Croácia 17 100 13 6 95 97 88 94
Cuba 73 100 51 6 74 73 9 98 98 87 87
Curaçau 13
Chipre 10 98 4 4 99 99 88 90
Dinamarca 12 99 6 4 95 97 88 91
Djibuti 200 78 27 83 18 17 57 51 28 20
Dominica 100 48 96 97 80 89
Egito 66 79 50 24 60 58 12 99 96
El Salvador 81 85 65 21 72 66 9 96 96 59 61
Eritreia 240 85 56 8 5 29 40 34 32 25
Estônia 2 99 21 5 63 58 98 97 91 93
Etiópia 350 10 79 74 29 27 26 90 84 17 11
Fiji 26 100 31 20 99 99 81 88
Finlândia 5 99 8 3 98 98 93 94
França 8 98 12 4 76 74 2 99 99 98 100
Guiana Francesa 84 14
Polinésia Francesa 41 8
Geórgia 67 97 44 22 53 35 12 96 94 84 80
Gana 350 55 70 78 24 17 36 83 82 48 44
Grécia 3 12 4 76 46 99 99 98 98
Granada 24 100 53 12 54 52 96 99 84 84
Guadalupe 21 6
Guam 52 11 67 58
Guatemala 120 51 92 31 43 34 28 99 97 48 44
Guiné 610 46 153 127 6 5 22 90 76 42 27
Guiana 280 87 97 34 43 40 29 81 85 71 81
Haiti 350 26 69 67 35 31 37
Hungria 21 99 19 6 81 71 7 97 98 92 92
STAT
Situa ç ã o da Popu la çEãOF WOR
o Mu L D POPU
ndial 201 3L AT ION 20 1 2 101
101
Monitoring ICPDdas
Monitoramento Goals – Selected
metas da CIPD:Indicators
indicadores selecionados
Indicators of Mortality Indicators of Education Reproductive Health Indicators
Saúde Materna
Infant e de Recém-Nascidos
Life expectancy Maternal Primary enrolmentSaúde Sexual e Reprodutiva
Proportion Secondary % Illiterate Educação Births per Contraceptive HIV
mortality
Razão de
M/F
Partos atendidos
mortality
Taxa de partos
(gross) M/F Taxa dereaching
Taxa de
grade 5 enrolment
prevalência Taxa de prevalência Necessidade
(>15 years) 1,000
Matrícula no ensino
Prevalence prevalence
Matrícula no ensino médio, %
Total per
mortalidade por pessoal
ratio
entre adolescentes mortalidade
M/F
de contraceptivos
(gross)
de contraceptivos
M/F M/F
não atendida de
women
fundamental, % líquida de
rate (%)
1,000 live aged Any líquida Modern
de crianças em idade
(15-49)
materna (mortes qualificado em por 1.000 até cinco anos entre mulheres entre mulheres planejamento crianças em idade escolar, methodescolar,methods
1999/2012
births
a cada 100.000 saúde (%), mulheres entre para cada 1.000 de 15 a 49 anos, de 15 a 49 anos, familiar (%), 1999/2012
15-19 M/F
País, território nascidos vivos), 2005/2012 15 e 19 anos, nascidos vivos, qualquer método métodos modernos 1988/2011
ou outra área 2010 1991/2010 2010 - 2015 1990/2012 1990/2012 Masculino Feminino Masculino Feminino
Islândia 5 15 3 99 99 88 89
Índia 200 58 76 56 55 48 21 99 99
Iraque 63 89 68 32 53 34 8 94 84 49 39
Israel 7 14 4 97 98 97 100
Jamaica 110 98 72 25 69 66 12 83 81 80 87
Jordânia 63 99 32 20 59 41 13 91 91 83 88
Kiribati 98 39 42 22 18 28 65 72
Coreia, República
Democrática Popular da 81 100 1 28
Kuwait 14 99 14 11 52 39 97 100 86 93
Quirguistão 71 98 31 42 48 46 12 96 96 81 80
Laos, República Democrática Popular do 470 37 110 45 38 35 27 98 96 43 39
Letônia 34 99 15 9 68 56 17 95 96 83 83
Líbano 25 18 10 58 34 97 97 72 80
Lesoto 620 62 92 82 47 46 23 74 76 23 37
Líbia 58 98 4 16 45 26
Lituânia 8 17 7 63 50 18 94 93 91 91
Luxemburgo 20 7 3 94 96 85 88
Malásia 29 99 14 5 49 32 96 96 66 71
Maldivas 60 95 19 13 35 27 29 94 95 46 52
Malta 8 100 20 7 86 46 93 94 82 80
Martinica 20 7
Maurício 5
60 100 31 13 76 39 4 74 74
México 50 95 87 17 71 67 12 99 100 71 74
Mongólia 63 99 20 31 55 22 99 98 74 79
Montenegro 8 100 24 10 39 17 93 94
Marrocos 100 74 18 32 67 57 12 97 96 38 32
Namíbia 200 81 74 42 55 54 21 84 88 44 57
Nepal 170 36 81 44 50 43 28 78 64
Holanda 6 5 4 69 67 100 99 87 88
Nova Caledônia 21 15 75 72
Nicarágua 95 74 109 20 72 69 11 93 95 43 49
Noruega 7 99 10 3 88 82 99 99 94 94
Omã 32 99 12 9 32 25 98 97 94 94
Paquistão 260 45 16 71 27 19 25 79 65 40 29
Palestina 7
64 60 23 50 39 90 90 77 85
Panamá 92 89 88 18 52 49 98 97 65 71
Paraguai 99 85 63 37 79 70 5 84 84 59 63
Peru 67 85 72 26 69 50 6 97 97 77 78
Filipinas 99 62 53 27 49 36 22 88 90 56 67
Polônia 5 100 16 6 73 28 97 97 90 92
Portugal 8 16 3 87 83 99 100 78 86
Porto Rico 55 8 84 72 4 81 86
Catar 7 100 15 8 43 32 95 95 87 96
Reunião 43 5 67 64
Romênia 27 99 41 12 70 51 12 88 87 82 83
Ruanda 340 69 41 74 52 44 21 89 92
Santa Lúcia 35 99 49 14 88 88 85 85
Samoa 100 81 29 23 29 27 48 91 96 71 82
São Marino 1 91 93
Senegal 370 65 93 75 13 12 29 77 81 24 19
Sérvia 6
12 100 22 13 61 22 7 95 94 90 91
Seychelles 99 62 10 96 94 92 100
Cingapura 3 100 6 2 62 55
Eslováquia 6 100 21 7 80 66
Eslovênia 12 100 5 3 79 63 9 98 98 92 93
Ilhas Salomão 93 70 70 47 35 27 11 88 87 44 42
STAT
Situa ç ã o da Popu la çEãOF WOR
o Mu L D POPU
ndial 201 3L AT ION 20 1 2 103
103
Monitoring ICPDdas
Monitoramento Goals – Selected
metas da CIPD:Indicators
indicadores selecionados
Indicators of Mortality Indicators of Education Reproductive Health Indicators
Saúde Materna
Infant e de Recém-Nascidos
Life expectancy Maternal Primary enrolmentSaúde Sexual e Reprodutiva
Proportion Secondary % Illiterate Educação Births per Contraceptive HIV
mortality
Razão de
M/F
Partos atendidos
mortality
Taxa de partos
(gross) M/F Taxa dereaching
Taxa de
grade 5 enrolment
prevalência Taxa de prevalência Necessidade
(>15 years) 1,000
Matrícula no ensino
Prevalence prevalence
Matrícula no ensino médio, %
Total per
mortalidade por pessoal
ratio
entre adolescentes mortalidade
M/F
de contraceptivos
(gross)
de contraceptivos
M/F M/F
não atendida de
women
fundamental, % líquida de
rate (%)
1,000 live aged Any líquida Modern
de crianças em idade
(15-49)
materna (mortes qualificado em por 1.000 até cinco anos entre mulheres entre mulheres planejamento crianças em idade escolar, methodescolar,methods
1999/2012
births
a cada 100.000 saúde (%), mulheres entre para cada 1.000 de 15 a 49 anos, de 15 a 49 anos, familiar (%), 1999/2012
15-19 M/F
País, território nascidos vivos), 2005/2012 15 e 19 anos, nascidos vivos, qualquer método métodos modernos 1988/2011
ou outra área 2010 1991/2010 2010 - 2015 1990/2012 1990/2012 Masculino Feminino Masculino Feminino
Sri Lanka 35 99 24 11 68 53 7 93 93 86 91
Sudão 730 70 86 9 29 50 42
Suriname 130 87 66 23 46 45 92 93 52 63
Suécia 4 6 3 75 65 100 99 93 93
Suíça 8 4 4 82 78 99 100 83 81
Tadjiquistão 65 88 27 73 28 26 100 96 91 81
Tailândia 48 99 47 12 80 78 3 90 89 69 74
Timor Leste,
República Democrática do 300 30 54 49 22 21 32 91 91 37 41
Tonga 110 99 16 24 94 89 67 80
Trinidad e Tobago 46 97 33 31 43 38 98 97 65 70
Tunísia 56 95 6 17 63 7 100 99
Turquia 20 91 38 18 73 46 6 100 98 81 76
Turcomenistão 67 100 21 60 62 53 13
Tuvalu 93 28 31 22 24
Ucrânia 32 99 30 14 67 48 10 92 93 85 85
Uzbequistão 28 100 26 53 65 59 14 94 91
Vanuatu 110 74 92 28 38 37 98 97 46 49
Vietnã 59 92 35 20 78 60 4
Saara Ocidental 46
Iêmen 200 36 80 76 28 19 40 83 70 48 31
STAT
Situa ç ã o da Popu la çEãOF WOR
o Mu L D POPU
ndial 201 3L AT ION 20 1 2 105
105
Indicadores demográficos, sociais e econômicos
Monitoring ICPD Goals – Selected Indicators
Masculino Feminino
território ou
População anual de fecundidade População anual de fecundidade
total em mudança Expectativa de total por População de total em mudança Expectativa de total por População de
milhões, populacional vida ao nascer, mulher , 10 a 19 anos País, território
outra área
milhões, populacional vida ao nascer mulher , 10 a 19 anos
2013 (%), 2010-2015 2010-2015 2010-2015 (%), 2010 ou outra área 2013 (%), 2010-2015 2010-2015 2010-2015 (%), 2010
Masculino Feminino
Malásia 29,7 1,6 73 77 2,0 19 São Vicente e Granadinas 0,1 0,0 70 75 2,0 19
Mali 15,3 3,0 55 55 6,9 21 São Tomé e Príncipe 0,2 2,6 64 68 4,1 20
Micronésia, Estados Federados da 0,1 0,2 68 70 3,3 26 Cingapura 5,4 2,0 80 85 1,3 13
STAT
Situa ç ã o da Popu la çEãOF WOR
o Mu L D POPU
ndial 201 3L AT ION 20 1 2 107
107
Monitoring ICPD
Indicadores demográficos,
Goals – Selected
sociais eIndicators
econômicos Masculino Feminino
Dados mundiais
População anual de fecundidade População anual de fecundidade
total em mudança Expectativa de total por População de total em mudança Expectativa de total por População de
País, território milhões, populacional vida ao nascer mulher , 10 a 19 anos 16 milhões, populacional vida ao nascer mulher , 10 a 19 anos
ou outra área 2013 (%), 2010-2015 2010-2015 2010-2015 (%), 2010 e regionais 2013 (%), 2010-2015 2010-2015 2010-2015 (%), 2010
108108 I NDICADORES
Monitoramento das
Monitoring
metas daICPD
CIPD:
Goals
indicadores
– Selected
selecionados
Indicators
Notas para os indicadores
1 Inclui Ilha Christmas ou Ilha do Natal, Ilhas Cocos 10 Países de menor desenvolvimento, de acordo com a 14 Inclui somente países, territórios ou outras áreas
(Keeling) e Ilha Norfolk. designação-padrão das Nações Unidas. atendidas pelos programas do UNFPA: Anguilla,
Antígua e Barbuda, Argentina, Bahamas, Barbados,
2 Para fins estatísticos, os dados para a China 11 Abrange Argélia, Barein, Djibuti, Egito, Iraque,
Belize, Bermudas, Estado Plurinacional da Bolívia,
não incluem Hong Kong e Macau, Regiões Jordânia, Kuwait, Líbano, Jamahira Árabe da Líbia,
Brasil, Ilhas Virgens Britânicas, Ilhas Cayman, Chile,
Administrativas Especiais (SAR), e Taiwan, Província Marrocos, Omã, Palestina, Catar, Arábia Saudita,
Colômbia, Costa Rica, Cuba, Dominica, República
da China. Somália, Sudão, República Árabe da Síria, Tunísia,
Dominicana, Equador, El Salvador, Granada, Guatemala,
Emirados Árabes Unidos e Iêmen.
3 Em 1º de julho de 1997, Hong Kong tornou-se uma Guiana, Haiti, Honduras, Jamaica, México, Montserrat,
Região Administrativa Especial (SAR) da China. 12 Inclui somente países, territórios ou outras áreas Antilhas Holandesas, Nicarágua, Panamá, Paraguai,
atendidas pelos programas do UNFPA: Afeganistão, Peru, São Cristóvão e Neves, Santa Lúcia, São Vicente e
4 Em 20 de dezembro de 1999, Macau tornou-se uma
Bangladesh, Butão, Camboja, China, Ilhas Cook, Granadinas, Suriname, Trinidad e Tobago, Ilhas Turcos e
Região Administrativa Especial (SAR) da China.
República Democrática Popular da Coreia, Fiji, Caicos, Uruguai, República Bolivariana da Venezuela.
5 Incluindo Agalega, Rodrigues e São Brandão. Índia, Indonésia, República Islâmica do Irã, Kiribati,
15 Inclui somente países, territórios ou outras áreas
6 Incluindo Kosovo. República Democrática Popular do Laos, Malásia,
atendidas pelos programas do UNFPA: Angola, Benin,
Ilhas Maldivas, Ilhas Marshall, Micronésia, Mongólia,
7 Em 29 de novembro de 2012, a Assembleia Geral Botsuana, Burkina Fasso, Burundi, Camarões, Cabo
Mianmar, Nauru, Nepal, Niue, Paquistão, Palau,
das Nações Unidas aprovou a Resolução 67/19. Verde, República da África Central, Chade, Comores,
Papua-Nova Guiné, Filipinas, Samoa, Ilhas Salomão,
Em conformidade com o parágrafo 2 da referida Congo, Costa do Marfim, República Democrática
Sri Lanka, Tailândia, Timor Leste, Tokelau, Tonga,
Resolução, a Assembleia Geral decidiu ”... conferir do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Etiópia, Gabão,
Tuvalu, Vanuatu, Vietnã.
à Palestina o status de Estado observador não- Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Quênia, Lesoto,
membro das Nações Unidas....”. Inclui Jerusalém 13 Inclui somente países, territórios ou outras Libéria, Madagáscar, Malaui, Mali, Mauritânia,
Oriental. áreas atendidas pelos programas do UNFPA: Maurício, Moçambique, Namíbia, Níger, Nigéria,
Albânia, Armênia, Azerbaijão, Bielorrúsia, Bósnia- Ruanda, Senegal, Seychelles, Serra Leoa, África
8 Regiões mais desenvolvidas compreendem Europa, Herzegóvina, Bulgária, Geórgia, Cazaquistão, do Sul, Sudão do Sul, Suazilândia, Togo, Uganda,
América do Norte, Austrália/Nova Zelândia e Japão. Quirguistão, República da Moldávia, Romênia, República Unida da Tanzânia, Zâmbia, Zimbábue.
9 As regiões menos desenvolvidas compreendem todas Federação Russa, Sérvia, Tadjiquistão, Antiga
16 Os agregados regionais são médias ponderadas
as regiões da África, Ásia (exceto Japão), América República Iugoslava da Macedônia, Turcomenistão,
baseadas nos países com dados disponíveis.
Latina e Caribe, Melanésia, Micronésia e Polinésia. Ucrânia, Uzbequistão.
Notas técnicas
Fontes dos dados e definições
As tabelas de estatísticas mostradas no relatório “A Situação da População possível, elas se baseiam nos números reportados, com o emprego de abordagens
Mundial 2013” incluem indicadores que monitoram o progresso na consecução que melhoram a comparabilidade das informações procedentes de diferentes fontes.
dos objetivos do Programa de Ação da Conferência Internacional sobre Consulte a fonte para verificar detalhes sobre a origem de estimativas nacionais
População e Desenvolvimento (CIPD) e os Objetivos de Desenvolvimento do específicas. As estimativas e as metodologias são revistas regularmente pela OMS,
Milênio (ODMs) nas áreas de saúde materna, acesso ao ensino, saúde sexual e pelo UNICEF, pelo UNFPA, por instituições acadêmicas e outras agências e, quando
reprodutiva. Além disso, essas tabelas incluem vários indicadores demográficos. necessário, são revisadas como parte do processo contínuo de melhoria dos dados
sobre mortalidade materna. Em razão de mudanças metodológicas, as estimativas
É possível que diferentes autoridades nacionais e organizações internacionais anteriores, referentes a 1995 e 2000, podem não ser estritamente comparáveis com
venham a empregar metodologias diversas na coleta, extrapolação ou na análise estas últimas. As estimativas de mortalidade materna reportadas aqui estão baseadas
de dados. Para facilitar a comparabilidade internacional dos mesmos, o UNFPA no banco de dados global sobre mortalidade materna, que é atualizado a cada 5 anos.
se baseia nas metodologias-padrão empregadas pelas principais fontes de dados,
especialmente a Divisão de População do Departamento de Assuntos Econômicos Partos atendidos por pessoal qualificado em saúde, percentual, 2005/2012.
e Sociais das Nações Unidas. Em alguns casos, portanto, os dados dessas tabelas Fonte: Banco de dados global da OMS sobre indicadores de saúde materna,
diferem daqueles geralmente produzidos pelas autoridades nacionais. atualização em 2013. Genebra, Organização Mundial da Saúde (http://www.who.
int/gho). Porcentagem de partos atendidos por profissionais capacitados da área de
As médias regionais são baseadas nos dados referentes a países e territórios onde o saúde (médicos/as, enfermeiros/as especializados/as em obstetrícia ou parteiros/
UNFPA trabalha, ao invés de definições geográficas estritas empregadas pela Divisão as profissionais) é o percentual de partos atendidos por profissionais da área da
de População do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações saúde treinados para oferecer atendimento obstétrico vital de emergência, inclusive
Unidas. Para uma lista de países incluídos em cada categoria regional neste relatório, oferecendo a necessária supervisão, atendimento e aconselhamento às gestantes
consulte as “Notas para os indicadores”. durante a gravidez, trabalho de parto e período pós-parto; por pessoal apto a
conduzir partos sem supervisão; e capaz de prover atendimento ao recém-nascido.
Parteiras tradicionais, mesmo com curso rápido de treinamento, não estão incluídas.
Monitoramento das metas da CIPD
Saúde Materna e de Recém-Nascidos
Taxa de partos entre adolescentes por 1.000 mulheres entre 15 e 19 anos,
Razão de mortalidade materna por 100.000 nascidos vivos. Fonte: Organização
1991/2010. Fonte: Divisão de População do Departamento de Assuntos
Mundial da Saúde (OMS), UNICEF, UNFPA e Banco Mundial. 2010. Trends in
Econômicos e Sociais das Nações Unidas (2012). Atualização para o Banco
maternal mortality: 1990 to 2010: WHO (Tendências na mortalidade materna: 1990
de Dados dos ODMs em 2012: Adolescent Birth Rate (Índice de Partos entre
a 2010: OMS, em tradução livre). Este indicador apresenta o número de óbitos de
Adolescentes, em tradução livre) (POP/DB/Fert/A/MDG2012). O índice de partos
mulheres por 100.000 nascidos vivos, óbitos resultantes de condições relacionadas
entre adolescentes mede o número anual de partos entre jovens de 15 a 19 anos de
à gravidez, ao parto e pós-parto e a complicações relacionadas. As estimativas entre
idade para cada 1.000 jovens nessa faixa etária. Ele representa o risco de gravidez
100 e 999 são arredondadas para o 10 mais próximo, e acima de 1.000, para o 100
entre adolescentes de 15 a 19 anos. Para fins de registro civil, os índices estão
mais próximo. Várias das estimativas diferem dos números oficiais. Sempre que
sujeitos a limitações que dependem da suficiência dos dados inscritos no registro
STAT
Situa ç ã o da Popu la çEãOF WOR
o Mu L D POPU
ndial 201 3L AT ION 20 1 2 109
109
Monitoring ICPD Goals – Selected Indicators
Indicators of Mortality Indicators of Education Reproductive Health Indicators
de nascimento, do tratamento das informações
Infant Lifereferentes
expectancy às crianças
Maternal nascidas enrolment prevalence
vivas
Primary Proportionand unmetSecondary
need for family planning
% Illiteratebetween 1990
Birthsand
per 2015: a systematic andHIV
Contraceptive
mas que falecem antes de seremmortality
registradas M/F mortality 24 horas
ou dentro das primeiras (gross)
de M/F reaching gradereview
comprehensive 5 enrolment (>15 years)
(Taxas e tendências 1,000 e globais
nacionais, regionais Prevalence prevalence
da prevalência
Total per ratio M/F (gross) M/F M/F women rate (%)
vida, da qualidade da informação1,000
relativa
live à idade da mãe e da inclusão de partos de contraceptiva e necessidades não atendidas de planejamento
aged Any entre
familiar Modern
1990 e (15-49)
births method methods
15-19 livre). The Lancet, 12 de março
M/F
períodos anteriores. As estimativas de população podem sofrer limitações ligadas 2015: uma revisão sistemática e abrangente, em tradução
à inadequação das informações sobre a idade e cobertura. Para dados de pesquisa de 2013. Dados mundiais e regionais baseados em análises especiais realizadas pela
e censitários, tanto o numerador quanto o denominador se referem à mesma Divisão de População/DESA sobre dados da Divisão de População do Departamento
população. As principais limitações dizem respeito a imprecisões referentes à idade, de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas. Uso Mundial de Contraceptivos,
a omissões de parto, a imprecisões quanto à data de nascimento da criança e à atualizações para o Banco de Dados dos ODMs em 2012 e 2013 (ver http://www.
variabilidade da amostragem, no caso de pesquisas. un.org/en/development/desa/population/).
Mortalidade até 5 anos, por 1.000 nascidos vivos. Fonte: Divisão de População
Educação
do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (2011).
Taxa líquida de matrícula masculina e feminina no ensino fundamental (ajustada),
World Population Prospects: The 2010 Revision. (Perspectivas da População Mundial:
taxa líquida de matrícula masculina e feminina no ensino médio, 2010 ou último ano
Revisão de 2010) Edição em DVD - Dataset disponível nos formatos Excel e ASCII
disponível. Taxa líquida de matrícula masculina e feminina no ensino fundamental
(publicação das Nações Unidas, ST/ESA/SER.A/306). Mortalidade até 5 anos é a
(ajustada), taxa líquida de matrícula masculina e feminina no ensino médio, 1999-
probabilidade (expressa como taxa para cada 1.000 nascidos vivos) de uma criança
2011. Fonte: Instituto de Estatísticas da UNESCO, dados divulgados em maio de
nascida em um determinado ano morrer antes de chegar aos 5 anos de idade,
2012. Disponível em: stats.uis.unesco.org. A taxa líquida de matrícula indica a
quando sujeita às taxas de mortalidade correntes e específicas para a idade.
matrícula do grupo na faixa etária oficial para um dado grau do ensino expressa
como percentual da população correspondente. A taxa líquida de matrícula ajustada
Saúde sexual e reprodutiva no ensino fundamental também inclui crianças em idade escolar adequada para
Prevalência contraceptiva. Fonte: Divisão de População do Departamento de essa etapa e que estão matriculadas no ensino médio. Os dados apresentados são
Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (2013). Atualização em as mais recentes estimativas anuais disponíveis para o período de 1999 a 2011.
2013 para o Banco de Dados dos ODMs: Contraceptive Prevalence (Prevalência
Contraceptiva, em tradução livre) (POP/DB/CP/A/MDG2012). Esses dados Indicadores demográficos
derivam de relatórios de pesquisa por amostragem e estimam a proporção de População total, 2013. Fonte: Divisão de População do Departamento de Assuntos
mulheres casadas (inclusive aquelas que vivem em uniões conjugais consensuais) Econômicos e Sociais das Nações Unidas (2013). World Population Prospects: The
que atualmente utilizam, respectivamente, qualquer método ou métodos 2012 Revision, CD-ROM Edition. (Perspectivas da População Mundial: Revisão de
modernos de contracepção. Métodos modernos ou métodos clínicos/de insumos 2012, Edição em CD-ROM). Esses indicadores apresentam o tamanho estimado da
incluem esterilização masculina e feminina, DIU, pílulas anticoncepcionais, população por país em meados do ano.
injeções, implantes hormonais, preservativos e métodos femininos de barreira.
Esses números se aproximam, mas não são completamente comparáveis para Taxa média anual de mudança populacional, percentual. Fonte: Divisão de
todos os países, devido a variações quanto ao momento em que foram realizados População do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas
as pesquisas e o detalhamento das questões. Todos os dados referentes a países (2013). World Population Prospects: The 2012 Revision, CD-ROM Edition. (Perspectivas
e regiões se aplicam a mulheres entre 15 e 49 anos. São citados os mais recentes da População Mundial: Revisão de 2012, Edição em CD-ROM). Taxa média anual de
dados de pesquisa disponíveis, que vão de 1990 a 2011. Dados mundiais e mudança populacional é a taxa média exponencial de crescimento da população em
regionais baseados em análises especiais realizadas pela Divisão de População/ um dado período. Baseia-se em projeção de variante média.
DESA sobre dados da Divisão de População do Departamento de Assuntos
Econômicos e Sociais das Nações Unidas. Uso Mundial de Contraceptivos, Expectativa de vida ao nascer, masculina e feminina. Fonte: Divisão de População
atualizações para o Banco de Dados dos ODMs em 2012 e 2013 (ver http://www. do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (2013).
un.org/en/development/desa/population/). World Population Prospects: The 2012 Revision, CD-ROM Edition (Perspectivas da
População Mundial: Revisão de 2012, Edição em CD-ROM). Esses indicadores são
Necessidade não atendida de planejamento familiar. Fonte: Divisão de População medidas dos índices de mortalidade, respectivamente, e representam o número
do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (2013). médio esperado de anos de vida de uma coorte hipotética de indivíduos que estariam
Atualização em 2013 para o Banco de Dados dos ODMs: Unmet Need for Family sujeitos, durante toda a sua vida, aos índices de mortalidade de um dado período. Os
Planning (Necessidade não Atendida de Planejamento Familiar, em tradução livre) dados são projeções para o período de 2010 a 2015 e estão expressos em anos.
(POP/DB/CP/B/MDG2012). As mulheres com necessidades não atendidas para
espaçamento da gravidez são aquelas que são fecundas e sexualmente ativas, mas não Taxa de fecundidade total. Fonte: Divisão de População do Departamento de
estão utilizando qualquer método de contracepção e relatam desejar retardar a próxima Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (2013). World Population
gravidez. Esta é uma subcategoria da necessidade não atendida total de planejamento Prospects: The 2012 Revision, CD-ROM Edition (Perspectivas da População Mundial:
familiar, que também inclui necessidades não atendidas de limitação das gravidezes. Revisão de 2012, Edição em CD-ROM). A medida indica o número de filhos que
O conceito de necessidade não atendida aponta para a lacuna entre as intenções uma mulher terá durante seus anos reprodutivos, se der à luz à taxa estimada
reprodutivas das mulheres e seu comportamento contraceptivo. Para o monitoramento para diferentes grupos etários, no período de tempo especificado. Os países
dos ODMs, a necessidade não atendida é expressa como um percentual baseado podem alcançar o nível projetado em diferentes pontos no mesmo período. As
nas mulheres casadas ou em união conjugal consensual. O conceito de necessidade estimativas são projeções para o período de 2010 a 2015.
não atendida de métodos modernos considera usuárias de métodos tradicionais
como tendo necessidade de contracepção moderna. Para análise adicional, consultar População com idade de 10-19 anos, percentual. Fonte: Divisão de População
também: Adding it Up - Cost and Benefits of Contraceptive Services: Estimates for 2012. do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (2013).
(Acrescentar - Custos e Benefícios dos Serviços de Contracepção: Estimativas para World Population Prospects: The 2012 Revision, CD-ROM Edition (Perspectivas da
2012, em tradução livre) Guttmacher Institute e UNFPA, 2012 e Alkema L., V. Kantorova, População Mundial: Revisão de 2012, Edição em CD-ROM). A medida indica a
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