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Prezados Senhores,
4. A CERTIDÃO estampada às folhas 1646, dos Autos judiciais, prova que a Assistente
Técnica do MPF foi informada do início da perícia em 05/10/2005, às 15:15 horas
(DOCUMENTO N.º 03).
5. Se o Juízo compreendeu que a parte foi intimada, de maneira irregular, isso NÃO foi
por culpa deste Perito.
6. A obrigação do Perito Oficial, diante do citado Art. 431-A do CPC é de dar ciência
ou cientificar, o que corresponde a INFORMAR as partes, e não de intimar, via de seus
representantes ou assistentes técnicos do local, dia e hora do início da perícia, conforme transcrito
das folhas 13 do Processo CREA/GO n.º 5750/2010, em referência:
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7. Repetem-se as justificativas apresentadas pelo MPF e acatadas pelo Juízo, de que não
é permitido ao Perito intimar, mas unicamente INFORMAR acerca do início da perícia, nas mesmas
folhas do Processo em referência:
10. Assim, o trabalho pericial foi realizado dentro de planejamento embasado em uma
única reunião técnica, seguida de levantamento de elementos em jornais e análise dos dados
encontrados nos Autos do processo judicial.
11. Quanto a este pormenor, nenhuma oposição foi apresentada pelos participantes da
perícia.
15. Não foram trocadas informações ou documentos entre o Perito e assistentes técnicos
das partes, pois todas as informações necessárias estavam presentes nos Autos judiciais.
16. De outro lado, não é função dos profissionais envolvidos na perícia o convencimento
uns dos outros. A função do perito oficial é de auxiliar da Justiça, aquele que trás as informações e
apresenta a compreensão técnica para formação da convicção do julgador, como se fosse o
“assistente técnico” do Juízo.
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Art. 5º do CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL, veja o DOCUMENTO N.º 04, anexo.
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19. Outras ligações telefônicas foram trocadas entre este Perito e a Assistente Técnica do
MPF. Mas, este Profissional não possui prova documental, exceto testemunhal das ligações, mais o
indício de que o endereço eletrônico daquela Assistente Técnica não consta dos Autos, e que
somente poderia ter sido fornecido por ela.
20. Mais irrefutável ainda, o fato de ter recebido aquela Assistente Técnica todos os
dados levantados e considerados na perícia, além dos cálculos e resultados apurados, via "e-mail",
muito antes da entrega do laudo. Assim, toda documentação encaminhada para os requeridos,
também foi entregue para o MPF. Anexou-se comprovantes das comunicações trocadas entre este e
aquela profissional, bem como os documentos a ela apresentados. (Documentos n.ºs 05 ao 10).
23. Como apontado, isso não é problema do Perito. Entretanto, inegável que o MPF e sua
Assistente Técnica estavam INFORMADOS do início dos trabalhos periciais e, com isso, atendido
o Art. 431-A, do Código de Processo Civil (CPC).
24. Ainda, supondo que o MPF nada soubesse acerca do início e andamentos da perícia,
tornou-se CIENTE, naquela data, que a reunião inicial ocorrida serviu, unicamente, para
INFORMAR quais procedimentos seriam adotados para realização da perícia. Sabido, também, que
a única diligência foi no sentido da obtenção de dados de mercado, mediante leitura de anúncios de
jornais. Nenhum prejuízo teve o MPF, depois de receber cópia completa dos dados de mercado e
situações de cálculo e respectivos resultados obtidos por este Profissional (DOCUMENTO anexo
N.º 07-A). Informado àquela Assistente Técnica que, foram analisados os dados, considerados em 5
(cinco) outros laudos, constantes dos Autos.
25. Vale aduzir que a ausência de intimação do MPF acerca da realização da perícia foi
suprida por comunicações da Justiça, do Perito Oficial e do próprio MPF à Assistente Técnica
daquele órgão, inclusive por telefone, o que conforme ressai da documentação anexada, ocorreu.
28. Interessante mencionar que, referidos resultados, obtidos de maneira isenta, por este
Perito, contrariaram a tese de valor assumido pelo MPF, desde a peça inicial, localizada às folhas 02
e seguintes dos Autos.
29. Só a partir de então, passou o MPF dizer que não teve conhecimento dos atos e
andamentos periciais, dados pelo Perito Oficial.
30. O MPF estava ciente de todo o conteúdo dos Autos, do qual é parte autora, tendo
debatido acerca da perícia e honorários do Perito, peças trazidas após os dados mercadológicos
considerados no laudo pericial.
31. O MPF efetuou perguntas que foram respondidas no laudo pericial, juntado às folhas
1760 a 1793, suplementos às folhas 1794 a 1837 e anexos às folhas 1838 a 1982. Por ser muito
extenso, juntou-se cópia das partes principais do laudo técnico resultante, expostas no
DOCUMENTO N.º 11.
32. Quanto ao prazo limitado pelo juiz, foi-lhe esclarecido que poderia ser cumprido
somente dentro das possibilidades técnicas.
34. Com efeito, os dados que, realmente, possibilitaram a conclusão da avaliação, foram
encontrados depois do prazo assinalado pelo juiz, vez que antes não existiam no mercado, o que
tornou IMPOSSÍVEL a entrega do laudo até a data marcada.
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37. A Assistente Técnica do MPF recebeu cópia do laudo assim que ficou pronto, antes
de ser entregue em Juízo, o que comprova o DOCUMENTO N.º 13, anexo.
38. O juiz mandou intimar este perito para entregar o laudo, em momento que não estava
no escritório, motivo porque mandou expedir mandado da busca dos Autos.
39. O laudo foi concluído, logo em seguida, e entregue em Juízo, após o qual, foi juntado
aos Autos (DOCUMENTO N.º 11).
40. A obrigação legal do Perito é restrita a informar às partes o início da perícia e não da
entrega do laudo em Juízo. - Veja o mesmo Art. 431-A.
42. E ainda, no início do primeiro parágrafo das folhas 14, deste processo, veio:
43. Nenhum dos integrantes do polo passivo da Ação, em número de 5 (cinco) réus, nem
seus assistentes técnicos emitiram opinião contrária aos procedimentos adotados por este Perito
Oficial ou os resultados trazidos no laudo pericial.
44. Somente o Juiz concordou com a tese do MPF, sem ouvir o Perito por ele escolhido,
como profissional de confiança do Juízo, acatando, liminarmente, as alegações do único que tem
interesse em desclassificar o trabalho deste Perito.
45. O Juiz declarou nulo o laudo pericial liminarmente, condenando o trabalho técnico,
sumariamente, sem direito de defesa deste Perito.
46. O laudo permaneceu agregado aos Autos, tendo sido utilizado pelas partes,
representantes legais, bem como o Juízo, demais autoridades e auxiliares.
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Art.º 12º, alínea “l”, do CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL (DOCUMENTO N.º 04).
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Instituição da ART ou Anotação de Responsabilidade Técnica, conforme DOCUMENTO N.º 14 e os artigos
17 e 23 da Lei n.º 5.194, de 24 de dezembro de 1966, no DOCUMENTO N.º 15.
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48. O laudo foi considerado ineficaz pelo Juízo, limitada referida ineficácia unicamente
ao processo por ele dirigido. Mas não perdeu a propriedade de uma peça técnica preparada por
profissional legalmente habilitado, mantida a eficácia garantida por Lei (DOCUMENTO N.º 15).
A revogação do laudo como tal somente teria eficácia se cancelado mediante processo judicial
competente, com direito de defesa pelo profissional acusado. Podendo ser concluída a ineficácia por
laudo técnico capaz de sustentar alguma nulidade, mediante demonstração, tecnicamente embasada,
preparado por profissional legalmente habilitado. Ainda, depois de definitivo julgamento, até o
último grau de jurisdição.
53. Compreende este Profissional que, o grau de informações trocados, com a Assistente
Técnica do MPF, foi mais que suficiente, para o cumprimento de seus respectivas obrigações
naquele processo judicial. Ainda que, IMPOSSÍVEL o cumprimento do prazo assinalado pelo Juiz,
para que fossem fornecidos resultados compatíveis com a lógica e as prescrições técnicas das
normas brasileiras e legais.
54. O laudo não foi devolvido pelo Juízo, motivo porque o conteúdo foi utilizado para
proveito das partes e uso dos respectivos representantes, inclusive assistentes técnicos, situação que
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Art. 2º da LEI Nº 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966 (DOCUMENTO 15).
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permanece naquele processo. Por isso, são devidos os honorários, tendo em vista a entrega do laudo
pelo Perito e utilização do mesmo, pelo interessado.
56. Menciona-se decisão superior, pelo STJ, que traz este entendimento, relativamente à
ação de perito contra determinação da devolução dos honorários periciais (DOCUMENTO N.º
17).
58. REQUER, ainda, seja comunicado dos atos processuais seguintes, nos mesmos
endereços e telefones cadastrais.
Atenciosamente,
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ANEXOS
DOCUMENTOS N.ºS DESCRIÇÃO
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
01 – CERTIDÃO às folhas 1653 dos autos do processo n.º 2000.34.00.022349-0, que tramita
perante a 4ª Vara da Seção Judiciária da Justiça Federal, no Distrito Federal, em que o MPF
recusou-se a receber o mandado de intimação.
02 – TERMO DE COMPARECIEMTO para o início dos trabalhos periciais, às folhas 1654 dos
mesmos Autos.
05 – Notícia dos andamentos periciais efetuados até aquele momento, bem como os atos seguintes,
encaminhada por intermédio de correspondência eletrônica (“e-mail”), à Assistente Técnica do
MPF.
06 – Dados coletados, bem como apontamentos dispostos em texto técnico, sob o título Diligências
– Pesquisa de Mercado-, remetido juntamente ao “e-mail” anterior, no interior do arquivo
denominado “RPAP-RPV-99.999.999.999-Gesner-Pesq_Mercado-(RPV)-Ori-3”.
06-A – A Assistente Técnica do MPF acusou o recebimento de “e-mail” relativo ao andamento dos
trabalhos periciais realizados, até aquele momento, dizendo que não havia sido cientificada do
início dos trabalhos da perícia, tecendo comentários acerca do conteúdo recebido.
08 – Comunicação deste Perito à Assistente Técnica do MPF, da não recepção de retorno acerca das
situações de cálculos e resultados, nem mesmo o valor final.
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11 - Cópia das partes principais do laudo técnico resultante, composto de 121 páginas impressas,
mais uma quantidade de 29 documentos anexos.
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DOCUMENTO N.º 01
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DOCUMENTO N.º 02
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DOCUMENTO N.º 03
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DOCUMENTO N.º 04
Destaques do CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL
Assim:
[ ... ]
Art. 4º - As profissões são caracterizadas por seus perfis próprios, pelo saber científico e
tecnológico que incorporam, pelas expressões artísticas que utilizam e pelos resultados sociais,
econômicos e ambientais do trabalho que realizam.
Art. 6º - O objetivo das profissões e a ação dos profissionais volta-se para o bem-estar e o
desenvolvimento do homem, em seu ambiente e em suas diversas dimensões: como indivíduo,
família, comunidade, sociedade, nação e humanidade; nas suas raízes históricas, nas gerações
atual e futura.
[ ... ]
Art. 8º - A prática da profissão é fundada nos seguintes princípios éticos aos quais o
profissional deve pautar sua conduta:
Do objetivo da profissão
Da natureza da profissão
[ ... ]
Da eficácia profissional
Do relacionamento profissional
[ ... ]
...
c. contribuir para a preservação da incolumidade pública;
[ ... ]
[ ... ]
II - Ante a profissão:
...
c. omitir ou ocultar fato de seu conhecimento que transgrida à ética profissional;
[ ... ]
6 - Dos direitos
...
b. ao gozo da exclusividade do exercício profissional;
c. ao reconhecimento legal;
...
...
b. à liberdade de escolha de métodos, procedimentos e formas de expressão;
...
d. à exclusividade do ato de ofício a que se dedicar;
h. à proteção do seu título, de seus contratos e de seu trabalho
i. à proteção da propriedade intelectual sobre sua criação;
...
l. à propriedade de seu acervo técnico profissional.
[ ... ]
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DOCUMENTO N.º 05
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DOCUMENTO N.º 06
Diligência
Pesquisa de Mercado
Item: 01
Informante: Paula.
Fones: (61) 3328-5757
- Valor genérico, apontado como simples informações, para salas do mesmo
Observações: tamanho e padrão, entre R$ 600,00 e R$ 700,00.
- Imóveis c/ garagem.
Pesquisador: RPV e RHCF.
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Diligência
Pesquisa de Mercado
Item: 02
Informante: Paula.
Fones: (61) 3328-5757
- Com garagem.
Observações: - Mobiliada.
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Diligência
Pesquisa de Mercado
Item: 03
Localização: SCN, Quadra 02, Bloco ‘A’, ED. COORPORAT FINANCIAL CENTER, Asa
Norte, Brasília, DF.
Preço: R$ 21.600,00
/mês.
Preço /m²: R$ 54,00
Negociação: Oferta X Transacionado -
Época: 12/2005
Fonte:
Informante: Gabriela (Atendente - Administração do Edifício).
Fones: (61) 3327 3900.
- Proprietária FUNCEF.
Observações:
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Diligência
Pesquisa de Mercado
Item: 04
Localização: CENTRO EMPRESARIAL LIBERTY MALL, Sala 1113, Torre Sul, Brasilia-DF.
Preço: R$ 650,00
Preço /m²: R$ 15,48
Negociação: Oferta - Transacionado X
Época: 12/2005
Fonte: SÍLVIO PEAREIRA EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA.
Informante: Vânia
Fones:
- Não tem salas para alugar.
Observações:
Pesquisador: RPV e RHCF.
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Diligência
Pesquisa de Mercado
Item: 05
Fonte: EDIMÓVEIS.
Informante: Paula
Fones: (61) 3327-4050
- Com garagem.
Observações:
21
RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D
Diligência
Pesquisa de Mercado
Item: 06
22
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Diligência
Pesquisa de Mercado
Item: 07
Localização: BRASIL XXI, Bl. ‘C’, Sala 224, Asa Sul, Brasília, DF.
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Diligência
Pesquisa de Mercado
Item: 08
Localização: BRASIL XXI, Bl. ‘C’, Sala 225, Asa Sul, Brasília, DF.
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Diligência
Pesquisa de Mercado
Item: 09
Informante: Paula.
Fones: (61) 3328-5757
- Condomínio em taxa de R$ 244,00.
Observações:
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Diligência
Pesquisa de Mercado
Item: 010
Informante: Paula.
Fones: (61) 3328-5757
- Taxa de condomínio R$ 255,00.
Observações:
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Diligência
Pesquisa de Mercado
Item: 011
Localização: SCN, Quadra 02, Bloco ‘E’. Asa Norte, Brasília, DF, CEP. 70712-000
Frente: xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m;
Posição em relação à Duas frentes e laterais voltadas para vias internas e estacionamentos
via: públicos.
Posição em relação à
quadra: Ocupa a quadra completa.
Tipo de
Construção: Edifício
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Diligência
Pesquisa de Mercado
Item: 012
Localização: CENTRO EMPRESARIAL LIBERTY MALL, Sala 1113, Torre Sul, Brasilia-DF.
Frente: xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m;
Posição em relação à
via: xxxxxxxxxxxxxxxxxx.
Posição em relação à
quadra: xxxxxxxxxxxxxxxxxx.
Tipo de
Construção: Salas comerciais.
Preço: R$ 650,00
Preço /m²: R$ 15,48
Negociação: Oferta X Transacionado -
Época: 12/2005
Fonte: SILVIO PEREIRA EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS
Informante: Vânia
Fones: (61) 3328-0510
- Entre R$ 600,00 e 700,00 /mês.
Observações:
Pesquisador: RPV e RHCF.
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Diligência
Pesquisa de Mercado
Item: 013
Localização: SCN, EDIFÍCIO CENTRAL PARK, Sala 1813/B, Asa Norte, Brasilia-DF.
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Diligência
Pesquisa de Mercado
Item: 014
Localização: CENTRO EMPRESARIAL NORTE, SRTVN, 701, Bl. ‘A’, Sala 330, Brasilia-DF.
Informante: Eurides
Fones: (61) 3327-1030
- “e-mail”: rodolfo@cdsid.com.br
Observações:
30
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Diligência
Pesquisa de Mercado
Item: 015
Localização: AMERICAN OFFICE TOWER, SCN, Quadra 01, Bloco, ‘F’, Sala 401/420,
Brasilia-DF.
Observações: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.
31
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Diligência
Pesquisa de Mercado
Item: 016
Localização: BRASIL XXI, SHS, Quadra 06, Bloco ‘C’, 10º Andar, Brasilia-DF.
Informante: Eida
Fones: (61) 9689-3215 / 3326-5151
Observações: xxxxxxxxxxxxxxxxxx.
Pesquisador: RPV e RHCF.
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Diligência
Pesquisa de Mercado
Item: 017
Localização: AMÉRICAN OFFICE TOWER, SCN, Quadra 01, Bloco ‘F’, Salas 1001/1020,
Brasilia-DF.
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Diligência
Pesquisa de Mercado
Item: 018
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Diligência
Pesquisa de Mercado
Item: 019
Localização: SCN, BRASÍLIA TRADE CENTER, Quadra 01, Bloco ‘C’, Sala 2001, Brasilia-
DF.
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Diligência
Pesquisa de Mercado
Item: 020
Localização: SCN, BRASÍLIA SHOPPING CENTER, QUADRA 05, Bloco ‘A’, Sala 917,
Brasilia-DF.
Posição em relação à
quadra: xxxxxxxxxxxxxxxxxx.
Tipo de
Construção: Salas comerciais.
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Diligência
Pesquisa de Mercado
Item: 021
Localização: SCN, BRASÍLIA SHOPPING CENTER, Quadra 05, Bloco ‘A’, Sala 1406,
Brasilia-DF.
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RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D
Diligência
Pesquisa de Mercado
Item: 022
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RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D
Diligência
Pesquisa de Mercado
Item: 023
Área
Privativa: 283,00 m²;
Frente: xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m;
Posição em relação à
via: xxxxxxxxxxxxxxxxxx.
Posição em relação à
quadra: xxxxxxxxxxxxxxxxxx.
Tipo de
Construção: Salas comerciais.
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Diligência
Pesquisa de Mercado
Item: 024
Área
Privativa: 660,00 m²;
Frente: xxxxxxxxxxxxxxxxxx. m;
Posição em relação à
via: xxxxxxxxxxxxxxxxxx.
Posição em relação à
quadra: xxxxxxxxxxxxxxxxxx.
Tipo de
Construção: Área de edifício.
Informante: xxxxxxxxxxxxxxxxxx.
Fones: 81181333 / 33231213
- 9ª e 11ª andares.
Observações: - 15 vagas de garagem para veículos.
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DOCUMENTO N.º 7
43
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05/01/07.
Atenciosamente,
Ricardo Passos
Eng.º Civil /Perito.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
SITUAÇÃO I
SITUAÇÃO II
SITUAÇÃO III
44
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Obs.:
• Os dados obtidos de mesmo imóvel, em datas diferentes, foram mantidos como novos dados.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
SITUAÇÃO I.
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SITUAÇÃO II.
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SITUAÇÃO III.
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------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
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Diferenças de Valores
120.000,00
113.676,00
100.000,00
79.615,00
Valor do Aluguel (R$)
80.000,00 75.179,00
60.000,00
40.000,00
Dados Coletados
Pela Perícia
20.000,00
Todos os Dados
Disponíveis
-
Dados Existentes e
Outros Levantados
01 02 03
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DOCUMENTO N.º 08
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DOCUMENTO N.º 09
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RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D
DOCUMENTO N.º 10
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DOCUMENTO N.º 11
Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a)
Federal da 4a Vara da Seção Judiciária do Distrito
Federal.
INTRODUÇÃO :
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fenômenos e ocorrências, aqui visualizadas. Preocupou-se, outrossim, em destinar melhor
compreensão inerente à aplicação jurídica, comum ao ramo do Direito, introduzindo o leitor aos
conceitos e terminologias técnicas, ora aplicadas.
Meta(s) :
A presente Perícia Técnica de Engenharia, cujo Laudo aqui se configura, tem por meta relatar
e documentar as percepções encontradas, em consonância com as indicações abaixo apontadas.
Descrevendo, também, as condições em que se acham, bem como, tecendo entendimentos técnicos
cabíveis. E, oferecendo, nesse sentido, respostas aos quesitos apresentados.
Objeto da Prova:
Prédio Comercial do tipo para escritórios, localizado no SCN, Quadra CN-02, Bloco
(projeção) “C”, n.º 900, Asa Norte, no Plano Piloto da cidade de Brasília-DF.
Sumário :
56
RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D
2.1. DEDUÇÕES : ......................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
2.2. RESPOSTAS AOS QUESITOS .................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
3. CONCLUSÃO : ............................................................................................................................................. 57
3.1. DISPOSIÇÕES GERAIS ............................................................................................................................... 57
3.2. PARECER TÉCNICO ................................................................................................................................... 58
4. SUPLEMENTO : .............................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
4.1. PRELÚDIO : .......................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
4.2. DESENVOLTÓRIO :................................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
5. ANEXOS : ......................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
5.1. DOCUMENTOS UTILIZADOS: ................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
5.2. DEMONSTRATIVOS TÉCNICOS: ............................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
5.3. DADOS OBTIDOS: ................................................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
Para um entendimento genérico e preliminar, basta a leitura dos itens : 0 no que tange ao
Objeto da Prova e 0 do Parecer Técnico acoplado ao item conclusivo. Pretendendo maiores
conhecimentos quanto às condições fáticas e contextuais, sem no entretanto muito aprofundamento
no caso, examinar também o item Erro! Fonte de referência não encontrada. relativo às
Respostas aos Quesitos.
Consta da Introdução, completo histórico do que foi realizado para a busca de elementos e de
dados suficientes para o entendimento técnico da demanda; tudo, com eficaz abrangência dos
pontos questionados, tendo sido indicados os procedimentos e metodologias adotadas, bem como
ferramentais empregados, para o alcance dos fins colimados.
O item relativo ao Desenvolvimento do trabalho, abarca o conteúdo das percepções obtidas a
partir dos princípios que se assentaram à discussão, contendo completa análise dos meandros da
questão, com as respectivas deduções e respostas aos quesitos formulados.
Na sequência, vem a Conclusão, item dedicado à solução sumarizada e dedução da ilação
razoável da problemática configurada, como bases firmes para formação do completo juízo da coisa
periciada, contendo, ainda, os necessários remates e termo final.
Este LAUDO é sequenciado por Suplemento como parte adicionada ao todo para melhor
compreendê-lo, e para esclarecer detalhes condizentes, oferecendo aperfeiçoamento a pontos
importantes para a captação das nuances encontradas e solucionamento técnico proposto, como
aditamento à matéria ordinária, em sua complementação.
Acompanham este LAUDO PERICIAL os Anexos nos quais estão contidas discriminações
das provas trazidas para o mister, bem como demonstrativos e memoriais consubstanciadores,
juntados dos elementos probantes de natureza documental, com as respectivas fontes; tais
documentos, indicativos ou indícios de onde podem ser encontrados outros elementos para a
correspondente análise judicial.
[ ... ]
CONCLUSÃO :
Como consequência da argumentação aqui consignada, são apresentadas nos próximos itens,
as conclusões dos silogismos apresentados; passando, evidentemente, das premissas para os
resultados propostos, cuja veracidade é decorrente das primeiras, tendo origem em argumentação
expositiva da essência do que se fez deduzido e comprovado.
Disposições Gerais
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RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D
O Parecer Técnico foi fundamentado com base nos fatos e condições obtidas por
informações contidas nos próprios Autos, bem como, por parte de pessoas conhecedoras do caso,
que trouxeram abrangentes esclarecimentos.
As respostas aos quesitos formulados, após criteriosamente analisadas e calcadas nas
percepções colhidas durante todas as diligências, visando a maior fidelidade possível das situações
encontradas, atenderam às respectivas indagações.
Além de tecer outras considerações, como demonstrado ao longo deste documento pericial e
de seus anexos, o parecer, ora exarado, procurou atingir em plenitude :
Parecer Técnico
O parecer técnico encontra-se formulado nas respostas aos quesitos, fundamentado pelas
considerações e análises tecidas ao longo do desenvolvimento deste Laudo Técnico, restando
comprovados os fatos, de forma incontroversa, de que :
É a conclusão.
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RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D
______________________________
Ricardo Passos Vieira
Engenheiro Civil / Perito
CREA/GO 3.914-D
Instituições Classistas às quais encontra-se filiado este Profissional : Este Perito é membro do
Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias - Departamento de Goiás - IBAPE / GO e Instituto de
Engenharia de Avaliações e Perícias do Distrito Federal - IBAPE / DF.
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RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D
DOCUMENTO N.º 12
Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a)
Federal da 4a Vara da Seção Judiciária do Distrito
Federal.
MOTIVOS DA MOROSIDADE
ACÚMULO DE SERVIÇOS
2) É certo que os trabalhos periciais têm ficado paralisados por mais tempo que
o devido, em face do acúmulo de serviços originários dos diversos Órgãos do Poder Judiciário,
tanto na esfera Comum como na Federal; até mesmo aqueles provenientes das Circunscrições
Judiciárias de outros Estados, bem como do Distrito Federal, onde este Profissional / Perito presta
seus serviços técnicos. Assim, pois, foram desenvolvidos trabalhos nesta, bem como em outras
unidades da Federação, no interstício de tempo em que ocorreram as tramitações do processo em
tela.
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RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D
[ ... ]
15) Durante tal interstício de tempo, alguns Juizes se sentem insatisfeitos com o
atendimento, e com razões; até porque, persiste, por algumas vezes, a falta do esperado retorno. O
que, é puramente contingencial e jamais intencional. Pelo que, o Profissional / Perito PEDE
COMPREENSÃO.
LIMITAÇÕES TÉCNICAS
• Foi percebida uma situação de mercado incomum (“sui generis”) e que precisava ser
comprovada e melhor avaliada.
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RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D
• Em casos incomuns como o avaliado, são necessárias diversas checagens dos dados
obtidos; esses mesmos que importa serem encontrados estabilizados junto à realidade
vigente.
• Também pela lógica, NÃO são aceitáveis comparações com um número inferior a 03
(três) elementos extraídos. Caso contrario, se tornariam tendenciosas.
• Comprovações firmes tiveram que ser rastreadas (buscadas), porque somente estas
poderiam fornecer firmes embasamentos para as conclusões.
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RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D
24) Existem espécies de estudos que não podem ser confiados a auxiliares do
Juízo, porque a necessidade ultrapassa em muito a capacidade dos mais qualificados serventuários
da Justiça.
26) Assim também acontece com o Perito. Ao notar a exigência de estudos mais
extensos, não poderá delegar atribuições suas a outrem; tanto por impedimentos legais, como pelas
limitações dos recursos humanos disponíveis; caso insista nisso, gastará mais tempo que o previsto
até a finalização de seus trabalhos, durante infindáveis revisões e corrigendas a relatórios
incompletos e defeituosos.
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RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D
TRABALHOS EM EQUIPE
[ ... ]
35) Essas modificações referenciadas, foram executadas para otimização do
atendimento, mantendo-se, porém, a eficácia da qualidade já alcançada nos trabalhos produzidos.
Razão por que, houve um período de muitas dificuldades, provocando atrasos nas respectivas
entregas das produções periciais. Pelo que, SUPLICA-SE PELA DOUTA COMPREENSÃO
de Vossa Excelência.
36) Para dar conotação ao atendimento prestado por este Perito, dependendo da
necessidade no presente caso, apresenta-se, em anexo, a relação dos processos em que este Vistor
está atuando em suas respectivas atribuições, ou seja, na condição de profissional da confiança dos
Nobres e Doutos Magistrados.
COMPLEXIDADE
37) Toda a tramitação pericial foi muito mais trabalhosa do que seja possível
prever. A situação fática formada ensejou ampliação dos rastreamentos e afunilamentos das
prospecções, os mesmos que desencadearam diversos detalhamentos que passaram a ser
obrigatórios. Toda essa situação inovada, que surgiu durante a realização dos trabalhos, era
imprevista.
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RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D
38) Deve ser considerada ainda a imprevisibilidade das condições encontradas,
porque somente vieram à tona depois de examinados pormenores e enfoques apenas inteligíveis
àquele que é sabedor do assunto e que se acha habilitado para fazer perícias.
TRABALHO INTELECTUAL
42) Existe uma grande limitação à celeridade dos trabalhos, que é a produção
intelectual. A parte intelectiva dos labores depende do fluxo das idéias. A concatenação das idéias
torna-se mais dificultada à medida em que é ampliada a complexidade para o encontro dos dados
necessários à formação do completo parecer sobre a matéria. Portanto, a formação das idéias
depende da disponibilidade de dados suficientes para o entendimento do conjunto das questões
alusivas ao assunto.
44) O surgimento das idéias não é como o fornecimento de coisas prontas, que
se mantém em estoque. Existe todo um processo de formação e agregação dos pensamentos, a
partir das percepções obtidas e encadeamento do raciocínio, como caminhos a serem trilhados,
destinados ao assentamento e final transmissão das idéias.
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RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D
[ ... ]
50) Percebe-se, com facilidade, que não adianta impor tempo limite para o
assentamento imprescindível das idéias, as mesmas que são deduzidas de complexos
encadeamentos dos fatos; estes mesmos, que precisam ser compreendidos com a necessária
amplitude, para que se estabeleçam conhecimentos fáticos com profundidade, trazendo a máxima
segurança quanto ao que se afirma.
OBSTÁCULOS ADMINISTRATIVOS-GERENCIAIS
[ ... ]
66) O encargo abraçado por este Perito no Processo sob referência é uma
atribuição de extrema responsabilidade, que implica em conseqüências importantes, muitas vezes,
muito graves; justificativas estas, de conteúdo preponderante, vez que, o resultado apresentado
jamais fará Vossa Excelência cair em erro ao decidir; até porque, é de teor firme e valioso,
contextuado em bases extremamente sólidas da verdade real. Observou-se, ainda, que, neste caso, a
busca de elementos insofismáveis e bem abalizados somados ao empenho de ajustar sua equipe de
trabalho, fizeram extrapolar o tempo concedido. Pelo que, mais uma vez ROGA POR
DESCULPAS, fazendo desdobrados esforços para que tal não mais se repita. O Profissional
signatário declara, também, que tem prazer em cumprir rigorosamente as determinações emanadas
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RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D
dos Magistrados, principalmente desse Emérito Juízo; mesmo porque, proporciona a este Perito a
oportunidade de sentir-se útil à sociedade, contribuindo para as sábias decisões judicantes.
67) É neste sentido que estão sendo buscadas todas as formas de serem evitados
novos atrasos, conforme apresentado na peça anexa, intitulada BUSCA DE SOCUÇÕES.
PROBLEMAS SOLUCIONADOS
69) Outro ponto que deve ser tocado é que a aparente perda trazida pela
extrapolação do tempo marcado para entrega dos serviços periciais, será sobejamente recompensada
pela qualidade e firmeza do trabalho ora entregue, cujos resultados confirmarão a confiança
depositada neste Profissional.
70) Vale ressaltar, que o serviço técnico ora conduzido aos Autos, propiciou a
solução DEFINITIVA para os questionamentos configurados.
73) No que tange às demais peças distinguidas nos Autos, importa frisar:
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RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D
75) A minudência e amplitude com que foram examinados os diferentes matizes
do problema, permitiram completo domínio dos envolvimentos técnicos atinentes aos
questionamentos.
SEGURANÇA
[ ... ]
82) Por oportuno, salienta que : os subsídios trazidos para o bojo dos Autos
foram minuciosamente processados por Equipe Multidisciplinar, coordenada por este Profissional;
deste modo, enfatiza que o LAUDO junto prepondera como prova de cabal confiabilidade e de
insofismável valor científico / técnico / jurídico, em consonância com a legislação em vigência.
83) Além do que, reputa-se como razoáveis as presentes justificativas. Pelo que,
PEDE-SE sejam CONSIDERADAS.
MULTA
84) Se fosse realizado um trabalho mais simplificado, o tempo consumido seria
bem inferior ao despendido por este “Expert”.
85) A extensão das peças técnicas produzidas, por si, não é indicadora fiel da
profundidade de um trabalho técnico. O que efetivamente tem valor é o conteúdo do LAUDO
resultante, adentrado às circunstâncias e firmemente fundamentado.
86) A nomeação de peritos nos processos advém do fato de que o juiz não é
tecnicamente apto, ou não possui conhecimentos suficientes, nem pode satisfazer as condições
legais para suprir com todas as informações de caráter técnico e especializado, de que necessita o
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RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D
processo. Este é, inclusive, o fundamento legal porque é exigida a participação de técnicos nos
processos judiciais.
89) Os labores anteriormente juntados nos Autos possuem limitações tantas que
obrigou a realização de um trabalho mais abrangente. Não quer dizer que os laudos apresentados
sejam bons ou ruins, mas, simplesmente, que foram limitados ao que foi solicitado, restritos ao
momento em que foram realizados. Com isso, percebe-se claramente que o nível de detalhamentos
necessários ao desvendamento dos pontos que permaneceram obscuros eram cruciais.
91) Tal constatação pode ser facilmente compreendida, sem maiores análises,
por simples leitura dinâmica do laudo junto.
93) O labor apresentado pelo Perito tem que proporcionar cabal firmeza para os
posteriores atos do Juízo, que irá se utilizar dele para decidir com Justiça. Diante da perceptível
complexidade da Perícia, para bem avaliar o aprofundamento e completa segurança dos resultados
configurados no LAUDO, o Magistrado teria que determinar nova perícia.
95) Ficou cristalino que um trabalho que examina ou que investiga mais a
fundo, ou com mais minudências e detalhamentos, despende de muito mais tempo para realização
do que outro de abrangência limitada.
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RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D
98) Há que sopesar, ainda, o fato de que, quanto menos tempo gastar o
profissional / perito, maior será sua margem de ganhos financeiros no trabalho que efetuar. Este
Perito abriu mão de quase toda lucratividade que amealharia, para realizar o melhor trabalho
possível, inigualado, neste Processo, por nenhum outro. O que não foi à toa, mas extremamente
necessário para o caso formado, ora tecnicamente deslindado, não aparecendo ninguém que
ofertasse algum resultado mais preciso e seguro, até o momento.
99) Diante dos fatos apresentados e exposições das situações vivenciadas, é que
este Perito compreende INJUSTA qualquer multa por prejuízo a que não deu causa. E, muito
menos justo o apenamento de quem atuou com a máxima certeza de ter realizado o que de melhor
poderia ter sido efetivado, em matéria de Perícia Técnica, neste Processo. É óbvio que dentro da
situação e condições que se afiguraram como limitações intransponíveis para melhor desempenho.
100) Portanto, PEDE para que seja feita análise mais aprofundada de todo o
exposto, e que Vossa Excelência se sensibilize para a inaplicabilidade de multa, no caso em tela.
FINALIZAÇÃO
101) Em seguida REQUERER que se faça determinada a correspondente
JUNTADA, aos Autos supraditos, do Laudo Pericial ora concluído por este Profissional / Perito,
para finalidade da competente apreciação desse Probo Magistrado, e demais providências
consideradas importantes.
[ ... ]
70
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DOCUMENTO N.º 13
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RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D
DOCUMENTO N.º 14
Resolução n.º 1.025, de 30 de outubro de 2009, que dispôs sobre a Anotação de Responsabilidade
Técnica e o Acervo Técnico Profissional, nos moldes dos artigos específicos da Lei nº 5.194, de
1966, que regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo e a
Lei nº 6.496, de 7 de dezembro de 1977, que instituiu a Anotação de Responsabilidade Técnica
(ART) na execução de obras e na prestação de serviços de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.
[ ... ]
Art. 2º A ART é o instrumento que define, para os efeitos legais, os responsáveis técnicos pela
execução de obras ou prestação de serviços relativos às profissões abrangidas pelo Sistema
CONFEA/CREA.
Art. 3º Todo contrato escrito ou verbal para execução de obras ou prestação de serviços relativos
às profissões abrangidas pelo Sistema CONFEA/CREA fica sujeito ao registro da ART no Crea em
cuja circunscrição for exercida a respectiva atividade.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo também se aplica ao vínculo de profissional,
tanto a pessoa jurídica de direito público quanto de direito privado, para o desempenho de cargo
ou função técnica que envolva atividades para as quais sejam necessários habilitação legal e
conhecimentos técnicos nas profissões abrangidas pelo Sistema CONFEA/CREA.
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DOCUMENTO N.º 15
LEI Nº 5.194, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1966.
[ ... ]
[ ... ]
Art. 13. Os estudos, plantas, projetos, laudos e qualquer outro trabalho de engenharia, de
arquitetura e de agronomia, quer público, quer particular, sòmente poderão ser submetidos ao
julgamento das autoridades competentes e só terão valor jurídico quando seus autores forem
profissionais habilitados de acordo com esta lei.
[ ... ]
CAPÍTULO II
Da Responsabilidade e Autoria
[ ... ]
Art. 23. Os Conselhos Regionais criarão registros de autoria de planos e projetos, para
salvaguarda dos direitos autorais dos profissionais que o desejarem.
73
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DOCUMENTO N.º 16
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RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D
DOCUMENTO N.º 17
STJ julga ação de perito contra determinação da devolução dos honorários periciais.
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL – HONORÁRIOS PERICIAIS – DIREITO DO AUXILIAR DO JUÍZO –
PREVISÃO LEGAL – IMPETRAÇÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA ATO
JUDICIAL QUE NEGA TAL PAGAMENTO – POSSIBILIDADE EM TESE – CITAÇÃO DOS
LITISCONSORTES NECESSÁRIOS – AUSÊNCIA – POSTULADO DO DEVIDO PROCESSO
LEGAL NÃO OBSERVADO.
1. É cabível mandado de segurança impetrado por perito judicial contra ato que determina a
devolução dos honorários periciais. Ordem judicial proferida após a conclusão da perícia.
2. O ato que determina a devolução dos honorários periciais, quando já exercido o labor profissional
pelo expert, configura ilegalidade manifesta que não pode ser combatida pelos meios recursais
usuais, uma vez que o perito não é parte e nem interessado na causa.
3. O perito judicial deve ser remunerado pelo trabalho que realiza, nos termos do art. 10 da Lei n.
9.289⁄96 e art. 33 do CPC.
4. Impetrado mandado de segurança contra ato judicial, impõe-se a citação de todos os litisconsortes
passivos necessários, notadamente porque suportarão no processo principal o ônus financeiro pela
paga dos honorários periciais.
5. Ausente a citação dos litisconsortes passivos necessários, há violação do postulado do devido
processo legal. Precedentes desta Corte.
Recurso ordinário improvido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros
da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça: "A Turma, por unanimidade, negou provimento
ao recurso ordinário, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a)."
Os Srs. Ministros Herman Benjamin, Mauro Campbell Marques, Eliana Calmon e Castro Meira
votaram com o Sr. Ministro Relator.
Brasília (DF), 10 de agosto de 2010(Data do Julgamento)
MINISTRO HUMBERTO MARTINS
Relator
RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº 30.115 - SP (2009⁄0122366-9)
RELATOR : MINISTRO HUMBERTO MARTINS
RECORRENTE : CLÁUDIO AUGUSTO LEAL DA COSTA
ADVOGADO : NILTON SERSON E OUTRO(S)
RECORRIDO : FAZENDA NACIONAL
ADVOGADO : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
RELATÓRIO
O EXMO. SR. MINISTRO HUMBERTO MARTINS (Relator):
75
RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D
Cuida-se de recurso ordinário em mandado de segurança interposto por CLÁUDIO AUGUSTO
LEAL DA COSTA, com fundamento no art. 539, II, "a" do Código de Processo Civil, contra
acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, assim ementado (fls. 443⁄444-e):
"PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. MANDADO DE SEGURANÇA.
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL. INEXISTÊNCIA DE ATO COATOR.
1 - Do simples exame da peça inicial deste mandado de segurança, pode-se concluir que a MMª
Juíza Federal da 7ª Vara⁄SP não praticou nenhum ato que possa ser considerado coator, mas, ao
reverso, apenas deu cumprimento à decisão superior, proveniente deste TRF, proferida nos autos
do agravo de instrumento nº 2001.03.00.034531-5, não lhe restando outra alternativa senão
cumprir o referido acórdão.
2 - A decisão monocrática, proferida pela Eminente Desembargadora Federal Therezinha Cazerta,
nos autos do citado agravo de instrumento, consignou que: 'Em decorrência da anulação dos atos
processuais, de mister a imediata devolução dos valores levantados pelo Sr. Perito, incumbindo ao
Juízo agravado as providências cabíveis.' Não restava, pois, à Douta Autoridade apontada como
coatora outra alternativa, senão tomar as providências necessárias com vistas à devolução dos
valores recebidos pelo Sr Perito a título de honorários, não indo, aí, qualquer ilegalidade. Essa
decisão monocrática, frise-se, veio a ser confirmada pela C. Quarta Turma, a qual deu provimento
ao agravo de instrumento interposto pela União Federal.
3 - Conclui-se que não houve ato coator do Juízo da 7ª vara Federal. Nesse sentido, a autoridade
impetrada, decidiu que o 'E. Tribunal Regional Federal da 3ª Região, nos autos do agravo de
Instrumento nº 2001.03.00.034531-5 interposto pela União Federal declarou nulos todos os atos
processuais ocorridos a partir do despacho de fl. 305, determinando a devolução dos valores
levantados pelo Sr. Perito.'. E finalmente, concluiu: 'Dessa forma, não pode este Juízo conceder a
medida pleiteada'.
4 - Não se há falar em manutenção da perícia já realizada ou em indenização pelos trabalhos já
realizados, por ser questão já decidida.
5 - Agravo regimental ao qual se nega provimento, mantendo-se, dessarte, a mantendo, dessarte, a
decisão que indeferiu liminarmente a petição inicial do mandado de segurança, nos termos do art.
8º da Lei 1.533⁄51, ante a ausência de coação pela Autoridade impetrada."
Nas razões do recurso ordinário, defende o recorrente que foi nomeado perito pelo Juízo da 7ª Vara
da Seção Judiciária da Justiça Federal em São Paulo, e que apresentou laudo pericial acerca da
controvérsia instaurada entre as partes litigantes.
Posteriormente à apresentação do laudo pericial, a União, uma das partes litigantes, ao argumento
de que não foi intimada a se pronunciar sobre a proposta de honorários periciais, arguiu por meio de
agravo de instrumento a nulidade dos atos processuais.
Ao agravo de instrumento interposto pela União, foi concedido o efeito suspensivo ativo e,
posteriormente, a ele foi dado provimento para o fim de reconhecer a nulidade dos atos processuais
e determinar a devolução dos honorários periciais levantados pelo recorrente.
Baixados os autos à instância de origem, foi determinado pelo Juízo de primeiro grau de jurisdição
o cumprimento do acórdão. Nesse sentido, determinou o Juízo a quo a devolução dos honorários
periciais levantados pelo recorrente.
Contra essa decisão, foi impetrado mandado de segurança na Corte de origem. Negada a segurança,
foi interposto recurso ordinário para a esta Corte.
Contrarrazões apresentadas exclusivamente pela União (fls. 478⁄479-e), por meio das quais é
defendido o ato considerado coator, já que apenas se deu cumprimento ao que foi estritamente
decidido pela Corte de origem.
Parecer do Eminente Subprocurador-Geral da República no sentido do não provimento do recurso
ordinário (fls. 483⁄487-e).
É, no essencial, o relatório.
RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº 30.115 - SP (2009⁄0122366-9)
EMENTA
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RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D
PROCESSUAL CIVIL – HONORÁRIOS PERICIAIS – DIREITO DO AUXILIAR DO JUÍZO –
PREVISÃO LEGAL – IMPETRAÇÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA ATO
JUDICIAL QUE NEGA TAL PAGAMENTO – POSSIBILIDADE EM TESE – CITAÇÃO DOS
LITISCONSORTES NECESSÁRIOS – AUSÊNCIA – POSTULADO DO DEVIDO PROCESSO
LEGAL NÃO OBSERVADO.
1. É cabível mandado de segurança impetrado por perito judicial contra ato que determina a
devolução dos honorários periciais. Ordem judicial proferida após a conclusão da perícia.
2. O ato que determina a devolução dos honorários periciais, quando já exercido o labor profissional
pelo expert, configura ilegalidade manifesta que não pode ser combatida pelos meios recursais
usuais, uma vez que o perito não é parte e nem interessado na causa.
3. O perito judicial deve ser remunerado pelo trabalho que realiza, nos termos do art. 10 da Lei n.
9.289⁄96 e art. 33 do CPC.
4. Impetrado mandado de segurança contra ato judicial, impõe-se a citação de todos os litisconsortes
passivos necessários, notadamente porque suportarão no processo principal o ônus financeiro pela
paga dos honorários periciais.
5. Ausente a citação dos litisconsortes passivos necessários, há violação do postulado do devido
processo legal. Precedentes desta Corte.
Recurso ordinário improvido.
VOTO
O EXMO. SR. MINISTRO HUMBERTO MARTINS (Relator):
A questão colocada sob o crivo desta Corte não é das mais comuns, já que envolve a impetração de
mandado de segurança contra ato judicial pelo perito que confeccionou e apresentou laudo pericial
em autos judiciais. Põe-se em discussão perante esta Corte a possibilidade de se manter, ou não, a
remuneração do perito judicial que apresentou laudo em processo em que houve decretação de
nulidade dos atos processuais, inclusive da perícia realizada.
Uma indagação resume a questão: O perito judicial que apresentou laudo pericial, sendo, para tanto,
devidamente remunerado, deve devolver os respectivos honorários periciais quando os atos
processuais são anulados, inclusive a perícia realizada?
Não podendo me furtar ao aforismo de que "todo trabalhador merece o seu salário", reconheço
que, de fato, o auxiliar do Juízo, a exemplo do perito judicial, deve ser remunerado em razão do
labor profissional. Isto é evidente. De outra face, a obrigatoriedade legal de tal remuneração está
prevista no art. 10 da Lei n. 9.289, de 4 de julho de 1996, que dispõe:
"Art. 10. A remuneração do perito, do intérprete e do tradutor será fixada pelo Juiz em despacho
fundamentado, ouvidas as partes e à vista da proposta de honorários apresentada, considerados o
local da prestação do serviço, a natureza, a complexidade e o tempo estimado do trabalho a
realizar, aplicando-se, no que couber, o disposto no art. 33 do Código de Processo Civil."
Afora isso, o art. 33 do CPC estabelece, verbo ad verbum:
"Art. 33. Cada parte pagará a remuneração do assistente técnico que houver indicado; a do perito
será paga pela parte que houver requerido o exame, ou pelo autor, quando requerido por ambas as
partes ou determinado de ofício pelo juiz.
Parágrafo único. O juiz poderá determinar que a parte responsável pelo pagamento dos
honorários do perito deposite em juízo o valor correspondente a essa remuneração. O numerário,
recolhido em depósito bancário à ordem do juízo e com correção monetária, será entregue ao
perito após a apresentação do laudo, facultada a sua liberação parcial, quando necessária."
(Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)"
Não havendo dúvida de que o perito judicial há de ser remunerado pelo trabalho que realiza em
Juízo, passo ao exame da possibilidade de interposição do mandado de segurança em causa.
A jurisprudência desta Corte vem admitindo, em casos excepcionais, a interposição de mandado de
segurança contra ato judicial, notadamente quando constatada sua teratologia ou manifesta
ilegalidade.
Outras decisões mais específicas exigem ainda que não haja a possibilidade de se atacar o ato por
meio de recurso idôneo.
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RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D
A propósito e a título exemplificativo, as seguintes decisões:
"PROCESSO CIVIL. ADMINISTRATIVO. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE
SEGURANÇA. INTERRUPÇÃO DO FORNECIMENTO DE GÁS NATURAL. INADIMPLÊNCIA
CONTRATUAL. CONCESSÃO DE EFEITO SUSPENSIVO A AGRAVO DE INSTRUMENTO.
AGRAVO REGIMENTAL INTERPOSTO E OBSTADO. ART. 527, PARÁGRAFO ÚNICO, DO
CPC. CABIMENTO EXCEPCIONAL DO MANDAMUS. AUSÊNCIA DE TERATOLOGIA OU
FLAGRANTE ILEGALIDADE DO ATO JUDICIAL. RECURSO NÃO PROVIDO.
(...)
2. Quando a ilegalidade deriva de ato judicial, não se admite o writ nos casos em que há recurso
passível de impugnar a decisão combatida, a teor do disposto na Súmula 267⁄STF. Entretanto, essa
vedação não possui caráter absoluto. A interpretação que melhor se coaduna com a finalidade da
ação mandamental é a que admite a impetração do mandamus, quando houver obstáculo à
interposição de recurso capaz de evitar ou reparar lesão a direito líquido e certo do impetrante.
3. Tratando-se de mandado de segurança contra ato judicial, além da irrecorribilidade da decisão,
exige-se que o impetrante demonstre a flagrante ilegalidade ou teratologia no julgado impugnado,
de modo a evidenciar a lesão ao direito líquido e certo suscitado no writ.
(...)."
(RMS 30.608⁄RN, Rel. Min. Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 2.3.2010, DJe 10.3.2010.)
"PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ORDINÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA
DECISÃO JUDICIAL QUE INDEFERIU PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO A AGRAVO DE
INSTRUMENTO. TERATOLOGIA. INOCORRÊNCIA.
(...)
2. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que a impetração de mandado de
segurança contra ato judicial é medida excepcional, o que faz que a admissão do writ encontre-se
condicionada à natureza teratológica da decisão combatida, seja por manifesta ilegalidade, seja
por abuso de poder.
3. O julgado combatido não possui caráter teratológico, tampouco encontra-se viciado por patente
ilegalidade ou abuso de poder, representando, na verdade, apenas a escorreita consecução da
fórmula processual estabelecida no art. 527, III e parágrafo único, para os casos em que o agravo
de instrumento é acompanhado de pedido de efeito suspensivo.
(...)."
(RMS 28.737⁄SP, Rel. Min. Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 9.2.2010, DJe 24.2.2010.)
"PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. MEDIDA CAUTELAR PARA CONCESSÃO DE
EFEITO SUSPENSIVO A RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA
PENDENTE DE ADMISSIBILIDADE PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. SÚMULAS N.º 634 E 635
DO STF. MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA ATO JUDICIAL. SÚMULA 267⁄STF.
TERATOLOGIA. INEXISTÊNCIA.
(...)
3. O egrégio S.T.J, em casos excepcionais, tem deferido efeito suspensivo a recurso especial ainda
não admitido ou ainda não interposto, com o escopo de evitar teratologias, ou a fim de obstar os
efeitos de decisão contrária à jurisprudência pacífica desta C. Corte Superior, em hipóteses em que
demonstrado o perigo de dano irreparável ou de difícil reparação.
(...)
6. A hipótese delineada nos autos não revela teratologia da decisão fustigada, máxime porque o
mandado de segurança não é sucedâneo de recurso, sendo imprópria a sua impetração contra
decisão judicial passível de impugnação prevista em lei, consoante o disposto na Súmula n.º
267 do STF. Precedentes da Corte Especial: MS 12441⁄DF, Relator Ministro Luiz Fux, DJ
06.03.2008; AgRg no MS 12749⁄DF, Relator Ministro Luiz Fux, DJ de 20.08.2007; QO no MS
11260⁄DF, Relator Ministro Humberto Gomes de Barros, Relator p⁄ Acórdão Ministro Cesar Asfor
Rocha, publicado no DJ de 26.02.2007; AgRg no MS 10436⁄DF, Relator Ministro Felix Fischer,
publicado no DJ de 28.08.2006; e AgRg no MS 4882⁄SP, Relator Ministro Fernando Gonçalves,
publicado no DJ de 13.10.2003."
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RICARDO PASSOS VIEIRA - Eng. Civil – CREA-GO 3914/D
(AgRg na MC 14.036⁄BA, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, julgado em 6.8.2009, DJe
17.9.2009.)
Na linha desses precedentes, e tendo em vista que o recorrente, além de possuir direito subjetivo ao
recebimento dos seus honorários periciais, não é parte e nem interessado no processo, pelo que não
teria legitimidade ad causam para recorrer, considero admissível a impetração da segurança contra
o ato judicial em questão.
Antevejo, entretanto, outro óbice intransponível à pretensão deduzida em Juízo pelo recorrente.
É que, embora reconheça que exista previsão legal de percepção dos honorários periciais, admito de
outra face que compete a quem perder a demanda a obrigação de pagá-los, nos exatos termos dos
arts. 20 e 33 do CPC. Bem por isso, considerando que a decisão proferida no presente mandado de
segurança, se favorável à pretensão deduzida em Juízo pelo recorrente, repercutirá
indiscutivelmente na esfera patrimonial das partes envolvidas nos autos originários, havia a
necessidade inadiável de convocação delas para integrarem os autos segundo a condição de
litisconsortes passivos necessários, nos termos do art. 47, parágrafo único, do CPC.
Não houve, porém, a citação dos litisconsortes passivos necessários, segundo se colhe dos autos. E
nem se diga que a apresentação de contrarrazões por parte da União supriu tal obrigatoriedade, pois
essa intervenção não afastou a necessidade de angularização processual no momento oportuno, com
franqueamento da oportunidade ao contraditório e exercício da ampla defesa, corolários do
postulado do devido processo legal não exercido a tempo e modo.
A jurisprudência deste Tribunal é uníssona em apontar, sob pena de nulidade, a necessidade
obrigatória de intervenção dos litisconsortes passivos necessários quando impetrado mandado de
segurança em que está envolvida a pluralidade de interesses. Confira-se:
"PROCESSO CIVIL – PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO – EXAME COMO EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO.
(...)
4. Há litisconsórcio passivo necessário quando a lide pode interferir diretamente na esfera jurídica
de outrem que não foi parte no processo.
(...)."
(EDcl no RMS 24.080⁄MG, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em 21.6.2007,
DJ 29.6.2007 p. 526.)
"PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE
SEGURANÇA. LITISCONSÓRCIO PASSIVO NECESSÁRIO. REQUERIMENTO DE CITAÇÃO.
DESISTÊNCIA. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. RECURSO
IMPROVIDO.
1. Consoante entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça, aqueles que podem ter suas
esferas jurídicas afetadas por decisão a ser proferida em mandado de segurança devem ser
chamados a ingressar na lide na condição de litisconsortes passivos necessários.
(...)."
(RMS 25.081⁄AM, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, Quinta Turma, julgado em 3.3.2009, DJe
30.3.2009.)
Por essas razões, convencido de que o princípio do devido processo legal deixou de ser observado
no mandado de segurança interposto, notadamente porque os litisconsortes passivos necessários
deixaram de ser chamados ao processo, como exige o art. 47, parágrafo único, do CPC, e na linha
segura dos inúmeros precedentes desta Corte, nego provimento ao recurso ordinário interposto, sem
prejuízo de que o recorrente busque o reconhecimento do seu direito perante as vias ordinárias.
Ante o exposto, nego provimento ao recurso ordinário.
É como penso. É como voto.
MINISTRO HUMBERTO MARTINS
Relator
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