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Chama-se pórtico plano a estrutura plana que é solicitada exclusivamente por cargas
contidas no próprio plano da estrutura.
Para validade desta definição, uma carga-momento concentrado deve ser interpretada como o
efeito duas cargas iguais e contrárias (binário), que podem estar contidas no plano da
estrutura.
∑ F = ∑V = 0
y Æ Somatório das forças verticais nulo
∑F = ∑H = 0
x Æ Somatório das forças horizontais nulo
∑M = ∑M = 0
z P Æ Somatório dos momentos em qualquer ponto nulo
Como já vimos no item 3.6, cada rótula existente no quadro plano, interceptando uma de suas
barras ou posicionada em um de seus vértices, representa uma seção onde o momento fletor é
conhecido e igual a zero. A cada rótula corresponde, portanto, uma equação adicional ao
sistema das três equações de equilíbrio, a qual envolve parte das cargas atuantes e das reações
de apoio a determinar.
M Rot = 0 Æ momento fletor produzido pelas forças ligadas a rótula por um lado ou pelo
outro é nulo,
⎧∑ F y = ∑ V = 0
⎪⎪
+ = 3 incógnitas Æ 3 equações ⎨∑ Fx = ∑ H = 0
⎪
⎩⎪∑ M z = ∑ M P = 0
Um exemplo de cálculo das reações é apresentado no item 1.5 (exercício resolvido 1.b).
A partir do cálculo das reações apresentadas na figura acima, é possível traçar os diagramas de
esforço normal, cortante e momento fletor. A forma de traçar os diagramas em vigas já foi
apresentada no quadro Sabendo Mais 8. O quadro Sabendo Mais 11 apresenta algumas
considerações adicionais sobre os diagramas de esforços em pórticos.
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Diagramas de esforços em pórticos planos – Professora Elaine Toscano
Sabendo +
Quadro 11 – Considerações adicionais sobre diagramas em quadros
Momento Fletor: Observar que marcar as extremidades de cada barra significa que em
cada nó teremos 2 ou mais pontos de momentos fletores a serem
calculados, dependendo do número de barras que chega ao nó.
- No cálculo dos valores, verificar que os momentos calculados por um
lado OU pelo outro da seção devem considerar todas as forças ligadas a
seção pelo lado considerado.
⎧∑ F y = ∑ V = 0
⎪⎪
= 3 incógnitas Æ 3 equações ⎨∑ Fx = ∑ H = 0
⎪
⎩⎪∑ M z = ∑ M P = 0
Um exemplo de cálculo das reações é apresentado no item 1.5 (exercício resolvido 1.c).
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Diagramas de esforços em pórticos planos – Professora Elaine Toscano
⎧∑ F y = ∑ V = 0
⎪⎪
+ = 4 incógnitas Æ 3 equações ⎨∑ Fx = ∑ H = 0
⎪
⎪⎩∑ M z = ∑ M P = 0
⎧n
⎪∑ X i = 0 : H A + H B = 12kN
⎪ i =1
⎪n
⎪∑ Yi = 0 : VA + VB = 4 + 6 + 2 ⋅ 3 = 16kN
⎨ i =1
⎪n
⎪∑ Mzi = 0 : ∑ M A = 0 = 3 ⋅ 2 + 3 ⋅ 6 + 6 ⋅ 4 + 6 ⋅ 4,5 + 2 ⋅ 3 ⋅ 1,5 − 3 − 3 − 4 ⋅ 3 − 6VB = 66 − 6VB = 0
⎪ i =1
⎪M
⎩ ROT − D = 6 ⋅ 1,5 − 3VB + 4 H B = 0
Logo:
⎧ H A + H B = 12kN
⎪V + V = 16kN
⎪ A B
⎨
⎪6VB = 66 →V B= 11kN
⎪⎩M ROT − D = 9 − 3 ⋅ 11 + 4 H B = −24 + 4 H B = 0 → H B = 6kN
Então:
H A = 6kN
VA = 5kN
D.N. D.Q.
D.M.
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Diagramas de esforços em pórticos planos – Professora Elaine Toscano
Observações:
- Neste exemplo o apoio B não se encontra alinhado com a rótula nem na direção
vertical nem na horizontal. Quando algum apoio se encontra alinhado com a rótula,
torna-se mais fácil obter imediatamente uma das reações de apoio através da
equação da rótla.
Faz-se então a decomposição destas forças para auxiliar o traçado direto dos
diagramas.
Quando se inclui em um quadro biapoiado uma rótula e um tirante (ou escora), o quadro
permanesse isóstático. Como isso ocorre?
⎧∑ F y = ∑ V = 0
⎪⎪
+ = 3 incógnitas Æ 3 equações ⎨∑ Fx = ∑ H = 0
⎪
⎩⎪∑ M z = ∑ M P = 0
O valor do esforço normal no tirante (ou escora) torna-se mais uma incógnita do problema.
Desta forma, a rótula adicional fornece mais uma equação (momento fletor na rótula nulo).a
fim de garantir a isostaticidade da estrutura.
Para o cálculo das três reações nos apoios, procede-se como em um quadro biapoiado padrão
(item 4.3.1). A equação da rótula é utilizada para a determinação do esforço normal no tirante.
O cálculo deste esforço normal é feito substituindo o tirante por duas forças opostas de mesmo
módulo aplicadas onde ficavam as extremidades do tirante.
= N N
⎧n
⎪∑ X i = 0 : H B = 0kN
⎪ i =1
⎪n
⎪∑ Yi = 0 : VA + VB = 2 ⋅ 6 = 12kN
⎨ i =1
⎪n
⎪∑ Mzi = 0 : ∑ M B = 0 = 2 ⋅ 2 ⋅ 1 − 2 ⋅ 4 ⋅ 2 + 4VA = 4VA − 12 = 0
⎪ i =1
⎪M
⎩ ROT − E = 4 + 2 N = 0
Logo:
H B = 0kN N = −2kN
VA = 3kN VB = 9kN
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Diagramas de esforços em pórticos planos – Professora Elaine Toscano
Observação: Como as barras estão puxando o tirante para fora, ele oferece uma reação,
puxando as barras para dentro. Esta reação é representada pelas forças N.
ds ds
N(+) N(-)
No caso do tirante, apesar das setas estarem entrando na barra, o esforço normal é
positivo pois as setas representam uma reação do tirante às ações por ele sofridas.
Escora Tirante
N(-) N(+)
A partir das reações de apoio e do esforço normal calculado, é possível traçar os diagramas de
esforços atuantes:
D.N. D.Q.
D.M.
Observações:
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Diagramas de esforços em pórticos planos – Professora Elaine Toscano
Para resolver um quadro composto deve-se decompô-lo nos quadros simples que o
constituem, resolvendo, inicialmente, aqueles sem estabilidade própria. Transferem-se então
as reações de apoio invertidas para os quadros que lhes servem como apoio. Desta forma, os
quadros que possuem estabilidade própria são os últimos a serem resolvidos pois seu
carregamento depende das forças transmitidas pelas rótulas.
Na decomposição deve-se verificar se cada um dos quadros simples pertence aos 4 tipos
apresentados no item 4.3.
a)
b)
c)
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Diagramas de esforços em pórticos planos – Professora Elaine Toscano
d)
a)
b)
c)
d)
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Diagramas de esforços em pórticos planos – Professora Elaine Toscano
e)
2.25
b)
6.75
c)
0.5
58
Diagramas de esforços em pórticos planos – Professora Elaine Toscano
d)
6.25
2)
a)
2o 1o
3o
2o
3)
a)
60
Diagramas de esforços em pórticos planos – Professora Elaine Toscano
b)
c)
62
Diagramas de esforços em pórticos planos – Professora Elaine Toscano
d)
1.5
e)
64