GRUPO I
1.
1.1. A.
1.2. D.
1.3. A.
1.4. B.
1.5. C.
1.6. D.
1.7. C.
1.8. B.
GRUPO II
1.
1.1.
Na perspetiva do objetivismo axiológico, o enunciado da alínea A traduz o valor (belo) que
o sujeito encontra no objeto, neste caso, na própria obra (La Traviata de Verdi).
Para esta teoria, os valores dependem do objeto e podem ser conhecidos como qualquer
outro facto. Só assim, reconhecendo a objetividade dos valores, será possível discutir
acerca do valor das coisas e contribuir para a definição de critérios valorativos comuns
(universais) no que respeita, neste caso, às obras de arte.
Na perspetiva do objetivismo, os valores dependem do objeto e podem ser conhecidos
como qualquer outro facto. Em rigor, nem sequer poderíamos falar numa distinção entre
juízos de valor e juízos de facto.
Assim, a beleza de uma obra artística como La Traviata de Verdi pode ser afirmada
objetivamente, como um facto; e, neste sentido, não só é possível discutir acerca da
verdade de enunciados como este – A ópera La Traviata de Verdi é belíssima –, como é
fundamental, já que a discussão acerca do valor da obra poderá contribuir para a definição
de critérios valorativos comuns (universais) no que respeita, neste caso, às obras de arte.
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José Ferreira Borges · Marta Paiva · Orlanda Tavares · Novos Contextos 10
1.2.
Sim, o subjetivista concordaria que a beleza é uma questão de preferência pessoal.
De acordo com o subjetivismo axiológico, os valores dependem do sujeito, isto é, das suas
preferências e apreciações valorativas. A beleza/fealdade atribuída a um objeto consiste
apenas no sentimento de agrado/desagrado de quem o aprecia, e esse sentimento resulta
exclusivamente das características pessoais do sujeito. Assim, por exemplo, afirmar que
“La Traviata de Verdi é belíssima” constitui um juízo que traduz uma vivência, estado
psicológico ou emocional de um dado sujeito que pensa e sente de maneira singular face
àquela obra. Trata-se de um juízo de valor subjetivo; um juízo que é verdadeiro ou falso
apenas em função do sentimento ou da avaliação ou apreciação do sujeito.
1.3.
Ao defender a subjetividade dos valores, o subjetivismo impõe a impossibilidade de
encontrarmos posições de consenso e de definirmos critérios comuns de avaliação dos
objetos. Se a beleza for meramente uma questão de preferência pessoal, como podemos
defender que alguns juízos sobre o valor de obras de arte como a ópera La Traviata de
Verdi são melhores do que outros?
Podemos (contra) argumentar, na linha do objetivismo, que talvez a beleza não dependa
exclusivamente da valoração dos sujeitos. Se alguns consideram a ópera de Verdi bela e
outros não, tal não significa que a beleza da obra corresponda meramente à expressão de
um sentimento de agrado/desagrado ou traduza uma opinião subjetiva; talvez signifique
que nem todos somos capazes de reconhecer a beleza da obra. A obra de Verdi continua
a ter características que efetivamente fazem dela o que é, independentemente da
apreciação dos diferentes sujeitos.
2.
2.1.
O relativismo cultural é a perspetiva que reconhece a diversidade cultural e o direito de
as diferentes culturas desenvolverem práticas e padrões de cultura específicos, bem como
adotarem critérios valorativos distintos. Defende que não há qualquer razão para
considerarmos que a nossa cultura de pertença tem um estatuto especial em relação às
outras. Cada cultura só pode ser avaliada a partir de dentro, isto é, dos seus valores,
ideias e padrões de comportamento. Nenhuma cultura é melhor do que as outras,
simplesmente são diferentes. Por conseguinte, para o relativismo o conjunto de regras e
normas de comportamento específicos de uma sociedade determina aquilo que é
moralmente correto e incorreto para essa mesma sociedade, não havendo códigos morais
únicos nem valores absolutos. Como refere o autor do texto, uma prática como a poligamia
“pode ser errada numa cultura e perfeitamente aceitável noutra e nenhuma destas
culturas é moralmente condenável no que respeita às práticas que permite”.
2.2.
O aluno poderá concordar com a afirmação e, nesse sentido, terá de argumentar a favor
do relativismo: a moral é relativa a cada sociedade em particular e não há juízos morais
absolutos e verdadeiros; a tolerância face a todas as práticas culturais é uma exigência.
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Mesmo que possa discordar da poligamia, devo aceitar que ela é uma prática que pode ter
vantagens no seio de determinadas culturas.
O aluno poderá discordar e contra-argumentar que o relativismo, na prática, inviabiliza
qualquer projeto moral, levando ao conformismo e à indiferença perante possíveis
injustiças.
GRUPO III