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Quer
energia limpa, sem emissões de gases com efeito de estufa. - Para
começar terá de existir uma alteração do pensamento na indústria
automóvel e nos seus consumidores, explique-me porque precisamos de
carros V12 com centenas de Cavalos de potência, com potências que não
podemos usar nas estradas, mero luxo de dizer o meu carro é mais
bombado que o teu? Mas não quer barragens, porque as barragens
destroem ecossistemas. - As barragens não têm de ser construções
megalómanas, a razão de terem grandes albufeiras hoje em dia, não é
para gerar mais energia mas sim para existir água potável canalizada para
os grandes centros urbanos (o citadino simplório quer água no 9º andar do
seu duplex na cidade, mas essa obra que seja feita lá longe). Para gerar
energia a água tem de passar e não ser retida. Não quer eólicas, porque
as "ventoinhas" estragam paisagens e perturbam os animais. - Como tudo,
podemos escolher onde colocar, o autor está a tentar ser mais papista que
o papa. Não quer energia nuclear, porque produz lixo radioativo.
O ambientalista simplório quer comer peixe. Mas não pode ser capturado
no mar, porque a pesca não é sustentável, e não pode ser de aquacultura,
porque tem antibióticos, e garantidamente não pode ser geneticamente
modificado, porque viu um desconhecido no YouTube que dizia não sabe o
quê, já não se lembra bem. Parece estranho, este jornalista continua a
castigar essa personagem que é o ambientalista simplório, mas não diz
uma palavra sobre a má prática da “pesca de arrasto”, da destruição do
fundo marinho e mais uma vezes da sobrepesca que é feita que leva ao
desperdício de mais de um terço do pescado.
(http://www.fao.org/state-of-fisheries-aquaculture/en/)
O ambientalista simplório quer que haja mais carros elétricos nas estradas.
Mas é contra a prospeção de lítio, essa insustentável fonte de poluição do
ar, dos solos, das águas, e escreve-o nas redes sociais, teclando
furiosamente no seu telemóvel com bateria de lítio. - O jornalista termina
com uma fraquinha provocação, tentando fazer esquecer todas as tolices
que escreveu acima contra a sua personagem ficcional “o ambientalista
simplório”. O exemplo das baterias é bom, e será sempre importante ter
alguém que ao mesmo tempo se importa com a exploração de lítio, se não
o mais provável é acabarem como as explorações petrolíferas. Usa um
texto populista para defender meia dúzia de causas como o “do conforto” e
o “do deixa andar”.