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17/11/2010

Universidade Federal Fluminense


Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho
Instalações de prevenção e combate a incêndios

Prof. Eng. Antonio Fernando Navarro, M.Sc.


navarro@vm.uff.br

Os equipamentos de combate a incêndios são


dispositivos:
manuais ou automáticos,
fixos ou móveis,
ativos ou passivos,
empregados em controle de princípios de incêndios,
e, sob certas circunstâncias, no combate e extinção
desses mesmos incêndios. Para que os dispositivos
alcancem seus propósitos deverão ser adequados aos
ambientes e aos riscos a proteger, bem como terem
comprovada eficiência nesses tipos de situação.

As características dos dispositivos de combate a


incêndios dependerão de fatores com:
• Carga incêndio do local, representada pelo volume
de materiais existentes, características de
combustibilidade dos mesmos e forma de
acondicionamento;
• Características do ambiente a proteger, se aberto
ou fechado, com pé direito elevado ou não, com
temperaturas elevadas ou não,ou outras
características que podem influenciar o
dimensionamento dos equipamentos.

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Os equipamentos de combate a incêndios podem ser,


entre outros:
• Extintores portáteis e sobre rodas;
• Mangotinhos;
• Hidrantes;
• Sprinklers;
• Sistemas fixos de gás carbônico ou espuma.
Além dos equipamentos de combate tem-se também
os dispositivos de detecção e alarme, como os
detectores (térmicos, iônicos, termovelocimétricos, de
gases) e as botoeiras de alarme.

Em função das características físicas dos ambientes e


dos materiais estocados ou processados pode-se
priorizar os dispositivos automáticos, que são bem
mais eficazes do que os manuais.
O sistema de sprinklers tem uma eficácia superior a
80% se comparado com o sistema de hidrantes.
Os dispositivos fixos normalmente transportam água,
mas podem ser projetados e empregados para o
transporte de espuma química ou gases (hoje
basicamente o gás carbônico).

Os sistemas móveis de combate a incêndios


podem, entre outros:
• Extintores portáteis;
• Extintores sobre rodas;
• Mangotinhos;
• Baldes de areia ou limalha.

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Extintor de pó
químico seco
“improvisado” com o
propelente a base
de gás carbônico
conectado à base
do recipiente de pó
(bicarbonato de
sódio).

Carreta (extintor sobre


rodas) de espuma química

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Os dispositivos fixos podem ser


enquadrados em duas categorias.
Na primeira tem-se aqueles que
apresentam mobilidade de
extinção, como os mangotinhos,
ou mangueiras semi rígidas,
acondicionadas em carretéis, e os
hidrantes.

O sistema de mangotinhos apresenta uma


enorme vantagem sobre os hidrantes, em
ambientes fechados, devido a mobilidade e
praticidade do mesmo. Apenas um
operador pode abrir o registro, desenrolar
a mangueira e dirigir o jato de água sobre
o fogo, enquanto que para o emprego dos
hidrantes deve-se ter pelo menos duas
pessoas.

Sistema de mangotinhos, com o carretel metálico


onde é enrolada uma mangueira semi rígida com
comprimento de até 20 metros,

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Carretel do dispositivo mangotinho com a mangueira enrolada, e


pronta para uso.

O hidrante pode ser instalado sob


a forma de pedestal / coluna ou
com seus pertences
acondicionados em caixas
metálicas posicionadas em paredes
ou fixadas sobre estruturas. Neste
caso as estruturas costumam ficar
mais próximas dos locais a serem
protegidos.

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Hidrante de coluna
com duas saídas.
As colunas podem
ter uma, duas ou
quatro saídas.

Hidrantes sobre
coluna, com quatro
saídas e canhão
no topo para a
proteção de locais
a grandes
distâncias.

Caixa de hidrantes obstruída por


equipamentos e instalações

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Caixa de
hidrantes
junto às
Casas das
Caldeiras

Válvulas de controle de
linhas de hidrantes

O sistema de hidrantes pode ser


ampliado, para atendimento a
áreas específicas através de
veículos como moto bombas
rebocáveis, conectadas à própria
rede ou aspirando água de
reservatórios.

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Moto bomba rebocável acionada com motor a


diesel

Para a projeção da água sobre os


incêndios são empregados
esguichos, sob a forma de jato
sólido, neblina, ou mistos. Na
projeção empregam-se esguichos.

Derivação dupla de hidrantes, com válvulas de fecho rápido

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Esguicho de jato sólido ou neblina

Canhão de hidrante
conectável à coluna

Canhão de hidrante conectável à


coluna, com entrada de espuma
química ou mecânica.

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Moto bomba de incêndio de acionamento a diesel

Projeção de água através de escada de


incêndio, empregando linhas de hidrantes
fixadas no topo de cestos.

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O sistema de hidrantes, constituído


por reservatórios de água, bombas,
mangueiras, esguichos e conexões
deve ser periodicamente
inspecionado. Uma das inspeções
feitas é a do funcionamento da
rede, onde é avaliada a pressão e a
vazão através de medições com
Tubo de Pitot.

Medição da vazão no hidrante mais desfavorável


(mais distante em relação à casa de bombas)

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Medição da vazão na saída da casa de bombas

Medição da vazão em uma das saídas da rede de


hidrantes

Medição da vazão em uma das saídas da rede de


hidrantes

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Um dos sistemas fixos de combate a


incêndios mais eficazes é o de
sprinklers, ou chuveiros automáticos
contra incêndios. O calor gerado pela
combustão aquece o ambiente. Com o
aquecimento as ampolas de vidro dos
bicos mais próximos podem se romper,
pela dilatação causada pelo fogo,
liberando a água sob a forma de
chuveiro na área protegida pela rede.

Rede de chuveiros contra incêndios, com


ramais e sub ramais

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Esquema de
um bico de
sprinkler

Casa de bombas da rede de sprinklers

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Painel de controle
das bombas do
sistema de
sprinklers

Pressostado de linha de
sprinkler

Válvula de controle de ramal, de fecho


rápido

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VGAs de ramais da rede de sprinklers

Válvula de
Governo e
Alarme – VGA
de uma rede de
sprinklers

Válvula de
retenção acima
da bomba de
pressurização da
rede – jockey
pump

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Rede de sprinklers ao lado de eletrodutos do


dispositivo de detecção e alarme de incêndios

Os bicos de sprinklers podem ser


abertos ou fechados.
Os bicos abertos funcionam em
rede com um elemento sensor que
ao ser disparado (rompido) libera a
passagem de água para um ramal
com vários bicos abertos
instalados.

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Os bicos fechados são acionados


pelo incremento da temperatura
ao redor. Podem ter o elemento
sensor de ampola de vidro com
uma mistura de alcool metílico e
corante, ou uma liga metálica
eutética, que se rompe, liberando
a passagem de água.

O sistema de sprinklers pode ser


adaptado para a proteção em
ambientes especiais, como
subestações elétricas, P.Ex., essas
adaptações, através de projetos
específicos podem contemplar a
instalação de bicos do tipo
protector spray,ou mulsifire, como
a seguir.

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Projetor protector spray para alta velocidade

Projetor protector spray para média


velocidade

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Bicos de sprinklers
abertos para vários fins

Os bicos de sprinklers são acionados com o


rompimento do elemento sensor (fusível),
que pode ser através de ligas metálicas ou
bulbo preenchido com álcool etílico colorido.
Na temperatura para a qual o sistema foi
dimensionado o elemento se rompe deixando
passar a água sob pressão. No choque dessa
com o defletor é formado o “chuveiro”
projetado sobre as chamas, extinguindo os
incêndios por resfriamento.

Sprinkler de liga fusível da Walter

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Sprinkler de liga fusível da Walter

Sprinkler de liga fusível

Placas defletoras de água. A esquerda tem-se o


modelo pendente (para baixo) e a direita o modelo
para cima (up right)

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Sprinkler de bulbo

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Sprinkler
sem o
bulbo,
simulando o
rompimento
do mesmo
pela ação
do calor

Sprinkler e seus acessórios (corpo, anel de


vedação e bulbo)

Dispositivo sensor de
instalação seca. O
acionamento se dá
com o rompimento do
bulbo e a liberação de
água para um
conjunto de bicos de
sprinklers abertos.

Saída de água Saída de água

Entrada de água

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Projeção de água
por difusor aberto

Bicos de pulverização de gás carbônico em redes fixas

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Proteção de subestação elétrica

Bateria de
cilindros de CO2
alimentando
instalação fixa
de combate a
incêndio

Instalação fixa
de combate a
incêndio por
CO2
protegendo o
sistema de
freios de uma
clamshell

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Bateria de
cilindros de
CO2
alimentando
instalação fixa
de combate a
incêndio

Bateria de Halon para alimentação de


rede fixa de proteção de centro de
processamento de dados

Detector de fumaça do tipo iônico

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Sistema de
detecção ótico

Sistema de detecção ótico

Lógica do
projeto de rede
de detectores
de incêndio

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Processo de
detecção de fumaça,
através dos
materiais
particulados
liberados

Detector de calor

Detector de calor – com rompimento da cápsula

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Porta corta-fogo com deslizamento por rompimento de


liga fusível

Elemento sensor, com liga fusível, fixado entre um contra


peso e a porta corta-fogo, o qual,a uma temperatura de
68°C libera o contra peso, fechando a porta

Ferramentas empregadas no combate a incêndios

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Carro de bombeiros com canhão e dispositivos para o


primeiro combate a incêndios

Carro de bombeiros com canhão e dispositivos para o


primeiro combate a incêndios

Abrigo de carros de bombeiros

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Caminhão cisterna com canhão combate a incêndios

Viatura leve de bombeiros com canhão e dispositivos


para o primeiro combate a incêndios

Combate a incêndio com o emprego de caminhões e


lançamento de espuma química

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Modelos de sprinklers, onde as cores diferenciam a temperatura de


ruptura

Bomba “sapo” para sucção de água através da passagem de água de hidrantes (que
forma vácuo)

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