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Escola Técnica Multi Tech

PREVENÇÃO E COMBATE A
INCÊNDIOS

SISTEMAS FIXOS
DE COMBATE A INCÊNDIO
Aula 11
SISTEMAS FIXOS
DE COMBATE A INCÊNDIO
São sistemas fixos de combate ao fogo que utilizam a
água como agente extintor.

Devem ser providos por uma rede de água exclusiva, ou


seja, separada da rede comum de abastecimento de água
da empresa.

Essa rede de água para combate a incêndio deve ser


pintada de vermelho.
SISTEMAS FIXOS
DE COMBATE A INCÊNDIO
Diferente dos equipamentos portáteis, que são utilizados no
combate ao princípio de incêndio.

Esses sistemas têm o objetivo de dar sequência ao combate


ao fogo quando os equipamentos portáteis se mostram
ineficientes.

Devido ao fato de serem submetidos a altas pressões,


somente pessoas treinadas e capacitadas devem se envolver
na operação de tais equipamentos.
SISTEMAS FIXOS
DE COMBATE A INCÊNDIO

Conforme a NBR 13714:2000, os sistemas fixos de


combate a incêndio são classificados em:

a) Sistema tipo 1 (mangotinho).

b) Sistemas tipo 2 e 3 (hidrantes).


SISTEMA DE MANGOTINHOS

É um sistema formado por uma válvula de abertura


rápida acoplada permanentemente a uma mangueira
semirrígida, com tomadas de incêndio com uma saída de
água, que são estrategicamente localizadas e
distribuídas em diversos locais de uma edificação.
REDE DE HIDRANTES

Hidrantes, Segundo Camillo Junior (2008), são


tubulações que permitem a captação de água, existentes
na rede hidráulica para uso dos bombeiros
principalmente em caso de incêndio.

É constituído por uma rede de canalizações fixas que,


quando em funcionamento, levam água até o ponto em
que o fogo precisa ser combatido e podem ser
subterrâneos, de coluna ou de parede.
HIDRANTES SUBTERRÂNEOS
Tipo de hidrante que fica enterrado, ou seja, abaixo do
nível do solo.

Uma parte desse equipamento fica dentro de uma caixa


de alvenaria, também enterrada e coberta por uma
tampa metálica. Essa parte no interior da caixa é o
dispositivo onde se conecta a mangueira.
HIDRANTES DE COLUNA

Também é conhecido como emergente.

Possui duas partes, sendo uma subterrânea e a outra, em


forma de coluna acima do nível do solo. Pode possuir de
uma a três expedições/saídas para acoplamento das
mangueiras.
HIDRANTES DE PAREDE
É o tipo encontrado com mais frequência, podendo estar
presente em empresas, prédios comerciais ou de
moradias, entre outros.

Normalmente encontrado dentro de um abrigo apropriado


embutido na parede ou sobreposto a ela, ou seja, sobre
ela, onde, junto ao hidrante, podemos encontrar a
mangueira, esguicho e as chaves da mangueira.
TIPOS DE SISTEMAS

Principais diferenças entre os sistemas fixos de


combate ao fogo.
TIPOS DE SISTEMAS

Componentes de um sistema de hidrantes e de


mangotinhos.
LOCALIZAÇÃO DO SISTEMA DE COMBATE
Os equipamentos fixos devem:

 Estarsempre posicionados em locais onde exista menor


probabilidade do fogo bloquear o seu acesso.

 Ser dispostos em locais de fácil visualização.


LOCALIZAÇÃO DO SISTEMA DE COMBATE
E os pontos de tomada de água dos hidrantes e dos
mangotinhos devem estar Dispostos:

a) Nas proximidades das portas externas e/ou acessos à área a


ser protegida, a não mais de 5 metros destas.

b) Em posições centrais nas áreas a serem protegidas.

c) Fora de escadas e de antecâmaras de fumaça.

d) A uma altura entre 1 metro e 1,5 metros do piso acabado.


OBSERVAÇÕES IMPORTANTES!!!
A utilização do sistema fixo de combate ao fogo não
deve comprometer a fuga das pessoas da edificação,
portanto, os sistemas devem ser projetados de maneira a
dar proteção a toda extensão da edificação, mas não
podem atrapalhar ou obstruir as rotas de fuga.

Hidrantes externos – quando afastados das paredes da


edificação por uma distância de 15 metros ou de 1,5 (uma
vez e meia) a altura da parede externa da edificação –
poderão usar linhas de mangueiras com alcance de até
60 metros de comprimento, desde que o sistema esteja
dimensionado com pressão suficiente para tal.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES!!!

Os sistemas fixos de combate a incêndio devem ser


dimensionados de maneira que qualquer ponto da empresa
possa ser protegido por um ou dois esguichos,
considerando-se o comprimento das mangueiras.

De acordo com a NBR 13714:2000 – Sistemas de


hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio, o
alcance do jato compacto (jato pleno) produzido por
qualquer sistema não deve ser inferior a 8 metros,
medido da saída do esguicho ao ponto de queda do jato.
COMPONENTES BÁSICOS DO SISTEMA
FIXO DE COMBATE A INCÊNDIOS
RESERVATÓRIO DE ÁGUA

É o local onde é armazenada a água que deverá ser


fornecida para o uso exclusivo do sistema de combate a
incêndio. Pode ser:
Reservatório elevado - Está a uma determinada altura do
piso acabado e o abastecimento é feito pela ação da
gravidade. Portanto, deve estar a uma altura suficiente para
que possam fornecer a vazão e a pressão requeridas pelo
sistema.
Reservatório não-elevado - Está ao nível do solo
(semienterrado ou subterrâneo). Portanto, o abastecimento
do sistema de combate é mantido por meio de bombas de
recalque com acionamento automático.
RESERVATÓRIO DE ÁGUA

Quando o reservatório for destinado tanto para consumo


normal da empresa como água para o sistema de
combate a incêndio, o ponto de captação da água para
consumo, no reservatório, deverá ser colocado num
nível mais alto que ponto de captação de água para o
combate a incêndio.
BOMBAS DE RECALQUE

Tem a finalidade de suprir os sistemas de combate a


incêndio não-elevados fornecendo a vazão de água e
de pressão necessária para que todo o sistema tenha a
mesma eficiência.

As bombas utilizadas nos sistemas que necessitam


recalque de água, devem ser do tipo centrífuga, de
acordo com a NBR 13714:2000, acionadas por motor
elétrico ou por motor de combustão interna.
BOMBAS DE RECALQUE
A energia utilizada na bomba centrífuga é, em grande
parte, cedida sob a forma de energia cinética – aumento de
velocidade –, podendo ser convertida em energia de
pressão.

A transferência de energia, é efetuada por um ou mais


rotores que giram dentro do corpo da bomba,
movimentando o fluído e transferindo a energia para este.
ESGUICHOS
Dispositivo adaptado na extremidade das mangueiras que
serve para dar forma, direção e controle ao jato.

Podendo ser encontrados em dois modelos mais comuns,


sendo:

Esguichos de tipo regulável –

Esguichos de tipo não-regulável -


ESGUICHOS

Esguichos de tipo regulável - Podem lançar água sob a


forma de neblina ou água sob a forma de jato compacto.
ESGUICHOS

Esguichos de tipo não-regulável - São os que lançam


água somente sob a forma de jato compacto.
VÁLVULAS
São válvulas de bloqueio, que permitem o controle ou o
bloqueio do fluxo de água no interior da tubulação.

Recomenda-se a instalação desse tipo de válvula em


posições estratégicas – previstas no projeto hidráulico –,
pois, quando houver a necessidade de manutenção em
determinado trecho, este poderá ser fechado sem
comprometer o abastecimento para o restante do sistema.
VÁLVULAS
As válvulas que cortam o abastecimento de água para
qualquer trecho do sistema, quando forem fechadas, devem
indicar tal posição.

Para evitar fechamento por descuido, é recomendada a


utilização de dispositivos de travamento para mantê-las na
posição aberta.
TUBULAÇÃO
É o conjunto de tubos e de conexões destinados a conduzir a
água do reservatório até o sistema de combate a Incêndios.

Os materiais utilizados devem ser capazes de resistir ao


efeito do calor, mantendo seu funcionamento normal,
segundo a NBR 13714:2000. Não sendo possível garantir essa
situação, meios de proteção devem ser previstos pelo
projetista.
MANGUEIRAS
São constituídas por duto flexível com dispositivos de
acoplamento, nas extremidades, devendo esse dispositivo
ser do tipo engate rápido, e que permitem o seu
acoplamento a outros equipamentos.
TIPOS DE MANGUEIRAS

De acordo com a NBR 11861:1998, as mangueiras para


combate ao fogo são classificadas em:

a) Mangueira tipo 1 – mangueira construída com um


reforço têxtil. Pressão de trabalho de 980 kPa (10
kgf/cm²).

b) Mangueira tipo 2 – mangueira construída com um


reforço têxtil. Pressão de trabalho de 1.370 kPa (14
kgf/cm²).
TIPOS DE MANGUEIRAS

c) Mangueira tipo 3 – mangueira construída com dois


reforços têxteis sobrepostos. Pressão de trabalho de
1.470 kPa (15 kgf/cm²).

d) Mangueira tipo 4 – mangueira construída com um


reforço têxtil, acrescido de uma película externa de
plástico. Pressão de trabalho de 1.370 kPa (14 kgf/cm²).

e) Mangueira tipo 5 – mangueira construída com um


reforço têxtil, acrescido de um revestimento externo de
borracha. Pressão de trabalho de 1.370 kPa (14 kgf/cm²).
TIPOS DE MANGUEIRAS
A escolha do tipo de mangueira a ser utilizada em cada
situação, será definida em função do tipo de local, da
pressão de trabalho e de ruptura, da resistência à abrasão
e da resistência a superfícies quentes.
MANGUEIRAS
Toda mangueira destinada ao combate a incêndio deve ser
identificada com uma marcação em caracteres de 25 mm de
altura, com:

 Nome e/ou marca do fabricante.

 Número da norma (NBR 11861:1998).

 Tipo de mangueira.

 Mês e ano de fabricação.


MANGUEIRAS
TESTES REALIZADOS NAS MANGUEIRAS
A fabricação e comercialização de mangueiras de combate
a incêndio devem seguir rigorosamente as determinações
da Norma Brasileira NBR 11861:1998 – Mangueiras de
incêndio – Requisitos e métodos de ensaio. Esta norma
recomenda também, alguns testes que devem ser
realizados nas mangueiras, como:

a) Teste hidrostático.

b) Ensaio de perda de carga.

c) Ensaio de ruptura.
TESTES REALIZADOS NAS MANGUEIRAS

d) Ensaio de resistência à abrasão.

e) Ensaio de diâmetro interno.

f) Ensaio de aderência entre o tubo interno e o reforço.

g) Ensaio do material que compõem o tubo interno.

h) Ensaio de envelhecimento do reforço têxtil.

i) Ensaio de resistência à superfície quente.

j) Ensaio de envelhecimento acelerado da mangueira tipo 5.


INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO PERIÓDICA

Devem ser realizados conforme as determinações da NBR


12779:2009 –
Inspeção, a manutenção e os cuidados necessários para
manter as mangueiras de combate a incêndio em boas
condições de uso.

Deverá ser emitido um certificado, por empresa


especializada:
Que ateste a aprovação de toda mangueira de combate a
incêndio que necessitar de inspeção e/ou na qual forem
realizados procedimentos de manutenção.
INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO PERIÓDICA

As inspeções e as manutenções das mangueiras que estão


em uso variam conforme o tipo e devem seguir as
determinações da NBR 12779:2009.
INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO PERIÓDICA

As mangueira deverão ser encaminhadas para inspeção,


sempre que forem utilizadas em combate ao fogo:
A fim de verificar as reais condições da mangueira e se
ela poderá ser novamente usada, se nela deverá ser
realizada manutenção ou se deverá ser descartada.

Quando realizada inspeção visual, a mangueira para


combate a incêndio não deve apresentar deformidades
ou danos que coloquem em risco o funcionamento da
mesma no momento do combate ao fogo.
INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO PERIÓDICA
Se, segundo a NBR 12779:2009, houver constatação de não
conformidade com as determinações, a mangueira deverá ser
encaminhada para manutenção.

Na inspeção visual, deverá ser verificada a existência de:

a) Desgaste por abrasão e/ou fios rompidos na estrutura têxtil


da mangueira.

b) Manchas e/ou resíduos, na superfície externa, provenientes


de contato com produtos químicos ou derivados de petróleo.
INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO PERIÓDICA
c) Desprendimento do revestimento externo.

d) Evidência de deslizamento das uniões em relação à


mangueira.

e) Dificuldade de acoplamento entre os engates rápidos.

f) Deformações nas uniões provenientes de quedas, golpes


ou arraste.

g) Ausência de vedações de borracha nos engates das uniões


ou vedação que apresentem ressecamento ou corte.

h) Ausência da marcação (identificação) do fabricante.


COMO ENROLAR AS MANGUEIRAS
COMO TRANSPORTAR AS MANGUEIRAS
DETECTORES DE INCÊNDIOS
E ALARMES MANUAIS
DETECTORES AUTOMÁTICOS
Deve ser instalado em edificações nas quais seus
ocupantes não têm como notar, rapidamente, um
princípio de incêndio.
Ou onde há um grande número de pessoas a serem
retiradas: um hospital, uma escola, um hotel, por
exemplo. Geralmente, estão no teto porque é onde se
concentra o ar quente.
DETECTORES TÉRMICOS

Detector que aciona em um ambiente em que haja um


aumento de temperatura acima do normal.
Assim como detector automático, o detector térmico
deve ser colocado no teto.
DETECTORES DE FUMAÇA

Detectores de fumaça têm como função acusar a


presença de partículas de fuligem que podem surgir de
um início de fogo.
DETECTORES DE GÁS

Tem o mesmo princípio do detector de fumaça. A


diferença é que acusam a presença de gás. E gás,
também, pode originar de um princípio de incêndio.
DETECTORES DE CHAMAS

Também conhecido por detector óptico. Deve ser


instalado em locais onde as chamas são a primeira
consequência do início do fogo. Os detectores de chama
ou ópticos reagem aos raios ultravioletas e
infravermelhos.
ALARMES MANUAIS -
ABNT NBR 17240:2010
Esse tipo de alarme pode ser formado por um conjunto
composto de avisadores manuais, localizados em pontos
estratégicos, podendo ser do tipo quebra-vidro com
campainha e quando acionados disparam um sinal luminoso
e sonoro.

Porém, para funcionarem, dependem da ação humana e,


portanto, precisam ser instalados em locais visíveis e de
fácil acesso.
CHUVEIROS AUTOMÁTICOS - SPRINKLERS

Consiste na distribuição de encanamentos ligados a um


encanamento central, do qual saem ramificações de tubos.
Nestas ramificações, estão instalados os sprinklers-
chuveiros, cujo tipo e quantidades variam de acordo com a
mercadoria e a área que se deseja proteger
CHUVEIROS AUTOMÁTICOS - SPRINKLERS
Os sprinklers são dispositivos comandados por um
elemento termossensível, que consiste, normalmente,
em um líquido que se dilata com o calor contido no
interior de uma ampola de vidro.
SISTEMAS FIXOS DE GÁS CARBÔNICO (CO2)
Os sistemas fixos de alta pressão utilizam cilindros individuais
para armazenar o CO2 e possuem capacidade de até 4000 kg de
gás (SEITO et al, 2008).

Esses sistemas são constituídos, basicamente, por tubulações de


distribuição de CO2 que se estendem até o local de risco, e bicos
nebulizadores dimensionados para o uso específico, seja para
aplicação local ou para inundação total
SISTEMAS FIXOS DE GÁS CARBÔNICO (CO2)
A armazenagem de CO2 é realizada em tanques, que podem ter
capacidade de até 60000 kg, ou seja, até 60 toneladas de gás.

Sua composição básica é dada pelo tanque de armazenagem,


uma unidade autônoma de refrigeração, válvulas, tubulações
que conduzem o agente extintor e bicos nebulizadores
dimensionados para cada tipo de aplicação, seja local ou
inundação total.
OBRIGADO!!!

DANIEL BARBOSA DE OLIVEIRA


Engenheiro Ambiental
e de Segurança do Trabalho

E-mail: danieloliveira.ssma@hotmail.com

Fone: (38) 9.9849-8129

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