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Sandra Queiroz Ferreira Moreno

Matipó-MG, 2022
1 – Sistema Fixo de Combate a Incêndio

1.1 - Hidrantes:

Hidrante é uma tomada de água, onde se conectam


mangueiras para combate ao fogo. São no mínimo duas
tomadas d’água por hidrante. O abastecimento de água
poderá ser por gravidade ou através de bombas que sugam
água de cisternas ou de lagos.
1.1 – Tipos de Hidrantes:

1.1.1 – Hidrantes Urbanos


Ao caminhar pela cidade, podemos observar
hidrantes urbanos nas calçadas. Esse tipo de hidrante não é
de responsabilidade da edificação, mas seu abastecimento
se dá pela companhia de água da sua cidade.
São instalados na calçada e possuem registro que
não permite o seu acionamento por qualquer indivíduo.
Existe uma chave específica que fica em poder do corpo de
bombeiros, tratando-se da principal forma de liberar o fluxo
de água.
1.1.2 – Hidrantes Recalque

Esse hidrante é localizado em áreas externas dos


edifícios, ou na calçada – normalmente sob tampas de
ferro. Esses tipos de hidrantes são de responsabilidade
particular da edificação. Seu objetivo principal é abastecer
o sistema de combate a incêndio, através do caminhão do
corpo de bombeiros. Os hidrantes de recalque não devem
ser instalados na passagem de veículos ou estacionamentos
que possam obstruir o acesso..
1.1.3 – Hidrantes Parede (embutido)

Os hidrantes de parede, em sua grande maioria, são


encontrados na parte interna das edificações comerciais e
residenciais. Esses hidrantes devem ser utilizados por
brigadas e por pessoas treinadas e familiarizadas com o
equipamento. Mesmo sendo os mais encontrados, é
necessário um treinamento básico para utilizá-lo, pois
trata-se de um sistema que trabalha sob pressão, tendo o
operador que tomar cuidados para garantir sua segurança.
Devem ser utilizados por brigadas ou pessoas
treinadas para tal. Ele é acomodado em uma caixa de aço
vermelha, onde também ficam outros acessórios como o
esguicho regulável, a mangueira de incêndio e sua chave.
Deve estar pronto para ser usado a qualquer
momento em operações de combate ao fogo, não podendo
ser fechados por chaves ou cadeados.
1.1.4 – Hidrantes Industriais

Como o próprio nome já diz, é utilizado na rede


industrial, como em fábricas e usinas, por exemplo. São,
em sua maioria, de coluna e utilizam água da Reserva
Técnica de Incêndio. É obrigatória a sua presença em
instalações com área igual ou maior que 750m. Ele utiliza
mangueiras e esguichos. Suas configurações e acessórios
variam com as peculiaridades de cada empresa e sua
aparência pode mudar de acordo com o fabricante.
Assim como acontece com o hidrante urbano, ele é
destinado ao abastecimento das viaturas do Corpo de
Bombeiros quando há a necessidade de realizar um
combate mais eficiente, rápido e seguro. Sendo assim, o
hidrante industrial é um dos equipamentos mais
importantes do sistema de segurança contra incêndios nos
mais variados tipos de indústria.
2 - Mangotinho

A função principal dos mangotinhos de combate a


incêndio é combater ou pelo menos conter o fogo até a
chegada do Corpo de Bombeiros ao local e, por isso, devem
estar em perfeitas condições e operando corretamente.
O sistema de mangotinhos, em muito, se assemelha
ao sistema aplicado em hidrantes. ... Sua diferença está no
fato de que os mangotinhos serem feitos com base em
mangueiras semi-rígidas, como aquelas de postos de
gasolinas, que usamos ao abastecer.
3 – Reservatório de Água para Combate de
Incêndio.

Os reservatórios podem ser: elevados e não-


elevados. Eles representam o local onde é armazenada a
água que deverá ser fornecida para o uso exclusivo do
sistema de combate a incêndio.
O reservatório é dito elevado quando está a uma
determinada altura do piso acabado e o abastecimento é
feito pela ação da gravidade. Portanto, esses reservatórios
devem estar a uma altura suficiente para que possam
fornecer a vazão e a pressão requeridas pelo sistema.
O reservatório é dito não-elevado quando está ao
nível do solo (semienterrado ou subterrâneo). Nessas
condições, o abastecimento dos hidrantes ou mangotinhos
(com vazão de água e de pressão) é mantido por meio de
bombas de recalque com acionamento automático
Quando o reservatório acumula água, tanto para
consumo normal da empresa como água para o sistema de
combate a incêndio, é importante salientar que o ponto de
captação da água para consumo, no reservatório, deverá
ser colocado num nível mais alto do que ponto de captação
de água para o combate a incêndio. Assim, sempre será
preservado o volume de água, previsto no projeto, para o
sistema de combate a incêndio da empresa.
4 - Esguincho:

É um dispositivo adaptado na extremidade das


mangueiras que serve para dar forma, direção e controle ao
jato. Os esguichos de tipo regulável (Figura 4.3) são
aqueles que podem lançar água sob a forma de neblina ou
água sob a forma de jato compacto. Já os esguichos de tipo
não-regulável (Figura 4.4) são os que lançam água
somente sob a forma de jato compacto.
5 - Válvulas:

As válvulas utilizadas nas tubulações dos sistemas


de combate a incêndio são válvulas de bloqueio, ou seja,
válvulas que permitem o controle ou o bloqueio do fluxo de
água no interior da tubulação. Nas tubulações de
abastecimento de água para os sistemas de hidrantes e
mangotinhos, é recomendada a instalação desse tipo de
válvula em posições estratégicas – previstas no projeto
hidráulico –, pois, quando houver a necessidade de
manutenção em determinado trecho da malha hidráulica,
este poderá ser fechado sem comprometer o abastecimento
para o restante do sistema (Figura abaixo).
As válvulas que cortam o abastecimento de água
para qualquer trecho do sistema, quando forem fechadas,
devem indicar tal posição.
Prevenção e Combate a Sinistros fácil saber que a
válvula está fechada, comprometendo o abastecimento do
sistema de combate a incêndio. Para evitar que válvulas do
sistema de combate a incêndio sejam fechadas por
descuido, é recomendada a utilização de dispositivos de
travamento (Figura abaixo) para mantê-las na posição
aberta, sendo fechadas somente quando houver
necessidade de manutenção do trecho.
6 - Tubulação:

Considera-se como tubulação o conjunto de tubos e


de conexões, destinados a conduzir a água do reservatório
até os hidrantes e mangotinhos. Segundo a NBR 13714,
todo e qualquer material utilizado deve ser capaz de
resistir ao efeito do calor, mantendo seu funcionamento
normal. Não sendo possível garantir essa situação, meios
de proteção devem ser previstos pelo projetista.
7 - Mangueira:

Tubos enroláveis de nylon, revestidos internamente


de borracha , utilizada como duto para fluxo de água tem
diâmetro de 1 ½” e 2 ½” e comprimento de 15m e 30m.

Conforme o estabelecido pela NBR 11861:1998, as


mangueiras para combate ao fogo são classificadas da
seguinte forma:
a) Mangueira tipo 1 – mangueira construída com um
reforço têxtil. Pressão de trabalho de 980 kPa (10 kgf/cm²).
b) Mangueira tipo 2 – mangueira construída com
um reforço têxtil. Pressão de trabalho de 1.370 kPa (14
kgf/cm²).
c) Mangueira tipo 3 – mangueira construída com
dois reforços têxteis sobrepostos. Pressão de trabalho de
1.470 kPa (15 kgf/cm²).
d) Mangueira tipo 4 – mangueira construída com um
reforço têxtil, acrescido de uma película externa de plástico.
Pressão de trabalho de 1.370 kPa (14 kgf/cm²).
e) Mangueira tipo 5 – mangueira construída com um
reforço têxtil, acrescido de um revestimento externo de
borracha. Pressão de trabalho de 1.370 kPa (14 kgf/cm²).

A escolha do tipo de mangueira que será utilizado


em determinada situação é definida em função do tipo de
local, da pressão de trabalho e de ruptura, da resistência à
abrasão e da resistência a superfícies quentes.
7.1 - Tipos de Mangueira:

Toda mangueira destinada ao combate a incêndio


deve ser identificada com uma marcação indelével (Figura
4.9) em caracteres de 25 mm de altura, com os seguintes
dizeres:
• Nome e/ou marca do fabricante.
• Número da norma (NBR 11861:1998).
• Tipo de mangueira.
• Mês e ano de fabricação.

Da seguinte maneira:

Logomarca – é a marca da empresa que fabricou a


mangueira.
Tipo X – é o tipo da mangueira 1, 2, 3, 4 ou 5
M – é o mês de fabricação
A – é o ano de fabricação
7.2 – Manutenção

A inspeção, a manutenção e os cuidados necessários


para manter as mangueiras de combate a incêndio em boas
condições de uso devem ser realizados conforme as
determinações da NBR 12779.
Sendo assim, inspecionada a cada 6 meses e a cada
12 meses submetida a manutenção e ensaio hidrostático.
Toda vez que uma mangueira for utilizada em
combate ao fogo, esta deverá ser encaminhada para
inspeção a fim de que sejam verificadas as reais condições
da mangueira, ou seja, se ela poderá ser novamente usada,
se nela deverá ser realizada manutenção ou se deverá ser
descartada.

7.3 – Chave de Mangueira Chave Storz

Haste de ferro que possui em sua extremidade, uma


seção cavada com ressalto interno.
Utilizada para engate rápido entre juntas de união e
hidrante.
7.4 – Lance da Mangueira

Lance de mangueira é a fração de mangueira que


vai de uma a outra junta de união. Por conveniência de
manuseio, transporte e combate a incêndio, o lance padrão
do Corpo de Bombeiros é de 15 metros.

7.5 – Junta de União:


Juntas de união são peças metálicas, fixadas nas
extremidades das mangueiras, que servem para unir lances
entre si ou ligá-los a outros equipamentos hidráulicos, após
serem feitos os encaixes.

7.6 – Transportes das Mangueiras

Prenda os lances próximo às extremidades, com os


dedos indicador, médio e polegar.
8 – Alarme de Emergência

Um Ativador de alarme com programação específica


na central, que permite simultaneamente a ativação de
todos os alarmes de abandono de uma área ou de todo o
prédio.
9 –Iluminação de Emergência

Este sistema é instalado em todas as circulações,


acessos, escadas, áreas de escape das instalações com o
objetivo de clarear o ambiente para que a saída seja
realizada com segurança evitando acidentes e garantir a
evacuação das pessoas do prédio. O sistema dispõe de uma
autonomia de 2 horas e sinaliza as rotas de fuga utilizáveis
no momento do abandono do local. A intensidade da
iluminação deve ser suficiente para evitar acidentes e
garantir a evacuação das pessoas, levando em conta a
possível penetração de fumaça nas áreas.
9 – Placas de Sinalização – Rota de Fuga

De acordo com a NBR 15219, rotas de fuga são


caminhos e saídas devidamente sinalizados, dotados de
proteção contra incêndio e desobstruídos, a serem
percorridos pelas pessoas para um rápido e seguro
abandono de qualquer local da planta até o ponto de
encontro previamente determinado pelo plano de
emergência contra incêndio. Saída de emergência é
definida pela NBR 9077, como o caminho contínuo,
devidamente protegido, proporcionado por portas,
corredores, halls, passagens externas, balcões, vestíbulos,
escadas, rampas ou outros dispositivos de saída ou
combinações destes, a ser percorrido pelo usuário, em caso
de um incêndio, de qualquer ponto da edificação até atingir
a via pública ou espaço aberto, protegido do incêndio, o
mais rápido possível, que levará a uma área externa o
deixando em segurança.
Placas de Sinalização – Equipamentos de incêndio
9 - Chuveiro automático (sprinkler)

Um sistema de chuveiro automático, para fins de


proteção contra incêndio, é definido pela NBR 10897, como
sendo um sistema fixo integrado o qual deve apresentar os
seguintes elementos:

a) Rede hidráulica de distribuição que alimente os


chuveiros automáticos, após a válvula de alarme ou chave
detectora de fluxo de água.

b) Rede de abastecimento das válvulas de alarme ou


chave detectora de fluxo de água.

c) Abastecimento de água.
Os chuveiros automáticos (Figura abaixo) são
equipamentos instalados no teto ou nas paredes das
edificações cuja função é jogar água, em forma da chuva,
sobre o fogo. A água é liberada quando o dispositivo, na
ponta do chuveiro, sensível ao calor, rompe-se.
Os dispositivos sensíveis ao calor podem ser de dois
tipos:
a) Tipo fusível ou químico.
No dispositivo tipo fusível ou químico, a temperatura
nominal de operação e a coloração do dispositivo, em
relação à temperatura de abertura, são determinadas pela
NBR 6135.
Atua pela fusão de um de seus componentes por
influência do seu aquecimento.
b) Tipo ampola de vidro
Já no dispositivo tipo ampola de vidro, a
temperatura nominal de operação e a coloração do
respectivo fluído dentro da ampola são determinadas pela
NBR 6135.
Sob ação do calor do ambiente, opera pela ruptura
do bulbo de vidro em função da
pressão resultante da expansão do fluido que há em seu
interior.
Ampolas de sprinkler em várias cores:

Os sprinklers tem variações de cor indicando a


temperatura de rompimento da ampola de vidro que retem
a água pressurizada. A cor do sprinkler serve para
diferenciar cada padrão de temperatura dos chuveiros
automáticos.
Por existirem locais com temperaturas constantes
mais altas, como cozinhas, zonas de caldeira, locais de auto
incineração, por exemplo, existem sprinklers com a
temperatura de reação mais alta para que não sejam o
tempo todo afetados pelo calor.

Vale lembrar que, segundo o requisito 3.2.1 da Norma


NBR ABNT16400:2018, sprinklers do tipo ampola de vidro
e liga fusível “têm desempenho equivalente […] e podem
ser usados indistintamente”.

O sistema fixo de proteção por chuveiros


automáticos deverá ser projetado por profissional
habilitado, bem como a realização da fiscalização na etapa
de execução do projeto deve ser efetuada por um
profissional da área. Tanto o projeto quanto a etapa de
execução deverão seguir as determinações da legislação
vigente.
Um sistema fixo de proteção contra incêndio por
chuveiros automáticos só poderá ser fechado para
manutenção ou reparos por ordem de responsável direto
do setor de segurança do trabalho da empresa.
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O
Aguardo você na próxima aula.

Sandra Queiroz Ferreira Moreno


Contato: 31 – 9 9917-5532
E-mail: sandyqueiroz@hotmail.com

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