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NORMAS SOBRE HIDRANTES

Inicialmente, precisamos que você entenda a diferenças entre os tipos de


hidrantes, por isso, citaremos o Regulamento de segurança contra incêndio das
edificações e áreas de risco.

■ Os sistemas de combate a incêndio estão classificados em sistema tipo 1


(mangotinho) e sistemas, tipo 2, 3, 4 e 5 (hidrantes), conforme especificado na
tabela.

A tabela mostra os diferentes tipos de sistemas, o sistema tipo 1 é o único


que é mangotinho facilmente identificável, ou seja, a vazão mínima do sistema é de
100L/min e abaixo de 150 L/min na edificação que se pode instalar. Os demais
sistemas todos são hidrantes, os sistemas 2, 3 e 4 são sistemas com expedição
simples, ou seja, com um engate storz, e o sistema 5 é com expedição dupla, ou
seja, com dois engates storz. Cada sistema tem suas especificações quanto ao
diâmetro do esguicho, diâmetro e comprimento da mangueira.

Esguich Mangueira de Vazão Pressão


Tipo o incêndio Nº de mínima do mínima na
Regulável expedições hidrante válvula de
(DN) DN COMP. (L/min) hidrante (mca)
(mm) (M)
1 25 25 30 Simples 100 80
2 40 40 30 Simples 150 30
3 40 40 30 Simples 200 40
4 40 40 30 Simples 300 65
65 65 30 Simples 300 30
5 65 65 30 Duplo 600 60

Tabela: Tipo de sistemas de proteção por hidrantes ou mangotinho


TIPO DE SISTEMAS
MATERIAIS 1 2 3 4 5
Abrigo(s) Opcional Sim Sim Sim Sim
Mangueira (s) de incêndio Não Tipo 1 Tipo 2, Tipo 2, Tipo 2,
(residencial) 3, 4 e 5 3, 4 e 5 3,
ou tipo 2 4e5
(demais
ocupações)
Chaves para hidrantes, Não Sim Sim Sim Sim
engate rápido
Esguicho (s) Sim Sim Sim Não Sim
Mangueira semirrigida Sim Não Não Não Não

Tabela: Componentes para cada hidrante ou mangotinho

A tabela mostra, para cada tipo de sistema, os componentes necessários para


que o sistema de mangotinhos ou hidrantes esteja completo. Os mangotinhos não
precisam de abrigos, podem ser dispostos conforme a figura, seu esguicho e
mangueira são próprios para o mangotinho. Já para qualquer sistema de hidrantes,
é necessário que a mangueira, chave storz e esguicho agulheta ou regulável sejam
acomodados dentro de um abrigo, conforme figura.

Figura: Tipo de Mangotinho Fonte: Linha... (online)


Figura: Tipos de Hidrantes – Simples e Dupla expedição

Figura: Tipos de Esguichos e chave storz Fonte: LC Conexões... (online).

DISPOSITIVO DE RECALQUE

O Hidrante de Recalque possui regras bem precisas que foram comentadas


anteriormente, dessa forma, vamos colocar os itens que constam no Regulamento
de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco.
Sistemas de hidrantes e mangotinhos para o combate a incêndios.

■ Todos os sistemas devem ser dotados de dispositivo de recalque,


consistindo de um prolongamento de mesmo diâmetro da tubulação principal, cujos
engates sejam compatíveis com os usados pelo Corpo de Bombeiros.

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Hidrante de Recalque é aquele que fica localizado na parte de fora da
edificação, é para o uso dos Bombeiros e, assim, deve possuir engates compatíveis
com as mangueiras do Corpo de Bombeiros, geralmente, esse hidrante pode ser de
passeio ou de coluna.

■ O dispositivo de recalque deve ser preferencialmente do tipo coluna. Onde


houver impossibilidade técnica, o dispositivo de recalque pode ser instalado no
passeio público.
■ O dispositivo de recalque deve ser instalado na fachada principal da
edificação ou no muro da divisa com a rua, com a introdução voltada para a rua e
para baixo em um ângulo de 45º e a uma altura entre 0,60 m e 1,50 m em relação ao
piso do passeio da propriedade. A localização do dispositivo de recalque sempre
deve permitir aproximação da viatura apropriada para o recalque da água, a partir do
logradouro público, para o livre acesso dos bombeiros.
■ O dispositivo de recalque deve ser instalado dentro de um abrigo embutido
no muro, conforme figura.
■ Para a proteção do dispositivo de recalque contra atos de vandalismo, a
junta de união tipo engate rápido pode ser soldada.

Figura: Hidrante de coluna de Recalque

O hidrante de coluna de recalque é o mais recomendado, mas, na


impossibilidade, coloca-se no passeio, atualmente, vemos que, na maioria dos
casos, é encontrado hidrante de passeio de recalque, caso vocês nunca tenham

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visto, quando estiverem na calçada próximos da guia verão uma tampa de ferro
fundido com um H ou escrita HIDRANTE, esse é o hidrante de recalque daquele
local.

■ Na impossibilidade técnica, o dispositivo de recalque pode estar situado no


passeio público e deve possuir as seguintes características, conforme figura:

Figura: Hidrante de passeio de Recalque

■ Ser enterrado em caixa de alvenaria, com fundo permeável ou dreno.


■ A tampa deve ser articulada e o requadro em ferro fundido ou material
similar, identificada pela palavra “HIDRANTE”, com dimensões de 0,40 m x 0,60 m.
■ A abertura do hidrante deve estar afastada a 0,50 m da guia do
passeio.
■ A introdução voltada para cima em ângulo de 45.º e posicionada,
no máximo, a 0,15 m de profundidade em relação ao piso do passeio.
■ O volante de manobra deve ser situado a, no máximo, 0,50 m do
nível do piso acabado.
■ A válvula deve ser do tipo gaveta ou esfera, permitindo o fluxo de
água nos dois sentidos e instalada para garantir seu adequado manuseio.
■ Deve haver, também, dispositivo de recalque tipo coluna nas
portarias da edificação, quando esta estiver muito afastada do leito carroçável, com
válvula apropriada para o recalque pelo Corpo de Bombeiros. Sua localização não

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deve ser superior a 10 m do local de estacionamento das viaturas do Corpo de
Bombeiros.
■ É vedada a instalação do dispositivo de recalque em local que
tenha circulação ou passagem de veículos.
Dependendo da forma que suas edificações foram dispostas, o hidrante de
recalque pode não estar localizado na rua, e sim distante, no máximo, 10 m do
estacionamento das viaturas do Corpo de Bombeiros no pátio da empresa/ indústria,
visto que, se as edificações estiverem muito afastadas da rua, podem dificultar a
ação dos Bombeiros no combate ao incêndio. Tomar cuidado para que o hidrante de
recalque não fique em um local onde possa ser obstruído, tornando-o ineficaz.

ABRIGOS

■ As mangueiras de incêndio devem ser acondicionadas nos


abrigos, em zigue-zague ou aduchadas, conforme especificado na NBR 12779/92,
sendo que as mangueiras de incêndio semirrígidas podem ser acondicionadas
enroladas, com ou sem o uso de carretéis axiais ou em forma de oito, permitindo sua
utilização com facilidade e rapidez.
■ As mangueiras de incêndio dos hidrantes internos podem ser
acondicionadas, alternativamente, em zigue-zague, através de suportes, tipo “rack”,
com acoplamento tipo “engate rápido” nas válvulas dos hidrantes.
As mangueiras de incêndio devem ser acomodadas conforme foi explicado na
parte inicial do livro, seguindo o NBR 12.779/92, ou seja, devem estar aduchadas ou
ziguezagueadas, dependendo se a edificação possui ou não brigada de incêndio,
facilitando, dessa forma, sua utilização.

DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA

■ Os hidrantes ou mangotinhos devem ser distribuídos de tal forma


que qualquer ponto da área a ser protegida seja alcançado por um esguicho

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(sistemas tipo 1, 2, 3, ou 4) ou dois esguichos (sistema tipo 5), considerando-se o
comprimento da(s) mangueira(s) de incêndio, por meio de seu trajeto real, e o
alcance mínimo do jato de água igual a 10 m, devendo ter contato visual sem
barreiras físicas a qualquer parte do ambiente, após adentrar pelo menos 1 m em
qualquer compartimento.
■ No dimensionamento de sistemas com mais de um hidrante
simples, deve ser considerado o uso simultâneo dos dois jatos de água mais
desfavoráveis considerados nos cálculos, para qualquer tipo de sistema
especificado, considerando-se, em cada jato de água, no mínimo, as vazões obtidas
conforme a tabela.

Os hidrantes tipos (1, 2, 3 e 4) possuem apenas uma expedição, com isso,


pode-se ter apenas um esguicho, mas os hidrantes tipo 5 possuem duas
expedições, portanto devem possuir, no mínimo, dois esguichos, geralmente coloca-
se um esguicho agulheta e um regulável.

Para o dimensionamento do sistema, considerando a vazão, sempre serão


considerados os hidrantes mais desfavoráveis, ou seja, que possuam menor vazão
de água, sendo que essa vazão deve concordar com a tabela. Caso a edificação
possua mais de um hidrante simples, devem ser usados dois jatos de água para
cada local.

ESGUICHOS

■ Esses dispositivos são para lançamento de água através de


mangueiras, sendo reguláveis, possibilitando a emissão do jato compacto ou
neblina, conforme norma NBR 14870/02.
■ Cada esguicho instalado deve ser adequado aos valores de
pressão, vazão de água e de alcance de jato, para proporcionar o seu perfeito
funcionamento, conforme dados do fabricante.

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MANGUEIRAS DE INCÊNDIO

■ A mangueira de incêndio para uso de hidrante deve atender às


condições da NBR 11861/98.
■ O comprimento total das mangueiras que servem cada saída a
um ponto de hidrante ou mangotinho deve ser suficiente para vencer todos os
desvios e obstáculos que existem, considerando, também, toda a influência que a
ocupação final consegue exercer, não excedendo os comprimentos máximos
estabelecidos na tabela. Para sistemas de hidrantes, deve-se, preferencialmente,
utilizar lances de mangueiras de 15 m.
Existem vários tipos de mangueiras de incêndio, tipo 1, 2, 3, 4 e 5,
dependendo do uso, existe um tipo mais recomendado, que vai desde o tipo de
edificação que será utilizado até o material da mangueira, que influencia muito na
sua durabilidade; a explicação detalhada está no item anterior. Existem várias
situações que podem ajudar a aumentar a durabilidade da mangueira de incêndio,
sendo: não arrastar a mangueira, não deixar nenhum veículo passar por cima dela,
não dobrá-la molhada, dentre várias outras que já mencionamos.

JUNTAS DE UNIÃO

■ As juntas de união rosca/engate rápido devem ser compatíveis


com os utilizados nas mangueiras de incêndio.
■ As uniões de engate rápido entre mangueiras de incêndio devem
ser conforme a NBR 14349/99.
■ As dimensões e os materiais para a confecção dos adaptadores,
tipo engate rápido devem atender a NBR 14349/99.

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Figura: Juntas de União tipo Storz

As juntas de união, uniões e adaptadores de engate rápido são todas storz,


que está na figura, esse tipo foi convencionado, pois, assim, todas as mangueiras e
esguichos encaixam-se entre si, caso ocorra algum problema que danifique, pode-se
substituir facilmente. Como são de cobre, não devem ser arrastados e nem levar
nenhuma pancada, podendo amassar e dificultar o engate.

RESERVATÓRIO E RESERVA DE INCÊNDIO

■ O volume de água da reserva de incêndio encontra-se na tabela.

No dimensionamento do volume de água da reserva de incêndio,


primeiramente, é necessário considerar em qual “letra” sua edificação ou classe de
risco se encontra, isso consta na tabela do Regulamento de segurança contra
incêndio das edificações e áreas de risco do Código de Segurança Contra Incêndios
e Pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar- Brigada de incêndio. A partir da
“letra” da classe de risco e da área da edificação que queremos proteger, é possível
determinar o tipo de hidrante e o volume mínimo da reserva de incêndio. Para
escolhermos entre tipo 1 e tipo 2, precisamos verificar a tabela e analisar a vazão
mínima do hidrante, dessa forma, ficará fácil escolher: se a vazão for acima de 150
L/ será tipo 2, se for abaixo será tipo 1.

■ Pode ser admitida a alimentação de outros sistemas de proteção


contra incêndio, sob comando ou automáticos, por meio da interligação das
tubulações dos reservatórios, desde que atenda aos parâmetros da IT 23/11

- Sistema de chuveiros automáticos.

■ Os reservatórios devem ser dotados de meios que assegurem


uma reserva efetiva e ofereçam condições seguras para inspeção.

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Áreas das Classificação das edificações e áreas de risco
edificações e áreas Conforme Tabela do decreto estadual 56.819/11
de risco

A-2, A-3, C-1, D-1 (até 300MJ/m2), D- D-1 (acima de 300MJ/m2), D-3 (acima de C-2 (acima de G-5, I-
2, D-3 (até 300MJ/m2), D-4 (até 300MJ/m2), D-4 (acima de 300MJ/ m2), B-1, 1000MJ/m2), 3, J-4, L-
300MJ/m2), E-1, E-2, E-3, E-4, E-5, B-2, C-2 (acima de 300MJ/ m2 até 1000 I-2 (acima de 2 e L-3.
E-6, F-1 (até 300MJ/m2), F-2, F-3, MJ/m2), C-3, F-1 (acima de 300 MJ/m2), F-5, 800MJ/m2),
F-4, F-8, G-1, G-2, G-3, G-4, H-1, F-6, F-7, F-9, F-10, J-3 (acima de
H-2, H-3, H-5, H-6, I-1, J-1, J-2 e M-3 H-4, I-2 (acima de 300MJ/m2 até 800MJ/m2), L-1,
800MJ/m2), J-2 e J-3 (acima de 300MJ/ m2 M-1, M-5
até 800MJ/m2).
Até 2500 m2 Tipo 1 RTI 5m3 Tipo 2 Tipo 3 Tipo 4 Tipo 4
RTI 8m3 RTI 12m3 RTI 28m3 RTI
32m3
Acima 2.500 m2 Tipo 1 RTI 8m3 Tipo 2 Tipo 3 Tipo 4 Tipo 4
até 5.000 m2 RTI 12m3 RTI 18m3 RTI 32m3 RTI
48m3
Acima 5.000 m2 Tipo 1 RTI 12m3 Tipo 2 Tipo 3 Tipo 4 Tipo 5
até 10.000 m2 RTI 18m3 RTI 25m3 RTI 48m3 RTI
64m3
Acima 10.000 m2 Tipo 1 RTI 18m3 Tipo 2 Tipo 3 Tipo 4 Tipo 5
até 20.000 m2 RTI 25m3 RTI 35m3 RTI 64m3 RTI
96m3
Acima 20.000 m2 Tipo 1 RTI 25m3 Tipo 2 Tipo 3 Tipo 4 Tipo 5
até 50.000 m2 RTI 35m3 RTI 48m3 RTI 96m3 RTI
120m3
Acima 50.000 m2 Tipo 1 RTI 35m3 Tipo 2 Tipo 3 Tipo 4 Tipo 5
RTI 48m3 RTI 70m3 RTI 120m3 RTI
180m3

Tabela: Aplicabilidade dos tipos de sistemas e volume de reserva de incêndio


mínima (m3).

A reserva de água para incêndio deve prever tanto os hidrantes como os


chuveiros automáticos, pois é da mesma reserva que os dois sistemas são
abastecidos. Devemos sempre lembrar que o registro dos hidrantes deve
permanecer aberto durante todo o tempo, que se deve utilizar a reserva de hidrantes
para lavar calçadas, ou seja, essa reserva é destinada ao incêndio e, se os hidrantes
forem abastecidos por bombas, estas devem estar sempre revisadas e serem
automáticas para facilitar a utilização dos hidrantes.

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Figura: Chuveiro Automático

CHUVEIROS AUTOMÁTICOS (SPRINKLERS)

Conforme Saliba (2010), os chuveiros automáticos são instalações utilizadas


no combate ao incêndio, compostas por uma série de crivos regadores que têm por
objetivo borrifar automaticamente água no foco de fogo de um princípio de incêndio,
diminuindo a probabilidade de propagação e extinguindo-o.

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Segundo Camillo Jr. (2012, pag. 78), “o sistema de distribuição de chuveiros
automáticos são ligados a um encanamento central, do qual saem ramificações de
tubos cujos diâmetros diminuem à medida que se afastam da linha principal.” No
final dessas ramificações, são colocados bicos que vão à água, cuja quantidade e
temperatura com que os chuveiros serão acionados depende do risco a proteger.
Nunca se esquecer de que o registro destinado aos chuveiros automáticos, tanto
quanto aos dos hidrantes, tem que estar sempre aberto, dessa forma, garantimos
que os materiais incendiados ficarão encharcados de água, assim, diminuirão a
temperatura de combustão, promovendo a extinção do incêndio. Para que os
chuveiros tenham sua eficácia, é necessário que exista espaço livre de, pelo menos,
1,00 m (um metro) abaixo do empilhamento de caixas (por exemplo) e ao redor dos
pontos de saída de água dos chuveiros.

■ Segundo Pereira (2009), os chuveiros automáticos são compostos dos


seguintes elementos, de acordo com a figura:
■ Corpo: parte do chuveiro automático que possui uma rosca, para a fixação
dele, na linha de ramificações, e serve de suporte para os demais componentes.
■ Defletor/Difusor: elemento destinado a espalhar a água, distribuindo-a
segundo as normas para chuveiros automáticos.
Ampola ou cápsula: elemento termossensível destinado a liberar o obsturador
por efeito da elevação da temperatura e, com isso, deixar a água fluir sobre o foco
de incêndio. Essas ampolas podem ser de vidro ou fusíveis de liga metálica.

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Figura: Elementos dos chuveiros automáticos

Os chuveiros automáticos possuem ampolas; estas, quando chega uma


determinada temperatura, quebram e liberam o fluxo de água. Essa temperatura
dependerá da cor da ampola que está no local protegido, conforme tabela.

4. A figura mostra os exemplos desses diferentes tipos de ampolas nos

chuveiros automáticos.
Figura – Chuveiros Automáticos com várias temperaturas

TEMPERATURA DE COR
RUPTURA
57º C Laranja
68º C Vermelho
79º C Amarelo
93º C Verde
141º C Azul
182º C Roxo
204/260º C Preto

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Tabela: Código de cores das ampolas dos chuveiros automáticos Fonte:
Camillo Jr. (2012) e Pereira (2009).

Conforme Pereira (2009), para que o chuveiro automático possua um


acionamento no previsto pelo fabricante, deve seguir dois fatores que influenciam: a
altura do pé direito (quanto maior o pé direito, maior o tempo que levará para acioná-
lo) e afastamento do chuveiro em relação ao teto (quanto maior à distância, maior o
tempo de acionamento).

Os chuveiros automáticos possuem regras bem precisas por isso,


colocaremos os itens que constam no Regulamento de segurança contra incêndio
das edificações e áreas de risco e o Código de Segurança Contra Incêndios e
Pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar — Sistemas de Chuveiros
Automáticos.

■ O projeto executivo do sistema de chuveiros automáticos não necessita


ser encaminhado para análise junto ao Corpo de Bombeiros, mas deve estar à
disposição na edificação para suprir possíveis dúvidas do agente vistoriado.
■ Nas edificações, onde houver exigência da instalação do sistema de
chuveiros automáticos, deve-se atender a toda área de edificação, podendo, a
critério do projetista, deixar de abranger a casa do zelador, quando localizada na
cobertura.
■ Nas edificações existentes, onde não exista exigência do sistema de
chuveiros automáticos ou quando esse for proposto como solução técnica
alternativa, pode ser utilizada a instalação parcial, atendendo-se às demais
exigências previstas nas normas técnicas oficiais.
A instalação dos chuveiros automáticos, em muitos casos, ainda não é
obrigatória, são obrigatórias onde o risco de incêndio é alto, mas várias empresas
estão optando por colocar, adicionalmente aos hidrantes, os chuveiros automáticos,
visto que o acionamento dos chuveiros é automático; quando a ampola chegar à
temperatura em que foi projetada, ela “estoura”, liberando a passagem da água.

■ A critério do projetista, a instalação de chuveiros automáticos em casa de


máquinas, subestações, casa de bombas de incêndio, sala de gerador e similares,

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onde haja exclusivamente equipamentos elétricos energizados, pode ser substituída
pela instalação de detectores, ligados ao sistema de alarme do prédio ou ao alarme
do sistema de chuveiros automáticos.
■ A substituição prevista no item anterior fica limitada a compartimentos com
área máxima de 200 m².
O chuveiro automático pela própria ação libera água e, quando ele está
localizado em locais onde possua apenas materiais elétricos energizados ou possuir
acumuladores de energia, o uso de água, ao invés de extinguir o fogo, pode piorar
com curtos circuitos, dessa forma, é geralmente recomendado o uso de detectores
de fumaça.

■ Nos casos de edificações com ocupação mista, a reserva de incêndio deve


ser calculada em função da vazão de risco mais grave e do tempo de funcionamento
do risco predominante.
■ Nos casos em que hidrantes e mangotinhos forem instalados em conjunto
com o sistema de chuveiros automáticos, as vazões e pressões mínimas exigidas na
IT 22/11 - Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio devem
ser garantidas, sendo somadas as reservas efetivas de água para o combate a
incêndios, atendendo aos requisitos técnicos previstos nas normas técnicas oficiais.
Nos locais que possuírem hidrantes e chuveiros instalados na mesma
edificação, não se pode esquecer que a reserva de incêndio destinada ao combate
ao incêndio é junto, portanto, deve prever a redução da pressão quando os dois
sistemas estão ligados juntos, para que nenhum dos sistemas seja prejudicado.

■ O registro de recalque para chuveiros automáticos deve conter sinalização


e indicação claras, para ser diferenciado do recalque do sistema de hidrantes,
conforme a figura.

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Figura: Sinalização do registro de recalque do sistema de chuveiros
automáticos

Os locais que possuírem chuveiros automáticos terão também o hidrante de


recalque para chuveiros automáticos ou Sprinkler e estarão identificados na tampa
“Recalque SPK”, para saberem qual recalque é dos hidrantes e qual é dos
chuveiros.

■ Nos locais com forros combustíveis, os chuveiros automáticos devem ser


instalados acima para proteção do espaço entreforro.
■ Quando houver forros incombustíveis, os chuveiros automáticos devem ser
instalados para proteção do espaço entreforro somente se houver carga de incêndio.

Os chuveiros automáticos têm a função de proteção contra incêndios desde o


forro até os combustíveis guardados na edificação, por isso, quando o forro for de
material combustível, deve instalar o chuveiro antes desse forro, para que, caso o
forro se incendeie, o chuveiro consiga extingui-lo.

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Figura: Detectores de Fumaça

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