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Estação Elevatória

A água percorre um longo percurso até chegar às torneiras das casas, tendo sido
captada, transportada do manancial para a estação onde foi tratada, conduzida aos
reservatórios de distribuição, para somente então, ser distribuída ao consumidor. Quase
nunca é possível fazer a condução da água para abastecimento por gravidade. Dessa
forma, é requerida uma estação elevatória, que nada mais é do que uma construção civil
e hidráulica que tem um conjunto motor-bomba para a elevação da altura manométrica
da água. Assim ela passa a atingir o seu objetivo sem dificuldades.
Um sistema de recalque ou elevatória é o conjunto de tubulações, acessórios,
bombas e motores necessário para transportar certa vazão de água ou qualquer outro
liquido de um ponto inferior P1, na cota Z1, para outro ponto superior P2, na cota Z2>Z1
(PORTO, 2006). As elevatórias podem estar localizadas antes, dentro ou depois da
estação de tratamento de água. Podem ser elevatórias de água bruta ou tratada, quando
conduzem água bruta ou tratada, respectivamente. Quando a elevatória localiza-se entre
um trecho e outro da rede de distribuição, ela recebe o nome de booster (ReCESA, 2008).
Consideradas componentes essenciais dos sistemas de abastecimento de água,
com utilização na captação, adução, tratamento e distribuição de água, uma estação
elevatória é composta, em geral, pela tubulação de sucção, que é constituída pela
canalização que liga o ponto inferior P1, à bomba, incluindo os acessórios necessários,
como válvula de pé com crivo, registro, curvas, redução excêntrica; o conjunto elevatório,
formado por uma ou mais bombas e respectivos motores elétricos ou a combustão interna;
e a tubulação de recalque, constituída pela canalização que liga a bomba ao ponto superior
P2, incluindo registros, válvula de retenção, manômetros, curvas e, eventualmente,
equipamentos para o controle dos efeitos do golpe de aríete (PORTO, 2006; TSUTIYA,
2006).
Existem diversos tipos e modelos de bombas, ficando a escolha do tipo e do
modelo de bomba dependente da vazão, da altura e das características do líquido que se
deseja recalcar, do local onde será instalada, além do custo. Os fabricantes de bombas
fornecem catálogos com os dados e as características das bombas, de forma a possibilitar
a seleção da bomba desejada. Além dos parâmetros hidráulicos, os gastos com energia
são bastante importantes (ReCESA, 2008).

O projeto de uma estação elevatória deve seguir a Norma Brasileira 12.214, que
fixa as condições exigíveis para a elaboração de projeto de sistema de bombeamento de
água para abastecimento público. Ela estabelece vários parâmetros e variáveis que
dependem principalmente do sistema de bombeamento adotado. Como por exemplo,
distanciamento entre bombas, entre bomba e parede entre outros.
O principal gasto nas estações elevatórias são com energia e implantação do
sistema de bombeamento. Todavia, os custos com o conjunto motor-bomba são diluídos
no tempo, prevalecendo o gasto com energia elétrica. Logo, é papel do engenheiro reduzir
esses gastos através de medidas paliativas que amenizem os custos com recalque e
disposição do conjunto.
Contudo, dificilmente um sistema de abastecimento de água de médio ou grande
porte deixa de contar com uma ou mais estações elevatórias. Deste modo, o presente
projeto apresenta o seu dimensionamento, dando continuidade aos estudos de
implementação de um sistema de abastecimendo de água em uma cidade.

1. MEMORIAL DESCRITIVO

1.1.População de Projeto.
Projetos de abastecimento de água são elaborados com base no número de anos
em que o sistema funcionará, período este denominado horizonte de projeto, que segundo
TSUTYIA (2006), varia normalmente de 20 a 30 anos, tempo necessário para que haja
amortização integral do capital investido. O dimensionamento do sistema deve ser
realizado, então, de modo a atender a demanda da população final do projeto, estipulada
de acordo com métodos de previsão que consideram a população inicial e o crescimento
demográfico anual, constatados através de censos demográficos e estudos populacionais.
TSUTYIA (2006).

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