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Tradução de
Maria A. Campos
Introdução 11
PARTE 1
OS FUNDAMENTOS DA
INTELIGÊNCIA NÃO-VERBAL
PARTE 2
INTELIGÊNCIA NÃO-VERBAL APLICADA
Epílogo 272
Agradecimentos 276
Bibliografia 280
PARTE 1
OS FUNDAMENTOS DA
INTELIGÊNCIA NÃO-VERBAL
1
A INFLUÊNCIA À MÃO DE SEMEAR
Rápido, quem era Edward Everett? Não se sinta mal se não souber.
Foi um antigo presidente da Universidade de Harvard, enviado
extraordinário e ministro plenipotenciário dos EUA para a Grã-
-Bretanha e um dos mais eminentes oradores norte-americanos.
Três anos antes de morrer, pediram-lhe que fizesse o discurso mais
importante da sua vida, numa ocasião da maior importância e sole-
nidade. O propósito deste evento era prestar homenagem a um
episódio de profundo sofrimento e sacrifício sem igual na história
da nação norte-americana e inseri-lo no contexto da luta terrível
e épica na qual os cidadãos estavam envolvidos naquela época.
Edward Everett falou durante pouco mais de duas horas (mais
exactamente, 2h08) para um público que andava a reunir-se há
dias. O discurso dele correspondeu unanimemente a todas as expec-
tativas para este dotado orador. Infelizmente, tal como do seu
nome, ninguém se recorda de uma palavra, de uma única sílaba,
desse discurso.
Quando Everett terminou, foi apresentado o orador seguinte e
as observações dele, essas sim, são recordadas. Ele falou durante
pouco menos de três minutos e reduziu o mais complexo dos
assuntos, e o sacrifício de milhares, a apenas 272 palavras – umas
meras e curtas dez frases. Falou tão brevemente que os fotógrafos
presentes não conseguiram ter o seu equipamento pronto a tempo;
por isso não temos qualquer registo pictórico deste discurso. Mas
as suas palavras estão vivas e ressoam nas pessoas. Ele começou