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Combinação Linear

Seja B = {u1, u2… un } uma base ordenada. Todo vetor v pode


ser escrito como v = 1 u1 + 2 u2 +...+ n un onde 1, 2,... n
são escalares reais e u1, u2, .... un são vetores. Dessa forma,
dizemos que o vetor v está escrito como combinação linear dos
vetores u1, u2, .... un na base B.

Considerando dois vetores ⃗⃗⃗⃗ 𝑣1 e 𝑣 ⃗⃗⃗⃗2 não paralelos,


representados com a origem no mesmo ponto O, sendo r1 e r2
retas contendo estes representantes respectivamente.

Os vetores 𝑢
⃗ ,𝑣 ,𝑤
⃗⃗ , 𝑡 , 𝑥 e 𝑦, representados na figura, são
expressos em função de ⃗⃗⃗⃗
𝑣1 e 𝑣⃗⃗⃗⃗2 por

⃗ = 5𝑣
𝑢 ⃗⃗⃗⃗1 + 4𝑣
⃗⃗⃗⃗2 𝑡 = 3𝑣
⃗⃗⃗⃗1 - 2𝑣
⃗⃗⃗⃗2

𝑣 = -2𝑣
⃗⃗⃗⃗1 + 3𝑣
⃗⃗⃗⃗2 𝑥 = 4𝑣
⃗⃗⃗⃗1 + 0𝑣
⃗⃗⃗⃗2

⃗⃗ = -4𝑣
𝑤 ⃗⃗⃗⃗1 - 𝑣
⃗⃗⃗⃗2 𝑣 = 0𝑣
⃗⃗⃗⃗1 + 2𝑣
⃗⃗⃗⃗2
De modo geral, dados dois vetores quaisquer ⃗⃗⃗⃗ 𝑣1 e 𝑣
⃗⃗⃗⃗2 não
paralelos, para cada vetor 𝑣 representado no mesmo plano de ⃗⃗⃗⃗ 𝑣1 e
⃗⃗⃗⃗2 , existe uma só dupla de números reais a1 e a2 tal que
𝑣

𝑣1 = 𝑎1 𝑣1 + 𝑎2 𝑣2
⃗⃗⃗⃗ (1)

Quando o vetor é expresso como em (1) diz-se que 𝑣 é uma


combinação linear de ⃗⃗⃗⃗
𝑣1 e 𝑣
⃗⃗⃗⃗2 . O conjunto B = {𝑣
⃗⃗⃗⃗1 e 𝑣
⃗⃗⃗⃗2 } é chamado
de base do plano. Aliás qualquer conjunto de dois vetores não
paralelos constitui uma base no plano. Embora estejamos
simbolizando a base como um conjunto, nós a pensamos como um
conjunto ordenado. Então, dada uma base qualquer nos plano,
todo vetor desse plano é combinação linear dos vetores dessa
base, de modo único. (Livro Geometria Analítica – Winterle pag.
19).

A combinação linear só é possível ser realizada nos casos de


vetores linearmente dependentes (LD), que significa que os
vetores são paralelos. Caso os vetores sejam linear independentes
(LI),ou seja, não são paralelos, o sistema será impossível.

No caso de termos apenas um vetor, as combinações


lineares dele são seus múltiplos. Tipo, as combinações
lineares de (1,1, 2) são (2,2,4), (−3,−3,−6), (1/2,1/2,1) , etc.

Dependência e Independência Linear

Esses conceitos são fundamentais para a compreensão do


conceito de base de um espaço vetorial. O objetivo é mostrar
que, dado um espaço vetorial finitamente gerado E, existe um
subconjunto não vazio e finito W de vetores de E, tal que todo
vetor v de E pode ser representado de maneira única como uma
combinação linear dos vetores de W. E mais, qualquer outro
subconjunto de E com esta propriedade terá o mesmo número de
vetores.

Um conjunto de vetores é dito linearmente independente


(LI) quando nenhum elemento contido nele é gerado por
uma combinação linear dos outros (lembrar o conceito de
combinação linear).

Durante o processo de combinação linear para a geração de


um espaço, é importante frisar a importância de os vetores
gerados serem LI. Ou seja, que cada um tenha suas coordenadas
independentes das coordenadas dos outros vetores.

 {∅}, o conjunto vazio é sempre LI

 O conjunto {(1,1,1)} é LI ou LD?

Esse conjunto tem só um vetor, e esse vetor não é nulo. Esse


vetor não pode ser combinação linear dos outros vetores do
conjunto (porque não tem outros vetores, só tem ele!). Logo o
conjunto tem que ser LI.

Dois vetores perpendiculares

Dois vetores são perpendiculares, se o produto escalar é


zero:

𝑢 ⊥ 𝑣 𝑠𝑒 < 𝑢, 𝑣 > = 0, 𝑜𝑢 𝑢 ∙ 𝑣 = 0

Naturalmente, um conjunto de vetores é dito linearmente


dependente (LD) se pelo menos um de seus elementos
(vetor) é combinação linear dos outros.

A dependência linear é importante para estudar o


paralelismo entre, vetores, retas e planos.

Qualquer conjunto que contenha o vetor nulo é LD. O vetor


nulo é combinação linear de qualquer vetor, e portanto qualquer
conjunto que contenha o vetor nulo é LD. Inclusive esse.

 O conjunto {(0,0,0,0)} é LI ou LD?


Apesar desse conjunto só ter um vetor, é o vetor nulo. E
como eu disse antes, qualquer conjunto com o vetor nulo é LD,
então esse também é.

Vetores L.D não formam uma base

Dois vetores paralelos

Dois vetores são paralelos se as suas coordenadas são


múltiplas:

𝑣 = (2,3,-1) e 𝑢
⃗ = (6,9,-3), as coordenadas do vetor u são o
triplo das coordenadas do vetor v.

Ex: Para que os vetores 𝑣 = (x,3,-1) e 𝑢


⃗ = (4,6,-2) sejam
paralelos, qual o valor de x ?

Para isso precisamos ver se os vetores são proporcionais


𝑥 3 −1
= =
4 6 −2
6:3 = 2 ; -2:-1 = 2; 4:x = 2 sendo que 4 : 2 = x

A dependência Linear tem uma interpretação geométrica


útil:

i) Seja é LD se e somente se

e estiverem na mesma reta quando colocados com seus

pontos iniciais na origem são paralelos:

Teorema: Dois vetores não nulos 𝑢 ⃗ e 𝑣 são paralelos se, e


somente se, existir um escalar K tal que: 𝑣 = k𝑢

ii) Seja é LD se
estes 3 vetores estiverem no mesmo plano quando colocados com
seus pontos iniciais na origem:

Os vectores 𝑢
⃗ e 𝑗 são linearmente dependentes (são
paralelos); os vectores 𝑢
⃗ e 𝑣 são linearmente independentes
(formam uma base para o plano P da imagem); os
vectores 𝑢, ⃗ são linearmente independentes
⃗⃗ e 𝑘
⃗⃗⃗ 𝑤 (formam
uma base para um espaço vetorial de três dimensões)

Até o momento, definimos as noções de dependência e


independência linear para conjuntos finitos. Iremos, agora,
estender tais noções para conjuntos infinitos.

Propriedades

Sejam V um espaço vetorial e v1, v2,..., vn ∈ V. São válidas as


seguintes propriedades:

Qualquer conjunto X que contenha o vetor nulo é LD. Em


particular, o conjunto {0}⊂V é LD.

v1 e v2 não nulos são LD se, e só se, um é múltiplo escalar


do outro.

Se v1, v2,... vn são LD, então, qualquer que seja v ∈ V,


v1,v2,...,vn, v são LD.

Se X é LI e Y ⊂X, então Y é LI.

Um conjunto {v1,..., vn} é LD se, e somente se, ao menos


um dos vetores é combinação linear dos demais.

Se 3 vetores do espaço são linearmente independentes,


então eles geram o espaço

Dependência e independência linear são qualidades


inerentes à sequência de vetores, e não aos próprios vetores.
Apesar disso, é comum dizer-se: "os vetores u e v são LI", ou "os
vetores u , v e w são LD". É claro que o significado é: "o par
ordenado (u, v) é LI", ou, respectivamente, "a tripla ordenada ( u
, v , w) é LD". Evite, portanto, o seguinte erro de raciocínio: se o
vetor u é LI e o vetor v é LI, então os vetores u e v são LI. Isso
nem sempre é verdade, como por exemplo, no caso da figura, onde
(u) é LI, pois u ≠ ⃗0, (v) é LI, pois v ≠ ⃗0, mas (u, v) é LD (por quê?)
Resposta: u e v são paralelos

Bases

Na álgebra linear, uma base de um espaço vetorial é um


conjunto de vetores linearmente independentes que geram
esse espaço.

Definição

Chama-se base V3 a qualquer tripla ordenada E = (e1, e2, e3)


linearmente independente de vetores de V3.
(Geometria_Analitica_Boulos pag 38)

Uma boa forma de interpretar o conceito de Base é pensar


nas cores primárias: se misturarmos amarelo, magenta e azul
ciano nas proporções corretas podemos criar qualquer outra cor
que desejemos. Além do mais, tal proporção é única para a cor
desejada. Da mesma forma, uma base permite-nos, de maneira
única, combinar linearmente ("misturar") os seus vectores
("cores primárias") para obtermos o vetor ("a cor") que
pretendemos.

Um conjunto ordenado S é base se todo vetor se expressa


de forma única como combinação linear dos elementos de S. (Ao
invés de conjunto ordenado, o termo mais correto seria uma n-
upla de vetores ou uma lista. Num conjunto não importa ordem
nem termos repetidos; numa n-upla (ou lista) podemos ter termos
repetidos e a ordem importa. Assim, embora os conjuntos {(1; 1);
(1; 1)} e {(1; 1)} sejam idênticos, considerados como conjuntos
ordenados são distintos pois um possui 1 elemento e outro 2
elementos. Além disso um é LI o outro é LD. Neste texto, e em
muitos textos de álgebra linear, quando se diz que um conjunto é
base está subentendido que trata-se de um conjunto ordenado.)

Ex.:

I - Qual é o espaço V gerado pelos vetores u1=(1,0) e


v1=(0,1)? - Em outras palavras, quem é V = [u1,v1] = [(1,0),(0,1)]?

Exemplo: (3,5) = 3(1,0) + 5(0,1) e o conjunto {(1,0),(0,1)} é


chamado base canônica de R2.

II - Considere agora os vetores u2=(1,1) e v2=(-1,1) e seja


V=[u2,v2]. Quem é V=[u2,v2]?

Exemplo: (3,5) = 4(1,1) + 1(-1,1) e o conjunto {(1,1),(-1,1)} é


uma base de R2, diferente da base canônica, mas também base.

III - Sejam agora os vetores u3=(1,0), v3=(0,-1) e w3=(1,2).


Quem é V=[u3,v3,w3] ?

Exemplo: (3,5) = 1(1,0) – 1(0, -1) + 2(1,2)

Mas, nesse caso, podemos também ter:

(3,5) = 2(1,0) – 3(0, -1) + 1(1,2) = -2(1,0) + 5(0, -1) + 5(1,2)=...


Logo V=[u3,v3,w3]=R2. O conjunto {(1,0),(0, -1), (1,2)} não é uma
base de R2.

Observe que nas situações (I) e (II), os vetores de R2 são


escritos de forma única como combinação linear dos vetores de V.
Já na situação (III) (ver figura abaixo) os vetores de R2 são
escritos como combinação linear dos vetores de V, mas não de
maneira única, portanto o conjunto {(1,0),(0, -1), (1,2)} não é uma
base de R2.
Verificar se o conjunto de vetores forma base do R3?

((2,1,-1),(-1,0,1) ,(0,0,1) )

1) a(2,1,-1) + b(-1,0,1) + c(0,0,1) = (0,0,0)

2a -b=0

a=0

-a +b +c=0

2*0 - b = 0, logo b=0

-0 + 0 + c=0, logo c=0

Linearmente independente

2)

a(2,1,-1) + b(-1,0,1) + c(0,0,1) = (x,y,z)

2a -b=x

a=y

-a +b +c=z

a=y

2a - b=x
2*y-b=x

b= x -2y

-a +b +c=z

-y + x - 2y +c = z

x - 3y +c =z

c= z -x +3y

S{(y, x -2y, z -x +3y)}

Sim, formam base R3, veja a figura abaixo

VER: livro Curso Álgebra Linear - Marco Cabral em


profmat

conceito de independência dependência linear com exemplos


geométricos.

Considere V um plano qualquer do R3, Vamos mostrar que


V é um espaço vetorial

https://www.trabalhosgratuitos.com/Outras/Diversos/Vetore
s-e-sua-importância-em-engenharia-mecânica-175312.html

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