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PESQUISAS PROCESSO DE ESCRITURAÇÃO

http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/escriturcontformalidades.
htm

Escrituração: é o conjunto de lançamentos contábeis. A Escrituração


completa é composta pelos lançamentos contábeis e pelas demonstrações
financeiras elaboradas no encerramento de cada exercício social.

A função da escrituração:

Histórica = consiste no registro dos fatos na ordem cronológica (Livro


Diário);

Sistêmica = consiste na organização dos elementos contábeis de acordo com


sua natureza e valores respectivos (Livro Razão).

Processo de Escrituração:

Pode ser manual, mecanizado ou por processamento de dados;

- Todo lançamento deve estar apoiado em documentos hábeis e idôneos e


adequados ao tipo de operação, Registro dos fatos no livro Diário; Transcrição dos
registros para o livro Razão; Elaboração do Balancete de Verificação;

- Apuração do Resultado e elaboração das demonstrações contábeis


(Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício), transcrevendo-se
estas demonstrações no livro Diário.

Escrituração por processamento de dados

Para efeito da legislação do IPI, serão observadas as normas estaduais para


fins de escrituração fiscal (art. 388 do RIPI/10).

Desse modo, na hipótese de escrituração fiscal por processamento eletrônico


de dados, tanto o Livro Registro de Apuração do IPI, modelo 8, quanto o Livro
Registro de Apuração do ICMS, modelo 9, terão os CFOPs adequados diretamente
no respectivo leiaute estabelecido no Manual de Orientação anexo à Portaria CAT nº
32/96.

ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL - FORMALIDADES

A entidade deve manter um sistema de escrituração uniforme dos seus atos e


fatos administrativos, através de processo manual, mecanizado ou eletrônico.
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As formalidades da escrituração estão expressas no Decreto Lei 486/1969.

ELEMENTOS INDISPENSÁVEIS DOS REGISTROS

A escrituração será executada:

· em idioma e moeda corrente nacionais;

· em forma contábil;

· em ordem cronológica de dia, mês e ano;

· com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras,


emendas ou transportes para as margens;

· com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta,


em elementos que comprovem ou evidenciem fatos e a prática de atos
administrativos.

A terminologia utilizada deve expressar o verdadeiro significado das


transações.

UTILIZAÇÃO DE CÓDIGOS E/OU ABREVIATURAS

Admite-se o uso de códigos e/ou abreviaturas nos históricos dos


lançamentos, desde que permanentes e uniformes, devendo constar, em elenco
identificador, no "Diário" ou em registro especial revestido das formalidades
extrínsecas.

ATRIBUIÇÃO EXCLUSIVA A CONTABILISTA

A escrituração contábil e a emissão de relatórios, peças, análises e mapas


demonstrativos e demonstrações contábeis são de atribuição e responsabilidade
exclusivas de contabilista legalmente habilitado.

TRANSCRIÇÃO DO BALANÇO E DEMAIS DEMONSTRAÇÕES


CONTÁBEIS

O Balanço e demais Demonstrações Contábeis de encerramento de


exercício serão transcritas no "Diário", completando-se com as assinaturas do
Contabilista e do titular ou representante legal da entidade.

DIÁRIO, RAZÃO E OUTROS REGISTROS

O Diário e o Razão constituem os registros permanentes da entidade.


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Os registros auxiliares, quando adotados, devem obedecer aos preceitos


legais da escrituração contábil, observadas as peculiaridades da sua função.

No "Diário" serão lançadas, em ordem cronológica, com individualização,


clareza e referência ao documento probante, todas as operações ocorridas,
incluídas as de natureza aleatória, e quaisquer outros fatos que provoquem
variações patrimoniais.

Observada esta disposição, admite-se:

· a escrituração do "Diário" por meio de partidas mensais;

· a escrituração resumida ou sintética do "Diário", com valores totais que


não excedam a operações de um mês, desde que haja escrituração analítica
lançada em registros auxiliares.

· No caso de a entidade adotar para sua escrituração contábil o processo


eletrônico, os formulários contínuos, numerados mecânica ou tipograficamente,
serão destacados e encadernados em forma de livro.

O Livro "Diário" será registrado na Junta Comercial do Estado. Na hipótese


de pessoas jurídicas não sujeitas a registro de seus atos constitutivos na Junta
Comercial (como é o caso de entidades sem fins lucrativos e Sociedades Simples -
SS), o registro é feito no Cartório Civil da sede.

Não há necessidade de registro do Livro Razão. Entretanto, o mesmo deve


conter termo de abertura e encerramento, com a assinatura do contabilista e do
responsável pela empresa.

Os demais livros auxiliares (como de entradas de mercadorias, livro de


apuração do ISS, etc.) devem ser registrados de acordo com a legislação de
fiscalização do respectivo órgão fazendário ou legal que determine a sua
obrigatoriedade.

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A ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

http://www.contabeis.com.br/artigos/685/escrituracao-contabil/

A escrituração contábil é a primeira e mais importante das técnicas contábeis,


pois somente a partir dela que se desenvolvem as demais técnicas de
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demonstração, analise e auditoria, sua finalidade é a de fornecer a pessoas


interessadas informações sobre um patrimônio determinado.

Todo fato da entidade deverá ser escriturado, para este fim devem ser
utilizados livros contábeis, que devem seguir critérios intrínsecos e extrínsecos, de
acordo com a legislação. Alguns livros são obrigatórios, tais como o Livro Diário e o
Livro Razão que de acordo com a Resolução do Conselho Federal de Contabilidade
devem ser registros permanentes da empresa, outros são facultativos, pois, por não
serem exigidos por lei, podem ser adotados ou não a critério da empresa.

A contabilidade de uma entidade deverá ser centralizada, sendo que é


facultado às pessoas jurídicas que possuírem filiais, sucursais ou agências, manter
contabilidade não centralizada, devendo incorporar na escrituração da Matriz os
resultados de cada uma delas, conforme artigo 252 do Decreto n. º 3.000/99, o
mesmo se aplica a filiais, sucursais, agências ou representações, no Brasil, das
pessoas jurídicas com sede no exterior, devendo o agente ou representante
escriturar os seus livros comerciais, de modo que demonstrem, além dos seus
próprios rendimentos, os lucros reais apurados nas operações alheias em que agiu
como intermediário.

A Resolução n. º 684/90, editada pelo Conselho Federal de Contabilidade,


estabelece que a empresa que tiver unidade operacional ou de negócios, quer com
filial, agência, sucursal ou assemelhada, e que optar por sistema de escrituração
descentralizado deverá ter registros contábeis que permitam a identificação das
transações de cada uma dessas unidades, a escrituração de todas as unidades
deverá integrar um único sistema contábil, sendo que o grau de detalhamento dos
registros contábeis ficará a critério da empresa.

As contas recíprocas relativas às transações entre matriz e unidades, ou vice-


versa, serão eliminadas quando da elaboração das demonstrações contábeis. As
despesas e receitas que não possam ser atribuídas às unidades serão registradas
na matriz, enquanto o rateio de despesas e receitas, da matriz para as unidades,
ficará a critério da administração.

O método utilizado para a escrituração contábil é o método das partidas


dobradas, desenvolvido pelo frade Luca Pacioli em 1494, neste método todo
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lançamento deverá conter a origem e o destino do mesmo, ou seja, para todo débito
haverá um crédito de mesmo valor, ou vice-versa.

Na escrituração dos livros contábeis algumas formalidades devem ser


observadas, estas formalidades se subdividem em dois tipos:

Formalidades Extrínsecas: São as formalidades relacionadas à apresentação


ou aparência dos livros, esta formalidade exige por exemplo que os livros, sejam
encadernados, que tenham suas folhas numeradas tipograficamente, possuam
termo de abertura e de encerramento em que conste entre outras informações a
assinatura do responsável, a identificação da empresa e do livro, espécie de livro,
número de páginas e número de ordem, etc...

Formalidades intrínsecas: São as formalidades relacionadas à escrituração


propriamente dita, segundo as formalidades intrínsecas os livros de escrituração
devem obedecer a um método de escrituração mercantil uniforme, em língua e
moeda nacionais, com individualização e clareza, ser escriturado em rigorosa ordem
cronológica, não conter, rasuras, emendas, entrelinhas, borrões ou raspaduras,
espaços em branco, observações ou escritas à margem..

Livros contábeis

1.1 Livro razão

Após lançamento no Diário, o registro contábil é desdobrado e lançado, conta


por conta, em um livro ou jogo de fichas denominado Razão.

A sua escrituração deve ser individualizada e obedecer à ordem cronológica


das operações, sendo dispensável o registro ou autenticação do livro ou fichas, e o
seu preenchimento devem obedecer ao método das partidas dobradas.

O lançamento no livro Razão é muito importante para as empresas, pois, com


a totalização individual das contas, possibilita saber a qualquer momento, o saldo de
cada uma delas. Com esses dados fornecidos através da escrituração do livro razão,
temos o controle do patrimônio, e essas informações trazem resultados positivos
para melhor administrar as organizações empresarias.

1.2 . Livro diário

O livro diário assim como o razão são os principais livros da contabilidade, o


diário registra todas as operações que envolvam o patrimônio da empresa no
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decorrer de um período. O livro diário, ao contrario do razão deve ser autenticado e


é de uso obrigatório. É um livro que se registra todas as operações contábeis da
Entidade, em ordem cronológica e com a observância de regras, como as suas
folhas numeradas seqüencialmente e serão lançados os atos ou operações da
atividade que altere ou possam vir alterar a situação patrimonial da empresa.

O livro Diário deverá conter o termo de abertura e encerramento, a ser


submetido ao órgão competente do Registro do Comércio dentro do prazo previsto
na legislação, sob pena de multa prevista no Imposto de Renda.

1.3 livros auxiliares

Nas entidades empresariais adotam outros livros, que são considerados


extras contábeis, que são conhecidos como fiscais sociais e administrativos.

1.3.1. Livros Sociais, exigidos para as sociedades que se enquadra na Lei n.


6.404/76, que são:

Registro de Atas de Assembléias Gerais;

Registro de Presença de Acionistas;

Registro de Atas de Reuniões da Diretoria;

Registro das Ações Normativas;

Registro de Transferência das Ações Normativas;

Registro de Partes Beneficiárias;

Registro de Debêntures, etc.

1.3.2 Livros Fiscais, que são exigidos pela legislação fiscal, que são:

Inventário;

Apuração de Lucro Real;

Razão Auxiliar;

Registro de Entrada de Mercadorias;

Registro de Saída de Mercadorias;

Registro de Controle de Produção e Estoque;

Registro de Impressão de Documentos Fiscais;


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Registro de Apuração de ICMS;

Registro de Apuração de IPI;

Registro de Apuração de ISS, etc.

1.3.3 Outros livros

Caixa

Controles Bancários

Registro de Duplicatas

Registro de Empregados, etc.

2. Requisitos para escrituração do livro diário

Cada lançamento no Diário deverá ter:

Local e data da operação

Título da conta de débito

Título da conta de crédito

Histórico

Estes quesitos a ser observados, são obrigatórios, porque eles padronizam a


escrituração nos livros, trazendo estética e segurança no trabalho profissional.

3. Legislação societária

Está previsto nos artigos1.179 a1.195 do Novo Código Civil Brasileiro, a


obrigatoriedade da escrituração contábil nas sociedades empresariais, obrigadas a
seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração
uniforme de seus livros em documentos hábeis e a levantar anualmente o balanço
patrimonial e o de resultado econômico.

Essa mesma lei dispensa da escrituração os pequenos empresários,


conforme art. 68 da Lei Complementar 123/06, e considera como pequeno
empresário, os mandamentos dos artigos 970 e 1.179 da Lei 10.406/02 (novo código
civil) e o empresário individual enquadrado como microempresa que auferir receita
bruta anual até R$36.000,00.
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No capítulo XV da Lei 6.404/76 existe a determinação de que ao fim de cada


exercícios social a diretoria deverá elaborar com base na escrituração mercantil das
companhia, as demonstrações financeiras e contábeis, já no art 177 da mesma lei,
estabelece que a escrituração das empresas deve ser mantida em registros
permanentes, com obediência aos preceitos da legislação empresarial e aos
princípios de contabilidade, devendo observar métodos ou critérios contábeis
uniformes, segundo o regime de competência.

A legislação que regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do


empresário e da sociedade empresaria, menciona: para instruir o pedido do
beneficio de recuperação judicial devem ser juntadas as demonstrações e os demais
documentos contábeis, na forma do art . 51, inciso II, e no parágrafo 2° da Lei
11.101/05. Esta mesma lei estabelece severas punições pela não execução ou pela
apresentação de falhas na escrituração contábil conforme artigos (168 a182).

4. Legislação tributária

No âmbito da legislação tributária, a escrituração contábil se mostra de suma


importância, pois os livros obrigatórios de escrituração empresarial e fiscal deverão
ser mantidos enquanto o credito tributário não prescreva, lembrando que, o prazo de
prescrição ocorre a partir do momento do lançamento do crédito tributário, e este
prazo de acordo com o CTN é de 5 (cinco) anos, porém existe também o prazo
decadencial, que é o prazo para o fisco efetuar o lançamento do credito tributário,
este prazo também é de 5 (cinco) anos, então não basta conservar os documentos
por apenas 5 (cinco) anos, já que, se o fisco demorar 5 anos para lançar o credito
tributário, os dados deverão ser preservados por 10 anos, isto se não ocorrer
interrupção ou suspensão do prazo, prorrogando ainda mais a guarda dos registros
contábeis.

O decreto 3.000/99, que regulamenta o Imposto de Renda determina em seu


art. 251 que a pessoa jurídica sujeita à tributação com base no lucro real deve
manter escrituração com observância das leis comerciais e fiscais. A escrituração
deve abranger todas as operações do contribuinte, os resultados apurados em sua
atividade nacionais, bem como os lucros, rendimentos e ganhos de capital no
exterior.
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Tratando de empresa enquadrada no lucro presumido é dispensada a


escrituração contábil completa, mas esse benefício se aplica no regulamento do
imposto de renda, não contemplando à legislação empresarial, societária e
previdenciária, entre outras.

A lei complementar 123/06 estabelece regras gerais relativo ao tratamento


diferenciado e favorecido, aplicados às microempresas e empresas de pequeno
porte no âmbito dos poderes da União, dos Estados, Distrito Federal e dos
Municípios.

O artigo 27 da lei complementar diz que as microempresas e empresas de


pequeno porte optantes pelo Simples Nacional poderão, opcionalmente, adotar
contabilidade simplificada para os registros e controle das operações realizadas,
conforme regulamentação do Comitê Gestor.

Como se pode observar, a escrituração contábil tem sua importância nas


entidades empresariais, isto não só pela exigência legal, pois para se ter uma
empresa organizada e um bom planejamento, inicia-se pela escrituração, através
dela o empresário terá uma visão global de seu investimento.

5. Legislação profissional

O Conselho Federal de Contabilidade, por meio da Resolução CFC n°563/93,


aprovou a NBCT 2, normatizando as formalidades da escrituração contábil que,
entre outros procedimentos, estabelece:

I- escrituração será executada em moeda corrente nacional, em forma


contábil, em ordem cronológica de dias, mês, e ano, com ausência de espaços em
branco, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens e,
ainda, com base em documentos probantes.

II- A terminologia adotada deverá expressar o verdadeiro significado da


transação efetuada, admitindo-se o uso de código e/ou abreviaturas de históricos.

III- O diário poderá ser escriturado por partidas mensais ou de forma


sintetizada, desde que apoiado em registros auxiliares que permitam a identificação
individualizada dos registros.

As formalidades inerentes às Demonstrações Contábeis estão contidas nas


NBCT2.7 e NBCT3, que trazem esclarecimentos importantes sobre a elaboração do
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Balanço Patrimonial e outros demonstrativos previsto em lei, definido os seus


conceitos, conteúdos e estruturas.

A NBCT19.13 baixada pelo CFC, por meio da Resolução 1115/2007, trata


escrituração Contábil Simplificada para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte,
diferenciando das demais empresas e proporcionando tratamento diferenciado a
este seguimento empresarial.

Independente da legislação societária e fiscal, o contabilista é obrigado a


cumprir as normas emanadas pelo Conselho Federal de Contabilidade, estando
sujeito às penalidades impostas pelo código de ética profissional.

Conclusão

Como podemos perceber, a escrituração contábil está presente em inúmeras


normas que deverão ser conhecidas pelo profissional que atuará na área, portanto é
necessário um amplo conhecimento dos aspectos formais e matérias relativos à
escrituração para não incorrer em erros ou punições relativos a legislação vigente. A
atualização profissional neste caso deverá ser feita de forma continuada,
observando as novas normas que são incluídas a cada dia em nosso ordenamento
jurídico e contábil, não deixando de lado, a atualização técnica relativa às
ferramentas utilizadas no processo contábil, tais como, a utilização da informática, a
leitura assídua de outros ramos do conhecimento que auxiliarão a carreira
profissional.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Princípios Fundamentais e Normas


Brasileiras de Contabilidade. Brasília: Editora CFC

Equipe de Professores da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP.


Contabilidade Introdutória. São Paulo: Editora Atlas

MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. São Paulo: Editora Atlas.

REIS, Arnaldo. Iniciação à Contabilidade. São Paulo: Editora Saraiva.

ESCRITA - REVISTA DO CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DE GOIÁS. Nº8


agosto/outubro 2008.

Vicente Aparecido de Queiroz - Contador e Pós-Graduando em Análise, Auditoria e Perícia


Contábil pela Universidade Católica de Goiás/ CRC-GO.

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4. ESCRITURAÇÃO MECANIZADA OU POR PROCESSAMENTO DE DADOS.

Fica facultada a escrituração dos livros fiscais por processo mecanizado ou por sistema
eletrônico de processamento de dados, observadas as disposições dos arts. 249 e 250 do
RICMS-SP.

Para fins do disposto no parágrafo anterior, entende-se por processo mecanizado todo e
qualquer sistema mecanográfico ou datilográfico em que não seja utilizado equipamento de
processamento eletrônico de dados (art. 233 do RICMS-SP, art. 13 das DDTT do RICMS-SP
e art. 478 do RIPI/10).

Estabelece o art. 13 das Disposições Transitórias (DDTT) do RICMS-SP que até que seja
baixada a correspondente disciplina pela Secretaria da Fazenda, aplicam-se as disposições
dos arts. 516 a 529 do RICMS-SP, aprovado pelo Decreto nº 33.118/91, à emissão e à
escrituração de documentos e livros fiscais por processo mecanizado.

Na hipótese de escrituração por sistema eletrônico de processamento de dados, o


contribuinte deverá observar, especificamente, a disciplina estabelecida na Portaria CAT nº
32/96 e alterações.

O livro Diário e os livros auxiliares podem ser substituídos por fichas seguidamente
numeradas, mecânica ou tipograficamente, que devem ser submetidas á autenticação do
órgão competente.

As pessoas jurídicas que utilizam o sistema escrituração mecanizada ou maquinizada ou por


processamento eletrônico de dados, cuja fichas utilizadas na escrituração sejam encerradas
sem conter, como fecho, a transição das demonstrações financeiras, estão obrigadas a
adotar livro próprio para inscrição dessas demonstrações, ainda que as fichas sejam
submetidas á autenticação no órgão de registro competente.

Por outro lado, se após a escrituração mecanizada ou maquinizada, as pessoas jurídicas


promoverem a inscrição das demonstrações financeiras nas próprias ficas que substituirem
o livro Diário, ficam desobrigadas da doação do livro especial.

As fichas devem também ser submetidas á autenticação no órgão de registro competente,


contendo termo de encerramento do conjunto de fichas escrituradas que indique,
expressamente, o fim que se destinaram, seu número de ordem e de fichas escrituradas,
incluindo as das demonstrações financeiras, e o nome completo da empresa; ou seja, as
mencionadas fichas devem se revestir das mesmas formalidades impostas ao livro Diário.

Do mesmo modo, estão desobrigadas da adoção do livro próprio para a inscrição das
demonstrações financeiras as mepresas que utilizam o sistema de escrituração por
procesamento eletrônico de dados, desde que as demonstrações financeiras figurem nos
formulários contínuos e , após a escrituração, sejam encadernadas em forma de livro,
contendo Termo de Aberturae de Encerramento e submetido á autenticação no órgão de
registro competente, além de outras formalidades legais.

4.1 MANUTENÇÃO DE ARQUIVOS


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As pessoas jurídicas usuárias de sistema de processamento eletrônico de dados para


registro de negócios e atividades econômicas ou financeiras, escrituração de livros ou
elaboração de documentos de natureza contábil ou fiscal deverão manter á disposição da
Receita Federal os respectivos arquivos e sistemas, pelo prazo decadencial previsto na
legislação tributária.

As empresas optantes pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições


das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (SIMPLES), de que trata a Lei 9.317/96,
ficam dispensadas do cumprimento dessa obrigação.

As pessoas jurídicas obrigadas, quando intimadas pelos Auditores-Fiscais da Receita


Federal, apresentação, no prazo de 20 dias, os arquivos digitais e sistemas contendo
informações relativas aos seus negócios e atividades econômicas ou financeiras.

As normas para apresentação, a documentação de acompanhamento e as especificações


técnicas dos citados arquivos e sistemas constam do Ato Declaratório Executivo 15
COFIS/2001 (Informativo 44/2001).

4.2.autenticação técnica

O contribuinte usuário de sistema de processamento de dados deverá manter


documentação técnica completa e atualizada do sistema, suficiente para possibilitar a sua
auditoria, facultada a manutenção em meio magnético, sem prejuízo da sua emissão gráfica,
quando solicitada

UTILIZAÇÃO DO SISTEMA MECANIZADO -AUTORIZAÇÃO PELO FISCO - CONCEITO

É permitida a escrituração fiscal por processo mecanizado, mediante prévia autorização do Fisco
Estadual, em substituição aos livros fiscais obrigatórios previstos no Regulamento.

Entende-se por processo mecanizado todo e qualquer sistema mecanográfico ou datilográfico em que
não seja utilizado equipamento de processamento de dados.

2. CONDIÇÕES PARA A UTILIZAÇÃO DO SISTEMA

Para adoção do sistema de escrituração fiscal por processo mecanizado, utilizar-se-ão formulários
constituídos por folhas ou fichas numeradas tipograficamente em ordem seqüencial, os quais, após
efetuados os lançamentos, deverão ser copiados em ordem cronológica em copiadora especial
previamente autenticada.

É dispensada a copiagem acima mencionada desde que os formulários, antes de sua utilização,
sejam autenticados pela repartição fiscal do domicílio do contribuinte e, após os lançamentos, sejam
enfeixados em blocos uniformes de até 200 (duzentas) folhas, constituindo, assim, o respectivo livro
fiscal.

Os formulários deverão conter, no mínimo, as indicações constantes dos modelos dos livros fiscais
previstos no Regulamento, ficando facultada a inclusão de outros elementos de interesse do
contribuinte.

3. PEDIDO AO ÓRGÃO FAZENDÁRIO PARA UTILI-ZAÇÃO DO SISTEMA MECANIZADO

O pedido para escrituração por processo mecanizado será formulado em 2 (duas) vias e dirigido à
Coordenação da Administração Tributária, através do órgão local do domicílio do contribuinte.
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O contribuinte anexará ao pedido:

a) 2 (duas) vias dos modelos dos formulários que constituirão seus livros fiscais;

b) descrição de todo o sistema que pretende utilizar por processo mecanizado, em 2 (duas) vias.

Quando o requerente for também contribuinte do IPI, os documentos acima mencionados serão
entregues em 3 (três) vias.

A repartição arrecadadora reterá 1 (uma) via de cada modelo para registro e arquivo na pasta do
contribuinte.

Autorizada a adoção do sistema, será devolvida ao contribuinte a 2ª via do pedido com 1 (uma) via de
cada anexo, juntamente com a cópia do despacho de aprovação.

Adotado o sistema mecanizado, o copiador especial será numerado em seqüência à numeração do


livro correspondente utilizado na sistemática anterior.

A autorização para escrituração por processo mecanizado poderá, a critério do Fisco, ser cassada a
qualquer tempo.

Quando a autorização para escrituração por processo mecanizado for cassada, será concedido ao
contribuinte o prazo de 30 (trinta) dias para a adoção da escrituração dos livros fiscais obrigatórios e
previstos no Regulamento do imposto.

Fundamentos Legais: Arts. 337 a 338 do Decreto nº 6.551/1985 e art. 204 do Decreto nº 7.560/1989
- RICMS-PI.

http://www.informanet.com.br/Prodinfo/boletim/2005/ce-ma-pb-pi-rn/livros-49-
2005.htm

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7. ESCRITURAÇÃO POR PROCESSAMENTO DE DADOS

De acordo com o art. 255 do RIR/99, os livros comerciais e fiscais poderão ser escriturados por
sistema de processamento eletrônico de dados, em formulários contínuos, observado o seguinte:
a) as folhas deverão ser numeradas, em ordem seqüencial, mecânica ou tipograficamente;
b) após o processamento, os impressos deverão ser destacados e encadernados em forma de livro,
seguindo-se a lavratura dos termos de abertura e encerramento e a apresentação ao órgão
competente para autenticação.

7.1 - Empresa Que Utilize Sistema Escritural Eletrônico

As pessoas jurídicas que utilizarem processamento eletrônico de dados para registrar negócios e
atividades econômicas, ou financeiras, escriturar livros ou elaborar documentos de natureza contábil
ou fiscal, estão obrigadas a manter à disposição da Secretaria da Receita Federal os respectivos
arquivos digitais e sistemas, pelo prazo decadencial previsto na legislação tributária (art. 72 da MP nº
2. 158- 35/01). Para esse efeito a Secretaria da Receita Federal expedirá os atos necessários para
estabelecer a forma e o prazo em que os arquivos digitais e sistemas deverão ser apresentados.
Ficam dispensadas do cumprimento dessa obrigação as empresas optantes pelo SIMPLES Federal.

7.2 - Escrituração Digital


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Fica instituído pela Receita Federal do Brasil a Escrituração Contábil Digital, sendo obrigada nos
seguintes casos:

I - em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2008, estão obrigadas as
pessoas jurídicas sujeitas a acompanhamento econômico-tributário diferenciado, nos termos da
Portaria RFB nº 11.211, de 7 de novembro de 2007, e sujeitas à tributação do imposto de renda com
base no lucro real;
II - em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2009, as demais pessoas
jurídicas sujeitas à tributação do Imposto de Renda com base no Lucro Real. (IN RFB 787/2.007)
Fica facultada a entrega da ECD às demais pessoas jurídicas não obrigadas, em relação aos fatos
contábeis ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2008.
A Escrituração Contábil Digital compreenderá os seguintes livros, que serão assinados digitalmente
com a utilização do certificado emitido por entidade devidamente credenciada:
a) Livro Diário e seus auxiliares, se houver;
b) Livro Razão e seus auxiliares, se houver;
c) Livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento comprobatórias dos assentamentos
neles transcritos.
As declarações relativas a tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil a que
estão sujeitas as pessoas jurídicas que tenham apresentado a ECD, em relação ao mesmo período,
serão simplificadas, com o objetivo de eliminar eventuais redundâncias de informação.
A apresentação da escrituração na forma tratada neste trabalho supre, em relação aos arquivos
correspondentes, a obrigatoriedade da manutenção dos arquivos e digitais nas condições previstas
na Instrução Normativa SRF nº 86/2001.
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MÉTODOS DE ESCRITURAÇÃO
http://professorprates.blogspot.com.br/2009/10/metodos-de-
escrituracao-lancamentos.html

MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS - é o método pelo qual cada débito efetuado
em uma ou mais contas, deve corresponder um crédito em uma ou mais contas, de
tal forma que o total debitado seja sempre igual ao total creditado.

PARTIDAS MENSAIS: admite-se a escrituração resumida no diário, por totais que


não excedam ao período de um mês, relativamente a contas cujas operações sejam
numerosas ou realizadas fora da série do estabelecimento, desde que utilizados
livros auxiliares para registro individualizado e conservados os documentos que
permitam sua perfeita verificação.

Escrituração: é o conjunto de lançamentos contábeis. A Escrituração completa é


composta pelos lançamentos contábeis e pelas demonstrações financeiras
elaboradas no encerramento de cada exercício social.
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Função da Escrituração:
• Histórica = consiste no registro dos fatos na ordem cronológica (Livro Diário);
• Sistêmica = consiste na organização dos elementos contábeis de acordo com sua
natureza e valores respectivos (Livro Razão);

Processo de Escrituração:
• Pode ser manual, mecanizado ou por processamento de dados;

• Todo lançamento deve estar apoiado em documentos hábeis e idôneos e


adequados ao tipo de operação. Ex.: compra de mercadorias  documento hábil é a
nota fiscal;

• Registro dos fatos no livro Diário;

• Transcrição dos registros para o livro Razão;

• Elaboração do Balancete de Verificação;

• Apuração do Resultado e elaboração das demonstrações contábeis (Balanço


Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício), transcrevendo-se estas
demonstrações no livro Diário.

2. LANÇAMENTOS
Lançamento
Ex.: Compra de um veículo à vista, no dia 01/04/02, conforme NF nº 51, no valor de
$ 700.000, emitida pela MARELA.

Veículos
a Caixa ......................... $ 700.000

Fórmulas de Lançamento

1ª - Fórmula Simples – apenas uma conta é debitada e uma única conta é creditada.

Ex.: compra de uma bicicleta, à vista, por $ 1.000


Veículos
a Caixa ......................... $ 1.000

2ª - Fórmula Composta - apenas uma conta é debitada e mais de uma conta é


creditada.
Ex.: compra de uma bicicleta por $ 1.000, pagando-se $ 500 com cheque do Banco
do Brasil e aceitando uma duplicata pelo restante, $ 500.
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Veículos
a Diversos
a Banco c/ Movimento .. $ 500
a Duplicatas a Pagar...... $ 500 $ 1.000

3ª - Fórmula Composta - mais de uma conta é debitada e uma única conta é


creditada.
Ex.: Integralização do capital Social no valor de $ 15.000, sendo $ 5.000 em móveis
e $ 10.000 em dinheiro.

Caixa ........................... $ 10.000


Móveis e Utensílios.... $ 5.000
a Capital Social $ 15.000

4ª - Fórmula Complexa - mais de uma conta é debitada e mais de uma conta é


creditada.

Ex.: pagamento do aluguel do mês no valor de $ 40.000 e de uma duplicata no valor


de $ 90.000, com a utilização de $ 30.000 em dinheiro e $ 100.000 em cheque.

Despesa de Aluguel .......... $ 40.000


Duplicatas a Pagar............. $ 90.000
a Caixa ....................................................... $ 30.000
a Bancos c/ Movimento .............................. $ 100.000

Partícula “a” é apenas indicadora da contra creditada, sendo seu uso facultativo.

3. RECEITAS E DESPESAS
3.1. CONCEITOS

RECEITAS: são ingressos patrimoniais decorrentes da utilização dos recursos da


empresa e que geram gastos para a mesma. As receitas aumentam a riqueza
própria do patrimônio.

DESPESAS: são gastos executados com a finalidade de gerar receitas. As despesas


podem diminuir o ativo ou aumentar o passivo, mas sempre provocam diminuições
no patrimônio líquido. As despesas reduzem a riqueza própria do patrimônio.

RESULTADO = RECEITAS - DESPESAS


a) LUCRO -- Despesas < Receitas
b) PREJUÍZO -- Despesas > Receitas
c) NULO -- Despesas = Receitas
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Receitas e Despesas Financeiras


 Operações Financeiras são aquelas realizadas com a finalidade de CAPTAR ou
APLICAR recursos financeiros

 Dividem-se, portanto, em OPERAÇÕES ATIVAS (destinadas à aplicação de


recursos) e OPERAÇÕES PASSIVAS (praticadas com a finalidade de captação de
recursos financeiros)

RECEITAS FINANCEIRAS: correspondem aos ingressos patrimoniais originados das


aplicações de recursos financeiros, tais como:

• receitas de juros;
• descontos obtidos;
• variações monetárias ativas

DESPESAS FINANCEIRAS: correspondem aos gastos incorridos nas operações de


captação de recursos financeiros, tais como:

 despesas de juros;
 descontos concedidos;
 tarifa bancária.

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