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Cpa20 Apostila Joao Abreu PDF
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JOÃO HENRIQUE
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APOSTILA – CERTIFIAÇÃO PROFISSIONAL ANBIMA CPA-20 PROF. JOÃO HENRIQUE
Sumário
MÓDULO 1: PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA, FINANÇAS E ESTATÍSTICA (Proporção: de 5% a 10%) ............... 4
MÓDULO 2: FUNDOS DE INVESTIMENTO (Proporção: de 16% a 25%) .................................................................. 57
MÓDULO 3: DEMAIS PRODUTOS DE INVESTIMENTO (Proporção: de 17% a 25%) .............................................. 101
MÓDULO 4: TRIBUTAÇÃO (Proporção: de 5% a 10%) .......................................................................................... 191
MÓDULO 5: ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO, AUTORREGULAÇÃO, FISCALIZAÇÃO E PARTICIPANTES DO MERCADO
(Proporção: de 5% a 10%) ..................................................................................................................................... 210
MÓDULO 6: COMPLIANCE LEGAL, ÉTICA E ANÁLISE DO PERFIL DO INVESTIDOR (Proporção: de 10% a 20%).... 226
MÓDULO 7: MENSURAÇÃO, GESTÃO DE PERFORMANCE E RISCO (Proporção: de 17% a 25%).......................... 244
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................................. 271
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O produto interno bruto (PIB) representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais
produzidos numa determinada região (quer sejam países, estados ou cidades), durante um período
determinado (mês, trimestre, ano, etc). O PIB é um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia com
o objetivo de mensurar a atividade econômica de uma região. Definição WEB.
Na contagem do PIB, consideram-se apenas bens e serviços finais, excluindo da conta todos os bens de
consumo de intermediário. Isso é feito com o intuito de evitar o problema da dupla contagem, quando
valores gerados na cadeia de produção aparecem contados duas vezes na soma do PIB.
Tome por exemplo a fabricação de um carro: em relação à montadora de veículos será considerado apenas
o que ela adicionou para sua fabricação, caso contrário o aço, por exemplo, seria considerado duas vezes
para efeito do PIB. Quanto à economia informal, a partir das últimas mudanças metodológicas, anunciadas
em 2007, percebe-se que o IBGE vem fazendo um grande esforço para considerar esta importante parte da
economia nacional nos cálculos do PIB.
O PIB, calculado pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística é o conjunto da produção final de
bens e serviços realizada em um território nacional, independente da nacionalidade dos agentes econômicos
que nele atuem, em um determinado período de tempo. Desta forma, a produção realizada, por exemplo,
pela Ford (empresa americana) no Brasil, faz parte do PIB Brasileiro. Por outro lado, toda riqueza gerada no
exterior pela Petrobras, empresa brasileira, será considerada PIB do país no qual a riqueza for produzida.
PIB Nominal: é o valor dos bens e serviços medidos a preços correntes de mercado, ou seja, ele embute o
efeito inflacionário.
Valores nominais (da renda de uma pessoa, do PIB, etc.) correspondem aos valores correntes, expressos em
preços do período de observação. Ex.: o valor nominal de um salário é o valor que aparece no contracheque;
o valor nominal do PIB de 2005 é o valor resultante da soma dos valores adicionados observada no período
de análise.
PIB Real: é o valor dos bens e serviços medidos como se não houvesse inflação. Em outras palavras, o PIB
Real é calculado, multiplicando-se a quantidade de bens e serviços do momento atual pelos mesmos preços
praticados no período anterior.
Valores reais, por sua vez, são expressos a preços constantes, de forma a permitir comparações entre o
crescimento da produção de bens e serviços em períodos diferentes. É como se os valores reais nos
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permitissem ver o verdadeiro crescimento de determinada produção, renda, ou da economia como um todo,
sem o equívoco provocado por aumentos nos preços (considerados como “falso crescimento”).
Ex.: caso o valor de uma produção de laranjas, nos últimos 3 anos, seja expressa sempre a preços de 2005,
serão obtidos os aumentos (ou diminuições) reais correspondentes a produção daquele período. Da mesma
maneira, uma série de valores do PIB a preços constantes mostra a evolução da produção de bens e serviços
no período considerado, eliminando o efeito das variações de preços.
Em resumo, o PIB é um dos principais indicadores econômicos, pois representa o valor total dos bens e
serviços gerados dentro dos limites geográficos de uma economia, sinalizando, mediante sua evolução, o
nível de crescimento da economia de um país.
PIB = C + I + G + X – M
C = Consumo
Refere-se a todos os bens e serviços comprados pelas famílias e divide-se em três subcategorias: bens não
duráveis (por exemplo: alimentação), bens duráveis (por exemplo: carros e eletrodomésticos) e serviços
(cabeleireiro, convênios médicos).
I = Investimento
Consiste nos bens adquiridos para uso futuro. Essa categoria divide-se em duas subcategorias:
Investimento fixo das empresas: formação bruta de capital fixo, ou seja, aquisição de bens duráveis
no mercado ou produzidos por conta própria, para serem utilizados em unidades de produção, por
período superior a um ano, com a finalidade de aumentar a capacidade produtiva do país;
Variação de estoques: representa diferença entre as entradas e saída de mercadorias no estoque
durante o período considerado quer sejam matérias-primas, produtos semi-elaborados ou produtos
acabados, que não façam parte do capital fixo e que, no momento da apuração, encontre-se em
poder das unidades de produção.
G = Despesa do Governo
São os bens e serviços adquiridos pelos governos federal, estadual ou municipal, como por exemplo,
aquisição de bens e serviços, obras públicas, etc.
X = Exportações
M = Importações
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INFLAÇÃO
Os índices de inflação mostram o comportamento da variação dos preços de uma cesta de bens e serviços.
Existem, no Brasil, diferentes índices de inflação, porém, dificilmente um índice vai refletir exatamente a sua
inflação, aquela que afeta o seu bolso.
A inflação pode ser definida com sendo um aumento contínuo e generalizado no nível de preços em uma
economia. Entre as causas da inflação, podemos destacar:
Inflação de demanda
Ocorre quando há um excesso de demanda agregada, em relação ao nível de produção disponível de bens e
serviços. O nível de oferta não atende a demanda existente, consequentemente, há um aumento nos preços
dos bens.
A probabilidade de ocorrer este tipo de inflação é maior quando a economia está em crescimento, próximo
ao pleno emprego de recursos. O governo pode agir direta ou indiretamente sobre este tipo de inflação:
a) A atuação direta ocorre quando ele, o principal comprador de bens e serviços, reduz os seus gastos,
implantando uma política fiscal restritiva;
b) A atuação indireta ocorre quando o governo busca reduzir o consumo e o crédito, por meio de
instrumentos de política monetária.
Inflação de custos
O nível de demanda permanece o mesmo, mas o aumento nos custos de produção ou de insumos é
repassado para o preço final dos bens.
Ocorre devido à inflação de demanda. O aumento na demanda provoca aumento na produção. As empresas
buscam mais mão-de-obra e matérias-primas no mercado, o que poderá levar a um aumento nos custos de
produção, que serão repassados aos preços finais.
Aumento de preços, devido a pressões autônomas, causadas por alguns grupos econômicos, como sindicatos
e grandes empresas, que detêm o controle de parcela significa da atividade econômica (oligopólio).
Em um processo intenso de inflação, a deterioração da moeda desestimula a aplicação de recursos no
mercado financeiro. A poupança e os títulos sofrem retração e os agentes são incentivados a aplicar recursos
em imobilizados (com bens imóveis), para ter a garantia de valorização.
IPCA e IGP-M
IPCA
O IPCA é o índice utilizado pelo Banco Central do Brasil para o acompanhamento dos objetivos estabelecidos
no sistema de metas de inflação.
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Utilizado como referência para meta de inflação definida pelo CMN para o Copom (índice oficial de inflação
do Brasil).
Cabe ao governo estabelecer o nível de taxa de juros que atenda aos objetivos do agente superavitário e do
agente deficitário, ao mesmo tempo em que mantém a inflação sobre controle.
IGP-M
Índice Geral de Preços do Mercado, também produzido pela FGV, com metodologia igual à utilizada no
cálculo do IGP-DI. A principal diferença é que, enquanto este abrange o mês fechado, o IGP-M é pesquisado
entre os dias 21 de um mês e 20 do mês seguinte.
Foi criado por solicitação de entidades do setor financeiro que, diante das mudanças frequentes promovidas
pelo governo nos índices oficiais de inflação na década de 80, desejavam um índice com mais credibilidade
e independência. O contrato de prestação de serviços entre essas entidades e a FGV foi celebrado em maio
de 1989.
O IGP-M/FGV analisa as mesmas variações de preços consideradas no IGP-DI/FGV, ou seja, o Índice de Preços
por Atacado (IPA), que tem peso de 60% do índice, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de
30% e o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), representando 10% do IGP-M.
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INCC- M Índice Nacional de Entre o dia 21 do Materiais, equipamentos e Belo Horizonte; Brasília;
Custo da mês anterior ao de serviços, mão-de-obra, Porto alegre; Recife; Rio
Construção - referência e o dia 20 Estrutura, Instalações, de Janeiro; Salvador; e
Mercado do mês de acabamento São Paulo
referência
Observações:
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TAXA DE CÂMBIO
Taxa de câmbio é o preço de uma moeda estrangeira medido em unidades ou frações (centavos) da moeda
nacional. No Brasil, a moeda estrangeira mais negociada é o dólar dos Estados Unidos, fazendo com que a
cotação comumente utilizada seja a dessa moeda. Assim, quando dizemos, por exemplo, que a taxa de
câmbio é 1,80, significa que um dólar dos Estados Unidos custa R$ 1,80. A taxa de câmbio reflete, assim, o
custo de uma moeda em relação à outra. As cotações apresentam taxas para a compra e para a venda da
moeda, as quais são referenciadas do ponto de vista do agente autorizado a operar no mercado de câmbio
pelo Banco Central.
As taxas de câmbio praticadas no mercado de câmbio brasileiro são livremente negociadas entre os agentes
e seus clientes e são amplamente divulgadas pela imprensa. O Banco Central do Brasil divulga, em sua página
na internet, cotações diárias para as diferentes moedas.
Nos últimos anos, o regime cambial predominantemente adotado na maioria dos países, inclusive o Brasil,
tem sido a flutuação suja, que consiste na flutuação da taxa de câmbio, mas sempre dentro de certos limites,
normalmente estabelecidos pela autoridade monetária de cada país (Banco Central), que, quando
necessário, intervém no mercado, geralmente comprando ou vendendo moeda estrangeira (leia-se dólares),
para assegurar que não haja desvalorização nem sobrevalorização “excessiva” da moeda nacional.
Atualmente, porém, a flutuação do câmbio tem sido cada vez menos livre e cada vez mais suja, isto é,
determinada pela intervenção dos bancos centrais nos mercados de câmbio, não refletindo,
frequentemente, as reais condições econômicas de um país.
O Banco Central coleta e divulga as taxas médias praticadas no mercado interbancário, isto é, a taxa média
do dia apurada com base nas operações realizadas naquele mercado, conhecida por "taxa PTAX", a qual
serve como referência, e não como taxa obrigatória.
Obs.: Todas as operações de câmbio devem ter registro obrigatório no SISBACEN pelas instituições
autorizadas a atuar pelo BACEN.
O SELIC – Sistema Especial de Liquidação e Custódia, criado em outubro de 1979, é um sistema eletrônico
onde se registram, custodiam, negociam e liquidam títulos públicos federais e os estaduais e municipais
emitidos até 1992. Já as taxas, “tomam emprestado” o nome do Sistema onde estes títulos são negociados.
Em média, a cada 40 dias o COPOM - Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil se reúne e
define a taxa básica de juros da economia. Esta taxa é conhecida como Selic-meta, uma vez que a
efetivamente praticada pelo mercado é denominada de Selic-over ou Selic-diária.
Quando o BACEN determina Selic-meta, ele na verdade está informando ao mercado qual é a taxa que
gostaria que fosse praticada. Ela é apenas um balizador, pois é a acordada na reunião do Copom e que será
levada para leilão, negociação, dentro do sistema selic.
Já a Selic-diária ou Selic-over é um pouco diferente da estabelecida pelo Copom, apesar de muito próxima,
pois é determinada pela oferta e demanda por títulos nas operações de mercado aberto. É determinada pela
média ponderada do volume de negócios realizados durante o dia entre as instituições financeiras e estas e
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o Bacen. Em outras palavras, esta é a taxa de financiamento no mercado interbancário (operações entre
bancos) para operações de um dia, também conhecida como overnight.
A Selic-diária não é uma taxa fixa e varia praticamente todos os dias, sempre dentro de um intervalo muito
pequeno, tendendo a se aproximar da Selic-meta. Se a taxa diária começa a descolar muito da meta
estabelecida pelo Copom, o Banco Central atua no mercado objetivando aproximá-la da meta estabelecida.
Obs.: A Selic-over pode ser alterada diariamente (dias úteis), pois se trata de uma média das taxas de
negociação dos TPF, enquanto que a Selic-meta só é alterada pelo Copom, através de reuniões ordinárias
ou extraordinárias.
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É utilizada para a remuneração da poupança, de títulos de renda fixa, contratos de crédito imobiliário, dos
títulos da dívida agrária (TDA) e do FGTS.
Política Monetária
Política Monetária pode ser definida como o controle da oferta da moeda e das taxas de juros de curto prazo
que garanta a liquidez ideal de cada momento econômico.
O depósito compulsório sobre depósitos à vista e sobre os recursos de terceiros regula o multiplicador
bancário, imobilizando, de acordo com a taxa de recolhimento de reserva obrigatória fixada pelo CMN, uma
parte maior ou menor dos depósitos bancários e dos recursos de terceiros que neles circulem (títulos em
cobrança, tributos recolhidos, garantias de operações de crédito), restringindo ou alimentando o processo
de expansão dos meios de pagamentos.
Atualmente existem 3 tipos de compulsórios: compulsório sobre depósito à vista, depósito à prazo e
poupança.
Obs.: Uma elevação na alíquota do depósito compulsório provoca uma redução da liquidez e uma elevação
nas taxas de juros.
O redesconto ou empréstimo de liquidez é o socorro que o BC fornece aos bancos para atender às suas
necessidades momentâneas de caixa. É, em tese, a última linha de atendimento aos furos de caixa das
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instituições monetárias. Por meio desse instrumento, os meios de pagamento podem ser reduzidos ou
expandidos, de acordo com os critérios estabelecidos pelo BC.
As operações de mercado aberto são o mais ágil instrumento da política monetária de que dispõe o BC, pois,
através delas, são, permanentemente, regulados a oferta monetária e o custo primário do dinheiro na
economia referenciado na troca de reservas bancárias por um dia, através das operações de overnight.
Os dois primeiros objetivos são alcançados pelo mercado primário, no qual o BC negocia diretamente com
as instituições financeiras, alterando a posição de reservas das instituições monetárias, bem como o volume
e o preço do crédito.
Os dois últimos são alcançados pelo mercado secundário, entre instituições financeiras, no qual o BC
intervém, através de sues dealers, que são as instituições financeiras especializadas na negociação de títulos
públicos e autorizadas pelo BC para agir em seu nome, de forma a agilizar as condições de liquidez da
economia.
Compra líquida de títulos públicos pelo BC, com aumento do volume de reservas bancárias e
consequente aumento de liquidez do mercado e queda da taxa de juros primária (Resgate de Títulos);
Venda líquida de títulos públicos pelo BC, com diminuição do volume de reservas bancárias e
consequente redução de liquidez do mercado e aumento da taxa de juros primária (Colocação de
Títulos).
O controle e a seleção de crédito constituem um instrumento que impõe restrições ao livre funcionamento
das forças de mercado, pois estabelece controles diretos sobre o volume e o preço do crédito.
Tal contingenciamento do crédito pode ser feito por: controle do volume e destino do crédito; controle das
taxas de juros; fixação de limites e condições dos créditos.
Ele pode estender-se não só aos bancos comercias, mas, também, às outras instituições financeiras não-
monetárias, atingindo outros passivos financeiros que não sejam representados pela moeda.
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Metas de Inflação
A partir do segundo semestre de 1999, a política monetária passou a ser subordinada ao conceito de Inflation
Targeting ou Meta de Inflação.
Suas sistemáticas são estabelecidas por decreto presidencial e servem como diretriz para a política
monetária, além de calibrar a liquidez da economia de forma a assegurar o crescimento econômico
sustentado.
Assim, por lei, o BC tem a obrigação de usar todos os meios necessários de política monetária para a
obtenção desta metas. Uma vez estabelecidas, elas não podem ser alteradas, seja por choques externos ou
internos.
O índice escolhido para referência de inflação é o IPCA do IBGE, sem qualquer tipo de expurgo. A meta de
inflação definida pelo CMN tem um intervalo de tolerância para cima e para baixo, inicialmente estabelecido
em 2%.
Como países que já utilizam este modelo, com suas variações específicas, podemos citar África do Sul,
Austrália, Canadá, Chile, Colômbia, Coréia do Sul, Finlândia, Israel, Inglaterra, México, Nova Zelândia, Peru,
Polônia, República Tcheca, Suécia, Suíça e Tailândia.
Graças a este relatório, o sistema de metas fica transparente para o público e gera a confiança e a
participação necessárias ao seu sucesso, de forma que toda a sociedade dê sua contribuição possível para a
convergência à meta de inflação.
TEXTO EXTRAÍDO DO LIVRO MERCADO FINANCEIRO – PRODUTOS E SERVIÇOS - Págs 57 e 58. 18ª EDIÇÃO – Eduardo Fortuna.
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Desde 1996, o Regulamento do COPOM sofreu uma série de alterações no que se refere ao seu objetivo,
periodicidade das reuniões, composição, atribuições e competências de seus integrantes. Essas alterações
visaram não apenas a aperfeiçoar o processo decisório no âmbito do Comitê, como também refletiram as
mudanças de regime monetário.
Destaca-se a adoção pelo Decreto 3.088, em 21 de junho de 1999, da sistemática de “metas para a inflação”
como diretriz de política monetária. Desde então, as decisões do COPOM passaram a ter como objetivo
cumprir as metas para a inflação definidas pelo Conselho Monetário Nacional. Segundo o mesmo Decreto,
se as metas não forem atingidas, cabe ao presidente do BC divulgar, em carta aberta ao Ministro da Fazenda,
os motivos do descumprimento, bem como as providências e prazo para o retorno da taxa de inflação aos
limites estabelecidos.
Formalmente, os objetivos do COPOM são “estabelecer diretrizes de política monetária, definir a meta da
taxa Selic e seu eventual viés, e analisar o Relatório de Inflação”. A taxa de juros fixada na reunião do COPOM
é a meta para a taxa Selic (taxa média dos financiamentos diários, com lastro em títulos federais, apurados
no Sistema Especial de Liquidação e Custódia), a qual vigora por todo o período entre reuniões ordinárias do
Comitê. Se for o caso, o COPOM também pode definir o viés, que é a prerrogativa dada ao presidente do
Banco Central para alterar a meta para a taxa Selic a qualquer momento entre as reuniões ordinárias.
O calendário de reuniões do COPOM de um ano é divulgado previamente até o final do mês de outubro do
ano anterior. Assim, desde o ano de 2006, as reuniões ordinárias do COPOM, cerca de oito por ano, ocorrem,
mais ou menos, a cada 45 dias. Elas dividem-se em dois dias, sendo a primeira sessão às terças-feiras e a
segunda às quartas-feiras, quando é anunciada a decisão.
O COPOM é composto pelos oito membros da Diretoria Colegiada do BC, com direito a voto, sendo presidido
pelo presidente do Banco Central, que tem o voto de qualidade.
Também integram o COPOM os chefes dos Departamento Econômico, Departamento de Operações das
Reservas Internacionais, Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos,
Departamento de Operações do Mercado aberto e Departamento de Estudos e Pesquisas do BC.
Os chefes de departamento, ou seus eventuais substitutos, participam apenas do primeiro dia de reuniões,
sem direito a voto. Integram ainda a primeira sessão de trabalhos três consultores da Diretoria do BC,
indicados pelo presidente, e o secretário-executivo da Diretoria, o assessor especial, o assessor de imprensa
e, sempre que necessário, outros chefes de departamento convidados a discorrer sobre assuntos de suas
áreas.
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No primeiro dia de reuniões, os chefes de departamento apresentam uma análise da conjuntura abrangendo
inflação, nível de atividade, evolução dos agregados monetários, finanças públicas, balanço de pagamentos,
ambiente externo, mercado doméstico de câmbio, operações com as reservas internacionais e avaliação
prospectiva das tendências da inflação.
No segundo dia, o diretor de Política Monetária apresenta propostas de diretrizes de política monetária e
alternativas para a taxa de juros, baseadas na avaliação da conjuntura. Em seguida, os demais membros da
Diretoria Colegiada fazem suas ponderações e apresentam eventuais propostas alternativas. Ao final,
procede-se à votação das propostas, buscando-se, sempre que possível, o consenso. Ao término da reunião,
ao mesmo tempo em que a decisão final é divulgada à imprensa, a partir das 18 horas, é expedido
comunicado através do Sistema de Informações do Banco Central – Sisbacen, que informa a nova meta da
taxa Selic e seu eventual viés.
Oito dias após o fim de cada reunião do COPOM, às quintas-feiras da semana seguinte à da reunião, é
divulgado o documento Notas da Reunião do COPOM na página do Banco Central na Internet e aos
jornalistas através da Assessoria de Imprensa. A ata da reunião avalia detidamente a decisão tomada pelo
Comitê, tendo como foco a diretriz de transparência e prestação de conta à sociedade. Para reforçar o
compromisso com a transparência, se a decisão do Comitê não tiver sido consensual, as opiniões alternativas
dos membros da Diretoria são destacadas.
No último dia de cada trimestre civil (março, junho, setembro e dezembro), é publicado o Relatório de
Inflação, que explicita as condições da economia que orientaram as decisões do COPOM em relação à
condução da política monetária.
Para o sistema financeiro, a política monetária é fundamental, já que é pelos seus canais de transmissão que
todas as decisões se refletirão na economia. Todos os instrumentos de política monetária, de uma forma ou
de outra, são transferidos para a sociedade por meio do sistema financeiro.
TEXTO EXTRAÍDO DO LIVRO MERCADO FINANCEIRO – PRODUTOS E SERVIÇOS - Págs 58 e 59. 18ª EDIÇÃO – Eduardo Fortuna.
Política Fiscal
É a política de receitas e despesas do governo. Envolve a definição e a aplicação da carga tributária exercida
sobre os agentes econômicos, bem como a definição dos gastos do governo, que tem como base os tributos
captados.
Tem forte impacto sobre a política monetária e, especificamente, sobre o crédito, à medida que os prazos
de recolhimento de impostos afetem o fluxo de caixa dos agentes econômicos.
Do ponto de vista de sua integração com as políticas monetária e cambial, uma política fiscal adequada deve
permitir neutralizar o endividamento interno do Tesouro através de um superávit fiscal primário que,
inclusive, gere recursos para a aquisição dos títulos anteriormente emitidos.
Para aumentar as receitas, é necessária uma Reforma Tributária que melhore a capacidade arrecadadora.
Para reduzir as despesas, uma Reforma Administrativa que diminua salários e custeio e uma política
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monetária mais suave que trabalhe com taxas de juros menores. A Reforma da Previdência poderá ajudar
tanto na redução do custo quanto no aumento da receita.
Caso o Governo Federal gaste mais do que arrecada, ele será obrigado a recorrer ao endividamento,
absorvendo recursos do setor privado e prejudicando a formação da poupança interna necessária ao
financiamento do investimento produtivo.
Assim, é sempre importante lembrar que um quadro fiscal deficitário representa um constrangimento à
política monetária. Ou seja, a redução significativa das taxas de juros está atrelada ao equacionamento do
déficit público.
Para compensar suas dificuldades financeiras e garantir superávit primário, o Governo Federal adota a
prática de criar Fundos que o livre das amarras do Orçamento da União.
A partir de 09/98, com a criação da Comissão de Controle e Gestão Fiscal (CCF), o governo tornou obrigatória,
por lei, a obtenção de superávit primário no âmbito do Governo Federal.
TEXTO EXTRAÍDO DO LIVRO MERCADO FINANCEIRO – PRODUTOS E SERVIÇOS - Págs 60 e 61. 18ª EDIÇÃO – Eduardo Fortuna.
1.1.4. Política Cambial: cupom cambial, reservas internacionais, regimes de taxa de câmbio.
Relações e conceitos
Política Cambial
A política cambial, entretanto, deve ser cuidadosamente administrada no que tange ao seu impacto sobre a
política monetária. Um desempenho muito forte das exportações pode ter grande impacto monetário
porque o ingresso de divisas significa conversão para reais e expansão da emissão da moeda, que tem
enorme efeito inflacionário futuro.
Idêntica expansão acontece quando cresce o volume de recursos captados pela emissão de títulos no
exterior, seja através de bônus ou commercial papers, seja pela entrada de recursos para aplicação em bolsas
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Assim, o aumento na pressão da oferta monetária via câmbio (compras financeiras e exportações) prejudica
o controle dos juros, aumentando inclusive o custo do governo, que é obrigado a aumentar a dívida pública
mobiliária (em títulos) para enxugar a moeda que entra em circulação pela troca de dólares em reais.
Tal fato faz crescer o volume de reservas em dólar no BC, cuja remuneração no exterior é menor do que o
custo do carregamento interno da correspondente dívida em títulos. A perda quantitativa resultante deve
ser constantemente analisada vis-à-vis os ganhos qualitativos e de credibilidade no exterior em função do
tamanho das reservas em moeda estrangeira.
Todo esse conjunto pode ser agravado pelas operações especulativas de venda de dólares virtuais nos
mercados de derivativos, seja no Brasil ou no Exterior.
A menos que o BC decida deixar circulando na economia os reais que correspondem à entrada de dólares,
ou a menos que o real se torne uma moeda com plena conversibilidade (com as pessoas, as empresas e
instituições nacionais, incluindo o Tesouro Nacional, sendo autorizadas a manter contas em dólares no País),
não há como evitar o aumento do endividamento interno quando os dólares são internalizados no País.
Em resumo, para o Brasil, uma boa política cambial deverá permitir um elevado volume de fluxo de moeda
com o exterior nos dois sentidos (exportação, importação, compras e vendas financeiras), garantindo que os
eventuais déficits em transações correntes sejam assegurados pelo conjunto de financiamentos externos,
quer seja na forma de investimentos diretos nas privatizações, nas multinacionais, colocação de bônus,
linhas de crédito de exportação/importação, em crédito de fornecedores.
O Cupom Cambial foi elemento fundamental na antiga (até 15/01/99) política cambial de taxas
administradas, mas de importância relativa na atual política cambial de taxas flutuantes. Ele nada mais é do
que a remuneração efetiva de dólares convertidos em reais e aplicados no mercado financeiro brasileiro em
um título que renda correção cambial mais uma taxa de juros, no caso, o cupom cambial. O valor do cupom
cambial vai determinar o interesse do investidor estrangeiro em aplicar seus recursos no Brasil vis-à-vis o
ganho que poderia obter em seu país, levando em conta o risco de crédito em aplicar aqui. O título do
Tesouro que tem essas características é a NTN-D. Para o investidor nacional que aplica em reais, a
remuneração desse título deve ser competitiva com os demais títulos do Tesouro – Lei do Preço Único ou
princípio da Não Arbitragem -, e a correção cambial, se negativa (valorização do real), pode representar uma
perda para o título, caso o valor do cupom cambial não seja suficiente para compensá-lo.
Exemplo:
Supondo que a remuneração dos títulos nos quais são aplicados os recursos
dos investidores estrangeiros seja de 20,69% ao ano e a variação cambial,
no mesmo período, de 7,7% a.a. (0,62% ao mês), o valor bruto do cupom
cambial deverá ser de 1,2069/1,077, ou seja, 12,06% a.a.
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A taxa do cupom cambial varia conforme a oferta e a procura por dólar ou hedge em dólar. Se houver uma
pressão vendedora de títulos lastreados em dólar, a tendência do cupom é subir, pois o vendedor estará
dando um prêmio ou juros maiores para atrair o comprador.
Se houver uma pressão compradora (como aconteceu com a liberação do dólar em 15/01/99), a tendência
é baixar o prêmio, pois os compradores estarão procurando título e hedge cambial em dólar, e os juros
pagos pelo cupom cambial podem até se tornar negativos.
No Brasil, as taxas de câmbio variam em função da oferta e da procura de determinada moeda estrangeira,
ou seja, o regime de câmbio é FLUTUANTE.
A mudança fundamental introduzida pelo câmbio flutuante é que nele é o próprio mercado financeiro, e não
o governo com seus títulos cambiais, quem deve fornecer o hedge cambial a quem o necessitar, tirando o
governo deste risco. Tal fato só não ocorrerá se existirem condições especulativas motivadas por algum
fator, como, por exemplo, uma taxa de juro interna dos títulos públicos federais muito elevada vis-à-vis os
mesmos títulos no exterior, o que permitiria ganhos imediatos de arbitragem para o capital estrangeiro.
Nesse caso haveria a necessidade de intervenção do BC para conter uma valorização excessiva da taxa de
câmbio flutuante.
Na verdade, o BC intervém no mercado de câmbio em apenas três circunstâncias: (i) para formar reservas
cambiais; (ii) para corrigir um desequilíbrio localizado e momentâneo de liquidez; e (iii) para conter
volatilidades excessivas capazes de atrapalhar o funcionamento normal do mercado.
Por essas razões, dissemos que o Brasil adota um regime de Política Cambial Flutuante Suja.
TEXTO EXTRAÍDO COM ADAPTAÇÃO DO LIVRO MERCADO FINANCEIRO – PRODUTOS E SERVIÇOS - Págs 64 A 67. 18ª EDIÇÃO – Eduardo Fortuna.
Reservas Internacionais
As reservas internacionais são os depósitos em moeda estrangeira dos bancos centrais e autoridades
monetárias. São ativos dos bancos centrais que são mantidos em diferentes reservas, como o dólar
americano, o euro ou o iene, e que são utilizados no cumprimento dos seus compromissos financeiros, como
a emissão de moeda, e para garantir as diversas reservas bancárias mantidas num banco central por
governos ou instituições financeiras.
As reservas dão aos bancos centrais um meio adicional para estabilizar a emissão de moeda, para minimizar
volatilidade, e para proteger o sistema monetário de choques, como os que ocorrem quando especuladores
compram e vendem moeda em um espaço curto de tempo. Grandes reservas são quase sempre um sinal de
que o país detentor é capaz de suportar turbulências econômicas. Um nível baixo ou em queda pode ser um
indicativo de que uma corrida bancária contra a moeda local é iminente ou de que um "calote" é provável,
configurando uma crise monetária.
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As reservas atuais do Brasil, posição 19.05.2016, estão em mais de US$ 374,8 bilhões, o que nos dá um certo
conforto para enfrentamento de crises internacionais.
Contas Externas
As contas externas são aquelas que demonstram o resultado de todas as transações do Brasil com o exterior
e resulta no Saldo do Balanço de Pagamentos. Este é formado pela Balança Comercial, Transações Correntes
e Conta de Capital.
Balanço de Pagamentos
Exportações
Balança
Balança Comercial Comercial
Importações
Inclui basicamente as
exportações e as importações Balança de
de mercadorias. Juros e Lucros
Serviços
Dividendos e Royalties
Transferências
Unilaterais Fretes e Seguros
+ Empréstimos
Capitais de Risco
Saldo do Balanço
de Pagamentos
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BALANÇO DE PAGAMENTOS
Conceitos
É a contabilização sistemática das transações econômicas dos residentes de um país com o resto do mundo.
Para sua finalidade, não importa o tipo de agente envolvido na transação, se governo, empresa, entidade ou
indivíduo.
BP = TC + CA
TC = BC + BS + TU
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Contas que representam modificações nos direitos e obrigações de residentes no país para com não
residentes. Incluem:
Observe os diferentes itens do Balanço de Pagamentos: O ‘serviço da dívida” nada mais é do que os juros
que o país paga aos seus credores externos (item b das transações correntes).
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RESUMO:
É uma taxa referente a um período que não coincide com o período de capitalização dos juros. A taxa
nominal não corresponde, de fato, ao ganho/custo financeiro do negócio. Geralmente, tem periodicidade
anual e aparece em contratos financeiros.
Lembre-se, na taxa nominal emprega-se uma unidade de tempo que não coincide com a unidade de tempo
dos períodos de capitalização!
Exemplo 1:
Veja bem: A taxa nominal é muito utilizada no mercado, quando da formalização dos negócios. Não é,
porém, utilizada diretamente nos cálculos, por não corresponder, de fato, ao ganho/custo financeiro do
negócio.
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Você deve estar pensando: “Então como é que se chama a taxa que representa o efetivo ganho/custo
financeiro do negócio?”
É a taxa efetiva.
É a taxa que corresponde, de fato, ao ganho/custo financeiro do negócio. Toda taxa, cuja unidade de tempo
coincide com o período de capitalização dos juros, é uma taxa efetiva.
Exemplo 2:
Exemplo 3:
Ie = in = 36 = 3
K 12
Exemplo 4:
Ie = 48 = 24
2
Ie = 24% ao semestre (taxa efetiva do período de capitalização, neste caso, semestral)
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Exemplo 5:
Ie = 10 = 2,5
4
Ie = 2,5% ao trimestre (taxa efetiva do período de capitalização, neste caso, trimestral)
Exemplo 6:
Exemplo 7:
Ie = 2 = 2 x 30 = 60
1/30
Ie = 60% ao mês(taxa efetiva do período de capitalização, neste caso, mensal)
b) A partir de uma outra taxa efetiva, cuja unidade de tempo é diferente do período de capitalização dos
juros.
Exemplo 8:
A partir da taxa efetiva de 3% a.m., obtida no exemplo 3, determinar a taxa anual equivalente.
Observe que estamos partindo de uma taxa efetiva para outra taxa efetiva equivalente à primeira.
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Vejamos:
ie equivalência ie
nd/nc
ie = 3% a.m.
nd = 1 ano = 12 meses ie = 1 + ic - 1 x 100
nc = 1 mês 100
Utilizando a HP12C
1 enter
3 enter 100 divide + 12/1
12 enter 1 divide y elevado X ie = 1+3 -1 x 100
1 menos 100 x 100
Ie = 42,58% ao ano
Esta é a taxa efetiva anual equivalente à taxa efetiva de 3% a.m. e corresponde à taxa nominal de 36% ao
ano, com capitalização mensal.
in ie ie
12/1
6 1+ 0,5 -1 x 100
12 100
Note que a taxa efetiva anual (6,17% a.a.), equivalente à taxa efetiva de 0,5% a.m., é maior do que a taxa
nominal original (6% a.a.), já que a equivalência é feita em regime de juros compostos.
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Exemplo 9:
Dada a taxa de 60% a.a., com capitalização bimestral, calcule a taxa efetiva ao ano.
12/2
ie = 1 + 10 - 1 x 100 =
100
Resumindo:
Exemplo 10:
Se considerarmos que um valor aplicado em certo fundo de investimento, obteve 15% de lucro no ano de
2012. Se considerarmos também, que a inflação acumulado no ano de 2011 foi de 4,5%, assim o ganho REAL
deste cliente foi inferior ao lucro NOMINAL (aparente).
Para calcular a taxa Real, não podemos apenas subtrair a inflação e sim utilizar a fórmula de Fisher.
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Pergunta: Em uma aplicação financeira o ganho nominal pode ser igual ao ganho real?
Resposta: Sim, quando a inflação for igual a zero.
Pergunta: Em uma aplicação financeira o ganho real pode ser superior ao ganho nominal?
Resposta: Sim, quando a inflação for inferior a zero, ou seja, houver deflação.
Exemplo:
3% ao mês é proporcional a 36% ano (3 x 12 meses)
24% ao semestre é proporcional a 4% ao mês (24/6)
12% ao ano é proporcional a 2% ao semestre (12/6)
Obs.: Para calcular a taxa proporcional, basta multiplicar ou dividir a taxa de juros proporcionalmente a
relação entre os períodos em que as taxas estão compreendidas.
12/1
ieq = 1+2 - 1 x 100 ieq = 26,82% a.a.
100
1/6
Ieq = 1 + 18 -1 x 100 ieq = 2,80% a.m.
100
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Definições:
Capitalização Simples: Juros incide apenas sobre o capital. Não há “juros sobre juros”.
Capitalização Composta: Juros incide sobre o capital acrescido os juros do período anterior. Existe a
cobrança dos “juros sobre juros”.
JUROS SIMPLES:
FV = PV (1 + i x n)
Exemplo 1:
Qual o montante produzido por um investimento de R$ 10.000,00 aplicados a uma taxa de 1% ao mês após
10 meses?
FV = 11.000,00
Exemplo 2:
Qual o montante produzido por um investimento de R$ 10.000 aplicados a uma taxa de 12% ao ano após 6
meses?
FV = 10.000 (1 + 0,12 x 6 )
12
FV = 10.600,00
JUROS COMPOSTO:
n
FV = PV (1 + i)
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Exemplo 1:
Qual o montante produzido por um investimento de R$ 10.000,00 aplicados a uma taxa de 1% ao mês após
10 meses?
10
FV = 10.000 (1 + 0,01)
FV = 11.046,22
Exemplo 2:
Qual o montante produzido por um investimento de R$ 10.000 aplicados a uma taxa de 12% ao ano após 6
meses?
6/12
FV = 10.000 (1 + 0,12)
FV = 11.583,01
Observações:
A Matemática Financeira, portanto, nos permite comparar fluxos de caixas distintos para identificarmos a
melhor alternativa de empréstimo, investimento ou financiamento.
Ao fazermos uma pesquisa de preços, por exemplo, para aquisição de uma televisão, encontramos diversas
alternativas de pagamento nas várias lojas pesquisadas:
- somente à vista
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Somente poderemos dizer qual é a melhor opção de compra, se analisarmos cada fluxo de caixa e
transformarmos cada proposta em seu valor equivalente à vista.
A Matemática Financeira dá as “ferramentas” básicas que nos permitem comparar diferentes alternativas
de investimento de um mesmo período.
Na fórmula S = P (1 + I) n , o principal P é também conhecido como Valor Presente (PV = present value) e o
montante S é também conhecido como Valor Futuro (FV = future value).
Quando procuramos o Valor Presente (PV) estamos realizando uma operação de descapitalização a partir
de um valor futuro (FV).
FV (conhecido)
PV (desconhecido)
0 1 2 ..... n períodos
FV
PV =
(1 + 𝑖)𝑛
Quando procuramos o Valor Futuro (VF) estamos realizando uma operação de capitalização a partir de um
valor presente (PV)
PV (conhecido) FV (desconhecido)
0 1 2....... n períodos
FV = PV (1 + 𝑖)𝑛
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Taxa de Desconto
Em finanças, chama-se desconto à diferença entre o Valor Nominal de um título (Valor Futuro) “VF” e o Valor
Presente ou Atual “VP” deste mesmo título [D = VF – VP]. Há dois tipos básicos de descontos: Comerciais
(por fora) ou Racionais (por dentro). Define-se desconto como sendo o abatimento que o devedor faz jus
quando antecipa o pagamento de um título ou quando o mesmo é resgatado antes de seu vencimento, ou
ainda, como sendo o juro cobrado por um intermediário para antecipar o recebimento de um título, que
representa um direito de crédito futuro. É uma operação tradicional no mercado financeiro e no comércio
em geral.
Existem dois títulos (NTN-B e NTN-F) que pagam cupons de juros durante a vigência do título. Para quem
ainda não sabe o que são os cupons, é preciso entender algo bem simples.
Por conta disso, no momento que resgatamos nosso dinheiro investido, recebemos o que investimentos +
algum rendimento. Ou seja, recebemos o principal + juros.
Com os títulos públicos funciona da mesma forma. Se o título não paga cupons semestrais, recebemos, no
vencimento do título (ou quando vendermos antes do prazo), o montante que investimos (principal)
acrescido dos juros do período.
Caso o título pague cupons de juros semestralmente, a única diferença é que receberemos os juros
acumulados a cada seis meses e, no vencimento do título, receberemos apenas o principal.
Existem algumas vantagens em receber os juros ao longo do tempo, ao invés de receber tudo apenas no
vencimento.
A primeira vantagem é a geração de fluxo de caixa. Ao receber parte do investimento ao longo do tempo, é
possível ter acesso a um dinheiro extra sem a necessidade de vender parte dos títulos. Se esse dinheiro não
precisar se usado no momento, basta reinvesti-lo.
Outra vantagem é a possibilidade de realocar parte do seu capital em investimentos mais interessantes no
momento do pagamento dos cupons. Num cenário de queda acentuada da inflação, talvez o investimento
em NTN-B não seja tão atrativo.
Assim, o investidor poderia aplicar os cupons pagos em outros títulos (ou até mesmo outros ativos), sem a
necessidade de vender seus títulos.
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Obrigação que não paga juros periódicos, sendo vendida a um preço abaixo do par, por forma a proporcionar
aos investidores uma compensação sob a forma de valorização do capital em detrimento do recebimento
regular de juros.
Um exemplo de titulo público que possui Cupom Zero é a LTN, pois este título não paga juros periódicos.
Prazo Médio (Duration): Em 1938, Frederick Macaulay criou uma forma de calcular o prazo médio para o
vencimento de títulos, que considerasse tanto o pagamento do principal no vencimento do título, como os
pagamentos dos juros nas diversas datas antes do vencimento, ponderando cada pagamento pelo seu prazo
de vencimento e dividindo o total pelo valor presente do título, de forma a permitir que títulos de diferentes
valores pudessem ser calculados.
A Duration, portanto, mede a sensibilidade de uma carteira às oscilações nas taxas de juros.
Maturity: significa o vencimento de um título (prazo final). Em finanças utilizamos muito a expressão “Yield
to Maturity”. Esse conceito de Yield to Maturity - YTM reflete o rendimento (yield) efetivo dos títulos de
renda fixa ate seu vencimento (maturity).
A Taxa Interna de Retorno (TIR), em inglês IRR (Internal Rate of Return), é uma taxa de desconto hipotética
que, quando aplicada a um fluxo de caixa, faz com que os valores das despesas, trazidos ao valor presente,
seja igual aos valores dos retornos dos investimentos, também trazidos ao valor presente.[1] O conceito foi
proposto por John Maynard Keynes, de forma a classificar diversos projetos de investimento: os projetos
cujo fluxo de caixa tivesse uma taxa interna de retorno maior do que a taxa mínima de atratividade deveriam
ser escolhidos.[1]
A TIR é a taxa necessária para igualar o valor de um investimento (valor presente) com os seus respectivos
retornos futuros ou saldos de caixa. Sendo usada em análise de investimentos, significa a taxa de retorno de
um projeto.
Utilizando uma calculadora financeira, encontramos para o projeto P uma Taxa Interna de Retorno de 15%
ao ano. Esse projeto será atrativo se a empresa tiver uma TMA menor do que 15% ao ano. A solução dessa
equação pode ser obtida pelo processo iterativo, ou seja "tentativa e erro", ou diretamente com o uso de
calculadoras eletrônicas ou planilhas de cálculo.
A taxa interna de rentabilidade (TIR) é a taxa de atualização do projeto que dá o VAL nulo. A TIR é a taxa que
o investidor obtém em média em cada ano sobre os capitais que se mantêm investidos no projeto, enquanto
o investimento inicial é recuperado progressivamente. A TIR é um critério que atende ao valor de dinheiro
no tempo, valorizando os cash-flows atuais mais do que os futuros, constitui com a VAL e o PAYBACK
atualizado os três grandes critérios de avaliação de projetos. A TIR não é adequada à seleção de projetos de
investimento, a não ser quando é determinada a partir do cash-flow relativo.
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Entre vários investimentos, o melhor será aquele que tiver a maior Taxa Interna de Retorno.
Matematicamente, a Taxa Interna de Retorno é a taxa de juros que torna o valor presente das entradas de
caixa igual ao valor presente das saídas de caixa do projeto de investimento.
A TIR é a taxa de desconto que faz com que o Valor Presente Líquido (VPL) do projeto seja zero. Um projeto
é atrativo quando sua TIR for maior do que o custo de capital do projeto.
O custo de oportunidade está, desta forma, diretamente relacionado com o fato de vivermos num mundo
de escassez. De fato, é a escassez que nos obriga a efetuar escolhas o que implica prescindirmos de
determinados bens quando optamos por outros e, portanto, implica a existência de um custo de
oportunidade sempre que tomamos uma decisão.
O custo de oportunidade pode ser também visível numa situação de escolha entre consumo presente e
consumo futuro (isto é, poupança): consumo futuro implica necessariamente sacrifício de consumo
presente, isto é, o custo de oportunidade da poupança é não mais do que a melhor opção em termos de
consumo presente.
Trata-se do retorno requerido de um ativo sem risco. No Brasil, os participantes do mercado aproximam taxa
DI ou a taxa SELIC como sendo a taxa livre de riscos, apesar da sua volatilidade não ser desprezível.
As Letras do Tesouro dos Estados Unidos (T-bills) de três meses, as quais são títulos de curto prazo emitidas
pelo Tesouro dos Estados Unidos, são normalmente consideradas ativos livre de risco.
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1.2.6.1. Conceito
O Custo de Capital Médio Ponderado (Weighted Average Cost of Capital ou WACC em inglês) é uma taxa
que mede a remuneração requerida sobre o capital investido em uma determinada empresa ou entidade
com fins lucrativos.
Essa taxa mede também o custo de oportunidade dos investidores ou credores do negócio. Os termos
"Médio" e "Ponderado" são utilizados já que nem todos os investidores e credores requerem a mesma taxa
de remuneração sobre o capital que investiram e, portanto, deve-se calcular uma média ponderada (pelo
capital investido de cada credor ou investidor) das remunerações requeridas (ou custos de capital) por cada
um dos credores e investidores.
Em finanças, alavancagem é o termo geral para qualquer técnica aplicada para multiplicar a rentabilidade
através de endividamento. O incremento proporcionado através da alavancagem também aumenta os riscos
da operação e a exposição à insolvência.
Formas comuns de conseguir alavancagem são: tomar dinheiro emprestado, comprar ativos fixos e usar
derivativos. Exemplos importantes são:
Uma sociedade anônima pode alavancar seu patrimônio líquido tomando dinheiro emprestado.
Quanto mais ela toma empréstimos, menos capital próprio ela precisa. Assim, a empresa apresentará
uma relação lucros (ou perdas) / capital proporcionalmente maior (porque a base será menor).
Uma empresa pode alavancar suas receitas comprando ativos fixos. Isso vai alavancar a proporção
de custos fixos, em relação aos custos variáveis, da empresa, e a variação da receita resultará de
maior variação nas receitas operacionais, isto é, nas receitas decorrentes da atividade principal da
empresa.
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Hedge funds frequentemente alavancam seus ativos usando derivativos. Um fundo pode obter
ganhos ou perdas sobre o valor de $20 milhões de óleo cru, depositando apenas $1 milhão como
garantia.
Portanto, só existe alavancagem financeira se a empresa possuir capital de terceiros em sua estrutura de
capital.
Alavancagem financeira corresponde à relação entre capital próprio e créditos aplicados em uma operação
financeira. Segundo Gitman, é o uso de ativos ou recursos com encargos financeiros fixos, para aumentar os
efeitos de variações do lucro antes de juros e imposto de renda sobre o lucro por ação - ou seja, para
aumentar o retorno dos acionistas da empresa. Assim, a empresa usa recursos de terceiros (basicamente,
empréstimos, debêntures, ações preferenciais, etc.) para maximizar os efeitos da variação do lucro
operacional (LAJIR) sobre os lucros por ação. Geralmente, elevações na alavancagem resultam em aumentos
de risco e de retorno; reduções na alavancagem resultam em menor risco e menor retorno.
A alavancagem financeira é positiva quando capitais de longo prazo de terceiros produzem efeitos positivos
sobre o patrimônio líquido. Os capitais de terceiros de longo prazo só são vantajosos para uma empresa
quando o retorno sobre o patrimônio líquido for superior ao retorno sobre o ativo. De nada adiantaria a uma
empresa captar recursos em longo prazo, se estes fizessem com que o retorno sobre o patrimônio líquido
recuasse à sua posição anterior à da captação. Alavancagem financeira é isso: a "alavanca" que esta captação
produz (ou não) no retorno aos acionistas.
Resumindo, uma empresa que não possui de terceiros, apenas capital próprio, é uma empresa que possui
alto WACC. Isso se deve ao fato do custo do capital próprio ser mais alto do que o custo do capital de
terceiros.
Para poder crescer mais rápido do que a geração de capital que o negócio proporciona e baixar o WACC, a
empresa começa a contrair dívidas. Isso significa que a empresa está alavancando os recursos próprios com
o uso de recursos de terceiros.
O endividamento possibilita mais crescimento e menor WACC, porém aumenta o risco de inadimplência e
por conseqüência de falência da empresa. Quanto mais alavancada, mais arriscada fica a empresa.
CT
Alavancagem =
CP
Entende-se por retorno histórico a rentabilidade passada de um ativo. A média destas rentabilidades é
conhecida como retorno esperado, representando uma expectativa futura de retorno.
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Média
Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações nos primeiros 5 dias de um determinado mês.
1º + 3%
2º + 4%
3º - 2%
4º - 1%
5º + 1%
Assim podemos calcular o “retorno médio” deste ativo, calculando a média destes valores.
3 + 4 + (-2) + (-1) + 1 5
X = = = 1%
5 5
O que acontece com a média se somou “x” em cada um dos retornos? Vamos somar 3% em cada um dos
retornos acima e tentar identificar o que vai acontecer com a média.
1º + 3% + 3% = 6%
2º + 4% + 3% = 7%
3º - 2% + 3% = 1%
4º - 1% + 3% = 2%
5º + 1% + 3% = 4%
Assim podemos calcular o “retorno médio” deste ativo, calculando a nova média.
6+7+1+2+4 20
X = = = 4%
5 5
Ou seja, notamos que a média é de 4%, exatamente 3% maior que a média anterior. Coincidência? Não,
como somamos o mesmo valor em todos os retornos, é de se esperar que a média sofra o mesmo ajuste.
Mediana
Expressa o valor que divide um conjunto de valores pela metade, ou seja, exatamente em duas partes iguais.
Requer ordenação dos valores em ordem crescente.
Se escolhermos 5 pessoas com idades de 10, 25, 32, 43 e 60 anos, ao calcularmos a mediana das idades do
grupos teremos.
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10 – 25 – 32 – 43 - 60
É a mediana das idades, porque a quantidade de
observações é ímpar.
Imagine que uma pessoa com 47 anos de idade seja incorporada ao grupo:
10 – 25 – 32 – 43 – 47 - 60
Moda
Representa o valor encontrado com maior frequência num conjunto de observações. Determina sobre qual
valor encontra-se uma maior concentração de frequência.
Exemplo:
Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações nos primeiros 5 dias de um determinado mês:
1º + 3%
2º + 4%
3º - 2%
4º - 2%
5º + 1%
A moda é – 2%.
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Variância
Consiste na média dos desvios quadrados de um dado da série, em relação á média da série. As observações
são elevadas ao quadrado para evitar o sinal negativo de alguns desvios. Quanto maior a variância, maior
será a dispersão.
Cálculo da Variância:
Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações nos primeiros 5 dias de um determinado mês:
1º + 3%
2º + 5%
3º + 7%
4º - 2%
5º + 2%
3 + 5 + 7 + (-2) + 2 15
X = = = 3%
5 5
2𝑥 = 0 + 4 + 16 + 25 + 1 = 46 = 11,5%
4 4
Desvio Padrão
A variância possui um problema de construção como medida de dispersão de dados: ela apresenta uma
unidade de medida igual ao quadrado da unidade de medida dos dados originais. Esse problema é resolvido
extraindo-se a raiz quadrada da variância, o que chamamos de desvio- padrão.
No mercado financeiro, em geral é esse o valor que é chamado de VOLATILIDADE de um ativo e utilizado
como principal medida de risco de se investir em determinado ativo.
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Ou seja, o retorno esperado nas duas carteiras são os mesmos. Qual a ação escolher então? Um investidor
racional, diante de dois ativos similares com mesmo retorno, irá escolher o de menor risco, para isso
devemos calcular o Desvio Padrão de cada ativo.
2𝑥 =√(−4 − (−1)) 2 +(−3 − (−1))2 +(1 − (−1))2 +(6 − (−1))2 + (−5 − (−1)2
4
2𝑥 =√(−2 − (−1)) 2 +(−1 − (−1))2 +(1 − (−1))2 +(−2 − (−1))2 + (−1 − (−1)2
4
Assim podemos afirmar que a ação da PETR4 possui um RISCO MAIOR para o investidor, por apresentar um
desvio-padrão maior.
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Covariância
Em geral, observa-se que quando os juros sobem, os preços das ações caem. Este comportamento sugere
que há uma covariância negativa entre as variáveis taxa de juros e preços de ações.
A Covariância é uma medida que avalia como as variáveis X e Y se inter-relacionam de forma linear, ou seja,
como Y varia em relação a uma determinada variação de X.
Quando a Covariância é positiva, duas variáveis tendem a variar na mesma direção; isto é, se uma sobe, a
outra tende a subir e vice-versa. Quando a Covariância é negativa, duas variáveis tendem a variar em
direções opostas; isto é, se uma sobe a outra tende a cair e vice-versa. Quanto mais próxima a zero for a
covariância, menor a possibilidade de se identificar um comportamento interdependente entre as variáveis.
Correlação
𝐶𝑜𝑣𝑥,𝑦
ρx,y =
𝜎𝑥 X 𝜎𝑦
O Coeficiente de correlação mostra se há relação linear entre duas séries de dados X e Y. Se o coeficiente de
correlação for igual a 1, significa que existe relação linear perfeita entre X e Y, de tal forma que se X aumenta,
Y aumenta na mesma proporção também.
Se o coeficiente de correlação for igual a – 1 significa que existe relação linear perfeita entre X e Y, de tal
forma que se X aumenta, Y diminui na mesma proporção também.
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Coeficiente de Determinação
O Coeficiente de Determinação (𝑅2 ) está relacionado com o coeficiente de correlação, pois a correlação
mostra se os pontos estão alinhados sobre a reta ou se estão dispersos. A fórmula do coeficiente de
determinação é:
𝑅2 = 2 x,y
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Considere que um fundo de investimento em ações tenha média dos retornos igual a 4% e um risco (desvio-
padrão) de 3%, então é de se esperar que os futuros retorno deste ativo estejam entre:
Você já percebeu os motivos pelos quais os contratos futuros somente são negociados em bolsa. O fluxo
diário de pagamentos necessita de controle e de garantias. Daí, a importância da câmara de compensação,
ou clearing house, no cumprimento das obrigações assumidas pelos participantes, pois ela se torna
compradora de todos os vendedores e vendedora de todos os compradores, controlando as posições em
aberto de todos participantes e realizando a liquidação de todas as operações.
Esse sistema de liquidação diária e de garantias não só permite que os hedgers utilizem os mercados futuros
com eficiência, mas também que outros investidores com objetivos distintos, como especuladores e
arbitradores, participem desse mercado por meio de grande variedade de estratégias operacionais.
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Em outras palavras, esta taxa é usada para operações de curtíssimo prazo entre os bancos, que, quando
querem tomar recursos emprestados de outros bancos por um dia, oferecem títulos públicos como lastro
(garantia), visando reduzir o risco, e, consequentemente, a remuneração da transação (juros). Esta taxa é
expressa na forma anual para 252 dias úteis.
Assim, como o risco final da transação acaba sendo efetivamente o do governo, pois seus títulos servem de
lastro para a operação e o prazo é o mais curto possível, ou apenas um dia, esta taxa acaba servindo de
referência para todas as demais taxas de juros da economia.
Os principais títulos públicos negociados no SELIC são: LFT, LTN, NTN-B, NTN-C, NTN-D, e NTN-F.
A principal vantagem desse sistema é que ele da GARANTIA (chancela) as transações processadas, através
do registro da data de origem, prazo do título, nome do emissor, etc.
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Obs.: Não faça confusão entre o SELIC com as taxas SELIC que existem no mercado (Selic Over e Selic Meta).
Todos os títulos públicos federais são liquidados e custodiados no SELIC. A transação no SELIC se dá em D +
0, os seja, em tempo real.
1.4.2. Câmara de custódia e liquidação – Cetip (Balcão Organizado de Ativos e Derivativos): conceito,
funções, benefícios para o investidor e principais títulos custodiados no Cetip: Derivativos (Termo,
Futuros, Swaps e Opções) Renda Fixa (CDB, RDB, LF e DI), Títulos Agrícolas (CPR, CRA e LCA), Títulos de
crédito (CCB), Títulos Imobiliários (CCI, CRI e LCI), Valores Mobiliário (Debêntures e NC) e, Cotas de Fundos.
A CETIP é o local onde são feitas a custódia, o registro e a liquidação financeira de todas as operações
envolvendo títulos e valores mobiliários de renda fixa das instituições privadas. São exemplos de títulos de
renda fixa privados as Debêntures, os Certificados e Recibos de Depósitos Bancários – CDB e RDB, as Letras
de Câmbio, as Letras Hipotecárias e os Depósitos Interfinanceiros – DI, entre outros.
Na CETIP também são registradas todas as negociações envolvendo títulos estaduais e municipais que foram
emitidos a partir de fevereiro de 1992, os Títulos da Dívida Agrária – TDA, os Certificados Financeiros do
Tesouro, os ativos utilizados como moeda de privatização e Derivativos, como Swap, Termo de Moeda e
Opções Flexíveis sobre Taxa de Câmbio, entre outros.
Qualquer transação só é fechada na CETIP mediante comprovação (checagem dos itens de segurança, tais
como código de acesso, senha, validade, etc) e confrontação das informações (comparação das informações
do comprador e do vendedor). Havendo qualquer divergência, o sistema rejeita automaticamente a
operação.
O negócio só é aceito pelo sistema com a confirmação da liquidação financeira.
No dia do fechamento das operações, os sistemas da CETIP comunicam o resultado financeiro dos negócios
aos participantes e aos bancos liquidantes. Ao longo do dia seguinte, os bancos liquidantes confirmam, junto
à CETIP, os resultados líquidos dos negócios. A CETIP repassa então essa confirmação ao Banco Central e
sensibiliza as contas de reserva bancária dos bancos liquidantes. Toda esta operação garante a compensação
financeira do negócio em apenas um dia ou, como se diz no mercado, em D + 1. Após a liquidação, a CETIP
efetua a transferência de propriedade do título incluído na negociação.
Ainda com relação ao prazo de liquidação, com a implantação da reforma no Sistema de Pagamentos
Brasileiros, em 2002, a CETIP também efetua a liquidação em tempo real, ou seja, em D+0. Essa última
situação acontece para negociações no mercado secundário. Tanto a liquidação em D+0, quanto em D+1, a
transferência de recursos entre os participantes se dá através de um sistema gerenciado pelo BACEN
chamado Sistema de Transferência de Reservas – STR.
Com isso, ficam garantidas as operações, pois quem compra tem certeza da validade do título e quem vende
tem certeza do recebimento do valor.
Com relação aos participantes, só podem fazer parte da CETIP as pessoas jurídicas, ou seja, bancos múltiplos,
comerciais, de investimento, de desenvolvimento, corretoras, distribuidoras, financeiras, empresas de
crédito imobiliário, de arrendamento mercantil, companhias hipotecárias, associações de poupança e
empréstimo, fundos mútuos de investimento e pessoas jurídicas não-financeiras.
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Um índice de referência, como o nome revela, é um índice de rendimento no qual a aplicação disponibilizada
ao investidor se referencia. Podemos tomar com exemplo um fundo DI. Genericamente, se um fundo é
referenciado na taxa do DI, então seu rendimento será atrelado à rentabilidade dos depósitos
interfinanceiros (DIs).
O benchmark do fundo é a meta de rentabilidade que o fundo quer obter em relação a um parâmetro de
referência. Um fundo DI pode, por exemplo, dizer que a sua meta de rentabilidade é acompanhar a variação
do DI. Esse é um fundo passivo, visando atingir 100% da rentabilidade do parâmetro de referência. Nesse
caso, diz-se que o benchmark do fundo é 100% do DI. Existem fundos com gestão ativa, que perseguem a
superação da rentabilidade do benchmark, veremos isso quando tratarmos o assunto fundos de
investimento.
Da mesma maneira, podemos ter um fundo que se referencia no Ibovespa, por exemplo. Isso significa que o
fundo deverá tentar replicar a rentabilidade obtida pelo Ibovespa. O Ibovespa é a referência. Se o fundo
apresentar rentabilidades bastante próximas do Ibovespa, então seus gestores estão tendo êxito na gestão
da carteira do fundo. Em resumo, a existência de um benchamark facilita o processo de avaliação de
desempenho do produto financeiro em relação ao prometido pelo gestor.
Entretanto, por maior que seja o empenho do gestor em criar uma carteira aderente ao seu benchmark,
notamos que o desempenho do fundo não reflete exatamente o desempenho do índice, porque existem
algumas limitações que impedem que a aderência seja plena. São elas: Custos da taxa de administração do
fundo, composição da carteira, critério do cálculo da cota, utilização de derivativos, o critério de Marcação
a Mercado e a variação do cupom de juros.
1.5.1. Renda Variável: Índice Bovespa (IBOVESPA), Índice Brasil (IBrX) e Índice de
Sustentabilidade Empresarial (ISE), Índice Mid-Lage Cap - MLCX, Índice Small Cap – SMLL e
Índice de Energia Elétrica-IEE
Finalidade
A finalidade básica do Ibovespa é a de servir como indicador médio do comportamento do mercado. Para
tanto, sua composição procura aproximar-se o mais possível da real configuração das negociações à vista
(lote-padrão) na BM&FBOVESPA.
As ações integrantes da carteira teórica do Índice Bovespa respondem por mais de 80% do número de
negócios e do volume financeiro verificados no mercado à vista (lote-padrão) da BM&FBOVESPA.
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O IBrX - Índice Brasil é um índice de preços que mede o retorno de uma carteira teórica composta por 100
ações selecionadas entre as mais negociadas na BOVESPA, em termos de número de negócios e volume
financeiro. Essas ações são ponderadas na carteira do índice pelo seu respectivo número de ações
disponíveis à negociação no mercado.
O índice IBrX será composto por 100 papéis escolhidos em uma relação de ações classificadas em ordem
decrescente por liquidez, de acordo com seu índice de negociabilidade (medido nos últimos doze meses),
observados os demais critérios de inclusão descritos abaixo.
Integrarão a carteira do IBrX - Índice Brasil as 100 ações que atenderem cumulativamente aos critérios a
seguir:
a) estarem entre as 100 melhores classificadas quanto ao seu índice de negociabilidade, apurados nos doze
meses anteriores à reavaliação;
b) terem sido negociadas em pelo menos 70% dos pregões ocorridos nos doze meses anteriores à
formação da carteira.
Cumpre ressaltar que companhias que estiverem sob regime de recuperação judicial, processo falimentar,
situação especial, ou ainda que estiverem sujeitas a prolongado período de suspensão de negociação, não
integrarão o IBrX.
O IBrX-50 é um índice que mede o retorno total de uma carteira teórica composta por 50 ações selecionadas
entre as mais negociadas na BM&FBOVESPA em termos de liquidez, ponderadas na carteira pelo valor de
mercado das ações disponíveis à negociação. Ele foi desenhado para ser um referencial para os investidores
e administradores de carteira, e também para possibilitar o lançamento de derivativos (futuros, opções
sobre futuro e opções sobre índice). O IBrX-50 tem as mesmas características do IBrX – Índice Brasil, que é
composto por 100 ações, mas apresenta a vantagem operacional de ser mais facilmente reproduzido pelo
mercado.
O índice IBrX-50 é composto pelos 50 papéis mais líquidos da BM&FBOVESPA, escolhidos de acordo com os
critérios de inclusão descritos abaixo.
Integram a carteira do IBrX-50 as ações que atendem cumulativamente aos critérios a seguir:
a) ser uma das 50 ações com maior índice de negociabilidade apurados nos doze meses anteriores à
reavaliação;
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b) ter sido negociada em pelo menos 80% dos pregões ocorridos nos doze meses anteriores à formação da
carteira.
Cumpre ressaltar que companhias que estejam sob regime de recuperação judicial, processo falimentar,
situação especial, ou ainda que tenham sofrido ou estejam sob prolongado período de suspensão de
negociação não integrarão o IBrX-50.
Iniciativa pioneira na América Latina, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) busca criar um ambiente
de investimento compatível com as demandas de desenvolvimento sustentável da sociedade
contemporânea e estimular a responsabilidade ética das corporações. Iniciado em 2005, foi originalmente
financiado pela International Finance Corporation (IFC), braço financeiro do Banco Mundial, e seu desenho
metodológico é responsabilidade do Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVCes) da Escola de
Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP).
O ISE é uma ferramenta para análise comparativa da performance das empresas listadas na BM&FBOVESPA
sob o aspecto da sustentabilidade corporativa, baseada em eficiência econômica, equilíbrio ambiental,
justiça social e governança corporativa. Também amplia o entendimento sobre empresas e grupos
comprometidos com a sustentabilidade, diferenciando-os em termos de qualidade, nível de compromisso
com o desenvolvimento sustentável, equidade, transparência e prestação de contas, natureza do produto,
além do desempenho empresarial nas dimensões econômico-financeira, social, ambiental e de mudanças
climáticas.
No Brasil essa tendência já teve início, e há expectativa de que ela cresça e se consolide rapidamente. Atentas
a isso, a BM&FBOVESPA, em conjunto com várias instituições – ABRAPP, ANBIMA, APIMEC, IBGC, IFC,
Instituto ETHOS e Ministério do Meio Ambiente – decidiram unir esforços para criar um índice de ações que
seja um referencial (“benchmark”) para os investimentos socialmente responsáveis, o ISE – Índice de
Sustentabilidade Empresarial. Nesse sentido, essas organizações formaram um Conselho Deliberativo
presidido pela BM&FBOVESPA, que é o órgão máximo de governança do ISE e tem como missão garantir um
processo transparente de construção do índice e de seleção das empresas. Posteriormente, o Conselho
passou a contar também com o PNUMA, IBRACON e GIFE em sua composição. A Bolsa é responsável pelo
cálculo e pela gestão técnica do índice.
Criados pela BM&FBOVESPA, o Índice BM&FBOVESPA Mid Large Cap (MLCX) e o Índice BM&FBOVESPA Small
Cap (SMLL) têm por objetivo medir o comportamento das empresas listadas na Bolsa de modo segmentado,
sendo que o índice Mid Large medirá o retorno de uma carteira composta pelas empresas listadas de maior
capitalização, e o índice Small Cap medirá o retorno de uma carteira composta por empresas de menor
capitalização. As ações componentes serão selecionadas por sua liquidez, e serão ponderadas nas carteiras
pelo valor de mercado das ações disponíveis à negociação.
As empresas que, em conjunto, representarem 85% do valor de mercado total da Bolsa são elegíveis para
participarem do índice MLCX. As demais empresas que não estiverem incluídas nesse universo são elegíveis
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para participarem do índice SMLL. Não estão incluídas nesse universo empresas emissoras de BDRs e
empresas em recuperação judicial ou falência.
Serão incluídas nas carteiras dos índices as ações que atenderem aos seguintes critérios, com base nos doze
meses anteriores:
a) inclusão em uma relação de ações cujos índices de negociabilidade somados representem 99% do valor
acumulado de todos os índices individuais;
b) participação em termos de presença em pregão igual a 95% no período.
A mesma empresa pode ter mais de uma ação participando da carteira, desde que cada ação atenda
isoladamente aos critérios de inclusão.
Empresas com menos de doze meses de listagem somente serão elegíveis se tiverem mais de seis meses de
negociação, e se apresentarem 95% de presença em pregão nos últimos seis meses do período de análise.
Há anos presentes nos mercados internacionais, os índices setoriais têm o objetivo de oferecer uma visão
segmentada do comportamento dos mercados de ações. Eles são constituídos pelas empresas abertas mais
significativas de setores específicos, representando uma medida do comportamento agregado do segmento
econômico considerado.
Primeiro índice setorial da BM&FBOVESPA, o Índice de Energia Elétrica (IEE) foi lançado em agosto de 1996
com o objetivo de medir o desempenho do setor de energia elétrica. Dessa forma, constitui-se em um
instrumento que permite a avaliação da performance de carteiras especializadas nesse setor.
1.5.2. Renda Fixa: taxa DI, taxa Selic, taxa de Câmbio, IGP-M e IPCA. Índice de Mercado
Anbima – IMA (IMA-B, IMA-C, IRF-M e IMA-S) e IDkA - Índice de Duração Constante
ANBIMA (segmento Prefixado e segmento IPCA
O IMA – Índice de Mercado ANBIMA é uma família de índices que representa a evolução, a preços de
mercado, da carteira de títulos públicos e serve como benchmark para o segmento.
Com o objetivo de atender às necessidades dos diversos tipos de investidores e das suas respectivas
carteiras, o IMA é atualmente subdividido em quatro subíndices, de acordo com os indexadores dos títulos
– prefixados, indexados ao IPCA, indexados ao IGP-M e pós-fixados (Taxa Selic). Com exceção da carteiras
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teóricas de títulos indexados ao IG P-M e pós-fixados (IMA-S), para as demais carteiras, são calculados
subíndices com base nos prazos dos seus
componentes. Adicionalmente, em virtude da intenção explícita da STN de não mais emitir títulos indexados
ao IG P-M (NTN-C) e, ainda, devido à baixa liquidez observada neste segmento, foi determinada a construção
de um índice agregado aos mesmos moldes do IMA-Geral, mas sem a participação do IMA-C, denominado
IMA-Geral ex-C. Assim, a família de Índices de Mercado ANBIMA apresenta a seguinte composição:
IDKA (Índice de Duração Constante ANBIMA): O IDKA representa uma série de índices de renda fixa que
reflete o comportamento de ativos sintéticos com prazos fixos oriundos das curvas de juros de títulos
públicos prefixados e indexados ao IPCA.
IHFA (Índice de Hedge Fundos ANBIMA): Índice representativo da indústria de hedge funds, integrado por
uma carteira teórica de fundos da classe multimercados representativos do segmento.
IDA (Índice de Debêntures ANBIMA): O IDA é um conjunto de índices, composto pelas debêntures que são
precificadas pela associação.
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EXERCÍCIOS
01 – Uma aplicação financeira observa-se um retorno histórico constante, pode afirmar que
a) A variância é igual a 1
b) A covariância é igual a zero
c) A variância é igual a zero
d) A covariância é igual a 1
02 - Um fundo de investimento teve como retorno 8%. Considerando que a inflação no período foi de 2%,
logo a taxa real
a) Igual a 6%
b) Pouco inferior a 6%
c) Indeterminada
d) Igual a 10%
03 – Um investimento possui média igual a 2 e desvio padrão igual a 1. A probabilidade de que o retorno
esperado esteja compreendido entre 1% e 3% é de aproximado:
a) 50%
b) 68%
c) 95%
d) 99%
04 – Sabendo o valor da variância de uma série histórica, podemos descobrir o valor do(a):
a) Desvio padrão
b) Mediana
c) Covariância
d) Média
05 – Dada a taxa nominal de 10% e inflação de 4%, qual é o cálculo para obter a taxa real
a) (((1,10/1,04)-1) x 100)
b) (((1,10/1,04) x 100) – 1)
c) (((1,04/1,10)-1) x 100)
d) (((1,04/1,10) x 100) – 1)
06 – O que acontece se houver uma elevação da taxa flutuante sem intervenção do banco central?
a) valoriza a moeda local
b) desvaloriza a moeda local
c) aumenta as reservas internacionais
d) diminui as reservas internacionais
07 – Quando o IPCA tende a subir além das metas de inflação, qual medida deve ser tomada pelo COPOM:
a) Abaixar o compulsório
b) Reduzir a taxa de redesconto
c) Aumentar o crédito
d) Elevar a taxa de juros
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13 – No mercado de câmbio flexível, onde o BACEN não intervém, o saldo das contas internas e externas
é superavitário, isso significa que:
a) valoriza moeda local
b) desvaloriza a moeda local
c) Aumenta as reservas internacionais
d) Reduz as reservas internacionais
14 – Qual das segundas medidas de estatística abaixo é possível de ser definida, sem a necessidade de
mais nenhum dado, se tivermos a primeira medida?
a) Covariância – Desvio padrão
b) Variância – correlação
c) Desvio padrão – covariância
d) Correlação – Coeficiente de determinação (𝑅 2 )
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15 – Se o país exportou mais bens para o exterior do que importou, pode-se dizer sobre a Balança
Comercial:
a) foi superavitária
b) foi deficitária
c) maior que a Balança de Pagamentos
d) depende da taxa de câmbio
18 – Quem é o responsável pela liquidação física e financeira das compras e vendas de ações realizadas na
bolsa de valores:
a) SELIC
b) CBLC
c) Câmara da BVMF
d) CETIP
19 – A taxa calculada com base na taxa média mensal dos depósitos a prazo é a
a) TJLP
b) SELIC
c) TR
d) DI over
21 – IDKA representa uma série de índices de renda fixa que reflete o comportamento de ativos sintéticos
com prazos fixos oriundos das curvas de juros de títulos públicos prefixados e indexados ao
a) SELIC
b) IPCA
c) IGP-M
d) CDI
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22 – O IHFA – Índice de Hedge Fundos ANBIMA é um índice representativo da indústria de hedge funds,
integrado por uma carteira teórica de fundos da classe de
a) Renda Fixa
b) Referenciados
c) Multimercado
d) Ações
GABARITO
01 – C 11 - C 21 - B
02 – B 12 - C 22 - C
03 – B 13 - A
04 – A 14 - D
05 – A 15 - A
06 – B 16 - B
07 – D 17 - D
08 – D 18 - B
09 – C 19 - C
10 – D 20 - B
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Fundo de investimento é um condomínio que reúne recursos de um conjunto de investidores (cotistas) com
o objetivo de rentabilizá-los através da aquisição de uma carteira de títulos ou valores mobiliários no
mercado financeiro. Os cotistas de um fundo normalmente têm os mesmos interesses e objetivos ao investir
suas economias no mercado financeiro e de capitais.
Fundos de investimento: compra ativos como títulos públicos, CDBs, ações, debêntures e etc.
A principal diferença entre fundos de investimento e fundos de investimento em cotas está na política de
investimento.
O fundo de investimento em cotas de fundos de investimento deverá manter, no mínimo, 95% de seu
patrimônio investido em cotas de fundos de investimento de uma mesma classe, exceto os fundos de
investimento em cotas classificados como “Multimercado”, que podem investir em cotas de fundos de
classes distintas.
Os restantes 5% do patrimônio do fundo poderá ser mantidos em depósitos à vista ou aplicados em:
I – títulos públicos federais:
II – títulos de renda fixa de emissão de instituição financeira;
III – operações compromissadas (Operação envolvendo títulos de renda fixa), de acordo com a
regulamentação do Conselho Monetário nacional – CMN.
Deverá constar da denominação do fundo a expressão “Fundo de Investimento em cotas de Fundo de
Investimento” acrescida da classe dos fundos investidos de acordo com a regulamentação específica.
Fundos de Investimento em cotas: compram cotas de fundos. São uma espécie de investidor (cotista) de
fundos de investimento.
2.1.3. Tipos de Fundos: abertos, fechados, com carência, sem carência e exclusivo
Fundos Abertos: as aplicações e resgates podem ser feitas a qualquer momento, não têm vencimento e
sua aplicação é recomendada para investidores que procurem alta liquidez.
Fundos Fechados: fundos com números de cotas limitadas, prazo para aplicação e resgate, e sua aplicação
não é recomendada para investidores que procuram liquidez. Se o cotista quiser seus recursos antes, ele
deverá vender suas cotas para algum outro investidor interessado em ingressar no Fundo.
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Fundos Restritos: São aqueles constituídos para receber investimentos de um grupo restrito de cotistas,
normalmente os membros de uma única família, ou empresas de um mesmo grupo econômico.
Fundos Com carência: fundos que determinam prazo mínimo de permanência para receber
rendimentos.
Fundos Sem carência: fundos que têm resgates a qualquer momento, isto é, liquidez diária.
Fundos Exclusivos: nessa modalidade o fundo pertence a um único cotista, é exclusivo para investidores
qualificados e as regras são estabelecidas entre o investidor e o administrador.
Investidores Qualificados: São aqueles que, segundo o órgão regulador, têm mais condições de
entender os instrumentos do mercado, seus investimentos e estratégias do fundo do que o investidor
comum.
I – instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Centraldo Brasil;
II – companhias seguradoras e sociedades de capitalização;
III – entidades abertas e fechadas de previdência complementar;
IV – pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a R$
10.000.000,00 (dez milhões de reais) e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição de investidor
profissional mediante termo próprio, de acordo com o Anexo 9-A;
V – fundos de investimento;
VI – clubes de investimento, desde que tenham a carteira gerida por administrador de carteirade valores
mobiliários autorizado pela CVM;
VII – agentes autônomos de investimento, administradores de carteira,analistas e consultoresde valores
mobiliários autorizados pela CVM, em relação a seus recursos próprios;
VIII – investidores não residentes.” (NR).
I – investidores profissionais;
II – pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a R$
1.000.000,00 (um milhão de reais) e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição de investidor
qualificado mediante termo próprio, de acordo com o Anexo 9-B;
III – as pessoas naturais que tenham sido aprovadas em exames de qualificação técnica ou possuam
certificações aprovadas pela CVM como requisitos para o registro de agentes autônomos de investimento,
administradores de carteira, analistas e consultores de valores mobiliários, em relação a seus recursos
próprios; e
IV – clubes de investimento, desde que tenham a carteira gerida por um ou mais cotistas, que sejam
investidores qualificados.” (NR)
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2.1.4. Condomínio
É a comunhão de recursos sob a forma de condomínio em que os cotistas têm os mesmos interesses e
objetivos ao investir no mercado financeiro e de capitais.
Funciona exatamente como um condomínio de apartamentos, em que cada condômino é dono de uma cota
(um apartamento) e paga a um terceiro para administrar e coordenar as tarefas do prédio (jardineiro,
pessoal da limpeza, porteiro, manutenção de elevadores etc.). Nele são estabelecidas as regras de
funcionamento (horário de funcionamento da piscina, do salão de festas, de música alta nas dependências
dos apartamentos, entre outras). Essas regras são seguidas por todos os moradores, sem exceção.
Um fundo de investimento funciona da mesma forma. Os cotistas (os moradores) compram uma quantidade
de cotas ao aplicar, e pagam uma taxa de administração a um terceiro (o Gestor) para coordenar as tarefas
do fundo e gerenciar seus recursos no mercado. Ao comprar cotas de um determinado fundo, o cotista está
aceitando suas regras de funcionamento (aplicação, resgate, horários, custos etc.), e passa a ter os mesmos
direitos dos demais cotistas, independentemente da quantidade de cotas que cada um possui.
Agora, imagine que você não mora num prédio, portanto está fora do condomínio, e precisa escolher quem
vai fazer a manutenção da piscina e da quadra esportiva ou quem vai contratar os seguranças.
Provavelmente, terá mais trabalho para encontrar esses prestadores de serviços e gastará mais. Se estivesse
num condomínio, essa seria uma tarefa para o síndico, com a vantagem de poder ratear com os outros
condôminos esses custos.
Situação semelhante poderia acontecer com você, caso estivesse sozinho no mercado financeiro. Caberia a
você escolher os ativos para compor uma carteira de investimento. Isso significa analisar com frequência
riscos, nível de endividamento e expectativa de resultados de cada empresa da qual você comprou ação ou
de cada banco do qual você adquiriu um CDB.
2.1.5. Cota
É a fração do patrimônio líquido de um fundo de investimento, utilizada como referência para a realização
de aplicações e resgates.
As cotas do fundo correspondem a frações ideais de seu patrimônio, e sempre são escriturais e nominativas.
A cota, portanto, é a menor fração do Patrimônio Líquido do fundo.
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A propriedade dos ativos pertence ao Fundo, logo os cotistas, que são os donos do fundo, são beneficiados
pelos ganhos e penalizados com as perdas.
2.1.7. Segregação entre gestão de recursos próprios e de terceiros (Chinese Wall). Também
conhecido como Barreira de Informação
A prática do Chinese Wall foi regulamentada em 1997, com o objetivo de separar os recursos da instituição
e dos recursos de terceiros (fundos). Essas separações das estruturas inibem o conflito de interesses entre
a tesouraria dos bancos e os recursos dos participantes de fundos. Assim, surgiram empresas independentes
os “Asset Management”, que devem estabelecer um diretor independente que não tenha vínculo com as
outras atividades da instituição financeira. Essas empresas se especializam em fazer gestão de recursos de
terceiros e, com a segregação de tarefas, evitam-se as práticas fraudulentas e também o uso de informações
privilegiadas.
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Do objetivo do fundo.
Da política de investimento do fundo e dos riscos associados a essa política de investimentos.
Das taxas de administração e de desempenho cobradas, ou critérios para sua fixação, bem como das
demais taxas e despesas cobradas.
Das condições de emissão e resgate de cotas do fundo e, quando for o caso, da referência de prazo
de carência ou de atualização da cota.
Dos critérios de divulgação de informação e em qual jornal são divulgadas as informações do fundo.
Quando for o caso, da referência a contratação de terceiros como gestor dos recursos.
De que as aplicações realizadas no fundo não contam com a proteção do Fundo Garantidor de
Crédito.
A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura.
Para avaliação da performance do fundo de investimento, é recomendável uma análise de período,
no mínimo, 12 meses.
O cotista deve ser informado e estar ciente de suas obrigações, tais como:
O cotista poderá ser chamado a aportar recursos ao fundo nas situações em que o PL do fundo se
tornar negativo.
O cotista pagará taxa de administração, de acordo com o percentual e critério do fundo.
Observar as recomendações de prazo mínimo de investimento e os riscos que o fundo pode incorrer.
Comparecer nas assembléias gerais.
Manter seus dados cadastrais atualizados para que o administrador possa lhe enviar os documentos.
Assinar o TERMO DE ADESÃO, atestando que recebeu o prospecto e o regulamento do fundo e está
ciente da política de investimento do fundo bem como todos os riscos envolvidos.
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2.1.10.1. Administrador
O administrador é o responsável legal pelo fundo perante a CVM, como também pela comunicação aos
cotistas por fazer ou contratar terceiros para fazer os serviços de gestão, distribuição, auditoria e custódia.
Defende os interesses dos cotistas.
2.1.10.2. Gestor
2.1.10.3. Distribuidor
É o responsável pela venda das cotas do fundo. Aqui estamos incluindo os consultores de investimento, que
orientam o investidor para a decisão de investir seus recursos nos fundos.
2.1.10.4. Custodiante
É o responsável por controlar o registro, custódia e a liquidação financeira dos ativos que compõe a carteira
de títulos do fundo.
É obrigatório que os fundos sejam auditados no mínimo uma vez ao ano. O auditor é responsável por
observar se o fundo está de acordo com a legislação e os princípios contábeis.
Definição
A política de investimento, por sua vez, diz respeito aos “meios” utilizados, devendo responder à questão
“como o objetivo será atingido”.
Finalidade
A correta definição e divulgação do objetivo e da política de investimento que será adotada pelo gestor
permite ao investidor conhecer os riscos aos quais o capital investido está exposto e quais são os
instrumentos de gestão de riscos utilizados pelo gestor. Ambas as informações – Objetivo e política de
Investimento – são informações obrigatórias no regulamento e prospecto do Fundo de Investimento.
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Os títulos públicos possuem a finalidade primordial de captar recursos para o financiamento da dívida
pública, bem como para financiar atividades do Governo Federal, como educação, saúde e infra-estrutura.
Contratos Derivativos:
Derivativo é um contrato no qual se estabelecem pagamentos futuros, cujo montante é calculado com base
no valor assumido por uma variável, tal como o preço de um outro ativo (e.g. uma ação ou commodity), a
inflação acumulada no período, a taxa de câmbio, a taxa básica de juros ou qualquer outra variável dotada
de significado econômico. Derivativos recebem esta denominação porque seu preço de compra e venda
deriva do preço de outro ativo, denominado ativo-objeto.
No início do desenvolvimento dos mercados financeiros, os derivativos foram criados como forma de
proteger os agentes econômicos (produtores ou comerciantes) contra os riscos decorrentes de flutuações
de preços, durante períodos de escassez ou superprodução do produto negociado, por exemplo.
Atualmente, no entanto, a ideia básica dos agentes econômicos, ao operar com derivativos, é obter um
ganho financeiro nas operações de forma a compensar perdas em outras atividades econômicas.
Desvalorização cambial e variações bruscas nas taxas de juros são exemplos de situações que já ocorreram
na economia, nas quais os prejuízos foram reduzidos ou até se transformaram em ganhos para os agentes
econômicos que protegeram os seus investimentos realizando operações com derivativos.
Os contratos de Derivativos são realizados no Mercado a Termo, Mercado Futuro, Mercado de Opções e
Swap.
A Instrução CVM 450 também trata de diversos outros ativos financeiros como Ações, Debêntures, CDB,
Caderneta de Poupança, etc que serão tratados ao longo deste curso.
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A união faz a força! E juntos, pequenos e médios investidores têm a chance de investir profissionalmente,
contando com a presença de serviços de especialistas e participando de mercados sofisticados e complexos,
em busca de uma relação adequada de risco e retorno.
Diversificação
Quando adquire cotas de um fundo de investimento, o investidor está comprando parte de uma carteira
diversificada de títulos e valores mobiliários. Qual é o benefício disso? Redução de diversos riscos inerentes
às aplicações financeiras.
Risco de crédito, por exemplo. Quando compra um CDB, o cliente concentra seu dinheiro em um único
emissor. Através de um fundo, esse risco se dilui, porque a carteira é constituída por diversos títulos, de
emissores diferentes, selecionados segundo critério de avaliação de risco de um gestor profissional.
Liquidez
Liquidez é um dos atributos fundamentais que o investidor busca quando está procurando uma alternativa
de investimento. Pois bem, essa é uma das maiores vantagens de investir em fundos de investimento.
Os fundos abertos, sem carência – os mais comuns do mercado – oferecem liquidez diária. Isso significa que
o investidor pode resgatar seu dinheiro com rendimento, a qualquer momento, bastando solicitar resgate
de suas cotas.
Perceba que o investidor tem direito à rentabilidade sobre todo o período decorrido, deduzidos os impostos,
exceto se o fundo exigir carência para creditar rendimentos, situação que deve ser observada pelos
investidores.
As principais informações para a venda e distribuição dos Fundos de Investimento são: Prospecto,
Regulamento e Termo de adesão que veremos a seguir.
Quando um investidor toma decisões de investimento, o consultor de investimentos deve aconselhá-lo a ler
com atenção o prospecto, receber o regulamento e assinar o termo de adesão.
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Regulamento: documento formal, com registro em cartório, que contém os objetivos do fundo,
taxas cobradas, política de investimento e demais informações.
Termo de Adesão: documento assinado pelo investidor que atesta que este:
Leu o prospecto/recebeu o regulamento;
Tomou ciência dos riscos envolvidos;
Tomou ciência da possibilidade de PL negativo e de sua responsabilidade de eventuais
aportes.
Termo de ciência de risco de crédito: se for o caso, para fundos com exposição de crédito
privado (acima de 50% do PL em ativos privados).
Renúncia. Neste caso, o administrador deve permanecer no exercício de suas funções até sua efetiva
substituição, que deve ocorrer no prazo máximo de 30 dias, sob pena de liquidação do fundo pelo
administrador.
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c) Nome do cotista;
d) Saldo e valor das cotas no início e no final do período e a movimentação ocorrida ao longo do mesmo;
e) Rentabilidade do fundo, auferida entre o último dia útil do mês anterior e o último dia útil do mês de
referência do extrato;
III. Disponibilizar as informações do fundo, inclusive as relativas à composição da carteira, com periodicidade
no mínimo mensal, de forma equânime entre todos os cotistas. Caso o fundo possua posições ou operações
em curso, que possam vir a ser prejudicadas pela sua divulgação, o demonstrativo da composição da carteira
poderá omitir a identificação e quantidade das mesmas, registrando somente o valor e sua percentagem
sobre o total da carteira. As operações omitidas com base no parágrafo anterior deverão ser colocadas à
disposição dos cotistas no prazo máximo de:
1 – 30 (trinta) dias, improrrogáveis, nos fundos das classes “Curto Prazo” e “Referenciado”; e
2 – nos demais casos, 90 (noventa) dias após o encerramento do mês, podendo esse prazo ser prorrogado
uma única vez, em caráter excepcional, e com base em solicitação fundamentada submetida à aprovação da
CVM, até o prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias.
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Responsabilidade do Administrador
Divulgar diariamente o valor da cota e o PL do fundo;
Convocação
A convocação da Assembléia Geral deve ser feita por correspondência encaminhada a cada cotista, com
pelo menos 10 dias de antecedência em relação à data de realização.
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Podem convocar a Assembléia Geral administrador do fundo, cotista ou grupo de cotista que detenham
no mínimo 5% das cotas emitidas do fundo.
AGO é a Assembléia convocada anualmente para deliberar sobre as demonstrações contábeis do Fundo.
Deve ocorrer em até 120 dias após o término do exercício social. Esta Assembléia Geral somente pode ser
realizada no mínimo 30 dias após estarem disponíveis aos cotistas as demonstrações contábeis auditadas
relativas ao exercício encerrado.
O valor da cota, apurado diariamente pelo administrador do fundo, é calculado pela relação entre o
patrimônio líquido e a quantidade de cotas.
Patrimônio Líquido
Valor da conta =
Quantidade Cotas
O patrimônio líquido do fundo é apurado mediante a soma dos ativos disponíveis na carteira do Fundo,
marcados a mercado, mais valores a receber, menos despesas (taxa de administração, performance – se
houver – e outras despesas autorizadas).
O valor das cotas dos fundos de investimento muda todos os dias, em função de um
procedimento que o administrador do fundo é obrigado a fazer diariamente. Sua
responsabilidade é assegurar que o valor da cota seja justo de mercado do conjunto de
ativos que cada fundo possui.
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Marcação a Mercado é um procedimento contábil, que atribui a cada título e valor mobiliário de uma carteira
de investimento o seu valor de mercado – ou seja – qual o valor que o mercado está disposto a pagar por
ele, naquele dia, caso o gestor do fundo decidisse por sua venda.
Como sabemos, um Fundo de Investimento é um condomínio, e como tal, deverá assegurar a seus cotistas
os mesmos direitos, independente da quantidade de cotas ou data de adesão.
O valor da cota dos Fundos de Investimento é calculado diariamente. Sendo um investimento de liquidez
diária, com cotistas comprando e vendendo cotas diariamente (por isso essa periodicidade é necessária).
É a única maneira de cobrar (no momento da aquisição de cotas) e de creditar (no momento do resgate de
cotas), o valor JUSTO – nem mais, nem menos.
Os ativos de renda fixa integrantes das carteiras dos fundos de investimento devem ser registrados pelo
valor efetivamente pago, inclusive corretagens e emolumentos, e classificados nas seguintes categorias:
a) ativos para negociação – devem ser registrados títulos e valores mobiliários adquiridos com a finalidade
de serem ativa e frequentemente negociados;
b) ativos mantidos até o vencimento – devem ser registrados títulos e valores mobiliários quando, na data
de aquisição, houver intenção dos cotistas em preservar volume de aplicações compatível com a
manutenção de tais ativos na carteira do fundo até o vencimento, desde que sejam observadas,
cumulativamente, as seguintes condições:
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2.1.16.1. Efeito da não Marcação a Mercado no carregamento dos ativos até o vencimento
A manutenção de parte dos ativos da carteira de um fundo classificados como “ativos mantidos até o
vencimento” pode ocultar o verdadeiro valor de mercado desses ativos e, de certa forma, promove a
transferência de riqueza entre os cotistas.
Os fundos recebem aplicações e resgates diariamente. Se o volume aplicado for maior que os resgates, o
gestor deverá comprar ativos com os recursos restantes, e nas aplicações a cotização pode ser em D0 ou D
+ 1.
Caso o volume de resgates seja superior ao de aplicações num mesmo dia, o gestor deve vender ativos para
cobrir esses resgates. Em alguns casos, o pedido de resgate não acontece simultaneamente com o dia de
pagamento do resgate, e a CVM permite que os resgates sejam processados em até cinco dias da data do
pedido de conversão.
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Nem sempre a data de liquidação financeira – data em que o pagamento do resgate é processado – é o
mesmo da data de conversão. A CVM admite que o prazo de pagamento do resgate seja processado em até
5 dias úteis a contar da data de conversão de cotas.
No caso dos Fundos de Ações, por exemplo, a conversão de cota é, normalmente, em D + 1 e, o pagamento
do resgate em D + 3 (após conversão).
Cota de Abertura
Chamamos de cota de abertura aquela que já é conhecida no início do dia. O seu cálculo é feito com base
no valor do PL do fundo no dia anterior, acrescido de um CDI. A cota de abertura é permitida apenas para
os Fundos Curto Prazo, Referenciados e Renda Fixa Curto Prazo (segundo classificação CVM), e é indicada
apenas para Fundos pouco voláteis, como os fundos DI.
A cota de abertura apresenta vantagem de permitir que o investidor planeje de forma melhor as
movimentações, pois já se sabe o valor da cota no início do dia.
Cota de Fechamento
A cota de fechamento é calculada com base no valor do PL do próprio dia. A cota de fechamento tem a
vantagem de refletir mais fielmente o PL do fundo, evitando distorções na aplicação/resgate do Fundo. A
desvantagem está em que o investidor somente vai saber o resultado de sua aplicação/resgate no dia
seguinte.
No caso de fechamento para resgates, este deve ser comunicado à CVM e é autorizado em casos
excepcionais.
Para aplicações:
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Para resgates:
Caracterização
1) Providenciar que todo cotista ao ingressar no fundo deve atestar, mediante termo próprio, que:
2) Manter à disposição da CVM o termo contendo as declarações acima referidas, devidamente assinado
pelo investidor, ou registrado em sistema eletrônico.
3) Criar registro complementar de cotistas, específico para cada fundo em que ocorra tal modalidade de
subscrição de cotas.
As instituições intermediárias que atuam por conta e ordem de clientes assumem todos os ônus e
responsabilidades relacionadas aos clientes, inclusive quanto a seu cadastramento, identificação e demais
procedimentos que, na forma desta instrução, caberiam originalmente ao administrador, em especial no
que se refere:
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Previamente à realização das assembléias gerais de cotistas, o intermediário que esteja atuando por conta
e ordem de clientes deve fornecer aos clientes que, assim desejarem, declaração da quantidade de cotas
por eles detidas, indicando o fundo, nome ou denominação social do cliente, o código do cliente e o número
da sua inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF ou no Cadastro nacional da Pessoa Jurídica, ambos do
Ministério da Fazenda; conforme o caso, constituindo tal documento prova hábil da titularidade das cotas,
para o fim de exercício do direito de voto.
Na hipótese de rescisão do contrato firmado entre o fundo e o intermediário que esteja atuando por conta
e ordem de clientes, deve ser facultado ao cotista permanecer como investidor no fundo, comprometendo-
se a instituição intermediária, neste caso, a identificar e fornecer ao administrador toda a documentação
cadastral do cliente.
As aplicações ou resgates realizados nos fundos de investimento por meio de instituições intermediárias que
estejam atuando por conta e ordem de clientes serão efetuadas de forma segregada, de modo que os bens
e direitos integrantes do patrimônio de cada um dos clientes, bem como seus frutos e rendimentos, não se
comuniquem com o patrimônio da instituição intermediária.
O intermediário que esteja atuando por conta e ordem de clientes pode comparecer e votar nas assembléias
gerais de cotistas dos fundos, representando os interesses de seus clientes, desde que munido de procuração
com poderes específicos, discriminando inclusive o dia. Hora e local da referida assembléia.
Cada Fundo de Investimento tem um objetivo que pretende alcançar. Para alcançar os objetivos propostos,
o gestor do fundo adota basicamente duas estratégias de gestão: gestão passiva ou gestão ativa.
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a) Referenciado DI: procura acompanhar a variação da taxa de juros de curto prazo no mercado (CDI/SELIC);
b) Fundo Referenciado Cambial: procura acompanhar a variação da taxa de câmbio do Real, em relação a
certa moeda estrangeira;
c) Fundo Referenciado a índice de inflação: procura acompanhar a variação de certo índice de preços,
normalmente o IGP-M ou IPCA.
Para conseguir a aderência desejada, o gestor do fundo assumirá posições atreladas ao benchmark
diretamente – comprando ativos no mercado à vista ou, indiretamente, utilizando mercado de derivativos.
Entretanto, por maior que seja o empenho do gestor em criar uma carteira aderente ao seu benchmark,
notamos que o desempenho do fundo não reflete exatamente o desempenho do índice, porque existem
algumas limitações que impedem que a aderência seja plena. São elas:
a) Custos: uma das razões é a cobrança da taxa de administração e outras despesas, que o cotista paga ao
administrador do fundo. Essas despesas são deduzidas diariamente no valor da cota, o que provoca uma
redução na rentabilidade da carteira.
b) Composição da carteira: embora tenham objetivos iguais, os caminhos para atingir os objetivos podem
divergir em alguns aspectos, tais como:
Risco de crédito: o gestor poderá assumir risco de crédito em até 20% do patrimônio do fundo;
Risco de Duração: a carteira poderá ter duração mais curta ou mais longa, o que determinará maior
ou menor exposição ao risco de oscilação na taxa de juros;
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Aderência: 5% do patrimônio dos fundos referenciados podem estar em outros ativos, a critério do
gestor e sua política de investimento.
c) Critério do cálculo do valor da cota: vamos tomar o fundo de ações como exemplo. O cálculo do índice
BOVESPA é determinado com base no preço de fechamento de mercado – critério da Bovespa. Já os fundos
de ações também calculam o valor de suas cotas baseados no preço de fechamento, porém na hipótese de
ativos sem negociação nos últimos 90 (noventa) dias, o valor do título deverá ser avaliado pelo menor entre
os seguintes valores:
Custo de aquisição;
Última cotação disponível;
Último valor patrimonial do título divulgado à CVM; ou
Valor líquido provável de realização obtido mediante adoção de técnica ou modelo de precificação.
f) A variação do cupom de juros de títulos pós-fixados – as NTNs. Além da correção do indexados, esses
títulos pagam um cupom de juros cujo preço pode oscilar ao longo do tempo.
Cupom de Juros
Os títulos de taxa pós-fixada possuem dois componentes de rentabilidade:
A variação do seu indexador e
As estratégias de busca por rentabilidade nestes fundos podem gerar os seguintes riscos:
Risco de crédito: a carteira pode ter maior ou menor posição em títulos privados, com maior ou
menor risco de crédito, em função de sua classificação de risco (rating);
Risco de Duração: a carteira poderá ter duração mais curta ou mais longa, o que determinará maior
ou menor exposição ao risco de oscilação na taxa de juros;
Risco de Mercado, fruto de flutuação da taxa de juros: assumir posições em taxa prefixada é uma
estratégia típica dos fundos de renda fixa e será vencedora em um cenário de queda na taxa de juros. Frente
a um cenário adverso, de elevação nos juros e/ou de volatilidade, apresentará significativa oscilação no valor
da cota a curto prazo.
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Risco das posições de taxa prefixada decorre das posições em títulos 100% pré, como a LTN, CDB Pré,
Debênture Pré etc., e também, das posições em títulos de taxa flutuante, com cupom de taxa prefixada,
como no caso das NTNs séries B, C, D e F, por exemplo.
Risco de Liquidez: carteiras mais agressivas, tanto no aspecto de prazo (maior duration) e crédito
(ativos com rating fora da faixa de “investment grade”), certamente estarão mais expostos ao risco de
liquidez.
O gestor do fundo de investimento poderá, sempre que a política do fundo de investimento permitir, realizar
operações no mercado de derivativos, implementando uma das três estratégias, a saber:
Hedge ou Proteção: o gestor realiza uma operação com o intuito de proteger a carteira contra algum risco
que ele não deseja manter. Assim, transfere-o para outro investidor que esteja disposto a correr esse risco.
Exemplo: Um fundo DI compra título prefixado e, depois, troca a taxa prefixada por outra pós-fixada,
efetuando um contrato de Swap, pelo mesmo período de vigência do título prefixado.
Posição ou Especulação: o gestor pode assumir posição de risco através de derivativos. Sempre que o
regulamento do fundo permitir, poderá adotar essa estratégia, visando obter maior retorno para os cotistas
desse fundo. Neste caso, a posição de risco é igual ou menor do que o valor do patrimônio.
Exemplo: arrisca 200% do patrimônio. Dessa forma, estará potencializando o resultado do fundo: se ganhar,
ganha mais. Se perder, perde mais. Pode perder, inclusive, valor superior ao patrimônio e os cotistas do
fundo terem que aportar recursos.
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A composição da carteira de títulos de um fundo e seus prazos de vencimento irá determinar a alíquota de
IR para resgate e a incidência de come-cotas.
Curto Prazo: prazo médio da carteira igual ou menor que 365 dias.
Longo prazo: prazo médio da carteira maior que 365 dias.
A classificação dos prazos dos fundos de investimento pela CVM é diferente e veremos a seguir.
A CVM classifica os fundos de investimento em sete classes, de acordo com sua política de investimento e
composição de sua carteira de títulos.
Curto prazo, referenciado, renda fixa, ações, cambial, dívida externa e multimercado
Curto Prazo
Prazo médio da carteira inferior a 60 dias e prazo máximo por ativo de 375 dias;
Títulos pré ou pós-fixados a taxas de juros ou índices de preço;
Os títulos privados devem ter classificação de baixo risco de crédito por agência especializada em
classificação de risco;
O uso de derivativos é permitido desde que seja para proteção (hedge).
São fundos que têm por objetivo proporcionar a menor volatilidade possível dentre os Fundos disponíveis
no mercado brasileiro.
É vedada a cobrança da taxa de performance, salvo quando se tratar de Fundo destinado a investidor
qualificado.
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Referenciado
Os fundos referenciados acompanham um índice de referência que deve ser identificado no nome do fundo.
Tenham 80%, no mínimo, de seu patrimônio líquido representado, isolada ou cumulativamente, por:
a) Títulos de emissão do Tesouro Nacional;
b) Títulos e valores mobiliários de renda fixa cujo emissor esteja classificado na categoria baixo risco de
crédito ou equivalente, com certificação por agência de classificação de risco localizada no País;
Estipulem que 95%, no mínimo, da carteira seja composta por ativos financeiros de forma a
acompanhar, direta ou indiretamente, a variação do indicador de desempenho (“benchmark”)
escolhido;
Restrinjam a respectiva atuação nos mercados de derivativos a realização de operações com o
objetivo de proteger posições detidas à vista, até o limite dessas.
É vedada a cobrança da taxa de performance, salvo quando se tratar de Fundo destinado a investidor
qualificado.
Os principais fatores de risco da carteira de um fundo classificado como “Renda Fixa” devem ser:
No mínimo 80% de seu Patrimônio Líquido em ativos de renda fixa expostos a variação da taxa de
juros doméstica ou a um índice de preços, ou ambos.
Gestão ativa;
Podem utilizar derivativos em alavancagem.
Sua carteira é composta por títulos que rendem uma taxa previamente acordada. Estes fundos se beneficiam
em um cenário de queda de juros, mas tem risco de taxa de juros e eventualmente crédito.
Estes fundos podem ser adicionalmente classificados como “Longo Prazo”, quando o prazo médio de sua
carteira superar 365 dias. Neste caso, não poderá utilizar a “Cota de Abertura”.
É vedada a cobrança de taxa de performance, salvo quando se tratar de Fundo destinado a investidor
qualificado, ou for classificado como de Longo Prazo.
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Fundo Renda Fixa – Assume riscos de, no mínimo, 80% do PL, em:
Taxa de Juros, ou
Índice de Preços, ou
Ambos.
Renda Fixa Simples – A Instrução CVM 555, de 17.12.2014, no seu art. 113, introduziu esse novo
tipo de fundo de investimento, que diz o seguinte:
Art.113: O fundo classificado como “Renda Fixa” que atenda às condições abaixo deve incluir, à sua
denominação, o sufixo “Simples”:
I – tenha 95% (noventa e cinco por cento), no mínimo, de seu patrimônio líquido representado, isolada ou
cumulativamente, por:
a) títulos da dívida pública federal;
b) títulos de renda fixa de emissão ou coobrigação de instituições financeiras que possuam classificação de
risco atribuída pelo gestor, no mínimo, equivalente àqueles atribuídos aos títulos da dívida pública federal;
c) operações compromissadas lastreadas em títulos da dívida pública federal ou em títulos de
responsabilidade, emissão ou coobrigação de instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do
Brasil, desde que, na hipótese de lastro em títulos de responsabilidade de pessoas de direito privado, a
instituição financeira contraparte do fundo na operação possua classificação de risco atribuída pelo gestor,
no mínimo, equivalente àquela atribuída aos títulos da dívida pública federal;
II – realize operações com derivativos exclusivamente para fins de proteção da carteira (hedge);
IV – preveja, em seu regulamento, que todos os documentos e informações a eles relacionados sejam
disponibilizados aos cotistas preferencialmente por meios eletrônicos.
Resumindo: O fundo classificado como “Renda Fixa” que tenha 95% (noventa e cinco por cento), no mínimo,
de seu patrimônio líquido representado, isolada ou cumulativamente, por títulos da dívida pública federal
ou títulos de renda fixa de emissão ou coobrigação de instituições financeiras que possuam classificação de
risco atribuída pelo gestor, no mínimo, equivalente àqueles atribuídos aos títulos da dívida pública federal,
esses fundos devem incluir em sua denominação, o sufixo “Simples”.
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A lâmina de informações essenciais do fundo de que trata o caput deve comparar a performance do fundo
com a performance da taxa SELIC.
Cambial
Os fundos classificados como cambiais deverão ter como principal fator de risco de sua carteira a variação
de preços de moeda estrangeira variação do cupom cambial.
Investe 80% de seu PL em ativos que busquem acompanhar a variação de preços de moedas
estrangeiras.
Podem cobrar taxa de performance.
Os Fundos Cambiais Dólar são os mais conhecidos. A aplicação é feita em R$ (reais), e sua carteira é composta
por papéis que buscam acompanhar a variação da moeda norte americana.
Dívida Externa
Os fundos classificados como dívida externa são uma maneira de investir em títulos brasileiros negociados
no mercado internacional.
Multimercados
Os fundos classificados como multimercados devem possuir políticas de investimento que envolvam vários
fatores de risco, sem o compromisso de concentração em nenhum fator.
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O gestor pode investir livremente, respeitando o regulamento do fundo. Não há restrição para risco de
crédito e é comum a estratégia de alavancagem com derivativos nos fundos dessa classe.
Ações
Os fundos classificados como ações deverão ter como principal fator de risco a variação de preços de ações
negociadas no mercado à vista de bolsa de valores ou mercado de balcão organizado.
Mínimo de 67% da carteira de ações, bônus ou recibos de subscrição, cotas de fundos de ações;
Sem restrição ao uso de derivativos.
Cada fundo determinará, em seu regulamento e prospecto, sua política de investimento. Os fundos de ações
mais comuns são:
Fundos Índice: que buscam acompanhar a variação de um índice de ações (Ibovespa ou IBX, por
exemplo);
Fundos Ativos: que buscam superar determinado benchmark;
Fundos Setoriais: que concentram seus investimentos em ações de empresas de um setor da
economia em particular.
Fundo de Ações
Mínimo de 67% em ações negociadas no mercado à vista da Bolsa de Valores
ou mercado de balcão organizado.
Trata-se de outra classificação para todos os fundos, exceto de curto prazo, que têm compromisso de
tratamento fiscal de longo prazo. Estes devem:
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Os fundos de Investimento têm um limite máximo de exposição por emissor de títulos visando reduzir,
através da diversificação, o risco de crédito da carteira.
Observe abaixo qual é a regra da CVM em relação ao assunto (não se aplicam aos fundos de ações):
Além de respeitar os limites por emissor, o fundo observará o limite de 20% do patrimônio para o conjunto
dos seguintes ativos:
Esse limite dobra para 40% quando se tratar de Fundo exclusivo para
Investidor Qualificado.
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Qualquer fundo de investimento poderá manter em sua carteira ativos financeiros negociados no exterior,
até o limite de:
O regulamento, o prospecto e o material de venda do fundo deverão conter, com destaque, alerta de que o
fundo está autorizado a realizar aplicações em ativos financeiros no exterior.
2.3.3.2. Quanto ao limite de alocação em títulos com médio e alto risco de crédito: Fundos
de Crédito Privado
Os fundos de crédito privado podem ser classificados como curto prazo, referenciado, renda fixa, cambial
ou multimercado, que tenham exposição de mais de 50% do patrimônio líquido em crédito privado.
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A Instrução CVM 356, que disciplina a matéria sobre os fundos de investimento em direitos creditórios, já
regulada pela Resolução CMN 2907/01, tornou mais claras as regras e procedimentos a serem adotados
pelos fundos, mais conhecidos com Fundo de Recebíveis.
Os recursos obtidos através da distribuição das cotas deverão ser, necessariamente, aplicados em direitos
creditórios e/ou títulos representativos desses direitos, originários de operações realizadas nos segmentos
financeiro, industrial, imobiliário, de hipotecas, de arrendamento mercantil e de prestação de serviço,
respeitados os seguintes critérios de concentração.
Mínimo de 50% aplicado em direitos creditórios, podendo o restante ser aplicado em outros ativos;
Direitos creditórios contra uma mesma pessoa física ou jurídica não podem exceder 10% do
patrimônio do fundo.
Fundos de Recebíveis
Fundos abertos ou fechados;
Cotas Seniores: São aquelas que possuem prioridade no recebimento, em relação às cotas subordinadas,
quando de amortização ou resgate (liquidação), e devem ter apenas uma única classe, ou seja, todas com as
mesmas características;
Contas Subordinadas: São aquelas que se subordinam às cotas seniores, podendo ser de diversas classes,
com características e prioridades distintas entre elas.
De acordo com a Instrução Normativa 356 da CVM, o valor mínimo para aplicação em qualquer FIDC é de
R$ 25.000.00.
Os fundos Imobiliários, à semelhança dos fundos de ações, renda fixa, derivativos, etc., são regulados e
fiscalizados pela CVM, por se tratar de captação de recursos do público para investimento. A quota de um
fundo imobiliário é valor mobiliário, conforme estabelece o artigo 3º da Lei 8.668/93.
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Os Fundos Imobiliários são formados por grupos de investidores, com o objetivo de aplicar recursos,
solidariamente, no desenvolvimento de empreendimentos imobiliários ou em imóveis prontos. Do
patrimônio de um fundo podem participar um ou mais imóveis, parte de imóveis, direitos a eles relativos,
etc.
O Patrimônio do Fundo
O patrimônio do fundo é formado pelos bens e direitos adquiridos pelo administrador, em caráter fiduciário.
Não se confunde com o patrimônio geral do administrador, mas sim, trata-se de patrimônio especial,
totalmente distinto e separado do primeiro, que abrange os direitos e obrigações relativos ao Fundo detidos
pelo Administrador em caráter fiduciário.
Desta forma, tais bens e direitos não integram o ativo do administrador, nem respondem por qualquer
obrigação do Administrador. Além disso, não podem ser dados em garantia de débito, nem ser executados
por qualquer credor do Administrador, nem são atingidos por sua liquidação extrajudicial.
Caso o administrador entre em liquidação, ou, por qualquer outro motivo, fique impedido de exercer suas
funções, a assembléia dos cotistas elegerá outra instituição financeira para sucedê-lo. Em tais casos, a
propriedade fiduciária dos bens pertencentes ao Fundo é transmitida à instituição financeira, nomeada pela
assembléia dos cotistas para suceder o Administrador.
O fundo deve aplicar, no mínimo, 75% de seus recursos em bens e direitos imobiliários. O restante pode ser
destinado à aplicação em outros ativos de renda fixa, para fazer às despesas ordinárias necessárias à
manutenção do Fundo.
Fundo Imobiliário
Fundo fechado
Estes Fundos devem distribuir, no mínimo, 95% do lucro auferido, apurados segundo o regime de caixa.
Por ser constituído como condomínio fechado, não é admitido ao Fundo de Investimento Imobiliário o
resgate de cotas. No entanto, é admitida sua negociação em mercado.
As quotas podem ser transferidas, tanto em transações privadas, quanto no mercado secundário de valores
mobiliários, nos mercados de balcão ou bolsa de valores.
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Os fundos de índices, conhecidos no mundo todo como ETFs (Exchange Traded Funds), são fundos
espelhados em índices e suas cotas são negociadas em Bolsa da mesma forma que as ações.
Fundo deve manter 95%, no mínimo, de seu patrimônio aplicado em valores mobiliários ou outros ativos de
renda variável autorizados pela CVM, na proporção em que estes integram o índice de referência, ou em
posições compradas no mercado futuro do índice de referência, de forma a refletir a variação e
rentabilidade de tal índice.
Os Papéis do Índice Brasil Bovespa (PIBB), é um fundo índice que busca replicar a performance do Ibrx-50,
que se trata das 50 ações mais negociadas na Bovespa.
Tem sido comum a montagem de FIPs em duas situações diferentes. Na primeira, suas cotas são destinadas
à distribuição pública, através da qual se busca no mercado de capitais investidores para um ou mais
projetos. Assim, o interessado seleciona um administrador para a criação do fundo e geralmente se
compromete a subscrever uma parcela das cotas, subordinadas ou não às demais cotas do fundo para
amortização ou resgate. Ao mesmo tempo, vai a mercado atrás dos almejados parceiros, através de uma
distribuição pública de cotas do FIP, que deve estar devidamente registrada na Comissão de Valores
Mobiliários (CVM)
Na segunda opção, um investidor ou um pequeno grupo, formado por brasileiros ou estrangeiros, decide
pela criação de um fundo como veículo para a realização do investimento. São os chamados FIPs privados.
Nessa modalidade, o administrador e os demais prestadores de serviços são selecionados e, ao registrar-se
o fundo na CVM, pede-se a isenção de certos requisitos referentes à distribuição pública de cotas. É comum,
ainda, a celebração de contratos de associação entre os investidores, similares aos acordos de acionistas das
sociedades por ações. Desta forma, são estabelecidos alguns direitos e obrigações pertinentes a um grupo
de investidores num cenário de aplicação conjunta.
Os FIPs devem ser constituídos sob a forma de condomínio fechado e destinam-se à aquisição de ações,
debêntures, bônus de subscrição ou outros títulos e valores mobiliários conversíveis ou permutáveis em
papéis de companhias abertas ou fechadas. A estruturação dos FIPs, regulamentada pela Instrução 391 da
CVM, é extremamente flexível, permitindo a composição de interesses dos participantes. O funcionamento
dos FIPs depende de seu prévio registro na CVM. Sua autorização será automaticamente concedida
mediante o protocolo de documentos previstos na referida instrução.
O valor mínimo de subscrição das cotas dos FIPs é de R$ 100 mil. A aplicação pode ser efetivada à vista ou
através de compromisso, mediante o qual o investidor fica obrigado a aportar capital à medida que o
administrador do fundo faz as chamadas, conforme estabelecido no contrato. A opção de se estabelecer um
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compromisso de investimento é interessante porque permite que o desembolso de recursos somente ocorra
após a procura e a localização, pelo FIP, das empresas em que pretende investir.
A política de investimento a ser adotada pelo administrador, através da qual serão escolhidos os ativos nos
quais o FIP aplicará, será estabelecida no seu regulamento, que determinará também os riscos e todos os
demais fatores envolvidos na operação, inclusive o tratamento a ser dado aos direitos decorrentes dos ativos
de sua carteira — o pagamento de dividendos, os juros sobre capital próprio, entre outros.
Poderão ser emitidas uma ou mais classes de cotas, de acordo com o disposto nas regras do Fundo de
Investimento em Participação. O regulamento poderá também atribuir às diferentes classes de cotas
existentes direitos políticos especiais para as matérias que especificar ou, ainda, distintos direitos
econômico-financeiros, exclusivamente quanto à fixação das taxas de administração e de performance, e
respectivas bases de cálculo.
É constituído sob a forma de condomínio fechado, como uma comunhão de recursos destinados à aplicação
em carteira diversificada de valores mobiliários de emissão de empresas emergentes.
Entende-se por empresas emergentes a companhia que apresente faturamento líquido anual, ou
faturamento líquido anual consolidado, inferior a R$ 100 milhões apurados no balanço de encerramento do
exercício anterior à aquisição dos valores mobiliários de sua emissão.
O FIEE foi criado e regulamentado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários ) como um mecanismo para
capitalizar pequenas e médias empresas brasileiras que não conseguiram levantar recursos no mercado de
capitais.
As cotas , cujo valor mínimo deve ser de R$ 20 mil , só poderão ser negociados nos mercados secundários
de bolsas de valores ou de balcão. Terão prazo máximo de duração de 10 anos podendo ser prorrogados por
mais 5 anos ao final dos quais serão resgatados. Existe uma carência de 360 dias após a aprovação do registro
do fundo na CVM para que se dê a integralização total das cotas.
A distribuição das cotas pode ser feita por meio de emissão privada , ou seja, uma vez identificados os
investidores , a instituição financeira faz a emissão da cota, direta e especificamente, para cada investidor.
Os principais investidores-alvo dos FIEE são os investidores institucionais, como as fundações de previdência
privada.
É estabelecer parâmetros pelos quais as atividades das Instituições Participantes, relacionadas à constituição
e funcionamento de fundos de investimento (“Fundos de Investimento” ou “Fundos”), devem se orientar,
visando, principalmente, a estabelecer:
I. a concorrência leal;
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O presente Código não se sobrepõe à legislação e regulamentação vigentes, ainda que venham a ser
editadas normas, após o início de sua vigência, que sejam contrárias às disposições ora trazidas. Caso haja
contradição entre regras estabelecidas neste Código e normas legais ou regulamentares, a respectiva
disposição deste Código deverá ser desconsiderada, sem prejuízo das demais regras neste contidas.
I – desempenhar suas atribuições buscando atender aos objetivos de investimento dos Fundos de
Investimento, bem como a promoção e divulgação de informações a elas relacionadas de forma
transparente, visando sempre ao fácil e correto entendimento por parte dos investidores;
II – cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício de sua atividade, o cuidado que toda
pessoa prudente e diligente costuma dispensar à administração de seus próprios negócios, respondendo por
quaisquer infrações ou irregularidades que venham a ser cometidas sob sua gestão;
III – evitar práticas que possam ferir a relação fiduciária mantida com os cotistas dos Fundos de Investimento;
IV – evitar práticas que possam vir a prejudicar a indústria de Fundos de Investimento e seus participantes.
As Instituições participantes devem tomar providências para que sejam disponibilizados aos investidores,
quando de seu ingresso nos Fundos de Investimento, prospectos atualizados e compatíveis com o
regulamento dos Fundos de investimento.
Os Prospectos dos Fundos de Investimento devem conter as principais características dos fundos, dentre as
quais todas as informações relevantes para dar conhecimento ao investidor de suas políticas de
investimento e dos riscos envolvidos, bem como dos direitos e responsabilidades dos cotistas, devendo
conter, no mínimo, os elementos obrigatórios, conforme descrito a seguir:
II – Política de investimento: descrever como o Fundo de Investimento pretende atingir o seu objetivo de
investimento, identificando as principais estratégias técnicas ou práticas de investimento a serem utilizadas,
os tipos de títulos e valores mobiliários nos quais o Fundo de Investimento pode investir (incluindo
derivativos e suas finalidades), políticas de seleção e alocação de ativos, e, quando dor o caso, políticas de
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concentração. Também deverão ser definidas as faixas de alocação de ativos e os limites de concentração e
alavancagem, quando for o caso;
III – Fatores de Risco: indicar todo e qualquer fato relativo ao Fundo de Investimento que possa afetar a
decisão do potencial investidor no que diz respeito à aquisição das cotas do Fundo de Investimento.
Prospectos
Devem ser ainda impressos com destaque na capa, na contracapa ou na primeira página do Prospecto, os
seguintes avisos (ou semelhantes) com o mesmo teor:
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Selo ANBIMA
Na capa dos prospectos dos Fundos de Investimentos administrados pelas Instituições Participantes devem
ser impressos o Selo ANBIMA e a data do Prospecto. Deve ser impresso com destaque na capa, contracapa
ou na primeira página do Prospecto, aviso com o seguinte teor.
Obs.: O Selo ANBIMA NÃO implica em garantia ou julgamento sobre a qualidade do fundo ou do
administrador.
a) Rentabilidade Bruta
Informar que a rentabilidade divulgada não é líquida de impostos, ou seja, a rentabilidade divulgada é bruta.
Os cálculos apresentados nas peças de comunicação devem sempre ser feitos com base em ano padrão de
252 dias úteis.
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Exemplo:
O Fundo Renda Fixa ABCD teve a seguinte rentabilidade:
Mês atual 201X 0,98%
Mês anterior 201X 0,89%
Acumulada 201X 5,85%
Acumulado 12 meses 9,34%
Obs.:
A rentabilidade mensal do fundo refere-se ao período entre o último dia útil do mês anterior e o
último dia útil do mês de referência.
A rentabilidade divulgada é bruta e estará sujeita ao imposto de renda.
Comparação de rentabilidades
O Fundo de Investimento, possuindo ou não parâmetro próprio para política, objetivo ou performance
determinado em seus regulamentos ou prospectos, pode apresentar comparativo de sua rentabilidade com
indicadores econômicos do mercado, desde que deixe claro que tal indicador é mera referência econômica,
e não parâmetro objetivo do fundo.
Caso seja iniciada tal comparação, deve ser feita de maneira consistente e continuada, sendo utilizada nas
divulgações comparativas subsequentes, de forma a não se utilizar, a cada período, o indicador que melhor
beneficie a performance apresentada pelo Fundo.
A comparação entre fundos elaborados pela Instituição Participante deve atender aos seguintes critérios:
Quaisquer comparações devem vir acompanhadas da fonte dos dados utilizados, e da metodologia
escolhida para a seleção do universo comparável;
As análises devem ser feitas com o objetivo de esclarecimento, e devem levar em conta as
características dos produtos em comparação, tais como, tamanho do fundo, liquidez, carência, classe ou tipo
ANBIMA;
Os cálculos comparativos de rentabilidade devem fazer referência aos métodos e critérios utilizados,
informando aos investidores (cotistas) ou potenciais investidores, como obter informações a respeito dos
mesmos.
Obs.: Tanto o administrador (instituição financeira) quanto o distribuidor (gerente de relacionamento com
o cliente), devem comparar somente fundos de mesma categoria!
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As Instituições Participantes devem utilizar a Marcação a Mercado (“MaM”) no registro dos ativos de todos
os Fundos de Investimento que administrem.
A MaM consiste em registrar todos os ativos, para efeito de valorização e cálculo de cotas dos Fundos de
Investimento, pelos preços negociados no mercado em caso de ativos líquidos ou, quando este preço não é
observável, por uma estimativa adequada de preço que o ativo teria em uma eventual negociação feita no
mercado.
A MaM tem como principal objetivo evitar a transferência de riqueza entre os cotistas dos Fundos de
Investimento, além de dar maior transparência aos riscos embutidos nas posições, uma vez que as oscilações
de mercado dos preços dos ativos, ou dos fatores determinantes destes, estarão refletidas nas cotas,
melhorando assim a comparabilidade entre suas performances.
Dica:
Conceito: Contabilizar cada ativo da carteira do fundo de investimento pelo valor de mercado.
Finalidade: Evitar a transferência de riqueza entre os cotistas.
Caracteriza-se como distribuição de Fundos de Investimento, para os efeitos desse Código, a oferta de cotas
de Fundo de Investimento a investidor ou potencial investidor, de forma individual ou coletiva, resultando
ou não em captação de recursos para o Fundo de Investimento.
§2º. Apresentações técnicas, sem o objetivo de ofertar cotas de Fundo de Investimento, não configuram
atos de distribuição.
§3º. A distribuição de cotas de Fundos de Investimento deve ser exercida por distribuidor habilitado e
autorizado pela CVM para o exercício de tal atividade.
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III. o controle e manutenção de registros internos referentes à compatibilidade entre as movimentações dos
recursos dos clientes e sua capacidade financeira e atividades econômicas, nos termos das normas de
proteção e combate à lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores; e
IV. o atendimento aos requisitos da regulação e da regulação e melhores práticas em relação à adequação
dos investimentos recomendados (suitability).
Art. 33 - As Instituições Participantes que atuam na distribuição de cotas de Fundos de Investimento via
agências, no varejo, devem atender a padrões mínimos de informações aos investidores, de acordo com o
canal utilizado, na forma do disposto neste artigo.
§1º. Os sítios na rede mundial de computadores disponibilizados pelas Instituições Participantes devem ter
seção exclusiva sobre Fundos de Investimento, com o seguinte conteúdo mínimo sobre cada Fundo de
Investimento:
VI. limites mínimos e máximos de investimento e valores mínimos para movimentação e permanência no
Fundo de Investimento;
IX. rentabilidade, observado o art. 16 das “Diretrizes de Publicidade e Divulgação de Material Técnico”;
XI. referência ao local de acesso ao Prospecto, Regulamento, lâminas descritivas e com explicitação do
telefone da central de atendimento aos investidores; e
XII. link para o portal de educação financeira da ANBIMA “Como Investir” (www.comoinvestir.com.br).
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I. dos interessados, material impresso, ou passível de impressão, atualizado, com o mesmo conteúdo mínimo
obrigatório descrito para a seção exclusiva de Fundos de Investimento no sítio na rede mundial de
computadores; e
II. dos gerentes, ambiente com seção exclusiva, seja na rede mundial de computadores, na rede interna, ou
ainda em outra forma de comunicação interna adotada pelas Instituições Participantes, que permita o acesso
à seção com o conteúdo descrito no parágrafo 1º.
§3º. Adicionalmente, é obrigatório afixar nas agências, em local visível e de fácil acesso ao público, tabela
contendo:
I. categoria ANBIMA dos Fundos de Investimento distribuídos na agência;
II. telefone da central de atendimento aos investidores; e
III. ao final da tabela, valendo para todas as categorias de Fundos de Investimento ali contidas:
a) Selo ANBIMA;
b) avisos contidos no inciso X, do parágrafo 1º;
c) a inclusão facultativa, na tabela referida neste parágrafo, de outros produtos de investimentos
distribuídos; e
d) avisos com o seguinte teor:
Art. 34 - As Instituições Participantes que distribuem cotas de Fundos de Investimento via agências, no
varejo, devem dispor de central de atendimento aos investidores, e central de atendimento aos gerentes,
devendo os profissionais destas centrais possuir a Certificação Profissional ANBIMA Série 20 (CPA-20), nos
termos do Código de Regulação e Melhores Práticas da ANBIMA para o Programa de Certificação
Continuada.
Art. 35 - Nos contratos de distribuição em que figurarem Instituições Participantes, deverá obrigatoriamente
constar disposição estabelecendo que o distribuidor deva dar conhecimento ao investidor, na forma que
julgar pertinente, desde que acessível ao cotista, dos seguintes teores, conforme o caso:
I. que o distribuidor pode receber remuneração de distribuição dos administradores dos Fundos de
Investimento em que seus clientes aplicarem recursos, seja na forma de investimento direto, seja por meio
de conta e ordem; ou
II. que o administrador de Fundo de Investimento em cotas, objeto da aplicação do cliente, pode receber
remuneração de distribuição relativa ao investimento que o Fundo de Investimento em cotas faz em Fundos
de Investimento administrados por terceiros; e
III. que, em ambos os casos, esta remuneração pode ser diferenciada em função dos diversos Fundos de
Investimento recebendo aplicações.
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Art. 36 - É vedada a utilização de qualquer instituto jurídico ou estrutura de produto, cuja implicação
econômica, de forma direta ou indireta, resulte em desconto, abatimento ou redução artificial de taxa de
administração, performance e/ou qualquer outra taxa que venha a ser cobrada pela indústria de Fundos de
Investimento.
Percentual pago pelos cotistas de um fundo para remunerar todos os prestadores de serviço. É uma taxa
expressa ao ano calculada e deduzida diariamente.
Essa taxa não pode ser cobrada em fundos classificados com curto prazo, referenciado e renda fixa de curto
prazo.
cobrada para entrada em alguns fundos, em geral em percentuais ao valor do aporte, e pode ser observada
nos fundos previdenciários.
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cobrada nos casos de resgates fora da data destes. Em geral, sua cobrança não é utilizada, salvo fundos com
carência.
Além da taxa de administração e da taxa de performance, dentre outras, as seguintes despesas podem ser
debitadas pela instituição administradora:
I – Taxas, impostos ou contribuições federais, estaduais, municipais ou autárquicas, que recaiam ou venham
a recair sobre os bens, direitos e obrigações do fundo;
III – Despesas com correspondência de interesse do fundo, inclusive comunicações aos cotistas;
VI – Despesas com custódia e liquidação de operações com títulos e valores mobiliários, ativos financeiros e
modalidades operacionais;
VII – No caso de fundo fechado, a contribuição anual devida às bolsas de valores ou às entidades do mercado
de balcão organizado, em que o fundo tenha suas cotas admitidas à negociação.
Quaisquer despesas não previstas como encargos do fundo, inclusive relativas à elaboração do prospecto,
correm por conta do administrador, devendo ser por ele contratadas.
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02 – Os fundos de investimento classificados como Cambial, Renda Fixa e Ações de acordo com a CVM
a) São diferenciados de acordo com seus riscos
b) São diferenciados de acordo com o administrador
c) Possuem as mesmas regras de tributação
d) Não podem ser destinados a investidores qualificados
03 – Um investidor qualificado:
a) Pode interferir na gestão do fundo
b) Pode pedir a redução da sua taxa de administração na AGO
c) Pode pedir a redução da sua taxa direto ao administrador do fundo
d) Tem os mesmos direitos e deveres dos outros cotistas
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07 – Sobre os fundos de investimento classificados como “fundos de curto prazo”, segundo a instrução
CVM 409
a) Podem aplicar em títulos de renda fixa pós fixados, com prazo máximo de vencimento 365 dias.
b) Podem aplicar em títulos de renda fixa pós fixados, com prazo máximo de vencimento 385 dias.
c) Permitem a cobrança de taxa de performance se o fundo for destinado a Investidor qualificado.
d) Não podem aplicar em títulos públicos federais.
08 – Sobre o investimento em títulos e valores mobiliários emitidos pelo próprio administrador do fundo,
podemos afirmar que
a) Podem ser realizados, porém são limitados a 10% do patrimônio do fundo
b) Podem ser realizados, porém são limitados a 20% do patrimônio do fundo
c) Podem ser realizados, porém são limitados a 50% do patrimônio do fundo
d) Um fundo de investimento jamais poderá adquirir títulos e valores mobiliários de sua própria emissão,
para evitar possíveis conflitos
11 – Num banco, onde existe um possível conflito de interesse entre a gestão de recursos próprios e a
gestão de recursos de terceiros, qual deve ser a atitude da instituição:
a) suspender a atividade
b) deixar de fazer as atividades por um tempo
c) segregar as atividades
d) não fazer nada
12 – Um investidor pretende aplicar em um fundo composto por títulos públicos federais e deseja que o
crédito entre em sua conta em D + 2. Você, como gerente da conta indicaria aplicação em:
a) fundo conservador
b) fundo de direitos creditórios
c) fundo de ações
d) fundo referenciado
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13 – São exemplos de remuneração que podem ser cobradas pelo administrador de um fundo de
investimento, de acordo com o seu regulamento, além da taxa de administração:
a) Taxa de Entrada, Saída e Taxa de Performance
b) Taxa de Entrada, Retorno e Taxa de Performance
c) Taxa de Entrada, Saída e Retorno
d) taxa de Custódia, de Performance e Retorno
14 – Um fundo para investidores não qualificados pode concentrar os investimentos em títulos emitidos
por um mesmo grupo financeiro e em títulos emitidos por um mesmo grupo não financeiro,
respectivamente:
a) Até 20% e 20% da carteira
b) Até 20% e 10% da carteira
c) Até 10% e 20% da carteira
d) Até 10% e 10% da carteira
15 – Suponha que o mercado se encontra numa situação de total iliquidez, de modo que o gestor do fundo
não consegue vender os ativos e pagar as solicitações de resgate. O administrador do fundo poderá:
a) Declarar o fechamento do fundo para a realização de resgates, sendo obrigatória a convocação de
Assembleia Geral Extraordinária.
b) Condicionar os resgates ao aporte de novos recursos ao fundo.
c) Honrar os saques, mesmo que tenha que utilizar recursos próprios ou empréstimos
d) Atender às solicitações na medida do possível, dando prioridade para aqueles de menor valor
16 – São exemplos de ativos que podem ser comprados por Fundos de Investimento em geral
I. T.P.F, CDB;
II. Recibo de depósito de empresas no exterior;
III. Ações e títulos de dívida externa.
a) Somente III
b) I e II
c) I e III
d) I, II e III
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18 – O prazo máximo para pagamento de cotas resgatadas pelo investidor em um fundo de investimento
é de:
a) Decidido em assembleia do fundo
b) Estabelecido em regulamento e prospecto de acordo com livre decisão do administrador do fundo
c) Não poderá ultrapassar 5 dias a contar da data de conversão das cotas
d) Não poderá ultrapassar 5 dias a contar da data da solicitação de resgate
GABARITO
01 – D 11 - C
02 – A 12 - D
03 – D 13 - A
04 – C 14 - B
05 – C 15 - A
06 – B 16 - D
07 – C 17 - C
08 – B 18 - C
09 – B
10 – B
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3.1.1. Definição
Ação
Ação representa a menor “fração” do capital social de uma empresa, ou seja, a unidade do capital social nas
sociedades anônimas. Quem adquire estas “frações” é chamado de acionista que vai ter uma certa
participação na empresa, correspondente a quantas destas “frações” ele detiver.
As Sociedades Anônimas quando decidem abrir o seu capital, fazem uma operação conhecida como
UNDERWRITING. Veja a ilustração abaixo:
OPERAÇÃO DE UNDERWRITING
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MERCADO PRIMÁRIO: Colocação de títulos resultantes de novas emissões. Empresas utilizam o mercado
primário para captar os recursos necessários ao financiamento de suas atividades.
MERCADO SECUNDÁRIO: Negociação de ativos, títulos e valores mobiliários em mercados organizados, onde
os investidores compram e vendem em busca de lucratividade e liquidez, transferindo, entre si, os títulos
anteriormente adquiridos no mercado primário.
O caixa da empresa emissora não é sensibilizado, há apenas a transferência de titularidade das ações entre
compradores e vendedores.
Obs.: A liquidação financeira das compras e venda de ações realizadas no mercado secundário acontecem
em D + 3.
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Obs.: Uma empresa quando abre o capital está também abrindo sua contabilidade para o mercado, devendo
assim possuir uma gestão transparente publicando balanços periódicos entre outras exigências feitas pela
CVM.
De acordo com a natureza dos direitos ou vantagens dos acionistas, as ações são classificadas em espécies.
São ações cujos acionistas possuem preferência na distribuição dos resultados ou no reembolso do capital
caso a empresa seja liquidada. Em contrapartida, o acionista pode ter o seu direito de voto limitado ou, até
mesmo, não ter esse direito, de acordo com o estatuto da sociedade.
Caso a Companhia fique 3 anos sem distribuir dividendos passa a ter direito a voto.
São ações cujos acionistas possuem direito de voto em assembléia na proporção de um voto por ação.
Obs.: Empresas que abrem o capital deverão ter no mínimo 50% de suas ações sendo do tipo ordinária. (½ e
½).
Certificados ou Recibos de Depósito de Valores Mobiliários (ADRs – American Depositary Receipts e BDRs –
Brazilian Depositary Receipts)
O ADR ou GDR são papéis emitidos e negociados no mercado exterior (ADR só nos EUA), com lastro em ações
de outros países.
Todos os direitos adquiridos pelos acionistas do país de origem, como dividendos, direitos de subscrição e
desdobramentos, também são oferecidos pelo ADR/GDR.
Para lançar ADR ou GDR, a empresa deve emitir ações ou comprá-las no mercado secundário, depositando
os papéis em um banco local, que atuará como custodiante.
Com lastro nessas ações, um banco no exterior, o depositário, emite os ADR ou GDR.
Os ADR/GDR são isentos de tributação sobre os ganhos de capital e só pagam 15% de imposto de renda
sobre os dividendos recebidos.
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É o registro, a emissão, e a negociação no Brasil, dos Certificados de Depósito de Valores Mobiliários, com
lastro em valores mobiliários lançados por empresas abertas ou assemelhadas com sede no exterior e
emitidas por instituição depositária no Brasil.
Existe uma instituição custodiante, no país de origem dos valores mobiliários, autorizada por órgão similar à
CVM, que presta os serviços de custódia dos valores mobiliários que deram origem aos BDR.
No Brasil, a instituição depositária ou emissora é aquela que emite, aqui, o correspondente certificado de
depósito, com base nos valores mobiliários custodiados no país de origem.
Bônus de Subscrição
É considerado um valor mobiliário, conferindo ao seu titular o direito de comprar (subscrever) uma nova
ação durante um prazo determinado, por um preço fixado ou corrigido monetariamente até o momento
desta subscrição. Assim, podemos dizer que um bônus de subscrição se assemelha a uma opção de compra
(call).
É uma reunião de acionistas que ocorre uma vez por ano, nos primeiros quatro meses após o fim do exercício
social, e tem o objetivo de decidir sobra uma ou mais das seguintes matérias:
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Tem poderes para decidir sobre todos os negócios da companhia e tomar as resoluções convenientes à sua
defesa e desenvolvimento. Enquanto a AGO decide sobre as demonstrações financeiras, o destino do lucro
líquido e a eleição de administradores/membros do conselho fiscal, a AGE toma conta de todos os demais
assuntos.
Direito de voto
Os acionistas, de acordo com o tipo de ação que possuem, podem exercer seu direito de votar nas
assembleias gerais da companhia.
Na hipótese de liquidação da sociedade, os acionistas têm direito, depois de pagos todos os credores, de
receber o patrimônio remanescente da sociedade, na proporção de sua participação no capital social, a não
ser quando disposto de maneira diferente nos estatutos.
Fiscalização
Direito de Subscrição
Direito de Retirada
É o direito que o acionista tem de se retirar da companhia e ser reembolsado pelo valor de suas ações se
discordar de algumas decisões (previstas em lei) tomadas pela assembléia geral.
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Dividendos;
Juros sobre capital próprio; e
Bonificação
Nota: além, do ganho de capital (diferença entre o valor de venda e de compra da ação).
Os dividendos são originados do lucro líquido do exercício, dos lucros acumulados e da reserva de lucros. No
caso de ações preferenciais, que têm prioridade no recebimento, pode vir da conta reserva de capital.
Dividendo Obrigatório
Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, a parcela dos lucros
estabelecida no estatuto ou, se este for omisso, a importância determinada de acordo com as seguintes
normas:
Metade do lucro líquido do exercício diminuído ou acrescido dos valores destinados à constituição
da reserva legal e à formação da reserva para contingências e reversão da mesma reserva formada em
exercícios anteriores (Lucro Líquido Ajustado);
Percentual que a Assembleia Geral deliberar, quando resolver incluir essa matéria no regulamento.
No entanto, o percentual aprovado não poderá ser inferior a 25% (vinte e cinco por cento) do Lucro Líquido
ajustado.
Pagamento
A companhia pagará o dividendo de ações nominativas à pessoa que, na data do ato de declaração do
dividendo, estiver inscrita como proprietária ou usufrutuária da ação.
Os dividendos poderão ser pagos por cheque nominativo remetido por via postal para o endereço
comunicado pelo acionista à companhia, ou mediante crédito em conta-corrente bancária aberta em nome
do acionista.
Os dividendos das ações em custódia ou em depósito bancário serão pagos pela companhia à instituição
financeira depositária, que será responsável pela sua entrega aos titulares das ações.
O dividendo deverá ser pago, salvo deliberação em contrário da Assembleia Geral, no prazo de 60 (sessenta)
dias da data em que for declarado.
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3.1.4.2.2. Juros sobre Capital Próprio: critérios para distribuição e aspectos tributários
Remuneração alternativa da empresa ao acionista, limitada ao valor da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo).
A pessoa jurídica poderá deduzir, da base de cálculo do IR e CSLL (Contribuição Social Sobre Lucro Líquido),
para efeitos da apuração do lucro real, os juros pagos ou creditados individualmente a titular, sócios ou
acionistas.
Essa remuneração é paga a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas do
patrimônio líquido.
A taxa de juros utilizada para remunerar o capital próprio está limitada à variação, pro rata dia, da Taxa de
juros de Longo Prazo – TJLP.
Consiste na incorporação de reservas de lucro de capital social, mediante emissão de novas ações
distribuídas gratuitamente aos acionistas, em número proporcional às já possuídas.
A bonificação aumenta a quantidade de ações da empresa, sem alterar o valor do patrimônio líquido, de
modo que o preço da ação se ajusta e, tecnicamente, não há alteração patrimonial para o acionista.
Excepcionalmente, além dos dividendos, uma empresa poderá conceder a seus acionistas uma participação
adicional nos lucros por meio de uma bonificação em dinheiro. Nesse caso, o valor do patrimônio é alterado,
mas o preço da ação se ajusta da mesma forma e, tecnicamente, não há alteração patrimonial para o
acionista.
Os eventos societários são todos aqueles atos que podem ser aprovados pelos acionistas em Assembleia
Geral.
Os principais eventos societários são: incorporações, fusões, cisões, incorporações de ações, aquisições e
alienações de controle societário, aquisições e alienações de ativos importantes.
A eleição dos membros do Conselho de Administração, é que elege os diretores e os membros do Conselho
Fiscal.
Entende-se por acionista controlador a pessoa física ou jurídica, ou o grupo de pessoas vinculadas por acordo
de voto, ou sob controle comum, que:
É titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, a maioria dos votos nas
deliberações da Assembleia Geral e o poder de eleger a maioria dos administradores da companhia; e
Usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos órgãos
da companhia.
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O acionista controlador deve usar o poder com o fim de fazer a companhia realizar o seu objeto e cumprir
sua função social. Assim possui deveres e responsabilidades para com os demais acionistas da empresa, para
com os que nela trabalham e para com a comunidade em que atua, e deve atender com lealdade e respeito
aos seus direitos e interesses.
O acionista controlador da companhia aberta e os acionistas, ou grupo de acionistas, que elegerem membro
do Conselho de Administração ou membro do Conselho Fiscal, deverão informar imediatamente, as
modificações em sua posição acionária na companhia. Essa informação deve ser divulgada, nas condições e
na forma determinadas pela legislação, à CVM, às Bolsas de Valores ou entidades do mercado de balcão
organizado, nas quais os valores mobiliários de emissão da companhia estejam à negociação.
Acionistas minoritários são os detentores de ações ordinárias que não façam parte do bloco controlador da
companhia (sentido restrito). Contudo, algumas vezes o conceito de minoritários é usado em um sentido
amplo, incluindo os detentores de ações preferenciais sem direito a voto ou com voto restrito. Como esta
última definição é polêmica, a prática do mercado tem sido chamar o conjunto ampliado de acionistas, não
pertencentes ao bloco de controle de “acionistas investidores”.
Trata-se da extensão do prêmio de controle. É um direito conferido aos acionistas minoritários, em caso de
alienação de ações realizada pelos controladores da companhia.
A alienação, direta ou indireta, do controle da companhia aberta somente pode ser contratada sob condição,
suspensiva ou resolutiva, de que o adquirente se obrigue a fazer oferta pública de aquisição das ações com
direito a voto de propriedade dos demais acionistas da companhia. Assim, fica assegurado o preço mínimo
igual a 80% do valor pago por ação com direito a voto, integrante do bloco de controle às demais ações da
companhia, pelo mesmo preço, independentemente de espécie ou classe.
De acordo com a lei, o adquirente é obrigado a fazer oferta pública de aquisição das ações ordinárias não
integrantes do bloco de controle por, no mínimo, 80% do preço pago por cada ação de controle.
Segundo as boas práticas de governança corporativa, o adquirente deve dar tratamento igual a todas as
classes ou espécies de ações. Portanto, o preço ofertado aos acionistas ordinários minoritários deve se
estender a todas as demais ações da companhia, independentemente de espécie ou classe.
As ações de novas companhias dão direito aos acionistas minoritários a receber pelo menos 80% do prêmio
obtido pelos controladores, em caso de alienação (tag-along).
O conjunto de informações que os administradores das companhias fornecem aos acionistas, analistas de
investimentos, credores e comunidade em geral abrange os seguintes documentos:
Relatório de Administração;
Demonstrações Financeiras com Notas Explicativas;
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O relatório anual tem forte poder de comunicação por se mais descritivo e menos técnico que os demais
documentos. Nele, o administrador faz uma prestação de contas dos atos praticados e apresenta
expectativas sobre desempenhos futuros.
Em vista disso, diversos dispositivos da Lei das S.As. obrigam os administradores da sociedade a fornecer
uma série de informações aos acionistas, dentre as quais vale destacar as seguintes:
a) qualquer acionista pode requerer a apresentação de certidão dos assentamentos constantes dos livros da
companhia, em que se registram a titularidade e a transferência das ações e os demais valores mobiliários
de sua emissão, desde que as informações requeridas se destinem à defesa de direitos e ao esclarecimento
de situações de interesse pessoal ou dos acionistas ou do mercado de valores mobiliários;
b) acionistas detentores de, pelo menos 0,5% do capital social, podem exigir o fornecimento da relação dos
endereços dos demais acionistas, a fim de tentar obter destes procuração para representá-los em
Assembléias Gerais da companhia;
c) qualquer acionista pode ter acesso aos documentos pertinentes à matéria a ser debatida nas Assembléias
Gerais, os quais deverão ser postos à disposição dos acionistas, na sede da companhia, por ocasião da
publicação do primeiro anúncio de convocação da Assembléia;
d) qualquer acionista tem o direito de ser informado sobre o número de ações, bônus de subscrição, opções
de compra de ações e debêntures conversíveis em ações, de emissão da companhia e de sociedades
controladas ou do mesmo grupo, de que cada administrador seja titular no momento em que toma posse
no cargo para o qual foi eleito;
e) acionistas que representem pelo menos 5% (cinco por cento) do capital social podem requerer que os
administradores revelem à Assembléia Geral informações sobre:
O número de valores mobiliários emitidos pela companhia, companhia por ela controlada ou do
mesmo grupo, que tiver adquirido ou alienado, direta ou indiretamente no exercício anterior;
As opções de compra de ações que tiver contratado ou adquirido no exercício anterior;
Os benefícios ou vantagens que tenha recebido ou esteja recebendo da companhia ou de sociedades
coligadas, controladas, ou do mesmo grupo;
As condições dos contratos de trabalho firmados pela companhia com diretores e empregados de
alto nível, e
Quaisquer atos ou fatos relevantes nos negócios da companhia.
f) acionistas titulares de, no mínimo, 5 (cinco por cento) do capital social poderão solicitar aos membros do
conselho fiscal informações sobre as matérias de sua competência. Ainda relacionados ao direito de
informação, a legislação impõe à companhia a obrigação de elaborar e colocar à disposição de seus acionistas
determinados documentos, contendo informações sobre os negócios sociais, tais como:
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Outro aspecto essencial do direito à informação está relacionado com o dever imposto aos administradores
da companhia aberta de divulgar ao mercado qualquer ato ou fato relevante ocorrido ou relacionado com
os negócios da companhia, que possa influir, de modo ponderável, na decisão dos acionistas e dos demais
investidores de comprar, vender ou manter os valores mobiliários emitidos pela companhia e de exercer
quaisquer direitos decorrentes da condição de titular de tais valores mobiliários.
A obrigatoriedade de dar ampla divulgação das informações relevantes sobre a companhia aberta constitui
medida de proteção ao acionista minoritário, pois se presume que, estando ele devidamente informado,
terá condições de avaliar o mérito do empreendimento e tomar as suas decisões de investimento.
A CVM relaciona, de forma exemplificativa, uma série de atos e decisões que constituem modalidade de
fatos relevantes e, assim, ser imediatamente divulgadas pela administração da companhia.
(i) assinatura de acordo ou contrato de transferência do controle acionário da companhia, ainda que sob
condição suspensiva ou resolutiva;
(ii) celebração, alteração ou rescisão de acordo de acionistas em que a companhia seja parte ou
interveniente, ou que tenha sido averbado no livro próprio da companhia;
(iii) autorização para negociação dos valores mobiliários, de emissão da companhia em qualquer mercado,
nacional ou estrangeiro;
(iv) decisão de promover o cancelamento de registro da companhia aberta;
(v) incorporação, fusão ou cisão envolvendo a companhia ou empresas ligadas;
(vi) alteração dos direitos e vantagens dos valores mobiliários, emitidos pela companhia;
(vii) lucro ou prejuízo da companhia e a atribuição de proventos em dinheiro; e
(viii) celebração ou extinção de contrato, ou insucesso na sua realização, quando a expectativa de
concretização for de conhecimento público.
A divulgação dos fatos relevantes deve ser efetuada de modo claro e preciso, em linguagem acessível aos
investidores, por meio de publicação nos jornais de grande circulação normalmente utilizados pela
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companhia, admitindo-se que tal publicação seja feita de forma resumida, com a indicação dos endereços
da internet, onde a informação completa estará disponível aos acionistas e demais
Investidores.
De qualquer forma, mesmo nessa situação, os administradores ficam obrigados a divulgar imediatamente o
fato relevante, caso a informação escape ao seu controle ou se ocorrer oscilação atípica na cotação, preço
ou quantidade negociada dos valores mobiliários de emissão da companhia aberta.
3.1.5. Deveres e responsabilidades dos administradores das companhias abertas: conflito de interesses,
informações
Dever de Diligência
O administrador da companhia deve empregar, no exercício de suas funções, o cuidado e a diligência que
todo homem ativo e propor costuma empregar na administração dos seus próprios negócios.
O administrador deve exercer as atribuições que a lei e o estatuto lhe conferem, para atingir os objetivos e
interesses da companhia, satisfeitas as exigências do bem público e da função social da empresa.
O administrador eleito por grupo ou classe de acionistas tem, para com a companhia, os mesmos deveres
que os demais, não podendo, ainda que para defesa do interesse dos que o elegeram, faltar a esses deveres.
É vedado ao administrador:
b) sem prévia autorização da Assembleia Geral ou do Conselho de Administração, tomar por empréstimo
recursos ou bens da companhia, ou usar, em proveito próprio, de sociedade em que tenha interesse, ou de
terceiros, os seus bens, serviços ou crédito;
c) receber de terceiros, sem autorização estatutária ou da Assembleia Geral, qualquer modalidade de
vantagem pessoal, direta ou indireta, em razão do exercício de seu cargo.
Dever de Lealdade
O administrador deve servir com lealdade a companhia e manter reserva sobre os seus negócios, sendo-lhe
vedado:
I – usar, em benefício próprio ou de outrem, com ou sem prejuízo para a companhia, as oportunidades
comerciais de que tenha conhecimento em razão do exercício de seu cargo;
II – omitir-se no exercício ou proteção de direitos da empresa ou, visando à obtenção de vantagens, para si
ou para outrem, deixando de aproveitar as oportunidades de negócio de interesse da companhia;
III – adquirir, para revender com lucro, bem ou direito que sabe necessário à companhia, ou que esta
tencione adquirir.
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Cumpre ao administrador de companhia aberta, guardar sigilo sobre qualquer informação, que ainda não
tenha sido divulgada para conhecimento do mercado, obtida em razão do cargo e capaz de influir de modo
ponderável na cotação dos valores mobiliários.
Obviamente, é proibido o uso da informação para obter, para si ou para quem quer que seja, vantagem
mediante compra ou venda de valores. O administrador deve zelar para que tal violação não ocorra também
entre seus subordinados ou terceiros de sua confiança.
É vedada a utilização de informação relevante ainda não divulgada, por qualquer pessoa que a ela tenha tido
acesso, com a finalidade de auferir vantagem, para si ou para outrem, no mercado de valores mobiliários.
Dever de Informar
Ação de Responsabilidade
Compete à companhia, mediante prévia deliberação da Assembleia Geral, a ação de responsabilidade civil
contra o administrador, pelos prejuízos causados ao seu patrimônio.
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O administrador não é pessoalmente responsável pelas obrigações que contrair em nome da sociedade e
em virtude de ato regular de gestão.
O administrador não é responsável por atos ilícitos de outros administradores. Porém, os administradores
são solidariamente responsáveis pelos prejuízos causados em virtude do não cumprimento dos deveres
impostos por lei para assegurar o funcionamento normal da companhia, ainda que, pelo estatuto, tais
deveres não caibam a todos eles.
Responderá solidariamente com o administrador quem, com o fim de obter vantagem para si ou para
outrem, concorrer para a prática de ato com violação da lei ou do estatuto.
Conflito de Interesses
É vedado ao administrador intervir em qualquer operação social, em que tiver interesse conflitante com o
da companhia, bem como na deliberação que a respeito tomarem os demais administradores, cumprindo-
lhe cientificá-los do seu impedimento e fazer consignar, em ata de reunião do Conselho de Administração
ou da diretoria, a natureza e extensão do seu interesse.
As ofertas podem ser primárias ou secundárias. Quando a empresa vende novos títulos e os recursos dessa
venda vão para o caixa da empresa, as ofertas são chamadas de primárias. Por outro lado, quando não
envolvem a emissão de novos títulos, caracterizando apenas a venda de ações já existentes - em geral dos
sócios que querem desinvestir ou reduzir a sua participação no negócio - e os recursos vão para os
vendedores e não para o caixa da empresa, a oferta é conhecida como secundária (block trade).
Além disso, quando a empresa está realizando a sua primeira oferta pública, ou seja, quando está abrindo o
seu capital, a oferta recebe o nome de oferta pública inicial ou IPO (do termo em inglês, Inicial Public Offer).
Quando a empresa já tem o capital aberto e já realizou a sua primeira oferta, as emissões seguintes são
conhecidas como ofertas subsequentes ou, no termo em inglês, follow on.
As ofertas públicas, uma vez que envolvem a captação de poupança pública, são disciplinadas por lei e
regulamentadas pela Comissão de Valores Mobiliários. A intenção é permitir que todos os investidores
participem da oferta em igualdade de condições e que possam tomar suas decisões de investimento de
forma consciente.
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Múltiplos de mercado
A avaliação de ações pelo sistema de múltiplos é bastante difundida no mercado, apesar de controversa. Os
modelos de avaliação tentam projetar o comportamento futuro dos ativos financeiros, sendo de grande
utilidade como parâmetro de apoio à decisão de investimento.
O famoso índice P/L indica o prazo – em número de anos – para recuperação do capital investido, dada
estimativa de lucro por ação.
Exemplo: Se o investidor compra uma ação por $ 100 e esperar ganhar $ 25 de lucro a cada ano, levará 4
anos para recuperar o capital investido. ($ 100 / $ 25 = 4).
Assim, ao comparar os P/L de várias ações, quanto menor for o P/L melhor será a ação. Pois se espera o
retorno sobre o investimento em um tempo mais curto.
𝒄𝒐𝒕𝒂çã𝒐 𝒅𝒂 𝒂çã𝒐
P/L =
𝒍𝒖𝒄𝒓𝒐 𝒑𝒐𝒓 𝒂çã𝒐
Esse múltiplo tem o mesmo conceito do P/L só que ao invés de considerar o lucro líquido contábil, utiliza-se
o EBITDA que se aproxima do lucro da atividade em base de caixa.
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E, em vez de considerar o valor da ação, utilização do valor da empresa (que pode ser obtido pelo somatório
das ações).
Um índice baixo indica que a empresa está subavaliada e pode representar uma decisão de compra para o
investidor que esteja decidindo com base nesse múltiplo.
EBITDA
𝒗𝒂𝒍𝒐𝒓𝒆𝒎𝒑𝒓𝒆𝒔𝒂 Earning Before Interest, Taxes,
Depreciation and Amortization ou
𝑬𝑩𝑰𝑻𝑫𝑨
Lucro antes de juros, depreciações e
amortizações
Esta afirmação é a pedra fundamental da análise técnica. A não ser que seu significado completo seja
perfeitamente entendido e aceito, nada do que vem depois fará sentido.
O técnico acredita que tudo que possa vir a afetar o preço de mercado de uma ação ou de uma “commodity”
já está refletido no preço corrente do ativo.
A partir desse pressuposto, a única coisa que interessa é estudar o comportamento desse preço.
Por isso, a afirmação dos “grafistas” de que não se preocupam com os motivos das altas e das baixas não é
tão simplória como parece – é a lógica desta primeira premissa: a ação do mercado desconta tudo. Assim,
basta estudar os mercados e deixá-los apontar qual a próxima tendência.
Não se trata de tentar ser mais esperto ou puramente adivinhar algo e sim, de estudar todo um elenco de
ferramentas técnicas que permite um estudo racional das tendências.
O analista técnico sabe que existem razões para a alta ou a baixa, mas não acredita que conhecer estas
razões seja necessário em seu trabalho.
“Os preços se movem em tendências”
Sem acreditar nele, não adianta prosseguir, pois justamente o propósito da análise técnica é identificar as
tendências nos seus primeiros estágios, para recomendar operações que se beneficiem dessas tendências.
Há um corolário à premissa de que os preços se movem em tendências: uma tendência em curso tem
maiores possibilidades de continuar do que reverter, exatamente como enuncia o princípio da inércia,
estabelecido por Isaac Newton.
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Poderíamos também dizer que uma tendência continuará na mesma direção até que se reverta. Parece uma
coisa óbvia, mas a tarefa da análise técnica é identificar a existência de uma tendência e perceber os sinais
de sua reversão.
Análise Técnica
A análise gráfica estuda os mercados e deixa-os apontar qual a próxima tendência.
Identificada a existência de uma tendência é necessário também perceber os sinais de
sua reversão.
Análise Fundamentalista
Se fossemos definir Análise Fundamentalista de uma forma bem resumida, diríamos que “Análise
Fundamentalista é a arte de analisar e projetar resultados de uma empresa”.
A partir do Balanço Geral, de acordo com o roteiro estabelecido pelas Áreas de Pesquisa ou Departamentos
de Análise das Instituições Financeiras, são reclassificadas as contas em um modelo de análise estabelecido,
não diferenciado em muito na classificação das contas padronizadas conforme a Lei das Sociedades
anônimas.
Esta fase, que chamamos de análise de balanço, serve para montar um banco de dados histórico e selecionar
premissas de indicadores que poderão ser utilizadas nas projeções de resultados futuros.
A Análise Microeconômica da empresa no seu contexto também será estudada e incorporada ao Cenário
Macroeconômico e ao setor onde atua a empresa (segunda fase).
Escolhidos os cenários microeconômicos (quantidade física de venda de produtos, preços, custos, perfil do
endividamento etc.), ou seja, a “Equação da Empresa”, é acoplado o cenário macroeconômico ou
indicadores de conjuntura, tais como: Inflação, Câmbio, taxa de Juros, Outras Moedas etc.
Com a ajuda de softwares de análises e projeções são realizadas as projeções de resultados das empresas.
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A análise fundamentalista é uma foto de um determinado momento da empresa e que permite aos analistas
projetar o futuro.
A análise fundamentalista leva em conta os fatores macro e microeconômicos (setoriais e empresariais), pois
as empresas não dependem só delas mesmas. Em um momento de crise, por exemplo, por maior que seja
sua cautela e boa gestão, poderá haver problemas.
Na análise fundamentalista leva-se em consideração os dados quantitativos, mas, cada vez mais, se dá ênfase
ao lado qualitativo, pois muitas vezes, é nas informações qualitativas que estão os motivos das ações da
empresa estarem baratas ou caras.
Por exemplo, uma empresa com saúde financeira impecável pode estar subavaliada devido a problemas de
governança de conhecimento dos grandes investidores, ou simplesmente por causa de eventos atípicos que
não se refletem nos balanços, mas que serão passageiros.
Cabe ao bom analista garimpar os dados que realmente o ajudarão a encontrar boas oportunidades de
negócios e/ou reduzir o risco de uma carteira de investimento.
A avaliação do “preço justo” da ação também permite identificar investimentos relativamente mais seguros.
O analista procura discrepâncias entre o valor intrínseco da companhia e seu preço de mercado.
Quanto maior essa diferença, maior a margem de segurança do investimento, seja para a venda ou para a
compra.
3.1.8. Impactos sobre os preços e quantidades das ações do investidor: pagamento de dividendos,
desdobramento (splits), grupamentos e bonificação
Desdobramento ou Split
Quando uma empresa quer tornar suas ações mais líquidas no mercado, substitui os papéis em circulação e
emite novas ações, com valor nominal menor do que o da emissão anterior, porém, em quantidades maiores.
Para o acionista, não há alteração sobre o montante financeiro, nem há na sua participação proporcional no
capital da companhia.
Nesta operação, simplesmente é feita a troca de ações de valores maiores por várias ações de menor valor.
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Grupamento ou Inplit
Termo utilizado para designar o mero grupamento de ações: o número de papéis em poder do acionista
diminui, sem alterar sua participação no capital da empresa, pois o valor nominal das ações se eleva
proporcionalmente.
É exatamente o inverso do Split e, a exemplo deste, como já dito, não há alteração sobre o montante
financeiro, nem sua participação na companhia.
Bonificação
Consiste na incorporação de reservas de lucro ao capital social, mediante emissão de novas ações
distribuídas gratuitamente aos acionistas, em número proporcional às já possuídas.
A bonificação aumenta a quantidade de ações da empresa, sem alterar o valor do patrimônio líquido, de
modo que o preço da ação se ajusta e, tecnicamente, não haja alteração patrimonial para o acionista.
Excepcionalmente, além dos dividendos, uma empresa poderá conceder a seus acionistas uma participação
adicional nos lucros por meio de uma bonificação em dinheiro. Nesse caso, o valor do patrimônio é alterado,
mas o preço da ação se ajusta da mesma forma e, tecnicamente, não há alteração patrimonial para o
acionista.
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Governança Corporativa é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas,
envolvendo os relacionamentos entre proprietários, Conselho de Administração, diretoria e órgãos de
controle.
Governança Corporativa é o conjunto de práticas que tem por finalidade otimizar o desempenho de uma
companhia ao proteger todas as partes interessadas, tais como investidores, empregados e credores,
facilitando o acesso ao capital. A análise das práticas de governança corporativa, aplicada ao mercado de
capitais, envolve principalmente: transparência, equidade de tratamento dos acionistas e prestação de
contas.
Para os investidores, a análise das práticas de governança auxilia na decisão de investimento, pois a
governança determina o nível e as formas de atuação que estes podem ter na companhia, possibilitando-
lhes exercer influência no desempenho da empresa. O objetivo é o aumento do valor da companhia, pois
boas práticas de governança corporativa repercutem na redução de seu custo de capital, o que aumenta a
viabilidade do mercado de capitais como alternativa de capitalização.
Quando investidores financiam companhias, eles sujeitam-se ao risco de apropriação indevida, por parte de
acionistas controladores ou de administradores da companhia, de parcela do lucro do seu investimento. A
adoção de boas práticas de governança corporativa constitui, também, um conjunto de mecanismos através
dos quais investidores, incluindo controladores, protegem-se contra desvios de ativos por indivíduos que
têm poder de influenciar ou tomar decisões em nome da companhia.
Companhias com um sistema de governança que proteja todos os seus investidores tendem a ser mais
valorizadas, porque os investidores reconhecem que o retorno dos investimentos será usufruído igualmente
por todos.
A BM&FBovespa dividiu as empresas em Novo Mercado, Nível I e Nível II, no que diz respeito às boas práticas
de governança corporativa.
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Cartilha CVM
As Assembleias Gerais devem ser realizadas em data e hora que não dificultem o acesso dos acionistas. O
edital de convocação de Assembleias Gerais deve conter descrição precisa dos assuntos a serem tratados. O
conselho deve incluir na pauta matérias relevantes e oportunas, sugeridas por acionistas minoritários,
independentemente do percentual exigido por lei para convocação de Assembleia Geral de acionistas.
Quando os assuntos, objeto da pauta forem complexos, a companhia deve convocar a Assembleia com
antecedência de 30 dias.
A companhia deve tornar plenamente acessíveis a todos os acionistas quaisquer acordos de seus acionistas
de que tenha conhecimento, bem como aqueles em que a companhia seja interveniente.
A companhia deve adotar e dar publicidade a procedimento padrão que facilite ao acionista obter a relação
dos acionistas com suas respectivas quantidade de ações, e, no caso de acionista detentor de pelo menos
0,5% (meio por cento) de seu capital social, de seus endereços para correspondência.
O estatuto deve regular com clareza as exigências necessárias para voto e representação de acionistas em
Assembleias, tendo como objetivo facilitar a participação e votação.
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tecnicamente qualificados, com pelo menos dois membros com experiência em finanças e responsabilidade
de acompanhar mais detalhadamente as práticas contábeis adotadas. O conselho deve ter o maior número
possível de membros independentes da administração da companhia. Para companhias com controle
compartilhado, pode se justificar um número superior a nove membros. O mandato de todos os conselheiros
deve ser unificado, com prazo de gestão de um ano, permitida a reeleição.
O conselho deve adotar, um regimento com procedimentos sobre suas atribuições e periodicidade mínima
de reuniões, além de dispor sobre comitês especializados para analisar certas questões em profundidade,
notadamente aquela relacionadas à auditoria e operações entre partes relacionadas.
O Conselho de Administração deve fazer anualmente, uma avaliação formal do desempenho do executivo
principal. Os conselheiros devem receber os materiais para suas reuniões com antecedência compatível com
o grau de complexidade da matéria.
A companhia deve permitir que os acionistas detentores de ações preferenciais elejam um membro do
Conselho de Administração, por indicação e escolha próprias.
As decisões de alta relevância devem ser deliberadas pela maioria do capital social, cabendo a cada ação um
voto, independente de classe ou espécie. Dentre as decisões de maior importância, destacam-se:
(1) aprovação de laudo de avaliação de bens, que serão incorporados ao capital social;
(2) alteração do objeto social;
(3) redução do dividendo obrigatório;
(4) fusão, cisão ou incorporação; e
(5) transações relevantes com partes relacionadas.
A alienação de ações representativas do controle da companhia somente deve ser contratada sob a condição
de que o adquirente realize oferta pública de aquisição de todas as demais ações da companhia pelo mesmo
preço, independentemente de espécie ou classe.
Desde 2001, a Legislação estabeleceu que os acionistas minoritários têm direito a ter suas ações compradas,
pelo mesmo preço pelo adquirente, às ações dos controladores.
O Conselho de Administração deve se certificar de que as transações entre as partes relacionadas estão
claramente formalizadas, refletidas nas demonstrações financeiras e de que foram feitas em condições de
mercado. O estatuto da companhia deve proibir contratos de prestação de serviços por partes relacionadas
com remuneração baseada em faturamento/receita e, a princípio, contratos de mútuo com o controlador
ou partes relacionadas.
O estatuto da companhia deverá determinar que, se a Assembleia Geral não deliberar pelo pagamento dos
dividendos fixos ou mínimos às ações preferenciais ou a companhia não pagá-los no prazo permitido por lei,
tais ações adquirirão imediatamente o direito a voto. Se a companhia não pagar dividendos por 3 anos
consecutivos, todas as ações preferenciais adquirirão direito a voto.
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O estatuto da companhia deve estabelecer que as divergências entre acionistas e companhia ou entre
acionistas controladores e acionistas minoritários serão solucionadas por arbitragem.
As companhias abertas constituídas antes de 2001 não devem elevar a proporção de ações preferenciais
acima do limite de 50%, estabelecido pela referida lei para novas companhias abertas. Companhias que já
tenham mais de 50% de seu capital representado por ações preferenciais não devem emitir novas ações
dessa espécie.
O conselho fiscal deve ser composto por, no mínimo três, e no máximo cinco membros. Os titulares de ações
preferenciais e os titulares de ações ordinárias, excluído o controlador, terão direito de eleger igual número
de membros eleitos pelo controlador. O controlador deve renunciar ao direito de eleger sozinho o último
membro (terceiro ou quinto membro), o qual deverá ser eleito pela maioria do capital social, em Assembléia,
na qual cada ação corresponda um voto, independente de sua espécie ou classe, incluindo as ações do
controlador. O conselho fiscal deve adotar um regimento com procedimentos sobre suas atribuições, com
foco no relacionamento com o auditor, e que não limite a atuação individual de nenhum conselheiro.
O Conselho de Administração deve proibir ou restringir a contratação do auditor da companhia para outros
serviços que possam dar origem a conflitos de interesse. Quando permitir a contratação do auditor para
outros serviços, o conselho de administração deve, no mínimo:
A companhia deve tornar disponíveis informações a pedido de qualquer membro do conselho fiscal, sem
limitações relativas a exercícios anteriores, desde que tais informações tenham relação com questões atuais
em análise e com as sociedades controladas ou coligadas. Deve, no entanto, respeitar a legislação do sigilo.
A companhia deve adotar, além dos princípios de contabilidade em vigor no Brasil, normas internacionais de
contabilidade, promulgadas pelo International Accouting Stndards Board (IASB) ou utilizadas nos Estados
Unidos da América (United States Generally Accepted Accounting Principles – US GAAP), atestados por
auditor independente.
O documento de recomendações dos auditores, deve ser revisado por todos os membros do Conselho de
Administração e do conselho fiscal.
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Resumindo:
A cartilha CVM dá sugestões sobre:
Transparência nas Assembleias, estrutura acionária e grupo de controle;
Estrutura e responsabilidade do Conselho de Administração;
Proteção a acionistas minoritários;
Auditoria e Demonstrações Financeiras.
Propriedade (Sócios);
Conselho de Administração;
Gestão;
Auditoria Independente;
Conselho Fiscal;
Conduta e Conflito de Interesses.
Os princípios básicos de Governança Corporativa para IBGC que norteia esses 6 temas são:
Transparência
Mais do que a obrigação de informar, deve haver o desejo de tornar disponível para as partes interessadas
as informações que sejam de seus interesses e não apenas aquelas impostas por disposições de leis ou
regulamentos.
A adequada transparência resulta em um clima de confiança, tanto internamente quanto nas relações da
empresa com terceiros. Não deve restringir-se ao desempenho econômico-financeiro, contemplando
também os demais fatores (inclusive intangíveis) que norteiam a ação gerencial e que conduzem a criação
de valor.
Equidade
Caracteriza-se pelo tratamento justo de todos os sócios e demais partes interessadas (stakeholders).
Atitudes ou políticas discriminadoras, sob qualquer pretexto, são totalmente inaceitáveis.
Os agentes de governança devem prestar contas de sua atuação, assumindo integralmente as conseqüências
de seu atos e omissões.
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Responsabilidade Corporativa
Os agentes de governança devem zelar pela sustentabilidade das organizações, visando à sua longevidade,
incorporando considerações de ordem social e ambiental na definição dos negócios e operações.
BM&Fbovespa
A BM&Fbovespa dividiu as empresas em Novo Mercado, Nível I e Nível II, no que diz respeito ás boas práticas
de governança corporativa.
3.1.9.2. Os Segmentos de Listagem Nível I, Nível II e Novo Mercado: reflexo sobre o direito dos acionistas
É um segmento diferenciado de listagem destinado á negociação de ações emitidas por companhias que se
comprometam, voluntariamente, com a adoção de práticas de governança corporativa adicionais em relação
ao que é exigido pela regulamentação brasileira. A premissa básica do NM é de que a valorização e a liquidez
das ações são influenciadas positivamente pelo grau de segurança oferecido pelos direitos concedidos aos
acionistas e pela quantidade das informações prestadas pelas companhias.
Tanto o N1, quanto o N2 são segmentos especiais de listagem de empresas que foram desenvolvidos para
proporcionar um ambiente de negociação que estimula, simultaneamente, o interesse dos investidores e a
valorização das companhias.
Empresas listadas nesses segmentos oferecem aos seus acionistas melhorias nas práticas de governança
corporativa, ampliam os direitos societários dos acionistas minoritários e aumentam a transparência das
companhias, por meio da divulgação de maior volume de informações e de melhor qualidade, facilitando o
acompanhamento de sua performance.
A premissa básica é que a adoção de boas práticas de governança corporativa pelas companhias confere
maior credibilidade ao mercado acionário e, como consequência, aumenta a confiança e a disposição dos
investidores em adquirirem as suas ações, pagarem um preço melhor por elas, reduzindo seu custo de
captação.
Nesse sentido, a BM&FBOVESPA criou um conjunto de regras de listagem com exigências de transparência
e boas práticas de governança corporativa para empresas, administradores e controladores. Tais requisitos
são considerados importantes para uma boa valorização das ações e outros ativos emitidos pela companhia.
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Nível 2
A companhia Nível 2 é aquela que se compromete com a melhoria na prestação de informações ao mercado,
com a dispersão acionária e, adicionalmente, com a adoção de um conjunto mais amplo de práticas de
governança, relativas as direitos societários. As principais exigências do Nível 2 são:
Extensão para todos os acionistas detentores de ações ordinárias, as mesmas condições obtidas pelos
controladores, quando da venda do controle da companhia e de, no mínimo, 80% (oitenta por cento) deste
valor para os detentores de ações preferenciais ( tag along );
Direito de voto às ações preferenciais e, em algumas matérias, tais como, transformação,
incorporação, fusão ou cisão da companhia e aprovação de contratos entre a companhia e empresas do
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mesmo grupo sempre que, por força de disposição legal ou estatutária, sejam deliberados em Assembleia
Geral;
Realização de uma oferta pública de aquisição de todas as ações em circulação, no mínimo, pelo valor
econômico, nas hipóteses de fechamento do capital ou cancelamento do registro de negociação neste Nível;
Conselho de Administração com mínimo de 5 (cinco) membros e mandato unificado de até 2 (dois)
anos, permitida a reeleição. No mínimo, 20% (vinte por cento) dos membros deverão ser conselheiros
independentes;
Melhoria nas informações prestadas, adicionando às Informações Trimestrais (ITRs);
Melhoria das informações relativas a cada exercício social nas Demonstrações Financeiras
padronizadas (DFPs);
Divulgação de demonstrações financeiras, de acordo com padrões internacionais IFRs ou US GAAP;
Melhoria das informações prestadas nas Informações anuais (IANs);
Realização de reuniões públicas com analistas e investidores, ao menos uma vez por ano;
Apresentação de um calendário anual, no qual conste a programação dos principais eventos
corporativos, tais como Assembleias, divulgação de resultados etc;
Divulgação de termos dos contratos firmados entre a companhia e partes relacionadas;
Divulgação, em bases mensais, das negociações de valores mobiliários e derivativos de emissão da
companhia por parte dos acionistas controladores;
Manutenção em circulação de uma parcela mínima de ações, representando 25% (vinte e cinco por
cento) do capital social da companhia;
Quando da realização de distribuições públicas de ações, adoção de mecanismos que favoreçam a
dispersão do capital;
Adesão à Câmara de Arbitragem do Mercado para resolução de conflitos societários.
Novo Mercado
É um segmento diferenciado de listagem, destinado à negociação de ações emitidas por companhias que se
comprometam, voluntariamente, com a adoção de práticas de governança corporativa adicionais em relação
ao que é exigido pela Regulamentação.
A premissa básica do NM é de que a valorização e a liquidez das ações são influenciadas positivamente pelo
grau de segurança, oferecido pelos direitos concedidos aos acionistas e pela qualidade das informações
prestadas pelas companhias. As principais exigências são:
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Podem-se habilitar como prestadores desse tipo de serviço os bancos comerciais e de investimento, as
sociedades corretoras e distribuidoras, outras entidades equiparadas, as centrais de liquidação e custódia,
desde que comprovem possuir condições técnicas, operacionais e econômico-financeiras adequadas.
Para que o investidor possa negociar as ações em bolsa de valores, é necessário que as mesmas estejam
custodiadas em uma das centrais de liquidação e custódia. Da mesma forma, quando o investidor compra
ações, as mesmas são creditadas em sua conta nessas centrais.
A BM&Fbovespa, por meio da CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia), atua como depositária
dos valores mobiliários negociados em nossos mercados de renda variável e renda fixa, sem do a única
depositária central de ações no Brasil.
Ela opera o serviço de custódia fungível e detém a propriedade fiduciária de todos os valores mobiliários
depositados.
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O registro da CBLC como proprietária fiduciária é feito apenas com o objetivo de realizar a guarda dos ativos
no Serviço de Depositária, não tendo a CBLC qualquer direito de propriedade sobre eles.
Praticamente, todos os valores em custódia na CBLC são mantidos em forma escritural (99%), uma vez que,
atualmente, no Brasil, poucas companhias ainda emitem certificados físicos.
As bolsas de valores são os centros de negociação de valores mobiliários, que utilizam sistemas eletrônicos
de negociação para efetuar compras e vendas desses valores.
A principal função de uma bolsa de valores é proporcionar um ambiente transparente e líquido, adequado
à realização de negócios com valores mobiliários. Somente através das corretoras e distribuidoras, os
investidores têm acesso aos sistemas de negociação para efetuarem suas transações de compra e venda
desses valores.
Mercado de Bolsa
As negociações são abertas e realizadas por sistema de leilão, ou seja, a venda acontece para quem oferece
melhor lance.
Mercado de Balcão
A negociação ocorre diretamente entre uma instituição financeira e outra instituição financeira ou não
financeira.
Nos mercados de negociação – onde também essas instituições são autorizadas a funcionar pela CVM e por
ela são supervisionadas – cria-se um ambiente de menor risco e transparência para os investidores se
comparado ao mercado de balcão não organizado.
É o mercado de títulos e valores mobiliários cujos negócios não são supervisionados por entidade
autorreguladora.
No mercado de balcão os valores mobiliários são negociados entre as instituições financeiras sem local físico
definido, por meios eletrônicos ou por telefone. São negociados valores mobiliários de empresas que são
companhias registradas na CVM, e prestam informações ao mercado, não registradas nas bolsas de valores.
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BMF&BOVESPA
É uma companhia de capital brasileiro formada, em 2008, a partir da integração das operações da Bolsa de
Valores de São Paulo e da Bolsa de Mercadorias & Futuros.
Por meio de suas plataformas de negociação, realiza o registro, a compensação e a liquidação de ativos e
valores mobiliários transacionados e a listagem de ações e de outros ativos, bem como divulga informação
de suporte ao mercado. A companhia também atua como depositária central dos ativos negociados em seus
ambientes, além de licenciar softwares e índices.
A bolsa brasileira desempenha também atividades de gerenciamento de riscos das operações realizadas por
meio de seus sistemas. Para tanto, possui uma robusta estrutura de clearings de ações, derivativos, câmbio
e ativos, que atua de forma integrada, com o banco BM&F, de maneira a assegurar o funcionamento
eficiente de seus mercados e a consolidação adequada das operações.
Os investidores podem emitir vários tipos de ordens de compra e venda de ações. Veja as principais
características dessas ordens no quadro abaixo:
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A carteira é composta por 51% no mínimo em ações, sendo o restante em renda fixa e derivativos.
O máximo que um único investidor pode ter em um clube de investimento é 40% sobre o patrimônio do
clube.
Custo mais baixo: Com menos exigências de controles, os custos dos clubes são reduzidos em
comparação aos fundos de investimento. A manutenção é barata e simples;
Acessibilidade: Juntos os participantes do clube de investimento terão as mesmas condições de
comprar e vender ações, como fazem os grandes investidores, sem que seja preciso prá isso
numerosos recursos.
A principal desvantagem do Clube de Investimento tem haver com o risco do investimento, pois suas
aplicações são correspondentes ao do mercado acionário, ou seja, o produto exige perfil adequado para
suportar as oscilações do mercado. O clube, em momento algum, pode prometer alguma rentabilidade ou
usar o passado como referência para projetar crescimento futuro.
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O mercado de renda fixa compreende as operações com títulos que têm um prazo de vencimento pré-
estabelecido e seu rendimento é conhecido no momento inicial da operação. Até o vencimento, existe o
retorno do principal acrescido do rendimento da operação.
Os títulos de renda fixa podem ser prefixados e pós-fixados. Exploraremos esses dois tipos de títulos de
renda fixa posteriormente.
Contrastando com um título de renda fixa, um título de renda variável tem seu rendimento desconhecido
no momento inicial da operação, somente no momento que o investidor vender o título de renda variável
que ele saberá a rentabilidade da operação.
Valor de Face
Cupom de Juros
Prazo de Vencimento
Preço de Mercado
É o valor que o investidor receberá no vencimento do título e sobre o qual incidem juros.
Cupom de Juros
Valor periódico de juros pago ao investidor durante a vigência do título. A taxa do cupom multiplicada pelo
valor de face fornece o valor em dinheiro dos juros.
É o preço que o título é negociado. É o valor presente dos fluxos de caixa futuros, descontado à taxas de
juros de mercado.
Ágio (PU)
Quando o valor pago no momento da aquisição do papel é superior ao seu valor de resgate (valor de face).
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O ágio acontece quando a rentabilidade oferecida pelo papel (na sua emissão) é maior que a praticada no
mercado no momento da negociação do título. Lembrando que o título rende, além do indexador (quando
tiver), os juros definidos em sua emissão, de maneira que, considerando todos os fluxos do título, a
rentabilidade do papel estará, neste caso, de acordo com as taxas de juros praticadas pelo mercado.
Deságio (PU)
Quando o valor pago no momento da aquisição do papel é inferior ao seu valor de resgate (valor de face),
de maneira que a rentabilidade do título seja maior que a estabelecida nas condições originais no momento
da sua emissão (no caso de títulos que pagam juros periódicos). O deságio existe para os títulos que não
pagam juros intermediários, o que indicará “o quanto o investidor aplica em D0 para receber o valor de face,
no vencimento”.
Ao par (PU)
Quando o valor pago pelo título é igual ao seu valor de resgate (valor de face). Neste caso, a rentabilidade
oferecida pelo título (estabelecida em sua emissão) é igual à praticada pelo mercado.
É a rentabilidade do título que relaciona todos os fluxos de caixa futuros com o preço de mercado.
Emissor
Credor
É o investidor.
Data de Emissão
O título de renda fixa possui um valor nominal, também chamado de valor de face. O valor nominal serve
como referência para o cálculo dos juros, ou seja, os juros são aplicados sobre o valor nominal.
Juros “Acruados”
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O processo de valorizar o título, de acordo com a curva de juros, chama-se accrual em inglês ou apropriação
em português, portanto, “juros acruados” significam a apropriação ou reconhecimento dos juros de acordo
com a curva de juros do título.
O conceito de juros “acruados” conflita com o conceito de marcação a Mercado. A filosofia de juros
“acruados” valoriza o título pelo seu valor histórico e acrescenta os juros do período. A filosofia de Marcação
a Mercado considera o valor que o título efetivamente seria vendido no mercado.
Conceito de PU
O preço unitário, chamado de PU, é o valor presente dos fluxos de caixa futuros de um título de renda fixa.
Também é o preço que uma unidade de título renda fixa é negociado no mercado.
a) Prefixados
Um título de renda fixa é prefixado quando o rendimento e o valor de resgate do título no vencimento são
conhecidos no momento inicial da operação.
b) Pós-fixados
No caso de um título de renda fixa pós-fixado, o rendimento é conhecido no momento da aplicação, mas o
valor de resgate só poderá ser calculado na data do vencimento do título.
Além de ser “instrumento” o DI também é “indexador” que representa a média das taxas diárias praticadas
pelas instituições financeiras nas transações de depósito interfinanceiros de 1 dia útil de prazo. A taxa do DI
é expressa ao ano e considera 252 dias úteis por ano.
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Pelas suas composições o IGP-DI e o IGP-M são índices predominantemente voltados para medir a inflação
no atacado.
O IPCA é o índice oficial de inflação do governo e funciona como parâmetro para o sistema de metas
inflacionárias. O seu universo de pesquisa é composto de pessoas que ganham de 1 a 40 salários mínimos
nas principais regiões metropolitanas do país. Pela sua composição o IPCA é um índice voltado para medir a
inflação no varejo.
O período de coleta vai do primeiro ao último dia do mês de referência e a divulgação ocorre próxima ao dia
15 do mês posterior.
Sua fórmula de cálculo já sofreu várias alterações e atualmente é calculada com base na TBF (Taxa Básica
Financeira), sobre a qual é aplicado um Redutor “R” definido pelo Banco Central (BACEN).
A TR, que é apurada e divulgada pelo Banco Central, é utilizada como índice para remuneração da poupança,
das letras hipotecárias e alguns outros contratos.
A TBF é calculada a partir de uma amostra das taxas informadas pelas 30 maiores
instituições financeiras do país (entre bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de
investimento e caixas econômicas) em volume de captação por meio de certificados e
recibos de depósito bancário (CDB/RDB), de prazos de 30 a 35 dias corridos,
remunerados a taxas prefixadas.
Amortização
Amortizar significa devolver ao investidor parte do capital sobre o qual incidem juros e correção de acordo
com o indexador definido.
Pagamento de Juros
Pagamentos de juros podem acontecer de muitas maneiras, assim como a amortização, porém o normal são
pagamentos semestrais de juros ou pagamento de juros apenas no resgate do título. Os títulos do tipo zero
coupon Bond não pagam juros, por isso são negociados com deságio e os juros ficam implícitos (neste
deságio).
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Para se estimar o cupom acima do IGP-M ou do IPCA é necessário estimar a taxa acumulado do DI e a inflação
medida pelo respectivo índice (IGP-M ou IPCA) no horizonte de tempo da estimativa e fazer a equivalência
das duas estimativas. Veja abaixo um exemplo para o IGP-M (para o IPCA o método é o mesmo):
Ou seja:
(1 + DI)
𝑪𝒖𝒑𝒐𝒎𝑰𝑮𝑷−𝑴 = -1
(1 + IGP-M)
(1 + VC ) x (1 +𝑪𝒖𝒑𝒐𝒎𝑽𝑪 ) = (1 + DI)
Ou seja:
(1 + DI)
𝑪𝒖𝒑𝒐𝒎𝑽𝑪= -1
(1 + VC)
- Acrescentar à taxa básica de juros americana (que é referência ao investidor estrangeiro) o risco Brasil. Este
(juros americanos + risco Brasil) seria o cupom necessário para manter a atratividade para o investidor
estrangeiro, que trará seus recursos ao país se considerar que a rentabilidade (cupom cambial) é atraente,
considerando o risco país (Brasil) existente.
3.2.2.4. Resgate antecipado, vencimento antecipado (quebra de covenant, ocorrência de cross default) e
aquisição facultativa e opção de compra (opção call). Conceitos e diferenças
Resgate antecipado
É o direito do emissor de um título de renda fixa pode ter de: resgatar, total ou parcialmente, o título emitido,
antes da data de vencimento, se assim for especificado numa cláusula contratual do título de renda fixa. O
resgate antecipado é uma compra forçada dos títulos pela emissora e o investidor não pode se opor. No
resgate antecipado, o emissor do título é obrigado a cancelar os títulos resgatados.
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Opção call
A cláusula de opção call é muito semelhante ao resgate antecipado, pois também é uma compra forçada em
que o investidor não pode se opor. Porém enquanto no resgate antecipado o emissor precisa cancelar os
títulos, na opção call o emissor pode decidir entra cancelar os títulos recomprados ou mantê-los em carteira
e negociá-los no futuro.
Aquisição facultativa
É uma cláusula que permite ao emissor do título de renda fixa adquirir esses títulos no mercado secundário.
Os títulos podem ser cancelados ou deixados em tesouraria para possível negociação futura no mercado. A
aquisição facultativa é diferente das cláusulas de resgate antecipado e da opção call, pois na aquisição
facultativa o investidor, que possui o título de renda fixa, só vende o título se desejar, enquanto que no
resgate antecipado e na opção call o investidor tem a obrigação de vender o título caso o emissor exerça seu
direito de compra.
Vencimento antecipado
É uma cláusula no contrato do título de renda fixa que permite que o investidor possa resgatar seu título
antes do vencimento, caso o emissor do título não cumpra as regras estabelecidas na emissão do título. A
cláusula de vencimento antecipado protege o investidor, entre outras coisas, contra uma possível
inadimplência do emissor do título.
Covenant
É uma série de cláusulas que protegem o investidor contra o mau uso do dinheiro recebido pelo emissor do
título de renda fixa ou contra situações que põe em risco o resgate do título na data de vencimento.
Exemplos de Covenants:
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Cross default
Alguns contratos também têm a chamada cláusula de cross-default. Isso significa que, mesmo que, por
exemplo, os índices financeiros contratados estejam sendo cumpridos, a existência de cláusula cross-default
pode fazer com que o empréstimo entre em default porque um outro contrato entrou em default. Assim,
tomar nota dessa cláusula é tão importante quanto das cláusulas dos índices em si que precisam ser
cumpridos.
Repactuação
A cada repactuação, a emissora fará uma nova proposta de remuneração e estará obrigada a recomprar os
títulos dos debenturistas que não aceitarem as novas condições propostas.
Resumindo: Cláusulas
Títulos Públicos
Conceito e finalidade
Títulos Públicos são títulos emitidos pelo governo federal com o objetivo de financiar suas atividades. Eles
representam a dívida mobiliária da União.
A venda de títulos públicos pode ser realizada de umas das seguintes formas:
Os governos Estaduais e Municipais também podem emitir títulos para captar recursos, embora não tenham
a mesma liquidez dos títulos públicos federais;
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Risco de crédito
Geralmente, o Risco de Crédito associado aos Títulos Públicos é considerado zero, pois está associado ao
risco de crédito do governo.
Risco de mercado
O Risco de Mercado associado aos Títulos Públicos está relacionado às variações das taxas de juros
(prefixadas ou pós-fixadas) relacionadas diretamente aos preços dos títulos.
Risco de liquidez
O Risco de Liquidez associado aos Títulos Públicos é muito baixo, pois o interesse em sua comercialização é
muito grande junto aos Bancos, Investidores, em razão do seu baixíssimo risco de crédito.
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Paga juros, semestralmente, sobre o valor nominal atualizado e o valor de face corrigido no
vencimento;
O juro é tratado de forma exponencial;
Prazo é definido pelo Ministério da Fazenda;
Normalmente colocado no mercado por oferta pública em leilão;
A taxa de juros de uma NTN-D é calculada na base de 252 dias por ano.
Título Rentabilidade
Letra do Tesouro Nacional (LTN) Prefixado (deságio)
Letras Financeiras do Tesouro (LFT) Pós-fixado (SELIC)
Nota do Tesouro Nacional (NTN-B) Pós-fixado (IPCA)
Nota do Tesouro Nacional (NTN-C) Pós-fixado (IGP-M)
Nota do Tesouro Nacional (NTN-D) Pós-fixado (Dólar - PTAX)
Nota do Tesouro Nacional (NTN-F) Prefixado
Há os títulos que pagam cupons periódicos de juros (NTN-F, NTN-B e NTN-C) aos investidores e os que não
pagam (LTN e LFT). Os cupons periódicos são pagamentos, geralmente semestrais, aos portadores dos títulos.
O mercado primário é caracterizado pelo fato do emissor receber os proventos referentes à venda dos
títulos. No caso dos títulos públicos federais, o Tesouro Nacional recebe os recursos provenientes da venda
das LTN, LFT e NTN.
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As transações no mercado secundário de títulos públicos não afetam o caixa do Tesouro Nacional. Os
diversos integrantes do mercado financeiro compram e vendem os títulos emitidos de acordo com suas
necessidades de caixa ou estratégias financeiras. As operações de compra e venda no mercado secundário
são registradas e liquidadas na SELIC.
Tesouro Direto é um programa de venda de títulos públicos a pessoas físicas, desenvolvido pelo Tesouro
Nacional, em parceria com a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia – CBLC.
Direcionado a pessoas físicas que queiram investir com segurança e tranqüilidade, o Tesouro Direto Oferece
a compra de títulos da dívida pública diretamente pela Internet, a partir de aproximadamente R$ 200,00.
A liquidez das aplicações é garantida pelo Tesouro que possibilita aos investidores resgatarem seus Títulos e
recursos semanalmente, antes do vencimento, ao preço negociado no mercado naquele Momento.
O rendimento da aplicação é bastante competitivo, quando comparado com as demais aplicações financeiras
equivalentes existentes no mercado. Outro fator que diferencia este produto dos demais É as taxas de
administração e de custódia serem baixas.
Formas de negociação
As compras e vendas de títulos são efetuadas na área exclusiva do Tesouro Direto e podem ser realizadas
diretamente pelo Investidor ou através de um Agente de Custódia, mediante sua Autorização. Em ambos os
casos, o Investidor deve ser cadastrado no Tesouro Direto, por um A gente de Custódia da CBLC.
Os investidores podem efetuar suas compras no Tesouro Direto por três formas distintas:
• Diretamente no site do Tesouro Direto: o próprio investidor, com sua senha individual, acessa o ambiente
restrito do site Tesouro Direto (www.tesourodireto.gov.br) e realiza, diretamente, as negociações com
títulos públicos;
• Via um Agente de Custódia: o investidor autoriza o Agente de Custódia a negociar títulos públicos em seu
nome, no site do Tesouro Direto (www.tesourodireto.gov.br), da mesma forma como ocorre no mercado de
ações. Essa opção é ideal para o investidor que não tem acesso à Internet ou que, por algum motivo, não
deseja comprar pessoalmente;
• Diretamente no site do Agente de Custódia: alguns bancos e corretoras habilitados integraram seus Sites
ao do Tesouro Direto, possibilitando aos investidores a realização das negociações no próprio Site da
instituição financeira. Desta forma, as compras são realizadas somente no site da instituição Financeira, cujos
títulos, preços e taxas refletem os mesmos do site do Tesouro Direto em tempo real (disponível somente em
algumas corretoras e bancos). Fonte: www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto
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Com o objetivo de facilitar a compreensão do investidor, uma nova nomenclatura para os Títulos Públicos
foi introduzida no Tesouro Direto. Na tabela acima, pode-se verificar as siglas já tradicionais dos títulos ao
lado dos novos nomes correspondentes, que passaram a valer a partir do dia 10/03/2015.
A nova nomenclatura torna as características dos títulos mais claras. Através do nome, o investidor sabe se
o ativo é prefixado ou pós-fixado, se o indexador é a Selic ou o IPCA e se há ou não pagamento semestral de
juros.
A partir de 30/03/2015, outra novidade passará a vigorar. Trata-se da ampliação da liquidez do Tesouro
Direto.
Até então, a venda antecipada dos ativos ocorria semanalmente às quartas-feiras. A partir do próximo dia
30 de Março, a opção de venda antecipada será aberta todos os dias (inclusive ao fins de semana e feriados)
a partir das 18 horas e será encerrada às 5 horas do dia seguinte. As operações serão executadas pelos preços
do último fechamento do mercado e o dinheiro ficará disponível para o investidor no próximo dia útil. Dessa
forma, se o investidor precisar de liquidez, ao invés de esperar até a próxima quarta-feira, poderá vender
seus ativos em qualquer dia da semana e obter novamente seu dinheiro no próximo dia útil.
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Definição:
Os Certificados de Depósito Bancário – CDB – são títulos emitidos por bancos comerciais, de investimento
ou múltiplos, com pelo menos uma destas carteiras descritas, com o objetivo de captação de recursos para
aplicação em ativos, como empréstimos.
Características:
Prazos:
De acordo com o tipo de operação, os prazos mínimos para resgate dos CDBs são:
Formas de resgate:
A taxa de um CDB com remuneração prefixada é definida de acordo com o valor do dinheiro no momento
da captação e com o prazo de investimento.
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Um CDB com taxa pós-fixada pode ter a sua remuneração relativa à variação da TR, do CDI ou da taxa SELIC.
Situações comuns:
Ao adquirir um CDB com swap, o investidor está adquirindo um CDB e um swap, ou seja, ele pode trocar a
rentabilidade do CDB por outra, como, por exemplo, uma taxa prefixada ou variação de moeda
estrangeira.
Risco de crédito
O Risco de Crédito associado a um CDB está relacionado ao risco de crédito do banco emissor deste título.
O Risco de Crédito de um CDB é reduzido pela garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) no valor de
R$ 250.000,00 por CPF.
Risco de mercado
O Risco de Mercado associado a um CDB está relacionado principalmente às variações da taxa de juros na
qual o CDB se baseia.
Risco de liquidez
O Risco de Liquidez associado a um CDB é baixo. Até mesmo o resgate anterior ao prazo de vencimento pode
ser realizado (de acordo com as regras definidas pela instituição emissora), além da possibilidade de
negociação ou transferência do título (endosso).
Tributação
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Tem como base de cálculo a diferença positiva entre o valor resgatado e o valor aplicado, descontado o IOF.
IOF
O IOF somente incide sobre os investimentos em CDB quando o resgate ocorrer antes de 30 dias, de acordo
com a tabela regressiva do IOF:
Letras Financeiras
Letras financeiras são títulos emitidos por instituições financeiras, que consistem em promessa de
pagamento.
Podem ser emitidas por bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, sociedades
de crédito, financiamento e investimento, caixas econômicas, companhias hipotecárias ou
sociedades de crédito imobiliário;
Remuneração: taxas de juros prefixadas, combinadas ou não com taxas flutuantes ou índices de
preço;
Prazo mínimo: 24 meses, vedado o resgate total ou parcial antes do vencimento;
Podem ser recompradas pelas instituições financeiras emissoras em montante que não ultrapasse
5% do total emitido;
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Obs.: É vedada a emissão com cláusula de variação cambial. LF não está coberta pelo FGC.
Tributação
Tem como base de cálculo a diferença positiva entre o valor resgatado e o valor aplicado, descontado o
IOF.
IOF
O IOF somente incide sobre os investimentos em Letras quando o resgate ocorrer antes de 30 dias, de
acordo com a tabela regressiva já apresentada.
Debêntures são valores mobiliários representativos de dívida de médio e longo prazos que asseguram aos
seus detentores (os debenturistas) direito de crédito contra a companhia emissora.
A captação de recursos no mercado de capitais pode ser feita por Sociedades anônimas de capital aberto ou
fechado. Entretanto, somente as sociedades anônimas de capital aberto, não financeiras com registro na
CVM – Comissão de Valores Mobiliários – podem fazer emissões públicas de debêntures, isto é, voltadas ao
público em geral.
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3.2.3.3.1.1 Escritura:
A escritura é o documento em que estão descritas as condições sob as quais a debênture será emitida, tais
como direitos conferidos aos títulos, deveres da emissora, montante da emissão, quantidade de títulos,
condições de amortização, remuneração (juros, prêmio, etc.) e repactuação.
Não existe padronização das características deste título. Ou seja, a debênture pode incluir:
3.2.3.3.1.2. Registros
A emissão deverá ser registrada na CVM e, por se tratar de emissão escritural, também devem ser registradas
na CETIP (antigo SND – Sistema Nacional de Debêntures, que pertencia à ANDIMA), onde são realizados os
controles de transferências e efetuadas as liquidações financeiras das operações. O registro na CETIP não é
obrigatório, mas os investidores qualificados, como, por exemplo, os bancos, ficam impedidos de adquiri-los
caso não estejam ali custodiados.
Debênture simples: No vencimento, o debenturista recebe seu capital de volta em dinheiro. Prazo
mínimo de emissão: 1 ano.
Debênture Conversível em Ações (DCA): É a debênture que pode ser convertida em ações, a exclusivo
critério do investidor, em épocas e condições predeterminadas. Prazo mínimo de emissão: 3 anos.
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Chama-se Covenant a uma série de cláusulas contratuais, de um título de renda fixa, que protege o investidor
contra o mau uso do dinheiro recebido pelo emissor do título ou contra situações que põe em risco o resgate
do título na data de vencimento. Exemplo de Covenants:
A cada repactuação, a emissora fará uma nova proposta de remuneração e estará obrigada a recomprar os
títulos dos debenturistas que não aceitarem as novas condições propostas.
Em função do tipo de garantia oferecida ou da ausência de garantia, as debêntures são assim classificadas:
Garantia Real > Garantia Flutuante > Garantia quirografária > Garantia Subordinada.
É o fórum em que se reúnem os debenturistas para discutir e deliberar sobre assuntos relativos à emissão,
como por exemplo, alterações propostas nas características da debênture. As assembleias podem ser
convocadas pela companhia emissora, pelo agente fiduciário, pela CVM e pelos debenturistas.
O agente fiduciário é o representante legal dos interesses dos debenturistas diante da empresa emissora.
Sua presença é obrigatória nas emissões públicas.
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Podem atuar como agente fiduciário: corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários, bancos de
investimento e bancos múltiplos com carteira de investimento, que não tenham qualquer proximidade da
empresa emissora, que possa levar a conflito de interesses.
RESUMINDO: DEBÊNTURES
Valores mobiliários representativos de dívida de médio e longo prazos, emitidos por S/As;
Mercado fiscalizado pela CVM;
Remuneração: Pré, CDI, IGP-M, etc;
Tipos: Simples (prazo mínimo 1 ano) e Conversíveis em Ações (DCAs) (Prazo mínimo 3
anos);
Podem ter garantia real, flutuante ou sem garantia;
Na escritura de emissão, podem constar Cláusulas de Resgate Antecipado, Aquisição
Facultativa;
Repactuação e Covenants.
Hierarquia nas garantias: Real – Flutuante – Quirografária – Subordinada.
São títulos de crédito emitido pelas companhias, que conferem a seu titular direito de crédito contra a
emitente. A nota promissória, emitida por sociedade por ações, destinada à oferta pública, é considerada
como valor mobiliário.
Em mercado de balcão;
No mercado secundário, podem ser negociadas somente no mercado de balcão organizado, sendo a CETIP
o mais usual.
Prazos de Emissão
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Remuneração
Registro
Devem estar registradas no CETIP ou em outro sistema de custódia e de liquidação autorizado pelo banco
Central, para que possam:
A emissão deverá ser registrada na CVM e, por se tratar de emissão escritural, na Cetip, onde são realizados
os controles de transferências e efetuadas as liquidações financeiras das operações.
O registro na CETIP não é obrigatório, mas os investidores qualificados ficam impedidos de adquiri-los, caso
não estejam ali custodiados.
Notas Promissórias
Emitidas por Sociedades Anônimas para financiamento de curto prazo;
Consideradas valores mobiliários, quando destinadas à colocação pública;
Não têm garantia real, podendo ser garantidas por fiança bancária;
Prazos: até 180 dias para S/As de capital fechado e até 360 dias para S/As de capital
aberto.
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3.2.3.4 Títulos do Segmento Agrícola: Cédula de produto Rural – CPR, Letra de Crédito do
Agronegócio – LCA, Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio – CDCA e Certificado
de Recebíveis do Agronegócio – CRA. Características e tributação.
São títulos pelos quais o emitente, produtor rural (pessoa física ou jurídica) ou cooperativa de produção,
vende antecipadamente certa quantidade de mercadoria, recebendo o valor negociado (ou insumos) no ato
da venda e compromete-se a entregá-la na quantidade e no local acordado em data futura.
O produtor deve procurar uma instituição (banco ou seguradora) que dê garantia à CPR. Essa instituição,
após análise do cadastro e das garantias do emissor, acrescenta seu aval ou agrega um seguro. De posse da
CPR avalizada ou segurada, o emissor pode negociá-la no mercado.
No mercado primário, quando o emitente deseja adiantar recursos para utilizar na produção de
determinada mercadoria agropecuária; e
No mercado secundário, quando o adquirente da CPR deseja negociá-la, por meio de sua venda, a
outro agente interessado.
A negociação pode ser feita por intermédio do mercado de balcão ou da Bolsa Brasileira de mercadorias.
Pode-se utilizar também o leilão eletrônico do Banco do Brasil, que interliga as bolsas de mercadorias
regionais.
Tipos de CPR
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Registro
A BM&F criou o Sistema de Registro de Custódia de Títulos do Agronegócio (SRCA), que proporciona o
registro das negociações e informa todos os dados da CPR. O SRCA é reconhecido e autorizado pelo banco
Central do Brasil, para registro de todos os títulos do agronegócio.
O registro assegura os compradores da existência e da veracidade das características do título. Desse modo,
os administradores de fundos de investimento podem negociar CPRs tanto no mercado primário como no
secundário, desde que sua remuneração seja atrativa.
Tributação
A CPR é título de renda fixa e se sujeita a seguinte tributação, conforme o prazo de resgate:
RESUMINDO: CPR
Título emitido pelo produtor rural para financiamento do agronegócio;
Normalmente conta com o aval de instituição financeira ou com seguro;
Título negociado no mercado primário e secundário;
Tipos: com liquidação FÍSICA e com liquidação FINANCEIRA;
Os rendimentos das CPRs com liquidação financeira são ISENTOS de IR para PESSOA
FÍSICA.
É um título de crédito nominativo, cartular ou escritural, de livre negociação, devendo, se escritural, ser
registrado em sistema de registro e de liquidação financeira de ativos autorizado pelo BC, representando
promessa de pagamento em dinheiro e se constituindo em título executivo extrajudicial. Confere direito de
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penhor sobre os direitos creditórios a ele vinculados, além de poder contar com garantias adicionais reais
ou fidejussórias.
São emitidas exclusivamente por instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo BV, com garantia em
financiamentos ao setor rural. Qualquer tipo de financiamento agrícola pode ser lastro de LCA. Um lastro
bastante comum é a CPR – emitida por produtores rurais ou cooperativas de produção, que vendem a termo
sua mercadoria, no qual o produtor recebe o valor da venda à vista mediante compromisso de entrega do
produto numa data futura previamente estipulada. Outro são os empréstimos estruturados na forma de
CDCA – emitidos por cooperativas e pessoas jurídicas que atuam no armazenamento, comercialização,
beneficiamento ou industrialização de insumos e de máquinas agrícolas, em troca de recursos. O banco
assume o risco do tomador e usa o CDCA como lastro para a LCA.
É um título de crédito nominativo, cartular ou escritural, de livre negociação, devendo, se escritural, ser
registrado em sistema de registro e de liquidação financeira de ativos autorizados pelo BC, sendo lastreado
em créditos originados no agronegócio, representando promessa de pagamento em dinheiro e se
constituindo em título executivo extrajudicial.
São emitidos com exclusividade por cooperativas de produtores rurais e outras pessoas jurídicas que
exerçam a atividade de comercialização, beneficiamento ou industrialização de produtos e insumos do
agronegócio ou de máquinas e implementos utilizados na produção agropecuária, tendo como garantias
direitos creditórios de negócios realizados entre produtores rurais e suas cooperativas, e terceiro, inclusive
empréstimo ou financiamento ao longo de toda a cadeia produtiva do agronegócio.
O CDCA confere direito de penhor sobre os direitos creditórios a ele vinculados, - desde que registrados em
sistema de registro e de liquidação financeira de ativos autorizada pelo BC e custodiados por instituições
financeiras, ou não, autorizadas pela CVM -, permitida a sua substituição por acordo entre o seu emissor e
o seu titular. Adicionalmente ao penhor, permite a livre negociação de garantias reais ou fidejussórias.
Podem se capitalizados com taxas de juros remuneratórios ou flutuantes, sendo que principal e juros podem
ser pagos periodicamente ou em uma única vez no vencimento.
Os CDCA são isentos de Imposto de Renda para as Pessoas Físicas e também são isentos de IOF.
São títulos de crédito nominativo, escritural, de livre negociação, devendo ser registrados em sistema de
registro e de liquidação financeira de ativos autorizada pelo BC, sendo lastreados em direitos creditórios do
agronegócio, constituindo promessa de pagamento em dinheiro.
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São emitidos apenas por Sociedades de Propósito Específico – SPE -, criadas para atuar exclusivamente como
Companhias Securitizadoras de Direitos Creditórios do agronegócio, tendo com garantis direitos creditórios
de negócios realizados entre produtores rurais e suas cooperativas, e terceiros, inclusive empréstimos ou
financiamentos ao longo de toda a cadeia produtiva do agronegócio, conforme disposto no Termo de
Securitização. Essas empresas compram tais recebíveis e emitem os CRA, a serem adquiridos por empresas
do setor rural, investidores e fundos de investimento.
Os CRA podem ter garantia flutuante que lhes assegura privilégio geral sobre o ativo do emissor sem impedir
a negociação dos bens que compõem esse ativo. Também podem contar com o benefício da instituição do
regime Fiduciário sobre os direitos creditórios do agronegócio, o que permite a sua vinculação exclusiva à
remuneração dos CRA lastreados por esses créditos, mantendo-os incondicionalmente apartados do
patrimônio do emissor dos direitos até que se complete o resgate de todos os CRA afetados por esse
benefício.
Podem ser capitalizados com taxas de juros remuneratórios fixos ou flutuantes, e atualizados
monetariamente por índices de preços com série regularmente calculada e de conhecimento público. Para
tanto, os CRA têm que ter prazo e periodicidade de juros podem ser pagos em amortizações periódicas
mensais ou outras, sem exigência de intervalo mínimo entre os pagamentos periódicos, ou podem ser pagos
de uma única vez no vencimento.
Os CRA são isentos de Imposto de Renda para as Pessoas Físicas e também são isentos de IOF.
Título emitido por bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira de crédito imobiliário, a Caixa
Econômica Federal, sociedade de crédito imobiliário, associações de poupança e empréstimo, companhias
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hipotecárias e demais espécies de instituições que venham a ser expressamente autorizadas pelo Banco
Central. Obrigatoriamente, registrada na Cetip.
Emitida sob a forma nominativa, podendo ser transferível mediante endosso em preto. É lastreado por
créditos imobiliários garantidos por hipoteca ou por alienação fiduciária de coisa imóvel, conferindo aos
seus tomadores direito de crédito pelo valor nominal, juros e, se for o caso, atualização monetária nelas
estipulados.
A letra conterá: nome da instituição emitente e as assinaturas de seus representantes; número de ordem, o
local e a data da emissão; a denominação “Letra de Crédito Imobiliário”; o valor nominal e a data de
vencimento; a forma, a periodicidade e o local de pagamento do principal, dos juros e, se for o caso, da
atualização monetária; os juros, fixos ou flutuantes, que poderão ser renegociáveis, a critério das partes; a
identificação dos créditos caucionados e seu valor; o nome do titular; e a cláusula à ordem, se endossável.
A LCI poderá ser garantida por um ou mais créditos imobiliários, mas a soma do principal das LCIs emitidas
não poderá exceder o valor total dos créditos imobiliários em poder da instituição emitente.
Prazos: O prazo de vencimento destes papéis é limitado pelo prazo das obrigações imobiliárias que serviram
de base para o seu lançamento.
Garantias: Aplicações em LCI contam com cobertura do Fundo Garantidor de Crédito – FGC, até o limite
vigente que atualmente é de R$ 250.000,00.
Assim, apesar de ser um produto de baixo risco, indicado para investidores mais conservadores – em linha
com o perfil atual da caderneta de poupança – as LCIs atualmente estão disponíveis apenas para investidores
com grandes montantes para aplicar.
Obs.: Pessoas físicas que investem em Letras de Crédito Imobiliário (LCI) possuem isenção de Imposto de
Renda (IR).
São títulos de renda fixa de longo prazo emitidos exclusivamente por uma companhia securitizadora, com
lastro em empreendimento imobiliário que pagam juros ao investidor.
Os lastros mais comuns de um CRI são os créditos decorrentes de contratos de compra e venda com
alienação fiduciária do Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI).
A oferta pública de distribuição de CRI só pode ser iniciada após a concessão de registro e estando o registro
de companhia aberta da companhia securitizadora atualizado junto a CVM.
Os CRIs representam uma ótima opção de investimento para pessoas físicas, bancos, fundações e fundos de
investimento.
Obs.: Somente CRI com valor nominal mínimo de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) pode ser objeto de
distribuição pública.
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Quem emite os CRIs é uma Companhia de Securitização, enquanto as LCIs são emitidas por
Instituições Financeiras;
As LCIs têm a garantia do FGC e os CRIs não têm a garantia do FGC.
A CCI foi oficialmente criada pela Lei 10.931, de 02/08/04, com o objetivo de representar créditos
imobiliários e criar um instrumento legal, que permita agilizar a transferência de contratos de financiamento
imobiliário entre bancos credores de financiamentos imobiliários e companhias securitizadoras. A CCI pode
ser integral, quando representar a totalidade do crédito, ou fracionária, quando representar parte dele, não
podendo a soma das cédulas fracionárias emitidas em relação a cada crédito exceder o seu valor total, e
podendo sua emissão ocorrer de uma só vez ou ao longo do tempo até o vencimento da obrigação que
representam.
Estão autorizados a emitir CCI os credores dos créditos imobiliários. Podem ser emitidas na forma cartular
ou escritural, com ou sem garantia real ou fidejussória.
Se emitidas na forma escritural será exigida uma escritura pública ou instrumento particular a ser custodiado
em instituição financeira e registrado em sistemas de registro e liquidação financeira autorizados pelo BC.
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O pagamento dos juros que podem ser capitalizados e do valor do principal pode ser periódico ou de uma
única vez na data de vencimento do título.
Sendo um crédito imobiliário com lastro em uma garantia real, a emissão da CCI deverá ser averbada no
cartório de registro de imóveis ao qual está vinculada.
A CCI é um título executivo extrajudicial exigível pelo valor apurado de acordo com as cláusulas e as
condições pactuadas no contrato que lhe deu origem.
Sua emissão e negociação independem de autorização do devedor do crédito imobiliário por ela
representado. O resgate da dívida representada pela CCI é comprovado por declaração de quitação emitida
pelo credor.
Não são valores mobiliários, mas títulos emitidos para facilitar o crédito imobiliário. As companhias
securitizadoras compram as CCI e as utilizam como lastro para a emissão no mercado secundário de
Certificados de Recebíveis Imobiliários – CRI – estes, sim, valores mobiliários.
3.2.3.6 Títulos do segmento Comercial: Cédula de Crédito Bancário- CCB e Certificados de Cédula de Crédito
Bancário – CCCB. Características e tributação.
A CCB é um título de crédito, diretamente negociado entre as partes interessadas, emitido na forma física –
cartular – ou escritural, por pessoa física ou jurídica, em favor de uma instituição financeira ou de entidade
a esta equiparada – integrante do SFN -, representando uma promessa de pagamento em espécie,
decorrente de operação de crédito de qualquer valor ou modalidade, desde um cheque especial ou um
crédito consignado, passando por um CDC, e atingindo uma grande operação estruturada, aplicando-se a ela
as normas de direito cambiário.
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Assim, no título, poderão ser pactuadas todas as suas características, tais como os juros sobre a dívida,
capitalizadas ou não, os critérios de sua indidência, periodicidade de capitalização, correção monetária ou
de variação cambial, conforme permitido em lei, despesas e encargos da obrigação e obrigações do credor,
sendo, por isso, difícil contestá-la judicialmente.
Os títulos podem ser emitidos com remuneração pré ou pós-fixada em índices de preços ou pelo DI, sendo
admitida a emissão da CCB em moeda estrangeira em favor de instituição domiciliada no exterior, desde que
seja sujeita exclusivamente à lei e ao foro brasileiro. Tanto os juros como o valor do principal do título podem
ser pagos de forma periódica ou em parcela única na data do seu vencimento.
A CCB pode ser emitida com ou sem garantia real ou fidejussória, sendo um título executivo extrajudicial,
representando dívida em dinheiro certa, líquida e exigível seja pelo valor nela indicado ou pelo saldo devedor
demonstrado em planilha de cálculo ou extrato de conta corrente. As garantias reais constituídas na CCB
podem estar vinculadas ao instituto da alienação fiduciária e o credor poderá exigir a sua cobertura por
seguro em seu benefício, sem reforço ou substituição.
A CCB pode ser objeto de cessão de acordo com as disposições do direito comum, caso em que o cessionário
(o que recebe o título), mesmo não sendo instituição financeira, fica sub-rogado em todos os direitos do
cedente. Se estiver na forma cartular a transferência é feita por endosso e, na forma escritural, através do
registro da negociação em sistema de registro e de liquidação financeira de ativos autorizados pelo BC. As
regras de negociação das CCB foram estabelecidas pela Resolução 2.843, de 02.07.01.
Trata-se, portanto, de título emitido com o objetivo de facilitar e agilizar a recuperação de créditos bancários,
tendo como lastro créditos bancários comercializáveis e que permitam ao investidor receber o pagamento
pelo título independentemente da situação financeira do banco que o gerou. Neste caso, é fundamental que
o BC permita a segregação patrimonial da carteira de crédito a ser securitizada, em relação ao patrimônio
do banco originador desta carteira. Assim, para estimular o mercado de secutirtização de recebíveis de
crédito bancário, é importante que o CMN permita a coobrigação de parte ou de todo o risco de
inadimplência do recebível e, além disso, permita o direito de regresso à instituição geradora do crédito.
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As instituições financeiras, quando autorizadas pelo Banco Central, poderão emitir Certificados de Cédulas
de Crédito Bancário (CCCB), com lastro efetivo nas CCB mantidas em custódia, os quais poderão ser
negociados no âmbito do mercado financeiro nacional ou internacional, com pessoas integrantes ou não do
Sistema Financeiro Nacional.
Caderneta de Poupança
Conceito e finalidade
É a aplicação mais simples e também a mais tradicional. O aplicador pode aplicar pequenas somas e ter
liquidez (poder movimentar livremente), apesar da perda de rentabilidade para saques fora da data de
aniversário da aplicação.
Rentabilidade
A remuneração da poupança é definida pelo art. 12 da Lei 8.177, de 01.03.1991, e é a mesma em todas as
instituições financeiras. Atualmente, a caderneta de poupança é remunerada pela Taxa Referencial (TR) mais
juros mensais.
A partir de 04.05.2012, a remuneração da poupança passou a ser:
- 0,5 % a.m. mais TR, caso a TSM (Taxa Selic Meta), divulgada pelo COPOM for superior a 8,5% a.a.;
- 70% da TSM, mais TR, caso a TSM (Taxa Selic Meta), divulgada pelo COPOM for igual ou inferior a 8,5%
a.a..
De acordo com o perfil do cliente, se pessoa física ou jurídica, os créditos da remuneração básica e adicional
podem ser mensais ou trimestrais, conforme descrição a seguir:
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A abertura pode ser feita em qualquer dia do mês, sendo que as contas abertas nos dias 29, 30 e 31
começam a contar rendimento a partir do dia primeiro do mês seguinte, ou seja, para efeito de
rentabilidade, esses depósitos são considerados como se tivessem sido feitos no dia primeiro do mês
seguinte. Podem-se ter quantas cadernetas de poupança quiser, escolhendo livremente a data da aplicação
(também chamada de data de aniversário, ou data-base).
Tributação
3.3. Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas para Ofertas Públicas de Distribuição
e Aquisição de Valores Mobiliários
Abrange as melhores práticas a serem adotadas pelo mercado (coordenadores de ofertas) ao estruturar
Ofertas Públicas de Valores Mobiliários, sejam elas ofertas primárias e secundárias de valores mobiliários ou
ofertas públicas de aquisição de ações de companhias abertas.
I. nortear a prestação das atividades pelos princípios da liberdade de iniciativa e da livre concorrência;
II. coibir quaisquer práticas que infrinjam ou estejam em conflito com as regras e princípios contidos neste
Código, na legislação pertinente e/ou nas demais normas estabelecidas pela ANBIMA; e
III. evitar a adoção de práticas caracterizadoras de concorrência desleal e/ou de condições não equitativas,
bem como de quaisquer outras práticas que contrariem os princípios contidos no presente Código.
As Instituições Participantes que desempenham a atividade de Coordenadores da oferta devem instituir área
ou nomear um profissional para as atividades de compliance, com a isenção necessária para o cumprimento
do seu dever. Por atividade de compliance entendem-se as ações visando o cumprimento das Leis,
regulamentações e princípios corporativos aplicáveis ao Coordenador da oferta.
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3.3.3. Prospecto
O prospecto deverá, de maneira clara que não omita fatos de relevo, nem contenha informações que possam
induzir em erro os investidores, conter os dados e informações sobre:
O Prospecto Preliminar deverá estar disponível nos mesmos locais do Prospecto Definitivo para os
investidores pelo menos 5 (cinco) dias úteis antes do prazo inicial para o recebimento de reserva.
O Selo ANBIMA será composto pela logomarca da ANBIMA acompanhada do seguinte texto:
“A(O) presente oferta pública (programa) foi elaborada(o) de acordo com as normas de
Regulação e Melhores Práticas para as Ofertas Públicas de Distribuição e Aquisição de Valores
Mobiliários, atendendo, assim, a(o) presente oferta pública (programa), aos padrões mínimos
de informação exigidos pela ANBIMA, não cabendo à ANBIMA qualquer responsabilidade
pelas referidas informações, pela qualidade da emissora e/ou ofertantes, das instituições
participantes e dos valores mobiliários objeto da(o) oferta pública (programa). Este selo não
implica recomendação de investimento. O registro ou análise prévia da presente distribuição
não implica, por parte da ANBIMA, garantia da veracidade das informações prestadas ou
julgamento sobre a qualidade da companhia emissora, bem como sobre os valores mobiliários
a serem distribuídos.”
Obs. A veiculação do Selo Anbima tem por finalidade exclusiva demonstrar o compromisso das Instituições
Participantes em atender as disposições do presente Código não cabendo qualquer responsabilidade à
Anbima pelas informações constantes das Publicações relativas às ofertas Públicas e dos respectivos
prospectos, bem como pela qualidade da emissora e/ou ofertantes, das Instituições Participantes e/ou
dos valores mobiliários objeto da Oferta Pública.
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Coordenador
Toda oferta pública deve ter um coordenador, que pode ser um banco de investimento, uma corretora ou
uma distribuidora, responsável por:
Estruturar a operação;
Ajudar a empresa transformar-se em sociedade por ações;
Ajudar a empresa a preparar a documentação e ajudar a empresa a registrar a emissão pública na
CVM;
Formar o consórcio de distribuição;
Realizar Road-shows;
Colocar (distribuir) os valores mobiliários junto aos investidores;
Ajudar o emissor a elaborar o prospecto da emissão;
Verificar a veracidade das informações contidas no prospecto de emissão;
Realizar due diligence no prospecto.
Due diligence:
A due diligence é um processo de investigação e auditoria nas informações de empresas fundamental para
confirmar os dados disponibilizados aos potenciais compradores ou investidores.
Esse processo tem variações claras conforme a natureza do negócio e o tamanho da empresa mas,
basicamente, refere-se a questões de ordem financeira, contábil e fiscal, além de aspectos jurídicos
societários, trabalhistas, ambientais, imobiliários, de propriedade intelectual e tecnológica.
Enfim, trata-se de um trabalho que deve identificar os ativos e passivos contábeis e jurídicos, permitindo
maior segurança na negociação para os compradores, acionistas ou investidores.
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Caracterizam-se pelo compromisso assumido pela instituição de desenvolver os melhores esforços para
revender o máximo de uma emissão junto aos seus clientes nas melhores condições possíveis e por um prazo
determinado. Não existe o compromisso formal de viabilizar a colocação.
A empresa assume os riscos da aceitação ou não das ações lançadas por parte do mercado.
Stand-BY
Caracteriza-se pelo compromisso assumido pela instituição quanto ao fato de ela própria efetivar a
subscrição, após determinado prazo, dos títulos que se comprometeu a colocar no mercado mas que não
encontraram interessados.
Trata-se da oferta global – global offering – dos títulos de uma empresa visando á colocação de seus papéis
no País e no exterior. Exige uma maior transparência de informações sobre a empresa emissora e sobre a
operação de subscrição.
Não há uma definição prévia do preço pelo qual a ação será vendida, ou o volume final da operação, mas
sim a definição de um range de preços justos que os coordenadores da emissão e a empresa acordam ser
viável para atrair os investidores nacionais e estrangeiros e garantir uma boa liquidez do título na colocação.
São empresas que opinam sobre o risco de crédito por meio de notas (ratings), baseado na:
O agente fiduciário é uma figura obrigatória nas emissões públicas de debêntures. Sua função principal é a
de representar a comunhão dos debenturistas perante a companhia e tomar as atitudes necessárias para
que os direitos desses investidores sejam resguardados. O agente fiduciário pode ser uma pessoa física ou
uma instituição financeira que tenha este objetivo social e que seja autorizada pelo Banco Central para tal.
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Banco Escriturador
O banco escriturador é o responsável pela escrituração e a guarda dos livros de registro e transferência de
valores mobiliários escriturais.
Tem a função de processar as liquidações físicas e financeiras entre sua tesouraria e a instituição custodiante.
Além disso, o banco mandatário verifica a existência, autenticidade, validade e regularidade da emissão de
valores mobiliários, a quantidade emitida, série e emissão dos mesmos.
Distribuição
É o processo de encontrar investidores para comprar valores mobiliários que o emissor está vendendo.
A distribuição do valor mobiliário (operações de Underwriting) pode ter os seguintes tipos de subscrição:
Banco Mandatário
O banco mandatário é o responsável pelas movimentações financeiras relativas aos pagamentos dos
eventos relacionados às ações e debêntures, como dividendos e juros.
3.4.1.6. Custodiante
Custodiante
É a instituição responsável pela guarda e manutenção das informações dos ativos componentes da carteira
do investidor. É o custodiante que cuida para que o investidor não perca seus direitos como: dividendos,
direitos de subscrição, desdobramentos, repactuações de debêntures, juros, amortizações etc. (isso quando
o custodiante exerce a função de Banco Mandatário).
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É comum nas ofertas públicas o ofertante contratar uma instituição financeira (corretora, distribuidora ou
banco de investimento) para atuar no mercado, com o objetivo de estabilizar os preços dos valores
mobiliários no mercado por um prazo determinado, normalmente 30 dias. Isso faz com que distorções de
preços, causadas por uma baixa liquidez sejam neutralizadas por um formador de mercado, também
chamado de market maker.
3.4.2.1. Companhias abertas (Instrução CVM 480, arts. 13º, 21º, 30º e 31º)
Criar categorias de emissores de acordo com os tipos de valores mobiliários admitidos à negociação;
Estabelecer regimes de prestação de informações adequados a cada uma das categorias criadas;
Consolidar as regras que tratam de registro de emissor e valores mobiliários, de modo que os
procedimentos de registro, suspensão e cancelamento sejam adequados a cada categoria de emissor;
Melhorar a qualidade e apresentação das informações periódicas prestadas por emissores de valores
mobiliários, para facilitar o entendimento de tais informações por parte do investidor;
Tornar possível que determinados emissores, desde que atendam a certos pré-requisitos, tenham
seus pedidos de registro de ofertas de distribuição aprovados com maior celeridade; e
Mudar critérios que determinam como um emissor é considerado estrangeiro.
Ao realizar uma oferta pública de distribuição de valores mobiliários, o emissor pode elaborar somente um
Documento Suplementar que contém informações sobre o valor mobiliário ofertado e as características e
condições da oferta.
O regime de informações
Este novo documento dá passos importantes na quantidade e qualidade das informações que serão
colocadas à disposição dos investidores e do mercado periodicamente, trazendo as regras brasileiras a
padrões muito próximos daqueles recomendados pelas instituições internacionais especializadas em
mercado de valore mobiliários.
Em relação à maioria dos temas, a instrução pede níveis de informações semelhantes aos hoje exigidos pela
Instrução CVM nº 400, mas em um formato que privilegia o melhor entendimento do investidor.
Outra importante inovação da Instrução é a exigência de que os emissores informem suas políticas e práticas
em relação às matérias mais sensíveis da condução de seus negócios.
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Categorias de emissores
Os emissores de valores mobiliários passaram a ser divididos em categoria A e categoria B, com base
exclusivamente nos tipos de valores mobiliários admitidos à negociação.
Emissores estrangeiros
Os critérios para a identificação do emissor estrangeiro levam em consideração, além do local da sede, a
quantidade de ativos pertencentes ao emissor no exterior, ao invés do local de origem das receitas do
emissor.
Regular as ofertas públicas de distribuição de valores mobiliários, nos mercados primário ou secundário,
proporcionando:
3.4.2.2.2. Definição de atos de distribuição pública (art. 3º, caput, incisos I,II,III e IV, §2º)
A distribuição pública de valore mobiliários só pode ser realizada com intermediação de bancos de
investimento, bancos múltiplos com carteira de investimentos, corretoras ou distribuidoras.
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A oferta pública, a princípio, é irrevogável, porém, caso haja alguma imprecisão no prospecto, inclusive
devido a alterações que ocorreram depois de sua elaboração, a oferta pública será suspensa ou até mesmo
cancelada. A oferta é suspensa quando o prospecto pode ser corrigido. Caso o prospecto não possa ser
corrigido, haverá cancelamento da oferta.
3.4.2.2.4. Conteúdo da oferta (art. 21; art. 22; art. 23, caput, §1º, §2º)
As ofertas públicas de distribuição devem tratar os potenciais investidores de maneira equitativa, sendo
permitido que os atuais acionistas tenham prioridade.
O preço da oferta é único, mas a CVM poderá autorizar preços diversos. O preço ou a taxa de juros pode ser
estabelecido no dia da apuração do resultado da coleta de intenções de investimento.
O ofertante poderá outorgar à instituição intermediária opção de distribuição de lote suplementar, que
preveja a possibilidade de, caso a procura dos valores mobiliários objeto de oferta pública de distribuição
assim justifique, ser aumentada a quantidade de valores a distribuir junto ao público, nas mesmas condições
e preço dos valores mobiliários inicialmente ofertados, até um montante pré-determinado que constará
obrigatoriamente do prospecto e que não poderá ultrapassar a 15% da quantidade inicialmente ofertada.
A AGE ou RCA (reunião do conselho de administração) que aprovar a oferta pública deverá dizer qual será o
destino dos valores mobiliários, no caso de não ocorrer distribuição total dos valores ofertados. Inclusive,
pode ser prevista a não concretização da oferta, se não houver distribuição total. A distribuição parcial pode
ser aceita ou não, dependendo da decisão previamente tomada na AGE ou na RCA. Esta decisão constará do
prospecto da oferta pública.
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Prospecto é o documento elaborado pelo ofertante em conjunto com o coordenador-líder, obrigatório nas
ofertas públicas de distribuição e que contém informação completa, precisa, verdadeira, atual, clara,
objetiva e necessária, em linguagem acessível, de modo que os investidores possam tomar sua decisão de
investimento criteriosamente.
A CVM poderá exigir do ofertante e da emissora (no caso de distribuição secundária) informações adicionais,
além de advertências e considerações que entenderam cabíveis para a análise e compreensão do prospecto
pelos investidores.
Existe o prospecto preliminar, que é apresentado à CVM pelo emissor por ocasião do registro na CVM. Após
uma verificação, a CVM pode requerer alterações no prospecto preliminar para melhor informar o
investidor. Após todas as mudanças chega-se ao prospecto definitivo, que deve estar à disposição dos
investidores na data do início da distribuição, na sede e na página da rede mundial de computadores da
emissora, do ofertante, do consórcio de coordenadores, da CVM e da bolsa de valores ou mercado de balcão
organizado, onde os valores mobiliários da emissora estão admitidos à negociação.
O prospecto preliminar pode ser divulgado para o público, desde que tenha avisos sobre a possibilidade de
alterações. Quando o prospecto definitivo for divulgado, deverá apresentar no seu início quais foram as
alterações em relação ao prospecto preliminar para facilitar o entendimento por parte do investidor que já
leu o prospecto preliminar.
Caso seja verificada, após a data de obtenção do registro, qualquer imprecisão ou mudança significativa nas
informações contidas no prospecto definitivo, que seja relevante para a decisão de investimento, tanto o
ofertante quanto o coordenador-líder deverão suspender a distribuição, até que se proceda a devida
divulgação da complementação do prospecto com a nova informação. As alterações deverão ser submetidas
à CVM para exame.
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a) a revelação de informação relativa à oferta, ao que for necessário para os objetivos da oferta, advertindo
os destinatários sobre o caráter reservado da informação transmitida; e
b) a utilização da informação reservada estritamente aos fins relacionados com a preparação da oferta.
III – apresentar à CVM pesquisas e relatórios públicos sobre a companhia e a operação que eventualmente
tenha elaborado;
V – a partir do momento em que a oferta se torne pública, ao divulgar informação relacionada à emissora
ou à oferta:
3.4.3.1. Ofertas públicas de aquisição de ações: instrução CVM 361 (arts. 1º, art. 2° inc I ao
IV, arts 3° ao 4º, arts. 6º ao 7º caput, §1°, §2 e §6 e art.12º)
Âmbito e Finalidade
A Instrução CVM nº 361 regula as Ofertas Públicas de aquisição de Ações de Companhias Abertas (OPA) e
o processo de registro das ofertas públicas para cancelamento de registro de companhia aberta, por
aumento de participação do acionista controlador, por alienação de controle de companhia aberta e para
aquisição de controle de companhia aberta quando envolver permuta por valores mobiliários.
Atenção: Na OPA o ofertante quer comprar ações, portanto, é um mecanismo contrário das ofertas públicas
de distribuição abordadas anteriormente, onde o ofertante queria vender ações.
Modalidade e Definições
OPA para cancelamento de registro: É a OPA obrigatória para ocorrer fechamento de capital, ou seja,
cancelamento do registro de companhia aberta. Deve ser registrada na CVM.
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OPA por alienação de controle: É a OPA obrigatória, realizada como condição de eficácia de negócio
jurídico de alienação de controle de companhia aberta. Deve ser registrada na CVM.
OPA voluntária: É a OPA que visa à aquisição de ações de emissão de uma companhia aberta, por
desejo do ofertante, em comprar essas ações por meio de uma oferta ao público, e não por um motivo
obrigatório, como as 3 OPAs citadas anteriormente. Não necessita ser registrada na CVM.
Ofertante: o proponente da aquisição de ações em uma OPA, seja ele pessoa natural ou jurídica,
fundo ou universidade de direitos;
Pessoa vinculada: a pessoa natural ou jurídica, fundo ou universalidade de direitos, que atue
representando o mesmo interesse do acionista controlador, do ofertante ou do intermediário,
conforme o caso.
A OPA será sempre dirigida indistintamente aos titulares de ações da mesma espécie e classe
daquelas que sejam objeto da OPA.
A OPA será realizada de maneira a assegurar tratamento equitativo aos destinatários, permitindo-
lhes a adequada informação quanto á companhia objeto e ao ofertante e dotá-los dos elementos necessários
à tomada de uma decisão refletida, independente quanto à aceitação da OPA.
Quando for o caso, a OPA será previamente registrada na CVM, segundo a modalidade adequada.
A POPA será intermediada por sociedade corretora ou distribuidora de títulos e valores mobiliários
ou instituição financeira com carteira de investimento.
A OPA será lançada por preço uniforme.
Sempre que se tratar de OPA formulada pela própria companhia, pelo acionista controlador ou por
pessoa a ele vinculada, a OPA será acompanhada de laudo de avaliação da companhia objeto.
A OPA será efetivada em leilão em bolsa de valores ou entidade de mercado de balcão organizado.
A OPA poderá sujeitar-se a condições, cujo implemento não dependa de atuação direta ou indireta
do ofertante ou de pessoas a ele vinculadas.
A OPA será imutável e irrevogável, após a publicação do edital.
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É vedada a transferência para a companhia objeto às despesas relativas ao lançamento e liquidação de uma
OPA, salvo se esta for formulada pela própria companhia.
Liquidação Financeira
As OPAs de permuta, mista e alternativa, devem ser registradas na CVM, da mesma maneira que as OPAs
obrigatórias.
Intermediação
OPA deve ter um intermediário, o qual pode ser ou corretora ou distribuidora ou banco com carteira de
investimento.
O ofertante é responsável pelas informações fornecidas à CVM e ao mercado, porém, o intermediário deverá
fazer uma verificação das informações da OPA (due diligence) para assegurar que as informações prestadas
pelo ofertante sejam verdadeiras, consistentes, corretas e suficientes, respondendo pela omissão nesse seu
dever.
O intermediário contratado para a intermediação de OPA ficará impedido de negociar com as ações de
emissão da companhia objeto, bem como de efetuar pesquisas e relatórios públicos sobre a companhia e a
operação.
Leilão
A OPA é efetivada por meio de um leilão, onde os atuais acionistas têm a oportunidade de aceitar ou não a
OPA. Esse leilão ocorrerá na bolsa de valores ou no mercado de balcão organizado, dependendo de onde a
ação seja admitida à negociação. Caso as ações não sejam negociadas em bolsa de valores ou em mercado
de balcão organizado, o ofertante escolherá o local do leilão.
A possibilidade de elevação do preço a ser pago, estendendo-se o novo preço a todos os acionistas
aceitantes dos lances anteriores; e
A possibilidade de interferências compradoras.
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Na oferta pública de distribuição, parte dos títulos ofertados é destinada a investidores institucionais, que
podem comprar grandes volumes, outra parte é destinada a investidores não institucionais. A determinação
do preço na oferta pública de distribuição normalmente ocorre utilizando-se o bookbuilding, que é um leilão
para definição do preço de venda.
É prática de mercado que o bookbuilding ocorra somente entre os investidores institucionais, os quais fazem
proposta de compra e se comprometem a levar um lote de títulos por um certo preço. Os maiores preços
serão os escolhidos, porém vai valer o menor preço entre os escolhidos. Dessa forma é determinado o preço
de venda dos títulos objeto da oferta. Esse preço vale tanto para os investidores institucionais quanto para
os investidores não institucionais.
A oferta pública também pode ser feita por um preço fixo, determinado ofertante ou coordenador-líder e
depois aprovado pelo conselho de administração da companhia. O ofertante e o coordenador-líder podem
consultar em conjunto até 50 possíveis investidores sobre a oferta em questão, desde que haja o
compromisso formal de confidencialidade assumido pelos envolvidos. A determinação de um preço fixo é
mais adequada para ofertas menores, para não onerar os custos com os procedimentos da oferta. Muitas
debêntures e notas promissórias comerciais emitidas por companhias de um conglomerado financeiro são
distribuídas por um preço fixo.
A oferta pública para aquisição de ações (OPA) é um leilão na bolsa ou no mercado de balcão organizado,
dependendo de onde a ação está admitida a negociação.
Nas OPAs voluntárias, como uma OPA para aquisição do controle, o ofertante define o preço, porém esse
preço pode ser elevado durante o leilão, de forma a possibilitar ao ofertante comprar o lote de ações
desejado. O fato é que a elevação de preço durante o leilão beneficia os vendedores das ações,
principalmente aqueles que já aceitaram a oferta. O preço da OPA é o maior que o ofertante oferece no
leilão e é aplicado igualmente para todos os vendedores das ações.
Nas OPAs para cancelamento de registro ou por aumento de participação, o preço é determinado por um
laudo de avaliação da companhia objeto, o qual deve ser realizado por corretora, distribuidora ou banco
com carteira de investimento, especializados e experientes na avaliação de companhias abertas. Esse preço
pode ser aumentado no leilão.
Em casos excepcionais, o ofertante de uma OPA pode solicitar à CVM um procedimento diferenciado em
relação à regulamentação, como por exemplo, na determinação do preço de uma OPA obrigatória para
fechamento de capital. A CVM, por meio de seu colegiado, pode autorizar ou não o procedimento
diferenciado.
Companhia que possui uma concentração extraordinária de sua ações, ou possui dificuldade de
identificação ou localização de um número significativo de acionistas.
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Pequena quantidade de ações a ser adquirida frente ao número de ações em circulação, assim como
o pequeno impacto da oferta para o mercado.
Companhia com patrimônio líquido negativo, ou com atividades paralisadas ou interrompidas.
Risco de Rateio
Em uma oferta pública de distribuição, onde o preço é determinado por bookbuilding, é possível que não
se tenha títulos suficientes para atender reservas realizadas pelos investidores que não participaram do
mesmo. Nesse caso, há necessidade de se realizar um rateio dos títulos disponíveis, conforme estipulado
no prospecto dessa oferta pública e o investidor não irá receber a quantidade de ações desejada.
Outra possibilidade de rateio aconteceria se uma oferta pública a preço fixo, houvesse uma demanda
acima do volume ofertado. Novamente o investidor receberia um lote de títulos menor do que o desejado.
Em uma OPA para aquisição do controle, o ofertante pode especificar no seu edital a quantidade mínima
de ações a ser adquirida para que ela se concretize. Caso a quantidade mínima de ações não seja alcançada,
o ofertante não está obrigado a pagar aos que aceitaram a oferta, portanto o negócio não se concretiza.
3.5. Derivativos
Mercados de derivativos são contratos negociados para uma data futura, cujos preços são definidos, tendo
por base um ativo, normalmente de alta liquidez no mercado à vista.
É objeto do contrato de derivativos o ativo que é negociado e, portanto, tem seu preço conhecido, no
mercado à vista. O que normalmente é negociado no mercado de derivativos é o preço desse ativo para uma
data futura. Assim, ele é chamado de ativo objeto da negociação do contrato de derivativos.
Exemplo:
A cotação do dólar à vista em março de 2013 é de R$ 1,98. O mercado futuro de dólar para vencimento em
02.01.2014 tem um preço de referência de R$ 2,20. Assim, se houver liquidez no mercado de derivativos de
dólar para janeiro de 2014 será possível vender ou comprá-lo a preços ao redor de R$ 2,20.
Como surgiram esses contratos: Da necessidade do produtor rural garantir um preço mínimo para sua safra.
Derivativos agropecuários: têm como ativo-objeto commodities agrícolas, como café, boi, milho, soja, entre
outros.
Derivativos financeiros: têm seu valor de mercado referenciado em alguma taxa ou índice financeiro, como
taxa de juro, taxa de inflação, taxa de câmbio, índice de ações e outros.
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Derivativos de energia e climáticos: têm como objeto de negociação energia elétrica, gás natural, créditos
de carbono e outros.
As operações com derivativos podem ocorrer em mercados organizados em bolsa ou balcão. Na bolsa os
preços dos produtos são negociados por meio de um processo de formação de preço transparente, pois é
acessível ao público em geral. No pregão eletrônico, ocorre a divulgação simultânea de uma oferta a todos
aqueles que estiverem conectados.
Os produtos negociados em bolsa são padronizados, de forma a facilitar a negociação. Desse modo, o
comprador ou vendedor só precisa definir o volume do contrato que lhe interessa. A mercadoria negociada
está padronizada (dólar janeiro/2014, por exemplo).
Já no mercado de balcão, as operações são bilaterais e, portanto, os contratos são flexíveis (negociado entre
as partes). Ou seja, é possível a customização.
Enquanto na bolsa todos os contratos são padronizados, no mercado de balcão, todas as variáveis (objeto,
prazo e forma de liquidação, local de entrega, garantias, etc.) que compõem um contrato, estão abertas à
negociação e não apenas o preço.
Além disso, devido à especificidade de cada contrato, fica mais difícil comparar os preços praticados, bem
como transferir as obrigações contratadas para outra contraparte.
As principais desvantagens são: o risco de crédito entra as partes e a falta de liquidez, por falta de um
mercado secundário.
Participantes:
Hedger: opera nesse mercado buscando proteção contra oscilações de preços dos ativos;
Especulador: assumem o risco da operação com o objetivo de auferir ganhos com a oscilação dos
preços;
Obs.: Monitora todos os mercados em busca de distorções a fim de lucrar sem correr riscos.
Atenção: Os três agentes citados acima são de suma importância para o mercado, pois são eles os
responsáveis por garantir a liquidez e evitar distorções.
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MERCADO A TERMO
O Mercado a Termo é tipicamente um mercado de balcão no qual um ativo é negociado para uma data
futura a um preço predeterminado. Esta é uma operação que representa um acordo particular entre duas
partes, na qual uma das partes garante a compra (ou venda) do ativo da outra parte que, por sua vez, garante
sua venda (ou compra) na data futura especificada.
Negócios com ativos, títulos e valores mobiliários que se liquida a um tempo certo de vista, normalmente
30, 60, ou 90 dias depois. Prazo de um contrato a termo deve ser de 16 a 999 dias.
Principais Características:
Direitos e Proventos:
MERCADO FUTURO
Este é um dos segmentos do mercado de derivativos tradicionalmente negociado em bolsas. Nesse sentido,
as operações desse mercado requerem a utilização dos mecanismos associados às operações em bolsa:
Margem, ajuste diário, padronização, clearing etc.
Principais Características:
Além de mercadorias, são negociados ativos financeiros;
A liquidação dos contratos pode ser física ou financeira. Predomina a liquidação financeira (apenas
2% dos contratos são liquidados com a entrega física do ativo negociado);
Os contratos são PADRONIZADOS (quantidade, peso, vencimento, local de entrega). Por isso, são
menos flexíveis que os contratos a termo;
Ajustes diários: agregam maior garantia às operações;
Exige uma “Margem de garantia”;
Negociação em Bolsa de Valores;
Possibilidade de liquidação antes do prazo de vencimento;
Risco da contraparte é da BOLSA DE VALORES.
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SWAP
Swap é uma operação, entre duas ou mais partes, onde ocorre a “troca” de fluxos relativos a um
determinado período futuro. Esse fluxos podem referir-se a:
A operação de swap cria uma “posição virtual” que pode ser utilizada tanto para eliminar um descasamento
inicialmente existe (hedge) como modificar uma posição inicial (posicionamento).
Principais Características:
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* Se o montante do ativo, no vencimento, for maior que o montante do passivo, a empresa recebe
do banco a diferença.
* Se o montante do passivo, no vencimento, for maior do que o do ativo, a empresa paga esta
diferença.
MERCADO DE OPÇÕES
Todos os instrumentos dos outros segmentos do mercado de derivativos (futuros, termo e swaps), de uma
maneira ou de outra, são eficazes em eliminar o risco de um investidor que detenha uma determinada
posição física (ativos, passivos, estoques, fluxos futuros etc.).
Ao usar qualquer um desses instrumentos, o investidor fixa um valor futuro (de taxa de câmbio, da taxa de
juros, de uma ação ou de uma mercadoria). Isso significa que ele fica imune às conseqüências de um cenário
desfavorável (preços subirem quando ele está vendido, por exemplo).
Em compensação, se o cenário fosse favorável à posição que o investidor mantinha, ele já não pode mais
beneficiar-se dessa situação porque tem a obrigação de liquidar a operação ao preço previamente definido.
Ou seja, para esse investidor qualquer que seja a evolução futura do cenário econômico, o seu resultado não
será afetado.
O mercado de opções permite usar permite usar o hedge no cenário desfavorável e não ser obrigado a usá-
lo num cenário que lhe seja favorável.
Se o investidor tem uma posição vendida significa que ele pode comprar o ativo pelo preço predefinido, se
o cenário for de preços em alta, e pode comprar o ativo a preços de mercado, se o cenário for de preços em
baixa.
Podemos dizer que o Mercado de Opções é um mercado em que são negociados direitos de compra ou
venda de ativos, com preços e prazos de exercício preestabelecidos.
Lançador: Aquele que vende uma opção, assumindo a obrigação de, se o titular exercer, vender ou
comprar o ativo-objeto a que se refere;
Titular da opção: Aquele que tem o direito de exercer ou negociar uma opção;
Prêmio: preço de negociação, por ação-objeto, de uma opção de compra ou de venda pago pelo
comprador de uma opção;
Exercício de opções: Operação pela qual o titular de uma operação exerce seu direito de comprar o
ativo-objeto, ao preço de exercício;
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Pó (Virar Pó): Gíria utilizada pelos profissionais do mercado financeiro, significando título e/ou
investimento que perdeu totalmente o seu valor de mercado. Ex.: “meu investimento naquela ação virou
pó”.
3.5.2. Tipos de opções e representação gráfica: put (opção de venda) e call (opção de
compra). compra/venda de put, compra/venda de call. Titular e lançador
Tipos de Opções:
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Os derivativos podem ser utilizados para proteção contra as oscilações de preços de mercado de um
determinado ativo ou para especulação (posicionamento). Dessa forma, os participantes do mercado de
derivativos podem ser categorizados como hedgers, especuladores e arbitradores, dependendo da forma
como utiliza os derivativos, conforme detalhado a seguir:
Hedger (Proteção)
O hedger é o participante do mercado que busca primordialmente proteção contra variações adversas nos
preços. Suas operações nos mercados de derivativos normalmente estão vinculadas à cadeia produtiva do
ativo objeto do contrato de derivativo negociado.
Seu objetivo é o de transferir os riscos de sua operação para outros participantes do mercado.
Exemplo: um exportador pode vender a quantidade equivalente de dólares para a data futura, próxima
àquela do recebimento pelo pagamento das mercadorias entregues.
Especulação ou Posicionamento
Sob esse aspecto, sua participação é fundamental para o funcionamento dos mercados, pois além de assumir
os riscos de variação dos preços, é ele quem oferece liquidez ao mercado.
Exemplo: um conhecedor do mercado de moedas pode vender dólares para uma data futura porque acredita
na sua queda. Assume o risco de perder, caso a sua previsão esteja equivocada.
Arbitragem
Em outras palavras, compra um determinado derivativo para uma data futura, na qual o preço está barato
e vende para outra data, na qual o preço está alto.
Suas operações influenciam na formação de preço dos mercados nos quais atua, forçando a equalização das
cotações.
São responsáveis pela manutenção de uma relação entre preços à vista e futuros.
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Exemplo: um arbitrador pode analisar a relação entre os preços dos mercados futuros de dólares para os
meses de julho/13 e dezembro/13.
Ao comparar essas cotações com preço à vista ou mesmo a diferença entre os dois meses em discussão, ele
pode concluir que dezembro está muito caro, quando comparado com julho e então decidir por vender
dezembro.
No entanto, ele compra julho/13, porque não lhe interessa correr o risco de dólar mas, sim, ganhar a
diferença, quando esses dois preços se ajustarem.
Alavancagem
O especulador também pode utilizar o mercado de derivativos para fazer alavancagem. Como não exige
caixa ou o montante exigido é substancialmente menor do que a aquisição do ativo objeto, torna-se muito
fácil se posicionar (especular) com volumes elevados.
Exemplo: Vamos supor que um investidor tenha US$ 1.000.000,00 em uma operação indexada ao dólar, pois
acredita que o dólar, que está a R$ 1,65 voltará a subir e estará a R$ 2,00 em um ano.
Caso o investidor queira aumentar a posição comprada e não tiver recursos para fazê-la no mercado a vista,
ele poderá comprar dólar, sem a necessidade de caixa, por meio do mercado de derivativos, ou seja, comprá-
lo para uma data futura.
O investidor, então, verifica que a cotação do dólar para janeiro de 2014 está 1,80, então, resolve comprar,
nesse mercado de derivativos, o equivalente a US$ 2.000.000,00. O investidor, portando, alavancou a sua
posição comprada em dólar em duas vezes. Agora ele está com US$ 3.000.000,00 exposto ao risco cambial.
Se o dólar realmente subir para os R$ 2,00, o investidor terá no mercado à vista, R$ 2.000.000,00 (frente aos
R$ 1.650.000,00 que tem hoje). E no mercado futuro ele ganhará R$ 0,20 por dólar (2,00 – 1,80) que
multiplicado por 2 milhões de dólares, resultará em R$ 400.000,00, que a bolsa terá creditado a ele.
Portando, o seu novo valor em caixa passa a ser R$ 2.400.000,00.
Mas, se o inverso acontecer, a perda será potencializada. Se o dólar cair para R$ 1,40, o investidor terá em
caixa, ao final da operação, apenas R$ 600.000,00 (1,40 X 1.000.000 + (1,4 - 1,8) x 2.000.000 = 600.000,00.
3.5.5. Contratos futuros de balcão sem entrega física (NDF – non deliverable forward).
Conceito
A negociação de moeda sem entrega física, usualmente identificada pela sigla NDF, iniciais de “Non
Deliverable Forward”, é um instrumento que visa a fixação a taxa de câmbio de uma moeda estrangeira
numa data futura.
O NDF não requer nem o fechamento do câmbio e nem envolve a entrega da moeda no encerramento da
operação (seja no vencimento, seja em qualquer momento antes do vencimento). Também não existem a
margem inicial e o ajuste diário que ocorrem do futuro de dólar que é negociado na BM&FBovespa.
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Assim, ao invés de entregar ou receber a moeda estrangeira por um determinado valor, o investidor receberá
(ou pagará) a diferença entre o valor da taxa de câmbio previamente acordado e o valor vigente no
vencimento.
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02 – Em relação aos princípios a serem observados pelas Sociedades Anônimas que aderir a Governança
Corporativa, está correto
I. O presidente da Empresa deve ser diferente do Presidente do Conselho de Administração.
II. Obrigatoriedade de ter somente ações do tipo ordinárias, indiferente do segmento de listagem das ações
na Bolsa de Valores.
III. Recomenda-se que a maioria dos membros do conselho de administrativo seja formado por membros
independentes.
Está correto
a) apenas I
b) I e III
c) II e III
d) I, II e III
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08 – A expressão “1 ação equivale a 1 voto” está associada a uma empresa que possui o capital dividido
em:
a) 100% ações ordinárias
b) 100% ações preferenciais
c) 50% ações ordinárias e 50% ações preferenciais
d) 51% ações ordinárias e 49% ações preferenciais
12 – Quando uma empresa lança suas ações no mercado primário, qual é o percentual mínimo legal das
ações do tipo ordinárias (ON) e Preferenciais (PN) respectivamente?
a) 1/3 ONs e 2/3 PNs
b) ½ ONs e ½ PNs
c) 1/3 PNs e 2/3 ONs
d) ¼ ONs e ¾ PNs
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14 – No dia seguinte do pagamento de dividendos de uma ação, quando ela fica “Ex-Dividendo”, espera-
se que o seu valor
a) Não se altere
b) Seja descontado do valor em dividendos
c) Seja acrescido do valor pago em dividendos
d) Sofra alterações de acordo com a procura e oferta deste papel
16 – Uma das principais diferenças entre o mercado futuro e o mercado a termo é que
a) No mercado a termo os contratos são padronizados
b) No mercado futuro exige o pagamento do prêmio
c) No mercado a termo existe ajuste diário
d) No mercado futuro os contratos são padronizados
18 – Um contrato de DI-futuro:
a) Ajuda na formação do Ibovespa à vista
b) É não padronizado
c) Pode ser liquidado antecipadamente
d) Ajuda na formação do Câmbio à vista
19 – Um cliente pessoa física procura o gerente querendo maximizar o retorno dos seus investimentos. O
Gerente indica aplicações em Letras Hipotecárias. Pode-se afirmar que tal indicação baseia-se em:
a) Nos rendimentos bem superiores a Taxa Selic
b) As LH não têm risco de crédito
c) Trazem uma proteção cambial
d) São isentas de IR
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25 – Um investidor ficou sabendo que haverá uma elevação na taxa de juros. Baseado nesta informação,
esperando obter rentabilidade significativa ele deverá aplicar em:
a) Letras Financeiras do Tesouro
b) Ações
c) Notas Promissórias com remuneração prefixada
d) Letras do Tesouro Nacional
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32 – A relação entre taxa de juros do mercado e o Preço Unitário – PU de um título público federal de
rentabilidade prefixada como LTN, por exemplo, é
a) Quanto menor a taxa de juros menor o PU
b) Depende do mercado
c) É indiferente, uma vez que o título já possui taxa prefixada
d) quanto maior a taxa de juros menor o PU
33 – Uma debênture emitida com a cláusula cross default garante ao investidor que:
a) Caso o emitente não pague a debênture, ou os juros, as outras dívidas podem ser declaradas vencidas
automaticamente
b) O pagamento dos juros da debênture não está condicionado ao vencimento de outras dívidas do emitente
c) A cobertura da debênture pelo FGC
d) Que as suas debêntures poderão ser convertidas em ações da companhia
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35 – Um cliente investiu parte do seu dinheiro em um CDB e outra parte em um fundo de investimento. A
respeito do Fundo Garantidor de Crédito – FGC, respectivamente é correto falar:
a) A primeira aplicação está coberta até o limite de R$ 250.000,00 e a segunda não esta coberta
b) Somente a segunda aplicação está coberta
c) Ambas estão cobertas até o limite de R$ 250.000,00
d) A primeira aplicação está coberta até o limite de R$ 200.000,00 e a segunda não esta coberta
36 – O percentual mínimo de patrimônio líquido que os clubes de investimento deverão investir em: ações,
bônus de subscrição, debêntures conversíveis em ações, de emissão de companhias abertas, recibos de
subscrição, cotas de fundo de índices de ações negociadas em mercado organizado e certificado de
depósitos de ações é de:
a) 50%
b) 51%
c) 67%
d) 80%
37 – Dos títulos públicos federais abaixo, qual oferece ao investidor a possibilidade de recebimento de
juros periódicos, cupons:
a) LFT
b) LTN
c) NTN – B
d) NTN –B (principal)
39 – Dos títulos abaixo, qual conta com cobertura do Fundo Garantido de Crédito:
a) LCI
b) LCA
c) CCB
d) CRI
40 – O Índice Small Cap – SMLL medirá o retorno de uma carteira composta por empresas que tiveram:
a) as menores captações na BMF&BOVESPA
b) as maiores captações na BMF&BOVESPA
c) maior Liquidez
d) menor Liquidez
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GABARITO
01 – D 11 - C 21 - C 31 - D
02 – B 12 - B 22 - D 32 - D
03 – B 13 - A 23 - A 33 - A
04 – D 14 - B 24 - C 34 - C
05 – A 15 - C 25 - A 35 - D
06 – B 16 - D 26 - D 36 - B
07 – D 17 - A 27 - D 37 - C
08 – A 18 - C 28 - C 38 - D
09 – D 19 - D 29 - D 39 - A
10 – D 20 - D 30 - A 40 - A
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MÓDULO 4: TRIBUTAÇÃO
(Proporção: de 5% a 10%)
4.1. Imposto de Renda sobre as Aplicações Financeiras de Renda Fixa para Pessoa Física,
exceto em Fundos de Investimento
Em primeiro lugar vamos ver que aspectos ligados a tributos iremos tratar:
Fator Gerador: evento (rendimento, ganho de capital, resgate, etc) que segundo a Receita Federal é
fato que gera a incidência do imposto.
Base de Cálculo: Valor sobre o qual incide a alíquota do imposto.
Alíquota: percentual (ou alíquota) que incide sobre a base de cálculo.
Agente Responsável pelo Recolhimento: quem é responsável por recolher o imposto devido à
Receita Federal.
Compensação de Perdas: como são compensadas eventuais perdas em investimentos com ganhos
anteriormente tributados.
Regime de Tributação: diz respeito à Declaração de ajuste Anual. Veja a seguir quais são os regimes
de tributação e o que significa.
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São os rendimentos produzidos nas alienações das aplicações de renda fixa, auferidos por pessoa
física, pessoa jurídica, inclusive as isentas.
Para fins de incidência do imposto de renda na fonte, a alienação compreende qualquer forma de
transmissão da propriedade, bem como a liquidação, o resgate, a cessão ou a repactuação do título ou
aplicação.
Os rendimentos periódicos produzidos por título ou aplicação, bem como qualquer remuneração
adicional aos rendimentos prefixados, serão submetidos à incidência do imposto de renda na fonte por
ocasião de seu pagamento ou crédito.
São também tributados, como de aplicações financeiras de renda fixa, os rendimentos auferidos nas
operações conjugadas que permitam a obtenção de rendimentos predeterminados, tais como as realizadas:
a) Nos mercados de opções de compra e de venda em bolsas de valores, de mercadorias e de
futuros;
b) No mercado a termo nas bolsas de que trata a alínea anterior, em operações de venda coberta e
sem ajustes diários;
c) No mercado de balcão.
Atenção: Qualquer operação com rendimento predeterminado será tratada como instrumento de renda
fixa.
4.1.2. Alíquota
A base de cálculo do imposto é constituída pela diferença positiva entre o valor da alienação, líquido do IOF,
quando couber, e o valor da aplicação financeira.
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Isenção
Pessoas físicas não pagam IR sobre os rendimentos proporcionados pelas Letras Hipotecárias (LH), pelos
Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), pelas Letras de Crédito Imobiliárias (LCI), pelas CPRs
financeiras negociadas no mercado financeiro e pelas Letras de Crédito Agronegócio (LCA).
Poupança
4.2. Imposto de Renda sobre Aplicações Financeiras de Renda Fixa para Pessoa Jurídica,
exceto em Fundos de Investimento
Recebimento de rendimento.
4.2.2. Alíquota
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O rendimento obtido com a operação, caso a mesma tenha iniciado em menos que 30 dias. No caso dos
títulos públicos, a base de cálculo tem que ser deduzida do IOF, se houver.
Poupança
As pessoas jurídicas pagam IR normal sobre aplicações de renda fixa, com a alíquota variando entre 22,5% a
15% dependendo do prazo da aplicação, sendo o imposto retido na fonte.
Fundos de ações;
Fundos de curto prazo;
Fundos de longo prazo;
Fundos de investimento imobiliário;
Fundos de investimento em participações;
Fundos de investimento em empresas emergentes;
Fundos mútuos de privatização – FGTS;
Fundos de investimento do Fundo de garantia por Tempo de Serviço;
Fundos de investimento em participações de infraestrutura.
Agora, vamos nos concentrar na tributação dos fundos de ações, fundos de curto prazo e fundos de longo
prazo. Mais tarde, abordaremos a tributação do fundo de investimento imobiliário. O fundo de investimento
do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço é isento do imposto de renda. Os demais fundos (participações;
empresas emergentes; privatização FGTS, participações em infraestrutura) são tributados como fundo de
ações.
A classificação em fundo de ações, fundo curto prazo e fundo longo prazo é independente da classificação
CVM e da classificação Anbima. Por exemplo, aquilo que a Receita Federal define como fundo curto prazo
é diferente daquilo que a CVM e a Anbima definem com curto prazo.
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Para a Receita Federal, um fundo de ações é aquele que tem pelo menos 67% da carteira aplicados em ações
a vista, negociadas em bolsa ou instituições assemelhadas, sendo equiparados às ações os recibos de
subscrição, os certificados de depósito de ações, os BDRs, ADRs e GDRs, as cotas de fundos de ações e as
cotas de fundos de índice de ações.
Importante:
Os fundos que tenham menos de 67% de ações na carteira são classificados como
fundos curto prazo ou longo prazo, dependendo do prazo médio dos títulos da carteira.
Para a Receita Federal, o fundo curto prazo tem uma carteira de títulos com prazo médio
igual ou menor que 365 dias, por outro lado, o fundo longo prazo tem uma carteira de
títulos com prazo médio superior a 365 dias.
O fato gerador é aquele que causa a incidência do imposto de renda. A incidência de imposto de renda nas
aplicações em fundos de investimento depende da classificação do fundo usando os critérios da Receita
Federal, conforme o exposto a seguir:
No momento do resgate, tanto para os fundos curto prazo como para os fundos longo prazo;
No último dia útil dos meses de maio e novembro para os fundos sem prazo de carência e fundos
com prazo de carência acima de 90 dias;
No aniversário da carência (fim do período de carência) para os fundos com prazo de carência de até
90 dias.
Fundos fechados, ou seja, aqueles em que o resgate das cotas só acontece na data de
vencimento, não estão sujeitos ao “come-cotas”, independentemente de serem ações, curto
prazo ou longo prazo.
a) Para fundos de ações, a alíquota é de 15% sobre o rendimento, sendo aplicada exclusivamente no
resgate.
b) Para fundos curto prazo e para fundos longo prazo existe o IR “come-cotas” e o IR no resgate.
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Obs.: No momento do resgate será cobrada a diferença entre a alíquota aplicada no resgate e a alíquota
aplicada no “come-cotas”, com a finalidade de ajustar o imposto de renda cobrado no “come-cotas” à
alíquota praticada no resgate.
Alíquota de IR aplicada ao resgate varia de acordo com o tipo de fundo e com o período de
permanência da aplicação no fundo, conforme resumido na tabela a seguir:
A base de cálculo do IR é o rendimento obtido com o fundo após a dedução do IOF, quando o IOF for
aplicável.
4.3.4. ‘Come-cotas’
Conforme citado anteriormente, o “come-cotas” é a tributação de fundos que acontece fora da data do
resgate das cotas. Dependendo do tipo de fundo, o “come-cotas” é semestral e ocorre no último dia útil de
maio e novembro, porém, para fundos com carência de resgate é igual ou menor que 90 dias, o “come-
cotas” acontece no aniversário da carência.
O nome “come-cotas” é devido ao fato do imposto ser pago com a diminuição do número de cotas que o
investidor possui no fundo, ou seja, é como se houvesse um resgate automático do fundo para se pagar o
imposto de renda.
O valor da cota não se altera, mas o número de cotas que o investidor possui diminui.
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O “come-cotas não incide sobre fundos de ações, uma vez que esses fundos somente
têm incidência de IR no resgate.
De acordo com a Receita Federal, os fundos de investimento fechados, ou seja, aqueles
que só admitem o resgate das cotas no seu vencimento, também não estão sujeitos ao
imposto de renda “come-cotas”.
Os fundos com carência são aqueles nos quais o regulamento prevê um prazo mínimo a ser respeitado pelos
cotistas para a realização de resgates.
Fato Gerador:
Fundos com carência de até 90 dias: na data em que se completar a carência, ou no resgate, se
ocorrido em outra data;
Fundos com carência acima de 90 dias: No último dia útil dos meses de maio de maio e novembro.
Os ganhos nos fundos de investimento são compensados com as perdas realizadas anteriormente no
mesmo fundo.
O administrador dos fundos não é obrigado a oferecer essa compensação, porém sua capacidade de
oferecê-la ao cliente é uma vantagem competitiva. A perda de um fundo somente pode ser utilizada para
compensar lucros futuros após a ocorrência do resgate do fundo com prejuízo.
Caso o investidor resgate totalmente suas cotas do fundo de investimento, realizando um prejuízo e
não tendo aplicações em outro fundo do mesmo administrador com a mesma classificação para compensar
a perda realizada, esse prejuízo fica guardado no fundo até 31/12 do ano subsequente ao resgate. Caso o
investidor volte a aplicar nesse fundo ou em outro fundo compatível do mesmo administrador até 31/12 do
ano subsequente, poderá compensar essas perdas de ganhos futuros.
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4.4. Imposto de Renda sobre Aplicações Financeiras de Renda Variável (Ações à Vista, Day
Trade, Swap)
Uma característica importante da tributação de imposto de renda das operações de renda variável, com
exceção dos swaps, está na maneira em que o imposto é apurado. O investidor paga uma parcela do IR na
fonte e o restante após a apuração de todos os rendimentos de renda variável do mês, sendo que esta
última parte deve ser paga pelo próprio investidor até o fim do mês subsequente ao da apuração do
rendimento positivo. Esta forma de tributação (na fonte e, também, no fim do mês) aplica-se a todas as
operações de renda variável (exceto swap), inclusive no day trade, só que neste caso com alíquotas
diferentes (veremos a frente).
Ações a vista
a) O fato gerador do imposto de renda no mercado a vista é a obtenção de resultado positivo na venda do
ativo, ou seja, a obtenção de ganhos de capital. O momento no qual fica caracterizado o ganho de capital é
o momento da transmissão do ativo.
b) Além disso, 0,005% sobre o valor da venda devem ser retidos na fonte. Portanto, para o caso específico
dessa alíquota na fonte, o fato gerador é a venda do ativo no mercado a vista, independentemente se houve
lucro ou não.
Day trade
O fato gerador do imposto de renda é a obtenção de resultado positivo na venda de ativos comprados no
mesmo dia (preço de venda menos preço de compra).
Swap
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4.4.2. Alíquota
Ações a vista
15% da base de cálculo apurada no mês e 0,005% na fonte sobre o valor de venda. Vendas abaixo de R$
20.000 por mês são isentas.
Day trade
Swap
Ações a vista
a) A base de cálculo é o ganho realizado durante o mês nas operações de venda do ativo (preço de venda
menos preço médio de compra), podendo-se compensar as despesas efetuadas na realização das operações
(corretagens, por exemplo) e as perdas sofridas no passado com operações de renda variável (compensação
de perdas).
Day trade
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a) Mensal: a base de cálculo é o ganho auferido durante o mês nas operações de day trade, podendo-se
deduzir as perdas acumuladas de day trade e as despesas efetuadas na realização das operações (perdas de
day trade só podem ser compensadas com ganhos em day trade).
b) Na fonte: a base de cálculo do imposto de 1% retido na fonte é o ganho de cada operação de day trade.
Porém, para aquelas operações de day trade que forem realizadas por intermédio da mesma corretora, a
alíquota de 1% poderá ser aplicada sobre os ganhos líquidos do dia.
Swap
A base de cálculo é a liquidação financeira do swap, ou seja, o valor pago por uma parte à sua contraparte.
Ações a vista
Perdas passadas em operações de ações podem ser utilizadas para abater os ganhos atuais de operações em
ações. Não há limite de prazo para compensar uma perda anterior.
Day trade
As perdas com operações de day trade podem ser compensadas com ganhos atuais das operações de day
trade. Não há limite de prazo para compensar uma perda anterior.
Perdas em ações não podem ser usadas para compensar ganhos com day trade e perdas
com day trade não podem ser usadas para compensar ganhos com ações. A tributação
de ações e a tributação de day trade não se misturam.
Swap
Pessoas físicas não têm como compensar perdas em operações de swap, mas pessoas jurídicas podem levar
o prejuízo do swap a balanço, caso tenham outras receitas em swaps. Ou seja, pessoas jurídicas podem
compensar perdas de swaps com resultados positivos de swaps no ajuste anual de IR. Importante notar que
este benefício de levar o prejuízo do swap a balanço só ocorre quando a pessoa jurídica tiver receitas em
operações de swap.
Ações a vista
Day trade
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Swap
A fonte pagadora, no momento da liquidação ou da cessão do swap, deve reter o IR na fonte e pagar ao
ganhador apenas o valor líquido do imposto.
Isenções
Estão isentas do imposto de renda as pessoas físicas que auferirem ganhos líquidos no mercado a vista de
ações, cujo valor de todas as alienações no mês seja igual ou inferior a R$ 20.000,00. Além disso, é
dispensado o recolhimento do imposto de renda na fonte, caso o valor devido no mês para todas as
operações de renda variável seja igual ou inferior a R$ 1,00.
A tributação do fundo de investimento imobiliário é um caso especial, além da tributação que afeta o
cotista (na distribuição dos lucros, na venda de cotas e no vencimento do fundo), as aplicações financeiras
da carteira do fundo são tributadas, diferentemente de todos os outros fundos que apenas o cotista é
tributado.
Por exemplo, as aplicações do caixa do fundo em renda fixa são tributadas na fonte, porém o imposto pago
pelo FII pode ser deduzido do imposto, a ser retido na fonte, quando o fundo distribui seu resultado para os
cotistas.
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Isenções
As pessoas físicas são isentas do imposto de renda sobre os rendimentos distribuídos pelos fundos de
investimento imobiliário, nas seguintes condições:
Na distribuição de lucros: é o valor que está sendo distribuído, deduzido dos impostos retidos na
fonte das operações de renda fixa ou renda variável pela carteira do fundo, a fim de se evitar bitributação.
O fundo de investimento imobiliário é o único que tem operações (de renda fixa ou renda variável de sua
carteira) tributadas. Portanto, esse imposto pago pelo fundo pode ser deduzido do lucro distribuído;
Na venda de cotas: é o valor do ganho de capital auferido (preço de venda – preço médio de compra);
No vencimento do fundo: é o valor que o fundo obteve da liquidação de seus ativos – o investimento
inicial feito pelos cotistas.
Incidência do IOF
O IOF incide:
Nas aplicações financeiras de renda fixa ou aplicações em fundo curto prazo e em fundos longo
prazo (pela definição da receita federal), quando o resgate se realiza num prazo menor que 30 dias, de
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maneira a estimular operações com prazo igual ou maior que 30 dias. As operações com ações, as operações
de day trade e as aplicações em fundos de ações não são sujeitas a esse IOF.
No resgate dos fundos com carência para se evitar que o rendimento perdido pelo cotista que sacou
durante o período de carência seja distribuído aos outros cotistas do fundo. A receita federal captura esse
rendimento por meio do IOF.
O IOF não pode ser maior que o rendimento da operação para não comprometer o capital investido.
Nas aplicações de renda fixa em fundos curto prazo ou longo prazo (fundos com menos de 67% em ações),
cujo período de aplicação seja menor que 30 dias, há incidência de IOF, recolhido na fonte, na alíquota de
1% ao dia, sendo o IOF limitado ao percentual do rendimento, conforme tabela a seguir:
Resgates de fundos durante o período de carência são tributados pelo IOF, recolhido na fonte, na alíquota
de 0,5% ao dia, calculado sobre o valor de resgate, limitado ao valor do rendimento do período. Esse IOF
somente é cobrado se o resgate for efetuado durante o período de carência. A alíquota de 0,5% ao dia é tão
alta que leva todo o rendimento da operação, portanto, nenhum rendimento fica dentro do fundo para ser
dividido entre os demais cotistas.
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O responsável pelo recolhimento do IOF é a instituição financeira que está intermediando a operação de
renda fixa, ou o administrador do fundo, ou o distribuidor do fundo, no caso do fundo ser distribuído por
conta e ordem.
IOF Virtual
O IOF virtual é um mecanismo para reduzir o imposto de renda retido na forma “come-cotas”. Este
mecanismo só é válido para aquelas aplicações com menos de 30 dias da data do “come-cotas”. O IOF é
calculado, mas não é retido, serve apenas para diminuir a base de cálculo desse imposto de renda.
Suponha que no dia 20 de novembro o cliente tenha aplicado R$ 100.000,00 num fundo longo prazo sem
carência. No dia 30 de novembro, incidirá IR “come-cotas”, apesar de ter transcorrido apenas 10 dias de
aplicação. Neste caso, apesar de não haver resgate, o IOF é calculado para diminuir a base de cálculo do IR,
mas não será recolhido, por isso é chamado IOF virtual.
Suponhamos que o valor da aplicação no fundo esteja valorizado em R$ 100.200,00, mostrando um ganho
bruto de R$ 200,00. Como o fundo é longo prazo a alíquota de IR “come-cotas” é de 15% e como a aplicação
tem menos que 30 dias devemos considerar o IOF virtual.
O IOF é o menor valor entre 10% de 100.000,00 (10 dias x 1% ao dia) e 66% de R$ 200,00 (tabela regressiva),
ou seja, o IOF é de R$ 132,00. O ganho líquido de IOF é de R$ 68,00 (R$ 200,00 – R$ 132,00).
O IR “come-cotas” é de 15% de R$ 68,00, isto é, R$ 10,20, que será transformado em quantidade de cotas e
deduzido da aplicação do cliente. Após a dedução do IR “come-cotas” o valor da aplicação do cliente fica R$
100.189,80 (R$ 100.200,00 – R$ 10,20). O IOF foi calculado, usado para diminuir a base de cálculo do IR, mas
não foi retido. Se não houvesse o IOF virtual, o IR seria de R$ 30,00 (15% de R$ 200,00).
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MÓDULO 4 – TRIBUTAÇÃO
EXERCÍCIOS
01 – De acordo com a tabela abaixo de compra e venda de ações realizadas por um investidor pessoa física
temos:
02 – Um fundo de investimento possui a composição de sua carteira dividida com 30% ações da PETR4,
30% ações da VALE5, 10% em ações da CPFE3 e 30% aplicados em títulos públicos federais. Sobre a
incidência de IOF para este fundo para os seus cotistas
a) Estarão isentos da cobrança de IOF para resgates superiores a 30 dias
b) Estarão isentos da cobrança de IOF independentemente da data do resgate
c) Deverão recolher IOF conforme tabela de alíquota regressiva
d) Deverão recolher IOF conforme tabela de alíquota progressiva
03 – O material de divulgação de distribuição de cotas do fundo fechado deve conter pelo menos as
seguintes informações:
I. data do início e encerramento da distribuição
II. nome e endereço do administrador e gestor, se houver
III. política de investimento, público alvo e principais características do fundo
a) Somente I
b) I e II
c) II e III
d) I, II e III
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8 – Sobre o imposto de renda de ativos de Renda Fixa, a base de cálculo incide sobre:
a) O rendimento nominal somente
b) O rendimento nominal, descontado a TBF
c) O rendimento nominal, descontado o IPCA
d) O rendimento nominal, descontado o IOF, se houver
9 – Uma aplicação em um CDB obteve um ganho nominal de 3,00%. Considerando que a inflação do
período foi de 2,8% e que a alíquota de Imposto de Renda foi de 20%. Nestas condições concluímos que:
a) O ganho real desta aplicação foi de 0,2%
b) A rentabilidade líquida foi de 0,2%
c) A rentabilidade real líquida foi negativa
d) o ganho real foi superior ao ganho nominal
10 – Um investidor aplica em um Fundo de Curto Prazo e vai resgatar após 380 dias. Qual é a alíquota de
IR?
a) 15%
b) 17,5%
c) 20%
d) 22,5%
11 – Quando o investidor opera no mercado de renda variável com operações do tipo day-trade e obtém
lucro o imposto de renda sobre esta aplicação é de:
a) é isento para pessoa física para alienações de até R$ 20.000,00
b) Deve ser recolhida pelo próprio investidor através de DARF a alíquota única de 20% cobrados sobre os
rendimentos, sem imposto retido na fonte
c) Deve ser recolhida pelo próprio investidor através de DARF a alíquota única de 20% cobrados sobre os
rendimentos, ficando 1% dos rendimentos retidos na fonte
d) Deve ser recolhida pelo próprio investidor através de DARF a alíquota única de 15% cobrados sobre os
rendimentos, sem imposto retido na fonte
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13 – Sobre a cobrança de imposto de renda para investimento em letras hipotecárias realizado por Pessoa
Jurídica
a) São isentos da cobrança de Imposto de Renda
b) Somente Pessoa Física possui isenção da cobrança de Imposto de Renda
c) Deve ser cobrada a alíquota única de 20%
d) É responsabilidade do próprio investidor o recolhimento e pagamento do imposto, quando devido.
14 – A composição mínima que o fundo deve ter para ser tributado como fundo de ações deve ser de:
a) 35% em títulos públicos como LFT e LTN, etc
b) 45% em títulos públicos e privados renda fixa como LFT, CDB, Debêntiures etc
c) 67% em ações, bônus de subscrição, BDR’s e ADR’s etc
d) 89% somente em ações
16 – O Imposto de Renda em alienação de investimentos realizados em ações, exceto day trade, quando
devido, deve ser recolhido pelo investidor e retido na fonte as alíquotas, respectivamente:
a) 15% e 1%
b) 20% e 1%
c) 20% e 0,005%
d) 15% e 0,005%
17 – A instituição X fez um swap com ponta ativa em dólar e passiva em Selic com a instituição Y com prazo
de 360 dias. O dólar subiu. Como deverá ser feito o ajuste e a tributação?
a) A favor de X com imposto de 20%
b) A favor de X com imposto de 22,5%
c) A favor de Y com imposto de 20%
d) a favor de Y com imposto de 22,5%
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19 – Os retornos oriundos por pessoa física no resgate de cotas de fundos imobiliários, cujas cotas são
negociadas em bolsa de valores, terão alíquotas de:
a) 0%
b) 15%
c) 20%
d) 22,5%
20 – Investidor pessoa física, está isento da cobrança de Imposto de Renda nas aplicações abaixo, com
exceção de:
a) CCB
b) CCI
c) LCA
d) LCI
GABARITO
01 – C 11 - C
02 – B 12 - A
03 – D 13 - B
04 – C 14 - C
05 – B 15 - A
06 – B 16 - D
07 – D 17 - A
08 – D 18 - D
09 – C 19 - C
10 – C 20 - A
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Seus integrantes são nomeados diretamente pela função que exercem, ou seja, o presidente do CMN sempre
será o Ministro de Estado da Fazenda. Se este é destituído de sua função, automaticamente deixa de ser o
presidente do CMN.
Em função de sua função como órgão supremo do sistema financeiro, o art. 3º da Lei 4595/64, elenca como
atribuições do CMN:
Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacional e de seu
processo de desenvolvimento;
Regular o valor interno da moeda, prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionários ou deflacionários
de origem interna ou externa;
Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos do País;
Orientar a aplicação de recursos das instituições financeiras públicas ou privadas, de forma a garantir
condições favoráveis ao desenvolvimento equilibrado da economia nacional;
Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, de forma a tornar mais
eficiente o sistema de pagamento e mobilização de recursos;
Zelar pela liquidez e pela solvência das instituições financeiras;
Coordenar as políticas monetárias, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública interna e
externa.
A partir dessas funções básicas, de acordo com o art. 4º da Lei 4595/64, o CMN fica responsável por todo
um conjunto de atribuições específicas, entre elas:
Autorizar as emissões de papel-moeda;
Aprovar os orçamentos monetários preparados pelo Banco Central;
Disciplinar o crédito em suas modalidades e as formas das operações creditícias;
Estabelecer limites para remuneração das operações e serviços bancários ou financeiros;
Determinar as taxas do recolhimento compulsório das instituições financeiras;
Outorgar ao BC o monopólio das operações de câmbio quando o balanço de pagamento o exigir;
Estabelecer normas a serem seguidas pelo Banco Central nas transações com títulos públicos;
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Obs. 1: Tente gravar as palavras chaves como: Adaptar, Regular, Zelar, Coordenar, Autorizar, Disciplinar,
Estabelecer, Determinar, Fixar diretrizes. Lembre-se que o CMN é um órgão NORMATIVO assim não executa
tarefas.
Obs. 2: Cuidado com o verbo AUTORIZAR e REGULAMENTAR que também pode ser utilizado para funções
do Banco Central do Brasil.
O CMN reúne-se ordinariamente uma vez por mês e, extraordinariamente, sempre que for convocado pelo
seu Presidente. É permitido, ao Presidente do Conselho, convidar Ministros de Estado e representantes de
entidades públicas ou privadas para participar das reuniões. Contudo, esses convidados não têm direito a
voto.
Emitir papel-moeda e moedas metálicas nas condições e limites autorizados pelo CMN;
Executar os serviços do meio circulante;
Receber os recolhimentos compulsórios dos bancos comerciais e os depósitos voluntários das
instituições financeiras e bancárias que operam no país;
Autorizar o funcionamento, estabelecendo a dinâmica operacional, de todas as instituições
financeiras;
Exercer a fiscalização das instituições financeiras, punindo-as quando necessário;
Estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas instituições financeiras
privadas;
Vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de capitais;
Controlar o fluxo de capitais estrangeiros, garantindo o correto funcionamento do mercado cambial,
operando, inclusive, via ouro, moeda ou operações de crédito exterior;
Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis;
Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de títulos públicos
federais;
Exercer o controle do crédito sob todas as suas formas.
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Obs.: Tente memorizar as palavras chaves como: Formular, Regular, Administrar, Emitir, Receber,
Autorizar, Exercer, Estabelecer, Vigiar, Controlar, Efetuar. Lembre-se que o BACEN é quem faz cumprir
todas as determinações do CMN.
Em função das suas atribuições, citadas na Lei 4.595/64, o BACEN pode ser considerado como:
Banco dos Bancos - Depósitos compulsórios;
- Redescontos de liquidez
Pelos poderes e atribuições conferidos ao BACEN, conclui-se que é por meio dele que o Estado intervém
diretamente no sistema financeiro e, indiretamente, na economia. Em países como Alemanha, Japão e
Estados Unidos, o Banco Central é independente, ou seja, seus diretores são designados pelo Poder
Legislativo, e eleitos com mandatos diferentes do principal chefe do Poder Executivo - em média de oito a
14 anos. Seus presidentes não se subordinam ao governo e seus países, e sim, ao congresso, a quem deve,
periodicamente, prestar contas de seus atos.
5.1.3 – Comissão de Valores Mobiliários – CVM
É o órgão normativo do sistema financeiro, especificamente voltado para o desenvolvimento, a disciplina e
a fiscalização do mercado de valores mobiliários não emitidos pelo sistema financeiro e pelo Tesouro
Nacional, basicamente o mercado de ações e debêntures. Foi criada pela Lei 6.385, de 07 de dezembro de
1976.
Como valores mobiliários, e, portanto, sujeitos a fiscalização da CVM, são citados no art. 2º dessa lei, entre
outros, os seguintes: ações, partes beneficiárias, debêntures, bônus de subscrição, certificados de depósito
de valores mobiliários, nota promissória comercial, índices representativos de ações, opções de compra e
venda de valores mobiliários, direitos de subscrição, recibos de subscrição, cotas de fundos imobiliários e
certificados de investimento audiovisual.
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A CVM é uma entidade auxiliar, autárquica, autônoma e descentralizada, e vinculada ao Governo através do
Ministério da Fazenda.
De acordo com o art. 6º daquela lei, a CVM é dirigida por um presidente e quatro diretores, todos nomeados
pelo Presidente da República (e referendados pelo Senado) com mandato de cinco anos, sem possibilidade
de recondução. A cada ano, um quinto do colegiado deverá ser renovado.
De acordo com o art. 8º da lei 6.385/76, são atribuições da CVM:
“I - regulamentar, com observância da política definida pelo Conselho Monetário Nacional, as matérias
expressamente previstas nesta Lei e na lei de sociedades por ações;
II - administrar os registros instituídos por esta Lei;
III - fiscalizar permanentemente as atividades e os serviços do mercado de valores mobiliários, de que trata
o Art. 1º, bem como a veiculação de informações relativas ao mercado, às pessoas que dele participem, e
aos valores nele negociados;
IV - propor ao Conselho Monetário Nacional a eventual fixação de limites máximos de preço, comissões,
emolumentos e quaisquer outras vantagens cobradas pelos intermediários do mercado;
V - fiscalizar e inspecionar as companhias abertas dada prioridade às que não apresentem lucro em balanço
ou às que deixem de pagar o dividendo mínimo obrigatório.”
Em linhas gerais, os objetivos fundamentais da CVM são:
Estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários;
Assegurar o funcionamento eficiente e regular das bolsas de valores e instituições auxiliares que
operem neste mercado;
Proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e outros tipos de atos ilegais
que manipulem preços de valores mobiliários nos mercados primários e secundários de ações;
Disciplinar o registro de empresas constituídas sob a forma de sociedades anônimas de capital
aberto;
Fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação de títulos emitidos pelas sociedades
anônimas de capital aberto;
Evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais de
demanda, oferta ou preço de valores mobiliários negociados no mercado;
Assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários negociados e às companhias
que os tenham emitido;
Assegurar a observância de práticas comerciais eqüitativas (com justiça, ética e tratamento
igualitário) no mercado de valores mobiliários;
Promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e estimular as
aplicações permanentes em ações do capital social das companhias abertas.
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Dica:
Palavras Chaves:
CVM: Valores Mobiliários, Fundos de Investimento, Ações, Mercado de Capitais, Bolsa de Valores,
Derivativos.
BACEN: Executar, Fiscalizar, Punir, Administrar, Emitir (apenas papel moeda), Realizar, Receber.
CMN: Fixar Diretrizes, Zelar, Regulamentar, Determinar, Autorizar (emissão de papel moeda), Disciplinar,
Estabelecer, Limitar.
5.1.4 – ANBIMA
A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) representa as
instituições do mercado de capitais brasileiro. A entidade possui mais de 340 associados, entre bancos
comerciais, bancos múltiplos e bancos de investimento, empresas de gestão de ativos, corretoras,
distribuidoras de valores mobiliários e gestores de patrimônio.
Além da atividade de representação, a ANBIMA atua como entidade autorreguladora voluntária, através de
10 Códigos de Regulação e Melhores Práticas. As instituições que aderem aos códigos, conforme seu
segmento de atuação, ficam sujeitas à supervisão de mercados da associação.
A ANBIMA é também a principal entidade certificadora dos profissionais dos mercados financeiro e de
capitais do Brasil. São oferecidos quatro exames: CPA-10, CPA-20, CEA e CGA.
Foi criada em outubro de 2009 como resultado da união entre a ANBID – Associação Nacional dos Bancos de
Investimento - e a ANDIMA – Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro, que já atuavam
há cerca de 40 anos antes da fusão.
Órgãos de Autorregulação: atribuições. Condução dos processos de autorregulação das Instituições e dos
mercados.
Conjunto de normas e procedimentos de supervisão, criado por entidades privadas para fazer cumprir
práticas equitativas de mercado e manter padrões éticos nas operações.
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É complemento ou, em alguns casos, substituição do agente regulador por uma iniciativa dos próprios
participantes do mercado.
É privada e voluntária – visa estabelecer padrões de conduta e sanções àqueles que a ela aderirem
por ato de vontade;
É desenvolvida através de Códigos que regulam as principais atividades das Instituições Associadas
(exemplos de atividades: Administração e gestão de fundos, custódia, controladoria, underwriting, private
banking, etc.);
As regras e o desenvolvimento dos códigos são escritos pelas Subcomissões Técnicas, com
assessoramento das Comissões de Representação e a área de Representação e aprovadas na Diretoria e
submetidas à Assembléia geral;
As Instituições Associadas são obrigadas a aderir e as instituições não associadas podem aderir
voluntariamente aos Códigos.
Abrange as melhores práticas a serem adotadas pelo mercado (coordenadores de ofertas) ao estruturar
Ofertas Públicas de Valores Mobiliários, sejam elas ofertas primárias e secundárias de valores mobiliários ou
ofertas públicas de aquisição de ações de companhias abertas. Os principais documentos a serem analisados
são os prospectos da oferta; anúncios legais e publicidade; e carta de conforto (auditoria independente).
Fundos de Investimento
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Define as atividades que caracterizam a prestação do serviço de private banking no mercado brasileiro e
estabelece requisitos mínimos a serem respeitados pelas instituições participantes que atuam neste
segmento.
Estabelece os princípios e normas que devem ser adotados nas emissões de ofertas de títulos e valores
mobiliários no ambiente do Novo Mercado de Renda Fixa. O objetivo deste código é de assegurar ao
mercado de renda fixa privada menores custos de transação, mais transparência e liquidez e,
consequentemente, a emissão de ativos com prazos mais longos.
Mercado Aberto
Contém os princípios e as regras que devem ser observados pelas instituições associadas e aderentes no
exercício de suas atividades de estruturação e negociação de ativos e instrumentos financeiros nos mercados
de renda fixa e derivativos de balcão. O objetivo é estabelecer parâmetros pelos quais as atividades das
Instituições Participantes, relacionadas à negociação de produtos financeiros, devem se orientar, com a
finalidade de: propiciar a transparência no desempenho de tais atividades; promover a padronização de
práticas e processos; promover credibilidade e adequado funcionamento; e manter os mais elevados
padrões éticos e consagrar a institucionalização de práticas equitativas.
Contém os princípios e as regras que devem ser observadas pelas instituições associadas e aderentes no
exercício da atividade de negociação de títulos e valores mobiliários de renda fixa, bem como da realização
de operações estruturadas e com base em derivativos.
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Atuam também no fortalecimento do capital social das empresas, quer na abertura de capital de sociedades
anônimas, quer na subscrição de novas ações, ou ainda, na emissão de debêntures. Esses títulos podem ser
colocados tanto no mercado interno quanto no exterior.
Um outro ramo de atuação permitido para essas empresas é a administração de fundos de investimentos.
Os BI não podem manter contas correntes (nos moldes tradicionais) em nome de seus clientes. De acordo
com a resolução CMN 2.624/99, os bancos de investimento podem manter contas, sem juros e não-
movimentáveis por cheques, nas seguintes condições: a) movimentação de recursos para investimentos em
ativos financeiros disponíveis nos mercados financeiros e de capitais; b) contas vinculadas às concessões de
credito efetuadas pelos BI ou relacionadas com a prestação de serviços.
Essa mesma resolução atribui aos BI a prerrogativa da aquisição de metais preciosos (no mercado físico), de
títulos e valores mobiliários (no mercado financeiro ou de capitais) e a possibilidade de operação em bolsas
de mercadorias e de futuros e nos mercados de balcão organizado, por conta própria ou atendendo
interesses de terceiros.
Os BI captam recursos pela emissão de CDB e RDB, através de captação e repasses de recursos de origem
interna (principalmente o BNDES) ou externa, ou ainda, pela venda de cotas de fundos de investimento por
eles administrados.
Fortuna (2011, p.34), apresenta o seguinte resumo das operações ativas (empréstimos ou financiamentos)
que podem ser praticadas pelos BI:
empréstimo a prazo mínimo de um ano para financiamento de capital fixo (investimentos);
empréstimo a prazo mínimo de um ano para financiamento de capital de giro;
aquisição de ações, obrigações ou quaisquer outros títulos e valores mobiliários para investimento
ou revenda no mercado de capitais (operações de underwritíng);
repasses de empréstimos obtidos no exterior;
repasses de recursos obtidos no País;
prestação de garantia de empréstimos no País ou provenientes do exterior.
Os bancos de investimento são constituídos sob a forma de sociedade anônima. Em sua denominação social
devem conter a expressão “banco de investimento” e não podem destinar recursos a empreendimentos
imobiliários.
Obs.: Com o crescimento do Mercado de Capitais, cada vez mais se torna importante a presença dos bancos
de investimento.
5.3.1 – Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários: principais funções
São instituições que atuam no mercado acionário, comprando, vendendo e/ou distribuindo títulos e valores
mobiliários (inclusive ouro), por conta própria ou de terceiros, operando nos recintos das bolsas de valores.
Elas fazem a intermediação dos seus clientes com as bolsas de valores e de mercadorias, uma vez que esses
clientes não podem negociar diretamente nas bolsas de valores.
Sua constituição depende de autorização do BACEN e o exercício de sua atividade depende de autorização
da CVM.
Além de atribuições acima, as corretoras efetuam lançamentos públicos de ações, administram carteiras,
custodiam valores mobiliários, instituem, organizam e administram fundos de investimento, operam no
mercado aberto (open-market), intermediar operações de câmbio, ou ainda, efetuar operações
compromissadas.
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Seus ganhos, quando prestam serviços para terceiros, vêm através das comissões pela corretagem.
Podem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada.
Obs.: Graças aos limites operacionais estabelecidos pelas corretoras e regulamentados pela CVM, os riscos
de falta de solvência e de liquidez são minimizados, pois se não existissem esses limites poderiam “quebrar”
o sistema mobiliário, haja vista que a liquidação financeira no mercado acionário se dá sempre em D + 3.
Obs.: Como dito no início deste item, não existe mais diferença na área de atuação entre as CTVM e as DTVM
desde a decisão conjunta do BACEN e CVM nº 17, de 02.03.2009:
“As sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários ficam autorizadas a operar diretamente nos
ambientes e sistema de negociação dos mercados organizados de bolsa de valores.”
I – instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Centraldo Brasil;
II – companhias seguradoras e sociedades de capitalização;
III – entidades abertas e fechadas de previdência complementar;
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I – investidores profissionais;
Investidores Não-Residentes
É a pessoa física ou jurídica, os fundos e outras entidades de investimentos individuais ou coletivas, com
residência, sede ou domicílio no exterior, que investem os seus recursos no país.
As entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão) são organizadas sob a forma de
fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos e são acessíveis, exclusivamente, aos empregados de uma
empresa ou grupo de empresas ou aos servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, entes denominados patrocinadores ou aos associados ou membros de pessoas jurídicas de
caráter profissional, classista ou setorial, denominadas instituidores.
A EFPC deve definir a política de investimento para a aplicação dos recursos de cada plano por ela
administrado.
A política de investimento de cada plano deve ser elaborada pela Diretoria Executiva e aprovada pelo
Conselho Deliberativo da EFPC antes do início do exercício a que se referir.
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As informações contidas na política de investimento de cada plano devem ser encaminhadas à SPC no prazo
de 30 (trinta) dias contados da data da respectiva aprovação pelo Conselho Deliberativo.
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I - rentabilidade do investimento superior a valorização de, no mínimo, cem por cento do índice de
referência;
V - conformidade com as demais regras aplicáveis a investidores que não sejam considerados qualificados,
nos termos da regulamentação da CVM.
5.5.5. Controle e avaliação de riscos e sua fiscalização (Capítulo III, arts.9 a 13)
Na aplicação dos recursos, a EFPC deve identificar, avaliar, controlar e monitorar os riscos, incluídos os riscos
de crédito, de mercado, de liquidez, operacional, legal e sistêmico, e a segregação das funções de gestão,
administração e custódia.
A EFPC deve avaliar a capacidade técnica e potenciais conflitos de interesse dos seus prestadores de serviços.
A EFPC deve adotar regras, procedimentos e controles internos, observados o porte, a complexidade, a
modalidade e a forma de gestão de cada plano por ela administrado, que possibilitem que limites, requisitos,
condições e demais disposições estabelecidos nesta Resolução sejam permanentemente observados.
A EFPC deve gerenciar os ativos de cada plano de forma a garantir o permanente equilíbrio econômico-
financeiro entre estes ativos e o passivo atuarial e demais obrigações do plano.
A EFPC deve acompanhar e gerenciar o risco e o retorno esperado dos investimentos diretos e indiretos com
o uso de modelo que limite a probabilidade de perdas máximas toleradas para os investimentos.
Parágrafo único. Até a implementação de modelo próprio de monitoramento do risco mencionado no caput,
a EFPC deve calcular a divergência não planejada entre o resultado dos investimentos e o valor projetado
para estes investimentos.
5.5.6. Das vedações (Capítulo XI, art.53)
É vedado à EFPC:
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I - realizar operações entre planos por ela administrados, exceto nos casos de transferência de recursos,
desde que observadas as condições estabelecidas pelo CGPC ou pela SPC;
II - atuar como instituição financeira, salvo nos casos expressamente previstos nesta Resolução;
VI - aplicar recursos em títulos ou valores mobiliários de companhias sem registro na CVM, ressalvados os
casos expressamente previstos nesta Resolução;
VII - aplicar recursos em companhias que não estejam admitidas à negociação nos segmentos Novo Mercado,
Nível 2 ou Bovespa Mais da BM&FBovespa, salvo se estas tiverem realizado sua primeira distribuição pública
em data anterior a 29 de maio de 2001;
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EXERCÍCIOS
02 – Quais das instituições abaixo estão autorizadas pelo Banco Central a captarem recursos através de
depósito à vista
a) Banco Comercial
b) Banco de Investimento
c) ANBIMA
d) Corretora de Títulos e Valores Mobiliários
06 - Quais da instituições abaixo “necessitam” autorização da ANBIMA para exercer suas atividades
a) Apenas Instituições Financeiras
b) Corretoras e Distribuidoras de Valores Mobiliários
c) Instituições que seguem as regras do código de autorregulação da ANBIMA
d) Fundos de Investimentos
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07 – Uma pessoa investe no mercado de futuro índice Ibovespa através da BMF&BOVESPA. De quem é o
risco de contraparte?
a) Corretora de Títulos e Valores Mobiliários
b) BMF&BOVESPA
c) Fundo Garantidor de Crédito
d) Investidor
09 – No caso de uma Corretora de Títulos e Valores Mobiliários – CTVM, que opera por conta e ordem em
aplicações em determinado fundo, este procedimento é:
a) Legal, desde que a mesma identifique o cliente perante o gestor do fundo
b) Legal, desde que a mesma identifique o cliente perante o administrador do fundo
c) Legal, desde que a mesma identifique o cliente perante o auditor independente
d) Ilegal
10 – “Contém os princípios e as regras que devem ser observados pelas instituições associadas e aderentes
no exercício de suas atividades de estruturação e negociação de ativos e instrumentos financeiros nos
mercados de renda fixa e derivativos de balcão”. Trata-se do código de autorregulação da ANBIMA,
denominado:
a) Melhores Práticas para o Mercado aberto
b) Private Banking ao Mercado Doméstico
c) Melhores Práticas para Gestão de Patrimônio Financeiro no Mercado Doméstico
d) Serviços Qualificados ao Mercado de Capitais
GABARITO
01 – A
02 – A
03 – C
04 – D
05 – A
06 – C
07 – B
08 – D
09 – B
10 – A
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As instituições financeiras, independentemente do seu porte, devem possuir uma atividade interna
responsável por controlar todas as atividades desenvolvidas no dia-a-dia, bem como avaliar os sistemas
de informações que dão suporte a estas atividades do ponto de vista financeiro, operacional e gerencial,
garantindo assim que as normas legais e regulamentares sejam rigorosamente cumpridas. A esta atividade
convencionou-se chamar controles internos ou compliance.
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A prática mais utilizada pelo mercado para evitar situações de conflitos de interesses importantes é a
separação total das atividades conflitantes em diretorias-executivas diferentes, podendo chegar até a
criação de empresas totalmente apartadas.
Para gerir os recursos próprios na instituição financeira e os recursos pertencentes aos patrimônios dos
fundos de investimentos (recursos de terceiros), os profissionais de mercado executam as mesmas
atividades, ou seja, negociam títulos, valores mobiliários, derivativos etc. Ora, este tipo de atividade, sendo
desempenhada pela mesma equipe, para essas duas entidades diferentes (instituição financeira x fundo),
submete o profissional a uma situação de conflito de interesse, porque esse deverá decidir em qual entidade
registrará os lucros e prejuízos obtidos nas operações realizadas, podendo beneficiar uma em detrimento
da outra. Para evitar esse conflito de interesses é necessário haver a segregação de funções.
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6.3.1. Legislação e regulamentação correlata (Lei 9.613/98 e Circular Bacen 3461/09, Lei
12.683/12 e suas alterações):
O Crime
A tipificação de crimes de lavagem de dinheiro foi apresentada no art. 1 da Lei 12.683/12. Considera-se crime
de “Lavagem” de dinheiro:
Com a lei 12.683/12, não existe mais os crimes antecedentes, abordados na lei 9.613/98, agora qualquer
infração penal, inclusive contravenção, pode configurar o crime de lavagem de dinheiro.
Também estão sujeitos a mesma pena (multa + reclusão de 3 a 10 anos) aqueles que ocultarem ou
dissimularem a utilização de bens, direitos ou valores provenientes de infração pela:
Penalidades
I – utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos ou valores que sabe serem provenientes de
qualquer dos crimes antecedentes;
II – Participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que sua atividade principal ou
secundária é dirigida à prática de crimes previstos na Lei.
A pena será reduzida de um a dois terços e começará a ser cumprida em regime aberto, podendo o juiz
deixar de aplicá-la ou substituí-la por pena restritiva de direitos, se o autor, co-autor ou partícipe colaborar
espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam à apuração das infrações
penais e de sua autoria ou à localização dos bens, direitos ou valores objetos do crime.
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A pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes definidos na lei forem cometidos de forma
reiterada ou por intermédio de organização criminosa.
Os mecanismos mais utilizados no processo de lavagem de dinheiro envolvem teoricamente essas três
etapas independentes que, com frequência, ocorrem simultaneamente:
Depósitos;
Compra de instrumentos negociáveis;
Compra de bens.
Para dificultar a identificação da procedência do dinheiro, os criminosos aplicam técnicas sofisticadas e cada
vez mais dinâmicas, tais como:
Fracionamento dos valores que transitam pelo sistema financeiro;
Utilização de estabelecimentos comerciais que usualmente trabalham com dinheiro em espécie;
2. Ocultação – a segunda etapa do processo consiste em dificultar o rastreamento contábil dos recursos
ilícitos. O objetivo é quebrar a cadeia de evidências ante a possibilidade da realização de investigações sobre
a origem do dinheiro. Os criminosos buscam movimentá-lo de forma eletrônica, transferindo os ativos para
contas anônimas – preferencialmente, em países amparados por lei de sigilo bancário – ou realizando
depósitos em contas “fantasmas”.
3. Integração – nesta última etapa, os ativos são incorporados formalmente ao sistema econômico. As
organizações criminosas buscam investir em empreendimentos que facilitem suas atividades – podendo tais
sociedades prestarem serviços entre si. Uma vez formada a cadeia, torna-se cada vez mais fácil legitimar o
dinheiro ilegal.
Veja a figura abaixo para memorizar o entendimento das três etapas do processo de lavagem de dinheiro:
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6.3.1.3. Identificação dos clientes e da manutenção de registros (Lei 9.613, cap. VI, art.10º
e Circular 3461/09)
De acordo com este conceito, a identificação do cliente deve ser satisfatoriamente estabelecida antes da
concretização da operação. Caso o possível cliente se recuse a fornecer as informações requeridas, a
instituição financeira não deve aceitá-lo com cliente. Os melhores documentos de identificação são aqueles
cuja obtenção, de maneira lícita, seja difícil.
O conceito recomenda que se utilize um formulário de identificação, cujo modelo pode ser elaborado pelas
próprias instituições, de acordo com suas necessidades.
As instituições devem ainda ter um sistema interno de controle que assegure as regras de compliance,
indicando um indivíduo responsável por coordenar e monitor esse sistema. Programas de treinamento
devem ser implementados.
I – identificarão seus clientes e manterão cadastro atualizado. Se o cliente constituir-se em pessoa jurídica,
a identificação deverá abranger as pessoas físicas autorizadas a representá-la, bem como seus proprietários.
II – manterão registro de toda transação em moeda nacional ou estrangeira, títulos e valores mobiliários,
títulos de crédito, ou qualquer ativo que possa ser convertido em dinheiro, que ultrapassar o valor de R$
10.000,00 (dez mil reais).
III – o registro será efetuado também quando a pessoa física ou jurídica houver realizado, em um mesmo
mês-calendário, operações com uma mesma pessoa, conglomerado ou grupo que, em seu conjunto,
ultrapassem o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
IV – os cadastros e registros referidos deverão ser conservados durante o período mínimo de cinco anos a
partir do encerramento da conta ou da conclusão da transação.
V – atendam no prazo fixado pelo órgão judicial competente, as requisições formuladas pelo COAF, que se
processarão em segredo de justiça.
As pessoas sujeitas à lei de prevenção a lavagem de dinheiro, dispensarão atenção às seguintes operações
envolvendo títulos ou valore mobiliários:
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II – operações realizadas, repetidamente, entre as mesmas partes, nas quais haja seguidos ganhos ou perdas
no que se refere a algum dos envolvidos;
III – operações que evidenciem oscilação significativa em relação ao volume e/ou frequência de negócios de
qualquer das partes envolvidas;
IV - operações cujos desdobramentos contemplem características que possam constituir artifício para burla
da identificação dos efetivos envolvidos e/ou beneficiários respectivos;
Toda a operação realizada por uma instituição acima de R$ 10 mil deve ficar registrada no banco. A operação
que for igual ou acima de R$ 10 mil e SUSPEITA deve ser reportada ao Bacen, através do SICOAF.
A comunicação de qualquer operação suspeita deverá ser feita ao Bacen até o dia útil seguinte (24 horas)
em que forem identificadas.
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O COAF está vinculado ao Ministério da Fazenda e tem como finalidade disciplinar, aplicar penas
administrativas, receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas prevista em
Lei, sem prejuízo da competência de outros órgãos e entidades.
Porém, para que as atividades do COAF sejam bem sucedidas, é importante que, todas as instituições
visadas, no que diz respeito à lavagem de dinheiro, proveniente do crime, mantenham em registro, todas as
informações de relevância sobre seus clientes e suas operações.
Além dos bancos, devem combater a lavagem de dinheiro empresas e instituições que trabalham com a
comercialização de jóias, metais preciosos e obras de arte.
Aumentos substanciais no volume de depósitos de qualquer pessoa física e jurídica, sem causa
aparente, em especial se tais depósitos são posteriormente transferidos, dentro de curto período de
tempo, a destino anteriormente não relacionado com o cliente;
Troca de grandes quantidades de notas de pequeno valor por notas de grande valor;
Proposta de troca de grandes quantias em moeda nacional por moeda estrangeira e vice-versa;
Compras de cheques de viagem e cheques administrativos, ordens de pagamento ou outros
instrumentos em grande quantidade – isoladamente ou em conjunto -, independentemente dos
valores envolvidos, sem evidências de propósitos claros;
Movimentação de recursos em praças localizadas em fronteiras;
Movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou a ocupação
profissional e a capacidade financeira presumida do cliente;
Numerosas contas com vistas ao acolhimento de depósitos em nome de um mesmo cliente, cujos
valores, somados, resultem em quantia significativa;
Abertura de conta em agência bancária localizada em estação de passageiros – aeroportos,
rodoviária ou porto – internacional ou pontos de atração turística, salvo se proprietário, sócio ou
empregado de empresa regularmente instalada nesses locais;
Utilização de cartão de crédito em valor não compatível com a capacidade financeira do usuário.
Às instituições financeiras, bem como seus empregados e administradores, que deixarem de cumprir as
obrigações previstas serão aplicadas, cumulativamente ou não, as seguintes sanções:
I – advertência;
II – multa pecuniária variável, de 1% até o dobro do valor da operação, ou até 200% do lucro obtido ou que
presumivelmente seria obtido pela realização da operação, ou, ainda, mula de até R$ 20.000.000,00 (vinte
milhões de reais);
III – inabilitação temporária, pelo prazo de até 10 anos, para o exercício do cargo de administrador das
pessoas jurídicas referidas;
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Responsabilidades e co-responsabilidades
Sujeitam-se às obrigações da Lei de Lavagem de Dinheiro, pessoas jurídicas que tenham, em caráter
permanente ou eventual, como atividade principal ou acessória, dentre ouras:
Obs.: Além das instituições financeiras estão sujeitas à lei de Lavagem de Dinheiro: imobiliárias,
administradora de cartões de crédito, seguradoras, bolsa de valores e de futuros, etc...
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O insider trader é o indivíduo que, tendo acesso a informações privilegiadas utiliza-se delas em seu próprio
benefício ou em benefício de terceiros. O insider trading é uma prática condenável, pois leva a uma
competição desleal, prejudicando os participantes do mercado que ainda não tiveram acesso às
informações. A legislação busca proteger os investidores do mercado de capitais contra esse abuso, exigindo
que informações relevantes sejam tratadas com sigilo e que não possam ser utilizadas enquanto não forem
divulgadas equitativamente para o mercado.
O front runner é o indivíduo ou instituição que se utiliza de ordens de clientes para seu próprio benefício,
realizando antes para si próprio a operação ordenada pelo cliente. Esta prática é condenável porque o
corretor aproveitou-se de uma ordem grande e que certamente fará com que a ação suba, para beneficiar-
se, em detrimento dos demais participantes do mercado.
6.4.2. Adequação dos produtos vendidos, conhecimento do nível de risco suportável pelo
investidor:
O cliente deve receber uma orientação de investimento adequada às suas necessidades e apropriada à sua
capacidade e propensão de correr risco. O gerente deve apresentar os produtos de investimento adequados
ao cliente, proporcionando maior esclarecimento possível (em linha com sua capacidade de entendimento),
inclusive com relação aos riscos envolvidos, de maneira a se certificar que o investidor entendeu
corretamente e concordou com o que está comprando. É antiético vender um produto que não seja
adequado às necessidades e ao nível de risco suportável pelo cliente.
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Idade;
Objetivo do investimento;
Horizonte do investimento;
Tolerância ao risco.
Idade
Investidores jovens, por terem tempo para formarem um patrimônio, podem correr mais riscos do que
investidores mais velhos, que estão mais em uma situação de proteger o patrimônio acumulado durante a
vida para seu uso na aposentadoria.
Objetivo do Investimento
O profissional do mercado financeiro deve procurar entender quais são os planos do seu cliente para com a
sua carteira de investimentos.
Horizonte do investimento
Tolerância ao Risco
É necessário fazer uma análise objetiva sobre a capacidade financeira do cliente em correr risco, além de
avaliar de forma subjetiva sua propensão em correr risco, o que pode ser feito com base em alguns
comportamentos apresentados pelo cliente, como:
Histórico de investimento: a forma como o cliente sempre aplicou pode demonstrar sua tolerância
ao risco.
Conhecimento de mercado: em geral, quem conhece o mercado, compreende as sugestões
tecnicamente corretas e entende os riscos que está correndo. Cuidado, no entanto, que muitos
investidores pensam entender os produtos e riscos do mercado financeiro e na verdade não os
conhecem. Esses podem estar iludidos por maiores retornos sem considerar as possibilidades de
perda.
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A capacidade e a propensão em correr risco definem o nível de risco suportável pelo investidor.
Este portfólio deve ser apresentado ao cliente, os riscos de cada produto ser explorado e a composição
ajustada de acordo com as percepções do investidor.
O cliente pode contratar a instituição financeira para administrar sua carteira de investimento. Uma vez
definida a política de investimentos da carteira, o gestor implementa o portfólio que seja adequado a esta
política. Este portfólio vai sofrer alterações ao longo do tempo o que pode levar ao desenquadramento da
carteira em relação à política de investimento definida. Este desenquadramento pode ter duas fontes:
1. Desenquadramento ativo: quando o gestor realiza operações que desenquadram a carteira. Por
exemplo, comprando títulos prefixados mais longos do que o permitido pela política de
investimento.
2. Desenquadramento passivo: quando ocorre o desenquadramento independentemente da ação do
gestor. Pode ser por valorização ou desvalorização dos ativos, ou por uma nova norma legal.
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O controle de desenquadramentos é muito importante e deve haver um processo que permita identificar os
desenquadramentos o quanto antes, de modo a se poder corrigi-los rapidamente. Esses controles podem
ser de várias naturezas:
Estes controles devem fazer parte da gestão de risco do portfólio, pois a Política de Investimentos é a
tradução da aversão a risco do investidor. Os desenquadramentos significam, portanto, que o portfólio
assumiu um nível de risco incompatível com aquele desejado pelo investidor.
6.4.3. Confidencialidade
Pela Lei Complementar nº 105/01, as instituições financeiras deverão conservar sigilo em todas as operações
ativas e passivas e serviços prestados.
A quebra de sigilo, fora das situações autorizadas na lei, constitui crime e sujeita os responsáveis à pena de
reclusão, de um a quatro anos, e multa.
A troca de informações entre instituições financeiras, para fins cadastrais, inclusive por intermédio
de centrais de risco;
O fornecimento de informações constantes de cadastro de emitentes de cheques sem provisão de
fundos e de devedores inadimplentes a entidades de proteção ao crédito;
O fornecimento das informações requeridas pela lei de combate à lavagem de dinheiro;
A comunicação, às autoridades competentes, da prática de ilícitos penais ou administrativos,
abrangendo o fornecimento de informações sobre operações que envolvam recursos provenientes
de qualquer prática criminosa;
A revelação de informações sigilosas com o consentimento expresso dos interessados; e
A prestação de informações ao Bacen e à CVM, quando no exercício de suas atribuições; ao Poder
Judiciário; ao Poder Legislativo Federal, quando necessário ao exercício de suas competências; às
Comissões Parlamentares de Inquérito, quando aprovado em plenário.
Além de previsto em legislação, a confidencialidade é um princípio ético, dado que o profissional só teve
acesso às informações em decorrência da sua atividade atual. Como princípio ético, o profissional envolvido
com investimentos de clientes de forma geral deve evitar comentários sobre os montantes negociados pelos
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seus clientes, suas características pessoais como negociador, a composição de seu portfólio, sua situação
financeira, seus planos etc.
Da mesma forma que todas as atividades desempenhadas dentro de uma instituição financeira devem
atender ao princípio da segregação para evitar situações de conflito de interesses, o profissional do setor
financeiro, por princípio ético:
Deve evitar possuir atividades paralelas e, caso seja inevitável, analisar e verificar se alguma dessas
atividades o coloca em situação conflitante e informar a seus superiores imediatos sobre a situação;
Realizar suas próprias operações financeiras de forma transparente, informando-as aos seus
superiores e procurando realizá-las através de instituições financeiras diversas daquelas com as quais
negocia no desempenho de sua função ou daquelas com as quais a instituição normalmente negocia.
No que se refere às operações da carteira particular de funcionários, devem ser criadas regras claras para
evitar tanto o conflito de interesses como a utilização de informação privilegiada, definido inclusive através
de que instituições tais atividades podem ser negociadas, com que periodicidade devem ser reportadas, o
que não pode ser negociado etc.
Os brasileiros passaram a contar, em janeiro de 2010, com um mecanismo de segurança adicional na hora
de aplicar seu dinheiro. Com o intuito de dar transparência às transações entre bancos e seus clientes, a
Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) colocou em prática uma
medida – já existente no exterior – que obriga as instituições financeiras a verificar o perfil do investidor
antes que ele realize uma aplicação. O objetivo é, por exemplo, evitar que pessoas que desejam apenas
salvar suas economias da corrosão inflacionária troquem – inadvertidamente – uma modalidade segura de
aplicação como a poupança pelo mercado de ações – assumindo, assim, riscos indesejáveis. Entenda como
é realizada a Análise de Perfil do Investidor e de que forma ela poderá ajudar o seu bolso.
São regras que pretendem adequar a venda de fundos e produtos financeiros ao perfil do investidor. Na
prática, a medida deve evitar que pessoas que mal sabem o que é renda fixa se arrisquem na bolsa de valores
simplesmente porque seu gerente bancário tem metas a cumprir e alega que esta é a modalidade adequada
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a qualquer investidor. Em outras palavras, o objetivo é orientar investidores conservadores e arrojados a dar
diferentes destinos a suas economias.
A partir de agora o cliente de banco que quiser fazer alguma aplicação financeira deverá, antes de investir,
preencher um formulário. Esse documento irá apontar se o cliente tem perfil conservador, moderado ou
agressivo. Com esses dados, abre-se um leque de opções que o banco poderá oferecer ao cliente. Este, por
sua vez, terá mais segurança para realizar uma operação e confiar na palavra do gerente.
O questionário traz entre seis e dez questões, sobre idade, valor disponível para aplicação, horizonte de
tempo de investimento, finalidade da aplicação, tolerância a risco e experiência com investimentos.
Não. Trata-se de uma iniciativa de autorregulação – ou seja, as instituições não são obrigadas a segui-la.
Porém, a Anbima promete aplicar diferentes penalidades para quem não cumprir o acordo: advertência
reservada, multa, advertência pública, suspensão do selo da Anbima e até expulsão. Ao todo foram três anos
de discussões entre os bancos e a entidade para que a medida fosse aceita pelas instituições.
O investidor passa a ser orientado sobre os melhores produtos para suas necessidades, o que dificulta que
o gerente venda um produto de interesse apenas do banco, prejudicando o consumidor. Em outras palavras,
o investidor dificilmente será enganado pelo banco.
A Análise de Perfil do Investidor deve evitar os processos de clientes contra bancos por não terem sido
alertados para o risco de determinados investimentos. As regras obrigam o investidor a reconhecer por
escrito que está ciente do risco de um investimento que eventualmente contraria seu perfil e que decidiu
por conta própria fazer tal aplicação – mesmo tendo sido alertado sobre os perigos.
Caso haja uma divergência entre a carteira adequada ao cliente em função do seu perfil e sua carteira real,
a Anbima requer que sejam realizados procedimentos juntos ao cliente para sanar tal discrepância. Se o
cliente quiser manter sua carteira de investimentos em desacordo com seu perfil, ele deve assinar um
documento declarando sua ciência do fato e seu desejo de manter sua carteira de investimento em
desacordo com aquela sugerida pela instituição.
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EXERCÍCIOS
03 – Um cliente que movimenta quantias não compatíveis com a sua atividade, caso seja descoberto e
comprovado a ocorrência de lavagem de dinheiro, estará sujeito, segundo a lei de combate a lavagem de
dinheiro
a) Reclusão, apenas
b) Multa, apenas
c) Prestar serviços comunitários
d) Reclusão e Multa
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07 - Fiscal da Prefeitura, cliente do banco, com salário mensal de R$ 1.500,00 compra imóvel de alto
padrão, por valor de R$ 2 milhões, sem especificar a origem dos recursos.
Qual é fase da Lavagem de Dinheiro correspondente:
a) colocação
b) participação
c) integração
d) ocultação
08 – Segundo a Lei de combate a Lavagem de Dinheiro, está obrigada a manter controles de combate a
lavagem de dinheiro:
a) Somente os Bancos
b) Apenas as Instituições Financeiras
c) As pessoas físicas ou jurídicas que comercializem jóias, pedras e metais preciosos, objetos de arte e
antiguidades
d) Toda pessoa física ou jurídica que movimenta mais de R$ 10.000,00 em espécie
09 – Os controles internos, cujas disposições devem ser acessíveis a todos os funcionários da instituição
de forma a assegurar que sejam conhecidas a respectiva função no processo e as responsabilidades
atribuídas aos diversos níveis da organização, devem prever
a) A existência de testes periódicos de segurança para os sistemas de informações, em especial para os
mantidos em meio eletrônico
b) Promoção dos funcionários mais competentes para ocupar cargos importantes nos setores de
controladoria
c) A inexistência de canais de comunicação que assegurem aos funcionários, segundo o correspondente nível
de atuação, o acesso a confiáveis, tempestivas e compreensíveis informações consideradas relevantes para
suas tarefas e responsabilidades
d) A avaliação anual dos diversos riscos associados às atividades da instituição
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11 – É uma operação que pode ser caracterizada como exemplo da fase de colocação em um processo de
lavagem dinheiro
a) Depósito Bancário
b) Tráfico de entorpecentes
c) Contrabando
d) Informações bancárias e financeiras incompletas
12 – Um cliente dirige-se a uma casa de câmbio e solicita a remessa de 500 mil reais, oriundos de um
pagamente referente ao resgate de um crime de seqüestro praticado pelo mesmo, para uma conta
corrente no exterior. Em um processo de lavagem de dinheiro, esta etapa é classificada como:
a) Sonegação
b) Colocação
c) Internacionalização
d) Integração
14 – Uma empresa não segue as normas de compliance e ética, esta empresa está tendo um risco:
a) Legal apenas
b) Somente Imagem
c) Legal e Imagem
d) Imagem apenas
16 – Um cliente dirige-se a uma casa de câmbio e solicita a troca de 10 mil reais por dólares. Dinheiro este
oriundo de pirataria de CD’s e DVD’s. A fase de lavagem de dinheiro no qual esta operação se caracteriza
é conhecida como:
a) Preparação
b) Colocação
c) Ocultação
d) Integração
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17 – Entre as medidas de controles internos a serem adotadas por uma instituição financeira, considere
as seguintes afirmações:
I. Obrigatoriedade da existência de testes periódicos de segurança para os sistemas de informações, em
especial para os mantidos em meio eletrônico.
II. A segregação das atividades atribuídas aos integrantes da instituição de forma a que seja evitado o conflito
de interesses, bem como meios de minimizar e monitorar adequadamente áreas identificadas como de
potencial conflito da espécie.
III. Sigilo das informações relevantes, devendo estas serem restritas apenas a membros da diretoria da
instituição.
Está correto o que se segue em:
a) Apenas I
b) Apenas II
c) I e II
d) I, II e III
18 – A multa pecuniária, aplicada pelo COAF, em casos de condenação por crime de lavagem de dinheiro,
será variável não superior a
a) 20 mil reais
b) 200 mil reais
c) 2 milhões de reais
d) 20 milhões de reais
19 – A convenção de Viena de 1998, trata de medidas de prevenção contra o tráfico ilícito de:
a) Entorpecentes e de substâncias psicotrópicas
b) Pessoas e Animais silvestres
c) Armas e equipamentos de guerrilhas
d) Dinheiro sujo e sonegações fiscais
20 – Para conhecer melhor o seu cliente na hora do investimento, são fatores que devem ser observados
e considerados, no mínimo, segundo Manual de Suitability da ANBIMA, com exceção de:
a) Experiência em matéria de investimentos;
b) Horizonte de tempo;
c) Valor disponível;
d) Tolerância ao risco
GABARITO
01 – B 11 - A
02 – A 12 - B
03 – D 13 - B
04 – A 14 - C
05 – B 15 - C
06 – B 16 - C
07 – D 17 - C
08 – C 18 - D
09 – A 19 - A
10 – D 20 - C
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Risco
Para melhor compreender o que é risco precisamos estabelecer a distinção entre incerteza e risco. Sempre
que não sabemos ao certo o que vai ocorrer no futuro temos incerteza. O risco é a parcela de incerteza para
a qual damos importância, porque afeta o bem estar das pessoas.
Em situações de risco, as possíveis consequências podem ser classificadas como perdas ou ganhos. Ao
investir no mercado de ações, se o valor de sua carteira de ações cair, trata-se de uma perda; se subir tratasse
de um ganho.
Toda vez que a incerteza associada à verificação de determinado evento puder ser quantificada, por meio
de uma distribuição de probabilidades dos diversos resultados previstos, pode-se dizer que a decisão está
sendo tomada sob uma situação de risco.
Volatilidade e desvio-padrão dos retornos. Ela mostra como os retornos estão dispersos em relação
à sua média (retorno esperado). Quanto maior a volatilidade, maior é o desvio-padrão dos retornos, maior
é a dispersão dos retornos em relação à sua média e maior é o risco. Por outro lado, quanto menor a
volatilidade, menor é o desvio-padrão, menor é a dispersão e menor é o risco.
Risco de liquidez é a possibilidade de perda devido à falta de mercado suficiente, assim como a
possibilidade de se ficar “sem caixa” e não conseguir meios para obter o dinheiro necessário.
Risco de crédito é a possibilidade de uma obrigação de pagamento, ou de uma obrigação de
entrega, não ser honrada. Para existir o risco de crédito, é necessário que a operação tenha ou uma
obrigação de pagamento ou uma obrigação de entrega. Caso a operação não tenha uma dessas obrigações,
não haverá risco de crédito.
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Retorno
O retorno (ou rentabilidade) de um investimento pode ser medido pela seguinte equação:
Retorno = -1
Preço Inicial
Os rendimentos podem ser dividendos ou juros intermediários que assumimos, nesta equação, serem pagos
no fim do período para qual o retorno está sendo calculado.
O retorno é fundamental no mercado financeiro. Por isso, o profissional de investimento deve estar atento
para não cair na armadilha de pensar que a rentabilidade passada é garantia de rentabilidade futura.
Obviamente, na falta de parâmetros melhores, as bases para a tomada de uma decisão de investimento
serão a média de retorno ocorrido no passado e sua respectiva volatilidade.
Assim, neste caso, a média do retorno passado será usada como parâmetro para o retorno esperado no
futuro e a volatilidade será considerada como o risco associado a esse retorno.
Aqui está o desafio do profissional de investimento: orientar seu cliente a escolher o investimento mais
adequado ao seu perfil e, não necessariamente, o mais rentável, inclusive, porque é impossível de se
descobrir a priori qual investimento será o mais rentável.
Diversificação
Diversificar significa investir em vários ativos diferentes, de forma a conseguir a diminuição do risco. O ideal
é escolher ativos que tenham comportamentos diferentes uns dos outros, de modo que a carteira tenha o
menor desvio-padrão. Quando se diversifica, o risco da carteira fica menor que a média ponderada dos
desvios-padrão dos ativos que a compõe.
O comportamento conjunto dos ativos é medido pela correlação dos retornos. A correlação é um número
entre -1 e +1.
A correção -1 significa que os retornos dos ativos se movimentam de maneira exatamente oposta,
possibilitando máximo efeito de diversificação e, consequentemente, menor risco.
A correlação +1 significa que os ativos se movimentam em perfeita sincronia, não permitindo que o
efeito da diversificação ocorra.
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A média dos retornos passados é o retorno esperado de um determinado investimento, quando não se
tem uma alternativa melhor. Em outras palavras, se não sabemos o que vai acontecer no futuro, podemos
esperar que aconteça, em média, o que ocorreu no passado.
A volatilidade é o nome técnico que damos ao desvio-padrão dos retornos de um ativo ou de uma carteira.
O valor esperado; e
O intervalo no qual o valor real pode se encontrar, com uma certa probabilidade.
A correlação e a covariância são medidas de relacionamento linear entre duas variáveis aleatórias. Se houver
um relacionamento linear entre os retornos de dois ativos, a correlação e a covariância serão diferentes de
zero.
(𝑪𝒐𝒗 𝒂𝒕𝒊𝒗𝒐𝟏,𝒂𝒕𝒊𝒗𝒐𝟐)
𝑪𝒐𝒓 𝒂𝒕𝒊𝒗𝒐𝟏, 𝒂𝒕𝒊𝒗𝒐𝟐 =(𝒅𝒆𝒔𝒗𝒊𝒐−𝒑𝒂𝒅𝒓ã𝒐 𝒂𝒕𝒊𝒗𝒐𝟏)(𝒅𝒆𝒔𝒗𝒊𝒐−𝒑𝒂𝒅𝒓ã𝒐 𝒂𝒕𝒊𝒗𝒐𝟐)
A correlação ou a covariância são importantes para calcular o risco de uma carteira. Podemos dizer que,
quanto menores forem as covariâncias entre os ativos de uma carteira, menor o risco dessa carteira.
O coeficiente de determinação (𝑹𝟐 ) mostra quanto a variância do retorno do ativo 2 é influenciado pelo
retorno do ativo 1, considerando um relacionamento linear.
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O ativo livre de risco não tem volatilidade e não tem risco de crédito.
Não existe no mundo real um ativo que não tenha volatilidade e que também não tenha risco de crédito. O
ativo livre de risco é uma abstração teórica, ele é normalmente aproximado pelos T-Bills. No Brasil, é
grosseiramente aproximado pelos títulos públicos federais.
Entre investimentos com o mesmo retorno esperado, o investidor racional escolherá aquele que
apresentar o menor risco.
Entre investimentos com mesmo risco, o investidor racional escolherá aquele com maior retorno
esperado.
Exemplo: quatro alternativas de investimento (A, B, C, D) foram posicionadas no gráfico abaixo de acordo
com seu risco e retorno.
Retorno
Esperado
15%a.a C D
10%a.a A B
7% 12% Risco
O investimento A domina o B, pois ambos têm mesmo retorno esperado (10%), mas o A tem menos
risco que o B. Portanto, entre os dois se escolhe o A.
O investimento D domina o B, pois ambos têm mesmo risco (12%), mas o D tem maior retorno. Entre
os dois se escolhe o D.
O investimento C domina o A, uma vez que ambos têm o mesmo risco (7%), mas o C tem maior
retorno.
O investimento C também domina o D, já que ambos têm mesmo retorno (15%), porém o C tem
menor risco.
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Pelo princípio da dominância, o investimento em C é o melhor de todos. Observe que as escolhas acima
seriam as mesmas, tanto para um investidor conservador quanto para um investidor ousado, não
dependendo, desta forma, do perfil de risco de cada investidor.
Observe que o investimento B é o pior de todos, sendo superado por todos os outros investimentos.
Chama-se de princípio da dominância, o processo de escolha que opta pelo menor risco dentre retornos
iguais ou pelo maior retorno entre riscos iguais.
Beta ()
É uma medida de sensibilidade de como o retorno de uma ação (ou de uma carteira de ações) tende a se
comportar quando o retorno do Ibovespa se altera.
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> 1: significa que a ação (ou carteira de ações) tem mais sensibilidade que
o Ibovespa.
< 1: significa que a ação (ou carteira de ações) tem menos sensibilidade
que o Ibovespa.
= 1: significa que a ação (ou carteira de ações) tem tanta sensibilidade
quanto o Ibovespa.
Se o gestor de um fundo de ações acredita que o Ibovespa vai subir, ele irá se posicionar comprando ações
com >1, pois quando o Ibovespa sobe, essas ações tendem a subir mais do que o Ibovespa. Quando o
gestor muda de opinião e passa a acreditar que o Ibovespa vai cair, ele troca ações da carteira para aquelas
com <1, pois essas tendem a cair menos do que o Ibovespa.
> 1: significa que a ação (ou carteira de ações) tende a ganhar mais que o
Ibovespa, mas também tende a perder mais que o Ibovespa, portanto, é uma
ação (ou carteira de ações) com mais risco sistemático que o Ibovespa.
< 1: significa que a ação (ou carteira de ações) tende a ganhar menos que o
Ibovespa, porém, tende a perder menos que o Ibovespa, ou seja, é uma ação
(ou carteira de ações) que tem menos risco sistemático que o Ibovespa.
= 1: significa que a ação (ou carteira de ações) tem tanto risco sistemático
quanto o Ibovespa.
Risco absoluto é aquele que é medido em relação à média dos retornos do próprio ativo. São medidas de
risco absoluto: volatilidade ou desvio-padrão dos retornos e a variância dos retornos, que é o quadrado do
desvio-padrão.
Risco relativo é aquele risco medido em relação a uma referência ou benchmark. Podemos dizer que o risco
relativo é a volatilidade dos excessos de retornos em relação a um benchmark.
Onde:
Rc = retorno da carteira
Rb = retorno do benchmark
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O RISCO SISTEMÁTICO é decorrente de fatores externos, relacionados com mudanças de ordem político-
econômicas nacionais e/ou internacionais.
Afeta o conjunto de ações negociadas no mercado. A diversificação não reduz o risco sistemático. TODO O
SISTEMA
O RISCO NÃO SISTEMÁTICO refere-se ao risco da empresa (propriamente dita) ou do setor da economia
onde ela está inserida. Fatores como desempenho do setor, novos produtos, preços internacionais,
qualidade de seu gerenciamento (...) contribuem positivamente ou negativamente.
Não afeta a totalidade das ações do mercado, apenas o setor ou somente a própria economia.
Uma carteira formada por diversas ações reduz o risco não sistemático. NÃO É TODO O SISTEMA
Índice de Sharpe mede quanto de prêmio é recebido pelo risco assumido. É um índice de eficiência
mostrando quanto se espera ganhar por unidade de risco assumido.
Onde:
IS = Índice de Sharpe
R Esperado = retorno da carteira com risco
R Livre de Risco = retorno do ativo livre de risco
R Esperado – R Livre de Risco = prêmio pelo risco
Vol Carteira = volatilidade da carteira com risco
Exemplo:
Um investidor aplicou no fundo GYK de renda fixa, cujo retorno médio nos últimos 60 dias foi de 15% a.a.,
com um desvio-padrão de 4% a.a. A taxa DI no período ficou estável em 12% a.a. Qual o Índice de Sharpe?
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Passo a Passo:
a) Vamos supor que a média dos últimos 60 dias seja o valor esperado do retorno do fundo no futuro
próximo. O DI será usado como aproximação da taxa livre de risco.
Portanto:
3%
IS = = 0,75
4%
Em outras palavras, para cada unidade de risco que o fundo corre (volatilidade) há a esperança de se receber
um prêmio de 0,75. Agora temos uma relação entre retorno e risco que, nos permite comparar a eficiência
de diversos fundos.
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Índice de Sharpe Modificado também mede o quanto de prêmio é recebido pelo risco assumido, porém,
sem usar o ativo livre de risco como referência, qualquer benchmark pode ser utilizado.
R Esperado – R Benchmark
ISM =
Risco Relativo
Onde:
ISM = Índice de Sharpe Modificado
R Esperado = retorno esperado (média dos retornos passados)
R Benchmark = retorno do benchmark (média dos retornos passados)
R Esperado – R Benchmark = prêmio pelo risco (média dos excessos de retorno)
Risco Relativo = volatilidade dos excessos de retorno
Atenção:
O cliente que deseja o menor risco deve ser orientado pela menor volatilidade. O cliente que deseja o
maior retorno deve ser orientado pelo maior retorno médio. O cliente que deseja maior eficiência deve
ser orientado pelo maior índice de Sharpe.
O Índice de Treynor é uma medida similar ao Índice de Sharpe, com a diferença de em vez de usar como
medida de risco o desvio-padrão ou semi-desvio, usa o coeficiente Beta. Além disso, ela é uma medida de
excesso de retorno em relação ao risco sistemático. O risco de ativos individuais ou de um pequeno grupo
de ativos pode ser melhor descrito pelo seu co-movimento com o mercado (Beta). Assim, o Índice de Treynor
parece ser particularmente útil para essa tarefa, quando a carteira do investidor é uma de muitas carteiras
incluídas num grande fundo.
O risco de taxa de juro é o risco que resulta para um portfólio ou empresa, de uma variação desfavorável
das taxas de juro.
O risco de taxa de juro de um instrumento de taxa fixa, é geralmente medido pela sua Duration.
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Duration é uma medida de sensibilidade, mostrando como o preço de um título de renda fixa varia devido
às variações nas taxas de juros praticadas pelo mercado.
Duration de Macaulay: além de ser sensibilidade é também o prazo médio ponderado pelo valor
presente dos fluxos de caixa futuros de um título de renda fixa.
Modified Duration (Duração Modificada): é a Duration de Macaulay dividida pelo fator da taxa
interna de retorno do título de renda fixa. A Duration Modificada é apenas a sensibilidade de como o preço
de um título de renda fixa varia, devido às variações nas taxas de juros.
D
MD =
1 + TIR
Onde,
D = Duration de Macaulay
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7.2.1.2. Convexidade
A convexidade mostra a curvatura da relação entre o preço de um título de renda fixa e a taxa de juros. A
convexidade deve ser utilizada quando se quer melhorar a estimativa de como o valor de uma carteira de
títulos de renda fixa se modifica com as alterações da taxa de juros, principalmente quando essa modificação
na taxa de juros é grande.
Por si só, a duration não possibilita a estimativa precisa por não modelar precisamente a curvatura existente
entre a variação percentual do valor da carteira e a variação percentual da taxa de juros de mercado.
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Quanto maior a convexidade de um título, menor será seu efeito de mudanças em seu preço decorrente
de variações da taxa de juros e vice-versa.
A imunização busca proteger a carteira contra o risco de variação das taxas de juros.
Imunizar significa fazer a duration total ficar igual a zero. A duration total é a duration do ativo menos a
duration do passivo (DT = DA – DP). Assim sendo, se a duration total é igual a zero, então a duration do ativo
tem que ser igual a duration do passivo.
O risco de liquidez é a possibilidade de perda devido à necessidade de se vender um ativo num mercado
insuficiente ou inexistente. A venda de um lote de ativo num mercado insuficiente derruba os preços
substancialmente, causando perdas ao vendedor.
O risco de liquidez também é a possibilidade de se ficar sem caixa e não ter meios de obter os recursos
necessários. Os tesoureiros se preocupam em planejar adequadamente a liquidez da empresa ou do banco
para não serem surpreendidos com a falta de caixa. Para tal, buscam ter uma parcela de ativos líquidos que
poderiam ser vendidos rapidamente no mercado, ou então, ter linhas de crédito de contingência para
situações de emergência.
Risco de crédito é a possibilidade, mesmo que remota, do devedor não honrar uma obrigação de pagamento
ou então não honrar a obrigação de entrega de um bem ou um ativo.
O risco de crédito é medido pela análise de crédito. Esta análise é baseada em:
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A geração de caixa, medida geralmente pelo EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and
Amortization = lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações), indica a capacidade da
empresa de gerar fluxos de caixa positivos com o negócio, aumentando sua possibilidade de pagar suas
dívidas.
A análise de fatores específicos de mercado considera o ciclo econômico e o nível das taxas de juros que
afetam o setor e, consequentemente, a empresa analisada.
Por exemplo, quanto ao ciclo econômico, é importante verificar a possibilidade de recessão que afeta
profundamente o setor de bens de consumo duráveis, uma vez que os consumidores estarão focados em
gastar apenas nos bens de primeira necessidade.
Já o nível de taxas de juros resultante da política monetária do governo pode limitar bastante o
endividamento das empresas. A empresa, que esteja tomando empréstimo em um momento de taxas altas,
deve ter sua liquidez analisada cautelosamente.
Quando varia o rating, varia o risco e varia também a expectativa de retorno, porque só se aceita
correr mais risco se houver mais expectativa de retorno.
Quanto pior for o rating de crédito, maior será o spread de crédito requerido, portanto, maior será o
retorno requerido, menor será o valor presente e menor será o preço do ativo.
Quanto melhor for o rating de crédito, maior será o spread de crédito requerido, portanto menor
será o retorno requerido, maior será o valor presente e maior será o preço do ativo.
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7.2.5.1. Conceito
O risco de crédito de natureza soberana ou risco país aparece quando o investidor faz investimentos no
exterior.
Esse risco é a possibilidade dos investidores não reaverem seu capital, por desapropriação ou por controles
cambiais que impossibilitam o livre fluxo de capitais, decretada pelo governo do país estrangeiro que recebe
os investimentos.
O risco país é um indicador que tenta determinar o grau de instabilidade econômica de cada país, ou seja,
mede o grau de “perigo” que um país representa para o investidor estrangeiro. Para o cálculo do risco país
são levados em conta fatores econômicos como, por exemplo, o PIB, a Balança Comercial e capacidade de
pagamento de suas dívidas. Tal índice é normalmente calculado por agências de classificação de risco
(rating). As mais conhecidas são: Moody’s, Stardard & Poor’s (americanas) e a Fitch (inglesa) e bancos de
investimento como o J.P. Morgan.
O risco país indica ao investidor que o preço de se arriscar a fazer negócios em um determinado país é mais
ou menos elevado. Quanto maior for o risco, menor será a capacidade do país de atrair investimentos
estrangeiros. Para tornar o investimento atraente, o país tem que elevar as taxas de juros que remuneram
os títulos representativos da dívida.
Exemplo: Risco país a 500 pontos base. Significa dizer que os investidores estarão exigindo do país uma
remuneração de 5% acima dos juros pagos pelos títulos do Tesouro americano (tidos como os mais seguros
do mundo), para investirem seus capitais nesse determinado país (relação risco x retorno).
Para um país classificado como “risco perigoso”, as principais conseqüências são uma retração do fluxo de
investimentos estrangeiros, diminuição drástica das linhas de financiamento ao comércio internacional para
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empresas exportadoras, retração do financiamento externo para as empresas nacionais, via emissão de
papéis em moeda estrangeira, entre outros.
O EMBI+BR (Emerging Markets Bonds Index Plus Brazil) é um índice criado pelo JP Morgan para medir o risco
país, conforme visto pelo mercado financeiro internacional.
Esse índice calcula o spread médio entre a taxa de juros dos títulos da dívida externa soberana do Brasil e a
taxa de juros dos títulos do tesouro americano de prazos equivalentes.
Atenção para o fato de que quando o índice EMBI+BR sobe, as taxas de juros dos títulos da dívida externa
sobem, os preços destes títulos caem, portanto, quem está investindo nesses títulos perde em dólares.
O risco de contraparte é uma modalidade de risco de crédito, onde a contraparte tem a possibilidade de não
honrar uma obrigação de pagamento ou de uma obrigação de entrega especificada em um contrato. A
contraparte aparece naquelas operações onde existe contrato, como no caso dos derivativos e operações
de empréstimo.
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Risco de liquidação financeira é a possibilidade da central de liquidação não conseguir finalizar a liquidação
da operação no período esperado.
Pode ter havido um atraso ou até mesmo a quebra da central de liquidação. No caso de atraso, a parte
afetada pode ter que buscar empréstimos para cobrir sua necessidade de caixa. No caso de quebra da central
de liquidação, a perda pode ser de todo o dinheiro envolvido na liquidação.
Oscilações na taxa de câmbio: a volatilidade da taxa de câmbio afeta a rentabilidade das operações
no exterior.
Mudanças no cenário político mundial: as mudanças no cenário político mundial alteram as taxas de
juros, os preços das ações, os preços das commodities (ouro e petróleo, por exemplo), entre outros,
afetando a rentabilidade das operações no exterior.
Questões legais, regulatórias e tributárias de cada país: a alteração das leis regulamentos e tributos
de um país podem afetar a rentabilidade das suas operações.
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Value at Risk (VaR, V@R) é um número que representa a pior perda esperada durante certo intervalo de
tempo, sob condições normais de mercado, com um grau de confiança considerado adequado.
O horizonte de tempo é o tempo necessário para se desfazer da carteira. No caso dos fundos, o horizonte
de tempo costuma ser o prazo de liquidez para resgates, normalmente 1 dia.
O grau de confiança mostra a perda estimada pelo VaR não é uma perda máxima com precisão absoluta,
porque a perda estimada pelo VaR pode ser excedida. Em outras palavras, se não há 100% de confiança,
existe uma probabilidade de “desconfiança”.
O VaR só serve para situações normais de mercado, não serve para situações de stress.
Exemplos:
Exemplo 1
Um VaR de R$ 8,7 milhões para 10 dias com 95% de confiança significa que,
até o prazo de 10 dias, tempo necessário para se desfazer da carteira, há
95% de chances do valor da perda da carteira não ser maior que R$ 8,7
milhões, portanto só há 5% de chances do valor rela da perda ser maior do
que R$ 8,7 milhões. Se o VaR tem grau de confiança de 95%, haverá erro de
5% dos casos. Em cada 100 dias espera-se errar a estimativa de perda em 5
dias, não mais do que 5 dias.
Exemplo 2
Um fundo de investimento tem VaR de 1% para 1 dia e 95% de confiança.
Isso significa que, para o dia seguinte, há 95% de chances do valor da perda
da carteira não ser maior que 1% do patrimônio do fundo, portanto só há 5%
de chances da perda ser maior do que 1% do patrimônio.
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O VaR é uma medida de risco. A importância do VaR é verificar se o risco da carteira está subindo ou
diminuindo, portanto, uma forma de se usar o VaR é comparando o VaR de hoje com o VaR dos dias
anteriores.
O Stop loss é a técnica utilizada para evitar que os limites de VaR de fundos sejam ultrapassados.
Quando a volatilidade dos mercados aumenta, o risco da carteira aumenta, refletindo no aumento do VaR.
Como muitos fundos têm limite de VaR, o gestor se vê obrigado a vender ativos com mais risco e aplicar em
ativos com menos risco para se adequar ao limite de VaR do fundo. A este movimento de reversão de
posições para diminuição do risco, chamamos de stop loss.
A técnica de stop loss é também muito usada por traders nas negociações de ativos, como forma de limitar
perdas. Por exemplo, o trader define um stop loss, que é um preço no qual ele dá a ordem de venda da ação
imediatamente, caso o preço caia até aquele nível, contrariando suas expectativas de alta. Com isso o stop
loss tende a limitar a perda para um valor preestabelecido.
O stress test mede quanto uma carteira pode perder em uma situação hipotética de stress
macroeconômico.
Essa situação de stress macroeconômico é chamada de cenário de stress. O cenário de stress pode ser
determinado a partir de um momento histórico de grande volatilidade ou ruptura, como uma crise
econômica, usando as variações dos preços e taxas deste período para simular a perda possível da carteira
atual.
Os cenários de stress também podem ser teóricos, de forma a se verificar como a carteira se comportaria
nessas situações teóricas.
As situações de stress têm uma probabilidade de ocorrência maior que a probabilidade apontada pela curva
normal. A curva normal tem caudas finas, isto significa que a probabilidade de eventos extremos é pequena.
Porém, na prática se observa que eventos extremos acontecem com mais frequência do que o esperado pela
curva normal. Isso nos faz concluir que a distribuição de probabilidade adequada para eventos extremos
deveria ter caudas grossas (fat tails), mostrando a maior frequência de eventos extremos.
Uma distribuição de probabilidade com caudas grossas significa que a probabilidade de eventos extremos
(eventos nas caudas) é maior que a probabilidade apontada pela curva normal, que caudas finas.
Caudas Grossas
As distribuições de probabilidade que atribuem aos eventos extremos maiores probabilidades que aquelas
atribuídas pela curva normal são chamadas de distribuições com caudas grossas.
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A distribuição de probabilidade dos retornos dos ativos financeiros possui caudas grossas, pois é verificado
empiricamente que a probabilidade de eventos extremos no ambiente financeiro é maior que a
probabilidade determinada pela curva normal.
O stress test, por não utilizar a curval normal, consegue capturar o efeito das caudas grossas no mercado
financeiro. Esse efeito não consegue ser capturado pelos modelos de VaR que usam os parâmetros da curva
na sua modelagem.
O back testing é uma técnica utilizada para testar a confiabilidade do modelo que calcula o VaR. Chama-
se back testing porque utiliza dados do passado para realizar o teste.
A essência do back testing é calcular o VaR para uma sequência de datas passadas com o modelo atual de
VaR, utilizando-se os preços daquela época. O VaR obtido é comparado com a perda ocorrida.
Tracking Error
Tracking error é uma medida de aderência que mostra se um fundo está aderente ou não ao benchmark.
Aderência é se comportar da mesma forma que o benchmark; é acompanhar o benchmark. Para um fundo
aderente, quando o retorno do benchmark aumenta, o retorno do fundo aumenta na mesma quantidade;
quando o retorno do benchmark diminui, o retorno do fundo diminui na mesma quantidade.
Quanto menor o tracking error mais aderente; quanto maior o tracking error menos aderente. Quando o
tracking error for zero, o fundo está perfeitamente aderente ao benchmark.
Onde:
TE = Tracking error
O tracking error não mostra qual o melhor ou o pior fundo, mostra apenas qual fundo é mais aderente.
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O fundo pode ser aderente ao benchmark apesar dos seus retornos estarem afastados do benchmark, basta
que os retornos se comportem da mesma forma que o benchmark (oscilem da mesma forma).
Erro Quadrático Médio
O erro quadrático médio é uma medida de como o retorno de um fundo se afasta do retorno do
benchmark.
O Erro Quadrático Médio, por sua vez, é dão pela seguinte equação:
Onde:
O erro quadrático médio não serve para mostrar qual o melhor fundo, apenas serve para dizer qual é o mais
afastado do benchmark.
O erro quadrático médio não diz se o retorno do fundo está afastado para cima ou para baixo do retorno do
benchmark, pois quando se eleva ao quadrado perde-se o sinal e, portanto, a referência de acima ou abaixo.
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Tracking Error e Erro Quadrático Médio são duas medidas de descolamento dos retornos de um fundo em
relação a um benchmark ou parâmetro de performance.
Fundos passivos tendem a apresentar menor tracking error e erro quadrático médio em relação aos fundos
ativos.
Caixa é um ativo que não rende juros. Administrá-lo bem é fazer com que o
investimento nesse ativo seja o menor possível e de forma a não causar
qualquer prejuízo às atividades da empresa, da organização ou fundo de
investimento.
Para determinar o saldo de caixa apropriado precisa-se avaliar os benefícios e custos da manutenção daquele
nível de liquidez e da capacidade de se obter liquidez imediata através da venda de outros ativos, sejam
aplicações financeiras ou não.
O saldo de caixa ideal a ser mantido é aquele que proporciona o menor custo total possível, sem afetar as
atividades do fundo, da empresa ou da organização.
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a) A > B e A > C
b) A > B e A < C
c) A < B e A > C
d) A < B e A < C
a) I, II e III
b) I, III e II
c) III, I e II
d) III, II e I
03 – Um título prefixado paga cupom semestral de 3% e o principal no seu vencimento. O prazo até o seu
vencimento é de 6 anos. A duration de Macaulay deste título é
a) Igual a 3 anos
b) Um pouco inferior a 3 anos
c) Igual a 6 anos
d) Um pouco inferior a 6 anos
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04 – A exigência da CVM em limitar os investimentos dos fundos em no máximo 20% do patrimônio líquido
em ativos de uma única Instituição Financeira, tem como objetivo reduzir o risco dos cotistas dos fundo,
um dos riscos mitigado com esta exigência é
a) Risco de Imagem
b) Índice de Sharpe da Carteira
c) Risco de Liquidez
d) Risco Legal
05 – O risco de crédito está associado a capacidade do emissor de um título em não honrar os pagamentos
a) Somente dos Juros
b) Somente do principal da dívida
c) Dos juros e do principal da dívida
d) Somente as obrigações que não possuem garantia real
06 – Gestor de uma carteira com duration igual a 180 dias, deseja reduzir o valor. Para isto deverá comprar
títulos cujo prazo de vencimento seja
a) Igual a 180 dias
b) Inferior a 180 dias
c) Maiores que 180 dias
d) Com correlação negativa em relação aos ativos da carteira
07 – O investidor que deseja obter retorno do índice IBrX comprando apenas algumas ações de sua
carteira, deve procurar ações que possuem
a) Beta igual a 0, em relação ao IBrX
b) Beta igual a 1, em relação ao IBrX
c) Correlação igual a 1, em relação ao IBrX
d) Desvio Padrão inferior ao IBrX
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a) Hedge
b) Especulação
c) Insider
d) Diversificação
11 – Pela teoria moderna de investimento, qual o melhor indicador da diversificação de uma carteira:
a) A média dos retornos dos ativos de uma carteira
b) A mediana dos retornos dos ativos de uma carteira
c) A correlação dos retornos dos ativos da carteira
d) O desvio padrão dos retornos dos ativos da carteira
12 – Em um empréstimo foi feita a contratação de um seguro prestamista. Logo, para o doador, qual risco
será minimizado:
a) De mercado
b) Cambial
c) Operacional
d) De contraparte
14 – O Back-test:
a) Mede o risco de mercado de uma carteira
b) Mede o risco de crédito de uma carteira
c) Valida uma modelagem de risco
d) O estresse do mercado
15 – Um investido ao se informar sobre perdas de empresas com derivativos decide zerar suas posições.
Dias após a essa estratégia, ele verifica que o VaR de sua carteira subiu bastante. Isso acontece por quê?
a) O modelo de VaR necessariamente está errado
b) O risco de crédito dos ativos aumentou muito
c) as posições em derivativos serviam de hedge para ativos da carteira
d) Alto risco de liquidez
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19 – O coeficiente B (beta) de uma carteira é igual a 1. Assim o retorno esperado desta carteira será de:
a) Igual taxa de juros
b) Maior que o retorno esperado do mercado
c) Igual ao retorno esperado do mercado
d) Menor que a taxa de juros livre de risco
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22 – Um investidor que o índice Sharpe do seu fundo A é menor que o índice Sharpe de um determinado
fundo B, porém seu fundo (fundo A) apresentou um retorno maior. Assim pode-se afirmar que
a) Houve um erro de cálculo, pois um índice Sharpe maior implica em maior rentabilidade do fundo
b) O fundo A possui maior risco em relação ao fundo B
c) O fundo B possui maior risco em relação ao fundo A
d) O fundo B certamente será um fundo alavancado
23 – Sobre o risco de títulos da dívida externa, resgatáveis em dólares negociados no exterior, podemos
afirmar que:
a) Existe a possibilidade de risco soberano
b) Não tem risco soberano
c) Tem risco de crédito mitigado
d) Estão coberto pelo governo dos EUA
Assinale os fundos que apresentam menor risco e melhor relação risco retorno, respectivamente.
a) Fundo A e Fundo A
b) Fundo A e Fundo B
c) Fundo B e Fundo B
d) Fundo B e Fundo A
26 – Ao realizar um contrato de SWAP com garantia da Bolsa de Valores o investidor estará reduzindo o
seu risco de
a) Juros
b) Mercado
c) Liquidez
d) Contraparte
27 – A medida de risco utilizada no cálculo do Índice Sharpe e do Índice Treynor são respectivamente
a) Desvio Padrão e Correlação
b) Índice Beta e Desvio Padrão
c) VaR e Covariância
d) Desvio Padrão e Beta
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GABARITO
01 – C 11 - C 21 - B
02 – D 12 - D 22 - B
03 – D 13 - D 23 - A
04 – C 14 - C 24 - A
05 – C 15 - C 25 - A
06 – B 16 - B 26 - D
07 – B 17 - C 27 - D
08 – A 18 - A
09 – B 19 - C
10 – D 20 - A
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APOSTILA – CERTIFIAÇÃO PROFISSIONAL ANBIMA CPA-20 PROF. JOÃO HENRIQUE
Referências Bibliográficas
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GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 12 Ed. São Paulo, Pearson, 2010.
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SITES
www.bcb.gov.br
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www.cvm.org.br
www.febraban.org.br
www.edgarabreu.com.br
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