Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PENSATA 1
O texto em estudo foi escolhido pelo meu objetivo em relação ao tema. Considero
relevante fazer um apanhado geral sobre a história do tema para em seguida focar em pontos
específicos e, lendo a introdução dos textos disponíveis para a análise, este se mostrou mais
propício ao entendimento holístico do assunto. Assim, escolhi analisar mais a fundo o texto
que foca na história da administração pública no Brasil, com esperança de conhecer melhor os
momentos históricos relevantes sobre o assunto e acredito que o texto atendeu minhas
expectativas, citando não apenas momentos, mas também figuras e instituições relevantes a
cada época, como a Dasp - instituição que foi fundamental para o estudo do assunto e que ao
longo da história foi reinventada e adaptou-se aos governos a qual foi necessária.
A intenção da autora ao escrever o texto fica bem clara quando a mesma afirma, logo
no início do artigo, que pretende apresentar a trajetória de desenvolvimento da administração
pública enquanto área de conhecimento. Ela considera esta uma tarefa difícil, dado a extensão
histórica, o grande número de documentos e o contato entre a administração pública e tantas
outras áreas do saber (p. 278). Nas palavras de Fischer:
Sendo o texto uma revisão histórica, não acredito que a autora tenha exposto tanto suas
próprias ideias, mas sim feito um compilado de momentos, explicitando o porquê de sua
relevância para o tema.
O texto constrói-se, em primeiro momento, buscando definir como a administração
pública se encaixa enquanto disciplina, onde a autora prefere defini-la enquanto uma
interdisciplina, uma vez que a “permeabilidade em relação ao ambiente e a
multidisciplinaridade de contribuições teóricas de que alvo dificultam a aceitação da
administração como disciplina” (p. 279-280). Em seguida, trabalha-se as dimensões de
racionalidade, tão importante a coisa pública, por ser uma das bases para a burocracia.
Esta estratégia, porém, acabou sendo contestada, o que colocou em xeque também as bases do
ensino.
Por fim, debate-se também o declínio da administração como estratégia de
desenvolvimento. Segundo a autora:
“Entre as críticas recebidas quanto ao processo, destaquem-se as relativas ao
mecanismo de treinamento então utilizado, qual seja, o uso dos "agentes de reforma"
como difusores. Além de se terem treinado principalmente os escalões inferiores, o
treinamento recebido foi marcadamente comportamental, com poder restrito de decido,
além de atingir, notadamente, aqueles com pouco poder e ações nas organizações
públicas. Por outro lado, o uso extensivo de empresas consultoras para prestação de
assistência técnica à reforma trouxe contribuições muitas vezes não identificadas com
os valores reformistas.
Seria simplista atribuir-se as falhas da reforma apenas ao tratamento das
questões de pessoal, ao treinamento de agentes e à ação das consultoras. De fato, mais
uma vez se atrelava a reforma ao desenvolvimento do país, agora em uma ótica de
sistemas abertos. Novamente a racionalidade funcional faz parte da ideologia -
reformista, agora vinculada através de técnicas comportamentalistas” (FISCHER,
1984).