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FILOSOFIA / SOCIOLOGIA nº 02
PÓS-MODERNIDADE científicas e filosóficas, dotaram o homem de força e sabedoria. Até então,
ele era um frágil, errante e pecador que deveria se sujeitar ao conhecimento
Ultimamente muito se tem falado em pós-modernidade, e mais do dado pelo teísmo, mas na modernidade é ele, homem, que assume o posto
que isso, o termo “pós-modernismo” vem se tornando um “termo-coringa”, da divindade.
isto é, um termo que serve para tudo como um trunfo, saturando-se de Deus é destronado – o homem científico matou Deus, constatou
significados, quaisquer que sejam. Tais termos são perigosos, carregam Nietzsche –, o plano divino não é negado, mas a vida terrena é separada
Deus e o diabo trocando condolências em uma mesma carruagem, da vida eterna; na terra reina o homem, no céu reina Deus. O homem
querem dizer o “tudo”, mas se confundem em uma cacofonia de vozes. econômico-liberal com seu “super-poder” – a Razão – irá buscar criar um
Tudo é “pós-modernismo”, dizem. No cotidiano encontramos um duplo mundo ideal, mais ou menos previsível, determinado, organizado, lógico,
sentido para o termo: “pós-moderno” é usado tanto em sentido pejorativo racional e, principalmente, ordenado – condições essenciais para que se
como em sentido virtuoso; o sujeito pós-moderno, então, pode ser visto possa atingir a felicidade, também inventada pelo homem moderno.
de acordo com a preferência do observador. A sociedade moderna deveria estar sob o controle absoluto do Estado,
Não é minha intenção discutir nenhum dos dois significados, mas sim, os instintos e a vida cotidiana deveriam ser domados pelos mecanismos
apresentar algumas considerações sobre o conceito de pós-modernismo estatais de modo a controlar homens e mulheres para a boa ordem da
dentro de uma perspectiva filosófica e sociológica, sobretudo, com os civilização. Estradas planas e bem iluminadas eram necessárias para que
contornos do sociólogo Zygmunt Bauman, tão mencionado pelo mestre o capital pudesse desfilar livremente rumo ao “progresso”, este, o novo
Nilton Sousa. dogma da era moderna.
O próprio termo não é um consenso dentro da sociologia. Bauman A moral, a ética e a ciência ditavam uma ordem determinista e
diz que Giddens caracteriza a sociedade atual como “moderna tardia”, universal, o discurso que não se enquadrava no método lógico-formal
Beck como “moderna reflexiva”, entre outros. Já ele, Bauman, opta não poderia ter lugar no palco científico. A era moderna foi marcada,
pela sociedade “pós-moderna”: “A nossa sociedade (…) como prefiro sobretudo, pela crença na razão e no progresso – em outros termos,
denominá-la – pós-moderna – é marcada pelo descrédito, escárnio ou pela inversão do polo transcendental para o terreno.
justa desistência de muitas ambições (…) características da era moderna.” Mas o século XX iria colocar em xeque o mundo do progresso e
O importante não é então a etimologia da palavra, mas sim, termos em da razão. A ordem e a inteligibilidade pareciam se tornar anêmicas
mente que quando falamos em “pós-modernismo” fora do senso comum, diante de grandes colapsos gerados pelas guerras, revoluções, estragos
estamos falando de um período marcado por algumas transformações, ambientais, atrocidades e mortes em massa e outros conflitos marcados
momento este que marca uma linha divisória mas não fixa e nem tanto pelo horror.
inteligível entre o que é “moderno” e “pós-moderno”. Ora, pois, a Razão começava a perder a razão, a ordem mostrava
Usamos “pós-modernismo” para caracterizar uma época em que o caos, e o progresso… bem, o progresso que prometia uma viagem
visíveis mudanças ocorrem na sociedade em suas múltiplas faces: política, tranquila à estação felicidade parecia ser a trilha para o fim do mundo.
arte, economia, ciência, técnica, educação, relações humanas etc. No O homem passou a questionar-se sobre aquelas virtudes quase divinas
entanto, não significa que a humanidade abandonou a modernidade, são que ele tinha atribuído a si mesmo. A euforia no progresso dá lugar à
tênues divisórias imaginárias que marcam o que é moderno e o que incerteza no futuro – eis aqui um dos componentes essenciais das “almas
é pós-moderno; o pós-modernismo, em seus vários aspectos que o pós-modernas”.
distingue da era moderna, carrega também a modernidade. Nesse contexto de profundas crises humanas, mudanças irão surgir
Não reinventamos uma nova moral, uma nova ética, uma nova ciência, nas múltiplas faces sociais e culturais. Podemos dizer que nas últimas
uma nova economia etc.; um dos princípios do debate pós-modernista é a décadas do século XX entra em cena uma sensação de incertezas e
liberdade, de tal forma que ela sorri abertamente para as divergências; o dúvidas: o pós-modernismo.
efêmero, outro princípio pós-moderno, necessita do debate de opiniões, Há uma ruptura com o mundo ordenado da modernidade. Mudanças
mas a ordem é não manter nenhuma ordem, nenhuma opinião, nenhum ocorrem em vários campos, as “certezas” se diluem em incertezas e a
valor que seja fixo. Tudo se apresenta como líquido, disforme, fluido, liberdade, tão cultuada, trata de dar os contornos das novas configurações
impossível de constância – daí o termo “modernidade líquida” de Bauman econômicas, sociais, culturais, políticas, artísticas, científicas e cotidianas
em contraposição à “modernidade sólida” do período moderno em que o – e ninguém sabe dizer para onde estamos indo; a modernidade
mundo era criado conforme uma ordem universal. respondia com autoridade que estávamos caminhando para o progresso,
Penso que não dá para compreender pós-modernismo sem antes mas a pós-modernidade não está interessada em responder questões
jogar um pouco de luz sobre aquilo que até então foi chamado de existenciais. Nascer com um prazo de expiração é uma virtude desse
modernidade. mundo pós-moderno.
A modernidade tirou O pós-modernismo busca a todo instante a intensificação das
Deus do centro do universo e sensações e dos prazeres da felicidade, mas jamais quer conhecer a
colocou o homem, os valores face daquilo que procura, daí ser marcado pelo sentimento de vazio.
deixaram de vir do plano Nas relações humanas as identidades são marcadas pelas
transcendental e passaram a incertezas. Os vínculos são ditados por um jogo em que o jogador deve
ser ditados pela vida terrena. A conquistar o maior número possível de admiradores, mas com o devido
Reforma Religiosa e, sobretudo, cuidado para manter uma distância que não permita criar laços sólidos
as mudanças econômicas do (quantos amigos você tem no Facebook? Eu falei amigos!). A instituição
século XVII, o capitalismo se do casamento é um negócio mais com caráter de festividade do que o
despedindo de suas formas antigo pacto de homens e mulheres que adquiriam o alvará, perante
pré-capitalistas, o germinar do Deus, para terem relações sexuais selados com a aprovação divina; o
conhecimento moderno, a saber, ar pesado do “até que a morte nos separe” é substituído pela leveza de
o cartesianismo, o humanismo, um contrato que deve deixar muito bem claro as fronteiras que dirão os
o iluminismo entre outras fontes rumos de cada um quando o amor perder o prazo de validade.
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Difícil enquadrar o momento atual em um conceito, nenhum caminho
está traçado para a humanidade, o discurso do progresso como uma linha
reta rumo à felicidade desmanchou-se no ar. O pós-modernismo está
marcado por uma atmosfera do vazio, do tédio e do completo niilismo
(corrente filosófica que, em princípio, concebe a existência humana como
desprovida de qualquer sentido); o niilista passivo, tal como previsto por
Nietzsche. Nietzsche disse também que o niilismo poderia se “quebrar”,
e a completa “vontade de nada” poderia não mais suportar a si própria,
e novos sentidos poderiam ser inventados, mas por enquanto o incerto
caminho da humanidade está em aberto, certo é que está bem mais para
a destruição do que para a criação.
O conceito de pós-modernidade tornou-se, nos últimos anos, um
dos mais discutidos nas questões relativas à arte, à literatura ou à teoria
social, mas a noção de pós-modernidade reúne rede de conceitos e
modelos de pensamento em “pós”, dentre os quais podemos elencar
alguns: sociedade pós-industrial, pós-estruturalismo, pós-fordismo,
pós-comunismo, pós-marxismo, pós-hierárquico, pós-liberalismo,
pós-imperialismo, pós-urbano, pós-capitalismo. A pós-modernidade
coloca-se também em relação com o feminismo, a ecologia, o
ambiente, a religião, a planificação, o espaço, o marketing, a
administração. O geógrafo Georges Benko afirma que o “pós” é
incontornável, o fim do século XX se conjuga em “pós”. Mal-estar
ou renovação das ciências, das artes, da filosofia estão em uso.
As características da pós-modernidade podem ser resumidas
em alguns pontos: propensão a se deixar dominar pela imaginação
das mídias eletrônicas; colonização do seu universo pelos mercados
(econômico, político, cultural e social); celebração do consumo como
expressão pessoal; pluralidade cultural; polarização social devido aos
distanciamentos acrescidos pelos rendimentos; falências dos ideais
emancipadores como aqueles propostos pela Revolução Francesa:
liberdade, igualdade e fraternidade.
As senhas, para entendimento da pós-modernidade, são: a
A pós-modernidade recobre todos esses fenômenos, conduzindo, saturação, a sedução, o simulacro, o soft, o light, a globalização, a
em um único e mesmo movimento, a uma lógica cultural que valoriza automação, a fragmentação, o chip. Os modelos são Justin Bieber e
o relativismo e a (in)diferença, a um conjunto de processos intelectuais Beyoncé, que qualquer dia destes farão um grande show para ajudar
flutuantes e indeterminados, a uma configuração de traços sociais que crianças famintas da África; que gravarão um disco, com numerosos
significaria a erupção de um movimento de descontinuidade da condição colegas, para ajudar os “americanos a salvarem” refugiados de
moderna: mudanças dos sistemas produtivos e crise do trabalho, eclipse algum país latino-americano. Como assinala Otávio Ianni: “Ao lado da
da historicidade, crise do individualismo e onipresença da cultura montagem, colagem, bricolagem, simulação e virtualidade”, muitas vezes
narcisista de massa. combinando tudo isso, a mídia parece priorizar o espetáculo videoclipe.
Em outras palavras: a pós-modernidade tem predomínio do Tanto é assim que guerras (como as do Oriente Médio) e genocídios
instantâneo, da perda de fronteiras, gerando a ideia de que o mundo está parecem festivais pop, departamentos do shopping center global, cenas
cada vez menor através do avanço da tecnologia. Estamos diante de um da Disneylândia mundial. Os mais graves e dramáticos acontecimentos
mundo virtual, imagem, som e texto em uma velocidade instantânea. da vida de indivíduos e coletividades aparecem, em geral, como um
Eis as verdadeiras testemunhas da pós-modernidade: o blu-ray, o videoclipe eletrônico informático, desterritorializado entretenimento em
DVD, o CD, o MP3, a clonagem, o implante de órgão, próteses e órgãos todo o mundo.
artificiais que engendram uma geração de seres em estados artificiais Estamos vivendo um momento de fenômenos insólitos. Tudo se
que colocam em xeque a originalidade ou naturalidade do humano. As passa como se o futuro tivesse se tornado um lugar vazio. O procedimento
invenções tecnológicas decodificadas como o computador, o relógio pós-moderno é antes uma paixão do “tecer das alteridades” enquanto
digital, o telefone celular, as secretárias eletrônicas, o vídeo, os satélites, estamos diante da TV, bebendo um refrigerante Coca-cola, mastigando
as Nets redes (sistema http// e www), os códigos de barras, “os cartões um McDonald´s feliz ou experimentando um biscoito Nestlé, sem
magnéticos multicoloridos que alimentam sonhos da era digital”. (des)entendimentos da Nova Ordem Mundial, nova sociedade ou
Os shoppings, os condomínios e novos prédios são cápsulas sociedade de consumo.
autônomas de vivência. Tudo é performance: os motoristas Caracterizar o pós-modernismo não significa negar a época atual
transformam-se em pilotos; a voz dos locutores das rádios FM é igual em detrimento do modernismo, não é querer uma volta ao passado.
em todas as estações. Vale o extraforte, o superdoce, o minúsculo, o Pós-modernismo e modernismo não são gladiadores a se digladiarem
gigantesco. Vale o novo; um novo produto mais eficaz, um novo alimento para ver quem é o vencedor e quem é o perdedor; são momentos,
mais saudável; uma nova TV mais interativa. Vale o extra, o super, o paisagens da humanidade que buscam, pretensiosamente, descrever
superextra, o macro. os caminhos por onde tem andado a humanidade. Não nos cabe o
Fantasmas e desvios nos rodeiam: no corpo – a doença (AIDS); na julgamento, olhar para o passado e acusar o presente ou negar o
mente – a loucura; na natureza – a catástrofe; na economia – a queda das passado enaltecendo o presente.
bolsas; na paixão – a morte; no orgasmo – o desprazer; no computador Estamos, como nos diz o escritor português José Saramago, através
– o vírus. de um dos personagens de Ensaio sobre a cegueira: “(…) Cegos, cegos
As informações e a preocupação com a saúde da natureza são que veem, cegos que, vendo, não veem.”
colocadas em xeque ou em cheque; no Brasil já existe uma nova indústria “O que estamos fazendo de nossas vidas?” – perguntou Foucault.
O pós-modernismo ainda vai adiar qualquer tentativa de resposta, não se
parecida com a da seca. É a “Indústria do meio ambiente”, recursos
sabe até quando. No momento os deuses pós-modernos – o Capital e o
destinados à proteção das florestas, dos rios e dos animais são desviados Consumo –, só aceitam oferendas marcadas pelo efêmero, pelo incerto,
pelo Poder público, pelas ONG’s e organismos privados. pela dúvida, pela liberdade e pelo eterno adiamento.
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FONTES BIBLIOGRÁFICAS E LEITURAS RECOMENDADAS 2. Os movimentos teóricos em estética, na pós-modernidade,
BAUMAN, Z. Vidas desperdiçadas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, sofrem transformações, destacando-se, nos modos de produção
2005. da obra de arte, a reprodutibilidade técnica e a indústria cultural.
⋅ Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. 2001. Com base nessa afirmação, assinale o que for correto.
⋅ Tempos líquidos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2007. I. A partir da sociedade industrial ou pós-industrial, os
⋅ O mal-estar na pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar objetos de consumo, produzidos em série, são anônimos,
Editor, 1998. descartáveis e efêmeros, características que encontramos
⋅ Modernidade e Ambivalência. RJ. Jorge Zahar Editor. 1999. na indústria cultural;
FERREIRA, J. F. O que é pós-moderno. São Paulo: Brasiliense.
II. Com o advento da tecnologia, a fotografia e o cinema
FRITJOF, Capra. O ponto de mutação. São Paulo: Cultrix, 2000.
são possibilidades de manifestação estética acessíveis
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 2000.
a um número maior de espectadores, colaborando para a
LIPOVETSKY, G. A era do vazio: ensaios sobre o individualismo
formação de uma sociedade unidimensional;
contemporâneo. Barueri: Manole, 2005.
MORIN, Edgar. A religação dos saberes: o desafio do século XXI. Rio de III. A sala de concerto e o museu exprimem as formas
Janeiro: Bertrand Brasil, 2001. tradicionais da obra de arte, contrapostas ao CD, DVD, MP3,
SANTOS, Milton. Espaço e sociedade. Petrópolis: Vozes, 1979. que são tecnologias portáteis, mas também modificadoras
⋅ A natureza do espaço: técnica e tempo. Razão e da experiência estética;
emoção. São Paulo: Hucitec, 1996. IV. Com o advento da Internet, o livro perdeu totalmente
WIENER, Nobert. Cibernética e sociedade – o uso humano dos seres seu lugar, permanecendo restrito aos intelectuais e
vivos. São Paulo: Cultrix, 1968. frequentadores dos museus-biblioteca;
V. No mundo contemporâneo, a modificação do espaço
urbano, com o fechamento das antigas salas de cinema do
centro das cidades e a construção dos shopping centers,
Exercícios acarreta uma mudança na percepção estética.
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V. Os avanços tecnológicos influenciam decisivamente a Sobre a pós-modernidade, é correto afirmar:
visão de mundo no tempo pós-moderno. A automação, A) Pós-modernidade se refere às condições socioeconômicas
a microeletrônica, a informática alteraram o mundo do e culturais do capitalismo pós-industrial, que acentuam o
trabalho e as relações intersubjetivas. O mercado requer individualismo, o consumismo e promovem a compressão do
profissionais versáteis; a sociedade, indivíduos informados, espaço e do tempo.
críticos e solidários. B) Enquanto movimento estético, o termo denota um compromisso
de resgate do pensamento iluminista e de princípios funcionais
As afirmativas corretas são apenas: rígidos sobre o uso do tempo.
A) I, II e III C) Pós-modernidade se refere à era da produção fordista, que
B) II, III e IV aumentou a velocidade da produção das mercadorias, graças
C) I, III, IV e V à implantação da linha de montagem, produção em série e do
D) III e IV consumo de massa.
E) II, IV e V D) A pós-modernidade chega ao Brasil no esteio da política de
industrialização baseada na substituição de importações,
4. [...] o pós-modernismo ameaça encarnar hoje estilos de vida e de redirecionando a concepção tradicional do sistema produtivo e
filosofia nos quais viceja uma ideia tida como arqui-sinistra: o do uso do tempo.
niilismo, o nada, o vazio, a ausência de valores e de sentido para E) O movimento que dá início à pós-modernidade se apoia na
a vida. Mortos Deus e os grandes ideais do passado, o homem defesa dos princípios tayloristas de produção, baseados no
moderno valorizou a Arte, a História, o desenvolvimento, a planejamento e divisão flexível do trabalho.
Consciência Social para se salvar. Dando adeus a essas ilusões,
o homem pós-moderno já sabe que não existe Céu nem sentido FB no Enem – Nº 01 – Professor: Nilton Sousa
para a História, e assim se entrega ao presente e ao prazer, ao 1 2 3 4 5
consumo e ao individualismo. [...].
B A B A B
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo.
Razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996.
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