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FILOSOFIA COM VIVIANE CATOLÉ 1

independentemente da apreensão e atitude humanas.


O período muito mais curto da filosofia moderna
baseou-se mais nos instrumentos do conhecimento
humano, mas de certo modo comprometeu-se a ser
desnecessário. No final do século XX, há uma razão
para acreditar que uma nova era filosófica estava
surgindo com o novo século, prometendo ser o
momento mais rico para a compreensão humana. A
era pós-moderna posicionou-se para sintetizar em
um nível superior – o nível de experiência, onde o
ser das coisas e a atividade do conhecimento finito se
interpenetram mutuamente e fornecem os materiais
dos quais se pode derivar o conhecimento da natureza
e o conhecimento da cultura. em sua simbiose total
– as conquistas dos antigos e dos modernos de uma

PÓS-MODERNIDADE maneira que dá crédito total às preocupações de


ambos. A era pós-moderna tem como tarefa distintiva

(PARTE 1)
na filosofia a exploração de um novo caminho, não o
velho modo das coisas ou o novo caminho das ideias,
mas o caminho dos signos, por meio do qual os picos
e os vales do pensamento antigo e moderno podem
ser examinado e cultivado por uma geração que tem
ainda mais picos para escalar e vales para encontrar.

Características
As principais características do movimento pós-
moderno são a ausência de valores e regras,
imprecisão, individualismo, pluralidade, mistura do
real e do imaginário (hiper-real), produção em série,
espontaneidade e liberdade de expressão.
Muitas reivindicações pós-modernas são um repúdio
A filosofia pós-moderna é um movimento filosófico deliberado de certos valores iluministas do século
que surgiu na segunda metade do século 20 como XVIII. Tal pós-modernista acredita que não há uma
uma resposta crítica às suposições supostamente realidade natural objetiva, e que lógica e razão
presentes nas ideias filosóficas modernistas sobre são meras construções conceituais que não são
cultura, identidade, história ou linguagem que foram universalmente válidas.
desenvolvidas durante o Iluminismo do século XVIII.
Duas outras práticas pós-modernas características
Pensadores pós-modernistas desenvolveram conceitos são a negação da existência da natureza humana
como diferença, repetição, traço e hiper-realidade para e um ceticismo (às vezes moderado) em relação às
subverter “grandes narrativas”, univocidade do ser e alegações de que a ciência e a tecnologia mudarão a
certeza epistêmica. A filosofia pós-moderna questiona sociedade para melhor.
a importância das relações de poder, personalização e
Os pós-modernistas também acreditam que não
discurso na “construção” da verdade e das visões de
há valores morais objetivos. Assim, a filosofia pós-
mundo. Muitos pós-modernistas parecem negar que
moderna sugere igualdade para todas as coisas. O
existe uma realidade objetiva e parecem negar que
conceito de bem e o conceito de mal do outro devem
existem valores morais objetivos.
ser igualmente corretos, uma vez que o bem e o mal
A era da filosofia grega e latina baseava-se em um são subjetivos. Uma vez que tanto o bem quanto o
sentido preciso de “ser”: a existência exercida por coisas mal são igualmente corretos, um pós-modernista

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tolera os dois conceitos, mesmo que discorde Um exemplo de metanarrativa é a filosofia iluminista,
subjetivamente deles. que acreditava que a razão e seus produtos - o
progresso científico e a tecnologia - levariam o
Jean-François Lyotard – o fim das homem à felicidade, emancipando a humanidade dos
dogmas, mitos e superstições dos povos primitivos.
metanarrativas
Há modificações importantes, desde os anos 50, na
concepção do que seja ciência e universidade. Não se
trata da substituição de um ‘mau’ conceito de ciência
por outro ‘bom’ e sim entender que as transformações
tecnológicas provocaram modificações substanciais na
forma de produzir e distribuir o saber, ou seja, a ciência.
Lyotard baseia-se no conceito de jogos de linguagem,
de Wittgenstein para afirmar que a legitimação dos
saberes só pode ser local e contextual. Assim, como
a linguagem só adquire sentido quando usada, isto é,
quando se torna um "lance" em um jogo específico,
Filósofo francês, nascido em 1924 e falecido em 1998, os saberes também, para Lyotard, são justificados por
foi um dos mais importantes filósofos da França na consensos provisórios e parciais.
discussão sobre a pós-modernidade REFERÊNCIA
com a obra A Condição Pós- Lyotard, Jean-François. A Condição Pós-Moderna. José Olympio, Rio
Moderna, publicada em 1984.. de Janeiro

Lyotard escreve esta proposta


para as sociedades Ocidentais e
que estão em estágio avançado de EXERCÍCIOS
desenvolvimento, e não para todas
as sociedades. O campo é onde a 1. (Enem 2013) O edifício é circular. Os apartamentos
plataforma do saber nas sociedades dos prisioneiros ocupam a circunferência. Você
informatizadas atua, a partir dos anos 50. Com o avanço pode chamá-los, se quiser, de celas. O apartamento
da tecnologia em geral, a transição dos saberes e de do inspetor ocupa o centro; você pode chamá-lo, se
informações aumentam a cada momento, e se torna quiser de alojamento do inspetor. A moral reformada;
cada vez mais fácil o acesso ao saber, coisa que não era a saúde preservada; a indústria revigorada; a
possível na era moderna. O transporte multissensorial instrução difundida; os encargos públicos aliviados; a
de informações com imagens, sons e textos mudam a economia assentada, como deve ser, sobre uma rocha;
forma de saber e como atua o corpo social. Com a queda o nó górdio da Lei sobre os Pobres não cortado, mas
das grandes metanarrativas da modernidade, e com desfeito – tudo por uma simples ideia de arquitetura!
o fim da reforma socialista, as crendices e verdades
absolutas tiveram o seu fim decretado. BENTHAM, J. O panóptico. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.

“Simplificando ao extremo, eu defino o pós-moderno


Essa é a proposta de um sistema conhecido como
como incredulidade em relação às metanarrativas”,
panóptico, um modelo que mostra o poder da
onde o que ele entende por metanarrativa é algo
disciplina nas sociedades contemporâneas, exercido
como uma história unificada, completa, universal
preferencialmente por mecanismos
e epistemicamente certa sobre tudo. Isto é, os pós-
modernistas rejeitam as metanarrativas porque
a) religiosos, que se constituem como um olho divino
rejeitam o conceito de verdade que as metanarrativas
controlador que tudo vê.
pressupõem. Os filósofos pós-modernos em geral
b) ideológicos, que estabelecem limites pela alienação,
argumentam que a verdade é sempre contingente ao
impedindo a visão da dominação sofrida.
contexto histórico e social, em vez de ser absoluta
c) repressivos, que perpetuam as relações de dominação
e universal, e que a verdade é sempre parcial e “em
entre os homens por meio da tortura física.
questão”, e não completa e certa.

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d) sutis, que adestram os corpos no espaço-tempo por a) combater ações violentas na guerra entre as nações.
meio do olhar como instrumento de controle. b) coagir e servir para refrear a agressividade humana.
e) consensuais, que pactuam acordos com base c) criar limites entre a guerra e a paz praticadas entre
na compreensão dos benefícios gerais de se ter as os indivíduos de uma mesma nação.
próprias ações controladas. d) estabelecer princípios éticos que regulamentam as
ações bélicas entre países inimigos.
2. (UEMA) Gilberto Cotrim (2006. p. 212), ao tratar e) organizar as relações de poder na sociedade e entre
da pós-modernidade, comenta as ideias de Michel os Estados.
Foucault, nas quais — [...] as sociedades modernas
apresentam uma nova organização do poder que se 4. (PUC-PR) Considere o excerto a seguir.
desenvolveu a partir do século XVIII. Nessa nova É um hábito humano – muito humano – culpar e punir
organização, o poder não se concentra apenas no os mensageiros pelo conteúdo odioso da mensagem
setor político e nas suas formas de repressão, pois de que são portadores – nesse caso, das enigmáticas,
está disseminado pelos vários âmbitos da vida social inescrutáveis, assustadoras e corretamente
[...] [e] o poder fragmentou-se em micropoderes e abominadas forças globais que suspeitamos (com
tornou-se muito mais eficaz. Assim, em vez de se boas razões) serem responsáveis pelo perturbador
deter apenas no macropoder concentrado no Estado, e humilhante sentido de incerteza existencial que
[os] micropoderes se espalham pelas mais diversas devasta e destrói nossa confiança, ao mesmo tempo
instituições da vida social. Isto é, os poderes exercidos que solapa nossas ambições, nossos sonhos e planos
por uma rede imensa de pessoas, por exemplo: os de vida. E embora quase nada possamos fazer para
pais, os porteiros, os enfermeiros, os professores, as controlar as esquivas e remotas forças da globalização,
secretarias, os guardas, os fiscais etc. podemos pelo menos desviar a raiva que nos
provocaram e continuam a provocar, e despejar nossa
Fonte: COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: história e ira, alternadamente, sobre seus produtos, ao nosso
grandes temas. São Paulo: Saraiva, 2006. (adaptado)
lado e ao nosso alcance. Isso, claro, não vai chegar
nem perto das raízes do problema, mas pode aliviar,
Pelo exposto por Gilberto Cotrim sobre as ideias de
ao menos por algum tempo, a humilhação provocada
Foucault, a principal função dos micropoderes no
por nossa impotência e incapacidade de resistir à
corpo social é interiorizar e fazer cumprir
debilitante precariedade de nosso lugar no mundo.
a) o ideal de igualdade entre os homens. BAUMAN, Z. Estranhos à nossa porta. Trad.: Carlos Alberto
b) o total direito político de acordo com as etnias. Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2017, p. 21-22.
c) as normas estabelecidas pela disciplina social.
d) a repressão exercida pelos menos instruídos. O autor do texto apresenta o hábito que os humanos
e) o ideal de liberdade individual. têm de culpar e punir o mensageiro por causa do
conteúdo da mensagem que conduzem. Para tanto,
3. (Enem 2010) A lei não nasce da natureza, junto das fundamenta seu ponto de vista
fontes frequentadas pelos primeiros pastores: a lei
nasce das batalhas reais, das vitórias, dos massacres, a) nos mecanismos de apagamento das consequências
das conquistas que têm sua data e seus heróis de das ações globais.
horror: a lei nasce das cidades incendiadas, das terras b) na percepção do panorama gerado pelas forças da
devastadas; ela nasce com os famosos inocentes que globalização.
agonizam no dia que está amanhecendo. c) na precariedade de nosso lugar no mundo diante da
crueza de nossa ira.
FOUCAULT. M. Aula de 14 de janeiro de 1976. In. Em defesa da d) no exemplo de como lidamos com os produtos da
sociedade. São Paulo: Martins Fontes. 1999
globalização.
e) na humilhação provocada por nossa impotência
O filósofo Michel Foucault (séc. XX) inova ao pensar
diante das incertezas.
a política e a lei em relação ao poder e à organização
social. Com base na reflexão de Foucault, a finalidade
5. (Unioeste) Os estudos realizados por Michel Foucault
das leis na organização das sociedades modernas é
(1926-1984) apresentam interfaces que corroboram

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para estudos em diversas áreas de conhecimento, b) restringiram-se às sociedades de países desen-
entre as quais a Filosofia, Ciências Sociais, Pedagogia, volvidos, onde a industrialização avançada, a pe-
Psiquiatria, Medicina e Direito. Em 1975, Foucault netração dos meios de comunicação de massa e a
publicou a obra “Vigiar e Punir: história da violência alienação cultural que deles resultava eram mais
das prisões”, na qual propunha uma nova concepção evidentes.
de poder, a qual abandonava alguns postulados que c) resultaram no fortalecimento do conservadorismo
marcaram a posição tradicional da esquerda do período. político, social e religioso que prevaleceu nos países
ocidentais durante as décadas de 70 e 80.
Sobre a concepção de poder foucaultiana, é CORRETO d) tiveram baixa repercussão no plano político, apesar
afirmar. de seus fortes desdobramentos nos planos social e
cultural, expressos na mudança de costumes e na
a) Só exerce poder quem o possui, por se tratar de um contracultura.
privilégio adquirido pela classe dominante que detém e) inspiraram futuras mobilizações, como o pacifismo,
o poder econômico. o ambientalismo, a promoção da equidade de gêneros
b) O poder está centralizado na figura do Estado e e a defesa dos direitos das minorias.
está localizado no próprio aparelho de Estado, que é o
instrumento privilegiado do poder. 7. (ENEM LIBRAS 2017) O momento histórico das
c) Todo poder está subordinado a um modo de disciplinas é o momento em que nasce uma arte do
produção e a uma infraestrutura, pois o modo como corpo humano, que visa não unicamente o aumento
a vida econômica é organizada determina a política. das suas habilidades, nem tampouco aprofundar sua
d) O poder tem como essência dividir os que possuem sujeição, mas a formação de uma relação que no mes-
poder (classe dominante) daqueles que não têm poder mo mecanismo o torna tanto mais obediente quanto
(classe dos dominados). é mais útil, e inversamente. Forma-se então uma polí-
e) O poder não remete diretamente a uma estrutura tica das coerções, que são um trabalho sobre o corpo,
política, ao uso da força ou a uma classe dominante: as uma manipulação calculada de seus elementos, de
relações de poder são móveis e só podem existir quando seus gestos, de seus comportamentos.
os sujeitos são livres e há possibilidade de resistência.
FOUCAULT, M. Vigiar e punir: história da violência nas prisões.
Petrópolis: Vozes, 1987.
6. (Enem) O ano de 1968 ficou conhecido pela eferves-
Na perspectiva de Michel Foucault, o processo
cência social, tal como se pode comprovar pelo seguinte
mencionado resulta em
trecho, retirado de texto sobre propostas preliminares
para uma revolução cultural: “É preciso discutir em to-
a) declínio cultural.
dos os lugares e com todos. O dever de ser responsável e
b) segregação racial.
pensar politicamente diz respeito a todos, não é privilé-
c) redução da hierarquia.
gio de uma minoria de iniciados. Não devemos nos sur-
d) totalitarismo dos governos.
preender com o caos das ideias, pois essa é a condição
e) modelagem dos indivíduos.
para a emergência de novas ideias. Os pais do regime
devem compreender que autonomia não é uma palavra
8. (Unioeste) “Discursos sobre o sexo não se
vã; ela supõe a partilha do poder, ou seja, a mudança de
multiplicaram fora do poder ou contra ele, porém, lá
sua natureza. Que ninguém tente rotular o movimento
onde ele se exercia e como meio para seu exercício:
atual; ele não tem etiquetas e não precisa delas”.
criaram-se em todo canto incitações a falar; em toda
Journal de la comune étudiante. Textes et documents. Paris: Seuil, parte, dispositivos para ouvir e registrar procedimentos
1969 (adaptado) para observar, interrogar e formular. Desenfurnam-no
e obrigam-no a uma existência discursiva”.
Os movimentos sociais, que marcaram o ano de 1968,
Trecho de História da Sexualidade, Vol. I – A Vontade de Saber” in
Sociologia em Movimento (p. 503).
a) foram manifestações desprovidas de conotação
política, que tinham o objetivo de questionar a rigidez
Tendo como referência os estudos sobre sexualidade
dos padrões de comportamento social fundados em
em “A Vontade de Saber”, no qual o autor se propõe
valores tradicionais da moral religiosa.

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a analisar os discursos de verdade em torno da I. dissocia meios e fins e redunda na adoração
sexualidade, é CORRETO afirmar sobre essa obra que fetichista de seus próprios meios.
II. constitui um saber instrumental cujo critério de
a) o objetivo principal da obra foi fazer uma história verdade é o seu valor operativo na dominação do
das condutas, comportamentos e práticas sexuais das homem e da natureza.
sociedades ocidentais. III. aprimora a ação do ser humano sobre a natureza e
b) o tema principal do livro são os problemas de resgata o sentido da destinação humana.
censura e de liberdade sexual nas sociedades IV. incorpora a reflexão sobre o significado e sobre os
ocidentais. fins da ciência no contexto social.
c) em “A Vontade de Saber”, o discurso sobre repressão
sexual moderna é criticado por ocultar a proliferação Assinale a alternativa correta.
de discursos a respeito da sexualidade.
d) Foucault demonstra que os discursos sobre a a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
sexualidade apenas descrevem a natureza reprodutiva b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
humana e não se articulam com quaisquer relações c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
de poder. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) em “A Vontade de Saber”, o autor defende a e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
existência de uma verdade sobre o sexo que está
escondida nos discursos sobre sexualidade. 11. (IFPA) Um importante sociólogo
contemporâneo é polonês Zygmunt
9. (Enem) Nossa cultura lipofóbica muito contribui Bauman. Preocupado com as novas
para a distorção da imagem corporal, gerando gordos dinâmicas da vida social, propõe
que se veem magros e magros que se veem gordos, um empreendimento reflexivo
numa quase unanimidade de que todos se sentem ou que tem como norte as recentes
se veem “distorcidos”. modificações do mundo atual. Em relação às análises
Engordamos quando somos gulosos. É pecado da gula de Bauman é INCORRETO afirmar:
que controla a relação do homem com a balança. Todo
obeso declarou, um dia, guerra à balança. Para emagrecer a) Liquidez é a metáfora que Bauman utiliza para
é preciso fazer as pazes com a dita cuja, visando adequar- explicar o sentido da pós-modernidade.
se às necessidades para as quais ela aponta. b) Desmoronamento da antiga ilusão moderna, ou
seja, questionamento da crença de que há um fim do
FREIRE, D. S. Obesidade não pode ser pré-requisito. Disponível em: caminho em que andamos, um estado de perfeição a
http//gnt.globo.com. Acesso em: 3 abr. 2012 (adaptado).
ser atingido no futuro.
c) Desregulamentação e privatização das tarefas e
O texto apresenta um discurso de disciplinarização
deveres modernizantes. Na modernidade líquida, não
dos corpos, que tem como consequência
existem mais valores individuais, apenas sociais.
d) Nesta sociedade líquida, transformada pelo
a) a ampliação dos tratamentos médicos alternativos,
mercado, também os valores mais importantes da
reduzindo os gastos com remédios.
vida passam pelo mesmo processo de materialização
b) a democratização do padrão de beleza, tornando-o
tal qual um simples mercadoria.
acessível pelo esforço individual.
e) O processo de transformação pelo qual passa a
c) o controle do consumo, impulsionando uma crise
humanidade pode ser aplicado ao mundo globalizado
econômica na indústria de alimentos.
que, na sua empolgação compulsiva para produzir
d) a culpabilização individual, associando obesidade
bens de consumo acaba produzindo um número
à fraqueza de caráter.
significante de lixo.
e) o aumento da longevidade, resultando no
crescimento populacional.
12. (CESGRANRIO) "O que está em questão é o que
rege os enunciados e a forma como estes se regem
10. (UEL) Sobre a crítica frankfurtiana à concepção
entre si para constituir um conjunto de proposições
positivista de ciência e técnica, é correto afirmar que
aceitáveis cientificamente e, consequentemente,
a racionalidade técnica
susceptíveis de serem verificadas ou infirmadas por
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procedimentos científicos. Em suma, problema de
regime, de política do enunciado científico."

FOUCAULT, M. Microfísica do Poder, cap. I - tradução de Roberto


Machado. Rio de Janeiro: Editora Graal, 2007.

Segundo o francês Michel Foucault,

a) o esforço moderno por conhecer a loucura


promoveu a superação da cisão entre sujeito e objeto.
b) o conflito moderno entre razão e experiência
deve ser superado através do retorno genealógico ao
discurso originário dos primeiros filósofos.
c) o sujeito não é fruto de uma construção histórica,
mas sim a origem perene dos saberes determinados
historicamente.
d) os saberes próprios de uma época são autônomos
frente às relações de poder que nela se desdobram.
e) as relações de poder regulam a produção do saber

10:[A]; 11:[C]; 12:[E]


1:[D]; 2:[C]; 3:[E]; 4:[D]; 5:[E]; 6:[E]; 7:[E]; 8:[C]; 9:[D];

Gabarito:

Anotações:

FILOSOFIA COM VIVIANE CATOLÉ 7

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