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ESCOLA ESTADUAL PAULA FRASSINETTI

Período de atendimento emergencial aos alunos na modalidade a distância


(atividades remotas)
ATIVIDADES COMPLEMENTARES 1 – PET3
Ensino Fundamental: 9º Ano Turno: Matutino
Disciplina: Ensino Religioso
Professor(a): Marcos Roberto Amorim
Aluno(a): _____________________________________________________Data___/___/___

SEMANA 1

TEMA: ORIGEM DA VIDA PARA AS TRADIÇÕES RELIGIOSAS E PARA A CIÊNCIA I


MITOS DE ORIGEM
Os mitos de origem são histórias simbólicas que narram
acontecimentos de um passado distante, eles dão sentido à
vida no presente, pois explicam como o mundo e todos os
seres passaram a existir. Eles expressam maneiras diferentes
de compreender o surgimento do universo, da vida, da
humanidade e do planeta onde vivemos. Fazem parte da
cultura e da religião de todos os povos, desde os tempos mais
antigos. São um dos primeiros recursos de comunicação
utilizados pelos seres humanos.

Vamos conhecer alguns mitos de origem de algumas tradições religiosas!

Mito Yorubá da criação - Olorum era uma massa infinita de ar.


Um dia, como por encanto, lentamente começou a respirar, e
uma parte desta massa de ar transformou-se em ar, dando
origem a Orixalá.
O ar e a água continuam a se mover como uma dança; e eles
mesmo foram se misturando e uma parte deles junto e
misturado deu origem à lama. Dessa lama surgiu uma bolha
avermelhada. Olorum maravilhou-se com essa bolha e soprou
nela, seu hálito deu-lhe vida. E essa forma, em permanente
expansão e movimento foi a primeira dotada de existência individual.
Olorum criou o mundo, todas as águas e terras e todos os filhos das águas e do seio da terra. Criou
plantas e animais de todas as cores e tamanhos. Ordenou que Oxalá criasse o homem. Oxalá tentou criar
o homem a partir de vários elementos da natureza, mas não obteve sucesso. Triste pelas suas tentativas
infecundas, Oxalá sentou-se à beira do rio, de onde Nanã emergiu indagando-o sobre a sua preocupação.
Oxalá fala sobre o seu fracasso, e Nanã mergulha e retorna da profundeza do rio e lhe entrega lama
(Barro). Oxalá, então cria o homem e percebe que ele é flexível, capaz de mover os olhos, os braços, as
pernas e, então sopra-lhe vida.
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Criação do Mundo para os indígenas - O povo tupi guarani acreditava num


deus supremo que chamavam de deus do trovão e o denominavam Tupã. Os
indígenas acreditavam que a voz deste ente supremo podia ser ouvida
durante a tempestade. Eles acreditavam que este era o deus da criação, o
deus da luz e sua morada seria o sol.
Tupã com a ajuda da deusa Araci, haveria descido à Terra e criado tudo o
que existe, mares, florestas, animais e colocado as estrelas no céu. Os
primeiros humanos criados por Tupã teriam sido Rupave (o pai dos povos) e
Sypave (a mãe dos povos) e estes teriam dado origem a primeira geração de
humanos. Tupã fez o homem a partir de uma estátua de barro e a mulher de uma combinação de vários
elementos da natureza.
Mito da criação na cultura Chinesa - Pan Ku o Criador do Céu e da Terra
- Pan Ku a gigante divindade, teria crescido e se desenvolvido no interior do
caos, que teria a forma de um enorme ovo (a unidade), aí permanecendo por
cerca de 18 mil anos. Um dia acordou, espreguiçou partindo o ovo em dois (a
dualidade). Dos pedaços originados pela cisão, aqueles que eram puros e
luziam rapidamente formavam os céus Yang, enquanto as partes impuras
que caiam formavam a terra o Ying.
Pan Ku tinha agora a importante tarefa de manter nos seus lugares o Céu e a
Terra, para isso, colocaram-se entre as duas partes sustentando com a
cabeça o céu. Para que elas ficassem separadas. Pan Ku crescia em cerca de três metros, nove vezes por
dia, assim como o Céu e a Terra, o que foi acontecendo por mais 18 mil anos até o céu ficar bem distante
e a Terra ter ficado muito maior. Pan Ku manteve-se como um pilar sustentando o céu e a Terra para que
não viesse a mergulhar novamente no caos. Quem criou os humanos foi a deusa Nu Wa. O mito conta que
um dia passeando pelo deserto do mundo primitivo ao olhar em seu redor se sentiu só, concluindo que
deveria criar mais vida onde estava. Cansada do seu longo passeio sentou-se à beira de um lago onde se
refletia o seu rosto, enquanto pensava pegou com as suas mãos um pouco de lama da beira do lago
começando inconscientemente a amassá-la, surgindo-lhe o perfil, a forma de ser, mas o mais importante
aconteceu quando ao colocar aquela massa modelada sobre a Terra repentinamente ela se tornou vida.
Radiante do que criara, batizou logo ali aquele ser como humano.

A Origem Grega da Criação - no princípio nada existia no


universo além de uma massa crua e desestruturada, um
conglomerado de matéria composta de elementos
incompatíveis. Mas de repente, e sem qualquer explicação,
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brotou do caos o primeiro sinal de um futuro menos caótico, era a Terra, que os gregos chamaram de
Gaia. Gaia tinha uma forma fixa, estável, ao contrário do caos.
Sobre o imenso corpo de Gaia elementos se organizavam fogo, água, terra e ar misturavam-se uns
aos outros e iam formando florestas, montanhas, colinas. Das profundezas do Caos surgiram outros seres
grandiosos como Eros, o amor; Tártaro, o submundo, um abismo profundo que ficava embaixo de Gaia;
surgiu também do Caos a noite e a escuridão. Depois de Gaia, surgiu sozinho, através do seu amor
provocado pelo Eros, o céu estrelado que os gregos chamavam de Urano e depois surgiu Ponto o mar
salgado.
Agora, o mundo da mitologia grega estava estruturado: no alto, o Céu; no meio a fértil Gaia, com
montanhas e planícies banhadas pelas ondas do mar; e lá nas profundezas, o Tártaro sombrio. E assim o
caos ia se transformando em cosmos, palavra que em grego significa ordem, Caos significa desordem.
Prometeu, um deus Titã, que habitava a Terra, foi indicado pelos outros deuses para a criação do homem.
Tomando um pouco de terra e misturando com água, criou o homem à semelhança dos deuses, dando lhe
uma postura ereta, de modo que enquanto os outros animais tem o rosto voltado para a Terra, o homem
levanta a cabeça para o céu e olha as estrelas. Prometeu, com a ajuda do seu irmão Epimeteu, rouba o
fogo sagrado dos deuses e concede o domínio do fogo aos homens. O que fez com que o homem tivesse
superioridade sobre as demais criaturas, pois o fogo também significa conhecimento.

ATIVIDADES
1. O mito de Prometeu é uma das imagens mais ricas já inventadas para diferenciar o homem dos demais
seres vivos. Nesse mito, o:
a) fogo roubado, entregue aos homens, representa o início da corrupção e do vício humanos.
b) homem é representado como poderoso e invencível em relação aos deuses, que nada podem fazer
para deter o progresso humano.
c) principal deus do Olimpo, Zeus, se compadece com a fraqueza humana e doa aos homens a razão e a
técnica.
d) roubo do fogo indica o início da cultura humana, na medida em que o fogo representa o
conhecimento.
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2. De acordo com nossas aulas preencha o quadro comparativo:


MATRIZ AFRICANA INDÍGENA ORIENTAL EUROPÉIA
Mito da Origem Criação do Mito da criação
Mito Yorubá da A Origem Grega
Mundo para os na cultura
criação da Criação
indígenas Chinesa
Quem criou o ser
Orixalá Tupã deusa Nu Wa Prometeu
humano
Nome dado ao Rupave (o pai
homem / mulher dos povos) e
----- Humano Homem
criados Sypave (a mãe
dos povos)
Matéria usada na Hhomem: a partir
criação do ser de uma estátua
humano de barro.
Terra misturado
Barro Mulher: uma Lama
com água
combinação de
vários elementos
da natureza.

ATIVIDADES COMPLEMENTARES 2 – PET3


Ensino Fundamental: 9º Ano Turno: Matutino
Disciplina: Ensino Religioso
Professor(a): Marcos Roberto Amorim

SEMANA 2
TEMA: ORIGEM DA VIDA PARA AS TRADIÇÕES
RELIGIOSAS E PARA A CIÊNCIA II
Criacionismo (origem do mundo e do homem) - o
criacionismo é uma forma de explicar a origem do mundo,
busca atribuir à constituição das coisas a ação de um
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sujeito criador. Sem dúvida, essa teoria ganhou espaço em diferentes culturas espalhadas pelo mundo e
apareceu muito antes do discurso científico. Uma das mais conhecidas narrativas criacionistas do mundo
ocidental foi instituída pelas religiões judaico cristãs, o chamado criacionismo bíblico. Contido no primeiro
livro da bíblia, o Gênesis, relata que Deus com sua palavra teria criado o universo em seis dias,
descansando no sétimo. No primeiro dia teria construído o Universo e a Terra. No segundo e no terceiro,
estabeleceu o céu, as terras e mares do mundo. No quarto e no quinto dia apareceram os primeiros seres
vivos, plantas e pequenos organismos, a separação do dia e da noite. No sexto, surgiram os demais
animais e o homem.
Segundo a narrativa bíblica, o homem foi concebido
depois que Deus criou Céus e Terra. Feito a partir do
barro, o homem teria ganhado vida quando Deus
assoprou o fôlego da vida em suas narinas. A palavra
Adão, significa Homem da Terra. A origem do nome Adão
é o hebraico Adam (homem), essa palavra está
intimamente ligada com a palavra terra: adamah. E seu
corpo consiste dos elementos da terra.

A origem do universo, segundo a ciência - o último século


marcou a humanidade em razão da ampliação do
conhecimento e da informação. No campo astronômico
surgiram importantes instrumentos e equipamentos, como os
telescópios de alta precisão, que contribuíram diretamente
para investigação dos mistérios e enigmas que o universo
esconde. A teoria mais aceita pela classe científica e
acadêmica sobre a origem do universo é a do Big Bang.
Segundo essa teoria, a formação do Universo se deu a partir
de uma gigantesca explosão (ou expansão) que teria
acontecido há pelo menos 15 bilhões de anos, e a Terra teria surgido há 4,5 bilhões de anos. O Universo,
antes da explosão, se encontrava aglomerado em uma espécie de esfera densa e quente. A partir da
explosão foram lançados materiais por todos os lados, formando as galáxias. Com base nessa teoria, esse
processo ainda continua, ou seja, o Universo ainda está em constante expansão. A Teoria do Big Bang
não tem a finalidade de explicar o que iniciou a criação do Universo, o que existia antes do Big Bang ou
até o que existe fora do Universo e, sim, como ele se "transformou" no que hoje chamamos de Universo.
A origem do Homem, segundo a Ciência - A teoria
evolucionista mais conhecida pela ciência com relação a
origem do homem relata que todos os seres vivos, incluindo
o homem tiveram sua evolução, ou seja, se transformaram
fisicamente, sofreram mutação a partir de um ancestral
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comum. A teoria evolucionista descreve que todos os seres vivos, incluindo o homem, descendem de um
ancestral comum. As diferenças entre as espécies ocorreram pelo processo de seleção natural, no qual os
indivíduos que melhor se adaptam ao meio ambiente sobrevivem, deixando descendentes, que por sua
vez também sofrem alterações em seu mecanismo biológico e deixam novos descendentes. Segundo a
teoria, em dado momento da evolução, os seres humanos e os macacos tiveram um ancestral comum.
Deste ancestral evoluíram dois grupos diferentes: um deles gerou o macaco e o outro gerou os seres
humanos.
ATIVIDADES

1. Qual das alternativas abaixo não faz referência à teoria da Evolução?


a) Descreve que todos os seres vivos, incluindo o homem, descendem de um ancestral comum.
b) Em dado momento da evolução, os seres humanos e os macacos tiveram um ancestral comum.
c) As diferenças entre as espécies ocorreram pelo processo de seleção individual.
d) Um objeto que apresenta cor preta absorve toda a luz que recebe.

2. Qual das alternativas abaixo faz referência à teoria do Big Bang?


a) Repentinamente, a partir da explosão da Via Láctea, originou-se o sistema solar. O último planeta a se
formar, a partir dessa explosão, foi a Terra.
b) Repentinamente, toda a matéria contida neste ponto foi se expandindo e se fragmentando dando
origem a imensas nuvens de gás e poeira.
c) Consegue explicar o que havia antes da esfera compacta e quente que iniciou a criação do Universo.
Por isso, as explicações religiosas não fazem sentido nos dias atuais.
d) O Universo foi criado por um Deus uno e verdadeiro que é a fonte de toda a vida. Trata-se de uma
teoria monoteísta sobre a origem do Universo.

3. Explique sobre o Criacionismo.


O criacionismo é uma forma de explicar a origem do mundo, busca atribuir à constituição das coisas a ação de um sujeito criador.

ATIVIDADES COMPLEMENTARES 3 – PET3


Ensino Fundamental: 9º Ano Turno: Matutino
Disciplina: Ensino Religioso
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SEMANA 3

TEMA: FILOSOFIA DE VIDA SECULAR


HUMANISMO SECULAR
Humanismo secular é uma postura filosófica que abraça a razão humana, a ética, a justiça social e
o naturalismo. Rejeita dogmas religiosos e o transcendente. Trata-se de uma filosofia moral que coloca
os humanos como os principais, numa escala de importância, no centro do mundo, atribui maior
importância à dignidade e a capacidade racional humana.
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Agora vamos ver o que as palavras grifadas nos textos acima significam:
O que é Naturalismo?
Doutrina que nega a existência de seres divinos e espirituais, acreditam que só existe as forças e
fenômenos da própria natureza.
O que é Dogma?
É um ponto fundamental, de uma doutrina religiosa ou filosofia, apresentado como certo e
indiscutível. Por exemplo, os dogmas proclamados pela Igreja Católica devem ser aceitos como verdades
reveladas por Deus através da Bíblia. Um exemplo é a Santa Trindade – Deus é Pai, Filho e Espírito
Santo. A Santa Trindade é uma verdade absoluta para a Igreja, ela é indiscutível.
O que é Sobrenatural ou Transcendente?
O que não é natural, fora do comum, o que está além, aquilo que excede os limites normais; que é
considerado superior ou sublime. Podemos dizer que o transcendente tem fundamento na fé e na crença.
Exemplo: deuses, espíritos, anjos, demônios.

Humanismo e ética secular


Os humanistas postulam que os seres humanos são capazes de ser éticos e morais sem religião
ou sem a crença em um deus. Enfatizam a responsabilidade que a humanidade enfrenta e as
consequências éticas das decisões humanas. Todas as nossas ações trazem consequências e somos
responsáveis por estas consequências.

A União Internacional Humanista e Ética (IHEU)


É a união mundial com mais de cem entidades humanistas racionalistas. As organizações
humanistas seculares são encontradas em todas as partes do mundo. Estima-se que entre quatro a cinco
milhões de pessoas no mundo sejam humanistas.
Muitos brasileiros fazem parte da Organização Humanista Internacional, onde o trabalho social, a
filantropia, o desenvolvimento de projetos sociais e a proximidade com a comunidade são atividades muito
importantes.
O Humanismo secular, também conhecido por humanismo laico, é um termo que tem sido usado
nos últimos trinta anos para descrever uma visão de mundo com os seguintes pilares:
1. Uso da razão, da filosofia, do método científico no lugar da fé e do misticismo
2. Compreensão de que dogmas, ideologias, tradições religiosas, políticas e sociais devem ser
discutidas, avaliadas, testadas e não simplesmente aceitas por questão de paixão e fé.
3. Preocupação com a vida real e o compromisso de dotá-la de propósito através de um melhor
conhecimento de quem somos, de nossa história e das nossas conquistas intelectuais e artísticas.
4. Busca por princípios viáveis da conduta ética (tanto individuais quanto sociais e políticas) julgando-
os por sua capacidade de melhorar o bem estar humano e a responsabilidade individual.
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5. Entendimento de que o uso da razão, do exercício da empatia e tolerância levam à construção de
um mundo melhor.

Origem do Humanismo Secular


O humanismo secular enquanto um sistema filosófico organizado é relativamente recente, mas os
fundamentos podem ser encontrados na ideia de filósofos gregos clássicos que buscavam nos próprios
seres humanos e não nos deuses a solução de problemas.

História do Humanismo Secular


Durante a Idade Média na Europa Ocidental as filosofias humanistas foram suprimidas pelo poder
político da Igreja. Aqueles que ousavam expressar opiniões contrárias aos dogmas religiosos dominantes
eram expulsos e banidos da sociedade.
Foi apenas no Renascimento, entre os séculos XIV e XVI, com o desenvolvimento da arte, música,
literatura, filosofia e das grandes navegações, que a alternativa humanista passou a ser permitida,
valorizou-se mais a razão humana do que o pensamento voltado a Deus.
Durante o Iluminismo do século XVIII, com o desenvolvimento da ciência, alguns filósofos
começaram a criticar abertamente a autoridade da Igreja e a defender o livre pensamento. A influência da
ciência e da tecnologia trouxe elementos da filosofia humanista até mesmo para as igrejas tradicionais
cristãs, que começaram a se preocupar mais com coisas deste mundo sem descartar a existência de um
mundo além.

Humanismo na Atualidade
Atualmente os humanistas seculares mantém assuntos referentes à ética e a conduta social.
Podemos notar que as pessoas humanistas seculares, ou seja, aquelas que não creem em algo
transcendente, são tão éticas quanto as pessoas religiosas.

ATIVIDADES
1. Sobre os conteúdos aprendidos, podemos afirmar:
I. Humanismo secular é uma postura filosófica que abraça a razão humana, a ética, a justiça social e o
naturalismo. Rejeita dogmas religiosos e o transcendente.
II. Naturalismo é a doutrina que nega a existência de seres divinos e espirituais, acredita em forças e
fenômenos da própria natureza.
III. Dogma é um ponto fundamental, de uma doutrina religiosa ou filosofia, apresentado como certo e
indiscutível. Trata-se de uma verdade absoluta.
IV. Os humanistas postulam que os seres humanos são capazes de ser éticos e morais sem religião ou
sem a crença em um deus. Enfatizam a responsabilidade que a humanidade enfrenta e as consequências
éticas das decisões humanas.
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(atividades remotas)
V. Uma das características do humanismo laico é a valorização do uso da razão, da filosofia, do método
científico no lugar da fé e do misticismo.
Estão corretas:
a) I, II, IV e V
b) II, III, IV e V
c) I, III, IV e V
d) Todas as alternativas estão corretas.

2. Um dos aspectos do humanismo secular é a compreensão de que dogmas, ideologias, tradições


religiosas, políticas e sociais devem ser discutidas, avaliadas e testadas. Esse modo de pensar
corresponde:
a) A um pensamento crítico
b) A um pensamento dogmático
c) A um pensamento de aprovação
d) A um pensamento de irreflexão

ATIVIDADES COMPLEMENTARES 4 – PET3


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Disciplina: Ensino Religioso
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SEMANA 4

TEMA: RELIGIÃO E VALORIZAÇÃO DA VIDA


A preservação da vida deve estar acima de todo e qualquer interesse, pessoal ou coletivo.
Contudo, os noticiários mostram que, muitas vezes, vidas são ameaçadas por interesses financeiros e
políticos. Nesse contexto, a religião pode ser considerada uma ferramenta para estimular outros
interesses, que se baseiam na convivência, na solidariedade e no respeito ao próximo.
O valor da vida não pode ser questionado nem privilegiar algumas pessoas ou grupos. Todas as
vidas humanas têm o mesmo valor e devem ser preservadas e priorizadas nas esferas pública e privada.
As vidas dos animais e das plantas também devem ser protegidas, pois cada uma tem um papel
fundamental para o equilíbrio do ecossistema.
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Quando olhamos para a sociedade como um sistema vivo, temos de admitir que seu ponto central
é a valorização da vida. É a vida que justifica a própria existência da sociedade. Uma sociedade ideal,
portanto, é aquela em que a vida encontra as melhores oportunidades para emergir, desenvolver-se e
realizar todo o seu potencial. Como verificar se isso acontece de fato?
Uma forma é observar se as necessidades básicas de sobrevivência estão atendidas: todas a
pessoas têm condições dignas de alimentação, vestuário, saúde, educação e habitação? Como estas
necessidades estão sendo atendidas? Será por “dever” do poder público? Será por benevolência de
entidades assistenciais? Ou será pela generosidade e solidariedade de todas as pessoas que formam a
comunidade? Ou, melhor ainda, será porque todas encontram condições de, por si próprias e através de
sua capacidade de trabalho, garantir estas condições dignas para si e para sua família? Se essa última
alternativa for a que encontramos, provavelmente estaremos diante de uma sociedade que
busca o ideal.

AMEAÇAS À VALORIZAÇÃO DA VIDA


Algumas das principais ameaças à valorização da vida são as diversas formas de violência. No
mundo todo, há grupos mais vulneráveis, como as mulheres, os idosos e outras minoria. A violência contra
a mulher é um problema que ocorre em diversos lugares do mundo, há muito tempo, mas tem se tornado
mais visível nas últimas décadas em razão das exigências da sociedade em relação à sua preservação e
punição.
A violência afeta mulheres de todas as classes sociais, etnias e regiões brasileiras. Atualmente a
violência contra as mulheres é entendida não como um problema de ordem privada ou individual, mas
como um fenômeno estrutural, de responsabilidade da sociedade como um todo.
Apesar de os números relacionados à violência contra as
mulheres no Brasil serem alarmantes, muitos avanços foram
alcançados em termos de legislação, sendo a Lei Maria da Penha
(Lei 11.340/2006) considerada pela ONU uma das três leis mais
avançadas de enfrentamento à violência contra as mulheres do
mundo.
A convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a
Violência contra a Mulher, mais conhecida como Convenção de
Belém do Pará, define violência contra mulher como “qualquer ato
ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou
sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera
pública como na esfera privada” (Capítulo I, Artigo 1. °).
A Lei Maria da Penha apresenta mais duas formas de violência –
moral e patrimonial -, que, somadas às violências físicas, sexual e psicológica, totalizam as cincos formas
de violência doméstica e familiar, conforme definidas em seu artigo 7º.
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Em 2012, o Supremo Tribunal Federal decidiu que qualquer pessoa, não apenas a vítima de
violência, pode registrar ocorrência contra o agressor. Denúncias podem ser feitas nas Delegacias
Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) ou através do Disque 180.

PRINCÍPIOS DE VALORIZAÇÃO DA VIDA NAS RELIGIÕES


Em um de seus primeiros livros, a Bíblia apresenta os dez
mandamentos que Deus enviou a Moisés para conduzir o povo à
salvação. Esses mandamentos são válidos para os cristãos e para os
judeus. O quinto mandamento diz: “Não matarás”. Há várias passagens
bíblicas que retomam e reforçam a importância de preservar a vida em
qualquer circunstância.
No novo testamento, Jesus ensinou o maior mandamento ao seu povo:
amar ao próximo como a si mesmo. Esse mandamento resume e concilia todos os outros ensinamentos.
Assim como preservamos e zelamos pela nossa vida, precisamos fazê-lo pela dos outros.
Outras religiões também ensinam sobre a importância da valorização da vida. No espiritismo, para
que o espírito evolua e reencarne me planos superiores, é preciso praticar o bem, o que inclui proteger e
garantir a dignidade e a vida de todas as pessoas.
A preservação da vida era um dos preceitos fundamentais pregados por Mahatma Gandhi, líder
hindu. Apesar do seu firme posicionamento político e da sua luta pela independência da Índia, sempre
buscou caminhos pacíficos para ser ouvidos pelas autoridades, como a greve de fome. Gandhi foi o maior
defensor da satyagraha, um princípio de resistência pacífica, e da ahimsa, a não violência de maneira
abrangente.
O Budismo também defende todas as formas de vida, por isso sua preservação é um dos maiores
objetivos dos seguidores de Buda. Para isso, a prática da meditação procura trazer equilíbrio pessoal para
conviver com o outro e balancear as relações interpessoais.

RELIGIÃO E ECOLOGIA
Respeitar a vida vai muito além de não tirar a vida de um ser vivo de
BRAHMA
forma direta; envolve também não provocar danos a ele. A vida se
manifesta na natureza, em todos os seres da fauna e da flora.
Segundo o Hinduísmo, a força criadora de Brahma, que criou o
universo, está presente em todos os elementos da natureza. Os
hindus creem na transmigração das almas, ou seja, que elas revivem
em um novo corpo, de uma pessoa ou um animal, até aprenderem
tudo o que precisam. Quando as almas não precisarem mais
transmigrar, retornarão à força suprema da natureza, formada pelo
conjunto dos deuses Vishnu, Shiva e Brahma.
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Os animais tem um papel importante na cultura indiana e na religião hindu. Diversas divindades se
apresentam como meio humanos e meio animais, como Hanuman e Ganesha. Hanuman é um homem-
macaco que os hindus acreditam ter sido uma encarnação do deus Shiva e representa o devoto ideal do
Hinduísmo.

Ganesha é o deus da sabedoria e da superação de


Ganesha
obstáculos. É filho de Shiva e tem corpo de humano (porém com
quatro braços) e cabeça de elefante. Frequentemente é
representado na companhia de um ou mais ratos, que
simbolizam a ignorância e o ego, dominados e submissos a
Ganesha.

ATIVIDADES
1. Assinale as alternativas corretas de acordo com o texto.
( ) A violência contra a mulher é considerada um problema de âmbito privado e familiar.

( ) Apesar do grande número de casos de violência contra a mulher, a legislação brasileira tem tido
avanços significativos em seu combate.
( ) É considerada violência contra a mulher apenas agressões que causem danos físicos às vítimas.

( ) O combate à violência contra a mulher deve ser responsabilidade de toda a sociedade.

( ) A Lei Maria da Penha é considerada pela ONU uma das três mais avançadas no mundo no
enfrentamento à violência contra a mulher.

2. Observe a lista a seguir, que apresenta atitudes defendidas por diferentes religiões. Explique como
essas atitudes contribuem para a valorização da vida.
Atitudes Contribuição para a valorização da vida
Conduta não violenta A conduta não violenta evita conflitos que
poderiam custar a vida de muitas pessoas.
Amor ao próximo À medida que amamos o próximo,
compreendemos o significado e a importância de
sua vida. Assim, empenhamo-nos na sua
valorização e preservação.
Prática do bem Por meio da prática da bondade, é possível
resgatar a dignidade e proteger a vida de pessoas
que estejam em situações de risco ou de
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(atividades remotas)
vulnerabilidade.
Meditação Entre outras coisas, a meditação visa
autoconhecimento e autocontrole, importantes
para praticar condutas não violentas, por exemplo.

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