Você está na página 1de 78

BIOLOGIA – ECOLOGIA 04|

ENEM PPL Se por um lado a Revolução Industrial instituiu


um novo patamar de tecnologia e, com isso, uma melhoria
14/09/2015 – SEGUNDA-FEIRA na qualidade de vida da população, por outro lado os resídu-
os decorrentes desse processo podem se acumular no ar, no
01| ENEM PPL Na técnica de plantio conhecida por hidroponia,
solo e na água, causando desequilíbrios no ambiente.
os vegetais são cultivados em uma solução de nutrientes no
lugar do solo, rica em nitrato e ureia. O acúmulo dos resíduos provenientes dos processos indus-
triais que utilizam combustíveis fósseis traz como consequ-
Nesse caso, ao fornecer esses nutrientes na forma aprovei-
tável pela planta, a técnica dispensa o trabalho das bactérias ência o(a)
fixadoras do solo, que, na natureza, participam do ciclo do(a) A eutrofização dos corpos-d’água, aumentando a produti-
vidade dos sistemas aquáticos.
A água.
B precipitação de chuvas ácidas, danificando florestas,
B carbono.
ecossistemas aquáticos e construções.
C nitrogênio.
C mudança na salinidade dos mares, provocando a morta-
D oxigênio. lidade de peixes e demais seres aquáticos.
E fósforo. D acúmulo de detritos, causando entupimento de bueiros
e alagamento das ruas.
02| ENEM PPL Estranha neve:
E presença de mosquitos, levando à disseminação de do-
espuma, espuma apenas enças bacterianas e virais.
que o vento espalha, bolha em baile no ar,
05| ENEM PPL Os corais funcionam como termômetros, capazes
vinda do Tietê alvoroçado ao abrir de comportas, de indicar, mudando de coloração, pequenas alterações na
temperatura da água dos oceanos. Mas, um alerta, eles estão
espuma de dodecilbenzeno irredutível,
ficando brancos. O seu clareamento progressivo acontece pela
emergindo das águas profanadas do rio-bandeirante, hoje perda de minúsculas algas, chamadas zooxantelas, que vivem
rio-despejo dentro de seus tecidos, numa relação de mutualismo.
Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 6 dez 2012 (adaptado).
de mil imundícies do progresso.
ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. 1992 (fragmento).
O desequilíbrio dessa relação faz com que os pólipos que for-
Nesse poema, o autor faz referência à mam os corais tenham dificuldade em
A disseminação de doenças nas áreas atingidas por inun- A produzir o próprio alimento.
dações. B obter compostos nitrogenados.
B contaminação do lençol freático pela eliminação de lixo C realizar a reprodução sexuada.
nos rios.
D absorver o oxigênio dissolvido na água.
C ocorrência de enchente causada pela impermeabiliza-
ção dos solos. E adquirir nutrientes derivados da fotossíntese.
D presença de detergentes sintéticos como agentes po- 06| ENEM PPL Surtsey é uma ilha vulcânica situada perto da
luentes de águas. costa sul da Islândia. A erupção vulcânica que lhe deu origem
E destruição de fauna e flora pela contaminação de bacias ocorreu na década de 1960, o que faz dela, seguramente, a
hidrográficas. ilha mais nova do Oceano Atlântico. As primeiras espécies
que aí se fixaram foram musgos e liquens. À medida que as
03| ENEM PPL A eutrofização é um dos fenômenos responsáveis aves foram fixando-se na ilha, as condições do solo foram
pela mortalidade de parte das espécies aquáticas e, em re- melhorando e espécies vegetais mais complexas puderam
giões próximas a centros urbanos, pela perda da qualidade
iniciar a colonização do território. Em 1988 foi observada a
de vida da população. Um exemplo é a Lagoa da Pampulha,
presença do primeiro arbusto.
um dos mais conhecidos pontos turísticos da capital de Mi- Disponível em: www.nacopadasarvores.blogspot.com.br. Acesso em: 25 maio 2012 (fragmento).
nas Gerais, onde as atividades de pesca e nado não são mais
permitidas. O conjunto das alterações ocorridas no ambiente descrito é
Para evitar a ocorrência desse fenômeno em lagos deve-se exemplo de

A manter inalterado seu volume de água. A nicho ecológico.


B aumentar a população de algas planctônicas. B eficiência ecológica.
C diminuir o teor de nutrientes despejados nas águas. C sucessão ecológica.
D impedir a fotossíntese das algas abaixo da superfície. D irradiação adaptativa.
E aumentar a população de espécies do topo da cadeia ali- E resistência ambiental.
mentar.

2 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


07| ENEM PPL Nesse processo, as algas atuam como agentes que promo-
vem a
A biodigestão.
B eutrofização.
C desnitrificação.
D biorremediação.
QUINO. Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 2003
E biomonitoração.
A posição ocupada pela vaca, na interação apresentada na
tirinha, a caracteriza como 11| ENEM PPL A poluição térmica, provocada principalmente
pela má utilização da água na refrigeração das turbinas e
A produtora. caldeiras de usinas hidrelétricas e termelétricas, respectiva-
B consumidora primária. mente, afeta o aspecto físico-químico e biológico dos cursos
hídricos. A água empregada na manutenção dessas usinas
C consumidora secundária.
deveria ser tratada termicamente, promovendo a liberação
D consumidora terciária. do calor, para posterior devolução ao meio ambiente. Con-
E decompositora. tudo, ao ser despejada nos lagos e nos rios, sem qualquer
controle ou fiscalização, causa sérios danos à vida aquática,
08| ENEM PPL Algumas estimativas apontam que, nos últimos pois reduz significativamente o tempo de vida de algumas
cem anos, a concentração de gás carbônico na atmosfera au- espécies, afetando seus ciclos de reprodução.
mentou em cerca de 40%, devido principalmente à utilização Disponível em: www.brasilescola.com. Acesso em: 25 abr. 2010 (adaptado).

de combustíveis fósseis pela espécie humana. Alguns estu-


dos demonstram que essa utilização em larga escala promo- Um dos efeitos nocivos promovidos pela poluição térmica
ve o aumento do efeito estufa. dos corpos hídricos pode ser identificado pelo(a)
A desenvolvimento excessivo do fitoplâncton, devido à eu-
Outros fatores de origem antrópica que aumentam o efeito
trofização do meio aquático.
estufa são
B prejuízo à respiração dos seres vivos, devido à redução
A chuva ácida e destruição da camada de ozônio.
da pressão parcial de oxigênio na água.
B alagamento e inversão térmica.
C bloqueio da entrada de raios solares na água, devido ao
C erosão e extinção das espécies. acúmulo de sedimentos na superfície.
D poluição das águas e do solo. D potenciação dos poluentes presentes, devido à diminui-
E queimada e desmatamento. ção da velocidade de degradação desses materiais.
E desequilíbrio dos organismos desses ecossistemas, devi-
09| ENEM PPL Para a produção de etanol combustível, as usi-
do ao aumento da concentração de dióxido de carbono.
nas retiram água do leito de rios próximos, reutilizando-a
nas suas instalações. A vinhaça, resíduo líquido gerado nesse 12| ENEM PPL O manguezal é um dos mais ricos ambientes do
processo, é diluída para ser adicionada ao solo, utilizando planeta, possui uma grande concentração de vida, sustenta-
uma técnica chamada de fertirrigação. Por meio desse pro- da por nutrientes trazidos dos rios e das folhas que caem das
cedimento, o fósforo e o potássio, essenciais à produção de árvores. Por causa da quantidade de sedimentos — restos de
cana-de-açúcar, são devolvidos ao solo, reduzindo o uso de plantas e outros organismos — misturados à água salgada, o
fertilizantes sintéticos. solo dos manguezais tem aparência de lama, mas dele resul-
ta uma floresta exuberante capaz de sobreviver naquele solo
Essa intervenção humana no destino da vinhaça tem como lodoso e salgado.
resultado a diminuição do impacto ambiental referente à NASCIMENTO, M. S. V. Disponível em: http://chc.cienciahoje.uol.com.br.
Acesso em: 3 ago. 2011.
A erosão do solo.
B produção de chuva ácida. Para viverem em ambiente tão peculiar, as plantas dos man-
guezais apresentam adaptações, tais como
C elevação da temperatura global.
A folhas substituídas por espinhos, a fim de reduzir a per-
D eutrofização de lagos e represas. da de água para o ambiente.
E contaminação de rios por pesticidas. B folhas grossas, que caem em períodos frios, a fim de re-
duzir a atividade metabólica.
10| ENEM PPL As algas marinhas podem ser utilizadas para
reduzir a contaminação por metais pesados em ambientes C caules modificados, que armazenam água, a fim de su-
aquáticos. Elas podem funcionar como uma “esponja bioló- prir as plantas em períodos de seca.
gica”, absorvendo esses poluentes. Dentro das células dessas D raízes desenvolvidas, que penetram profundamente no
algas, esses metais são imobilizados no vacúolo por mecanis- solo, em busca de água.
mos bioquímicos. E raízes respiratórias ou pneumatóforos, que afloram do
Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br. Acesso em: 21 nov. 2011 (adaptado).
solo e absorvem o oxigênio diretamente do ar.

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 3


13| ENEM PPL A Caatinga é o único bioma exclusivamente bra- D milho, devido à aplicação direta de defensivo na gramí-
sileiro, ocupando cerca de 7% a 10% do território nacional. nea, gerando altas concentrações de compostos tóxicos
Nesse ambiente seco, mesmo quando chove, não há acúmu- em toda a planta.
lo de água, pois o solo é raso e pedregoso. Assim, as plantas E gavião, devido à acumulação de compostos tóxicos ao
desse bioma possuem modificações em suas raízes, caules longo da cadeia alimentar, resultando nas maiores con-
e folhas, que permitem melhor adaptação a esse ambiente, centrações neste organismo.
contra a perda de água e de nutrientes. Geralmente, seus
caules são suculentos e suas folhas possuem forma de espi- 15| ENEM PPL Considere a seguinte cadeia alimentar em um
nhos e cutículas altamente impermeáveis, que apresentam ambiente marinho:
queda na estação seca. Fitoplânctons " Copépodos " Sardinhas " Atuns
Disponível em: www.ambientebrasil.com.br. Acesso em: 21 maio 2010 (adaptado).

Imagine que nessa cadeia sejam introduzidas águas-vivas,


Considerando as adaptações nos órgãos vegetativos, a prin-
que se alimentam dos copépodos (crustáceos planctônicos).
cipal característica das raízes dessas plantas, que atribui sua
Nessa área, as águas-vivas não são alimentos para outros or-
maior adaptação à Caatinga, é o(a)
ganismos. No mesmo período, ocorre sobrepesca das popu-
A armazenamento de nutrientes por um sistema radicular lações de sardinhas.
aéreo.
Como consequência das interferências descritas na cadeia
B fixação do vegetal ao solo por um sistema radicular do
alimentar, será observada diminuição
tipo tuberoso.
A da população de copépodos, em decorrência da dimi-
C fixação do vegetal ao substrato por um sistema radicular
nuição do estoque de sardinhas.
do tipo sugador.
B da população de atuns, em consequência da diminuição
D absorção de água por um sistema radicular desenvolvido
da população de sardinhas.
e profundo.
C da quantidade de fitoplâncton, devido à redução no es-
E armazenamento de água do solo por um sistema radicu-
toque de copépodos.
lar do tipo respiratório.
D do estoque de copépodos, em função do aumento da
14| ENEM PPL O uso de defensivos agrícolas é preocupante pela população de atuns.
sua toxidade aos ecossistemas, tanto ao meio biótico como
E da população de atuns, pelo aumento da população de
abiótico, afetando as cadeias alimentares. Alguns defensivos,
copépodos.
como o DDT (dicloro-difenil-tricloroetano), por serem muito
estáveis, entram nas cadeias alimentares e permanecem nos 16| ENEM PPL A instalação de uma indústria de processamento
ecossistemas. de pescados, próxima a uma aldeia de pescadores, situada
à beira-mar, criou um conflito de interesses. A administra-
ção pública e os investidores defendem que haverá geração
de renda, melhorando a qualidade de vida da população. Os
moradores estão receptivos ao empreendimento, mas argu-
mentam que, sem o devido controle, as atividades da indús-
tria podem poluir a água do mar próxima à aldeia.
Uma maneira adequada, do ponto de vista social e ambien-
tal, de minimizar a poluição na água do mar próxima à aldeia,
pela instalação da fábrica, é a
A destinação apropriada dos efluentes líquidos.
B instalação de filtros nas chaminés da indústria.
PASCHOAL, A. D. Pragas, praguicidas e a crise ambiental: problemas e soluções C tratamento da água consumida pela comunidade.
Rio de Janeiro: FGV, 1979 (adaptado)
D remoção da população para urna região afastada.
Com base nas informações e na figura, o elo da cadeia ali- E realização de análise na água do mar próxima à aldeia.
mentar que apresentará as maiores concentrações do defen-
17| ENEM PPL A vegetação do cerrado é constituída por árvores
sivo é o do(a)
esparsas que apresentam troncos retorcidos e raízes profun-
A sapo, devido ao tempo de vida ser longo, acumulando das, disseminadas em meio a arbustos.
maior quantidade de compostos tóxicos ao longo da vida.
As raízes dessas árvores são uma importante estratégia evo-
B cobra, devido à digestão lenta dos alimentos, resultando lutiva, pois
na concentração dos compostos tóxicos neste organismo.
A aumentam a taxa de fotossíntese das árvores, o que ele-
C gafanhoto, devido ao elevado consumo de milho, resul- va a produção de biomassa.
tando em altas concentrações dos compostos tóxicos no
seu organismo. B melhoram a sustentação das árvores no solo, que se tor-
na arenoso nos períodos intensos de seca.

4 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


C possibilitam a absorção de água de regiões mais profun- D
das do solo, inclusive em períodos de seca.
D dificultam a ação de predadores que se alimentam des-
ses órgãos, provocando a morte das árvores.
E diminuem a superfície de contato desses órgãos com a
atmosfera, impedindo a perda de água por evaporação.

18| ENEM PPL A produção de biocombustíveis é resultado dire- E
to do fomento a pesquisas científicas em biotecnologia que
ocorreu no Brasil nas últimas décadas. A escolha do vegetal a
ser usado considera, entre outros aspectos, a produtividade
da matéria-prima em termos de rendimento e custos asso-
ciados. O etanol é produzido a partir da fermentação de car-
boidratos e quanto mais simples a molécula de glicídio, mais
eficiente é o processo.
“Etanol de quê?”. Revista Pesquisa Fapesp, 28 de nov. 2007 (adaptado)
20| ENEM PPL Diversos estudos têm sido desenvolvidos para
O vegetal que apresenta maior eficiência no processo da encontrar soluções que minimizem o impacto ambiental de
produção do etanol é eventuais vazamentos em poços de petróleo, que liberam
hidrocarbonetos potencialmente contaminantes Alguns mi-
A o milho, pois apresenta sementes com alto teor de amido.
crorganismos podem ser usados como agentes de biorreme-
B a mandioca, pois apresenta raízes com alto teor de celu- diação nesses casos.
lose.
Os microrganismos adequados a essa solução devem apre-
C a soja, pois apresenta sementes com alto teor de glico-
sentar a capacidade de
gênio.
A excretar hidrocarbonetos solúveis.
D o feijão, pois apresenta sementes com alto teor de quitina.
B estabilizar quimicamente os hidrocarbonetos.
E a cana-de-açúcar, pois apresenta colmos com alto teor
de sacarose. C utilizar hidrocarbonetos em seu metabolismo.
D diminuir a degradação abiótica de hidrocarbonetos.
19| ENEM PPL O desenvolvimento sustentável rompe com a ló-
gica da organização social vigente, convidando a novos mo- E transferir hidrocarbonetos para níveis tróficos superiores.
dos de pensar e agir. Dessa forma, sustentabilidade implica
o uso de recursos renováveis em quantidades compatíveis 21| ENEM CANCELADO O ciclo da água é fundamental para a
com a capacidade de renovação do planeta. preservação da vida no planeta. As condições climáticas da
MCT. Prêmio Jovem Cientista: cidades sustentáveis. Caderno do Professor, 2011 (adaptado). Terra permitem que a água sofra mudanças de fase e a com-
preensão dessas transformações é fundamental para se en-
Um esquema de cidade que pretende atender a esse concei-
tender o ciclo hidrológico. Numa dessas mudanças, a água
to é: ou a umidade da terra absorve o calor do sol e dos arredores.
A Quando já foi absorvido calor suficiente, algumas das molé-
culas do líquido podem ter energia necessária para começar
a subir para a atmosfera.
Disponível em: http://www.keroagua.blogspot.com. Acesso em: 30 mar. 2009 (adaptado).

A transformação mencionada no texto é a


A fusão.

B liquefação.
B
C evaporação.
D solidificação.
E condensação.

22| ENEM CANCELADO Confirmada pelos cientistas e já sentida


pela população mundial, a mudança climática global é hoje o
C principal desafio socioambiental a ser enfrentado pela huma-
nidade. Mudança climática é o nome que se dá ao conjunto
de alterações nas condições do clima da Terra pelo acúmulo
de seis tipos de gases na atmosfera — sendo os principais o
dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4) — emitidos em
quantidade excessiva através da queima de combustíveis (pe-
tróleo e carvão) e do uso inadequado do solo.
SANTILLI, M. Mudança climática global. Almanaque Brasil Socioambiental 2008. São Paulo, 2007 (adaptado).

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 5


Suponha que, ao invés de superaquecimento, o planeta so- C Locais que servem como áreas de proteção onde fatores
fresse uma queda de temperatura, resfriando-se como numa bióticos são preservados.
era glacial, nesse caso D Apenas os grandes biomas, por exemplo, Mata Atlântica,
A a camada de geleiras, bem como o nível do mar, diminui- Mata Amazônica, Cerrado e Caatinga.
riam. E Qualquer local em que haja relação entre fatores bióti-
B as geleiras aumentariam, acarretando alterações no re- cos e abióticos, seja ele natural ou urbano.
levo do continente e no nível do mar.
C o equilíbrio do clima do planeta seria re-estabelecido, 25| ENEM CANCELADO
uma vez que ele está em processo de aquecimento. QUALIDADE ÍNDICE POLUENTE
D a fauna e a flora das regiões próximas ao círculo polar Parque D. Pedro II BOA 6 MP10
ártico e antártico nada sofreriam com a glaciação.
São Caetano do
E os centros urbanos permaneceriam os mesmos, sem pre- REGULAR 60 NO2
Sul
juízo à população humana e ao seu desenvolvimento.
Congonhas BOA 15 MP10
23| ENEM CANCELADO Na região semiárida do Nordeste bra-
sileiro, mesmo nos anos mais secos, chove pelo menos 200 Osasco INADEQUADA 175 CO
milímetros por ano. Durante a seca, muitas pessoas, em ge-
ral as mães de família, têm de caminhar várias horas em bus- Pinheiros MÁ 283 SO2
ca de água, utilizando açudes compartilhados com animais e MP10 — partículas inaláveis: aquelas cujo diâmetro aero-
frequentemente contaminados. Sem tratamento, essa água dinâmico é menor que 10nm.
é fonte de diarreias, parasitas intestinais, e uma das respon-
CO — monóxido de carbono: gás incolor e inodoro que
sáveis pela elevada mortalidade infantil da região. Os açudes
resulta da queima incompleta de combustíveis de origem
secam com frequência, tornando necessário o abastecimen-
orgânica (combustíveis fósseis, biomassa etc.). Emitido
to das populações por carros-pipa, uma alternativa cara e
principalmente por veículos automotores.
que não traz solução definitiva ao abastecimento de água.
OSAVA, M. Chuva de beber: Cisternas para 50 mil famílias. Revista Eco21, nº- NO2 — dióxido de nitrogênio: formado principalmente
96, nov. 2004 (adaptado).
nos processos de combustão de veículos automotores.
Considerando o texto, a proposta mais eficaz para reduzir os Dependendo das concentrações, o NO2 pode causar
impactos da falta de água na região seria prejuízos à saúde.

A subsidiar a venda de água mineral nos estabelecimentos SO2 — dióxido de enxofre: resulta principalmente da
comerciais. queima de combustíveis que contêm enxofre, como óleo
diesel. Pode reagir com outras substâncias presentes no
B distribuir gratuitamente remédios contra parasitas e ou- ar, formando partículas à base de sulfato responsáveis
tras moléstias intestinais. pela redução da visibilidade na atmosfera.
C desenvolver carros-pipa maiores e mais econômicos, de 0-50 51-100 101-199 200-299 > 299
forma a baratear o custo da água transportada.
D captar água de chuva em cisternas, permitindo seu ade- BOA REGULAR INADEQUADA MÁ PÉSSIMA
quado tratamento e armazenamento para consumo. Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB. Padrões, índices. http://www.
cetesb.sp.gov.br. Acesso em: 22 jun. 2008.
E promover a migração das famílias mais necessitadas
para as regiões Sudeste e Sul, onde as chuvas são abun- A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do
dantes. Estado de São Paulo (CETESB) divulga continuamente dados
referentes à qualidade do ar na região metropolitana de São
24| ENEM CANCELADO Suponha que o chefe do departamento Paulo. A tabela apresentada corresponde a dados hipotéti-
de administração de uma empresa tenha feito um discurso cos que poderiam ter sido obtidos pela CETESB em determi-
defendendo a ideia de que os funcionários deveriam cuidar nado dia. Se esses dados fossem verídicos, então, seria mais
do meio ambiente no espaço da empresa. Um dos funcio- provável encontrar problemas de visibilidade
nários levantou-se e comentou que o conceito de meio am-
A no Parque Dom Pedro II.
biente não era claro o suficiente para se falar sobre esse as-
sunto naquele lugar. B em São Caetano do Sul.
C em Congonhas.
Considerando que o chefe do departamento de administra-
ção entende que a empresa é parte do meio ambiente, a de- D em Osasco.
finição que mais se aproxima dessa concepção é: E em Pinheiros.
A Região que inclui somente cachoeiras, mananciais e flo-
restas. 26| ENEM CANCELADO Uma colônia de formigas inicia-se com
uma rainha jovem que, após ser fecundada pelo macho, voa
B Apenas locais onde é possível o contato direto com a na- e escolhe um lugar para cavar um buraco no chão. Ali dará
tureza. origem a milhares de formigas, constituindo uma nova colô-
nia. As fêmeas geradas poderão ser operárias, vivendo cerca

6 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


de um ano, ou novas rainhas. Os machos provêm de óvulos 28| ENEM CANCELADO Desde os anos 1990, novas tecnologias
não fertilizados e vivem aproximadamente uma semana. As para a produção de plásticos biodegradáveis foram pesquisa-
operárias se dividem nos trabalhos do formigueiro. Há formi- das em diversos países do mundo. No Brasil, foi desenvolvi-
gas forrageadoras que se encarregam da busca por alimen- do um plástico empregando-se derivados da cana-de-açúcar
tos, formigas operárias que retiram dejetos da colônia e são e uma bactéria recém-identificada, capaz de transformar
responsáveis pela manutenção ou que lidam com o alimento açúcar em plástico.
e alimentam as larvas, e as formigas patrulheiras. Uma colô- “A bactéria se alimenta de açúcar, transformando o exceden-
nia de formigas pode durar anos e dificilmente uma formiga te do seu metabolismo em um plástico biodegradável cha-
social consegue sobreviver sozinha. mado PHB (polihidroxibutirato). Sua vantagem é que, ao ser
MELO, A. Como funciona uma sociedade de formigas? Disponível em: http://www.cienciahoje.uol.
com.br. Acesso em: 21 fev. 2009 (adaptado).
descartado, o bioplástico é degradado por microorganismos
existentes no solo em no máximo um ano, ao contrário dos
Uma característica que contribui diretamente para o sucesso plásticos de origem petroquímica, que geram resíduos que
da organização social dos formigueiros é: demoram mais de 200 anos para se degradarem.”
GOMES, A. C. Biotecnologia ajuda na conservação do ambiente. Revista Eletrônica Vox Sciencia. Ano
A a divisão de tarefas entre as formigas e a organização V, nº 28. São Paulo: Núcleo de Divulgação Científica José Gomes.

funcional da colônia. Acesso em: 30 abr. 2009 (adaptado).

B o fato de as formigas machos serem provenientes de A nova tecnologia, apresentada no texto, tem como conse-
óvulos não fertilizados. quência,
C a alta taxa de mortalidade das formigas solitárias ou das A a diminuição da matéria orgânica nos aterros e do mau
que se afastam da colônia. cheiro nos lixões.

D a existência de patrulheiras, que protegem o formiguei- B a ampliação do uso de recursos não renováveis, espe-
cialmente, os plásticos.
ro do ataque de herbívoros.
C a diminuição do metabolismo de bactérias decomposi-
E o fato de as rainhas serem fecundadas antes do estabe-
toras presentes nos solos.
lecimento de um novo formigueiro.
D a substituição de recursos não renováveis por renová-
27| ENEM CANCELADO Nos últimos 60 anos, a população mun- veis para fabricar plásticos.
dial duplicou, enquanto o consumo de água foi multiplica- E o lançamento no meio ambiente de produtos plásticos
do por sete. Da água existente no planeta, 97% são de água inertes em relação ao ciclo da matéria.
salgada (mares e oceanos), 2% formam geleiras inacessíveis
e apenas 1% corresponde à água doce, armazenada em len- 29| ENEM CANCELADO O mar de Aral, um lago de água salgada
çóis subterrâneos, rios e lagos. A poluição pela descarga de localizado em área da antiga União Soviética, tem sido explo-
resíduos municipais e industriais, combinada com a explo- rado por um projeto de transferência de água em larga escala
ração excessiva dos recursos hídricos disponíveis, ameaça o desde 1960. Por meio de um canal com mais de 1.300 km,
meio ambiente, comprometendo a disponibilidade de água enormes quantidades de água foram desviadas do lago para
a irrigação de plantações de arroz e algodão. Aliado às altas
doce para o abastecimento das populações humanas. Se
taxas de evaporação e às fortes secas da região, o projeto
esse ritmo se mantiver, em alguns anos a água potável tor-
causou um grande desastre ecológico e econômico, e trouxe
nar-se-á um bem extremamente raro e caro.
MORAES, D. S. L.; JORDAO, B. Q. Degradação de recursos hídricos e seus efeitos sobre a saúde
muitos problemas de saúde para a população. A salinidade do
humana. Saúde Pública, São Paulo, v. 36, nº. 3, Jun. 2002 (adaptado). lago triplicou, sua área superficial diminuiu 58% e seu volume,
83%. Cerca de 85% das áreas úmidas da região foram elimina-
Considerando o texto, uma proposta viável para conservar o das e quase metade das espécies locais de aves e mamíferos
meio ambiente e a água doce seria desapareceu. Além disso, uma grande área, que antes era o
A fazer uso exclusivo da água subterrânea, pois ela pouco fundo do lago, foi transformada em um deserto coberto de sal
branco e brilhante, visível em imagens de satélite.
interfere na quantidade de água dos rios. MILLER, JR., G. T. Ciência Ambiental. São Paulo: Editora Thomson, 2007 (adaptado).

B desviar a água dos mares para os rios e lagos, de ma-


neira a aumentar o volume de água doce nos pontos de Suponha que tenha sido observada, em uma vila rural lo-
calizada a 100 km de distância do mar de Aral, alguns anos
captação.
depois da implantação do projeto descrito, significativa dimi-
C promover a adaptação das populações humanas ao con- nuição na produtividade das lavouras, aumento da salinida-
sumo de água do mar, diminuindo assim a demanda so- de das águas e problemas de saúde em sua população. Esses
bre a água doce. sintomas podem ser efeito
D reduzir a poluição e a exploração dos recursos naturais, A da perda da biodiversidade da região.
otimizar o uso da água potável e aumentar a captação da B da seca dos rios da região sob a influência do projeto.
água da chuva. C da perda de áreas úmidas nos arredores do mar de Aral.
E realizar a descarga dos resíduos municipais e industriais D do sal trazido pelo vento, do mar de Aral para a vila rural.
diretamente nos mares, de maneira a não afetar a água
E dos herbicidas utilizados nas lavouras de arroz e algodão
doce disponível.
do projeto.

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 7


30| ENEM CANCELADO Metade do volume de óleo de cozinha D densidade populacional de cianobactérias e do teor de
consumido anualmente no Brasil, cerca de dois bilhões de alumínio dissolvido.
litros, é jogada incorretamente em ralos, pias e bueiros. Es- E teor de nitrogênio amoniacal e de densidade populacio-
tima-se que cada litro de óleo descartado polua milhares de nal de invertebrados bentônicos.
litros de água. O óleo no esgoto tende a criar uma barrei-
ra que impede a passagem da água, causa entupimentos e, 32| UEPB Em 2012, estamos comemorando o centenário de
consequentemente, enchentes. Além disso, ao contaminar Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Festas juninas em todo o Bra-
os mananciais, resulta na mortandade de peixes. A recicla- sil estiveram prestando homenagens a este ícone da cultura
gem do óleo de cozinha, além de necessária, tem mercado brasileira, e em Campina Grande, cidade do maior São João
na produção de biodiesel. Há uma demanda atual de 1,2 bi- do Mundo, não poderia ser diferente. Um vestibulando, ao
lhões de litros de biodiesel no Brasil. Se houver planejamen- visitar a festa no Parque do Povo, ouviu a música “Xote eco-
to na coleta, transporte e produção, estima-se que se possa lógico”, e começou a associar as palavras do Rei do Baião,
pagar até R$ 1,00 por litro de óleo a ser reciclado. escritas na década de 80, com a atual crise ecológica.
“Programa mostra caminho para uso do óleo de fritura na produção de biodiesel”.
Analise a letra da música e assinale a alternativa que contém
Disponível em: http://www.nutrinews.com.br. Acesso em: 14 fev. 2009.
problemas ambientais citados no texto.
De acordo com o texto, o destino inadequado do óleo de co- Xote ecológico
zinha traz diversos problemas. Com o objetivo de contribuir
(Aguinaldo Batista e Luiz Gonzaga/Luiz Gonzaga)
para resolver esses problemas, deve-se
A utilizar o óleo para a produção de biocombustíveis, Não posso respirar, não posso mais nadar
como etanol. A terra está morrendo, não dá mais pra plantar
B coletar o óleo devidamente e transportá-lo às empresas Se planta não nasce se nasce não dá
de produção de biodiesel. Até pinga da boa é difícil de encontrar
C limpar periodicamente os esgotos das cidades para evi- Cadê a flor que estava aqui?
tar entupimentos e enchentes. Poluição comeu.
D utilizar o óleo como alimento para os peixes, uma vez E o peixe que é do mar?
que preserva seu valor nutritivo após o descarte. Poluição comeu
E descartar o óleo diretamente em ralos, pias e bueiros, E o verde onde que está?
sem tratamento prévio com agentes dispersantes. Poluição comeu
31| ENEM CANCELADO Nas últimas décadas os ecossistemas Nem o Chico Mendes sobreviveu
aquáticos têm sido alterados de maneira significativa em A Efeito estufa, eutrofização, desmatamento
função de atividades antrópicas, tais como mineração, cons- B Poluição do ar, aquecimento global, queimadas
trução de barragens, desvio do curso natural de rios, lança-
mento de efluentes domésticos e industriais não tratados, C Aquecimento global, poluição da água, chuva ácida
desmatamento e uso inadequado do solo próximo aos lei- D Poluição do ar, poluição marinha, desmatamento
tos, superexploração dos recursos pesqueiros, introdução de E Poluição do solo, chuva ácida, desertificação
espécies exóticas, entre outros. Como consequência, tem-se
observado expressiva queda da qualidade da água e perda 33| CEFET MG O escoamento superficial é o segmento do ciclo
da biodiversidade aquática, em função da desestruturação hidrológico que estuda o deslocamento de água sobre a Ter-
dos ambientes físico, químico e biológico. A avaliação de ra, analisando seu aproveitamento e os impactos causados
impactos ambientais nesses ecossistemas tem sido realiza- por sua constante movimentação. As inundações, frequen-
da através da medição de alterações nas concentrações de tes em muitas cidades, são consequências do desequilíbrio
variáveis físicas e químicas da água. Este sistema de moni- nesse ciclo.
Disponível em <http://www.em.ufop.br/deciv/departamento/~carloseduardo/1Escoamen-
toramento, juntamente com a avaliação de variáveis bioló- to% 20Superficial.pdf> Acesso em: 30 jul. 2012 (adaptado).
gicas, é fundamental para a classificação de rios e córregos
em classes de qualidade de água e padrões de potabilidade O fator que NÃO causa esse desequilíbrio é a(o)
e balneabilidade humanas. A assoreamento dos cursos d’água.
DAVE, M.; GOULART, C.; CALLISTO, M. Bioindicadores de qualidade de água como ferramenta em estudo de
impacto ambiental. Disponível em: http://www.icb.ufmg.br. Acesso em: 9 jan. 2009 (adaptado). B aumento dos processos de erosão.
Se um pesquisador pretende avaliar variáveis biológicas de C emissão de poluentes na atmosfera.
determinado manancial, deve escolher os testes de D acúmulo de lixo nas galerias pluviais.
A teor de oxigênio dissolvido e de temperatura e turbidez E impermeabilização na bacia de drenagem.
da água.
34| UERJ O processo de eutrofização ocorrido em um determi-
B teor de nitrogênio amoniacal e de temperatura e turbi- nado lago acarretou alterações em diversos parâmetros me-
dez da água. didos na água, dentre eles, as concentrações de nutrientes,
C densidade populacional de cianobactérias e de inverte- de oxigênio dissolvido, de organismos aeróbicos e de orga-
brados bentônicos. nismos anaeróbicos.

8 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


Observe os gráficos abaixo, que relacionam as concentra- A partir das informações fornecidas, considere um lago que
ções desses parâmetros e o tempo no processo citado. esteja em processo de eutrofização. O teor de oxigênio na
água, a concentração de micro-organismos aeróbicos, a mor-
tandade dos peixes e a concentração de micro-organismos
anaeróbicos podem ser representados, respectivamente,
pelos gráficos
A I, III, III e II.
B III, III, II e I.
C I, II, III e II.
D III, I, II e II.
E II, I, I e III.

36| CEFET MG Observe o esquema de alguns fatores causadores


da poluição fluvial.

O gráfico que representa o processo de eutrofização ocorri-


do na água desse lago está indicado pela seguinte letra:
A W
B X
C Y Disponível em: <www.eb1-pias-alandroal.rcts.pt/IMAGES/pol_rio>.Acesso em: 08 abr. 2013

D Z A consequência do conjunto de eventos representados é a


redução da
35| UNESP A forma comum, e talvez a mais antiga, de poluir as
águas é pelo lançamento de dejetos humanos e de animais A diversidade de seres vivos.
domésticos em rios, lagos e mares. Por serem constituídos B temperatura média anual.
de matéria orgânica, esses dejetos aumentam a quantidade C incidência de chuvas ácidas.
de nutrientes disponíveis no ambiente aquático, fenômeno
denominado eutrofização (do grego eu, bem, bom, e trofos, D contaminação de lençóis freáticos.
nutrição). E disponibilidade de matéria orgânica.
(José Mariano Amabis e Gilberto Rodrigues Martho. Biologia
das populações, vol. 3, 2004. Adaptado.) 37| PUCRJ O gráfico abaixo mostra a concentração de um po-
luente persistente (o inseticida DDT) em diferentes níveis
Nos gráficos, o eixo Y corresponde a um dentre vários fatores
tróficos e na água.
que se alteram durante o processo de eutrofização, e o eixo
X o tempo decorrido no processo.

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 9


Com relação ao fenômeno mostrado no gráfico, foram feitas 39| PUCRS O duende Xass vive com seus pais, que o sustentam
as seguintes afirmativas: com muito custo. Xass afirma que enfrentará o que for pre-
I. A concentração do poluente é maior nos organismos dos ciso para casar-se com a fada Iefa. Mas ela já tem um pre-
últimos níveis tróficos. tendente, com o qual desenvolveu uma afinidade quase
vital. E esse pretendente, Derih, um bruxo que se alimenta
II. A concentração do poluente é maior nos consumidores unicamente das pétalas caídas dos girassóis do bosque, não
primários. deseja perder o amor de Iefa para Xass.
III. O fenômeno mostrado no gráfico é conhecido como eu-
Usando a terminologia própria da ecologia, as relações entre
trofização.
Xass e seus pais; Iefa e Derih; Xass e Derih; Derih e os giras-
IV. A concentração do poluente é maior no nível trófico de sóis seriam correta e respectivamente nominadas como
maior biomassa.
A parasitismo simbiose competição comensalismo
Aponte a opção correta: B inquilinismo simbiose concorrência forésia
A Todas estão corretas. C parasitismo cooperação competição forésia
B Apenas a IV está correta. D inquilinismo cooperação concorrência comensalismo
C Apenas I e II estão corretas. E parasitismo cooperação concorrência forésia
D Todas estão erradas.
40| CEFET MG A cena abaixo foi captada pelas câmeras de um
E Apenas a I está correta. fotógrafo na savana africana.

38| G1 - CFTRJ ... o geólogo Leziro Marques Silva, da Universi-


dade São Judas Tadeu, em São Paulo, investigou a situação
de 600 cemitérios do país (75% municipais e 25% particula-
res) e constatou que de 15% a 20% deles apresentam con-
taminação do subsolo pelo necrochorume, líquido formado
quando os corpos se decompõem. Cerca de 60% dos casos
foram observados em cemitérios municipais. A contamina-
ção é detectada por análises físicas, químicas e bacteriológi-
cas de amostras de água do lençol freático sob os cemitérios
ou em suas proximidades...

... O necrochorume é o principal responsável pela poluição Disponível em: <http://www.fottus.com/wp-content/uploads/leoes/(18).jpg>.Acesso em: 18 fev. 2013.
ambiental causada pelos cemitérios. É um líquido viscoso,
de cor castanho-acinzentada, com 60% de água, 30% de sais Nesse conjunto de relações ecológicas, o comportamento
minerais e 10% de substâncias orgânicas degradáveis. Apre- compatível com o leão, logo após esse momento, foi que
senta variado grau de patogenicidade, por causa da presença esse felino
de vírus, bactérias e outros agentes causadores de doenças. A matou a hiena.
Cada quilo de massa corpórea do cadáver gera 0,6 litro de B afugentou a hiena.
necrochorume.
C permitiu a fuga do gnu.
Fonte: Costa Silva, R. W. e Malagutti Filho, W. Cemitérios, “Fontes potenciais de conta-
D dividiu a presa com a hiena.
minação”. Revista Ciência Hoje, setembro de 2009. v. 44, n.263. p.24-9. (adaptado)
E perdeu sua presa para a hiena.
A contaminação do solo e, consequentemente, do lençol
freático, depende de vários fatores, tais como a permeabi- GABARITO
lidade, retenção de partículas e a distância do corpo d’água.
Dentre as alternativas abaixo, qual seria o procedimento 01| C
adequado para evitar, com eficácia, a contaminação do len- Na técnica de plantio por hidroponia, o fornecimento de uma
çol freático? solução rica em nitrato de ureia substitui o trabalho das bac-
A Utilização de madeira impermeabilizada na construção térias fixadoras do solo que participam do ciclo do nitrogênio.
dos caixões.
02| D
B Concretagem das sepulturas e posterior selagem da No poema, o autor faz referência à presença de detergentes
tumba. sintéticos como agentes poluentes das águas, ao citar “Estra-
C Uso de antibióticos na preparação dos corpos, evitando nha neve: espuma, espuma apenas...”.
a putrefação.
03| C
D Construção de uma manta impermeável antes da im- A eutrofização é o enriquecimento das águas com nutrien-
plantação do cemitério. tes orgânicos e (ou) inorgânicos. O aumento de nutrientes na

10 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


água provoca o aumento da DBO (demanda bioquímica pelo 14| E
oxigênio) e, consequentemente, a morte dos organismos ae- Os defensivos agrícolas não biodegradáveis se acumulam ao
róbicos. Com a proliferação de micro-organismos anaeróbi- longo das cadeias alimentares, apresentando maiores con-
cos forma-se o chamando “esgoto a céu aberto”. centrações nos predadores que ocupam os níveis mais dis-
tantes dos produtores.
04| B
A fumaça liberada pelas chaminés das fábricas e indústrias 15| B
liberam gases, como óxidos de enxofre e nitrogênio, os quais A sobrepesca de sardinhas provocará um desequilíbrio na ca-
se combinam com a água da chuva formando ácido sulfúrico deia alimentar, causando a redução da população de atuns
e ácido nítrico. As chuvas ácidas danificam florestas, ecossis- que se alimentam de sardinhas.
temas aquáticas e construções.
16| A
05| E A destinação adequada dos efluentes residuais produzidos
As algas zooxantelas são autótrofas e fornecem aos pólipos pela fábrica diminui, ou torna nulo, o impacto causado por seu
dos corais nutrientes derivados da fotossíntese. lançamento nas águas marinhas exploradas pelos pescadores.

06| C 17| C
O processo de colonização e desenvolvimento de uma comu- A vegetação do cerrado brasileiro é constituída por árvores e
nidade vegetal em determinado ambiente desabitado é co- arbustos retorcidos e dotados de raízes profundas, que con-
nhecido como sucessão ecológica. seguem retirar água das regiões mais profundas do solo.
07| B 18| E
Ao se alimentarem do pasto, os bovinos se comportam como A produção de etanol a partir da cana-de-açúcar é mais efi-
consumidores primários, ocupando o segundo nível da ca- ciente, pois essa planta é formada por colmos, isto é, caules
deia trófica de que participam. segmentados, com alto teor de sacarose.

08| E 19| D
Os desmatamentos e as queimadas promovem o acúmulo O esquema proposto na alternativa D é adequado ao mo-
do CO2 na atmosfera, agravando o aumento do aquecimento delo de desenvolvimento sustentável porque propõe a reci-
global. clagem do lixo orgânico e dos resíduos inorgânicos, além da
redução da poluição e do lixo produzidos pelas cidades.
09| D
A utilização da adubação orgânica do solo evita a contami- 20| C
nação dos corpos d’água por pesticidas sintéticos. Os microrganismos adequados para funcionar como biorre-
mediadores são capazes de utilizar hidrocarbonetos em seu
10| D metabolismo e, consequentemente, degradar compostos
A biorremediação é uma estratégia que utiliza seres vivos que poluem o meio ambiente.
com a finalidade de diminuir o impacto ambiental causado
21| C
pelos poluentes ambientais, tais como o acúmulo de metais
pesados na água. Ao absorver o calor do sol, a água recebe a energia neces-
sária para passar do estado líquido para o estado gasoso,
11| B processo denominado evaporação.
A poluição térmica dos corpos hídricos prejudica a respira-
ção dos seres vivos devido à redução da pressão parcial do 22| B
oxigênio (pO2) na água. A solubilidade do oxigênio na água Caso o planeta sofresse uma queda de temperatura ao invés
diminui com o aumento da temperatura. de um superaquecimento, as geleiras aumentariam, dimi-
nuindo o nível do mar e alterando o relevo dos continentes.
12| E A fauna e a flora das regiões próximas ao círculo polar ártico
As plantas dos manguezais apresentam adaptações para so- e antártico seriam as que mais sofreriam com a glaciação
breviver em solo encharcado de água salobra e pobre em oxi- e haveria grandes prejuízos à população humana e ao seu
gênio, tais como raízes respiratórias (pneumotóforos), as quais desenvolvimento.
afloram do solo e absorvem o oxigênio diretamente do ar.
23| D
13| D Considerando que na região Nordeste do Brasil, mesmo nos
As plantas presentes no bioma Caatinga apresentam diver- anos mais secos, não chove menos que 200 milímetros por
sas adaptações para a sobrevivência em ambiente quente e ano, uma proposta eficaz para reduzir os impactos da falta
árido; dentre as quais, um sistema radicular bem desenvolvi- de água na região seria a captação da água da chuva em cis-
do e profundo capaz de absorver água e íons que percolam o ternas e seu adequado tratamento e armazenamento para o
solo raso e pedregoso desse ambiente. consumo humano.

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 11


24| E 34| D
Em ecologia, ambiente é qualquer local, seja ele natural ou ur- O acúmulo de nutrientes na água causa a diminuição na con-
bano, em que componentes bióticos (biocenose) e componentes centração de oxigênio dissolvido. Esse fato provoca a morte
abióticos (biótopo) interagem, formando um sistema estável. dos organismos aeróbicos e o consequente aumento dos mi-
cro-organismos anaeróbicos.
25| E
35| D
Uma observação da tabela nos revela que a única estação
da RMSP indicando má qualidade do qualidade do ar é Pi- Os componentes do ecossistema que sofrem alterações estão
nheiros, com altos índices de SO2, causador de redução da indicados, respectivamente, pelos gráficos [III], [I], [II] e [II].
visibilidade na atmosfera.
36| A
26| A A poluição dos rios como representado na figura, o conjunto
As colônias de formigas caracterizam-se pela presença de destas agressões, irá acarretar na morte de diversas espécies
castas, isto é, divisão de tarefas com funções muito bem defi- deste ambiente, desta forma irá reduzir a diversidade de se-
nidas entre seus componentes, o que contribui para o suces- res vivos.
so das colônias. 37| E
27| D O fenômeno conhecido como biomagnificação, magnificação
De todas as propostas consideradas, a única viável para con- trófica ou amplificação biológica resulta do acúmulo de po-
servar o meio ambiente e a água doce é a de reduzir a polui- luentes persistentes, como o DDT, no corpo dos seres vivos.
ção e a exploração dos recursos naturais, e, ao mesmo tem- Em função da redução da biomassa na passagem de um ní-
po, otimizar o uso da água potável e aumentar a captação vel trófico para outro, a concentração do DDT aumenta nos
da água da chuva. As demais ou são inviáveis, ou causariam organismos ao longo da cadeia, e os organismos dos últimos
níveis tróficos acabam absorvendo doses altas do poluente.
outros impactos no meio ambiente.
38| D
28| D
De acordo com o texto o necrochorume tem na sua composição
Por ser biodegradável, o bioplástico concorre para a substi-
água, sais minerais e substâncias orgânicas degradáveis, tais
tuição de recursos não renováveis, como os de origem petro-
compostos são nocivos quando atingem os lençóis freáticos.
química, na fabricação de plásticos.
O procedimento mais adequado seria a construção de uma
29| D manta impermeável que impedisse o contato do necrochoru-
me com a água antes da implantação do cemitério.
Mesmo estando a 100 Km de distância, o sal trazido pelo
vento do mar de Aral até a vila rural provavelmente deve ser 39| A
a causa do aumento da salinidade das águas do local, con-
As relações são, respectivamente, parasitismo, simbiose,
sequentemente, dos problemas de saúde da população e da
competição e comensalismo.
diminuição da produtividade agrícola.
Observação: As relações citadas são interespecíficas e, pre-
30| B sumivelmente, os duendes pertencem à mesma espécie.
De acordo com o texto, devemos coletar o óleo devidamente
40| B
e transportá-lo às empresas de produção de biodiesel.
A hiena é um animal oportunista e sempre que possível tenta
31| C roubar a presa abatida por outra espécie. Nesta figura fica
clara a intenção da hiena a qual foi expulsa do local pela
São variáveis biológicas: densidade populacional de ciano-
leoa. A relação entre a hiena e a leoa é uma relação desar-
bactérias e de invertebrados bentônicos. As demais são vari-
mônica ou negativa do tipo competição. A relação entre a
áveis físicas ou químicas.
leoa e o gnu é uma relação negativa de predatismo.
32| D
A poluição atmosférica e da água, além do desmatamento QUÍMICA
provocado pelas atividades humanas, causam impactos am-
bientais e comprometem a produtividade dos ecossistemas TERMOQUÍMICA + ELETROQUÍMICA
terrestres e aquáticos. 16/09/2015 – QUARTA-FEIRA
33| C 01| ENEM PPL A escolha de uma determinada substância para
A emissão de poluentes na atmosfera não causa desequilí- ser utilizada como combustível passa pela análise da polui-
ção que ela causa ao ambiente e pela quantidade de energia
brio no ecossistema aquático.
liberada em sua combustão completa. O quadro apresenta

12 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


a entalpia de combustão de algumas substâncias. As massas ção cada vez maior como aditivos, ou mesmo como substitu-
molares dos elementos H, C e O são, respectivamente, iguais tos para gasolina em veículos.
a 1g/mol, 12g/mol e 16g/mol.
Algumas das propriedades físicas desses combustíveis são
mostradas no quadro seguinte.
Entalpia de combustão
Substância Fórmula
(kJ/mol)
Calor de
Acetileno C2H2 – 1298 Densidade a
Álcool Combustão
25°C (g/mL)
Etano C2H6 –1558 (kJ/mol)

Etanol C2H5OH –1366 Metanol


0,79 – 726,0
Hidrogênio H2 –242 (CH3OH)

Metanol CH3OH –558 Etanol


0,79 – 1367,0
(CH3CH2OH)
Levando-se em conta somente o aspecto energético, a subs-
tância mais eficiente para a obtenção de energia, na com-
bustão de 1 kg de combustível, é o Dados: Massas molares em g/mol:

A etano. H = 1,0; C = 12,0; O = 16,0.


B etanol. Considere que, em pequenos volumes, o custo de produção
C metanol. de ambos os alcoóis seja o mesmo. Dessa forma, do ponto
de vista econômico, é mais vantajoso utilizar
D acetileno.
A metanol, pois sua combustão completa fornece aproxi-
E hidrogênio. madamente 22,7 kJ de energia por litro de combustível
02| ENEM Um dos problemas dos combustíveis que contêm car- queimado.
bono é que sua queima produz dióxido de carbono. Portan- B etanol, pois sua combustão completa fornece aproxi-
to, uma característica importante, ao se escolher um com- madamente 29,7 kJ de energia por litro de combustível
bustível, é analisar seu calor de combustão ^Dhoc h , definido queimado.
como a energia liberada na queima completa de um mol de C metanol, pois sua combustão completa fornece aproxi-
combustível no estado padrão. O quadro seguinte relaciona madamente 17,9 MJ de energia por litro de combustível
algumas substâncias que contêm carbono e seu DHoc . queimado.
D etanol, pois sua combustão completa fornece aproxi-
Substância Fórmula DHoc (kJ/mol) madamente 23,5 MJ de energia por litro de combustível
benzeno C6H6(,) - 3 268 queimado.
E etanol, pois sua combustão completa fornece aproxi-
etanol C2H5OH (,) - 1 368 madamente 33,7 MJ de energia por litro de combustível
glicose C6H12O6 (s) - 2 808 queimado.

metano CH4 (g) - 890 04| ENEM O abastecimento de nossas necessidades energéti-
cas futuras dependerá certamente do desenvolvimento de
octano C8H18 (,) - 5 471 tecnologias para aproveitar a energia solar com maior efi-
ciência. A energia solar é a maior fonte de energia mundial.
Neste contexto, qual dos combustíveis, quando queimado Num dia ensolarado, por exemplo, aproximadamente 1 kJ
completamente, libera mais dióxido de carbono no ambien- de energia solar atinge cada metro quadrado da superfície
te pela mesma quantidade de energia produzida? terrestre por segundo. No entanto, o aproveitamento des-
sa energia é difícil porque ela é diluída (distribuída por uma
A Benzeno.
área muito extensa) e oscila com o horário e as condições
B Metano. climáticas. O uso efetivo da energia solar depende de formas
C Glicose. de estocar a energia coletada para uso posterior.
BROWN, T. Química, a ciência central. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
D Octano.
Atualmente, uma das formas de se utilizar a energia solar
E Etanol. tem sido armazená-la por meio de processos químicos endo-
térmicos que mais tarde podem ser revertidos para liberar
03| ENEM No que tange à tecnologia de combustíveis alternati-
calor. Considerando a reação:
vos, muitos especialistas em energia acreditam que os alco-
óis vão crescer em importância em um futuro próximo. CH4(g) + H2O(v) + calor ) CO(g) + 3H2(g)

Realmente, alcoóis como metanol e etanol têm encontrado e analisando-a como potencial mecanismo para o aproveita-
alguns nichos para uso doméstico como combustíveis há mento posterior da energia solar, conclui-se que se trata de
muitas décadas e, recentemente, vêm obtendo uma aceita- uma estratégia

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 13


A insatisfatória, pois a reação apresentada não permite de combustíveis fósseis para geração de energia. O quadro
que a energia presente no meio externo seja absorvida traz as entalpias-padrão de combustão a 25 °C ^DH25 0 h
do
pelo sistema para ser utilizada posteriormente. metano, do butano e do octano.
B insatisfatória, uma vez que há formação de gases po-
luentes e com potencial poder explosivo, tornando-a massa 0
fórmula DH25
uma reação perigosa e de difícil controle. composto molar
molecular (kJ/mol)
C insatisfatória, uma vez que há formação de gás CO que (g/mol)
não possui conteúdo energético passível de ser aprovei- metano CH4 16 - 890
tado posteriormente e é considerado um gás poluente.
butano C4H10 58 - 2.878
D satisfatória, uma vez que a reação direta ocorre com ab-
sorção de calor e promove a formação das substâncias octano C8H18 114 - 5.471
combustíveis que poderão ser utilizadas posteriormente
para obtenção de energia e realização de trabalho útil. À medida que aumenta a consciência sobre os impactos am-
E satisfatória, uma vez que a reação direta ocorre com li- bientais relacionados ao uso da energia, cresce a importân-
beração de calor havendo ainda a formação das subs- cia de se criar políticas de incentivo ao uso de combustíveis
tâncias combustíveis que poderão ser utilizadas pos- mais eficientes. Nesse sentido, considerando-se que o meta-
teriormente para obtenção de energia e realização de no, o butano e o octano sejam representativos do gás natu-
trabalho útil. ral, do gás liquefeito de petróleo (GLP) e da gasolina, respec-
tivamente, então, a partir dos dados fornecidos, é possível
05| ENEM CANCELADO Vários combustíveis alternativos estão concluir que, do ponto de vista da quantidade de calor ob-
sendo procurados para reduzir a demanda por combustíveis tido por mol de CO2 gerado, a ordem crescente desses três
fósseis, cuja queima prejudica o meio ambiente devido à combustíveis é
produção de dióxido de carbono (massa molar igual a 44 g A gasolina, GLP e gás natural.
mol–1). Três dos mais promissores combustíveis alternativos
são o hidrogênio, o etanol e o metano. A queima de 1 mol de B gás natural, gasolina e GLP.
cada um desses combustíveis libera uma determinada quan- C gasolina, gás natural e GLP.
tidade de calor, que estão apresentadas na tabela a seguir. D gás natural, GLP e gasolina.

Massa molar Calor liberado na queima E GLP, gás natural e gasolina.


Combustível
(g mol–1) (kJ mol–1) 07| ENEM Ainda hoje, é muito comum as pessoas utilizarem va-
silhames de barro (moringas ou potes de cerâmica não es-
H2 2 270 maltada) para conservar água a uma temperatura menor do
CH4 16 900 que a do ambiente. Isso ocorre porque:
A o barro isola a água do ambiente, mantendo-a sempre a
C2H5OH 46 1350 uma temperatura menor que a dele, como se fosse isopor.
Considere que foram queimadas massas, independentemen- B o barro tem poder de “gelar” a água pela sua composi-
te, desses três combustíveis, de forma tal que em cada quei- ção química. Na reação, a água perde calor.
ma foram liberados 5400 kJ. O combustível mais econômico, C o barro é poroso, permitindo que a água passe através
ou seja, o que teve a menor massa consumida, e o combustí- dele. Parte dessa água evapora, tomando calor da mo-
vel mais poluente, que é aquele que produziu a maior massa ringa e do restante da água, que são assim resfriadas.
de dióxido de carbono (massa molar igual a 44 g mol–1), fo-
D o barro é poroso, permitindo que a água se deposite na
ram, respectivamente,
parte de fora da moringa. A água de fora sempre está a
A o etanol, que teve apenas 46 g de massa consumida, e o uma temperatura maior que a de dentro.
metano, que produziu 900 g de CO2.
E a moringa é uma espécie de geladeira natural, liberando
B o hidrogênio, que teve apenas 40 g de massa consumi- substâncias higroscópicas que diminuem naturalmente
da, e o etanol, que produziu 352 g de CO2. a temperatura da água.
C o hidrogênio, que teve apenas 20 g de massa consumi-
da, e o metano, que produziu 264 g de CO2. 08| UNICAMP Apesar de todos os esforços para se encontrar
fontes alternativas de energia, estima-se que em 2030 os
D o etanol, que teve apenas 96 g de massa consumida, e o combustíveis fósseis representarão cerca de 80% de toda a
metano, que produziu 176 g de CO2. energia utilizada. Alguns combustíveis fósseis são: carvão,
E o hidrogênio, que teve apenas 2 g de massa consumida, metano e petróleo, do qual a gasolina é um derivado.
e o etanol, que produziu 1350 g de CO2.
No funcionamento de um motor, a energia envolvida na
06| ENEM Nas últimas décadas, o efeito estufa tem-se intensi- combustão do n-octano promove a expansão dos gases e
ficado de maneira preocupante, sendo esse efeito muitas também o aquecimento do motor. Assim, conclui-se que a
vezes atribuído à intensa liberação de CO2 durante a queima soma das energias envolvidas na formação de todas as liga-
ções químicas é

14 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


A maior que a soma das energias envolvidas no rompi-
mento de todas as ligações químicas, o que faz o proces-
so ser endotérmico.
B menor que a soma das energias envolvidas no rompi-
mento de todas as ligações químicas, o que faz o proces-
so ser exotérmico.
C maior que a soma das energias envolvidas no rompi-
mento de todas as ligações químicas, o que faz o proces-
so ser exotérmico.
D menor que a soma das energias envolvidas no rompi-
mento de todas as ligações químicas, o que faz o proces-
so ser endotérmico.

09| MACKENZIE A hidrogenação do acetileno é efetuada pela


reação desse gás com o gás hidrogênio, originando, nesse
processo, o etano gasoso, como mostra a equação química
abaixo.
C2H2 + 2 H2(g) → C2H6(g)

É possível determinar a variação da entalpia para esse pro-


cesso, a partir de dados de outras equações termoquímicas, Posteriormente, o grupo apresentou os resultados, através
por meio da aplicação da Lei de Hess. do gráfico abaixo

5
 C2H2(g) + O2(g) → 2 CO2(g) + H2O( )
2
∆H°C =−1301 kJ/mol

7
 C2H6(g) + O2(g) → 2 CO2(g) + 3 H2O( )
2
∆H°C =−1561 kJ/mol

1
 H2(g) + O2(g) → H2O( )
2
∆H°C =−286 kJ/mol

Assim, usando as equações termoquímicas de combustão no
estado-padrão, é correto afirmar que a variação da entalpia
para a hidrogenação de 1 mol de acetileno, nessas condi-
ções, é de
Após o cumprimento da tarefa, os alunos devem concluir
A – 256 kJ/mol. que o(s) experimento(s)
B – 312 kJ/mol. A A e B são exotérmicos, por isso não produzem energia.
C – 614 kJ/mol. B C e D são endotérmicos, por isso produzem energia.
D – 814 kJ/mol. C D é exotérmico, por isso produz energia.
E – 3148 kJ/mol. D C é endotérmico, por isso não produz energia.

10| UFPB O desenvolvimento econômico está associado ao au- E A é endotérmico, por isso produz energia.
mento do consumo de energia, cuja produção, em parte, 11| UFG Em um sistema fechado, dois reagentes levam à forma-
é oriunda de processos químicos. Com objetivo de facilitar ção de produtos após uma reação química com liberação de
a compreensão desse tipo de produção, um professor de energia. Nesse fenômeno,
Química delegou a um grupo de alunos a tarefa de realizar
A as energias das ligações químicas no sistema não mu-
experimentos que envolvessem liberação ou absorção de
dam.
energia. O grupo realizou cada experimento, misturando as
substâncias e medindo a temperatura, conforme ilustração a B a presença de catalisadores no sistema diminui a energia
seguir: das ligações dos produtos.

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 15


C as ligações químicas dos produtos são menos estáveis 14| UERN Observe a figura a seguir:
que dos reagentes.
D as ligações químicas dos reagentes são mais energéticas
que dos produtos.
E as energias das ligações químicas de reagentes e produ-
tos são equivalentes.

12| UFSJ Abaixo são fornecidas informações sobre alguns com-


bustíveis:
Qual a vantagem do suor para a pele?
Principal Energia de combustão A A água do suor, ao evaporar, retira calor da pele, provo-
Combustível cando uma diminuição na temperatura. Reação exotér-
componente em kJ/mol
mica.
GLP C4H10 + C3H8 –2878
B A água do suor, ao evaporar, retira calor da pele, pro-
Gasolina C8H18 –5471 vocando uma diminuição na temperatura. Reação endo-
térmica.
Éter de Petróleo C10H22 –6823
C O corpo retira do suor calor, provocando uma diminui-
Etanol C2H6O –1368 ção na temperatura a água, resfriando, assim, a pele.
Reação exotérmica.
Considerando essas informações, é INCORRETO afirmar que D O corpo retira do suor calor, provocando uma diminui-
A o éter de petróleo é o que libera menor quantidade de ção na temperatura a água, resfriando, assim, a pele.
energia na combustão e o que menos contribui para o Reação endotérmica.
efeito estufa.
15| PUCRS Com base na análise das equações a seguir, que re-
B o GLP é uma mistura de hidrocarbonetos saturados for-
mada principalmente por butano e propano, cuja com- presentam reações de combustão do metano e as respecti-
bustão é exotérmica. vas entalpias.
I. CH4 (g) + 2 O2 (g) → CO2 (g) + 2 H2O( l) DH = −802 kJ / mol
C um mol de gasolina produz, comparativamente, a segunda
maior quantidade de gás carbônico em sua combustão. II. CH4 (g) + 3 2 O2 (g) → CO(g) + 2 H2O( l) DH = −520 kJ / mol
D a reação entre o etanol e o oxigênio atmosférico é exo-
térmica e a que, comparativamente, gera menor quanti- III. CH4 (g) + O2 (g) → C(s) + 2H2O( l) DH = −408,5 kJ / mol
dade de energia.

13| UFRGS A crise energética mundial impulsionou a procura Com base na análise feita, é correto afirmar que
por combustíveis alternativos e renováveis. A a equação I representa combustão completa, e consome
Considere os dados contidos no quadro abaixo. 802kJ de calor por grama de metano queimado.
B a equação II representa a combustão completa do meta-
Poder calorífico no, produzindo monóxido de carbono, que é muito tóxico.
Combustível Densidade (g/mL)
(kJ/g) C em ambiente suficientemente rico em oxigênio, é possí-
vel obter aproximadamente 50kJ de calor por grama de
Hidrogênio 140 8,2 × 10−5
metano queimado.
Propano 50 1,8 × 10−3 D a equação III representa a combustão incompleta que
produz fuligem e libera 34kJ de calor a cada grama de
Gasolina 45 0,750 combustível queimado.
Etanol 30 0,790 E as três reações representadas necessitam de uma fonte
de energia, como uma fagulha ou faísca, para iniciarem,
Com base nesses dados, é correto afirmar que e por essa razão são endotérmicas.
A o hidrogênio é o combustível mais eficaz entre os rela-
cionados, considerando iguais volumes de combustível. 16| UNESP Diariamente podemos observar que reações quími-
cas e fenômenos físicos implicam em variações de energia.
B o propano é o combustível mais eficaz entre os relacio- Analise cada um dos seguintes processos, sob pressão at-
nados, considerando massas iguais de combustível. mosférica.
C todos os combustíveis do quadro acima geram CO2 na I. A combustão completa do metano (CH4) produzindo
sua combustão total. CO2e H2O.
D por sua maior densidade, o poder calorífico do etanol, II. O derretimento de um iceberg.
medido em kJ por litro, é o maior entre todos.
III. O impacto de um tijolo no solo ao cair de uma altura h.
E por causa de sua baixa densidade, o poder calorífico do
hidrogênio, medido em kJ por litro, é muito baixo. Em relação aos processos analisados, pode-se afirmar que:

16 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


A I é exotérmico, II e III são endotérmicos. rico contendo um sal inorgânico. Quando o polipirrol sofre
B I e III são exotérmicos e II é endotérmico. oxidação, há a inserção de ânions para compensar a carga
positiva no polímero e o filme se expande. Na outra face do
C I e II são exotérmicos e III é endotérmico. dispositivo o filme de polipirrol sofre redução, expulsando
D I, II e III são exotérmicos. ânions, e o filme se contrai. Pela montagem, em sanduíche, o
sistema todo se movimenta de forma harmônica, conforme
E I, II e III são endotérmicos.
mostrado na figura.
17| UERJ O hidrogênio vem sendo considerado um possível
substituto dos combustíveis altamente poluentes de origem
fóssil, como o dodecano, utilizado na aviação. -
Sabe-se que, sob condições-padrão, as entalpias de combus- Corrente
tão do dodecano e do hidrogênio molecular são respectiva- elétrica
mente iguais a −7500 e −280 kJ.mol-1. +
polipirrol Ar
A massa de hidrogênio, em gramas, necessária para gerar a Eletrólito
mesma quantidade de energia que a gerada por 1 g de dode- polimérico Sem corrente
cano equivale a: elétrica
A 0,157
polipirrol
B 0,315 Ar
+
C 0,471 Corrente
D 0,630 elétrica
-
18| ENEM A revelação das chapas de raios X gera uma solução
que contém íons prata na forma de Ag(S2O3)23– Para evitar a DE PAOLI, M. A. Cadernos Temáticos de Química Nova na Escola, São Paulo, maio 2001 (adaptado).

descarga desse metal no ambiente, a recuperação de prata


A camada central de eletrólito polimérico é importante por-
metálica pode ser feita tratando eletroquimicamente essa
que
solução com uma espécie adequada. O quadro apresenta se-
mirreações de redução de alguns íons metálicos. A absorve a irradiação de partículas carregadas, emitidas
pelo aquecimento elétrico dos filmes de polipirrol.
Semirreação de redução E° ^ V h B permite a difusão dos íons promovida pela aplicação de
Ag (S2 O3) 23- ^aqh + e- Ag ^ s h + 2 S2 O23- ^aqh
diferença de potencial, fechando o circuito elétrico.
E +0,02
C mantém um gradiente térmico no material para promo-
Cu2+ (aq) + 2e– E Cu (s) +0,34 ver a dilatação/contração térmica de cada filme de poli-
Pt2+ (aq) + 2e– E Pt (s) +1,20 pirrol.
D permite a condução de elétrons livres, promovida pela
A,3+ (aq) + 3e– E A, (s) –1,66
aplicação de diferença de potencial, gerando corrente
Sn2+ (aq) + 2e– E Sn (s) –0,14 elétrica.

Zn2+ (aq) + 2e– E Zn (s) –0,76 E promove a polarização das moléculas poliméricas, o que
resulta no movimento gerado pela aplicação de diferen-
BENDASSOLLI, J. A. et al. “Procedimentos para a recuperação de Ag de resíduos líquidos e sólidos”.
Química Nova, v. 26, n. 4, 2003 (adaptado).
ça de potencial.

Das espécies apresentadas, a adequada para essa recupera- 20| ENEM PPL Após o desmonte da bateria automotiva, é ob-
ção é tida uma pasta residual de 6 kg, em que 19%, em massa, é
dióxido de chumbo(IV), 60%, sulfato de chumbo(II) e 21%,
A Cu(s).
chumbo metálico. O processo pirometalúrgico é o mais co-
B Pt(s). mum na obtenção do chumbo metálico, porém, devido à alta
C A,3+(aq). concentração de sulfato de chumbo(II), ocorre grande pro-
D Sn(s). dução de dióxido de enxofre (SO2), causador de problemas
ambientais. Para eliminar a produção de dióxido de enxofre,
E Zn2+(aq).
utiliza-se o processo hidrometalúrgico, constituído de três
19| ENEM Músculos artificiais são dispositivos feitos com plásti- etapas, no qual o sulfato de chumbo(II) reage com carbonato
cos inteligentes que respondem a uma corrente elétrica com de sódio a 1,0 mol/L a 45 °C, obtendo-se um sal insolúvel
um movimento mecânico. A oxidação e redução de um polí- (etapa 1), que, tratado com ácido nítrico, produz um sal de
mero condutor criam cargas positivas e/ou negativas no ma- chumbo solúvel (etapa 2) e, por eletrólise, obtém-se o chum-
terial, que são compensadas com a inserção ou expulsão de bo metálico com alto grau de pureza (etapa 3).
cátions ou ânions. Por exemplo, na figura os filmes escuros ARAÚJO, R. V. V. et al. Reciclagem de chumbo de bateria automotiva: estudo de caso. Disponível em:
são de polipirrol e o filme branco é de um eletrólito polimé- www.iqsc.usp.br. Acesso em: 17 abr. 2010 (adaptado).

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 17


Considerando a obtenção de chumbo metálico a partir de 23| ENEM PPL A grafita é uma variedade alotrópica do carbono.
sulfato de chumbo(II) na pasta residual, pelo processo hidro- Trata-se de um sólido preto, macio e escorregadio, que apre-
metalúrgico, as etapas 1, 2 e 3 objetivam, respectivamente, senta brilho característico e boa condutibilidade elétrica.

A a lixiviação básica e dessulfuração; a lixiviação ácida e Considerando essas propriedades, a grafita tem potência de
solubilização; a redução do Pb2+ em Pb0. aplicabilidade em:
B a lixiviação ácida e dessulfuração; a lixiviação básica e A Lubrificantes, condutores de eletricidade e cátodos de
baterias alcalinas.
solubilização; a redução do Pb4+ em Pb0.
B Ferramentas para riscar ou cortar materiais, lubrifican-
C a lixiviação básica e dessulfuração; a lixiviação ácida e tes e condutores de eletricidade.
solubilização; a redução do Pb0 em Pb2+. C Ferramentas para amolar ou polir materiais, brocas
D a lixiviação ácida e dessulfuração; a lixiviação básica e odontológicas e condutores de eletricidade.
solubilização; a redução do Pb2+ em Pb0. D Lubrificantes, brocas odontológicas, condutores de ele-
tricidade, captadores de radicais livres e cátodo de bate-
E a lixiviação básica e dessulfuração; a lixiviação ácida e
rias alcalinas.
solubilização; a redução do Pb4+ em Pb0.
E Ferramentas para riscar ou cortar materiais, nanoestru-
21| ENEM Eu também podia decompor a água, se fosse salgada turas capazes de transportar drogas com efeito radiote-
ou acidulada, usando a pilha de Daniell como fonte de for- rápico.
ça. Lembro o prazer extraordinário que sentia ao decompor 24| ENEM O boato de que os lacres das latas de alumínio teriam
um pouco de água em uma taça para ovos quentes, vendo-a um alto valor comercial levou muitas pessoas a juntarem
separar-se em seus elementos, o oxigênio em um eletrodo, esse material na expectativa de ganhar dinheiro com sua
o hidrogênio no outro. A eletricidade de uma pilha de 1 volt venda. As empresas fabricantes de alumínio esclarecem que
parecia tão fraca, e, no entanto podia ser suficiente para des- isso não passa de uma “lenda urbana”, pois ao retirar o anel
fazer um composto químico, a água… da lata, dificulta-se a reciclagem do alumínio. Como a liga do
SACKS, O. Tio Tungstênio: memórias de uma infância química. São Paulo: Cia. das Letras, 2002.
qual é feito o anel contém alto teor de magnésio, se ele não
estiver junto com a lata, fica mais fácil ocorrer a oxidação do
O fragmento do romance de Oliver Sacks relata a separação alumínio no forno. A tabela apresenta as semirreações e os
dos elementos que compõem a água. O princípio do método valores de potencial padrão de redução de alguns metais:
apresentado é utilizado industrialmente na
A obtenção de ouro a partir de pepitas.
B obtenção de calcário a partir de rochas.
C obtenção de alumínio a partir da bauxita.
D obtenção de ferro a partir de seus óxidos.
E obtenção de amônia a partir de hidrogênio e nitrogênio.

22| ENEM PPL O Instituto Luiz Coimbra (UFRJ) lançou o primeiro


ônibus urbano movido a hidrogênio do Hemisfério Sul, com
tecnologia inteiramente nacional. Sua tração provém de três
fontes de energia, sendo uma delas a pilha de combustível,
na qual o hidrogênio, gerado por um processo eletroquími-
co, reage com o oxigênio do ar, formando água.
FRAGA, I. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br. Acesso em: 20 jul. 2010 (adaptado).

Com base no texto e na tabela, que metais poderiam entrar


A transformação de energia que ocorre na pilha de com- na composição do anel das latas com a mesma função do
bustível responsável pelo movimento do ônibus decorre da magnésio, ou seja, proteger o alumínio da oxidação nos for-
energia cinética oriunda do(a) nos e não deixar diminuir o rendimento da sua reciclagem?
A Somente o lítio, pois ele possui o menor potencial de re-
A calor absorvido na produção de água.
dução.
B expansão gasosa causada pela produção de água. B Somente o cobre, pois ele possui o maior potencial de
C calor liberado pela reação entre o hidrogênio e o oxi- redução.
gênio. C Somente o potássio, pois ele possui potencial de redu-
ção mais próximo do magnésio.
D contração gasosa causada pela reação entre o hidrogê-
D Somente o cobre e o zinco, pois eles sofrem oxidação
nio e o oxigênio. mais facilmente que o alumínio.
E eletricidade gerada pela reação de oxirredução do hidro- E Somente o lítio e o potássio, pois seus potenciais de re-
gênio com o oxigênio. dução são menores do que o do alumínio.

18 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


25| ENEM O crescimento da produção de energia elétrica ao lon- uma mistura ácida e são solubilizados. Em função da baixa
go do tempo tem influenciado decisivamente o progresso da seletividade (todos os íons metálicos são solubilizados), após
humanidade, mas também tem criado uma séria preocupa- a digestão ácida, é realizada uma etapa de extração dos me-
ção: o prejuízo ao meio ambiente. Nos próximos anos, uma tais com solventes orgânicos de acordo com a reação:
nova tecnologia de geração de energia elétrica deverá ganhar
espaço: as células a combustível hidrogênio/oxigênio. M2+(aq) + 2HR(org) ? MR2(org) + 2H+(aq)

Onde:
e–
M2+ = Cd2+, Ni2+ ou Co2+
– + HR = C16H34 — PO2H: identificado no gráfico por X
HR = C12H12 — PO2H : identificado no gráfico por Y
2e – O gráfico mostra resultado da extração utilizando os solven-
H2 O2
2e – tes orgânicos X e Y em diferentes pH.

2H +
10 0
Cd
O2 90
Co
H2 80
Ni
H 2O

Extração (%)
70
60 X
ânodo eletrólito cátodo 50 Y
40
VILLULLAS, H.M; TICIANELLI, E. A; GONZÁLEZ, E.R. 30
Química Nova na Escola. N.º 15, maio 2002. 20
10

Com base no texto e na figura, a produção de energia elé- 0


0 1 2 3 4 5 6 7
trica por meio da célula a combustível hidrogênio/oxigênio pH de equilíbrio
diferencia-se dos processos convencionais porque
A transforma energia química em energia elétrica, sem Figura 1: Extração de níquel, cádmio e cobalto em função do pH da solução utilizando
solventes orgânicos X e Y.
causar danos ao meio ambiente, porque o principal Disponível em: http://www.scielo.br. Acesso em 28 abr. 2010.
subproduto formado é a água.
B converte a energia química contida nas moléculas dos A reação descrita no texto mostra o processo de extração
componentes em energia térmica, sem que ocorra a dos metais por meio da reação com moléculas orgânicas, X
produção de gases poluentes nocivos ao meio ambiente. e Y Considerando-se as estruturas de X e Y e o processo de
separação descrito, pode-se afirmar que
C transforma energia química em energia elétrica, porém
emite gases poluentes da mesma forma que a produção A as moléculas X e Y atuam como extratores catiônicos
de energia a partir dos combustíveis fósseis. uma vez que a parte polar da molécula troca o íon H+
pelo cátion do metal.
D converte energia elétrica proveniente dos combustíveis
fósseis em energia química, retendo os gases poluentes B as moléculas X e Y atuam como extratores aniônicos
produzidos no processo sem alterar a qualidade do meio uma vez que a parte polar da molécula troca o íon H+
ambiente. pelo cátion do metal.

E converte a energia potencial acumulada nas moléculas C as moléculas X eY atuam como extratores catiônicos
de água contidas no sistema em energia química, sem uma vez que a parte apolar da molécula troca o íon
que ocorra a produção de gases poluentes nocivos ao PO22– pelo cátion do metal.
meio ambiente. D as moléculas X e Y atuam como extratores aniônicos
uma vez que a parte polar da molécula troca o íon
26| ENEM As baterias de Ni-Cd muito utilizadas no nosso coti- PO22– pelo cátion do metal.
diano não devem ser descartadas em lixos comuns uma vez
que uma considerável quantidade de cádmio é volatilizada E as moléculas X e Y fazem ligações com os íons metálicos
e emitida para o meio ambiente quando as baterias gastas resultando em compostos com caráter apolar o que jus-
são incineradas como componente do lixo. Com o objetivo tifica a eficácia da extração.
de evitar a emissão de cádmio para a atmosfera durante a 27| ENEM A eletrólise é muito empregada na indústria com o
combustão é indicado que seja feita a reciclagem dos mate- objetivo de reaproveitar parte dos metais sucateados. O co-
riais dessas baterias. Uma maneira de separar o cádmio dos bre, por exemplo, é um dos metais com maior rendimento
demais compostos presentes na bateria é realizar o processo no processo de eletrólise, com uma recuperação de aproxi-
de lixiviação ácida. Nela, tanto os metais (Cd, Ni e eventual- madamente 99,9%. Por ser um metal de alto valor comercial
mente Co) como os hidróxidos de íons metálicos Cd(OH)2(s), e de múltiplas aplicações, sua recuperação torna-se viável
Ni(OH)2(s), Co(OH)2(s) presentes na bateria, reagem com economicamente.

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 19


Suponha que, em um processo de recuperação de cobre A é uma pilha ácida.
puro, tenha-se eletrolisado uma solução de sulfato de co- B apresenta o óxido de prata como o ânodo.
bre (II) (CuSO4) durante 3 h, empregando-se uma corrente
elétrica de intensidade igual a 10A. A massa de cobre puro C apresenta o zinco como o agente oxidante.
recuperada é de aproximadamente D tem como reação da célula a seguinte reação:
Dados: Constante de Faraday F = 96 500 C/mol; Massa molar em Zn(s) + Ag2O(s) " ZnO(s) + 2Ag(s).
g/mol: Cu = 63,5. E apresenta fluxo de elétrons na pilha do eletrodo de Ag2O
A 0,02g. para o Zn.
B 0,04g.
30| UNEB
C 2,40g.
D 35,5g.
E 71,0g.

28| ENEM Para que apresente condutividade elétrica adequada


a muitas aplicações, o cobre bruto obtido por métodos tér-
micos é purificado eletroliticamente. Nesse processo, o co-
bre bruto impuro constitui o ânodo da célula, que está imer-
so em uma solução de CuSO4. À medida que o cobre impuro
é oxidado no ânodo, íons Cu2+ da solução são depositados
na forma pura no cátodo. Quanto às impurezas metálicas,
algumas são oxidadas, passando à solução, enquanto outras
simplesmente se desprendem do ânodo e se sedimentam
abaixo dele. As impurezas sedimentadas são posteriormente
processadas, e sua comercialização gera receita que ajuda a
cobrir os custos do processo. A série eletroquímica a seguir
lista o cobre e alguns metais presentes como impurezas no
cobre bruto de acordo com suas forças redutoras relativas.

Entre as impurezas metálicas que constam na série apresen-


tada, as que se sedimentam abaixo do ânodo de cobre são
A Au, Pt, Ag, Zn, Ni e Pb.
B Au, Pt e Ag.
C Zn, Ni e Pb.
D Au e Zn.
E Ag e Pb.
Grandes recalls de fabricantes de baterias de íons de lítio
29| ENEM CANCELADO Pilhas e baterias são dispositivos tão para notebooks suscitaram questões sobre como essas fon-
comuns em nossa sociedade que, sem percebermos, car- tes de energia podem aquecer a ponto de pegar fogo. Igual-
regamos vários deles junto ao nosso corpo; elas estão pre-
mente válida é a dúvida sobre por que os acidentes não são
sentes em aparelhos de MP3, relógios, rádios, celulares etc.
mais frequentes: são poucos proporcionalmente às centenas
As semirreações descritas a seguir ilustram o que ocorre em
de milhões de baterias vendidas anualmente.
uma pilha de óxido de prata.
Zn (s) + OH– (aq) " ZnO (s) + H2O (  ) + e- As células eletroquímicas de íons de lítio empregam vários
materiais, mas quase todas são recarregáveis, como as usa-
Ag2O (s) + H2O (,) + e– " Ag (s) + OH– (aq) das em câmeras fotográficas e telefones celulares, que utili-
zam óxido de lítio-cobalto no cátodo e grafite no ânodo.
Pode-se afirmar que esta pilha

20 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


Embora essa formulação seja “de certo modo inerentemente 32| UPF O funcionamento de uma pilha depende, principalmen-
insegura”, a fabricação cuidadosa e os dispositivos de segu- te, de serem conectados aos eletrodos metais com diferen-
rança embutidos limitaram os acidentes a poucas ocorrên- tes capacidades de sofrerem oxidação. Sendo assim, quanto
cias. Mesmo assim, os fabricantes de baterias têm aumen- maior a diferença de potencial dos eletrodos de uma pilha,
tado a capacidade de carga em determinada célula devido maior será o valor da diferença de potencial (ddp) gerado.
à demanda dos fabricantes de eletrônicos por maior dura-
bilidade. Portanto, agora a margem de erros é ainda menor.
Aumentando o número de íons na célula, os fabricantes qua-
druplicaram a capacidade energética desde seu lançamento
comercial em 1991.
(FISCHETTI. 2013. p. 10-11).

30| UNEB O cátodo da célula eletroquímica é formado por óxido


de lítio e de cobalto, LiCoO2(s), e o ânodo, por grafite, quan-
do a bateria está descarregada. Durante a recarga, a corrente
elétrica é invertida, e os íons de lítio são reduzidos no ele-
trodo do grafite. Na descarga, os íons de lítio, Li+, deixam
o grafite, após reação e voltam a formar óxido de lítio e de
cobalto.

Com base nas informações do texto, das figuras e conside-


rando-se o funcionamento de célula eletroquímica e a força (Disponível em: http://www.alunosonline.com.br/quimica/calculo-forca-eletromotriz-ou-volta-
eletromotriz de célula igual a 3,7V, é correto afirmar: gem-das-pilhas.html. Acesso em 06 out. 2013)

A O eletrólito é uma solução aquosa de sal de lítio. Zn2+(aq) + 2e− → Zn(s) E°red =
−0,76V
B O óxido de LiCoO2 é oxidado a CoO2, na recarga da pilha. Cu2+(aq) + 2e− → Cu(s) E°red =
+0, 34V
C A oxidação e a redução ocorrem, respectivamente, no
cátodo e no ânodo, durante a descarga da pilha. Considerando as informações apresentadas e as equações
D A voltagem de bateria, formada a partir da ligação em expressas, assinale a alternativa incorreta:
paralelo de quatro células eletroquímicas de óxido de
lítio-cobalto, é, aproximadamente, 15V. A As concentrações das soluções utilizadas e a temperatu-
ra influenciam na diferença de potencial (ddp) de uma
E A ligação entre o cátodo e o ânodo através do separador,
pilha.
por meio de partículas metálicas, desvia o fluxo de corren-
te elétrica e causa resfriamento da célula eletroquímica. B Em uma pilha, ocorrerão reações espontâneas de oxirre-
dução.
31| MACKENZIE A ilustração ao lado representa um experimen-
to em que foi colocado uma barra metálica de zinco mergu- C A ddp gerada por uma pilha é inversamente proporcio-
lhada em uma solução aquosa de sulfato de cobre (II). nal à intensidade da corrente elétrica produzida por essa
pilha.
D Uma pilha de zinco (Zn(s)) e cobre (Cu(s)), em regime de
descarga, leva à produção de íons Zn2+ e cobre metálico.
E A elevação da temperatura aumenta a velocidade das
reações direta e inversa, embora haja um maior favore-
cimento no sentido das reações endotérmicas.

33| UPE Analise a figura a seguir:


De acordo com os valores dos E0 de redução abaixo, pode-se
afirmar que

A o zinco sofre redução. (Disponível em: http://diariodebiologia.com/files/2010/12/papel_aluminio.jpg


B o processo não é espontâneo. Considerando-se que a mulher possuía dentes obturados
C ocorre a formação de íons Zn2+(aq). com amálgama (liga de prata, mercúrio, cobre e estanho),
são feitas algumas afirmativas sobre o processo ocorrido.
D elétrons são transferidos do Cu2+(aq) para o Zn(s)
I. Formou-se uma pilha ao se encostar o alumínio no amál-
E o Zn(s) é um excelente agente oxidante.
gama da obturação, na presença de saliva.

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 21


II. A saliva é uma solução ácida e está em contato com o 36| UFRGS Os potenciais padrão de redução, determinados me-
alumínio e a liga metálica da obturação. diante processos eletroquímicos, podem ser empregados
III. O alumínio funciona como ânodo da pilha formada, per- para prever a espontaneidade de reações, mesmo quando
dendo elétrons, enquanto o amálgama é o cátodo da pi- essas não constituem pilhas ou baterias.
lha. Observe o quadro a seguir.
IV. O processo gera uma corrente elétrica, que é conduzida
ao cérebro a partir das terminações nervosas do dente. Ag+(aq) + e– + Ag(s) f° = 0,80V

Dados: A3 + + 3e− → A Eo = −1,66 V Hg2+ + 2e− → Hg Eo = +0,85 V Co2 +(aq) + 2e– + Co(s) f° = -0,28V
Cu2+ + 2e− → Cu Eo = +0,34 V Sn2+ + 2e− → Sn Eo = −0,14 V A,3+(aq) + 3e– + A,(s) f° = -1,66V
+ − o
Ag + e → Ag E = +0,80 V
Ba2+ (aq) +2e– + Ba(s) f° = -2,90V
Quais das afirmativas podem ser utilizadas para se construir Com base no quadro, considere as reações abaixo.
uma explicação cientificamente CORRETA para o choque
sentido ao morder o papel-alumínio? I. Ba (NO3 )2 + 2Ag → 2AgNO3 + Ba.
A I, III e IV, apenas.
II. 2A (NO3 )3 + 3Co → 3Co (NO3 )2 + 2A.
B I e IV, apenas.
C II e IV, apenas. III. 3AgNO3 + A → A (NO3 )3 + 3Ag.
D I, II e IV, apenas. Quais reações serão espontâneas?
E I, II, III e IV. A Apenas I.
34| UNICAMP Leia o texto: B Apenas II.
C Apenas III.
O uso mais popular do cloreto de sódio é na cozinha, onde é
D Apenas I e III.
utilizado para acrescentar sabor a uma infinidade de alimen-
tos e também como conservante e material de limpeza. É E I, II e III.
na indústria química, no entanto, que ele é mais consumido.
37| ESPCEX (AMAN) Considere as semirreações com os seus res-
São inúmeros os processos que fazem uso de produtos do pectivos potenciais-padrão de redução dados nesta tabela:
processamento desse sal.

O uso industrial do cloreto de sódio se dá principalmente Prata Ag+( aq) + e− → Ag0( s ) E0red = +0,80 V
no processo de obtenção de alguns importantes produtos
de sua eletrólise em meio aquoso. Simplificadamente, esse Cobre Cu2+( aq) + 2e− → Cu0( s ) E0red = +0,34 V
processo é feito pela passagem de uma corrente elétrica em
uma solução aquosa desse sal. Pode-se afirmar que, a partir
Chumbo Pb2+( aq) + 2e− → Pb0( s ) E0red = −0,13 V
desse processo, seriam obtidos:
A gás hidrogênio, gás oxigênio e ácido clorídrico. Ni2+( aq) + 2e− → Ni0( s )
Niquel E0red = −0,24 V
B gás hidrogênio, gás cloro e ácido clorídrico.
C gás hidrogênio, gás cloro e hidróxido de sódio em solu- Zinco Zn2+( aq) + 2e− → Zn0( s ) E0red = −0,76 V
ção.
Magné- Mg2+( aq) + 2e− → Mg0( s )
D gás hidrogênio, gás oxigênio e hidróxido de sódio em so- E0red = −2,37 V
sio
lução.
Baseando-se nos dados fornecidos, são feitas as seguintes
35| UERN Um brinquedo, movido a pilha, fica ligado durante 1,5
afirmações:
hora até ser desligado. Sabe-se que a pilha e recarregável e o
seu metal é o magnésio, que possui uma corrente de 10800 I. O melhor agente redutor apresentado na tabela é a prata;
mA. Qual foi o desgaste aproximado de magnésio nesse pe-
ríodo? II. A reação Zn2+( aq) + Cu0( s ) → Zn0( s ) + Cu2+( aq) não é es-
pontânea;
Dado: 1F=96.500 C III. Pode-se estocar, por tempo indeterminado, uma solução
A 17,8 g. de nitrato de níquel II, em um recipiente revestido de zin-
co, sem danificá-lo, pois não haverá reação entre a solu-
B 14,2 g. ção estocada e o revestimento de zinco do recipiente;
C 8,9 g. IV. A força eletromotriz de uma pilha eletroquímica forma-
D 7,3 g. da por chumbo e magnésio é 2,24 V;

22 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


V. Uma pilha eletroquímica montada com eletrodos de cobre e 40| PUCSP Dados: potenciais padrão de redução (E0red)
prata possui a equação global:
+ 0 0 2+
Cu2+ ( aq) + 2 e− ? Cu( s ) E0red = +0,34 V
2 Ag ( aq) + Cu ( s ) → 2 Ag ( s ) + Cu ( aq) .
Ni2+ ( aq) + 2 e− ? Ni( s ) E0red = −0,25 V
Das afirmações acima, estão corretas apenas:
A I e II Fe2+ ( aq) + 2 e− ? Fe( s ) E0red = −0, 49 V
B I, II e IV
C III e V Zn2+ ( aq) + 2 e− ? Zn( s ) E0red = −0,76 V
D II, IV e V
Em um estudo eletroquímico formam montadas 4 pilhas a
E I, III e V
partir de 4 pares redox distintos. Em todos os dispositivos, o
38| UPF A corrosão metálica é a oxidação não desejada de um cátodo era constituído de uma solução aquosa de íons Cu2+
metal. Ela diminui a vida útil de produtos de aço, tais como de concentração 1,0 mol/L e um eletrodo de cobre metálico.
pontes e automóveis, e a substituição do metal corroído O ânodo era constituído de um metal (M), diferente em cada
dispositivo, imerso em solução do respectivo cátion (Mn+)
acarreta, todos os anos, grande gasto de dinheiro em todo
também de 1,0mol/L. A figura a seguir representa esquema-
o mundo. A corrosão é um processo eletroquímico, e a sé-
ticamente o aparato experimental.
rie eletroquímica nos dá uma indicação de por que a corro-
são ocorre e como pode ser prevenida. Para a proteção de
certas peças metálicas podem-se colocar pedaços de outro
metal usado como metal de sacrifício. Assim, considerando
alguns metais com seus respectivos potenciais-padrão de
redução:

Mg2+(aq) + 2e− → Mg(s) (E0 =


−2,38 V)

A3+(aq) + 3e− → A (s) (E0 =


−1,68 V)

Zn2+(aq) + 2e− → Zn(s) (E0 =


−0,76 V)

Pb2+(aq) + 2e− → Pb(s) (E0 =


−0,13 V) Os metais utilizados como ânodo foram zinco, níquel, chum-
2+ − 0 bo e ferro. Em cada experimento foram determinadas a ddp
Cu (aq) + 2e → Cu(s) (E =
+0,34 V)
inicial da pilha e a quantidade de carga gerada pela pilha
Ag+(aq) + 1e− → Ag(s) (E0 =
+0,80 V) durante a corrosão de 1,00 g do ânodo. Nestas condições,
pode-se dizer que o ânodo cuja pilha apresenta a maior ddp
Qual o mais adequado para ser usado como metal de sacrifí- e o ânodo cuja pilha gera a maior quantidade de carga são
cio se a peça a ser protegida for de alumínio? formados, respectivamente, pelos metais

A Ag(s) A Pb e Pb.

B Zn(s) B Zn e Zn.

C Pb(s) C Pb e Zn.

D Cu(s) D Ni e Fe.
E Zn e Fe.
E Mg(s)
41| FATEC Para responder à questão, considere os seguintes
39| PUCRJ Considerando 1 F = 96.500 C (quantidade de eletri-
dados sobre potenciais padrão de redução.
cidade relativa a 1 mol de elétrons), na eletrólise ígnea do
cloreto de alumínio, A,C,3, a quantidade de eletricidade, em Semirreação Ei/ volt
Coulomb, necessária para produzir 21,6 g de alumínio metá-
lico é igual a: Mg2+ (aq) + 2 e– " Mg (s) - 2,37
A 61.760 C. Zn2+ (aq) + 2 e– " Zn (s) - 0,76
B 154.400 C. Fe2+ (aq) + 2 e– " Fe (s) - 0,44
C 231.600 C.
Cu2+ (aq) + 2 e– " Cu(s) 0,34
D 308.800 C.
Ag+ (aq) + e– " Ag (s) 0,80
E 386.000 C.

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 23


Uma tubulação de ferro pode ser protegida contra a corro- 43| PUCRJ As células a combustível são unidades geradoras de
são se a ela for conectada uma peça metálica constituída por energia elétrica e vêm sendo desenvolvidas em vários países
A magnésio ou prata. com o objetivo de reduzir a quantidade de energia gerada a
partir de fontes não renováveis, como o petróleo. De uma
B magnésio ou zinco. maneira simplificada, pode-se dizer que essas células são pi-
C zinco ou cobre. lhas, em cujo ânodo e cátodo ocorrem reações de óxido-re-
D zinco ou prata. dução entre os gases hidrogênio e oxigênio com formação de
água, conforme reação a seguir:
E cobre ou prata.
2 H2(g) + O2(g) " 2 H2O(,) + calor
42| UEL Como uma alternativa menos poluidora e, também, em
substituição ao petróleo estão sendo desenvolvidas células a Sabendo disso, assinale a alternativa incorreta:
combustível de hidrogênio. Nessas células, a energia química A O gás hidrogênio se oxida no ânodo.
se transforma em energia elétrica, sendo a água o principal B O oxigênio se reduz no cátodo.
produto. A imagem a seguir mostra um esquema de uma cé-
lula à combustível de hidrogênio, com as respectivas reações. C A reação é exotérmica.
D A água é um dos produtos da reação.
E Os elétrons produzidos no cátodo viajam pelo circuito
elétrico em direção ao ânodo.

44| FGV Ao longo da história, as fontes não renováveis têm sido


responsáveis pela maior parte do abastecimento mundial de
energia. Como solução para a demanda energética, o hidro-
gênio representa a primeira fonte de energia universal, pois
apesar de não existir na natureza na forma elementar, ele
é o elemento mais abundante do universo e pode ser obti-
do de diversas matérias-primas, que são convertidas usando
energia de fontes que vão desde a luz solar, força dos ventos,
queda d’água ou mesmo energia nuclear.
Esquema de uma célula a O gás metano, CH4, oriundo do gás natural ou de biogás,
combustível hidrogênio/oxigênio. pode ser transformado em hidrogênio por um processo cha-
mado reforma com vapor d’água, que consiste na reação do
Semirreações: gás metano com vapor de água, na presença de um catalisa-
2H+ + 2e– ? H2 (g) E0 = 0,00 V dor, produzindo os gases H2 e CO2.
O2 (g) + 4H+ + 4e– ? 2H2O (g) E0 = +1,23 V O hidrogênio pode ser armazenado ou transportado para
ser convertido em energia, a partir da reação com o oxigênio
Reação Global do ar, em dispositivos chamados células a combustível que
H2 (g) + 1/2 O2 (g) ?H2O (g) geram, além de energia elétrica, água e calor. A figura re-
∆H0 = - 246,6 kJ/mol de H2O presenta um tipo de célula a combustível. As células a com-
bustível já existem e são empregadas para fins móveis em
Com base na imagem, nas equações e nos conhecimentos automóveis e ônibus, para fins estacionários, como gerado-
sobre o tema, considere as afirmativas a seguir. res elétricos para residências e também para fins portáteis,
I. No eletrólito, o fluxo dos íons H+ e do eletrodo alimen- como baterias para telefones celulares.
tado com o gás hidrogênio para o eletrodo alimentado
com o gás oxigênio.
II. Na célula à combustível de hidrogênio, a energia quími-
ca é produzida por duas substâncias simples.
III. Durante operação da célula, são consumidos 2 mol de
O2(g) para a formação de 108 g de água.
IV. A quantidade de calor liberado na formação de 1 mol de
água, no estado líquido, é maior que 246,6 kJ.

Estão corretas apenas as afirmativas:


A I e II.
B II e III.
C III e IV.
2H+(aq) + 2e–E H2(g) E0 = 0,0V
D I, II e IV.
E I, III e IV. 1/2 O2(g) + 2H+(aq) + 2e– E H2O(?) E0 = +1,23V

24 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


Sobre o funcionamento da célula a combustível, são feitas as Para uma mesma quantidade de energia liberada (1000 kJ),
seguintes afirmações: teremos;
I. Forma-se água no ânodo. 1C6H6 +
15
O2 → 6CO2 + 3H2O ∆hC = −3268 kJ
2
II. O gás oxigênio é o agente redutor. 6 mols 3268 kJ (liberados)
III. Os elétrons transitam do ânodo para o cátodo. x mols 1000 kJ (liberados)
IV. O hidrogênio é introduzido no polo negativo. x ≈ 1,84 mol

É correto o que se afirma apenas em 1C2H5 OH + 3O2 → 2CO2 + 3H2O ∆hC = −1368 kJ

A I e IV. 2 mols 1368 kJ (liberados)


y mols 1000 kJ (liberados)
B II e III. y ≈ 1,46 mol
C III e IV.
1C6H12O6 + 6O2 → 6CO2 + 6H2O ∆hC = −2808 kJ
D I, II e IV.
6 mols 2808 kJ (liberados)
E I, III e IV. z mols 1000 kJ (liberados)
z ≈ 2,14 mol
GABARITO
1CH4 + 2O2 → 1CO2 + 2H2O ∆hC = −890 kJ
01| E 1 mols 890 kJ (liberados)

Substância Fórmula Energia t mols 1000 kJ (liberados)


t ≈ 1,12 mol
−1298 kJ / mol de C2H2
C2H2 = 26 g / mol
25
C2H2
Acetileno −1298 kJ / mol de C2H2 1C8H18 + O2 → 8CO2 + 9H2O ∆hC = −5471 kJ
= E = 49,923 kJ / g 2
26 g / mol
8 mols 5471 kJ (liberados)
Para 1000 g (1 kg) : 49.923 kJ
w mols 1000 kJ (liberados)
−1558 kJ / mol de C2H2 w ≈ 1,46 mol
C2H6 = 30 g / mol
EtanoC2H6 −1558 kJ / mol de C2H2
Conclusão: Para uma mesma quantidade de energia liberada
= E = 51,933 kJ / g
30 g / mol (1000 kJ) a glicose libera maior quantidade de CO2.
Para 1000 g (1 kg) : 51.933 kJ
03| D
−1366 kJ / mol de C2H2
Cálculo da energia liberada por litro de metanol:
C2H5 OH = 46 g / mol
C2H5 OH
Etanol −1366 kJ / mol de C2H2 Massa molar do metanol = 32 g.mol-1
= E = 29,696 kJ / g
46 g / mol 1 L metanol & 790 g
Para 1000 g (1 kg) : 29.696 kJ
32 g (metanol)  726 kJ
−242 kJ / mol de C2H2
H2 = 2 g / mol 790 g (metanol)  E1
Hidrogênio H2
= E =
−242 kJ / mol de C2H2
121 kJ / g
E1 = 17923,1 kJ = 17,9 MJ
2 g / mol
Para 1000 g (1 kg) : 121.000 kJ Cálculo da energia liberada por litro de etanol:
−558 kJ / mol de C2H2
Massa molar do etanol = 46 g.mol-1
CH3 O = 31 g / mol 1L etanol & 790 g
Metanol CH3 OH −558 kJ / mol de C2H2
= E =
31 g / mol
18 kJ / g 46 g (etanol)  1367 kJ
Para 1000 g (1 kg) : 18.000 kJ 790 g (etanol)  E2
E2 = 23476,7 kJ = 23,5 MJ
Conclusão: a substância mais eficiente para a obtenção de
energia, na combustão de 1kg (1.000 g) de combustível, é o É mais vantajoso usar o etanol, pois sua combustão comple-
ta fornece aproximadamente 23,5 MJ de energia por litro de
hidrogênio (121.000 kJ).
combustível queimado.
02| C
04| D
Reações de combustão:
Considerando a reação:
15
1C6H6 + O2 → 6CO2 + 3H2O ∆hC = −3268 kJ CH4(g) + H2O(v) + calor ) CO(g) + 3H2(g) (reação endotérmica)
2
1C2H5 OH + 3O2 → 2CO2 + 3H2O ∆hC = −1368 kJ E analisando-a como potencial mecanismo para o aproveita-
1C6H12O6 + 6O2 → 6CO2 + 6H2O ∆hC = −2808 kJ mento posterior da energia solar, conclui-se que se trata de
uma estratégia satisfatória, uma vez que a reação direta ocor-
1CH4 + 2O2 → 1CO2 + 2H2O ∆hC = −890 kJ
re com absorção de calor e promove a formação das substân-
25 cias combustíveis que poderão ser utilizadas posteriormente
1C8H18 + O2 → 8CO2 + 9H2O ∆hC = −5471 kJ
2 para obtenção de energia e realização de trabalho útil.

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 25


05| B 08| C
Teremos: Como a reação de combustão é exotérmica, conclui-se que a
1H2 + ½ O2 " 1H2O DH = – 270 kJ soma das energias envolvidas na formação de todas as liga-
ções químicas (em módulo) dos produtos é maior do que a
Multiplicando por 20, vem:
soma das energias envolvidas na quebra das ligações quími-
20H2 + 10 O2 " 20H2O DH = – 5400 kJ cas (em módulo) dos reagentes.
20 mols de H2 = 20 x 2 g = 40 g de hidrogênio consumidos.
25
1C8H18(g) + O2(g) → 8CO2(g) + 9H2O(g)
1CH4 + 2O2 " 1CO2 + 2H2O DH = – 900 kJ 2
Soma das energias de rompimento das ligações dos reagentes > 0 = +R
Multiplicando por 6, vem: Soma das energias de formação das ligações dos produtos < 0 = −P
R − P < 0 ⇒ ∆H < 0 (reação exotérmica)
6CH4 + 12O2 " 6CO2 + 12H2O DH = – 5400 kJ
P >R
Foram produzidos 6 mols de CO2 = 6 x 44 g = 264 g.
1C2H5OH + 3O2 " 2CO2 + 3H2O DH = – 1350 kJ 09| B
Aplicando a Lei de Hess, vem:
Multiplicando por 4, vem:
5
4C2H5OH + 12O2 " 8CO2 + 12H2O DH = – 5400 kJ C2H2(g) + O2(g) → 2 CO2(g) + H2O(l ) (manter)
2
7
Foram produzidos 8 mols de CO2 = 8 x 44 g = 352 g. C6H2(g) + O2(g) → 2 CO2(g) + 3 H2O( l ) (inverter)
2
1
06|A H2(g) + O2(g) → H2O( l ) (manter e multiplicar por 2)
2
De acordo com a tabela:
massa Teremos:
fórmula DH025
composto molar 5
molecular (kj/mo,) C2H2(g) + O → 2 CO2(g) + H2O → ∆H°1 = −1301 kJ/mol
(g/mo,) 2 2(g) (l )

7
metano CH4 16 2 CO2(g) + 3 H2O(l ) → C2H6(g) + O ∆H° 2 = +1561 kJ/mol
- 890 2 2(g)
2H2(g) + 1O2(g) → 2H2O(l ) ∆H° 3 = 2( −286) kJ/mol
butano C4H10 58 - 2.878
C2H2(g) + 2H2(g) → C2H6(g) ∆H = ?
octano C8H18 114 - 5.471
∆H = ∆H°1 + ∆H° 2 + ∆H° 3 = −1301 + 1561 + 2( −286) = −312 kJ

Teremos: 10| C
CH4 + 2O2 " CO2 + 2H2O DH = - 890 kJ/mol Pela análise do gráfico podemos observar que os processos
C4H10 + 6,5O2 " 4CO2 + 5H2O DH = - 2878 kJ/mol C e D ocorrem produzindo aumento de temperatura. Isto
significa que liberaram calor para o meio ambiente, sendo,
C8H18 + 12,5O2 " 8CO2 + 9H2O DH = - 5471 kJ/mol
portanto, considerados exotérmicos.
Como a comparação deve ser feita para 1 mol de CO2 libera- Os processos A e B causaram diminuição da temperatura do
do por cada combustível devemos dividir a segunda equação ambiente, pois absorveram calor. Assim, são classificados
por dois e a terceira por oito e então comparar os respectivos como endotérmicos.
“novos” DH obtidos:
11| D
CH4 + 2O2 " 1CO2 + 2H2O DH = – 890 kJ/mol
Como ocorre liberação de energia, conclui-se que o processo
1 13
4 C4 H10 + 4 O2 " 1CO2 + 2H2 O DH = - 719,5 kJ/mol é exotérmico.
1 25 9 Neste processo, ocorre maior liberação de energia na forma-
8 C8 H18 + 16 O2 " 1CO2 + 8 H2 O DH = - 683,875 kJ/mol ção das ligações químicas dos produtos do que absorção de
Lembrando que o sinal negativo significa energia liberada, a energia na quebra das ligações químicas dos reagentes.
ordem crescente de liberação será:
A + B → C + D
683,875 kJ < 719,5 kJ < 890 kJ + H A + H B − H C − HD
Ou seja, gasolina, GLP e gás natural. DH = + H A + H B − H C − HD < 0

07| C 12| A
O barro é poroso, permitindo que a água passe através dele. Observando os valores de energia de combustão, podemos
Parte dessa água evapora (H2O(,) + calor " H2O(V)), absor- afirmar que o combustível com menor energia liberada por
vendo calor da moringa e do restante da água, que são assim mol é o etanol. O éter de petróleo apresenta maior valor de
resfriadas. energia liberada na combustão de 1 mol.

26 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


13| E Logo, temos três opções:
Teremos:
"
Combustível
Poder calorífico
(kJ/g)
Densidade (g/L) Poder calorífico (kJ/L) "
Hidrogênio 140 8,2 × 10−2 140 × 8,2 × 10−2 = 1.148 × 10−2 = 11,48
"
Propano 50 1,8 50 × 1,8 = 90
ou seja,
Gasolina 45 750 45 × 750 = 33.750
Etanol 30 790 30 × 790 = 23.700
Ag(S2O3 )23 − (aq) + e − → Ag(s) + 2S2O32− (aq) (redução)

Por causa de sua baixa densidade, o poder calorífico do hi- X(s) → X+ (aq) + e − (oxidação)
Então,
drogênio, medido em kJ por litro, é muito baixo.
2Ag(S2O3 )23 − (aq) + 2 e − → 2 Ag(s) + 4 S2O32− (aq) (redução)

14| A Sn(s) → Sn2+ (aq) + 2 e − (oxidação)

A mudança de estado da água líquida (do suor) para gaso- Conclusão: das espécies apresentadas, a adequada para
sa absorve calor do corpo provocando uma diminuição na essa recuperação é Sn(s).
temperatura deste. Esta mudança de estado é um processo
19| B
exotérmico.
A camada central de eletrólito polimérico é importante por-
15| C que permite a difusão dos íons promovida pela aplicação de
diferença de potencial, fechando o circuito elétrico:
O valor máximo de oxigênio utilizado na combustão implica
Polipirrol = Pp
num maior valor de DH (calor liberado).
Ânion proveniente do sal = A −
CH4 (g) + 2 O2 (g) → CO2 (g) + 2 H2O( l ) ΔH = −802 kJ / mol Pp → Pp+ + e − (oxidação)
16 g 802 kJ liberados Pp+ + A − → Pp+ A −
1g E
Pp+ A − + e− → Pp + A − (redução)
E = 50,125 kJ

20| A
16| B
Sulfato de chumbo (II) reage com carbonato de sódio (lixivia-
I. Combustão completa do metano: ção básica):
CH4 + 2O2 " 2H2O + CO2 + calor, processo exotérmico. PbSO4 + Na2CO3 → PbCO3 + Na2SO4 (etapa 1 − lixiviação básica e dessulfuração)


sal
II. O derretimento de um iceberg: H2O(s) + calor " H2O(,), insolúvel

processo endotérmico. PbCO3 + 2HNO3 → Pb(NO3 )2 + H2O + CO2 (etapa 2 − lixiviação básica )

sal

III. Parte da energia cinética é transformada em calor, por- solúvel

2 H2O → 2H+ + 2OH−


tanto, processo exotérmico.
Pb(NO3 )2 → Pb2+ + 2NO3 −

17| B ( + ) Pb2+ + 2e− → Pb0 (redução − cátodo)


1
( −) 2OH− → 2e− + H2O + O2 (oxidação − ânodo)
Teremos: 2
1 0
(etapa 3 − redução do Pb2+ em Pb0 )
Pb(NO3 )2 + H2O → 2H+ + 2NO3 − + O2 + Pb

2
1C12H26 + 18O2 " 12CO2 + 12H2O DH = −7500 kJ/mol
chumbo
metálico

170 g 7500 kJ 21| C


1g x kJ O texto refere-se a uma eletrólise (decompor a água se fosse
salgada ou acidulada, usando a pilha de Daniell como fonte
x = 44,12 kJ de força). Este método é utilizado industrialmente na obten-
ção de alumínio a partir da bauxita.
H2 + ½ O2 " H2O DH = −280 kJ/mol
A alumina (A,2O3) é obtida a partir da bauxita:
2g 280 kJ
m 44,12 kJ
Equacionamento da eletrólise ígnea da alumina (A,2O3) que
m = 0,315 g faz parte do processo de obtenção do alumínio na indústria:
Δ
18| D 2Al 2O3 (s) → 4Al3+ (l ) + 6O2- (l )

Neste caso a espécie adequada para essa recuperação deve 6O2- (l ) → 3O2 (g) + 12e- (Ânodo; oxidação) (-)
apresentar o potencial de redução menor do que os íons pra- 4Al3+ (l ) + 12e- → 4Al(l ) (Cátodo; redução) (+)
ta na forma de Ag(S2O3)23– (+0,02 V). 2Al 2O3 (s) 
Global
→ 3O2 (g) + 4Al(l )

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 27


22| E 27|D
Na pilha de combustível, teremos: Temos:
- -
Ânodo: H2 + 2OH → 2H2O + 2e Q = i # t & 10 # 3 # 3600 s = 108000 C
- -
Cátodo: ½ O2 + H2O + 2e → 2OH Cu2+ + 2e- " Cu
Reação global: H2 + ½ O2 → H2O 2 # 96500 C  63,5 g

108000 C  m
A eletricidade gerada pela reação de oxirredução do hidro-
gênio com o oxigênio provocará o movimento do ônibus. m = 35,53 g

23|A 28| B
Neste caso a força redutora é a capacidade de um metal
A grafita é uma variedade alotrópica do carbono. Trata-se de provocar a redução de outro. Para isto acontecer este metal
um sólido preto, macio e escorregadio, que apresenta brilho deverá perder elétrons com mais facilidade do que o outro e
característico e boa condutibilidade elétrica, sua principal assim fornecerá os elétrons necessários para ocorrer a redu-
aplicação é como lubrificante, por exemplo, em fechaduras ção da outra espécie.
e também na fabricação de eletrodos inertes utilizados em
eletrólises, além de cátodos em geral. Entre as impurezas metálicas que constam na série apresen-
tada, as que se sedimentam abaixo do ânodo de cobre, ou
24|E seja, tem menor força redutora são: ouro, platina e prata.
Os metais que poderiam entrar na composição do anel das 29| D
latas com a mesma função do magnésio (ou seja, proteger
o alumínio da oxidação) devem apresentar menores poten-
Zn + OH − → ZnO + H2O + e − ( ânodo − oxidação )
ciais de redução do que o do alumínio e neste caso o lítio e o Ag2O + H2O + e −
→ Ag + OH −
( cátodo − redução )
potássio se encaixam. −−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−
Zn + Ag2O → ZnO + Ag (reação global )
Li+ + e – → Li –3,05
30| B
K + + e– → K –2,93
[Resposta do ponto de vista da disciplina de Física]
A 3 + + 3 e – → A –1,66
D Falsa. Quando são associados geradores idênticos em
25|A paralelo, a força eletromotriz equivalente é igual à de cada
bateria, no caso, 3,7 V.
A produção de energia elétrica por meio da célula a combus-
tível hidrogênio/oxigênio diferencia-se dos processos con- Observação: o Sistema Internacional de Unidades descon-
vencionais porque transforma energia química em energia sidera como técnicos os termos voltagem, amperagem,
elétrica, sem causar danos ao meio ambiente, pois o princi- watagem etc. É recomendado o uso de tensão elétrica ou
pal subproduto formado é a água. diferença de potencial em vez de voltagem.
[Resposta do ponto de vista da disciplina de Química]
O funcionamento de uma pilha de combustível é baseado
nas semirreações a seguir: A Incorreta. O lítio possui uma alta reatividade em água,
motivo pelo qual todas as pilhas de lítio, usam como eletróli-
2H2O(l) + 2e­ " H2(g) + 2OH­(aq) tos compostos não-aquosos, em recipientes hermeticamen-
1 te fechados.
­
2 O2(g) + H2O(l) + 2e " 2OH­(aq) B Correta. O óxido de LiCoO2 é oxidado a CoO2, na recarga
1 da pilha.
A reação global da pilha de combustível é H2(g) + 2 O2(g) "
H2O(l) Li+ + 1e+ → Li0

26| A C Incorreta. Tanto na pilha quanto na eletrólise a oxidação


As moléculas X e Y, considerando-se suas estruturas, atuam ocorre no ânodo e a redução no cátodo.
como extratores catiônicos uma vez que a parte polar da mo- D Incorreta. Pois nesse tipo de associação, a ddp resultante
lécula troca o íon H+ pelo cátion do metal. é igual a ddp individual de cada pilha, ou seja, 3,7V
M2+(aq) + 2 C16H34 — PO2H " M(C16H34 — PO2-)2(org) + 2H+(aq) E Incorreta. O cátodo e o ânodo são separados por um mate-
2+ rial poroso que contém o eletrólito, esse material, conhecido
M (aq) + 2 C12H12 — PO2H " M(C12H12 — PO2-)2(org) + 2H+(aq)
como separador, evita que os íons dos elétrodos se misturem
Onde: e provoquem uma reação, durante o tempo em que a pilha
não está em funcionamento, provocando o desgaste prematu-
M2+ = Cd2+, Ni2+ ou Co2+ ro do ânodo e consequentemente reduzir a vida útil da pilha.

28 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


31| C 35| D
Teremos:
Ocorre a formação de íons Zn2+(aq):
Q = i× t
oxidação
→ Zn2+(aq) + 2e−
Zn(s)  E0 = −0,76 V Mg → Mg2+ + 2e−
Cu2+(aq) + 2e− 
→ Cu(s)
redução
E0 = +0,34 V 24 g 2 × 96.500 C
Global m 10.800 × 10−3 × 1,5 × 3.600
Zn(s) + Cu2+(aq) 
→ Zn2+(aq) + Cu(s)
=m 7,252 g ≈ 7,3 g
32| C
36| C
A ddp gerada por uma pilha é diretamente proporcional à Teremos:
intensidade da corrente elétrica produzida por essa pilha I. Ba (NO3 )2 + 2Ag → 2AgNO3 + Ba.
(U = R # i)mantida a temperatura constante.
U (ddp) Ag+ ( aq) + e− ⇔ Ag ( s ) ε° = 0,80V
= cons tan te (resistência)
i(corrente elétrica)
U Ba2+ ( aq) + 2e− ⇔ Ba ( s ) ε° = −2,90V
=R ⇒ U =R×i
i
-2,90 V < 0,80 V ⇒ não espontânea.
33| E
II. 2A (NO3 )3 + 3Co → 3Co (NO3 )2 + 2A.
I. Correta. Nessa reação o Alumínio irá oxidar e o amálga-
ma irá reduzir, formando assim, uma pilha. Co2+ ( aq) + 2e− ⇔ Co ( s ) ε° = −0,28V
II. Correta. O pH da saliva é levemente ácido, e está em
contato tanto com o alumínio quanto ao amálgama, que A3 + ( aq) + 3e− ⇔ A ( s ) ε° = −1,66V

fará o papel da ponte salina que leva os íons do alumínio -1,66 V < -0,28 V & não espontânea.
para a restauração, que segue para as terminações ner-
vosas. III. 3AgNO3 + A → A (NO3 )3 + 3Ag.
III. Correta. O alumínio possui o menor potencial padrão de
redução se comparado aos demais metais que compõe o Ag+ ( aq) + e− ⇔ Ag ( s ) ε° = 0,80V
amálgama, assim ele irá oxidar, sendo o ânodo da pilha,
A3 + ( aq) + 3e− ⇔ A ( s ) ε° = −1,66V
ou seja, irá perder elétrons e atuará como agente redu-
tor da pilha. 0,80 V > -1,66 V & espontânea.
IV. Correta. São as terminações nervosas que levam os estí-
mulos do dente até o cérebro, dando a sensação de cho- 37| D
Análise das afirmações:
que.
I. Incorreta. O melhor agente redutor apresentado na ta-
34| C bela é o magnésio, pois apresenta o menor potencial de
redução (-2,37 V).
Observe o equacionamento da eletrólise do NaC, (cloreto de
sódio) simplificada em solução aquosa: Zn2+( aq) + Cu0( s ) → Zn0( s ) + Cu2+( aq)
II. Correta. A reação
2H2O( ) → 2H+ (aq) + 2OH− (aq) não é espontânea, pois o potencial de redução do zinco
2NaC(s) → 2Na+ (aq) + 2C − (aq) (-0,76 V) é menor do que o do cobre (+0,34 V).
III. Incorreta. Não se pode estocar uma solução de nitrato
Ânodo (+): 2C − (aq) → C 2 (g) + 2e− (oxidação)
de níquel II em um recipiente revestido de zinco, sem da-
+ −
Cátodo (-): 2H (aq) + 2e → H2 (g) (redução) nificá-lo, pois o níquel tem maior potencial de redução
2NaC(s) + 2H2O( ) → 2Na +
(aq) −
+ 2OH (aq) (-0,24 V) do que o zinco (-0,76 V). Neste caso, ocorreria
   + H2 (g) + C 2 (g)
2NaOH(aq) a oxidação do revestimento de zinco.
IV. Correta. A força eletromotriz de uma pilha eletroquímica
Agora, observe o equacionamento da eletrólise do NaC, formada por chumbo e magnésio é 2,24 V:
(cloreto de sódio) não simplificada em solução aquosa:
Mg → Mg2+ + 2e− (oxidação) Eoxidação = 2,37 V
− −
Ânodo (+): 2C → C 2 (g) + 2e
Pb2+ + 2e − → Pb (redução) Eredução = −0,13 V
Cátodo (-): 2H2O( ) + 2e− → H2 (g) + 2OH− (aq)
Célula Mg + Pb2+ → Mg2+ + Pb
2H2O( ) + 2C −  → H2 (g) + C 2 (g) + 2OH− (aq)
Global ΔE = 2,37 + ( −0,13) = +2,24 V

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 29


Cu2+ ( aq ) + 2 e − " Cu( s ) E0red = +0,34 V

Fe2+ ( aq ) + 2 e− " Fe( s ) E0red = −0,49 V


ΔE = +0,34 − ( −0,49) = 0,83 V

V. Correta. Uma pilha eletroquímica montada com ele-


trodos de cobre e prata possui a equação global: Cu2+ ( aq ) + 2 e− " Cu( s ) (redução − cátodo)
2 Ag+( aq) + Cu0( s ) → 2 Ag0( s ) + Cu2+( aq) .
Fe( s ) " Fe2+ ( aq ) + 2 e− (oxidação − ânodo)
Global
Cu2+ ( aq ) + Fe( s ) 
→ Cu( s ) + Fe2+ ( aq )
Cu → Cu2+ + 2e− (oxidação; menor potencial de redução)
55,8 g 2 mol e−
2Ag+ + 2e− → 2Ag (redução; maior potencial de redução)
55,8 g 2F
Global
→ Cu2+ + 2Ag
Cu + 2Ag+  1,00 g Q
Q = 0,0358 F
38| E

O metal de sacrifício necessário para proteger o alumínio 41| B


deve ter potencial de redução menor do que o do alumínio. Uma tubulação de ferro será protegida por um metal que
A partir da tabela conclui-se que este metal é o magnésio apresente menor potencial de redução, ou seja, maior po-
(–2,38 V). tencial de oxidação, sofrendo corrosão no lugar do ferro. De
acordo com a tabela teremos o magnésio e o zinco: – 2,37 V
39| C
(Mg) < – 0,76 V (Zn) < – 0,44 V (Fe).
Na eletrólise ígnea do cloreto de alumínio, temos a seguinte
reação de redução: 42| D
A+3 + 3 e-1 → A0
43| E
Pela reação:
27 g de A 3 mols de e- 44| C

21,6 g de A n
FÍSICA
n = 2,4 mols de elétrons.
CINEMÁTICA + TRABALHO + ENERGIA
Definimos 1 Faraday (1F) como sendo a carga de 1 mol de 18/09/2015 – SEXTA-FEIRA
elétrons.
01| UNICAMP A figura abaixo exibe, em porcentagem, a previ-
1 mol de elétrons 96.500 C são da oferta de energia no Brasil em 2030, segundo o Plano
2,4 mols de elétrons Q Nacional de Energia.
Q = 231.600 C.

40| E
A pilha que apresenta a maior diferença de potencial (d.d.p)
é a de zinco e cobre, e o ânodo é o zinco:

Cu2+ ( aq) + 2 e− " Cu( s ) E0red = +0,34 V

Zn2+ ( aq) + 2 e− " Zn( s ) E0red = −0,76 V


ΔE = +0,34 − ( −0,76) = 1,10 V

Cu2+ ( aq) + 2 e− " Cu( s ) (redução − cátodo)

Zn( s ) " Zn2+ ( aq ) + 2 e− (oxidação − ânodo)


Global Segundo o plano, em 2030, a oferta total de energia do
Cu2+ ( aq ) + Zn( s ) 
→ Cu( s ) + Zn2+ ( aq )
país irá atingir 557 milhões de tep (toneladas equivalentes
de petróleo). Nesse caso, podemos prever que a parcela
A pilha que gera a maior quantidade de carga na corrosão de oriunda de fontes renováveis, indicada em cinza na figura,
1,00 g do ânodo é a de ferro e cobre, cujo ânodo é o ferro:
equivalerá a

Cu2+ ( aq ) + 2 e − " Cu( s ) E0red = +0,34 V A 178,240 milhões de tep.


B 297,995 milhões de tep.
Fe2+ ( aq ) + 2 e− " Fe( s ) E0red = −0,49 V
C 353,138 milhões de tep.
ΔE = +0,34 − ( −0,49) = 0,83 V
D 259,562 milhões de tep.

Cu2+ ( aq ) + 2 e− " Cu( s ) (redução − cátodo)


30 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015
Fe( s ) " Fe2+ ( aq ) + 2 e− (oxidação − ânodo)
02| UFG Leia o texto a seguir para responder à(s) questão(ões). A nulo.

Na digestão, os alimentos são modificados quimicamente B paralelo à sua velocidade linear e no mesmo sentido.
pelo organismo, transformando-se em moléculas que reagem C paralelo à sua velocidade linear e no sentido oposto.
no interior das células para que energia seja liberada. A equa- D perpendicular à sua velocidade linear e dirigido para o
ção química, não balanceada, a seguir representa a oxidação centro da Terra.
completa de um mol da substância tributirina, também co-
nhecida como butirina, presente em certos alimentos. E perpendicular à sua velocidade linear e dirigido para
fora da superfície da Terra.
C15H26 O6 + O2 → CO2 + H2O ΔH = −8120 kJ / mol
04| ENEM PPL Na Antiguidade, algumas pessoas acreditavam
Considerando-se que toda a energia da reação esteja dispo- que, no lançamento obliquo de um objeto, a resultante das
nível para a realização de trabalho mecânico, quantos mols forças que atuavam sobre ele tinha o mesmo sentido da ve-
de O2 são necessários para que uma pessoa levante uma cai- locidade em todos os instantes do movimento. Isso não está
xa de 20,3 kg do chão até uma altura h = 2,0 m? de acordo com as interpretações científicas atualmente utili-
zadas para explicar esse fenômeno.
Dados: g = 10 m/s2
Desprezando a resistência do ar, qual é a direção e o sentido
−4
A 2,03 × 10 do vetor força resultante que atua sobre o objeto no ponto
−4 mais alto da trajetória?
B 4,06 × 10
−4 A Indefinido, pois ele é nulo, assim como a velocidade ver-
C 9,25 × 10 tical nesse ponto.
−4
D 18,50 × 10 B Vertical para baixo, pois somente o peso está presente
−4
durante o movimento.
E 20,00 × 10
C Horizontal no sentido do movimento, pois devido à inér-
03| ENEM Um professor utiliza essa história em quadrinhos para cia o objeto mantém seu movimento.
discutir com os estudantes o movimento de satélites. Nesse D Inclinado na direção do lançamento, pois a força inicial
sentido, pede a eles que analisem o movimento do coelhi- que atua sobre o objeto é constante.
nho, considerando o módulo da velocidade constante.
E Inclinado para baixo e no sentido do movimento, pois
aponta para o ponto onde o objeto cairá.

05| ENEM PPL Um pesquisador avaliou o efeito da temperatura


do motor (em velocidade constante) e da velocidade média
de um veículo (com temperatura do motor constante) sobre a
emissão de monóxido de carbono (CO) em dois tipos de per-
curso, aclive e declive, com iguais distâncias percorridas em
linha reta. Os resultados são apresentados nas duas figuras.

Desprezando a existência de forças dissipativas, o vetor ace-


leração tangencial do coelhinho, no terceiro quadrinho, é Disponível em: www.producao.ufrgs.br. Acesso em: 3 ago. 2012 (adaptado)

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 31


A partir dos resultados, a situação em que ocorre maior C ele foi disparado para cima com velocidade constante,
emissão de poluentes é aquela na qual o percurso é feito no instante em que o avião francês passou.
com o motor D o avião se movia no sentido oposto ao dele, com veloci-
A aquecido, em menores velocidades médias e em pista dade de mesmo valor.
em declive. E o avião se movia no mesmo sentido que o dele, com ve-
B aquecido, em maiores velocidades médias e em pista locidade de mesmo valor.
em aclive.
08| ENEM PPL Antes das lombadas eletrônicas, eram pintadas
C frio, em menores velocidades médias e em pista em de- faixas nas ruas para controle da velocidade dos automó-
clive. veis. A velocidade era estimada com o uso de binóculos e
D frio, em menores velocidades médias e em pista em acli- cronômetros. O policial utilizava a relação entre a distância
ve. percorrida e o tempo gasto, para determinar a velocidade
de um veículo. Cronometrava-se o tempo que um veículo le-
E frio, em maiores velocidades médias e em pista em acli-
vava para percorrer a distância entre duas faixas fixas, cuja
ve.
distância era conhecida. A lombada eletrônica é um sistema
06| ENEM PPL A figura apresenta a comparação dos gastos de muito preciso, porque a tecnologia elimina erros do opera-
três tipos de lâmpadas residenciais de mesmo brilho, duran- dor. A distância entre os sensores é de 2 metros, e o tempo é
te cinco anos. Considera-se a utilização média de vinte pon- medido por um circuito eletrônico.
tos de luz, utilizando em média dez lâmpadas acesas durante
O tempo mínimo, em segundos, que o motorista deve gas-
6 horas ao custo de R$ 0,30 para cada 1 kWh consumido.
tar para passar pela lombada eletrônica, cujo limite é de 40
km/h, sem receber uma multa, é de
A 0,05.
B 11,1.
C 0,18.
D 22,2.
E 0,50.

09| ENEM PPL O trem de passageiros da Estrada de Ferro Vi-


tória-Minas (EFVM), que circula diariamente entre a cidade
de Cariacica, na Grande Vitória, e a capital mineira Belo Ho-
rizonte, está utilizando uma nova tecnologia de frenagem
Disponível em: http://planetasustentavel.abril.com.br. Acesso em: 2 jul. 2012 (adaptado) eletrônica. Com a tecnologia anterior, era preciso iniciar a
frenagem cerca de 400 metros antes da estação. Atualmen-
Com base nas informações, a lâmpada energeticamente te, essa distância caiu para 250 metros, o que proporciona
mais eficiente, a mais viável economicamente e a de maior redução no tempo de viagem.
vida útil são, respectivamente
Considerando uma velocidade de 72 km/h, qual o módulo da
A fluorescente compacta, LED, LED. diferença entre as acelerações de frenagem depois e antes
B LED, fluorescente compacta, LED. da adoção dessa tecnologia?
C fluorescente compacta, incandescente, LED. A 0,08 m/s2
D LED, incandescente, fluorescente compacta. B 0,30 m/s2
E fluorescente compacta, fluorescente compacta, LED. C 1,10 m/s2

07| ENEM PPL Conta-se que um curioso incidente aconteceu D 1,60 m/s2
durante a Primeira Guerra Mundial. Quando voava a uma al- E 3,90 m/s2
titude de dois mil metros, um piloto francês viu o que acredi-
tava ser uma mosca parada perto de sua face. Apanhando-a 10| ENEM PPL Em uma experiência didática, cinco esferas de
rapidamente, ficou surpreso ao verificar que se tratava de metal foram presas em um barbante, de forma que a dis-
um projétil alemão. tância entre esferas consecutivas aumentava em progressão
PERELMAN, J. Aprenda física brincando. São Paulo: Hemus, 1970. aritmética. O barbante foi suspenso e a primeira esfera ficou
em contato com o chão. Olhando o barbante de baixo para
O piloto consegue apanhar o projétil, pois cima, as distâncias entre as esferas ficavam cada vez maio-
A ele foi disparado em direção ao avião francês, freado res. Quando o barbante foi solto, o som das colisões entre
pelo ar e parou justamente na frente do piloto. duas esferas consecutivas e o solo foi gerado em intervalos
de tempo exatamente iguais.
B o avião se movia no mesmo sentido que o dele, com ve-
locidade visivelmente superior. A razão de os intervalos de tempo citados serem iguais é que a

32 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


A velocidade de cada esfera é constante. 13| ENEM PPL Em apresentações musicais realizadas em espa-
B força resultante em cada esfera é constante. ços onde o público fica longe do palco, é necessária a insta-
C aceleração de cada esfera aumenta com o tempo. lação de alto-falantes adicionais a grandes distâncias, além
daqueles localizados no palco. Como a velocidade com que o
D tensão aplicada em cada esfera aumenta com o tempo.
som se propaga no ar ( v som
= 3,4 × 102 m / s ) é muito menor
E energia mecânica de cada esfera aumenta com o tempo.
do que a velocidade com que o sinal elétrico se propaga nos
11| ENEM Para serrar ossos e carnes congeladas, um açougueiro
cabos ( v sinal
= 2,6 × 108 m / s ), é necessário atrasar o sinal
utiliza uma serra de fita que possui três polias e um motor. O
equipamento pode ser montado de duas formas diferentes, elétrico de modo que este chegue pelo cabo ao alto-falan-
P e Q. Por questão de segurança, é necessário que a serra te no mesmo instante em que o som vindo do palco chega
possua menor velocidade linear. pelo ar. Para tentar contornar esse problema, um técnico de
som pensou em simplesmente instalar um cabo elétrico com
comprimento suficiente para o sinal elétrico chegar ao mes-
mo tempo que o som, em um alto-falante que está a uma
distância de 680 metros do palco.

A solução é inviável, pois seria necessário um cabo elétrico


de comprimento mais próximo de
3
Por qual montagem o açougueiro deve optar e qual a justifi- A 1,1× 10 km.
cativa desta opção?
4
A Q, pois as polias 1 e 3 giram com velocidades lineares B 8,9 × 10 km.
iguais em pontos periféricos e a que tiver maior raio terá 5
menor frequência. C 1,3 × 10 km.
B Q, pois as polias 1 e 3 giram com frequências iguais e a 5
que tiver maior raio terá menor velocidade linear em um D 5,2 × 10 km.
ponto periférico. 13
E 6,0 × 10 km.
C P, pois as polias 2 e 3 giram com frequências diferentes
e a que tiver maior raio terá menor velocidade linear em 14| ENEM Para melhorar a mobilidade urbana na rede metro-
um ponto periférico. viária é necessário minimizar o tempo entre estações. Para
D P, pois as polias 1 e 2 giram com diferentes velocidades isso a administração do metrô de uma grande cidade adotou
lineares em pontos periféricos e a que tiver menor raio o seguinte procedimento entre duas estações: a locomoti-
terá maior frequência. va parte do repouso em aceleração constante por um terço
E Q, pois as polias 2 e 3 giram com diferentes velocidades do tempo de percurso, mantém a velocidade constante por
lineares em pontos periféricos e a que tiver maior raio outro terço e reduz sua velocidade com desaceleração cons-
terá menor frequência. tante no trecho final, até parar.

12| ENEM Uma empresa de transportes precisa efetuar a en- Qual é o gráfico de posição (eixo vertical) em função do
trega de uma encomenda o mais breve possível. Para tanto, tempo (eixo horizontal) que representa o movimento desse
a equipe de logística analisa o trajeto desde a empresa até trem?
o local da entrega. Ela verifica que o trajeto apresenta dois A
trechos de distâncias diferentes e velocidades máximas per-
mitidas diferentes. No primeiro trecho, a velocidade máxima
permitida é de 80 km/h e a distância a ser percorrida é de
80 km. No segundo trecho, cujo comprimento vale 60 km, a
velocidade máxima permitida é 120 km/h.

Supondo que as condições de trânsito sejam favoráveis para



que o veículo da empresa ande continuamente na velocida-
de máxima permitida, qual será o tempo necessário, em ho- B
ras, para a realização da entrega?
A 0,7
B 1,4
C 1,5
D 2,0

E 3,0

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 33


C C a potência do telefone sem fio é menor que a do forno.
D o interior do forno reflete as micro-ondas e as concentra.
E a modulação das ondas no forno é maior do que no tele-
fone.

16| ENEM Os carrinhos de brinquedo podem ser de vários tipos.


Dentre eles, há os movidos a corda, em que uma mola em
seu interior é comprimida quando a criança puxa o carrinho
para trás. Ao ser solto, o carrinho entra em movimento en-
D quanto a mola volta à sua forma inicial.
O processo de conversão de energia que ocorre no carrinho
descrito também é verificado em
A um dínamo.
B um freio de automóvel.
C um motor a combustão.

D uma usina hidroelétrica.
E
E uma atiradeira (estilingue).

17| ENEM PPL Um automóvel, em movimento uniforme, anda


por uma estrada plana, quando começa a descer uma la-
deira, na qual o motorista faz com que o carro se mantenha
sempre com velocidade escalar constante.
Durante a descida, o que ocorre com as energias potencial,

cinética e mecânica do carro?
15| ENEM PPL Os fornos domésticos de micro-ondas trabalham A A energia mecânica mantém-se constante, já que a velo-
com uma frequência de ondas eletromagnéticas que atuam cidade escalar não varia e, portanto, a energia cinética é
fazendo rotacionar as moléculas de água, gordura e açúcar constante.
e, consequentemente, fazendo com que os alimentos se-
B A energia cinética aumenta, pois a energia potencial gra-
jam aquecidos. Os telefones sem fio também usam ondas
vitacional diminui e quando uma se reduz, a outra cres-
eletromagnéticas na transmissão do sinal. As especificações
ce.
técnicas desses aparelhos são informadas nos quadros 1 e 2,
retirados de seus manuais. C A energia potencial gravitacional mantém-se constante,
já que há apenas forças conservativas agindo sobre o
Quadro 1 – Especificações técnicas do telefone carro.
D A energia mecânica diminui, pois a energia cinética se
Frequência de operação 2 409,60 MHz a 2 420,70 MHz
mantém constante, mas a energia potencial gravitacio-
Modulação FM nal diminui.
E A energia cinética mantém-se constante, já que não há
Frequência 60 Hz
trabalho realizado sobre o carro.
Potência máxima 1,35 W
18| ENEM PPL A usina termelétrica a carvão é um dos tipos de
unidades geradoras de energia elétrica no Brasil, Essas usi-
Quadro 2 – Especificações técnicas do forno de micro-ondas
nas transformam a energia contida no combustível (carvão
Capacidade 31 litros mineral) em energia elétrica.

Frequência 60 Hz Em que sequência ocorrem os processos para realizar essa


transformação?
Potência de saída 1 000 W
A A usina transforma diretamente toda a energia química
Frequência do micro-on- contida no carvão em energia elétrica, usando reações
2 450 MHz
das de fissão em uma célula combustível.

O motivo de a radiação do telefone não aquecer como a do B A usina queima o carvão, produzindo energia térmica,
que é transformada em energia elétrica por dispositivos
micro-ondas é que denominados transformadores.
A o ambiente no qual o telefone funciona é aberto. C A queima do carvão produz energia térmica, que é usada
B a frequência de alimentação é 60 Hz para os dois apare- para transformar água em vapor. A energia contida no
lhos. vapor é transformada em energia mecânica na turbina
e, então, transformada em energia elétrica no gerador.

34 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


D A queima do carvão produz energia térmica, que é trans- Dentre os animais citados, o que possui maior velocidade
formada em energia potencial na torre da usina, Essa média é a(o)
energia é então transformada em energia elétrica nas
A cavalo.
células eletrolíticas.
E A queima do carvão produz energia térmica, que é usa- B coelho.
da para aquecer água, transformando-se novamente em C girafa.
energia química, quando a água é decomposta em hi-
drogênio e oxigênio, gerando energia elétrica. D zebra.

19| PUCRJ O gráfico da figura mostra a posição em função do 22| UFSM Algumas empresas privadas têm demonstrado inte-
tempo de uma pessoa que passeia em um parque. resse em desenvolver veículos espaciais com o objetivo de
promover o turismo espacial. Nesse caso, um foguete ou
avião impulsiona o veículo, de modo que ele entre em órbita
ao redor da Terra. Admitindo-se que o movimento orbital é
um movimento circular uniforme em um referencial fixo na
Terra, é correto afirmar que
A o peso de cada passageiro é nulo, quando esse passagei-
ro está em órbita.
B uma força centrífuga atua sobre cada passageiro, for-
mando um par ação-reação com a força gravitacional.
C o peso de cada passageiro atua como força centrípeta do
Calcule a velocidade média em m/s desta pessoa durante movimento; por isso, os passageiros são acelerados em
todo o passeio, expressando o resultado com o número de direção ao centro da Terra.
algarismos significativos apropriados.
D o módulo da velocidade angular dos passageiros, medi-
A 0,50 do em relação a um referencial fixo na Terra, depende do
B 1,25 quadrado do módulo da velocidade tangencial deles.
C 1,50 E a aceleração de cada passageiro é nula.
D 1,70
23| UEL O Brasil prepara-se para construir e lançar um satélite
E 4,00 geoestacionário que vai levar banda larga a todos os municí-
20| PUCRJ A Lua leva 28 dias para dar uma volta completa ao pios do país. Além de comunicações estratégicas para as For-
redor da Terra. Aproximando a órbita como circular, sua dis- ças Armadas, o satélite possibilitará o acesso à banda larga
tância ao centro da Terra é de cerca de 380 mil quilômetros. mais barata a todos os municípios brasileiros. O ministro da
Ciência e Tecnologia está convidando a Índia – que tem expe-
A velocidade aproximada da Lua, em km/s, é: riência neste campo, já tendo lançado 70 satélites – a entrar
A 13 na disputa internacional pelo projeto, que trará ganhos para
B 0,16 o consumidor nas áreas de Internet e telefonia 3G.
(Adaptado de: BERLINCK, D. Brasil vai construir satélite para levar banda larga para todo país. O Globo,
C 59 Economia, mar. 2012. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/economia/brasil-vai-construir-sate-
lite-para-levar-banda-larga-para-todo-pais-4439167>. Acesso em: 16 abr. 2012.)
D 24
E 1,0 A posição média de um satélite geoestacionário em relação
à superfície terrestre se mantém devido à
21| G1 - CFTMG O quadro seguinte mostra a velocidade média
de corrida de alguns animais. A sua velocidade angular ser igual à velocidade angular da
superfície terrestre.
ANIMAIS VELOCIDADE MÉDIA B sua velocidade tangencial ser igual à velocidade tangen-
cial da superfície terrestre.
cavalo 1,24 km/min
C sua aceleração centrípeta ser proporcional ao cubo da
coelho 55 km/h
velocidade tangencial do satélite.
girafa 833 m/min D força gravitacional terrestre ser igual à velocidade angu-
zebra 18 m/s lar do satélite.

Disponível em: <http://descerimoniosidade/velocidade.htm>. Acesso em: 11 out. 2012. E força gravitacional terrestre ser nula no espaço, local em
(Adaptado). que a atmosfera é rarefeita.

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 35


24| G1 - IFSC Hoje sabemos que a Terra gira ao redor do Sol (sis- C massas diferentes sofrem a mesma aceleração.
tema heliocêntrico), assim como todos os demais planetas D materiais diferentes atingem o solo em tempos diferentes.
do nosso sistema solar. Mas na Antiguidade, o homem acre-
ditava ser o centro do Universo, tanto que considerava a Ter- E densidades maiores estão sujeitos a forças gravitacio-
ra como centro do sistema planetário (sistema geocêntrico). nais menores.
Tal consideração estava baseada nas observações cotidianas,
27| UFTM Foi divulgado pela imprensa que a ISS (sigla em in-
pois as pessoas observavam o Sol girando em torno da Terra.
glês para Estação Espacial Internacional) retornará à Terra
É CORRETO afirmar que o homem da Antiguidade concluiu por volta de 2020 e afundará no mar, encerrando suas ativi-
que o Sol girava em torno da Terra devido ao fato que: dades, como ocorreu com a Estação Orbital MIR, em 2001.
Atualmente, a ISS realiza sua órbita a 350 km da Terra e seu
A considerou o Sol como seu sistema de referência. período orbital é de aproximadamente 90 minutos.
B considerou a Terra como seu sistema de referência.
Considerando o raio da Terra igual a 6 400 km e r , 3 pode-
C esqueceu de adotar um sistema de referência.
-se afirmar que
D considerou a Lua como seu sistema de referência.
A ao afundar no mar o peso da água deslocada pela esta-
E considerou as estrelas como seu sistema de referência. ção espacial será igual ao seu próprio peso.
25| G1 - IFCE Uma substância, injetada numa veia da região B a pressão total exercida pela água do mar é exatamente
dorsal da mão, vai até o coração, com velocidade escalar a mesma em todos os pontos da estação.
média de 20 cm/s e retorna ao seu ponto de partida por via
C a velocidade linear orbital da estação é, aproximada-
arterial de igual percurso, com velocidade escalar média de
mente, 27 x 103 km/h.
30 cm/s. Logo pode-se concluir corretamente que
A a velocidade escalar média no percurso de ida e de volta D a velocidade angular orbital da estação é, aproximada-
é de 24 cm/s. mente, 0,25 rad/h.
B o tempo gasto no trajeto de ida é igual ao de volta. E ao reingressar na atmosfera a aceleração resultante da
estação espacial será radial e de módulo constante.
C a velocidade escalar média do percurso de ida e de volta
é de 25 cm/s. 28| G1 - CPS Um atrativo da cidade de Santos é subir de bondi-
D a velocidade escalar média do percurso de ida e de volta nho até o topo do Monte Serrat, que se localiza a aproxima-
é de 28 cm/s. damente 150 m do nível do mar.
E o tempo gasto no trajeto de ida é menor que o de volta. O funicular é um sistema engenhoso de transporte de pes-
26| G1 - CPS A cidade de Pisa, na Itália, teria sido palco de uma soas que liga dois bondinhos idênticos por meio de um único
experiência, hoje considerada fictícia, de que Galileu Gali- cabo, fazendo com que o peso do bonde que desce o monte
lei, do alto da famosa torre inclinada, teria abandonado, no auxilie a subida do outro bonde.
mesmo instante, duas esferas de diâmetros muito próximos: Nesse sistema, se os atritos forem desprezíveis, o esforço da
uma de madeira e outra de ferro. máquina que movimenta o cabo se resumirá apenas ao es-
forço de transportar passageiros.

Considere que, em uma viagem,


- os passageiros no bonde, que se encontra no alto do
monte, somam a massa de 600 kg;
O experimento seria prova de que, em queda livre e sob a - os passageiros no bonde, que se encontra ao pé do mon-
mesma influência causada pelo ar, corpos de te, somam a massa de 1 000 kg;
A mesmo volume possuem pesos iguais. - a aceleração da gravidade tem valor 10 m/s2;
B maior peso caem com velocidades maiores. - cada bonde se move com velocidade constante.

36 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


Conclui-se corretamente que a energia empregada pelo mo- módulos muito grandes. Uma gota de chuva, com massa de
tor, que movimenta o sistema funicular para levar os passa- 0,005 g, cai de uma altura de 1000 m e chega ao solo com
geiros a seus destinos, deve ser, em joules, velocidade de módulo igual a 10 m/s num referencial fixo no
solo. Supondo que a gota permanece intacta e que a energia
Para responder a essa questão, lembre-se de que a energia
mecânica é transformada em energia interna do ar e da pró-
potencial gravitacional é calculada pela relação:
pria gota, a porcentagem de energia que é transformada em
Epot =
massa × aceleração da gravidade × altura energia interna, em termos aproximados, é de
A mais de 95%.
A 40 000.
B entre 80% e 95%.
B 150 000.
C entre 50% e 80%.
C 600 000.
D entre 30% e 50%.
D 900 000.
E menos de 30%.
E 1 000 000.
31| UCS O centro de massa (ponto que se comporta como se
29| ACAFE Uma das provas realizadas por mulheres e homens
toda a massa de um corpo estivesse concentrada nele) de
nos Campeonatos Mundiais de ginástica artística é o salto
uma pessoa de 80 kg se encontra exatamente na altura do
sobre o cavalo.
umbigo quando ela está em pé sobre o chão, com a postura
ereta. Suponha que a pessoa, para comemorar a aprovação
no vestibular, usou a energia que adquiriu no almoço para
executar um pulo na vertical, utilizando como impulso ape-
nas as pernas. Nesse pulo, durante a subida, seu umbigo, a
partir da posição inicial mencionada, variou sua posição para
cima em 40 cm Se em cada 100 g do almoço ela recebe 100
calorias, quantos gramas de almoço, no mínimo, ela ingeriu
para ter energia para dar esse pulo? Considere, para fins de
simplificação, 1 cal = 4,2 J, a aceleração da gravidade como
g = 10m/s2 que a massa adquirida no almoço já está incluída
nos 80 kg e que a energia do almoço é toda convertida em
energia potencial gravitacional.
A 40,3 g
Esse salto apresenta algumas etapas para sua perfeita reali- B 55,5 g
zação. Tais etapas podem ser resumidas em:
C 76,2 g
Etapa 01 – Corrida de aproximação, procurando máxima ve-
locidade. D 100 g

Etapa 02 – Contato com o trampolim, buscando impulsão. E 200 g

Etapa 03 – Contato com o cavalo, conseguindo apoio e repulsão. 32| UFG A tendência é a de que os carros possuam motores elé-
tricos ou apresentem um motor elétrico e outro à combus-
Etapa 04 – Salto propriamente dito.
tão, sendo denominados então “híbridos”. Esses carros rea-
Etapa 05 – Aterrissagem. lizam várias conversões de energia durante seu movimento,
como, por exemplo, as seguintes:
Considere EM1 (Energia mecânica do atleta imediatamente
I. Durante a frenagem, a energia produzida pelo motor
antes da etapa 02), EM2 (Energia mecânica do atleta imedia-
elétrico, que nesse momento funciona como gerador, é
tamente antes da etapa 03), EM3 (Energia mecânica do atleta
utilizada para recarregar as baterias.
imediatamente após a etapa 03) e EM4 (Energia mecânica do
atleta imediatamente antes da etapa 05). II. A energia produzida pelo motor à combustão, para mo-
ver o veículo em velocidade variada.
Desprezando as perdas por atrito e resistência do ar, a al- III. A energia produzida pelo motor elétrico para manter o
ternativa correta que apresenta a relação entre as energias veículo em movimento à velocidade constante.
mecânicas do atleta, é:
A EM1 = EM2 < EM3 < EM4 Energia Símbolo
B EM1 < EM2 < EM3 = EM4 Cinética 1
C EM2 < EM1 < EM4 < EM3 Química 2
D EM1 < EM2 = EM4 < EM3 Elétrica 3
30| UFSM Se não fosse pela força de arraste do ar sobre as go- Considerando as situações I, II e III e a tabela apresentada, as
tas de chuva, elas seriam altamente destrutivas para plantas energias serão convertidas de
e animais, porque chegariam ao solo com velocidades de

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 37


A 1 para 3; 2 para 3 e 3 para 2 física, ela deverá ingerir 4 porções de
B 1 para 3; 2 para 3 e 3 para 1 A castanha de caju.
C 1 para 3; 2 para 1 e 3 para 1 B batata frita.
D 2 para 1; 3 para 1 e 3 para 2 C chocolate.
E 2 para 1; 3 para 1 e 1 para 3 D pizza de mussarela.

33| UNICAMP Leia o texto: E espaguete.

Andar de bondinho no complexo do Pão de Açúcar no Rio 35| UCS Tentando inovar no show de inauguração de um san-
de Janeiro é um dos passeios aéreos urbanos mais famosos tuário de animais, um biólogo resolveu apagar as luzes do
do mundo. Marca registrada da cidade, o Morro do Pão de palco e substituí-las por vaga-lumes libertados de uma caixa.
Açúcar é constituído de um único bloco de granito, despido Supondo que um vaga-lume consiga gerar luz a 0,5 joules por
de vegetação em sua quase totalidade e tem mais de 600 segundo, se a iluminação artificial liberava energia luminosa
milhões de anos. na taxa de 300 W, quantos vaga-lumes precisarão ser soltos
para gerar esse mesmo efeito luminoso? Para fins de sim-
O passeio completo no complexo do Pão de Açúcar inclui um plificação, desconsidere quaisquer outras características que
trecho de bondinho de aproximadamente 540 m, da Praia venham a diferenciar a luz dos vaga-lumes da luz de ilumina-
Vermelha ao Morro da Urca, uma caminhada até a segunda ção artificial.
estação no Morro da Urca, e um segundo trecho de bondi-
nho de cerca de 720 m, do Morro da Urca ao Pão de Açúcar A 200
B 300
33| UNICAMP A altura do Morro da Urca é de 220 m e a altura
do Pão de Açúcar é de cerca de 400 m, ambas em relação ao C 500
solo. A variação da energia potencial gravitacional do bondi- D 600
nho com passageiros de massa total M = 5000 kg, no segun-
do trecho do passeio, é E 800
(Use g = 10 m/s2) 36| PUCRS Ao realizarmos as tarefas diárias, utilizamos energia
6 fornecida pelos alimentos que ingerimos. Pensando nisso,
A 11× 10 J. uma pessoa de 90 kg cronometrou o tempo para subir, pela
6 escada, os cinco andares até chegar ao seu apartamento.
B 20 × 10 J. Sendo g = 10 m/s2 e conside­rando que essa pessoa subiu
6 16 m em 30 s, é correto afirmar que, ao subir, desenvolveu
C 31× 10 J.
uma potência média de
6
D 9 × 10 J. A 0,18 kW
B 0,27 kW
34| UNESP Uma pessoa, com 80 kg de massa, gasta para realizar
determinada atividade física a mesma quantidade de ener- C 0,48 kW
gia que gastaria se subisse diversos degraus de uma escada, D 0,76 kW
equivalente a uma distância de 450 m na vertical, com ve-
locidade constante, num local onde g = 10 m/s2. A tabela a E 0,90 kW
seguir mostra a quantidade de energia, em joules, contida
37| G1 - IFSP Para modernizar sua oficina, um marceneiro foi a
em porções de massas iguais de alguns alimentos.
uma loja de ferramentas e pediu ao vendedor que lhe mos-
Energia por porção trasse uma furadeira e uma serra elétrica. Ao consultar os
Alimento manuais de instrução, obteve as informações mostradas na
(kJ) tabela.
espaguete 360
Potência (W)
pizza de mussarela 960
chocolate 2160 Furadeira 500
batata frita 1000 Serra elétrica 1500
castanha de caju 2400
Segundo suas estimativas, a furadeira e a serra elétrica se-
Considerando que o rendimento mecânico do corpo huma- riam utilizadas diariamente, em média, por 15 minutos e 30
no seja da ordem de 25%, ou seja, que um quarto da energia minutos, respectivamente. Dessa forma, fazendo rápidos
química ingerida na forma de alimentos seja utilizada para cálculos, descobriu que, se comprasse as ferramentas e as
realizar um trabalho mecânico externo por meio da contra- utilizasse pelo tempo previsto, ao final de um mês de trin-
ção e expansão de músculos, para repor exatamente a quan- ta dias a energia elétrica consumida pelas ferramentas, em
tidade de energia gasta por essa pessoa em sua atividade kW.h, seria igual a

38 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


A 18,25.
B 26,25.
C 29,50.
D 32,50.
E 36,75.

38| G1 - CPS A hidroponia consiste em um método de plantio


fora do solo em que as plantas recebem seus nutrientes de
uma solução, que flui em canaletas, e é absorvida pelas raízes.

Por meio de uma bomba hidráulica, em determinada horta


hidropônica, a solução é elevada até uma altura de 80 cm,
sendo vertida na canaleta onde estão presas as mudas. De-
vido a uma ligeira inclinação da canaleta, a solução se move Considerando que a massa total do trabalhador mais plata-
para o outro extremo, lá sendo recolhida e direcionada ao forma é igual a 300 kg e sabendo que com esse elevador o
reservatório do qual a bomba reimpulsiona o líquido, como trabalhador sobe um trecho de 6 m em 20 s, pode-se afirmar
mostra a figura. que, desconsiderando perdas de energia, a potência desen-
volvida pelo motor do elevador, em watts, é igual a
A 2 000.
B 1 800.
C 1 500.
D 900.
E 300.

40| G1 - IFSP Um atleta de salto com vara, durante sua corrida


para transpor o obstáculo a sua frente, transforma a sua ener-
gia _____________ em energia ____________ devido ao ga-
Dados: nho de altura e consequentemente ao/à _____________ de
sua velocidade.
– Aceleração da gravidade: g = 10 m/s2
As lacunas do texto acima são, correta e respectivamente,
– 1 kg de água equivale a 1 litro de água preenchidas por:
A potencial – cinética – aumento.
– Potência = Trabalho B térmica – potencial – diminuição.
intervalo de tempo
C cinética – potencial – diminuição.
– Trabalho = massa × gravidade × altura D cinética – térmica – aumento.

Suponha que nessa horta hidropônica foi empregada uma E térmica – cinética – aumento.
bomba com potência de 20 W. Se toda a potência dessa
bomba pudesse ser empregada para elevar a água até a ca- GABARITO
naleta, a cada um segundo (1s), o volume de água que fluiria
seria, em litros, 01| D
A 2,0. Somando os percentuais indicados em cinza:
B 2,5.
9,1% + 13,5% + 18,5% + 5,5% = 46,6%.
C 3,0.
D 3,5. 557 milhões → 100% 557 × 46,6
 =⇒ x ⇒
 x milhões → 46,6% 100
E 4,0.

39| G1 - IFSP Para transportar os operários numa obra, a x = 259,562 milhões.


empresa construtora montou um elevador que consiste
numa plataforma ligada por fios ideais a um motor instalado 02| C
no telhado do edifício em construção. A figura mostra, fora A energia potencial envolvida no ato de uma pessoa levantar
de escala, um trabalhador sendo levado verticalmente para uma caixa de 20,3 kg do chão até uma altura de 2,0 m pode
cima com velocidade constante, pelo equipamento. Quando ser calculada da seguinte maneira:
necessário, adote g = 10 m/s2.

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 39


E = m× g×h v 2 = v 02 − 2 a ΔS ⇒ 02 = v 02 − 2 a ΔS ⇒
m  202
E= 20,3 kg × 10 × 2,0 m a1 = ⇒ a1 = 0,5 m/s2
2 v 02  2 ⋅ 400
s a= ⇒ ⇒ a1 − a2 = 0,5 − 0,8 ⇒
2 ΔS  202 2
2 a2 = 2 ⋅ 250 ⇒ a1 = 0,8 m/s
m
=E 406 kg ×
s2
m2 a1 − a2 = 0,3 m/s3 .
1 J 1 kg ×
= , então :
s2

E 406
= = J 406 × 10−3 kJ 10| B

37 A questão está mal formulada.


1 C15H26 O6 + O2 → 15CO2 + 13H2O ΔH = −8.120 kJ / mol
2
37 Tratando-se de uma queda livre, independente do que diz o
mol 8.120 kJ liberados restante do enunciado, a única alternativa correta é a assina-
2
nO2 406 × 10−3 kJ liberados lada, B.

nO2 = 9,25 × 10−4 mol Além disso, o enunciado pode levar a entender que para qual-

quer razão da referida PA entre as distâncias consecutivas, os
03| A intervalos de tempo sejam iguais, o que não é verdade.

Como o módulo da velocidade é constante, o movimento do Os intervalos de tempo somente são iguais se a razão da PA
coelhinho é circular uniforme, sendo nulo o módulo da com- entre essas distâncias for 2 h, sendo h a altura em que se en-
ponente tangencial da aceleração no terceiro quadrinho. contra a 2ª esfera (B), uma vez que a 1ª (A) está em contato
com o solo, conforme ilustra a figura, fora de escala.
04| B
No ponto mais alto da trajetória, a força resultante sobre o
objeto é seu próprio peso, de direção vertical e sentido para
baixo.

05| D
A primeira figura nos permite concluir que para menores
temperaturas (motor frio) e em pista em aclive a emissão de
CO é maior.
A segunda figura mostra que a emissão de CO é maior para
Da equação da queda livre, calculamos o tempo de queda de
baixas velocidades médias e em pista em aclive. cada uma das esferas, B, C, D e E.
06| B  2h
- Mais energeticamente mais eficiente: LED " fornece o  tB =
 g
mesmo brilho usando menor potência. 
t 8h 2h
- Mais viável economicamente: Fluores- = = 2
cente compacta " menor custo total 2H  C g g
t=
queda ⇒
(R$ 360,00 + R$ 518,40 + R$ 360,00 =
R$ 1.238,40). g 18 h 2h

- De maior vida útil: LED " nenhuma lâmpada foi trocada
=  tD = 3
g g

durante cinco anos.  32 h 2h
=  tE = 4
07| E  g g
A velocidade do projétil em relação ao piloto era nula porque
seus movimentos tinham mesmo sentido, com velocidades O intervalo de tempo entre dois sons consecutivos de uma
esfera batendo sobre a outra é igual ao tempo de queda da
de mesmo módulo.
esfera B:
08| C
2h
d 2 7,2 Dt = g
Δt = = = ⇒ Δt = 0,18 s.
v 40 40
3,6 11| A

A velocidade linear da serra é igual à velocidade linear (v) de


09| B
um ponto periférico da polia à qual ela está acoplada.
Supondo essas acelerações constantes, aplicando a equação de
Torricelli para o movimento uniformemente retardado, vem: Lembremos que no acoplamento tangencial, os pontos pe-
riféricos das polias têm mesma velocidade linear; já no aco-

40 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


plamento coaxial (mesmo eixo) são iguais as velocidades an- Como R2 < R3 ⇒ v 2Q < v 3P .
gulares (~) frequências (f) e períodos (T) de todos os pontos
das duas polias. Nesse caso a velocidade linear é diretamen- Quanto às frequências, na montagem Q:
te proporcional ao raio (v = ~ R).
f3Q R
v 3Q =v1 ⇒ f3Q R3 =f1 R1 ⇒ =1.
Na montagem P: f1 R3

– Velocidade da polia do motor: v1.
Como R1 < R3 ⇒ f3Q < F1.
– Velocidade linear da serra: v3P.
12| C
Dados: ∆S1 = 80 km; v1 = 80 km/h; ∆S2 = 60 km; v1 = 120
km/h.
O tempo total é soma dos dois tempos parciais:
ΔS1 ΔS2 80 60
Δt = Δt1 + Δt 2 ⇒ Δt = + = + = 1 + 0,5 ⇒
v1 v2 80 120
Δt = 1,5 h.

13| D

v 3P = ω3P R3 O tempo deve ser o mesmo para o som e para o sinal elétrico.

ω2P = ω3P
 v 2P
 v 2P ⇒ v 3P = ω2P R3 ⇒ v 3P = R3 ⇒
ω2P = R2
 R2
v = v
 2P 1

v1 R3
v 3P = . (I )
R2

14| C
Na montagem Q: 1º Trecho: movimento acelerado (a > 0) " o gráfico da po-
– Velocidade da polia do motor: v1. sição em função do tempo é uma curva de concavidade
para cima.
– Velocidade linear da serra: v2Q. 2º Trecho: movimento uniforme (a = 0) " o gráfico da po-
sição em função do tempo é um segmento de reta cres-
cente.
3º Trecho: movimento desacelerado (a < 0) " o gráfico da
posição em função do tempo é uma curva de concavida-
de para baixo.

15| C
Analisando a tabela, verificamos que a potência do telefone
celular é muito menor que a potência do micro-ondas, sendo
v 2Q = ω2Q R2
 insuficiente para provocar aquecimento significativo.
ω2Q = ω3Q
 v 3Q 16| E
 v 3Q ⇒ v 2Q = ω3Q R2 ⇒ v 2Q = R2 ⇒
ω3Q = R3 O processo de conversão de energia no caso mencionado é
 R3
v = v o da transformação de energia potencial elástica em energia
 3Q 1 cinética. O estilingue também usa esse mesmo processo de
transformação de energia.
v1 R2
v 2Q = . (II) 17| D
R3
- Energia potencial: EP = m g h. Sendo uma descida, a al-
Dividindo (II) por (I): tura diminui, a energia potencial diminui.
m v2
v1 R2 2 - Energia cinética: EC = . Sendo constante a velo-
v 2Q R2 v 2Q R  2
= × ⇒ = 2  .
v 3P R3 v1 R3 v 3P  R3  cidade, a energia cinética também é constante.

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 41


- Energia mecânica: E= M EC + EP . Se a energia poten- d+d 2 d 2 d 2 d
vm = = = = ⇒
cial diminui e a energia cinética é constante, a energia Δt1 + Δt 2 d d d v 2 + d v1 d ( v1 + v 2 )
+
mecânica diminui. v1 v 2 v1 v 2 v1 v 2

18| C 2 v1 v 2 2 ( 20 )( 30 ) 1200
vm = = = ⇒
Nas usinas termelétricas (a diesel ou a carvão) é usada a v1 + v 2 20 + 30 50
energia térmica produzida na queima do combustível para v m = 24 cm / s.

aquecer água, gerando vapor a alta pressão, movimentando
as turbinas acopladas aos geradores de energia elétrica. 26| C
Desconsiderando forças resistivas, corpos de massas diferen-
19| B
tes caem com a mesma aceleração.
ΔS 50 − 0
Vm = = = 1,25 m/s. 27| C
Δt 40 − 0
Dados:
20| E Raio da Terra: R = 6.400 km;
28 dias = 28 × 24 horas = 28 × 24 × 3600 s. Altura da órbita em relação à superfície: h = 350 km;

Período orbital: T = 90 min = 1,5 h
ΔS 2 π r 2 × 3,14 × 380.000 r=3
V= = = ≅ 1,0 km/s.
Δt T 28 × 24 × 3600 Considerando órbita circular, o raio orbital (r) é:

21| A r = R + h = 6.400 + 350 = 6.750 km.



Expressando todas as velocidades no SI, conclui-se que o ca- Calculando a velocidade linear orbital:
valo é o animal mais rápido, conforme destaque na tabela.
ΔS 2πr 2 ( 3 )( 6.750 )
v= = = ⇒
VELOCIDADE VELOCIDADE Δt T 1,5
ANIMAIS
MÉDIA MÉDIA (m/s)
v = 27 × 103 km / h.
cavalo 1,24 km/min 20,7
28| C
coelho 55 km/h 15,2
A diferença de massa é de 400 kg. O motor deve empregar
girafa 833 m/min 13,9
força que compense o peso dessa massa. Então a energia
zebra 18 m/s 18,0 potencial correspondente é:

22| C
EPot = Δm g h = 400 ⋅ 10 ⋅ 150 ⇒ EPot = 600 000 J.
Para um corpo em órbita descrevendo movimento circular

uniforme, o peso age como resultante centrípeta, dirigido
para o centro da Terra. 29| B

23| A Na etapa 02, o atleta recebe impulsão do trampolim, aumen-


tando sua energia mecânica & EM2 > EM1.
Se o satélite é geoestacionário, ele está em repouso em re-
lação à Terra. Para que isso ocorra, a velocidade angular do Na etapa 03, o atleta recebe repulsão do cavalo, aumentan-
do sua energia mecânica & EM3 > EM2.
satélite deve ser igual à velocidade angular da Terra.
Durante o salto, etapa 04, a energia mecânica pode ser con-
24| B siderada constante & EM3 = EM4.
Num referencial nas estrelas fixas (inercial), a Terra gira em Conclusão: EM1 < EM2 < EM3 = EM4.
torno do Sol. Porém, tomando como referencial a Terra, po-
demos dizer, corretamente, que o Sol gira em torno da Terra. 30| A

25| A Dados:

Seja d a distância percorrida pela substância da região dorsal m= 5 × 10−6 kg; v 0 =


0,005g = 0; h0 = 10m / s2 ; h =
1.000m; g = 0.

da mão até o coração, e Dt1 e Dt2 os tempos de ida e volta,
respectivamente. O enunciado não é claro nas suas pretensões. Mas, usando o
bom senso, vamos calcular o percentual de energia mecâni-
A velocidade escalar média é: ca dissipada durante a queda, em relação à energia mecâni-
ca inicial.

42 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


A energia mecânica inicial é somente potencial, pois a veloci- 34| E
dade inicial é nula.
Dados: m = 80 kg; h = 450 m; g = 10 m/s2;
i
EMec = m g h0 =5 × 10−6 × 10 × 1.000 ⇒ EMec
i
=5 × 10−2 J. h= 25% = 0,25 = 1/4.

A energia útil (EU) nessa atividade a energia potencial gravi-
A energia mecânica final é somente cinética, pois a altura tacional adquirida pela pessoa.
final é nula.
EU = mgh = 80 (10 )( 450 ) = 360.000 J ⇒ EU = 360 kJ.
m v 2 5 × 10−6 × 102
f f
EMec = = ⇒ EMec 2,5 × 10−4 J.
=
2 2 A energia total (ET) liberada pelo organismo nessa atividade é:

A energia mecânica transformada em energia interna duran- E E 360


η= U ⇒ ET = U = ⇒ ET =4 ( 360 ) ⇒
te a queda corresponde à diferença entre as energias mecâ- ET η 1
4
nica inicial e final.
ET = 1.440 J.
5 × 10−2 − 2,5 × 10−4 ⇒ Eint =
Eint = 4,975 × 102 J.
Consultando a tabela dada, concluímos que essa quantidade
Percentualmente, temos: de energia corresponde à de 4 porções de espaguete.

Eint 4,975 × 10−2 35| D


Eint ( % ) = × 100 = × 100 = 99,5 ⇒ Eint ( %0,5
) > 95%.
joule/segundo corresponde a 0,5 W. Portanto, a quan-
i
EMec 5 × 10−2
tidade (N) de vaga-lumes piscando para fornecer a mesma
potência é:
100 = 99,5 ⇒ Eint ( % ) > 95%. 300
N= ⇒ N = 600.
0,5
31| C 36| C
A solução baseia-se apenas no processo matemático da
questão.
A energia consumida corresponde à energia potencial adqui-
rida no salto.
Epot = M g h = 80 ⋅ 10 ⋅ 0,4 ⇒ 320 J = 76,2 cal.

Como 100 g liberam 100 cal, a pessoa deve ter ingerido 76,2 37| B
g de alimento para esse salto. Tempo mensal de operação em horas:
32| C Furadeira:
I. O carro está perdendo velocidade de recarregando as min
Δt f = 15 × 30 dias = 450 min = 7,5 h.
baterias. Temos então, transformação de energia cinéti- dia
ca (1) para energia elétrica (3). Serra:
II. O movimento do veículo provém da combustão, que é
min
uma reação química. Assim, há transformação de ener- Δt s = 30 × 30 dias = 900 min = 15 h.
gia química (2) para energia cinética (1). dia

III. Se o motor elétrico mantém a velocidade constante, isso Calculando os consumos:


significa que está havendo transformação de energia Ef 0,5 kW × 7,5
∆= = h 3,75 kW ⋅ h
elétrica (3) para energia cinética (1). ∆E = P ∆t  ⇒ ∆E = 3,75
∆E
 S= 1,5 kW × 15=h 22,5 kW ⋅ h
33| D Ef 0,5 kW × 7,5
∆= =h 3,75 kW ⋅ h =∆E 26,25∆ Ef ⋅ h.0,5 kW × 7,5
=
kW = h 3,75 kW ⋅ h
∆E = P ∆t  ⇒∆E ∆
= EP =∆t3,75
 + 22,5 ⇒ ⇒ ∆E = 3,75
Dados: ∆E=S 1,5 kW × 15= h 22,5 kW ⋅ h ∆E=
S 1,5 kW × 15= h 22,5 kW ⋅ h

M 5.000 kg;∆hE m; g 10 m s2 . =∆E 26,25 kW ⋅ h.


= == 1 220= m;kW
26,25 h2 ⋅ h.400
=

A variação da energia potencial é: 38| B


Dados: P = 20 W; g = 10 m/s2; h = 80 cm = 0,8 m; Dt= 1 s.
De acordo com as expressões fornecidas no enunciado:
mgh P Δt 20 ⋅ 1
P= ⇒ m= = ⇒ m = 2,5 kg ⇒
Δt gh 10 ⋅ 0,8
V = 2,5 L.

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 43


39| D 02| FUVEST
A potência é a razão entre a energia potencial transferida e o
tempo de deslocamento.
[José Dias] Teve um pequeno legado no testamento, uma
apólice e quatro palavras de louvor. Copiou as palavras, en-
∆Epot m gh 300 (10 )( 6 ) caixilhou-as e pendurou-as no quarto, por cima da cama.
Pot = = = ⇒ Pot = 900 W. “Esta é a melhor apólice”, dizia ele muita vez. Com o tempo,
∆t ∆t 20
adquiriu certa autoridade na família, certa audiência, ao me-
40| C nos; não abusava, e sabia opinar obedecendo. Ao cabo, era
amigo, não direi ótimo, mas nem tudo é ótimo neste mundo.
No salto com vara, o atleta transforma energia cinética em
E não lhe suponhas alma subalterna; as cortesias que fizesse
energia potencial gravitacional. Devido ao ganho de altura,
vinham antes do cálculo que da índole. A roupa durava-lhe
ocorre diminuição de sua velocidade. muito; ao contrário das pessoas que enxovalham depressa
o vestido novo, ele trazia o velho escovado e liso, cerzido,
LINGUAGENS abotoado, de uma elegância pobre e modesta. Era lido, posto
que de atropelo, o bastante para divertir ao serão e à sobre-
FIGURAS DE LINGUAGEM, ARCADISMO E BARROCO mesa, ou explicar algum fenômeno, falar dos efeitos do calor
15/09/2015 – TERÇA-FEIRA e do frio, dos polos e de Robespierre. Contava muita vez uma
viagem que fizera à Europa, e confessava que a não sermos
01| FUVEST Desde pequeno, tive tendência para personificar as nós, já teria voltado para lá; tinha amigos em Lisboa, mas a
coisas. Tia Tula, que achava que mormaço fazia mal, sempre nossa família, dizia ele, abaixo de Deus, era tudo.
gritava: “Vem pra dentro, menino, olha o mormaço!” Mas eu Machado de Assis, Dom Casmurro.
ouvia o mormaço com M maiúsculo. Mormaço, para mim, era
um velho que pegava crianças! Ia pra dentro logo. E ainda Considerado o contexto, qual das expressões sublinhadas foi
hoje, quando leio que alguém se viu perseguido pelo clamor empregada em sentido metafórico?
público, vejo com estes olhos o Sr. Clamor Público, magro, A “Teve um pequeno legado”.
arquejante, de preto, brandindo um guarda-chuva, com um
gogó protuberante que se abaixa e levanta no excitamento da B “Esta é a melhor apólice”.
perseguição. E já estava devidamente grandezinho, pois de- C “certa audiência, ao menos”.
via contar uns trinta anos, quando me fui, com um grupo de
D “ao cabo, era amigo”.
colegas, a ver o lançamento da pedra fundamental da ponte
Uruguaiana-Libres, ocasião de grandes solenidades, com os E “o bastante para divertir”.
presidentes Justo e Getúlio, e gente muita, tanto assim que
fomos alojados os do meu grupo num casarão que creio fosse 03| MACKENZIE
a Prefeitura, com os demais jornalistas do Brasil e Argentina.
3
Era como um alojamento de quartel, com breve espaço entre Você sabia que com pouco esforço é possível ajudar o pla-
as camas e todas as portas e janelas abertas, tudo com os neta e o seu bolso?
alegres incômodos e duvidosos encantos de uma coletivida-
de democrática. Pois lá pelas tantas da noite, como eu pres- Ao usarmos a energia elétrica para aparelhos eletrônicos e
sentisse, em meu entredormir, um vulto junto à minha cama, lâmpadas também emitimos 1gás carbônico, um dos prin-
sentei-me estremunhado* e olhei atônito para um tipo de cipais gases do 6efeito estufa. Atitudes simples como trocar
chiru*, ali parado, de bigodes caídos, pala pendente e chapéu lâmpadas incandescentes pelas 4fluorescentes e puxar da
descido sobre os olhos. Diante da minha muda interrogação, tomada os aparelhos que não estão em uso reduzirão a sua
ele resolveu explicar-se, com a devida calma: conta de luz e as nossas emissões de 2CO2 na atmosfera.
- Pois é! Não vê que eu sou o sereno... 5
Planeta sustentável: conhecimento por um mundo melhor
Mário Quintana, As cem melhores crônicas brasileiras.
Assinale a alternativa que indica recurso empregado no texto.
* Glossário: A Intertextualidade, já que se pode notar apropriação ex-
estremunhado: mal acordado. plícita e marcada, por meio de citações, de trechos de
chiru: que ou aquele que tem pele morena, traços acabocla- outros textos.
dos (regionalismo: Sul do Brasil). B Conotação, uma vez que o texto emprega em toda a sua
Considerando que “silepse é a concordância que se faz não extensão uma linguagem que adota tom pessoal e sub-
com a forma gramatical das palavras, mas com seu sentido, jetivo.
com a ideia que elas representam”, indique o fragmento em C Ironia, observada no emprego de expressões que con-
que essa figura de linguagem se manifesta. duzem o leitor a outra possibilidade de interpretação,
A “olha o mormaço”. sempre crítica.
B “pois devia contar uns trinta anos”. D Denotação, pois há a utilização objetiva de palavras e ex-
C “fomos alojados os do meu grupo”. pressões que destacam a presença da função referencial.

D “com os demais jornalistas do Brasil”. E Metalinguagem, uma vez que a linguagem adotada ser-
ve exclusivamente para tratar da própria linguagem.
E “pala pendente e chapéu descido sobre os olhos”.

44 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


04| UERJ mais que óbvia. Ninguém pode ter ou deixar de ter razão
para pânico, porque não é possível haver razão em algo
Science Fiction que por definição requer ausência de razão. Então, ao re-
O marciano encontrou-me na rua petir solenemente que não há razão para pânico, os noti-
ciários e notas de esclarecimento (e nós também) estão
e teve medo de minha impossibilidade humana.
dizendo uma novidade semelhante a “água é um líquido”
Como pode existir, pensou consigo, um ser ou “a comida vai para o estômago”. Se as palavras pu-
dessem protestar, certamente Pânico escreveria para as
que no existir põe tamanha anulação de existência?
redações, perguntando ofendidíssimo desde quando ele
Afastou-se o marciano, e persegui-o. precisa de razão. Nunca há uma razão para o pânico.

Precisava dele como de um testemunho. A segunda frase nega uma verdade evidente. É também
mais do que claro que não existe pânico sem motivo, ou
Mas, recusando o colóquio, desintegrou-se
seja, o freguês entra em pânico porque algo o motivou,
no ar constelado de problemas. independentemente de sua vontade, a entrar na desagra-
E fiquei só em mim, de mim ausente. dabilíssima sensação de pânico. “Ninguém, que eu saiba,
Carlos Drummond de Andrade. Nova reunião. São Paulo: José Olympio, 1983. olha assim para a mulher e diz “mulher, acho que vou en-
trar em pânico hoje à tarde” e, quando a mulher pergunta
Mas, recusando o colóquio, desintegrou-se por que, diz que é para quebrar a monotonia.”
(João Ubaldo Ribeiro. Motivos para pânico. O Estado de S. Paulo, 17.05.2009.)
no ar constelado de problemas. (v. 7-8)
05| UNESP Então, ao repetir solenemente que não há razão
O estranhamento provocado no verso sublinhado consti-
para pânico, os noticiários e notas de esclarecimento (e
tui um caso de:
nós também) estão dizendo uma novidade semelhante a
A pleonasmo “água é um líquido” ou “a comida vai para o estômago”.
B metonímia
Neste período, no tom bem humorado que o autor im-
C hipérbole prime à crônica, a palavra novidade assume um sentido
D metáfora contrário ao que apresenta normalmente. Essa alteração
de sentido, em função de um contexto habilmente cons-
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: truído pelo cronista, caracteriza o recurso estilístico deno-
minado:
Motivos para pânico
A Ironia.
Como sabemos, existem muitas frases comumente repe-
B Reticência.
tidas a cujo uso nos acostumamos tanto que nem obser-
vamos nelas patentes absurdos ou disparates. Das mais C Eufemismo.
escutadas nos noticiários, nos últimos dias, têm sido “não D Antítese.
há razão para pânico” e “não há motivo para pânico”, am-
bas aludindo à famosa gripe suína de que tanto se fala. E Hipérbole.
Todo mundo as ouve e creio que a maioria concorda sem 06| UNESP O autor escreve, no penúltimo período do segun-
pensar e sem notar que se trata de assertivas tão asnáticas
do parágrafo, a palavra Pânico com inicial maiúscula. O
quanto, por exemplo, a antiga exigência de que o postu-
emprego da inicial maiúscula, neste caso, se deve
lante a certos benefícios públicos estivesse “vivo e sadio”,
como se um defunto pudesse estar sadio. Ou a que apare- A ao fato de, por sinédoque, o cronista querer ressaltar
ceu num comercial da Petrobrás em homenagem aos seus a diferença entre a parte e o todo.
trabalhadores, que não sei se ainda está sendo veiculado. B à necessidade de enfatizar que há diferenças entre di-
Nele, os trabalhadores “encaram de frente” grandes desa- versos tipos de pânico.
fios, como se alguém pudesse encarar alguma coisa senão
C ao emprego da palavra com base no recurso da perso-
de frente mesmo, a não ser que o cruel destino lhe haja
nificação ou prosopopeia.
posto a cara no traseiro.
D à necessidade de diferençar os significados de “razão”
Em rigor, as frases não se equivalem e é necessário exa- e “motivo”.
miná-las separadamente, se desejar enxergar as inanida-
des que formulam. No primeiro caso, pois o pânico é uma E para alertar sobre o grande perigo que representaria
reação irracional, comete-se uma contradição em termos o pânico sem motivo.

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 45


07| G1 - CFTMG Alimento de rústicos e animais do jugo.
(...)
A questão a seguir refere-se aos textos II e III
Sou o cacarejo alegre das poedeiras à volta dos seus ni-
Texto III nhos
Sou a pobreza vegetal agradecida a Vós, Senhor,
Poema do milho (fragmento)
que me fizestes necessário e humilde.
Milho...
Sou o milho.
Plantado nos quintais. CORALINA, Cora. Poemas dos becos de Goiás e estórias mais. 9ª. ed. Mariana/SP:
Global Editora, 1985.
Talhões fechados pelas roças.
Entremeado nas lavouras. Considere as afirmativas a seguir:
Baliza marcante nas divisas. I. A voz poética do texto II faz alusão a cerimônias religiosas.
Milho verde. Milho seco. II. A autora, no final do texto III, utiliza-se da epígrafe como
Bem granado, cor de ouro. recurso intertextual.
Alvo. Às vezes vareia, III. O diálogo entre os dois poemas revela a intertextualida-
- espiga roxa, vermelha, salpintada. de denominada paráfrase.
(...) IV. Os objetos artesanais presentes no texto III simbolizam o
Milho empaiolado... trabalho metalinguístico.
Abastança tranquila Estão corretos os itens
do rato,
A I e II.
do caruncho,
B I e III.
do cupim.
C II e IV.
Palha de milho para o colchão.
Jogada pelos pastos. D III e IV.
Mascada pelo gado.
08| G1 - CFTMG
Trançada em fundos de cadeiras.
Queimada nas coivaras. Texto II
Leve mortalha de cigarros. O pavão
Balaio de milho trocado com o vizinho
E considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de
No tempo da planta. suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo livros, e des-
“- Não se planta, nos sítios, semente da mesma terra”. cobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão.
CORALINA, Cora. Poemas dos becos de Goiás e estórias mais. 9ª. ed. Mariana/SP:
Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d’água
Global Editora, 1985.
em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é
Texto II um arco-íris de plumas.
Oração do Milho (fragmento) Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o má-
Senhor, nada valho. ximo de matizes com o mínimo de elementos. De água e luz
ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade.
Sou a planta humilde dos quintais pequenos e das
lavouras pobres. Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada;
de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em
Meu grão, perdido por acaso, mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu
nasce e cresce na terra descuidada. olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.
Rio, novembro, 1958.
Ponho folhas e haste, e se me ajudares, Senhor,
FONTE: BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. Rio de Janeiro: Record, 1996.
mesmo planta de acaso, solitária,
dou espigas e devolvo em muitos grãos Vocabulário:
o grão perdido inicial, salvo por milagre, Matiz: colorido obtido da mistura ou combinação de várias
que a terra fecundou. cores num todo.
Sou a planta primária da lavoura. Suscitar: fazer nascer ou aparecer; criar.
Não me pertence a hierarquia tradicional do trigo
e de mim não se faz o pão dado nos altares. “Metalinguagem: a linguagem utilizada para descrever outra
linguagem ou qualquer sistema de significação: todo discur-
Sou apenas o alimento forte e substancial dos que so acerca de uma língua (...)”.
trabalham a terra, onde não vinga o trigo nobre. FONTE: FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. 2ª. ed.
revista e aumentada. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1986, p. 1126.
Sou de origem obscura e de ascendência pobre,

46 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


Considerando-se a explicação acima, pode-se inferir que o O tempo acordado de viver
texto de Rubem Braga No inverno te proteger
A utiliza o vocábulo “luz” com sentido diverso, revelando a No verão sair pra pescar
predominância do processo de metalinguagem. No outono te conhecer
B aborda a temática metalinguística, uma vez que se volta Primavera poder gostar
para o cotidiano ao descrever os desejos do narrador.
No estio me derreter
C apresenta uma configuração metalinguística pelo desejo Pra na chuva dançar e andar junto
de realizar a obra de arte de maneira condensada.
O destino que se cumpriu
D apresenta características amorosas, expressando a ilu-
De sentir seu calor e ser tudo
são comum a todo processo artístico relativo à metalin-
FONTE: GUEDES, Beto & BASTOS, Ronaldo. In GUEDES, Beto. Amor de Índio. EMI Music, 1978.
guagem.
Nos versos: “Lembra que o sono é sagrado / E alimenta de
09| G1 - CFTMG horizontes / O tempo acordado de viver”, nota-se a figura de
linguagem intitulada
Texto IV
A metáfora.
Lira XV
B paradoxo.
Eu, Marília, não fui nenhum vaqueiro, C metonímia.
Fui honrado Pastor da tua aldeia; D pleonasmo.
Vestia finas lãs, e tinha sempre
A minha choça do preciso cheia. 10| UNIFESP
Tiraram-me o casal, e o manso gado, Texto de Flávio José Cardozo.
Nem tenho, a que me encoste, um só cajado.
Manuel Bandeira, passeando pelo interior de Pernambuco,
(...) pediu água numa casa e ouviu a mãe gritar para o filho: “Ana-
Se não tivermos lãs, e peles finas, coluto, traz água pro moço, Anacoluto!” O menino obede-
Podem mui bem cobrir as carnes nossas ceu, Bandeira bebeu a água e saiu dando pulo: não é todo
dia que alguém tem a fortuna de dar com um nome desses.
As peles dos cordeiros mal curtidas,
Anacoluto é um senhor nome e descobri-lo é quase como
E os panos feitos com as lãs mais grossas. descobrir a América. Feliz Manuel Bandeira.
Mas ao menos será o teu vestido
Leia os textos.
Por mãos do amor, por minhas mãos cosido.
Nós iremos pescar na quente sesta I. Mas esse astro que fulgente
Com canas, e com cestos os peixinhos: Das águias brilhara à frente,
Nós iremos caçar nas manhãs frias Do Capitólio baixou.
(Soares de Passos)
Com a vara envisgada os passarinhos.
Para nos divertir faremos quanto II. Meu saco de ilusões, bem cheio tive-o.
(Mário Quintana)
Reputa o varão sábio, honesto e santo.
(...) III. No berço, pendente dos ramos floridos,
FONTE: GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. Rio de Janeiro: Ediouro, s/d. Em que eu pequenino feliz dormitava:
Quem é que esse berço com todo o cuidado
Texto V
Cantando cantigas alegre embalava?
Amor de Índio (Casimiro de Abreu)

Tudo o que move é sagrado Segundo Celso Cunha & Lindley Cintra, o anacoluto é “a mu-
E remove as montanhas dança de construção sintática no meio do enunciado, ge-
Com todo cuidado, meu amor ralmente depois de uma pausa sensível”, o que faz uma ex-
(...) pressão ficar desligada e solta no período. Com base nesses
dados, o nome do menino faz uma alusão a uma figura de
Sim, todo amor é sagrado
sintaxe que está exemplificada apenas em
E o fruto do trabalho
A I.
É mais que sagrado, meu amor
B II.
A massa que faz o pão
C III.
Vale a luz do seu suor
Lembra que o sono é sagrado D I e II.
E alimenta de horizontes E I e III.

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 47


11| UEL Leia o texto a seguir e responda à(s) questão(ões). 12| UEL
Quando os filhos de Ponciá Vicêncio, sete, nasceram e mor- Leia o texto a seguir e responda à(s) questão(ões).
reram, nas primeiras perdas ela sofreu muito. Depois, com o
correr do tempo, a cada gravidez, a cada parto, ela chegava Ambiciosa
mesmo a desejar que a criança não sobrevivesse. Valeria a Para aqueles fantasmas que passaram,
pena pôr um filho no mundo? Lembrava-se de sua infância
pobre, muito pobre na roça e temia a repetição de uma mes- Vagabundos a quem jurei amar,
ma vida para os seus filhos. O pai trabalhava tanto. A mãe Nunca os meus braços lânguidos traçaram
pelejava com as vasilhas de barro e tinham apenas uma casa
O voo dum gesto para os alcançar...
de pau a pique coberta de capim, para abrigar a pobreza em
que viviam. E esta era a condição de muitos. Molambos co- Se as minhas mãos em garra se cravaram
briam o corpo das crianças que até bem grandinhas anda- Sobre um amor em sangue a palpitar...
vam nuas.
– Quantas panteras bárbaras mataram
Entretanto, assim que as meninas cresciam um pouco, as
mães providenciavam panos para tapar-lhes o sexo e os Só pelo raro gosto de matar!
seios. Crescera na pobreza. Os pais, os avós, os bisavôs sem- Minha alma é como a pedra funerária
pre trabalhando nas terras dos senhores. A cana, o café, toda
Erguida na montanha solitária
a lavoura, o gado, as terras, tudo tinha dono, os brancos. Os
negros eram donos da miséria, da fome, do sofrimento, da Interrogando a vibração dos céus!
revolta suicida. Alguns saíram da roça, fugiam para a cidade, O amor dum homem? – Terra tão pisada,
com a vida a se fartar de miséria, e com o coração a sobrar
esperança. Ela mesma havia chegado à cidade com o coração Gota de chuva ao vento baloiçada ...
crente em sucessos e eis no que deu. Um barraco no morro. Um homem? – Quando eu sonho o amor de um Deus! ...
Um ir e vir para a casa das patroas. Umas sobras de roupa (Adaptado de: ESPANCA, F. Sonetos. São Paulo: Martin Claret, 2007. p.78.)

e de alimento para compensar um salário que não bastava.


No verso “minha alma é como a pedra funerária” (verso 9),
Um homem sisudo, cansado, mais do que ela talvez, e deses-
temos um recurso poético denominado.
perançado de outra forma de vida. Foi bom os filhos terem
morrido. Nascer, crescer, viver para quê? [...] A Antítese.
B Metáfora.
De que valera o padecimento de todos aqueles que ficaram
para trás? De que adiantara a coragem de muitos em escolher C Símile.
a fuga, de viverem o ideal quilombola? De que valera o deses- D Sinestesia.
pero de Vô Vicêncio? Ele, num ato de coragem-covardia, se E Anáfora.
rebelara, matara uns dos seus e quisera se matar também. O
que adiantara? A vida escrava continuava até os dias de hoje. 13| ENEM Testes
Sim, ela era escrava também. Escrava de uma condição de
Dia desses resolvi fazer um teste proposto por um site da in-
vida que se repetia. Escrava do desespero, da falta de espe-
ternet. O nome do teste era tentador: “O que Freud diria de
rança, da impossibilidade de travar novas batalhas, de organi-
você”. Uau. Respondi a todas as perguntas e o resultado foi
zar novos quilombos, de inventar outra e nova vida.
o seguinte: “Os acontecimentos da sua infância a marcaram
(Adaptado de: EVARISTO, C. Ponciá Vicêncio. Belo Horizonte: Maza Edições, 2003. p. 82-83.)
até os doze anos, depois disso você buscou conhecimento
Assinale a alternativa que indica corretamente o recurso ex- intelectual para seu amadurecimento”. Perfeito! Foi exata-
pressivo do texto. mente o que aconteceu comigo. Fiquei radiante: eu havia
realizado uma consulta paranormal com o pai da psicanálise,
A A hipérbole em “fugiam para a cidade, com a vida a se e ele acertou na mosca.
fartar de miséria, e com o coração a sobrar esperança”
marca a oposição brancos versus negros. Estava com tempo sobrando, e curiosidade e algo que não
B No texto, a gradação é utilizada para demarcar a fixação me falta, então resolvi voltar ao teste e responder tudo di-
ferente do que havia respondido antes. Marquei umas alter-
do tempo e a banalidade dos fatos.
nativas esdrúxulas, que nada tinham a ver com minha perso-
C As inversões sintáticas, marcadas por oxímoros e hipér- nalidade. E fui conferir o resultado, que dizia o seguinte: “Os
batos, acentuam a dimensão poética da narrativa. acontecimentos da sua infância a marcaram até os 12 anos,
D O discurso indireto livre permite detectar a manifesta- depois disso você buscou conhecimento intelectual para seu
ção da consciência da personagem. amadurecimento”.
MEDEIROS, M. Doidas e santas. Porto Alegre, 2008 (adaptado).
E As interrogações propiciam a emergência das lembran-
ças da infância de Ponciá, em especial de Vô Vicêncio. Quanto às influências que a internet pode exercer sobre os
usuários, a autora expressa uma reação irônica no trecho:

48 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


A “Marquei umas alternativas esdrúxulas, que nada ti- E “O bisturi e o verso.
nham a ver”. Dois instrumentos
B “Os acontecimentos da sua infância a marcaram até os
entre as minhas mãos” (p. 95).
doze anos”.
C “Dia desses resolvi fazer um teste proposto por um site 16| ENEM CANCELADO
da internet”.
D “Respondi a todas as perguntas e o resultado foi o se- Ouvir estrelas
guinte”. “Ora, (direis) ouvir estrelas! Certo
E “Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta para- perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
normal com o pai da psicanálise”. que, para ouvi-las, muita vez desperto
14| ENEM CANCELADO COM NICIGA, PARAR DE FUMAR FICA e abro as janelas, pálido de espanto...
MUITO MAIS FÁCIL E conversamos toda noite, enquanto
1. Fumar aumenta o número de receptores do seu cérebro a Via-Láctea, como um pálio aberto,
que se ativam com nicotina. cintila. E, ao vir o Sol, saudoso e em pranto,
2. Se você interrompe o fornecimento de uma vez, eles en- inda as procuro pelo céu deserto.
louquecem e você sente os desagradáveis sintomas da
falta do cigarro. Direis agora: “Tresloucado amigo!
3. Com seus adesivos transdérmicos, Niciga libera nicoti- Que conversas com elas?” Que sentido
na terapêutica de forma controlada no seu organismo, tem o que dizem, quando estão contigo?”
facilitando o processo de parar de fumar e ajudando a E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
sua força de vontade. Com Niciga, você tem o dobro de
chances de parar de fumar. Pois só quem ama pode ter ouvido
Revista Época, 24 nov. 2009 (adaptado). Capaz de ouvir e de entender estrelas”.
BILAC, Olavo. Ouvir estrelas. In: Tarde, 1919.
Para convencer o leitor, o anúncio emprega como recurso ex-
pressivo, principalmente, Ouvir estrelas
A as rimas entre Niciga e nicotina. Ora, direis, ouvir estrelas! Vejo
B o uso de metáforas como “força de vontade”. que estás beirando a maluquice extrema.
C a repetição enfática de termos semelhantes como “fácil” No entanto o certo é que não perco o ensejo
e “facilidade”. De ouvi-las nos programas de cinema.
D a utilização dos pronomes de segunda pessoa, que fa- Não perco fita; e dir-vos-ei sem pejo
zem um apelo direto ao leitor. que mais eu gozo se escabroso é o tema.
E a informação sobre as consequências do consumo do ci- Uma boca de estrela dando beijo
garro para amedrontar o leitor. é, meu amigo, assunto p’ra um poema.
15| ENEM Oximoro, ou paradoxismo, é uma figura de retórica Direis agora: Mas, enfim, meu caro,
em que se combinam palavras de sentido oposto que pare- As estrelas que dizem? Que sentido
cem excluir-se mutuamente, mas que, no contexto, reforçam têm suas frases de sabor tão raro?
a expressão. Amigo, aprende inglês para entendê-las,
Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa.
Pois só sabendo inglês se tem ouvido
Considerando a definição apresentada, o fragmento poético Capaz de ouvir e de entender estrelas.
da obra Cantares, de Hilda Hilst, publicada em 2004, em que TIGRE, Bastos. Ouvir estrelas. In: Becker, I. Humor e humorismo: Antologia. São Paulo: Brasiliense, 1961.
pode ser encontrada a referida figura de retórica é:
A “Dos dois contemplo A partir da comparação entre os poemas, verifica-se que,
rigor e fixidez. A no texto de Bilac, a construção do eixo temático se deu
em linguagem denotativa, enquanto no de Tigre, em lin-
Passado e sentimento guagem conotativa.
me contemplam” (p. 91). B no texto de Bilac, as estrelas são inacessíveis, distantes,
B “De sol e lua e no texto de Tigre, são próximas, acessíveis aos que as
ouvem e as entendem.
De fogo e vento
C no texto de Tigre, a linguagem é mais formal, mais tra-
Te enlaço” (p. 101). balhada, como se observa no uso de estruturas como
C “Areia, vou sorvendo “dir-vos-ei sem pejo” e “entendê-las”.
A água do teu rio” (p. 93). D no texto de Tigre, percebe-se o uso da linguagem me-
talinguística no trecho “Uma boca de estrela dando bei-
D “Ritualiza a matança jo/é, meu amigo, assunto p’ra um poema.”
de quem só te deu vida. E no texto de Tigre, a visão romântica apresentada para
E me deixa viver alcançar as estrelas é enfatizada na última estrofe de seu
nessa que morre” (p. 62). poema com a recomendação de compreensão de outras
línguas.

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 49


17| ENEM CANCELADO Texto I Na última estrofe, o eu lírico expressa, por meio de:

No meio do caminho tinha uma pedra A Hipérboles, a dificuldade de se tentar esquecer um gran-
de amor.
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra B Metáforas, a forma de se esquecer plenamente a pessoa
no meio do caminho tinha uma pedra amada.
C Eufemismos, as contradições do amor e os sofrimentos
[...]
ANDRADE, C. D. Reunião. Rio de Janeiro: José Olympio, 1971 (fragmento).
dele decorrentes.
D Metonímias, o bem-estar ligado a amar e querer esque-
Texto II cer.
As lavadeiras de Mossoró, cada uma tem sua pedra no rio: E Paradoxos, a impossibilidade de o esquecimento ser le-
cada pedra é herança de família, passando de mãe a filha,
vado a cabo.
de filha a neta, como vão passando as águas no tempo [...].
A lavadeira e a pedra formam um ente especial, que se divi- 19| FUVEST
de e se reúne ao sabor do trabalho. Se a mulher entoa uma
canção, percebe-se que a nova pedra a acompanha em sur- TEXTO
dina...
Vestindo água, só saído o cimo do pescoço, o burrinho tinha
[...] de se enqueixar para o alto, a salvar também de fora o foci-
ANDRADE, C. D. Contos sem propósito. Rio de Janeiro: Jornal do Brasil, Cader-
no B, 17/7/1979 (fragmento). nho. Uma peitada. Outro tacar de patas. Chu-áa! Chu-áa...
- ruge o rio, como chuva deitada no chão. Nenhuma pressa!
Com base na leitura dos textos, é possível estabelecer uma Outra remada, vagarosa. No fim de tudo, tem o pátio, com os
relação entre forma e conteúdo da palavra “pedra”, por meio cochos, muito milho, na Fazenda; e depois o pasto: sombra,
da qual se observa
capim e sossego... Nenhuma pressa. Aqui, por ora, este poço
A o emprego, em ambos os textos, do sentido conotativo doido, que barulha como um fogo, e faz medo, não é novo:
da palavra “pedra”. tudo é ruim e uma só coisa, no caminho: como os homens
B a identidade de significação, já que nos dois textos, “pe- e os seus modos, costumeira confusão. É só fechar os olhos.
dra” significa empecilho. Como sempre. Outra passada, na massa fria. E ir sem afã, à
C a personificação de “pedra” que, em ambos os textos, voga surda, amigo da água, bem com o escuro, filho do fun-
adquire características animadas. do, poupando forças para o fim. Nada mais, nada de graça;
D o predomínio, no primeiro texto, do sentido denotativo nem um arranco, fora de hora. Assim.
de “pedra” como matéria mineral sólida e dura. João Guimarães Rosa. O burrinho pedrês, Sagarana.

E a utilização, no segundo texto, do significado de “pedra” Como exemplos da expressividade sonora presente nesse ex-
como dificuldade materializada por um objeto. certo, podemos citar a onomatopeia, em “Chu-áa! Chu-áa...”,
e a fusão de onomatopeia com aliteração, em:
18| UNIFESP
A “vestindo água”.
ESQUECIMENTO
B “ruge o rio”.
Esse de quem eu era e era meu, C “poço doido”.
Que foi um sonho e foi realidade, D “filho do fundo”.
Que me vestiu a alma de saudade,
E “fora de hora”.
Para sempre de mim desapareceu.
Tudo em redor então escureceu, 20| IBMECRJ
E foi longínqua toda a claridade!
Joaquim Maria Machado de Assis é cronista, contista, dra-
Ceguei... tateio sombras... que ansiedade!
maturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e
Apalpo cinzas porque tudo ardeu! ensaísta.
Descem em mim poentes de Novembro...
A sombra dos meus olhos, a escurecer... Em 2008, comemora-se o centenário de sua morte, ocorrida
em setembro de 1908. Machado de Assis é considerado o
Veste de roxo e negro os crisântemos...
mais canônico escritor da Literatura Brasileira e deixou uma
E desse que era meu já me não lembro...
rica produção literária composta de textos dos mais variados
Ah! a doce agonia de esquecer gêneros, em que se destacam o conto e o romance.
A lembrar doidamente o que esquecemos...!
Florbela Espanca Segue o texto desse autor, em poesia.

50 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


A Carolina 22| ENEM
Querida, ao pé do leito derradeiro
Em que descansas dessa longa vida,
Aqui venho e virei, pobre querida,
Trazer-te o coração do companheiro.
Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro
Que, a despeito de toda a humana lida,
Fez a nossa existência apetecida
E num recanto pôs um mundo inteiro.
Trago-te flores, - restos arrancados
Da terra que nos viu passar unidos,
São pensamentos idos e vividos.
Que eu, se tenho nos olhos mal feridos
Pensamentos de vida formulados,
São pensamentos idos e vividos.
(Machado de Assis)

“E num recanto pôs um mundo inteiro.” (verso 8)

Observamos no verso destacado as seguintes figuras de lin-


guagem: Com contornos assimétricos, riqueza de detalhes nas vestes
A Metonímia e hipérbato. e nas feições, a escultura barroca no Brasil tem forte influên-
cia do rococó europeu e está representada aqui por um dos
B Hipérbato e hipérbole. profetas do pátio do Santuário do Bom Jesus de Matosinho,
C Hipérbole e pleonasmo. em Congonhas, (MG), esculpido em pedra-sabão por Aleija-
D Pleonasmo e anáfora. dinho. Profundamente religiosa, sua obra revela
E Personificação e pleonasmo. A liberdade, representando a vida de mineiros à procura
da salvação.
21| ENEM B credibilidade, atendendo a encomendas dos nobres de
Quando Deus redimiu da tirania Minas Gerais.
Da mão do Faraó endurecido C simplicidade, demonstrando compromisso com a con-
templação do divino.
O Povo Hebreu amado, e esclarecido,
Páscoa ficou da redenção o dia. D personalidade, modelando uma imagem sacra com fei-
ções populares.
Páscoa de flores, dia de alegria
E singularidade, esculpindo personalidade do reinado nas
Àquele Povo foi tão afligido
obras divinas.
O dia, em que por Deus foi redimido;
Ergo sois vós, Senhor, Deus da Bahia. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
Pois mandado pela alta Majestade Torno a ver-vos, ó montes: o destino
Nos remiu de tão triste cativeiro, Aqui me torna a pôr nestes outeiros,
Nos livrou de tão vil calamidade. Onde um tempo os gabões deixei grosseiros
Quem pode ser senão um verdadeiro Pelo traje da Corte, rico e fino.
Deus, que veio estirpar desta cidade Aqui estou entre Almendro, entre Corino,
O Faraó do povo brasileiro. Os meus fiéis, meus doces companheiros,
DAMASCENO, D. (Org.). Melhores poemas: Gregório de Matos. São Paulo: Globo, 2006.
Vendo correr os míseros vaqueiros
Com uma elaboração de linguagem e uma visão de mundo Atrás de seu cansado desatino.
que apresentam princípios barrocos, o soneto de Gregório Se o bem desta choupana pode tanto,
de Matos apresenta temática expressa por Que chega a ter mais preço, e mais valia
A visão cética sobre as relações sociais. Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto.
B preocupação com a identidade brasileira. Aqui descanso a louca fantasia,
C crítica velada à forma de governo vigente. E o que até agora se tornava em pranto
D reflexão sobre os dogmas do cristianismo. Se converta em afetos de alegria.
Cláudio Manoel da Costa. In: Domício Proença Filho. A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova
E questionamento das práticas pagãs na Bahia. Aguilar, 2002, p. 78/9.

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 51


23| ENEM Considerando o soneto de Cláudio Manoel da Costa e Considere as informações contidas nos itens a seguir.
os elementos constitutivos do Arcadismo brasileiro, assinale
I. Basílio da Gama: poesia épica árcade dedicada ao tema
a opção correta acerca da relação entre o poema e o mo-
indianista.
mento histórico de sua produção.
A Os “montes” e “outeiros”, mencionados na primeira es- II. Gonçalves Dias: poesia lírica romântica de exaltação da
trofe, são imagens relacionadas à Metrópole, ou seja, ao natureza nativa.
lugar onde o poeta se vestiu com traje “rico e fino”. III. Santa Rita Durão: poesia épica árcade com resgate de
B A oposição entre a Colônia e a Metrópole, como núcleo fatos históricos desde o descobrimento do Brasil.
do poema, revela uma contradição vivenciada pelo poe- IV. José de Alencar: romance romântico, com procura da
ta, dividido entre a civilidade do mundo urbano da Me- cor local e representação de costumes do interior.
trópole e a rusticidade da terra da Colônia.
As referências de Machado de Assis ao “instinto de naciona-
C O bucolismo presente nas imagens do poema é elemen-
lidade” na literatura brasileira aplicam-se a
to estético do Arcadismo que evidencia a preocupação
do poeta árcade em realizar uma representação literária A todos os itens.
realista da vida nacional. B aos itens I e II apenas.
D A relação de vantagem da “choupana” sobre a “Cidade”, C aos itens II e III apenas.
na terceira estrofe, é formulação literária que reproduz a D aos itens I, III e IV apenas.
condição histórica paradoxalmente vantajosa da Colônia
sobre a Metrópole. E aos itens II, III e IV apenas.
E A realidade de atraso social, político e econômico do
26| FATEC
Brasil Colônia está representada esteticamente no po-
ema pela referência, na última estrofe, à transformação Os ouvintes ou são maus ou são bons; se são bons, faz neles
do pranto em alegria grande fruto a palavra de Deus; se são maus, ainda que não
faça neles fruto, faz efeito. A palavra de Deus é tão fecunda,
24| ENEM Assinale a opção que apresenta um verso do soneto que nos bons faz muito fruto e é tão eficaz, que nos maus,
de Cláudio Manoel da Costa em que o poeta se dirige ao seu ainda que não faça fruto, faz efeito; lançada nos espinhos
interlocutor. não frutificou, mas nasceu até nos espinhos; lançada nas pe-
A “Torno a ver-vos, ó montes: o destino” (v. 1) dras não frutificou, mas nasceu até nas pedras. Os piores ou-
vintes que há na Igreja de Deus são as pedras e os espinhos.
B “Aqui estou entre Almendro, entre Corino,” (v. 5)
E por quê? - Os espinhos por agudos, as pedras por duras.
C “Os meus fiéis, meus doces companheiros,” (v. 6) Ouvintes de entendimentos agudos e ouvintes de vontades
D “Vendo correr os míseros vaqueiros” (v. 7) endurecidas são os piores que há. Os ouvintes de entendi-
mentos agudos são maus ouvintes, porque vêm só a ouvir
E “Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto.” (v. 11) sutilezas, a esperar alantarias, a avaliar pensamentos, e às
vezes também a picar quem os não pica.
25| FATEC
Mas os de vontades endurecidas ainda são piores, porque
NOTÍCIA DA ATUAL LITERATURA BRASILEIRA - INSTINTO DE um entendimento agudo pode-se ferir pelos mesmos fios, e
NACIONALIDADE vencer-se uma agudeza com outra maior; mas contra vonta-
des endurecidas nenhuma coisa aproveita a agudeza, antes
Quem examina a atual literatura brasileira reconhece-lhe logo, dana mais, porque quanto as setas são mais agudas, tanto
como primeiro traço, certo instinto de nacionalidade. Poesia, mais facilmente se despontam na pedra.
romance, todas as formas literárias do pensamento buscam
E com os ouvintes de entendimentos agudos e os ouvintes
vestir-se com as cores do país, e não há negar que semelhante de vontades endurecidas serem os mais rebeldes, é tanta a
preocupação é sintoma de vitalidade e abono de futuro. força da divina palavra, que, apesar da agudeza, nasce nos
As tradições de Gonçalves Dias, Porto Alegre e Magalhães espinhos, e apesar da dureza, nasce nas pedras.
(Padre Antônio Vieira, Sermão da Sexagésima. Texto editado.)
são assim continuadas pela geração já feita e pela que ainda
agora madruga, como aqueles continuaram as de José Ba- Considere as afirmações seguintes sobre o texto de Vieira.
sílio da Gama e Santa Rita Durão. Escusado é dizer a vanta-
gem deste universal acordo. Interrogando a vida brasileira e I. Trata-se de texto predominantemente argumentativo,
a natureza americana, prosadores e poetas acharão ali farto no qual Vieira emprega as metáforas do espinho e da
manancial de inspiração e irão dando fisionomia própria ao pedra para referir-se àqueles em que a palavra de Deus
pensamento nacional. não prospera.

Esta outra independência não tem Sete de Setembro nem II. Nota-se no texto a metalinguagem, pois o sermão trata
campo de Ipiranga; não se fará num dia, mas pausadamente, da própria arte da pregação religiosa.
para sair mais duradoura; não será obra de uma geração nem III. À vista da construção essencialmente fundada no jogo
duas; muitos trabalharão para ela até perfazê-la de todo. de ideias, fazendo progredir o tema pelo raciocínio, pela
(Machado de Assis, Crítica. Texto adaptado.) lógica, o texto caracteriza-se como conceptista.

52 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


IV. Efeito da Revolução Industrial, que reforçou a perspecti- 28| FATEC A alternativa que melhor exprime as características
va capitalista e o individualismo, esse texto traduz a bus- da poesia de Gregório de Matos, encontradas no poema
ca da natureza (pedras, espinhos, .....) como refúgio para transcrito, é a que destaca a presença de
o eu lírico religioso. A inversões da sintaxe corrente, como em “Com sua lín-
V. Vincula-se ao Barroco, movimento estético entre cujos gua, ao nobre o vil decepa” e “Quem menos falar pode”.
traços destaca-se a oscilação entre o clássico (de matriz B conflito entre os universos do profano e do sagrado,
pagã) e o medieval (de matriz cristã), a qual se traduz em como se vê na oposição “Quem dinheiro tiver” e “pode
estados de conflito religioso. ser Papa”.
Estão corretas apenas as afirmações C metáforas raras e desusadas, como no verso experimen-
tal “a Musa topa/Em apa, epa, ipa, opa, upa”.
A I, II e III.
D contraste entre os polos de antíteses violentas, como
B I, III e V.
“língua” X “decepa” e “menos falar” X “mais increpa”.
C II, III e IV.
E imagens que exploram os elementos mais efêmeros e
D II, III, IV e V. diáfanos da natureza, como “flor e “tulipa”.
E I, II, III e V. 29| FGV Foi um movimento literário do século XVII, nascido da
crise de valores renascentistas. Caracteriza-se na literatura
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: pelo culto dos contrastes, a preocupação com o pormenor
e a sobrecarga de figuras como a metáfora, as antíteses, hi-
AS COUSAS DO MUNDO
pérboles e alegorias. Essa linguagem conflituosa reflete a
Neste mundo é mais rico o que mais rapa: consciência dos estados contraditórios da condição humana.
Quem mais limpo se faz, tem mais carepa; Trata-se do:
Com sua língua, ao nobre o vil decepa: A Romantismo.
O velhaco maior sempre tem capa. B Trovadorismo.
Mostra o patife da nobreza o mapa: C Humanismo.
Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa; D Realismo.
Quem menos falar pode, mais increpa; E Barroco.
Quem dinheiro tiver, pode ser Papa. 30| FGV Assinale a alternativa que apresenta ERRO na correlação
A flor baixa se inculca por tulipa; autor-obra-época, relativamente à literatura portuguesa.
Bengala hoje na mão, ontem garlopa. A Pe. Antônio Vieira - Sermão da Quarta-feira de Cinzas -
Século XVII.
Mais isento se mostra o que mais chupa.
B Gil Vicente - Auto da Barca do Inferno - Século XVI.
Para a tropa do trapo vazo a tripa
C Manuel Maria Barbosa du Bocage - Nova Arcádia - Sé-
E mais não digo, porque a Musa topa
culo XVIII.
Em apa, epa, ipa, opa, upa.
(Gregório de Matos Guerra, Seleção de Obras Poéticas) D Camilo Peçanha - Clepsidra - Século XIX/XX.
E Almeida Garrett - Viagens na Minha Terra - Século XIX.
27| FATEC Fica claro, no poema acima, que a principal crítica do
autor à sociedade de sua época é feita por meio da 31| FUVEST Os sonetos de Bocage que transpõem poeticamente
A denúncia da proteção que o mundo de então dava àque- a experiência do autor na região colonial de Goa apresentam
les que agiam de modo condenável, embora sob a capa alguns traços semelhantes aos dos poemas em que, ante-
das leis da Igreja. riormente, Gregório de Matos enfocara a sociedade colonial
B enumeração de certos tipos que, por seus comporta- da Bahia. Sob esse aspecto, são traços comuns a ambos os
mentos, revelam um roteiro que identifica e recomenda poetas:
a ascensão social. A presunção de superioridade, crítica da vaidade, precon-
C elaboração de uma lista de atitudes que deviam ser evi- ceito de cor.
tadas, por não condizerem com as práticas morais en- B sensualismo, crítica da presunção, elogio da mestiça-
contradas na alta sociedade. gem.
D comparação de valores e comportamentos da faixa mais C presunção de superioridade, elogio da nobreza local, sá-
humilde daquela sociedade com os da faixa mais nobre tira da mestiçagem.
e aristocrática.
D sensualismo, crítica da nobreza antiga, preconceito de
E caracterização de comportamentos que, embora sejam
cor.
moralmente condenáveis, são dissimulados em seus
opostos. E estilo tropical, crítica da vaidade, elogio da mestiçagem.

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 53


32| FUVEST Acerca do poema, assinale a alternativa INCORRETA.
I. “Porque não merecia o que lograva, A O poema é um soneto composto de versos decassílabos
heroicos, com rima intercalada nos quartetos e cruzada
Deixei, como ignorante, o bem que tinha,
nos tercetos.
Vim sem considerar aonde vinha,
B O eu lírico tem como interlocutor de seu poema as “Altas
Deixei sem atender o que deixava.” serras” (ref. 1), às quais se dirige diretamente também
ao final, em “ó penhas” (ref. 2), caracterizando assim o
II.” Se a flauta mal cadente
uso de apóstrofes.
Entoa agora o verso harmonioso,
C O eu lírico emprega algumas inversões sintáticas no
Sabei, me comunica este saudoso poema, como em “[...] que ao Céu estais servindo! De
Influxo a dor veemente; muralhas” (ref. 3), a que se chama de hipérbatos e que
Não o gênio suave, remetem mais ao estilo barroco que ao árcade.
Que ouviste já no acento agudo e grave.” D O eu lírico compara o Sol, a que chama de “Monarca da
luz” (ref. 4), ao rosto de sua amada, o que caracteriza
III.” Da delirante embriaguez de bardo uma personificação.
Sonhos em que afoguei o ardor da vida, E Ao olhar o Sol sobre as serras, o eu lírico enxerga uma
Ardente orvalho de febris pranteios, imagem de sua amada, cujo peito seria composto então
pelas penhas, visão essa que enche sua alma de alegria.
Que lucro à alma descrida?”
34| UFSM Em Caramuru, poema épico de Santa Rita Durão, o
Cada estrofe, a seu modo, trabalha o tema de um bem, de
herói, Diogo Álvares Correia, em determinado momento
um amor almejado e passado ou perdido. Avaliando atenta-
narrado no Canto VII, chega com Paraguaçu, sua amada, à
mente os recursos poéticos utilizados em cada uma delas po-
França, onde, instado pelo rei, relata as belezas da terra bra-
demos dizer que os movimentos literários a que pertencem
sileira. Entre as flores, uma é destacada:
I, II e III são respectivamente:
A barroco - arcadismo - romantismo. XXXIX
B barroco - romantismo - parnasianismo. É na forma redonda, qual diadema
C romantismo - parnasianismo - simbolismo. De pontas, como espinhos, rodeada,
D romantismo - simbolismo - modernismo. A coluna no meio, e um claro emblema
Das chagas santas e da cruz sagrada:
E parnasianismo - simbolismo - modernismo.
Veem-se os três cravos e na parte extrema
33| UFSM O poeta árcade Cláudio Manuel da Costa valeu-se, em Com arte a cruel lança figurada,
alguns momentos, da natureza brasileira para compor sua po- A cor é branca, mas de um roxo exangue,
esia, fugindo, assim, pelo menos em parte, do convencionalis-
Salpicada recorda o pio sangue.
mo neoclássico. A partir dessa ideia, leia o poema a seguir.
XL
LVIII
1 Prodígio raro, estranha maravilha,
Altas serras, 3que ao Céu estais servindo
Com que tanto mistério se retrata!
De muralhas, que o tempo não profana, Onde em meio das trevas a fé brilha,
Se Gigantes não sois, que a forma humana Que tanto desconhece a gente ingrata:
Em duras penhas foram confundindo; Assim do lado seu nascendo filha
A humana espécie, Deus piedoso trata,
Já sobre o vosso cume se está rindo
E faz que quando a graça em si despreza,
O 4Monarca da luz, que esta alma engana; Lhe pregue co’esta flor a natureza.
Pois na face, que ostenta, soberana,
A partir desse fragmento, assinale verdadeira (V) ou falsa (F)
O rosto de meu bem me vai fingindo. em cada afirmativa a seguir.
Que alegre, que mimoso, que brilhante ( ) As duas estrofes podem ser classificadas como oitavas
compostas apenas de versos decassílabos.
Ele se me afigura! Ah qual efeito ( ) A estrofe XXXIX é basicamente descritiva, em que deta-
Em minha alma se sente neste instante! lhes da anatomia da flor são aproximados da tradicional
imagem de Jesus Cristo na cruz.
Mas ai! a que delírios me sujeito!
( ) A estrofe XL apresenta uma interpretação da persona-
Se quando no Sol vejo o seu semblante, gem, que considera a presença da flor uma manifes-
tação misteriosa da graça de Deus entre os índios, os
Em vós descubro 2ó penhas o seu peito? quais, por meio da visão da planta, convertem-se.

54 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


( ) Na análise conjunta das duas estrofes, percebe-se a pre- A eufórica, reconhecendo a necessidade de mudança.
sença de duas características marcantes da primeira lite- B contida, descortinando as impressões auspiciosas do ce-
ratura feita no Brasil: a descrição da natureza local e a pre- nário.
ocupação com a conversão do nativo à fé do colonizador.
C introspectiva, valendo-se da idealização da natureza.
A sequência correta é D racional, mostrando-se indiferente às mudanças.
A V – V – F – V. E reflexiva, explorando ambiguidades existenciais.
B F – V – F – V.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
C V – F – V – F.
D F – V – V – V. Liberdade, onde estás? Quem te demora?
E V – F – F – F. Quem faz que o teu influxo em nós não caia?
Porque (triste de mim!), porque não raia
35| ESPCEX (AMAN) Leia os versos abaixo:
Já na esfera de Lísia* a tua aurora?
“Se não tivermos lãs e peles finas, Da santa redenção é vinda a hora
podem mui bem cobrir as carnes nossas A esta parte do mundo, que desmaia.
as peles dos cordeiros mal curtidas,
Oh!, venha... Oh!, venha, e trêmulo descaia
e os panos feitos com as lãs mais grossas.
Despotismo feroz, que nos devora!
Mas ao menos será o teu vestido
por mãos de amor, por minhas mãos cosido.” Eia! Acode ao mortal que, frio e mudo,
Oculta o pátrio amor, torce a vontade,
A característica presente na poesia árcade, presente no frag-
E em fingir, por temor, empenha estudo.
mento acima, é
Movam nossos grilhões tua piedade;
A aurea mediocritas.
Nosso númen tu és, e glória, e tudo,
B cultismo.
C ideias iluministas. Mãe do gênio e prazer, ó Liberdade!
(Bocage)
D conflito espiritual.
Lísia = Portugal
E carpe diem. MOISÉS, Massaud. A Literatura Portuguesa Através dos Textos. São Paulo: Cultrix, 2006, p.239.

36| UNIFESP 37| UEPA A leitura do soneto bocageano permite afirmar que
Leia o soneto de Cláudio Manuel da Costa para responder há entre a subjetividade do poeta e as questões sociais de
à(s) questão(ões). Portugal uma ampla interação comunicativa. Marque a alter-
nativa que comprova este comentário.
Onde estou? Este sítio desconheço:
A O eu lírico pede ao país que tenha, como ele, paciência
Quem fez tão diferente aquele prado? para suportar o despotismo.
Tudo outra natureza tem tomado; B A pátria personificada que desmaia, é comparável ao eu
lírico frio e mudo.
E em contemplá-lo tímido esmoreço.
C O despotismo é a redenção muito esperada pelo eu líri-
Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço co e pela sociedade portuguesa.
De estar a ela um dia reclinado; D A saudade é representada no poema pelas imagens do
Ali em vale um monte está mudado: cárcere e do poeta preso por grilhões.

Quanto pode dos anos o progresso! E O eu lírico e a pátria celebram a chegada da liberdade
como um sol que surge no horizonte.
Árvores aqui vi tão florescentes,
38| UEPA O poema de Bocage organiza uma situação comuni-
Que faziam perpétua a primavera:
cativa interna em que se verificam os seguintes elementos
Nem troncos vejo agora decadentes. fundamentais da comunicação: emissor, receptor (contido no
próprio texto) e mensagem. No poema estes elementos são:
Eu me engano: a região esta não era;
A eu lírico, liberdade e crítica ao despotismo.
Mas que venho a estranhar, se estão presentes
B poema, liberdade e crítica ao despotismo.
Meus males, com que tudo degenera!
(Obras, 1996.) C eu lírico, povo português e crítica ao despotismo.
D eu lírico, liberdade e língua portuguesa.
No soneto, o eu lírico expressa-se de forma
E eu lírico, leitor e crítica ao despotismo.

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 55


39| UFSM Os hábitos alimentares variam não só conforme as doutrina; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvin-
diferentes culturas, mas também conforme as condições so- tes, sendo verdadeira a doutrina que lhes dão, a não querem
cioeconômicas das pessoas e suas crenças religiosas. É a isso receber. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores dizem
que se refere Padre Antônio Vieira no excerto do Sermão de uma cousa e fazem outra; ou porque a terra se não deixa
Santo Antônio ou dos Peixes: salgar, e os ouvintes querem antes imitar o que eles fazem,
Mas ainda que o Céu e o Inferno se não fez para vós, irmãos que fazer o que eles dizem. Ou é porque o sal não salga, e os
peixes, acabo, e dou fim a vossos louvores, com vos dar as pregadores se pregam a si e não a Cristo; ou porque a terra
graças do muito que ajudais a ir ao Céu, e não ao Inferno, se não deixa salgar, e os ouvintes, em vez de servir a Cristo,
os que se sustentam de vós. Vós sois os que sustentais as servem a seus apetites. Não é tudo isto verdade? Ainda mal.
1
Cartuxas e os 2Buçacos, e todas as santas famílias, que pro- Suposto, pois, que ou o sal não salgue ou a terra se não deixe
fessam mais rigorosa austeridade; vos os que a todos os ver- salgar; que se há-de fazer a este sal e que se há-de fazer a
dadeiros cristãos ajudais a levar a penitência das quaresmas; esta terra? O que se há-de fazer ao sal que não salga, Cristo o
vós aqueles com que o mesmo Cristo festejou a Páscoa as disse logo: [...] «Se o sal perder a substância e a virtude, e o
duas vezes que comeu com seus discípulos depois de res- pregador faltar à doutrina e ao exemplo, o que se lhe há-de
suscitado. Prezem-se as aves e os animais terrestres de fazer fazer, é lançá-lo fora como inútil para que seja pisado de to-
esplêndidos e custosos os banquetes dos ricos, e vós gloriai- dos.» [...] . Isto é o que se deve fazer ao sal que não salga. E
-vos de ser companheiros do jejum e da abstinência dos jus- à terra que se não deixa salgar, que se lhe há-de fazer?
tos! Tendes todos quantos sois tanto parentesco e simpatia
com a virtude, que, proibindo Deus no jejum a pior e mais Este ponto não resolveu Cristo, Senhor nosso, no Evangelho;
grosseira carne, concede o melhor e mais delicado peixe. E mas temos sobre ele a resolução do nosso grande português
posto que na semana só dois se chamam vossos, nenhum Santo António, que hoje celebramos [...].
dia vos e vedado. Um só lugar vos deram os astrólogos entre Pregava Santo António em Itália, na cidade de Arimino,
os signos celestes, mas os que só de vós se mantêm na terra, contra os hereges, que nela eram muitos; e como erros de
são os que têm mais seguros os lugares do Céu. entendimento são dificultosos de arrancar, não só não fazia
fruto o santo, mas chegou o povo a se levantar contra ele
Glossário
e faltou pouco para que lhe não tirassem a vida. Que faria
1
Cartuxas e 2Buçacos: os pertencentes a essas Ordens Reli- neste caso o ânimo generoso do grande António? Sacudiria o
giosas, as quais são conhecidas por sua austeridade. pó dos sapatos, como Cristo aconselha em outro lugar? Mas
António com os pés descalços não podia fazer esta protesta-
A partir desse fragmento, assinale a alternativa correta. ção; e uns pés a que se não pegou nada da terra não tinham
A Por meio de uma alegoria, Vieira dirige-se, no sermão, que sacudir. Que faria logo? Retirar-se-ia? Calar-se-ia? Dissi-
aos peixes, mostrando que estes merecem apenas elo- mularia? Daria tempo ao tempo?
gios, ao passo que os homens merecem apenas repre-
ensões. Isso ensinaria porventura a prudência ou a covardia huma-
na; mas o zelo da glória divina, que ardia naquele peito, não
B Como se vê pelo excerto, Vieira dirige-se aos peixes de se rendeu a semelhantes partidos. Pois que fez? Mudou so-
forma geral, sem fazer menções a espécies de peixes em mente o púlpito e o auditório, mas não desistiu da doutrina.
particular, o que também ocorre no restante do sermão. Deixa as praças, vai-se às praias; deixa a terra, vai-se ao mar,
C Vieira, no excerto, estabelece uma antítese entre céu e e começa a dizer a altas vozes: Já que me não querem ouvir
inferno que é reproduzida simbolicamente na contrapo- os homens, ouçam-me os peixes. Oh maravilhas do Altíssi-
sição entre peixe e carne. mo! Oh poderes do que criou o mar e a terra! Começam a
D O objetivo de Vieira no “Sermão dos Peixes”, conforme ferver as ondas, começam a concorrer os peixes, os grandes,
se vê pelo excerto, e reforçar nos fiéis católicos a impor- os maiores, os pequenos, e postos todos por sua ordem com
tância de jejuar nos dias santos como forma de aproxi- as cabeças de fora da água, António pregava e eles ouviam.
marem-se de Deus. (...)
E Contrariamente ao que se esperaria de um texto dessa VIEIRA, Padre Antônio. Disponível em: < http://www.dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 06 set. 2014.

época, o fragmento do “Sermão dos Peixes” não apre-


senta um estilo rebuscado, muito menos o emprego de A característica da estética barroca presente na passagem do
uma linguagem rica em conceitos. Sermão está identificada corretamente em:
A “Já que me não querem ouvir os homens, ouçam-me os
40| G1 - CFTMG A(s) questão(ões) refere(m)-se ao texto a seguir.
peixes.” (CONFLITO ENTRE RAZÃO E FÉ)
Sermão de Santo António B “Mudou somente o púlpito e o auditório, mas não desis-
Pregado na cidade de S. Luiz do Maranhão, anno de 1654 tiu da doutrina” (EMPREGO DE ANTÍTESE)
C “Este ponto não resolveu Cristo, Senhor nosso, no Evan-
Vos estis sal terrae. S. Mateus, V, l3
gelho; mas temos sobre ele a resolução do nosso grande
Vós, diz Cristo, Senhor nosso, falando com os pregadores, português Santo António, que hoje celebramos” (LIN-
sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porque quer GUAGEM CULTISTA)
que façam na terra, o que faz o sal. O efeito do sal é impedir a
corrupção; mas quando a terra se vê tão corrupta como está D “Mas António com os pés descalços não podia fazer esta
a nossa, havendo tantos nela que têm ofício de sal, qual será, protestação; e uns pés a que se não pegou nada da terra
ou qual pode ser a causa desta corrupção? Ou é porque o sal não tinham que sacudir. Que faria logo? Retirar-se-ia?
não salga, ou porque a terra se não deixa salgar. Ou é porque Calar-se-ia? Dissimularia? Daria tempo ao tempo?” (RA-
o sal não salga, e os pregadores não pregam a verdadeira CIOCÍNIO CONCEPTISTA)

56 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


GABARITO A alternativa B está incorreta, pois, apesar de o texto abor-
dar aspectos metalinguísticos, ele reflete sobre a leitura, re-
01| C lacionando-a à vivência do leitor, e não ao cotidiano e aos
Se não fosse utilizado o recurso da silepse, a frase da questão desejos do autor.
“c” ficaria assim: “foram alojados os do meu grupo. A alternativa D apresenta uma afirmação sobre o processo ar-
tístico que não condiz com os argumentos mostrados no texto.
02| B
09| A
A palavra apólice, no trecho em questão, foi utilizada não no
seu sentido literal. Foi utilizada para representar as quatro A alternativa B está incorreta, pois o paradoxo reúne ideias
contraditórias num mesmo pensamento. Já a C está incorre-
palavras de louvor destinadas ao personagem. ta, porque metonímia apresenta uma relação de contiguida-
03| D de entre os elementos da frase. No caso da alternativa D, ela
está incorreta, pois pleonasmo é o reforço estilístico de uma
O texto foi escrito numa linguagem denotativa, ou seja, o expressão, repetindo uma ideia anteriormente sugerida,
autor não se utilizou de linguagem figurada para transmitir
Assim, a alternativa A é a correta, uma vez que, nos versos
sua mensagem, e, por ser um texto em que a informação é
apresentados, o autor faz uma comparação de termos, tra-
o foco principal, dizemos que o autor fez uso da função refe-
balhando com traços semânticos comuns às ideias do verso.
rencial da linguagem.
10| C
04| D
No terceiro e quarto versos (após os dois-pontos), há uma
A metáfora é feita em: “ar constelado de problemas”. mudança de direção no poema: inicia-se um questionamen-
A expressão grifada representa uma metáfora porque carac- to sem conexão, sintaticamente, com os dois primeiros.
teriza o espaço do desaparecimento do marciano a partir de 11| D
uma associação subjetiva, figuração construída por meio de
ligações de sentido a serem compreendidas ou interpretadas Destaca-se no texto o uso do discurso indireto livre, recurso
pelo leitor, ou seja, em “o ar constelado de problemas”. de técnica narrativa em que a fala do personagem não é des-
tacada pelas aspas, nem introduzida por verbo dicendi ou
A palavra constelado não está sendo usada no seu sentido travessão, tipo de monólogo interior das personagens, mas
literal, mas representa a ideia de “ar cheio de problemas”. expresso pelo narrador.
Literalmente, o ar não poderia estar cheio de problemas;
este sentido figurado provoca estranhamento. Se analisar- 12| C
mos a frase dando ênfase ao exagero referente à quantidade Trata-se de um símile, figura de linguagem por meio da qual
de problemas, poderíamos observar uma hipérbole, no en- um elemento é equiparado a outro, de forma explícita, atra-
tanto, para este tipo de questão, será considerada correta a vés de uma partícula comparativa para interligar os elemen-
figura de linguagem predominante, no caso, a metáfora. A tos em confronto, em forma de analogia (“minha alma é
intenção do autor não é enfatizar o exagero, mas sim o sen- como a pedra funerária”).
tido metafórico.
13| E
05| A
Ao afirmar que havia realizado uma consulta paranormal
A ironia aparece quando se afirma o oposto do que se dá a com o “pai” da psicanálise, a autora usa a ironia, figura de
entender. linguagem que reproduz o oposto do que realmente se pen-
sa. A paranormalidade contraria o cientificismo da teoria de
06| C Freud, o que foi confirmado pelo resultado do teste obtido
Pânico aparece com letra maiúscula, pois, no texto, o autor na segunda tentativa em que respostas diferentes obtiveram
imagina o próprio Pânico escrevendo cartas e redações de a mesma conclusão.
jornais (é quando ocorre a personificação). 14| D
07| B As alternativas A e C também são recursos expressivos,
mas o enunciado usa o advérbio principalmente, portanto,
Estão corretas apenas as afirmações I e III. Na primeira, ob-
a resposta D torna-se mais adequada. A propaganda utiliza
servamos a referência a cerimônias religiosas na passagem:
a função conativa da linguagem que tem entre suas carac-
“e de mim não se faz o pão dado nos altares”. Na terceira,
terísticas o uso de recursos para aproximar o remetente do
pode-se definir metalinguagem como: “linguagem (natural destinatário da mensagem. O pronome você, embora conju-
ou formalizada) que serve para descrever ou falar sobre uma gado em terceira pessoa, é um pronome de segunda pessoa
outra linguagem, natural ou artificial” (Dicionário Houaiss da (como o tu) – com quem o emissor fala.
Língua Portuguesa). No texto III, a linguagem “poesia” fala
“Força de vontade” não é uma metáfora. Por isso o erro da
sobre outra linguagem: a “oração religiosa”.
afirmação B.
08| C
O texto publicitário não amendronta o leitor. A argumenta-
A alternativa A está incorreta, pois o vocábulo “luz” mantém ção fundamenta-se nas qualidades do produto. Isso justifica
o mesmo sentido em todo o texto. o equívoco da afirmação E.

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 57


15| D A alternativa C está incorreta, pois personificação ou prosopo-
peia é uma figura de linguagem que consiste em atribuir a se-
O trecho da alternativa “d” tem os elementos que caracteri- res inanimados (sem vida) características de seres animados;
zam a referida figura de linguagem (o oximoro), que se eviden- ou em atribuir características humanas a seres irracionais. Em
cia por meio dos vocábulos: “matança/vida; viver/morre”. ambos os textos, a palavra pedra não se apresenta com traços
de ser animado, nem com características humanas.
16| D
A afirmação E está errada, pois, no segundo texto, pedra é
A alternativa A está incorreta, porque a construção do eixo um objeto duro, sólido que serve para as lavadeiras de Mos-
temático do poema de Bilac não se deu em linguagem de- soró trabalharem e a sina de continuarem a repetir o ofício
notativa, literal, usual, previsível. O eu lírico personifica as das ascendentes (antepassadas).
estrelas, o Sol, utiliza figuras de linguagem, como a prosopo-
peia que consiste em atribuir a seres inanimados caracterís- 18| E
ticas de seres animados ou atribuir características humanas
a seres irracionais. O texto do autor parnasiano possui um 19| B
alto índice de plurissignificação da modalidade de lingua-
gem, diversa da modalidade própria do uso cotidiano. 20| B

A alternativa B está incorreta, pois o sujeito poético, do po- 21| C


ema parnasiano, com traços românticos, afirma que o amor
O poeta Gregório de Matos escreveu muitos poemas denun-
capacita as pessoas a ouvir e compreender as estrelas, por-
ciando a corrupção e a injustiça da sociedade baiana e colo-
tanto, estas são acessíveis. Já as estrelas a que se refere o
nial da época. A população era composta de muitos negros
eu lírico do texto de Bastos Tigre são as atrizes do cinema. A
escravos e brancos pobres que em sua maioria conviviam
acessibilidade é limitada. A compreensão sobre elas depen-
com pouquíssimas famílias influentes e ricas vindas de Por-
de do conhecimento da língua inglesa, pois, o texto se refere,
tugal que dominavam a colônia que crescia à custa de muita
provavelmente, às artistas do cinema norte-americano.
exploração humana. Depois de infernizar essa elite escrava-
As alternativas C e E estão incorretas, na medida em que as gista com seus versos, quando mais velho Gregório se volta
expressões “dir-vos-ei sem pejo” e “entendê-las” só são utili- ao catolicismo. Este poema é desta fase, neste, especifica-
zadas pelo escritor, para realizar a ironia, a crítica às ideias do mente, faz um paralelo entre a sociedade baiana que não
poema parnasiano. Tigre realiza a intertextualidade, a partir melhorava por conta de seus governantes ao faraó do Egito
do poema de Bilac. A linguagem usada no texto humorístico do velho testamento.
é mais coloquial que a de Bilac: “Vejo que estás beirando a
maluquice extrema.../ Uma boca de estrela dando beijo / é, 22| D
meu amigo, assunto p’ra um poema”. A visão apresentada O Barroco caracteriza-se por uma estética movida principal-
para alcançar as estrelas, no texto de Bilac, é romântica; no mente por inspiração religiosa, mas expressando concomi-
de Tigre, é moderna. tantemente a sensorialidade, como a estátua do profeta Eze-
quiel esculpido por Aleijadinho. O manto, decorado por uma
A afirmação D está correta, porque, no texto de Tigre, per-
barra com desenho, apresenta dobras sobrepostas e riqueza
cebe-se o uso da linguagem metalinguística no trecho “Uma
de detalhes, ao mesmo tempo que o rosto, altamente ex-
boca de estrela dando beijo/é, meu amigo, assunto p’ra um
pressivo, apresenta bigodes, barba curta com cabelos curtos
poema.” A função metalinguística ocorre quando se fala so-
cobertos com um barrete ao invés de um turbante. Assim,
bre o código utilizado, usa-se a linguagem para falar dela
é correta a opção [D] que afirma que a obra de Aleijadinho
própria. Boca de estrela dando beijo é matéria, assunto para
revela personalidade ao modelar uma imagem sacra com fei-
ser usado em um poema, aqui está a função citada.
ções populares.
17| A
23| B
A significação dos vocábulos não é fixa. Quando eles são A oposição é observada nas diferenças existentes entre a
empregados em seu sentido usual, literal, comum - há de- vida simples no campo, tanto valorizada pelos poetas do Ar-
notação. Quando são empregados no sentido figurado, de- cadismo, e a vida sofisticada da Metrópole, que representa
pendente de um contexto particular - ocorre a conotação. A
ao poeta a ilusão.
palavra pedra, em ambos os textos, tem sentido conotativo.
No primeiro, o vocábulo pedra significa obstáculo, empeci- 24| A
lho. A repetição da estrutura e da palavra sugere os vários
obstáculos, problemas enfrentados pelas pessoas ao longo O poeta dirige-se aos “montes”, fala com eles demonstrando
da vida. matar a saudade do local, ou seja, os montes representam
o contato do autor com a natureza, a volta a um ambiente
No segundo, pedra aparece com o significado ampliado, na simples e feliz.
medida em que o mineral duro e sólido, a rocha pode ex-
pressar o destino, passado de mãe para filha: o de laborar 25| A
como lavadeira. Logo, a alternativa A está correta e as afir-
mações B e D estão incorretas. 26| E

58 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


27| E 38| A
É correta a alternativa [A], pois, no soneto “Liberdade, onde
28| A
estás? Quem te demora?”, o emissor é o eu lírico, o receptor,
29| E a liberdade, e o objetivo da mensagem é criticar o sistema
político opressor do país, o despotismo.
30| C
39| C
31| A Padre Antônio Vieira elabora o Sermão de Santo Antônio aos
Peixes como uma alegoria, comparando os homens aos pei-
32| A xes. Pretende, com tal postura, criticar as vaidades dos ho-
33| E mens de mais posse, os quais aproveitam-se da humildade
dos mais pobres (“Mas ainda que o Céu e o Inferno se não fez
Todas as alternativas são corretas, exceto [E]. Ao associar a para vós, irmãos peixes, acabo, e dou fim a vossos louvores,
imagem do sol ao rosto da sua amada (“O Monarca da luz, com vos dar as graças do muito que ajudais a ir ao Céu, e não
que esta alma engana; /Pois na face, que ostenta, soberana, ao Inferno, os que se sustentam de vós”). Vale ressaltar que
/O rosto de meu bem me vai fingindo”), o eu lírico percebe Padre Antônio Vieira também estabelece a oposição entre
que é vítima de ilusão, pois são as “penhas” que metafori- os homens apenas a partir da oposição aves e animais ter-
camente representam a verdadeira essência da amada, que restres × peixes (“Prezem-se as aves e os animais terrestres
resiste aos rogos do poeta. A figura feminina é retratada ex- de fazer esplêndidos e custosos os banquetes dos ricos, e vós
terior e interiormente, através de elementos da paisagem, gloriai-vos de ser companheiros do jejum e da abstinência
no que ela parece ser e no que ela é verdadeiramente. dos justos!”), como também a partir de peixes maiores ×
peixes menores, em outras passagens do Sermão.
34| A Por ser um texto barroco, espera-se a ocorrência de antíte-
É correta a alternativa [A], pois apenas a penúltima afirma- ses, estilo rebuscado (inclusive pelo uso do hipérbato: “Um
ção é improcedente. No poema, não existe nenhuma men- só lugar vos deram os astrólogos entre os signos celestes,
ção à conversão dos índios perante a flor de maracujá, co- mas os que só de vós se mantêm na terra, são os que têm
nhecida também como “Flor da paixão”. Assim, a sequência mais seguros os lugares do Céu”) e a preocupação em desen-
volver um conceito – já mencionado anteriormente – como
correta é: V – V – F – V.
condiz a um texto conceptista.
35| A
40| D
Do latim, “mediocridade dourada”, aurea mediocritas são
as palavras usadas pelo poeta latino Horácio para exaltar A retórica conceptista é uma característica da prosa barroca
as vantagens de uma condição de vida simples, média, sem que prima pela persuasão e pelo intuito de fazer refletir e en-
luxo, mas também distante da pobreza. Esse conceito é apre- sinar. Neste exemplo, tem-se várias perguntas retóricas a fim
sentado pelo poeta nos versos, pois o eu lírico propõe a sua de elucidar ainda mais o dilema do generoso Santo António
amada vestimentas rústicas, “com as lãs mais grossas”, em perante seus fiéis.
contraposição às “lãs e peles finas”.
MATEMÁTICA
36| E
GRANDEZAS PROPORCIONAIS
Claudio Manuel da Costa é considerado pela crítica literária
como um poeta de transição, pois sua obra apresenta carac- 17/09/2015 – QUINTA-FEIRA
terísticas árcades (cenário campestre, pastoralismo), mas
também desenvolve temáticas existenciais em que as antí- 01| Um artista pretende pintar uma tela que tenha o formato de
teses e os paradoxos, típicos do Barroco, refletem os seus um retângulo áureo, por considerá-lo mais agradável esteti-
conflitos pessoais. Assim, é correta a alternativa [E]. camente dentre todos os retângulos. Ele sabe que um retân-
gulo é áureo quando a razão entre os comprimentos de seus
37| B lados é 1, 618, aproximadamente. Assim sendo, se a medida
A subjetividade do eu lírico, expressa sobretudo nos prono- do maior lado da tela for de 40 cm, então, a medida do me-
mes “nós”, “mim” e “nos”, sugere reciprocidade de seus sen- nor lado será, em centímetros, aproximadamente,
timentos e anseios com os da pátria, que sofre a opressão A 22,94
do sistema político instaurado em Portugal após a morte do
B 24,72
rei D. José. Dirigindo-se diretamente à Liberdade, o eu lírico
indaga as razões de ela não estar presente em “esta parte C 28,54
do mundo”, que não reage à tirania e que, como ele “frio e D 36,26
mudo”, assiste impassível aos desmandos dos déspotas que
E 64,72
governam o país. Assim, é correta a alternativa B.

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 59


02| A tabela apresenta as dez exposições mais populares do ano 05| CFTMG 2014 Seu Wagner, personagem do livro A mocinha
de 2013, segundo a publicação inglesa The Art Newspaper. do Mercado Central, contratou uma equipe de artesãos para
Número de visitantes fazer um lote de bijuterias num prazo de 10 horas. Entretan-
Exposição Cidade
Diariamente Total
10.946 1.007.062 The Western Zhou Dynasty Taipei
to, 4 integrantes dessa equipe não puderam comparecer e o
10.711 921.130 The Lingnan School of Painting Taipei serviço demorou 5 horas a mais. Nessa situação, o número
*Impressionismo: Paris e a
8.099 561.152
Modernidade
Rio de Janeiro inicial de artesãos contratados era igual a
7.364 790.090 Dalí Paris
6.615 732.339 Dalí Madri A 8.
6.409 264.584 *Cai Guo-Qiang — Da Vincis do povo Rio de Janeiro
6.172 505.246 Raphael Tóquio B 12.
5.967 572.799 *World of Fabergé Xangai
5.896 278.801 Kyoto from Inside and Outside Tóquio C 16.
5.761 306.999 *Movie-se: No Tempo da Animação Rio de Janeiro
* indica que a entrada na exibição foi franca. D 20.
(Fonte dos dados da tabela: http://tinyurl.com/p48zf8c Acesso em: 01.07.2014.)
06| Uma pessoa viajará para o exterior e levará dois mil dólares
Com base apenas nos dados apresentados nessa tabela, po- para suas despesas. No dia em que comprou essa quantia
de-se afirmar corretamente que no banco, a cotação do dólar era de R$ 2,10. Além de pa-
A a maioria das cidades citadas está situada no continente gar pela compra de dólares, também pagou o Imposto sobre
americano. Operações Financeiras (IOF), que corresponde a 0,38% do
B as cinco exposições na Ásia, dentre as dez mais popula- valor pago pela compra. Assim sendo, para efetuar o total da
res, tiveram entrada franca. compra, essa pessoa gastou
C a exposição mais visitada teve mais que o quádruplo de A R$ 3.043,48.
visitantes que a exposição brasileira menos visitada.
B R$ 3.546,54.
D o Brasil aparece em quatro das dez exposições mais po-
C R$ 4.035,42.
pulares do ano passado, de acordo com o número diário
de visitantes. D R$ 4.215,96.
E a exposição “Impressionismo: Paris e a Modernidade”, E R$ 4.796,00.
no Rio de Janeiro, ficou montada por menos tempo que
a exposição “Dalí”, em Paris. 07| CFTMG 2013 A Volta Internacional da Pampulha é uma cor-
rida tradicional de Belo Horizonte que ocorre nos finais de
03| Em um exame de seleção concorreram 4800 candidatos para ano em torno dos seus 17,8 km de extensão. Em sua 13ª
240 vagas. A razão entre o número de vagas e o número de edição, em dezembro de 2011, a vitória foi dada ao quenia-
candidatos foi de: no Kosgei que conquistou seu bicampeonato, completando
A 12000 . a corrida com o tempo de aproximadamente 53 minutos. A
velocidade média desse atleta, em km/h, foi de aproxima-
B 1200 . damente

C 120 . A 17.
B 18.
D 12 .
C 19.
E 1.
D 20.
04| IFSP 2014 A fotografia é uma forma de representação artís-
tica. Um fotógrafo deseja ampliar uma fotografia sem a dis- 08| CFTMG 2013 Suponha que a população de baixa renda no
torcer, isto é, pretende produzir uma imagem semelhante à Brasil gastou 15,6% de seus rendimentos mensais com ener-
original. Se a fotografia original possui forma retangular de gia elétrica até o final de agosto de 2012, e, no mês seguinte,
dimensões 12 cm # 16 cm e o fotógrafo pretende utilizar o governo concedeu uma redução de 20% no preço dessa
uma constante de proporcionalidade k = 2,5, então as di- energia. Se não houve variações na renda familiar dessa clas-
mensões da fotografia ampliada serão se nesse período, então a nova porcentagem de gastos com
A 25 cm # 42 cm a energia será de
B 25 cm # 40 cm A 13,25%.
C 30 cm # 40 cm B 12,48%.
D 30 cm # 42 cm C 4,40%.
E 32 cm # 44 cm D 3,12%.

60 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


9| IFSP 2013 Numa pesquisa dos candidatos a prefeito de uma 12| Assinale a alternativa que preenche, corretamente, o texto.
cidade, têm-se os candidatos Pedro Divino, Maria Bemvista Sem considerar as capitais, as 106 cidades brasileiras com
e José Inocêncio. Com relação ao gráfico das intenções de mais de 200.000 habitantes que ofereciam aos moradores
votos, a seguir, se a cidade possui 50.000 eleitores, o número vários benefícios da urbanização correspondiam, aproxima-
de votos do candidato mais cotado será damente, a ____% do total de cidades brasileiras.
A 0,36.
B 0,75.
C 2,00.
D 5,00.
E 8,00.

13| Desconsiderando a diferença de tempo entre a publicação


das informações do IBGE e da revista Veja, a população des-
sas 106 cidades era, aproximadamente,
A 7.000. A 384 000.
B 11.500. B 3 847 000.
C 15.000. C 5 340 000.
D 17.500. D 38 475 000.
E 20.000. E 53 405 000.
10| IFPE 2012 Nos mapas usados nas aulas de Geografia encon- 14| IFCE 2011 Somando-se 3 ao numerador de uma fração, ela
tramos um tipo de razão chamada de escala. Uma escala é se torna equivalente a 1; somando-se 3 ao denominador, ela
a relação matemática entre o comprimento ou a distância 2
medida sobre um mapa e a sua medida real na superfície se torna equivalente a 3 , então a fração é
terrestre. Em um mapa encontramos a escala 1: 200.000. Se 15
A 12
nesse mapa a distância entre duas cidades é igual a 65 cm,
então a distância real, em km, entre as cidades é igual a: 12
B 15
A 100
- 13
B 105 C 15
C 110 15
D 13
D 120
E 130 14
E 13
11| UTFPR 2012 As vendas de imóveis em uma cidade foram, 15| IFSP 2011 Na prova de um concurso, determinado candidato
em 2008, 60% superior às vendas de 2007. Da mesma forma, acertou 8 das 10 primeiras questões e três quartos das ques-
podemos então afirmar que as vendas de imóveis desta mes- tões restantes, ou seja, 30 questões. O percentual de acerto
ma cidade foram, em 2007, x% inferior às vendas de 2008. desse candidato na prova foi de
Determine x.
A 68,5%.
A 37%.
B 72,0%.
B 40%.
C 76,0%.
C 55,5%.
D 77,5%.
D 62,5%.
E 95,0%.
E 60%.
16| IFSP 2011 Pesquisas sobre reciclagem mostram que cerca
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: de 40% de material plástico utilizado pode ser reaproveita-
– Na edição de 02-11-2011, a revista Veja traçou um perfil, do para a produção de resinas plásticas. Estima-se que, no
sem considerar as capitais, de 106 cidades brasileiras que Brasil, pelo menos 2,2 milhões de toneladas de plástico, des-
apresentavam mais de 200 000 habitantes. Juntas, essas cartados após o uso, se acumulam anualmente. Então, pelo
cidades abrigavam 20% da população do país, produziam menos x mil toneladas de plástico por ano podem ser rea-
28% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e ofereciam proveitadas. O valor de x é
a seus habitantes vários benefícios da urbanização. A 160.
– De acordo com o IBGE, em 01-07-2011, a estimativa da B 220.
população residente nos 5.565 municípios brasileiros to-
C 320.
talizava 192.376.496 habitantes.
D 440.
– No Brasil, todas as sedes de municípios são cidades, in-
dependente do tamanho ou da importância. E 880.

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 61


17| IFCE 2011 No último dia 31 de outubro, 106.605.942 elei- GABARITO
tores votaram na eleição presidencial. Desses, 55.752.529
votaram na candidata Dilma Rousseff, 43.711.388 votaram 01| B
no candidato José Serra, 2.452.597 votaram em branco e
4.689.428 anularam seu voto (dados do TSE). Os votos váli- A medida do menor lado será, em centímetros, aproximada-
dos são aqueles que não são brancos nem nulos. Os percen- 40
mente, ≅ 24,72.
tuais de votos válidos de Dilma Rousseff e José Serra foram, 1,618
respectivamente, 02| E
A 56,05% e 43,95%. A exposição “Impressionismo: Paris e a Modernidade”, no
B 52,29% e 47,71%. Rio de Janeiro, ficou montada por 561152 ≅ 69 dias, en-
C 58,98% e 41,02%. 8099
quanto que a exposição “Dalí”, em Paris, ficou montada por
D 58,98% e 47,71%.
790090
≅ 107 dias.
E 52,29% e 43,95%. 7364
x 03| C
18| IFCE 2011 Se, na fração y , diminuirmos o numerador x de
x
40% e o denominador y de 60%, a fração y ficará 240/4800 = 24/ 480 = 1/20.
A diminuída de 20%.
04| C
B aumentada de 20%.
12 ⋅ 2,5 =
30cm
C diminuída de 50%.
16 ⋅ 2,5 =
40cm
D aumentada de 50%.
E aumentada de 30%. 05| B

19| Um carro gasta 14 litros de gasolina para fazer um percurso Sabendo que o número n de artesãos contratados para fazer
de 154 quilômetros. Nessas condições, para percorrer 429 um lote de bijuterias é inversamente proporcional ao tempo
quilômetros, o carro gastará, em litros, uma quantidade de t para a realização do trabalho, vem
gasolina igual a
1
A 33. n= k ⋅ ,
t
B 34.
com k sendo o fator de proporcionalidade.
C 36.
D 39. Desse modo,
E 42. 1
n =k ⋅ ⇔ k = 10 ⋅ n.
10
20| No mundo, toneladas de alimentos vão para o lixo enquanto
milhões de pessoas passam fome. Em entrevista à Revista do Portanto, se 4 integrantes não puderam comparecer, e o ser-
Idec, de março de 2009, Antônio Gomes Soares, Coordenador viço demorou 5 horas além do previsto, segue-se que
do Departamento da Embrapa Agroindústria, esclareceu que
em relação às frutas e hortaliças ocorrem perdas sucessivas 1 2n
n − 4 = 10 ⋅ n ⋅ ⇔ n− = 4
em cada etapa do processo que vai da produção até chegar 15 3
à mesa do consumidor final. Essas perdas podem ser dividi- ⇔n= 12.

das em: 10% no campo, 50% no manuseio/transporte, 30%
nas centrais de abastecimento/comercialização e 10% em 06| D
supermercados/casa dos consumidores. Ainda segundo a re-  0,38 
vista, as causas para tudo isso vão desde a manipulação ina- (2000 ⋅ 2,10) ⋅  1 + = 4200 ⋅ 1,0038
= R$ 4.215,96.
 100 
dequada, passando pelo transporte ineficiente, até o excesso
de manuseio dos consumidores quando o produto já está na 07| D
gôndola do supermercado. Admitindo os dados citados no
texto, se 10 toneladas de frutas e hortaliças são produzidas A velocidade média de Kosgei, em km/h foi de aproximada-
no campo, então pode-se supor que a quantidade que chega mente
ao prato dos consumidores finais é, em quilogramas,
17,8 60
= 17,8 ⋅ ≅ 20km h.
A 3 654 53 53
B 2 835. 60

C 2 431. 08| B
D 2 159. A nova porcentagem de gastos com a energia será de
E 1 852. 0,8 ⋅ 15,6% =
12,48%.

62 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


09| D 17| A

35 O percentual de votos válidos de Dilma Rousseff foi de:


⋅ 50000 =
17500
100
55752529
⋅ 100% ≅ 56,05%.
55752529 + 43711388
10| E
65cm . 200 000 = 13 000 000 cm = 130km Portanto, o percentual de José Serra foi
Logo, a distância real será de 130km. 100% − 56,05% =43,95%.

11| 18| D
0,6 ⋅ x x x
Questão anulada no gabarito oficial. Temos que = 1,5 ⋅ = (100 + 50)% ⋅ .
0,4 ⋅ y y y
V: valor das vendas em 2007
x
1,6V: valor das vendas em 2008 Portanto, a fração ficará aumentada de 50%.
y
X%
=
1,6V − V
= 0,375
= 37,5%
19| D
1,6V
14L 154 km
Logo x = 37,5 (sem resposta).
xL 429 km
12| C
154x
= 429 ⋅ 14
As 106 cidades brasileiras com mais de 200.000 habitantes x = 39
que ofereciam aos moradores vários benefícios da urbaniza-
106 20| B
ção correspondiam, aproximadamente, a ⋅ 100% ≅ 2%
5565
do total de cidades brasileiras. 10.(1 - 0,1).(1 - 0,5).(1 - 0,3).(1 - 0,1) = 10. 0,9. 0,5. 0,7.
0,9 = 2,835 t = 2835 kg.
13| D
A população das 106 cidades era, aproximadamente,
HISTÓRIA
0,2 ⋅ 192376496 ≅ 38 475 299.
PERÍODO COLONIAL
14| B 20/09/2015 - DOMINGO
Sejam n e d, respectivamente, o numerador e o denomina- 01| A imagem abaixo apresenta um ritual antropofágico de um
n
dor da fração d povo indígena do território onde hoje é o Brasil.

n+3 n 2
Sabemos que =1 e = .
d d+3 3
n 2
Logo, = ⇔ n = 12.
n+6 3
n 12
Portanto, d = n + 3 = 12 + 3 = 15 e = .
d 15
15| C
Se x é o número de questões restantes, então:
3
x = 30 ⇒ x = 40.
4
Portanto, o percentual de acerto foi de:
8 + 30 38
= ⋅ 100% =
76%.
10 + 40 50

16| E

Como 2,2 milhões de toneladas = 2,2 ⋅ 1000 =2200 mil tone-


ladas, segue que o resultado pedido é:

40% ⋅ 2200 =
40
⋅ 2200 =880 mil toneladas.
Sobre os povos indígenas do Brasil, assinale a alternativa
100 CORRETA.

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 63


A Os povos indígenas não foram escravizados pelos portu- E A descoberta e exploração de ouro e diamante entre os
gueses, pois praticavam o escambo. séculos XV e XVII fez com que a região da Capitania de
B A imagem acima é falsa, pois os indígenas brasileiros não Minas Gerais se tornasse muito rica elevando a qualida-
praticavam a antropofagia. de de vida da população, de modo que era raro encon-
C Todos os povos indígenas brasileiros eram amistosos, o trar um pobre naquelas vilas e cidades.
que facilitou a colonização portuguesa.
04| Muitos historiadores e sociólogos, entre eles Giberto Freyre,
D Os povos indígenas brasileiros apresentavam muitas di- adotam a expressão “escravidão patriarcalista” como repre-
ferenças entre si, possuíam línguas diferentes, alguns
sentativa do Brasil colonial. Porém, há outros que acreditam
praticavam a antropofagia, outros eram nômades, en-
quanto outros, sedentários. que a expressão não pode ser aceita, pois alegam que nem
toda a colonização do Brasil foi patriarcal.
E Os portugueses só tiveram contato com os povos indíge-
nas após a chegada do primeiro Governador Geral. Sobre a colonização do Brasil acima referida é CORRETO afir-
mar que:
02| Considerando a realidade da América Portuguesa nas três
primeiras décadas do século XVI, é correto afirmar: A Os historiadores que não aceitam a expressão “escravi-
dão patriarcalista” alegam que em vários estados bra-
A A expedição exploradora de Gaspar de Lemos, em 1501,
implantou o sistema de Capitanias Hereditárias para ga- sileiros a escravidão não ocorreu ou foi insignificante
rantir o desenvolvimento da cana de açúcar. como em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
B A Coroa Portuguesa proibiu o estanco do pau-brasil, já que B A expressão “escravidão patriarcalista” se deve, princi-
a madeira era contrabandeada por franceses e ingleses. palmente, aos engenhos de açúcar, onde os senhores de
C As expedições de Cristovão Jackes, em 1516 e 1526 não engenho eram os chefes da família e de todo o engenho,
tinham caráter militar, nem combateram estrangeiros. e a principal mão de obra era o trabalho escravo.
Tinham a função específica de reconhecer o território e C Percebemos até os dias atuais a continuidade da escravi-
implantar as feitorias.
dão patriarcalista, com o preconceito contra descenden-
D A atividade desenvolvida com autorização da Coroa tes de africanos e o poder instituído pelo pai na família,
Portuguesa foi a extração de pau-brasil, uma atividade sem existir leis contra esse preconceito ou leis para pro-
nômade e predatória, que não tinha a finalidade de pro-
teção da mulher.
mover o povoamento.
E A mão de obra indígena foi pouco explorada e bastante D Gilberto Freyre instituiu essa expressão se referindo aos
valorizada pelos portugueses, que presenteavam os na- engenhos de cana-de-açúcar de Pernambuco. Porém,
tivos com objetos de grande valor no mercado europeu. esse foi um caso isolado, pois nas fazendas de café de
São Paulo ou em Minas Gerais não ocorreu escravidão e
03| Entre os séculos XV e XVIII, 50 % de todo ouro produzido no o papel do pai na família era apenas de provedor finan-
mundo foi extraído do Brasil e 70 % desse total saiu da capi- ceiro.
tania de Minas Gerais. Mas só uma parte pequena do ouro
ficou aqui. Grande parte do ouro do Brasil, no século XVIII, E Podemos aceitar esta expressão “escravidão patriarcalista”
contribuiu para o enriquecimento da Inglaterra. para representar o Brasil, pois os engenhos de cana-de-açú-
Fonte: BOULOS JÚNIOR, Alfredo, História sociedade & cidadania. 8º ano. 1ª edição São Paulo: FTD, car com mão de obra escravocrata foram a base econômica
2006. p.91.
e cultural de todos os estados brasileiros.
Sobre o ciclo da exploração do ouro no Brasil colonial, assina-
05| Alguns autores denominam o século XVIII de “O século do
le a alternativa CORRETA.
ouro” em função da importância da atividade na América
A Um decreto do rei de Portugal proibia o uso de escravos Portuguesa. Sobre a atividade econômica do ouro no Brasil,
africanos como trabalhadores nas minas de extração de assinale a alternativa CORRETA.
ouro aumentando, assim, significativamente a quantida-
de de assalariados livres na região. A O excesso de protestos e conflitos fez com que a Coroa
Portuguesa diminuísse os impostos sobre a atividade de
B A corrida do ouro para Minas Gerais, a partir de 1693,
não despertou interesse da população do Brasil, nem de extração do ouro na Colônia.
Portugal, causando falta de mão de obra para explorar B A “Revolução Federalista” tinha por objetivo nacionali-
as minas de ouro e diamante. zar a extração do ouro.
C Com as riquezas levadas do Brasil, Portugal tornou-se o C Na extração do ouro participavam apenas homens livres.
país mais rico e poderoso da Europa, realizando sua revo-
lução industrial, superando a Inglaterra do século XVIII. D O ouro proporcionou sobretudo a urbanização da região
das minas.
D Para dificultar o contrabando do ouro, o governo portu-
guês criou as casas de fundição, em 1719, onde o ouro E O ouro foi encontrado no Brasil logo no início da colo-
era fundido e dele retirado a quinta parte como imposto nização no século XVI, o que pode ser comprovado pela
pago ao rei. carta de Pero Vaz de Caminha.

64 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


06| Ao chegar ao Brasil, D. João VI causou mudanças. Educados D A adoção do trabalho remunerado dos indígenas nos
na Europa, sob a influência do Iluminismo francês, os nobres engenhos de São Vicente contrasta com as práticas de
precisavam dos livros, das pinturas e dos estudos científicos trabalho escravo na Bahia e Pernambuco.
como símbolos de poder, de progresso e para se diferenciar
dos nativos incultos que trabalhavam. 09| Relacione as escravidões indígena e de origem africana pre-
sentes no Brasil durante os períodos Colonial e Imperial,
Assinale a alternativa que traz quatro medidas efetivadas apresentadas na COLUNA A, às características que as identi-
pelo governo que se instalou no Rio de Janeiro em 1808. ficam, elencadas na COLUNA B.
A Inauguração do Real Horto (Jardim Botânico)/ Criação
COLUNA A COLUNA B
do Banco do Brasil/ Construção do Jardim Zoológico de
São Paulo/ Criação da Imprensa Régia. ( ) Representava um negócio pou-
B Criação da Caixa Econômica Federal/ Inauguração de co lucrativo e restrito à região
Universidades em várias cidades/ Fundação da Real Bi- colonial.
blioteca/ Criação de um centro de pesquisas da cultura ( ) Era um negócio extremamente
nativa. lucrativo, envolvendo três con-
1. Escravidão indí- tinentes e vários produtos.
C Instalação da Missão Científica Austro-francesa/ Inaugu-
gena ( ) Era combatida pela Igreja Ca-
ração dos Jornais O Globo e Estado de São Paulo/ Inau-
guração da Casa de Cultura Francesa / Inauguração de 2. Escravidão de tólica, que fazia questão de se
uma estação de trens. origem africana responsabilizar por esses es-
cravos e catequizá-los.
D Fundação da Real Biblioteca/ Construção do Forte de
Santa Maria no Rio de Janeiro/ Implantação da Casa da ( ) Era defendida pela Igreja Cató-
Moeda/ Inauguração de um orquidário. lica, como uma forma de pur-
gar os pecados desses escra-
E Inauguração do Real Horto (Jardim Botânico)/ Criação da
vos.
Imprensa Régia/ Fundação da Real Biblioteca / Instala-
ção da Missão Científica Austríaca e da Missão Artística Assinale a alternativa que completa correta e respectiva-
Francesa. mente os parênteses, de cima para baixo.
07| A efervescência que conheceram nas Minas [Gerais, do sé- A 1 – 2 – 1 – 2
culo XVIII] as artes e as letras também teve feição peculiar. B 2 – 2 – 1 – 2
Pela primeira vez na Colônia buscava-se solução própria para
a expressão artística. C 2 – 1 – 2 – 1
(Laura Vergueiro. Opulência e miséria das Minas Gerais, 1983.) D 2 – 1 – 1 – 2
São exemplos do que o texto afirma: E 1 – 2 – 1 – 1
A a pintura e a escultura renascentistas. 10| O tráfico de escravos africanos para o Brasil
B a poesia e a pintura românticas. A teve início no final do século XVII, quando as primeiras
C a arquitetura barroca e a poesia árcade. jazidas de ouro foram descobertas nas Minas Gerais.
D a literatura de viagem e a arquitetura gótica. B foi pouco expressivo no século XVII, ao contrário do que
ocorreu nos séculos XVI e XVIII, e foi extinto, de vez, no
E a música romântica e o teatro barroco.
início do século XIX.
08| A história de São Paulo no século XVII se confunde com a C teve início na metade do século XVI, e foi praticado, de
história dos povos indígenas. Os índios não se limitaram ao forma regular, até a metade do século XIX.
papel de tábula rasa dos missionários ou vítimas passivas
D foi extinto, quando da Independência do Brasil, a despei-
dos colonizadores. Foram participantes ativos e conscientes
to da pressão contrária das regiões auríferas.
de uma história que foi pouco generosa com eles.
(Adaptado de John M. Monteiro, “Sangue Nativo”, em http://www.revistadehistoria.com.br/ E dependeu, desde o seu início, diretamente do bom su-
secao/capa/sangue-nativo. Acessado em 14/07/2013.)
cesso das capitanias hereditárias, e, por isso, esteve con-
Sobre a atuação dos indígenas no período colonial, pode-se centrado nas capitanias de Pernambuco e de São Vicen-
afirmar que: te, até o século XVIII.

A A escravidão foi por eles aceita, na expectativa de sua proi- 11| Em meados do século XVIII, o [...] Marquês de Pombal ela-
bição pela Coroa portuguesa, por pressão dos jesuítas. borou uma série de medidas visando a integrar as popula-
B Sua participação nos aldeamentos fez parte da integra- ções indígenas da América à sociedade colonial portuguesa,
ção entre os projetos religioso e bélico de domínio por- buscando não apenas o fim das discriminações sobre esses,
tuguês, executados por jesuítas e bandeirantes. mas a extinção das diferenças entre índios e brancos. [...]
Como um dos elementos viabilizadores deste futuro, em que
C A existência de alianças entre indígenas e portugueses não seria possível distinguir brancos de índios, [...] enfatiza-
não exclui as rivalidades entre grupos indígenas e entre va a necessidade da realização de casamentos mistos, assim
os nativos e os europeus.

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 65


como ordenava que os filhos gerados nestas uniões fossem nem lealdade a nenhuma pessoa que lhes faça bem. E se não
considerados mais capacitados que os colonos brancos para têm L na sua pronunciação, é porque não têm lei alguma que
ocupar cargos administrativos nas antigas aldeias indígenas guardar, nem preceitos para se governarem; e cada um faz
transformadas em vilas e lugares portugueses. lei a seu modo, e ao som da sua vontade; sem haver entre
GARCIA, Elisa Fruhauf. “O projeto pombalino de imposição da língua portuguesa aos índios e sua
aplicação na América meridional”. Tempo – Revista do Departamento de História da UFF, v. 12, n. 23,
eles leis com que se governem, nem têm leis uns com os ou-
p. 13-38, 2007. p. 24-25. Adpatado. tros. E se não têm esta letra R na sua pronunciação, é porque
não têm rei que os reja, e a quem obedeçam, nem obedecem
O projeto pombalino de integrar os índios da América Portu-
a ninguém, nem ao pai o filho, nem o filho ao pai, e cada um
guesa à sociedade colonial promoveu mudanças profundas no
relacionamento entre as populações indígenas e a Coroa lusa. vive ao som da sua vontade [...].
(Gabriel Soares de Souza. Tratado descritivo do Brasil em 1587, 1987.)

Na região amazônica, por exemplo, tratar os indígenas como


13| Os comentários de Gabriel Soares de Souza expõem
súditos do Império Português era uma das estratégias adota-
das pelo Estado lusitano com o intuito de A a dificuldade dos colonizadores de reconhecer as pecu-
A garantir a posse do território. liaridades das sociedades nativas.

B estimular a escravização dos índios. B o desejo que os nativos sentiam de receber orientações
políticas e religiosas dos colonizadores.
C promover a colaboração com os jesuítas.
C a inferioridade da cultura e dos valores dos portugueses
D deslocar a população nativa para o Nordeste. em relação aos dos tupinambás.
E recrutar efetivos militares para a guerra na fronteira oeste. D a ausência de grupos sedentários nas Américas e a mis-
são civilizadora dos portugueses.
12| Com a vinda da Corte, pela primeira vez, desde o início da
colonização, configuravam-se nos trópicos portugueses pre- E o interesse e a disposição dos europeus de aceitar as ca-
ocupações próprias de uma colônia de povoamento e não racterísticas culturais dos tupinambás.
apenas de exploração ou feitoria comercial, pois que no Rio
teriam que viver e, para sobreviver, explorar “os enormes re- 14| O texto destaca três elementos que o autor considera inexis-
cursos naturais” e as potencialidades do Império nascente, tentes entre os tupinambás, no final do século XVI. Esses três
tendo em vista o fomento do bem-estar da própria popula- elementos podem ser associados, respectivamente,
ção local. A à diversidade religiosa, ao poder judiciário e às relações
(Maria Odila Leite da Silva Dias.
A interiorização da metrópole e outros estudos, 2005.)
familiares.
B à fé religiosa, à ordenação jurídica e à hierarquia política.
A vinda da Corte portuguesa para o Brasil, ocorrida em 1808
e citada no texto, foi provocada, sobretudo, C ao catolicismo, ao sistema de governo e ao respeito pe-
los diferentes.
A pelo fim da ocupação francesa em Portugal e pelo pro-
jeto, defendido pelos liberais portugueses, de iniciar a D à estrutura política, à anarquia social e ao desrespeito
gradual descolonização do Brasil. familiar.
B pela pressão comercial espanhola e pela disposição, do E ao respeito por Deus, à obediência aos pais e à aceitação
príncipe regente, de impedir a expansão e o sucesso dos dos estrangeiros.
movimentos emancipacionistas na colônia.
15| Publicado em Veneza, em 1556, o mapa abaixo é um dos pri-
C pelo interesse de expandir as fronteiras da colônia, avan- meiros a mostrar o Brasil individualmente. Raro, ele faz parte
çando sobre terras da América Espanhola, para assegu- de uma obra italiana, Atlas dele navigazione e Viaggi (Atlas
rar o pleno domínio continental do Brasil.
de navegação e Viagens), de Giovanni Battista Ramusio.
D pela invasão francesa em Portugal e pela proximidade e
aliança do governo português com a política da Inglater-
ra.
E pela intenção de expandir, para a América, o projeto de
união ibérica, reunindo, sob a mesma administração co-
lonial, as colônias espanholas e o Brasil.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:

Leia o texto para responder à questão.

[Os tupinambás] têm muita graça quando falam [...]; mas


faltam-lhe três letras das do ABC, que são F, L, R grande ou
dobrado, coisa muito para se notar; porque, se não têm F,
é porque não têm fé em nenhuma coisa que adoram; nem
os nascidos entre os cristãos e doutrinados pelos padres da
(www.arraialdocabo.fot.br/mapas.htm Acesso em: 07.10.2012
Companhia têm fé em Deus Nosso Senhor, nem têm verdade,

66 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


Trata-se de uma pintura da época sobre o Brasil, a qual reve- D a cidade era mais centralizada e, assim, possibilitava
la pouca preocupação geográfica, mas que nos mostra: maior controle sobre a exploração do látex, dos seringais
A uma terra de riquezas: a exuberância das matas, a far- da região amazônica, que era usado para a produção de
borracha.
tura de peixes nos mares e a existência de povoadores
fortes, sadios e trabalhadores. 17| Os habitantes de Pernambuco iniciaram uma guerrilha con-
B indígenas extraindo troncos de pau-brasil que, depois, tra os invasores. As ações estavam equilibradas até que Do-
eram empilhados nas feitorias. Chegando os portugue- mingos Fernandes Calabar, nascido em Alagoas, passou para
ses, os nativos eram recompensados através de um es- o lado dos invasores e os auxiliou. Aos poucos, toda a costa
cambo com produtos europeus. do Rio Grande do Norte e o campo de Santo Agostinho foram
dominados. Em 1635, o governador Matias de Albuquerque
C o início da colonização do Brasil: os indígenas estão der- ordenou a retirada para Alagoas, onde prendeu e fez exe-
rubando as árvores para formar os campos onde seria cutar Calabar. Os invasores conseguiram dominar ainda por
feito o plantio da cana-de-açúcar e a construção dos en- alguns anos.
genhos. (Barbeiro, Heródoto. Coleção de olho no mundo do trabalho. História.Volume único para o ensino
médio. São Paulo: Scipione. 2004. p. 220-221.)
D o medo dos nativos brasileiros com a chegada das naus
portuguesas: eles estão abatendo árvores para constru- O episódio, descrito anteriormente, eclodiu no Brasil ainda
ção de fortificações e defesa da ameaça europeia. no período colonial, no contexto do ciclo da cana-de-açúcar,
envolvendo várias províncias do Nordeste, inclusive o Rio
E homens nus, selvagens, que conviviam pacificamente
Grande do Norte.
com animais de grande porte, o que causava grande es-
panto e medo aos colonizadores. Trata-se da(s)

16| A imagem a seguir é uma representação da cidade do Rio de A invasões francesas, cujo objetivo era redistribuir as ter-
Janeiro no século XIX. O Rio já era a capital da América portu- ras divididas entre Portugal, Espanha, França e Inglaterra
guesa desde o ano 1763; em 2013, a transferência da capital de através do Tratado de Madri.
Salvador para o Rio de Janeiro completará, portanto, 250 anos. B invasões holandesas ocorridas, entre outras razões, com
o intuito de permitir um comércio e refino do açúcar pe-
los holandeses, diretamente em terras brasileiras.
C Guerra dos Mascates, envolvendo os comerciantes por-
tugueses e os senhores de engenho nordestinos, revol-
tados com os abusos cometidos em relação ao preço do
açúcar.
D Revolta dos Malês, conflito grave que envolveu todo o
nordeste, cuja causa principal era a invasão de terras de-
volutas, demarcadas pelo governo português na região
açucareira.

18| Leia os versos de Gregório de Matos abaixo e responda:

O açúcar já se acabou? Baixou.


E o dinheiro se extinguiu? Subiu.
Logo já convalesceu? Morreu.
À Bahia aconteceu
o que a um doente acontece,
Considerando-se o contexto em que o Brasil foi colônia de cai na cama, o mal lhe cresce,
Portugal, é CORRETO afirmar que a transferência da capital
baixou, subiu e morreu.
aconteceu porque
A decadência econômica que afetava a Bahia e o Nordeste
A a cidade do Rio de Janeiro estava mais próxima da região
mineradora, que assumia, naquele momento, notável brasileiro no final do sé­culo XVII decorria:
importância econômica para o reino português. A da invasão francesa e da devastação da lavoura canavieira;
B a cidade estava na região que já era a mais rica da co- B da região se encontrar então sob a ocupa­ção holandesa;
lônia, em virtude do crescimento da produção de café, C da concorrência que o açúcar produzido pelos holande-
que se tornava o principal produto de exportação da ses, nas Antilhas, fazia ao açúcar produzido no Brasil;
América portuguesa.
D do deslanchar naquele tempo da cafeicul­tura;
C a cidade estava em uma região que apresentava terras
E do fato de a Espanha, que dominava a re­gião na época,
mais férteis para o plantio da cana-de-açúcar do que no
ter seu interesse voltado para a extração da prata em
Nordeste, onde a produção estava em decadência.
regiões como México e Peru.

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 67


19| O Tratado de Madri (1750) pretendeu atender à disputa de 03| D
territórios entre Portugal e Espanha, representando também
uma estratégia para melhor administrar os domínios ibéricos Como o ciclo do ouro era fundamental para o lucro portu-
na chamada região das Missões. A tentativa de impô-lo ge- guês na exploração colonial, Portugal tratou de criar impos-
rou uma guerra que, ao seu final, terminou por definir o con- tos e meios para que não houvesse contrabando ou desvio
trole sobre as colônias que ocupavam a região dos Pampas. do ouro extraído por aqui. A criação das Casas de Fundição, a
Esse tratado cobrança do Quinto e a instituição da Derrama são exemplos
A determinou a troca entre os sete povos das missões, no disso.
Uruguai, e a colônia de Sacramento, no Brasil.
04| B
B redefiniu as fronteiras territoriais na América do Sul,
com base no uti possidetis. Nas áreas de engenho, a sociedade brasileira era dualista e
C permitiu aos jesuítas exercer um domínio que se esten- patriarcal: de um lado, os senhores, donos das propriedades
deu por toda a região do Prata. e dos cativos; do outro, os escravos, vistos como mercado-
D garantiu a consolidação da chamada “República dos rias e donos da força de trabalho.
Guaranis”, sob influência da Igreja Católica. 05| D
E possibilitou a anexação da região das Missões ao territó-
rio argentino e do Chaco ao Uruguai. O ciclo do ouro ajudou a modernizar e a dinamizar a Colônia
e as relações sociais existentes nela. A urbanização da região
20| Com a união das coroas de Portugal e Espanha, ocorreu o iní- das Minas é característica desse processo.
cio do período chamado de União Ibérica (1580-1640). A Ho-
landa, que enfrentou diversas lutas contra a Espanha, exerceu 06| E
influência direta na colônia portuguesa na América, pois
Foram criações de D. João VI no Brasil Colônia: (1) o Jardim
A passou a pilhar e saquear as feitorias na costa africana Botânico, (2) a Imprensa Régia, (3) a Real Biblioteca e (4) as
dominada pelos espanhóis, interessada no comércio de
Missões Científicas lideradas por austríacos e franceses.
escravos e de marfim, invadindo, também, as cidades de
Santos e Salvador, no Brasil. 07| C
B o embargo espanhol representou prejuízos para os inte-
resses holandeses no Brasil, uma vez que participavam Somente a proposição [C] está correta. A mineração que ca-
do comércio de produtos tropicais nacionais, principal- racterizou o Brasil ao longo do século XVIII trouxe inúmeras
mente do pau-brasil. transformações para o Brasil Colonial, entre elas: transferên-
cia da capital de Salvador para o Rio de Janeiro, mudança
C sofria, na época, perseguições religiosas na Europa e re- do eixo econômico do nordeste para o sudeste, esboçou-se
taliações dos católicos residentes em seu país, por isso, um mercado interno contribuindo para integrar as regiões,
seu desejo foi montar uma colônia protestante no Brasil. sociedade com um aspecto mais urbano com o surgimento
D ocupou o nordeste brasileiro para evitar a criação de ba- de cidades, surgiu uma “cultura brasileira” caracterizada pela
ses e feitorias espanholas, visando quebrar o monopólio Arte Barroca e pelo Arcadismo na Literatura. As demais alter-
da rota da prata advinda das demais colônias e também nativas estão incorretas.
minar o prestígio internacional ibérico.
08| C
E apoderou-se do nordeste brasileiro e retomou o contro-
le da lucrativa operação de transporte, refino e distribui- Ainda que alianças tenham sido feitas entre europeus e al-
ção comercial do açúcar brasileiro, perdido a partir da guns grupos nativos, a rivalidade entre índios e europeus
União Ibérica. sempre existiu, o que levou, associado a outros fatores, a um
grande número de mortes entre os indígenas.
GABARITO
09| A
01| D
Somente a alternativa [A] está correta. A questão procura as
As populações indígenas brasileiras não eram homogêneas: diferenças entre a escravidão indígena e a africana no Brasil
algumas viviam sob as bases paleolíticas – sendo nômades Colonial e Imperial.
e coletoras – outras viviam sob as bases neolíticas – sendo
sedentárias e agricultoras – e outras, ainda, praticavam a an- Escravidão indígena: por ocorrer dentro do Brasil não gerava
lucro para os Estados Modernos Europeus. A Igreja Católica
tropofagia – como mostra a imagem.
era contra a escravidão do índio e defendia sua catequese
02| D dentro das missões jesuíticas.

O ciclo do pau-brasil, feito a partir do trabalho voluntário Escravidão do africano: envolvia três continentes e muitos
indígena, não gerou a formação de núcleos urbanos de po- produtos e gerava muito lucro para os Estados Modernos Eu-
voamento, promovendo apenas a fundação de feitorias pelo ropeus através do tráfico de escravos. A Europa ficava com
o lucro do tráfico destes africanos que eram vendidos como
litoral brasileiro.

68 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


escravos. Da África saiam os negros que eram trocados por nhia das Índias Ocidentais Holandesas invadiram o Brasil com
alguns produtos como tabaco, aguardente, entre outros. Os objetivos econômicos, produzir, refinar e comercializar o açú-
traficantes europeus vendiam estes africanos para a elite car. Invadiram a Bahia em 1624, sem sucesso, e Pernambuco
agrária brasileira que pagava bem caro por eles. entre 1630-1654, sendo o auge com João Maurício de Nassau
entre 1637-1644. As demais proposições estão incorretas. O
10| C texto não remete as invasões francesas com intuito de redis-
tribuir terras. A Guerra dos Mascates ocorreu em Pernambu-
A associação de datas está correta: o tráfico começa com o co em 1710, consistiu em um conflito entre Olinda e Recife.
Ciclo do Açúcar, no século XVI, e termina em 1850 (século A Revolta dos Malês ocorreu na Bahia em 1835, quando os
XIX), com a Lei Eusébio de Queiroz. negros que falavam árabe e praticavam a religião Islâmica se
11| A revoltaram contra a escravidão e a imposição do cristianismo.

Um dos principais impeditivos à posse da terra por parte dos 18| C


portugueses no Brasil Colonial era a presença indígena, em
especial na região Amazônica. Por isso, a melhora na relação Depois do Brasil Holandês, quando os holandeses foram ex-
entre as partes favorecia os portugueses a permanecer no pulsos do nosso Nordeste, os mesmos se dirigiram às Antilhas
e iniciaram uma produção própria de açúcar. Tal produto fez
território colonial. forte concorrência ao açúcar português, o que fez com que o
12| D ciclo do açúcar no Brasil colônia entrasse em grave crise.

A corte portuguesa se transferiu para o Brasil no contexto 19| B


do Bloqueio Continental. Há que se considerar alguns fato-
res para essa mudança, como a invasão protagonizada por O Tratado de Madrid, basicamente, surgiu para substituir o
franceses, as pressões da Inglaterra sobre o governo lusitano Tratado de Tordesilhas, que, na prática, já não era respeitado
e os interesses da Corte em preservar o controle sobre todos desde o período da União Ibérica. De acordo com aquele tra-
tado, Portugal e Espanha admitiam a violação de Tordesilhas
os seus territórios na América e África. e a necessidade de estipular os novos domínios territoriais,
13| A tanto na América quanto na Ásia. A base do novo Tratado
era o direito privado romano do uti possidetis, ita posside-
No texto, percebe-se a falta de compreensão quanto à pro- atis  (quem possui de fato, deve possuir de direito). Sendo
núncia dos nativos e à falta de letras que, para os portugue- assim, as terras espanholas na América do Sul ocupadas por
ses, eram essenciais e vista como um grande desvio. Portugal passaram a ser, por direito, dos portugueses.

14| B 20| E

Questão de interpretação de texto. Produzido no século XVI, Devido ao seu conflito com a Espanha (luta de independên-
ainda nos primórdios do processo de colonização, quando a cia), a Holanda, através da Companhia das Índias Ociden-
ação dos jesuítas ainda estava em seu início, o autor desen- tais, invadiu o Nordeste brasileiro para retomar o negócio do
volve uma teoria para justificar não apenas a inferioridade refino e do comércio do nosso açúcar que a Espanha havia
indígena, mas a pouca importância que as autoridades de- proibido. Os holandeses permaneceram no nosso Nordeste
vem dispensar a este povo. por 24 anos.

15| B
GEOGRAFIA
Questão de interpretação da imagem que, de fato, não tem
precisão geográfica, mas destaca uma das atividades desen- AGROPECUÁRIA E FONTES DE ENERGIA
volvidas pelos portugueses no Brasil colônia, a exploração do
pau-brasil, através da prática do escambo. Na data da publi- 20/09/2015 - DOMINGO
cação do mapa, já havia a exploração açucareira; no entanto,
o extrativismo da madeira continuou apesar da perda de im- 01| Leia o texto a seguir.
portância. É possível identificar no Brasil vários municípios cuja urbani-
16| A zação se deve diretamente à expansão da fronteira agrícola
moderna, formando cidades funcionais ao campo denomi-
A transferência da capital ocorreu durante o período minera- nadas de “cidades do agronegócio”.
dor, já em um momento de crise da produção aurífera, que (Adaptado de: ELIAS, D.; PEQUENO, R. “Desigualdades socioespaciais nas cidades do agronegócio”.
forçou o governo português a impor um conjunto de medi- Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais. 2007. v.9. n.1. p.25-29.)

das que buscavam ampliar fiscalização sobre a extração, tri-


Sobre a expansão da fronteira agrícola moderna e o surgi-
butação e transporte do ouro.
mento das “cidades do agronegócio”, assinale a alternativa
17| B correta.
A A expansão da fronteira agrícola moderna e a criação
Somente a proposição B está correta. O texto de Heródoto
das cidades do agronegócio ocorreram a partir de 1970,
Barbeiro faz referência a Domingos Fernandes Calabar, per-
com a incorporação das terras do cerrado, impulsionada
sonagem polêmico que mudou de lado e passou apoiar os
por políticas públicas voltadas à ocupação de terras e ao
holandeses em Pernambuco na década de 1630. A Compa-
desenvolvimento local.

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 69


B A fronteira agrícola moderna e o aparecimento das cida- 04| Analise o mapa e leia o texto para responder à questão.
des do agronegócio estão associados às políticas do go-
verno Vargas direcionadas à agricultura, com a criação,
em 1951, do Sistema Nacional de Crédito Rural.
C A fronteira agrícola moderna e o aparecimento das cida-
des do agronegócio ocorreram após investimentos dos
Estados Unidos, na década de 1950, em território brasi-
leiro para produção destinada à exportação.
D As cidades do agronegócio estão localizadas predomi-
nantemente no Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Ca-
tarina, estados onde ocorreu a expansão da fronteira
agrícola moderna a partir da década de 1960.
E Por intermédio da expansão da fronteira agrícola mo-
derna e da criação das cidades do agronegócio, a par-
tir da década de 1950, houve uma difusão do meio
técnico-científico-informacional em todo o território
nacional.

02| O Brasil configura-se como uma das maiores potências agrí-


Fonte para produção do mapa - IBGE
colas mundiais e uma das ca­racterísticas de sua agricultura é:
A Ser o maior exportador mundial de soja e o maior impor- O Centro-Oeste é responsável por mais de 50% dos grãos
tador de trigo. produzidos no Brasil e embora mais da metade da produção
ocorra ao norte do paralelo 20°, apenas 14% são escoados
B Mesmo sendo grande potência, importar mais alimen-
pelos portos das regiões Norte e Nordeste.
tos que exportar.
C Importar grande quantidade de açúcar, pois sua produ- A partir das informações apresentadas, conclui-se que a re-
ção de cana-de-açúcar destina­-se exclusivamente à pro- gião Centro-Oeste
dução de etanol. A sofre sérias consequências por apresentar relevo aci-
D Ter no agronegócio o principal segmen­to na produção dentado.
de gêneros básicos para atender o mercado interno. B necessita modernizar suas áreas de produção de soja.
E Ter predomínio de pequenas e médias propriedades na C tem boa parte de sua produção agrícola destinada ao
produção de grãos para exportação. mercado interno.
03| Leia o trecho a seguir. D carece de modernas rodovias que a integrem ao litoral
Nordeste.
Um dos graves problemas que o Brasil vem enfrentando des- E depende dos portos do Centro-Sul para escoar sua pro-
de 2001 é a crise de energia com ameaças dos “apagões”. dução.
Para minimizar tal preocupação, muito se fala na necessida-
de de diversificar a matriz energética brasileira. Assim, com 05|
relação aos biocombustíveis, assinale a opção correta.
A A limitada disponibilidade de espécies de plantas no uso
da produção de bioenergia torna o país refém da cana de
açúcar, que possui custos elevados na produção do etanol.
B Embora o Brasil apresente condições naturais favoráveis
para a produção da cana-de-açúcar, a deficiência tecno-
lógica para a produção do biocombustível coloca o país
entre os menores índices mundiais de produtividade.
C A expansão de áreas agricultáveis para o cultivo da cana-
-de-açúcar e de oleaginosas com fins energéticos ocorre
em áreas de pastagens abandonadas, por isso, não cau-
sam diminuição no cultivo de alimentos.
D A produção de biodiesel realizada com matéria prima cul-
tivada em pequenas propriedades familiares foi responsá-
vel por abastecer o mercado interno e favorecer parte da
exportação do produto ao mercado norte-americano.
E O projeto do Proálcool, ao privilegiar os usineiros, pro-
duziu alterações na organização espacial do campo, agra-
vando os problemas relacionados à concentração de ter-
ras e ao êxodo rural, além do incentivo à monocultura.

70 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


A formação do território da soja no Brasil refletiu a seguinte As condições da produção agrícola, no Brasil, são bastante
característica espacial: heterogêneas, porém alguns aspectos estão presentes em
A Inclusão de regiões com elevadas concentrações popula- todas as regiões do País.
cionais.
B Incorporação de espaços com baixa fertilidade natural Nas anamorfoses acima, estão representadas formas de
dos solos. produção agrícola das diferentes regiões administrativas.
C Integração com espaços de consolidação de reservas ex- Assinale a alternativa que contém, respectivamente, a pro-
trativistas. dução agrícola representada em I e em II.
D Necessidade de proximidade física com os principais
portos do país. A De subsistência e patronal.
E Reutilização de áreas produtivas decadentes da tradicio- B Familiar e itinerante.
nal cultura canavieira.
C Patronal e familiar.
06| Analise os textos a seguir.
D Familiar e de subsistência.
“A estrutura fundiária do Brasil continua a mesma do perí-
odo colonial”. A afirmação de Gilmar Mauro, dirigente na- E Itinerante e patronal.
cional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o
MST, não é mera retórica. Está calcada em estudos que com- 08| Na tentativa de contribuir para a sustentabilidade am-
provam que pouco se avançou em termos de distribuição da biental, hoje está sendo difundida a chamada agricultura
terra desde os tempos da Coroa Portuguesa. O coeficiente
de Gini, índice utilizado em pesquisas científicas para medir orgânica, cuja maior preocupação é não utilizar produtos
o grau de desigualdade social, revela que a concentração de químicos durante o cultivo. Assinale a opção que apresenta
terra no país até aumentou, se os dados analisados forem os
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). corretamente as características desse tipo de agricultura.
Disponível em:<http://guebala.blogspot.com.br/2011/11/estrutura-fundiaria-do-brasil-continua.html> A Pouca mão de obra, muita tecnologia, cultivos voltados
Acesso em: 04set.2013.
para o mercado interno e uso de adubos oriundos da
Com base nas informações acima e nos seus conhecimentos compostagem.
sobre a estrutura fundiária brasileira, assinale a alternativa
correta. B Muita mão de obra, pouca tecnologia, cultivos voltados
A Constitui uma questão primordial para a sociedade bra- para a exportação e uso de herbicidas.
sileira que, no entanto, não avança no que diz respeito à C Muita mão de obra, pouca tecnologia, cultivos voltados
aplicação efetiva de uma ampla reforma agrária.
para o mercado interno e uso de adubos oriundos da
B Tal como vem ocorrendo nas últimas décadas, tem pro-
movido a inclusão social dos trabalhadores rurais e sua compostagem.
absorção pelo mercado de trabalho. D Pouca mão de obra, pouca tecnologia, cultivos voltados
C Tem contribuído para aumentar a capacidade produtiva para exportação e uso de herbicidas.
das pequenas propriedades rurais, garantindo, assim, as
condições de subsistência para a agricultura familiar. E Muita mão de obra, muita tecnologia, cultivos voltados
D Contribui para acentuar a degradação ambiental, provo- para a exportação e uso de adubos inorgânicos.
cada pelas monoculturas de exportação, realizadas, em
geral, nas pequenas e médias propriedades. 09| A partir de meados da década de 1980, começaram a ga-
E A legislação agrária proibiu a compra de terras por em- nhar importância econômica no meio rural brasileiro algu-
presas estrangeiras, de modo que as áreas agrícolas mas atividades que até então eram dispersas. Convencio-
ociosas passaram a ser ocupadas pelos trabalhadores
nou-se chamar essa nova configuração de “novo rural” por
rurais, democratizando o acesso à terra.
apresentar entre outros usos, a
07| Considere as anamorfoses:
A implantação de propriedades familiares com cultivos
de subsistência.
B ocupação de pequenas áreas para a produção de car-
vão vegetal.
C instalação de atividades de lazer como turismo rural e
hotéis fazenda.
D formação de comunidades quilombolas dedicadas ao
artesanato.
E formação de bosques reflorestados para as fábricas de
papel e celulose.

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 71


10| 12| Em 2012, 1,4% da energia necessária para abastecer a eco-
nomia do Brasil foi atendida pela energia nuclear. Ainda
que pequena se comparada com outras fontes de energia
(56,3% de combustíveis fósseis, por exemplo), é importan-
te conhecermos seus riscos. Uma desvantagem dessa fonte
energética é
A vincular sua operação à previsão de mudanças climáti-
cas em escala global.
B gerar resíduos difíceis de serem armazenados de modo
seguro.
C não proporcionar independência energética aos países
importadores de combustíveis fósseis.
D contribuir para o efeito estufa com a emissão de dióxido
de carbono na atmosfera.
E não possuir uma base científica segura e confiável para
sua operação.

13| Desde janeiro de 2011 até o dia 4 de fevereiro de 2014, fo-


A distribuição espacial de madeira para papel e celulose no ram registrados 181 apagões no Brasil, considerando todas
Brasil possui uma estratégia logística que resulta na as falhas de energia, independentemente do tamanho da
área afetada, do período ou da carga interrompida, segundo
A região produtiva contínua de perfil litorâneo. levantamento do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE).
B integração intermodal entre Sul, Sudeste e Norte do Em 2013, foram registrados 45 blecautes, destacando-se
país. o ocorrido em 28 de agosto, quando foi registrada falta de
energia no Piauí, Paraíba, Alagoas, Maranhão, Ceará, Sergi-
C construção de eixos rodoviários entre as zonas produto-
pe, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte. As perspec-
ras. tivas para geração de energia elétrica em 2014 não são ani-
D organização da produção próxima às áreas de escoa- madoras, na medida em que os níveis dos reservatórios das
mento. principais hidrelétricas se encontram abaixo da média para
esta época do ano. Sobre o assunto, assinale a alternativa
E localização do setor nos limites das unidades político ad-
CORRETA.
ministrativas.
A No passado recente, a participação de renováveis na
11| Em outubro de 2013, foi realizado o leilão do direito de Matriz Elétrica Brasileira cresceu devido ao aumento da
extração de petróleo no “Campo Libra”, primeira área da produção de energia por parte das usinas hidroelétricas.
chamada zona do Pré-Sal. Sobre o assunto, assinale a al-
B A despeito dos incentivos concedidos pelo Governo Fe-
ternativa CORRETA. deral, a participação das usinas eólicas na geração de
A Em razão de dificuldades financeiras, a Petrobras foi energia elétrica manteve-se inalterada entre 2011 e
afastada das operações de extração de petróleo no 2013.
Pré-Sal; C A maior geração de energia pelas usinas termelétricas,
B Em razão da descoberta do petróleo no Pré- Sal, o Bra- que são menos dispendiosas, proporciona uma significa-
sil passou a integrar a Organização dos Países Exporta- tiva economia para as empresas distribuidoras de ener-
dores de Petróleo (OPEP); gia e, por consequência, para os consumidores.
D O Governo Federal tem investido intensamente na ma-
C O leilão realizado em outubro de 2013 teve a partici-
nutenção das linhas de transmissão de energia, a fim de
pação de grandes empresas petrolíferas americanas,
evitar problemas no suprimento de energia elétrica.
que demonstraram grande interesse em explorar o
Pré-Sal; E Considerando dados referentes a 2012, além das usinas
hidrelétricas, as duas principais fontes de geração de
D A zona do Pré-Sal corresponde às reservas de petró-
energia elétrica no Brasil são o gás natural e a biomassa.
leo localizadas em terra, próximas ao litoral da Região
Nordeste. 14| A voadeira, canoa de alumínio com motor de popa usada
E Para gerir os contratos dos contratos de partilha de como meio de transporte fluvial pelos ribeirinhos da Ama-
zônia, ganhou uma versão movida a energia solar em vez de
produção no Pré-Sal, o Governo Brasileiro criou uma
combustível.
nova empresa estatal denominada de Empresa Brasi-
leira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A. BRASIL, K. Voadeira movida a energia solar é opção para o transporte fluvial na Amazônia.
Folha de S. Paulo, 12 maio 2012.
- Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA).

72 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


No texto, está descrita uma situação de mudança na tecno- A disputa pela redistribuição dos royalties do petróleo entre
logia do transporte fluvial na Amazônia. Configura-se como estados e municípios brasileiros se acirrou no final de 2012,
uma consequência ambiental derivada da mudança apresen- em função de novas regras para o setor votadas no Congres-
tada a redução so Nacional.
A da área de mata ciliar. Essa disputa decorre diretamente da característica político-
B da erosão dos solos aluviais. -econômica do país indicada em:
C de descargas elétricas nas águas. A controle da União sobre a regulação do acesso às rique-
zas hidrominerais
D do assoreamento dos cursos fluviais.
B dependência de capitais estrangeiros no fornecimento
E da emissão de poluentes atmosféricos. de matérias-primas
15| Analise a figura, que apresenta a estratificação das camadas C monopólio da legislação federal sobre os insumos para a
rochosas do subsolo marinho, e preencha os parênteses com indústria de base
a numeração correspondente. D adequação dos padrões tecnológicos na preservação
dos recursos ambientais

17|

A imagem indica pontos com ativo uso de tecnologia, corres-


pondentes a que processo de intervenção no espaço?
A numeração correta dos parênteses, de cima para baixo, é A Expansão das áreas agricultáveis, com uso intensivo de
maquinário e insumos agrícolas.
A 1 – 3 – 4
B Recuperação de águas eutrofizadas em decorrência da
B 2 – 1 – 3 contaminação por esgoto doméstico.
C 3 – 2 – 4 C Ampliação da capacidade de geração de energia, com
D 4 – 2 – 3 alteração do ecossistema local.
E 4 – 3 – 1 D Impermeabilização do solo pela construção civil nas áre-
as de expansão urbana.
16| A partir de 2007, quando se anunciou a descoberta de gran-
E Criação recente de grandes parques industriais de me-
des reservas do chamado “pré-sal”, o governo brasileiro pas-
diano potencial poluidor.
sou a defender novas regras para a exploração de petróleo
no país. O pré-sal corresponde à camada de rocha que con- 18| Uma maior disponibilidade de combustível fóssil, como
tém petróleo e que está localizada abaixo de uma espessa acontece com as crescentes possibilidades brasileiras, é fon-
camada de sal. A Petrobras estima que no pré-sal brasileiro te de importantes perspectivas econômicas para o país. Ao
haja reservas em torno de 70 bilhões a 100 bilhões de barris mesmo tempo, porém, numa época de pressão mundial por
de petróleo. Em agosto de 2009, o ex-presidente Lula apre- alimentos e biocombustíveis, as reservas nacionais de água
sentou projetos para mudanças no setor petrolífero, sendo doce, o clima favorável e o domínio de tecnologias de ponta
um deles a redistribuição dos royalties. No ano de 2011, por no setor conferem à matriz energética brasileira um papel-
exemplo, os royalties somaram R$ 25,6 bilhões. -chave na mudança do paradigma energético-produtivo.
Adaptado de bbc.co.uk, dezembro de 2012. SODRÉ, M. Reinventando a educação: diversidade, descolonização e redes. Petrópolis: Vozes, 2012.

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 73


No texto, é ressaltada a importância da matriz energética B O “período seco” mencionado no texto refere-se à con-
brasileira enquanto referência de caráter mais sustentável. firmação da hipótese de aquecimento global, ao contrá-
Essa importância é derivada da rio de uma variação normal dos índices pluviométricos
para essa época do ano.
A conquista da autossuficiência petrolífera pela descober-
ta de novas jazidas. C As usinas hidrelétricas continuam a ser uma opção ener-
gética viável economicamente. A opção por essa fonte
B expansão da fronteira agrícola intensiva para produção
de energia foi acentuada no país a partir do governo Gei-
de biocombustíveis.
sel, em um contexto de uma crise energética mundial.
C superação do uso de energia não renovável no setor de
D A opção brasileira pela hidreletricidade contraria o que
transporte de cargas.
se verifica nas maiores economias do mundo. Em razão
D apropriação das condições naturais do território para di- de preocupações ambientais, inexistentes na legislação
versificação das fontes. brasileira, países como EUA, Canadá, Rússia e China não
E redução do impacto social advindo da substituição de utilizam esse método ultrapassado de geração de ener-
termelétricas por hidrelétricas. gia.
E Entre as fontes térmicas utilizadas como complemento
19| SÃO PAULO, 19 Set 2013 (Reuters) - As hidrelétricas respon- na geração de eletricidade no Brasil, as usinas nucleares
deram por 77,43 por cento do total de energia produzida de Angra I, II e III ocupam maior participação do que as
no país em julho, mês em que o governo decidiu desligar 34 usinas movidas a gás natural, petróleo e carvão mineral.
térmicas, representando um aumento de 4,7 por cento em
relação a junho. 20| Frente às crises constantes na produção e comercialização do
Já a geração termelétrica em julho foi de 12.641 megawatts petróleo, a procura por novas fontes de energias renováveis,
(MW) médios, uma queda de 12,1 por cento em relação a surgiu como alternativa para superar a demanda por combus-
junho, quando essas usinas geraram 14.381 MW médios, tíveis fósseis, bem como para reduzir a poluição decorrente
informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica da emissão de poluentes. Neste sentido, observa-se que
(CCEE) no informativo Infomercado de setembro. A as principais economias desenvolvidas investiram ma-
O governo decidiu desligar 34 usinas a óleo e diesel em julho, ciçamente na produção e geração de energia eólica, a
alegando que as chuvas ajudaram a encher os reservatórios qual representa hoje mais de 50% da energia consumida
das hidrelétricas – com exceção do Nordeste – e que o desli- nesses países.
gamento das usinas faria o sistema elétrico economizar cer- B a produção de energia hidroelétrica conseguiu superar a
ca de 1,4 bilhão de reais mensais. energia gerada por combustíveis fósseis em toda a Ásia
Em agosto, após blecaute que atingiu o Nordeste, o governo e nos países situados nas regiões intertropicais no norte
religou cerca de 1.000 megawatts de térmicas. da África.
C a criação de políticas governamentais no Brasil, voltadas
O país passa agora pelo período seco, quando costuma ocor-
para a produção e comercialização de biocombustíveis,
rer redução dos reservatórios das hidrelétricas – que deve
tornou o etanol e o biodiesel a segunda maior fonte de
ser recomposto com o começo do período chuvoso a partir
energia automotiva.
de novembro.
D a energia solar é a mais indicada para os países localiza-
O nível dos reservatórios do Nordeste está em 33,28 por cen- dos nas zonas temperadas, considerando-se que nessas
to, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétri- localidades a incidência dos raios solares é constante du-
co (ONS), atualizados na véspera, ante o nível de 46,52 por rante o ano inteiro.
cento em junho – antes do desligamento da maior parte de
térmicas. 21|
No Sudeste/Centro-Oeste, o nível passou de 63,75 por cento
em junho para 50,9 por cento atualmente. No Sul, subiu de
80,83 por cento para 82,6 por cento. Já no Norte, o nível das
represas caiu de 93,55 por cento em junho para 60,7 por cento.
Em julho, após a decisão de desligar as 34 térmicas e antes
da notícia de religamento de 1.000 MW no Nordeste, o di-
retor-geral do ONS, Hermes Chipp, estimou que durante o
período seco o uso dos reservatórios das hidrelétricas resul-
taria em uma depreciação de 8 por cento até novembro.
Agência Reuters

Assinale a alternativa correta.


A O aumento da participação da energia hidráulica na ma-
triz energética brasileira foi possível com a entrada em
operação da hidrelétrica de Belo Monte, no Amazonas.

74 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


A geração de energia elétrica no Brasil tem como principal A respeito da área mapeada, considere as afirmativas.
fonte as hidroelétricas, já que o país é abastecido por uma
I. Corresponde à Bacia de Campos, onde a produção de
farta rede de bacias hidrográficas. Entretanto, nos últimos
petróleo e gás natural ocorre desde a década de 1960.
anos, devido às estiagens constantes em épocas do ano nas
quais era comum a abundância de chuvas, fenômeno que II. Destaca o campo Tupi na Bacia de Santos, onde recentes
tem sido apontado como uma das consequências das alte- descobertas ampliaram as estimativas das reservas de
rações climáticas provocadas pelo efeito estufa, o sinal de petróleo e gás natural do Brasil.
alerta vermelho foi acionado.
III. O potencial de exploração de hidrocarbonetos das reser-
Em virtude disso, para prevenir apagões no abastecimento vas do pré-sal suscitaram discussões e mudanças legais
de energia elétrica, é CORRETO afirmar que o governo tem em relação aos royalties para estados produtores, como
adotado as seguintes estratégias: BA, ES, RJ, SP, PR, SC e RS.
A Criar mais duas usinas termonucleares, uma em São
Paulo para atender as regiões Sul e Sudeste, que são as Assinale
mais industrializadas, e outra em Manaus para atender A se apenas a afirmativa I está correta.
as regiões norte e nordeste. Além disso, intensificar o
B se apenas as afirmativas I e II estão corretas.
uso das usinas termonucleares já existentes na região
Centro Oeste. C se apenas as afirmativas II e III estão corretas.
B Firmar uma parceria com países vizinhos como Argenti- D se apenas a afirmativa II está correta.
na, Uruguai e Paraguai para abastecimento de energia
E se apenas a afirmativa III está correta.
elétrica a partir das suas hidroelétricas em troca da per-
missão desses países explorarem o petróleo do pré-sal. 23| A questão a seguir refere-se ao cartograma abaixo:
C Promover campanhas educativas que incentivem a po-
pulação a não consumir equipamentos industrializados
elétricos e reduzir os impostos sobre a fabricação das
placas fotovoltaicas, que geram energia elétrica a partir
da luz solar.
D Intensificar o uso das usinas termoelétricas como as que
são movidas a combustíveis fósseis e ou as chamadas
termonucleares, que funcionam a base de urânio enri-
quecido, nos períodos de estiagem. Como essa geração
de energia é mais cara, os custos serão repassados ao
consumidor final.
E Incentivar o uso da biomassa como combustível nas ter-
moelétricas, em substituição ao carvão mineral e óleo
diesel, combustíveis fósseis altamente poluentes. A bio-
massa é uma fonte de energia limpa, renovável e, por-
tanto, não causa nenhum impacto ambiental.

22| Observe e analise a imagem a seguir.

Para o aproveitamento máximo do potencial de geração de


energia hidrelétrica, na lógica do planejamento governa-
mental, deve-se utilizar a bacia hidrográfica representada
em
A 1.
B 2.
C 3.
D 4.
E 5.

24| A escassez de chuvas que recentemente afetou diversas regi-


ões do Brasil evidenciou fragilidades e causou preocupações
em relação ao abastecimento de água e à produção de ener-
gia elétrica, considerando a atual dependência do país.

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 75


Analise as afirmativas em relação à produção e ao consumo 26| Observe o mapa.
de energia hidrelétrica no Brasil.
I. Os rios que formam a bacia do Paraná têm, atualmente,
a maior capacidade aproveitada de energia elétrica no
Brasil.
II. A maior parte da energia produzida e consumida no Bra-
sil é proveniente da hidroeletricidade, para o que con-
tribui o relevo planáltico, responsável por desníveis que
impulsionam as turbinas geradoras.
III. A crescente mecanização da agricultura e o aumento na
utilização de aparelhos domésticos tornaram os setores
agropecuário e residencial os maiores consumidores de
energia elétrica no país.
IV. Os baixos índices atuais de aproveitamento do potencial
A camada de pré-sal trata-se de uma camada geológica com
hidráulico dos rios da bacia Amazônica são explicados grande potencial de acúmulo de petróleo, localizada abaixo
pelo relevo predominante de planícies, por restrições de uma camada de sal existente na plataforma continental.
ambientais e pela distância dos centros consumidores. Sobre o pré-sal, é correto afirmar que
A em maio de 2008, a Petrobras iniciou testes de explora-
Está correto apenas o que se afirma em: ção, capazes de captar até 30 mil barris por dia de reser-
A I. va de Tupi – localizada na Bacia de Campos.

B IV. B está situado a uma profundidade superior a 5.000 m,


podendo, em alguns trechos, chegar a 8.000 m, o que
C I, II e IV. torna a exploração de petróleo nessa área um grande
D II e III. desafio.
C estudos otimistas preveem em toda área constituída
E II, III e IV.
pelo pré-sal um acúmulo total de petróleo que pode
25| A exploração do Pré-Sal poderá posicionar o Brasil como um chegar a 75 bilhões de barris. Tal quantidade elevaria o
Brasil para o grupo dos três maiores produtores de pe-
dos maiores exportadores de petróleo do mundo, com um
tróleo do mundo.
excedente na produção que poderá superar 1,5 milhão de
D um conjunto de normas e leis aprovadas pelo Congres-
barris por dia, em um momento em que a demanda pelo in-
so e Senado, destinadas especificamente ao controle e
sumo não será mais liderada pelo país Estados Unidos, mas produção de petróleo da região. A produção deverá ser
pela Ásia. realizada através de um consórcio entre a Petrobras e a
americana Texaco.
Essa nova fronteira de exploração também vai mudar o
ranking das áreas produtoras de petróleo no Brasil, nos pró-
GABARITO
ximos anos, pois
01| A
A aumentará a participação e a liderança da Bacia de Cam-
pos e do Rio de Janeiro. Como mencionado corretamente na alternativa [A], o proces-
so de modernização agropecuária na década de 1970 alavan-
B a Bacia de Santos e o estado de São Paulo devem au- cou a expansão da fronteira agrícola sobre as regiões centro-o-
mentar sua exploração e produção de petróleo. este e norte do país. Estão incorretas as alternativas: [B] e [C],
porque a expansão da fronteira ocorreu na década de 1970
C a produtividade média por poço em operação comercial
com o governo militar; [D], porque grande parte das cidades
no polo da Bacia do Recôncavo Baiano é maior que a do agronegócio localiza-se na região centro-oeste; [E], porque
registrada nos poços da Arábia Saudita. a difusão do meio técnico científico informacional ocorreu a
D poderá transformar o Brasil num exportador de ener- partir da década de 1990 no Brasil.
gia e o maior produtor de petróleo do continente ame- 02 A
ricano.
Como mencionado corretamente na alternativa [A], o Brasil
E mais da metade do crescimento da produção de petró- se destaca por ocupar a posição de maior exportador de soja,
leo do mundo, até 2015, virá da produção de óleo de xis- embora seja importador de trigo. Estão incorretas as alternati-
to dos EUA, das áreas petrolíferas chinesas e das águas vas: [B], porque o país tem grande parte de sua balança apoia-
da na exportação de produtos agrícolas; [C], porque é expor-
profundas do Maranhão e Ceará.
tador da produção sucroalcooleira; [D], porque o agronegócio

76 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015


no país atende ao mercado externo; [E], porque a produção qual se destacam o Nordeste e o Sul (a exemplo da uva viníco-
para exportação está associada às grandes propriedades. la na Serra Gaúcha).

03| E 08| C

Como mencionado corretamente na alternativa [E], o Proál- Como mencionado corretamente na alternativa [C], a agricul-
cool desenvolveu subsídios que favoreceram a grande pro- tura orgânica é um processo comprometido com a organicida-
priedade agravando dessa forma, a concentração fundiária de e sanidade dos alimentos e, portanto, não utiliza produtos
no país. Estão incorretas as alternativas: [A], porque existe químicos na produção, ou farta tecnologia. Estão incorretas as
grande diversidade de espécies que podem ser utilizadas na alternativas: [A], porque o processo não utiliza tecnologia; [B],
produção de bioenergia; [B], porque o país é pioneiro no de- porque não há utilização de produtos químicos e a produção
senvolvimento de tecnologia para agroenergia; [C], porque a é voltada ao mercado doméstico; [D], porque a mão de obra
produção de insumos para a agroenergia substitui a produção é extensiva; [E], porque não há utilização de tecnologia e a
de alimentos; [D], porque os insumos para a produção de bio- produção é voltada para o mercado doméstico.
diesel está associada às grandes propriedades.
09| C
04| E Como mencionado corretamente na alternativa [C], o “novo
rural” caracteriza-se pela expansão de atividades não agríco-
Como mencionado corretamente na alternativa [E], o esco-
las, como lazer, prestação de serviços e indústrias. Estão in-
amento da produção de grãos do Centro-Oeste é feito pelo
corretas as alternativas seguintes porque não correspondem à
sistema de portos do Centro-Sul, em razão da deficiência na
infraestrutura de transportes do restante do país. Estão in- definição do enunciado.
corretas as alternativas: [A], porque o relevo da região não é
10| D
acidentado; [B], porque a questão discutida no enunciado é
o escoamento da produção e não o processo de cultivo; [C], Como mencionado corretamente na alternativa [D], a madei-
porque a produção é voltada ao mercado externo; [D], porque ra para papel e celulose localiza-se próxima aos portos e, por-
o escoamento não demanda somente rodovias, porém a es- tanto, das áreas de escoamento. Estão incorretas as alternati-
vas: [A], porque a produção não é contínua no litoral; [B] e [C],
trutura intermodal e os portos.
porque a lógica da distribuição não atende à integração do
05| B transporte interno e sim ao escoamento; [E], porque a lógica
não obedece aos limites territoriais dos estados.
Como mencionado corretamente na alternativa [B], a forma-
ção do território da soja no Brasil incorporou áreas com solos 11| E
de baixa fertilidade, como no caso dos lixiviados da Amazô- Como mencionado corretamente na alternativa [E], a PPSA
nia, ácidos do centro-oeste e laterizados do nordeste. Estão tem como objetivo a gestão de contratos de partilha de pro-
incorretas as alternativas: [A], porque a maior concentração dução, como no caso do leilão do Campo de Libra. Estão in-
populacional encontra-se nas áreas adjacentes ao litoral; [C], corretas as alternativas: [A], porque a Petrobras compôs um
porque as reservas extrativas não são consolidadas, ao contra-
consórcio responsável por vencer a licitação para a explora-
rio, com o avanço da soja, sofrem desmatamento; [D], porque
ção do Campo de Libra; [B], porque o Brasil não faz parte da
o território da soja está distante dos portos; [E], porque a área
OPEP; [C], porque as empresas interessadas na licitação foram
tradicional da cultura canavieira é a zona da mata nordestina. as chinesas CNOOC e CNPC, a japonesa Mitsui, a portuguesa
06| A Petrogal, a hispano-chinesa Repsol/Sinopec, a francesa Total,
a colombiana Ecopetrol, a indiana ONGC Videsh, a anglo-ho-
Como mencionado corretamente na alternativa [A], a questão landesa Shell e a malaia Petronas; [D], porque o Pré-Sal esten-
fundiária envolve aspectos sociais e produtivos, entretanto, ao de-se do litoral do Espírito Santo ao de Santa Catarina.
longo da história tem permanecido inalterada em sua tendên-
cia de concentração. Estão incorretas as alternativas: [B], [C] e 12| B
[D], porque em razão da concentração fundiária, ou seja, do No Brasil, a energia nuclear responde por uma pequena parce-
predomínio das grandes propriedades comerciais, posterga-se la do fornecimento de energia elétrica para o país. Funcionam
a exclusão social do trabalhador rural, reduz-se investimento
apenas duas usinas nucleares, Angra I e Angra II. Angra III está
e capacidade da agricultura familiar, e potencializa-se a degra-
em construção. Entre os problemas, o alto custo e o problema
dação ambiental; [E], porque a terra é uma mercadoria e tal
qual, tem valor de mercado, o que impossibilita o acesso de- da alocação dos resíduos radioativos.
mocrático a ela. 13| E
07| C Como mencionado corretamente na alternativa [E], as princi-
pais fontes para a geração de energia elétrica no país derivam
A anamorfose constitui uma representação cartográfica com das hidrelétricas, biomassa, e gás natural. Estão incorretas as
as áreas ficam proporcionais ao tema representado. Neste alternativas: [A], porque ocorreu aumento da participação das
caso, o mapa [I] representa a produção agrícola onde o agro- fontes térmicas; [B], porque ocorreu aumento na participação
negócio tem papel muito importante em regiões como o Cen- das usinas eólicas; [C], porque as usinas termelétricas são
tro-Oeste e Sul (soja, algodão, milho, arroz, cana de açúcar mais dispendiosas; [D], porque parte dos motivos dos “apa-
etc.). Já o mapa [II] representa a produção agrícola em que o
trabalho familiar em pequenas propriedades e relevante na gões” resulta do obsoletismo das linhas de transmissão.

SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015 77


14| E 21| D
Como mencionado corretamente na alternativa [E], a subs- Como mencionado corretamente na alternativa [D], fren-
tituição do combustível fóssil pela energia solar reduz a te a períodos de estiagem que afetam o fornecimento de
emissão de poluentes e a contaminação dos cursos de água. energia pelas hidroelétricas, o governo aciona a produção
Estão incorretas as alternativas seguintes, porque o uso de via termoelétricas e nucleares, repassando o maior custo do
energia solar não implica em desmatamento, erosão, descar- funcionamento para o consumidor final. Estão incorretas as
gas elétricas ou assoreamento. alternativas: [A], porque no tocante à produção de energia
termonuclear, a estratégia utilizada é a implementação de
15| D Angra III; [B], porque o potencial instalado para a geração
A figura indica a composição do relevo submarino sendo que o de energia pertence ao Paraguai, que já vende parte de sua
Pré-Sal corresponde ao estrato mais inferior (4), o Pós-Sal é o produção da Itaipu Binacional para o Brasil; [C], porque é in-
estrato de número (2) e o Sal é a camada intermediária (3). viável coibir o consumo de eletroeletrônicos; [E], porque as
16| A usinas de biomassa correspondem somente a 8% da produ-
ção de energia no Brasil.
Como mencionado corretamente na alternativa [A], a redistri-
buição dos royalties no Brasil está associada à ação da União 22| D
que busca nova regulação sobre as riquezas do subsolo. Es-
tão incorretas as alternativas: [B], [C] e [D], porque a redis- Como mencionado corretamente na afirmativa [II], o Cam-
tribuição dos royalties não está associada aos investimentos po de Tupi, parte integrante do Pré-Sal, apresenta elevado
estrangeiros; ao monopólio da legislação federal ou à questão potencial de exploração em razão das reservas de petróleo
ambiental. e gás natural. Estão incorretas as afirmativas: [I], porque a
área mapeada corresponde ao Pré-Sal; [III], porque as dis-
17| C cussões para a alteração da distribuição dos royalties reduz
Como mencionado corretamente na alternativa [C], os pontos a porcentagem para os estados produtores como SP e RJ e
no mapa indicam a localização da Usina termonuclear Angra passa a premiar todas as unidades da federação do Brasil.
III (RJ), das Usinas Hidrelétricas de Jirau e Santo Antonio no Rio
Madeira em Rondônia, e Belo Monte no Rio Xingu no Pará e, 23| A
portanto, representam a ampliação da capacidade energética A área 1 corresponde ao domínio morfoclimático e fitoge-
do país. Estão incorretas as alternativas seguintes porque não ográfico da Amazônia onde se localiza a bacia hidrográfica
correspondem aos pontos evidenciados no mapa. amazônica, a que apresenta o maior potencial hidrelétrico
do país devido ao grande volume de água e desníveis topo-
18| D gráficos. Também é encontrada nesta área, parte da bacia
Como mencionado corretamente na alternativa [D], a impor- hidrográfica do Tocantins.
tância da matriz energética brasileira decorre das condições
naturais apresentadas pelo Brasil, em razão de sua grande ex- 24| C
tensão territorial, climas e solos favoráveis à produção agrícola, O item [III] está incorreto, uma vez que o setor que mais con-
hidrografia planáltica e ventos constantes, contribuindo para a some energia elétrica é a indústria. A seca excessiva nas re-
diversificação de fontes energéticas. Estão incorretas as alterna- giões Nordeste e Sudeste (entre 2012 e 2015) baixou o nível
tivas: [A] e [B], porque o texto não aborda somente a produção dos reservatórios das hidrelétricas. Assim, o governo teve
de petróleo ou biocombustível; [C], porque o texto não faz refe-
que utilizar mais as termelétricas (carvão, óleo e gás natu-
rencia à crescente produção de fontes não renováveis; [E], por-
ral) para complementar o abastecimento de energia. Como a
que o texto não faz referencia à questão do impacto social.
energia termelétrica é mais cara, uma das consequências foi
19| C o aumento do preço da conta de energia para os consumido-
As hidrelétricas são uma opção fundamental na geração de res e campanhas para racionalizar o consumo.
eletricidade no Brasil devido ao grande potencial das bacias 25| B
hidrográficas brasileiras, uma vez que os rios nacionais apre-
sentam expressivo volume e existem desníveis topográficos O petróleo pré-sal está localizado em grande profundidade
(dominância de planaltos e depressões). Trata-se da fonte de em rochas sedimentares recobertas por uma camada de sal.
energia com menor custo no país se comparada às termelétri- Situa-se nas bacias sedimentares Capixaba (ES), Campos (RJ)
cas, usinas nucleares e usinas eólicas. e Santos (RJ, SP, PR e SC). Com a exploração da bacia de San-
tos, a perspectiva é de aumento da produção de petróleo e
20| C gás natural em São Paulo.
A partir da crise do petróleo na década de 1970, o Brasil tomou
iniciativas para diversificar suas fontes de energia. Assim, foi 26| B
criado o Proálcool, programa que desenvolveu o etanol, o bio- No Brasil, a maior parte do petróleo e do gás natural loca-
combustível renovável de cana-de-açúcar. Na década de 2000, liza-se em bacias sedimentares, principalmente da Era Me-
com o aprofundamento da preocupação com o meio ambiente sozoica recobertas pelo mar. O petróleo pós-sal localiza-se
e por razões econômicas, foi desenvolvido o programa de bio- na rocha sedimentar relativamente mais superficial. O pe-
diesel, biocombustível substituto do diesel convencional e pro- tróleo da camada pré-sal localiza-se em grande profundi-
duzido a partir de óleos vegetais como soja, girassol, babaçu, dade em rochas sedimentares recobertas por uma espessa
dendê e mamona. camada de sal.

78 SEMANA 01 - 14/09/2015 – 20/09/2015

Você também pode gostar