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CURSO DE OPERADORES DE PROCESSO INDUSTRIAIS – OP.

Unitárias: GESTOR OPERACIONAL

Processos Especiais de Controle e Solução de Anormalidades na Coluna de Destilação

Propositor e Facilitador: - Trabalho de Grupo - Valor total: 3,0 pts.

DEAD CAT BOUNCE

O assunto não é incompreensível talvez, ainda não tenha capacidade de compreender – J. Hélio Freire

Parte I (Bases para resolução das Situações Operacionais Hipotéticas)

Leve em conta a figura anexa a seguir, exerça e apresente as soluções para cada caso: Uma Coluna (torre) de
destilação é reconhecidamente um dos equipamentos (no seu modus operandi) mais sofisticados tanto nos aspectos
operacionais como na complexidade de interpretação do processo (análise do comportamento das variáveis envolvidas e
definidas no seu know how e procedimentos, instruções operacionais), principalmente quando se quer atingir sua
performance na eficiência e eficácia no seu processo e controle de uma planta industrial integrada -, requer
principalmente, ênfase na sua Gestão energética. Ademais, tomando ainda com base a figura já citada, considere as
seguintes situações e ocorrências sempre (always) com as quais nos defrontamos diariamente, minuto a minuto,
realçamos uma vez mais, levando-se em conta as premissas exigidas pelo know how traduzidas nas instruções
superiores a serem observas, analisadas e seguidas.

As equipes de turno são nesse caso formadas por hipotéticas composições: Operador sênior, Operador
de painel, Operador de painel trainee e um Operador de campo.

• – Premissas do Processo (Aspectos Práticos)

1.1. O controle de uma coluna de destilação visa basicamente atender a três* objetivos:

a) Manter estável as condições de operação da coluna;


b) Regular as condições de operação para que os produtos mantenham-se dentro dos padrões de qualidade
exigidos; c) Atingir
esses dois objetivos de maneira mais eficiente e eficaz possível.

* Eu, humilde acrescento uma quarta: segundo estudos as operações com as colunas de destilação consomem
quase cerca 6% de toda energia dos EUA (46% do consumo do ramo industrial). Sem atentar para realidades
como essa, há quem difunda que os processos de destilação, é uma operação tecnologicamente dominada,
sobre a qual há muito pouco para se estudar ou desenvolver. “?” Ledo engano, se considerarmos que a energia
é um bem muito caro e essencial, impactando fortemente na rentabilidade da empresa, no custo dos produtos e,
para a sociedade.

Baseado nessa assertiva desenvolvi este despretensioso exercício diferenciado.


1.2. Considere as principais variáveis tipicamente controladas em uma coluna de destilação sem retiradas
laterais, são elas: (Coluna (torre) de 30 bandejas perfuradas, altura de 25 m e diâmetro de 1,5 m com espc básico de
aço liga-inox), além de toda a parte de automação (instrumentação).

• Pressão e temperatura de trabalho na coluna;

• Nível de líquido acumulado na base da coluna e no acumulador de condensado, destilado;

• Vazão da carga, das utilidades industriais e recursos do tipo Refluxo e reciclo, etc.

• A composição dos produtos de base e de topo.

Essas variáveis podem ser classificadas como:

a) Variáveis de operação: Incluem a pressão, temperatura, vazão e os níveis de líquido citados.


O controle destas variáveis visa atender o primeiro objetivo citado, isto é, manter as condições de operação estáveis.
Atenção: Essas condições são determinadas considerando-se apenas a estabilidade do processo, sem levar em conta
as especificações dos produtos.

b) Variáveis de qualidade dos produtos: São as composições das correntes do topo e da base.
São reguladas para atender o segundo objetivo, ou seja, alcançar as especificações desejadas dos produtos. Essas
variáveis são determinadas apenas pela pureza dessas correntes.

1.3. A temperatura do estágio de equilíbrio. De fato, o controle da temperatura é o mais rápido, mais barato e o mais
popular entre os citados acima, porém, pode alterar o perfil térmico da coluna e suas consequências a partir do seu topo.
(Olha o consumo energético aí gente!).

1.4. Em resumo, uma coluna de destilação típica, além de manter a condição de estado estacionário para as correntes de
alimentação, produtos de base de topo e refluxo -, são controladas por cinco variáveis básicas. (Olha o consumo
energético aí gente!).

1.5. Três delas (Pressão e os Níveis acumulados) são controladas para manter a estabilidade da operação, e as outras
duas (Composição dos produtos), para atender as especificações de qualidade dos produtos. O controle das variáveis
citadas é feito através da manipulação da vazão de cinco correntes: (atenção: pela manipulação de válvulas de controle,
onde teremos um exercício especial sobre essas operações).

• produto de topo e da base;

• resfriamento do condensador (água de resfriamento);


• aquecimento do refervedor, reboiler (vapor);

• razão de refluxo.

1.6. Essas vazões são manipuladas pela abertura de válvulas de controle (breve faremos um exercício somente
sobre o uso delas), posicionadas conforme se apresenta nos casos mais comuns; a pressão no topo da coluna e o nível
do acumulador são controlados manipulando-se a vazão de água no condensador ou pela vazão do produto de topo,
por exemplo).

1.7. O nível da base é controlado pela vazão do produto da base, enquanto a composição dos produtos (controlando
indiretamente a temperatura da coluna) é controlada pela vazão de vapor no refervedor (reboiler), pela razão de refluxo
ou pela vazão do produto de topo.

1.8. Malhas de controle da coluna de destilação, Variável controlada, Variável manipulada:

• Nível da base Vazão de realimentação do refervedor (reboiler);

• Nível do acumulador;

• Razão de refluxo;

• Temperatura da alimentação Vazão de vapor no pré-aquecedor;

• Temperatura do acumulador Vazão de água de condensação;

• Temperatura da base Vazão de vapor no refervedor (reboiler);

• Temperatura de um estágio intermediário;

As seguintes variáveis também devem ser monitoradas:

a) vazão da corrente de produto de topo;


b) vazão da corrente de produto de fundo;
c) temperatura dos estágios intermediários da coluna; (o gradiente da coluna);
d) pressão na base;
e) pressão no topo.

2.0 – Premissas Operacionais da coluna (Instruções Supervisão) – O exercício prático propriamente dito).

2.1 - Uma das instruções básicas na sua condução operacional é que a sua carga (alimentação) só poderá ser alterada
com autorização expressa da supervisão da unidade (é proibido ser um tampering isto é, um buliçoso) é quase uma
manobra causa pétrea.
2.2 - Condições iniciais de operação da coluna para separação de dois componentes A e B:

• Composição da mistura: A de menor ponto de ebulição 70% e B de maior ponto 30%;

• Vazão (carga) alimentada no prato ótimo (p. ex., o prato do meio) - 40m³/h (a 100ºC).

• Condições Operacionais da coluna: Pressão - no fundo: 1,2 kg/cm² (+/- 1,0); no topo: 1,8 (+/- 1,0) kg/cm²;
Temperatura - fundo 180ºC (+/- 10ºC) ; topo: 95ºC (+/- 5ºC).

• O tipo de vapor: saturado de média pressão, 15 kg/cm² e, temperatura 180 a 200ºC.

• Indique qual a vazão (percentual de abertura) correspondente à abertura da válvula de controle da válvula de vapor
bem como o seu título.

• As condições da água de refrigeração, sua temperatura o DT°C, etc. Indique qual a vazão e o percentual de
abertura correspondente à abertura da válvula globo na entrada do trocador de calor;

• Indique qual a razão de refluxo, alvo a ser estabelecido e o seu limite de tolerância.

• Percentual do produto A em relação a sua mistura que será especificado no topo da torre.
Obs.: instrução deixada, 95% de A e 5% B).

3.0. Situações ou Anormalidades (Ocorrências ao longo do turno)

Discorra de forma sucinta, porém coerente, a sua atuação como Gestor Operacional (modus operandi,
operadores Gestores) e de processo nos procedimentos que você executaria (exponha tipo de causas e soluções
para correção) -, lembre-se que a exemplo das tensões da labuta, você está sobre avaliação.

Considere os Questionamentos a seguir e formule uma solução viável e aceita, para equacionar o problema.
(são dois eventos por equipe de quatro) – Indicar objetivamente: Causa e Solução.

• Subida repentina da temperatura de topo da torre; (acima do valor de tolerância)


3.2. Baixa brusca na temperatura de topo da torre; (abaixo do valor de tolerância)

• Elevação da pressão no topo da torre;

• Abaixamento brusco na pressão topo da torre;

• Abaixamento do nível da torre (em relação ao estabelecido);

3.5. Elevação do nível da torre (em relação ao estabelecido); 3.6.


Brusco aumento do gradiente concomitante da temperatura e pressão na torre;
3.7. Ocorrência de uma elevação significativa da temperatura da água de alimentação

fornecida para resfriar o trocador de calor de topo da torre;

3.8. Se ocorresse um abaixamento da temperatura do vapor de alimentação do trocador

no fundo da coluna;

3.9. Considere, uma mudança de alimentação no prato de alimentação da coluna isto é,

estabeleça situações de alteração p/cada uma das outras duas posições de alimentação;

3.10. Quais medidas corretivas você adotaria, caso uma análise do produto de fundo da coluna

indicasse para o produto A um percentual 10% a maior (acima) no valor preestabelecido;

3.11. Idem, se indicasse para o produto B, um percentual 10% a menor no valor preestabelecido

no topo da coluna;

3.12. Inundação (flooding); Dumping; Blowing; Arraste; Weeping; Formação de espuma e Pulsação.

Notas: I. Cada equipe deve emitir um sucinto e esclarecedor relatório de turno sobre os temas definidos.

II. Expor/discutir p/os demais colegas em sala a solução de cada evento proposto (20 min e 20 réplica).

III. Em qualquer da hipóteses aqui aventadas pode-se considerar com alguma lógica problemas nos chamos
equipamentos periféricos da torre dede que plenamente justificáveis. IV.
Idem, para eventuais problemas de Automação (Instrumentação) e ou Mecânico bombas, válvulas, etc. Excluídos
os de natureza elétrica.

ALERTA: Trabalho/exercício, desenvolvido (2012/13/14 p/ cursos Petrobras/Cofic/Braskem) a partir da


teoria sobre o assunto (tema), sendo proibida a sua aplicação e/ou reprodução sem autorização prévia
e expressa do autor, créditos, José Hélio Freire - Bygasnobrejhf. - 10/2019.

4.0. Modus Operandi do Estudo Dirigido: Desenvolvimento, estudo e prática a cada aula em sala organizada -,
operacionalmente simulando um turno de trabalho campo/painel.
– Cronograma preliminar: dia 25/11- apresentação e preliminares; dia 27/11- apresentação dos três primeiros
grupos; dia 02/12 - os outros restantes.
5.0. Entrega Final: parte 09/Novembro/2019

Reflexão: “A ESTUPIDEZ É INFINITAMENTE MAIS FASCINANTE DO QUE A INTELIGÊNCIA.

A INTELIGÊNCIA TEM SEUS LIMITES, A ESTUPIDEZ NÃO.” - Claude Chabrol, cineasta frances

Equipe:_ 1._______________________________ 2. ______________________________

3.______________________________________ 4. ______________________________

PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA TORRE DE DESTILAÇÃO. Corte secção de pratos da coluna. TORRE DE DESTILAÇÃO Sistema Controle

“ Não Olhe Para Trás. Algo De Mal Pode Estar lhe Alcançando.” - Anônimo/árabe. – Bygasnobrejhf

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