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Criminologia para Delegado da Polícia Civil de Pernambuco
Questões da Prova Comentadas
Prof. Julio Ponte
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Gabarito:
Item A. ERRADO. A Criminologia é uma ciência autônoma, empírica e
interdisciplinar, que tem por objeto o estudo do crime, do criminoso, da vítima e
do controle social (que engloba as causas e fatores) das condutas criminosas.
Não se trata de uma ciência normativa, pois desse papel se ocupa o Direito
Penal. Por ser uma ciência normativa, o Direito Penal tem essência a
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repressão social ao crime, e atua no mundo jurídico por meio de regras punitivas
que ele mesmo elabora. O seu objeto, portanto, é o crime como um ente
jurídico, e como tal, passível de sanções.
Item B. CORRETO. Etimologicamente, criminologia vem do latim
crimino (delito/crime) e do grego logos (estudo, tratado). Assim, significaria
“estudo do crime”. Já foi definida como “a ciência que estuda os crimes e os
criminosos, isto é, a criminalidade”. Entretanto, a criminologia não estuda
apenas o crime, mas também, as circunstâncias sociais, a vítima, o criminoso, o
prognóstico delitivo etc. A Criminologia Moderna ou Científica surgiu entre os
séculos XX e XXI. Essa escola abrange os seguintes objetos: delito, delinquente,
vítima e controle social. É definida como uma Ciência causal-explicativa da
criminalidade, isto é, que investiga as causas da criminalidade (seu objeto)
segundo o método experimental. Teve como diferencial da criminologia clássica
a ampliação do seu objeto de estudo. Houve a incorporação do estudo da
vítima no contexto delitivo, aliado ao controle social, deu novo aspecto
sociológico ao estudo da criminologia, deixando-se de se ocupar somente com o
delito em si.
Item C. ERRADO. A Criminologia Moderna é uma ciência causal-
explicativa da criminalidade não abrangendo aspectos normativos, muito menos
estabelece comandos legais de repressão à criminalidade. Dessa parte se ocupa
o Direito Penal. Ademais, encara o meio social como um dos fatores
criminógenos, e não o contrário como descrito no item em comento.
Item D. ERRADO. A Criminologia não é uma ciência normativa. Trata-se
de uma ciência empírica. Os fatos reais e concretos são utilizados para
formar o seu centro de estudo. A Criminologia estuda o “SER”, por meio do
exame da realidade de onde o crime emergiu, com vistas entender os fatores
criminógenos nos casos concreto. Ressalte-se que método empírico utilizado na
Criminologia atual foi desenvolvido na Escola Positiva pelos estudos de Cesare
Lombroso e até hoje faz parte de sua essência: o estudo do contexto
criminológico. Há ainda quem diga que a Criminologia como ciência é indutiva,
mas em verdade, não age através da indução dos fatos e sim da realidade dos
fatos (empirismo) enquanto o Direito Penal é dedutivo. Mais um erro, portanto,
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Gabarito:
Item A. ERRADO. O modelo clássico e não o positivista analisa os
fatores criminológicos sob a concepção do delinquente como indivíduo racional e
livre, que opta pelo crime em virtude de decisão baseada em critérios
subjetivos. O modelo clássico, cujo expoente foi Cesare Boneasa, mais
conhecido como o Marquês de Beccaria, tinha como pressuposto basilar o de
que todos os seres humanos gozavam do livre arbítrio, de modo que cada
um poderia escolher o caminho que desejasse seguir. Apresentava como
características as seguintes: a) utilização do método abstrato e dedutivo
(baseado no silogismo) de estudo; b) a responsabilidade penal do criminoso
baseava-se sempre na sua responsabilidade moral; c)o livre arbítrio era
qualidade inerente ao ser humano, razão pela qual o criminoso seria aquele
indivíduo que teve a opção de escolher o caminho correto (do bem), mas
fez uma opção diversa (pelo caminho do mal), razão pela qual poderia ser
moralmente responsabilizado por suas escolhas equivocadas.
Item B. ERRADO. A Criminologia se trata de uma ciência
independente, empírica e interdisciplinar, a qual tem por objeto o estudo
sobre o delito (crime), a criminalidade e suas causas, a vítima, o controle
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Gabarito:
Item A. ERRADO. Para a teoria ecológica da sociologia criminal o
progresso traz criminalidade às grandes metrópoles, em razão do
desaparecimento do controle social informal. Não considera, no entanto,
normal o comportamento delituoso para o desenvolvimento regular da ordem
social. Tem por proposta o melhor aproveitamento do espação urbano em
desfavor das ganglands, ou seja, dos locais com alta concentração da
criminalidade.
Item B. ERRADO. O item se apresenta errado porque insere a Escola de
Chicago dentre as teorias do conflito, quando, na verdade, trata-se de espécie
de teoria do consenso, cuja finalidade da sociedade só é atingida quando há
um perfeito funcionamento de suas instituições, de modo que os indivíduos
compartilhem os objetivos comuns a todos os cidadãos, aceitando todas as
normatizações impostas em dada época
Item C. ERRADO. A teoria do “labelling approach” se insere no
contexto das teorias do processo social, ao lado das teorias de aprendizagem
social e de controle social. Para ela, o crime é uma função das interações
psicossociais do indivíduo e dos diversos processos da sociedade. Ou seja, não
lhes interessa as causas do desvio, mas sim os processos de criminalização que
o gerara. É uma corrente criminológica próxima à criminologia radical de cunho
marxista, mas sem compartilhar, ao menos necessariamente, o modelo de
sociedade configurado por esta. A assertiva se encontra errada exatamente
porque o objeto central da teoria do etiquetamento não é evidenciada
pelo fator econômico como justificativa para o ato criminoso. Nesse
passo, distancia-se das teorias estruturais, que tinham por objeto a ênfase no
sistema econômico como justificativa para a criminalidade das classes
marginalizadas. Dentre elas destacou-se a teoria marxista. Para esta teoria o
delito seria o reflexo do modelo econômico capitalista provedor da desigualdade
social de um Estado, e aqueles que não se enquadrassem num determinado
padrão de consumo por meios lícitos, se utilizariam da criminalidade, da
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é útil; porque estas condições de que é solidário são elas mesmas indispensáveis
à evolução normal da moral e do direito". O desvio, sendo funcional, somente
será perigoso para a existência e o desenvolvimento da sociedade quando
exceder certos limites. Nestes casos pode advir uma situação de absoluta
desorganização e anarquia, em que todo o sistema normativo de conduta perde
seu valor. Ao mesmo tempo, outro sistema não se firma em substituição,
gerando um estado de absoluta falta de regras ou normas, uma ausência de
qualquer orientação sobre a conduta humana. A este estado de coisas,
Durkheim denomina "anomia" e esta sim pode ser um fator extremamente
deteriorante da sociedade. Um exemplo sempre atual de uma situação de
"anomia" é a sensação de impunidade e de ausência ou negligência dos órgãos
oficiais, gerando um amplo descrédito no sistema normativo vigente, mas
inoperante. A assertiva se encontra errada porque traz o pensamento da
Escola de Chicago, e não da teoria estrutural fucionalista.
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Gabarito:
Item A. ERRADO. Para a moderna criminologia, a alteração do
cenário do crime não previne o delito: a falta das estruturas físicas sociais
não obstaculiza a execução do plano criminal do delinquente. Na realidade a
alteração do cenário do crime previne o delito, pois é na ausência e na
deficiência de estruturas sociais que a incidência de crimes é maior.
Item B. ERRADO. A assertiva se refere à prevenção primária e não
terciária, vez que na prevenção primária o delito ainda não aconteceu.
Assim, busca-se neutralizar o delito antes que ele ocorra. Apenas para recordar,
a prevenção primária ataca a raiz do conflito (educação, emprego, moradia,
segurança etc.). Para tanto, faz-se necessária a atuação do Estado, de forma
célere, na implantação dos direitos sociais dos cidadãos, quais sejam, educação,
saúde, trabalho, segurança e qualidade de vida.
Item C. ERRADO. Destina-se, na verdade, a setores da sociedade
que podem vir a padecer do problema criminal, mas não de maneira difusa.
Manifesta-se a curto e médio prazo de maneira seletiva, ligando-se à ação
policial, programas de apoio, controles das comunicações etc. Opera onde e
quando o conflito acontece, nem antes nem depois. E se caracteriza pelas ações
policiais, pela atuação do ministério público, pela justiça criminal, pelo
controle dos meios de comunicação, pela implantação da ordem social e
se destina a atuar sobre os grupos e subgrupos que apresentam maior risco de
protagonizarem algum problema criminal.
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Gabarito:
Item A. CORRETO. A ocorrência de ação criminosa gera uma reação
social (estatal) em sentido contrário, no mínimo proporcional àquela. A evolução
das reações sociais prevê três modelos distintos: dissuasório, ressocializador e
restaurador (integrador). O modelo dissuasório (direito penal clássico) baseia-
se na repressão por meio da punição ao agente criminoso, como forma de
mostrar a todos que o crime não compensa e que gera sanção. Por esse modelo,
aplica-se a pena somente aos imputáveis e semi-imputáveis, cabendo aos
inimputáveis o tratamento psiquiátrico. O modelo ressocializador intervém
na vida e na pessoa do infrator, não apenas lhe aplicando uma punição, mas
também lhe possibilitando a reinserção social. Aqui a participação da
sociedade é relevante para a ressocialização do infrator, prevenindo a ocorrência
de estigmas. O modelo restaurador (integrador) procura restabelecer, da
melhor maneira possível, o status quo ante ao delito. Tem por escopo a
reeducação do infrator, a assistência à vítima e o controle social afetado pelo
crime. Gera sua restauração, mediante a reparação do dano causado. Como
bem descreve a assertiva, “em determinado nível, admitem-se como conciliáveis
esses modelos de enfrentamento ao crime”.
Item B. ERRADO. Tal como afirmado no item “A”, o modelo restaurador,
também conhecido como justiça restaurativa procura restabelecer, da melhor
maneira possível, o status quo ante ao delito. Tem por escopo a reeducação
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lei.
C) Para os correcionalistas, criminoso é um ser inferior, incapaz de
dirigir livremente os seus atos: ele necessita ser compreendido e
direcionado, por meio de medidas educativas.
D) Para a criminologia clássica, criminoso é um ser atávico,
escravo de sua carga hereditária, nascido criminoso e prisioneiro de sua
própria patologia.
E) A criminologia e o direito penal utilizam os mesmos elementos
para conceituar crime: ação típica, ilícita e culpável.
Gabarito:
Item A. ERRADO. O pensamento trazido na assertiva descreve os
modelos de teorias estruturais, pós positivistas. Tinham por objeto a ênfase no
sistema econômico como justificativa para a criminalidade das classes
marginalizadas. Dentre elas destacou-se a teoria marxista. Para esta teoria o
delito seria o reflexo do modelo econômico capitalista provedor da
desigualdade social de um Estado, e aqueles que não se enquadrassem num
determinado padrão de consumo por meios lícitos, se utilizariam da
criminalidade, da corrupção, da prostituição etc com vistas a manterem o status
econômico ostentado pelo capitalismo.
Item B. ERRADO. A assertiva descreve o pensamento da escola
clássica, inspirada pelo Iluminismo italiano do século XVIII. Para essa escola, o
exercício de livre arbítrio seria o fator determinante para o cometimento do
delito. Sendo ele uma qualidade inerente ao ser humano, tornar-se-ia criminoso
o indivíduo que, podendo escolher o caminho correto (do bem), fez uma opção
diversa (pelo caminho do mal), razão pela qual seria moralmente
responsabilizado por suas escolhas equivocadas.
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