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Perfurocortantes PDF
Perfurocortantes PDF
Programa de prevenção de
acidentes com materiais
perfurocortantes em
serviços de saúde
www.cdc.gov/sharpssafety
MINISTÉRIO
DO TRABALHO E EMPREGO
FUNDACENTRO
FUNDAÇÃO JORGE DUPRAT FIGUEIREDO
DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO
Presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva
Ministro do Trabalho e Emprego
Carlos Lupi
Projeto Riscobiologico.org
Coordenadores
Cristiane Rapparini
Valéria Saraceni
Alcyone Artioli Machado
Guilherme Côrtes Fernandes
Fundacentro
Presidente
Jurandir Boia
Diretor Executivo
Eduardo de Azeredo Costa
Diretor Técnico
Jófilo Moreira Lima Júnior
Diretor de Administração e Finanças
Hilbert Pfaltzgraff Ferreira
Manual de implementação
Programa de prevenção de acidentes com
materiais perfurocortantes em serviços de saúde
Manual de implementação
Programa de prevenção
de acidentes com materiais
perfurocortantes em serviços
de saúde
• São Paulo
MINISTÉRIO
•
DO TRABALHO E EMPREGO
•
•
FUNDACENTRO
FUNDAÇÃO JORGE DUPRAT FIGUEIREDO
DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO
• 2010
Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.
Disponível também em: www.riscobiologico.org & www.fundacentro.gov.br
Rapparini, Cristiane.
Manual de implementação : programa de prevenção de acidentes
com materiais perfurocortantes em serviços de saúde / Cristiane
Rapparini ; Érica Lui Reinhardt. - São Paulo : Fundacentro, 2010.
161 p. ; 30 cm.
Adaptado de “Workbook for designing, implementing, and
evaluating a sharps injury prevention program” - Centers for Disease
Control and Prevention, 2008.
ISBN 978-85-117-43-0
CIS CDU
Xycop Yhb As 614.253.1+613.6.02
Ficha Técnica
Etapas organizacionais 33
Etapa 1. Desenvolvimento da capacidade organizacional 33
Comitê gestor do programa de prevenção de acidentes com perfurocortantes 34
Processos operacionais 42
Institucionalização de uma cultura de segurança no ambiente de trabalho 42
Introdução 42
Estratégias para criação de uma cultura de segurança 44
Mensuração de melhorias na cultura de segurança 46
Implantação de procedimentos de registro, notificação e investigação 47
de acidentes e situações de risco
Introdução 47
Desenvolver um procedimento para notificação de acidentes e um método de documentação 47
Desenvolver um procedimento de registro de situações de risco 50
Desenvolver um procedimento de investigação de fatores contribuintes 50
para o acidente ou “quase acidente”
Análise dos dados sobre os acidentes com perfurocortantes 52
Introdução 52
Compilação de dados de acidentes com perfurocortantes 52
Análise de dados de acidentes com perfurocortantes 53
Cálculo das taxas de incidência de acidentes 54
Uso de gráficos ou cartas de controle para monitoramento dos progressos 55
Cálculo de taxas de acidentes por instituição 56
Avaliação por comparação - benchmarking 56
Seleção de perfurocortantes com dispositivos de segurança 56
Introdução 56
Etapa 1. Organização de uma equipe de seleção e avaliação de produtos 57
Etapa 2. Estabelecimento de prioridades para consideração do produto 58
Etapa 3. Coleta de informações sobre o uso do perfurocortante convencional 58
Etapa 4. Determinação de critérios para seleção de produto e identificação de outros aspectos relevantes 59
Etapa 5. Obtenção de informações sobre os produtos disponíveis 59
Etapa 6. Obtenção de amostras de perfurocortantes com dispositivos de segurança 60
Etapa 7. Desenvolvimento de um formulário de avaliação de produto 60
Etapa 8. Desenvolvimento e execução de um plano de avaliação de produto 61
Etapa 9. Tabulação e análise dos resultados da avaliação 62
Etapa 10. Seleção e implantação do produto escolhido 63
Etapa 11. Realização do monitoramento pós-implantação 64
Capacitação dos trabalhadores da saúde 64
Introdução 64
Trabalhadores da saúde como alunos 64
Oportunidades para as atividades educativas e a capacitação 65
dos profissionais e outros trabalhadores da saúde
Conteúdo das capacitações sobre a prevenção de acidentes com perfurocortantes 65
Instrumentos didáticos 66
Referências bibliográficas 67
Anexo A – Formulários e planilhas 76
A-1 Modelo de planilha para avaliação inicial (basal) do programa
A-2 Modelos de formulários para medir as percepções dos trabalhadores
sobre a cultura de segurança na instituição
A-3 Modelos de formulários para pesquisa com os trabalhadores
sobre a exposição a sangue ou outros materiais biológicos no ambiente de trabalho
A-4 Modelo de planilha do perfil inicial (basal) de acidentes na instituição
A-5 Modelo de planilha para registro das medidas existentes para prevenção de acidentes
A-6 Modelos de formulários de planos de ação do programa
de prevenção de acidentes com perfurocortantes
A-7 Modelo de formulário de notificação de exposição a sangue ou outros materiais biológicos
A-8 Modelos de formulários para registro de situações de risco
ou “quase acidentes” envolvendo perfurocortantes
A-9 Modelos de formulário para análise simples de causa raiz
de acidentes com perfurocortantes ou eventos de “quase acidentes”
A-10 Modelo de planilha para o cálculo do ajuste da taxa específica por função ou ocupação
A-11 Modelo de questionário para pesquisa sobre o uso de perfurocortantes
A-12 Modelo de planilha de pré-seleção de perfurocortante com dispositivo de segurança
A-13 Modelo de formulário de avaliação de perfurocortante com dispositivo de segurança
Anexo B – Dispositivos de segurança para a prevenção de acidentes com
perfurocortantes 132
Anexo C – Práticas de trabalho seguras para a prevenção de acidentes com
perfurocortantes 135
Anexo D – Estratégias para abordar problemas específicos associados a acidentes
com perfurocortantes 138
Anexo E – Avaliação do custo das ações de prevenção de acidentes com
perfurocortantes 140
E-1 Modelo de planilha para estimativa dos custos anual e médio dos acidentes com perfurocortantes
E-2 Modelo de planilha para estimativa dos custos dos acidentes causados por perfurocortantes específicos
E-3 Modelo de planilha para estimativa do custo líquido da implantação
de um perfurocortante com dispositivo de segurança
Anexo F – Glossário 155
Anexo G – Outras fontes de informação na internet 158
9
Apresentação
Os serviços de saúde são compostos por ambientes de trabalho complexos,apresentando,por isso mesmo,
riscos variados à saúde dos trabalhadores e também das pessoas que estejam recebendo assistência
médica nesses locais. Dentre esses riscos, um que é bastante peculiar ao serviço de saúde é o risco de
sofrer um acidente de trabalho com material biológico envolvendo um perfurocortante. Além de incluir o
ferimento em si,a grande preocupação em um acidente desta natureza é a possibilidade de vir a se infectar
com um patógeno de transmissão sanguínea,especialmente os vírus das hepatites B e C e da aids.Essas são
doenças que trazem grandes perdas não só ao trabalhador acidentado, mas também a toda a sociedade.
Mesmo que não haja soroconversão, um acidente com um perfurocortante envolve o sofrimento do
trabalhador acidentado e de sua família e muitas vezes grandes custos financeiros. Por isso, deve-se
evitar ao máximo que esses acidentes ocorram, propósito último deste manual e a principal motivação
para a tradução e adaptação deste importante manual dos Centers for Disease Control and Prevention.
Este manual contém instruções práticas para auxiliar os serviços de saúde a elaborar, implementar
e avaliar um programa de prevenção de acidentes com perfurocortantes. Uma vez implementado,
o programa ajudará a tornar mais seguro o ambiente de trabalho não só dos profissionais da
saúde, mas também de todos os outros trabalhadores que atuam nesses serviços. Ao mesmo
tempo, pode servir de subsídio técnico para que os serviços de saúde atendam às exigências legais
relacionadas à saúde do trabalhador, especialmente as definidas na Norma Regulamentadora
nº 32 do Ministério do Trabalho e Emprego, além das estabelecidas em outras normas federais,
estaduais ou municipais que também sejam aplicáveis.
11
Informações sobre o manual
Introdução
A exposição ocupacional a patógenos de transmissão sanguínea provocada por acidentes com
agulhas e outros materiais perfurocortantes é um problema grave, mas muitas vezes pode ser
prevenida. Os Centers for Diseases Control and Prevention (CDC), nos EUA, estimam que anualmente
ocorram aproximadamente 385.000 acidentes com materiais perfurocortantes envolvendo
trabalhadores da saúde que atuam em hospitais(1). Exposições semelhantes também ocorrem
em outros serviços de assistência à saúde, como instituições de longa permanência para idosos,
clínicas de atendimento ambulatorial, serviços de atendimento domiciliar (home care), serviços de
atendimento de emergência e consultórios particulares. Os acidentes percutâneos com exposição a
material biológico estão associados principalmente com a transmissão do vírus da hepatite B (HBV),
do vírus da hepatite C (HCV) e do vírus da imunodeficiência humana (HIV), mas também podem estar
envolvidos na transmissão de outras dezenas de patógenos(2-5).
Informações adicionais
Este manual inclui diversas seções que descrevem cada etapa organizacional e cada processo
operacional do programa de prevenção. Diversos modelos de formulários e planilhas foram
incluídos para orientar a implementação do programa. O manual também contém:
• Uma visão geral da literatura sobre os riscos e a prevenção de acidentes de trabalho com
materiais perfurocortantes envolvendo trabalhadores da saúde;
• Uma descrição dos dispositivos de segurança e os fatores a serem considerados na seleção
desses dispositivos;
• Links para sites com informações relevantes sobre a prevenção de acidentes com material
biológico.
O manual apresenta um amplo programa de prevenção de acidentes de trabalho com materiais
perfurocortantes entre trabalhadores da saúde. As informações podem ser usadas para:
• Ajudar os serviços de saúde a criar, desenvolver e manter um programa de prevenção;
• Ajudar os serviços de saúde a ampliar e aprimorar as ações de um programa de prevenção que
já tenha sido implementado.
Os princípios podem também ser amplamente aplicados para a prevenção de todos os tipos de
exposições a sangue ou outros materiais biológicos.
Público-alvo
O público para essas informações inclui: gerentes de programas, membros de comitês dos serviços
de saúde e administradores na área de assistência à saúde. Nem todas as partes ou atividades
serão relevantes a todas as instituições. Os formulários e as planilhas podem ser adaptados de
acordo com as necessidades dos usuários. Alguns formulários e planilhas foram criados para serem
usados apenas uma vez (por exemplo, avaliação inicial), enquanto outros são para uso periódico.
12
13
Riscos e prevenção
de acidentes com
perfurocortantes entre
trabalhadores da saúde
Introdução
A prevenção de acidentes de trabalho com material biológico é uma importante etapa na prevenção
da contaminação de trabalhadores da saúde por patógenos de transmissão sanguínea. Dados
epidemiológicos sobre os acidentes, incluindo as circunstâncias associadas com a transmissão
ocupacional por estes patógenos, são essenciais para o direcionamento e a avaliação das intervenções
nos níveis local, regional e nacional. Os CDC estimam que, a cada ano, ocorram 385.000 acidentes
com perfurocortantes entre os trabalhadores da saúde que atuam em hospitais; uma média de
1.000 exposições por dia(1). A verdadeira magnitude do problema é difícil de ser avaliada, já que
não existem informações sobre a ocorrência destes acidentes entre os trabalhadores que atuam
em outros serviços, como, por exemplo, instituições de longa permanência para idosos, clínicas de
atendimento ambulatorial, serviços de atendimento domiciliar (home care), serviços de atendimento
de emergência e consultórios particulares. Além disso, embora estas estimativas dos CDC tenham
sido ajustadas em relação à subnotificação, a importância deste fator não pode ser subestimada.
Diferentes estudos indicam que mais de 50% dos trabalhadores da saúde não notificam a ocorrência
de exposições percutâneas envolvendo material biológico(6-13).
Infecção PC LA Infecção PC LA
Blastomicose 3 Herpes 3
Criptococose 3 Leptospirose 3
Difteria 3 Malária 3
Ebola 3 Tuberculose 3 3
Gonorreia 3 Febre Maculosa 3
Hepatite B 3 3 S. pyogenes 3
Hepatite C 3 3 Sífilis 3
HIV 3 3
1 Referências 2,5,14-16
Uma recente revisão da literatura feita por Tarantola (2006) descreve que já foi identificada a trans-
missão de 60 diferentes patógenos (26 vírus, 18 bactérias ou riquétsias, 13 parasitas e 3 fungos)
após exposição a sangue ou outros materiais biológicos entre trabalhadores da saúde.
Fonte: Tarantola A, Abiteboul D, Rachline A. American Journal of Infection Control. 2006; 34(6): 367-75.
Vírus da hepatite B
Nos EUA, a vigilância nacional de casos de hepatite fornece estimativas anuais de infecções por
HBV em trabalhadores da saúde. Essas estimativas são baseadas na proporção de pessoas com
novas infecções que relatam um contato ocupacional frequente com sangue. Os CDC estimaram
a ocorrência de 12.000 infecções por HBV entre trabalhadores da saúde em 1985(17). Desde então,
este número tem diminuído progressivamente, com uma estimativa de 500 casos em 1997(18). O
declínio nos casos de hepatite B ocupacional – mais de 95% – ocorreu principalmente devido à ampla
imunização dos trabalhadores da saúde. Embora as precauções universais também ajudem a reduzir
as exposições a sangue ou outros materiais biológicos e as infecções por HBV(19-21), a extensão da
contribuição destas medidas não pode ser precisamente quantificada.
Atualmente, muitos trabalhadores da saúde são imunes à hepatite B como resultado da vacinação
pré-exposição(22-27). Entretanto, trabalhadores suscetíveis ainda correm risco de exposição
envolvendo perfurocortantes e pacientes-fonte com infecção pelo HBV. Sem a instituição da pro-
filaxia pós-exposição, há um risco de 6%-30% de um trabalhador suscetível tornar-se infectado
após exposição ao HBV(28-30). O risco é mais elevado se o paciente-fonte for HBeAg positivo, um
marcador de infectividade elevada(28).
No Brasil, alguns estudos têm encontrado um percentual elevado de vacinação contra hepatite B
entre estudantes e trabalhadores, especialmente ao longo dos últimos anos. Mas, entre algumas
categorias de trabalhadores da saúde e em algumas cidades do País e apesar de sua disponibi-
lização na rede pública desde o início dos anos 90, a proporção de vacinação contra hepatite B,
especialmente com esquemas completos de três doses de vacina, é inferior a 50%.
14
Vírus da hepatite C
Antes da implementação das precauções universais e da descoberta do HCV em 1990, uma associação
foi observada entre trabalhar na área da saúde e a aquisição de hepatite aguda não-A, não-B(31).
Um estudo mostrou uma associação entre a positividade para o anti-HCV e a história de exposições
ocupacionais percutâneas(32).
O número exato de trabalhadores da saúde que adquirem HCV ocupacional não é conhecido. Os
trabalhadores da saúde expostos a sangue no local de trabalho representam de 2% a 4% do total
de novas infecções por HCV que ocorrem anualmente nos Estados Unidos, um total que declinou
de 112.000 em 1991 para 38.000 em 1997(33) (CDC, dados não publicados). Entretanto, não há uma
maneira de confirmar se estas infecções são casos de transmissão ocupacional. Estudos prospectivos
mostram que o risco médio de transmissão do HCV após exposição percutânea a um paciente-fonte
sabidamente infectado pelo HCV é de 1,8% (variação: 0% a 7%)(34-39), com um estudo indicando que
a transmissão ocorreu apenas em acidentes envolvendo agulhas com lúmen quando comparados
com outros perfurocortantes(34).
* http://www.cdc.gov/ncidod/dhqp/bp_hcp_w_hiv.html
15
O risco médio de transmissão ocupacional do HIV após exposição de membrana mucosa é estimado
como sendo de 0,09%(50). Embora episódios de transmissão ocupacional do HIV após exposições
cutâneas tenham sido documentados(51), o risco médio de transmissão não foi precisamente
quantificado, mas é estimado como sendo menor do que o risco de exposições de mucosas(52).
No Brasil, existem casos bem documentados de infecção ocupacional pelo HIV e hepatites B e C
entre trabalhadores da saúde. Como não havia até recentemente um sistema nacional de vigilân-
cia de acidentes de trabalho com material biológico no país, não era possível fazer uma estimativa
sobre o número de exposições a material biológico e infecções ocupacionais. Os estudos desen-
volvidos no país referiam-se principalmente a programas realizados de forma individualizada em
hospitais universitários e outros serviços de saúde. Algumas cidades e estados brasileiros tomaram
iniciativas a partir do final da década de 90, relacionadas com a criação e a implementação de
sistemas de vigilância locais.
* http://www.healthsystem.virginia.edu/internet/epinet/
16
Onde, quando e como ocorrem os acidentes?
Embora os perfurocortantes possam causar acidentes em qualquer lugar no serviço de saúde, os
dados do NaSH mostram que a maioria (39%) dos acidentes ocorrem em unidades de internação,
particularmente nas enfermarias/quartos, em unidades de terapia intensiva e no centro cirúrgico
(Figura 2). Os acidentes ocorrem mais frequentemente após o uso e antes do descarte de um
perfurocortante (40%), durante seu uso em um paciente (41%) e durante ou após o descarte (15%)
(CDC, dados não publicados). Há muitas variações nas circunstâncias envolvendo os acidentes em
cada um desses momentos, conforme mostrado nos dados do NaSH sobre acidentes envolvendo
agulhas com lúmen (Figura 3).
Técnicos Higienização/
Médicos 15% limpeza/
28% manutenção
3%
Estudantes
4%
Setores
administrativos
3%
Odontologia
1%
Pesquisa
1%
Enfermagem Outros
43% 4%
Figura 1 Grupos de trabalhadores da saúde expostos a sangue ou outros materiais biológicos.
(N = 23.197, excluindo as notificações com dados incompletos.
Fonte: NaSH – junho/1995 a dezembro/2003)
Tabela 2 Comparação das proporções e taxas de acidentes percutâneos entre ocupações selecionadas em diferentes
estudos
1
Denota apenas o pessoal interno. A relação empregador/empregado do serviço de saúde afeta as taxas de acidentes entre os médicos.
ND – não disponível
17
Tabela 3 Número e proporção de acidentes por ocupações selecionadas em sistemas de vigilância brasileiros
Período 2002 a maio 2009 1999 a set 2006 1997 a out 2008
Número de acidentes 4.187 14.096 20.723
Categoria ocupacional
Médicos 591 (14,1%) 1.176 (8,3%) 3.378 (16,3%)
Enfermeiros 228 (5,5%) 572 (4,1%) 1.185 (5,7%)
Técnicos, auxiliares e atendentes de enfermagem 1.658 (39,6%) 7.550 (53,6%) 7.694 (37,1%)
Laboratório 128 (3,1%) 340 (2,4%) 1.065 (5,1%)
Cirurgiões-dentistas 150 (3,6%) 486 (3,4%) 590 (2,9%)
Higienização/limpeza 287 (6,9%) 1.343 (9,5%) 2.587 (12,5%)
Estudantes 527 (12,6%)4 1.067 (7,6) 2.767 (13,4%)5
Ignorado 91 (2,1%) 200 (1,4%) 683 (3,3%)
1
Sistema de vigilância voluntário mantido pelo Projeto Riscobiologico.org – criado nos moldes do NaSH (CDC)/EPINet (Univ Virginia);
2
Sistema de notificação voluntária do Programa Estadual DST/Aids da Secretaria de Estado de Saúde – SP; 3 Sistema de notificação do
Programa Municipal DST/AIDS, Gerência de Doenças Transmissíveis, da Secretaria Municipal de Saúde – RJ; 4 Refere-se exclusivamente a
estudantes de medicina, enfermagem e odontologia; 5 Inclui estagiários e estudantes.
Centro Sala de
Cirúrgico procedimentos
25% 9%
Figura 2 Locais de ocorrência dos acidentes com sangue ou outros materiais biológicos
(N = 23.140, excluindo as notificações com dados incompletos. Fonte: NaSH – junho/1995
a dezembro/2003)
18
Tabela 4 Número e proporção de acidentes por local de ocorrência dentro do serviço de saúde em sistemas de vigilância
brasileiros
PSBio1 SINABIO2
Abrangência Brasil (participação voluntária) Estado de São Paulo
Período 2002 a maio 2009 1999 a set 2006
Número de acidentes 4.187 14.096
Locais de ocorrência
Enfermarias e quartos 1.119 (27,9%) 2.058 (14,6%)
Pronto socorro / Emergência 354 (8,8%) 2.001 (14,2%)
Centro cirúrgico 541 (13,5%) 1.233 (8,7%)
Unidade de Terapia Intensiva 418 (10,4%) 866 (6,1%)
Odontologia ND 672 (4,8%)
Laboratório 137 (3,4%) 492 (3,5%)
CME 50 (1,2%) 193 (1,4%)
1
Sistema de vigilância voluntário mantido pelo Projeto Riscobiologico.org – criado nos moldes do NaSH (CDC)/EPINet (Univ Virginia);
2
Sistema de notificação voluntária do Programa Estadual DST/Aids da Secretaria de Estado de Saúde – SP;
ND – não disponível; SMS-RJ – Variável não disponível no sistema de vigilância.
19
Tabela 5 Número e proporção de acidentes de acordo com as circunstâncias da ocorrência em sistemas de vigilância
brasileiros
Período 2002 a maio 2009 1999 a set 2006 1997 a out 2008
Número de acidentes 4.187 14.096 20.723
Circunstâncias de ocorrência
Reencape de agulha 364 587 (4,2%) 2.604 (12,6%)
Coleta de sangue (A) 1.194 (8,5%) 1.074 (5,2%)
Punção venosa periférica 223 (B) 1.850 (8,9%)
Procedimento cirúrgico 496 1.109 (7,9%) 563 (2,7%)4
Descarte 512 (C) 2.714 (13,1%)
Administração de medicação 456 2.068 (14,7%) 1.427 (6,9%)
Procedimento odontológico 162 577 (4,1%) 75 (0,4%)
Manuseio de lixo 184 869 (6,2%) 2.453 (11,8%)
1
Sistema de vigilância voluntário mantido pelo Projeto Riscobiologico.org – criado nos moldes do NaSH
(CDC)/EPINet (Universidade de Virginia); 2 Sistema de notificação voluntária do Programa Estadual DST/Aids, da Secretaria de Estado
de Saúde – SP; 3 Sistema de notificação do Programa Municipal DST/AIDS, Gerência de Doenças Transmissíveis, da Secretaria Municipal
de Saúde – RJ; 4 Procedimento cirúrgico + manuseio de material cirúrgico; (A) Informação disponibilizada somente com diferente
categorização; (B) Punção vascular não especificada – 448 acidentes; (C) Descarte em superfície – 995 acidentes
20
Outros/desconhecido Perfurocortantes
4% sem lúmen: 38%
Vidraria Agulha
2% de sutura
20%
Lâmina
de bisturi
8%
Outros/
desconhecido
10%
Agulhas com
lúmen
56%
Agulhas hipodérmicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30%
Escalpes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12%
Estiletes de cateteres IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5%
Agulhas para coleta de sangue (vácuo) . . . . . . . . . . . 3%
Outras agulhas com lúmen . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6%
40
35
30
25
20 Percentual de acidentes
15
Taxa/100.000 de
10 perfurocortantes
5 comprados
0
ve s
on e/
es
ác ta
sI e
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Ag
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sa s p
ed c
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de lha
de
m gas
et
u
til
rin
Ag
Es
Se
21
Tabela 6 Número e proporção de acidentes de acordo com o material perfurocortante envolvido em sistemas de
vigilância brasileiros
PSBio 1 SINABIO 2
Abrangência Brasil (participação voluntária) Estado de São Paulo
Período 2002 a maio 2009 1999 a set 2006
Número de acidentes 4.187 12.050
Materiais perfurocortantes
Agulhas com lúmen 8.587 (71,3%)3
Agulha hipodérmica - com lúmen (oca) 1.855 (55,0%)
Estilete ou guia intravascular 174 (5,2%)
Agulha de seringa com medicação pronta 44 (1,3%)
para administração
1 Sistema de vigilância voluntário mantido pelo Projeto Riscobiologico.org – criado nos moldes do NaSH (CDC)/EPINet (Universidade de Virginia);
2 Sistema de notificação voluntária do Programa Estadual DST/Aids, da Secretaria de Estado de Saúde – SP; 3 Agulhas com lúmen – não
especificadas; SMS-RJ – variável não disponível no sistema de vigilância.
Acidentes envolvendo agulhas com lúmen, especialmente aquelas utilizadas para coleta de sangue
e inserção de cateter intravascular, são particularmente preocupantes. Esses perfurocortantes
geralmente contêm sangue residual e estão associados com um risco elevado de transmissão do
HIV(49). Dos 57 casos documentados de transmissão ocupacional do HIV entre trabalhadores da
saúde e que foram relatados aos CDC até dezembro de 2001, 50 (88%) envolveram exposições
percutâneas. Destes, 45 (90%) foram causados por agulhas com lúmen e metade destas agulhas foi
usada previamente em uma veia ou uma artéria (CDC, dados não publicados). Acidentes semelhantes
foram observados em casos de transmissão ocupacional do HIV em outros países(63).
22
Perfurocortantes sem lúmen, como agulhas de sutura, teoricamente possuem um risco menor de
transmissão do HIV, geralmente porque envolvem um inóculo menor de sangue (especialmente
quando atravessam luvas e outras barreiras)(64). Apesar disso, há registro de dois acidentes com bisturi
(ambos durante necropsia) que causaram soroconversões pelo HIV (CDC, dados não publicados).
Entre os hospitais do NaSH, o centro cirúrgico é o segundo local com a maior frequência de acidentes
com perfurocortantes, sendo responsável por 27% dos acidentes no geral (CDC, dados não
publicados). Entretanto, a epidemiologia dos acidentes com perfurocortantes no centro cirúrgico
difere daquela em outros locais dentro do hospital. Estudos observacionais de procedimentos
cirúrgicos registraram que em 7% a 50% destes procedimentos houve exposição dos trabalha-
dores a sangue; 2% a 15% destas exposições foram acidentes percutâneos comumente provo-
cados por agulha de sutura(65-69). Dados agregados de nove hospitais sobre acidentes entre as
equipes do centro cirúrgico também refletem a importância das agulhas de sutura, que foram
responsáveis por 43% das lesões neste estudo(70).
23
Abordagens atuais de prevenção
Em anos recentes, os serviços de saúde vêm adotando como modelo para seus programas de prevenção
o conceito de hierarquia de controles usado na higiene do trabalho para priorizar as intervenções de
prevenção. Na hierarquia da prevenção de acidentes com perfurocortantes, a primeira prioridade é
eliminar e reduzir o uso de agulhas e outros perfurocortantes onde for possível. A próxima é isolar
o perigo através do uso de um controle de engenharia no ambiente ou no próprio perfurocortante,
dessa forma impedindo que o elemento perfurante ou cortante fique exposto em qualquer lugar do
ambiente de trabalho. Quando essas estratégias não estão disponíveis ou não fornecem proteção
completa, só então é que o foco deve ser na implementação das mudanças na prática de trabalho e
do uso de equipamentos de proteção individual.
Desde 1991, quando a OSHA (Occupational Safety and Health Administration dos EUA) publicou
pela primeira vez o documento sobre Patógenos de Transmissão Sanguínea (Bloodborne Pathogens
Standard, 82) para proteger os trabalhadores da saúde de exposições a sangue, o foco da atividade
regulatória e legislativa tem sido na implementação de uma hierarquia de medidas de controle. Esta
incluiu dar maior atenção à minimização dos riscos relacionados aos perfurocortantes através do
desenvolvimento e do uso de controles de engenharia. Até o final de 2001, 21 estados norte-americanos
haviam estabelecido legislação para assegurar a avaliação e a implementação de dispositivos de
segurança para proteger os trabalhadores da saúde de acidentes com perfurocortantes*. Além
disso, o Needlestick Safety and Prevention Act, assinado como lei de abrangência federal nos EUA em
novembro de 2000**, autorizou a revisão recente do documento da OSHA (publicado em 2001) para
exigir mais explicitamente o uso de perfurocortantes com mecanismos de segurança***.
* http://www.cdc.gov/niosh/topics/bbp/ndl-law2.html
** http://www.cdc.gov/sharpssafety/pdf/Neelestick%20Saftety%20and%20Prevention%20Act.pdf
*** http://www.osha.gov/SLTC/bloodbornepathogens/index.html
24
Controles de engenharia. Esses controles segregam ou isolam um perigo no local de trabalho. No
contexto da prevenção de acidentes com perfurocortantes, incluem os coletores de descarte, que
retiram os perfurocortantes do ambiente e os segregam em recipientes específicos, e os dispositivos
de segurança, que isolam completamente o perfurocortante. A ênfase nesses controles levou ao
desenvolvimento de muitos tipos de dispositivos de segurança(87-92) e há critérios sugeridos para
a criação e o desempenho desses dispositivos(90, 91). Esses critérios propõem que o dispositivo de
segurança deva:
• Ser uma parte integral do perfurocortante.
• Ser simples e fácil de operar.
• Ser confiável e automático.
• Fornecer uma cobertura/tampa/superfície rígida que permita que as mãos permaneçam atrás
do elemento perfurante ou cortante.
• Estar funcionando antes da desmontagem e permaneça funcionando após o descarte.
• Ser tecnicamente semelhante aos dispositivos convencionais.
• Minimizar o risco de infecção a pacientes e não criar problemas relacionados ao controle de
infecção adicionais àqueles dos dispositivos convencionais.
• Produzir um aumento mínimo no volume de resíduos.
• Ser custo-efetivo.
Tabela 7 Efetividade dos dispositivos de segurança e de outras medidas de prevenção na prevenção de acidentes com
materiais perfurocortantes
25
Tabela 7 Efetividade dos dispositivos de segurança e de outras medidas de prevenção na prevenção de acidentes com
materiais perfurocortantes - continuação
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Tabela 7 Efetividade dos dispositivos de segurança e de outras medidas de prevenção na prevenção de acidentes com
materiais perfurocortantes - continuação
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Tabela 7 Efetividade dos dispositivos de segurança e de outras medidas de prevenção na prevenção de acidentes com
materiais perfurocortantes - continuação
Em 1998, a OSHA publicou no Federal Register uma solicitação de informações sobre “controles
de engenharia e da prática de trabalho usados para minimizar o risco de exposição ocupacional
a patógenos de transmissão sanguínea devido a acidentes percutâneos com perfurocortantes
contaminados”. Houve 396 respostas a essa solicitação; diversos respondedores forneceram dados
e informações anedóticas sobre suas experiências com dispositivos de segurança*.
Os estudos sugerem que nenhum dispositivo de segurança ou estratégia funciona da mesma maneira
em todos os serviços de saúde. Além disso, não existe um critério padrão para avaliação das alegações
sobre a segurança dos dispositivos, embora todos os principais fabricantes de artigos médicos
comercializem perfurocortantes com dispositivos de segurança**. Portanto, os trabalhadores devem
desenvolver seus próprios programas para selecionar a tecnologia mais adequada e avaliar a eficácia
de diversos materiais no contexto de seus próprios ambientes de trabalho.
Mudanças nas práticas de trabalho. Com o foco atual nas medidas de controle de engenharia,
há poucas informações novas sobre o uso de controles nas práticas de trabalho para reduzir o risco
de acidentes com perfurocortantes durante o atendimento ao paciente. Uma exceção se refere à
prevenção de acidentes no centro cirúrgico. Os controles nas práticas de trabalho são um importante
componente da prevenção de exposições a material biológico, incluindo acidentes percutâneos, em
ambientes cirúrgicos e obstétricos porque o uso de perfurocortantes não pode ser abolido.
* http://www.osha.gov/html/ndlreport052099.html
** No Brasil, ainda é relativamente restrito o número de fabricantes de perfurocortantes com dispositivos de segurança. (Nota das autoras)
28
• Evitar a passagem de instrumentos perfurocortantes de mão em mão, usando uma bacia/
bandeja ou uma área de zona neutra;
• Usar métodos alternativos de corte, como dispositivos de eletrocauterização cegos (blunt
electrocautery) e a laser, quando adequados;
• Substituir a cirurgia aberta por cirurgia endoscópica, quando possível;
• Usar lâminas de bisturi com ponta arredondada ao invés de lâminas pontiagudas; e
• Usar dois pares de luvas(79, 102-105).
O uso de agulhas de sutura cegas/rombas (blunt suture needles), uma medida de controle de
engenharia, também reduz acidentes nesse ambiente(106). Essas medidas ajudam a proteger tanto
o trabalhador da saúde, que presta o atendimento, quanto o paciente da exposição ao sangue de
outras pessoas(107).
Fatores organizacionais
O sucesso limitado da implementação das práticas de trabalho e de controles de engenharia
na redução das exposições ocupacionais a patógenos de transmissão sanguínea tem levado a
uma reavaliação dos fatores organizacionais que podem ter um papel importante na prevenção
dessas exposições.
Um aspecto organizacional, conhecido como cultura de segurança, tem especial importância.
Alguns setores da área industrial têm verificado que uma cultura de segurança forte correlaciona-
se com: produtividade, custo, qualidade do produto e satisfação dos trabalhadores(113). Instituições
com culturas de segurança fortes consistentemente registram um número menor de acidentes
29
do que instituições com uma cultura de segurança fraca. Isto ocorre não apenas porque o local
de trabalho possui programas de segurança bem desenvolvidos e efetivos, mas também porque a
gestão, através destes programas, envia sinais do comprometimento da instituição com a segurança
de seus trabalhadores.
O conceito da institucionalização da cultura de segurança é relativamente novo na área da saúde e
há poucos estudos avaliando o impacto destes esforços.
Entretanto, um estudo recente nesta área correlacionou o “clima de segurança” (uma medida
relacionada a como os trabalhadores percebem a cultura de segurança da instituição) tanto à adesão
dos trabalhadores às práticas de trabalho seguras, quanto à diminuição das exposições a sangue ou
outros materiais biológicos, incluindo a diminuição dos acidentes com perfurocortantes(114).
Um segundo estudo na área da saúde também verificou uma correlação entre a extensão da cultura
de segurança (como a percepção do comprometimento com a gestão da segurança) e a adesão às
medidas de precauções universais e alterações na frequência de acidentes(115).
Além disso, um estudo recente que avaliou uma amostra ampla de trabalhadores da saúde indicou
que um apoio adequado dos gestores esteve associado a uma adesão mais consistente às precauções
universais (especialmente a de nunca reencapar agulhas), enquanto que o aumento das demandas do
trabalho foi um preditor de adesão inconsistente(81). Medidas indicativas de um “clima de segurança”
mais positivo também estiveram associadas ao aumento da aceitação de cateter IV com dispositivo
de segurança em outro estudo(116).
Vários livros e artigos que fornecem estratégias para aprimoramento e mensuração da cultura de
segurança têm sido publicados. Além disso, a OSHA desenvolveu uma ferramenta de educação
à distância para auxiliar as instituições a criar uma cultura de segurança em seus ambientes de
trabalho. Apesar da maioria destes recursos serem dirigidos para o setor industrial, seus princípios
são facilmente adaptáveis à área da saúde.
Estratégias de avaliação de sistemas de gestão, usadas por muitos serviços de saúde para
aumentar a segurança do paciente, também podem ser aplicadas na prevenção de acidentes com
perfurocortantes entre trabalhadores da saúde. Essas estratégias incluem:
• Definição de eventos sentinela e realização de uma análise de causa raiz para determinar sua causa
subjacente. Eventos sentinela são aqueles incidentes que necessitam de atenção imediata e
maior investigação. Parte desta investigação pode incluir uma análise de causa raiz, na qual se
analisa a questão central ao invés dos sintomas do problema.
• Aplicação da análise do efeito e modo da falha (FMEA) a um instrumento, equipamento ou processo
(problema pré-evento) para sistematicamente identificar a forma de prevenir a falha. A análise
30
do efeito e modo da falha envolve a identificação dos passos para completar uma tarefa e os
pontos nos quais um erro ou uma falha de sistema pode ocorrer com o objetivo de detectar
quais medidas preventivas podem ser estabelecidas.
Informações detalhadas sobre estas e outras abordagens relacionadas a sistemas de segurança para
o paciente podem ser encontradas em http://www.patientsafety.gov.
Os trabalhadores da saúde têm dificuldades em alterar práticas antigas e que já se tornaram hábitos.
Essa observação é corroborada por estudos conduzidos nos anos seguintes à implementação das
precauções universais, quando a adesão observada às práticas recomendadas não foi satisfatória
(13, 121-126). A mesma observação é verdadeira para perfurocortantes com dispositivos de segurança
– serviços de saúde têm dificuldade em convencer os trabalhadores a adotarem os novos
perfurocortantes e procedimentos(111). Fatores psicossociais e organizacionais que retardam a
adoção de práticas de segurança incluem:
• Baixa percepção do risco ou minimização do risco,
• Percepção de um “clima de segurança” fraco no ambiente de trabalho,
• Percepção de um conflito entre prestar o melhor atendimento ao paciente e se proteger da
exposição,
• Acreditar que as precauções não são justificadas em algumas situações específicas,
• Falha em antecipar uma exposição potencial, e
• Aumento das demandas, causando um aumento no ritmo de trabalho(80, 125).
Por outro lado, um estudo que avaliou a adesão às precauções universais entre médicos mostrou que
os que aderiam eram aqueles com maior conhecimento e que tinham sido capacitados quanto às
precauções universais, que percebiam as medidas de prevenção como efetivas e que percebiam o
comprometimento da instituição com a segurança(128).
Poucos autores aplicaram métodos de pesquisa e modelos de mudança de comportamento
de outras áreas para estudar a aceitabilidade às estratégias de controle de infecção(129, 130). Em
um estudo foi usado um modelo sobre a aprendizagem em adultos para avaliar a questão dos
acidentes com perfurocortantes entre trabalhadores da saúde e se descobriu que o conhecimento
dos procedimentos corretos, o fornecimento de equipamentos de segurança e o manejo adequa-
do foram preditores da adesão às medidas de prevenção de acidentes(128). Outros empregaram o
Modelo de Crenças em Saúde para auxiliar a compreender a relutância em adotar comportamen-
tos preventivos para diminuir os acidentes com perfurocortantes. Esses autores sugerem que os
programas de prevenção de acidentes com perfurocortantes incorporem abordagens cognitivas e
estratégias para mudança de comportamento(121, 123). Outros modelos, incluindo a Teoria da Ação
Racional e a Teoria do Comportamento Planejado, podem ser recomendados ao se considerar uma
intervenção para melhorar a prática(121). Pesquisas adicionais são necessárias para definir como
esses modelos poderiam afetar a prevenção de acidentes com perfurocortantes.
31
A necessidade de orientação
De acordo com os autores do guia de prevenção de acidentes da Associação Norte-Americana de
Hospitais(112), instituições que adotaram ou estão adotando medidas e tecnologias de segurança
consideram o processo como sendo complexo e minucioso. Programas bem-sucedidos de prevenção
de acidentes exigem:
• Notificação abrangente de acidentes,
• Acompanhamento detalhado,
• Capacitações minuciosas quanto ao uso dos novos perfurocortantes, e
• Avaliação correta dos dispositivos de segurança e da efetividade do programa.
Além disso, embora muitos serviços de saúde reconheçam a necessidade de uma abordagem
interdisciplinar para lidar com essa tarefa complexa,“... poucos estão preparados para as dificuldades
com as tentativas de modificar os comportamentos, a logística complexa de suprimentos e
equipamentos em um hospital moderno ou o rigor metodológico e analítico da documentação do
impacto dos dispositivos de segurança”(110).
Em novembro de 1999, os CDC/NIOSH (NIOSH – National Institute for Occupational Safety and Health
dos EUA) publicou um documento, o NIOSH Alert: Preventing Needlestick Injuries in Healthcare Setting*,
para orientar os empregadores e os trabalhadores da saúde sobre estratégias de prevenção de
acidentes com perfurocortantes. Este manual é complementar a este documento dos CDC/NIOSH e
tem o objetivo de auxiliar os serviços de saúde em seus esforços quanto a programas para melhorar
a segurança dos trabalhadores da saúde.
* http://www.cdc.gov/Niosh/2000-108.html
32
33
Etapas organizacionais
Esta parte do manual descreve uma série de etapas organizacionais que devem ser estabelecidas
para assegurar que um programa de prevenção de acidentes com perfurocortantes:
• Seja integrado aos programas de segurança existentes,
• Reflita a situação e o alcance das estratégias de prevenção já existentes na instituição, e
• Identifique áreas e aspectos que devam ser priorizados nas intervenções e no monitoramento
dos progressos no desempenho.
Embora o programa seja dirigido para a prevenção de acidentes com perfurocortantes, ele está
baseado em princípios que podem ser aplicados à prevenção de todos os tipos de exposição a
sangue ou outros materiais biológicos.
3. Preparar a análise inicial (basal) do perfil dos acidentes e das medidas de prevenção
Capacitação e educação continuada Fornecer informações sobre formas e estratégias educativas e de capacitação da
instituição
Gestão ambiental e de resíduos Colaborar na identificação de riscos do meio ambiente que não são detectados através das
notificações de acidentes percutâneos
34
Embora o comitê gestor deva incluir um pequeno grupo da equipe clínica, profissionais de outras
áreas, como radiologia, anestesiologia, terapia respiratória, cirurgia, hemodiálise, terapia intensiva,
pediatria e outras áreas, devem ser convidados a participar em discussões separadas ou como parte
de um subcomitê ad hoc.
Nessa primeira etapa, o comitê gestor deve destacar como planeja atingir a meta de redução ou
eliminação dos acidentes. A equipe deve determinar quais comitês ou comissões permanentes da
instituição contribuirão para este processo e como esses grupos irão trocar informações. Os comitês
ou as comissões participantes podem incluir:
• Controle de infecção,
• Programa de gestão da qualidade,
• SESMT ou comitê de segurança e saúde ocupacionais,
• Análise de custos, e
• Avaliação e padronização de produtos/setor de compras.
Em algumas instituições, um desses comitês pode se tornar o responsável pela supervisão do
programa de prevenção de acidentes com perfurocortantes. Entretanto, todos os comitês devem
estar envolvidos na implantação do programa de prevenção de acidentes. Por exemplo, os comitês
de Segurança e Saúde Ocupacionais/SESMT ou de Controle de Infecção podem fornecer relatórios
sobre os acidentes. Por sua vez, o comitê gestor pode trabalhar com os comitês de Segurança e
Saúde Ocupacionais/SESMT ou de Controle de Infecção para aprimorar a qualidade das informações
coletadas para melhor atender às metas de melhoria do desempenho.
• Análise dos dados sobre os acidentes com perfuro- Uma avaliação inicial (basal)
desses processos é necessária
cortantes para planejamento das medidas de prevenção para um efetivo planejamento
e avaliação da melhoria do desempenho, do programa.
A equipe deve realizar uma avaliação inicial (basal)* de cada – Sistemas de seleção, avaliação
e implementação de
um desses processos para determinar onde é necessário um
perfurocortantes com dispositivos
aprimoramento. de segurança
– Programas para a capacitação
dos trabalhadores da saúde sobre
a prevenção de acidentes com
* Ao longo do texto, a expressão inicial (basal) relaciona-se à obtenção de um conjunto de observações ou dados
críticos iniciais que serão usados posteriormente como dados de controle ou como dados para comparação. (Nota perfurocortantes
das autoras)
35
Modelo de planilha para essa atividade
Planilha para avaliação inicial (basal) do programa
(Vide Anexo A-1)
O comitê gestor deve também avaliar as fontes de dados (por exemplo, pesquisas observacionais,
relatórios de incidentes) que são usadas ou poderiam ser usadas para medir melhorias no nível da
cultura de segurança. Como parte da avaliação inicial e como um possível mecanismo para medir
melhorias de desempenho relacionadas à cultura de segurança, a equipe pode considerar o uso da
ferramenta do Anexo A-2 para analisar as percepções dos trabalhadores em relação à cultura
de segurança na instituição.
Como parte da avaliação inicial, a equipe pode considerar o uso do formulário para pesquisa do
anexo A-3 para avaliar a ocorrência de subnotificação dos acidentes com perfurocortantes.
(Embora as profilaxias pós-exposição não estejam incluídas neste modelo de programa de prevenção
de acidentes com perfurocortantes, este formulário inclui questões que podem ser usadas para
avaliar a satisfação do trabalhador com o processo de atendimento e prescrição das profilaxias pós-
exposição.) Podem ser efetuadas análises periódicas (por exemplo, anualmente) para medir variações
nos índices de notificação.
36
Modelo de planilha para essa atividade
Formulários para pesquisa com os trabalhadores sobre a exposição a sangue ou outros materiais
biológicos no ambiente de trabalho
(Vide Anexo A-3)
Avaliação de métodos para a análise e o uso dos dados dos acidentes com perfurocortantes
Os dados sobre acidentes com perfurocortantes precisam ser analisados e interpretados; assim,
eles serão relevantes para o planejamento das medidas de prevenção. Essa parte da avaliação
determina como esses dados são compilados e usados na instituição. Vide Processos operacionais:
Análise de dados sobre os acidentes com perfurocortantes (p. 52) para uma discussão de como
realizar a análise de dados.
Já que uma importante meta deste manual é fornecer informações e orientação sobre a
implementação de perfurocortantes com dispositivos de segurança, um modelo de método para
avaliação desses materiais foi incluída em Processos operacionais: Seleção de perfurocor-
tantes com dispositivos de segurança (p. 56). Essa avaliação inicial considera quem está envolvi-
do e como as decisões são tomadas. Assim como em relação a outros processos do programa, é
importante determinar as fontes de dados (por exemplo, relatórios de avaliação e padronização
de produtos, listas de fornecedores contatados, listas de materiais perfurocortantes) que podem
ser usadas para medir os resultados deste processo e suas melhorias de desempenho. Uma ava-
liação semelhante dos métodos para identificação e implementação de outras medidas de
prevenção (por exemplo, alterações nas práticas de trabalho, políticas e procedimentos) tam-
bém poderia ser incluída nessa avaliação inicial.
A maioria dos serviços de saúde planejam a capacitação dos trabalhadores sobre a prevenção da
exposição a patógenos de transmissão sanguínea para o momento da contratação, bem como
durante capacitações ou atualizações anuais. A implementação de um programa de prevenção
de acidentes com perfurocortantes é um momento oportuno para reavaliar a qualidade dessas
medidas e identificar outras oportunidades de capacitação. Assim como com outros processos, é
necessário identificar os dados (por exemplo, relatórios sobre o desenvolvimento profissional,
alterações de currículo, capacitações) que podem ser usados para avaliar melhorias na capacitação
dos trabalhadores.
37
Modelos de planilhas para essa atividade
Planilha do perfil inicial (basal) de acidentes na instituição
(Vide Anexo A-4)
Planilha para registro das medidas existentes para prevenção de acidentes
(Vide Anexo A-5)
As seguintes abordagens podem ser usadas, de forma isolada ou combinada, para criar uma lista de
prioridades iniciais para intervenção:
• Determinar as prioridades com base nos acidentes que possuem o maior risco de transmissão
de vírus veiculados pelo sangue (por exemplo, foco inicialmente na prevenção de acidentes
associados ao acesso vascular),
38
• Determinar as prioridades com base na frequência de ocorrência de acidentes com
um perfurocortante em particular (por exemplo, foco nos acidentes associados a agulhas
hipodérmicas ou agulhas de sutura),
• Determinar as prioridades com base em um problema específico que contribui para
uma elevada ocorrência de acidentes (por exemplo, foco no manuseio ou no descarte de
perfurocortantes).
Os dois planos podem ser implementados de forma integrada, isto é, os resultados obtidos em um
deles podem servir para iniciar e orientar as intervenções abordadas no outro. Por exemplo, após
observar que uma determinada estratégia de prevenção, prevista no plano de ação para interven-
ções pontuais, conseguiu reduzir certo tipo de acidente em um setor específico, é possível aplicar
o plano de ação para intervenções sistêmicas para avaliar se o mesmo tipo de acidente ocorre ou
poderia ocorrer em outros setores e se a mesma estratégia também seria aplicável nessas novas
circunstâncias. Além disso, os dois planos podem ter um caráter reativo ou proativo. Um plano de
ação de caráter reativo é implementado apenas após alguma ocorrência, enquanto que aquele
que tem um caráter proativo é implementado a qualquer momento, sem precisar de alguma ocor-
rência para ser iniciado. Os serviços de saúde podem optar por elaborar planos de ação pontuais e
sistêmicos reativos e proativos separados.
39
• Implementar um perfurocortante com dispositivo de
segurança para prevenção de acidentes, Pontos
importantes
• Recomendar mudanças nas práticas de trabalho,
Implantação de planos de
• Alterar uma política ou um procedimento, ação
• Reforçar a capacitação dos trabalhadores sobre o Estabelecer um plano de ação para
problema específico. reduzir acidentes:
– Estabelecer metas para redução de
O plano de ação deve refletir cada estratégia usada e acidentes
descrever as etapas, o cronograma e a responsabilidade pela – Especificar quais intervenções serão
implementação. usadas
– Identificar indicadores de
Identificar indicadores de desempenho. Indicadores são desempenho
ferramentas para monitorar o progresso; eles indicam quando – Estabelecer cronogramas e definir
um objetivo é atingido. É importante incluir dados que não responsabilidades
sejam simplesmente o número de acidentes. Não é possível
Estabelecer um plano de ação
interpretar de forma precisa as mudanças na frequência ao para melhoria do desempenho do
longo do tempo, principalmente devido à subnotificação programa:
decorrente da falta de comunicação dos acidentes pelos – Listar as prioridades de melhoria,
trabalhadores. Os seguintes indicadores podem ser usados conforme identificadas na avaliação
para medir o impacto de uma intervenção na ocorrência inicial
de acidentes: – Especificar quais intervenções serão
usadas
• Aumento no número de perfurocortantes com dispositivo – Identificar indicadores de desempenho
de segurança adquiridos, – Estabelecer cronogramas e definir
40
de sucesso, apenas algumas intervenções devem ser realizadas
em um determinado momento. Pontos
importantes
Etapa 6. Monitoramento do desempenho Implantação de planos de
do programa ação
Desenvolver um checklist das
Há uma questão que deve ser repetida inúmeras vezes ações
durante a avaliação dos processos operacionais, que é: Quais
Criar e monitorar um
dados podem ser usados para medir as melhorias em cada cronograma de implementação
processo? Uma vez identificados, os dados de cada um desses
Revisar de forma periódica o
processos devem ser usados para monitorar o desempenho cronograma para avaliar as
geral do programa. Além disso, assim como para qualquer melhorias do desempenho do
atividade de planejamento, devem ser elaborados um checklist programa
das ações e um cronograma de implementação para monitorar
o progresso. O comitê gestor deve considerar um cronograma
de avaliação do desempenho do programa com periodicidade mensal ou trimestral. Nem todas as
metas estabelecidas precisam ser avaliadas em cada reunião do comitê. Se as reuniões são bem
distribuídas e organizadas durante todo o ano, o comitê pode passar mais tempo em cada assunto.
Se os objetivos desejados não estiverem sendo alcançados, o comitê deve reelaborar o plano de
acordo com o que estiver sendo observado.
O processo de criação, implementação e avaliação de um programa de prevenção de acidentes de
trabalho com perfurocortantes é contínuo. O comitê gestor deve reavaliar os processos para evitar
acidentes no mínimo uma vez por ano.
41
42
Processos operacionais
A seção a seguir descreve cinco processos operacionais considerados essenciais a qualquer progra-
ma de prevenção de acidentes com perfurocortantes. Modelos de formulários e planilhas para
analisar, implementar ou avaliar esses processos estão incluídos nos anexos.
43
dentro dos serviços de saúde não é tão desenvolvida quanto aquela encontrada nas organizações
de alta confiabilidade (132, 136). Entretanto, estudos recentes em alguns serviços de saúde vinculam
níveis de cultura de segurança à:
• Adesão do trabalhador às práticas de trabalho seguras,
• Exposição reduzida a sangue ou outros materiais biológicos, incluindo a diminuição dos
acidentes com perfurocortantes, e
• Aceitação dos perfurocortantes com dispositivos de segurança que tenham sido
implementados(111, 113, 116).
Para criar uma cultura de segurança, as instituições devem atuar sobre os fatores que sabidamente
influenciam as atitudes e o comportamento dos trabalhadores. As instituições também devem
estabelecer medidas para reduzir os fatores de risco presentes no ambiente. Embora muitos fatores
influenciem a cultura de segurança, este manual enfatiza aqueles que são considerados como seus
principais determinantes.
44
Também é possível comunicar indiretamente o comprometimento com a segurança por meio dos
exemplos dados pelos próprios trabalhadores da saúde. Aqueles que estão em posições de liderança
enviam mensagens importantes aos subordinados quando:
• Manuseiam adequadamente os perfurocortantes durante os procedimentos, empregando
todas as medidas de segurança aplicáveis,
• Tomam medidas para proteger os colegas de trabalho de lesões e acidentes, e
• Descartam adequadamente os perfurocortantes após o uso.
De forma semelhante, as chefias devem abordar os acidentes com perfurocortantes e outras
exposições ocupacionais logo após sua ocorrência, sempre de forma não-punitiva. Também devem
discutir as questões de segurança com seu pessoal regularmente. Isso refletirá positivamente o
comprometimento da instituição com a saúde de seus trabalhadores e desenvolverá uma consciência
de segurança em todos envolvidos.
Envolver os trabalhadores no planejamento e na execução de ações que promovam um
ambiente de trabalho seguro. O envolvimento de trabalhadores de várias áreas e disciplinas no
planejamento e na execução das ações de segurança melhora a cultura de segurança e é essencial
para o sucesso dessa iniciativa. As pessoas que participam dos comitês ou das equipes criados para
institucionalizar a segurança divulgam essas informações em seus respectivos setores de trabalho e
também legitimam a importância das iniciativas em segurança aos olhos de seus colegas.
Encorajar a notificação e as ações para prevenção de acidentes. Outra estratégia para a
institucionalização de uma cultura de segurança é criar um ambiente em que o trabalhador que
notifica um acidente não seja punido ou repreendido por este evento. Trabalhadores que sabem que
a gestão discutirá os problemas de maneira aberta e sem culpá-los são mais propensos a comunicar
os acidentes e as situações de risco. Os serviços de saúde podem também fazer uma busca ativa de
situações que possam vir a causar exposições ocupacionais e encorajar os trabalhadores a notificar
“quase acidentes” e situações de risco observados no local de trabalho (Vide Implantação de
procedimentos de registro, notificação e investigação de acidentes e situações de risco, p. 47).
Uma vez identificadas, estas situações devem ser analisadas o mais rápido possível para determinar
os fatores contribuintes e as ações que devem ser tomadas para eliminar ou prevenir o risco de
ocorrência no futuro.
Desenvolver sistemas de feedback para aumentar a atenção à segurança. Diversas estratégias
de comunicação podem dar informações e feedback em tempo hábil sobre a situação da
prevenção de acidentes na instituição. Uma delas incorpora aos informativos, memorandos ou
publicações eletrônicas internas da instituição os resultados das avaliações das situações de risco, a
informação de quais são os problemas atualmente existentes e as melhorias obtidas na prevenção.
Fazer recomendações de segurança assim que os problemas são observados é uma forma de
fornecer feedback aos trabalhadores, o que divulga e reforça o valor que a segurança tem para a
instituição. Outra estratégia inclui elaborar cartilhas e posteres que incentivem a formação de uma
consciência de segurança. Esses materiais podem reforçar as mensagens de prevenção e destacar o
comprometimento da administração com a segurança.
Promover o comprometimento individual. Promover o comprometimento individual em relação
à segurança comunica uma forte mensagem sobre o comprometimento da instituição com um am-
biente de trabalho seguro. Contudo, para que esta estratégia seja eficaz, todos os níveis da institui-
ção devem estar igualmente comprometidos. A instituição pode promover o comprometimento
individual relacionado às práticas seguras em geral – e às ações de prevenção de acidentes em
particular – de muitas maneiras. Uma delas é incorporar uma avaliação da adesão às práticas de
segurança em avaliações de desempenho já realizadas na instituição; para gerentes e supervisores,
também poderia ser incluída uma avaliação dos métodos usados para comunicar questões relativas
45
à segurança a seus subordinados. As instituições também poderiam considerar a possibilidade de
incluir um termo de compromisso com a promoção de um ambiente de trabalho seguro ao código de
conduta ou regulamento interno da instituição. Isso poderia ser incorporado aos procedimentos de
contratação. Assim, ao se comprometer em cumprir tal código ou regulamento no ato da contratação,
automaticamente os trabalhadores também estariam se comprometendo com as medidas e as
práticas de segurança existentes na instituição. Outra forma de aumentar o comprometimento
individual é por meio de campanhas de divulgação amplas e periódicas sobre a segurança.
Há quatro fontes possíveis para medir como o aumento no nível da cultura de segurança afeta a
prevenção de acidentes com perfurocortantes:
• Pesquisas e levantamentos sobre as percepções dos trabalhadores sobre a cultura de segurança
da instituição e sobre as exposições a sangue ou outros materiais biológicos (Anexos A-2 e A-3),
• Notificações de exposição a sangue ou a outros materiais biológicos (Anexo A-7),
• Registros das situações de risco observadas (Anexos A-8-1 e A-8-2), e
• Relatórios de análise de causa raiz de acidentes ou “quase acidentes” (Anexo A-9).
Cada uma das ferramentas acima pode registrar aumentos na cultura de segurança. Por exemplo, a
diminuição da frequência de determinadas circunstâncias nas notificações de acidentes (Anexo A-7),
como as referentes a perfurocortantes descartados inadequadamente ou colisões entre pessoas,
pode estar refletindo uma consciência de segurança elevada. Os resultados de levantamentos
periódicos (por exemplo, todos os anos) sobre a percepção dos trabalhadores acerca da segurança
e sobre a ocorrência e a notificação de acidentes (Anexos A-2 e A-3) poderiam refletir alterações
positivas no comprometimento da instituição com a segurança. Situações de risco também tendem
a diminuir na medida em que os problemas são identificados e corrigidos. Se nenhum progresso for
detectado, o comitê gestor responsável pela prevenção de acidentes com perfurocortantes deve
reavaliar suas estratégias e revisar seu plano de ação.
Informações adicionais sobre a implantação de uma cultura de segurança estão disponíveis nos
seguintes sites:
• http://www.patientsafety.gov/
• http://www.ahrq.gov/clinic/ptsafety/chap40.htm
• http://www.ihi.org/IHI/Topics/PatientSafety
• http://depts.washington.edu/ehce/NWcenter/course_presentations/robyn_gershon.ppt
Nota: Esses endereços estão aqui incluídos porque contêm informação que pode ser de interesse ao
leitor deste manual. Contudo, os autores não necessariamente endossam as opiniões e as informa-
ções existentes nesses sites. Além disso, certamente não recomendam os produtos ou as informa-
ções comerciais que possam estar presentes nesses sites e que neles sejam anunciados.
46
Implantação de procedimentos de registro, notificação e investigação de
acidentes e situações de risco
Introdução
Muitos serviços de saúde têm procedimentos para registrar, notificar e documentar as exposições dos
trabalhadores a sangue ou outros materiais biológicos. Além disso, muitas instituições iniciaram ou
estão iniciando procedimentos para identificar situações de risco ou “quase acidentes” que poderiam
levar a acidentes com perfurocortantes e outros eventos adversos. Este é um método pró-ativo de
prevenir acidentes e seus danos antes que eles aconteçam. Registros adequados dos acidentes e boas
avaliações sobre as situações de risco são fontes importantes de informação para o planejamento das
ações de prevenção. Para obter essas informações, é necessário que os trabalhadores da saúde saibam
o que e como notificar, além de possuírem motivação para seguir os procedimentos estabelecidos.
Ambas as atividades exigem formulários para registrar dados relevantes, bem como um arquivo
central para as informações coletadas. Esta seção:
• Discute como estabelecer um processo eficaz para fazer os registros e as notificações,
• Aponta as informações essenciais para identificar os riscos e planejar estratégias de prevenção.
47
Diversas organizações, incluindo os CDC, desenvolveram formulários para obter informações
detalhadas sobre os acidentes com perfurocortantes que ocorrem com trabalhadores da saúde.
Esses formulários podem servir para múltiplos fins:
• Obter dados que permitam monitorar a frequência de acidentes com perfurocortantes e o
impacto das ações de prevenção em curso,
• Oferecer dados que auxiliem na orientação do atendimento pós-exposição, e
• Cumprir as exigências legais de registro e notificação relacionadas à segurança e à saúde desses
trabalhadores.
48
• Falha daquele dispositivo em particular,
• Falha do operador (por exemplo, falha em ativar o recurso de segurança), ou
• Outras circunstâncias (por exemplo, paciente movimentou-se e impossibilitou o uso do
dispositivo de segurança).
Nos EUA, assim como com qualquer produto médico, se houver um defeito no perfurocortante ou
em seu dispositivo de segurança, o número do lote e as informações sobre o defeito devem ser
relatados à Food and Drug Administration (Agência de Administração de Alimentos e Medicamentos)
no link http://www.fda.gov/medwatch/report/hcp.htm.
Um modelo de formulário para registro das informações acerca de exposições a sangue ou outros
materiais biológicos está incluído no conjunto de modelos deste manual. Esse formulário é semelhante
aos usados por hospitais norte-americanos participantes do NaSH e EPINet. Tal formulário ilustra a
profundidade das informações coletadas voluntariamente pelas instituições, usadas por elas para
monitorar as exposições e os resultados das ações de prevenção desenvolvidas. Os serviços de
saúde podem copiar e imprimir esse formulário para usar em seu próprio programa de prevenção de
acidentes com perfurocortantes. (Também é possível usar formulários semelhantes, desenvolvidos
por conta própria ou adaptados a partir deste modelo.) A National Healthcare Safety Network (NHSN),
dos CDC, também está disponível para serviços de saúde norte-americanos que desejarem inserir
dados sobre acidentes e exposições em seu sistema de registro existente na internet (http://www.
cdc.gov/ncidod/dhqp/nhsn.html).
49
Desenvolver um procedimento de registro de situações de risco
Muitas organizações adotam uma abordagem pró-ativa para prevenção de acidentes. Elas procuram
e identificam situações de risco no ambiente de trabalho e encorajam todo o pessoal a comunicar
as situações observadas (por exemplo, perfurocortantes inadequadamente descartados), incluindo
a ocorrência de “quase acidentes”. Apesar de tornar subjetiva a identificação dos “quase acidentes”, a
participação de todos na observação das situações de risco tem a vantagem de melhorar a capacidade
de identificação, por exemplo, ao incluir uma situação em que a mão de um profissional escorregou
enquanto trabalhava com um perfurocortante. Informações sobre essas situações podem ajudar a
identificar áreas que necessitam de mais atenção ou intervenção. Um procedimento definido de
registro dessas situações dá poderes aos trabalhadores para a tomada de ação quando identificam
um risco de acidente com perfurocortantes. Instituições que planejam implantar um procedimento
de registro de situações de risco podem julgar úteis os formulários fornecidos neste manual.
Embora os dados relativos aos materiais perfurocortantes sejam importantes para investigar as
circunstâncias imediatas de um acidente ou “quase acidente”, também é muito importante avaliar
fatores, situações e processos não tão imediatos que contribuíram para esses resultados. Há diversas
ferramentas usadas na gestão da qualidade que podem auxiliar na análise dos vários elementos que
contribuem para os acidentes ou “quase acidentes” com perfurocortantes. Estes incluem:
Mapas ou fluxogramas de processo são usados para descrever, etapa por etapa, o processo ou o
procedimento que está sendo examinado, como o descarte de perfurocortantes, a realização de uma
coleta de sangue, entre outros.
Diagramas espinha de peixe, diagramas de Ishikawa ou diagramas de causa e efeito podem ser
usados para identificar, explorar e mostrar graficamente todos os possíveis contribuintes para um
problema. Os “ossos” desses diagramas são comumente divididos em, no mínimo, quatro áreas de
“causa”: 1) pessoas; 2) equipamentos; 3) ambiente; e 4) comunicação.
Diagramas de afinidade podem ser usados por uma equipe para, em um processo criativo, gerar
várias questões ou ideias e, então, agrupá-las em alguns conjuntos principais a fim de compreender
as bases de um problema e identificar possíveis soluções.
Os seguintes sites podem ser úteis para aqueles que quiserem aprofundar seus conhecimentos
sobre essas ferramentas e queiram aplicá-las em seus programas de prevenção aos acidentes com
perfurocortantes:
• http://www.literacynet.org/icans/chapter04/index.html
• http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/81D60459E3289CAC03256EED0071B751/$File/
NT0008E292.pdf
• http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2001_TR104_0806.pdf
• http://www.fundacentro.gov.br/dominios/CTN/teses_conteudo.asp?retorno=143
• http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832008000400013&lng=en&nrm=iso
50
A Análise de Causa Raiz (RCA) é um processo para identificar fatores básicos ou causais que
levam a variações no resultado esperado. Esse tipo de análise já é amplamente empregado na
identificação de fatores que contribuem para danos aos pacientes ou que estão associados a um
“evento sentinela” (por exemplo, erros de medicação, erros laboratoriais, quedas). Os conceitos
envolvidos na RCA também podem ser aplicados à prevenção de acidentes com perfurocortantes.
Por essa razão, esta ferramenta da qualidade é discutida em maiores detalhes que as demais
mencionadas acima. Não é sempre possível realizar a RCA para todos os eventos. É importante
priorizar os tipos de eventos que deverão ser avaliados por esta ferramenta. Os dados das notifica-
ções de acidentes e a avaliação inicial (basal) podem ser úteis para determinar quais deles deverão
ser mais extensamente investigados.
A chave para uma boa análise de causa raiz é fazer a pergunta “por quê?” quantas vezes forem
necessárias para se chegar à(s) causa(s) “raiz” de um evento:
• O que aconteceu?
• Como isso aconteceu?
• Por que isso aconteceu?
• O que pode ser feito para impedir que isso aconteça no futuro?
A análise de causa raiz aborda a relação entre o evento e os seguintes fatores possíveis:
• Avaliação do paciente
• Capacitação e competência dos trabalhadores
• Equipamentos
• Ambiente de trabalho
• Falta de informações (ou interpretação errada das informações)
• Comunicação
• Se há normas, políticas e procedimentos e se eles são adequados
• Falhas nas barreiras para proteger o paciente, os trabalhadores, os equipamentos ou
o ambiente
• Questões relativas aos indivíduos ou envolvendo aspectos de recursos humanos
Para cada resposta “SIM”, questões adicionais sobre cada um dos tópicos ajudam na tentativa de
determinar a “causa raiz” do evento e se há necessidade de ação futura. A partir daí, a equipe pode
desenvolver um plano de ação específico e medidas de acompanhamento em relação ao evento
investigado. São fornecidos um formulário modelo e um roteiro de perguntas ilustrativos do processo
de RCA. Esta pode ser uma abordagem particularmente útil para serviços de saúde com poucos
acidentes de trabalho; nesse caso, um único acidente pode ser considerado um evento sentinela
para o início de uma investigação.
Uma análise de causa raiz pode ser conduzida por um único indivíduo, mas ele precisará considerar
os princípios desta análise e deverá envolver uma equipe para a interpretação dos achados e para
auxiliar no desenvolvimento de um plano de ação. As chaves para o sucesso da RCA são:
• Manter-se sensível a todos os aspectos e fatores envolvendo os indivíduos afetados,
• Manter a mente aberta enquanto realizar a busca pelas causas raiz,
• Não ficar procurando culpados, e
• Apoiar as mudanças para melhoria da segurança dos trabalhadores.
51
Este manual contém um modelo de formulário para realização da RCA, além de um roteiro de
perguntas para a análise da causa raiz de acidentes com perfurocortantes.
Modelo de formulário para essa atividade
Formulários para análise simples da causa raiz de acidentes ou “quase acidentes” com
perfurocortantes
(Vide Anexo A-9)
Recursos para informações adicionais sobre RCA incluem:
• http://www.rootcauseanalyst.com
• http://www.sentinel-event.com
• http://www.jointcommission.org/SentinelEvents/Forms/
52
Os dados sobre acidentes podem ser analisados com ferramentas estatísticas muito simples, como
as de distribuição de frequências e a tabulação cruzada (para explorar a relação entre duas variáveis).
Bancos de dados maiores permitem a realização de análises mais sofisticadas (por exemplo, análise
com múltiplas variáveis).
* Exemplo hipotético, usando uma tabela com uma variável (por exemplo, ocupação) no eixo horizontal e outra variável (por exemplo, perfurocortante) no eixo vertical. Mostra diferenças
na ocorrência de acidentes por tipo de perfurocortante. Outras variáveis (por exemplo, procedimento, circunstâncias dos acidentes etc.) podem ser tabuladas de forma cruzada para
melhor compreender os riscos envolvidos.
53
Cálculo das taxas de incidência de acidentes
As taxas de incidência de acidentes fornecem informações sobre a ocorrência de eventos
selecionados em um dado período de tempo. O cálculo das taxas específicas de incidência de
acidentes por ocupação, perfurocortantes envolvidos ou tipos de procedimento pode ser útil para
medir a efetividade das ações de prevenção.
Muitos fatores, incluindo um melhor registro de acidentes, podem influenciar as variações nas taxas
de incidência. Dependendo do(s) denominador(es) usado(s), serão enfatizados os aspectos positivos
ou negativos de um programa de prevenção de acidentes. Em um estudo recente, foram comparadas
as taxas de acidentes com perfurocortantes em 10 serviços de saúde (em região ocidental dos
EUA) que diferiam no porte e na área de atuação. Foi encontrada uma variação significativa nessas
taxas, que dependia do denominador utilizado(140). Portanto, o cálculo das taxas de acidentes deve
ser considerado como uma das muitas ferramentas disponíveis para monitorar as tendências de
acidentes com perfurocortantes dentro de um serviço, mas deve ser usado com cautela quando
feitas comparações entre diferentes serviços.
O cálculo das taxas de incidência de acidentes exige numeradores e denominadores confiáveis
e adequados. Os numeradores derivam das informações existentes no formulário de notificação
de acidentes; os denominadores devem ser obtidos de outras fontes (por exemplo, setor de recur-
sos humanos, registros de compra, dados do centro de custo). O numerador e o denominador
devem refletir a mesma oportunidade de exposição. Por exemplo, ao se calcular as taxas de incidên-
cia de acidentes entre o pessoal da enfermagem, o denominador deveria incluir apenas os trabalha-
dores cujas atribuições potencialmente os levam ao contato com perfurocortantes, isto é, a
população sob risco.
54
Modelo de planilha para essa atividade
Planilha para o cálculo do ajuste da taxa específica por função ou ocupação
(Vide Anexo A-10)
55
Cálculo de taxas de acidentes por instituição
Em diversos estudos publicados, os investigadores calculam as taxas de acidentes com
perfurocortantes para toda a instituição usando vários denominadores (por exemplo, quantidade
de leitos-dia ocupados, quantidade de dias de internação, número de admissões). As informações
relativas ao serviço como um todo podem ajudar a calcular estimativas nacionais de acidentes entre
os trabalhadores da saúde(1). Mas, no nível institucional, essas informações têm uso limitado e são
difíceis de serem interpretadas. Elas indicam apenas se uma taxa está se alterando, não o porquê.
Além disso, melhorias na segurança podem ser mascaradas por esse tipo de informação. Para fins de
medição do progresso no desempenho, os cálculos básicos descritos acima serão mais confiáveis.
56
Etapas-chave no processo de avaliação de produtos
Uma característica importante do processo é uma avaliação do produto em uso. Uma avaliação
de produto não é o mesmo que um estudo clínico. Considerando-se que um estudo clínico é um
processo científico sofisticado que exige rigor metodológico considerável, uma avaliação de produto
é simplesmente um teste piloto para determinar como é o desempenho de um determinado
produto na realidade de um serviço de saúde. Embora o processo não precise ser complexo, deve
ser sistemático(93). Este manual destaca uma abordagem de 11 etapas para seleção de um produto
para implantação. O modelo é mais apropriado para hospitais, mas pode ser adaptado para outros
serviços de saúde*.
57
• O setor de compras tem informações sobre fornecedores e fabricantes (como confiabilidade,
serviços registrados, suporte oferecido) e pode ser envolvido na compra do produto,
• O almoxarifado central quase sempre sabe quais perfurocortantes são usados nos vários
setores de um serviço de saúde e pode identificar aspectos relativos ao fornecimento e à
distribuição, e
• O SESMT/Segurança e Saúde Ocupacionais pode avaliar questões ergonômicas e ambientais
relativas ao uso dos produtos.
É essencial que as áreas clínica e cirúrgica participem da avaliação dos dispositivos de segurança.
Eles são os usuários finais que melhor compreendem as implicações das alterações nesse tipo de
produto. Eles conhecem os usos convencionais e não-convencionais dos diferentes perfurocortantes
na assistência aos pacientes e também podem identificar expectativas de desempenho do
perfurocortante que irão afetar a seleção do produto.
A equipe pode usar as informações do plano de ação para intervenção (Vide Etapa 5. Desenvolvi-
mento e implementação de planos de ação, p. 39) para verificar quais tipos de perfurocortantes
com dispositivos de segurança poderiam ser mais adequados e úteis. Para evitar problemas de
compatibilidade não previstos, as equipes devem considerar apenas um tipo de perfurocortante
por vez. A consideração de mais de um perfurocortante pode ser adequada se eles possuírem
diferentes propósitos (por exemplo, cateteres intravenosos e lancetas para ponta de dedo/calcanhar).
Informações adicionais sobre a quantidade de materiais utilizados ou adquiridos também podem
ser úteis na definição das prioridades para cada setor ou para o serviço como um todo.
Antes da consideração de novos produtos para avaliação, os serviços de saúde devem obter
informações sobre o uso dos perfurocortantes convencionais que estão sendo substituídos. Pedidos
e requisições de compra são algumas das possíveis fontes de informação a que se pode recorrer. Uma
pesquisa nos departamentos e nas unidades de enfermagem pode ajudar a identificar elementos
adicionais. Algumas informações-chave a serem obtidas das áreas assistenciais são:
• A frequência de uso e o volume de compra dos perfurocortantes convencionais,
• Os tamanhos e diâmetros mais usados,
• A(s) finalidade(s) de uso(s) de cada tipo de perfurocortante,
• Possíveis problemas de compatibilidade se o perfurocortante for usado em conjunto com
outros materiais ou equipamentos,
• As necessidades clínicas particulares e exclusivas que devem ser consideradas, e
• As expectativas clínicas relacionadas com o desempenho do perfurocortante.
58
Etapa 4. Determinação de critérios para seleção de produto e identificação de outros aspectos
relevantes
A seleção do produto é baseada em dois tipos de critérios:
• Critérios de design, que especificam as atribuições físicas de um perfurocortante, incluindo
características exigidas com relação a necessidades clínicas e características desejadas do
dispositivo de segurança, e
• Critérios de desempenho, que especificam quão bem um dispositivo funciona para seus fins
propostos de atendimento ao paciente e segurança ao trabalhador.
Outras questões a serem consideradas incluem:
• Impacto sobre o volume de resíduo. Algumas características de segurança (por exemplo,
barreiras de proteção contra acidentes adicionadas à seringa ou ao holder/adaptador de
agulha de coleta a vácuo de uso único) aumentam o volume de resíduo e exigem alterações
correspondentes no uso de coletores de descarte para perfurocortantes, incluindo seu tamanho
e a frequência de sua substituição.
• Embalagem. Alterações ou diferenças na embalagem do material podem afetar o volume
de resíduo, a facilidade de abertura e a capacidade em manter a assepsia da técnica. Verificar
também se as instruções escritas na embalagem ou dentro dela são claras e úteis para orientar
os trabalhadores da saúde na ativação do dispositivo de segurança.
Este manual inclui uma planilha para ajudar as equipes de seleção e padronização a pré-selecionarem
materiais usando critérios de design e desempenho e outras considerações. Essa planilha ainda ajuda
as instituições a documentarem o processo de seleção ou rejeição de um produto específico.
Modelo de planilha para essa atividade
Planilha de pré-seleção de perfurocortante com dispositivo de segurança
(Vide Anexo A-12)
59
Um livro para consulta bastante completo, The Compendium of Sharps Safety Technologies, está
disponível no site http://www.needlesticksafetydevices.com/opportunities.php. Esse livro de referêcia
auxilia na seleção e na avaliação de perfurocortantes mais seguros e inclui descrições detalhadas e
fotos de quase todos os perfurocortantes com dispositivos de segurança nos EUA. O compêndio está
organizado em mais de 130 categorias separadas e está indexado de forma a permitir que os usuá-
rios encontrem especificamente os perfurocortantes que estão procurando e possam rapidamente
iniciar sua avaliação. O site também apresenta as últimas informações sobre novos produtos.
• Artigos científicos em periódicos da área que descrevam as experiências de uma instituição
com um tipo particular de perfurocortante e a eficácia dos vários dispositivos na redução da
ocorrência de acidentes.
Os serviços devem entrar em contato com fabricantes ou fornecedores para obter amostras de
produtos para avaliação. Uma vez obtidas, examinar os perfurocortantes com base nos critérios
de design e desempenho e outros aspectos que são importantes. Sugere-se também convidar os
representantes dos fabricantes para apresentarem informações sobre seus produtos à equipe. As
questões para os representantes podem incluir:
• O dispositivo pode ser fornecido em quantidades suficientes para suprir as necessidades da
instituição?
• Está disponível em todos os tamanhos e diâmetros solicitados?
• Qual tipo de capacitação e suporte técnico (por exemplo, capacitação em serviço no local,
materiais de aprendizagem) a empresa irá fornecer?
• A empresa fornecerá amostras grátis para um estudo de avaliação preliminar?
Discutir quaisquer questões técnicas relacionadas com o produto. Com base nessas discussões,
a equipe deve restringir suas escolhas a um ou dois produtos para uma avaliação de seu uso na
prática.
O formulário usado para verificar como os trabalhadores da saúde avaliam o dispositivo em estudo
deve coletar as informações necessárias para subsidiar o processo de seleção do produto. Os
formulários devem estar disponíveis para serem retirados prontamente pelos trabalhadores. Isso
promove a padronização dos critérios de avaliação e aumenta a capacidade de comparar as respostas
entre diferentes serviços de saúde. Se os formulários fornecidos pelo fabricante forem usados, eles
devem ser cuidadosamente analisados para eliminar as tendências potencialmente presentes. Este
manual inclui um formulário genérico de avaliação.
60
discorda completamente) ou que consiga graduar as opiniões facilita a tabulação das respostas.
Algumas questões específicas (por exemplo, facilidade de uso, impacto sobre o procedimento,
quanto tempo levou para se acostumar ao perfurocortante novo) devem ser feitas para qualquer
produto sob análise. Questões acerca do desempenho podem ser específicas para determinados
tipos de perfurocortantes (por exemplo, cateter intravenoso, seringa e agulha hipodérmica), tipos de
dispositivos de segurança (por exemplo, bainha deslizante que cobre o elemento perfurocortante,
agulha retrátil) ou certas alterações nos equipamentos (por exemplo, uso único versus múltiplos
usos). Estas perguntas podem ser adicionadas caso necessárias. Outras sugestões para elaboração
ou seleção de um formulário de avaliação são:
• Evitar questões que a equipe de avaliação de produto possa responder. A menos que
haja uma necessidade específica, não devem ser incluídas questões que a equipe de avaliação
de produto possa responder sozinha. Alguns exemplos de assuntos que não precisam ser
abordados nos formulários incluem embalagem, impacto no volume de resíduo e necessidades
de capacitação.
• Deixar espaço para comentários. Os trabalhadores devem ter a oportunidade de comentar
sobre um produto em teste. Comentários individuais podem levantar aspectos significativos e
que passaram despercebidos e podem identificar temas para questionamentos adicionais.
• Incluir questões sobre os usuários do produto. A menos que uma avaliação seja restrita a um
único setor da instituição ou a um único grupo de pessoas, algumas informações sobre quem
preenche o formulário (por exemplo, ocupação, função, há quanto tempo trabalha no local e/ou
na área clínica, capacitação sobre o novo produto) são úteis na avaliação de como diferentes
grupos reagem ao novo produto.
Depois de elaborar o formulário, é necessário garantir que ele seja aplicado adequadamente,
permitindo obter as informações desejadas e documentar o processo. Para isso, deve-se desenvolver
e executar um plano de avaliação do produto, que exigirá diversas etapas(128):
• Selecionar os setores em que será feita a avaliação. A avaliação não precisa ser realizada na
instituição inteira, mas deve incluir os setores mais representativos e as áreas com necessidades
específicas. Sempre que possível, incluir tanto os trabalhadores mais inexperientes, quanto os
mais experientes.
• Definir quanto tempo demorará a avaliação. Não há uma fórmula para definir quanto tempo
deve durar esse período, embora quase sempre sejam sugeridas de duas a quatro semanas(144,
146). Alguns fatores que devem ser considerados incluem a frequência de uso do perfurocortante
e a curva de aprendizagem, isto é, o tempo necessário para se acostumar com o uso de um
desses produtos. É importante equilibrar o interesse dos trabalhadores no produto e o tempo
de experiência necessário para o uso adequado do mesmo. Se mais de um produto estiver
sendo testado como substituto a um perfurocortante convencional, eles devem ser testados
nas mesmas condições, isto é, com os mesmos trabalhadores e durante o mesmo intervalo de
tempo. Definir momentos em que uma avaliação deve ser interrompida devido a problemas
imprevistos com o produto.
• Planejar a capacitação dos trabalhadores. O pessoal que participa da avaliação de um produto
deve compreender como usar o novo dispositivo adequadamente e qual o impacto, se houver,
de um dispositivo de segurança para as técnicas ou a realização dos procedimentos. A capaci-
tação deve ser adaptada às necessidades e às características do público e deve incluir um de-
bate de por que o novo produto está sendo testado, como se dará sua avaliação e o que se espe-
ra dos participantes. É importante fornecer informações sobre os critérios usados para avaliar
61
o desempenho clínico e responder a quaisquer questões sobre a interpretação desses
critérios. Uma forma efetiva de realizar a capacitação é fazê-la voltada para cada grupo de
trabalhadores que testará o produto, usando trabalhadores do próprio serviço e representan-
tes dos fabricantes como instrutores. Enquanto o usuário interno conhece como esses ma-
teriais são usados dentro da instituição, incluindo seus usos específicos, o representante
do fabricante compreende o design e o uso do dispositivo de segurança. Para reforço do
uso adequado, deve-se dar aos trabalhadores que estão sendo capacitados a oportunidade
de manusear o produto, fazer perguntas sobre seu uso e simular o uso do mesmo durante
um atendimento. Deve-se considerar ainda aqueles que podem não conseguir participar
da capacitação (por exemplo, trabalhadores afastados, estagiários ou residentes novos,
diaristas, trabalhadores autônomos e terceirizados) e como capacitá-los em momento
posterior. Uma possibilidade seria identificar algumas pessoas nos setores que poderiam
orientá-los a respeito do uso desses materiais.
• Estabelecer como os produtos serão distribuídos para a avaliação. Sempre que possível,
retirar o perfurocortante convencional das áreas onde a avaliação será realizada e substituí-los
(128)
pelo produto em estudo . Dessa forma, elimina-se a possibilidade de uso do perfurocortante
convencional e se estimula o uso do produto sob teste. Se este não atender a todas as
necessidades (por exemplo, nem todos os tamanhos estão disponíveis, o produto em teste
tem apenas uma finalidade enquanto o convencional tem vários usos diferentes), então pode
ser necessário manter um estoque do produto convencional. Nesses casos, fornecer e reforçar
informações sobre o uso adequado e o uso inadequado do produto convencional. Sempre
que houver substituição de materiais, realizar uma capacitação prévia.
• Definir quando e como será obtido o feedback do usuário final. A obtenção do feedback
sobre o desempenho do produto deve ser feita em duas etapas. A primeira é informal
e ocorre logo após o início do estudo de avaliação. Membros da equipe de avaliação
devem visitar as áreas onde o produto está sendo testado e participar das discussões
sobre o mesmo a fim de conseguir indicações preliminares de sua aceitabilidade para
uso clínico. Essas interações também podem revelar eventuais problemas que podem
levar ao encerramento precoce da avaliação ou demandar capacitações adicionais.
A segunda etapa envolve a distribuição dos formulários de avaliação do produto. Para evitar
esquecimentos, isso deve ser feito o mais rápido possível após o período de avaliação ser
concluído. Uma forma ativa de distribuição, como a feita durante as reuniões do setor, pode
ser mais confiável e satisfatória do que uma forma passiva, como uma em que os formulários
são deixados à disposição no setor para quem quiser pegá-los. A forma ativa também impede
que os participantes preencham vários formulários para o mesmo produto.
62
Se houver um número significativo de formulários preenchidos, sugere-se o cálculo das taxas de
resposta por função ou ocupação e setor do serviço e uma posterior análise dos dados segundo
essas variáveis. Isso pode ajudar a identificar diferenças de opinião influenciadas por variações
nas necessidades clínicas.
Diversos fatores podem ter uma influência positiva ou negativa para uma avaliação de produto,
entre eles:
• Experiência dos trabalhadores com o perfurocortante convencional,
• Preferência dos trabalhadores pelo perfurocortante convencional,
• Envolvimento com o processo de avaliação do produto,
• Influência de líderes,
• Opinião dos participantes sobre os membros da equipe de avaliação do produto e sobre seus
representantes,
• Percepção sobre a necessidade de perfurocortantes com dispositivos de segurança, e
• Preocupação com o paciente.
É possível que um ou mais desses fatores esteja presente se a resposta de certos grupos à substituição
do produto convencional for diferente da esperada ou diferir da resposta de outros grupos na mesma
instituição. Nessas circunstâncias, sugere-se uma reunião com esses grupos para compreender seus
questionamentos e posições. Esta reunião também poderia permitir à equipe de avaliação obter
mais informações sobre o processo de avaliação e sobre o produto.
Após o processo de avaliação, a equipe responsável deve selecionar o produto com base no feedback
dos usuários e em outros critérios estabelecidos por ela. Depois disso, deverá planejar o processo de
implantação do perfurocortante selecionado e coordenar a capacitação envolvendo a substituição
do produto convencional. Este processo de implantação pode durar várias semanas e pode ser
necessário realizá-lo em cada setor individualmente.
A equipe deve também considerar um plano de contingência no caso de o produto escolhido ser
recolhido ou sua produção ser incapaz de atender à demanda.
Essas questões não são simples de responder. Além disso, manter ou retomar o uso de um
perfurocortante convencional depois de introduzir um equivalente com dispositivo de segurança
é contrário ao programa de prevenção, originando dúvidas entre os trabalhadores. Entretanto,
em alguns casos, o produto convencional pode ser a única opção disponível. Caso seja necessário
devolver algum produto, convencional ou com dispositivo de segurança, alguns fabricantes e
revendedores aceitam a devolução. É importante perguntar a eles sobre essa possibilidade.
63
Etapa 11. Realização do monitoramento pós-implantação
Após a introdução de um perfurocortante com dispositivo de segurança, deve-se avaliar a satisfação
com o produto através de um monitoramento continuado e deve-se atentar a aspectos não
identificados ou levantados durante o período de avaliação. Além disso, alguns serviços de saúde
podem querer avaliar a adesão ao uso do perfurocortante com dispositivo de segurança. Cada
equipe responsável pela seleção e avaliação desses produtos deverá estabelecer a maneira mais
efetiva e eficiente para realizar o monitoramento pós-implantação.
64
Oportunidades para as atividades educativas e a capacitação dos profissionais e outros
trabalhadores da saúde
Talvez os momentos mais óbvios para capacitação quanto às medi-
das de prevenção de acidentes com perfurocortantes sejam duran- Oportunidades para
te a capacitação inicial e outras capacitações periódicas exigidas capacitação sobre a
pela NR 32. Entretanto, há muitas outras oportunidades, como prevenção de acidentes
durante a capacitação sobre os procedimentos que envolvem o uso com perfurocortantes
de perfurocortantes, a introdução de novos materiais e outros. Capacitação inicial
65
Se a capacitação for constituída principalmente por palestras ou aulas expositivas, algumas formas
para torná-la mais atraente incluem:
• A apresentação de estudos de caso de exposições ocorridas no serviço (protegendo a identidade
dos trabalhadores envolvidos). No final da apresentação do caso, o instrutor pode iniciar uma
discussão com o público sobre como prevenir acidentes,
• Estimular um debate sobre as opiniões dos trabalhadores a respeito das ações de prevenção de
acidentes desenvolvidas pela instituição e levantar as possíveis sugestões para melhoria que o
público possa ter.
Instrumentos didáticos
Os instrumentos que otimizam o processo de aprendizado evoluíram com o tempo: de simples
quadros negros para transparências, quadros flip chart, slides, filmes e mais recentemente fitas de
vídeo e áudio, teleconferências, materiais para ensino à distância informatizados ou não, vídeos
interativos e muitos outros. Os materiais educacionais para autoaprendizagem permitem que os
trabalhadores da saúde sejam capacitados de acordo com os horários e o ritmo mais convenientes
para eles; estes aspectos vêm assumindo uma importância cada vez maior. Muitos serviços de saúde
não têm recursos para desenvolver materiais educacionais sofisticados a respeito da prevenção
de acidentes com perfurocortantes. Entretanto, várias organizações profissionais, fabricantes de
perfurocortantes e órgãos federais norte-americanos (por exemplo, OSHA, CDC) têm materiais e
pessoal de suporte que podem colaborar para a capacitação desses trabalhadores nos serviços de
saúde. À medida que cresce o interesse nessa área, é provável que aumente a quantidade de re-
cursos e materiais educacionais à disposição para as capacitações nos serviços de saúde.
• http://www.cdc.gov/shappsafety
• http://www.osha.gov/SLTC/bloodbornepathogens/index.html/
• http://www.bd.com/safety/edu/
Nota: Esses endereços estão aqui incluídos porque contêm informação que pode ser de interesse ao
leitor deste manual. Contudo, os autores não necessariamente endossam as opiniões e informações
existentes nesses sites. Além disso, não recomendam os produtos ou informações comerciais que
possam estar presentes nesses sites e que neles sejam anunciados.
66
67
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Anexo A
Formulários e planilhas
Este manual contém vários modelos de formulários e planilhas que podem ser usados pelos serviços
de saúde no desenvolvimento ou aprimoramento de um programa institucional de prevenção de
acidentes com materiais perfurocortantes. Esses modelos podem ser adaptados conforme desejado
para melhor atender às necessidades da instituição. Cada um está vinculado a um tópico deste
manual, que descreve o contexto no qual o uso do modelo é proposto.
• A-1 Modelo de planilha para avaliação inicial (basal) do programa
• A-2 Modelos de formulários para medir as percepções dos trabalhadores sobre a cultura de
segurança na instituição
• A-3 Modelos de formulários para pesquisa com os trabalhadores sobre a exposição a sangue ou
outros materiais biológicos no ambiente de trabalho
• A-4 Modelo de planilha do perfil inicial (basal) de acidentes na instituição
• A-5 Modelo de planilha para registro das medidas existentes para prevenção de acidentes
• A-6 Modelos de formulários de plano de ação do programa de prevenção de acidentes com
perfurocortantes
• A-7 Modelo de formulário de notificação de exposição a sangue ou outros materiais biológicos
• A-8 Modelos de formulários para registro de situações de risco ou “quase acidentes” envolvendo
perfurocortantes
• A-9 Modelo de formulário para realização de análise simples da causa raiz de acidentes com
perfurocortantes ou eventos de “quase acidentes”
• A-10 Modelo de planilha para o cálculo do ajuste da taxa específica por função ou ocupação
• A-11 Modelo de questionário para pesquisa sobre o uso de perfurocortantes
• A-12 Modelo de planilha de pré-seleção de perfurocortante com dispositivo de segurança
• A-13 Modelo de formulário de avaliação de perfurocortante com dispositivo de segurança
A-1 Modelo de planilha para avaliação inicial (basal) do programa
Este modelo de planilha foi concebido para ajudar os serviços de saúde a realizarem uma única
avaliação inicial (basal) das atividades ou dos processos que dão suporte a um programa de prevenção
de acidentes com perfurocortantes. As questões relacionadas às diversas áreas do programa são
incluídas como um guia para realização dessa avaliação. Uma vez preenchida, a planilha pode ser
usada como um ponto de partida para discussão de aperfeiçoamentos no programa que poderão
levar a uma redução nos acidentes com perfurocortantes entre trabalhadores da saúde. Os serviços
de saúde devem adaptar a planilha de forma a atender às necessidades de seus programas.
Tópico do manual correspondente a esta planilha:
Etapas organizacionais
Etapa 2. Avaliação dos processos operacionais do programa
77
Modelo de planilha para avaliação inicial (basal) do programa
1. Cultura de segurança
78
2. Registro e notificação de acidentes com perfurocortantes
79
Estratégias para aprimoramento
Questões Prática atual
(se necessário)
80
Questões Prática atual Estratégias para aprimoramento
(se necessário)
81
A-2 Modelos de formulários para medir as percepções dos trabalhadores
sobre a cultura de segurança na instituição
Esta pesquisa ajudará os serviços de saúde a medirem como seus trabalhadores percebem a
segurança. As questões foram concebidas para fornecer um panorama da cultura de segurança e de
como ela interfere na segurança dos trabalhadores da saúde, além de avaliar a cultura de segurança
da perspectiva da prevenção de acidentes com perfurocortantes.
Os serviços de saúde que escolherem realizar essa pesquisa devem se sentir livres para adaptar o
formulário às suas necessidades, incluindo a alteração das categorias ocupacionais, para refletir mais
de perto aquelas categorias dentro da instituição.
O questionário foi proposto de forma a proteger o anonimato dos respondedores. Se o
número de trabalhadores da saúde em uma ou mais categorias ocupacionais incluídas for
pequena (por exemplo, equipe de coleta de sangue, equipe IV), então essas categorias devem
ser excluídas do questionário e combinadas com outra categoria ocupacional (por exemplo,
equipe de enfermagem, equipe do laboratório).
Podem ser calculadas tanto uma pontuação geral, como pontuações para itens individuais,
manualmente ou por computador. A pontuação geral fornece o grau da cultura de segurança da
instituição e as pontuações individuais podem ser usadas para identificar pontos fortes e fracos
específicos em áreas que influenciam a cultura de segurança. Um formulário para resumo das
respostas também foi incluído.
Tópico do manual correspondente a esta planilha:
Etapas organizacionais
Etapa 2. Avaliação dos processos operacionais do programa
Avaliação da cultura de segurança
82
Modelo de questionário para medir as percepções
dos trabalhadores sobre a cultura de segurança
O Programa de Prevenção de Acidentes com Perfurocortantes na(no) _______________ está conduzindo uma pesquisa
anônima, voluntária com os trabalhadores para avaliar quão bem estamos na promoção da segurança em nosso serviço
de saúde. Queira, por gentileza, responder as seguintes questões e devolver o questionário para ____________________
_____. Suas respostas são importantes e serão usadas para orientar os aperfeiçoamentos futuros em nosso programa de
segurança.
Queira, por gentileza, fazer um círculo no número que melhor reflete o quanto você concorda ou discorda com cada uma
das seguintes afirmações.
Problemas
Discordo Discordo Não concordo Concordo Concordo
totalmente nem discordo totalmente
1. A segurança dos trabalhadores é uma prioridade
neste serviço de saúde. 1 2 3 4 5
O que melhor descreve sua área de ocupação/trabalho? (Assinale somente uma opção)
Comentários
83
Modelo de relatório das percepções dos trabalhadores
sobre a cultura de segurança
Resumo do relatório
Data de início da pesquisa: _____ /_____ /_____ Data do relatório: _____ /_____ /_____
Método de distribuição
4. Comprometimento individual
Comentários
84
A-3 Modelos de formulários para pesquisa com os trabalhadores sobre a
exposição a sangue ou outros materiais biológicos no ambiente de trabalho
Esta pesquisa ajuda a avaliar os aspectos relativos à notificação das exposições ocupacionais a sangue
ou outros materiais biológicos pelos trabalhadores da saúde, bem como a efetividade do sistema de
atendimento e prescrição das profilaxias pós-exposição da instituição. A pesquisa tem duas seções:
a Parte A avalia o conhecimento dos trabalhadores sobre os procedimentos para notificação das
exposições e a proporção dos acidentes não notificados (subnotificação). A Parte B determina a
experiência dos trabalhadores com o sistema de atendimento após a notificação de uma exposição.
As informações deste questionário podem ser usadas para identificar problemas com a notificação de
acidentes ou com o atendimento recebido após uma exposição. Também podem ajudar a identificar
os locais ou os aspectos que precisam ser melhorados, o que pode ser feito através de atividades
educativas, revisão de procedimentos e/ou alterações do sistema.
Espera-se que a instituição realize essa pesquisa como parte de uma avaliação inicial (basal) e depois
a repita periodicamente (por exemplo, a cada 2 ou 3 anos). A pesquisa poderia abranger todos os
trabalhadores ou apenas aqueles com maior risco de exposição ocupacional a sangue ou outros
materiais biológicos.
Os serviços de saúde que escolherem realizar essa pesquisa devem se sentir livres para adaptar o
questionário às suas necessidades. Por exemplo, o período para “recordar/lembrar de exposições”
pode ser alterado de 12 meses para 3 ou 6 meses. Do mesmo modo, as instituições podem querer
excluir a Parte B e se restringir apenas à notificação das exposições.
O questionário proposto protege o anonimato dos respondedores. Se o número de
trabalhadores da saúde em uma ou mais categorias ocupacionais incluídas for pequena (por
exemplo, equipe de coleta de sangue, equipe IV), então essas categorias devem ser excluídas
do questionário e combinadas com outra categoria ocupacional (por exemplo, equipe de
enfermagem, equipe do laboratório).
As respostas podem ser analisadas tanto manualmente como por computador. O uso do computador
pode ser mais eficiente para realizar uma análise por categoria ocupacional. Foi incluído também um
formulário para fazer o resumo das respostas.
Foi disponibilizado também um modelo de carta para os trabalhadores que irão preencher o
questionário. É importante enfatizar o sigilo da pesquisa, a fim de assegurar a coleta de informações
verdadeiras e encorajar a participação.
Tópico do manual correspondente a esta pesquisa:
Etapas organizacionais
Etapa 2. Avaliação dos processos operacionais do programa
Avaliação de normas e procedimentos para notificação de acidentes com perfurocortantes
85
Modelo de carta de apresentação
86
Modelo de questionário para pesquisa com os trabalhadores
sobre exposição ocupacional a sangue ou outros materiais
biológicos no ambiente de trabalho
Caso você tenha questões ou problemas em preencher este questionário, queira, por gentileza, pedir ajuda.
1. Qual dos seguintes melhor descreve sua área de ocupação/trabalho? (Assinale somente uma opção)
3. Sua instituição tem uma norma/protocolo para notificação de exposições a sangue ou outros materiais
biológicos?
4. Quem você contataria em primeiro lugar caso você sofresse uma exposição a sangue ou outros materiais
biológicos (por exemplo, acidentes com agulhas, sangue nos olhos)? (Assinale somente uma opção)
5. Nos últimos 12 meses, você teve um acidente com um perfurocortante (como uma agulha ou um bisturi) que
tenha sido previamente usado em um paciente?
Para quantas dessas exposições foi preenchida uma notificação de exposição a sangue ou outros materiais biológicos?_______________
6. Nos últimos 12 meses, você teve uma exposição mucocutânea (de seus olhos, de sua boca, do interior do seu
nariz ou de sua pele) a material biológico?
Não Sim
Se sim, quantas exposições a sangue/material biológico você sofreu nos últimos 12 meses? _____________________________________
Para quantas dessas exposições foi preenchida uma notificação de exposição a sangue ou outros materiais biológicos? ______________
87
7. Caso você tenha tido uma exposição, mas não tenha notificado, queira, por gentileza, indicar as razões por não
ter notificado: (Assinale todas as opções que se aplicam.)
Não tive tempo para notificar Estava preocupado com o sigilo Pensei que o paciente-fonte tinha
baixo risco de HIV e/ou hepatite B ou C
Não conhecia o procedimento Pensei que me culpariam ou que eu
para notificar teria problema por ter sofrido a exposição Pensei que o tipo de exposição tinha
baixo risco de transmissão de HIV
Não pensei que fosse importante Outros e/ou hepatite B ou C
notificar (explique, por favor) __________________________________________________
8. Onde você foi para receber o atendimento após você ter tido a exposição a sangue ou outro material biológico?
9. Se você recebeu tratamento para seu acidente com material biológico (com perfurocortante ou mucocutâneo),
faça um círculo no número que melhor descreve sua experiência com o serviço onde você recebeu atendimento.
88
Modelo de relatório para pesquisa com os trabalhadores sobre
exposição ocupacional a sangue ou outros materiais biológicos
no ambiente de trabalho
Resumo do relatório
Data de início da pesquisa: _____ /_____ /_____ Data do relatório: _____ /_____ /_____
Método de Distribuição
1.Conhecimento do protocolo institucional de notificação de exposições: (fornecer quantidade e % para cada um)
Respostas afirmativas:________ / _______ %
2. Pessoa(s) que seria(m) contatada(s) em primeiro lugar no caso de exposições a material biológico
(fornecer quantidade e % para cada um)
Controle de infecção (CCIH/SCIH): __________ / _______ % Não contataria ninguém: _________ / _______ %
3. Respondedores que disseram ter se acidentado com perfurocortantes nos últimos 12 meses.
(fornecer quantidade e % para cada um)
4. Respondedores que disseram que tiveram outros tipos de exposição (olhos, boca, nariz, pele) a sangue/material
biológico nos últimos 12 meses: (fornecer quantidade e % para cada um)
89
5. Razões para não ter notificado: (fornecer quantidade e percentual dos respondedores)
Sem tempo suficiente para notificar _________ / ______ % Preocupado com o sigilo __________ /_______ %
Pensou que seria responsabilizado(a) ________ /_______ % Pensou que o paciente-fonte tivesse ___________ /_______ %
pelo acidente ou que teria problemas baixo risco de infecção
Categoria Número de Quantidade Taxa de Número/% Quantidade Total/% de Quantidade Quantidade Total/% de
respostas elegível para resposta (%) que notificou total de exposições /% que total de exposições
ocupacional
resposta 2 exposições exposições percutâneas notificou exposições de membrana
percutâneas percutâneas notificadas exposição de de membrana mucosa e
(média/ membrana mucosa ou cutâneas
trabalhador) mucosa ou cutânea notificadas
cutânea (média/
trabalhador)
Equipe médica
clínica/cirúrgica
Equipe de
enfermagem
Equipe do
laboratório
Área de
odontologia
Setor da
manutenção
Pessoal de serviço de
higienização/
limpeza/lavanderia
Técnicos
Outros
Não identificado
7. Localização onde o atendimento foi realizado: (fornecer quantidade e % para cada um)
90
8. Experiência de atendimento pós-exposição:
(Pontuação mais alta possível por pesquisa = 35. Pontuação média (total de todos os itens/número de respondedores):
Variação: ____________________ (escore total mais baixo) a____________________ (escore total mais alto)
Comentários
91
A-4 Modelo de planilha do perfil inicial (basal) de acidentes
na instituição
Esta planilha foi criada para ajudar os serviços de saúde a organizar os dados iniciais (basais) sobre
os acidentes com perfurocortantes e a identificar prioridades de intervenção. As variáveis incluem
as ocupações/funções dos acidentados, os perfurocortantes envolvidos nos acidentes, as taxas e as
circunstâncias de ocorrência dos acidentes. Esta planilha não foi concebida para levar as instituições
a conclusões sobre atividades de prevenção. A intenção é usar a planilha como uma ferramenta de
discussão para estabelecer as prioridades de intervenção.
As informações desta planilha são baseadas nos dados coletados no Anexo A-7, Formulário de
notificação de exposição a sangue ou outros materiais biológicos. Serviços de saúde que não
estejam usando um formulário semelhante podem não ter informações sobre categorias específicas
incluídas nesta planilha. Neste caso, as categorias devem ser modificadas para refletir as informações
que já são coletadas no serviço de saúde.
Tópico do manual correspondente a esta planilha:
Etapas organizacionais
Etapa 3. Análise do perfil inicial (basal) dos acidentes e das medidas de prevenção
92
Modelo de planilha do perfil inicial (basal) de acidentes
na instituição
O objetivo da presente planilha é organizar os dados sobre acidentes com perfurocortantes a fim de identificar prioridades
imediatas para intervenção.
Quais foram as três categorias ocupacionais com mais notificações de acidentes no ano passado?
Quais foram os cinco locais/setores onde os acidentes mais ocorreram no ano passado?
Quais foram os cinco perfurocortantes mais comumente envolvidos nos acidentes no ano passado?
Dispositivo Número de % de
acidentes acidentes
93
No ano passado, qual proporção de acidentes devido às seguintes circunstâncias?
Circunstância Número de % de
acidentes acidentes
Sutura
Reencape de agulhas
Durante limpeza
Outras
No ano passado, qual proporção de acidentes que ocorreram durante os seguintes procedimentos?
Procedimento Número de % de
acidentes acidentes
Aplicação de injeção
94
A-5 Modelo de planilha para registro das medidas existentes
para prevenção de acidentes
Esta planilha foi proposta como um método de documentação da implementação e intervenções de
prevenção de acidentes específicos. O foco está nos perfurocortantes com dispositivos de segurança,
mas outras estratégias são incluídas como exemplos. Os serviços de saúde podem modificar esse
formulário de forma a adaptá-lo às suas necessidades específicas.
Tópico do manual correspondente a esta planilha:
Etapas organizacionais
Etapa 3. Análise do perfil inicial (basal) dos acidentes e das medidas de prevenção
95
Modelo de planilha para registro das medidas
existentes para prevenção de acidentes
Seringas/agulhas hipodérmicas
Sistema de administração
intravenosa
Cateter IV
Escalpes
Bisturi
Agulha de sutura
Agulha de hemodiálise
Outros:
2. Quais outros materiais para prevenção de acidentes com perfurocortantes foram implementados?
Fixadores de cateteres
Manuseio de perfurocortantes
cirúrgicos (por exemplo, apoios
magnéticos, bandejas de zona neutra)
Outros
96
3. Em que local e setores do serviço de saúde os coletores de descarte de perfurocortantes são colocados?
4. O serviço de saúde tem usado algum material de divulgação (cartazes, folhetos, cartilhas, vídeos etc.) para
promover o manuseio seguro dos perfurocortantes? Se estiver, quais são eles?
97
A-6 Modelos de formulários de plano de ação do programa de prevenção
de acidentes com perfurocortantes
Estes formulários têm o objetivo de ajudar as instituições a desenvolverem e implementarem
planos de ação para acompanhar e medir suas intervenções de prevenção. O primeiro formulário
foi criado especificamente para acompanhar a implementação de ações de prevenção pontuais,
como a introdução de perfurocortantes com dispositivos de segurança ou mudanças na prática de
trabalho. O segundo formulário aborda as alterações programáticas e sistêmicas que levarão a um
aperfeiçoamento do sistema de segurança e do programa de prevenção (por exemplo, capacitação
dos trabalhadores da saúde, procedimentos para notificação). Os dois formulários podem ser
modificados para que os planos tenham um caráter reativo ou proativo. Um plano de ação de caráter
reativo é implementado apenas após alguma ocorrência, enquanto que aquele que tem um caráter
proativo é implementado a qualquer momento, sem precisar de alguma ocorrência para ser iniciado.
Os serviços de saúde podem optar por elaborar planos de ação pontuais e sistêmicos reativos e
proativos separados. Também podem fazer outras modificações de modo a atender às necessidades
de seus programas.
Foi incluído um formulário-modelo preenchido mostrando um exemplo de plano de ação para
intervenções pontuais e de caráter reativo. Os números nesse formulário de modelo são fictícios e
não devem ser usados para fins de comparação.
Tópico do manual correspondente a estes formulários:
Etapas organizacionais
Etapa 5. Desenvolvimento e implementação de planos de ação
98
Modelo de plano de ação do programa de prevenção
de acidentes com perfurocortantes: acompanhamento
das ações pontuais
Exemplo
Objetivo pretendido: Reduzir a zero a quantidade de lesões associadas com descarte de perfurocortantes
Medida pós-intervenção:
E – Implementação de P 01/04/2001
cateteres IV com
dispositivos de segurança.
99
Problema Número inicial Estratégias de Situação/data da Quantidade de Comentários
de acidentes/ prevenção2 implementação3 acidentes pós-
período de implementação
tempo1
Acidentes com 7/ano A – Investigação dos EP 01/04/2001 01/01/2001
escalpes durante o acidentes para determinar – 01/04/2001
descarte. qual parte do escalpe Notificação de
estava envolvida. três acidentes
envolvendo
E – Implementação de EP 01/04/2001 escalpes.
escalpes com dispositivos
de segurança.
1 Ano, trimestre, mês; 2 Descrever o código por tipo de intervenção: A = Administrativa, E = Engenharia,
PT = Prática de Trabalho, C = Capacitação; 3 Pendente (P), Em Progresso (EP), Concluído (C)
100
Modelo de plano de ação do programa de prevenção
de acidentes com perfurocortantes: acompanhamento
das ações pontuais
Problema:
Objetivo pretendido:
Situação Inicial:
Medida pós-intervenção:
1 Ano, trimestre, mês; 2 Descrever o código por tipo de intervenção: A = Administrativa, E = Engenharia,
PT = Prática de Trabalho, C = Capacitação; 3 Pendente (P), Em Progresso (EP), Concluído (C)
101
Modelo de plano de ação do programa de
prevenção de acidentes com perfurocortantes:
acompanhamento das ações sistêmicas
102
A-7 Modelo de formulário de notificação de exposição a sangue ou
outros materiais biológicos
O formulário a seguir foi desenvolvido para auxiliar os serviços de saúde na coleta de informações
sobre exposições ocupacionais a sangue ou outros materiais biológicos. Informações sobre as
características da exposição (por exemplo, localização da exposição, tipo de exposição, dispositivo
envolvido e procedimento que estava sendo realizado) podem ser analisadas para melhor
planejamento da prevenção de acidentes com perfurocortantes. É possível que nem todo o formulário
possa ser preenchido no momento da exposição ou durante a consulta inicial do trabalhador
exposto. Porém, é muito importante que essas informações sejam acrescentadas com o desenrolar
da investigação.
Tópico do manual correspondente a este formulário:
Processos operacionais
Implantação de procedimentos de registro, notificação e investigação de acidentes e situações de
risco
Características de um formulário de notificação
103
Modelo de formulário de notificação de exposição a
sangue ou outros materiais biológicos
Exposição no _______________________________________________________________________________________
Nome da instituição: _________________________________________________________________________________
Nome do trabalhador: _______________________________________________________________________________
Documento de identidade/prontuário: _________________________________________________________________
Data da exposição:______/_____ /_____ Horário da exposição: _____ : _____
Função/ocupação: _________________ Departamento/unidade/setor: ____________________________________
Local/setor em que ocorreu a exposição: _______________________________________________________________
Nome da pessoa que está preenchendo o formulário: ____________________________________________________
Percutânea (Agulha ou outro perfurocortante contaminado com sangue ou material biológico) (Preencha as Seções II, III, IV e V)
Mucocutânea (Assinale abaixo e preencha Seções III, IV e VI) ______ Membrana mucosa (por exemplo, olhos, boca) ______ Pele
Seção II. Informações sobre o perfurocortante (Se a exposição foi percutânea, fornecer as seguintes informações sobre o perfurocortante envolvido)
Outras: ____________________________________________________________
Descreva o que aconteceu com o dispositivo de segurança, por exemplo, por que falhou ou por que não foi ativado:
Descrever como ocorreu a exposição e como poderia ter sido prevenida: (OBS: A identidade do trabalhador deve obrigatoriamente ser mantida em sigilo)
104
Seção IV. Informações sobre a exposição e a fonte
A. Detalhes sobre a exposição: (Assinale todas as opções que se aplicam)
1. Tipo de fluido ou de material biológico
Sangue ou hemoderivados
Fluidos ou secreções corporais visivelmente contaminados com sangue (Indicar qual fluido ou secreção - item 1.1)
Fluidos ou secreções corporais sem sangue visível (Indicar qual fluido ou secreção - item 1.1)
Solução visivelmente contaminada com sangue (por exemplo, a água usada para limpar um respingo de sangue)
Mão/dedo
Braço
Olhos
Boca/nariz
Face
Perna/membros inferiores
Outro (Descreva):
Indeterminado/desconhecido
105
B. Informações sobre a fonte
2. Preencher com os dados sorológicos do paciente-fonte. Se o paciente não autorizou um ou mais exames, assinalar com “Recusado”.
Anti-HIV
Anti-HCV
HBsAg
106
B. Procedimento em que o perfurocortante foi usado ou em que se pretendia usá-lo.
(Assinale um tipo de procedimento e preencha as informações nos campos indicados pelos números, se aplicável)
Manipulação de acesso vascular (venoso ou arterial) (indicar: tipo de acesso - item 1, e razão para acesso vascular - item 2)
1. Tipo do acesso
Periférico
Central
Arterial
Outro
2. Indicação do acesso
Injetar medicamentos
Outro
3. Tipo de injeção
Injeção IM
Anestesia espinhal/epidural
Outra injeção
Punção venosa
Punção arterial
Diálise/local de fístula AV
Cordão umbilical
Ponta de dedo/calcanhar
Sutura
Incisão cirúrgica
Desconhecido
107
C. Quando e como o acidente ocorreu?
(Na coluna à esquerda, selecione uma única alternativa, a que melhor descreve quando a lesão ocorreu. À direita, no campo indicado pelo número, selecione uma
ou duas circunstâncias que detalham como ocorreu a lesão)
Ao inserir a agulha/perfurocortante
Ao manipular a agulha/perfurocortante
Ao retirar a agulha/perfurocortante
Ao apalpar/explorar
Ao processar as amostras
Na descontaminação/processamento do perfurocortante
utilizado
Durante a limpeza
108
(3) Selecione uma ou duas escolhas:
No lixo
Na roupa/lavanderia
Desconhecido
Deixado na mesa/bandeja
Deixado no leito/colchão
No chão
No bolso/roupa
Perfurocortante derrubado
Seção IV. Circunstâncias envolvendo exposição de mucosas (por exemplo, olhos, boca)
A. Quais EPIs eram usados pelo trabalhador no momento da exposição? (Assinale todas as opções que se aplicam)
Luvas
Protetor ocular
Protetor facial
Capote/avental1
1 Capotes/aventais usados diariamente por cima do vestuário dos trabalhadores não podem ser classificados como EPI, porque para um material ser EPI é
necessário ter CA (Certificado de Aprovação do MTE) segundo a legislação brasileira. Nesta pergunta, devem-se considerar os capotes/aventais com CA (por
exemplo, alguns aventais impermeáveis) e sem CA (por exemplo, capotes/aventais usados na realização de procedimentos).
Paciente espirrou/tossiu/vomitou
Manipulação de via aérea (por exemplo, aspiração de via aérea, escarro induzido)
Procedimento de endoscopia
Procedimento odontológico
Coleta de sangue
109
Procedimento de irrigação
Parto vaginal
Procedimento cirúrgico (por exemplo, todos os procedimentos cirúrgicos, incluindo partos cesáreos)
Sangramento vascular
Outro:
Desconhecido
Comentários:
110
A-8 Modelos de formulários para registro de situações de risco ou
“quase acidentes” envolvendo perfurocortantes
Os serviços de saúde que coletam informações sobre riscos de acidentes com perfurocortantes
no ambiente de trabalho podem considerar os seguintes formulários úteis. O primeiro formulá-
rio (A-8-1) é para instituições que realizam avaliações sistemáticas do ambiente e é útil para a
documentação das situações de risco envolvendo perfurocortantes que tenham sido observadas
durante essas pesquisas. O segundo formulário (A-8-2) é para uso individual dos trabalhadores
que tenham constatado uma situação de risco envolvendo perfurocortantes no ambiente de
trabalho ou que estejam relatando um evento de “quase acidente”. O formulário permite docu-
mentar essas observações e posteriormente comunicá-las ao pessoal administrativo ou aos
responsáveis pelas ações de prevenção. Os serviços de saúde podem adaptar esses formulários
conforme as necessidades da instituição.
Tópico do manual correspondente a estes formulários:
Processos operacionais
Implantação de procedimentos de registro, notificação e investigação de acidentes e situações de
risco
Desenvolver um procedimento de registro de situações de risco
111
A-8-1 Modelo de formulário de ocorrência de situações
de risco ou “quase acidentes” durante avaliações
sistemáticas do ambiente
Sim Não
Descreva o que foi observado. Se foi identificada mais de uma situação, numere-as e descreva-as cada uma
separadamente.
112
A-8-2 Modelo de formulário para notificação de
situações de risco ou “quase acidentes”
Telefone: ________________________________________________________________________________________
Você gostaria de ser informado de como esse problema será abordado e do resultado da investigação?
Sim Não
A pessoa que fez esta notificação foi informada do resultado desta investigação?
Sim Não
113
A-9 Modelo de formulário para realização de análise simples de causa
raiz de acidentes com perfurocortantes ou eventos de “quase acidente”
O presente formulário foi desenvolvido para auxiliar os serviços de saúde a determinarem os
fatores que podem ter contribuído para um acidente com material perfurocortante (A-7) ou uma
situação em que poderia ter ocorrido um acidente (“quase acidente”) (A-8-1 e A-8-2). Os métodos
de realização de uma análise de causa raiz são discutidos no processo operacional Implantação de
procedimentos de registro, notificação e investigação de acidentes com perfurocortantes e
situações de risco (p. 47). O uso deste formulário auxiliará os serviços de saúde a identificarem se
um fator ou uma combinação de fatores contribuiu para o problema. Os serviços de saúde podem
adaptar esse formulário conforme necessário.
A chave para o processo de RCA é fazer a pergunta “por quê?” quantas vezes forem necessárias para
se determinar a(s) causa(s) “raiz” de um evento.
• O que aconteceu?
• Como isso aconteceu?
• Por que isso aconteceu?
• O que pode ser feito para impedir que isso volte a acontecer no futuro?
O uso do presente formulário e das questões iniciais fornecidas ajudará a determinar se e como um ou
mais do que se segue foi um fator contribuinte: o procedimento de avaliação do paciente, uma ação ou
um movimento dele, capacitação e competência, perfurocortantes envolvidos, falta ou interpretação
errada das informações, comunicação, existência e adequação de políticas ou procedimentos
específicos, questões relativas à supervisão e chefia ou aos trabalhadores individualmente.
114
Modelo de formulário para notificação de situações de
risco ou “quase acidentes”
Evento: Data ____ /____ / ____ Hora: _____________ Dia da semana: ______________________
Localização: ________________________________________________________________________
Fatores Sim Não Se “Sim”, o que contribuiu Este é uma causa Se “Sim”, um plano
contribuintes para esse fator se tornar raiz do evento? de ação é indicado?
um problema?
Sim Não Sim Não
Fatores relacionados ao
paciente (uma ação ou
movimento dele)?
Fatores relacionados à
avaliação do paciente?
Fatores relacionados à
capacitação ou competência
da equipe de trabalho?
Fatores relacionados ao
perfurocortante?
Ambiente de trabalho?
Falta de informações ou
interpretação errada das
mesmas?
Fatores relativos à
comunicação?
Fatores relacionados à
adequação ou à existência
de normas/políticas/
procedimentos?
Falha de uma barreira
protetora (p.ex., EPI ou
dispositivo de segurança)?
Fatores relacionados ao
trabalhador?
Fatores relacionados à
supervisão ou à chefia?
Ação número 2
Ação número 3
Ação número 4
Ação número 5
115
Modelo de questionário inicial para realização de análise de causa
raiz de exposição a sangue ou outros materiais biológicos
4. Ambiente de trabalho
• Houve alguma barreira de comunicação que contribuiu com esse evento (por exemplo, idioma, o trabalhador não
conseguiu ouvir alguma informação etc.)?
• A comunicação pode ter contribuído para esse evento de alguma maneira?
116
7. Fatores relacionados à adequação ou à existência de normas/políticas/procedimentos
• Há normas, políticas ou procedimentos que descrevem como este evento deve ser prevenido?
• Se sim, eles são eficazes em prevenir o evento?
• Se sim, eles foram seguidos?
• Se eles não foram seguidos, qual o motivo?
117
A-10 Modelo de planilha para o cálculo do ajuste da taxa específica por
função ou ocupação
A seção Processos operacionais, Análise dos dados sobre os acidentes com perfurocortantes
(p. 52) deste manual discute o ajuste das taxas de acidentes específicos por função ou ocupação
considerando uma possível subnotificação das exposições. Essa planilha ajuda a encontrar uma
taxa ajustada, mais compatível com a realidade de cada serviço. Aqueles serviços que fizeram
levantamentos sobre a frequência de notificação de exposições a sangue ou outros materiais
biológicos em seus próprios ambientes de trabalho (Anexo A-3) podem usar esses dados para
ajustar as taxas de acidentes.
Tópico do manual correspondente a esta planilha:
Processos operacionais
Análise dos dados sobre os acidentes com perfurocortantes
Cálculo das taxas de incidência dos acidentes
118
Modelo de planilha para o cálculo de ajuste de taxa
específica por função ou ocupação
119
A-11 Modelo de questionário para pesquisa sobre o uso de perfurocortantes
A presente ferramenta foi criada para auxiliar as equipes ou comitês de avaliação e padronização de
produtos a determinar como os perfurocortantes são utilizados em seu serviço de saúde. Deverão
preencher este formulário os chefes de departamento ou de unidades de enfermagem ou seus
responsáveis designados. Este modelo usa uma seringa/agulha hipodérmica como exemplo. Se
usado para outros tipos de perfurocortantes, este formulário precisará apenas de uma pequena
modificação, pois as questões serão semelhantes ou mesmo idênticas. As informações desta pesquisa
ajudarão as equipes de avaliação e padronização de produtos a identificar características específicas
do perfurocortante que deverão considerar ao selecionar produtos substitutos que possuam
dispositivos de segurança.
Tópico do manual correspondente a esta pesquisa:
Processos operacionais
Seleção de perfurocortantes com dispositivos de segurança
Etapa 3. Coleta de informações sobre o uso do perfurocortante convencional
120
Modelo de memorando
121
Modelo de questionário para pesquisa
sobre o uso de perfurocortantes
Sim (Vá para a próxima pergunta) Não (Pare aqui e devolva este questionário)
Sim Não (Preencher as informações acerca da obtenção deste material no espaço abaixo)
3. Para qual dos seguintes procedimentos seu departamento/unidade de enfermagem usa este dispositivo?
Outro
1. ________________________________________________________________
2. ________________________________________________________________
3. ________________________________________________________________
Sim Não
122
5. Quais tamanhos de seringa são usados no seu departamento/unidade de enfermagem?
(Assinale todas as opções que se aplicam)
1 mL – insulina 1 mL – tuberculina 3 mL
5 mL 10 mL 20 mL
Outro: ________________________________________________________________
6. A seringa/agulha hipodérmica é usada com outros equipamentos em que a compatibilidade pode ser uma
preocupação ao considerar um modelo com dispositivo de segurança?
7. Seu departamento/unidade de enfermagem precisa poder desconectar e trocar agulhas após retirar a medicação?
Sim Não
Comentários:
123
A-12 Modelo de planilha de pré-seleção de perfurocortante com dispositivo
de segurança
A presente planilha ajudará as equipes ou os comitês de avaliação e padronização de produtos a
discutirem e a determinarem os critérios relevantes ao considerar um dispositivo em particular de
prevenção de acidentes por perfurocortantes. O formulário pode ser preenchido de forma individual
ou coletivamente. A planilha deve ajudar a determinar se um determinado perfurocortante merece
avaliações mais aprofundadas e detalhadas, incluindo avaliação em uso, e, se merecer, identificar as
questões que devem ser respondidas durante a avaliação.
Foram incluídos vários fatores que devem ser avaliados e também um espaço para inclusão de
outros fatores, caso seja necessário. Cada fator deve ser avaliado por sua relevância e importância
com relação ao perfurocortante em questão. Os comitês podem querer usar esta ferramenta antes
de considerar uma categoria de perfurocortantes (por exemplo, cateteres intravenosos) a fim de
decidir quais critérios são importantes.
Não foi incluída uma ferramenta de compilação das informações de planilhas preenchidas. Uma vez
preenchida, a equipe pode querer resumir as respostas para documentar porque um perfurocortante
com dispositivo de segurança em particular foi aceito ou rejeitado para avaliação adicional.
Tópico do manual correspondente a esta pesquisa:
Processos operacionais
Seleção de perfurocortantes com dispositivos de segurança
Etapa 4. Determinação de critérios para seleção de produto e identificação de outros aspectos
relevantes
124
Modelo de planilha de pré-seleção de perfurocortante
com dispositivo de segurança
Tipo de perfurocortante: ______________________________________________________________________________
Comentários:
Outras considerações
Esta consideração Se “Sim”, qual é o nível de
se aplica a este importância?
Considerações relativas ao paciente perfurocortante?
Não Sim Alto Médio Baixo
O perfurocortante não contém látex.
Comentários:
Comentários:
125
Considerações sobre a segurança
Esta consideração Se “Sim”, qual é o nível de
se aplica a este importância?
Método de ativação perfurocortante?
Não Sim Alto Médio Baixo
O dispositivo de segurança não exige ativação pelo
usuário.
As mãos do profissional podem permanecer atrás da área perfuro-
cortante do material durante a ativação do dispositivo de segurança.
A ativação do dispositivo de segurança pode ser
realizada com uma única mão.
Outras:
Comentários:
Comentários:
126
Outras considerações
Esta consideração Se “Sim”, qual é o nível de
se aplica a este importância?
Disponibilidade perfurocortante?
Não Sim Alto Médio Baixo
O perfurocortante está disponível em todos os tamanhos
e diâmetros atualmente usados na instituição?
O fabricante pode fornecer o perfurocortante nas
quantidades necessárias?
Comentários:
Comentários:
127
A-13 Modelo de formulário de avaliação de perfurocortante com dispositivo
de segurança
O presente formulário foi desenvolvido para obter as opiniões e as observações dos trabalhadores
em relação a um perfurocortante com dispositivo de segurança. O uso deste formulário ajudará os
serviços de saúde a tomarem as decisões finais sobre a aceitabilidade de um produto com base em
sua utilidade e suas características de segurança.
Este formulário aplica-se a vários tipos de perfurocortantes. Sendo assim, há campos para inserção
de questões específicas sobre eventuais particularidades. Questões irrelevantes podem ser excluídas
(por exemplo, as que abordam a importância do tamanho da mão ou se a pessoa é destra ou
canhota).
Este formulário deverá ser preenchido pelas pessoas escolhidas para realizar a avaliação do produto.
A seleção dessas pessoas deve refletir o universo de trabalhadores que utilizarão o perfurocortante
em seu trabalho de rotina. Deve-se definir um período de avaliação suficiente – por exemplo, de duas
a quatro semanas. Também é necessário ter certeza de que os trabalhadores estarão capacitados
quanto ao uso correto do produto e deve-se encorajá-los a fornecer um feedback informal durante o
período de avaliação. Os formulários de avaliação do produto devem ser preenchidos e devolvidos
ao coordenador do estudo o mais rápido possível após o fim do período de avaliação. Observação:
nem todas as questões serão aplicáveis a todos participantes. Se um participante não tiver experiência
em relação ao tema de determinada questão, esta deve ser deixada em branco.
Há também uma carta de apresentação do trabalho para as pessoas que preencherão o formulário.
Para obter informações precisas e encorajar a participação dos trabalhadores, deve-se enfatizar
que o formulário é confidencial e que as informações fornecidas auxiliarão na determinação
da aceitabilidade do produto em teste, sem que haja qualquer prejuízo ou punição a quem parti-
cipar do estudo.
Na revisão dos formulários preenchidos, reconhecer que alguns itens são mais importantes que
outros. Se necessário, reunir-se com as pessoas envolvidas na avaliação para determinar quais os
critérios mais importantes para eles. Será necessário equilibrar esse feedback com as considerações
de uso e de segurança antes de decidir adotar ou não o novo dispositivo.
Tabule as respostas manualmente ou por computador para identificar pontos fortes e fracos de
cada produto avaliado. Também está incluído um formulário para resumir as respostas e que também
representa um método simples de compilação dos resultados. Para análises mais complexas,
inserir as respostas em um programa de análise de dados, como EpiInfo, Microsoft Excel ou SPSS
para Windows.
Tópico do manual correspondente a este formulário:
Processos operacionais
Seleção de perfurocortantes com dispositivos de segurança
Etapa 7. Desenvolvimento de um formulário de avaliação de produto
128
Modelo de carta de apresentação
129
Modelo de formulário de avaliação de perfurocortante
com dispositivo de segurança
26-50 Mais de 50
2. Assinale a opção que melhor descreve suas experiências com o produto. Se alguma questão não se aplicar a
este perfurocortante, por favor deixe a questão em branco.
Questões específicas sobre este produto (A serem inseridas pelo serviço de saúde)
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
Classificação geral
130
3. Você participou de capacitação sobre como usar este produto?
4. Quem foi o responsável pela capacitação? (Assinale todas as opções que se aplicam)
Sim Não
6. Foi necessária capacitação especial a fim de usar o produto de forma eficaz e adequada?
Sim Não
7. Comparando com outras pessoas do mesmo sexo que o seu, como você descreveria o tamanho da sua mão?
Feminino Masculino
9. Você é?
Destro(a) Canhoto(a)
131
132
Anexo B
Dispositivos de segurança
para a prevenção de
acidentes com
perfurocortantes
Introdução
Esta seção descreve várias formas de como dispositivos de segurança foram incorporados nas
agulhas convencionais e em outros perfurocortantes frequentemente usados para proteger os
trabalhadores da saúde. Para orientar o processo de tomada de decisão, são descritos vários fatores
a serem considerados durante a seleção do perfurocortante com dispositivo de segurança mais
apropriado, incluindo os relacionados à segurança do paciente. As informações fornecidas nesta
seção têm o propósito de auxiliar os serviços de saúde a fazer escolhas informadas desses
produtos e não refletem a opinião dos autores sobre qualquer um deles. Os serviços de saúde
também devem buscar outras fontes de informação sobre esses materiais.
* http://www.cdc.gov/niosh/sharps1.html
133
Embora perfurocortantes com dispositivos de segurança passivos sejam intuitivamente mais
desejáveis, isso não significa que um dispositivo que exige ativação é mal projetado ou possa não ser
desejável. Em algumas situações, não é prático ou viável para o dispositivo ou para o procedimento
haver um controle passivo. Portanto, ser ativo ou passivo não é uma característica que deve ter
prioridade no julgamento dos méritos de um dispositivo em particular. A relevância dessas
informações é mais importante para a capacitação dos trabalhadores da saúde no uso correto de um
perfurocortante com dispositivo de segurança e para a motivação em aderir ao uso do dispositivo
de segurança.
Os seguintes sites fornecem informações sobre os vários perfurocortantes com dispositivos de
segurança que estão atualmente disponíveis.
Lista de Perfurocortantes com Dispositivos de Segurança para prevenção de acidentes em serviços
de saúde (Desenvolvida pelo International Health Care Worker Safety Center da University of Virginia):
http://www.healthsystem.virginia.edu/internet/epinet/new/safetydevice.cfm
O Premier Safety Institute tem informações sobre a avaliação de diversos dispositivos de segurança
realizada pelos membros da organização: http://www.premierinc.com
O guia de seleção de dispositivos de segurança para prevenção de acidentes com perfurocortantes
é patrocinado pela ECRI, uma agência independente e sem fins lucrativos de pesquisa de serviços de
saúde: http://www.ecri.org
Nota: Os links acima contêm informação útil, mas os autores não endossam necessariamente as
opiniões ou informações apresentadas nestes sites. Além disso, os autores não apoiam ou patrocinam
quaisquer informações comerciais ou propagandas presentes nestes endereços eletrônicos.
134
135
Anexo C
Práticas de trabalho seguras
para prevenção de acidentes
com perfurocortantes
As práticas de trabalho para prevenir acidentes com perfurocortantes são tipicamente apresentadas
como uma lista de práticas a se evitar (por exemplo, reencapar agulhas usadas) ou como uma lista
de práticas recomendadas (por exemplo, descartar perfurocortantes nos coletores apropriados para
isso). De acordo com dados epidemiológicos sobre os acidentes com perfurocortantes, o risco de
uma lesão por perfurocortante começa no momento em que o elemento perfurante ou cortante
é inicialmente exposto e só termina quando este elemento deixa definitivamente de estar exposto
no ambiente de trabalho. Portanto, para promover práticas de trabalho seguras, os trabalhadores da
saúde necessitam ter consciência do risco de acidentes durante todo o tempo em que o elemento
perfurante ou cortante permanecer exposto e devem usar uma combinação de estratégias para
se protegerem e a seus colegas de trabalho durante todo o tempo em que o perfurocortante é
manuseado. Abaixo sugere-se uma lista de práticas que reflete esse conceito e que pode ser adaptada
conforme as necessidades dos serviços de saúde.
Durante o descarte:
• Inspecionar visualmente o coletor de descarte para verificar se não está abarrotado e
apresentando risco de acidente,
• Certificar-se de que o coletor de descarte em uso é grande o bastante para acomodar o
perfurocortante inteiro,
136
• Evitar colocar as mãos próximas à abertura do coletor de descarte; nunca colocar as mãos ou os
dedos dentro do recipiente para facilitar o descarte de um perfurocortante,
• Ao descartar, manter as mãos o mais longe possível do elemento perfurante ou cortante,
• Ao descartar um perfurocortante com um equipo conectado (por exemplo, um escalpe), atentar
para a possibilidade de que o equipo pode recuar e levar a acidentes; manter controle do equipo,
bem como da agulha, ao descartar este perfurocortante.
Após o descarte:
• Inspecionar visualmente os coletores de descarte para ver se não estão cheios demais,
ultrapassando a linha limite para enchimento (5 cm abaixo do bocal). Se o coletor inspecionado
estiver abarrotado, substituí-lo por um novo e transferir o excesso de perfurocortantes do
coletor antigo para o novo com uma pinça,
• Inspecionar visualmente o exterior dos coletores de descarte para verificar se há perfurocortantes
transfixados. Se houver, solicitar a assistência ou a orientação dos responsáveis pela segurança
para a remoção deste coletor do local,
• Manter em local apropriado os coletores de descarte cheios e que estão à espera da coleta
de resíduos para tratamento ou disposição final. O armazenamento temporário, o transporte
interno e o armazenamento externo destes resíduos devem seguir o plano de gerenciamento
de resíduos do serviço de saúde,
• No Brasil, o gerenciamento dos resíduos deve seguir o disposto na Resolução 306/2004 da
ANVISA, disponível em http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=13554.
Perfurocortantes descartados inadequadamente:
• Se for encontrado algum perfurocortante descartado em lugar inadequado, manuseá-lo com
cuidado, mantendo as mãos o mais longe possível do elemento perfurante ou cortante durante
todo o tempo,
• Usar um meio mecânico (por exemplo, pinças, pá, rodo – não utilizar vassoura, pois o
perfurocortante poderá ficar preso às cerdas) para pegar o perfurocortante.
137
138
Anexo D
Estratégias para abordar
problemas específicos
associados a acidentes com
perfurocortantes
A tabela a seguir relaciona uma série de problemas associados à ocorrência de acidentes com
perfurocortantes. Tais problemas são frequentemente complexos e requerem a investigação prévia
dos vários fatores relacionados com sua ocorrência antes de se definir a intervenção mais adequada.
Os serviços de saúde podem usar esta tabela como um ponto de partida para debates e como um
modelo de como abordar a investigação da ocorrência de acidentes com perfurocortantes.
Estratégias para problemas específicos associados a acidentes com perfurocortantes
Acidentes durante a coleta Como é feita a coleta de amostras? Revisar os procedimentos para a coleta de
e transferência de amostras amostras.
Há alguma forma alternativa de coleta que
tornasse desnecessária a transferência da Introduzir materiais para coleta de amostras que
amostra? contenham dispositivos de segurança.
Acidentes posteriores Onde estão ocorrendo esses acidentes? Informar a ocorrência do problema para todos
ao atendimento da instituição (ou da área, se o problema for
ao paciente (isto é, Há qualquer padrão por função, ocupação, localizado) e enviar uma comunicação por
acidentes envolvendo localização ou tipo de perfurocortante? escrito (por exemplo, um memorando ou
os trabalhadores da boletim).
higienização/limpeza, Há número suficiente de coletores de descarte e
lavanderia e manutenção, eles estão distribuídos adequadamente? Reunir-se informalmente com as pessoas-chave
acidentes relacionados ao para as tomadas de decisão necessárias.
Eles são adequados para todas as necessidades?
descarte inadequado de
perfurocortantes) Encorajar os trabalhadores a comunicar a
Eles estão sendo usados? Se não, por que não? ocorrência de agulhas e outros perfurocortantes
descartados de forma inadequada,
independentemente da ocorrência de qualquer
acidente ou lesão.
Acidentes durante Onde estão ocorrendo esses acidentes? Alterar a posição do coletor de descarte.
o descarte de
perfurocortantes Há qualquer padrão por função, ocupação, Alterar o tipo de coletor de descarte.
localização ou tipo de perfurocortante?
Capacitar novamente os trabalhadores sobre os
Pode estar relacionado ao coletor de descarte riscos durante o descarte e fornecer instruções
que está sendo usado? Se sim, é o tipo de escritas para práticas seguras.
recipiente? Ou localização (por exemplo, altura
a partir do chão, proximidade do ponto de
geração)?
139
140
Anexo E
Avaliação do custo das
ações de prevenção de
acidentes com
perfurocortantes
Introdução
Um dos processos associados com o estabelecimento de um programa de prevenção de acidentes
com perfurocortantes é a avaliação do impacto econômico das ações de prevenção, particularmente
porque estas contribuem com uma redução nos acidentes com perfurocortantes. Esta seção discute
os vários custos que podem ser atribuídos aos acidentes e às ações de prevenção e fornece orientação
sobre como realizar alguns cálculos simples que os serviços de saúde podem empregar para medir
o impacto econômico. Estes incluem métodos para:
• Avaliar o impacto econômico dos acidentes para o serviço de saúde, e
• Estimar o custo da introdução de perfurocortantes com dispositivos de segurança, incluindo as
reduções no custo que poderiam ser o resultado das ações de prevenção.
Custos diretos
Há dois custos diretos que são geralmente custeados pelo serviço de saúde quando ocorre um
acidente com perfurocortante. São eles:
• O custo dos testes laboratoriais iniciais e de acompanhamento do trabalhador exposto e os
testes do paciente-fonte, e
• O custo da profilaxia pós-exposição (PPE) e outro tratamento ou profilaxias que venham a ser
oferecidos.
Entretanto, se houver complicações, como efeitos colaterais a partir da PPE, estes podem trazer custos
adicionais.
Em certas circunstâncias, é necessário considerar outros custos diretos. Por exemplo, se as exposições
ocupacionais forem administradas através de um contrato com uma empresa de saúde e segurança
do trabalho ou uma empresa de saúde suplementar, pode haver taxas extras relativas à frequência
das exposições. Finalmente, qualquer outro custo associado a cada exposição individual deverá ser
determinado como parte do processo de identificação dos custos associados aos acidentes com
perfurocortantes.
141
Outros custos laboratoriais relacionam-se com a prevenção e o monitoramento dos efeitos colaterais
da profilaxia pós-exposição (PPE). Eles incluem um teste inicial e de acompanhamento para monitorar
a toxicidade (por exemplo, hemograma, função renal e função hepática) e podem incluir também um
teste de gravidez.
142
pode não ser realizado. De forma similar, geralmente não se faz a sorologia do trabalhador exposto se
o paciente-fonte for negativo para patógenos de transmissão sanguínea. Além disso, a necessidade
da PPE é baseada na natureza e na gravidade da exposição e nem todos os trabalhadores receberão a
PPE ou podem receber apenas uma dose inicial até os resultados do teste do paciente-fonte estarem
disponíveis. Muitos cenários são possíveis.
Para muitas instituições, pode não ser possível determinar o custo de cada exposição. Por essa razão,
podem ser usadas outras formas de estimativa destes custos.
• Compor amostras representativas por tipo de acidente (por exemplo, com risco de soroconversão
baixo, médio ou alto) e calcular os custos para cada uma a partir das informações das várias
exposições. Este cálculo pode ser usado para identificar os custos médios de cada acidente
com perfurocortante e também para projetar o custo anual para a instituição com base na
quantidade de acidentes que ocorrem.
• Usar dados sobre os custos dos testes laboratoriais, profilaxias e tratamentos pós-exposição
obtidos neste manual ou em outras fontes, como artigos publicados ou informações de outros
serviços de saúde, para definir os custos médios das exposições. Essas informações podem ser
usadas, conforme descrito acima, para projetar o custo anual da instituição com estes eventos.
Estas estimativas e projeções podem ser um instrumento poderoso de comunicação da importância
da prevenção destes acidentes para a administração.
143
Etapa 1. Estimativa dos custos associados à aquisição e à implementação de perfurocortantes
com dispositivos de segurança
Dois custos devem ser determinados para se realizar esta estimativa. O primeiro é o custo direto
da compra do perfurocortante convencional e do perfurocortante com dispositivo de segurança
substituto; o outro é o custo indireto da implantação, incluindo, por exemplo, custos com a capaci-
tação para o uso dos novos materiais e os de reposição periódica de estoque. Não é necessário esti-
mar os custos indiretos. Entretanto, estes custos devem ser considerados ao discutir ou apresentar as
informações sobre a implantação de perfurocortantes com dispositivos de segurança.
A. Determinação dos custos diretos relacionados à compra de novos perfurocortantes
Este cálculo é mais complexo porque envolve levantar o custo do tempo gasto pelos profissionais
no processo de implantação do novo perfurocortante. Alguns serviços de saúde podem optar por
não realizar este cálculo devido à sua complexidade. Entretanto, este cálculo também pode dar uma
ideia razoável do impacto da substituição do material. Os custos de tempo e salários que devem ser
considerados são relativos:
• Às alterações no sistema e na velocidade de consumo do estoque,
• À substituição dos materiais convencionais pelos novos materiais,
• À capacitação dos trabalhadores no uso do novo perfurocortante, e
• À avaliação para a pré-seleção do perfurocortante que será implantado.
Se outros custos indiretos forem identificados, devem ser incluídos neste cálculo. O custo total de
implantação é obtido a partir da somatória dos custos diretos e indiretos (se calculados).
Etapa 2. Cálculo da economia de custos resultante de uma redução nos acidentes com
perfurocortantes
A fórmula para projetar a economia de custos resultante de uma redução nos acidentes após a
implantação de um perfurocortante com dispositivo de segurança é:
Economia de custos
Percentual de redução
Custo médio de um único
Acidentes com o de acidentes estimado
perfurocortante
convencional
X com a implantação do
perfurocortante com
X acidente (calculado com o
apoio do Anexo E1 deste
manual)
dispositivo de segurança
144
É necessário, portanto, fazer uma estimativa da redução na ocorrência dos acidentes, associada à
implantação de um perfurocortante com dispositivo de segurança específico. Isso pode ser feito de
duas maneiras. Uma é usar os dados de eficácia publicados na literatura especializada sobre o mesmo
produto ou sobre produto semelhante. A outra é examinar os dados da instituição e, baseando-se
nas circunstâncias dos acidentes, determinar a proporção que pode ser prevenida com a introdução
do novo material.
145
E-1 Modelo de planilha para estimativa dos custos anual e médio dos
acidentes com perfurocortantes
Esta planilha foi elaborada para auxiliar os serviços de saúde a estimar os custos anual e médio dos
acidentes com perfurocortantes. Esta ferramenta emprega um método em etapas para identificar
cada custo relacionado ao manejo de uma exposição. O cálculo ignora certos custos fixos que
podem estar associados a um programa de prevenção de acidentes com perfurocortantes, como
os relativos à vigilância, à administração e a instalações físicas. Esta planilha também não considera
o custo da soroconversão.
146
Modelo de planilha para estimativa dos custos anual e médio
dos acidentes com perfurocortantes
* Para o cálculo do custo médio das exposições para o serviço de saúde como um (a x b x c = Custo anual por
todo, pode-se usar o salário médio da função ou ocupação que as sofre com muita trabalhador exposto) R$
frequência, como, por exemplo, auxiliares e técnicos de enfermagem. Entretanto, os
serviços de saúde podem ter estimativas mais reais usando os dados salariais de cada
função ou ocupação para as quais se verifica a ocorrência de exposições.
B. Custo do tempo perdido pelo serviço de saúde na avaliação e no acompanhamento do Custo anual
trabalhador exposto
a. Tempo médio gasto pelo médico/enfermeiro que faz as avaliações iniciais: (horas ou minutos)
a. Tempo médio gasto b. Salário médio por hora c. Número de acidentes Custo anual (a x b x c)
(horas ou min) (R$) registrados (horas ou min) (R$)
Supervisor x x =
Controle de infecção x x =
SESMT ou equivalente* x x =
* Tempo gasto em tarefas administrativas (por exemplo, (Somar os custos anuais de cada grupo de profissionais
registro, notificação) e não nos cuidados com a saúde do envolvidos para se obter o custo anual total para este item)
trabalhador exposto
D. Custo do tempo perdido pelo serviço de saúde na avaliação do paciente-fonte Custo anual
a. Tempo médio necessário para avaliação inicial, aconselhamento e testagem: (horas ou minutos)
(Considerar os profissionais que fazem o aconselhamento do paciente,
avaliam seu prontuário médico e coletam seu sangue)
147
Etapa 2. Determinação dos custos dos testes laboratoriais iniciais (basais) e de acompanhamento
Tipo do teste Custo por teste Número de trabalhadores Custo anual do teste
(R$) testados* (R$)
Anti-HIV X =
Anti-HBs X =
* Pode ser obtido diretamente ou por estimativa da (Somar o custo anual de cada teste para chegar ao custo
proporção de trabalhadores expostos testados anual total de todos os testes em conjunto)
Tipo do teste Custo por teste Número de trabalhadores Custo anual do teste
(R$) testados* (R$)
Anti-HIV X =
Anti-HCV X =
ALT/TGP X =
* Somar a quantidade real ou estimada de testes realizados no (Somar o custo anual de cada teste para chegar ao custo
momento do acidente e depois de 6 semanas, 12 semanas, 6 meses anual total de todos os testes em conjunto)
(também 1 ano, se o acompanhamento for estendido)
B. Testes do paciente-fonte
(Se o serviço de saúde não pagar diretamente pelos testes do paciente-fonte, não incluir nas estimativas de custo)
Tipo do teste Custo por teste Número de trabalhadores Custo anual do teste
(R$) testados* (R$)
Anti-HIV X =
HBsAg X =
* Pode ser obtido diretamente ou por estimativa da proporção de (Somar o custo anual de cada teste para chegar ao custo
trabalhadores expostos testados anual total de todos os testes em conjunto)
148
Etapa 3. Determinação do custo da profilaxia pós-exposição (PPE) e do acompanhamento de possíveis efeitos
colaterais
A. Custo da PPE
AZT/3TC (2 comp/dia) X =
Lopinavir/r (4 comp/dia) X =
Indinavir/r (1600/200mg/dia) X =
Nelfinavir (2250mg/dia) X =
Didanosina (400mg/dia) X =
Estavudina (60mg/dia) X =
* Considerar apenas as doses prescritas para PPE (Somar o custo anual de cada medicamento ou imunobiológico de
A e B para chegar ao custo anual total de todos em conjunto)
Prescrição antiemética X =
Tipo de exame Custo por exame Número de trabalhadores testados* Custo anual
(R$) (R$)
Hemograma completo X =
* Também se pode usar a quantidade real de testes realizados (Somar o custo anual de cada teste para chegar ao custo anual
se esta informação estiver disponível total relacionado aos efeitos colaterais da PPE)
149
D. Custo do tempo de trabalho perdido por trabalhador exposto devido a efeitos colaterais da Custo anual
PPE
c. Número de trabalhadores com dias de trabalho perdidos devido aos efeitos colaterais da PPE**: Custo anual
* Para o cálculo do custo médio das exposições para o serviço de saúde (a x b x c = Custo anual do tempo de trabalho
como um todo, pode-se usar o salário médio da função ou ocupação que perdido por trabalhador devido aos efeitos
sofre estas exposições com muita frequência, como, por exemplo, auxiliares colaterais da PPE) R$
e técnicos de enfermagem. Entretanto, os serviços de saúde podem
ter estimativas mais reais usando os dados salariais de cada função ou
ocupação para as quais se verifica a ocorrência de exposições.
** Um método alternativo de realização deste cálculo é obter a quantidade
total de dias perdidos devido a efeitos colaterais do medicamento e
multiplicar isso pelo salário médio por hora.
Etapa 4. Cálculo das estimativas de custos anuais e médios totais dos acidentes com perfurocortantes
Custo anual total dos acidentes com perfurocortantes: (R$) (Soma de todos os valores da coluna da direita)
Custo médio anual dos acidentes com perfurocortantes: (R$) (Custo anual total ÷ quantidade anual de acidentes)
150
E-2 Modelo de planilha para estimativa dos custos dos acidentes causados
por perfurocortantes específicos
Esta planilha foi elaborada para auxiliar a avaliar o impacto econômico dos acidentes causados por
agulhas e outros perfurocortantes específicos. O preenchimento desta planilha exige o conhecimento
prévio do custo médio de um acidente com perfurocortante na instituição (Vide Anexo E-1 – Planilha
para estimativa dos custos anual e médio dos acidentes com perfurocortantes). Quando a
planilha estiver preenchida, o serviço de saúde terá uma noção do impacto econômico de tipos
específicos de perfurocortantes, informação que pode ser usada para estabelecer as prioridades de
substituição e de intervenção.
151
Modelo de planilha para estimativa dos custos dos acidentes
com perfurocortantes específicos
Seringas/agulhas hipodérmicas
Agulha de coleta de sangue
Escalpe
Cateter com estilete intravenoso
Seringa/agulha com medicação pronta
para administração/tubete
Agulha de sutura
Bisturi
Lancetas
Outro dispositivo:
_____________________________________
Outro dispositivo:
_____________________________________
Outro dispositivo:
_______________________________________________
* Custo médio de um acidente com perfurocortante (Anexo E-1) multiplicado pela quantidade de acidentes ocorridos com cada tipo de perfurocortante.
152
E-3 Modelo de planilha para estimativa do custo líquido da implantação
de um perfurocortante com dispositivo de segurança
Esta planilha foi desenvolvida para auxiliar os serviços de saúde a estimar a parcela dos custos da
compra e da implantação de um perfurocortante com dispositivo de segurança que será compensada
pela redução na ocorrência de acidentes. O preenchimento desta planilha exige um conhecimento
prévio sobre o custo médio dos acidentes com perfurocortantes no serviço (Vide Anexo E-1 –
Planilha para estimativa dos custos anual e médio dos acidentes com perfurocortantes).
153
Modelo de planilha para estimativa do custo líquido da implantação de
um perfurocortante com dispositivo de segurança (PDS)
154
155
Anexo F
Glossário
Acidente com material perfurocortante: Evento que causa escoriação ou ferida pela penetração
de um elemento perfurante, como uma agulha, ou pelo corte de um elemento cortante, como uma
lâmina de bisturi.
Agulha com lúmen: Agulha oca (por exemplo, agulha hipodérmica, agulha de coleta de sangue)
através do qual o material (por exemplo, medicação, sangue) pode fluir.
Análise de causa raiz: Processo de identificação dos fatores causais ou contribuintes básicos que
favorecem variações no desempenho associadas a eventos adversos ou “quase acidentes”.
Análise de modo e efeito da falha (FMEA): Técnica para encontrar fraquezas e falhas nos projetos
antes de sua realização, tanto na fase de protótipo, quanto na de produção.
Coleta de sangue: Retirada de sangue para transfusão, aférese, teste diagnóstico ou procedimentos
experimentais.
Controles administrativos: Método para controle das exposições dos trabalhadores por meio da
implantação e da execução de políticas e procedimentos de segurança, modificação dos processos de
trabalho, capacitação em práticas de trabalho seguras e outras medidas administrativas elaboradas
para reduzir a exposição.
156
Perfurocortante com dispositivo de segurança: Agulha ou outro perfurocortante com dispositivo
de segurança usado para coleta de amostras biológicas, punção arterial ou venosa ou administração
de medicações ou outros fluidos.
Perfurocortante ou agulha sem lúmen: Perfurocortante ou agulha que não é oco (através do qual
nenhum material possa fluir). Exemplos: agulha de sutura, bisturi.
Práticas de trabalho: Ações que reduzem a probabilidade de exposição, alterando a maneira pela
qual uma tarefa é realizada (por exemplo, fazer a inspeção visual de um coletor de descarte de
perfurocortantes para avaliar se ele não está oferecendo risco antes da tentativa de descarte).
Precauções padrão: Abordagem para o controle de infecções que é recomendada pelos
Centers for Disease Control and Prevention (EUA) desde 1996. As precauções-padrão sintetizam as
principais medidas das precauções universais e se aplicam a sangue e a secreções e excreções,
não se restringindo apenas àqueles capazes de transmitir um patógeno veiculado pelo sangue. As
precauções padrão foram desenvolvidas para prevenir a transmissão de agentes infecciosos para
pacientes e trabalhadores da saúde dentro de serviços de saúde.
Precauções universais: Abordagem para o controle de infecções que trata o sangue humano, seus
derivados e outros materiais potencialmente infecciosos como se eles fossem de fato infecciosos
em relação a HIV, HBV, HCV ou outros patógenos transmissíveis pelo sangue (sem o diagnóstico
confirmado ou presumido de infecção no paciente-fonte).
Quase acidente: Evento ou situação que poderia ter resultado em acidente, lesão ou doença, mas
que não chegou a acontecer por acaso ou devido a uma intervenção no momento certo.
Reencape: Ato de recolocar o invólucro protetor (capa) em uma agulha. As precauções-padrão e a
NR 32 proíbem o reencape de agulhas, a menos que não haja alternativa viável ou que essa ação seja
exigida por um procedimento médico ou dentário específico. Nesses casos, o reencape nunca deverá
ser feito utilizando-se as duas mãos, devendo ser adotada uma técnica ou equipamento especial que
garantam a segurança deste procedimento.
Sistema de produção da Toyota (toyotismo): É uma tecnologia de administração da produção em
massa que foi inventada pelos japoneses. A ideia básica deste sistema é manter um fluxo contínuo
de produtos nas fábricas que possa ser adaptado a alterações na demanda.
Sistemas ou dispositivos à prova de erros (Poka-Yoke): Sistemas ou dispositivos de segurança
introduzidos no projeto do material ou equipamento de forma a impedir o uso inadequado e
inseguro do mesmo (por exemplo, válvulas nos circuitos IV que impedem o acesso à agulha).
Soroconversão: Desenvolvimento de anticorpos no sangue de um indivíduo que antes não possuía
anticorpos detectáveis; após exposição a um agente infeccioso.
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Anexo G
Outras fontes de informação
na internet
A seguir estão listados vários sites da internet onde é possível encontrar mais orientações relacionadas
a programas de prevenção de acidentes com perfurocortantes e assuntos correlatos. Esta lista não
inclui todas as opções disponíveis e é possível que novos sites sejam adicionados com o tempo.
Sites nacionais
Análise de causa raiz dos erros de medicação em uma unidade de internação de um hospital
universitário. Tese apresentada à USP:
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-17102007-163403/
Diretrizes gerais para o trabalho em contenção com material biológico – Ministério da Saúde:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/06_1155_M.pdf
Regulamento técnico para projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde - RDC 50/02
Anvisa:
http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=11946&word=
159
Riscos biológicos para trabalhadores da saúde:
http://www.riscobiologico.org
SFMEA: Análise do efeito e modo da falha em serviços – aplicando técnicas de prevenção na melhoria
de serviços:
http://www.scielo.br/pdf/prod/v12n2/v12n2a06.pdf
Sites internacionais
Biblioteca eletrônica: saúde, segurança e condições de trabalho dos trabalhadores do sector saúde
– OPAS
http://www.opas.org.br/gentequefazsaude/bvsde/CDSO/mainpt.html
ECRI
http://www.ecri.org/
160
FMEA em serviços de saúde
http://www.va.gov/ncps/curriculum/HFMEA/index.html
Food and Drug Administration
http://www.fda.gov/cdrh/devadvice/index.html
International Healthcare Worker Safety Center
http://www.healthsystem.virginia.edu/internet/epinet/
International Sharps Injury Prevention Society
http://www.isips.org/
Lista de perfurocortantes com dispositivos de segurança da Universidade da Virgínia
http://www.healthsystem.virginia.edu/internet/epinet/new/safetydevice.cfm
Occupational Safety and Health Administration (OSHA)
http://www.osha.gov/SLTC/bloodbornepathogens/index.html
Premier Safety Institute
http://www.premierinc.com/safety/topics/needlestick/index.jsp
Relatório GAO sobre os custos dos perfurocortantes com dispositivos de segurança
http://www.gao.gov/new.items/d0160r.pdf
Service Employees International Union
http://www.seiu.org
Training for the Development of Innovative Control Technologies
http://www.tdict.org/
161
Sobre o manual
Composto em Myriad 12/13,9
em papel offset 90g/m2 (miolo)
e cartão supremo 250g/m2 (capa)
formato 21,59 x 27,94 cm
Tiragem: 2.000 exemplares
Gráfica: Imprensa da Cidade do Rio de Janeiro
Reprodução financiada com recursos do PAM 2010 | SMSDC-RJ
1ª Edição - 2010
Fundacentro – www.fundacentro.gov.br
MINISTÉRIO
DO TRABALHO E EMPREGO
FUNDACENTRO
FUNDAÇÃO JORGE DUPRAT FIGUEIREDO
DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO
Apoio / Reprodução:
GSAIDS – SMSDC/SUBPAV/SAP/CLCPE
ISBN 978-85-98117-43-0
9 788598 117430