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O PROFETA EM FUGA
Chave: "e não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive em que há mais
de cento e vinte mil pessoas, que não sabem discernir entre a mão direita e a
mão esquerda, e também muitos animais?" (4.11).
Devocional: Jn 3.1-10
Introdução
b) O Exército Assírio.
Nos dias de Jonas, Nínive era símbolo de crueldade, violência e de
hostilidade em potencial contra o povo de Deus. Segundo Noberto Santandréa, “Os
prisioneiros de guerra capturados pelos soldados assírios eram submetidos a
torturas horríveis. Cortavam-lhes as mãos e os pés, o nariz, as orelhas e lhes
vazavam os olhos. Ao final de todo este intenso e cruel sofrimento os prisioneiros
eram decapitados e suas cabeças levadas para se edificar grandes pirâmides de
cabeças humanas” (Santandréa, Noberto. Igreja: Agência das Boas Novas.
Impressão: Gráfica Pimenta e Souto Ltda, 1996, p.21).
Segundo a história, a fama do exército assírio era tão terrível, que quando se
aproximava de algumas cidades, os moradores cometiam suicídio coletivo de medo
da tortura. Próximo da entrada de Nínive havia várias pirâmides de cabeças
humanas e várias peles de prisioneiros esticadas nos muros da cidade que
objetivavam amedrontar e afastar os possíveis invasores.
A grande cidade de Nínive era a capital do império Assírio, ficava a quase
1000 km de Israel, necessitando de uma viagem longa até lá, talvez cerca de três
meses naquele tempo. Estava “cercada e protegida por vários muralhas, cujas
alturas chegavam a 30 metros e cujas larguras permitiam que três carros, lado a
lado andassem sobre elas. Sua gente era sensual, promíscua e adúltera; seus
exércitos, cruéis e sanguinários” (Gagliard Jr. ibid. p.293).
c) Religiosidade
Nínive não era apenas uma grande cidade ou a maior cidade do mundo
daqueles dias, mas, era também, o maior centro de feitiçaria da época (Na 3.1-4,19).
O próprio nome “Ninive” é a tradução do assírio Ninua, que é transliteração do antigo
sumério Nina, nome da deusa Ishtar, uma das divindades dos assírios, chamada de
rainha dos céus. Essa divindade pagã chegou a ser adorada em Jerusalém (Jr 7.18).
Era considerada a deusa da guerra e do sexo. Portanto, violência e imoralidade
marcavam a existência da cidade” (Hernandes, Ibid. p,49).
1 – DEUS SOBERANO – ninguém pode impedir Sua mão de agir. Jonas nos
apresenta Deus em ação. Deus está no controle absoluto de todas as coisas e tudo
obedece seu comando. Ele é o grande maestro do universo: A grande tempestade
(1.4); o grande peixe (1.17; 2.10); a execução perfeita da missão de Jonas (3.1-5); a
conversão dos ninivitas (3.5-10); o nascimento miraculoso de uma planta (4.6); o
verme destruidor (4.7) e o vento oriental (v.8). Somente Deus é o Soberano e
controla todas as coisas.
A soberania e o poder de Deus fazem com que nenhum de seus planos seja
frustrado (Jo 42.1). Nada pode impedir aquilo que Ele já decretou de antemão (Is
43.3). Todos os seus planos são conduzidos á consumação perfeita (Is 46.10).
Jonas até tentou fugir da presença do Senhor para não realizar a sua vontade, mas
foi uma tentativa inútil. Aquilo que Deus já decretou na eternidade, será cabalmente
realizado. Não há como fugir de Deus. Não há como deixar de realizar a sua
vontade, pois é Ele quem efetua em nós tanto o querer como realizar, segundo a sua
boa vontade (Fp 2.13) e dEle e por Ele e para Ele são todas as coisas (Rm 11.36).
CONCLUSÃO
A vida e o ministério do profeta Jonas nos ensina que o melhor a ser feito é
obedecer à vontade revelada de Deus nas Escrituras. Querer fugir da vontade
soberana de Deus é pura perda de tempo. Não há lugar mais seguro e mais
importante para se estar do que no centro da vontade deste grande, soberano e
poderoso Deus. O livro nos ensina que é impossível fugir da presença de Deus. É
impossível não fazer a sua vontade. Aquilo que Ele determinou para cada de nós
será cabalmente realizado. Vale a pena servir este grande Deus, pois a sua
compaixão se estendeu até nós (gentios) e pela sua graça somos filhos Deus em
Cristo Jesus, aquele que é maior do que Jonas (Mt 12.41). Somente em Jesus Cristo
podemos agradar o Deus soberano de forma plena. Que Deus nos abençoe e faça
de nós servos conscientes da soberania e da compaixão de Deus a todos os povos.
Amém.