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FICHA TÉCNICA

GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA


Lucia Gomes Vieira Dellagnelo – Secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico
Sustentável
Amir Hamad – Diretor de Desenvolvimento Econômico
Márcia Helena Neves – Gerente de Desenvolvimento Econômico
CONSELHO DELIBERATIVO DO SEBRAE/SC
Alcantaro Corrêa – Presidente do Conselho Deliberativo
Sérgio Alexandre Medeiros – Vice-Presidente do Conselho Deliberativo

ENTIDADES
Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina – FAESC
Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina – FAMPESC
Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina – FACISC
Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina – FCDL
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – FIESC
Federação do Comércio do Estado de Santa Catarina – FECOMÉRCIO
Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina – BADESC
Banco do Brasil S.A. – BB
Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE
Caixa Econômica Federal – CAIXA
Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras – CERTI
Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável – SDS
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI/DR–SC
Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC

DIRETORIA EXECUTIVA DO SEBRAE/SC


Carlos Guilherme Zigelli – Diretor Superintendente
Anacleto Angelo Ortigara – Diretor Técnico
Sérgio Fernandes Cardoso – Diretor Administrativo Financeiro

ORGANIZAÇÃO
Ricardo Monguilhott de Brito – Gerente da Unidade de Atendimento Coletivo – UAC
Roberto Tavares de Albuquerque – Coordenador do Núcleo da Indústria – UAC
Claudio Ferreira – Analista Técnico – UGE
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CONSULTORIA TÉCNICA

ÁGAPE ASSESSORIA COMERCIAL LTDA.


Marcos Durval Sabota Breda – Diretor administrativo
Daniel Marques de Lucena, Msc. – Responsável técnico
Gustavo Gallo – Economista – Analista técnico de dados secundários
Davi Wazlawick – Analista técnico de dados secundários
Elmo Tambosi Filho, Dr. – Consultor técnico de dados secundários
Mara Denise Brum – Analista técnica de dados primários
Jean Carlos Schroder – Analista técnico de dados primários
Paulo Queiroz – Pesquisador de levantamento qualitativo
João Luis Pasquali Savi – Pesquisador de levantamento qualitativo
Alexandre Moura – Suporte e gestão de dados
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SUMÁRIO GERAL

INTRODUÇÃO ______________________________________________________________ 9
I. APRESENTANDO O ESTUDO SETORIAL _________________________________________ 9
II. PROGRAMA NOVA ECONOMIA@SC ___________________________________________ 9
III. O SETOR ECONÔMICO DE JOIAS E SEMI JOIAS, BIJUTERIAS E ÓTICA SANTA
CATARINA ________________________________________________________________ 10

RESUMO EXECUTIVO _______________________________________________________ 13


I. PANORAMA DO SETOR ____________________________________________________ 13
II. VISÃO DOS ESPECIALISTAS _________________________________________________ 16
III. VISÃO DO EMPRESÁRIO ___________________________________________________ 18
IV. PANORAMA DE NOVOS MERCADOS _________________________________________ 21
V. PROSPECÇÃO DE NOVOS MERCADOS ________________________________________ 22

CAPÍTULO I - PANORAMA DO SETOR __________________________________________ 25

1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES _______________________________________ 31


1.1 APRESENTAÇÃO _____________________________________________________ 31
1.2 OBJETIVO DO ESTUDO ________________________________________________ 33
1.3 METODOLOGIA DO ESTUDO____________________________________________ 33
1.3.1 Tipo de pesquisa _____________________________________________________ 33
1.3.2 Critérios de análise ___________________________________________________ 34
1.4 BREVE HISTÓRICO DA ATIVIDADE________________________________________ 34
1.5 CONTEXTO ATUAL ___________________________________________________ 36
2 DADOS MACROECONÔMICOS __________________________________________ 36
2.1 PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICOS DO BRASIL E DE SANTA CATARINA ______ 36
2.2 PRINCIPAIS DADOS DEMOGRÁFICOS DO BRASIL E DE SANTA CATARINA _________ 38
3 PANORAMA DA ATIVIDADE DE JOIAS SEMI JOIAS BIJUTERIAS E ÓTICA _________ 40
3.1 PANORAMA MUNDIAL DA ATIVIDADE ____________________________________ 40
3.1.1 Considerações gerais _________________________________________________ 40
3.1.2 Produção e consumo mundial __________________________________________ 41
3.2 PANORAMA BRASILEIRO DA ATIVIDADE __________________________________ 41
3.2.1 Importância da atividade na economia nacional ____________________________ 42
3.2.2 Principais indicadores setoriais _________________________________________ 43
3.2.3 Mão de obra empregada na atividade ____________________________________ 46
3.2.4 Investimentos realizados e previstos _____________________________________ 47
3.2.5 Principais polos produtores nacionais ____________________________________ 48
3.2.6 Principais polos consumidores nacionais __________________________________ 49
3.2.7 Importação e exportação ______________________________________________ 49
3.3 PANORAMA CATARINENSE DA ATIVIDADE ________________________________ 52
3.3.1 Importância da atividade na economia catarinense _________________________ 52
3.3.2 Principais indicadores setoriais _________________________________________ 53
3.3.3 Participação catarinense no mercado nacional _____________________________ 54
3.3.4 Mão de obra empregada na atividade ____________________________________ 55
3.3.5 Investimentos realizados e previstos _____________________________________ 56
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3.3.6 Importação e exportação ______________________________________________ 57


4 TENDÊNCIAS DA ATIVIDADE ___________________________________________ 59
4.1 TENDÊNCIAS E PROJEÇÕES DA ATIVIDADE EM NÍVEL INTERNACIONAL,
NACIONAL E ESTADUAL _______________________________________________ 59
4.2 OPORTUNIDADES DE MERCADO ________________________________________ 60
4.3 AMEAÇAS DE MERCADO_______________________________________________ 60
4.4 OUTROS DADOS RELEVANTES AO SETOR __________________________________ 61
REFERÊNCIAS _____________________________________________________________ 63
ANEXOS _________________________________________________________________ 65
ANEXO A - QUANTIDADE DE EMPRESAS POR MUNICÍPIO DE SC ______________________ 65
ANEXO B - LISTA DE POLOS DO ESTUDO NOVA ECONOMIA@SC _____________________ 67

CAPÍTULO II – VISÃO DOS ESPECIALISTAS ______________________________________ 69

1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES _______________________________________ 73


1.1 APRESENTAÇÃO _____________________________________________________ 73
2 ASPECTOS METODOLÓGICOS __________________________________________ 73
2.1 TIPO DE PESQUISA ___________________________________________________ 73
2.2 CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS DE PESQUISA ____________________________ 74
2.3 COLETA DOS DADOS __________________________________________________ 75
2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA _____________________________________________ 75
3 ANÁLISE DOS DADOS _________________________________________________ 76
3.1 CENÁRIO DO MERCADO DE JOIAS E SEMI JOIAS, BIJUTERIAS E ÓTICA EM SANTA
CATARINA __________________________________________________________ 77
3.1.1 Perspectivas de crescimento ___________________________________________ 77
3.2 NECESSIDADES, DIFICULDADES E CONCORRÊNCIA DO SETOR DE JOIAS E SEMI
JOIAS, BIJUTERIAS E ÓTICA EM SANTA CATARINA ___________________________ 79
3.2.1 Dificuldades e ameaças enfrentadas pelo setor ____________________________ 79
3.2.2 Situação da concorrência do setor _______________________________________ 81
3.3 OPORTUNIDADES PARA O SETOR DE JOIAS E SEMI JOIAS, BIJUTERIAS E ÓTICA
DE SANTA CATARINA _________________________________________________ 83
3.3.1 Oportunidades de mercado para o setor dejoias e semi joias, bijuterias e ótica ___ 83
3.3.2 Expectativas de mercados consumidores potenciais para o setor de joias e semi
joias, bijuterias e ótica ________________________________________________ 85
3.3.3 Percepção do empresário sobre o setor de joias e semi joias, bijuterias e ótica ___ 86
3.4 A SITUAÇÃO DOS ASPECTOS DA LOGÍSTICA PARA O SETOR DE JOIAS E SEMI
JOIAS, BIJUTERIAS E ÓTICA DE SANTA CATARINA ___________________________ 88
3.4.1 Infraestrutura logística do setor de joias e semi joias, bijuterias e ótica __________ 88
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ______________________________________________ 90
ANEXOS _________________________________________________________________ 94
ANEXO A - ROTEIRO SEMIESTRUTURADO - FORMADORES DE OPINIÃO ________________ 94
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CAPÍTULO III - VISÃO DO EMPRESÁRIO _________________________________________ 97

1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES ______________________________________ 101


1.1 APRESENTAÇÃO ____________________________________________________ 101
1.2 OBJETIVO DO ESTUDO _______________________________________________ 101
2 ASPECTOS METODOLÓGICOS _________________________________________ 102
2.1 TIPO DE PESQUISA __________________________________________________ 102
2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA _____________________________________________ 102
2.3 COLETA DOS DADOS _________________________________________________ 103
2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA ____________________________________________ 103
3 ANÁLISE DOS DADOS ________________________________________________ 103
3.1 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DAS EMPRESAS __________ 104
3.1.1 Descrição da atividade econômica ______________________________________ 105
3.1.2 Região, município e polo das empresas __________________________________ 107
3.1.3 Início das atividades das empresas _____________________________________ 109
3.1.4 Número de colaboradores das empresas ________________________________ 111
3.1.5 Classificação de faturamento por porte das empresas ______________________ 113
3.1.6 Gênero dos entrevistados ____________________________________________ 115
3.1.7 Grau de escolaridade dos entrevistados _________________________________ 116
3.2 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: DEMANDAS
ATENDIDAS ________________________________________________________ 117
3.2.1 Mercados consumidores atendidos _____________________________________ 118
3.2.2 Gênero dos clientes _________________________________________________ 119
3.2.3 Faixa etária dos respondentes _________________________________________ 121
3.2.4 Classe social dos respondentes ________________________________________ 122
3.2.5 Principais razões de compra dos clientes finais ____________________________ 124
3.2.6 Influência sazonal de consumo ________________________________________ 127
3.2.7 Meses de variação sazonal ____________________________________________ 130
3.2.8 Prospecção de clientes finais __________________________________________ 133
3.2.9 Pesquisas de satisfação com clientes finais _______________________________ 134
3.2.10 Tipos de pesquisa de satisfação com clientes finais ______________________ 135
3.2.11 Grau de satisfação dos clientes finais__________________________________ 136
3.2.12 Frequência da pesquisa de satisfação _________________________________ 138
3.3 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: CADEIA DE
PLAYERS E CONJUNTURA DA ATIVIDADE _________________________________ 140
3.3.1 Canais de venda para acesso a clientes __________________________________ 140
3.3.2 Região de origem dos clientes finais ____________________________________ 142
3.3.3 Região de origem dos fornecedores_____________________________________ 145
3.3.4 Região de origem dos concorrentes _____________________________________ 148
3.3.5 Nível de concorrência do mercado _____________________________________ 151
3.3.6 Percepção sobre o mercado ___________________________________________ 153
3.3.7 Estágio atual da empresa: crescimento, estabilidade ou declínio ______________ 155
3.3.8 Taxa anual de crescimento em faturamento ou vendas na empresa ___________ 157
3.3.9 Taxa anual de declínio em faturamento ou vendas na empresa _______________ 159
3.3.10 Práticas de crescimento utilizadas na empresa __________________________ 161
3.3.11 Motivos de estabilidade/declínio em faturamento ou vendas na empresa ____ 163
3.3.12 Tipos de inovação desenvolvidas na empresa ___________________________ 165
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3.3.13 Impacto das inovações na empresa ___________________________________ 167


3.3.14 Problemas ou desafios enfrentados pelo respondente ____________________ 168
3.3.15 Ações de acesso a novos mercados na empresa _________________________ 170
3.3.16 Resultados obtidos nas vendas com ações de acesso a novos mercados ______ 172
3.3.17 Oportunidades de novos mercados para a empresa ______________________ 174
3.3.18 Expectativas estratégicas da empresa _________________________________ 176
3.4 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE LOGÍSTICA DAS EMPRESAS _______________ 178
3.4.1 Modelos logísticos __________________________________________________ 178
3.4.2 Natureza da compra de mercadorias das empresas ________________________ 180
3.4.3 Dificuldades com fornecedores locais ___________________________________ 182
3.4.4 Poder de barganha da empresa em relação a fornecedores __________________ 184
3.4.5 Movimentação da produção na empresa ________________________________ 186
3.4.6 Canais de fornecedores da empresa ____________________________________ 187
3.4.7 Meios de intermediação das compras na empresa _________________________ 188
3.4.8 Quantidade de fornecedores na empresa ________________________________ 190
3.4.9 Quantidade de clientes na empresa_____________________________________ 193
3.4.10 Meios de transporte utilizados na logística de compra da empresa __________ 195
3.4.11 Meios de transporte utilizados na logística de venda e entrega da empresa ___ 197
3.4.12 Gestão de estoque na empresa ______________________________________ 198
3.4.13 Software de logística ______________________________________________ 199
3.4.14 Cadeia logística da empresa _________________________________________ 201
3.4.15 Sugestões de melhorias na infraestrutura e logística da empresa ___________ 203
3.4.16 Áreas da empresa com necessidade de investimentos ____________________ 205
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________________________ 207
4.1 SÍNTESE DE RESULTADOS _____________________________________________ 207
4.1.1 Perfil das empresas__________________________________________________ 207
4.1.2 Percepção do Mercado Atual – demandas atendidas _______________________ 208
4.1.3 Percepção do Mercado Atual – cadeia de players e conjuntura da atividade _____ 208
4.1.4 Análise das características de logística das empresas _______________________ 210
ANEXOS ________________________________________________________________ 212
ANEXO A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ________________________________ 212

CAPÍTULO IV - PANORAMA DE NOVOS MERCADOS ______________________________ 221

1 INFORMAÇÕES PRELIMINARES ________________________________________ 227


1.1 APRESENTAÇÃO ____________________________________________________ 227
1.2 OBJETIVO DO ESTUDO _______________________________________________ 228
1.3 METODOLOGIA DO ESTUDO___________________________________________ 228
1.3.1 Tipo de pesquisa ____________________________________________________ 228
1.3.2 Critérios de análise __________________________________________________ 229
2 LIMITAÇÕES DE PESQUISA ____________________________________________ 230
3 PANORAMA NACIONAL ______________________________________________ 230
4 PANORAMA DAS REGIÕES DO BRASIL __________________________________ 231
4.1 REGIÃO NORDESTE __________________________________________________ 234
5 PANORAMA DOS ESTADOS ___________________________________________ 235
5.1 ESTADO DE Minas Gerais _____________________________________________ 235
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5.2 SANTA CATARINA ___________________________________________________ 238


6 CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________________________ 241
REFERÊNCIAS ____________________________________________________________ 243

CAPÍTULO V - PROSPECÇÃO DE NOVOS MERCADOS _____________________________ 245

1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES ______________________________________ 249


1.1 APRESENTAÇÃO ____________________________________________________ 249
1.2 OBJETIVO DO ESTUDO _______________________________________________ 250
2 ASPECTOS METODOLÓGICOS _________________________________________ 250
2.1 TIPO DE PESQUISA __________________________________________________ 250
2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA _____________________________________________ 251
2.3 COLETA DOS DADOS _________________________________________________ 252
2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA ____________________________________________ 252
3 ANÁLISE DOS DADOS ________________________________________________ 253
3.1 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DAS EMPRESAS __________ 254
3.1.1 Região e município das empresas ______________________________________ 255
3.1.2 Descrição da atividade econômica ______________________________________ 257
3.1.3 Início das atividades das empresas _____________________________________ 258
3.1.4 Número de colaboradores das empresas ________________________________ 260
3.1.5 Porte e classificação das empresas _____________________________________ 262
3.1.6 Gênero dos entrevistados ____________________________________________ 264
3.1.7 Escolaridade dos entrevistados ________________________________________ 265
3.2 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: DEMANDAS ____ 267
3.2.1 Mercados atendidos _________________________________________________ 268
3.2.2 Canais de vendas ___________________________________________________ 269
3.2.3 Origem dos principais clientes _________________________________________ 272
3.2.4 Produtos adquiridos do setor de joias e semi joias, bijuterias e ótica ___________ 274
3.2.5 Canais de compra para produtos da indústria de joias e semi joias, bijuterias e
ótica _____________________________________________________________ 277
3.2.6 Frequência de contratação de fornecedores da indústria de joias e semi joias,
bijuterias e ótica ____________________________________________________ 279
3.2.7 Quantidade de fornecedores da indústria de joias e semi joias, bijuterias e ótica _ 281
3.2.8 Satisfação em relação aos produtos ou serviços de fornecedores da cadeia de
joias e semi joias, bijuterias e ótica _____________________________________ 284
3.2.9 Melhorias da cadeia de fornecedores ___________________________________ 286
3.3 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DEMANDADAS PELAS EMPRESAS DA AMOSTRA _ 289
3.3.1 Aprimoramentos em áreas/setores nas empresas pesquisadas _______________ 289
3.3.2 Necessidades de aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas _______ 291
3.3.3 Região dos fornecedores da cadeia de joias e semi joias, bijuterias e ótica ______ 294
3.3.4 Contato com fornecedores de Santa Catarina _____________________________ 296
3.3.5 Aquisição de produtos e serviços da cadeia joias e semi joias, bijuterias e ótica
com fornecedores catarinenses ________________________________________ 298
3.3.6 Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da
indústria de joias e semi joias, bijuterias e ótica ___________________________ 301
3.3.7 Tipos de fornecedores demandados ____________________________________ 303
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3.4 ANÁLISE DA DEMANDA POTENCIAL INTERESSADA EM NEGÓCIOS COM


FORNECEDORES DA INDÚSTRIA DE JOIAS E SEMI JOIAS, BIJUTERIAS E ÓTICA ____ 305
3.4.1 Estrato da demanda potencial versus interesse em produtos e serviços ________ 306
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________________________ 310
4.1 SÍNTESE DE RESULTADOS _____________________________________________ 310
4.1.1 Características Socioeconômicas das empresas____________________________ 310
4.1.2 Características de mercado das empresas: aspectos das demandas atendidas ___ 311
4.1.3 Características da demanda ___________________________________________ 311
ANEXOS ________________________________________________________________ 314
ANEXO A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ________________________________ 314
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INTRODUÇÃO

I. APRESENTANDO O ESTUDO SETORIAL

Este documento é fruto da parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento


Econômico Sustentável de Santa Catarina e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas de Santa Catarina – Sebrae/SC, para a realização de uma robusta análise
econômica intitulada “Estudo Setorial de Joias, Semi Joias, Bijuterais e Óticade Santa
Catarina”. O trabalho faz parte da análise de doze setores econômicos no contexto
Catarinense, os quais se dividem em quarenta e sete polos industriais, que subsidia
informações para o Programa NovaEconomia@SC.

II. PROGRAMA NOVA ECONOMIA@SC

O Programa Nova Economia@SC é uma parceria do Serviço de Apoio às Micro e


Pequenas Empresas de Santa Catarina – Sebrae/SC, com o Governo do Estado de Santa
Catarina, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico
Sustentável – SDS, que visa aumentar a competitividade da economia e dos polos
industriais catarinenses.
Além do Projeto Polos Industriais, o programa Nova Economia@SCconta com
outros projetos: Juro Zero, Polos de Economia Verde e Desenvolvimento Territorial.
O Projeto de Fortalecimento de Polos Industriais tem como objetivo promover
a inovação das micro e pequenas empresas, agrupadas em 47 polos setoriais regionais
de setores industriais estratégicos do Estado de Santa Catarina, objetivando ganhos de
qualidade e produtividade e a inserção dessas empresas em novos mercados.
O Setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica é um dos polos industriais
selecionados do Programa Nova Economia@SC, conforme discriminado na Tabela 1.

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Tabela 1 - Lista de setores estudados e quantitativo de polos por setor


Setores estudados Número de polos por setor
Alimentos e Bebidas 4
Confecção de Vestuário e Acessórios 11
Calçados e Artefatos de Couro 2
Produtos de Madeira 3
Produtos de Borracha e de Plástico 2
Construção Civil 3
Eletrometalmecânico 9
Móveis 6
Tecnologia da Informação e Comunicação 4
Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica 1
Náutico 1
Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumaria 1
Total 47
Fonte: Elaborado pela empresa Ágape Consultoria Ltda.

III. O SETOR ECONÔMICO DE JOIAS, SEMI JOIAS, BIJUTERIAS E ÓTICA DE


SANTA CATARINA

O referido estudo buscou reunir informações de mercado sobre o cenário


econômico recente e atual das empresas catarinenses com atividades de
produçãojoias e semi joias, bijuterias e ótica, bem como a prestação de serviçospara o
setor estudadoneste estado, descritos a seguir no Capítulo 1. O período para sua
completa realização, iniciada em outubro do ano de 2012, teve duração de 18 meses.
A análise de um setor econômico representa a iniciativa e o esforço em buscar
informações que representem e expliquem um determinado contexto econômico em
uma região, zona, distrito, atividade ou campo de ação. Para efeitos do presente
estudo, as atividades do setor em pauta são descritas em âmbito regional, estadual e
nacional, envolvendo o esforço de pesquisa de cinco levantamentos complementares,
descritos como capítulos ou etapas deste Estudo Setorial e correspondem aos
seguintes títulos:

I. Panorama do Setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Óticade Santa


Catarina
II. Visão dos Especialistas do Setor Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica de
Santa Catarina
III. Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica de
Santa Catarina

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IV. Panorama de Novos Mercados do Setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias


e Ótica de Santa Catarina
V. Prospecção de Novos Mercados para Produtos Produtos de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

O primeiro capítulo – Panorama do Setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias e


Ótica de Santa Catarina contempla um estudo exploratório de dados secundários,
extraídos de fontes de informação oficiais brasileiras, tais como da RAIS, IBGE e
AliceWeb. Trata-se da coleta e organização de informações, opiniões publicadas de
instituições de classe e outros estudos setoriais para fins comparativo e descritivo do
cenário do setorem Santa Catarina.
O segundo capítulo - Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarinavai além, complementando o primeiro com um
levantamento qualitativo com a realização de entrevistas em profundidade,
observando a opinião dos representantes das entidades de classe e empresários deste
setor no estado de Santa Catarina. A ideia é que a opinião de dez especialistas
descreva a atual conjuntura do setor, apontando os desafios, problemas enfrentados
pelo empresariado, oportunidades e capacidades da cadeia de mercado.
Uma vez que a etapa anterior buscou profundidade de informações pela
discussão de conteúdo qualitativo, o terceiro capítulo - Visão do Empresário do Setor
de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina caracteriza o mercado
catarinense de empresas da cadeia produtiva em um levantamento quantitativo
descritivo, observando a opinião de 41 gestores de empresas espalhados pelo estado
catarinense. Nessa etapa são tratadas informações de perfil socioeconômico destas
empresas, a percepção do mercado e aspectos logísticos concernentes a cada natureza
produtiva da amostra.
Os capítulos - Panorama de Novos Mercados para o Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina e Prospecção de novos mercados para Produtos de
Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina, respectivamente IV e V, somam
forças para explicar os mercados potenciais de entrada para empresas catarinenses do
setor de joias e semi joias, bijuterias e ótica. Estes possíveis novos mercados são
apontados pelos entrevistados nos capítulos II e III e observados em um estudo
exploratório de dados secundários para quantificação de indicadores econômicos de

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crescimento (capítulo IV), seguido por um levantamento quantitativo descritivo com


empresas destes mercados potenciais (capitulo V). Nesta última parte, a pesquisa
prioriza a descrição de três mercados, parte daregião Nordeste, Santa Catarina e Minas
Gerais, os quais somam 333 entrevistas. Esta última etapa limita-se a analisar estes
três mercados geográficos, por entender, no decorrer do estudo, como os mais
promissores e viáveis para fomento, sem descartar quaisquer outras possibilidades em
âmbito nacional.

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RESUMO EXECUTIVO

O Estudo do Setor de joias e semi joias, bijuterias e ótica em Santa Catarina


buscaa compreensão do atual contexto econômico do setor por meio de cinco
levantamentos complementares. Apresenta-se a síntese das principais conclusões
acerca dos resultados encontrados.

I. PANORAMA DO SETOR

O setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica comumente está associado ao


ouro e/ou ao diamante, sejam estes por conta do valor financeiro que movimentam,
seja pelo “glamour” de que desfrutam. Mas na verdade não são os únicos que o
constituem, uma vez que outros elementos são utilizados na produção como, por
exemplo, a prata, pedras preciosas, pedras semipreciosas, e metais diferenciados
como o titânio e o nióbio. Em se tratando de produção de joias e bijuterias, outros
materiais, como o “capim dourado”, o plástico, a madeira são empregados por conta
de um mercado consumidor que tem estimulado e exigido um design cada vez mais
criativo e arrojado.
O Brasil é um país reconhecido mundialmente como fornecedor de pedras
preciosas, não somente pela quantidade fornecida, mas também pela diversidade que
oferece. Atualmente é apontado como sendo responsável por 1/3 do fornecimento de
gemas no mundo, e tido como um dos principais produtores de esmeraldas, o único de
topázio imperial e, até recentemente, de turmalina Paraíba. Produz, em larga escala,
citrino, ágata, ametista, turmalina, água-marinha, topázio e cristal de quartzo.
A importância deste setor na economia brasileira é observável pela produção
de ouro do país que em 2010 lhe conferiu o 13º lugar no ranking mundial, e que neste
mesmo ano contabilizou R$ 1,1 bilhão na conta de Receita Líquida de Vendas
Industriais que em termos percentuais equivaleu a 0,06% do total nacional, conforme
dados da Pesquisa Industrial Anual (PIA) do IBGE de 2011. No que concerne ao
comércio exterior, no ano de 2012 o Brasil importou mais de US$ 111 milhões de

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dólares e exportou quase US$ 290 milhões de dólares, o que resulta num superávit de
aproximadamente US$ 179 milhões de dólares.
Naquele mesmo ano (2011) o Ministério do Trabalho e Emprego - MTE
apontava a existência de 3.3563 empresas, valor que corresponde ao somatório das
atividades econômicas compreendidas pelo CNAE 32.1, Fabricação de artigos de
joalheria, bijuteria e semelhantes. Considerando esta CNAE, constata-se que em 2010
havia mais de 20 mil empregos diretos no setor, ondemais da metade dos
trabalhadores estava no ofício da lapidação de gemas e fabricação de artefatos de
ourivesaria e joalheria, o restante que atuava na fabricação de bijuterias e artefatos
semelhantes. O sexo predominante era o masculino, e o salário pago à grande maioria
situava-se na faixa de 1,01 a 1,5 salários mínimos. Os principais estados produtores são
Pará, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia, Goiás e Tocantins. Já os maiores
consumidores internos eram São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do
Sul.
No estado de Santa Catarina o setor contribuiu com o Valor Adicionado Fiscal
(VAF) com R$ 4,2 milhões, representando 0,004% do valor total no Estado no ano de
2011. O Valor Bruto de Produção industrial catarinense, entre 2008 e 2010 apresentou
crescimento acima da média nacional para o setor. Mesmo fato ocorreu em relação à
Receita Líquida de Vendas. O comércio internacional deste setor em nosso Estado no
ano base de 2012 apresentou uma importação de quase US$ 4,7 milhões de dólares e
exportação de US$ 59 mil dólares, o que consolida um déficit de US$ 4,6 milhões de
dólares.
Com relação às empresas de nosso Estado, em 2011, participava com 2,9% do
total de empresas existente no país, e com 1,15% dos empregos nacionais deste setor
econômico. Relativo à mãodeobra empregada em Santa Catarina naquele ano observa-
se uma composição diferente do Brasil, pois em 2011 no mercado catarinense, na
CNAE abordadas neste trabalho, havia 20,62% dos trabalhadores que eram absorvidos
pelo ofício da lapidação de gemas e fabricação de artefatos de ourivesaria e joalheria,
contra 79,38% que atuavam na fabricação de bijuterias e artefatos semelhantes. No
que concerne ao sexo da massa trabalhadora no Estado também, era diferente do país,
pois predominava o sexo feminino (73,8%). Contudo, o maior valor de salários era igual

14
Estudo Setorial
de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica
de Santa Catarina

ao praticado no Brasil, ou seja, a maioria (76,63%) ganhava de 1,1 a 1,5 salários


mínimos.
Sobre investimentos no setor infere-se diversas ações implementadas pelo
poder público, dentre elas a criação em 2004 do Fórum de Competitividade da Cadeia
Produtiva de Acessórios de Moda, Gemas, Joias e Cristais, cujos objetivos dentre
outros, eram a expansão da exportação, redução da carga tributária e ao
desenvolvimento de Arranjos Produtivos Locais (APL). Dentre as conquistas obtidas
pelo Fórum, destaca-se a redução de 20% para 12% sobre os produtos dos Elos Finais
da Cadeia Produtiva, e a criação de uma Cartilha para a proteção do design da joia
(Proteção Legal da Joia), com o auxílio do INPI.
No tocante a oportunidade de mercado ao setor, tem-se fruto da parceria do
Sebrae/NA com o Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), o Programa
Brasil Criativo, que tem por objetivo promover a criação, fabricação, distribuição e
venda de joias e bijuterias aproveitando a realização dos grandes eventos no país, a
exemplo da Copa de 2014 e das Olimpíadas, e também os mercados turístico e de
exportação.
Comentar sobre tendências no setor em nosso país é comentar sobre os
direcionamentos preconizados pelo documento produzido pela IBGM em parceria com
o Sebrae/NA, o Caderno Preview de Design de Joias e Bijuterias 2014 – Chique
Trópicos. Neste documento estão indicados três grandes grupos de referência e fontes
de inspiração para o setor em 2014: Atelier (Precioso – a excelência do
metierartesanal), Styling (Individual – o design do luxo industrial) e Pós-Moderno
(Conceitual - a ousadia dos deslocamentos estéticos).
Para o setor nacional, observa-se que algumas ameaças existem como a
questão da concorrência indireta deslocando a demanda para os produtos
tecnológicos (exemplo: smartphones, Ipad e etc.), o problema da informalidade que
ocorre tanto na produção como na comercialização estimulada pela elevada carga de
tributos, a destinação dos resíduos da produção, a saúde do trabalhador e por fim, o
crescente ingresso de produtos chineses. No que concerne à Santa Catarina, os
entraves são os mesmos mencionados para o cenário nacional.

15
Estudo Setorial
de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica
de Santa Catarina

II. VISÃO DOS ESPECIALISTAS

A análise qualitativa por entrevista em profundidade, aplicada com


especialistas egressos de grandes empresas do setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias e
Ótica e de entidades de classe, revela que a percepção destes depreende incertezas
acerca do setor.
Metade do grupo destaca o crescimento do setor no âmbito estadual, ao passo
que outra parte cita o decréscimo nas atividades neste mercado. A valorização do
produto local, por conta da qualidade e design, é apontada como elemento propulsor
do crescimento, o que permite sobreposição ao produto catarinense em relação ao
produto estrangeiro. No estudo, a amostra relata que a mídia televisiva instiga ao
consumo na população brasileira, visto que as novelas, por exemplo, difundem estes
produtos e criam o desejo de adquiri-los, tornando-se assim uma poderosa aliada.
A extensiva presença do produto da China é destacada por metade dos
especialistas como um percalço ao setor. Outras dificuldades foram debatidas,
sobressaindo à entrada de aventureiros provenientes do mercado informal no setor,
que copiam produtos e vendem sem estes custos, retirando considerável parcela de
mercado daqueles que atuam conforme as legislações vigentes. Ademais, o fato de
estes produtos serem classificados como supérfluos na cadeia de necessidades da
população, seu consumo se reduz em momentos de crise, realidade que foi debatida
no estudo. Outra dificuldade que incorre em perda de competitividade do produto
nacional frente aos importados são as legislações trabalhista e tributária, onerando em
demasia o produto local, conforme entrevistados da amostra. Fato interessante,
asemelhança da produção é vista como percalço ao crescimento do setor, inferindo a
falta de diferenciação do produto local. Finalizandopreconceito com o produto local
também é lembrado como uma dificuldade.
Unanimemente, a concorrência é citada dentro do setor de joias e semi joias,
bijuterias e ótica no estado de Santa Catarina. O grupo destaca benefícios neste
quesito, especialmente o estímulo à capacidade de reinventar-se e adequar o seu
produto aos desejos do consumidor. O produto da China é citado como fonte da
competição para o produtor local. Para combatê-lo é necessário investir na inovação

16
Estudo Setorial
de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica
de Santa Catarina

do design do produto local. Fato importante revelado no estudo, o excelente design do


produto catarinense já é referência, mas que pela pouca exposição midiática, não é
mais consumido noutras regiões do país. A concorrência brasileira advém de São
Paulo, Minas Gerais e o Rio Grande do Sul, tradicionais polos.
A agregação de valor ao produto é discutida como oportunidade para atrair
novos mercado para o setor catarinense de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica,
conforme a amostra. Neste prospecto, destacam a necessidade da criatividade dentro
do setor, investindo num design mais brasileiro, para adentrar ao mercado de forma
consistente. O e-commerce surge como forma de acesso a novos mercados, atrelado à
ampliação do mixde produtos das empresas locais.
A abertura de novos mercados consumidores perpassa pela internacionalização
da produção local, conforme informam metade dos especialistas. Por outro lado, para
outra parte da amostra, a oportunidade de novos mercados consumidores está na
exploração de outras regiões do país, sendo destaque a Região Sul e a Região Sudeste,
mais facilmente exploráveis devido à proximidade geográfica. Existem reais
oportunidades em mercados internacionais, como países do Mercosul e América
Central.
A falta de coordenação entre o setor produtivo e a ausência de um elo
associativo por parte do empresariado para enfrentar conjuntamente o produto
proveniente do mercado externo é percebida como fragilidade pelos entrevistados.
Neste aspecto, sugerem a criação de um polo regional do setor, para propiciar a
inovação na produção. Não obstante, destaca-se a necessidade de capacitar o
empresariado local no que tange a gestão do negócio, incitando neste ponto a
potencialização do empreendedorismo catarinense.
Quanto à infraestrutura logística em suas regiões de operação, a amostra cita
ausência de problemas quanto à entrega do produto final. Por outro lado, a maior
parte do grupo aponta problemas, especialmente por conta da presença de poucos
fornecedores de matérias-primas em Santa Catarina. Outras questões surgiram como o
alto custo da matéria-prima importada e a dependência do único modal de transportes
como fatores delongadores à expansão deste setor em Santa Catarina.

17
Estudo Setorial
de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica
de Santa Catarina

III. VISÃO DO EMPRESÁRIO

A pesquisa de levantamento com os empresários e gestores do setor de Joias e


Semi Joias, Bijuterais e Ótica em Santa Catarina apresenta a opinião destes acerca do
seu mercado, sua empresa e aspectos logísticos. O presente estudo revela três
segmentos, onde predominam, mas com equilíbrio quantitativo, duas atividades
estudadas, os segmentos de fabricação e recuperação de joias e semi joias e de
fabricação e montagem de artigos de bijuteria. Para todos os segmentos a região de
maior concentração de empresas é a Grande Florianópolis.
Neste setor, as empresas apresentam-se consolidadas, com idade média de 10
anos de atividade, embora a maior parte destas, nos três segmentos analisados, está
na faixa de 2 a 4 anos, o que denota a jovialidade das empresas. No estudo constata-
se, elevado número de empresas que empregam apenas um colaborador. No quesito
porte das empresas, é observável a predominância de Microempresas, com mais de 3/5
do total dos inquiridos, ao passo que Empresas de Pequeno Porte são pouco mais de ¼
da amostra total. Seus gestores são predominantemente mulheres, e o ensino superior
completo é o nível de escolaridade dominante na pesquisa.
O mercado principal das empresas estudadas, em todos os segmentos, é o
consumidor final pessoa física, sendo que empresas também são atendidas. O público
atendido pelos entrevistados é caracterizado principalmente por mulheres, sendo
formado majoritariamente por adultos, seguido pelo público jovem, este último mais
evidente no segmento de fabricação e montagem de artigos de bijuteria. No que tange
a classe social atendida, o maior índice do estudo, 34,1% da amostra, aponta a Classe
B. Fato revelador, cerca de 40% dos entrevistados do segmento de fabricação e
recuperação de joias e semi joias relata que seu público pertence à Classe C. Em todos
os polos do estudo, a qualidade, preço e beleza/design são as principais razões para a
compra dos clientes, nesta ordem de importância. A indicação de terceiros é o
principal indutor de compra, seguido da propaganda.
A sazonalidade afeta este setor diretamente no faturamento e no volume de
vendas, conforme o relato da maioria dos entrevistados, sendo que para praticamente

18
Estudo Setorial
de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica
de Santa Catarina

mais de 1/3 dos entrevistados esta influência é positiva, ou seja, promove elevação das
vendas, enquanto 31,7% dos inquiridos creem na influência sazonal de forma negativa.
A prospecção de clientes novos neste setor, segundo os entrevistados, é uma
ação recorrente, especialmente nos segmentos de fabricação e montagem de artigos
de bijuteria e de fabricação e comércio de óculos. Fato relevante apontado pelo
estudo é que 70,7% dos entrevistados não realizam pesquisa de satisfação. Todavia é
constatado que os entrevistados inferem empiricamente o nível de satisfação dos seus
clientes, pois as respostas sobre clientes muito satisfeitos e satisfeitos somam 80,5%
da amostra total.
A venda direta ao cliente final é o canal de venda preferencial das empresas,
seguido pelo canal atacadista/distribuidor. Foi constatado que os clientes dos
entrevistados encontram-se principalmente dentro dos limites do Estado de Santa
Catarina, uma vez que os mais significativos índices apontam para esta constatação.
Regionalizando a origem dos clientes, a maior concentração de respostas encontra-se
na Região da Grande Florianópolis.
A situação inverte-se quanto às fontes de abastecimento para as empresas do
setor aqui analisadas. A dependência de fornecedores situados fora dos limites do
Estado está cravada nos maiores índices neste quesito, para todos os segmentos da
amostra, com destaque para São Paulo dentre os estados indicados pelos
respondentes.
A maioria do grupo acredita na existência de muitos concorrentes no mercado
do setor de joias e semi joias, bijuterias e ótica, que inclusive são originários da região
do entorno da localização das empresas entrevistadas. A despeito deste fato, mais da
metade do total de entrevistados percebe crescimento do mercado do setor, fato
verificado nos três segmentos analisados. Por outro lado, pouco mais de 1/3 dos
inquiridos apontam a estabilidade, sobressaindo o segmento de fabricação e
recuperação de joias e semi joias neste cenário. Os motivos para estabilidade
apontados pela amostra foram a concorrência acirrada/desleal e o elevado custo dos
insumos de produção.
O mercado é definido por um viés de crescimento, mesmo sentimento dos
entrevistados sobre o desempenho de suas próprias empresas, onde 63,4% pontua

19
Estudo Setorial
de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica
de Santa Catarina

uma fase de crescimento no ciclo de vida de suas próprias empresas, com taxa média
de 23% em relação ao ano anterior. No tocante a inovação, o estudo revela que mais
da metade da amostra não realiza ações de inovação dentro da empresa.
A procura por novos mercados não é comum aos entrevistados, uma vez que
39% não a realizam regularmente. Todavia, para aqueles que a realizaram, atuar em
outro Estado ou atuar em nova cidade de Santa Catarina são as estratégias reveladas.
A resultante dos esforços de acessar novos mercados foi aumento de vendas de até ou
mais de 10% em relação ao ano anterior, ambos com 24,4% dos respondentes.
Arguidos sobre novas oportunidades de mercados, duas principais indicações
foram pontuadas, ampliar vendas dentro de Santa Catariana e vender para outras
regiões do país. Sobre as expectativas para o próximo ano?, a resposta corrobora a
visão de ampliar as vendas, em primeiro lugar, independentemente do lugar. Para
outra parte da amostra, a expectativa é crescer acima de cinco pontos percentuais.
Fato importante, para 16,7% das empresas de fabricação e montagem de artigos de
bijuteria, a opção de trabalhar com o setor moveleiro/decoração seria uma
oportunidade para a expansão do mercado do setor.
Dentre os modelos logísticos aplicáveis às empresas pesquisadas, a maioria da
amostra utiliza o modelo compra insumos - produz o produto acabado - vende ao
consumidor final. Este modelo é destaque em todos os segmentos da pesquisa. No
tocante à natureza da compra de mercadorias das empresas, 85,4% delas compra
matéria-prima para fabricar o produto acabado, enquanto 68,3% dos entrevistados
compra a matéria-prima para montagem.
O estudo constatou que dos canais de fornecimento mais usuais a compra
direta do fabricante destaca-se. A média de fornecedores diferentes para cada
empresa do setor é de 27 fornecedores por empresa, variando conforme o segmento.
A média geral de clientes por empresa da pesquisa entrevistada é de 351 clientes por
empresa.
Ao serem questionados sobre os problemas que enfrentam junto à cadeia
logística de suas empresas, elevado percentual de empresários afirmam que não
possuem problemas significativos. Todavia, para aqueles que indicaram a existência de
problemas, o alto custo do frete sobressai dentre os demais apontados pela amostra.

20
Estudo Setorial
de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica
de Santa Catarina

Sobre sugestões de melhorias estruturais e logísticas da empresa, boa parte dos


entrevistados se absteve de responder. Não obstante, melhoria na estrutura
operacional da empresa é a ação mais lembrada dentre outras. Das áreas ou setores
internos das empresas da amostra como mais carentes de novidades ou
aprimoramentos tecnológicos, vendas e produção são relevantes.

IV. PANORAMA DE NOVOS MERCADOS

A análise exploratória de mercados potenciais buscou demonstrar o grau de


importância destes setores no Brasil, na região Nordeste e nos estados de Santa
Catarina e Minas Gerais, uma vez que foram indicados nos levantamentos anteriores
como os mais promissores como novos mercados.
Como destaque de segmentos estudados, foram realizados agrupamentos por
setores do comércio, com ênfase na atividade varejista de artigos do vestuário e
acessórios, e atacadista de artigos do vestuário e acessórios.
De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE), o setor nacional de comércio de artigos do vestuário e
acessórios no ano de 2012 comportava quase 380 mil empresas e empregava mais de
760 mil trabalhadores em todo o território nacional.
Na Região Sudeste estava a maior concentração das empresas do comércio de
artigos do vestuário e acessórios, o equivalente a 47% do total nacional,
consequentemente, esta região obteve a melhor Receita Bruta de Revenda de
Mercadorias nacional, mais de R$ 1,2 trilhões de reais. A região Sul comportava a
segunda maior concentração de empresas e a segunda melhor Receita Bruta de
Revenda de Mercadoria (RBRM) do comércio de artigos do vestuário e acessórios no
país, respondendo com 24% do total de empresas e com 19% da RBRM deste setor.
A região Nordeste respondeu no ano de 2012 por 17% do número de empresas
do comércio de artigos do vestuário e acessórios do país e por 15% da Receita Bruta de
Revenda de Mercadoria (RBRM) desse setor, firmando-se na terceira posição no
cenário nacional. Esta região é apontada pelos empresários como de grande potencial
à entrada de novas empresas do segmento de artigos do vestuário e acessórios. O

21
Estudo Setorial
de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica
de Santa Catarina

número de empresas desse segmento evoluiu a uma taxa média de 3,62% no período
de 2008 a 2012, e a RBRM cresceu mais de 80% entre os anos de 2007 e 2011.
O estado de Minas Gerais, devido à sua importância histórica no cenário
nacional como centro extrator de pedras preciosas, detém mais de 15% da RBRM da
região Sudeste. Analisando as séries histórias referente à Receita Bruta de Revenda de
Mercadorias (RBRM) das empresas ligadas ao comércio de artigos do vestuário e
acessórios neste estado, observa-se que os setores de atacado e varejo obtiveram
expressivo crescimento em suas receitas no período compreendido entre os anos de
2007 e 2011, respectivamente 60,58% e 82,60%.Pertinente ao número de empresas do
comércio de artigos do vestuário e acessórios paulista, entre os anos de 2008 a 2012,
observou-se crescimento no número de empresas ligadas ao atacado de artigos do
vestuário e acessórios na ordem de 7,36%. O varejo de artigos do vestuário e
acessórios cresceu 14,51% no mesmo período.
O estado de Santa Catarina, segundo o IBGE, comportava em 2012 quase 24%
das empresas ligadas ao comércio de artigos do vestuário e acessórios da região Sul.
No período de 2007 a 2011 as empresas de comércio de artigos do vestuário e
acessórios de Santa Catarina registraram ótimo desempenho em relação à evolução da
Receita Bruta de Revenda de Mercadorias, destacando-se o atacado especializado
(representantes e agentes do comércio) com mais de 170% de evolução de receita, e o
varejo especializado (tecidos, artigos de armarinho, vestuário e calçados) com mais de
50% de alta. Em termos de crescimento no número de empresas, os segmentos de
atacado de artigos do vestuário e acessórios cresceram quase 11% no período de 2008
a 2012, e o varejo de artigos do vestuário e acessórios quase 4% no mesmo período.

V. PROSPECÇÃO DE NOVOS MERCADOS

O último levantamento deste estudo apresenta as opiniões dos empresários do


Setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica, principalmente nas atividades descritas
no capítulo IV(análise exploratória de mercados potenciais) acerca das suas demandas
e aptidões em trabalhar com empresas da cadeia da indústria de joias e semi joias,
bijuterias e ótica provenientes do estado de Santa Catarina.

22
Estudo Setorial
de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica
de Santa Catarina

Respondendo diretamente à questão macro, sobre o interesse das empresas


entrevistadas em trabalhar com fornecedores catarinenses deste setor, a resposta é
positiva para praticamente 3/5 da amostra, sobretudo para asempresas do próprio
estado de Santa Catarina, onde mais de 65% das empresas afirmamo interesse em
trabalhar com fornecedores catarinenses.
A respeito do perfil destas empresas, a maioria já ultrapassou o tempo inicial de
instalação, em fase de maturidade, sendo que mais da metade da amostra possui dez
ou mais anos de atividades no mercado. A média de idade das empresas do estudo é
de 12 anos por empresa. A demanda é formada principalmente por Microempresas e
de Pequeno Porte, com média corrigida de 7 colaboradores por empresa.
Sobre o mercado do estado de Minas Gerais, o estudo aponta que a aptidão
por produtos de fornecedores catarinenses é menor comparativamente às empresas
catarinenses neste levantamento, visto que 51% dos entrevistados deste estado
afirmam que “Sim, com certeza” ou “É provável que sim” no que tange ao interesse
em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria de joias e semi joias,
bijuterias e ótica, enquanto o cluster catarinense para estas faixas de resposta contém
mais da metade de seus integrantes. A Região Nordeste apresenta o segundo maior
índice acumulado dos interessados em trabalhar com fornecedores catarinenses.
A demanda potencial cruzada com a atividade econômica desempenhada pelos
entrevistados demonstra que o interesse de compra com fornecedores da cadeia de
Joias e Semi Joias, Bijuterias e Óticade Santa Catarina provém da amostragem do
comércio de joias e semi joias, fato verificável tanto na divisão geográfica deste estudo
quanto na segmentação por atividade econômica. A maior demanda da amostra é por
produtos de ótica e relojoaria em geral, seguida pela necessidade de fornecedores de
joias e semi joias.

23
Estudo Setorial
de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica
de Santa Catarina

24
CAPÍTULO I - PANORAMA DO SETOR
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterais e Ótica de Santa Catarina

26
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

LISTA DE SIGLAS

Apex-Brasil Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos


APL Arranjos Produtivos Locais
BI Business Intelligence
BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
BRIC Brasil, Rússia, Índia e China
CAGED Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
CNAE Classificação Nacional de Atividade Econômica
CONCLA Comissão Nacional de Classificação
EUA Estados Unidos da América
FGV Fundação Getúlio Vargas
GFMF Gold Fields Mineral Services
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IBGM Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos
ICMS Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação
IPI Imposto sobre Produtos Industrializados
MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
MPE Micro e Pequena Empresa
MTE Ministério do Trabalho e Emprego
MTI Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
PAC Programa de Aceleração do Crescimento
PIA Pesquisa Industrial Anual
PIB Produto Interno Bruto
Pnad Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
RAIS Relação Anual de Informações Sociais
RLV Receita Líquida de Vendas
SDS Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável
SEBRAE Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SIS Síntese de Indicadores Sociais
UDESC Universidade do Estado de Santa Catarina
UFSC Universidade Federal de Santa Catarina
UNISUL Universidade do Sul de Santa Catarina
UNOESC Universidade do Oeste de Santa Catarina
URSS União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
VAF Valor Adicionado Fiscal
VBP Valor Bruto de Produção

27
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

28
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

SUMÁRIO

1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES _______________________________________ 31


1.1 APRESENTAÇÃO _____________________________________________________ 31
1.2 OBJETIVO DO ESTUDO ________________________________________________ 33
1.3 METODOLOGIA DO ESTUDO____________________________________________ 33
1.3.1 Tipo de pesquisa _____________________________________________________ 33
1.3.2 Critérios de análise ___________________________________________________ 34
1.4 BREVE HISTÓRICO DA ATIVIDADE________________________________________ 34
1.5 CONTEXTO ATUAL ___________________________________________________ 36
2 DADOS MACROECONÔMICOS __________________________________________ 36
2.1 PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICOS DO BRASIL E DE SANTA CATARINA ______ 36
2.2 PRINCIPAIS DADOS DEMOGRÁFICOS DO BRASIL E DE SANTA CATARINA _________ 38
3 PANORAMA DA ATIVIDADE DE JOIAS E SEMI JOIAS, BIJUTERIAS E ÓTICA _______ 40
3.1 PANORAMA MUNDIAL DA ATIVIDADE ____________________________________ 40
3.1.1 Considerações gerais _________________________________________________ 40
3.1.2 Produção e consumo mundial __________________________________________ 41
3.2 PANORAMA BRASILEIRO DA ATIVIDADE __________________________________ 41
3.2.1 Importância da atividade na economia nacional ____________________________ 42
3.2.2 Principais indicadores setoriais _________________________________________ 43
3.2.3 Mão de obra empregada na atividade ____________________________________ 46
3.2.4 Investimentos realizados e previstos _____________________________________ 47
3.2.5 Principais polos produtores nacionais ____________________________________ 48
3.2.6 Principais polos consumidores nacionais __________________________________ 49
3.2.7 Importação e exportação ______________________________________________ 49
3.3 PANORAMA CATARINENSE DA ATIVIDADE ________________________________ 52
3.3.1 Importância da atividade na economia catarinense _________________________ 52
3.3.2 Principais indicadores setoriais _________________________________________ 53
3.3.3 Participação catarinense no mercado nacional _____________________________ 54
3.3.4 Mão de obra empregada na atividade ____________________________________ 55
3.3.5 Investimentos realizados e previstos _____________________________________ 56
3.3.6 Importação e exportação ______________________________________________ 57
4 TENDÊNCIAS DA ATIVIDADE ___________________________________________ 59
4.1 TENDÊNCIAS E PROJEÇÕES DA ATIVIDADE EM NÍVEL INTERNACIONAL,
NACIONAL E ESTADUAL _______________________________________________ 59
4.2 OPORTUNIDADES DE MERCADO ________________________________________ 60
4.3 AMEAÇAS DE MERCADO_______________________________________________ 60
4.4 OUTROS DADOS RELEVANTES AO SETOR __________________________________ 61
REFERÊNCIAS _____________________________________________________________ 63
ANEXOS _________________________________________________________________ 65
ANEXO A - QUANTIDADE DE EMPRESAS POR MUNICÍPIO DE SC ______________________ 65
ANEXO B - LISTA DE POLOS DO ESTUDO NOVA ECONOMIA@SC _____________________ 67

29
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

30
Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterais e Ótica de Santa Catarina

1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

1.1 APRESENTAÇÃO

As atividades econômicas têm convergido de forma não programada para


aglomerados produtivos, ou polos econômicos, em uma mesma região geográfica. Este
fenômeno pode ser observado em nível mundial e, a título deste estudo, em âmbito
regional no que concerne ao contexto catarinense e também brasileiro.
Polo econômico pode ser descrito como um conglomerado de empresas com
atividades afins, ou complementares, situadas em um ambiente de fácil intercâmbio 1.
No caso de um polo Joalheiro, podemos defini-lo como uma concentração geográfica
de empresas e instituições de pesquisa que atuam na produção de acessórios de
ourivesaria e joalheria; lapidação de gemas; fornecimento de matéria-prima; e
distribuição da produção; assim como instituições de ensino do ofício.
Este trabalho faz parte da análise de doze setores econômicos no contexto
catarinense, os quais se dividem em quarenta e sete polos industriais (ver ANEXO B),
onde são observados em uma análise conjuntural de conglomerados para fins de
embasamento analítico de mercados, que subsidia informações para o Programa Nova
Economia@SC, descrito no item 1.2 deste relatório.
Especificamente para este estudo, são analisados diferentes dados
macroeconômicos com enfoque nas atividades do setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Óticacatarinense e sua importância no Brasil e mundo. A seguir,
apresentam-se diferentes indicadores de mercado e análises de fontes de dados
confiáveis. Esses dados foram revisados e adaptados a este estudo (mantendo a
fidedignidade e origem intactas) para fazer-se a interpretação sob o contexto de
importância do Polo Setorial de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Óticade Santa Catarina,
analisado nas diferentes esferas geográficas apresentadas.
A composição de atividades econômicas incluídas no molde analítico desta
pesquisa provém da Classificação Nacional de Atividade Econômica, ou simplesmente
CNAE, sendo este o instrumento de padronização nacional dos códigos de atividade

1
CARVALHO JR. L. C.; CAIRO, S. A.; SEABRA, F. Polos Industriais do Sul do Brasil: experiências de competitividades e
empreendedorismo. Florianópolis: FAPEU, 2007. 202 p.

31
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

econômica e dos critérios de enquadramento utilizados pelos diversos órgãos da


Administração Tributária do país, contribuindo para a melhoria da qualidade dos
sistemas de informação que dão suporte às decisões e ações do Estado.2 Tendo como
estrutura:

Seção (Formato “x”)


Divisão (Formato “xx”)
Grupo (Formato “xxx”)
Classe (Formato “xxx-x”)
Subclasse (Formato “xxx-xx”)

Como demonstrado, a estrutura CNAE segue a seguinte hierarquia de


classificação: Seção, Divisão, Grupo, Classe e Subclasse. Com mais detalhamento e
descrições de atividade econômica à medida que se subdivide em uma classificação
cada vez mais específica.
Trata-se de um detalhamento da CNAE, versão 2.0, aplicada a todos os agentes
econômicos que estão engajados na produção de bens e serviços, podendo
compreender estabelecimentos de empresas de natureza privada ou pública,
estabelecimentos agrícolas, instituições sem fins lucrativos e agentes autônomos
(pessoa física). A CNAE resulta de um trabalho conjunto das três esferas de governo,
elaborado sob a coordenação da Secretaria da Receita Federal e orientação técnica do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, com representantes da União, dos
Estados e dos Municípios.3
As CNAE analisadas neste relatório são as indicadas na Tabela 1.

2
CNAE - Classificação Nacional de Atividades Econômicas - Subclasses. Disponível em:
<http://subcomissaocnae.fazenda.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1>. Acesso em: 26 jul.
2013.
3
BRASIL. Secretaria da Receita Federal. Disponível em:
<http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridi/cacnaefiscal/ txtcnae.htm>. Acesso em: 4 mar. 2013.

32
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Tabela 1 - Lista de CNAE do estudo setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica1
Divisão CNAE Descrição
Grupo 32.1 Fabricação de artigos de joalheria, bijuteria e semelhantes
32.11-6 Lapidação de gemas e fabricação de artefatos de ourivesaria e joalheria
32.12-4 Fabricação de bijuterias e artefatos semelhantes
Fonte: Comissão Nacional de Classificação (CONCLA); IBGE.

1.2 OBJETIVO DO ESTUDO

Este estudo tem como objetivo identificar as características sobre o Setor de Joias
e Semi Joias, Bijuterias e Ótica, com dados de abrangências diversas, de forma a
contextualizar os grupos de empresas que compõem a população deste conglomerado
industrial de Santa Catarina. Para tanto, utilizam-se pesquisas e estudos como fontes
secundárias para coleta de dados, como por exemplo: dados do IBGE, dados do Ministério
do Trabalho e Emprego (MTE), a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), dados do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), dados do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio, além de dados de outras fontes institucionais e
privadas.

1.3 METODOLOGIA DO ESTUDO

1.3.1 Tipo de pesquisa

A presente pesquisa é caracterizada por método exploratório que reúne


informações preexistentes sobre o assunto em pauta e identifica informações que
possam ser reunidas para a investigação, fontes e questões reais que possam ser
usadas como questões de mensuração e para estruturar a análise.
O nível de informação é classificado como fonte secundária de dados, formada
por interpretações de dados primários, tais como enciclopédias, livros, manuais,
artigos de revistas e jornais, estudos de pesquisas e publicações de entidades de
classe, governos, universidades e empresas públicas ou privadas, dentre outros.

33
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

1.3.2 Critérios de análise

Como critério de análise, são coletados, das referidas fontes, os dados mais
atuais disponíveis, em geral observando uma evolução de triênio, ou seja, dos três
últimos anos a contar da base de dados mais recente, disponibilizada pelos principais
órgãos públicos responsáveis pela publicação de informações econômicas no Brasil.
Considera-se essencialmente a busca de resultados das CNAE analisadas neste
relatório, para os dados a seguir indicados:

 Empregos diretos (fonte: RAIS) – Anos analisados: 2009, 2010, 2011;


 Número de empresas (fonte: RAIS) – Anos analisados: 2009, 2010, 2011;
 Valor Adicionado Fiscal (Fonte: Secretaria do Estado da Fazenda de SC) – Ano
analisado: 2011;
 Valor Bruto de Produção Industrial ou somente de Produção, dependendo
da atividade (de acordo com a CNAE) analisada, (Fonte: IBGE) – Anos
analisados: 2008, 2009, 2010;
 Valor Líquido de Vendas (Fonte: IBGE) – Anos analisados: 2008, 2009, 2010;
 Movimentação da importação/exportação (Fonte: AliceWeb) – Anos
analisados: 2010, 2011, 2012.

1.4 BREVE HISTÓRICO DA ATIVIDADE4

Das mais antigas formas de arte decorativa, a joalheria remete a mais de sete
mil anos, quando eram utilizadas conchas e sementes como forma de adorno pelos
seres humanos. Gerações de artesãos ao longo das eras, com seus talentos e muita
criatividade, criaram ornamentos pessoais com valor artístico a partir de materiais
preciosos.
A sofisticação das técnicas dos ourives na antiguidade chegou ao ápice quando
“os Etruscos atingiram uma perfeição nunca antes igualada nas técnicas de filigrana e
granulação em ouro”. Durante o período Helenístico, os gregos, por sua vez,

4
Esta seção tem como referência: Disponível em:<http://www.joiabr.com.br/artigos/hist.html>. Acesso em: 6 mar.
2013.

34
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

“desenvolveram a arte de modelar figuras humanas para compor brincos, colares e


braceletes”. Na Idade Média, luxuosos ornamentos romanos em ouro, esmeraldas,
safiras e pérolas brancas marcam um grande contraste com as joias policrômicas, “que
expressavam os ideais do cristianismo e do amor idealizado, tema central de
praticamente toda a joalheria da época”.
Foram criadas peças decoradas com esmaltes e pedras preciosas na Era
Renascentista, cujo nível artístico foi comparado aos da pintura e da escultura do
mesmo período. Para estimular os ourives do período, os mecenas contratavam
artistas para desenhar peças e “chegar a níveis nunca antes alcançados nas técnicas de
esmaltação, gravação e cravação”. As joias tornaram-se mais um dos símbolos de
status social no período Barroco, “devido à grande quantidade de gemas na mesma
peça em detrimento do design, que perde sua expressão artística”.
Já no período Rococó, em contraste com o Barroco, as joias eram assimétricas e
leves, quando surgiu pela primeira vez as joias para serem utilizadas durante o dia e
aquelas para serem usadas à noite, “desenhadas especialmente para resplandecerem
iluminadas pela luz dos candelabros”.
Inspiradas nos estilos grego e romano, no período Neoclássico, o design das
joias adaptou-se a essas linhas de estilo, algo que se impunha devido “à simplificação
do vestir e dos anos de mudanças políticas em toda a Europa e América do Norte que
se seguiram à Revolução Francesa”.
Já no século XIX, a história da joalheria inicia-se “com as grandiosas joias
criadas para a corte do Imperador Napoleão I e que serviram de padrão para toda a
Europa até a Batalha de Waterloo em 1815”. No mesmo período surge o Romantismo,
e com ele há o retorno ao design das joias da Antiguidade e dos tempos medievais.
Em reação à ostentação das joias recobertas de diamantes, no início do século
XX, os joalheiros adotam a composição de joias com guirlandas, flores estilizadas e
platina. A inspiração vinda da natureza, por volta da mesma época, leva os joalheiros a
adotarem “materiais como marfim e chifres de animais, observando mais a estética do
que seu valor intrínseco”.
Após a Segunda Grande Guerra, “a arte da joalheria adaptou-se a uma clientela
que comprava não só para uso, mas também como investimento, enfatizando a

35
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

qualidade das gemas, perfeitamente facetadas e montadas em peças de design de


acordo com a moda”.

1.5 CONTEXTO ATUAL

Da segunda metade do século XX em diante, houve o surgimento de novas


ideias e conceitos, além da utilização de novos materiais pelos designers. Os metais
titânio e nióbio, além de diferentes tipos de plásticos e papéis levaram a novos
caminhos de expressão.O setor de joalheria mundial, atualmente, está mais voltado
para o design, “que deve ser criativo, bem identificável e corresponder a um mercado
consumidor sempre crescente e ansioso por inovações tanto nas técnicas de
fabricação, quanto na expressão dos estilos e conceitos escolhidos”. Cabe então a
todos os profissionais envolvidos a contribuição para que seja atingida a qualidade do
produto final, exigência de um mercado consumidor que premia a qualidade, a
criatividade e o estilo diferenciado.5

2 DADOS MACROECONÔMICOS

2.1 PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICOS DO BRASIL E DE SANTA CATARINA6

A participação de Santa Catarina no PIB Nacional, juntamente com a taxa de


crescimento real do PIB, evoluiu entre os anos de 1996 e 2009, com um crescimento
praticamente constante, segundo o Caderno de Indicadores (2012). Este crescimento
passou de 3,54% em 1996, para 4,01% em 2009, ainda que, neste ano tenha havido
queda no PIB Estadual em razão da crise internacional e da economia Catarinense.
De acordo com os dados do referido Caderno, a evolução do número de
empregados por setor econômico na última década evidencia o crescimento da mão
de obra empregada e da estrutura produtiva do Estado em diferentes setores.
O emprego aumentou em média 91,25% no Estado, passando de 1.077.929
postos, em 2000, para 2.061.577, em 2011. No período de 2000 a 2010, o crescimento

5
Disponível em: <http://www.joiabr.com.br/artigos/hist.html>. Acesso em: 6 mar. 2013.
6
O conteúdo desta seção tem como referência: SANTA CATARINA. Governo do Estado de Santa Catarina. Caderno
de Indicadores. 2012. Florianópolis, 2012

36
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

do setor de Construção Civil foi de 137%, enquanto o Comércio cresceu 117,8% e o


setor de Serviços cresceu 93%. A indústria da transformação, que é o segmento que
mais emprega no Estado, cresceu 70% no mesmo período, acompanhando o ritmo da
produção industrial e do crescimento do emprego no âmbito nacional.
Seguindo a análise do Caderno de Indicadores (2012), em relação às
exportações em 2011, verifica-se um aumento da participação dos produtos
originários de Santa Catarina, tais como motores, carnes congeladas e fumo, entre
outros. Naquele ano, estes produtos representavam 54,2% das exportações do Estado,
enquanto em 2000 os mesmos produtos detinham 34,9% deste total, evidenciando
uma concentração da produção exportada no período analisado. Destaca-se também a
importância das exportações de produtos cárneos, do fumo, da soja e dos motores
elétricos na balança comercial catarinense.
Em relação à infraestrutura, verifica-se um aumento per capita no número de
automóveis nas regiões Catarinenses, o que ilustra a forte expansão da frota de
automóveis no Estado, a qual duplicou em 10 anos, passando de 988.214 veículos em
2000, para 1.982.129 unidades em 2010, obtendo crescimento de 100,6%. Embora
haja um ritmo de crescimento diferenciado entre as regiões do Estado, observa-se que
em todas elas houve um crescimento substancial.
Ainda observando os dados de crescimento no Estado, a frota de caminhões
cresceu 27,9%, a de motos 258% e a de camionetas 132%. Como consequência deste
acentuado crescimento em apenas uma década, sem o suficiente investimento em
infraestrutura viária e nos transportes coletivos, houve o congestionamento de
veículos nos principais polos urbanos do Estado, o que representa um grande desafio a
ser solucionado e também um gargalo logístico para as empresas catarinenses.

37
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Tabela 2 - Indicadores econômicos do Brasil e de Santa Catarina2


Indicadores Nacional Catarinense
PIB 2011 R$ 4.143.013.000.000,00 R$ 169.050.000.000,00
Valor Bruto Produção Industrial
R$ 2.034.912.695.000,00 R$ 96.968.855.000
2011
Emprego 2012 47.458.712 2.103.002
Exportações 2012 US$ 209.225.190.379,00 US$ 8.234.028.075,00
Importação 2012 US$ 206.977.406.917,00 US$ 14.003.344.148,00
Taxa de juros (Selic - junho 2014) 10,9% ao ano -
Inflação oficial (IPCA - Índice
Nacional de Preços ao Consumidor 0,46% -
Amplo) em 05/2014
IGP-M (Índice Geral de Preços do
-0,64% -
Mercado) em 06/2014
Reservas internacionais
US$ 373.643.000.000,00 -
em julho de 2013
Salário Mínimo em 2014 R$ 724,00 -
Fontes: IBGE; RAIS; CAGED - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados; AliceWeb2 MDIC; Banco
Central do Brasil; FGV; portalbrasil.net.

2.2 PRINCIPAIS DADOS DEMOGRÁFICOS DO BRASIL E DE SANTA CATARINA7

Analisando comparativamente os dados coletados junto ao IBGE sobre a


população brasileira e catarinense no ano de 2010, apresentados na Tabela 4,
constatou-se que no referido ano 3,28% dos brasileiros habitavam o Estado de Santa
Catarina e, assim como no Brasil, esta população era em sua maioria composta por
mulheres, sendo que a expectativa de vida da população catarinense era 2,5 anos a
mais do que a nacional. Em relação à densidade demográfica, Santa Catarina possuía
quase três vezes mais habitantes por km2 do que a média brasileira.

7
O conteúdo desta seção tem como referência: SANTA CATARINA. Governo do Estado de Santa Catarina. Caderno
de Indicadores. 2012. Florianópolis, 2012.

38
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Tabela 3 - Indicadores demográficos do Brasil e de Santa Catarina3


Indicadores demográficos de 2010 Nacional Catarinense
População Total 190.755.799 de habitantes 6.248.436 de habitantes
Densidade demográfica 22,4 habitantes/km² 65,29 habitantes/km²
População - Mulheres 97.348.809 3.148.076
População - Homens 93.406.990 3.100.360
Expectativa de vida 73,48 anos 76 anos
Fontes: IBGE; Pnad (Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios); SIS (Síntese de Indicadores Sociais).

A dinâmica demográfica, isto é, as transformações no ritmo de crescimento, na


distribuição e na estrutura da população, segundo o Caderno de Indicadores (2012), é
uma variável fundamental na identificação daquilo que impulsiona a economia e atua
nas condições de vida da população.
Esse tipo de dinâmica é de extrema importância para o Estado de Santa
Catarina, uma mudança que é especialmente relevante devido às oportunidades que
abre e pelos desafios que propõe às políticas públicas. Também deve ser considerado
nessa dinâmica o movimento migratório, de análise mais complexa e que ocorre
principalmente nas regiões litorâneas do Estado.
O Estado de Santa Catarina atualmente passa por uma situação em que a taxa
de dependência – “definida como a razão entre a população inativa (soma das pessoas
com até 15 anos e com mais de 65 anos de idade) e a população potencialmente ativa
(entre 15 e 64 anos)” – deverá diminuir de 47,7% para 43,7%, entre 2010 e 2030, além
de que a sua composição também deverá mudar. Ainda segundo expectativas, a razão
entre a população jovem e a população em idade ativa passará de 21,8% para 17%, e a
razão equivalente à população com mais de 65 anos aumentará de 10,5% para 13,3%,
nesse mesmo período.
Considerando a expansão dos contingentes populacionais por faixa etária entre
2000 e 2010, faz-se uma projeção para 2030. A população jovem tende a cair, girando
em torno de 1.202.000 de pessoas no final da próxima década e “a população de 15 a
64 anos, que constitui a maior parte da força de trabalho potencial, aumentará dos
4.452.680 observados em 2010 para 4.929.000 de pessoas em 2030, revelando, nessas
duas décadas, uma taxa de crescimento média de 0,9% ao ano”. A quantidade de

39
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

idosos (acima de 65 anos) é o que mais deverá crescer, com taxas de variação de 3,9%
ao ano, entre 2010 e 2030.
Essa mudança no perfil demográfico levará a um movimento na demanda por
novos produtos que atendam a esse perfil, além de criar espaços para investimentos
na melhoria dos produtos já existentes e na melhoria da qualidade de atendimento.

3 PANORAMA DA ATIVIDADE DE JOIAS E SEMI JOIAS, BIJUTERIAS E


ÓTICA

3.1 PANORAMA MUNDIAL DA ATIVIDADE

3.1.1 Considerações gerais

A produção de ouro no mundo existe desde tempos remotos, sempre em


pequenas quantidades, as quais não ultrapassavam 10 toneladas ao ano. A partir do
século XVIII, a produção começou a crescer, coincidindo com a descoberta do metal no
Brasil e na Rússia. Porém, apenas após a sua descoberta nos EUA e África do Sul, a
produção evoluiu gradualmente, atingindo cerca de 650 toneladas ao ano, em 1900.
No período que se estende de 1900 a 1970, a África do Sul e, em menor grau, a
URSS exerceram o domínio sobre a produção do ouro, chegando juntas a responder
por mais de 80% da produção mundial. Da década de 70 em diante, com a redução da
participação das minas da África do Sul e o desenvolvimento de novas tecnologias de
produção e de prospecção, surgiu uma tendência de dispersão geográfica, com o
crescimento da produção em países como EUA, Canadá, Austrália, China e Brasil, entre
outros.
A África do Sul, que desde o início deste século apresenta-se como o maior
produtor mundial de ouro, vem apresentando tendência declinante em sua produção
desde a década de 70, quando era responsável por mais de 60% do ouro produzido
mundialmente. Em 1994, respondeu por 25,4% do total mundial. Segundo dados
preliminares relativos a 1995, houve a indicação de uma produção entre 525t e 540t
representando, segundo analistas internacionais, seu pior desempenho desde 1957.

40
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Os EUA apresentaram grande crescimento da produção no final da década de


80 e atingiram a condição de segundo maior produtor mundial, graças à realização de
grandes investimentos em prospecção e abertura de minas.8

3.1.2 Produção e consumo mundial

A produção mundial de joias em ouro em 2011 foi de 2.760 toneladas e os


principais países consumidores foram: Índia, China, Estados Unidos, Arábia Saudita e
Lemón, Turquia e Emirados Árabes Unidos.9
Entre os principais fabricantes de joias em ouro estão: Índia, China, Itália,
Turquia, Estados Unidos, Arábia Saudita e Yemem, Malásia, Egito, Indonésia e Rússia.10
Em relação à exportação de joias em ouro e prata em 2011 destacam-se,
respectivamente: Índia, China, Itália, Turquia e Estados Unidos como maiores
exportadores mundiais.11
Em relação aos países importadores de joia em ouro, em 2011, destacam-se:
Estados Unidos, Rússia, Emirados Árabes, Arábia Saudita, Reino Unido, China, Brasil e
México como maiores importadores mundiais.12
Segundo a Gold Fields Mineral Services, os quinze maiores grupos mundiais em
mineração de ouro, nos anos de 1992 e 1993, concentravam-se na África do Sul,
Canadá, EUA e Inglaterra, sendo responsáveis por cerca de 43% da produção
mundial.13

3.2 PANORAMA BRASILEIRO DA ATIVIDADE

Até chegar ao consumidor, as joias e os demais ornamentos pessoais, como


folheados e bijuterias, percorrem um longo caminho, que muitas vezes começa no

8
BNDES. Disponível em: <http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/
Arquivos/conhecimento/bnset/or.pdf>. Acesso em: 7 mar. 2013.
9
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEMAS E METAIS PRECIOSOS - IBGM.Disponível em: <http://www.ibgm.
com.br/info_estatisticas_avancada.php?id=26&secao=Produ%>. Acesso em: 7 mar. 2013.
10
Idem. Ibidem.
11
Idem. Ibidem.
12
Idem. Ibidem.
13
BNDES. Disponível em: <http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/
Arquivos/conhecimento/bnset/or.pdf>. Acesso em: 7 mar. 2013.

41
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

garimpo; outras, na produção dos metais usados. De qualquer forma, é uma cadeia
produtiva cheia de etapas e é também um setor constituído por micro e pequenas
empresas, 93% do total. Uma pesquisa realizada em 2006, em parceria pelo Ministério
do Desenvolvimento, pela Indústria e Comércio Exterior e pelo Instituto Brasileiro de
Gemas e Metais Preciosos (IBGM), identificou 1.970 indústrias em atividade no Brasil:
730 na lapidação, 650 na joalheria de ouro e prata, 590 em folheados e metais
preciosos. O faturamento desses segmentos atingiu, em 2004, perto de US$ 2 bilhões,
dos quais US$ 641 milhões em exportações, para 85 países, notadamente Estados
Unidos, Japão, Suíça, Israel, Alemanha e Reino Unido.14
Em 2010, o País alcançou uma produção de 68 toneladas em minas, o que lhe
assegurou o 13º lugar no ranking mundial, segundo o GFMS (GOLD SURVEY, 2011). A
produção de ouro, feita por diversos garimpos, apresenta-se, atualmente, como uma
atividade declinante, representando, segundo dados de 2009, menos de um décimo da
produção, ou seja, cerca de 6 toneladas. A sua extração está espalhada por
praticamente todo o território nacional com aproximadamente 3.400 empresas,
embora concentrada no Pará, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia, Goiás e Tocantins.

3.2.1 Importância da atividade na economia nacional

Segundo o Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), O Brasil


ocupa posição de destaque no setor mineral, por sua riqueza em geodiversidade, pela
presença de mão de obra especializada em diversos níveis, ou por apresentar marcos
legais estáveis e seguros para investimentos.
Ressalta-se que, embora o setor se apresente historicamente como um grande
gerador de divisas, principalmente de ouro e gemas, somente nos últimos dez anos ele
passou a promover, sistematicamente, e com estratégias definidas, produtos de mais
alto valor agregado. Isso só foi possível a partir da implementação do Programa
Setorial Integrado de Apoio às Exportações de Gemas e Joias desenvolvidas pelo IBGM
em conjunto com a APEX – Brasil.

14
SEBRAE. Indústria de joias.2006.

42
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Segundo IBGE (PIA 2011), o Setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica foi
responsável por 0,06% de toda Receita Líquida de Vendas de atividades industriais
nacional no ano de 2008, 0,07% em 2009 e 0,06% em 2010, chegando a contabilizar
mais de R$ 1,1 bilhão de receita líquida de vendas de atividades industriais em 2010,
representando 0,06% do total nacional que foi superior a R$ 1,7 trilhão15.

3.2.2 Principais indicadores setoriais

Os principais indicadores setoriais analisados do setor de Joias e Semi Joias,


Bijuterias e Ótica descrevem a quantidade de empresas e sua evolução no Brasil e por
região, o Valor Bruto de Produção nacional, a Receita Líquida de Vendas nacional e o
número de empregos do setor no Brasil. Na sequência, outros indicadores são
apresentados e discutidos, pelos quais são observadas suas participações.
A distribuição do número de empresas do setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias
e Ótica pelo território nacional é heterogênea. Enquanto a Região Sudeste representa
quase 60% do total nacional e a Região Sul representa pouco mais de 25%, a Região
Nordeste não atinge 10% e as demais nem chegam a 5%.

Tabela 4 - Quantidade de empresas por região natural (Brasil)4


Região natural Quantidade de empresas
Norte 85
Nordeste 272
Sudeste 1.969
Sul 895
Centro-Oeste 132
Total 3.353
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011).
Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelo grupo 321: Fabricação de artigos de
joalheria, bijuteria e semelhantes.

Em relação ao total do Valor Bruto de Produção nacional verifica-se um


incremento da ordem de 20,45% entre os anos de 2008 e 2010, ressaltando um forte
crescimento do setor que demanda produtos e serviços de alto valor agregado e no
qual o Brasil vem crescendo significativamente ao longo dos anos. Entre os anos de
15
Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do IBGE (PIA 2011 – Tabelas 1848).

43
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

2008 e 2009, o VBP variou 5,34%, saindo de quase R$ 920 milhões e atingindo quase
R$ 970 milhões. No biênio seguinte outra alta, ainda maior a anterior, na ordem de
14,35% permitiu ao setor alcançar um VBP maior que R$ 1 bilhão no final de 2010.

Gráfico 1 - Valor Bruto de Produção industrial nacional1

R$968.168.000,00 R$1.107.056.000,00
R$919.084.000,00

2008 2009 2010

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do IBGE (PIA, Tabela 1848).
Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelo grupo 321: Fabricação de artigos de
joalheria, bijuteria e semelhantes.

Em relação à Receita Líquida de Vendas nacional, verifica-se um crescimento de


15,51% entre os anos de 2008 e 2010. Por meio dos dados a seguir constata-se que
esse setor apresenta crescimento significativo quando comparado com o desempenho
total da economia. Fato esse que pode ser respaldado pela enorme importância que o
Brasil vem tomando no cenário internacional. Entre os anos de 2008 e 2009, a RLV
variou apenas 1,64%, saindo de pouco mais de R$ 981 milhões e atingindo mais R$ 997
milhões. No biênio seguinte, uma alta de 15,51% permitiu ao setor alcançar um RLV de
mais de R$ 1 bilhão no final de 2010.

Gráfico 2 - Receita Líquida de Vendas nacional2

R$981.114.000,00 R$997.192.000,00 R$1.133.265.000,00

2008 2009 2010

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do IBGE (PIA, Tabela 1848).
Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelo grupo 321: Fabricação de artigos de
joalheria, bijuteria e semelhantes.

44
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

No que diz respeito ao número de empresas no território nacional, encontra-se


um aumento da ordem de 16,67% entre os anos de 2009 e 2011. Já em 2010, o Brasil
ultrapassava o número de 3 mil empresas instaladas, fato esse significativo para o
Setor e consequentemente para a economia do país. Entre os anos de 2009 e 2010, o
total de empresas do setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica aumentou 10,82%,
partindo de pouco mais de 2,8 mil e chegando a mais de 3,1 mil. No biênio seguinte,
uma alta de 5,27% permitiu ao setor alcançar mais de 3,3 mil empresas no final de
2011.

Gráfico 3 - Número de empresas no território nacional3


3.185 3.353
2.874

2009 2010 2011

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011).
Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelo grupo 321: Fabricação de artigos de
joalheria, bijuteria e semelhantes.

O número de empregos no setor aponta um crescimento acentuado na ordem


de 14,40% entre os anos de 2009 e 2011, mostrando o dinamismo desse setor que
movimenta um fluxo de mão de obra qualificada importante para a criação de renda
interna. Entre os anos de 2009 e 2010, o total de empregos do setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica aumentou 10,63%, partindo de pouco mais de 17,5 mil e
chegando a mais 19 mil. No biênio seguinte, uma alta de 3,4% permitiu ao setor
alcançar mais de 20 mil empregos no final de 2011.

Gráfico 4 - Número de empregos no setor em território nacional4

19.442 20.104
17.574

2009 2010 2011

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011).
Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelo grupo 321: Fabricação de artigos de
joalheria, bijuteria e semelhantes.

45
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.2.3 Mão de obra empregada na atividade

A lapidação, assim como a fabricação de obras e artefatos de pedras, é feita por


pequenas indústrias, muitas de “fundo de quintal”. A terceirização tem se acentuado
nos últimos anos. Existem, ainda, poucas indústrias integradas, principalmente, para
garantir qualidade, prazos e tipos diferenciados de lapidação. O Brasil possui
capacidade e competitividade para lapidar pedras de média e boa qualidade, incluindo
as chamadas lapidações diferenciadas ou contemporâneas.
Quanto à lapidação de pedras de baixo valor, normalmente calibradas, salvo
poucas exceções, não temos escala e preços competitivos. Estima-se que a
informalidade seja inferior a 50% do mercado, tanto na produção quanto na
comercialização. Nessa última, os vendedores autônomos (sacoleiras) têm forte
participação. A informalidade e o descaminho são grandes devido à alta carga
tributária incidente sobre o setor e às suas características. Entre elas, pode-se
destacar: produtos de pequenos volumes e altos valores; produção de matérias-
primas; industrialização e distribuição feitas por pequenos estabelecimentos e
indivíduos nas mais diversas regiões do país, com fiscalização difícil e onerosa.16
Analisando os dados de 2011 disponíveis sobre a mão de obra no Brasil que
atuava nas CNAE estudadas nesse trabalho, constata-se que 55,1% dos trabalhadores
eram absorvidos pelo ofício da lapidação de gemas e fabricação de artefatos de
ourivesaria e joalheria, contra 44,9% que atuavam na fabricação de bijuterias e
artefatos semelhantes. Do total de trabalhadores, 61,49% eram do sexo feminino,
contra 38,51% masculinos.
Em relação aos salários pagos no setor, 8,59% ganhavam até 1 salário mínimo;
71,16% ganham entre 1,01 e 1,5 salários mínimos; 18,42% ganhavam entre 1,51 e 4
salários mínimos; e 1,83% ganhavam acima de 4 salários mínimos.
Sobre a faixa etária dos trabalhadores, 7,87% tinham menos de 17 anos;
40,05% tinham entre 18 e 24 anos; 18,8% tinham entre 25 e 29 anos; 21,77% tinham
entre 30 e 39 anos; e 11,51% tinham mais de 40 anos.

16
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEMAS E METAIS PRECIOSOS - IBGM. Disponível em: <http://www.ibgm.
com.br/info_estatisticas_avancada.php?id=26&secao=Produ%>. Acesso em: 7 mar. 2013.

46
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

A escolaridade da mão de obra do setor estava distribuída de forma que 0,15%


eram analfabetos; 7,43% tinham o ensino fundamental incompleto; 13,88%
completaram o ensino fundamental; 14,64% possuíam o ensino médio incompleto;
55,96% completaram o ensino médio; 3,41% possuíam o ensino superior incompleto; e
apenas 4,53% tinham o ensino superior completo.

3.2.4 Investimentos realizados e previstos

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil)


e o Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM) renovaram em abril de
2012, em Belo Horizonte (MG), o convênio do Projeto Setorial de Gemas, Joias e
Bijuterias para 2012 e 2013. Por meio do convênio, foi investido e R$ 13,5 milhões nas
ações do Projeto, com o objetivo de aumentar as exportações brasileiras de produtos
de maior valor agregado, diversificar e consolidar mercados e ampliar a base
exportadora em cada um dos segmentos selecionados. As metas do Projeto para o
período visavam aumentar o volume de exportação das empresas participantes em 8%
em 2012, e em 15% em 2013, tendo como base 2011.
Outro objetivo era aumentar em 30% até 2013 a quantidade de empresas
participantes, segundo o IBGM, em relação ao cadastro existente em janeiro de 2012,
que totalizou 157 empresas. “Por meio do convênio com o IBGM, a Apex-Brasil oferece
meios para que o Setor possa desenvolver produtos baseados no design, inovação e
sustentabilidade, itens que agregam valor aos produtos”, explicou o presidente da
Apex-Brasil, Maurício Borges. “Nosso desafio é aumentar a competitividade das
empresas brasileiras, promovendo a internacionalização de seus negócios, além de
consolidar e ampliar os mercados conquistados” complementa.
As ações previstas pelo convênio têm o objetivo de atender às necessidades de
desenvolvimento das empresas do setor. Um dos pilares do trabalho é a orientação
das ações de promoção comercial, de comunicação e de capacitação, de acordo com a
maturidade exportadora de cada empresa. As ações estratégicas definidas para o
período incluem, também, ações de promoção da imagem, com a realização do

47
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Projeto Imagem, que propicia a jornalistas e formadores de opinião estrangeiros a


oportunidade de conhecer in loco o setor.
Os segmentos que compõem o Setor estão divididos em Gemas e Artefatos de
Pedras; Joalheria de Ouro e Prata; e Joia Folheada e Bijuterias. Com base em estudo de
Inteligência Comercial e Competitiva, desenvolvido pela Apex-Brasil em parceria com o
IBGM, foram definidos os mercados prioritários para cada segmento. Os mercados-
alvo para o segmento de Joias são: Rússia, Peru, Catar, Emirados Árabes, Colômbia,
Chile, Panamá, México, Estados Unidos e Espanha. Para Bijuterias e folheados, os
mercados-alvo são: Angola, Itália, França, Emirados Árabes, Colômbia, Chile, Panamá,
México, Estados Unidos e Espanha.17

3.2.5 Principais polos produtores nacionais

O Brasil é internacionalmente conhecido pela diversidade e pela grande


ocorrência de pedras preciosas em seu solo. Está entre os principais produtores de
esmeraldas e o único de topázio imperial e, até recentemente, de turmalina Paraíba.
Também produz, em larga escala, citrino, ágata, ametista turmalina, água-marinha,
topázio e cristal de quartzo. Atualmente, estima-se que o país seja responsável pela
produção de cerca de 1/3 do volume das gemas do mundo, excetuados o diamante, o
rubi e a safira. É considerado, ainda, um importante produtor de ouro. Em 2010, o País
alcançou uma produção de 68 toneladas em minas, o que lhe assegurou o 13º lugar no
ranking mundial, segundo o GFMS (GOLD SURVEY, 2011).
A produção de ouro, feita por diversos garimpos, apresenta-se, atualmente,
como uma atividade declinante, representando, com dados de 2009, menos de um
décimo da produção, ou seja, cerca de seis toneladas. A sua extração está espalhada
por praticamente todo o território nacional, embora concentrada no Pará, Minas
Gerais, Mato Grosso, Bahia, Goiás e Tocantins.18

17
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEMAS E METAIS PRECIOSOS - IBGM. Disponível em:
<http://www.ibgm.com.br/info_estatisticas_avancada.php?id=26&secao=Produ%>. Acesso em: 7 mar. 2013.
18
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEMAS E METAIS PRECIOSOS - IBGM. Disponível em:
<http://www.ibgm.com.br/info_estatisticas_avancada.php?id=26&secao=Produ%>. Acesso em: 7 mar. 2013.

48
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.2.6 Principais polos consumidores nacionais

O potencial de crescimento das exportações da indústria joalheira de ouro é


enorme. Apesar dos progressos obtidos, o Brasil representa menos de 1% da produção
mundial (14º país produtor em 2010, segundo o GFMS – Gold Survey 2011) e pouco
mais de 1% das exportações mundiais de joias. Da mesma forma, é grande o potencial
para as exportações de joias folheadas e bijuterias, sobretudo pela crescente
receptividade do design brasileiro no mercado internacional e por serem mais
acessíveis, principalmente pelas mudanças ocorridas no mercado, decorrentes da crise
mundial fortalecendo o mercado nacional. Em 2011, os maiores consumidores internos
eram São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

3.2.7 Importação e exportação

Entre os anos de 2010 e 2012 ocorreu um significativo aumento da importação


em dólares na ordem de 55,57%. Entre os anos de 2010 e 2011 o total de importações
do setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica aumentou 17,71%, partindo de mais
de US$ 71,5 milhões e chegando a quase US$ 84,5 milhões. No biênio seguinte, outra
alta, agora na ordem de 32,17% permitiu ao setor alcançar mais de US$ 111 milhões
no final de 2012.

Gráfico 5 - Importação nacional por período em dólares5

$111.491.922,00
$84.355.327,00
$71.666.144,00

2010 2011 2012

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2,
2012).
Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelo grupo 321: Fabricação de artigos de
joalheria, bijuteria e semelhantes.

Na medida em que a importação nacional por período (2010-2012) em peso


líquido diminui 9,32%, a importação nacional por período em quantidade apresenta o

49
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

mesmo comportamento, caindo 5,38%. Tal fenômeno ocorre, pois essa indústria
importa produtos de alto valor agregado (design de joias). Apesar da importação por
quantidade e peso líquido apresentarem redução, as importações em dólares
aumentaram. Observando a variação anual, se verificou que entre 2010 e 2011 a
importação em peso líquido caiu 21,44% e a importação em quantidade reduziu
16,05%, e entre 2011 e 2012 há uma inversão de tendência, com altas de 15,43% e
12,71% respectivamente.

Gráfico 6 - Importação nacional por período em peso líquido (kg)6


12.274.367 11.130.903
9.642.614

2010 2011 2012

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2,
2012).
Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelo grupo 321: Fabricação de artigos de
joalheria, bijuteria e semelhantes.

Gráfico 7 - Importação nacional por período em quantidade7


275.793.756 231.527.925 260.961.277

2010 2011 2012

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2,
2012).
Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelo grupo 321: Fabricação de artigos de
joalheria, bijuteria e semelhantes.

Já em relação à exportação em dólares, nota-se um aumento na ordem de


9,06% entre os anos de 2010 e 2012, efeitos do dinamismo do mercado brasileiro.
Apesar de exportar a maioria de sua produção para o mercado internacional, o Brasil
vem aumentando seu consumo interno e diminuindo gradativamente sua dependência
em relação ao mercado externo. Entre os anos de 2010 e 2011 o total de exportações

50
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

do setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica aumentou 21,04%, partindo de quase
US$ 265,5 milhões e chegando a mais US$ 320 milhões. No biênio seguinte, uma
retração de 9,9% faz o setor exportar quase US$ 290 milhões no final de 2011.

Gráfico 8 - Exportação nacional por período em dólares8

$321.347.745,00
$265.490.845,00 $289.541.991,00

2010 2011 2012

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2,
2012).
Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelo grupo 321: Fabricação de artigos de
joalheria, bijuteria e semelhantes.

Na medida em que exportação nacional por período (2010-2012) em peso


líquido diminui, a exportação nacional por período em quantidade apresenta o mesmo
comportamento. Tal fenômeno ocorre, pois essa indústria tem desenvolvido produtos
de mais alto valor agregado onde muitas vezes o peso líquido e quantidade tendem a
diminuir no curto prazo. Observando a variação anual, verificou-se que entre 2010 e
2011 a exportação em peso líquido subiu 15,6% e a exportação em quantidade subiu
17,63%, e entre 2011 e 2012 há uma inversão de tendência, resultando em quedas de
22,54% e 17,04% respectivamente.

Gráfico 9 - Exportação nacional por período em peso líquido (kg)9


8.091.478 9.353.739
7.245.374

2010 2011 2012

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2,
2012).
Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelo grupo 321: Fabricação de artigos de
joalheria, bijuteria e semelhantes.

51
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 10 - Exportação nacional por período em quantidade10

38.323.461.590
32.580.601.673 31.794.037.299

2010 2011 2012

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2,
2012).
Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelo grupo 321: Fabricação de artigos de
joalheria, bijuteria e semelhantes.

3.3 PANORAMA CATARINENSE DA ATIVIDADE

3.3.1 Importância da atividade na economia catarinense

Valor Adicionado Fiscal (VAF) é um indicador econômico-contábil utilizado pelo


Estado para calcular o índice de participação de uma região no repasse de receita do
Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de
Serviços de Transporte (interestadual, intermunicipal ou internacional) e de
Comunicação (ICMS) para um determinado ano civil. São consideradas todas as
operações com mercadorias e produtos que constituem fato gerador do ICMS, desde
que caracterizadas como mercadorias ou insumos utilizados na produção ou
comercialização; as prestações de serviços de transportes e comunicação; e as imunes
do imposto, tais como operações com mercadorias ao exterior, operações de
prestações de serviços de transporte e de comunicação para o exterior, as remessas
para outra unidade da Federação de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis
dele derivados, e de energia elétrica, quando destinados à comercialização ou à
industrialização, e a circulação de livros, jornais, periódicos e papel destinado à sua
impressão.19
No ano de 2011, Santa Catarina arrecadou um VAF de mais de R$ 116 bilhões,
sendo que o setor de joias e semi joias, bijuterias e ótica no mesmo ano o VAF foi de
mais de R$ 4,2 milhões, o equivalente a 0,004% da participação do VAF catarinense.

19
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Fazenda de Minas Gerais. Disponível em:
<http://www.fazenda.mg.gov.br/governo/assuntos_municipais/vaf/nocoes.htm>. Acesso em: 5 ago. 2013.

52
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.3.2 Principais indicadores setoriais

Em relação ao total do Valor Bruto de Produção industrial em Santa Catarina,


verifica-se um incremento da ordem de 55,19% entre os anos de 2008 e 2010,
ressaltando um forte crescimento acima do crescimento nacional do setor.

Gráfico 11 - Valor Bruto de Produção industrial catarinense11


R$8.720.000,00

R$5.619.000,00

2008 2010

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do IBGE (PIA, Tabela 1848).
Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelo grupo 321: Fabricação de artigos de
joalheria, bijuteria e semelhantes.
Nota: Dados de Santa Catarina de 2009 do IBGE, tabela 1848 do PIA constam como nulos.

Em relação à Receita Líquida de Santa Catarina verifica-se um crescimento de


37,90% entre os anos de 2008 e 2010. Analisando os dados do Gráfico 11 constata-se
que esse setor em Santa Catarina apresenta crescimento significativo quando
comparado com o desempenho do setor em nível nacional. Fato esse que pode ser
respaldado pela importância que o setor vem tendo para a economia do Estado.

Gráfico 12 - Receita Líquida de Vendas catarinense12


R$8.984.000,00
R$6.515.000,00

2008 2010

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do IBGE (PIA, Tabela 1848).
Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelo grupo 321: Fabricação de artigos de
joalheria, bijuteria e semelhantes.
Nota: Dados de Santa Catarina de 2009 do IBGE, tabela 1848 do PIA constam como nulos.

No que diz respeito ao número de empresas no território catarinense,


encontra-se um aumento da ordem de 7,87% entre os anos de 2009 e 2011, fato esse

53
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

ressaltado pelo dinamismo das empresas catarinenses no cenário nacional. Entre os


anos de 2009 e 2010 o total de empresas do setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias e
Ótica aumentou 6,74%. No biênio seguinte se constatou outra alta de 1,05% no final
de 2011.

Gráfico 13 - Número de empresas no território catarinense13

89 95 96

2009 2010 2011

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011).
Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelo grupo 321: Fabricação de artigos de
joalheria, bijuteria e semelhantes.

O número de empregos no Setor em Santa Catarina mostra uma retração na


ordem de 13,48% entre os anos de 2009 e 2011. Entre os anos de 2009 e 2010, o total
de empregos do setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica retraiu 22,09%,
recuperando no biênio seguinte, com uma alta de 11,05% no final de 2011.

Gráfico 14 - Número de empregos no setor em território catarinense14

267
208 231

2009 2010 2011

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011).
Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelo grupo 321: Fabricação de artigos de
joalheria, bijuteria e semelhantes.

3.3.3 Participação catarinense no mercado nacional

Segundo a pesquisa industrial anual do IBGE, no setor de Joias e Semi Joias,


Bijuterias e Ótica nacional ocorreu um crescimento da Receita Líquida de Vendas na

54
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

ordem de 15,51% entre os anos de 2008 e 2010. No âmbito catarinense, este


crescimento foi de 37,90%, somando R$ 8.984.000,00. A receita catarinense
representa 0,8% do total nacional em 2010, que foi de R$ 1.133.265,00. O Valor Bruto
de Produção industrial da mesma pesquisa (PIA-IBGE) aponta um crescimento de
20,45% no mercado nacional e um incremento de 55,19% em Santa Catarina,
representando um índice de crescimento 170% maior que o nacional somente deste
Estado. O valor nominal da produção foi de R$ 8.720.000,00 em Santa Catarina e de R$
1.107.056.000,00 no Brasil. Santa Catarina representa apenas 0,8% do Valor Bruto de
Produção industrial nacional.
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, em quantidade de
empresas, o Brasil contabilizava em 2011 um total de 3.353 empresas do ramo, onde o
Estado catarinense representa cerca de 2,9% deste quantitativo, com 96 empresas
atuantes no setor, gerando 231 empregos diretos. A representatividade de Santa
Catarina no setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica é de 1,15% do total de
empregos nacionais do setor, que em 2011 contabilizava 20.104 empregos gerados,
registrados pela RAIS.

3.3.4 Mão de obra empregada na atividade

Composto basicamente por pequenas e microempresas, esse setor em Santa


Catarina investe no crescimento da mão de obra qualificada e semiqualificada para
atuar nessa indústria e na consolidação do aumento no volume de comercialização
interna e externa. A organização do setor por meio de Associações e Cooperativas é
um fator que lhe confere dinamismo. O Estado conta ainda com a valiosa contribuição
do setor privado que investe no potencial de crescimento e na importância do setor
para a geração de emprego e renda.
Analisando os dados disponíveis no MTE sobre a mão de obra em 2011 do
mercado catarinense em que atuavam nas CNAE abordadas neste trabalho, constata-
se que 20,62% dos trabalhadores eram absorvidos pelo ofício da lapidação de gemas e
fabricação de artefatos de ourivesaria e joalheria, contra 79,38% que atuavam na

55
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

fabricação de bijuterias e artefatos semelhantes. Do total de trabalhadores, 73,88%


eram do sexo feminino, contra 26,12% masculinos.
Em relação aos salários pagos no setor, 5,5% ganhavam até 1 salário mínimo;
76,63% ganhavam entre 1,01 e 1,5 salários mínimos; 17,18% ganhavam entre 1,51 e 4
salários mínimos; e 0,69% ganhavam acima de 4 salários mínimos.
Sobre a faixa etária dos trabalhadores, 10,31% tinham menos de 17 anos;
38,49% tinham entre 18 e 24 anos; 23,02% tinham entre 25 e 29 anos; 20,27% tinham
entre 30 e 39 anos; e 7,9% tinham 40 anos ou mais.
A escolaridade da mão de obra catarinense do setor se distribuía de maneira
que 0,34% eram analfabetos; 5,15% tinham o ensino fundamental incompleto; 22,68%
completaram o ensino fundamental; 4,82% possuíam o ensino médio incompleto;
58,42% completaram o ensino médio; 4,81% possuíam o ensino superior incompleto; e
3,78% tinham o ensino superior completo.

3.3.5 Investimentos realizados e previstos

O Governo brasileiro, juntamente com o setor produtivo, vem empenhando


grandes esforços para o desenvolvimento sustentável desta Cadeia Produtiva de
Acessórios de Moda, Gemas, Joias e Cristais. No Fórum de Competitividade da Cadeia
Produtiva de Acessórios de Moda, Gemas, Joias e Cristais, de 2004, foram traçadas
algumas ações de incentivo ao setor, tais como, soluções para financiamento da
produção, redução da carga tributária, expansão da exportação, inserção tecnológica e
desenvolvimento de Arranjos Produtivos Locais.20
Entre os anos de 2005 a 2008, o Fórum realizou diversas ações, dentre elas
destacam-se a realização de diagnósticos da cadeia produtiva do setor, a redução da
alíquota do IPI de 20% para 12% sobre os produtos dos Elos Finais da Cadeia Produtiva
(Decreto nº 5.883 de 31/08/2006); e a criação de uma Cartilha para a proteção do
design da joia (Proteção Legal da Joia), com o auxílio do INPI. 21

20
Departamento das Indústrias Intensivas em Mão de Obra e Recursos Naturais /Coordenação-Geral das Indústrias
Intensivas em Mão de Obra.
21
Idem. Ibdem.

56
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.3.6 Importação e exportação

Entre os anos de 2010 e 2012, ocorreu um aumento significativo na importação


catarinense em dólares na ordem de 74,87%. Entre os anos de 2010 e 2011 o setor de
Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica registrou uma redução no valor das importações
de 5,72%, partindo de pouco mais de US$ 2,6 milhões e chegando a pouco mais 2,5
milhões. No biênio seguinte, verificou-se uma inversão expressiva das importações,
registrando alta de 85,48%, o quepermitiu ao setor alcançar um valor de quase US$ 4,7
milhões no final de 2012.

Gráfico 15 - Importação catarinense por período em dólares15


$4.693.271,00

$2.683.821,00 $2.530.322,00

2010 2011 2012

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2,
2012).
Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelo grupo 321: Fabricação de artigos de
joalheria, bijuteria e semelhantes.

A importação catarinense no período (2010-2012) em peso líquido aumentou,


evidenciando a dependência do setor externo. Entre os anos de 2010 e 2011 o peso
líquido importado pelo setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica retraiu 24,9%,
partindo de quase 760 toneladas e chegando a quase 570 toneladas. No biênio
seguinte essa tendência reverte, registrando uma alta de 50,4%, registrando um valor
acima de 1 mil toneladas no final de 2012. A variação total do triênio 2010, 2011 e
2012 foi de 35,48%.

57
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 16 - Importação catarinense por período em peso líquido (kg)16

1.027.726
569.687
758.574

2010 2011 2012

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2,
2012).
Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelo grupo 321: Fabricação de artigos de
joalheria, bijuteria e semelhantes.

Já em relação à exportação catarinense em dólares, nota-se um substancial


aumento na ordem de 89,50% entre os anos de 2010 e 2012, percentagem
significativamente maior que o crescimento nacional do setor, efeitos do dinamismo
do mercado catarinense em busca do mercado internacional. Entre os anos de 2010 e
2011 o setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica registrou uma alta no valor das
exportações de 13,05%, partindo de pouco mais de US$ 31 mil e chegando a pouco
mais U$ 35 mil. No biênio seguinte, se verificou outra alta, registrando 67,6%,
atingindo um valor de quase US$ 60 mil no final de 2012.

Gráfico 17 - Exportação catarinense por período em dólares17

$59.136,00
$35.285,00
$31.211,00

2010 2011 2012

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2,
2012).
Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelo grupo 321: Fabricação de artigos de
joalheria, bijuteria e semelhantes.

Observa-se que a exportação catarinense por período (2010-2012) em peso


líquido aumenta consideravelmente. Tal fenômeno ocorre, pois a indústria catarinense
tem aumentado significativamente o volume de exportação nos últimos anos. Entre os
anos de 2010 e 2011 o peso líquido exportado pelo setor de Joias e Semi Joias,

58
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Bijuterias e Ótica aumentou 38,17%, partindo de quase 0,6 toneladas para mais de 0,8
toneladas. No biênio seguinte essa alta salta expressivamente para 226,9%,
registrando um valor acima de 2,7 toneladas no final de 2012. A variação total do
triênio 2010, 2011 e 2012 foi de 351,67%.
Todavia, ressalte-se que o expressivo crescimento na exportação no triênio por
volume em peso líquido não é acompanhado pelo significativo crescimento em valores
em dólares, que foi da ordem de quase 90%.

Gráfico 18 - Exportação catarinense por período em peso líquido (kg)18


2710

829
600

2010 2011 2012

Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento (AliceWeb2,
2012).
Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelo grupo 321: Fabricação de artigos de
joalheria, bijuteria e semelhantes.

4 TENDÊNCIAS DA ATIVIDADE

4.1 TENDÊNCIAS E PROJEÇÕES DA ATIVIDADE EM NÍVEL INTERNACIONAL,


NACIONAL E ESTADUAL

Com a descoberta de esmeraldas de ótima qualidade em 1963, o Brasil


consolidou-se como um dos mais importantes produtores mundiais de gemas. Estima-
se que produzimos mais de 1/3 de todas as gemas comercializadas no mundo,
excetuados o diamante, o rubi e a safira. No entanto, a receita gerada para o país é
escassa. Ainda hoje, nossas gemas são majoritariamente exportadas em estado
bruto.22
O Brasil vive agora um novo momento: os empresários decidiram superar a
condição de fornecedores de matéria-prima e tornar o país um centro criador de
tendências. Hoje, o marketing das empresas brasileiras se baseia no uso dos símbolos

22
Departamento das Indústrias Intensivas em Mão de Obra e Recursos Naturais /Coordenação-Geral das Indústrias
Intensivas em Mão-de-Obra do MDIC.

59
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

da nossa cultura em peças com matérias-primas do país. Com isto, mostra-se a força
da brasilidade: misturar materiais inusitados, como sementes e marfim vegetal aos
metais e pedras preciosas.17

4.2 OPORTUNIDADES DE MERCADO

O presidente do IBGM, Hécliton Santini Henriques, destaca que há dois nichos


que podem ser mais bem trabalhados. O primeiro é a oferta de joias e suvenires de
bom gosto, atraentes. “O que a gente quer é ampliar a oferta com produtos mais
interessantes, mais fáceis de ser transportados. Inclusive com investimentos em
embalagens especiais”, diz ele. Outra preocupação é com a criação de roteiros
específicos para este tipo de turismo.
Ele lembra que inúmeras cidades foram criadas em função do ouro e das
pedras preciosas. Em muitas delas ainda há minas, tanto desativadas quanto ainda
produzindo, que poderiam ser visitadas. “No entanto, não há receptivo para os
turistas, com algumas exceções, como em Ouro Preto, Mariana e Ametista do Sul. Mas
são estruturas muito tímidas, diante do potencial enorme que nós temos de visitação”,
comenta Henriques. Em outros países, de acordo com Henriques, há um investimento
enorme nisso. A Alemanha, por exemplo, apesar de não produzir ágatas há mais de
cem anos, mantém uma rota de pedras. “O potencial brasileiro é imenso, mas para
que esse investimento no turismo de gemas e joias aconteça é preciso uma mudança
de mentalidade, uma mudança de foco”, avalia o presidente do IBGM.23

4.3 AMEAÇAS DE MERCADO

O mercado interno apresenta forte concorrência dos chamados produtos


tecnológicos (celular, Mp3 Players, notebooks etc.), hoje os principais concorrentes das
joias.
Notadamente, nos últimos cinco anos, a indústria joalheira tradicional começou
a sofrer forte concorrência dos ateliês de design/ourives e das lojas de varejo, que

23
SEBRAE.2006.Indústria de joias. Rio de Janeiro: SEBRAE, 2006.

60
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

passaram a produzir grande parte dos produtos por elas vendidos. Embora o setor se
apresente historicamente como um grande gerador de divisas, principalmente de ouro
e gemas, somente nos últimos dez anos é que se passou a promover,
sistematicamente, e com estratégias definidas, produtos de mais alto valor agregado.
Isso só foi possível a partir da implementação do Programa Setorial Integrado de Apoio
às Exportações de Gemas e Joias desenvolvidas pelo IBGM em conjunto com a APEX –
Brasil.
As preocupações inerentes ao meio ambiente são outras ameaças ao Setor. São
imprescindíveis ações para o acompanhamento nas áreas de saúde e segurança do
trabalho. Por aí passam cuidados como o uso de máscaras e luvas no serviço de
lapidação. Além de reduzir o consumo de água, de energia e de matérias-primas, as
empresas participantes obtiveram ganhos econômicos e ambientais significativos ao
diminuírem também os custos com o tratamento de efluentes e a disposição final de
resíduos. O resultado é uma linha de produção com responsabilidade, maior eficiência,
mais econômica e de menor impacto ambiental. Outra ameaça se dá no processo de
lapidação que é feita por pequenas indústrias, muitas de fundo de quintal. Além disso,
são poucas as indústrias integradas, o que dificulta garantia de qualidade, prazos e
tipos diferenciados de lapidação.24

4.4 OUTROS DADOS RELEVANTES AO SETOR

No caso específico de joias, principalmente as metálicas e as que usam


lapidação de pedra, há toda uma geração de resíduos que, se não for monitorada,
torna-se um problema sério, com impacto na saúde pública e na segurança de trabalho
do profissional envolvido. Em função disso, há um esforço para estabelecer estratégias
e práticas de redução do uso de metais pesados e construção de processos produtivos
que gerem menos resíduos. Há ainda a preocupação da reciclagem desses resíduos,
que podem ser transformados em matéria-prima para outras atividades econômicas.
O fortalecimento da indústria joalheira se deu, inicialmente, com o objetivo de
concorrer com o produto importado ou contrabandeado. O crescimento de demanda,

24
SEBRAE.2006.Indústria de joias. Rio de Janeiro: SEBRAE, 2006.

61
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

proporcionado pelo Plano Real, contribuiu para essa consolidação. Posteriormente, o


fortalecimento veio com a melhor exploração de seu potencial exportador,
considerando produtos de maior valor agregado, que têm sido, nos últimos anos, o seu
vetor de crescimento. Nesse período, o segmento joalheiro soube desenvolver estilo e
design próprios, explorando símbolos da cultura, fauna e flora nacionais, além da
variedade das pedras preciosas e matérias-primas existentes no país. O design
brasileiro é, hoje, reconhecido internacionalmente por sua imagem alegre, colorida e
criativa, com movimento e sensualidade.

62
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

REFERÊNCIAS

BNDES. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Disponível em:


<http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquiv
os/conhecimento/bnset/or.pdf>. Acesso em: 28 abril 2013.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Secretaria de


Comércio Exterior. Balança Comercial Brasileira - Municípios. Disponível em: <http://
www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/index.php?area=5>. Acesso em: 24 abr.
2013.

______. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de


Geografia e Estatística. PIB dos Municípios. Disponível em:
<http://www.ibge.gov.br/servidor_arquivos_est/>. Acesso em: 15 fev. 2012.

______. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de


Geografia e Estatística. SIDRA. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/
servidor_arquivos_est/>. Acesso em: 16 fev.2012.

______. Ministério do Trabalho e Emprego. Programa de disseminação das estatísticas


do trabalho. Bases estatísticas RAIS/CAGED. Fevereiro, 2012. Disponível em:
<http://www3. mte.gov.br/pdet /index.asp>. Acesso em: 20 maio 2013.

______. Secretaria da Receita Federal. Disponível em:


<http://www.receita.fazenda.gov.br/ pessoajuridica/ cnaefiscal/txtcnae.htm>. Acesso
em: 04 mar. 2013.

CARVALHO JR. L. C.; CAIRO, S. A.; SEABRA, F. Polos Industriais do Sul do Brasil:
experiências de competitividades e empreendedorismo. Florianópolis: FAPEU, 2007.
202 p.

Departamento das Indústrias Intensivas em Mão de Obra e Recursos Naturais


Coordenação-Geral das Indústrias Intensivas em Mão de Obra do MDCI. Joias e
Gemas. 2010.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEMAS E METAIS PRECIOSOS - IBGM. Disponível em:


<http://www.ibgm. com.br/info_estatisticas_avancada.php?id=26&secao=Produ%>.
Acesso em: 7 mar. 2013.

PEDROSA, J. A História da joalheria. Disponível em: <http://www.joiabr.com.br/artigos


/hist.html>. Acesso em: 6 mar. 2013.

SANTA CATARINA. Governo do Estado de Santa Catarina. Caderno de Indicadores.


2012. Florianópolis, 2012.

63
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

SANTA CATARINA. Governo do Estado de Santa Catarina. Secretaria de Estado da


Fazenda. Valor Adicionado Fiscal, Índice de participação dos municípios no produto
da arrecadação do ICMS. Florianópolis, 2011.

SEBRAE. 2006. Indústria de joias. Rio de Janeiro: SEBRAE, 2006.

TI MAIOR. Principais Tendências. Disponível em:


<http://timaior.mcti.gov.br/interna.php?menu=1&page=5>. Acesso em: 13 mar. 2013.

64
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

ANEXOS

ANEXO A - QUANTIDADE DE EMPRESAS POR MUNICÍPIO DE SC

Cidades Quantidade de Empresas


Água Doce 1
Antonio Carlos 2
Araranguá 1
Balneário Arroio do Silva 1
Balneário Camboriú 3
Barra Velha 2
Biguaçu 1
Blumenau 7
Bombinhas 1
Bom Jardim da Serra 1
Braço do Norte 1
Brusque 1
Camboriú 1
Capivari de Baixo 1
Chapecó 4
Cocal do Sul 1
Concórdia 1
Criciúma 2
Dionísio Cerqueira 1
Entre Rios 3
Florianópolis 14
Garopaba 1
Guabiruba 2
Ilhota 2
Itajaí 4
Itapema 2
Joaçaba 2
Joinville 5
Lages 2
Laguna 1
Laurentino 1
Mafra 1
Meleiro 1
Navegantes 1
Penha 1

65
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Pinhalzinho 1
Porto Belo 1
Rio do Sul 1
Santo Amaro da Imperatriz 1
São Francisco do Sul 1
São José 9
São Ludgero 1
São Miguel do Oeste 1
Tijucas 1
Timbó 1
Turvo 1
Xaxim 1
Total 96
Fonte: Resultados elaborados pela Empresa Ágape a partir de dados do MTE (RAIS, 2011).
Nota: Considera o somatório das atividades econômicas compreendidas pelo grupo 321: Fabricação de artigos de
joalheria, bijuteria e semelhantes.

66
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

ANEXO B - LISTA DE POLOS DO ESTUDO NOVA ECONOMIA@SC

Polo Região
Produtos Alimentícios e Bebidas
Polo Setorial da Indústria de Alimentos do EXTREMO OESTE
Extremo Oeste
Polo Setorial da Indústria de Alimentos e Bebidas MEIO OESTE
do Meio Oeste
Polo Agroindustrial do Oeste Catarinense OESTE
Polo Setorial da Indústria de Alimentos do Vale do VALE DO ITAJAÍ
Itajaí
Calçados e Artefatos de Couro
Polo Setorial de Calçados do Vale do Rio Tijucas FOZ DO ITAJAÍ
Polo Setorial de Calçados da Região Sul SUL
Confecção de vestuário e acessórios
Polo Setorial de Confecções da Região Extremo EXTREMO OESTE
Oeste
Polo Setorial da Indústria da Moda Íntima e Praia FOZ DO ITAJAÍ
de Ilhota
Polo Setorial de Confecções Brusque e Região FOZ DO ITAJAÍ
Polo Setorial de Confecções do Vale do Rio Tijucas FOZ DO ITAJAÍ
Polo Setorial de Confecções da Grande GRANDE FPOLIS
Florianópolis
Polo Setorial de Confecções das Regiões Meio MEIO OESTE
Oeste
Polo Setorial da Cadeia da Indústria Têxtil e de NORTE
Confecções da Região Norte
Polo Setorial de Confecções das Regiões Oeste OESTE
Polo Setorial de Confecção e Ateliês da Região Sul SUL
Polo Setorial do Setor de Confecções do Vale do VALE DO ITAJAÍ
Itajaí
Polo Setorial do Setor de Confecções de Rio do VALE DO ITAJAÍ
Sul e Região
Construção Civil
Polo Setorial de Construção Civil da Foz do Itajaí FOZ DO ITAJAÍ
Polo Setorial de Construção Civil do Sul SUL
Polo Setorial de Construção Civil da Região de VALE DO ITAJAÍ
Blumenau
Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumaria
Polo Setorial de Higiene Pessoal, Cosméticos e SC
Perfumaria do Estado de Santa Catarina.
Eletrometalmecânico
Polo Setorial Eletrometalmecânico do Extremo EXTREMO OESTE
Oeste Catarinense
Polo Setorial Metalmecânico da Foz do Itajaí FOZ DO ITAJAÍ
Polo Setorial Metalmecânico do Meio Oeste MEIO OESTE
Polo Setorial da Cadeia do Metalmecânico da NORTE
Região do Norte Catarinense
Polo Setorial Metalmecânico e Aço Inox do Oeste OESTE

67
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Polo Setorial Metalmecânico da Região de Lages SERRA


Polo Setorial de Eletrometalmecânico do Sul SUL
Polo Setorial Eletrometalmecânico do Vale do VALE DO ITAJAÍ
Itajaí
Polo Setorial Eletrometalmecânico de Rio do Sul e VALE DO ITAJAÍ
Região
Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica
Polo Setorial de Joias e Semi Joias, Bijuterias e SC
Ótica de Santa Catarina
Produtos de Madeira
Polo Setorial das Indústrias Madeireiras da Região MEIO OESTE
Meio Oeste
Polo Setorial Madeireiro do Oeste Catarinense OESTE
Polo Setorial das Indústrias de Madeira da Serra SERRA
Catarinense
Móveis
Polo Setorial de Móveis e Aberturas do Extremo EXTREMO OESTE
Oeste Catarinense
Polo Setorial das Indústrias de Móveis da Região MEIO OESTE
Meio Oeste
Polo Setorial de Móveis do Norte NORTE
Polo Setorial de Móveis do Oeste OESTE
Polo Setorial das Indústrias de Móveis da Serra SERRA
Catarinense
Polo Setorial de Móveis e Madeira da Região Sul SUL
de SC
Náutico
Polo Setorial Náutico do Litoral Catarinense SC
Produtos de Borracha e de Plástico
Polo Setorial da Cadeia da Indústria do Plástico da NORTE
Região Norte
Polo Setorial da Cadeia do Setor Plástico e OESTE
Borracha do Oeste
Tecnologia da Informação e Comunicação
Polo Setorial de Tecnologia da Informação da GRANDE FPOLIS
Grande Florianópolis
Polo Setorial da Cadeia da Indústria de Software e NORTE
TI da Região Norte
Polo Setorial de Software e TI da Região Oeste OESTE
Polo Setorial de Tecnologia e Informação do Vale VALE DO ITAJAÍ
do Itajaí

68
Panorama do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Capítulo II – Visão
dos Especialistas

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Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterais e Ótica de Santa Catarina

70
Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

SUMÁRIO

1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES _______________________________________ 73


1.1 APRESENTAÇÃO _____________________________________________________ 73
2 ASPECTOS METODOLÓGICOS __________________________________________ 73
2.1 TIPO DE PESQUISA ___________________________________________________ 73
2.2 CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS DE PESQUISA ____________________________ 74
2.3 COLETA DOS DADOS __________________________________________________ 75
2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA _____________________________________________ 75
3 ANÁLISE DOS DADOS _________________________________________________ 76
3.1 CENÁRIO DO MERCADO DE JOIAS E SEMI JOIAS, BIJUTERIAS E ÓTICA EM SANTA
CATARINA __________________________________________________________ 77
3.1.1 Perspectivas de crescimento ___________________________________________ 77
3.2 NECESSIDADES, DIFICULDADES E CONCORRÊNCIA DO SETOR DE JOIAS E SEMI
JOIAS, BIJUTERIAS E ÓTICA EM SANTA CATARINA ___________________________ 79
3.2.1 Dificuldades e ameaças enfrentadas pelo setor ____________________________ 79
3.2.2 Situação da concorrência do setor _______________________________________ 81
3.3 OPORTUNIDADES PARA O SETOR DE JOIAS E SEMI JOIAS, BIJUTERIAS E ÓTICA
DE SANTA CATARINA _________________________________________________ 83
3.3.1 Oportunidades de mercado para o setor de joias e semi joias, bijuterias e ótica ___ 83
3.3.2 Expectativas de mercados consumidores potenciais para o setor de joias e semi
joias, bijuterias e ótica ________________________________________________ 85
3.3.3 Percepção do empresário sobre o setor de joias e semi joias, bijuterias e ótica ___ 86
3.4 A SITUAÇÃO DOS ASPECTOS DA LOGÍSTICA PARA O SETOR DE JOIAS E SEMI
JOIAS, BIJUTERIAS E ÓTICA DE SANTA CATARINA ___________________________ 88
3.4.1 Infraestrutura logística do setor de joias e semi joias, bijuterias e ótica __________ 88
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ______________________________________________ 90
ANEXOS _________________________________________________________________ 94
ANEXO A - ROTEIRO SEMIESTRUTURADO - FORMADORES DE OPINIÃO ________________ 94

71
Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterais e Ótica de Santa Catarina

72
Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterais e Ótica de Santa Catarina

1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

1.1 APRESENTAÇÃO

Este relatório de pesquisa aplicada corresponde à análise de entrevistas em


profundidade com lideranças e especialistas do setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias e
Ótica de Santa Catarina e tem, como objetivo maior, prover informações sobre a
percepção destas lideranças quanto à dinâmica atual do mercado em pauta e procurou
levantar conhecimentos sobre o mercado, os principais problemas ou ameaças
enfrentados pelas empresas, as oportunidades evidentes de mercados e as questões
logísticas do setor neste estado.
O estudo de caráter exploratório foi realizado com 10 profissionais do setor de
Joias e Semi Joias, Bijuterias e Óticaatuantes do estado de Santa Catarina, os quais
representam empresas com destaque reconhecido no mercado regional ou com
representantes de entidades de classe, tais como sindicatos e associações.
Este trabalho faz parte da análise de doze setores econômicos no contexto
Catarinense, os quais se dividem em quarenta e sete polos industriais observados em
uma análise conjuntural de conglomerados para fins de embasamento analítico de
mercados, o que subsidia informações para o Programa NovaEconomia@SC.

2 ASPECTOS METODOLÓGICOS

Para o alcance dos objetivos pretendidos pela pesquisa, dada a natureza do


problema a ser trabalhado, o delineamento metodológico a ser seguido consta dos
aspectos descritos a seguir.

2.1 TIPO DE PESQUISA

A pesquisa é caracterizada por método qualitativo de caráter exploratório, em


que se busca conhecer um cenário econômico através da percepção dos sujeitos de
pesquisa. O método usado para a coleta de dados foi de entrevista individual em
profundidade, técnica qualitativa que explora um assunto a partir da busca de

73
Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterais e Ótica de Santa Catarina

informações, percepções e experiências de informantes para analisá-las e apresentá-


las de forma estruturada. Realizada por um entrevistador com um entrevistado,
representa uma abordagem flexível, que permite ao informante definir os termos da
resposta e ao entrevistador ajustar livremente as perguntas no momento da
entrevista. Procura intensidade nas respostas e não a quantificação ou representação
estatística.
A entrevista em profundidade é uma técnica, um recurso metodológico que
busca nas teorias e pressupostos definidos pelo investigador, recolher respostas a
partir da experiência de uma fonte, selecionada por deter informações que se deseja
conhecer. Desta forma os dados não são apenas colhidos, mas resultado de
interpretação e reconstrução pelo pesquisador, permitindo explorar um assunto ou
aprofundá-lo, descrever processos e fluxos, compreender o passado, analisar, discutir
e fazer prospectivas25.
Estas características são necessárias para o cumprimento do objetivo deste
trabalho e expressas por meio de aplicação de entrevista com roteiro semiestruturado,
que permite flexibilizar a narrativa da coleta de dados, sem perder consistência das
informações.

2.2 CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS DE PESQUISA

Para o cumprimento dos objetivos propostos, em conformidade com as


necessidades expressas pelo Sebrae/SC, foram entrevistados 10 formadores de opinião
para compor a amostra de especialistas do mercado de Joias e Semi Joias, Bijuterias e
Ótica de Santa Catarina. Estes especialistas são empresários com experiência no setor,
bem como representantes de entidades de classe que defendem a categoria.
No caso de entrevistas em profundidade, a literatura assume que a amostra
não tem seu significado mais usual, o de representatividade estatística em
determinado universo. Está ligada à capacidade que as fontes têm de fornecer
informações confiáveis. Aqui, especificamente, as fontes selecionadas foram de

25
DUARTE, J; BARROS, A. Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. São Paulo: Atlas, 2009.

74
Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

sujeitos com poder suficiente para representarem as entidades de classe pelas quais
estão vinculados. A lista dos especialistas entrevistados é descrita a seguir na Tabela 1:

Tabela 1 - Lista de especialistas entrevistados na pesquisa1


PARTICIPANTE CARGO OCUPADO ENTIDADE/EMPRESA REPRESENTADA
Luiz Augusto Koerich
Proprietário Augusto Lojas
Teixeira
Guilherme Faraco Diretor Administrativo GF Acessórios – Gabriela Faraco Acessórios
Vanessa Heichsen Pires Proprietária Show Room
Sarah Pinnow Piccinini Proprietária Patropicomunica LTDA
Rafael Beduschi Teske Proprietário ULM Bijuterias
Letícia Oliveira Silva Diretora Letícia Oliveira Acessórios
Fabiana Haverroth Proprietária Fabiana Silva Acessórios
Daniele de Pierre /Felipe
Proprietários Dani Depi
de Pierre
Alexandre Hering de
Diretor Dueto Indústria e Comércio de Joias Ltda
Queiróz
Ana Schimdt Proprietária Ana Schmidt Acessórios
Fonte: Dados da pesquisa

2.3 COLETA DOS DADOS

A coleta de dados da pesquisa ocorreu por entrevista pessoal in loco, com


entrevistadores experientes e treinados em técnicas de coleta de dados qualitativas.
As entrevistas ocorreram nas sedes das entidades ou empresas representadas, via
entrevista pessoal ou por meio digital de teleconferência. As entrevistas foram
realizadas entre os meses de maio e agosto de 2013 com o consentimento dos
entrevistados registrado no momento das entrevistas, que foram realizadas sob o
tempo médio de uma hora. Todas as entrevistas foram gravadas para posterior
edição.

2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA

As análises da pesquisa restringiram-se às opiniões e comentários dos


especialistas participantes, mas podem ser aplicáveis às entidades pelas quais
representam, formando opinião do mercado de entidades de classe. Os comentários e

75
Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterais e Ótica de Santa Catarina

opiniões descritos no corpo deste trabalho estão limitados geograficamente à região


de Santa Catarina, exceto para as afirmações sobre o contexto nacional e
internacional.

3 ANÁLISE DOS DADOS

Neste capítulo são apresentados os resultados da pesquisa com base no


conjunto de respostas encontradas nas entrevistas em profundidade, bem como
descritas em quatro dimensões em torno das quais esta investigação foi organizada:
percepção do cenário geral do setor em Santa Catarina e Brasil, as dificuldades e
desafios do setor, as oportunidades de mercados e a conjuntura da infraestrutura
logística do setor no estado ou região.
Nota-se que a análise omite os nomes dos entrevistados e apresenta o
resultado do conjunto de apontamentos convergentes (refletem o pensamento da
maioria dos entrevistados) juntamente com os divergentes (observações singulares,
únicas ou distintas das convergentes). Este formato de análise foi escolhido para
preservar as opiniões individuais, destacando o conjunto de respostas em sua
interpretação.
Apesar da forma individual de contato das entrevistas realizadas entre
pesquisador e entrevistado, é parafraseado o pensamento do grupo de entrevistados
nas análises a seguir, quando pertinente ao contexto. Esta forma de apresentação
inclui o termo “grupo” para representar o pensamento generalizado pelo conjunto de
entrevistas individuais formadas para esta pesquisa.
Antes do início de cada entrevista, uma breve discussão sobre o papel de cada
associação de classe ou entidade representada pelo especialista foi debatida, no
sentido de posicionar e orientar as perguntas e respostas do roteiro semiestruturado
que segue. Como forma de introdução central da pesquisa, após a explicação do seu
objetivo principal, o texto a seguir foi narrado ao entrevistado, dando prosseguimento
nas perguntas-chave.

76
Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

O objetivo deste roteiro de pesquisa é obter o máximo de


insights do especialista entrevistado, sobre o mercado em
pauta. A pergunta central é: Quais as deficiências, dificuldades,
tendências e oportunidades dos setores industriais (deste
Estudo)? A seguir o conjunto de perguntas acessórias deverá
ser respondido conforme o seu conhecimento e experiência
sobre o mercado específico pelo qual foi contatado. (Texto
introdutório do roteiro semiestruturado de entrevistas, 2013)

3.1 CENÁRIO DO MERCADO DE JOIAS E SEMI JOIAS, BIJUTERIAS E ÓTICA EM SANTA


CATARINA

Esta parte inicial da análise observa as opiniões dos especialistas entrevistados


quanto à tendência de crescimento ou declínio das atividades econômicas da indústria
de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica no estado de Santa Catarina.

3.1.1 Perspectivas de crescimento

PERGUNTA 01: Em linhas gerais, você percebe que o mercado do setor de


Joias e Semi Joias, Bijuterias e Óticaestá em crescimento ou em declínio? Comente os
indicadores ou motivos.

Quando questionados sobre a percepção do mercado de Joias e Semi Joias,


Bijuterias e Ótica no estado de Santa Catarina, não houve unanimidade acerca das
opiniões. Ao passo que metade dos especialistas acredita no crescimento do setor no
âmbito estadual, quatro respondentes destacam o decréscimo das atividades do setor.
Por outro lado, apenas um dentre os respondentes postula o mercado como estável,
como destaca o excerto a seguir:

[...] O mercado não é decrescente, todavia está desaquecido,


caracterizando-se pela estabilização. Este fato é justificável
principalmente em função da concorrência externa e pelo fato
de o produto do setor não ser gênero de primeira necessidade
aos olhos do consumidor. [...]

77
Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterais e Ótica de Santa Catarina

Mesmo dentro do grupo que infere o crescimento do setor para o


empresariado catarinense, todos postulam a concorrência proveniente do mercado
chinês como fator de preocupação para o empreendedor local. Neste prospecto, um
dos especialistas destaca a capacidade produtiva da empresa como fator de
preponderância no quesito expansão do mercado, como ilustra o trecho seguinte:

[...] O crescimento é uma questão relativa e depende do foco


da empresa. Parte delas pode estar crescendo, ao passo que
outra parte, por ventura, esteja em declínio. O produto
importado entra no mercado nacional de forma abrupta e
concorre diretamente pelo preço. Neste prospecto, pequenos
empresários sofrem com esta competição e tem suas
atividades reduzidas dentro do mercado, enquanto grandes
empresas, devido à maior estabilidade de suas atividades,
apresentem crescimento no setor, mesmo com a dificuldade
advinda da competição com o produto externo. [...]

Por outro lado, dentro deste grupo, três especialistas citam a valorização do
produto local como relevantepara manter o crescimento no setor, visto a qualidade da
produção catarinense. Um entrevistado destaca a evolução do setor, devido à
sobreposição do produto local em relação ao produto chinês, visto que falta um apelo
de moda ao produto estrangeiro. Tratando-se da vantagemda produção local perante
o produto externo, outro especialista destacou a mídia como parceira para a difusão
do produto, visto o contingente atingido de forma abrupta através do meio televisivo.
O trecho a seguir relata este posicionamento:

[...] Um dos maiores parceiros do setor é a mídia televisiva, com


a inserção de bijuterias em novelas. Esta inserção evidencia o
uso do produto e o torna atraente ao público consumidor,
ávido por seguir ícones da fama. [...]

78
Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.2 NECESSIDADES, DIFICULDADES E CONCORRÊNCIA DO SETOR DE JOIAS E SEMI


JOIAS, BIJUTERIAS E ÓTICA EM SANTA CATARINA

Esta parte é referente às necessidades de investimento e descrição dos


problemas e performance da concorrência que o setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias
e Ótica catarinense enfrenta para atender suas demandas.

3.2.1 Dificuldades e ameaças enfrentadas pelo setor

PERGUNTA 02: Quais seriam as principais dificuldades e ameaças que o setor


de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Óticaenfrenta em Santa Catarina? E no Brasil?

Relativo às dificuldades ao desenvolvimento do setor no estado, metade dos


especialistas destaca a concorrência do mercado chinês como fator impeditivo ao
desenvolvimento deste. Neste grupo, a facilitação da entrada do produto estrangeiro
no país é preocupante ao produtor local, visto a impossibilidade deste em competir
com os baixos preços praticados pelo produto proveniente do mercado asiático. Outro
fator citado por um dos entrevistados é a facilidade para entrar neste setor, sendo
atrativo aos aventureiros em épocas de expansão do mesmo, como destaca o setor a
seguir:

[...] Uma ameaça latente para o empresariado é a facilidade


para entrar neste mercado, pois é barato começar a produzir e
inexistem os fatores que impeçam qualquer pessoa a começar
a produzir. Assim, a grande dificuldade para quem está no
mercado é a criação de um design específico para a sua
produção e, pouco tempo depois, esta criação ser imitada por
produtores informais devido ao fácil acesso às matérias-primas
no segmento. Outra dificuldade é a desorganização do
empresariado em torno de um grupo associativo para o setor.
Então a maior dificuldade para o empresariado é a facilidade de
entrada no setor atrelada a pouca organização deste, que faz
com que muitos aventureiros entrem e acabem oferecendo um
produto mais barato, com um design muito parecido do
produto do mercado formal. [...]

79
Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterais e Ótica de Santa Catarina

Outra ameaça lembrada por dois entrevistados ocorre devido à superfluidade


do produto do setor. Um destes cita que em momentos de crise, este tipo de produto
é o primeiro a ser cortado das necessidades do consumidor, sendo este fator negativo
ao desenvolvimento sustentado do setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica em
Santa Catarina. Igualmente, um respondente cita a semelhança da produção como
percalço ao crescimento do setor, inferindo a falta de diferenciação do produtolocal
como dificuldade para o empresariado de joias e semi joias, bijuterias e ótica, como
ilustra o excerto a seguir:

[...] Outra dificuldade é a diferenciação; hoje é tudo muito


parecido, por isto acaba prevalecendo a questão do preço do
produto, o design é muito parecido. Talvez seja a demanda do
consumidor e todas as marcas oferecem produtos para esta
demanda. Poucas marcas oferecem produtos diferenciados. [...]

Ademais, um especialista cita como dificuldade no setor a velocidade do


consumo, devido a uma carência perene por novidades por parte do consumidor. Este
destaca que o consumidor urge por produtos que atendam seus anseios e estes
desejos são modificados de forma abrupta devido à globalização, inferindo
preocupação no produtor que não consegue se adequar a esta demanda. Outro ponto
destacado por um entrevistado é a defasagem das legislações atuais em relação à
demanda empreendedora, tanto a legislação trabalhista quanto a legislação tributária,
que interseccionadas impõem a elevação do custo produtivo, acarretando a perda da
competitividade nacional frente ao produto importado. O preconceito com o produto
local também é lembrado como uma dificuldade, por outros especialistas, conforme
destaca o trecho a seguir:

[...] Existe uma concepção errônea por parte do consumidor


local, desqualificando a produção do estado. Assim, o
consumidor vai até outros estados buscar pelo produto do
setor, sem, no entanto, dar-se conta de que o produto local
tem mais qualidade do que o produto advindo de outras
regiões do país. [...]

80
Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.2.2 Situação da concorrência do setor

PERGUNTA 03: Comente sobre a situação atual da concorrência do setor na


região de Santa Catarina, Brasil e mundo:

Acerca do quesito concorrência, é verificável pelo relato dos dez especialistas a


existência desta no setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Óticano estado. Um destes,
todavia, destaca a concorrência dentro da cadeia de necessidades do consumidor,
como é observado no excerto a seguir:

[...] A influência do design é preponderante neste mercado.


Entretanto, é possível citar a existência da concorrência em
relação a produtos de primeira necessidade aos olhos do
consumidor, visto a superfluidade do produto do setor. [...]

Quatro dos entrevistados consideram o fator competição como algo salutar


para o setor, todavia citam o risco da informalidade para a evolução qualitativa do
setor, visto a disparidade de oportunidades criadas por este mercado ilegal, baseado
na premissa de que devido a esta informalidade, o preço final do empresário que atua
na ilegalidade é amplamente inferior ao preço do empresário que segue as legislações
vigentes de forma rigorosa. Assim, um dos entrevistados ratificaque, excetuando
aqueles que trabalham no mercado informal, a concorrência é saudável dentro do
setor. Ademais, dois entrevistados deste grupo percebem a concorrência em menor
grau, caso comparada ao espírito associativo do empresariado, destacando a união
como melhor forma para o crescimento e o desenvolvimento do segmento.
A contraponto, dois especialistas citam a deslealdade na competição dentro do
setor, citando a facilidade para a entrada no mercado como atrativa a aventureiros,
que trabalhando com subterfúgios advindos da informalidade, copiam o produto do
mercado formal e vendem este a preços menores. Neste quesito, um respondente faz
elucidativa análise acerca da concorrência:

[...] A concorrência é acirrada no estado, visto a semelhança


entre os diferentes produtores do setor de Gemas e Joias. A

81
Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterais e Ótica de Santa Catarina

cadeia produtiva é praticamente a mesma para todo o


empresariado do setor e assim sendo, a concorrência torna-se
negativa para o setor, visto a semelhança da produção local,
bem como a facilidade de entrar neste mercado, incitando a
entrada de aventureiros ao segmento, ocasionando perdas ao
empreendedor que trabalha de acordo com as legislações
vigentes. [...]

Como foco geográfico desta concorrência, seis especialistas destacam o


mercado chinês como maior fonte para a competição com o produto local. Um dos
especialistas destaca que o maior percalço no quesito concorrência advém deste
mercado, afetando amplamente todas as empresas domésticas, sejam elas pequenas,
sejam elas grandes. Com o propósitode contornar esta dificuldade, um respondente
destaca o investimento na inovação do design regional para perpassar esta competição
através da qualidade da produção local, sobrepondo então a produção local frente ao
produto trazido do mercado chinês. O trecho a seguir elucida este pensamento:

[...] O mercado está estagnado, pendendo para o declínio,


devido basicamente à ampla concorrência advinda do mercado
chinês. O governo brasileiro não trabalha em função de conter
as importações chinesas e assim sendo, vários setores da
economia têm sido prejudicados por esta competição. Parte do
mercado consumidor está atento à qualidade do produto,
entretanto parte considerável deste grupo opta pela
diferenciação através do preço, dificultando a ação do
empreendedor local frente a importados. [...]

Internamente, três entrevistados citam o foco da concorrência para o produto


local situado, mormente em São Paulo, Minas Gerais e no interior do Rio Grande do
Sul, três grandes polos do setor que preocupam o empreendedor local. Outra análise
acerca da concorrência cita a distância entre o produtor local e osgrandes centros
consumidores do produto do setor como dificuldade para o empresariado catarinense.
Ademais, este especialista cita como negativa a pouca exposição à mídia dos produtos
catarinenses, inferindo aos concorrentes maior poder de persuasão ao consumidor,
caso comparados aos produtores catarinenses, como ilustra o trecho a seguir:

82
Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

[...] O estado é referência no design do produto, todavia devido


à distância entre os grandes centros consumidores, a
concorrência se dá em favor de empresas com renome
nacional, consolidadas através da exposição midiática. [...]

Ainda acerca da concorrência, um entrevistado cita o fator preço como


preponderante no setor, como destaca o excerto seguinte:

[...] A concorrência é voraz no setor, mas é visível que o design


se reflete na criação das peças, e desta forma, o cliente busca
atender às suas necessidades, seja com um fornecedor, seja
com outro, sendo preponderante a questão preço. Há espaço
para todos, todavia cabe compreender a demanda e ofertar a
solução para os desejos do consumidor. [...]

3.3 OPORTUNIDADES PARA O SETOR DE JOIAS E SEMI JOIAS, BIJUTERIAS E


ÓTICADE SANTA CATARINA

Esta parte da análise abrange as oportunidades de mercado, mercados


emergentes e de consumidores, que o setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias e
Óticacatarinense tem demandado.

3.3.1 Oportunidades de mercado para o setor dejoias e semi joias, bijuterias e ótica

PERGUNTA 04: E quais seriam as maiores ou mais interessantes


oportunidades de mercado que você percebe para este setor? Percebe diferenças
regionais? País? Mundo? Comente.

Tratando-se de oportunidades de mercado para o empresariado do setor de


joias e semi joias, bijuterias e ótica catarinense, quatro dos respondentes inferiram a
agregação de valor ao produto, seja através da diferenciação deste em relação aos
seus semelhantes disponíveis no mercado, ou através de uma postura mais
profissional do empreendedor catarinense para o correto atendimento dos novos

83
Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterais e Ótica de Santa Catarina

investimentos nesta indústria. O trecho a seguir elucida o posicionamento de um


destes entrevistados acerca desta questão:

[...] Brigar por preço neste mercado é realmente difícil, devido à


ampla presença de competidores chineses no mercado interno.
Assim sendo, o empreendedor local deve buscar a
diferenciação do produto local através da agregação de valor.
Compreender a demanda do consumidor é necessário e o foco
deve estar apontado para nichos específicos. Então se
optarmos pelo diferencial, mostrando uma criatividade dentro
do produto, com um design mais brasileiro e na forma de
vender e expor, criamos uma grande oportunidade para
adentar ao mercado de forma mais consciente. [...]

Dois entrevistados, por outro lado, destacam a adesão ao e-commerce como


oportunidade para a absorção de novos mercados no setor de joias, semi joias,
bijuterias e ótica. Neste prospecto, um destes especialistas esclarece este ideal através
do excerto seguinte:

[...] Uma grande oportunidade para o empresariado são as


vendas pela Internet, o e-commerce. O mercado virtual é o
futuro do negócio. Atualmente, ainda há resistência na compra
pela Internet, entretanto é visível que este receio findará nos
próximos anos e o consumidor adaptar-se-á a este meio de
interação entre o produtor e consumidor. [...]

Além das vendas pela Internet, outra possibilidade levantada por um


entrevistado é a venda para o mercado externo, ou seja, a internacionalização da
produção local. Neste prospecto, o especialista cita que o design do produto local é
valorizado internacionalmente e o trabalho manual do produtor catarinense é atraente
aos olhos do consumidor estrangeiro, principalmente o consumidor da América
Central. Outros dois respondentes citam a fidelização do consumidor como
oportunidade para o empresariado do setor, como demonstra o fragmento a seguir:

[...] A criação de ações pontuais para fidelizar clientes, como


desfiles, participação em feiras e um planejamento estratégico
é que vão criar oportunidades de mercado. [...]

84
Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Ademais, três entrevistados acreditam na ampliação do mixde produtos como


forma de criar novas oportunidades ao empresariado catarinense. A migração para o
mercado de cintos, bolsas e capas de celulares são possibilidades para a expansão do
mercado do setor, visto que, por vezes, o mercado de joias e semi joias, bijuterias e
ótica apresenta queda nas vendas, sendo interessante adequar a produção para o
segmento para equilibrar as vendas do empresariado.
Um dos especialistas cita os eventos esportivos que o país sediará como
oportunidades para a criação de uma identidade nacional, com um produto baseado
nas características do Brasil. Este observa que o país terá grande exposição a partir
destes eventos e devido ao aporte financeiro em circulação no país, o mercado de em
questão pode usufruir destes eventos para alavancar os negócios do setor.

3.3.2 Expectativas de mercados consumidores potenciais para o setor de joias e


semi joias, bijuterias e ótica

PERGUNTA 05: E quanto às expectativas de novos mercados consumidores


para este setor? Comente também por região, país e mundo, se puder.

O crescimento de qualquer empresa depende da expansão de suas operações


para novos mercados, sendo que esta expansão pode ocorrer através da venda para
novas regiões geográficas, da produção de produto próprio, da entrada em nova
cadeia produtiva, da inovação radical ou da sobreposição do produto nacional em
relação ao importado. Neste prospecto, metade dos especialistas destaca a
internacionalização da produção local como oportunidade para a entrada em novos
mercados consumidores no setor. Neste grupo, um dos entrevistados cita a ligação do
país com a moda, através da caracterização de uma identidade do produto nacional
valorizado fora dos limítrofes nacionais. Geograficamente, o mercado europeu,
principalmente o italiano, e o Mercado Comum do Sul, MERCOSUL, foram citados
como maiores oportunidades para a expansão dos negócios do setor. O trecho a seguir
ilustra a análise de um especialista:

85
Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterais e Ótica de Santa Catarina

[...] Atualmente, o Brasil é muito ligado à indústria da moda e


tornou-se um produtor de moda muito forte, mostrando a
identidade do produto nacional e buscando a valorização deste
no mercado externo. Então, com a facilitação do acesso à
exportação, o produto brasileiro tem grande possibilidade de
abrir novos nichos mercadológicos fora do país, visto que o
consumidor estrangeiro conhece o produto chinês, todavia
desconhece a qualidade do produto brasileiro. [...]

Seis dos entrevistados citam a inserção de outras regiões à abrangência do


empresariado local como proeminente oportunidade para a criação de novos nichos
de mercado para o empresariado de joias e semi joias, bijuterias e ótica de Santa
Catarina. Um destes destaca que as regiões Sul e Sudeste são facilmente exploráveis
devido à proximidade geográfica, entretanto destaca a adesão de outras regiões à
exploração do empresariado local, como destaca o excerto a seguir:

[...] O país não tem fronteiras e desta forma, levar o produto


local para outras regiões do país é uma boa opção para novos
mercados para a produção catarinense. As regiões Sul e
Sudeste são mais facilmente exploráveis devido à proximidade
geográfica. Entretanto, as regiões Norte e Nordeste são
importantes nichos de mercado para o produto local. [...]

3.3.3 Percepção do empresário sobre o setor de joias e semi joias, bijuterias e ótica

PERGUNTA 06: Na sua opinião, como o empresariado percebe este setor na


conjuntura atual? Quais suas expectativas e/ou frustrações?

A percepção do empresariado acerca da conjuntura do setor revela incertezas.


Para um dos entrevistados, a maior frustração para o produtor local é o produto
chinês, visto a qualidade e a velocidade com que este adentra ao mercado nacional.
Neste prospecto, o especialista destaca a deslealdade da concorrência deste produto
com o produto local, sendo inviável a competição salutar entre estes. Outro ponto
frustrante de acordo com um dos respondentes é queda das vendas para o setor e esta

86
Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

frustração está atrelada à luta pela consecução de novos mercados através da variável
preço, sendo caracterizada como fator decisivo para grande parte do público
consumidor e/ou para o varejista.
Metade dos entrevistados destacam principalmente frustrações quando
questionados acerca da conjuntura mercadológica do setor e dentro deste grupo, dois
especialistas citam a falta de preocupação do poder público em alavancar o
crescimento do setor, como ilustra o trecho a seguir:

[...] A legislação é demasiadamente dura para o empresariado


do setor de Gemas e Joias e desta forma, por vezes, torna-se
frustrante e desanimador continuar no segmento, devido à
falta de coordenação entre o produtor e os quadros
legisladores nacionais. [...]

Outro ponto negativo levantado por dois entrevistados é a falta de união entre
o empresariado em prol da criação de um núcleo regional de produtores do setor de
Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica, com vias de enfrentar o produto advindo do
mercado externo. Neste quesito, um especialista cita uma grande expectativa do
empreendedor localem criar organizações , como destaca o trecho a seguir:

[...] Existe uma expectativa em relação à percepção do


empresariado no intuito de unir o empreendedor catarinense
dentro de um grupo associativo, com vias de organizar o setor
produtivo. A possibilidade de criar um núcleo é interessante
para o empresariado, criando normas de comum acordo para o
setor. É importante convidar o empresariado a participar e
agregar conteúdo ao núcleo, não apenas confrontar quem está
de fora da associação. [...]

Outra expectativa citada por dois dos especialistas se dá em favor da criação de


um polo regional para o setor, com vias de buscar a inovação no design do produto
local, para elevar qualitativamente a expansão do setor joias, semi joias, bijuterias e
ótica no estado. Ademais, outro entrevistado destaca o trabalho na parte gerencial,
com o suporte e a capacitação ao empresariado como forte expectativa para o
produtor local, incitando a potencialização do empreendedorismo local. Neste ponto,

87
Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterais e Ótica de Santa Catarina

um dos entrevistados destaca o trabalho realizado pelo Sebrae/SC como relevante


para dar sustentação e notoriedade ao setor de joias e semi joias, bijuterias e ótica
catarinense. O trecho a seguir destaca esta análise:

[...] Todos alimentam boas expectativas dentro do setor de


Gemas e Joias no estado, porque tiveram as oportunidades
proporcionadas pelo Sebrae/SC na participação em feiras e
eventos para dar visibilidade ao produto local. O acesso a novos
mercados anima, abre clientes em outras regiões do Brasil, e
assim sendo, o empresariado percebe que seu produto tem
mercado naquela região e causa uma expectativa positiva
frente ao futuro do setor. [...]

3.4 A SITUAÇÃO DOS ASPECTOS DA LOGÍSTICA PARA O SETOR DE JOIAS E SEMI


JOIAS, BIJUTERIAS E ÓTICADE SANTA CATARINA

Esta última parte da análise procura integrar as percepções dos entrevistados


sobre aspectos da infraestrutura logística que atende ao mercado de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica.

3.4.1 Infraestrutura logística do setor de joias e semi joias, bijuterias e ótica

PERGUNTA 07: Como está a infraestrutura logística deste setor? Bem ou mal
estruturada? Com muitos ou poucos players (fornecedores, intermediários,
varejistas, consumidores)? O que seria, neste caso, uma boa infraestrutura para
atender as demandas atuais e futuras?

A gestão da cadeia logística (do inglês: Supply Chain Management)26, também


conhecida como gestão da cadeia de suprimentos ganhou bastante popularidade,
apesar de existir confusão sobre o seu significado. Esta noção é comumente utilizada
como um substituto de logística. No entanto, a definição de gestão da cadeia logística
é mais abrangente que o conceito de logística.

26
CHOPRA, Sumil e MEINDL, Peter.Supply Chain Management: Strategy, Planning, and Operation. New Jersey:
Prentice-Hall, Inc., 2001.

88
Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Na cadeia logística padrão, as matérias-primas são procuradas e os bens são


produzidos em uma ou mais fábricas, transportadas para depósitos como
armazenamento intermédio, e depois transportadas para os atacadistas distribuidores
e/ou clientes. A cadeia logística consiste de fornecedores, centros de fabricação,
armazéns e centro de distribuição, assim como matérias-primas, produtos no processo
de fabricação, e produtos finais que circulam entre as fábricas e os consumidores.
Neste prospecto, os entrevistados foram instigados a comentar sobre a condição atual
da infraestrutura logística do setor, seus atores e sobre qual seria a estrutura desejada
para atender as demandas atuais e futuras.
Acerca da infraestrutura logística para o setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias e
Ótica catarinense, três especialistas destacam a sua adequação frente à demanda
produtiva, citando o suprimento da distribuição da produção, não sendo perceptível a
existência de problemas relacionados à entrega do produto final. Por outro lado, sete
dentre os respondentes citam a inadequação da infraestrutura logística local como
preocupante para o produtor local. O ponto crítico citado por estes entrevistados
relata a presença de poucos fornecedores de matérias-primaspara do setor dentro do
estado, como destaca o excerto a seguir:

[...] O setor de Gemas e Joias no estado é pouco abastecido em


relação a fornecedores, e os fornecedores presentes não são
unidos enquanto classe. Ademais, dentre os fornecedores
presentes há bastante limitação, existindo problemas ou com
preços ou com prazos. [...]

Ademais, dois especialistas destacam o alto custo logístico local como fator
negativo para o setor no âmbito estadual. Estes citam o preço elevado da matéria-
prima importada do setor como grande percalço ao desenvolvimento no estado,
atrelada à dependência de um único modal de transportes em todo o país, o
rodoviário, citado por um dos especialistas como defasado para as necessidades do
empresariado do setor. Neste prospecto, dois entrevistados destacam a criação de um
polo regional com vias de fortalecer o empreendedor local, como ilustra o trecho a
seguir:

89
Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterais e Ótica de Santa Catarina

[...] A formação de um polo no sentido de viabilizar compras e


visitas para grandes mercados em viagens para o exterior
certamente seria um grande auxílio na formação da
infraestrutura adequada para o setor. [...]

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A interpretação das opiniões dos especialistas entrevistados buscou


objetivamente identificar e descrever quais as deficiências, dificuldades, tendências e
oportunidades da indústria de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Cantarina.
As informações coletadas e descritas neste relatório tencionam a formar um panorama
econômico deste setor para que apontamentos possam ser realizados em ações de
fomento ao mercado. Em geral identificou-se com a pesquisa:

 Quando questionados acerca do crescimento ou do declínio das atividades


do setor de joias e semi joias, bijuterias e ótica em Santa Catarina, metade
dos especialistas destaca o crescimento do setor, ao passo que outra
parteinferem o decréscimo, e apenas um respondente cita a estabilização
das atividades no segmento. O principal motivo postulado pelos
especialistas como responsável pelo declínio do setor é a superfluidade
deste tipo de produto dentro da cadeia de necessidades do consumidor.
Por outro lado, a totalidade do grupo dos entrevistados afirma que a
concorrência proveniente do mercado chinês é o fator que mais infere
preocupação para o empreendedor local. Com vias de confrontar esta
concorrência, três entrevistados citam a valorização do produto local como
oportunidade para manter o crescimento do setor no âmbito interno.
 Quando indagados acerca de dificuldades ao desenvolvimento do setor no
estado, ponto citado pelos especialistas é a facilidade da entrada no setor,
atrelando momentos de crescimento do segmento ao surgimento de
aventureiros em busca de ganhos momentâneos, fator negativo ao empresário
que trabalha continuamente no setor. A semelhança da produção como

90
Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

percalço ao crescimento do setor, inferindo a falta de diferenciação do produto


local é uma dificuldade para o empresariado deste setor. Outro ponto
levantado por um especialista é a velocidade desenfreada do consumo, visto
uma carência perene do consumidor por novidades no setor, o que exige
resposta rápida das empresas para antender esta demanda, o que nem sempre
é possível de atender.
 A concorrência existe no setor de acordo com a totalidade dos
entrevistados. Alguns entrevistados destacam a competição como fator
salutar para o desenvolvimento do setor, todavia apontamm a
informalidade como problema à evolução qualitativa do setor, visto a
capacidade de diferenciação por preço do produtor do mercado informal,
caso comparado ao produto advindo do mercado formal, que trabalha
dentro das regras do mercado. A deslealdade na competição dentro do
setor é pontuada no estudo. Geograficamente, maioria dos entrevistados
destaca o mercado chinês como maior fator fonte de competição do
produto local. Já no mercado interno, a concorrência mormenteprocede de
São Paulo, Minas Gerais e do interior do Rio Grande do Sul, três grandes
polos do setor. O preço é apontado como variável preponderante no
quesito concorrência, incitando a disparidade entre o mercado formal e o
mercado informal.
 Ao serem questionados sobre oportunidades para o setor de joias e semi
joias, bijuterias e ótica em Santa Catarina, o grupocitaa a agregação de valor
ao produto local como alternativa para o empresariado catarinense. Por
outro lado, o e-commerce surge como uma boa oportunidade para atender
novos mercados no seto. A internacionalização da produção local é citada,
visto a valorização do design do produto local fora dos limítrofes nacionais.
Geograficamente, a América Central é indicada como proeminente
oportunidade para o empreendedor catarinense. Outros entrevistados
acreditam na ampliação do mix de produtos como forma de criar novas
oportunidades ao empresariado catarinense, adequando a produção para o

91
Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterais e Ótica de Santa Catarina

segmento para equilibrar as vendas do empresariado, em momentos de


queda do mercado de joias e semi joias, bijuterias e ótica.
 Acerca de novos mercados consumidores para o setor, metade dos
entrevistados destaca a internacionalização da produção local como
oportunidade para o empresariado. O mercado europeu, principalmente o
italiano, e o MERCOSUL foram citados como maiores oportunidades para a
expansão dos negócios do setor. A inserção a outras regiões do país foi citada
por seis entrevistados, principalmente as regiões Sul e Sudeste devido à
proximidade geográfica. Entretanto, as regiões Norte e Nordeste são
importantes nichos de mercado para o produto local. Ademais, o setor de pode
usufruir dos eventos esportivos que o país sediará como oportunidades para a
criação de uma identidade nacional e consequentemente, para a absorção do
aporte financeiro estrangeiro que no país circulará.
 Quando perguntados acerca da conjuntura do setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica no estado é observável a frustração relacionada à
expansiva presença do produto importado no mercado local. A
despreocupação do poder público em alavancar o crescimento do setor,
além da falta de união do empresariado em prol da criação de um núcleo
regional de produtores do setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Óticasão
outras preocupações observadas pelo grupo. Neste prospecto, há a
expectativa da criação de um núcleo associativo, com vias de buscar a
inovação no design do produto local, para elevar qualitativamente a
expansão do setor do estado. Tambémfoi apontada a necessidade de
trabalho na parte gerencial, com o suporte e a capacitação ao empresariado
como forte expectativa para o produtor local, incitando a potencialização
do empreendedorismo local.
 Acerca da qualidade da infraestrutura logística que atende o setor de joias e
semi joias, bijuterias e ótica no estado, três dentre os especialistas
acreditam no suprimento desta em relação à distribuição da produção local.
Por outro lado, a maioria dos respondentes citam a inadequação da
infraestrutura logística local como preocupante para o produtor local. O

92
Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

ponto crítico citado por estes especialistas é a presença de poucos


fornecedores de matérias-primasdo setor no estado, incitando a elevação
dos preços praticados, bem como a impossibilidade do cumprimento dos
prazos estabelecidos. O alto custo da cadeia logística local e a dependência
exclusiva do setor produtivo em relação ao modal rodoviário são fatores
negativo para o setor no âmbito estadual.

93
Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterais e Ótica de Santa Catarina

ANEXOS

ANEXO A - ROTEIRO SEMIESTRUTURADO - FORMADORES DE OPINIÃO

O objetivo deste roteiro de pesquisa é obter o máximo de insights do especialista


entrevistado, sobre o mercado em pauta. A pergunta central é: Quais as deficiências,
dificuldades, tendências e oportunidades dos setores industriais em pauta? A seguir
o conjunto de perguntas acessórias deverá ser respondido conforme o seu conhecimento
e experiência sobre o mercado específico pelo qual foi contatado.

CONTROLE
Esta parte integra os dados do respondente e o setor da economia pelo qual irá comentar.

1. Nome completo do participante:


_____________________________________________________________________

2. Cargo do participante:
_____________________________________________________________________

3. Empresa ou instituição a qual é vinculado:


_____________________________________________________________________

4. Endereço completo da empresa ou instituição:


_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
5. Telefone para contato:
_____________________________________________________________________

6. E-mail do participante:
_____________________________________________________________________

7. CNPJ da empresa ou instituição:

8. Atividade principal da empresa ou instituição:


_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

94
Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterais e Ótica de Santa Catarina

9. Setor da economia pelo qual tecerá comentários neste questionário:

1. Produtos alimentícios e bebidas 7. Eletrometalmecânico


2. Confecção do vestuário e acessórios 8. Móveis
3. Calçados e artefatos de couro 9. Tecnologia da informação e comunicação 
4. Produtos de madeira  10. Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica
5. Prod. de borracha e de plástico  11. Náutica
6. Construção civil  12. Higiene pessoal, cosméticos e perfumaria

QUESTÕES SOBRE O MERCADO

As seguintes perguntas devem ser respondidas com maior ou menor intensidade, dependendo do
conhecimento e experiência do participante da pesquisa sobre o assunto em pauta.

10. Em linhas gerais, você percebe o mercado do setor de ____ em crescimento ou em declínio?
Comente os indicadores ou motivos.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

11. Quais seriam as principais dificuldades e ameaças que o setor ______ enfrenta em Santa
Catarina? E no Brasil?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

12. Comente sobre a situação atual da concorrência deste setor na região de Santa Catarina, Brasil
e mundo:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

13. E quais seriam as maiores ou mais interessantes oportunidades de mercado que você percebe
para este setor? Percebe diferenças regionais? País? Mundo? Comente.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

95
Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterais e Ótica de Santa Catarina

14. E quanto às expectativas de novos mercados consumidores para este setor? Comente também
por região, país e mundo, se puder.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

15. Como está a infraestrutura logística deste setor? Bem ou mal estruturada? Com muitos ou
poucos players (fornecedores, intermediários, varejistas, consumidores)? O que seria, neste caso,
uma boa infraestrutura para atender as demandas atuais e futuras?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

16. Na sua opinião, como o empresariado percebe este setor na conjuntura atual? Quais suas
expectativas e/ou frustrações?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

Aceito participar deste projeto e atesto a veracidade das informações por mim
prestadas, sendo estas disponibilizadas para publicação referente ao Estudo dos Polos
Industriais do PREC para o Programa NovaEconomia@SC.

Assim subscrevo:

Nome:________________________________________________________________
RG:______________________________________
Assinatura:____________________________________________________________
Entrevistado

Data: __/__/____
Local:________________________________________________________________

96
CAPÍTULO III - VISÃO DO EMPRESÁRIO
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

98
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

SUMÁRIO

1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES ______________________________________ 101


1.1 APRESENTAÇÃO ____________________________________________________ 101
1.2 OBJETIVO DO ESTUDO _______________________________________________ 101
2 ASPECTOS METODOLÓGICOS _________________________________________ 102
2.1 TIPO DE PESQUISA __________________________________________________ 102
2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA _____________________________________________ 102
2.3 COLETA DOS DADOS _________________________________________________ 103
2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA ____________________________________________ 103
3 ANÁLISE DOS DADOS ________________________________________________ 103
3.1 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DAS EMPRESAS __________ 104
3.1.1 Descrição da atividade econômica ______________________________________ 105
3.1.2 Região, município e polo das empresas __________________________________ 107
3.1.3 Início das atividades das empresas _____________________________________ 109
3.1.4 Número de colaboradores das empresas ________________________________ 111
3.1.5 Classificação de faturamento por porte das empresas ______________________ 113
3.1.6 Gênero dos entrevistados ____________________________________________ 115
3.1.7 Grau de escolaridade dos entrevistados _________________________________ 116
3.2 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: DEMANDAS
ATENDIDAS ________________________________________________________ 117
3.2.1 Mercados consumidores atendidos _____________________________________ 118
3.2.2 Gênero dos clientes _________________________________________________ 119
3.2.3 Faixa etária dos respondentes _________________________________________ 121
3.2.4 Classe social dos respondentes ________________________________________ 122
3.2.5 Principais razões de compra dos clientes finais ____________________________ 124
3.2.6 Influência sazonal de consumo ________________________________________ 127
3.2.7 Meses de variação sazonal ____________________________________________ 130
3.2.8 Prospecção de clientes finais __________________________________________ 133
3.2.9 Pesquisas de satisfação com clientes finais _______________________________ 134
3.2.10 Tipos de pesquisa de satisfação com clientes finais ______________________ 135
3.2.11 Grau de satisfação dos clientes finais__________________________________ 136
3.2.12 Frequência da pesquisa de satisfação _________________________________ 138
3.3 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: CADEIA DE
PLAYERS E CONJUNTURA DA ATIVIDADE _________________________________ 140
3.3.1 Canais de venda para acesso a clientes __________________________________ 140
3.3.2 Região de origem dos clientes finais ____________________________________ 142
3.3.3 Região de origem dos fornecedores_____________________________________ 145
3.3.4 Região de origem dos concorrentes _____________________________________ 148
3.3.5 Nível de concorrência do mercado _____________________________________ 151
3.3.6 Percepção sobre o mercado ___________________________________________ 153
3.3.7 Estágio atual da empresa: crescimento, estabilidade ou declínio ______________ 155
3.3.8 Taxa anual de crescimento em faturamento ou vendas na empresa ___________ 157
3.3.9 Taxa anual de declínio em faturamento ou vendas na empresa _______________ 159
3.3.10 Práticas de crescimento utilizadas na empresa __________________________ 161
3.3.11 Motivos de estabilidade/declínio em faturamento ou vendas na empresa ____ 163

99
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.3.12 Tipos de inovação desenvolvidas na empresa ___________________________ 165


3.3.13 Impacto das inovações na empresa ___________________________________ 167
3.3.14 Problemas ou desafios enfrentados pelo respondente ____________________ 168
3.3.15 Ações de acesso a novos mercados na empresa _________________________ 170
3.3.16 Resultados obtidos nas vendas com ações de acesso a novos mercados ______ 172
3.3.17 Oportunidades de novos mercados para a empresa ______________________ 174
3.3.18 Expectativas estratégicas da empresa _________________________________ 176
3.4 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE LOGÍSTICA DAS EMPRESAS _______________ 178
3.4.1 Modelos logísticos __________________________________________________ 178
3.4.2 Natureza da compra de mercadorias das empresas ________________________ 180
3.4.3 Dificuldades com fornecedores locais ___________________________________ 182
3.4.4 Poder de barganha da empresa em relação a fornecedores __________________ 184
3.4.5 Movimentação da produção na empresa ________________________________ 186
3.4.6 Canais de fornecedores da empresa ____________________________________ 187
3.4.7 Meios de intermediação das compras na empresa _________________________ 188
3.4.8 Quantidade de fornecedores na empresa ________________________________ 190
3.4.9 Quantidade de clientes na empresa_____________________________________ 193
3.4.10 Meios de transporte utilizados na logística de compra da empresa __________ 195
3.4.11 Meios de transporte utilizados na logística de venda e entrega da empresa ___ 197
3.4.12 Gestão de estoque na empresa ______________________________________ 198
3.4.13 Software de logística ______________________________________________ 199
3.4.14 Cadeia logística da empresa _________________________________________ 201
3.4.15 Sugestões de melhorias na infraestrutura e logística da empresa ___________ 203
3.4.16 Áreas da empresa com necessidade de investimentos ____________________ 205
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________________________ 207
4.1 SÍNTESE DE RESULTADOS _____________________________________________ 207
4.1.1 Perfil das empresas__________________________________________________ 207
4.1.2 Percepção do Mercado Atual – demandas atendidas _______________________ 208
4.1.3 Percepção do Mercado Atual – cadeia de players e conjuntura da atividade _____ 208
4.1.4 Análise das características de logística das empresas _______________________ 210
ANEXOS ________________________________________________________________ 212
ANEXO A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ________________________________ 212

100
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

1.1 APRESENTAÇÃO

A etapa de pesquisa de mercado, intitulada Visão do Empresário é uma


iniciativa do Programa Nova Economia@SC e procura em sua abordagem analisar o
cenário das empresas do Setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Óticade Santa
Catarina, no que diz respeito às percepções do empresariado sobre o seu mercado,
buscando conhecer a interação com os agentes econômicos (clientes, mercado
consumidor e fornecedores) e os aspectos da sua logística aplicada.
Neste cenário de pesquisa em âmbito estadual, serão considerados os polos
econômicos, também conhecidos como arranjos produtivos locais, do setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica em SC pelos quais serão caracterizados em aspectos de
mercado e logística neste Estudo.
Este trabalho faz parte da análise de doze setores econômicos no contexto
Catarinense, os quais se dividem em quarenta e sete polos industriais (descritos no
item 6 - Anexos), onde são observados em uma análise conjuntural de conglomerados
para fins de embasamento analítico de mercados, que subsidia informações para o
Programa NovaEconomia@SC.
O Polo analisado neste relatório:
 Polo Setorial de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica em Santa Catarina.

1.2 OBJETIVO DO ESTUDO

Objetivo de Levantar e caracterizar as principais percepções do empresariado


do setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Óticaem Santa Catarina, referente aos
aspectos da atividade, suas vantagens, desvantagens, dificuldades enfrentadas,
caracterizar o perfil da empresa, produção, empregados, faturamento e tempo de
atividade, bem como caracterizar o perfil do empresário e sua atuação no setor. Neste
trabalho também se observa a caracterização da cadeia de distribuição e produtiva,
transporte e armazenagem de mercadorias, insumos e produtos.

101
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

2 ASPECTOS METODOLÓGICOS

Para o alcance dos objetivos da presente pesquisa, dada à natureza deste


estudo, o delineamento metodológico seguido consta dos seguintes aspectos:

2.1 TIPO DE PESQUISA

A pesquisa é caracterizada por método quantitativo (mensuração da


quantidade de respostas, que possibilita a aplicação de inferência), de caráter
exploratório e descritivo (busca mensurar atitudes e opiniões da população de
empresas-alvo da pesquisa), com o processo de amostragem não probabilístico, com
amostra selecionada por casos típicos (empresas com características semelhantes,
sendo estas da indústria de joias e semi joias, bijuterias e ótica de micro e pequeno
porte). O corte da pesquisa é transversal, ou seja, a coleta dos dados ocorre num só
momento.

2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

A população da pesquisa é formada por pessoa jurídica, empresas de porte


pequeno e micro, pertencentes ao setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica,
instaladas em um polo industrial do Estado de Santa Catarina e que somam 96
empresas segundo dados da RAIS, 2011. A amostra é formada por 41 empresas,
extraída da margem de erro de 11% com índice de confiabilidade de 95%.

Tabela 1 - Distribuição amostral da pesquisa1


Amostra
Polo Regional Total de Empresas
Realizada
Polo Setorial de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica de
96 41
Estado de Santa Catarina
Total 96 41
Fonte: dados da pesquisa.

A Tabela 1 revela a proporção da amostra realizada no setor de joias e semi


joias, bijuterias e ótica, que se espalha por todo o Estado de Santa Catarina,
independente da concentração de empresas por região. Neste setor em particular não

102
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

se faz distinção regional neste estudo, em razão da baixa quantidade de empresas em


atividade. A CNAE deste estudo pertence ao grupo 32.1, fabricação de artigos de
joalheria, bijuterias e semelhantes, Classe 32.11-6 - Lapidação de gemas e fabricação
de artefatos de ourivesaria e joalheria, Classe 32.12-4 - Fabricação de bijuterias e
artefatos semelhantes.

2.3 COLETA DOS DADOS

A coleta de dados da pesquisa ocorreu por entrevista pessoal in loco, em


empresas referentes aos segmentos do setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica
descritos na Tabela 1 e detalhados no Gráfico 1 de análises. A abordagem com
empresas deu-se pela sua especificidade de atuação e disponibilidade em fornecer os
dados através de seus gestores, responsáveis pelo fornecimento das informações da
pesquisa e sujeitos de análise. As entrevistas ocorreram entre os meses de março e
junho de 2013, sendo a aplicação de entrevista via questionário estruturado com
perguntas abertas, fechadas e de múltipla escolha, previamente aprovadas pela
comissão responsável pela realização deste trabalho, do Sebrae/SC.

2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA

As análises da pesquisa restringiram-se às opiniões e comentários dos


empresários e gestores entrevistados do setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica,
inseridos no respectivo setor econômico catarinense.

3 ANÁLISE DOS DADOS

Esta parte tem como finalidade apresentar e analisar os resultados da


investigação sobre a percepção das empresas industriais catarinenses (setores e polos
identificados no capítulo 2), quanto aos aspectos do mercado onde estão inseridas, sua
percepção de futuro para o negócio e seu processo logístico. Está organizado em três
partes: na primeira são apresentados e analisados os dados relativos às características

103
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

socioeconômicas das empresas pesquisadas; a segunda analisa o mercado das


empresas; e a terceira descreve características de logística envolvidas no negócio.
No quesito apresentação das tabelas e gráficos do relatório, a dinâmica de
leitura é realizada na sequência em que as perguntas de pesquisa foram aplicadas aos
entrevistados (instrumento de coleta de dados consta em anexo). A análise segue
apresentando o gráfico sob o total de respostas, seguido dos cruzamentos da variável
em questão com a atividade econômica das empresas deste Estudo (expresso no
Gráfico 1), seguido da possibilidade de outros gráficos de correlação expressivos, mas
há exceções em que o gráfico cruzado substitui o total por conter esta informação. Ao
término, uma síntese geral apresenta as principais conclusões do trabalho.
Ressalta-se que, ao longo da análise, diversos gráficos são de múltipla resposta,
fator em que a soma das citações de pesquisa excede o total de respondentes,
ultrapassando 100% do total de respostas indicadas em gráficos desta natureza
(múltipla resposta). A análise cruzada realizada de uma variável de múltipla resposta
também pode ultrapassar o total de respondentes. Optou-se por este método em
razão da melhor interpretação do comportamento dos dados percentuais, sempre
apresentando os dados pelo total de empresas, ou seja, indicando quantas “empresas
entrevistadas” indicam cada alternativa de resposta do levantamento e não somente
quantas vezes uma alternativa foi marcada/indicada.

3.1 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DAS EMPRESAS

As categorias de análise das características das empresas pesquisadas foram:


ramo de atividade e o porte das empresas, o número de funcionários por empresa e o
nível de escolaridade dos entrevistados, cidade de instalação da empresa, data de
início das atividades, e faturamento, conforme demonstram os resultados a seguir.

104
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.1.1 Descrição da atividade econômica

Descreva sua principal atividade econômica:

Gráfico 1 – Atividade principal1

Fonte: dados da pesquisa.

O Gráfico 1 apresenta as atividades principais das empresas entrevistadas.


Entre as 3 atividades apresentadas, podemos citar que o ramo mais frequente é a
fabricação/recuperação de joias ou semi joias, com 48,8% do total dos respondentes,
seguido pela fabricação/montagem de artigos de bijuteria, com 43,9%. A fabricação e
comércio de óculos ocupa a terceira posição, com 7,3% das empresas, da amostra
total.

Gráfico 1.1 – Atividade Econônomica X Região natural de instalação2

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

105
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

O Gráfico 1.1 apresenta a distribuição da atividade econômica por região de


instalação. Em todas as atividades descritas no Gráfico 1, a região da Grande
Florianópolis destaca-se dentre as demais, tanto em quantitativos como em
percentuais. Na atividade de fabricação e recuperação de joias e semi joias, com 20%
dos respondentes deste segmento, encontra-se a Região Oeste. Em se tratando da
atividade de fabricação e montagem de artigos de bijuteria, a Região Sul ocupa a
segunda posição, com 16,7% da amostra neste segmento. A fabricação e comércio de
óculos da Região do Extremo Oeste contém apenas um de respondentes, nesta faixa
de resposta.

106
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.1.2 Região, município e polo das empresas

Cidade-região onde a empresa está instalada:


Gráfico 2 – Município de instalação das empresas3

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

107
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterais e Ótica de Santa Catarina

O Gráfico 2 correlaciona os municípios de instalação das empresas pesquisadas


e a respectiva região natural a que esta pertence. A orientação do gráfico é a leitura
pelo total da coluna, as quais fecham em 100% de respostas por regiões naturais de
Santa Catarina apresentada. É observável a maior concentração de respondentes nas
cidades mais populosas de cada região do estado de Santa Catarina. Destaque-se a
Região da Grande Florianópolis, com a maior concentração de empresas nas cidades
de São José, Flrorianópolis e Biguaçu.

Gráfico 2.1 – Região de instalação das empresas 4

Fonte: dados da pesquisa.

O Gráfico 2.1 apresenta a região de instalação das empresas entrevistadas sem


considerar a sua atividade econômica. Neste prospecto, a maior concentração de
empresas instaladas é na região da Grande Florianópolis, com 58,5% do total da
amostra, seguida pela Região Sul (12,2), em terceiro lugar a Região Oeste (9,8%) da
amostra.

108
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.1.3 Início das atividades das empresas

Data de início das atividades: (Questão convertida para “idade das empresas no
mercado”).

Gráfico 3 – Idade das empresas (referência de 2013)5

Fonte: dados da pesquisa.

A idade das empresas entrevistadas obtém uma variação máxima entre 2 anos
de existência até mais de 30 anos. Cerca de 4,9% das empresas tem 30 anos ou mais
de atividade, e o índice mais expressivo (34,1%) é de empresas com idades entre 2 e 4
anos. Atenta-se para o significativo índice de 19,5%, igual para duas faixas de resposta,
a das empresas com variação entre 5 e 6 anos, e das empresas com variação entre 10 e
19 anos de operação. O tempo médio de atividade é de aproximadamente 10 anos
para as empresas entrevistadas considerando o total de datas apresentadas.

109
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 3.1 – Idade das empresas X Atividade Econômica (referência de 2013)6

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna

O Gráfico 3.1 cruza os dados entre a atividade econômica e o tempo de


atividade da empresa no setor correspondente, sendo que a faixa de destaque para a
fabricação e montagem de artigos de bijuteria é entre 2 a 4, com 38,9%, seguido por
27,8% daqueles que indicaram a faixa de 5 a 6 anos. Já a fabricação e recuperação de
joias e semi joias possui 30% de empresas na faixa de 2 a 4, e 25% dos entrevistados na
faixa de 10 a 19 anos. É observável, ademais, que no segmento da fabricação e
comércio de óculos encontram-se apenas três respondentes, representando estes 1/3
nas faixas de 2 a 4 anos, 5 a 6 anos e de 20 a 29 anos. Empresas com mais de 30 anos
no mercado, com índice de 10% dos entrevistados, estão unicamente na atividade
econômica de fabricação e recuperação de joias e semi joias.
Considerando que a idade média das empresas corrigida é de 8 anos, constata-
se no referido gráfico que em todos os segmentos estudados, existem diversas
empresas “jovens”, com idade entre 2 e 6 anos, com mais de 50% de empresas num
universo de pesquisa composto por 41 respondentes.

110
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 3.2 – Idade média das empresas X Atividade econômica (referência de 2013)7

Fonte: dados da pesquisa.

O Gráfico 3.2 relaciona a média de idade das empresas por atividade


econômica, com idade média variando de 6 a 14 anos. Estes valores são vistos
respectivamente na fabricação/montagem de artigos de bijuteria e na
fabricação/recuperação de joias e semi joias.

3.1.4 Número de colaboradores das empresas

Número de colaboradores da empresa:

Gráfico 4 – Número de colaboradores8

Fonte: dados da pesquisa.

111
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Dentre as empresas entrevistadas, segundo o Gráfico 4, é verificável a


diversificação do número de colaboradores dos respondentes. O quantitativo mais
significativo refere-se ao fato de 58,5% (acumulado) das empresas do setor tem menos
de 5 empregados, ao passo que 17,1% informa ter de dez a dezenove colaboradores.
Apenas duas empresas relataram trabalhar com 50 a 99 colaboradores, representando
4,9% da amostra, mesmo percentual para aqueles respondentes de 8 a 9
colaboradores.

Gráfico 4.1 – Número de colaboradores X Atividade Econômica9

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O cruzamento entre o número de colaboradores das empresas e sua respectiva


atividade econômica é apresentado no Gráfico 4.1. O segmento de fabricação e
recuperação de joias e semi joias apresenta maior número de empresas com apenas
um colaborador, com 35% dos respondentes deste segmento. Ademais, é fato que o
segmento de fabricação e comércio de óculos demonstra não empregar mais de 3
colaboradores por empresa. Outrossim, no segmento de fabricação e montagem de
artigos de bijuteria a faixa 2 a 5 colaboradores, concentra cumulativamente 44,4% da
amostra nesta atividade econômica.

112
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 4.2 – Número médio de colaboradores X Atividade Econômica10

Fonte: dados da pesquisa.

O Gráfico acima, 4.2, destaca as médias e a variação mínimo-máxima de


colaboradores por empresa e atividade econômica no estado. O segmento com menor
média é a fabricação e comércio de óculos com média de dois colaboradores,
enquanto a maior média é de 10 colaboradores por empresa, característica do
segmento de fabricação e recuperação de joias e semi joias.

3.1.5 Classificação de faturamento por porte das empresas

Porte/Classificação da empresa (anual):

Gráfico 5 – Porte/Classificação da empresa11

Fonte: dados da pesquisa.

O Gráfico 5 apresenta a classificação das empresas entrevistadas segundo o seu


faturamento declarado. Cerca de 68,3% das empresas são Microempresas e faturaram

113
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

em 2012 até R$ 360 mil e 26,8% são Empresas de Pequeno Porte, com faturamento
entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões.

Gráfico 5.1 – Atividade Econômica X Porte/Classificação da empresa 12

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em linha.

O Gráfico 5.1 indica a correlação entre a atividade econômica das empresas por
porte/classificação de acordo com seu faturamento em Santa Catarina. O gráfico infere
que a concentração de Microempresas é superior à concentração de Empresas de
Pequeno Porte em todos os segmentos estudados. Na primeira categoria observa-se
que o segmento de fabricação/montagem de artigos de bijuteria contém o maior
percentual dentre os demais, 77,8%. A segunda categoria, Empresas de Pequeno
Porte, a fabricação/recuperação de joias e semi joias contém o maior quantitativo de
respondentes. A categoria de Empreendedor Individual aparece apenas no segmento
de fabricação/montagem de artigos de bijuteria.

114
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.1.6 Gênero dos entrevistados

Sexo do entrevistado:
Gráfico 6 – Gênero dos respondentes13

Fonte: dados da pesquisa.

De acordo com o Gráfico 6 – Gênero dos respondentes constata-se que mais da


metade dos entrevistados são mulheres, sendo que o gênero masculino representa
43,9% da amostra.

Gráfico 6.1 – Gênero dos respondentes X Atividade econômica14

Fonte: dados da pesquisa:


Nota: realizar a leitura em linha.

O Gráfico 6.1 apresenta a distribuição por segmento do gênero dos


respondentes. Para a fabricação e montagem de artigos de bijuteria, quase a

115
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

totalidade dos respondentes é feminina (83,3%). Já para a fabricação e recuperação de


joias e semi joias e na fabricação e comércio de óculos a predominância é do sexo
masculino, com 65% e 66,7% e respectivamente.

3.1.7 Grau de escolaridade dos entrevistados

Grau de escolaridade do entrevistado:

Gráfico 7 – Grau de escolaridade dos respondentes15

Fonte: dados da pesquisa

Conjunto significativo de entrevistados tem, segundo o Gráfico 7, o ensino


superior completo (36,6%) sendo este o índice mais significativo, ficando à frente do
ensino médio completo (29,3%). Observa-se na amostra a presença de gestores com
ensino fundamental incompleto, que se somado aos respondentes que informaram ter
ensino fundamental completo, atinge 4,8% da amostra. Apenas um entrevistado
possui pós-graduação e esta é de mestrado.

116
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 7.1 – Grau de escolaridade dos respondentes X Atividade Econômica16

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em linha.

O Gráfico 7.1 apresenta o nível de escolaridade dos entrevistados de acordo com


a atividade econômica por estes desempenhada. É observável que o grau de Ensino
Superior Completo perpassa todos os segmentos do estudo, destacando-se na
fabricação e montagem de artigos de bijuteria (38,9%), seguido por 35% dos
respondentes, do segmento de fabricação e recuperação de joias e semi joias. No
segmento de fabricação e comércio de óculos observa-se que 2 dos 3 respondentes
possuem ensino médio completo. A fabricação e recuperação de joias ou semi joias é
o único segmento da pesquisa com entrevistado com Ensino Fundamental Completo,
5% dos respondentes, bem como com o único respondente com mestrado,
representando 5% da amostra neste segmento.

3.2 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: DEMANDAS


ATENDIDAS

Esta seção apresentará os resultados da análise das características da demanda


das empresas estudadas, suas características e práticas de gestão de clientes. É

117
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

composta por quatorzes variáveis que explicam a demanda das empresas de joias e
semi joias, bijuterias e ótica de Santa Catarina.

3.2.1 Mercados consumidores atendidos

Quais mercados a sua empresa atende?

Gráfico 8 – Mercados Atendidos17

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 8 refere-se à distribuição de mercados atendidos pelas empresas


pesquisadas. O consumidor final é o mercado atendido pela maioria dos respondentes,
82,9% dentre o grupo, seguido pelo consumidor corporativo, com índice de 56,1%%
das respostas. Já na esfera do poder público, cumulativamente, os governos
municipais e estaduais são atendidos por 4,8% dos respondentes.

Gráfico 8.1 – Mercados Atendidos X Atividade Econômica18

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

118
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

O Gráfico 8.1 cruza as informações das atividades econômicas com seus


respectivos mercados atendidos. É relevante salientar que uma mesma empresa do
setor costuma atender a diversos mercados. O foco majoritário das empresas
pesquisadas é principalmente no atendimento ao consumidor final, com índices
superiores a 65% em todos os segmentos estudados, cujo ápice de 100% dos
respondentes, concentra-se no segmento de fabricação e venda de óculos. O segundo
mercado refere-se ao atendimento às empresas, com índices elevados em alguns
segmentos, como na fabricação e montagem de artigos de bijuteria, onde a maioria
dos pesquisados (72,2%) declaram priorizar o atendimento a este nicho
mercadológico. No segmento de fabricação e recuperação de joias e semi joias,
ocorrem as únicas citações relativas ao atendimento do poder público.

3.2.2 Gênero dos clientes

Sexo (predominante) dos clientes:

Gráfico 9 – Gênero dos clientes19

Fonte: dados da pesquisa.

119
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

O Gráfico 9 refere-se ao gênero predominante dos clientes das empresas


pesquisadas. O índice com maior citação, 48,8% das respostas, relata o atendimento
ao sexo femininoenquanto 31,7% dos respondentes atendem a ambos os sexos. O
índice de empresas que atendem exclusivamente o público formado por homens é
zero. Os 19,5% de não resposta da amostra, representam aquelas empresas que
atendem prioritariamente clientes Pessoa Jurídica.

Gráfico 9.1 – Gênero dos clientes X Atividade Econômica20

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em linha.

De acordo com o cruzamento entre o gênero dos clientes e a atividade


econômica dos respondentes, é verificável que a predominância do atendimento aos
clientes pelas empresas entrevistadas é do gênero feminino, principalmente na
fabricação e montagem de artigos de bijuteria, onde 61,1% dos respondentes
destacam as mulheres como o foco do atendido. Já nos segmentos de fabricação e
comércio de óculos e de fabricação e recuperação de joias e semi joias, uma parcela
significativa afirmaatender a ambos os sexos, sendo que no primeiro concentra-se a
totalidade de respondentes daquele setor.

120
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.2.3 Faixa etária dos respondentes

Faixa Etária (predominante) dos clientes:

Gráfico 10 – Faixa etária dos clientes21

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 10 ilustra a faixa etária dos clientes dos segmentos estudados.


Majoritariamente, o público-alvo é formado por adultos, com 51,2% das respostas,
seguido pelo público jovem, com 31,7%, enquanto idosos são citados por apenas
19,5% dos inquiridos. Dentre o grupo, 24,4% dos entrevistados citam a abrangência de
todas as faixas etárias como público-alvo. Os19,5% dos respondentes que estão na
faixa Não resposta representam as empresas que atendem prioritariamente a clientes
Pessoa Jurídica.

Gráfico 10.1 – Faixa etária dos clientes X Atividade Econômica22

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em linha.

121
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

O Gráfico 10.1 cruza os dados entre faixa etária predominante dos clientes da
amostragem e suas respectivas atividades econômicas. O predomínio do público
adulto faz-se presente em dois dos segmentos pesquisados, com índice mais
significativo para a fabricação e comércio de óculos, com 66,7% dos respondentes que
afirmam atender principalmente a este público. Ademais, é observável que na
fabricação e montagem de artigos de bijuteria existe atendimento a jovens, com 38,9%
dentre os inquiridos. O índice Todas as faixas é mais expressivo na fabricação e
comércio de óculos, onde 33,3% dos respondentes situam-se nesta faixa de resposta.
Neste segmento encontra-se o maior percentual para o atendimento aos idosos, 66,7%
das amostras neste segmento, se comparado às outras duas atividades analisadas.

3.2.4 Classe social dos respondentes

Classe social (predominante) dos clientes:

Gráfico 11 – Classe social dos clientes23

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 11 analisa o perfil dos clientes por classe social, sendo verificável que
26,8% das empresas não distinguem seu público por classe social. Dentre aqueles que
distinguem, a classe B tem índice de maior expressividade, com 34,1% das empresas

122
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

respondentes, seguido pelas classes A e C, ambas com 29,3% as respostas. A classe D


também se faz presente dentre os públicos atendidos, porém com baixo percentual.

Gráfico 11.1 – Classe social dos clientes X Atividade Econômica24

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em linha.

O
Gráfico 11.1 cruza os dados entre classe social predominante dos clientes dos
respondentes e a atividade econômica das empresas pesquisadas. A categoria “Todas
as Classes” é predominante no segmento da fabricação e venda de óculos, onde 66,7%
dos respondentes atendem a todas as classes sociais. A fabricação e montagem de
artigos de bijuteria tem amplo destaque no atendimento às classes A e B, com 38,9% e
44,4% de respondentes em cada uma destas faixas de resposta. Já a fabricação e
recuperação de joias e semi joias tem maior destaque para o atendimento à classe C,
com 40% dos respondentes. Fato relevante, as empresas dos segmentos de fabricação
e comercialização de óculos, e de fabricação e montagem de artigos de bijuteria
relatam não atender a classe D.

123
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.2.5 Principais razões de compra dos clientes finais

Quais as principais razões de compra dos clientes da empresa?

Gráfico 12 – Principais razões de compra dos clientes finais25

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 12 destaca os atributos citados pelos clientes finais como principais


razões na hora da compra, de acordo com os empresários. É verificável a
complementaridade entre estes atributos, razão pela qual a totalidade das respostas
ultrapassa 100%. O ponto citado com maior significância é a qualidade do produto ou
serviço ofertado, atingindo 78% das respostas, seguido por preço competitivo, com
61%; e em terceiro lugarestá a beleza e o design do produto, com 56,1% do grupo
entrevistado. É destaque que alguns entrevistados acreditam que seus clientes
adquirem seus produtos devido ao status deste. Nota: a opção outros significa mais
variedade; criar peças exclusivas; melhorar o atendimento, trabalhar com cristais
certificados de alta qualidade.

124
Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterais e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 12.1 – Principais razões de compra dos clientes finais X Atividade Econômica26

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna

O Gráfico 12.1 indica o cruzamento das principais razões de compra dos


clientes com a atividade econômica das empresas pesquisadas. A totalidade dos
segmentos destaca a qualidade como principal razão de compra dos clientes, atingindo
o ápice no segmento de fabricação e montagem de artigos de bijuteria. O fator preço é
outro atributo de compra consideravelmente importante para os clientes, com índice
de 70% dos respondentes na atividade de fabricação e recuperação de joias e semi
joias. A beleza e o design do produto final é o segundo atributo mais citado pelas
empresas do segmento de fabricação e montagem de artigos de bijuteria, 72,2%. A
forma de pagamento influencia a decisão de compra dos clientes, segundo 30% dos
respondentes da fabricação e recuperação de joias e semi joias.

125
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Quem ou o que principalmente influencia a compra dos produtos da sua empresa?

Gráfico 13 – Principais influências na venda dos produtos da empresa27

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 13 destaca as principais influências na venda dos produtos e serviços


das empresas respondentes, sendo a indicação de terceiros citada por 70,7% dos
entrevistados, seguida por propaganda com 43,9%. A ação do promotor/vendedor é
considerada como influenciador de compra para 31,7% da amostra. Ações no ponto de
venda – PDV são citadas por 39% dos entrevistados.

Gráfico 13.1 – Principais influências na venda dos produtos da empresa X Atividade


Econômica28

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

126
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

O Gráfico 13.1 correlaciona os fatores que influenciam a venda de produtos e a


atividade econômica das empresas pesquisadas. A indicação de terceiros tem o maior
poder influenciador da maioria dos polos, com destaque na fabricação/montagem de
artigos de bijuteria e na fabricação e recuperação de joias e semi joias, com 77,8% e
70% dos respondentes, respectivamente. O uso da propaganda é citado pela
totalidade dos respondentes da fabricação e comercialização de óculos como principal
influenciador dos consumidores. Observa-se que no segmento de fabricação e
montagem de artigos de bijuteria, a interferência da ação do promotor/vendedor é
apontada por metade dos entrevistados deste segmento, ao passo que ações no PDV
são bastante significativas no segmento de fabricação e recuperação de joia e semi
joia.

3.2.6 Influência sazonal de consumo

Há alterações sazonais de compra/consumo dos produtos da empresa (por parte dos


clientes)?

Gráfico 14 – Alterações sazonais de consumo29

Fonte: dados da pesquisa.

As alterações sazonais de consumo expressam a variação no volume de vendas


das empresas entrevistadas em um determinado intervalo de tempo, envolvendo a
periodicidade em meses que há aumento ou queda significativa nas vendas ou receitas
das empresas.
O gráfico acima indica que para a maioria dos respondentes, 68,3%, há
influência sazonal significativa nas vendas de seus produtos e serviços. Por outro lado,

127
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

31,7% dos entrevistados afirmam não haver influência significativa da sazonalidade no


volume de venda de seus produtos e serviços.

Gráfico 14.1 – Alterações sazonais de consumo X Atividade Econômica

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em linha.

O Gráfico 14.1 cruza a influência sazonal com a atividade econômica em que as


empresas estudadas atuam. Dois dentre os segmentos destacam que há mais de 70%
de influência sazonal significativa nas vendas de seus produtos e serviços, são eles:
fabricação e recuperação de joias e semi joias e fabricação e montagem de artigos de
bijuteria A contraponto, 2respondentes da fabricação e comércio de óculos afirmam
não existir influência da sazonalidade nas vendas de seus produtos.

Gráfico 14.2 – Importância da Alteração sazonal de consumo30

Fonte: dados da pesquisa

Quando existe aumento de vendas advindo da influência sazonal, afirma-se que


esta é positiva ao empresariado, enquanto no momento de queda de vendas ou

128
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

faturamento no período indica influência sazonal negativa. Dentro da amostra, 31,7%


dos inquiridos creem na influência sazonal de forma negativa, ao passo que para 34,1%
dos entrevistados esta influência eleva as vendas ou o faturamento no período. É
relevante citar que 34,1% de entrevistados que afirma que a sazonalidade é
insignificante para o negócio. É interessante observar o equilíbrio entre as respostas,
denotando os diferentes efeitos da sazonalidade sobre as empresas.

Gráfico 14.3 – Importância da Alteração sazonal de consumo X Região-Polo31

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em linha.

O Gráfico 14.3 cruza a importância da alteração sazonal com a atividade


econômica das empresas pesquisadas. A sazonalidade positiva tem ligeira expressividade
na fabricação e recuperação de joias e semi joias comparada aos outros segmentos.
Enquanto a influência negativa é percebida mais intensamente pelo segmento da
fabricação e montagem de artigos de bijuteria, com 38,9% dos respondentes deste
segmento. Aqueles que consideram esta influência insignificante são 66,7% dos
respondentes da fabricação e comércio de óculos.

129
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.2.7 Meses de variação sazonal

Em caso positivo, quais? (citar meses em que há variação sazonal nas vendas)

Gráfico 15 – Meses de variação sazonal32

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 15 destaca os meses com maior alteração sazonal para as empresas


entrevistadas. O maior índice observado, 31,7% dos entrevistados, não sabe responder
a este questionamento, sendo passível de inserção a premissa da ausência de um
estudo em relação a este tópico. Dentre aqueles que responderam o levantamento, o
período mais significativo de variação ocorre no mês de junho, com índice de 26,8%,
correspondendo a onze citações. Outros meses despontam como relevantes em se
tratando de sazonalidade, como por exemplo, julho, agosto, novembro e janeiro, todos
com o mesmo percentual de 19,5%, sendo este o segundo maior índice da
amostragem entrevistada. O mês de menor impacto sazonal é setembro, com apenas
três citações.

130
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 15.1 – Meses de variação sazonal X Atividade Econômica 33

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 15.1 correlaciona os meses de variação sazonal com a atividade


econômica desempenhada pelas entrevistadas pesquisadas. Para a fabricação e
montagem de artigos de bijuteria observa-se que os meses de novembro, janeiro e
julho contêm o maior percentual de respondentes neste segmento, com 33,3% e
27,8% respectivamente. O segmento de fabricação e recuperação de joias e semi joias
percebe no mês de junho o maior impacto da sazonalidade. Já, igualitariamente
distribuído nos meses de abril, maio e junhoo setor de fabricação e comércio de óculos
se ressente da sazonalidade.

131
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 15.2 – Meses de variação sazonal X Importância da Alteração sazonal de consumo34

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 15.2 evidencia a relação entre os meses em que há influência sazonal


nas vendas e o resultado desta influência, positiva (aumento em vendas) ou negativa
(queda nas vendas/faturamento). A maior influência da sazonalidade de forma
negativa nas empresas entrevistadas ocorre nos meses de janeiro e junho, com 61,5%
e 53,8% dos respondentes da amostra. Os resultados mais expressivos da
sazonalidade, influenciando positivamente ocorrem nos meses de maio e novembro,
com 35,7% e 57,1% respectivamente, dentre os inquiridos.

132
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.2.8 Prospecção de clientes finais

A empresa realiza prospecção de clientes?

Gráfico 16 – Prospecção dos clientes finais35

Fonte: dados da pesquisa.

Baseado em respostas diretas dos respondentes, o Gráfico 16 destaca a


questão da prospecção de clientes, influenciando ativamente na captação de novos
clientes para a empresa. A diferença entre os índices, positivo e negativo é pequena,
entretanto aqueles que realizam prospecção de clientes são em maior proporção,
58,5%, ao passo que 41,5% não realizam prospecção de clientes, de acordo com os
entrevistados.

Gráfico 16.1 – Prospecção dos clientes finais X Atividade econômica36

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em linha.

O Gráfico 16.1 indica as atividades econômicas em que as empresas mais


realizaram atividades prospectivas para o seu negócio. O índice mais relevante para a
prospecção de clientes ocorre na fabricação e montagem de artigos de bijuteria e na

133
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

fabricação e comércio de óculos, ambos com 66,7% dos entrevistados. A contraponto,


o maior percentual de empresas que não executam a prospecção de clientes ocorre na
fabricação e recuperação de joias e semi joias, onde 50% dos entrevistados afirmam
isto.

3.2.9 Pesquisas de satisfação com clientes finais

A empresa realiza pesquisa de satisfação de clientes?

Gráfico 17 – Pesquisa de satisfação com clientes finais37

Fonte: dados da pesquisa.

De acordo com o gráfico acima, 70,7% das empresas entrevistadas não realizam
pesquisa de satisfação com seus clientes, enquanto 29,3% dos respondentes afirmam
realizar este procedimento de análise.

Gráfico 17.1 – Pesquisa de satisfação com clientes finais X Atividade Econômica 38

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em linha.

Segundo o Gráfico 17.1, a atividade econômica que mais realiza a pesquisa de


satisfação com clientes é na fabricação e montagem de artigos de bijuteria com 38,9%.
Por outro lado, o índice daqueles que não fazem este procedimento de análise é

134
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

superior na fabricação e recuperação de joias e semi joias comportando 80% dos


respondentes deste segmento.

3.2.10 Tipos de pesquisa de satisfação com clientes finais

Como realiza pesquisa de satisfação de clientes?

Gráfico 18 – Tipos de pesquisa de satisfação com clientes finais39

Fonte: dados da pesquisa.

O Gráfico 18 demonstra que dentre aqueles que realizam pesquisa de


satisfação, 26,8% utilizam a equipe interna para este, ao passo que apenas 1 dos
respondentes contratam empresas de pesquisas para este fim. Entretanto, é
característica de 70,7% dos entrevistados não utilizar este procedimento analítico.

Gráfico 18.1 – Tipos de pesquisa de satisfação com clientes finais X Atividade Econômica40

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

135
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

O cruzamento do tipo de pesquisa de satisfação com clientes com o segmento


das empresas pesquisadas indica que 55,2% dos entrevistados que não realizam este
tipo de pesquisa são da fabricação e recuperação de joias e semi joias. Todavia, para
aqueles que realizam pesquisa, o segmento de fabricação e montagem de artigos de
bijuteria, destaca-se com mais da metade dos respondentes que utilizam a equipe
interna para esta finalidade. É observável, ademais que o único respondente que
contrata empresa de pesquisa é deste segmento.

3.2.11 Grau de satisfação dos clientes finais

Qual o grau de satisfação dos clientes?

Gráfico 19 – Grau de satisfação dos clientes finais41

Fonte: dados da pesquisa

De acordo com a pesquisa, os respondentes independentemente de realizarem


ou não pesquisa de satisfação, inferem alguma percepção sobre esse indicador junto
ao seu cliente final, seja esta, por meio de observação, ou declaração espontânea dos
clientes, ou outro meio qualquer de avaliação desta percepção. Considerando esta
colocação, observa-se que para os entrevistados, 39% dos seus clientes estão muito
satisfeitos, ao passo que 41,5% encontram-se satisfeitos com a empresa que vende o
produto em questão. Apenas oito entrevistados acreditam que seus clientes julgam
aceitáveis seus produtos.

136
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 19.1 – Grau de satisfação dos clientes finais X Atividade Econômica42

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em linha.

O Gráfico 19.1 relaciona o grau de satisfação dos clientes e a atividade


econômica das empresas pesquisadas. Na fabricação e comercialização de óculos
66,7% dos clientes estão muito satisfeitos, ao passo que 44,4% dos entrevistados da
fabricação e montagem de artigos de bijuteria está satisfeito, frente a 40% dos
respondentes da fabricação e recuperação de joias e semi joias. Em duas atividades
pesquisadas, os quantitativos de respondentes da opção “Regular” são iguais a quatro,
embora os percentuais sejam diferentes na fabricação e montagem de artigos de
bijuteria (22,2%) e na fabricação e recuperação de joias e semi joias (20%).

137
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.2.12 Frequência da pesquisa de satisfação

Qual a frequência destas pesquisas?

Gráfico 20 – Frequência da pesquisa de satisfação43

Fonte: dados da pesquisa.

Entre as empresas da amostra, 7,3% afirmam que suas pesquisas de satisfação


são realizadas com frequência mensal, junto a seus clientes, seguidos por 4,9% que
aponta frequência bimestral. O índice de 2,4% se repete para a frequência anual e
trimestral. A frequência “esporadicamente” que significa uma aleatoriedade na
execução da pesquisa, é a indicação de 12,2% da amostra.

138
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 20.1 – Frequência da pesquisa de satisfação X Atividade Econômica44

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna

Segundo o Gráfico 20.1, o segmento de fabricação e recuperação de joias e


semi joias concentra a maior parte de empresas que realizam pesquisas de satisfação
mensalmente com seus clientes (10% do segmento). Este mesmo segmento contém o
maior índice de empresas que não realizam este tipo de pesquisa, com 80% das suas
empresas com esta conduta, que se replica em 66,7% das empresas do segmento de
fabricação e venda de óculos, e em 61,1% no segmento de fabricação e montagem de
artigos de bijuteria. O único segmento que informou a realização de pesquisa de
satisfação anualmente foi o de fabricação e recuperação de joias e semi joias. O
segmento de fabricação e montagem de artigos de bijuteria obteve o maior percentual
de empresas (22,2%) que realiza esporadicamente pesquisa de satisfação.

139
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.3 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: CADEIA DE


PLAYERS E CONJUNTURA DA ATIVIDADE

Esta seção apresentará os resultados da análise das características de


suprimentos da cadeia de mercado ou players (clientes, fornecedores e concorrentes)
e da conjuntura da atividade da empresa ante o mercado (práticas, problemas
enfrentados, novos mercados). É composta por dezenove variáveis que explicam a
conjuntura do mercado das empresas de joias e semi joias, bijuterias e óticaem Santa
Catarina.

3.3.1 Canais de venda para acesso a clientes

E quais seriam os seus canais de vendas?

Gráfico 21 – Canais de venda45

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

Os canais de vendas utilizados pelos entrevistados são abordados no Gráfico


21. A ampla maioria dos respondentes, 73,2% destaca a venda direta como melhor
forma de acessar seus clientes ou potenciais clientes para venda de seus
produtos/serviços. Outro canal de venda com elevado índice de citações é o
atacadista/distribuidor, com 46,3% dos respondentes, seguido pelo canal varejista,
com 26,8%. A Internet apresenta-se como importante canal de vendas para o setor, de
acordo com entrevistados, sendo que a soma dos respondentes que usam os canais de

140
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

venda via site próprio e/ou via outros sites ou redes sociais chega a 36,6% das
respostas.

Gráfico 21.1 – Canais de venda do cliente X Atividade Econômica46

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

A análise do Gráfico 21.1 é o cruzamento entre canais de vendas e as atividades


econômicas do estudo, tendo como premissa a utilização de diversos canais de vendas
para o cliente por uma mesma empresa. A venda direta é predominante em dois dos
três segmentos estudados, são eles: recuperação de joias e semi joias/fabricação e
montagem de artigos de bijuteria e fabricação, com 85% e 61,1% de respondentes. O
uso de Atacadista/Distribuidor é destacado no segmento da fabricação e comércio de
óculos, cujo percentual é igual ao canal de venda direta ao cliente final, ambos com
66,7% de entrevistados, nesta esfera da pesquisa. O uso da internet via site próprio
destaca-se no segmento de fabricação e montagem de artigos de bijuteria, perante os
outros segmentos estudados, com 38,9% de citações. O uso da internet via outros sites
ou redes sociais é exclusivamente feito por empresas deste segmento.

141
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.3.2 Região de origem dos clientes finais

Seus principais clientes são originários, em sua maior parte:

Gráfico 22 – Região de origem dos clientes finais47

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

Segundo o Gráfico 22, as empresas do setor pesquisadas atuam localmente no


que concerne ao atendimento aos clientes, uma vez que 65,8% (acumulado) da
amostra informa que seus clientes provêm de outros bairros do município ou do bairro
onde a sua empresa está instalada. Cerca de 43,9% abrange a região onde a empresa
se localiza, envolvendo as cidades do entorno à sua localização ou da microrregião
geográfica. Cerca de 31,7% atende a outras regiões do Estado de Santa Catarina e
24,4% aos estados do Sul do Brasil, índice superior aos 22% que atendem Estados de
outras regiões do Brasil. Aquelas empresas que têm seus clientes no exterior
representam 4,9% da amostra total. Tais percentuais nos permitem afirmar que a
origem dos clientes é variada, tendo importância além da atuação local, uma clientela
de amplitude estadual e mesmo fora do estado de Santa Catarina.
As descrições destas regiões do Estado, de outros estados do país ou de outros
países estão dispostas no Gráfico 22.2

142
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 22.1 – Região de origem dos clientes finais X Atividade Econômica 48

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 22.1 correlaciona a atividade econômica e a região que os clientes


estão instalados, baseando-se na premissa de que uma mesma empresa tem diversos
clientes, oriundos de diferentes regiões. O segmento de fabricação e montagem de
artigos de bijuteria indica que seus clientes estão localizados principalmente noutras
regiões do Estado, bem como noutros estados do sul do Brasil, ambos com o mesmo
percentual, 38,9% de citações. No segmento de fabricação e recuperação de joias e
semi joias, a metade dos clientes são oriundos da região onde a empresa se localiza, e
cerca de 40% originários de outros bairros do município de instalação das empresas. Já
a fabricação e comercialização de óculos atende principalmente clientes dentro dos
limites do município. Atender estados de outras regiões do país e vender para o
exterior é realizado por apenas dois segmentos do estudo, a fabricação e montagem
de artigos de bijuteria e a fabricação e recuperação de joias e semi joias.

143
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 22.2 – Descrição da região de origem dos clientes finais - Composto de 3 gráficos49

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 22.2 está relacionado ao Gráfico 22 o qual descreve a origem de


instalação dos clientes das empresas entrevistadas (respostas espontâneas) e
representa um seccionamento deste em 3 gráficos que tem em sua origem respostas
diferentes para as categorias de respostas apresentadas no Gráfico 22 e foi
particionado da seguinte forma:

 O Gráfico “1: Origem dos clientes – Regionais SC” apresenta a distribuição


de respostas por mesorregiões do Estado em que os clientes estão
instalados e que foram citadas na alternativa “De outras regiões do
Estado” no Gráfico 24. As regiões mormente citadas são a Grande
Florianópolis, a Foz do Itajaí e o Oeste, com 56,1%, 14,6% e 12,2% dos
respondentes, respectivamente;
 O Gráfico “2: Origem dos clientes – Estados” apresenta a distribuição de
respostas por Estados do Brasil. Nota-se que o estado de São Paulo é o
mais citado no grupo dos entrevistados, seguido pelo Rio Grande do Sul e
o Paraná. Estas respostas foram citadas na alternativa “De Estados de
outras regiões do País:” no Gráfico 22;

144
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

 O Gráfico “3: Origem dos clientes – Países” apresenta a distribuição de


respostas por outros países em que os clientes estão instalados e que
foram citadas na alternativa “Do exterior” no Gráfico 22. Quase que em
sua totalidade, os clientes dos respondentes situam-se dentro dos limites
nacionais, sendo que apenas dois entrevistados citam negócios fora
destes limites, um para o Panamá, outro para Portugal.

3.3.3 Região de origem dos fornecedores

Seus principais Fornecedores são originários, em sua maior parte:

Gráfico 23 – Região de origem dos fornecedores50

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

Neste levantamento, o índice total ultrapassa 100%, devido à possibilidade de


múltiplas respostas por um mesmo entrevistado. De acordo com o Gráfico 23, as
empresas pesquisadas têm elevada dependência de fornecedores de fora do estado de
Santa Catarina visto que os entrevistados relatam que seus fornecedores são de
estados de outras regiões do Brasil e do exterior, que somam 85,4% das respostas. É
observável, ademais, a inferior relevância de fornecedores situados nos limítrofes
municipais para o empresariado entrevistado, cujo índice é de apenas 2,4%. Para
24,4% dos entrevistados, existem fornecedores dentro do estado de Santa Catarina,
sejam estes da região ou proveniente de outras regiões do estado onde as empresas
pesquisadas estão situadas. Ademais, 39% da amostra relata que compram de
fornecedores de outros estados do sul do Brasil.

145
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 23.1 – Região de origem dos fornecedores X Atividade Econômica51

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 23.1 revela distribuição semelhante ao Gráfico 23, corroborando a


tendência da dependência do fornecedor de outros estados do Brasil, em todos os
segmentos do estudo, com índice exacerbado para a fabricação e recuperação de joias
e semi joias com 85% de respondentes. O estudo revela que no segmento de
fabricação e montagem de artigos de bijuteria contém o maior quantitativo de
empresas que compram mais de empresas dentro dos limites do Estado, totalizando
nove respondentes. Em se tratando dos fornecedores com origem noutros estados do
Sul do país, o detentor do maior percentual nesta opção de resposta é o segmento de
fabricação e venda de óculos, embora o maior quantitativo pertença ao segmento de
fabricação e recuperação de joias e semi joias (10 citações). Apenas duas citações para
compra com fornecedores fora do País, no segmento de fabricação e montagem de
artigos de bijuteria.

146
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 23.2 – Descrição da região de origem dos fornecedores - Composto de 3 gráficos52

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 23.2 está relacionado ao Gráfico 23 o qual descreve a origem de


instalação dos fornecedores das empresas entrevistadas (respostas espontâneas) e
representa um seccionamento deste em 3 gráficos que tem em sua origem respostas
diferentes para as categorias de respostas apresentadas no Gráfico 23 e foi
particionado da seguinte forma:

 O Gráfico “1: Origem dos fornecedores – Regionais” apresenta a


distribuição de respostas por mesorregiões do Estado em que os
fornecedores estão instalados e que foram citadas na alternativa “De
outras regiões do Estado” no Gráfico 23. As regiões mais destacadas são a
Grande Florianópolis e o Vale do Itajaí, com 17,1% e 7,3%,
respectivamente;
 O Gráfico “2: Origem dos fornecedores – Estados” apresenta a distribuição
de respostas por Estados do Brasil, onde seus fornecedores estão
instalados e que foram citadas na alternativa “De Estados de outras regiões
do País:” no Gráfico 23. Neste prospecto, São Paulo se destaca dos demais
com 80,5%, seguido do Rio Grande do Sul com 26,8%;

147
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

 O Gráfico “3: Origem dos fornecedores – Países” apresenta a distribuição


de respostas por outros países em que os fornecedores estão instalados e
que foram citadas na alternativa “Do exterior, quais países” no Gráfico 23.
A dependência do empresariado catarinense em relação ao fornecimento é
praticamente exclusiva do país, visto que apenas 2 empresas compram de
fornecedores de fora do país.

3.3.4 Região de origem dos concorrentes

Seus principais concorrentes são originários, em sua maior parte:

Gráfico 24 – Região de origem dos concorrentes53

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

De acordo com o Gráfico 24, é verificável que para as empresas pesquisadas, a


concorrência é oriunda principalmente dentro dos limites do município onde a
empresa está situada, uma vez que o somatório das opções de resposta, 80,5%
(acumulado), indicam o bairro ou outros bairros do município onde as empresas estão
localizadas. Para 58,5% dos entrevistados (acumulado), a concorrência advém de
dentro dos limites estaduais, sejam da região onde as empresas se situam, seja de
outras regiões do Estado. A competição de estados vizinhos, de estados longínquos é
de 12,2%, e de outros países, apenas 4,9% de entrevistados.

148
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 24.1 – Região de origem dos concorrentes X Atividade Econômica54

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 24.1 relaciona o polo econômico das empresas pesquisadas com o


local que os concorrentes estão instalados, levando em consideração a premissa de
que uma mesma empresa tem diversos concorrentes. Em todos os três segmentos
observa-se que a origem dos concorrentes é local, ou seja, no bairro e noutros bairros
do município onde as empresas estão localizadas. Concorrentes oriundos do Estado de
Santa Catarina, ou seja, aqueles que são da região onde a empresa se localiza ou de
outras regiões do estado, são mais percebidos pelas empresas do segmento de
fabricação e recuperação de joias e semi joias, com 65% (acumulado). Competidores
de estados de outras regiões do país têm destaque no segmento de fabricação e
montagem de artigos de bijuteria, com 16,7% das citações dos pesquisados desta
esfera da amostra. Da amostra total, apenas duas citações sobre concorrentes
oriundos do exterior, sendo estes nos segmentos de fabricação e comércio de óculos e
de fabricação e montagem de artigos de bijuteria.

149
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 24.2 – Descrição da região de origem dos concorrentes - Composto de 3 gráficos55

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 24.2 está relacionado ao Gráfico 24 o qual descreve a origem ou


localização de instalação dos concorrentes das empresas entrevistadas (respostas
espontâneas) e representa um seccionamento deste em 3 gráficos que tem em sua
origem respostas diferentes para as categorias apresentadas no Gráfico 24 e foi
particionado da seguinte forma:

 O Gráfico “1: Origem dos concorrentes – Regionais SC” apresenta a


distribuição de respostas por mesorregiões do Estado em que os
concorrentes estão instalados e que foram citadas na alternativa “De
outras regiões do Estado” no Gráfico 24. As regiões mais citadas são a
Grande Florianópolis e a Foz do Itajaí, com 46,3% e 2,4% dos entrevistados,
respectivamente;
 O Gráfico “2: Origem dos concorrentes – Estados” apresenta a distribuição
de respostas por Estados do Brasil, onde seus concorrentes estão
instalados e que foram citadas na alternativa “De Estados de outras regiões
do País” no Gráfico 24. Dentre aqueles que pontuaram o estado de origem
de seus concorrentes, São Paulo aparece como maior fonte de
concorrência dos produtores catarinenses, com 7,3% dentre os
respondentes, seguido por Minas Gerais (4,9%) e Rio Grande do Sul (2,4%);

150
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

 O Gráfico “3: Origem dos concorrentes – Países” apresenta a distribuição


de respostas por outros países em que os concorrentes estão instalados e
que foram citadas na alternativa “Do exterior” no Gráfico 24. É observável,
segundo os respondentes, a predominância da concorrência advinda de
dentro dos limites territoriais brasileiros, índice com 95,1% das respostas. A
concorrência chinesa é a maior dentre as respostas que vão além das
fronteiras brasileiras, com 2,4% das citações pelos entrevistados, porém, o
baixo percentual demonstra que os empresários do setor não fazem um
vínculo direto da concorrência dos seus produtos aos chineses.

3.3.5 Nível de concorrência do mercado

E como você percebe o mercado concorrente atual, na área de atuação da sua


empresa?

Gráfico 25 – Nível de concorrência do mercado56

Fonte: dados da pesquisa.

O Gráfico 25 indica o nível de concorrência no mercado, sendo que de acordo


com a opinião de 56,1% dos entrevistados existem muitos concorrentes no setor, ao
passo que 19,5% do total da amostragem acredita na existência de poucos
concorrentes dentro do setor. Um terceiro índice, daqueles que acreditam em um
equilíbrio da concorrência – nem muitos e nem poucos concorrentes – tem índice de
24,4% dentre os respondentes.

151
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 25.1 – Nível de concorrência do mercado X Atividade Econômica57

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em linha.

O Gráfico 25.1 cruza o nível de concorrência de mercado com a atividade


econômica das empresas pesquisadas. Apenas na fabricação e comércio de óculos
existem respondentes que unicamente acreditam na existência de nem poucos nem
muitos concorrentes no setor. Aqueles que acreditam na existência de muitos
concorrentes são destaque na fabricação e montagem de artigos de bijuteria, com
mais da metade dos entrevistados. No segmento de fabricação e restauração de joias e
semi joias, o destaque é para entrevistados que acreditam que existem poucos
concorrentes no setor, com ¼ dos entrevistados nesta faixa de resposta.

152
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.3.6 Percepção sobre o mercado

Como você (enquanto empresário) percebe o mercado onde atua, em termos de


expansão, nos últimos 12 meses?

Gráfico 26 – Impressão sobre o mercado de atuação58

Fonte: dados da pesquisa.

O Gráfico 26 mede a impressão sobre o mercado de atuação dos entrevistados.


A percepção da maioria dos entrevistados, 56,1%, indica o crescimento do mercado de
atuação das empresas do setor de joias e semi joias, bijuterias e ótica. Enquanto que
para 34,1% da amostra o mercado apresenta-se estável, outros 9,8% de entrevistados
postulam o declínio do mercado de atuação no setor.

153
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 26.1 – Impressão sobre o mercado x Atividade Econômica59

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

De acordo com o Gráfico 26.1, observa-se que a maioria dos entrevistados nos
três segmentos do estudo acredita que o mercado está em crescimento, com destaque
a fabricação e montagem de artigos de bijuteria. Os que acreditam ser estável foi
praticamente a mesma proporção nos três segmentos. O segmento de fabricação e
recuperação de joias e semi joiascontém 15% dos entrevistados que acredita no
declínio do mercado para o setor estudado.

154
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.3.7 Estágio atual da empresa: crescimento, estabilidade ou declínio

E a sua empresa está em qual fase? Crescimento, estabilidade ou queda nas vendas?

Gráfico 27 – Crescimento, estabilidade ou queda nas vendas60

Fonte: dados da pesquisa.

O Gráfico 27, por sua vez, apresenta a opinião dos respondentes acerca da
situação da sua própria empresa, considerando crescimento, estabilidade ou queda no
nível de vendas. A maior parte dos entrevistados, 63,4%, afirmam que a sua empresa
está em fase de crescimento, enquanto 29,3% indicam a estabilidade do nível de
vendas desta. Apenas 7,3% dentre os respondentes postulam queda no nível de
vendas da empresa em que atuam.
Esta percepção da amostra espelha o sentimento reportado pelos
entrevistados quando inquiridos sobre sua visão do mercado em que atuam no
momento atual.

155
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 27.1 – Crescimento, estabilidade ou queda nas vendas X Atividade Econômica61

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna

O Gráfico 27.1 destaca o estágio do ciclo de vida da empresa por atividade


econômica desempenhada pelas empresas pesquisadas. Os entrevistados de todos os
segmentos destacam o crescimento da empresa no setor, fato que se confirma com a
totalidade dos respondentes do segmento de fabricação e comércio de óculos. O
maior índice daqueles que indicam a estabilidade do mercado está no segmento de
fabricação e recuperação de joias e semi joias, com 35% dos respondentes. Neste
mesmo segmento encontram-se os únicos entrevistados que indicam o decréscimo do
mercado no setor, com 15% das respostas deste levantamento.

156
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.3.8 Taxa anual de crescimento em faturamento ou vendas na empresa

Em termos percentuais, indique o quanto a sua empresa está crescendo em relação ao


último ano em termos de faturamento e vendas (caso tenha marcado "Está em
crescimento" na questão anterior).

Gráfico 28 – Taxa anual de crescimento em faturamento/vendas62

Fonte: dados da pesquisa.

O Gráfico 28 é o desdobramento da questão anterior e indica a taxa percentual


de crescimento médio para as empresas que apresentam situação atual de
crescimento em faturamento e vendas. O mesmo número de respondentes indica duas
faixas de crescimento entre 10 e 19 e de 20 a 29 pontos percentuais, ambas com o
índice de 30,8%, sendo este o maior percentual da amostra. Em seguida 23,1% dos
entrevistados citam o crescimento entre 30 e 39 pontos percentuais. Crescimentos
acima de 50% são restritos a duas empresas.

157
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 28.1 – Taxa anual de crescimento em faturamento/vendas X Atividade Econômica63

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 28.1 é o cruzamento da taxa anual de crescimento em faturamento e


vendas por atividade econômica desenvolvida pelas empresas pesquisadas. Para a
fabricação e montagem de artigos de bijuteria, é observável que de todos os
respondentes a faixa de 30 a 39 pontos percentuais contém 38,5% dos entrevistados,
seguida pela faixa de 20 a 29 com 30,8%. No segmento da fabricação e recuperação de
joias e semi joias, o índice é de 60% para os que pontuam o crescimento entre 10 a 19
pontos percentuais. Na fabricação e comércio de óculos existe um respondente que
destacam crescimento superior aos 100 pontos percentuais. Já para outros dois
respondentes, respectivamente das atividades econômicas de fabricação e montagem
de artigos de bijuteria e fabricação e recuperação de joias e semi joias, indicam
crescimento inferior aos dez pontos percentuais.

158
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 28.2 – Taxa média anual de crescimento em faturamento/vendas X Atividade


Econômica64

Fonte: dados da pesquisa

No Gráfico 28.2, que apresenta a taxa média de crescimento por atividade


econômica, é observável que apenas uma atividade econômica está acima da média
para a amostra, que é de 50%, sendo esta o segmento de fabricação e comércio de
óculos. Constata-se que o segmento de fabricação e recuperação de joias e semi joias
está bem abaixo da taxa média de crescimento de todo o conjunto amostral.

3.3.9 Taxa anual de declínio em faturamento ou vendas na empresa

Em termos percentuais, indique o quanto a sua empresa perdeu em faturamento e


vendas em relação ao último ano (caso tenha marcado "Está em queda" na questão
anterior).

Gráfico 29 – Taxa anual de queda em faturamento ou vendas na empresa65

Fonte: dados da pesquisa.

159
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Dentre as 3empresas da amostra que informaram queda em faturamento


(expresso Gráfico 29), esta queda foi registrada nas faixas entre 10 e 19%, 30 a 39% e
40 a 49% todas com o mesmo índice de 33,3% dos respondentes.

Gráfico 29.1 – Taxa anual de queda em faturamento ou vendas na empresa X Atividade


Econômica66

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em linha.

O Gráfico 29.1 cruza os dados de taxa anual de queda com a atividade


econômica que as empresas respondentes desempenham. A fabricação e recuperação
de joias e semi joias é o único segmento que apresenta respondentes com declínio no
faturamento, sendo que na faixa de 10 a 19 pontos percentuais, na faixa de 30 a 39
pontos percentuais, e na faixa de 40 a 49, encontra-se apenas um respondente.

160
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 29.2 – Taxa Média anual de queda em faturamento ou vendas na empresa X


Atividade Econômica67

Fonte: dados da pesquisa.

O Gráfico 29.2 relata que apenas a atividade econômica de fabricação e


recuperação de joias e semi joias possui uma média gerada para o conjunto da
amostra a qual ficou em 28% no ano. Isto ocorre porque os outros segmentos não
indicaram declínio no seu faturamento, conforme o Gráfico 29.1.

3.3.10 Práticas de crescimento utilizadas na empresa

O que a sua empresa está fazendo hoje para atingir este crescimento? Indique (caso
tenha informado "em crescimento” no item 3.3.7).

Gráfico 30 – Práticas de crescimento utilizadas na empresa68

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

161
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

As práticas de crescimento utilizadas nas empresas são expressas no Gráfico 30. As


alternativas buscam responder o que as empresas estão fazendo para atingir o crescimento.
Dentre as ações, os destaques dos respondentes ficam por conta da criação de inovação com
índice de 41,5%, seguido dos melhoramentos no processo interno, com 39%. Já para 31,7% da
amostra, a estratégia é atuar em novos mercados, seguida pelo desenvolvimento de novos
produtos, com 22% de citações. A opção “outro” significa investir em marketing; e-commerce;
reduzir custos de fabricação; participar de feiras; melhorar a qualidade.

Gráfico 30.1 – Práticas de crescimento utilizadas na empresa X Atividade Econômica69

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O cruzamento das práticas de crescimento utilizadas nas empresas pesquisadas


por atividade econômica é descrito no Gráfico 30.1. De acordo com o estudo, a
principal prática de crescimento para a fabricação e montagem de artigos de bijuteria
é criar inovação, de acordo com a metade dos respondentes, ao passo que para a
fabricação e recuperação de joias e semi joias a principal prática de crescimento é a
melhoria no processo interno, conforme 45% dos inquiridos. O desenvolvimento de
novos produtos é citado com destaque no segmento da fabricação e comércio de
óculos com a totalidade dos respondentes. Os segmentos de fabricação e montagem

162
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

de bijuteria e de fabricação e recuperação de joias e semi joias, são os únicos que


afirmam utilizara estratégia de atuação em novos mercados para crescer.

3.3.11 Motivos de estabilidade/declínio em faturamento ou vendas na empresa

Se a empresa apresenta um quadro de estabilidade ou declínio em vendas ou


faturamento, indique os principais motivos.

Gráfico 31 – Motivos da estabilidade ou queda em faturamento ou vendas na empresa70

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 31 expressa os motivos da estagnação ou declínio das empresas


pesquisadas, sendo que o principal motivo do declínio apontado pelas empresas são a
concorrência acirrada e o custo elevado dos produtos ou insumos comprados, com
12,2% e 4,9% respectivamente. A opção Não resposta foi destacada por 63,4% dos
entrevistados, maior índice da pesquisa, que representa aqueles que informaram que
seus negócios não estão em estabilidade ou declínio.
Nota: a opção “outros” significa: elevado custo de produção; concorrência
chinesa; constantes assaltos; mercado menos aquecido e em crise;reduçào de
IPI;clientes segurando finanças;perda significativa de clientes; demora no recebimento
das licitações.

163
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterais e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 31.1 – Motivos de estabilidade ou queda em faturamento ou vendas na empresa X


Atividade Econômica71

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna

O Gráfico 31.1 apresenta os motivos de estabilidade ou queda no faturamento


das empresas estudadas. A análise dos dados infere que 15% dos respondentes de
fabricação e recuperação de joias e semi joias e, 11,1% dos entrevistados do segmento
de fabricação e montagem de artigos de bijuteria pontuam que a concorrência
acirrada é a principal causa da estabilidade e/ou declínio do faturamento ou das
vendas.

164
Visão do Empresário do Setor deJoias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.3.12 Tipos de inovação desenvolvidas na empresa

Caso tenha realizado, quais os tipos de inovação a sua empresa desenvolveu ou


desenvolve?

Gráfico 32 – Tipos de inovação desenvolvidas na empresa72

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

Pouco mais da metade dos entrevistados não realizaram ações de inovação,


51,2% dos respondentes, conforme mostra o Gráfico 32. Para 39% das empresas, a
introdução de novos processos ou métodos de trabalho foi a principal ação de
inovação. Já para 19,5% dos respondentes a ação foi a introdução de novos produtos e
serviços para novos segmentos de mercado, seguida por 7,3% dos pesquisados que
introduziram mudanças no seu modelo de negócios. Apenas duas empresas
informaram a criação de produtos ou a modificação nos tributos do produto
patenteado.

165
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterais e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 32.1 – Tipos de inovação desenvolvidas na empresa X Atividade Econômica73

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

Este gráfico analisa os principais tipos de inovação adotadas pelas atividades econômicas estudas. A maioria das empresas de todos os
segmentos do setor não realizaram ações de inovações no período. Já para as empresas da fabricação/montagem de artigos de bijuteria e de
fabricação/recuperação de joias e semi joias, com 44,4% e 40% respectivamente, introduziram novos processos ou métodos de trabalho, como
forma de inovar. A introdução de novos produtos/serviços em novos segmentos é a estratégia de inovação adotada por uma empresada
fabricação e comércio de óculos. No segmento de fabricação e montagem de artigos de bijuteria, 11,1% apontam a criação de produto ou a
modificação de atributos como ação principal.

166
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.3.13 Impacto das inovações na empresa

Com relação às inovações realizadas por sua empresa, você diria que:

Gráfico 33 – Impacto das inovações na empresa74

Fonte: dados da pesquisa.

De acordo com o Gráfico 33, 51,2% da amostra afirma que não realizou as
ações de inovação. Da amostra total, 46,3% dos respondentes indicam que o impacto
foi positivo no negócio, ao passo que 2,4% ainda estão em fase de implementação das
ações de inovações, não sendo possível mensurar os resultados destas ações.

Gráfico 33.1 – Impacto das inovações na empresa X Atividade Econômica75

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

No Gráfico 33.1, é observado que 55,6% dos entrevistados do segmento da


fabricação e montagem de artigo de bijuteria afirmam o impacto positivo destas
inovações em seu negócio. Apenas 5% dos entrevistados do segmento fabricação de
joias ou semi joiasestá em fase de implementação das ações de inovação.

167
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.3.14 Problemas ou desafios enfrentados pelo respondente

Gostaria de comentar sobre os principais problemas/desafios que sua empresa


enfrenta atualmente?

Gráfico 34 – Problemas ou desafios enfrentados pela empresa76

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 34 apresenta os problemas e desafios enfrentados pelas empresas


entrevistadas. Por ser uma questão de múltiplas respostas, uma empresa pode ter
vários tipos de problemas ou desafios enfrentados. Dentre os comentários dos
entrevistados, os mais citados, por ordem de importância são: a concorrência
acirrada/desleal, falta de divulgação/marketing/vendas, falta de mão de obra
qualificada e dificuldade na gestão do negócio. Para 12,2% dos entrevistados não
existem problemas significativos sendo enfrentados pela empresa no momento.

168
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 34.1 – Problemas ou desafios enfrentados pelo cliente X Atividade Econômica77

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 34.1 apresenta os valores percentuais dos problemas mais relevantes


aos empresários por atividade econômica estudada. Fica evidente que a concorrência
acirrada/desleal é sentida por todas as empresas. Para a fabricação e montagem de
artigos de bijuteria, a falta de mão de obra qualificada é o principal dos entraves,
sendo este o único segmento a apontar tal dificuldade em toda a pesquisa. A
dificuldade na gestão do negócio é um problema expressivopara 22,2% dos
respondentes da fabricação e montagem de artigos de bijuteria, ao passo que para
15% dos entrevistados da fabricação e recuperação de joias e semi joias, não existem
problemas significativos.

169
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.3.15 Ações de acesso a novos mercados na empresa

A sua empresa realizou alguma dessas ações de acesso a novos mercados nos últimos
12 meses?

Gráfico 35 – Ações de acesso a novos mercados na empresa78

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

Apresentar as ações das empresas para entrar em novos mercados é a premissa


do Gráfico 35. Nota-se que 39% das empresas não realizaram quaisquer ações para
acessar novos mercados. Todavia, 24,4% dos respondentes destacaram a atuação em
outro Estado e 22% a atuação em nova cidade no Estado. O uso das vendas pela
internet para ter acesso a novos clientes foi a estratégia para 19,5% da amostra. A
abertura de filial ou ponto de venda na mesma cidade foi prerrogativa de 7,3% dos
respondentes. Já atuar em outro país foi citado por apenas 2,4% dos inquiridos.

170
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 35.1 – Ações de acesso a novos mercados na empresa X Atividade Economica79

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

As ações para acessar novos mercados, cruzada por atividade econômica


desempenhada pelas empresas pesquisadas apresenta negativa em todos os
segmentos, com ápice de 66,7% no segmento de fabricação e comércio de óculos. A
atuação em outro estado foi a estratégia adotada por 30% dos respondentes da
fabricação e recuperação de joias e semi joias. Ademais, é observável que 1/3 dos
inquiridos da fabricação e montagem de artigos de bijuteria pontuam esta opção,
sendo este o único segmento que relata atuar em outro país como forma de acesso a
novos mercados. O uso da venda pela internet é apontada como estratégia de acesso a
novos mercados pelas empresas dos segmentos de fabricação e montagem de artigos
de bijuteria e fabricação e recuperação de joias e semi joias, com 22,2% e 20%
respectivamente.

171
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterais e Ótica de Santa Catarina

3.3.16 Resultados obtidos nas vendas com ações de acesso a novos mercados

Caso tenha realizado ações de acesso a novos mercados, estas:

Gráfico 36 – Resultados obtidos nas vendas com ações de acesso a novos mercados80

Fonte: dados da pesquisa.

O Gráfico 36 indica que, dentre as empresas da amostra total que realizaram


ações para acessar novos mercados, 24,4% desta amostra informa que o resultado das
ações superou as vendas em mais de 10% em relação ao mesmo período do ano
passado (Considerar o período da entrevista, conforme citado nos Aspectos
Metodológicos). Também para outros 24,4% da mesma amostra total, o aumento nas
vendas foi de até 10% em relação ao mesmo período no ano anterior. Já 12,2% dos
respondentes informou que não houve aumento nas vendas.

172
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 36.1 – Resultados obtidos nas vendas com ações de acesso a novos mercados X Atividade Econômica81

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O segmento de fabricação e recuperação de joias e semi joias contém 15% dos respondentes que afirmam que não houve resultado no
aumento de vendas decorrente das ações de prospecção a novos mercados. Por outro lado, um dos entrevistados do segmento da fabricação e
comércio de óculos informou que as ações de prospecção a novos mercados resultaram em aumento de vendas de até 10% em relação ao
mesmo período do ano passado. Já 38,9% dos representantes do segmento de fabricação e montagem de artigos de bijuteria indicam que
estas ações resultaram no aumento de vendas superior a 10% em relação ao mesmo período do ano passado. Nota para a maioria do cluster da
fabricação e comércio de óculos que não realizou ações para acessar novos mercados.

173
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.3.17 Oportunidades de novos mercados para a empresa

Descreva o que seria uma oportunidade para um novo mercado na sua região ou fora
dela, considerando o mercado em que sua empresa atua?

Gráfico 37 – Oportunidades de novos mercados82

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 37 apresenta as respostas espontâneas dos empresários sobre a


percepção do que seria um novo mercado para a sua empresa na região ou fora desta.
As oportunidades mais citadas são: ampliar a venda ao mercado estadual, com 29,3%
dos entrevistados, seguido da expansão de venda no mercado nacional, citado por
9,8% dos respondentes. Já para 7,3% a expectativa é trabalhar com o setor
moveleiro/decoração. Com percentual igual de 4,9%, ampliar mix de produto/novo
nicho e exportação são citadas como expectativas para os respondentes. É observável,
no entanto, que 34,1% do grupo não vislumbra perspectiva de novos mercados.

174
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 37.1 – Oportunidades de novos mercados X Atividade Econômica83

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 37.1 apresenta as oportunidades citadas pelas empresas de acordo


com a atividade econômica desempenhada por estas. Ampliar a venda no mercado
catarinense é apontada pelas empresas dos segmentos de fabricação e montagem de
artigos de bijuteria e de fabricação e recuperação de joias e semi joias, 33,3% e 30%
respectivamente, como oportunidade de mercado. A expansão para o mercado
nacional é também citada por estes dois segmentos, exclusivamente. Para 16,7% das
empresas de fabricação e montagem de artigos de bijuteria, a opção de trabalhar com
o setor moveleiro/decoração seria uma oportunidade para a expansão do mercado do
setor. Do conjunto das empresas do segmento de fabricação e recuperação de joias e
semi joias, 10% acredita que ampliar o mixde produtos/novo nicho é uma
oportunidade de atingir novos mercados.

175
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.3.18 Expectativas estratégicas da empresa

E quais as suas expectativas em relação ao seu negócio, para o próximo ano?

Gráfico 38 – Expectativas estratégicas da empresa84

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 38 aponta as expectativas estratégicas das empresas quanto ao seu


negócio. Considerando respostas espontâneas, observa-se que a mais significativa
aponta para a ampliação da venda, para 48,8% dos entrevistados. Já 14,6% dos
respondentes têm como expectativa estratégica o crescimento acima de 5% do seu
negócio. Estabilizar e manter a cartela dos clientes postula-se como terceira opção
mais citada na pesquisa, citada por 9,8% da amostragem.

176
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 38.1 – Expectativas estratégicas da empresa X Atividade Econômica85

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

A análise por atividade econômica apresenta a expectativa dos empresários


para o próximo ano em relação ao seu negócio, conforme descreve o Gráfico 38.1 e
indica que os segmentos que mais apresentam empresas com expectativa de ampliar
as vendas são: fabricação e montagem de artigos de bijuteria, com 55,6% dos
respondentes e de fabricação e recuperação de joias e semi joias, com 45% do grupo
inquirido. Este último segmento, dentre os demais, é o único que aponta como
resposta Estabilizar/manter a cartela de clientes. No segmento de fabricação e
comércio de óculos, aumentar as vendas acima de 50% é expectativa de 2/3 dos
respondentes. À exceção do segmento de fabricação e comércio de óculos, todos os
demais pontuam estratégias de expectativas de crescimento acima de 5%.

177
Visão do Empresário do SetordeJoias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.4 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE LOGÍSTICA DAS EMPRESAS

Esta seção apresentará os resultados da análise das características de


suprimentos logísticos (como atendem clientes ou são atendidos por fornecedores) e
da conjuntura logística atual da atividade (características do processo de atendimento,
problemas enfrentados e necessidades). É composta por dezessete variáveis que
explicam o sistema logístico do setor de joias e semi joias, bijuterias e ótica em Santa
Catarina.

3.4.1 Modelos logísticos

Quais dos seguintes modelos logísticos mais se assemelham ao da sua empresa?

Gráfico 39 – Características do Suprimento Logístico86

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 39 apresenta os modelos logísticos aplicáveis às empresas


pesquisadas, no que tange a forma de produção dos seus produtos ofertados. Para
73,2% das empresas, compra-se insumos, produz o produto acabado e vende-se
diretamente ao consumidor final, pessoa física. Para 48,8% da amostra, compra-se
insumos, produz o produto acabado e vende-se para empresas. O modelo em que se
compram serviços de terceiros, cria-se produto e vende por encomenda, é praticado
apenas por 14,6% da amostra.

178
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 39.1 – Características do Suprimento Logístico X Atividade Econômica87

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 39.1 apresenta o cruzamento de dados das características do suprimento logístico, tidos como processos básicos de entrada e
saída de insumos e mercadorias nas empresas estudadas por atividade econômica por estas desempenhada. A caracterização de comprar
insumos para produzir o produto acabado e vender ao consumidor final é maior na fabricação e recuperação de joias e semi joias, com 80%
deste grupo. A totalidade dos respondentes da fabricação e comércio de óculos compra insumos, produz o produto acabado e vende para
empresas. Este mesmo segmento também contém o maior índice de respondentes para o modelo que compram o produto acabado, montam
o produto final e revendem para empresas. A modalidade logística de compra de serviço de terceiros, criação de produto e venda por
encomenda é mais evidente no segmento da fabricação e recuperação de joias e semi joias, com 25% de citações.

179
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.4.2 Natureza da compra de mercadorias das empresas

No que diz respeito à logística da sua empresa, especifique o(s) tipo(s) de produto(s)
que a sua empresa compra, para realizar a sua produção/operação.

Gráfico 40 – Natureza da compra de mercadorias das empresas88

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: A soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas

O Gráfico 40 aponta a natureza da compra de matéria-prima das empresas


entrevistadas na pesquisa, sendo o percentual mais significativo, 85,4% que compra
matéria-prima (partes e/ou peças) para fabricar produto acabado, em segundo com
68,3% compra a matéria-prima citada acima para montagem, e 22% contratam
serviços de terceiros.

180
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 40.1 – Natureza da compra de mercadorias das empresas X Atividade Econômica89

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 40.1 apresenta o tipo ou natureza de compra das empresas por


atividade econômica, e indica que na maioria dos segmentos estudados ocorre
principalmente a compra da matéria-prima (partes e/ou peças) para fabricar produto
acabado, a exceção é o segmento de fabricação e comércio de óculos. A modalidade
de compra de matéria-prima (partes e/ou peças) para montagem é destacado pelas
empresas do segmento de fabricação e montagem de artigos de bijuteria. Ademais,
para 66,7% dos respondentes do segmento de fabricação e recuperação de joias e
semi joias, a contratação de serviços de terceiros se sobressai.

181
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterais e Ótica de Santa Catarina

3.4.3 Dificuldades com fornecedores locais

A sua empresa tem alguma dificuldade em encontrar e trabalhar com fornecedores da


sua região? Se positivo, cite quais.

Gráfico 41 – Dificuldades com fornecedores locais90

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: A soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas

O Gráfico 41 apresenta as principais dificuldades das empresas da pesquisa


junto à cadeia de fornecedores do seu negócio. Observa-se que o maior índice, 43,9%,
refere-se àqueles que relatam que não existem dificuldades. Conforme 29,3% da
amostra, a falta de fornecedores locais é o mais significativo gargalo com os
fornecedores. Em terceiro lugar, com 14,6% dos inquiridos neste estudo, destaca-se a
falta de fornecedores de alguma das matérias-primas.

182
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 41.1 – Dificuldades com fornecedores locais X Atividade Econômica91

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

As dificuldades das empresas para com seus fornecedores, cruzada com a


atividade econômica das empresas pesquisadas é mostrada no Gráfico 41.1 e indica
que para 40% dos entrevistados do segmento da fabricação e recuperação de joias e
semi joias destacam a falta de fornecedores dentro do estado de Santa Catarina. Este
segmento dentre os demais, é o que contém mais postulantes que não percebem
1/
dificuldades com fornecedores. Já 3 da amostra do segmento de fabricação e
comércio de óculos relata a falta de fornecedores de algumas matérias-primas, igual
quantitativo no mesmo segmento relata o alto custo da matéria-prima. No segmento
de fabricação e montagem de artigos de bijuteria são apontadas diversas dificuldades
com fornecedores, embora em menor quantidade de respondentes, como por
exemplo, custo elevado, não cumprimento de prazo, baixa qualidade da matéria-prima
dentre outros revelados no estudo.

183
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.4.4 Poder de barganha da empresa em relação a fornecedores

Avalie o poder de barganha da sua empresa em relação a seus fornecedores.

Gráfico 42 – Poder de barganha da empresa X fornecedores92

Fonte: dados da pesquisa.

O Gráfico 42 avalia o poder de barganha da empresa para com seus


fornecedores. O índice mais significativo é de 61% dos entrevistados para a faixa que
afirmam que este poder é alto, o qual se refere à capacidade da empresa em conseguir
negociar prazos, preços e condições de pagamento. Na opção de resposta Nem
alto/Nem baixo, encontra-se 24,4% dos respondentes. Dentre o grupo, 14,6% dos
entrevistados afirma que este poder é baixo, ou seja, que a empresa não consegue
negociar prazos, preços ou condições de pagamento junto a seus fornecedores.

184
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias,Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 42.1 – Poder de barganha da empresa X fornecedores X Atividade Econômica93

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 42.1 apresenta a análise de poder de barganha por atividade econômica. Nesta análise o segmento com maior poder de
barganha é de fabricação e comércio de óculos, com a totalidade dos entrevistados, seguido pela fabricação e recuperação de joias e semi
joias, com 70% da amostra pesquisada. Já para 16,7% dos respondentes da fabricação e montagem de artigos de bijuteria este poder é baixo.
Neste mesmo segmento encontra-se a maior concentração daqueles entrevistados que relatam que o poder de barganha da empresa não é
alto nem baixo, o destaque.

185
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.4.5 Movimentação da produção na empresa

A movimentação de insumos e matérias-primas na sua empresa é realizada por qual


tipo de equipamento?

Gráfico 43 – Movimentação da produção na empresa94

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 43 mostra a movimentação da produção interna das empresas e


infere que esta é realizada manualmente ou através de carrinho por 82,9% dos
respondentes, seguida amplamente atrás pelo uso de veículo leve e esteiras, com
17,1% e 4,9% respectivamente.

Gráfico 43.1 – Movimentação da produção na empresa X Atividade Econômica95

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 43.1 cruza o tipo de movimentação interna da produção com a


atividade econômica das empresas estudadas e demonstra que a opção predominante
nos três segmentos é a movimentação manual ou através de carrinho. Para as

186
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

empresas da fabricação/restauração de joias e semi joias o destaque para a


movimentação da produção interna é o uso de veículo leve. A esteira é usada nas
empresas de fabricação e montagem de artigos de bijuteria e de fabricação e comércio
de óculos.

3.4.6 Canais de fornecedores da empresa

Considerando a cadeia logística da sua empresa, qual ou quais canais de compra com
que a sua empresa trabalha?

Gráfico 44 – Canais de fornecedores da empresa96

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

Sobre os canais de fornecedores utilizados pelas empresas da pesquisa, tem-se


no acesso direto ao fabricante a forma mais utilizada pelas empresas, citada por 85,4%
dos entrevistados, seguida pela compra por representante comercial, destacada por
56,1% da amostragem. Outras formas de compra são citadas através de atacadistas
(51,2%) e varejistas (4,9%).

187
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 44.1 – Canais de fornecedores da empresa X Atividade Econômica97

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O cruzamento dos canais de fornecedores com a atividade econômica das


empresas pesquisadas é descrito no Gráfico 44.1 e infere que a compra direta pelo
fabricante é destaque em todos os segmentos estudados. A forma de compra de
representante e de atacadista destaca-se em quantidade no segmento de fabricação e
recuperação de joias e semi joias, apesar de percentualmente sobressair-se no
segmento de fabricação e comércio de óculos. A compra de varejista é citada somente
pelos respondentes da fabricação e montagem de artigos de bijuteria.

3.4.7 Meios de intermediação das compras na empresa

A sua empresa negocia as suas compras de que forma?

Gráfico 45 – Formas de negociação das compras98

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

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Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

A forma mais comum de negociação das compras dos fornecedores é por


telefone, citada por 80,5% dos respondentes, seguida do contato pessoal com o
vendedor, lembrado por 68,3% destes. Para 63,4% da amostra, o uso do e-mail é
apontado. Apenas dois entrevistados negociam pela internet, sendo um através do site
do fornecedor, ou no site do fornecedor.

Gráfico 45.1 – Formas de negociação das compras X Atividade Econômica99

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 45.1 cruza as formas de negociação das compras com fornecedores


com a atividade econômica desempenhada pelas empresas estudadas. Em todos os
segmentos do presente estudo, o contato mais realizado é por telefone. É observável,
ademais, que nos segmentos do estudo a compra pessoalmente com o vendedor,
ocupa a segunda posição dentre os meios de negociação, com a totalidade dos
respondentes do segmento de fabricação e comércio de óculos. O uso do e-mail
também está presente em todos os segmentos analisados, com índice acima de 60%
das citações. Comprar via site é citado apenas pelos respondentes do segmento de
fabricação e recuperação de joias e semi joias.

189
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.4.8 Quantidade de fornecedores na empresa

A sua empresa trabalha com quantos fornecedores diferentes?

Gráfico 46 – Quantidade de fornecedores100

Fonte: dados da pesquisa.

O Gráfico 46 expressa a quantidade de fornecedores para as empresas da


pesquisa. A faixa de maior destaque é entre 5 a 9 fornecedores, com 29,3% dos
entrevistados nesta faixa, seguida por 19,5% dos respondentes da faixa entre 10 a 19
fornecedores. A terceira faixa mais citada é de 20 a 29 fornecedores, com 17,1% da
amostra. Apenas um respondente indicou possuir 70 ou mais fornecedores.
A média de fornecedores da amostra é de 27, conforme aponta a amostra do
estudo.

190
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 46.1 – Quantidade de fornecedores x Atividade Econômica101

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 46.1 cruza a quantidade de fornecedores com a atividade econômica


desempenhada pelas empresas da pesquisa. Para empresas da fabricação e montagem
de artigos de bijuteria o maior destaque é na faixa entre 5 a 9 fornecedores, citada por
44,4% dos entrevistados. Já ¼ dos inquiridos da fabricação e recuperação de joias e
semi joias tem de 10 a 19 fornecedores, enquanto a totalidade dos respondentes da
fabricação e comércio de óculos tem entre 30 a 39 fornecedores. É observável que
apenas a fabricação e recuperação de joias e semi joias tem acima de setenta
fornecedores (5%), sendo o único também a conter 30% de respondentes na faixa de
50 a 69 fornecedores. O segmento de fabricação e montagem de artigos de bijuteria é
o único que contém respondentes na faixa de 2 a 4 fornecedores.

191
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 46.2 – Quantidade média de fornecedores x Atividade Econômica102

Fonte: dados da pesquisa.

O Gráfico 46.2 apresenta quantidades médias de fornecedores nos segmentos


do estudo, indicando grande diferença entre estes, sendo a maior média pertencente à
fabricação e recuperação de joias e semi joias e a menor da fabricação e montagem de
artigos de bijuteria, que apresenta 11 fornecedores em média ao invés da média geral
de 27.

192
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.4.9 Quantidade de clientes na empresa

E trabalha/atende quantos clientes (atualmente)?

Gráfico 47 – Quantidade de clientes103

Fonte: dados da pesquisa.

A média geral de clientes por empresa da pesquisa entrevistada é de 351. Na


distribuição de frequência, nota-se que 4,9% das empresas apresentaram uma
situação atual com apenas um cliente, e nenhuma empresa indicou que possui de 2 a 4
clientes. A faixa destaque da amostra é daqueles que têm entre 50 a 69 clientes, com
22%. Com iguais 12,2%, tem-se cinco respondentes na faixa de 10 a 19 clientes, e
outros cinco na faixa de 40 a 49 clientes. O terceiro índice relevante do estudo nesta
esfera é 9,8%, igualitariamente presente nas faixas de 100 a 249 e de 500 a 999
clientes. É observável que apenas um entrevistado tem mais de cinco mil clientes.

193
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 47.1 – Quantidade de clientes X Atividade Econômica104

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

A quantidade de clientes por atividade econômica é apresentada no Gráfico


47.1. É observável que a fabricação e recuperação de joias e semi joias é o único
segmento com respondentes na faixa de 250 a 499 clientes, e na faixa de 5000 em
mais. Para a fabricação e montagem de artigos de bijuteria, o índice mais significativo é
daqueles respondentes que afirmam ter entre 50 a 69 clientes. No segmento de
fabricação e comércio de óculos, observa-se que 1/3 dos respondentes tem de 20 a 29
clientes, outro 1/3 dos entrevistados estãona faixa de 50 a 69, e finalmente o último
com 1/3 na faixa de 100 a 249 clientes.

194
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 47.2 – Quantidade Média de clientes X Atividade Econômica105

Fonte: dados da pesquisa

O Gráfico 47.2 reúne as médias gerais de clientes por empresas de cada polo do
estudo. A fabricação e recuperação de joias e semi joias detém a maior média, 518
clientes por empresa e a fabricação e comércio de óculos tem a menor média, 57
clientes por empresa.

3.4.10 Meios de transporte utilizados na logística de compra da empresa

Como a sua empresa realiza o transporte para a compra de insumos e matérias-


primas?

Gráfico 48 – Meios de transporte utilizados na compra de matérias-primas106

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 48 apresenta os meios de transportes usados na compra de insumos


e matérias-primas das empresas entrevistadas. Para 85,4% dos respondentes o meio

195
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

de transporte mais utilizado na compra são veículos leves, enquanto os veículos


pesados são usados por 46,3% das empresas. Apenas um respondente declarou utilizar
transporte aéreo.

Gráfico 48.1 – Meios de transporte para compra de matérias-primas X Atividade


Econômica107

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em linha.
O Gráfico 48.1 cruza os meios de transportes usados na compra de insumos e
matérias-primas das empresas entrevistadas com a atividade econômica destas. A
análise do gráfico revela que é destaque em todas as esferas do estudo o uso
principalmente de veículos leves, exceto na fabricação e comércio de óculos, onde
veículos pesados na compra de insumos e matérias-primas, neste segmento, têm a
mesma importância. No segmento de fabricação e montagem de artigos de bijuteria
encontra-se o único respondente que utiliza transporte aéreo.

196
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.4.11 Meios de transporte utilizados na logística de venda e entrega da empresa

Como a sua empresa realiza o transporte para a venda de insumos e produtos?

Gráfico 49 – Meios de transporte utilizados na venda de insumos e produtos108

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O transporte para a venda neste setor tem como característica o fato de o


cliente buscar sua compra, conforme relatado por 61% da amostra. Para 36,6% dos
entrevistados o transporte é feito principalmente por veículos leves, seguido por
17,1% das empresas entrevistadas, que usam veículos pesados.

Gráfico 49.1 – Meios de transporte utilizados na venda de matérias-primas X Atividade


Econômica109

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 49.1 revela que em todos os segmentos são os clientes que buscam
seus produtos, principalmente nosegmento de fabricação e comércio de óculos. No

197
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

segmento de fabricação e montagem de artigos de bijuteria estão os maiores


percentuais daqueles que utilizam veículos leves e veículos pesados para a logística da
venda de seus produtos. A única citação de uso de transporte aéreo encontra-se
também neste segmento.

3.4.12 Gestão de estoque na empresa

E como a sua empresa realiza a gestão do estoque na empresa?

Gráfico 50 – Gestão do estoque na empresa processo formal ou informal110

Fonte: dados da pesquisa

O número de empresas que realiza processo formal com software (29,3%) é o


mesmo daqueles que se usam de processos informais, outros 22% utilizam o processo
formal sem software. É destacável que 19,5% dos entrevistados não realizam a gestão
de estoque.

Gráfico 50.1 – Gestão do estoque na empresa processo formal ou informal X Região-Polo111

Fonte: dados da pesquisa

198
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Nota: realizar a leitura em linha.


O Gráfico 50.1 destaca com 40% a fabricação e recuperação de joias e semi
joias realizando o processo formal de gestão de estoque com software. Já para 2/3 dos
respondentes do segmento da fabricação e comércio de óculos a gestão do estoque é
feita por processo formal sem o software. Por outro lado, 1/3 dos entrevistados da
fabricação e montagem de artigos de bijuteria realiza a gestão de estoque
informalmente. No grupo daqueles que não realizam a gestão do estoque, tem-se
maior quantitativo no segmento de fabricação e recuperação de joias e semi joias,
embora o maior percentual pertença ao segmento de fabricação e comércio de óculos.

3.4.13 Software de logística

A sua empresa utiliza software que integra a logística de compra, transporte,


armazenamento e venda?

Gráfico 51 – Software integrado de logística112

Fonte: dados da pesquisa

Quanto ao uso de software que integre a logística de compra, transporte,


armazenamento e venda pelas empresas entrevistadas, o Gráfico 51 apresenta que
65,9% das empresas não utilizam esse tipo de software, e 34,1% das empresas utilizam
software que integra sistemas.

199
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 51.1 – Software integrado de logística X Atividade Econômica113

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 51.1 aponta que 45% dos entrevistados do segmento da fabricação e


recuperação de joias e semi joias utilizam software integrado de logística, enquanto
77,8% dos respondentes da fabricação e montagem de artigos de bijuteria não utilizam
este tipo de software.

200
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterais e Ótica de Santa Catarina

3.4.14 Cadeia logística da empresa

Por favor, comente quais seriam os gargalos ou problemas mais sérios da sua cadeia
logística atual?

Gráfico 52 – Gargalos ou problemas da atual cadeia logística114

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

Quando questionados quanto aos problemas que enfrentam junto à cadeia


logística de suas empresas, 56,1% dos empresários afirmam que não possuem
problemas significativos em sua logística. Dentre aqueles que pontuam problemas na
cadeia logística, 12,2% dos respondentes informam que o alto custo do frete é um
percalço logístico, seguido por 9,8% dos entrevistados que afirmam que o não
cumprimento de prazos de entrega é outro entrave ao funcionamento da cadeia
logística.

201
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 52.1 – Gargalos ou problemas da atual cadeia logística X Atividade Econômica115

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

202
Visão dos Especialistas do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterais e Ótica de Santa Catarina

Quanto aos problemas logísticos apontados por atividade econômica das


empresas pesquisadas, é verificável que 70%dos entrevistados do segmento de
fabricação e recuperação de joias e semi joias não têm problemas significativos na
cadeia logística. Para 1/3 dos respondentes do segmento da fabricação e comércio de
óculos, o percalço é o alto custo do frete. O não cumprimento do prazo de entrega é o
maior problema à cadeia logística da fabricação e montagem de artigos de bijuteria,
afirmam 22,2% da amostra neste setor.

3.4.15 Sugestões de melhorias na infraestrutura e logística da empresa

Em sua opinião, o que seria necessário para melhorar a infraestrutura e logística do


seu negócio?

Gráfico 53 – Sugestões de melhorias na infraestrutura e logística da empresa116

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

203
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

O Gráfico 53 apresenta as sugestões de melhorias na infraestrutura e logística


dos respondentes. Dentre o grupo, 39% da amostra não tem opinião formada sobre
este apontamento, enquanto 22% dos inquiridos pontuam a melhoria na estrutura
operacional da empresa como sugestão para a evolução qualitativa da infraestrutura e
da logística das empresas pesquisadas. Todavia, para 12,2% das empresas
respondentes o acesso ao crédito contribui para uma melhoria na infraestrutura
logística nestas operações.

Gráfico 53.1 – Sugestões de melhorias na infraestrutura e logística da empresa X Atividade


Econômica117

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

As sugestões de melhorias na infraestrutura e logísticas cruzadas por atividade


econômica das empresas do estudo estão descritas no Gráfico 53.1 e indicam que
27,8% das empresas da fabricação e montagem de bijuteria acredita que a melhoria na
estrutura operacional da empresa seria uma ação de melhoria logística às empresas do
setor. Para 1/3 dos respondentes do segmento da fabricação e comércio de óculos,
seguido de 20% dos entrevistados do segmento de fabricação e recuperação de joias e
semi joias, citam o acesso ao crédito como um facilitador na melhoria na infraestrutura

204
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

e na logística. Em se tratando de investir na qualificação dos funcionários, como


alternativa para melhoria da logística, 10% dos respondentes do segmento de
fabricação e recuperação de joias e semi joias anseiam por esta melhoria.

3.4.16 Áreas da empresa com necessidade de investimentos

Quais as áreas ou setores da sua empresa que mais necessitam de novidades ou


aprimoramentos tecnológicos?

Gráfico 54 – Áreas da empresa com necessidade de investimentos118

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

As áreas ou setores internos que as empresas da amostra apontam como mais


carentes de novidades ou aprimoramentos tecnológicos são vendas segundo 58,5%, a
produção, de acordo com 46,3% dos respondentes, o marketing, conforme 29,3%
destes e o financeiro, de acordo com 26,8% dos inquiridos. A opção Outros foi citada
por 22% da amostragem total.

205
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 54.1 – Áreas da empresa com necessidade de investimentos X Atividade


Econômica119

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

As áreas ou setores internos em que as empresas da amostra mais precisam de


novidades ou aprimoramentos tecnológicos versus a atividade econômica das
empresas pesquisadas é apresentado no Gráfico 54.1. Esta análise revela que em todos
os segmentos, a área de vendas se destaca dentre as demais, para mais da metade dos
respondentes nestes segmentos. No segmento da fabricação e montagem de artigos
de bijuteria, 61,1% acredita que a produção é a área com maior necessidade de
investimentos nas suas empresas. Enquanto que o marketing é citado por 40% dos
respondentes do segmento da fabricação e recuperação de joias e semi joias. Com
percentuais iguais, 33,3%, o setor financeiro demanda mais investimento para as
empresas da fabricação e comércio de óculos, assim como no segmento de fabricação
e montagem de artigos de bijuteria, contendo este último o maior quantitativo de
respondentes.

206
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados da pesquisa com o mercado empresarial Catarinense de Joias e


Semi Joias, Bijuterias e Ótica apontam para índices e distribuições de frequências de
grau contundente de significância, observando a concentração de respostas de cada
variável pesquisada e de seus cruzamentos e correlações interessantes.
Neste cenário das empresasdo setor de Joias, Semi-Joias, Bijouteriais e Ótica as
percepções dos empresários quanto a seus mercados de atuação, gargalos produtivos,
aspirações de crescimento, inovações aplicadas, interesse em mercados não atendidos
e em logística são demonstrados seguindo um roteiro de perguntas de pesquisas que
buscam o objetivo de descrever estas percepções e moldar um cenário mercadológico,
tal qual se apresentou neste capítulo.

4.1 SÍNTESE DE RESULTADOS

4.1.1 Perfil das empresas

A pesquisa de levantamento com os empresários e gestores do setor de joias e


semi joias, bijuterias e ótica em Santa Catarina apresenta a opinião destes acerca do
seu mercado, sua empresa e aspectos logísticos. O estudo revela em primeira instância
a presença equilibrada de empresas do segmento da fabricação/montagem de artigos
de bijuteria e da fabricação e recuperação de joias e semi joias. Estes segmentos estão
dispersos em Santa Catarina, sendo que a Grande Florianópolis abrigar mais da metade
das empresas do segmento de fabricação e montagem de artigos de bijuteria e de
fabricação e recuperação de joias e semi joias.
No que tange ao enquadramento tributário, o estudo aponta que duas entre
cada três empresas entrevistadas são Microempresas, enquanto praticamente uma
dentre cada quatro empresas do grupo são Empresas de Pequeno Porte. As empresas
do setor têm em média 10 anos de operação, empregando por empresa em média de
6 colaboradores. Os gestores são predominantemente mulheres, principalmente no
segmento da bijuteria em geral com, sedo que mais de 1/3 possui Ensino Superior
Completo.

207
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

4.1.2 Percepção do Mercado Atual – demandas atendidas

Nas empresas estudadas, o atendimento ao consumidor final pessoa física


(82,9%) é maior que o atendimento a empresas (60%). O público de pessoa física
atendido pelos entrevistados é caracterizado principalmente por clientes do sexo
feminino, sendo formado majoritariamente por adultos, seguido pelo público jovem. O
atendimento à Classe B é o destaque da pesquisa no que tange a classe social dos
clientes, com 1/3 da amostra inferindo ser desta classe social o seu público consumidor.
Em todos os polos do estudo, a qualidade do produto/serviço é a principal razão para a
compra dos clientes, seguida pelo preço. A indicação de terceiros é o maior
influenciador na compra segundo mais de 80% dos respondentes.
A qualidade é apontada como principal razão da compra, seguida do preço.
Outro critério importante é a beleza e o design apontado por 56,1% da amostra, sendo
que indicação de terceiros é a principal influência na venda. A influência da
sazonalidade é percebida por mais de 3/5 da amostra, com efeitos positivos (aumento
de vendas) para 34,1% da amostra. Mais da metade dos respondentes prospectam
seus novos clientes. O canal de venda preferido é a venda direta ao cliente final, que
segundo a amostra se localizam frequentemente na região onde as empresas estão
instaladas.

4.1.3 Percepção do Mercado Atual – cadeia de players e conjuntura da atividade

O mercado em que atuam está crescendo, segundo a opinião dos


entrevistados, quando percebem o mercado onde atuam têm apresentado aumento
de venda e faturamento nos últimos 12 meses (índice chega a 56,1% de opinião da
amostra). Quando inquiridos sobre o desempenho de suas próprias empresas, o índice
sobe para 63,4%. Esta percepção dupla de crescimento do mercado e da empresa
espraia-se nos segmentos, especialmente o de fabricaçãoe montagem de bijuterias e
fabricação e comércio de óculos.
Sobre esta parte da mostra que relata estar em crescimento, chega-se ao
aumento médio de 23% de faturamento ao ano. Quanto às práticas realizadas para
crescer, as mais citadas foram: criação de inovações (41,5%), seguido por

208
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

melhoramentos no processo interno (39%) e pela atuação em novos mercados


(31,7%). Dos segmentos estudados o de fabricação e montagem de bijuterias foi o que
mais destacou o uso da inovação para crescer. A correlação entre estes índices sugere
que as empresas em crescimento são aquelas que mais investiram em inovação e
gestão de processos.
Cerca de 51,2% dos entrevistados não realizaram as ações de inovação
pontuadas no levantamento. Entretanto, 48,8% (20 empresas) do grupo realizaram
estas ações, destas, 95% dos entrevistados apontam impactos positivos sobre seus
negócios por conta das ações de inovação, com destaque para o segmento de
fabricação e montagem de artigos de bijuteria.
Em se tratando dos maiores problemas ou desafios à expansão da empresa no
setor, a concorrência acirrada/desleal é o maior entrave ao setor, seguido por falta de
divulgação/marketing/venda, a falta de mão de obra qualificada e dificuldade na
gestão do negócio. É observável que a concorrência acirrada/desleal atinge a todos os
segmentos.
No que tange ações para acessar novos mercados, é observável que esta busca
ativa ocorre segundo os entrevistados. Para aquelas empresas que a realizam estas
ações, a atuação em outro estado e a atuação em outra cidade foram destaques da
pesquisa. Como resultado dessas ações, para as empresas que as fizeram (61% da
amostra), houve um aumento de até 10% nas vendas em relação ao mesmo ano
anterior para 30% das empresas do segmento de fabricação e recuperação de joias e
semi joias, e aumento superior a 10% nas vendas em relação ao ano passadopara
38,9% das empresas de fabricação e montagem de bijuterias.
Referindo-se a expectativas para o próximo ano, a ampliação de vendas no
mercado de Santa Catarina é destacada por 29,3% dos entrevistados, seguida por 9,8%
dos entrevistados que expectam expandir as vendas ao mercado nacional, inferindo
otimismo ao empresariado entrevistado na pesquisa.

209
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

4.1.4 Análise das características de logística das empresas

Dentre os modelos logísticos aplicáveis às empresas pesquisadas, 73,2% dos


entrevistados utilizam o modelo compra insumos - produz o produto acabado - vende
ao consumidor final. Já outro conjunto da amostra, 48,8% utiliza o modelo compra
insumo -produz produto acabado - vende para empresas. O primeiro modelo é
destaque em todos os segmentos da pesquisa, porém mais citado no segmento de
fabricação e recuperação de joias e semi joias (80%). O segundo no segmento de
fabricação e montagem de artigos de bijuteria, com 66,7% de respondentes.
Analisando os aspectos que envolvem a logística dos entrevistados, o estudo
indica que o modelo logístico predominante (73,2%), para a amostra, é aquele onde
ocorre a compra de insumo, a produção do produto acabado e a venda para o
consumidor final, prioritariamente. No tocante à compra de mercadorias o canal
preferido é a compra direta, seguido da compra via representante comercial.
Com relação às dificuldades com fornecedores, o estudo aponta que a falta
destes localmente é uma destas dificuldades, além da falta de fornecedores de
algumas matérias-primas. A primeira dificuldade atinge principalmente os segmentos
de fabricação e recuperação de joias e semi joias e de fabricação e montagem de
artigos de bijuteria. A média de fornecedores é de 20 empresas, sendo que o canal
preferido é a compra direta do fabricante. O poder de barganha das empresas
entrevistadas é classificado como alto, segundo 61% destes.
O mercado atendido pelas empresas da amostra revela-se com uma média
corrigida de mais de cento e vinte clientes atendidos por empresa entrevistada. Em se
tratando de movimentação de insumos e produtos, o estudo indica que internamente
a movimentação é feita manualmente ou por carrinho, ao passo que veículos leves são
o destaque na logística de compra de insumos e produtos. Na venda dos produtos, a
maioria dos respondentes relata que o cliente busca o produtona sede da empresa.
Gerenciar estoques é garantir que toda a empresa possa cumprir sua principal
razão de existir, atender seu cliente no prazo certo com o produto certo,
proporcionando assim a perenidade do negócio. Neste prospecto o estudo revela, que
dentre os entrevistados, constata-se que a maioria das empresas, mais de 4/5 do total,

210
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

realiza a gestão de seus estoques, e dentro deste conjunto da amostra, o processo


informal e o processo formal com uso de software é citado por iguais 29,3% dos
respondentes.
Segundo os entrevistados, o alto custo do frete e o não cumprimento do prazo
por parte dos fornecedores são os principais problemas da cadeia logística atual.
Segmentando a questão, o custo elevado do frete afeta um dentre cada três dos
entrevistados da fabricação e comércio de óculos, enquanto 22,2% das empresas da
fabricação e montagem de artigos de bijuteria citam que o não cumprimento do prazo
de entrega.
Como proposição de ação para melhoria de estrutura e logística das empresas
pesquisadas, foi apontada prioritariamente a melhoria da operação interna, seguida
pelo acesso ao crédito. Ainda com o objetivo de melhorar seus resultados, as empresas
participantes deste estudo apontam as áreas que necessitam de maiores
investimentos, que são em ordem decrescente de importância, marketing, produção e
vendas.

211
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

ANEXOS

ANEXO A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

QUESTIONÁRIO - VISÃO DO EMPRESÁRIO


Esta pesquisa é referente ao projeto de perfil das indústrias catarinenses
desenvolvido pelo Sebrae/SC. Tem como objetivo levantar as principais percepções dos
empresários sobre o seu mercado e processo logístico.

FICHA DE INSCRIÇÃO

Dados da empresa

1. Nome fantasia:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

2. Razão social
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

3. Descreva sua principal atividade econômica (Ramo de atividade):


_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

4. CNPJ:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

5. Descrição CNAE:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

6. Contato (nome completo do respondente empresário)


_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

7. Sexo do entrevistado:
1. Masculino
2. Feminino
8. CPF do entrevistado:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

212
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Óticas de Santa Catarina

9. Grau de escolaridade do entrevistado:


1. Sem escolaridade
2. Ensino Fundamental incompleto
3. Ensino Fundamental completo
4. Ensino Médio incompleto
5. Ensino Médio completo
6. Superior incompleto
7. Superior completo
8. Especialização
9. Mestrado
 10. Doutorado
10. Data de nascimento do entrevistado:
______________

11. Endereço completo da empresa:


_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

12. Cidade:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

13. CEP:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

14. Telefone da empresa


_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

15. E-mail de contato do entrevistado ou da empresa:


_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

16. Data de início das atividades:


___/___/______

17. Número de colaboradores


______________

18. Porte/Classificação da empresa:


1. Empreendedor Individual - até R$ 60.000,00
2. Microempresa - Até R$ 360.000,00
3. Pequeno Porte - R$ 360.000,01 até 3.600.000,00
4. Médio Porte
5. Grande Porte

213
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

19. Faturamento anual e 2011(R$)


1. R$ 0,00 a R$ 360.000,00
2. R$ 360.000,01 a R$ 2.400.000,00
3. R$ 2.400.000,01 a R$ 3.600.000,00
4. Acima de R$ 3.600.000,00
20. Categoria:
1. Produtos alimentícios e bebidas
2. Confecção do vestuário e acessórios
3. Calçados e artefatos de couro
4. Produtos de madeira
5. Prod. de borracha e de plástico
6. Construção civil
7. Eletrometalmecânico
8. Móveis
9. Tecnologia da informação e comunicação
 10. Acessórios, Gemas, Joias e Cristais
 11. Náutica
 12. Higiene pessoal, cosméticos e perfumaria
21. Quais mercados a sua empresa atende?
1. Consumidor final pessoa física: (característica)
2. Empresas (citar segmento)
3. Governos municipais
4. Governos Estaduais
5. Governo Federal
6. Empresas públicas
7. Outros

22. A empresa faz parte de alguma associação de classe? Qual ou quais?


_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

CARACTERÍSTICAS DO MERCADO

23. Seus principais clientes são originários, em sua maior parte:


1. Do bairro onde a empresa está localizada
2. Do outros bairros do município
3. Da região onde sua empresa se localiza, quais?
4. De outras regiões do Estado, quais?
5. De outros Estados do Sul do Brasil, quais?
6. De Estados de outras regiões do Brasil, quais?
7. Do exterior, quais países?

214
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Óticas de Santa Catarina

24. Seus principais Fornecedores são originários, em sua maior parte:


1. Do bairro onde a empresa está localizada
2. Dos outros bairros do município
3. Da região onde sua empresa se localiza, quais?
4. De outras regiões do Estado, quais?
5. De outros Estados do Sul do Brasil, quais?
6. De Estados de outras regiões do Brasil, quais?
7. Do exterior, quais países?

25. Seus principais Concorrentes são originários, em sua maior parte:


1. Do bairro onde a empresa está localizada
2. Dos outros bairros do município
3. Da região onde sua empresa se localiza, quais?
4. De outras regiões do Estado, quais?
5. De outros Estados do Sul do Brasil, quais?
6. De Estados de outras regiões do Brasil, quais?
7. Do exterior, quais países?

26. E como você percebe o mercado concorrente atual, na área de atuação da sua empresa?
1. Muitos concorrentes
2. Nem poucos nem muitos concorrentes
3. Poucos concorrentes
27. Como você (enquanto empresário) percebe o mercado onde atua, em termos de crescimento
real, nos últimos 12 meses?
1. Está em crescimento
2. Está estável (não cresce nem encolhe)
3. Está decrescente ou em queda
Em termos de produção e faturamento

28. E a sua empresa está em qual fase? Crescimento, estabilidade ou queda nas vendas?
1. Está em crescimento
2. Está estável (não cresce nem encolhe)
3. Está decrescente ou em queda
29. Em termos percentuais, indique o quanto a sua empresa está crescendo em relação ao último
ano em termos de faturamento. (Caso tenha marcado "Está em crescimento" na questão anterior).
______________

30. Em termos percentuais, indique o quanto a sua empresa perdeu em faturamento em relação ao
último ano. (Caso tenha marcado "Está em queda" na questão anterior).
______________

215
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

31. O que a sua empresa está fazendo hoje para atingir este crescimento? Indique: (caso tenha
informado "em crescimento na q32).
1. Atuando em novos mercados
2. Melhoramentos no processo interno
3. Adquirindo tecnologias
4. Desenvolvendo novos produtos
5. Formando parcerias
6. Criando inovação
7. Aperfeiçoando a logística
8. Investindo em qualificação profissional
9. Profissionalizando toda a empresa
 10. Outro, qual?
32. Caso tenha realizado, quais os tipos de inovação a sua empresa desenvolveu ou desenvolve?
1. Introduziu novos processos ou métodos de trabalho
2. Introduziu novos segmentos de produtos ou serviços
3. Introduziu mudanças no seu modelo de negócio
4. Criou produtos e fez modificações nos atributos do produto, não patenteados
5. Criou produtos ou fez modificações nos atributos do produto patenteado
6. Não realizou essas ações de inovação no período: Outro:
33. Com relação às inovações realizadas por sua empresa, você diria que:
1. Não realizou ações de inovação
2. Impactaram negativamente no seu negócio
3. Não impactaram nem positiva nem negativamente
4. Impactaram positivamente no seu negócio
5. Ainda em fase de implementação das ações de inovação
34. Se a empresa apresenta um quadro de estabilidade ou declínio em vendas ou faturamento (caso
tenha informado "em declínio" na q32) indique os principais motivos:
1. Problemas de distribuição
2. Custo elevado dos produtos ou insumos comprados
3. Mão de obra não qualificada
4. Recursos financeiros escassos para promoção/marketing
5. Falta de modernização tecnológica
6. Qualidade da matéria-prima
7. Qualidade dos produtos finais
8. Fornecedores inadequados
9. Inadequação dos produtos às necessidades dos clientes
 10. Localização ruim dos pontos de vendas
 11. Falta de recursos próprios para capital de giro
 12. Falta de recursos para investimentos
 13. Concorrência acirrada
 14. Outra, qual?

216
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Óticas de Santa Catarina

35. Gostaria de comentar sobre os principais problemas/desafios que sua empresa enfrenta
atualmente?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

36. A sua empresa realizou alguma dessas ações de acesso a novos mercados nos últimos 12 meses?
1. Vendas pela internet
2. Nova filial ou ponto de venda na mesma cidade
3. Atuação em nova cidade no Estado
4. Atuação em outro Estado
5. Atuação em outro país
6. Não realizou estas ações
7. Outra, qual?
37. Caso tenha realizado ações de acesso a novos mercados, estas:
1. Não resultaram em aumento de vendas
2. Resultaram em aumento de vendas de até 10% em relação ao mesmo período do ano passado
3. Resultaram em aumento de vendas superior a 10% em relação ao mesmo período do ano passado
4. Não realizou ações para acessar novos mercados
38. Descreva o que seria uma oportunidade para um novo mercado na sua região (ou fora dela)?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

39. E quais as suas expectativas em relação ao seu negócio, para o próximo ano?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

CARACTERÍSTICAS DA LOGÍSTICA

40. Quais dos seguintes modelos logísticos mais se assemelham ao da sua empresa:
1. Compra insumos - produz produto acabado - vende ao consumidor final
2. Compra produto acabado - monta produto final - revende para empresas
3. Compra insumos - produz produto acabado - vende para empresas
4. Compra serviços de terceiros - desenvolve/cria produtos - vende por encomenda
5. Outros
41. No que diz respeito à logística da sua empresa, especifique o(s) tipo(s) de produto(s) que a sua
empresa COMPRA, para realizar a sua produção/operação.
1. Matéria-prima (partes e/ou peças) para produto acabado
2. Matéria-prima (partes e/ou peças) para montagem
3. Insumos para alimentos
4. Compra serviços de terceiros
5. Outro:

217
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

42. A movimentação de insumos e matérias-primas na sua empresa é realizada por qual tipo de
equipamento?
1. Esteiras
2. Empilhadeira
3. Veículo leve
4. Veículo pesado
5. Retroescavadeira
6. Guindaste
7. Ponte rolante
8. Outros:
43. Considerando a cadeia logística da sua empresa, qual ou quais os tipos de fornecedores com que
a sua empresa trabalha:
1. Compra direto do fabricante
2. Compra de atacadistas
3. Compra de representante comercial
4. Compra no varejo
5. Utiliza prestação de serviço de terceiros
6. Outros
44. A sua empresa negocia as suas compras de que forma?
1. Por telefone
2. Pessoalmente com vendedor
3. Por e-mail
4. Através do site da empresa
5. Através do site do fornecedor
6. Outro:
45. A sua empresa trabalha com quantos fornecedores diferentes?
______________

46-47. Transporte logístico:


1 : Veículo leve, 2 : Veículo pesado, 3 : Navio/Cabotagem, 4 : Avião, 5 : Outro:, 6 : Não se aplica

1 2 3 4 5 6
Como a sua empresa realiza o transporte para a compra de insumos, mercadorias,
produtos, etc. ? 
Como a sua empresa realiza o transporte para a venda de insumos, mercadorias,
produtos, etc. ? 

48. E como a sua empresa realiza a gestão do estoque na empresa?


1. Processo informal
2. Processo formal sem software
3. Processo formal com software
4. Não realiza

218
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Óticas de Santa Catarina

49. A sua empresa utiliza software que integra a logística de compra, transporte, armazenamento e
venda?
1. Sim
2. Não
3. (Não sabe)
4. Não se aplica
50. Por favor, comente quais seriam os gargalos ou problemas mais sérios da sua cadeia logística
atual?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

Pode ser referente ao desempenho de seus fornecedores, da cadeia como um todo ou de um quesito em particular.

51. Na sua opinião, o que seria necessário para melhorar a infraestrutura e logística do seu
negócio?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

52. Quais as áreas ou setores da sua empresa que mais necessitam de novidades ou aprimoramentos
tecnológicos?
1. Produção
2. Logística e distribuição
3. Financeiro
4. Vendas
5. Marketing (CRM ou Banco de dados)
6. RH ou Gestão de Pessoas
7. Software integrado (tipo ERP ou B.I.)
8. Outros:

219
Visão do Empresário do Setor de Joias e Semi
Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

220
CAPÍTULO IV - PANORAMA DE NOVOS MERCADOS
221
Panorama de Novos Mercados do Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

222
Panorama de Novos Mercados do Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

LISTA DE SIGLAS

CNAE Classificação Nacional de Atividade Econômica


IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
MTE Ministério do Trabalho e Emprego
PAC Pesquisa Anual do Comércio
PIA Pesquisa Industrial Anual
RAIS Relação Anual de Informações Sociais
RLV Receita Líquida de Vendas
RBRM Receita Bruta de Revenda de Mercadorias
SECEX Secretaria de Comércio Exterior

223
Panorama de Novos Mercados do Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

224
Panorama de Novos Mercados do Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

SUMÁRIO

1 INFORMAÇÕES PRELIMINARES ________________________________________ 227


1.1 APRESENTAÇÃO ____________________________________________________ 227
1.2 OBJETIVO DO ESTUDO _______________________________________________ 228
1.3 METODOLOGIA DO ESTUDO___________________________________________ 228
1.3.1 Tipo de pesquisa ____________________________________________________ 228
1.3.2 Critérios de análise __________________________________________________ 229
2 LIMITAÇÕES DE PESQUISA ____________________________________________ 230
3 PANORAMA NACIONAL ______________________________________________ 230
4 PANORAMA DAS REGIÕES DO BRASIL __________________________________ 231
4.1 REGIÃO NORDESTE __________________________________________________ 234
5 PANORAMA DOS ESTADOS ___________________________________________ 235
5.1 ESTADO DE Minas Gerais _____________________________________________ 235
5.2 SANTA CATARINA ___________________________________________________ 238
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________________________ 241
REFERÊNCIAS ____________________________________________________________ 243

225
Panorama de Novos Mercados do Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

226
Panorama de Novos Mercados do Setor deJoias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

1 INFORMAÇÕES PRELIMINARES

1.1 APRESENTAÇÃO

O presente relatório faz parte da análise setorial do mercado de Joias e Semi


Joias, Bijuterias e Ótica em Santa Catarina e compreende a descrição de setores
econômicos no contexto nacional, regional e local, onde são observados em uma
análise conjuntural de dados secundários de conglomerados para fins de
embasamento analítico de novos mercados, que subsidia informações para o
Programa NovaEconomia@SC.
Novos mercados ou novo mercado a priori, compreende ao sinônimo de
mercado potencial de entrada para organizações e empresas que anseiam atender
estes mercados. Aqui se verifica o tamanho e característica econômica dos setores e
segmentos inseridos nestes, para fins de estudo da condição mercadológica de
crescimento destes mercados, fornecendo subsídios para se criar estratégias de
penetração a todos aqueles interessados.
Especificamente para este estudo são analisados diferentes dados
macroeconômicos com enfoque nas atividades comerciais de dois setores econômicos
– comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, e comércio atacadista de
artigos do vestuário e acessórios – nos estados de Santa Catarina e Minas Gerais, e na
Região Nordeste, bem como sua importância no Brasil.
A composição de atividades econômicas incluídas no molde analítico desta
pesquisa provém da Classificação Nacional de Atividade Econômica - CNAE, sendo este
o instrumento de padronização nacional dos códigos de atividade econômica e dos
critérios de enquadramento utilizados pelos diversos órgãos da Administração
Tributária do país, contribuindo para a melhoria da qualidade dos sistemas de
informação que dão suporte às decisões e ações do Estado.27 As CNAE analisadas neste
relatório estão indicadas na Tabela 1.

27
CNAE. Classificação Nacional de Atividades Econômicas. Subclasses. Disponível em: <http://subcomissao
cnae.fazenda.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1>. Acesso em: 26 jul. 2013.

227
Panorama de Novos Mercados do Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Tabela 1 - CNAE de Comércio do Estudo1


CNAE DO COMÉRCIO DE JOIAS E SEMII JOIAS, BIJUTERIAS E ÓTICA
CONFECÇÕES E ACESSÓRIOS
47814 COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS DO VESTUÁRIO E ACESSÓRIOS
46427 COMÉRCIO ATACADISTA DE ARTIGOS DO VESTUÁRIO E ACESSÓRIOS
Fonte: Comissão Nacional de Classificação (CONCLA); IBGE.

1.2 OBJETIVO DO ESTUDO

Descrever os principais indicadores econômicos da indústria e comércio de


Santa Catarina e Minas Gerais, e na Região Nordeste, de modo a identificar
oportunidades à entrada de empresas ligadas àfabricação de artigos de joalheria,
bijuteria e semelhantes em mercados potenciais.
A escolha dos setores econômicos para a realização desta análise foi originada a
partir dos resultados de outros dois estudos: Visão dos Especialistas e Visão do
Empresário, que objetivaram, também, detectar possíveis oportunidades de negócios
para novos mercados ou mercados potenciais. A escolha por estudar indicadores dos
setores produtivos de indústria e comércio se justifica para analisar a composição da
cadeia de mercado em que estes segmentos aqui listados estão inseridos, os quais
estão descritos na Tabela 1.

1.3 METODOLOGIA DO ESTUDO

1.3.1 Tipo de pesquisa

A presente pesquisa é caracterizada por método exploratório que reúne


informações preexistentes sobre o assunto em pauta. A priori identifica informações
que possam ser reunidas para a investigação, identifica fontes de dados reais que
possam ser usadas como questões de mensuração para estruturar a análise.
O nível de informação é classificado como fonte secundária de dados, formada
por interpretações de dados primários gerados por instituições governamentais, tais
como IBGE, Ministério do Desenvolvimento de Indústria e Comércio, através do site
AliceWeb, e Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Também foram consultadas
informações pertinentes e complementares em enciclopédias, livros, manuais, artigos

228
Panorama de Novos Mercados do Setor deJoias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

de revistas e jornais, estudos de pesquisas e publicações de entidades de classe,


governos, universidades e empresas públicas ou privadas.

1.3.2 Critérios de análise

Como critério de análise, são coletados das referidas fontes os dados mais
atuais disponíveis, em geral observando uma evolução de quinquênio, ou seja, dos
cinco últimos anos a contar da base de dados mais recente, disponibilizada pelos
principais órgãos públicos responsáveis pela disponibilização de informações
econômicas no Brasil. Considera-se essencialmente a busca de resultados das CNAE
analisadas neste relatório, para os dados a seguir indicados:

 Empregos diretos (fonte: RAIS) – Ano 2012;


 Número de empresas (fonte: RAIS) – Ano 2012;
 Receita Bruta de Revenda de Mercadorias - RBRM da Pesquisa Anual do
Comércio – PAC – Anos analisados 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011.

O indicador – Receita Bruta de Revenda de Mercadorias – RBRM, segundo o


Normativo: RIR/1999, art. 279; IN SRF nº 51, de 1978; e ADN CST nº 19, de 1981,
compreende o produto da venda de bens nas operações de conta própria, o resultado
auferido nas operações de conta alheia e o preço dos serviços prestados. Deve ser
adicionado à receita bruta, para cálculo da receita líquida, o crédito‐prêmio de IPI
decorrente da exportação incentivada ‐Befiex. Na receita bruta não se incluem os
impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante e
adicionados ao preço do bem ou serviço, e do qual o vendedor dos bens ou o
prestador dos serviços seja mero depositário (IPI). Da mesma forma, para que a
apuração dos resultados não sofra distorções, não se computam no custo de aquisição
das mercadorias para revenda e das matérias‐primas os impostos não cumulativos que
devam ser recuperados (IPI, ICMS). O ICMS integra a receita bruta e é considerado uma
parcela redutora para fins de apuração da receita líquida.

229
Panorama de Novos Mercados do Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Para a análise de evolução dos indicadores econômicos apresentados nesse


trabalho, aplicou-se a Análise de Índice Simples28, onde a comparação entre as
grandezas de duas épocas (t0 e t1) se faz através da razão entre as mesmas (t1/t0)
resultando em um indicador de evolução (i1). De mesmo modo, o índice de evolução
total para “n” períodos é realizada através do produto dos índices calculados
(i1*i2*i3...*in). De posse do índice de evolução total de “n” períodos, obtém o índice
médio de evolução através da raiz “n” deste produto (n i1*i2*i3...*in).

2 LIMITAÇÕES DE PESQUISA

As limitações encontradas em relação à coleta dos dados em fontes


secundárias concernem aos valores do IBGE referentes à Receita Bruta de Revenda de
Mercadorias – RBRM, da Pesquisa Anual do Comércio – PAC. O filtro por grupos de
CNAE consideram os 3 primeiros dígitos da numeração das tabelas do PAC. Nota-se
que todos os resultados envolvendo estes dados foram adequados aos grupos de
forma mais detalhada possível.

3 PANORAMA NACIONAL

De acordo com os dados coletados junto ao Ministério do Desenvolvimento,


Indústria e Comércio (MDIC), no ano de 2012 o número de empregos nas atividades de
comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, e comércio atacadista de
artigos do vestuário e acessórios, era superior a 760 mil. O número de empresas no
mesmo ano era de mais de 370 mil em todo o território nacional. A Tabela 2 apresenta
os dados sobre o numero de empresa e empresas para as atividades citadas.

Tabela 2 - Número de empregos e empresas em 20122


Número de empregos Número de empresas
29 29
Nacional 766.040 378.729
Fonte: MTE - RAIS - Acesso 31-10-2013

28
Técnica de cálculos utilizada para análise em estudos econômicos.
29
Soma das atividades comerciais limitadas às Classes CNAE: 47814 e 46427.

230
Panorama de Novos Mercados do Setor deJoias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

4 PANORAMA DAS REGIÕES DO BRASIL

Em relação ao faturamento do comércio brasileiro de artigos do vestuário e


acessórios, foram analisados os dados da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias
(RBRM) disponíveis na última Pesquisa Anual de Comércio (PAC) do IBGE, para o setor
de atacado e varejo. Observou-se que no ano de 2011 mais da metade da RBRM das
empresas do comércio nacional de artigos do vestuário e acessórios se encontrava na
região Sudeste. Na região Sul se encontrava a segunda maior receita dessas empresas,
seguida pela região Nordeste. As regiões com menor percentual de receita dessas
empresas foram a Centro Oeste e a Norte, que juntas não chegaram a atingir o
percentual da RBRM das empresas da região Nordeste.

Gráfico 1 – Distribuição da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias por regiões do Brasil


em 20111
R$83.101.101.000,00
R$216.377.547.000,00
4%
9%

R$349.755.418.000,00
15%

Norte
R$452.413.075.000,00
Nordeste 19%

Sudeste

Sul

Centro-Oeste

R$1.248.831.684.000,00
53%

Fonte: IBGE - PAC - Total do comércio - Acesso 31-10-2013

A distribuição das empresas dos dois setores abordados pelo território nacional
no ano de 2011 e divulgada na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), revelou que quase metade das empresas do
comércio de artigos do vestuário e acessórios se encontrava na região Sudeste. Na

231
Panorama de Novos Mercados do Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

região Sul se encontrava a segunda maior concentração dessas empresas, seguida pela
região Nordeste. As regiões com menor percentual de empresas foram a Centro Oeste
e a Norte, que juntas não chegaram a atingir o percentual de empresas da região
Nordeste.

Gráfico 2 - Distribuição das Empresas por Regiões do Brasil em 20122

30.017 16.667
8% 4%

64.594
17%

89.762
24%

Norte
Nordeste
Sudeste
177.689
Sul
47%
Centro-oeste

Fonte: MTE - RAIS - Acesso em 14-10-2013

Analisando separadamente a distribuição regional das empresas do comércio


dos setores abordados, separadas entre atacado e varejo e descritas nos Gráficos 3 e
4, evidencia-se a manutenção da mesma ordem de concentração presente no Gráfico
2. Nota-se que a relação entre as empresas desses dois setores nas regiões Norte e
Nordeste é maior se comparada com as demais regiões, denotando que poucas
empresas atacadistas atendem um grande número de empresas do varejo.

232
Panorama de Novos Mercados do Setor deJoias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 3 - Distribuição das Empresas de Atacado por Regiões do Brasil em 20123


238
2%
1.208
9% 1.428
11%

Norte

Nordeste
4.602
Sudeste 34%

Sul

Centro-oeste 5.866
44%

Fonte: MTE - RAIS - Acesso em 31-10-2013

Gráfico 4 - Distribuição das Empresas do Varejo por Regiões do Brasil em 20124


16.339
5%

28.809
8%

63.166
17%

85.160
Norte
23%
Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-oeste

171.823
47%

Fonte: MTE - RAIS - Acesso em 31-10-2013

233
Panorama de Novos Mercados do Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

4.1 REGIÃO NORDESTE

É a região brasileira que possui o maior número de estados (nove no total):


Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Pernambuco (incluindo o Distrito
Estadual de Fernando de Noronha e o Arquipélago de São Pedro e São Paulo), Rio
Grande do Norte, (incluindo a Reserva Biológica Marinha do Atol das Rocas) e Sergipe.
Possuía uma população de 53.081.510 habitantes e um PIB em 2010 que representa
13,5%, segundo dados do IBGE e uma renda per capita de R$ 8.167,75 no ano de 2009.
A evolução do número de empresas dos setores indicados do comércio
nordestino de artigos do vestuário e acessórios no período de 2008 a 2012 foi
realizada analisando os dados do último Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS)
do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Tanto o setor atacadista de artigos do
vestuário e acessórios quanto o setor varejista de artigos do vestuário e acessórios
obtiveram crescimento no número de empresas durante o período da análise,
registrando uma taxa média de crescimento anual de 4,64% e 3,59% respectivamente.
O setor de atacado acumulou altas nesse número até o ano de 2011, onde retraiu
0,37% mas em 2012 voltou a crescer, registrando uma elevação de 19,9% no número
de empresas. O setor de varejo teve elevação no número de empresas de 15,17% no
período, registrando altas sucessivas até 2012, onde retraiu 0,32%.

Gráfico 5 - Histórico de Crescimento do número de empresas do setor na região Nordeste5

COMÉRCIO ATACADISTA DE ARTIGOS DO VESTUÁRIO E COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS DO VESTUÁRIO E


ACESSÓRIOS ACESSÓRIOS
2008 1.191 54.848
2009 1.296 57.727
2010 1.352 60.866
2011 1.347 63.375
2012 1.428 63.166

Fonte: MTE - RAIS - Acesso 31-10-2013

234
Panorama de Novos Mercados do Setor deJoias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Analisando a evolução histórica do comércio geral de artigos de vestuário e


acessórios, constatamos que uma elevação sucessiva da RBRM no período
compreendido entre os anos de 2007 a 2011, segundo a PAC do IBGE, acumulando no
final desse quinquênio alta de 82,71% na receita do comércio.

Gráfico 6 - Evolução Histórica de Receita Bruta de Revenda de Mercadorias na região


Nordeste6

Comércio Geral
2007 R$191.428.836.000,00
2008 R$226.921.773.000,00
2009 R$257.697.180.000,00
2010 R$306.964.675.000,00
2011 R$349.755.418.000,00

Fonte: IBGE - PAC - Acesso 31-10-2013

5 PANORAMA DOS ESTADOS

5.1 ESTADO DE MINAS GERAIS

Minas Gerais é o estado brasileiro que possui o terceiro maior PIB, que
totalizava R$ 351,38 bilhões de reais em 2010 e apresentou um PIB per capita de R$
17.931,00. Sua composição populacional estimada para 2013 é de 20.593.356
habitantes e uma densidade demográfica de 33,41 hab/km² (IBGE, 2013). A economia
deste estado apresenta-se bem diversificada (automobilística, alimentos e siderurgia),
sendo que no ano de 2012 foi a terceira unidade federativa que mais exportava no
país, responsável por 12,78% dos produtos vendidos ao exterior, atrás apenas de São

235
Panorama de Novos Mercados do Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Paulo (26,55%) e Rio de Janeiro (12,88%), segundo dados da Secretaria de Comércio


Exterior (SECEX)30.
Em relação ao faturamento do comércio mineiro, foram analisados os dados da
Receita Bruta de Revenda de Mercadorias (RBRM) disponíveis na última Pesquisa
Anual de Comércio (PAC) do IBGE, para os setores de atacado e varejo de artigos de
vestuário e acessórios. Observou-se que no ano de 2011 o setor de varejo de artigos
do vestuário e acessórios representou 51% da RBRM da amostra, e o setor atacadista
de artigos do vestuário e acessórios representou 49%.

Gráfico 7 – Distribuição da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias do estado de Minas


Gerais em 20117

R$96.664.683.000,00 R$ 92.330.446.000,00 Comércio por ATACADO


51% 49%
Comércio VAREJISTA

Fonte: IBGE - PAC - Acesso 31-10-2013

Analisando a evolução histórica da RBRM do comércio mineiro, constatamos


que tanto o setor de atacado quanto o setor de varejo obtiveram altas sucessivas
durante os anos compreendidos no período de 2007 a 2011, segundo a PAC do IBGE. O
setor de varejo obteve o maior crescimento, variação de 82,6%. O setor atacadista
cresceu 60,58%. A taxa média de crescimento do comércio varejista foi de 16,25% ao
ano, enquanto a média de crescimento anual do comércio atacadista foi de 12,57%.

30
O SECEX utiliza o Alice Web como fonte de dados para a análise.

236
Panorama de Novos Mercados do Setor deJoias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 8 - Evolução Histórica de Receita Bruta de Revenda de Mercadorias no estado de


Minas Gerais8

Comércio por ATACADO Comércio VAREJISTA


2007 R$57.497.934.000,00 R$52.937.414.000,00
2008 R$65.858.200.000,00 R$62.463.160.000,00
2009 R$67.336.941.000,00 R$69.777.111.000,00
2010 R$80.402.193.000,00 R$83.721.916.000,00
2011 R$92.330.446.000,00 R$96.664.683.000,00

Fonte: IBGE - PAC - Acesso 31-10-2013

A evolução do número de empresas dos setores indicados no período de 2008 a


2012 no estado de Minas Gerais foi realizada analisando os dados do último Relatório
Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O
setor de varejo registrou variação de 14,51% no número de empresas durante o
período em questão, com crescimento em praticamente todos os anos da análise,
exceto no ano de 2012 onde foi registrada uma retração de 0,59% em relação a 2011.
A taxa média de crescimento deste segmento foi de 3,44% ao ano.
O setor atacadista se comportou da mesma maneira, registrando alta de 7,36%
no número de empresas durante o período, acumulando altas sucessivas até 2012,
onde retraiu 2,26% em relação a 2011. A taxa média de crescimento deste segmento
foi de 1,79% ao ano.
A grande diferença entre o número de empresas varejistas e atacadistas chega
a quase 30 vezes mais em favor do varejo, mas a distribuição da RBRM entre elas é
quase equânime. Esse fato demonstra que as empresas do atacado possuem uma
receita média quase quarenta vezes maior que a receita média das empresas
atacadistas.

237
Panorama de Novos Mercados do Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 9 - Histórico de crescimento de empresas por setor indicado no estado de Minas


Gerais9

COMÉRCIO ATACADISTA DE ARTIGOS DO VESTUÁRIO E COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS DO VESTUÁRIO E


ACESSÓRIOS ACESSÓRIOS
2008 1.128 41.495
2009 1.167 44.085
2010 1.186 46.191
2011 1.239 47.796
2012 1.211 47.515

Fonte: MTE - RAIS - Acesso 31-10-2013

5.2 SANTA CATARINA

Estado detentor de uma economia bastante diversificada, fortemente ancorada


no setor industrial com expressiva participação nos segmentos da agroindústria,
metalmecânica, têxtil e cerâmica, ocupou a sexta posição na economia brasileira no
ano de 2011, com um PIB aproximado de R$ 170 bilhões de reais e PIB per capita de R$
26.760,82, (IBGE, 2013). Sua população atual é de 6.634.254 habitantes, com uma
densidade demográfica de 65,27 hab/km². Em se tratando de exportações, segundo
dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), Santa Catarina exportou em 2012
um total de U$ 8,9 bilhões de dólares, tendo como destaque a exportação de frangos,
motores elétricos, bombas de ar dentre outros produtos. Também possui uma pujante
indústria tecnológica, especialmente no setor de desenvolvimento de softwares, que já
superou em faturamento o setor de turismo, também expressivo neste Estado.
Em relação ao faturamento do comércio catarinense, foram analisados os
dados da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias (RBRM) disponíveis na última
Pesquisa Anual de Comércio (PAC) do IBGE. No ano de 2011, o setor varejista
especializado em revenda de tecidos, artigos de armarinho, vestuário e calçados

238
Panorama de Novos Mercados do Setor deJoias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

obteve uma receita três vezes superior ao setor atacadista em geral (excetuando a
revenda de veículos e motocicletas).

Gráfico 10 – Distribuição da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias no estado de Santa


Catarina em 201110

R$ 1.025.667.000,00
21%

ATACADO - Representante e
Agentes do Comércio(exceto
Veículos e Motocicletas)
VAREJO - Tecidos, artigos de
armarinho, vestuário e
calçados
R$3.926.500.000,00
79%

Fonte: IBGE - PAC - Acesso 31-10-2013

Analisando a evolução histórica da RBRM do comércio, constatamos que ambos


os setores em Santa Catarina obtiveram altas sucessivas durante o período
compreendido entre os anos de 2007 a 2011, segundo a PAC do IBGE. O setor de
varejo obteve um crescimento de 53%, média anual de 11,22%. O setor atacadista,
apesar de responder por uma parcela menor, cresceu impressionantes 170,30%
durante o mesmo período, variação média de 28,22% ao ano. No ano de 2011,
enquanto a receita do setor de varejo cresceu 9,7%, o atacado obteve um crescimento
de 37,42%.

239
Panorama de Novos Mercados do Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 11 - Evolução Histórica da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias no estado de


Santa Catarina11

ATACADO - Representante e Agentes do VAREJO - Tecidos, artigos de armarinho, vestuário e


Comércio(exceto Veículos e Motocicletas) calçados
2007 R$379.455.000,00 R$2.566.340.000,00
2008 R$434.076.000,00 R$2.950.835.000,00
2009 R$652.876.000,00 R$3.054.031.000,00
2010 R$746.358.000,00 R$3.579.221.000,00
2011 R$1.025.667.000,00 R$3.926.500.000,00

Fonte: IBGE - PAC - Acesso 31-10-2013

A evolução do número de empresas catarinenses dos setores indicados no


período de 2008 a 2012 foi realizada analisando os dados do último Relatório Anual de
Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O setor de
comércio atacadista de artigos do vestuário e acessórios registrou sucessivo
crescimento no número de empresas durante o período analisado, acumulando
variação de 10,69%, enquanto o setor varejista de artigos do vestuário e acessórios
obteve um crescimento de 3,77% no mesmo período. O setor de varejo obteve
crescimento em quase todos os anos da análise, com exceção no ano de 2011 que
registrou uma queda de 0,46% dos participantes em relação a 2010. A média de
crescimento no período de 2008 a 2012 foi de 2,57% ao ano para o setor atacadista de
artigos do vestuário e acessórios, e de 0,93% para o setor varejista de artigos do
vestuário e acessórios.

240
Panorama de Novos Mercados do Setor deJoias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 12 - Histórico de crescimento de empresas por setor indicado no estado de Santa


Catarina12

COMÉRCIO ATACADISTA DE ARTIGOS DO VESTUÁRIO E COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS DO VESTUÁRIO E


ACESSÓRIOS ACESSÓRIOS
2008 1.450 19.153
2009 1.470 19.571
2010 1.544 19.937
2011 1.573 19.846
2012 1.605 19.875

Fonte: MTE - RAIS - Acesso 31-10-2013

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O comércio de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica está diretamente ligado ao


mercado de moda e vestuário. Estes acessórios servem de complemento às
vestimentas devido a variedade de elementos que os compõem, como as pedras
preciosas e semipreciosas, metais nobres, fibras naturais, resinas e outros materiais
sintéticos que compõem esses artigos, e permitem o acesso de todas as classes de
consumidores.
A mensuração da possibilidade de entrada em novos mercados das empresas
catarinenses de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Óticas e deu analisando dados do
comércio de artigos de vestuário e acessórios. A região Sudeste do território brasileiro
é onde se concentra o maior número de empresas e também a maior fatia da Receita
Bruta de Revenda de Mercadorias ligadas ao comércio de artigos de vestuário e
acessórios.
A região Nordeste aparece na terceira colocação em relação ao número de
empresas e de receita desse comércio, porém a receita média das empresas é a
segunda melhor do país, abaixo apenas da região Sudeste, e a relação entre as

241
Panorama de Novos Mercados do Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

empresas de atacado e varejo na região Nordeste é a maior do país, havendo uma


empresa de atacado para mais de quarenta e quatro empresas do varejo. A evolução
da RBRM nesta região (82,71%) foi bem superior à evolução do número de empresas
do atacado e do varejo juntas (15,27%), demonstrando assim um crescente potencial à
expansão desse comércio nesta região.
No estado de Minas Gerais, conhecido como importante fornecedor de pedras,
gemas e metais nobres, também se observou uma evolução constante da receita das
empresas do comércio de artigos de vestuário e acessórios e bem superior à evolução
no número dessas empresas, demonstrando outro potencial de expansão das
atividades desse comércio no estado. Em Minas Gerais o setor do comércio com
melhor desempenho foi o varejo.
Em Santa Catarina, diferentemente do estado de Minas Gerais, o setor
atacadista obteve um resultado em termos de evolução da RBRM e da evolução no
número de empresas, superior ao varejo. Ambos obtiveram altas constantes de
receita, mas o resultado do atacado foi três vezes superior ao do varejo, apesar de
pequeno número de empresas frente ao outro setor.
De modo geral, observou-se na região Nordeste um crescente aumento da
receita das empresas do comércio, indicando a existência de um mercado em
expansão. No estado de Minas Gerais o setor varejista apresentou melhor potencial de
crescimento. Já em Santa Catarina o melhor potencial de crescimento foi do setor
atacadista. A oportunidade de entradas dos produtos catarinenses de bijuteria,
ourivesaria e joalheria nesses mercados é favorecida devido ao crescimento das
receitas dessas empresas analisadas neste estudo.

242
Panorama de Novos Mercados do Setor deJoias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Sistema de


Análise das Informações de Comércio Exterior – AliceWeb2. Fevereiro, 2012.
Disponível em: <http://www3. mte.gov.br/pdet /index.asp>. Acesso em: 14 out. 2013.

______. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de


Geografia e Estatística. Pesquisa Anual do Comércio – PAC. Disponível em:
http://questionarios.ibge.gov.br/downloads-questionarios/pac-pesquisa-anual-de-
comercio. Acesso em: 14 out. 2012.

______. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de


Geografia e Estatística. Pesquisa Industrial Anual – PIA. Disponível em:
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/industria/pia/empresas/defaulte
mpresa.shtm. Acesso em: 10 out. 2013.

______. Ministério do Trabalho e Emprego. Programa de disseminação das estatísticas


do trabalho. Bases estatísticas RAIS. Disponível em: <http://www3.mte.gov.br/pdet
/index.asp>. Acesso em: 14 out. 2013.

ENDO, S.K. Números Índices. São Paulo: Editora Atual, 1986.

243
Panorama de Novos Mercados do Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

244
CAPÍTULO V - PROSPECÇÃO DE NOVOS MERCADOS
245
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

246
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

SUMÁRIO

1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES ______________________________________ 249


1.1 APRESENTAÇÃO ____________________________________________________ 249
1.2 OBJETIVO DO ESTUDO _______________________________________________ 250
2 ASPECTOS METODOLÓGICOS _________________________________________ 250
2.1 TIPO DE PESQUISA __________________________________________________ 250
2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA _____________________________________________ 251
2.3 COLETA DOS DADOS _________________________________________________ 252
2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA ____________________________________________ 252
3 ANÁLISE DOS DADOS ________________________________________________ 253
3.1 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DAS EMPRESAS __________ 254
3.1.1 Região e município das empresas ______________________________________ 255
3.1.2 Descrição da atividade econômica ______________________________________ 257
3.1.3 Início das atividades das empresas _____________________________________ 258
3.1.4 Número de colaboradores das empresas ________________________________ 260
3.1.5 Porte e classificação das empresas _____________________________________ 262
3.1.6 Gênero dos entrevistados ____________________________________________ 264
3.1.7 Escolaridade dos entrevistados ________________________________________ 265
3.2 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: DEMANDAS ____ 267
3.2.1 Mercados atendidos _________________________________________________ 268
3.2.2 Canais de vendas ___________________________________________________ 269
3.2.3 Origem dos principais clientes _________________________________________ 272
3.2.4 Produtos adquiridos do setor de joias e semi joias, bijuterias e ótica ___________ 274
3.2.5 Canais de compra para produtos da indústria de joias e semi joias, bijuterias e
ótica _____________________________________________________________ 277
3.2.6 Frequência de contratação de fornecedores da indústria de joias e semi joias,
bijuterias e ótica ____________________________________________________ 279
3.2.7 Quantidade de fornecedores da indústria de joias e semi joias, bijuterias e ótica _ 281
3.2.8 Satisfação em relação aos produtos ou serviços de fornecedores da cadeia de
joias e semi joias, bijuterias e ótica _____________________________________ 284
3.2.9 Melhorias da cadeia de fornecedores ___________________________________ 286
3.3 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DEMANDADAS PELAS EMPRESAS DA AMOSTRA _ 289
3.3.1 Aprimoramentos em áreas/setores nas empresas pesquisadas _______________ 289
3.3.2 Necessidades de aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas _______ 291
3.3.3 Região dos fornecedores da cadeia de joias e semi joias, bijuterias e ótica ______ 294
3.3.4 Contato com fornecedores de Santa Catarina _____________________________ 296
3.3.5 Aquisição de produtos e serviços da cadeia joias e semi joias, bijuterias e ótica
com fornecedores catarinenses ________________________________________ 298
3.3.6 Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da
indústria de joias e semi joias, bijuterias e ótica ___________________________ 301
3.3.7 Tipos de fornecedores demandados ____________________________________ 303
3.4 ANÁLISE DA DEMANDA POTENCIAL INTERESSADA EM NEGÓCIOS COM
FORNECEDORES DA INDÚSTRIA DE JOIAS E SEMI JOIAS, BIJUTERIAS E ÓTICA ____ 305
3.4.1 Estrato da demanda potencial versus interesse em produtos e serviços ________ 306
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________________________ 310

247
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

4.1 SÍNTESE DE RESULTADOS _____________________________________________ 310


4.1.1 Características Socioeconômicas das empresas____________________________ 310
4.1.2 Características de mercado das empresas: aspectos das demandas atendidas ___ 311
4.1.3 Características da demanda ___________________________________________ 311
ANEXOS ________________________________________________________________ 314
ANEXO A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ________________________________ 314

248
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

1.1 APRESENTAÇÃO

O estudo setorial da demanda por Joias e Semi Joias, Bijuterias e Óticaem Santa
Catarina contempla este relatório de pesquisa de novos mercados, que representa o
último levantamento que compõe os cinco relatórios complementares de dados
setoriais e que procura, especificamente neste trabalho, sobre diferentes perspectivas
quantitativas, caracterizar o perfil das empresas que podem demandar por produtos e
serviços de fornecedores catarinenses da cadeia de joias e semi joias, bijuterias e ótica.
Este trabalho é caracterizado como uma pesquisa quantitativa descritiva com
empresas de três segmentos (Comércio de Joias/Semi Joias, Comércio de Bijuterias, e
Varejo de Moda, Acessórios, Presentes). Ao todo, a amostra entrevistada é de 333
empresas destes segmentos, instaladas em Santa Catarina, Minas Gerais e parte da
Região Nordeste.
A priori, estas entrevistas, realizadas com empresários e gestores, prioriza o
entendimento do sujeito pesquisado sobre o seu mercado de atuação enquanto
empresa, atendendo ao preenchimento de perguntas sobre a empresa, a relação e
situação da empresa com o seu mercado (clientes, fornecedores, concorrentes) e
sobre a aptidão em demandar por produtos e serviços do setor de joias e semi joias,
bijuterias e ótica.
Mas por que estudar novos mercados? Em tese este trabalho busca uma
reflexão sobre possibilidades de novas demandas para as empresas catarinenses, ainda
que estas demandas estejam em grande parte dentro deste Estado (SC), ou
concentradas em Minas Gerais ou mesmo em todo o País ou em diversos países. O que
se busca aqui é o construto de mercado, especificamente apontando para três regiões
estratégicas para as empresas Catarinenses, dentro de Santa Catarina, no estado de
Minas Gerais e parte da Região Nordeste.
Referencialmente, novos mercados são, de fato, mercados potenciais que
podem gerar demandas economicamente viáveis, ainda que, a viabilidade de cada
negócio em particular, não seja objeto deste levantamento, mas sim o seu
apontamento e descrição.

249
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

A escolha destes novos mercados foi realizada com base nos estudos
anteriores, previamente citados, tais como a pesquisa qualitativa com formadores de
opinião e visão do empresário.
Este trabalho faz parte da análise de doze setores econômicos no contexto
Catarinense, os quais se dividem em quarenta e sete polos industriais onde são
observados em uma análise conjuntural de conglomerados para fins de embasamento
analítico de mercados, que subsidia informações para o Programa NovaEconomia@SC.

1.2 OBJETIVO DO ESTUDO

O estudo tem como objetivo identificar as características de setores de


atividades promissores a demandarem por produtos e serviços do setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica, com ênfase a priorizar potenciais demandas às empresas
instaladas em Santa Catarina. Para efeitos de levantamento de dados, são
considerados dois Estados do Brasil, de Santa Catarina, Minas Gerais e parte da Região
Nordeste.

2 ASPECTOS METODOLÓGICOS

Para o alcance dos objetivos pretendidos pela pesquisa, dada a natureza deste
estudo, o delineamento metodológico seguido consta dos seguintes aspectos:

2.1 TIPO DE PESQUISA

A pesquisa é caracterizada por método quantitativo (mensuração da


quantidade de respostas, que possibilita a aplicação de inferência), de caráter
exploratório e descritivo (busca mensurar atitudes e opiniões da população de
empresas-alvo da pesquisa), com o processo de amostragem não probabilístico, com
amostra selecionada por casos típicos (empresas com características semelhantes de
atividades). O corte da pesquisa é transversal, ou seja, a coleta dos dados ocorre num
só momento.

250
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

A população da pesquisa é constituídapor pessoa jurídica, empresas


pertencentes ao comércio principalmente, mas sem exclusão da prestação de serviços,
instaladas na Região Nordeste (Pernambuco e Ceará) e nos Estados de Santa Catarina e
Minas Gerais, que somam mais de 240.500 empresas, segundo dados da Secretaria da
Fazenda (2013). A amostra é formada por 333 empresas, calculada com base na
margem de erro de 4,6% com índice de confiabilidade de 95%. A amostra foi
subdividida por segmentos de atuação, previamente selecionados nos demais estudos
que compõem este Estudo Setorial.

Tabela 1 – Proporção amostral aplicada na pesquisa de campo1


Setores Pesquisados Regiões Total de Empresas Amostras
Varejo de moda, acessórios e Sul (SC) 41.584 32
presentes Nordeste 66.157 17
Sudeste (MG) 109.959 28
Total do Setor 217.700 77
Comércio de Joias/Semi joias Sul (SC) 2.276 63
Nordeste 1.287 45
Sudeste (MG) 1.880 62
Total do Setor 6.078 170
Comércio de bijuterias Sul (SC) 3.843 10
Nordeste 2.153 27
Sudeste (MG) 8.115 49
Total do Setor 16.744 86
Total 240.522 333
Fonte: Elaborado pela empresa Ágape

A Tabela 1 apresenta a distribuição da amostra e considera empresas de


setores heterogêneos entre si, segmentados por mesorregiões de cada estado ou pelo
sinônimo de regionais. Foram abordados neste estudo os setores do varejo de moda,
acessórios e presentes, comércio de joias/semi joias e o comércio de bijuterias,
predominando assim a análise do setor do comércio.
Para tratamento e consistência de dados, a amostra das regiões é agrupada por
estado da federação. A distribuição amostral por estados foi pesquisada inversamente

251
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

ao número de empresas de cada região, ainda que, na prática, não se obteve números
proporcionais. Para efeitos de coleta, a distribuição foi discrepante entre estados em
razão do maior peso dado às empresas catarinenses para efeitos de coleta de dados, a
exceção de Santa Catarina, que apresenta um número relativamente pequeno de
empresas, comparado a outros estados, resultando na dificuldade de obtenção das
respostas em virtude da indisponibilidade dos sujeitos pesquisados no momento da
entrevista.

2.3 COLETA DOS DADOS

A coleta de dados da pesquisa ocorreu por entrevista telefônica. A abordagem


com empresas deu-se pela sua especificidade de atuação e disponibilidade em
fornecer os dados através de seus gestores, responsáveis pelo fornecimento das
informações da pesquisa e sujeitos de análise. As entrevistas ocorreram entre os
meses de janeiro e abril de 2014. A aplicação de entrevista foi realizada via
questionário estruturado com perguntas abertas, fechadas e de múltipla escolha,
previamente aprovadas pela comissão responsável do Sebrae/SC.

2.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA

As análises da pesquisa restringiram-se às opiniões e comentários dos gestores


e empresários dos setores entrevistados. A distribuição das entrevistas em
determinadas regiões não obteve a devida consistência numérica em razão da
dificuldade de penetração nestes mercados. A proporção amostral viável para análise é
a apresentada nos gráficos do Capítulo 3.
Nota explicativa: A variável de pesquisa relacionada ao montante de
investimento realizado na compra de produtos de fornecedores de joias e semi joias,
bijuterias e ótica, a qual expressa o quanto as empresas da amostra gastam na compra
de mercadorias desta natureza, obteve alta taxa de não respostas (acima de 71% das
empresas abordadas no estudo), inviabilizando a referida análise, e, portanto, foi
excluída do item de análise dos dados.

252
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

O motivo pelo qual a maioria dos participantes da pesquisa se recusou a


responder ao referido questionamento, divide-se em duas explicações: a primeira
remete a 46% que indicou que, apesar de comprar regularmente do setor supracitado,
desconhecia o montante exato ou aproximado, estando, no momento da entrevista,
impossibilitado de analisar o registro ou mesmo afirmando não tê-lo. A segunda
explicação, indicada por 25% da amostra, revelou-se pouco à vontade para discutir os
valores relacionados a compras, informando não terem autorização dos demais
gestores da sua empresa para revelar o montante.

3 ANÁLISE DOS DADOS

Esta parte do estudo tem como finalidade apresentar e analisar os resultados


da investigação sobre a percepção dos sujeitos de pesquisa, acerca dos aspectos que
caracterizam estas empresas, o grau e caracterização do consumo atual sobre
produtos e serviços da indústria de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Óticae do interesse e
aptidão por produtos e serviços desta cadeia setorial econômica.
A análise dos dados está organizada em três partes: na primeira são
apresentados e analisados os dados relativos às características socioeconômicas das
empresas pesquisadas; na segunda, analisa-se o mercado das empresas; e na terceira
descrevem-se as características da demanda por produtos do setor em estudo,
principalmente relacionados a fornecedores catarinenses. Nesta última parte, uma
seção é dedicada a comparar os dados da amostra em sua totalidade com o segmento
da amostra que indicou interesse expresso em comprar de fornecedores catarinenses
do setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica.
No quesito apresentação das tabelas e gráficos do relatório, a dinâmica de
leitura é realizada na sequência em que as perguntas de pesquisa foram aplicadas aos
entrevistados (instrumento de coleta de dados consta em anexo). A análise segue
apresentando o gráfico de cada variável sob o total de respostas, seguido dos
cruzamentos da variável em questão com a região de instalação da empresa e a
atividade econômica da amostra (expressos nos Gráficos 1 e 2).

253
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

Ressalta-se que, ao longo da análise, diversos gráficos são de múltipla resposta,


fator em que a soma das citações de pesquisa excede o total de respondentes,
ultrapassando 100% do total de respostas indicadas em gráficos desta natureza
(múltipla resposta). A análise cruzada realizada de uma variável de múltipla resposta
também pode ultrapassar o total de respondentes. Optou-se por este método em
razão da melhor interpretação do comportamento dos dados percentuais, sempre
apresentando os dados pelo total de empresas, ou seja, indicando quantas “empresas
entrevistadas” indicam cada alternativa de resposta do levantamento e não somente
quantas vezes uma alternativa foi marcada/indicada.

3.1 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DAS EMPRESAS

As categorias de análise das características das empresas pesquisadas foram:


ramo de atividade ou atividade principal, localização de instalação da empresa, data de
início das atividades, o número de funcionários por empresa, o porte/faturamento das
empresas, gênero e o nível de escolaridade dos entrevistados, conforme demostram
os resultados a seguir.

254
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.1.1 Região e município das empresas

Região onde a empresa está instalada:

Gráfico 1 – Estado de instalação da amostra1

Fonte: dados da pesquisa

O Gráfico 1 revela a proporção de entrevistas realizadas nos Estados do estudo,


onde Minas Gerais participa com 41,7%, seguido de Santa Catarina com 105 empresas
pesquisadas e a Região Nordeste (26,7%) com 89 empresas.

255
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

Tabela 2 – Região de instalação das empresas2e


Estados Regionais Qtd. Empresas % Total
Ceará 41 12,31%
Nordeste Pernambuco 48 14,41%
Total 89 26,73%
Região Extremo Oeste 2 0,60%
Região Foz do Itajaí 16 4,80%
Região Grande Florianópolis 14 4,20%
Região Meio Oeste 8 2,40%
Região Norte 9 2,70%
Santa Catarina
Região Oeste 15 4,50%
Região Serra 7 2,10%
Região Sul 11 3,30%
Região Vale do Itajaí 23 6,91%
Total 105 31,53%
Sudeste Minas Gerais 139 41,74%
Total geral 333 100%
Fonte: dados da pesquisa

A Tabela 2 apresenta a distribuição da amostra pelas regiões geográficas dos


Estados de Santa Catarina e Minas Gerais, bem como em parte da Região Nordeste,
segmentados por mesorregiões de cada Estado ou pelo sinônimo de regionais. Em
Santa Catarina, as regiões do Extremo Oeste, Foz do Itajaí, Grande Florianópolis, Meio
Oeste, Norte, Oeste, Serra, Sul e Vale do Itajaí foram pesquisadas. Para tratamento e
consistência de dados, a amostra das regiões é agrupada por Estado da Federação.

256
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.1.2 Descrição da atividade econômica

Descreva sua principal atividade econômica

Gráfico 2 – Atividade econômica principal2

Fonte: dados da pesquisa.

Gráfico 2.1 – Estado/Regiãode instalação X Atividade econômica principal3

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

A descrição das atividades econômicas da amostra (Gráfico 2), expressa a


segmentação do setor de atividade. As empresas de varejo dosetor de joias/semi joias

257
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

é a atividade mais representativa, com 51,1%, seguida do varejo especializado de


bijuterias (25,8%), finalmente o varejo de moda/acessórios/presentes com 23,1%.
O Gráfico 2.1, indica que em todas as regiões geográficas estudadas, o varejo
de joias e semi joias predomina sobre as demais atividades econômicas, com destaque
para Santa Catarina com 60% da amostra e para a Região Nordeste (50,6%). O
segmento de bijuterias representa 35,3% da amostra em Minas Gerais. Nota-se que
em Santa Catarina o varejo de moda/acessórios/presentes corresponde a 30,5% da
amostra neste estado.

3.1.3 Início das atividades das empresas

Data de início das atividades: (Questão convertida para “idade das empresas no
mercado”).

Gráfico 3 – Idade das empresas (referência de 2013)4

Fonte: dados da pesquisa

O Gráfico 3 apresenta a idade das empresas entrevistadas no mercado de


atuação. A data de início das atividades foi convertida em tempo de atuação em anos,
mediante a diferença entre o ano inicial e o corrente de 2014. A distribuição de
frequência indica a existência de empresas muito jovens, com menos de um ano de

258
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

existência (25,2%), sendo a segunda faixa de relevância do estudo. A faixa de 10 a 19


anos predomina ligeiramente sobre a citada anteriormente, por uma diferença de
apenas 0,3%. Empresas com 30 anos ou mais representam apenas 10,8% (acumulado)
do total da amostra. A média de idade da amostra é de 12 anos de atividade.

Gráfico 3.1 – Estado/Regiãode instalação X Idade das empresas (referência de 2013)5

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

Gráfico 3.2 – Atividade Econômica X Idade das empresas (referência de 2013)6

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

259
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

O cruzamento da atividade econômica pela idade das empresas participantes


da pesquisa (Gráfico 3.2) aponta que no segmento de varejo de bijuterias encontram-
se os mais significativos índices, das faixas etárias da amostragem total, 31,4% de
empresas com menos de um ano, e 29,1% de empresas de 10 a 19 anos. Na faixa de 30
a 39 anos o destaque é para o segmento do varejo de joias e semi joias. Já 23,4% dos
respondentes do segmento do comércio de moda/acessórios/presentes estão na faixa
de 5 a 9 anos.
A distribuição por Estado e idade das empresas (Gráfico 3.1), indica o mesmo
padrão nos Estados e na Região Nordeste em relação ao Gráfico 3. A região Nordeste
contém o maior índice de empresas com menos de um ano (31,5%). Em Minas Gerais é
onde encontram-semais empresas na faixa de 20 a 29 anos (16,5%), ao passo que
Santa Catarina contém o maior percentual de empresas na faixa de 10 a 19 anos. Em
Minas Gerais o índice de empresas com mais de 30 anos é de 14,4% (acumulado).

3.1.4 Número de colaboradores das empresas

Quantos colaboradores têm a sua empresa:

Gráfico 4 – Número de colaboradores7

Fonte: dados da pesquisa

260
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

As empresas pesquisadas têm em média 7 colaboradores, conforme demonstra


o Gráfico 4. A principal variação é entre 2 a 4 colaboradores para 45,9% da amostra e 5
a 9 para 32,7%. Cerca de 8,1% tem apenas um colaborador, ao passo que 0,9% tem
100 ou mais colaboradores por empresa.

Gráfico 4.1 – Estado/Regiãode instalação X Número de colaboradores8

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

Gráfico 4.2 – Atividade Econômica X Número de colaboradores9

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

261
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

Considerando a distribuição por Estados pesquisados (Gráfico 4.1), observa-se


que a faixa prevalente da amostra se repete nos Estados e na Região Nordeste, com
ápice em Minas Gerais com 52,5% das empresas na faixa entre 2 e 4 colaboradores por
empresa. Em Santa Catariana concentra-se o maior quantitativo de empresas com
apenas um colaborador. Já 38,2% das empresas da Região Nordeste estão na faixa de 5
a 9 colaboradores por empresa.
Na distribuição por setor produtivo, (Gráfico 4.2), observa-se a mesma situação
apontada no Gráfico 4 para todos os segmentos, sendo que o comércio de
moda/acessórios/ presentes possui o maior percentual na faixa de 2 a 4 anos, embora
a maior quantidade de empresas nesta faixa pertença ao varejo de joias e semi joias,
com 77 empresas.

3.1.5 Porte e classificação das empresas

Porte/Classificação da empresa (anual):

Gráfico 5 – Porte/Classificação da empresa10

Fonte: dados da pesquisa

Gráfico 5.1 – Estado/Regiãode instalação X Porte/Classificação da empresa11

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

262
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 5.2 – Atividade Econômica X Porte/Classificação da empresa12

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

As Microempresas representam 64,6% da amostra de pesquisa, conforme


indica o Gráfico 5. As Empresas de Pequeno Porte representam 20,1% e aquelas de
médio porte representam 6,3%. A categoria de Empreendedor Individual tem 7,5% e
as empresas de grande porte detêm a menor parcela, com apenas 1,5%. Estes dados,
distribuídos por Estados (Gráfico 5.1) indicam que as Microempresas são a maioria da
amostra, destacando o Estado de Minas Gerais nesta categoria. Em Santa Catarina,
porém, a aglomeração de empresas de pequeno porte é mais expressiva que nas
demais regiões estudadas.
O Gráfico 5.2 apresenta as categorias por atividade econômica e revela que há
mais concentração de Microempresas em atividades do comércio de bijuterias
(70,9%), ao passo que no comércio de moda, acessórios e presentes (22,1%) está a
maior concentração de Empresas de Pequeno Porte. O segmento de varejo de joias e
semi joias contém mais empresas que faturam acima de R$ 3.600.000,00 de toda a
amostra.

263
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

3.1.6 Gênero dos entrevistados

Sexo dos entrevistados:

Gráfico 6 – Gênero dos entrevistados13

Fonte: dados da pesquisa

Gráfico 6.1 – Estado/Regiãode instalação X Gênero dos entrevistados14

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

Os entrevistados da amostra são predominantemente do sexo feminino, com


64,3% dos inquiridos, ao passo que os 35,7% restantes são homens. O Gráfico 6.1
apresenta o Estado/região dos entrevistados cruzado com o gênero destes. As
mulheres predominam nos cargos de gestão em todas as esferas da pesquisa, com
ápice no Estado de Santa Catarina, onde 69,5% dos entrevistados são do sexo
feminino. Em Minas Gerais o sexo masculino se sobressai dentre os demais.

264
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 6.2 – Atividade Econômica X Gênero dos entrevistados15

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O gráfico acima apresenta a distribuição do gênero dos entrevistados por


atividade econômica, onde se verifica a predominância feminina nos três segmentos
analisados, com destaque para o varejo de moda/acessórios/presentes com 72,7%.

3.1.7 Escolaridade dos entrevistados

Grau de escolaridade do entrevistado:

Gráfico 7 – Grau de escolaridade do entrevistado16

Fonte: dados da pesquisa

O Gráfico 7 apresenta o grau de escolaridade dos entrevistados. O destaque


são os respondentes com Ensino Médio Completo, com 41,7% da amostra, enquanto
25,2% do grupo possui Ensino Superior Completo. Apenas três entrevistados da

265
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

amostra não possuem escolaridade. Observa-se significativo percentual de


entrevistados com Ensino Fundamental Completo (11,7%).

Gráfico 7.1 – Estado/Regiãode instalação X Grau de escolaridade do entrevistado17

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 7.1 apresenta Santa Catarina em evidência nas faixas destacadas por
toda a amostragem, com 42,9% de respondentes com Ensino Médio Completo, e
27,6% de seus gestores com Ensino Superior Completo. A Região Nordeste também
tem o maior índice de inquiridos com Ensino Fundamental Completo, 15,7% quando
comparado com os estados de Santa Catarina e Minas Gerais. O único entrevistado da
amostra que possui Doutorado provém de terras mineiras.

266
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 7.2 – Atividade Econômica X Grau de escolaridade do entrevistado18

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O grau de escolaridade cruzado com a atividade econômica desempenhada


pelos entrevistados da amostra demonstra que em todos os segmentos analisados
predominam respondentes com Ensino Médio Completo. Já para o grupo do comércio
de bijuterias destacaram-seos entrevistados com Ensino Superior Completo, 29,1% da
amostragem deste segmento moda/acessórios/presentes o Ensino Fundamental
Completo representa 14,3% da amostra.

3.2 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO DAS EMPRESAS: DEMANDAS

Esta seção apresentará os resultados da análise das características da demanda


das empresas estudadas e práticas de gestão de clientes. É composta por quatorze
variáveis que explicam a demanda das empresas de Joias e Semi Joias, Bijuterias e
Ótica em Santa Catarina.

267
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

3.2.1 Mercados atendidos

Quais mercados a sua empresa atende?

Gráfico 8 – Mercados que a empresa atende19

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

Gráfico 8.1 – Estado de instalação X Mercados que a empresa atende20

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

Gráfico 8.2 – Atividade Econômica X Mercados que a empresa atende21

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

268
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

O Gráfico 8 apresenta os mercados atendidos pelas empresas entrevistadas. É


observável o amplo destaque ao atendimento ao consumidor final pessoa física, com
96,7% dos entrevistados, frente a apenas 9,9% do grupo que afirma atender a
empresas.
O Gráfico 8.1 indica os mercados que as empresas da amostra atendem
cruzado por Estado/região de instalação dos inquiridos. Observa-se o destaque do
atendimento ao consumidor final pessoa física nas três regiões da pesquisa, todas com
índices superiores a 90%. O maior atendimento a empresas ocorre no estado de Santa
Catarina, uma vez que 14,3% dos entrevistados afirmam atender este mercado.
Segundo o Gráfico 8.2, verifica-se a predominância do atendimento ao
consumidor final pessoa física nos três segmentos estudados, com destaque ao varejo
de moda, acessórios e presentes, onde 98,7% dos entrevistados afirmam atender
preferencialmente a este público. Por outro lado, o destaque quanto ao atendimento a
empresas ocorre no comércio de bijuterias com 14% da amostra afirmandoatender
este mercado.

3.2.2 Canais de vendas

E quais seriam os seus canais de vendas?

Gráfico 9 – Canais de vendas22

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

269
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

O Gráfico 9 revela que o principal canal de venda utilizado pelas empresas da


amostra é a venda direta ao cliente final, conforme 62,2% da amostra. O uso de
varejistas (loja de terceiros) é segundo canal mais citado, com 35,4% das respostas,
seguido por 9,6% das empresas que trabalham com os atacadistas. Já o uso de internet
como canal de vendas demonstra-se tímido, pois apenas 4,8% (acumulado) a utiliza.

Gráfico 9.1 – Estado de instalação X Canais de vendas23

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 9.1 apresenta o cruzamento entre o uso dos canais de venda das
empresas da amostra por Estado/região onde estão instaladas. Em todas as esferas da
pesquisa, é verificável o destaque na venda direta ao cliente final, com intensificação
do índice do estado de Santa Catarina, com 77,1% dos entrevistados nesta faixa de
resposta. O uso de varejista tem proeminência em Minas Gerais, onde 43,2% do grupo
utiliza-se deste canal de venda, enquanto os entrevistados da Região Nordeste contam
com loja própria no que concerne ao canal de venda, com 10,1% dos inquiridos deste
estado nesta faixa de resposta. As empresas de Minas Gerais se utilizam mais da
internet que as demais regiões, com 6,5% (acumulado).

270
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 9.2 – Atividade Econômica X Canais de vendas24

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

No Gráfico 9.2 o cruzamento entre a atividade econômica e canais de vendas


revela novamente que a venda direta ao cliente final é o canal de venda mais utilizado
pelas três atividades econômicas estudadas. A diferença está no segundo canal de
venda mais adotado pelos respondentes. Para o segmento de comércio de bijuterias,
47,7% dos entrevistados utilizam lojas de terceiros. O setor de varejo de joias e semi
joias se destaca no uso de lojas próprias, com o percentual de 9,4% de respondentes.
Já no varejo de moda, acessórios e presentes, apontado por 5,2% dos entrevistados, o
uso da internet é destacado dentre os demais setores.

271
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

3.2.3 Origem dos principais clientes

Seus principais clientes são originários, em sua maior parte:

Gráfico 10 – Origem dos Principais Clientes25

Fonte: dados da pesquisa

Com relação à região de origem dos clientes das empresas da amostra,


observa-se que 59,5% dos respondentes informam atender ao município de instalação
de suas empresas, seguido pelo atendimento à região metropolitana onde a empresa
está localizada, citado por 35,1% da amostra.

Gráfico 10.1 – Estado de instalação X Origem dos Principais Clientes26

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

No cruzamento da origem dos clientes com Estado/região, Santa Catarina


contém o maior quantitativo de empresas que afirmam que a demanda atendida é
limitada ao município de instalação destas, segundo 66,7% dos entrevistados. O
atendimento a clientes da região metropolitana de onde está localizada a empresa tem
maior destaque para entrevistados da Região Nordeste, com 48,3% da amostra
encaixada nesta faixa de resposta. Aqueles que afirmam atender a clientes de outros

272
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

estados são maior número no estado de Minas Gerais, com 5,8% de seus integrantes
que se situam nesta faixa de resposta.

Gráfico 10.2 – Atividade Econômica X Origem dos Principais Clientes27

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 10.2 indica que em todos os segmentos analisados, os clientes


oriundos do município de instalação das empresas pesquisadas, o destaque é para o
varejo de moda/acessórios/presentes, com 66,2% de incidentes a esta faixa de
resposta. Por outro lado, o comércio de bijuterias destaca principalmente o
atendimento a clientes situados na região metropolitana de localização das empresas
da amostra, conforme aponta 41,9% dos entrevistados deste segmento estudado.

273
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

3.2.4 Produtos adquiridos do setor de joias e semi joias, bijuterias e ótica

Especifique os tipos de produtos ou serviços que a sua empresa compra ou contrata da


cadeia de acessórios, gemas e joias:

Gráfico 11 – Produtos adquiridos da cadeia de joias e semi joias, bijuterias e ótica28

Fonte: dados da pesquisa

O Gráfico 11 indica os produtos adquiridos predominantemente de bijuterias e


joias e neste prospecto, destaca-se a compra do atacado de bijuterias, conforme
32,7%, seguido da compra pelo atacado de joias, com 26,4% do grupo pesquisado. A
compra do comércio de bijuterias e do varejo de joias, ou seja, comprar de outros
lojistas, com 16,2% e 15,9% respectivamente, ocupam a terceira e quarta posições nas
citações da amostra. Observa-se que a compra de insumos para produção se apresenta
pouco significativa, quando analisada individualmente em relação aos demais
produtos, totalizando apenas 2,4%.

274
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 11.1 – Estado de instalação X Produtos adquiridos da cadeia de joias e semi joias,
bijuterias e ótica29

Fonte: dados da pesquisa


Nota: realizar a leitura em coluna

A compra de produtos cruzada com o Estado/região de localização das


empresas pesquisadas infere que a compra de bijuterias e joias por meio de
atacadistas é o preponderante nas três esferas da pesquisa, como no estado de Minas
Gerais, onde 38,8% de respondentes que compram bijuterias do atacado, ou em Santa
Catarina onde 33,3% compram joias também de atacadistas. Comprar bijuterias de
outro varejista é opção destacada por 18,7% dos respondentes de Minas Gerais, ao
passo que a compra de joias do varejo especializado é mais relevante em 23,8% dos
representantes do Estado de Santa Catarina.

275
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

Gráfico 11.2 – Atividade Econômica X Produtos adquiridos da cadeia de joias e semi joias,
bijuterias e óticas30

Fonte: dados da pesquisa


Nota: realizar a leitura em coluna

Quanto ao cruzamento dos produtos adquiridos pela atividade econômica


(Gráfico 11.2) da amostra, é observável que o comércio de bijuterias compra bijuterias
do atacadista mais do que do fabricante deste produto. O comércio de
moda/acessórios/presentes compra a bijuteria principalmente no atacado e no varejo,
conforme 36,4% e 28,6% dos entrevistados respectivamente. Por outro lado, a compra
direto de fábrica de artefatos de ourivesaria é destacada por 21,2% dos entrevistados
do varejo de joias e semi joias.

276
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.2.5 Canais de compra para produtos da indústria de joias e semi joias, bijuterias e
ótica

E quais seriam os seus canais de COMPRAS?

Gráfico 12 – Canais de compra31

Fonte: dados da pesquisa


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

Dentre os canais de compras utilizados pelos respondentes para aquisição de


produtos do setor, 45,3% compram por meio de representantes comerciais. O segundo
canal de compra mais utilizado é a compra direta do fabricante, apontado por 31,5%
dos entrevistados, seguido pela compra de atacadistas, utilizado por 28,2% dos
entrevistados, e 15,9% dos mesmos adquirem seus produtos através de distribuidor.

Gráfico 12.1 – Estado de instalação X Canais de compra32

Fonte: dados da pesquisa


Nota: realizar a leitura em coluna
Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 12.1 apresenta o cruzamento dos canais de compra por


Estados/região, onde se observa a mesma ordem de utilização dos principais canais de

277
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

compras nos Estados de São Paulo e Santa Catarina e na região Nordeste. Dentre as
três localidades apresentadas no gráfico acima, Santa Catarina detém o maior
percentual de entrevistados (52,4%) que adquirem seus produtos por meio de
representantes comerciais. Minas Gerais, por sua vez, detém os maiores percentuais
de respondentes que compram diretamente do fabricante (35,3%) e de atacadistas
(30,9%). A região Nordeste possui o maior percentual de respondentes que compram
seus produtos do varejo (10,1%) em comparação aos outros dois estados.

Gráfico 12.2 – Atividade Econômica X Canais de compra33

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna
Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O cruzamento das atividades econômicas por canais de compras, descrito no


Gráfico 12.2, revela que mais da metade dos entrevistados (54,7%) que atuam no
comércio de joias/semi joias adquirem seus produtos através de representantes
comerciais. O comércio de bijuteria adquire seus produtos de forma quase
proporcional, por meio de representantes comerciais (39,5%), compra direta do
fabricante (38,4%) e de atacadistas (37,2%). A maior parte dos entrevistados do varejo
de moda/acessórios/presentes (39%) compra seus produtos de atacadistas.

278
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.2.6 Frequência de contratação de fornecedores da indústria de joias e semi joias,


bijuterias e ótica

Com que frequência a sua empresa contrata fornecedores da indústria de gemas e


joias? (considerar o principal fornecedor ou o mais frequente).

Gráfico 13 – Frequência de contratação de fornecedores da indústria joias e semi joias,


bijuterias e ótica34

Fonte: dados da pesquisa

Em relação à frequência que o setor de joias e semi joias, bijuterias e ótica


contrata seus fornecedores, 40,5% dos entrevistados afirma fazê-lo mensalmente,
27,9% o faz esporadicamente, 11,7% aponta contratar trimestralmente e 10,2% diz
contratar bimestralmente. Apenas 0,9% respondeu contratar seus fornecedores
anualmente.

279
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

Gráfico 13.1 – Estado de instalação X Frequência de contratação de fornecedores da


indústria de joias e semi joias, bijuterias e ótica35

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O cruzamento da frequência de contratação por Estado/região apresentada no


gráfico acima indica que na região Nordeste 38,2% dos entrevistados o faz
esporadicamente e 29,2% contrata mensalmente. Nos estados de Minas Gerais e Santa
Catarina essa ordem se inverte, com 44,6% dos entrevistados mineiros e 44,8% dos
catarinenses contratandomensalmente. Já, 27,3% dos respondentes mineiros e 20%
dos catarinenses adotam a contratação esporádica.

Gráfico 13.2 – Atividade Econômica X Frequência de contratação de fornecedores da


indústria de joias e semi joias, bijuterias e ótica36

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

280
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

O Gráfico 13.2 apresenta a relação entre a frequência de contratação do setor


por atividade econômica. Com relação ao comércio de bijuterias, 34,9% dos
entrevistados afirma contratar seus fornecedores mensalmente, 33,7% contrata
esporadicamente, e 15,1% afirma contratar sob demanda. Dos entrevistados que
atuam no comércio de joias/semi joias, 39,4% contrata seus fornecedores
mensalmente, 30,6% contrata esporadicamente e 12,9% contrata trimestralmente. No
varejo de moda/acessórios/presentes, 49,4% dos respondentes afirma contratar seus
fornecedores mensalmente, 16,9% contrata trimestralmente e 15,6% o faz
esporadicamente.

3.2.7 Quantidade de fornecedores da indústria de joias e semi joias, bijuterias e


ótica

Quantos fornecedores da indústria de acessórios, gemas e joias a sua empresa possui?

Gráfico 14 – Quantidade de fornecedores da indústria de acessórios, gemas, joias e cristais37

Fonte: dados da pesquisa

O Gráfico 14 apresenta a quantidade de fornecedores que as empresas


entrevistadas do setor de joias e semi joias, bijuterias e ótica possuem. Em média, as
empresas do setor trabalham com 9 fornecedores. Aqueles que possuem menos de

281
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

2fornecedores representam 18% da amostra, 23,1% possui de 2 a 4 fornecedores,


21,9% possui de 5 a 9 fornecedores, 21% possui de 10 a 19 fornecedores, 12% possui
de 20 a 49 fornecedores e apenas 3,9% da amostra trabalha contrataum número entre
50 e 99 fornecedores.

Gráfico 14.1 – Estado/Regiãode instalação X Quantidade de fornecedores da indústria de


joias e semi joias, bijuterias e ótica38

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

Analisando a distribuição das informações do Gráfico 14.1 por Estado/região,


pode-se observar que na região Nordeste a maior parte das empresas (28,1%)
possuem de 2 a 4 fornecedores. No estado de Minas Gerais a maioria dos
entrevistados (22,3%) possui de 10 a 19 fornecedores, e em Santa Catarina o maior
percentual de respostas (26,7%) foi de empresas que possuem de 5 a 9 fornecedores.

282
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 14.2 – Atividade Econômica X Quantidade de fornecedores da indústria de joias e


semi joias, bijuterias e ótica39

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 14.2 apresenta a distribuição do número de fornecedores por


atividade econômica. Constatou-se que o maior percentual da amostra de empresas
que atuam no comércio de bijuterias (25,6%) possui de 10 a 19 fornecedores. O maior
percentual das empresas do comércio de joias/semi joias respondeu trabalhar com um
número entre 5 e 9 fornecedores. Já no varejo de moda/acessórios/presentes o maior
percentual dos respondentes tem 2 a 4 fornecedores.

283
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

3.2.8 Satisfação em relação aos produtos ou serviços de fornecedores da cadeia de


joias e semi joias, bijuterias e ótica

No que se refere à sua satisfação em relação aos produtos de seus fornecedores da


cadeia de gemas e joias que você contrata, você diria que está em geral:

Gráfico 15 – Satisfação em relação aos produtos de fornecedores da cadeia de joias e semi


joias, bijuterias e ótica40

Fonte: dados da pesquisa

O levantamento do grau de satisfação em relação aos produtos de seus


fornecedores da cadeia de joias, bijuterias e ótica (Gráfico 15) revelou que 97,6% da
amostra se encontra satisfeito ou muito satisfeito. Aqueles que responderam com
algum grau de insatisfação não somaram 2,4% dos entrevistados.

Gráfico 15.1 – Estado de instalação X Satisfação em relação aos produtos de fornecedores da


cadeia de joias e semi joias, bijuterias e ótica41

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 15.1 analisa a distribuição do grau de satisfação, apresentado pelo


Gráfico 15, distribuído por Estado/região. Observa-se que a região Nordeste obteve o
maior percentual de respondentes (98,9%) que sinalizaram estar satisfeitos ou muito

284
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

satisfeitos com os produtos de fornecedores da cadeia de joias e semi joias, bijuterias


e ótica, seguido por Santa Catarina (com 98,1% de respondentes satisfeitos ou muito
satisfeitos) e Minas Gerais (com 96,4% de respondentes satisfeitos ou muito
satisfeitos).

Gráfico 15.2 – Atividade Econômica X Satisfação em relação aos produtos de fornecedores da


cadeia de joias e semi joias, bijuterias e ótica42

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

A distribuição do grau de satisfação por atividade econômica, descrita no


gráfico acima, revelou que o segmento de comércio de joias/semi joias obteve o maior
percentual acumulado de grau de satisfação (soma das respostas “satisfeito” e “muito
satisfeito”) com 98,9%. O varejo de moda, acessórios e presentes obteve o segundo
melhor percentual acumulado de respostas (97,4%) que apresentaram algum grau de
satisfação, seguido pelo segmento de comércio de bijuterias (com 95,3%).

285
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

3.2.9 Melhorias da cadeia de fornecedores

Em qual aspecto estes produtos e serviços da cadeia de acessórios, gemas e joias


necessitam melhorar, em sua opinião?

Gráfico 16 – Melhorias de produtos ou serviços da cadeia de fornecedores43

Fonte: dados da pesquisa


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 16 apresenta os produtos e serviços apontados pelos respondentes


que necessitam de melhorias. Melhorar a qualidade dos produtos comprados foi
apontado por 30,6% da amostra, flexibilidade para negociar preços/prazos aparece em
segundo lugar com 30% das respostas da amostra e aumentar a frequência de
distribuição obteve 25,5% de respondentes.

286
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 16.1 – Estado de instalação X Melhorias de produtos ou serviços da cadeia de


fornecedores44

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.
Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

Analisando a distribuição das necessidades de melhorias de produtos e serviços


desse setor por estado/região do Gráfico 16.1, observa-se que para a região Nordeste
e para o Estado de Minas Gerais, a ordem das três necessidades mais apontadas
permaneceu a mesma da apresentada pelo Gráfico 16. A exceção foi o estado de Santa
Catarina, onde se verifica que aumentar a frequência de distribuição é o principal
problema.

287
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

Gráfico 16.2 – Atividade Econômica X Melhorias de produtos ou serviços da cadeia de


fornecedoresb45

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.
Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O cruzamento das necessidades de melhorias por atividade econômica,


apresentada no Gráfico 16.2, revelou que no comércio de joias e semi joias melhorar a
qualidade dos produtos comprados é apontado por 38,2% dos entrevistados, seguido
por flexibilidade dos prazos, com 31,8% de apontamentos, e aumentar a frequência de
distribuição é apontada por 14,1% da amostra. Em relação ao comércio de bijuterias,
36% apontaram como maior necessidade o aumento da frequência de distribuição,
seguido por 23,3% da amostra que indicou a flexibilidade de negociação de
preços/prazos, e 22,1% apontou a necessidade de melhorar a qualidade dos produtos
comprados. O varejo de moda, acessórios e presentes manteve a mesma ordem das
respostas, com 39% em aumentar a frequência de distribuição, 33,8% em flexibilidade
de negociação de preços/prazos, e 23,4% em melhorar a qualidade dos produtos
comprados.

288
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.3 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DEMANDADAS PELAS EMPRESAS DA


AMOSTRA

Esta seção apresentará os resultados da análise da demanda das empresas


estudadas, suas características e práticas de gestão de clientes. É composta por
quatorze variáveis que explicam a demanda por empresas de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica.

3.3.1 Aprimoramentos em áreas/setores nas empresas pesquisadas

Quais as áreas ou setores da sua empresa que mais necessitam de aprimoramentos?


(De forma geral sem necessidade de estar relacionado a fornecedores de acessórios,
gemas e joias)

Gráfico 17 – Aprimoramentos em áreas ou setores nas empresas pesquisadas46

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O levantamento das áreas ou setores que mais necessitam de aprimoramento,


segundo o Gráfico 17, revelou o setor de vendas como o mais apontado (48%), seguido
pelo marketing com 41,1% de respostas, o setor financeiro e o setor de produção com
respectivamente 15% e 10,2% das respostas.

289
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

Gráfico 17.1 – Estado de instalação X Aprimoramentos em áreas ou setores nas empresas


pesquisadas47

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.
Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O cruzamento das áreas com necessidade de aprimoramento por


Estado/região, descrito no gráfico acima, demonstra que nos Estados de Minas Gerais
e Santa Catarina a área de vendas é aquela que mais necessita de aprimoramentos,
com respectivamente 47,5% e 51,4% das respostas. Na região Nordeste o maior
percentual ficou por conta do setor de marketing, com 47,2% de apontamentos da
amostra.

Gráfico 17.2 – Atividade Econômica XAprimoramentos em áreas ou setores nas empresas


pesquisadas48

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.
Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

290
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

A análise das áreas com necessidade de aprimoramento por atividade


econômica (Gráfico 17.2) mostra que o comércio de joias e semi joias apontou o setor
de marketing, com 44,7% da amostra, como o mais necessitado, em seguida está o
setor de vendas, com 42,9% da amostra. O comércio de bijuterias e o varejo de moda,
acessórios e presentes inverte essa ordem, com respectivamente 52,3% e 54,5% de
apontamentos para o setor de vendas, e 40,7% e 33,8% para o setor de marketing.

3.3.2 Necessidades de aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas

Aponte as necessidades de aprimoramentos de produtos e serviços da sua empresa.


(Ex: Produção – pessoal capacitado ou sistema de controle da produção)

Gráfico 18 – Necessidades de aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas49

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

Quando questionados sobre a necessidade de aprimoramento por produtos e


serviços de sua empresa, 40,5% dos entrevistados apontaram a necessidade de investir
em divulgação/marketing/promoções, em seguida está a necessidade de organização
da estrutura de vendas, com 23,1% de respostas da amostra, e em terceiro lugar está a
contratação de funcionários, com 16,5% de respostas.

291
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

Gráfico 18.1 – Estado de instalação X Necessidades de aprimoramentos por produtos e


serviços nas empresas50

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

A distribuição de necessidades de produtos e serviços por Estado (Gráfico 18.1)


revela que no Estado de Minas Gerais a necessidade de investir em
divulgação/marketing/ promoções é apontada como a principal necessidade, com
33,8% das respostas naquele estado, seguida pela contratação de funcionários, com
22,3% da amostra mineira. Em Santa Catarina 40% das respostas indicaram investir
em divulgação/marketing/promoções como principal necessidade, seguida pala
organização na estrutura de vendas com 33,3% da amostra catarinense. Na região
Nordeste, 51,7% considerou investir em divulgação/marketing/promoções como
prioridade, estando a organização na estrutura de vendas e a contratação de
funcionários como mesmo percentual em segundo lugar, com 14,6% das respostas.

292
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 18.2 – Atividade Econômica X Necessidades de aprimoramentos por produtos e


serviços nas empresas51

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

No cruzamento das necessidades em produtos e serviços por atividade


econômica (Gráfico 18.2) observa-se a tendência apresentada no Gráfico 18, onde o
investimento em divulgação/marketing e promoções é a principal demanda, com
destaque para o comércio de joias e semi joias, com 42,9%. Neste mesmo segmento a
segunda necessidade apontada pela amostra da pesquisa, organização da estrutura de
vendas se sobressai com 30%. Já a contratação de funcionários destacada como a
terceira principal demanda do grupo, desponta como relevante para 34,9% dos
respondentes do segmento de comércio de bijuterias.

293
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

3.3.3 Região dos fornecedores da cadeia de joias e semi joias, bijuterias e ótica

Onde estão instalados os seus fornecedores da cadeia de acessórios, gemas e joias?

Gráfico 19 – Região de instalação dos fornecedores da cadeia de joias e semi joias, bijuterias
e ótica52

Fonte: dados da pesquisa.

Analisando as respostas dos entrevistados sobre a localização dos fornecedores


da cadeia de joias e semi joias, bijuterias e ótica, descrita no Gráfico 19, percebe-se
que 58% destes se encontram em outros estados do Brasil, e 20,4% em outras regiões
do estado.

Gráfico 19.1 – Estado de instalação X Região de instalação dos fornecedores da cadeia de


joias e semi joias, bijuterias e ótica53

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O cruzamento da localização dos fornecedores por Estado/região (Gráfico 19.1)


revela a manutenção da tendência apresentada no Gráfico 19em todos os
estados/regiões analisadas.

294
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 19.2 – Atividade Econômica X Região de instalação dos fornecedores da cadeia de


joias e semi joias, bijuterias e ótica54

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 19.2 dispõe o cruzamento da localização dos fornecedores da cadeia


de joias e semi joias, bijuetarias e ótica por atividade econômica. É importante
observar que nos três segmentos estudados, as compras são feitas, principalmente,
com fornecedores de outros estados do Brasil, especialmente para as empresas do
comércio de moda, acessórios e presentes. Igualmente, a compra de fornecedores
dentro do próprio estado de localização dos respondentes é apontada como a segunda
fonte de suprimentos, notadamente para o segmento do comércio de bijuterias. Neste
segmento encontra-se o maior contingente de compradores de fornecedores de
outros países.

295
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

3.3.4 Contato com fornecedores de Santa Catarina

A sua empresa já teve contato (comprou) com fornecedores da indústria de acessórios,


gemas e joias de Santa Catarina?

Gráfico 20 – Contato com fornecedores de Santa Catarina55

Fonte: dados da pesquisa

O Gráfico 20 revela que 65,5% dos respondentes nunca comprou produtos de


fornecedores catarinenses da indústria de joias e semi joias, bijuterias e ótica.

Gráfico 20.1 – Estado de instalação X Contato com fornecedores de Santa Catarina56

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

296
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

No Gráfico 20.1 observa-se que a maioria das empresas de Santa Catarina


(56,2%) compra, ou já comprou de fornecedores catarinenses. Mais de 75% das
empresas do Estado de Minas Gerais e da região Nordeste nunca fizeram negócio com
fornecedores catarinenses.

Gráfico 20.2 – Atividade Econômica X Contato com fornecedores de Santa Catarina57

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

Cruzando os dados por setor produtivo (Gráfico 20.2), constata-se que a maior
proporção percentual de empresas que compram de fornecedores catarinenses
provém do comércio de joias/semi joias (43,5%), seguido por empresas do varejo de
moda, acessórios e presentes (26%) e por último, do comércio de bijuterias (24,4%).
Nota-se que a maioria das empresas dos três segmentos nunca trabalharam com
fornecedores catarinenses, o que pode representar um grande mercado potencial.

297
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

3.3.5 Aquisição de produtos e serviços da cadeia joias e semi joias, bijuterias e ótica
com fornecedores catarinenses

Se positivo (na questão anterior) cite quais produtos e serviços já comprou de


fornecedores Catarinenses.

Gráfico 21 – Produtos e serviços da cadeia de joias e semi joias, bijuterias e óticaadquiridos


com fornecedores catarinenses58

Fonte: dados da pesquisa.

O gráfico acima apresenta os principais produtos da cadeia de joias e semi joias,


bijuterias e ótica adquiridos de fornecedores catarinenses, onde joias/semi
joias/folheados se sobressai como principal produto, com 33,6% das respostas. Em
seguida estão as bijuterias em geral com 30,9% dos respondentes, confecção e
acessórios em geral é citado em terceiro com 22,2% das respostas.

298
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 21.1 – Estado de instalação X Produtos e serviços da cadeia de joias e semi joias,
bijuterias e óticaadquiridos com fornecedores catarinenses59

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O cruzamento dos principais produtos comprados de fornecedores catarinenses


por Estado/região revela que para o estado de Minas Gerais, a aquisição de joias/semi
joias/folheados e de bijuterias em geral, aparecem juntas em primeiro lugar com
34,5% das respostas, seguida da confecção e acessórios em geral com 20,9% da
amostra.
Em Santa Catarina e na região Nordeste a compra de joias/semi joias/folheados
ocupa primeiro lugar, com respectivamente 37,1% e 29,5% das respostas. Em Santa
Catarina a compra de confecção e acessórios em geral está em segundo lugar com
26,7%, e na Região Nordeste as bijuterias são a segunda compra mais significativa das
empresas catarinenses, com 34,8% de entrevistados.

299
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

Gráfico 21.2 – Atividade Econômica X Produtos e serviços da cadeia de joias e semi joias,
bijuterias e ótica adquiridos com fornecedores catarinenses60

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 21.2 apresenta a distribuição dos tipos de produtos e serviços mais


comprados por atividade econômica. Referente ao comércio de joias/semi joias, 63,5%
da amostra adquire joias/semi joias/folheados de fornecedores catarinenses. No
comércio de bijuterias, a compra de produtos catarinenses representa 84,9%, segundo
os entrevistados desse segmento. E por fim, 85,7% da amostra do varejo de moda,
acessórios e presentes consomem produtos de confecção e acessórios em geral de
Santa Catarina.

300
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.3.6 Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da


indústria de joias e semi joias, bijuterias e ótica

A sua empresa teria interesse em trabalhar com fornecedores Catarinenses da


indústria de acessórios, gemas e joias?

Gráfico 22 – Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da


indústria de joias e semi joias, bijuterias e ótica61

Fonte: dados da pesquisa

O Gráfico 22 revela a demanda potencial direta, ou seja, expressamente


indicada pelos respondentes quanto ao interesse em trabalhar com fornecedores de
Santa Catarina, da indústria de joias e semi joias, bijuterias e ótica. Somando as
respostas “sim, com certeza” (42,9%) e “é provável que sim” (13,5%), temos uma
demanda potencial direta de 56,4% da amostra total. Os indecisos, ou seja, indicados
pela alternativa “talvez sim/talvez não”, representam 21,9% e a taxa de recusa, ou
seja, que soma “é provável que não” e “não com certeza”, soma 21,6%.

Gráfico 22.1 – Estado de instalação X Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores
catarinenses da indústria de joias e semi joias, bijuterias e ótica62

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

301
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

No Gráfico 22.1 as empresas mais interessadas em comprar de fornecedores


catarinenses são oriundas do próprio estado de Santa Catarina, com 67,7%
(acumulado) de interesse ou possível interesse. O resultado indica que a demanda
potencial da Região Nordeste e Minas Gerais é bastante significativa, pois a maioria
dos entrevistados destas regiões, 51,7% e 51% respectivamente responderam que
“sim com certeza” e “é provável que sim”, cumulativamente.

Gráfico 22.2 – Atividade Econômica X Interesse das empresas em trabalhar com


fornecedores catarinenses da indústria de joias e semi joias, bijuterias e ótica63

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

No Gráfico 22.2 as empresas de comércio de joias/semi joias apresentaram o


melhor percentual com 63% de interesse (soma das respostas “sim com certeza” e “é
provável que sim”) em comprar com fornecedores catarinenses. O comércio de
bijuterias acumulou percentual de 51,2% de demanda potencial. E o varejo de moda,
acessórios, presentes com 48,1% (acumulado) de potenciais empresas dispostas em
adquirir produtos de fornecedores catarinenses.

302
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

3.3.7 Tipos de fornecedores demandados

E qual seria esta necessidade de fornecedores da indústria de acessórios, gemas e


joias? Especifique o tipo de fornecedor

Gráfico 23 – Tipos de fornecedores demandados64

Fonte: dados da pesquisa


Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

Quanto ao tipo de fornecedores demandados pelos entrevistados (Gráfico 23),


observa-se que 30% das empresas tem interesse em fornecedores de produtos de
ótica/relojoaria em geral, 25,5% de comprar joias/semi joias, seguidos por 23,1% para
bijuteria em geral, e 20,1% que deseja adquirir folheados a ouro/prata. As empresas
que não responderam (22,5%) representam aqueles sem interesse em fornecedores
catarinenses.

303
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

Gráfico 23.1 – Estado de instalação X Tipos de fornecedores demandados65

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.
Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

No gráfico que cruza os tipos de fornecedores demandados por região/estado,


podemos observar que para os entrevistados de Minas Gerais as principais demandas,
prioritariamente, são produtos de ótica/relojoaria em geral (25,2%), bijuteria em geral
(25,2%) e joias e semi joias, com 24,5% das respostas. Em Santa Catarina, a demanda é
por fornecedores de produtos de ótica/relojoaria em geral apontados por 36,2% dos
entrevistados e por fornecedores de joias/semi joias com 22,9% da amostra. Na região
Nordeste, fornecedores de produtos de ótica/relojoaria em geral e fornecedores de
joias/semi joias são as principais necessidades de compra, ambos com 30,3% de
citações, e os fornecedores de bijuteria em geral foram apontados por 28,1% dos
respondentes nordestinos.

304
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 23.2 – Atividade Econômica X Tipos de fornecedores demandados66

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.
Nota: a soma de respostas excede 100% em razão das respostas múltiplas.

O Gráfico 23.2 informa que 58,8% das empresas do comércio de joias/semi


joias relataram necessitar de fornecedores de produtos de ótica/relojoaria em geral e
47,6% precisam de fornecedores de joias/semi joias. Já 61,6% das empresas do
comércio de bijuteria responderam necessitar de fornecedores de bijuteria em geral.
No segmento do varejo de moda, acessórios, presentes, constata-se que 66,2%
informam necessitar de fornecedores de acessórios/artesanato/presentes, e 10,4% de
bijuteria em geral.

3.4 ANÁLISE DA DEMANDA POTENCIAL INTERESSADA EM NEGÓCIOS COM


FORNECEDORES DA INDÚSTRIA DE JOIAS E SEMI JOIAS, BIJUTERIAS E ÓTICA

Esta parte da análise complementa os dados gerais até aqui apresentados. É


formada essencialmente por estratos de empresas interessadas em produtos e
serviços da indústria de joias e semi joias, bijuterias e ótica, de empresas catarinenses,
em nível comparativo com a amostra total. A estratificação de dados foi realizada com
base na variável 3.3.6, apresentada no Gráfico 22, onde foram separadas as respostas
daquelas empresas que indicaram as alternativas “Sim com certeza” e “É provável que
sim”. A soma destas respostas positivas eleva as empresas correspondentes à

305
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

condição de demandantes por produtos e serviços passíveis de serem ofertados por


empresas catarinenses, aqui chamados de demanda potencial.

3.4.1 Estrato da demanda potencial versus interesse em produtos e serviços

Gráfico 24 – Interesse por produtos e serviços da cadeia de joias e semi joias, bijuterias e
óticaX Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de joias e semi
joias, bijuterias e ótica67

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 24 aponta o cruzamento do tipo de produto ou serviço de interesse


das empresas entrevistadas versus a demanda potencial, que é parte da amostra de
entrevistados que afirma interesse em trabalhar com fornecedores catarinenses. No
gráfico, nota-se que 39,9% da demanda potencial tem interesse em fornecedores de
produtos de ótica/relojoaria em geral, 34% demanda fornecedores de joias/semi joias,
29,3% tem interesse em fornecedores de bijuterias em geral e finalmente, 25,5% dos
entrevistados tem interesse por fornecedores de folheados de ouro/prata.

306
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 24.1 – Interesse por produtos e serviços da cadeia de joias e semi joias, bijuterias e
ótica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de de joias e
semi joias, bijuterias e ótica: Amostra de Santa Catarina68

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 24.1 aponta o cruzamento do tipo de produto ou serviço de interesse


das empresas entrevistadas instaladas em Santa Catarina, versus a demanda potencial,
que é parte da amostra de entrevistados que afirma interesse em trabalhar com
fornecedores catarinenses. O gráfico aponta que 47,9% da demanda potencial tem
interesse em fornecedores de produtos de ótica/relojoaria em geral e 33,8% demanda
por fornecedores de joias/semi joias. Já 23,9% dos entrevistados tem interesse em
fornecedores de folheados de ouro/prata, frente a 18,3%, da demanda potencial
interessada em fornecedores de bijuterias em geral,igula percentual para acessórios,
artesanatos e presentes.

307
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

Gráfico 25.2 – Interesse por produtos e serviços da cadeia de joias e semi joias, bijuterias e
óticaX Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de joias e semi
joias, bijuterias e ótica: Amostra de Minas Gerais69

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 24.2 aponta o cruzamento do tipo de produto ou serviço de interesse


das empresas entrevistadas instaladas em Minas Gerais, versus a demanda potencial,
que é parte da amostra de entrevistados que afirma interesse em trabalhar com
fornecedores catarinenses. No gráfico, constata-se que 32,4%, da demanda potencial
tem interesse em fornecedores de bijuterias em geral, 31% demonstra interesse em
fornecedores de produtos de ótica/relojoaria em geral e finalmente com o mesmo
percentual, 31% dos entrevistados tem interesse em fornecedores de joias/semi joias.

308
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

Gráfico 24.3 – Interesse por produtos e serviços da cadeia de joias e semi joias, bijuterias e
óticaX Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de joias e semi
joias, bijuterias e ótica: Amostra da Região Nordeste70

Fonte: dados da pesquisa.


Nota: realizar a leitura em coluna.

O Gráfico 24.3 aponta o cruzamento do tipo de produto ou serviço de interesse


das empresas entrevistadas instaladas na Região Nordeste, versus a demanda
potencial, que é parte da amostra de entrevistados que afirma interesse em trabalhar
com fornecedores catarinenses. No gráfico, nota-se que com índices iguais de 41,3%
da demanda potencial tem interesse em fornecedores de produtos de ótica/relojoaria
em geral e de bijuteria em geral. Já para 39,1% da demanda potencial o interesse é por
fornecedores de joias/semi joias, seguido por 30,4% dos entrevistados com interesse
em fornecedores de folheados de ouro/prata.

309
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados da pesquisa com o mercado empresarial demandante por


produtos e serviços Catarinenses da indústria de joias e semi joias, bijuterias e ótica
apontam para índices e distribuições de frequências de grau contundente de
significância, quando apontados na análise, observando a concentração de respostas
de cada variável pesquisada e de seus cruzamentos e correlações interessantes.
Neste cenário das empresas entrevistadas, as percepções dos gestores de
diferentes segmentos quanto a seus mercados de atuação, capacidade de compra de
produtos e serviços do setor de joia e semi joias, bijuterias e ótica e interesse em
produtos e serviços desta natureza, são demonstrados seguindo um roteiro de
perguntas de pesquisas que buscam o objetivo de descrever estas percepções e
moldar um cenário mercadológico.

4.1 SÍNTESE DE RESULTADOS

4.1.1 Características Socioeconômicas das empresas

A amostra de empresas do levantamento representa empresas que são


potencialmente demandantes por produtos da cadeia produtiva de Joias e Semi Joias,
Bijuterias e Ótica, sendo representada principalmente por empresas do comércio de
joias/semi joias, enquadradas como Micro Empresas, com mais de 50% dos
entrevistados, seguida por Empresas de Pequeno Porte, com 20,1%. Regionalizando
observa-se que a amostra de Santa Catarina possui mais empresas de Pequeno Porte,
ao passo que Minas Gerais e a Região Nordeste têm mais Micro Empresas A média de
idade das empresas é de 10 anos de atividade empregando em média 5 colaboradores
por empresa.
O gênero dos entrevistados é em sua maioria mulheres, sendo observável que em
todas as esferas do estudo o predomínio de mulheres na gestão das empresas. Em
todas as atividades econômicas dos entrevistados, observa-se que a tendência da
amostra total se repete. O Ensino Médio Completo é o destaque quanto ao nível de

310
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

escolaridade dos entrevistados, com 41,7%, fato que se estende a todas as


regiões/estados da segmentação geográfica deste estudo.

4.1.2 Características de mercado das empresas: aspectos das demandas atendidas

O mercado de atendimento pelas empresas é focado no atendimento ao


consumidor final pessoa física, para quase a totalidade dos respondentes, sendo a
venda direta ao cliente final o canal mais utilizado, fatos extensíveis tanto na
segmentação por região/estado de instalação das empresas, quanto pelo cruzamento
com a atividade econômica.
O município onde a empresa está instalada é a principal origem dos clientes
segundo a amostra, tendência seguida nas três esferas da pesquisa, com destaque
para Santa Catarina, onde 66,7% e para as empresas do varejo de moda, acessórios,
presentes, sobressaindo-se com mais da metade de respostas.
Os produtos adquiridos da cadeia de joias e semi joias, bijuterias e ótica são
principalmente bijuterias e joias. O canal de compra mais utilizado pelos pesquisados é
o representante comercial, preferência constatada nas três esferas do presente
estudo, com destaque ao Estado de Santa Catarina, com mais da metade de
respondentes. O estudo aponta média aritmética é de 9 fornecedores por empresa.
Referente à necessidade de melhorias em produtos ou serviços desta cadeia,
amostra pede melhoria na qualidade dos produtos comprados, a flexibilização na
negociação de preços e prazos e o aumento m frequência de distribuição. A amostra
de Santa Catarina destaca principalmente a necessidade de aumentar a frequência de
distribuição de produtos ou serviços da cadeia de joias e semi joias, bijuterias e ótica.

4.1.3 Características da demanda

Quanto às áreas de maior carência de aprimoramentos nas empresas, a área de


vendas sobressai as demais, inclusive nos estados, sendo exceção a Região Nordeste,
onde a prioridade é para o marketing. Quando analisadas as atividades
econômicastanto o comércio de bijuterias quanto o varejo de moda, acessórios,
presentes destaca principalmente a área de vendas.

311
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

Já no tocante à necessidade de aprimoramentos nos produtos e serviços nas


empresas, a prioridade é o investimento em divulgação/marketing/promoções, com
pouco mais de 2/5 das citações, seguido da necessidade de organização da estrutura de
vendas. A tendência central da amostra ocorre em todas as esferas da amostra, sendo
que em Santa Catarina 1/3 dos entrevistados necessitam de organização da estrutura
de vendas.
As empresas da pesquisa dependemprincipalmente dos fornecedores de
outros estados do país, conforme mais da metade dos respondentes. Esta tendência é
seguida tanto nas três esferas da pesquisa, com destaque ao grupo de Santa Catarina,
onde 64,8%. Todos os segmentos da pesquisa destacam principalmente fornecedores
de outros estados do país no que tange à região de instalação de seus fornecedores.
O estudo aponta que 56,4% das empresas entrevistadas têm interesse expresso
em trabalhar com fornecedores catarinenses da cadeia de joias e semi joias, bijuterias
e ótica, com maior concentração demanda por produtos de ótica e relojoaria em geral
e por joias e semi joias.
A segmentação por atividade econômica infere a maior demanda potencial
proveniente do grupo do comércio de joias e semi joias, com 63% dos entrevistados
quando somadas as opções “sim, com certeza” e “é provável que sim”. Por outro lado,
o índice de maior rejeição, quando somadas as opções “é provável que não” e “não,
com certeza”, tem maior expressividade dentre os entrevistados de comércio de
bijuterias com 32,6% dos inquiridos desta atividade econômica incidentes a estas
faixas de resposta.
O principal tipo de fornecedores demandados pelos entrevistados é por
fornecedores de ótica e relojoaria em geral, segundo 30% das respostas dos
pesquisados, seguido de 25,5% da amostra que demanda por joias e semi joias, como
maiores demandas por fornecedores da indústria de joias e semi joias, bijuterias e
ótica.
A demanda potencial cruzada com o produto ou serviço da cadeia de joias e
semi joias, bijuterias e óticainfere que os respondentes apresentam interesse de
compra produtos de ótica e relojoaria em geral (39,9%), seguido de joias e semi joias
(34%) com fornecedores catarinense.

312
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

No estado de Santa Catarina, especificamente, o interesse por produtos de


ótica e relojoaria em geral (47,9%), seguido de joias e semi joias com 33,8% de
interessado do próprio estado. Já os respondentes do estado de Minas Gerais estão
interessados principalmente em comprar bijuterias em geral (32,4%) de fornecedores
catarinenses do setor. A Região Nordeste, por sua vez, apresentapercentuais iguais
(41,3%) de interesse em comprar com fornecedores da cadeia de joias e semi joias,
bijuterias e ótica catarinenses, produtos de ótica e relojoaria em geral e bijuterias em
geral.

313
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

ANEXOS

ANEXO A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

QUESTIONÁRIO - NOVOS MERCADOS

Bom dia/Boa Tarde! Meu nome é... Estou entrando em contato com sua
empresa, em nome do Sebrae/SC. Estamos realizando uma pesquisa para identificar o
potencial de mercado para alguns segmentos produtivos do Estado de Santa Catarina e
queremos identificar a demanda por produtos e serviços da cadeia de ACESSÓRIOS,
GEMAS E JOIAS, assim como pontos a serem melhorados neste segmento, além de ter
como objetivo geral aproximar as empresas com interesses comuns e incentivar
potenciais parcerias.

QUESTÕES FILTRO

1. Natureza do respondente:

1. Indústria
2. Comércio
3. Prestação de Serviços
4. Pessoa Física
5. Entidade Pública
2. A empresa trabalha com fornecedores da indústria de acessórios, gemas e joias?

1. Sim (CONTINUA)


2. Não (ENCERRAR QUESTIONÁRIO)
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE DA EMPRESA

3. Qual a principal atividade da sua empresa? (o que a empresa produz e/ou vende?)
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

314
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

4. Quais mercados a sua empresa atende?


Múltipla resposta (6 alternativas)

1. Consumidor final pessoa física: (característica):


2. Empresas (citar segmento):
3. Governos municipais
4. Governos Estaduais
5. Governo Federal
6. Empresas públicas
7. Outros:
5. Citar segmento da questão anterior:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

6. E quais seriam os seus canais de vendas?


Múltipla resposta (6 alternativas)

1. Venda direta (a empresa vende ao cliente final)


2. Atacadista
3. Distribuidor
4. Varejista (lojas de terceiros)
5. Internet via site próprio
6. Internet via site de terceiros/portais/promocionais
7. Representante Comercial
8. Loja Própria
9. Sacoleiros
 10. Outros:
7. Seus principais clientes são originários, em sua maior parte:
Múltipla resposta (3 alternativas)

1. No município onde sua empresa está instalada


2. Na região metropolitana onde sua empresa se localiza
3. Em outras regiões do Estado, quais?
4. Em outros Estados do Brasil, quais?
5. No exterior, quais países?
8. Descrição das regiões ou Estados, regiões do Brasil ou quais outros países indicados na questão
anterior, em caso de marcação das alternativas 3, 4, 5.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

315
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

9. Especifique os tipos de produtos ou serviços que sua empresa compra ou contrata da cadeia de
acessórios, gemas e joias:
Múltipla resposta (6 alternativas)

1. Lapidação de gemas


2. Fabricação de artefatos de ourivesaria e joalheria
3. Fabricação de bijuterias e artefatos semelhantes
4. Atacado de joias
5. Varejo de joias
6. Atacado de bijuterias
7. Varejo de bijuterias
8. Outros:
10. E quais seriam os seus canais de COMPRAS?
Múltipla resposta (6 alternativas)

1. Venda direta (a empresa vende ao cliente final)


2. Atacadista
3. Distribuidor
4. Varejista (lojas de terceiros)
5. Internet via site próprio
6. Internet via site de terceiros/portais/promocionais
7.Representante comercial
8. Outros:
11. Com que frequência a sua empresa contrata fornecedores da indústria de gemas e joias?
(considerar o principal fornecedor ou o mais frequente).

1. Mensal 2. Bimestral


3. Trimestral 4. Semestral
5. Anual 6. Esporadicamente
7. Outro período: 8. Nunca
Se "Nunca" ir para questão 15.

12. Quantos fornecedores da ind. de acessórios, gemas e joias a sua empresa possui?
______________

13. No que se refere à sua satisfação em relação aos produtos de seus fornecedores da cadeia de
gemas e joias que você contrata, você diria que está, em geral...

1. Muito satisfeito


2. Satisfeito
3. Muito insatisfeito
4. Insatisfeito
14. Em qual aspecto estes produtos ou serviços da cadeia de acessórios, gemas e joias precisam
melhorar, na sua opinião?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

316
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

15. Quais as áreas ou setores da sua empresa que mais necessitam de aprimoramentos? (De forma
geral, sem necessidade de estar relacionado a fornecedores de acessórios, gemas e joias)
Múltipla resposta (3 alternativas)

1. Produção
2. Logística e distribuição
3. Financeiro
4. Vendas
5. Marketing
6. RH ou Gestão de Pessoas
7. Outros:
16. Aponte as necessidades de aprimoramentos de produtos e serviços da sua empresa. (Ex.:
Produção - pessoal capacitado ou Sistema de controle da produção)
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

DEMANDAS DO PREC

17. Onde estão instalados os seus fornecedores da cadeia de acessórios, gemas e joias?

1. No município onde sua empresa está instalada


2. Na região metropolitana onde sua empresa se localiza
3. Em outras regiões do Estado, quais?
4. Em outros Estados do Brasil, quais?
5. No exterior, quais países?
18. Descrição das regiões ou Estados, regiões do Brasil ou quais outros países indicados na questão
anterior, em caso de marcação das alternativas 3, 4, ou 5.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

19. Ainda com relação a seus fornecedores, qual seu gasto aproximado com a compra de
produtos/mat. prima de gemas e joias em 2012?
______________

20. A sua empresa já teve contato (comprou) com fornecedores da indústria de acessórios, gemas e
joias de Santa Catarina?

1. Sim 2. Não


21. Se positivo (na questão anterior) cite quais produtos e serviços já comprou de fornecedores
Catarinenses.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

317
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

22. A sua empresa teria interesse em trabalhar com fornecedores Catarinenses da ind. de
acessórios, gemas e joias?

1. Sim, com certeza


2. É provável que sim
3. Talvez sim / Talvez não
4. É provável que não
5. Não Com certeza
23. E qual seria esta necessidade de fornecedores da ind. de gemas e joias? Especifique o tipo de
fornecedor
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

DADOS DA EMPRESA

24. Nome fantasia:


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

25. Razão social


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

.
26. E qual o principal produto ou serviço da empresa? (Carro Chefe do negócio)
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

27. CNPJ:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

28. Descrição CNAE (da principal atividade):


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

29. Contato (nome completo do respondente empresário)


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

30. Sexo do entrevistado:

1. Masculino 2. Feminino

318
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina

31. Grau de escolaridade do entrevistado:

1. Sem escolaridade


2. Ensino Fundamental incompleto
3. Ensino Fundamental completo
4. Ensino Médio incompleto
5. Ensino Médio completo
6. Superior incompleto
7. Superior completo
8. Especialização
9. Mestrado
 10. Doutorado
32. Data de nascimento do entrevistado:
___/___/______

33. Endereço completo da empresa:


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

34. Cidade:
______________________________________________________________________

35. Telefone da empresa


______________________________________________________________________

36. E-mail de contato do entrevistado ou da empresa:


______________________________________________________________________

37. Data de início das atividades:


___/___/______

38. Número de colaboradores


______________

39. Porte/Classificação da empresa (ano de 2012):

1. Empreendedor Individual - até R$ 60.000,00


2. Microempresa - Até R$ 360.000,00
3. Pequeno Porte - R$ 360.000,01 até 3.600.000,00
4. Médio Porte - acima de R$ 3.600.000,00 a R$ 48.000.000,00
5. Grande Porte - acima de R$ 48.000.000,01

319
Prospecção de Novos Mercados para o Setor de Joias e
Semi Joias, Bijuterias e Ótica de Santa Catarina
de Santa Catarina

40. Categoria correspondente do PREC:

1. Produtos alimentícios e bebidas


2. Confecção do vestuário e acessórios
3. Calçados e artefatos de couro
4. Produtos de madeira
5. Prod. de borracha e de plástico
6. Construção civil
7. Eletrometalmecânico
8. Móveis
9. Tecnologia da informação e comunicação
 10. Acessórios, Gemas, Joias e Cristais
 11. Náutica
 12. Higiene pessoal, cosméticos e perfumaria
CAMPO DO ENTREVISTADOR

41. Nome do(a) entrevistador(a) responsável pela aplicação do diagnóstico:


______________________________________________________________________

42. Observação:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

43. Resultado da entrevista:

1. Realizada com sucesso


2. Parcialmente realizada
3. Interrompida pelo entrevistado
4. Não realizada
5. Outra situação (descrever):
44. Data e hora da entrevista:
___/___/______

320
Lista de Tabelas e Gráficos

LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS

LISTA DE TABELAS DO CAPÍTULO I – PANORAMA DO SETOR

Tabela 1 - Lista de CNAE do estudo setor de Joias e Semi Joias, Bijuterias e Ótica1 ______________ 33
Tabela 2 - Indicadores econômicos do Brasil e de Santa Catarina2___________________________ 38
Tabela 3 - Indicadores demográficos do Brasil e de Santa Catarina3 _________________________ 39
Tabela 4 - Quantidade de empresas por região natural (Brasil)4 ____________________________ 43

LISTA DE TABELAS DO CAPÍTULO II – VISÃO DOS ESPECIALISTAS

Tabela 1 - Lista de especialistas entrevistados na pesquisa1 _______________________________ 75

LISTA DE TABELAS DO CAPÍTULO III – VISÃO DO EMPRESÁRIO

Tabela 1 - Distribuição amostral da pesquisa1 _________________________________________ 102

LISTA DE TABELAS DO CAPÍTULO IV – PANORAMA DE NOVOS MERCADOS

Tabela 1 - CNAE de Comércio do Estudo1 _____________________________________________ 228


Tabela 2 - Número de empregos e empresas em 20122 __________________________________ 230

LISTA DE TABELAS DO CAPÍTULO V – PROSPECÇÃO DE NOVOS


MERCADOS

Tabela 1 –Proporção amostral aplicada na pesquisa de campo1 ___________________________ 251


Tabela 2 – Região de instalação das empresas2e _______________________________________ 256

LISTA DE GRÁFICOS DO CAPÍTULO I – PANORAMA DO SETOR

Gráfico 1 - Valor Bruto de Produção industrial nacional1 __________________________________ 44


Gráfico 2 - Receita Líquida de Vendas nacional 2 ________________________________________ 44
Gráfico 3 - Número de empresas no território nacional3 __________________________________ 45
Gráfico 4 - Número de empregos no setor em território nacional4 __________________________ 45
Gráfico 5 - Importação nacional por período em dólares5 _________________________________ 49
Gráfico 6 - Importação nacional por período em peso líquido (kg)6 __________________________ 50
Gráfico 7 - Importação nacional por período em quantidade7 ______________________________ 50

321
Lista de Tabelas e Gráficos

Gráfico 8 - Exportação nacional por período em dólares8 _________________________________ 51


Gráfico 9 - Exportação nacional por período em peso líquido (kg)9 __________________________ 51
Gráfico 10 - Exportação nacional por período em quantidade10 ____________________________ 52
Gráfico 11 - Valor Bruto de Produção industrial catarinense11 _____________________________ 53
Gráfico 12 - Receita Líquida de Vendas catarinense12 ____________________________________ 53
Gráfico 13 - Número de empresas no território catarinense13 _____________________________ 54
Gráfico 14 - Número de empregos no setor em território catarinense14______________________ 54
Gráfico 15 - Importação catarinense por período em dólares15 ____________________________ 57
Gráfico 16 - Importação catarinense por período em peso líquido (kg)16 _____________________ 58
Gráfico 17 - Exportação catarinense por período em dólares17 _____________________________ 58
Gráfico 18 - Exportação catarinense por período em peso líquido (kg)18 _____________________ 59

LISTA DE GRÁFICOS DO CAPÍTULO III – VISÃO DO EMPRESÁRIO

Gráfico 1 – Atividade principal1 _____________________________________________________ 105


Gráfico 1.1 – Atividade Econônomica X Região natural de instalação2_______________________ 105
Gráfico 2 – Município de instalação das empresas3 _____________________________________ 107
Gráfico 2.1 – Região de instalação das empresas 4 ______________________________________ 108
Gráfico 3 – Idade das empresas (referência de 2013)5 ___________________________________ 109
Gráfico 3.1 – Idade das empresas X Atividade Econômica (referência de 2013)6_______________ 110
Gráfico 3.2 – Idade média das empresas X Atividade econômica (referência de 2013)7 _________ 111
Gráfico 4 – Número de colaboradores8 _______________________________________________ 111
Gráfico 4.1 – Número de colaboradores X Atividade Econômica9 __________________________ 112
Gráfico 4.2 – Número médio de colaboradores X Atividade Econômica10 ____________________ 113
Gráfico 5 – Porte/Classificação da empresa11 _________________________________________ 113
Gráfico 5.1 – Atividade Econômica X Porte/Classificação da empresa 12 _____________________ 114
Gráfico 6 – Gênero dos respondentes13 ______________________________________________ 115
Gráfico 6.1 – Gênero dos respondentes X Atividade econômica14 _________________________ 115
Gráfico 7 – Grau de escolaridade dos respondentes15 ___________________________________ 116
Gráfico 7.1 – Grau de escolaridade dos respondentes X Atividade Econômica16 ______________ 117
Gráfico 8 – Mercados Atendidos17 __________________________________________________ 118
Gráfico 8.1 – Mercados Atendidos X Atividade Econômica18 ______________________________ 118
Gráfico 9 – Gênero dos clientes19 ___________________________________________________ 119
Gráfico 9.1 – Gênero dos clientes X Atividade Econômica20 ______________________________ 120
Gráfico 10 – Faixa etária dos clientes21_______________________________________________ 121
Gráfico 10.1 – Faixa etária dos clientes X Atividade Econômica22 __________________________ 121
Gráfico 11 – Classe social dos clientes23 ______________________________________________ 122
Gráfico 11.1 – Classe social dos clientes X Atividade Econômica24 _________________________ 123
Gráfico 12 – Principais razões de compra dos clientes finais25 ____________________________ 124
Gráfico 12.1 – Principais razões de compra dos clientes finais X Atividade Econômica26 ________ 125
Gráfico 13 – Principais influências na venda dos produtos da empresa27 ____________________ 126
Gráfico 13.1 – Principais influências na venda dos produtos da empresa X Atividade
Econômica28 ___________________________________________________________________ 126
Gráfico 14 – Alterações sazonais de consumo29 ________________________________________ 127
Gráfico 14.2 – Importância da Alteração sazonal de consumo30 ___________________________ 128
Gráfico 14.3 – Importância da Alteração sazonal de consumo X Região-Polo31 _______________ 129
Gráfico 15 – Meses de variação sazonal 32 ____________________________________________ 130

322
Lista de Tabelas e Gráficos

Gráfico 15.1 – Meses de variação sazonal X Atividade Econômica 33________________________ 131


Gráfico 15.2 – Meses de variação sazonal X Importância da Alteração sazonal de consumo34 ____ 132
Gráfico 16 – Prospecção dos clientes finais35 __________________________________________ 133
Gráfico 16.1 – Prospecção dos clientes finais X Atividade econômica36 _____________________ 133
Gráfico 17 – Pesquisa de satisfação com clientes finais 37 ________________________________ 134
Gráfico 17.1 – Pesquisa de satisfação com clientes finais X Atividade Econômica 38____________ 134
Gráfico 18 – Tipos de pesquisa de satisfação com clientes finais39 _________________________ 135
Gráfico 18.1 – Tipos de pesquisa de satisfação com clientes finais X Atividade Econômica40 _____ 135
Gráfico 19 – Grau de satisfação dos clientes finais41 ____________________________________ 136
Gráfico 19.1 – Grau de satisfação dos clientes finais X Atividade Econômica42 ________________ 137
Gráfico 20 – Frequência da pesquisa de satisfação43 ____________________________________ 138
Gráfico 20.1 – Frequência da pesquisa de satisfação X Atividade Econômica44 _______________ 139
Gráfico 21 – Canais de venda 45 ____________________________________________________ 140
Gráfico 21.1 – Canais de venda do cliente X Atividade Econômica46 ________________________ 141
Gráfico 22 – Região de origem dos clientes finais 47 ____________________________________ 142
Gráfico 22.1 – Região de origem dos clientes finais X Atividade Econômica 48 ________________ 143
Gráfico 22.2 – Descrição da região de origem dos clientes finais - Composto de 3 gráficos49_____ 144
Gráfico 23 – Região de origem dos fornecedores50 _____________________________________ 145
Gráfico 23.1 – Região de origem dos fornecedores X Atividade Econômica51 _________________ 146
Gráfico 23.2 – Descrição da região de origem dos fornecedores - Composto de 3 gráficos52 _____ 147
Gráfico 24 – Região de origem dos concorrentes53 _____________________________________ 148
Gráfico 24.1 – Região de origem dos concorrentes X Atividade Econômica54 _________________ 149
Gráfico 24.2 – Descrição da região de origem dos concorrentes - Composto de 3 gráficos55 _____ 150
Gráfico 25 – Nível de concorrência do mercado56 ______________________________________ 151
Gráfico 25.1 – Nível de concorrência do mercado X Atividade Econômica57 __________________ 152
Gráfico 26 – Impressão sobre o mercado de atuação58 __________________________________ 153
Gráfico 26.1 – Impressão sobre o mercado x Atividade Econômica59 _______________________ 154
Gráfico 27 – Crescimento, estabilidade ou queda nas vendas60 ___________________________ 155
Gráfico 27.1 – Crescimento, estabilidade ou queda nas vendas X Atividade Econômica61 _______ 156
Gráfico 28 – Taxa anual de crescimento em faturamento/vendas 62 ________________________ 157
Gráfico 28.1 – Taxa anual de crescimento em faturamento/vendas X Atividade Econômica63 ____ 158
Gráfico 28.2 – Taxa média anual de crescimento em faturamento/vendas X Atividade
Econômica64 ___________________________________________________________________ 159
Gráfico 29 – Taxa anual de queda em faturamento ou vendas na empresa65 _________________ 159
Gráfico 29.1 – Taxa anual de queda em faturamento ou vendas na empresa X Atividade
Econômica66 ___________________________________________________________________ 160
Gráfico 29.2 – Taxa Média anual de queda em faturamento ou vendas na empresa X Atividade
Econômica67 ___________________________________________________________________ 161
Gráfico 30 – Práticas de crescimento utilizadas na empresa68_____________________________ 161
Gráfico 30.1 – Práticas de crescimento utilizadas na empresa X Atividade Econômica69 ________ 162
Gráfico 31 – Motivos da estabilidade ou queda em faturamento ou vendas na empresa70 ______ 163
Gráfico 31.1 – Motivos de estabilidade ou queda em faturamento ou vendas na empresa X
Atividade Econômica71 ___________________________________________________________ 164
Gráfico 32 – Tipos de inovação desenvolvidas na empresa72______________________________ 165
Gráfico 32.1 – Tipos de inovação desenvolvidas na empresa X Atividade Econômica73 _________ 166
Gráfico 33 – Impacto das inovações na empresa74 _____________________________________ 167
Gráfico 33.1 – Impacto das inovações na empresa X Atividade Econômica75 _________________ 167
Gráfico 34 – Problemas ou desafios enfrentados pela empresa76 __________________________ 168
Gráfico 34.1 – Problemas ou desafios enfrentados pelo cliente X Atividade Econômica77 _______ 169
Gráfico 35 – Ações de acesso a novos mercados na empresa78 ____________________________ 170
Gráfico 35.1 – Ações de acesso a novos mercados na empresa X Atividade Economica79 _______ 171

323
Lista de Tabelas e Gráficos

Gráfico 36 – Resultados obtidos nas vendas com ações de acesso a novos mercados80 _________ 172
Gráfico 36.1 – Resultados obtidos nas vendas com ações de acesso a novos mercados X
Atividade Econômica81 ___________________________________________________________ 173
Gráfico 37 – Oportunidades de novos mercados 82 _____________________________________ 174
Gráfico 37.1 – Oportunidades de novos mercados X Atividade Econômica83 _________________ 175
Gráfico 38 – Expectativas estratégicas da empresa84 ____________________________________ 176
Gráfico 38.1 – Expectativas estratégicas da empresa X Atividade Econômica85 _______________ 177
Gráfico 39 – Características do Suprimento Logístico86 __________________________________ 178
Gráfico 39.1 – Características do Suprimento Logístico X Atividade Econômica87 ______________ 179
Gráfico 40 – Natureza da compra de mercadorias das empresas88 _________________________ 180
Gráfico 40.1 – Natureza da compra de mercadorias das empresas X Atividade Econômica89 ____ 181
Gráfico 41 – Dificuldades com fornecedores locais90 ____________________________________ 182
Gráfico 41.1 – Dificuldades com fornecedores locais X Atividade Econômica91 _______________ 183
Gráfico 42 – Poder de barganha da empresa X fornecedores92 ____________________________ 184
Gráfico 42.1 – Poder de barganha da empresa X fornecedores X Atividade Econômica93 _______ 185
Gráfico 43 – Movimentação da produção na empresa94 _________________________________ 186
Gráfico 43.1 – Movimentação da produção na empresa X Atividade Econômica95 _____________ 186
Gráfico 44 – Canais de fornecedores da empresa96 _____________________________________ 187
Gráfico 44.1 – Canais de fornecedores da empresa X Atividade Econômica97_________________ 188
Gráfico 45 – Formas de negociação das compras98 _____________________________________ 188
Gráfico 45.1 – Formas de negociação das compras X Atividade Econômica99 _________________ 189
Gráfico 46 – Quantidade de fornecedores100__________________________________________ 190
Gráfico 46.1 – Quantidade de fornecedores x Atividade Econômica101 _____________________ 191
Gráfico 46.2 – Quantidade média de fornecedores x Atividade Econômica102 ________________ 192
Gráfico 47 – Quantidade de clientes103 ______________________________________________ 193
Gráfico 47.1 – Quantidade de clientes X Atividade Econômica104 __________________________ 194
Gráfico 47.2 – Quantidade Média de clientes X Atividade Econômica105 ____________________ 195
Gráfico 48 – Meios de transporte utilizados na compra de matérias-primas106 _______________ 195
Gráfico 48.1 – Meios de transporte para compra de matérias-primas X Atividade
Econômica107 __________________________________________________________________ 196
Gráfico 49 – Meios de transporte utilizados na venda de insumos e produtos108 _____________ 197
Gráfico 49.1 – Meios de transporte utilizados na venda de insumos e produtos X Atividade
Econômica109 __________________________________________________________________ 197
Gráfico 50 – Gestão do estoque na empresa processo formal ou informal110 ________________ 198
Gráfico 50.1 – Gestão do estoque na empresa processo formal ou informal X Região-Polo111 ___ 198
Gráfico 51 – Software integrado de logística112 ________________________________________ 199
Gráfico 51.1 – Software integrado de logística X Atividade Econômica113 ___________________ 200
Gráfico 52 – Gargalos ou problemas da atual cadeia logística 114 __________________________ 201
Gráfico 52.1 – Gargalos ou problemas da atual cadeia logística X Atividade Econômica115 ______ 202
Gráfico 53 – Sugestões de melhorias na infraestrutura e logística da empresa116 _____________ 203
Gráfico 53.1 – Sugestões de melhorias na infraestrutura e logística da empresa X Atividade
Econômica117 __________________________________________________________________ 204
Gráfico 54 – Áreas da empresa com necessidade de investimentos118 _____________________ 205
Gráfico 54.1 – Áreas da empresa com necessidade de investimentos X Atividade
Econômica119 __________________________________________________________________ 206

324
Lista de Tabelas e Gráficos

LISTA DE GRÁFICOS DO CAPÍTULO IV – PANORAMA DE NOVOS


MERCADOS

Gráfico 1 – Distribuição da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias por regiões do Brasil em


20111 _________________________________________________________________________ 231
Gráfico 2 - Distribuição das Empresas por Regiões do Brasil em 20122 ______________________ 232
Gráfico 3 - Distribuição das Empresas de Atacado por Regiões do Brasil em 20123_____________ 233
Gráfico 4 - Distribuição das Empresas do Varejo por Regiões do Brasil em 20124 ______________ 233
Gráfico 5 - Histórico de Crescimento do número de empresas do setor na região Nordeste5_____ 234
Gráfico 6 - Evolução Histórica de Receita Bruta de Revenda de Mercadorias na região
Nordeste6______________________________________________________________________ 235
Gráfico 7 – Distribuição da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias do estado de Minas
Gerais em 20117 ________________________________________________________________ 236
Gráfico 8 - Evolução Histórica de Receita Bruta de Revenda de Mercadorias no estado de Minas
Gerais8 ________________________________________________________________________ 237
Gráfico 9 - Histórico de crescimento de empresas por setor indicado no estado de Minas
Gerais9 ________________________________________________________________________ 238
Gráfico 10 – Distribuição da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias no estado de Santa
Catarina em 201110 ______________________________________________________________ 239
Gráfico 11 - Evolução Histórica da Receita Bruta de Revenda de Mercadorias no estado de
Santa Catarina11 ________________________________________________________________ 240
Gráfico 12 - Histórico de crescimento de empresas por setor indicado no estado de Santa
Catarina12 _____________________________________________________________________ 241

LISTA DE GRÁFICOS DO CAPÍTULO V – PROSPECÇÃO DE NOVOS


MERCADOS

Gráfico 1 – Estado de instalação da amostra ___________________________________________ 255


Gráfico 2 – Atividade econômica principal ____________________________________________ 257
Gráfico 2.1 – Estado/Regiãode instalação X Atividade econômica principal ___________________ 257
Gráfico 3 – Idade das empresas (referência de 2013) ____________________________________ 258
Gráfico 3.1 – Estado/Regiãode instalação X Idade das empresas (referência de 2013) __________ 259
Gráfico 3.2 – Atividade Econômica X Idade das empresas (referência de 2013)________________ 259
Gráfico 4 – Número de colaboradores ________________________________________________ 260
Gráfico 4.1 – Estado/Regiãode instalação X Número de colaboradores ______________________ 261
Gráfico 4.2 – Atividade Econômica X Número de colaboradores ___________________________ 261
Gráfico 5 – Porte/Classificação da empresa____________________________________________ 262
Gráfico 5.1 – Estado/Regiãode instalação X Porte/Classificação da empresa __________________ 262
Gráfico 5.2 – Atividade Econômica X Porte/Classificação da empresa _______________________ 263
Gráfico 6 – Gênero dos entrevistados ________________________________________________ 264
Gráfico 6.1 – Estado/Regiãode instalação X Gênero dos entrevistados ______________________ 264
Gráfico 6.2 – Atividade Econômica X Gênero dos entrevistados ____________________________ 265
Gráfico 7 – Grau de escolaridade do entrevistado ______________________________________ 265
Gráfico 7.1 – Estado/Regiãode instalação X Grau de escolaridade do entrevistado _____________ 266
Gráfico 7.2 – Atividade Econômica X Grau de escolaridade do entrevistado __________________ 267
Gráfico 8 – Mercados que a empresa atende __________________________________________ 268
Gráfico 8.1 – Estado de instalação X Mercados que a empresa atende ______________________ 268

325
Lista de Tabelas e Gráficos

Gráfico 8.2 – Atividade Econômica X Mercados que a empresa atende ______________________ 268
Gráfico 9 – Canais de vendas _______________________________________________________ 269
Gráfico 9.1 – Estado de instalação X Canais de vendas ___________________________________ 270
Gráfico 9.2 – Atividade Econômica X Canais de vendas ___________________________________ 271
Gráfico 10 – Origem dos Principais Clientes ___________________________________________ 272
Gráfico 10.1 – Estado de instalação X Origem dos Principais Clientes _______________________ 272
Gráfico 10.2 – Atividade Econômica X Origem dos Principais Clientes _______________________ 273
Gráfico 11 – Produtos adquiridos da cadeia dejoias e semi joias, bijiterias e ótica _____________ 274
Gráfico 11.1 – Estado de instalação X Produtos adquiridos da cadeia de joias e semi joias,
bijuterias e ótica _________________________________________________________________ 275
Gráfico 11.2 – Atividade Econômica X Produtos adquiridos da cadeia de joias e semi joias,
bijuterias e óticas ________________________________________________________________ 276
Gráfico 12 – Canais de compra _____________________________________________________ 277
Gráfico 12.1 – Estado de instalação X Canais de compra _________________________________ 277
Gráfico 12.2 – Atividade Econômica X Canais de compra _________________________________ 278
Gráfico 13 – Frequência de contratação de fornecedores da indústria joias e semi joias,
bijuterias e ótica _________________________________________________________________ 279
Gráfico 13.1 – Estado de instalação X Frequência de contratação de fornecedores da indústria
de joias e semi joias, bijuterias e ótica ________________________________________________ 280
Gráfico 13.2 – Atividade Econômica X Frequência de contratação de fornecedores da indústria
de joias e semi joias, bijuterias e ótica ________________________________________________ 280
Gráfico 14 – Quantidade de fornecedores da indústria de acessórios, gemas, joias e cristais _____ 281
Gráfico 14.1 – Estado/Regiãode instalação X Quantidade de fornecedores da indústria de joias
e semi joias, bijuterias e ótica ______________________________________________________ 282
Gráfico 14.2 – Atividade Econômica X Quantidade de fornecedores da indústria de joias e semi
joias, bijuterias e ótica ____________________________________________________________ 283
Gráfico 15 – Satisfação em relação aos produtos de fornecedores da cadeia de joias e semi
joias, bijuterias e ótica ____________________________________________________________ 284
Gráfico 15.1 – Estado de instalação X Satisfação em relação aos produtos de fornecedores da
cadeia de joias e semi joias, bijuterias e ótica __________________________________________ 284
Gráfico 15.2 – Atividade Econômica X Satisfação em relação aos produtos de fornecedores da
cadeia de joias e semi joias, bijuterias e ótica __________________________________________ 285
Gráfico 16 – Melhorias de produtos ou serviços da cadeia de fornecedores __________________ 286
Gráfico 16.1 – Estado de instalação X Melhorias de produtos ou serviços da cadeia de
fornecedores44 _________________________________________________________________ 287
Gráfico 16.2 – Atividade Econômica X Melhorias de produtos ou serviços da cadeia de
fornecedores ___________________________________________________________________ 288
Gráfico 17 – Aprimoramentos em áreas ou setores nas empresas pesquisadas _______________ 289
Gráfico 17.1 – Estado de instalação X Aprimoramentos em áreas ou setores nas empresas
pesquisadas ____________________________________________________________________ 290
Gráfico 17.2 – Atividade Econômica XAprimoramentos em áreas ou setores nas empresas
pesquisadas ____________________________________________________________________ 290
Gráfico 18 – Necessidades de aprimoramentos por produtos e serviços nas empresas _________ 291
Gráfico 18.1 – Estado de instalação X Necessidades de aprimoramentos por produtos e
serviços nas empresas ____________________________________________________________ 292
Gráfico 18.2 – Atividade Econômica X Necessidades de aprimoramentos por produtos e
serviços nas empresas ____________________________________________________________ 293
Gráfico 19 – Região de instalação dos fornecedores da cadeia de joias e semi joias, bijuterias e
ótica __________________________________________________________________________ 294
Gráfico 19.1 – Estado de instalação X Região de instalação dos fornecedores da cadeia de joias
e semi joias, bijuterias e ótica ______________________________________________________ 294

326
Lista de Tabelas e Gráficos

Gráfico 19.2 – Atividade Econômica X Região de instalação dos fornecedores da cadeia de joias
e semi joias, bijuterias e ótica ______________________________________________________ 295
Gráfico 20 – Contato com fornecedores de Santa Catarina _______________________________ 296
Gráfico 20.1 – Estado de instalação X Contato com fornecedores de Santa Catarina ___________ 296
Gráfico 20.2 – Atividade Econômica X Contato com fornecedores de Santa Catarina ___________ 297
Gráfico 21 – Produtos e serviços da cadeia de joias e semi joias, bijuterias e óticaadquiridos
com fornecedores catarinenses _____________________________________________________ 298
Gráfico 21.1 – Estado de instalação X Produtos e serviços da cadeia de joias e semi joias,
bijuterias e óticaadquiridos com fornecedores catarinenses ______________________________ 299
Gráfico 21.2 – Atividade Econômica X Produtos e serviços da cadeia de joias e semi joias,
bijuterias e ótica adquiridos com fornecedores catarinenses ______________________________ 300
Gráfico 22 – Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores catarinenses da indústria
de joias e semi joias, bijuterias e ótica ________________________________________________ 301
Gráfico 22.1 – Estado de instalação X Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores
catarinenses da indústria de joias e semi joias, bijuterias e ótica ___________________________ 301
Gráfico 22.2 – Atividade Econômica X Interesse das empresas em trabalhar com fornecedores
catarinenses da indústria de joias e semi joias, bijuterias e ótica ___________________________ 302
Gráfico 23 – Tipos de fornecedores demandados _______________________________________ 303
Gráfico 23.1 – Estado de instalação X Tipos de fornecedores demandados ___________________ 304
Gráfico 23.2 – Atividade Econômica X Tipos de fornecedores demandados __________________ 305
Gráfico 24 – Interesse por produtos e serviços da cadeia de joias e semi joias, bijuterias e
óticaX Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de joias e semi
joias, bijuterias e ótica ____________________________________________________________ 306
Gráfico 24.1 – Interesse por produtos e serviços da cadeia de joias e semi joias, bijuterias e
ótica X Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria dejoias e semi
joias, bijuterias e ótica: Amostra de Santa Catarina _____________________________________ 307
Gráfico 24.2 – Interesse por produtos e serviços da cadeia de joias e semi joias, bijuterias e
óticaX Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de joias e semi
joias, bijuterias e ótica: Amostra de Minas Gerais _______________________________________ 308
Gráfico 24.3 – Interesse por produtos e serviços da cadeia de joias e semi joias, bijuterias e
óticaX Empresas com interesse em negociar com fornecedores da indústria de joias e semi
joias, bijuterias e ótica: Amostra da Região Nordeste ____________________________________ 309

327
Lista de Tabelas e Gráficos

328

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