Você está na página 1de 16

vs 2018-2

1- TENSÃO

1.1- INTRODUÇÃO

A resistência dos materiais estuda a relação entre as cargas externas aplicadas


em uma estrutura deformável e os esforços internos no interior do corpo, bem como os
efeitos decorrentes das tensões.

ESF. EXTERNOS ESF. INTERNOS TENSÕES EFEITOS

Carregamentos Normal Normal Deformação


Reações de apoio Cortante Cisalhamento Deslocamento
Peso próprio Momento fletor Fissura
Momento torçor Fratura...

1.2- EQUILÍBRIO DAS ESTRUTURAS

 EQUILÍBRIO DE FORÇAS >> Impedindo a translação da estrutura:

∑ 𝒇𝒙 = 𝟎 ; ∑ 𝒇𝒚 = 𝟎 ; ∑ 𝒇𝒛 = 𝟎

 EQUILÍBRIO DE MOMENTOS>> Impedindo a rotação da estrutura:

∑ 𝑴𝒙 = 𝟎 ; ∑ 𝑴𝒚 = 𝟎 ; ∑ 𝑴𝒛 = 𝟎

1.3- CLASSIFICAÇÃO DOS APOIOS

a) APOIO DE 1º GÊNERO >> Restringe o movimento da estrutura em uma direção.

b) APOIO DE 2º GÊNERO >> Restringe o movimento da estrutura em duas direções.

ou

c) APOIO DE 3º GÊNERO >> Restringe todos os movimentos da estrutura.


1.4- REAÇÕES DOS APOIOS

O cálculo das reações dos apoios pode ser feito pelo método das seções
diretas ou pelas equações de equilíbrio.

SEÇÕES DIRETAS>> Devem ser aplicadas em seções cujos esforços são conhecidos.

𝑴 = ∑ 𝑴𝑳 ; 𝑽 = ∑ 𝑽𝑳 ; 𝑵 = ∑ 𝑵𝑳

EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO>> Podem ser aplicadas em qualquer seção da estrutura.


(de preferência nos pontos dos apoios).

∑𝑴 = 𝟎 ; → ∑ 𝑭𝒙 = 𝟎 ; ↑ ∑ 𝑭𝒚 = 𝟎

1.5- DIAGRAMA DE CORPO LIVRE (DCL)

É a representação esquemática em barras da estrutura e seus esforços.

>>

RA RB

1.6-EXEMPLOS e EXERCÍCIOS

1.7- ESFORÇOS INTERNOS

Reações internas que surgem devido aos carregamentos esternos aplicados.

CONVENÇÕES DE SINAIS>>

S S
M M V
N N

V
CÁLCULO>> O cálculo dos esforços internos pode ser feito pelo método das seções
diretas ou pelas equações de equilíbrio.

SEÇÕES DIRETAS>> Devem ser aplicadas as convenções de sinais.

𝑴 = ∑ 𝑴𝑳 ; 𝑽 = ∑ 𝑽𝑳 ; 𝑵 = ∑ 𝑵𝑳

EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO>> Devem ser aplicadas as convenções de sinais do lado


oposto ao escolhido.

∑𝑴 = 𝟎 ; → ∑ 𝑭𝒙 = 𝟎 ; ↑ ∑ 𝑭𝒚 = 𝟎

1.8- EXEMPLOS e EXERCÍCIOS

1.9- TENSÕES

 TENSÃO NORMAL ( σ )>> É a intensidade de carga por unidade de área,


perpendicular à ela.

N
σ
𝑵
𝝈=
𝑨

 TENSÃO CISALHANTE ( τ )>> É a intensidade de carga por unidade de área,


paralela à ela.

τ
V
𝑽
𝝉=
𝑨

1.10- FORMAS DE TENSÃO


TENSÃO SOLICITANTE >> É a tensão atuante na estrutura.
-Tensão Solicitante Característica (σck ; σtk; τk) >> Sem minoração.
- Tensão Solicitante de Projeto ou de cálculo (σcd ; σtd ; τd)>> Com minoração.
TENSÃO ADMISSÍVEL ou RESISTENTES >> Tensão máxima aceitável para o
material. Encontrada através de ensaios.
- Tensão Resistente Característica (fck, ftk, fvk, fyk) >> Sem minoração
- Tensão Resistente de Projeto ou de cálculo (fcd, ftd, fvd, fyd)
ex.: Tensão de escoamento, Tensão última, Tensão de ruptura.

1.11- FATOR DE SEGURANÇA (ɣ)

É um coeficiente de majoração dos esforços atuante ou minoração da tensão


admissível.
𝑵𝒌. ɣ 𝑽𝒌. ɣ
𝝈𝒔𝒅 = 𝒆 𝝉𝒔𝒅 =
𝑨 𝑨

1.12- EXEMPLOS e EXERCÍCIOS

Livro Hibbeler, pag.


2- DEFORMAÇÃO

2.1- INTRODUÇÃO

Deformação é uma alteração na forma e no tamanho de um corpo devido à ação


de cargas ou variação na temperatura.

2.2- DEFORMAÇÃO NORMAL

É a expansão ou contração de uma estrutura por unidade de comprimento.

𝜹
𝝐=
𝑳
δ P

2.2- DEFORMAÇÃO ANGULAR OU POR CISALHAMENTO

Alteração no ângulo entre dois segmentos inicialmente ortogonais.

V
𝜸

𝜃′

𝝅
𝜸= − 𝜽′
𝟐

2.3 – EXEMPLOS e EXERCÍCIOS


3- PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS

3.1- INTRODUÇÃO

A deformação de uma estrutura pode ser descrita em função da tensão a qual


está submetida. Essa relação é feita através de ensaio de tração ou compressão.

3.2- DIAGRAMA TENSÃO-DEFORMAÇÃO

Com os resultados obtidos no ensaio é possível construir um gráfico


denominado diagrama tensão-deformação.

Figura 1- diagrama tensão-deformação do AÇO - fonte: Hibbeler.

REGIME ELÁSTICO>> Retirando-se a carga atuante na estrutura, o corpo voltará à


sua forma original.
REGIME PLÁSTICO>> A deformação da estrutura nesse regime é permanente.
(escoamento).

3.3- TIPOS DE MATERIAIS

MATERIAIS DUCTEIS>> Materiais que podem sofrer grandes deformações antes da


ruptura.
MATERIAIS FRÁGEIS>> Materiais que apresentam pouco ou nenhum escoamento
antes da ruptura.
MATERIAIS ISOTRÓPICOS>> Materiais com as mesmas características em todas as
direções.
MATERIAIS ANISOTRÓPICOS>> Materiais com características diferentes em difentes
direções.

3.4- FALHA DE MATERIAIS

FLUÊNCIA>> Deformação permanente devido ao carregamento por longo tempo.

FADIGA>> Deformação permanente devido ao carregamento cíclico (repetido).

3.5- MÓDULO DE ELASTICIDADE LONGITUDINAL

É uma constante de proporcionalidade que representa a inclinação da reta do


diagrama no regime elástico.

𝝈
𝑬= ≫ 𝑳𝒆𝒊 𝒅𝒆 𝒉𝒐𝒐𝒌𝒆
𝝐
3.6- ENERGIA DE DEFORMAÇÃO

Energia armazenada internamente na estrutura devido à deformação do material.

𝝈. 𝝐 𝝈𝟐
𝒖= =
𝟐 𝟐. 𝑬

MÓDULO DE RESILIÊNCIA>> É a densidade de energia de deformação no regime


elástico. Representa a capacidade de absorver energia
sem sofrer danos permanentes.

𝝈𝒍𝒑 . 𝝐𝒍𝒑 𝝈𝟐 𝒍𝒑
𝒖𝒓 = = = Á𝒓𝒆𝒂
𝟐 𝟐. 𝑬

MÓDULO DE TENACIDADE>> É a densidade de energia de deformação até a ruptura.

𝒖𝒕 = Á𝒓𝒆𝒂 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍

3.7- EXEMPLOS e EXERCÍCIOS


3.8- COEFICIENTE DE POISSON

É uma constante de proporcionalidade entre a deformação longitudinal e radial


de uma estrutura em regime elástico, para materiais homogêneos e isotrópicos.

R P

𝝐𝒍𝒂𝒕
𝝂= − ≫ (𝟎 ≤ 𝝂 ≤ 𝟎, 𝟓)
𝝐𝒍𝒐𝒏𝒈

3.9- DIAGRAMA TENSÃO-DEFORMAÇÃO DE CISALHAMENTO

Um elemento submetido ao cisalhamento sofre tensões cisalhantes iguais nas


quatro faces do elemento.

τxy

τxy

τ
τu
τr
τlp

ɣ
ɣlp ɣu ɣr

𝝉
𝑮= ≫ 𝑳𝒆𝒊 𝒅𝒆 𝒉𝒐𝒐𝒌𝒆 𝒐𝒖 𝑬 = 𝟐𝑮(𝟏 + 𝝂)
𝜸

G >> Módulo de elasticidade transversal

3.10- EXEMPLOS e EXERCÍCIOS


4- CARGA AXIAL

4.1- PRINCÍPIO DE SAINT-VENANT

Os efeitos localizados causados por qualquer carga que age sobre um corpo
serão dissipados ou atenuados em regiões suficientemente afastadas do ponto de
aplicação.
A distribuição de tensão resultante nessas regiões será a mesma que a causada
por qualquer outra carga estaticamente equivalente aplicada ao corpo dentro da
mesma área.

4.2- DESLOCAMENTO RELATIVO

ÁREA DE SEÇÃO TRANSVERSAL CONSTANTE>>

R P 𝑵. 𝑳
𝜹=
𝑨. 𝑬
L

ÁREA DE SEÇÃO TRANSVERSAL COM TRECHOS CONSTANTES>>

P1
R P2
𝑵. 𝑳
𝜹= ∑
P3 𝑨. 𝑬
L1 L2 L3

ÁREA DE SEÇÃO TRANSVERSAL VARIÁVEL>>

R P 𝑳 𝑵(𝒙).𝒅𝒙
𝜹 = ∫𝟎
𝑨(𝒙).𝑬

4.3- EXEMPLOS e EXERCÍCIOS


4.4- ELEMENTO ESTATICAMENTE INDETERMINADO

Elementos, cujas equações de equilíbrio não são suficientes para determinar as


reações.

CONDIÇÃO DE COMPATIBILIDADE>> Equação adicional necessária para a solução


das reações.

RA RB

A B

𝑵. 𝑳
→ ∑ 𝑭𝒙 = 𝟎 ; 𝜹𝑨/𝑩 = ∑
𝑬. 𝑨

4.5- EXEMPLOS e EXERCÍCIOS

(exemplo 4.5)

4.6- PRINCÍPIO DA SUPERPOSIÇÃO DOS EFEITOS

O efeito resultante de uma carga sobre um elemento é igual à soma dos efeitos
das componentes dessa carga.
Usado para determinar tensão ou deslocamentos em elementos sujeitos a
carregamentos complicados.

P1 P1
= +

P2 P2

CONDIÇÕES:
1ª >> A carga deve estar relacionada linearmente com a tensão ou o deslocamento.
2ª >> A carga deve provocar pequenos deslocamentos na estrutura.
4.7- MÉTODO DAS FORÇAS

É possível calcular reações em estruturas estaticamente indeterminadas


aplicando-se o princípio da superposição dos efeitos.

P
Efeito global da carga P e Reações
redundantes.

=
P
Efeito parcial da carga P.

δp

R Efeito parcial das Reações


redundantes.
δR

→ ∑ 𝑭𝒙 = 𝟎 ; 𝜹𝑷 + 𝜹𝑹 = 𝟎

4.8- EXEMPLOS e EXERCÍCIOS

4.9- TENSÃO TÉRMICA

Alterações na temperatura podem provocar deformações no material. A


expansão ou contração da estrutura pode ser calculada por:

𝜹𝑻 = 𝑳 . 𝜶 . ∆𝑻

Quando o elemento está confinado, esses deslocamentos podem ser


restringidos pelos apoios, gerando assim, tensões térmicas.

𝝈𝑻 = 𝑬 . 𝜶 . ∆𝑻

4.10- EXEMPLOS e EXERCÍCIOS


5- TORÇÃO

5.1- TORQUE ( T )

Torque é um esforço interno resultante de momentos torsores aplicados na


estrutura, que tendem a girar a seção em torno do seu eixo longitudinal z
(perpendicular à seção).

P1
y

d1
x
T

d2
z
P2

𝑴𝒕 = 𝑷𝟏 . 𝒅𝟏 + 𝑷𝟐 . 𝒅𝟐

Seção

T+ T+
CONVEÇÃO DE TORQUE >>

5.2- CÁLCULO

SEÇÕES DIRETAS>> 𝑻 = ∑ 𝑻𝑳

EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO>> ∑𝑻 = 𝟎

5.3- ÂNGULO DE TORÇÃO ( ϕ )

É o ângulo de rotação de uma linha radial localizada na seção transversal do


eixo. Se o ângulo de giro for pequeno, o comprimento L do eixo e o raio r da seção
permanecerão inalterados.
𝑻. 𝑳
SEÇÃO CIRCULAR>> 𝝓= ∑
𝑮. 𝑱

ϕ
r
T
L
G >> Módulo de elast. transversal.
J >> Momento de inércia polar.

𝝅 . ∅𝟒 𝝅 . (∅𝟒 − 𝝋𝟒 )
𝑱= 𝑱=
𝟑𝟐 𝟑𝟐

⌀ ⌀ φ

eixo maciço tubos

𝟕,𝟏 . 𝑻 . 𝑳
SEÇÃO QUADRADA MACIÇA>> 𝝓=∑
𝒂 𝟒. 𝑮
a
L
a

𝟒𝟔 . 𝑻 . 𝑳
SEÇÃO TRIANGULAR MACIÇA>> 𝝓 =∑
𝒂𝟒 . 𝑮
L

𝑻 . 𝑳 . 𝑷𝒎
TUBO DE SEÇÃO NÃO CIRCULAR>> 𝝓= ∑
𝟒 .𝒆 .𝑮 .𝑨𝒎𝟐

5.4- EXEMPLOS e EXERCÍCIOS


5.5- DEFORMAÇÃO POR TORÇÃO ( ɣ )

Em razão da diferença de rotação entre seções sucessivas o elemento é


submetido a uma deformação por cisalhamento (angular).

τxy
r
T

ɣ
L τxy

𝒓. 𝝓
ɣ=
𝑳

5.6- TENSÃO DE CISALHAMENTO ( τ )

A tensão cisalhante é mínima no centro da seção e máxima na superfície da


estrutura.
τmax

τ =0

𝑻. 𝒓
SEÇÃO CIRCULAR>> 𝝉 = 𝑱

𝟒,𝟖𝟏 . 𝑻
SEÇÃO QUADRADA MACIÇA>> 𝝉𝒎á𝒙 =
𝒂𝟑
τmáx

τmín a

A tensão é máxima em pontos da borda mais próximos do centro.


𝟐𝟎 . 𝑻
SEÇÃO TRIANGULAR MACIÇA>> 𝝉𝒎á𝒙 =
𝒂𝟑

5.6- TENSÃO DE CISALHAMENTO MÉDIA


Tensão média que age sobre a espessura do tubo.

𝑻
𝝉𝒎𝒆𝒅 =
𝟐 . 𝒆 . 𝑨𝒎

5.7- EXEMPLOS e EXERCÍCIOS

Você também pode gostar