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Fotografia tirada a partir Estação Espacial Internacional da erupção do vulcão do Monte Cleveland,
nas Ilhas Aleutas, Alasca, Estados Unidos
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Animação da erupção do Sarychev, Ilhas Curilas, Rússia, criada com fotos feitas a partir da Estação
Espacial Internacional em 12 de junho de 2009
Uma das formas de classificação dos vulcões é através do tipo de material que é
expelido, o que afeta diretamente a forma do vulcão. Se o magma expelido contém
uma elevada percentagem em sílica (superior a 65%) a lava é chamada
de félsica ou "ácida" e tem a tendência de ser muito viscosa (pouco fluída) e por
isso solidifica rapidamente. Os vulcões com este tipo de lava têm tendência
a explodir devido ao fato da lava facilmente obstruir a chaminé vulcânica[4].
O Monte Pelée na Martinica é um exemplo de um vulcão deste tipo.
Quando o magma é relativamente pobre em sílica (conteúdo inferior a 52%) é
chamado de máfico ou "básico" e causa erupções de lavas muito fluidas capazes de
escorrer por longas distâncias. Um bom exemplo de uma escoada de lava máfica é
corrente de lava conhecida como Grande Þjórsárhraun (Thjórsárhraun) originada
por uma fissura eruptiva quase no centro geográfico da Islândia há cerca de 8 000
anos. Esta escoada percorreu cerca de 130 quilómetros até ao mar e cobriu uma
área com 800 km².
Vulcão-escudo
O Havaí e a Islândia são exemplos de locais onde são encontrados vulcões que
expelem enormes quantidades de lava que gradualmente constroem uma
montanha larga com o perfil de um escudo. As escoadas lávicas destes vulcões são
geralmente muito quentes e fluídas, o que contribui para ocorrerem escoadas
longas[5][6]. O maior vulcão deste tipo na Terra é o Mauna Loa, no Havaí, com 9 000
m de altura (assenta no fundo do mar) e 120 km de diâmetro. O Monte
Olimpo em Marte é um vulcão-escudo e também a maior montanha do sistema
solar.
Cones de escórias
É o tipo mais simples e mais comum de vulcões. Esses vulcões são relativamente
pequenos, com alturas geralmente menores que 300 metros de altura. Formam-se
pela erupção de magmas de baixa viscosidade, com composições basálticas ou
intermediárias[6].
Estratovulcões
São aqueles localizados abaixo da água. São bastante comuns em certos fundos
oceânicos, principalmente na dorsal meso-atlântica. São responsáveis pela
formação de novo fundo oceânico em diversas zonas do globo[10]. Um exemplo
deste tipo de vulcão é o vulcão da Serreta no Arquipélago dos Açores.
Vulcanologia
Este é o tipo mais comum de vulcões na Terra, mas são também os observados
menos frequentemente dado que a sua atividade ocorre maioritariamente abaixo
da superfície dos oceanos. Ao longo do sistema de riftes oceânicos ocorrem
erupções espaçadas irregularmente. A grande maioria deste tipo de vulcões é
apenas conhecida devido aos sismos associados às suas erupções, ou
ocasionalmente, se navios que passam nos locais onde existem, registam elevadas
temperaturas ou precipitados químicos na água do mar. Em alguns locais a
atividade dos riftes oceânicos levou a que os vulcões atingissem a superfície
oceânica: a Ilha de Santa Helena e a Ilha de Tristão da Cunha no Oceano Atlântico e
as Galápagos no Oceano Pacífico, permitindo que estes vulcões sejam estudados
em pormenor. A Islândia também se encontra num rifte, mas possui características
diferentes das de um simples vulcão.
Os magmas expelidos neste tipo de vulcões são chamados de MORB (do inglês Mid-
Ocean Ridge Basalt que significa: "basalto de rifte oceânico") e são geralmente de
natureza basáltica[14].
Limites destrutivos das placas tectónicas
Estes são os tipos de vulcões mais visíveis e bem estudados. Formam-se acima
das zonas de subducção onde as placas oceânicas mergulham debaixo das placas
terrestres. Os seus magmas são tipicamente "calco-alcalinos" devido a serem
originários das zonas pouco profundas das placas oceânicas e em contacto com
sedimentos. A composição destes magmas é muito mais variada do que a dos
magmas dos limites construtivos.
Hot spots (pontos quentes)
Os vulcões de hot spots são originalmente vulcões que não poderiam ser incluídos
nas categorias acima referidas. Os hot spots referem-se a situação específica de
uma pluma isolada de material quente do manto que intercepta a zona inferior
da crosta terrestre (oceânica ou continental), conduzindo à formação de um centro
vulcânico que não se encontra ligado a um limite de placa[15]. O exemplo clássico é
a cadeia havaiana de vulcões e montes submarinos. O Yellowstone é também tido
como outro exemplo, sendo a intercepção neste caso com uma placa continental.
A Islândia e os Açores são por vezes citados como outros exemplos, mas bastante
mais complexos devido à coincidência do rift médio Atlântico com um hot spot. Não
há unanimidade acerca do conceito de hot spot, uma vez que os vulcanólogos não
são consensuais sobre a origem das plumas "quentes do manto", se as mesmas têm
origem no manto superior ou no manto inferior. Estudos recentes levam a crer que
vários subtipos de hot spots irão ser identificados.
Previsão de erupções
Jatos de cinza vulcânica lançados a uma altura de 19 km durante a erupção explosiva do Pinatubo, em
1991, nas Filipinas
A ciência ainda não é capaz de prever com certeza absoluta quando um vulcão irá
entrar em erupção, progressos têm sido feitos no cálculo das probabilidades de um
evento ter lugar ou não num espaço de tempo relativamente curto[16]. Os seguintes
fatores são analisados de forma a ser possível prever uma erupção:
Sismicidade
Emissões gasosas
Erupção do vulcão Eyjafjallajökull na Islândia em 2010, que causou atrasos de voos em várias partes
da Europa
Todas estas atividades podem ser um perigo potencial para o ser humano. Além da
atividade vulcânica muitas vezes ser acompanhada por sismos, águas
termais, fumarolas e gêisers, entre outros fenómenos. As erupções vulcânicas são
frequentemente precedidas por sismos de magnitude pouco elevada.